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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE CAMPUS UNIVERSITÁRIO PROF. ANTÔNIO GARCIA FILHO DEPARTAMENTO DE FISIOTERAPIA DE LAGARTO CARACTERIZAÇÃO DA DOR E SUA RELAÇÃO COM O EQUILÍBRIO POSTURAL EM ATLETAS DE GINÁSTICA RÍTMICA. TAINARA DOS SANTOS BOMFIM LAGARTO, SE 2017

CARACTERIZAÇÃO DA DOR E SUA RELAÇÃO COM O … · tainara dos santos bomfim caracterizaÇÃo da dor e sua relaÇÃo com o equilÍbrio postural em atletas de ginÁstica rÍtmica

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Page 1: CARACTERIZAÇÃO DA DOR E SUA RELAÇÃO COM O … · tainara dos santos bomfim caracterizaÇÃo da dor e sua relaÇÃo com o equilÍbrio postural em atletas de ginÁstica rÍtmica

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE

CAMPUS UNIVERSITAacuteRIO PROF ANTOcircNIO GARCIA FILHO DEPARTAMENTO DE FISIOTERAPIA DE LAGARTO

CARACTERIZACcedilAtildeO DA DOR E SUA RELACcedilAtildeO COM O

EQUILIacuteBRIO POSTURAL EM ATLETAS DE GINAacuteSTICA

RIacuteTMICA

TAINARA DOS SANTOS BOMFIM

LAGARTO SE

2017

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE CAMPUS UNIVERSITAacuteRIO PROF ANTOcircNIO GARCIA FILHO

DEPARTAMENTO DE FISIOTERAPIA DE LAGARTO

CARACTERIZACcedilAtildeO DA DOR E SUA RELACcedilAtildeO COM O

EQUILIacuteBRIO POSTURAL EM ATLETAS DE GINAacuteSTICA

RIacuteTMICA

TAINARA DOS SANTOS BOMFIM

Trabalho de Conclusatildeo de Curso apresentado ao Departamento de Fisioterapia de Lagarto Universidade Federal de Sergipe como parte dos requisitos para graduaccedilatildeo em Fisioterapia sob a orientaccedilatildeo do Prof Dr Paulo Maacutercio Pereira de Oliveira

LAGARTO SE

2017

TAINARA DOS SANTOS BOMFIM

CARACTERIZACcedilAtildeO DA DOR E SUA RELACcedilAtildeO COM O EQUILIacuteBRIO

POSTURAL EM ATLETAS DE GINAacuteSTICA RIacuteTMICA

Trabalho de Conclusatildeo de Curso apresentado ao Departamento de Fisioterapia de Lagarto Universidade Federal de Sergipe como parte dos requisitos para graduaccedilatildeo em Fisioterapia sob a orientaccedilatildeo do Prof Dr Paulo Maacutercio Pereira de Oliveira 13 de Junho de 2017

BANCA EXAMINADORA

____________________________________________

Prof Dr Andreacute Sales Barreto (1ordm examinador)

____________________________________________

Prof Dr Leonardo Yung dos Santos Maciel (2ordm examinador)

____________________________________________

Prof Dr Paulo Maacutercio Pereira Oliveira (Orientador)

Data de Aprovaccedilatildeo

DEDICATOacuteRIA

Este trabalho eacute dedicado a minha famiacutelia em especial ao meu pai Jacquemario

Silva do Bomfim e minha matildee Maria Nelma dos Santos Bomfim pelo apoio paciecircncia e

carinho

AGRADECIMENTOS

Agradeccedilo a Deus pelo dom da vida por ter me dado forccedila e coragem para chegar

ateacute aqui e ter colocado em meu caminho pessoas que me ajudaram a seguir nessa

jornada especialmente nessa reta final

Agradeccedilo aos meus pais e minhas irmatildesirmatildeo pois sem eles natildeo estaria onde

cheguei e podendo desfrutar dessa conquista

Agradeccedilo ao Prof Dr Paulo Marcio Pereira de Oliveira orientador deste trabalho

pelo incentivo e conhecimento proposto na realizaccedilatildeo dessa pesquisa

Agradeccedilo agraves voluntaacuterias participantes da pesquisa pela disposiccedilatildeo e gentileza em

contribuir para realizaccedilatildeo deste trabalho

Agradeccedilo aos demais colaboradores e incentivadores do trabalho que contribuiacuteram

ao seu modo em cada etapa da construccedilatildeo desta pesquisa

ldquoEntatildeo acho que somos quem somos por vaacuterias

razotildees E talvez nunca conheccedilamos a maior parte

delas Mas mesmo que natildeo tenhamos o poder de

escolher quem vamos ser ainda podemos escolher

aonde iremos a partir daquirdquo

(Stephen Chosky ndash As Vantagens de Ser Invisiacutevel)

RESUMO

Caracterizaccedilatildeo da Dor e sua Relaccedilatildeo com o Equiliacutebrio Postural em Atletas de Ginaacutestica Riacutetmica Tainara dos Santos Bomfim Lagarto ndashSE 2017 Introduccedilatildeo A Ginaacutestica Riacutetmica (GR) eacute um esporte de alta performance que exige

de suas atletas movimentos de grandes amplitudes articulares forccedila e uma boa

coordenaccedilatildeo motora postural Aleacutem disso em virtude da especificidade do gesto

esportivo as ginastas satildeo expostas constantemente a posturas e esforccedilos

repetitivos repercutindo em lesotildees musculoesqueleacuteticas e consequentemente em

dor a qual pode afetar negativamente o equiliacutebrio corporal Objetivo caracterizar a

dor musculoesqueleacutetica em atletas de elite de GR Secundariamente comparar o

equiliacutebrio postural estaacutetico das ginastas com controles natildeo atletas bem como

correlacionar o iacutendice de dor com o equiliacutebrio nas atletas de GR Meacutetodos

participaram da pesquisa 50 jovens do sexo feminino 25 ginastas compondo o

grupo atleta (GA) e 25 natildeo atletas compondo o grupo controle (GC) As voluntaacuterias

foram submetidas agrave avaliaccedilatildeo da percepccedilatildeo dolorosa utilizando a versatildeo brasileira

do questionaacuterio de dor McGill (Br-MPQ) e do equiliacutebrio postural atraveacutes da

estabilometria O estudo foi aprovado pelo comitecirc de eacutetica (CAAE

61990516400005546) Resultados o GA manifestou percepccedilatildeo dolorosa

significativamente maior (plt0001) a dor nas atletas apresentou caracteriacutesticas

sensorial e avaliativa as regiotildees de maior queixa dolorosa foram a articulaccedilatildeo do

quadril (52) seguida do tornozelo-peacute (44) Na comparaccedilatildeo intergrupos do

equiliacutebrio postural estaacutetico foi observado maior deslocamento do COP no GA

(16513 mmsup2 plusmn 148) em relaccedilatildeo ao GC (10212 mmsup2 plusmn 114) Nas correlaccedilotildees do

equiliacutebrio com os domiacutenios da dor foi observada apenas uma correlaccedilatildeo significativa

entre a dor avaliativa e a VmCOP na direccedilatildeo mediolateral (r = 0414 p = 0040)

Conclusatildeo As atletas demonstram maior percepccedilatildeo dolorosa e menor equiliacutebrio

postural estaacutetico quando comparadas a controles natildeo atletas Entretanto possuem

maior habilidade para reestabelecer o controle postural Aleacutem disso a presenccedila da

percepccedilatildeo dolorosa mostrou uma fraca relaccedilatildeo poreacutem significativa com o controle

postural em atletas de elite de GR

Descritores Ginaacutestica Equiliacutebrio Postural Dor Musculoesqueleacutetica

ABSTRACT

Characterization of Pain and your Relationship with Postural Balance in

Rhythmic Gymnastics Athletes Tainara dos Santos Bomfim Lagarto ndash SE

2017

Introduction Rhythmic Gymnastics (RG) is a high performance sport that requires your movements of large amplitudes athletes strength and a good hand-eye coordination postural In addition due to the specificity of Sporting gesture the gymnasts are constantly exposed to repetitive strain and postures reverberating in musculoskeletal injuries and consequently in painwhich can negatively affect the body balance Objective to characterize the musculoskeletal pain in elite athletes of RG Secondarily compare the static postural balance og gymnasts with nonathletic controls as well as correlate the pain index with te balance in the atletes of RG Methods Participated in the survey 50 female youth 25 gymnasts composing the Athlete Group (AG) and 25 non-athletes composing the Control Group (CG) The volunteers were subjected to the evaluation of the painful perception using the Brazilian version of the McGill Pain Questionnaire (BR-MPQ) and the posture equilibrium through the Estabilometria The study was approved by the Ethics Committee (CAAE 61990516400005546) Results The AG manifested significantly greater painful perception (p lt 0001) The pain in athletes presented sensory and evaluative characteristics The most painfully complaining regions were the hip joint (52) followed by ankle-foot (44) In the intergroup comparison of the static posture equilibrium was observed greater displacement of the COP in the AG (16513 mm sup2 plusmn 148) relative to the CG (10212 mm sup2 plusmn 114) In the correlations of equilibrium with the domains of pain it was observed only a significant correlation between the evaluative pain and the VmCOP in the direction mediolateral (r = 0414 p = 0040) Conclusion Athletes demonstrate greater painful perception and lower posture static equilibrium when compared to non-athletes controls However they possess greater ability to reestablish posture control Moreover the presence of painful perception showed a weak but significant relationship with the posture control in elite athletes of Gr

keywords Gymnastics Postural Balance Musculoskeletal Pain

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 Caracteriacutesticas demograacuteficas e antropomeacutetricas da amostra 20

Tabela 2 Domiacutenios da dor entre os grupos da pesquisa

Tabela 3 Incidecircncia de dor entre os grupos da pesquisa

21 21

LISTA DE ILUSTRACcedilOtildeES

Figura 1 Nuacutemero palavras escolhidas e Iacutendice de dor verificado por meio do questionaacuterio de dor de McGill nos grupos atleta e controle

22

Figura 2 Aacuterea da elipse do centro de pressatildeo do baricentro corporal entre o grupo atleta e o grupo controle

23

Figura 3 Velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo do baricentro corporal entre o grupo atleta e o grupo controle

24

Figura 4 Correlaccedilatildeo de Spearman entre iacutendice de dor avaliativa e velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo (VmCOP) do baricentro corporal

25

LISTA DE ABREVIACcedilOtildeES E SIGLAS

GR ndash Ginaacutestica Riacutetmica

GA ndash Grupo Atleta

GC ndash Grupo Controle

Br-MPQ ndash Versatildeo brasileira do questionaacuterio de dor McGill

NWC ndash Nuacutemero de palavras escolhidas

PRI ndash Iacutendice de dor

SL ndash Dor sensitiva

AF ndash Dor afetiva

AV ndash Dor avaliativa

M ndash Dor miscelacircnea

ACOP ndash Aacuterea do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo

VmCOP ndash Velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo

AP ndash Anteroposterior

ML ndash Mediolateral

IMC ndash Iacutendice de massa corporal

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 16

2 MEacuteTODOS

21 Delineamento do estudo

17

17

22 Sujeitos 17

23 Procedimentos de avaliaccedilatildeo 18

231 Avaliaccedilatildeo da dor 18

232 Avaliaccedilatildeo Estabilomeacutetrica

24 Aspectos Eacuteticos

18

19

25 Anaacutelise Estatiacutestica 19

3 RESULTADOS 20

31 Sujeitos 20

32 Caracterizaccedilatildeo da Dor

321 Domiacutenios da Dor

322 Localizaccedilatildeo da Dor

323 Nuacutemero de Palavras Escolhidas e Iacutendice de Dor

20

20

21

22

33 Equiliacutebrio Estaacutetico

331 Aacuterea de deslocamento do COP

332 Velocidade meacutedia de oscilaccedilatildeo do COP

34 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios da Dor e Equiliacutebrio corporal

22

23

23

24

4 DISCUSSAtildeO 25

5 CONCLUSAtildeO 32

6 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 32

REFEREcircNCIAS 34

ANEXO I ndash QUENTIONAacuteRIO DE DOR MGILL 38

ANEXO II ndash PARECER DE APROVACcedilAtildeO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA 39

ANEXO III ndash NORMAS DE SUBMISSAtildeO DA REVISTA 41

APEcircNDICE I ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO 45

CARACTERIZACcedilAtildeO DA DOR E SUA RELACcedilAtildeO COM EQUILIacuteBRIO

POSTURAL EM ATLETAS DE GINAacuteSTICA RIacuteTMICA

CHARACTERIZATION OF PAIN AND YUOR RELATIONSHIP WITH POSTURAL

BALANCE IN RHYTHMIC GYMNASTICS ATHLETES

Tainara dos Santos Bomfimsup1 Paulo Maacutercio Pereira Oliveira2

sup1 Universidade Federal de Sergipe Campus Universitaacuterio Prof Antocircnio Garcia Filho Graduanda em

Fisioterapia ndash Lagarto SE Brasil

sup2 Universidade Federal de Sergipe Campus Universitaacuterio Prof Antocircnio Garcia Filho Professor

Adjunto do Departamento de Fisioterapia ndash Lagarto SE Brasil

Correspondecircncia

Tainara dos Santos Bomfim

Departamento de Fisioterapia de Lagarto da Universidade Federal de Sergipe (UFS)

Av Gov Marcelo Deda sn ndash Satildeo Joseacute CEP 49400-000 ndash LagartoSE

Telefone (79) 9 9806-7487

E-mail tainarabomfimyahoocombr

RESUMO

Introduccedilatildeo A Ginaacutestica Riacutetmica (GR) eacute um esporte de alta performance que exige de suas atletas

movimentos de grandes amplitudes articulares forccedila e uma boa coordenaccedilatildeo motora postural Aleacutem

disso em virtude da especificidade do gesto esportivo as ginastas satildeo expostas constantemente a

posturas e esforccedilos repetitivos repercutindo em lesotildees musculoesqueleacuteticas e consequentemente

em dor a qual pode afetar negativamente o equiliacutebrio corporal Objetivo caracterizar a dor

musculoesqueleacutetica em atletas de elite de GR Secundariamente comparar o equiliacutebrio postural

estaacutetico das ginastas com controles natildeo atletas bem como correlacionar o iacutendice de dor com o

equiliacutebrio nas atletas de GR Meacutetodos participaram da pesquisa 50 jovens do sexo feminino 25

ginastas compondo o grupo atleta (GA) e 25 natildeo atletas compondo o grupo controle (GC) As

voluntaacuterias foram submetidas agrave avaliaccedilatildeo da percepccedilatildeo dolorosa utilizando a versatildeo brasileira do

questionaacuterio de dor McGill (Br-MPQ) e do equiliacutebrio postural atraveacutes da estabilometria O estudo foi

aprovado pelo comitecirc de eacutetica (CAAE 61990516400005546) Resultados o GA manifestou

percepccedilatildeo dolorosa significativamente maior (plt0001) a dor nas atletas apresentou caracteriacutesticas

sensorial e avaliativa as regiotildees de maior queixa dolorosa foram a articulaccedilatildeo do quadril (52)

seguida do tornozelo-peacute (44) Na comparaccedilatildeo intergrupos do equiliacutebrio postural estaacutetico foi

observado maior deslocamento do COP no GA (16513 mmsup2 plusmn 148) em relaccedilatildeo ao GC (10212 mmsup2

plusmn 114) Nas correlaccedilotildees do equiliacutebrio com os domiacutenios da dor foi observada apenas uma correlaccedilatildeo

significativa entre a dor avaliativa e a VmCOP na direccedilatildeo mediolateral (r = 0414 p = 0040)

Conclusatildeo As atletas demonstram maior percepccedilatildeo dolorosa e menor equiliacutebrio postural estaacutetico

quando comparadas a controles natildeo atletas Entretanto possuem maior habilidade para

reestabelecer o controle postural Aleacutem disso a presenccedila da percepccedilatildeo dolorosa mostrou uma fraca

relaccedilatildeo poreacutem significativa com o controle postural em atletas de elite de GR

Descritores Ginaacutestica Equiliacutebrio Postural Dor Musculoesqueleacutetica

ABSTRACT

Introduction Rhythmic Gymnastics (RG) is a high performance sport that requires your movements of large amplitudes athletes strength and a good hand-eye coordination postural In addition due to the specificity of Sporting gesture the gymnasts are constantly exposed to repetitive strain and postures reverberating in musculoskeletal injuries and consequently in painwhich can negatively affect the body balance Objective to characterize the musculoskeletal pain in elite athletes of RG secondarily compare the static postural equilibrium of the gymnasts with non-athletes controls as well

as correlate the pain index with the equilibrium in the athletes of RG Methods Participated in the

survey 50 female youth 25 gymnasts composing the Athlete Group (AG) and 25 non-athletes composing the Control Group (CG) The volunteers were subjected to the evaluation of the painful perception using the Brazilian version of the McGill Pain Questionnaire (BR-MPQ) and the posture equilibrium through the Estabilometria The study was approved by the Ethics Committee (CAAE 61990516400005546) Results The AG manifested significantly greater painful perception (p lt 0001) The pain in athletes presented sensory and evaluative characteristics The most painfully complaining regions were the hip joint (52) followed by ankle-foot (44) In the intergroup comparison of the static posture equilibrium was observed greater displacement of the COP in the AG (16513 mm sup2 plusmn 148) relative to the CG (10212 mm sup2 plusmn 114) In the correlations of equilibrium with the domains of pain it was observed only a significant correlation between the evaluative pain and the VmCOP in the direction mediolateral (r = 0414 p = 0040) Conclusion Athletes demonstrate greater painful perception and lower posture static equilibrium when compared to non-athletes controls However they possess greater ability to reestablish posture control Moreover the presence of painful perception showed a weak but significant relationship with the posture control in elite athletes of Gr

keywords Gymnastics Postural Balance Musculoskeletal Pain

16

1 INTRODUCcedilAtildeO

A Ginaacutestica Riacutetmica (GR) eacute uma modalidade esportiva que exige de seus

atletas forccedila flexibilidade e coordenaccedilatildeo motora para a realizaccedilatildeo de movimentos

corporais de danccedila combinados com a manipulaccedilatildeo de pequenos equipamentos1 2

Desse modo para a correta execuccedilatildeo de seus movimentos durante treinos e

competiccedilotildees torna-se imprescindiacutevel a manutenccedilatildeo do equiliacutebrio e controle postural

protegendo o sistema neuromuscular de lesotildees1 34

Geralmente os atletas de alto rendimento como as ginastas satildeo submetidos

a altos volumes e intensidades de treinamento comprometendo a biomecacircnica

devido agrave alteraccedilotildees compensatoacuterias na execuccedilatildeo do gesto esportivo as quais

repercutem no aparecimento de lesatildeo e dor5-7 Diante disso acredita-se que a

presenccedila de dor possa afetar negativamente o equiliacutebrio postural de atletas

Vaacuterios autores abordam a importacircncia da manutenccedilatildeo do equiliacutebrio na praacutetica

esportiva289 Entretanto a estabilidade corporal em atletas pode variar de acordo

com as exigecircncias especiacuteficas da modalidade praticada10 Comumente atletas de

alto niacutevel que dependem da estabilidade postural para execuccedilatildeo da praacutetica

esportiva como na ginaacutestica riacutetmica aprendem a elevar o limiar sensoriomotor por

estimulaccedilatildeo dos seus proprioceptores tendo uma ativaccedilatildeo muscular mais raacutepida em

resposta agraves perturbaccedilotildees do equiliacutebrio11 12

Todavia alguns fatores podem interferir no controle postural destacando-se a

dor musculoesqueleacutetica4913 Sabe-se que a presenccedila da percepccedilatildeo dolorosa em

qualquer parte do segmento corporal eacute o primeiro indicador da existecircncia de lesatildeo

tecidual14 Desta forma pesquisas comprovam que em populaccedilotildees ativas com

lesotildees musculoesqueleacuteticas foram observados deacuteficits de controle postural121516

Em vista disso a dor musculoesqueleacutetica eacute uma das principais causas que podem

afetar o equiliacutebrio corporal em ginastas de alto rendimento levando agrave diminuiccedilatildeo da

funcionalidade da qualidade de vida e consequentemente agrave perda da performance

desportiva913 Esta eacute considerada uma experiecircncia multidimensional e subjetiva17 18

portanto torna-se uma variaacutevel difiacutecil de ser avaliada principalmente em atletas

17

Atualmente existe diversos estudos cientiacuteficos sobre o comportamento do

estiacutemulo doloroso e do equiliacutebrio corporal na performance esportiva e na prevenccedilatildeo

de lesotildees em atletas de elite5-81920 Poreacutem satildeo raras as investigaccedilotildees sobre a

caracterizaccedilatildeo da dor e do equiliacutebrio corporal em atletas de ginaacutestica riacutetmica Bem

como descriccedilatildeo da relaccedilatildeo da dor na estabilidade postural em atletas de alto

rendimento em qualquer que seja o esporte praticado e articulaccedilatildeo testada

O presente estudo tem como objetivo primaacuterio caracterizar a dor

musculoesqueleacutetica em atletas de elite de Ginaacutestica Riacutetmica Secundariamente

comparar o equiliacutebrio postural estaacutetico das ginastas com controles natildeo atletas bem

como correlacionar o iacutendice de dor com o equiliacutebrio nas atletas de GR

2 MEacuteTODOS

21 Delineamento do Estudo

Trata-se de um estudo analiacutetico do tipo observacional com um corte

transversal controlado e mascaramento aberto

22 Sujeitos

A amostra foi composta de 50 sujeitos unicamente do sexo feminino

coletados por conveniecircncia Os sujeitos foram divididos em dois grupos Grupo

Atleta (GA) (25 sujeitos) recrutados na Confederaccedilatildeo Brasileira de Ginaacutestica

AracajuSergipeBrasil e Grupo Controle (GC) (25 sujeitos) selecionados no Coleacutegio

Polivalente LagartoSergipeBrasil e pareados por peso Iacutendice de Massa Corporal

(IMC) e idade

Os criteacuterios de inclusatildeo dos sujeitos submetidos agrave pesquisa e alocados no

GA foram (1) ter sido aprovada na seletiva para o ingresso na seleccedilatildeo brasileira de

ginaacutestica riacutetmica (SBGR) (2) tempo de praacutetica no esporte superior a cinco anos com

4 horas diaacuterias ou mais de treino Para os sujeitos incluiacutedos no GC foram

obedecidos os seguintes criteacuterios (1) IMC le 25 (2) idade entre 14 e 24 anos (3)

ausecircncia de poacutes-ciruacutergicos anteriores Os sujeitos em ambos os grupos foram

excluiacutedos caso apresentassem (1) sequela de doenccedilas do sistema nervoso central

(2) diabetes mellitus ou pressatildeo arterial natildeo controlada (3) inaptidatildeo para seguir

18

ordens ou compreender as ferramentas de mensuraccedilatildeo do estudo (4) histoacuteria de

comprometimento visual auditivo eou do sistema vestibular (5) natildeo falar e

compreender o idioma portuguecircs (6) uso de faacutermacos inibidores ou estimulantes do

sistema nervoso central

23 Procedimentos de avaliaccedilatildeo

Inicialmente foram avaliados dados antropomeacutetricos como peso medido

atraveacutes de balanccedila analoacutegica (Camryreg) calibrada pelo Inmetro (Instituto Nacional de

Metrologia Normalizaccedilatildeo e Qualidade Industrial) e altura mensurada por meio de

fita meacutetrica natildeo-flexiacutevel (Tramontinareg) Em seguida os sujeitos receberam

informaccedilotildees sobre os objetivos da pesquisa instrumentos utilizados comandos

verbais a serem atendidos e demais procedimentos A partir da seleccedilatildeo das

voluntaacuterias iniciou-se a coleta dos dados realizada em duas etapas

231 Avaliaccedilatildeo da Dor

Para registro da percepccedilatildeo da dor foi aplicada a versatildeo brasileira do

questionaacuterio de Dor McGill (Br-MPQ) Trata-se de um instrumento para avaliaccedilatildeo de

dor em uma perspectiva multidimensional o qual possibilita o fornecimento de um

conhecimento amplo sobre a caracterizaccedilatildeo e percepccedilatildeo do estiacutemulo doloroso em

quatro dimensotildees (sensorial afetiva avaliativa e miscelacircnea)1718 As voluntaacuterias

foram instruiacutedas primeiramente a identificar em um diagrama corporal no

questionaacuterio a localizaccedilatildeo da sua dor quando presente Posteriormente foram

orientadas a selecionar em cada subgrupo do questionaacuterio uma palavra que melhor

expressasse a experiecircncia com a dor relatada previamente Deixando claro que natildeo

era obrigatoacuteria a escolha de palavras em todas as dimensotildees O resultado final do

Br-MPQ usado para anaacutelise foi expresso pelo nuacutemero de palavras escolhidas (NWC)

e pelo iacutendice de dor (PRI) caracterizado pela somatoacuteria dos valores de intensidade

dos descritores escolhidos

232 Avaliaccedilatildeo Estabilomeacutetrica

A estabilometria foi realizada com os sujeitos posicionados sobre uma

plataforma de forccedila sendo orientado a manter o olhar adiante num ponto fixado na

parede e de modo consciente transferir o peso corporal da maneira mais

19

homogecircnea possiacutevel entre os membros inferiores Foram realizados trecircs registros

com os olhos abertos As variaacuteveis analisadas foram a aacuterea da elipse do centro de

oscilaccedilatildeo de pressatildeo (ACOP) e a velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo pressatildeo

(VmCOP) do baricentro corporal nas direccedilotildees anteroposterior (AP) e mediolateral

(ML)

A distribuiccedilatildeo consciente do peso foi registrada atraveacutes de um

baropodocircmetro da marca Arquipeacutelagoreg (Footwork Satildeo Paulo Satildeo Paulo Brasil)

que consiste em um sistema de plataforma interligada a um computador para

mensurar as pressotildees exercidas pelos peacutes atraveacutes do sistema de aquisiccedilatildeo

computadorizada das pressotildees (ACP) A plataforma utilizada possui dimensotildees 700

X 600 mm com uma superfiacutecie ativa de 475 X 430 mm com 2544 sensores Esta foi

conectada a um computador com processador 62G HV 04 GB de memoacuteria RAM

disco riacutegido 500 GB e software footwork o qual analisou os dados captados Para

esses registros ortostaacuteticos foi utilizada a frequecircncia de aquisiccedilatildeo dos dados de 05

Hz coletando com isso 100 leituras em cada avaliaccedilatildeo O tempo de registro foi de

15 segundos com um intervalo de 30 segundos entre as avaliaccedilotildees

24 Aspectos Eacuteticos

O estudo foi submetido e aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica e Pesquisa com

Seres Humanos da Universidade Federal de Sergipe (CAAE

61990516400005546) Todos os voluntaacuterios assinaram o Termo de Consentimento

Livre e Esclarecido (TCLE) Todos os sujeitos que participaram da pesquisa foram

avisados que poderiam desistir da participaccedilatildeo a qualquer momento sem nenhum

preuizo aos mesmos

25 Anaacutelise Estatiacutestica

As variaacuteveis numeacutericas foram testadas quanto agrave distribuiccedilatildeo de normalidade

por meio do teste de Shapiro-Wilk Para anaacutelise das amostras parameacutetricas foi

utilizado o teste T- Student e para as amostras natildeo parameacutetricas foi utilizado o teste

de Mann-Whitney para identificar diferenccedilas intergrupos Os dados gerais foram

apresentados em meacutedia e erro padratildeo da meacutedia (EPM) bem como frequecircncia

absoluta (FA) e relativa (FR) Para anaacutelise das correlaccedilotildees entre as variaacuteveis

pesquisadas aplicou-se o teste de Spearman A significacircncia foi estipulada em cinco

20

por cento (p le 005) Para todas as anaacutelises foi utilizado o programa GraphPad Prism

(Versatildeo 601)

3 RESULTADOS

31 Sujeitos

Cinquenta indiviacuteduos concluiacuteram o estudo vinte e cinco voluntaacuterias foram

alocadas no grupo atleta e controle respectivamente As variaacuteveis idade peso

altura e IMC natildeo foram significativamente diferentes entre os grupos A tabela 1

conteacutem as caracteriacutesticas demograacuteficas e antropomeacutetricas dos grupos de estudo

Tabela 1 Caracteriacutesticas demograacuteficas e antropomeacutetricas da amostra

GA grupo atleta GC grupo controle Valores expressos como meacutedia plusmn erro padratildeo da meacutedia O valor de p

corresponde agrave comparaccedilatildeo entre o grupo atleta (n=25) e o grupo controle (n=25)

32 Caracterizaccedilatildeo da Dor

321 Domiacutenios da Dor

Aproximadamente setenta por cento do grupo controle (68) natildeo apresentou

descriccedilatildeo para a sensibilidade dolorosa em nenhum dos domiacutenios avaliados No

grupo atleta foi observado que 24 (96) apresentaram dor de caracteriacutestica

sensorial 19 voluntaacuterias (76) afetiva 24 sujeitos (96) avaliativa e 19 (76)

miscelacircnea

Ao comparar as atletas com o grupo controle observou diferenccedila significativa

com um aumento da dor descrita em todos os domiacutenios avaliados sensorial (1344 plusmn

Caracteriacutesticas

GRUPOS

GA GC P

Idade (anos) 2016 plusmn 068 2091 plusmn 065 0560

Peso (Kg) 5128 plusmn 10 5064 plusmn 109 1481

Altura (m) 164 plusmn 0011 163 plusmn 0009 0372

IMC (Kgm2) 1864 plusmn 03 1938 plusmn 0436 0533

21

146 plt0001) afetivo (264 plusmn 053 plt0001) avaliativo (236 plusmn 028 plt0001) e

miscelacircnea (376 plusmn 064 plt0001) (Tabela 2)

Tabela 2 Domiacutenios da dor entre os grupos da pesquisa

Tabela 2 Escores obtidos atraveacutes do questionaacuterio de dor McGill entre o grupo atleta (n=25) e o grupo controle

(n=25) Os valores foram apresentados como frequecircncia absoluta (FA) e relativa (FR) (porcentagem) SL

Sensorial AV Avaliativa AF Afetiva M Miscelacircnea GA grupo atleta GC grupo controle plt005 GA X GC

plt001 GA X GC plt0001 GA X GC A anaacutelise de variaacuteveis categoacutericas foi realizada por meio do teste

Mann-Whitney

322 Localizaccedilatildeo da Dor

Aproximadamente sessenta e oito por cento do grupo controle apresentou

nenhum local de intensidade dolorosa Em contra partida no grupo atleta seis (24)

das ginastas relataram sentir dor em pelo menos uma articulaccedilatildeo do corpo e

dezenove (76) apresentaram intensidade dolorosa em mais de uma articulaccedilatildeo

Foi observado no grupo atleta que em 13 (52) das atletas a articulaccedilatildeo do quadril

apresentou-se com maior prevalecircncia A segunda articulaccedilatildeo de maior sensibilidade

relatada pelo GA foi o peacute em 11 (44) (Tabela 3)

Tabela 3 Prevalecircncia e localizaccedilatildeo de dor entre os grupos da pesquisa

Domiacutenios Grupo Atleta (GA) Grupo Controle (GC) P

FA (n) FR () FA (n) FR ()

Sensorial (SL) 24 96 8 32 00001

Afetiva (AF) 19 76 4 16 00001

Avaliativa (AV) 24 96 8 32 00001

Miscelacircnea (M) 19 76 6 24 00005

Caracteriacutesticas Grupo Atleta (GA) Grupo Controle (GC)

FA (n) FR () FA (n) FR ()

Sentem dor 25 100 8 32

22

Tabela 3 Prevalecircncia e distribuiccedilatildeo corporal da dor entre o grupo atleta (n=25) e o grupo controle (n=25) Os

valores foram apresentados como frequecircncia absoluta (FA) e relativa (FR) (porcentagem) GA grupo atleta GC

grupo controle

323 Nuacutemero de Palavras Escolhidas e Iacutendice de Dor

No grupo atleta o nuacutemero de palavras escolhidas (NWC) foi significativamente

maior (1076 plusmn 106) ao comparar com o grupo controle (220 plusmn 075 plt0001)

Similarmente aos resultados encontrados para o NWC tambeacutem foi observado um

aumento significativo do iacutendice de dor (PRI) no grupo atleta (2220 plusmn 242) em

relaccedilatildeo ao grupo controle (484 plusmn 165 plt0001) A figura 1 demonstra a

comparaccedilatildeo entre os grupos para o Iacutendice de dor e nuacutemero de palavras escolhidas

Dor em uma articulaccedilatildeo 6 24 7 28

Dor em mais de uma articulaccedilatildeo

19 76 1 4

Dor no Quadril 13 52 0 0

Dor no Peacute 11 44 1 4

Dor no Joelho 7 28 1 4

Dor na Coluna 5 20 4 16

23

Figura 1 Nuacutemero de palavras escolhidas e Iacutendice de dor verificado por meio do questionaacuterio de dor de McGill

entre o grupo atleta (n=25) e o grupo controle (n=25) NWC nuacutemero de palavras escolhidas PRI iacutendice de dor

GA grupo atleta GC grupo controle plt005 GA X GC plt001 GA X GC plt0001 GA X GC A anaacutelise de

variaacuteveis categoacutericas foi realizada por meio do teste Mann-Whitney

33 Equiliacutebrio Estaacutetico (Estabilometria)

331 Aacuterea de deslocamento do COP (ACOP)

Nas comparaccedilotildees intergrupos foi observada uma reduccedilatildeo significativa do

equiliacutebrio no grupo atleta (plt005) Verificou-se que as ginastas apresentaram maior

deslocamento do COP (16513 mmsup2 plusmn 148 p= 0002) em relaccedilatildeo ao grupo controle

(10212 mmsup2 plusmn 114 p= 0002) A figura 2 demonstra a comparaccedilatildeo da aacuterea do

deslocamento do COP entre os grupos

Figura 2 Aacuterea da elipse do centro de pressatildeo do baricentro corporal entre o grupo atleta (n=25) e o grupo

controle (n=25) ACOP aacuterea do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo GA grupo atleta GC grupo controle plt005 GA X GC plt001 GA X GC plt0001 GA X GC A anaacutelise de variaacuteveis categoacutericas foi realizada por meio do teste Mann-Whitney

332 Velocidade meacutedia de oscilaccedilatildeo do COP (VmCOP)

A velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo do baricentro do corpo foi

significativamente maior na direccedilatildeo AP no grupo atleta (1110 mms plusmn 0049 p=003)

quando comparada ao grupo controle (0997 mms plusmn 0091 p=003) Paralelamente

24

a velocidade meacutedia do COP na direccedilatildeo ML tambeacutem foi significativamente maior no

grupo atleta (0845 mms plusmn 0042 plt0001) em relaccedilatildeo ao grupo controle (0508

mms plusmn 0065 plt0001) (Figura 3)

Figura 3 Velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo do baricentro corporal entre o grupo atleta (n=25)

e o grupo controle (n=25) COP centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo AP anteroposterior ML mediolateral GA grupo atleta GC grupo controle plt005 GA X GC plt001 GA X GC plt0001 GA X GC A anaacutelise de variaacuteveis categoacutericas foi realizada por meio do teste Mann-Whitney

34 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios da dor e equiliacutebrio postural

Foi apenas visualizada uma correlaccedilatildeo de fraca a moderada positiva com

significacircncia estatiacutestica entre o domiacutenio de dor avaliativa (236 plusmn 028) e velocidade

meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo na direccedilatildeo mediolateral (AV 0845mms plusmn

0042 r = 0414 p = 0040) Natildeo houve correlaccedilatildeo significativa entre todos os outros

domiacutenios avaliados e a velocidade meacutedia do COP na direccedilatildeo ML (S 0845mms plusmn

0042 r = 023 p gt 0914 AF 0845mms plusmn 0042 r = 085 p = 0687 M 0845mms

plusmn 0042 r = 0049 p = 0816) Bem como entre todos os domiacutenios e a velocidade

meacutedia do COP na direccedilatildeo anteroposterior (S 1110mms plusmn 0049 r = 0009 p =

0967 AF 1110mms plusmn 0049 r = 0216 p = 0299 AV 1110mms plusmn 0049 r =

020 p = 0925 M 1110mms plusmn 0049 r = 0138 p = 0510) e entre todos os

domiacutenios e a aacuterea de deslocamento do COP (S 16513mmsup2 plusmn 148 r = 0044 p =

0836 AF 16513mmsup2 plusmn 148 r = 0165 p = 0431 AV 16513mmsup2 plusmn 148 r = 0220

p gt 0291 M 16513mmsup2 plusmn 148 r = 0180 p = 0390) (Figura 4)

25

Figura 4 Correlaccedilatildeo de Spearman entre dor avaliativa e velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo (VmCOP) do baricentro corporal (A) Forccedila de correlaccedilatildeo de Spearman (r = 0414 p = 0040) entre a dor

avaliativa (AV) (236 plusmn 028) e a velocidade meacutedia do COP na direccedilatildeo mediolateral (0845 mms plusmn 0042) no grupo atleta (B) Forccedila de correlaccedilatildeo de Spearman (r = 0063 p = 0765) entre a dor avaliativa (AV) (060 plusmn

021) e a velocidade meacutedia do COP na direccedilatildeo mediolateral (0508 mms plusmn 0065) no grupo controle Os valores foram apresentados como meacutedia plusmn erro padratildeo da meacutedia

4 Discussatildeo

Os resultados desta pesquisa demonstraram que atletas de elite de ginaacutestica

riacutetmica manifestam maior percepccedilatildeo dolorosa que controles natildeo praticantes de

esporte a niacutevel competitivo Isto pode estar relacionado a trecircs principais fatores que

podem contribuir de forma direta para a maior prevalecircncia de dor nessas atletas

destacando o iniacutecio precoce na praacutetica da modalidade os altos volumes e

intensidade dos treinos e a grande quantidade de repeticcedilotildees dos gestos esportivos

com alta predominacircncia de saltos e posturas estaacuteticas De acordo com os nossos

resultados Sabeti et al21 realizaram estudo com 218 ginastas de diferentes

nacionalidades no campeonato europeu de GR utilizando a escala visual analoacutegica

(EVA) para registro da intensidade dolorosa Os resultados encontrados foi que as

atletas tecircm uma maior intensidade dolorosa (72) que controles natildeo praticantes de

esporte competitivo

Paralelamente a literatura cientifica relata que o tempo de inicio da praacutetica

esportiva o niacutevel competitivo e o volumeintensidade dos treinos destas atletas satildeo

fatores preditivos para um maior desenvolvimento de lesatildeo e dor em atletas de GR

Shigaki et al4 apontam que o risco e intensidade de lesatildeo estatildeo fortemente

26

relacionados com o aumento da idade e do niacutevel competitivo Da mesma forma

Vanderlei et al22 e Oliveira et al23 afirmam que quanto mais elevada a categoria do

atleta maior seraacute o tempo e a intensidade do treinamento consequentemente maior

a exposiccedilatildeo aos esforccedilos musculoesqueleacuteticos durante treinamento eou

competiccedilotildees Deste modo Oliveira et al23 em seu estudo avaliaram 25 atletas de

GR de diferentes categorias etaacuterias e encontraram que a maioria das atletas

apresentaram algum tipo de lesatildeo ocasionada pelos treinos Desta forma autores

relatam que a formaccedilatildeo dessas atletas influencia na incidecircncia e intensidade

dolorosa de lesotildees por overuse21 24 Tais lesotildees geralmente ocorrem quando a

frequecircncia dos exerciacutecios aumenta enquanto a intensidade eacute mantida23 Estando de

acordo com os nossos resultados Kolar et al25 em estudo realizado com 63 atletas

da ginaacutestica artiacutestica e riacutetmica de ambos os sexos concluiacuteram que a maacute teacutecnica

meacutetodos improacuteprios de ensino e carga inadequada durante os treinos foram

associados com o surgimento de dor e lesotildees nessa populaccedilatildeo

Contrariamente aos nossos resultados Muller et al26 realizaram um estudo

investigativo do desenvolvimento de dor lombar em atletas adolescentes em relaccedilatildeo

ao sexo e tipo de esporte praticado Foram avaliados 321 atletas sem dor lombar em

um primeiro momento e apoacutes dois anos os mesmo atletas foram reavaliados para

verificar a incidecircncia de dor lombar Apenas 10 da amostra foram categorizados

com dor lombar Aleacutem disso antropometria e caracteriacutesticas de formaccedilatildeo do esporte

natildeo demonstraram influecircncia significativa na dor lombar levando os autores a

concluiacuterem que o esporte de alto rendimento natildeo induz dor lombar em atletas

adolescentes

No nosso estudo utilizamos para avaliaccedilatildeo da percepccedilatildeo dolorosa em ambos

os grupos o questionaacuterio de dor McGill Este apresentou-se como uma ferramenta

de faacutecil execuccedilatildeo baixo custo e com alta sensibilidade e confiabilidade para uma

caracterizaccedilatildeo multidimensional da dor na populaccedilatildeo estudada Diferenciados

meacutetodos de investigaccedilatildeo da dor podem ser encontrados em um crescente numero

de publicaccedilotildees cientificas sobre o estudo da percepccedilatildeo e intensidade dolorosa

Goubert et al27 utilizaram a algometria de pressatildeo para comparar a avaliaccedilatildeo

sensorial quantitativa da dor de pacientes com dor lombar em diferentes niacuteveis de

cronicidade comparando a controles saudaacuteveis e pacientes com fibromialgia

Diferentemente Sabeti et al21 Arliani et al28 e Hoskins et al29 utilizaram em suas

27

pesquisas a escala visual analoacutegica (EVA) para registrar a intensidade dolorosa de

atletas em diferentes modalidades Ambos satildeo considerados meacutetodos

unidimensionais utilizados com o objetivo de quantificar a magnitude da dor dentro

de um perfil somatosensorial

Por outro lado diversas pesquisas utilizam o questionaacuterio McGill (MPQ) como

instrumento multidimensional para avaliar a dor e conhececirc-la de forma ampla em

diferentes modelos de estudos e em diversas populaccedilotildees Ngamkham et al30

realizaram revisatildeo sistemaacutetica sobre a avaliaccedilatildeo da dor com McGill em pacientes

com cacircncer demonstrando que o MPQ eacute comumente usado nessa populaccedilatildeo para

mensurar a intensidade e qualidade da dor pois fornece informaccedilotildees sobre

possiacuteveis locais da doenccedila magnitude da dor bem como a eficaacutecia do tratamento e

intervenccedilatildeo submetidos Da mesma forma Bermudez et al31 avaliaram pacientes

diagnosticados com DTM moderada e severa para discriminar e comparar a queixa

dolorosa de acordo com a severidade da doenccedila Pode-se concluir com o estudo

que o MPQ foi capaz de diferenciar o padratildeo temporal da dor a localizaccedilatildeo de maior

queixa dolorosa e a intensidade da dor em portadores de DTM

As diferenccedilas metodoloacutegicas utilizadas corroboram o fato de a dor ser uma

experiecircncia complexa e subjetiva que varia em qualidade intensidade sensorial e

em caracteriacutesticas afetivo-motivacionais Pois a mesma envolve vaacuterias dimensotildees e

pode ser influenciada por infinitos estiacutemulos intriacutensecos e extriacutensecos32 33 Assim

cabe a utilizaccedilatildeo de diferentes meacutetodos uni e multidimensionais para uma avaliaccedilatildeo

precisa considerando a natureza da dor e suas caracteriacutesticas

De acordo com os resultados do nosso estudo foi visualizado que as atletas

de elite de GR apresentam diferentes caracteriacutesticas de percepccedilatildeo do estiacutemulo

doloroso em comparaccedilatildeo aos controles destacando dores com perfil sensorial e

avaliativo Acreditamos que os atletas de alto rendimento apresentam-se com

alteraccedilotildees do imputs neurosensorial em virtude da constante presenccedila e

intensidade das dores sentidas pela a sua praacutetica desportiva Isto pode repercutir em

mudanccedilas na interpretaccedilatildeo da dor sentida em seu corpo fiacutesico devido agrave influecircncia

de fatores emocionais sociais e hormonais que satildeo comuns em mulheres atletas

Em vista disso sabe-se que o domiacutenio sensorial e avaliativo representam as

28

impressotildees fiacutesicas desse estiacutemulo doloroso aacutelgico e uma auto-avaliaccedilatildeo da sua dor

respectivamente34

Segundo Pimenta e Texeira18 as diferenccedilas na estratificaccedilatildeo da dor se

justificam pelo fato das interpretaccedilotildees de informaccedilotildees cognitivas serem

condicionadas por experiecircncias preacutevias em diferentes momentos do estiacutemulo da dor

gerando respostas variadas agrave experiecircncia dolorosa por ser um processo

individualizado Aleacutem disso a dor eacute uma experiecircncia complexa descrita em termos

de caracteriacutesticas sensoriais afetivo-motivacionais cognitivas e comportamentais

Desta forma o resultado de uma avaliaccedilatildeo da percepccedilatildeo dolorosa pode depender

de qual dimensatildeo da dor esteja sendo vivenciada no momento da avaliaccedilatildeo por

cada indiviacuteduo14

Hoskins et al29 utilizaram a escala visual analoacutegica (EVA) e o questionaacuterio

McGill para comparar a intensidade e a qualidade de dor lombar entre atletas de

elite amadores e natildeo atletas Foram observadas diferenccedilas significativas entre os

grupos mostrando que os atletas de elite apresentaram intensidade de dor mais

alta assim como escolheram com mais frequecircncia palavras das categorias sensorial

e afetiva De forma semelhante a nossa pesquisa o domiacutenio sensorial apresentou o

maior iacutendice de dor e maior frequecircncia de palavras escolhidas Tal fato possa ser

justificado por esse ser o domiacutenio de maior representatividade no questionaacuterio

agregando termos de qualidades sensitivas dor18 Poreacutem a dimensatildeo afetiva natildeo foi

evidenciada com maior frequecircncia no presente estudo Esta representa um estado

emocional o qual pode ser traduzido por percepccedilotildees de cansaccedilo sentimentos de

medo e puniccedilatildeo assim como reaccedilotildees autonocircmicas34 Reading32 e Pimenta e

Teixeira18 em seus estudos relataram que os pacientes que sentem dores de

caracteriacutestica aguda preferem descritores da categoria sensorial Por outro lado

indiviacuteduos que sentem dor crocircnica usualmente tendem a selecionar mais

descritores da categoria afetiva levando em conta fenocircmenos cognitivo de

antecipaccedilatildeo memoacuteria atenccedilatildeo e experiecircncia anterior

Os resultados desta pesquisa demonstraram que a regiatildeo com maior

prevalecircncia de queixa dolorosa em atletas de elite de GR foi a articulaccedilatildeo do quadril

com aproximadamente cinquenta e dois por cento das queixas Isto pode estar

relacionado ao fato da articulaccedilatildeo do quadril ser responsaacutevel pela absorccedilatildeo de

29

grandes cargas compressivas durante a fase de aterrissagem dos saltos o qual eacute

um movimento especiacutefico do esporte Aleacutem disso no quadril estaacute localizado o centro

de gravidade do corpo assim as cargas que satildeo geradas ou transmitidas por essa

regiatildeo geram influecircncia no desempenho esportivo Desse modo pesquisas

cientiacuteficas relatam sobre a importacircncia da forccedila dos muacutesculos estabilizadores do

quadril no surgimento e desenvolvimento de dores nesta articulaccedilatildeo4 35 Steinberg et

al36 realizaram uma analise sistemaacutetica do desempenho da musculatura do quadril

no desenvolvimento de lesotildees no membro inferior e encontraram que a diminuiccedilatildeo

da funccedilatildeo dos muacutesculos do quadril associada a cargas repetitivas no membro

inferior pode aumentar o risco de lesotildees no joelho e em todo o membro

De forma contraacuteria aos nossos resultados Guiotte et al2 Sabeti et al21 e

Oliveira et al23 avaliaram ginastas de diferentes categorias e relataram que a regiatildeo

anatocircmica de queixa dolorosa mais prevalente na praacutetica da GR eacute a coluna lombar

seguida do tornozelo e joelho De acordo com Anderson et al37 a dor no quadril e

na virilha em atletas ocorrem com menor frequecircncia que lesotildees das extremidades do

membro inferior Ratificando esses autores Tschopp et al38 defendem que as

lesotildees do quadril satildeo menos comuns poreacutem satildeo mais difiacuteceis de serem

diagnoacutesticadas Pois as consideraccedilotildees anatocircmicas e biomecacircnicas para lesotildees

nesta regiatildeo estatildeo entre as mais complexas do sistema muacutesculo-esqueleacutetico

Por outro lado os nossos resultados demonstraram que a segunda

articulaccedilatildeo mais prevalente em relaccedilatildeo agrave queixa dolorosa pela praacutetica de GR em

atletas de elite foi o tornozelo-peacute (44) Tal fato se justifica por alguns fatores como

sobrecarga excessiva nos muacutesculos intriacutensecos do peacute os quais satildeo responsaacuteveis

pela formaccedilatildeo do arco plantar existecircncia de compressotildees excessivas nos

segmentos oacutesseos devido ao processo de absorccedilatildeo de impacto nos saltos aleacutem da

necessidade de manutenccedilatildeo da postura do tornozelo-peacute em flexatildeo plantar por

tempos prolongados

De acordo com Han et al39 o complexo do tornozelo-peacute na maioria das

atividades esportivas eacute a uacutenica parte do corpo que estaacute em contato com solo

Assim a propriocepccedilatildeo do tornozelo contribui de forma extremamente significativa

para o controle do equiliacutebrio pois fornece informaccedilotildees que permitem o ajuste de

posiccedilotildees e movimentos dos membros para realizaccedilatildeo das tarefas motoras

30

complexas exigidas no esporte de elite Saito et al12 em sua pesquisa ao avaliarem

atletas com e sem lesatildeo no tornozelo observaram que as lesotildees no tornozelo aleacutem

de causar alteraccedilotildees musculares e osteocinemaacuteticas promovem de forma direta

repercussotildees negativas no controle neuromuscular da articulaccedilatildeo predispondo-a aacute

episoacutedios recidivantes em virtude do comprometimento do feedback neurosensorial

afetando o controle postural e consequentemente o desempenho nas atividades

motoras

De acordo com os dados obtidos no nosso estudo foi observada nas atletas

uma maior aacuterea de deslocamento do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo (COP) do

corpo demonstrando um menor equiliacutebrio estaacutetico das ginastas ao comparar com

controles natildeo atletas Isto pode estar relacionado a uma maior intensidade e

presenccedila do estiacutemulo doloroso no corpo das atletas e a intensa quantidade de

repeticcedilotildees dos exerciacutecios de forma assimeacutetrica pela preferecircncia do membro

dominante Desse modo diversas pesquisas relatam que a presenccedila da dor pode

aumentar a aacuterea do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo (ACOP) produzindo uma piora

do equiliacutebrio corporal4 12 15 16 Lin et al16 e Shigaki et al4 em seus estudos avaliaram

o equiliacutebrio de atletas comparando trecircs grupos atletas com lesatildeo atletas sem lesatildeo

e natildeo atletas Evidenciaram que atletas com lesatildeo apresentaram maior oscilaccedilatildeo do

centro de pressatildeo comparado a indiviacuteduos natildeo atletas e atletas sem lesatildeo Poreacutem

quando comparados atletas sem lesatildeo com indiviacuteduos natildeo atletas natildeo foi observado

diferenccedila significativa

Ao mesmo tempo em nosso estudo foi encontrado uma velocidade meacutedia do

COP maior no grupo atleta em ambas as direccedilotildees ao comparar com controles natildeo

atletas Sendo a velocidade meacutedia do COP maior no plano sagital (anteroposterior)

em relaccedilatildeo ao plano frontal (meacutediolateral) Isto ocorre porque as atletas apresentam

uma resposta neuromuscular mais raacutepida para recuperaccedilatildeo da estabilidade do corpo

adquirida pelo treinamento esportivo essencialmente no plano sagital em que as

estrateacutegias posturais para recuperaccedilatildeo do equiliacutebrio satildeo mais efetivas

Diversos estudos publicados na literatura abordam a habilidade do controle

postural em atletas2 8-12 Matsuda et al10 relatam que atletas tecircm capacidade de

equiliacutebrio dinacircmico superior quando comparados a indiviacuteduos natildeo atletas Da

mesma forma Merlo et al11 acreditam a praacutetica de esportes produz adaptaccedilotildees que

31

ou desenvolvimento de consciecircncia de estrateacutegias posturais natildeo evidenciadas em

sujeitos natildeo praticantes de atividade esportiva

Os resultados encontrados por meio desse estudo mostraram que a dor em

sua dimensatildeo avaliativa apresentou relaccedilatildeo significativa com a velocidade meacutedia do

centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo do corpo na direccedilatildeo mediolateral Tal fato evidencia

que a percepccedilatildeo do estiacutemulo doloroso interfere de maneira significativa na

habilidade do atleta em reestabelecer a estabilidade postural apoacutes perturbaccedilatildeo do

equiliacutebrio em postura estaacutetica Prejudicando o desempenho atleacutetico na modalidade

uma vez que as atletas dependem da estabilidade postural para execuccedilatildeo da praacutetica

esportiva Alguns autores relatam a influecircncia da dor e fatores psicoemocionais na

performance e desempenho de atletas de alto rendimento Couto e Pedroni40

avaliaram a relaccedilatildeo da queixa e limiar doloroso com incidecircncia de lesatildeo em

bailarinas claacutessicas Os resultados do estudo mostraram que houve relaccedilatildeo

significativa entre as regiotildees de lesatildeo com a dor evidenciando que a dor estaacute

diretamente relacionada com o surgimento de lesatildeo nessa populaccedilatildeo Dore e

Guerra41 em seu estudo investigaram a prevalecircncia e fatores associados agrave

sintomatologia dolorosa em bailarinos profissionais utilizando a versatildeo brasileira do

questionaacuterio McGill e Inventaacuterio para dor de Wisconsin Foram verificadas

correlaccedilotildees positivas com significacircncia entre o grau de intensidade dolorosa e

atividades diaacuterias sono humor e relacionamento pessoal

O presente estudo sinaliza uma relaccedilatildeo da presenccedila do estiacutemulo doloroso

com o equiliacutebrio postural As alteraccedilotildees no equiliacutebrio corporal tecircm sido muito

estudadas em diferentes populaccedilotildees assim como o comportamento da dor e lesotildees

no desempenho de atletas de diferentes niacuteveis competitivos e modalidades

esportivas Corroborando com nossa pesquisa Meardon et al15 defendem que a

presenccedila de lesatildeo e dor em atletas pode afetar negativamente o equiliacutebrio corporal

Em sua pesquisa examinou controle postural dinacircmico em corredores lesionados

com dor e sem lesatildeo usando o Star Excursion Balance Test (SEBT) Quando

comparado corredores lesionados com controles sem lesatildeo os resultados

demonstraram controle dinacircmico deficiente das forccedilas verticais ao executar as

tarefas de pouso e estabilizaccedilatildeo em apoio unipodal

32

Contudo ainda satildeo raros os estudos sobre a caracterizaccedilatildeo da dor e do

equiliacutebrio corporal em atletas de ginaacutestica riacutetmica Por meio desse estudo foi

observado que atletas de elite de GR demonstraram aumento da dor descrita em

todos os domiacutenios avaliados pelo questionaacuterio McGill (plt0001) A dor nas ginastas

tem o perfil sensorial e avaliativo e se manifesta principalmente nas articulaccedilotildees do

quadril e tornozelo-peacute em virtude da especificidade do gesto esportivo Aleacutem disso

as atletas tambeacutem apresentam menor estabilidade do controle postural (plt005)

sendo notada possiacutevel relaccedilatildeo de interferecircncia entre a auto percepccedilatildeo dolorosa e o

equiliacutebrio postural Entretanto devido agrave complexidade do tema faz-se necessaacuterio a

elaboraccedilatildeo de estudos mais aprofundados com uma amostra maior seguindo

rigorosamente os criteacuterios metodoloacutegicos que permita uma interpretaccedilatildeo mais

precisa a respeito da percepccedilatildeo dolorosa e o equiliacutebrio postural no desempenho

atleacutetico na modalidade esportiva

5 Conclusatildeo

A pesquisa mostra que as atletas de elite de GR apresentam dor de

caracteriacutesticas sensorial e avaliativa frequentemente localizada na articulaccedilatildeo do

quadril seguida do tornozelo-peacute A presenccedila da percepccedilatildeo dolorosa mostrou relaccedilatildeo

significativa com o controle postural em atletas de elite de GR Os resultados

tambeacutem evidenciaram que atletas tem menor equiliacutebrio postural estaacutetico quando

comparadas a controles natildeo atletas poreacutem demonstram maior habilidade para

reestabelecer o controle postural

6 Consideraccedilotildees Finais

Um ponto importante a ser relatado neste estudo eacute a utilizaccedilatildeo do

questionaacuterio de dor McGill Embora venha ser um questionaacuterio amplamente utilizado

em pesquisas cientiacuteficas em virtude da sua alta confiabilidade validaccedilatildeo e

adaptaccedilatildeo cultural em diferentes paiacuteses ainda satildeo raros os estudos que utilizam

essa ferramenta para avaliar a dor em atletas Com ecircnfase em estudos que

descrevam a sua aplicabilidade por domiacutenio e caracteriacutesticas multidimensionais da

33

dor Este pesquisa aparenta ter sido pioneira a qualificar a dor e descrevecirc-la em

suas dimensotildees em atletas de elite de ginaacutestica riacutetmica bem como relacionar a

percepccedilatildeo dolorosa com o equiliacutebrio postural nessa populaccedilatildeo Abrindo espaccedilo para

realizaccedilatildeo de outros estudos

Poreacutem foi encontrado como limitaccedilotildees escassez de pesquisas cientiacuteficas

atualizadas sobre abordagem multidimensional da dor em atletas essencialmente

na ginaacutestica riacutetmica Pois a grande maioria dos estudos que tem sido publicado

sobre dor nessa populaccedilatildeo estaacute relacionada agrave presenccedila do estiacutemulo doloroso e sua

intensidade em uma magnitude sensorial Outro ponto a se destacar foi a

dificuldade em coletar um grupo controle com caracteriacutesticas similares ao grupo de

estudo para que fosse formada uma amostra mais homogecircnea possiacutevel

respeitando os criteacuterios metodoloacutegicos

34

REFEREcircNCIA

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35

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14 Silva JA Ribeiro-Filho NP A dor como um problema psicofiacutesico Rev Dor 2011 abrjun 12(2)138-51

15 Meardon S Klusendorf A Kernozek T Influence of injury on dynamic postural control in runners The International Journal of Sports Physical Therapy 2016 jun 11(3)336

16 Lin CF Lee IJ Liao JH Wu HW Su FC Comparison of Postural Stability Between Injured and Uninjured Ballet Dancers The American Journal of Sports Medicine 2011 39(6)1324-1331

17 Varoli FK Pedrazzi V Adapted Version of the McGill Pain Questionnaire to Brazilian Portuguese Braz Dent J 2006 17(4) 328-335

18 Pimenta CAM Teixeira MJ Questionaacuterio de dor McGill proposta de adaptaccedilatildeo para a liacutengua portuguesa Rev Esc Enf USP 1996 dez 30(3)473-83

19 Rabello LM Macedo CSG Oliveira MR Fregueto JH Camargo MZ Lopes LD et al Relaccedilatildeo entre testes funcionais e plataforma de forccedila nas medidas de equiliacutebrio em atletas Rev Bras Med Esporte 2014 maijun 20(3)219-222

20 Bressel E Yonker JC Kras J et al Comparison of static and dynamic balance in female collegiate soccer basketball and gymnastics atheletes Journal of Athletic Training 2007 42(1)42ndash46

21 Sabeti M Jeremian L Graf A Kandelhart R Elite level rhythmic gymnasts have significantly more and stronger pain than peers of similar age a prospective study Wien Klin Wochenschr 201512731ndash35

22 Vanderlei FM Vanderlei FCM Netto Juacutenior J Praste CM Caracteriacutesticas das lesotildees desportivas e fatores associados com lesatildeo em iniciantes de ginaacutestica artiacutestica do sexo feminino Fisioter Pesq 201320(2)191-196

23 Oliveira MMM Lourenccedilo MRA Teixeira DC Incidecircncias de lesotildees nas equipes de Ginaacutestica Riacutetmica da UNOPAR UNOPAR Cient Ciecircnc Biol Sauacutede 2003 out 6(1)29-40

24 Frutuoso AS Diefenthaeler F Vaz MA et al Lower Limb asymmetries in rhythmic gymnastics atheletes Int Sports Phys Ther 2016 11(1)34ndash43

25 Kolar E Samardžija MP Smrdu M Atikovic A Athletes perceptions of the causes of injury in gymnastics J Sports Med Phys Fitness 2016 Mar 57(5)703-710

36

26 Mueller S Mueller J Stoll J Prieske O Cassel M Mayer F Incidence of back pain in adolescent athletes a prospective study BMC Sports Science Medicine and Rehabilitation 2016 838

27 Goubert D Danneels L Graven-Nielsen T Descheemaeker F Meeus M Differences in Pain Processing Between Patients with Chronic Low Back Pain Recurrent Low Back Pain and Fibromyalgia Pain Physician 2017 May 20(4)307-318

28 Arliani GG Cohen M Lara PS Astur DC Gonccedilalves JPP Ferretti M Impacto do esporte na sauacutede de ex-jogadores profissionais de futebol no Brasil Acta ortop bras 2014 julago 22(4)188-190

29 Hoskins W Pollard H Daff C Odell A Garbutt P McHardy A et al Low back pain status in elite and semi-elite Australian football codes a cross-sectional survey of football (soccer) Australian rules rugby league rugby union and non-athletic controls BMC Musculoskeletal Disorders 20091038

30 Ngamkham S Vincent C Finnegan L Holden JE Wang ZJ Wilkie DJ The McGill Pain Questionnaire as a Multidimensional Measure in People with Cancer An Integrative Review Pain Manag Nurs 2012 Mar 13(1) 27ndash51

31 Bermudez OAS Souza RA Souza CMF Castro CES Beacuterzn F Avaliaccedilatildeo multidimensional da dor em portadores de desordem temporomandibular utilizando uma versatildeo brasileira do questionaacuterio mcgill de dor Rev bras fisioter 2003 7(2) 151-158

32 Reading AE Everitt BS Sledmore CM The McGill Pain Questionnaire a replication of its construction Br J Clin Psychol 1982 21339ndash349

33 Melzack R The McGill Pain Questionnaire Anesthesiology 2005 103199-202

34 Pessoa CP Barreto MB Santos LB Alves TDB Oliveira MC Martins AG Instrumentos utilizados na avaliaccedilatildeo do impacto da dor na qualidade de vida de pacientes com dor orofacial e disfunccedilatildeo temporomandibular Escola Baiana de Sauacutede Puacuteblica 200731(2)267-293

35 Espinoza ES Ortiz GB Estabilidad abdominolumbopeacutelvica y equilibrio comopredictores de la incidencia de lesionesmusculoesqueleacuteticas en estudiantes de danzaUn estudio piloto Fisioterapia 2014

36 Steinberg N Dar G Dunlop M Gaida JE The relationship of hip muscle performance to legankle and foot injuries a systematic review The Physician and Sportsmedicine 2017

37 Anderson K Strickland SM Warren R Hip and Groin Injuries in Athletes The American Journal of Sports Medicine 2001 29(4) 521-533

38 Tschopp M Brunner F Erkrankungen und Uumlberlastungsschaumlden an der unteren Extremitaumlt bei Langstreckenlaumlufern Z Rheumatol 2017 Feb

37

39 Han J Anson J Waddington G Adans R Liu Y The Role of Ankle

Proprioception for Balance Control in relation to Sports Performance and Injury BioMed Research International 2015 Jun8

40 Couto AGA Pedroni CR Relaccedilatildeo entre postura queixa dolorosa e lesatildeo em bailarinas claacutessicas Ter Man 2013 11(55)228-233

41 Dore BF e Guerra RO Sintomatologia dolorosa e fatores associados em bailarinos profissionais Rev Bras Med Esporte 2007 MarAbr13(2)77-80

38

ANEXO I ndash QUESTIONAacuteRIO DE DOR MCGILL

39

ANEXO II ndash PARECER DE APROVACcedilAtildeO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA

40

41

ANEXO III ndash NORMAS DE SUBMISSAtildeO DA REVISTA

Instruccedilotildees aos Autores

A Revista Brasileira de Medicina do Esporte - RBME (Brazilian Journal of

Sports Medicine) oacutergatildeo oficial da Sociedade Brasileira de Medicina do Exerciacutecio e

do Esporte (SBMEE) eacute publicada bimestralmente em seis ediccedilotildees ao ano (janfev

marabr maiojun julago setout e novdez) A RBME eacute indexada nas seguintes

bases bibliograacuteficas SciELO Web of Science Excerpta Medica-EMBASE Physical

Education Index LILACS SIRC-Sportdiscus e Scopus A publicaccedilatildeo segue

integralmente o padratildeo internacional do International Committee of Medical Journal

Editors (ICMJE) ou Convenccedilatildeo de Vancouver e seus requisitos de uniformizaccedilatildeo

[httpwwwicmjeorg]

Preparaccedilatildeo de manuscritos Os artigos submetidos devem ser digitados em

espaccedilo duplo fonte Arial 12 em paacutegina tamanho A4 sem numerar linhas ou

paraacutegrafos e numerando as paacuteginas no canto superior direito Figuras e tabelas

devem ser apresentadas ao final do artigo em paacuteginas separadas No corpo do

texto deve-se informar os locais para inserccedilatildeo das tabelas ou figuras Nuacutemeros

menores que 10 satildeo escritos por extenso enquanto que nuacutemeros maiores ou igual a

10 satildeo expressos em algarismos araacutebicos Os manuscritos que natildeo estiverem de

acordo com as instruccedilotildees aos autores em relaccedilatildeo a estilo e formato seratildeo

devolvidos sem revisatildeo pelo Conselho Editorial As medidas deveratildeo ser expressas

no Sistema Internacional (Systegraveme International SI) disponiacutevel em

httpphysicsnistgovcuuUnits e unidades padratildeo quando aplicaacutevel Recomenda-

se aos autores natildeo usar abreviaccedilotildees no tiacutetulo e limitar a sua utilizaccedilatildeo no resumo e

ao longo do texto Os nomes geneacutericos devem ser usados para todas as drogas Os

faacutermacos podem ser referidos pelo nome comercial poreacutem deve constar o nome

cidade e paiacutes ou endereccedilo eletrocircnico do fabricante entre parecircnteses na seccedilatildeo

Materiais e Meacutetodos

Abreviaturas O uso de abreviaturas deve ser minimizado As abreviaturas deveratildeo

ser definidas por ocasiatildeo de sua primeira utilizaccedilatildeo no resumo e tambeacutem no texto

Abreviaturas natildeo padratildeo natildeo devem ser utilizadas a menos que essas apareccedilam

pelo menos trecircs vezes no texto Unidades de medida (3 ml ou 3 mL e natildeo 3

mililitros) ou siacutembolos cientiacuteficos padratildeo (elementos quiacutemicos por exemplo Na e

natildeo soacutedio) natildeo satildeo consideradas abreviaturas e portanto natildeo devem ser definidos

Abreviar nomes longos ou substacircncias quiacutemicas e termos utilizados para

combinaccedilotildees terapecircuticas Abreviaturas em figuras e tabelas podem ser utilizadas

por razotildees de espaccedilo poreacutem devem ser definidas na legenda mesmo que tenham

sido definidas no texto do artigo

Formato dos arquivos Usar editor de texto Microsoft Word para Windows ou

42

equivalente Arquivos em formato PDF natildeo devem ser enviados As tabelas e

quadros deveratildeo estar em seus arquivos originais (Excel Acess Powerpoint etc)

As figuras deveratildeo estar nos formatos jpg ou tif em alta resoluccedilatildeo (300 dpi) As

figuras deveratildeo estar incluiacutedas no arquivo Word mas tambeacutem devem ser enviadas

separadamente (anexadas durante a submissatildeo do artigo como documento

suplementar em seus arquivos originais)

Paacutegina de rosto A paacutegina de rosto deve conter (1) a categoria do artigo (2) o tiacutetulo

do artigo em portuguecircs inglecircs e espanhol com ateacute 80 caracteres cada que deve ser

objetivo e informativo (3) os nomes completos dos autores instituiccedilatildeo formaccedilatildeo

acadecircmica de origem (a mais relevante) cidade estado e paiacutes (4) nome do autor

correspondente com endereccedilo completo telefone e e-mail A titulaccedilatildeo dos autores

natildeo deve ser incluiacuteda O nome completo de cada autor (sem abreviaccedilotildees) e sua

afiliaccedilatildeo institucional (nota as unidades hieraacuterquicas devem ser apresentadas em

ordem decrescente por exemplo universidade faculdade ou instituto e

departamento) devem ser informados Os nomes das instituiccedilotildees e programas

deveratildeo ser apresentados preferencialmente por extenso e na liacutengua original da

instituiccedilatildeo ou na versatildeo em inglecircs quando a escrita natildeo eacute latina (pex aacuterabe

mandarim ou grego)

Resumo O resumo em portuguecircs inglecircs e espanhol deve ser incluiacutedo no

manuscrito Em cada um dos idiomas natildeo deve conter mais do que 300 palavras A

versatildeo estruturada eacute obrigatoacuteria nos artigos originais e inclui objetivos meacutetodos

resultados e conclusatildeo Artigos de revisatildeo natildeo requerem resumo estruturado

Palavras-chave O artigo deve incluir no miacutenimo trecircs e no maacuteximo seis descritores

em portuguecircs inglecircs e espanhol baseados nos Descritores de Ciecircncias da Sauacutede

(DeCS) httpdecsbvsbr ou no Medical Subject Headings (MeSH) da National

Library of Medicine disponiacutevel em httpwwwnlmnihgovmeshmeshhomehtml

oubaseados no Medical SubjectHeading (MeSH) do Index Medicus

(httpwwwnlmnihgovmesh)

Introduccedilatildeo A introduccedilatildeo deve conter (1) justificativa objetiva para o estudo com

referecircncias pertinentes ao assunto sem realizar uma revisatildeo extensa (2) objetivo do

artigo

Materiais e Meacutetodos Esta seccedilatildeo deve descrever os experimentos (quantitativa e

qualitativamente) e os procedimentos em detalhes suficientes que permitam que

outros pesquisadores reproduzam os resultados ou deem continuidade ao estudo

e deveraacute conter (1) a descriccedilatildeo clara da amostra utilizada (2) termo de

consentimento para estudos experimentais envolvendo seres humanos (3)

identificaccedilatildeo dos meacutetodos aparelhos (nome do fabricante e endereccedilo cidade e paiacutes

devem ser menciondos entre parecircnteses) e procedimentos utilizados (4) descriccedilatildeo

breve e referecircncias de meacutetodos publicados mas natildeo amplamente conhecidos (5)

43

descriccedilatildeo detalhada de meacutetodos novos ou modificados (6) quando pertinente incluir

a anaacutelise estatiacutestica e os programas utilizados Importante Ao relatar experimentos

com seres humanos ou animais indicar se os procedimentos seguiram as normas

do Comitecirc Eacutetico sobre Experiecircncias Humanas da instituiccedilatildeo na qual a pesquisa foi

realizada e se os procedimentos estatildeo de acordo com a declaraccedilatildeo de Helsinki de

1995 e a Animal Experimentation Ethics respectivamente Os autores devem incluir

uma declaraccedilatildeo indicando que o protocolo foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica da

Instituiccedilatildeo (instituiccedilatildeo de afiliaccedilatildeo de pelo menos um dos autores) com o respectivo

nuacutemero de identificaccedilatildeo Tambeacutem deve incluir que o Termo de Consentimento Livre

e Esclarecido foi assinado por todos os participantes

Resultados Apresentar os resultados em sequecircncia loacutegica no texto usando tabelas

e figuras Evitar repeticcedilatildeo excessiva de dados no texto em tabelas ou figuras

poreacutem enfatizar somente as descobertas mais importantes

Discussatildeo Enfatizar os aspectos originais e importantes do estudo e as conclusotildees

que decorrem deste evitando poreacutem repetir dados jaacute apresentados em outras

partes do manuscrito Em estudos experimentais ressaltar a relevacircncia e limitaccedilotildees

dos resultados confrontando com os dados da literatura e incluindo implicaccedilotildees

para estudos futuros

Conclusotildees A conclusatildeo deve ser clara e concisa baseada nos resultados

obtidos estabelecendo ligaccedilatildeo com implicaccedilotildees cliacutenicas evitando poreacutem excessiva

generalizaccedilatildeo) A mesma ecircnfase deve ser dada a estudos com resultados negativos

ou positivos Recomendaccedilotildees podem ser incluiacutedas quando relevantes

Agradecimentos Quando pertinente incluir agradecimento ou reconhecimento a

pessoas que tenham contribuiacutedo para o desenvolvimento do trabalho poreacutem natildeo se

qualificam como coautores Fontes de financiamento como auxiacutelio a pesquisa e

bolsas de estudo devem ser reconhecidos nesta seccedilatildeo Os autores deveratildeo obter

permissatildeo por escrito para mencionar nomes e instituiccedilotildees de todos os que

receberam agradecimentos nominais

Referecircncias As referecircncias devem ser numeradas na sequecircncia em que aparecem

no texto em formato sobrescrito As referecircncias citadas somente em legendas de

tabelas ou figuras devem ser numeradas de acordo com sequecircncia estabelecida

pela primeira menccedilatildeo da tabela ou da figura no texto O estilo das referecircncias

bibliograacuteficas deve seguir as regras do Uniform Requirements for Manuscripts

Submitted to Biomedical Journals (International Committee of Medical Journal

Editors disponiacutevel em Ann Intern Med 1997126(1)36-47 httpwwwicmjeorg)

Alguns exemplos satildeo mostrados a seguir Os tiacutetulos dos perioacutedicos devem ser

abreviados de acordo com o Index Medicus (List of Journals Indexed disponiacutevel em

httpwwwnlmnihgovtsdserialsljihtml) Se o perioacutedico natildeo constar dessa lista

deve-se utilizar a abreviatura sugerida pelo proacuteprio perioacutedico Deve-se evitar utilizar

44

ldquocomunicaccedilotildees pessoaisrdquo ou ldquoobservaccedilotildees natildeo publicadasrdquo como referecircncias

Resumos de tranalhos apresentados em eventos devem ser utilizados somente se

for a uacutenica fonte de informaccedilatildeo

Tabelas As tabelas devem ser elaboradas em espaccedilo 15 devendo ser planejadas

para ter como largura uma (87cm) ou duas colunas (18 cm) Cada tabela deve

possuir um tiacutetulo sucinto Notas explicativas seratildeo incluiacutedas em notas de rodapeacute A

tabela deve conter meacutedias e medidas de dispersatildeo (Desvio Padratildeo Erro Padratildeo da

Meacutedia etc) natildeo devendo conter casas decimais irrelevantes As abreviaturas

devem estar de acordo com aquelas utilizadas no texto e nas figuras Os coacutedigos de

identificaccedilatildeo de itens da tabela devem estar listados na ordem de surgimento no

sentido horizontal e devem ser identificados pelos siacutembolos padratildeo Os quadros e

tabelas deveratildeo ser enviados atraveacutes dos arquivos originais editaacuteveis (Word Excel)

e natildeo como imagens

Figuras Na versatildeo impressa da RBME seratildeo aceitas figuras em preto-e-branco

Imagens coloridas poderatildeo ser publicadas quando forem essenciais para o conteuacutedo

cientiacutefico do artigo Nestes casos o custo seraacute repassado aos autores Figuras

coloridas poderatildeo ser incluiacutedas na versatildeo eletrocircnica do artigo sem custo adicional

aos autores Os desenhos e figuras devem ser consistentes e tatildeo simples quanto

possiacutevel poreacutem informativos Tons de cinza natildeo devem ser utilizados Todas as

linhas devem ser soacutelidas Para graacuteficos de barra por exemplo utilizar barras

brancas pretas com linhas diagonais nas duas direccedilotildees linhas em xadrez linhas

horizontais e verticais A RBME desaconselha fortemente o uso de fotografias de

equipamentos e animais de experimentaccedilatildeo As figuras devem ser impressas com

bom contraste e ter a largura de uma coluna (87cm) Utilizar no miacutenimo fonte

tamanho 10 para letras nuacutemeros e siacutembolos com espaccedilamento e alinhamento

adequados Quando a figura representar uma radiografia ou fotografia sugerimos

incluir a escala de tamanho quando pertinente

Por favor note que eacute de responsabilidade dos autores obter permissatildeo do detentor

dos direitos autorais para reproduzir figuras (ou tabelas) que tenham sido

previamente publicados em outras fontes De acordo com os princiacutepios do acesso

aberto os autores devem ter permissatildeo do detentor dos direitos caso desejem

incluir imagens que tenham sido publicados em outros perioacutedicos de acesso natildeo

aberto A permissatildeo deve ser indicada na legenda da figura e a fonte original deve

ser incluiacuteda na lista de referecircncias

45

APEcircNDICE I ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE)

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Vocecirc estaacute sendo convidada(o) a participar da pesquisa intitulada

ldquoCARACTERIZACcedilAtildeO DA DOR E SUA RELACcedilAtildeO COM EQUILIacuteBRIO

POSTURAL ESTAacuteTICO EM ATLETAS DE GINAacuteSTICA RIacuteTMICArdquo realizada pela

Universidade Federal de Sergipe por intermeacutedio da discente TAINARA DOS

SANTOS BOMFIM devidamente assistida pelo seu orientador PAULO MAacuteRCIO

PEREIRA OLIVEIRA O objetivo desse estudo eacute caracterizar a Dor

musculoesqueleacutetica em atletas de elite de ginaacutestica riacutetmica e analisar a relaccedilatildeo da

dor no equiliacutebrio postural estaacutetico das atletas comparando com controles natildeo

atletas A justificativa para a realizaccedilatildeo da pesquisa eacute documentar na literatura

escassa estudo sobre a relaccedilatildeo da dor com o equiliacutebrio postural estaacutetico em

atletas de elite de Ginaacutestica Riacutetmica Sua participaccedilatildeo nessa pesquisa consistiraacute

em responder um questionaacuterio e realizar avaliaccedilatildeo de equiliacutebrio que ocorreraacute em

um uacutenico momento Natildeo haacute riscos previsiacuteveis relacionados com sua participaccedilatildeo

nem danos previsiacuteveis decorrentes da pesquisa Os benefiacutecios relacionados com

sua participaccedilatildeo satildeo

1 Identificar alteraccedilotildees posturais de equiliacutebrio em atletas de alto rendimento

2 Evidenciar se o processo de dor em atletas eacute igual maior ou menor quando

comparado com pessoas natildeo atletas

3 Evidenciar se as variaccedilotildees aacuterea e velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo

de pressatildeo se igualam ou natildeo a pessoas natildeo atletas

Vocecirc foi selecionado por preencher os requisitos da pesquisa mas sua

participaccedilatildeo NAtildeO Eacute OBRIGATOacuteRIA sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo em sua

relaccedilatildeo com a instituiccedilatildeo ou com o pesquisador

Eu________________________________________________________________

abaixo assinado declaro que fui informado que as informaccedilotildees obtidas atraveacutes

dessa pesquisa seratildeo confidenciais e o sigilo sobre minha participaccedilatildeo seraacute

assegurado De tal modo que os dados natildeo seratildeo divulgados de forma a possibilitar

minha identificaccedilatildeo Tambeacutem estou ciente de que a qualquer momento posso

desistir de minha participaccedilatildeo e retirar meu consentimento Declaro que entendi os

objetivos riscos e benefiacutecios de minha participaccedilatildeo na pesquisa e concordo em

participar

Vocecirc receberaacute uma coacutepia deste termo onde consta o telefone e o endereccedilo do

pesquisador principal podendo tirar suas duacutevidas sobre o Projeto de Pesquisa de

sua participaccedilatildeo agora ou a qualquer momento

46

DADOS DO PESQUISADOR RESPONSAacuteVEL

Nome Tainara dos Santos Bomfim

Endereccedilo profissionale-mail Rua Padre Aacutelvares Pitangueira sn - Centro

Departamento de Fisioterapia bftainaragmailcom

Telefone (79) 9 9806-7487

ATENCcedilAtildeO A participaccedilatildeo em qualquer tipo de pesquisa eacute voluntaacuteria Em casos de

duacutevida quanto aos seus direitos entre em contato com o Comitecirc de Eacutetica em

Pesquisa da Universidade Federal de Sergipe

Lagarto _____de _____de 201_

_____________________________________________________

ASSINATURA DO VOLUNTAacuteRIO

_____________________________________________________

ASSINATURA DO PESQUISADOR RESPONSAacuteVEL

Page 2: CARACTERIZAÇÃO DA DOR E SUA RELAÇÃO COM O … · tainara dos santos bomfim caracterizaÇÃo da dor e sua relaÇÃo com o equilÍbrio postural em atletas de ginÁstica rÍtmica

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE CAMPUS UNIVERSITAacuteRIO PROF ANTOcircNIO GARCIA FILHO

DEPARTAMENTO DE FISIOTERAPIA DE LAGARTO

CARACTERIZACcedilAtildeO DA DOR E SUA RELACcedilAtildeO COM O

EQUILIacuteBRIO POSTURAL EM ATLETAS DE GINAacuteSTICA

RIacuteTMICA

TAINARA DOS SANTOS BOMFIM

Trabalho de Conclusatildeo de Curso apresentado ao Departamento de Fisioterapia de Lagarto Universidade Federal de Sergipe como parte dos requisitos para graduaccedilatildeo em Fisioterapia sob a orientaccedilatildeo do Prof Dr Paulo Maacutercio Pereira de Oliveira

LAGARTO SE

2017

TAINARA DOS SANTOS BOMFIM

CARACTERIZACcedilAtildeO DA DOR E SUA RELACcedilAtildeO COM O EQUILIacuteBRIO

POSTURAL EM ATLETAS DE GINAacuteSTICA RIacuteTMICA

Trabalho de Conclusatildeo de Curso apresentado ao Departamento de Fisioterapia de Lagarto Universidade Federal de Sergipe como parte dos requisitos para graduaccedilatildeo em Fisioterapia sob a orientaccedilatildeo do Prof Dr Paulo Maacutercio Pereira de Oliveira 13 de Junho de 2017

BANCA EXAMINADORA

____________________________________________

Prof Dr Andreacute Sales Barreto (1ordm examinador)

____________________________________________

Prof Dr Leonardo Yung dos Santos Maciel (2ordm examinador)

____________________________________________

Prof Dr Paulo Maacutercio Pereira Oliveira (Orientador)

Data de Aprovaccedilatildeo

DEDICATOacuteRIA

Este trabalho eacute dedicado a minha famiacutelia em especial ao meu pai Jacquemario

Silva do Bomfim e minha matildee Maria Nelma dos Santos Bomfim pelo apoio paciecircncia e

carinho

AGRADECIMENTOS

Agradeccedilo a Deus pelo dom da vida por ter me dado forccedila e coragem para chegar

ateacute aqui e ter colocado em meu caminho pessoas que me ajudaram a seguir nessa

jornada especialmente nessa reta final

Agradeccedilo aos meus pais e minhas irmatildesirmatildeo pois sem eles natildeo estaria onde

cheguei e podendo desfrutar dessa conquista

Agradeccedilo ao Prof Dr Paulo Marcio Pereira de Oliveira orientador deste trabalho

pelo incentivo e conhecimento proposto na realizaccedilatildeo dessa pesquisa

Agradeccedilo agraves voluntaacuterias participantes da pesquisa pela disposiccedilatildeo e gentileza em

contribuir para realizaccedilatildeo deste trabalho

Agradeccedilo aos demais colaboradores e incentivadores do trabalho que contribuiacuteram

ao seu modo em cada etapa da construccedilatildeo desta pesquisa

ldquoEntatildeo acho que somos quem somos por vaacuterias

razotildees E talvez nunca conheccedilamos a maior parte

delas Mas mesmo que natildeo tenhamos o poder de

escolher quem vamos ser ainda podemos escolher

aonde iremos a partir daquirdquo

(Stephen Chosky ndash As Vantagens de Ser Invisiacutevel)

RESUMO

Caracterizaccedilatildeo da Dor e sua Relaccedilatildeo com o Equiliacutebrio Postural em Atletas de Ginaacutestica Riacutetmica Tainara dos Santos Bomfim Lagarto ndashSE 2017 Introduccedilatildeo A Ginaacutestica Riacutetmica (GR) eacute um esporte de alta performance que exige

de suas atletas movimentos de grandes amplitudes articulares forccedila e uma boa

coordenaccedilatildeo motora postural Aleacutem disso em virtude da especificidade do gesto

esportivo as ginastas satildeo expostas constantemente a posturas e esforccedilos

repetitivos repercutindo em lesotildees musculoesqueleacuteticas e consequentemente em

dor a qual pode afetar negativamente o equiliacutebrio corporal Objetivo caracterizar a

dor musculoesqueleacutetica em atletas de elite de GR Secundariamente comparar o

equiliacutebrio postural estaacutetico das ginastas com controles natildeo atletas bem como

correlacionar o iacutendice de dor com o equiliacutebrio nas atletas de GR Meacutetodos

participaram da pesquisa 50 jovens do sexo feminino 25 ginastas compondo o

grupo atleta (GA) e 25 natildeo atletas compondo o grupo controle (GC) As voluntaacuterias

foram submetidas agrave avaliaccedilatildeo da percepccedilatildeo dolorosa utilizando a versatildeo brasileira

do questionaacuterio de dor McGill (Br-MPQ) e do equiliacutebrio postural atraveacutes da

estabilometria O estudo foi aprovado pelo comitecirc de eacutetica (CAAE

61990516400005546) Resultados o GA manifestou percepccedilatildeo dolorosa

significativamente maior (plt0001) a dor nas atletas apresentou caracteriacutesticas

sensorial e avaliativa as regiotildees de maior queixa dolorosa foram a articulaccedilatildeo do

quadril (52) seguida do tornozelo-peacute (44) Na comparaccedilatildeo intergrupos do

equiliacutebrio postural estaacutetico foi observado maior deslocamento do COP no GA

(16513 mmsup2 plusmn 148) em relaccedilatildeo ao GC (10212 mmsup2 plusmn 114) Nas correlaccedilotildees do

equiliacutebrio com os domiacutenios da dor foi observada apenas uma correlaccedilatildeo significativa

entre a dor avaliativa e a VmCOP na direccedilatildeo mediolateral (r = 0414 p = 0040)

Conclusatildeo As atletas demonstram maior percepccedilatildeo dolorosa e menor equiliacutebrio

postural estaacutetico quando comparadas a controles natildeo atletas Entretanto possuem

maior habilidade para reestabelecer o controle postural Aleacutem disso a presenccedila da

percepccedilatildeo dolorosa mostrou uma fraca relaccedilatildeo poreacutem significativa com o controle

postural em atletas de elite de GR

Descritores Ginaacutestica Equiliacutebrio Postural Dor Musculoesqueleacutetica

ABSTRACT

Characterization of Pain and your Relationship with Postural Balance in

Rhythmic Gymnastics Athletes Tainara dos Santos Bomfim Lagarto ndash SE

2017

Introduction Rhythmic Gymnastics (RG) is a high performance sport that requires your movements of large amplitudes athletes strength and a good hand-eye coordination postural In addition due to the specificity of Sporting gesture the gymnasts are constantly exposed to repetitive strain and postures reverberating in musculoskeletal injuries and consequently in painwhich can negatively affect the body balance Objective to characterize the musculoskeletal pain in elite athletes of RG Secondarily compare the static postural balance og gymnasts with nonathletic controls as well as correlate the pain index with te balance in the atletes of RG Methods Participated in the survey 50 female youth 25 gymnasts composing the Athlete Group (AG) and 25 non-athletes composing the Control Group (CG) The volunteers were subjected to the evaluation of the painful perception using the Brazilian version of the McGill Pain Questionnaire (BR-MPQ) and the posture equilibrium through the Estabilometria The study was approved by the Ethics Committee (CAAE 61990516400005546) Results The AG manifested significantly greater painful perception (p lt 0001) The pain in athletes presented sensory and evaluative characteristics The most painfully complaining regions were the hip joint (52) followed by ankle-foot (44) In the intergroup comparison of the static posture equilibrium was observed greater displacement of the COP in the AG (16513 mm sup2 plusmn 148) relative to the CG (10212 mm sup2 plusmn 114) In the correlations of equilibrium with the domains of pain it was observed only a significant correlation between the evaluative pain and the VmCOP in the direction mediolateral (r = 0414 p = 0040) Conclusion Athletes demonstrate greater painful perception and lower posture static equilibrium when compared to non-athletes controls However they possess greater ability to reestablish posture control Moreover the presence of painful perception showed a weak but significant relationship with the posture control in elite athletes of Gr

keywords Gymnastics Postural Balance Musculoskeletal Pain

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 Caracteriacutesticas demograacuteficas e antropomeacutetricas da amostra 20

Tabela 2 Domiacutenios da dor entre os grupos da pesquisa

Tabela 3 Incidecircncia de dor entre os grupos da pesquisa

21 21

LISTA DE ILUSTRACcedilOtildeES

Figura 1 Nuacutemero palavras escolhidas e Iacutendice de dor verificado por meio do questionaacuterio de dor de McGill nos grupos atleta e controle

22

Figura 2 Aacuterea da elipse do centro de pressatildeo do baricentro corporal entre o grupo atleta e o grupo controle

23

Figura 3 Velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo do baricentro corporal entre o grupo atleta e o grupo controle

24

Figura 4 Correlaccedilatildeo de Spearman entre iacutendice de dor avaliativa e velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo (VmCOP) do baricentro corporal

25

LISTA DE ABREVIACcedilOtildeES E SIGLAS

GR ndash Ginaacutestica Riacutetmica

GA ndash Grupo Atleta

GC ndash Grupo Controle

Br-MPQ ndash Versatildeo brasileira do questionaacuterio de dor McGill

NWC ndash Nuacutemero de palavras escolhidas

PRI ndash Iacutendice de dor

SL ndash Dor sensitiva

AF ndash Dor afetiva

AV ndash Dor avaliativa

M ndash Dor miscelacircnea

ACOP ndash Aacuterea do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo

VmCOP ndash Velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo

AP ndash Anteroposterior

ML ndash Mediolateral

IMC ndash Iacutendice de massa corporal

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 16

2 MEacuteTODOS

21 Delineamento do estudo

17

17

22 Sujeitos 17

23 Procedimentos de avaliaccedilatildeo 18

231 Avaliaccedilatildeo da dor 18

232 Avaliaccedilatildeo Estabilomeacutetrica

24 Aspectos Eacuteticos

18

19

25 Anaacutelise Estatiacutestica 19

3 RESULTADOS 20

31 Sujeitos 20

32 Caracterizaccedilatildeo da Dor

321 Domiacutenios da Dor

322 Localizaccedilatildeo da Dor

323 Nuacutemero de Palavras Escolhidas e Iacutendice de Dor

20

20

21

22

33 Equiliacutebrio Estaacutetico

331 Aacuterea de deslocamento do COP

332 Velocidade meacutedia de oscilaccedilatildeo do COP

34 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios da Dor e Equiliacutebrio corporal

22

23

23

24

4 DISCUSSAtildeO 25

5 CONCLUSAtildeO 32

6 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 32

REFEREcircNCIAS 34

ANEXO I ndash QUENTIONAacuteRIO DE DOR MGILL 38

ANEXO II ndash PARECER DE APROVACcedilAtildeO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA 39

ANEXO III ndash NORMAS DE SUBMISSAtildeO DA REVISTA 41

APEcircNDICE I ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO 45

CARACTERIZACcedilAtildeO DA DOR E SUA RELACcedilAtildeO COM EQUILIacuteBRIO

POSTURAL EM ATLETAS DE GINAacuteSTICA RIacuteTMICA

CHARACTERIZATION OF PAIN AND YUOR RELATIONSHIP WITH POSTURAL

BALANCE IN RHYTHMIC GYMNASTICS ATHLETES

Tainara dos Santos Bomfimsup1 Paulo Maacutercio Pereira Oliveira2

sup1 Universidade Federal de Sergipe Campus Universitaacuterio Prof Antocircnio Garcia Filho Graduanda em

Fisioterapia ndash Lagarto SE Brasil

sup2 Universidade Federal de Sergipe Campus Universitaacuterio Prof Antocircnio Garcia Filho Professor

Adjunto do Departamento de Fisioterapia ndash Lagarto SE Brasil

Correspondecircncia

Tainara dos Santos Bomfim

Departamento de Fisioterapia de Lagarto da Universidade Federal de Sergipe (UFS)

Av Gov Marcelo Deda sn ndash Satildeo Joseacute CEP 49400-000 ndash LagartoSE

Telefone (79) 9 9806-7487

E-mail tainarabomfimyahoocombr

RESUMO

Introduccedilatildeo A Ginaacutestica Riacutetmica (GR) eacute um esporte de alta performance que exige de suas atletas

movimentos de grandes amplitudes articulares forccedila e uma boa coordenaccedilatildeo motora postural Aleacutem

disso em virtude da especificidade do gesto esportivo as ginastas satildeo expostas constantemente a

posturas e esforccedilos repetitivos repercutindo em lesotildees musculoesqueleacuteticas e consequentemente

em dor a qual pode afetar negativamente o equiliacutebrio corporal Objetivo caracterizar a dor

musculoesqueleacutetica em atletas de elite de GR Secundariamente comparar o equiliacutebrio postural

estaacutetico das ginastas com controles natildeo atletas bem como correlacionar o iacutendice de dor com o

equiliacutebrio nas atletas de GR Meacutetodos participaram da pesquisa 50 jovens do sexo feminino 25

ginastas compondo o grupo atleta (GA) e 25 natildeo atletas compondo o grupo controle (GC) As

voluntaacuterias foram submetidas agrave avaliaccedilatildeo da percepccedilatildeo dolorosa utilizando a versatildeo brasileira do

questionaacuterio de dor McGill (Br-MPQ) e do equiliacutebrio postural atraveacutes da estabilometria O estudo foi

aprovado pelo comitecirc de eacutetica (CAAE 61990516400005546) Resultados o GA manifestou

percepccedilatildeo dolorosa significativamente maior (plt0001) a dor nas atletas apresentou caracteriacutesticas

sensorial e avaliativa as regiotildees de maior queixa dolorosa foram a articulaccedilatildeo do quadril (52)

seguida do tornozelo-peacute (44) Na comparaccedilatildeo intergrupos do equiliacutebrio postural estaacutetico foi

observado maior deslocamento do COP no GA (16513 mmsup2 plusmn 148) em relaccedilatildeo ao GC (10212 mmsup2

plusmn 114) Nas correlaccedilotildees do equiliacutebrio com os domiacutenios da dor foi observada apenas uma correlaccedilatildeo

significativa entre a dor avaliativa e a VmCOP na direccedilatildeo mediolateral (r = 0414 p = 0040)

Conclusatildeo As atletas demonstram maior percepccedilatildeo dolorosa e menor equiliacutebrio postural estaacutetico

quando comparadas a controles natildeo atletas Entretanto possuem maior habilidade para

reestabelecer o controle postural Aleacutem disso a presenccedila da percepccedilatildeo dolorosa mostrou uma fraca

relaccedilatildeo poreacutem significativa com o controle postural em atletas de elite de GR

Descritores Ginaacutestica Equiliacutebrio Postural Dor Musculoesqueleacutetica

ABSTRACT

Introduction Rhythmic Gymnastics (RG) is a high performance sport that requires your movements of large amplitudes athletes strength and a good hand-eye coordination postural In addition due to the specificity of Sporting gesture the gymnasts are constantly exposed to repetitive strain and postures reverberating in musculoskeletal injuries and consequently in painwhich can negatively affect the body balance Objective to characterize the musculoskeletal pain in elite athletes of RG secondarily compare the static postural equilibrium of the gymnasts with non-athletes controls as well

as correlate the pain index with the equilibrium in the athletes of RG Methods Participated in the

survey 50 female youth 25 gymnasts composing the Athlete Group (AG) and 25 non-athletes composing the Control Group (CG) The volunteers were subjected to the evaluation of the painful perception using the Brazilian version of the McGill Pain Questionnaire (BR-MPQ) and the posture equilibrium through the Estabilometria The study was approved by the Ethics Committee (CAAE 61990516400005546) Results The AG manifested significantly greater painful perception (p lt 0001) The pain in athletes presented sensory and evaluative characteristics The most painfully complaining regions were the hip joint (52) followed by ankle-foot (44) In the intergroup comparison of the static posture equilibrium was observed greater displacement of the COP in the AG (16513 mm sup2 plusmn 148) relative to the CG (10212 mm sup2 plusmn 114) In the correlations of equilibrium with the domains of pain it was observed only a significant correlation between the evaluative pain and the VmCOP in the direction mediolateral (r = 0414 p = 0040) Conclusion Athletes demonstrate greater painful perception and lower posture static equilibrium when compared to non-athletes controls However they possess greater ability to reestablish posture control Moreover the presence of painful perception showed a weak but significant relationship with the posture control in elite athletes of Gr

keywords Gymnastics Postural Balance Musculoskeletal Pain

16

1 INTRODUCcedilAtildeO

A Ginaacutestica Riacutetmica (GR) eacute uma modalidade esportiva que exige de seus

atletas forccedila flexibilidade e coordenaccedilatildeo motora para a realizaccedilatildeo de movimentos

corporais de danccedila combinados com a manipulaccedilatildeo de pequenos equipamentos1 2

Desse modo para a correta execuccedilatildeo de seus movimentos durante treinos e

competiccedilotildees torna-se imprescindiacutevel a manutenccedilatildeo do equiliacutebrio e controle postural

protegendo o sistema neuromuscular de lesotildees1 34

Geralmente os atletas de alto rendimento como as ginastas satildeo submetidos

a altos volumes e intensidades de treinamento comprometendo a biomecacircnica

devido agrave alteraccedilotildees compensatoacuterias na execuccedilatildeo do gesto esportivo as quais

repercutem no aparecimento de lesatildeo e dor5-7 Diante disso acredita-se que a

presenccedila de dor possa afetar negativamente o equiliacutebrio postural de atletas

Vaacuterios autores abordam a importacircncia da manutenccedilatildeo do equiliacutebrio na praacutetica

esportiva289 Entretanto a estabilidade corporal em atletas pode variar de acordo

com as exigecircncias especiacuteficas da modalidade praticada10 Comumente atletas de

alto niacutevel que dependem da estabilidade postural para execuccedilatildeo da praacutetica

esportiva como na ginaacutestica riacutetmica aprendem a elevar o limiar sensoriomotor por

estimulaccedilatildeo dos seus proprioceptores tendo uma ativaccedilatildeo muscular mais raacutepida em

resposta agraves perturbaccedilotildees do equiliacutebrio11 12

Todavia alguns fatores podem interferir no controle postural destacando-se a

dor musculoesqueleacutetica4913 Sabe-se que a presenccedila da percepccedilatildeo dolorosa em

qualquer parte do segmento corporal eacute o primeiro indicador da existecircncia de lesatildeo

tecidual14 Desta forma pesquisas comprovam que em populaccedilotildees ativas com

lesotildees musculoesqueleacuteticas foram observados deacuteficits de controle postural121516

Em vista disso a dor musculoesqueleacutetica eacute uma das principais causas que podem

afetar o equiliacutebrio corporal em ginastas de alto rendimento levando agrave diminuiccedilatildeo da

funcionalidade da qualidade de vida e consequentemente agrave perda da performance

desportiva913 Esta eacute considerada uma experiecircncia multidimensional e subjetiva17 18

portanto torna-se uma variaacutevel difiacutecil de ser avaliada principalmente em atletas

17

Atualmente existe diversos estudos cientiacuteficos sobre o comportamento do

estiacutemulo doloroso e do equiliacutebrio corporal na performance esportiva e na prevenccedilatildeo

de lesotildees em atletas de elite5-81920 Poreacutem satildeo raras as investigaccedilotildees sobre a

caracterizaccedilatildeo da dor e do equiliacutebrio corporal em atletas de ginaacutestica riacutetmica Bem

como descriccedilatildeo da relaccedilatildeo da dor na estabilidade postural em atletas de alto

rendimento em qualquer que seja o esporte praticado e articulaccedilatildeo testada

O presente estudo tem como objetivo primaacuterio caracterizar a dor

musculoesqueleacutetica em atletas de elite de Ginaacutestica Riacutetmica Secundariamente

comparar o equiliacutebrio postural estaacutetico das ginastas com controles natildeo atletas bem

como correlacionar o iacutendice de dor com o equiliacutebrio nas atletas de GR

2 MEacuteTODOS

21 Delineamento do Estudo

Trata-se de um estudo analiacutetico do tipo observacional com um corte

transversal controlado e mascaramento aberto

22 Sujeitos

A amostra foi composta de 50 sujeitos unicamente do sexo feminino

coletados por conveniecircncia Os sujeitos foram divididos em dois grupos Grupo

Atleta (GA) (25 sujeitos) recrutados na Confederaccedilatildeo Brasileira de Ginaacutestica

AracajuSergipeBrasil e Grupo Controle (GC) (25 sujeitos) selecionados no Coleacutegio

Polivalente LagartoSergipeBrasil e pareados por peso Iacutendice de Massa Corporal

(IMC) e idade

Os criteacuterios de inclusatildeo dos sujeitos submetidos agrave pesquisa e alocados no

GA foram (1) ter sido aprovada na seletiva para o ingresso na seleccedilatildeo brasileira de

ginaacutestica riacutetmica (SBGR) (2) tempo de praacutetica no esporte superior a cinco anos com

4 horas diaacuterias ou mais de treino Para os sujeitos incluiacutedos no GC foram

obedecidos os seguintes criteacuterios (1) IMC le 25 (2) idade entre 14 e 24 anos (3)

ausecircncia de poacutes-ciruacutergicos anteriores Os sujeitos em ambos os grupos foram

excluiacutedos caso apresentassem (1) sequela de doenccedilas do sistema nervoso central

(2) diabetes mellitus ou pressatildeo arterial natildeo controlada (3) inaptidatildeo para seguir

18

ordens ou compreender as ferramentas de mensuraccedilatildeo do estudo (4) histoacuteria de

comprometimento visual auditivo eou do sistema vestibular (5) natildeo falar e

compreender o idioma portuguecircs (6) uso de faacutermacos inibidores ou estimulantes do

sistema nervoso central

23 Procedimentos de avaliaccedilatildeo

Inicialmente foram avaliados dados antropomeacutetricos como peso medido

atraveacutes de balanccedila analoacutegica (Camryreg) calibrada pelo Inmetro (Instituto Nacional de

Metrologia Normalizaccedilatildeo e Qualidade Industrial) e altura mensurada por meio de

fita meacutetrica natildeo-flexiacutevel (Tramontinareg) Em seguida os sujeitos receberam

informaccedilotildees sobre os objetivos da pesquisa instrumentos utilizados comandos

verbais a serem atendidos e demais procedimentos A partir da seleccedilatildeo das

voluntaacuterias iniciou-se a coleta dos dados realizada em duas etapas

231 Avaliaccedilatildeo da Dor

Para registro da percepccedilatildeo da dor foi aplicada a versatildeo brasileira do

questionaacuterio de Dor McGill (Br-MPQ) Trata-se de um instrumento para avaliaccedilatildeo de

dor em uma perspectiva multidimensional o qual possibilita o fornecimento de um

conhecimento amplo sobre a caracterizaccedilatildeo e percepccedilatildeo do estiacutemulo doloroso em

quatro dimensotildees (sensorial afetiva avaliativa e miscelacircnea)1718 As voluntaacuterias

foram instruiacutedas primeiramente a identificar em um diagrama corporal no

questionaacuterio a localizaccedilatildeo da sua dor quando presente Posteriormente foram

orientadas a selecionar em cada subgrupo do questionaacuterio uma palavra que melhor

expressasse a experiecircncia com a dor relatada previamente Deixando claro que natildeo

era obrigatoacuteria a escolha de palavras em todas as dimensotildees O resultado final do

Br-MPQ usado para anaacutelise foi expresso pelo nuacutemero de palavras escolhidas (NWC)

e pelo iacutendice de dor (PRI) caracterizado pela somatoacuteria dos valores de intensidade

dos descritores escolhidos

232 Avaliaccedilatildeo Estabilomeacutetrica

A estabilometria foi realizada com os sujeitos posicionados sobre uma

plataforma de forccedila sendo orientado a manter o olhar adiante num ponto fixado na

parede e de modo consciente transferir o peso corporal da maneira mais

19

homogecircnea possiacutevel entre os membros inferiores Foram realizados trecircs registros

com os olhos abertos As variaacuteveis analisadas foram a aacuterea da elipse do centro de

oscilaccedilatildeo de pressatildeo (ACOP) e a velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo pressatildeo

(VmCOP) do baricentro corporal nas direccedilotildees anteroposterior (AP) e mediolateral

(ML)

A distribuiccedilatildeo consciente do peso foi registrada atraveacutes de um

baropodocircmetro da marca Arquipeacutelagoreg (Footwork Satildeo Paulo Satildeo Paulo Brasil)

que consiste em um sistema de plataforma interligada a um computador para

mensurar as pressotildees exercidas pelos peacutes atraveacutes do sistema de aquisiccedilatildeo

computadorizada das pressotildees (ACP) A plataforma utilizada possui dimensotildees 700

X 600 mm com uma superfiacutecie ativa de 475 X 430 mm com 2544 sensores Esta foi

conectada a um computador com processador 62G HV 04 GB de memoacuteria RAM

disco riacutegido 500 GB e software footwork o qual analisou os dados captados Para

esses registros ortostaacuteticos foi utilizada a frequecircncia de aquisiccedilatildeo dos dados de 05

Hz coletando com isso 100 leituras em cada avaliaccedilatildeo O tempo de registro foi de

15 segundos com um intervalo de 30 segundos entre as avaliaccedilotildees

24 Aspectos Eacuteticos

O estudo foi submetido e aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica e Pesquisa com

Seres Humanos da Universidade Federal de Sergipe (CAAE

61990516400005546) Todos os voluntaacuterios assinaram o Termo de Consentimento

Livre e Esclarecido (TCLE) Todos os sujeitos que participaram da pesquisa foram

avisados que poderiam desistir da participaccedilatildeo a qualquer momento sem nenhum

preuizo aos mesmos

25 Anaacutelise Estatiacutestica

As variaacuteveis numeacutericas foram testadas quanto agrave distribuiccedilatildeo de normalidade

por meio do teste de Shapiro-Wilk Para anaacutelise das amostras parameacutetricas foi

utilizado o teste T- Student e para as amostras natildeo parameacutetricas foi utilizado o teste

de Mann-Whitney para identificar diferenccedilas intergrupos Os dados gerais foram

apresentados em meacutedia e erro padratildeo da meacutedia (EPM) bem como frequecircncia

absoluta (FA) e relativa (FR) Para anaacutelise das correlaccedilotildees entre as variaacuteveis

pesquisadas aplicou-se o teste de Spearman A significacircncia foi estipulada em cinco

20

por cento (p le 005) Para todas as anaacutelises foi utilizado o programa GraphPad Prism

(Versatildeo 601)

3 RESULTADOS

31 Sujeitos

Cinquenta indiviacuteduos concluiacuteram o estudo vinte e cinco voluntaacuterias foram

alocadas no grupo atleta e controle respectivamente As variaacuteveis idade peso

altura e IMC natildeo foram significativamente diferentes entre os grupos A tabela 1

conteacutem as caracteriacutesticas demograacuteficas e antropomeacutetricas dos grupos de estudo

Tabela 1 Caracteriacutesticas demograacuteficas e antropomeacutetricas da amostra

GA grupo atleta GC grupo controle Valores expressos como meacutedia plusmn erro padratildeo da meacutedia O valor de p

corresponde agrave comparaccedilatildeo entre o grupo atleta (n=25) e o grupo controle (n=25)

32 Caracterizaccedilatildeo da Dor

321 Domiacutenios da Dor

Aproximadamente setenta por cento do grupo controle (68) natildeo apresentou

descriccedilatildeo para a sensibilidade dolorosa em nenhum dos domiacutenios avaliados No

grupo atleta foi observado que 24 (96) apresentaram dor de caracteriacutestica

sensorial 19 voluntaacuterias (76) afetiva 24 sujeitos (96) avaliativa e 19 (76)

miscelacircnea

Ao comparar as atletas com o grupo controle observou diferenccedila significativa

com um aumento da dor descrita em todos os domiacutenios avaliados sensorial (1344 plusmn

Caracteriacutesticas

GRUPOS

GA GC P

Idade (anos) 2016 plusmn 068 2091 plusmn 065 0560

Peso (Kg) 5128 plusmn 10 5064 plusmn 109 1481

Altura (m) 164 plusmn 0011 163 plusmn 0009 0372

IMC (Kgm2) 1864 plusmn 03 1938 plusmn 0436 0533

21

146 plt0001) afetivo (264 plusmn 053 plt0001) avaliativo (236 plusmn 028 plt0001) e

miscelacircnea (376 plusmn 064 plt0001) (Tabela 2)

Tabela 2 Domiacutenios da dor entre os grupos da pesquisa

Tabela 2 Escores obtidos atraveacutes do questionaacuterio de dor McGill entre o grupo atleta (n=25) e o grupo controle

(n=25) Os valores foram apresentados como frequecircncia absoluta (FA) e relativa (FR) (porcentagem) SL

Sensorial AV Avaliativa AF Afetiva M Miscelacircnea GA grupo atleta GC grupo controle plt005 GA X GC

plt001 GA X GC plt0001 GA X GC A anaacutelise de variaacuteveis categoacutericas foi realizada por meio do teste

Mann-Whitney

322 Localizaccedilatildeo da Dor

Aproximadamente sessenta e oito por cento do grupo controle apresentou

nenhum local de intensidade dolorosa Em contra partida no grupo atleta seis (24)

das ginastas relataram sentir dor em pelo menos uma articulaccedilatildeo do corpo e

dezenove (76) apresentaram intensidade dolorosa em mais de uma articulaccedilatildeo

Foi observado no grupo atleta que em 13 (52) das atletas a articulaccedilatildeo do quadril

apresentou-se com maior prevalecircncia A segunda articulaccedilatildeo de maior sensibilidade

relatada pelo GA foi o peacute em 11 (44) (Tabela 3)

Tabela 3 Prevalecircncia e localizaccedilatildeo de dor entre os grupos da pesquisa

Domiacutenios Grupo Atleta (GA) Grupo Controle (GC) P

FA (n) FR () FA (n) FR ()

Sensorial (SL) 24 96 8 32 00001

Afetiva (AF) 19 76 4 16 00001

Avaliativa (AV) 24 96 8 32 00001

Miscelacircnea (M) 19 76 6 24 00005

Caracteriacutesticas Grupo Atleta (GA) Grupo Controle (GC)

FA (n) FR () FA (n) FR ()

Sentem dor 25 100 8 32

22

Tabela 3 Prevalecircncia e distribuiccedilatildeo corporal da dor entre o grupo atleta (n=25) e o grupo controle (n=25) Os

valores foram apresentados como frequecircncia absoluta (FA) e relativa (FR) (porcentagem) GA grupo atleta GC

grupo controle

323 Nuacutemero de Palavras Escolhidas e Iacutendice de Dor

No grupo atleta o nuacutemero de palavras escolhidas (NWC) foi significativamente

maior (1076 plusmn 106) ao comparar com o grupo controle (220 plusmn 075 plt0001)

Similarmente aos resultados encontrados para o NWC tambeacutem foi observado um

aumento significativo do iacutendice de dor (PRI) no grupo atleta (2220 plusmn 242) em

relaccedilatildeo ao grupo controle (484 plusmn 165 plt0001) A figura 1 demonstra a

comparaccedilatildeo entre os grupos para o Iacutendice de dor e nuacutemero de palavras escolhidas

Dor em uma articulaccedilatildeo 6 24 7 28

Dor em mais de uma articulaccedilatildeo

19 76 1 4

Dor no Quadril 13 52 0 0

Dor no Peacute 11 44 1 4

Dor no Joelho 7 28 1 4

Dor na Coluna 5 20 4 16

23

Figura 1 Nuacutemero de palavras escolhidas e Iacutendice de dor verificado por meio do questionaacuterio de dor de McGill

entre o grupo atleta (n=25) e o grupo controle (n=25) NWC nuacutemero de palavras escolhidas PRI iacutendice de dor

GA grupo atleta GC grupo controle plt005 GA X GC plt001 GA X GC plt0001 GA X GC A anaacutelise de

variaacuteveis categoacutericas foi realizada por meio do teste Mann-Whitney

33 Equiliacutebrio Estaacutetico (Estabilometria)

331 Aacuterea de deslocamento do COP (ACOP)

Nas comparaccedilotildees intergrupos foi observada uma reduccedilatildeo significativa do

equiliacutebrio no grupo atleta (plt005) Verificou-se que as ginastas apresentaram maior

deslocamento do COP (16513 mmsup2 plusmn 148 p= 0002) em relaccedilatildeo ao grupo controle

(10212 mmsup2 plusmn 114 p= 0002) A figura 2 demonstra a comparaccedilatildeo da aacuterea do

deslocamento do COP entre os grupos

Figura 2 Aacuterea da elipse do centro de pressatildeo do baricentro corporal entre o grupo atleta (n=25) e o grupo

controle (n=25) ACOP aacuterea do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo GA grupo atleta GC grupo controle plt005 GA X GC plt001 GA X GC plt0001 GA X GC A anaacutelise de variaacuteveis categoacutericas foi realizada por meio do teste Mann-Whitney

332 Velocidade meacutedia de oscilaccedilatildeo do COP (VmCOP)

A velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo do baricentro do corpo foi

significativamente maior na direccedilatildeo AP no grupo atleta (1110 mms plusmn 0049 p=003)

quando comparada ao grupo controle (0997 mms plusmn 0091 p=003) Paralelamente

24

a velocidade meacutedia do COP na direccedilatildeo ML tambeacutem foi significativamente maior no

grupo atleta (0845 mms plusmn 0042 plt0001) em relaccedilatildeo ao grupo controle (0508

mms plusmn 0065 plt0001) (Figura 3)

Figura 3 Velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo do baricentro corporal entre o grupo atleta (n=25)

e o grupo controle (n=25) COP centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo AP anteroposterior ML mediolateral GA grupo atleta GC grupo controle plt005 GA X GC plt001 GA X GC plt0001 GA X GC A anaacutelise de variaacuteveis categoacutericas foi realizada por meio do teste Mann-Whitney

34 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios da dor e equiliacutebrio postural

Foi apenas visualizada uma correlaccedilatildeo de fraca a moderada positiva com

significacircncia estatiacutestica entre o domiacutenio de dor avaliativa (236 plusmn 028) e velocidade

meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo na direccedilatildeo mediolateral (AV 0845mms plusmn

0042 r = 0414 p = 0040) Natildeo houve correlaccedilatildeo significativa entre todos os outros

domiacutenios avaliados e a velocidade meacutedia do COP na direccedilatildeo ML (S 0845mms plusmn

0042 r = 023 p gt 0914 AF 0845mms plusmn 0042 r = 085 p = 0687 M 0845mms

plusmn 0042 r = 0049 p = 0816) Bem como entre todos os domiacutenios e a velocidade

meacutedia do COP na direccedilatildeo anteroposterior (S 1110mms plusmn 0049 r = 0009 p =

0967 AF 1110mms plusmn 0049 r = 0216 p = 0299 AV 1110mms plusmn 0049 r =

020 p = 0925 M 1110mms plusmn 0049 r = 0138 p = 0510) e entre todos os

domiacutenios e a aacuterea de deslocamento do COP (S 16513mmsup2 plusmn 148 r = 0044 p =

0836 AF 16513mmsup2 plusmn 148 r = 0165 p = 0431 AV 16513mmsup2 plusmn 148 r = 0220

p gt 0291 M 16513mmsup2 plusmn 148 r = 0180 p = 0390) (Figura 4)

25

Figura 4 Correlaccedilatildeo de Spearman entre dor avaliativa e velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo (VmCOP) do baricentro corporal (A) Forccedila de correlaccedilatildeo de Spearman (r = 0414 p = 0040) entre a dor

avaliativa (AV) (236 plusmn 028) e a velocidade meacutedia do COP na direccedilatildeo mediolateral (0845 mms plusmn 0042) no grupo atleta (B) Forccedila de correlaccedilatildeo de Spearman (r = 0063 p = 0765) entre a dor avaliativa (AV) (060 plusmn

021) e a velocidade meacutedia do COP na direccedilatildeo mediolateral (0508 mms plusmn 0065) no grupo controle Os valores foram apresentados como meacutedia plusmn erro padratildeo da meacutedia

4 Discussatildeo

Os resultados desta pesquisa demonstraram que atletas de elite de ginaacutestica

riacutetmica manifestam maior percepccedilatildeo dolorosa que controles natildeo praticantes de

esporte a niacutevel competitivo Isto pode estar relacionado a trecircs principais fatores que

podem contribuir de forma direta para a maior prevalecircncia de dor nessas atletas

destacando o iniacutecio precoce na praacutetica da modalidade os altos volumes e

intensidade dos treinos e a grande quantidade de repeticcedilotildees dos gestos esportivos

com alta predominacircncia de saltos e posturas estaacuteticas De acordo com os nossos

resultados Sabeti et al21 realizaram estudo com 218 ginastas de diferentes

nacionalidades no campeonato europeu de GR utilizando a escala visual analoacutegica

(EVA) para registro da intensidade dolorosa Os resultados encontrados foi que as

atletas tecircm uma maior intensidade dolorosa (72) que controles natildeo praticantes de

esporte competitivo

Paralelamente a literatura cientifica relata que o tempo de inicio da praacutetica

esportiva o niacutevel competitivo e o volumeintensidade dos treinos destas atletas satildeo

fatores preditivos para um maior desenvolvimento de lesatildeo e dor em atletas de GR

Shigaki et al4 apontam que o risco e intensidade de lesatildeo estatildeo fortemente

26

relacionados com o aumento da idade e do niacutevel competitivo Da mesma forma

Vanderlei et al22 e Oliveira et al23 afirmam que quanto mais elevada a categoria do

atleta maior seraacute o tempo e a intensidade do treinamento consequentemente maior

a exposiccedilatildeo aos esforccedilos musculoesqueleacuteticos durante treinamento eou

competiccedilotildees Deste modo Oliveira et al23 em seu estudo avaliaram 25 atletas de

GR de diferentes categorias etaacuterias e encontraram que a maioria das atletas

apresentaram algum tipo de lesatildeo ocasionada pelos treinos Desta forma autores

relatam que a formaccedilatildeo dessas atletas influencia na incidecircncia e intensidade

dolorosa de lesotildees por overuse21 24 Tais lesotildees geralmente ocorrem quando a

frequecircncia dos exerciacutecios aumenta enquanto a intensidade eacute mantida23 Estando de

acordo com os nossos resultados Kolar et al25 em estudo realizado com 63 atletas

da ginaacutestica artiacutestica e riacutetmica de ambos os sexos concluiacuteram que a maacute teacutecnica

meacutetodos improacuteprios de ensino e carga inadequada durante os treinos foram

associados com o surgimento de dor e lesotildees nessa populaccedilatildeo

Contrariamente aos nossos resultados Muller et al26 realizaram um estudo

investigativo do desenvolvimento de dor lombar em atletas adolescentes em relaccedilatildeo

ao sexo e tipo de esporte praticado Foram avaliados 321 atletas sem dor lombar em

um primeiro momento e apoacutes dois anos os mesmo atletas foram reavaliados para

verificar a incidecircncia de dor lombar Apenas 10 da amostra foram categorizados

com dor lombar Aleacutem disso antropometria e caracteriacutesticas de formaccedilatildeo do esporte

natildeo demonstraram influecircncia significativa na dor lombar levando os autores a

concluiacuterem que o esporte de alto rendimento natildeo induz dor lombar em atletas

adolescentes

No nosso estudo utilizamos para avaliaccedilatildeo da percepccedilatildeo dolorosa em ambos

os grupos o questionaacuterio de dor McGill Este apresentou-se como uma ferramenta

de faacutecil execuccedilatildeo baixo custo e com alta sensibilidade e confiabilidade para uma

caracterizaccedilatildeo multidimensional da dor na populaccedilatildeo estudada Diferenciados

meacutetodos de investigaccedilatildeo da dor podem ser encontrados em um crescente numero

de publicaccedilotildees cientificas sobre o estudo da percepccedilatildeo e intensidade dolorosa

Goubert et al27 utilizaram a algometria de pressatildeo para comparar a avaliaccedilatildeo

sensorial quantitativa da dor de pacientes com dor lombar em diferentes niacuteveis de

cronicidade comparando a controles saudaacuteveis e pacientes com fibromialgia

Diferentemente Sabeti et al21 Arliani et al28 e Hoskins et al29 utilizaram em suas

27

pesquisas a escala visual analoacutegica (EVA) para registrar a intensidade dolorosa de

atletas em diferentes modalidades Ambos satildeo considerados meacutetodos

unidimensionais utilizados com o objetivo de quantificar a magnitude da dor dentro

de um perfil somatosensorial

Por outro lado diversas pesquisas utilizam o questionaacuterio McGill (MPQ) como

instrumento multidimensional para avaliar a dor e conhececirc-la de forma ampla em

diferentes modelos de estudos e em diversas populaccedilotildees Ngamkham et al30

realizaram revisatildeo sistemaacutetica sobre a avaliaccedilatildeo da dor com McGill em pacientes

com cacircncer demonstrando que o MPQ eacute comumente usado nessa populaccedilatildeo para

mensurar a intensidade e qualidade da dor pois fornece informaccedilotildees sobre

possiacuteveis locais da doenccedila magnitude da dor bem como a eficaacutecia do tratamento e

intervenccedilatildeo submetidos Da mesma forma Bermudez et al31 avaliaram pacientes

diagnosticados com DTM moderada e severa para discriminar e comparar a queixa

dolorosa de acordo com a severidade da doenccedila Pode-se concluir com o estudo

que o MPQ foi capaz de diferenciar o padratildeo temporal da dor a localizaccedilatildeo de maior

queixa dolorosa e a intensidade da dor em portadores de DTM

As diferenccedilas metodoloacutegicas utilizadas corroboram o fato de a dor ser uma

experiecircncia complexa e subjetiva que varia em qualidade intensidade sensorial e

em caracteriacutesticas afetivo-motivacionais Pois a mesma envolve vaacuterias dimensotildees e

pode ser influenciada por infinitos estiacutemulos intriacutensecos e extriacutensecos32 33 Assim

cabe a utilizaccedilatildeo de diferentes meacutetodos uni e multidimensionais para uma avaliaccedilatildeo

precisa considerando a natureza da dor e suas caracteriacutesticas

De acordo com os resultados do nosso estudo foi visualizado que as atletas

de elite de GR apresentam diferentes caracteriacutesticas de percepccedilatildeo do estiacutemulo

doloroso em comparaccedilatildeo aos controles destacando dores com perfil sensorial e

avaliativo Acreditamos que os atletas de alto rendimento apresentam-se com

alteraccedilotildees do imputs neurosensorial em virtude da constante presenccedila e

intensidade das dores sentidas pela a sua praacutetica desportiva Isto pode repercutir em

mudanccedilas na interpretaccedilatildeo da dor sentida em seu corpo fiacutesico devido agrave influecircncia

de fatores emocionais sociais e hormonais que satildeo comuns em mulheres atletas

Em vista disso sabe-se que o domiacutenio sensorial e avaliativo representam as

28

impressotildees fiacutesicas desse estiacutemulo doloroso aacutelgico e uma auto-avaliaccedilatildeo da sua dor

respectivamente34

Segundo Pimenta e Texeira18 as diferenccedilas na estratificaccedilatildeo da dor se

justificam pelo fato das interpretaccedilotildees de informaccedilotildees cognitivas serem

condicionadas por experiecircncias preacutevias em diferentes momentos do estiacutemulo da dor

gerando respostas variadas agrave experiecircncia dolorosa por ser um processo

individualizado Aleacutem disso a dor eacute uma experiecircncia complexa descrita em termos

de caracteriacutesticas sensoriais afetivo-motivacionais cognitivas e comportamentais

Desta forma o resultado de uma avaliaccedilatildeo da percepccedilatildeo dolorosa pode depender

de qual dimensatildeo da dor esteja sendo vivenciada no momento da avaliaccedilatildeo por

cada indiviacuteduo14

Hoskins et al29 utilizaram a escala visual analoacutegica (EVA) e o questionaacuterio

McGill para comparar a intensidade e a qualidade de dor lombar entre atletas de

elite amadores e natildeo atletas Foram observadas diferenccedilas significativas entre os

grupos mostrando que os atletas de elite apresentaram intensidade de dor mais

alta assim como escolheram com mais frequecircncia palavras das categorias sensorial

e afetiva De forma semelhante a nossa pesquisa o domiacutenio sensorial apresentou o

maior iacutendice de dor e maior frequecircncia de palavras escolhidas Tal fato possa ser

justificado por esse ser o domiacutenio de maior representatividade no questionaacuterio

agregando termos de qualidades sensitivas dor18 Poreacutem a dimensatildeo afetiva natildeo foi

evidenciada com maior frequecircncia no presente estudo Esta representa um estado

emocional o qual pode ser traduzido por percepccedilotildees de cansaccedilo sentimentos de

medo e puniccedilatildeo assim como reaccedilotildees autonocircmicas34 Reading32 e Pimenta e

Teixeira18 em seus estudos relataram que os pacientes que sentem dores de

caracteriacutestica aguda preferem descritores da categoria sensorial Por outro lado

indiviacuteduos que sentem dor crocircnica usualmente tendem a selecionar mais

descritores da categoria afetiva levando em conta fenocircmenos cognitivo de

antecipaccedilatildeo memoacuteria atenccedilatildeo e experiecircncia anterior

Os resultados desta pesquisa demonstraram que a regiatildeo com maior

prevalecircncia de queixa dolorosa em atletas de elite de GR foi a articulaccedilatildeo do quadril

com aproximadamente cinquenta e dois por cento das queixas Isto pode estar

relacionado ao fato da articulaccedilatildeo do quadril ser responsaacutevel pela absorccedilatildeo de

29

grandes cargas compressivas durante a fase de aterrissagem dos saltos o qual eacute

um movimento especiacutefico do esporte Aleacutem disso no quadril estaacute localizado o centro

de gravidade do corpo assim as cargas que satildeo geradas ou transmitidas por essa

regiatildeo geram influecircncia no desempenho esportivo Desse modo pesquisas

cientiacuteficas relatam sobre a importacircncia da forccedila dos muacutesculos estabilizadores do

quadril no surgimento e desenvolvimento de dores nesta articulaccedilatildeo4 35 Steinberg et

al36 realizaram uma analise sistemaacutetica do desempenho da musculatura do quadril

no desenvolvimento de lesotildees no membro inferior e encontraram que a diminuiccedilatildeo

da funccedilatildeo dos muacutesculos do quadril associada a cargas repetitivas no membro

inferior pode aumentar o risco de lesotildees no joelho e em todo o membro

De forma contraacuteria aos nossos resultados Guiotte et al2 Sabeti et al21 e

Oliveira et al23 avaliaram ginastas de diferentes categorias e relataram que a regiatildeo

anatocircmica de queixa dolorosa mais prevalente na praacutetica da GR eacute a coluna lombar

seguida do tornozelo e joelho De acordo com Anderson et al37 a dor no quadril e

na virilha em atletas ocorrem com menor frequecircncia que lesotildees das extremidades do

membro inferior Ratificando esses autores Tschopp et al38 defendem que as

lesotildees do quadril satildeo menos comuns poreacutem satildeo mais difiacuteceis de serem

diagnoacutesticadas Pois as consideraccedilotildees anatocircmicas e biomecacircnicas para lesotildees

nesta regiatildeo estatildeo entre as mais complexas do sistema muacutesculo-esqueleacutetico

Por outro lado os nossos resultados demonstraram que a segunda

articulaccedilatildeo mais prevalente em relaccedilatildeo agrave queixa dolorosa pela praacutetica de GR em

atletas de elite foi o tornozelo-peacute (44) Tal fato se justifica por alguns fatores como

sobrecarga excessiva nos muacutesculos intriacutensecos do peacute os quais satildeo responsaacuteveis

pela formaccedilatildeo do arco plantar existecircncia de compressotildees excessivas nos

segmentos oacutesseos devido ao processo de absorccedilatildeo de impacto nos saltos aleacutem da

necessidade de manutenccedilatildeo da postura do tornozelo-peacute em flexatildeo plantar por

tempos prolongados

De acordo com Han et al39 o complexo do tornozelo-peacute na maioria das

atividades esportivas eacute a uacutenica parte do corpo que estaacute em contato com solo

Assim a propriocepccedilatildeo do tornozelo contribui de forma extremamente significativa

para o controle do equiliacutebrio pois fornece informaccedilotildees que permitem o ajuste de

posiccedilotildees e movimentos dos membros para realizaccedilatildeo das tarefas motoras

30

complexas exigidas no esporte de elite Saito et al12 em sua pesquisa ao avaliarem

atletas com e sem lesatildeo no tornozelo observaram que as lesotildees no tornozelo aleacutem

de causar alteraccedilotildees musculares e osteocinemaacuteticas promovem de forma direta

repercussotildees negativas no controle neuromuscular da articulaccedilatildeo predispondo-a aacute

episoacutedios recidivantes em virtude do comprometimento do feedback neurosensorial

afetando o controle postural e consequentemente o desempenho nas atividades

motoras

De acordo com os dados obtidos no nosso estudo foi observada nas atletas

uma maior aacuterea de deslocamento do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo (COP) do

corpo demonstrando um menor equiliacutebrio estaacutetico das ginastas ao comparar com

controles natildeo atletas Isto pode estar relacionado a uma maior intensidade e

presenccedila do estiacutemulo doloroso no corpo das atletas e a intensa quantidade de

repeticcedilotildees dos exerciacutecios de forma assimeacutetrica pela preferecircncia do membro

dominante Desse modo diversas pesquisas relatam que a presenccedila da dor pode

aumentar a aacuterea do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo (ACOP) produzindo uma piora

do equiliacutebrio corporal4 12 15 16 Lin et al16 e Shigaki et al4 em seus estudos avaliaram

o equiliacutebrio de atletas comparando trecircs grupos atletas com lesatildeo atletas sem lesatildeo

e natildeo atletas Evidenciaram que atletas com lesatildeo apresentaram maior oscilaccedilatildeo do

centro de pressatildeo comparado a indiviacuteduos natildeo atletas e atletas sem lesatildeo Poreacutem

quando comparados atletas sem lesatildeo com indiviacuteduos natildeo atletas natildeo foi observado

diferenccedila significativa

Ao mesmo tempo em nosso estudo foi encontrado uma velocidade meacutedia do

COP maior no grupo atleta em ambas as direccedilotildees ao comparar com controles natildeo

atletas Sendo a velocidade meacutedia do COP maior no plano sagital (anteroposterior)

em relaccedilatildeo ao plano frontal (meacutediolateral) Isto ocorre porque as atletas apresentam

uma resposta neuromuscular mais raacutepida para recuperaccedilatildeo da estabilidade do corpo

adquirida pelo treinamento esportivo essencialmente no plano sagital em que as

estrateacutegias posturais para recuperaccedilatildeo do equiliacutebrio satildeo mais efetivas

Diversos estudos publicados na literatura abordam a habilidade do controle

postural em atletas2 8-12 Matsuda et al10 relatam que atletas tecircm capacidade de

equiliacutebrio dinacircmico superior quando comparados a indiviacuteduos natildeo atletas Da

mesma forma Merlo et al11 acreditam a praacutetica de esportes produz adaptaccedilotildees que

31

ou desenvolvimento de consciecircncia de estrateacutegias posturais natildeo evidenciadas em

sujeitos natildeo praticantes de atividade esportiva

Os resultados encontrados por meio desse estudo mostraram que a dor em

sua dimensatildeo avaliativa apresentou relaccedilatildeo significativa com a velocidade meacutedia do

centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo do corpo na direccedilatildeo mediolateral Tal fato evidencia

que a percepccedilatildeo do estiacutemulo doloroso interfere de maneira significativa na

habilidade do atleta em reestabelecer a estabilidade postural apoacutes perturbaccedilatildeo do

equiliacutebrio em postura estaacutetica Prejudicando o desempenho atleacutetico na modalidade

uma vez que as atletas dependem da estabilidade postural para execuccedilatildeo da praacutetica

esportiva Alguns autores relatam a influecircncia da dor e fatores psicoemocionais na

performance e desempenho de atletas de alto rendimento Couto e Pedroni40

avaliaram a relaccedilatildeo da queixa e limiar doloroso com incidecircncia de lesatildeo em

bailarinas claacutessicas Os resultados do estudo mostraram que houve relaccedilatildeo

significativa entre as regiotildees de lesatildeo com a dor evidenciando que a dor estaacute

diretamente relacionada com o surgimento de lesatildeo nessa populaccedilatildeo Dore e

Guerra41 em seu estudo investigaram a prevalecircncia e fatores associados agrave

sintomatologia dolorosa em bailarinos profissionais utilizando a versatildeo brasileira do

questionaacuterio McGill e Inventaacuterio para dor de Wisconsin Foram verificadas

correlaccedilotildees positivas com significacircncia entre o grau de intensidade dolorosa e

atividades diaacuterias sono humor e relacionamento pessoal

O presente estudo sinaliza uma relaccedilatildeo da presenccedila do estiacutemulo doloroso

com o equiliacutebrio postural As alteraccedilotildees no equiliacutebrio corporal tecircm sido muito

estudadas em diferentes populaccedilotildees assim como o comportamento da dor e lesotildees

no desempenho de atletas de diferentes niacuteveis competitivos e modalidades

esportivas Corroborando com nossa pesquisa Meardon et al15 defendem que a

presenccedila de lesatildeo e dor em atletas pode afetar negativamente o equiliacutebrio corporal

Em sua pesquisa examinou controle postural dinacircmico em corredores lesionados

com dor e sem lesatildeo usando o Star Excursion Balance Test (SEBT) Quando

comparado corredores lesionados com controles sem lesatildeo os resultados

demonstraram controle dinacircmico deficiente das forccedilas verticais ao executar as

tarefas de pouso e estabilizaccedilatildeo em apoio unipodal

32

Contudo ainda satildeo raros os estudos sobre a caracterizaccedilatildeo da dor e do

equiliacutebrio corporal em atletas de ginaacutestica riacutetmica Por meio desse estudo foi

observado que atletas de elite de GR demonstraram aumento da dor descrita em

todos os domiacutenios avaliados pelo questionaacuterio McGill (plt0001) A dor nas ginastas

tem o perfil sensorial e avaliativo e se manifesta principalmente nas articulaccedilotildees do

quadril e tornozelo-peacute em virtude da especificidade do gesto esportivo Aleacutem disso

as atletas tambeacutem apresentam menor estabilidade do controle postural (plt005)

sendo notada possiacutevel relaccedilatildeo de interferecircncia entre a auto percepccedilatildeo dolorosa e o

equiliacutebrio postural Entretanto devido agrave complexidade do tema faz-se necessaacuterio a

elaboraccedilatildeo de estudos mais aprofundados com uma amostra maior seguindo

rigorosamente os criteacuterios metodoloacutegicos que permita uma interpretaccedilatildeo mais

precisa a respeito da percepccedilatildeo dolorosa e o equiliacutebrio postural no desempenho

atleacutetico na modalidade esportiva

5 Conclusatildeo

A pesquisa mostra que as atletas de elite de GR apresentam dor de

caracteriacutesticas sensorial e avaliativa frequentemente localizada na articulaccedilatildeo do

quadril seguida do tornozelo-peacute A presenccedila da percepccedilatildeo dolorosa mostrou relaccedilatildeo

significativa com o controle postural em atletas de elite de GR Os resultados

tambeacutem evidenciaram que atletas tem menor equiliacutebrio postural estaacutetico quando

comparadas a controles natildeo atletas poreacutem demonstram maior habilidade para

reestabelecer o controle postural

6 Consideraccedilotildees Finais

Um ponto importante a ser relatado neste estudo eacute a utilizaccedilatildeo do

questionaacuterio de dor McGill Embora venha ser um questionaacuterio amplamente utilizado

em pesquisas cientiacuteficas em virtude da sua alta confiabilidade validaccedilatildeo e

adaptaccedilatildeo cultural em diferentes paiacuteses ainda satildeo raros os estudos que utilizam

essa ferramenta para avaliar a dor em atletas Com ecircnfase em estudos que

descrevam a sua aplicabilidade por domiacutenio e caracteriacutesticas multidimensionais da

33

dor Este pesquisa aparenta ter sido pioneira a qualificar a dor e descrevecirc-la em

suas dimensotildees em atletas de elite de ginaacutestica riacutetmica bem como relacionar a

percepccedilatildeo dolorosa com o equiliacutebrio postural nessa populaccedilatildeo Abrindo espaccedilo para

realizaccedilatildeo de outros estudos

Poreacutem foi encontrado como limitaccedilotildees escassez de pesquisas cientiacuteficas

atualizadas sobre abordagem multidimensional da dor em atletas essencialmente

na ginaacutestica riacutetmica Pois a grande maioria dos estudos que tem sido publicado

sobre dor nessa populaccedilatildeo estaacute relacionada agrave presenccedila do estiacutemulo doloroso e sua

intensidade em uma magnitude sensorial Outro ponto a se destacar foi a

dificuldade em coletar um grupo controle com caracteriacutesticas similares ao grupo de

estudo para que fosse formada uma amostra mais homogecircnea possiacutevel

respeitando os criteacuterios metodoloacutegicos

34

REFEREcircNCIA

1 Baston C Mancini M Schoneburg B Horak F Rocchi L Postural strategies assessed with inertial sensors in healthy and parkinsonian subjects Gait Posture 2014 may 40(1)70ndash75

2 Guiotte VA Roque CFL Olieira MR Gil AWO Rabello LM Dos Santos EVM et

al Avaliaccedilatildeo Fiacutesico - Funcional de Atletas da Ginaacutestica Riacutetmica Histoacuterico de Lesotildees e Estabilidade Postural UNOPAR Cient Ciecircnc Biol Sauacutede 2012 14(4) 217-20

3 Bosso LR Golias ARC A postura de atletas de Ginaacutestica Riacutetmica Analise atraveacutes da fotometria Rev Bras Med Esporte 2012 setout 18(5)333-337

4 Shigaki L Rabello LM Camargo MZ Santos VBC Gil AWO Oliveira MR et al Anaacutelise comparativa do equiliacutebrio unipodal de atletas de Ginastica Riacutetmica Rev Bras Med Esporte 2013 marabr 19(2)104-107

5 Whale CE Pass AN Tripp PM Chronic Groin Pain in a collegiate football running back International Journal of Athletic Therapy amp Training 2012 may 17(3)41-44

6 Jacobs JV Why we need to better understand the cortical neurophysiology of impaired postural responses with age disease or injury Frontiers in Integrative Neuroscience 2014 ago 8(69)

7 Hirata RP Ervilha UF Arendt-Nielsen L Graven-Nielsen T Experimental Muscle Pain Challenges the Postural Satability During Quiet Stance Unexpected Posture Perturbation J Pain 2011 ago 12(8)911-9

8 Ribeiro GD Suaacuterez MH Ruiz DR Efecto del entrenamiento sistemaacutetico de gimnasia riacutetmica sobre el control postural de ninas adolescentes Rev Andal Med 2015 jun 8(2)54-60

9 Teixeira CL Equiliacutebrio e controle postural Brazilian Journal of Biomechanics 2010 11(20)31-40

10 Matsuda S Demura S Uchiyama M Centre of pressure sway characteristics during static one-legged stance of athletes from different sports Journal of Sports Sciences 2008 may 26(7)775 ndash 779

11 Merlo JK Stoppa ACL Macedo CSG Silva Juacutenior RA Anaacutelise Comparativa do Equiliacutebrio em Apoio Unipodal em Indiviacuteduos Sedentaacuterios e Atletas UNOPAR Cient Ciecircnc Biol Sauacutede 2010 12(4)29-32

12 Saito KA Navarro M Silva MF Arie EK Peccin MS Oscilaccedilatildeo do centro de pressatildeo plantar de atletas e natildeo atletas com e sem entorse de tornozelo Rev Bras Ortop 2016 51(4)437ndash443

35

13 Lamb M Oliveira PD Tano SS Gil AWO Dos Santos EVN Fernandes KBP

Efeito do treinamento proprioceptivo no equiliacutebrio de atletas de ginaacutestica riacutetmica Rev Bras Med Esporte 2014 setout 20(5)379-382

14 Silva JA Ribeiro-Filho NP A dor como um problema psicofiacutesico Rev Dor 2011 abrjun 12(2)138-51

15 Meardon S Klusendorf A Kernozek T Influence of injury on dynamic postural control in runners The International Journal of Sports Physical Therapy 2016 jun 11(3)336

16 Lin CF Lee IJ Liao JH Wu HW Su FC Comparison of Postural Stability Between Injured and Uninjured Ballet Dancers The American Journal of Sports Medicine 2011 39(6)1324-1331

17 Varoli FK Pedrazzi V Adapted Version of the McGill Pain Questionnaire to Brazilian Portuguese Braz Dent J 2006 17(4) 328-335

18 Pimenta CAM Teixeira MJ Questionaacuterio de dor McGill proposta de adaptaccedilatildeo para a liacutengua portuguesa Rev Esc Enf USP 1996 dez 30(3)473-83

19 Rabello LM Macedo CSG Oliveira MR Fregueto JH Camargo MZ Lopes LD et al Relaccedilatildeo entre testes funcionais e plataforma de forccedila nas medidas de equiliacutebrio em atletas Rev Bras Med Esporte 2014 maijun 20(3)219-222

20 Bressel E Yonker JC Kras J et al Comparison of static and dynamic balance in female collegiate soccer basketball and gymnastics atheletes Journal of Athletic Training 2007 42(1)42ndash46

21 Sabeti M Jeremian L Graf A Kandelhart R Elite level rhythmic gymnasts have significantly more and stronger pain than peers of similar age a prospective study Wien Klin Wochenschr 201512731ndash35

22 Vanderlei FM Vanderlei FCM Netto Juacutenior J Praste CM Caracteriacutesticas das lesotildees desportivas e fatores associados com lesatildeo em iniciantes de ginaacutestica artiacutestica do sexo feminino Fisioter Pesq 201320(2)191-196

23 Oliveira MMM Lourenccedilo MRA Teixeira DC Incidecircncias de lesotildees nas equipes de Ginaacutestica Riacutetmica da UNOPAR UNOPAR Cient Ciecircnc Biol Sauacutede 2003 out 6(1)29-40

24 Frutuoso AS Diefenthaeler F Vaz MA et al Lower Limb asymmetries in rhythmic gymnastics atheletes Int Sports Phys Ther 2016 11(1)34ndash43

25 Kolar E Samardžija MP Smrdu M Atikovic A Athletes perceptions of the causes of injury in gymnastics J Sports Med Phys Fitness 2016 Mar 57(5)703-710

36

26 Mueller S Mueller J Stoll J Prieske O Cassel M Mayer F Incidence of back pain in adolescent athletes a prospective study BMC Sports Science Medicine and Rehabilitation 2016 838

27 Goubert D Danneels L Graven-Nielsen T Descheemaeker F Meeus M Differences in Pain Processing Between Patients with Chronic Low Back Pain Recurrent Low Back Pain and Fibromyalgia Pain Physician 2017 May 20(4)307-318

28 Arliani GG Cohen M Lara PS Astur DC Gonccedilalves JPP Ferretti M Impacto do esporte na sauacutede de ex-jogadores profissionais de futebol no Brasil Acta ortop bras 2014 julago 22(4)188-190

29 Hoskins W Pollard H Daff C Odell A Garbutt P McHardy A et al Low back pain status in elite and semi-elite Australian football codes a cross-sectional survey of football (soccer) Australian rules rugby league rugby union and non-athletic controls BMC Musculoskeletal Disorders 20091038

30 Ngamkham S Vincent C Finnegan L Holden JE Wang ZJ Wilkie DJ The McGill Pain Questionnaire as a Multidimensional Measure in People with Cancer An Integrative Review Pain Manag Nurs 2012 Mar 13(1) 27ndash51

31 Bermudez OAS Souza RA Souza CMF Castro CES Beacuterzn F Avaliaccedilatildeo multidimensional da dor em portadores de desordem temporomandibular utilizando uma versatildeo brasileira do questionaacuterio mcgill de dor Rev bras fisioter 2003 7(2) 151-158

32 Reading AE Everitt BS Sledmore CM The McGill Pain Questionnaire a replication of its construction Br J Clin Psychol 1982 21339ndash349

33 Melzack R The McGill Pain Questionnaire Anesthesiology 2005 103199-202

34 Pessoa CP Barreto MB Santos LB Alves TDB Oliveira MC Martins AG Instrumentos utilizados na avaliaccedilatildeo do impacto da dor na qualidade de vida de pacientes com dor orofacial e disfunccedilatildeo temporomandibular Escola Baiana de Sauacutede Puacuteblica 200731(2)267-293

35 Espinoza ES Ortiz GB Estabilidad abdominolumbopeacutelvica y equilibrio comopredictores de la incidencia de lesionesmusculoesqueleacuteticas en estudiantes de danzaUn estudio piloto Fisioterapia 2014

36 Steinberg N Dar G Dunlop M Gaida JE The relationship of hip muscle performance to legankle and foot injuries a systematic review The Physician and Sportsmedicine 2017

37 Anderson K Strickland SM Warren R Hip and Groin Injuries in Athletes The American Journal of Sports Medicine 2001 29(4) 521-533

38 Tschopp M Brunner F Erkrankungen und Uumlberlastungsschaumlden an der unteren Extremitaumlt bei Langstreckenlaumlufern Z Rheumatol 2017 Feb

37

39 Han J Anson J Waddington G Adans R Liu Y The Role of Ankle

Proprioception for Balance Control in relation to Sports Performance and Injury BioMed Research International 2015 Jun8

40 Couto AGA Pedroni CR Relaccedilatildeo entre postura queixa dolorosa e lesatildeo em bailarinas claacutessicas Ter Man 2013 11(55)228-233

41 Dore BF e Guerra RO Sintomatologia dolorosa e fatores associados em bailarinos profissionais Rev Bras Med Esporte 2007 MarAbr13(2)77-80

38

ANEXO I ndash QUESTIONAacuteRIO DE DOR MCGILL

39

ANEXO II ndash PARECER DE APROVACcedilAtildeO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA

40

41

ANEXO III ndash NORMAS DE SUBMISSAtildeO DA REVISTA

Instruccedilotildees aos Autores

A Revista Brasileira de Medicina do Esporte - RBME (Brazilian Journal of

Sports Medicine) oacutergatildeo oficial da Sociedade Brasileira de Medicina do Exerciacutecio e

do Esporte (SBMEE) eacute publicada bimestralmente em seis ediccedilotildees ao ano (janfev

marabr maiojun julago setout e novdez) A RBME eacute indexada nas seguintes

bases bibliograacuteficas SciELO Web of Science Excerpta Medica-EMBASE Physical

Education Index LILACS SIRC-Sportdiscus e Scopus A publicaccedilatildeo segue

integralmente o padratildeo internacional do International Committee of Medical Journal

Editors (ICMJE) ou Convenccedilatildeo de Vancouver e seus requisitos de uniformizaccedilatildeo

[httpwwwicmjeorg]

Preparaccedilatildeo de manuscritos Os artigos submetidos devem ser digitados em

espaccedilo duplo fonte Arial 12 em paacutegina tamanho A4 sem numerar linhas ou

paraacutegrafos e numerando as paacuteginas no canto superior direito Figuras e tabelas

devem ser apresentadas ao final do artigo em paacuteginas separadas No corpo do

texto deve-se informar os locais para inserccedilatildeo das tabelas ou figuras Nuacutemeros

menores que 10 satildeo escritos por extenso enquanto que nuacutemeros maiores ou igual a

10 satildeo expressos em algarismos araacutebicos Os manuscritos que natildeo estiverem de

acordo com as instruccedilotildees aos autores em relaccedilatildeo a estilo e formato seratildeo

devolvidos sem revisatildeo pelo Conselho Editorial As medidas deveratildeo ser expressas

no Sistema Internacional (Systegraveme International SI) disponiacutevel em

httpphysicsnistgovcuuUnits e unidades padratildeo quando aplicaacutevel Recomenda-

se aos autores natildeo usar abreviaccedilotildees no tiacutetulo e limitar a sua utilizaccedilatildeo no resumo e

ao longo do texto Os nomes geneacutericos devem ser usados para todas as drogas Os

faacutermacos podem ser referidos pelo nome comercial poreacutem deve constar o nome

cidade e paiacutes ou endereccedilo eletrocircnico do fabricante entre parecircnteses na seccedilatildeo

Materiais e Meacutetodos

Abreviaturas O uso de abreviaturas deve ser minimizado As abreviaturas deveratildeo

ser definidas por ocasiatildeo de sua primeira utilizaccedilatildeo no resumo e tambeacutem no texto

Abreviaturas natildeo padratildeo natildeo devem ser utilizadas a menos que essas apareccedilam

pelo menos trecircs vezes no texto Unidades de medida (3 ml ou 3 mL e natildeo 3

mililitros) ou siacutembolos cientiacuteficos padratildeo (elementos quiacutemicos por exemplo Na e

natildeo soacutedio) natildeo satildeo consideradas abreviaturas e portanto natildeo devem ser definidos

Abreviar nomes longos ou substacircncias quiacutemicas e termos utilizados para

combinaccedilotildees terapecircuticas Abreviaturas em figuras e tabelas podem ser utilizadas

por razotildees de espaccedilo poreacutem devem ser definidas na legenda mesmo que tenham

sido definidas no texto do artigo

Formato dos arquivos Usar editor de texto Microsoft Word para Windows ou

42

equivalente Arquivos em formato PDF natildeo devem ser enviados As tabelas e

quadros deveratildeo estar em seus arquivos originais (Excel Acess Powerpoint etc)

As figuras deveratildeo estar nos formatos jpg ou tif em alta resoluccedilatildeo (300 dpi) As

figuras deveratildeo estar incluiacutedas no arquivo Word mas tambeacutem devem ser enviadas

separadamente (anexadas durante a submissatildeo do artigo como documento

suplementar em seus arquivos originais)

Paacutegina de rosto A paacutegina de rosto deve conter (1) a categoria do artigo (2) o tiacutetulo

do artigo em portuguecircs inglecircs e espanhol com ateacute 80 caracteres cada que deve ser

objetivo e informativo (3) os nomes completos dos autores instituiccedilatildeo formaccedilatildeo

acadecircmica de origem (a mais relevante) cidade estado e paiacutes (4) nome do autor

correspondente com endereccedilo completo telefone e e-mail A titulaccedilatildeo dos autores

natildeo deve ser incluiacuteda O nome completo de cada autor (sem abreviaccedilotildees) e sua

afiliaccedilatildeo institucional (nota as unidades hieraacuterquicas devem ser apresentadas em

ordem decrescente por exemplo universidade faculdade ou instituto e

departamento) devem ser informados Os nomes das instituiccedilotildees e programas

deveratildeo ser apresentados preferencialmente por extenso e na liacutengua original da

instituiccedilatildeo ou na versatildeo em inglecircs quando a escrita natildeo eacute latina (pex aacuterabe

mandarim ou grego)

Resumo O resumo em portuguecircs inglecircs e espanhol deve ser incluiacutedo no

manuscrito Em cada um dos idiomas natildeo deve conter mais do que 300 palavras A

versatildeo estruturada eacute obrigatoacuteria nos artigos originais e inclui objetivos meacutetodos

resultados e conclusatildeo Artigos de revisatildeo natildeo requerem resumo estruturado

Palavras-chave O artigo deve incluir no miacutenimo trecircs e no maacuteximo seis descritores

em portuguecircs inglecircs e espanhol baseados nos Descritores de Ciecircncias da Sauacutede

(DeCS) httpdecsbvsbr ou no Medical Subject Headings (MeSH) da National

Library of Medicine disponiacutevel em httpwwwnlmnihgovmeshmeshhomehtml

oubaseados no Medical SubjectHeading (MeSH) do Index Medicus

(httpwwwnlmnihgovmesh)

Introduccedilatildeo A introduccedilatildeo deve conter (1) justificativa objetiva para o estudo com

referecircncias pertinentes ao assunto sem realizar uma revisatildeo extensa (2) objetivo do

artigo

Materiais e Meacutetodos Esta seccedilatildeo deve descrever os experimentos (quantitativa e

qualitativamente) e os procedimentos em detalhes suficientes que permitam que

outros pesquisadores reproduzam os resultados ou deem continuidade ao estudo

e deveraacute conter (1) a descriccedilatildeo clara da amostra utilizada (2) termo de

consentimento para estudos experimentais envolvendo seres humanos (3)

identificaccedilatildeo dos meacutetodos aparelhos (nome do fabricante e endereccedilo cidade e paiacutes

devem ser menciondos entre parecircnteses) e procedimentos utilizados (4) descriccedilatildeo

breve e referecircncias de meacutetodos publicados mas natildeo amplamente conhecidos (5)

43

descriccedilatildeo detalhada de meacutetodos novos ou modificados (6) quando pertinente incluir

a anaacutelise estatiacutestica e os programas utilizados Importante Ao relatar experimentos

com seres humanos ou animais indicar se os procedimentos seguiram as normas

do Comitecirc Eacutetico sobre Experiecircncias Humanas da instituiccedilatildeo na qual a pesquisa foi

realizada e se os procedimentos estatildeo de acordo com a declaraccedilatildeo de Helsinki de

1995 e a Animal Experimentation Ethics respectivamente Os autores devem incluir

uma declaraccedilatildeo indicando que o protocolo foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica da

Instituiccedilatildeo (instituiccedilatildeo de afiliaccedilatildeo de pelo menos um dos autores) com o respectivo

nuacutemero de identificaccedilatildeo Tambeacutem deve incluir que o Termo de Consentimento Livre

e Esclarecido foi assinado por todos os participantes

Resultados Apresentar os resultados em sequecircncia loacutegica no texto usando tabelas

e figuras Evitar repeticcedilatildeo excessiva de dados no texto em tabelas ou figuras

poreacutem enfatizar somente as descobertas mais importantes

Discussatildeo Enfatizar os aspectos originais e importantes do estudo e as conclusotildees

que decorrem deste evitando poreacutem repetir dados jaacute apresentados em outras

partes do manuscrito Em estudos experimentais ressaltar a relevacircncia e limitaccedilotildees

dos resultados confrontando com os dados da literatura e incluindo implicaccedilotildees

para estudos futuros

Conclusotildees A conclusatildeo deve ser clara e concisa baseada nos resultados

obtidos estabelecendo ligaccedilatildeo com implicaccedilotildees cliacutenicas evitando poreacutem excessiva

generalizaccedilatildeo) A mesma ecircnfase deve ser dada a estudos com resultados negativos

ou positivos Recomendaccedilotildees podem ser incluiacutedas quando relevantes

Agradecimentos Quando pertinente incluir agradecimento ou reconhecimento a

pessoas que tenham contribuiacutedo para o desenvolvimento do trabalho poreacutem natildeo se

qualificam como coautores Fontes de financiamento como auxiacutelio a pesquisa e

bolsas de estudo devem ser reconhecidos nesta seccedilatildeo Os autores deveratildeo obter

permissatildeo por escrito para mencionar nomes e instituiccedilotildees de todos os que

receberam agradecimentos nominais

Referecircncias As referecircncias devem ser numeradas na sequecircncia em que aparecem

no texto em formato sobrescrito As referecircncias citadas somente em legendas de

tabelas ou figuras devem ser numeradas de acordo com sequecircncia estabelecida

pela primeira menccedilatildeo da tabela ou da figura no texto O estilo das referecircncias

bibliograacuteficas deve seguir as regras do Uniform Requirements for Manuscripts

Submitted to Biomedical Journals (International Committee of Medical Journal

Editors disponiacutevel em Ann Intern Med 1997126(1)36-47 httpwwwicmjeorg)

Alguns exemplos satildeo mostrados a seguir Os tiacutetulos dos perioacutedicos devem ser

abreviados de acordo com o Index Medicus (List of Journals Indexed disponiacutevel em

httpwwwnlmnihgovtsdserialsljihtml) Se o perioacutedico natildeo constar dessa lista

deve-se utilizar a abreviatura sugerida pelo proacuteprio perioacutedico Deve-se evitar utilizar

44

ldquocomunicaccedilotildees pessoaisrdquo ou ldquoobservaccedilotildees natildeo publicadasrdquo como referecircncias

Resumos de tranalhos apresentados em eventos devem ser utilizados somente se

for a uacutenica fonte de informaccedilatildeo

Tabelas As tabelas devem ser elaboradas em espaccedilo 15 devendo ser planejadas

para ter como largura uma (87cm) ou duas colunas (18 cm) Cada tabela deve

possuir um tiacutetulo sucinto Notas explicativas seratildeo incluiacutedas em notas de rodapeacute A

tabela deve conter meacutedias e medidas de dispersatildeo (Desvio Padratildeo Erro Padratildeo da

Meacutedia etc) natildeo devendo conter casas decimais irrelevantes As abreviaturas

devem estar de acordo com aquelas utilizadas no texto e nas figuras Os coacutedigos de

identificaccedilatildeo de itens da tabela devem estar listados na ordem de surgimento no

sentido horizontal e devem ser identificados pelos siacutembolos padratildeo Os quadros e

tabelas deveratildeo ser enviados atraveacutes dos arquivos originais editaacuteveis (Word Excel)

e natildeo como imagens

Figuras Na versatildeo impressa da RBME seratildeo aceitas figuras em preto-e-branco

Imagens coloridas poderatildeo ser publicadas quando forem essenciais para o conteuacutedo

cientiacutefico do artigo Nestes casos o custo seraacute repassado aos autores Figuras

coloridas poderatildeo ser incluiacutedas na versatildeo eletrocircnica do artigo sem custo adicional

aos autores Os desenhos e figuras devem ser consistentes e tatildeo simples quanto

possiacutevel poreacutem informativos Tons de cinza natildeo devem ser utilizados Todas as

linhas devem ser soacutelidas Para graacuteficos de barra por exemplo utilizar barras

brancas pretas com linhas diagonais nas duas direccedilotildees linhas em xadrez linhas

horizontais e verticais A RBME desaconselha fortemente o uso de fotografias de

equipamentos e animais de experimentaccedilatildeo As figuras devem ser impressas com

bom contraste e ter a largura de uma coluna (87cm) Utilizar no miacutenimo fonte

tamanho 10 para letras nuacutemeros e siacutembolos com espaccedilamento e alinhamento

adequados Quando a figura representar uma radiografia ou fotografia sugerimos

incluir a escala de tamanho quando pertinente

Por favor note que eacute de responsabilidade dos autores obter permissatildeo do detentor

dos direitos autorais para reproduzir figuras (ou tabelas) que tenham sido

previamente publicados em outras fontes De acordo com os princiacutepios do acesso

aberto os autores devem ter permissatildeo do detentor dos direitos caso desejem

incluir imagens que tenham sido publicados em outros perioacutedicos de acesso natildeo

aberto A permissatildeo deve ser indicada na legenda da figura e a fonte original deve

ser incluiacuteda na lista de referecircncias

45

APEcircNDICE I ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE)

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Vocecirc estaacute sendo convidada(o) a participar da pesquisa intitulada

ldquoCARACTERIZACcedilAtildeO DA DOR E SUA RELACcedilAtildeO COM EQUILIacuteBRIO

POSTURAL ESTAacuteTICO EM ATLETAS DE GINAacuteSTICA RIacuteTMICArdquo realizada pela

Universidade Federal de Sergipe por intermeacutedio da discente TAINARA DOS

SANTOS BOMFIM devidamente assistida pelo seu orientador PAULO MAacuteRCIO

PEREIRA OLIVEIRA O objetivo desse estudo eacute caracterizar a Dor

musculoesqueleacutetica em atletas de elite de ginaacutestica riacutetmica e analisar a relaccedilatildeo da

dor no equiliacutebrio postural estaacutetico das atletas comparando com controles natildeo

atletas A justificativa para a realizaccedilatildeo da pesquisa eacute documentar na literatura

escassa estudo sobre a relaccedilatildeo da dor com o equiliacutebrio postural estaacutetico em

atletas de elite de Ginaacutestica Riacutetmica Sua participaccedilatildeo nessa pesquisa consistiraacute

em responder um questionaacuterio e realizar avaliaccedilatildeo de equiliacutebrio que ocorreraacute em

um uacutenico momento Natildeo haacute riscos previsiacuteveis relacionados com sua participaccedilatildeo

nem danos previsiacuteveis decorrentes da pesquisa Os benefiacutecios relacionados com

sua participaccedilatildeo satildeo

1 Identificar alteraccedilotildees posturais de equiliacutebrio em atletas de alto rendimento

2 Evidenciar se o processo de dor em atletas eacute igual maior ou menor quando

comparado com pessoas natildeo atletas

3 Evidenciar se as variaccedilotildees aacuterea e velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo

de pressatildeo se igualam ou natildeo a pessoas natildeo atletas

Vocecirc foi selecionado por preencher os requisitos da pesquisa mas sua

participaccedilatildeo NAtildeO Eacute OBRIGATOacuteRIA sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo em sua

relaccedilatildeo com a instituiccedilatildeo ou com o pesquisador

Eu________________________________________________________________

abaixo assinado declaro que fui informado que as informaccedilotildees obtidas atraveacutes

dessa pesquisa seratildeo confidenciais e o sigilo sobre minha participaccedilatildeo seraacute

assegurado De tal modo que os dados natildeo seratildeo divulgados de forma a possibilitar

minha identificaccedilatildeo Tambeacutem estou ciente de que a qualquer momento posso

desistir de minha participaccedilatildeo e retirar meu consentimento Declaro que entendi os

objetivos riscos e benefiacutecios de minha participaccedilatildeo na pesquisa e concordo em

participar

Vocecirc receberaacute uma coacutepia deste termo onde consta o telefone e o endereccedilo do

pesquisador principal podendo tirar suas duacutevidas sobre o Projeto de Pesquisa de

sua participaccedilatildeo agora ou a qualquer momento

46

DADOS DO PESQUISADOR RESPONSAacuteVEL

Nome Tainara dos Santos Bomfim

Endereccedilo profissionale-mail Rua Padre Aacutelvares Pitangueira sn - Centro

Departamento de Fisioterapia bftainaragmailcom

Telefone (79) 9 9806-7487

ATENCcedilAtildeO A participaccedilatildeo em qualquer tipo de pesquisa eacute voluntaacuteria Em casos de

duacutevida quanto aos seus direitos entre em contato com o Comitecirc de Eacutetica em

Pesquisa da Universidade Federal de Sergipe

Lagarto _____de _____de 201_

_____________________________________________________

ASSINATURA DO VOLUNTAacuteRIO

_____________________________________________________

ASSINATURA DO PESQUISADOR RESPONSAacuteVEL

Page 3: CARACTERIZAÇÃO DA DOR E SUA RELAÇÃO COM O … · tainara dos santos bomfim caracterizaÇÃo da dor e sua relaÇÃo com o equilÍbrio postural em atletas de ginÁstica rÍtmica

TAINARA DOS SANTOS BOMFIM

CARACTERIZACcedilAtildeO DA DOR E SUA RELACcedilAtildeO COM O EQUILIacuteBRIO

POSTURAL EM ATLETAS DE GINAacuteSTICA RIacuteTMICA

Trabalho de Conclusatildeo de Curso apresentado ao Departamento de Fisioterapia de Lagarto Universidade Federal de Sergipe como parte dos requisitos para graduaccedilatildeo em Fisioterapia sob a orientaccedilatildeo do Prof Dr Paulo Maacutercio Pereira de Oliveira 13 de Junho de 2017

BANCA EXAMINADORA

____________________________________________

Prof Dr Andreacute Sales Barreto (1ordm examinador)

____________________________________________

Prof Dr Leonardo Yung dos Santos Maciel (2ordm examinador)

____________________________________________

Prof Dr Paulo Maacutercio Pereira Oliveira (Orientador)

Data de Aprovaccedilatildeo

DEDICATOacuteRIA

Este trabalho eacute dedicado a minha famiacutelia em especial ao meu pai Jacquemario

Silva do Bomfim e minha matildee Maria Nelma dos Santos Bomfim pelo apoio paciecircncia e

carinho

AGRADECIMENTOS

Agradeccedilo a Deus pelo dom da vida por ter me dado forccedila e coragem para chegar

ateacute aqui e ter colocado em meu caminho pessoas que me ajudaram a seguir nessa

jornada especialmente nessa reta final

Agradeccedilo aos meus pais e minhas irmatildesirmatildeo pois sem eles natildeo estaria onde

cheguei e podendo desfrutar dessa conquista

Agradeccedilo ao Prof Dr Paulo Marcio Pereira de Oliveira orientador deste trabalho

pelo incentivo e conhecimento proposto na realizaccedilatildeo dessa pesquisa

Agradeccedilo agraves voluntaacuterias participantes da pesquisa pela disposiccedilatildeo e gentileza em

contribuir para realizaccedilatildeo deste trabalho

Agradeccedilo aos demais colaboradores e incentivadores do trabalho que contribuiacuteram

ao seu modo em cada etapa da construccedilatildeo desta pesquisa

ldquoEntatildeo acho que somos quem somos por vaacuterias

razotildees E talvez nunca conheccedilamos a maior parte

delas Mas mesmo que natildeo tenhamos o poder de

escolher quem vamos ser ainda podemos escolher

aonde iremos a partir daquirdquo

(Stephen Chosky ndash As Vantagens de Ser Invisiacutevel)

RESUMO

Caracterizaccedilatildeo da Dor e sua Relaccedilatildeo com o Equiliacutebrio Postural em Atletas de Ginaacutestica Riacutetmica Tainara dos Santos Bomfim Lagarto ndashSE 2017 Introduccedilatildeo A Ginaacutestica Riacutetmica (GR) eacute um esporte de alta performance que exige

de suas atletas movimentos de grandes amplitudes articulares forccedila e uma boa

coordenaccedilatildeo motora postural Aleacutem disso em virtude da especificidade do gesto

esportivo as ginastas satildeo expostas constantemente a posturas e esforccedilos

repetitivos repercutindo em lesotildees musculoesqueleacuteticas e consequentemente em

dor a qual pode afetar negativamente o equiliacutebrio corporal Objetivo caracterizar a

dor musculoesqueleacutetica em atletas de elite de GR Secundariamente comparar o

equiliacutebrio postural estaacutetico das ginastas com controles natildeo atletas bem como

correlacionar o iacutendice de dor com o equiliacutebrio nas atletas de GR Meacutetodos

participaram da pesquisa 50 jovens do sexo feminino 25 ginastas compondo o

grupo atleta (GA) e 25 natildeo atletas compondo o grupo controle (GC) As voluntaacuterias

foram submetidas agrave avaliaccedilatildeo da percepccedilatildeo dolorosa utilizando a versatildeo brasileira

do questionaacuterio de dor McGill (Br-MPQ) e do equiliacutebrio postural atraveacutes da

estabilometria O estudo foi aprovado pelo comitecirc de eacutetica (CAAE

61990516400005546) Resultados o GA manifestou percepccedilatildeo dolorosa

significativamente maior (plt0001) a dor nas atletas apresentou caracteriacutesticas

sensorial e avaliativa as regiotildees de maior queixa dolorosa foram a articulaccedilatildeo do

quadril (52) seguida do tornozelo-peacute (44) Na comparaccedilatildeo intergrupos do

equiliacutebrio postural estaacutetico foi observado maior deslocamento do COP no GA

(16513 mmsup2 plusmn 148) em relaccedilatildeo ao GC (10212 mmsup2 plusmn 114) Nas correlaccedilotildees do

equiliacutebrio com os domiacutenios da dor foi observada apenas uma correlaccedilatildeo significativa

entre a dor avaliativa e a VmCOP na direccedilatildeo mediolateral (r = 0414 p = 0040)

Conclusatildeo As atletas demonstram maior percepccedilatildeo dolorosa e menor equiliacutebrio

postural estaacutetico quando comparadas a controles natildeo atletas Entretanto possuem

maior habilidade para reestabelecer o controle postural Aleacutem disso a presenccedila da

percepccedilatildeo dolorosa mostrou uma fraca relaccedilatildeo poreacutem significativa com o controle

postural em atletas de elite de GR

Descritores Ginaacutestica Equiliacutebrio Postural Dor Musculoesqueleacutetica

ABSTRACT

Characterization of Pain and your Relationship with Postural Balance in

Rhythmic Gymnastics Athletes Tainara dos Santos Bomfim Lagarto ndash SE

2017

Introduction Rhythmic Gymnastics (RG) is a high performance sport that requires your movements of large amplitudes athletes strength and a good hand-eye coordination postural In addition due to the specificity of Sporting gesture the gymnasts are constantly exposed to repetitive strain and postures reverberating in musculoskeletal injuries and consequently in painwhich can negatively affect the body balance Objective to characterize the musculoskeletal pain in elite athletes of RG Secondarily compare the static postural balance og gymnasts with nonathletic controls as well as correlate the pain index with te balance in the atletes of RG Methods Participated in the survey 50 female youth 25 gymnasts composing the Athlete Group (AG) and 25 non-athletes composing the Control Group (CG) The volunteers were subjected to the evaluation of the painful perception using the Brazilian version of the McGill Pain Questionnaire (BR-MPQ) and the posture equilibrium through the Estabilometria The study was approved by the Ethics Committee (CAAE 61990516400005546) Results The AG manifested significantly greater painful perception (p lt 0001) The pain in athletes presented sensory and evaluative characteristics The most painfully complaining regions were the hip joint (52) followed by ankle-foot (44) In the intergroup comparison of the static posture equilibrium was observed greater displacement of the COP in the AG (16513 mm sup2 plusmn 148) relative to the CG (10212 mm sup2 plusmn 114) In the correlations of equilibrium with the domains of pain it was observed only a significant correlation between the evaluative pain and the VmCOP in the direction mediolateral (r = 0414 p = 0040) Conclusion Athletes demonstrate greater painful perception and lower posture static equilibrium when compared to non-athletes controls However they possess greater ability to reestablish posture control Moreover the presence of painful perception showed a weak but significant relationship with the posture control in elite athletes of Gr

keywords Gymnastics Postural Balance Musculoskeletal Pain

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 Caracteriacutesticas demograacuteficas e antropomeacutetricas da amostra 20

Tabela 2 Domiacutenios da dor entre os grupos da pesquisa

Tabela 3 Incidecircncia de dor entre os grupos da pesquisa

21 21

LISTA DE ILUSTRACcedilOtildeES

Figura 1 Nuacutemero palavras escolhidas e Iacutendice de dor verificado por meio do questionaacuterio de dor de McGill nos grupos atleta e controle

22

Figura 2 Aacuterea da elipse do centro de pressatildeo do baricentro corporal entre o grupo atleta e o grupo controle

23

Figura 3 Velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo do baricentro corporal entre o grupo atleta e o grupo controle

24

Figura 4 Correlaccedilatildeo de Spearman entre iacutendice de dor avaliativa e velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo (VmCOP) do baricentro corporal

25

LISTA DE ABREVIACcedilOtildeES E SIGLAS

GR ndash Ginaacutestica Riacutetmica

GA ndash Grupo Atleta

GC ndash Grupo Controle

Br-MPQ ndash Versatildeo brasileira do questionaacuterio de dor McGill

NWC ndash Nuacutemero de palavras escolhidas

PRI ndash Iacutendice de dor

SL ndash Dor sensitiva

AF ndash Dor afetiva

AV ndash Dor avaliativa

M ndash Dor miscelacircnea

ACOP ndash Aacuterea do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo

VmCOP ndash Velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo

AP ndash Anteroposterior

ML ndash Mediolateral

IMC ndash Iacutendice de massa corporal

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 16

2 MEacuteTODOS

21 Delineamento do estudo

17

17

22 Sujeitos 17

23 Procedimentos de avaliaccedilatildeo 18

231 Avaliaccedilatildeo da dor 18

232 Avaliaccedilatildeo Estabilomeacutetrica

24 Aspectos Eacuteticos

18

19

25 Anaacutelise Estatiacutestica 19

3 RESULTADOS 20

31 Sujeitos 20

32 Caracterizaccedilatildeo da Dor

321 Domiacutenios da Dor

322 Localizaccedilatildeo da Dor

323 Nuacutemero de Palavras Escolhidas e Iacutendice de Dor

20

20

21

22

33 Equiliacutebrio Estaacutetico

331 Aacuterea de deslocamento do COP

332 Velocidade meacutedia de oscilaccedilatildeo do COP

34 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios da Dor e Equiliacutebrio corporal

22

23

23

24

4 DISCUSSAtildeO 25

5 CONCLUSAtildeO 32

6 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 32

REFEREcircNCIAS 34

ANEXO I ndash QUENTIONAacuteRIO DE DOR MGILL 38

ANEXO II ndash PARECER DE APROVACcedilAtildeO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA 39

ANEXO III ndash NORMAS DE SUBMISSAtildeO DA REVISTA 41

APEcircNDICE I ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO 45

CARACTERIZACcedilAtildeO DA DOR E SUA RELACcedilAtildeO COM EQUILIacuteBRIO

POSTURAL EM ATLETAS DE GINAacuteSTICA RIacuteTMICA

CHARACTERIZATION OF PAIN AND YUOR RELATIONSHIP WITH POSTURAL

BALANCE IN RHYTHMIC GYMNASTICS ATHLETES

Tainara dos Santos Bomfimsup1 Paulo Maacutercio Pereira Oliveira2

sup1 Universidade Federal de Sergipe Campus Universitaacuterio Prof Antocircnio Garcia Filho Graduanda em

Fisioterapia ndash Lagarto SE Brasil

sup2 Universidade Federal de Sergipe Campus Universitaacuterio Prof Antocircnio Garcia Filho Professor

Adjunto do Departamento de Fisioterapia ndash Lagarto SE Brasil

Correspondecircncia

Tainara dos Santos Bomfim

Departamento de Fisioterapia de Lagarto da Universidade Federal de Sergipe (UFS)

Av Gov Marcelo Deda sn ndash Satildeo Joseacute CEP 49400-000 ndash LagartoSE

Telefone (79) 9 9806-7487

E-mail tainarabomfimyahoocombr

RESUMO

Introduccedilatildeo A Ginaacutestica Riacutetmica (GR) eacute um esporte de alta performance que exige de suas atletas

movimentos de grandes amplitudes articulares forccedila e uma boa coordenaccedilatildeo motora postural Aleacutem

disso em virtude da especificidade do gesto esportivo as ginastas satildeo expostas constantemente a

posturas e esforccedilos repetitivos repercutindo em lesotildees musculoesqueleacuteticas e consequentemente

em dor a qual pode afetar negativamente o equiliacutebrio corporal Objetivo caracterizar a dor

musculoesqueleacutetica em atletas de elite de GR Secundariamente comparar o equiliacutebrio postural

estaacutetico das ginastas com controles natildeo atletas bem como correlacionar o iacutendice de dor com o

equiliacutebrio nas atletas de GR Meacutetodos participaram da pesquisa 50 jovens do sexo feminino 25

ginastas compondo o grupo atleta (GA) e 25 natildeo atletas compondo o grupo controle (GC) As

voluntaacuterias foram submetidas agrave avaliaccedilatildeo da percepccedilatildeo dolorosa utilizando a versatildeo brasileira do

questionaacuterio de dor McGill (Br-MPQ) e do equiliacutebrio postural atraveacutes da estabilometria O estudo foi

aprovado pelo comitecirc de eacutetica (CAAE 61990516400005546) Resultados o GA manifestou

percepccedilatildeo dolorosa significativamente maior (plt0001) a dor nas atletas apresentou caracteriacutesticas

sensorial e avaliativa as regiotildees de maior queixa dolorosa foram a articulaccedilatildeo do quadril (52)

seguida do tornozelo-peacute (44) Na comparaccedilatildeo intergrupos do equiliacutebrio postural estaacutetico foi

observado maior deslocamento do COP no GA (16513 mmsup2 plusmn 148) em relaccedilatildeo ao GC (10212 mmsup2

plusmn 114) Nas correlaccedilotildees do equiliacutebrio com os domiacutenios da dor foi observada apenas uma correlaccedilatildeo

significativa entre a dor avaliativa e a VmCOP na direccedilatildeo mediolateral (r = 0414 p = 0040)

Conclusatildeo As atletas demonstram maior percepccedilatildeo dolorosa e menor equiliacutebrio postural estaacutetico

quando comparadas a controles natildeo atletas Entretanto possuem maior habilidade para

reestabelecer o controle postural Aleacutem disso a presenccedila da percepccedilatildeo dolorosa mostrou uma fraca

relaccedilatildeo poreacutem significativa com o controle postural em atletas de elite de GR

Descritores Ginaacutestica Equiliacutebrio Postural Dor Musculoesqueleacutetica

ABSTRACT

Introduction Rhythmic Gymnastics (RG) is a high performance sport that requires your movements of large amplitudes athletes strength and a good hand-eye coordination postural In addition due to the specificity of Sporting gesture the gymnasts are constantly exposed to repetitive strain and postures reverberating in musculoskeletal injuries and consequently in painwhich can negatively affect the body balance Objective to characterize the musculoskeletal pain in elite athletes of RG secondarily compare the static postural equilibrium of the gymnasts with non-athletes controls as well

as correlate the pain index with the equilibrium in the athletes of RG Methods Participated in the

survey 50 female youth 25 gymnasts composing the Athlete Group (AG) and 25 non-athletes composing the Control Group (CG) The volunteers were subjected to the evaluation of the painful perception using the Brazilian version of the McGill Pain Questionnaire (BR-MPQ) and the posture equilibrium through the Estabilometria The study was approved by the Ethics Committee (CAAE 61990516400005546) Results The AG manifested significantly greater painful perception (p lt 0001) The pain in athletes presented sensory and evaluative characteristics The most painfully complaining regions were the hip joint (52) followed by ankle-foot (44) In the intergroup comparison of the static posture equilibrium was observed greater displacement of the COP in the AG (16513 mm sup2 plusmn 148) relative to the CG (10212 mm sup2 plusmn 114) In the correlations of equilibrium with the domains of pain it was observed only a significant correlation between the evaluative pain and the VmCOP in the direction mediolateral (r = 0414 p = 0040) Conclusion Athletes demonstrate greater painful perception and lower posture static equilibrium when compared to non-athletes controls However they possess greater ability to reestablish posture control Moreover the presence of painful perception showed a weak but significant relationship with the posture control in elite athletes of Gr

keywords Gymnastics Postural Balance Musculoskeletal Pain

16

1 INTRODUCcedilAtildeO

A Ginaacutestica Riacutetmica (GR) eacute uma modalidade esportiva que exige de seus

atletas forccedila flexibilidade e coordenaccedilatildeo motora para a realizaccedilatildeo de movimentos

corporais de danccedila combinados com a manipulaccedilatildeo de pequenos equipamentos1 2

Desse modo para a correta execuccedilatildeo de seus movimentos durante treinos e

competiccedilotildees torna-se imprescindiacutevel a manutenccedilatildeo do equiliacutebrio e controle postural

protegendo o sistema neuromuscular de lesotildees1 34

Geralmente os atletas de alto rendimento como as ginastas satildeo submetidos

a altos volumes e intensidades de treinamento comprometendo a biomecacircnica

devido agrave alteraccedilotildees compensatoacuterias na execuccedilatildeo do gesto esportivo as quais

repercutem no aparecimento de lesatildeo e dor5-7 Diante disso acredita-se que a

presenccedila de dor possa afetar negativamente o equiliacutebrio postural de atletas

Vaacuterios autores abordam a importacircncia da manutenccedilatildeo do equiliacutebrio na praacutetica

esportiva289 Entretanto a estabilidade corporal em atletas pode variar de acordo

com as exigecircncias especiacuteficas da modalidade praticada10 Comumente atletas de

alto niacutevel que dependem da estabilidade postural para execuccedilatildeo da praacutetica

esportiva como na ginaacutestica riacutetmica aprendem a elevar o limiar sensoriomotor por

estimulaccedilatildeo dos seus proprioceptores tendo uma ativaccedilatildeo muscular mais raacutepida em

resposta agraves perturbaccedilotildees do equiliacutebrio11 12

Todavia alguns fatores podem interferir no controle postural destacando-se a

dor musculoesqueleacutetica4913 Sabe-se que a presenccedila da percepccedilatildeo dolorosa em

qualquer parte do segmento corporal eacute o primeiro indicador da existecircncia de lesatildeo

tecidual14 Desta forma pesquisas comprovam que em populaccedilotildees ativas com

lesotildees musculoesqueleacuteticas foram observados deacuteficits de controle postural121516

Em vista disso a dor musculoesqueleacutetica eacute uma das principais causas que podem

afetar o equiliacutebrio corporal em ginastas de alto rendimento levando agrave diminuiccedilatildeo da

funcionalidade da qualidade de vida e consequentemente agrave perda da performance

desportiva913 Esta eacute considerada uma experiecircncia multidimensional e subjetiva17 18

portanto torna-se uma variaacutevel difiacutecil de ser avaliada principalmente em atletas

17

Atualmente existe diversos estudos cientiacuteficos sobre o comportamento do

estiacutemulo doloroso e do equiliacutebrio corporal na performance esportiva e na prevenccedilatildeo

de lesotildees em atletas de elite5-81920 Poreacutem satildeo raras as investigaccedilotildees sobre a

caracterizaccedilatildeo da dor e do equiliacutebrio corporal em atletas de ginaacutestica riacutetmica Bem

como descriccedilatildeo da relaccedilatildeo da dor na estabilidade postural em atletas de alto

rendimento em qualquer que seja o esporte praticado e articulaccedilatildeo testada

O presente estudo tem como objetivo primaacuterio caracterizar a dor

musculoesqueleacutetica em atletas de elite de Ginaacutestica Riacutetmica Secundariamente

comparar o equiliacutebrio postural estaacutetico das ginastas com controles natildeo atletas bem

como correlacionar o iacutendice de dor com o equiliacutebrio nas atletas de GR

2 MEacuteTODOS

21 Delineamento do Estudo

Trata-se de um estudo analiacutetico do tipo observacional com um corte

transversal controlado e mascaramento aberto

22 Sujeitos

A amostra foi composta de 50 sujeitos unicamente do sexo feminino

coletados por conveniecircncia Os sujeitos foram divididos em dois grupos Grupo

Atleta (GA) (25 sujeitos) recrutados na Confederaccedilatildeo Brasileira de Ginaacutestica

AracajuSergipeBrasil e Grupo Controle (GC) (25 sujeitos) selecionados no Coleacutegio

Polivalente LagartoSergipeBrasil e pareados por peso Iacutendice de Massa Corporal

(IMC) e idade

Os criteacuterios de inclusatildeo dos sujeitos submetidos agrave pesquisa e alocados no

GA foram (1) ter sido aprovada na seletiva para o ingresso na seleccedilatildeo brasileira de

ginaacutestica riacutetmica (SBGR) (2) tempo de praacutetica no esporte superior a cinco anos com

4 horas diaacuterias ou mais de treino Para os sujeitos incluiacutedos no GC foram

obedecidos os seguintes criteacuterios (1) IMC le 25 (2) idade entre 14 e 24 anos (3)

ausecircncia de poacutes-ciruacutergicos anteriores Os sujeitos em ambos os grupos foram

excluiacutedos caso apresentassem (1) sequela de doenccedilas do sistema nervoso central

(2) diabetes mellitus ou pressatildeo arterial natildeo controlada (3) inaptidatildeo para seguir

18

ordens ou compreender as ferramentas de mensuraccedilatildeo do estudo (4) histoacuteria de

comprometimento visual auditivo eou do sistema vestibular (5) natildeo falar e

compreender o idioma portuguecircs (6) uso de faacutermacos inibidores ou estimulantes do

sistema nervoso central

23 Procedimentos de avaliaccedilatildeo

Inicialmente foram avaliados dados antropomeacutetricos como peso medido

atraveacutes de balanccedila analoacutegica (Camryreg) calibrada pelo Inmetro (Instituto Nacional de

Metrologia Normalizaccedilatildeo e Qualidade Industrial) e altura mensurada por meio de

fita meacutetrica natildeo-flexiacutevel (Tramontinareg) Em seguida os sujeitos receberam

informaccedilotildees sobre os objetivos da pesquisa instrumentos utilizados comandos

verbais a serem atendidos e demais procedimentos A partir da seleccedilatildeo das

voluntaacuterias iniciou-se a coleta dos dados realizada em duas etapas

231 Avaliaccedilatildeo da Dor

Para registro da percepccedilatildeo da dor foi aplicada a versatildeo brasileira do

questionaacuterio de Dor McGill (Br-MPQ) Trata-se de um instrumento para avaliaccedilatildeo de

dor em uma perspectiva multidimensional o qual possibilita o fornecimento de um

conhecimento amplo sobre a caracterizaccedilatildeo e percepccedilatildeo do estiacutemulo doloroso em

quatro dimensotildees (sensorial afetiva avaliativa e miscelacircnea)1718 As voluntaacuterias

foram instruiacutedas primeiramente a identificar em um diagrama corporal no

questionaacuterio a localizaccedilatildeo da sua dor quando presente Posteriormente foram

orientadas a selecionar em cada subgrupo do questionaacuterio uma palavra que melhor

expressasse a experiecircncia com a dor relatada previamente Deixando claro que natildeo

era obrigatoacuteria a escolha de palavras em todas as dimensotildees O resultado final do

Br-MPQ usado para anaacutelise foi expresso pelo nuacutemero de palavras escolhidas (NWC)

e pelo iacutendice de dor (PRI) caracterizado pela somatoacuteria dos valores de intensidade

dos descritores escolhidos

232 Avaliaccedilatildeo Estabilomeacutetrica

A estabilometria foi realizada com os sujeitos posicionados sobre uma

plataforma de forccedila sendo orientado a manter o olhar adiante num ponto fixado na

parede e de modo consciente transferir o peso corporal da maneira mais

19

homogecircnea possiacutevel entre os membros inferiores Foram realizados trecircs registros

com os olhos abertos As variaacuteveis analisadas foram a aacuterea da elipse do centro de

oscilaccedilatildeo de pressatildeo (ACOP) e a velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo pressatildeo

(VmCOP) do baricentro corporal nas direccedilotildees anteroposterior (AP) e mediolateral

(ML)

A distribuiccedilatildeo consciente do peso foi registrada atraveacutes de um

baropodocircmetro da marca Arquipeacutelagoreg (Footwork Satildeo Paulo Satildeo Paulo Brasil)

que consiste em um sistema de plataforma interligada a um computador para

mensurar as pressotildees exercidas pelos peacutes atraveacutes do sistema de aquisiccedilatildeo

computadorizada das pressotildees (ACP) A plataforma utilizada possui dimensotildees 700

X 600 mm com uma superfiacutecie ativa de 475 X 430 mm com 2544 sensores Esta foi

conectada a um computador com processador 62G HV 04 GB de memoacuteria RAM

disco riacutegido 500 GB e software footwork o qual analisou os dados captados Para

esses registros ortostaacuteticos foi utilizada a frequecircncia de aquisiccedilatildeo dos dados de 05

Hz coletando com isso 100 leituras em cada avaliaccedilatildeo O tempo de registro foi de

15 segundos com um intervalo de 30 segundos entre as avaliaccedilotildees

24 Aspectos Eacuteticos

O estudo foi submetido e aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica e Pesquisa com

Seres Humanos da Universidade Federal de Sergipe (CAAE

61990516400005546) Todos os voluntaacuterios assinaram o Termo de Consentimento

Livre e Esclarecido (TCLE) Todos os sujeitos que participaram da pesquisa foram

avisados que poderiam desistir da participaccedilatildeo a qualquer momento sem nenhum

preuizo aos mesmos

25 Anaacutelise Estatiacutestica

As variaacuteveis numeacutericas foram testadas quanto agrave distribuiccedilatildeo de normalidade

por meio do teste de Shapiro-Wilk Para anaacutelise das amostras parameacutetricas foi

utilizado o teste T- Student e para as amostras natildeo parameacutetricas foi utilizado o teste

de Mann-Whitney para identificar diferenccedilas intergrupos Os dados gerais foram

apresentados em meacutedia e erro padratildeo da meacutedia (EPM) bem como frequecircncia

absoluta (FA) e relativa (FR) Para anaacutelise das correlaccedilotildees entre as variaacuteveis

pesquisadas aplicou-se o teste de Spearman A significacircncia foi estipulada em cinco

20

por cento (p le 005) Para todas as anaacutelises foi utilizado o programa GraphPad Prism

(Versatildeo 601)

3 RESULTADOS

31 Sujeitos

Cinquenta indiviacuteduos concluiacuteram o estudo vinte e cinco voluntaacuterias foram

alocadas no grupo atleta e controle respectivamente As variaacuteveis idade peso

altura e IMC natildeo foram significativamente diferentes entre os grupos A tabela 1

conteacutem as caracteriacutesticas demograacuteficas e antropomeacutetricas dos grupos de estudo

Tabela 1 Caracteriacutesticas demograacuteficas e antropomeacutetricas da amostra

GA grupo atleta GC grupo controle Valores expressos como meacutedia plusmn erro padratildeo da meacutedia O valor de p

corresponde agrave comparaccedilatildeo entre o grupo atleta (n=25) e o grupo controle (n=25)

32 Caracterizaccedilatildeo da Dor

321 Domiacutenios da Dor

Aproximadamente setenta por cento do grupo controle (68) natildeo apresentou

descriccedilatildeo para a sensibilidade dolorosa em nenhum dos domiacutenios avaliados No

grupo atleta foi observado que 24 (96) apresentaram dor de caracteriacutestica

sensorial 19 voluntaacuterias (76) afetiva 24 sujeitos (96) avaliativa e 19 (76)

miscelacircnea

Ao comparar as atletas com o grupo controle observou diferenccedila significativa

com um aumento da dor descrita em todos os domiacutenios avaliados sensorial (1344 plusmn

Caracteriacutesticas

GRUPOS

GA GC P

Idade (anos) 2016 plusmn 068 2091 plusmn 065 0560

Peso (Kg) 5128 plusmn 10 5064 plusmn 109 1481

Altura (m) 164 plusmn 0011 163 plusmn 0009 0372

IMC (Kgm2) 1864 plusmn 03 1938 plusmn 0436 0533

21

146 plt0001) afetivo (264 plusmn 053 plt0001) avaliativo (236 plusmn 028 plt0001) e

miscelacircnea (376 plusmn 064 plt0001) (Tabela 2)

Tabela 2 Domiacutenios da dor entre os grupos da pesquisa

Tabela 2 Escores obtidos atraveacutes do questionaacuterio de dor McGill entre o grupo atleta (n=25) e o grupo controle

(n=25) Os valores foram apresentados como frequecircncia absoluta (FA) e relativa (FR) (porcentagem) SL

Sensorial AV Avaliativa AF Afetiva M Miscelacircnea GA grupo atleta GC grupo controle plt005 GA X GC

plt001 GA X GC plt0001 GA X GC A anaacutelise de variaacuteveis categoacutericas foi realizada por meio do teste

Mann-Whitney

322 Localizaccedilatildeo da Dor

Aproximadamente sessenta e oito por cento do grupo controle apresentou

nenhum local de intensidade dolorosa Em contra partida no grupo atleta seis (24)

das ginastas relataram sentir dor em pelo menos uma articulaccedilatildeo do corpo e

dezenove (76) apresentaram intensidade dolorosa em mais de uma articulaccedilatildeo

Foi observado no grupo atleta que em 13 (52) das atletas a articulaccedilatildeo do quadril

apresentou-se com maior prevalecircncia A segunda articulaccedilatildeo de maior sensibilidade

relatada pelo GA foi o peacute em 11 (44) (Tabela 3)

Tabela 3 Prevalecircncia e localizaccedilatildeo de dor entre os grupos da pesquisa

Domiacutenios Grupo Atleta (GA) Grupo Controle (GC) P

FA (n) FR () FA (n) FR ()

Sensorial (SL) 24 96 8 32 00001

Afetiva (AF) 19 76 4 16 00001

Avaliativa (AV) 24 96 8 32 00001

Miscelacircnea (M) 19 76 6 24 00005

Caracteriacutesticas Grupo Atleta (GA) Grupo Controle (GC)

FA (n) FR () FA (n) FR ()

Sentem dor 25 100 8 32

22

Tabela 3 Prevalecircncia e distribuiccedilatildeo corporal da dor entre o grupo atleta (n=25) e o grupo controle (n=25) Os

valores foram apresentados como frequecircncia absoluta (FA) e relativa (FR) (porcentagem) GA grupo atleta GC

grupo controle

323 Nuacutemero de Palavras Escolhidas e Iacutendice de Dor

No grupo atleta o nuacutemero de palavras escolhidas (NWC) foi significativamente

maior (1076 plusmn 106) ao comparar com o grupo controle (220 plusmn 075 plt0001)

Similarmente aos resultados encontrados para o NWC tambeacutem foi observado um

aumento significativo do iacutendice de dor (PRI) no grupo atleta (2220 plusmn 242) em

relaccedilatildeo ao grupo controle (484 plusmn 165 plt0001) A figura 1 demonstra a

comparaccedilatildeo entre os grupos para o Iacutendice de dor e nuacutemero de palavras escolhidas

Dor em uma articulaccedilatildeo 6 24 7 28

Dor em mais de uma articulaccedilatildeo

19 76 1 4

Dor no Quadril 13 52 0 0

Dor no Peacute 11 44 1 4

Dor no Joelho 7 28 1 4

Dor na Coluna 5 20 4 16

23

Figura 1 Nuacutemero de palavras escolhidas e Iacutendice de dor verificado por meio do questionaacuterio de dor de McGill

entre o grupo atleta (n=25) e o grupo controle (n=25) NWC nuacutemero de palavras escolhidas PRI iacutendice de dor

GA grupo atleta GC grupo controle plt005 GA X GC plt001 GA X GC plt0001 GA X GC A anaacutelise de

variaacuteveis categoacutericas foi realizada por meio do teste Mann-Whitney

33 Equiliacutebrio Estaacutetico (Estabilometria)

331 Aacuterea de deslocamento do COP (ACOP)

Nas comparaccedilotildees intergrupos foi observada uma reduccedilatildeo significativa do

equiliacutebrio no grupo atleta (plt005) Verificou-se que as ginastas apresentaram maior

deslocamento do COP (16513 mmsup2 plusmn 148 p= 0002) em relaccedilatildeo ao grupo controle

(10212 mmsup2 plusmn 114 p= 0002) A figura 2 demonstra a comparaccedilatildeo da aacuterea do

deslocamento do COP entre os grupos

Figura 2 Aacuterea da elipse do centro de pressatildeo do baricentro corporal entre o grupo atleta (n=25) e o grupo

controle (n=25) ACOP aacuterea do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo GA grupo atleta GC grupo controle plt005 GA X GC plt001 GA X GC plt0001 GA X GC A anaacutelise de variaacuteveis categoacutericas foi realizada por meio do teste Mann-Whitney

332 Velocidade meacutedia de oscilaccedilatildeo do COP (VmCOP)

A velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo do baricentro do corpo foi

significativamente maior na direccedilatildeo AP no grupo atleta (1110 mms plusmn 0049 p=003)

quando comparada ao grupo controle (0997 mms plusmn 0091 p=003) Paralelamente

24

a velocidade meacutedia do COP na direccedilatildeo ML tambeacutem foi significativamente maior no

grupo atleta (0845 mms plusmn 0042 plt0001) em relaccedilatildeo ao grupo controle (0508

mms plusmn 0065 plt0001) (Figura 3)

Figura 3 Velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo do baricentro corporal entre o grupo atleta (n=25)

e o grupo controle (n=25) COP centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo AP anteroposterior ML mediolateral GA grupo atleta GC grupo controle plt005 GA X GC plt001 GA X GC plt0001 GA X GC A anaacutelise de variaacuteveis categoacutericas foi realizada por meio do teste Mann-Whitney

34 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios da dor e equiliacutebrio postural

Foi apenas visualizada uma correlaccedilatildeo de fraca a moderada positiva com

significacircncia estatiacutestica entre o domiacutenio de dor avaliativa (236 plusmn 028) e velocidade

meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo na direccedilatildeo mediolateral (AV 0845mms plusmn

0042 r = 0414 p = 0040) Natildeo houve correlaccedilatildeo significativa entre todos os outros

domiacutenios avaliados e a velocidade meacutedia do COP na direccedilatildeo ML (S 0845mms plusmn

0042 r = 023 p gt 0914 AF 0845mms plusmn 0042 r = 085 p = 0687 M 0845mms

plusmn 0042 r = 0049 p = 0816) Bem como entre todos os domiacutenios e a velocidade

meacutedia do COP na direccedilatildeo anteroposterior (S 1110mms plusmn 0049 r = 0009 p =

0967 AF 1110mms plusmn 0049 r = 0216 p = 0299 AV 1110mms plusmn 0049 r =

020 p = 0925 M 1110mms plusmn 0049 r = 0138 p = 0510) e entre todos os

domiacutenios e a aacuterea de deslocamento do COP (S 16513mmsup2 plusmn 148 r = 0044 p =

0836 AF 16513mmsup2 plusmn 148 r = 0165 p = 0431 AV 16513mmsup2 plusmn 148 r = 0220

p gt 0291 M 16513mmsup2 plusmn 148 r = 0180 p = 0390) (Figura 4)

25

Figura 4 Correlaccedilatildeo de Spearman entre dor avaliativa e velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo (VmCOP) do baricentro corporal (A) Forccedila de correlaccedilatildeo de Spearman (r = 0414 p = 0040) entre a dor

avaliativa (AV) (236 plusmn 028) e a velocidade meacutedia do COP na direccedilatildeo mediolateral (0845 mms plusmn 0042) no grupo atleta (B) Forccedila de correlaccedilatildeo de Spearman (r = 0063 p = 0765) entre a dor avaliativa (AV) (060 plusmn

021) e a velocidade meacutedia do COP na direccedilatildeo mediolateral (0508 mms plusmn 0065) no grupo controle Os valores foram apresentados como meacutedia plusmn erro padratildeo da meacutedia

4 Discussatildeo

Os resultados desta pesquisa demonstraram que atletas de elite de ginaacutestica

riacutetmica manifestam maior percepccedilatildeo dolorosa que controles natildeo praticantes de

esporte a niacutevel competitivo Isto pode estar relacionado a trecircs principais fatores que

podem contribuir de forma direta para a maior prevalecircncia de dor nessas atletas

destacando o iniacutecio precoce na praacutetica da modalidade os altos volumes e

intensidade dos treinos e a grande quantidade de repeticcedilotildees dos gestos esportivos

com alta predominacircncia de saltos e posturas estaacuteticas De acordo com os nossos

resultados Sabeti et al21 realizaram estudo com 218 ginastas de diferentes

nacionalidades no campeonato europeu de GR utilizando a escala visual analoacutegica

(EVA) para registro da intensidade dolorosa Os resultados encontrados foi que as

atletas tecircm uma maior intensidade dolorosa (72) que controles natildeo praticantes de

esporte competitivo

Paralelamente a literatura cientifica relata que o tempo de inicio da praacutetica

esportiva o niacutevel competitivo e o volumeintensidade dos treinos destas atletas satildeo

fatores preditivos para um maior desenvolvimento de lesatildeo e dor em atletas de GR

Shigaki et al4 apontam que o risco e intensidade de lesatildeo estatildeo fortemente

26

relacionados com o aumento da idade e do niacutevel competitivo Da mesma forma

Vanderlei et al22 e Oliveira et al23 afirmam que quanto mais elevada a categoria do

atleta maior seraacute o tempo e a intensidade do treinamento consequentemente maior

a exposiccedilatildeo aos esforccedilos musculoesqueleacuteticos durante treinamento eou

competiccedilotildees Deste modo Oliveira et al23 em seu estudo avaliaram 25 atletas de

GR de diferentes categorias etaacuterias e encontraram que a maioria das atletas

apresentaram algum tipo de lesatildeo ocasionada pelos treinos Desta forma autores

relatam que a formaccedilatildeo dessas atletas influencia na incidecircncia e intensidade

dolorosa de lesotildees por overuse21 24 Tais lesotildees geralmente ocorrem quando a

frequecircncia dos exerciacutecios aumenta enquanto a intensidade eacute mantida23 Estando de

acordo com os nossos resultados Kolar et al25 em estudo realizado com 63 atletas

da ginaacutestica artiacutestica e riacutetmica de ambos os sexos concluiacuteram que a maacute teacutecnica

meacutetodos improacuteprios de ensino e carga inadequada durante os treinos foram

associados com o surgimento de dor e lesotildees nessa populaccedilatildeo

Contrariamente aos nossos resultados Muller et al26 realizaram um estudo

investigativo do desenvolvimento de dor lombar em atletas adolescentes em relaccedilatildeo

ao sexo e tipo de esporte praticado Foram avaliados 321 atletas sem dor lombar em

um primeiro momento e apoacutes dois anos os mesmo atletas foram reavaliados para

verificar a incidecircncia de dor lombar Apenas 10 da amostra foram categorizados

com dor lombar Aleacutem disso antropometria e caracteriacutesticas de formaccedilatildeo do esporte

natildeo demonstraram influecircncia significativa na dor lombar levando os autores a

concluiacuterem que o esporte de alto rendimento natildeo induz dor lombar em atletas

adolescentes

No nosso estudo utilizamos para avaliaccedilatildeo da percepccedilatildeo dolorosa em ambos

os grupos o questionaacuterio de dor McGill Este apresentou-se como uma ferramenta

de faacutecil execuccedilatildeo baixo custo e com alta sensibilidade e confiabilidade para uma

caracterizaccedilatildeo multidimensional da dor na populaccedilatildeo estudada Diferenciados

meacutetodos de investigaccedilatildeo da dor podem ser encontrados em um crescente numero

de publicaccedilotildees cientificas sobre o estudo da percepccedilatildeo e intensidade dolorosa

Goubert et al27 utilizaram a algometria de pressatildeo para comparar a avaliaccedilatildeo

sensorial quantitativa da dor de pacientes com dor lombar em diferentes niacuteveis de

cronicidade comparando a controles saudaacuteveis e pacientes com fibromialgia

Diferentemente Sabeti et al21 Arliani et al28 e Hoskins et al29 utilizaram em suas

27

pesquisas a escala visual analoacutegica (EVA) para registrar a intensidade dolorosa de

atletas em diferentes modalidades Ambos satildeo considerados meacutetodos

unidimensionais utilizados com o objetivo de quantificar a magnitude da dor dentro

de um perfil somatosensorial

Por outro lado diversas pesquisas utilizam o questionaacuterio McGill (MPQ) como

instrumento multidimensional para avaliar a dor e conhececirc-la de forma ampla em

diferentes modelos de estudos e em diversas populaccedilotildees Ngamkham et al30

realizaram revisatildeo sistemaacutetica sobre a avaliaccedilatildeo da dor com McGill em pacientes

com cacircncer demonstrando que o MPQ eacute comumente usado nessa populaccedilatildeo para

mensurar a intensidade e qualidade da dor pois fornece informaccedilotildees sobre

possiacuteveis locais da doenccedila magnitude da dor bem como a eficaacutecia do tratamento e

intervenccedilatildeo submetidos Da mesma forma Bermudez et al31 avaliaram pacientes

diagnosticados com DTM moderada e severa para discriminar e comparar a queixa

dolorosa de acordo com a severidade da doenccedila Pode-se concluir com o estudo

que o MPQ foi capaz de diferenciar o padratildeo temporal da dor a localizaccedilatildeo de maior

queixa dolorosa e a intensidade da dor em portadores de DTM

As diferenccedilas metodoloacutegicas utilizadas corroboram o fato de a dor ser uma

experiecircncia complexa e subjetiva que varia em qualidade intensidade sensorial e

em caracteriacutesticas afetivo-motivacionais Pois a mesma envolve vaacuterias dimensotildees e

pode ser influenciada por infinitos estiacutemulos intriacutensecos e extriacutensecos32 33 Assim

cabe a utilizaccedilatildeo de diferentes meacutetodos uni e multidimensionais para uma avaliaccedilatildeo

precisa considerando a natureza da dor e suas caracteriacutesticas

De acordo com os resultados do nosso estudo foi visualizado que as atletas

de elite de GR apresentam diferentes caracteriacutesticas de percepccedilatildeo do estiacutemulo

doloroso em comparaccedilatildeo aos controles destacando dores com perfil sensorial e

avaliativo Acreditamos que os atletas de alto rendimento apresentam-se com

alteraccedilotildees do imputs neurosensorial em virtude da constante presenccedila e

intensidade das dores sentidas pela a sua praacutetica desportiva Isto pode repercutir em

mudanccedilas na interpretaccedilatildeo da dor sentida em seu corpo fiacutesico devido agrave influecircncia

de fatores emocionais sociais e hormonais que satildeo comuns em mulheres atletas

Em vista disso sabe-se que o domiacutenio sensorial e avaliativo representam as

28

impressotildees fiacutesicas desse estiacutemulo doloroso aacutelgico e uma auto-avaliaccedilatildeo da sua dor

respectivamente34

Segundo Pimenta e Texeira18 as diferenccedilas na estratificaccedilatildeo da dor se

justificam pelo fato das interpretaccedilotildees de informaccedilotildees cognitivas serem

condicionadas por experiecircncias preacutevias em diferentes momentos do estiacutemulo da dor

gerando respostas variadas agrave experiecircncia dolorosa por ser um processo

individualizado Aleacutem disso a dor eacute uma experiecircncia complexa descrita em termos

de caracteriacutesticas sensoriais afetivo-motivacionais cognitivas e comportamentais

Desta forma o resultado de uma avaliaccedilatildeo da percepccedilatildeo dolorosa pode depender

de qual dimensatildeo da dor esteja sendo vivenciada no momento da avaliaccedilatildeo por

cada indiviacuteduo14

Hoskins et al29 utilizaram a escala visual analoacutegica (EVA) e o questionaacuterio

McGill para comparar a intensidade e a qualidade de dor lombar entre atletas de

elite amadores e natildeo atletas Foram observadas diferenccedilas significativas entre os

grupos mostrando que os atletas de elite apresentaram intensidade de dor mais

alta assim como escolheram com mais frequecircncia palavras das categorias sensorial

e afetiva De forma semelhante a nossa pesquisa o domiacutenio sensorial apresentou o

maior iacutendice de dor e maior frequecircncia de palavras escolhidas Tal fato possa ser

justificado por esse ser o domiacutenio de maior representatividade no questionaacuterio

agregando termos de qualidades sensitivas dor18 Poreacutem a dimensatildeo afetiva natildeo foi

evidenciada com maior frequecircncia no presente estudo Esta representa um estado

emocional o qual pode ser traduzido por percepccedilotildees de cansaccedilo sentimentos de

medo e puniccedilatildeo assim como reaccedilotildees autonocircmicas34 Reading32 e Pimenta e

Teixeira18 em seus estudos relataram que os pacientes que sentem dores de

caracteriacutestica aguda preferem descritores da categoria sensorial Por outro lado

indiviacuteduos que sentem dor crocircnica usualmente tendem a selecionar mais

descritores da categoria afetiva levando em conta fenocircmenos cognitivo de

antecipaccedilatildeo memoacuteria atenccedilatildeo e experiecircncia anterior

Os resultados desta pesquisa demonstraram que a regiatildeo com maior

prevalecircncia de queixa dolorosa em atletas de elite de GR foi a articulaccedilatildeo do quadril

com aproximadamente cinquenta e dois por cento das queixas Isto pode estar

relacionado ao fato da articulaccedilatildeo do quadril ser responsaacutevel pela absorccedilatildeo de

29

grandes cargas compressivas durante a fase de aterrissagem dos saltos o qual eacute

um movimento especiacutefico do esporte Aleacutem disso no quadril estaacute localizado o centro

de gravidade do corpo assim as cargas que satildeo geradas ou transmitidas por essa

regiatildeo geram influecircncia no desempenho esportivo Desse modo pesquisas

cientiacuteficas relatam sobre a importacircncia da forccedila dos muacutesculos estabilizadores do

quadril no surgimento e desenvolvimento de dores nesta articulaccedilatildeo4 35 Steinberg et

al36 realizaram uma analise sistemaacutetica do desempenho da musculatura do quadril

no desenvolvimento de lesotildees no membro inferior e encontraram que a diminuiccedilatildeo

da funccedilatildeo dos muacutesculos do quadril associada a cargas repetitivas no membro

inferior pode aumentar o risco de lesotildees no joelho e em todo o membro

De forma contraacuteria aos nossos resultados Guiotte et al2 Sabeti et al21 e

Oliveira et al23 avaliaram ginastas de diferentes categorias e relataram que a regiatildeo

anatocircmica de queixa dolorosa mais prevalente na praacutetica da GR eacute a coluna lombar

seguida do tornozelo e joelho De acordo com Anderson et al37 a dor no quadril e

na virilha em atletas ocorrem com menor frequecircncia que lesotildees das extremidades do

membro inferior Ratificando esses autores Tschopp et al38 defendem que as

lesotildees do quadril satildeo menos comuns poreacutem satildeo mais difiacuteceis de serem

diagnoacutesticadas Pois as consideraccedilotildees anatocircmicas e biomecacircnicas para lesotildees

nesta regiatildeo estatildeo entre as mais complexas do sistema muacutesculo-esqueleacutetico

Por outro lado os nossos resultados demonstraram que a segunda

articulaccedilatildeo mais prevalente em relaccedilatildeo agrave queixa dolorosa pela praacutetica de GR em

atletas de elite foi o tornozelo-peacute (44) Tal fato se justifica por alguns fatores como

sobrecarga excessiva nos muacutesculos intriacutensecos do peacute os quais satildeo responsaacuteveis

pela formaccedilatildeo do arco plantar existecircncia de compressotildees excessivas nos

segmentos oacutesseos devido ao processo de absorccedilatildeo de impacto nos saltos aleacutem da

necessidade de manutenccedilatildeo da postura do tornozelo-peacute em flexatildeo plantar por

tempos prolongados

De acordo com Han et al39 o complexo do tornozelo-peacute na maioria das

atividades esportivas eacute a uacutenica parte do corpo que estaacute em contato com solo

Assim a propriocepccedilatildeo do tornozelo contribui de forma extremamente significativa

para o controle do equiliacutebrio pois fornece informaccedilotildees que permitem o ajuste de

posiccedilotildees e movimentos dos membros para realizaccedilatildeo das tarefas motoras

30

complexas exigidas no esporte de elite Saito et al12 em sua pesquisa ao avaliarem

atletas com e sem lesatildeo no tornozelo observaram que as lesotildees no tornozelo aleacutem

de causar alteraccedilotildees musculares e osteocinemaacuteticas promovem de forma direta

repercussotildees negativas no controle neuromuscular da articulaccedilatildeo predispondo-a aacute

episoacutedios recidivantes em virtude do comprometimento do feedback neurosensorial

afetando o controle postural e consequentemente o desempenho nas atividades

motoras

De acordo com os dados obtidos no nosso estudo foi observada nas atletas

uma maior aacuterea de deslocamento do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo (COP) do

corpo demonstrando um menor equiliacutebrio estaacutetico das ginastas ao comparar com

controles natildeo atletas Isto pode estar relacionado a uma maior intensidade e

presenccedila do estiacutemulo doloroso no corpo das atletas e a intensa quantidade de

repeticcedilotildees dos exerciacutecios de forma assimeacutetrica pela preferecircncia do membro

dominante Desse modo diversas pesquisas relatam que a presenccedila da dor pode

aumentar a aacuterea do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo (ACOP) produzindo uma piora

do equiliacutebrio corporal4 12 15 16 Lin et al16 e Shigaki et al4 em seus estudos avaliaram

o equiliacutebrio de atletas comparando trecircs grupos atletas com lesatildeo atletas sem lesatildeo

e natildeo atletas Evidenciaram que atletas com lesatildeo apresentaram maior oscilaccedilatildeo do

centro de pressatildeo comparado a indiviacuteduos natildeo atletas e atletas sem lesatildeo Poreacutem

quando comparados atletas sem lesatildeo com indiviacuteduos natildeo atletas natildeo foi observado

diferenccedila significativa

Ao mesmo tempo em nosso estudo foi encontrado uma velocidade meacutedia do

COP maior no grupo atleta em ambas as direccedilotildees ao comparar com controles natildeo

atletas Sendo a velocidade meacutedia do COP maior no plano sagital (anteroposterior)

em relaccedilatildeo ao plano frontal (meacutediolateral) Isto ocorre porque as atletas apresentam

uma resposta neuromuscular mais raacutepida para recuperaccedilatildeo da estabilidade do corpo

adquirida pelo treinamento esportivo essencialmente no plano sagital em que as

estrateacutegias posturais para recuperaccedilatildeo do equiliacutebrio satildeo mais efetivas

Diversos estudos publicados na literatura abordam a habilidade do controle

postural em atletas2 8-12 Matsuda et al10 relatam que atletas tecircm capacidade de

equiliacutebrio dinacircmico superior quando comparados a indiviacuteduos natildeo atletas Da

mesma forma Merlo et al11 acreditam a praacutetica de esportes produz adaptaccedilotildees que

31

ou desenvolvimento de consciecircncia de estrateacutegias posturais natildeo evidenciadas em

sujeitos natildeo praticantes de atividade esportiva

Os resultados encontrados por meio desse estudo mostraram que a dor em

sua dimensatildeo avaliativa apresentou relaccedilatildeo significativa com a velocidade meacutedia do

centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo do corpo na direccedilatildeo mediolateral Tal fato evidencia

que a percepccedilatildeo do estiacutemulo doloroso interfere de maneira significativa na

habilidade do atleta em reestabelecer a estabilidade postural apoacutes perturbaccedilatildeo do

equiliacutebrio em postura estaacutetica Prejudicando o desempenho atleacutetico na modalidade

uma vez que as atletas dependem da estabilidade postural para execuccedilatildeo da praacutetica

esportiva Alguns autores relatam a influecircncia da dor e fatores psicoemocionais na

performance e desempenho de atletas de alto rendimento Couto e Pedroni40

avaliaram a relaccedilatildeo da queixa e limiar doloroso com incidecircncia de lesatildeo em

bailarinas claacutessicas Os resultados do estudo mostraram que houve relaccedilatildeo

significativa entre as regiotildees de lesatildeo com a dor evidenciando que a dor estaacute

diretamente relacionada com o surgimento de lesatildeo nessa populaccedilatildeo Dore e

Guerra41 em seu estudo investigaram a prevalecircncia e fatores associados agrave

sintomatologia dolorosa em bailarinos profissionais utilizando a versatildeo brasileira do

questionaacuterio McGill e Inventaacuterio para dor de Wisconsin Foram verificadas

correlaccedilotildees positivas com significacircncia entre o grau de intensidade dolorosa e

atividades diaacuterias sono humor e relacionamento pessoal

O presente estudo sinaliza uma relaccedilatildeo da presenccedila do estiacutemulo doloroso

com o equiliacutebrio postural As alteraccedilotildees no equiliacutebrio corporal tecircm sido muito

estudadas em diferentes populaccedilotildees assim como o comportamento da dor e lesotildees

no desempenho de atletas de diferentes niacuteveis competitivos e modalidades

esportivas Corroborando com nossa pesquisa Meardon et al15 defendem que a

presenccedila de lesatildeo e dor em atletas pode afetar negativamente o equiliacutebrio corporal

Em sua pesquisa examinou controle postural dinacircmico em corredores lesionados

com dor e sem lesatildeo usando o Star Excursion Balance Test (SEBT) Quando

comparado corredores lesionados com controles sem lesatildeo os resultados

demonstraram controle dinacircmico deficiente das forccedilas verticais ao executar as

tarefas de pouso e estabilizaccedilatildeo em apoio unipodal

32

Contudo ainda satildeo raros os estudos sobre a caracterizaccedilatildeo da dor e do

equiliacutebrio corporal em atletas de ginaacutestica riacutetmica Por meio desse estudo foi

observado que atletas de elite de GR demonstraram aumento da dor descrita em

todos os domiacutenios avaliados pelo questionaacuterio McGill (plt0001) A dor nas ginastas

tem o perfil sensorial e avaliativo e se manifesta principalmente nas articulaccedilotildees do

quadril e tornozelo-peacute em virtude da especificidade do gesto esportivo Aleacutem disso

as atletas tambeacutem apresentam menor estabilidade do controle postural (plt005)

sendo notada possiacutevel relaccedilatildeo de interferecircncia entre a auto percepccedilatildeo dolorosa e o

equiliacutebrio postural Entretanto devido agrave complexidade do tema faz-se necessaacuterio a

elaboraccedilatildeo de estudos mais aprofundados com uma amostra maior seguindo

rigorosamente os criteacuterios metodoloacutegicos que permita uma interpretaccedilatildeo mais

precisa a respeito da percepccedilatildeo dolorosa e o equiliacutebrio postural no desempenho

atleacutetico na modalidade esportiva

5 Conclusatildeo

A pesquisa mostra que as atletas de elite de GR apresentam dor de

caracteriacutesticas sensorial e avaliativa frequentemente localizada na articulaccedilatildeo do

quadril seguida do tornozelo-peacute A presenccedila da percepccedilatildeo dolorosa mostrou relaccedilatildeo

significativa com o controle postural em atletas de elite de GR Os resultados

tambeacutem evidenciaram que atletas tem menor equiliacutebrio postural estaacutetico quando

comparadas a controles natildeo atletas poreacutem demonstram maior habilidade para

reestabelecer o controle postural

6 Consideraccedilotildees Finais

Um ponto importante a ser relatado neste estudo eacute a utilizaccedilatildeo do

questionaacuterio de dor McGill Embora venha ser um questionaacuterio amplamente utilizado

em pesquisas cientiacuteficas em virtude da sua alta confiabilidade validaccedilatildeo e

adaptaccedilatildeo cultural em diferentes paiacuteses ainda satildeo raros os estudos que utilizam

essa ferramenta para avaliar a dor em atletas Com ecircnfase em estudos que

descrevam a sua aplicabilidade por domiacutenio e caracteriacutesticas multidimensionais da

33

dor Este pesquisa aparenta ter sido pioneira a qualificar a dor e descrevecirc-la em

suas dimensotildees em atletas de elite de ginaacutestica riacutetmica bem como relacionar a

percepccedilatildeo dolorosa com o equiliacutebrio postural nessa populaccedilatildeo Abrindo espaccedilo para

realizaccedilatildeo de outros estudos

Poreacutem foi encontrado como limitaccedilotildees escassez de pesquisas cientiacuteficas

atualizadas sobre abordagem multidimensional da dor em atletas essencialmente

na ginaacutestica riacutetmica Pois a grande maioria dos estudos que tem sido publicado

sobre dor nessa populaccedilatildeo estaacute relacionada agrave presenccedila do estiacutemulo doloroso e sua

intensidade em uma magnitude sensorial Outro ponto a se destacar foi a

dificuldade em coletar um grupo controle com caracteriacutesticas similares ao grupo de

estudo para que fosse formada uma amostra mais homogecircnea possiacutevel

respeitando os criteacuterios metodoloacutegicos

34

REFEREcircNCIA

1 Baston C Mancini M Schoneburg B Horak F Rocchi L Postural strategies assessed with inertial sensors in healthy and parkinsonian subjects Gait Posture 2014 may 40(1)70ndash75

2 Guiotte VA Roque CFL Olieira MR Gil AWO Rabello LM Dos Santos EVM et

al Avaliaccedilatildeo Fiacutesico - Funcional de Atletas da Ginaacutestica Riacutetmica Histoacuterico de Lesotildees e Estabilidade Postural UNOPAR Cient Ciecircnc Biol Sauacutede 2012 14(4) 217-20

3 Bosso LR Golias ARC A postura de atletas de Ginaacutestica Riacutetmica Analise atraveacutes da fotometria Rev Bras Med Esporte 2012 setout 18(5)333-337

4 Shigaki L Rabello LM Camargo MZ Santos VBC Gil AWO Oliveira MR et al Anaacutelise comparativa do equiliacutebrio unipodal de atletas de Ginastica Riacutetmica Rev Bras Med Esporte 2013 marabr 19(2)104-107

5 Whale CE Pass AN Tripp PM Chronic Groin Pain in a collegiate football running back International Journal of Athletic Therapy amp Training 2012 may 17(3)41-44

6 Jacobs JV Why we need to better understand the cortical neurophysiology of impaired postural responses with age disease or injury Frontiers in Integrative Neuroscience 2014 ago 8(69)

7 Hirata RP Ervilha UF Arendt-Nielsen L Graven-Nielsen T Experimental Muscle Pain Challenges the Postural Satability During Quiet Stance Unexpected Posture Perturbation J Pain 2011 ago 12(8)911-9

8 Ribeiro GD Suaacuterez MH Ruiz DR Efecto del entrenamiento sistemaacutetico de gimnasia riacutetmica sobre el control postural de ninas adolescentes Rev Andal Med 2015 jun 8(2)54-60

9 Teixeira CL Equiliacutebrio e controle postural Brazilian Journal of Biomechanics 2010 11(20)31-40

10 Matsuda S Demura S Uchiyama M Centre of pressure sway characteristics during static one-legged stance of athletes from different sports Journal of Sports Sciences 2008 may 26(7)775 ndash 779

11 Merlo JK Stoppa ACL Macedo CSG Silva Juacutenior RA Anaacutelise Comparativa do Equiliacutebrio em Apoio Unipodal em Indiviacuteduos Sedentaacuterios e Atletas UNOPAR Cient Ciecircnc Biol Sauacutede 2010 12(4)29-32

12 Saito KA Navarro M Silva MF Arie EK Peccin MS Oscilaccedilatildeo do centro de pressatildeo plantar de atletas e natildeo atletas com e sem entorse de tornozelo Rev Bras Ortop 2016 51(4)437ndash443

35

13 Lamb M Oliveira PD Tano SS Gil AWO Dos Santos EVN Fernandes KBP

Efeito do treinamento proprioceptivo no equiliacutebrio de atletas de ginaacutestica riacutetmica Rev Bras Med Esporte 2014 setout 20(5)379-382

14 Silva JA Ribeiro-Filho NP A dor como um problema psicofiacutesico Rev Dor 2011 abrjun 12(2)138-51

15 Meardon S Klusendorf A Kernozek T Influence of injury on dynamic postural control in runners The International Journal of Sports Physical Therapy 2016 jun 11(3)336

16 Lin CF Lee IJ Liao JH Wu HW Su FC Comparison of Postural Stability Between Injured and Uninjured Ballet Dancers The American Journal of Sports Medicine 2011 39(6)1324-1331

17 Varoli FK Pedrazzi V Adapted Version of the McGill Pain Questionnaire to Brazilian Portuguese Braz Dent J 2006 17(4) 328-335

18 Pimenta CAM Teixeira MJ Questionaacuterio de dor McGill proposta de adaptaccedilatildeo para a liacutengua portuguesa Rev Esc Enf USP 1996 dez 30(3)473-83

19 Rabello LM Macedo CSG Oliveira MR Fregueto JH Camargo MZ Lopes LD et al Relaccedilatildeo entre testes funcionais e plataforma de forccedila nas medidas de equiliacutebrio em atletas Rev Bras Med Esporte 2014 maijun 20(3)219-222

20 Bressel E Yonker JC Kras J et al Comparison of static and dynamic balance in female collegiate soccer basketball and gymnastics atheletes Journal of Athletic Training 2007 42(1)42ndash46

21 Sabeti M Jeremian L Graf A Kandelhart R Elite level rhythmic gymnasts have significantly more and stronger pain than peers of similar age a prospective study Wien Klin Wochenschr 201512731ndash35

22 Vanderlei FM Vanderlei FCM Netto Juacutenior J Praste CM Caracteriacutesticas das lesotildees desportivas e fatores associados com lesatildeo em iniciantes de ginaacutestica artiacutestica do sexo feminino Fisioter Pesq 201320(2)191-196

23 Oliveira MMM Lourenccedilo MRA Teixeira DC Incidecircncias de lesotildees nas equipes de Ginaacutestica Riacutetmica da UNOPAR UNOPAR Cient Ciecircnc Biol Sauacutede 2003 out 6(1)29-40

24 Frutuoso AS Diefenthaeler F Vaz MA et al Lower Limb asymmetries in rhythmic gymnastics atheletes Int Sports Phys Ther 2016 11(1)34ndash43

25 Kolar E Samardžija MP Smrdu M Atikovic A Athletes perceptions of the causes of injury in gymnastics J Sports Med Phys Fitness 2016 Mar 57(5)703-710

36

26 Mueller S Mueller J Stoll J Prieske O Cassel M Mayer F Incidence of back pain in adolescent athletes a prospective study BMC Sports Science Medicine and Rehabilitation 2016 838

27 Goubert D Danneels L Graven-Nielsen T Descheemaeker F Meeus M Differences in Pain Processing Between Patients with Chronic Low Back Pain Recurrent Low Back Pain and Fibromyalgia Pain Physician 2017 May 20(4)307-318

28 Arliani GG Cohen M Lara PS Astur DC Gonccedilalves JPP Ferretti M Impacto do esporte na sauacutede de ex-jogadores profissionais de futebol no Brasil Acta ortop bras 2014 julago 22(4)188-190

29 Hoskins W Pollard H Daff C Odell A Garbutt P McHardy A et al Low back pain status in elite and semi-elite Australian football codes a cross-sectional survey of football (soccer) Australian rules rugby league rugby union and non-athletic controls BMC Musculoskeletal Disorders 20091038

30 Ngamkham S Vincent C Finnegan L Holden JE Wang ZJ Wilkie DJ The McGill Pain Questionnaire as a Multidimensional Measure in People with Cancer An Integrative Review Pain Manag Nurs 2012 Mar 13(1) 27ndash51

31 Bermudez OAS Souza RA Souza CMF Castro CES Beacuterzn F Avaliaccedilatildeo multidimensional da dor em portadores de desordem temporomandibular utilizando uma versatildeo brasileira do questionaacuterio mcgill de dor Rev bras fisioter 2003 7(2) 151-158

32 Reading AE Everitt BS Sledmore CM The McGill Pain Questionnaire a replication of its construction Br J Clin Psychol 1982 21339ndash349

33 Melzack R The McGill Pain Questionnaire Anesthesiology 2005 103199-202

34 Pessoa CP Barreto MB Santos LB Alves TDB Oliveira MC Martins AG Instrumentos utilizados na avaliaccedilatildeo do impacto da dor na qualidade de vida de pacientes com dor orofacial e disfunccedilatildeo temporomandibular Escola Baiana de Sauacutede Puacuteblica 200731(2)267-293

35 Espinoza ES Ortiz GB Estabilidad abdominolumbopeacutelvica y equilibrio comopredictores de la incidencia de lesionesmusculoesqueleacuteticas en estudiantes de danzaUn estudio piloto Fisioterapia 2014

36 Steinberg N Dar G Dunlop M Gaida JE The relationship of hip muscle performance to legankle and foot injuries a systematic review The Physician and Sportsmedicine 2017

37 Anderson K Strickland SM Warren R Hip and Groin Injuries in Athletes The American Journal of Sports Medicine 2001 29(4) 521-533

38 Tschopp M Brunner F Erkrankungen und Uumlberlastungsschaumlden an der unteren Extremitaumlt bei Langstreckenlaumlufern Z Rheumatol 2017 Feb

37

39 Han J Anson J Waddington G Adans R Liu Y The Role of Ankle

Proprioception for Balance Control in relation to Sports Performance and Injury BioMed Research International 2015 Jun8

40 Couto AGA Pedroni CR Relaccedilatildeo entre postura queixa dolorosa e lesatildeo em bailarinas claacutessicas Ter Man 2013 11(55)228-233

41 Dore BF e Guerra RO Sintomatologia dolorosa e fatores associados em bailarinos profissionais Rev Bras Med Esporte 2007 MarAbr13(2)77-80

38

ANEXO I ndash QUESTIONAacuteRIO DE DOR MCGILL

39

ANEXO II ndash PARECER DE APROVACcedilAtildeO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA

40

41

ANEXO III ndash NORMAS DE SUBMISSAtildeO DA REVISTA

Instruccedilotildees aos Autores

A Revista Brasileira de Medicina do Esporte - RBME (Brazilian Journal of

Sports Medicine) oacutergatildeo oficial da Sociedade Brasileira de Medicina do Exerciacutecio e

do Esporte (SBMEE) eacute publicada bimestralmente em seis ediccedilotildees ao ano (janfev

marabr maiojun julago setout e novdez) A RBME eacute indexada nas seguintes

bases bibliograacuteficas SciELO Web of Science Excerpta Medica-EMBASE Physical

Education Index LILACS SIRC-Sportdiscus e Scopus A publicaccedilatildeo segue

integralmente o padratildeo internacional do International Committee of Medical Journal

Editors (ICMJE) ou Convenccedilatildeo de Vancouver e seus requisitos de uniformizaccedilatildeo

[httpwwwicmjeorg]

Preparaccedilatildeo de manuscritos Os artigos submetidos devem ser digitados em

espaccedilo duplo fonte Arial 12 em paacutegina tamanho A4 sem numerar linhas ou

paraacutegrafos e numerando as paacuteginas no canto superior direito Figuras e tabelas

devem ser apresentadas ao final do artigo em paacuteginas separadas No corpo do

texto deve-se informar os locais para inserccedilatildeo das tabelas ou figuras Nuacutemeros

menores que 10 satildeo escritos por extenso enquanto que nuacutemeros maiores ou igual a

10 satildeo expressos em algarismos araacutebicos Os manuscritos que natildeo estiverem de

acordo com as instruccedilotildees aos autores em relaccedilatildeo a estilo e formato seratildeo

devolvidos sem revisatildeo pelo Conselho Editorial As medidas deveratildeo ser expressas

no Sistema Internacional (Systegraveme International SI) disponiacutevel em

httpphysicsnistgovcuuUnits e unidades padratildeo quando aplicaacutevel Recomenda-

se aos autores natildeo usar abreviaccedilotildees no tiacutetulo e limitar a sua utilizaccedilatildeo no resumo e

ao longo do texto Os nomes geneacutericos devem ser usados para todas as drogas Os

faacutermacos podem ser referidos pelo nome comercial poreacutem deve constar o nome

cidade e paiacutes ou endereccedilo eletrocircnico do fabricante entre parecircnteses na seccedilatildeo

Materiais e Meacutetodos

Abreviaturas O uso de abreviaturas deve ser minimizado As abreviaturas deveratildeo

ser definidas por ocasiatildeo de sua primeira utilizaccedilatildeo no resumo e tambeacutem no texto

Abreviaturas natildeo padratildeo natildeo devem ser utilizadas a menos que essas apareccedilam

pelo menos trecircs vezes no texto Unidades de medida (3 ml ou 3 mL e natildeo 3

mililitros) ou siacutembolos cientiacuteficos padratildeo (elementos quiacutemicos por exemplo Na e

natildeo soacutedio) natildeo satildeo consideradas abreviaturas e portanto natildeo devem ser definidos

Abreviar nomes longos ou substacircncias quiacutemicas e termos utilizados para

combinaccedilotildees terapecircuticas Abreviaturas em figuras e tabelas podem ser utilizadas

por razotildees de espaccedilo poreacutem devem ser definidas na legenda mesmo que tenham

sido definidas no texto do artigo

Formato dos arquivos Usar editor de texto Microsoft Word para Windows ou

42

equivalente Arquivos em formato PDF natildeo devem ser enviados As tabelas e

quadros deveratildeo estar em seus arquivos originais (Excel Acess Powerpoint etc)

As figuras deveratildeo estar nos formatos jpg ou tif em alta resoluccedilatildeo (300 dpi) As

figuras deveratildeo estar incluiacutedas no arquivo Word mas tambeacutem devem ser enviadas

separadamente (anexadas durante a submissatildeo do artigo como documento

suplementar em seus arquivos originais)

Paacutegina de rosto A paacutegina de rosto deve conter (1) a categoria do artigo (2) o tiacutetulo

do artigo em portuguecircs inglecircs e espanhol com ateacute 80 caracteres cada que deve ser

objetivo e informativo (3) os nomes completos dos autores instituiccedilatildeo formaccedilatildeo

acadecircmica de origem (a mais relevante) cidade estado e paiacutes (4) nome do autor

correspondente com endereccedilo completo telefone e e-mail A titulaccedilatildeo dos autores

natildeo deve ser incluiacuteda O nome completo de cada autor (sem abreviaccedilotildees) e sua

afiliaccedilatildeo institucional (nota as unidades hieraacuterquicas devem ser apresentadas em

ordem decrescente por exemplo universidade faculdade ou instituto e

departamento) devem ser informados Os nomes das instituiccedilotildees e programas

deveratildeo ser apresentados preferencialmente por extenso e na liacutengua original da

instituiccedilatildeo ou na versatildeo em inglecircs quando a escrita natildeo eacute latina (pex aacuterabe

mandarim ou grego)

Resumo O resumo em portuguecircs inglecircs e espanhol deve ser incluiacutedo no

manuscrito Em cada um dos idiomas natildeo deve conter mais do que 300 palavras A

versatildeo estruturada eacute obrigatoacuteria nos artigos originais e inclui objetivos meacutetodos

resultados e conclusatildeo Artigos de revisatildeo natildeo requerem resumo estruturado

Palavras-chave O artigo deve incluir no miacutenimo trecircs e no maacuteximo seis descritores

em portuguecircs inglecircs e espanhol baseados nos Descritores de Ciecircncias da Sauacutede

(DeCS) httpdecsbvsbr ou no Medical Subject Headings (MeSH) da National

Library of Medicine disponiacutevel em httpwwwnlmnihgovmeshmeshhomehtml

oubaseados no Medical SubjectHeading (MeSH) do Index Medicus

(httpwwwnlmnihgovmesh)

Introduccedilatildeo A introduccedilatildeo deve conter (1) justificativa objetiva para o estudo com

referecircncias pertinentes ao assunto sem realizar uma revisatildeo extensa (2) objetivo do

artigo

Materiais e Meacutetodos Esta seccedilatildeo deve descrever os experimentos (quantitativa e

qualitativamente) e os procedimentos em detalhes suficientes que permitam que

outros pesquisadores reproduzam os resultados ou deem continuidade ao estudo

e deveraacute conter (1) a descriccedilatildeo clara da amostra utilizada (2) termo de

consentimento para estudos experimentais envolvendo seres humanos (3)

identificaccedilatildeo dos meacutetodos aparelhos (nome do fabricante e endereccedilo cidade e paiacutes

devem ser menciondos entre parecircnteses) e procedimentos utilizados (4) descriccedilatildeo

breve e referecircncias de meacutetodos publicados mas natildeo amplamente conhecidos (5)

43

descriccedilatildeo detalhada de meacutetodos novos ou modificados (6) quando pertinente incluir

a anaacutelise estatiacutestica e os programas utilizados Importante Ao relatar experimentos

com seres humanos ou animais indicar se os procedimentos seguiram as normas

do Comitecirc Eacutetico sobre Experiecircncias Humanas da instituiccedilatildeo na qual a pesquisa foi

realizada e se os procedimentos estatildeo de acordo com a declaraccedilatildeo de Helsinki de

1995 e a Animal Experimentation Ethics respectivamente Os autores devem incluir

uma declaraccedilatildeo indicando que o protocolo foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica da

Instituiccedilatildeo (instituiccedilatildeo de afiliaccedilatildeo de pelo menos um dos autores) com o respectivo

nuacutemero de identificaccedilatildeo Tambeacutem deve incluir que o Termo de Consentimento Livre

e Esclarecido foi assinado por todos os participantes

Resultados Apresentar os resultados em sequecircncia loacutegica no texto usando tabelas

e figuras Evitar repeticcedilatildeo excessiva de dados no texto em tabelas ou figuras

poreacutem enfatizar somente as descobertas mais importantes

Discussatildeo Enfatizar os aspectos originais e importantes do estudo e as conclusotildees

que decorrem deste evitando poreacutem repetir dados jaacute apresentados em outras

partes do manuscrito Em estudos experimentais ressaltar a relevacircncia e limitaccedilotildees

dos resultados confrontando com os dados da literatura e incluindo implicaccedilotildees

para estudos futuros

Conclusotildees A conclusatildeo deve ser clara e concisa baseada nos resultados

obtidos estabelecendo ligaccedilatildeo com implicaccedilotildees cliacutenicas evitando poreacutem excessiva

generalizaccedilatildeo) A mesma ecircnfase deve ser dada a estudos com resultados negativos

ou positivos Recomendaccedilotildees podem ser incluiacutedas quando relevantes

Agradecimentos Quando pertinente incluir agradecimento ou reconhecimento a

pessoas que tenham contribuiacutedo para o desenvolvimento do trabalho poreacutem natildeo se

qualificam como coautores Fontes de financiamento como auxiacutelio a pesquisa e

bolsas de estudo devem ser reconhecidos nesta seccedilatildeo Os autores deveratildeo obter

permissatildeo por escrito para mencionar nomes e instituiccedilotildees de todos os que

receberam agradecimentos nominais

Referecircncias As referecircncias devem ser numeradas na sequecircncia em que aparecem

no texto em formato sobrescrito As referecircncias citadas somente em legendas de

tabelas ou figuras devem ser numeradas de acordo com sequecircncia estabelecida

pela primeira menccedilatildeo da tabela ou da figura no texto O estilo das referecircncias

bibliograacuteficas deve seguir as regras do Uniform Requirements for Manuscripts

Submitted to Biomedical Journals (International Committee of Medical Journal

Editors disponiacutevel em Ann Intern Med 1997126(1)36-47 httpwwwicmjeorg)

Alguns exemplos satildeo mostrados a seguir Os tiacutetulos dos perioacutedicos devem ser

abreviados de acordo com o Index Medicus (List of Journals Indexed disponiacutevel em

httpwwwnlmnihgovtsdserialsljihtml) Se o perioacutedico natildeo constar dessa lista

deve-se utilizar a abreviatura sugerida pelo proacuteprio perioacutedico Deve-se evitar utilizar

44

ldquocomunicaccedilotildees pessoaisrdquo ou ldquoobservaccedilotildees natildeo publicadasrdquo como referecircncias

Resumos de tranalhos apresentados em eventos devem ser utilizados somente se

for a uacutenica fonte de informaccedilatildeo

Tabelas As tabelas devem ser elaboradas em espaccedilo 15 devendo ser planejadas

para ter como largura uma (87cm) ou duas colunas (18 cm) Cada tabela deve

possuir um tiacutetulo sucinto Notas explicativas seratildeo incluiacutedas em notas de rodapeacute A

tabela deve conter meacutedias e medidas de dispersatildeo (Desvio Padratildeo Erro Padratildeo da

Meacutedia etc) natildeo devendo conter casas decimais irrelevantes As abreviaturas

devem estar de acordo com aquelas utilizadas no texto e nas figuras Os coacutedigos de

identificaccedilatildeo de itens da tabela devem estar listados na ordem de surgimento no

sentido horizontal e devem ser identificados pelos siacutembolos padratildeo Os quadros e

tabelas deveratildeo ser enviados atraveacutes dos arquivos originais editaacuteveis (Word Excel)

e natildeo como imagens

Figuras Na versatildeo impressa da RBME seratildeo aceitas figuras em preto-e-branco

Imagens coloridas poderatildeo ser publicadas quando forem essenciais para o conteuacutedo

cientiacutefico do artigo Nestes casos o custo seraacute repassado aos autores Figuras

coloridas poderatildeo ser incluiacutedas na versatildeo eletrocircnica do artigo sem custo adicional

aos autores Os desenhos e figuras devem ser consistentes e tatildeo simples quanto

possiacutevel poreacutem informativos Tons de cinza natildeo devem ser utilizados Todas as

linhas devem ser soacutelidas Para graacuteficos de barra por exemplo utilizar barras

brancas pretas com linhas diagonais nas duas direccedilotildees linhas em xadrez linhas

horizontais e verticais A RBME desaconselha fortemente o uso de fotografias de

equipamentos e animais de experimentaccedilatildeo As figuras devem ser impressas com

bom contraste e ter a largura de uma coluna (87cm) Utilizar no miacutenimo fonte

tamanho 10 para letras nuacutemeros e siacutembolos com espaccedilamento e alinhamento

adequados Quando a figura representar uma radiografia ou fotografia sugerimos

incluir a escala de tamanho quando pertinente

Por favor note que eacute de responsabilidade dos autores obter permissatildeo do detentor

dos direitos autorais para reproduzir figuras (ou tabelas) que tenham sido

previamente publicados em outras fontes De acordo com os princiacutepios do acesso

aberto os autores devem ter permissatildeo do detentor dos direitos caso desejem

incluir imagens que tenham sido publicados em outros perioacutedicos de acesso natildeo

aberto A permissatildeo deve ser indicada na legenda da figura e a fonte original deve

ser incluiacuteda na lista de referecircncias

45

APEcircNDICE I ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE)

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Vocecirc estaacute sendo convidada(o) a participar da pesquisa intitulada

ldquoCARACTERIZACcedilAtildeO DA DOR E SUA RELACcedilAtildeO COM EQUILIacuteBRIO

POSTURAL ESTAacuteTICO EM ATLETAS DE GINAacuteSTICA RIacuteTMICArdquo realizada pela

Universidade Federal de Sergipe por intermeacutedio da discente TAINARA DOS

SANTOS BOMFIM devidamente assistida pelo seu orientador PAULO MAacuteRCIO

PEREIRA OLIVEIRA O objetivo desse estudo eacute caracterizar a Dor

musculoesqueleacutetica em atletas de elite de ginaacutestica riacutetmica e analisar a relaccedilatildeo da

dor no equiliacutebrio postural estaacutetico das atletas comparando com controles natildeo

atletas A justificativa para a realizaccedilatildeo da pesquisa eacute documentar na literatura

escassa estudo sobre a relaccedilatildeo da dor com o equiliacutebrio postural estaacutetico em

atletas de elite de Ginaacutestica Riacutetmica Sua participaccedilatildeo nessa pesquisa consistiraacute

em responder um questionaacuterio e realizar avaliaccedilatildeo de equiliacutebrio que ocorreraacute em

um uacutenico momento Natildeo haacute riscos previsiacuteveis relacionados com sua participaccedilatildeo

nem danos previsiacuteveis decorrentes da pesquisa Os benefiacutecios relacionados com

sua participaccedilatildeo satildeo

1 Identificar alteraccedilotildees posturais de equiliacutebrio em atletas de alto rendimento

2 Evidenciar se o processo de dor em atletas eacute igual maior ou menor quando

comparado com pessoas natildeo atletas

3 Evidenciar se as variaccedilotildees aacuterea e velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo

de pressatildeo se igualam ou natildeo a pessoas natildeo atletas

Vocecirc foi selecionado por preencher os requisitos da pesquisa mas sua

participaccedilatildeo NAtildeO Eacute OBRIGATOacuteRIA sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo em sua

relaccedilatildeo com a instituiccedilatildeo ou com o pesquisador

Eu________________________________________________________________

abaixo assinado declaro que fui informado que as informaccedilotildees obtidas atraveacutes

dessa pesquisa seratildeo confidenciais e o sigilo sobre minha participaccedilatildeo seraacute

assegurado De tal modo que os dados natildeo seratildeo divulgados de forma a possibilitar

minha identificaccedilatildeo Tambeacutem estou ciente de que a qualquer momento posso

desistir de minha participaccedilatildeo e retirar meu consentimento Declaro que entendi os

objetivos riscos e benefiacutecios de minha participaccedilatildeo na pesquisa e concordo em

participar

Vocecirc receberaacute uma coacutepia deste termo onde consta o telefone e o endereccedilo do

pesquisador principal podendo tirar suas duacutevidas sobre o Projeto de Pesquisa de

sua participaccedilatildeo agora ou a qualquer momento

46

DADOS DO PESQUISADOR RESPONSAacuteVEL

Nome Tainara dos Santos Bomfim

Endereccedilo profissionale-mail Rua Padre Aacutelvares Pitangueira sn - Centro

Departamento de Fisioterapia bftainaragmailcom

Telefone (79) 9 9806-7487

ATENCcedilAtildeO A participaccedilatildeo em qualquer tipo de pesquisa eacute voluntaacuteria Em casos de

duacutevida quanto aos seus direitos entre em contato com o Comitecirc de Eacutetica em

Pesquisa da Universidade Federal de Sergipe

Lagarto _____de _____de 201_

_____________________________________________________

ASSINATURA DO VOLUNTAacuteRIO

_____________________________________________________

ASSINATURA DO PESQUISADOR RESPONSAacuteVEL

Page 4: CARACTERIZAÇÃO DA DOR E SUA RELAÇÃO COM O … · tainara dos santos bomfim caracterizaÇÃo da dor e sua relaÇÃo com o equilÍbrio postural em atletas de ginÁstica rÍtmica

DEDICATOacuteRIA

Este trabalho eacute dedicado a minha famiacutelia em especial ao meu pai Jacquemario

Silva do Bomfim e minha matildee Maria Nelma dos Santos Bomfim pelo apoio paciecircncia e

carinho

AGRADECIMENTOS

Agradeccedilo a Deus pelo dom da vida por ter me dado forccedila e coragem para chegar

ateacute aqui e ter colocado em meu caminho pessoas que me ajudaram a seguir nessa

jornada especialmente nessa reta final

Agradeccedilo aos meus pais e minhas irmatildesirmatildeo pois sem eles natildeo estaria onde

cheguei e podendo desfrutar dessa conquista

Agradeccedilo ao Prof Dr Paulo Marcio Pereira de Oliveira orientador deste trabalho

pelo incentivo e conhecimento proposto na realizaccedilatildeo dessa pesquisa

Agradeccedilo agraves voluntaacuterias participantes da pesquisa pela disposiccedilatildeo e gentileza em

contribuir para realizaccedilatildeo deste trabalho

Agradeccedilo aos demais colaboradores e incentivadores do trabalho que contribuiacuteram

ao seu modo em cada etapa da construccedilatildeo desta pesquisa

ldquoEntatildeo acho que somos quem somos por vaacuterias

razotildees E talvez nunca conheccedilamos a maior parte

delas Mas mesmo que natildeo tenhamos o poder de

escolher quem vamos ser ainda podemos escolher

aonde iremos a partir daquirdquo

(Stephen Chosky ndash As Vantagens de Ser Invisiacutevel)

RESUMO

Caracterizaccedilatildeo da Dor e sua Relaccedilatildeo com o Equiliacutebrio Postural em Atletas de Ginaacutestica Riacutetmica Tainara dos Santos Bomfim Lagarto ndashSE 2017 Introduccedilatildeo A Ginaacutestica Riacutetmica (GR) eacute um esporte de alta performance que exige

de suas atletas movimentos de grandes amplitudes articulares forccedila e uma boa

coordenaccedilatildeo motora postural Aleacutem disso em virtude da especificidade do gesto

esportivo as ginastas satildeo expostas constantemente a posturas e esforccedilos

repetitivos repercutindo em lesotildees musculoesqueleacuteticas e consequentemente em

dor a qual pode afetar negativamente o equiliacutebrio corporal Objetivo caracterizar a

dor musculoesqueleacutetica em atletas de elite de GR Secundariamente comparar o

equiliacutebrio postural estaacutetico das ginastas com controles natildeo atletas bem como

correlacionar o iacutendice de dor com o equiliacutebrio nas atletas de GR Meacutetodos

participaram da pesquisa 50 jovens do sexo feminino 25 ginastas compondo o

grupo atleta (GA) e 25 natildeo atletas compondo o grupo controle (GC) As voluntaacuterias

foram submetidas agrave avaliaccedilatildeo da percepccedilatildeo dolorosa utilizando a versatildeo brasileira

do questionaacuterio de dor McGill (Br-MPQ) e do equiliacutebrio postural atraveacutes da

estabilometria O estudo foi aprovado pelo comitecirc de eacutetica (CAAE

61990516400005546) Resultados o GA manifestou percepccedilatildeo dolorosa

significativamente maior (plt0001) a dor nas atletas apresentou caracteriacutesticas

sensorial e avaliativa as regiotildees de maior queixa dolorosa foram a articulaccedilatildeo do

quadril (52) seguida do tornozelo-peacute (44) Na comparaccedilatildeo intergrupos do

equiliacutebrio postural estaacutetico foi observado maior deslocamento do COP no GA

(16513 mmsup2 plusmn 148) em relaccedilatildeo ao GC (10212 mmsup2 plusmn 114) Nas correlaccedilotildees do

equiliacutebrio com os domiacutenios da dor foi observada apenas uma correlaccedilatildeo significativa

entre a dor avaliativa e a VmCOP na direccedilatildeo mediolateral (r = 0414 p = 0040)

Conclusatildeo As atletas demonstram maior percepccedilatildeo dolorosa e menor equiliacutebrio

postural estaacutetico quando comparadas a controles natildeo atletas Entretanto possuem

maior habilidade para reestabelecer o controle postural Aleacutem disso a presenccedila da

percepccedilatildeo dolorosa mostrou uma fraca relaccedilatildeo poreacutem significativa com o controle

postural em atletas de elite de GR

Descritores Ginaacutestica Equiliacutebrio Postural Dor Musculoesqueleacutetica

ABSTRACT

Characterization of Pain and your Relationship with Postural Balance in

Rhythmic Gymnastics Athletes Tainara dos Santos Bomfim Lagarto ndash SE

2017

Introduction Rhythmic Gymnastics (RG) is a high performance sport that requires your movements of large amplitudes athletes strength and a good hand-eye coordination postural In addition due to the specificity of Sporting gesture the gymnasts are constantly exposed to repetitive strain and postures reverberating in musculoskeletal injuries and consequently in painwhich can negatively affect the body balance Objective to characterize the musculoskeletal pain in elite athletes of RG Secondarily compare the static postural balance og gymnasts with nonathletic controls as well as correlate the pain index with te balance in the atletes of RG Methods Participated in the survey 50 female youth 25 gymnasts composing the Athlete Group (AG) and 25 non-athletes composing the Control Group (CG) The volunteers were subjected to the evaluation of the painful perception using the Brazilian version of the McGill Pain Questionnaire (BR-MPQ) and the posture equilibrium through the Estabilometria The study was approved by the Ethics Committee (CAAE 61990516400005546) Results The AG manifested significantly greater painful perception (p lt 0001) The pain in athletes presented sensory and evaluative characteristics The most painfully complaining regions were the hip joint (52) followed by ankle-foot (44) In the intergroup comparison of the static posture equilibrium was observed greater displacement of the COP in the AG (16513 mm sup2 plusmn 148) relative to the CG (10212 mm sup2 plusmn 114) In the correlations of equilibrium with the domains of pain it was observed only a significant correlation between the evaluative pain and the VmCOP in the direction mediolateral (r = 0414 p = 0040) Conclusion Athletes demonstrate greater painful perception and lower posture static equilibrium when compared to non-athletes controls However they possess greater ability to reestablish posture control Moreover the presence of painful perception showed a weak but significant relationship with the posture control in elite athletes of Gr

keywords Gymnastics Postural Balance Musculoskeletal Pain

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 Caracteriacutesticas demograacuteficas e antropomeacutetricas da amostra 20

Tabela 2 Domiacutenios da dor entre os grupos da pesquisa

Tabela 3 Incidecircncia de dor entre os grupos da pesquisa

21 21

LISTA DE ILUSTRACcedilOtildeES

Figura 1 Nuacutemero palavras escolhidas e Iacutendice de dor verificado por meio do questionaacuterio de dor de McGill nos grupos atleta e controle

22

Figura 2 Aacuterea da elipse do centro de pressatildeo do baricentro corporal entre o grupo atleta e o grupo controle

23

Figura 3 Velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo do baricentro corporal entre o grupo atleta e o grupo controle

24

Figura 4 Correlaccedilatildeo de Spearman entre iacutendice de dor avaliativa e velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo (VmCOP) do baricentro corporal

25

LISTA DE ABREVIACcedilOtildeES E SIGLAS

GR ndash Ginaacutestica Riacutetmica

GA ndash Grupo Atleta

GC ndash Grupo Controle

Br-MPQ ndash Versatildeo brasileira do questionaacuterio de dor McGill

NWC ndash Nuacutemero de palavras escolhidas

PRI ndash Iacutendice de dor

SL ndash Dor sensitiva

AF ndash Dor afetiva

AV ndash Dor avaliativa

M ndash Dor miscelacircnea

ACOP ndash Aacuterea do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo

VmCOP ndash Velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo

AP ndash Anteroposterior

ML ndash Mediolateral

IMC ndash Iacutendice de massa corporal

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 16

2 MEacuteTODOS

21 Delineamento do estudo

17

17

22 Sujeitos 17

23 Procedimentos de avaliaccedilatildeo 18

231 Avaliaccedilatildeo da dor 18

232 Avaliaccedilatildeo Estabilomeacutetrica

24 Aspectos Eacuteticos

18

19

25 Anaacutelise Estatiacutestica 19

3 RESULTADOS 20

31 Sujeitos 20

32 Caracterizaccedilatildeo da Dor

321 Domiacutenios da Dor

322 Localizaccedilatildeo da Dor

323 Nuacutemero de Palavras Escolhidas e Iacutendice de Dor

20

20

21

22

33 Equiliacutebrio Estaacutetico

331 Aacuterea de deslocamento do COP

332 Velocidade meacutedia de oscilaccedilatildeo do COP

34 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios da Dor e Equiliacutebrio corporal

22

23

23

24

4 DISCUSSAtildeO 25

5 CONCLUSAtildeO 32

6 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 32

REFEREcircNCIAS 34

ANEXO I ndash QUENTIONAacuteRIO DE DOR MGILL 38

ANEXO II ndash PARECER DE APROVACcedilAtildeO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA 39

ANEXO III ndash NORMAS DE SUBMISSAtildeO DA REVISTA 41

APEcircNDICE I ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO 45

CARACTERIZACcedilAtildeO DA DOR E SUA RELACcedilAtildeO COM EQUILIacuteBRIO

POSTURAL EM ATLETAS DE GINAacuteSTICA RIacuteTMICA

CHARACTERIZATION OF PAIN AND YUOR RELATIONSHIP WITH POSTURAL

BALANCE IN RHYTHMIC GYMNASTICS ATHLETES

Tainara dos Santos Bomfimsup1 Paulo Maacutercio Pereira Oliveira2

sup1 Universidade Federal de Sergipe Campus Universitaacuterio Prof Antocircnio Garcia Filho Graduanda em

Fisioterapia ndash Lagarto SE Brasil

sup2 Universidade Federal de Sergipe Campus Universitaacuterio Prof Antocircnio Garcia Filho Professor

Adjunto do Departamento de Fisioterapia ndash Lagarto SE Brasil

Correspondecircncia

Tainara dos Santos Bomfim

Departamento de Fisioterapia de Lagarto da Universidade Federal de Sergipe (UFS)

Av Gov Marcelo Deda sn ndash Satildeo Joseacute CEP 49400-000 ndash LagartoSE

Telefone (79) 9 9806-7487

E-mail tainarabomfimyahoocombr

RESUMO

Introduccedilatildeo A Ginaacutestica Riacutetmica (GR) eacute um esporte de alta performance que exige de suas atletas

movimentos de grandes amplitudes articulares forccedila e uma boa coordenaccedilatildeo motora postural Aleacutem

disso em virtude da especificidade do gesto esportivo as ginastas satildeo expostas constantemente a

posturas e esforccedilos repetitivos repercutindo em lesotildees musculoesqueleacuteticas e consequentemente

em dor a qual pode afetar negativamente o equiliacutebrio corporal Objetivo caracterizar a dor

musculoesqueleacutetica em atletas de elite de GR Secundariamente comparar o equiliacutebrio postural

estaacutetico das ginastas com controles natildeo atletas bem como correlacionar o iacutendice de dor com o

equiliacutebrio nas atletas de GR Meacutetodos participaram da pesquisa 50 jovens do sexo feminino 25

ginastas compondo o grupo atleta (GA) e 25 natildeo atletas compondo o grupo controle (GC) As

voluntaacuterias foram submetidas agrave avaliaccedilatildeo da percepccedilatildeo dolorosa utilizando a versatildeo brasileira do

questionaacuterio de dor McGill (Br-MPQ) e do equiliacutebrio postural atraveacutes da estabilometria O estudo foi

aprovado pelo comitecirc de eacutetica (CAAE 61990516400005546) Resultados o GA manifestou

percepccedilatildeo dolorosa significativamente maior (plt0001) a dor nas atletas apresentou caracteriacutesticas

sensorial e avaliativa as regiotildees de maior queixa dolorosa foram a articulaccedilatildeo do quadril (52)

seguida do tornozelo-peacute (44) Na comparaccedilatildeo intergrupos do equiliacutebrio postural estaacutetico foi

observado maior deslocamento do COP no GA (16513 mmsup2 plusmn 148) em relaccedilatildeo ao GC (10212 mmsup2

plusmn 114) Nas correlaccedilotildees do equiliacutebrio com os domiacutenios da dor foi observada apenas uma correlaccedilatildeo

significativa entre a dor avaliativa e a VmCOP na direccedilatildeo mediolateral (r = 0414 p = 0040)

Conclusatildeo As atletas demonstram maior percepccedilatildeo dolorosa e menor equiliacutebrio postural estaacutetico

quando comparadas a controles natildeo atletas Entretanto possuem maior habilidade para

reestabelecer o controle postural Aleacutem disso a presenccedila da percepccedilatildeo dolorosa mostrou uma fraca

relaccedilatildeo poreacutem significativa com o controle postural em atletas de elite de GR

Descritores Ginaacutestica Equiliacutebrio Postural Dor Musculoesqueleacutetica

ABSTRACT

Introduction Rhythmic Gymnastics (RG) is a high performance sport that requires your movements of large amplitudes athletes strength and a good hand-eye coordination postural In addition due to the specificity of Sporting gesture the gymnasts are constantly exposed to repetitive strain and postures reverberating in musculoskeletal injuries and consequently in painwhich can negatively affect the body balance Objective to characterize the musculoskeletal pain in elite athletes of RG secondarily compare the static postural equilibrium of the gymnasts with non-athletes controls as well

as correlate the pain index with the equilibrium in the athletes of RG Methods Participated in the

survey 50 female youth 25 gymnasts composing the Athlete Group (AG) and 25 non-athletes composing the Control Group (CG) The volunteers were subjected to the evaluation of the painful perception using the Brazilian version of the McGill Pain Questionnaire (BR-MPQ) and the posture equilibrium through the Estabilometria The study was approved by the Ethics Committee (CAAE 61990516400005546) Results The AG manifested significantly greater painful perception (p lt 0001) The pain in athletes presented sensory and evaluative characteristics The most painfully complaining regions were the hip joint (52) followed by ankle-foot (44) In the intergroup comparison of the static posture equilibrium was observed greater displacement of the COP in the AG (16513 mm sup2 plusmn 148) relative to the CG (10212 mm sup2 plusmn 114) In the correlations of equilibrium with the domains of pain it was observed only a significant correlation between the evaluative pain and the VmCOP in the direction mediolateral (r = 0414 p = 0040) Conclusion Athletes demonstrate greater painful perception and lower posture static equilibrium when compared to non-athletes controls However they possess greater ability to reestablish posture control Moreover the presence of painful perception showed a weak but significant relationship with the posture control in elite athletes of Gr

keywords Gymnastics Postural Balance Musculoskeletal Pain

16

1 INTRODUCcedilAtildeO

A Ginaacutestica Riacutetmica (GR) eacute uma modalidade esportiva que exige de seus

atletas forccedila flexibilidade e coordenaccedilatildeo motora para a realizaccedilatildeo de movimentos

corporais de danccedila combinados com a manipulaccedilatildeo de pequenos equipamentos1 2

Desse modo para a correta execuccedilatildeo de seus movimentos durante treinos e

competiccedilotildees torna-se imprescindiacutevel a manutenccedilatildeo do equiliacutebrio e controle postural

protegendo o sistema neuromuscular de lesotildees1 34

Geralmente os atletas de alto rendimento como as ginastas satildeo submetidos

a altos volumes e intensidades de treinamento comprometendo a biomecacircnica

devido agrave alteraccedilotildees compensatoacuterias na execuccedilatildeo do gesto esportivo as quais

repercutem no aparecimento de lesatildeo e dor5-7 Diante disso acredita-se que a

presenccedila de dor possa afetar negativamente o equiliacutebrio postural de atletas

Vaacuterios autores abordam a importacircncia da manutenccedilatildeo do equiliacutebrio na praacutetica

esportiva289 Entretanto a estabilidade corporal em atletas pode variar de acordo

com as exigecircncias especiacuteficas da modalidade praticada10 Comumente atletas de

alto niacutevel que dependem da estabilidade postural para execuccedilatildeo da praacutetica

esportiva como na ginaacutestica riacutetmica aprendem a elevar o limiar sensoriomotor por

estimulaccedilatildeo dos seus proprioceptores tendo uma ativaccedilatildeo muscular mais raacutepida em

resposta agraves perturbaccedilotildees do equiliacutebrio11 12

Todavia alguns fatores podem interferir no controle postural destacando-se a

dor musculoesqueleacutetica4913 Sabe-se que a presenccedila da percepccedilatildeo dolorosa em

qualquer parte do segmento corporal eacute o primeiro indicador da existecircncia de lesatildeo

tecidual14 Desta forma pesquisas comprovam que em populaccedilotildees ativas com

lesotildees musculoesqueleacuteticas foram observados deacuteficits de controle postural121516

Em vista disso a dor musculoesqueleacutetica eacute uma das principais causas que podem

afetar o equiliacutebrio corporal em ginastas de alto rendimento levando agrave diminuiccedilatildeo da

funcionalidade da qualidade de vida e consequentemente agrave perda da performance

desportiva913 Esta eacute considerada uma experiecircncia multidimensional e subjetiva17 18

portanto torna-se uma variaacutevel difiacutecil de ser avaliada principalmente em atletas

17

Atualmente existe diversos estudos cientiacuteficos sobre o comportamento do

estiacutemulo doloroso e do equiliacutebrio corporal na performance esportiva e na prevenccedilatildeo

de lesotildees em atletas de elite5-81920 Poreacutem satildeo raras as investigaccedilotildees sobre a

caracterizaccedilatildeo da dor e do equiliacutebrio corporal em atletas de ginaacutestica riacutetmica Bem

como descriccedilatildeo da relaccedilatildeo da dor na estabilidade postural em atletas de alto

rendimento em qualquer que seja o esporte praticado e articulaccedilatildeo testada

O presente estudo tem como objetivo primaacuterio caracterizar a dor

musculoesqueleacutetica em atletas de elite de Ginaacutestica Riacutetmica Secundariamente

comparar o equiliacutebrio postural estaacutetico das ginastas com controles natildeo atletas bem

como correlacionar o iacutendice de dor com o equiliacutebrio nas atletas de GR

2 MEacuteTODOS

21 Delineamento do Estudo

Trata-se de um estudo analiacutetico do tipo observacional com um corte

transversal controlado e mascaramento aberto

22 Sujeitos

A amostra foi composta de 50 sujeitos unicamente do sexo feminino

coletados por conveniecircncia Os sujeitos foram divididos em dois grupos Grupo

Atleta (GA) (25 sujeitos) recrutados na Confederaccedilatildeo Brasileira de Ginaacutestica

AracajuSergipeBrasil e Grupo Controle (GC) (25 sujeitos) selecionados no Coleacutegio

Polivalente LagartoSergipeBrasil e pareados por peso Iacutendice de Massa Corporal

(IMC) e idade

Os criteacuterios de inclusatildeo dos sujeitos submetidos agrave pesquisa e alocados no

GA foram (1) ter sido aprovada na seletiva para o ingresso na seleccedilatildeo brasileira de

ginaacutestica riacutetmica (SBGR) (2) tempo de praacutetica no esporte superior a cinco anos com

4 horas diaacuterias ou mais de treino Para os sujeitos incluiacutedos no GC foram

obedecidos os seguintes criteacuterios (1) IMC le 25 (2) idade entre 14 e 24 anos (3)

ausecircncia de poacutes-ciruacutergicos anteriores Os sujeitos em ambos os grupos foram

excluiacutedos caso apresentassem (1) sequela de doenccedilas do sistema nervoso central

(2) diabetes mellitus ou pressatildeo arterial natildeo controlada (3) inaptidatildeo para seguir

18

ordens ou compreender as ferramentas de mensuraccedilatildeo do estudo (4) histoacuteria de

comprometimento visual auditivo eou do sistema vestibular (5) natildeo falar e

compreender o idioma portuguecircs (6) uso de faacutermacos inibidores ou estimulantes do

sistema nervoso central

23 Procedimentos de avaliaccedilatildeo

Inicialmente foram avaliados dados antropomeacutetricos como peso medido

atraveacutes de balanccedila analoacutegica (Camryreg) calibrada pelo Inmetro (Instituto Nacional de

Metrologia Normalizaccedilatildeo e Qualidade Industrial) e altura mensurada por meio de

fita meacutetrica natildeo-flexiacutevel (Tramontinareg) Em seguida os sujeitos receberam

informaccedilotildees sobre os objetivos da pesquisa instrumentos utilizados comandos

verbais a serem atendidos e demais procedimentos A partir da seleccedilatildeo das

voluntaacuterias iniciou-se a coleta dos dados realizada em duas etapas

231 Avaliaccedilatildeo da Dor

Para registro da percepccedilatildeo da dor foi aplicada a versatildeo brasileira do

questionaacuterio de Dor McGill (Br-MPQ) Trata-se de um instrumento para avaliaccedilatildeo de

dor em uma perspectiva multidimensional o qual possibilita o fornecimento de um

conhecimento amplo sobre a caracterizaccedilatildeo e percepccedilatildeo do estiacutemulo doloroso em

quatro dimensotildees (sensorial afetiva avaliativa e miscelacircnea)1718 As voluntaacuterias

foram instruiacutedas primeiramente a identificar em um diagrama corporal no

questionaacuterio a localizaccedilatildeo da sua dor quando presente Posteriormente foram

orientadas a selecionar em cada subgrupo do questionaacuterio uma palavra que melhor

expressasse a experiecircncia com a dor relatada previamente Deixando claro que natildeo

era obrigatoacuteria a escolha de palavras em todas as dimensotildees O resultado final do

Br-MPQ usado para anaacutelise foi expresso pelo nuacutemero de palavras escolhidas (NWC)

e pelo iacutendice de dor (PRI) caracterizado pela somatoacuteria dos valores de intensidade

dos descritores escolhidos

232 Avaliaccedilatildeo Estabilomeacutetrica

A estabilometria foi realizada com os sujeitos posicionados sobre uma

plataforma de forccedila sendo orientado a manter o olhar adiante num ponto fixado na

parede e de modo consciente transferir o peso corporal da maneira mais

19

homogecircnea possiacutevel entre os membros inferiores Foram realizados trecircs registros

com os olhos abertos As variaacuteveis analisadas foram a aacuterea da elipse do centro de

oscilaccedilatildeo de pressatildeo (ACOP) e a velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo pressatildeo

(VmCOP) do baricentro corporal nas direccedilotildees anteroposterior (AP) e mediolateral

(ML)

A distribuiccedilatildeo consciente do peso foi registrada atraveacutes de um

baropodocircmetro da marca Arquipeacutelagoreg (Footwork Satildeo Paulo Satildeo Paulo Brasil)

que consiste em um sistema de plataforma interligada a um computador para

mensurar as pressotildees exercidas pelos peacutes atraveacutes do sistema de aquisiccedilatildeo

computadorizada das pressotildees (ACP) A plataforma utilizada possui dimensotildees 700

X 600 mm com uma superfiacutecie ativa de 475 X 430 mm com 2544 sensores Esta foi

conectada a um computador com processador 62G HV 04 GB de memoacuteria RAM

disco riacutegido 500 GB e software footwork o qual analisou os dados captados Para

esses registros ortostaacuteticos foi utilizada a frequecircncia de aquisiccedilatildeo dos dados de 05

Hz coletando com isso 100 leituras em cada avaliaccedilatildeo O tempo de registro foi de

15 segundos com um intervalo de 30 segundos entre as avaliaccedilotildees

24 Aspectos Eacuteticos

O estudo foi submetido e aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica e Pesquisa com

Seres Humanos da Universidade Federal de Sergipe (CAAE

61990516400005546) Todos os voluntaacuterios assinaram o Termo de Consentimento

Livre e Esclarecido (TCLE) Todos os sujeitos que participaram da pesquisa foram

avisados que poderiam desistir da participaccedilatildeo a qualquer momento sem nenhum

preuizo aos mesmos

25 Anaacutelise Estatiacutestica

As variaacuteveis numeacutericas foram testadas quanto agrave distribuiccedilatildeo de normalidade

por meio do teste de Shapiro-Wilk Para anaacutelise das amostras parameacutetricas foi

utilizado o teste T- Student e para as amostras natildeo parameacutetricas foi utilizado o teste

de Mann-Whitney para identificar diferenccedilas intergrupos Os dados gerais foram

apresentados em meacutedia e erro padratildeo da meacutedia (EPM) bem como frequecircncia

absoluta (FA) e relativa (FR) Para anaacutelise das correlaccedilotildees entre as variaacuteveis

pesquisadas aplicou-se o teste de Spearman A significacircncia foi estipulada em cinco

20

por cento (p le 005) Para todas as anaacutelises foi utilizado o programa GraphPad Prism

(Versatildeo 601)

3 RESULTADOS

31 Sujeitos

Cinquenta indiviacuteduos concluiacuteram o estudo vinte e cinco voluntaacuterias foram

alocadas no grupo atleta e controle respectivamente As variaacuteveis idade peso

altura e IMC natildeo foram significativamente diferentes entre os grupos A tabela 1

conteacutem as caracteriacutesticas demograacuteficas e antropomeacutetricas dos grupos de estudo

Tabela 1 Caracteriacutesticas demograacuteficas e antropomeacutetricas da amostra

GA grupo atleta GC grupo controle Valores expressos como meacutedia plusmn erro padratildeo da meacutedia O valor de p

corresponde agrave comparaccedilatildeo entre o grupo atleta (n=25) e o grupo controle (n=25)

32 Caracterizaccedilatildeo da Dor

321 Domiacutenios da Dor

Aproximadamente setenta por cento do grupo controle (68) natildeo apresentou

descriccedilatildeo para a sensibilidade dolorosa em nenhum dos domiacutenios avaliados No

grupo atleta foi observado que 24 (96) apresentaram dor de caracteriacutestica

sensorial 19 voluntaacuterias (76) afetiva 24 sujeitos (96) avaliativa e 19 (76)

miscelacircnea

Ao comparar as atletas com o grupo controle observou diferenccedila significativa

com um aumento da dor descrita em todos os domiacutenios avaliados sensorial (1344 plusmn

Caracteriacutesticas

GRUPOS

GA GC P

Idade (anos) 2016 plusmn 068 2091 plusmn 065 0560

Peso (Kg) 5128 plusmn 10 5064 plusmn 109 1481

Altura (m) 164 plusmn 0011 163 plusmn 0009 0372

IMC (Kgm2) 1864 plusmn 03 1938 plusmn 0436 0533

21

146 plt0001) afetivo (264 plusmn 053 plt0001) avaliativo (236 plusmn 028 plt0001) e

miscelacircnea (376 plusmn 064 plt0001) (Tabela 2)

Tabela 2 Domiacutenios da dor entre os grupos da pesquisa

Tabela 2 Escores obtidos atraveacutes do questionaacuterio de dor McGill entre o grupo atleta (n=25) e o grupo controle

(n=25) Os valores foram apresentados como frequecircncia absoluta (FA) e relativa (FR) (porcentagem) SL

Sensorial AV Avaliativa AF Afetiva M Miscelacircnea GA grupo atleta GC grupo controle plt005 GA X GC

plt001 GA X GC plt0001 GA X GC A anaacutelise de variaacuteveis categoacutericas foi realizada por meio do teste

Mann-Whitney

322 Localizaccedilatildeo da Dor

Aproximadamente sessenta e oito por cento do grupo controle apresentou

nenhum local de intensidade dolorosa Em contra partida no grupo atleta seis (24)

das ginastas relataram sentir dor em pelo menos uma articulaccedilatildeo do corpo e

dezenove (76) apresentaram intensidade dolorosa em mais de uma articulaccedilatildeo

Foi observado no grupo atleta que em 13 (52) das atletas a articulaccedilatildeo do quadril

apresentou-se com maior prevalecircncia A segunda articulaccedilatildeo de maior sensibilidade

relatada pelo GA foi o peacute em 11 (44) (Tabela 3)

Tabela 3 Prevalecircncia e localizaccedilatildeo de dor entre os grupos da pesquisa

Domiacutenios Grupo Atleta (GA) Grupo Controle (GC) P

FA (n) FR () FA (n) FR ()

Sensorial (SL) 24 96 8 32 00001

Afetiva (AF) 19 76 4 16 00001

Avaliativa (AV) 24 96 8 32 00001

Miscelacircnea (M) 19 76 6 24 00005

Caracteriacutesticas Grupo Atleta (GA) Grupo Controle (GC)

FA (n) FR () FA (n) FR ()

Sentem dor 25 100 8 32

22

Tabela 3 Prevalecircncia e distribuiccedilatildeo corporal da dor entre o grupo atleta (n=25) e o grupo controle (n=25) Os

valores foram apresentados como frequecircncia absoluta (FA) e relativa (FR) (porcentagem) GA grupo atleta GC

grupo controle

323 Nuacutemero de Palavras Escolhidas e Iacutendice de Dor

No grupo atleta o nuacutemero de palavras escolhidas (NWC) foi significativamente

maior (1076 plusmn 106) ao comparar com o grupo controle (220 plusmn 075 plt0001)

Similarmente aos resultados encontrados para o NWC tambeacutem foi observado um

aumento significativo do iacutendice de dor (PRI) no grupo atleta (2220 plusmn 242) em

relaccedilatildeo ao grupo controle (484 plusmn 165 plt0001) A figura 1 demonstra a

comparaccedilatildeo entre os grupos para o Iacutendice de dor e nuacutemero de palavras escolhidas

Dor em uma articulaccedilatildeo 6 24 7 28

Dor em mais de uma articulaccedilatildeo

19 76 1 4

Dor no Quadril 13 52 0 0

Dor no Peacute 11 44 1 4

Dor no Joelho 7 28 1 4

Dor na Coluna 5 20 4 16

23

Figura 1 Nuacutemero de palavras escolhidas e Iacutendice de dor verificado por meio do questionaacuterio de dor de McGill

entre o grupo atleta (n=25) e o grupo controle (n=25) NWC nuacutemero de palavras escolhidas PRI iacutendice de dor

GA grupo atleta GC grupo controle plt005 GA X GC plt001 GA X GC plt0001 GA X GC A anaacutelise de

variaacuteveis categoacutericas foi realizada por meio do teste Mann-Whitney

33 Equiliacutebrio Estaacutetico (Estabilometria)

331 Aacuterea de deslocamento do COP (ACOP)

Nas comparaccedilotildees intergrupos foi observada uma reduccedilatildeo significativa do

equiliacutebrio no grupo atleta (plt005) Verificou-se que as ginastas apresentaram maior

deslocamento do COP (16513 mmsup2 plusmn 148 p= 0002) em relaccedilatildeo ao grupo controle

(10212 mmsup2 plusmn 114 p= 0002) A figura 2 demonstra a comparaccedilatildeo da aacuterea do

deslocamento do COP entre os grupos

Figura 2 Aacuterea da elipse do centro de pressatildeo do baricentro corporal entre o grupo atleta (n=25) e o grupo

controle (n=25) ACOP aacuterea do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo GA grupo atleta GC grupo controle plt005 GA X GC plt001 GA X GC plt0001 GA X GC A anaacutelise de variaacuteveis categoacutericas foi realizada por meio do teste Mann-Whitney

332 Velocidade meacutedia de oscilaccedilatildeo do COP (VmCOP)

A velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo do baricentro do corpo foi

significativamente maior na direccedilatildeo AP no grupo atleta (1110 mms plusmn 0049 p=003)

quando comparada ao grupo controle (0997 mms plusmn 0091 p=003) Paralelamente

24

a velocidade meacutedia do COP na direccedilatildeo ML tambeacutem foi significativamente maior no

grupo atleta (0845 mms plusmn 0042 plt0001) em relaccedilatildeo ao grupo controle (0508

mms plusmn 0065 plt0001) (Figura 3)

Figura 3 Velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo do baricentro corporal entre o grupo atleta (n=25)

e o grupo controle (n=25) COP centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo AP anteroposterior ML mediolateral GA grupo atleta GC grupo controle plt005 GA X GC plt001 GA X GC plt0001 GA X GC A anaacutelise de variaacuteveis categoacutericas foi realizada por meio do teste Mann-Whitney

34 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios da dor e equiliacutebrio postural

Foi apenas visualizada uma correlaccedilatildeo de fraca a moderada positiva com

significacircncia estatiacutestica entre o domiacutenio de dor avaliativa (236 plusmn 028) e velocidade

meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo na direccedilatildeo mediolateral (AV 0845mms plusmn

0042 r = 0414 p = 0040) Natildeo houve correlaccedilatildeo significativa entre todos os outros

domiacutenios avaliados e a velocidade meacutedia do COP na direccedilatildeo ML (S 0845mms plusmn

0042 r = 023 p gt 0914 AF 0845mms plusmn 0042 r = 085 p = 0687 M 0845mms

plusmn 0042 r = 0049 p = 0816) Bem como entre todos os domiacutenios e a velocidade

meacutedia do COP na direccedilatildeo anteroposterior (S 1110mms plusmn 0049 r = 0009 p =

0967 AF 1110mms plusmn 0049 r = 0216 p = 0299 AV 1110mms plusmn 0049 r =

020 p = 0925 M 1110mms plusmn 0049 r = 0138 p = 0510) e entre todos os

domiacutenios e a aacuterea de deslocamento do COP (S 16513mmsup2 plusmn 148 r = 0044 p =

0836 AF 16513mmsup2 plusmn 148 r = 0165 p = 0431 AV 16513mmsup2 plusmn 148 r = 0220

p gt 0291 M 16513mmsup2 plusmn 148 r = 0180 p = 0390) (Figura 4)

25

Figura 4 Correlaccedilatildeo de Spearman entre dor avaliativa e velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo (VmCOP) do baricentro corporal (A) Forccedila de correlaccedilatildeo de Spearman (r = 0414 p = 0040) entre a dor

avaliativa (AV) (236 plusmn 028) e a velocidade meacutedia do COP na direccedilatildeo mediolateral (0845 mms plusmn 0042) no grupo atleta (B) Forccedila de correlaccedilatildeo de Spearman (r = 0063 p = 0765) entre a dor avaliativa (AV) (060 plusmn

021) e a velocidade meacutedia do COP na direccedilatildeo mediolateral (0508 mms plusmn 0065) no grupo controle Os valores foram apresentados como meacutedia plusmn erro padratildeo da meacutedia

4 Discussatildeo

Os resultados desta pesquisa demonstraram que atletas de elite de ginaacutestica

riacutetmica manifestam maior percepccedilatildeo dolorosa que controles natildeo praticantes de

esporte a niacutevel competitivo Isto pode estar relacionado a trecircs principais fatores que

podem contribuir de forma direta para a maior prevalecircncia de dor nessas atletas

destacando o iniacutecio precoce na praacutetica da modalidade os altos volumes e

intensidade dos treinos e a grande quantidade de repeticcedilotildees dos gestos esportivos

com alta predominacircncia de saltos e posturas estaacuteticas De acordo com os nossos

resultados Sabeti et al21 realizaram estudo com 218 ginastas de diferentes

nacionalidades no campeonato europeu de GR utilizando a escala visual analoacutegica

(EVA) para registro da intensidade dolorosa Os resultados encontrados foi que as

atletas tecircm uma maior intensidade dolorosa (72) que controles natildeo praticantes de

esporte competitivo

Paralelamente a literatura cientifica relata que o tempo de inicio da praacutetica

esportiva o niacutevel competitivo e o volumeintensidade dos treinos destas atletas satildeo

fatores preditivos para um maior desenvolvimento de lesatildeo e dor em atletas de GR

Shigaki et al4 apontam que o risco e intensidade de lesatildeo estatildeo fortemente

26

relacionados com o aumento da idade e do niacutevel competitivo Da mesma forma

Vanderlei et al22 e Oliveira et al23 afirmam que quanto mais elevada a categoria do

atleta maior seraacute o tempo e a intensidade do treinamento consequentemente maior

a exposiccedilatildeo aos esforccedilos musculoesqueleacuteticos durante treinamento eou

competiccedilotildees Deste modo Oliveira et al23 em seu estudo avaliaram 25 atletas de

GR de diferentes categorias etaacuterias e encontraram que a maioria das atletas

apresentaram algum tipo de lesatildeo ocasionada pelos treinos Desta forma autores

relatam que a formaccedilatildeo dessas atletas influencia na incidecircncia e intensidade

dolorosa de lesotildees por overuse21 24 Tais lesotildees geralmente ocorrem quando a

frequecircncia dos exerciacutecios aumenta enquanto a intensidade eacute mantida23 Estando de

acordo com os nossos resultados Kolar et al25 em estudo realizado com 63 atletas

da ginaacutestica artiacutestica e riacutetmica de ambos os sexos concluiacuteram que a maacute teacutecnica

meacutetodos improacuteprios de ensino e carga inadequada durante os treinos foram

associados com o surgimento de dor e lesotildees nessa populaccedilatildeo

Contrariamente aos nossos resultados Muller et al26 realizaram um estudo

investigativo do desenvolvimento de dor lombar em atletas adolescentes em relaccedilatildeo

ao sexo e tipo de esporte praticado Foram avaliados 321 atletas sem dor lombar em

um primeiro momento e apoacutes dois anos os mesmo atletas foram reavaliados para

verificar a incidecircncia de dor lombar Apenas 10 da amostra foram categorizados

com dor lombar Aleacutem disso antropometria e caracteriacutesticas de formaccedilatildeo do esporte

natildeo demonstraram influecircncia significativa na dor lombar levando os autores a

concluiacuterem que o esporte de alto rendimento natildeo induz dor lombar em atletas

adolescentes

No nosso estudo utilizamos para avaliaccedilatildeo da percepccedilatildeo dolorosa em ambos

os grupos o questionaacuterio de dor McGill Este apresentou-se como uma ferramenta

de faacutecil execuccedilatildeo baixo custo e com alta sensibilidade e confiabilidade para uma

caracterizaccedilatildeo multidimensional da dor na populaccedilatildeo estudada Diferenciados

meacutetodos de investigaccedilatildeo da dor podem ser encontrados em um crescente numero

de publicaccedilotildees cientificas sobre o estudo da percepccedilatildeo e intensidade dolorosa

Goubert et al27 utilizaram a algometria de pressatildeo para comparar a avaliaccedilatildeo

sensorial quantitativa da dor de pacientes com dor lombar em diferentes niacuteveis de

cronicidade comparando a controles saudaacuteveis e pacientes com fibromialgia

Diferentemente Sabeti et al21 Arliani et al28 e Hoskins et al29 utilizaram em suas

27

pesquisas a escala visual analoacutegica (EVA) para registrar a intensidade dolorosa de

atletas em diferentes modalidades Ambos satildeo considerados meacutetodos

unidimensionais utilizados com o objetivo de quantificar a magnitude da dor dentro

de um perfil somatosensorial

Por outro lado diversas pesquisas utilizam o questionaacuterio McGill (MPQ) como

instrumento multidimensional para avaliar a dor e conhececirc-la de forma ampla em

diferentes modelos de estudos e em diversas populaccedilotildees Ngamkham et al30

realizaram revisatildeo sistemaacutetica sobre a avaliaccedilatildeo da dor com McGill em pacientes

com cacircncer demonstrando que o MPQ eacute comumente usado nessa populaccedilatildeo para

mensurar a intensidade e qualidade da dor pois fornece informaccedilotildees sobre

possiacuteveis locais da doenccedila magnitude da dor bem como a eficaacutecia do tratamento e

intervenccedilatildeo submetidos Da mesma forma Bermudez et al31 avaliaram pacientes

diagnosticados com DTM moderada e severa para discriminar e comparar a queixa

dolorosa de acordo com a severidade da doenccedila Pode-se concluir com o estudo

que o MPQ foi capaz de diferenciar o padratildeo temporal da dor a localizaccedilatildeo de maior

queixa dolorosa e a intensidade da dor em portadores de DTM

As diferenccedilas metodoloacutegicas utilizadas corroboram o fato de a dor ser uma

experiecircncia complexa e subjetiva que varia em qualidade intensidade sensorial e

em caracteriacutesticas afetivo-motivacionais Pois a mesma envolve vaacuterias dimensotildees e

pode ser influenciada por infinitos estiacutemulos intriacutensecos e extriacutensecos32 33 Assim

cabe a utilizaccedilatildeo de diferentes meacutetodos uni e multidimensionais para uma avaliaccedilatildeo

precisa considerando a natureza da dor e suas caracteriacutesticas

De acordo com os resultados do nosso estudo foi visualizado que as atletas

de elite de GR apresentam diferentes caracteriacutesticas de percepccedilatildeo do estiacutemulo

doloroso em comparaccedilatildeo aos controles destacando dores com perfil sensorial e

avaliativo Acreditamos que os atletas de alto rendimento apresentam-se com

alteraccedilotildees do imputs neurosensorial em virtude da constante presenccedila e

intensidade das dores sentidas pela a sua praacutetica desportiva Isto pode repercutir em

mudanccedilas na interpretaccedilatildeo da dor sentida em seu corpo fiacutesico devido agrave influecircncia

de fatores emocionais sociais e hormonais que satildeo comuns em mulheres atletas

Em vista disso sabe-se que o domiacutenio sensorial e avaliativo representam as

28

impressotildees fiacutesicas desse estiacutemulo doloroso aacutelgico e uma auto-avaliaccedilatildeo da sua dor

respectivamente34

Segundo Pimenta e Texeira18 as diferenccedilas na estratificaccedilatildeo da dor se

justificam pelo fato das interpretaccedilotildees de informaccedilotildees cognitivas serem

condicionadas por experiecircncias preacutevias em diferentes momentos do estiacutemulo da dor

gerando respostas variadas agrave experiecircncia dolorosa por ser um processo

individualizado Aleacutem disso a dor eacute uma experiecircncia complexa descrita em termos

de caracteriacutesticas sensoriais afetivo-motivacionais cognitivas e comportamentais

Desta forma o resultado de uma avaliaccedilatildeo da percepccedilatildeo dolorosa pode depender

de qual dimensatildeo da dor esteja sendo vivenciada no momento da avaliaccedilatildeo por

cada indiviacuteduo14

Hoskins et al29 utilizaram a escala visual analoacutegica (EVA) e o questionaacuterio

McGill para comparar a intensidade e a qualidade de dor lombar entre atletas de

elite amadores e natildeo atletas Foram observadas diferenccedilas significativas entre os

grupos mostrando que os atletas de elite apresentaram intensidade de dor mais

alta assim como escolheram com mais frequecircncia palavras das categorias sensorial

e afetiva De forma semelhante a nossa pesquisa o domiacutenio sensorial apresentou o

maior iacutendice de dor e maior frequecircncia de palavras escolhidas Tal fato possa ser

justificado por esse ser o domiacutenio de maior representatividade no questionaacuterio

agregando termos de qualidades sensitivas dor18 Poreacutem a dimensatildeo afetiva natildeo foi

evidenciada com maior frequecircncia no presente estudo Esta representa um estado

emocional o qual pode ser traduzido por percepccedilotildees de cansaccedilo sentimentos de

medo e puniccedilatildeo assim como reaccedilotildees autonocircmicas34 Reading32 e Pimenta e

Teixeira18 em seus estudos relataram que os pacientes que sentem dores de

caracteriacutestica aguda preferem descritores da categoria sensorial Por outro lado

indiviacuteduos que sentem dor crocircnica usualmente tendem a selecionar mais

descritores da categoria afetiva levando em conta fenocircmenos cognitivo de

antecipaccedilatildeo memoacuteria atenccedilatildeo e experiecircncia anterior

Os resultados desta pesquisa demonstraram que a regiatildeo com maior

prevalecircncia de queixa dolorosa em atletas de elite de GR foi a articulaccedilatildeo do quadril

com aproximadamente cinquenta e dois por cento das queixas Isto pode estar

relacionado ao fato da articulaccedilatildeo do quadril ser responsaacutevel pela absorccedilatildeo de

29

grandes cargas compressivas durante a fase de aterrissagem dos saltos o qual eacute

um movimento especiacutefico do esporte Aleacutem disso no quadril estaacute localizado o centro

de gravidade do corpo assim as cargas que satildeo geradas ou transmitidas por essa

regiatildeo geram influecircncia no desempenho esportivo Desse modo pesquisas

cientiacuteficas relatam sobre a importacircncia da forccedila dos muacutesculos estabilizadores do

quadril no surgimento e desenvolvimento de dores nesta articulaccedilatildeo4 35 Steinberg et

al36 realizaram uma analise sistemaacutetica do desempenho da musculatura do quadril

no desenvolvimento de lesotildees no membro inferior e encontraram que a diminuiccedilatildeo

da funccedilatildeo dos muacutesculos do quadril associada a cargas repetitivas no membro

inferior pode aumentar o risco de lesotildees no joelho e em todo o membro

De forma contraacuteria aos nossos resultados Guiotte et al2 Sabeti et al21 e

Oliveira et al23 avaliaram ginastas de diferentes categorias e relataram que a regiatildeo

anatocircmica de queixa dolorosa mais prevalente na praacutetica da GR eacute a coluna lombar

seguida do tornozelo e joelho De acordo com Anderson et al37 a dor no quadril e

na virilha em atletas ocorrem com menor frequecircncia que lesotildees das extremidades do

membro inferior Ratificando esses autores Tschopp et al38 defendem que as

lesotildees do quadril satildeo menos comuns poreacutem satildeo mais difiacuteceis de serem

diagnoacutesticadas Pois as consideraccedilotildees anatocircmicas e biomecacircnicas para lesotildees

nesta regiatildeo estatildeo entre as mais complexas do sistema muacutesculo-esqueleacutetico

Por outro lado os nossos resultados demonstraram que a segunda

articulaccedilatildeo mais prevalente em relaccedilatildeo agrave queixa dolorosa pela praacutetica de GR em

atletas de elite foi o tornozelo-peacute (44) Tal fato se justifica por alguns fatores como

sobrecarga excessiva nos muacutesculos intriacutensecos do peacute os quais satildeo responsaacuteveis

pela formaccedilatildeo do arco plantar existecircncia de compressotildees excessivas nos

segmentos oacutesseos devido ao processo de absorccedilatildeo de impacto nos saltos aleacutem da

necessidade de manutenccedilatildeo da postura do tornozelo-peacute em flexatildeo plantar por

tempos prolongados

De acordo com Han et al39 o complexo do tornozelo-peacute na maioria das

atividades esportivas eacute a uacutenica parte do corpo que estaacute em contato com solo

Assim a propriocepccedilatildeo do tornozelo contribui de forma extremamente significativa

para o controle do equiliacutebrio pois fornece informaccedilotildees que permitem o ajuste de

posiccedilotildees e movimentos dos membros para realizaccedilatildeo das tarefas motoras

30

complexas exigidas no esporte de elite Saito et al12 em sua pesquisa ao avaliarem

atletas com e sem lesatildeo no tornozelo observaram que as lesotildees no tornozelo aleacutem

de causar alteraccedilotildees musculares e osteocinemaacuteticas promovem de forma direta

repercussotildees negativas no controle neuromuscular da articulaccedilatildeo predispondo-a aacute

episoacutedios recidivantes em virtude do comprometimento do feedback neurosensorial

afetando o controle postural e consequentemente o desempenho nas atividades

motoras

De acordo com os dados obtidos no nosso estudo foi observada nas atletas

uma maior aacuterea de deslocamento do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo (COP) do

corpo demonstrando um menor equiliacutebrio estaacutetico das ginastas ao comparar com

controles natildeo atletas Isto pode estar relacionado a uma maior intensidade e

presenccedila do estiacutemulo doloroso no corpo das atletas e a intensa quantidade de

repeticcedilotildees dos exerciacutecios de forma assimeacutetrica pela preferecircncia do membro

dominante Desse modo diversas pesquisas relatam que a presenccedila da dor pode

aumentar a aacuterea do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo (ACOP) produzindo uma piora

do equiliacutebrio corporal4 12 15 16 Lin et al16 e Shigaki et al4 em seus estudos avaliaram

o equiliacutebrio de atletas comparando trecircs grupos atletas com lesatildeo atletas sem lesatildeo

e natildeo atletas Evidenciaram que atletas com lesatildeo apresentaram maior oscilaccedilatildeo do

centro de pressatildeo comparado a indiviacuteduos natildeo atletas e atletas sem lesatildeo Poreacutem

quando comparados atletas sem lesatildeo com indiviacuteduos natildeo atletas natildeo foi observado

diferenccedila significativa

Ao mesmo tempo em nosso estudo foi encontrado uma velocidade meacutedia do

COP maior no grupo atleta em ambas as direccedilotildees ao comparar com controles natildeo

atletas Sendo a velocidade meacutedia do COP maior no plano sagital (anteroposterior)

em relaccedilatildeo ao plano frontal (meacutediolateral) Isto ocorre porque as atletas apresentam

uma resposta neuromuscular mais raacutepida para recuperaccedilatildeo da estabilidade do corpo

adquirida pelo treinamento esportivo essencialmente no plano sagital em que as

estrateacutegias posturais para recuperaccedilatildeo do equiliacutebrio satildeo mais efetivas

Diversos estudos publicados na literatura abordam a habilidade do controle

postural em atletas2 8-12 Matsuda et al10 relatam que atletas tecircm capacidade de

equiliacutebrio dinacircmico superior quando comparados a indiviacuteduos natildeo atletas Da

mesma forma Merlo et al11 acreditam a praacutetica de esportes produz adaptaccedilotildees que

31

ou desenvolvimento de consciecircncia de estrateacutegias posturais natildeo evidenciadas em

sujeitos natildeo praticantes de atividade esportiva

Os resultados encontrados por meio desse estudo mostraram que a dor em

sua dimensatildeo avaliativa apresentou relaccedilatildeo significativa com a velocidade meacutedia do

centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo do corpo na direccedilatildeo mediolateral Tal fato evidencia

que a percepccedilatildeo do estiacutemulo doloroso interfere de maneira significativa na

habilidade do atleta em reestabelecer a estabilidade postural apoacutes perturbaccedilatildeo do

equiliacutebrio em postura estaacutetica Prejudicando o desempenho atleacutetico na modalidade

uma vez que as atletas dependem da estabilidade postural para execuccedilatildeo da praacutetica

esportiva Alguns autores relatam a influecircncia da dor e fatores psicoemocionais na

performance e desempenho de atletas de alto rendimento Couto e Pedroni40

avaliaram a relaccedilatildeo da queixa e limiar doloroso com incidecircncia de lesatildeo em

bailarinas claacutessicas Os resultados do estudo mostraram que houve relaccedilatildeo

significativa entre as regiotildees de lesatildeo com a dor evidenciando que a dor estaacute

diretamente relacionada com o surgimento de lesatildeo nessa populaccedilatildeo Dore e

Guerra41 em seu estudo investigaram a prevalecircncia e fatores associados agrave

sintomatologia dolorosa em bailarinos profissionais utilizando a versatildeo brasileira do

questionaacuterio McGill e Inventaacuterio para dor de Wisconsin Foram verificadas

correlaccedilotildees positivas com significacircncia entre o grau de intensidade dolorosa e

atividades diaacuterias sono humor e relacionamento pessoal

O presente estudo sinaliza uma relaccedilatildeo da presenccedila do estiacutemulo doloroso

com o equiliacutebrio postural As alteraccedilotildees no equiliacutebrio corporal tecircm sido muito

estudadas em diferentes populaccedilotildees assim como o comportamento da dor e lesotildees

no desempenho de atletas de diferentes niacuteveis competitivos e modalidades

esportivas Corroborando com nossa pesquisa Meardon et al15 defendem que a

presenccedila de lesatildeo e dor em atletas pode afetar negativamente o equiliacutebrio corporal

Em sua pesquisa examinou controle postural dinacircmico em corredores lesionados

com dor e sem lesatildeo usando o Star Excursion Balance Test (SEBT) Quando

comparado corredores lesionados com controles sem lesatildeo os resultados

demonstraram controle dinacircmico deficiente das forccedilas verticais ao executar as

tarefas de pouso e estabilizaccedilatildeo em apoio unipodal

32

Contudo ainda satildeo raros os estudos sobre a caracterizaccedilatildeo da dor e do

equiliacutebrio corporal em atletas de ginaacutestica riacutetmica Por meio desse estudo foi

observado que atletas de elite de GR demonstraram aumento da dor descrita em

todos os domiacutenios avaliados pelo questionaacuterio McGill (plt0001) A dor nas ginastas

tem o perfil sensorial e avaliativo e se manifesta principalmente nas articulaccedilotildees do

quadril e tornozelo-peacute em virtude da especificidade do gesto esportivo Aleacutem disso

as atletas tambeacutem apresentam menor estabilidade do controle postural (plt005)

sendo notada possiacutevel relaccedilatildeo de interferecircncia entre a auto percepccedilatildeo dolorosa e o

equiliacutebrio postural Entretanto devido agrave complexidade do tema faz-se necessaacuterio a

elaboraccedilatildeo de estudos mais aprofundados com uma amostra maior seguindo

rigorosamente os criteacuterios metodoloacutegicos que permita uma interpretaccedilatildeo mais

precisa a respeito da percepccedilatildeo dolorosa e o equiliacutebrio postural no desempenho

atleacutetico na modalidade esportiva

5 Conclusatildeo

A pesquisa mostra que as atletas de elite de GR apresentam dor de

caracteriacutesticas sensorial e avaliativa frequentemente localizada na articulaccedilatildeo do

quadril seguida do tornozelo-peacute A presenccedila da percepccedilatildeo dolorosa mostrou relaccedilatildeo

significativa com o controle postural em atletas de elite de GR Os resultados

tambeacutem evidenciaram que atletas tem menor equiliacutebrio postural estaacutetico quando

comparadas a controles natildeo atletas poreacutem demonstram maior habilidade para

reestabelecer o controle postural

6 Consideraccedilotildees Finais

Um ponto importante a ser relatado neste estudo eacute a utilizaccedilatildeo do

questionaacuterio de dor McGill Embora venha ser um questionaacuterio amplamente utilizado

em pesquisas cientiacuteficas em virtude da sua alta confiabilidade validaccedilatildeo e

adaptaccedilatildeo cultural em diferentes paiacuteses ainda satildeo raros os estudos que utilizam

essa ferramenta para avaliar a dor em atletas Com ecircnfase em estudos que

descrevam a sua aplicabilidade por domiacutenio e caracteriacutesticas multidimensionais da

33

dor Este pesquisa aparenta ter sido pioneira a qualificar a dor e descrevecirc-la em

suas dimensotildees em atletas de elite de ginaacutestica riacutetmica bem como relacionar a

percepccedilatildeo dolorosa com o equiliacutebrio postural nessa populaccedilatildeo Abrindo espaccedilo para

realizaccedilatildeo de outros estudos

Poreacutem foi encontrado como limitaccedilotildees escassez de pesquisas cientiacuteficas

atualizadas sobre abordagem multidimensional da dor em atletas essencialmente

na ginaacutestica riacutetmica Pois a grande maioria dos estudos que tem sido publicado

sobre dor nessa populaccedilatildeo estaacute relacionada agrave presenccedila do estiacutemulo doloroso e sua

intensidade em uma magnitude sensorial Outro ponto a se destacar foi a

dificuldade em coletar um grupo controle com caracteriacutesticas similares ao grupo de

estudo para que fosse formada uma amostra mais homogecircnea possiacutevel

respeitando os criteacuterios metodoloacutegicos

34

REFEREcircNCIA

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25 Kolar E Samardžija MP Smrdu M Atikovic A Athletes perceptions of the causes of injury in gymnastics J Sports Med Phys Fitness 2016 Mar 57(5)703-710

36

26 Mueller S Mueller J Stoll J Prieske O Cassel M Mayer F Incidence of back pain in adolescent athletes a prospective study BMC Sports Science Medicine and Rehabilitation 2016 838

27 Goubert D Danneels L Graven-Nielsen T Descheemaeker F Meeus M Differences in Pain Processing Between Patients with Chronic Low Back Pain Recurrent Low Back Pain and Fibromyalgia Pain Physician 2017 May 20(4)307-318

28 Arliani GG Cohen M Lara PS Astur DC Gonccedilalves JPP Ferretti M Impacto do esporte na sauacutede de ex-jogadores profissionais de futebol no Brasil Acta ortop bras 2014 julago 22(4)188-190

29 Hoskins W Pollard H Daff C Odell A Garbutt P McHardy A et al Low back pain status in elite and semi-elite Australian football codes a cross-sectional survey of football (soccer) Australian rules rugby league rugby union and non-athletic controls BMC Musculoskeletal Disorders 20091038

30 Ngamkham S Vincent C Finnegan L Holden JE Wang ZJ Wilkie DJ The McGill Pain Questionnaire as a Multidimensional Measure in People with Cancer An Integrative Review Pain Manag Nurs 2012 Mar 13(1) 27ndash51

31 Bermudez OAS Souza RA Souza CMF Castro CES Beacuterzn F Avaliaccedilatildeo multidimensional da dor em portadores de desordem temporomandibular utilizando uma versatildeo brasileira do questionaacuterio mcgill de dor Rev bras fisioter 2003 7(2) 151-158

32 Reading AE Everitt BS Sledmore CM The McGill Pain Questionnaire a replication of its construction Br J Clin Psychol 1982 21339ndash349

33 Melzack R The McGill Pain Questionnaire Anesthesiology 2005 103199-202

34 Pessoa CP Barreto MB Santos LB Alves TDB Oliveira MC Martins AG Instrumentos utilizados na avaliaccedilatildeo do impacto da dor na qualidade de vida de pacientes com dor orofacial e disfunccedilatildeo temporomandibular Escola Baiana de Sauacutede Puacuteblica 200731(2)267-293

35 Espinoza ES Ortiz GB Estabilidad abdominolumbopeacutelvica y equilibrio comopredictores de la incidencia de lesionesmusculoesqueleacuteticas en estudiantes de danzaUn estudio piloto Fisioterapia 2014

36 Steinberg N Dar G Dunlop M Gaida JE The relationship of hip muscle performance to legankle and foot injuries a systematic review The Physician and Sportsmedicine 2017

37 Anderson K Strickland SM Warren R Hip and Groin Injuries in Athletes The American Journal of Sports Medicine 2001 29(4) 521-533

38 Tschopp M Brunner F Erkrankungen und Uumlberlastungsschaumlden an der unteren Extremitaumlt bei Langstreckenlaumlufern Z Rheumatol 2017 Feb

37

39 Han J Anson J Waddington G Adans R Liu Y The Role of Ankle

Proprioception for Balance Control in relation to Sports Performance and Injury BioMed Research International 2015 Jun8

40 Couto AGA Pedroni CR Relaccedilatildeo entre postura queixa dolorosa e lesatildeo em bailarinas claacutessicas Ter Man 2013 11(55)228-233

41 Dore BF e Guerra RO Sintomatologia dolorosa e fatores associados em bailarinos profissionais Rev Bras Med Esporte 2007 MarAbr13(2)77-80

38

ANEXO I ndash QUESTIONAacuteRIO DE DOR MCGILL

39

ANEXO II ndash PARECER DE APROVACcedilAtildeO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA

40

41

ANEXO III ndash NORMAS DE SUBMISSAtildeO DA REVISTA

Instruccedilotildees aos Autores

A Revista Brasileira de Medicina do Esporte - RBME (Brazilian Journal of

Sports Medicine) oacutergatildeo oficial da Sociedade Brasileira de Medicina do Exerciacutecio e

do Esporte (SBMEE) eacute publicada bimestralmente em seis ediccedilotildees ao ano (janfev

marabr maiojun julago setout e novdez) A RBME eacute indexada nas seguintes

bases bibliograacuteficas SciELO Web of Science Excerpta Medica-EMBASE Physical

Education Index LILACS SIRC-Sportdiscus e Scopus A publicaccedilatildeo segue

integralmente o padratildeo internacional do International Committee of Medical Journal

Editors (ICMJE) ou Convenccedilatildeo de Vancouver e seus requisitos de uniformizaccedilatildeo

[httpwwwicmjeorg]

Preparaccedilatildeo de manuscritos Os artigos submetidos devem ser digitados em

espaccedilo duplo fonte Arial 12 em paacutegina tamanho A4 sem numerar linhas ou

paraacutegrafos e numerando as paacuteginas no canto superior direito Figuras e tabelas

devem ser apresentadas ao final do artigo em paacuteginas separadas No corpo do

texto deve-se informar os locais para inserccedilatildeo das tabelas ou figuras Nuacutemeros

menores que 10 satildeo escritos por extenso enquanto que nuacutemeros maiores ou igual a

10 satildeo expressos em algarismos araacutebicos Os manuscritos que natildeo estiverem de

acordo com as instruccedilotildees aos autores em relaccedilatildeo a estilo e formato seratildeo

devolvidos sem revisatildeo pelo Conselho Editorial As medidas deveratildeo ser expressas

no Sistema Internacional (Systegraveme International SI) disponiacutevel em

httpphysicsnistgovcuuUnits e unidades padratildeo quando aplicaacutevel Recomenda-

se aos autores natildeo usar abreviaccedilotildees no tiacutetulo e limitar a sua utilizaccedilatildeo no resumo e

ao longo do texto Os nomes geneacutericos devem ser usados para todas as drogas Os

faacutermacos podem ser referidos pelo nome comercial poreacutem deve constar o nome

cidade e paiacutes ou endereccedilo eletrocircnico do fabricante entre parecircnteses na seccedilatildeo

Materiais e Meacutetodos

Abreviaturas O uso de abreviaturas deve ser minimizado As abreviaturas deveratildeo

ser definidas por ocasiatildeo de sua primeira utilizaccedilatildeo no resumo e tambeacutem no texto

Abreviaturas natildeo padratildeo natildeo devem ser utilizadas a menos que essas apareccedilam

pelo menos trecircs vezes no texto Unidades de medida (3 ml ou 3 mL e natildeo 3

mililitros) ou siacutembolos cientiacuteficos padratildeo (elementos quiacutemicos por exemplo Na e

natildeo soacutedio) natildeo satildeo consideradas abreviaturas e portanto natildeo devem ser definidos

Abreviar nomes longos ou substacircncias quiacutemicas e termos utilizados para

combinaccedilotildees terapecircuticas Abreviaturas em figuras e tabelas podem ser utilizadas

por razotildees de espaccedilo poreacutem devem ser definidas na legenda mesmo que tenham

sido definidas no texto do artigo

Formato dos arquivos Usar editor de texto Microsoft Word para Windows ou

42

equivalente Arquivos em formato PDF natildeo devem ser enviados As tabelas e

quadros deveratildeo estar em seus arquivos originais (Excel Acess Powerpoint etc)

As figuras deveratildeo estar nos formatos jpg ou tif em alta resoluccedilatildeo (300 dpi) As

figuras deveratildeo estar incluiacutedas no arquivo Word mas tambeacutem devem ser enviadas

separadamente (anexadas durante a submissatildeo do artigo como documento

suplementar em seus arquivos originais)

Paacutegina de rosto A paacutegina de rosto deve conter (1) a categoria do artigo (2) o tiacutetulo

do artigo em portuguecircs inglecircs e espanhol com ateacute 80 caracteres cada que deve ser

objetivo e informativo (3) os nomes completos dos autores instituiccedilatildeo formaccedilatildeo

acadecircmica de origem (a mais relevante) cidade estado e paiacutes (4) nome do autor

correspondente com endereccedilo completo telefone e e-mail A titulaccedilatildeo dos autores

natildeo deve ser incluiacuteda O nome completo de cada autor (sem abreviaccedilotildees) e sua

afiliaccedilatildeo institucional (nota as unidades hieraacuterquicas devem ser apresentadas em

ordem decrescente por exemplo universidade faculdade ou instituto e

departamento) devem ser informados Os nomes das instituiccedilotildees e programas

deveratildeo ser apresentados preferencialmente por extenso e na liacutengua original da

instituiccedilatildeo ou na versatildeo em inglecircs quando a escrita natildeo eacute latina (pex aacuterabe

mandarim ou grego)

Resumo O resumo em portuguecircs inglecircs e espanhol deve ser incluiacutedo no

manuscrito Em cada um dos idiomas natildeo deve conter mais do que 300 palavras A

versatildeo estruturada eacute obrigatoacuteria nos artigos originais e inclui objetivos meacutetodos

resultados e conclusatildeo Artigos de revisatildeo natildeo requerem resumo estruturado

Palavras-chave O artigo deve incluir no miacutenimo trecircs e no maacuteximo seis descritores

em portuguecircs inglecircs e espanhol baseados nos Descritores de Ciecircncias da Sauacutede

(DeCS) httpdecsbvsbr ou no Medical Subject Headings (MeSH) da National

Library of Medicine disponiacutevel em httpwwwnlmnihgovmeshmeshhomehtml

oubaseados no Medical SubjectHeading (MeSH) do Index Medicus

(httpwwwnlmnihgovmesh)

Introduccedilatildeo A introduccedilatildeo deve conter (1) justificativa objetiva para o estudo com

referecircncias pertinentes ao assunto sem realizar uma revisatildeo extensa (2) objetivo do

artigo

Materiais e Meacutetodos Esta seccedilatildeo deve descrever os experimentos (quantitativa e

qualitativamente) e os procedimentos em detalhes suficientes que permitam que

outros pesquisadores reproduzam os resultados ou deem continuidade ao estudo

e deveraacute conter (1) a descriccedilatildeo clara da amostra utilizada (2) termo de

consentimento para estudos experimentais envolvendo seres humanos (3)

identificaccedilatildeo dos meacutetodos aparelhos (nome do fabricante e endereccedilo cidade e paiacutes

devem ser menciondos entre parecircnteses) e procedimentos utilizados (4) descriccedilatildeo

breve e referecircncias de meacutetodos publicados mas natildeo amplamente conhecidos (5)

43

descriccedilatildeo detalhada de meacutetodos novos ou modificados (6) quando pertinente incluir

a anaacutelise estatiacutestica e os programas utilizados Importante Ao relatar experimentos

com seres humanos ou animais indicar se os procedimentos seguiram as normas

do Comitecirc Eacutetico sobre Experiecircncias Humanas da instituiccedilatildeo na qual a pesquisa foi

realizada e se os procedimentos estatildeo de acordo com a declaraccedilatildeo de Helsinki de

1995 e a Animal Experimentation Ethics respectivamente Os autores devem incluir

uma declaraccedilatildeo indicando que o protocolo foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica da

Instituiccedilatildeo (instituiccedilatildeo de afiliaccedilatildeo de pelo menos um dos autores) com o respectivo

nuacutemero de identificaccedilatildeo Tambeacutem deve incluir que o Termo de Consentimento Livre

e Esclarecido foi assinado por todos os participantes

Resultados Apresentar os resultados em sequecircncia loacutegica no texto usando tabelas

e figuras Evitar repeticcedilatildeo excessiva de dados no texto em tabelas ou figuras

poreacutem enfatizar somente as descobertas mais importantes

Discussatildeo Enfatizar os aspectos originais e importantes do estudo e as conclusotildees

que decorrem deste evitando poreacutem repetir dados jaacute apresentados em outras

partes do manuscrito Em estudos experimentais ressaltar a relevacircncia e limitaccedilotildees

dos resultados confrontando com os dados da literatura e incluindo implicaccedilotildees

para estudos futuros

Conclusotildees A conclusatildeo deve ser clara e concisa baseada nos resultados

obtidos estabelecendo ligaccedilatildeo com implicaccedilotildees cliacutenicas evitando poreacutem excessiva

generalizaccedilatildeo) A mesma ecircnfase deve ser dada a estudos com resultados negativos

ou positivos Recomendaccedilotildees podem ser incluiacutedas quando relevantes

Agradecimentos Quando pertinente incluir agradecimento ou reconhecimento a

pessoas que tenham contribuiacutedo para o desenvolvimento do trabalho poreacutem natildeo se

qualificam como coautores Fontes de financiamento como auxiacutelio a pesquisa e

bolsas de estudo devem ser reconhecidos nesta seccedilatildeo Os autores deveratildeo obter

permissatildeo por escrito para mencionar nomes e instituiccedilotildees de todos os que

receberam agradecimentos nominais

Referecircncias As referecircncias devem ser numeradas na sequecircncia em que aparecem

no texto em formato sobrescrito As referecircncias citadas somente em legendas de

tabelas ou figuras devem ser numeradas de acordo com sequecircncia estabelecida

pela primeira menccedilatildeo da tabela ou da figura no texto O estilo das referecircncias

bibliograacuteficas deve seguir as regras do Uniform Requirements for Manuscripts

Submitted to Biomedical Journals (International Committee of Medical Journal

Editors disponiacutevel em Ann Intern Med 1997126(1)36-47 httpwwwicmjeorg)

Alguns exemplos satildeo mostrados a seguir Os tiacutetulos dos perioacutedicos devem ser

abreviados de acordo com o Index Medicus (List of Journals Indexed disponiacutevel em

httpwwwnlmnihgovtsdserialsljihtml) Se o perioacutedico natildeo constar dessa lista

deve-se utilizar a abreviatura sugerida pelo proacuteprio perioacutedico Deve-se evitar utilizar

44

ldquocomunicaccedilotildees pessoaisrdquo ou ldquoobservaccedilotildees natildeo publicadasrdquo como referecircncias

Resumos de tranalhos apresentados em eventos devem ser utilizados somente se

for a uacutenica fonte de informaccedilatildeo

Tabelas As tabelas devem ser elaboradas em espaccedilo 15 devendo ser planejadas

para ter como largura uma (87cm) ou duas colunas (18 cm) Cada tabela deve

possuir um tiacutetulo sucinto Notas explicativas seratildeo incluiacutedas em notas de rodapeacute A

tabela deve conter meacutedias e medidas de dispersatildeo (Desvio Padratildeo Erro Padratildeo da

Meacutedia etc) natildeo devendo conter casas decimais irrelevantes As abreviaturas

devem estar de acordo com aquelas utilizadas no texto e nas figuras Os coacutedigos de

identificaccedilatildeo de itens da tabela devem estar listados na ordem de surgimento no

sentido horizontal e devem ser identificados pelos siacutembolos padratildeo Os quadros e

tabelas deveratildeo ser enviados atraveacutes dos arquivos originais editaacuteveis (Word Excel)

e natildeo como imagens

Figuras Na versatildeo impressa da RBME seratildeo aceitas figuras em preto-e-branco

Imagens coloridas poderatildeo ser publicadas quando forem essenciais para o conteuacutedo

cientiacutefico do artigo Nestes casos o custo seraacute repassado aos autores Figuras

coloridas poderatildeo ser incluiacutedas na versatildeo eletrocircnica do artigo sem custo adicional

aos autores Os desenhos e figuras devem ser consistentes e tatildeo simples quanto

possiacutevel poreacutem informativos Tons de cinza natildeo devem ser utilizados Todas as

linhas devem ser soacutelidas Para graacuteficos de barra por exemplo utilizar barras

brancas pretas com linhas diagonais nas duas direccedilotildees linhas em xadrez linhas

horizontais e verticais A RBME desaconselha fortemente o uso de fotografias de

equipamentos e animais de experimentaccedilatildeo As figuras devem ser impressas com

bom contraste e ter a largura de uma coluna (87cm) Utilizar no miacutenimo fonte

tamanho 10 para letras nuacutemeros e siacutembolos com espaccedilamento e alinhamento

adequados Quando a figura representar uma radiografia ou fotografia sugerimos

incluir a escala de tamanho quando pertinente

Por favor note que eacute de responsabilidade dos autores obter permissatildeo do detentor

dos direitos autorais para reproduzir figuras (ou tabelas) que tenham sido

previamente publicados em outras fontes De acordo com os princiacutepios do acesso

aberto os autores devem ter permissatildeo do detentor dos direitos caso desejem

incluir imagens que tenham sido publicados em outros perioacutedicos de acesso natildeo

aberto A permissatildeo deve ser indicada na legenda da figura e a fonte original deve

ser incluiacuteda na lista de referecircncias

45

APEcircNDICE I ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE)

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Vocecirc estaacute sendo convidada(o) a participar da pesquisa intitulada

ldquoCARACTERIZACcedilAtildeO DA DOR E SUA RELACcedilAtildeO COM EQUILIacuteBRIO

POSTURAL ESTAacuteTICO EM ATLETAS DE GINAacuteSTICA RIacuteTMICArdquo realizada pela

Universidade Federal de Sergipe por intermeacutedio da discente TAINARA DOS

SANTOS BOMFIM devidamente assistida pelo seu orientador PAULO MAacuteRCIO

PEREIRA OLIVEIRA O objetivo desse estudo eacute caracterizar a Dor

musculoesqueleacutetica em atletas de elite de ginaacutestica riacutetmica e analisar a relaccedilatildeo da

dor no equiliacutebrio postural estaacutetico das atletas comparando com controles natildeo

atletas A justificativa para a realizaccedilatildeo da pesquisa eacute documentar na literatura

escassa estudo sobre a relaccedilatildeo da dor com o equiliacutebrio postural estaacutetico em

atletas de elite de Ginaacutestica Riacutetmica Sua participaccedilatildeo nessa pesquisa consistiraacute

em responder um questionaacuterio e realizar avaliaccedilatildeo de equiliacutebrio que ocorreraacute em

um uacutenico momento Natildeo haacute riscos previsiacuteveis relacionados com sua participaccedilatildeo

nem danos previsiacuteveis decorrentes da pesquisa Os benefiacutecios relacionados com

sua participaccedilatildeo satildeo

1 Identificar alteraccedilotildees posturais de equiliacutebrio em atletas de alto rendimento

2 Evidenciar se o processo de dor em atletas eacute igual maior ou menor quando

comparado com pessoas natildeo atletas

3 Evidenciar se as variaccedilotildees aacuterea e velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo

de pressatildeo se igualam ou natildeo a pessoas natildeo atletas

Vocecirc foi selecionado por preencher os requisitos da pesquisa mas sua

participaccedilatildeo NAtildeO Eacute OBRIGATOacuteRIA sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo em sua

relaccedilatildeo com a instituiccedilatildeo ou com o pesquisador

Eu________________________________________________________________

abaixo assinado declaro que fui informado que as informaccedilotildees obtidas atraveacutes

dessa pesquisa seratildeo confidenciais e o sigilo sobre minha participaccedilatildeo seraacute

assegurado De tal modo que os dados natildeo seratildeo divulgados de forma a possibilitar

minha identificaccedilatildeo Tambeacutem estou ciente de que a qualquer momento posso

desistir de minha participaccedilatildeo e retirar meu consentimento Declaro que entendi os

objetivos riscos e benefiacutecios de minha participaccedilatildeo na pesquisa e concordo em

participar

Vocecirc receberaacute uma coacutepia deste termo onde consta o telefone e o endereccedilo do

pesquisador principal podendo tirar suas duacutevidas sobre o Projeto de Pesquisa de

sua participaccedilatildeo agora ou a qualquer momento

46

DADOS DO PESQUISADOR RESPONSAacuteVEL

Nome Tainara dos Santos Bomfim

Endereccedilo profissionale-mail Rua Padre Aacutelvares Pitangueira sn - Centro

Departamento de Fisioterapia bftainaragmailcom

Telefone (79) 9 9806-7487

ATENCcedilAtildeO A participaccedilatildeo em qualquer tipo de pesquisa eacute voluntaacuteria Em casos de

duacutevida quanto aos seus direitos entre em contato com o Comitecirc de Eacutetica em

Pesquisa da Universidade Federal de Sergipe

Lagarto _____de _____de 201_

_____________________________________________________

ASSINATURA DO VOLUNTAacuteRIO

_____________________________________________________

ASSINATURA DO PESQUISADOR RESPONSAacuteVEL

Page 5: CARACTERIZAÇÃO DA DOR E SUA RELAÇÃO COM O … · tainara dos santos bomfim caracterizaÇÃo da dor e sua relaÇÃo com o equilÍbrio postural em atletas de ginÁstica rÍtmica

AGRADECIMENTOS

Agradeccedilo a Deus pelo dom da vida por ter me dado forccedila e coragem para chegar

ateacute aqui e ter colocado em meu caminho pessoas que me ajudaram a seguir nessa

jornada especialmente nessa reta final

Agradeccedilo aos meus pais e minhas irmatildesirmatildeo pois sem eles natildeo estaria onde

cheguei e podendo desfrutar dessa conquista

Agradeccedilo ao Prof Dr Paulo Marcio Pereira de Oliveira orientador deste trabalho

pelo incentivo e conhecimento proposto na realizaccedilatildeo dessa pesquisa

Agradeccedilo agraves voluntaacuterias participantes da pesquisa pela disposiccedilatildeo e gentileza em

contribuir para realizaccedilatildeo deste trabalho

Agradeccedilo aos demais colaboradores e incentivadores do trabalho que contribuiacuteram

ao seu modo em cada etapa da construccedilatildeo desta pesquisa

ldquoEntatildeo acho que somos quem somos por vaacuterias

razotildees E talvez nunca conheccedilamos a maior parte

delas Mas mesmo que natildeo tenhamos o poder de

escolher quem vamos ser ainda podemos escolher

aonde iremos a partir daquirdquo

(Stephen Chosky ndash As Vantagens de Ser Invisiacutevel)

RESUMO

Caracterizaccedilatildeo da Dor e sua Relaccedilatildeo com o Equiliacutebrio Postural em Atletas de Ginaacutestica Riacutetmica Tainara dos Santos Bomfim Lagarto ndashSE 2017 Introduccedilatildeo A Ginaacutestica Riacutetmica (GR) eacute um esporte de alta performance que exige

de suas atletas movimentos de grandes amplitudes articulares forccedila e uma boa

coordenaccedilatildeo motora postural Aleacutem disso em virtude da especificidade do gesto

esportivo as ginastas satildeo expostas constantemente a posturas e esforccedilos

repetitivos repercutindo em lesotildees musculoesqueleacuteticas e consequentemente em

dor a qual pode afetar negativamente o equiliacutebrio corporal Objetivo caracterizar a

dor musculoesqueleacutetica em atletas de elite de GR Secundariamente comparar o

equiliacutebrio postural estaacutetico das ginastas com controles natildeo atletas bem como

correlacionar o iacutendice de dor com o equiliacutebrio nas atletas de GR Meacutetodos

participaram da pesquisa 50 jovens do sexo feminino 25 ginastas compondo o

grupo atleta (GA) e 25 natildeo atletas compondo o grupo controle (GC) As voluntaacuterias

foram submetidas agrave avaliaccedilatildeo da percepccedilatildeo dolorosa utilizando a versatildeo brasileira

do questionaacuterio de dor McGill (Br-MPQ) e do equiliacutebrio postural atraveacutes da

estabilometria O estudo foi aprovado pelo comitecirc de eacutetica (CAAE

61990516400005546) Resultados o GA manifestou percepccedilatildeo dolorosa

significativamente maior (plt0001) a dor nas atletas apresentou caracteriacutesticas

sensorial e avaliativa as regiotildees de maior queixa dolorosa foram a articulaccedilatildeo do

quadril (52) seguida do tornozelo-peacute (44) Na comparaccedilatildeo intergrupos do

equiliacutebrio postural estaacutetico foi observado maior deslocamento do COP no GA

(16513 mmsup2 plusmn 148) em relaccedilatildeo ao GC (10212 mmsup2 plusmn 114) Nas correlaccedilotildees do

equiliacutebrio com os domiacutenios da dor foi observada apenas uma correlaccedilatildeo significativa

entre a dor avaliativa e a VmCOP na direccedilatildeo mediolateral (r = 0414 p = 0040)

Conclusatildeo As atletas demonstram maior percepccedilatildeo dolorosa e menor equiliacutebrio

postural estaacutetico quando comparadas a controles natildeo atletas Entretanto possuem

maior habilidade para reestabelecer o controle postural Aleacutem disso a presenccedila da

percepccedilatildeo dolorosa mostrou uma fraca relaccedilatildeo poreacutem significativa com o controle

postural em atletas de elite de GR

Descritores Ginaacutestica Equiliacutebrio Postural Dor Musculoesqueleacutetica

ABSTRACT

Characterization of Pain and your Relationship with Postural Balance in

Rhythmic Gymnastics Athletes Tainara dos Santos Bomfim Lagarto ndash SE

2017

Introduction Rhythmic Gymnastics (RG) is a high performance sport that requires your movements of large amplitudes athletes strength and a good hand-eye coordination postural In addition due to the specificity of Sporting gesture the gymnasts are constantly exposed to repetitive strain and postures reverberating in musculoskeletal injuries and consequently in painwhich can negatively affect the body balance Objective to characterize the musculoskeletal pain in elite athletes of RG Secondarily compare the static postural balance og gymnasts with nonathletic controls as well as correlate the pain index with te balance in the atletes of RG Methods Participated in the survey 50 female youth 25 gymnasts composing the Athlete Group (AG) and 25 non-athletes composing the Control Group (CG) The volunteers were subjected to the evaluation of the painful perception using the Brazilian version of the McGill Pain Questionnaire (BR-MPQ) and the posture equilibrium through the Estabilometria The study was approved by the Ethics Committee (CAAE 61990516400005546) Results The AG manifested significantly greater painful perception (p lt 0001) The pain in athletes presented sensory and evaluative characteristics The most painfully complaining regions were the hip joint (52) followed by ankle-foot (44) In the intergroup comparison of the static posture equilibrium was observed greater displacement of the COP in the AG (16513 mm sup2 plusmn 148) relative to the CG (10212 mm sup2 plusmn 114) In the correlations of equilibrium with the domains of pain it was observed only a significant correlation between the evaluative pain and the VmCOP in the direction mediolateral (r = 0414 p = 0040) Conclusion Athletes demonstrate greater painful perception and lower posture static equilibrium when compared to non-athletes controls However they possess greater ability to reestablish posture control Moreover the presence of painful perception showed a weak but significant relationship with the posture control in elite athletes of Gr

keywords Gymnastics Postural Balance Musculoskeletal Pain

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 Caracteriacutesticas demograacuteficas e antropomeacutetricas da amostra 20

Tabela 2 Domiacutenios da dor entre os grupos da pesquisa

Tabela 3 Incidecircncia de dor entre os grupos da pesquisa

21 21

LISTA DE ILUSTRACcedilOtildeES

Figura 1 Nuacutemero palavras escolhidas e Iacutendice de dor verificado por meio do questionaacuterio de dor de McGill nos grupos atleta e controle

22

Figura 2 Aacuterea da elipse do centro de pressatildeo do baricentro corporal entre o grupo atleta e o grupo controle

23

Figura 3 Velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo do baricentro corporal entre o grupo atleta e o grupo controle

24

Figura 4 Correlaccedilatildeo de Spearman entre iacutendice de dor avaliativa e velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo (VmCOP) do baricentro corporal

25

LISTA DE ABREVIACcedilOtildeES E SIGLAS

GR ndash Ginaacutestica Riacutetmica

GA ndash Grupo Atleta

GC ndash Grupo Controle

Br-MPQ ndash Versatildeo brasileira do questionaacuterio de dor McGill

NWC ndash Nuacutemero de palavras escolhidas

PRI ndash Iacutendice de dor

SL ndash Dor sensitiva

AF ndash Dor afetiva

AV ndash Dor avaliativa

M ndash Dor miscelacircnea

ACOP ndash Aacuterea do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo

VmCOP ndash Velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo

AP ndash Anteroposterior

ML ndash Mediolateral

IMC ndash Iacutendice de massa corporal

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 16

2 MEacuteTODOS

21 Delineamento do estudo

17

17

22 Sujeitos 17

23 Procedimentos de avaliaccedilatildeo 18

231 Avaliaccedilatildeo da dor 18

232 Avaliaccedilatildeo Estabilomeacutetrica

24 Aspectos Eacuteticos

18

19

25 Anaacutelise Estatiacutestica 19

3 RESULTADOS 20

31 Sujeitos 20

32 Caracterizaccedilatildeo da Dor

321 Domiacutenios da Dor

322 Localizaccedilatildeo da Dor

323 Nuacutemero de Palavras Escolhidas e Iacutendice de Dor

20

20

21

22

33 Equiliacutebrio Estaacutetico

331 Aacuterea de deslocamento do COP

332 Velocidade meacutedia de oscilaccedilatildeo do COP

34 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios da Dor e Equiliacutebrio corporal

22

23

23

24

4 DISCUSSAtildeO 25

5 CONCLUSAtildeO 32

6 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 32

REFEREcircNCIAS 34

ANEXO I ndash QUENTIONAacuteRIO DE DOR MGILL 38

ANEXO II ndash PARECER DE APROVACcedilAtildeO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA 39

ANEXO III ndash NORMAS DE SUBMISSAtildeO DA REVISTA 41

APEcircNDICE I ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO 45

CARACTERIZACcedilAtildeO DA DOR E SUA RELACcedilAtildeO COM EQUILIacuteBRIO

POSTURAL EM ATLETAS DE GINAacuteSTICA RIacuteTMICA

CHARACTERIZATION OF PAIN AND YUOR RELATIONSHIP WITH POSTURAL

BALANCE IN RHYTHMIC GYMNASTICS ATHLETES

Tainara dos Santos Bomfimsup1 Paulo Maacutercio Pereira Oliveira2

sup1 Universidade Federal de Sergipe Campus Universitaacuterio Prof Antocircnio Garcia Filho Graduanda em

Fisioterapia ndash Lagarto SE Brasil

sup2 Universidade Federal de Sergipe Campus Universitaacuterio Prof Antocircnio Garcia Filho Professor

Adjunto do Departamento de Fisioterapia ndash Lagarto SE Brasil

Correspondecircncia

Tainara dos Santos Bomfim

Departamento de Fisioterapia de Lagarto da Universidade Federal de Sergipe (UFS)

Av Gov Marcelo Deda sn ndash Satildeo Joseacute CEP 49400-000 ndash LagartoSE

Telefone (79) 9 9806-7487

E-mail tainarabomfimyahoocombr

RESUMO

Introduccedilatildeo A Ginaacutestica Riacutetmica (GR) eacute um esporte de alta performance que exige de suas atletas

movimentos de grandes amplitudes articulares forccedila e uma boa coordenaccedilatildeo motora postural Aleacutem

disso em virtude da especificidade do gesto esportivo as ginastas satildeo expostas constantemente a

posturas e esforccedilos repetitivos repercutindo em lesotildees musculoesqueleacuteticas e consequentemente

em dor a qual pode afetar negativamente o equiliacutebrio corporal Objetivo caracterizar a dor

musculoesqueleacutetica em atletas de elite de GR Secundariamente comparar o equiliacutebrio postural

estaacutetico das ginastas com controles natildeo atletas bem como correlacionar o iacutendice de dor com o

equiliacutebrio nas atletas de GR Meacutetodos participaram da pesquisa 50 jovens do sexo feminino 25

ginastas compondo o grupo atleta (GA) e 25 natildeo atletas compondo o grupo controle (GC) As

voluntaacuterias foram submetidas agrave avaliaccedilatildeo da percepccedilatildeo dolorosa utilizando a versatildeo brasileira do

questionaacuterio de dor McGill (Br-MPQ) e do equiliacutebrio postural atraveacutes da estabilometria O estudo foi

aprovado pelo comitecirc de eacutetica (CAAE 61990516400005546) Resultados o GA manifestou

percepccedilatildeo dolorosa significativamente maior (plt0001) a dor nas atletas apresentou caracteriacutesticas

sensorial e avaliativa as regiotildees de maior queixa dolorosa foram a articulaccedilatildeo do quadril (52)

seguida do tornozelo-peacute (44) Na comparaccedilatildeo intergrupos do equiliacutebrio postural estaacutetico foi

observado maior deslocamento do COP no GA (16513 mmsup2 plusmn 148) em relaccedilatildeo ao GC (10212 mmsup2

plusmn 114) Nas correlaccedilotildees do equiliacutebrio com os domiacutenios da dor foi observada apenas uma correlaccedilatildeo

significativa entre a dor avaliativa e a VmCOP na direccedilatildeo mediolateral (r = 0414 p = 0040)

Conclusatildeo As atletas demonstram maior percepccedilatildeo dolorosa e menor equiliacutebrio postural estaacutetico

quando comparadas a controles natildeo atletas Entretanto possuem maior habilidade para

reestabelecer o controle postural Aleacutem disso a presenccedila da percepccedilatildeo dolorosa mostrou uma fraca

relaccedilatildeo poreacutem significativa com o controle postural em atletas de elite de GR

Descritores Ginaacutestica Equiliacutebrio Postural Dor Musculoesqueleacutetica

ABSTRACT

Introduction Rhythmic Gymnastics (RG) is a high performance sport that requires your movements of large amplitudes athletes strength and a good hand-eye coordination postural In addition due to the specificity of Sporting gesture the gymnasts are constantly exposed to repetitive strain and postures reverberating in musculoskeletal injuries and consequently in painwhich can negatively affect the body balance Objective to characterize the musculoskeletal pain in elite athletes of RG secondarily compare the static postural equilibrium of the gymnasts with non-athletes controls as well

as correlate the pain index with the equilibrium in the athletes of RG Methods Participated in the

survey 50 female youth 25 gymnasts composing the Athlete Group (AG) and 25 non-athletes composing the Control Group (CG) The volunteers were subjected to the evaluation of the painful perception using the Brazilian version of the McGill Pain Questionnaire (BR-MPQ) and the posture equilibrium through the Estabilometria The study was approved by the Ethics Committee (CAAE 61990516400005546) Results The AG manifested significantly greater painful perception (p lt 0001) The pain in athletes presented sensory and evaluative characteristics The most painfully complaining regions were the hip joint (52) followed by ankle-foot (44) In the intergroup comparison of the static posture equilibrium was observed greater displacement of the COP in the AG (16513 mm sup2 plusmn 148) relative to the CG (10212 mm sup2 plusmn 114) In the correlations of equilibrium with the domains of pain it was observed only a significant correlation between the evaluative pain and the VmCOP in the direction mediolateral (r = 0414 p = 0040) Conclusion Athletes demonstrate greater painful perception and lower posture static equilibrium when compared to non-athletes controls However they possess greater ability to reestablish posture control Moreover the presence of painful perception showed a weak but significant relationship with the posture control in elite athletes of Gr

keywords Gymnastics Postural Balance Musculoskeletal Pain

16

1 INTRODUCcedilAtildeO

A Ginaacutestica Riacutetmica (GR) eacute uma modalidade esportiva que exige de seus

atletas forccedila flexibilidade e coordenaccedilatildeo motora para a realizaccedilatildeo de movimentos

corporais de danccedila combinados com a manipulaccedilatildeo de pequenos equipamentos1 2

Desse modo para a correta execuccedilatildeo de seus movimentos durante treinos e

competiccedilotildees torna-se imprescindiacutevel a manutenccedilatildeo do equiliacutebrio e controle postural

protegendo o sistema neuromuscular de lesotildees1 34

Geralmente os atletas de alto rendimento como as ginastas satildeo submetidos

a altos volumes e intensidades de treinamento comprometendo a biomecacircnica

devido agrave alteraccedilotildees compensatoacuterias na execuccedilatildeo do gesto esportivo as quais

repercutem no aparecimento de lesatildeo e dor5-7 Diante disso acredita-se que a

presenccedila de dor possa afetar negativamente o equiliacutebrio postural de atletas

Vaacuterios autores abordam a importacircncia da manutenccedilatildeo do equiliacutebrio na praacutetica

esportiva289 Entretanto a estabilidade corporal em atletas pode variar de acordo

com as exigecircncias especiacuteficas da modalidade praticada10 Comumente atletas de

alto niacutevel que dependem da estabilidade postural para execuccedilatildeo da praacutetica

esportiva como na ginaacutestica riacutetmica aprendem a elevar o limiar sensoriomotor por

estimulaccedilatildeo dos seus proprioceptores tendo uma ativaccedilatildeo muscular mais raacutepida em

resposta agraves perturbaccedilotildees do equiliacutebrio11 12

Todavia alguns fatores podem interferir no controle postural destacando-se a

dor musculoesqueleacutetica4913 Sabe-se que a presenccedila da percepccedilatildeo dolorosa em

qualquer parte do segmento corporal eacute o primeiro indicador da existecircncia de lesatildeo

tecidual14 Desta forma pesquisas comprovam que em populaccedilotildees ativas com

lesotildees musculoesqueleacuteticas foram observados deacuteficits de controle postural121516

Em vista disso a dor musculoesqueleacutetica eacute uma das principais causas que podem

afetar o equiliacutebrio corporal em ginastas de alto rendimento levando agrave diminuiccedilatildeo da

funcionalidade da qualidade de vida e consequentemente agrave perda da performance

desportiva913 Esta eacute considerada uma experiecircncia multidimensional e subjetiva17 18

portanto torna-se uma variaacutevel difiacutecil de ser avaliada principalmente em atletas

17

Atualmente existe diversos estudos cientiacuteficos sobre o comportamento do

estiacutemulo doloroso e do equiliacutebrio corporal na performance esportiva e na prevenccedilatildeo

de lesotildees em atletas de elite5-81920 Poreacutem satildeo raras as investigaccedilotildees sobre a

caracterizaccedilatildeo da dor e do equiliacutebrio corporal em atletas de ginaacutestica riacutetmica Bem

como descriccedilatildeo da relaccedilatildeo da dor na estabilidade postural em atletas de alto

rendimento em qualquer que seja o esporte praticado e articulaccedilatildeo testada

O presente estudo tem como objetivo primaacuterio caracterizar a dor

musculoesqueleacutetica em atletas de elite de Ginaacutestica Riacutetmica Secundariamente

comparar o equiliacutebrio postural estaacutetico das ginastas com controles natildeo atletas bem

como correlacionar o iacutendice de dor com o equiliacutebrio nas atletas de GR

2 MEacuteTODOS

21 Delineamento do Estudo

Trata-se de um estudo analiacutetico do tipo observacional com um corte

transversal controlado e mascaramento aberto

22 Sujeitos

A amostra foi composta de 50 sujeitos unicamente do sexo feminino

coletados por conveniecircncia Os sujeitos foram divididos em dois grupos Grupo

Atleta (GA) (25 sujeitos) recrutados na Confederaccedilatildeo Brasileira de Ginaacutestica

AracajuSergipeBrasil e Grupo Controle (GC) (25 sujeitos) selecionados no Coleacutegio

Polivalente LagartoSergipeBrasil e pareados por peso Iacutendice de Massa Corporal

(IMC) e idade

Os criteacuterios de inclusatildeo dos sujeitos submetidos agrave pesquisa e alocados no

GA foram (1) ter sido aprovada na seletiva para o ingresso na seleccedilatildeo brasileira de

ginaacutestica riacutetmica (SBGR) (2) tempo de praacutetica no esporte superior a cinco anos com

4 horas diaacuterias ou mais de treino Para os sujeitos incluiacutedos no GC foram

obedecidos os seguintes criteacuterios (1) IMC le 25 (2) idade entre 14 e 24 anos (3)

ausecircncia de poacutes-ciruacutergicos anteriores Os sujeitos em ambos os grupos foram

excluiacutedos caso apresentassem (1) sequela de doenccedilas do sistema nervoso central

(2) diabetes mellitus ou pressatildeo arterial natildeo controlada (3) inaptidatildeo para seguir

18

ordens ou compreender as ferramentas de mensuraccedilatildeo do estudo (4) histoacuteria de

comprometimento visual auditivo eou do sistema vestibular (5) natildeo falar e

compreender o idioma portuguecircs (6) uso de faacutermacos inibidores ou estimulantes do

sistema nervoso central

23 Procedimentos de avaliaccedilatildeo

Inicialmente foram avaliados dados antropomeacutetricos como peso medido

atraveacutes de balanccedila analoacutegica (Camryreg) calibrada pelo Inmetro (Instituto Nacional de

Metrologia Normalizaccedilatildeo e Qualidade Industrial) e altura mensurada por meio de

fita meacutetrica natildeo-flexiacutevel (Tramontinareg) Em seguida os sujeitos receberam

informaccedilotildees sobre os objetivos da pesquisa instrumentos utilizados comandos

verbais a serem atendidos e demais procedimentos A partir da seleccedilatildeo das

voluntaacuterias iniciou-se a coleta dos dados realizada em duas etapas

231 Avaliaccedilatildeo da Dor

Para registro da percepccedilatildeo da dor foi aplicada a versatildeo brasileira do

questionaacuterio de Dor McGill (Br-MPQ) Trata-se de um instrumento para avaliaccedilatildeo de

dor em uma perspectiva multidimensional o qual possibilita o fornecimento de um

conhecimento amplo sobre a caracterizaccedilatildeo e percepccedilatildeo do estiacutemulo doloroso em

quatro dimensotildees (sensorial afetiva avaliativa e miscelacircnea)1718 As voluntaacuterias

foram instruiacutedas primeiramente a identificar em um diagrama corporal no

questionaacuterio a localizaccedilatildeo da sua dor quando presente Posteriormente foram

orientadas a selecionar em cada subgrupo do questionaacuterio uma palavra que melhor

expressasse a experiecircncia com a dor relatada previamente Deixando claro que natildeo

era obrigatoacuteria a escolha de palavras em todas as dimensotildees O resultado final do

Br-MPQ usado para anaacutelise foi expresso pelo nuacutemero de palavras escolhidas (NWC)

e pelo iacutendice de dor (PRI) caracterizado pela somatoacuteria dos valores de intensidade

dos descritores escolhidos

232 Avaliaccedilatildeo Estabilomeacutetrica

A estabilometria foi realizada com os sujeitos posicionados sobre uma

plataforma de forccedila sendo orientado a manter o olhar adiante num ponto fixado na

parede e de modo consciente transferir o peso corporal da maneira mais

19

homogecircnea possiacutevel entre os membros inferiores Foram realizados trecircs registros

com os olhos abertos As variaacuteveis analisadas foram a aacuterea da elipse do centro de

oscilaccedilatildeo de pressatildeo (ACOP) e a velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo pressatildeo

(VmCOP) do baricentro corporal nas direccedilotildees anteroposterior (AP) e mediolateral

(ML)

A distribuiccedilatildeo consciente do peso foi registrada atraveacutes de um

baropodocircmetro da marca Arquipeacutelagoreg (Footwork Satildeo Paulo Satildeo Paulo Brasil)

que consiste em um sistema de plataforma interligada a um computador para

mensurar as pressotildees exercidas pelos peacutes atraveacutes do sistema de aquisiccedilatildeo

computadorizada das pressotildees (ACP) A plataforma utilizada possui dimensotildees 700

X 600 mm com uma superfiacutecie ativa de 475 X 430 mm com 2544 sensores Esta foi

conectada a um computador com processador 62G HV 04 GB de memoacuteria RAM

disco riacutegido 500 GB e software footwork o qual analisou os dados captados Para

esses registros ortostaacuteticos foi utilizada a frequecircncia de aquisiccedilatildeo dos dados de 05

Hz coletando com isso 100 leituras em cada avaliaccedilatildeo O tempo de registro foi de

15 segundos com um intervalo de 30 segundos entre as avaliaccedilotildees

24 Aspectos Eacuteticos

O estudo foi submetido e aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica e Pesquisa com

Seres Humanos da Universidade Federal de Sergipe (CAAE

61990516400005546) Todos os voluntaacuterios assinaram o Termo de Consentimento

Livre e Esclarecido (TCLE) Todos os sujeitos que participaram da pesquisa foram

avisados que poderiam desistir da participaccedilatildeo a qualquer momento sem nenhum

preuizo aos mesmos

25 Anaacutelise Estatiacutestica

As variaacuteveis numeacutericas foram testadas quanto agrave distribuiccedilatildeo de normalidade

por meio do teste de Shapiro-Wilk Para anaacutelise das amostras parameacutetricas foi

utilizado o teste T- Student e para as amostras natildeo parameacutetricas foi utilizado o teste

de Mann-Whitney para identificar diferenccedilas intergrupos Os dados gerais foram

apresentados em meacutedia e erro padratildeo da meacutedia (EPM) bem como frequecircncia

absoluta (FA) e relativa (FR) Para anaacutelise das correlaccedilotildees entre as variaacuteveis

pesquisadas aplicou-se o teste de Spearman A significacircncia foi estipulada em cinco

20

por cento (p le 005) Para todas as anaacutelises foi utilizado o programa GraphPad Prism

(Versatildeo 601)

3 RESULTADOS

31 Sujeitos

Cinquenta indiviacuteduos concluiacuteram o estudo vinte e cinco voluntaacuterias foram

alocadas no grupo atleta e controle respectivamente As variaacuteveis idade peso

altura e IMC natildeo foram significativamente diferentes entre os grupos A tabela 1

conteacutem as caracteriacutesticas demograacuteficas e antropomeacutetricas dos grupos de estudo

Tabela 1 Caracteriacutesticas demograacuteficas e antropomeacutetricas da amostra

GA grupo atleta GC grupo controle Valores expressos como meacutedia plusmn erro padratildeo da meacutedia O valor de p

corresponde agrave comparaccedilatildeo entre o grupo atleta (n=25) e o grupo controle (n=25)

32 Caracterizaccedilatildeo da Dor

321 Domiacutenios da Dor

Aproximadamente setenta por cento do grupo controle (68) natildeo apresentou

descriccedilatildeo para a sensibilidade dolorosa em nenhum dos domiacutenios avaliados No

grupo atleta foi observado que 24 (96) apresentaram dor de caracteriacutestica

sensorial 19 voluntaacuterias (76) afetiva 24 sujeitos (96) avaliativa e 19 (76)

miscelacircnea

Ao comparar as atletas com o grupo controle observou diferenccedila significativa

com um aumento da dor descrita em todos os domiacutenios avaliados sensorial (1344 plusmn

Caracteriacutesticas

GRUPOS

GA GC P

Idade (anos) 2016 plusmn 068 2091 plusmn 065 0560

Peso (Kg) 5128 plusmn 10 5064 plusmn 109 1481

Altura (m) 164 plusmn 0011 163 plusmn 0009 0372

IMC (Kgm2) 1864 plusmn 03 1938 plusmn 0436 0533

21

146 plt0001) afetivo (264 plusmn 053 plt0001) avaliativo (236 plusmn 028 plt0001) e

miscelacircnea (376 plusmn 064 plt0001) (Tabela 2)

Tabela 2 Domiacutenios da dor entre os grupos da pesquisa

Tabela 2 Escores obtidos atraveacutes do questionaacuterio de dor McGill entre o grupo atleta (n=25) e o grupo controle

(n=25) Os valores foram apresentados como frequecircncia absoluta (FA) e relativa (FR) (porcentagem) SL

Sensorial AV Avaliativa AF Afetiva M Miscelacircnea GA grupo atleta GC grupo controle plt005 GA X GC

plt001 GA X GC plt0001 GA X GC A anaacutelise de variaacuteveis categoacutericas foi realizada por meio do teste

Mann-Whitney

322 Localizaccedilatildeo da Dor

Aproximadamente sessenta e oito por cento do grupo controle apresentou

nenhum local de intensidade dolorosa Em contra partida no grupo atleta seis (24)

das ginastas relataram sentir dor em pelo menos uma articulaccedilatildeo do corpo e

dezenove (76) apresentaram intensidade dolorosa em mais de uma articulaccedilatildeo

Foi observado no grupo atleta que em 13 (52) das atletas a articulaccedilatildeo do quadril

apresentou-se com maior prevalecircncia A segunda articulaccedilatildeo de maior sensibilidade

relatada pelo GA foi o peacute em 11 (44) (Tabela 3)

Tabela 3 Prevalecircncia e localizaccedilatildeo de dor entre os grupos da pesquisa

Domiacutenios Grupo Atleta (GA) Grupo Controle (GC) P

FA (n) FR () FA (n) FR ()

Sensorial (SL) 24 96 8 32 00001

Afetiva (AF) 19 76 4 16 00001

Avaliativa (AV) 24 96 8 32 00001

Miscelacircnea (M) 19 76 6 24 00005

Caracteriacutesticas Grupo Atleta (GA) Grupo Controle (GC)

FA (n) FR () FA (n) FR ()

Sentem dor 25 100 8 32

22

Tabela 3 Prevalecircncia e distribuiccedilatildeo corporal da dor entre o grupo atleta (n=25) e o grupo controle (n=25) Os

valores foram apresentados como frequecircncia absoluta (FA) e relativa (FR) (porcentagem) GA grupo atleta GC

grupo controle

323 Nuacutemero de Palavras Escolhidas e Iacutendice de Dor

No grupo atleta o nuacutemero de palavras escolhidas (NWC) foi significativamente

maior (1076 plusmn 106) ao comparar com o grupo controle (220 plusmn 075 plt0001)

Similarmente aos resultados encontrados para o NWC tambeacutem foi observado um

aumento significativo do iacutendice de dor (PRI) no grupo atleta (2220 plusmn 242) em

relaccedilatildeo ao grupo controle (484 plusmn 165 plt0001) A figura 1 demonstra a

comparaccedilatildeo entre os grupos para o Iacutendice de dor e nuacutemero de palavras escolhidas

Dor em uma articulaccedilatildeo 6 24 7 28

Dor em mais de uma articulaccedilatildeo

19 76 1 4

Dor no Quadril 13 52 0 0

Dor no Peacute 11 44 1 4

Dor no Joelho 7 28 1 4

Dor na Coluna 5 20 4 16

23

Figura 1 Nuacutemero de palavras escolhidas e Iacutendice de dor verificado por meio do questionaacuterio de dor de McGill

entre o grupo atleta (n=25) e o grupo controle (n=25) NWC nuacutemero de palavras escolhidas PRI iacutendice de dor

GA grupo atleta GC grupo controle plt005 GA X GC plt001 GA X GC plt0001 GA X GC A anaacutelise de

variaacuteveis categoacutericas foi realizada por meio do teste Mann-Whitney

33 Equiliacutebrio Estaacutetico (Estabilometria)

331 Aacuterea de deslocamento do COP (ACOP)

Nas comparaccedilotildees intergrupos foi observada uma reduccedilatildeo significativa do

equiliacutebrio no grupo atleta (plt005) Verificou-se que as ginastas apresentaram maior

deslocamento do COP (16513 mmsup2 plusmn 148 p= 0002) em relaccedilatildeo ao grupo controle

(10212 mmsup2 plusmn 114 p= 0002) A figura 2 demonstra a comparaccedilatildeo da aacuterea do

deslocamento do COP entre os grupos

Figura 2 Aacuterea da elipse do centro de pressatildeo do baricentro corporal entre o grupo atleta (n=25) e o grupo

controle (n=25) ACOP aacuterea do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo GA grupo atleta GC grupo controle plt005 GA X GC plt001 GA X GC plt0001 GA X GC A anaacutelise de variaacuteveis categoacutericas foi realizada por meio do teste Mann-Whitney

332 Velocidade meacutedia de oscilaccedilatildeo do COP (VmCOP)

A velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo do baricentro do corpo foi

significativamente maior na direccedilatildeo AP no grupo atleta (1110 mms plusmn 0049 p=003)

quando comparada ao grupo controle (0997 mms plusmn 0091 p=003) Paralelamente

24

a velocidade meacutedia do COP na direccedilatildeo ML tambeacutem foi significativamente maior no

grupo atleta (0845 mms plusmn 0042 plt0001) em relaccedilatildeo ao grupo controle (0508

mms plusmn 0065 plt0001) (Figura 3)

Figura 3 Velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo do baricentro corporal entre o grupo atleta (n=25)

e o grupo controle (n=25) COP centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo AP anteroposterior ML mediolateral GA grupo atleta GC grupo controle plt005 GA X GC plt001 GA X GC plt0001 GA X GC A anaacutelise de variaacuteveis categoacutericas foi realizada por meio do teste Mann-Whitney

34 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios da dor e equiliacutebrio postural

Foi apenas visualizada uma correlaccedilatildeo de fraca a moderada positiva com

significacircncia estatiacutestica entre o domiacutenio de dor avaliativa (236 plusmn 028) e velocidade

meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo na direccedilatildeo mediolateral (AV 0845mms plusmn

0042 r = 0414 p = 0040) Natildeo houve correlaccedilatildeo significativa entre todos os outros

domiacutenios avaliados e a velocidade meacutedia do COP na direccedilatildeo ML (S 0845mms plusmn

0042 r = 023 p gt 0914 AF 0845mms plusmn 0042 r = 085 p = 0687 M 0845mms

plusmn 0042 r = 0049 p = 0816) Bem como entre todos os domiacutenios e a velocidade

meacutedia do COP na direccedilatildeo anteroposterior (S 1110mms plusmn 0049 r = 0009 p =

0967 AF 1110mms plusmn 0049 r = 0216 p = 0299 AV 1110mms plusmn 0049 r =

020 p = 0925 M 1110mms plusmn 0049 r = 0138 p = 0510) e entre todos os

domiacutenios e a aacuterea de deslocamento do COP (S 16513mmsup2 plusmn 148 r = 0044 p =

0836 AF 16513mmsup2 plusmn 148 r = 0165 p = 0431 AV 16513mmsup2 plusmn 148 r = 0220

p gt 0291 M 16513mmsup2 plusmn 148 r = 0180 p = 0390) (Figura 4)

25

Figura 4 Correlaccedilatildeo de Spearman entre dor avaliativa e velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo (VmCOP) do baricentro corporal (A) Forccedila de correlaccedilatildeo de Spearman (r = 0414 p = 0040) entre a dor

avaliativa (AV) (236 plusmn 028) e a velocidade meacutedia do COP na direccedilatildeo mediolateral (0845 mms plusmn 0042) no grupo atleta (B) Forccedila de correlaccedilatildeo de Spearman (r = 0063 p = 0765) entre a dor avaliativa (AV) (060 plusmn

021) e a velocidade meacutedia do COP na direccedilatildeo mediolateral (0508 mms plusmn 0065) no grupo controle Os valores foram apresentados como meacutedia plusmn erro padratildeo da meacutedia

4 Discussatildeo

Os resultados desta pesquisa demonstraram que atletas de elite de ginaacutestica

riacutetmica manifestam maior percepccedilatildeo dolorosa que controles natildeo praticantes de

esporte a niacutevel competitivo Isto pode estar relacionado a trecircs principais fatores que

podem contribuir de forma direta para a maior prevalecircncia de dor nessas atletas

destacando o iniacutecio precoce na praacutetica da modalidade os altos volumes e

intensidade dos treinos e a grande quantidade de repeticcedilotildees dos gestos esportivos

com alta predominacircncia de saltos e posturas estaacuteticas De acordo com os nossos

resultados Sabeti et al21 realizaram estudo com 218 ginastas de diferentes

nacionalidades no campeonato europeu de GR utilizando a escala visual analoacutegica

(EVA) para registro da intensidade dolorosa Os resultados encontrados foi que as

atletas tecircm uma maior intensidade dolorosa (72) que controles natildeo praticantes de

esporte competitivo

Paralelamente a literatura cientifica relata que o tempo de inicio da praacutetica

esportiva o niacutevel competitivo e o volumeintensidade dos treinos destas atletas satildeo

fatores preditivos para um maior desenvolvimento de lesatildeo e dor em atletas de GR

Shigaki et al4 apontam que o risco e intensidade de lesatildeo estatildeo fortemente

26

relacionados com o aumento da idade e do niacutevel competitivo Da mesma forma

Vanderlei et al22 e Oliveira et al23 afirmam que quanto mais elevada a categoria do

atleta maior seraacute o tempo e a intensidade do treinamento consequentemente maior

a exposiccedilatildeo aos esforccedilos musculoesqueleacuteticos durante treinamento eou

competiccedilotildees Deste modo Oliveira et al23 em seu estudo avaliaram 25 atletas de

GR de diferentes categorias etaacuterias e encontraram que a maioria das atletas

apresentaram algum tipo de lesatildeo ocasionada pelos treinos Desta forma autores

relatam que a formaccedilatildeo dessas atletas influencia na incidecircncia e intensidade

dolorosa de lesotildees por overuse21 24 Tais lesotildees geralmente ocorrem quando a

frequecircncia dos exerciacutecios aumenta enquanto a intensidade eacute mantida23 Estando de

acordo com os nossos resultados Kolar et al25 em estudo realizado com 63 atletas

da ginaacutestica artiacutestica e riacutetmica de ambos os sexos concluiacuteram que a maacute teacutecnica

meacutetodos improacuteprios de ensino e carga inadequada durante os treinos foram

associados com o surgimento de dor e lesotildees nessa populaccedilatildeo

Contrariamente aos nossos resultados Muller et al26 realizaram um estudo

investigativo do desenvolvimento de dor lombar em atletas adolescentes em relaccedilatildeo

ao sexo e tipo de esporte praticado Foram avaliados 321 atletas sem dor lombar em

um primeiro momento e apoacutes dois anos os mesmo atletas foram reavaliados para

verificar a incidecircncia de dor lombar Apenas 10 da amostra foram categorizados

com dor lombar Aleacutem disso antropometria e caracteriacutesticas de formaccedilatildeo do esporte

natildeo demonstraram influecircncia significativa na dor lombar levando os autores a

concluiacuterem que o esporte de alto rendimento natildeo induz dor lombar em atletas

adolescentes

No nosso estudo utilizamos para avaliaccedilatildeo da percepccedilatildeo dolorosa em ambos

os grupos o questionaacuterio de dor McGill Este apresentou-se como uma ferramenta

de faacutecil execuccedilatildeo baixo custo e com alta sensibilidade e confiabilidade para uma

caracterizaccedilatildeo multidimensional da dor na populaccedilatildeo estudada Diferenciados

meacutetodos de investigaccedilatildeo da dor podem ser encontrados em um crescente numero

de publicaccedilotildees cientificas sobre o estudo da percepccedilatildeo e intensidade dolorosa

Goubert et al27 utilizaram a algometria de pressatildeo para comparar a avaliaccedilatildeo

sensorial quantitativa da dor de pacientes com dor lombar em diferentes niacuteveis de

cronicidade comparando a controles saudaacuteveis e pacientes com fibromialgia

Diferentemente Sabeti et al21 Arliani et al28 e Hoskins et al29 utilizaram em suas

27

pesquisas a escala visual analoacutegica (EVA) para registrar a intensidade dolorosa de

atletas em diferentes modalidades Ambos satildeo considerados meacutetodos

unidimensionais utilizados com o objetivo de quantificar a magnitude da dor dentro

de um perfil somatosensorial

Por outro lado diversas pesquisas utilizam o questionaacuterio McGill (MPQ) como

instrumento multidimensional para avaliar a dor e conhececirc-la de forma ampla em

diferentes modelos de estudos e em diversas populaccedilotildees Ngamkham et al30

realizaram revisatildeo sistemaacutetica sobre a avaliaccedilatildeo da dor com McGill em pacientes

com cacircncer demonstrando que o MPQ eacute comumente usado nessa populaccedilatildeo para

mensurar a intensidade e qualidade da dor pois fornece informaccedilotildees sobre

possiacuteveis locais da doenccedila magnitude da dor bem como a eficaacutecia do tratamento e

intervenccedilatildeo submetidos Da mesma forma Bermudez et al31 avaliaram pacientes

diagnosticados com DTM moderada e severa para discriminar e comparar a queixa

dolorosa de acordo com a severidade da doenccedila Pode-se concluir com o estudo

que o MPQ foi capaz de diferenciar o padratildeo temporal da dor a localizaccedilatildeo de maior

queixa dolorosa e a intensidade da dor em portadores de DTM

As diferenccedilas metodoloacutegicas utilizadas corroboram o fato de a dor ser uma

experiecircncia complexa e subjetiva que varia em qualidade intensidade sensorial e

em caracteriacutesticas afetivo-motivacionais Pois a mesma envolve vaacuterias dimensotildees e

pode ser influenciada por infinitos estiacutemulos intriacutensecos e extriacutensecos32 33 Assim

cabe a utilizaccedilatildeo de diferentes meacutetodos uni e multidimensionais para uma avaliaccedilatildeo

precisa considerando a natureza da dor e suas caracteriacutesticas

De acordo com os resultados do nosso estudo foi visualizado que as atletas

de elite de GR apresentam diferentes caracteriacutesticas de percepccedilatildeo do estiacutemulo

doloroso em comparaccedilatildeo aos controles destacando dores com perfil sensorial e

avaliativo Acreditamos que os atletas de alto rendimento apresentam-se com

alteraccedilotildees do imputs neurosensorial em virtude da constante presenccedila e

intensidade das dores sentidas pela a sua praacutetica desportiva Isto pode repercutir em

mudanccedilas na interpretaccedilatildeo da dor sentida em seu corpo fiacutesico devido agrave influecircncia

de fatores emocionais sociais e hormonais que satildeo comuns em mulheres atletas

Em vista disso sabe-se que o domiacutenio sensorial e avaliativo representam as

28

impressotildees fiacutesicas desse estiacutemulo doloroso aacutelgico e uma auto-avaliaccedilatildeo da sua dor

respectivamente34

Segundo Pimenta e Texeira18 as diferenccedilas na estratificaccedilatildeo da dor se

justificam pelo fato das interpretaccedilotildees de informaccedilotildees cognitivas serem

condicionadas por experiecircncias preacutevias em diferentes momentos do estiacutemulo da dor

gerando respostas variadas agrave experiecircncia dolorosa por ser um processo

individualizado Aleacutem disso a dor eacute uma experiecircncia complexa descrita em termos

de caracteriacutesticas sensoriais afetivo-motivacionais cognitivas e comportamentais

Desta forma o resultado de uma avaliaccedilatildeo da percepccedilatildeo dolorosa pode depender

de qual dimensatildeo da dor esteja sendo vivenciada no momento da avaliaccedilatildeo por

cada indiviacuteduo14

Hoskins et al29 utilizaram a escala visual analoacutegica (EVA) e o questionaacuterio

McGill para comparar a intensidade e a qualidade de dor lombar entre atletas de

elite amadores e natildeo atletas Foram observadas diferenccedilas significativas entre os

grupos mostrando que os atletas de elite apresentaram intensidade de dor mais

alta assim como escolheram com mais frequecircncia palavras das categorias sensorial

e afetiva De forma semelhante a nossa pesquisa o domiacutenio sensorial apresentou o

maior iacutendice de dor e maior frequecircncia de palavras escolhidas Tal fato possa ser

justificado por esse ser o domiacutenio de maior representatividade no questionaacuterio

agregando termos de qualidades sensitivas dor18 Poreacutem a dimensatildeo afetiva natildeo foi

evidenciada com maior frequecircncia no presente estudo Esta representa um estado

emocional o qual pode ser traduzido por percepccedilotildees de cansaccedilo sentimentos de

medo e puniccedilatildeo assim como reaccedilotildees autonocircmicas34 Reading32 e Pimenta e

Teixeira18 em seus estudos relataram que os pacientes que sentem dores de

caracteriacutestica aguda preferem descritores da categoria sensorial Por outro lado

indiviacuteduos que sentem dor crocircnica usualmente tendem a selecionar mais

descritores da categoria afetiva levando em conta fenocircmenos cognitivo de

antecipaccedilatildeo memoacuteria atenccedilatildeo e experiecircncia anterior

Os resultados desta pesquisa demonstraram que a regiatildeo com maior

prevalecircncia de queixa dolorosa em atletas de elite de GR foi a articulaccedilatildeo do quadril

com aproximadamente cinquenta e dois por cento das queixas Isto pode estar

relacionado ao fato da articulaccedilatildeo do quadril ser responsaacutevel pela absorccedilatildeo de

29

grandes cargas compressivas durante a fase de aterrissagem dos saltos o qual eacute

um movimento especiacutefico do esporte Aleacutem disso no quadril estaacute localizado o centro

de gravidade do corpo assim as cargas que satildeo geradas ou transmitidas por essa

regiatildeo geram influecircncia no desempenho esportivo Desse modo pesquisas

cientiacuteficas relatam sobre a importacircncia da forccedila dos muacutesculos estabilizadores do

quadril no surgimento e desenvolvimento de dores nesta articulaccedilatildeo4 35 Steinberg et

al36 realizaram uma analise sistemaacutetica do desempenho da musculatura do quadril

no desenvolvimento de lesotildees no membro inferior e encontraram que a diminuiccedilatildeo

da funccedilatildeo dos muacutesculos do quadril associada a cargas repetitivas no membro

inferior pode aumentar o risco de lesotildees no joelho e em todo o membro

De forma contraacuteria aos nossos resultados Guiotte et al2 Sabeti et al21 e

Oliveira et al23 avaliaram ginastas de diferentes categorias e relataram que a regiatildeo

anatocircmica de queixa dolorosa mais prevalente na praacutetica da GR eacute a coluna lombar

seguida do tornozelo e joelho De acordo com Anderson et al37 a dor no quadril e

na virilha em atletas ocorrem com menor frequecircncia que lesotildees das extremidades do

membro inferior Ratificando esses autores Tschopp et al38 defendem que as

lesotildees do quadril satildeo menos comuns poreacutem satildeo mais difiacuteceis de serem

diagnoacutesticadas Pois as consideraccedilotildees anatocircmicas e biomecacircnicas para lesotildees

nesta regiatildeo estatildeo entre as mais complexas do sistema muacutesculo-esqueleacutetico

Por outro lado os nossos resultados demonstraram que a segunda

articulaccedilatildeo mais prevalente em relaccedilatildeo agrave queixa dolorosa pela praacutetica de GR em

atletas de elite foi o tornozelo-peacute (44) Tal fato se justifica por alguns fatores como

sobrecarga excessiva nos muacutesculos intriacutensecos do peacute os quais satildeo responsaacuteveis

pela formaccedilatildeo do arco plantar existecircncia de compressotildees excessivas nos

segmentos oacutesseos devido ao processo de absorccedilatildeo de impacto nos saltos aleacutem da

necessidade de manutenccedilatildeo da postura do tornozelo-peacute em flexatildeo plantar por

tempos prolongados

De acordo com Han et al39 o complexo do tornozelo-peacute na maioria das

atividades esportivas eacute a uacutenica parte do corpo que estaacute em contato com solo

Assim a propriocepccedilatildeo do tornozelo contribui de forma extremamente significativa

para o controle do equiliacutebrio pois fornece informaccedilotildees que permitem o ajuste de

posiccedilotildees e movimentos dos membros para realizaccedilatildeo das tarefas motoras

30

complexas exigidas no esporte de elite Saito et al12 em sua pesquisa ao avaliarem

atletas com e sem lesatildeo no tornozelo observaram que as lesotildees no tornozelo aleacutem

de causar alteraccedilotildees musculares e osteocinemaacuteticas promovem de forma direta

repercussotildees negativas no controle neuromuscular da articulaccedilatildeo predispondo-a aacute

episoacutedios recidivantes em virtude do comprometimento do feedback neurosensorial

afetando o controle postural e consequentemente o desempenho nas atividades

motoras

De acordo com os dados obtidos no nosso estudo foi observada nas atletas

uma maior aacuterea de deslocamento do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo (COP) do

corpo demonstrando um menor equiliacutebrio estaacutetico das ginastas ao comparar com

controles natildeo atletas Isto pode estar relacionado a uma maior intensidade e

presenccedila do estiacutemulo doloroso no corpo das atletas e a intensa quantidade de

repeticcedilotildees dos exerciacutecios de forma assimeacutetrica pela preferecircncia do membro

dominante Desse modo diversas pesquisas relatam que a presenccedila da dor pode

aumentar a aacuterea do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo (ACOP) produzindo uma piora

do equiliacutebrio corporal4 12 15 16 Lin et al16 e Shigaki et al4 em seus estudos avaliaram

o equiliacutebrio de atletas comparando trecircs grupos atletas com lesatildeo atletas sem lesatildeo

e natildeo atletas Evidenciaram que atletas com lesatildeo apresentaram maior oscilaccedilatildeo do

centro de pressatildeo comparado a indiviacuteduos natildeo atletas e atletas sem lesatildeo Poreacutem

quando comparados atletas sem lesatildeo com indiviacuteduos natildeo atletas natildeo foi observado

diferenccedila significativa

Ao mesmo tempo em nosso estudo foi encontrado uma velocidade meacutedia do

COP maior no grupo atleta em ambas as direccedilotildees ao comparar com controles natildeo

atletas Sendo a velocidade meacutedia do COP maior no plano sagital (anteroposterior)

em relaccedilatildeo ao plano frontal (meacutediolateral) Isto ocorre porque as atletas apresentam

uma resposta neuromuscular mais raacutepida para recuperaccedilatildeo da estabilidade do corpo

adquirida pelo treinamento esportivo essencialmente no plano sagital em que as

estrateacutegias posturais para recuperaccedilatildeo do equiliacutebrio satildeo mais efetivas

Diversos estudos publicados na literatura abordam a habilidade do controle

postural em atletas2 8-12 Matsuda et al10 relatam que atletas tecircm capacidade de

equiliacutebrio dinacircmico superior quando comparados a indiviacuteduos natildeo atletas Da

mesma forma Merlo et al11 acreditam a praacutetica de esportes produz adaptaccedilotildees que

31

ou desenvolvimento de consciecircncia de estrateacutegias posturais natildeo evidenciadas em

sujeitos natildeo praticantes de atividade esportiva

Os resultados encontrados por meio desse estudo mostraram que a dor em

sua dimensatildeo avaliativa apresentou relaccedilatildeo significativa com a velocidade meacutedia do

centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo do corpo na direccedilatildeo mediolateral Tal fato evidencia

que a percepccedilatildeo do estiacutemulo doloroso interfere de maneira significativa na

habilidade do atleta em reestabelecer a estabilidade postural apoacutes perturbaccedilatildeo do

equiliacutebrio em postura estaacutetica Prejudicando o desempenho atleacutetico na modalidade

uma vez que as atletas dependem da estabilidade postural para execuccedilatildeo da praacutetica

esportiva Alguns autores relatam a influecircncia da dor e fatores psicoemocionais na

performance e desempenho de atletas de alto rendimento Couto e Pedroni40

avaliaram a relaccedilatildeo da queixa e limiar doloroso com incidecircncia de lesatildeo em

bailarinas claacutessicas Os resultados do estudo mostraram que houve relaccedilatildeo

significativa entre as regiotildees de lesatildeo com a dor evidenciando que a dor estaacute

diretamente relacionada com o surgimento de lesatildeo nessa populaccedilatildeo Dore e

Guerra41 em seu estudo investigaram a prevalecircncia e fatores associados agrave

sintomatologia dolorosa em bailarinos profissionais utilizando a versatildeo brasileira do

questionaacuterio McGill e Inventaacuterio para dor de Wisconsin Foram verificadas

correlaccedilotildees positivas com significacircncia entre o grau de intensidade dolorosa e

atividades diaacuterias sono humor e relacionamento pessoal

O presente estudo sinaliza uma relaccedilatildeo da presenccedila do estiacutemulo doloroso

com o equiliacutebrio postural As alteraccedilotildees no equiliacutebrio corporal tecircm sido muito

estudadas em diferentes populaccedilotildees assim como o comportamento da dor e lesotildees

no desempenho de atletas de diferentes niacuteveis competitivos e modalidades

esportivas Corroborando com nossa pesquisa Meardon et al15 defendem que a

presenccedila de lesatildeo e dor em atletas pode afetar negativamente o equiliacutebrio corporal

Em sua pesquisa examinou controle postural dinacircmico em corredores lesionados

com dor e sem lesatildeo usando o Star Excursion Balance Test (SEBT) Quando

comparado corredores lesionados com controles sem lesatildeo os resultados

demonstraram controle dinacircmico deficiente das forccedilas verticais ao executar as

tarefas de pouso e estabilizaccedilatildeo em apoio unipodal

32

Contudo ainda satildeo raros os estudos sobre a caracterizaccedilatildeo da dor e do

equiliacutebrio corporal em atletas de ginaacutestica riacutetmica Por meio desse estudo foi

observado que atletas de elite de GR demonstraram aumento da dor descrita em

todos os domiacutenios avaliados pelo questionaacuterio McGill (plt0001) A dor nas ginastas

tem o perfil sensorial e avaliativo e se manifesta principalmente nas articulaccedilotildees do

quadril e tornozelo-peacute em virtude da especificidade do gesto esportivo Aleacutem disso

as atletas tambeacutem apresentam menor estabilidade do controle postural (plt005)

sendo notada possiacutevel relaccedilatildeo de interferecircncia entre a auto percepccedilatildeo dolorosa e o

equiliacutebrio postural Entretanto devido agrave complexidade do tema faz-se necessaacuterio a

elaboraccedilatildeo de estudos mais aprofundados com uma amostra maior seguindo

rigorosamente os criteacuterios metodoloacutegicos que permita uma interpretaccedilatildeo mais

precisa a respeito da percepccedilatildeo dolorosa e o equiliacutebrio postural no desempenho

atleacutetico na modalidade esportiva

5 Conclusatildeo

A pesquisa mostra que as atletas de elite de GR apresentam dor de

caracteriacutesticas sensorial e avaliativa frequentemente localizada na articulaccedilatildeo do

quadril seguida do tornozelo-peacute A presenccedila da percepccedilatildeo dolorosa mostrou relaccedilatildeo

significativa com o controle postural em atletas de elite de GR Os resultados

tambeacutem evidenciaram que atletas tem menor equiliacutebrio postural estaacutetico quando

comparadas a controles natildeo atletas poreacutem demonstram maior habilidade para

reestabelecer o controle postural

6 Consideraccedilotildees Finais

Um ponto importante a ser relatado neste estudo eacute a utilizaccedilatildeo do

questionaacuterio de dor McGill Embora venha ser um questionaacuterio amplamente utilizado

em pesquisas cientiacuteficas em virtude da sua alta confiabilidade validaccedilatildeo e

adaptaccedilatildeo cultural em diferentes paiacuteses ainda satildeo raros os estudos que utilizam

essa ferramenta para avaliar a dor em atletas Com ecircnfase em estudos que

descrevam a sua aplicabilidade por domiacutenio e caracteriacutesticas multidimensionais da

33

dor Este pesquisa aparenta ter sido pioneira a qualificar a dor e descrevecirc-la em

suas dimensotildees em atletas de elite de ginaacutestica riacutetmica bem como relacionar a

percepccedilatildeo dolorosa com o equiliacutebrio postural nessa populaccedilatildeo Abrindo espaccedilo para

realizaccedilatildeo de outros estudos

Poreacutem foi encontrado como limitaccedilotildees escassez de pesquisas cientiacuteficas

atualizadas sobre abordagem multidimensional da dor em atletas essencialmente

na ginaacutestica riacutetmica Pois a grande maioria dos estudos que tem sido publicado

sobre dor nessa populaccedilatildeo estaacute relacionada agrave presenccedila do estiacutemulo doloroso e sua

intensidade em uma magnitude sensorial Outro ponto a se destacar foi a

dificuldade em coletar um grupo controle com caracteriacutesticas similares ao grupo de

estudo para que fosse formada uma amostra mais homogecircnea possiacutevel

respeitando os criteacuterios metodoloacutegicos

34

REFEREcircNCIA

1 Baston C Mancini M Schoneburg B Horak F Rocchi L Postural strategies assessed with inertial sensors in healthy and parkinsonian subjects Gait Posture 2014 may 40(1)70ndash75

2 Guiotte VA Roque CFL Olieira MR Gil AWO Rabello LM Dos Santos EVM et

al Avaliaccedilatildeo Fiacutesico - Funcional de Atletas da Ginaacutestica Riacutetmica Histoacuterico de Lesotildees e Estabilidade Postural UNOPAR Cient Ciecircnc Biol Sauacutede 2012 14(4) 217-20

3 Bosso LR Golias ARC A postura de atletas de Ginaacutestica Riacutetmica Analise atraveacutes da fotometria Rev Bras Med Esporte 2012 setout 18(5)333-337

4 Shigaki L Rabello LM Camargo MZ Santos VBC Gil AWO Oliveira MR et al Anaacutelise comparativa do equiliacutebrio unipodal de atletas de Ginastica Riacutetmica Rev Bras Med Esporte 2013 marabr 19(2)104-107

5 Whale CE Pass AN Tripp PM Chronic Groin Pain in a collegiate football running back International Journal of Athletic Therapy amp Training 2012 may 17(3)41-44

6 Jacobs JV Why we need to better understand the cortical neurophysiology of impaired postural responses with age disease or injury Frontiers in Integrative Neuroscience 2014 ago 8(69)

7 Hirata RP Ervilha UF Arendt-Nielsen L Graven-Nielsen T Experimental Muscle Pain Challenges the Postural Satability During Quiet Stance Unexpected Posture Perturbation J Pain 2011 ago 12(8)911-9

8 Ribeiro GD Suaacuterez MH Ruiz DR Efecto del entrenamiento sistemaacutetico de gimnasia riacutetmica sobre el control postural de ninas adolescentes Rev Andal Med 2015 jun 8(2)54-60

9 Teixeira CL Equiliacutebrio e controle postural Brazilian Journal of Biomechanics 2010 11(20)31-40

10 Matsuda S Demura S Uchiyama M Centre of pressure sway characteristics during static one-legged stance of athletes from different sports Journal of Sports Sciences 2008 may 26(7)775 ndash 779

11 Merlo JK Stoppa ACL Macedo CSG Silva Juacutenior RA Anaacutelise Comparativa do Equiliacutebrio em Apoio Unipodal em Indiviacuteduos Sedentaacuterios e Atletas UNOPAR Cient Ciecircnc Biol Sauacutede 2010 12(4)29-32

12 Saito KA Navarro M Silva MF Arie EK Peccin MS Oscilaccedilatildeo do centro de pressatildeo plantar de atletas e natildeo atletas com e sem entorse de tornozelo Rev Bras Ortop 2016 51(4)437ndash443

35

13 Lamb M Oliveira PD Tano SS Gil AWO Dos Santos EVN Fernandes KBP

Efeito do treinamento proprioceptivo no equiliacutebrio de atletas de ginaacutestica riacutetmica Rev Bras Med Esporte 2014 setout 20(5)379-382

14 Silva JA Ribeiro-Filho NP A dor como um problema psicofiacutesico Rev Dor 2011 abrjun 12(2)138-51

15 Meardon S Klusendorf A Kernozek T Influence of injury on dynamic postural control in runners The International Journal of Sports Physical Therapy 2016 jun 11(3)336

16 Lin CF Lee IJ Liao JH Wu HW Su FC Comparison of Postural Stability Between Injured and Uninjured Ballet Dancers The American Journal of Sports Medicine 2011 39(6)1324-1331

17 Varoli FK Pedrazzi V Adapted Version of the McGill Pain Questionnaire to Brazilian Portuguese Braz Dent J 2006 17(4) 328-335

18 Pimenta CAM Teixeira MJ Questionaacuterio de dor McGill proposta de adaptaccedilatildeo para a liacutengua portuguesa Rev Esc Enf USP 1996 dez 30(3)473-83

19 Rabello LM Macedo CSG Oliveira MR Fregueto JH Camargo MZ Lopes LD et al Relaccedilatildeo entre testes funcionais e plataforma de forccedila nas medidas de equiliacutebrio em atletas Rev Bras Med Esporte 2014 maijun 20(3)219-222

20 Bressel E Yonker JC Kras J et al Comparison of static and dynamic balance in female collegiate soccer basketball and gymnastics atheletes Journal of Athletic Training 2007 42(1)42ndash46

21 Sabeti M Jeremian L Graf A Kandelhart R Elite level rhythmic gymnasts have significantly more and stronger pain than peers of similar age a prospective study Wien Klin Wochenschr 201512731ndash35

22 Vanderlei FM Vanderlei FCM Netto Juacutenior J Praste CM Caracteriacutesticas das lesotildees desportivas e fatores associados com lesatildeo em iniciantes de ginaacutestica artiacutestica do sexo feminino Fisioter Pesq 201320(2)191-196

23 Oliveira MMM Lourenccedilo MRA Teixeira DC Incidecircncias de lesotildees nas equipes de Ginaacutestica Riacutetmica da UNOPAR UNOPAR Cient Ciecircnc Biol Sauacutede 2003 out 6(1)29-40

24 Frutuoso AS Diefenthaeler F Vaz MA et al Lower Limb asymmetries in rhythmic gymnastics atheletes Int Sports Phys Ther 2016 11(1)34ndash43

25 Kolar E Samardžija MP Smrdu M Atikovic A Athletes perceptions of the causes of injury in gymnastics J Sports Med Phys Fitness 2016 Mar 57(5)703-710

36

26 Mueller S Mueller J Stoll J Prieske O Cassel M Mayer F Incidence of back pain in adolescent athletes a prospective study BMC Sports Science Medicine and Rehabilitation 2016 838

27 Goubert D Danneels L Graven-Nielsen T Descheemaeker F Meeus M Differences in Pain Processing Between Patients with Chronic Low Back Pain Recurrent Low Back Pain and Fibromyalgia Pain Physician 2017 May 20(4)307-318

28 Arliani GG Cohen M Lara PS Astur DC Gonccedilalves JPP Ferretti M Impacto do esporte na sauacutede de ex-jogadores profissionais de futebol no Brasil Acta ortop bras 2014 julago 22(4)188-190

29 Hoskins W Pollard H Daff C Odell A Garbutt P McHardy A et al Low back pain status in elite and semi-elite Australian football codes a cross-sectional survey of football (soccer) Australian rules rugby league rugby union and non-athletic controls BMC Musculoskeletal Disorders 20091038

30 Ngamkham S Vincent C Finnegan L Holden JE Wang ZJ Wilkie DJ The McGill Pain Questionnaire as a Multidimensional Measure in People with Cancer An Integrative Review Pain Manag Nurs 2012 Mar 13(1) 27ndash51

31 Bermudez OAS Souza RA Souza CMF Castro CES Beacuterzn F Avaliaccedilatildeo multidimensional da dor em portadores de desordem temporomandibular utilizando uma versatildeo brasileira do questionaacuterio mcgill de dor Rev bras fisioter 2003 7(2) 151-158

32 Reading AE Everitt BS Sledmore CM The McGill Pain Questionnaire a replication of its construction Br J Clin Psychol 1982 21339ndash349

33 Melzack R The McGill Pain Questionnaire Anesthesiology 2005 103199-202

34 Pessoa CP Barreto MB Santos LB Alves TDB Oliveira MC Martins AG Instrumentos utilizados na avaliaccedilatildeo do impacto da dor na qualidade de vida de pacientes com dor orofacial e disfunccedilatildeo temporomandibular Escola Baiana de Sauacutede Puacuteblica 200731(2)267-293

35 Espinoza ES Ortiz GB Estabilidad abdominolumbopeacutelvica y equilibrio comopredictores de la incidencia de lesionesmusculoesqueleacuteticas en estudiantes de danzaUn estudio piloto Fisioterapia 2014

36 Steinberg N Dar G Dunlop M Gaida JE The relationship of hip muscle performance to legankle and foot injuries a systematic review The Physician and Sportsmedicine 2017

37 Anderson K Strickland SM Warren R Hip and Groin Injuries in Athletes The American Journal of Sports Medicine 2001 29(4) 521-533

38 Tschopp M Brunner F Erkrankungen und Uumlberlastungsschaumlden an der unteren Extremitaumlt bei Langstreckenlaumlufern Z Rheumatol 2017 Feb

37

39 Han J Anson J Waddington G Adans R Liu Y The Role of Ankle

Proprioception for Balance Control in relation to Sports Performance and Injury BioMed Research International 2015 Jun8

40 Couto AGA Pedroni CR Relaccedilatildeo entre postura queixa dolorosa e lesatildeo em bailarinas claacutessicas Ter Man 2013 11(55)228-233

41 Dore BF e Guerra RO Sintomatologia dolorosa e fatores associados em bailarinos profissionais Rev Bras Med Esporte 2007 MarAbr13(2)77-80

38

ANEXO I ndash QUESTIONAacuteRIO DE DOR MCGILL

39

ANEXO II ndash PARECER DE APROVACcedilAtildeO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA

40

41

ANEXO III ndash NORMAS DE SUBMISSAtildeO DA REVISTA

Instruccedilotildees aos Autores

A Revista Brasileira de Medicina do Esporte - RBME (Brazilian Journal of

Sports Medicine) oacutergatildeo oficial da Sociedade Brasileira de Medicina do Exerciacutecio e

do Esporte (SBMEE) eacute publicada bimestralmente em seis ediccedilotildees ao ano (janfev

marabr maiojun julago setout e novdez) A RBME eacute indexada nas seguintes

bases bibliograacuteficas SciELO Web of Science Excerpta Medica-EMBASE Physical

Education Index LILACS SIRC-Sportdiscus e Scopus A publicaccedilatildeo segue

integralmente o padratildeo internacional do International Committee of Medical Journal

Editors (ICMJE) ou Convenccedilatildeo de Vancouver e seus requisitos de uniformizaccedilatildeo

[httpwwwicmjeorg]

Preparaccedilatildeo de manuscritos Os artigos submetidos devem ser digitados em

espaccedilo duplo fonte Arial 12 em paacutegina tamanho A4 sem numerar linhas ou

paraacutegrafos e numerando as paacuteginas no canto superior direito Figuras e tabelas

devem ser apresentadas ao final do artigo em paacuteginas separadas No corpo do

texto deve-se informar os locais para inserccedilatildeo das tabelas ou figuras Nuacutemeros

menores que 10 satildeo escritos por extenso enquanto que nuacutemeros maiores ou igual a

10 satildeo expressos em algarismos araacutebicos Os manuscritos que natildeo estiverem de

acordo com as instruccedilotildees aos autores em relaccedilatildeo a estilo e formato seratildeo

devolvidos sem revisatildeo pelo Conselho Editorial As medidas deveratildeo ser expressas

no Sistema Internacional (Systegraveme International SI) disponiacutevel em

httpphysicsnistgovcuuUnits e unidades padratildeo quando aplicaacutevel Recomenda-

se aos autores natildeo usar abreviaccedilotildees no tiacutetulo e limitar a sua utilizaccedilatildeo no resumo e

ao longo do texto Os nomes geneacutericos devem ser usados para todas as drogas Os

faacutermacos podem ser referidos pelo nome comercial poreacutem deve constar o nome

cidade e paiacutes ou endereccedilo eletrocircnico do fabricante entre parecircnteses na seccedilatildeo

Materiais e Meacutetodos

Abreviaturas O uso de abreviaturas deve ser minimizado As abreviaturas deveratildeo

ser definidas por ocasiatildeo de sua primeira utilizaccedilatildeo no resumo e tambeacutem no texto

Abreviaturas natildeo padratildeo natildeo devem ser utilizadas a menos que essas apareccedilam

pelo menos trecircs vezes no texto Unidades de medida (3 ml ou 3 mL e natildeo 3

mililitros) ou siacutembolos cientiacuteficos padratildeo (elementos quiacutemicos por exemplo Na e

natildeo soacutedio) natildeo satildeo consideradas abreviaturas e portanto natildeo devem ser definidos

Abreviar nomes longos ou substacircncias quiacutemicas e termos utilizados para

combinaccedilotildees terapecircuticas Abreviaturas em figuras e tabelas podem ser utilizadas

por razotildees de espaccedilo poreacutem devem ser definidas na legenda mesmo que tenham

sido definidas no texto do artigo

Formato dos arquivos Usar editor de texto Microsoft Word para Windows ou

42

equivalente Arquivos em formato PDF natildeo devem ser enviados As tabelas e

quadros deveratildeo estar em seus arquivos originais (Excel Acess Powerpoint etc)

As figuras deveratildeo estar nos formatos jpg ou tif em alta resoluccedilatildeo (300 dpi) As

figuras deveratildeo estar incluiacutedas no arquivo Word mas tambeacutem devem ser enviadas

separadamente (anexadas durante a submissatildeo do artigo como documento

suplementar em seus arquivos originais)

Paacutegina de rosto A paacutegina de rosto deve conter (1) a categoria do artigo (2) o tiacutetulo

do artigo em portuguecircs inglecircs e espanhol com ateacute 80 caracteres cada que deve ser

objetivo e informativo (3) os nomes completos dos autores instituiccedilatildeo formaccedilatildeo

acadecircmica de origem (a mais relevante) cidade estado e paiacutes (4) nome do autor

correspondente com endereccedilo completo telefone e e-mail A titulaccedilatildeo dos autores

natildeo deve ser incluiacuteda O nome completo de cada autor (sem abreviaccedilotildees) e sua

afiliaccedilatildeo institucional (nota as unidades hieraacuterquicas devem ser apresentadas em

ordem decrescente por exemplo universidade faculdade ou instituto e

departamento) devem ser informados Os nomes das instituiccedilotildees e programas

deveratildeo ser apresentados preferencialmente por extenso e na liacutengua original da

instituiccedilatildeo ou na versatildeo em inglecircs quando a escrita natildeo eacute latina (pex aacuterabe

mandarim ou grego)

Resumo O resumo em portuguecircs inglecircs e espanhol deve ser incluiacutedo no

manuscrito Em cada um dos idiomas natildeo deve conter mais do que 300 palavras A

versatildeo estruturada eacute obrigatoacuteria nos artigos originais e inclui objetivos meacutetodos

resultados e conclusatildeo Artigos de revisatildeo natildeo requerem resumo estruturado

Palavras-chave O artigo deve incluir no miacutenimo trecircs e no maacuteximo seis descritores

em portuguecircs inglecircs e espanhol baseados nos Descritores de Ciecircncias da Sauacutede

(DeCS) httpdecsbvsbr ou no Medical Subject Headings (MeSH) da National

Library of Medicine disponiacutevel em httpwwwnlmnihgovmeshmeshhomehtml

oubaseados no Medical SubjectHeading (MeSH) do Index Medicus

(httpwwwnlmnihgovmesh)

Introduccedilatildeo A introduccedilatildeo deve conter (1) justificativa objetiva para o estudo com

referecircncias pertinentes ao assunto sem realizar uma revisatildeo extensa (2) objetivo do

artigo

Materiais e Meacutetodos Esta seccedilatildeo deve descrever os experimentos (quantitativa e

qualitativamente) e os procedimentos em detalhes suficientes que permitam que

outros pesquisadores reproduzam os resultados ou deem continuidade ao estudo

e deveraacute conter (1) a descriccedilatildeo clara da amostra utilizada (2) termo de

consentimento para estudos experimentais envolvendo seres humanos (3)

identificaccedilatildeo dos meacutetodos aparelhos (nome do fabricante e endereccedilo cidade e paiacutes

devem ser menciondos entre parecircnteses) e procedimentos utilizados (4) descriccedilatildeo

breve e referecircncias de meacutetodos publicados mas natildeo amplamente conhecidos (5)

43

descriccedilatildeo detalhada de meacutetodos novos ou modificados (6) quando pertinente incluir

a anaacutelise estatiacutestica e os programas utilizados Importante Ao relatar experimentos

com seres humanos ou animais indicar se os procedimentos seguiram as normas

do Comitecirc Eacutetico sobre Experiecircncias Humanas da instituiccedilatildeo na qual a pesquisa foi

realizada e se os procedimentos estatildeo de acordo com a declaraccedilatildeo de Helsinki de

1995 e a Animal Experimentation Ethics respectivamente Os autores devem incluir

uma declaraccedilatildeo indicando que o protocolo foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica da

Instituiccedilatildeo (instituiccedilatildeo de afiliaccedilatildeo de pelo menos um dos autores) com o respectivo

nuacutemero de identificaccedilatildeo Tambeacutem deve incluir que o Termo de Consentimento Livre

e Esclarecido foi assinado por todos os participantes

Resultados Apresentar os resultados em sequecircncia loacutegica no texto usando tabelas

e figuras Evitar repeticcedilatildeo excessiva de dados no texto em tabelas ou figuras

poreacutem enfatizar somente as descobertas mais importantes

Discussatildeo Enfatizar os aspectos originais e importantes do estudo e as conclusotildees

que decorrem deste evitando poreacutem repetir dados jaacute apresentados em outras

partes do manuscrito Em estudos experimentais ressaltar a relevacircncia e limitaccedilotildees

dos resultados confrontando com os dados da literatura e incluindo implicaccedilotildees

para estudos futuros

Conclusotildees A conclusatildeo deve ser clara e concisa baseada nos resultados

obtidos estabelecendo ligaccedilatildeo com implicaccedilotildees cliacutenicas evitando poreacutem excessiva

generalizaccedilatildeo) A mesma ecircnfase deve ser dada a estudos com resultados negativos

ou positivos Recomendaccedilotildees podem ser incluiacutedas quando relevantes

Agradecimentos Quando pertinente incluir agradecimento ou reconhecimento a

pessoas que tenham contribuiacutedo para o desenvolvimento do trabalho poreacutem natildeo se

qualificam como coautores Fontes de financiamento como auxiacutelio a pesquisa e

bolsas de estudo devem ser reconhecidos nesta seccedilatildeo Os autores deveratildeo obter

permissatildeo por escrito para mencionar nomes e instituiccedilotildees de todos os que

receberam agradecimentos nominais

Referecircncias As referecircncias devem ser numeradas na sequecircncia em que aparecem

no texto em formato sobrescrito As referecircncias citadas somente em legendas de

tabelas ou figuras devem ser numeradas de acordo com sequecircncia estabelecida

pela primeira menccedilatildeo da tabela ou da figura no texto O estilo das referecircncias

bibliograacuteficas deve seguir as regras do Uniform Requirements for Manuscripts

Submitted to Biomedical Journals (International Committee of Medical Journal

Editors disponiacutevel em Ann Intern Med 1997126(1)36-47 httpwwwicmjeorg)

Alguns exemplos satildeo mostrados a seguir Os tiacutetulos dos perioacutedicos devem ser

abreviados de acordo com o Index Medicus (List of Journals Indexed disponiacutevel em

httpwwwnlmnihgovtsdserialsljihtml) Se o perioacutedico natildeo constar dessa lista

deve-se utilizar a abreviatura sugerida pelo proacuteprio perioacutedico Deve-se evitar utilizar

44

ldquocomunicaccedilotildees pessoaisrdquo ou ldquoobservaccedilotildees natildeo publicadasrdquo como referecircncias

Resumos de tranalhos apresentados em eventos devem ser utilizados somente se

for a uacutenica fonte de informaccedilatildeo

Tabelas As tabelas devem ser elaboradas em espaccedilo 15 devendo ser planejadas

para ter como largura uma (87cm) ou duas colunas (18 cm) Cada tabela deve

possuir um tiacutetulo sucinto Notas explicativas seratildeo incluiacutedas em notas de rodapeacute A

tabela deve conter meacutedias e medidas de dispersatildeo (Desvio Padratildeo Erro Padratildeo da

Meacutedia etc) natildeo devendo conter casas decimais irrelevantes As abreviaturas

devem estar de acordo com aquelas utilizadas no texto e nas figuras Os coacutedigos de

identificaccedilatildeo de itens da tabela devem estar listados na ordem de surgimento no

sentido horizontal e devem ser identificados pelos siacutembolos padratildeo Os quadros e

tabelas deveratildeo ser enviados atraveacutes dos arquivos originais editaacuteveis (Word Excel)

e natildeo como imagens

Figuras Na versatildeo impressa da RBME seratildeo aceitas figuras em preto-e-branco

Imagens coloridas poderatildeo ser publicadas quando forem essenciais para o conteuacutedo

cientiacutefico do artigo Nestes casos o custo seraacute repassado aos autores Figuras

coloridas poderatildeo ser incluiacutedas na versatildeo eletrocircnica do artigo sem custo adicional

aos autores Os desenhos e figuras devem ser consistentes e tatildeo simples quanto

possiacutevel poreacutem informativos Tons de cinza natildeo devem ser utilizados Todas as

linhas devem ser soacutelidas Para graacuteficos de barra por exemplo utilizar barras

brancas pretas com linhas diagonais nas duas direccedilotildees linhas em xadrez linhas

horizontais e verticais A RBME desaconselha fortemente o uso de fotografias de

equipamentos e animais de experimentaccedilatildeo As figuras devem ser impressas com

bom contraste e ter a largura de uma coluna (87cm) Utilizar no miacutenimo fonte

tamanho 10 para letras nuacutemeros e siacutembolos com espaccedilamento e alinhamento

adequados Quando a figura representar uma radiografia ou fotografia sugerimos

incluir a escala de tamanho quando pertinente

Por favor note que eacute de responsabilidade dos autores obter permissatildeo do detentor

dos direitos autorais para reproduzir figuras (ou tabelas) que tenham sido

previamente publicados em outras fontes De acordo com os princiacutepios do acesso

aberto os autores devem ter permissatildeo do detentor dos direitos caso desejem

incluir imagens que tenham sido publicados em outros perioacutedicos de acesso natildeo

aberto A permissatildeo deve ser indicada na legenda da figura e a fonte original deve

ser incluiacuteda na lista de referecircncias

45

APEcircNDICE I ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE)

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Vocecirc estaacute sendo convidada(o) a participar da pesquisa intitulada

ldquoCARACTERIZACcedilAtildeO DA DOR E SUA RELACcedilAtildeO COM EQUILIacuteBRIO

POSTURAL ESTAacuteTICO EM ATLETAS DE GINAacuteSTICA RIacuteTMICArdquo realizada pela

Universidade Federal de Sergipe por intermeacutedio da discente TAINARA DOS

SANTOS BOMFIM devidamente assistida pelo seu orientador PAULO MAacuteRCIO

PEREIRA OLIVEIRA O objetivo desse estudo eacute caracterizar a Dor

musculoesqueleacutetica em atletas de elite de ginaacutestica riacutetmica e analisar a relaccedilatildeo da

dor no equiliacutebrio postural estaacutetico das atletas comparando com controles natildeo

atletas A justificativa para a realizaccedilatildeo da pesquisa eacute documentar na literatura

escassa estudo sobre a relaccedilatildeo da dor com o equiliacutebrio postural estaacutetico em

atletas de elite de Ginaacutestica Riacutetmica Sua participaccedilatildeo nessa pesquisa consistiraacute

em responder um questionaacuterio e realizar avaliaccedilatildeo de equiliacutebrio que ocorreraacute em

um uacutenico momento Natildeo haacute riscos previsiacuteveis relacionados com sua participaccedilatildeo

nem danos previsiacuteveis decorrentes da pesquisa Os benefiacutecios relacionados com

sua participaccedilatildeo satildeo

1 Identificar alteraccedilotildees posturais de equiliacutebrio em atletas de alto rendimento

2 Evidenciar se o processo de dor em atletas eacute igual maior ou menor quando

comparado com pessoas natildeo atletas

3 Evidenciar se as variaccedilotildees aacuterea e velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo

de pressatildeo se igualam ou natildeo a pessoas natildeo atletas

Vocecirc foi selecionado por preencher os requisitos da pesquisa mas sua

participaccedilatildeo NAtildeO Eacute OBRIGATOacuteRIA sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo em sua

relaccedilatildeo com a instituiccedilatildeo ou com o pesquisador

Eu________________________________________________________________

abaixo assinado declaro que fui informado que as informaccedilotildees obtidas atraveacutes

dessa pesquisa seratildeo confidenciais e o sigilo sobre minha participaccedilatildeo seraacute

assegurado De tal modo que os dados natildeo seratildeo divulgados de forma a possibilitar

minha identificaccedilatildeo Tambeacutem estou ciente de que a qualquer momento posso

desistir de minha participaccedilatildeo e retirar meu consentimento Declaro que entendi os

objetivos riscos e benefiacutecios de minha participaccedilatildeo na pesquisa e concordo em

participar

Vocecirc receberaacute uma coacutepia deste termo onde consta o telefone e o endereccedilo do

pesquisador principal podendo tirar suas duacutevidas sobre o Projeto de Pesquisa de

sua participaccedilatildeo agora ou a qualquer momento

46

DADOS DO PESQUISADOR RESPONSAacuteVEL

Nome Tainara dos Santos Bomfim

Endereccedilo profissionale-mail Rua Padre Aacutelvares Pitangueira sn - Centro

Departamento de Fisioterapia bftainaragmailcom

Telefone (79) 9 9806-7487

ATENCcedilAtildeO A participaccedilatildeo em qualquer tipo de pesquisa eacute voluntaacuteria Em casos de

duacutevida quanto aos seus direitos entre em contato com o Comitecirc de Eacutetica em

Pesquisa da Universidade Federal de Sergipe

Lagarto _____de _____de 201_

_____________________________________________________

ASSINATURA DO VOLUNTAacuteRIO

_____________________________________________________

ASSINATURA DO PESQUISADOR RESPONSAacuteVEL

Page 6: CARACTERIZAÇÃO DA DOR E SUA RELAÇÃO COM O … · tainara dos santos bomfim caracterizaÇÃo da dor e sua relaÇÃo com o equilÍbrio postural em atletas de ginÁstica rÍtmica

ldquoEntatildeo acho que somos quem somos por vaacuterias

razotildees E talvez nunca conheccedilamos a maior parte

delas Mas mesmo que natildeo tenhamos o poder de

escolher quem vamos ser ainda podemos escolher

aonde iremos a partir daquirdquo

(Stephen Chosky ndash As Vantagens de Ser Invisiacutevel)

RESUMO

Caracterizaccedilatildeo da Dor e sua Relaccedilatildeo com o Equiliacutebrio Postural em Atletas de Ginaacutestica Riacutetmica Tainara dos Santos Bomfim Lagarto ndashSE 2017 Introduccedilatildeo A Ginaacutestica Riacutetmica (GR) eacute um esporte de alta performance que exige

de suas atletas movimentos de grandes amplitudes articulares forccedila e uma boa

coordenaccedilatildeo motora postural Aleacutem disso em virtude da especificidade do gesto

esportivo as ginastas satildeo expostas constantemente a posturas e esforccedilos

repetitivos repercutindo em lesotildees musculoesqueleacuteticas e consequentemente em

dor a qual pode afetar negativamente o equiliacutebrio corporal Objetivo caracterizar a

dor musculoesqueleacutetica em atletas de elite de GR Secundariamente comparar o

equiliacutebrio postural estaacutetico das ginastas com controles natildeo atletas bem como

correlacionar o iacutendice de dor com o equiliacutebrio nas atletas de GR Meacutetodos

participaram da pesquisa 50 jovens do sexo feminino 25 ginastas compondo o

grupo atleta (GA) e 25 natildeo atletas compondo o grupo controle (GC) As voluntaacuterias

foram submetidas agrave avaliaccedilatildeo da percepccedilatildeo dolorosa utilizando a versatildeo brasileira

do questionaacuterio de dor McGill (Br-MPQ) e do equiliacutebrio postural atraveacutes da

estabilometria O estudo foi aprovado pelo comitecirc de eacutetica (CAAE

61990516400005546) Resultados o GA manifestou percepccedilatildeo dolorosa

significativamente maior (plt0001) a dor nas atletas apresentou caracteriacutesticas

sensorial e avaliativa as regiotildees de maior queixa dolorosa foram a articulaccedilatildeo do

quadril (52) seguida do tornozelo-peacute (44) Na comparaccedilatildeo intergrupos do

equiliacutebrio postural estaacutetico foi observado maior deslocamento do COP no GA

(16513 mmsup2 plusmn 148) em relaccedilatildeo ao GC (10212 mmsup2 plusmn 114) Nas correlaccedilotildees do

equiliacutebrio com os domiacutenios da dor foi observada apenas uma correlaccedilatildeo significativa

entre a dor avaliativa e a VmCOP na direccedilatildeo mediolateral (r = 0414 p = 0040)

Conclusatildeo As atletas demonstram maior percepccedilatildeo dolorosa e menor equiliacutebrio

postural estaacutetico quando comparadas a controles natildeo atletas Entretanto possuem

maior habilidade para reestabelecer o controle postural Aleacutem disso a presenccedila da

percepccedilatildeo dolorosa mostrou uma fraca relaccedilatildeo poreacutem significativa com o controle

postural em atletas de elite de GR

Descritores Ginaacutestica Equiliacutebrio Postural Dor Musculoesqueleacutetica

ABSTRACT

Characterization of Pain and your Relationship with Postural Balance in

Rhythmic Gymnastics Athletes Tainara dos Santos Bomfim Lagarto ndash SE

2017

Introduction Rhythmic Gymnastics (RG) is a high performance sport that requires your movements of large amplitudes athletes strength and a good hand-eye coordination postural In addition due to the specificity of Sporting gesture the gymnasts are constantly exposed to repetitive strain and postures reverberating in musculoskeletal injuries and consequently in painwhich can negatively affect the body balance Objective to characterize the musculoskeletal pain in elite athletes of RG Secondarily compare the static postural balance og gymnasts with nonathletic controls as well as correlate the pain index with te balance in the atletes of RG Methods Participated in the survey 50 female youth 25 gymnasts composing the Athlete Group (AG) and 25 non-athletes composing the Control Group (CG) The volunteers were subjected to the evaluation of the painful perception using the Brazilian version of the McGill Pain Questionnaire (BR-MPQ) and the posture equilibrium through the Estabilometria The study was approved by the Ethics Committee (CAAE 61990516400005546) Results The AG manifested significantly greater painful perception (p lt 0001) The pain in athletes presented sensory and evaluative characteristics The most painfully complaining regions were the hip joint (52) followed by ankle-foot (44) In the intergroup comparison of the static posture equilibrium was observed greater displacement of the COP in the AG (16513 mm sup2 plusmn 148) relative to the CG (10212 mm sup2 plusmn 114) In the correlations of equilibrium with the domains of pain it was observed only a significant correlation between the evaluative pain and the VmCOP in the direction mediolateral (r = 0414 p = 0040) Conclusion Athletes demonstrate greater painful perception and lower posture static equilibrium when compared to non-athletes controls However they possess greater ability to reestablish posture control Moreover the presence of painful perception showed a weak but significant relationship with the posture control in elite athletes of Gr

keywords Gymnastics Postural Balance Musculoskeletal Pain

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 Caracteriacutesticas demograacuteficas e antropomeacutetricas da amostra 20

Tabela 2 Domiacutenios da dor entre os grupos da pesquisa

Tabela 3 Incidecircncia de dor entre os grupos da pesquisa

21 21

LISTA DE ILUSTRACcedilOtildeES

Figura 1 Nuacutemero palavras escolhidas e Iacutendice de dor verificado por meio do questionaacuterio de dor de McGill nos grupos atleta e controle

22

Figura 2 Aacuterea da elipse do centro de pressatildeo do baricentro corporal entre o grupo atleta e o grupo controle

23

Figura 3 Velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo do baricentro corporal entre o grupo atleta e o grupo controle

24

Figura 4 Correlaccedilatildeo de Spearman entre iacutendice de dor avaliativa e velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo (VmCOP) do baricentro corporal

25

LISTA DE ABREVIACcedilOtildeES E SIGLAS

GR ndash Ginaacutestica Riacutetmica

GA ndash Grupo Atleta

GC ndash Grupo Controle

Br-MPQ ndash Versatildeo brasileira do questionaacuterio de dor McGill

NWC ndash Nuacutemero de palavras escolhidas

PRI ndash Iacutendice de dor

SL ndash Dor sensitiva

AF ndash Dor afetiva

AV ndash Dor avaliativa

M ndash Dor miscelacircnea

ACOP ndash Aacuterea do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo

VmCOP ndash Velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo

AP ndash Anteroposterior

ML ndash Mediolateral

IMC ndash Iacutendice de massa corporal

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 16

2 MEacuteTODOS

21 Delineamento do estudo

17

17

22 Sujeitos 17

23 Procedimentos de avaliaccedilatildeo 18

231 Avaliaccedilatildeo da dor 18

232 Avaliaccedilatildeo Estabilomeacutetrica

24 Aspectos Eacuteticos

18

19

25 Anaacutelise Estatiacutestica 19

3 RESULTADOS 20

31 Sujeitos 20

32 Caracterizaccedilatildeo da Dor

321 Domiacutenios da Dor

322 Localizaccedilatildeo da Dor

323 Nuacutemero de Palavras Escolhidas e Iacutendice de Dor

20

20

21

22

33 Equiliacutebrio Estaacutetico

331 Aacuterea de deslocamento do COP

332 Velocidade meacutedia de oscilaccedilatildeo do COP

34 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios da Dor e Equiliacutebrio corporal

22

23

23

24

4 DISCUSSAtildeO 25

5 CONCLUSAtildeO 32

6 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 32

REFEREcircNCIAS 34

ANEXO I ndash QUENTIONAacuteRIO DE DOR MGILL 38

ANEXO II ndash PARECER DE APROVACcedilAtildeO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA 39

ANEXO III ndash NORMAS DE SUBMISSAtildeO DA REVISTA 41

APEcircNDICE I ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO 45

CARACTERIZACcedilAtildeO DA DOR E SUA RELACcedilAtildeO COM EQUILIacuteBRIO

POSTURAL EM ATLETAS DE GINAacuteSTICA RIacuteTMICA

CHARACTERIZATION OF PAIN AND YUOR RELATIONSHIP WITH POSTURAL

BALANCE IN RHYTHMIC GYMNASTICS ATHLETES

Tainara dos Santos Bomfimsup1 Paulo Maacutercio Pereira Oliveira2

sup1 Universidade Federal de Sergipe Campus Universitaacuterio Prof Antocircnio Garcia Filho Graduanda em

Fisioterapia ndash Lagarto SE Brasil

sup2 Universidade Federal de Sergipe Campus Universitaacuterio Prof Antocircnio Garcia Filho Professor

Adjunto do Departamento de Fisioterapia ndash Lagarto SE Brasil

Correspondecircncia

Tainara dos Santos Bomfim

Departamento de Fisioterapia de Lagarto da Universidade Federal de Sergipe (UFS)

Av Gov Marcelo Deda sn ndash Satildeo Joseacute CEP 49400-000 ndash LagartoSE

Telefone (79) 9 9806-7487

E-mail tainarabomfimyahoocombr

RESUMO

Introduccedilatildeo A Ginaacutestica Riacutetmica (GR) eacute um esporte de alta performance que exige de suas atletas

movimentos de grandes amplitudes articulares forccedila e uma boa coordenaccedilatildeo motora postural Aleacutem

disso em virtude da especificidade do gesto esportivo as ginastas satildeo expostas constantemente a

posturas e esforccedilos repetitivos repercutindo em lesotildees musculoesqueleacuteticas e consequentemente

em dor a qual pode afetar negativamente o equiliacutebrio corporal Objetivo caracterizar a dor

musculoesqueleacutetica em atletas de elite de GR Secundariamente comparar o equiliacutebrio postural

estaacutetico das ginastas com controles natildeo atletas bem como correlacionar o iacutendice de dor com o

equiliacutebrio nas atletas de GR Meacutetodos participaram da pesquisa 50 jovens do sexo feminino 25

ginastas compondo o grupo atleta (GA) e 25 natildeo atletas compondo o grupo controle (GC) As

voluntaacuterias foram submetidas agrave avaliaccedilatildeo da percepccedilatildeo dolorosa utilizando a versatildeo brasileira do

questionaacuterio de dor McGill (Br-MPQ) e do equiliacutebrio postural atraveacutes da estabilometria O estudo foi

aprovado pelo comitecirc de eacutetica (CAAE 61990516400005546) Resultados o GA manifestou

percepccedilatildeo dolorosa significativamente maior (plt0001) a dor nas atletas apresentou caracteriacutesticas

sensorial e avaliativa as regiotildees de maior queixa dolorosa foram a articulaccedilatildeo do quadril (52)

seguida do tornozelo-peacute (44) Na comparaccedilatildeo intergrupos do equiliacutebrio postural estaacutetico foi

observado maior deslocamento do COP no GA (16513 mmsup2 plusmn 148) em relaccedilatildeo ao GC (10212 mmsup2

plusmn 114) Nas correlaccedilotildees do equiliacutebrio com os domiacutenios da dor foi observada apenas uma correlaccedilatildeo

significativa entre a dor avaliativa e a VmCOP na direccedilatildeo mediolateral (r = 0414 p = 0040)

Conclusatildeo As atletas demonstram maior percepccedilatildeo dolorosa e menor equiliacutebrio postural estaacutetico

quando comparadas a controles natildeo atletas Entretanto possuem maior habilidade para

reestabelecer o controle postural Aleacutem disso a presenccedila da percepccedilatildeo dolorosa mostrou uma fraca

relaccedilatildeo poreacutem significativa com o controle postural em atletas de elite de GR

Descritores Ginaacutestica Equiliacutebrio Postural Dor Musculoesqueleacutetica

ABSTRACT

Introduction Rhythmic Gymnastics (RG) is a high performance sport that requires your movements of large amplitudes athletes strength and a good hand-eye coordination postural In addition due to the specificity of Sporting gesture the gymnasts are constantly exposed to repetitive strain and postures reverberating in musculoskeletal injuries and consequently in painwhich can negatively affect the body balance Objective to characterize the musculoskeletal pain in elite athletes of RG secondarily compare the static postural equilibrium of the gymnasts with non-athletes controls as well

as correlate the pain index with the equilibrium in the athletes of RG Methods Participated in the

survey 50 female youth 25 gymnasts composing the Athlete Group (AG) and 25 non-athletes composing the Control Group (CG) The volunteers were subjected to the evaluation of the painful perception using the Brazilian version of the McGill Pain Questionnaire (BR-MPQ) and the posture equilibrium through the Estabilometria The study was approved by the Ethics Committee (CAAE 61990516400005546) Results The AG manifested significantly greater painful perception (p lt 0001) The pain in athletes presented sensory and evaluative characteristics The most painfully complaining regions were the hip joint (52) followed by ankle-foot (44) In the intergroup comparison of the static posture equilibrium was observed greater displacement of the COP in the AG (16513 mm sup2 plusmn 148) relative to the CG (10212 mm sup2 plusmn 114) In the correlations of equilibrium with the domains of pain it was observed only a significant correlation between the evaluative pain and the VmCOP in the direction mediolateral (r = 0414 p = 0040) Conclusion Athletes demonstrate greater painful perception and lower posture static equilibrium when compared to non-athletes controls However they possess greater ability to reestablish posture control Moreover the presence of painful perception showed a weak but significant relationship with the posture control in elite athletes of Gr

keywords Gymnastics Postural Balance Musculoskeletal Pain

16

1 INTRODUCcedilAtildeO

A Ginaacutestica Riacutetmica (GR) eacute uma modalidade esportiva que exige de seus

atletas forccedila flexibilidade e coordenaccedilatildeo motora para a realizaccedilatildeo de movimentos

corporais de danccedila combinados com a manipulaccedilatildeo de pequenos equipamentos1 2

Desse modo para a correta execuccedilatildeo de seus movimentos durante treinos e

competiccedilotildees torna-se imprescindiacutevel a manutenccedilatildeo do equiliacutebrio e controle postural

protegendo o sistema neuromuscular de lesotildees1 34

Geralmente os atletas de alto rendimento como as ginastas satildeo submetidos

a altos volumes e intensidades de treinamento comprometendo a biomecacircnica

devido agrave alteraccedilotildees compensatoacuterias na execuccedilatildeo do gesto esportivo as quais

repercutem no aparecimento de lesatildeo e dor5-7 Diante disso acredita-se que a

presenccedila de dor possa afetar negativamente o equiliacutebrio postural de atletas

Vaacuterios autores abordam a importacircncia da manutenccedilatildeo do equiliacutebrio na praacutetica

esportiva289 Entretanto a estabilidade corporal em atletas pode variar de acordo

com as exigecircncias especiacuteficas da modalidade praticada10 Comumente atletas de

alto niacutevel que dependem da estabilidade postural para execuccedilatildeo da praacutetica

esportiva como na ginaacutestica riacutetmica aprendem a elevar o limiar sensoriomotor por

estimulaccedilatildeo dos seus proprioceptores tendo uma ativaccedilatildeo muscular mais raacutepida em

resposta agraves perturbaccedilotildees do equiliacutebrio11 12

Todavia alguns fatores podem interferir no controle postural destacando-se a

dor musculoesqueleacutetica4913 Sabe-se que a presenccedila da percepccedilatildeo dolorosa em

qualquer parte do segmento corporal eacute o primeiro indicador da existecircncia de lesatildeo

tecidual14 Desta forma pesquisas comprovam que em populaccedilotildees ativas com

lesotildees musculoesqueleacuteticas foram observados deacuteficits de controle postural121516

Em vista disso a dor musculoesqueleacutetica eacute uma das principais causas que podem

afetar o equiliacutebrio corporal em ginastas de alto rendimento levando agrave diminuiccedilatildeo da

funcionalidade da qualidade de vida e consequentemente agrave perda da performance

desportiva913 Esta eacute considerada uma experiecircncia multidimensional e subjetiva17 18

portanto torna-se uma variaacutevel difiacutecil de ser avaliada principalmente em atletas

17

Atualmente existe diversos estudos cientiacuteficos sobre o comportamento do

estiacutemulo doloroso e do equiliacutebrio corporal na performance esportiva e na prevenccedilatildeo

de lesotildees em atletas de elite5-81920 Poreacutem satildeo raras as investigaccedilotildees sobre a

caracterizaccedilatildeo da dor e do equiliacutebrio corporal em atletas de ginaacutestica riacutetmica Bem

como descriccedilatildeo da relaccedilatildeo da dor na estabilidade postural em atletas de alto

rendimento em qualquer que seja o esporte praticado e articulaccedilatildeo testada

O presente estudo tem como objetivo primaacuterio caracterizar a dor

musculoesqueleacutetica em atletas de elite de Ginaacutestica Riacutetmica Secundariamente

comparar o equiliacutebrio postural estaacutetico das ginastas com controles natildeo atletas bem

como correlacionar o iacutendice de dor com o equiliacutebrio nas atletas de GR

2 MEacuteTODOS

21 Delineamento do Estudo

Trata-se de um estudo analiacutetico do tipo observacional com um corte

transversal controlado e mascaramento aberto

22 Sujeitos

A amostra foi composta de 50 sujeitos unicamente do sexo feminino

coletados por conveniecircncia Os sujeitos foram divididos em dois grupos Grupo

Atleta (GA) (25 sujeitos) recrutados na Confederaccedilatildeo Brasileira de Ginaacutestica

AracajuSergipeBrasil e Grupo Controle (GC) (25 sujeitos) selecionados no Coleacutegio

Polivalente LagartoSergipeBrasil e pareados por peso Iacutendice de Massa Corporal

(IMC) e idade

Os criteacuterios de inclusatildeo dos sujeitos submetidos agrave pesquisa e alocados no

GA foram (1) ter sido aprovada na seletiva para o ingresso na seleccedilatildeo brasileira de

ginaacutestica riacutetmica (SBGR) (2) tempo de praacutetica no esporte superior a cinco anos com

4 horas diaacuterias ou mais de treino Para os sujeitos incluiacutedos no GC foram

obedecidos os seguintes criteacuterios (1) IMC le 25 (2) idade entre 14 e 24 anos (3)

ausecircncia de poacutes-ciruacutergicos anteriores Os sujeitos em ambos os grupos foram

excluiacutedos caso apresentassem (1) sequela de doenccedilas do sistema nervoso central

(2) diabetes mellitus ou pressatildeo arterial natildeo controlada (3) inaptidatildeo para seguir

18

ordens ou compreender as ferramentas de mensuraccedilatildeo do estudo (4) histoacuteria de

comprometimento visual auditivo eou do sistema vestibular (5) natildeo falar e

compreender o idioma portuguecircs (6) uso de faacutermacos inibidores ou estimulantes do

sistema nervoso central

23 Procedimentos de avaliaccedilatildeo

Inicialmente foram avaliados dados antropomeacutetricos como peso medido

atraveacutes de balanccedila analoacutegica (Camryreg) calibrada pelo Inmetro (Instituto Nacional de

Metrologia Normalizaccedilatildeo e Qualidade Industrial) e altura mensurada por meio de

fita meacutetrica natildeo-flexiacutevel (Tramontinareg) Em seguida os sujeitos receberam

informaccedilotildees sobre os objetivos da pesquisa instrumentos utilizados comandos

verbais a serem atendidos e demais procedimentos A partir da seleccedilatildeo das

voluntaacuterias iniciou-se a coleta dos dados realizada em duas etapas

231 Avaliaccedilatildeo da Dor

Para registro da percepccedilatildeo da dor foi aplicada a versatildeo brasileira do

questionaacuterio de Dor McGill (Br-MPQ) Trata-se de um instrumento para avaliaccedilatildeo de

dor em uma perspectiva multidimensional o qual possibilita o fornecimento de um

conhecimento amplo sobre a caracterizaccedilatildeo e percepccedilatildeo do estiacutemulo doloroso em

quatro dimensotildees (sensorial afetiva avaliativa e miscelacircnea)1718 As voluntaacuterias

foram instruiacutedas primeiramente a identificar em um diagrama corporal no

questionaacuterio a localizaccedilatildeo da sua dor quando presente Posteriormente foram

orientadas a selecionar em cada subgrupo do questionaacuterio uma palavra que melhor

expressasse a experiecircncia com a dor relatada previamente Deixando claro que natildeo

era obrigatoacuteria a escolha de palavras em todas as dimensotildees O resultado final do

Br-MPQ usado para anaacutelise foi expresso pelo nuacutemero de palavras escolhidas (NWC)

e pelo iacutendice de dor (PRI) caracterizado pela somatoacuteria dos valores de intensidade

dos descritores escolhidos

232 Avaliaccedilatildeo Estabilomeacutetrica

A estabilometria foi realizada com os sujeitos posicionados sobre uma

plataforma de forccedila sendo orientado a manter o olhar adiante num ponto fixado na

parede e de modo consciente transferir o peso corporal da maneira mais

19

homogecircnea possiacutevel entre os membros inferiores Foram realizados trecircs registros

com os olhos abertos As variaacuteveis analisadas foram a aacuterea da elipse do centro de

oscilaccedilatildeo de pressatildeo (ACOP) e a velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo pressatildeo

(VmCOP) do baricentro corporal nas direccedilotildees anteroposterior (AP) e mediolateral

(ML)

A distribuiccedilatildeo consciente do peso foi registrada atraveacutes de um

baropodocircmetro da marca Arquipeacutelagoreg (Footwork Satildeo Paulo Satildeo Paulo Brasil)

que consiste em um sistema de plataforma interligada a um computador para

mensurar as pressotildees exercidas pelos peacutes atraveacutes do sistema de aquisiccedilatildeo

computadorizada das pressotildees (ACP) A plataforma utilizada possui dimensotildees 700

X 600 mm com uma superfiacutecie ativa de 475 X 430 mm com 2544 sensores Esta foi

conectada a um computador com processador 62G HV 04 GB de memoacuteria RAM

disco riacutegido 500 GB e software footwork o qual analisou os dados captados Para

esses registros ortostaacuteticos foi utilizada a frequecircncia de aquisiccedilatildeo dos dados de 05

Hz coletando com isso 100 leituras em cada avaliaccedilatildeo O tempo de registro foi de

15 segundos com um intervalo de 30 segundos entre as avaliaccedilotildees

24 Aspectos Eacuteticos

O estudo foi submetido e aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica e Pesquisa com

Seres Humanos da Universidade Federal de Sergipe (CAAE

61990516400005546) Todos os voluntaacuterios assinaram o Termo de Consentimento

Livre e Esclarecido (TCLE) Todos os sujeitos que participaram da pesquisa foram

avisados que poderiam desistir da participaccedilatildeo a qualquer momento sem nenhum

preuizo aos mesmos

25 Anaacutelise Estatiacutestica

As variaacuteveis numeacutericas foram testadas quanto agrave distribuiccedilatildeo de normalidade

por meio do teste de Shapiro-Wilk Para anaacutelise das amostras parameacutetricas foi

utilizado o teste T- Student e para as amostras natildeo parameacutetricas foi utilizado o teste

de Mann-Whitney para identificar diferenccedilas intergrupos Os dados gerais foram

apresentados em meacutedia e erro padratildeo da meacutedia (EPM) bem como frequecircncia

absoluta (FA) e relativa (FR) Para anaacutelise das correlaccedilotildees entre as variaacuteveis

pesquisadas aplicou-se o teste de Spearman A significacircncia foi estipulada em cinco

20

por cento (p le 005) Para todas as anaacutelises foi utilizado o programa GraphPad Prism

(Versatildeo 601)

3 RESULTADOS

31 Sujeitos

Cinquenta indiviacuteduos concluiacuteram o estudo vinte e cinco voluntaacuterias foram

alocadas no grupo atleta e controle respectivamente As variaacuteveis idade peso

altura e IMC natildeo foram significativamente diferentes entre os grupos A tabela 1

conteacutem as caracteriacutesticas demograacuteficas e antropomeacutetricas dos grupos de estudo

Tabela 1 Caracteriacutesticas demograacuteficas e antropomeacutetricas da amostra

GA grupo atleta GC grupo controle Valores expressos como meacutedia plusmn erro padratildeo da meacutedia O valor de p

corresponde agrave comparaccedilatildeo entre o grupo atleta (n=25) e o grupo controle (n=25)

32 Caracterizaccedilatildeo da Dor

321 Domiacutenios da Dor

Aproximadamente setenta por cento do grupo controle (68) natildeo apresentou

descriccedilatildeo para a sensibilidade dolorosa em nenhum dos domiacutenios avaliados No

grupo atleta foi observado que 24 (96) apresentaram dor de caracteriacutestica

sensorial 19 voluntaacuterias (76) afetiva 24 sujeitos (96) avaliativa e 19 (76)

miscelacircnea

Ao comparar as atletas com o grupo controle observou diferenccedila significativa

com um aumento da dor descrita em todos os domiacutenios avaliados sensorial (1344 plusmn

Caracteriacutesticas

GRUPOS

GA GC P

Idade (anos) 2016 plusmn 068 2091 plusmn 065 0560

Peso (Kg) 5128 plusmn 10 5064 plusmn 109 1481

Altura (m) 164 plusmn 0011 163 plusmn 0009 0372

IMC (Kgm2) 1864 plusmn 03 1938 plusmn 0436 0533

21

146 plt0001) afetivo (264 plusmn 053 plt0001) avaliativo (236 plusmn 028 plt0001) e

miscelacircnea (376 plusmn 064 plt0001) (Tabela 2)

Tabela 2 Domiacutenios da dor entre os grupos da pesquisa

Tabela 2 Escores obtidos atraveacutes do questionaacuterio de dor McGill entre o grupo atleta (n=25) e o grupo controle

(n=25) Os valores foram apresentados como frequecircncia absoluta (FA) e relativa (FR) (porcentagem) SL

Sensorial AV Avaliativa AF Afetiva M Miscelacircnea GA grupo atleta GC grupo controle plt005 GA X GC

plt001 GA X GC plt0001 GA X GC A anaacutelise de variaacuteveis categoacutericas foi realizada por meio do teste

Mann-Whitney

322 Localizaccedilatildeo da Dor

Aproximadamente sessenta e oito por cento do grupo controle apresentou

nenhum local de intensidade dolorosa Em contra partida no grupo atleta seis (24)

das ginastas relataram sentir dor em pelo menos uma articulaccedilatildeo do corpo e

dezenove (76) apresentaram intensidade dolorosa em mais de uma articulaccedilatildeo

Foi observado no grupo atleta que em 13 (52) das atletas a articulaccedilatildeo do quadril

apresentou-se com maior prevalecircncia A segunda articulaccedilatildeo de maior sensibilidade

relatada pelo GA foi o peacute em 11 (44) (Tabela 3)

Tabela 3 Prevalecircncia e localizaccedilatildeo de dor entre os grupos da pesquisa

Domiacutenios Grupo Atleta (GA) Grupo Controle (GC) P

FA (n) FR () FA (n) FR ()

Sensorial (SL) 24 96 8 32 00001

Afetiva (AF) 19 76 4 16 00001

Avaliativa (AV) 24 96 8 32 00001

Miscelacircnea (M) 19 76 6 24 00005

Caracteriacutesticas Grupo Atleta (GA) Grupo Controle (GC)

FA (n) FR () FA (n) FR ()

Sentem dor 25 100 8 32

22

Tabela 3 Prevalecircncia e distribuiccedilatildeo corporal da dor entre o grupo atleta (n=25) e o grupo controle (n=25) Os

valores foram apresentados como frequecircncia absoluta (FA) e relativa (FR) (porcentagem) GA grupo atleta GC

grupo controle

323 Nuacutemero de Palavras Escolhidas e Iacutendice de Dor

No grupo atleta o nuacutemero de palavras escolhidas (NWC) foi significativamente

maior (1076 plusmn 106) ao comparar com o grupo controle (220 plusmn 075 plt0001)

Similarmente aos resultados encontrados para o NWC tambeacutem foi observado um

aumento significativo do iacutendice de dor (PRI) no grupo atleta (2220 plusmn 242) em

relaccedilatildeo ao grupo controle (484 plusmn 165 plt0001) A figura 1 demonstra a

comparaccedilatildeo entre os grupos para o Iacutendice de dor e nuacutemero de palavras escolhidas

Dor em uma articulaccedilatildeo 6 24 7 28

Dor em mais de uma articulaccedilatildeo

19 76 1 4

Dor no Quadril 13 52 0 0

Dor no Peacute 11 44 1 4

Dor no Joelho 7 28 1 4

Dor na Coluna 5 20 4 16

23

Figura 1 Nuacutemero de palavras escolhidas e Iacutendice de dor verificado por meio do questionaacuterio de dor de McGill

entre o grupo atleta (n=25) e o grupo controle (n=25) NWC nuacutemero de palavras escolhidas PRI iacutendice de dor

GA grupo atleta GC grupo controle plt005 GA X GC plt001 GA X GC plt0001 GA X GC A anaacutelise de

variaacuteveis categoacutericas foi realizada por meio do teste Mann-Whitney

33 Equiliacutebrio Estaacutetico (Estabilometria)

331 Aacuterea de deslocamento do COP (ACOP)

Nas comparaccedilotildees intergrupos foi observada uma reduccedilatildeo significativa do

equiliacutebrio no grupo atleta (plt005) Verificou-se que as ginastas apresentaram maior

deslocamento do COP (16513 mmsup2 plusmn 148 p= 0002) em relaccedilatildeo ao grupo controle

(10212 mmsup2 plusmn 114 p= 0002) A figura 2 demonstra a comparaccedilatildeo da aacuterea do

deslocamento do COP entre os grupos

Figura 2 Aacuterea da elipse do centro de pressatildeo do baricentro corporal entre o grupo atleta (n=25) e o grupo

controle (n=25) ACOP aacuterea do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo GA grupo atleta GC grupo controle plt005 GA X GC plt001 GA X GC plt0001 GA X GC A anaacutelise de variaacuteveis categoacutericas foi realizada por meio do teste Mann-Whitney

332 Velocidade meacutedia de oscilaccedilatildeo do COP (VmCOP)

A velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo do baricentro do corpo foi

significativamente maior na direccedilatildeo AP no grupo atleta (1110 mms plusmn 0049 p=003)

quando comparada ao grupo controle (0997 mms plusmn 0091 p=003) Paralelamente

24

a velocidade meacutedia do COP na direccedilatildeo ML tambeacutem foi significativamente maior no

grupo atleta (0845 mms plusmn 0042 plt0001) em relaccedilatildeo ao grupo controle (0508

mms plusmn 0065 plt0001) (Figura 3)

Figura 3 Velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo do baricentro corporal entre o grupo atleta (n=25)

e o grupo controle (n=25) COP centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo AP anteroposterior ML mediolateral GA grupo atleta GC grupo controle plt005 GA X GC plt001 GA X GC plt0001 GA X GC A anaacutelise de variaacuteveis categoacutericas foi realizada por meio do teste Mann-Whitney

34 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios da dor e equiliacutebrio postural

Foi apenas visualizada uma correlaccedilatildeo de fraca a moderada positiva com

significacircncia estatiacutestica entre o domiacutenio de dor avaliativa (236 plusmn 028) e velocidade

meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo na direccedilatildeo mediolateral (AV 0845mms plusmn

0042 r = 0414 p = 0040) Natildeo houve correlaccedilatildeo significativa entre todos os outros

domiacutenios avaliados e a velocidade meacutedia do COP na direccedilatildeo ML (S 0845mms plusmn

0042 r = 023 p gt 0914 AF 0845mms plusmn 0042 r = 085 p = 0687 M 0845mms

plusmn 0042 r = 0049 p = 0816) Bem como entre todos os domiacutenios e a velocidade

meacutedia do COP na direccedilatildeo anteroposterior (S 1110mms plusmn 0049 r = 0009 p =

0967 AF 1110mms plusmn 0049 r = 0216 p = 0299 AV 1110mms plusmn 0049 r =

020 p = 0925 M 1110mms plusmn 0049 r = 0138 p = 0510) e entre todos os

domiacutenios e a aacuterea de deslocamento do COP (S 16513mmsup2 plusmn 148 r = 0044 p =

0836 AF 16513mmsup2 plusmn 148 r = 0165 p = 0431 AV 16513mmsup2 plusmn 148 r = 0220

p gt 0291 M 16513mmsup2 plusmn 148 r = 0180 p = 0390) (Figura 4)

25

Figura 4 Correlaccedilatildeo de Spearman entre dor avaliativa e velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo (VmCOP) do baricentro corporal (A) Forccedila de correlaccedilatildeo de Spearman (r = 0414 p = 0040) entre a dor

avaliativa (AV) (236 plusmn 028) e a velocidade meacutedia do COP na direccedilatildeo mediolateral (0845 mms plusmn 0042) no grupo atleta (B) Forccedila de correlaccedilatildeo de Spearman (r = 0063 p = 0765) entre a dor avaliativa (AV) (060 plusmn

021) e a velocidade meacutedia do COP na direccedilatildeo mediolateral (0508 mms plusmn 0065) no grupo controle Os valores foram apresentados como meacutedia plusmn erro padratildeo da meacutedia

4 Discussatildeo

Os resultados desta pesquisa demonstraram que atletas de elite de ginaacutestica

riacutetmica manifestam maior percepccedilatildeo dolorosa que controles natildeo praticantes de

esporte a niacutevel competitivo Isto pode estar relacionado a trecircs principais fatores que

podem contribuir de forma direta para a maior prevalecircncia de dor nessas atletas

destacando o iniacutecio precoce na praacutetica da modalidade os altos volumes e

intensidade dos treinos e a grande quantidade de repeticcedilotildees dos gestos esportivos

com alta predominacircncia de saltos e posturas estaacuteticas De acordo com os nossos

resultados Sabeti et al21 realizaram estudo com 218 ginastas de diferentes

nacionalidades no campeonato europeu de GR utilizando a escala visual analoacutegica

(EVA) para registro da intensidade dolorosa Os resultados encontrados foi que as

atletas tecircm uma maior intensidade dolorosa (72) que controles natildeo praticantes de

esporte competitivo

Paralelamente a literatura cientifica relata que o tempo de inicio da praacutetica

esportiva o niacutevel competitivo e o volumeintensidade dos treinos destas atletas satildeo

fatores preditivos para um maior desenvolvimento de lesatildeo e dor em atletas de GR

Shigaki et al4 apontam que o risco e intensidade de lesatildeo estatildeo fortemente

26

relacionados com o aumento da idade e do niacutevel competitivo Da mesma forma

Vanderlei et al22 e Oliveira et al23 afirmam que quanto mais elevada a categoria do

atleta maior seraacute o tempo e a intensidade do treinamento consequentemente maior

a exposiccedilatildeo aos esforccedilos musculoesqueleacuteticos durante treinamento eou

competiccedilotildees Deste modo Oliveira et al23 em seu estudo avaliaram 25 atletas de

GR de diferentes categorias etaacuterias e encontraram que a maioria das atletas

apresentaram algum tipo de lesatildeo ocasionada pelos treinos Desta forma autores

relatam que a formaccedilatildeo dessas atletas influencia na incidecircncia e intensidade

dolorosa de lesotildees por overuse21 24 Tais lesotildees geralmente ocorrem quando a

frequecircncia dos exerciacutecios aumenta enquanto a intensidade eacute mantida23 Estando de

acordo com os nossos resultados Kolar et al25 em estudo realizado com 63 atletas

da ginaacutestica artiacutestica e riacutetmica de ambos os sexos concluiacuteram que a maacute teacutecnica

meacutetodos improacuteprios de ensino e carga inadequada durante os treinos foram

associados com o surgimento de dor e lesotildees nessa populaccedilatildeo

Contrariamente aos nossos resultados Muller et al26 realizaram um estudo

investigativo do desenvolvimento de dor lombar em atletas adolescentes em relaccedilatildeo

ao sexo e tipo de esporte praticado Foram avaliados 321 atletas sem dor lombar em

um primeiro momento e apoacutes dois anos os mesmo atletas foram reavaliados para

verificar a incidecircncia de dor lombar Apenas 10 da amostra foram categorizados

com dor lombar Aleacutem disso antropometria e caracteriacutesticas de formaccedilatildeo do esporte

natildeo demonstraram influecircncia significativa na dor lombar levando os autores a

concluiacuterem que o esporte de alto rendimento natildeo induz dor lombar em atletas

adolescentes

No nosso estudo utilizamos para avaliaccedilatildeo da percepccedilatildeo dolorosa em ambos

os grupos o questionaacuterio de dor McGill Este apresentou-se como uma ferramenta

de faacutecil execuccedilatildeo baixo custo e com alta sensibilidade e confiabilidade para uma

caracterizaccedilatildeo multidimensional da dor na populaccedilatildeo estudada Diferenciados

meacutetodos de investigaccedilatildeo da dor podem ser encontrados em um crescente numero

de publicaccedilotildees cientificas sobre o estudo da percepccedilatildeo e intensidade dolorosa

Goubert et al27 utilizaram a algometria de pressatildeo para comparar a avaliaccedilatildeo

sensorial quantitativa da dor de pacientes com dor lombar em diferentes niacuteveis de

cronicidade comparando a controles saudaacuteveis e pacientes com fibromialgia

Diferentemente Sabeti et al21 Arliani et al28 e Hoskins et al29 utilizaram em suas

27

pesquisas a escala visual analoacutegica (EVA) para registrar a intensidade dolorosa de

atletas em diferentes modalidades Ambos satildeo considerados meacutetodos

unidimensionais utilizados com o objetivo de quantificar a magnitude da dor dentro

de um perfil somatosensorial

Por outro lado diversas pesquisas utilizam o questionaacuterio McGill (MPQ) como

instrumento multidimensional para avaliar a dor e conhececirc-la de forma ampla em

diferentes modelos de estudos e em diversas populaccedilotildees Ngamkham et al30

realizaram revisatildeo sistemaacutetica sobre a avaliaccedilatildeo da dor com McGill em pacientes

com cacircncer demonstrando que o MPQ eacute comumente usado nessa populaccedilatildeo para

mensurar a intensidade e qualidade da dor pois fornece informaccedilotildees sobre

possiacuteveis locais da doenccedila magnitude da dor bem como a eficaacutecia do tratamento e

intervenccedilatildeo submetidos Da mesma forma Bermudez et al31 avaliaram pacientes

diagnosticados com DTM moderada e severa para discriminar e comparar a queixa

dolorosa de acordo com a severidade da doenccedila Pode-se concluir com o estudo

que o MPQ foi capaz de diferenciar o padratildeo temporal da dor a localizaccedilatildeo de maior

queixa dolorosa e a intensidade da dor em portadores de DTM

As diferenccedilas metodoloacutegicas utilizadas corroboram o fato de a dor ser uma

experiecircncia complexa e subjetiva que varia em qualidade intensidade sensorial e

em caracteriacutesticas afetivo-motivacionais Pois a mesma envolve vaacuterias dimensotildees e

pode ser influenciada por infinitos estiacutemulos intriacutensecos e extriacutensecos32 33 Assim

cabe a utilizaccedilatildeo de diferentes meacutetodos uni e multidimensionais para uma avaliaccedilatildeo

precisa considerando a natureza da dor e suas caracteriacutesticas

De acordo com os resultados do nosso estudo foi visualizado que as atletas

de elite de GR apresentam diferentes caracteriacutesticas de percepccedilatildeo do estiacutemulo

doloroso em comparaccedilatildeo aos controles destacando dores com perfil sensorial e

avaliativo Acreditamos que os atletas de alto rendimento apresentam-se com

alteraccedilotildees do imputs neurosensorial em virtude da constante presenccedila e

intensidade das dores sentidas pela a sua praacutetica desportiva Isto pode repercutir em

mudanccedilas na interpretaccedilatildeo da dor sentida em seu corpo fiacutesico devido agrave influecircncia

de fatores emocionais sociais e hormonais que satildeo comuns em mulheres atletas

Em vista disso sabe-se que o domiacutenio sensorial e avaliativo representam as

28

impressotildees fiacutesicas desse estiacutemulo doloroso aacutelgico e uma auto-avaliaccedilatildeo da sua dor

respectivamente34

Segundo Pimenta e Texeira18 as diferenccedilas na estratificaccedilatildeo da dor se

justificam pelo fato das interpretaccedilotildees de informaccedilotildees cognitivas serem

condicionadas por experiecircncias preacutevias em diferentes momentos do estiacutemulo da dor

gerando respostas variadas agrave experiecircncia dolorosa por ser um processo

individualizado Aleacutem disso a dor eacute uma experiecircncia complexa descrita em termos

de caracteriacutesticas sensoriais afetivo-motivacionais cognitivas e comportamentais

Desta forma o resultado de uma avaliaccedilatildeo da percepccedilatildeo dolorosa pode depender

de qual dimensatildeo da dor esteja sendo vivenciada no momento da avaliaccedilatildeo por

cada indiviacuteduo14

Hoskins et al29 utilizaram a escala visual analoacutegica (EVA) e o questionaacuterio

McGill para comparar a intensidade e a qualidade de dor lombar entre atletas de

elite amadores e natildeo atletas Foram observadas diferenccedilas significativas entre os

grupos mostrando que os atletas de elite apresentaram intensidade de dor mais

alta assim como escolheram com mais frequecircncia palavras das categorias sensorial

e afetiva De forma semelhante a nossa pesquisa o domiacutenio sensorial apresentou o

maior iacutendice de dor e maior frequecircncia de palavras escolhidas Tal fato possa ser

justificado por esse ser o domiacutenio de maior representatividade no questionaacuterio

agregando termos de qualidades sensitivas dor18 Poreacutem a dimensatildeo afetiva natildeo foi

evidenciada com maior frequecircncia no presente estudo Esta representa um estado

emocional o qual pode ser traduzido por percepccedilotildees de cansaccedilo sentimentos de

medo e puniccedilatildeo assim como reaccedilotildees autonocircmicas34 Reading32 e Pimenta e

Teixeira18 em seus estudos relataram que os pacientes que sentem dores de

caracteriacutestica aguda preferem descritores da categoria sensorial Por outro lado

indiviacuteduos que sentem dor crocircnica usualmente tendem a selecionar mais

descritores da categoria afetiva levando em conta fenocircmenos cognitivo de

antecipaccedilatildeo memoacuteria atenccedilatildeo e experiecircncia anterior

Os resultados desta pesquisa demonstraram que a regiatildeo com maior

prevalecircncia de queixa dolorosa em atletas de elite de GR foi a articulaccedilatildeo do quadril

com aproximadamente cinquenta e dois por cento das queixas Isto pode estar

relacionado ao fato da articulaccedilatildeo do quadril ser responsaacutevel pela absorccedilatildeo de

29

grandes cargas compressivas durante a fase de aterrissagem dos saltos o qual eacute

um movimento especiacutefico do esporte Aleacutem disso no quadril estaacute localizado o centro

de gravidade do corpo assim as cargas que satildeo geradas ou transmitidas por essa

regiatildeo geram influecircncia no desempenho esportivo Desse modo pesquisas

cientiacuteficas relatam sobre a importacircncia da forccedila dos muacutesculos estabilizadores do

quadril no surgimento e desenvolvimento de dores nesta articulaccedilatildeo4 35 Steinberg et

al36 realizaram uma analise sistemaacutetica do desempenho da musculatura do quadril

no desenvolvimento de lesotildees no membro inferior e encontraram que a diminuiccedilatildeo

da funccedilatildeo dos muacutesculos do quadril associada a cargas repetitivas no membro

inferior pode aumentar o risco de lesotildees no joelho e em todo o membro

De forma contraacuteria aos nossos resultados Guiotte et al2 Sabeti et al21 e

Oliveira et al23 avaliaram ginastas de diferentes categorias e relataram que a regiatildeo

anatocircmica de queixa dolorosa mais prevalente na praacutetica da GR eacute a coluna lombar

seguida do tornozelo e joelho De acordo com Anderson et al37 a dor no quadril e

na virilha em atletas ocorrem com menor frequecircncia que lesotildees das extremidades do

membro inferior Ratificando esses autores Tschopp et al38 defendem que as

lesotildees do quadril satildeo menos comuns poreacutem satildeo mais difiacuteceis de serem

diagnoacutesticadas Pois as consideraccedilotildees anatocircmicas e biomecacircnicas para lesotildees

nesta regiatildeo estatildeo entre as mais complexas do sistema muacutesculo-esqueleacutetico

Por outro lado os nossos resultados demonstraram que a segunda

articulaccedilatildeo mais prevalente em relaccedilatildeo agrave queixa dolorosa pela praacutetica de GR em

atletas de elite foi o tornozelo-peacute (44) Tal fato se justifica por alguns fatores como

sobrecarga excessiva nos muacutesculos intriacutensecos do peacute os quais satildeo responsaacuteveis

pela formaccedilatildeo do arco plantar existecircncia de compressotildees excessivas nos

segmentos oacutesseos devido ao processo de absorccedilatildeo de impacto nos saltos aleacutem da

necessidade de manutenccedilatildeo da postura do tornozelo-peacute em flexatildeo plantar por

tempos prolongados

De acordo com Han et al39 o complexo do tornozelo-peacute na maioria das

atividades esportivas eacute a uacutenica parte do corpo que estaacute em contato com solo

Assim a propriocepccedilatildeo do tornozelo contribui de forma extremamente significativa

para o controle do equiliacutebrio pois fornece informaccedilotildees que permitem o ajuste de

posiccedilotildees e movimentos dos membros para realizaccedilatildeo das tarefas motoras

30

complexas exigidas no esporte de elite Saito et al12 em sua pesquisa ao avaliarem

atletas com e sem lesatildeo no tornozelo observaram que as lesotildees no tornozelo aleacutem

de causar alteraccedilotildees musculares e osteocinemaacuteticas promovem de forma direta

repercussotildees negativas no controle neuromuscular da articulaccedilatildeo predispondo-a aacute

episoacutedios recidivantes em virtude do comprometimento do feedback neurosensorial

afetando o controle postural e consequentemente o desempenho nas atividades

motoras

De acordo com os dados obtidos no nosso estudo foi observada nas atletas

uma maior aacuterea de deslocamento do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo (COP) do

corpo demonstrando um menor equiliacutebrio estaacutetico das ginastas ao comparar com

controles natildeo atletas Isto pode estar relacionado a uma maior intensidade e

presenccedila do estiacutemulo doloroso no corpo das atletas e a intensa quantidade de

repeticcedilotildees dos exerciacutecios de forma assimeacutetrica pela preferecircncia do membro

dominante Desse modo diversas pesquisas relatam que a presenccedila da dor pode

aumentar a aacuterea do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo (ACOP) produzindo uma piora

do equiliacutebrio corporal4 12 15 16 Lin et al16 e Shigaki et al4 em seus estudos avaliaram

o equiliacutebrio de atletas comparando trecircs grupos atletas com lesatildeo atletas sem lesatildeo

e natildeo atletas Evidenciaram que atletas com lesatildeo apresentaram maior oscilaccedilatildeo do

centro de pressatildeo comparado a indiviacuteduos natildeo atletas e atletas sem lesatildeo Poreacutem

quando comparados atletas sem lesatildeo com indiviacuteduos natildeo atletas natildeo foi observado

diferenccedila significativa

Ao mesmo tempo em nosso estudo foi encontrado uma velocidade meacutedia do

COP maior no grupo atleta em ambas as direccedilotildees ao comparar com controles natildeo

atletas Sendo a velocidade meacutedia do COP maior no plano sagital (anteroposterior)

em relaccedilatildeo ao plano frontal (meacutediolateral) Isto ocorre porque as atletas apresentam

uma resposta neuromuscular mais raacutepida para recuperaccedilatildeo da estabilidade do corpo

adquirida pelo treinamento esportivo essencialmente no plano sagital em que as

estrateacutegias posturais para recuperaccedilatildeo do equiliacutebrio satildeo mais efetivas

Diversos estudos publicados na literatura abordam a habilidade do controle

postural em atletas2 8-12 Matsuda et al10 relatam que atletas tecircm capacidade de

equiliacutebrio dinacircmico superior quando comparados a indiviacuteduos natildeo atletas Da

mesma forma Merlo et al11 acreditam a praacutetica de esportes produz adaptaccedilotildees que

31

ou desenvolvimento de consciecircncia de estrateacutegias posturais natildeo evidenciadas em

sujeitos natildeo praticantes de atividade esportiva

Os resultados encontrados por meio desse estudo mostraram que a dor em

sua dimensatildeo avaliativa apresentou relaccedilatildeo significativa com a velocidade meacutedia do

centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo do corpo na direccedilatildeo mediolateral Tal fato evidencia

que a percepccedilatildeo do estiacutemulo doloroso interfere de maneira significativa na

habilidade do atleta em reestabelecer a estabilidade postural apoacutes perturbaccedilatildeo do

equiliacutebrio em postura estaacutetica Prejudicando o desempenho atleacutetico na modalidade

uma vez que as atletas dependem da estabilidade postural para execuccedilatildeo da praacutetica

esportiva Alguns autores relatam a influecircncia da dor e fatores psicoemocionais na

performance e desempenho de atletas de alto rendimento Couto e Pedroni40

avaliaram a relaccedilatildeo da queixa e limiar doloroso com incidecircncia de lesatildeo em

bailarinas claacutessicas Os resultados do estudo mostraram que houve relaccedilatildeo

significativa entre as regiotildees de lesatildeo com a dor evidenciando que a dor estaacute

diretamente relacionada com o surgimento de lesatildeo nessa populaccedilatildeo Dore e

Guerra41 em seu estudo investigaram a prevalecircncia e fatores associados agrave

sintomatologia dolorosa em bailarinos profissionais utilizando a versatildeo brasileira do

questionaacuterio McGill e Inventaacuterio para dor de Wisconsin Foram verificadas

correlaccedilotildees positivas com significacircncia entre o grau de intensidade dolorosa e

atividades diaacuterias sono humor e relacionamento pessoal

O presente estudo sinaliza uma relaccedilatildeo da presenccedila do estiacutemulo doloroso

com o equiliacutebrio postural As alteraccedilotildees no equiliacutebrio corporal tecircm sido muito

estudadas em diferentes populaccedilotildees assim como o comportamento da dor e lesotildees

no desempenho de atletas de diferentes niacuteveis competitivos e modalidades

esportivas Corroborando com nossa pesquisa Meardon et al15 defendem que a

presenccedila de lesatildeo e dor em atletas pode afetar negativamente o equiliacutebrio corporal

Em sua pesquisa examinou controle postural dinacircmico em corredores lesionados

com dor e sem lesatildeo usando o Star Excursion Balance Test (SEBT) Quando

comparado corredores lesionados com controles sem lesatildeo os resultados

demonstraram controle dinacircmico deficiente das forccedilas verticais ao executar as

tarefas de pouso e estabilizaccedilatildeo em apoio unipodal

32

Contudo ainda satildeo raros os estudos sobre a caracterizaccedilatildeo da dor e do

equiliacutebrio corporal em atletas de ginaacutestica riacutetmica Por meio desse estudo foi

observado que atletas de elite de GR demonstraram aumento da dor descrita em

todos os domiacutenios avaliados pelo questionaacuterio McGill (plt0001) A dor nas ginastas

tem o perfil sensorial e avaliativo e se manifesta principalmente nas articulaccedilotildees do

quadril e tornozelo-peacute em virtude da especificidade do gesto esportivo Aleacutem disso

as atletas tambeacutem apresentam menor estabilidade do controle postural (plt005)

sendo notada possiacutevel relaccedilatildeo de interferecircncia entre a auto percepccedilatildeo dolorosa e o

equiliacutebrio postural Entretanto devido agrave complexidade do tema faz-se necessaacuterio a

elaboraccedilatildeo de estudos mais aprofundados com uma amostra maior seguindo

rigorosamente os criteacuterios metodoloacutegicos que permita uma interpretaccedilatildeo mais

precisa a respeito da percepccedilatildeo dolorosa e o equiliacutebrio postural no desempenho

atleacutetico na modalidade esportiva

5 Conclusatildeo

A pesquisa mostra que as atletas de elite de GR apresentam dor de

caracteriacutesticas sensorial e avaliativa frequentemente localizada na articulaccedilatildeo do

quadril seguida do tornozelo-peacute A presenccedila da percepccedilatildeo dolorosa mostrou relaccedilatildeo

significativa com o controle postural em atletas de elite de GR Os resultados

tambeacutem evidenciaram que atletas tem menor equiliacutebrio postural estaacutetico quando

comparadas a controles natildeo atletas poreacutem demonstram maior habilidade para

reestabelecer o controle postural

6 Consideraccedilotildees Finais

Um ponto importante a ser relatado neste estudo eacute a utilizaccedilatildeo do

questionaacuterio de dor McGill Embora venha ser um questionaacuterio amplamente utilizado

em pesquisas cientiacuteficas em virtude da sua alta confiabilidade validaccedilatildeo e

adaptaccedilatildeo cultural em diferentes paiacuteses ainda satildeo raros os estudos que utilizam

essa ferramenta para avaliar a dor em atletas Com ecircnfase em estudos que

descrevam a sua aplicabilidade por domiacutenio e caracteriacutesticas multidimensionais da

33

dor Este pesquisa aparenta ter sido pioneira a qualificar a dor e descrevecirc-la em

suas dimensotildees em atletas de elite de ginaacutestica riacutetmica bem como relacionar a

percepccedilatildeo dolorosa com o equiliacutebrio postural nessa populaccedilatildeo Abrindo espaccedilo para

realizaccedilatildeo de outros estudos

Poreacutem foi encontrado como limitaccedilotildees escassez de pesquisas cientiacuteficas

atualizadas sobre abordagem multidimensional da dor em atletas essencialmente

na ginaacutestica riacutetmica Pois a grande maioria dos estudos que tem sido publicado

sobre dor nessa populaccedilatildeo estaacute relacionada agrave presenccedila do estiacutemulo doloroso e sua

intensidade em uma magnitude sensorial Outro ponto a se destacar foi a

dificuldade em coletar um grupo controle com caracteriacutesticas similares ao grupo de

estudo para que fosse formada uma amostra mais homogecircnea possiacutevel

respeitando os criteacuterios metodoloacutegicos

34

REFEREcircNCIA

1 Baston C Mancini M Schoneburg B Horak F Rocchi L Postural strategies assessed with inertial sensors in healthy and parkinsonian subjects Gait Posture 2014 may 40(1)70ndash75

2 Guiotte VA Roque CFL Olieira MR Gil AWO Rabello LM Dos Santos EVM et

al Avaliaccedilatildeo Fiacutesico - Funcional de Atletas da Ginaacutestica Riacutetmica Histoacuterico de Lesotildees e Estabilidade Postural UNOPAR Cient Ciecircnc Biol Sauacutede 2012 14(4) 217-20

3 Bosso LR Golias ARC A postura de atletas de Ginaacutestica Riacutetmica Analise atraveacutes da fotometria Rev Bras Med Esporte 2012 setout 18(5)333-337

4 Shigaki L Rabello LM Camargo MZ Santos VBC Gil AWO Oliveira MR et al Anaacutelise comparativa do equiliacutebrio unipodal de atletas de Ginastica Riacutetmica Rev Bras Med Esporte 2013 marabr 19(2)104-107

5 Whale CE Pass AN Tripp PM Chronic Groin Pain in a collegiate football running back International Journal of Athletic Therapy amp Training 2012 may 17(3)41-44

6 Jacobs JV Why we need to better understand the cortical neurophysiology of impaired postural responses with age disease or injury Frontiers in Integrative Neuroscience 2014 ago 8(69)

7 Hirata RP Ervilha UF Arendt-Nielsen L Graven-Nielsen T Experimental Muscle Pain Challenges the Postural Satability During Quiet Stance Unexpected Posture Perturbation J Pain 2011 ago 12(8)911-9

8 Ribeiro GD Suaacuterez MH Ruiz DR Efecto del entrenamiento sistemaacutetico de gimnasia riacutetmica sobre el control postural de ninas adolescentes Rev Andal Med 2015 jun 8(2)54-60

9 Teixeira CL Equiliacutebrio e controle postural Brazilian Journal of Biomechanics 2010 11(20)31-40

10 Matsuda S Demura S Uchiyama M Centre of pressure sway characteristics during static one-legged stance of athletes from different sports Journal of Sports Sciences 2008 may 26(7)775 ndash 779

11 Merlo JK Stoppa ACL Macedo CSG Silva Juacutenior RA Anaacutelise Comparativa do Equiliacutebrio em Apoio Unipodal em Indiviacuteduos Sedentaacuterios e Atletas UNOPAR Cient Ciecircnc Biol Sauacutede 2010 12(4)29-32

12 Saito KA Navarro M Silva MF Arie EK Peccin MS Oscilaccedilatildeo do centro de pressatildeo plantar de atletas e natildeo atletas com e sem entorse de tornozelo Rev Bras Ortop 2016 51(4)437ndash443

35

13 Lamb M Oliveira PD Tano SS Gil AWO Dos Santos EVN Fernandes KBP

Efeito do treinamento proprioceptivo no equiliacutebrio de atletas de ginaacutestica riacutetmica Rev Bras Med Esporte 2014 setout 20(5)379-382

14 Silva JA Ribeiro-Filho NP A dor como um problema psicofiacutesico Rev Dor 2011 abrjun 12(2)138-51

15 Meardon S Klusendorf A Kernozek T Influence of injury on dynamic postural control in runners The International Journal of Sports Physical Therapy 2016 jun 11(3)336

16 Lin CF Lee IJ Liao JH Wu HW Su FC Comparison of Postural Stability Between Injured and Uninjured Ballet Dancers The American Journal of Sports Medicine 2011 39(6)1324-1331

17 Varoli FK Pedrazzi V Adapted Version of the McGill Pain Questionnaire to Brazilian Portuguese Braz Dent J 2006 17(4) 328-335

18 Pimenta CAM Teixeira MJ Questionaacuterio de dor McGill proposta de adaptaccedilatildeo para a liacutengua portuguesa Rev Esc Enf USP 1996 dez 30(3)473-83

19 Rabello LM Macedo CSG Oliveira MR Fregueto JH Camargo MZ Lopes LD et al Relaccedilatildeo entre testes funcionais e plataforma de forccedila nas medidas de equiliacutebrio em atletas Rev Bras Med Esporte 2014 maijun 20(3)219-222

20 Bressel E Yonker JC Kras J et al Comparison of static and dynamic balance in female collegiate soccer basketball and gymnastics atheletes Journal of Athletic Training 2007 42(1)42ndash46

21 Sabeti M Jeremian L Graf A Kandelhart R Elite level rhythmic gymnasts have significantly more and stronger pain than peers of similar age a prospective study Wien Klin Wochenschr 201512731ndash35

22 Vanderlei FM Vanderlei FCM Netto Juacutenior J Praste CM Caracteriacutesticas das lesotildees desportivas e fatores associados com lesatildeo em iniciantes de ginaacutestica artiacutestica do sexo feminino Fisioter Pesq 201320(2)191-196

23 Oliveira MMM Lourenccedilo MRA Teixeira DC Incidecircncias de lesotildees nas equipes de Ginaacutestica Riacutetmica da UNOPAR UNOPAR Cient Ciecircnc Biol Sauacutede 2003 out 6(1)29-40

24 Frutuoso AS Diefenthaeler F Vaz MA et al Lower Limb asymmetries in rhythmic gymnastics atheletes Int Sports Phys Ther 2016 11(1)34ndash43

25 Kolar E Samardžija MP Smrdu M Atikovic A Athletes perceptions of the causes of injury in gymnastics J Sports Med Phys Fitness 2016 Mar 57(5)703-710

36

26 Mueller S Mueller J Stoll J Prieske O Cassel M Mayer F Incidence of back pain in adolescent athletes a prospective study BMC Sports Science Medicine and Rehabilitation 2016 838

27 Goubert D Danneels L Graven-Nielsen T Descheemaeker F Meeus M Differences in Pain Processing Between Patients with Chronic Low Back Pain Recurrent Low Back Pain and Fibromyalgia Pain Physician 2017 May 20(4)307-318

28 Arliani GG Cohen M Lara PS Astur DC Gonccedilalves JPP Ferretti M Impacto do esporte na sauacutede de ex-jogadores profissionais de futebol no Brasil Acta ortop bras 2014 julago 22(4)188-190

29 Hoskins W Pollard H Daff C Odell A Garbutt P McHardy A et al Low back pain status in elite and semi-elite Australian football codes a cross-sectional survey of football (soccer) Australian rules rugby league rugby union and non-athletic controls BMC Musculoskeletal Disorders 20091038

30 Ngamkham S Vincent C Finnegan L Holden JE Wang ZJ Wilkie DJ The McGill Pain Questionnaire as a Multidimensional Measure in People with Cancer An Integrative Review Pain Manag Nurs 2012 Mar 13(1) 27ndash51

31 Bermudez OAS Souza RA Souza CMF Castro CES Beacuterzn F Avaliaccedilatildeo multidimensional da dor em portadores de desordem temporomandibular utilizando uma versatildeo brasileira do questionaacuterio mcgill de dor Rev bras fisioter 2003 7(2) 151-158

32 Reading AE Everitt BS Sledmore CM The McGill Pain Questionnaire a replication of its construction Br J Clin Psychol 1982 21339ndash349

33 Melzack R The McGill Pain Questionnaire Anesthesiology 2005 103199-202

34 Pessoa CP Barreto MB Santos LB Alves TDB Oliveira MC Martins AG Instrumentos utilizados na avaliaccedilatildeo do impacto da dor na qualidade de vida de pacientes com dor orofacial e disfunccedilatildeo temporomandibular Escola Baiana de Sauacutede Puacuteblica 200731(2)267-293

35 Espinoza ES Ortiz GB Estabilidad abdominolumbopeacutelvica y equilibrio comopredictores de la incidencia de lesionesmusculoesqueleacuteticas en estudiantes de danzaUn estudio piloto Fisioterapia 2014

36 Steinberg N Dar G Dunlop M Gaida JE The relationship of hip muscle performance to legankle and foot injuries a systematic review The Physician and Sportsmedicine 2017

37 Anderson K Strickland SM Warren R Hip and Groin Injuries in Athletes The American Journal of Sports Medicine 2001 29(4) 521-533

38 Tschopp M Brunner F Erkrankungen und Uumlberlastungsschaumlden an der unteren Extremitaumlt bei Langstreckenlaumlufern Z Rheumatol 2017 Feb

37

39 Han J Anson J Waddington G Adans R Liu Y The Role of Ankle

Proprioception for Balance Control in relation to Sports Performance and Injury BioMed Research International 2015 Jun8

40 Couto AGA Pedroni CR Relaccedilatildeo entre postura queixa dolorosa e lesatildeo em bailarinas claacutessicas Ter Man 2013 11(55)228-233

41 Dore BF e Guerra RO Sintomatologia dolorosa e fatores associados em bailarinos profissionais Rev Bras Med Esporte 2007 MarAbr13(2)77-80

38

ANEXO I ndash QUESTIONAacuteRIO DE DOR MCGILL

39

ANEXO II ndash PARECER DE APROVACcedilAtildeO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA

40

41

ANEXO III ndash NORMAS DE SUBMISSAtildeO DA REVISTA

Instruccedilotildees aos Autores

A Revista Brasileira de Medicina do Esporte - RBME (Brazilian Journal of

Sports Medicine) oacutergatildeo oficial da Sociedade Brasileira de Medicina do Exerciacutecio e

do Esporte (SBMEE) eacute publicada bimestralmente em seis ediccedilotildees ao ano (janfev

marabr maiojun julago setout e novdez) A RBME eacute indexada nas seguintes

bases bibliograacuteficas SciELO Web of Science Excerpta Medica-EMBASE Physical

Education Index LILACS SIRC-Sportdiscus e Scopus A publicaccedilatildeo segue

integralmente o padratildeo internacional do International Committee of Medical Journal

Editors (ICMJE) ou Convenccedilatildeo de Vancouver e seus requisitos de uniformizaccedilatildeo

[httpwwwicmjeorg]

Preparaccedilatildeo de manuscritos Os artigos submetidos devem ser digitados em

espaccedilo duplo fonte Arial 12 em paacutegina tamanho A4 sem numerar linhas ou

paraacutegrafos e numerando as paacuteginas no canto superior direito Figuras e tabelas

devem ser apresentadas ao final do artigo em paacuteginas separadas No corpo do

texto deve-se informar os locais para inserccedilatildeo das tabelas ou figuras Nuacutemeros

menores que 10 satildeo escritos por extenso enquanto que nuacutemeros maiores ou igual a

10 satildeo expressos em algarismos araacutebicos Os manuscritos que natildeo estiverem de

acordo com as instruccedilotildees aos autores em relaccedilatildeo a estilo e formato seratildeo

devolvidos sem revisatildeo pelo Conselho Editorial As medidas deveratildeo ser expressas

no Sistema Internacional (Systegraveme International SI) disponiacutevel em

httpphysicsnistgovcuuUnits e unidades padratildeo quando aplicaacutevel Recomenda-

se aos autores natildeo usar abreviaccedilotildees no tiacutetulo e limitar a sua utilizaccedilatildeo no resumo e

ao longo do texto Os nomes geneacutericos devem ser usados para todas as drogas Os

faacutermacos podem ser referidos pelo nome comercial poreacutem deve constar o nome

cidade e paiacutes ou endereccedilo eletrocircnico do fabricante entre parecircnteses na seccedilatildeo

Materiais e Meacutetodos

Abreviaturas O uso de abreviaturas deve ser minimizado As abreviaturas deveratildeo

ser definidas por ocasiatildeo de sua primeira utilizaccedilatildeo no resumo e tambeacutem no texto

Abreviaturas natildeo padratildeo natildeo devem ser utilizadas a menos que essas apareccedilam

pelo menos trecircs vezes no texto Unidades de medida (3 ml ou 3 mL e natildeo 3

mililitros) ou siacutembolos cientiacuteficos padratildeo (elementos quiacutemicos por exemplo Na e

natildeo soacutedio) natildeo satildeo consideradas abreviaturas e portanto natildeo devem ser definidos

Abreviar nomes longos ou substacircncias quiacutemicas e termos utilizados para

combinaccedilotildees terapecircuticas Abreviaturas em figuras e tabelas podem ser utilizadas

por razotildees de espaccedilo poreacutem devem ser definidas na legenda mesmo que tenham

sido definidas no texto do artigo

Formato dos arquivos Usar editor de texto Microsoft Word para Windows ou

42

equivalente Arquivos em formato PDF natildeo devem ser enviados As tabelas e

quadros deveratildeo estar em seus arquivos originais (Excel Acess Powerpoint etc)

As figuras deveratildeo estar nos formatos jpg ou tif em alta resoluccedilatildeo (300 dpi) As

figuras deveratildeo estar incluiacutedas no arquivo Word mas tambeacutem devem ser enviadas

separadamente (anexadas durante a submissatildeo do artigo como documento

suplementar em seus arquivos originais)

Paacutegina de rosto A paacutegina de rosto deve conter (1) a categoria do artigo (2) o tiacutetulo

do artigo em portuguecircs inglecircs e espanhol com ateacute 80 caracteres cada que deve ser

objetivo e informativo (3) os nomes completos dos autores instituiccedilatildeo formaccedilatildeo

acadecircmica de origem (a mais relevante) cidade estado e paiacutes (4) nome do autor

correspondente com endereccedilo completo telefone e e-mail A titulaccedilatildeo dos autores

natildeo deve ser incluiacuteda O nome completo de cada autor (sem abreviaccedilotildees) e sua

afiliaccedilatildeo institucional (nota as unidades hieraacuterquicas devem ser apresentadas em

ordem decrescente por exemplo universidade faculdade ou instituto e

departamento) devem ser informados Os nomes das instituiccedilotildees e programas

deveratildeo ser apresentados preferencialmente por extenso e na liacutengua original da

instituiccedilatildeo ou na versatildeo em inglecircs quando a escrita natildeo eacute latina (pex aacuterabe

mandarim ou grego)

Resumo O resumo em portuguecircs inglecircs e espanhol deve ser incluiacutedo no

manuscrito Em cada um dos idiomas natildeo deve conter mais do que 300 palavras A

versatildeo estruturada eacute obrigatoacuteria nos artigos originais e inclui objetivos meacutetodos

resultados e conclusatildeo Artigos de revisatildeo natildeo requerem resumo estruturado

Palavras-chave O artigo deve incluir no miacutenimo trecircs e no maacuteximo seis descritores

em portuguecircs inglecircs e espanhol baseados nos Descritores de Ciecircncias da Sauacutede

(DeCS) httpdecsbvsbr ou no Medical Subject Headings (MeSH) da National

Library of Medicine disponiacutevel em httpwwwnlmnihgovmeshmeshhomehtml

oubaseados no Medical SubjectHeading (MeSH) do Index Medicus

(httpwwwnlmnihgovmesh)

Introduccedilatildeo A introduccedilatildeo deve conter (1) justificativa objetiva para o estudo com

referecircncias pertinentes ao assunto sem realizar uma revisatildeo extensa (2) objetivo do

artigo

Materiais e Meacutetodos Esta seccedilatildeo deve descrever os experimentos (quantitativa e

qualitativamente) e os procedimentos em detalhes suficientes que permitam que

outros pesquisadores reproduzam os resultados ou deem continuidade ao estudo

e deveraacute conter (1) a descriccedilatildeo clara da amostra utilizada (2) termo de

consentimento para estudos experimentais envolvendo seres humanos (3)

identificaccedilatildeo dos meacutetodos aparelhos (nome do fabricante e endereccedilo cidade e paiacutes

devem ser menciondos entre parecircnteses) e procedimentos utilizados (4) descriccedilatildeo

breve e referecircncias de meacutetodos publicados mas natildeo amplamente conhecidos (5)

43

descriccedilatildeo detalhada de meacutetodos novos ou modificados (6) quando pertinente incluir

a anaacutelise estatiacutestica e os programas utilizados Importante Ao relatar experimentos

com seres humanos ou animais indicar se os procedimentos seguiram as normas

do Comitecirc Eacutetico sobre Experiecircncias Humanas da instituiccedilatildeo na qual a pesquisa foi

realizada e se os procedimentos estatildeo de acordo com a declaraccedilatildeo de Helsinki de

1995 e a Animal Experimentation Ethics respectivamente Os autores devem incluir

uma declaraccedilatildeo indicando que o protocolo foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica da

Instituiccedilatildeo (instituiccedilatildeo de afiliaccedilatildeo de pelo menos um dos autores) com o respectivo

nuacutemero de identificaccedilatildeo Tambeacutem deve incluir que o Termo de Consentimento Livre

e Esclarecido foi assinado por todos os participantes

Resultados Apresentar os resultados em sequecircncia loacutegica no texto usando tabelas

e figuras Evitar repeticcedilatildeo excessiva de dados no texto em tabelas ou figuras

poreacutem enfatizar somente as descobertas mais importantes

Discussatildeo Enfatizar os aspectos originais e importantes do estudo e as conclusotildees

que decorrem deste evitando poreacutem repetir dados jaacute apresentados em outras

partes do manuscrito Em estudos experimentais ressaltar a relevacircncia e limitaccedilotildees

dos resultados confrontando com os dados da literatura e incluindo implicaccedilotildees

para estudos futuros

Conclusotildees A conclusatildeo deve ser clara e concisa baseada nos resultados

obtidos estabelecendo ligaccedilatildeo com implicaccedilotildees cliacutenicas evitando poreacutem excessiva

generalizaccedilatildeo) A mesma ecircnfase deve ser dada a estudos com resultados negativos

ou positivos Recomendaccedilotildees podem ser incluiacutedas quando relevantes

Agradecimentos Quando pertinente incluir agradecimento ou reconhecimento a

pessoas que tenham contribuiacutedo para o desenvolvimento do trabalho poreacutem natildeo se

qualificam como coautores Fontes de financiamento como auxiacutelio a pesquisa e

bolsas de estudo devem ser reconhecidos nesta seccedilatildeo Os autores deveratildeo obter

permissatildeo por escrito para mencionar nomes e instituiccedilotildees de todos os que

receberam agradecimentos nominais

Referecircncias As referecircncias devem ser numeradas na sequecircncia em que aparecem

no texto em formato sobrescrito As referecircncias citadas somente em legendas de

tabelas ou figuras devem ser numeradas de acordo com sequecircncia estabelecida

pela primeira menccedilatildeo da tabela ou da figura no texto O estilo das referecircncias

bibliograacuteficas deve seguir as regras do Uniform Requirements for Manuscripts

Submitted to Biomedical Journals (International Committee of Medical Journal

Editors disponiacutevel em Ann Intern Med 1997126(1)36-47 httpwwwicmjeorg)

Alguns exemplos satildeo mostrados a seguir Os tiacutetulos dos perioacutedicos devem ser

abreviados de acordo com o Index Medicus (List of Journals Indexed disponiacutevel em

httpwwwnlmnihgovtsdserialsljihtml) Se o perioacutedico natildeo constar dessa lista

deve-se utilizar a abreviatura sugerida pelo proacuteprio perioacutedico Deve-se evitar utilizar

44

ldquocomunicaccedilotildees pessoaisrdquo ou ldquoobservaccedilotildees natildeo publicadasrdquo como referecircncias

Resumos de tranalhos apresentados em eventos devem ser utilizados somente se

for a uacutenica fonte de informaccedilatildeo

Tabelas As tabelas devem ser elaboradas em espaccedilo 15 devendo ser planejadas

para ter como largura uma (87cm) ou duas colunas (18 cm) Cada tabela deve

possuir um tiacutetulo sucinto Notas explicativas seratildeo incluiacutedas em notas de rodapeacute A

tabela deve conter meacutedias e medidas de dispersatildeo (Desvio Padratildeo Erro Padratildeo da

Meacutedia etc) natildeo devendo conter casas decimais irrelevantes As abreviaturas

devem estar de acordo com aquelas utilizadas no texto e nas figuras Os coacutedigos de

identificaccedilatildeo de itens da tabela devem estar listados na ordem de surgimento no

sentido horizontal e devem ser identificados pelos siacutembolos padratildeo Os quadros e

tabelas deveratildeo ser enviados atraveacutes dos arquivos originais editaacuteveis (Word Excel)

e natildeo como imagens

Figuras Na versatildeo impressa da RBME seratildeo aceitas figuras em preto-e-branco

Imagens coloridas poderatildeo ser publicadas quando forem essenciais para o conteuacutedo

cientiacutefico do artigo Nestes casos o custo seraacute repassado aos autores Figuras

coloridas poderatildeo ser incluiacutedas na versatildeo eletrocircnica do artigo sem custo adicional

aos autores Os desenhos e figuras devem ser consistentes e tatildeo simples quanto

possiacutevel poreacutem informativos Tons de cinza natildeo devem ser utilizados Todas as

linhas devem ser soacutelidas Para graacuteficos de barra por exemplo utilizar barras

brancas pretas com linhas diagonais nas duas direccedilotildees linhas em xadrez linhas

horizontais e verticais A RBME desaconselha fortemente o uso de fotografias de

equipamentos e animais de experimentaccedilatildeo As figuras devem ser impressas com

bom contraste e ter a largura de uma coluna (87cm) Utilizar no miacutenimo fonte

tamanho 10 para letras nuacutemeros e siacutembolos com espaccedilamento e alinhamento

adequados Quando a figura representar uma radiografia ou fotografia sugerimos

incluir a escala de tamanho quando pertinente

Por favor note que eacute de responsabilidade dos autores obter permissatildeo do detentor

dos direitos autorais para reproduzir figuras (ou tabelas) que tenham sido

previamente publicados em outras fontes De acordo com os princiacutepios do acesso

aberto os autores devem ter permissatildeo do detentor dos direitos caso desejem

incluir imagens que tenham sido publicados em outros perioacutedicos de acesso natildeo

aberto A permissatildeo deve ser indicada na legenda da figura e a fonte original deve

ser incluiacuteda na lista de referecircncias

45

APEcircNDICE I ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE)

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Vocecirc estaacute sendo convidada(o) a participar da pesquisa intitulada

ldquoCARACTERIZACcedilAtildeO DA DOR E SUA RELACcedilAtildeO COM EQUILIacuteBRIO

POSTURAL ESTAacuteTICO EM ATLETAS DE GINAacuteSTICA RIacuteTMICArdquo realizada pela

Universidade Federal de Sergipe por intermeacutedio da discente TAINARA DOS

SANTOS BOMFIM devidamente assistida pelo seu orientador PAULO MAacuteRCIO

PEREIRA OLIVEIRA O objetivo desse estudo eacute caracterizar a Dor

musculoesqueleacutetica em atletas de elite de ginaacutestica riacutetmica e analisar a relaccedilatildeo da

dor no equiliacutebrio postural estaacutetico das atletas comparando com controles natildeo

atletas A justificativa para a realizaccedilatildeo da pesquisa eacute documentar na literatura

escassa estudo sobre a relaccedilatildeo da dor com o equiliacutebrio postural estaacutetico em

atletas de elite de Ginaacutestica Riacutetmica Sua participaccedilatildeo nessa pesquisa consistiraacute

em responder um questionaacuterio e realizar avaliaccedilatildeo de equiliacutebrio que ocorreraacute em

um uacutenico momento Natildeo haacute riscos previsiacuteveis relacionados com sua participaccedilatildeo

nem danos previsiacuteveis decorrentes da pesquisa Os benefiacutecios relacionados com

sua participaccedilatildeo satildeo

1 Identificar alteraccedilotildees posturais de equiliacutebrio em atletas de alto rendimento

2 Evidenciar se o processo de dor em atletas eacute igual maior ou menor quando

comparado com pessoas natildeo atletas

3 Evidenciar se as variaccedilotildees aacuterea e velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo

de pressatildeo se igualam ou natildeo a pessoas natildeo atletas

Vocecirc foi selecionado por preencher os requisitos da pesquisa mas sua

participaccedilatildeo NAtildeO Eacute OBRIGATOacuteRIA sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo em sua

relaccedilatildeo com a instituiccedilatildeo ou com o pesquisador

Eu________________________________________________________________

abaixo assinado declaro que fui informado que as informaccedilotildees obtidas atraveacutes

dessa pesquisa seratildeo confidenciais e o sigilo sobre minha participaccedilatildeo seraacute

assegurado De tal modo que os dados natildeo seratildeo divulgados de forma a possibilitar

minha identificaccedilatildeo Tambeacutem estou ciente de que a qualquer momento posso

desistir de minha participaccedilatildeo e retirar meu consentimento Declaro que entendi os

objetivos riscos e benefiacutecios de minha participaccedilatildeo na pesquisa e concordo em

participar

Vocecirc receberaacute uma coacutepia deste termo onde consta o telefone e o endereccedilo do

pesquisador principal podendo tirar suas duacutevidas sobre o Projeto de Pesquisa de

sua participaccedilatildeo agora ou a qualquer momento

46

DADOS DO PESQUISADOR RESPONSAacuteVEL

Nome Tainara dos Santos Bomfim

Endereccedilo profissionale-mail Rua Padre Aacutelvares Pitangueira sn - Centro

Departamento de Fisioterapia bftainaragmailcom

Telefone (79) 9 9806-7487

ATENCcedilAtildeO A participaccedilatildeo em qualquer tipo de pesquisa eacute voluntaacuteria Em casos de

duacutevida quanto aos seus direitos entre em contato com o Comitecirc de Eacutetica em

Pesquisa da Universidade Federal de Sergipe

Lagarto _____de _____de 201_

_____________________________________________________

ASSINATURA DO VOLUNTAacuteRIO

_____________________________________________________

ASSINATURA DO PESQUISADOR RESPONSAacuteVEL

Page 7: CARACTERIZAÇÃO DA DOR E SUA RELAÇÃO COM O … · tainara dos santos bomfim caracterizaÇÃo da dor e sua relaÇÃo com o equilÍbrio postural em atletas de ginÁstica rÍtmica

RESUMO

Caracterizaccedilatildeo da Dor e sua Relaccedilatildeo com o Equiliacutebrio Postural em Atletas de Ginaacutestica Riacutetmica Tainara dos Santos Bomfim Lagarto ndashSE 2017 Introduccedilatildeo A Ginaacutestica Riacutetmica (GR) eacute um esporte de alta performance que exige

de suas atletas movimentos de grandes amplitudes articulares forccedila e uma boa

coordenaccedilatildeo motora postural Aleacutem disso em virtude da especificidade do gesto

esportivo as ginastas satildeo expostas constantemente a posturas e esforccedilos

repetitivos repercutindo em lesotildees musculoesqueleacuteticas e consequentemente em

dor a qual pode afetar negativamente o equiliacutebrio corporal Objetivo caracterizar a

dor musculoesqueleacutetica em atletas de elite de GR Secundariamente comparar o

equiliacutebrio postural estaacutetico das ginastas com controles natildeo atletas bem como

correlacionar o iacutendice de dor com o equiliacutebrio nas atletas de GR Meacutetodos

participaram da pesquisa 50 jovens do sexo feminino 25 ginastas compondo o

grupo atleta (GA) e 25 natildeo atletas compondo o grupo controle (GC) As voluntaacuterias

foram submetidas agrave avaliaccedilatildeo da percepccedilatildeo dolorosa utilizando a versatildeo brasileira

do questionaacuterio de dor McGill (Br-MPQ) e do equiliacutebrio postural atraveacutes da

estabilometria O estudo foi aprovado pelo comitecirc de eacutetica (CAAE

61990516400005546) Resultados o GA manifestou percepccedilatildeo dolorosa

significativamente maior (plt0001) a dor nas atletas apresentou caracteriacutesticas

sensorial e avaliativa as regiotildees de maior queixa dolorosa foram a articulaccedilatildeo do

quadril (52) seguida do tornozelo-peacute (44) Na comparaccedilatildeo intergrupos do

equiliacutebrio postural estaacutetico foi observado maior deslocamento do COP no GA

(16513 mmsup2 plusmn 148) em relaccedilatildeo ao GC (10212 mmsup2 plusmn 114) Nas correlaccedilotildees do

equiliacutebrio com os domiacutenios da dor foi observada apenas uma correlaccedilatildeo significativa

entre a dor avaliativa e a VmCOP na direccedilatildeo mediolateral (r = 0414 p = 0040)

Conclusatildeo As atletas demonstram maior percepccedilatildeo dolorosa e menor equiliacutebrio

postural estaacutetico quando comparadas a controles natildeo atletas Entretanto possuem

maior habilidade para reestabelecer o controle postural Aleacutem disso a presenccedila da

percepccedilatildeo dolorosa mostrou uma fraca relaccedilatildeo poreacutem significativa com o controle

postural em atletas de elite de GR

Descritores Ginaacutestica Equiliacutebrio Postural Dor Musculoesqueleacutetica

ABSTRACT

Characterization of Pain and your Relationship with Postural Balance in

Rhythmic Gymnastics Athletes Tainara dos Santos Bomfim Lagarto ndash SE

2017

Introduction Rhythmic Gymnastics (RG) is a high performance sport that requires your movements of large amplitudes athletes strength and a good hand-eye coordination postural In addition due to the specificity of Sporting gesture the gymnasts are constantly exposed to repetitive strain and postures reverberating in musculoskeletal injuries and consequently in painwhich can negatively affect the body balance Objective to characterize the musculoskeletal pain in elite athletes of RG Secondarily compare the static postural balance og gymnasts with nonathletic controls as well as correlate the pain index with te balance in the atletes of RG Methods Participated in the survey 50 female youth 25 gymnasts composing the Athlete Group (AG) and 25 non-athletes composing the Control Group (CG) The volunteers were subjected to the evaluation of the painful perception using the Brazilian version of the McGill Pain Questionnaire (BR-MPQ) and the posture equilibrium through the Estabilometria The study was approved by the Ethics Committee (CAAE 61990516400005546) Results The AG manifested significantly greater painful perception (p lt 0001) The pain in athletes presented sensory and evaluative characteristics The most painfully complaining regions were the hip joint (52) followed by ankle-foot (44) In the intergroup comparison of the static posture equilibrium was observed greater displacement of the COP in the AG (16513 mm sup2 plusmn 148) relative to the CG (10212 mm sup2 plusmn 114) In the correlations of equilibrium with the domains of pain it was observed only a significant correlation between the evaluative pain and the VmCOP in the direction mediolateral (r = 0414 p = 0040) Conclusion Athletes demonstrate greater painful perception and lower posture static equilibrium when compared to non-athletes controls However they possess greater ability to reestablish posture control Moreover the presence of painful perception showed a weak but significant relationship with the posture control in elite athletes of Gr

keywords Gymnastics Postural Balance Musculoskeletal Pain

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 Caracteriacutesticas demograacuteficas e antropomeacutetricas da amostra 20

Tabela 2 Domiacutenios da dor entre os grupos da pesquisa

Tabela 3 Incidecircncia de dor entre os grupos da pesquisa

21 21

LISTA DE ILUSTRACcedilOtildeES

Figura 1 Nuacutemero palavras escolhidas e Iacutendice de dor verificado por meio do questionaacuterio de dor de McGill nos grupos atleta e controle

22

Figura 2 Aacuterea da elipse do centro de pressatildeo do baricentro corporal entre o grupo atleta e o grupo controle

23

Figura 3 Velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo do baricentro corporal entre o grupo atleta e o grupo controle

24

Figura 4 Correlaccedilatildeo de Spearman entre iacutendice de dor avaliativa e velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo (VmCOP) do baricentro corporal

25

LISTA DE ABREVIACcedilOtildeES E SIGLAS

GR ndash Ginaacutestica Riacutetmica

GA ndash Grupo Atleta

GC ndash Grupo Controle

Br-MPQ ndash Versatildeo brasileira do questionaacuterio de dor McGill

NWC ndash Nuacutemero de palavras escolhidas

PRI ndash Iacutendice de dor

SL ndash Dor sensitiva

AF ndash Dor afetiva

AV ndash Dor avaliativa

M ndash Dor miscelacircnea

ACOP ndash Aacuterea do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo

VmCOP ndash Velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo

AP ndash Anteroposterior

ML ndash Mediolateral

IMC ndash Iacutendice de massa corporal

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 16

2 MEacuteTODOS

21 Delineamento do estudo

17

17

22 Sujeitos 17

23 Procedimentos de avaliaccedilatildeo 18

231 Avaliaccedilatildeo da dor 18

232 Avaliaccedilatildeo Estabilomeacutetrica

24 Aspectos Eacuteticos

18

19

25 Anaacutelise Estatiacutestica 19

3 RESULTADOS 20

31 Sujeitos 20

32 Caracterizaccedilatildeo da Dor

321 Domiacutenios da Dor

322 Localizaccedilatildeo da Dor

323 Nuacutemero de Palavras Escolhidas e Iacutendice de Dor

20

20

21

22

33 Equiliacutebrio Estaacutetico

331 Aacuterea de deslocamento do COP

332 Velocidade meacutedia de oscilaccedilatildeo do COP

34 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios da Dor e Equiliacutebrio corporal

22

23

23

24

4 DISCUSSAtildeO 25

5 CONCLUSAtildeO 32

6 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 32

REFEREcircNCIAS 34

ANEXO I ndash QUENTIONAacuteRIO DE DOR MGILL 38

ANEXO II ndash PARECER DE APROVACcedilAtildeO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA 39

ANEXO III ndash NORMAS DE SUBMISSAtildeO DA REVISTA 41

APEcircNDICE I ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO 45

CARACTERIZACcedilAtildeO DA DOR E SUA RELACcedilAtildeO COM EQUILIacuteBRIO

POSTURAL EM ATLETAS DE GINAacuteSTICA RIacuteTMICA

CHARACTERIZATION OF PAIN AND YUOR RELATIONSHIP WITH POSTURAL

BALANCE IN RHYTHMIC GYMNASTICS ATHLETES

Tainara dos Santos Bomfimsup1 Paulo Maacutercio Pereira Oliveira2

sup1 Universidade Federal de Sergipe Campus Universitaacuterio Prof Antocircnio Garcia Filho Graduanda em

Fisioterapia ndash Lagarto SE Brasil

sup2 Universidade Federal de Sergipe Campus Universitaacuterio Prof Antocircnio Garcia Filho Professor

Adjunto do Departamento de Fisioterapia ndash Lagarto SE Brasil

Correspondecircncia

Tainara dos Santos Bomfim

Departamento de Fisioterapia de Lagarto da Universidade Federal de Sergipe (UFS)

Av Gov Marcelo Deda sn ndash Satildeo Joseacute CEP 49400-000 ndash LagartoSE

Telefone (79) 9 9806-7487

E-mail tainarabomfimyahoocombr

RESUMO

Introduccedilatildeo A Ginaacutestica Riacutetmica (GR) eacute um esporte de alta performance que exige de suas atletas

movimentos de grandes amplitudes articulares forccedila e uma boa coordenaccedilatildeo motora postural Aleacutem

disso em virtude da especificidade do gesto esportivo as ginastas satildeo expostas constantemente a

posturas e esforccedilos repetitivos repercutindo em lesotildees musculoesqueleacuteticas e consequentemente

em dor a qual pode afetar negativamente o equiliacutebrio corporal Objetivo caracterizar a dor

musculoesqueleacutetica em atletas de elite de GR Secundariamente comparar o equiliacutebrio postural

estaacutetico das ginastas com controles natildeo atletas bem como correlacionar o iacutendice de dor com o

equiliacutebrio nas atletas de GR Meacutetodos participaram da pesquisa 50 jovens do sexo feminino 25

ginastas compondo o grupo atleta (GA) e 25 natildeo atletas compondo o grupo controle (GC) As

voluntaacuterias foram submetidas agrave avaliaccedilatildeo da percepccedilatildeo dolorosa utilizando a versatildeo brasileira do

questionaacuterio de dor McGill (Br-MPQ) e do equiliacutebrio postural atraveacutes da estabilometria O estudo foi

aprovado pelo comitecirc de eacutetica (CAAE 61990516400005546) Resultados o GA manifestou

percepccedilatildeo dolorosa significativamente maior (plt0001) a dor nas atletas apresentou caracteriacutesticas

sensorial e avaliativa as regiotildees de maior queixa dolorosa foram a articulaccedilatildeo do quadril (52)

seguida do tornozelo-peacute (44) Na comparaccedilatildeo intergrupos do equiliacutebrio postural estaacutetico foi

observado maior deslocamento do COP no GA (16513 mmsup2 plusmn 148) em relaccedilatildeo ao GC (10212 mmsup2

plusmn 114) Nas correlaccedilotildees do equiliacutebrio com os domiacutenios da dor foi observada apenas uma correlaccedilatildeo

significativa entre a dor avaliativa e a VmCOP na direccedilatildeo mediolateral (r = 0414 p = 0040)

Conclusatildeo As atletas demonstram maior percepccedilatildeo dolorosa e menor equiliacutebrio postural estaacutetico

quando comparadas a controles natildeo atletas Entretanto possuem maior habilidade para

reestabelecer o controle postural Aleacutem disso a presenccedila da percepccedilatildeo dolorosa mostrou uma fraca

relaccedilatildeo poreacutem significativa com o controle postural em atletas de elite de GR

Descritores Ginaacutestica Equiliacutebrio Postural Dor Musculoesqueleacutetica

ABSTRACT

Introduction Rhythmic Gymnastics (RG) is a high performance sport that requires your movements of large amplitudes athletes strength and a good hand-eye coordination postural In addition due to the specificity of Sporting gesture the gymnasts are constantly exposed to repetitive strain and postures reverberating in musculoskeletal injuries and consequently in painwhich can negatively affect the body balance Objective to characterize the musculoskeletal pain in elite athletes of RG secondarily compare the static postural equilibrium of the gymnasts with non-athletes controls as well

as correlate the pain index with the equilibrium in the athletes of RG Methods Participated in the

survey 50 female youth 25 gymnasts composing the Athlete Group (AG) and 25 non-athletes composing the Control Group (CG) The volunteers were subjected to the evaluation of the painful perception using the Brazilian version of the McGill Pain Questionnaire (BR-MPQ) and the posture equilibrium through the Estabilometria The study was approved by the Ethics Committee (CAAE 61990516400005546) Results The AG manifested significantly greater painful perception (p lt 0001) The pain in athletes presented sensory and evaluative characteristics The most painfully complaining regions were the hip joint (52) followed by ankle-foot (44) In the intergroup comparison of the static posture equilibrium was observed greater displacement of the COP in the AG (16513 mm sup2 plusmn 148) relative to the CG (10212 mm sup2 plusmn 114) In the correlations of equilibrium with the domains of pain it was observed only a significant correlation between the evaluative pain and the VmCOP in the direction mediolateral (r = 0414 p = 0040) Conclusion Athletes demonstrate greater painful perception and lower posture static equilibrium when compared to non-athletes controls However they possess greater ability to reestablish posture control Moreover the presence of painful perception showed a weak but significant relationship with the posture control in elite athletes of Gr

keywords Gymnastics Postural Balance Musculoskeletal Pain

16

1 INTRODUCcedilAtildeO

A Ginaacutestica Riacutetmica (GR) eacute uma modalidade esportiva que exige de seus

atletas forccedila flexibilidade e coordenaccedilatildeo motora para a realizaccedilatildeo de movimentos

corporais de danccedila combinados com a manipulaccedilatildeo de pequenos equipamentos1 2

Desse modo para a correta execuccedilatildeo de seus movimentos durante treinos e

competiccedilotildees torna-se imprescindiacutevel a manutenccedilatildeo do equiliacutebrio e controle postural

protegendo o sistema neuromuscular de lesotildees1 34

Geralmente os atletas de alto rendimento como as ginastas satildeo submetidos

a altos volumes e intensidades de treinamento comprometendo a biomecacircnica

devido agrave alteraccedilotildees compensatoacuterias na execuccedilatildeo do gesto esportivo as quais

repercutem no aparecimento de lesatildeo e dor5-7 Diante disso acredita-se que a

presenccedila de dor possa afetar negativamente o equiliacutebrio postural de atletas

Vaacuterios autores abordam a importacircncia da manutenccedilatildeo do equiliacutebrio na praacutetica

esportiva289 Entretanto a estabilidade corporal em atletas pode variar de acordo

com as exigecircncias especiacuteficas da modalidade praticada10 Comumente atletas de

alto niacutevel que dependem da estabilidade postural para execuccedilatildeo da praacutetica

esportiva como na ginaacutestica riacutetmica aprendem a elevar o limiar sensoriomotor por

estimulaccedilatildeo dos seus proprioceptores tendo uma ativaccedilatildeo muscular mais raacutepida em

resposta agraves perturbaccedilotildees do equiliacutebrio11 12

Todavia alguns fatores podem interferir no controle postural destacando-se a

dor musculoesqueleacutetica4913 Sabe-se que a presenccedila da percepccedilatildeo dolorosa em

qualquer parte do segmento corporal eacute o primeiro indicador da existecircncia de lesatildeo

tecidual14 Desta forma pesquisas comprovam que em populaccedilotildees ativas com

lesotildees musculoesqueleacuteticas foram observados deacuteficits de controle postural121516

Em vista disso a dor musculoesqueleacutetica eacute uma das principais causas que podem

afetar o equiliacutebrio corporal em ginastas de alto rendimento levando agrave diminuiccedilatildeo da

funcionalidade da qualidade de vida e consequentemente agrave perda da performance

desportiva913 Esta eacute considerada uma experiecircncia multidimensional e subjetiva17 18

portanto torna-se uma variaacutevel difiacutecil de ser avaliada principalmente em atletas

17

Atualmente existe diversos estudos cientiacuteficos sobre o comportamento do

estiacutemulo doloroso e do equiliacutebrio corporal na performance esportiva e na prevenccedilatildeo

de lesotildees em atletas de elite5-81920 Poreacutem satildeo raras as investigaccedilotildees sobre a

caracterizaccedilatildeo da dor e do equiliacutebrio corporal em atletas de ginaacutestica riacutetmica Bem

como descriccedilatildeo da relaccedilatildeo da dor na estabilidade postural em atletas de alto

rendimento em qualquer que seja o esporte praticado e articulaccedilatildeo testada

O presente estudo tem como objetivo primaacuterio caracterizar a dor

musculoesqueleacutetica em atletas de elite de Ginaacutestica Riacutetmica Secundariamente

comparar o equiliacutebrio postural estaacutetico das ginastas com controles natildeo atletas bem

como correlacionar o iacutendice de dor com o equiliacutebrio nas atletas de GR

2 MEacuteTODOS

21 Delineamento do Estudo

Trata-se de um estudo analiacutetico do tipo observacional com um corte

transversal controlado e mascaramento aberto

22 Sujeitos

A amostra foi composta de 50 sujeitos unicamente do sexo feminino

coletados por conveniecircncia Os sujeitos foram divididos em dois grupos Grupo

Atleta (GA) (25 sujeitos) recrutados na Confederaccedilatildeo Brasileira de Ginaacutestica

AracajuSergipeBrasil e Grupo Controle (GC) (25 sujeitos) selecionados no Coleacutegio

Polivalente LagartoSergipeBrasil e pareados por peso Iacutendice de Massa Corporal

(IMC) e idade

Os criteacuterios de inclusatildeo dos sujeitos submetidos agrave pesquisa e alocados no

GA foram (1) ter sido aprovada na seletiva para o ingresso na seleccedilatildeo brasileira de

ginaacutestica riacutetmica (SBGR) (2) tempo de praacutetica no esporte superior a cinco anos com

4 horas diaacuterias ou mais de treino Para os sujeitos incluiacutedos no GC foram

obedecidos os seguintes criteacuterios (1) IMC le 25 (2) idade entre 14 e 24 anos (3)

ausecircncia de poacutes-ciruacutergicos anteriores Os sujeitos em ambos os grupos foram

excluiacutedos caso apresentassem (1) sequela de doenccedilas do sistema nervoso central

(2) diabetes mellitus ou pressatildeo arterial natildeo controlada (3) inaptidatildeo para seguir

18

ordens ou compreender as ferramentas de mensuraccedilatildeo do estudo (4) histoacuteria de

comprometimento visual auditivo eou do sistema vestibular (5) natildeo falar e

compreender o idioma portuguecircs (6) uso de faacutermacos inibidores ou estimulantes do

sistema nervoso central

23 Procedimentos de avaliaccedilatildeo

Inicialmente foram avaliados dados antropomeacutetricos como peso medido

atraveacutes de balanccedila analoacutegica (Camryreg) calibrada pelo Inmetro (Instituto Nacional de

Metrologia Normalizaccedilatildeo e Qualidade Industrial) e altura mensurada por meio de

fita meacutetrica natildeo-flexiacutevel (Tramontinareg) Em seguida os sujeitos receberam

informaccedilotildees sobre os objetivos da pesquisa instrumentos utilizados comandos

verbais a serem atendidos e demais procedimentos A partir da seleccedilatildeo das

voluntaacuterias iniciou-se a coleta dos dados realizada em duas etapas

231 Avaliaccedilatildeo da Dor

Para registro da percepccedilatildeo da dor foi aplicada a versatildeo brasileira do

questionaacuterio de Dor McGill (Br-MPQ) Trata-se de um instrumento para avaliaccedilatildeo de

dor em uma perspectiva multidimensional o qual possibilita o fornecimento de um

conhecimento amplo sobre a caracterizaccedilatildeo e percepccedilatildeo do estiacutemulo doloroso em

quatro dimensotildees (sensorial afetiva avaliativa e miscelacircnea)1718 As voluntaacuterias

foram instruiacutedas primeiramente a identificar em um diagrama corporal no

questionaacuterio a localizaccedilatildeo da sua dor quando presente Posteriormente foram

orientadas a selecionar em cada subgrupo do questionaacuterio uma palavra que melhor

expressasse a experiecircncia com a dor relatada previamente Deixando claro que natildeo

era obrigatoacuteria a escolha de palavras em todas as dimensotildees O resultado final do

Br-MPQ usado para anaacutelise foi expresso pelo nuacutemero de palavras escolhidas (NWC)

e pelo iacutendice de dor (PRI) caracterizado pela somatoacuteria dos valores de intensidade

dos descritores escolhidos

232 Avaliaccedilatildeo Estabilomeacutetrica

A estabilometria foi realizada com os sujeitos posicionados sobre uma

plataforma de forccedila sendo orientado a manter o olhar adiante num ponto fixado na

parede e de modo consciente transferir o peso corporal da maneira mais

19

homogecircnea possiacutevel entre os membros inferiores Foram realizados trecircs registros

com os olhos abertos As variaacuteveis analisadas foram a aacuterea da elipse do centro de

oscilaccedilatildeo de pressatildeo (ACOP) e a velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo pressatildeo

(VmCOP) do baricentro corporal nas direccedilotildees anteroposterior (AP) e mediolateral

(ML)

A distribuiccedilatildeo consciente do peso foi registrada atraveacutes de um

baropodocircmetro da marca Arquipeacutelagoreg (Footwork Satildeo Paulo Satildeo Paulo Brasil)

que consiste em um sistema de plataforma interligada a um computador para

mensurar as pressotildees exercidas pelos peacutes atraveacutes do sistema de aquisiccedilatildeo

computadorizada das pressotildees (ACP) A plataforma utilizada possui dimensotildees 700

X 600 mm com uma superfiacutecie ativa de 475 X 430 mm com 2544 sensores Esta foi

conectada a um computador com processador 62G HV 04 GB de memoacuteria RAM

disco riacutegido 500 GB e software footwork o qual analisou os dados captados Para

esses registros ortostaacuteticos foi utilizada a frequecircncia de aquisiccedilatildeo dos dados de 05

Hz coletando com isso 100 leituras em cada avaliaccedilatildeo O tempo de registro foi de

15 segundos com um intervalo de 30 segundos entre as avaliaccedilotildees

24 Aspectos Eacuteticos

O estudo foi submetido e aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica e Pesquisa com

Seres Humanos da Universidade Federal de Sergipe (CAAE

61990516400005546) Todos os voluntaacuterios assinaram o Termo de Consentimento

Livre e Esclarecido (TCLE) Todos os sujeitos que participaram da pesquisa foram

avisados que poderiam desistir da participaccedilatildeo a qualquer momento sem nenhum

preuizo aos mesmos

25 Anaacutelise Estatiacutestica

As variaacuteveis numeacutericas foram testadas quanto agrave distribuiccedilatildeo de normalidade

por meio do teste de Shapiro-Wilk Para anaacutelise das amostras parameacutetricas foi

utilizado o teste T- Student e para as amostras natildeo parameacutetricas foi utilizado o teste

de Mann-Whitney para identificar diferenccedilas intergrupos Os dados gerais foram

apresentados em meacutedia e erro padratildeo da meacutedia (EPM) bem como frequecircncia

absoluta (FA) e relativa (FR) Para anaacutelise das correlaccedilotildees entre as variaacuteveis

pesquisadas aplicou-se o teste de Spearman A significacircncia foi estipulada em cinco

20

por cento (p le 005) Para todas as anaacutelises foi utilizado o programa GraphPad Prism

(Versatildeo 601)

3 RESULTADOS

31 Sujeitos

Cinquenta indiviacuteduos concluiacuteram o estudo vinte e cinco voluntaacuterias foram

alocadas no grupo atleta e controle respectivamente As variaacuteveis idade peso

altura e IMC natildeo foram significativamente diferentes entre os grupos A tabela 1

conteacutem as caracteriacutesticas demograacuteficas e antropomeacutetricas dos grupos de estudo

Tabela 1 Caracteriacutesticas demograacuteficas e antropomeacutetricas da amostra

GA grupo atleta GC grupo controle Valores expressos como meacutedia plusmn erro padratildeo da meacutedia O valor de p

corresponde agrave comparaccedilatildeo entre o grupo atleta (n=25) e o grupo controle (n=25)

32 Caracterizaccedilatildeo da Dor

321 Domiacutenios da Dor

Aproximadamente setenta por cento do grupo controle (68) natildeo apresentou

descriccedilatildeo para a sensibilidade dolorosa em nenhum dos domiacutenios avaliados No

grupo atleta foi observado que 24 (96) apresentaram dor de caracteriacutestica

sensorial 19 voluntaacuterias (76) afetiva 24 sujeitos (96) avaliativa e 19 (76)

miscelacircnea

Ao comparar as atletas com o grupo controle observou diferenccedila significativa

com um aumento da dor descrita em todos os domiacutenios avaliados sensorial (1344 plusmn

Caracteriacutesticas

GRUPOS

GA GC P

Idade (anos) 2016 plusmn 068 2091 plusmn 065 0560

Peso (Kg) 5128 plusmn 10 5064 plusmn 109 1481

Altura (m) 164 plusmn 0011 163 plusmn 0009 0372

IMC (Kgm2) 1864 plusmn 03 1938 plusmn 0436 0533

21

146 plt0001) afetivo (264 plusmn 053 plt0001) avaliativo (236 plusmn 028 plt0001) e

miscelacircnea (376 plusmn 064 plt0001) (Tabela 2)

Tabela 2 Domiacutenios da dor entre os grupos da pesquisa

Tabela 2 Escores obtidos atraveacutes do questionaacuterio de dor McGill entre o grupo atleta (n=25) e o grupo controle

(n=25) Os valores foram apresentados como frequecircncia absoluta (FA) e relativa (FR) (porcentagem) SL

Sensorial AV Avaliativa AF Afetiva M Miscelacircnea GA grupo atleta GC grupo controle plt005 GA X GC

plt001 GA X GC plt0001 GA X GC A anaacutelise de variaacuteveis categoacutericas foi realizada por meio do teste

Mann-Whitney

322 Localizaccedilatildeo da Dor

Aproximadamente sessenta e oito por cento do grupo controle apresentou

nenhum local de intensidade dolorosa Em contra partida no grupo atleta seis (24)

das ginastas relataram sentir dor em pelo menos uma articulaccedilatildeo do corpo e

dezenove (76) apresentaram intensidade dolorosa em mais de uma articulaccedilatildeo

Foi observado no grupo atleta que em 13 (52) das atletas a articulaccedilatildeo do quadril

apresentou-se com maior prevalecircncia A segunda articulaccedilatildeo de maior sensibilidade

relatada pelo GA foi o peacute em 11 (44) (Tabela 3)

Tabela 3 Prevalecircncia e localizaccedilatildeo de dor entre os grupos da pesquisa

Domiacutenios Grupo Atleta (GA) Grupo Controle (GC) P

FA (n) FR () FA (n) FR ()

Sensorial (SL) 24 96 8 32 00001

Afetiva (AF) 19 76 4 16 00001

Avaliativa (AV) 24 96 8 32 00001

Miscelacircnea (M) 19 76 6 24 00005

Caracteriacutesticas Grupo Atleta (GA) Grupo Controle (GC)

FA (n) FR () FA (n) FR ()

Sentem dor 25 100 8 32

22

Tabela 3 Prevalecircncia e distribuiccedilatildeo corporal da dor entre o grupo atleta (n=25) e o grupo controle (n=25) Os

valores foram apresentados como frequecircncia absoluta (FA) e relativa (FR) (porcentagem) GA grupo atleta GC

grupo controle

323 Nuacutemero de Palavras Escolhidas e Iacutendice de Dor

No grupo atleta o nuacutemero de palavras escolhidas (NWC) foi significativamente

maior (1076 plusmn 106) ao comparar com o grupo controle (220 plusmn 075 plt0001)

Similarmente aos resultados encontrados para o NWC tambeacutem foi observado um

aumento significativo do iacutendice de dor (PRI) no grupo atleta (2220 plusmn 242) em

relaccedilatildeo ao grupo controle (484 plusmn 165 plt0001) A figura 1 demonstra a

comparaccedilatildeo entre os grupos para o Iacutendice de dor e nuacutemero de palavras escolhidas

Dor em uma articulaccedilatildeo 6 24 7 28

Dor em mais de uma articulaccedilatildeo

19 76 1 4

Dor no Quadril 13 52 0 0

Dor no Peacute 11 44 1 4

Dor no Joelho 7 28 1 4

Dor na Coluna 5 20 4 16

23

Figura 1 Nuacutemero de palavras escolhidas e Iacutendice de dor verificado por meio do questionaacuterio de dor de McGill

entre o grupo atleta (n=25) e o grupo controle (n=25) NWC nuacutemero de palavras escolhidas PRI iacutendice de dor

GA grupo atleta GC grupo controle plt005 GA X GC plt001 GA X GC plt0001 GA X GC A anaacutelise de

variaacuteveis categoacutericas foi realizada por meio do teste Mann-Whitney

33 Equiliacutebrio Estaacutetico (Estabilometria)

331 Aacuterea de deslocamento do COP (ACOP)

Nas comparaccedilotildees intergrupos foi observada uma reduccedilatildeo significativa do

equiliacutebrio no grupo atleta (plt005) Verificou-se que as ginastas apresentaram maior

deslocamento do COP (16513 mmsup2 plusmn 148 p= 0002) em relaccedilatildeo ao grupo controle

(10212 mmsup2 plusmn 114 p= 0002) A figura 2 demonstra a comparaccedilatildeo da aacuterea do

deslocamento do COP entre os grupos

Figura 2 Aacuterea da elipse do centro de pressatildeo do baricentro corporal entre o grupo atleta (n=25) e o grupo

controle (n=25) ACOP aacuterea do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo GA grupo atleta GC grupo controle plt005 GA X GC plt001 GA X GC plt0001 GA X GC A anaacutelise de variaacuteveis categoacutericas foi realizada por meio do teste Mann-Whitney

332 Velocidade meacutedia de oscilaccedilatildeo do COP (VmCOP)

A velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo do baricentro do corpo foi

significativamente maior na direccedilatildeo AP no grupo atleta (1110 mms plusmn 0049 p=003)

quando comparada ao grupo controle (0997 mms plusmn 0091 p=003) Paralelamente

24

a velocidade meacutedia do COP na direccedilatildeo ML tambeacutem foi significativamente maior no

grupo atleta (0845 mms plusmn 0042 plt0001) em relaccedilatildeo ao grupo controle (0508

mms plusmn 0065 plt0001) (Figura 3)

Figura 3 Velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo do baricentro corporal entre o grupo atleta (n=25)

e o grupo controle (n=25) COP centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo AP anteroposterior ML mediolateral GA grupo atleta GC grupo controle plt005 GA X GC plt001 GA X GC plt0001 GA X GC A anaacutelise de variaacuteveis categoacutericas foi realizada por meio do teste Mann-Whitney

34 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios da dor e equiliacutebrio postural

Foi apenas visualizada uma correlaccedilatildeo de fraca a moderada positiva com

significacircncia estatiacutestica entre o domiacutenio de dor avaliativa (236 plusmn 028) e velocidade

meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo na direccedilatildeo mediolateral (AV 0845mms plusmn

0042 r = 0414 p = 0040) Natildeo houve correlaccedilatildeo significativa entre todos os outros

domiacutenios avaliados e a velocidade meacutedia do COP na direccedilatildeo ML (S 0845mms plusmn

0042 r = 023 p gt 0914 AF 0845mms plusmn 0042 r = 085 p = 0687 M 0845mms

plusmn 0042 r = 0049 p = 0816) Bem como entre todos os domiacutenios e a velocidade

meacutedia do COP na direccedilatildeo anteroposterior (S 1110mms plusmn 0049 r = 0009 p =

0967 AF 1110mms plusmn 0049 r = 0216 p = 0299 AV 1110mms plusmn 0049 r =

020 p = 0925 M 1110mms plusmn 0049 r = 0138 p = 0510) e entre todos os

domiacutenios e a aacuterea de deslocamento do COP (S 16513mmsup2 plusmn 148 r = 0044 p =

0836 AF 16513mmsup2 plusmn 148 r = 0165 p = 0431 AV 16513mmsup2 plusmn 148 r = 0220

p gt 0291 M 16513mmsup2 plusmn 148 r = 0180 p = 0390) (Figura 4)

25

Figura 4 Correlaccedilatildeo de Spearman entre dor avaliativa e velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo (VmCOP) do baricentro corporal (A) Forccedila de correlaccedilatildeo de Spearman (r = 0414 p = 0040) entre a dor

avaliativa (AV) (236 plusmn 028) e a velocidade meacutedia do COP na direccedilatildeo mediolateral (0845 mms plusmn 0042) no grupo atleta (B) Forccedila de correlaccedilatildeo de Spearman (r = 0063 p = 0765) entre a dor avaliativa (AV) (060 plusmn

021) e a velocidade meacutedia do COP na direccedilatildeo mediolateral (0508 mms plusmn 0065) no grupo controle Os valores foram apresentados como meacutedia plusmn erro padratildeo da meacutedia

4 Discussatildeo

Os resultados desta pesquisa demonstraram que atletas de elite de ginaacutestica

riacutetmica manifestam maior percepccedilatildeo dolorosa que controles natildeo praticantes de

esporte a niacutevel competitivo Isto pode estar relacionado a trecircs principais fatores que

podem contribuir de forma direta para a maior prevalecircncia de dor nessas atletas

destacando o iniacutecio precoce na praacutetica da modalidade os altos volumes e

intensidade dos treinos e a grande quantidade de repeticcedilotildees dos gestos esportivos

com alta predominacircncia de saltos e posturas estaacuteticas De acordo com os nossos

resultados Sabeti et al21 realizaram estudo com 218 ginastas de diferentes

nacionalidades no campeonato europeu de GR utilizando a escala visual analoacutegica

(EVA) para registro da intensidade dolorosa Os resultados encontrados foi que as

atletas tecircm uma maior intensidade dolorosa (72) que controles natildeo praticantes de

esporte competitivo

Paralelamente a literatura cientifica relata que o tempo de inicio da praacutetica

esportiva o niacutevel competitivo e o volumeintensidade dos treinos destas atletas satildeo

fatores preditivos para um maior desenvolvimento de lesatildeo e dor em atletas de GR

Shigaki et al4 apontam que o risco e intensidade de lesatildeo estatildeo fortemente

26

relacionados com o aumento da idade e do niacutevel competitivo Da mesma forma

Vanderlei et al22 e Oliveira et al23 afirmam que quanto mais elevada a categoria do

atleta maior seraacute o tempo e a intensidade do treinamento consequentemente maior

a exposiccedilatildeo aos esforccedilos musculoesqueleacuteticos durante treinamento eou

competiccedilotildees Deste modo Oliveira et al23 em seu estudo avaliaram 25 atletas de

GR de diferentes categorias etaacuterias e encontraram que a maioria das atletas

apresentaram algum tipo de lesatildeo ocasionada pelos treinos Desta forma autores

relatam que a formaccedilatildeo dessas atletas influencia na incidecircncia e intensidade

dolorosa de lesotildees por overuse21 24 Tais lesotildees geralmente ocorrem quando a

frequecircncia dos exerciacutecios aumenta enquanto a intensidade eacute mantida23 Estando de

acordo com os nossos resultados Kolar et al25 em estudo realizado com 63 atletas

da ginaacutestica artiacutestica e riacutetmica de ambos os sexos concluiacuteram que a maacute teacutecnica

meacutetodos improacuteprios de ensino e carga inadequada durante os treinos foram

associados com o surgimento de dor e lesotildees nessa populaccedilatildeo

Contrariamente aos nossos resultados Muller et al26 realizaram um estudo

investigativo do desenvolvimento de dor lombar em atletas adolescentes em relaccedilatildeo

ao sexo e tipo de esporte praticado Foram avaliados 321 atletas sem dor lombar em

um primeiro momento e apoacutes dois anos os mesmo atletas foram reavaliados para

verificar a incidecircncia de dor lombar Apenas 10 da amostra foram categorizados

com dor lombar Aleacutem disso antropometria e caracteriacutesticas de formaccedilatildeo do esporte

natildeo demonstraram influecircncia significativa na dor lombar levando os autores a

concluiacuterem que o esporte de alto rendimento natildeo induz dor lombar em atletas

adolescentes

No nosso estudo utilizamos para avaliaccedilatildeo da percepccedilatildeo dolorosa em ambos

os grupos o questionaacuterio de dor McGill Este apresentou-se como uma ferramenta

de faacutecil execuccedilatildeo baixo custo e com alta sensibilidade e confiabilidade para uma

caracterizaccedilatildeo multidimensional da dor na populaccedilatildeo estudada Diferenciados

meacutetodos de investigaccedilatildeo da dor podem ser encontrados em um crescente numero

de publicaccedilotildees cientificas sobre o estudo da percepccedilatildeo e intensidade dolorosa

Goubert et al27 utilizaram a algometria de pressatildeo para comparar a avaliaccedilatildeo

sensorial quantitativa da dor de pacientes com dor lombar em diferentes niacuteveis de

cronicidade comparando a controles saudaacuteveis e pacientes com fibromialgia

Diferentemente Sabeti et al21 Arliani et al28 e Hoskins et al29 utilizaram em suas

27

pesquisas a escala visual analoacutegica (EVA) para registrar a intensidade dolorosa de

atletas em diferentes modalidades Ambos satildeo considerados meacutetodos

unidimensionais utilizados com o objetivo de quantificar a magnitude da dor dentro

de um perfil somatosensorial

Por outro lado diversas pesquisas utilizam o questionaacuterio McGill (MPQ) como

instrumento multidimensional para avaliar a dor e conhececirc-la de forma ampla em

diferentes modelos de estudos e em diversas populaccedilotildees Ngamkham et al30

realizaram revisatildeo sistemaacutetica sobre a avaliaccedilatildeo da dor com McGill em pacientes

com cacircncer demonstrando que o MPQ eacute comumente usado nessa populaccedilatildeo para

mensurar a intensidade e qualidade da dor pois fornece informaccedilotildees sobre

possiacuteveis locais da doenccedila magnitude da dor bem como a eficaacutecia do tratamento e

intervenccedilatildeo submetidos Da mesma forma Bermudez et al31 avaliaram pacientes

diagnosticados com DTM moderada e severa para discriminar e comparar a queixa

dolorosa de acordo com a severidade da doenccedila Pode-se concluir com o estudo

que o MPQ foi capaz de diferenciar o padratildeo temporal da dor a localizaccedilatildeo de maior

queixa dolorosa e a intensidade da dor em portadores de DTM

As diferenccedilas metodoloacutegicas utilizadas corroboram o fato de a dor ser uma

experiecircncia complexa e subjetiva que varia em qualidade intensidade sensorial e

em caracteriacutesticas afetivo-motivacionais Pois a mesma envolve vaacuterias dimensotildees e

pode ser influenciada por infinitos estiacutemulos intriacutensecos e extriacutensecos32 33 Assim

cabe a utilizaccedilatildeo de diferentes meacutetodos uni e multidimensionais para uma avaliaccedilatildeo

precisa considerando a natureza da dor e suas caracteriacutesticas

De acordo com os resultados do nosso estudo foi visualizado que as atletas

de elite de GR apresentam diferentes caracteriacutesticas de percepccedilatildeo do estiacutemulo

doloroso em comparaccedilatildeo aos controles destacando dores com perfil sensorial e

avaliativo Acreditamos que os atletas de alto rendimento apresentam-se com

alteraccedilotildees do imputs neurosensorial em virtude da constante presenccedila e

intensidade das dores sentidas pela a sua praacutetica desportiva Isto pode repercutir em

mudanccedilas na interpretaccedilatildeo da dor sentida em seu corpo fiacutesico devido agrave influecircncia

de fatores emocionais sociais e hormonais que satildeo comuns em mulheres atletas

Em vista disso sabe-se que o domiacutenio sensorial e avaliativo representam as

28

impressotildees fiacutesicas desse estiacutemulo doloroso aacutelgico e uma auto-avaliaccedilatildeo da sua dor

respectivamente34

Segundo Pimenta e Texeira18 as diferenccedilas na estratificaccedilatildeo da dor se

justificam pelo fato das interpretaccedilotildees de informaccedilotildees cognitivas serem

condicionadas por experiecircncias preacutevias em diferentes momentos do estiacutemulo da dor

gerando respostas variadas agrave experiecircncia dolorosa por ser um processo

individualizado Aleacutem disso a dor eacute uma experiecircncia complexa descrita em termos

de caracteriacutesticas sensoriais afetivo-motivacionais cognitivas e comportamentais

Desta forma o resultado de uma avaliaccedilatildeo da percepccedilatildeo dolorosa pode depender

de qual dimensatildeo da dor esteja sendo vivenciada no momento da avaliaccedilatildeo por

cada indiviacuteduo14

Hoskins et al29 utilizaram a escala visual analoacutegica (EVA) e o questionaacuterio

McGill para comparar a intensidade e a qualidade de dor lombar entre atletas de

elite amadores e natildeo atletas Foram observadas diferenccedilas significativas entre os

grupos mostrando que os atletas de elite apresentaram intensidade de dor mais

alta assim como escolheram com mais frequecircncia palavras das categorias sensorial

e afetiva De forma semelhante a nossa pesquisa o domiacutenio sensorial apresentou o

maior iacutendice de dor e maior frequecircncia de palavras escolhidas Tal fato possa ser

justificado por esse ser o domiacutenio de maior representatividade no questionaacuterio

agregando termos de qualidades sensitivas dor18 Poreacutem a dimensatildeo afetiva natildeo foi

evidenciada com maior frequecircncia no presente estudo Esta representa um estado

emocional o qual pode ser traduzido por percepccedilotildees de cansaccedilo sentimentos de

medo e puniccedilatildeo assim como reaccedilotildees autonocircmicas34 Reading32 e Pimenta e

Teixeira18 em seus estudos relataram que os pacientes que sentem dores de

caracteriacutestica aguda preferem descritores da categoria sensorial Por outro lado

indiviacuteduos que sentem dor crocircnica usualmente tendem a selecionar mais

descritores da categoria afetiva levando em conta fenocircmenos cognitivo de

antecipaccedilatildeo memoacuteria atenccedilatildeo e experiecircncia anterior

Os resultados desta pesquisa demonstraram que a regiatildeo com maior

prevalecircncia de queixa dolorosa em atletas de elite de GR foi a articulaccedilatildeo do quadril

com aproximadamente cinquenta e dois por cento das queixas Isto pode estar

relacionado ao fato da articulaccedilatildeo do quadril ser responsaacutevel pela absorccedilatildeo de

29

grandes cargas compressivas durante a fase de aterrissagem dos saltos o qual eacute

um movimento especiacutefico do esporte Aleacutem disso no quadril estaacute localizado o centro

de gravidade do corpo assim as cargas que satildeo geradas ou transmitidas por essa

regiatildeo geram influecircncia no desempenho esportivo Desse modo pesquisas

cientiacuteficas relatam sobre a importacircncia da forccedila dos muacutesculos estabilizadores do

quadril no surgimento e desenvolvimento de dores nesta articulaccedilatildeo4 35 Steinberg et

al36 realizaram uma analise sistemaacutetica do desempenho da musculatura do quadril

no desenvolvimento de lesotildees no membro inferior e encontraram que a diminuiccedilatildeo

da funccedilatildeo dos muacutesculos do quadril associada a cargas repetitivas no membro

inferior pode aumentar o risco de lesotildees no joelho e em todo o membro

De forma contraacuteria aos nossos resultados Guiotte et al2 Sabeti et al21 e

Oliveira et al23 avaliaram ginastas de diferentes categorias e relataram que a regiatildeo

anatocircmica de queixa dolorosa mais prevalente na praacutetica da GR eacute a coluna lombar

seguida do tornozelo e joelho De acordo com Anderson et al37 a dor no quadril e

na virilha em atletas ocorrem com menor frequecircncia que lesotildees das extremidades do

membro inferior Ratificando esses autores Tschopp et al38 defendem que as

lesotildees do quadril satildeo menos comuns poreacutem satildeo mais difiacuteceis de serem

diagnoacutesticadas Pois as consideraccedilotildees anatocircmicas e biomecacircnicas para lesotildees

nesta regiatildeo estatildeo entre as mais complexas do sistema muacutesculo-esqueleacutetico

Por outro lado os nossos resultados demonstraram que a segunda

articulaccedilatildeo mais prevalente em relaccedilatildeo agrave queixa dolorosa pela praacutetica de GR em

atletas de elite foi o tornozelo-peacute (44) Tal fato se justifica por alguns fatores como

sobrecarga excessiva nos muacutesculos intriacutensecos do peacute os quais satildeo responsaacuteveis

pela formaccedilatildeo do arco plantar existecircncia de compressotildees excessivas nos

segmentos oacutesseos devido ao processo de absorccedilatildeo de impacto nos saltos aleacutem da

necessidade de manutenccedilatildeo da postura do tornozelo-peacute em flexatildeo plantar por

tempos prolongados

De acordo com Han et al39 o complexo do tornozelo-peacute na maioria das

atividades esportivas eacute a uacutenica parte do corpo que estaacute em contato com solo

Assim a propriocepccedilatildeo do tornozelo contribui de forma extremamente significativa

para o controle do equiliacutebrio pois fornece informaccedilotildees que permitem o ajuste de

posiccedilotildees e movimentos dos membros para realizaccedilatildeo das tarefas motoras

30

complexas exigidas no esporte de elite Saito et al12 em sua pesquisa ao avaliarem

atletas com e sem lesatildeo no tornozelo observaram que as lesotildees no tornozelo aleacutem

de causar alteraccedilotildees musculares e osteocinemaacuteticas promovem de forma direta

repercussotildees negativas no controle neuromuscular da articulaccedilatildeo predispondo-a aacute

episoacutedios recidivantes em virtude do comprometimento do feedback neurosensorial

afetando o controle postural e consequentemente o desempenho nas atividades

motoras

De acordo com os dados obtidos no nosso estudo foi observada nas atletas

uma maior aacuterea de deslocamento do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo (COP) do

corpo demonstrando um menor equiliacutebrio estaacutetico das ginastas ao comparar com

controles natildeo atletas Isto pode estar relacionado a uma maior intensidade e

presenccedila do estiacutemulo doloroso no corpo das atletas e a intensa quantidade de

repeticcedilotildees dos exerciacutecios de forma assimeacutetrica pela preferecircncia do membro

dominante Desse modo diversas pesquisas relatam que a presenccedila da dor pode

aumentar a aacuterea do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo (ACOP) produzindo uma piora

do equiliacutebrio corporal4 12 15 16 Lin et al16 e Shigaki et al4 em seus estudos avaliaram

o equiliacutebrio de atletas comparando trecircs grupos atletas com lesatildeo atletas sem lesatildeo

e natildeo atletas Evidenciaram que atletas com lesatildeo apresentaram maior oscilaccedilatildeo do

centro de pressatildeo comparado a indiviacuteduos natildeo atletas e atletas sem lesatildeo Poreacutem

quando comparados atletas sem lesatildeo com indiviacuteduos natildeo atletas natildeo foi observado

diferenccedila significativa

Ao mesmo tempo em nosso estudo foi encontrado uma velocidade meacutedia do

COP maior no grupo atleta em ambas as direccedilotildees ao comparar com controles natildeo

atletas Sendo a velocidade meacutedia do COP maior no plano sagital (anteroposterior)

em relaccedilatildeo ao plano frontal (meacutediolateral) Isto ocorre porque as atletas apresentam

uma resposta neuromuscular mais raacutepida para recuperaccedilatildeo da estabilidade do corpo

adquirida pelo treinamento esportivo essencialmente no plano sagital em que as

estrateacutegias posturais para recuperaccedilatildeo do equiliacutebrio satildeo mais efetivas

Diversos estudos publicados na literatura abordam a habilidade do controle

postural em atletas2 8-12 Matsuda et al10 relatam que atletas tecircm capacidade de

equiliacutebrio dinacircmico superior quando comparados a indiviacuteduos natildeo atletas Da

mesma forma Merlo et al11 acreditam a praacutetica de esportes produz adaptaccedilotildees que

31

ou desenvolvimento de consciecircncia de estrateacutegias posturais natildeo evidenciadas em

sujeitos natildeo praticantes de atividade esportiva

Os resultados encontrados por meio desse estudo mostraram que a dor em

sua dimensatildeo avaliativa apresentou relaccedilatildeo significativa com a velocidade meacutedia do

centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo do corpo na direccedilatildeo mediolateral Tal fato evidencia

que a percepccedilatildeo do estiacutemulo doloroso interfere de maneira significativa na

habilidade do atleta em reestabelecer a estabilidade postural apoacutes perturbaccedilatildeo do

equiliacutebrio em postura estaacutetica Prejudicando o desempenho atleacutetico na modalidade

uma vez que as atletas dependem da estabilidade postural para execuccedilatildeo da praacutetica

esportiva Alguns autores relatam a influecircncia da dor e fatores psicoemocionais na

performance e desempenho de atletas de alto rendimento Couto e Pedroni40

avaliaram a relaccedilatildeo da queixa e limiar doloroso com incidecircncia de lesatildeo em

bailarinas claacutessicas Os resultados do estudo mostraram que houve relaccedilatildeo

significativa entre as regiotildees de lesatildeo com a dor evidenciando que a dor estaacute

diretamente relacionada com o surgimento de lesatildeo nessa populaccedilatildeo Dore e

Guerra41 em seu estudo investigaram a prevalecircncia e fatores associados agrave

sintomatologia dolorosa em bailarinos profissionais utilizando a versatildeo brasileira do

questionaacuterio McGill e Inventaacuterio para dor de Wisconsin Foram verificadas

correlaccedilotildees positivas com significacircncia entre o grau de intensidade dolorosa e

atividades diaacuterias sono humor e relacionamento pessoal

O presente estudo sinaliza uma relaccedilatildeo da presenccedila do estiacutemulo doloroso

com o equiliacutebrio postural As alteraccedilotildees no equiliacutebrio corporal tecircm sido muito

estudadas em diferentes populaccedilotildees assim como o comportamento da dor e lesotildees

no desempenho de atletas de diferentes niacuteveis competitivos e modalidades

esportivas Corroborando com nossa pesquisa Meardon et al15 defendem que a

presenccedila de lesatildeo e dor em atletas pode afetar negativamente o equiliacutebrio corporal

Em sua pesquisa examinou controle postural dinacircmico em corredores lesionados

com dor e sem lesatildeo usando o Star Excursion Balance Test (SEBT) Quando

comparado corredores lesionados com controles sem lesatildeo os resultados

demonstraram controle dinacircmico deficiente das forccedilas verticais ao executar as

tarefas de pouso e estabilizaccedilatildeo em apoio unipodal

32

Contudo ainda satildeo raros os estudos sobre a caracterizaccedilatildeo da dor e do

equiliacutebrio corporal em atletas de ginaacutestica riacutetmica Por meio desse estudo foi

observado que atletas de elite de GR demonstraram aumento da dor descrita em

todos os domiacutenios avaliados pelo questionaacuterio McGill (plt0001) A dor nas ginastas

tem o perfil sensorial e avaliativo e se manifesta principalmente nas articulaccedilotildees do

quadril e tornozelo-peacute em virtude da especificidade do gesto esportivo Aleacutem disso

as atletas tambeacutem apresentam menor estabilidade do controle postural (plt005)

sendo notada possiacutevel relaccedilatildeo de interferecircncia entre a auto percepccedilatildeo dolorosa e o

equiliacutebrio postural Entretanto devido agrave complexidade do tema faz-se necessaacuterio a

elaboraccedilatildeo de estudos mais aprofundados com uma amostra maior seguindo

rigorosamente os criteacuterios metodoloacutegicos que permita uma interpretaccedilatildeo mais

precisa a respeito da percepccedilatildeo dolorosa e o equiliacutebrio postural no desempenho

atleacutetico na modalidade esportiva

5 Conclusatildeo

A pesquisa mostra que as atletas de elite de GR apresentam dor de

caracteriacutesticas sensorial e avaliativa frequentemente localizada na articulaccedilatildeo do

quadril seguida do tornozelo-peacute A presenccedila da percepccedilatildeo dolorosa mostrou relaccedilatildeo

significativa com o controle postural em atletas de elite de GR Os resultados

tambeacutem evidenciaram que atletas tem menor equiliacutebrio postural estaacutetico quando

comparadas a controles natildeo atletas poreacutem demonstram maior habilidade para

reestabelecer o controle postural

6 Consideraccedilotildees Finais

Um ponto importante a ser relatado neste estudo eacute a utilizaccedilatildeo do

questionaacuterio de dor McGill Embora venha ser um questionaacuterio amplamente utilizado

em pesquisas cientiacuteficas em virtude da sua alta confiabilidade validaccedilatildeo e

adaptaccedilatildeo cultural em diferentes paiacuteses ainda satildeo raros os estudos que utilizam

essa ferramenta para avaliar a dor em atletas Com ecircnfase em estudos que

descrevam a sua aplicabilidade por domiacutenio e caracteriacutesticas multidimensionais da

33

dor Este pesquisa aparenta ter sido pioneira a qualificar a dor e descrevecirc-la em

suas dimensotildees em atletas de elite de ginaacutestica riacutetmica bem como relacionar a

percepccedilatildeo dolorosa com o equiliacutebrio postural nessa populaccedilatildeo Abrindo espaccedilo para

realizaccedilatildeo de outros estudos

Poreacutem foi encontrado como limitaccedilotildees escassez de pesquisas cientiacuteficas

atualizadas sobre abordagem multidimensional da dor em atletas essencialmente

na ginaacutestica riacutetmica Pois a grande maioria dos estudos que tem sido publicado

sobre dor nessa populaccedilatildeo estaacute relacionada agrave presenccedila do estiacutemulo doloroso e sua

intensidade em uma magnitude sensorial Outro ponto a se destacar foi a

dificuldade em coletar um grupo controle com caracteriacutesticas similares ao grupo de

estudo para que fosse formada uma amostra mais homogecircnea possiacutevel

respeitando os criteacuterios metodoloacutegicos

34

REFEREcircNCIA

1 Baston C Mancini M Schoneburg B Horak F Rocchi L Postural strategies assessed with inertial sensors in healthy and parkinsonian subjects Gait Posture 2014 may 40(1)70ndash75

2 Guiotte VA Roque CFL Olieira MR Gil AWO Rabello LM Dos Santos EVM et

al Avaliaccedilatildeo Fiacutesico - Funcional de Atletas da Ginaacutestica Riacutetmica Histoacuterico de Lesotildees e Estabilidade Postural UNOPAR Cient Ciecircnc Biol Sauacutede 2012 14(4) 217-20

3 Bosso LR Golias ARC A postura de atletas de Ginaacutestica Riacutetmica Analise atraveacutes da fotometria Rev Bras Med Esporte 2012 setout 18(5)333-337

4 Shigaki L Rabello LM Camargo MZ Santos VBC Gil AWO Oliveira MR et al Anaacutelise comparativa do equiliacutebrio unipodal de atletas de Ginastica Riacutetmica Rev Bras Med Esporte 2013 marabr 19(2)104-107

5 Whale CE Pass AN Tripp PM Chronic Groin Pain in a collegiate football running back International Journal of Athletic Therapy amp Training 2012 may 17(3)41-44

6 Jacobs JV Why we need to better understand the cortical neurophysiology of impaired postural responses with age disease or injury Frontiers in Integrative Neuroscience 2014 ago 8(69)

7 Hirata RP Ervilha UF Arendt-Nielsen L Graven-Nielsen T Experimental Muscle Pain Challenges the Postural Satability During Quiet Stance Unexpected Posture Perturbation J Pain 2011 ago 12(8)911-9

8 Ribeiro GD Suaacuterez MH Ruiz DR Efecto del entrenamiento sistemaacutetico de gimnasia riacutetmica sobre el control postural de ninas adolescentes Rev Andal Med 2015 jun 8(2)54-60

9 Teixeira CL Equiliacutebrio e controle postural Brazilian Journal of Biomechanics 2010 11(20)31-40

10 Matsuda S Demura S Uchiyama M Centre of pressure sway characteristics during static one-legged stance of athletes from different sports Journal of Sports Sciences 2008 may 26(7)775 ndash 779

11 Merlo JK Stoppa ACL Macedo CSG Silva Juacutenior RA Anaacutelise Comparativa do Equiliacutebrio em Apoio Unipodal em Indiviacuteduos Sedentaacuterios e Atletas UNOPAR Cient Ciecircnc Biol Sauacutede 2010 12(4)29-32

12 Saito KA Navarro M Silva MF Arie EK Peccin MS Oscilaccedilatildeo do centro de pressatildeo plantar de atletas e natildeo atletas com e sem entorse de tornozelo Rev Bras Ortop 2016 51(4)437ndash443

35

13 Lamb M Oliveira PD Tano SS Gil AWO Dos Santos EVN Fernandes KBP

Efeito do treinamento proprioceptivo no equiliacutebrio de atletas de ginaacutestica riacutetmica Rev Bras Med Esporte 2014 setout 20(5)379-382

14 Silva JA Ribeiro-Filho NP A dor como um problema psicofiacutesico Rev Dor 2011 abrjun 12(2)138-51

15 Meardon S Klusendorf A Kernozek T Influence of injury on dynamic postural control in runners The International Journal of Sports Physical Therapy 2016 jun 11(3)336

16 Lin CF Lee IJ Liao JH Wu HW Su FC Comparison of Postural Stability Between Injured and Uninjured Ballet Dancers The American Journal of Sports Medicine 2011 39(6)1324-1331

17 Varoli FK Pedrazzi V Adapted Version of the McGill Pain Questionnaire to Brazilian Portuguese Braz Dent J 2006 17(4) 328-335

18 Pimenta CAM Teixeira MJ Questionaacuterio de dor McGill proposta de adaptaccedilatildeo para a liacutengua portuguesa Rev Esc Enf USP 1996 dez 30(3)473-83

19 Rabello LM Macedo CSG Oliveira MR Fregueto JH Camargo MZ Lopes LD et al Relaccedilatildeo entre testes funcionais e plataforma de forccedila nas medidas de equiliacutebrio em atletas Rev Bras Med Esporte 2014 maijun 20(3)219-222

20 Bressel E Yonker JC Kras J et al Comparison of static and dynamic balance in female collegiate soccer basketball and gymnastics atheletes Journal of Athletic Training 2007 42(1)42ndash46

21 Sabeti M Jeremian L Graf A Kandelhart R Elite level rhythmic gymnasts have significantly more and stronger pain than peers of similar age a prospective study Wien Klin Wochenschr 201512731ndash35

22 Vanderlei FM Vanderlei FCM Netto Juacutenior J Praste CM Caracteriacutesticas das lesotildees desportivas e fatores associados com lesatildeo em iniciantes de ginaacutestica artiacutestica do sexo feminino Fisioter Pesq 201320(2)191-196

23 Oliveira MMM Lourenccedilo MRA Teixeira DC Incidecircncias de lesotildees nas equipes de Ginaacutestica Riacutetmica da UNOPAR UNOPAR Cient Ciecircnc Biol Sauacutede 2003 out 6(1)29-40

24 Frutuoso AS Diefenthaeler F Vaz MA et al Lower Limb asymmetries in rhythmic gymnastics atheletes Int Sports Phys Ther 2016 11(1)34ndash43

25 Kolar E Samardžija MP Smrdu M Atikovic A Athletes perceptions of the causes of injury in gymnastics J Sports Med Phys Fitness 2016 Mar 57(5)703-710

36

26 Mueller S Mueller J Stoll J Prieske O Cassel M Mayer F Incidence of back pain in adolescent athletes a prospective study BMC Sports Science Medicine and Rehabilitation 2016 838

27 Goubert D Danneels L Graven-Nielsen T Descheemaeker F Meeus M Differences in Pain Processing Between Patients with Chronic Low Back Pain Recurrent Low Back Pain and Fibromyalgia Pain Physician 2017 May 20(4)307-318

28 Arliani GG Cohen M Lara PS Astur DC Gonccedilalves JPP Ferretti M Impacto do esporte na sauacutede de ex-jogadores profissionais de futebol no Brasil Acta ortop bras 2014 julago 22(4)188-190

29 Hoskins W Pollard H Daff C Odell A Garbutt P McHardy A et al Low back pain status in elite and semi-elite Australian football codes a cross-sectional survey of football (soccer) Australian rules rugby league rugby union and non-athletic controls BMC Musculoskeletal Disorders 20091038

30 Ngamkham S Vincent C Finnegan L Holden JE Wang ZJ Wilkie DJ The McGill Pain Questionnaire as a Multidimensional Measure in People with Cancer An Integrative Review Pain Manag Nurs 2012 Mar 13(1) 27ndash51

31 Bermudez OAS Souza RA Souza CMF Castro CES Beacuterzn F Avaliaccedilatildeo multidimensional da dor em portadores de desordem temporomandibular utilizando uma versatildeo brasileira do questionaacuterio mcgill de dor Rev bras fisioter 2003 7(2) 151-158

32 Reading AE Everitt BS Sledmore CM The McGill Pain Questionnaire a replication of its construction Br J Clin Psychol 1982 21339ndash349

33 Melzack R The McGill Pain Questionnaire Anesthesiology 2005 103199-202

34 Pessoa CP Barreto MB Santos LB Alves TDB Oliveira MC Martins AG Instrumentos utilizados na avaliaccedilatildeo do impacto da dor na qualidade de vida de pacientes com dor orofacial e disfunccedilatildeo temporomandibular Escola Baiana de Sauacutede Puacuteblica 200731(2)267-293

35 Espinoza ES Ortiz GB Estabilidad abdominolumbopeacutelvica y equilibrio comopredictores de la incidencia de lesionesmusculoesqueleacuteticas en estudiantes de danzaUn estudio piloto Fisioterapia 2014

36 Steinberg N Dar G Dunlop M Gaida JE The relationship of hip muscle performance to legankle and foot injuries a systematic review The Physician and Sportsmedicine 2017

37 Anderson K Strickland SM Warren R Hip and Groin Injuries in Athletes The American Journal of Sports Medicine 2001 29(4) 521-533

38 Tschopp M Brunner F Erkrankungen und Uumlberlastungsschaumlden an der unteren Extremitaumlt bei Langstreckenlaumlufern Z Rheumatol 2017 Feb

37

39 Han J Anson J Waddington G Adans R Liu Y The Role of Ankle

Proprioception for Balance Control in relation to Sports Performance and Injury BioMed Research International 2015 Jun8

40 Couto AGA Pedroni CR Relaccedilatildeo entre postura queixa dolorosa e lesatildeo em bailarinas claacutessicas Ter Man 2013 11(55)228-233

41 Dore BF e Guerra RO Sintomatologia dolorosa e fatores associados em bailarinos profissionais Rev Bras Med Esporte 2007 MarAbr13(2)77-80

38

ANEXO I ndash QUESTIONAacuteRIO DE DOR MCGILL

39

ANEXO II ndash PARECER DE APROVACcedilAtildeO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA

40

41

ANEXO III ndash NORMAS DE SUBMISSAtildeO DA REVISTA

Instruccedilotildees aos Autores

A Revista Brasileira de Medicina do Esporte - RBME (Brazilian Journal of

Sports Medicine) oacutergatildeo oficial da Sociedade Brasileira de Medicina do Exerciacutecio e

do Esporte (SBMEE) eacute publicada bimestralmente em seis ediccedilotildees ao ano (janfev

marabr maiojun julago setout e novdez) A RBME eacute indexada nas seguintes

bases bibliograacuteficas SciELO Web of Science Excerpta Medica-EMBASE Physical

Education Index LILACS SIRC-Sportdiscus e Scopus A publicaccedilatildeo segue

integralmente o padratildeo internacional do International Committee of Medical Journal

Editors (ICMJE) ou Convenccedilatildeo de Vancouver e seus requisitos de uniformizaccedilatildeo

[httpwwwicmjeorg]

Preparaccedilatildeo de manuscritos Os artigos submetidos devem ser digitados em

espaccedilo duplo fonte Arial 12 em paacutegina tamanho A4 sem numerar linhas ou

paraacutegrafos e numerando as paacuteginas no canto superior direito Figuras e tabelas

devem ser apresentadas ao final do artigo em paacuteginas separadas No corpo do

texto deve-se informar os locais para inserccedilatildeo das tabelas ou figuras Nuacutemeros

menores que 10 satildeo escritos por extenso enquanto que nuacutemeros maiores ou igual a

10 satildeo expressos em algarismos araacutebicos Os manuscritos que natildeo estiverem de

acordo com as instruccedilotildees aos autores em relaccedilatildeo a estilo e formato seratildeo

devolvidos sem revisatildeo pelo Conselho Editorial As medidas deveratildeo ser expressas

no Sistema Internacional (Systegraveme International SI) disponiacutevel em

httpphysicsnistgovcuuUnits e unidades padratildeo quando aplicaacutevel Recomenda-

se aos autores natildeo usar abreviaccedilotildees no tiacutetulo e limitar a sua utilizaccedilatildeo no resumo e

ao longo do texto Os nomes geneacutericos devem ser usados para todas as drogas Os

faacutermacos podem ser referidos pelo nome comercial poreacutem deve constar o nome

cidade e paiacutes ou endereccedilo eletrocircnico do fabricante entre parecircnteses na seccedilatildeo

Materiais e Meacutetodos

Abreviaturas O uso de abreviaturas deve ser minimizado As abreviaturas deveratildeo

ser definidas por ocasiatildeo de sua primeira utilizaccedilatildeo no resumo e tambeacutem no texto

Abreviaturas natildeo padratildeo natildeo devem ser utilizadas a menos que essas apareccedilam

pelo menos trecircs vezes no texto Unidades de medida (3 ml ou 3 mL e natildeo 3

mililitros) ou siacutembolos cientiacuteficos padratildeo (elementos quiacutemicos por exemplo Na e

natildeo soacutedio) natildeo satildeo consideradas abreviaturas e portanto natildeo devem ser definidos

Abreviar nomes longos ou substacircncias quiacutemicas e termos utilizados para

combinaccedilotildees terapecircuticas Abreviaturas em figuras e tabelas podem ser utilizadas

por razotildees de espaccedilo poreacutem devem ser definidas na legenda mesmo que tenham

sido definidas no texto do artigo

Formato dos arquivos Usar editor de texto Microsoft Word para Windows ou

42

equivalente Arquivos em formato PDF natildeo devem ser enviados As tabelas e

quadros deveratildeo estar em seus arquivos originais (Excel Acess Powerpoint etc)

As figuras deveratildeo estar nos formatos jpg ou tif em alta resoluccedilatildeo (300 dpi) As

figuras deveratildeo estar incluiacutedas no arquivo Word mas tambeacutem devem ser enviadas

separadamente (anexadas durante a submissatildeo do artigo como documento

suplementar em seus arquivos originais)

Paacutegina de rosto A paacutegina de rosto deve conter (1) a categoria do artigo (2) o tiacutetulo

do artigo em portuguecircs inglecircs e espanhol com ateacute 80 caracteres cada que deve ser

objetivo e informativo (3) os nomes completos dos autores instituiccedilatildeo formaccedilatildeo

acadecircmica de origem (a mais relevante) cidade estado e paiacutes (4) nome do autor

correspondente com endereccedilo completo telefone e e-mail A titulaccedilatildeo dos autores

natildeo deve ser incluiacuteda O nome completo de cada autor (sem abreviaccedilotildees) e sua

afiliaccedilatildeo institucional (nota as unidades hieraacuterquicas devem ser apresentadas em

ordem decrescente por exemplo universidade faculdade ou instituto e

departamento) devem ser informados Os nomes das instituiccedilotildees e programas

deveratildeo ser apresentados preferencialmente por extenso e na liacutengua original da

instituiccedilatildeo ou na versatildeo em inglecircs quando a escrita natildeo eacute latina (pex aacuterabe

mandarim ou grego)

Resumo O resumo em portuguecircs inglecircs e espanhol deve ser incluiacutedo no

manuscrito Em cada um dos idiomas natildeo deve conter mais do que 300 palavras A

versatildeo estruturada eacute obrigatoacuteria nos artigos originais e inclui objetivos meacutetodos

resultados e conclusatildeo Artigos de revisatildeo natildeo requerem resumo estruturado

Palavras-chave O artigo deve incluir no miacutenimo trecircs e no maacuteximo seis descritores

em portuguecircs inglecircs e espanhol baseados nos Descritores de Ciecircncias da Sauacutede

(DeCS) httpdecsbvsbr ou no Medical Subject Headings (MeSH) da National

Library of Medicine disponiacutevel em httpwwwnlmnihgovmeshmeshhomehtml

oubaseados no Medical SubjectHeading (MeSH) do Index Medicus

(httpwwwnlmnihgovmesh)

Introduccedilatildeo A introduccedilatildeo deve conter (1) justificativa objetiva para o estudo com

referecircncias pertinentes ao assunto sem realizar uma revisatildeo extensa (2) objetivo do

artigo

Materiais e Meacutetodos Esta seccedilatildeo deve descrever os experimentos (quantitativa e

qualitativamente) e os procedimentos em detalhes suficientes que permitam que

outros pesquisadores reproduzam os resultados ou deem continuidade ao estudo

e deveraacute conter (1) a descriccedilatildeo clara da amostra utilizada (2) termo de

consentimento para estudos experimentais envolvendo seres humanos (3)

identificaccedilatildeo dos meacutetodos aparelhos (nome do fabricante e endereccedilo cidade e paiacutes

devem ser menciondos entre parecircnteses) e procedimentos utilizados (4) descriccedilatildeo

breve e referecircncias de meacutetodos publicados mas natildeo amplamente conhecidos (5)

43

descriccedilatildeo detalhada de meacutetodos novos ou modificados (6) quando pertinente incluir

a anaacutelise estatiacutestica e os programas utilizados Importante Ao relatar experimentos

com seres humanos ou animais indicar se os procedimentos seguiram as normas

do Comitecirc Eacutetico sobre Experiecircncias Humanas da instituiccedilatildeo na qual a pesquisa foi

realizada e se os procedimentos estatildeo de acordo com a declaraccedilatildeo de Helsinki de

1995 e a Animal Experimentation Ethics respectivamente Os autores devem incluir

uma declaraccedilatildeo indicando que o protocolo foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica da

Instituiccedilatildeo (instituiccedilatildeo de afiliaccedilatildeo de pelo menos um dos autores) com o respectivo

nuacutemero de identificaccedilatildeo Tambeacutem deve incluir que o Termo de Consentimento Livre

e Esclarecido foi assinado por todos os participantes

Resultados Apresentar os resultados em sequecircncia loacutegica no texto usando tabelas

e figuras Evitar repeticcedilatildeo excessiva de dados no texto em tabelas ou figuras

poreacutem enfatizar somente as descobertas mais importantes

Discussatildeo Enfatizar os aspectos originais e importantes do estudo e as conclusotildees

que decorrem deste evitando poreacutem repetir dados jaacute apresentados em outras

partes do manuscrito Em estudos experimentais ressaltar a relevacircncia e limitaccedilotildees

dos resultados confrontando com os dados da literatura e incluindo implicaccedilotildees

para estudos futuros

Conclusotildees A conclusatildeo deve ser clara e concisa baseada nos resultados

obtidos estabelecendo ligaccedilatildeo com implicaccedilotildees cliacutenicas evitando poreacutem excessiva

generalizaccedilatildeo) A mesma ecircnfase deve ser dada a estudos com resultados negativos

ou positivos Recomendaccedilotildees podem ser incluiacutedas quando relevantes

Agradecimentos Quando pertinente incluir agradecimento ou reconhecimento a

pessoas que tenham contribuiacutedo para o desenvolvimento do trabalho poreacutem natildeo se

qualificam como coautores Fontes de financiamento como auxiacutelio a pesquisa e

bolsas de estudo devem ser reconhecidos nesta seccedilatildeo Os autores deveratildeo obter

permissatildeo por escrito para mencionar nomes e instituiccedilotildees de todos os que

receberam agradecimentos nominais

Referecircncias As referecircncias devem ser numeradas na sequecircncia em que aparecem

no texto em formato sobrescrito As referecircncias citadas somente em legendas de

tabelas ou figuras devem ser numeradas de acordo com sequecircncia estabelecida

pela primeira menccedilatildeo da tabela ou da figura no texto O estilo das referecircncias

bibliograacuteficas deve seguir as regras do Uniform Requirements for Manuscripts

Submitted to Biomedical Journals (International Committee of Medical Journal

Editors disponiacutevel em Ann Intern Med 1997126(1)36-47 httpwwwicmjeorg)

Alguns exemplos satildeo mostrados a seguir Os tiacutetulos dos perioacutedicos devem ser

abreviados de acordo com o Index Medicus (List of Journals Indexed disponiacutevel em

httpwwwnlmnihgovtsdserialsljihtml) Se o perioacutedico natildeo constar dessa lista

deve-se utilizar a abreviatura sugerida pelo proacuteprio perioacutedico Deve-se evitar utilizar

44

ldquocomunicaccedilotildees pessoaisrdquo ou ldquoobservaccedilotildees natildeo publicadasrdquo como referecircncias

Resumos de tranalhos apresentados em eventos devem ser utilizados somente se

for a uacutenica fonte de informaccedilatildeo

Tabelas As tabelas devem ser elaboradas em espaccedilo 15 devendo ser planejadas

para ter como largura uma (87cm) ou duas colunas (18 cm) Cada tabela deve

possuir um tiacutetulo sucinto Notas explicativas seratildeo incluiacutedas em notas de rodapeacute A

tabela deve conter meacutedias e medidas de dispersatildeo (Desvio Padratildeo Erro Padratildeo da

Meacutedia etc) natildeo devendo conter casas decimais irrelevantes As abreviaturas

devem estar de acordo com aquelas utilizadas no texto e nas figuras Os coacutedigos de

identificaccedilatildeo de itens da tabela devem estar listados na ordem de surgimento no

sentido horizontal e devem ser identificados pelos siacutembolos padratildeo Os quadros e

tabelas deveratildeo ser enviados atraveacutes dos arquivos originais editaacuteveis (Word Excel)

e natildeo como imagens

Figuras Na versatildeo impressa da RBME seratildeo aceitas figuras em preto-e-branco

Imagens coloridas poderatildeo ser publicadas quando forem essenciais para o conteuacutedo

cientiacutefico do artigo Nestes casos o custo seraacute repassado aos autores Figuras

coloridas poderatildeo ser incluiacutedas na versatildeo eletrocircnica do artigo sem custo adicional

aos autores Os desenhos e figuras devem ser consistentes e tatildeo simples quanto

possiacutevel poreacutem informativos Tons de cinza natildeo devem ser utilizados Todas as

linhas devem ser soacutelidas Para graacuteficos de barra por exemplo utilizar barras

brancas pretas com linhas diagonais nas duas direccedilotildees linhas em xadrez linhas

horizontais e verticais A RBME desaconselha fortemente o uso de fotografias de

equipamentos e animais de experimentaccedilatildeo As figuras devem ser impressas com

bom contraste e ter a largura de uma coluna (87cm) Utilizar no miacutenimo fonte

tamanho 10 para letras nuacutemeros e siacutembolos com espaccedilamento e alinhamento

adequados Quando a figura representar uma radiografia ou fotografia sugerimos

incluir a escala de tamanho quando pertinente

Por favor note que eacute de responsabilidade dos autores obter permissatildeo do detentor

dos direitos autorais para reproduzir figuras (ou tabelas) que tenham sido

previamente publicados em outras fontes De acordo com os princiacutepios do acesso

aberto os autores devem ter permissatildeo do detentor dos direitos caso desejem

incluir imagens que tenham sido publicados em outros perioacutedicos de acesso natildeo

aberto A permissatildeo deve ser indicada na legenda da figura e a fonte original deve

ser incluiacuteda na lista de referecircncias

45

APEcircNDICE I ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE)

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Vocecirc estaacute sendo convidada(o) a participar da pesquisa intitulada

ldquoCARACTERIZACcedilAtildeO DA DOR E SUA RELACcedilAtildeO COM EQUILIacuteBRIO

POSTURAL ESTAacuteTICO EM ATLETAS DE GINAacuteSTICA RIacuteTMICArdquo realizada pela

Universidade Federal de Sergipe por intermeacutedio da discente TAINARA DOS

SANTOS BOMFIM devidamente assistida pelo seu orientador PAULO MAacuteRCIO

PEREIRA OLIVEIRA O objetivo desse estudo eacute caracterizar a Dor

musculoesqueleacutetica em atletas de elite de ginaacutestica riacutetmica e analisar a relaccedilatildeo da

dor no equiliacutebrio postural estaacutetico das atletas comparando com controles natildeo

atletas A justificativa para a realizaccedilatildeo da pesquisa eacute documentar na literatura

escassa estudo sobre a relaccedilatildeo da dor com o equiliacutebrio postural estaacutetico em

atletas de elite de Ginaacutestica Riacutetmica Sua participaccedilatildeo nessa pesquisa consistiraacute

em responder um questionaacuterio e realizar avaliaccedilatildeo de equiliacutebrio que ocorreraacute em

um uacutenico momento Natildeo haacute riscos previsiacuteveis relacionados com sua participaccedilatildeo

nem danos previsiacuteveis decorrentes da pesquisa Os benefiacutecios relacionados com

sua participaccedilatildeo satildeo

1 Identificar alteraccedilotildees posturais de equiliacutebrio em atletas de alto rendimento

2 Evidenciar se o processo de dor em atletas eacute igual maior ou menor quando

comparado com pessoas natildeo atletas

3 Evidenciar se as variaccedilotildees aacuterea e velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo

de pressatildeo se igualam ou natildeo a pessoas natildeo atletas

Vocecirc foi selecionado por preencher os requisitos da pesquisa mas sua

participaccedilatildeo NAtildeO Eacute OBRIGATOacuteRIA sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo em sua

relaccedilatildeo com a instituiccedilatildeo ou com o pesquisador

Eu________________________________________________________________

abaixo assinado declaro que fui informado que as informaccedilotildees obtidas atraveacutes

dessa pesquisa seratildeo confidenciais e o sigilo sobre minha participaccedilatildeo seraacute

assegurado De tal modo que os dados natildeo seratildeo divulgados de forma a possibilitar

minha identificaccedilatildeo Tambeacutem estou ciente de que a qualquer momento posso

desistir de minha participaccedilatildeo e retirar meu consentimento Declaro que entendi os

objetivos riscos e benefiacutecios de minha participaccedilatildeo na pesquisa e concordo em

participar

Vocecirc receberaacute uma coacutepia deste termo onde consta o telefone e o endereccedilo do

pesquisador principal podendo tirar suas duacutevidas sobre o Projeto de Pesquisa de

sua participaccedilatildeo agora ou a qualquer momento

46

DADOS DO PESQUISADOR RESPONSAacuteVEL

Nome Tainara dos Santos Bomfim

Endereccedilo profissionale-mail Rua Padre Aacutelvares Pitangueira sn - Centro

Departamento de Fisioterapia bftainaragmailcom

Telefone (79) 9 9806-7487

ATENCcedilAtildeO A participaccedilatildeo em qualquer tipo de pesquisa eacute voluntaacuteria Em casos de

duacutevida quanto aos seus direitos entre em contato com o Comitecirc de Eacutetica em

Pesquisa da Universidade Federal de Sergipe

Lagarto _____de _____de 201_

_____________________________________________________

ASSINATURA DO VOLUNTAacuteRIO

_____________________________________________________

ASSINATURA DO PESQUISADOR RESPONSAacuteVEL

Page 8: CARACTERIZAÇÃO DA DOR E SUA RELAÇÃO COM O … · tainara dos santos bomfim caracterizaÇÃo da dor e sua relaÇÃo com o equilÍbrio postural em atletas de ginÁstica rÍtmica

ABSTRACT

Characterization of Pain and your Relationship with Postural Balance in

Rhythmic Gymnastics Athletes Tainara dos Santos Bomfim Lagarto ndash SE

2017

Introduction Rhythmic Gymnastics (RG) is a high performance sport that requires your movements of large amplitudes athletes strength and a good hand-eye coordination postural In addition due to the specificity of Sporting gesture the gymnasts are constantly exposed to repetitive strain and postures reverberating in musculoskeletal injuries and consequently in painwhich can negatively affect the body balance Objective to characterize the musculoskeletal pain in elite athletes of RG Secondarily compare the static postural balance og gymnasts with nonathletic controls as well as correlate the pain index with te balance in the atletes of RG Methods Participated in the survey 50 female youth 25 gymnasts composing the Athlete Group (AG) and 25 non-athletes composing the Control Group (CG) The volunteers were subjected to the evaluation of the painful perception using the Brazilian version of the McGill Pain Questionnaire (BR-MPQ) and the posture equilibrium through the Estabilometria The study was approved by the Ethics Committee (CAAE 61990516400005546) Results The AG manifested significantly greater painful perception (p lt 0001) The pain in athletes presented sensory and evaluative characteristics The most painfully complaining regions were the hip joint (52) followed by ankle-foot (44) In the intergroup comparison of the static posture equilibrium was observed greater displacement of the COP in the AG (16513 mm sup2 plusmn 148) relative to the CG (10212 mm sup2 plusmn 114) In the correlations of equilibrium with the domains of pain it was observed only a significant correlation between the evaluative pain and the VmCOP in the direction mediolateral (r = 0414 p = 0040) Conclusion Athletes demonstrate greater painful perception and lower posture static equilibrium when compared to non-athletes controls However they possess greater ability to reestablish posture control Moreover the presence of painful perception showed a weak but significant relationship with the posture control in elite athletes of Gr

keywords Gymnastics Postural Balance Musculoskeletal Pain

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 Caracteriacutesticas demograacuteficas e antropomeacutetricas da amostra 20

Tabela 2 Domiacutenios da dor entre os grupos da pesquisa

Tabela 3 Incidecircncia de dor entre os grupos da pesquisa

21 21

LISTA DE ILUSTRACcedilOtildeES

Figura 1 Nuacutemero palavras escolhidas e Iacutendice de dor verificado por meio do questionaacuterio de dor de McGill nos grupos atleta e controle

22

Figura 2 Aacuterea da elipse do centro de pressatildeo do baricentro corporal entre o grupo atleta e o grupo controle

23

Figura 3 Velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo do baricentro corporal entre o grupo atleta e o grupo controle

24

Figura 4 Correlaccedilatildeo de Spearman entre iacutendice de dor avaliativa e velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo (VmCOP) do baricentro corporal

25

LISTA DE ABREVIACcedilOtildeES E SIGLAS

GR ndash Ginaacutestica Riacutetmica

GA ndash Grupo Atleta

GC ndash Grupo Controle

Br-MPQ ndash Versatildeo brasileira do questionaacuterio de dor McGill

NWC ndash Nuacutemero de palavras escolhidas

PRI ndash Iacutendice de dor

SL ndash Dor sensitiva

AF ndash Dor afetiva

AV ndash Dor avaliativa

M ndash Dor miscelacircnea

ACOP ndash Aacuterea do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo

VmCOP ndash Velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo

AP ndash Anteroposterior

ML ndash Mediolateral

IMC ndash Iacutendice de massa corporal

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 16

2 MEacuteTODOS

21 Delineamento do estudo

17

17

22 Sujeitos 17

23 Procedimentos de avaliaccedilatildeo 18

231 Avaliaccedilatildeo da dor 18

232 Avaliaccedilatildeo Estabilomeacutetrica

24 Aspectos Eacuteticos

18

19

25 Anaacutelise Estatiacutestica 19

3 RESULTADOS 20

31 Sujeitos 20

32 Caracterizaccedilatildeo da Dor

321 Domiacutenios da Dor

322 Localizaccedilatildeo da Dor

323 Nuacutemero de Palavras Escolhidas e Iacutendice de Dor

20

20

21

22

33 Equiliacutebrio Estaacutetico

331 Aacuterea de deslocamento do COP

332 Velocidade meacutedia de oscilaccedilatildeo do COP

34 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios da Dor e Equiliacutebrio corporal

22

23

23

24

4 DISCUSSAtildeO 25

5 CONCLUSAtildeO 32

6 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 32

REFEREcircNCIAS 34

ANEXO I ndash QUENTIONAacuteRIO DE DOR MGILL 38

ANEXO II ndash PARECER DE APROVACcedilAtildeO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA 39

ANEXO III ndash NORMAS DE SUBMISSAtildeO DA REVISTA 41

APEcircNDICE I ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO 45

CARACTERIZACcedilAtildeO DA DOR E SUA RELACcedilAtildeO COM EQUILIacuteBRIO

POSTURAL EM ATLETAS DE GINAacuteSTICA RIacuteTMICA

CHARACTERIZATION OF PAIN AND YUOR RELATIONSHIP WITH POSTURAL

BALANCE IN RHYTHMIC GYMNASTICS ATHLETES

Tainara dos Santos Bomfimsup1 Paulo Maacutercio Pereira Oliveira2

sup1 Universidade Federal de Sergipe Campus Universitaacuterio Prof Antocircnio Garcia Filho Graduanda em

Fisioterapia ndash Lagarto SE Brasil

sup2 Universidade Federal de Sergipe Campus Universitaacuterio Prof Antocircnio Garcia Filho Professor

Adjunto do Departamento de Fisioterapia ndash Lagarto SE Brasil

Correspondecircncia

Tainara dos Santos Bomfim

Departamento de Fisioterapia de Lagarto da Universidade Federal de Sergipe (UFS)

Av Gov Marcelo Deda sn ndash Satildeo Joseacute CEP 49400-000 ndash LagartoSE

Telefone (79) 9 9806-7487

E-mail tainarabomfimyahoocombr

RESUMO

Introduccedilatildeo A Ginaacutestica Riacutetmica (GR) eacute um esporte de alta performance que exige de suas atletas

movimentos de grandes amplitudes articulares forccedila e uma boa coordenaccedilatildeo motora postural Aleacutem

disso em virtude da especificidade do gesto esportivo as ginastas satildeo expostas constantemente a

posturas e esforccedilos repetitivos repercutindo em lesotildees musculoesqueleacuteticas e consequentemente

em dor a qual pode afetar negativamente o equiliacutebrio corporal Objetivo caracterizar a dor

musculoesqueleacutetica em atletas de elite de GR Secundariamente comparar o equiliacutebrio postural

estaacutetico das ginastas com controles natildeo atletas bem como correlacionar o iacutendice de dor com o

equiliacutebrio nas atletas de GR Meacutetodos participaram da pesquisa 50 jovens do sexo feminino 25

ginastas compondo o grupo atleta (GA) e 25 natildeo atletas compondo o grupo controle (GC) As

voluntaacuterias foram submetidas agrave avaliaccedilatildeo da percepccedilatildeo dolorosa utilizando a versatildeo brasileira do

questionaacuterio de dor McGill (Br-MPQ) e do equiliacutebrio postural atraveacutes da estabilometria O estudo foi

aprovado pelo comitecirc de eacutetica (CAAE 61990516400005546) Resultados o GA manifestou

percepccedilatildeo dolorosa significativamente maior (plt0001) a dor nas atletas apresentou caracteriacutesticas

sensorial e avaliativa as regiotildees de maior queixa dolorosa foram a articulaccedilatildeo do quadril (52)

seguida do tornozelo-peacute (44) Na comparaccedilatildeo intergrupos do equiliacutebrio postural estaacutetico foi

observado maior deslocamento do COP no GA (16513 mmsup2 plusmn 148) em relaccedilatildeo ao GC (10212 mmsup2

plusmn 114) Nas correlaccedilotildees do equiliacutebrio com os domiacutenios da dor foi observada apenas uma correlaccedilatildeo

significativa entre a dor avaliativa e a VmCOP na direccedilatildeo mediolateral (r = 0414 p = 0040)

Conclusatildeo As atletas demonstram maior percepccedilatildeo dolorosa e menor equiliacutebrio postural estaacutetico

quando comparadas a controles natildeo atletas Entretanto possuem maior habilidade para

reestabelecer o controle postural Aleacutem disso a presenccedila da percepccedilatildeo dolorosa mostrou uma fraca

relaccedilatildeo poreacutem significativa com o controle postural em atletas de elite de GR

Descritores Ginaacutestica Equiliacutebrio Postural Dor Musculoesqueleacutetica

ABSTRACT

Introduction Rhythmic Gymnastics (RG) is a high performance sport that requires your movements of large amplitudes athletes strength and a good hand-eye coordination postural In addition due to the specificity of Sporting gesture the gymnasts are constantly exposed to repetitive strain and postures reverberating in musculoskeletal injuries and consequently in painwhich can negatively affect the body balance Objective to characterize the musculoskeletal pain in elite athletes of RG secondarily compare the static postural equilibrium of the gymnasts with non-athletes controls as well

as correlate the pain index with the equilibrium in the athletes of RG Methods Participated in the

survey 50 female youth 25 gymnasts composing the Athlete Group (AG) and 25 non-athletes composing the Control Group (CG) The volunteers were subjected to the evaluation of the painful perception using the Brazilian version of the McGill Pain Questionnaire (BR-MPQ) and the posture equilibrium through the Estabilometria The study was approved by the Ethics Committee (CAAE 61990516400005546) Results The AG manifested significantly greater painful perception (p lt 0001) The pain in athletes presented sensory and evaluative characteristics The most painfully complaining regions were the hip joint (52) followed by ankle-foot (44) In the intergroup comparison of the static posture equilibrium was observed greater displacement of the COP in the AG (16513 mm sup2 plusmn 148) relative to the CG (10212 mm sup2 plusmn 114) In the correlations of equilibrium with the domains of pain it was observed only a significant correlation between the evaluative pain and the VmCOP in the direction mediolateral (r = 0414 p = 0040) Conclusion Athletes demonstrate greater painful perception and lower posture static equilibrium when compared to non-athletes controls However they possess greater ability to reestablish posture control Moreover the presence of painful perception showed a weak but significant relationship with the posture control in elite athletes of Gr

keywords Gymnastics Postural Balance Musculoskeletal Pain

16

1 INTRODUCcedilAtildeO

A Ginaacutestica Riacutetmica (GR) eacute uma modalidade esportiva que exige de seus

atletas forccedila flexibilidade e coordenaccedilatildeo motora para a realizaccedilatildeo de movimentos

corporais de danccedila combinados com a manipulaccedilatildeo de pequenos equipamentos1 2

Desse modo para a correta execuccedilatildeo de seus movimentos durante treinos e

competiccedilotildees torna-se imprescindiacutevel a manutenccedilatildeo do equiliacutebrio e controle postural

protegendo o sistema neuromuscular de lesotildees1 34

Geralmente os atletas de alto rendimento como as ginastas satildeo submetidos

a altos volumes e intensidades de treinamento comprometendo a biomecacircnica

devido agrave alteraccedilotildees compensatoacuterias na execuccedilatildeo do gesto esportivo as quais

repercutem no aparecimento de lesatildeo e dor5-7 Diante disso acredita-se que a

presenccedila de dor possa afetar negativamente o equiliacutebrio postural de atletas

Vaacuterios autores abordam a importacircncia da manutenccedilatildeo do equiliacutebrio na praacutetica

esportiva289 Entretanto a estabilidade corporal em atletas pode variar de acordo

com as exigecircncias especiacuteficas da modalidade praticada10 Comumente atletas de

alto niacutevel que dependem da estabilidade postural para execuccedilatildeo da praacutetica

esportiva como na ginaacutestica riacutetmica aprendem a elevar o limiar sensoriomotor por

estimulaccedilatildeo dos seus proprioceptores tendo uma ativaccedilatildeo muscular mais raacutepida em

resposta agraves perturbaccedilotildees do equiliacutebrio11 12

Todavia alguns fatores podem interferir no controle postural destacando-se a

dor musculoesqueleacutetica4913 Sabe-se que a presenccedila da percepccedilatildeo dolorosa em

qualquer parte do segmento corporal eacute o primeiro indicador da existecircncia de lesatildeo

tecidual14 Desta forma pesquisas comprovam que em populaccedilotildees ativas com

lesotildees musculoesqueleacuteticas foram observados deacuteficits de controle postural121516

Em vista disso a dor musculoesqueleacutetica eacute uma das principais causas que podem

afetar o equiliacutebrio corporal em ginastas de alto rendimento levando agrave diminuiccedilatildeo da

funcionalidade da qualidade de vida e consequentemente agrave perda da performance

desportiva913 Esta eacute considerada uma experiecircncia multidimensional e subjetiva17 18

portanto torna-se uma variaacutevel difiacutecil de ser avaliada principalmente em atletas

17

Atualmente existe diversos estudos cientiacuteficos sobre o comportamento do

estiacutemulo doloroso e do equiliacutebrio corporal na performance esportiva e na prevenccedilatildeo

de lesotildees em atletas de elite5-81920 Poreacutem satildeo raras as investigaccedilotildees sobre a

caracterizaccedilatildeo da dor e do equiliacutebrio corporal em atletas de ginaacutestica riacutetmica Bem

como descriccedilatildeo da relaccedilatildeo da dor na estabilidade postural em atletas de alto

rendimento em qualquer que seja o esporte praticado e articulaccedilatildeo testada

O presente estudo tem como objetivo primaacuterio caracterizar a dor

musculoesqueleacutetica em atletas de elite de Ginaacutestica Riacutetmica Secundariamente

comparar o equiliacutebrio postural estaacutetico das ginastas com controles natildeo atletas bem

como correlacionar o iacutendice de dor com o equiliacutebrio nas atletas de GR

2 MEacuteTODOS

21 Delineamento do Estudo

Trata-se de um estudo analiacutetico do tipo observacional com um corte

transversal controlado e mascaramento aberto

22 Sujeitos

A amostra foi composta de 50 sujeitos unicamente do sexo feminino

coletados por conveniecircncia Os sujeitos foram divididos em dois grupos Grupo

Atleta (GA) (25 sujeitos) recrutados na Confederaccedilatildeo Brasileira de Ginaacutestica

AracajuSergipeBrasil e Grupo Controle (GC) (25 sujeitos) selecionados no Coleacutegio

Polivalente LagartoSergipeBrasil e pareados por peso Iacutendice de Massa Corporal

(IMC) e idade

Os criteacuterios de inclusatildeo dos sujeitos submetidos agrave pesquisa e alocados no

GA foram (1) ter sido aprovada na seletiva para o ingresso na seleccedilatildeo brasileira de

ginaacutestica riacutetmica (SBGR) (2) tempo de praacutetica no esporte superior a cinco anos com

4 horas diaacuterias ou mais de treino Para os sujeitos incluiacutedos no GC foram

obedecidos os seguintes criteacuterios (1) IMC le 25 (2) idade entre 14 e 24 anos (3)

ausecircncia de poacutes-ciruacutergicos anteriores Os sujeitos em ambos os grupos foram

excluiacutedos caso apresentassem (1) sequela de doenccedilas do sistema nervoso central

(2) diabetes mellitus ou pressatildeo arterial natildeo controlada (3) inaptidatildeo para seguir

18

ordens ou compreender as ferramentas de mensuraccedilatildeo do estudo (4) histoacuteria de

comprometimento visual auditivo eou do sistema vestibular (5) natildeo falar e

compreender o idioma portuguecircs (6) uso de faacutermacos inibidores ou estimulantes do

sistema nervoso central

23 Procedimentos de avaliaccedilatildeo

Inicialmente foram avaliados dados antropomeacutetricos como peso medido

atraveacutes de balanccedila analoacutegica (Camryreg) calibrada pelo Inmetro (Instituto Nacional de

Metrologia Normalizaccedilatildeo e Qualidade Industrial) e altura mensurada por meio de

fita meacutetrica natildeo-flexiacutevel (Tramontinareg) Em seguida os sujeitos receberam

informaccedilotildees sobre os objetivos da pesquisa instrumentos utilizados comandos

verbais a serem atendidos e demais procedimentos A partir da seleccedilatildeo das

voluntaacuterias iniciou-se a coleta dos dados realizada em duas etapas

231 Avaliaccedilatildeo da Dor

Para registro da percepccedilatildeo da dor foi aplicada a versatildeo brasileira do

questionaacuterio de Dor McGill (Br-MPQ) Trata-se de um instrumento para avaliaccedilatildeo de

dor em uma perspectiva multidimensional o qual possibilita o fornecimento de um

conhecimento amplo sobre a caracterizaccedilatildeo e percepccedilatildeo do estiacutemulo doloroso em

quatro dimensotildees (sensorial afetiva avaliativa e miscelacircnea)1718 As voluntaacuterias

foram instruiacutedas primeiramente a identificar em um diagrama corporal no

questionaacuterio a localizaccedilatildeo da sua dor quando presente Posteriormente foram

orientadas a selecionar em cada subgrupo do questionaacuterio uma palavra que melhor

expressasse a experiecircncia com a dor relatada previamente Deixando claro que natildeo

era obrigatoacuteria a escolha de palavras em todas as dimensotildees O resultado final do

Br-MPQ usado para anaacutelise foi expresso pelo nuacutemero de palavras escolhidas (NWC)

e pelo iacutendice de dor (PRI) caracterizado pela somatoacuteria dos valores de intensidade

dos descritores escolhidos

232 Avaliaccedilatildeo Estabilomeacutetrica

A estabilometria foi realizada com os sujeitos posicionados sobre uma

plataforma de forccedila sendo orientado a manter o olhar adiante num ponto fixado na

parede e de modo consciente transferir o peso corporal da maneira mais

19

homogecircnea possiacutevel entre os membros inferiores Foram realizados trecircs registros

com os olhos abertos As variaacuteveis analisadas foram a aacuterea da elipse do centro de

oscilaccedilatildeo de pressatildeo (ACOP) e a velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo pressatildeo

(VmCOP) do baricentro corporal nas direccedilotildees anteroposterior (AP) e mediolateral

(ML)

A distribuiccedilatildeo consciente do peso foi registrada atraveacutes de um

baropodocircmetro da marca Arquipeacutelagoreg (Footwork Satildeo Paulo Satildeo Paulo Brasil)

que consiste em um sistema de plataforma interligada a um computador para

mensurar as pressotildees exercidas pelos peacutes atraveacutes do sistema de aquisiccedilatildeo

computadorizada das pressotildees (ACP) A plataforma utilizada possui dimensotildees 700

X 600 mm com uma superfiacutecie ativa de 475 X 430 mm com 2544 sensores Esta foi

conectada a um computador com processador 62G HV 04 GB de memoacuteria RAM

disco riacutegido 500 GB e software footwork o qual analisou os dados captados Para

esses registros ortostaacuteticos foi utilizada a frequecircncia de aquisiccedilatildeo dos dados de 05

Hz coletando com isso 100 leituras em cada avaliaccedilatildeo O tempo de registro foi de

15 segundos com um intervalo de 30 segundos entre as avaliaccedilotildees

24 Aspectos Eacuteticos

O estudo foi submetido e aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica e Pesquisa com

Seres Humanos da Universidade Federal de Sergipe (CAAE

61990516400005546) Todos os voluntaacuterios assinaram o Termo de Consentimento

Livre e Esclarecido (TCLE) Todos os sujeitos que participaram da pesquisa foram

avisados que poderiam desistir da participaccedilatildeo a qualquer momento sem nenhum

preuizo aos mesmos

25 Anaacutelise Estatiacutestica

As variaacuteveis numeacutericas foram testadas quanto agrave distribuiccedilatildeo de normalidade

por meio do teste de Shapiro-Wilk Para anaacutelise das amostras parameacutetricas foi

utilizado o teste T- Student e para as amostras natildeo parameacutetricas foi utilizado o teste

de Mann-Whitney para identificar diferenccedilas intergrupos Os dados gerais foram

apresentados em meacutedia e erro padratildeo da meacutedia (EPM) bem como frequecircncia

absoluta (FA) e relativa (FR) Para anaacutelise das correlaccedilotildees entre as variaacuteveis

pesquisadas aplicou-se o teste de Spearman A significacircncia foi estipulada em cinco

20

por cento (p le 005) Para todas as anaacutelises foi utilizado o programa GraphPad Prism

(Versatildeo 601)

3 RESULTADOS

31 Sujeitos

Cinquenta indiviacuteduos concluiacuteram o estudo vinte e cinco voluntaacuterias foram

alocadas no grupo atleta e controle respectivamente As variaacuteveis idade peso

altura e IMC natildeo foram significativamente diferentes entre os grupos A tabela 1

conteacutem as caracteriacutesticas demograacuteficas e antropomeacutetricas dos grupos de estudo

Tabela 1 Caracteriacutesticas demograacuteficas e antropomeacutetricas da amostra

GA grupo atleta GC grupo controle Valores expressos como meacutedia plusmn erro padratildeo da meacutedia O valor de p

corresponde agrave comparaccedilatildeo entre o grupo atleta (n=25) e o grupo controle (n=25)

32 Caracterizaccedilatildeo da Dor

321 Domiacutenios da Dor

Aproximadamente setenta por cento do grupo controle (68) natildeo apresentou

descriccedilatildeo para a sensibilidade dolorosa em nenhum dos domiacutenios avaliados No

grupo atleta foi observado que 24 (96) apresentaram dor de caracteriacutestica

sensorial 19 voluntaacuterias (76) afetiva 24 sujeitos (96) avaliativa e 19 (76)

miscelacircnea

Ao comparar as atletas com o grupo controle observou diferenccedila significativa

com um aumento da dor descrita em todos os domiacutenios avaliados sensorial (1344 plusmn

Caracteriacutesticas

GRUPOS

GA GC P

Idade (anos) 2016 plusmn 068 2091 plusmn 065 0560

Peso (Kg) 5128 plusmn 10 5064 plusmn 109 1481

Altura (m) 164 plusmn 0011 163 plusmn 0009 0372

IMC (Kgm2) 1864 plusmn 03 1938 plusmn 0436 0533

21

146 plt0001) afetivo (264 plusmn 053 plt0001) avaliativo (236 plusmn 028 plt0001) e

miscelacircnea (376 plusmn 064 plt0001) (Tabela 2)

Tabela 2 Domiacutenios da dor entre os grupos da pesquisa

Tabela 2 Escores obtidos atraveacutes do questionaacuterio de dor McGill entre o grupo atleta (n=25) e o grupo controle

(n=25) Os valores foram apresentados como frequecircncia absoluta (FA) e relativa (FR) (porcentagem) SL

Sensorial AV Avaliativa AF Afetiva M Miscelacircnea GA grupo atleta GC grupo controle plt005 GA X GC

plt001 GA X GC plt0001 GA X GC A anaacutelise de variaacuteveis categoacutericas foi realizada por meio do teste

Mann-Whitney

322 Localizaccedilatildeo da Dor

Aproximadamente sessenta e oito por cento do grupo controle apresentou

nenhum local de intensidade dolorosa Em contra partida no grupo atleta seis (24)

das ginastas relataram sentir dor em pelo menos uma articulaccedilatildeo do corpo e

dezenove (76) apresentaram intensidade dolorosa em mais de uma articulaccedilatildeo

Foi observado no grupo atleta que em 13 (52) das atletas a articulaccedilatildeo do quadril

apresentou-se com maior prevalecircncia A segunda articulaccedilatildeo de maior sensibilidade

relatada pelo GA foi o peacute em 11 (44) (Tabela 3)

Tabela 3 Prevalecircncia e localizaccedilatildeo de dor entre os grupos da pesquisa

Domiacutenios Grupo Atleta (GA) Grupo Controle (GC) P

FA (n) FR () FA (n) FR ()

Sensorial (SL) 24 96 8 32 00001

Afetiva (AF) 19 76 4 16 00001

Avaliativa (AV) 24 96 8 32 00001

Miscelacircnea (M) 19 76 6 24 00005

Caracteriacutesticas Grupo Atleta (GA) Grupo Controle (GC)

FA (n) FR () FA (n) FR ()

Sentem dor 25 100 8 32

22

Tabela 3 Prevalecircncia e distribuiccedilatildeo corporal da dor entre o grupo atleta (n=25) e o grupo controle (n=25) Os

valores foram apresentados como frequecircncia absoluta (FA) e relativa (FR) (porcentagem) GA grupo atleta GC

grupo controle

323 Nuacutemero de Palavras Escolhidas e Iacutendice de Dor

No grupo atleta o nuacutemero de palavras escolhidas (NWC) foi significativamente

maior (1076 plusmn 106) ao comparar com o grupo controle (220 plusmn 075 plt0001)

Similarmente aos resultados encontrados para o NWC tambeacutem foi observado um

aumento significativo do iacutendice de dor (PRI) no grupo atleta (2220 plusmn 242) em

relaccedilatildeo ao grupo controle (484 plusmn 165 plt0001) A figura 1 demonstra a

comparaccedilatildeo entre os grupos para o Iacutendice de dor e nuacutemero de palavras escolhidas

Dor em uma articulaccedilatildeo 6 24 7 28

Dor em mais de uma articulaccedilatildeo

19 76 1 4

Dor no Quadril 13 52 0 0

Dor no Peacute 11 44 1 4

Dor no Joelho 7 28 1 4

Dor na Coluna 5 20 4 16

23

Figura 1 Nuacutemero de palavras escolhidas e Iacutendice de dor verificado por meio do questionaacuterio de dor de McGill

entre o grupo atleta (n=25) e o grupo controle (n=25) NWC nuacutemero de palavras escolhidas PRI iacutendice de dor

GA grupo atleta GC grupo controle plt005 GA X GC plt001 GA X GC plt0001 GA X GC A anaacutelise de

variaacuteveis categoacutericas foi realizada por meio do teste Mann-Whitney

33 Equiliacutebrio Estaacutetico (Estabilometria)

331 Aacuterea de deslocamento do COP (ACOP)

Nas comparaccedilotildees intergrupos foi observada uma reduccedilatildeo significativa do

equiliacutebrio no grupo atleta (plt005) Verificou-se que as ginastas apresentaram maior

deslocamento do COP (16513 mmsup2 plusmn 148 p= 0002) em relaccedilatildeo ao grupo controle

(10212 mmsup2 plusmn 114 p= 0002) A figura 2 demonstra a comparaccedilatildeo da aacuterea do

deslocamento do COP entre os grupos

Figura 2 Aacuterea da elipse do centro de pressatildeo do baricentro corporal entre o grupo atleta (n=25) e o grupo

controle (n=25) ACOP aacuterea do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo GA grupo atleta GC grupo controle plt005 GA X GC plt001 GA X GC plt0001 GA X GC A anaacutelise de variaacuteveis categoacutericas foi realizada por meio do teste Mann-Whitney

332 Velocidade meacutedia de oscilaccedilatildeo do COP (VmCOP)

A velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo do baricentro do corpo foi

significativamente maior na direccedilatildeo AP no grupo atleta (1110 mms plusmn 0049 p=003)

quando comparada ao grupo controle (0997 mms plusmn 0091 p=003) Paralelamente

24

a velocidade meacutedia do COP na direccedilatildeo ML tambeacutem foi significativamente maior no

grupo atleta (0845 mms plusmn 0042 plt0001) em relaccedilatildeo ao grupo controle (0508

mms plusmn 0065 plt0001) (Figura 3)

Figura 3 Velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo do baricentro corporal entre o grupo atleta (n=25)

e o grupo controle (n=25) COP centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo AP anteroposterior ML mediolateral GA grupo atleta GC grupo controle plt005 GA X GC plt001 GA X GC plt0001 GA X GC A anaacutelise de variaacuteveis categoacutericas foi realizada por meio do teste Mann-Whitney

34 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios da dor e equiliacutebrio postural

Foi apenas visualizada uma correlaccedilatildeo de fraca a moderada positiva com

significacircncia estatiacutestica entre o domiacutenio de dor avaliativa (236 plusmn 028) e velocidade

meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo na direccedilatildeo mediolateral (AV 0845mms plusmn

0042 r = 0414 p = 0040) Natildeo houve correlaccedilatildeo significativa entre todos os outros

domiacutenios avaliados e a velocidade meacutedia do COP na direccedilatildeo ML (S 0845mms plusmn

0042 r = 023 p gt 0914 AF 0845mms plusmn 0042 r = 085 p = 0687 M 0845mms

plusmn 0042 r = 0049 p = 0816) Bem como entre todos os domiacutenios e a velocidade

meacutedia do COP na direccedilatildeo anteroposterior (S 1110mms plusmn 0049 r = 0009 p =

0967 AF 1110mms plusmn 0049 r = 0216 p = 0299 AV 1110mms plusmn 0049 r =

020 p = 0925 M 1110mms plusmn 0049 r = 0138 p = 0510) e entre todos os

domiacutenios e a aacuterea de deslocamento do COP (S 16513mmsup2 plusmn 148 r = 0044 p =

0836 AF 16513mmsup2 plusmn 148 r = 0165 p = 0431 AV 16513mmsup2 plusmn 148 r = 0220

p gt 0291 M 16513mmsup2 plusmn 148 r = 0180 p = 0390) (Figura 4)

25

Figura 4 Correlaccedilatildeo de Spearman entre dor avaliativa e velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo (VmCOP) do baricentro corporal (A) Forccedila de correlaccedilatildeo de Spearman (r = 0414 p = 0040) entre a dor

avaliativa (AV) (236 plusmn 028) e a velocidade meacutedia do COP na direccedilatildeo mediolateral (0845 mms plusmn 0042) no grupo atleta (B) Forccedila de correlaccedilatildeo de Spearman (r = 0063 p = 0765) entre a dor avaliativa (AV) (060 plusmn

021) e a velocidade meacutedia do COP na direccedilatildeo mediolateral (0508 mms plusmn 0065) no grupo controle Os valores foram apresentados como meacutedia plusmn erro padratildeo da meacutedia

4 Discussatildeo

Os resultados desta pesquisa demonstraram que atletas de elite de ginaacutestica

riacutetmica manifestam maior percepccedilatildeo dolorosa que controles natildeo praticantes de

esporte a niacutevel competitivo Isto pode estar relacionado a trecircs principais fatores que

podem contribuir de forma direta para a maior prevalecircncia de dor nessas atletas

destacando o iniacutecio precoce na praacutetica da modalidade os altos volumes e

intensidade dos treinos e a grande quantidade de repeticcedilotildees dos gestos esportivos

com alta predominacircncia de saltos e posturas estaacuteticas De acordo com os nossos

resultados Sabeti et al21 realizaram estudo com 218 ginastas de diferentes

nacionalidades no campeonato europeu de GR utilizando a escala visual analoacutegica

(EVA) para registro da intensidade dolorosa Os resultados encontrados foi que as

atletas tecircm uma maior intensidade dolorosa (72) que controles natildeo praticantes de

esporte competitivo

Paralelamente a literatura cientifica relata que o tempo de inicio da praacutetica

esportiva o niacutevel competitivo e o volumeintensidade dos treinos destas atletas satildeo

fatores preditivos para um maior desenvolvimento de lesatildeo e dor em atletas de GR

Shigaki et al4 apontam que o risco e intensidade de lesatildeo estatildeo fortemente

26

relacionados com o aumento da idade e do niacutevel competitivo Da mesma forma

Vanderlei et al22 e Oliveira et al23 afirmam que quanto mais elevada a categoria do

atleta maior seraacute o tempo e a intensidade do treinamento consequentemente maior

a exposiccedilatildeo aos esforccedilos musculoesqueleacuteticos durante treinamento eou

competiccedilotildees Deste modo Oliveira et al23 em seu estudo avaliaram 25 atletas de

GR de diferentes categorias etaacuterias e encontraram que a maioria das atletas

apresentaram algum tipo de lesatildeo ocasionada pelos treinos Desta forma autores

relatam que a formaccedilatildeo dessas atletas influencia na incidecircncia e intensidade

dolorosa de lesotildees por overuse21 24 Tais lesotildees geralmente ocorrem quando a

frequecircncia dos exerciacutecios aumenta enquanto a intensidade eacute mantida23 Estando de

acordo com os nossos resultados Kolar et al25 em estudo realizado com 63 atletas

da ginaacutestica artiacutestica e riacutetmica de ambos os sexos concluiacuteram que a maacute teacutecnica

meacutetodos improacuteprios de ensino e carga inadequada durante os treinos foram

associados com o surgimento de dor e lesotildees nessa populaccedilatildeo

Contrariamente aos nossos resultados Muller et al26 realizaram um estudo

investigativo do desenvolvimento de dor lombar em atletas adolescentes em relaccedilatildeo

ao sexo e tipo de esporte praticado Foram avaliados 321 atletas sem dor lombar em

um primeiro momento e apoacutes dois anos os mesmo atletas foram reavaliados para

verificar a incidecircncia de dor lombar Apenas 10 da amostra foram categorizados

com dor lombar Aleacutem disso antropometria e caracteriacutesticas de formaccedilatildeo do esporte

natildeo demonstraram influecircncia significativa na dor lombar levando os autores a

concluiacuterem que o esporte de alto rendimento natildeo induz dor lombar em atletas

adolescentes

No nosso estudo utilizamos para avaliaccedilatildeo da percepccedilatildeo dolorosa em ambos

os grupos o questionaacuterio de dor McGill Este apresentou-se como uma ferramenta

de faacutecil execuccedilatildeo baixo custo e com alta sensibilidade e confiabilidade para uma

caracterizaccedilatildeo multidimensional da dor na populaccedilatildeo estudada Diferenciados

meacutetodos de investigaccedilatildeo da dor podem ser encontrados em um crescente numero

de publicaccedilotildees cientificas sobre o estudo da percepccedilatildeo e intensidade dolorosa

Goubert et al27 utilizaram a algometria de pressatildeo para comparar a avaliaccedilatildeo

sensorial quantitativa da dor de pacientes com dor lombar em diferentes niacuteveis de

cronicidade comparando a controles saudaacuteveis e pacientes com fibromialgia

Diferentemente Sabeti et al21 Arliani et al28 e Hoskins et al29 utilizaram em suas

27

pesquisas a escala visual analoacutegica (EVA) para registrar a intensidade dolorosa de

atletas em diferentes modalidades Ambos satildeo considerados meacutetodos

unidimensionais utilizados com o objetivo de quantificar a magnitude da dor dentro

de um perfil somatosensorial

Por outro lado diversas pesquisas utilizam o questionaacuterio McGill (MPQ) como

instrumento multidimensional para avaliar a dor e conhececirc-la de forma ampla em

diferentes modelos de estudos e em diversas populaccedilotildees Ngamkham et al30

realizaram revisatildeo sistemaacutetica sobre a avaliaccedilatildeo da dor com McGill em pacientes

com cacircncer demonstrando que o MPQ eacute comumente usado nessa populaccedilatildeo para

mensurar a intensidade e qualidade da dor pois fornece informaccedilotildees sobre

possiacuteveis locais da doenccedila magnitude da dor bem como a eficaacutecia do tratamento e

intervenccedilatildeo submetidos Da mesma forma Bermudez et al31 avaliaram pacientes

diagnosticados com DTM moderada e severa para discriminar e comparar a queixa

dolorosa de acordo com a severidade da doenccedila Pode-se concluir com o estudo

que o MPQ foi capaz de diferenciar o padratildeo temporal da dor a localizaccedilatildeo de maior

queixa dolorosa e a intensidade da dor em portadores de DTM

As diferenccedilas metodoloacutegicas utilizadas corroboram o fato de a dor ser uma

experiecircncia complexa e subjetiva que varia em qualidade intensidade sensorial e

em caracteriacutesticas afetivo-motivacionais Pois a mesma envolve vaacuterias dimensotildees e

pode ser influenciada por infinitos estiacutemulos intriacutensecos e extriacutensecos32 33 Assim

cabe a utilizaccedilatildeo de diferentes meacutetodos uni e multidimensionais para uma avaliaccedilatildeo

precisa considerando a natureza da dor e suas caracteriacutesticas

De acordo com os resultados do nosso estudo foi visualizado que as atletas

de elite de GR apresentam diferentes caracteriacutesticas de percepccedilatildeo do estiacutemulo

doloroso em comparaccedilatildeo aos controles destacando dores com perfil sensorial e

avaliativo Acreditamos que os atletas de alto rendimento apresentam-se com

alteraccedilotildees do imputs neurosensorial em virtude da constante presenccedila e

intensidade das dores sentidas pela a sua praacutetica desportiva Isto pode repercutir em

mudanccedilas na interpretaccedilatildeo da dor sentida em seu corpo fiacutesico devido agrave influecircncia

de fatores emocionais sociais e hormonais que satildeo comuns em mulheres atletas

Em vista disso sabe-se que o domiacutenio sensorial e avaliativo representam as

28

impressotildees fiacutesicas desse estiacutemulo doloroso aacutelgico e uma auto-avaliaccedilatildeo da sua dor

respectivamente34

Segundo Pimenta e Texeira18 as diferenccedilas na estratificaccedilatildeo da dor se

justificam pelo fato das interpretaccedilotildees de informaccedilotildees cognitivas serem

condicionadas por experiecircncias preacutevias em diferentes momentos do estiacutemulo da dor

gerando respostas variadas agrave experiecircncia dolorosa por ser um processo

individualizado Aleacutem disso a dor eacute uma experiecircncia complexa descrita em termos

de caracteriacutesticas sensoriais afetivo-motivacionais cognitivas e comportamentais

Desta forma o resultado de uma avaliaccedilatildeo da percepccedilatildeo dolorosa pode depender

de qual dimensatildeo da dor esteja sendo vivenciada no momento da avaliaccedilatildeo por

cada indiviacuteduo14

Hoskins et al29 utilizaram a escala visual analoacutegica (EVA) e o questionaacuterio

McGill para comparar a intensidade e a qualidade de dor lombar entre atletas de

elite amadores e natildeo atletas Foram observadas diferenccedilas significativas entre os

grupos mostrando que os atletas de elite apresentaram intensidade de dor mais

alta assim como escolheram com mais frequecircncia palavras das categorias sensorial

e afetiva De forma semelhante a nossa pesquisa o domiacutenio sensorial apresentou o

maior iacutendice de dor e maior frequecircncia de palavras escolhidas Tal fato possa ser

justificado por esse ser o domiacutenio de maior representatividade no questionaacuterio

agregando termos de qualidades sensitivas dor18 Poreacutem a dimensatildeo afetiva natildeo foi

evidenciada com maior frequecircncia no presente estudo Esta representa um estado

emocional o qual pode ser traduzido por percepccedilotildees de cansaccedilo sentimentos de

medo e puniccedilatildeo assim como reaccedilotildees autonocircmicas34 Reading32 e Pimenta e

Teixeira18 em seus estudos relataram que os pacientes que sentem dores de

caracteriacutestica aguda preferem descritores da categoria sensorial Por outro lado

indiviacuteduos que sentem dor crocircnica usualmente tendem a selecionar mais

descritores da categoria afetiva levando em conta fenocircmenos cognitivo de

antecipaccedilatildeo memoacuteria atenccedilatildeo e experiecircncia anterior

Os resultados desta pesquisa demonstraram que a regiatildeo com maior

prevalecircncia de queixa dolorosa em atletas de elite de GR foi a articulaccedilatildeo do quadril

com aproximadamente cinquenta e dois por cento das queixas Isto pode estar

relacionado ao fato da articulaccedilatildeo do quadril ser responsaacutevel pela absorccedilatildeo de

29

grandes cargas compressivas durante a fase de aterrissagem dos saltos o qual eacute

um movimento especiacutefico do esporte Aleacutem disso no quadril estaacute localizado o centro

de gravidade do corpo assim as cargas que satildeo geradas ou transmitidas por essa

regiatildeo geram influecircncia no desempenho esportivo Desse modo pesquisas

cientiacuteficas relatam sobre a importacircncia da forccedila dos muacutesculos estabilizadores do

quadril no surgimento e desenvolvimento de dores nesta articulaccedilatildeo4 35 Steinberg et

al36 realizaram uma analise sistemaacutetica do desempenho da musculatura do quadril

no desenvolvimento de lesotildees no membro inferior e encontraram que a diminuiccedilatildeo

da funccedilatildeo dos muacutesculos do quadril associada a cargas repetitivas no membro

inferior pode aumentar o risco de lesotildees no joelho e em todo o membro

De forma contraacuteria aos nossos resultados Guiotte et al2 Sabeti et al21 e

Oliveira et al23 avaliaram ginastas de diferentes categorias e relataram que a regiatildeo

anatocircmica de queixa dolorosa mais prevalente na praacutetica da GR eacute a coluna lombar

seguida do tornozelo e joelho De acordo com Anderson et al37 a dor no quadril e

na virilha em atletas ocorrem com menor frequecircncia que lesotildees das extremidades do

membro inferior Ratificando esses autores Tschopp et al38 defendem que as

lesotildees do quadril satildeo menos comuns poreacutem satildeo mais difiacuteceis de serem

diagnoacutesticadas Pois as consideraccedilotildees anatocircmicas e biomecacircnicas para lesotildees

nesta regiatildeo estatildeo entre as mais complexas do sistema muacutesculo-esqueleacutetico

Por outro lado os nossos resultados demonstraram que a segunda

articulaccedilatildeo mais prevalente em relaccedilatildeo agrave queixa dolorosa pela praacutetica de GR em

atletas de elite foi o tornozelo-peacute (44) Tal fato se justifica por alguns fatores como

sobrecarga excessiva nos muacutesculos intriacutensecos do peacute os quais satildeo responsaacuteveis

pela formaccedilatildeo do arco plantar existecircncia de compressotildees excessivas nos

segmentos oacutesseos devido ao processo de absorccedilatildeo de impacto nos saltos aleacutem da

necessidade de manutenccedilatildeo da postura do tornozelo-peacute em flexatildeo plantar por

tempos prolongados

De acordo com Han et al39 o complexo do tornozelo-peacute na maioria das

atividades esportivas eacute a uacutenica parte do corpo que estaacute em contato com solo

Assim a propriocepccedilatildeo do tornozelo contribui de forma extremamente significativa

para o controle do equiliacutebrio pois fornece informaccedilotildees que permitem o ajuste de

posiccedilotildees e movimentos dos membros para realizaccedilatildeo das tarefas motoras

30

complexas exigidas no esporte de elite Saito et al12 em sua pesquisa ao avaliarem

atletas com e sem lesatildeo no tornozelo observaram que as lesotildees no tornozelo aleacutem

de causar alteraccedilotildees musculares e osteocinemaacuteticas promovem de forma direta

repercussotildees negativas no controle neuromuscular da articulaccedilatildeo predispondo-a aacute

episoacutedios recidivantes em virtude do comprometimento do feedback neurosensorial

afetando o controle postural e consequentemente o desempenho nas atividades

motoras

De acordo com os dados obtidos no nosso estudo foi observada nas atletas

uma maior aacuterea de deslocamento do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo (COP) do

corpo demonstrando um menor equiliacutebrio estaacutetico das ginastas ao comparar com

controles natildeo atletas Isto pode estar relacionado a uma maior intensidade e

presenccedila do estiacutemulo doloroso no corpo das atletas e a intensa quantidade de

repeticcedilotildees dos exerciacutecios de forma assimeacutetrica pela preferecircncia do membro

dominante Desse modo diversas pesquisas relatam que a presenccedila da dor pode

aumentar a aacuterea do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo (ACOP) produzindo uma piora

do equiliacutebrio corporal4 12 15 16 Lin et al16 e Shigaki et al4 em seus estudos avaliaram

o equiliacutebrio de atletas comparando trecircs grupos atletas com lesatildeo atletas sem lesatildeo

e natildeo atletas Evidenciaram que atletas com lesatildeo apresentaram maior oscilaccedilatildeo do

centro de pressatildeo comparado a indiviacuteduos natildeo atletas e atletas sem lesatildeo Poreacutem

quando comparados atletas sem lesatildeo com indiviacuteduos natildeo atletas natildeo foi observado

diferenccedila significativa

Ao mesmo tempo em nosso estudo foi encontrado uma velocidade meacutedia do

COP maior no grupo atleta em ambas as direccedilotildees ao comparar com controles natildeo

atletas Sendo a velocidade meacutedia do COP maior no plano sagital (anteroposterior)

em relaccedilatildeo ao plano frontal (meacutediolateral) Isto ocorre porque as atletas apresentam

uma resposta neuromuscular mais raacutepida para recuperaccedilatildeo da estabilidade do corpo

adquirida pelo treinamento esportivo essencialmente no plano sagital em que as

estrateacutegias posturais para recuperaccedilatildeo do equiliacutebrio satildeo mais efetivas

Diversos estudos publicados na literatura abordam a habilidade do controle

postural em atletas2 8-12 Matsuda et al10 relatam que atletas tecircm capacidade de

equiliacutebrio dinacircmico superior quando comparados a indiviacuteduos natildeo atletas Da

mesma forma Merlo et al11 acreditam a praacutetica de esportes produz adaptaccedilotildees que

31

ou desenvolvimento de consciecircncia de estrateacutegias posturais natildeo evidenciadas em

sujeitos natildeo praticantes de atividade esportiva

Os resultados encontrados por meio desse estudo mostraram que a dor em

sua dimensatildeo avaliativa apresentou relaccedilatildeo significativa com a velocidade meacutedia do

centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo do corpo na direccedilatildeo mediolateral Tal fato evidencia

que a percepccedilatildeo do estiacutemulo doloroso interfere de maneira significativa na

habilidade do atleta em reestabelecer a estabilidade postural apoacutes perturbaccedilatildeo do

equiliacutebrio em postura estaacutetica Prejudicando o desempenho atleacutetico na modalidade

uma vez que as atletas dependem da estabilidade postural para execuccedilatildeo da praacutetica

esportiva Alguns autores relatam a influecircncia da dor e fatores psicoemocionais na

performance e desempenho de atletas de alto rendimento Couto e Pedroni40

avaliaram a relaccedilatildeo da queixa e limiar doloroso com incidecircncia de lesatildeo em

bailarinas claacutessicas Os resultados do estudo mostraram que houve relaccedilatildeo

significativa entre as regiotildees de lesatildeo com a dor evidenciando que a dor estaacute

diretamente relacionada com o surgimento de lesatildeo nessa populaccedilatildeo Dore e

Guerra41 em seu estudo investigaram a prevalecircncia e fatores associados agrave

sintomatologia dolorosa em bailarinos profissionais utilizando a versatildeo brasileira do

questionaacuterio McGill e Inventaacuterio para dor de Wisconsin Foram verificadas

correlaccedilotildees positivas com significacircncia entre o grau de intensidade dolorosa e

atividades diaacuterias sono humor e relacionamento pessoal

O presente estudo sinaliza uma relaccedilatildeo da presenccedila do estiacutemulo doloroso

com o equiliacutebrio postural As alteraccedilotildees no equiliacutebrio corporal tecircm sido muito

estudadas em diferentes populaccedilotildees assim como o comportamento da dor e lesotildees

no desempenho de atletas de diferentes niacuteveis competitivos e modalidades

esportivas Corroborando com nossa pesquisa Meardon et al15 defendem que a

presenccedila de lesatildeo e dor em atletas pode afetar negativamente o equiliacutebrio corporal

Em sua pesquisa examinou controle postural dinacircmico em corredores lesionados

com dor e sem lesatildeo usando o Star Excursion Balance Test (SEBT) Quando

comparado corredores lesionados com controles sem lesatildeo os resultados

demonstraram controle dinacircmico deficiente das forccedilas verticais ao executar as

tarefas de pouso e estabilizaccedilatildeo em apoio unipodal

32

Contudo ainda satildeo raros os estudos sobre a caracterizaccedilatildeo da dor e do

equiliacutebrio corporal em atletas de ginaacutestica riacutetmica Por meio desse estudo foi

observado que atletas de elite de GR demonstraram aumento da dor descrita em

todos os domiacutenios avaliados pelo questionaacuterio McGill (plt0001) A dor nas ginastas

tem o perfil sensorial e avaliativo e se manifesta principalmente nas articulaccedilotildees do

quadril e tornozelo-peacute em virtude da especificidade do gesto esportivo Aleacutem disso

as atletas tambeacutem apresentam menor estabilidade do controle postural (plt005)

sendo notada possiacutevel relaccedilatildeo de interferecircncia entre a auto percepccedilatildeo dolorosa e o

equiliacutebrio postural Entretanto devido agrave complexidade do tema faz-se necessaacuterio a

elaboraccedilatildeo de estudos mais aprofundados com uma amostra maior seguindo

rigorosamente os criteacuterios metodoloacutegicos que permita uma interpretaccedilatildeo mais

precisa a respeito da percepccedilatildeo dolorosa e o equiliacutebrio postural no desempenho

atleacutetico na modalidade esportiva

5 Conclusatildeo

A pesquisa mostra que as atletas de elite de GR apresentam dor de

caracteriacutesticas sensorial e avaliativa frequentemente localizada na articulaccedilatildeo do

quadril seguida do tornozelo-peacute A presenccedila da percepccedilatildeo dolorosa mostrou relaccedilatildeo

significativa com o controle postural em atletas de elite de GR Os resultados

tambeacutem evidenciaram que atletas tem menor equiliacutebrio postural estaacutetico quando

comparadas a controles natildeo atletas poreacutem demonstram maior habilidade para

reestabelecer o controle postural

6 Consideraccedilotildees Finais

Um ponto importante a ser relatado neste estudo eacute a utilizaccedilatildeo do

questionaacuterio de dor McGill Embora venha ser um questionaacuterio amplamente utilizado

em pesquisas cientiacuteficas em virtude da sua alta confiabilidade validaccedilatildeo e

adaptaccedilatildeo cultural em diferentes paiacuteses ainda satildeo raros os estudos que utilizam

essa ferramenta para avaliar a dor em atletas Com ecircnfase em estudos que

descrevam a sua aplicabilidade por domiacutenio e caracteriacutesticas multidimensionais da

33

dor Este pesquisa aparenta ter sido pioneira a qualificar a dor e descrevecirc-la em

suas dimensotildees em atletas de elite de ginaacutestica riacutetmica bem como relacionar a

percepccedilatildeo dolorosa com o equiliacutebrio postural nessa populaccedilatildeo Abrindo espaccedilo para

realizaccedilatildeo de outros estudos

Poreacutem foi encontrado como limitaccedilotildees escassez de pesquisas cientiacuteficas

atualizadas sobre abordagem multidimensional da dor em atletas essencialmente

na ginaacutestica riacutetmica Pois a grande maioria dos estudos que tem sido publicado

sobre dor nessa populaccedilatildeo estaacute relacionada agrave presenccedila do estiacutemulo doloroso e sua

intensidade em uma magnitude sensorial Outro ponto a se destacar foi a

dificuldade em coletar um grupo controle com caracteriacutesticas similares ao grupo de

estudo para que fosse formada uma amostra mais homogecircnea possiacutevel

respeitando os criteacuterios metodoloacutegicos

34

REFEREcircNCIA

1 Baston C Mancini M Schoneburg B Horak F Rocchi L Postural strategies assessed with inertial sensors in healthy and parkinsonian subjects Gait Posture 2014 may 40(1)70ndash75

2 Guiotte VA Roque CFL Olieira MR Gil AWO Rabello LM Dos Santos EVM et

al Avaliaccedilatildeo Fiacutesico - Funcional de Atletas da Ginaacutestica Riacutetmica Histoacuterico de Lesotildees e Estabilidade Postural UNOPAR Cient Ciecircnc Biol Sauacutede 2012 14(4) 217-20

3 Bosso LR Golias ARC A postura de atletas de Ginaacutestica Riacutetmica Analise atraveacutes da fotometria Rev Bras Med Esporte 2012 setout 18(5)333-337

4 Shigaki L Rabello LM Camargo MZ Santos VBC Gil AWO Oliveira MR et al Anaacutelise comparativa do equiliacutebrio unipodal de atletas de Ginastica Riacutetmica Rev Bras Med Esporte 2013 marabr 19(2)104-107

5 Whale CE Pass AN Tripp PM Chronic Groin Pain in a collegiate football running back International Journal of Athletic Therapy amp Training 2012 may 17(3)41-44

6 Jacobs JV Why we need to better understand the cortical neurophysiology of impaired postural responses with age disease or injury Frontiers in Integrative Neuroscience 2014 ago 8(69)

7 Hirata RP Ervilha UF Arendt-Nielsen L Graven-Nielsen T Experimental Muscle Pain Challenges the Postural Satability During Quiet Stance Unexpected Posture Perturbation J Pain 2011 ago 12(8)911-9

8 Ribeiro GD Suaacuterez MH Ruiz DR Efecto del entrenamiento sistemaacutetico de gimnasia riacutetmica sobre el control postural de ninas adolescentes Rev Andal Med 2015 jun 8(2)54-60

9 Teixeira CL Equiliacutebrio e controle postural Brazilian Journal of Biomechanics 2010 11(20)31-40

10 Matsuda S Demura S Uchiyama M Centre of pressure sway characteristics during static one-legged stance of athletes from different sports Journal of Sports Sciences 2008 may 26(7)775 ndash 779

11 Merlo JK Stoppa ACL Macedo CSG Silva Juacutenior RA Anaacutelise Comparativa do Equiliacutebrio em Apoio Unipodal em Indiviacuteduos Sedentaacuterios e Atletas UNOPAR Cient Ciecircnc Biol Sauacutede 2010 12(4)29-32

12 Saito KA Navarro M Silva MF Arie EK Peccin MS Oscilaccedilatildeo do centro de pressatildeo plantar de atletas e natildeo atletas com e sem entorse de tornozelo Rev Bras Ortop 2016 51(4)437ndash443

35

13 Lamb M Oliveira PD Tano SS Gil AWO Dos Santos EVN Fernandes KBP

Efeito do treinamento proprioceptivo no equiliacutebrio de atletas de ginaacutestica riacutetmica Rev Bras Med Esporte 2014 setout 20(5)379-382

14 Silva JA Ribeiro-Filho NP A dor como um problema psicofiacutesico Rev Dor 2011 abrjun 12(2)138-51

15 Meardon S Klusendorf A Kernozek T Influence of injury on dynamic postural control in runners The International Journal of Sports Physical Therapy 2016 jun 11(3)336

16 Lin CF Lee IJ Liao JH Wu HW Su FC Comparison of Postural Stability Between Injured and Uninjured Ballet Dancers The American Journal of Sports Medicine 2011 39(6)1324-1331

17 Varoli FK Pedrazzi V Adapted Version of the McGill Pain Questionnaire to Brazilian Portuguese Braz Dent J 2006 17(4) 328-335

18 Pimenta CAM Teixeira MJ Questionaacuterio de dor McGill proposta de adaptaccedilatildeo para a liacutengua portuguesa Rev Esc Enf USP 1996 dez 30(3)473-83

19 Rabello LM Macedo CSG Oliveira MR Fregueto JH Camargo MZ Lopes LD et al Relaccedilatildeo entre testes funcionais e plataforma de forccedila nas medidas de equiliacutebrio em atletas Rev Bras Med Esporte 2014 maijun 20(3)219-222

20 Bressel E Yonker JC Kras J et al Comparison of static and dynamic balance in female collegiate soccer basketball and gymnastics atheletes Journal of Athletic Training 2007 42(1)42ndash46

21 Sabeti M Jeremian L Graf A Kandelhart R Elite level rhythmic gymnasts have significantly more and stronger pain than peers of similar age a prospective study Wien Klin Wochenschr 201512731ndash35

22 Vanderlei FM Vanderlei FCM Netto Juacutenior J Praste CM Caracteriacutesticas das lesotildees desportivas e fatores associados com lesatildeo em iniciantes de ginaacutestica artiacutestica do sexo feminino Fisioter Pesq 201320(2)191-196

23 Oliveira MMM Lourenccedilo MRA Teixeira DC Incidecircncias de lesotildees nas equipes de Ginaacutestica Riacutetmica da UNOPAR UNOPAR Cient Ciecircnc Biol Sauacutede 2003 out 6(1)29-40

24 Frutuoso AS Diefenthaeler F Vaz MA et al Lower Limb asymmetries in rhythmic gymnastics atheletes Int Sports Phys Ther 2016 11(1)34ndash43

25 Kolar E Samardžija MP Smrdu M Atikovic A Athletes perceptions of the causes of injury in gymnastics J Sports Med Phys Fitness 2016 Mar 57(5)703-710

36

26 Mueller S Mueller J Stoll J Prieske O Cassel M Mayer F Incidence of back pain in adolescent athletes a prospective study BMC Sports Science Medicine and Rehabilitation 2016 838

27 Goubert D Danneels L Graven-Nielsen T Descheemaeker F Meeus M Differences in Pain Processing Between Patients with Chronic Low Back Pain Recurrent Low Back Pain and Fibromyalgia Pain Physician 2017 May 20(4)307-318

28 Arliani GG Cohen M Lara PS Astur DC Gonccedilalves JPP Ferretti M Impacto do esporte na sauacutede de ex-jogadores profissionais de futebol no Brasil Acta ortop bras 2014 julago 22(4)188-190

29 Hoskins W Pollard H Daff C Odell A Garbutt P McHardy A et al Low back pain status in elite and semi-elite Australian football codes a cross-sectional survey of football (soccer) Australian rules rugby league rugby union and non-athletic controls BMC Musculoskeletal Disorders 20091038

30 Ngamkham S Vincent C Finnegan L Holden JE Wang ZJ Wilkie DJ The McGill Pain Questionnaire as a Multidimensional Measure in People with Cancer An Integrative Review Pain Manag Nurs 2012 Mar 13(1) 27ndash51

31 Bermudez OAS Souza RA Souza CMF Castro CES Beacuterzn F Avaliaccedilatildeo multidimensional da dor em portadores de desordem temporomandibular utilizando uma versatildeo brasileira do questionaacuterio mcgill de dor Rev bras fisioter 2003 7(2) 151-158

32 Reading AE Everitt BS Sledmore CM The McGill Pain Questionnaire a replication of its construction Br J Clin Psychol 1982 21339ndash349

33 Melzack R The McGill Pain Questionnaire Anesthesiology 2005 103199-202

34 Pessoa CP Barreto MB Santos LB Alves TDB Oliveira MC Martins AG Instrumentos utilizados na avaliaccedilatildeo do impacto da dor na qualidade de vida de pacientes com dor orofacial e disfunccedilatildeo temporomandibular Escola Baiana de Sauacutede Puacuteblica 200731(2)267-293

35 Espinoza ES Ortiz GB Estabilidad abdominolumbopeacutelvica y equilibrio comopredictores de la incidencia de lesionesmusculoesqueleacuteticas en estudiantes de danzaUn estudio piloto Fisioterapia 2014

36 Steinberg N Dar G Dunlop M Gaida JE The relationship of hip muscle performance to legankle and foot injuries a systematic review The Physician and Sportsmedicine 2017

37 Anderson K Strickland SM Warren R Hip and Groin Injuries in Athletes The American Journal of Sports Medicine 2001 29(4) 521-533

38 Tschopp M Brunner F Erkrankungen und Uumlberlastungsschaumlden an der unteren Extremitaumlt bei Langstreckenlaumlufern Z Rheumatol 2017 Feb

37

39 Han J Anson J Waddington G Adans R Liu Y The Role of Ankle

Proprioception for Balance Control in relation to Sports Performance and Injury BioMed Research International 2015 Jun8

40 Couto AGA Pedroni CR Relaccedilatildeo entre postura queixa dolorosa e lesatildeo em bailarinas claacutessicas Ter Man 2013 11(55)228-233

41 Dore BF e Guerra RO Sintomatologia dolorosa e fatores associados em bailarinos profissionais Rev Bras Med Esporte 2007 MarAbr13(2)77-80

38

ANEXO I ndash QUESTIONAacuteRIO DE DOR MCGILL

39

ANEXO II ndash PARECER DE APROVACcedilAtildeO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA

40

41

ANEXO III ndash NORMAS DE SUBMISSAtildeO DA REVISTA

Instruccedilotildees aos Autores

A Revista Brasileira de Medicina do Esporte - RBME (Brazilian Journal of

Sports Medicine) oacutergatildeo oficial da Sociedade Brasileira de Medicina do Exerciacutecio e

do Esporte (SBMEE) eacute publicada bimestralmente em seis ediccedilotildees ao ano (janfev

marabr maiojun julago setout e novdez) A RBME eacute indexada nas seguintes

bases bibliograacuteficas SciELO Web of Science Excerpta Medica-EMBASE Physical

Education Index LILACS SIRC-Sportdiscus e Scopus A publicaccedilatildeo segue

integralmente o padratildeo internacional do International Committee of Medical Journal

Editors (ICMJE) ou Convenccedilatildeo de Vancouver e seus requisitos de uniformizaccedilatildeo

[httpwwwicmjeorg]

Preparaccedilatildeo de manuscritos Os artigos submetidos devem ser digitados em

espaccedilo duplo fonte Arial 12 em paacutegina tamanho A4 sem numerar linhas ou

paraacutegrafos e numerando as paacuteginas no canto superior direito Figuras e tabelas

devem ser apresentadas ao final do artigo em paacuteginas separadas No corpo do

texto deve-se informar os locais para inserccedilatildeo das tabelas ou figuras Nuacutemeros

menores que 10 satildeo escritos por extenso enquanto que nuacutemeros maiores ou igual a

10 satildeo expressos em algarismos araacutebicos Os manuscritos que natildeo estiverem de

acordo com as instruccedilotildees aos autores em relaccedilatildeo a estilo e formato seratildeo

devolvidos sem revisatildeo pelo Conselho Editorial As medidas deveratildeo ser expressas

no Sistema Internacional (Systegraveme International SI) disponiacutevel em

httpphysicsnistgovcuuUnits e unidades padratildeo quando aplicaacutevel Recomenda-

se aos autores natildeo usar abreviaccedilotildees no tiacutetulo e limitar a sua utilizaccedilatildeo no resumo e

ao longo do texto Os nomes geneacutericos devem ser usados para todas as drogas Os

faacutermacos podem ser referidos pelo nome comercial poreacutem deve constar o nome

cidade e paiacutes ou endereccedilo eletrocircnico do fabricante entre parecircnteses na seccedilatildeo

Materiais e Meacutetodos

Abreviaturas O uso de abreviaturas deve ser minimizado As abreviaturas deveratildeo

ser definidas por ocasiatildeo de sua primeira utilizaccedilatildeo no resumo e tambeacutem no texto

Abreviaturas natildeo padratildeo natildeo devem ser utilizadas a menos que essas apareccedilam

pelo menos trecircs vezes no texto Unidades de medida (3 ml ou 3 mL e natildeo 3

mililitros) ou siacutembolos cientiacuteficos padratildeo (elementos quiacutemicos por exemplo Na e

natildeo soacutedio) natildeo satildeo consideradas abreviaturas e portanto natildeo devem ser definidos

Abreviar nomes longos ou substacircncias quiacutemicas e termos utilizados para

combinaccedilotildees terapecircuticas Abreviaturas em figuras e tabelas podem ser utilizadas

por razotildees de espaccedilo poreacutem devem ser definidas na legenda mesmo que tenham

sido definidas no texto do artigo

Formato dos arquivos Usar editor de texto Microsoft Word para Windows ou

42

equivalente Arquivos em formato PDF natildeo devem ser enviados As tabelas e

quadros deveratildeo estar em seus arquivos originais (Excel Acess Powerpoint etc)

As figuras deveratildeo estar nos formatos jpg ou tif em alta resoluccedilatildeo (300 dpi) As

figuras deveratildeo estar incluiacutedas no arquivo Word mas tambeacutem devem ser enviadas

separadamente (anexadas durante a submissatildeo do artigo como documento

suplementar em seus arquivos originais)

Paacutegina de rosto A paacutegina de rosto deve conter (1) a categoria do artigo (2) o tiacutetulo

do artigo em portuguecircs inglecircs e espanhol com ateacute 80 caracteres cada que deve ser

objetivo e informativo (3) os nomes completos dos autores instituiccedilatildeo formaccedilatildeo

acadecircmica de origem (a mais relevante) cidade estado e paiacutes (4) nome do autor

correspondente com endereccedilo completo telefone e e-mail A titulaccedilatildeo dos autores

natildeo deve ser incluiacuteda O nome completo de cada autor (sem abreviaccedilotildees) e sua

afiliaccedilatildeo institucional (nota as unidades hieraacuterquicas devem ser apresentadas em

ordem decrescente por exemplo universidade faculdade ou instituto e

departamento) devem ser informados Os nomes das instituiccedilotildees e programas

deveratildeo ser apresentados preferencialmente por extenso e na liacutengua original da

instituiccedilatildeo ou na versatildeo em inglecircs quando a escrita natildeo eacute latina (pex aacuterabe

mandarim ou grego)

Resumo O resumo em portuguecircs inglecircs e espanhol deve ser incluiacutedo no

manuscrito Em cada um dos idiomas natildeo deve conter mais do que 300 palavras A

versatildeo estruturada eacute obrigatoacuteria nos artigos originais e inclui objetivos meacutetodos

resultados e conclusatildeo Artigos de revisatildeo natildeo requerem resumo estruturado

Palavras-chave O artigo deve incluir no miacutenimo trecircs e no maacuteximo seis descritores

em portuguecircs inglecircs e espanhol baseados nos Descritores de Ciecircncias da Sauacutede

(DeCS) httpdecsbvsbr ou no Medical Subject Headings (MeSH) da National

Library of Medicine disponiacutevel em httpwwwnlmnihgovmeshmeshhomehtml

oubaseados no Medical SubjectHeading (MeSH) do Index Medicus

(httpwwwnlmnihgovmesh)

Introduccedilatildeo A introduccedilatildeo deve conter (1) justificativa objetiva para o estudo com

referecircncias pertinentes ao assunto sem realizar uma revisatildeo extensa (2) objetivo do

artigo

Materiais e Meacutetodos Esta seccedilatildeo deve descrever os experimentos (quantitativa e

qualitativamente) e os procedimentos em detalhes suficientes que permitam que

outros pesquisadores reproduzam os resultados ou deem continuidade ao estudo

e deveraacute conter (1) a descriccedilatildeo clara da amostra utilizada (2) termo de

consentimento para estudos experimentais envolvendo seres humanos (3)

identificaccedilatildeo dos meacutetodos aparelhos (nome do fabricante e endereccedilo cidade e paiacutes

devem ser menciondos entre parecircnteses) e procedimentos utilizados (4) descriccedilatildeo

breve e referecircncias de meacutetodos publicados mas natildeo amplamente conhecidos (5)

43

descriccedilatildeo detalhada de meacutetodos novos ou modificados (6) quando pertinente incluir

a anaacutelise estatiacutestica e os programas utilizados Importante Ao relatar experimentos

com seres humanos ou animais indicar se os procedimentos seguiram as normas

do Comitecirc Eacutetico sobre Experiecircncias Humanas da instituiccedilatildeo na qual a pesquisa foi

realizada e se os procedimentos estatildeo de acordo com a declaraccedilatildeo de Helsinki de

1995 e a Animal Experimentation Ethics respectivamente Os autores devem incluir

uma declaraccedilatildeo indicando que o protocolo foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica da

Instituiccedilatildeo (instituiccedilatildeo de afiliaccedilatildeo de pelo menos um dos autores) com o respectivo

nuacutemero de identificaccedilatildeo Tambeacutem deve incluir que o Termo de Consentimento Livre

e Esclarecido foi assinado por todos os participantes

Resultados Apresentar os resultados em sequecircncia loacutegica no texto usando tabelas

e figuras Evitar repeticcedilatildeo excessiva de dados no texto em tabelas ou figuras

poreacutem enfatizar somente as descobertas mais importantes

Discussatildeo Enfatizar os aspectos originais e importantes do estudo e as conclusotildees

que decorrem deste evitando poreacutem repetir dados jaacute apresentados em outras

partes do manuscrito Em estudos experimentais ressaltar a relevacircncia e limitaccedilotildees

dos resultados confrontando com os dados da literatura e incluindo implicaccedilotildees

para estudos futuros

Conclusotildees A conclusatildeo deve ser clara e concisa baseada nos resultados

obtidos estabelecendo ligaccedilatildeo com implicaccedilotildees cliacutenicas evitando poreacutem excessiva

generalizaccedilatildeo) A mesma ecircnfase deve ser dada a estudos com resultados negativos

ou positivos Recomendaccedilotildees podem ser incluiacutedas quando relevantes

Agradecimentos Quando pertinente incluir agradecimento ou reconhecimento a

pessoas que tenham contribuiacutedo para o desenvolvimento do trabalho poreacutem natildeo se

qualificam como coautores Fontes de financiamento como auxiacutelio a pesquisa e

bolsas de estudo devem ser reconhecidos nesta seccedilatildeo Os autores deveratildeo obter

permissatildeo por escrito para mencionar nomes e instituiccedilotildees de todos os que

receberam agradecimentos nominais

Referecircncias As referecircncias devem ser numeradas na sequecircncia em que aparecem

no texto em formato sobrescrito As referecircncias citadas somente em legendas de

tabelas ou figuras devem ser numeradas de acordo com sequecircncia estabelecida

pela primeira menccedilatildeo da tabela ou da figura no texto O estilo das referecircncias

bibliograacuteficas deve seguir as regras do Uniform Requirements for Manuscripts

Submitted to Biomedical Journals (International Committee of Medical Journal

Editors disponiacutevel em Ann Intern Med 1997126(1)36-47 httpwwwicmjeorg)

Alguns exemplos satildeo mostrados a seguir Os tiacutetulos dos perioacutedicos devem ser

abreviados de acordo com o Index Medicus (List of Journals Indexed disponiacutevel em

httpwwwnlmnihgovtsdserialsljihtml) Se o perioacutedico natildeo constar dessa lista

deve-se utilizar a abreviatura sugerida pelo proacuteprio perioacutedico Deve-se evitar utilizar

44

ldquocomunicaccedilotildees pessoaisrdquo ou ldquoobservaccedilotildees natildeo publicadasrdquo como referecircncias

Resumos de tranalhos apresentados em eventos devem ser utilizados somente se

for a uacutenica fonte de informaccedilatildeo

Tabelas As tabelas devem ser elaboradas em espaccedilo 15 devendo ser planejadas

para ter como largura uma (87cm) ou duas colunas (18 cm) Cada tabela deve

possuir um tiacutetulo sucinto Notas explicativas seratildeo incluiacutedas em notas de rodapeacute A

tabela deve conter meacutedias e medidas de dispersatildeo (Desvio Padratildeo Erro Padratildeo da

Meacutedia etc) natildeo devendo conter casas decimais irrelevantes As abreviaturas

devem estar de acordo com aquelas utilizadas no texto e nas figuras Os coacutedigos de

identificaccedilatildeo de itens da tabela devem estar listados na ordem de surgimento no

sentido horizontal e devem ser identificados pelos siacutembolos padratildeo Os quadros e

tabelas deveratildeo ser enviados atraveacutes dos arquivos originais editaacuteveis (Word Excel)

e natildeo como imagens

Figuras Na versatildeo impressa da RBME seratildeo aceitas figuras em preto-e-branco

Imagens coloridas poderatildeo ser publicadas quando forem essenciais para o conteuacutedo

cientiacutefico do artigo Nestes casos o custo seraacute repassado aos autores Figuras

coloridas poderatildeo ser incluiacutedas na versatildeo eletrocircnica do artigo sem custo adicional

aos autores Os desenhos e figuras devem ser consistentes e tatildeo simples quanto

possiacutevel poreacutem informativos Tons de cinza natildeo devem ser utilizados Todas as

linhas devem ser soacutelidas Para graacuteficos de barra por exemplo utilizar barras

brancas pretas com linhas diagonais nas duas direccedilotildees linhas em xadrez linhas

horizontais e verticais A RBME desaconselha fortemente o uso de fotografias de

equipamentos e animais de experimentaccedilatildeo As figuras devem ser impressas com

bom contraste e ter a largura de uma coluna (87cm) Utilizar no miacutenimo fonte

tamanho 10 para letras nuacutemeros e siacutembolos com espaccedilamento e alinhamento

adequados Quando a figura representar uma radiografia ou fotografia sugerimos

incluir a escala de tamanho quando pertinente

Por favor note que eacute de responsabilidade dos autores obter permissatildeo do detentor

dos direitos autorais para reproduzir figuras (ou tabelas) que tenham sido

previamente publicados em outras fontes De acordo com os princiacutepios do acesso

aberto os autores devem ter permissatildeo do detentor dos direitos caso desejem

incluir imagens que tenham sido publicados em outros perioacutedicos de acesso natildeo

aberto A permissatildeo deve ser indicada na legenda da figura e a fonte original deve

ser incluiacuteda na lista de referecircncias

45

APEcircNDICE I ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE)

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Vocecirc estaacute sendo convidada(o) a participar da pesquisa intitulada

ldquoCARACTERIZACcedilAtildeO DA DOR E SUA RELACcedilAtildeO COM EQUILIacuteBRIO

POSTURAL ESTAacuteTICO EM ATLETAS DE GINAacuteSTICA RIacuteTMICArdquo realizada pela

Universidade Federal de Sergipe por intermeacutedio da discente TAINARA DOS

SANTOS BOMFIM devidamente assistida pelo seu orientador PAULO MAacuteRCIO

PEREIRA OLIVEIRA O objetivo desse estudo eacute caracterizar a Dor

musculoesqueleacutetica em atletas de elite de ginaacutestica riacutetmica e analisar a relaccedilatildeo da

dor no equiliacutebrio postural estaacutetico das atletas comparando com controles natildeo

atletas A justificativa para a realizaccedilatildeo da pesquisa eacute documentar na literatura

escassa estudo sobre a relaccedilatildeo da dor com o equiliacutebrio postural estaacutetico em

atletas de elite de Ginaacutestica Riacutetmica Sua participaccedilatildeo nessa pesquisa consistiraacute

em responder um questionaacuterio e realizar avaliaccedilatildeo de equiliacutebrio que ocorreraacute em

um uacutenico momento Natildeo haacute riscos previsiacuteveis relacionados com sua participaccedilatildeo

nem danos previsiacuteveis decorrentes da pesquisa Os benefiacutecios relacionados com

sua participaccedilatildeo satildeo

1 Identificar alteraccedilotildees posturais de equiliacutebrio em atletas de alto rendimento

2 Evidenciar se o processo de dor em atletas eacute igual maior ou menor quando

comparado com pessoas natildeo atletas

3 Evidenciar se as variaccedilotildees aacuterea e velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo

de pressatildeo se igualam ou natildeo a pessoas natildeo atletas

Vocecirc foi selecionado por preencher os requisitos da pesquisa mas sua

participaccedilatildeo NAtildeO Eacute OBRIGATOacuteRIA sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo em sua

relaccedilatildeo com a instituiccedilatildeo ou com o pesquisador

Eu________________________________________________________________

abaixo assinado declaro que fui informado que as informaccedilotildees obtidas atraveacutes

dessa pesquisa seratildeo confidenciais e o sigilo sobre minha participaccedilatildeo seraacute

assegurado De tal modo que os dados natildeo seratildeo divulgados de forma a possibilitar

minha identificaccedilatildeo Tambeacutem estou ciente de que a qualquer momento posso

desistir de minha participaccedilatildeo e retirar meu consentimento Declaro que entendi os

objetivos riscos e benefiacutecios de minha participaccedilatildeo na pesquisa e concordo em

participar

Vocecirc receberaacute uma coacutepia deste termo onde consta o telefone e o endereccedilo do

pesquisador principal podendo tirar suas duacutevidas sobre o Projeto de Pesquisa de

sua participaccedilatildeo agora ou a qualquer momento

46

DADOS DO PESQUISADOR RESPONSAacuteVEL

Nome Tainara dos Santos Bomfim

Endereccedilo profissionale-mail Rua Padre Aacutelvares Pitangueira sn - Centro

Departamento de Fisioterapia bftainaragmailcom

Telefone (79) 9 9806-7487

ATENCcedilAtildeO A participaccedilatildeo em qualquer tipo de pesquisa eacute voluntaacuteria Em casos de

duacutevida quanto aos seus direitos entre em contato com o Comitecirc de Eacutetica em

Pesquisa da Universidade Federal de Sergipe

Lagarto _____de _____de 201_

_____________________________________________________

ASSINATURA DO VOLUNTAacuteRIO

_____________________________________________________

ASSINATURA DO PESQUISADOR RESPONSAacuteVEL

Page 9: CARACTERIZAÇÃO DA DOR E SUA RELAÇÃO COM O … · tainara dos santos bomfim caracterizaÇÃo da dor e sua relaÇÃo com o equilÍbrio postural em atletas de ginÁstica rÍtmica

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 Caracteriacutesticas demograacuteficas e antropomeacutetricas da amostra 20

Tabela 2 Domiacutenios da dor entre os grupos da pesquisa

Tabela 3 Incidecircncia de dor entre os grupos da pesquisa

21 21

LISTA DE ILUSTRACcedilOtildeES

Figura 1 Nuacutemero palavras escolhidas e Iacutendice de dor verificado por meio do questionaacuterio de dor de McGill nos grupos atleta e controle

22

Figura 2 Aacuterea da elipse do centro de pressatildeo do baricentro corporal entre o grupo atleta e o grupo controle

23

Figura 3 Velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo do baricentro corporal entre o grupo atleta e o grupo controle

24

Figura 4 Correlaccedilatildeo de Spearman entre iacutendice de dor avaliativa e velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo (VmCOP) do baricentro corporal

25

LISTA DE ABREVIACcedilOtildeES E SIGLAS

GR ndash Ginaacutestica Riacutetmica

GA ndash Grupo Atleta

GC ndash Grupo Controle

Br-MPQ ndash Versatildeo brasileira do questionaacuterio de dor McGill

NWC ndash Nuacutemero de palavras escolhidas

PRI ndash Iacutendice de dor

SL ndash Dor sensitiva

AF ndash Dor afetiva

AV ndash Dor avaliativa

M ndash Dor miscelacircnea

ACOP ndash Aacuterea do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo

VmCOP ndash Velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo

AP ndash Anteroposterior

ML ndash Mediolateral

IMC ndash Iacutendice de massa corporal

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 16

2 MEacuteTODOS

21 Delineamento do estudo

17

17

22 Sujeitos 17

23 Procedimentos de avaliaccedilatildeo 18

231 Avaliaccedilatildeo da dor 18

232 Avaliaccedilatildeo Estabilomeacutetrica

24 Aspectos Eacuteticos

18

19

25 Anaacutelise Estatiacutestica 19

3 RESULTADOS 20

31 Sujeitos 20

32 Caracterizaccedilatildeo da Dor

321 Domiacutenios da Dor

322 Localizaccedilatildeo da Dor

323 Nuacutemero de Palavras Escolhidas e Iacutendice de Dor

20

20

21

22

33 Equiliacutebrio Estaacutetico

331 Aacuterea de deslocamento do COP

332 Velocidade meacutedia de oscilaccedilatildeo do COP

34 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios da Dor e Equiliacutebrio corporal

22

23

23

24

4 DISCUSSAtildeO 25

5 CONCLUSAtildeO 32

6 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 32

REFEREcircNCIAS 34

ANEXO I ndash QUENTIONAacuteRIO DE DOR MGILL 38

ANEXO II ndash PARECER DE APROVACcedilAtildeO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA 39

ANEXO III ndash NORMAS DE SUBMISSAtildeO DA REVISTA 41

APEcircNDICE I ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO 45

CARACTERIZACcedilAtildeO DA DOR E SUA RELACcedilAtildeO COM EQUILIacuteBRIO

POSTURAL EM ATLETAS DE GINAacuteSTICA RIacuteTMICA

CHARACTERIZATION OF PAIN AND YUOR RELATIONSHIP WITH POSTURAL

BALANCE IN RHYTHMIC GYMNASTICS ATHLETES

Tainara dos Santos Bomfimsup1 Paulo Maacutercio Pereira Oliveira2

sup1 Universidade Federal de Sergipe Campus Universitaacuterio Prof Antocircnio Garcia Filho Graduanda em

Fisioterapia ndash Lagarto SE Brasil

sup2 Universidade Federal de Sergipe Campus Universitaacuterio Prof Antocircnio Garcia Filho Professor

Adjunto do Departamento de Fisioterapia ndash Lagarto SE Brasil

Correspondecircncia

Tainara dos Santos Bomfim

Departamento de Fisioterapia de Lagarto da Universidade Federal de Sergipe (UFS)

Av Gov Marcelo Deda sn ndash Satildeo Joseacute CEP 49400-000 ndash LagartoSE

Telefone (79) 9 9806-7487

E-mail tainarabomfimyahoocombr

RESUMO

Introduccedilatildeo A Ginaacutestica Riacutetmica (GR) eacute um esporte de alta performance que exige de suas atletas

movimentos de grandes amplitudes articulares forccedila e uma boa coordenaccedilatildeo motora postural Aleacutem

disso em virtude da especificidade do gesto esportivo as ginastas satildeo expostas constantemente a

posturas e esforccedilos repetitivos repercutindo em lesotildees musculoesqueleacuteticas e consequentemente

em dor a qual pode afetar negativamente o equiliacutebrio corporal Objetivo caracterizar a dor

musculoesqueleacutetica em atletas de elite de GR Secundariamente comparar o equiliacutebrio postural

estaacutetico das ginastas com controles natildeo atletas bem como correlacionar o iacutendice de dor com o

equiliacutebrio nas atletas de GR Meacutetodos participaram da pesquisa 50 jovens do sexo feminino 25

ginastas compondo o grupo atleta (GA) e 25 natildeo atletas compondo o grupo controle (GC) As

voluntaacuterias foram submetidas agrave avaliaccedilatildeo da percepccedilatildeo dolorosa utilizando a versatildeo brasileira do

questionaacuterio de dor McGill (Br-MPQ) e do equiliacutebrio postural atraveacutes da estabilometria O estudo foi

aprovado pelo comitecirc de eacutetica (CAAE 61990516400005546) Resultados o GA manifestou

percepccedilatildeo dolorosa significativamente maior (plt0001) a dor nas atletas apresentou caracteriacutesticas

sensorial e avaliativa as regiotildees de maior queixa dolorosa foram a articulaccedilatildeo do quadril (52)

seguida do tornozelo-peacute (44) Na comparaccedilatildeo intergrupos do equiliacutebrio postural estaacutetico foi

observado maior deslocamento do COP no GA (16513 mmsup2 plusmn 148) em relaccedilatildeo ao GC (10212 mmsup2

plusmn 114) Nas correlaccedilotildees do equiliacutebrio com os domiacutenios da dor foi observada apenas uma correlaccedilatildeo

significativa entre a dor avaliativa e a VmCOP na direccedilatildeo mediolateral (r = 0414 p = 0040)

Conclusatildeo As atletas demonstram maior percepccedilatildeo dolorosa e menor equiliacutebrio postural estaacutetico

quando comparadas a controles natildeo atletas Entretanto possuem maior habilidade para

reestabelecer o controle postural Aleacutem disso a presenccedila da percepccedilatildeo dolorosa mostrou uma fraca

relaccedilatildeo poreacutem significativa com o controle postural em atletas de elite de GR

Descritores Ginaacutestica Equiliacutebrio Postural Dor Musculoesqueleacutetica

ABSTRACT

Introduction Rhythmic Gymnastics (RG) is a high performance sport that requires your movements of large amplitudes athletes strength and a good hand-eye coordination postural In addition due to the specificity of Sporting gesture the gymnasts are constantly exposed to repetitive strain and postures reverberating in musculoskeletal injuries and consequently in painwhich can negatively affect the body balance Objective to characterize the musculoskeletal pain in elite athletes of RG secondarily compare the static postural equilibrium of the gymnasts with non-athletes controls as well

as correlate the pain index with the equilibrium in the athletes of RG Methods Participated in the

survey 50 female youth 25 gymnasts composing the Athlete Group (AG) and 25 non-athletes composing the Control Group (CG) The volunteers were subjected to the evaluation of the painful perception using the Brazilian version of the McGill Pain Questionnaire (BR-MPQ) and the posture equilibrium through the Estabilometria The study was approved by the Ethics Committee (CAAE 61990516400005546) Results The AG manifested significantly greater painful perception (p lt 0001) The pain in athletes presented sensory and evaluative characteristics The most painfully complaining regions were the hip joint (52) followed by ankle-foot (44) In the intergroup comparison of the static posture equilibrium was observed greater displacement of the COP in the AG (16513 mm sup2 plusmn 148) relative to the CG (10212 mm sup2 plusmn 114) In the correlations of equilibrium with the domains of pain it was observed only a significant correlation between the evaluative pain and the VmCOP in the direction mediolateral (r = 0414 p = 0040) Conclusion Athletes demonstrate greater painful perception and lower posture static equilibrium when compared to non-athletes controls However they possess greater ability to reestablish posture control Moreover the presence of painful perception showed a weak but significant relationship with the posture control in elite athletes of Gr

keywords Gymnastics Postural Balance Musculoskeletal Pain

16

1 INTRODUCcedilAtildeO

A Ginaacutestica Riacutetmica (GR) eacute uma modalidade esportiva que exige de seus

atletas forccedila flexibilidade e coordenaccedilatildeo motora para a realizaccedilatildeo de movimentos

corporais de danccedila combinados com a manipulaccedilatildeo de pequenos equipamentos1 2

Desse modo para a correta execuccedilatildeo de seus movimentos durante treinos e

competiccedilotildees torna-se imprescindiacutevel a manutenccedilatildeo do equiliacutebrio e controle postural

protegendo o sistema neuromuscular de lesotildees1 34

Geralmente os atletas de alto rendimento como as ginastas satildeo submetidos

a altos volumes e intensidades de treinamento comprometendo a biomecacircnica

devido agrave alteraccedilotildees compensatoacuterias na execuccedilatildeo do gesto esportivo as quais

repercutem no aparecimento de lesatildeo e dor5-7 Diante disso acredita-se que a

presenccedila de dor possa afetar negativamente o equiliacutebrio postural de atletas

Vaacuterios autores abordam a importacircncia da manutenccedilatildeo do equiliacutebrio na praacutetica

esportiva289 Entretanto a estabilidade corporal em atletas pode variar de acordo

com as exigecircncias especiacuteficas da modalidade praticada10 Comumente atletas de

alto niacutevel que dependem da estabilidade postural para execuccedilatildeo da praacutetica

esportiva como na ginaacutestica riacutetmica aprendem a elevar o limiar sensoriomotor por

estimulaccedilatildeo dos seus proprioceptores tendo uma ativaccedilatildeo muscular mais raacutepida em

resposta agraves perturbaccedilotildees do equiliacutebrio11 12

Todavia alguns fatores podem interferir no controle postural destacando-se a

dor musculoesqueleacutetica4913 Sabe-se que a presenccedila da percepccedilatildeo dolorosa em

qualquer parte do segmento corporal eacute o primeiro indicador da existecircncia de lesatildeo

tecidual14 Desta forma pesquisas comprovam que em populaccedilotildees ativas com

lesotildees musculoesqueleacuteticas foram observados deacuteficits de controle postural121516

Em vista disso a dor musculoesqueleacutetica eacute uma das principais causas que podem

afetar o equiliacutebrio corporal em ginastas de alto rendimento levando agrave diminuiccedilatildeo da

funcionalidade da qualidade de vida e consequentemente agrave perda da performance

desportiva913 Esta eacute considerada uma experiecircncia multidimensional e subjetiva17 18

portanto torna-se uma variaacutevel difiacutecil de ser avaliada principalmente em atletas

17

Atualmente existe diversos estudos cientiacuteficos sobre o comportamento do

estiacutemulo doloroso e do equiliacutebrio corporal na performance esportiva e na prevenccedilatildeo

de lesotildees em atletas de elite5-81920 Poreacutem satildeo raras as investigaccedilotildees sobre a

caracterizaccedilatildeo da dor e do equiliacutebrio corporal em atletas de ginaacutestica riacutetmica Bem

como descriccedilatildeo da relaccedilatildeo da dor na estabilidade postural em atletas de alto

rendimento em qualquer que seja o esporte praticado e articulaccedilatildeo testada

O presente estudo tem como objetivo primaacuterio caracterizar a dor

musculoesqueleacutetica em atletas de elite de Ginaacutestica Riacutetmica Secundariamente

comparar o equiliacutebrio postural estaacutetico das ginastas com controles natildeo atletas bem

como correlacionar o iacutendice de dor com o equiliacutebrio nas atletas de GR

2 MEacuteTODOS

21 Delineamento do Estudo

Trata-se de um estudo analiacutetico do tipo observacional com um corte

transversal controlado e mascaramento aberto

22 Sujeitos

A amostra foi composta de 50 sujeitos unicamente do sexo feminino

coletados por conveniecircncia Os sujeitos foram divididos em dois grupos Grupo

Atleta (GA) (25 sujeitos) recrutados na Confederaccedilatildeo Brasileira de Ginaacutestica

AracajuSergipeBrasil e Grupo Controle (GC) (25 sujeitos) selecionados no Coleacutegio

Polivalente LagartoSergipeBrasil e pareados por peso Iacutendice de Massa Corporal

(IMC) e idade

Os criteacuterios de inclusatildeo dos sujeitos submetidos agrave pesquisa e alocados no

GA foram (1) ter sido aprovada na seletiva para o ingresso na seleccedilatildeo brasileira de

ginaacutestica riacutetmica (SBGR) (2) tempo de praacutetica no esporte superior a cinco anos com

4 horas diaacuterias ou mais de treino Para os sujeitos incluiacutedos no GC foram

obedecidos os seguintes criteacuterios (1) IMC le 25 (2) idade entre 14 e 24 anos (3)

ausecircncia de poacutes-ciruacutergicos anteriores Os sujeitos em ambos os grupos foram

excluiacutedos caso apresentassem (1) sequela de doenccedilas do sistema nervoso central

(2) diabetes mellitus ou pressatildeo arterial natildeo controlada (3) inaptidatildeo para seguir

18

ordens ou compreender as ferramentas de mensuraccedilatildeo do estudo (4) histoacuteria de

comprometimento visual auditivo eou do sistema vestibular (5) natildeo falar e

compreender o idioma portuguecircs (6) uso de faacutermacos inibidores ou estimulantes do

sistema nervoso central

23 Procedimentos de avaliaccedilatildeo

Inicialmente foram avaliados dados antropomeacutetricos como peso medido

atraveacutes de balanccedila analoacutegica (Camryreg) calibrada pelo Inmetro (Instituto Nacional de

Metrologia Normalizaccedilatildeo e Qualidade Industrial) e altura mensurada por meio de

fita meacutetrica natildeo-flexiacutevel (Tramontinareg) Em seguida os sujeitos receberam

informaccedilotildees sobre os objetivos da pesquisa instrumentos utilizados comandos

verbais a serem atendidos e demais procedimentos A partir da seleccedilatildeo das

voluntaacuterias iniciou-se a coleta dos dados realizada em duas etapas

231 Avaliaccedilatildeo da Dor

Para registro da percepccedilatildeo da dor foi aplicada a versatildeo brasileira do

questionaacuterio de Dor McGill (Br-MPQ) Trata-se de um instrumento para avaliaccedilatildeo de

dor em uma perspectiva multidimensional o qual possibilita o fornecimento de um

conhecimento amplo sobre a caracterizaccedilatildeo e percepccedilatildeo do estiacutemulo doloroso em

quatro dimensotildees (sensorial afetiva avaliativa e miscelacircnea)1718 As voluntaacuterias

foram instruiacutedas primeiramente a identificar em um diagrama corporal no

questionaacuterio a localizaccedilatildeo da sua dor quando presente Posteriormente foram

orientadas a selecionar em cada subgrupo do questionaacuterio uma palavra que melhor

expressasse a experiecircncia com a dor relatada previamente Deixando claro que natildeo

era obrigatoacuteria a escolha de palavras em todas as dimensotildees O resultado final do

Br-MPQ usado para anaacutelise foi expresso pelo nuacutemero de palavras escolhidas (NWC)

e pelo iacutendice de dor (PRI) caracterizado pela somatoacuteria dos valores de intensidade

dos descritores escolhidos

232 Avaliaccedilatildeo Estabilomeacutetrica

A estabilometria foi realizada com os sujeitos posicionados sobre uma

plataforma de forccedila sendo orientado a manter o olhar adiante num ponto fixado na

parede e de modo consciente transferir o peso corporal da maneira mais

19

homogecircnea possiacutevel entre os membros inferiores Foram realizados trecircs registros

com os olhos abertos As variaacuteveis analisadas foram a aacuterea da elipse do centro de

oscilaccedilatildeo de pressatildeo (ACOP) e a velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo pressatildeo

(VmCOP) do baricentro corporal nas direccedilotildees anteroposterior (AP) e mediolateral

(ML)

A distribuiccedilatildeo consciente do peso foi registrada atraveacutes de um

baropodocircmetro da marca Arquipeacutelagoreg (Footwork Satildeo Paulo Satildeo Paulo Brasil)

que consiste em um sistema de plataforma interligada a um computador para

mensurar as pressotildees exercidas pelos peacutes atraveacutes do sistema de aquisiccedilatildeo

computadorizada das pressotildees (ACP) A plataforma utilizada possui dimensotildees 700

X 600 mm com uma superfiacutecie ativa de 475 X 430 mm com 2544 sensores Esta foi

conectada a um computador com processador 62G HV 04 GB de memoacuteria RAM

disco riacutegido 500 GB e software footwork o qual analisou os dados captados Para

esses registros ortostaacuteticos foi utilizada a frequecircncia de aquisiccedilatildeo dos dados de 05

Hz coletando com isso 100 leituras em cada avaliaccedilatildeo O tempo de registro foi de

15 segundos com um intervalo de 30 segundos entre as avaliaccedilotildees

24 Aspectos Eacuteticos

O estudo foi submetido e aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica e Pesquisa com

Seres Humanos da Universidade Federal de Sergipe (CAAE

61990516400005546) Todos os voluntaacuterios assinaram o Termo de Consentimento

Livre e Esclarecido (TCLE) Todos os sujeitos que participaram da pesquisa foram

avisados que poderiam desistir da participaccedilatildeo a qualquer momento sem nenhum

preuizo aos mesmos

25 Anaacutelise Estatiacutestica

As variaacuteveis numeacutericas foram testadas quanto agrave distribuiccedilatildeo de normalidade

por meio do teste de Shapiro-Wilk Para anaacutelise das amostras parameacutetricas foi

utilizado o teste T- Student e para as amostras natildeo parameacutetricas foi utilizado o teste

de Mann-Whitney para identificar diferenccedilas intergrupos Os dados gerais foram

apresentados em meacutedia e erro padratildeo da meacutedia (EPM) bem como frequecircncia

absoluta (FA) e relativa (FR) Para anaacutelise das correlaccedilotildees entre as variaacuteveis

pesquisadas aplicou-se o teste de Spearman A significacircncia foi estipulada em cinco

20

por cento (p le 005) Para todas as anaacutelises foi utilizado o programa GraphPad Prism

(Versatildeo 601)

3 RESULTADOS

31 Sujeitos

Cinquenta indiviacuteduos concluiacuteram o estudo vinte e cinco voluntaacuterias foram

alocadas no grupo atleta e controle respectivamente As variaacuteveis idade peso

altura e IMC natildeo foram significativamente diferentes entre os grupos A tabela 1

conteacutem as caracteriacutesticas demograacuteficas e antropomeacutetricas dos grupos de estudo

Tabela 1 Caracteriacutesticas demograacuteficas e antropomeacutetricas da amostra

GA grupo atleta GC grupo controle Valores expressos como meacutedia plusmn erro padratildeo da meacutedia O valor de p

corresponde agrave comparaccedilatildeo entre o grupo atleta (n=25) e o grupo controle (n=25)

32 Caracterizaccedilatildeo da Dor

321 Domiacutenios da Dor

Aproximadamente setenta por cento do grupo controle (68) natildeo apresentou

descriccedilatildeo para a sensibilidade dolorosa em nenhum dos domiacutenios avaliados No

grupo atleta foi observado que 24 (96) apresentaram dor de caracteriacutestica

sensorial 19 voluntaacuterias (76) afetiva 24 sujeitos (96) avaliativa e 19 (76)

miscelacircnea

Ao comparar as atletas com o grupo controle observou diferenccedila significativa

com um aumento da dor descrita em todos os domiacutenios avaliados sensorial (1344 plusmn

Caracteriacutesticas

GRUPOS

GA GC P

Idade (anos) 2016 plusmn 068 2091 plusmn 065 0560

Peso (Kg) 5128 plusmn 10 5064 plusmn 109 1481

Altura (m) 164 plusmn 0011 163 plusmn 0009 0372

IMC (Kgm2) 1864 plusmn 03 1938 plusmn 0436 0533

21

146 plt0001) afetivo (264 plusmn 053 plt0001) avaliativo (236 plusmn 028 plt0001) e

miscelacircnea (376 plusmn 064 plt0001) (Tabela 2)

Tabela 2 Domiacutenios da dor entre os grupos da pesquisa

Tabela 2 Escores obtidos atraveacutes do questionaacuterio de dor McGill entre o grupo atleta (n=25) e o grupo controle

(n=25) Os valores foram apresentados como frequecircncia absoluta (FA) e relativa (FR) (porcentagem) SL

Sensorial AV Avaliativa AF Afetiva M Miscelacircnea GA grupo atleta GC grupo controle plt005 GA X GC

plt001 GA X GC plt0001 GA X GC A anaacutelise de variaacuteveis categoacutericas foi realizada por meio do teste

Mann-Whitney

322 Localizaccedilatildeo da Dor

Aproximadamente sessenta e oito por cento do grupo controle apresentou

nenhum local de intensidade dolorosa Em contra partida no grupo atleta seis (24)

das ginastas relataram sentir dor em pelo menos uma articulaccedilatildeo do corpo e

dezenove (76) apresentaram intensidade dolorosa em mais de uma articulaccedilatildeo

Foi observado no grupo atleta que em 13 (52) das atletas a articulaccedilatildeo do quadril

apresentou-se com maior prevalecircncia A segunda articulaccedilatildeo de maior sensibilidade

relatada pelo GA foi o peacute em 11 (44) (Tabela 3)

Tabela 3 Prevalecircncia e localizaccedilatildeo de dor entre os grupos da pesquisa

Domiacutenios Grupo Atleta (GA) Grupo Controle (GC) P

FA (n) FR () FA (n) FR ()

Sensorial (SL) 24 96 8 32 00001

Afetiva (AF) 19 76 4 16 00001

Avaliativa (AV) 24 96 8 32 00001

Miscelacircnea (M) 19 76 6 24 00005

Caracteriacutesticas Grupo Atleta (GA) Grupo Controle (GC)

FA (n) FR () FA (n) FR ()

Sentem dor 25 100 8 32

22

Tabela 3 Prevalecircncia e distribuiccedilatildeo corporal da dor entre o grupo atleta (n=25) e o grupo controle (n=25) Os

valores foram apresentados como frequecircncia absoluta (FA) e relativa (FR) (porcentagem) GA grupo atleta GC

grupo controle

323 Nuacutemero de Palavras Escolhidas e Iacutendice de Dor

No grupo atleta o nuacutemero de palavras escolhidas (NWC) foi significativamente

maior (1076 plusmn 106) ao comparar com o grupo controle (220 plusmn 075 plt0001)

Similarmente aos resultados encontrados para o NWC tambeacutem foi observado um

aumento significativo do iacutendice de dor (PRI) no grupo atleta (2220 plusmn 242) em

relaccedilatildeo ao grupo controle (484 plusmn 165 plt0001) A figura 1 demonstra a

comparaccedilatildeo entre os grupos para o Iacutendice de dor e nuacutemero de palavras escolhidas

Dor em uma articulaccedilatildeo 6 24 7 28

Dor em mais de uma articulaccedilatildeo

19 76 1 4

Dor no Quadril 13 52 0 0

Dor no Peacute 11 44 1 4

Dor no Joelho 7 28 1 4

Dor na Coluna 5 20 4 16

23

Figura 1 Nuacutemero de palavras escolhidas e Iacutendice de dor verificado por meio do questionaacuterio de dor de McGill

entre o grupo atleta (n=25) e o grupo controle (n=25) NWC nuacutemero de palavras escolhidas PRI iacutendice de dor

GA grupo atleta GC grupo controle plt005 GA X GC plt001 GA X GC plt0001 GA X GC A anaacutelise de

variaacuteveis categoacutericas foi realizada por meio do teste Mann-Whitney

33 Equiliacutebrio Estaacutetico (Estabilometria)

331 Aacuterea de deslocamento do COP (ACOP)

Nas comparaccedilotildees intergrupos foi observada uma reduccedilatildeo significativa do

equiliacutebrio no grupo atleta (plt005) Verificou-se que as ginastas apresentaram maior

deslocamento do COP (16513 mmsup2 plusmn 148 p= 0002) em relaccedilatildeo ao grupo controle

(10212 mmsup2 plusmn 114 p= 0002) A figura 2 demonstra a comparaccedilatildeo da aacuterea do

deslocamento do COP entre os grupos

Figura 2 Aacuterea da elipse do centro de pressatildeo do baricentro corporal entre o grupo atleta (n=25) e o grupo

controle (n=25) ACOP aacuterea do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo GA grupo atleta GC grupo controle plt005 GA X GC plt001 GA X GC plt0001 GA X GC A anaacutelise de variaacuteveis categoacutericas foi realizada por meio do teste Mann-Whitney

332 Velocidade meacutedia de oscilaccedilatildeo do COP (VmCOP)

A velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo do baricentro do corpo foi

significativamente maior na direccedilatildeo AP no grupo atleta (1110 mms plusmn 0049 p=003)

quando comparada ao grupo controle (0997 mms plusmn 0091 p=003) Paralelamente

24

a velocidade meacutedia do COP na direccedilatildeo ML tambeacutem foi significativamente maior no

grupo atleta (0845 mms plusmn 0042 plt0001) em relaccedilatildeo ao grupo controle (0508

mms plusmn 0065 plt0001) (Figura 3)

Figura 3 Velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo do baricentro corporal entre o grupo atleta (n=25)

e o grupo controle (n=25) COP centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo AP anteroposterior ML mediolateral GA grupo atleta GC grupo controle plt005 GA X GC plt001 GA X GC plt0001 GA X GC A anaacutelise de variaacuteveis categoacutericas foi realizada por meio do teste Mann-Whitney

34 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios da dor e equiliacutebrio postural

Foi apenas visualizada uma correlaccedilatildeo de fraca a moderada positiva com

significacircncia estatiacutestica entre o domiacutenio de dor avaliativa (236 plusmn 028) e velocidade

meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo na direccedilatildeo mediolateral (AV 0845mms plusmn

0042 r = 0414 p = 0040) Natildeo houve correlaccedilatildeo significativa entre todos os outros

domiacutenios avaliados e a velocidade meacutedia do COP na direccedilatildeo ML (S 0845mms plusmn

0042 r = 023 p gt 0914 AF 0845mms plusmn 0042 r = 085 p = 0687 M 0845mms

plusmn 0042 r = 0049 p = 0816) Bem como entre todos os domiacutenios e a velocidade

meacutedia do COP na direccedilatildeo anteroposterior (S 1110mms plusmn 0049 r = 0009 p =

0967 AF 1110mms plusmn 0049 r = 0216 p = 0299 AV 1110mms plusmn 0049 r =

020 p = 0925 M 1110mms plusmn 0049 r = 0138 p = 0510) e entre todos os

domiacutenios e a aacuterea de deslocamento do COP (S 16513mmsup2 plusmn 148 r = 0044 p =

0836 AF 16513mmsup2 plusmn 148 r = 0165 p = 0431 AV 16513mmsup2 plusmn 148 r = 0220

p gt 0291 M 16513mmsup2 plusmn 148 r = 0180 p = 0390) (Figura 4)

25

Figura 4 Correlaccedilatildeo de Spearman entre dor avaliativa e velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo (VmCOP) do baricentro corporal (A) Forccedila de correlaccedilatildeo de Spearman (r = 0414 p = 0040) entre a dor

avaliativa (AV) (236 plusmn 028) e a velocidade meacutedia do COP na direccedilatildeo mediolateral (0845 mms plusmn 0042) no grupo atleta (B) Forccedila de correlaccedilatildeo de Spearman (r = 0063 p = 0765) entre a dor avaliativa (AV) (060 plusmn

021) e a velocidade meacutedia do COP na direccedilatildeo mediolateral (0508 mms plusmn 0065) no grupo controle Os valores foram apresentados como meacutedia plusmn erro padratildeo da meacutedia

4 Discussatildeo

Os resultados desta pesquisa demonstraram que atletas de elite de ginaacutestica

riacutetmica manifestam maior percepccedilatildeo dolorosa que controles natildeo praticantes de

esporte a niacutevel competitivo Isto pode estar relacionado a trecircs principais fatores que

podem contribuir de forma direta para a maior prevalecircncia de dor nessas atletas

destacando o iniacutecio precoce na praacutetica da modalidade os altos volumes e

intensidade dos treinos e a grande quantidade de repeticcedilotildees dos gestos esportivos

com alta predominacircncia de saltos e posturas estaacuteticas De acordo com os nossos

resultados Sabeti et al21 realizaram estudo com 218 ginastas de diferentes

nacionalidades no campeonato europeu de GR utilizando a escala visual analoacutegica

(EVA) para registro da intensidade dolorosa Os resultados encontrados foi que as

atletas tecircm uma maior intensidade dolorosa (72) que controles natildeo praticantes de

esporte competitivo

Paralelamente a literatura cientifica relata que o tempo de inicio da praacutetica

esportiva o niacutevel competitivo e o volumeintensidade dos treinos destas atletas satildeo

fatores preditivos para um maior desenvolvimento de lesatildeo e dor em atletas de GR

Shigaki et al4 apontam que o risco e intensidade de lesatildeo estatildeo fortemente

26

relacionados com o aumento da idade e do niacutevel competitivo Da mesma forma

Vanderlei et al22 e Oliveira et al23 afirmam que quanto mais elevada a categoria do

atleta maior seraacute o tempo e a intensidade do treinamento consequentemente maior

a exposiccedilatildeo aos esforccedilos musculoesqueleacuteticos durante treinamento eou

competiccedilotildees Deste modo Oliveira et al23 em seu estudo avaliaram 25 atletas de

GR de diferentes categorias etaacuterias e encontraram que a maioria das atletas

apresentaram algum tipo de lesatildeo ocasionada pelos treinos Desta forma autores

relatam que a formaccedilatildeo dessas atletas influencia na incidecircncia e intensidade

dolorosa de lesotildees por overuse21 24 Tais lesotildees geralmente ocorrem quando a

frequecircncia dos exerciacutecios aumenta enquanto a intensidade eacute mantida23 Estando de

acordo com os nossos resultados Kolar et al25 em estudo realizado com 63 atletas

da ginaacutestica artiacutestica e riacutetmica de ambos os sexos concluiacuteram que a maacute teacutecnica

meacutetodos improacuteprios de ensino e carga inadequada durante os treinos foram

associados com o surgimento de dor e lesotildees nessa populaccedilatildeo

Contrariamente aos nossos resultados Muller et al26 realizaram um estudo

investigativo do desenvolvimento de dor lombar em atletas adolescentes em relaccedilatildeo

ao sexo e tipo de esporte praticado Foram avaliados 321 atletas sem dor lombar em

um primeiro momento e apoacutes dois anos os mesmo atletas foram reavaliados para

verificar a incidecircncia de dor lombar Apenas 10 da amostra foram categorizados

com dor lombar Aleacutem disso antropometria e caracteriacutesticas de formaccedilatildeo do esporte

natildeo demonstraram influecircncia significativa na dor lombar levando os autores a

concluiacuterem que o esporte de alto rendimento natildeo induz dor lombar em atletas

adolescentes

No nosso estudo utilizamos para avaliaccedilatildeo da percepccedilatildeo dolorosa em ambos

os grupos o questionaacuterio de dor McGill Este apresentou-se como uma ferramenta

de faacutecil execuccedilatildeo baixo custo e com alta sensibilidade e confiabilidade para uma

caracterizaccedilatildeo multidimensional da dor na populaccedilatildeo estudada Diferenciados

meacutetodos de investigaccedilatildeo da dor podem ser encontrados em um crescente numero

de publicaccedilotildees cientificas sobre o estudo da percepccedilatildeo e intensidade dolorosa

Goubert et al27 utilizaram a algometria de pressatildeo para comparar a avaliaccedilatildeo

sensorial quantitativa da dor de pacientes com dor lombar em diferentes niacuteveis de

cronicidade comparando a controles saudaacuteveis e pacientes com fibromialgia

Diferentemente Sabeti et al21 Arliani et al28 e Hoskins et al29 utilizaram em suas

27

pesquisas a escala visual analoacutegica (EVA) para registrar a intensidade dolorosa de

atletas em diferentes modalidades Ambos satildeo considerados meacutetodos

unidimensionais utilizados com o objetivo de quantificar a magnitude da dor dentro

de um perfil somatosensorial

Por outro lado diversas pesquisas utilizam o questionaacuterio McGill (MPQ) como

instrumento multidimensional para avaliar a dor e conhececirc-la de forma ampla em

diferentes modelos de estudos e em diversas populaccedilotildees Ngamkham et al30

realizaram revisatildeo sistemaacutetica sobre a avaliaccedilatildeo da dor com McGill em pacientes

com cacircncer demonstrando que o MPQ eacute comumente usado nessa populaccedilatildeo para

mensurar a intensidade e qualidade da dor pois fornece informaccedilotildees sobre

possiacuteveis locais da doenccedila magnitude da dor bem como a eficaacutecia do tratamento e

intervenccedilatildeo submetidos Da mesma forma Bermudez et al31 avaliaram pacientes

diagnosticados com DTM moderada e severa para discriminar e comparar a queixa

dolorosa de acordo com a severidade da doenccedila Pode-se concluir com o estudo

que o MPQ foi capaz de diferenciar o padratildeo temporal da dor a localizaccedilatildeo de maior

queixa dolorosa e a intensidade da dor em portadores de DTM

As diferenccedilas metodoloacutegicas utilizadas corroboram o fato de a dor ser uma

experiecircncia complexa e subjetiva que varia em qualidade intensidade sensorial e

em caracteriacutesticas afetivo-motivacionais Pois a mesma envolve vaacuterias dimensotildees e

pode ser influenciada por infinitos estiacutemulos intriacutensecos e extriacutensecos32 33 Assim

cabe a utilizaccedilatildeo de diferentes meacutetodos uni e multidimensionais para uma avaliaccedilatildeo

precisa considerando a natureza da dor e suas caracteriacutesticas

De acordo com os resultados do nosso estudo foi visualizado que as atletas

de elite de GR apresentam diferentes caracteriacutesticas de percepccedilatildeo do estiacutemulo

doloroso em comparaccedilatildeo aos controles destacando dores com perfil sensorial e

avaliativo Acreditamos que os atletas de alto rendimento apresentam-se com

alteraccedilotildees do imputs neurosensorial em virtude da constante presenccedila e

intensidade das dores sentidas pela a sua praacutetica desportiva Isto pode repercutir em

mudanccedilas na interpretaccedilatildeo da dor sentida em seu corpo fiacutesico devido agrave influecircncia

de fatores emocionais sociais e hormonais que satildeo comuns em mulheres atletas

Em vista disso sabe-se que o domiacutenio sensorial e avaliativo representam as

28

impressotildees fiacutesicas desse estiacutemulo doloroso aacutelgico e uma auto-avaliaccedilatildeo da sua dor

respectivamente34

Segundo Pimenta e Texeira18 as diferenccedilas na estratificaccedilatildeo da dor se

justificam pelo fato das interpretaccedilotildees de informaccedilotildees cognitivas serem

condicionadas por experiecircncias preacutevias em diferentes momentos do estiacutemulo da dor

gerando respostas variadas agrave experiecircncia dolorosa por ser um processo

individualizado Aleacutem disso a dor eacute uma experiecircncia complexa descrita em termos

de caracteriacutesticas sensoriais afetivo-motivacionais cognitivas e comportamentais

Desta forma o resultado de uma avaliaccedilatildeo da percepccedilatildeo dolorosa pode depender

de qual dimensatildeo da dor esteja sendo vivenciada no momento da avaliaccedilatildeo por

cada indiviacuteduo14

Hoskins et al29 utilizaram a escala visual analoacutegica (EVA) e o questionaacuterio

McGill para comparar a intensidade e a qualidade de dor lombar entre atletas de

elite amadores e natildeo atletas Foram observadas diferenccedilas significativas entre os

grupos mostrando que os atletas de elite apresentaram intensidade de dor mais

alta assim como escolheram com mais frequecircncia palavras das categorias sensorial

e afetiva De forma semelhante a nossa pesquisa o domiacutenio sensorial apresentou o

maior iacutendice de dor e maior frequecircncia de palavras escolhidas Tal fato possa ser

justificado por esse ser o domiacutenio de maior representatividade no questionaacuterio

agregando termos de qualidades sensitivas dor18 Poreacutem a dimensatildeo afetiva natildeo foi

evidenciada com maior frequecircncia no presente estudo Esta representa um estado

emocional o qual pode ser traduzido por percepccedilotildees de cansaccedilo sentimentos de

medo e puniccedilatildeo assim como reaccedilotildees autonocircmicas34 Reading32 e Pimenta e

Teixeira18 em seus estudos relataram que os pacientes que sentem dores de

caracteriacutestica aguda preferem descritores da categoria sensorial Por outro lado

indiviacuteduos que sentem dor crocircnica usualmente tendem a selecionar mais

descritores da categoria afetiva levando em conta fenocircmenos cognitivo de

antecipaccedilatildeo memoacuteria atenccedilatildeo e experiecircncia anterior

Os resultados desta pesquisa demonstraram que a regiatildeo com maior

prevalecircncia de queixa dolorosa em atletas de elite de GR foi a articulaccedilatildeo do quadril

com aproximadamente cinquenta e dois por cento das queixas Isto pode estar

relacionado ao fato da articulaccedilatildeo do quadril ser responsaacutevel pela absorccedilatildeo de

29

grandes cargas compressivas durante a fase de aterrissagem dos saltos o qual eacute

um movimento especiacutefico do esporte Aleacutem disso no quadril estaacute localizado o centro

de gravidade do corpo assim as cargas que satildeo geradas ou transmitidas por essa

regiatildeo geram influecircncia no desempenho esportivo Desse modo pesquisas

cientiacuteficas relatam sobre a importacircncia da forccedila dos muacutesculos estabilizadores do

quadril no surgimento e desenvolvimento de dores nesta articulaccedilatildeo4 35 Steinberg et

al36 realizaram uma analise sistemaacutetica do desempenho da musculatura do quadril

no desenvolvimento de lesotildees no membro inferior e encontraram que a diminuiccedilatildeo

da funccedilatildeo dos muacutesculos do quadril associada a cargas repetitivas no membro

inferior pode aumentar o risco de lesotildees no joelho e em todo o membro

De forma contraacuteria aos nossos resultados Guiotte et al2 Sabeti et al21 e

Oliveira et al23 avaliaram ginastas de diferentes categorias e relataram que a regiatildeo

anatocircmica de queixa dolorosa mais prevalente na praacutetica da GR eacute a coluna lombar

seguida do tornozelo e joelho De acordo com Anderson et al37 a dor no quadril e

na virilha em atletas ocorrem com menor frequecircncia que lesotildees das extremidades do

membro inferior Ratificando esses autores Tschopp et al38 defendem que as

lesotildees do quadril satildeo menos comuns poreacutem satildeo mais difiacuteceis de serem

diagnoacutesticadas Pois as consideraccedilotildees anatocircmicas e biomecacircnicas para lesotildees

nesta regiatildeo estatildeo entre as mais complexas do sistema muacutesculo-esqueleacutetico

Por outro lado os nossos resultados demonstraram que a segunda

articulaccedilatildeo mais prevalente em relaccedilatildeo agrave queixa dolorosa pela praacutetica de GR em

atletas de elite foi o tornozelo-peacute (44) Tal fato se justifica por alguns fatores como

sobrecarga excessiva nos muacutesculos intriacutensecos do peacute os quais satildeo responsaacuteveis

pela formaccedilatildeo do arco plantar existecircncia de compressotildees excessivas nos

segmentos oacutesseos devido ao processo de absorccedilatildeo de impacto nos saltos aleacutem da

necessidade de manutenccedilatildeo da postura do tornozelo-peacute em flexatildeo plantar por

tempos prolongados

De acordo com Han et al39 o complexo do tornozelo-peacute na maioria das

atividades esportivas eacute a uacutenica parte do corpo que estaacute em contato com solo

Assim a propriocepccedilatildeo do tornozelo contribui de forma extremamente significativa

para o controle do equiliacutebrio pois fornece informaccedilotildees que permitem o ajuste de

posiccedilotildees e movimentos dos membros para realizaccedilatildeo das tarefas motoras

30

complexas exigidas no esporte de elite Saito et al12 em sua pesquisa ao avaliarem

atletas com e sem lesatildeo no tornozelo observaram que as lesotildees no tornozelo aleacutem

de causar alteraccedilotildees musculares e osteocinemaacuteticas promovem de forma direta

repercussotildees negativas no controle neuromuscular da articulaccedilatildeo predispondo-a aacute

episoacutedios recidivantes em virtude do comprometimento do feedback neurosensorial

afetando o controle postural e consequentemente o desempenho nas atividades

motoras

De acordo com os dados obtidos no nosso estudo foi observada nas atletas

uma maior aacuterea de deslocamento do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo (COP) do

corpo demonstrando um menor equiliacutebrio estaacutetico das ginastas ao comparar com

controles natildeo atletas Isto pode estar relacionado a uma maior intensidade e

presenccedila do estiacutemulo doloroso no corpo das atletas e a intensa quantidade de

repeticcedilotildees dos exerciacutecios de forma assimeacutetrica pela preferecircncia do membro

dominante Desse modo diversas pesquisas relatam que a presenccedila da dor pode

aumentar a aacuterea do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo (ACOP) produzindo uma piora

do equiliacutebrio corporal4 12 15 16 Lin et al16 e Shigaki et al4 em seus estudos avaliaram

o equiliacutebrio de atletas comparando trecircs grupos atletas com lesatildeo atletas sem lesatildeo

e natildeo atletas Evidenciaram que atletas com lesatildeo apresentaram maior oscilaccedilatildeo do

centro de pressatildeo comparado a indiviacuteduos natildeo atletas e atletas sem lesatildeo Poreacutem

quando comparados atletas sem lesatildeo com indiviacuteduos natildeo atletas natildeo foi observado

diferenccedila significativa

Ao mesmo tempo em nosso estudo foi encontrado uma velocidade meacutedia do

COP maior no grupo atleta em ambas as direccedilotildees ao comparar com controles natildeo

atletas Sendo a velocidade meacutedia do COP maior no plano sagital (anteroposterior)

em relaccedilatildeo ao plano frontal (meacutediolateral) Isto ocorre porque as atletas apresentam

uma resposta neuromuscular mais raacutepida para recuperaccedilatildeo da estabilidade do corpo

adquirida pelo treinamento esportivo essencialmente no plano sagital em que as

estrateacutegias posturais para recuperaccedilatildeo do equiliacutebrio satildeo mais efetivas

Diversos estudos publicados na literatura abordam a habilidade do controle

postural em atletas2 8-12 Matsuda et al10 relatam que atletas tecircm capacidade de

equiliacutebrio dinacircmico superior quando comparados a indiviacuteduos natildeo atletas Da

mesma forma Merlo et al11 acreditam a praacutetica de esportes produz adaptaccedilotildees que

31

ou desenvolvimento de consciecircncia de estrateacutegias posturais natildeo evidenciadas em

sujeitos natildeo praticantes de atividade esportiva

Os resultados encontrados por meio desse estudo mostraram que a dor em

sua dimensatildeo avaliativa apresentou relaccedilatildeo significativa com a velocidade meacutedia do

centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo do corpo na direccedilatildeo mediolateral Tal fato evidencia

que a percepccedilatildeo do estiacutemulo doloroso interfere de maneira significativa na

habilidade do atleta em reestabelecer a estabilidade postural apoacutes perturbaccedilatildeo do

equiliacutebrio em postura estaacutetica Prejudicando o desempenho atleacutetico na modalidade

uma vez que as atletas dependem da estabilidade postural para execuccedilatildeo da praacutetica

esportiva Alguns autores relatam a influecircncia da dor e fatores psicoemocionais na

performance e desempenho de atletas de alto rendimento Couto e Pedroni40

avaliaram a relaccedilatildeo da queixa e limiar doloroso com incidecircncia de lesatildeo em

bailarinas claacutessicas Os resultados do estudo mostraram que houve relaccedilatildeo

significativa entre as regiotildees de lesatildeo com a dor evidenciando que a dor estaacute

diretamente relacionada com o surgimento de lesatildeo nessa populaccedilatildeo Dore e

Guerra41 em seu estudo investigaram a prevalecircncia e fatores associados agrave

sintomatologia dolorosa em bailarinos profissionais utilizando a versatildeo brasileira do

questionaacuterio McGill e Inventaacuterio para dor de Wisconsin Foram verificadas

correlaccedilotildees positivas com significacircncia entre o grau de intensidade dolorosa e

atividades diaacuterias sono humor e relacionamento pessoal

O presente estudo sinaliza uma relaccedilatildeo da presenccedila do estiacutemulo doloroso

com o equiliacutebrio postural As alteraccedilotildees no equiliacutebrio corporal tecircm sido muito

estudadas em diferentes populaccedilotildees assim como o comportamento da dor e lesotildees

no desempenho de atletas de diferentes niacuteveis competitivos e modalidades

esportivas Corroborando com nossa pesquisa Meardon et al15 defendem que a

presenccedila de lesatildeo e dor em atletas pode afetar negativamente o equiliacutebrio corporal

Em sua pesquisa examinou controle postural dinacircmico em corredores lesionados

com dor e sem lesatildeo usando o Star Excursion Balance Test (SEBT) Quando

comparado corredores lesionados com controles sem lesatildeo os resultados

demonstraram controle dinacircmico deficiente das forccedilas verticais ao executar as

tarefas de pouso e estabilizaccedilatildeo em apoio unipodal

32

Contudo ainda satildeo raros os estudos sobre a caracterizaccedilatildeo da dor e do

equiliacutebrio corporal em atletas de ginaacutestica riacutetmica Por meio desse estudo foi

observado que atletas de elite de GR demonstraram aumento da dor descrita em

todos os domiacutenios avaliados pelo questionaacuterio McGill (plt0001) A dor nas ginastas

tem o perfil sensorial e avaliativo e se manifesta principalmente nas articulaccedilotildees do

quadril e tornozelo-peacute em virtude da especificidade do gesto esportivo Aleacutem disso

as atletas tambeacutem apresentam menor estabilidade do controle postural (plt005)

sendo notada possiacutevel relaccedilatildeo de interferecircncia entre a auto percepccedilatildeo dolorosa e o

equiliacutebrio postural Entretanto devido agrave complexidade do tema faz-se necessaacuterio a

elaboraccedilatildeo de estudos mais aprofundados com uma amostra maior seguindo

rigorosamente os criteacuterios metodoloacutegicos que permita uma interpretaccedilatildeo mais

precisa a respeito da percepccedilatildeo dolorosa e o equiliacutebrio postural no desempenho

atleacutetico na modalidade esportiva

5 Conclusatildeo

A pesquisa mostra que as atletas de elite de GR apresentam dor de

caracteriacutesticas sensorial e avaliativa frequentemente localizada na articulaccedilatildeo do

quadril seguida do tornozelo-peacute A presenccedila da percepccedilatildeo dolorosa mostrou relaccedilatildeo

significativa com o controle postural em atletas de elite de GR Os resultados

tambeacutem evidenciaram que atletas tem menor equiliacutebrio postural estaacutetico quando

comparadas a controles natildeo atletas poreacutem demonstram maior habilidade para

reestabelecer o controle postural

6 Consideraccedilotildees Finais

Um ponto importante a ser relatado neste estudo eacute a utilizaccedilatildeo do

questionaacuterio de dor McGill Embora venha ser um questionaacuterio amplamente utilizado

em pesquisas cientiacuteficas em virtude da sua alta confiabilidade validaccedilatildeo e

adaptaccedilatildeo cultural em diferentes paiacuteses ainda satildeo raros os estudos que utilizam

essa ferramenta para avaliar a dor em atletas Com ecircnfase em estudos que

descrevam a sua aplicabilidade por domiacutenio e caracteriacutesticas multidimensionais da

33

dor Este pesquisa aparenta ter sido pioneira a qualificar a dor e descrevecirc-la em

suas dimensotildees em atletas de elite de ginaacutestica riacutetmica bem como relacionar a

percepccedilatildeo dolorosa com o equiliacutebrio postural nessa populaccedilatildeo Abrindo espaccedilo para

realizaccedilatildeo de outros estudos

Poreacutem foi encontrado como limitaccedilotildees escassez de pesquisas cientiacuteficas

atualizadas sobre abordagem multidimensional da dor em atletas essencialmente

na ginaacutestica riacutetmica Pois a grande maioria dos estudos que tem sido publicado

sobre dor nessa populaccedilatildeo estaacute relacionada agrave presenccedila do estiacutemulo doloroso e sua

intensidade em uma magnitude sensorial Outro ponto a se destacar foi a

dificuldade em coletar um grupo controle com caracteriacutesticas similares ao grupo de

estudo para que fosse formada uma amostra mais homogecircnea possiacutevel

respeitando os criteacuterios metodoloacutegicos

34

REFEREcircNCIA

1 Baston C Mancini M Schoneburg B Horak F Rocchi L Postural strategies assessed with inertial sensors in healthy and parkinsonian subjects Gait Posture 2014 may 40(1)70ndash75

2 Guiotte VA Roque CFL Olieira MR Gil AWO Rabello LM Dos Santos EVM et

al Avaliaccedilatildeo Fiacutesico - Funcional de Atletas da Ginaacutestica Riacutetmica Histoacuterico de Lesotildees e Estabilidade Postural UNOPAR Cient Ciecircnc Biol Sauacutede 2012 14(4) 217-20

3 Bosso LR Golias ARC A postura de atletas de Ginaacutestica Riacutetmica Analise atraveacutes da fotometria Rev Bras Med Esporte 2012 setout 18(5)333-337

4 Shigaki L Rabello LM Camargo MZ Santos VBC Gil AWO Oliveira MR et al Anaacutelise comparativa do equiliacutebrio unipodal de atletas de Ginastica Riacutetmica Rev Bras Med Esporte 2013 marabr 19(2)104-107

5 Whale CE Pass AN Tripp PM Chronic Groin Pain in a collegiate football running back International Journal of Athletic Therapy amp Training 2012 may 17(3)41-44

6 Jacobs JV Why we need to better understand the cortical neurophysiology of impaired postural responses with age disease or injury Frontiers in Integrative Neuroscience 2014 ago 8(69)

7 Hirata RP Ervilha UF Arendt-Nielsen L Graven-Nielsen T Experimental Muscle Pain Challenges the Postural Satability During Quiet Stance Unexpected Posture Perturbation J Pain 2011 ago 12(8)911-9

8 Ribeiro GD Suaacuterez MH Ruiz DR Efecto del entrenamiento sistemaacutetico de gimnasia riacutetmica sobre el control postural de ninas adolescentes Rev Andal Med 2015 jun 8(2)54-60

9 Teixeira CL Equiliacutebrio e controle postural Brazilian Journal of Biomechanics 2010 11(20)31-40

10 Matsuda S Demura S Uchiyama M Centre of pressure sway characteristics during static one-legged stance of athletes from different sports Journal of Sports Sciences 2008 may 26(7)775 ndash 779

11 Merlo JK Stoppa ACL Macedo CSG Silva Juacutenior RA Anaacutelise Comparativa do Equiliacutebrio em Apoio Unipodal em Indiviacuteduos Sedentaacuterios e Atletas UNOPAR Cient Ciecircnc Biol Sauacutede 2010 12(4)29-32

12 Saito KA Navarro M Silva MF Arie EK Peccin MS Oscilaccedilatildeo do centro de pressatildeo plantar de atletas e natildeo atletas com e sem entorse de tornozelo Rev Bras Ortop 2016 51(4)437ndash443

35

13 Lamb M Oliveira PD Tano SS Gil AWO Dos Santos EVN Fernandes KBP

Efeito do treinamento proprioceptivo no equiliacutebrio de atletas de ginaacutestica riacutetmica Rev Bras Med Esporte 2014 setout 20(5)379-382

14 Silva JA Ribeiro-Filho NP A dor como um problema psicofiacutesico Rev Dor 2011 abrjun 12(2)138-51

15 Meardon S Klusendorf A Kernozek T Influence of injury on dynamic postural control in runners The International Journal of Sports Physical Therapy 2016 jun 11(3)336

16 Lin CF Lee IJ Liao JH Wu HW Su FC Comparison of Postural Stability Between Injured and Uninjured Ballet Dancers The American Journal of Sports Medicine 2011 39(6)1324-1331

17 Varoli FK Pedrazzi V Adapted Version of the McGill Pain Questionnaire to Brazilian Portuguese Braz Dent J 2006 17(4) 328-335

18 Pimenta CAM Teixeira MJ Questionaacuterio de dor McGill proposta de adaptaccedilatildeo para a liacutengua portuguesa Rev Esc Enf USP 1996 dez 30(3)473-83

19 Rabello LM Macedo CSG Oliveira MR Fregueto JH Camargo MZ Lopes LD et al Relaccedilatildeo entre testes funcionais e plataforma de forccedila nas medidas de equiliacutebrio em atletas Rev Bras Med Esporte 2014 maijun 20(3)219-222

20 Bressel E Yonker JC Kras J et al Comparison of static and dynamic balance in female collegiate soccer basketball and gymnastics atheletes Journal of Athletic Training 2007 42(1)42ndash46

21 Sabeti M Jeremian L Graf A Kandelhart R Elite level rhythmic gymnasts have significantly more and stronger pain than peers of similar age a prospective study Wien Klin Wochenschr 201512731ndash35

22 Vanderlei FM Vanderlei FCM Netto Juacutenior J Praste CM Caracteriacutesticas das lesotildees desportivas e fatores associados com lesatildeo em iniciantes de ginaacutestica artiacutestica do sexo feminino Fisioter Pesq 201320(2)191-196

23 Oliveira MMM Lourenccedilo MRA Teixeira DC Incidecircncias de lesotildees nas equipes de Ginaacutestica Riacutetmica da UNOPAR UNOPAR Cient Ciecircnc Biol Sauacutede 2003 out 6(1)29-40

24 Frutuoso AS Diefenthaeler F Vaz MA et al Lower Limb asymmetries in rhythmic gymnastics atheletes Int Sports Phys Ther 2016 11(1)34ndash43

25 Kolar E Samardžija MP Smrdu M Atikovic A Athletes perceptions of the causes of injury in gymnastics J Sports Med Phys Fitness 2016 Mar 57(5)703-710

36

26 Mueller S Mueller J Stoll J Prieske O Cassel M Mayer F Incidence of back pain in adolescent athletes a prospective study BMC Sports Science Medicine and Rehabilitation 2016 838

27 Goubert D Danneels L Graven-Nielsen T Descheemaeker F Meeus M Differences in Pain Processing Between Patients with Chronic Low Back Pain Recurrent Low Back Pain and Fibromyalgia Pain Physician 2017 May 20(4)307-318

28 Arliani GG Cohen M Lara PS Astur DC Gonccedilalves JPP Ferretti M Impacto do esporte na sauacutede de ex-jogadores profissionais de futebol no Brasil Acta ortop bras 2014 julago 22(4)188-190

29 Hoskins W Pollard H Daff C Odell A Garbutt P McHardy A et al Low back pain status in elite and semi-elite Australian football codes a cross-sectional survey of football (soccer) Australian rules rugby league rugby union and non-athletic controls BMC Musculoskeletal Disorders 20091038

30 Ngamkham S Vincent C Finnegan L Holden JE Wang ZJ Wilkie DJ The McGill Pain Questionnaire as a Multidimensional Measure in People with Cancer An Integrative Review Pain Manag Nurs 2012 Mar 13(1) 27ndash51

31 Bermudez OAS Souza RA Souza CMF Castro CES Beacuterzn F Avaliaccedilatildeo multidimensional da dor em portadores de desordem temporomandibular utilizando uma versatildeo brasileira do questionaacuterio mcgill de dor Rev bras fisioter 2003 7(2) 151-158

32 Reading AE Everitt BS Sledmore CM The McGill Pain Questionnaire a replication of its construction Br J Clin Psychol 1982 21339ndash349

33 Melzack R The McGill Pain Questionnaire Anesthesiology 2005 103199-202

34 Pessoa CP Barreto MB Santos LB Alves TDB Oliveira MC Martins AG Instrumentos utilizados na avaliaccedilatildeo do impacto da dor na qualidade de vida de pacientes com dor orofacial e disfunccedilatildeo temporomandibular Escola Baiana de Sauacutede Puacuteblica 200731(2)267-293

35 Espinoza ES Ortiz GB Estabilidad abdominolumbopeacutelvica y equilibrio comopredictores de la incidencia de lesionesmusculoesqueleacuteticas en estudiantes de danzaUn estudio piloto Fisioterapia 2014

36 Steinberg N Dar G Dunlop M Gaida JE The relationship of hip muscle performance to legankle and foot injuries a systematic review The Physician and Sportsmedicine 2017

37 Anderson K Strickland SM Warren R Hip and Groin Injuries in Athletes The American Journal of Sports Medicine 2001 29(4) 521-533

38 Tschopp M Brunner F Erkrankungen und Uumlberlastungsschaumlden an der unteren Extremitaumlt bei Langstreckenlaumlufern Z Rheumatol 2017 Feb

37

39 Han J Anson J Waddington G Adans R Liu Y The Role of Ankle

Proprioception for Balance Control in relation to Sports Performance and Injury BioMed Research International 2015 Jun8

40 Couto AGA Pedroni CR Relaccedilatildeo entre postura queixa dolorosa e lesatildeo em bailarinas claacutessicas Ter Man 2013 11(55)228-233

41 Dore BF e Guerra RO Sintomatologia dolorosa e fatores associados em bailarinos profissionais Rev Bras Med Esporte 2007 MarAbr13(2)77-80

38

ANEXO I ndash QUESTIONAacuteRIO DE DOR MCGILL

39

ANEXO II ndash PARECER DE APROVACcedilAtildeO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA

40

41

ANEXO III ndash NORMAS DE SUBMISSAtildeO DA REVISTA

Instruccedilotildees aos Autores

A Revista Brasileira de Medicina do Esporte - RBME (Brazilian Journal of

Sports Medicine) oacutergatildeo oficial da Sociedade Brasileira de Medicina do Exerciacutecio e

do Esporte (SBMEE) eacute publicada bimestralmente em seis ediccedilotildees ao ano (janfev

marabr maiojun julago setout e novdez) A RBME eacute indexada nas seguintes

bases bibliograacuteficas SciELO Web of Science Excerpta Medica-EMBASE Physical

Education Index LILACS SIRC-Sportdiscus e Scopus A publicaccedilatildeo segue

integralmente o padratildeo internacional do International Committee of Medical Journal

Editors (ICMJE) ou Convenccedilatildeo de Vancouver e seus requisitos de uniformizaccedilatildeo

[httpwwwicmjeorg]

Preparaccedilatildeo de manuscritos Os artigos submetidos devem ser digitados em

espaccedilo duplo fonte Arial 12 em paacutegina tamanho A4 sem numerar linhas ou

paraacutegrafos e numerando as paacuteginas no canto superior direito Figuras e tabelas

devem ser apresentadas ao final do artigo em paacuteginas separadas No corpo do

texto deve-se informar os locais para inserccedilatildeo das tabelas ou figuras Nuacutemeros

menores que 10 satildeo escritos por extenso enquanto que nuacutemeros maiores ou igual a

10 satildeo expressos em algarismos araacutebicos Os manuscritos que natildeo estiverem de

acordo com as instruccedilotildees aos autores em relaccedilatildeo a estilo e formato seratildeo

devolvidos sem revisatildeo pelo Conselho Editorial As medidas deveratildeo ser expressas

no Sistema Internacional (Systegraveme International SI) disponiacutevel em

httpphysicsnistgovcuuUnits e unidades padratildeo quando aplicaacutevel Recomenda-

se aos autores natildeo usar abreviaccedilotildees no tiacutetulo e limitar a sua utilizaccedilatildeo no resumo e

ao longo do texto Os nomes geneacutericos devem ser usados para todas as drogas Os

faacutermacos podem ser referidos pelo nome comercial poreacutem deve constar o nome

cidade e paiacutes ou endereccedilo eletrocircnico do fabricante entre parecircnteses na seccedilatildeo

Materiais e Meacutetodos

Abreviaturas O uso de abreviaturas deve ser minimizado As abreviaturas deveratildeo

ser definidas por ocasiatildeo de sua primeira utilizaccedilatildeo no resumo e tambeacutem no texto

Abreviaturas natildeo padratildeo natildeo devem ser utilizadas a menos que essas apareccedilam

pelo menos trecircs vezes no texto Unidades de medida (3 ml ou 3 mL e natildeo 3

mililitros) ou siacutembolos cientiacuteficos padratildeo (elementos quiacutemicos por exemplo Na e

natildeo soacutedio) natildeo satildeo consideradas abreviaturas e portanto natildeo devem ser definidos

Abreviar nomes longos ou substacircncias quiacutemicas e termos utilizados para

combinaccedilotildees terapecircuticas Abreviaturas em figuras e tabelas podem ser utilizadas

por razotildees de espaccedilo poreacutem devem ser definidas na legenda mesmo que tenham

sido definidas no texto do artigo

Formato dos arquivos Usar editor de texto Microsoft Word para Windows ou

42

equivalente Arquivos em formato PDF natildeo devem ser enviados As tabelas e

quadros deveratildeo estar em seus arquivos originais (Excel Acess Powerpoint etc)

As figuras deveratildeo estar nos formatos jpg ou tif em alta resoluccedilatildeo (300 dpi) As

figuras deveratildeo estar incluiacutedas no arquivo Word mas tambeacutem devem ser enviadas

separadamente (anexadas durante a submissatildeo do artigo como documento

suplementar em seus arquivos originais)

Paacutegina de rosto A paacutegina de rosto deve conter (1) a categoria do artigo (2) o tiacutetulo

do artigo em portuguecircs inglecircs e espanhol com ateacute 80 caracteres cada que deve ser

objetivo e informativo (3) os nomes completos dos autores instituiccedilatildeo formaccedilatildeo

acadecircmica de origem (a mais relevante) cidade estado e paiacutes (4) nome do autor

correspondente com endereccedilo completo telefone e e-mail A titulaccedilatildeo dos autores

natildeo deve ser incluiacuteda O nome completo de cada autor (sem abreviaccedilotildees) e sua

afiliaccedilatildeo institucional (nota as unidades hieraacuterquicas devem ser apresentadas em

ordem decrescente por exemplo universidade faculdade ou instituto e

departamento) devem ser informados Os nomes das instituiccedilotildees e programas

deveratildeo ser apresentados preferencialmente por extenso e na liacutengua original da

instituiccedilatildeo ou na versatildeo em inglecircs quando a escrita natildeo eacute latina (pex aacuterabe

mandarim ou grego)

Resumo O resumo em portuguecircs inglecircs e espanhol deve ser incluiacutedo no

manuscrito Em cada um dos idiomas natildeo deve conter mais do que 300 palavras A

versatildeo estruturada eacute obrigatoacuteria nos artigos originais e inclui objetivos meacutetodos

resultados e conclusatildeo Artigos de revisatildeo natildeo requerem resumo estruturado

Palavras-chave O artigo deve incluir no miacutenimo trecircs e no maacuteximo seis descritores

em portuguecircs inglecircs e espanhol baseados nos Descritores de Ciecircncias da Sauacutede

(DeCS) httpdecsbvsbr ou no Medical Subject Headings (MeSH) da National

Library of Medicine disponiacutevel em httpwwwnlmnihgovmeshmeshhomehtml

oubaseados no Medical SubjectHeading (MeSH) do Index Medicus

(httpwwwnlmnihgovmesh)

Introduccedilatildeo A introduccedilatildeo deve conter (1) justificativa objetiva para o estudo com

referecircncias pertinentes ao assunto sem realizar uma revisatildeo extensa (2) objetivo do

artigo

Materiais e Meacutetodos Esta seccedilatildeo deve descrever os experimentos (quantitativa e

qualitativamente) e os procedimentos em detalhes suficientes que permitam que

outros pesquisadores reproduzam os resultados ou deem continuidade ao estudo

e deveraacute conter (1) a descriccedilatildeo clara da amostra utilizada (2) termo de

consentimento para estudos experimentais envolvendo seres humanos (3)

identificaccedilatildeo dos meacutetodos aparelhos (nome do fabricante e endereccedilo cidade e paiacutes

devem ser menciondos entre parecircnteses) e procedimentos utilizados (4) descriccedilatildeo

breve e referecircncias de meacutetodos publicados mas natildeo amplamente conhecidos (5)

43

descriccedilatildeo detalhada de meacutetodos novos ou modificados (6) quando pertinente incluir

a anaacutelise estatiacutestica e os programas utilizados Importante Ao relatar experimentos

com seres humanos ou animais indicar se os procedimentos seguiram as normas

do Comitecirc Eacutetico sobre Experiecircncias Humanas da instituiccedilatildeo na qual a pesquisa foi

realizada e se os procedimentos estatildeo de acordo com a declaraccedilatildeo de Helsinki de

1995 e a Animal Experimentation Ethics respectivamente Os autores devem incluir

uma declaraccedilatildeo indicando que o protocolo foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica da

Instituiccedilatildeo (instituiccedilatildeo de afiliaccedilatildeo de pelo menos um dos autores) com o respectivo

nuacutemero de identificaccedilatildeo Tambeacutem deve incluir que o Termo de Consentimento Livre

e Esclarecido foi assinado por todos os participantes

Resultados Apresentar os resultados em sequecircncia loacutegica no texto usando tabelas

e figuras Evitar repeticcedilatildeo excessiva de dados no texto em tabelas ou figuras

poreacutem enfatizar somente as descobertas mais importantes

Discussatildeo Enfatizar os aspectos originais e importantes do estudo e as conclusotildees

que decorrem deste evitando poreacutem repetir dados jaacute apresentados em outras

partes do manuscrito Em estudos experimentais ressaltar a relevacircncia e limitaccedilotildees

dos resultados confrontando com os dados da literatura e incluindo implicaccedilotildees

para estudos futuros

Conclusotildees A conclusatildeo deve ser clara e concisa baseada nos resultados

obtidos estabelecendo ligaccedilatildeo com implicaccedilotildees cliacutenicas evitando poreacutem excessiva

generalizaccedilatildeo) A mesma ecircnfase deve ser dada a estudos com resultados negativos

ou positivos Recomendaccedilotildees podem ser incluiacutedas quando relevantes

Agradecimentos Quando pertinente incluir agradecimento ou reconhecimento a

pessoas que tenham contribuiacutedo para o desenvolvimento do trabalho poreacutem natildeo se

qualificam como coautores Fontes de financiamento como auxiacutelio a pesquisa e

bolsas de estudo devem ser reconhecidos nesta seccedilatildeo Os autores deveratildeo obter

permissatildeo por escrito para mencionar nomes e instituiccedilotildees de todos os que

receberam agradecimentos nominais

Referecircncias As referecircncias devem ser numeradas na sequecircncia em que aparecem

no texto em formato sobrescrito As referecircncias citadas somente em legendas de

tabelas ou figuras devem ser numeradas de acordo com sequecircncia estabelecida

pela primeira menccedilatildeo da tabela ou da figura no texto O estilo das referecircncias

bibliograacuteficas deve seguir as regras do Uniform Requirements for Manuscripts

Submitted to Biomedical Journals (International Committee of Medical Journal

Editors disponiacutevel em Ann Intern Med 1997126(1)36-47 httpwwwicmjeorg)

Alguns exemplos satildeo mostrados a seguir Os tiacutetulos dos perioacutedicos devem ser

abreviados de acordo com o Index Medicus (List of Journals Indexed disponiacutevel em

httpwwwnlmnihgovtsdserialsljihtml) Se o perioacutedico natildeo constar dessa lista

deve-se utilizar a abreviatura sugerida pelo proacuteprio perioacutedico Deve-se evitar utilizar

44

ldquocomunicaccedilotildees pessoaisrdquo ou ldquoobservaccedilotildees natildeo publicadasrdquo como referecircncias

Resumos de tranalhos apresentados em eventos devem ser utilizados somente se

for a uacutenica fonte de informaccedilatildeo

Tabelas As tabelas devem ser elaboradas em espaccedilo 15 devendo ser planejadas

para ter como largura uma (87cm) ou duas colunas (18 cm) Cada tabela deve

possuir um tiacutetulo sucinto Notas explicativas seratildeo incluiacutedas em notas de rodapeacute A

tabela deve conter meacutedias e medidas de dispersatildeo (Desvio Padratildeo Erro Padratildeo da

Meacutedia etc) natildeo devendo conter casas decimais irrelevantes As abreviaturas

devem estar de acordo com aquelas utilizadas no texto e nas figuras Os coacutedigos de

identificaccedilatildeo de itens da tabela devem estar listados na ordem de surgimento no

sentido horizontal e devem ser identificados pelos siacutembolos padratildeo Os quadros e

tabelas deveratildeo ser enviados atraveacutes dos arquivos originais editaacuteveis (Word Excel)

e natildeo como imagens

Figuras Na versatildeo impressa da RBME seratildeo aceitas figuras em preto-e-branco

Imagens coloridas poderatildeo ser publicadas quando forem essenciais para o conteuacutedo

cientiacutefico do artigo Nestes casos o custo seraacute repassado aos autores Figuras

coloridas poderatildeo ser incluiacutedas na versatildeo eletrocircnica do artigo sem custo adicional

aos autores Os desenhos e figuras devem ser consistentes e tatildeo simples quanto

possiacutevel poreacutem informativos Tons de cinza natildeo devem ser utilizados Todas as

linhas devem ser soacutelidas Para graacuteficos de barra por exemplo utilizar barras

brancas pretas com linhas diagonais nas duas direccedilotildees linhas em xadrez linhas

horizontais e verticais A RBME desaconselha fortemente o uso de fotografias de

equipamentos e animais de experimentaccedilatildeo As figuras devem ser impressas com

bom contraste e ter a largura de uma coluna (87cm) Utilizar no miacutenimo fonte

tamanho 10 para letras nuacutemeros e siacutembolos com espaccedilamento e alinhamento

adequados Quando a figura representar uma radiografia ou fotografia sugerimos

incluir a escala de tamanho quando pertinente

Por favor note que eacute de responsabilidade dos autores obter permissatildeo do detentor

dos direitos autorais para reproduzir figuras (ou tabelas) que tenham sido

previamente publicados em outras fontes De acordo com os princiacutepios do acesso

aberto os autores devem ter permissatildeo do detentor dos direitos caso desejem

incluir imagens que tenham sido publicados em outros perioacutedicos de acesso natildeo

aberto A permissatildeo deve ser indicada na legenda da figura e a fonte original deve

ser incluiacuteda na lista de referecircncias

45

APEcircNDICE I ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE)

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Vocecirc estaacute sendo convidada(o) a participar da pesquisa intitulada

ldquoCARACTERIZACcedilAtildeO DA DOR E SUA RELACcedilAtildeO COM EQUILIacuteBRIO

POSTURAL ESTAacuteTICO EM ATLETAS DE GINAacuteSTICA RIacuteTMICArdquo realizada pela

Universidade Federal de Sergipe por intermeacutedio da discente TAINARA DOS

SANTOS BOMFIM devidamente assistida pelo seu orientador PAULO MAacuteRCIO

PEREIRA OLIVEIRA O objetivo desse estudo eacute caracterizar a Dor

musculoesqueleacutetica em atletas de elite de ginaacutestica riacutetmica e analisar a relaccedilatildeo da

dor no equiliacutebrio postural estaacutetico das atletas comparando com controles natildeo

atletas A justificativa para a realizaccedilatildeo da pesquisa eacute documentar na literatura

escassa estudo sobre a relaccedilatildeo da dor com o equiliacutebrio postural estaacutetico em

atletas de elite de Ginaacutestica Riacutetmica Sua participaccedilatildeo nessa pesquisa consistiraacute

em responder um questionaacuterio e realizar avaliaccedilatildeo de equiliacutebrio que ocorreraacute em

um uacutenico momento Natildeo haacute riscos previsiacuteveis relacionados com sua participaccedilatildeo

nem danos previsiacuteveis decorrentes da pesquisa Os benefiacutecios relacionados com

sua participaccedilatildeo satildeo

1 Identificar alteraccedilotildees posturais de equiliacutebrio em atletas de alto rendimento

2 Evidenciar se o processo de dor em atletas eacute igual maior ou menor quando

comparado com pessoas natildeo atletas

3 Evidenciar se as variaccedilotildees aacuterea e velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo

de pressatildeo se igualam ou natildeo a pessoas natildeo atletas

Vocecirc foi selecionado por preencher os requisitos da pesquisa mas sua

participaccedilatildeo NAtildeO Eacute OBRIGATOacuteRIA sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo em sua

relaccedilatildeo com a instituiccedilatildeo ou com o pesquisador

Eu________________________________________________________________

abaixo assinado declaro que fui informado que as informaccedilotildees obtidas atraveacutes

dessa pesquisa seratildeo confidenciais e o sigilo sobre minha participaccedilatildeo seraacute

assegurado De tal modo que os dados natildeo seratildeo divulgados de forma a possibilitar

minha identificaccedilatildeo Tambeacutem estou ciente de que a qualquer momento posso

desistir de minha participaccedilatildeo e retirar meu consentimento Declaro que entendi os

objetivos riscos e benefiacutecios de minha participaccedilatildeo na pesquisa e concordo em

participar

Vocecirc receberaacute uma coacutepia deste termo onde consta o telefone e o endereccedilo do

pesquisador principal podendo tirar suas duacutevidas sobre o Projeto de Pesquisa de

sua participaccedilatildeo agora ou a qualquer momento

46

DADOS DO PESQUISADOR RESPONSAacuteVEL

Nome Tainara dos Santos Bomfim

Endereccedilo profissionale-mail Rua Padre Aacutelvares Pitangueira sn - Centro

Departamento de Fisioterapia bftainaragmailcom

Telefone (79) 9 9806-7487

ATENCcedilAtildeO A participaccedilatildeo em qualquer tipo de pesquisa eacute voluntaacuteria Em casos de

duacutevida quanto aos seus direitos entre em contato com o Comitecirc de Eacutetica em

Pesquisa da Universidade Federal de Sergipe

Lagarto _____de _____de 201_

_____________________________________________________

ASSINATURA DO VOLUNTAacuteRIO

_____________________________________________________

ASSINATURA DO PESQUISADOR RESPONSAacuteVEL

Page 10: CARACTERIZAÇÃO DA DOR E SUA RELAÇÃO COM O … · tainara dos santos bomfim caracterizaÇÃo da dor e sua relaÇÃo com o equilÍbrio postural em atletas de ginÁstica rÍtmica

LISTA DE ILUSTRACcedilOtildeES

Figura 1 Nuacutemero palavras escolhidas e Iacutendice de dor verificado por meio do questionaacuterio de dor de McGill nos grupos atleta e controle

22

Figura 2 Aacuterea da elipse do centro de pressatildeo do baricentro corporal entre o grupo atleta e o grupo controle

23

Figura 3 Velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo do baricentro corporal entre o grupo atleta e o grupo controle

24

Figura 4 Correlaccedilatildeo de Spearman entre iacutendice de dor avaliativa e velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo (VmCOP) do baricentro corporal

25

LISTA DE ABREVIACcedilOtildeES E SIGLAS

GR ndash Ginaacutestica Riacutetmica

GA ndash Grupo Atleta

GC ndash Grupo Controle

Br-MPQ ndash Versatildeo brasileira do questionaacuterio de dor McGill

NWC ndash Nuacutemero de palavras escolhidas

PRI ndash Iacutendice de dor

SL ndash Dor sensitiva

AF ndash Dor afetiva

AV ndash Dor avaliativa

M ndash Dor miscelacircnea

ACOP ndash Aacuterea do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo

VmCOP ndash Velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo

AP ndash Anteroposterior

ML ndash Mediolateral

IMC ndash Iacutendice de massa corporal

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 16

2 MEacuteTODOS

21 Delineamento do estudo

17

17

22 Sujeitos 17

23 Procedimentos de avaliaccedilatildeo 18

231 Avaliaccedilatildeo da dor 18

232 Avaliaccedilatildeo Estabilomeacutetrica

24 Aspectos Eacuteticos

18

19

25 Anaacutelise Estatiacutestica 19

3 RESULTADOS 20

31 Sujeitos 20

32 Caracterizaccedilatildeo da Dor

321 Domiacutenios da Dor

322 Localizaccedilatildeo da Dor

323 Nuacutemero de Palavras Escolhidas e Iacutendice de Dor

20

20

21

22

33 Equiliacutebrio Estaacutetico

331 Aacuterea de deslocamento do COP

332 Velocidade meacutedia de oscilaccedilatildeo do COP

34 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios da Dor e Equiliacutebrio corporal

22

23

23

24

4 DISCUSSAtildeO 25

5 CONCLUSAtildeO 32

6 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 32

REFEREcircNCIAS 34

ANEXO I ndash QUENTIONAacuteRIO DE DOR MGILL 38

ANEXO II ndash PARECER DE APROVACcedilAtildeO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA 39

ANEXO III ndash NORMAS DE SUBMISSAtildeO DA REVISTA 41

APEcircNDICE I ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO 45

CARACTERIZACcedilAtildeO DA DOR E SUA RELACcedilAtildeO COM EQUILIacuteBRIO

POSTURAL EM ATLETAS DE GINAacuteSTICA RIacuteTMICA

CHARACTERIZATION OF PAIN AND YUOR RELATIONSHIP WITH POSTURAL

BALANCE IN RHYTHMIC GYMNASTICS ATHLETES

Tainara dos Santos Bomfimsup1 Paulo Maacutercio Pereira Oliveira2

sup1 Universidade Federal de Sergipe Campus Universitaacuterio Prof Antocircnio Garcia Filho Graduanda em

Fisioterapia ndash Lagarto SE Brasil

sup2 Universidade Federal de Sergipe Campus Universitaacuterio Prof Antocircnio Garcia Filho Professor

Adjunto do Departamento de Fisioterapia ndash Lagarto SE Brasil

Correspondecircncia

Tainara dos Santos Bomfim

Departamento de Fisioterapia de Lagarto da Universidade Federal de Sergipe (UFS)

Av Gov Marcelo Deda sn ndash Satildeo Joseacute CEP 49400-000 ndash LagartoSE

Telefone (79) 9 9806-7487

E-mail tainarabomfimyahoocombr

RESUMO

Introduccedilatildeo A Ginaacutestica Riacutetmica (GR) eacute um esporte de alta performance que exige de suas atletas

movimentos de grandes amplitudes articulares forccedila e uma boa coordenaccedilatildeo motora postural Aleacutem

disso em virtude da especificidade do gesto esportivo as ginastas satildeo expostas constantemente a

posturas e esforccedilos repetitivos repercutindo em lesotildees musculoesqueleacuteticas e consequentemente

em dor a qual pode afetar negativamente o equiliacutebrio corporal Objetivo caracterizar a dor

musculoesqueleacutetica em atletas de elite de GR Secundariamente comparar o equiliacutebrio postural

estaacutetico das ginastas com controles natildeo atletas bem como correlacionar o iacutendice de dor com o

equiliacutebrio nas atletas de GR Meacutetodos participaram da pesquisa 50 jovens do sexo feminino 25

ginastas compondo o grupo atleta (GA) e 25 natildeo atletas compondo o grupo controle (GC) As

voluntaacuterias foram submetidas agrave avaliaccedilatildeo da percepccedilatildeo dolorosa utilizando a versatildeo brasileira do

questionaacuterio de dor McGill (Br-MPQ) e do equiliacutebrio postural atraveacutes da estabilometria O estudo foi

aprovado pelo comitecirc de eacutetica (CAAE 61990516400005546) Resultados o GA manifestou

percepccedilatildeo dolorosa significativamente maior (plt0001) a dor nas atletas apresentou caracteriacutesticas

sensorial e avaliativa as regiotildees de maior queixa dolorosa foram a articulaccedilatildeo do quadril (52)

seguida do tornozelo-peacute (44) Na comparaccedilatildeo intergrupos do equiliacutebrio postural estaacutetico foi

observado maior deslocamento do COP no GA (16513 mmsup2 plusmn 148) em relaccedilatildeo ao GC (10212 mmsup2

plusmn 114) Nas correlaccedilotildees do equiliacutebrio com os domiacutenios da dor foi observada apenas uma correlaccedilatildeo

significativa entre a dor avaliativa e a VmCOP na direccedilatildeo mediolateral (r = 0414 p = 0040)

Conclusatildeo As atletas demonstram maior percepccedilatildeo dolorosa e menor equiliacutebrio postural estaacutetico

quando comparadas a controles natildeo atletas Entretanto possuem maior habilidade para

reestabelecer o controle postural Aleacutem disso a presenccedila da percepccedilatildeo dolorosa mostrou uma fraca

relaccedilatildeo poreacutem significativa com o controle postural em atletas de elite de GR

Descritores Ginaacutestica Equiliacutebrio Postural Dor Musculoesqueleacutetica

ABSTRACT

Introduction Rhythmic Gymnastics (RG) is a high performance sport that requires your movements of large amplitudes athletes strength and a good hand-eye coordination postural In addition due to the specificity of Sporting gesture the gymnasts are constantly exposed to repetitive strain and postures reverberating in musculoskeletal injuries and consequently in painwhich can negatively affect the body balance Objective to characterize the musculoskeletal pain in elite athletes of RG secondarily compare the static postural equilibrium of the gymnasts with non-athletes controls as well

as correlate the pain index with the equilibrium in the athletes of RG Methods Participated in the

survey 50 female youth 25 gymnasts composing the Athlete Group (AG) and 25 non-athletes composing the Control Group (CG) The volunteers were subjected to the evaluation of the painful perception using the Brazilian version of the McGill Pain Questionnaire (BR-MPQ) and the posture equilibrium through the Estabilometria The study was approved by the Ethics Committee (CAAE 61990516400005546) Results The AG manifested significantly greater painful perception (p lt 0001) The pain in athletes presented sensory and evaluative characteristics The most painfully complaining regions were the hip joint (52) followed by ankle-foot (44) In the intergroup comparison of the static posture equilibrium was observed greater displacement of the COP in the AG (16513 mm sup2 plusmn 148) relative to the CG (10212 mm sup2 plusmn 114) In the correlations of equilibrium with the domains of pain it was observed only a significant correlation between the evaluative pain and the VmCOP in the direction mediolateral (r = 0414 p = 0040) Conclusion Athletes demonstrate greater painful perception and lower posture static equilibrium when compared to non-athletes controls However they possess greater ability to reestablish posture control Moreover the presence of painful perception showed a weak but significant relationship with the posture control in elite athletes of Gr

keywords Gymnastics Postural Balance Musculoskeletal Pain

16

1 INTRODUCcedilAtildeO

A Ginaacutestica Riacutetmica (GR) eacute uma modalidade esportiva que exige de seus

atletas forccedila flexibilidade e coordenaccedilatildeo motora para a realizaccedilatildeo de movimentos

corporais de danccedila combinados com a manipulaccedilatildeo de pequenos equipamentos1 2

Desse modo para a correta execuccedilatildeo de seus movimentos durante treinos e

competiccedilotildees torna-se imprescindiacutevel a manutenccedilatildeo do equiliacutebrio e controle postural

protegendo o sistema neuromuscular de lesotildees1 34

Geralmente os atletas de alto rendimento como as ginastas satildeo submetidos

a altos volumes e intensidades de treinamento comprometendo a biomecacircnica

devido agrave alteraccedilotildees compensatoacuterias na execuccedilatildeo do gesto esportivo as quais

repercutem no aparecimento de lesatildeo e dor5-7 Diante disso acredita-se que a

presenccedila de dor possa afetar negativamente o equiliacutebrio postural de atletas

Vaacuterios autores abordam a importacircncia da manutenccedilatildeo do equiliacutebrio na praacutetica

esportiva289 Entretanto a estabilidade corporal em atletas pode variar de acordo

com as exigecircncias especiacuteficas da modalidade praticada10 Comumente atletas de

alto niacutevel que dependem da estabilidade postural para execuccedilatildeo da praacutetica

esportiva como na ginaacutestica riacutetmica aprendem a elevar o limiar sensoriomotor por

estimulaccedilatildeo dos seus proprioceptores tendo uma ativaccedilatildeo muscular mais raacutepida em

resposta agraves perturbaccedilotildees do equiliacutebrio11 12

Todavia alguns fatores podem interferir no controle postural destacando-se a

dor musculoesqueleacutetica4913 Sabe-se que a presenccedila da percepccedilatildeo dolorosa em

qualquer parte do segmento corporal eacute o primeiro indicador da existecircncia de lesatildeo

tecidual14 Desta forma pesquisas comprovam que em populaccedilotildees ativas com

lesotildees musculoesqueleacuteticas foram observados deacuteficits de controle postural121516

Em vista disso a dor musculoesqueleacutetica eacute uma das principais causas que podem

afetar o equiliacutebrio corporal em ginastas de alto rendimento levando agrave diminuiccedilatildeo da

funcionalidade da qualidade de vida e consequentemente agrave perda da performance

desportiva913 Esta eacute considerada uma experiecircncia multidimensional e subjetiva17 18

portanto torna-se uma variaacutevel difiacutecil de ser avaliada principalmente em atletas

17

Atualmente existe diversos estudos cientiacuteficos sobre o comportamento do

estiacutemulo doloroso e do equiliacutebrio corporal na performance esportiva e na prevenccedilatildeo

de lesotildees em atletas de elite5-81920 Poreacutem satildeo raras as investigaccedilotildees sobre a

caracterizaccedilatildeo da dor e do equiliacutebrio corporal em atletas de ginaacutestica riacutetmica Bem

como descriccedilatildeo da relaccedilatildeo da dor na estabilidade postural em atletas de alto

rendimento em qualquer que seja o esporte praticado e articulaccedilatildeo testada

O presente estudo tem como objetivo primaacuterio caracterizar a dor

musculoesqueleacutetica em atletas de elite de Ginaacutestica Riacutetmica Secundariamente

comparar o equiliacutebrio postural estaacutetico das ginastas com controles natildeo atletas bem

como correlacionar o iacutendice de dor com o equiliacutebrio nas atletas de GR

2 MEacuteTODOS

21 Delineamento do Estudo

Trata-se de um estudo analiacutetico do tipo observacional com um corte

transversal controlado e mascaramento aberto

22 Sujeitos

A amostra foi composta de 50 sujeitos unicamente do sexo feminino

coletados por conveniecircncia Os sujeitos foram divididos em dois grupos Grupo

Atleta (GA) (25 sujeitos) recrutados na Confederaccedilatildeo Brasileira de Ginaacutestica

AracajuSergipeBrasil e Grupo Controle (GC) (25 sujeitos) selecionados no Coleacutegio

Polivalente LagartoSergipeBrasil e pareados por peso Iacutendice de Massa Corporal

(IMC) e idade

Os criteacuterios de inclusatildeo dos sujeitos submetidos agrave pesquisa e alocados no

GA foram (1) ter sido aprovada na seletiva para o ingresso na seleccedilatildeo brasileira de

ginaacutestica riacutetmica (SBGR) (2) tempo de praacutetica no esporte superior a cinco anos com

4 horas diaacuterias ou mais de treino Para os sujeitos incluiacutedos no GC foram

obedecidos os seguintes criteacuterios (1) IMC le 25 (2) idade entre 14 e 24 anos (3)

ausecircncia de poacutes-ciruacutergicos anteriores Os sujeitos em ambos os grupos foram

excluiacutedos caso apresentassem (1) sequela de doenccedilas do sistema nervoso central

(2) diabetes mellitus ou pressatildeo arterial natildeo controlada (3) inaptidatildeo para seguir

18

ordens ou compreender as ferramentas de mensuraccedilatildeo do estudo (4) histoacuteria de

comprometimento visual auditivo eou do sistema vestibular (5) natildeo falar e

compreender o idioma portuguecircs (6) uso de faacutermacos inibidores ou estimulantes do

sistema nervoso central

23 Procedimentos de avaliaccedilatildeo

Inicialmente foram avaliados dados antropomeacutetricos como peso medido

atraveacutes de balanccedila analoacutegica (Camryreg) calibrada pelo Inmetro (Instituto Nacional de

Metrologia Normalizaccedilatildeo e Qualidade Industrial) e altura mensurada por meio de

fita meacutetrica natildeo-flexiacutevel (Tramontinareg) Em seguida os sujeitos receberam

informaccedilotildees sobre os objetivos da pesquisa instrumentos utilizados comandos

verbais a serem atendidos e demais procedimentos A partir da seleccedilatildeo das

voluntaacuterias iniciou-se a coleta dos dados realizada em duas etapas

231 Avaliaccedilatildeo da Dor

Para registro da percepccedilatildeo da dor foi aplicada a versatildeo brasileira do

questionaacuterio de Dor McGill (Br-MPQ) Trata-se de um instrumento para avaliaccedilatildeo de

dor em uma perspectiva multidimensional o qual possibilita o fornecimento de um

conhecimento amplo sobre a caracterizaccedilatildeo e percepccedilatildeo do estiacutemulo doloroso em

quatro dimensotildees (sensorial afetiva avaliativa e miscelacircnea)1718 As voluntaacuterias

foram instruiacutedas primeiramente a identificar em um diagrama corporal no

questionaacuterio a localizaccedilatildeo da sua dor quando presente Posteriormente foram

orientadas a selecionar em cada subgrupo do questionaacuterio uma palavra que melhor

expressasse a experiecircncia com a dor relatada previamente Deixando claro que natildeo

era obrigatoacuteria a escolha de palavras em todas as dimensotildees O resultado final do

Br-MPQ usado para anaacutelise foi expresso pelo nuacutemero de palavras escolhidas (NWC)

e pelo iacutendice de dor (PRI) caracterizado pela somatoacuteria dos valores de intensidade

dos descritores escolhidos

232 Avaliaccedilatildeo Estabilomeacutetrica

A estabilometria foi realizada com os sujeitos posicionados sobre uma

plataforma de forccedila sendo orientado a manter o olhar adiante num ponto fixado na

parede e de modo consciente transferir o peso corporal da maneira mais

19

homogecircnea possiacutevel entre os membros inferiores Foram realizados trecircs registros

com os olhos abertos As variaacuteveis analisadas foram a aacuterea da elipse do centro de

oscilaccedilatildeo de pressatildeo (ACOP) e a velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo pressatildeo

(VmCOP) do baricentro corporal nas direccedilotildees anteroposterior (AP) e mediolateral

(ML)

A distribuiccedilatildeo consciente do peso foi registrada atraveacutes de um

baropodocircmetro da marca Arquipeacutelagoreg (Footwork Satildeo Paulo Satildeo Paulo Brasil)

que consiste em um sistema de plataforma interligada a um computador para

mensurar as pressotildees exercidas pelos peacutes atraveacutes do sistema de aquisiccedilatildeo

computadorizada das pressotildees (ACP) A plataforma utilizada possui dimensotildees 700

X 600 mm com uma superfiacutecie ativa de 475 X 430 mm com 2544 sensores Esta foi

conectada a um computador com processador 62G HV 04 GB de memoacuteria RAM

disco riacutegido 500 GB e software footwork o qual analisou os dados captados Para

esses registros ortostaacuteticos foi utilizada a frequecircncia de aquisiccedilatildeo dos dados de 05

Hz coletando com isso 100 leituras em cada avaliaccedilatildeo O tempo de registro foi de

15 segundos com um intervalo de 30 segundos entre as avaliaccedilotildees

24 Aspectos Eacuteticos

O estudo foi submetido e aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica e Pesquisa com

Seres Humanos da Universidade Federal de Sergipe (CAAE

61990516400005546) Todos os voluntaacuterios assinaram o Termo de Consentimento

Livre e Esclarecido (TCLE) Todos os sujeitos que participaram da pesquisa foram

avisados que poderiam desistir da participaccedilatildeo a qualquer momento sem nenhum

preuizo aos mesmos

25 Anaacutelise Estatiacutestica

As variaacuteveis numeacutericas foram testadas quanto agrave distribuiccedilatildeo de normalidade

por meio do teste de Shapiro-Wilk Para anaacutelise das amostras parameacutetricas foi

utilizado o teste T- Student e para as amostras natildeo parameacutetricas foi utilizado o teste

de Mann-Whitney para identificar diferenccedilas intergrupos Os dados gerais foram

apresentados em meacutedia e erro padratildeo da meacutedia (EPM) bem como frequecircncia

absoluta (FA) e relativa (FR) Para anaacutelise das correlaccedilotildees entre as variaacuteveis

pesquisadas aplicou-se o teste de Spearman A significacircncia foi estipulada em cinco

20

por cento (p le 005) Para todas as anaacutelises foi utilizado o programa GraphPad Prism

(Versatildeo 601)

3 RESULTADOS

31 Sujeitos

Cinquenta indiviacuteduos concluiacuteram o estudo vinte e cinco voluntaacuterias foram

alocadas no grupo atleta e controle respectivamente As variaacuteveis idade peso

altura e IMC natildeo foram significativamente diferentes entre os grupos A tabela 1

conteacutem as caracteriacutesticas demograacuteficas e antropomeacutetricas dos grupos de estudo

Tabela 1 Caracteriacutesticas demograacuteficas e antropomeacutetricas da amostra

GA grupo atleta GC grupo controle Valores expressos como meacutedia plusmn erro padratildeo da meacutedia O valor de p

corresponde agrave comparaccedilatildeo entre o grupo atleta (n=25) e o grupo controle (n=25)

32 Caracterizaccedilatildeo da Dor

321 Domiacutenios da Dor

Aproximadamente setenta por cento do grupo controle (68) natildeo apresentou

descriccedilatildeo para a sensibilidade dolorosa em nenhum dos domiacutenios avaliados No

grupo atleta foi observado que 24 (96) apresentaram dor de caracteriacutestica

sensorial 19 voluntaacuterias (76) afetiva 24 sujeitos (96) avaliativa e 19 (76)

miscelacircnea

Ao comparar as atletas com o grupo controle observou diferenccedila significativa

com um aumento da dor descrita em todos os domiacutenios avaliados sensorial (1344 plusmn

Caracteriacutesticas

GRUPOS

GA GC P

Idade (anos) 2016 plusmn 068 2091 plusmn 065 0560

Peso (Kg) 5128 plusmn 10 5064 plusmn 109 1481

Altura (m) 164 plusmn 0011 163 plusmn 0009 0372

IMC (Kgm2) 1864 plusmn 03 1938 plusmn 0436 0533

21

146 plt0001) afetivo (264 plusmn 053 plt0001) avaliativo (236 plusmn 028 plt0001) e

miscelacircnea (376 plusmn 064 plt0001) (Tabela 2)

Tabela 2 Domiacutenios da dor entre os grupos da pesquisa

Tabela 2 Escores obtidos atraveacutes do questionaacuterio de dor McGill entre o grupo atleta (n=25) e o grupo controle

(n=25) Os valores foram apresentados como frequecircncia absoluta (FA) e relativa (FR) (porcentagem) SL

Sensorial AV Avaliativa AF Afetiva M Miscelacircnea GA grupo atleta GC grupo controle plt005 GA X GC

plt001 GA X GC plt0001 GA X GC A anaacutelise de variaacuteveis categoacutericas foi realizada por meio do teste

Mann-Whitney

322 Localizaccedilatildeo da Dor

Aproximadamente sessenta e oito por cento do grupo controle apresentou

nenhum local de intensidade dolorosa Em contra partida no grupo atleta seis (24)

das ginastas relataram sentir dor em pelo menos uma articulaccedilatildeo do corpo e

dezenove (76) apresentaram intensidade dolorosa em mais de uma articulaccedilatildeo

Foi observado no grupo atleta que em 13 (52) das atletas a articulaccedilatildeo do quadril

apresentou-se com maior prevalecircncia A segunda articulaccedilatildeo de maior sensibilidade

relatada pelo GA foi o peacute em 11 (44) (Tabela 3)

Tabela 3 Prevalecircncia e localizaccedilatildeo de dor entre os grupos da pesquisa

Domiacutenios Grupo Atleta (GA) Grupo Controle (GC) P

FA (n) FR () FA (n) FR ()

Sensorial (SL) 24 96 8 32 00001

Afetiva (AF) 19 76 4 16 00001

Avaliativa (AV) 24 96 8 32 00001

Miscelacircnea (M) 19 76 6 24 00005

Caracteriacutesticas Grupo Atleta (GA) Grupo Controle (GC)

FA (n) FR () FA (n) FR ()

Sentem dor 25 100 8 32

22

Tabela 3 Prevalecircncia e distribuiccedilatildeo corporal da dor entre o grupo atleta (n=25) e o grupo controle (n=25) Os

valores foram apresentados como frequecircncia absoluta (FA) e relativa (FR) (porcentagem) GA grupo atleta GC

grupo controle

323 Nuacutemero de Palavras Escolhidas e Iacutendice de Dor

No grupo atleta o nuacutemero de palavras escolhidas (NWC) foi significativamente

maior (1076 plusmn 106) ao comparar com o grupo controle (220 plusmn 075 plt0001)

Similarmente aos resultados encontrados para o NWC tambeacutem foi observado um

aumento significativo do iacutendice de dor (PRI) no grupo atleta (2220 plusmn 242) em

relaccedilatildeo ao grupo controle (484 plusmn 165 plt0001) A figura 1 demonstra a

comparaccedilatildeo entre os grupos para o Iacutendice de dor e nuacutemero de palavras escolhidas

Dor em uma articulaccedilatildeo 6 24 7 28

Dor em mais de uma articulaccedilatildeo

19 76 1 4

Dor no Quadril 13 52 0 0

Dor no Peacute 11 44 1 4

Dor no Joelho 7 28 1 4

Dor na Coluna 5 20 4 16

23

Figura 1 Nuacutemero de palavras escolhidas e Iacutendice de dor verificado por meio do questionaacuterio de dor de McGill

entre o grupo atleta (n=25) e o grupo controle (n=25) NWC nuacutemero de palavras escolhidas PRI iacutendice de dor

GA grupo atleta GC grupo controle plt005 GA X GC plt001 GA X GC plt0001 GA X GC A anaacutelise de

variaacuteveis categoacutericas foi realizada por meio do teste Mann-Whitney

33 Equiliacutebrio Estaacutetico (Estabilometria)

331 Aacuterea de deslocamento do COP (ACOP)

Nas comparaccedilotildees intergrupos foi observada uma reduccedilatildeo significativa do

equiliacutebrio no grupo atleta (plt005) Verificou-se que as ginastas apresentaram maior

deslocamento do COP (16513 mmsup2 plusmn 148 p= 0002) em relaccedilatildeo ao grupo controle

(10212 mmsup2 plusmn 114 p= 0002) A figura 2 demonstra a comparaccedilatildeo da aacuterea do

deslocamento do COP entre os grupos

Figura 2 Aacuterea da elipse do centro de pressatildeo do baricentro corporal entre o grupo atleta (n=25) e o grupo

controle (n=25) ACOP aacuterea do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo GA grupo atleta GC grupo controle plt005 GA X GC plt001 GA X GC plt0001 GA X GC A anaacutelise de variaacuteveis categoacutericas foi realizada por meio do teste Mann-Whitney

332 Velocidade meacutedia de oscilaccedilatildeo do COP (VmCOP)

A velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo do baricentro do corpo foi

significativamente maior na direccedilatildeo AP no grupo atleta (1110 mms plusmn 0049 p=003)

quando comparada ao grupo controle (0997 mms plusmn 0091 p=003) Paralelamente

24

a velocidade meacutedia do COP na direccedilatildeo ML tambeacutem foi significativamente maior no

grupo atleta (0845 mms plusmn 0042 plt0001) em relaccedilatildeo ao grupo controle (0508

mms plusmn 0065 plt0001) (Figura 3)

Figura 3 Velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo do baricentro corporal entre o grupo atleta (n=25)

e o grupo controle (n=25) COP centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo AP anteroposterior ML mediolateral GA grupo atleta GC grupo controle plt005 GA X GC plt001 GA X GC plt0001 GA X GC A anaacutelise de variaacuteveis categoacutericas foi realizada por meio do teste Mann-Whitney

34 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios da dor e equiliacutebrio postural

Foi apenas visualizada uma correlaccedilatildeo de fraca a moderada positiva com

significacircncia estatiacutestica entre o domiacutenio de dor avaliativa (236 plusmn 028) e velocidade

meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo na direccedilatildeo mediolateral (AV 0845mms plusmn

0042 r = 0414 p = 0040) Natildeo houve correlaccedilatildeo significativa entre todos os outros

domiacutenios avaliados e a velocidade meacutedia do COP na direccedilatildeo ML (S 0845mms plusmn

0042 r = 023 p gt 0914 AF 0845mms plusmn 0042 r = 085 p = 0687 M 0845mms

plusmn 0042 r = 0049 p = 0816) Bem como entre todos os domiacutenios e a velocidade

meacutedia do COP na direccedilatildeo anteroposterior (S 1110mms plusmn 0049 r = 0009 p =

0967 AF 1110mms plusmn 0049 r = 0216 p = 0299 AV 1110mms plusmn 0049 r =

020 p = 0925 M 1110mms plusmn 0049 r = 0138 p = 0510) e entre todos os

domiacutenios e a aacuterea de deslocamento do COP (S 16513mmsup2 plusmn 148 r = 0044 p =

0836 AF 16513mmsup2 plusmn 148 r = 0165 p = 0431 AV 16513mmsup2 plusmn 148 r = 0220

p gt 0291 M 16513mmsup2 plusmn 148 r = 0180 p = 0390) (Figura 4)

25

Figura 4 Correlaccedilatildeo de Spearman entre dor avaliativa e velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo (VmCOP) do baricentro corporal (A) Forccedila de correlaccedilatildeo de Spearman (r = 0414 p = 0040) entre a dor

avaliativa (AV) (236 plusmn 028) e a velocidade meacutedia do COP na direccedilatildeo mediolateral (0845 mms plusmn 0042) no grupo atleta (B) Forccedila de correlaccedilatildeo de Spearman (r = 0063 p = 0765) entre a dor avaliativa (AV) (060 plusmn

021) e a velocidade meacutedia do COP na direccedilatildeo mediolateral (0508 mms plusmn 0065) no grupo controle Os valores foram apresentados como meacutedia plusmn erro padratildeo da meacutedia

4 Discussatildeo

Os resultados desta pesquisa demonstraram que atletas de elite de ginaacutestica

riacutetmica manifestam maior percepccedilatildeo dolorosa que controles natildeo praticantes de

esporte a niacutevel competitivo Isto pode estar relacionado a trecircs principais fatores que

podem contribuir de forma direta para a maior prevalecircncia de dor nessas atletas

destacando o iniacutecio precoce na praacutetica da modalidade os altos volumes e

intensidade dos treinos e a grande quantidade de repeticcedilotildees dos gestos esportivos

com alta predominacircncia de saltos e posturas estaacuteticas De acordo com os nossos

resultados Sabeti et al21 realizaram estudo com 218 ginastas de diferentes

nacionalidades no campeonato europeu de GR utilizando a escala visual analoacutegica

(EVA) para registro da intensidade dolorosa Os resultados encontrados foi que as

atletas tecircm uma maior intensidade dolorosa (72) que controles natildeo praticantes de

esporte competitivo

Paralelamente a literatura cientifica relata que o tempo de inicio da praacutetica

esportiva o niacutevel competitivo e o volumeintensidade dos treinos destas atletas satildeo

fatores preditivos para um maior desenvolvimento de lesatildeo e dor em atletas de GR

Shigaki et al4 apontam que o risco e intensidade de lesatildeo estatildeo fortemente

26

relacionados com o aumento da idade e do niacutevel competitivo Da mesma forma

Vanderlei et al22 e Oliveira et al23 afirmam que quanto mais elevada a categoria do

atleta maior seraacute o tempo e a intensidade do treinamento consequentemente maior

a exposiccedilatildeo aos esforccedilos musculoesqueleacuteticos durante treinamento eou

competiccedilotildees Deste modo Oliveira et al23 em seu estudo avaliaram 25 atletas de

GR de diferentes categorias etaacuterias e encontraram que a maioria das atletas

apresentaram algum tipo de lesatildeo ocasionada pelos treinos Desta forma autores

relatam que a formaccedilatildeo dessas atletas influencia na incidecircncia e intensidade

dolorosa de lesotildees por overuse21 24 Tais lesotildees geralmente ocorrem quando a

frequecircncia dos exerciacutecios aumenta enquanto a intensidade eacute mantida23 Estando de

acordo com os nossos resultados Kolar et al25 em estudo realizado com 63 atletas

da ginaacutestica artiacutestica e riacutetmica de ambos os sexos concluiacuteram que a maacute teacutecnica

meacutetodos improacuteprios de ensino e carga inadequada durante os treinos foram

associados com o surgimento de dor e lesotildees nessa populaccedilatildeo

Contrariamente aos nossos resultados Muller et al26 realizaram um estudo

investigativo do desenvolvimento de dor lombar em atletas adolescentes em relaccedilatildeo

ao sexo e tipo de esporte praticado Foram avaliados 321 atletas sem dor lombar em

um primeiro momento e apoacutes dois anos os mesmo atletas foram reavaliados para

verificar a incidecircncia de dor lombar Apenas 10 da amostra foram categorizados

com dor lombar Aleacutem disso antropometria e caracteriacutesticas de formaccedilatildeo do esporte

natildeo demonstraram influecircncia significativa na dor lombar levando os autores a

concluiacuterem que o esporte de alto rendimento natildeo induz dor lombar em atletas

adolescentes

No nosso estudo utilizamos para avaliaccedilatildeo da percepccedilatildeo dolorosa em ambos

os grupos o questionaacuterio de dor McGill Este apresentou-se como uma ferramenta

de faacutecil execuccedilatildeo baixo custo e com alta sensibilidade e confiabilidade para uma

caracterizaccedilatildeo multidimensional da dor na populaccedilatildeo estudada Diferenciados

meacutetodos de investigaccedilatildeo da dor podem ser encontrados em um crescente numero

de publicaccedilotildees cientificas sobre o estudo da percepccedilatildeo e intensidade dolorosa

Goubert et al27 utilizaram a algometria de pressatildeo para comparar a avaliaccedilatildeo

sensorial quantitativa da dor de pacientes com dor lombar em diferentes niacuteveis de

cronicidade comparando a controles saudaacuteveis e pacientes com fibromialgia

Diferentemente Sabeti et al21 Arliani et al28 e Hoskins et al29 utilizaram em suas

27

pesquisas a escala visual analoacutegica (EVA) para registrar a intensidade dolorosa de

atletas em diferentes modalidades Ambos satildeo considerados meacutetodos

unidimensionais utilizados com o objetivo de quantificar a magnitude da dor dentro

de um perfil somatosensorial

Por outro lado diversas pesquisas utilizam o questionaacuterio McGill (MPQ) como

instrumento multidimensional para avaliar a dor e conhececirc-la de forma ampla em

diferentes modelos de estudos e em diversas populaccedilotildees Ngamkham et al30

realizaram revisatildeo sistemaacutetica sobre a avaliaccedilatildeo da dor com McGill em pacientes

com cacircncer demonstrando que o MPQ eacute comumente usado nessa populaccedilatildeo para

mensurar a intensidade e qualidade da dor pois fornece informaccedilotildees sobre

possiacuteveis locais da doenccedila magnitude da dor bem como a eficaacutecia do tratamento e

intervenccedilatildeo submetidos Da mesma forma Bermudez et al31 avaliaram pacientes

diagnosticados com DTM moderada e severa para discriminar e comparar a queixa

dolorosa de acordo com a severidade da doenccedila Pode-se concluir com o estudo

que o MPQ foi capaz de diferenciar o padratildeo temporal da dor a localizaccedilatildeo de maior

queixa dolorosa e a intensidade da dor em portadores de DTM

As diferenccedilas metodoloacutegicas utilizadas corroboram o fato de a dor ser uma

experiecircncia complexa e subjetiva que varia em qualidade intensidade sensorial e

em caracteriacutesticas afetivo-motivacionais Pois a mesma envolve vaacuterias dimensotildees e

pode ser influenciada por infinitos estiacutemulos intriacutensecos e extriacutensecos32 33 Assim

cabe a utilizaccedilatildeo de diferentes meacutetodos uni e multidimensionais para uma avaliaccedilatildeo

precisa considerando a natureza da dor e suas caracteriacutesticas

De acordo com os resultados do nosso estudo foi visualizado que as atletas

de elite de GR apresentam diferentes caracteriacutesticas de percepccedilatildeo do estiacutemulo

doloroso em comparaccedilatildeo aos controles destacando dores com perfil sensorial e

avaliativo Acreditamos que os atletas de alto rendimento apresentam-se com

alteraccedilotildees do imputs neurosensorial em virtude da constante presenccedila e

intensidade das dores sentidas pela a sua praacutetica desportiva Isto pode repercutir em

mudanccedilas na interpretaccedilatildeo da dor sentida em seu corpo fiacutesico devido agrave influecircncia

de fatores emocionais sociais e hormonais que satildeo comuns em mulheres atletas

Em vista disso sabe-se que o domiacutenio sensorial e avaliativo representam as

28

impressotildees fiacutesicas desse estiacutemulo doloroso aacutelgico e uma auto-avaliaccedilatildeo da sua dor

respectivamente34

Segundo Pimenta e Texeira18 as diferenccedilas na estratificaccedilatildeo da dor se

justificam pelo fato das interpretaccedilotildees de informaccedilotildees cognitivas serem

condicionadas por experiecircncias preacutevias em diferentes momentos do estiacutemulo da dor

gerando respostas variadas agrave experiecircncia dolorosa por ser um processo

individualizado Aleacutem disso a dor eacute uma experiecircncia complexa descrita em termos

de caracteriacutesticas sensoriais afetivo-motivacionais cognitivas e comportamentais

Desta forma o resultado de uma avaliaccedilatildeo da percepccedilatildeo dolorosa pode depender

de qual dimensatildeo da dor esteja sendo vivenciada no momento da avaliaccedilatildeo por

cada indiviacuteduo14

Hoskins et al29 utilizaram a escala visual analoacutegica (EVA) e o questionaacuterio

McGill para comparar a intensidade e a qualidade de dor lombar entre atletas de

elite amadores e natildeo atletas Foram observadas diferenccedilas significativas entre os

grupos mostrando que os atletas de elite apresentaram intensidade de dor mais

alta assim como escolheram com mais frequecircncia palavras das categorias sensorial

e afetiva De forma semelhante a nossa pesquisa o domiacutenio sensorial apresentou o

maior iacutendice de dor e maior frequecircncia de palavras escolhidas Tal fato possa ser

justificado por esse ser o domiacutenio de maior representatividade no questionaacuterio

agregando termos de qualidades sensitivas dor18 Poreacutem a dimensatildeo afetiva natildeo foi

evidenciada com maior frequecircncia no presente estudo Esta representa um estado

emocional o qual pode ser traduzido por percepccedilotildees de cansaccedilo sentimentos de

medo e puniccedilatildeo assim como reaccedilotildees autonocircmicas34 Reading32 e Pimenta e

Teixeira18 em seus estudos relataram que os pacientes que sentem dores de

caracteriacutestica aguda preferem descritores da categoria sensorial Por outro lado

indiviacuteduos que sentem dor crocircnica usualmente tendem a selecionar mais

descritores da categoria afetiva levando em conta fenocircmenos cognitivo de

antecipaccedilatildeo memoacuteria atenccedilatildeo e experiecircncia anterior

Os resultados desta pesquisa demonstraram que a regiatildeo com maior

prevalecircncia de queixa dolorosa em atletas de elite de GR foi a articulaccedilatildeo do quadril

com aproximadamente cinquenta e dois por cento das queixas Isto pode estar

relacionado ao fato da articulaccedilatildeo do quadril ser responsaacutevel pela absorccedilatildeo de

29

grandes cargas compressivas durante a fase de aterrissagem dos saltos o qual eacute

um movimento especiacutefico do esporte Aleacutem disso no quadril estaacute localizado o centro

de gravidade do corpo assim as cargas que satildeo geradas ou transmitidas por essa

regiatildeo geram influecircncia no desempenho esportivo Desse modo pesquisas

cientiacuteficas relatam sobre a importacircncia da forccedila dos muacutesculos estabilizadores do

quadril no surgimento e desenvolvimento de dores nesta articulaccedilatildeo4 35 Steinberg et

al36 realizaram uma analise sistemaacutetica do desempenho da musculatura do quadril

no desenvolvimento de lesotildees no membro inferior e encontraram que a diminuiccedilatildeo

da funccedilatildeo dos muacutesculos do quadril associada a cargas repetitivas no membro

inferior pode aumentar o risco de lesotildees no joelho e em todo o membro

De forma contraacuteria aos nossos resultados Guiotte et al2 Sabeti et al21 e

Oliveira et al23 avaliaram ginastas de diferentes categorias e relataram que a regiatildeo

anatocircmica de queixa dolorosa mais prevalente na praacutetica da GR eacute a coluna lombar

seguida do tornozelo e joelho De acordo com Anderson et al37 a dor no quadril e

na virilha em atletas ocorrem com menor frequecircncia que lesotildees das extremidades do

membro inferior Ratificando esses autores Tschopp et al38 defendem que as

lesotildees do quadril satildeo menos comuns poreacutem satildeo mais difiacuteceis de serem

diagnoacutesticadas Pois as consideraccedilotildees anatocircmicas e biomecacircnicas para lesotildees

nesta regiatildeo estatildeo entre as mais complexas do sistema muacutesculo-esqueleacutetico

Por outro lado os nossos resultados demonstraram que a segunda

articulaccedilatildeo mais prevalente em relaccedilatildeo agrave queixa dolorosa pela praacutetica de GR em

atletas de elite foi o tornozelo-peacute (44) Tal fato se justifica por alguns fatores como

sobrecarga excessiva nos muacutesculos intriacutensecos do peacute os quais satildeo responsaacuteveis

pela formaccedilatildeo do arco plantar existecircncia de compressotildees excessivas nos

segmentos oacutesseos devido ao processo de absorccedilatildeo de impacto nos saltos aleacutem da

necessidade de manutenccedilatildeo da postura do tornozelo-peacute em flexatildeo plantar por

tempos prolongados

De acordo com Han et al39 o complexo do tornozelo-peacute na maioria das

atividades esportivas eacute a uacutenica parte do corpo que estaacute em contato com solo

Assim a propriocepccedilatildeo do tornozelo contribui de forma extremamente significativa

para o controle do equiliacutebrio pois fornece informaccedilotildees que permitem o ajuste de

posiccedilotildees e movimentos dos membros para realizaccedilatildeo das tarefas motoras

30

complexas exigidas no esporte de elite Saito et al12 em sua pesquisa ao avaliarem

atletas com e sem lesatildeo no tornozelo observaram que as lesotildees no tornozelo aleacutem

de causar alteraccedilotildees musculares e osteocinemaacuteticas promovem de forma direta

repercussotildees negativas no controle neuromuscular da articulaccedilatildeo predispondo-a aacute

episoacutedios recidivantes em virtude do comprometimento do feedback neurosensorial

afetando o controle postural e consequentemente o desempenho nas atividades

motoras

De acordo com os dados obtidos no nosso estudo foi observada nas atletas

uma maior aacuterea de deslocamento do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo (COP) do

corpo demonstrando um menor equiliacutebrio estaacutetico das ginastas ao comparar com

controles natildeo atletas Isto pode estar relacionado a uma maior intensidade e

presenccedila do estiacutemulo doloroso no corpo das atletas e a intensa quantidade de

repeticcedilotildees dos exerciacutecios de forma assimeacutetrica pela preferecircncia do membro

dominante Desse modo diversas pesquisas relatam que a presenccedila da dor pode

aumentar a aacuterea do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo (ACOP) produzindo uma piora

do equiliacutebrio corporal4 12 15 16 Lin et al16 e Shigaki et al4 em seus estudos avaliaram

o equiliacutebrio de atletas comparando trecircs grupos atletas com lesatildeo atletas sem lesatildeo

e natildeo atletas Evidenciaram que atletas com lesatildeo apresentaram maior oscilaccedilatildeo do

centro de pressatildeo comparado a indiviacuteduos natildeo atletas e atletas sem lesatildeo Poreacutem

quando comparados atletas sem lesatildeo com indiviacuteduos natildeo atletas natildeo foi observado

diferenccedila significativa

Ao mesmo tempo em nosso estudo foi encontrado uma velocidade meacutedia do

COP maior no grupo atleta em ambas as direccedilotildees ao comparar com controles natildeo

atletas Sendo a velocidade meacutedia do COP maior no plano sagital (anteroposterior)

em relaccedilatildeo ao plano frontal (meacutediolateral) Isto ocorre porque as atletas apresentam

uma resposta neuromuscular mais raacutepida para recuperaccedilatildeo da estabilidade do corpo

adquirida pelo treinamento esportivo essencialmente no plano sagital em que as

estrateacutegias posturais para recuperaccedilatildeo do equiliacutebrio satildeo mais efetivas

Diversos estudos publicados na literatura abordam a habilidade do controle

postural em atletas2 8-12 Matsuda et al10 relatam que atletas tecircm capacidade de

equiliacutebrio dinacircmico superior quando comparados a indiviacuteduos natildeo atletas Da

mesma forma Merlo et al11 acreditam a praacutetica de esportes produz adaptaccedilotildees que

31

ou desenvolvimento de consciecircncia de estrateacutegias posturais natildeo evidenciadas em

sujeitos natildeo praticantes de atividade esportiva

Os resultados encontrados por meio desse estudo mostraram que a dor em

sua dimensatildeo avaliativa apresentou relaccedilatildeo significativa com a velocidade meacutedia do

centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo do corpo na direccedilatildeo mediolateral Tal fato evidencia

que a percepccedilatildeo do estiacutemulo doloroso interfere de maneira significativa na

habilidade do atleta em reestabelecer a estabilidade postural apoacutes perturbaccedilatildeo do

equiliacutebrio em postura estaacutetica Prejudicando o desempenho atleacutetico na modalidade

uma vez que as atletas dependem da estabilidade postural para execuccedilatildeo da praacutetica

esportiva Alguns autores relatam a influecircncia da dor e fatores psicoemocionais na

performance e desempenho de atletas de alto rendimento Couto e Pedroni40

avaliaram a relaccedilatildeo da queixa e limiar doloroso com incidecircncia de lesatildeo em

bailarinas claacutessicas Os resultados do estudo mostraram que houve relaccedilatildeo

significativa entre as regiotildees de lesatildeo com a dor evidenciando que a dor estaacute

diretamente relacionada com o surgimento de lesatildeo nessa populaccedilatildeo Dore e

Guerra41 em seu estudo investigaram a prevalecircncia e fatores associados agrave

sintomatologia dolorosa em bailarinos profissionais utilizando a versatildeo brasileira do

questionaacuterio McGill e Inventaacuterio para dor de Wisconsin Foram verificadas

correlaccedilotildees positivas com significacircncia entre o grau de intensidade dolorosa e

atividades diaacuterias sono humor e relacionamento pessoal

O presente estudo sinaliza uma relaccedilatildeo da presenccedila do estiacutemulo doloroso

com o equiliacutebrio postural As alteraccedilotildees no equiliacutebrio corporal tecircm sido muito

estudadas em diferentes populaccedilotildees assim como o comportamento da dor e lesotildees

no desempenho de atletas de diferentes niacuteveis competitivos e modalidades

esportivas Corroborando com nossa pesquisa Meardon et al15 defendem que a

presenccedila de lesatildeo e dor em atletas pode afetar negativamente o equiliacutebrio corporal

Em sua pesquisa examinou controle postural dinacircmico em corredores lesionados

com dor e sem lesatildeo usando o Star Excursion Balance Test (SEBT) Quando

comparado corredores lesionados com controles sem lesatildeo os resultados

demonstraram controle dinacircmico deficiente das forccedilas verticais ao executar as

tarefas de pouso e estabilizaccedilatildeo em apoio unipodal

32

Contudo ainda satildeo raros os estudos sobre a caracterizaccedilatildeo da dor e do

equiliacutebrio corporal em atletas de ginaacutestica riacutetmica Por meio desse estudo foi

observado que atletas de elite de GR demonstraram aumento da dor descrita em

todos os domiacutenios avaliados pelo questionaacuterio McGill (plt0001) A dor nas ginastas

tem o perfil sensorial e avaliativo e se manifesta principalmente nas articulaccedilotildees do

quadril e tornozelo-peacute em virtude da especificidade do gesto esportivo Aleacutem disso

as atletas tambeacutem apresentam menor estabilidade do controle postural (plt005)

sendo notada possiacutevel relaccedilatildeo de interferecircncia entre a auto percepccedilatildeo dolorosa e o

equiliacutebrio postural Entretanto devido agrave complexidade do tema faz-se necessaacuterio a

elaboraccedilatildeo de estudos mais aprofundados com uma amostra maior seguindo

rigorosamente os criteacuterios metodoloacutegicos que permita uma interpretaccedilatildeo mais

precisa a respeito da percepccedilatildeo dolorosa e o equiliacutebrio postural no desempenho

atleacutetico na modalidade esportiva

5 Conclusatildeo

A pesquisa mostra que as atletas de elite de GR apresentam dor de

caracteriacutesticas sensorial e avaliativa frequentemente localizada na articulaccedilatildeo do

quadril seguida do tornozelo-peacute A presenccedila da percepccedilatildeo dolorosa mostrou relaccedilatildeo

significativa com o controle postural em atletas de elite de GR Os resultados

tambeacutem evidenciaram que atletas tem menor equiliacutebrio postural estaacutetico quando

comparadas a controles natildeo atletas poreacutem demonstram maior habilidade para

reestabelecer o controle postural

6 Consideraccedilotildees Finais

Um ponto importante a ser relatado neste estudo eacute a utilizaccedilatildeo do

questionaacuterio de dor McGill Embora venha ser um questionaacuterio amplamente utilizado

em pesquisas cientiacuteficas em virtude da sua alta confiabilidade validaccedilatildeo e

adaptaccedilatildeo cultural em diferentes paiacuteses ainda satildeo raros os estudos que utilizam

essa ferramenta para avaliar a dor em atletas Com ecircnfase em estudos que

descrevam a sua aplicabilidade por domiacutenio e caracteriacutesticas multidimensionais da

33

dor Este pesquisa aparenta ter sido pioneira a qualificar a dor e descrevecirc-la em

suas dimensotildees em atletas de elite de ginaacutestica riacutetmica bem como relacionar a

percepccedilatildeo dolorosa com o equiliacutebrio postural nessa populaccedilatildeo Abrindo espaccedilo para

realizaccedilatildeo de outros estudos

Poreacutem foi encontrado como limitaccedilotildees escassez de pesquisas cientiacuteficas

atualizadas sobre abordagem multidimensional da dor em atletas essencialmente

na ginaacutestica riacutetmica Pois a grande maioria dos estudos que tem sido publicado

sobre dor nessa populaccedilatildeo estaacute relacionada agrave presenccedila do estiacutemulo doloroso e sua

intensidade em uma magnitude sensorial Outro ponto a se destacar foi a

dificuldade em coletar um grupo controle com caracteriacutesticas similares ao grupo de

estudo para que fosse formada uma amostra mais homogecircnea possiacutevel

respeitando os criteacuterios metodoloacutegicos

34

REFEREcircNCIA

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9 Teixeira CL Equiliacutebrio e controle postural Brazilian Journal of Biomechanics 2010 11(20)31-40

10 Matsuda S Demura S Uchiyama M Centre of pressure sway characteristics during static one-legged stance of athletes from different sports Journal of Sports Sciences 2008 may 26(7)775 ndash 779

11 Merlo JK Stoppa ACL Macedo CSG Silva Juacutenior RA Anaacutelise Comparativa do Equiliacutebrio em Apoio Unipodal em Indiviacuteduos Sedentaacuterios e Atletas UNOPAR Cient Ciecircnc Biol Sauacutede 2010 12(4)29-32

12 Saito KA Navarro M Silva MF Arie EK Peccin MS Oscilaccedilatildeo do centro de pressatildeo plantar de atletas e natildeo atletas com e sem entorse de tornozelo Rev Bras Ortop 2016 51(4)437ndash443

35

13 Lamb M Oliveira PD Tano SS Gil AWO Dos Santos EVN Fernandes KBP

Efeito do treinamento proprioceptivo no equiliacutebrio de atletas de ginaacutestica riacutetmica Rev Bras Med Esporte 2014 setout 20(5)379-382

14 Silva JA Ribeiro-Filho NP A dor como um problema psicofiacutesico Rev Dor 2011 abrjun 12(2)138-51

15 Meardon S Klusendorf A Kernozek T Influence of injury on dynamic postural control in runners The International Journal of Sports Physical Therapy 2016 jun 11(3)336

16 Lin CF Lee IJ Liao JH Wu HW Su FC Comparison of Postural Stability Between Injured and Uninjured Ballet Dancers The American Journal of Sports Medicine 2011 39(6)1324-1331

17 Varoli FK Pedrazzi V Adapted Version of the McGill Pain Questionnaire to Brazilian Portuguese Braz Dent J 2006 17(4) 328-335

18 Pimenta CAM Teixeira MJ Questionaacuterio de dor McGill proposta de adaptaccedilatildeo para a liacutengua portuguesa Rev Esc Enf USP 1996 dez 30(3)473-83

19 Rabello LM Macedo CSG Oliveira MR Fregueto JH Camargo MZ Lopes LD et al Relaccedilatildeo entre testes funcionais e plataforma de forccedila nas medidas de equiliacutebrio em atletas Rev Bras Med Esporte 2014 maijun 20(3)219-222

20 Bressel E Yonker JC Kras J et al Comparison of static and dynamic balance in female collegiate soccer basketball and gymnastics atheletes Journal of Athletic Training 2007 42(1)42ndash46

21 Sabeti M Jeremian L Graf A Kandelhart R Elite level rhythmic gymnasts have significantly more and stronger pain than peers of similar age a prospective study Wien Klin Wochenschr 201512731ndash35

22 Vanderlei FM Vanderlei FCM Netto Juacutenior J Praste CM Caracteriacutesticas das lesotildees desportivas e fatores associados com lesatildeo em iniciantes de ginaacutestica artiacutestica do sexo feminino Fisioter Pesq 201320(2)191-196

23 Oliveira MMM Lourenccedilo MRA Teixeira DC Incidecircncias de lesotildees nas equipes de Ginaacutestica Riacutetmica da UNOPAR UNOPAR Cient Ciecircnc Biol Sauacutede 2003 out 6(1)29-40

24 Frutuoso AS Diefenthaeler F Vaz MA et al Lower Limb asymmetries in rhythmic gymnastics atheletes Int Sports Phys Ther 2016 11(1)34ndash43

25 Kolar E Samardžija MP Smrdu M Atikovic A Athletes perceptions of the causes of injury in gymnastics J Sports Med Phys Fitness 2016 Mar 57(5)703-710

36

26 Mueller S Mueller J Stoll J Prieske O Cassel M Mayer F Incidence of back pain in adolescent athletes a prospective study BMC Sports Science Medicine and Rehabilitation 2016 838

27 Goubert D Danneels L Graven-Nielsen T Descheemaeker F Meeus M Differences in Pain Processing Between Patients with Chronic Low Back Pain Recurrent Low Back Pain and Fibromyalgia Pain Physician 2017 May 20(4)307-318

28 Arliani GG Cohen M Lara PS Astur DC Gonccedilalves JPP Ferretti M Impacto do esporte na sauacutede de ex-jogadores profissionais de futebol no Brasil Acta ortop bras 2014 julago 22(4)188-190

29 Hoskins W Pollard H Daff C Odell A Garbutt P McHardy A et al Low back pain status in elite and semi-elite Australian football codes a cross-sectional survey of football (soccer) Australian rules rugby league rugby union and non-athletic controls BMC Musculoskeletal Disorders 20091038

30 Ngamkham S Vincent C Finnegan L Holden JE Wang ZJ Wilkie DJ The McGill Pain Questionnaire as a Multidimensional Measure in People with Cancer An Integrative Review Pain Manag Nurs 2012 Mar 13(1) 27ndash51

31 Bermudez OAS Souza RA Souza CMF Castro CES Beacuterzn F Avaliaccedilatildeo multidimensional da dor em portadores de desordem temporomandibular utilizando uma versatildeo brasileira do questionaacuterio mcgill de dor Rev bras fisioter 2003 7(2) 151-158

32 Reading AE Everitt BS Sledmore CM The McGill Pain Questionnaire a replication of its construction Br J Clin Psychol 1982 21339ndash349

33 Melzack R The McGill Pain Questionnaire Anesthesiology 2005 103199-202

34 Pessoa CP Barreto MB Santos LB Alves TDB Oliveira MC Martins AG Instrumentos utilizados na avaliaccedilatildeo do impacto da dor na qualidade de vida de pacientes com dor orofacial e disfunccedilatildeo temporomandibular Escola Baiana de Sauacutede Puacuteblica 200731(2)267-293

35 Espinoza ES Ortiz GB Estabilidad abdominolumbopeacutelvica y equilibrio comopredictores de la incidencia de lesionesmusculoesqueleacuteticas en estudiantes de danzaUn estudio piloto Fisioterapia 2014

36 Steinberg N Dar G Dunlop M Gaida JE The relationship of hip muscle performance to legankle and foot injuries a systematic review The Physician and Sportsmedicine 2017

37 Anderson K Strickland SM Warren R Hip and Groin Injuries in Athletes The American Journal of Sports Medicine 2001 29(4) 521-533

38 Tschopp M Brunner F Erkrankungen und Uumlberlastungsschaumlden an der unteren Extremitaumlt bei Langstreckenlaumlufern Z Rheumatol 2017 Feb

37

39 Han J Anson J Waddington G Adans R Liu Y The Role of Ankle

Proprioception for Balance Control in relation to Sports Performance and Injury BioMed Research International 2015 Jun8

40 Couto AGA Pedroni CR Relaccedilatildeo entre postura queixa dolorosa e lesatildeo em bailarinas claacutessicas Ter Man 2013 11(55)228-233

41 Dore BF e Guerra RO Sintomatologia dolorosa e fatores associados em bailarinos profissionais Rev Bras Med Esporte 2007 MarAbr13(2)77-80

38

ANEXO I ndash QUESTIONAacuteRIO DE DOR MCGILL

39

ANEXO II ndash PARECER DE APROVACcedilAtildeO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA

40

41

ANEXO III ndash NORMAS DE SUBMISSAtildeO DA REVISTA

Instruccedilotildees aos Autores

A Revista Brasileira de Medicina do Esporte - RBME (Brazilian Journal of

Sports Medicine) oacutergatildeo oficial da Sociedade Brasileira de Medicina do Exerciacutecio e

do Esporte (SBMEE) eacute publicada bimestralmente em seis ediccedilotildees ao ano (janfev

marabr maiojun julago setout e novdez) A RBME eacute indexada nas seguintes

bases bibliograacuteficas SciELO Web of Science Excerpta Medica-EMBASE Physical

Education Index LILACS SIRC-Sportdiscus e Scopus A publicaccedilatildeo segue

integralmente o padratildeo internacional do International Committee of Medical Journal

Editors (ICMJE) ou Convenccedilatildeo de Vancouver e seus requisitos de uniformizaccedilatildeo

[httpwwwicmjeorg]

Preparaccedilatildeo de manuscritos Os artigos submetidos devem ser digitados em

espaccedilo duplo fonte Arial 12 em paacutegina tamanho A4 sem numerar linhas ou

paraacutegrafos e numerando as paacuteginas no canto superior direito Figuras e tabelas

devem ser apresentadas ao final do artigo em paacuteginas separadas No corpo do

texto deve-se informar os locais para inserccedilatildeo das tabelas ou figuras Nuacutemeros

menores que 10 satildeo escritos por extenso enquanto que nuacutemeros maiores ou igual a

10 satildeo expressos em algarismos araacutebicos Os manuscritos que natildeo estiverem de

acordo com as instruccedilotildees aos autores em relaccedilatildeo a estilo e formato seratildeo

devolvidos sem revisatildeo pelo Conselho Editorial As medidas deveratildeo ser expressas

no Sistema Internacional (Systegraveme International SI) disponiacutevel em

httpphysicsnistgovcuuUnits e unidades padratildeo quando aplicaacutevel Recomenda-

se aos autores natildeo usar abreviaccedilotildees no tiacutetulo e limitar a sua utilizaccedilatildeo no resumo e

ao longo do texto Os nomes geneacutericos devem ser usados para todas as drogas Os

faacutermacos podem ser referidos pelo nome comercial poreacutem deve constar o nome

cidade e paiacutes ou endereccedilo eletrocircnico do fabricante entre parecircnteses na seccedilatildeo

Materiais e Meacutetodos

Abreviaturas O uso de abreviaturas deve ser minimizado As abreviaturas deveratildeo

ser definidas por ocasiatildeo de sua primeira utilizaccedilatildeo no resumo e tambeacutem no texto

Abreviaturas natildeo padratildeo natildeo devem ser utilizadas a menos que essas apareccedilam

pelo menos trecircs vezes no texto Unidades de medida (3 ml ou 3 mL e natildeo 3

mililitros) ou siacutembolos cientiacuteficos padratildeo (elementos quiacutemicos por exemplo Na e

natildeo soacutedio) natildeo satildeo consideradas abreviaturas e portanto natildeo devem ser definidos

Abreviar nomes longos ou substacircncias quiacutemicas e termos utilizados para

combinaccedilotildees terapecircuticas Abreviaturas em figuras e tabelas podem ser utilizadas

por razotildees de espaccedilo poreacutem devem ser definidas na legenda mesmo que tenham

sido definidas no texto do artigo

Formato dos arquivos Usar editor de texto Microsoft Word para Windows ou

42

equivalente Arquivos em formato PDF natildeo devem ser enviados As tabelas e

quadros deveratildeo estar em seus arquivos originais (Excel Acess Powerpoint etc)

As figuras deveratildeo estar nos formatos jpg ou tif em alta resoluccedilatildeo (300 dpi) As

figuras deveratildeo estar incluiacutedas no arquivo Word mas tambeacutem devem ser enviadas

separadamente (anexadas durante a submissatildeo do artigo como documento

suplementar em seus arquivos originais)

Paacutegina de rosto A paacutegina de rosto deve conter (1) a categoria do artigo (2) o tiacutetulo

do artigo em portuguecircs inglecircs e espanhol com ateacute 80 caracteres cada que deve ser

objetivo e informativo (3) os nomes completos dos autores instituiccedilatildeo formaccedilatildeo

acadecircmica de origem (a mais relevante) cidade estado e paiacutes (4) nome do autor

correspondente com endereccedilo completo telefone e e-mail A titulaccedilatildeo dos autores

natildeo deve ser incluiacuteda O nome completo de cada autor (sem abreviaccedilotildees) e sua

afiliaccedilatildeo institucional (nota as unidades hieraacuterquicas devem ser apresentadas em

ordem decrescente por exemplo universidade faculdade ou instituto e

departamento) devem ser informados Os nomes das instituiccedilotildees e programas

deveratildeo ser apresentados preferencialmente por extenso e na liacutengua original da

instituiccedilatildeo ou na versatildeo em inglecircs quando a escrita natildeo eacute latina (pex aacuterabe

mandarim ou grego)

Resumo O resumo em portuguecircs inglecircs e espanhol deve ser incluiacutedo no

manuscrito Em cada um dos idiomas natildeo deve conter mais do que 300 palavras A

versatildeo estruturada eacute obrigatoacuteria nos artigos originais e inclui objetivos meacutetodos

resultados e conclusatildeo Artigos de revisatildeo natildeo requerem resumo estruturado

Palavras-chave O artigo deve incluir no miacutenimo trecircs e no maacuteximo seis descritores

em portuguecircs inglecircs e espanhol baseados nos Descritores de Ciecircncias da Sauacutede

(DeCS) httpdecsbvsbr ou no Medical Subject Headings (MeSH) da National

Library of Medicine disponiacutevel em httpwwwnlmnihgovmeshmeshhomehtml

oubaseados no Medical SubjectHeading (MeSH) do Index Medicus

(httpwwwnlmnihgovmesh)

Introduccedilatildeo A introduccedilatildeo deve conter (1) justificativa objetiva para o estudo com

referecircncias pertinentes ao assunto sem realizar uma revisatildeo extensa (2) objetivo do

artigo

Materiais e Meacutetodos Esta seccedilatildeo deve descrever os experimentos (quantitativa e

qualitativamente) e os procedimentos em detalhes suficientes que permitam que

outros pesquisadores reproduzam os resultados ou deem continuidade ao estudo

e deveraacute conter (1) a descriccedilatildeo clara da amostra utilizada (2) termo de

consentimento para estudos experimentais envolvendo seres humanos (3)

identificaccedilatildeo dos meacutetodos aparelhos (nome do fabricante e endereccedilo cidade e paiacutes

devem ser menciondos entre parecircnteses) e procedimentos utilizados (4) descriccedilatildeo

breve e referecircncias de meacutetodos publicados mas natildeo amplamente conhecidos (5)

43

descriccedilatildeo detalhada de meacutetodos novos ou modificados (6) quando pertinente incluir

a anaacutelise estatiacutestica e os programas utilizados Importante Ao relatar experimentos

com seres humanos ou animais indicar se os procedimentos seguiram as normas

do Comitecirc Eacutetico sobre Experiecircncias Humanas da instituiccedilatildeo na qual a pesquisa foi

realizada e se os procedimentos estatildeo de acordo com a declaraccedilatildeo de Helsinki de

1995 e a Animal Experimentation Ethics respectivamente Os autores devem incluir

uma declaraccedilatildeo indicando que o protocolo foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica da

Instituiccedilatildeo (instituiccedilatildeo de afiliaccedilatildeo de pelo menos um dos autores) com o respectivo

nuacutemero de identificaccedilatildeo Tambeacutem deve incluir que o Termo de Consentimento Livre

e Esclarecido foi assinado por todos os participantes

Resultados Apresentar os resultados em sequecircncia loacutegica no texto usando tabelas

e figuras Evitar repeticcedilatildeo excessiva de dados no texto em tabelas ou figuras

poreacutem enfatizar somente as descobertas mais importantes

Discussatildeo Enfatizar os aspectos originais e importantes do estudo e as conclusotildees

que decorrem deste evitando poreacutem repetir dados jaacute apresentados em outras

partes do manuscrito Em estudos experimentais ressaltar a relevacircncia e limitaccedilotildees

dos resultados confrontando com os dados da literatura e incluindo implicaccedilotildees

para estudos futuros

Conclusotildees A conclusatildeo deve ser clara e concisa baseada nos resultados

obtidos estabelecendo ligaccedilatildeo com implicaccedilotildees cliacutenicas evitando poreacutem excessiva

generalizaccedilatildeo) A mesma ecircnfase deve ser dada a estudos com resultados negativos

ou positivos Recomendaccedilotildees podem ser incluiacutedas quando relevantes

Agradecimentos Quando pertinente incluir agradecimento ou reconhecimento a

pessoas que tenham contribuiacutedo para o desenvolvimento do trabalho poreacutem natildeo se

qualificam como coautores Fontes de financiamento como auxiacutelio a pesquisa e

bolsas de estudo devem ser reconhecidos nesta seccedilatildeo Os autores deveratildeo obter

permissatildeo por escrito para mencionar nomes e instituiccedilotildees de todos os que

receberam agradecimentos nominais

Referecircncias As referecircncias devem ser numeradas na sequecircncia em que aparecem

no texto em formato sobrescrito As referecircncias citadas somente em legendas de

tabelas ou figuras devem ser numeradas de acordo com sequecircncia estabelecida

pela primeira menccedilatildeo da tabela ou da figura no texto O estilo das referecircncias

bibliograacuteficas deve seguir as regras do Uniform Requirements for Manuscripts

Submitted to Biomedical Journals (International Committee of Medical Journal

Editors disponiacutevel em Ann Intern Med 1997126(1)36-47 httpwwwicmjeorg)

Alguns exemplos satildeo mostrados a seguir Os tiacutetulos dos perioacutedicos devem ser

abreviados de acordo com o Index Medicus (List of Journals Indexed disponiacutevel em

httpwwwnlmnihgovtsdserialsljihtml) Se o perioacutedico natildeo constar dessa lista

deve-se utilizar a abreviatura sugerida pelo proacuteprio perioacutedico Deve-se evitar utilizar

44

ldquocomunicaccedilotildees pessoaisrdquo ou ldquoobservaccedilotildees natildeo publicadasrdquo como referecircncias

Resumos de tranalhos apresentados em eventos devem ser utilizados somente se

for a uacutenica fonte de informaccedilatildeo

Tabelas As tabelas devem ser elaboradas em espaccedilo 15 devendo ser planejadas

para ter como largura uma (87cm) ou duas colunas (18 cm) Cada tabela deve

possuir um tiacutetulo sucinto Notas explicativas seratildeo incluiacutedas em notas de rodapeacute A

tabela deve conter meacutedias e medidas de dispersatildeo (Desvio Padratildeo Erro Padratildeo da

Meacutedia etc) natildeo devendo conter casas decimais irrelevantes As abreviaturas

devem estar de acordo com aquelas utilizadas no texto e nas figuras Os coacutedigos de

identificaccedilatildeo de itens da tabela devem estar listados na ordem de surgimento no

sentido horizontal e devem ser identificados pelos siacutembolos padratildeo Os quadros e

tabelas deveratildeo ser enviados atraveacutes dos arquivos originais editaacuteveis (Word Excel)

e natildeo como imagens

Figuras Na versatildeo impressa da RBME seratildeo aceitas figuras em preto-e-branco

Imagens coloridas poderatildeo ser publicadas quando forem essenciais para o conteuacutedo

cientiacutefico do artigo Nestes casos o custo seraacute repassado aos autores Figuras

coloridas poderatildeo ser incluiacutedas na versatildeo eletrocircnica do artigo sem custo adicional

aos autores Os desenhos e figuras devem ser consistentes e tatildeo simples quanto

possiacutevel poreacutem informativos Tons de cinza natildeo devem ser utilizados Todas as

linhas devem ser soacutelidas Para graacuteficos de barra por exemplo utilizar barras

brancas pretas com linhas diagonais nas duas direccedilotildees linhas em xadrez linhas

horizontais e verticais A RBME desaconselha fortemente o uso de fotografias de

equipamentos e animais de experimentaccedilatildeo As figuras devem ser impressas com

bom contraste e ter a largura de uma coluna (87cm) Utilizar no miacutenimo fonte

tamanho 10 para letras nuacutemeros e siacutembolos com espaccedilamento e alinhamento

adequados Quando a figura representar uma radiografia ou fotografia sugerimos

incluir a escala de tamanho quando pertinente

Por favor note que eacute de responsabilidade dos autores obter permissatildeo do detentor

dos direitos autorais para reproduzir figuras (ou tabelas) que tenham sido

previamente publicados em outras fontes De acordo com os princiacutepios do acesso

aberto os autores devem ter permissatildeo do detentor dos direitos caso desejem

incluir imagens que tenham sido publicados em outros perioacutedicos de acesso natildeo

aberto A permissatildeo deve ser indicada na legenda da figura e a fonte original deve

ser incluiacuteda na lista de referecircncias

45

APEcircNDICE I ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE)

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Vocecirc estaacute sendo convidada(o) a participar da pesquisa intitulada

ldquoCARACTERIZACcedilAtildeO DA DOR E SUA RELACcedilAtildeO COM EQUILIacuteBRIO

POSTURAL ESTAacuteTICO EM ATLETAS DE GINAacuteSTICA RIacuteTMICArdquo realizada pela

Universidade Federal de Sergipe por intermeacutedio da discente TAINARA DOS

SANTOS BOMFIM devidamente assistida pelo seu orientador PAULO MAacuteRCIO

PEREIRA OLIVEIRA O objetivo desse estudo eacute caracterizar a Dor

musculoesqueleacutetica em atletas de elite de ginaacutestica riacutetmica e analisar a relaccedilatildeo da

dor no equiliacutebrio postural estaacutetico das atletas comparando com controles natildeo

atletas A justificativa para a realizaccedilatildeo da pesquisa eacute documentar na literatura

escassa estudo sobre a relaccedilatildeo da dor com o equiliacutebrio postural estaacutetico em

atletas de elite de Ginaacutestica Riacutetmica Sua participaccedilatildeo nessa pesquisa consistiraacute

em responder um questionaacuterio e realizar avaliaccedilatildeo de equiliacutebrio que ocorreraacute em

um uacutenico momento Natildeo haacute riscos previsiacuteveis relacionados com sua participaccedilatildeo

nem danos previsiacuteveis decorrentes da pesquisa Os benefiacutecios relacionados com

sua participaccedilatildeo satildeo

1 Identificar alteraccedilotildees posturais de equiliacutebrio em atletas de alto rendimento

2 Evidenciar se o processo de dor em atletas eacute igual maior ou menor quando

comparado com pessoas natildeo atletas

3 Evidenciar se as variaccedilotildees aacuterea e velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo

de pressatildeo se igualam ou natildeo a pessoas natildeo atletas

Vocecirc foi selecionado por preencher os requisitos da pesquisa mas sua

participaccedilatildeo NAtildeO Eacute OBRIGATOacuteRIA sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo em sua

relaccedilatildeo com a instituiccedilatildeo ou com o pesquisador

Eu________________________________________________________________

abaixo assinado declaro que fui informado que as informaccedilotildees obtidas atraveacutes

dessa pesquisa seratildeo confidenciais e o sigilo sobre minha participaccedilatildeo seraacute

assegurado De tal modo que os dados natildeo seratildeo divulgados de forma a possibilitar

minha identificaccedilatildeo Tambeacutem estou ciente de que a qualquer momento posso

desistir de minha participaccedilatildeo e retirar meu consentimento Declaro que entendi os

objetivos riscos e benefiacutecios de minha participaccedilatildeo na pesquisa e concordo em

participar

Vocecirc receberaacute uma coacutepia deste termo onde consta o telefone e o endereccedilo do

pesquisador principal podendo tirar suas duacutevidas sobre o Projeto de Pesquisa de

sua participaccedilatildeo agora ou a qualquer momento

46

DADOS DO PESQUISADOR RESPONSAacuteVEL

Nome Tainara dos Santos Bomfim

Endereccedilo profissionale-mail Rua Padre Aacutelvares Pitangueira sn - Centro

Departamento de Fisioterapia bftainaragmailcom

Telefone (79) 9 9806-7487

ATENCcedilAtildeO A participaccedilatildeo em qualquer tipo de pesquisa eacute voluntaacuteria Em casos de

duacutevida quanto aos seus direitos entre em contato com o Comitecirc de Eacutetica em

Pesquisa da Universidade Federal de Sergipe

Lagarto _____de _____de 201_

_____________________________________________________

ASSINATURA DO VOLUNTAacuteRIO

_____________________________________________________

ASSINATURA DO PESQUISADOR RESPONSAacuteVEL

Page 11: CARACTERIZAÇÃO DA DOR E SUA RELAÇÃO COM O … · tainara dos santos bomfim caracterizaÇÃo da dor e sua relaÇÃo com o equilÍbrio postural em atletas de ginÁstica rÍtmica

LISTA DE ABREVIACcedilOtildeES E SIGLAS

GR ndash Ginaacutestica Riacutetmica

GA ndash Grupo Atleta

GC ndash Grupo Controle

Br-MPQ ndash Versatildeo brasileira do questionaacuterio de dor McGill

NWC ndash Nuacutemero de palavras escolhidas

PRI ndash Iacutendice de dor

SL ndash Dor sensitiva

AF ndash Dor afetiva

AV ndash Dor avaliativa

M ndash Dor miscelacircnea

ACOP ndash Aacuterea do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo

VmCOP ndash Velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo

AP ndash Anteroposterior

ML ndash Mediolateral

IMC ndash Iacutendice de massa corporal

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 16

2 MEacuteTODOS

21 Delineamento do estudo

17

17

22 Sujeitos 17

23 Procedimentos de avaliaccedilatildeo 18

231 Avaliaccedilatildeo da dor 18

232 Avaliaccedilatildeo Estabilomeacutetrica

24 Aspectos Eacuteticos

18

19

25 Anaacutelise Estatiacutestica 19

3 RESULTADOS 20

31 Sujeitos 20

32 Caracterizaccedilatildeo da Dor

321 Domiacutenios da Dor

322 Localizaccedilatildeo da Dor

323 Nuacutemero de Palavras Escolhidas e Iacutendice de Dor

20

20

21

22

33 Equiliacutebrio Estaacutetico

331 Aacuterea de deslocamento do COP

332 Velocidade meacutedia de oscilaccedilatildeo do COP

34 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios da Dor e Equiliacutebrio corporal

22

23

23

24

4 DISCUSSAtildeO 25

5 CONCLUSAtildeO 32

6 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 32

REFEREcircNCIAS 34

ANEXO I ndash QUENTIONAacuteRIO DE DOR MGILL 38

ANEXO II ndash PARECER DE APROVACcedilAtildeO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA 39

ANEXO III ndash NORMAS DE SUBMISSAtildeO DA REVISTA 41

APEcircNDICE I ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO 45

CARACTERIZACcedilAtildeO DA DOR E SUA RELACcedilAtildeO COM EQUILIacuteBRIO

POSTURAL EM ATLETAS DE GINAacuteSTICA RIacuteTMICA

CHARACTERIZATION OF PAIN AND YUOR RELATIONSHIP WITH POSTURAL

BALANCE IN RHYTHMIC GYMNASTICS ATHLETES

Tainara dos Santos Bomfimsup1 Paulo Maacutercio Pereira Oliveira2

sup1 Universidade Federal de Sergipe Campus Universitaacuterio Prof Antocircnio Garcia Filho Graduanda em

Fisioterapia ndash Lagarto SE Brasil

sup2 Universidade Federal de Sergipe Campus Universitaacuterio Prof Antocircnio Garcia Filho Professor

Adjunto do Departamento de Fisioterapia ndash Lagarto SE Brasil

Correspondecircncia

Tainara dos Santos Bomfim

Departamento de Fisioterapia de Lagarto da Universidade Federal de Sergipe (UFS)

Av Gov Marcelo Deda sn ndash Satildeo Joseacute CEP 49400-000 ndash LagartoSE

Telefone (79) 9 9806-7487

E-mail tainarabomfimyahoocombr

RESUMO

Introduccedilatildeo A Ginaacutestica Riacutetmica (GR) eacute um esporte de alta performance que exige de suas atletas

movimentos de grandes amplitudes articulares forccedila e uma boa coordenaccedilatildeo motora postural Aleacutem

disso em virtude da especificidade do gesto esportivo as ginastas satildeo expostas constantemente a

posturas e esforccedilos repetitivos repercutindo em lesotildees musculoesqueleacuteticas e consequentemente

em dor a qual pode afetar negativamente o equiliacutebrio corporal Objetivo caracterizar a dor

musculoesqueleacutetica em atletas de elite de GR Secundariamente comparar o equiliacutebrio postural

estaacutetico das ginastas com controles natildeo atletas bem como correlacionar o iacutendice de dor com o

equiliacutebrio nas atletas de GR Meacutetodos participaram da pesquisa 50 jovens do sexo feminino 25

ginastas compondo o grupo atleta (GA) e 25 natildeo atletas compondo o grupo controle (GC) As

voluntaacuterias foram submetidas agrave avaliaccedilatildeo da percepccedilatildeo dolorosa utilizando a versatildeo brasileira do

questionaacuterio de dor McGill (Br-MPQ) e do equiliacutebrio postural atraveacutes da estabilometria O estudo foi

aprovado pelo comitecirc de eacutetica (CAAE 61990516400005546) Resultados o GA manifestou

percepccedilatildeo dolorosa significativamente maior (plt0001) a dor nas atletas apresentou caracteriacutesticas

sensorial e avaliativa as regiotildees de maior queixa dolorosa foram a articulaccedilatildeo do quadril (52)

seguida do tornozelo-peacute (44) Na comparaccedilatildeo intergrupos do equiliacutebrio postural estaacutetico foi

observado maior deslocamento do COP no GA (16513 mmsup2 plusmn 148) em relaccedilatildeo ao GC (10212 mmsup2

plusmn 114) Nas correlaccedilotildees do equiliacutebrio com os domiacutenios da dor foi observada apenas uma correlaccedilatildeo

significativa entre a dor avaliativa e a VmCOP na direccedilatildeo mediolateral (r = 0414 p = 0040)

Conclusatildeo As atletas demonstram maior percepccedilatildeo dolorosa e menor equiliacutebrio postural estaacutetico

quando comparadas a controles natildeo atletas Entretanto possuem maior habilidade para

reestabelecer o controle postural Aleacutem disso a presenccedila da percepccedilatildeo dolorosa mostrou uma fraca

relaccedilatildeo poreacutem significativa com o controle postural em atletas de elite de GR

Descritores Ginaacutestica Equiliacutebrio Postural Dor Musculoesqueleacutetica

ABSTRACT

Introduction Rhythmic Gymnastics (RG) is a high performance sport that requires your movements of large amplitudes athletes strength and a good hand-eye coordination postural In addition due to the specificity of Sporting gesture the gymnasts are constantly exposed to repetitive strain and postures reverberating in musculoskeletal injuries and consequently in painwhich can negatively affect the body balance Objective to characterize the musculoskeletal pain in elite athletes of RG secondarily compare the static postural equilibrium of the gymnasts with non-athletes controls as well

as correlate the pain index with the equilibrium in the athletes of RG Methods Participated in the

survey 50 female youth 25 gymnasts composing the Athlete Group (AG) and 25 non-athletes composing the Control Group (CG) The volunteers were subjected to the evaluation of the painful perception using the Brazilian version of the McGill Pain Questionnaire (BR-MPQ) and the posture equilibrium through the Estabilometria The study was approved by the Ethics Committee (CAAE 61990516400005546) Results The AG manifested significantly greater painful perception (p lt 0001) The pain in athletes presented sensory and evaluative characteristics The most painfully complaining regions were the hip joint (52) followed by ankle-foot (44) In the intergroup comparison of the static posture equilibrium was observed greater displacement of the COP in the AG (16513 mm sup2 plusmn 148) relative to the CG (10212 mm sup2 plusmn 114) In the correlations of equilibrium with the domains of pain it was observed only a significant correlation between the evaluative pain and the VmCOP in the direction mediolateral (r = 0414 p = 0040) Conclusion Athletes demonstrate greater painful perception and lower posture static equilibrium when compared to non-athletes controls However they possess greater ability to reestablish posture control Moreover the presence of painful perception showed a weak but significant relationship with the posture control in elite athletes of Gr

keywords Gymnastics Postural Balance Musculoskeletal Pain

16

1 INTRODUCcedilAtildeO

A Ginaacutestica Riacutetmica (GR) eacute uma modalidade esportiva que exige de seus

atletas forccedila flexibilidade e coordenaccedilatildeo motora para a realizaccedilatildeo de movimentos

corporais de danccedila combinados com a manipulaccedilatildeo de pequenos equipamentos1 2

Desse modo para a correta execuccedilatildeo de seus movimentos durante treinos e

competiccedilotildees torna-se imprescindiacutevel a manutenccedilatildeo do equiliacutebrio e controle postural

protegendo o sistema neuromuscular de lesotildees1 34

Geralmente os atletas de alto rendimento como as ginastas satildeo submetidos

a altos volumes e intensidades de treinamento comprometendo a biomecacircnica

devido agrave alteraccedilotildees compensatoacuterias na execuccedilatildeo do gesto esportivo as quais

repercutem no aparecimento de lesatildeo e dor5-7 Diante disso acredita-se que a

presenccedila de dor possa afetar negativamente o equiliacutebrio postural de atletas

Vaacuterios autores abordam a importacircncia da manutenccedilatildeo do equiliacutebrio na praacutetica

esportiva289 Entretanto a estabilidade corporal em atletas pode variar de acordo

com as exigecircncias especiacuteficas da modalidade praticada10 Comumente atletas de

alto niacutevel que dependem da estabilidade postural para execuccedilatildeo da praacutetica

esportiva como na ginaacutestica riacutetmica aprendem a elevar o limiar sensoriomotor por

estimulaccedilatildeo dos seus proprioceptores tendo uma ativaccedilatildeo muscular mais raacutepida em

resposta agraves perturbaccedilotildees do equiliacutebrio11 12

Todavia alguns fatores podem interferir no controle postural destacando-se a

dor musculoesqueleacutetica4913 Sabe-se que a presenccedila da percepccedilatildeo dolorosa em

qualquer parte do segmento corporal eacute o primeiro indicador da existecircncia de lesatildeo

tecidual14 Desta forma pesquisas comprovam que em populaccedilotildees ativas com

lesotildees musculoesqueleacuteticas foram observados deacuteficits de controle postural121516

Em vista disso a dor musculoesqueleacutetica eacute uma das principais causas que podem

afetar o equiliacutebrio corporal em ginastas de alto rendimento levando agrave diminuiccedilatildeo da

funcionalidade da qualidade de vida e consequentemente agrave perda da performance

desportiva913 Esta eacute considerada uma experiecircncia multidimensional e subjetiva17 18

portanto torna-se uma variaacutevel difiacutecil de ser avaliada principalmente em atletas

17

Atualmente existe diversos estudos cientiacuteficos sobre o comportamento do

estiacutemulo doloroso e do equiliacutebrio corporal na performance esportiva e na prevenccedilatildeo

de lesotildees em atletas de elite5-81920 Poreacutem satildeo raras as investigaccedilotildees sobre a

caracterizaccedilatildeo da dor e do equiliacutebrio corporal em atletas de ginaacutestica riacutetmica Bem

como descriccedilatildeo da relaccedilatildeo da dor na estabilidade postural em atletas de alto

rendimento em qualquer que seja o esporte praticado e articulaccedilatildeo testada

O presente estudo tem como objetivo primaacuterio caracterizar a dor

musculoesqueleacutetica em atletas de elite de Ginaacutestica Riacutetmica Secundariamente

comparar o equiliacutebrio postural estaacutetico das ginastas com controles natildeo atletas bem

como correlacionar o iacutendice de dor com o equiliacutebrio nas atletas de GR

2 MEacuteTODOS

21 Delineamento do Estudo

Trata-se de um estudo analiacutetico do tipo observacional com um corte

transversal controlado e mascaramento aberto

22 Sujeitos

A amostra foi composta de 50 sujeitos unicamente do sexo feminino

coletados por conveniecircncia Os sujeitos foram divididos em dois grupos Grupo

Atleta (GA) (25 sujeitos) recrutados na Confederaccedilatildeo Brasileira de Ginaacutestica

AracajuSergipeBrasil e Grupo Controle (GC) (25 sujeitos) selecionados no Coleacutegio

Polivalente LagartoSergipeBrasil e pareados por peso Iacutendice de Massa Corporal

(IMC) e idade

Os criteacuterios de inclusatildeo dos sujeitos submetidos agrave pesquisa e alocados no

GA foram (1) ter sido aprovada na seletiva para o ingresso na seleccedilatildeo brasileira de

ginaacutestica riacutetmica (SBGR) (2) tempo de praacutetica no esporte superior a cinco anos com

4 horas diaacuterias ou mais de treino Para os sujeitos incluiacutedos no GC foram

obedecidos os seguintes criteacuterios (1) IMC le 25 (2) idade entre 14 e 24 anos (3)

ausecircncia de poacutes-ciruacutergicos anteriores Os sujeitos em ambos os grupos foram

excluiacutedos caso apresentassem (1) sequela de doenccedilas do sistema nervoso central

(2) diabetes mellitus ou pressatildeo arterial natildeo controlada (3) inaptidatildeo para seguir

18

ordens ou compreender as ferramentas de mensuraccedilatildeo do estudo (4) histoacuteria de

comprometimento visual auditivo eou do sistema vestibular (5) natildeo falar e

compreender o idioma portuguecircs (6) uso de faacutermacos inibidores ou estimulantes do

sistema nervoso central

23 Procedimentos de avaliaccedilatildeo

Inicialmente foram avaliados dados antropomeacutetricos como peso medido

atraveacutes de balanccedila analoacutegica (Camryreg) calibrada pelo Inmetro (Instituto Nacional de

Metrologia Normalizaccedilatildeo e Qualidade Industrial) e altura mensurada por meio de

fita meacutetrica natildeo-flexiacutevel (Tramontinareg) Em seguida os sujeitos receberam

informaccedilotildees sobre os objetivos da pesquisa instrumentos utilizados comandos

verbais a serem atendidos e demais procedimentos A partir da seleccedilatildeo das

voluntaacuterias iniciou-se a coleta dos dados realizada em duas etapas

231 Avaliaccedilatildeo da Dor

Para registro da percepccedilatildeo da dor foi aplicada a versatildeo brasileira do

questionaacuterio de Dor McGill (Br-MPQ) Trata-se de um instrumento para avaliaccedilatildeo de

dor em uma perspectiva multidimensional o qual possibilita o fornecimento de um

conhecimento amplo sobre a caracterizaccedilatildeo e percepccedilatildeo do estiacutemulo doloroso em

quatro dimensotildees (sensorial afetiva avaliativa e miscelacircnea)1718 As voluntaacuterias

foram instruiacutedas primeiramente a identificar em um diagrama corporal no

questionaacuterio a localizaccedilatildeo da sua dor quando presente Posteriormente foram

orientadas a selecionar em cada subgrupo do questionaacuterio uma palavra que melhor

expressasse a experiecircncia com a dor relatada previamente Deixando claro que natildeo

era obrigatoacuteria a escolha de palavras em todas as dimensotildees O resultado final do

Br-MPQ usado para anaacutelise foi expresso pelo nuacutemero de palavras escolhidas (NWC)

e pelo iacutendice de dor (PRI) caracterizado pela somatoacuteria dos valores de intensidade

dos descritores escolhidos

232 Avaliaccedilatildeo Estabilomeacutetrica

A estabilometria foi realizada com os sujeitos posicionados sobre uma

plataforma de forccedila sendo orientado a manter o olhar adiante num ponto fixado na

parede e de modo consciente transferir o peso corporal da maneira mais

19

homogecircnea possiacutevel entre os membros inferiores Foram realizados trecircs registros

com os olhos abertos As variaacuteveis analisadas foram a aacuterea da elipse do centro de

oscilaccedilatildeo de pressatildeo (ACOP) e a velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo pressatildeo

(VmCOP) do baricentro corporal nas direccedilotildees anteroposterior (AP) e mediolateral

(ML)

A distribuiccedilatildeo consciente do peso foi registrada atraveacutes de um

baropodocircmetro da marca Arquipeacutelagoreg (Footwork Satildeo Paulo Satildeo Paulo Brasil)

que consiste em um sistema de plataforma interligada a um computador para

mensurar as pressotildees exercidas pelos peacutes atraveacutes do sistema de aquisiccedilatildeo

computadorizada das pressotildees (ACP) A plataforma utilizada possui dimensotildees 700

X 600 mm com uma superfiacutecie ativa de 475 X 430 mm com 2544 sensores Esta foi

conectada a um computador com processador 62G HV 04 GB de memoacuteria RAM

disco riacutegido 500 GB e software footwork o qual analisou os dados captados Para

esses registros ortostaacuteticos foi utilizada a frequecircncia de aquisiccedilatildeo dos dados de 05

Hz coletando com isso 100 leituras em cada avaliaccedilatildeo O tempo de registro foi de

15 segundos com um intervalo de 30 segundos entre as avaliaccedilotildees

24 Aspectos Eacuteticos

O estudo foi submetido e aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica e Pesquisa com

Seres Humanos da Universidade Federal de Sergipe (CAAE

61990516400005546) Todos os voluntaacuterios assinaram o Termo de Consentimento

Livre e Esclarecido (TCLE) Todos os sujeitos que participaram da pesquisa foram

avisados que poderiam desistir da participaccedilatildeo a qualquer momento sem nenhum

preuizo aos mesmos

25 Anaacutelise Estatiacutestica

As variaacuteveis numeacutericas foram testadas quanto agrave distribuiccedilatildeo de normalidade

por meio do teste de Shapiro-Wilk Para anaacutelise das amostras parameacutetricas foi

utilizado o teste T- Student e para as amostras natildeo parameacutetricas foi utilizado o teste

de Mann-Whitney para identificar diferenccedilas intergrupos Os dados gerais foram

apresentados em meacutedia e erro padratildeo da meacutedia (EPM) bem como frequecircncia

absoluta (FA) e relativa (FR) Para anaacutelise das correlaccedilotildees entre as variaacuteveis

pesquisadas aplicou-se o teste de Spearman A significacircncia foi estipulada em cinco

20

por cento (p le 005) Para todas as anaacutelises foi utilizado o programa GraphPad Prism

(Versatildeo 601)

3 RESULTADOS

31 Sujeitos

Cinquenta indiviacuteduos concluiacuteram o estudo vinte e cinco voluntaacuterias foram

alocadas no grupo atleta e controle respectivamente As variaacuteveis idade peso

altura e IMC natildeo foram significativamente diferentes entre os grupos A tabela 1

conteacutem as caracteriacutesticas demograacuteficas e antropomeacutetricas dos grupos de estudo

Tabela 1 Caracteriacutesticas demograacuteficas e antropomeacutetricas da amostra

GA grupo atleta GC grupo controle Valores expressos como meacutedia plusmn erro padratildeo da meacutedia O valor de p

corresponde agrave comparaccedilatildeo entre o grupo atleta (n=25) e o grupo controle (n=25)

32 Caracterizaccedilatildeo da Dor

321 Domiacutenios da Dor

Aproximadamente setenta por cento do grupo controle (68) natildeo apresentou

descriccedilatildeo para a sensibilidade dolorosa em nenhum dos domiacutenios avaliados No

grupo atleta foi observado que 24 (96) apresentaram dor de caracteriacutestica

sensorial 19 voluntaacuterias (76) afetiva 24 sujeitos (96) avaliativa e 19 (76)

miscelacircnea

Ao comparar as atletas com o grupo controle observou diferenccedila significativa

com um aumento da dor descrita em todos os domiacutenios avaliados sensorial (1344 plusmn

Caracteriacutesticas

GRUPOS

GA GC P

Idade (anos) 2016 plusmn 068 2091 plusmn 065 0560

Peso (Kg) 5128 plusmn 10 5064 plusmn 109 1481

Altura (m) 164 plusmn 0011 163 plusmn 0009 0372

IMC (Kgm2) 1864 plusmn 03 1938 plusmn 0436 0533

21

146 plt0001) afetivo (264 plusmn 053 plt0001) avaliativo (236 plusmn 028 plt0001) e

miscelacircnea (376 plusmn 064 plt0001) (Tabela 2)

Tabela 2 Domiacutenios da dor entre os grupos da pesquisa

Tabela 2 Escores obtidos atraveacutes do questionaacuterio de dor McGill entre o grupo atleta (n=25) e o grupo controle

(n=25) Os valores foram apresentados como frequecircncia absoluta (FA) e relativa (FR) (porcentagem) SL

Sensorial AV Avaliativa AF Afetiva M Miscelacircnea GA grupo atleta GC grupo controle plt005 GA X GC

plt001 GA X GC plt0001 GA X GC A anaacutelise de variaacuteveis categoacutericas foi realizada por meio do teste

Mann-Whitney

322 Localizaccedilatildeo da Dor

Aproximadamente sessenta e oito por cento do grupo controle apresentou

nenhum local de intensidade dolorosa Em contra partida no grupo atleta seis (24)

das ginastas relataram sentir dor em pelo menos uma articulaccedilatildeo do corpo e

dezenove (76) apresentaram intensidade dolorosa em mais de uma articulaccedilatildeo

Foi observado no grupo atleta que em 13 (52) das atletas a articulaccedilatildeo do quadril

apresentou-se com maior prevalecircncia A segunda articulaccedilatildeo de maior sensibilidade

relatada pelo GA foi o peacute em 11 (44) (Tabela 3)

Tabela 3 Prevalecircncia e localizaccedilatildeo de dor entre os grupos da pesquisa

Domiacutenios Grupo Atleta (GA) Grupo Controle (GC) P

FA (n) FR () FA (n) FR ()

Sensorial (SL) 24 96 8 32 00001

Afetiva (AF) 19 76 4 16 00001

Avaliativa (AV) 24 96 8 32 00001

Miscelacircnea (M) 19 76 6 24 00005

Caracteriacutesticas Grupo Atleta (GA) Grupo Controle (GC)

FA (n) FR () FA (n) FR ()

Sentem dor 25 100 8 32

22

Tabela 3 Prevalecircncia e distribuiccedilatildeo corporal da dor entre o grupo atleta (n=25) e o grupo controle (n=25) Os

valores foram apresentados como frequecircncia absoluta (FA) e relativa (FR) (porcentagem) GA grupo atleta GC

grupo controle

323 Nuacutemero de Palavras Escolhidas e Iacutendice de Dor

No grupo atleta o nuacutemero de palavras escolhidas (NWC) foi significativamente

maior (1076 plusmn 106) ao comparar com o grupo controle (220 plusmn 075 plt0001)

Similarmente aos resultados encontrados para o NWC tambeacutem foi observado um

aumento significativo do iacutendice de dor (PRI) no grupo atleta (2220 plusmn 242) em

relaccedilatildeo ao grupo controle (484 plusmn 165 plt0001) A figura 1 demonstra a

comparaccedilatildeo entre os grupos para o Iacutendice de dor e nuacutemero de palavras escolhidas

Dor em uma articulaccedilatildeo 6 24 7 28

Dor em mais de uma articulaccedilatildeo

19 76 1 4

Dor no Quadril 13 52 0 0

Dor no Peacute 11 44 1 4

Dor no Joelho 7 28 1 4

Dor na Coluna 5 20 4 16

23

Figura 1 Nuacutemero de palavras escolhidas e Iacutendice de dor verificado por meio do questionaacuterio de dor de McGill

entre o grupo atleta (n=25) e o grupo controle (n=25) NWC nuacutemero de palavras escolhidas PRI iacutendice de dor

GA grupo atleta GC grupo controle plt005 GA X GC plt001 GA X GC plt0001 GA X GC A anaacutelise de

variaacuteveis categoacutericas foi realizada por meio do teste Mann-Whitney

33 Equiliacutebrio Estaacutetico (Estabilometria)

331 Aacuterea de deslocamento do COP (ACOP)

Nas comparaccedilotildees intergrupos foi observada uma reduccedilatildeo significativa do

equiliacutebrio no grupo atleta (plt005) Verificou-se que as ginastas apresentaram maior

deslocamento do COP (16513 mmsup2 plusmn 148 p= 0002) em relaccedilatildeo ao grupo controle

(10212 mmsup2 plusmn 114 p= 0002) A figura 2 demonstra a comparaccedilatildeo da aacuterea do

deslocamento do COP entre os grupos

Figura 2 Aacuterea da elipse do centro de pressatildeo do baricentro corporal entre o grupo atleta (n=25) e o grupo

controle (n=25) ACOP aacuterea do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo GA grupo atleta GC grupo controle plt005 GA X GC plt001 GA X GC plt0001 GA X GC A anaacutelise de variaacuteveis categoacutericas foi realizada por meio do teste Mann-Whitney

332 Velocidade meacutedia de oscilaccedilatildeo do COP (VmCOP)

A velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo do baricentro do corpo foi

significativamente maior na direccedilatildeo AP no grupo atleta (1110 mms plusmn 0049 p=003)

quando comparada ao grupo controle (0997 mms plusmn 0091 p=003) Paralelamente

24

a velocidade meacutedia do COP na direccedilatildeo ML tambeacutem foi significativamente maior no

grupo atleta (0845 mms plusmn 0042 plt0001) em relaccedilatildeo ao grupo controle (0508

mms plusmn 0065 plt0001) (Figura 3)

Figura 3 Velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo do baricentro corporal entre o grupo atleta (n=25)

e o grupo controle (n=25) COP centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo AP anteroposterior ML mediolateral GA grupo atleta GC grupo controle plt005 GA X GC plt001 GA X GC plt0001 GA X GC A anaacutelise de variaacuteveis categoacutericas foi realizada por meio do teste Mann-Whitney

34 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios da dor e equiliacutebrio postural

Foi apenas visualizada uma correlaccedilatildeo de fraca a moderada positiva com

significacircncia estatiacutestica entre o domiacutenio de dor avaliativa (236 plusmn 028) e velocidade

meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo na direccedilatildeo mediolateral (AV 0845mms plusmn

0042 r = 0414 p = 0040) Natildeo houve correlaccedilatildeo significativa entre todos os outros

domiacutenios avaliados e a velocidade meacutedia do COP na direccedilatildeo ML (S 0845mms plusmn

0042 r = 023 p gt 0914 AF 0845mms plusmn 0042 r = 085 p = 0687 M 0845mms

plusmn 0042 r = 0049 p = 0816) Bem como entre todos os domiacutenios e a velocidade

meacutedia do COP na direccedilatildeo anteroposterior (S 1110mms plusmn 0049 r = 0009 p =

0967 AF 1110mms plusmn 0049 r = 0216 p = 0299 AV 1110mms plusmn 0049 r =

020 p = 0925 M 1110mms plusmn 0049 r = 0138 p = 0510) e entre todos os

domiacutenios e a aacuterea de deslocamento do COP (S 16513mmsup2 plusmn 148 r = 0044 p =

0836 AF 16513mmsup2 plusmn 148 r = 0165 p = 0431 AV 16513mmsup2 plusmn 148 r = 0220

p gt 0291 M 16513mmsup2 plusmn 148 r = 0180 p = 0390) (Figura 4)

25

Figura 4 Correlaccedilatildeo de Spearman entre dor avaliativa e velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo (VmCOP) do baricentro corporal (A) Forccedila de correlaccedilatildeo de Spearman (r = 0414 p = 0040) entre a dor

avaliativa (AV) (236 plusmn 028) e a velocidade meacutedia do COP na direccedilatildeo mediolateral (0845 mms plusmn 0042) no grupo atleta (B) Forccedila de correlaccedilatildeo de Spearman (r = 0063 p = 0765) entre a dor avaliativa (AV) (060 plusmn

021) e a velocidade meacutedia do COP na direccedilatildeo mediolateral (0508 mms plusmn 0065) no grupo controle Os valores foram apresentados como meacutedia plusmn erro padratildeo da meacutedia

4 Discussatildeo

Os resultados desta pesquisa demonstraram que atletas de elite de ginaacutestica

riacutetmica manifestam maior percepccedilatildeo dolorosa que controles natildeo praticantes de

esporte a niacutevel competitivo Isto pode estar relacionado a trecircs principais fatores que

podem contribuir de forma direta para a maior prevalecircncia de dor nessas atletas

destacando o iniacutecio precoce na praacutetica da modalidade os altos volumes e

intensidade dos treinos e a grande quantidade de repeticcedilotildees dos gestos esportivos

com alta predominacircncia de saltos e posturas estaacuteticas De acordo com os nossos

resultados Sabeti et al21 realizaram estudo com 218 ginastas de diferentes

nacionalidades no campeonato europeu de GR utilizando a escala visual analoacutegica

(EVA) para registro da intensidade dolorosa Os resultados encontrados foi que as

atletas tecircm uma maior intensidade dolorosa (72) que controles natildeo praticantes de

esporte competitivo

Paralelamente a literatura cientifica relata que o tempo de inicio da praacutetica

esportiva o niacutevel competitivo e o volumeintensidade dos treinos destas atletas satildeo

fatores preditivos para um maior desenvolvimento de lesatildeo e dor em atletas de GR

Shigaki et al4 apontam que o risco e intensidade de lesatildeo estatildeo fortemente

26

relacionados com o aumento da idade e do niacutevel competitivo Da mesma forma

Vanderlei et al22 e Oliveira et al23 afirmam que quanto mais elevada a categoria do

atleta maior seraacute o tempo e a intensidade do treinamento consequentemente maior

a exposiccedilatildeo aos esforccedilos musculoesqueleacuteticos durante treinamento eou

competiccedilotildees Deste modo Oliveira et al23 em seu estudo avaliaram 25 atletas de

GR de diferentes categorias etaacuterias e encontraram que a maioria das atletas

apresentaram algum tipo de lesatildeo ocasionada pelos treinos Desta forma autores

relatam que a formaccedilatildeo dessas atletas influencia na incidecircncia e intensidade

dolorosa de lesotildees por overuse21 24 Tais lesotildees geralmente ocorrem quando a

frequecircncia dos exerciacutecios aumenta enquanto a intensidade eacute mantida23 Estando de

acordo com os nossos resultados Kolar et al25 em estudo realizado com 63 atletas

da ginaacutestica artiacutestica e riacutetmica de ambos os sexos concluiacuteram que a maacute teacutecnica

meacutetodos improacuteprios de ensino e carga inadequada durante os treinos foram

associados com o surgimento de dor e lesotildees nessa populaccedilatildeo

Contrariamente aos nossos resultados Muller et al26 realizaram um estudo

investigativo do desenvolvimento de dor lombar em atletas adolescentes em relaccedilatildeo

ao sexo e tipo de esporte praticado Foram avaliados 321 atletas sem dor lombar em

um primeiro momento e apoacutes dois anos os mesmo atletas foram reavaliados para

verificar a incidecircncia de dor lombar Apenas 10 da amostra foram categorizados

com dor lombar Aleacutem disso antropometria e caracteriacutesticas de formaccedilatildeo do esporte

natildeo demonstraram influecircncia significativa na dor lombar levando os autores a

concluiacuterem que o esporte de alto rendimento natildeo induz dor lombar em atletas

adolescentes

No nosso estudo utilizamos para avaliaccedilatildeo da percepccedilatildeo dolorosa em ambos

os grupos o questionaacuterio de dor McGill Este apresentou-se como uma ferramenta

de faacutecil execuccedilatildeo baixo custo e com alta sensibilidade e confiabilidade para uma

caracterizaccedilatildeo multidimensional da dor na populaccedilatildeo estudada Diferenciados

meacutetodos de investigaccedilatildeo da dor podem ser encontrados em um crescente numero

de publicaccedilotildees cientificas sobre o estudo da percepccedilatildeo e intensidade dolorosa

Goubert et al27 utilizaram a algometria de pressatildeo para comparar a avaliaccedilatildeo

sensorial quantitativa da dor de pacientes com dor lombar em diferentes niacuteveis de

cronicidade comparando a controles saudaacuteveis e pacientes com fibromialgia

Diferentemente Sabeti et al21 Arliani et al28 e Hoskins et al29 utilizaram em suas

27

pesquisas a escala visual analoacutegica (EVA) para registrar a intensidade dolorosa de

atletas em diferentes modalidades Ambos satildeo considerados meacutetodos

unidimensionais utilizados com o objetivo de quantificar a magnitude da dor dentro

de um perfil somatosensorial

Por outro lado diversas pesquisas utilizam o questionaacuterio McGill (MPQ) como

instrumento multidimensional para avaliar a dor e conhececirc-la de forma ampla em

diferentes modelos de estudos e em diversas populaccedilotildees Ngamkham et al30

realizaram revisatildeo sistemaacutetica sobre a avaliaccedilatildeo da dor com McGill em pacientes

com cacircncer demonstrando que o MPQ eacute comumente usado nessa populaccedilatildeo para

mensurar a intensidade e qualidade da dor pois fornece informaccedilotildees sobre

possiacuteveis locais da doenccedila magnitude da dor bem como a eficaacutecia do tratamento e

intervenccedilatildeo submetidos Da mesma forma Bermudez et al31 avaliaram pacientes

diagnosticados com DTM moderada e severa para discriminar e comparar a queixa

dolorosa de acordo com a severidade da doenccedila Pode-se concluir com o estudo

que o MPQ foi capaz de diferenciar o padratildeo temporal da dor a localizaccedilatildeo de maior

queixa dolorosa e a intensidade da dor em portadores de DTM

As diferenccedilas metodoloacutegicas utilizadas corroboram o fato de a dor ser uma

experiecircncia complexa e subjetiva que varia em qualidade intensidade sensorial e

em caracteriacutesticas afetivo-motivacionais Pois a mesma envolve vaacuterias dimensotildees e

pode ser influenciada por infinitos estiacutemulos intriacutensecos e extriacutensecos32 33 Assim

cabe a utilizaccedilatildeo de diferentes meacutetodos uni e multidimensionais para uma avaliaccedilatildeo

precisa considerando a natureza da dor e suas caracteriacutesticas

De acordo com os resultados do nosso estudo foi visualizado que as atletas

de elite de GR apresentam diferentes caracteriacutesticas de percepccedilatildeo do estiacutemulo

doloroso em comparaccedilatildeo aos controles destacando dores com perfil sensorial e

avaliativo Acreditamos que os atletas de alto rendimento apresentam-se com

alteraccedilotildees do imputs neurosensorial em virtude da constante presenccedila e

intensidade das dores sentidas pela a sua praacutetica desportiva Isto pode repercutir em

mudanccedilas na interpretaccedilatildeo da dor sentida em seu corpo fiacutesico devido agrave influecircncia

de fatores emocionais sociais e hormonais que satildeo comuns em mulheres atletas

Em vista disso sabe-se que o domiacutenio sensorial e avaliativo representam as

28

impressotildees fiacutesicas desse estiacutemulo doloroso aacutelgico e uma auto-avaliaccedilatildeo da sua dor

respectivamente34

Segundo Pimenta e Texeira18 as diferenccedilas na estratificaccedilatildeo da dor se

justificam pelo fato das interpretaccedilotildees de informaccedilotildees cognitivas serem

condicionadas por experiecircncias preacutevias em diferentes momentos do estiacutemulo da dor

gerando respostas variadas agrave experiecircncia dolorosa por ser um processo

individualizado Aleacutem disso a dor eacute uma experiecircncia complexa descrita em termos

de caracteriacutesticas sensoriais afetivo-motivacionais cognitivas e comportamentais

Desta forma o resultado de uma avaliaccedilatildeo da percepccedilatildeo dolorosa pode depender

de qual dimensatildeo da dor esteja sendo vivenciada no momento da avaliaccedilatildeo por

cada indiviacuteduo14

Hoskins et al29 utilizaram a escala visual analoacutegica (EVA) e o questionaacuterio

McGill para comparar a intensidade e a qualidade de dor lombar entre atletas de

elite amadores e natildeo atletas Foram observadas diferenccedilas significativas entre os

grupos mostrando que os atletas de elite apresentaram intensidade de dor mais

alta assim como escolheram com mais frequecircncia palavras das categorias sensorial

e afetiva De forma semelhante a nossa pesquisa o domiacutenio sensorial apresentou o

maior iacutendice de dor e maior frequecircncia de palavras escolhidas Tal fato possa ser

justificado por esse ser o domiacutenio de maior representatividade no questionaacuterio

agregando termos de qualidades sensitivas dor18 Poreacutem a dimensatildeo afetiva natildeo foi

evidenciada com maior frequecircncia no presente estudo Esta representa um estado

emocional o qual pode ser traduzido por percepccedilotildees de cansaccedilo sentimentos de

medo e puniccedilatildeo assim como reaccedilotildees autonocircmicas34 Reading32 e Pimenta e

Teixeira18 em seus estudos relataram que os pacientes que sentem dores de

caracteriacutestica aguda preferem descritores da categoria sensorial Por outro lado

indiviacuteduos que sentem dor crocircnica usualmente tendem a selecionar mais

descritores da categoria afetiva levando em conta fenocircmenos cognitivo de

antecipaccedilatildeo memoacuteria atenccedilatildeo e experiecircncia anterior

Os resultados desta pesquisa demonstraram que a regiatildeo com maior

prevalecircncia de queixa dolorosa em atletas de elite de GR foi a articulaccedilatildeo do quadril

com aproximadamente cinquenta e dois por cento das queixas Isto pode estar

relacionado ao fato da articulaccedilatildeo do quadril ser responsaacutevel pela absorccedilatildeo de

29

grandes cargas compressivas durante a fase de aterrissagem dos saltos o qual eacute

um movimento especiacutefico do esporte Aleacutem disso no quadril estaacute localizado o centro

de gravidade do corpo assim as cargas que satildeo geradas ou transmitidas por essa

regiatildeo geram influecircncia no desempenho esportivo Desse modo pesquisas

cientiacuteficas relatam sobre a importacircncia da forccedila dos muacutesculos estabilizadores do

quadril no surgimento e desenvolvimento de dores nesta articulaccedilatildeo4 35 Steinberg et

al36 realizaram uma analise sistemaacutetica do desempenho da musculatura do quadril

no desenvolvimento de lesotildees no membro inferior e encontraram que a diminuiccedilatildeo

da funccedilatildeo dos muacutesculos do quadril associada a cargas repetitivas no membro

inferior pode aumentar o risco de lesotildees no joelho e em todo o membro

De forma contraacuteria aos nossos resultados Guiotte et al2 Sabeti et al21 e

Oliveira et al23 avaliaram ginastas de diferentes categorias e relataram que a regiatildeo

anatocircmica de queixa dolorosa mais prevalente na praacutetica da GR eacute a coluna lombar

seguida do tornozelo e joelho De acordo com Anderson et al37 a dor no quadril e

na virilha em atletas ocorrem com menor frequecircncia que lesotildees das extremidades do

membro inferior Ratificando esses autores Tschopp et al38 defendem que as

lesotildees do quadril satildeo menos comuns poreacutem satildeo mais difiacuteceis de serem

diagnoacutesticadas Pois as consideraccedilotildees anatocircmicas e biomecacircnicas para lesotildees

nesta regiatildeo estatildeo entre as mais complexas do sistema muacutesculo-esqueleacutetico

Por outro lado os nossos resultados demonstraram que a segunda

articulaccedilatildeo mais prevalente em relaccedilatildeo agrave queixa dolorosa pela praacutetica de GR em

atletas de elite foi o tornozelo-peacute (44) Tal fato se justifica por alguns fatores como

sobrecarga excessiva nos muacutesculos intriacutensecos do peacute os quais satildeo responsaacuteveis

pela formaccedilatildeo do arco plantar existecircncia de compressotildees excessivas nos

segmentos oacutesseos devido ao processo de absorccedilatildeo de impacto nos saltos aleacutem da

necessidade de manutenccedilatildeo da postura do tornozelo-peacute em flexatildeo plantar por

tempos prolongados

De acordo com Han et al39 o complexo do tornozelo-peacute na maioria das

atividades esportivas eacute a uacutenica parte do corpo que estaacute em contato com solo

Assim a propriocepccedilatildeo do tornozelo contribui de forma extremamente significativa

para o controle do equiliacutebrio pois fornece informaccedilotildees que permitem o ajuste de

posiccedilotildees e movimentos dos membros para realizaccedilatildeo das tarefas motoras

30

complexas exigidas no esporte de elite Saito et al12 em sua pesquisa ao avaliarem

atletas com e sem lesatildeo no tornozelo observaram que as lesotildees no tornozelo aleacutem

de causar alteraccedilotildees musculares e osteocinemaacuteticas promovem de forma direta

repercussotildees negativas no controle neuromuscular da articulaccedilatildeo predispondo-a aacute

episoacutedios recidivantes em virtude do comprometimento do feedback neurosensorial

afetando o controle postural e consequentemente o desempenho nas atividades

motoras

De acordo com os dados obtidos no nosso estudo foi observada nas atletas

uma maior aacuterea de deslocamento do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo (COP) do

corpo demonstrando um menor equiliacutebrio estaacutetico das ginastas ao comparar com

controles natildeo atletas Isto pode estar relacionado a uma maior intensidade e

presenccedila do estiacutemulo doloroso no corpo das atletas e a intensa quantidade de

repeticcedilotildees dos exerciacutecios de forma assimeacutetrica pela preferecircncia do membro

dominante Desse modo diversas pesquisas relatam que a presenccedila da dor pode

aumentar a aacuterea do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo (ACOP) produzindo uma piora

do equiliacutebrio corporal4 12 15 16 Lin et al16 e Shigaki et al4 em seus estudos avaliaram

o equiliacutebrio de atletas comparando trecircs grupos atletas com lesatildeo atletas sem lesatildeo

e natildeo atletas Evidenciaram que atletas com lesatildeo apresentaram maior oscilaccedilatildeo do

centro de pressatildeo comparado a indiviacuteduos natildeo atletas e atletas sem lesatildeo Poreacutem

quando comparados atletas sem lesatildeo com indiviacuteduos natildeo atletas natildeo foi observado

diferenccedila significativa

Ao mesmo tempo em nosso estudo foi encontrado uma velocidade meacutedia do

COP maior no grupo atleta em ambas as direccedilotildees ao comparar com controles natildeo

atletas Sendo a velocidade meacutedia do COP maior no plano sagital (anteroposterior)

em relaccedilatildeo ao plano frontal (meacutediolateral) Isto ocorre porque as atletas apresentam

uma resposta neuromuscular mais raacutepida para recuperaccedilatildeo da estabilidade do corpo

adquirida pelo treinamento esportivo essencialmente no plano sagital em que as

estrateacutegias posturais para recuperaccedilatildeo do equiliacutebrio satildeo mais efetivas

Diversos estudos publicados na literatura abordam a habilidade do controle

postural em atletas2 8-12 Matsuda et al10 relatam que atletas tecircm capacidade de

equiliacutebrio dinacircmico superior quando comparados a indiviacuteduos natildeo atletas Da

mesma forma Merlo et al11 acreditam a praacutetica de esportes produz adaptaccedilotildees que

31

ou desenvolvimento de consciecircncia de estrateacutegias posturais natildeo evidenciadas em

sujeitos natildeo praticantes de atividade esportiva

Os resultados encontrados por meio desse estudo mostraram que a dor em

sua dimensatildeo avaliativa apresentou relaccedilatildeo significativa com a velocidade meacutedia do

centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo do corpo na direccedilatildeo mediolateral Tal fato evidencia

que a percepccedilatildeo do estiacutemulo doloroso interfere de maneira significativa na

habilidade do atleta em reestabelecer a estabilidade postural apoacutes perturbaccedilatildeo do

equiliacutebrio em postura estaacutetica Prejudicando o desempenho atleacutetico na modalidade

uma vez que as atletas dependem da estabilidade postural para execuccedilatildeo da praacutetica

esportiva Alguns autores relatam a influecircncia da dor e fatores psicoemocionais na

performance e desempenho de atletas de alto rendimento Couto e Pedroni40

avaliaram a relaccedilatildeo da queixa e limiar doloroso com incidecircncia de lesatildeo em

bailarinas claacutessicas Os resultados do estudo mostraram que houve relaccedilatildeo

significativa entre as regiotildees de lesatildeo com a dor evidenciando que a dor estaacute

diretamente relacionada com o surgimento de lesatildeo nessa populaccedilatildeo Dore e

Guerra41 em seu estudo investigaram a prevalecircncia e fatores associados agrave

sintomatologia dolorosa em bailarinos profissionais utilizando a versatildeo brasileira do

questionaacuterio McGill e Inventaacuterio para dor de Wisconsin Foram verificadas

correlaccedilotildees positivas com significacircncia entre o grau de intensidade dolorosa e

atividades diaacuterias sono humor e relacionamento pessoal

O presente estudo sinaliza uma relaccedilatildeo da presenccedila do estiacutemulo doloroso

com o equiliacutebrio postural As alteraccedilotildees no equiliacutebrio corporal tecircm sido muito

estudadas em diferentes populaccedilotildees assim como o comportamento da dor e lesotildees

no desempenho de atletas de diferentes niacuteveis competitivos e modalidades

esportivas Corroborando com nossa pesquisa Meardon et al15 defendem que a

presenccedila de lesatildeo e dor em atletas pode afetar negativamente o equiliacutebrio corporal

Em sua pesquisa examinou controle postural dinacircmico em corredores lesionados

com dor e sem lesatildeo usando o Star Excursion Balance Test (SEBT) Quando

comparado corredores lesionados com controles sem lesatildeo os resultados

demonstraram controle dinacircmico deficiente das forccedilas verticais ao executar as

tarefas de pouso e estabilizaccedilatildeo em apoio unipodal

32

Contudo ainda satildeo raros os estudos sobre a caracterizaccedilatildeo da dor e do

equiliacutebrio corporal em atletas de ginaacutestica riacutetmica Por meio desse estudo foi

observado que atletas de elite de GR demonstraram aumento da dor descrita em

todos os domiacutenios avaliados pelo questionaacuterio McGill (plt0001) A dor nas ginastas

tem o perfil sensorial e avaliativo e se manifesta principalmente nas articulaccedilotildees do

quadril e tornozelo-peacute em virtude da especificidade do gesto esportivo Aleacutem disso

as atletas tambeacutem apresentam menor estabilidade do controle postural (plt005)

sendo notada possiacutevel relaccedilatildeo de interferecircncia entre a auto percepccedilatildeo dolorosa e o

equiliacutebrio postural Entretanto devido agrave complexidade do tema faz-se necessaacuterio a

elaboraccedilatildeo de estudos mais aprofundados com uma amostra maior seguindo

rigorosamente os criteacuterios metodoloacutegicos que permita uma interpretaccedilatildeo mais

precisa a respeito da percepccedilatildeo dolorosa e o equiliacutebrio postural no desempenho

atleacutetico na modalidade esportiva

5 Conclusatildeo

A pesquisa mostra que as atletas de elite de GR apresentam dor de

caracteriacutesticas sensorial e avaliativa frequentemente localizada na articulaccedilatildeo do

quadril seguida do tornozelo-peacute A presenccedila da percepccedilatildeo dolorosa mostrou relaccedilatildeo

significativa com o controle postural em atletas de elite de GR Os resultados

tambeacutem evidenciaram que atletas tem menor equiliacutebrio postural estaacutetico quando

comparadas a controles natildeo atletas poreacutem demonstram maior habilidade para

reestabelecer o controle postural

6 Consideraccedilotildees Finais

Um ponto importante a ser relatado neste estudo eacute a utilizaccedilatildeo do

questionaacuterio de dor McGill Embora venha ser um questionaacuterio amplamente utilizado

em pesquisas cientiacuteficas em virtude da sua alta confiabilidade validaccedilatildeo e

adaptaccedilatildeo cultural em diferentes paiacuteses ainda satildeo raros os estudos que utilizam

essa ferramenta para avaliar a dor em atletas Com ecircnfase em estudos que

descrevam a sua aplicabilidade por domiacutenio e caracteriacutesticas multidimensionais da

33

dor Este pesquisa aparenta ter sido pioneira a qualificar a dor e descrevecirc-la em

suas dimensotildees em atletas de elite de ginaacutestica riacutetmica bem como relacionar a

percepccedilatildeo dolorosa com o equiliacutebrio postural nessa populaccedilatildeo Abrindo espaccedilo para

realizaccedilatildeo de outros estudos

Poreacutem foi encontrado como limitaccedilotildees escassez de pesquisas cientiacuteficas

atualizadas sobre abordagem multidimensional da dor em atletas essencialmente

na ginaacutestica riacutetmica Pois a grande maioria dos estudos que tem sido publicado

sobre dor nessa populaccedilatildeo estaacute relacionada agrave presenccedila do estiacutemulo doloroso e sua

intensidade em uma magnitude sensorial Outro ponto a se destacar foi a

dificuldade em coletar um grupo controle com caracteriacutesticas similares ao grupo de

estudo para que fosse formada uma amostra mais homogecircnea possiacutevel

respeitando os criteacuterios metodoloacutegicos

34

REFEREcircNCIA

1 Baston C Mancini M Schoneburg B Horak F Rocchi L Postural strategies assessed with inertial sensors in healthy and parkinsonian subjects Gait Posture 2014 may 40(1)70ndash75

2 Guiotte VA Roque CFL Olieira MR Gil AWO Rabello LM Dos Santos EVM et

al Avaliaccedilatildeo Fiacutesico - Funcional de Atletas da Ginaacutestica Riacutetmica Histoacuterico de Lesotildees e Estabilidade Postural UNOPAR Cient Ciecircnc Biol Sauacutede 2012 14(4) 217-20

3 Bosso LR Golias ARC A postura de atletas de Ginaacutestica Riacutetmica Analise atraveacutes da fotometria Rev Bras Med Esporte 2012 setout 18(5)333-337

4 Shigaki L Rabello LM Camargo MZ Santos VBC Gil AWO Oliveira MR et al Anaacutelise comparativa do equiliacutebrio unipodal de atletas de Ginastica Riacutetmica Rev Bras Med Esporte 2013 marabr 19(2)104-107

5 Whale CE Pass AN Tripp PM Chronic Groin Pain in a collegiate football running back International Journal of Athletic Therapy amp Training 2012 may 17(3)41-44

6 Jacobs JV Why we need to better understand the cortical neurophysiology of impaired postural responses with age disease or injury Frontiers in Integrative Neuroscience 2014 ago 8(69)

7 Hirata RP Ervilha UF Arendt-Nielsen L Graven-Nielsen T Experimental Muscle Pain Challenges the Postural Satability During Quiet Stance Unexpected Posture Perturbation J Pain 2011 ago 12(8)911-9

8 Ribeiro GD Suaacuterez MH Ruiz DR Efecto del entrenamiento sistemaacutetico de gimnasia riacutetmica sobre el control postural de ninas adolescentes Rev Andal Med 2015 jun 8(2)54-60

9 Teixeira CL Equiliacutebrio e controle postural Brazilian Journal of Biomechanics 2010 11(20)31-40

10 Matsuda S Demura S Uchiyama M Centre of pressure sway characteristics during static one-legged stance of athletes from different sports Journal of Sports Sciences 2008 may 26(7)775 ndash 779

11 Merlo JK Stoppa ACL Macedo CSG Silva Juacutenior RA Anaacutelise Comparativa do Equiliacutebrio em Apoio Unipodal em Indiviacuteduos Sedentaacuterios e Atletas UNOPAR Cient Ciecircnc Biol Sauacutede 2010 12(4)29-32

12 Saito KA Navarro M Silva MF Arie EK Peccin MS Oscilaccedilatildeo do centro de pressatildeo plantar de atletas e natildeo atletas com e sem entorse de tornozelo Rev Bras Ortop 2016 51(4)437ndash443

35

13 Lamb M Oliveira PD Tano SS Gil AWO Dos Santos EVN Fernandes KBP

Efeito do treinamento proprioceptivo no equiliacutebrio de atletas de ginaacutestica riacutetmica Rev Bras Med Esporte 2014 setout 20(5)379-382

14 Silva JA Ribeiro-Filho NP A dor como um problema psicofiacutesico Rev Dor 2011 abrjun 12(2)138-51

15 Meardon S Klusendorf A Kernozek T Influence of injury on dynamic postural control in runners The International Journal of Sports Physical Therapy 2016 jun 11(3)336

16 Lin CF Lee IJ Liao JH Wu HW Su FC Comparison of Postural Stability Between Injured and Uninjured Ballet Dancers The American Journal of Sports Medicine 2011 39(6)1324-1331

17 Varoli FK Pedrazzi V Adapted Version of the McGill Pain Questionnaire to Brazilian Portuguese Braz Dent J 2006 17(4) 328-335

18 Pimenta CAM Teixeira MJ Questionaacuterio de dor McGill proposta de adaptaccedilatildeo para a liacutengua portuguesa Rev Esc Enf USP 1996 dez 30(3)473-83

19 Rabello LM Macedo CSG Oliveira MR Fregueto JH Camargo MZ Lopes LD et al Relaccedilatildeo entre testes funcionais e plataforma de forccedila nas medidas de equiliacutebrio em atletas Rev Bras Med Esporte 2014 maijun 20(3)219-222

20 Bressel E Yonker JC Kras J et al Comparison of static and dynamic balance in female collegiate soccer basketball and gymnastics atheletes Journal of Athletic Training 2007 42(1)42ndash46

21 Sabeti M Jeremian L Graf A Kandelhart R Elite level rhythmic gymnasts have significantly more and stronger pain than peers of similar age a prospective study Wien Klin Wochenschr 201512731ndash35

22 Vanderlei FM Vanderlei FCM Netto Juacutenior J Praste CM Caracteriacutesticas das lesotildees desportivas e fatores associados com lesatildeo em iniciantes de ginaacutestica artiacutestica do sexo feminino Fisioter Pesq 201320(2)191-196

23 Oliveira MMM Lourenccedilo MRA Teixeira DC Incidecircncias de lesotildees nas equipes de Ginaacutestica Riacutetmica da UNOPAR UNOPAR Cient Ciecircnc Biol Sauacutede 2003 out 6(1)29-40

24 Frutuoso AS Diefenthaeler F Vaz MA et al Lower Limb asymmetries in rhythmic gymnastics atheletes Int Sports Phys Ther 2016 11(1)34ndash43

25 Kolar E Samardžija MP Smrdu M Atikovic A Athletes perceptions of the causes of injury in gymnastics J Sports Med Phys Fitness 2016 Mar 57(5)703-710

36

26 Mueller S Mueller J Stoll J Prieske O Cassel M Mayer F Incidence of back pain in adolescent athletes a prospective study BMC Sports Science Medicine and Rehabilitation 2016 838

27 Goubert D Danneels L Graven-Nielsen T Descheemaeker F Meeus M Differences in Pain Processing Between Patients with Chronic Low Back Pain Recurrent Low Back Pain and Fibromyalgia Pain Physician 2017 May 20(4)307-318

28 Arliani GG Cohen M Lara PS Astur DC Gonccedilalves JPP Ferretti M Impacto do esporte na sauacutede de ex-jogadores profissionais de futebol no Brasil Acta ortop bras 2014 julago 22(4)188-190

29 Hoskins W Pollard H Daff C Odell A Garbutt P McHardy A et al Low back pain status in elite and semi-elite Australian football codes a cross-sectional survey of football (soccer) Australian rules rugby league rugby union and non-athletic controls BMC Musculoskeletal Disorders 20091038

30 Ngamkham S Vincent C Finnegan L Holden JE Wang ZJ Wilkie DJ The McGill Pain Questionnaire as a Multidimensional Measure in People with Cancer An Integrative Review Pain Manag Nurs 2012 Mar 13(1) 27ndash51

31 Bermudez OAS Souza RA Souza CMF Castro CES Beacuterzn F Avaliaccedilatildeo multidimensional da dor em portadores de desordem temporomandibular utilizando uma versatildeo brasileira do questionaacuterio mcgill de dor Rev bras fisioter 2003 7(2) 151-158

32 Reading AE Everitt BS Sledmore CM The McGill Pain Questionnaire a replication of its construction Br J Clin Psychol 1982 21339ndash349

33 Melzack R The McGill Pain Questionnaire Anesthesiology 2005 103199-202

34 Pessoa CP Barreto MB Santos LB Alves TDB Oliveira MC Martins AG Instrumentos utilizados na avaliaccedilatildeo do impacto da dor na qualidade de vida de pacientes com dor orofacial e disfunccedilatildeo temporomandibular Escola Baiana de Sauacutede Puacuteblica 200731(2)267-293

35 Espinoza ES Ortiz GB Estabilidad abdominolumbopeacutelvica y equilibrio comopredictores de la incidencia de lesionesmusculoesqueleacuteticas en estudiantes de danzaUn estudio piloto Fisioterapia 2014

36 Steinberg N Dar G Dunlop M Gaida JE The relationship of hip muscle performance to legankle and foot injuries a systematic review The Physician and Sportsmedicine 2017

37 Anderson K Strickland SM Warren R Hip and Groin Injuries in Athletes The American Journal of Sports Medicine 2001 29(4) 521-533

38 Tschopp M Brunner F Erkrankungen und Uumlberlastungsschaumlden an der unteren Extremitaumlt bei Langstreckenlaumlufern Z Rheumatol 2017 Feb

37

39 Han J Anson J Waddington G Adans R Liu Y The Role of Ankle

Proprioception for Balance Control in relation to Sports Performance and Injury BioMed Research International 2015 Jun8

40 Couto AGA Pedroni CR Relaccedilatildeo entre postura queixa dolorosa e lesatildeo em bailarinas claacutessicas Ter Man 2013 11(55)228-233

41 Dore BF e Guerra RO Sintomatologia dolorosa e fatores associados em bailarinos profissionais Rev Bras Med Esporte 2007 MarAbr13(2)77-80

38

ANEXO I ndash QUESTIONAacuteRIO DE DOR MCGILL

39

ANEXO II ndash PARECER DE APROVACcedilAtildeO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA

40

41

ANEXO III ndash NORMAS DE SUBMISSAtildeO DA REVISTA

Instruccedilotildees aos Autores

A Revista Brasileira de Medicina do Esporte - RBME (Brazilian Journal of

Sports Medicine) oacutergatildeo oficial da Sociedade Brasileira de Medicina do Exerciacutecio e

do Esporte (SBMEE) eacute publicada bimestralmente em seis ediccedilotildees ao ano (janfev

marabr maiojun julago setout e novdez) A RBME eacute indexada nas seguintes

bases bibliograacuteficas SciELO Web of Science Excerpta Medica-EMBASE Physical

Education Index LILACS SIRC-Sportdiscus e Scopus A publicaccedilatildeo segue

integralmente o padratildeo internacional do International Committee of Medical Journal

Editors (ICMJE) ou Convenccedilatildeo de Vancouver e seus requisitos de uniformizaccedilatildeo

[httpwwwicmjeorg]

Preparaccedilatildeo de manuscritos Os artigos submetidos devem ser digitados em

espaccedilo duplo fonte Arial 12 em paacutegina tamanho A4 sem numerar linhas ou

paraacutegrafos e numerando as paacuteginas no canto superior direito Figuras e tabelas

devem ser apresentadas ao final do artigo em paacuteginas separadas No corpo do

texto deve-se informar os locais para inserccedilatildeo das tabelas ou figuras Nuacutemeros

menores que 10 satildeo escritos por extenso enquanto que nuacutemeros maiores ou igual a

10 satildeo expressos em algarismos araacutebicos Os manuscritos que natildeo estiverem de

acordo com as instruccedilotildees aos autores em relaccedilatildeo a estilo e formato seratildeo

devolvidos sem revisatildeo pelo Conselho Editorial As medidas deveratildeo ser expressas

no Sistema Internacional (Systegraveme International SI) disponiacutevel em

httpphysicsnistgovcuuUnits e unidades padratildeo quando aplicaacutevel Recomenda-

se aos autores natildeo usar abreviaccedilotildees no tiacutetulo e limitar a sua utilizaccedilatildeo no resumo e

ao longo do texto Os nomes geneacutericos devem ser usados para todas as drogas Os

faacutermacos podem ser referidos pelo nome comercial poreacutem deve constar o nome

cidade e paiacutes ou endereccedilo eletrocircnico do fabricante entre parecircnteses na seccedilatildeo

Materiais e Meacutetodos

Abreviaturas O uso de abreviaturas deve ser minimizado As abreviaturas deveratildeo

ser definidas por ocasiatildeo de sua primeira utilizaccedilatildeo no resumo e tambeacutem no texto

Abreviaturas natildeo padratildeo natildeo devem ser utilizadas a menos que essas apareccedilam

pelo menos trecircs vezes no texto Unidades de medida (3 ml ou 3 mL e natildeo 3

mililitros) ou siacutembolos cientiacuteficos padratildeo (elementos quiacutemicos por exemplo Na e

natildeo soacutedio) natildeo satildeo consideradas abreviaturas e portanto natildeo devem ser definidos

Abreviar nomes longos ou substacircncias quiacutemicas e termos utilizados para

combinaccedilotildees terapecircuticas Abreviaturas em figuras e tabelas podem ser utilizadas

por razotildees de espaccedilo poreacutem devem ser definidas na legenda mesmo que tenham

sido definidas no texto do artigo

Formato dos arquivos Usar editor de texto Microsoft Word para Windows ou

42

equivalente Arquivos em formato PDF natildeo devem ser enviados As tabelas e

quadros deveratildeo estar em seus arquivos originais (Excel Acess Powerpoint etc)

As figuras deveratildeo estar nos formatos jpg ou tif em alta resoluccedilatildeo (300 dpi) As

figuras deveratildeo estar incluiacutedas no arquivo Word mas tambeacutem devem ser enviadas

separadamente (anexadas durante a submissatildeo do artigo como documento

suplementar em seus arquivos originais)

Paacutegina de rosto A paacutegina de rosto deve conter (1) a categoria do artigo (2) o tiacutetulo

do artigo em portuguecircs inglecircs e espanhol com ateacute 80 caracteres cada que deve ser

objetivo e informativo (3) os nomes completos dos autores instituiccedilatildeo formaccedilatildeo

acadecircmica de origem (a mais relevante) cidade estado e paiacutes (4) nome do autor

correspondente com endereccedilo completo telefone e e-mail A titulaccedilatildeo dos autores

natildeo deve ser incluiacuteda O nome completo de cada autor (sem abreviaccedilotildees) e sua

afiliaccedilatildeo institucional (nota as unidades hieraacuterquicas devem ser apresentadas em

ordem decrescente por exemplo universidade faculdade ou instituto e

departamento) devem ser informados Os nomes das instituiccedilotildees e programas

deveratildeo ser apresentados preferencialmente por extenso e na liacutengua original da

instituiccedilatildeo ou na versatildeo em inglecircs quando a escrita natildeo eacute latina (pex aacuterabe

mandarim ou grego)

Resumo O resumo em portuguecircs inglecircs e espanhol deve ser incluiacutedo no

manuscrito Em cada um dos idiomas natildeo deve conter mais do que 300 palavras A

versatildeo estruturada eacute obrigatoacuteria nos artigos originais e inclui objetivos meacutetodos

resultados e conclusatildeo Artigos de revisatildeo natildeo requerem resumo estruturado

Palavras-chave O artigo deve incluir no miacutenimo trecircs e no maacuteximo seis descritores

em portuguecircs inglecircs e espanhol baseados nos Descritores de Ciecircncias da Sauacutede

(DeCS) httpdecsbvsbr ou no Medical Subject Headings (MeSH) da National

Library of Medicine disponiacutevel em httpwwwnlmnihgovmeshmeshhomehtml

oubaseados no Medical SubjectHeading (MeSH) do Index Medicus

(httpwwwnlmnihgovmesh)

Introduccedilatildeo A introduccedilatildeo deve conter (1) justificativa objetiva para o estudo com

referecircncias pertinentes ao assunto sem realizar uma revisatildeo extensa (2) objetivo do

artigo

Materiais e Meacutetodos Esta seccedilatildeo deve descrever os experimentos (quantitativa e

qualitativamente) e os procedimentos em detalhes suficientes que permitam que

outros pesquisadores reproduzam os resultados ou deem continuidade ao estudo

e deveraacute conter (1) a descriccedilatildeo clara da amostra utilizada (2) termo de

consentimento para estudos experimentais envolvendo seres humanos (3)

identificaccedilatildeo dos meacutetodos aparelhos (nome do fabricante e endereccedilo cidade e paiacutes

devem ser menciondos entre parecircnteses) e procedimentos utilizados (4) descriccedilatildeo

breve e referecircncias de meacutetodos publicados mas natildeo amplamente conhecidos (5)

43

descriccedilatildeo detalhada de meacutetodos novos ou modificados (6) quando pertinente incluir

a anaacutelise estatiacutestica e os programas utilizados Importante Ao relatar experimentos

com seres humanos ou animais indicar se os procedimentos seguiram as normas

do Comitecirc Eacutetico sobre Experiecircncias Humanas da instituiccedilatildeo na qual a pesquisa foi

realizada e se os procedimentos estatildeo de acordo com a declaraccedilatildeo de Helsinki de

1995 e a Animal Experimentation Ethics respectivamente Os autores devem incluir

uma declaraccedilatildeo indicando que o protocolo foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica da

Instituiccedilatildeo (instituiccedilatildeo de afiliaccedilatildeo de pelo menos um dos autores) com o respectivo

nuacutemero de identificaccedilatildeo Tambeacutem deve incluir que o Termo de Consentimento Livre

e Esclarecido foi assinado por todos os participantes

Resultados Apresentar os resultados em sequecircncia loacutegica no texto usando tabelas

e figuras Evitar repeticcedilatildeo excessiva de dados no texto em tabelas ou figuras

poreacutem enfatizar somente as descobertas mais importantes

Discussatildeo Enfatizar os aspectos originais e importantes do estudo e as conclusotildees

que decorrem deste evitando poreacutem repetir dados jaacute apresentados em outras

partes do manuscrito Em estudos experimentais ressaltar a relevacircncia e limitaccedilotildees

dos resultados confrontando com os dados da literatura e incluindo implicaccedilotildees

para estudos futuros

Conclusotildees A conclusatildeo deve ser clara e concisa baseada nos resultados

obtidos estabelecendo ligaccedilatildeo com implicaccedilotildees cliacutenicas evitando poreacutem excessiva

generalizaccedilatildeo) A mesma ecircnfase deve ser dada a estudos com resultados negativos

ou positivos Recomendaccedilotildees podem ser incluiacutedas quando relevantes

Agradecimentos Quando pertinente incluir agradecimento ou reconhecimento a

pessoas que tenham contribuiacutedo para o desenvolvimento do trabalho poreacutem natildeo se

qualificam como coautores Fontes de financiamento como auxiacutelio a pesquisa e

bolsas de estudo devem ser reconhecidos nesta seccedilatildeo Os autores deveratildeo obter

permissatildeo por escrito para mencionar nomes e instituiccedilotildees de todos os que

receberam agradecimentos nominais

Referecircncias As referecircncias devem ser numeradas na sequecircncia em que aparecem

no texto em formato sobrescrito As referecircncias citadas somente em legendas de

tabelas ou figuras devem ser numeradas de acordo com sequecircncia estabelecida

pela primeira menccedilatildeo da tabela ou da figura no texto O estilo das referecircncias

bibliograacuteficas deve seguir as regras do Uniform Requirements for Manuscripts

Submitted to Biomedical Journals (International Committee of Medical Journal

Editors disponiacutevel em Ann Intern Med 1997126(1)36-47 httpwwwicmjeorg)

Alguns exemplos satildeo mostrados a seguir Os tiacutetulos dos perioacutedicos devem ser

abreviados de acordo com o Index Medicus (List of Journals Indexed disponiacutevel em

httpwwwnlmnihgovtsdserialsljihtml) Se o perioacutedico natildeo constar dessa lista

deve-se utilizar a abreviatura sugerida pelo proacuteprio perioacutedico Deve-se evitar utilizar

44

ldquocomunicaccedilotildees pessoaisrdquo ou ldquoobservaccedilotildees natildeo publicadasrdquo como referecircncias

Resumos de tranalhos apresentados em eventos devem ser utilizados somente se

for a uacutenica fonte de informaccedilatildeo

Tabelas As tabelas devem ser elaboradas em espaccedilo 15 devendo ser planejadas

para ter como largura uma (87cm) ou duas colunas (18 cm) Cada tabela deve

possuir um tiacutetulo sucinto Notas explicativas seratildeo incluiacutedas em notas de rodapeacute A

tabela deve conter meacutedias e medidas de dispersatildeo (Desvio Padratildeo Erro Padratildeo da

Meacutedia etc) natildeo devendo conter casas decimais irrelevantes As abreviaturas

devem estar de acordo com aquelas utilizadas no texto e nas figuras Os coacutedigos de

identificaccedilatildeo de itens da tabela devem estar listados na ordem de surgimento no

sentido horizontal e devem ser identificados pelos siacutembolos padratildeo Os quadros e

tabelas deveratildeo ser enviados atraveacutes dos arquivos originais editaacuteveis (Word Excel)

e natildeo como imagens

Figuras Na versatildeo impressa da RBME seratildeo aceitas figuras em preto-e-branco

Imagens coloridas poderatildeo ser publicadas quando forem essenciais para o conteuacutedo

cientiacutefico do artigo Nestes casos o custo seraacute repassado aos autores Figuras

coloridas poderatildeo ser incluiacutedas na versatildeo eletrocircnica do artigo sem custo adicional

aos autores Os desenhos e figuras devem ser consistentes e tatildeo simples quanto

possiacutevel poreacutem informativos Tons de cinza natildeo devem ser utilizados Todas as

linhas devem ser soacutelidas Para graacuteficos de barra por exemplo utilizar barras

brancas pretas com linhas diagonais nas duas direccedilotildees linhas em xadrez linhas

horizontais e verticais A RBME desaconselha fortemente o uso de fotografias de

equipamentos e animais de experimentaccedilatildeo As figuras devem ser impressas com

bom contraste e ter a largura de uma coluna (87cm) Utilizar no miacutenimo fonte

tamanho 10 para letras nuacutemeros e siacutembolos com espaccedilamento e alinhamento

adequados Quando a figura representar uma radiografia ou fotografia sugerimos

incluir a escala de tamanho quando pertinente

Por favor note que eacute de responsabilidade dos autores obter permissatildeo do detentor

dos direitos autorais para reproduzir figuras (ou tabelas) que tenham sido

previamente publicados em outras fontes De acordo com os princiacutepios do acesso

aberto os autores devem ter permissatildeo do detentor dos direitos caso desejem

incluir imagens que tenham sido publicados em outros perioacutedicos de acesso natildeo

aberto A permissatildeo deve ser indicada na legenda da figura e a fonte original deve

ser incluiacuteda na lista de referecircncias

45

APEcircNDICE I ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE)

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Vocecirc estaacute sendo convidada(o) a participar da pesquisa intitulada

ldquoCARACTERIZACcedilAtildeO DA DOR E SUA RELACcedilAtildeO COM EQUILIacuteBRIO

POSTURAL ESTAacuteTICO EM ATLETAS DE GINAacuteSTICA RIacuteTMICArdquo realizada pela

Universidade Federal de Sergipe por intermeacutedio da discente TAINARA DOS

SANTOS BOMFIM devidamente assistida pelo seu orientador PAULO MAacuteRCIO

PEREIRA OLIVEIRA O objetivo desse estudo eacute caracterizar a Dor

musculoesqueleacutetica em atletas de elite de ginaacutestica riacutetmica e analisar a relaccedilatildeo da

dor no equiliacutebrio postural estaacutetico das atletas comparando com controles natildeo

atletas A justificativa para a realizaccedilatildeo da pesquisa eacute documentar na literatura

escassa estudo sobre a relaccedilatildeo da dor com o equiliacutebrio postural estaacutetico em

atletas de elite de Ginaacutestica Riacutetmica Sua participaccedilatildeo nessa pesquisa consistiraacute

em responder um questionaacuterio e realizar avaliaccedilatildeo de equiliacutebrio que ocorreraacute em

um uacutenico momento Natildeo haacute riscos previsiacuteveis relacionados com sua participaccedilatildeo

nem danos previsiacuteveis decorrentes da pesquisa Os benefiacutecios relacionados com

sua participaccedilatildeo satildeo

1 Identificar alteraccedilotildees posturais de equiliacutebrio em atletas de alto rendimento

2 Evidenciar se o processo de dor em atletas eacute igual maior ou menor quando

comparado com pessoas natildeo atletas

3 Evidenciar se as variaccedilotildees aacuterea e velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo

de pressatildeo se igualam ou natildeo a pessoas natildeo atletas

Vocecirc foi selecionado por preencher os requisitos da pesquisa mas sua

participaccedilatildeo NAtildeO Eacute OBRIGATOacuteRIA sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo em sua

relaccedilatildeo com a instituiccedilatildeo ou com o pesquisador

Eu________________________________________________________________

abaixo assinado declaro que fui informado que as informaccedilotildees obtidas atraveacutes

dessa pesquisa seratildeo confidenciais e o sigilo sobre minha participaccedilatildeo seraacute

assegurado De tal modo que os dados natildeo seratildeo divulgados de forma a possibilitar

minha identificaccedilatildeo Tambeacutem estou ciente de que a qualquer momento posso

desistir de minha participaccedilatildeo e retirar meu consentimento Declaro que entendi os

objetivos riscos e benefiacutecios de minha participaccedilatildeo na pesquisa e concordo em

participar

Vocecirc receberaacute uma coacutepia deste termo onde consta o telefone e o endereccedilo do

pesquisador principal podendo tirar suas duacutevidas sobre o Projeto de Pesquisa de

sua participaccedilatildeo agora ou a qualquer momento

46

DADOS DO PESQUISADOR RESPONSAacuteVEL

Nome Tainara dos Santos Bomfim

Endereccedilo profissionale-mail Rua Padre Aacutelvares Pitangueira sn - Centro

Departamento de Fisioterapia bftainaragmailcom

Telefone (79) 9 9806-7487

ATENCcedilAtildeO A participaccedilatildeo em qualquer tipo de pesquisa eacute voluntaacuteria Em casos de

duacutevida quanto aos seus direitos entre em contato com o Comitecirc de Eacutetica em

Pesquisa da Universidade Federal de Sergipe

Lagarto _____de _____de 201_

_____________________________________________________

ASSINATURA DO VOLUNTAacuteRIO

_____________________________________________________

ASSINATURA DO PESQUISADOR RESPONSAacuteVEL

Page 12: CARACTERIZAÇÃO DA DOR E SUA RELAÇÃO COM O … · tainara dos santos bomfim caracterizaÇÃo da dor e sua relaÇÃo com o equilÍbrio postural em atletas de ginÁstica rÍtmica

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 16

2 MEacuteTODOS

21 Delineamento do estudo

17

17

22 Sujeitos 17

23 Procedimentos de avaliaccedilatildeo 18

231 Avaliaccedilatildeo da dor 18

232 Avaliaccedilatildeo Estabilomeacutetrica

24 Aspectos Eacuteticos

18

19

25 Anaacutelise Estatiacutestica 19

3 RESULTADOS 20

31 Sujeitos 20

32 Caracterizaccedilatildeo da Dor

321 Domiacutenios da Dor

322 Localizaccedilatildeo da Dor

323 Nuacutemero de Palavras Escolhidas e Iacutendice de Dor

20

20

21

22

33 Equiliacutebrio Estaacutetico

331 Aacuterea de deslocamento do COP

332 Velocidade meacutedia de oscilaccedilatildeo do COP

34 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios da Dor e Equiliacutebrio corporal

22

23

23

24

4 DISCUSSAtildeO 25

5 CONCLUSAtildeO 32

6 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 32

REFEREcircNCIAS 34

ANEXO I ndash QUENTIONAacuteRIO DE DOR MGILL 38

ANEXO II ndash PARECER DE APROVACcedilAtildeO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA 39

ANEXO III ndash NORMAS DE SUBMISSAtildeO DA REVISTA 41

APEcircNDICE I ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO 45

CARACTERIZACcedilAtildeO DA DOR E SUA RELACcedilAtildeO COM EQUILIacuteBRIO

POSTURAL EM ATLETAS DE GINAacuteSTICA RIacuteTMICA

CHARACTERIZATION OF PAIN AND YUOR RELATIONSHIP WITH POSTURAL

BALANCE IN RHYTHMIC GYMNASTICS ATHLETES

Tainara dos Santos Bomfimsup1 Paulo Maacutercio Pereira Oliveira2

sup1 Universidade Federal de Sergipe Campus Universitaacuterio Prof Antocircnio Garcia Filho Graduanda em

Fisioterapia ndash Lagarto SE Brasil

sup2 Universidade Federal de Sergipe Campus Universitaacuterio Prof Antocircnio Garcia Filho Professor

Adjunto do Departamento de Fisioterapia ndash Lagarto SE Brasil

Correspondecircncia

Tainara dos Santos Bomfim

Departamento de Fisioterapia de Lagarto da Universidade Federal de Sergipe (UFS)

Av Gov Marcelo Deda sn ndash Satildeo Joseacute CEP 49400-000 ndash LagartoSE

Telefone (79) 9 9806-7487

E-mail tainarabomfimyahoocombr

RESUMO

Introduccedilatildeo A Ginaacutestica Riacutetmica (GR) eacute um esporte de alta performance que exige de suas atletas

movimentos de grandes amplitudes articulares forccedila e uma boa coordenaccedilatildeo motora postural Aleacutem

disso em virtude da especificidade do gesto esportivo as ginastas satildeo expostas constantemente a

posturas e esforccedilos repetitivos repercutindo em lesotildees musculoesqueleacuteticas e consequentemente

em dor a qual pode afetar negativamente o equiliacutebrio corporal Objetivo caracterizar a dor

musculoesqueleacutetica em atletas de elite de GR Secundariamente comparar o equiliacutebrio postural

estaacutetico das ginastas com controles natildeo atletas bem como correlacionar o iacutendice de dor com o

equiliacutebrio nas atletas de GR Meacutetodos participaram da pesquisa 50 jovens do sexo feminino 25

ginastas compondo o grupo atleta (GA) e 25 natildeo atletas compondo o grupo controle (GC) As

voluntaacuterias foram submetidas agrave avaliaccedilatildeo da percepccedilatildeo dolorosa utilizando a versatildeo brasileira do

questionaacuterio de dor McGill (Br-MPQ) e do equiliacutebrio postural atraveacutes da estabilometria O estudo foi

aprovado pelo comitecirc de eacutetica (CAAE 61990516400005546) Resultados o GA manifestou

percepccedilatildeo dolorosa significativamente maior (plt0001) a dor nas atletas apresentou caracteriacutesticas

sensorial e avaliativa as regiotildees de maior queixa dolorosa foram a articulaccedilatildeo do quadril (52)

seguida do tornozelo-peacute (44) Na comparaccedilatildeo intergrupos do equiliacutebrio postural estaacutetico foi

observado maior deslocamento do COP no GA (16513 mmsup2 plusmn 148) em relaccedilatildeo ao GC (10212 mmsup2

plusmn 114) Nas correlaccedilotildees do equiliacutebrio com os domiacutenios da dor foi observada apenas uma correlaccedilatildeo

significativa entre a dor avaliativa e a VmCOP na direccedilatildeo mediolateral (r = 0414 p = 0040)

Conclusatildeo As atletas demonstram maior percepccedilatildeo dolorosa e menor equiliacutebrio postural estaacutetico

quando comparadas a controles natildeo atletas Entretanto possuem maior habilidade para

reestabelecer o controle postural Aleacutem disso a presenccedila da percepccedilatildeo dolorosa mostrou uma fraca

relaccedilatildeo poreacutem significativa com o controle postural em atletas de elite de GR

Descritores Ginaacutestica Equiliacutebrio Postural Dor Musculoesqueleacutetica

ABSTRACT

Introduction Rhythmic Gymnastics (RG) is a high performance sport that requires your movements of large amplitudes athletes strength and a good hand-eye coordination postural In addition due to the specificity of Sporting gesture the gymnasts are constantly exposed to repetitive strain and postures reverberating in musculoskeletal injuries and consequently in painwhich can negatively affect the body balance Objective to characterize the musculoskeletal pain in elite athletes of RG secondarily compare the static postural equilibrium of the gymnasts with non-athletes controls as well

as correlate the pain index with the equilibrium in the athletes of RG Methods Participated in the

survey 50 female youth 25 gymnasts composing the Athlete Group (AG) and 25 non-athletes composing the Control Group (CG) The volunteers were subjected to the evaluation of the painful perception using the Brazilian version of the McGill Pain Questionnaire (BR-MPQ) and the posture equilibrium through the Estabilometria The study was approved by the Ethics Committee (CAAE 61990516400005546) Results The AG manifested significantly greater painful perception (p lt 0001) The pain in athletes presented sensory and evaluative characteristics The most painfully complaining regions were the hip joint (52) followed by ankle-foot (44) In the intergroup comparison of the static posture equilibrium was observed greater displacement of the COP in the AG (16513 mm sup2 plusmn 148) relative to the CG (10212 mm sup2 plusmn 114) In the correlations of equilibrium with the domains of pain it was observed only a significant correlation between the evaluative pain and the VmCOP in the direction mediolateral (r = 0414 p = 0040) Conclusion Athletes demonstrate greater painful perception and lower posture static equilibrium when compared to non-athletes controls However they possess greater ability to reestablish posture control Moreover the presence of painful perception showed a weak but significant relationship with the posture control in elite athletes of Gr

keywords Gymnastics Postural Balance Musculoskeletal Pain

16

1 INTRODUCcedilAtildeO

A Ginaacutestica Riacutetmica (GR) eacute uma modalidade esportiva que exige de seus

atletas forccedila flexibilidade e coordenaccedilatildeo motora para a realizaccedilatildeo de movimentos

corporais de danccedila combinados com a manipulaccedilatildeo de pequenos equipamentos1 2

Desse modo para a correta execuccedilatildeo de seus movimentos durante treinos e

competiccedilotildees torna-se imprescindiacutevel a manutenccedilatildeo do equiliacutebrio e controle postural

protegendo o sistema neuromuscular de lesotildees1 34

Geralmente os atletas de alto rendimento como as ginastas satildeo submetidos

a altos volumes e intensidades de treinamento comprometendo a biomecacircnica

devido agrave alteraccedilotildees compensatoacuterias na execuccedilatildeo do gesto esportivo as quais

repercutem no aparecimento de lesatildeo e dor5-7 Diante disso acredita-se que a

presenccedila de dor possa afetar negativamente o equiliacutebrio postural de atletas

Vaacuterios autores abordam a importacircncia da manutenccedilatildeo do equiliacutebrio na praacutetica

esportiva289 Entretanto a estabilidade corporal em atletas pode variar de acordo

com as exigecircncias especiacuteficas da modalidade praticada10 Comumente atletas de

alto niacutevel que dependem da estabilidade postural para execuccedilatildeo da praacutetica

esportiva como na ginaacutestica riacutetmica aprendem a elevar o limiar sensoriomotor por

estimulaccedilatildeo dos seus proprioceptores tendo uma ativaccedilatildeo muscular mais raacutepida em

resposta agraves perturbaccedilotildees do equiliacutebrio11 12

Todavia alguns fatores podem interferir no controle postural destacando-se a

dor musculoesqueleacutetica4913 Sabe-se que a presenccedila da percepccedilatildeo dolorosa em

qualquer parte do segmento corporal eacute o primeiro indicador da existecircncia de lesatildeo

tecidual14 Desta forma pesquisas comprovam que em populaccedilotildees ativas com

lesotildees musculoesqueleacuteticas foram observados deacuteficits de controle postural121516

Em vista disso a dor musculoesqueleacutetica eacute uma das principais causas que podem

afetar o equiliacutebrio corporal em ginastas de alto rendimento levando agrave diminuiccedilatildeo da

funcionalidade da qualidade de vida e consequentemente agrave perda da performance

desportiva913 Esta eacute considerada uma experiecircncia multidimensional e subjetiva17 18

portanto torna-se uma variaacutevel difiacutecil de ser avaliada principalmente em atletas

17

Atualmente existe diversos estudos cientiacuteficos sobre o comportamento do

estiacutemulo doloroso e do equiliacutebrio corporal na performance esportiva e na prevenccedilatildeo

de lesotildees em atletas de elite5-81920 Poreacutem satildeo raras as investigaccedilotildees sobre a

caracterizaccedilatildeo da dor e do equiliacutebrio corporal em atletas de ginaacutestica riacutetmica Bem

como descriccedilatildeo da relaccedilatildeo da dor na estabilidade postural em atletas de alto

rendimento em qualquer que seja o esporte praticado e articulaccedilatildeo testada

O presente estudo tem como objetivo primaacuterio caracterizar a dor

musculoesqueleacutetica em atletas de elite de Ginaacutestica Riacutetmica Secundariamente

comparar o equiliacutebrio postural estaacutetico das ginastas com controles natildeo atletas bem

como correlacionar o iacutendice de dor com o equiliacutebrio nas atletas de GR

2 MEacuteTODOS

21 Delineamento do Estudo

Trata-se de um estudo analiacutetico do tipo observacional com um corte

transversal controlado e mascaramento aberto

22 Sujeitos

A amostra foi composta de 50 sujeitos unicamente do sexo feminino

coletados por conveniecircncia Os sujeitos foram divididos em dois grupos Grupo

Atleta (GA) (25 sujeitos) recrutados na Confederaccedilatildeo Brasileira de Ginaacutestica

AracajuSergipeBrasil e Grupo Controle (GC) (25 sujeitos) selecionados no Coleacutegio

Polivalente LagartoSergipeBrasil e pareados por peso Iacutendice de Massa Corporal

(IMC) e idade

Os criteacuterios de inclusatildeo dos sujeitos submetidos agrave pesquisa e alocados no

GA foram (1) ter sido aprovada na seletiva para o ingresso na seleccedilatildeo brasileira de

ginaacutestica riacutetmica (SBGR) (2) tempo de praacutetica no esporte superior a cinco anos com

4 horas diaacuterias ou mais de treino Para os sujeitos incluiacutedos no GC foram

obedecidos os seguintes criteacuterios (1) IMC le 25 (2) idade entre 14 e 24 anos (3)

ausecircncia de poacutes-ciruacutergicos anteriores Os sujeitos em ambos os grupos foram

excluiacutedos caso apresentassem (1) sequela de doenccedilas do sistema nervoso central

(2) diabetes mellitus ou pressatildeo arterial natildeo controlada (3) inaptidatildeo para seguir

18

ordens ou compreender as ferramentas de mensuraccedilatildeo do estudo (4) histoacuteria de

comprometimento visual auditivo eou do sistema vestibular (5) natildeo falar e

compreender o idioma portuguecircs (6) uso de faacutermacos inibidores ou estimulantes do

sistema nervoso central

23 Procedimentos de avaliaccedilatildeo

Inicialmente foram avaliados dados antropomeacutetricos como peso medido

atraveacutes de balanccedila analoacutegica (Camryreg) calibrada pelo Inmetro (Instituto Nacional de

Metrologia Normalizaccedilatildeo e Qualidade Industrial) e altura mensurada por meio de

fita meacutetrica natildeo-flexiacutevel (Tramontinareg) Em seguida os sujeitos receberam

informaccedilotildees sobre os objetivos da pesquisa instrumentos utilizados comandos

verbais a serem atendidos e demais procedimentos A partir da seleccedilatildeo das

voluntaacuterias iniciou-se a coleta dos dados realizada em duas etapas

231 Avaliaccedilatildeo da Dor

Para registro da percepccedilatildeo da dor foi aplicada a versatildeo brasileira do

questionaacuterio de Dor McGill (Br-MPQ) Trata-se de um instrumento para avaliaccedilatildeo de

dor em uma perspectiva multidimensional o qual possibilita o fornecimento de um

conhecimento amplo sobre a caracterizaccedilatildeo e percepccedilatildeo do estiacutemulo doloroso em

quatro dimensotildees (sensorial afetiva avaliativa e miscelacircnea)1718 As voluntaacuterias

foram instruiacutedas primeiramente a identificar em um diagrama corporal no

questionaacuterio a localizaccedilatildeo da sua dor quando presente Posteriormente foram

orientadas a selecionar em cada subgrupo do questionaacuterio uma palavra que melhor

expressasse a experiecircncia com a dor relatada previamente Deixando claro que natildeo

era obrigatoacuteria a escolha de palavras em todas as dimensotildees O resultado final do

Br-MPQ usado para anaacutelise foi expresso pelo nuacutemero de palavras escolhidas (NWC)

e pelo iacutendice de dor (PRI) caracterizado pela somatoacuteria dos valores de intensidade

dos descritores escolhidos

232 Avaliaccedilatildeo Estabilomeacutetrica

A estabilometria foi realizada com os sujeitos posicionados sobre uma

plataforma de forccedila sendo orientado a manter o olhar adiante num ponto fixado na

parede e de modo consciente transferir o peso corporal da maneira mais

19

homogecircnea possiacutevel entre os membros inferiores Foram realizados trecircs registros

com os olhos abertos As variaacuteveis analisadas foram a aacuterea da elipse do centro de

oscilaccedilatildeo de pressatildeo (ACOP) e a velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo pressatildeo

(VmCOP) do baricentro corporal nas direccedilotildees anteroposterior (AP) e mediolateral

(ML)

A distribuiccedilatildeo consciente do peso foi registrada atraveacutes de um

baropodocircmetro da marca Arquipeacutelagoreg (Footwork Satildeo Paulo Satildeo Paulo Brasil)

que consiste em um sistema de plataforma interligada a um computador para

mensurar as pressotildees exercidas pelos peacutes atraveacutes do sistema de aquisiccedilatildeo

computadorizada das pressotildees (ACP) A plataforma utilizada possui dimensotildees 700

X 600 mm com uma superfiacutecie ativa de 475 X 430 mm com 2544 sensores Esta foi

conectada a um computador com processador 62G HV 04 GB de memoacuteria RAM

disco riacutegido 500 GB e software footwork o qual analisou os dados captados Para

esses registros ortostaacuteticos foi utilizada a frequecircncia de aquisiccedilatildeo dos dados de 05

Hz coletando com isso 100 leituras em cada avaliaccedilatildeo O tempo de registro foi de

15 segundos com um intervalo de 30 segundos entre as avaliaccedilotildees

24 Aspectos Eacuteticos

O estudo foi submetido e aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica e Pesquisa com

Seres Humanos da Universidade Federal de Sergipe (CAAE

61990516400005546) Todos os voluntaacuterios assinaram o Termo de Consentimento

Livre e Esclarecido (TCLE) Todos os sujeitos que participaram da pesquisa foram

avisados que poderiam desistir da participaccedilatildeo a qualquer momento sem nenhum

preuizo aos mesmos

25 Anaacutelise Estatiacutestica

As variaacuteveis numeacutericas foram testadas quanto agrave distribuiccedilatildeo de normalidade

por meio do teste de Shapiro-Wilk Para anaacutelise das amostras parameacutetricas foi

utilizado o teste T- Student e para as amostras natildeo parameacutetricas foi utilizado o teste

de Mann-Whitney para identificar diferenccedilas intergrupos Os dados gerais foram

apresentados em meacutedia e erro padratildeo da meacutedia (EPM) bem como frequecircncia

absoluta (FA) e relativa (FR) Para anaacutelise das correlaccedilotildees entre as variaacuteveis

pesquisadas aplicou-se o teste de Spearman A significacircncia foi estipulada em cinco

20

por cento (p le 005) Para todas as anaacutelises foi utilizado o programa GraphPad Prism

(Versatildeo 601)

3 RESULTADOS

31 Sujeitos

Cinquenta indiviacuteduos concluiacuteram o estudo vinte e cinco voluntaacuterias foram

alocadas no grupo atleta e controle respectivamente As variaacuteveis idade peso

altura e IMC natildeo foram significativamente diferentes entre os grupos A tabela 1

conteacutem as caracteriacutesticas demograacuteficas e antropomeacutetricas dos grupos de estudo

Tabela 1 Caracteriacutesticas demograacuteficas e antropomeacutetricas da amostra

GA grupo atleta GC grupo controle Valores expressos como meacutedia plusmn erro padratildeo da meacutedia O valor de p

corresponde agrave comparaccedilatildeo entre o grupo atleta (n=25) e o grupo controle (n=25)

32 Caracterizaccedilatildeo da Dor

321 Domiacutenios da Dor

Aproximadamente setenta por cento do grupo controle (68) natildeo apresentou

descriccedilatildeo para a sensibilidade dolorosa em nenhum dos domiacutenios avaliados No

grupo atleta foi observado que 24 (96) apresentaram dor de caracteriacutestica

sensorial 19 voluntaacuterias (76) afetiva 24 sujeitos (96) avaliativa e 19 (76)

miscelacircnea

Ao comparar as atletas com o grupo controle observou diferenccedila significativa

com um aumento da dor descrita em todos os domiacutenios avaliados sensorial (1344 plusmn

Caracteriacutesticas

GRUPOS

GA GC P

Idade (anos) 2016 plusmn 068 2091 plusmn 065 0560

Peso (Kg) 5128 plusmn 10 5064 plusmn 109 1481

Altura (m) 164 plusmn 0011 163 plusmn 0009 0372

IMC (Kgm2) 1864 plusmn 03 1938 plusmn 0436 0533

21

146 plt0001) afetivo (264 plusmn 053 plt0001) avaliativo (236 plusmn 028 plt0001) e

miscelacircnea (376 plusmn 064 plt0001) (Tabela 2)

Tabela 2 Domiacutenios da dor entre os grupos da pesquisa

Tabela 2 Escores obtidos atraveacutes do questionaacuterio de dor McGill entre o grupo atleta (n=25) e o grupo controle

(n=25) Os valores foram apresentados como frequecircncia absoluta (FA) e relativa (FR) (porcentagem) SL

Sensorial AV Avaliativa AF Afetiva M Miscelacircnea GA grupo atleta GC grupo controle plt005 GA X GC

plt001 GA X GC plt0001 GA X GC A anaacutelise de variaacuteveis categoacutericas foi realizada por meio do teste

Mann-Whitney

322 Localizaccedilatildeo da Dor

Aproximadamente sessenta e oito por cento do grupo controle apresentou

nenhum local de intensidade dolorosa Em contra partida no grupo atleta seis (24)

das ginastas relataram sentir dor em pelo menos uma articulaccedilatildeo do corpo e

dezenove (76) apresentaram intensidade dolorosa em mais de uma articulaccedilatildeo

Foi observado no grupo atleta que em 13 (52) das atletas a articulaccedilatildeo do quadril

apresentou-se com maior prevalecircncia A segunda articulaccedilatildeo de maior sensibilidade

relatada pelo GA foi o peacute em 11 (44) (Tabela 3)

Tabela 3 Prevalecircncia e localizaccedilatildeo de dor entre os grupos da pesquisa

Domiacutenios Grupo Atleta (GA) Grupo Controle (GC) P

FA (n) FR () FA (n) FR ()

Sensorial (SL) 24 96 8 32 00001

Afetiva (AF) 19 76 4 16 00001

Avaliativa (AV) 24 96 8 32 00001

Miscelacircnea (M) 19 76 6 24 00005

Caracteriacutesticas Grupo Atleta (GA) Grupo Controle (GC)

FA (n) FR () FA (n) FR ()

Sentem dor 25 100 8 32

22

Tabela 3 Prevalecircncia e distribuiccedilatildeo corporal da dor entre o grupo atleta (n=25) e o grupo controle (n=25) Os

valores foram apresentados como frequecircncia absoluta (FA) e relativa (FR) (porcentagem) GA grupo atleta GC

grupo controle

323 Nuacutemero de Palavras Escolhidas e Iacutendice de Dor

No grupo atleta o nuacutemero de palavras escolhidas (NWC) foi significativamente

maior (1076 plusmn 106) ao comparar com o grupo controle (220 plusmn 075 plt0001)

Similarmente aos resultados encontrados para o NWC tambeacutem foi observado um

aumento significativo do iacutendice de dor (PRI) no grupo atleta (2220 plusmn 242) em

relaccedilatildeo ao grupo controle (484 plusmn 165 plt0001) A figura 1 demonstra a

comparaccedilatildeo entre os grupos para o Iacutendice de dor e nuacutemero de palavras escolhidas

Dor em uma articulaccedilatildeo 6 24 7 28

Dor em mais de uma articulaccedilatildeo

19 76 1 4

Dor no Quadril 13 52 0 0

Dor no Peacute 11 44 1 4

Dor no Joelho 7 28 1 4

Dor na Coluna 5 20 4 16

23

Figura 1 Nuacutemero de palavras escolhidas e Iacutendice de dor verificado por meio do questionaacuterio de dor de McGill

entre o grupo atleta (n=25) e o grupo controle (n=25) NWC nuacutemero de palavras escolhidas PRI iacutendice de dor

GA grupo atleta GC grupo controle plt005 GA X GC plt001 GA X GC plt0001 GA X GC A anaacutelise de

variaacuteveis categoacutericas foi realizada por meio do teste Mann-Whitney

33 Equiliacutebrio Estaacutetico (Estabilometria)

331 Aacuterea de deslocamento do COP (ACOP)

Nas comparaccedilotildees intergrupos foi observada uma reduccedilatildeo significativa do

equiliacutebrio no grupo atleta (plt005) Verificou-se que as ginastas apresentaram maior

deslocamento do COP (16513 mmsup2 plusmn 148 p= 0002) em relaccedilatildeo ao grupo controle

(10212 mmsup2 plusmn 114 p= 0002) A figura 2 demonstra a comparaccedilatildeo da aacuterea do

deslocamento do COP entre os grupos

Figura 2 Aacuterea da elipse do centro de pressatildeo do baricentro corporal entre o grupo atleta (n=25) e o grupo

controle (n=25) ACOP aacuterea do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo GA grupo atleta GC grupo controle plt005 GA X GC plt001 GA X GC plt0001 GA X GC A anaacutelise de variaacuteveis categoacutericas foi realizada por meio do teste Mann-Whitney

332 Velocidade meacutedia de oscilaccedilatildeo do COP (VmCOP)

A velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo do baricentro do corpo foi

significativamente maior na direccedilatildeo AP no grupo atleta (1110 mms plusmn 0049 p=003)

quando comparada ao grupo controle (0997 mms plusmn 0091 p=003) Paralelamente

24

a velocidade meacutedia do COP na direccedilatildeo ML tambeacutem foi significativamente maior no

grupo atleta (0845 mms plusmn 0042 plt0001) em relaccedilatildeo ao grupo controle (0508

mms plusmn 0065 plt0001) (Figura 3)

Figura 3 Velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo do baricentro corporal entre o grupo atleta (n=25)

e o grupo controle (n=25) COP centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo AP anteroposterior ML mediolateral GA grupo atleta GC grupo controle plt005 GA X GC plt001 GA X GC plt0001 GA X GC A anaacutelise de variaacuteveis categoacutericas foi realizada por meio do teste Mann-Whitney

34 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios da dor e equiliacutebrio postural

Foi apenas visualizada uma correlaccedilatildeo de fraca a moderada positiva com

significacircncia estatiacutestica entre o domiacutenio de dor avaliativa (236 plusmn 028) e velocidade

meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo na direccedilatildeo mediolateral (AV 0845mms plusmn

0042 r = 0414 p = 0040) Natildeo houve correlaccedilatildeo significativa entre todos os outros

domiacutenios avaliados e a velocidade meacutedia do COP na direccedilatildeo ML (S 0845mms plusmn

0042 r = 023 p gt 0914 AF 0845mms plusmn 0042 r = 085 p = 0687 M 0845mms

plusmn 0042 r = 0049 p = 0816) Bem como entre todos os domiacutenios e a velocidade

meacutedia do COP na direccedilatildeo anteroposterior (S 1110mms plusmn 0049 r = 0009 p =

0967 AF 1110mms plusmn 0049 r = 0216 p = 0299 AV 1110mms plusmn 0049 r =

020 p = 0925 M 1110mms plusmn 0049 r = 0138 p = 0510) e entre todos os

domiacutenios e a aacuterea de deslocamento do COP (S 16513mmsup2 plusmn 148 r = 0044 p =

0836 AF 16513mmsup2 plusmn 148 r = 0165 p = 0431 AV 16513mmsup2 plusmn 148 r = 0220

p gt 0291 M 16513mmsup2 plusmn 148 r = 0180 p = 0390) (Figura 4)

25

Figura 4 Correlaccedilatildeo de Spearman entre dor avaliativa e velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo (VmCOP) do baricentro corporal (A) Forccedila de correlaccedilatildeo de Spearman (r = 0414 p = 0040) entre a dor

avaliativa (AV) (236 plusmn 028) e a velocidade meacutedia do COP na direccedilatildeo mediolateral (0845 mms plusmn 0042) no grupo atleta (B) Forccedila de correlaccedilatildeo de Spearman (r = 0063 p = 0765) entre a dor avaliativa (AV) (060 plusmn

021) e a velocidade meacutedia do COP na direccedilatildeo mediolateral (0508 mms plusmn 0065) no grupo controle Os valores foram apresentados como meacutedia plusmn erro padratildeo da meacutedia

4 Discussatildeo

Os resultados desta pesquisa demonstraram que atletas de elite de ginaacutestica

riacutetmica manifestam maior percepccedilatildeo dolorosa que controles natildeo praticantes de

esporte a niacutevel competitivo Isto pode estar relacionado a trecircs principais fatores que

podem contribuir de forma direta para a maior prevalecircncia de dor nessas atletas

destacando o iniacutecio precoce na praacutetica da modalidade os altos volumes e

intensidade dos treinos e a grande quantidade de repeticcedilotildees dos gestos esportivos

com alta predominacircncia de saltos e posturas estaacuteticas De acordo com os nossos

resultados Sabeti et al21 realizaram estudo com 218 ginastas de diferentes

nacionalidades no campeonato europeu de GR utilizando a escala visual analoacutegica

(EVA) para registro da intensidade dolorosa Os resultados encontrados foi que as

atletas tecircm uma maior intensidade dolorosa (72) que controles natildeo praticantes de

esporte competitivo

Paralelamente a literatura cientifica relata que o tempo de inicio da praacutetica

esportiva o niacutevel competitivo e o volumeintensidade dos treinos destas atletas satildeo

fatores preditivos para um maior desenvolvimento de lesatildeo e dor em atletas de GR

Shigaki et al4 apontam que o risco e intensidade de lesatildeo estatildeo fortemente

26

relacionados com o aumento da idade e do niacutevel competitivo Da mesma forma

Vanderlei et al22 e Oliveira et al23 afirmam que quanto mais elevada a categoria do

atleta maior seraacute o tempo e a intensidade do treinamento consequentemente maior

a exposiccedilatildeo aos esforccedilos musculoesqueleacuteticos durante treinamento eou

competiccedilotildees Deste modo Oliveira et al23 em seu estudo avaliaram 25 atletas de

GR de diferentes categorias etaacuterias e encontraram que a maioria das atletas

apresentaram algum tipo de lesatildeo ocasionada pelos treinos Desta forma autores

relatam que a formaccedilatildeo dessas atletas influencia na incidecircncia e intensidade

dolorosa de lesotildees por overuse21 24 Tais lesotildees geralmente ocorrem quando a

frequecircncia dos exerciacutecios aumenta enquanto a intensidade eacute mantida23 Estando de

acordo com os nossos resultados Kolar et al25 em estudo realizado com 63 atletas

da ginaacutestica artiacutestica e riacutetmica de ambos os sexos concluiacuteram que a maacute teacutecnica

meacutetodos improacuteprios de ensino e carga inadequada durante os treinos foram

associados com o surgimento de dor e lesotildees nessa populaccedilatildeo

Contrariamente aos nossos resultados Muller et al26 realizaram um estudo

investigativo do desenvolvimento de dor lombar em atletas adolescentes em relaccedilatildeo

ao sexo e tipo de esporte praticado Foram avaliados 321 atletas sem dor lombar em

um primeiro momento e apoacutes dois anos os mesmo atletas foram reavaliados para

verificar a incidecircncia de dor lombar Apenas 10 da amostra foram categorizados

com dor lombar Aleacutem disso antropometria e caracteriacutesticas de formaccedilatildeo do esporte

natildeo demonstraram influecircncia significativa na dor lombar levando os autores a

concluiacuterem que o esporte de alto rendimento natildeo induz dor lombar em atletas

adolescentes

No nosso estudo utilizamos para avaliaccedilatildeo da percepccedilatildeo dolorosa em ambos

os grupos o questionaacuterio de dor McGill Este apresentou-se como uma ferramenta

de faacutecil execuccedilatildeo baixo custo e com alta sensibilidade e confiabilidade para uma

caracterizaccedilatildeo multidimensional da dor na populaccedilatildeo estudada Diferenciados

meacutetodos de investigaccedilatildeo da dor podem ser encontrados em um crescente numero

de publicaccedilotildees cientificas sobre o estudo da percepccedilatildeo e intensidade dolorosa

Goubert et al27 utilizaram a algometria de pressatildeo para comparar a avaliaccedilatildeo

sensorial quantitativa da dor de pacientes com dor lombar em diferentes niacuteveis de

cronicidade comparando a controles saudaacuteveis e pacientes com fibromialgia

Diferentemente Sabeti et al21 Arliani et al28 e Hoskins et al29 utilizaram em suas

27

pesquisas a escala visual analoacutegica (EVA) para registrar a intensidade dolorosa de

atletas em diferentes modalidades Ambos satildeo considerados meacutetodos

unidimensionais utilizados com o objetivo de quantificar a magnitude da dor dentro

de um perfil somatosensorial

Por outro lado diversas pesquisas utilizam o questionaacuterio McGill (MPQ) como

instrumento multidimensional para avaliar a dor e conhececirc-la de forma ampla em

diferentes modelos de estudos e em diversas populaccedilotildees Ngamkham et al30

realizaram revisatildeo sistemaacutetica sobre a avaliaccedilatildeo da dor com McGill em pacientes

com cacircncer demonstrando que o MPQ eacute comumente usado nessa populaccedilatildeo para

mensurar a intensidade e qualidade da dor pois fornece informaccedilotildees sobre

possiacuteveis locais da doenccedila magnitude da dor bem como a eficaacutecia do tratamento e

intervenccedilatildeo submetidos Da mesma forma Bermudez et al31 avaliaram pacientes

diagnosticados com DTM moderada e severa para discriminar e comparar a queixa

dolorosa de acordo com a severidade da doenccedila Pode-se concluir com o estudo

que o MPQ foi capaz de diferenciar o padratildeo temporal da dor a localizaccedilatildeo de maior

queixa dolorosa e a intensidade da dor em portadores de DTM

As diferenccedilas metodoloacutegicas utilizadas corroboram o fato de a dor ser uma

experiecircncia complexa e subjetiva que varia em qualidade intensidade sensorial e

em caracteriacutesticas afetivo-motivacionais Pois a mesma envolve vaacuterias dimensotildees e

pode ser influenciada por infinitos estiacutemulos intriacutensecos e extriacutensecos32 33 Assim

cabe a utilizaccedilatildeo de diferentes meacutetodos uni e multidimensionais para uma avaliaccedilatildeo

precisa considerando a natureza da dor e suas caracteriacutesticas

De acordo com os resultados do nosso estudo foi visualizado que as atletas

de elite de GR apresentam diferentes caracteriacutesticas de percepccedilatildeo do estiacutemulo

doloroso em comparaccedilatildeo aos controles destacando dores com perfil sensorial e

avaliativo Acreditamos que os atletas de alto rendimento apresentam-se com

alteraccedilotildees do imputs neurosensorial em virtude da constante presenccedila e

intensidade das dores sentidas pela a sua praacutetica desportiva Isto pode repercutir em

mudanccedilas na interpretaccedilatildeo da dor sentida em seu corpo fiacutesico devido agrave influecircncia

de fatores emocionais sociais e hormonais que satildeo comuns em mulheres atletas

Em vista disso sabe-se que o domiacutenio sensorial e avaliativo representam as

28

impressotildees fiacutesicas desse estiacutemulo doloroso aacutelgico e uma auto-avaliaccedilatildeo da sua dor

respectivamente34

Segundo Pimenta e Texeira18 as diferenccedilas na estratificaccedilatildeo da dor se

justificam pelo fato das interpretaccedilotildees de informaccedilotildees cognitivas serem

condicionadas por experiecircncias preacutevias em diferentes momentos do estiacutemulo da dor

gerando respostas variadas agrave experiecircncia dolorosa por ser um processo

individualizado Aleacutem disso a dor eacute uma experiecircncia complexa descrita em termos

de caracteriacutesticas sensoriais afetivo-motivacionais cognitivas e comportamentais

Desta forma o resultado de uma avaliaccedilatildeo da percepccedilatildeo dolorosa pode depender

de qual dimensatildeo da dor esteja sendo vivenciada no momento da avaliaccedilatildeo por

cada indiviacuteduo14

Hoskins et al29 utilizaram a escala visual analoacutegica (EVA) e o questionaacuterio

McGill para comparar a intensidade e a qualidade de dor lombar entre atletas de

elite amadores e natildeo atletas Foram observadas diferenccedilas significativas entre os

grupos mostrando que os atletas de elite apresentaram intensidade de dor mais

alta assim como escolheram com mais frequecircncia palavras das categorias sensorial

e afetiva De forma semelhante a nossa pesquisa o domiacutenio sensorial apresentou o

maior iacutendice de dor e maior frequecircncia de palavras escolhidas Tal fato possa ser

justificado por esse ser o domiacutenio de maior representatividade no questionaacuterio

agregando termos de qualidades sensitivas dor18 Poreacutem a dimensatildeo afetiva natildeo foi

evidenciada com maior frequecircncia no presente estudo Esta representa um estado

emocional o qual pode ser traduzido por percepccedilotildees de cansaccedilo sentimentos de

medo e puniccedilatildeo assim como reaccedilotildees autonocircmicas34 Reading32 e Pimenta e

Teixeira18 em seus estudos relataram que os pacientes que sentem dores de

caracteriacutestica aguda preferem descritores da categoria sensorial Por outro lado

indiviacuteduos que sentem dor crocircnica usualmente tendem a selecionar mais

descritores da categoria afetiva levando em conta fenocircmenos cognitivo de

antecipaccedilatildeo memoacuteria atenccedilatildeo e experiecircncia anterior

Os resultados desta pesquisa demonstraram que a regiatildeo com maior

prevalecircncia de queixa dolorosa em atletas de elite de GR foi a articulaccedilatildeo do quadril

com aproximadamente cinquenta e dois por cento das queixas Isto pode estar

relacionado ao fato da articulaccedilatildeo do quadril ser responsaacutevel pela absorccedilatildeo de

29

grandes cargas compressivas durante a fase de aterrissagem dos saltos o qual eacute

um movimento especiacutefico do esporte Aleacutem disso no quadril estaacute localizado o centro

de gravidade do corpo assim as cargas que satildeo geradas ou transmitidas por essa

regiatildeo geram influecircncia no desempenho esportivo Desse modo pesquisas

cientiacuteficas relatam sobre a importacircncia da forccedila dos muacutesculos estabilizadores do

quadril no surgimento e desenvolvimento de dores nesta articulaccedilatildeo4 35 Steinberg et

al36 realizaram uma analise sistemaacutetica do desempenho da musculatura do quadril

no desenvolvimento de lesotildees no membro inferior e encontraram que a diminuiccedilatildeo

da funccedilatildeo dos muacutesculos do quadril associada a cargas repetitivas no membro

inferior pode aumentar o risco de lesotildees no joelho e em todo o membro

De forma contraacuteria aos nossos resultados Guiotte et al2 Sabeti et al21 e

Oliveira et al23 avaliaram ginastas de diferentes categorias e relataram que a regiatildeo

anatocircmica de queixa dolorosa mais prevalente na praacutetica da GR eacute a coluna lombar

seguida do tornozelo e joelho De acordo com Anderson et al37 a dor no quadril e

na virilha em atletas ocorrem com menor frequecircncia que lesotildees das extremidades do

membro inferior Ratificando esses autores Tschopp et al38 defendem que as

lesotildees do quadril satildeo menos comuns poreacutem satildeo mais difiacuteceis de serem

diagnoacutesticadas Pois as consideraccedilotildees anatocircmicas e biomecacircnicas para lesotildees

nesta regiatildeo estatildeo entre as mais complexas do sistema muacutesculo-esqueleacutetico

Por outro lado os nossos resultados demonstraram que a segunda

articulaccedilatildeo mais prevalente em relaccedilatildeo agrave queixa dolorosa pela praacutetica de GR em

atletas de elite foi o tornozelo-peacute (44) Tal fato se justifica por alguns fatores como

sobrecarga excessiva nos muacutesculos intriacutensecos do peacute os quais satildeo responsaacuteveis

pela formaccedilatildeo do arco plantar existecircncia de compressotildees excessivas nos

segmentos oacutesseos devido ao processo de absorccedilatildeo de impacto nos saltos aleacutem da

necessidade de manutenccedilatildeo da postura do tornozelo-peacute em flexatildeo plantar por

tempos prolongados

De acordo com Han et al39 o complexo do tornozelo-peacute na maioria das

atividades esportivas eacute a uacutenica parte do corpo que estaacute em contato com solo

Assim a propriocepccedilatildeo do tornozelo contribui de forma extremamente significativa

para o controle do equiliacutebrio pois fornece informaccedilotildees que permitem o ajuste de

posiccedilotildees e movimentos dos membros para realizaccedilatildeo das tarefas motoras

30

complexas exigidas no esporte de elite Saito et al12 em sua pesquisa ao avaliarem

atletas com e sem lesatildeo no tornozelo observaram que as lesotildees no tornozelo aleacutem

de causar alteraccedilotildees musculares e osteocinemaacuteticas promovem de forma direta

repercussotildees negativas no controle neuromuscular da articulaccedilatildeo predispondo-a aacute

episoacutedios recidivantes em virtude do comprometimento do feedback neurosensorial

afetando o controle postural e consequentemente o desempenho nas atividades

motoras

De acordo com os dados obtidos no nosso estudo foi observada nas atletas

uma maior aacuterea de deslocamento do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo (COP) do

corpo demonstrando um menor equiliacutebrio estaacutetico das ginastas ao comparar com

controles natildeo atletas Isto pode estar relacionado a uma maior intensidade e

presenccedila do estiacutemulo doloroso no corpo das atletas e a intensa quantidade de

repeticcedilotildees dos exerciacutecios de forma assimeacutetrica pela preferecircncia do membro

dominante Desse modo diversas pesquisas relatam que a presenccedila da dor pode

aumentar a aacuterea do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo (ACOP) produzindo uma piora

do equiliacutebrio corporal4 12 15 16 Lin et al16 e Shigaki et al4 em seus estudos avaliaram

o equiliacutebrio de atletas comparando trecircs grupos atletas com lesatildeo atletas sem lesatildeo

e natildeo atletas Evidenciaram que atletas com lesatildeo apresentaram maior oscilaccedilatildeo do

centro de pressatildeo comparado a indiviacuteduos natildeo atletas e atletas sem lesatildeo Poreacutem

quando comparados atletas sem lesatildeo com indiviacuteduos natildeo atletas natildeo foi observado

diferenccedila significativa

Ao mesmo tempo em nosso estudo foi encontrado uma velocidade meacutedia do

COP maior no grupo atleta em ambas as direccedilotildees ao comparar com controles natildeo

atletas Sendo a velocidade meacutedia do COP maior no plano sagital (anteroposterior)

em relaccedilatildeo ao plano frontal (meacutediolateral) Isto ocorre porque as atletas apresentam

uma resposta neuromuscular mais raacutepida para recuperaccedilatildeo da estabilidade do corpo

adquirida pelo treinamento esportivo essencialmente no plano sagital em que as

estrateacutegias posturais para recuperaccedilatildeo do equiliacutebrio satildeo mais efetivas

Diversos estudos publicados na literatura abordam a habilidade do controle

postural em atletas2 8-12 Matsuda et al10 relatam que atletas tecircm capacidade de

equiliacutebrio dinacircmico superior quando comparados a indiviacuteduos natildeo atletas Da

mesma forma Merlo et al11 acreditam a praacutetica de esportes produz adaptaccedilotildees que

31

ou desenvolvimento de consciecircncia de estrateacutegias posturais natildeo evidenciadas em

sujeitos natildeo praticantes de atividade esportiva

Os resultados encontrados por meio desse estudo mostraram que a dor em

sua dimensatildeo avaliativa apresentou relaccedilatildeo significativa com a velocidade meacutedia do

centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo do corpo na direccedilatildeo mediolateral Tal fato evidencia

que a percepccedilatildeo do estiacutemulo doloroso interfere de maneira significativa na

habilidade do atleta em reestabelecer a estabilidade postural apoacutes perturbaccedilatildeo do

equiliacutebrio em postura estaacutetica Prejudicando o desempenho atleacutetico na modalidade

uma vez que as atletas dependem da estabilidade postural para execuccedilatildeo da praacutetica

esportiva Alguns autores relatam a influecircncia da dor e fatores psicoemocionais na

performance e desempenho de atletas de alto rendimento Couto e Pedroni40

avaliaram a relaccedilatildeo da queixa e limiar doloroso com incidecircncia de lesatildeo em

bailarinas claacutessicas Os resultados do estudo mostraram que houve relaccedilatildeo

significativa entre as regiotildees de lesatildeo com a dor evidenciando que a dor estaacute

diretamente relacionada com o surgimento de lesatildeo nessa populaccedilatildeo Dore e

Guerra41 em seu estudo investigaram a prevalecircncia e fatores associados agrave

sintomatologia dolorosa em bailarinos profissionais utilizando a versatildeo brasileira do

questionaacuterio McGill e Inventaacuterio para dor de Wisconsin Foram verificadas

correlaccedilotildees positivas com significacircncia entre o grau de intensidade dolorosa e

atividades diaacuterias sono humor e relacionamento pessoal

O presente estudo sinaliza uma relaccedilatildeo da presenccedila do estiacutemulo doloroso

com o equiliacutebrio postural As alteraccedilotildees no equiliacutebrio corporal tecircm sido muito

estudadas em diferentes populaccedilotildees assim como o comportamento da dor e lesotildees

no desempenho de atletas de diferentes niacuteveis competitivos e modalidades

esportivas Corroborando com nossa pesquisa Meardon et al15 defendem que a

presenccedila de lesatildeo e dor em atletas pode afetar negativamente o equiliacutebrio corporal

Em sua pesquisa examinou controle postural dinacircmico em corredores lesionados

com dor e sem lesatildeo usando o Star Excursion Balance Test (SEBT) Quando

comparado corredores lesionados com controles sem lesatildeo os resultados

demonstraram controle dinacircmico deficiente das forccedilas verticais ao executar as

tarefas de pouso e estabilizaccedilatildeo em apoio unipodal

32

Contudo ainda satildeo raros os estudos sobre a caracterizaccedilatildeo da dor e do

equiliacutebrio corporal em atletas de ginaacutestica riacutetmica Por meio desse estudo foi

observado que atletas de elite de GR demonstraram aumento da dor descrita em

todos os domiacutenios avaliados pelo questionaacuterio McGill (plt0001) A dor nas ginastas

tem o perfil sensorial e avaliativo e se manifesta principalmente nas articulaccedilotildees do

quadril e tornozelo-peacute em virtude da especificidade do gesto esportivo Aleacutem disso

as atletas tambeacutem apresentam menor estabilidade do controle postural (plt005)

sendo notada possiacutevel relaccedilatildeo de interferecircncia entre a auto percepccedilatildeo dolorosa e o

equiliacutebrio postural Entretanto devido agrave complexidade do tema faz-se necessaacuterio a

elaboraccedilatildeo de estudos mais aprofundados com uma amostra maior seguindo

rigorosamente os criteacuterios metodoloacutegicos que permita uma interpretaccedilatildeo mais

precisa a respeito da percepccedilatildeo dolorosa e o equiliacutebrio postural no desempenho

atleacutetico na modalidade esportiva

5 Conclusatildeo

A pesquisa mostra que as atletas de elite de GR apresentam dor de

caracteriacutesticas sensorial e avaliativa frequentemente localizada na articulaccedilatildeo do

quadril seguida do tornozelo-peacute A presenccedila da percepccedilatildeo dolorosa mostrou relaccedilatildeo

significativa com o controle postural em atletas de elite de GR Os resultados

tambeacutem evidenciaram que atletas tem menor equiliacutebrio postural estaacutetico quando

comparadas a controles natildeo atletas poreacutem demonstram maior habilidade para

reestabelecer o controle postural

6 Consideraccedilotildees Finais

Um ponto importante a ser relatado neste estudo eacute a utilizaccedilatildeo do

questionaacuterio de dor McGill Embora venha ser um questionaacuterio amplamente utilizado

em pesquisas cientiacuteficas em virtude da sua alta confiabilidade validaccedilatildeo e

adaptaccedilatildeo cultural em diferentes paiacuteses ainda satildeo raros os estudos que utilizam

essa ferramenta para avaliar a dor em atletas Com ecircnfase em estudos que

descrevam a sua aplicabilidade por domiacutenio e caracteriacutesticas multidimensionais da

33

dor Este pesquisa aparenta ter sido pioneira a qualificar a dor e descrevecirc-la em

suas dimensotildees em atletas de elite de ginaacutestica riacutetmica bem como relacionar a

percepccedilatildeo dolorosa com o equiliacutebrio postural nessa populaccedilatildeo Abrindo espaccedilo para

realizaccedilatildeo de outros estudos

Poreacutem foi encontrado como limitaccedilotildees escassez de pesquisas cientiacuteficas

atualizadas sobre abordagem multidimensional da dor em atletas essencialmente

na ginaacutestica riacutetmica Pois a grande maioria dos estudos que tem sido publicado

sobre dor nessa populaccedilatildeo estaacute relacionada agrave presenccedila do estiacutemulo doloroso e sua

intensidade em uma magnitude sensorial Outro ponto a se destacar foi a

dificuldade em coletar um grupo controle com caracteriacutesticas similares ao grupo de

estudo para que fosse formada uma amostra mais homogecircnea possiacutevel

respeitando os criteacuterios metodoloacutegicos

34

REFEREcircNCIA

1 Baston C Mancini M Schoneburg B Horak F Rocchi L Postural strategies assessed with inertial sensors in healthy and parkinsonian subjects Gait Posture 2014 may 40(1)70ndash75

2 Guiotte VA Roque CFL Olieira MR Gil AWO Rabello LM Dos Santos EVM et

al Avaliaccedilatildeo Fiacutesico - Funcional de Atletas da Ginaacutestica Riacutetmica Histoacuterico de Lesotildees e Estabilidade Postural UNOPAR Cient Ciecircnc Biol Sauacutede 2012 14(4) 217-20

3 Bosso LR Golias ARC A postura de atletas de Ginaacutestica Riacutetmica Analise atraveacutes da fotometria Rev Bras Med Esporte 2012 setout 18(5)333-337

4 Shigaki L Rabello LM Camargo MZ Santos VBC Gil AWO Oliveira MR et al Anaacutelise comparativa do equiliacutebrio unipodal de atletas de Ginastica Riacutetmica Rev Bras Med Esporte 2013 marabr 19(2)104-107

5 Whale CE Pass AN Tripp PM Chronic Groin Pain in a collegiate football running back International Journal of Athletic Therapy amp Training 2012 may 17(3)41-44

6 Jacobs JV Why we need to better understand the cortical neurophysiology of impaired postural responses with age disease or injury Frontiers in Integrative Neuroscience 2014 ago 8(69)

7 Hirata RP Ervilha UF Arendt-Nielsen L Graven-Nielsen T Experimental Muscle Pain Challenges the Postural Satability During Quiet Stance Unexpected Posture Perturbation J Pain 2011 ago 12(8)911-9

8 Ribeiro GD Suaacuterez MH Ruiz DR Efecto del entrenamiento sistemaacutetico de gimnasia riacutetmica sobre el control postural de ninas adolescentes Rev Andal Med 2015 jun 8(2)54-60

9 Teixeira CL Equiliacutebrio e controle postural Brazilian Journal of Biomechanics 2010 11(20)31-40

10 Matsuda S Demura S Uchiyama M Centre of pressure sway characteristics during static one-legged stance of athletes from different sports Journal of Sports Sciences 2008 may 26(7)775 ndash 779

11 Merlo JK Stoppa ACL Macedo CSG Silva Juacutenior RA Anaacutelise Comparativa do Equiliacutebrio em Apoio Unipodal em Indiviacuteduos Sedentaacuterios e Atletas UNOPAR Cient Ciecircnc Biol Sauacutede 2010 12(4)29-32

12 Saito KA Navarro M Silva MF Arie EK Peccin MS Oscilaccedilatildeo do centro de pressatildeo plantar de atletas e natildeo atletas com e sem entorse de tornozelo Rev Bras Ortop 2016 51(4)437ndash443

35

13 Lamb M Oliveira PD Tano SS Gil AWO Dos Santos EVN Fernandes KBP

Efeito do treinamento proprioceptivo no equiliacutebrio de atletas de ginaacutestica riacutetmica Rev Bras Med Esporte 2014 setout 20(5)379-382

14 Silva JA Ribeiro-Filho NP A dor como um problema psicofiacutesico Rev Dor 2011 abrjun 12(2)138-51

15 Meardon S Klusendorf A Kernozek T Influence of injury on dynamic postural control in runners The International Journal of Sports Physical Therapy 2016 jun 11(3)336

16 Lin CF Lee IJ Liao JH Wu HW Su FC Comparison of Postural Stability Between Injured and Uninjured Ballet Dancers The American Journal of Sports Medicine 2011 39(6)1324-1331

17 Varoli FK Pedrazzi V Adapted Version of the McGill Pain Questionnaire to Brazilian Portuguese Braz Dent J 2006 17(4) 328-335

18 Pimenta CAM Teixeira MJ Questionaacuterio de dor McGill proposta de adaptaccedilatildeo para a liacutengua portuguesa Rev Esc Enf USP 1996 dez 30(3)473-83

19 Rabello LM Macedo CSG Oliveira MR Fregueto JH Camargo MZ Lopes LD et al Relaccedilatildeo entre testes funcionais e plataforma de forccedila nas medidas de equiliacutebrio em atletas Rev Bras Med Esporte 2014 maijun 20(3)219-222

20 Bressel E Yonker JC Kras J et al Comparison of static and dynamic balance in female collegiate soccer basketball and gymnastics atheletes Journal of Athletic Training 2007 42(1)42ndash46

21 Sabeti M Jeremian L Graf A Kandelhart R Elite level rhythmic gymnasts have significantly more and stronger pain than peers of similar age a prospective study Wien Klin Wochenschr 201512731ndash35

22 Vanderlei FM Vanderlei FCM Netto Juacutenior J Praste CM Caracteriacutesticas das lesotildees desportivas e fatores associados com lesatildeo em iniciantes de ginaacutestica artiacutestica do sexo feminino Fisioter Pesq 201320(2)191-196

23 Oliveira MMM Lourenccedilo MRA Teixeira DC Incidecircncias de lesotildees nas equipes de Ginaacutestica Riacutetmica da UNOPAR UNOPAR Cient Ciecircnc Biol Sauacutede 2003 out 6(1)29-40

24 Frutuoso AS Diefenthaeler F Vaz MA et al Lower Limb asymmetries in rhythmic gymnastics atheletes Int Sports Phys Ther 2016 11(1)34ndash43

25 Kolar E Samardžija MP Smrdu M Atikovic A Athletes perceptions of the causes of injury in gymnastics J Sports Med Phys Fitness 2016 Mar 57(5)703-710

36

26 Mueller S Mueller J Stoll J Prieske O Cassel M Mayer F Incidence of back pain in adolescent athletes a prospective study BMC Sports Science Medicine and Rehabilitation 2016 838

27 Goubert D Danneels L Graven-Nielsen T Descheemaeker F Meeus M Differences in Pain Processing Between Patients with Chronic Low Back Pain Recurrent Low Back Pain and Fibromyalgia Pain Physician 2017 May 20(4)307-318

28 Arliani GG Cohen M Lara PS Astur DC Gonccedilalves JPP Ferretti M Impacto do esporte na sauacutede de ex-jogadores profissionais de futebol no Brasil Acta ortop bras 2014 julago 22(4)188-190

29 Hoskins W Pollard H Daff C Odell A Garbutt P McHardy A et al Low back pain status in elite and semi-elite Australian football codes a cross-sectional survey of football (soccer) Australian rules rugby league rugby union and non-athletic controls BMC Musculoskeletal Disorders 20091038

30 Ngamkham S Vincent C Finnegan L Holden JE Wang ZJ Wilkie DJ The McGill Pain Questionnaire as a Multidimensional Measure in People with Cancer An Integrative Review Pain Manag Nurs 2012 Mar 13(1) 27ndash51

31 Bermudez OAS Souza RA Souza CMF Castro CES Beacuterzn F Avaliaccedilatildeo multidimensional da dor em portadores de desordem temporomandibular utilizando uma versatildeo brasileira do questionaacuterio mcgill de dor Rev bras fisioter 2003 7(2) 151-158

32 Reading AE Everitt BS Sledmore CM The McGill Pain Questionnaire a replication of its construction Br J Clin Psychol 1982 21339ndash349

33 Melzack R The McGill Pain Questionnaire Anesthesiology 2005 103199-202

34 Pessoa CP Barreto MB Santos LB Alves TDB Oliveira MC Martins AG Instrumentos utilizados na avaliaccedilatildeo do impacto da dor na qualidade de vida de pacientes com dor orofacial e disfunccedilatildeo temporomandibular Escola Baiana de Sauacutede Puacuteblica 200731(2)267-293

35 Espinoza ES Ortiz GB Estabilidad abdominolumbopeacutelvica y equilibrio comopredictores de la incidencia de lesionesmusculoesqueleacuteticas en estudiantes de danzaUn estudio piloto Fisioterapia 2014

36 Steinberg N Dar G Dunlop M Gaida JE The relationship of hip muscle performance to legankle and foot injuries a systematic review The Physician and Sportsmedicine 2017

37 Anderson K Strickland SM Warren R Hip and Groin Injuries in Athletes The American Journal of Sports Medicine 2001 29(4) 521-533

38 Tschopp M Brunner F Erkrankungen und Uumlberlastungsschaumlden an der unteren Extremitaumlt bei Langstreckenlaumlufern Z Rheumatol 2017 Feb

37

39 Han J Anson J Waddington G Adans R Liu Y The Role of Ankle

Proprioception for Balance Control in relation to Sports Performance and Injury BioMed Research International 2015 Jun8

40 Couto AGA Pedroni CR Relaccedilatildeo entre postura queixa dolorosa e lesatildeo em bailarinas claacutessicas Ter Man 2013 11(55)228-233

41 Dore BF e Guerra RO Sintomatologia dolorosa e fatores associados em bailarinos profissionais Rev Bras Med Esporte 2007 MarAbr13(2)77-80

38

ANEXO I ndash QUESTIONAacuteRIO DE DOR MCGILL

39

ANEXO II ndash PARECER DE APROVACcedilAtildeO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA

40

41

ANEXO III ndash NORMAS DE SUBMISSAtildeO DA REVISTA

Instruccedilotildees aos Autores

A Revista Brasileira de Medicina do Esporte - RBME (Brazilian Journal of

Sports Medicine) oacutergatildeo oficial da Sociedade Brasileira de Medicina do Exerciacutecio e

do Esporte (SBMEE) eacute publicada bimestralmente em seis ediccedilotildees ao ano (janfev

marabr maiojun julago setout e novdez) A RBME eacute indexada nas seguintes

bases bibliograacuteficas SciELO Web of Science Excerpta Medica-EMBASE Physical

Education Index LILACS SIRC-Sportdiscus e Scopus A publicaccedilatildeo segue

integralmente o padratildeo internacional do International Committee of Medical Journal

Editors (ICMJE) ou Convenccedilatildeo de Vancouver e seus requisitos de uniformizaccedilatildeo

[httpwwwicmjeorg]

Preparaccedilatildeo de manuscritos Os artigos submetidos devem ser digitados em

espaccedilo duplo fonte Arial 12 em paacutegina tamanho A4 sem numerar linhas ou

paraacutegrafos e numerando as paacuteginas no canto superior direito Figuras e tabelas

devem ser apresentadas ao final do artigo em paacuteginas separadas No corpo do

texto deve-se informar os locais para inserccedilatildeo das tabelas ou figuras Nuacutemeros

menores que 10 satildeo escritos por extenso enquanto que nuacutemeros maiores ou igual a

10 satildeo expressos em algarismos araacutebicos Os manuscritos que natildeo estiverem de

acordo com as instruccedilotildees aos autores em relaccedilatildeo a estilo e formato seratildeo

devolvidos sem revisatildeo pelo Conselho Editorial As medidas deveratildeo ser expressas

no Sistema Internacional (Systegraveme International SI) disponiacutevel em

httpphysicsnistgovcuuUnits e unidades padratildeo quando aplicaacutevel Recomenda-

se aos autores natildeo usar abreviaccedilotildees no tiacutetulo e limitar a sua utilizaccedilatildeo no resumo e

ao longo do texto Os nomes geneacutericos devem ser usados para todas as drogas Os

faacutermacos podem ser referidos pelo nome comercial poreacutem deve constar o nome

cidade e paiacutes ou endereccedilo eletrocircnico do fabricante entre parecircnteses na seccedilatildeo

Materiais e Meacutetodos

Abreviaturas O uso de abreviaturas deve ser minimizado As abreviaturas deveratildeo

ser definidas por ocasiatildeo de sua primeira utilizaccedilatildeo no resumo e tambeacutem no texto

Abreviaturas natildeo padratildeo natildeo devem ser utilizadas a menos que essas apareccedilam

pelo menos trecircs vezes no texto Unidades de medida (3 ml ou 3 mL e natildeo 3

mililitros) ou siacutembolos cientiacuteficos padratildeo (elementos quiacutemicos por exemplo Na e

natildeo soacutedio) natildeo satildeo consideradas abreviaturas e portanto natildeo devem ser definidos

Abreviar nomes longos ou substacircncias quiacutemicas e termos utilizados para

combinaccedilotildees terapecircuticas Abreviaturas em figuras e tabelas podem ser utilizadas

por razotildees de espaccedilo poreacutem devem ser definidas na legenda mesmo que tenham

sido definidas no texto do artigo

Formato dos arquivos Usar editor de texto Microsoft Word para Windows ou

42

equivalente Arquivos em formato PDF natildeo devem ser enviados As tabelas e

quadros deveratildeo estar em seus arquivos originais (Excel Acess Powerpoint etc)

As figuras deveratildeo estar nos formatos jpg ou tif em alta resoluccedilatildeo (300 dpi) As

figuras deveratildeo estar incluiacutedas no arquivo Word mas tambeacutem devem ser enviadas

separadamente (anexadas durante a submissatildeo do artigo como documento

suplementar em seus arquivos originais)

Paacutegina de rosto A paacutegina de rosto deve conter (1) a categoria do artigo (2) o tiacutetulo

do artigo em portuguecircs inglecircs e espanhol com ateacute 80 caracteres cada que deve ser

objetivo e informativo (3) os nomes completos dos autores instituiccedilatildeo formaccedilatildeo

acadecircmica de origem (a mais relevante) cidade estado e paiacutes (4) nome do autor

correspondente com endereccedilo completo telefone e e-mail A titulaccedilatildeo dos autores

natildeo deve ser incluiacuteda O nome completo de cada autor (sem abreviaccedilotildees) e sua

afiliaccedilatildeo institucional (nota as unidades hieraacuterquicas devem ser apresentadas em

ordem decrescente por exemplo universidade faculdade ou instituto e

departamento) devem ser informados Os nomes das instituiccedilotildees e programas

deveratildeo ser apresentados preferencialmente por extenso e na liacutengua original da

instituiccedilatildeo ou na versatildeo em inglecircs quando a escrita natildeo eacute latina (pex aacuterabe

mandarim ou grego)

Resumo O resumo em portuguecircs inglecircs e espanhol deve ser incluiacutedo no

manuscrito Em cada um dos idiomas natildeo deve conter mais do que 300 palavras A

versatildeo estruturada eacute obrigatoacuteria nos artigos originais e inclui objetivos meacutetodos

resultados e conclusatildeo Artigos de revisatildeo natildeo requerem resumo estruturado

Palavras-chave O artigo deve incluir no miacutenimo trecircs e no maacuteximo seis descritores

em portuguecircs inglecircs e espanhol baseados nos Descritores de Ciecircncias da Sauacutede

(DeCS) httpdecsbvsbr ou no Medical Subject Headings (MeSH) da National

Library of Medicine disponiacutevel em httpwwwnlmnihgovmeshmeshhomehtml

oubaseados no Medical SubjectHeading (MeSH) do Index Medicus

(httpwwwnlmnihgovmesh)

Introduccedilatildeo A introduccedilatildeo deve conter (1) justificativa objetiva para o estudo com

referecircncias pertinentes ao assunto sem realizar uma revisatildeo extensa (2) objetivo do

artigo

Materiais e Meacutetodos Esta seccedilatildeo deve descrever os experimentos (quantitativa e

qualitativamente) e os procedimentos em detalhes suficientes que permitam que

outros pesquisadores reproduzam os resultados ou deem continuidade ao estudo

e deveraacute conter (1) a descriccedilatildeo clara da amostra utilizada (2) termo de

consentimento para estudos experimentais envolvendo seres humanos (3)

identificaccedilatildeo dos meacutetodos aparelhos (nome do fabricante e endereccedilo cidade e paiacutes

devem ser menciondos entre parecircnteses) e procedimentos utilizados (4) descriccedilatildeo

breve e referecircncias de meacutetodos publicados mas natildeo amplamente conhecidos (5)

43

descriccedilatildeo detalhada de meacutetodos novos ou modificados (6) quando pertinente incluir

a anaacutelise estatiacutestica e os programas utilizados Importante Ao relatar experimentos

com seres humanos ou animais indicar se os procedimentos seguiram as normas

do Comitecirc Eacutetico sobre Experiecircncias Humanas da instituiccedilatildeo na qual a pesquisa foi

realizada e se os procedimentos estatildeo de acordo com a declaraccedilatildeo de Helsinki de

1995 e a Animal Experimentation Ethics respectivamente Os autores devem incluir

uma declaraccedilatildeo indicando que o protocolo foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica da

Instituiccedilatildeo (instituiccedilatildeo de afiliaccedilatildeo de pelo menos um dos autores) com o respectivo

nuacutemero de identificaccedilatildeo Tambeacutem deve incluir que o Termo de Consentimento Livre

e Esclarecido foi assinado por todos os participantes

Resultados Apresentar os resultados em sequecircncia loacutegica no texto usando tabelas

e figuras Evitar repeticcedilatildeo excessiva de dados no texto em tabelas ou figuras

poreacutem enfatizar somente as descobertas mais importantes

Discussatildeo Enfatizar os aspectos originais e importantes do estudo e as conclusotildees

que decorrem deste evitando poreacutem repetir dados jaacute apresentados em outras

partes do manuscrito Em estudos experimentais ressaltar a relevacircncia e limitaccedilotildees

dos resultados confrontando com os dados da literatura e incluindo implicaccedilotildees

para estudos futuros

Conclusotildees A conclusatildeo deve ser clara e concisa baseada nos resultados

obtidos estabelecendo ligaccedilatildeo com implicaccedilotildees cliacutenicas evitando poreacutem excessiva

generalizaccedilatildeo) A mesma ecircnfase deve ser dada a estudos com resultados negativos

ou positivos Recomendaccedilotildees podem ser incluiacutedas quando relevantes

Agradecimentos Quando pertinente incluir agradecimento ou reconhecimento a

pessoas que tenham contribuiacutedo para o desenvolvimento do trabalho poreacutem natildeo se

qualificam como coautores Fontes de financiamento como auxiacutelio a pesquisa e

bolsas de estudo devem ser reconhecidos nesta seccedilatildeo Os autores deveratildeo obter

permissatildeo por escrito para mencionar nomes e instituiccedilotildees de todos os que

receberam agradecimentos nominais

Referecircncias As referecircncias devem ser numeradas na sequecircncia em que aparecem

no texto em formato sobrescrito As referecircncias citadas somente em legendas de

tabelas ou figuras devem ser numeradas de acordo com sequecircncia estabelecida

pela primeira menccedilatildeo da tabela ou da figura no texto O estilo das referecircncias

bibliograacuteficas deve seguir as regras do Uniform Requirements for Manuscripts

Submitted to Biomedical Journals (International Committee of Medical Journal

Editors disponiacutevel em Ann Intern Med 1997126(1)36-47 httpwwwicmjeorg)

Alguns exemplos satildeo mostrados a seguir Os tiacutetulos dos perioacutedicos devem ser

abreviados de acordo com o Index Medicus (List of Journals Indexed disponiacutevel em

httpwwwnlmnihgovtsdserialsljihtml) Se o perioacutedico natildeo constar dessa lista

deve-se utilizar a abreviatura sugerida pelo proacuteprio perioacutedico Deve-se evitar utilizar

44

ldquocomunicaccedilotildees pessoaisrdquo ou ldquoobservaccedilotildees natildeo publicadasrdquo como referecircncias

Resumos de tranalhos apresentados em eventos devem ser utilizados somente se

for a uacutenica fonte de informaccedilatildeo

Tabelas As tabelas devem ser elaboradas em espaccedilo 15 devendo ser planejadas

para ter como largura uma (87cm) ou duas colunas (18 cm) Cada tabela deve

possuir um tiacutetulo sucinto Notas explicativas seratildeo incluiacutedas em notas de rodapeacute A

tabela deve conter meacutedias e medidas de dispersatildeo (Desvio Padratildeo Erro Padratildeo da

Meacutedia etc) natildeo devendo conter casas decimais irrelevantes As abreviaturas

devem estar de acordo com aquelas utilizadas no texto e nas figuras Os coacutedigos de

identificaccedilatildeo de itens da tabela devem estar listados na ordem de surgimento no

sentido horizontal e devem ser identificados pelos siacutembolos padratildeo Os quadros e

tabelas deveratildeo ser enviados atraveacutes dos arquivos originais editaacuteveis (Word Excel)

e natildeo como imagens

Figuras Na versatildeo impressa da RBME seratildeo aceitas figuras em preto-e-branco

Imagens coloridas poderatildeo ser publicadas quando forem essenciais para o conteuacutedo

cientiacutefico do artigo Nestes casos o custo seraacute repassado aos autores Figuras

coloridas poderatildeo ser incluiacutedas na versatildeo eletrocircnica do artigo sem custo adicional

aos autores Os desenhos e figuras devem ser consistentes e tatildeo simples quanto

possiacutevel poreacutem informativos Tons de cinza natildeo devem ser utilizados Todas as

linhas devem ser soacutelidas Para graacuteficos de barra por exemplo utilizar barras

brancas pretas com linhas diagonais nas duas direccedilotildees linhas em xadrez linhas

horizontais e verticais A RBME desaconselha fortemente o uso de fotografias de

equipamentos e animais de experimentaccedilatildeo As figuras devem ser impressas com

bom contraste e ter a largura de uma coluna (87cm) Utilizar no miacutenimo fonte

tamanho 10 para letras nuacutemeros e siacutembolos com espaccedilamento e alinhamento

adequados Quando a figura representar uma radiografia ou fotografia sugerimos

incluir a escala de tamanho quando pertinente

Por favor note que eacute de responsabilidade dos autores obter permissatildeo do detentor

dos direitos autorais para reproduzir figuras (ou tabelas) que tenham sido

previamente publicados em outras fontes De acordo com os princiacutepios do acesso

aberto os autores devem ter permissatildeo do detentor dos direitos caso desejem

incluir imagens que tenham sido publicados em outros perioacutedicos de acesso natildeo

aberto A permissatildeo deve ser indicada na legenda da figura e a fonte original deve

ser incluiacuteda na lista de referecircncias

45

APEcircNDICE I ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE)

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Vocecirc estaacute sendo convidada(o) a participar da pesquisa intitulada

ldquoCARACTERIZACcedilAtildeO DA DOR E SUA RELACcedilAtildeO COM EQUILIacuteBRIO

POSTURAL ESTAacuteTICO EM ATLETAS DE GINAacuteSTICA RIacuteTMICArdquo realizada pela

Universidade Federal de Sergipe por intermeacutedio da discente TAINARA DOS

SANTOS BOMFIM devidamente assistida pelo seu orientador PAULO MAacuteRCIO

PEREIRA OLIVEIRA O objetivo desse estudo eacute caracterizar a Dor

musculoesqueleacutetica em atletas de elite de ginaacutestica riacutetmica e analisar a relaccedilatildeo da

dor no equiliacutebrio postural estaacutetico das atletas comparando com controles natildeo

atletas A justificativa para a realizaccedilatildeo da pesquisa eacute documentar na literatura

escassa estudo sobre a relaccedilatildeo da dor com o equiliacutebrio postural estaacutetico em

atletas de elite de Ginaacutestica Riacutetmica Sua participaccedilatildeo nessa pesquisa consistiraacute

em responder um questionaacuterio e realizar avaliaccedilatildeo de equiliacutebrio que ocorreraacute em

um uacutenico momento Natildeo haacute riscos previsiacuteveis relacionados com sua participaccedilatildeo

nem danos previsiacuteveis decorrentes da pesquisa Os benefiacutecios relacionados com

sua participaccedilatildeo satildeo

1 Identificar alteraccedilotildees posturais de equiliacutebrio em atletas de alto rendimento

2 Evidenciar se o processo de dor em atletas eacute igual maior ou menor quando

comparado com pessoas natildeo atletas

3 Evidenciar se as variaccedilotildees aacuterea e velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo

de pressatildeo se igualam ou natildeo a pessoas natildeo atletas

Vocecirc foi selecionado por preencher os requisitos da pesquisa mas sua

participaccedilatildeo NAtildeO Eacute OBRIGATOacuteRIA sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo em sua

relaccedilatildeo com a instituiccedilatildeo ou com o pesquisador

Eu________________________________________________________________

abaixo assinado declaro que fui informado que as informaccedilotildees obtidas atraveacutes

dessa pesquisa seratildeo confidenciais e o sigilo sobre minha participaccedilatildeo seraacute

assegurado De tal modo que os dados natildeo seratildeo divulgados de forma a possibilitar

minha identificaccedilatildeo Tambeacutem estou ciente de que a qualquer momento posso

desistir de minha participaccedilatildeo e retirar meu consentimento Declaro que entendi os

objetivos riscos e benefiacutecios de minha participaccedilatildeo na pesquisa e concordo em

participar

Vocecirc receberaacute uma coacutepia deste termo onde consta o telefone e o endereccedilo do

pesquisador principal podendo tirar suas duacutevidas sobre o Projeto de Pesquisa de

sua participaccedilatildeo agora ou a qualquer momento

46

DADOS DO PESQUISADOR RESPONSAacuteVEL

Nome Tainara dos Santos Bomfim

Endereccedilo profissionale-mail Rua Padre Aacutelvares Pitangueira sn - Centro

Departamento de Fisioterapia bftainaragmailcom

Telefone (79) 9 9806-7487

ATENCcedilAtildeO A participaccedilatildeo em qualquer tipo de pesquisa eacute voluntaacuteria Em casos de

duacutevida quanto aos seus direitos entre em contato com o Comitecirc de Eacutetica em

Pesquisa da Universidade Federal de Sergipe

Lagarto _____de _____de 201_

_____________________________________________________

ASSINATURA DO VOLUNTAacuteRIO

_____________________________________________________

ASSINATURA DO PESQUISADOR RESPONSAacuteVEL

Page 13: CARACTERIZAÇÃO DA DOR E SUA RELAÇÃO COM O … · tainara dos santos bomfim caracterizaÇÃo da dor e sua relaÇÃo com o equilÍbrio postural em atletas de ginÁstica rÍtmica

6 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 32

REFEREcircNCIAS 34

ANEXO I ndash QUENTIONAacuteRIO DE DOR MGILL 38

ANEXO II ndash PARECER DE APROVACcedilAtildeO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA 39

ANEXO III ndash NORMAS DE SUBMISSAtildeO DA REVISTA 41

APEcircNDICE I ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO 45

CARACTERIZACcedilAtildeO DA DOR E SUA RELACcedilAtildeO COM EQUILIacuteBRIO

POSTURAL EM ATLETAS DE GINAacuteSTICA RIacuteTMICA

CHARACTERIZATION OF PAIN AND YUOR RELATIONSHIP WITH POSTURAL

BALANCE IN RHYTHMIC GYMNASTICS ATHLETES

Tainara dos Santos Bomfimsup1 Paulo Maacutercio Pereira Oliveira2

sup1 Universidade Federal de Sergipe Campus Universitaacuterio Prof Antocircnio Garcia Filho Graduanda em

Fisioterapia ndash Lagarto SE Brasil

sup2 Universidade Federal de Sergipe Campus Universitaacuterio Prof Antocircnio Garcia Filho Professor

Adjunto do Departamento de Fisioterapia ndash Lagarto SE Brasil

Correspondecircncia

Tainara dos Santos Bomfim

Departamento de Fisioterapia de Lagarto da Universidade Federal de Sergipe (UFS)

Av Gov Marcelo Deda sn ndash Satildeo Joseacute CEP 49400-000 ndash LagartoSE

Telefone (79) 9 9806-7487

E-mail tainarabomfimyahoocombr

RESUMO

Introduccedilatildeo A Ginaacutestica Riacutetmica (GR) eacute um esporte de alta performance que exige de suas atletas

movimentos de grandes amplitudes articulares forccedila e uma boa coordenaccedilatildeo motora postural Aleacutem

disso em virtude da especificidade do gesto esportivo as ginastas satildeo expostas constantemente a

posturas e esforccedilos repetitivos repercutindo em lesotildees musculoesqueleacuteticas e consequentemente

em dor a qual pode afetar negativamente o equiliacutebrio corporal Objetivo caracterizar a dor

musculoesqueleacutetica em atletas de elite de GR Secundariamente comparar o equiliacutebrio postural

estaacutetico das ginastas com controles natildeo atletas bem como correlacionar o iacutendice de dor com o

equiliacutebrio nas atletas de GR Meacutetodos participaram da pesquisa 50 jovens do sexo feminino 25

ginastas compondo o grupo atleta (GA) e 25 natildeo atletas compondo o grupo controle (GC) As

voluntaacuterias foram submetidas agrave avaliaccedilatildeo da percepccedilatildeo dolorosa utilizando a versatildeo brasileira do

questionaacuterio de dor McGill (Br-MPQ) e do equiliacutebrio postural atraveacutes da estabilometria O estudo foi

aprovado pelo comitecirc de eacutetica (CAAE 61990516400005546) Resultados o GA manifestou

percepccedilatildeo dolorosa significativamente maior (plt0001) a dor nas atletas apresentou caracteriacutesticas

sensorial e avaliativa as regiotildees de maior queixa dolorosa foram a articulaccedilatildeo do quadril (52)

seguida do tornozelo-peacute (44) Na comparaccedilatildeo intergrupos do equiliacutebrio postural estaacutetico foi

observado maior deslocamento do COP no GA (16513 mmsup2 plusmn 148) em relaccedilatildeo ao GC (10212 mmsup2

plusmn 114) Nas correlaccedilotildees do equiliacutebrio com os domiacutenios da dor foi observada apenas uma correlaccedilatildeo

significativa entre a dor avaliativa e a VmCOP na direccedilatildeo mediolateral (r = 0414 p = 0040)

Conclusatildeo As atletas demonstram maior percepccedilatildeo dolorosa e menor equiliacutebrio postural estaacutetico

quando comparadas a controles natildeo atletas Entretanto possuem maior habilidade para

reestabelecer o controle postural Aleacutem disso a presenccedila da percepccedilatildeo dolorosa mostrou uma fraca

relaccedilatildeo poreacutem significativa com o controle postural em atletas de elite de GR

Descritores Ginaacutestica Equiliacutebrio Postural Dor Musculoesqueleacutetica

ABSTRACT

Introduction Rhythmic Gymnastics (RG) is a high performance sport that requires your movements of large amplitudes athletes strength and a good hand-eye coordination postural In addition due to the specificity of Sporting gesture the gymnasts are constantly exposed to repetitive strain and postures reverberating in musculoskeletal injuries and consequently in painwhich can negatively affect the body balance Objective to characterize the musculoskeletal pain in elite athletes of RG secondarily compare the static postural equilibrium of the gymnasts with non-athletes controls as well

as correlate the pain index with the equilibrium in the athletes of RG Methods Participated in the

survey 50 female youth 25 gymnasts composing the Athlete Group (AG) and 25 non-athletes composing the Control Group (CG) The volunteers were subjected to the evaluation of the painful perception using the Brazilian version of the McGill Pain Questionnaire (BR-MPQ) and the posture equilibrium through the Estabilometria The study was approved by the Ethics Committee (CAAE 61990516400005546) Results The AG manifested significantly greater painful perception (p lt 0001) The pain in athletes presented sensory and evaluative characteristics The most painfully complaining regions were the hip joint (52) followed by ankle-foot (44) In the intergroup comparison of the static posture equilibrium was observed greater displacement of the COP in the AG (16513 mm sup2 plusmn 148) relative to the CG (10212 mm sup2 plusmn 114) In the correlations of equilibrium with the domains of pain it was observed only a significant correlation between the evaluative pain and the VmCOP in the direction mediolateral (r = 0414 p = 0040) Conclusion Athletes demonstrate greater painful perception and lower posture static equilibrium when compared to non-athletes controls However they possess greater ability to reestablish posture control Moreover the presence of painful perception showed a weak but significant relationship with the posture control in elite athletes of Gr

keywords Gymnastics Postural Balance Musculoskeletal Pain

16

1 INTRODUCcedilAtildeO

A Ginaacutestica Riacutetmica (GR) eacute uma modalidade esportiva que exige de seus

atletas forccedila flexibilidade e coordenaccedilatildeo motora para a realizaccedilatildeo de movimentos

corporais de danccedila combinados com a manipulaccedilatildeo de pequenos equipamentos1 2

Desse modo para a correta execuccedilatildeo de seus movimentos durante treinos e

competiccedilotildees torna-se imprescindiacutevel a manutenccedilatildeo do equiliacutebrio e controle postural

protegendo o sistema neuromuscular de lesotildees1 34

Geralmente os atletas de alto rendimento como as ginastas satildeo submetidos

a altos volumes e intensidades de treinamento comprometendo a biomecacircnica

devido agrave alteraccedilotildees compensatoacuterias na execuccedilatildeo do gesto esportivo as quais

repercutem no aparecimento de lesatildeo e dor5-7 Diante disso acredita-se que a

presenccedila de dor possa afetar negativamente o equiliacutebrio postural de atletas

Vaacuterios autores abordam a importacircncia da manutenccedilatildeo do equiliacutebrio na praacutetica

esportiva289 Entretanto a estabilidade corporal em atletas pode variar de acordo

com as exigecircncias especiacuteficas da modalidade praticada10 Comumente atletas de

alto niacutevel que dependem da estabilidade postural para execuccedilatildeo da praacutetica

esportiva como na ginaacutestica riacutetmica aprendem a elevar o limiar sensoriomotor por

estimulaccedilatildeo dos seus proprioceptores tendo uma ativaccedilatildeo muscular mais raacutepida em

resposta agraves perturbaccedilotildees do equiliacutebrio11 12

Todavia alguns fatores podem interferir no controle postural destacando-se a

dor musculoesqueleacutetica4913 Sabe-se que a presenccedila da percepccedilatildeo dolorosa em

qualquer parte do segmento corporal eacute o primeiro indicador da existecircncia de lesatildeo

tecidual14 Desta forma pesquisas comprovam que em populaccedilotildees ativas com

lesotildees musculoesqueleacuteticas foram observados deacuteficits de controle postural121516

Em vista disso a dor musculoesqueleacutetica eacute uma das principais causas que podem

afetar o equiliacutebrio corporal em ginastas de alto rendimento levando agrave diminuiccedilatildeo da

funcionalidade da qualidade de vida e consequentemente agrave perda da performance

desportiva913 Esta eacute considerada uma experiecircncia multidimensional e subjetiva17 18

portanto torna-se uma variaacutevel difiacutecil de ser avaliada principalmente em atletas

17

Atualmente existe diversos estudos cientiacuteficos sobre o comportamento do

estiacutemulo doloroso e do equiliacutebrio corporal na performance esportiva e na prevenccedilatildeo

de lesotildees em atletas de elite5-81920 Poreacutem satildeo raras as investigaccedilotildees sobre a

caracterizaccedilatildeo da dor e do equiliacutebrio corporal em atletas de ginaacutestica riacutetmica Bem

como descriccedilatildeo da relaccedilatildeo da dor na estabilidade postural em atletas de alto

rendimento em qualquer que seja o esporte praticado e articulaccedilatildeo testada

O presente estudo tem como objetivo primaacuterio caracterizar a dor

musculoesqueleacutetica em atletas de elite de Ginaacutestica Riacutetmica Secundariamente

comparar o equiliacutebrio postural estaacutetico das ginastas com controles natildeo atletas bem

como correlacionar o iacutendice de dor com o equiliacutebrio nas atletas de GR

2 MEacuteTODOS

21 Delineamento do Estudo

Trata-se de um estudo analiacutetico do tipo observacional com um corte

transversal controlado e mascaramento aberto

22 Sujeitos

A amostra foi composta de 50 sujeitos unicamente do sexo feminino

coletados por conveniecircncia Os sujeitos foram divididos em dois grupos Grupo

Atleta (GA) (25 sujeitos) recrutados na Confederaccedilatildeo Brasileira de Ginaacutestica

AracajuSergipeBrasil e Grupo Controle (GC) (25 sujeitos) selecionados no Coleacutegio

Polivalente LagartoSergipeBrasil e pareados por peso Iacutendice de Massa Corporal

(IMC) e idade

Os criteacuterios de inclusatildeo dos sujeitos submetidos agrave pesquisa e alocados no

GA foram (1) ter sido aprovada na seletiva para o ingresso na seleccedilatildeo brasileira de

ginaacutestica riacutetmica (SBGR) (2) tempo de praacutetica no esporte superior a cinco anos com

4 horas diaacuterias ou mais de treino Para os sujeitos incluiacutedos no GC foram

obedecidos os seguintes criteacuterios (1) IMC le 25 (2) idade entre 14 e 24 anos (3)

ausecircncia de poacutes-ciruacutergicos anteriores Os sujeitos em ambos os grupos foram

excluiacutedos caso apresentassem (1) sequela de doenccedilas do sistema nervoso central

(2) diabetes mellitus ou pressatildeo arterial natildeo controlada (3) inaptidatildeo para seguir

18

ordens ou compreender as ferramentas de mensuraccedilatildeo do estudo (4) histoacuteria de

comprometimento visual auditivo eou do sistema vestibular (5) natildeo falar e

compreender o idioma portuguecircs (6) uso de faacutermacos inibidores ou estimulantes do

sistema nervoso central

23 Procedimentos de avaliaccedilatildeo

Inicialmente foram avaliados dados antropomeacutetricos como peso medido

atraveacutes de balanccedila analoacutegica (Camryreg) calibrada pelo Inmetro (Instituto Nacional de

Metrologia Normalizaccedilatildeo e Qualidade Industrial) e altura mensurada por meio de

fita meacutetrica natildeo-flexiacutevel (Tramontinareg) Em seguida os sujeitos receberam

informaccedilotildees sobre os objetivos da pesquisa instrumentos utilizados comandos

verbais a serem atendidos e demais procedimentos A partir da seleccedilatildeo das

voluntaacuterias iniciou-se a coleta dos dados realizada em duas etapas

231 Avaliaccedilatildeo da Dor

Para registro da percepccedilatildeo da dor foi aplicada a versatildeo brasileira do

questionaacuterio de Dor McGill (Br-MPQ) Trata-se de um instrumento para avaliaccedilatildeo de

dor em uma perspectiva multidimensional o qual possibilita o fornecimento de um

conhecimento amplo sobre a caracterizaccedilatildeo e percepccedilatildeo do estiacutemulo doloroso em

quatro dimensotildees (sensorial afetiva avaliativa e miscelacircnea)1718 As voluntaacuterias

foram instruiacutedas primeiramente a identificar em um diagrama corporal no

questionaacuterio a localizaccedilatildeo da sua dor quando presente Posteriormente foram

orientadas a selecionar em cada subgrupo do questionaacuterio uma palavra que melhor

expressasse a experiecircncia com a dor relatada previamente Deixando claro que natildeo

era obrigatoacuteria a escolha de palavras em todas as dimensotildees O resultado final do

Br-MPQ usado para anaacutelise foi expresso pelo nuacutemero de palavras escolhidas (NWC)

e pelo iacutendice de dor (PRI) caracterizado pela somatoacuteria dos valores de intensidade

dos descritores escolhidos

232 Avaliaccedilatildeo Estabilomeacutetrica

A estabilometria foi realizada com os sujeitos posicionados sobre uma

plataforma de forccedila sendo orientado a manter o olhar adiante num ponto fixado na

parede e de modo consciente transferir o peso corporal da maneira mais

19

homogecircnea possiacutevel entre os membros inferiores Foram realizados trecircs registros

com os olhos abertos As variaacuteveis analisadas foram a aacuterea da elipse do centro de

oscilaccedilatildeo de pressatildeo (ACOP) e a velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo pressatildeo

(VmCOP) do baricentro corporal nas direccedilotildees anteroposterior (AP) e mediolateral

(ML)

A distribuiccedilatildeo consciente do peso foi registrada atraveacutes de um

baropodocircmetro da marca Arquipeacutelagoreg (Footwork Satildeo Paulo Satildeo Paulo Brasil)

que consiste em um sistema de plataforma interligada a um computador para

mensurar as pressotildees exercidas pelos peacutes atraveacutes do sistema de aquisiccedilatildeo

computadorizada das pressotildees (ACP) A plataforma utilizada possui dimensotildees 700

X 600 mm com uma superfiacutecie ativa de 475 X 430 mm com 2544 sensores Esta foi

conectada a um computador com processador 62G HV 04 GB de memoacuteria RAM

disco riacutegido 500 GB e software footwork o qual analisou os dados captados Para

esses registros ortostaacuteticos foi utilizada a frequecircncia de aquisiccedilatildeo dos dados de 05

Hz coletando com isso 100 leituras em cada avaliaccedilatildeo O tempo de registro foi de

15 segundos com um intervalo de 30 segundos entre as avaliaccedilotildees

24 Aspectos Eacuteticos

O estudo foi submetido e aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica e Pesquisa com

Seres Humanos da Universidade Federal de Sergipe (CAAE

61990516400005546) Todos os voluntaacuterios assinaram o Termo de Consentimento

Livre e Esclarecido (TCLE) Todos os sujeitos que participaram da pesquisa foram

avisados que poderiam desistir da participaccedilatildeo a qualquer momento sem nenhum

preuizo aos mesmos

25 Anaacutelise Estatiacutestica

As variaacuteveis numeacutericas foram testadas quanto agrave distribuiccedilatildeo de normalidade

por meio do teste de Shapiro-Wilk Para anaacutelise das amostras parameacutetricas foi

utilizado o teste T- Student e para as amostras natildeo parameacutetricas foi utilizado o teste

de Mann-Whitney para identificar diferenccedilas intergrupos Os dados gerais foram

apresentados em meacutedia e erro padratildeo da meacutedia (EPM) bem como frequecircncia

absoluta (FA) e relativa (FR) Para anaacutelise das correlaccedilotildees entre as variaacuteveis

pesquisadas aplicou-se o teste de Spearman A significacircncia foi estipulada em cinco

20

por cento (p le 005) Para todas as anaacutelises foi utilizado o programa GraphPad Prism

(Versatildeo 601)

3 RESULTADOS

31 Sujeitos

Cinquenta indiviacuteduos concluiacuteram o estudo vinte e cinco voluntaacuterias foram

alocadas no grupo atleta e controle respectivamente As variaacuteveis idade peso

altura e IMC natildeo foram significativamente diferentes entre os grupos A tabela 1

conteacutem as caracteriacutesticas demograacuteficas e antropomeacutetricas dos grupos de estudo

Tabela 1 Caracteriacutesticas demograacuteficas e antropomeacutetricas da amostra

GA grupo atleta GC grupo controle Valores expressos como meacutedia plusmn erro padratildeo da meacutedia O valor de p

corresponde agrave comparaccedilatildeo entre o grupo atleta (n=25) e o grupo controle (n=25)

32 Caracterizaccedilatildeo da Dor

321 Domiacutenios da Dor

Aproximadamente setenta por cento do grupo controle (68) natildeo apresentou

descriccedilatildeo para a sensibilidade dolorosa em nenhum dos domiacutenios avaliados No

grupo atleta foi observado que 24 (96) apresentaram dor de caracteriacutestica

sensorial 19 voluntaacuterias (76) afetiva 24 sujeitos (96) avaliativa e 19 (76)

miscelacircnea

Ao comparar as atletas com o grupo controle observou diferenccedila significativa

com um aumento da dor descrita em todos os domiacutenios avaliados sensorial (1344 plusmn

Caracteriacutesticas

GRUPOS

GA GC P

Idade (anos) 2016 plusmn 068 2091 plusmn 065 0560

Peso (Kg) 5128 plusmn 10 5064 plusmn 109 1481

Altura (m) 164 plusmn 0011 163 plusmn 0009 0372

IMC (Kgm2) 1864 plusmn 03 1938 plusmn 0436 0533

21

146 plt0001) afetivo (264 plusmn 053 plt0001) avaliativo (236 plusmn 028 plt0001) e

miscelacircnea (376 plusmn 064 plt0001) (Tabela 2)

Tabela 2 Domiacutenios da dor entre os grupos da pesquisa

Tabela 2 Escores obtidos atraveacutes do questionaacuterio de dor McGill entre o grupo atleta (n=25) e o grupo controle

(n=25) Os valores foram apresentados como frequecircncia absoluta (FA) e relativa (FR) (porcentagem) SL

Sensorial AV Avaliativa AF Afetiva M Miscelacircnea GA grupo atleta GC grupo controle plt005 GA X GC

plt001 GA X GC plt0001 GA X GC A anaacutelise de variaacuteveis categoacutericas foi realizada por meio do teste

Mann-Whitney

322 Localizaccedilatildeo da Dor

Aproximadamente sessenta e oito por cento do grupo controle apresentou

nenhum local de intensidade dolorosa Em contra partida no grupo atleta seis (24)

das ginastas relataram sentir dor em pelo menos uma articulaccedilatildeo do corpo e

dezenove (76) apresentaram intensidade dolorosa em mais de uma articulaccedilatildeo

Foi observado no grupo atleta que em 13 (52) das atletas a articulaccedilatildeo do quadril

apresentou-se com maior prevalecircncia A segunda articulaccedilatildeo de maior sensibilidade

relatada pelo GA foi o peacute em 11 (44) (Tabela 3)

Tabela 3 Prevalecircncia e localizaccedilatildeo de dor entre os grupos da pesquisa

Domiacutenios Grupo Atleta (GA) Grupo Controle (GC) P

FA (n) FR () FA (n) FR ()

Sensorial (SL) 24 96 8 32 00001

Afetiva (AF) 19 76 4 16 00001

Avaliativa (AV) 24 96 8 32 00001

Miscelacircnea (M) 19 76 6 24 00005

Caracteriacutesticas Grupo Atleta (GA) Grupo Controle (GC)

FA (n) FR () FA (n) FR ()

Sentem dor 25 100 8 32

22

Tabela 3 Prevalecircncia e distribuiccedilatildeo corporal da dor entre o grupo atleta (n=25) e o grupo controle (n=25) Os

valores foram apresentados como frequecircncia absoluta (FA) e relativa (FR) (porcentagem) GA grupo atleta GC

grupo controle

323 Nuacutemero de Palavras Escolhidas e Iacutendice de Dor

No grupo atleta o nuacutemero de palavras escolhidas (NWC) foi significativamente

maior (1076 plusmn 106) ao comparar com o grupo controle (220 plusmn 075 plt0001)

Similarmente aos resultados encontrados para o NWC tambeacutem foi observado um

aumento significativo do iacutendice de dor (PRI) no grupo atleta (2220 plusmn 242) em

relaccedilatildeo ao grupo controle (484 plusmn 165 plt0001) A figura 1 demonstra a

comparaccedilatildeo entre os grupos para o Iacutendice de dor e nuacutemero de palavras escolhidas

Dor em uma articulaccedilatildeo 6 24 7 28

Dor em mais de uma articulaccedilatildeo

19 76 1 4

Dor no Quadril 13 52 0 0

Dor no Peacute 11 44 1 4

Dor no Joelho 7 28 1 4

Dor na Coluna 5 20 4 16

23

Figura 1 Nuacutemero de palavras escolhidas e Iacutendice de dor verificado por meio do questionaacuterio de dor de McGill

entre o grupo atleta (n=25) e o grupo controle (n=25) NWC nuacutemero de palavras escolhidas PRI iacutendice de dor

GA grupo atleta GC grupo controle plt005 GA X GC plt001 GA X GC plt0001 GA X GC A anaacutelise de

variaacuteveis categoacutericas foi realizada por meio do teste Mann-Whitney

33 Equiliacutebrio Estaacutetico (Estabilometria)

331 Aacuterea de deslocamento do COP (ACOP)

Nas comparaccedilotildees intergrupos foi observada uma reduccedilatildeo significativa do

equiliacutebrio no grupo atleta (plt005) Verificou-se que as ginastas apresentaram maior

deslocamento do COP (16513 mmsup2 plusmn 148 p= 0002) em relaccedilatildeo ao grupo controle

(10212 mmsup2 plusmn 114 p= 0002) A figura 2 demonstra a comparaccedilatildeo da aacuterea do

deslocamento do COP entre os grupos

Figura 2 Aacuterea da elipse do centro de pressatildeo do baricentro corporal entre o grupo atleta (n=25) e o grupo

controle (n=25) ACOP aacuterea do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo GA grupo atleta GC grupo controle plt005 GA X GC plt001 GA X GC plt0001 GA X GC A anaacutelise de variaacuteveis categoacutericas foi realizada por meio do teste Mann-Whitney

332 Velocidade meacutedia de oscilaccedilatildeo do COP (VmCOP)

A velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo do baricentro do corpo foi

significativamente maior na direccedilatildeo AP no grupo atleta (1110 mms plusmn 0049 p=003)

quando comparada ao grupo controle (0997 mms plusmn 0091 p=003) Paralelamente

24

a velocidade meacutedia do COP na direccedilatildeo ML tambeacutem foi significativamente maior no

grupo atleta (0845 mms plusmn 0042 plt0001) em relaccedilatildeo ao grupo controle (0508

mms plusmn 0065 plt0001) (Figura 3)

Figura 3 Velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo do baricentro corporal entre o grupo atleta (n=25)

e o grupo controle (n=25) COP centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo AP anteroposterior ML mediolateral GA grupo atleta GC grupo controle plt005 GA X GC plt001 GA X GC plt0001 GA X GC A anaacutelise de variaacuteveis categoacutericas foi realizada por meio do teste Mann-Whitney

34 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios da dor e equiliacutebrio postural

Foi apenas visualizada uma correlaccedilatildeo de fraca a moderada positiva com

significacircncia estatiacutestica entre o domiacutenio de dor avaliativa (236 plusmn 028) e velocidade

meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo na direccedilatildeo mediolateral (AV 0845mms plusmn

0042 r = 0414 p = 0040) Natildeo houve correlaccedilatildeo significativa entre todos os outros

domiacutenios avaliados e a velocidade meacutedia do COP na direccedilatildeo ML (S 0845mms plusmn

0042 r = 023 p gt 0914 AF 0845mms plusmn 0042 r = 085 p = 0687 M 0845mms

plusmn 0042 r = 0049 p = 0816) Bem como entre todos os domiacutenios e a velocidade

meacutedia do COP na direccedilatildeo anteroposterior (S 1110mms plusmn 0049 r = 0009 p =

0967 AF 1110mms plusmn 0049 r = 0216 p = 0299 AV 1110mms plusmn 0049 r =

020 p = 0925 M 1110mms plusmn 0049 r = 0138 p = 0510) e entre todos os

domiacutenios e a aacuterea de deslocamento do COP (S 16513mmsup2 plusmn 148 r = 0044 p =

0836 AF 16513mmsup2 plusmn 148 r = 0165 p = 0431 AV 16513mmsup2 plusmn 148 r = 0220

p gt 0291 M 16513mmsup2 plusmn 148 r = 0180 p = 0390) (Figura 4)

25

Figura 4 Correlaccedilatildeo de Spearman entre dor avaliativa e velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo (VmCOP) do baricentro corporal (A) Forccedila de correlaccedilatildeo de Spearman (r = 0414 p = 0040) entre a dor

avaliativa (AV) (236 plusmn 028) e a velocidade meacutedia do COP na direccedilatildeo mediolateral (0845 mms plusmn 0042) no grupo atleta (B) Forccedila de correlaccedilatildeo de Spearman (r = 0063 p = 0765) entre a dor avaliativa (AV) (060 plusmn

021) e a velocidade meacutedia do COP na direccedilatildeo mediolateral (0508 mms plusmn 0065) no grupo controle Os valores foram apresentados como meacutedia plusmn erro padratildeo da meacutedia

4 Discussatildeo

Os resultados desta pesquisa demonstraram que atletas de elite de ginaacutestica

riacutetmica manifestam maior percepccedilatildeo dolorosa que controles natildeo praticantes de

esporte a niacutevel competitivo Isto pode estar relacionado a trecircs principais fatores que

podem contribuir de forma direta para a maior prevalecircncia de dor nessas atletas

destacando o iniacutecio precoce na praacutetica da modalidade os altos volumes e

intensidade dos treinos e a grande quantidade de repeticcedilotildees dos gestos esportivos

com alta predominacircncia de saltos e posturas estaacuteticas De acordo com os nossos

resultados Sabeti et al21 realizaram estudo com 218 ginastas de diferentes

nacionalidades no campeonato europeu de GR utilizando a escala visual analoacutegica

(EVA) para registro da intensidade dolorosa Os resultados encontrados foi que as

atletas tecircm uma maior intensidade dolorosa (72) que controles natildeo praticantes de

esporte competitivo

Paralelamente a literatura cientifica relata que o tempo de inicio da praacutetica

esportiva o niacutevel competitivo e o volumeintensidade dos treinos destas atletas satildeo

fatores preditivos para um maior desenvolvimento de lesatildeo e dor em atletas de GR

Shigaki et al4 apontam que o risco e intensidade de lesatildeo estatildeo fortemente

26

relacionados com o aumento da idade e do niacutevel competitivo Da mesma forma

Vanderlei et al22 e Oliveira et al23 afirmam que quanto mais elevada a categoria do

atleta maior seraacute o tempo e a intensidade do treinamento consequentemente maior

a exposiccedilatildeo aos esforccedilos musculoesqueleacuteticos durante treinamento eou

competiccedilotildees Deste modo Oliveira et al23 em seu estudo avaliaram 25 atletas de

GR de diferentes categorias etaacuterias e encontraram que a maioria das atletas

apresentaram algum tipo de lesatildeo ocasionada pelos treinos Desta forma autores

relatam que a formaccedilatildeo dessas atletas influencia na incidecircncia e intensidade

dolorosa de lesotildees por overuse21 24 Tais lesotildees geralmente ocorrem quando a

frequecircncia dos exerciacutecios aumenta enquanto a intensidade eacute mantida23 Estando de

acordo com os nossos resultados Kolar et al25 em estudo realizado com 63 atletas

da ginaacutestica artiacutestica e riacutetmica de ambos os sexos concluiacuteram que a maacute teacutecnica

meacutetodos improacuteprios de ensino e carga inadequada durante os treinos foram

associados com o surgimento de dor e lesotildees nessa populaccedilatildeo

Contrariamente aos nossos resultados Muller et al26 realizaram um estudo

investigativo do desenvolvimento de dor lombar em atletas adolescentes em relaccedilatildeo

ao sexo e tipo de esporte praticado Foram avaliados 321 atletas sem dor lombar em

um primeiro momento e apoacutes dois anos os mesmo atletas foram reavaliados para

verificar a incidecircncia de dor lombar Apenas 10 da amostra foram categorizados

com dor lombar Aleacutem disso antropometria e caracteriacutesticas de formaccedilatildeo do esporte

natildeo demonstraram influecircncia significativa na dor lombar levando os autores a

concluiacuterem que o esporte de alto rendimento natildeo induz dor lombar em atletas

adolescentes

No nosso estudo utilizamos para avaliaccedilatildeo da percepccedilatildeo dolorosa em ambos

os grupos o questionaacuterio de dor McGill Este apresentou-se como uma ferramenta

de faacutecil execuccedilatildeo baixo custo e com alta sensibilidade e confiabilidade para uma

caracterizaccedilatildeo multidimensional da dor na populaccedilatildeo estudada Diferenciados

meacutetodos de investigaccedilatildeo da dor podem ser encontrados em um crescente numero

de publicaccedilotildees cientificas sobre o estudo da percepccedilatildeo e intensidade dolorosa

Goubert et al27 utilizaram a algometria de pressatildeo para comparar a avaliaccedilatildeo

sensorial quantitativa da dor de pacientes com dor lombar em diferentes niacuteveis de

cronicidade comparando a controles saudaacuteveis e pacientes com fibromialgia

Diferentemente Sabeti et al21 Arliani et al28 e Hoskins et al29 utilizaram em suas

27

pesquisas a escala visual analoacutegica (EVA) para registrar a intensidade dolorosa de

atletas em diferentes modalidades Ambos satildeo considerados meacutetodos

unidimensionais utilizados com o objetivo de quantificar a magnitude da dor dentro

de um perfil somatosensorial

Por outro lado diversas pesquisas utilizam o questionaacuterio McGill (MPQ) como

instrumento multidimensional para avaliar a dor e conhececirc-la de forma ampla em

diferentes modelos de estudos e em diversas populaccedilotildees Ngamkham et al30

realizaram revisatildeo sistemaacutetica sobre a avaliaccedilatildeo da dor com McGill em pacientes

com cacircncer demonstrando que o MPQ eacute comumente usado nessa populaccedilatildeo para

mensurar a intensidade e qualidade da dor pois fornece informaccedilotildees sobre

possiacuteveis locais da doenccedila magnitude da dor bem como a eficaacutecia do tratamento e

intervenccedilatildeo submetidos Da mesma forma Bermudez et al31 avaliaram pacientes

diagnosticados com DTM moderada e severa para discriminar e comparar a queixa

dolorosa de acordo com a severidade da doenccedila Pode-se concluir com o estudo

que o MPQ foi capaz de diferenciar o padratildeo temporal da dor a localizaccedilatildeo de maior

queixa dolorosa e a intensidade da dor em portadores de DTM

As diferenccedilas metodoloacutegicas utilizadas corroboram o fato de a dor ser uma

experiecircncia complexa e subjetiva que varia em qualidade intensidade sensorial e

em caracteriacutesticas afetivo-motivacionais Pois a mesma envolve vaacuterias dimensotildees e

pode ser influenciada por infinitos estiacutemulos intriacutensecos e extriacutensecos32 33 Assim

cabe a utilizaccedilatildeo de diferentes meacutetodos uni e multidimensionais para uma avaliaccedilatildeo

precisa considerando a natureza da dor e suas caracteriacutesticas

De acordo com os resultados do nosso estudo foi visualizado que as atletas

de elite de GR apresentam diferentes caracteriacutesticas de percepccedilatildeo do estiacutemulo

doloroso em comparaccedilatildeo aos controles destacando dores com perfil sensorial e

avaliativo Acreditamos que os atletas de alto rendimento apresentam-se com

alteraccedilotildees do imputs neurosensorial em virtude da constante presenccedila e

intensidade das dores sentidas pela a sua praacutetica desportiva Isto pode repercutir em

mudanccedilas na interpretaccedilatildeo da dor sentida em seu corpo fiacutesico devido agrave influecircncia

de fatores emocionais sociais e hormonais que satildeo comuns em mulheres atletas

Em vista disso sabe-se que o domiacutenio sensorial e avaliativo representam as

28

impressotildees fiacutesicas desse estiacutemulo doloroso aacutelgico e uma auto-avaliaccedilatildeo da sua dor

respectivamente34

Segundo Pimenta e Texeira18 as diferenccedilas na estratificaccedilatildeo da dor se

justificam pelo fato das interpretaccedilotildees de informaccedilotildees cognitivas serem

condicionadas por experiecircncias preacutevias em diferentes momentos do estiacutemulo da dor

gerando respostas variadas agrave experiecircncia dolorosa por ser um processo

individualizado Aleacutem disso a dor eacute uma experiecircncia complexa descrita em termos

de caracteriacutesticas sensoriais afetivo-motivacionais cognitivas e comportamentais

Desta forma o resultado de uma avaliaccedilatildeo da percepccedilatildeo dolorosa pode depender

de qual dimensatildeo da dor esteja sendo vivenciada no momento da avaliaccedilatildeo por

cada indiviacuteduo14

Hoskins et al29 utilizaram a escala visual analoacutegica (EVA) e o questionaacuterio

McGill para comparar a intensidade e a qualidade de dor lombar entre atletas de

elite amadores e natildeo atletas Foram observadas diferenccedilas significativas entre os

grupos mostrando que os atletas de elite apresentaram intensidade de dor mais

alta assim como escolheram com mais frequecircncia palavras das categorias sensorial

e afetiva De forma semelhante a nossa pesquisa o domiacutenio sensorial apresentou o

maior iacutendice de dor e maior frequecircncia de palavras escolhidas Tal fato possa ser

justificado por esse ser o domiacutenio de maior representatividade no questionaacuterio

agregando termos de qualidades sensitivas dor18 Poreacutem a dimensatildeo afetiva natildeo foi

evidenciada com maior frequecircncia no presente estudo Esta representa um estado

emocional o qual pode ser traduzido por percepccedilotildees de cansaccedilo sentimentos de

medo e puniccedilatildeo assim como reaccedilotildees autonocircmicas34 Reading32 e Pimenta e

Teixeira18 em seus estudos relataram que os pacientes que sentem dores de

caracteriacutestica aguda preferem descritores da categoria sensorial Por outro lado

indiviacuteduos que sentem dor crocircnica usualmente tendem a selecionar mais

descritores da categoria afetiva levando em conta fenocircmenos cognitivo de

antecipaccedilatildeo memoacuteria atenccedilatildeo e experiecircncia anterior

Os resultados desta pesquisa demonstraram que a regiatildeo com maior

prevalecircncia de queixa dolorosa em atletas de elite de GR foi a articulaccedilatildeo do quadril

com aproximadamente cinquenta e dois por cento das queixas Isto pode estar

relacionado ao fato da articulaccedilatildeo do quadril ser responsaacutevel pela absorccedilatildeo de

29

grandes cargas compressivas durante a fase de aterrissagem dos saltos o qual eacute

um movimento especiacutefico do esporte Aleacutem disso no quadril estaacute localizado o centro

de gravidade do corpo assim as cargas que satildeo geradas ou transmitidas por essa

regiatildeo geram influecircncia no desempenho esportivo Desse modo pesquisas

cientiacuteficas relatam sobre a importacircncia da forccedila dos muacutesculos estabilizadores do

quadril no surgimento e desenvolvimento de dores nesta articulaccedilatildeo4 35 Steinberg et

al36 realizaram uma analise sistemaacutetica do desempenho da musculatura do quadril

no desenvolvimento de lesotildees no membro inferior e encontraram que a diminuiccedilatildeo

da funccedilatildeo dos muacutesculos do quadril associada a cargas repetitivas no membro

inferior pode aumentar o risco de lesotildees no joelho e em todo o membro

De forma contraacuteria aos nossos resultados Guiotte et al2 Sabeti et al21 e

Oliveira et al23 avaliaram ginastas de diferentes categorias e relataram que a regiatildeo

anatocircmica de queixa dolorosa mais prevalente na praacutetica da GR eacute a coluna lombar

seguida do tornozelo e joelho De acordo com Anderson et al37 a dor no quadril e

na virilha em atletas ocorrem com menor frequecircncia que lesotildees das extremidades do

membro inferior Ratificando esses autores Tschopp et al38 defendem que as

lesotildees do quadril satildeo menos comuns poreacutem satildeo mais difiacuteceis de serem

diagnoacutesticadas Pois as consideraccedilotildees anatocircmicas e biomecacircnicas para lesotildees

nesta regiatildeo estatildeo entre as mais complexas do sistema muacutesculo-esqueleacutetico

Por outro lado os nossos resultados demonstraram que a segunda

articulaccedilatildeo mais prevalente em relaccedilatildeo agrave queixa dolorosa pela praacutetica de GR em

atletas de elite foi o tornozelo-peacute (44) Tal fato se justifica por alguns fatores como

sobrecarga excessiva nos muacutesculos intriacutensecos do peacute os quais satildeo responsaacuteveis

pela formaccedilatildeo do arco plantar existecircncia de compressotildees excessivas nos

segmentos oacutesseos devido ao processo de absorccedilatildeo de impacto nos saltos aleacutem da

necessidade de manutenccedilatildeo da postura do tornozelo-peacute em flexatildeo plantar por

tempos prolongados

De acordo com Han et al39 o complexo do tornozelo-peacute na maioria das

atividades esportivas eacute a uacutenica parte do corpo que estaacute em contato com solo

Assim a propriocepccedilatildeo do tornozelo contribui de forma extremamente significativa

para o controle do equiliacutebrio pois fornece informaccedilotildees que permitem o ajuste de

posiccedilotildees e movimentos dos membros para realizaccedilatildeo das tarefas motoras

30

complexas exigidas no esporte de elite Saito et al12 em sua pesquisa ao avaliarem

atletas com e sem lesatildeo no tornozelo observaram que as lesotildees no tornozelo aleacutem

de causar alteraccedilotildees musculares e osteocinemaacuteticas promovem de forma direta

repercussotildees negativas no controle neuromuscular da articulaccedilatildeo predispondo-a aacute

episoacutedios recidivantes em virtude do comprometimento do feedback neurosensorial

afetando o controle postural e consequentemente o desempenho nas atividades

motoras

De acordo com os dados obtidos no nosso estudo foi observada nas atletas

uma maior aacuterea de deslocamento do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo (COP) do

corpo demonstrando um menor equiliacutebrio estaacutetico das ginastas ao comparar com

controles natildeo atletas Isto pode estar relacionado a uma maior intensidade e

presenccedila do estiacutemulo doloroso no corpo das atletas e a intensa quantidade de

repeticcedilotildees dos exerciacutecios de forma assimeacutetrica pela preferecircncia do membro

dominante Desse modo diversas pesquisas relatam que a presenccedila da dor pode

aumentar a aacuterea do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo (ACOP) produzindo uma piora

do equiliacutebrio corporal4 12 15 16 Lin et al16 e Shigaki et al4 em seus estudos avaliaram

o equiliacutebrio de atletas comparando trecircs grupos atletas com lesatildeo atletas sem lesatildeo

e natildeo atletas Evidenciaram que atletas com lesatildeo apresentaram maior oscilaccedilatildeo do

centro de pressatildeo comparado a indiviacuteduos natildeo atletas e atletas sem lesatildeo Poreacutem

quando comparados atletas sem lesatildeo com indiviacuteduos natildeo atletas natildeo foi observado

diferenccedila significativa

Ao mesmo tempo em nosso estudo foi encontrado uma velocidade meacutedia do

COP maior no grupo atleta em ambas as direccedilotildees ao comparar com controles natildeo

atletas Sendo a velocidade meacutedia do COP maior no plano sagital (anteroposterior)

em relaccedilatildeo ao plano frontal (meacutediolateral) Isto ocorre porque as atletas apresentam

uma resposta neuromuscular mais raacutepida para recuperaccedilatildeo da estabilidade do corpo

adquirida pelo treinamento esportivo essencialmente no plano sagital em que as

estrateacutegias posturais para recuperaccedilatildeo do equiliacutebrio satildeo mais efetivas

Diversos estudos publicados na literatura abordam a habilidade do controle

postural em atletas2 8-12 Matsuda et al10 relatam que atletas tecircm capacidade de

equiliacutebrio dinacircmico superior quando comparados a indiviacuteduos natildeo atletas Da

mesma forma Merlo et al11 acreditam a praacutetica de esportes produz adaptaccedilotildees que

31

ou desenvolvimento de consciecircncia de estrateacutegias posturais natildeo evidenciadas em

sujeitos natildeo praticantes de atividade esportiva

Os resultados encontrados por meio desse estudo mostraram que a dor em

sua dimensatildeo avaliativa apresentou relaccedilatildeo significativa com a velocidade meacutedia do

centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo do corpo na direccedilatildeo mediolateral Tal fato evidencia

que a percepccedilatildeo do estiacutemulo doloroso interfere de maneira significativa na

habilidade do atleta em reestabelecer a estabilidade postural apoacutes perturbaccedilatildeo do

equiliacutebrio em postura estaacutetica Prejudicando o desempenho atleacutetico na modalidade

uma vez que as atletas dependem da estabilidade postural para execuccedilatildeo da praacutetica

esportiva Alguns autores relatam a influecircncia da dor e fatores psicoemocionais na

performance e desempenho de atletas de alto rendimento Couto e Pedroni40

avaliaram a relaccedilatildeo da queixa e limiar doloroso com incidecircncia de lesatildeo em

bailarinas claacutessicas Os resultados do estudo mostraram que houve relaccedilatildeo

significativa entre as regiotildees de lesatildeo com a dor evidenciando que a dor estaacute

diretamente relacionada com o surgimento de lesatildeo nessa populaccedilatildeo Dore e

Guerra41 em seu estudo investigaram a prevalecircncia e fatores associados agrave

sintomatologia dolorosa em bailarinos profissionais utilizando a versatildeo brasileira do

questionaacuterio McGill e Inventaacuterio para dor de Wisconsin Foram verificadas

correlaccedilotildees positivas com significacircncia entre o grau de intensidade dolorosa e

atividades diaacuterias sono humor e relacionamento pessoal

O presente estudo sinaliza uma relaccedilatildeo da presenccedila do estiacutemulo doloroso

com o equiliacutebrio postural As alteraccedilotildees no equiliacutebrio corporal tecircm sido muito

estudadas em diferentes populaccedilotildees assim como o comportamento da dor e lesotildees

no desempenho de atletas de diferentes niacuteveis competitivos e modalidades

esportivas Corroborando com nossa pesquisa Meardon et al15 defendem que a

presenccedila de lesatildeo e dor em atletas pode afetar negativamente o equiliacutebrio corporal

Em sua pesquisa examinou controle postural dinacircmico em corredores lesionados

com dor e sem lesatildeo usando o Star Excursion Balance Test (SEBT) Quando

comparado corredores lesionados com controles sem lesatildeo os resultados

demonstraram controle dinacircmico deficiente das forccedilas verticais ao executar as

tarefas de pouso e estabilizaccedilatildeo em apoio unipodal

32

Contudo ainda satildeo raros os estudos sobre a caracterizaccedilatildeo da dor e do

equiliacutebrio corporal em atletas de ginaacutestica riacutetmica Por meio desse estudo foi

observado que atletas de elite de GR demonstraram aumento da dor descrita em

todos os domiacutenios avaliados pelo questionaacuterio McGill (plt0001) A dor nas ginastas

tem o perfil sensorial e avaliativo e se manifesta principalmente nas articulaccedilotildees do

quadril e tornozelo-peacute em virtude da especificidade do gesto esportivo Aleacutem disso

as atletas tambeacutem apresentam menor estabilidade do controle postural (plt005)

sendo notada possiacutevel relaccedilatildeo de interferecircncia entre a auto percepccedilatildeo dolorosa e o

equiliacutebrio postural Entretanto devido agrave complexidade do tema faz-se necessaacuterio a

elaboraccedilatildeo de estudos mais aprofundados com uma amostra maior seguindo

rigorosamente os criteacuterios metodoloacutegicos que permita uma interpretaccedilatildeo mais

precisa a respeito da percepccedilatildeo dolorosa e o equiliacutebrio postural no desempenho

atleacutetico na modalidade esportiva

5 Conclusatildeo

A pesquisa mostra que as atletas de elite de GR apresentam dor de

caracteriacutesticas sensorial e avaliativa frequentemente localizada na articulaccedilatildeo do

quadril seguida do tornozelo-peacute A presenccedila da percepccedilatildeo dolorosa mostrou relaccedilatildeo

significativa com o controle postural em atletas de elite de GR Os resultados

tambeacutem evidenciaram que atletas tem menor equiliacutebrio postural estaacutetico quando

comparadas a controles natildeo atletas poreacutem demonstram maior habilidade para

reestabelecer o controle postural

6 Consideraccedilotildees Finais

Um ponto importante a ser relatado neste estudo eacute a utilizaccedilatildeo do

questionaacuterio de dor McGill Embora venha ser um questionaacuterio amplamente utilizado

em pesquisas cientiacuteficas em virtude da sua alta confiabilidade validaccedilatildeo e

adaptaccedilatildeo cultural em diferentes paiacuteses ainda satildeo raros os estudos que utilizam

essa ferramenta para avaliar a dor em atletas Com ecircnfase em estudos que

descrevam a sua aplicabilidade por domiacutenio e caracteriacutesticas multidimensionais da

33

dor Este pesquisa aparenta ter sido pioneira a qualificar a dor e descrevecirc-la em

suas dimensotildees em atletas de elite de ginaacutestica riacutetmica bem como relacionar a

percepccedilatildeo dolorosa com o equiliacutebrio postural nessa populaccedilatildeo Abrindo espaccedilo para

realizaccedilatildeo de outros estudos

Poreacutem foi encontrado como limitaccedilotildees escassez de pesquisas cientiacuteficas

atualizadas sobre abordagem multidimensional da dor em atletas essencialmente

na ginaacutestica riacutetmica Pois a grande maioria dos estudos que tem sido publicado

sobre dor nessa populaccedilatildeo estaacute relacionada agrave presenccedila do estiacutemulo doloroso e sua

intensidade em uma magnitude sensorial Outro ponto a se destacar foi a

dificuldade em coletar um grupo controle com caracteriacutesticas similares ao grupo de

estudo para que fosse formada uma amostra mais homogecircnea possiacutevel

respeitando os criteacuterios metodoloacutegicos

34

REFEREcircNCIA

1 Baston C Mancini M Schoneburg B Horak F Rocchi L Postural strategies assessed with inertial sensors in healthy and parkinsonian subjects Gait Posture 2014 may 40(1)70ndash75

2 Guiotte VA Roque CFL Olieira MR Gil AWO Rabello LM Dos Santos EVM et

al Avaliaccedilatildeo Fiacutesico - Funcional de Atletas da Ginaacutestica Riacutetmica Histoacuterico de Lesotildees e Estabilidade Postural UNOPAR Cient Ciecircnc Biol Sauacutede 2012 14(4) 217-20

3 Bosso LR Golias ARC A postura de atletas de Ginaacutestica Riacutetmica Analise atraveacutes da fotometria Rev Bras Med Esporte 2012 setout 18(5)333-337

4 Shigaki L Rabello LM Camargo MZ Santos VBC Gil AWO Oliveira MR et al Anaacutelise comparativa do equiliacutebrio unipodal de atletas de Ginastica Riacutetmica Rev Bras Med Esporte 2013 marabr 19(2)104-107

5 Whale CE Pass AN Tripp PM Chronic Groin Pain in a collegiate football running back International Journal of Athletic Therapy amp Training 2012 may 17(3)41-44

6 Jacobs JV Why we need to better understand the cortical neurophysiology of impaired postural responses with age disease or injury Frontiers in Integrative Neuroscience 2014 ago 8(69)

7 Hirata RP Ervilha UF Arendt-Nielsen L Graven-Nielsen T Experimental Muscle Pain Challenges the Postural Satability During Quiet Stance Unexpected Posture Perturbation J Pain 2011 ago 12(8)911-9

8 Ribeiro GD Suaacuterez MH Ruiz DR Efecto del entrenamiento sistemaacutetico de gimnasia riacutetmica sobre el control postural de ninas adolescentes Rev Andal Med 2015 jun 8(2)54-60

9 Teixeira CL Equiliacutebrio e controle postural Brazilian Journal of Biomechanics 2010 11(20)31-40

10 Matsuda S Demura S Uchiyama M Centre of pressure sway characteristics during static one-legged stance of athletes from different sports Journal of Sports Sciences 2008 may 26(7)775 ndash 779

11 Merlo JK Stoppa ACL Macedo CSG Silva Juacutenior RA Anaacutelise Comparativa do Equiliacutebrio em Apoio Unipodal em Indiviacuteduos Sedentaacuterios e Atletas UNOPAR Cient Ciecircnc Biol Sauacutede 2010 12(4)29-32

12 Saito KA Navarro M Silva MF Arie EK Peccin MS Oscilaccedilatildeo do centro de pressatildeo plantar de atletas e natildeo atletas com e sem entorse de tornozelo Rev Bras Ortop 2016 51(4)437ndash443

35

13 Lamb M Oliveira PD Tano SS Gil AWO Dos Santos EVN Fernandes KBP

Efeito do treinamento proprioceptivo no equiliacutebrio de atletas de ginaacutestica riacutetmica Rev Bras Med Esporte 2014 setout 20(5)379-382

14 Silva JA Ribeiro-Filho NP A dor como um problema psicofiacutesico Rev Dor 2011 abrjun 12(2)138-51

15 Meardon S Klusendorf A Kernozek T Influence of injury on dynamic postural control in runners The International Journal of Sports Physical Therapy 2016 jun 11(3)336

16 Lin CF Lee IJ Liao JH Wu HW Su FC Comparison of Postural Stability Between Injured and Uninjured Ballet Dancers The American Journal of Sports Medicine 2011 39(6)1324-1331

17 Varoli FK Pedrazzi V Adapted Version of the McGill Pain Questionnaire to Brazilian Portuguese Braz Dent J 2006 17(4) 328-335

18 Pimenta CAM Teixeira MJ Questionaacuterio de dor McGill proposta de adaptaccedilatildeo para a liacutengua portuguesa Rev Esc Enf USP 1996 dez 30(3)473-83

19 Rabello LM Macedo CSG Oliveira MR Fregueto JH Camargo MZ Lopes LD et al Relaccedilatildeo entre testes funcionais e plataforma de forccedila nas medidas de equiliacutebrio em atletas Rev Bras Med Esporte 2014 maijun 20(3)219-222

20 Bressel E Yonker JC Kras J et al Comparison of static and dynamic balance in female collegiate soccer basketball and gymnastics atheletes Journal of Athletic Training 2007 42(1)42ndash46

21 Sabeti M Jeremian L Graf A Kandelhart R Elite level rhythmic gymnasts have significantly more and stronger pain than peers of similar age a prospective study Wien Klin Wochenschr 201512731ndash35

22 Vanderlei FM Vanderlei FCM Netto Juacutenior J Praste CM Caracteriacutesticas das lesotildees desportivas e fatores associados com lesatildeo em iniciantes de ginaacutestica artiacutestica do sexo feminino Fisioter Pesq 201320(2)191-196

23 Oliveira MMM Lourenccedilo MRA Teixeira DC Incidecircncias de lesotildees nas equipes de Ginaacutestica Riacutetmica da UNOPAR UNOPAR Cient Ciecircnc Biol Sauacutede 2003 out 6(1)29-40

24 Frutuoso AS Diefenthaeler F Vaz MA et al Lower Limb asymmetries in rhythmic gymnastics atheletes Int Sports Phys Ther 2016 11(1)34ndash43

25 Kolar E Samardžija MP Smrdu M Atikovic A Athletes perceptions of the causes of injury in gymnastics J Sports Med Phys Fitness 2016 Mar 57(5)703-710

36

26 Mueller S Mueller J Stoll J Prieske O Cassel M Mayer F Incidence of back pain in adolescent athletes a prospective study BMC Sports Science Medicine and Rehabilitation 2016 838

27 Goubert D Danneels L Graven-Nielsen T Descheemaeker F Meeus M Differences in Pain Processing Between Patients with Chronic Low Back Pain Recurrent Low Back Pain and Fibromyalgia Pain Physician 2017 May 20(4)307-318

28 Arliani GG Cohen M Lara PS Astur DC Gonccedilalves JPP Ferretti M Impacto do esporte na sauacutede de ex-jogadores profissionais de futebol no Brasil Acta ortop bras 2014 julago 22(4)188-190

29 Hoskins W Pollard H Daff C Odell A Garbutt P McHardy A et al Low back pain status in elite and semi-elite Australian football codes a cross-sectional survey of football (soccer) Australian rules rugby league rugby union and non-athletic controls BMC Musculoskeletal Disorders 20091038

30 Ngamkham S Vincent C Finnegan L Holden JE Wang ZJ Wilkie DJ The McGill Pain Questionnaire as a Multidimensional Measure in People with Cancer An Integrative Review Pain Manag Nurs 2012 Mar 13(1) 27ndash51

31 Bermudez OAS Souza RA Souza CMF Castro CES Beacuterzn F Avaliaccedilatildeo multidimensional da dor em portadores de desordem temporomandibular utilizando uma versatildeo brasileira do questionaacuterio mcgill de dor Rev bras fisioter 2003 7(2) 151-158

32 Reading AE Everitt BS Sledmore CM The McGill Pain Questionnaire a replication of its construction Br J Clin Psychol 1982 21339ndash349

33 Melzack R The McGill Pain Questionnaire Anesthesiology 2005 103199-202

34 Pessoa CP Barreto MB Santos LB Alves TDB Oliveira MC Martins AG Instrumentos utilizados na avaliaccedilatildeo do impacto da dor na qualidade de vida de pacientes com dor orofacial e disfunccedilatildeo temporomandibular Escola Baiana de Sauacutede Puacuteblica 200731(2)267-293

35 Espinoza ES Ortiz GB Estabilidad abdominolumbopeacutelvica y equilibrio comopredictores de la incidencia de lesionesmusculoesqueleacuteticas en estudiantes de danzaUn estudio piloto Fisioterapia 2014

36 Steinberg N Dar G Dunlop M Gaida JE The relationship of hip muscle performance to legankle and foot injuries a systematic review The Physician and Sportsmedicine 2017

37 Anderson K Strickland SM Warren R Hip and Groin Injuries in Athletes The American Journal of Sports Medicine 2001 29(4) 521-533

38 Tschopp M Brunner F Erkrankungen und Uumlberlastungsschaumlden an der unteren Extremitaumlt bei Langstreckenlaumlufern Z Rheumatol 2017 Feb

37

39 Han J Anson J Waddington G Adans R Liu Y The Role of Ankle

Proprioception for Balance Control in relation to Sports Performance and Injury BioMed Research International 2015 Jun8

40 Couto AGA Pedroni CR Relaccedilatildeo entre postura queixa dolorosa e lesatildeo em bailarinas claacutessicas Ter Man 2013 11(55)228-233

41 Dore BF e Guerra RO Sintomatologia dolorosa e fatores associados em bailarinos profissionais Rev Bras Med Esporte 2007 MarAbr13(2)77-80

38

ANEXO I ndash QUESTIONAacuteRIO DE DOR MCGILL

39

ANEXO II ndash PARECER DE APROVACcedilAtildeO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA

40

41

ANEXO III ndash NORMAS DE SUBMISSAtildeO DA REVISTA

Instruccedilotildees aos Autores

A Revista Brasileira de Medicina do Esporte - RBME (Brazilian Journal of

Sports Medicine) oacutergatildeo oficial da Sociedade Brasileira de Medicina do Exerciacutecio e

do Esporte (SBMEE) eacute publicada bimestralmente em seis ediccedilotildees ao ano (janfev

marabr maiojun julago setout e novdez) A RBME eacute indexada nas seguintes

bases bibliograacuteficas SciELO Web of Science Excerpta Medica-EMBASE Physical

Education Index LILACS SIRC-Sportdiscus e Scopus A publicaccedilatildeo segue

integralmente o padratildeo internacional do International Committee of Medical Journal

Editors (ICMJE) ou Convenccedilatildeo de Vancouver e seus requisitos de uniformizaccedilatildeo

[httpwwwicmjeorg]

Preparaccedilatildeo de manuscritos Os artigos submetidos devem ser digitados em

espaccedilo duplo fonte Arial 12 em paacutegina tamanho A4 sem numerar linhas ou

paraacutegrafos e numerando as paacuteginas no canto superior direito Figuras e tabelas

devem ser apresentadas ao final do artigo em paacuteginas separadas No corpo do

texto deve-se informar os locais para inserccedilatildeo das tabelas ou figuras Nuacutemeros

menores que 10 satildeo escritos por extenso enquanto que nuacutemeros maiores ou igual a

10 satildeo expressos em algarismos araacutebicos Os manuscritos que natildeo estiverem de

acordo com as instruccedilotildees aos autores em relaccedilatildeo a estilo e formato seratildeo

devolvidos sem revisatildeo pelo Conselho Editorial As medidas deveratildeo ser expressas

no Sistema Internacional (Systegraveme International SI) disponiacutevel em

httpphysicsnistgovcuuUnits e unidades padratildeo quando aplicaacutevel Recomenda-

se aos autores natildeo usar abreviaccedilotildees no tiacutetulo e limitar a sua utilizaccedilatildeo no resumo e

ao longo do texto Os nomes geneacutericos devem ser usados para todas as drogas Os

faacutermacos podem ser referidos pelo nome comercial poreacutem deve constar o nome

cidade e paiacutes ou endereccedilo eletrocircnico do fabricante entre parecircnteses na seccedilatildeo

Materiais e Meacutetodos

Abreviaturas O uso de abreviaturas deve ser minimizado As abreviaturas deveratildeo

ser definidas por ocasiatildeo de sua primeira utilizaccedilatildeo no resumo e tambeacutem no texto

Abreviaturas natildeo padratildeo natildeo devem ser utilizadas a menos que essas apareccedilam

pelo menos trecircs vezes no texto Unidades de medida (3 ml ou 3 mL e natildeo 3

mililitros) ou siacutembolos cientiacuteficos padratildeo (elementos quiacutemicos por exemplo Na e

natildeo soacutedio) natildeo satildeo consideradas abreviaturas e portanto natildeo devem ser definidos

Abreviar nomes longos ou substacircncias quiacutemicas e termos utilizados para

combinaccedilotildees terapecircuticas Abreviaturas em figuras e tabelas podem ser utilizadas

por razotildees de espaccedilo poreacutem devem ser definidas na legenda mesmo que tenham

sido definidas no texto do artigo

Formato dos arquivos Usar editor de texto Microsoft Word para Windows ou

42

equivalente Arquivos em formato PDF natildeo devem ser enviados As tabelas e

quadros deveratildeo estar em seus arquivos originais (Excel Acess Powerpoint etc)

As figuras deveratildeo estar nos formatos jpg ou tif em alta resoluccedilatildeo (300 dpi) As

figuras deveratildeo estar incluiacutedas no arquivo Word mas tambeacutem devem ser enviadas

separadamente (anexadas durante a submissatildeo do artigo como documento

suplementar em seus arquivos originais)

Paacutegina de rosto A paacutegina de rosto deve conter (1) a categoria do artigo (2) o tiacutetulo

do artigo em portuguecircs inglecircs e espanhol com ateacute 80 caracteres cada que deve ser

objetivo e informativo (3) os nomes completos dos autores instituiccedilatildeo formaccedilatildeo

acadecircmica de origem (a mais relevante) cidade estado e paiacutes (4) nome do autor

correspondente com endereccedilo completo telefone e e-mail A titulaccedilatildeo dos autores

natildeo deve ser incluiacuteda O nome completo de cada autor (sem abreviaccedilotildees) e sua

afiliaccedilatildeo institucional (nota as unidades hieraacuterquicas devem ser apresentadas em

ordem decrescente por exemplo universidade faculdade ou instituto e

departamento) devem ser informados Os nomes das instituiccedilotildees e programas

deveratildeo ser apresentados preferencialmente por extenso e na liacutengua original da

instituiccedilatildeo ou na versatildeo em inglecircs quando a escrita natildeo eacute latina (pex aacuterabe

mandarim ou grego)

Resumo O resumo em portuguecircs inglecircs e espanhol deve ser incluiacutedo no

manuscrito Em cada um dos idiomas natildeo deve conter mais do que 300 palavras A

versatildeo estruturada eacute obrigatoacuteria nos artigos originais e inclui objetivos meacutetodos

resultados e conclusatildeo Artigos de revisatildeo natildeo requerem resumo estruturado

Palavras-chave O artigo deve incluir no miacutenimo trecircs e no maacuteximo seis descritores

em portuguecircs inglecircs e espanhol baseados nos Descritores de Ciecircncias da Sauacutede

(DeCS) httpdecsbvsbr ou no Medical Subject Headings (MeSH) da National

Library of Medicine disponiacutevel em httpwwwnlmnihgovmeshmeshhomehtml

oubaseados no Medical SubjectHeading (MeSH) do Index Medicus

(httpwwwnlmnihgovmesh)

Introduccedilatildeo A introduccedilatildeo deve conter (1) justificativa objetiva para o estudo com

referecircncias pertinentes ao assunto sem realizar uma revisatildeo extensa (2) objetivo do

artigo

Materiais e Meacutetodos Esta seccedilatildeo deve descrever os experimentos (quantitativa e

qualitativamente) e os procedimentos em detalhes suficientes que permitam que

outros pesquisadores reproduzam os resultados ou deem continuidade ao estudo

e deveraacute conter (1) a descriccedilatildeo clara da amostra utilizada (2) termo de

consentimento para estudos experimentais envolvendo seres humanos (3)

identificaccedilatildeo dos meacutetodos aparelhos (nome do fabricante e endereccedilo cidade e paiacutes

devem ser menciondos entre parecircnteses) e procedimentos utilizados (4) descriccedilatildeo

breve e referecircncias de meacutetodos publicados mas natildeo amplamente conhecidos (5)

43

descriccedilatildeo detalhada de meacutetodos novos ou modificados (6) quando pertinente incluir

a anaacutelise estatiacutestica e os programas utilizados Importante Ao relatar experimentos

com seres humanos ou animais indicar se os procedimentos seguiram as normas

do Comitecirc Eacutetico sobre Experiecircncias Humanas da instituiccedilatildeo na qual a pesquisa foi

realizada e se os procedimentos estatildeo de acordo com a declaraccedilatildeo de Helsinki de

1995 e a Animal Experimentation Ethics respectivamente Os autores devem incluir

uma declaraccedilatildeo indicando que o protocolo foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica da

Instituiccedilatildeo (instituiccedilatildeo de afiliaccedilatildeo de pelo menos um dos autores) com o respectivo

nuacutemero de identificaccedilatildeo Tambeacutem deve incluir que o Termo de Consentimento Livre

e Esclarecido foi assinado por todos os participantes

Resultados Apresentar os resultados em sequecircncia loacutegica no texto usando tabelas

e figuras Evitar repeticcedilatildeo excessiva de dados no texto em tabelas ou figuras

poreacutem enfatizar somente as descobertas mais importantes

Discussatildeo Enfatizar os aspectos originais e importantes do estudo e as conclusotildees

que decorrem deste evitando poreacutem repetir dados jaacute apresentados em outras

partes do manuscrito Em estudos experimentais ressaltar a relevacircncia e limitaccedilotildees

dos resultados confrontando com os dados da literatura e incluindo implicaccedilotildees

para estudos futuros

Conclusotildees A conclusatildeo deve ser clara e concisa baseada nos resultados

obtidos estabelecendo ligaccedilatildeo com implicaccedilotildees cliacutenicas evitando poreacutem excessiva

generalizaccedilatildeo) A mesma ecircnfase deve ser dada a estudos com resultados negativos

ou positivos Recomendaccedilotildees podem ser incluiacutedas quando relevantes

Agradecimentos Quando pertinente incluir agradecimento ou reconhecimento a

pessoas que tenham contribuiacutedo para o desenvolvimento do trabalho poreacutem natildeo se

qualificam como coautores Fontes de financiamento como auxiacutelio a pesquisa e

bolsas de estudo devem ser reconhecidos nesta seccedilatildeo Os autores deveratildeo obter

permissatildeo por escrito para mencionar nomes e instituiccedilotildees de todos os que

receberam agradecimentos nominais

Referecircncias As referecircncias devem ser numeradas na sequecircncia em que aparecem

no texto em formato sobrescrito As referecircncias citadas somente em legendas de

tabelas ou figuras devem ser numeradas de acordo com sequecircncia estabelecida

pela primeira menccedilatildeo da tabela ou da figura no texto O estilo das referecircncias

bibliograacuteficas deve seguir as regras do Uniform Requirements for Manuscripts

Submitted to Biomedical Journals (International Committee of Medical Journal

Editors disponiacutevel em Ann Intern Med 1997126(1)36-47 httpwwwicmjeorg)

Alguns exemplos satildeo mostrados a seguir Os tiacutetulos dos perioacutedicos devem ser

abreviados de acordo com o Index Medicus (List of Journals Indexed disponiacutevel em

httpwwwnlmnihgovtsdserialsljihtml) Se o perioacutedico natildeo constar dessa lista

deve-se utilizar a abreviatura sugerida pelo proacuteprio perioacutedico Deve-se evitar utilizar

44

ldquocomunicaccedilotildees pessoaisrdquo ou ldquoobservaccedilotildees natildeo publicadasrdquo como referecircncias

Resumos de tranalhos apresentados em eventos devem ser utilizados somente se

for a uacutenica fonte de informaccedilatildeo

Tabelas As tabelas devem ser elaboradas em espaccedilo 15 devendo ser planejadas

para ter como largura uma (87cm) ou duas colunas (18 cm) Cada tabela deve

possuir um tiacutetulo sucinto Notas explicativas seratildeo incluiacutedas em notas de rodapeacute A

tabela deve conter meacutedias e medidas de dispersatildeo (Desvio Padratildeo Erro Padratildeo da

Meacutedia etc) natildeo devendo conter casas decimais irrelevantes As abreviaturas

devem estar de acordo com aquelas utilizadas no texto e nas figuras Os coacutedigos de

identificaccedilatildeo de itens da tabela devem estar listados na ordem de surgimento no

sentido horizontal e devem ser identificados pelos siacutembolos padratildeo Os quadros e

tabelas deveratildeo ser enviados atraveacutes dos arquivos originais editaacuteveis (Word Excel)

e natildeo como imagens

Figuras Na versatildeo impressa da RBME seratildeo aceitas figuras em preto-e-branco

Imagens coloridas poderatildeo ser publicadas quando forem essenciais para o conteuacutedo

cientiacutefico do artigo Nestes casos o custo seraacute repassado aos autores Figuras

coloridas poderatildeo ser incluiacutedas na versatildeo eletrocircnica do artigo sem custo adicional

aos autores Os desenhos e figuras devem ser consistentes e tatildeo simples quanto

possiacutevel poreacutem informativos Tons de cinza natildeo devem ser utilizados Todas as

linhas devem ser soacutelidas Para graacuteficos de barra por exemplo utilizar barras

brancas pretas com linhas diagonais nas duas direccedilotildees linhas em xadrez linhas

horizontais e verticais A RBME desaconselha fortemente o uso de fotografias de

equipamentos e animais de experimentaccedilatildeo As figuras devem ser impressas com

bom contraste e ter a largura de uma coluna (87cm) Utilizar no miacutenimo fonte

tamanho 10 para letras nuacutemeros e siacutembolos com espaccedilamento e alinhamento

adequados Quando a figura representar uma radiografia ou fotografia sugerimos

incluir a escala de tamanho quando pertinente

Por favor note que eacute de responsabilidade dos autores obter permissatildeo do detentor

dos direitos autorais para reproduzir figuras (ou tabelas) que tenham sido

previamente publicados em outras fontes De acordo com os princiacutepios do acesso

aberto os autores devem ter permissatildeo do detentor dos direitos caso desejem

incluir imagens que tenham sido publicados em outros perioacutedicos de acesso natildeo

aberto A permissatildeo deve ser indicada na legenda da figura e a fonte original deve

ser incluiacuteda na lista de referecircncias

45

APEcircNDICE I ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE)

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Vocecirc estaacute sendo convidada(o) a participar da pesquisa intitulada

ldquoCARACTERIZACcedilAtildeO DA DOR E SUA RELACcedilAtildeO COM EQUILIacuteBRIO

POSTURAL ESTAacuteTICO EM ATLETAS DE GINAacuteSTICA RIacuteTMICArdquo realizada pela

Universidade Federal de Sergipe por intermeacutedio da discente TAINARA DOS

SANTOS BOMFIM devidamente assistida pelo seu orientador PAULO MAacuteRCIO

PEREIRA OLIVEIRA O objetivo desse estudo eacute caracterizar a Dor

musculoesqueleacutetica em atletas de elite de ginaacutestica riacutetmica e analisar a relaccedilatildeo da

dor no equiliacutebrio postural estaacutetico das atletas comparando com controles natildeo

atletas A justificativa para a realizaccedilatildeo da pesquisa eacute documentar na literatura

escassa estudo sobre a relaccedilatildeo da dor com o equiliacutebrio postural estaacutetico em

atletas de elite de Ginaacutestica Riacutetmica Sua participaccedilatildeo nessa pesquisa consistiraacute

em responder um questionaacuterio e realizar avaliaccedilatildeo de equiliacutebrio que ocorreraacute em

um uacutenico momento Natildeo haacute riscos previsiacuteveis relacionados com sua participaccedilatildeo

nem danos previsiacuteveis decorrentes da pesquisa Os benefiacutecios relacionados com

sua participaccedilatildeo satildeo

1 Identificar alteraccedilotildees posturais de equiliacutebrio em atletas de alto rendimento

2 Evidenciar se o processo de dor em atletas eacute igual maior ou menor quando

comparado com pessoas natildeo atletas

3 Evidenciar se as variaccedilotildees aacuterea e velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo

de pressatildeo se igualam ou natildeo a pessoas natildeo atletas

Vocecirc foi selecionado por preencher os requisitos da pesquisa mas sua

participaccedilatildeo NAtildeO Eacute OBRIGATOacuteRIA sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo em sua

relaccedilatildeo com a instituiccedilatildeo ou com o pesquisador

Eu________________________________________________________________

abaixo assinado declaro que fui informado que as informaccedilotildees obtidas atraveacutes

dessa pesquisa seratildeo confidenciais e o sigilo sobre minha participaccedilatildeo seraacute

assegurado De tal modo que os dados natildeo seratildeo divulgados de forma a possibilitar

minha identificaccedilatildeo Tambeacutem estou ciente de que a qualquer momento posso

desistir de minha participaccedilatildeo e retirar meu consentimento Declaro que entendi os

objetivos riscos e benefiacutecios de minha participaccedilatildeo na pesquisa e concordo em

participar

Vocecirc receberaacute uma coacutepia deste termo onde consta o telefone e o endereccedilo do

pesquisador principal podendo tirar suas duacutevidas sobre o Projeto de Pesquisa de

sua participaccedilatildeo agora ou a qualquer momento

46

DADOS DO PESQUISADOR RESPONSAacuteVEL

Nome Tainara dos Santos Bomfim

Endereccedilo profissionale-mail Rua Padre Aacutelvares Pitangueira sn - Centro

Departamento de Fisioterapia bftainaragmailcom

Telefone (79) 9 9806-7487

ATENCcedilAtildeO A participaccedilatildeo em qualquer tipo de pesquisa eacute voluntaacuteria Em casos de

duacutevida quanto aos seus direitos entre em contato com o Comitecirc de Eacutetica em

Pesquisa da Universidade Federal de Sergipe

Lagarto _____de _____de 201_

_____________________________________________________

ASSINATURA DO VOLUNTAacuteRIO

_____________________________________________________

ASSINATURA DO PESQUISADOR RESPONSAacuteVEL

Page 14: CARACTERIZAÇÃO DA DOR E SUA RELAÇÃO COM O … · tainara dos santos bomfim caracterizaÇÃo da dor e sua relaÇÃo com o equilÍbrio postural em atletas de ginÁstica rÍtmica

CARACTERIZACcedilAtildeO DA DOR E SUA RELACcedilAtildeO COM EQUILIacuteBRIO

POSTURAL EM ATLETAS DE GINAacuteSTICA RIacuteTMICA

CHARACTERIZATION OF PAIN AND YUOR RELATIONSHIP WITH POSTURAL

BALANCE IN RHYTHMIC GYMNASTICS ATHLETES

Tainara dos Santos Bomfimsup1 Paulo Maacutercio Pereira Oliveira2

sup1 Universidade Federal de Sergipe Campus Universitaacuterio Prof Antocircnio Garcia Filho Graduanda em

Fisioterapia ndash Lagarto SE Brasil

sup2 Universidade Federal de Sergipe Campus Universitaacuterio Prof Antocircnio Garcia Filho Professor

Adjunto do Departamento de Fisioterapia ndash Lagarto SE Brasil

Correspondecircncia

Tainara dos Santos Bomfim

Departamento de Fisioterapia de Lagarto da Universidade Federal de Sergipe (UFS)

Av Gov Marcelo Deda sn ndash Satildeo Joseacute CEP 49400-000 ndash LagartoSE

Telefone (79) 9 9806-7487

E-mail tainarabomfimyahoocombr

RESUMO

Introduccedilatildeo A Ginaacutestica Riacutetmica (GR) eacute um esporte de alta performance que exige de suas atletas

movimentos de grandes amplitudes articulares forccedila e uma boa coordenaccedilatildeo motora postural Aleacutem

disso em virtude da especificidade do gesto esportivo as ginastas satildeo expostas constantemente a

posturas e esforccedilos repetitivos repercutindo em lesotildees musculoesqueleacuteticas e consequentemente

em dor a qual pode afetar negativamente o equiliacutebrio corporal Objetivo caracterizar a dor

musculoesqueleacutetica em atletas de elite de GR Secundariamente comparar o equiliacutebrio postural

estaacutetico das ginastas com controles natildeo atletas bem como correlacionar o iacutendice de dor com o

equiliacutebrio nas atletas de GR Meacutetodos participaram da pesquisa 50 jovens do sexo feminino 25

ginastas compondo o grupo atleta (GA) e 25 natildeo atletas compondo o grupo controle (GC) As

voluntaacuterias foram submetidas agrave avaliaccedilatildeo da percepccedilatildeo dolorosa utilizando a versatildeo brasileira do

questionaacuterio de dor McGill (Br-MPQ) e do equiliacutebrio postural atraveacutes da estabilometria O estudo foi

aprovado pelo comitecirc de eacutetica (CAAE 61990516400005546) Resultados o GA manifestou

percepccedilatildeo dolorosa significativamente maior (plt0001) a dor nas atletas apresentou caracteriacutesticas

sensorial e avaliativa as regiotildees de maior queixa dolorosa foram a articulaccedilatildeo do quadril (52)

seguida do tornozelo-peacute (44) Na comparaccedilatildeo intergrupos do equiliacutebrio postural estaacutetico foi

observado maior deslocamento do COP no GA (16513 mmsup2 plusmn 148) em relaccedilatildeo ao GC (10212 mmsup2

plusmn 114) Nas correlaccedilotildees do equiliacutebrio com os domiacutenios da dor foi observada apenas uma correlaccedilatildeo

significativa entre a dor avaliativa e a VmCOP na direccedilatildeo mediolateral (r = 0414 p = 0040)

Conclusatildeo As atletas demonstram maior percepccedilatildeo dolorosa e menor equiliacutebrio postural estaacutetico

quando comparadas a controles natildeo atletas Entretanto possuem maior habilidade para

reestabelecer o controle postural Aleacutem disso a presenccedila da percepccedilatildeo dolorosa mostrou uma fraca

relaccedilatildeo poreacutem significativa com o controle postural em atletas de elite de GR

Descritores Ginaacutestica Equiliacutebrio Postural Dor Musculoesqueleacutetica

ABSTRACT

Introduction Rhythmic Gymnastics (RG) is a high performance sport that requires your movements of large amplitudes athletes strength and a good hand-eye coordination postural In addition due to the specificity of Sporting gesture the gymnasts are constantly exposed to repetitive strain and postures reverberating in musculoskeletal injuries and consequently in painwhich can negatively affect the body balance Objective to characterize the musculoskeletal pain in elite athletes of RG secondarily compare the static postural equilibrium of the gymnasts with non-athletes controls as well

as correlate the pain index with the equilibrium in the athletes of RG Methods Participated in the

survey 50 female youth 25 gymnasts composing the Athlete Group (AG) and 25 non-athletes composing the Control Group (CG) The volunteers were subjected to the evaluation of the painful perception using the Brazilian version of the McGill Pain Questionnaire (BR-MPQ) and the posture equilibrium through the Estabilometria The study was approved by the Ethics Committee (CAAE 61990516400005546) Results The AG manifested significantly greater painful perception (p lt 0001) The pain in athletes presented sensory and evaluative characteristics The most painfully complaining regions were the hip joint (52) followed by ankle-foot (44) In the intergroup comparison of the static posture equilibrium was observed greater displacement of the COP in the AG (16513 mm sup2 plusmn 148) relative to the CG (10212 mm sup2 plusmn 114) In the correlations of equilibrium with the domains of pain it was observed only a significant correlation between the evaluative pain and the VmCOP in the direction mediolateral (r = 0414 p = 0040) Conclusion Athletes demonstrate greater painful perception and lower posture static equilibrium when compared to non-athletes controls However they possess greater ability to reestablish posture control Moreover the presence of painful perception showed a weak but significant relationship with the posture control in elite athletes of Gr

keywords Gymnastics Postural Balance Musculoskeletal Pain

16

1 INTRODUCcedilAtildeO

A Ginaacutestica Riacutetmica (GR) eacute uma modalidade esportiva que exige de seus

atletas forccedila flexibilidade e coordenaccedilatildeo motora para a realizaccedilatildeo de movimentos

corporais de danccedila combinados com a manipulaccedilatildeo de pequenos equipamentos1 2

Desse modo para a correta execuccedilatildeo de seus movimentos durante treinos e

competiccedilotildees torna-se imprescindiacutevel a manutenccedilatildeo do equiliacutebrio e controle postural

protegendo o sistema neuromuscular de lesotildees1 34

Geralmente os atletas de alto rendimento como as ginastas satildeo submetidos

a altos volumes e intensidades de treinamento comprometendo a biomecacircnica

devido agrave alteraccedilotildees compensatoacuterias na execuccedilatildeo do gesto esportivo as quais

repercutem no aparecimento de lesatildeo e dor5-7 Diante disso acredita-se que a

presenccedila de dor possa afetar negativamente o equiliacutebrio postural de atletas

Vaacuterios autores abordam a importacircncia da manutenccedilatildeo do equiliacutebrio na praacutetica

esportiva289 Entretanto a estabilidade corporal em atletas pode variar de acordo

com as exigecircncias especiacuteficas da modalidade praticada10 Comumente atletas de

alto niacutevel que dependem da estabilidade postural para execuccedilatildeo da praacutetica

esportiva como na ginaacutestica riacutetmica aprendem a elevar o limiar sensoriomotor por

estimulaccedilatildeo dos seus proprioceptores tendo uma ativaccedilatildeo muscular mais raacutepida em

resposta agraves perturbaccedilotildees do equiliacutebrio11 12

Todavia alguns fatores podem interferir no controle postural destacando-se a

dor musculoesqueleacutetica4913 Sabe-se que a presenccedila da percepccedilatildeo dolorosa em

qualquer parte do segmento corporal eacute o primeiro indicador da existecircncia de lesatildeo

tecidual14 Desta forma pesquisas comprovam que em populaccedilotildees ativas com

lesotildees musculoesqueleacuteticas foram observados deacuteficits de controle postural121516

Em vista disso a dor musculoesqueleacutetica eacute uma das principais causas que podem

afetar o equiliacutebrio corporal em ginastas de alto rendimento levando agrave diminuiccedilatildeo da

funcionalidade da qualidade de vida e consequentemente agrave perda da performance

desportiva913 Esta eacute considerada uma experiecircncia multidimensional e subjetiva17 18

portanto torna-se uma variaacutevel difiacutecil de ser avaliada principalmente em atletas

17

Atualmente existe diversos estudos cientiacuteficos sobre o comportamento do

estiacutemulo doloroso e do equiliacutebrio corporal na performance esportiva e na prevenccedilatildeo

de lesotildees em atletas de elite5-81920 Poreacutem satildeo raras as investigaccedilotildees sobre a

caracterizaccedilatildeo da dor e do equiliacutebrio corporal em atletas de ginaacutestica riacutetmica Bem

como descriccedilatildeo da relaccedilatildeo da dor na estabilidade postural em atletas de alto

rendimento em qualquer que seja o esporte praticado e articulaccedilatildeo testada

O presente estudo tem como objetivo primaacuterio caracterizar a dor

musculoesqueleacutetica em atletas de elite de Ginaacutestica Riacutetmica Secundariamente

comparar o equiliacutebrio postural estaacutetico das ginastas com controles natildeo atletas bem

como correlacionar o iacutendice de dor com o equiliacutebrio nas atletas de GR

2 MEacuteTODOS

21 Delineamento do Estudo

Trata-se de um estudo analiacutetico do tipo observacional com um corte

transversal controlado e mascaramento aberto

22 Sujeitos

A amostra foi composta de 50 sujeitos unicamente do sexo feminino

coletados por conveniecircncia Os sujeitos foram divididos em dois grupos Grupo

Atleta (GA) (25 sujeitos) recrutados na Confederaccedilatildeo Brasileira de Ginaacutestica

AracajuSergipeBrasil e Grupo Controle (GC) (25 sujeitos) selecionados no Coleacutegio

Polivalente LagartoSergipeBrasil e pareados por peso Iacutendice de Massa Corporal

(IMC) e idade

Os criteacuterios de inclusatildeo dos sujeitos submetidos agrave pesquisa e alocados no

GA foram (1) ter sido aprovada na seletiva para o ingresso na seleccedilatildeo brasileira de

ginaacutestica riacutetmica (SBGR) (2) tempo de praacutetica no esporte superior a cinco anos com

4 horas diaacuterias ou mais de treino Para os sujeitos incluiacutedos no GC foram

obedecidos os seguintes criteacuterios (1) IMC le 25 (2) idade entre 14 e 24 anos (3)

ausecircncia de poacutes-ciruacutergicos anteriores Os sujeitos em ambos os grupos foram

excluiacutedos caso apresentassem (1) sequela de doenccedilas do sistema nervoso central

(2) diabetes mellitus ou pressatildeo arterial natildeo controlada (3) inaptidatildeo para seguir

18

ordens ou compreender as ferramentas de mensuraccedilatildeo do estudo (4) histoacuteria de

comprometimento visual auditivo eou do sistema vestibular (5) natildeo falar e

compreender o idioma portuguecircs (6) uso de faacutermacos inibidores ou estimulantes do

sistema nervoso central

23 Procedimentos de avaliaccedilatildeo

Inicialmente foram avaliados dados antropomeacutetricos como peso medido

atraveacutes de balanccedila analoacutegica (Camryreg) calibrada pelo Inmetro (Instituto Nacional de

Metrologia Normalizaccedilatildeo e Qualidade Industrial) e altura mensurada por meio de

fita meacutetrica natildeo-flexiacutevel (Tramontinareg) Em seguida os sujeitos receberam

informaccedilotildees sobre os objetivos da pesquisa instrumentos utilizados comandos

verbais a serem atendidos e demais procedimentos A partir da seleccedilatildeo das

voluntaacuterias iniciou-se a coleta dos dados realizada em duas etapas

231 Avaliaccedilatildeo da Dor

Para registro da percepccedilatildeo da dor foi aplicada a versatildeo brasileira do

questionaacuterio de Dor McGill (Br-MPQ) Trata-se de um instrumento para avaliaccedilatildeo de

dor em uma perspectiva multidimensional o qual possibilita o fornecimento de um

conhecimento amplo sobre a caracterizaccedilatildeo e percepccedilatildeo do estiacutemulo doloroso em

quatro dimensotildees (sensorial afetiva avaliativa e miscelacircnea)1718 As voluntaacuterias

foram instruiacutedas primeiramente a identificar em um diagrama corporal no

questionaacuterio a localizaccedilatildeo da sua dor quando presente Posteriormente foram

orientadas a selecionar em cada subgrupo do questionaacuterio uma palavra que melhor

expressasse a experiecircncia com a dor relatada previamente Deixando claro que natildeo

era obrigatoacuteria a escolha de palavras em todas as dimensotildees O resultado final do

Br-MPQ usado para anaacutelise foi expresso pelo nuacutemero de palavras escolhidas (NWC)

e pelo iacutendice de dor (PRI) caracterizado pela somatoacuteria dos valores de intensidade

dos descritores escolhidos

232 Avaliaccedilatildeo Estabilomeacutetrica

A estabilometria foi realizada com os sujeitos posicionados sobre uma

plataforma de forccedila sendo orientado a manter o olhar adiante num ponto fixado na

parede e de modo consciente transferir o peso corporal da maneira mais

19

homogecircnea possiacutevel entre os membros inferiores Foram realizados trecircs registros

com os olhos abertos As variaacuteveis analisadas foram a aacuterea da elipse do centro de

oscilaccedilatildeo de pressatildeo (ACOP) e a velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo pressatildeo

(VmCOP) do baricentro corporal nas direccedilotildees anteroposterior (AP) e mediolateral

(ML)

A distribuiccedilatildeo consciente do peso foi registrada atraveacutes de um

baropodocircmetro da marca Arquipeacutelagoreg (Footwork Satildeo Paulo Satildeo Paulo Brasil)

que consiste em um sistema de plataforma interligada a um computador para

mensurar as pressotildees exercidas pelos peacutes atraveacutes do sistema de aquisiccedilatildeo

computadorizada das pressotildees (ACP) A plataforma utilizada possui dimensotildees 700

X 600 mm com uma superfiacutecie ativa de 475 X 430 mm com 2544 sensores Esta foi

conectada a um computador com processador 62G HV 04 GB de memoacuteria RAM

disco riacutegido 500 GB e software footwork o qual analisou os dados captados Para

esses registros ortostaacuteticos foi utilizada a frequecircncia de aquisiccedilatildeo dos dados de 05

Hz coletando com isso 100 leituras em cada avaliaccedilatildeo O tempo de registro foi de

15 segundos com um intervalo de 30 segundos entre as avaliaccedilotildees

24 Aspectos Eacuteticos

O estudo foi submetido e aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica e Pesquisa com

Seres Humanos da Universidade Federal de Sergipe (CAAE

61990516400005546) Todos os voluntaacuterios assinaram o Termo de Consentimento

Livre e Esclarecido (TCLE) Todos os sujeitos que participaram da pesquisa foram

avisados que poderiam desistir da participaccedilatildeo a qualquer momento sem nenhum

preuizo aos mesmos

25 Anaacutelise Estatiacutestica

As variaacuteveis numeacutericas foram testadas quanto agrave distribuiccedilatildeo de normalidade

por meio do teste de Shapiro-Wilk Para anaacutelise das amostras parameacutetricas foi

utilizado o teste T- Student e para as amostras natildeo parameacutetricas foi utilizado o teste

de Mann-Whitney para identificar diferenccedilas intergrupos Os dados gerais foram

apresentados em meacutedia e erro padratildeo da meacutedia (EPM) bem como frequecircncia

absoluta (FA) e relativa (FR) Para anaacutelise das correlaccedilotildees entre as variaacuteveis

pesquisadas aplicou-se o teste de Spearman A significacircncia foi estipulada em cinco

20

por cento (p le 005) Para todas as anaacutelises foi utilizado o programa GraphPad Prism

(Versatildeo 601)

3 RESULTADOS

31 Sujeitos

Cinquenta indiviacuteduos concluiacuteram o estudo vinte e cinco voluntaacuterias foram

alocadas no grupo atleta e controle respectivamente As variaacuteveis idade peso

altura e IMC natildeo foram significativamente diferentes entre os grupos A tabela 1

conteacutem as caracteriacutesticas demograacuteficas e antropomeacutetricas dos grupos de estudo

Tabela 1 Caracteriacutesticas demograacuteficas e antropomeacutetricas da amostra

GA grupo atleta GC grupo controle Valores expressos como meacutedia plusmn erro padratildeo da meacutedia O valor de p

corresponde agrave comparaccedilatildeo entre o grupo atleta (n=25) e o grupo controle (n=25)

32 Caracterizaccedilatildeo da Dor

321 Domiacutenios da Dor

Aproximadamente setenta por cento do grupo controle (68) natildeo apresentou

descriccedilatildeo para a sensibilidade dolorosa em nenhum dos domiacutenios avaliados No

grupo atleta foi observado que 24 (96) apresentaram dor de caracteriacutestica

sensorial 19 voluntaacuterias (76) afetiva 24 sujeitos (96) avaliativa e 19 (76)

miscelacircnea

Ao comparar as atletas com o grupo controle observou diferenccedila significativa

com um aumento da dor descrita em todos os domiacutenios avaliados sensorial (1344 plusmn

Caracteriacutesticas

GRUPOS

GA GC P

Idade (anos) 2016 plusmn 068 2091 plusmn 065 0560

Peso (Kg) 5128 plusmn 10 5064 plusmn 109 1481

Altura (m) 164 plusmn 0011 163 plusmn 0009 0372

IMC (Kgm2) 1864 plusmn 03 1938 plusmn 0436 0533

21

146 plt0001) afetivo (264 plusmn 053 plt0001) avaliativo (236 plusmn 028 plt0001) e

miscelacircnea (376 plusmn 064 plt0001) (Tabela 2)

Tabela 2 Domiacutenios da dor entre os grupos da pesquisa

Tabela 2 Escores obtidos atraveacutes do questionaacuterio de dor McGill entre o grupo atleta (n=25) e o grupo controle

(n=25) Os valores foram apresentados como frequecircncia absoluta (FA) e relativa (FR) (porcentagem) SL

Sensorial AV Avaliativa AF Afetiva M Miscelacircnea GA grupo atleta GC grupo controle plt005 GA X GC

plt001 GA X GC plt0001 GA X GC A anaacutelise de variaacuteveis categoacutericas foi realizada por meio do teste

Mann-Whitney

322 Localizaccedilatildeo da Dor

Aproximadamente sessenta e oito por cento do grupo controle apresentou

nenhum local de intensidade dolorosa Em contra partida no grupo atleta seis (24)

das ginastas relataram sentir dor em pelo menos uma articulaccedilatildeo do corpo e

dezenove (76) apresentaram intensidade dolorosa em mais de uma articulaccedilatildeo

Foi observado no grupo atleta que em 13 (52) das atletas a articulaccedilatildeo do quadril

apresentou-se com maior prevalecircncia A segunda articulaccedilatildeo de maior sensibilidade

relatada pelo GA foi o peacute em 11 (44) (Tabela 3)

Tabela 3 Prevalecircncia e localizaccedilatildeo de dor entre os grupos da pesquisa

Domiacutenios Grupo Atleta (GA) Grupo Controle (GC) P

FA (n) FR () FA (n) FR ()

Sensorial (SL) 24 96 8 32 00001

Afetiva (AF) 19 76 4 16 00001

Avaliativa (AV) 24 96 8 32 00001

Miscelacircnea (M) 19 76 6 24 00005

Caracteriacutesticas Grupo Atleta (GA) Grupo Controle (GC)

FA (n) FR () FA (n) FR ()

Sentem dor 25 100 8 32

22

Tabela 3 Prevalecircncia e distribuiccedilatildeo corporal da dor entre o grupo atleta (n=25) e o grupo controle (n=25) Os

valores foram apresentados como frequecircncia absoluta (FA) e relativa (FR) (porcentagem) GA grupo atleta GC

grupo controle

323 Nuacutemero de Palavras Escolhidas e Iacutendice de Dor

No grupo atleta o nuacutemero de palavras escolhidas (NWC) foi significativamente

maior (1076 plusmn 106) ao comparar com o grupo controle (220 plusmn 075 plt0001)

Similarmente aos resultados encontrados para o NWC tambeacutem foi observado um

aumento significativo do iacutendice de dor (PRI) no grupo atleta (2220 plusmn 242) em

relaccedilatildeo ao grupo controle (484 plusmn 165 plt0001) A figura 1 demonstra a

comparaccedilatildeo entre os grupos para o Iacutendice de dor e nuacutemero de palavras escolhidas

Dor em uma articulaccedilatildeo 6 24 7 28

Dor em mais de uma articulaccedilatildeo

19 76 1 4

Dor no Quadril 13 52 0 0

Dor no Peacute 11 44 1 4

Dor no Joelho 7 28 1 4

Dor na Coluna 5 20 4 16

23

Figura 1 Nuacutemero de palavras escolhidas e Iacutendice de dor verificado por meio do questionaacuterio de dor de McGill

entre o grupo atleta (n=25) e o grupo controle (n=25) NWC nuacutemero de palavras escolhidas PRI iacutendice de dor

GA grupo atleta GC grupo controle plt005 GA X GC plt001 GA X GC plt0001 GA X GC A anaacutelise de

variaacuteveis categoacutericas foi realizada por meio do teste Mann-Whitney

33 Equiliacutebrio Estaacutetico (Estabilometria)

331 Aacuterea de deslocamento do COP (ACOP)

Nas comparaccedilotildees intergrupos foi observada uma reduccedilatildeo significativa do

equiliacutebrio no grupo atleta (plt005) Verificou-se que as ginastas apresentaram maior

deslocamento do COP (16513 mmsup2 plusmn 148 p= 0002) em relaccedilatildeo ao grupo controle

(10212 mmsup2 plusmn 114 p= 0002) A figura 2 demonstra a comparaccedilatildeo da aacuterea do

deslocamento do COP entre os grupos

Figura 2 Aacuterea da elipse do centro de pressatildeo do baricentro corporal entre o grupo atleta (n=25) e o grupo

controle (n=25) ACOP aacuterea do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo GA grupo atleta GC grupo controle plt005 GA X GC plt001 GA X GC plt0001 GA X GC A anaacutelise de variaacuteveis categoacutericas foi realizada por meio do teste Mann-Whitney

332 Velocidade meacutedia de oscilaccedilatildeo do COP (VmCOP)

A velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo do baricentro do corpo foi

significativamente maior na direccedilatildeo AP no grupo atleta (1110 mms plusmn 0049 p=003)

quando comparada ao grupo controle (0997 mms plusmn 0091 p=003) Paralelamente

24

a velocidade meacutedia do COP na direccedilatildeo ML tambeacutem foi significativamente maior no

grupo atleta (0845 mms plusmn 0042 plt0001) em relaccedilatildeo ao grupo controle (0508

mms plusmn 0065 plt0001) (Figura 3)

Figura 3 Velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo do baricentro corporal entre o grupo atleta (n=25)

e o grupo controle (n=25) COP centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo AP anteroposterior ML mediolateral GA grupo atleta GC grupo controle plt005 GA X GC plt001 GA X GC plt0001 GA X GC A anaacutelise de variaacuteveis categoacutericas foi realizada por meio do teste Mann-Whitney

34 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios da dor e equiliacutebrio postural

Foi apenas visualizada uma correlaccedilatildeo de fraca a moderada positiva com

significacircncia estatiacutestica entre o domiacutenio de dor avaliativa (236 plusmn 028) e velocidade

meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo na direccedilatildeo mediolateral (AV 0845mms plusmn

0042 r = 0414 p = 0040) Natildeo houve correlaccedilatildeo significativa entre todos os outros

domiacutenios avaliados e a velocidade meacutedia do COP na direccedilatildeo ML (S 0845mms plusmn

0042 r = 023 p gt 0914 AF 0845mms plusmn 0042 r = 085 p = 0687 M 0845mms

plusmn 0042 r = 0049 p = 0816) Bem como entre todos os domiacutenios e a velocidade

meacutedia do COP na direccedilatildeo anteroposterior (S 1110mms plusmn 0049 r = 0009 p =

0967 AF 1110mms plusmn 0049 r = 0216 p = 0299 AV 1110mms plusmn 0049 r =

020 p = 0925 M 1110mms plusmn 0049 r = 0138 p = 0510) e entre todos os

domiacutenios e a aacuterea de deslocamento do COP (S 16513mmsup2 plusmn 148 r = 0044 p =

0836 AF 16513mmsup2 plusmn 148 r = 0165 p = 0431 AV 16513mmsup2 plusmn 148 r = 0220

p gt 0291 M 16513mmsup2 plusmn 148 r = 0180 p = 0390) (Figura 4)

25

Figura 4 Correlaccedilatildeo de Spearman entre dor avaliativa e velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo (VmCOP) do baricentro corporal (A) Forccedila de correlaccedilatildeo de Spearman (r = 0414 p = 0040) entre a dor

avaliativa (AV) (236 plusmn 028) e a velocidade meacutedia do COP na direccedilatildeo mediolateral (0845 mms plusmn 0042) no grupo atleta (B) Forccedila de correlaccedilatildeo de Spearman (r = 0063 p = 0765) entre a dor avaliativa (AV) (060 plusmn

021) e a velocidade meacutedia do COP na direccedilatildeo mediolateral (0508 mms plusmn 0065) no grupo controle Os valores foram apresentados como meacutedia plusmn erro padratildeo da meacutedia

4 Discussatildeo

Os resultados desta pesquisa demonstraram que atletas de elite de ginaacutestica

riacutetmica manifestam maior percepccedilatildeo dolorosa que controles natildeo praticantes de

esporte a niacutevel competitivo Isto pode estar relacionado a trecircs principais fatores que

podem contribuir de forma direta para a maior prevalecircncia de dor nessas atletas

destacando o iniacutecio precoce na praacutetica da modalidade os altos volumes e

intensidade dos treinos e a grande quantidade de repeticcedilotildees dos gestos esportivos

com alta predominacircncia de saltos e posturas estaacuteticas De acordo com os nossos

resultados Sabeti et al21 realizaram estudo com 218 ginastas de diferentes

nacionalidades no campeonato europeu de GR utilizando a escala visual analoacutegica

(EVA) para registro da intensidade dolorosa Os resultados encontrados foi que as

atletas tecircm uma maior intensidade dolorosa (72) que controles natildeo praticantes de

esporte competitivo

Paralelamente a literatura cientifica relata que o tempo de inicio da praacutetica

esportiva o niacutevel competitivo e o volumeintensidade dos treinos destas atletas satildeo

fatores preditivos para um maior desenvolvimento de lesatildeo e dor em atletas de GR

Shigaki et al4 apontam que o risco e intensidade de lesatildeo estatildeo fortemente

26

relacionados com o aumento da idade e do niacutevel competitivo Da mesma forma

Vanderlei et al22 e Oliveira et al23 afirmam que quanto mais elevada a categoria do

atleta maior seraacute o tempo e a intensidade do treinamento consequentemente maior

a exposiccedilatildeo aos esforccedilos musculoesqueleacuteticos durante treinamento eou

competiccedilotildees Deste modo Oliveira et al23 em seu estudo avaliaram 25 atletas de

GR de diferentes categorias etaacuterias e encontraram que a maioria das atletas

apresentaram algum tipo de lesatildeo ocasionada pelos treinos Desta forma autores

relatam que a formaccedilatildeo dessas atletas influencia na incidecircncia e intensidade

dolorosa de lesotildees por overuse21 24 Tais lesotildees geralmente ocorrem quando a

frequecircncia dos exerciacutecios aumenta enquanto a intensidade eacute mantida23 Estando de

acordo com os nossos resultados Kolar et al25 em estudo realizado com 63 atletas

da ginaacutestica artiacutestica e riacutetmica de ambos os sexos concluiacuteram que a maacute teacutecnica

meacutetodos improacuteprios de ensino e carga inadequada durante os treinos foram

associados com o surgimento de dor e lesotildees nessa populaccedilatildeo

Contrariamente aos nossos resultados Muller et al26 realizaram um estudo

investigativo do desenvolvimento de dor lombar em atletas adolescentes em relaccedilatildeo

ao sexo e tipo de esporte praticado Foram avaliados 321 atletas sem dor lombar em

um primeiro momento e apoacutes dois anos os mesmo atletas foram reavaliados para

verificar a incidecircncia de dor lombar Apenas 10 da amostra foram categorizados

com dor lombar Aleacutem disso antropometria e caracteriacutesticas de formaccedilatildeo do esporte

natildeo demonstraram influecircncia significativa na dor lombar levando os autores a

concluiacuterem que o esporte de alto rendimento natildeo induz dor lombar em atletas

adolescentes

No nosso estudo utilizamos para avaliaccedilatildeo da percepccedilatildeo dolorosa em ambos

os grupos o questionaacuterio de dor McGill Este apresentou-se como uma ferramenta

de faacutecil execuccedilatildeo baixo custo e com alta sensibilidade e confiabilidade para uma

caracterizaccedilatildeo multidimensional da dor na populaccedilatildeo estudada Diferenciados

meacutetodos de investigaccedilatildeo da dor podem ser encontrados em um crescente numero

de publicaccedilotildees cientificas sobre o estudo da percepccedilatildeo e intensidade dolorosa

Goubert et al27 utilizaram a algometria de pressatildeo para comparar a avaliaccedilatildeo

sensorial quantitativa da dor de pacientes com dor lombar em diferentes niacuteveis de

cronicidade comparando a controles saudaacuteveis e pacientes com fibromialgia

Diferentemente Sabeti et al21 Arliani et al28 e Hoskins et al29 utilizaram em suas

27

pesquisas a escala visual analoacutegica (EVA) para registrar a intensidade dolorosa de

atletas em diferentes modalidades Ambos satildeo considerados meacutetodos

unidimensionais utilizados com o objetivo de quantificar a magnitude da dor dentro

de um perfil somatosensorial

Por outro lado diversas pesquisas utilizam o questionaacuterio McGill (MPQ) como

instrumento multidimensional para avaliar a dor e conhececirc-la de forma ampla em

diferentes modelos de estudos e em diversas populaccedilotildees Ngamkham et al30

realizaram revisatildeo sistemaacutetica sobre a avaliaccedilatildeo da dor com McGill em pacientes

com cacircncer demonstrando que o MPQ eacute comumente usado nessa populaccedilatildeo para

mensurar a intensidade e qualidade da dor pois fornece informaccedilotildees sobre

possiacuteveis locais da doenccedila magnitude da dor bem como a eficaacutecia do tratamento e

intervenccedilatildeo submetidos Da mesma forma Bermudez et al31 avaliaram pacientes

diagnosticados com DTM moderada e severa para discriminar e comparar a queixa

dolorosa de acordo com a severidade da doenccedila Pode-se concluir com o estudo

que o MPQ foi capaz de diferenciar o padratildeo temporal da dor a localizaccedilatildeo de maior

queixa dolorosa e a intensidade da dor em portadores de DTM

As diferenccedilas metodoloacutegicas utilizadas corroboram o fato de a dor ser uma

experiecircncia complexa e subjetiva que varia em qualidade intensidade sensorial e

em caracteriacutesticas afetivo-motivacionais Pois a mesma envolve vaacuterias dimensotildees e

pode ser influenciada por infinitos estiacutemulos intriacutensecos e extriacutensecos32 33 Assim

cabe a utilizaccedilatildeo de diferentes meacutetodos uni e multidimensionais para uma avaliaccedilatildeo

precisa considerando a natureza da dor e suas caracteriacutesticas

De acordo com os resultados do nosso estudo foi visualizado que as atletas

de elite de GR apresentam diferentes caracteriacutesticas de percepccedilatildeo do estiacutemulo

doloroso em comparaccedilatildeo aos controles destacando dores com perfil sensorial e

avaliativo Acreditamos que os atletas de alto rendimento apresentam-se com

alteraccedilotildees do imputs neurosensorial em virtude da constante presenccedila e

intensidade das dores sentidas pela a sua praacutetica desportiva Isto pode repercutir em

mudanccedilas na interpretaccedilatildeo da dor sentida em seu corpo fiacutesico devido agrave influecircncia

de fatores emocionais sociais e hormonais que satildeo comuns em mulheres atletas

Em vista disso sabe-se que o domiacutenio sensorial e avaliativo representam as

28

impressotildees fiacutesicas desse estiacutemulo doloroso aacutelgico e uma auto-avaliaccedilatildeo da sua dor

respectivamente34

Segundo Pimenta e Texeira18 as diferenccedilas na estratificaccedilatildeo da dor se

justificam pelo fato das interpretaccedilotildees de informaccedilotildees cognitivas serem

condicionadas por experiecircncias preacutevias em diferentes momentos do estiacutemulo da dor

gerando respostas variadas agrave experiecircncia dolorosa por ser um processo

individualizado Aleacutem disso a dor eacute uma experiecircncia complexa descrita em termos

de caracteriacutesticas sensoriais afetivo-motivacionais cognitivas e comportamentais

Desta forma o resultado de uma avaliaccedilatildeo da percepccedilatildeo dolorosa pode depender

de qual dimensatildeo da dor esteja sendo vivenciada no momento da avaliaccedilatildeo por

cada indiviacuteduo14

Hoskins et al29 utilizaram a escala visual analoacutegica (EVA) e o questionaacuterio

McGill para comparar a intensidade e a qualidade de dor lombar entre atletas de

elite amadores e natildeo atletas Foram observadas diferenccedilas significativas entre os

grupos mostrando que os atletas de elite apresentaram intensidade de dor mais

alta assim como escolheram com mais frequecircncia palavras das categorias sensorial

e afetiva De forma semelhante a nossa pesquisa o domiacutenio sensorial apresentou o

maior iacutendice de dor e maior frequecircncia de palavras escolhidas Tal fato possa ser

justificado por esse ser o domiacutenio de maior representatividade no questionaacuterio

agregando termos de qualidades sensitivas dor18 Poreacutem a dimensatildeo afetiva natildeo foi

evidenciada com maior frequecircncia no presente estudo Esta representa um estado

emocional o qual pode ser traduzido por percepccedilotildees de cansaccedilo sentimentos de

medo e puniccedilatildeo assim como reaccedilotildees autonocircmicas34 Reading32 e Pimenta e

Teixeira18 em seus estudos relataram que os pacientes que sentem dores de

caracteriacutestica aguda preferem descritores da categoria sensorial Por outro lado

indiviacuteduos que sentem dor crocircnica usualmente tendem a selecionar mais

descritores da categoria afetiva levando em conta fenocircmenos cognitivo de

antecipaccedilatildeo memoacuteria atenccedilatildeo e experiecircncia anterior

Os resultados desta pesquisa demonstraram que a regiatildeo com maior

prevalecircncia de queixa dolorosa em atletas de elite de GR foi a articulaccedilatildeo do quadril

com aproximadamente cinquenta e dois por cento das queixas Isto pode estar

relacionado ao fato da articulaccedilatildeo do quadril ser responsaacutevel pela absorccedilatildeo de

29

grandes cargas compressivas durante a fase de aterrissagem dos saltos o qual eacute

um movimento especiacutefico do esporte Aleacutem disso no quadril estaacute localizado o centro

de gravidade do corpo assim as cargas que satildeo geradas ou transmitidas por essa

regiatildeo geram influecircncia no desempenho esportivo Desse modo pesquisas

cientiacuteficas relatam sobre a importacircncia da forccedila dos muacutesculos estabilizadores do

quadril no surgimento e desenvolvimento de dores nesta articulaccedilatildeo4 35 Steinberg et

al36 realizaram uma analise sistemaacutetica do desempenho da musculatura do quadril

no desenvolvimento de lesotildees no membro inferior e encontraram que a diminuiccedilatildeo

da funccedilatildeo dos muacutesculos do quadril associada a cargas repetitivas no membro

inferior pode aumentar o risco de lesotildees no joelho e em todo o membro

De forma contraacuteria aos nossos resultados Guiotte et al2 Sabeti et al21 e

Oliveira et al23 avaliaram ginastas de diferentes categorias e relataram que a regiatildeo

anatocircmica de queixa dolorosa mais prevalente na praacutetica da GR eacute a coluna lombar

seguida do tornozelo e joelho De acordo com Anderson et al37 a dor no quadril e

na virilha em atletas ocorrem com menor frequecircncia que lesotildees das extremidades do

membro inferior Ratificando esses autores Tschopp et al38 defendem que as

lesotildees do quadril satildeo menos comuns poreacutem satildeo mais difiacuteceis de serem

diagnoacutesticadas Pois as consideraccedilotildees anatocircmicas e biomecacircnicas para lesotildees

nesta regiatildeo estatildeo entre as mais complexas do sistema muacutesculo-esqueleacutetico

Por outro lado os nossos resultados demonstraram que a segunda

articulaccedilatildeo mais prevalente em relaccedilatildeo agrave queixa dolorosa pela praacutetica de GR em

atletas de elite foi o tornozelo-peacute (44) Tal fato se justifica por alguns fatores como

sobrecarga excessiva nos muacutesculos intriacutensecos do peacute os quais satildeo responsaacuteveis

pela formaccedilatildeo do arco plantar existecircncia de compressotildees excessivas nos

segmentos oacutesseos devido ao processo de absorccedilatildeo de impacto nos saltos aleacutem da

necessidade de manutenccedilatildeo da postura do tornozelo-peacute em flexatildeo plantar por

tempos prolongados

De acordo com Han et al39 o complexo do tornozelo-peacute na maioria das

atividades esportivas eacute a uacutenica parte do corpo que estaacute em contato com solo

Assim a propriocepccedilatildeo do tornozelo contribui de forma extremamente significativa

para o controle do equiliacutebrio pois fornece informaccedilotildees que permitem o ajuste de

posiccedilotildees e movimentos dos membros para realizaccedilatildeo das tarefas motoras

30

complexas exigidas no esporte de elite Saito et al12 em sua pesquisa ao avaliarem

atletas com e sem lesatildeo no tornozelo observaram que as lesotildees no tornozelo aleacutem

de causar alteraccedilotildees musculares e osteocinemaacuteticas promovem de forma direta

repercussotildees negativas no controle neuromuscular da articulaccedilatildeo predispondo-a aacute

episoacutedios recidivantes em virtude do comprometimento do feedback neurosensorial

afetando o controle postural e consequentemente o desempenho nas atividades

motoras

De acordo com os dados obtidos no nosso estudo foi observada nas atletas

uma maior aacuterea de deslocamento do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo (COP) do

corpo demonstrando um menor equiliacutebrio estaacutetico das ginastas ao comparar com

controles natildeo atletas Isto pode estar relacionado a uma maior intensidade e

presenccedila do estiacutemulo doloroso no corpo das atletas e a intensa quantidade de

repeticcedilotildees dos exerciacutecios de forma assimeacutetrica pela preferecircncia do membro

dominante Desse modo diversas pesquisas relatam que a presenccedila da dor pode

aumentar a aacuterea do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo (ACOP) produzindo uma piora

do equiliacutebrio corporal4 12 15 16 Lin et al16 e Shigaki et al4 em seus estudos avaliaram

o equiliacutebrio de atletas comparando trecircs grupos atletas com lesatildeo atletas sem lesatildeo

e natildeo atletas Evidenciaram que atletas com lesatildeo apresentaram maior oscilaccedilatildeo do

centro de pressatildeo comparado a indiviacuteduos natildeo atletas e atletas sem lesatildeo Poreacutem

quando comparados atletas sem lesatildeo com indiviacuteduos natildeo atletas natildeo foi observado

diferenccedila significativa

Ao mesmo tempo em nosso estudo foi encontrado uma velocidade meacutedia do

COP maior no grupo atleta em ambas as direccedilotildees ao comparar com controles natildeo

atletas Sendo a velocidade meacutedia do COP maior no plano sagital (anteroposterior)

em relaccedilatildeo ao plano frontal (meacutediolateral) Isto ocorre porque as atletas apresentam

uma resposta neuromuscular mais raacutepida para recuperaccedilatildeo da estabilidade do corpo

adquirida pelo treinamento esportivo essencialmente no plano sagital em que as

estrateacutegias posturais para recuperaccedilatildeo do equiliacutebrio satildeo mais efetivas

Diversos estudos publicados na literatura abordam a habilidade do controle

postural em atletas2 8-12 Matsuda et al10 relatam que atletas tecircm capacidade de

equiliacutebrio dinacircmico superior quando comparados a indiviacuteduos natildeo atletas Da

mesma forma Merlo et al11 acreditam a praacutetica de esportes produz adaptaccedilotildees que

31

ou desenvolvimento de consciecircncia de estrateacutegias posturais natildeo evidenciadas em

sujeitos natildeo praticantes de atividade esportiva

Os resultados encontrados por meio desse estudo mostraram que a dor em

sua dimensatildeo avaliativa apresentou relaccedilatildeo significativa com a velocidade meacutedia do

centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo do corpo na direccedilatildeo mediolateral Tal fato evidencia

que a percepccedilatildeo do estiacutemulo doloroso interfere de maneira significativa na

habilidade do atleta em reestabelecer a estabilidade postural apoacutes perturbaccedilatildeo do

equiliacutebrio em postura estaacutetica Prejudicando o desempenho atleacutetico na modalidade

uma vez que as atletas dependem da estabilidade postural para execuccedilatildeo da praacutetica

esportiva Alguns autores relatam a influecircncia da dor e fatores psicoemocionais na

performance e desempenho de atletas de alto rendimento Couto e Pedroni40

avaliaram a relaccedilatildeo da queixa e limiar doloroso com incidecircncia de lesatildeo em

bailarinas claacutessicas Os resultados do estudo mostraram que houve relaccedilatildeo

significativa entre as regiotildees de lesatildeo com a dor evidenciando que a dor estaacute

diretamente relacionada com o surgimento de lesatildeo nessa populaccedilatildeo Dore e

Guerra41 em seu estudo investigaram a prevalecircncia e fatores associados agrave

sintomatologia dolorosa em bailarinos profissionais utilizando a versatildeo brasileira do

questionaacuterio McGill e Inventaacuterio para dor de Wisconsin Foram verificadas

correlaccedilotildees positivas com significacircncia entre o grau de intensidade dolorosa e

atividades diaacuterias sono humor e relacionamento pessoal

O presente estudo sinaliza uma relaccedilatildeo da presenccedila do estiacutemulo doloroso

com o equiliacutebrio postural As alteraccedilotildees no equiliacutebrio corporal tecircm sido muito

estudadas em diferentes populaccedilotildees assim como o comportamento da dor e lesotildees

no desempenho de atletas de diferentes niacuteveis competitivos e modalidades

esportivas Corroborando com nossa pesquisa Meardon et al15 defendem que a

presenccedila de lesatildeo e dor em atletas pode afetar negativamente o equiliacutebrio corporal

Em sua pesquisa examinou controle postural dinacircmico em corredores lesionados

com dor e sem lesatildeo usando o Star Excursion Balance Test (SEBT) Quando

comparado corredores lesionados com controles sem lesatildeo os resultados

demonstraram controle dinacircmico deficiente das forccedilas verticais ao executar as

tarefas de pouso e estabilizaccedilatildeo em apoio unipodal

32

Contudo ainda satildeo raros os estudos sobre a caracterizaccedilatildeo da dor e do

equiliacutebrio corporal em atletas de ginaacutestica riacutetmica Por meio desse estudo foi

observado que atletas de elite de GR demonstraram aumento da dor descrita em

todos os domiacutenios avaliados pelo questionaacuterio McGill (plt0001) A dor nas ginastas

tem o perfil sensorial e avaliativo e se manifesta principalmente nas articulaccedilotildees do

quadril e tornozelo-peacute em virtude da especificidade do gesto esportivo Aleacutem disso

as atletas tambeacutem apresentam menor estabilidade do controle postural (plt005)

sendo notada possiacutevel relaccedilatildeo de interferecircncia entre a auto percepccedilatildeo dolorosa e o

equiliacutebrio postural Entretanto devido agrave complexidade do tema faz-se necessaacuterio a

elaboraccedilatildeo de estudos mais aprofundados com uma amostra maior seguindo

rigorosamente os criteacuterios metodoloacutegicos que permita uma interpretaccedilatildeo mais

precisa a respeito da percepccedilatildeo dolorosa e o equiliacutebrio postural no desempenho

atleacutetico na modalidade esportiva

5 Conclusatildeo

A pesquisa mostra que as atletas de elite de GR apresentam dor de

caracteriacutesticas sensorial e avaliativa frequentemente localizada na articulaccedilatildeo do

quadril seguida do tornozelo-peacute A presenccedila da percepccedilatildeo dolorosa mostrou relaccedilatildeo

significativa com o controle postural em atletas de elite de GR Os resultados

tambeacutem evidenciaram que atletas tem menor equiliacutebrio postural estaacutetico quando

comparadas a controles natildeo atletas poreacutem demonstram maior habilidade para

reestabelecer o controle postural

6 Consideraccedilotildees Finais

Um ponto importante a ser relatado neste estudo eacute a utilizaccedilatildeo do

questionaacuterio de dor McGill Embora venha ser um questionaacuterio amplamente utilizado

em pesquisas cientiacuteficas em virtude da sua alta confiabilidade validaccedilatildeo e

adaptaccedilatildeo cultural em diferentes paiacuteses ainda satildeo raros os estudos que utilizam

essa ferramenta para avaliar a dor em atletas Com ecircnfase em estudos que

descrevam a sua aplicabilidade por domiacutenio e caracteriacutesticas multidimensionais da

33

dor Este pesquisa aparenta ter sido pioneira a qualificar a dor e descrevecirc-la em

suas dimensotildees em atletas de elite de ginaacutestica riacutetmica bem como relacionar a

percepccedilatildeo dolorosa com o equiliacutebrio postural nessa populaccedilatildeo Abrindo espaccedilo para

realizaccedilatildeo de outros estudos

Poreacutem foi encontrado como limitaccedilotildees escassez de pesquisas cientiacuteficas

atualizadas sobre abordagem multidimensional da dor em atletas essencialmente

na ginaacutestica riacutetmica Pois a grande maioria dos estudos que tem sido publicado

sobre dor nessa populaccedilatildeo estaacute relacionada agrave presenccedila do estiacutemulo doloroso e sua

intensidade em uma magnitude sensorial Outro ponto a se destacar foi a

dificuldade em coletar um grupo controle com caracteriacutesticas similares ao grupo de

estudo para que fosse formada uma amostra mais homogecircnea possiacutevel

respeitando os criteacuterios metodoloacutegicos

34

REFEREcircNCIA

1 Baston C Mancini M Schoneburg B Horak F Rocchi L Postural strategies assessed with inertial sensors in healthy and parkinsonian subjects Gait Posture 2014 may 40(1)70ndash75

2 Guiotte VA Roque CFL Olieira MR Gil AWO Rabello LM Dos Santos EVM et

al Avaliaccedilatildeo Fiacutesico - Funcional de Atletas da Ginaacutestica Riacutetmica Histoacuterico de Lesotildees e Estabilidade Postural UNOPAR Cient Ciecircnc Biol Sauacutede 2012 14(4) 217-20

3 Bosso LR Golias ARC A postura de atletas de Ginaacutestica Riacutetmica Analise atraveacutes da fotometria Rev Bras Med Esporte 2012 setout 18(5)333-337

4 Shigaki L Rabello LM Camargo MZ Santos VBC Gil AWO Oliveira MR et al Anaacutelise comparativa do equiliacutebrio unipodal de atletas de Ginastica Riacutetmica Rev Bras Med Esporte 2013 marabr 19(2)104-107

5 Whale CE Pass AN Tripp PM Chronic Groin Pain in a collegiate football running back International Journal of Athletic Therapy amp Training 2012 may 17(3)41-44

6 Jacobs JV Why we need to better understand the cortical neurophysiology of impaired postural responses with age disease or injury Frontiers in Integrative Neuroscience 2014 ago 8(69)

7 Hirata RP Ervilha UF Arendt-Nielsen L Graven-Nielsen T Experimental Muscle Pain Challenges the Postural Satability During Quiet Stance Unexpected Posture Perturbation J Pain 2011 ago 12(8)911-9

8 Ribeiro GD Suaacuterez MH Ruiz DR Efecto del entrenamiento sistemaacutetico de gimnasia riacutetmica sobre el control postural de ninas adolescentes Rev Andal Med 2015 jun 8(2)54-60

9 Teixeira CL Equiliacutebrio e controle postural Brazilian Journal of Biomechanics 2010 11(20)31-40

10 Matsuda S Demura S Uchiyama M Centre of pressure sway characteristics during static one-legged stance of athletes from different sports Journal of Sports Sciences 2008 may 26(7)775 ndash 779

11 Merlo JK Stoppa ACL Macedo CSG Silva Juacutenior RA Anaacutelise Comparativa do Equiliacutebrio em Apoio Unipodal em Indiviacuteduos Sedentaacuterios e Atletas UNOPAR Cient Ciecircnc Biol Sauacutede 2010 12(4)29-32

12 Saito KA Navarro M Silva MF Arie EK Peccin MS Oscilaccedilatildeo do centro de pressatildeo plantar de atletas e natildeo atletas com e sem entorse de tornozelo Rev Bras Ortop 2016 51(4)437ndash443

35

13 Lamb M Oliveira PD Tano SS Gil AWO Dos Santos EVN Fernandes KBP

Efeito do treinamento proprioceptivo no equiliacutebrio de atletas de ginaacutestica riacutetmica Rev Bras Med Esporte 2014 setout 20(5)379-382

14 Silva JA Ribeiro-Filho NP A dor como um problema psicofiacutesico Rev Dor 2011 abrjun 12(2)138-51

15 Meardon S Klusendorf A Kernozek T Influence of injury on dynamic postural control in runners The International Journal of Sports Physical Therapy 2016 jun 11(3)336

16 Lin CF Lee IJ Liao JH Wu HW Su FC Comparison of Postural Stability Between Injured and Uninjured Ballet Dancers The American Journal of Sports Medicine 2011 39(6)1324-1331

17 Varoli FK Pedrazzi V Adapted Version of the McGill Pain Questionnaire to Brazilian Portuguese Braz Dent J 2006 17(4) 328-335

18 Pimenta CAM Teixeira MJ Questionaacuterio de dor McGill proposta de adaptaccedilatildeo para a liacutengua portuguesa Rev Esc Enf USP 1996 dez 30(3)473-83

19 Rabello LM Macedo CSG Oliveira MR Fregueto JH Camargo MZ Lopes LD et al Relaccedilatildeo entre testes funcionais e plataforma de forccedila nas medidas de equiliacutebrio em atletas Rev Bras Med Esporte 2014 maijun 20(3)219-222

20 Bressel E Yonker JC Kras J et al Comparison of static and dynamic balance in female collegiate soccer basketball and gymnastics atheletes Journal of Athletic Training 2007 42(1)42ndash46

21 Sabeti M Jeremian L Graf A Kandelhart R Elite level rhythmic gymnasts have significantly more and stronger pain than peers of similar age a prospective study Wien Klin Wochenschr 201512731ndash35

22 Vanderlei FM Vanderlei FCM Netto Juacutenior J Praste CM Caracteriacutesticas das lesotildees desportivas e fatores associados com lesatildeo em iniciantes de ginaacutestica artiacutestica do sexo feminino Fisioter Pesq 201320(2)191-196

23 Oliveira MMM Lourenccedilo MRA Teixeira DC Incidecircncias de lesotildees nas equipes de Ginaacutestica Riacutetmica da UNOPAR UNOPAR Cient Ciecircnc Biol Sauacutede 2003 out 6(1)29-40

24 Frutuoso AS Diefenthaeler F Vaz MA et al Lower Limb asymmetries in rhythmic gymnastics atheletes Int Sports Phys Ther 2016 11(1)34ndash43

25 Kolar E Samardžija MP Smrdu M Atikovic A Athletes perceptions of the causes of injury in gymnastics J Sports Med Phys Fitness 2016 Mar 57(5)703-710

36

26 Mueller S Mueller J Stoll J Prieske O Cassel M Mayer F Incidence of back pain in adolescent athletes a prospective study BMC Sports Science Medicine and Rehabilitation 2016 838

27 Goubert D Danneels L Graven-Nielsen T Descheemaeker F Meeus M Differences in Pain Processing Between Patients with Chronic Low Back Pain Recurrent Low Back Pain and Fibromyalgia Pain Physician 2017 May 20(4)307-318

28 Arliani GG Cohen M Lara PS Astur DC Gonccedilalves JPP Ferretti M Impacto do esporte na sauacutede de ex-jogadores profissionais de futebol no Brasil Acta ortop bras 2014 julago 22(4)188-190

29 Hoskins W Pollard H Daff C Odell A Garbutt P McHardy A et al Low back pain status in elite and semi-elite Australian football codes a cross-sectional survey of football (soccer) Australian rules rugby league rugby union and non-athletic controls BMC Musculoskeletal Disorders 20091038

30 Ngamkham S Vincent C Finnegan L Holden JE Wang ZJ Wilkie DJ The McGill Pain Questionnaire as a Multidimensional Measure in People with Cancer An Integrative Review Pain Manag Nurs 2012 Mar 13(1) 27ndash51

31 Bermudez OAS Souza RA Souza CMF Castro CES Beacuterzn F Avaliaccedilatildeo multidimensional da dor em portadores de desordem temporomandibular utilizando uma versatildeo brasileira do questionaacuterio mcgill de dor Rev bras fisioter 2003 7(2) 151-158

32 Reading AE Everitt BS Sledmore CM The McGill Pain Questionnaire a replication of its construction Br J Clin Psychol 1982 21339ndash349

33 Melzack R The McGill Pain Questionnaire Anesthesiology 2005 103199-202

34 Pessoa CP Barreto MB Santos LB Alves TDB Oliveira MC Martins AG Instrumentos utilizados na avaliaccedilatildeo do impacto da dor na qualidade de vida de pacientes com dor orofacial e disfunccedilatildeo temporomandibular Escola Baiana de Sauacutede Puacuteblica 200731(2)267-293

35 Espinoza ES Ortiz GB Estabilidad abdominolumbopeacutelvica y equilibrio comopredictores de la incidencia de lesionesmusculoesqueleacuteticas en estudiantes de danzaUn estudio piloto Fisioterapia 2014

36 Steinberg N Dar G Dunlop M Gaida JE The relationship of hip muscle performance to legankle and foot injuries a systematic review The Physician and Sportsmedicine 2017

37 Anderson K Strickland SM Warren R Hip and Groin Injuries in Athletes The American Journal of Sports Medicine 2001 29(4) 521-533

38 Tschopp M Brunner F Erkrankungen und Uumlberlastungsschaumlden an der unteren Extremitaumlt bei Langstreckenlaumlufern Z Rheumatol 2017 Feb

37

39 Han J Anson J Waddington G Adans R Liu Y The Role of Ankle

Proprioception for Balance Control in relation to Sports Performance and Injury BioMed Research International 2015 Jun8

40 Couto AGA Pedroni CR Relaccedilatildeo entre postura queixa dolorosa e lesatildeo em bailarinas claacutessicas Ter Man 2013 11(55)228-233

41 Dore BF e Guerra RO Sintomatologia dolorosa e fatores associados em bailarinos profissionais Rev Bras Med Esporte 2007 MarAbr13(2)77-80

38

ANEXO I ndash QUESTIONAacuteRIO DE DOR MCGILL

39

ANEXO II ndash PARECER DE APROVACcedilAtildeO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA

40

41

ANEXO III ndash NORMAS DE SUBMISSAtildeO DA REVISTA

Instruccedilotildees aos Autores

A Revista Brasileira de Medicina do Esporte - RBME (Brazilian Journal of

Sports Medicine) oacutergatildeo oficial da Sociedade Brasileira de Medicina do Exerciacutecio e

do Esporte (SBMEE) eacute publicada bimestralmente em seis ediccedilotildees ao ano (janfev

marabr maiojun julago setout e novdez) A RBME eacute indexada nas seguintes

bases bibliograacuteficas SciELO Web of Science Excerpta Medica-EMBASE Physical

Education Index LILACS SIRC-Sportdiscus e Scopus A publicaccedilatildeo segue

integralmente o padratildeo internacional do International Committee of Medical Journal

Editors (ICMJE) ou Convenccedilatildeo de Vancouver e seus requisitos de uniformizaccedilatildeo

[httpwwwicmjeorg]

Preparaccedilatildeo de manuscritos Os artigos submetidos devem ser digitados em

espaccedilo duplo fonte Arial 12 em paacutegina tamanho A4 sem numerar linhas ou

paraacutegrafos e numerando as paacuteginas no canto superior direito Figuras e tabelas

devem ser apresentadas ao final do artigo em paacuteginas separadas No corpo do

texto deve-se informar os locais para inserccedilatildeo das tabelas ou figuras Nuacutemeros

menores que 10 satildeo escritos por extenso enquanto que nuacutemeros maiores ou igual a

10 satildeo expressos em algarismos araacutebicos Os manuscritos que natildeo estiverem de

acordo com as instruccedilotildees aos autores em relaccedilatildeo a estilo e formato seratildeo

devolvidos sem revisatildeo pelo Conselho Editorial As medidas deveratildeo ser expressas

no Sistema Internacional (Systegraveme International SI) disponiacutevel em

httpphysicsnistgovcuuUnits e unidades padratildeo quando aplicaacutevel Recomenda-

se aos autores natildeo usar abreviaccedilotildees no tiacutetulo e limitar a sua utilizaccedilatildeo no resumo e

ao longo do texto Os nomes geneacutericos devem ser usados para todas as drogas Os

faacutermacos podem ser referidos pelo nome comercial poreacutem deve constar o nome

cidade e paiacutes ou endereccedilo eletrocircnico do fabricante entre parecircnteses na seccedilatildeo

Materiais e Meacutetodos

Abreviaturas O uso de abreviaturas deve ser minimizado As abreviaturas deveratildeo

ser definidas por ocasiatildeo de sua primeira utilizaccedilatildeo no resumo e tambeacutem no texto

Abreviaturas natildeo padratildeo natildeo devem ser utilizadas a menos que essas apareccedilam

pelo menos trecircs vezes no texto Unidades de medida (3 ml ou 3 mL e natildeo 3

mililitros) ou siacutembolos cientiacuteficos padratildeo (elementos quiacutemicos por exemplo Na e

natildeo soacutedio) natildeo satildeo consideradas abreviaturas e portanto natildeo devem ser definidos

Abreviar nomes longos ou substacircncias quiacutemicas e termos utilizados para

combinaccedilotildees terapecircuticas Abreviaturas em figuras e tabelas podem ser utilizadas

por razotildees de espaccedilo poreacutem devem ser definidas na legenda mesmo que tenham

sido definidas no texto do artigo

Formato dos arquivos Usar editor de texto Microsoft Word para Windows ou

42

equivalente Arquivos em formato PDF natildeo devem ser enviados As tabelas e

quadros deveratildeo estar em seus arquivos originais (Excel Acess Powerpoint etc)

As figuras deveratildeo estar nos formatos jpg ou tif em alta resoluccedilatildeo (300 dpi) As

figuras deveratildeo estar incluiacutedas no arquivo Word mas tambeacutem devem ser enviadas

separadamente (anexadas durante a submissatildeo do artigo como documento

suplementar em seus arquivos originais)

Paacutegina de rosto A paacutegina de rosto deve conter (1) a categoria do artigo (2) o tiacutetulo

do artigo em portuguecircs inglecircs e espanhol com ateacute 80 caracteres cada que deve ser

objetivo e informativo (3) os nomes completos dos autores instituiccedilatildeo formaccedilatildeo

acadecircmica de origem (a mais relevante) cidade estado e paiacutes (4) nome do autor

correspondente com endereccedilo completo telefone e e-mail A titulaccedilatildeo dos autores

natildeo deve ser incluiacuteda O nome completo de cada autor (sem abreviaccedilotildees) e sua

afiliaccedilatildeo institucional (nota as unidades hieraacuterquicas devem ser apresentadas em

ordem decrescente por exemplo universidade faculdade ou instituto e

departamento) devem ser informados Os nomes das instituiccedilotildees e programas

deveratildeo ser apresentados preferencialmente por extenso e na liacutengua original da

instituiccedilatildeo ou na versatildeo em inglecircs quando a escrita natildeo eacute latina (pex aacuterabe

mandarim ou grego)

Resumo O resumo em portuguecircs inglecircs e espanhol deve ser incluiacutedo no

manuscrito Em cada um dos idiomas natildeo deve conter mais do que 300 palavras A

versatildeo estruturada eacute obrigatoacuteria nos artigos originais e inclui objetivos meacutetodos

resultados e conclusatildeo Artigos de revisatildeo natildeo requerem resumo estruturado

Palavras-chave O artigo deve incluir no miacutenimo trecircs e no maacuteximo seis descritores

em portuguecircs inglecircs e espanhol baseados nos Descritores de Ciecircncias da Sauacutede

(DeCS) httpdecsbvsbr ou no Medical Subject Headings (MeSH) da National

Library of Medicine disponiacutevel em httpwwwnlmnihgovmeshmeshhomehtml

oubaseados no Medical SubjectHeading (MeSH) do Index Medicus

(httpwwwnlmnihgovmesh)

Introduccedilatildeo A introduccedilatildeo deve conter (1) justificativa objetiva para o estudo com

referecircncias pertinentes ao assunto sem realizar uma revisatildeo extensa (2) objetivo do

artigo

Materiais e Meacutetodos Esta seccedilatildeo deve descrever os experimentos (quantitativa e

qualitativamente) e os procedimentos em detalhes suficientes que permitam que

outros pesquisadores reproduzam os resultados ou deem continuidade ao estudo

e deveraacute conter (1) a descriccedilatildeo clara da amostra utilizada (2) termo de

consentimento para estudos experimentais envolvendo seres humanos (3)

identificaccedilatildeo dos meacutetodos aparelhos (nome do fabricante e endereccedilo cidade e paiacutes

devem ser menciondos entre parecircnteses) e procedimentos utilizados (4) descriccedilatildeo

breve e referecircncias de meacutetodos publicados mas natildeo amplamente conhecidos (5)

43

descriccedilatildeo detalhada de meacutetodos novos ou modificados (6) quando pertinente incluir

a anaacutelise estatiacutestica e os programas utilizados Importante Ao relatar experimentos

com seres humanos ou animais indicar se os procedimentos seguiram as normas

do Comitecirc Eacutetico sobre Experiecircncias Humanas da instituiccedilatildeo na qual a pesquisa foi

realizada e se os procedimentos estatildeo de acordo com a declaraccedilatildeo de Helsinki de

1995 e a Animal Experimentation Ethics respectivamente Os autores devem incluir

uma declaraccedilatildeo indicando que o protocolo foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica da

Instituiccedilatildeo (instituiccedilatildeo de afiliaccedilatildeo de pelo menos um dos autores) com o respectivo

nuacutemero de identificaccedilatildeo Tambeacutem deve incluir que o Termo de Consentimento Livre

e Esclarecido foi assinado por todos os participantes

Resultados Apresentar os resultados em sequecircncia loacutegica no texto usando tabelas

e figuras Evitar repeticcedilatildeo excessiva de dados no texto em tabelas ou figuras

poreacutem enfatizar somente as descobertas mais importantes

Discussatildeo Enfatizar os aspectos originais e importantes do estudo e as conclusotildees

que decorrem deste evitando poreacutem repetir dados jaacute apresentados em outras

partes do manuscrito Em estudos experimentais ressaltar a relevacircncia e limitaccedilotildees

dos resultados confrontando com os dados da literatura e incluindo implicaccedilotildees

para estudos futuros

Conclusotildees A conclusatildeo deve ser clara e concisa baseada nos resultados

obtidos estabelecendo ligaccedilatildeo com implicaccedilotildees cliacutenicas evitando poreacutem excessiva

generalizaccedilatildeo) A mesma ecircnfase deve ser dada a estudos com resultados negativos

ou positivos Recomendaccedilotildees podem ser incluiacutedas quando relevantes

Agradecimentos Quando pertinente incluir agradecimento ou reconhecimento a

pessoas que tenham contribuiacutedo para o desenvolvimento do trabalho poreacutem natildeo se

qualificam como coautores Fontes de financiamento como auxiacutelio a pesquisa e

bolsas de estudo devem ser reconhecidos nesta seccedilatildeo Os autores deveratildeo obter

permissatildeo por escrito para mencionar nomes e instituiccedilotildees de todos os que

receberam agradecimentos nominais

Referecircncias As referecircncias devem ser numeradas na sequecircncia em que aparecem

no texto em formato sobrescrito As referecircncias citadas somente em legendas de

tabelas ou figuras devem ser numeradas de acordo com sequecircncia estabelecida

pela primeira menccedilatildeo da tabela ou da figura no texto O estilo das referecircncias

bibliograacuteficas deve seguir as regras do Uniform Requirements for Manuscripts

Submitted to Biomedical Journals (International Committee of Medical Journal

Editors disponiacutevel em Ann Intern Med 1997126(1)36-47 httpwwwicmjeorg)

Alguns exemplos satildeo mostrados a seguir Os tiacutetulos dos perioacutedicos devem ser

abreviados de acordo com o Index Medicus (List of Journals Indexed disponiacutevel em

httpwwwnlmnihgovtsdserialsljihtml) Se o perioacutedico natildeo constar dessa lista

deve-se utilizar a abreviatura sugerida pelo proacuteprio perioacutedico Deve-se evitar utilizar

44

ldquocomunicaccedilotildees pessoaisrdquo ou ldquoobservaccedilotildees natildeo publicadasrdquo como referecircncias

Resumos de tranalhos apresentados em eventos devem ser utilizados somente se

for a uacutenica fonte de informaccedilatildeo

Tabelas As tabelas devem ser elaboradas em espaccedilo 15 devendo ser planejadas

para ter como largura uma (87cm) ou duas colunas (18 cm) Cada tabela deve

possuir um tiacutetulo sucinto Notas explicativas seratildeo incluiacutedas em notas de rodapeacute A

tabela deve conter meacutedias e medidas de dispersatildeo (Desvio Padratildeo Erro Padratildeo da

Meacutedia etc) natildeo devendo conter casas decimais irrelevantes As abreviaturas

devem estar de acordo com aquelas utilizadas no texto e nas figuras Os coacutedigos de

identificaccedilatildeo de itens da tabela devem estar listados na ordem de surgimento no

sentido horizontal e devem ser identificados pelos siacutembolos padratildeo Os quadros e

tabelas deveratildeo ser enviados atraveacutes dos arquivos originais editaacuteveis (Word Excel)

e natildeo como imagens

Figuras Na versatildeo impressa da RBME seratildeo aceitas figuras em preto-e-branco

Imagens coloridas poderatildeo ser publicadas quando forem essenciais para o conteuacutedo

cientiacutefico do artigo Nestes casos o custo seraacute repassado aos autores Figuras

coloridas poderatildeo ser incluiacutedas na versatildeo eletrocircnica do artigo sem custo adicional

aos autores Os desenhos e figuras devem ser consistentes e tatildeo simples quanto

possiacutevel poreacutem informativos Tons de cinza natildeo devem ser utilizados Todas as

linhas devem ser soacutelidas Para graacuteficos de barra por exemplo utilizar barras

brancas pretas com linhas diagonais nas duas direccedilotildees linhas em xadrez linhas

horizontais e verticais A RBME desaconselha fortemente o uso de fotografias de

equipamentos e animais de experimentaccedilatildeo As figuras devem ser impressas com

bom contraste e ter a largura de uma coluna (87cm) Utilizar no miacutenimo fonte

tamanho 10 para letras nuacutemeros e siacutembolos com espaccedilamento e alinhamento

adequados Quando a figura representar uma radiografia ou fotografia sugerimos

incluir a escala de tamanho quando pertinente

Por favor note que eacute de responsabilidade dos autores obter permissatildeo do detentor

dos direitos autorais para reproduzir figuras (ou tabelas) que tenham sido

previamente publicados em outras fontes De acordo com os princiacutepios do acesso

aberto os autores devem ter permissatildeo do detentor dos direitos caso desejem

incluir imagens que tenham sido publicados em outros perioacutedicos de acesso natildeo

aberto A permissatildeo deve ser indicada na legenda da figura e a fonte original deve

ser incluiacuteda na lista de referecircncias

45

APEcircNDICE I ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE)

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Vocecirc estaacute sendo convidada(o) a participar da pesquisa intitulada

ldquoCARACTERIZACcedilAtildeO DA DOR E SUA RELACcedilAtildeO COM EQUILIacuteBRIO

POSTURAL ESTAacuteTICO EM ATLETAS DE GINAacuteSTICA RIacuteTMICArdquo realizada pela

Universidade Federal de Sergipe por intermeacutedio da discente TAINARA DOS

SANTOS BOMFIM devidamente assistida pelo seu orientador PAULO MAacuteRCIO

PEREIRA OLIVEIRA O objetivo desse estudo eacute caracterizar a Dor

musculoesqueleacutetica em atletas de elite de ginaacutestica riacutetmica e analisar a relaccedilatildeo da

dor no equiliacutebrio postural estaacutetico das atletas comparando com controles natildeo

atletas A justificativa para a realizaccedilatildeo da pesquisa eacute documentar na literatura

escassa estudo sobre a relaccedilatildeo da dor com o equiliacutebrio postural estaacutetico em

atletas de elite de Ginaacutestica Riacutetmica Sua participaccedilatildeo nessa pesquisa consistiraacute

em responder um questionaacuterio e realizar avaliaccedilatildeo de equiliacutebrio que ocorreraacute em

um uacutenico momento Natildeo haacute riscos previsiacuteveis relacionados com sua participaccedilatildeo

nem danos previsiacuteveis decorrentes da pesquisa Os benefiacutecios relacionados com

sua participaccedilatildeo satildeo

1 Identificar alteraccedilotildees posturais de equiliacutebrio em atletas de alto rendimento

2 Evidenciar se o processo de dor em atletas eacute igual maior ou menor quando

comparado com pessoas natildeo atletas

3 Evidenciar se as variaccedilotildees aacuterea e velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo

de pressatildeo se igualam ou natildeo a pessoas natildeo atletas

Vocecirc foi selecionado por preencher os requisitos da pesquisa mas sua

participaccedilatildeo NAtildeO Eacute OBRIGATOacuteRIA sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo em sua

relaccedilatildeo com a instituiccedilatildeo ou com o pesquisador

Eu________________________________________________________________

abaixo assinado declaro que fui informado que as informaccedilotildees obtidas atraveacutes

dessa pesquisa seratildeo confidenciais e o sigilo sobre minha participaccedilatildeo seraacute

assegurado De tal modo que os dados natildeo seratildeo divulgados de forma a possibilitar

minha identificaccedilatildeo Tambeacutem estou ciente de que a qualquer momento posso

desistir de minha participaccedilatildeo e retirar meu consentimento Declaro que entendi os

objetivos riscos e benefiacutecios de minha participaccedilatildeo na pesquisa e concordo em

participar

Vocecirc receberaacute uma coacutepia deste termo onde consta o telefone e o endereccedilo do

pesquisador principal podendo tirar suas duacutevidas sobre o Projeto de Pesquisa de

sua participaccedilatildeo agora ou a qualquer momento

46

DADOS DO PESQUISADOR RESPONSAacuteVEL

Nome Tainara dos Santos Bomfim

Endereccedilo profissionale-mail Rua Padre Aacutelvares Pitangueira sn - Centro

Departamento de Fisioterapia bftainaragmailcom

Telefone (79) 9 9806-7487

ATENCcedilAtildeO A participaccedilatildeo em qualquer tipo de pesquisa eacute voluntaacuteria Em casos de

duacutevida quanto aos seus direitos entre em contato com o Comitecirc de Eacutetica em

Pesquisa da Universidade Federal de Sergipe

Lagarto _____de _____de 201_

_____________________________________________________

ASSINATURA DO VOLUNTAacuteRIO

_____________________________________________________

ASSINATURA DO PESQUISADOR RESPONSAacuteVEL

Page 15: CARACTERIZAÇÃO DA DOR E SUA RELAÇÃO COM O … · tainara dos santos bomfim caracterizaÇÃo da dor e sua relaÇÃo com o equilÍbrio postural em atletas de ginÁstica rÍtmica

reestabelecer o controle postural Aleacutem disso a presenccedila da percepccedilatildeo dolorosa mostrou uma fraca

relaccedilatildeo poreacutem significativa com o controle postural em atletas de elite de GR

Descritores Ginaacutestica Equiliacutebrio Postural Dor Musculoesqueleacutetica

ABSTRACT

Introduction Rhythmic Gymnastics (RG) is a high performance sport that requires your movements of large amplitudes athletes strength and a good hand-eye coordination postural In addition due to the specificity of Sporting gesture the gymnasts are constantly exposed to repetitive strain and postures reverberating in musculoskeletal injuries and consequently in painwhich can negatively affect the body balance Objective to characterize the musculoskeletal pain in elite athletes of RG secondarily compare the static postural equilibrium of the gymnasts with non-athletes controls as well

as correlate the pain index with the equilibrium in the athletes of RG Methods Participated in the

survey 50 female youth 25 gymnasts composing the Athlete Group (AG) and 25 non-athletes composing the Control Group (CG) The volunteers were subjected to the evaluation of the painful perception using the Brazilian version of the McGill Pain Questionnaire (BR-MPQ) and the posture equilibrium through the Estabilometria The study was approved by the Ethics Committee (CAAE 61990516400005546) Results The AG manifested significantly greater painful perception (p lt 0001) The pain in athletes presented sensory and evaluative characteristics The most painfully complaining regions were the hip joint (52) followed by ankle-foot (44) In the intergroup comparison of the static posture equilibrium was observed greater displacement of the COP in the AG (16513 mm sup2 plusmn 148) relative to the CG (10212 mm sup2 plusmn 114) In the correlations of equilibrium with the domains of pain it was observed only a significant correlation between the evaluative pain and the VmCOP in the direction mediolateral (r = 0414 p = 0040) Conclusion Athletes demonstrate greater painful perception and lower posture static equilibrium when compared to non-athletes controls However they possess greater ability to reestablish posture control Moreover the presence of painful perception showed a weak but significant relationship with the posture control in elite athletes of Gr

keywords Gymnastics Postural Balance Musculoskeletal Pain

16

1 INTRODUCcedilAtildeO

A Ginaacutestica Riacutetmica (GR) eacute uma modalidade esportiva que exige de seus

atletas forccedila flexibilidade e coordenaccedilatildeo motora para a realizaccedilatildeo de movimentos

corporais de danccedila combinados com a manipulaccedilatildeo de pequenos equipamentos1 2

Desse modo para a correta execuccedilatildeo de seus movimentos durante treinos e

competiccedilotildees torna-se imprescindiacutevel a manutenccedilatildeo do equiliacutebrio e controle postural

protegendo o sistema neuromuscular de lesotildees1 34

Geralmente os atletas de alto rendimento como as ginastas satildeo submetidos

a altos volumes e intensidades de treinamento comprometendo a biomecacircnica

devido agrave alteraccedilotildees compensatoacuterias na execuccedilatildeo do gesto esportivo as quais

repercutem no aparecimento de lesatildeo e dor5-7 Diante disso acredita-se que a

presenccedila de dor possa afetar negativamente o equiliacutebrio postural de atletas

Vaacuterios autores abordam a importacircncia da manutenccedilatildeo do equiliacutebrio na praacutetica

esportiva289 Entretanto a estabilidade corporal em atletas pode variar de acordo

com as exigecircncias especiacuteficas da modalidade praticada10 Comumente atletas de

alto niacutevel que dependem da estabilidade postural para execuccedilatildeo da praacutetica

esportiva como na ginaacutestica riacutetmica aprendem a elevar o limiar sensoriomotor por

estimulaccedilatildeo dos seus proprioceptores tendo uma ativaccedilatildeo muscular mais raacutepida em

resposta agraves perturbaccedilotildees do equiliacutebrio11 12

Todavia alguns fatores podem interferir no controle postural destacando-se a

dor musculoesqueleacutetica4913 Sabe-se que a presenccedila da percepccedilatildeo dolorosa em

qualquer parte do segmento corporal eacute o primeiro indicador da existecircncia de lesatildeo

tecidual14 Desta forma pesquisas comprovam que em populaccedilotildees ativas com

lesotildees musculoesqueleacuteticas foram observados deacuteficits de controle postural121516

Em vista disso a dor musculoesqueleacutetica eacute uma das principais causas que podem

afetar o equiliacutebrio corporal em ginastas de alto rendimento levando agrave diminuiccedilatildeo da

funcionalidade da qualidade de vida e consequentemente agrave perda da performance

desportiva913 Esta eacute considerada uma experiecircncia multidimensional e subjetiva17 18

portanto torna-se uma variaacutevel difiacutecil de ser avaliada principalmente em atletas

17

Atualmente existe diversos estudos cientiacuteficos sobre o comportamento do

estiacutemulo doloroso e do equiliacutebrio corporal na performance esportiva e na prevenccedilatildeo

de lesotildees em atletas de elite5-81920 Poreacutem satildeo raras as investigaccedilotildees sobre a

caracterizaccedilatildeo da dor e do equiliacutebrio corporal em atletas de ginaacutestica riacutetmica Bem

como descriccedilatildeo da relaccedilatildeo da dor na estabilidade postural em atletas de alto

rendimento em qualquer que seja o esporte praticado e articulaccedilatildeo testada

O presente estudo tem como objetivo primaacuterio caracterizar a dor

musculoesqueleacutetica em atletas de elite de Ginaacutestica Riacutetmica Secundariamente

comparar o equiliacutebrio postural estaacutetico das ginastas com controles natildeo atletas bem

como correlacionar o iacutendice de dor com o equiliacutebrio nas atletas de GR

2 MEacuteTODOS

21 Delineamento do Estudo

Trata-se de um estudo analiacutetico do tipo observacional com um corte

transversal controlado e mascaramento aberto

22 Sujeitos

A amostra foi composta de 50 sujeitos unicamente do sexo feminino

coletados por conveniecircncia Os sujeitos foram divididos em dois grupos Grupo

Atleta (GA) (25 sujeitos) recrutados na Confederaccedilatildeo Brasileira de Ginaacutestica

AracajuSergipeBrasil e Grupo Controle (GC) (25 sujeitos) selecionados no Coleacutegio

Polivalente LagartoSergipeBrasil e pareados por peso Iacutendice de Massa Corporal

(IMC) e idade

Os criteacuterios de inclusatildeo dos sujeitos submetidos agrave pesquisa e alocados no

GA foram (1) ter sido aprovada na seletiva para o ingresso na seleccedilatildeo brasileira de

ginaacutestica riacutetmica (SBGR) (2) tempo de praacutetica no esporte superior a cinco anos com

4 horas diaacuterias ou mais de treino Para os sujeitos incluiacutedos no GC foram

obedecidos os seguintes criteacuterios (1) IMC le 25 (2) idade entre 14 e 24 anos (3)

ausecircncia de poacutes-ciruacutergicos anteriores Os sujeitos em ambos os grupos foram

excluiacutedos caso apresentassem (1) sequela de doenccedilas do sistema nervoso central

(2) diabetes mellitus ou pressatildeo arterial natildeo controlada (3) inaptidatildeo para seguir

18

ordens ou compreender as ferramentas de mensuraccedilatildeo do estudo (4) histoacuteria de

comprometimento visual auditivo eou do sistema vestibular (5) natildeo falar e

compreender o idioma portuguecircs (6) uso de faacutermacos inibidores ou estimulantes do

sistema nervoso central

23 Procedimentos de avaliaccedilatildeo

Inicialmente foram avaliados dados antropomeacutetricos como peso medido

atraveacutes de balanccedila analoacutegica (Camryreg) calibrada pelo Inmetro (Instituto Nacional de

Metrologia Normalizaccedilatildeo e Qualidade Industrial) e altura mensurada por meio de

fita meacutetrica natildeo-flexiacutevel (Tramontinareg) Em seguida os sujeitos receberam

informaccedilotildees sobre os objetivos da pesquisa instrumentos utilizados comandos

verbais a serem atendidos e demais procedimentos A partir da seleccedilatildeo das

voluntaacuterias iniciou-se a coleta dos dados realizada em duas etapas

231 Avaliaccedilatildeo da Dor

Para registro da percepccedilatildeo da dor foi aplicada a versatildeo brasileira do

questionaacuterio de Dor McGill (Br-MPQ) Trata-se de um instrumento para avaliaccedilatildeo de

dor em uma perspectiva multidimensional o qual possibilita o fornecimento de um

conhecimento amplo sobre a caracterizaccedilatildeo e percepccedilatildeo do estiacutemulo doloroso em

quatro dimensotildees (sensorial afetiva avaliativa e miscelacircnea)1718 As voluntaacuterias

foram instruiacutedas primeiramente a identificar em um diagrama corporal no

questionaacuterio a localizaccedilatildeo da sua dor quando presente Posteriormente foram

orientadas a selecionar em cada subgrupo do questionaacuterio uma palavra que melhor

expressasse a experiecircncia com a dor relatada previamente Deixando claro que natildeo

era obrigatoacuteria a escolha de palavras em todas as dimensotildees O resultado final do

Br-MPQ usado para anaacutelise foi expresso pelo nuacutemero de palavras escolhidas (NWC)

e pelo iacutendice de dor (PRI) caracterizado pela somatoacuteria dos valores de intensidade

dos descritores escolhidos

232 Avaliaccedilatildeo Estabilomeacutetrica

A estabilometria foi realizada com os sujeitos posicionados sobre uma

plataforma de forccedila sendo orientado a manter o olhar adiante num ponto fixado na

parede e de modo consciente transferir o peso corporal da maneira mais

19

homogecircnea possiacutevel entre os membros inferiores Foram realizados trecircs registros

com os olhos abertos As variaacuteveis analisadas foram a aacuterea da elipse do centro de

oscilaccedilatildeo de pressatildeo (ACOP) e a velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo pressatildeo

(VmCOP) do baricentro corporal nas direccedilotildees anteroposterior (AP) e mediolateral

(ML)

A distribuiccedilatildeo consciente do peso foi registrada atraveacutes de um

baropodocircmetro da marca Arquipeacutelagoreg (Footwork Satildeo Paulo Satildeo Paulo Brasil)

que consiste em um sistema de plataforma interligada a um computador para

mensurar as pressotildees exercidas pelos peacutes atraveacutes do sistema de aquisiccedilatildeo

computadorizada das pressotildees (ACP) A plataforma utilizada possui dimensotildees 700

X 600 mm com uma superfiacutecie ativa de 475 X 430 mm com 2544 sensores Esta foi

conectada a um computador com processador 62G HV 04 GB de memoacuteria RAM

disco riacutegido 500 GB e software footwork o qual analisou os dados captados Para

esses registros ortostaacuteticos foi utilizada a frequecircncia de aquisiccedilatildeo dos dados de 05

Hz coletando com isso 100 leituras em cada avaliaccedilatildeo O tempo de registro foi de

15 segundos com um intervalo de 30 segundos entre as avaliaccedilotildees

24 Aspectos Eacuteticos

O estudo foi submetido e aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica e Pesquisa com

Seres Humanos da Universidade Federal de Sergipe (CAAE

61990516400005546) Todos os voluntaacuterios assinaram o Termo de Consentimento

Livre e Esclarecido (TCLE) Todos os sujeitos que participaram da pesquisa foram

avisados que poderiam desistir da participaccedilatildeo a qualquer momento sem nenhum

preuizo aos mesmos

25 Anaacutelise Estatiacutestica

As variaacuteveis numeacutericas foram testadas quanto agrave distribuiccedilatildeo de normalidade

por meio do teste de Shapiro-Wilk Para anaacutelise das amostras parameacutetricas foi

utilizado o teste T- Student e para as amostras natildeo parameacutetricas foi utilizado o teste

de Mann-Whitney para identificar diferenccedilas intergrupos Os dados gerais foram

apresentados em meacutedia e erro padratildeo da meacutedia (EPM) bem como frequecircncia

absoluta (FA) e relativa (FR) Para anaacutelise das correlaccedilotildees entre as variaacuteveis

pesquisadas aplicou-se o teste de Spearman A significacircncia foi estipulada em cinco

20

por cento (p le 005) Para todas as anaacutelises foi utilizado o programa GraphPad Prism

(Versatildeo 601)

3 RESULTADOS

31 Sujeitos

Cinquenta indiviacuteduos concluiacuteram o estudo vinte e cinco voluntaacuterias foram

alocadas no grupo atleta e controle respectivamente As variaacuteveis idade peso

altura e IMC natildeo foram significativamente diferentes entre os grupos A tabela 1

conteacutem as caracteriacutesticas demograacuteficas e antropomeacutetricas dos grupos de estudo

Tabela 1 Caracteriacutesticas demograacuteficas e antropomeacutetricas da amostra

GA grupo atleta GC grupo controle Valores expressos como meacutedia plusmn erro padratildeo da meacutedia O valor de p

corresponde agrave comparaccedilatildeo entre o grupo atleta (n=25) e o grupo controle (n=25)

32 Caracterizaccedilatildeo da Dor

321 Domiacutenios da Dor

Aproximadamente setenta por cento do grupo controle (68) natildeo apresentou

descriccedilatildeo para a sensibilidade dolorosa em nenhum dos domiacutenios avaliados No

grupo atleta foi observado que 24 (96) apresentaram dor de caracteriacutestica

sensorial 19 voluntaacuterias (76) afetiva 24 sujeitos (96) avaliativa e 19 (76)

miscelacircnea

Ao comparar as atletas com o grupo controle observou diferenccedila significativa

com um aumento da dor descrita em todos os domiacutenios avaliados sensorial (1344 plusmn

Caracteriacutesticas

GRUPOS

GA GC P

Idade (anos) 2016 plusmn 068 2091 plusmn 065 0560

Peso (Kg) 5128 plusmn 10 5064 plusmn 109 1481

Altura (m) 164 plusmn 0011 163 plusmn 0009 0372

IMC (Kgm2) 1864 plusmn 03 1938 plusmn 0436 0533

21

146 plt0001) afetivo (264 plusmn 053 plt0001) avaliativo (236 plusmn 028 plt0001) e

miscelacircnea (376 plusmn 064 plt0001) (Tabela 2)

Tabela 2 Domiacutenios da dor entre os grupos da pesquisa

Tabela 2 Escores obtidos atraveacutes do questionaacuterio de dor McGill entre o grupo atleta (n=25) e o grupo controle

(n=25) Os valores foram apresentados como frequecircncia absoluta (FA) e relativa (FR) (porcentagem) SL

Sensorial AV Avaliativa AF Afetiva M Miscelacircnea GA grupo atleta GC grupo controle plt005 GA X GC

plt001 GA X GC plt0001 GA X GC A anaacutelise de variaacuteveis categoacutericas foi realizada por meio do teste

Mann-Whitney

322 Localizaccedilatildeo da Dor

Aproximadamente sessenta e oito por cento do grupo controle apresentou

nenhum local de intensidade dolorosa Em contra partida no grupo atleta seis (24)

das ginastas relataram sentir dor em pelo menos uma articulaccedilatildeo do corpo e

dezenove (76) apresentaram intensidade dolorosa em mais de uma articulaccedilatildeo

Foi observado no grupo atleta que em 13 (52) das atletas a articulaccedilatildeo do quadril

apresentou-se com maior prevalecircncia A segunda articulaccedilatildeo de maior sensibilidade

relatada pelo GA foi o peacute em 11 (44) (Tabela 3)

Tabela 3 Prevalecircncia e localizaccedilatildeo de dor entre os grupos da pesquisa

Domiacutenios Grupo Atleta (GA) Grupo Controle (GC) P

FA (n) FR () FA (n) FR ()

Sensorial (SL) 24 96 8 32 00001

Afetiva (AF) 19 76 4 16 00001

Avaliativa (AV) 24 96 8 32 00001

Miscelacircnea (M) 19 76 6 24 00005

Caracteriacutesticas Grupo Atleta (GA) Grupo Controle (GC)

FA (n) FR () FA (n) FR ()

Sentem dor 25 100 8 32

22

Tabela 3 Prevalecircncia e distribuiccedilatildeo corporal da dor entre o grupo atleta (n=25) e o grupo controle (n=25) Os

valores foram apresentados como frequecircncia absoluta (FA) e relativa (FR) (porcentagem) GA grupo atleta GC

grupo controle

323 Nuacutemero de Palavras Escolhidas e Iacutendice de Dor

No grupo atleta o nuacutemero de palavras escolhidas (NWC) foi significativamente

maior (1076 plusmn 106) ao comparar com o grupo controle (220 plusmn 075 plt0001)

Similarmente aos resultados encontrados para o NWC tambeacutem foi observado um

aumento significativo do iacutendice de dor (PRI) no grupo atleta (2220 plusmn 242) em

relaccedilatildeo ao grupo controle (484 plusmn 165 plt0001) A figura 1 demonstra a

comparaccedilatildeo entre os grupos para o Iacutendice de dor e nuacutemero de palavras escolhidas

Dor em uma articulaccedilatildeo 6 24 7 28

Dor em mais de uma articulaccedilatildeo

19 76 1 4

Dor no Quadril 13 52 0 0

Dor no Peacute 11 44 1 4

Dor no Joelho 7 28 1 4

Dor na Coluna 5 20 4 16

23

Figura 1 Nuacutemero de palavras escolhidas e Iacutendice de dor verificado por meio do questionaacuterio de dor de McGill

entre o grupo atleta (n=25) e o grupo controle (n=25) NWC nuacutemero de palavras escolhidas PRI iacutendice de dor

GA grupo atleta GC grupo controle plt005 GA X GC plt001 GA X GC plt0001 GA X GC A anaacutelise de

variaacuteveis categoacutericas foi realizada por meio do teste Mann-Whitney

33 Equiliacutebrio Estaacutetico (Estabilometria)

331 Aacuterea de deslocamento do COP (ACOP)

Nas comparaccedilotildees intergrupos foi observada uma reduccedilatildeo significativa do

equiliacutebrio no grupo atleta (plt005) Verificou-se que as ginastas apresentaram maior

deslocamento do COP (16513 mmsup2 plusmn 148 p= 0002) em relaccedilatildeo ao grupo controle

(10212 mmsup2 plusmn 114 p= 0002) A figura 2 demonstra a comparaccedilatildeo da aacuterea do

deslocamento do COP entre os grupos

Figura 2 Aacuterea da elipse do centro de pressatildeo do baricentro corporal entre o grupo atleta (n=25) e o grupo

controle (n=25) ACOP aacuterea do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo GA grupo atleta GC grupo controle plt005 GA X GC plt001 GA X GC plt0001 GA X GC A anaacutelise de variaacuteveis categoacutericas foi realizada por meio do teste Mann-Whitney

332 Velocidade meacutedia de oscilaccedilatildeo do COP (VmCOP)

A velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo do baricentro do corpo foi

significativamente maior na direccedilatildeo AP no grupo atleta (1110 mms plusmn 0049 p=003)

quando comparada ao grupo controle (0997 mms plusmn 0091 p=003) Paralelamente

24

a velocidade meacutedia do COP na direccedilatildeo ML tambeacutem foi significativamente maior no

grupo atleta (0845 mms plusmn 0042 plt0001) em relaccedilatildeo ao grupo controle (0508

mms plusmn 0065 plt0001) (Figura 3)

Figura 3 Velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo do baricentro corporal entre o grupo atleta (n=25)

e o grupo controle (n=25) COP centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo AP anteroposterior ML mediolateral GA grupo atleta GC grupo controle plt005 GA X GC plt001 GA X GC plt0001 GA X GC A anaacutelise de variaacuteveis categoacutericas foi realizada por meio do teste Mann-Whitney

34 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios da dor e equiliacutebrio postural

Foi apenas visualizada uma correlaccedilatildeo de fraca a moderada positiva com

significacircncia estatiacutestica entre o domiacutenio de dor avaliativa (236 plusmn 028) e velocidade

meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo na direccedilatildeo mediolateral (AV 0845mms plusmn

0042 r = 0414 p = 0040) Natildeo houve correlaccedilatildeo significativa entre todos os outros

domiacutenios avaliados e a velocidade meacutedia do COP na direccedilatildeo ML (S 0845mms plusmn

0042 r = 023 p gt 0914 AF 0845mms plusmn 0042 r = 085 p = 0687 M 0845mms

plusmn 0042 r = 0049 p = 0816) Bem como entre todos os domiacutenios e a velocidade

meacutedia do COP na direccedilatildeo anteroposterior (S 1110mms plusmn 0049 r = 0009 p =

0967 AF 1110mms plusmn 0049 r = 0216 p = 0299 AV 1110mms plusmn 0049 r =

020 p = 0925 M 1110mms plusmn 0049 r = 0138 p = 0510) e entre todos os

domiacutenios e a aacuterea de deslocamento do COP (S 16513mmsup2 plusmn 148 r = 0044 p =

0836 AF 16513mmsup2 plusmn 148 r = 0165 p = 0431 AV 16513mmsup2 plusmn 148 r = 0220

p gt 0291 M 16513mmsup2 plusmn 148 r = 0180 p = 0390) (Figura 4)

25

Figura 4 Correlaccedilatildeo de Spearman entre dor avaliativa e velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo (VmCOP) do baricentro corporal (A) Forccedila de correlaccedilatildeo de Spearman (r = 0414 p = 0040) entre a dor

avaliativa (AV) (236 plusmn 028) e a velocidade meacutedia do COP na direccedilatildeo mediolateral (0845 mms plusmn 0042) no grupo atleta (B) Forccedila de correlaccedilatildeo de Spearman (r = 0063 p = 0765) entre a dor avaliativa (AV) (060 plusmn

021) e a velocidade meacutedia do COP na direccedilatildeo mediolateral (0508 mms plusmn 0065) no grupo controle Os valores foram apresentados como meacutedia plusmn erro padratildeo da meacutedia

4 Discussatildeo

Os resultados desta pesquisa demonstraram que atletas de elite de ginaacutestica

riacutetmica manifestam maior percepccedilatildeo dolorosa que controles natildeo praticantes de

esporte a niacutevel competitivo Isto pode estar relacionado a trecircs principais fatores que

podem contribuir de forma direta para a maior prevalecircncia de dor nessas atletas

destacando o iniacutecio precoce na praacutetica da modalidade os altos volumes e

intensidade dos treinos e a grande quantidade de repeticcedilotildees dos gestos esportivos

com alta predominacircncia de saltos e posturas estaacuteticas De acordo com os nossos

resultados Sabeti et al21 realizaram estudo com 218 ginastas de diferentes

nacionalidades no campeonato europeu de GR utilizando a escala visual analoacutegica

(EVA) para registro da intensidade dolorosa Os resultados encontrados foi que as

atletas tecircm uma maior intensidade dolorosa (72) que controles natildeo praticantes de

esporte competitivo

Paralelamente a literatura cientifica relata que o tempo de inicio da praacutetica

esportiva o niacutevel competitivo e o volumeintensidade dos treinos destas atletas satildeo

fatores preditivos para um maior desenvolvimento de lesatildeo e dor em atletas de GR

Shigaki et al4 apontam que o risco e intensidade de lesatildeo estatildeo fortemente

26

relacionados com o aumento da idade e do niacutevel competitivo Da mesma forma

Vanderlei et al22 e Oliveira et al23 afirmam que quanto mais elevada a categoria do

atleta maior seraacute o tempo e a intensidade do treinamento consequentemente maior

a exposiccedilatildeo aos esforccedilos musculoesqueleacuteticos durante treinamento eou

competiccedilotildees Deste modo Oliveira et al23 em seu estudo avaliaram 25 atletas de

GR de diferentes categorias etaacuterias e encontraram que a maioria das atletas

apresentaram algum tipo de lesatildeo ocasionada pelos treinos Desta forma autores

relatam que a formaccedilatildeo dessas atletas influencia na incidecircncia e intensidade

dolorosa de lesotildees por overuse21 24 Tais lesotildees geralmente ocorrem quando a

frequecircncia dos exerciacutecios aumenta enquanto a intensidade eacute mantida23 Estando de

acordo com os nossos resultados Kolar et al25 em estudo realizado com 63 atletas

da ginaacutestica artiacutestica e riacutetmica de ambos os sexos concluiacuteram que a maacute teacutecnica

meacutetodos improacuteprios de ensino e carga inadequada durante os treinos foram

associados com o surgimento de dor e lesotildees nessa populaccedilatildeo

Contrariamente aos nossos resultados Muller et al26 realizaram um estudo

investigativo do desenvolvimento de dor lombar em atletas adolescentes em relaccedilatildeo

ao sexo e tipo de esporte praticado Foram avaliados 321 atletas sem dor lombar em

um primeiro momento e apoacutes dois anos os mesmo atletas foram reavaliados para

verificar a incidecircncia de dor lombar Apenas 10 da amostra foram categorizados

com dor lombar Aleacutem disso antropometria e caracteriacutesticas de formaccedilatildeo do esporte

natildeo demonstraram influecircncia significativa na dor lombar levando os autores a

concluiacuterem que o esporte de alto rendimento natildeo induz dor lombar em atletas

adolescentes

No nosso estudo utilizamos para avaliaccedilatildeo da percepccedilatildeo dolorosa em ambos

os grupos o questionaacuterio de dor McGill Este apresentou-se como uma ferramenta

de faacutecil execuccedilatildeo baixo custo e com alta sensibilidade e confiabilidade para uma

caracterizaccedilatildeo multidimensional da dor na populaccedilatildeo estudada Diferenciados

meacutetodos de investigaccedilatildeo da dor podem ser encontrados em um crescente numero

de publicaccedilotildees cientificas sobre o estudo da percepccedilatildeo e intensidade dolorosa

Goubert et al27 utilizaram a algometria de pressatildeo para comparar a avaliaccedilatildeo

sensorial quantitativa da dor de pacientes com dor lombar em diferentes niacuteveis de

cronicidade comparando a controles saudaacuteveis e pacientes com fibromialgia

Diferentemente Sabeti et al21 Arliani et al28 e Hoskins et al29 utilizaram em suas

27

pesquisas a escala visual analoacutegica (EVA) para registrar a intensidade dolorosa de

atletas em diferentes modalidades Ambos satildeo considerados meacutetodos

unidimensionais utilizados com o objetivo de quantificar a magnitude da dor dentro

de um perfil somatosensorial

Por outro lado diversas pesquisas utilizam o questionaacuterio McGill (MPQ) como

instrumento multidimensional para avaliar a dor e conhececirc-la de forma ampla em

diferentes modelos de estudos e em diversas populaccedilotildees Ngamkham et al30

realizaram revisatildeo sistemaacutetica sobre a avaliaccedilatildeo da dor com McGill em pacientes

com cacircncer demonstrando que o MPQ eacute comumente usado nessa populaccedilatildeo para

mensurar a intensidade e qualidade da dor pois fornece informaccedilotildees sobre

possiacuteveis locais da doenccedila magnitude da dor bem como a eficaacutecia do tratamento e

intervenccedilatildeo submetidos Da mesma forma Bermudez et al31 avaliaram pacientes

diagnosticados com DTM moderada e severa para discriminar e comparar a queixa

dolorosa de acordo com a severidade da doenccedila Pode-se concluir com o estudo

que o MPQ foi capaz de diferenciar o padratildeo temporal da dor a localizaccedilatildeo de maior

queixa dolorosa e a intensidade da dor em portadores de DTM

As diferenccedilas metodoloacutegicas utilizadas corroboram o fato de a dor ser uma

experiecircncia complexa e subjetiva que varia em qualidade intensidade sensorial e

em caracteriacutesticas afetivo-motivacionais Pois a mesma envolve vaacuterias dimensotildees e

pode ser influenciada por infinitos estiacutemulos intriacutensecos e extriacutensecos32 33 Assim

cabe a utilizaccedilatildeo de diferentes meacutetodos uni e multidimensionais para uma avaliaccedilatildeo

precisa considerando a natureza da dor e suas caracteriacutesticas

De acordo com os resultados do nosso estudo foi visualizado que as atletas

de elite de GR apresentam diferentes caracteriacutesticas de percepccedilatildeo do estiacutemulo

doloroso em comparaccedilatildeo aos controles destacando dores com perfil sensorial e

avaliativo Acreditamos que os atletas de alto rendimento apresentam-se com

alteraccedilotildees do imputs neurosensorial em virtude da constante presenccedila e

intensidade das dores sentidas pela a sua praacutetica desportiva Isto pode repercutir em

mudanccedilas na interpretaccedilatildeo da dor sentida em seu corpo fiacutesico devido agrave influecircncia

de fatores emocionais sociais e hormonais que satildeo comuns em mulheres atletas

Em vista disso sabe-se que o domiacutenio sensorial e avaliativo representam as

28

impressotildees fiacutesicas desse estiacutemulo doloroso aacutelgico e uma auto-avaliaccedilatildeo da sua dor

respectivamente34

Segundo Pimenta e Texeira18 as diferenccedilas na estratificaccedilatildeo da dor se

justificam pelo fato das interpretaccedilotildees de informaccedilotildees cognitivas serem

condicionadas por experiecircncias preacutevias em diferentes momentos do estiacutemulo da dor

gerando respostas variadas agrave experiecircncia dolorosa por ser um processo

individualizado Aleacutem disso a dor eacute uma experiecircncia complexa descrita em termos

de caracteriacutesticas sensoriais afetivo-motivacionais cognitivas e comportamentais

Desta forma o resultado de uma avaliaccedilatildeo da percepccedilatildeo dolorosa pode depender

de qual dimensatildeo da dor esteja sendo vivenciada no momento da avaliaccedilatildeo por

cada indiviacuteduo14

Hoskins et al29 utilizaram a escala visual analoacutegica (EVA) e o questionaacuterio

McGill para comparar a intensidade e a qualidade de dor lombar entre atletas de

elite amadores e natildeo atletas Foram observadas diferenccedilas significativas entre os

grupos mostrando que os atletas de elite apresentaram intensidade de dor mais

alta assim como escolheram com mais frequecircncia palavras das categorias sensorial

e afetiva De forma semelhante a nossa pesquisa o domiacutenio sensorial apresentou o

maior iacutendice de dor e maior frequecircncia de palavras escolhidas Tal fato possa ser

justificado por esse ser o domiacutenio de maior representatividade no questionaacuterio

agregando termos de qualidades sensitivas dor18 Poreacutem a dimensatildeo afetiva natildeo foi

evidenciada com maior frequecircncia no presente estudo Esta representa um estado

emocional o qual pode ser traduzido por percepccedilotildees de cansaccedilo sentimentos de

medo e puniccedilatildeo assim como reaccedilotildees autonocircmicas34 Reading32 e Pimenta e

Teixeira18 em seus estudos relataram que os pacientes que sentem dores de

caracteriacutestica aguda preferem descritores da categoria sensorial Por outro lado

indiviacuteduos que sentem dor crocircnica usualmente tendem a selecionar mais

descritores da categoria afetiva levando em conta fenocircmenos cognitivo de

antecipaccedilatildeo memoacuteria atenccedilatildeo e experiecircncia anterior

Os resultados desta pesquisa demonstraram que a regiatildeo com maior

prevalecircncia de queixa dolorosa em atletas de elite de GR foi a articulaccedilatildeo do quadril

com aproximadamente cinquenta e dois por cento das queixas Isto pode estar

relacionado ao fato da articulaccedilatildeo do quadril ser responsaacutevel pela absorccedilatildeo de

29

grandes cargas compressivas durante a fase de aterrissagem dos saltos o qual eacute

um movimento especiacutefico do esporte Aleacutem disso no quadril estaacute localizado o centro

de gravidade do corpo assim as cargas que satildeo geradas ou transmitidas por essa

regiatildeo geram influecircncia no desempenho esportivo Desse modo pesquisas

cientiacuteficas relatam sobre a importacircncia da forccedila dos muacutesculos estabilizadores do

quadril no surgimento e desenvolvimento de dores nesta articulaccedilatildeo4 35 Steinberg et

al36 realizaram uma analise sistemaacutetica do desempenho da musculatura do quadril

no desenvolvimento de lesotildees no membro inferior e encontraram que a diminuiccedilatildeo

da funccedilatildeo dos muacutesculos do quadril associada a cargas repetitivas no membro

inferior pode aumentar o risco de lesotildees no joelho e em todo o membro

De forma contraacuteria aos nossos resultados Guiotte et al2 Sabeti et al21 e

Oliveira et al23 avaliaram ginastas de diferentes categorias e relataram que a regiatildeo

anatocircmica de queixa dolorosa mais prevalente na praacutetica da GR eacute a coluna lombar

seguida do tornozelo e joelho De acordo com Anderson et al37 a dor no quadril e

na virilha em atletas ocorrem com menor frequecircncia que lesotildees das extremidades do

membro inferior Ratificando esses autores Tschopp et al38 defendem que as

lesotildees do quadril satildeo menos comuns poreacutem satildeo mais difiacuteceis de serem

diagnoacutesticadas Pois as consideraccedilotildees anatocircmicas e biomecacircnicas para lesotildees

nesta regiatildeo estatildeo entre as mais complexas do sistema muacutesculo-esqueleacutetico

Por outro lado os nossos resultados demonstraram que a segunda

articulaccedilatildeo mais prevalente em relaccedilatildeo agrave queixa dolorosa pela praacutetica de GR em

atletas de elite foi o tornozelo-peacute (44) Tal fato se justifica por alguns fatores como

sobrecarga excessiva nos muacutesculos intriacutensecos do peacute os quais satildeo responsaacuteveis

pela formaccedilatildeo do arco plantar existecircncia de compressotildees excessivas nos

segmentos oacutesseos devido ao processo de absorccedilatildeo de impacto nos saltos aleacutem da

necessidade de manutenccedilatildeo da postura do tornozelo-peacute em flexatildeo plantar por

tempos prolongados

De acordo com Han et al39 o complexo do tornozelo-peacute na maioria das

atividades esportivas eacute a uacutenica parte do corpo que estaacute em contato com solo

Assim a propriocepccedilatildeo do tornozelo contribui de forma extremamente significativa

para o controle do equiliacutebrio pois fornece informaccedilotildees que permitem o ajuste de

posiccedilotildees e movimentos dos membros para realizaccedilatildeo das tarefas motoras

30

complexas exigidas no esporte de elite Saito et al12 em sua pesquisa ao avaliarem

atletas com e sem lesatildeo no tornozelo observaram que as lesotildees no tornozelo aleacutem

de causar alteraccedilotildees musculares e osteocinemaacuteticas promovem de forma direta

repercussotildees negativas no controle neuromuscular da articulaccedilatildeo predispondo-a aacute

episoacutedios recidivantes em virtude do comprometimento do feedback neurosensorial

afetando o controle postural e consequentemente o desempenho nas atividades

motoras

De acordo com os dados obtidos no nosso estudo foi observada nas atletas

uma maior aacuterea de deslocamento do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo (COP) do

corpo demonstrando um menor equiliacutebrio estaacutetico das ginastas ao comparar com

controles natildeo atletas Isto pode estar relacionado a uma maior intensidade e

presenccedila do estiacutemulo doloroso no corpo das atletas e a intensa quantidade de

repeticcedilotildees dos exerciacutecios de forma assimeacutetrica pela preferecircncia do membro

dominante Desse modo diversas pesquisas relatam que a presenccedila da dor pode

aumentar a aacuterea do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo (ACOP) produzindo uma piora

do equiliacutebrio corporal4 12 15 16 Lin et al16 e Shigaki et al4 em seus estudos avaliaram

o equiliacutebrio de atletas comparando trecircs grupos atletas com lesatildeo atletas sem lesatildeo

e natildeo atletas Evidenciaram que atletas com lesatildeo apresentaram maior oscilaccedilatildeo do

centro de pressatildeo comparado a indiviacuteduos natildeo atletas e atletas sem lesatildeo Poreacutem

quando comparados atletas sem lesatildeo com indiviacuteduos natildeo atletas natildeo foi observado

diferenccedila significativa

Ao mesmo tempo em nosso estudo foi encontrado uma velocidade meacutedia do

COP maior no grupo atleta em ambas as direccedilotildees ao comparar com controles natildeo

atletas Sendo a velocidade meacutedia do COP maior no plano sagital (anteroposterior)

em relaccedilatildeo ao plano frontal (meacutediolateral) Isto ocorre porque as atletas apresentam

uma resposta neuromuscular mais raacutepida para recuperaccedilatildeo da estabilidade do corpo

adquirida pelo treinamento esportivo essencialmente no plano sagital em que as

estrateacutegias posturais para recuperaccedilatildeo do equiliacutebrio satildeo mais efetivas

Diversos estudos publicados na literatura abordam a habilidade do controle

postural em atletas2 8-12 Matsuda et al10 relatam que atletas tecircm capacidade de

equiliacutebrio dinacircmico superior quando comparados a indiviacuteduos natildeo atletas Da

mesma forma Merlo et al11 acreditam a praacutetica de esportes produz adaptaccedilotildees que

31

ou desenvolvimento de consciecircncia de estrateacutegias posturais natildeo evidenciadas em

sujeitos natildeo praticantes de atividade esportiva

Os resultados encontrados por meio desse estudo mostraram que a dor em

sua dimensatildeo avaliativa apresentou relaccedilatildeo significativa com a velocidade meacutedia do

centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo do corpo na direccedilatildeo mediolateral Tal fato evidencia

que a percepccedilatildeo do estiacutemulo doloroso interfere de maneira significativa na

habilidade do atleta em reestabelecer a estabilidade postural apoacutes perturbaccedilatildeo do

equiliacutebrio em postura estaacutetica Prejudicando o desempenho atleacutetico na modalidade

uma vez que as atletas dependem da estabilidade postural para execuccedilatildeo da praacutetica

esportiva Alguns autores relatam a influecircncia da dor e fatores psicoemocionais na

performance e desempenho de atletas de alto rendimento Couto e Pedroni40

avaliaram a relaccedilatildeo da queixa e limiar doloroso com incidecircncia de lesatildeo em

bailarinas claacutessicas Os resultados do estudo mostraram que houve relaccedilatildeo

significativa entre as regiotildees de lesatildeo com a dor evidenciando que a dor estaacute

diretamente relacionada com o surgimento de lesatildeo nessa populaccedilatildeo Dore e

Guerra41 em seu estudo investigaram a prevalecircncia e fatores associados agrave

sintomatologia dolorosa em bailarinos profissionais utilizando a versatildeo brasileira do

questionaacuterio McGill e Inventaacuterio para dor de Wisconsin Foram verificadas

correlaccedilotildees positivas com significacircncia entre o grau de intensidade dolorosa e

atividades diaacuterias sono humor e relacionamento pessoal

O presente estudo sinaliza uma relaccedilatildeo da presenccedila do estiacutemulo doloroso

com o equiliacutebrio postural As alteraccedilotildees no equiliacutebrio corporal tecircm sido muito

estudadas em diferentes populaccedilotildees assim como o comportamento da dor e lesotildees

no desempenho de atletas de diferentes niacuteveis competitivos e modalidades

esportivas Corroborando com nossa pesquisa Meardon et al15 defendem que a

presenccedila de lesatildeo e dor em atletas pode afetar negativamente o equiliacutebrio corporal

Em sua pesquisa examinou controle postural dinacircmico em corredores lesionados

com dor e sem lesatildeo usando o Star Excursion Balance Test (SEBT) Quando

comparado corredores lesionados com controles sem lesatildeo os resultados

demonstraram controle dinacircmico deficiente das forccedilas verticais ao executar as

tarefas de pouso e estabilizaccedilatildeo em apoio unipodal

32

Contudo ainda satildeo raros os estudos sobre a caracterizaccedilatildeo da dor e do

equiliacutebrio corporal em atletas de ginaacutestica riacutetmica Por meio desse estudo foi

observado que atletas de elite de GR demonstraram aumento da dor descrita em

todos os domiacutenios avaliados pelo questionaacuterio McGill (plt0001) A dor nas ginastas

tem o perfil sensorial e avaliativo e se manifesta principalmente nas articulaccedilotildees do

quadril e tornozelo-peacute em virtude da especificidade do gesto esportivo Aleacutem disso

as atletas tambeacutem apresentam menor estabilidade do controle postural (plt005)

sendo notada possiacutevel relaccedilatildeo de interferecircncia entre a auto percepccedilatildeo dolorosa e o

equiliacutebrio postural Entretanto devido agrave complexidade do tema faz-se necessaacuterio a

elaboraccedilatildeo de estudos mais aprofundados com uma amostra maior seguindo

rigorosamente os criteacuterios metodoloacutegicos que permita uma interpretaccedilatildeo mais

precisa a respeito da percepccedilatildeo dolorosa e o equiliacutebrio postural no desempenho

atleacutetico na modalidade esportiva

5 Conclusatildeo

A pesquisa mostra que as atletas de elite de GR apresentam dor de

caracteriacutesticas sensorial e avaliativa frequentemente localizada na articulaccedilatildeo do

quadril seguida do tornozelo-peacute A presenccedila da percepccedilatildeo dolorosa mostrou relaccedilatildeo

significativa com o controle postural em atletas de elite de GR Os resultados

tambeacutem evidenciaram que atletas tem menor equiliacutebrio postural estaacutetico quando

comparadas a controles natildeo atletas poreacutem demonstram maior habilidade para

reestabelecer o controle postural

6 Consideraccedilotildees Finais

Um ponto importante a ser relatado neste estudo eacute a utilizaccedilatildeo do

questionaacuterio de dor McGill Embora venha ser um questionaacuterio amplamente utilizado

em pesquisas cientiacuteficas em virtude da sua alta confiabilidade validaccedilatildeo e

adaptaccedilatildeo cultural em diferentes paiacuteses ainda satildeo raros os estudos que utilizam

essa ferramenta para avaliar a dor em atletas Com ecircnfase em estudos que

descrevam a sua aplicabilidade por domiacutenio e caracteriacutesticas multidimensionais da

33

dor Este pesquisa aparenta ter sido pioneira a qualificar a dor e descrevecirc-la em

suas dimensotildees em atletas de elite de ginaacutestica riacutetmica bem como relacionar a

percepccedilatildeo dolorosa com o equiliacutebrio postural nessa populaccedilatildeo Abrindo espaccedilo para

realizaccedilatildeo de outros estudos

Poreacutem foi encontrado como limitaccedilotildees escassez de pesquisas cientiacuteficas

atualizadas sobre abordagem multidimensional da dor em atletas essencialmente

na ginaacutestica riacutetmica Pois a grande maioria dos estudos que tem sido publicado

sobre dor nessa populaccedilatildeo estaacute relacionada agrave presenccedila do estiacutemulo doloroso e sua

intensidade em uma magnitude sensorial Outro ponto a se destacar foi a

dificuldade em coletar um grupo controle com caracteriacutesticas similares ao grupo de

estudo para que fosse formada uma amostra mais homogecircnea possiacutevel

respeitando os criteacuterios metodoloacutegicos

34

REFEREcircNCIA

1 Baston C Mancini M Schoneburg B Horak F Rocchi L Postural strategies assessed with inertial sensors in healthy and parkinsonian subjects Gait Posture 2014 may 40(1)70ndash75

2 Guiotte VA Roque CFL Olieira MR Gil AWO Rabello LM Dos Santos EVM et

al Avaliaccedilatildeo Fiacutesico - Funcional de Atletas da Ginaacutestica Riacutetmica Histoacuterico de Lesotildees e Estabilidade Postural UNOPAR Cient Ciecircnc Biol Sauacutede 2012 14(4) 217-20

3 Bosso LR Golias ARC A postura de atletas de Ginaacutestica Riacutetmica Analise atraveacutes da fotometria Rev Bras Med Esporte 2012 setout 18(5)333-337

4 Shigaki L Rabello LM Camargo MZ Santos VBC Gil AWO Oliveira MR et al Anaacutelise comparativa do equiliacutebrio unipodal de atletas de Ginastica Riacutetmica Rev Bras Med Esporte 2013 marabr 19(2)104-107

5 Whale CE Pass AN Tripp PM Chronic Groin Pain in a collegiate football running back International Journal of Athletic Therapy amp Training 2012 may 17(3)41-44

6 Jacobs JV Why we need to better understand the cortical neurophysiology of impaired postural responses with age disease or injury Frontiers in Integrative Neuroscience 2014 ago 8(69)

7 Hirata RP Ervilha UF Arendt-Nielsen L Graven-Nielsen T Experimental Muscle Pain Challenges the Postural Satability During Quiet Stance Unexpected Posture Perturbation J Pain 2011 ago 12(8)911-9

8 Ribeiro GD Suaacuterez MH Ruiz DR Efecto del entrenamiento sistemaacutetico de gimnasia riacutetmica sobre el control postural de ninas adolescentes Rev Andal Med 2015 jun 8(2)54-60

9 Teixeira CL Equiliacutebrio e controle postural Brazilian Journal of Biomechanics 2010 11(20)31-40

10 Matsuda S Demura S Uchiyama M Centre of pressure sway characteristics during static one-legged stance of athletes from different sports Journal of Sports Sciences 2008 may 26(7)775 ndash 779

11 Merlo JK Stoppa ACL Macedo CSG Silva Juacutenior RA Anaacutelise Comparativa do Equiliacutebrio em Apoio Unipodal em Indiviacuteduos Sedentaacuterios e Atletas UNOPAR Cient Ciecircnc Biol Sauacutede 2010 12(4)29-32

12 Saito KA Navarro M Silva MF Arie EK Peccin MS Oscilaccedilatildeo do centro de pressatildeo plantar de atletas e natildeo atletas com e sem entorse de tornozelo Rev Bras Ortop 2016 51(4)437ndash443

35

13 Lamb M Oliveira PD Tano SS Gil AWO Dos Santos EVN Fernandes KBP

Efeito do treinamento proprioceptivo no equiliacutebrio de atletas de ginaacutestica riacutetmica Rev Bras Med Esporte 2014 setout 20(5)379-382

14 Silva JA Ribeiro-Filho NP A dor como um problema psicofiacutesico Rev Dor 2011 abrjun 12(2)138-51

15 Meardon S Klusendorf A Kernozek T Influence of injury on dynamic postural control in runners The International Journal of Sports Physical Therapy 2016 jun 11(3)336

16 Lin CF Lee IJ Liao JH Wu HW Su FC Comparison of Postural Stability Between Injured and Uninjured Ballet Dancers The American Journal of Sports Medicine 2011 39(6)1324-1331

17 Varoli FK Pedrazzi V Adapted Version of the McGill Pain Questionnaire to Brazilian Portuguese Braz Dent J 2006 17(4) 328-335

18 Pimenta CAM Teixeira MJ Questionaacuterio de dor McGill proposta de adaptaccedilatildeo para a liacutengua portuguesa Rev Esc Enf USP 1996 dez 30(3)473-83

19 Rabello LM Macedo CSG Oliveira MR Fregueto JH Camargo MZ Lopes LD et al Relaccedilatildeo entre testes funcionais e plataforma de forccedila nas medidas de equiliacutebrio em atletas Rev Bras Med Esporte 2014 maijun 20(3)219-222

20 Bressel E Yonker JC Kras J et al Comparison of static and dynamic balance in female collegiate soccer basketball and gymnastics atheletes Journal of Athletic Training 2007 42(1)42ndash46

21 Sabeti M Jeremian L Graf A Kandelhart R Elite level rhythmic gymnasts have significantly more and stronger pain than peers of similar age a prospective study Wien Klin Wochenschr 201512731ndash35

22 Vanderlei FM Vanderlei FCM Netto Juacutenior J Praste CM Caracteriacutesticas das lesotildees desportivas e fatores associados com lesatildeo em iniciantes de ginaacutestica artiacutestica do sexo feminino Fisioter Pesq 201320(2)191-196

23 Oliveira MMM Lourenccedilo MRA Teixeira DC Incidecircncias de lesotildees nas equipes de Ginaacutestica Riacutetmica da UNOPAR UNOPAR Cient Ciecircnc Biol Sauacutede 2003 out 6(1)29-40

24 Frutuoso AS Diefenthaeler F Vaz MA et al Lower Limb asymmetries in rhythmic gymnastics atheletes Int Sports Phys Ther 2016 11(1)34ndash43

25 Kolar E Samardžija MP Smrdu M Atikovic A Athletes perceptions of the causes of injury in gymnastics J Sports Med Phys Fitness 2016 Mar 57(5)703-710

36

26 Mueller S Mueller J Stoll J Prieske O Cassel M Mayer F Incidence of back pain in adolescent athletes a prospective study BMC Sports Science Medicine and Rehabilitation 2016 838

27 Goubert D Danneels L Graven-Nielsen T Descheemaeker F Meeus M Differences in Pain Processing Between Patients with Chronic Low Back Pain Recurrent Low Back Pain and Fibromyalgia Pain Physician 2017 May 20(4)307-318

28 Arliani GG Cohen M Lara PS Astur DC Gonccedilalves JPP Ferretti M Impacto do esporte na sauacutede de ex-jogadores profissionais de futebol no Brasil Acta ortop bras 2014 julago 22(4)188-190

29 Hoskins W Pollard H Daff C Odell A Garbutt P McHardy A et al Low back pain status in elite and semi-elite Australian football codes a cross-sectional survey of football (soccer) Australian rules rugby league rugby union and non-athletic controls BMC Musculoskeletal Disorders 20091038

30 Ngamkham S Vincent C Finnegan L Holden JE Wang ZJ Wilkie DJ The McGill Pain Questionnaire as a Multidimensional Measure in People with Cancer An Integrative Review Pain Manag Nurs 2012 Mar 13(1) 27ndash51

31 Bermudez OAS Souza RA Souza CMF Castro CES Beacuterzn F Avaliaccedilatildeo multidimensional da dor em portadores de desordem temporomandibular utilizando uma versatildeo brasileira do questionaacuterio mcgill de dor Rev bras fisioter 2003 7(2) 151-158

32 Reading AE Everitt BS Sledmore CM The McGill Pain Questionnaire a replication of its construction Br J Clin Psychol 1982 21339ndash349

33 Melzack R The McGill Pain Questionnaire Anesthesiology 2005 103199-202

34 Pessoa CP Barreto MB Santos LB Alves TDB Oliveira MC Martins AG Instrumentos utilizados na avaliaccedilatildeo do impacto da dor na qualidade de vida de pacientes com dor orofacial e disfunccedilatildeo temporomandibular Escola Baiana de Sauacutede Puacuteblica 200731(2)267-293

35 Espinoza ES Ortiz GB Estabilidad abdominolumbopeacutelvica y equilibrio comopredictores de la incidencia de lesionesmusculoesqueleacuteticas en estudiantes de danzaUn estudio piloto Fisioterapia 2014

36 Steinberg N Dar G Dunlop M Gaida JE The relationship of hip muscle performance to legankle and foot injuries a systematic review The Physician and Sportsmedicine 2017

37 Anderson K Strickland SM Warren R Hip and Groin Injuries in Athletes The American Journal of Sports Medicine 2001 29(4) 521-533

38 Tschopp M Brunner F Erkrankungen und Uumlberlastungsschaumlden an der unteren Extremitaumlt bei Langstreckenlaumlufern Z Rheumatol 2017 Feb

37

39 Han J Anson J Waddington G Adans R Liu Y The Role of Ankle

Proprioception for Balance Control in relation to Sports Performance and Injury BioMed Research International 2015 Jun8

40 Couto AGA Pedroni CR Relaccedilatildeo entre postura queixa dolorosa e lesatildeo em bailarinas claacutessicas Ter Man 2013 11(55)228-233

41 Dore BF e Guerra RO Sintomatologia dolorosa e fatores associados em bailarinos profissionais Rev Bras Med Esporte 2007 MarAbr13(2)77-80

38

ANEXO I ndash QUESTIONAacuteRIO DE DOR MCGILL

39

ANEXO II ndash PARECER DE APROVACcedilAtildeO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA

40

41

ANEXO III ndash NORMAS DE SUBMISSAtildeO DA REVISTA

Instruccedilotildees aos Autores

A Revista Brasileira de Medicina do Esporte - RBME (Brazilian Journal of

Sports Medicine) oacutergatildeo oficial da Sociedade Brasileira de Medicina do Exerciacutecio e

do Esporte (SBMEE) eacute publicada bimestralmente em seis ediccedilotildees ao ano (janfev

marabr maiojun julago setout e novdez) A RBME eacute indexada nas seguintes

bases bibliograacuteficas SciELO Web of Science Excerpta Medica-EMBASE Physical

Education Index LILACS SIRC-Sportdiscus e Scopus A publicaccedilatildeo segue

integralmente o padratildeo internacional do International Committee of Medical Journal

Editors (ICMJE) ou Convenccedilatildeo de Vancouver e seus requisitos de uniformizaccedilatildeo

[httpwwwicmjeorg]

Preparaccedilatildeo de manuscritos Os artigos submetidos devem ser digitados em

espaccedilo duplo fonte Arial 12 em paacutegina tamanho A4 sem numerar linhas ou

paraacutegrafos e numerando as paacuteginas no canto superior direito Figuras e tabelas

devem ser apresentadas ao final do artigo em paacuteginas separadas No corpo do

texto deve-se informar os locais para inserccedilatildeo das tabelas ou figuras Nuacutemeros

menores que 10 satildeo escritos por extenso enquanto que nuacutemeros maiores ou igual a

10 satildeo expressos em algarismos araacutebicos Os manuscritos que natildeo estiverem de

acordo com as instruccedilotildees aos autores em relaccedilatildeo a estilo e formato seratildeo

devolvidos sem revisatildeo pelo Conselho Editorial As medidas deveratildeo ser expressas

no Sistema Internacional (Systegraveme International SI) disponiacutevel em

httpphysicsnistgovcuuUnits e unidades padratildeo quando aplicaacutevel Recomenda-

se aos autores natildeo usar abreviaccedilotildees no tiacutetulo e limitar a sua utilizaccedilatildeo no resumo e

ao longo do texto Os nomes geneacutericos devem ser usados para todas as drogas Os

faacutermacos podem ser referidos pelo nome comercial poreacutem deve constar o nome

cidade e paiacutes ou endereccedilo eletrocircnico do fabricante entre parecircnteses na seccedilatildeo

Materiais e Meacutetodos

Abreviaturas O uso de abreviaturas deve ser minimizado As abreviaturas deveratildeo

ser definidas por ocasiatildeo de sua primeira utilizaccedilatildeo no resumo e tambeacutem no texto

Abreviaturas natildeo padratildeo natildeo devem ser utilizadas a menos que essas apareccedilam

pelo menos trecircs vezes no texto Unidades de medida (3 ml ou 3 mL e natildeo 3

mililitros) ou siacutembolos cientiacuteficos padratildeo (elementos quiacutemicos por exemplo Na e

natildeo soacutedio) natildeo satildeo consideradas abreviaturas e portanto natildeo devem ser definidos

Abreviar nomes longos ou substacircncias quiacutemicas e termos utilizados para

combinaccedilotildees terapecircuticas Abreviaturas em figuras e tabelas podem ser utilizadas

por razotildees de espaccedilo poreacutem devem ser definidas na legenda mesmo que tenham

sido definidas no texto do artigo

Formato dos arquivos Usar editor de texto Microsoft Word para Windows ou

42

equivalente Arquivos em formato PDF natildeo devem ser enviados As tabelas e

quadros deveratildeo estar em seus arquivos originais (Excel Acess Powerpoint etc)

As figuras deveratildeo estar nos formatos jpg ou tif em alta resoluccedilatildeo (300 dpi) As

figuras deveratildeo estar incluiacutedas no arquivo Word mas tambeacutem devem ser enviadas

separadamente (anexadas durante a submissatildeo do artigo como documento

suplementar em seus arquivos originais)

Paacutegina de rosto A paacutegina de rosto deve conter (1) a categoria do artigo (2) o tiacutetulo

do artigo em portuguecircs inglecircs e espanhol com ateacute 80 caracteres cada que deve ser

objetivo e informativo (3) os nomes completos dos autores instituiccedilatildeo formaccedilatildeo

acadecircmica de origem (a mais relevante) cidade estado e paiacutes (4) nome do autor

correspondente com endereccedilo completo telefone e e-mail A titulaccedilatildeo dos autores

natildeo deve ser incluiacuteda O nome completo de cada autor (sem abreviaccedilotildees) e sua

afiliaccedilatildeo institucional (nota as unidades hieraacuterquicas devem ser apresentadas em

ordem decrescente por exemplo universidade faculdade ou instituto e

departamento) devem ser informados Os nomes das instituiccedilotildees e programas

deveratildeo ser apresentados preferencialmente por extenso e na liacutengua original da

instituiccedilatildeo ou na versatildeo em inglecircs quando a escrita natildeo eacute latina (pex aacuterabe

mandarim ou grego)

Resumo O resumo em portuguecircs inglecircs e espanhol deve ser incluiacutedo no

manuscrito Em cada um dos idiomas natildeo deve conter mais do que 300 palavras A

versatildeo estruturada eacute obrigatoacuteria nos artigos originais e inclui objetivos meacutetodos

resultados e conclusatildeo Artigos de revisatildeo natildeo requerem resumo estruturado

Palavras-chave O artigo deve incluir no miacutenimo trecircs e no maacuteximo seis descritores

em portuguecircs inglecircs e espanhol baseados nos Descritores de Ciecircncias da Sauacutede

(DeCS) httpdecsbvsbr ou no Medical Subject Headings (MeSH) da National

Library of Medicine disponiacutevel em httpwwwnlmnihgovmeshmeshhomehtml

oubaseados no Medical SubjectHeading (MeSH) do Index Medicus

(httpwwwnlmnihgovmesh)

Introduccedilatildeo A introduccedilatildeo deve conter (1) justificativa objetiva para o estudo com

referecircncias pertinentes ao assunto sem realizar uma revisatildeo extensa (2) objetivo do

artigo

Materiais e Meacutetodos Esta seccedilatildeo deve descrever os experimentos (quantitativa e

qualitativamente) e os procedimentos em detalhes suficientes que permitam que

outros pesquisadores reproduzam os resultados ou deem continuidade ao estudo

e deveraacute conter (1) a descriccedilatildeo clara da amostra utilizada (2) termo de

consentimento para estudos experimentais envolvendo seres humanos (3)

identificaccedilatildeo dos meacutetodos aparelhos (nome do fabricante e endereccedilo cidade e paiacutes

devem ser menciondos entre parecircnteses) e procedimentos utilizados (4) descriccedilatildeo

breve e referecircncias de meacutetodos publicados mas natildeo amplamente conhecidos (5)

43

descriccedilatildeo detalhada de meacutetodos novos ou modificados (6) quando pertinente incluir

a anaacutelise estatiacutestica e os programas utilizados Importante Ao relatar experimentos

com seres humanos ou animais indicar se os procedimentos seguiram as normas

do Comitecirc Eacutetico sobre Experiecircncias Humanas da instituiccedilatildeo na qual a pesquisa foi

realizada e se os procedimentos estatildeo de acordo com a declaraccedilatildeo de Helsinki de

1995 e a Animal Experimentation Ethics respectivamente Os autores devem incluir

uma declaraccedilatildeo indicando que o protocolo foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica da

Instituiccedilatildeo (instituiccedilatildeo de afiliaccedilatildeo de pelo menos um dos autores) com o respectivo

nuacutemero de identificaccedilatildeo Tambeacutem deve incluir que o Termo de Consentimento Livre

e Esclarecido foi assinado por todos os participantes

Resultados Apresentar os resultados em sequecircncia loacutegica no texto usando tabelas

e figuras Evitar repeticcedilatildeo excessiva de dados no texto em tabelas ou figuras

poreacutem enfatizar somente as descobertas mais importantes

Discussatildeo Enfatizar os aspectos originais e importantes do estudo e as conclusotildees

que decorrem deste evitando poreacutem repetir dados jaacute apresentados em outras

partes do manuscrito Em estudos experimentais ressaltar a relevacircncia e limitaccedilotildees

dos resultados confrontando com os dados da literatura e incluindo implicaccedilotildees

para estudos futuros

Conclusotildees A conclusatildeo deve ser clara e concisa baseada nos resultados

obtidos estabelecendo ligaccedilatildeo com implicaccedilotildees cliacutenicas evitando poreacutem excessiva

generalizaccedilatildeo) A mesma ecircnfase deve ser dada a estudos com resultados negativos

ou positivos Recomendaccedilotildees podem ser incluiacutedas quando relevantes

Agradecimentos Quando pertinente incluir agradecimento ou reconhecimento a

pessoas que tenham contribuiacutedo para o desenvolvimento do trabalho poreacutem natildeo se

qualificam como coautores Fontes de financiamento como auxiacutelio a pesquisa e

bolsas de estudo devem ser reconhecidos nesta seccedilatildeo Os autores deveratildeo obter

permissatildeo por escrito para mencionar nomes e instituiccedilotildees de todos os que

receberam agradecimentos nominais

Referecircncias As referecircncias devem ser numeradas na sequecircncia em que aparecem

no texto em formato sobrescrito As referecircncias citadas somente em legendas de

tabelas ou figuras devem ser numeradas de acordo com sequecircncia estabelecida

pela primeira menccedilatildeo da tabela ou da figura no texto O estilo das referecircncias

bibliograacuteficas deve seguir as regras do Uniform Requirements for Manuscripts

Submitted to Biomedical Journals (International Committee of Medical Journal

Editors disponiacutevel em Ann Intern Med 1997126(1)36-47 httpwwwicmjeorg)

Alguns exemplos satildeo mostrados a seguir Os tiacutetulos dos perioacutedicos devem ser

abreviados de acordo com o Index Medicus (List of Journals Indexed disponiacutevel em

httpwwwnlmnihgovtsdserialsljihtml) Se o perioacutedico natildeo constar dessa lista

deve-se utilizar a abreviatura sugerida pelo proacuteprio perioacutedico Deve-se evitar utilizar

44

ldquocomunicaccedilotildees pessoaisrdquo ou ldquoobservaccedilotildees natildeo publicadasrdquo como referecircncias

Resumos de tranalhos apresentados em eventos devem ser utilizados somente se

for a uacutenica fonte de informaccedilatildeo

Tabelas As tabelas devem ser elaboradas em espaccedilo 15 devendo ser planejadas

para ter como largura uma (87cm) ou duas colunas (18 cm) Cada tabela deve

possuir um tiacutetulo sucinto Notas explicativas seratildeo incluiacutedas em notas de rodapeacute A

tabela deve conter meacutedias e medidas de dispersatildeo (Desvio Padratildeo Erro Padratildeo da

Meacutedia etc) natildeo devendo conter casas decimais irrelevantes As abreviaturas

devem estar de acordo com aquelas utilizadas no texto e nas figuras Os coacutedigos de

identificaccedilatildeo de itens da tabela devem estar listados na ordem de surgimento no

sentido horizontal e devem ser identificados pelos siacutembolos padratildeo Os quadros e

tabelas deveratildeo ser enviados atraveacutes dos arquivos originais editaacuteveis (Word Excel)

e natildeo como imagens

Figuras Na versatildeo impressa da RBME seratildeo aceitas figuras em preto-e-branco

Imagens coloridas poderatildeo ser publicadas quando forem essenciais para o conteuacutedo

cientiacutefico do artigo Nestes casos o custo seraacute repassado aos autores Figuras

coloridas poderatildeo ser incluiacutedas na versatildeo eletrocircnica do artigo sem custo adicional

aos autores Os desenhos e figuras devem ser consistentes e tatildeo simples quanto

possiacutevel poreacutem informativos Tons de cinza natildeo devem ser utilizados Todas as

linhas devem ser soacutelidas Para graacuteficos de barra por exemplo utilizar barras

brancas pretas com linhas diagonais nas duas direccedilotildees linhas em xadrez linhas

horizontais e verticais A RBME desaconselha fortemente o uso de fotografias de

equipamentos e animais de experimentaccedilatildeo As figuras devem ser impressas com

bom contraste e ter a largura de uma coluna (87cm) Utilizar no miacutenimo fonte

tamanho 10 para letras nuacutemeros e siacutembolos com espaccedilamento e alinhamento

adequados Quando a figura representar uma radiografia ou fotografia sugerimos

incluir a escala de tamanho quando pertinente

Por favor note que eacute de responsabilidade dos autores obter permissatildeo do detentor

dos direitos autorais para reproduzir figuras (ou tabelas) que tenham sido

previamente publicados em outras fontes De acordo com os princiacutepios do acesso

aberto os autores devem ter permissatildeo do detentor dos direitos caso desejem

incluir imagens que tenham sido publicados em outros perioacutedicos de acesso natildeo

aberto A permissatildeo deve ser indicada na legenda da figura e a fonte original deve

ser incluiacuteda na lista de referecircncias

45

APEcircNDICE I ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE)

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Vocecirc estaacute sendo convidada(o) a participar da pesquisa intitulada

ldquoCARACTERIZACcedilAtildeO DA DOR E SUA RELACcedilAtildeO COM EQUILIacuteBRIO

POSTURAL ESTAacuteTICO EM ATLETAS DE GINAacuteSTICA RIacuteTMICArdquo realizada pela

Universidade Federal de Sergipe por intermeacutedio da discente TAINARA DOS

SANTOS BOMFIM devidamente assistida pelo seu orientador PAULO MAacuteRCIO

PEREIRA OLIVEIRA O objetivo desse estudo eacute caracterizar a Dor

musculoesqueleacutetica em atletas de elite de ginaacutestica riacutetmica e analisar a relaccedilatildeo da

dor no equiliacutebrio postural estaacutetico das atletas comparando com controles natildeo

atletas A justificativa para a realizaccedilatildeo da pesquisa eacute documentar na literatura

escassa estudo sobre a relaccedilatildeo da dor com o equiliacutebrio postural estaacutetico em

atletas de elite de Ginaacutestica Riacutetmica Sua participaccedilatildeo nessa pesquisa consistiraacute

em responder um questionaacuterio e realizar avaliaccedilatildeo de equiliacutebrio que ocorreraacute em

um uacutenico momento Natildeo haacute riscos previsiacuteveis relacionados com sua participaccedilatildeo

nem danos previsiacuteveis decorrentes da pesquisa Os benefiacutecios relacionados com

sua participaccedilatildeo satildeo

1 Identificar alteraccedilotildees posturais de equiliacutebrio em atletas de alto rendimento

2 Evidenciar se o processo de dor em atletas eacute igual maior ou menor quando

comparado com pessoas natildeo atletas

3 Evidenciar se as variaccedilotildees aacuterea e velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo

de pressatildeo se igualam ou natildeo a pessoas natildeo atletas

Vocecirc foi selecionado por preencher os requisitos da pesquisa mas sua

participaccedilatildeo NAtildeO Eacute OBRIGATOacuteRIA sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo em sua

relaccedilatildeo com a instituiccedilatildeo ou com o pesquisador

Eu________________________________________________________________

abaixo assinado declaro que fui informado que as informaccedilotildees obtidas atraveacutes

dessa pesquisa seratildeo confidenciais e o sigilo sobre minha participaccedilatildeo seraacute

assegurado De tal modo que os dados natildeo seratildeo divulgados de forma a possibilitar

minha identificaccedilatildeo Tambeacutem estou ciente de que a qualquer momento posso

desistir de minha participaccedilatildeo e retirar meu consentimento Declaro que entendi os

objetivos riscos e benefiacutecios de minha participaccedilatildeo na pesquisa e concordo em

participar

Vocecirc receberaacute uma coacutepia deste termo onde consta o telefone e o endereccedilo do

pesquisador principal podendo tirar suas duacutevidas sobre o Projeto de Pesquisa de

sua participaccedilatildeo agora ou a qualquer momento

46

DADOS DO PESQUISADOR RESPONSAacuteVEL

Nome Tainara dos Santos Bomfim

Endereccedilo profissionale-mail Rua Padre Aacutelvares Pitangueira sn - Centro

Departamento de Fisioterapia bftainaragmailcom

Telefone (79) 9 9806-7487

ATENCcedilAtildeO A participaccedilatildeo em qualquer tipo de pesquisa eacute voluntaacuteria Em casos de

duacutevida quanto aos seus direitos entre em contato com o Comitecirc de Eacutetica em

Pesquisa da Universidade Federal de Sergipe

Lagarto _____de _____de 201_

_____________________________________________________

ASSINATURA DO VOLUNTAacuteRIO

_____________________________________________________

ASSINATURA DO PESQUISADOR RESPONSAacuteVEL

Page 16: CARACTERIZAÇÃO DA DOR E SUA RELAÇÃO COM O … · tainara dos santos bomfim caracterizaÇÃo da dor e sua relaÇÃo com o equilÍbrio postural em atletas de ginÁstica rÍtmica

16

1 INTRODUCcedilAtildeO

A Ginaacutestica Riacutetmica (GR) eacute uma modalidade esportiva que exige de seus

atletas forccedila flexibilidade e coordenaccedilatildeo motora para a realizaccedilatildeo de movimentos

corporais de danccedila combinados com a manipulaccedilatildeo de pequenos equipamentos1 2

Desse modo para a correta execuccedilatildeo de seus movimentos durante treinos e

competiccedilotildees torna-se imprescindiacutevel a manutenccedilatildeo do equiliacutebrio e controle postural

protegendo o sistema neuromuscular de lesotildees1 34

Geralmente os atletas de alto rendimento como as ginastas satildeo submetidos

a altos volumes e intensidades de treinamento comprometendo a biomecacircnica

devido agrave alteraccedilotildees compensatoacuterias na execuccedilatildeo do gesto esportivo as quais

repercutem no aparecimento de lesatildeo e dor5-7 Diante disso acredita-se que a

presenccedila de dor possa afetar negativamente o equiliacutebrio postural de atletas

Vaacuterios autores abordam a importacircncia da manutenccedilatildeo do equiliacutebrio na praacutetica

esportiva289 Entretanto a estabilidade corporal em atletas pode variar de acordo

com as exigecircncias especiacuteficas da modalidade praticada10 Comumente atletas de

alto niacutevel que dependem da estabilidade postural para execuccedilatildeo da praacutetica

esportiva como na ginaacutestica riacutetmica aprendem a elevar o limiar sensoriomotor por

estimulaccedilatildeo dos seus proprioceptores tendo uma ativaccedilatildeo muscular mais raacutepida em

resposta agraves perturbaccedilotildees do equiliacutebrio11 12

Todavia alguns fatores podem interferir no controle postural destacando-se a

dor musculoesqueleacutetica4913 Sabe-se que a presenccedila da percepccedilatildeo dolorosa em

qualquer parte do segmento corporal eacute o primeiro indicador da existecircncia de lesatildeo

tecidual14 Desta forma pesquisas comprovam que em populaccedilotildees ativas com

lesotildees musculoesqueleacuteticas foram observados deacuteficits de controle postural121516

Em vista disso a dor musculoesqueleacutetica eacute uma das principais causas que podem

afetar o equiliacutebrio corporal em ginastas de alto rendimento levando agrave diminuiccedilatildeo da

funcionalidade da qualidade de vida e consequentemente agrave perda da performance

desportiva913 Esta eacute considerada uma experiecircncia multidimensional e subjetiva17 18

portanto torna-se uma variaacutevel difiacutecil de ser avaliada principalmente em atletas

17

Atualmente existe diversos estudos cientiacuteficos sobre o comportamento do

estiacutemulo doloroso e do equiliacutebrio corporal na performance esportiva e na prevenccedilatildeo

de lesotildees em atletas de elite5-81920 Poreacutem satildeo raras as investigaccedilotildees sobre a

caracterizaccedilatildeo da dor e do equiliacutebrio corporal em atletas de ginaacutestica riacutetmica Bem

como descriccedilatildeo da relaccedilatildeo da dor na estabilidade postural em atletas de alto

rendimento em qualquer que seja o esporte praticado e articulaccedilatildeo testada

O presente estudo tem como objetivo primaacuterio caracterizar a dor

musculoesqueleacutetica em atletas de elite de Ginaacutestica Riacutetmica Secundariamente

comparar o equiliacutebrio postural estaacutetico das ginastas com controles natildeo atletas bem

como correlacionar o iacutendice de dor com o equiliacutebrio nas atletas de GR

2 MEacuteTODOS

21 Delineamento do Estudo

Trata-se de um estudo analiacutetico do tipo observacional com um corte

transversal controlado e mascaramento aberto

22 Sujeitos

A amostra foi composta de 50 sujeitos unicamente do sexo feminino

coletados por conveniecircncia Os sujeitos foram divididos em dois grupos Grupo

Atleta (GA) (25 sujeitos) recrutados na Confederaccedilatildeo Brasileira de Ginaacutestica

AracajuSergipeBrasil e Grupo Controle (GC) (25 sujeitos) selecionados no Coleacutegio

Polivalente LagartoSergipeBrasil e pareados por peso Iacutendice de Massa Corporal

(IMC) e idade

Os criteacuterios de inclusatildeo dos sujeitos submetidos agrave pesquisa e alocados no

GA foram (1) ter sido aprovada na seletiva para o ingresso na seleccedilatildeo brasileira de

ginaacutestica riacutetmica (SBGR) (2) tempo de praacutetica no esporte superior a cinco anos com

4 horas diaacuterias ou mais de treino Para os sujeitos incluiacutedos no GC foram

obedecidos os seguintes criteacuterios (1) IMC le 25 (2) idade entre 14 e 24 anos (3)

ausecircncia de poacutes-ciruacutergicos anteriores Os sujeitos em ambos os grupos foram

excluiacutedos caso apresentassem (1) sequela de doenccedilas do sistema nervoso central

(2) diabetes mellitus ou pressatildeo arterial natildeo controlada (3) inaptidatildeo para seguir

18

ordens ou compreender as ferramentas de mensuraccedilatildeo do estudo (4) histoacuteria de

comprometimento visual auditivo eou do sistema vestibular (5) natildeo falar e

compreender o idioma portuguecircs (6) uso de faacutermacos inibidores ou estimulantes do

sistema nervoso central

23 Procedimentos de avaliaccedilatildeo

Inicialmente foram avaliados dados antropomeacutetricos como peso medido

atraveacutes de balanccedila analoacutegica (Camryreg) calibrada pelo Inmetro (Instituto Nacional de

Metrologia Normalizaccedilatildeo e Qualidade Industrial) e altura mensurada por meio de

fita meacutetrica natildeo-flexiacutevel (Tramontinareg) Em seguida os sujeitos receberam

informaccedilotildees sobre os objetivos da pesquisa instrumentos utilizados comandos

verbais a serem atendidos e demais procedimentos A partir da seleccedilatildeo das

voluntaacuterias iniciou-se a coleta dos dados realizada em duas etapas

231 Avaliaccedilatildeo da Dor

Para registro da percepccedilatildeo da dor foi aplicada a versatildeo brasileira do

questionaacuterio de Dor McGill (Br-MPQ) Trata-se de um instrumento para avaliaccedilatildeo de

dor em uma perspectiva multidimensional o qual possibilita o fornecimento de um

conhecimento amplo sobre a caracterizaccedilatildeo e percepccedilatildeo do estiacutemulo doloroso em

quatro dimensotildees (sensorial afetiva avaliativa e miscelacircnea)1718 As voluntaacuterias

foram instruiacutedas primeiramente a identificar em um diagrama corporal no

questionaacuterio a localizaccedilatildeo da sua dor quando presente Posteriormente foram

orientadas a selecionar em cada subgrupo do questionaacuterio uma palavra que melhor

expressasse a experiecircncia com a dor relatada previamente Deixando claro que natildeo

era obrigatoacuteria a escolha de palavras em todas as dimensotildees O resultado final do

Br-MPQ usado para anaacutelise foi expresso pelo nuacutemero de palavras escolhidas (NWC)

e pelo iacutendice de dor (PRI) caracterizado pela somatoacuteria dos valores de intensidade

dos descritores escolhidos

232 Avaliaccedilatildeo Estabilomeacutetrica

A estabilometria foi realizada com os sujeitos posicionados sobre uma

plataforma de forccedila sendo orientado a manter o olhar adiante num ponto fixado na

parede e de modo consciente transferir o peso corporal da maneira mais

19

homogecircnea possiacutevel entre os membros inferiores Foram realizados trecircs registros

com os olhos abertos As variaacuteveis analisadas foram a aacuterea da elipse do centro de

oscilaccedilatildeo de pressatildeo (ACOP) e a velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo pressatildeo

(VmCOP) do baricentro corporal nas direccedilotildees anteroposterior (AP) e mediolateral

(ML)

A distribuiccedilatildeo consciente do peso foi registrada atraveacutes de um

baropodocircmetro da marca Arquipeacutelagoreg (Footwork Satildeo Paulo Satildeo Paulo Brasil)

que consiste em um sistema de plataforma interligada a um computador para

mensurar as pressotildees exercidas pelos peacutes atraveacutes do sistema de aquisiccedilatildeo

computadorizada das pressotildees (ACP) A plataforma utilizada possui dimensotildees 700

X 600 mm com uma superfiacutecie ativa de 475 X 430 mm com 2544 sensores Esta foi

conectada a um computador com processador 62G HV 04 GB de memoacuteria RAM

disco riacutegido 500 GB e software footwork o qual analisou os dados captados Para

esses registros ortostaacuteticos foi utilizada a frequecircncia de aquisiccedilatildeo dos dados de 05

Hz coletando com isso 100 leituras em cada avaliaccedilatildeo O tempo de registro foi de

15 segundos com um intervalo de 30 segundos entre as avaliaccedilotildees

24 Aspectos Eacuteticos

O estudo foi submetido e aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica e Pesquisa com

Seres Humanos da Universidade Federal de Sergipe (CAAE

61990516400005546) Todos os voluntaacuterios assinaram o Termo de Consentimento

Livre e Esclarecido (TCLE) Todos os sujeitos que participaram da pesquisa foram

avisados que poderiam desistir da participaccedilatildeo a qualquer momento sem nenhum

preuizo aos mesmos

25 Anaacutelise Estatiacutestica

As variaacuteveis numeacutericas foram testadas quanto agrave distribuiccedilatildeo de normalidade

por meio do teste de Shapiro-Wilk Para anaacutelise das amostras parameacutetricas foi

utilizado o teste T- Student e para as amostras natildeo parameacutetricas foi utilizado o teste

de Mann-Whitney para identificar diferenccedilas intergrupos Os dados gerais foram

apresentados em meacutedia e erro padratildeo da meacutedia (EPM) bem como frequecircncia

absoluta (FA) e relativa (FR) Para anaacutelise das correlaccedilotildees entre as variaacuteveis

pesquisadas aplicou-se o teste de Spearman A significacircncia foi estipulada em cinco

20

por cento (p le 005) Para todas as anaacutelises foi utilizado o programa GraphPad Prism

(Versatildeo 601)

3 RESULTADOS

31 Sujeitos

Cinquenta indiviacuteduos concluiacuteram o estudo vinte e cinco voluntaacuterias foram

alocadas no grupo atleta e controle respectivamente As variaacuteveis idade peso

altura e IMC natildeo foram significativamente diferentes entre os grupos A tabela 1

conteacutem as caracteriacutesticas demograacuteficas e antropomeacutetricas dos grupos de estudo

Tabela 1 Caracteriacutesticas demograacuteficas e antropomeacutetricas da amostra

GA grupo atleta GC grupo controle Valores expressos como meacutedia plusmn erro padratildeo da meacutedia O valor de p

corresponde agrave comparaccedilatildeo entre o grupo atleta (n=25) e o grupo controle (n=25)

32 Caracterizaccedilatildeo da Dor

321 Domiacutenios da Dor

Aproximadamente setenta por cento do grupo controle (68) natildeo apresentou

descriccedilatildeo para a sensibilidade dolorosa em nenhum dos domiacutenios avaliados No

grupo atleta foi observado que 24 (96) apresentaram dor de caracteriacutestica

sensorial 19 voluntaacuterias (76) afetiva 24 sujeitos (96) avaliativa e 19 (76)

miscelacircnea

Ao comparar as atletas com o grupo controle observou diferenccedila significativa

com um aumento da dor descrita em todos os domiacutenios avaliados sensorial (1344 plusmn

Caracteriacutesticas

GRUPOS

GA GC P

Idade (anos) 2016 plusmn 068 2091 plusmn 065 0560

Peso (Kg) 5128 plusmn 10 5064 plusmn 109 1481

Altura (m) 164 plusmn 0011 163 plusmn 0009 0372

IMC (Kgm2) 1864 plusmn 03 1938 plusmn 0436 0533

21

146 plt0001) afetivo (264 plusmn 053 plt0001) avaliativo (236 plusmn 028 plt0001) e

miscelacircnea (376 plusmn 064 plt0001) (Tabela 2)

Tabela 2 Domiacutenios da dor entre os grupos da pesquisa

Tabela 2 Escores obtidos atraveacutes do questionaacuterio de dor McGill entre o grupo atleta (n=25) e o grupo controle

(n=25) Os valores foram apresentados como frequecircncia absoluta (FA) e relativa (FR) (porcentagem) SL

Sensorial AV Avaliativa AF Afetiva M Miscelacircnea GA grupo atleta GC grupo controle plt005 GA X GC

plt001 GA X GC plt0001 GA X GC A anaacutelise de variaacuteveis categoacutericas foi realizada por meio do teste

Mann-Whitney

322 Localizaccedilatildeo da Dor

Aproximadamente sessenta e oito por cento do grupo controle apresentou

nenhum local de intensidade dolorosa Em contra partida no grupo atleta seis (24)

das ginastas relataram sentir dor em pelo menos uma articulaccedilatildeo do corpo e

dezenove (76) apresentaram intensidade dolorosa em mais de uma articulaccedilatildeo

Foi observado no grupo atleta que em 13 (52) das atletas a articulaccedilatildeo do quadril

apresentou-se com maior prevalecircncia A segunda articulaccedilatildeo de maior sensibilidade

relatada pelo GA foi o peacute em 11 (44) (Tabela 3)

Tabela 3 Prevalecircncia e localizaccedilatildeo de dor entre os grupos da pesquisa

Domiacutenios Grupo Atleta (GA) Grupo Controle (GC) P

FA (n) FR () FA (n) FR ()

Sensorial (SL) 24 96 8 32 00001

Afetiva (AF) 19 76 4 16 00001

Avaliativa (AV) 24 96 8 32 00001

Miscelacircnea (M) 19 76 6 24 00005

Caracteriacutesticas Grupo Atleta (GA) Grupo Controle (GC)

FA (n) FR () FA (n) FR ()

Sentem dor 25 100 8 32

22

Tabela 3 Prevalecircncia e distribuiccedilatildeo corporal da dor entre o grupo atleta (n=25) e o grupo controle (n=25) Os

valores foram apresentados como frequecircncia absoluta (FA) e relativa (FR) (porcentagem) GA grupo atleta GC

grupo controle

323 Nuacutemero de Palavras Escolhidas e Iacutendice de Dor

No grupo atleta o nuacutemero de palavras escolhidas (NWC) foi significativamente

maior (1076 plusmn 106) ao comparar com o grupo controle (220 plusmn 075 plt0001)

Similarmente aos resultados encontrados para o NWC tambeacutem foi observado um

aumento significativo do iacutendice de dor (PRI) no grupo atleta (2220 plusmn 242) em

relaccedilatildeo ao grupo controle (484 plusmn 165 plt0001) A figura 1 demonstra a

comparaccedilatildeo entre os grupos para o Iacutendice de dor e nuacutemero de palavras escolhidas

Dor em uma articulaccedilatildeo 6 24 7 28

Dor em mais de uma articulaccedilatildeo

19 76 1 4

Dor no Quadril 13 52 0 0

Dor no Peacute 11 44 1 4

Dor no Joelho 7 28 1 4

Dor na Coluna 5 20 4 16

23

Figura 1 Nuacutemero de palavras escolhidas e Iacutendice de dor verificado por meio do questionaacuterio de dor de McGill

entre o grupo atleta (n=25) e o grupo controle (n=25) NWC nuacutemero de palavras escolhidas PRI iacutendice de dor

GA grupo atleta GC grupo controle plt005 GA X GC plt001 GA X GC plt0001 GA X GC A anaacutelise de

variaacuteveis categoacutericas foi realizada por meio do teste Mann-Whitney

33 Equiliacutebrio Estaacutetico (Estabilometria)

331 Aacuterea de deslocamento do COP (ACOP)

Nas comparaccedilotildees intergrupos foi observada uma reduccedilatildeo significativa do

equiliacutebrio no grupo atleta (plt005) Verificou-se que as ginastas apresentaram maior

deslocamento do COP (16513 mmsup2 plusmn 148 p= 0002) em relaccedilatildeo ao grupo controle

(10212 mmsup2 plusmn 114 p= 0002) A figura 2 demonstra a comparaccedilatildeo da aacuterea do

deslocamento do COP entre os grupos

Figura 2 Aacuterea da elipse do centro de pressatildeo do baricentro corporal entre o grupo atleta (n=25) e o grupo

controle (n=25) ACOP aacuterea do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo GA grupo atleta GC grupo controle plt005 GA X GC plt001 GA X GC plt0001 GA X GC A anaacutelise de variaacuteveis categoacutericas foi realizada por meio do teste Mann-Whitney

332 Velocidade meacutedia de oscilaccedilatildeo do COP (VmCOP)

A velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo do baricentro do corpo foi

significativamente maior na direccedilatildeo AP no grupo atleta (1110 mms plusmn 0049 p=003)

quando comparada ao grupo controle (0997 mms plusmn 0091 p=003) Paralelamente

24

a velocidade meacutedia do COP na direccedilatildeo ML tambeacutem foi significativamente maior no

grupo atleta (0845 mms plusmn 0042 plt0001) em relaccedilatildeo ao grupo controle (0508

mms plusmn 0065 plt0001) (Figura 3)

Figura 3 Velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo do baricentro corporal entre o grupo atleta (n=25)

e o grupo controle (n=25) COP centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo AP anteroposterior ML mediolateral GA grupo atleta GC grupo controle plt005 GA X GC plt001 GA X GC plt0001 GA X GC A anaacutelise de variaacuteveis categoacutericas foi realizada por meio do teste Mann-Whitney

34 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios da dor e equiliacutebrio postural

Foi apenas visualizada uma correlaccedilatildeo de fraca a moderada positiva com

significacircncia estatiacutestica entre o domiacutenio de dor avaliativa (236 plusmn 028) e velocidade

meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo na direccedilatildeo mediolateral (AV 0845mms plusmn

0042 r = 0414 p = 0040) Natildeo houve correlaccedilatildeo significativa entre todos os outros

domiacutenios avaliados e a velocidade meacutedia do COP na direccedilatildeo ML (S 0845mms plusmn

0042 r = 023 p gt 0914 AF 0845mms plusmn 0042 r = 085 p = 0687 M 0845mms

plusmn 0042 r = 0049 p = 0816) Bem como entre todos os domiacutenios e a velocidade

meacutedia do COP na direccedilatildeo anteroposterior (S 1110mms plusmn 0049 r = 0009 p =

0967 AF 1110mms plusmn 0049 r = 0216 p = 0299 AV 1110mms plusmn 0049 r =

020 p = 0925 M 1110mms plusmn 0049 r = 0138 p = 0510) e entre todos os

domiacutenios e a aacuterea de deslocamento do COP (S 16513mmsup2 plusmn 148 r = 0044 p =

0836 AF 16513mmsup2 plusmn 148 r = 0165 p = 0431 AV 16513mmsup2 plusmn 148 r = 0220

p gt 0291 M 16513mmsup2 plusmn 148 r = 0180 p = 0390) (Figura 4)

25

Figura 4 Correlaccedilatildeo de Spearman entre dor avaliativa e velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo (VmCOP) do baricentro corporal (A) Forccedila de correlaccedilatildeo de Spearman (r = 0414 p = 0040) entre a dor

avaliativa (AV) (236 plusmn 028) e a velocidade meacutedia do COP na direccedilatildeo mediolateral (0845 mms plusmn 0042) no grupo atleta (B) Forccedila de correlaccedilatildeo de Spearman (r = 0063 p = 0765) entre a dor avaliativa (AV) (060 plusmn

021) e a velocidade meacutedia do COP na direccedilatildeo mediolateral (0508 mms plusmn 0065) no grupo controle Os valores foram apresentados como meacutedia plusmn erro padratildeo da meacutedia

4 Discussatildeo

Os resultados desta pesquisa demonstraram que atletas de elite de ginaacutestica

riacutetmica manifestam maior percepccedilatildeo dolorosa que controles natildeo praticantes de

esporte a niacutevel competitivo Isto pode estar relacionado a trecircs principais fatores que

podem contribuir de forma direta para a maior prevalecircncia de dor nessas atletas

destacando o iniacutecio precoce na praacutetica da modalidade os altos volumes e

intensidade dos treinos e a grande quantidade de repeticcedilotildees dos gestos esportivos

com alta predominacircncia de saltos e posturas estaacuteticas De acordo com os nossos

resultados Sabeti et al21 realizaram estudo com 218 ginastas de diferentes

nacionalidades no campeonato europeu de GR utilizando a escala visual analoacutegica

(EVA) para registro da intensidade dolorosa Os resultados encontrados foi que as

atletas tecircm uma maior intensidade dolorosa (72) que controles natildeo praticantes de

esporte competitivo

Paralelamente a literatura cientifica relata que o tempo de inicio da praacutetica

esportiva o niacutevel competitivo e o volumeintensidade dos treinos destas atletas satildeo

fatores preditivos para um maior desenvolvimento de lesatildeo e dor em atletas de GR

Shigaki et al4 apontam que o risco e intensidade de lesatildeo estatildeo fortemente

26

relacionados com o aumento da idade e do niacutevel competitivo Da mesma forma

Vanderlei et al22 e Oliveira et al23 afirmam que quanto mais elevada a categoria do

atleta maior seraacute o tempo e a intensidade do treinamento consequentemente maior

a exposiccedilatildeo aos esforccedilos musculoesqueleacuteticos durante treinamento eou

competiccedilotildees Deste modo Oliveira et al23 em seu estudo avaliaram 25 atletas de

GR de diferentes categorias etaacuterias e encontraram que a maioria das atletas

apresentaram algum tipo de lesatildeo ocasionada pelos treinos Desta forma autores

relatam que a formaccedilatildeo dessas atletas influencia na incidecircncia e intensidade

dolorosa de lesotildees por overuse21 24 Tais lesotildees geralmente ocorrem quando a

frequecircncia dos exerciacutecios aumenta enquanto a intensidade eacute mantida23 Estando de

acordo com os nossos resultados Kolar et al25 em estudo realizado com 63 atletas

da ginaacutestica artiacutestica e riacutetmica de ambos os sexos concluiacuteram que a maacute teacutecnica

meacutetodos improacuteprios de ensino e carga inadequada durante os treinos foram

associados com o surgimento de dor e lesotildees nessa populaccedilatildeo

Contrariamente aos nossos resultados Muller et al26 realizaram um estudo

investigativo do desenvolvimento de dor lombar em atletas adolescentes em relaccedilatildeo

ao sexo e tipo de esporte praticado Foram avaliados 321 atletas sem dor lombar em

um primeiro momento e apoacutes dois anos os mesmo atletas foram reavaliados para

verificar a incidecircncia de dor lombar Apenas 10 da amostra foram categorizados

com dor lombar Aleacutem disso antropometria e caracteriacutesticas de formaccedilatildeo do esporte

natildeo demonstraram influecircncia significativa na dor lombar levando os autores a

concluiacuterem que o esporte de alto rendimento natildeo induz dor lombar em atletas

adolescentes

No nosso estudo utilizamos para avaliaccedilatildeo da percepccedilatildeo dolorosa em ambos

os grupos o questionaacuterio de dor McGill Este apresentou-se como uma ferramenta

de faacutecil execuccedilatildeo baixo custo e com alta sensibilidade e confiabilidade para uma

caracterizaccedilatildeo multidimensional da dor na populaccedilatildeo estudada Diferenciados

meacutetodos de investigaccedilatildeo da dor podem ser encontrados em um crescente numero

de publicaccedilotildees cientificas sobre o estudo da percepccedilatildeo e intensidade dolorosa

Goubert et al27 utilizaram a algometria de pressatildeo para comparar a avaliaccedilatildeo

sensorial quantitativa da dor de pacientes com dor lombar em diferentes niacuteveis de

cronicidade comparando a controles saudaacuteveis e pacientes com fibromialgia

Diferentemente Sabeti et al21 Arliani et al28 e Hoskins et al29 utilizaram em suas

27

pesquisas a escala visual analoacutegica (EVA) para registrar a intensidade dolorosa de

atletas em diferentes modalidades Ambos satildeo considerados meacutetodos

unidimensionais utilizados com o objetivo de quantificar a magnitude da dor dentro

de um perfil somatosensorial

Por outro lado diversas pesquisas utilizam o questionaacuterio McGill (MPQ) como

instrumento multidimensional para avaliar a dor e conhececirc-la de forma ampla em

diferentes modelos de estudos e em diversas populaccedilotildees Ngamkham et al30

realizaram revisatildeo sistemaacutetica sobre a avaliaccedilatildeo da dor com McGill em pacientes

com cacircncer demonstrando que o MPQ eacute comumente usado nessa populaccedilatildeo para

mensurar a intensidade e qualidade da dor pois fornece informaccedilotildees sobre

possiacuteveis locais da doenccedila magnitude da dor bem como a eficaacutecia do tratamento e

intervenccedilatildeo submetidos Da mesma forma Bermudez et al31 avaliaram pacientes

diagnosticados com DTM moderada e severa para discriminar e comparar a queixa

dolorosa de acordo com a severidade da doenccedila Pode-se concluir com o estudo

que o MPQ foi capaz de diferenciar o padratildeo temporal da dor a localizaccedilatildeo de maior

queixa dolorosa e a intensidade da dor em portadores de DTM

As diferenccedilas metodoloacutegicas utilizadas corroboram o fato de a dor ser uma

experiecircncia complexa e subjetiva que varia em qualidade intensidade sensorial e

em caracteriacutesticas afetivo-motivacionais Pois a mesma envolve vaacuterias dimensotildees e

pode ser influenciada por infinitos estiacutemulos intriacutensecos e extriacutensecos32 33 Assim

cabe a utilizaccedilatildeo de diferentes meacutetodos uni e multidimensionais para uma avaliaccedilatildeo

precisa considerando a natureza da dor e suas caracteriacutesticas

De acordo com os resultados do nosso estudo foi visualizado que as atletas

de elite de GR apresentam diferentes caracteriacutesticas de percepccedilatildeo do estiacutemulo

doloroso em comparaccedilatildeo aos controles destacando dores com perfil sensorial e

avaliativo Acreditamos que os atletas de alto rendimento apresentam-se com

alteraccedilotildees do imputs neurosensorial em virtude da constante presenccedila e

intensidade das dores sentidas pela a sua praacutetica desportiva Isto pode repercutir em

mudanccedilas na interpretaccedilatildeo da dor sentida em seu corpo fiacutesico devido agrave influecircncia

de fatores emocionais sociais e hormonais que satildeo comuns em mulheres atletas

Em vista disso sabe-se que o domiacutenio sensorial e avaliativo representam as

28

impressotildees fiacutesicas desse estiacutemulo doloroso aacutelgico e uma auto-avaliaccedilatildeo da sua dor

respectivamente34

Segundo Pimenta e Texeira18 as diferenccedilas na estratificaccedilatildeo da dor se

justificam pelo fato das interpretaccedilotildees de informaccedilotildees cognitivas serem

condicionadas por experiecircncias preacutevias em diferentes momentos do estiacutemulo da dor

gerando respostas variadas agrave experiecircncia dolorosa por ser um processo

individualizado Aleacutem disso a dor eacute uma experiecircncia complexa descrita em termos

de caracteriacutesticas sensoriais afetivo-motivacionais cognitivas e comportamentais

Desta forma o resultado de uma avaliaccedilatildeo da percepccedilatildeo dolorosa pode depender

de qual dimensatildeo da dor esteja sendo vivenciada no momento da avaliaccedilatildeo por

cada indiviacuteduo14

Hoskins et al29 utilizaram a escala visual analoacutegica (EVA) e o questionaacuterio

McGill para comparar a intensidade e a qualidade de dor lombar entre atletas de

elite amadores e natildeo atletas Foram observadas diferenccedilas significativas entre os

grupos mostrando que os atletas de elite apresentaram intensidade de dor mais

alta assim como escolheram com mais frequecircncia palavras das categorias sensorial

e afetiva De forma semelhante a nossa pesquisa o domiacutenio sensorial apresentou o

maior iacutendice de dor e maior frequecircncia de palavras escolhidas Tal fato possa ser

justificado por esse ser o domiacutenio de maior representatividade no questionaacuterio

agregando termos de qualidades sensitivas dor18 Poreacutem a dimensatildeo afetiva natildeo foi

evidenciada com maior frequecircncia no presente estudo Esta representa um estado

emocional o qual pode ser traduzido por percepccedilotildees de cansaccedilo sentimentos de

medo e puniccedilatildeo assim como reaccedilotildees autonocircmicas34 Reading32 e Pimenta e

Teixeira18 em seus estudos relataram que os pacientes que sentem dores de

caracteriacutestica aguda preferem descritores da categoria sensorial Por outro lado

indiviacuteduos que sentem dor crocircnica usualmente tendem a selecionar mais

descritores da categoria afetiva levando em conta fenocircmenos cognitivo de

antecipaccedilatildeo memoacuteria atenccedilatildeo e experiecircncia anterior

Os resultados desta pesquisa demonstraram que a regiatildeo com maior

prevalecircncia de queixa dolorosa em atletas de elite de GR foi a articulaccedilatildeo do quadril

com aproximadamente cinquenta e dois por cento das queixas Isto pode estar

relacionado ao fato da articulaccedilatildeo do quadril ser responsaacutevel pela absorccedilatildeo de

29

grandes cargas compressivas durante a fase de aterrissagem dos saltos o qual eacute

um movimento especiacutefico do esporte Aleacutem disso no quadril estaacute localizado o centro

de gravidade do corpo assim as cargas que satildeo geradas ou transmitidas por essa

regiatildeo geram influecircncia no desempenho esportivo Desse modo pesquisas

cientiacuteficas relatam sobre a importacircncia da forccedila dos muacutesculos estabilizadores do

quadril no surgimento e desenvolvimento de dores nesta articulaccedilatildeo4 35 Steinberg et

al36 realizaram uma analise sistemaacutetica do desempenho da musculatura do quadril

no desenvolvimento de lesotildees no membro inferior e encontraram que a diminuiccedilatildeo

da funccedilatildeo dos muacutesculos do quadril associada a cargas repetitivas no membro

inferior pode aumentar o risco de lesotildees no joelho e em todo o membro

De forma contraacuteria aos nossos resultados Guiotte et al2 Sabeti et al21 e

Oliveira et al23 avaliaram ginastas de diferentes categorias e relataram que a regiatildeo

anatocircmica de queixa dolorosa mais prevalente na praacutetica da GR eacute a coluna lombar

seguida do tornozelo e joelho De acordo com Anderson et al37 a dor no quadril e

na virilha em atletas ocorrem com menor frequecircncia que lesotildees das extremidades do

membro inferior Ratificando esses autores Tschopp et al38 defendem que as

lesotildees do quadril satildeo menos comuns poreacutem satildeo mais difiacuteceis de serem

diagnoacutesticadas Pois as consideraccedilotildees anatocircmicas e biomecacircnicas para lesotildees

nesta regiatildeo estatildeo entre as mais complexas do sistema muacutesculo-esqueleacutetico

Por outro lado os nossos resultados demonstraram que a segunda

articulaccedilatildeo mais prevalente em relaccedilatildeo agrave queixa dolorosa pela praacutetica de GR em

atletas de elite foi o tornozelo-peacute (44) Tal fato se justifica por alguns fatores como

sobrecarga excessiva nos muacutesculos intriacutensecos do peacute os quais satildeo responsaacuteveis

pela formaccedilatildeo do arco plantar existecircncia de compressotildees excessivas nos

segmentos oacutesseos devido ao processo de absorccedilatildeo de impacto nos saltos aleacutem da

necessidade de manutenccedilatildeo da postura do tornozelo-peacute em flexatildeo plantar por

tempos prolongados

De acordo com Han et al39 o complexo do tornozelo-peacute na maioria das

atividades esportivas eacute a uacutenica parte do corpo que estaacute em contato com solo

Assim a propriocepccedilatildeo do tornozelo contribui de forma extremamente significativa

para o controle do equiliacutebrio pois fornece informaccedilotildees que permitem o ajuste de

posiccedilotildees e movimentos dos membros para realizaccedilatildeo das tarefas motoras

30

complexas exigidas no esporte de elite Saito et al12 em sua pesquisa ao avaliarem

atletas com e sem lesatildeo no tornozelo observaram que as lesotildees no tornozelo aleacutem

de causar alteraccedilotildees musculares e osteocinemaacuteticas promovem de forma direta

repercussotildees negativas no controle neuromuscular da articulaccedilatildeo predispondo-a aacute

episoacutedios recidivantes em virtude do comprometimento do feedback neurosensorial

afetando o controle postural e consequentemente o desempenho nas atividades

motoras

De acordo com os dados obtidos no nosso estudo foi observada nas atletas

uma maior aacuterea de deslocamento do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo (COP) do

corpo demonstrando um menor equiliacutebrio estaacutetico das ginastas ao comparar com

controles natildeo atletas Isto pode estar relacionado a uma maior intensidade e

presenccedila do estiacutemulo doloroso no corpo das atletas e a intensa quantidade de

repeticcedilotildees dos exerciacutecios de forma assimeacutetrica pela preferecircncia do membro

dominante Desse modo diversas pesquisas relatam que a presenccedila da dor pode

aumentar a aacuterea do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo (ACOP) produzindo uma piora

do equiliacutebrio corporal4 12 15 16 Lin et al16 e Shigaki et al4 em seus estudos avaliaram

o equiliacutebrio de atletas comparando trecircs grupos atletas com lesatildeo atletas sem lesatildeo

e natildeo atletas Evidenciaram que atletas com lesatildeo apresentaram maior oscilaccedilatildeo do

centro de pressatildeo comparado a indiviacuteduos natildeo atletas e atletas sem lesatildeo Poreacutem

quando comparados atletas sem lesatildeo com indiviacuteduos natildeo atletas natildeo foi observado

diferenccedila significativa

Ao mesmo tempo em nosso estudo foi encontrado uma velocidade meacutedia do

COP maior no grupo atleta em ambas as direccedilotildees ao comparar com controles natildeo

atletas Sendo a velocidade meacutedia do COP maior no plano sagital (anteroposterior)

em relaccedilatildeo ao plano frontal (meacutediolateral) Isto ocorre porque as atletas apresentam

uma resposta neuromuscular mais raacutepida para recuperaccedilatildeo da estabilidade do corpo

adquirida pelo treinamento esportivo essencialmente no plano sagital em que as

estrateacutegias posturais para recuperaccedilatildeo do equiliacutebrio satildeo mais efetivas

Diversos estudos publicados na literatura abordam a habilidade do controle

postural em atletas2 8-12 Matsuda et al10 relatam que atletas tecircm capacidade de

equiliacutebrio dinacircmico superior quando comparados a indiviacuteduos natildeo atletas Da

mesma forma Merlo et al11 acreditam a praacutetica de esportes produz adaptaccedilotildees que

31

ou desenvolvimento de consciecircncia de estrateacutegias posturais natildeo evidenciadas em

sujeitos natildeo praticantes de atividade esportiva

Os resultados encontrados por meio desse estudo mostraram que a dor em

sua dimensatildeo avaliativa apresentou relaccedilatildeo significativa com a velocidade meacutedia do

centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo do corpo na direccedilatildeo mediolateral Tal fato evidencia

que a percepccedilatildeo do estiacutemulo doloroso interfere de maneira significativa na

habilidade do atleta em reestabelecer a estabilidade postural apoacutes perturbaccedilatildeo do

equiliacutebrio em postura estaacutetica Prejudicando o desempenho atleacutetico na modalidade

uma vez que as atletas dependem da estabilidade postural para execuccedilatildeo da praacutetica

esportiva Alguns autores relatam a influecircncia da dor e fatores psicoemocionais na

performance e desempenho de atletas de alto rendimento Couto e Pedroni40

avaliaram a relaccedilatildeo da queixa e limiar doloroso com incidecircncia de lesatildeo em

bailarinas claacutessicas Os resultados do estudo mostraram que houve relaccedilatildeo

significativa entre as regiotildees de lesatildeo com a dor evidenciando que a dor estaacute

diretamente relacionada com o surgimento de lesatildeo nessa populaccedilatildeo Dore e

Guerra41 em seu estudo investigaram a prevalecircncia e fatores associados agrave

sintomatologia dolorosa em bailarinos profissionais utilizando a versatildeo brasileira do

questionaacuterio McGill e Inventaacuterio para dor de Wisconsin Foram verificadas

correlaccedilotildees positivas com significacircncia entre o grau de intensidade dolorosa e

atividades diaacuterias sono humor e relacionamento pessoal

O presente estudo sinaliza uma relaccedilatildeo da presenccedila do estiacutemulo doloroso

com o equiliacutebrio postural As alteraccedilotildees no equiliacutebrio corporal tecircm sido muito

estudadas em diferentes populaccedilotildees assim como o comportamento da dor e lesotildees

no desempenho de atletas de diferentes niacuteveis competitivos e modalidades

esportivas Corroborando com nossa pesquisa Meardon et al15 defendem que a

presenccedila de lesatildeo e dor em atletas pode afetar negativamente o equiliacutebrio corporal

Em sua pesquisa examinou controle postural dinacircmico em corredores lesionados

com dor e sem lesatildeo usando o Star Excursion Balance Test (SEBT) Quando

comparado corredores lesionados com controles sem lesatildeo os resultados

demonstraram controle dinacircmico deficiente das forccedilas verticais ao executar as

tarefas de pouso e estabilizaccedilatildeo em apoio unipodal

32

Contudo ainda satildeo raros os estudos sobre a caracterizaccedilatildeo da dor e do

equiliacutebrio corporal em atletas de ginaacutestica riacutetmica Por meio desse estudo foi

observado que atletas de elite de GR demonstraram aumento da dor descrita em

todos os domiacutenios avaliados pelo questionaacuterio McGill (plt0001) A dor nas ginastas

tem o perfil sensorial e avaliativo e se manifesta principalmente nas articulaccedilotildees do

quadril e tornozelo-peacute em virtude da especificidade do gesto esportivo Aleacutem disso

as atletas tambeacutem apresentam menor estabilidade do controle postural (plt005)

sendo notada possiacutevel relaccedilatildeo de interferecircncia entre a auto percepccedilatildeo dolorosa e o

equiliacutebrio postural Entretanto devido agrave complexidade do tema faz-se necessaacuterio a

elaboraccedilatildeo de estudos mais aprofundados com uma amostra maior seguindo

rigorosamente os criteacuterios metodoloacutegicos que permita uma interpretaccedilatildeo mais

precisa a respeito da percepccedilatildeo dolorosa e o equiliacutebrio postural no desempenho

atleacutetico na modalidade esportiva

5 Conclusatildeo

A pesquisa mostra que as atletas de elite de GR apresentam dor de

caracteriacutesticas sensorial e avaliativa frequentemente localizada na articulaccedilatildeo do

quadril seguida do tornozelo-peacute A presenccedila da percepccedilatildeo dolorosa mostrou relaccedilatildeo

significativa com o controle postural em atletas de elite de GR Os resultados

tambeacutem evidenciaram que atletas tem menor equiliacutebrio postural estaacutetico quando

comparadas a controles natildeo atletas poreacutem demonstram maior habilidade para

reestabelecer o controle postural

6 Consideraccedilotildees Finais

Um ponto importante a ser relatado neste estudo eacute a utilizaccedilatildeo do

questionaacuterio de dor McGill Embora venha ser um questionaacuterio amplamente utilizado

em pesquisas cientiacuteficas em virtude da sua alta confiabilidade validaccedilatildeo e

adaptaccedilatildeo cultural em diferentes paiacuteses ainda satildeo raros os estudos que utilizam

essa ferramenta para avaliar a dor em atletas Com ecircnfase em estudos que

descrevam a sua aplicabilidade por domiacutenio e caracteriacutesticas multidimensionais da

33

dor Este pesquisa aparenta ter sido pioneira a qualificar a dor e descrevecirc-la em

suas dimensotildees em atletas de elite de ginaacutestica riacutetmica bem como relacionar a

percepccedilatildeo dolorosa com o equiliacutebrio postural nessa populaccedilatildeo Abrindo espaccedilo para

realizaccedilatildeo de outros estudos

Poreacutem foi encontrado como limitaccedilotildees escassez de pesquisas cientiacuteficas

atualizadas sobre abordagem multidimensional da dor em atletas essencialmente

na ginaacutestica riacutetmica Pois a grande maioria dos estudos que tem sido publicado

sobre dor nessa populaccedilatildeo estaacute relacionada agrave presenccedila do estiacutemulo doloroso e sua

intensidade em uma magnitude sensorial Outro ponto a se destacar foi a

dificuldade em coletar um grupo controle com caracteriacutesticas similares ao grupo de

estudo para que fosse formada uma amostra mais homogecircnea possiacutevel

respeitando os criteacuterios metodoloacutegicos

34

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Proprioception for Balance Control in relation to Sports Performance and Injury BioMed Research International 2015 Jun8

40 Couto AGA Pedroni CR Relaccedilatildeo entre postura queixa dolorosa e lesatildeo em bailarinas claacutessicas Ter Man 2013 11(55)228-233

41 Dore BF e Guerra RO Sintomatologia dolorosa e fatores associados em bailarinos profissionais Rev Bras Med Esporte 2007 MarAbr13(2)77-80

38

ANEXO I ndash QUESTIONAacuteRIO DE DOR MCGILL

39

ANEXO II ndash PARECER DE APROVACcedilAtildeO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA

40

41

ANEXO III ndash NORMAS DE SUBMISSAtildeO DA REVISTA

Instruccedilotildees aos Autores

A Revista Brasileira de Medicina do Esporte - RBME (Brazilian Journal of

Sports Medicine) oacutergatildeo oficial da Sociedade Brasileira de Medicina do Exerciacutecio e

do Esporte (SBMEE) eacute publicada bimestralmente em seis ediccedilotildees ao ano (janfev

marabr maiojun julago setout e novdez) A RBME eacute indexada nas seguintes

bases bibliograacuteficas SciELO Web of Science Excerpta Medica-EMBASE Physical

Education Index LILACS SIRC-Sportdiscus e Scopus A publicaccedilatildeo segue

integralmente o padratildeo internacional do International Committee of Medical Journal

Editors (ICMJE) ou Convenccedilatildeo de Vancouver e seus requisitos de uniformizaccedilatildeo

[httpwwwicmjeorg]

Preparaccedilatildeo de manuscritos Os artigos submetidos devem ser digitados em

espaccedilo duplo fonte Arial 12 em paacutegina tamanho A4 sem numerar linhas ou

paraacutegrafos e numerando as paacuteginas no canto superior direito Figuras e tabelas

devem ser apresentadas ao final do artigo em paacuteginas separadas No corpo do

texto deve-se informar os locais para inserccedilatildeo das tabelas ou figuras Nuacutemeros

menores que 10 satildeo escritos por extenso enquanto que nuacutemeros maiores ou igual a

10 satildeo expressos em algarismos araacutebicos Os manuscritos que natildeo estiverem de

acordo com as instruccedilotildees aos autores em relaccedilatildeo a estilo e formato seratildeo

devolvidos sem revisatildeo pelo Conselho Editorial As medidas deveratildeo ser expressas

no Sistema Internacional (Systegraveme International SI) disponiacutevel em

httpphysicsnistgovcuuUnits e unidades padratildeo quando aplicaacutevel Recomenda-

se aos autores natildeo usar abreviaccedilotildees no tiacutetulo e limitar a sua utilizaccedilatildeo no resumo e

ao longo do texto Os nomes geneacutericos devem ser usados para todas as drogas Os

faacutermacos podem ser referidos pelo nome comercial poreacutem deve constar o nome

cidade e paiacutes ou endereccedilo eletrocircnico do fabricante entre parecircnteses na seccedilatildeo

Materiais e Meacutetodos

Abreviaturas O uso de abreviaturas deve ser minimizado As abreviaturas deveratildeo

ser definidas por ocasiatildeo de sua primeira utilizaccedilatildeo no resumo e tambeacutem no texto

Abreviaturas natildeo padratildeo natildeo devem ser utilizadas a menos que essas apareccedilam

pelo menos trecircs vezes no texto Unidades de medida (3 ml ou 3 mL e natildeo 3

mililitros) ou siacutembolos cientiacuteficos padratildeo (elementos quiacutemicos por exemplo Na e

natildeo soacutedio) natildeo satildeo consideradas abreviaturas e portanto natildeo devem ser definidos

Abreviar nomes longos ou substacircncias quiacutemicas e termos utilizados para

combinaccedilotildees terapecircuticas Abreviaturas em figuras e tabelas podem ser utilizadas

por razotildees de espaccedilo poreacutem devem ser definidas na legenda mesmo que tenham

sido definidas no texto do artigo

Formato dos arquivos Usar editor de texto Microsoft Word para Windows ou

42

equivalente Arquivos em formato PDF natildeo devem ser enviados As tabelas e

quadros deveratildeo estar em seus arquivos originais (Excel Acess Powerpoint etc)

As figuras deveratildeo estar nos formatos jpg ou tif em alta resoluccedilatildeo (300 dpi) As

figuras deveratildeo estar incluiacutedas no arquivo Word mas tambeacutem devem ser enviadas

separadamente (anexadas durante a submissatildeo do artigo como documento

suplementar em seus arquivos originais)

Paacutegina de rosto A paacutegina de rosto deve conter (1) a categoria do artigo (2) o tiacutetulo

do artigo em portuguecircs inglecircs e espanhol com ateacute 80 caracteres cada que deve ser

objetivo e informativo (3) os nomes completos dos autores instituiccedilatildeo formaccedilatildeo

acadecircmica de origem (a mais relevante) cidade estado e paiacutes (4) nome do autor

correspondente com endereccedilo completo telefone e e-mail A titulaccedilatildeo dos autores

natildeo deve ser incluiacuteda O nome completo de cada autor (sem abreviaccedilotildees) e sua

afiliaccedilatildeo institucional (nota as unidades hieraacuterquicas devem ser apresentadas em

ordem decrescente por exemplo universidade faculdade ou instituto e

departamento) devem ser informados Os nomes das instituiccedilotildees e programas

deveratildeo ser apresentados preferencialmente por extenso e na liacutengua original da

instituiccedilatildeo ou na versatildeo em inglecircs quando a escrita natildeo eacute latina (pex aacuterabe

mandarim ou grego)

Resumo O resumo em portuguecircs inglecircs e espanhol deve ser incluiacutedo no

manuscrito Em cada um dos idiomas natildeo deve conter mais do que 300 palavras A

versatildeo estruturada eacute obrigatoacuteria nos artigos originais e inclui objetivos meacutetodos

resultados e conclusatildeo Artigos de revisatildeo natildeo requerem resumo estruturado

Palavras-chave O artigo deve incluir no miacutenimo trecircs e no maacuteximo seis descritores

em portuguecircs inglecircs e espanhol baseados nos Descritores de Ciecircncias da Sauacutede

(DeCS) httpdecsbvsbr ou no Medical Subject Headings (MeSH) da National

Library of Medicine disponiacutevel em httpwwwnlmnihgovmeshmeshhomehtml

oubaseados no Medical SubjectHeading (MeSH) do Index Medicus

(httpwwwnlmnihgovmesh)

Introduccedilatildeo A introduccedilatildeo deve conter (1) justificativa objetiva para o estudo com

referecircncias pertinentes ao assunto sem realizar uma revisatildeo extensa (2) objetivo do

artigo

Materiais e Meacutetodos Esta seccedilatildeo deve descrever os experimentos (quantitativa e

qualitativamente) e os procedimentos em detalhes suficientes que permitam que

outros pesquisadores reproduzam os resultados ou deem continuidade ao estudo

e deveraacute conter (1) a descriccedilatildeo clara da amostra utilizada (2) termo de

consentimento para estudos experimentais envolvendo seres humanos (3)

identificaccedilatildeo dos meacutetodos aparelhos (nome do fabricante e endereccedilo cidade e paiacutes

devem ser menciondos entre parecircnteses) e procedimentos utilizados (4) descriccedilatildeo

breve e referecircncias de meacutetodos publicados mas natildeo amplamente conhecidos (5)

43

descriccedilatildeo detalhada de meacutetodos novos ou modificados (6) quando pertinente incluir

a anaacutelise estatiacutestica e os programas utilizados Importante Ao relatar experimentos

com seres humanos ou animais indicar se os procedimentos seguiram as normas

do Comitecirc Eacutetico sobre Experiecircncias Humanas da instituiccedilatildeo na qual a pesquisa foi

realizada e se os procedimentos estatildeo de acordo com a declaraccedilatildeo de Helsinki de

1995 e a Animal Experimentation Ethics respectivamente Os autores devem incluir

uma declaraccedilatildeo indicando que o protocolo foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica da

Instituiccedilatildeo (instituiccedilatildeo de afiliaccedilatildeo de pelo menos um dos autores) com o respectivo

nuacutemero de identificaccedilatildeo Tambeacutem deve incluir que o Termo de Consentimento Livre

e Esclarecido foi assinado por todos os participantes

Resultados Apresentar os resultados em sequecircncia loacutegica no texto usando tabelas

e figuras Evitar repeticcedilatildeo excessiva de dados no texto em tabelas ou figuras

poreacutem enfatizar somente as descobertas mais importantes

Discussatildeo Enfatizar os aspectos originais e importantes do estudo e as conclusotildees

que decorrem deste evitando poreacutem repetir dados jaacute apresentados em outras

partes do manuscrito Em estudos experimentais ressaltar a relevacircncia e limitaccedilotildees

dos resultados confrontando com os dados da literatura e incluindo implicaccedilotildees

para estudos futuros

Conclusotildees A conclusatildeo deve ser clara e concisa baseada nos resultados

obtidos estabelecendo ligaccedilatildeo com implicaccedilotildees cliacutenicas evitando poreacutem excessiva

generalizaccedilatildeo) A mesma ecircnfase deve ser dada a estudos com resultados negativos

ou positivos Recomendaccedilotildees podem ser incluiacutedas quando relevantes

Agradecimentos Quando pertinente incluir agradecimento ou reconhecimento a

pessoas que tenham contribuiacutedo para o desenvolvimento do trabalho poreacutem natildeo se

qualificam como coautores Fontes de financiamento como auxiacutelio a pesquisa e

bolsas de estudo devem ser reconhecidos nesta seccedilatildeo Os autores deveratildeo obter

permissatildeo por escrito para mencionar nomes e instituiccedilotildees de todos os que

receberam agradecimentos nominais

Referecircncias As referecircncias devem ser numeradas na sequecircncia em que aparecem

no texto em formato sobrescrito As referecircncias citadas somente em legendas de

tabelas ou figuras devem ser numeradas de acordo com sequecircncia estabelecida

pela primeira menccedilatildeo da tabela ou da figura no texto O estilo das referecircncias

bibliograacuteficas deve seguir as regras do Uniform Requirements for Manuscripts

Submitted to Biomedical Journals (International Committee of Medical Journal

Editors disponiacutevel em Ann Intern Med 1997126(1)36-47 httpwwwicmjeorg)

Alguns exemplos satildeo mostrados a seguir Os tiacutetulos dos perioacutedicos devem ser

abreviados de acordo com o Index Medicus (List of Journals Indexed disponiacutevel em

httpwwwnlmnihgovtsdserialsljihtml) Se o perioacutedico natildeo constar dessa lista

deve-se utilizar a abreviatura sugerida pelo proacuteprio perioacutedico Deve-se evitar utilizar

44

ldquocomunicaccedilotildees pessoaisrdquo ou ldquoobservaccedilotildees natildeo publicadasrdquo como referecircncias

Resumos de tranalhos apresentados em eventos devem ser utilizados somente se

for a uacutenica fonte de informaccedilatildeo

Tabelas As tabelas devem ser elaboradas em espaccedilo 15 devendo ser planejadas

para ter como largura uma (87cm) ou duas colunas (18 cm) Cada tabela deve

possuir um tiacutetulo sucinto Notas explicativas seratildeo incluiacutedas em notas de rodapeacute A

tabela deve conter meacutedias e medidas de dispersatildeo (Desvio Padratildeo Erro Padratildeo da

Meacutedia etc) natildeo devendo conter casas decimais irrelevantes As abreviaturas

devem estar de acordo com aquelas utilizadas no texto e nas figuras Os coacutedigos de

identificaccedilatildeo de itens da tabela devem estar listados na ordem de surgimento no

sentido horizontal e devem ser identificados pelos siacutembolos padratildeo Os quadros e

tabelas deveratildeo ser enviados atraveacutes dos arquivos originais editaacuteveis (Word Excel)

e natildeo como imagens

Figuras Na versatildeo impressa da RBME seratildeo aceitas figuras em preto-e-branco

Imagens coloridas poderatildeo ser publicadas quando forem essenciais para o conteuacutedo

cientiacutefico do artigo Nestes casos o custo seraacute repassado aos autores Figuras

coloridas poderatildeo ser incluiacutedas na versatildeo eletrocircnica do artigo sem custo adicional

aos autores Os desenhos e figuras devem ser consistentes e tatildeo simples quanto

possiacutevel poreacutem informativos Tons de cinza natildeo devem ser utilizados Todas as

linhas devem ser soacutelidas Para graacuteficos de barra por exemplo utilizar barras

brancas pretas com linhas diagonais nas duas direccedilotildees linhas em xadrez linhas

horizontais e verticais A RBME desaconselha fortemente o uso de fotografias de

equipamentos e animais de experimentaccedilatildeo As figuras devem ser impressas com

bom contraste e ter a largura de uma coluna (87cm) Utilizar no miacutenimo fonte

tamanho 10 para letras nuacutemeros e siacutembolos com espaccedilamento e alinhamento

adequados Quando a figura representar uma radiografia ou fotografia sugerimos

incluir a escala de tamanho quando pertinente

Por favor note que eacute de responsabilidade dos autores obter permissatildeo do detentor

dos direitos autorais para reproduzir figuras (ou tabelas) que tenham sido

previamente publicados em outras fontes De acordo com os princiacutepios do acesso

aberto os autores devem ter permissatildeo do detentor dos direitos caso desejem

incluir imagens que tenham sido publicados em outros perioacutedicos de acesso natildeo

aberto A permissatildeo deve ser indicada na legenda da figura e a fonte original deve

ser incluiacuteda na lista de referecircncias

45

APEcircNDICE I ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE)

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Vocecirc estaacute sendo convidada(o) a participar da pesquisa intitulada

ldquoCARACTERIZACcedilAtildeO DA DOR E SUA RELACcedilAtildeO COM EQUILIacuteBRIO

POSTURAL ESTAacuteTICO EM ATLETAS DE GINAacuteSTICA RIacuteTMICArdquo realizada pela

Universidade Federal de Sergipe por intermeacutedio da discente TAINARA DOS

SANTOS BOMFIM devidamente assistida pelo seu orientador PAULO MAacuteRCIO

PEREIRA OLIVEIRA O objetivo desse estudo eacute caracterizar a Dor

musculoesqueleacutetica em atletas de elite de ginaacutestica riacutetmica e analisar a relaccedilatildeo da

dor no equiliacutebrio postural estaacutetico das atletas comparando com controles natildeo

atletas A justificativa para a realizaccedilatildeo da pesquisa eacute documentar na literatura

escassa estudo sobre a relaccedilatildeo da dor com o equiliacutebrio postural estaacutetico em

atletas de elite de Ginaacutestica Riacutetmica Sua participaccedilatildeo nessa pesquisa consistiraacute

em responder um questionaacuterio e realizar avaliaccedilatildeo de equiliacutebrio que ocorreraacute em

um uacutenico momento Natildeo haacute riscos previsiacuteveis relacionados com sua participaccedilatildeo

nem danos previsiacuteveis decorrentes da pesquisa Os benefiacutecios relacionados com

sua participaccedilatildeo satildeo

1 Identificar alteraccedilotildees posturais de equiliacutebrio em atletas de alto rendimento

2 Evidenciar se o processo de dor em atletas eacute igual maior ou menor quando

comparado com pessoas natildeo atletas

3 Evidenciar se as variaccedilotildees aacuterea e velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo

de pressatildeo se igualam ou natildeo a pessoas natildeo atletas

Vocecirc foi selecionado por preencher os requisitos da pesquisa mas sua

participaccedilatildeo NAtildeO Eacute OBRIGATOacuteRIA sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo em sua

relaccedilatildeo com a instituiccedilatildeo ou com o pesquisador

Eu________________________________________________________________

abaixo assinado declaro que fui informado que as informaccedilotildees obtidas atraveacutes

dessa pesquisa seratildeo confidenciais e o sigilo sobre minha participaccedilatildeo seraacute

assegurado De tal modo que os dados natildeo seratildeo divulgados de forma a possibilitar

minha identificaccedilatildeo Tambeacutem estou ciente de que a qualquer momento posso

desistir de minha participaccedilatildeo e retirar meu consentimento Declaro que entendi os

objetivos riscos e benefiacutecios de minha participaccedilatildeo na pesquisa e concordo em

participar

Vocecirc receberaacute uma coacutepia deste termo onde consta o telefone e o endereccedilo do

pesquisador principal podendo tirar suas duacutevidas sobre o Projeto de Pesquisa de

sua participaccedilatildeo agora ou a qualquer momento

46

DADOS DO PESQUISADOR RESPONSAacuteVEL

Nome Tainara dos Santos Bomfim

Endereccedilo profissionale-mail Rua Padre Aacutelvares Pitangueira sn - Centro

Departamento de Fisioterapia bftainaragmailcom

Telefone (79) 9 9806-7487

ATENCcedilAtildeO A participaccedilatildeo em qualquer tipo de pesquisa eacute voluntaacuteria Em casos de

duacutevida quanto aos seus direitos entre em contato com o Comitecirc de Eacutetica em

Pesquisa da Universidade Federal de Sergipe

Lagarto _____de _____de 201_

_____________________________________________________

ASSINATURA DO VOLUNTAacuteRIO

_____________________________________________________

ASSINATURA DO PESQUISADOR RESPONSAacuteVEL

Page 17: CARACTERIZAÇÃO DA DOR E SUA RELAÇÃO COM O … · tainara dos santos bomfim caracterizaÇÃo da dor e sua relaÇÃo com o equilÍbrio postural em atletas de ginÁstica rÍtmica

17

Atualmente existe diversos estudos cientiacuteficos sobre o comportamento do

estiacutemulo doloroso e do equiliacutebrio corporal na performance esportiva e na prevenccedilatildeo

de lesotildees em atletas de elite5-81920 Poreacutem satildeo raras as investigaccedilotildees sobre a

caracterizaccedilatildeo da dor e do equiliacutebrio corporal em atletas de ginaacutestica riacutetmica Bem

como descriccedilatildeo da relaccedilatildeo da dor na estabilidade postural em atletas de alto

rendimento em qualquer que seja o esporte praticado e articulaccedilatildeo testada

O presente estudo tem como objetivo primaacuterio caracterizar a dor

musculoesqueleacutetica em atletas de elite de Ginaacutestica Riacutetmica Secundariamente

comparar o equiliacutebrio postural estaacutetico das ginastas com controles natildeo atletas bem

como correlacionar o iacutendice de dor com o equiliacutebrio nas atletas de GR

2 MEacuteTODOS

21 Delineamento do Estudo

Trata-se de um estudo analiacutetico do tipo observacional com um corte

transversal controlado e mascaramento aberto

22 Sujeitos

A amostra foi composta de 50 sujeitos unicamente do sexo feminino

coletados por conveniecircncia Os sujeitos foram divididos em dois grupos Grupo

Atleta (GA) (25 sujeitos) recrutados na Confederaccedilatildeo Brasileira de Ginaacutestica

AracajuSergipeBrasil e Grupo Controle (GC) (25 sujeitos) selecionados no Coleacutegio

Polivalente LagartoSergipeBrasil e pareados por peso Iacutendice de Massa Corporal

(IMC) e idade

Os criteacuterios de inclusatildeo dos sujeitos submetidos agrave pesquisa e alocados no

GA foram (1) ter sido aprovada na seletiva para o ingresso na seleccedilatildeo brasileira de

ginaacutestica riacutetmica (SBGR) (2) tempo de praacutetica no esporte superior a cinco anos com

4 horas diaacuterias ou mais de treino Para os sujeitos incluiacutedos no GC foram

obedecidos os seguintes criteacuterios (1) IMC le 25 (2) idade entre 14 e 24 anos (3)

ausecircncia de poacutes-ciruacutergicos anteriores Os sujeitos em ambos os grupos foram

excluiacutedos caso apresentassem (1) sequela de doenccedilas do sistema nervoso central

(2) diabetes mellitus ou pressatildeo arterial natildeo controlada (3) inaptidatildeo para seguir

18

ordens ou compreender as ferramentas de mensuraccedilatildeo do estudo (4) histoacuteria de

comprometimento visual auditivo eou do sistema vestibular (5) natildeo falar e

compreender o idioma portuguecircs (6) uso de faacutermacos inibidores ou estimulantes do

sistema nervoso central

23 Procedimentos de avaliaccedilatildeo

Inicialmente foram avaliados dados antropomeacutetricos como peso medido

atraveacutes de balanccedila analoacutegica (Camryreg) calibrada pelo Inmetro (Instituto Nacional de

Metrologia Normalizaccedilatildeo e Qualidade Industrial) e altura mensurada por meio de

fita meacutetrica natildeo-flexiacutevel (Tramontinareg) Em seguida os sujeitos receberam

informaccedilotildees sobre os objetivos da pesquisa instrumentos utilizados comandos

verbais a serem atendidos e demais procedimentos A partir da seleccedilatildeo das

voluntaacuterias iniciou-se a coleta dos dados realizada em duas etapas

231 Avaliaccedilatildeo da Dor

Para registro da percepccedilatildeo da dor foi aplicada a versatildeo brasileira do

questionaacuterio de Dor McGill (Br-MPQ) Trata-se de um instrumento para avaliaccedilatildeo de

dor em uma perspectiva multidimensional o qual possibilita o fornecimento de um

conhecimento amplo sobre a caracterizaccedilatildeo e percepccedilatildeo do estiacutemulo doloroso em

quatro dimensotildees (sensorial afetiva avaliativa e miscelacircnea)1718 As voluntaacuterias

foram instruiacutedas primeiramente a identificar em um diagrama corporal no

questionaacuterio a localizaccedilatildeo da sua dor quando presente Posteriormente foram

orientadas a selecionar em cada subgrupo do questionaacuterio uma palavra que melhor

expressasse a experiecircncia com a dor relatada previamente Deixando claro que natildeo

era obrigatoacuteria a escolha de palavras em todas as dimensotildees O resultado final do

Br-MPQ usado para anaacutelise foi expresso pelo nuacutemero de palavras escolhidas (NWC)

e pelo iacutendice de dor (PRI) caracterizado pela somatoacuteria dos valores de intensidade

dos descritores escolhidos

232 Avaliaccedilatildeo Estabilomeacutetrica

A estabilometria foi realizada com os sujeitos posicionados sobre uma

plataforma de forccedila sendo orientado a manter o olhar adiante num ponto fixado na

parede e de modo consciente transferir o peso corporal da maneira mais

19

homogecircnea possiacutevel entre os membros inferiores Foram realizados trecircs registros

com os olhos abertos As variaacuteveis analisadas foram a aacuterea da elipse do centro de

oscilaccedilatildeo de pressatildeo (ACOP) e a velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo pressatildeo

(VmCOP) do baricentro corporal nas direccedilotildees anteroposterior (AP) e mediolateral

(ML)

A distribuiccedilatildeo consciente do peso foi registrada atraveacutes de um

baropodocircmetro da marca Arquipeacutelagoreg (Footwork Satildeo Paulo Satildeo Paulo Brasil)

que consiste em um sistema de plataforma interligada a um computador para

mensurar as pressotildees exercidas pelos peacutes atraveacutes do sistema de aquisiccedilatildeo

computadorizada das pressotildees (ACP) A plataforma utilizada possui dimensotildees 700

X 600 mm com uma superfiacutecie ativa de 475 X 430 mm com 2544 sensores Esta foi

conectada a um computador com processador 62G HV 04 GB de memoacuteria RAM

disco riacutegido 500 GB e software footwork o qual analisou os dados captados Para

esses registros ortostaacuteticos foi utilizada a frequecircncia de aquisiccedilatildeo dos dados de 05

Hz coletando com isso 100 leituras em cada avaliaccedilatildeo O tempo de registro foi de

15 segundos com um intervalo de 30 segundos entre as avaliaccedilotildees

24 Aspectos Eacuteticos

O estudo foi submetido e aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica e Pesquisa com

Seres Humanos da Universidade Federal de Sergipe (CAAE

61990516400005546) Todos os voluntaacuterios assinaram o Termo de Consentimento

Livre e Esclarecido (TCLE) Todos os sujeitos que participaram da pesquisa foram

avisados que poderiam desistir da participaccedilatildeo a qualquer momento sem nenhum

preuizo aos mesmos

25 Anaacutelise Estatiacutestica

As variaacuteveis numeacutericas foram testadas quanto agrave distribuiccedilatildeo de normalidade

por meio do teste de Shapiro-Wilk Para anaacutelise das amostras parameacutetricas foi

utilizado o teste T- Student e para as amostras natildeo parameacutetricas foi utilizado o teste

de Mann-Whitney para identificar diferenccedilas intergrupos Os dados gerais foram

apresentados em meacutedia e erro padratildeo da meacutedia (EPM) bem como frequecircncia

absoluta (FA) e relativa (FR) Para anaacutelise das correlaccedilotildees entre as variaacuteveis

pesquisadas aplicou-se o teste de Spearman A significacircncia foi estipulada em cinco

20

por cento (p le 005) Para todas as anaacutelises foi utilizado o programa GraphPad Prism

(Versatildeo 601)

3 RESULTADOS

31 Sujeitos

Cinquenta indiviacuteduos concluiacuteram o estudo vinte e cinco voluntaacuterias foram

alocadas no grupo atleta e controle respectivamente As variaacuteveis idade peso

altura e IMC natildeo foram significativamente diferentes entre os grupos A tabela 1

conteacutem as caracteriacutesticas demograacuteficas e antropomeacutetricas dos grupos de estudo

Tabela 1 Caracteriacutesticas demograacuteficas e antropomeacutetricas da amostra

GA grupo atleta GC grupo controle Valores expressos como meacutedia plusmn erro padratildeo da meacutedia O valor de p

corresponde agrave comparaccedilatildeo entre o grupo atleta (n=25) e o grupo controle (n=25)

32 Caracterizaccedilatildeo da Dor

321 Domiacutenios da Dor

Aproximadamente setenta por cento do grupo controle (68) natildeo apresentou

descriccedilatildeo para a sensibilidade dolorosa em nenhum dos domiacutenios avaliados No

grupo atleta foi observado que 24 (96) apresentaram dor de caracteriacutestica

sensorial 19 voluntaacuterias (76) afetiva 24 sujeitos (96) avaliativa e 19 (76)

miscelacircnea

Ao comparar as atletas com o grupo controle observou diferenccedila significativa

com um aumento da dor descrita em todos os domiacutenios avaliados sensorial (1344 plusmn

Caracteriacutesticas

GRUPOS

GA GC P

Idade (anos) 2016 plusmn 068 2091 plusmn 065 0560

Peso (Kg) 5128 plusmn 10 5064 plusmn 109 1481

Altura (m) 164 plusmn 0011 163 plusmn 0009 0372

IMC (Kgm2) 1864 plusmn 03 1938 plusmn 0436 0533

21

146 plt0001) afetivo (264 plusmn 053 plt0001) avaliativo (236 plusmn 028 plt0001) e

miscelacircnea (376 plusmn 064 plt0001) (Tabela 2)

Tabela 2 Domiacutenios da dor entre os grupos da pesquisa

Tabela 2 Escores obtidos atraveacutes do questionaacuterio de dor McGill entre o grupo atleta (n=25) e o grupo controle

(n=25) Os valores foram apresentados como frequecircncia absoluta (FA) e relativa (FR) (porcentagem) SL

Sensorial AV Avaliativa AF Afetiva M Miscelacircnea GA grupo atleta GC grupo controle plt005 GA X GC

plt001 GA X GC plt0001 GA X GC A anaacutelise de variaacuteveis categoacutericas foi realizada por meio do teste

Mann-Whitney

322 Localizaccedilatildeo da Dor

Aproximadamente sessenta e oito por cento do grupo controle apresentou

nenhum local de intensidade dolorosa Em contra partida no grupo atleta seis (24)

das ginastas relataram sentir dor em pelo menos uma articulaccedilatildeo do corpo e

dezenove (76) apresentaram intensidade dolorosa em mais de uma articulaccedilatildeo

Foi observado no grupo atleta que em 13 (52) das atletas a articulaccedilatildeo do quadril

apresentou-se com maior prevalecircncia A segunda articulaccedilatildeo de maior sensibilidade

relatada pelo GA foi o peacute em 11 (44) (Tabela 3)

Tabela 3 Prevalecircncia e localizaccedilatildeo de dor entre os grupos da pesquisa

Domiacutenios Grupo Atleta (GA) Grupo Controle (GC) P

FA (n) FR () FA (n) FR ()

Sensorial (SL) 24 96 8 32 00001

Afetiva (AF) 19 76 4 16 00001

Avaliativa (AV) 24 96 8 32 00001

Miscelacircnea (M) 19 76 6 24 00005

Caracteriacutesticas Grupo Atleta (GA) Grupo Controle (GC)

FA (n) FR () FA (n) FR ()

Sentem dor 25 100 8 32

22

Tabela 3 Prevalecircncia e distribuiccedilatildeo corporal da dor entre o grupo atleta (n=25) e o grupo controle (n=25) Os

valores foram apresentados como frequecircncia absoluta (FA) e relativa (FR) (porcentagem) GA grupo atleta GC

grupo controle

323 Nuacutemero de Palavras Escolhidas e Iacutendice de Dor

No grupo atleta o nuacutemero de palavras escolhidas (NWC) foi significativamente

maior (1076 plusmn 106) ao comparar com o grupo controle (220 plusmn 075 plt0001)

Similarmente aos resultados encontrados para o NWC tambeacutem foi observado um

aumento significativo do iacutendice de dor (PRI) no grupo atleta (2220 plusmn 242) em

relaccedilatildeo ao grupo controle (484 plusmn 165 plt0001) A figura 1 demonstra a

comparaccedilatildeo entre os grupos para o Iacutendice de dor e nuacutemero de palavras escolhidas

Dor em uma articulaccedilatildeo 6 24 7 28

Dor em mais de uma articulaccedilatildeo

19 76 1 4

Dor no Quadril 13 52 0 0

Dor no Peacute 11 44 1 4

Dor no Joelho 7 28 1 4

Dor na Coluna 5 20 4 16

23

Figura 1 Nuacutemero de palavras escolhidas e Iacutendice de dor verificado por meio do questionaacuterio de dor de McGill

entre o grupo atleta (n=25) e o grupo controle (n=25) NWC nuacutemero de palavras escolhidas PRI iacutendice de dor

GA grupo atleta GC grupo controle plt005 GA X GC plt001 GA X GC plt0001 GA X GC A anaacutelise de

variaacuteveis categoacutericas foi realizada por meio do teste Mann-Whitney

33 Equiliacutebrio Estaacutetico (Estabilometria)

331 Aacuterea de deslocamento do COP (ACOP)

Nas comparaccedilotildees intergrupos foi observada uma reduccedilatildeo significativa do

equiliacutebrio no grupo atleta (plt005) Verificou-se que as ginastas apresentaram maior

deslocamento do COP (16513 mmsup2 plusmn 148 p= 0002) em relaccedilatildeo ao grupo controle

(10212 mmsup2 plusmn 114 p= 0002) A figura 2 demonstra a comparaccedilatildeo da aacuterea do

deslocamento do COP entre os grupos

Figura 2 Aacuterea da elipse do centro de pressatildeo do baricentro corporal entre o grupo atleta (n=25) e o grupo

controle (n=25) ACOP aacuterea do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo GA grupo atleta GC grupo controle plt005 GA X GC plt001 GA X GC plt0001 GA X GC A anaacutelise de variaacuteveis categoacutericas foi realizada por meio do teste Mann-Whitney

332 Velocidade meacutedia de oscilaccedilatildeo do COP (VmCOP)

A velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo do baricentro do corpo foi

significativamente maior na direccedilatildeo AP no grupo atleta (1110 mms plusmn 0049 p=003)

quando comparada ao grupo controle (0997 mms plusmn 0091 p=003) Paralelamente

24

a velocidade meacutedia do COP na direccedilatildeo ML tambeacutem foi significativamente maior no

grupo atleta (0845 mms plusmn 0042 plt0001) em relaccedilatildeo ao grupo controle (0508

mms plusmn 0065 plt0001) (Figura 3)

Figura 3 Velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo do baricentro corporal entre o grupo atleta (n=25)

e o grupo controle (n=25) COP centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo AP anteroposterior ML mediolateral GA grupo atleta GC grupo controle plt005 GA X GC plt001 GA X GC plt0001 GA X GC A anaacutelise de variaacuteveis categoacutericas foi realizada por meio do teste Mann-Whitney

34 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios da dor e equiliacutebrio postural

Foi apenas visualizada uma correlaccedilatildeo de fraca a moderada positiva com

significacircncia estatiacutestica entre o domiacutenio de dor avaliativa (236 plusmn 028) e velocidade

meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo na direccedilatildeo mediolateral (AV 0845mms plusmn

0042 r = 0414 p = 0040) Natildeo houve correlaccedilatildeo significativa entre todos os outros

domiacutenios avaliados e a velocidade meacutedia do COP na direccedilatildeo ML (S 0845mms plusmn

0042 r = 023 p gt 0914 AF 0845mms plusmn 0042 r = 085 p = 0687 M 0845mms

plusmn 0042 r = 0049 p = 0816) Bem como entre todos os domiacutenios e a velocidade

meacutedia do COP na direccedilatildeo anteroposterior (S 1110mms plusmn 0049 r = 0009 p =

0967 AF 1110mms plusmn 0049 r = 0216 p = 0299 AV 1110mms plusmn 0049 r =

020 p = 0925 M 1110mms plusmn 0049 r = 0138 p = 0510) e entre todos os

domiacutenios e a aacuterea de deslocamento do COP (S 16513mmsup2 plusmn 148 r = 0044 p =

0836 AF 16513mmsup2 plusmn 148 r = 0165 p = 0431 AV 16513mmsup2 plusmn 148 r = 0220

p gt 0291 M 16513mmsup2 plusmn 148 r = 0180 p = 0390) (Figura 4)

25

Figura 4 Correlaccedilatildeo de Spearman entre dor avaliativa e velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo (VmCOP) do baricentro corporal (A) Forccedila de correlaccedilatildeo de Spearman (r = 0414 p = 0040) entre a dor

avaliativa (AV) (236 plusmn 028) e a velocidade meacutedia do COP na direccedilatildeo mediolateral (0845 mms plusmn 0042) no grupo atleta (B) Forccedila de correlaccedilatildeo de Spearman (r = 0063 p = 0765) entre a dor avaliativa (AV) (060 plusmn

021) e a velocidade meacutedia do COP na direccedilatildeo mediolateral (0508 mms plusmn 0065) no grupo controle Os valores foram apresentados como meacutedia plusmn erro padratildeo da meacutedia

4 Discussatildeo

Os resultados desta pesquisa demonstraram que atletas de elite de ginaacutestica

riacutetmica manifestam maior percepccedilatildeo dolorosa que controles natildeo praticantes de

esporte a niacutevel competitivo Isto pode estar relacionado a trecircs principais fatores que

podem contribuir de forma direta para a maior prevalecircncia de dor nessas atletas

destacando o iniacutecio precoce na praacutetica da modalidade os altos volumes e

intensidade dos treinos e a grande quantidade de repeticcedilotildees dos gestos esportivos

com alta predominacircncia de saltos e posturas estaacuteticas De acordo com os nossos

resultados Sabeti et al21 realizaram estudo com 218 ginastas de diferentes

nacionalidades no campeonato europeu de GR utilizando a escala visual analoacutegica

(EVA) para registro da intensidade dolorosa Os resultados encontrados foi que as

atletas tecircm uma maior intensidade dolorosa (72) que controles natildeo praticantes de

esporte competitivo

Paralelamente a literatura cientifica relata que o tempo de inicio da praacutetica

esportiva o niacutevel competitivo e o volumeintensidade dos treinos destas atletas satildeo

fatores preditivos para um maior desenvolvimento de lesatildeo e dor em atletas de GR

Shigaki et al4 apontam que o risco e intensidade de lesatildeo estatildeo fortemente

26

relacionados com o aumento da idade e do niacutevel competitivo Da mesma forma

Vanderlei et al22 e Oliveira et al23 afirmam que quanto mais elevada a categoria do

atleta maior seraacute o tempo e a intensidade do treinamento consequentemente maior

a exposiccedilatildeo aos esforccedilos musculoesqueleacuteticos durante treinamento eou

competiccedilotildees Deste modo Oliveira et al23 em seu estudo avaliaram 25 atletas de

GR de diferentes categorias etaacuterias e encontraram que a maioria das atletas

apresentaram algum tipo de lesatildeo ocasionada pelos treinos Desta forma autores

relatam que a formaccedilatildeo dessas atletas influencia na incidecircncia e intensidade

dolorosa de lesotildees por overuse21 24 Tais lesotildees geralmente ocorrem quando a

frequecircncia dos exerciacutecios aumenta enquanto a intensidade eacute mantida23 Estando de

acordo com os nossos resultados Kolar et al25 em estudo realizado com 63 atletas

da ginaacutestica artiacutestica e riacutetmica de ambos os sexos concluiacuteram que a maacute teacutecnica

meacutetodos improacuteprios de ensino e carga inadequada durante os treinos foram

associados com o surgimento de dor e lesotildees nessa populaccedilatildeo

Contrariamente aos nossos resultados Muller et al26 realizaram um estudo

investigativo do desenvolvimento de dor lombar em atletas adolescentes em relaccedilatildeo

ao sexo e tipo de esporte praticado Foram avaliados 321 atletas sem dor lombar em

um primeiro momento e apoacutes dois anos os mesmo atletas foram reavaliados para

verificar a incidecircncia de dor lombar Apenas 10 da amostra foram categorizados

com dor lombar Aleacutem disso antropometria e caracteriacutesticas de formaccedilatildeo do esporte

natildeo demonstraram influecircncia significativa na dor lombar levando os autores a

concluiacuterem que o esporte de alto rendimento natildeo induz dor lombar em atletas

adolescentes

No nosso estudo utilizamos para avaliaccedilatildeo da percepccedilatildeo dolorosa em ambos

os grupos o questionaacuterio de dor McGill Este apresentou-se como uma ferramenta

de faacutecil execuccedilatildeo baixo custo e com alta sensibilidade e confiabilidade para uma

caracterizaccedilatildeo multidimensional da dor na populaccedilatildeo estudada Diferenciados

meacutetodos de investigaccedilatildeo da dor podem ser encontrados em um crescente numero

de publicaccedilotildees cientificas sobre o estudo da percepccedilatildeo e intensidade dolorosa

Goubert et al27 utilizaram a algometria de pressatildeo para comparar a avaliaccedilatildeo

sensorial quantitativa da dor de pacientes com dor lombar em diferentes niacuteveis de

cronicidade comparando a controles saudaacuteveis e pacientes com fibromialgia

Diferentemente Sabeti et al21 Arliani et al28 e Hoskins et al29 utilizaram em suas

27

pesquisas a escala visual analoacutegica (EVA) para registrar a intensidade dolorosa de

atletas em diferentes modalidades Ambos satildeo considerados meacutetodos

unidimensionais utilizados com o objetivo de quantificar a magnitude da dor dentro

de um perfil somatosensorial

Por outro lado diversas pesquisas utilizam o questionaacuterio McGill (MPQ) como

instrumento multidimensional para avaliar a dor e conhececirc-la de forma ampla em

diferentes modelos de estudos e em diversas populaccedilotildees Ngamkham et al30

realizaram revisatildeo sistemaacutetica sobre a avaliaccedilatildeo da dor com McGill em pacientes

com cacircncer demonstrando que o MPQ eacute comumente usado nessa populaccedilatildeo para

mensurar a intensidade e qualidade da dor pois fornece informaccedilotildees sobre

possiacuteveis locais da doenccedila magnitude da dor bem como a eficaacutecia do tratamento e

intervenccedilatildeo submetidos Da mesma forma Bermudez et al31 avaliaram pacientes

diagnosticados com DTM moderada e severa para discriminar e comparar a queixa

dolorosa de acordo com a severidade da doenccedila Pode-se concluir com o estudo

que o MPQ foi capaz de diferenciar o padratildeo temporal da dor a localizaccedilatildeo de maior

queixa dolorosa e a intensidade da dor em portadores de DTM

As diferenccedilas metodoloacutegicas utilizadas corroboram o fato de a dor ser uma

experiecircncia complexa e subjetiva que varia em qualidade intensidade sensorial e

em caracteriacutesticas afetivo-motivacionais Pois a mesma envolve vaacuterias dimensotildees e

pode ser influenciada por infinitos estiacutemulos intriacutensecos e extriacutensecos32 33 Assim

cabe a utilizaccedilatildeo de diferentes meacutetodos uni e multidimensionais para uma avaliaccedilatildeo

precisa considerando a natureza da dor e suas caracteriacutesticas

De acordo com os resultados do nosso estudo foi visualizado que as atletas

de elite de GR apresentam diferentes caracteriacutesticas de percepccedilatildeo do estiacutemulo

doloroso em comparaccedilatildeo aos controles destacando dores com perfil sensorial e

avaliativo Acreditamos que os atletas de alto rendimento apresentam-se com

alteraccedilotildees do imputs neurosensorial em virtude da constante presenccedila e

intensidade das dores sentidas pela a sua praacutetica desportiva Isto pode repercutir em

mudanccedilas na interpretaccedilatildeo da dor sentida em seu corpo fiacutesico devido agrave influecircncia

de fatores emocionais sociais e hormonais que satildeo comuns em mulheres atletas

Em vista disso sabe-se que o domiacutenio sensorial e avaliativo representam as

28

impressotildees fiacutesicas desse estiacutemulo doloroso aacutelgico e uma auto-avaliaccedilatildeo da sua dor

respectivamente34

Segundo Pimenta e Texeira18 as diferenccedilas na estratificaccedilatildeo da dor se

justificam pelo fato das interpretaccedilotildees de informaccedilotildees cognitivas serem

condicionadas por experiecircncias preacutevias em diferentes momentos do estiacutemulo da dor

gerando respostas variadas agrave experiecircncia dolorosa por ser um processo

individualizado Aleacutem disso a dor eacute uma experiecircncia complexa descrita em termos

de caracteriacutesticas sensoriais afetivo-motivacionais cognitivas e comportamentais

Desta forma o resultado de uma avaliaccedilatildeo da percepccedilatildeo dolorosa pode depender

de qual dimensatildeo da dor esteja sendo vivenciada no momento da avaliaccedilatildeo por

cada indiviacuteduo14

Hoskins et al29 utilizaram a escala visual analoacutegica (EVA) e o questionaacuterio

McGill para comparar a intensidade e a qualidade de dor lombar entre atletas de

elite amadores e natildeo atletas Foram observadas diferenccedilas significativas entre os

grupos mostrando que os atletas de elite apresentaram intensidade de dor mais

alta assim como escolheram com mais frequecircncia palavras das categorias sensorial

e afetiva De forma semelhante a nossa pesquisa o domiacutenio sensorial apresentou o

maior iacutendice de dor e maior frequecircncia de palavras escolhidas Tal fato possa ser

justificado por esse ser o domiacutenio de maior representatividade no questionaacuterio

agregando termos de qualidades sensitivas dor18 Poreacutem a dimensatildeo afetiva natildeo foi

evidenciada com maior frequecircncia no presente estudo Esta representa um estado

emocional o qual pode ser traduzido por percepccedilotildees de cansaccedilo sentimentos de

medo e puniccedilatildeo assim como reaccedilotildees autonocircmicas34 Reading32 e Pimenta e

Teixeira18 em seus estudos relataram que os pacientes que sentem dores de

caracteriacutestica aguda preferem descritores da categoria sensorial Por outro lado

indiviacuteduos que sentem dor crocircnica usualmente tendem a selecionar mais

descritores da categoria afetiva levando em conta fenocircmenos cognitivo de

antecipaccedilatildeo memoacuteria atenccedilatildeo e experiecircncia anterior

Os resultados desta pesquisa demonstraram que a regiatildeo com maior

prevalecircncia de queixa dolorosa em atletas de elite de GR foi a articulaccedilatildeo do quadril

com aproximadamente cinquenta e dois por cento das queixas Isto pode estar

relacionado ao fato da articulaccedilatildeo do quadril ser responsaacutevel pela absorccedilatildeo de

29

grandes cargas compressivas durante a fase de aterrissagem dos saltos o qual eacute

um movimento especiacutefico do esporte Aleacutem disso no quadril estaacute localizado o centro

de gravidade do corpo assim as cargas que satildeo geradas ou transmitidas por essa

regiatildeo geram influecircncia no desempenho esportivo Desse modo pesquisas

cientiacuteficas relatam sobre a importacircncia da forccedila dos muacutesculos estabilizadores do

quadril no surgimento e desenvolvimento de dores nesta articulaccedilatildeo4 35 Steinberg et

al36 realizaram uma analise sistemaacutetica do desempenho da musculatura do quadril

no desenvolvimento de lesotildees no membro inferior e encontraram que a diminuiccedilatildeo

da funccedilatildeo dos muacutesculos do quadril associada a cargas repetitivas no membro

inferior pode aumentar o risco de lesotildees no joelho e em todo o membro

De forma contraacuteria aos nossos resultados Guiotte et al2 Sabeti et al21 e

Oliveira et al23 avaliaram ginastas de diferentes categorias e relataram que a regiatildeo

anatocircmica de queixa dolorosa mais prevalente na praacutetica da GR eacute a coluna lombar

seguida do tornozelo e joelho De acordo com Anderson et al37 a dor no quadril e

na virilha em atletas ocorrem com menor frequecircncia que lesotildees das extremidades do

membro inferior Ratificando esses autores Tschopp et al38 defendem que as

lesotildees do quadril satildeo menos comuns poreacutem satildeo mais difiacuteceis de serem

diagnoacutesticadas Pois as consideraccedilotildees anatocircmicas e biomecacircnicas para lesotildees

nesta regiatildeo estatildeo entre as mais complexas do sistema muacutesculo-esqueleacutetico

Por outro lado os nossos resultados demonstraram que a segunda

articulaccedilatildeo mais prevalente em relaccedilatildeo agrave queixa dolorosa pela praacutetica de GR em

atletas de elite foi o tornozelo-peacute (44) Tal fato se justifica por alguns fatores como

sobrecarga excessiva nos muacutesculos intriacutensecos do peacute os quais satildeo responsaacuteveis

pela formaccedilatildeo do arco plantar existecircncia de compressotildees excessivas nos

segmentos oacutesseos devido ao processo de absorccedilatildeo de impacto nos saltos aleacutem da

necessidade de manutenccedilatildeo da postura do tornozelo-peacute em flexatildeo plantar por

tempos prolongados

De acordo com Han et al39 o complexo do tornozelo-peacute na maioria das

atividades esportivas eacute a uacutenica parte do corpo que estaacute em contato com solo

Assim a propriocepccedilatildeo do tornozelo contribui de forma extremamente significativa

para o controle do equiliacutebrio pois fornece informaccedilotildees que permitem o ajuste de

posiccedilotildees e movimentos dos membros para realizaccedilatildeo das tarefas motoras

30

complexas exigidas no esporte de elite Saito et al12 em sua pesquisa ao avaliarem

atletas com e sem lesatildeo no tornozelo observaram que as lesotildees no tornozelo aleacutem

de causar alteraccedilotildees musculares e osteocinemaacuteticas promovem de forma direta

repercussotildees negativas no controle neuromuscular da articulaccedilatildeo predispondo-a aacute

episoacutedios recidivantes em virtude do comprometimento do feedback neurosensorial

afetando o controle postural e consequentemente o desempenho nas atividades

motoras

De acordo com os dados obtidos no nosso estudo foi observada nas atletas

uma maior aacuterea de deslocamento do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo (COP) do

corpo demonstrando um menor equiliacutebrio estaacutetico das ginastas ao comparar com

controles natildeo atletas Isto pode estar relacionado a uma maior intensidade e

presenccedila do estiacutemulo doloroso no corpo das atletas e a intensa quantidade de

repeticcedilotildees dos exerciacutecios de forma assimeacutetrica pela preferecircncia do membro

dominante Desse modo diversas pesquisas relatam que a presenccedila da dor pode

aumentar a aacuterea do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo (ACOP) produzindo uma piora

do equiliacutebrio corporal4 12 15 16 Lin et al16 e Shigaki et al4 em seus estudos avaliaram

o equiliacutebrio de atletas comparando trecircs grupos atletas com lesatildeo atletas sem lesatildeo

e natildeo atletas Evidenciaram que atletas com lesatildeo apresentaram maior oscilaccedilatildeo do

centro de pressatildeo comparado a indiviacuteduos natildeo atletas e atletas sem lesatildeo Poreacutem

quando comparados atletas sem lesatildeo com indiviacuteduos natildeo atletas natildeo foi observado

diferenccedila significativa

Ao mesmo tempo em nosso estudo foi encontrado uma velocidade meacutedia do

COP maior no grupo atleta em ambas as direccedilotildees ao comparar com controles natildeo

atletas Sendo a velocidade meacutedia do COP maior no plano sagital (anteroposterior)

em relaccedilatildeo ao plano frontal (meacutediolateral) Isto ocorre porque as atletas apresentam

uma resposta neuromuscular mais raacutepida para recuperaccedilatildeo da estabilidade do corpo

adquirida pelo treinamento esportivo essencialmente no plano sagital em que as

estrateacutegias posturais para recuperaccedilatildeo do equiliacutebrio satildeo mais efetivas

Diversos estudos publicados na literatura abordam a habilidade do controle

postural em atletas2 8-12 Matsuda et al10 relatam que atletas tecircm capacidade de

equiliacutebrio dinacircmico superior quando comparados a indiviacuteduos natildeo atletas Da

mesma forma Merlo et al11 acreditam a praacutetica de esportes produz adaptaccedilotildees que

31

ou desenvolvimento de consciecircncia de estrateacutegias posturais natildeo evidenciadas em

sujeitos natildeo praticantes de atividade esportiva

Os resultados encontrados por meio desse estudo mostraram que a dor em

sua dimensatildeo avaliativa apresentou relaccedilatildeo significativa com a velocidade meacutedia do

centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo do corpo na direccedilatildeo mediolateral Tal fato evidencia

que a percepccedilatildeo do estiacutemulo doloroso interfere de maneira significativa na

habilidade do atleta em reestabelecer a estabilidade postural apoacutes perturbaccedilatildeo do

equiliacutebrio em postura estaacutetica Prejudicando o desempenho atleacutetico na modalidade

uma vez que as atletas dependem da estabilidade postural para execuccedilatildeo da praacutetica

esportiva Alguns autores relatam a influecircncia da dor e fatores psicoemocionais na

performance e desempenho de atletas de alto rendimento Couto e Pedroni40

avaliaram a relaccedilatildeo da queixa e limiar doloroso com incidecircncia de lesatildeo em

bailarinas claacutessicas Os resultados do estudo mostraram que houve relaccedilatildeo

significativa entre as regiotildees de lesatildeo com a dor evidenciando que a dor estaacute

diretamente relacionada com o surgimento de lesatildeo nessa populaccedilatildeo Dore e

Guerra41 em seu estudo investigaram a prevalecircncia e fatores associados agrave

sintomatologia dolorosa em bailarinos profissionais utilizando a versatildeo brasileira do

questionaacuterio McGill e Inventaacuterio para dor de Wisconsin Foram verificadas

correlaccedilotildees positivas com significacircncia entre o grau de intensidade dolorosa e

atividades diaacuterias sono humor e relacionamento pessoal

O presente estudo sinaliza uma relaccedilatildeo da presenccedila do estiacutemulo doloroso

com o equiliacutebrio postural As alteraccedilotildees no equiliacutebrio corporal tecircm sido muito

estudadas em diferentes populaccedilotildees assim como o comportamento da dor e lesotildees

no desempenho de atletas de diferentes niacuteveis competitivos e modalidades

esportivas Corroborando com nossa pesquisa Meardon et al15 defendem que a

presenccedila de lesatildeo e dor em atletas pode afetar negativamente o equiliacutebrio corporal

Em sua pesquisa examinou controle postural dinacircmico em corredores lesionados

com dor e sem lesatildeo usando o Star Excursion Balance Test (SEBT) Quando

comparado corredores lesionados com controles sem lesatildeo os resultados

demonstraram controle dinacircmico deficiente das forccedilas verticais ao executar as

tarefas de pouso e estabilizaccedilatildeo em apoio unipodal

32

Contudo ainda satildeo raros os estudos sobre a caracterizaccedilatildeo da dor e do

equiliacutebrio corporal em atletas de ginaacutestica riacutetmica Por meio desse estudo foi

observado que atletas de elite de GR demonstraram aumento da dor descrita em

todos os domiacutenios avaliados pelo questionaacuterio McGill (plt0001) A dor nas ginastas

tem o perfil sensorial e avaliativo e se manifesta principalmente nas articulaccedilotildees do

quadril e tornozelo-peacute em virtude da especificidade do gesto esportivo Aleacutem disso

as atletas tambeacutem apresentam menor estabilidade do controle postural (plt005)

sendo notada possiacutevel relaccedilatildeo de interferecircncia entre a auto percepccedilatildeo dolorosa e o

equiliacutebrio postural Entretanto devido agrave complexidade do tema faz-se necessaacuterio a

elaboraccedilatildeo de estudos mais aprofundados com uma amostra maior seguindo

rigorosamente os criteacuterios metodoloacutegicos que permita uma interpretaccedilatildeo mais

precisa a respeito da percepccedilatildeo dolorosa e o equiliacutebrio postural no desempenho

atleacutetico na modalidade esportiva

5 Conclusatildeo

A pesquisa mostra que as atletas de elite de GR apresentam dor de

caracteriacutesticas sensorial e avaliativa frequentemente localizada na articulaccedilatildeo do

quadril seguida do tornozelo-peacute A presenccedila da percepccedilatildeo dolorosa mostrou relaccedilatildeo

significativa com o controle postural em atletas de elite de GR Os resultados

tambeacutem evidenciaram que atletas tem menor equiliacutebrio postural estaacutetico quando

comparadas a controles natildeo atletas poreacutem demonstram maior habilidade para

reestabelecer o controle postural

6 Consideraccedilotildees Finais

Um ponto importante a ser relatado neste estudo eacute a utilizaccedilatildeo do

questionaacuterio de dor McGill Embora venha ser um questionaacuterio amplamente utilizado

em pesquisas cientiacuteficas em virtude da sua alta confiabilidade validaccedilatildeo e

adaptaccedilatildeo cultural em diferentes paiacuteses ainda satildeo raros os estudos que utilizam

essa ferramenta para avaliar a dor em atletas Com ecircnfase em estudos que

descrevam a sua aplicabilidade por domiacutenio e caracteriacutesticas multidimensionais da

33

dor Este pesquisa aparenta ter sido pioneira a qualificar a dor e descrevecirc-la em

suas dimensotildees em atletas de elite de ginaacutestica riacutetmica bem como relacionar a

percepccedilatildeo dolorosa com o equiliacutebrio postural nessa populaccedilatildeo Abrindo espaccedilo para

realizaccedilatildeo de outros estudos

Poreacutem foi encontrado como limitaccedilotildees escassez de pesquisas cientiacuteficas

atualizadas sobre abordagem multidimensional da dor em atletas essencialmente

na ginaacutestica riacutetmica Pois a grande maioria dos estudos que tem sido publicado

sobre dor nessa populaccedilatildeo estaacute relacionada agrave presenccedila do estiacutemulo doloroso e sua

intensidade em uma magnitude sensorial Outro ponto a se destacar foi a

dificuldade em coletar um grupo controle com caracteriacutesticas similares ao grupo de

estudo para que fosse formada uma amostra mais homogecircnea possiacutevel

respeitando os criteacuterios metodoloacutegicos

34

REFEREcircNCIA

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28 Arliani GG Cohen M Lara PS Astur DC Gonccedilalves JPP Ferretti M Impacto do esporte na sauacutede de ex-jogadores profissionais de futebol no Brasil Acta ortop bras 2014 julago 22(4)188-190

29 Hoskins W Pollard H Daff C Odell A Garbutt P McHardy A et al Low back pain status in elite and semi-elite Australian football codes a cross-sectional survey of football (soccer) Australian rules rugby league rugby union and non-athletic controls BMC Musculoskeletal Disorders 20091038

30 Ngamkham S Vincent C Finnegan L Holden JE Wang ZJ Wilkie DJ The McGill Pain Questionnaire as a Multidimensional Measure in People with Cancer An Integrative Review Pain Manag Nurs 2012 Mar 13(1) 27ndash51

31 Bermudez OAS Souza RA Souza CMF Castro CES Beacuterzn F Avaliaccedilatildeo multidimensional da dor em portadores de desordem temporomandibular utilizando uma versatildeo brasileira do questionaacuterio mcgill de dor Rev bras fisioter 2003 7(2) 151-158

32 Reading AE Everitt BS Sledmore CM The McGill Pain Questionnaire a replication of its construction Br J Clin Psychol 1982 21339ndash349

33 Melzack R The McGill Pain Questionnaire Anesthesiology 2005 103199-202

34 Pessoa CP Barreto MB Santos LB Alves TDB Oliveira MC Martins AG Instrumentos utilizados na avaliaccedilatildeo do impacto da dor na qualidade de vida de pacientes com dor orofacial e disfunccedilatildeo temporomandibular Escola Baiana de Sauacutede Puacuteblica 200731(2)267-293

35 Espinoza ES Ortiz GB Estabilidad abdominolumbopeacutelvica y equilibrio comopredictores de la incidencia de lesionesmusculoesqueleacuteticas en estudiantes de danzaUn estudio piloto Fisioterapia 2014

36 Steinberg N Dar G Dunlop M Gaida JE The relationship of hip muscle performance to legankle and foot injuries a systematic review The Physician and Sportsmedicine 2017

37 Anderson K Strickland SM Warren R Hip and Groin Injuries in Athletes The American Journal of Sports Medicine 2001 29(4) 521-533

38 Tschopp M Brunner F Erkrankungen und Uumlberlastungsschaumlden an der unteren Extremitaumlt bei Langstreckenlaumlufern Z Rheumatol 2017 Feb

37

39 Han J Anson J Waddington G Adans R Liu Y The Role of Ankle

Proprioception for Balance Control in relation to Sports Performance and Injury BioMed Research International 2015 Jun8

40 Couto AGA Pedroni CR Relaccedilatildeo entre postura queixa dolorosa e lesatildeo em bailarinas claacutessicas Ter Man 2013 11(55)228-233

41 Dore BF e Guerra RO Sintomatologia dolorosa e fatores associados em bailarinos profissionais Rev Bras Med Esporte 2007 MarAbr13(2)77-80

38

ANEXO I ndash QUESTIONAacuteRIO DE DOR MCGILL

39

ANEXO II ndash PARECER DE APROVACcedilAtildeO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA

40

41

ANEXO III ndash NORMAS DE SUBMISSAtildeO DA REVISTA

Instruccedilotildees aos Autores

A Revista Brasileira de Medicina do Esporte - RBME (Brazilian Journal of

Sports Medicine) oacutergatildeo oficial da Sociedade Brasileira de Medicina do Exerciacutecio e

do Esporte (SBMEE) eacute publicada bimestralmente em seis ediccedilotildees ao ano (janfev

marabr maiojun julago setout e novdez) A RBME eacute indexada nas seguintes

bases bibliograacuteficas SciELO Web of Science Excerpta Medica-EMBASE Physical

Education Index LILACS SIRC-Sportdiscus e Scopus A publicaccedilatildeo segue

integralmente o padratildeo internacional do International Committee of Medical Journal

Editors (ICMJE) ou Convenccedilatildeo de Vancouver e seus requisitos de uniformizaccedilatildeo

[httpwwwicmjeorg]

Preparaccedilatildeo de manuscritos Os artigos submetidos devem ser digitados em

espaccedilo duplo fonte Arial 12 em paacutegina tamanho A4 sem numerar linhas ou

paraacutegrafos e numerando as paacuteginas no canto superior direito Figuras e tabelas

devem ser apresentadas ao final do artigo em paacuteginas separadas No corpo do

texto deve-se informar os locais para inserccedilatildeo das tabelas ou figuras Nuacutemeros

menores que 10 satildeo escritos por extenso enquanto que nuacutemeros maiores ou igual a

10 satildeo expressos em algarismos araacutebicos Os manuscritos que natildeo estiverem de

acordo com as instruccedilotildees aos autores em relaccedilatildeo a estilo e formato seratildeo

devolvidos sem revisatildeo pelo Conselho Editorial As medidas deveratildeo ser expressas

no Sistema Internacional (Systegraveme International SI) disponiacutevel em

httpphysicsnistgovcuuUnits e unidades padratildeo quando aplicaacutevel Recomenda-

se aos autores natildeo usar abreviaccedilotildees no tiacutetulo e limitar a sua utilizaccedilatildeo no resumo e

ao longo do texto Os nomes geneacutericos devem ser usados para todas as drogas Os

faacutermacos podem ser referidos pelo nome comercial poreacutem deve constar o nome

cidade e paiacutes ou endereccedilo eletrocircnico do fabricante entre parecircnteses na seccedilatildeo

Materiais e Meacutetodos

Abreviaturas O uso de abreviaturas deve ser minimizado As abreviaturas deveratildeo

ser definidas por ocasiatildeo de sua primeira utilizaccedilatildeo no resumo e tambeacutem no texto

Abreviaturas natildeo padratildeo natildeo devem ser utilizadas a menos que essas apareccedilam

pelo menos trecircs vezes no texto Unidades de medida (3 ml ou 3 mL e natildeo 3

mililitros) ou siacutembolos cientiacuteficos padratildeo (elementos quiacutemicos por exemplo Na e

natildeo soacutedio) natildeo satildeo consideradas abreviaturas e portanto natildeo devem ser definidos

Abreviar nomes longos ou substacircncias quiacutemicas e termos utilizados para

combinaccedilotildees terapecircuticas Abreviaturas em figuras e tabelas podem ser utilizadas

por razotildees de espaccedilo poreacutem devem ser definidas na legenda mesmo que tenham

sido definidas no texto do artigo

Formato dos arquivos Usar editor de texto Microsoft Word para Windows ou

42

equivalente Arquivos em formato PDF natildeo devem ser enviados As tabelas e

quadros deveratildeo estar em seus arquivos originais (Excel Acess Powerpoint etc)

As figuras deveratildeo estar nos formatos jpg ou tif em alta resoluccedilatildeo (300 dpi) As

figuras deveratildeo estar incluiacutedas no arquivo Word mas tambeacutem devem ser enviadas

separadamente (anexadas durante a submissatildeo do artigo como documento

suplementar em seus arquivos originais)

Paacutegina de rosto A paacutegina de rosto deve conter (1) a categoria do artigo (2) o tiacutetulo

do artigo em portuguecircs inglecircs e espanhol com ateacute 80 caracteres cada que deve ser

objetivo e informativo (3) os nomes completos dos autores instituiccedilatildeo formaccedilatildeo

acadecircmica de origem (a mais relevante) cidade estado e paiacutes (4) nome do autor

correspondente com endereccedilo completo telefone e e-mail A titulaccedilatildeo dos autores

natildeo deve ser incluiacuteda O nome completo de cada autor (sem abreviaccedilotildees) e sua

afiliaccedilatildeo institucional (nota as unidades hieraacuterquicas devem ser apresentadas em

ordem decrescente por exemplo universidade faculdade ou instituto e

departamento) devem ser informados Os nomes das instituiccedilotildees e programas

deveratildeo ser apresentados preferencialmente por extenso e na liacutengua original da

instituiccedilatildeo ou na versatildeo em inglecircs quando a escrita natildeo eacute latina (pex aacuterabe

mandarim ou grego)

Resumo O resumo em portuguecircs inglecircs e espanhol deve ser incluiacutedo no

manuscrito Em cada um dos idiomas natildeo deve conter mais do que 300 palavras A

versatildeo estruturada eacute obrigatoacuteria nos artigos originais e inclui objetivos meacutetodos

resultados e conclusatildeo Artigos de revisatildeo natildeo requerem resumo estruturado

Palavras-chave O artigo deve incluir no miacutenimo trecircs e no maacuteximo seis descritores

em portuguecircs inglecircs e espanhol baseados nos Descritores de Ciecircncias da Sauacutede

(DeCS) httpdecsbvsbr ou no Medical Subject Headings (MeSH) da National

Library of Medicine disponiacutevel em httpwwwnlmnihgovmeshmeshhomehtml

oubaseados no Medical SubjectHeading (MeSH) do Index Medicus

(httpwwwnlmnihgovmesh)

Introduccedilatildeo A introduccedilatildeo deve conter (1) justificativa objetiva para o estudo com

referecircncias pertinentes ao assunto sem realizar uma revisatildeo extensa (2) objetivo do

artigo

Materiais e Meacutetodos Esta seccedilatildeo deve descrever os experimentos (quantitativa e

qualitativamente) e os procedimentos em detalhes suficientes que permitam que

outros pesquisadores reproduzam os resultados ou deem continuidade ao estudo

e deveraacute conter (1) a descriccedilatildeo clara da amostra utilizada (2) termo de

consentimento para estudos experimentais envolvendo seres humanos (3)

identificaccedilatildeo dos meacutetodos aparelhos (nome do fabricante e endereccedilo cidade e paiacutes

devem ser menciondos entre parecircnteses) e procedimentos utilizados (4) descriccedilatildeo

breve e referecircncias de meacutetodos publicados mas natildeo amplamente conhecidos (5)

43

descriccedilatildeo detalhada de meacutetodos novos ou modificados (6) quando pertinente incluir

a anaacutelise estatiacutestica e os programas utilizados Importante Ao relatar experimentos

com seres humanos ou animais indicar se os procedimentos seguiram as normas

do Comitecirc Eacutetico sobre Experiecircncias Humanas da instituiccedilatildeo na qual a pesquisa foi

realizada e se os procedimentos estatildeo de acordo com a declaraccedilatildeo de Helsinki de

1995 e a Animal Experimentation Ethics respectivamente Os autores devem incluir

uma declaraccedilatildeo indicando que o protocolo foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica da

Instituiccedilatildeo (instituiccedilatildeo de afiliaccedilatildeo de pelo menos um dos autores) com o respectivo

nuacutemero de identificaccedilatildeo Tambeacutem deve incluir que o Termo de Consentimento Livre

e Esclarecido foi assinado por todos os participantes

Resultados Apresentar os resultados em sequecircncia loacutegica no texto usando tabelas

e figuras Evitar repeticcedilatildeo excessiva de dados no texto em tabelas ou figuras

poreacutem enfatizar somente as descobertas mais importantes

Discussatildeo Enfatizar os aspectos originais e importantes do estudo e as conclusotildees

que decorrem deste evitando poreacutem repetir dados jaacute apresentados em outras

partes do manuscrito Em estudos experimentais ressaltar a relevacircncia e limitaccedilotildees

dos resultados confrontando com os dados da literatura e incluindo implicaccedilotildees

para estudos futuros

Conclusotildees A conclusatildeo deve ser clara e concisa baseada nos resultados

obtidos estabelecendo ligaccedilatildeo com implicaccedilotildees cliacutenicas evitando poreacutem excessiva

generalizaccedilatildeo) A mesma ecircnfase deve ser dada a estudos com resultados negativos

ou positivos Recomendaccedilotildees podem ser incluiacutedas quando relevantes

Agradecimentos Quando pertinente incluir agradecimento ou reconhecimento a

pessoas que tenham contribuiacutedo para o desenvolvimento do trabalho poreacutem natildeo se

qualificam como coautores Fontes de financiamento como auxiacutelio a pesquisa e

bolsas de estudo devem ser reconhecidos nesta seccedilatildeo Os autores deveratildeo obter

permissatildeo por escrito para mencionar nomes e instituiccedilotildees de todos os que

receberam agradecimentos nominais

Referecircncias As referecircncias devem ser numeradas na sequecircncia em que aparecem

no texto em formato sobrescrito As referecircncias citadas somente em legendas de

tabelas ou figuras devem ser numeradas de acordo com sequecircncia estabelecida

pela primeira menccedilatildeo da tabela ou da figura no texto O estilo das referecircncias

bibliograacuteficas deve seguir as regras do Uniform Requirements for Manuscripts

Submitted to Biomedical Journals (International Committee of Medical Journal

Editors disponiacutevel em Ann Intern Med 1997126(1)36-47 httpwwwicmjeorg)

Alguns exemplos satildeo mostrados a seguir Os tiacutetulos dos perioacutedicos devem ser

abreviados de acordo com o Index Medicus (List of Journals Indexed disponiacutevel em

httpwwwnlmnihgovtsdserialsljihtml) Se o perioacutedico natildeo constar dessa lista

deve-se utilizar a abreviatura sugerida pelo proacuteprio perioacutedico Deve-se evitar utilizar

44

ldquocomunicaccedilotildees pessoaisrdquo ou ldquoobservaccedilotildees natildeo publicadasrdquo como referecircncias

Resumos de tranalhos apresentados em eventos devem ser utilizados somente se

for a uacutenica fonte de informaccedilatildeo

Tabelas As tabelas devem ser elaboradas em espaccedilo 15 devendo ser planejadas

para ter como largura uma (87cm) ou duas colunas (18 cm) Cada tabela deve

possuir um tiacutetulo sucinto Notas explicativas seratildeo incluiacutedas em notas de rodapeacute A

tabela deve conter meacutedias e medidas de dispersatildeo (Desvio Padratildeo Erro Padratildeo da

Meacutedia etc) natildeo devendo conter casas decimais irrelevantes As abreviaturas

devem estar de acordo com aquelas utilizadas no texto e nas figuras Os coacutedigos de

identificaccedilatildeo de itens da tabela devem estar listados na ordem de surgimento no

sentido horizontal e devem ser identificados pelos siacutembolos padratildeo Os quadros e

tabelas deveratildeo ser enviados atraveacutes dos arquivos originais editaacuteveis (Word Excel)

e natildeo como imagens

Figuras Na versatildeo impressa da RBME seratildeo aceitas figuras em preto-e-branco

Imagens coloridas poderatildeo ser publicadas quando forem essenciais para o conteuacutedo

cientiacutefico do artigo Nestes casos o custo seraacute repassado aos autores Figuras

coloridas poderatildeo ser incluiacutedas na versatildeo eletrocircnica do artigo sem custo adicional

aos autores Os desenhos e figuras devem ser consistentes e tatildeo simples quanto

possiacutevel poreacutem informativos Tons de cinza natildeo devem ser utilizados Todas as

linhas devem ser soacutelidas Para graacuteficos de barra por exemplo utilizar barras

brancas pretas com linhas diagonais nas duas direccedilotildees linhas em xadrez linhas

horizontais e verticais A RBME desaconselha fortemente o uso de fotografias de

equipamentos e animais de experimentaccedilatildeo As figuras devem ser impressas com

bom contraste e ter a largura de uma coluna (87cm) Utilizar no miacutenimo fonte

tamanho 10 para letras nuacutemeros e siacutembolos com espaccedilamento e alinhamento

adequados Quando a figura representar uma radiografia ou fotografia sugerimos

incluir a escala de tamanho quando pertinente

Por favor note que eacute de responsabilidade dos autores obter permissatildeo do detentor

dos direitos autorais para reproduzir figuras (ou tabelas) que tenham sido

previamente publicados em outras fontes De acordo com os princiacutepios do acesso

aberto os autores devem ter permissatildeo do detentor dos direitos caso desejem

incluir imagens que tenham sido publicados em outros perioacutedicos de acesso natildeo

aberto A permissatildeo deve ser indicada na legenda da figura e a fonte original deve

ser incluiacuteda na lista de referecircncias

45

APEcircNDICE I ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE)

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Vocecirc estaacute sendo convidada(o) a participar da pesquisa intitulada

ldquoCARACTERIZACcedilAtildeO DA DOR E SUA RELACcedilAtildeO COM EQUILIacuteBRIO

POSTURAL ESTAacuteTICO EM ATLETAS DE GINAacuteSTICA RIacuteTMICArdquo realizada pela

Universidade Federal de Sergipe por intermeacutedio da discente TAINARA DOS

SANTOS BOMFIM devidamente assistida pelo seu orientador PAULO MAacuteRCIO

PEREIRA OLIVEIRA O objetivo desse estudo eacute caracterizar a Dor

musculoesqueleacutetica em atletas de elite de ginaacutestica riacutetmica e analisar a relaccedilatildeo da

dor no equiliacutebrio postural estaacutetico das atletas comparando com controles natildeo

atletas A justificativa para a realizaccedilatildeo da pesquisa eacute documentar na literatura

escassa estudo sobre a relaccedilatildeo da dor com o equiliacutebrio postural estaacutetico em

atletas de elite de Ginaacutestica Riacutetmica Sua participaccedilatildeo nessa pesquisa consistiraacute

em responder um questionaacuterio e realizar avaliaccedilatildeo de equiliacutebrio que ocorreraacute em

um uacutenico momento Natildeo haacute riscos previsiacuteveis relacionados com sua participaccedilatildeo

nem danos previsiacuteveis decorrentes da pesquisa Os benefiacutecios relacionados com

sua participaccedilatildeo satildeo

1 Identificar alteraccedilotildees posturais de equiliacutebrio em atletas de alto rendimento

2 Evidenciar se o processo de dor em atletas eacute igual maior ou menor quando

comparado com pessoas natildeo atletas

3 Evidenciar se as variaccedilotildees aacuterea e velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo

de pressatildeo se igualam ou natildeo a pessoas natildeo atletas

Vocecirc foi selecionado por preencher os requisitos da pesquisa mas sua

participaccedilatildeo NAtildeO Eacute OBRIGATOacuteRIA sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo em sua

relaccedilatildeo com a instituiccedilatildeo ou com o pesquisador

Eu________________________________________________________________

abaixo assinado declaro que fui informado que as informaccedilotildees obtidas atraveacutes

dessa pesquisa seratildeo confidenciais e o sigilo sobre minha participaccedilatildeo seraacute

assegurado De tal modo que os dados natildeo seratildeo divulgados de forma a possibilitar

minha identificaccedilatildeo Tambeacutem estou ciente de que a qualquer momento posso

desistir de minha participaccedilatildeo e retirar meu consentimento Declaro que entendi os

objetivos riscos e benefiacutecios de minha participaccedilatildeo na pesquisa e concordo em

participar

Vocecirc receberaacute uma coacutepia deste termo onde consta o telefone e o endereccedilo do

pesquisador principal podendo tirar suas duacutevidas sobre o Projeto de Pesquisa de

sua participaccedilatildeo agora ou a qualquer momento

46

DADOS DO PESQUISADOR RESPONSAacuteVEL

Nome Tainara dos Santos Bomfim

Endereccedilo profissionale-mail Rua Padre Aacutelvares Pitangueira sn - Centro

Departamento de Fisioterapia bftainaragmailcom

Telefone (79) 9 9806-7487

ATENCcedilAtildeO A participaccedilatildeo em qualquer tipo de pesquisa eacute voluntaacuteria Em casos de

duacutevida quanto aos seus direitos entre em contato com o Comitecirc de Eacutetica em

Pesquisa da Universidade Federal de Sergipe

Lagarto _____de _____de 201_

_____________________________________________________

ASSINATURA DO VOLUNTAacuteRIO

_____________________________________________________

ASSINATURA DO PESQUISADOR RESPONSAacuteVEL

Page 18: CARACTERIZAÇÃO DA DOR E SUA RELAÇÃO COM O … · tainara dos santos bomfim caracterizaÇÃo da dor e sua relaÇÃo com o equilÍbrio postural em atletas de ginÁstica rÍtmica

18

ordens ou compreender as ferramentas de mensuraccedilatildeo do estudo (4) histoacuteria de

comprometimento visual auditivo eou do sistema vestibular (5) natildeo falar e

compreender o idioma portuguecircs (6) uso de faacutermacos inibidores ou estimulantes do

sistema nervoso central

23 Procedimentos de avaliaccedilatildeo

Inicialmente foram avaliados dados antropomeacutetricos como peso medido

atraveacutes de balanccedila analoacutegica (Camryreg) calibrada pelo Inmetro (Instituto Nacional de

Metrologia Normalizaccedilatildeo e Qualidade Industrial) e altura mensurada por meio de

fita meacutetrica natildeo-flexiacutevel (Tramontinareg) Em seguida os sujeitos receberam

informaccedilotildees sobre os objetivos da pesquisa instrumentos utilizados comandos

verbais a serem atendidos e demais procedimentos A partir da seleccedilatildeo das

voluntaacuterias iniciou-se a coleta dos dados realizada em duas etapas

231 Avaliaccedilatildeo da Dor

Para registro da percepccedilatildeo da dor foi aplicada a versatildeo brasileira do

questionaacuterio de Dor McGill (Br-MPQ) Trata-se de um instrumento para avaliaccedilatildeo de

dor em uma perspectiva multidimensional o qual possibilita o fornecimento de um

conhecimento amplo sobre a caracterizaccedilatildeo e percepccedilatildeo do estiacutemulo doloroso em

quatro dimensotildees (sensorial afetiva avaliativa e miscelacircnea)1718 As voluntaacuterias

foram instruiacutedas primeiramente a identificar em um diagrama corporal no

questionaacuterio a localizaccedilatildeo da sua dor quando presente Posteriormente foram

orientadas a selecionar em cada subgrupo do questionaacuterio uma palavra que melhor

expressasse a experiecircncia com a dor relatada previamente Deixando claro que natildeo

era obrigatoacuteria a escolha de palavras em todas as dimensotildees O resultado final do

Br-MPQ usado para anaacutelise foi expresso pelo nuacutemero de palavras escolhidas (NWC)

e pelo iacutendice de dor (PRI) caracterizado pela somatoacuteria dos valores de intensidade

dos descritores escolhidos

232 Avaliaccedilatildeo Estabilomeacutetrica

A estabilometria foi realizada com os sujeitos posicionados sobre uma

plataforma de forccedila sendo orientado a manter o olhar adiante num ponto fixado na

parede e de modo consciente transferir o peso corporal da maneira mais

19

homogecircnea possiacutevel entre os membros inferiores Foram realizados trecircs registros

com os olhos abertos As variaacuteveis analisadas foram a aacuterea da elipse do centro de

oscilaccedilatildeo de pressatildeo (ACOP) e a velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo pressatildeo

(VmCOP) do baricentro corporal nas direccedilotildees anteroposterior (AP) e mediolateral

(ML)

A distribuiccedilatildeo consciente do peso foi registrada atraveacutes de um

baropodocircmetro da marca Arquipeacutelagoreg (Footwork Satildeo Paulo Satildeo Paulo Brasil)

que consiste em um sistema de plataforma interligada a um computador para

mensurar as pressotildees exercidas pelos peacutes atraveacutes do sistema de aquisiccedilatildeo

computadorizada das pressotildees (ACP) A plataforma utilizada possui dimensotildees 700

X 600 mm com uma superfiacutecie ativa de 475 X 430 mm com 2544 sensores Esta foi

conectada a um computador com processador 62G HV 04 GB de memoacuteria RAM

disco riacutegido 500 GB e software footwork o qual analisou os dados captados Para

esses registros ortostaacuteticos foi utilizada a frequecircncia de aquisiccedilatildeo dos dados de 05

Hz coletando com isso 100 leituras em cada avaliaccedilatildeo O tempo de registro foi de

15 segundos com um intervalo de 30 segundos entre as avaliaccedilotildees

24 Aspectos Eacuteticos

O estudo foi submetido e aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica e Pesquisa com

Seres Humanos da Universidade Federal de Sergipe (CAAE

61990516400005546) Todos os voluntaacuterios assinaram o Termo de Consentimento

Livre e Esclarecido (TCLE) Todos os sujeitos que participaram da pesquisa foram

avisados que poderiam desistir da participaccedilatildeo a qualquer momento sem nenhum

preuizo aos mesmos

25 Anaacutelise Estatiacutestica

As variaacuteveis numeacutericas foram testadas quanto agrave distribuiccedilatildeo de normalidade

por meio do teste de Shapiro-Wilk Para anaacutelise das amostras parameacutetricas foi

utilizado o teste T- Student e para as amostras natildeo parameacutetricas foi utilizado o teste

de Mann-Whitney para identificar diferenccedilas intergrupos Os dados gerais foram

apresentados em meacutedia e erro padratildeo da meacutedia (EPM) bem como frequecircncia

absoluta (FA) e relativa (FR) Para anaacutelise das correlaccedilotildees entre as variaacuteveis

pesquisadas aplicou-se o teste de Spearman A significacircncia foi estipulada em cinco

20

por cento (p le 005) Para todas as anaacutelises foi utilizado o programa GraphPad Prism

(Versatildeo 601)

3 RESULTADOS

31 Sujeitos

Cinquenta indiviacuteduos concluiacuteram o estudo vinte e cinco voluntaacuterias foram

alocadas no grupo atleta e controle respectivamente As variaacuteveis idade peso

altura e IMC natildeo foram significativamente diferentes entre os grupos A tabela 1

conteacutem as caracteriacutesticas demograacuteficas e antropomeacutetricas dos grupos de estudo

Tabela 1 Caracteriacutesticas demograacuteficas e antropomeacutetricas da amostra

GA grupo atleta GC grupo controle Valores expressos como meacutedia plusmn erro padratildeo da meacutedia O valor de p

corresponde agrave comparaccedilatildeo entre o grupo atleta (n=25) e o grupo controle (n=25)

32 Caracterizaccedilatildeo da Dor

321 Domiacutenios da Dor

Aproximadamente setenta por cento do grupo controle (68) natildeo apresentou

descriccedilatildeo para a sensibilidade dolorosa em nenhum dos domiacutenios avaliados No

grupo atleta foi observado que 24 (96) apresentaram dor de caracteriacutestica

sensorial 19 voluntaacuterias (76) afetiva 24 sujeitos (96) avaliativa e 19 (76)

miscelacircnea

Ao comparar as atletas com o grupo controle observou diferenccedila significativa

com um aumento da dor descrita em todos os domiacutenios avaliados sensorial (1344 plusmn

Caracteriacutesticas

GRUPOS

GA GC P

Idade (anos) 2016 plusmn 068 2091 plusmn 065 0560

Peso (Kg) 5128 plusmn 10 5064 plusmn 109 1481

Altura (m) 164 plusmn 0011 163 plusmn 0009 0372

IMC (Kgm2) 1864 plusmn 03 1938 plusmn 0436 0533

21

146 plt0001) afetivo (264 plusmn 053 plt0001) avaliativo (236 plusmn 028 plt0001) e

miscelacircnea (376 plusmn 064 plt0001) (Tabela 2)

Tabela 2 Domiacutenios da dor entre os grupos da pesquisa

Tabela 2 Escores obtidos atraveacutes do questionaacuterio de dor McGill entre o grupo atleta (n=25) e o grupo controle

(n=25) Os valores foram apresentados como frequecircncia absoluta (FA) e relativa (FR) (porcentagem) SL

Sensorial AV Avaliativa AF Afetiva M Miscelacircnea GA grupo atleta GC grupo controle plt005 GA X GC

plt001 GA X GC plt0001 GA X GC A anaacutelise de variaacuteveis categoacutericas foi realizada por meio do teste

Mann-Whitney

322 Localizaccedilatildeo da Dor

Aproximadamente sessenta e oito por cento do grupo controle apresentou

nenhum local de intensidade dolorosa Em contra partida no grupo atleta seis (24)

das ginastas relataram sentir dor em pelo menos uma articulaccedilatildeo do corpo e

dezenove (76) apresentaram intensidade dolorosa em mais de uma articulaccedilatildeo

Foi observado no grupo atleta que em 13 (52) das atletas a articulaccedilatildeo do quadril

apresentou-se com maior prevalecircncia A segunda articulaccedilatildeo de maior sensibilidade

relatada pelo GA foi o peacute em 11 (44) (Tabela 3)

Tabela 3 Prevalecircncia e localizaccedilatildeo de dor entre os grupos da pesquisa

Domiacutenios Grupo Atleta (GA) Grupo Controle (GC) P

FA (n) FR () FA (n) FR ()

Sensorial (SL) 24 96 8 32 00001

Afetiva (AF) 19 76 4 16 00001

Avaliativa (AV) 24 96 8 32 00001

Miscelacircnea (M) 19 76 6 24 00005

Caracteriacutesticas Grupo Atleta (GA) Grupo Controle (GC)

FA (n) FR () FA (n) FR ()

Sentem dor 25 100 8 32

22

Tabela 3 Prevalecircncia e distribuiccedilatildeo corporal da dor entre o grupo atleta (n=25) e o grupo controle (n=25) Os

valores foram apresentados como frequecircncia absoluta (FA) e relativa (FR) (porcentagem) GA grupo atleta GC

grupo controle

323 Nuacutemero de Palavras Escolhidas e Iacutendice de Dor

No grupo atleta o nuacutemero de palavras escolhidas (NWC) foi significativamente

maior (1076 plusmn 106) ao comparar com o grupo controle (220 plusmn 075 plt0001)

Similarmente aos resultados encontrados para o NWC tambeacutem foi observado um

aumento significativo do iacutendice de dor (PRI) no grupo atleta (2220 plusmn 242) em

relaccedilatildeo ao grupo controle (484 plusmn 165 plt0001) A figura 1 demonstra a

comparaccedilatildeo entre os grupos para o Iacutendice de dor e nuacutemero de palavras escolhidas

Dor em uma articulaccedilatildeo 6 24 7 28

Dor em mais de uma articulaccedilatildeo

19 76 1 4

Dor no Quadril 13 52 0 0

Dor no Peacute 11 44 1 4

Dor no Joelho 7 28 1 4

Dor na Coluna 5 20 4 16

23

Figura 1 Nuacutemero de palavras escolhidas e Iacutendice de dor verificado por meio do questionaacuterio de dor de McGill

entre o grupo atleta (n=25) e o grupo controle (n=25) NWC nuacutemero de palavras escolhidas PRI iacutendice de dor

GA grupo atleta GC grupo controle plt005 GA X GC plt001 GA X GC plt0001 GA X GC A anaacutelise de

variaacuteveis categoacutericas foi realizada por meio do teste Mann-Whitney

33 Equiliacutebrio Estaacutetico (Estabilometria)

331 Aacuterea de deslocamento do COP (ACOP)

Nas comparaccedilotildees intergrupos foi observada uma reduccedilatildeo significativa do

equiliacutebrio no grupo atleta (plt005) Verificou-se que as ginastas apresentaram maior

deslocamento do COP (16513 mmsup2 plusmn 148 p= 0002) em relaccedilatildeo ao grupo controle

(10212 mmsup2 plusmn 114 p= 0002) A figura 2 demonstra a comparaccedilatildeo da aacuterea do

deslocamento do COP entre os grupos

Figura 2 Aacuterea da elipse do centro de pressatildeo do baricentro corporal entre o grupo atleta (n=25) e o grupo

controle (n=25) ACOP aacuterea do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo GA grupo atleta GC grupo controle plt005 GA X GC plt001 GA X GC plt0001 GA X GC A anaacutelise de variaacuteveis categoacutericas foi realizada por meio do teste Mann-Whitney

332 Velocidade meacutedia de oscilaccedilatildeo do COP (VmCOP)

A velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo do baricentro do corpo foi

significativamente maior na direccedilatildeo AP no grupo atleta (1110 mms plusmn 0049 p=003)

quando comparada ao grupo controle (0997 mms plusmn 0091 p=003) Paralelamente

24

a velocidade meacutedia do COP na direccedilatildeo ML tambeacutem foi significativamente maior no

grupo atleta (0845 mms plusmn 0042 plt0001) em relaccedilatildeo ao grupo controle (0508

mms plusmn 0065 plt0001) (Figura 3)

Figura 3 Velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo do baricentro corporal entre o grupo atleta (n=25)

e o grupo controle (n=25) COP centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo AP anteroposterior ML mediolateral GA grupo atleta GC grupo controle plt005 GA X GC plt001 GA X GC plt0001 GA X GC A anaacutelise de variaacuteveis categoacutericas foi realizada por meio do teste Mann-Whitney

34 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios da dor e equiliacutebrio postural

Foi apenas visualizada uma correlaccedilatildeo de fraca a moderada positiva com

significacircncia estatiacutestica entre o domiacutenio de dor avaliativa (236 plusmn 028) e velocidade

meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo na direccedilatildeo mediolateral (AV 0845mms plusmn

0042 r = 0414 p = 0040) Natildeo houve correlaccedilatildeo significativa entre todos os outros

domiacutenios avaliados e a velocidade meacutedia do COP na direccedilatildeo ML (S 0845mms plusmn

0042 r = 023 p gt 0914 AF 0845mms plusmn 0042 r = 085 p = 0687 M 0845mms

plusmn 0042 r = 0049 p = 0816) Bem como entre todos os domiacutenios e a velocidade

meacutedia do COP na direccedilatildeo anteroposterior (S 1110mms plusmn 0049 r = 0009 p =

0967 AF 1110mms plusmn 0049 r = 0216 p = 0299 AV 1110mms plusmn 0049 r =

020 p = 0925 M 1110mms plusmn 0049 r = 0138 p = 0510) e entre todos os

domiacutenios e a aacuterea de deslocamento do COP (S 16513mmsup2 plusmn 148 r = 0044 p =

0836 AF 16513mmsup2 plusmn 148 r = 0165 p = 0431 AV 16513mmsup2 plusmn 148 r = 0220

p gt 0291 M 16513mmsup2 plusmn 148 r = 0180 p = 0390) (Figura 4)

25

Figura 4 Correlaccedilatildeo de Spearman entre dor avaliativa e velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo (VmCOP) do baricentro corporal (A) Forccedila de correlaccedilatildeo de Spearman (r = 0414 p = 0040) entre a dor

avaliativa (AV) (236 plusmn 028) e a velocidade meacutedia do COP na direccedilatildeo mediolateral (0845 mms plusmn 0042) no grupo atleta (B) Forccedila de correlaccedilatildeo de Spearman (r = 0063 p = 0765) entre a dor avaliativa (AV) (060 plusmn

021) e a velocidade meacutedia do COP na direccedilatildeo mediolateral (0508 mms plusmn 0065) no grupo controle Os valores foram apresentados como meacutedia plusmn erro padratildeo da meacutedia

4 Discussatildeo

Os resultados desta pesquisa demonstraram que atletas de elite de ginaacutestica

riacutetmica manifestam maior percepccedilatildeo dolorosa que controles natildeo praticantes de

esporte a niacutevel competitivo Isto pode estar relacionado a trecircs principais fatores que

podem contribuir de forma direta para a maior prevalecircncia de dor nessas atletas

destacando o iniacutecio precoce na praacutetica da modalidade os altos volumes e

intensidade dos treinos e a grande quantidade de repeticcedilotildees dos gestos esportivos

com alta predominacircncia de saltos e posturas estaacuteticas De acordo com os nossos

resultados Sabeti et al21 realizaram estudo com 218 ginastas de diferentes

nacionalidades no campeonato europeu de GR utilizando a escala visual analoacutegica

(EVA) para registro da intensidade dolorosa Os resultados encontrados foi que as

atletas tecircm uma maior intensidade dolorosa (72) que controles natildeo praticantes de

esporte competitivo

Paralelamente a literatura cientifica relata que o tempo de inicio da praacutetica

esportiva o niacutevel competitivo e o volumeintensidade dos treinos destas atletas satildeo

fatores preditivos para um maior desenvolvimento de lesatildeo e dor em atletas de GR

Shigaki et al4 apontam que o risco e intensidade de lesatildeo estatildeo fortemente

26

relacionados com o aumento da idade e do niacutevel competitivo Da mesma forma

Vanderlei et al22 e Oliveira et al23 afirmam que quanto mais elevada a categoria do

atleta maior seraacute o tempo e a intensidade do treinamento consequentemente maior

a exposiccedilatildeo aos esforccedilos musculoesqueleacuteticos durante treinamento eou

competiccedilotildees Deste modo Oliveira et al23 em seu estudo avaliaram 25 atletas de

GR de diferentes categorias etaacuterias e encontraram que a maioria das atletas

apresentaram algum tipo de lesatildeo ocasionada pelos treinos Desta forma autores

relatam que a formaccedilatildeo dessas atletas influencia na incidecircncia e intensidade

dolorosa de lesotildees por overuse21 24 Tais lesotildees geralmente ocorrem quando a

frequecircncia dos exerciacutecios aumenta enquanto a intensidade eacute mantida23 Estando de

acordo com os nossos resultados Kolar et al25 em estudo realizado com 63 atletas

da ginaacutestica artiacutestica e riacutetmica de ambos os sexos concluiacuteram que a maacute teacutecnica

meacutetodos improacuteprios de ensino e carga inadequada durante os treinos foram

associados com o surgimento de dor e lesotildees nessa populaccedilatildeo

Contrariamente aos nossos resultados Muller et al26 realizaram um estudo

investigativo do desenvolvimento de dor lombar em atletas adolescentes em relaccedilatildeo

ao sexo e tipo de esporte praticado Foram avaliados 321 atletas sem dor lombar em

um primeiro momento e apoacutes dois anos os mesmo atletas foram reavaliados para

verificar a incidecircncia de dor lombar Apenas 10 da amostra foram categorizados

com dor lombar Aleacutem disso antropometria e caracteriacutesticas de formaccedilatildeo do esporte

natildeo demonstraram influecircncia significativa na dor lombar levando os autores a

concluiacuterem que o esporte de alto rendimento natildeo induz dor lombar em atletas

adolescentes

No nosso estudo utilizamos para avaliaccedilatildeo da percepccedilatildeo dolorosa em ambos

os grupos o questionaacuterio de dor McGill Este apresentou-se como uma ferramenta

de faacutecil execuccedilatildeo baixo custo e com alta sensibilidade e confiabilidade para uma

caracterizaccedilatildeo multidimensional da dor na populaccedilatildeo estudada Diferenciados

meacutetodos de investigaccedilatildeo da dor podem ser encontrados em um crescente numero

de publicaccedilotildees cientificas sobre o estudo da percepccedilatildeo e intensidade dolorosa

Goubert et al27 utilizaram a algometria de pressatildeo para comparar a avaliaccedilatildeo

sensorial quantitativa da dor de pacientes com dor lombar em diferentes niacuteveis de

cronicidade comparando a controles saudaacuteveis e pacientes com fibromialgia

Diferentemente Sabeti et al21 Arliani et al28 e Hoskins et al29 utilizaram em suas

27

pesquisas a escala visual analoacutegica (EVA) para registrar a intensidade dolorosa de

atletas em diferentes modalidades Ambos satildeo considerados meacutetodos

unidimensionais utilizados com o objetivo de quantificar a magnitude da dor dentro

de um perfil somatosensorial

Por outro lado diversas pesquisas utilizam o questionaacuterio McGill (MPQ) como

instrumento multidimensional para avaliar a dor e conhececirc-la de forma ampla em

diferentes modelos de estudos e em diversas populaccedilotildees Ngamkham et al30

realizaram revisatildeo sistemaacutetica sobre a avaliaccedilatildeo da dor com McGill em pacientes

com cacircncer demonstrando que o MPQ eacute comumente usado nessa populaccedilatildeo para

mensurar a intensidade e qualidade da dor pois fornece informaccedilotildees sobre

possiacuteveis locais da doenccedila magnitude da dor bem como a eficaacutecia do tratamento e

intervenccedilatildeo submetidos Da mesma forma Bermudez et al31 avaliaram pacientes

diagnosticados com DTM moderada e severa para discriminar e comparar a queixa

dolorosa de acordo com a severidade da doenccedila Pode-se concluir com o estudo

que o MPQ foi capaz de diferenciar o padratildeo temporal da dor a localizaccedilatildeo de maior

queixa dolorosa e a intensidade da dor em portadores de DTM

As diferenccedilas metodoloacutegicas utilizadas corroboram o fato de a dor ser uma

experiecircncia complexa e subjetiva que varia em qualidade intensidade sensorial e

em caracteriacutesticas afetivo-motivacionais Pois a mesma envolve vaacuterias dimensotildees e

pode ser influenciada por infinitos estiacutemulos intriacutensecos e extriacutensecos32 33 Assim

cabe a utilizaccedilatildeo de diferentes meacutetodos uni e multidimensionais para uma avaliaccedilatildeo

precisa considerando a natureza da dor e suas caracteriacutesticas

De acordo com os resultados do nosso estudo foi visualizado que as atletas

de elite de GR apresentam diferentes caracteriacutesticas de percepccedilatildeo do estiacutemulo

doloroso em comparaccedilatildeo aos controles destacando dores com perfil sensorial e

avaliativo Acreditamos que os atletas de alto rendimento apresentam-se com

alteraccedilotildees do imputs neurosensorial em virtude da constante presenccedila e

intensidade das dores sentidas pela a sua praacutetica desportiva Isto pode repercutir em

mudanccedilas na interpretaccedilatildeo da dor sentida em seu corpo fiacutesico devido agrave influecircncia

de fatores emocionais sociais e hormonais que satildeo comuns em mulheres atletas

Em vista disso sabe-se que o domiacutenio sensorial e avaliativo representam as

28

impressotildees fiacutesicas desse estiacutemulo doloroso aacutelgico e uma auto-avaliaccedilatildeo da sua dor

respectivamente34

Segundo Pimenta e Texeira18 as diferenccedilas na estratificaccedilatildeo da dor se

justificam pelo fato das interpretaccedilotildees de informaccedilotildees cognitivas serem

condicionadas por experiecircncias preacutevias em diferentes momentos do estiacutemulo da dor

gerando respostas variadas agrave experiecircncia dolorosa por ser um processo

individualizado Aleacutem disso a dor eacute uma experiecircncia complexa descrita em termos

de caracteriacutesticas sensoriais afetivo-motivacionais cognitivas e comportamentais

Desta forma o resultado de uma avaliaccedilatildeo da percepccedilatildeo dolorosa pode depender

de qual dimensatildeo da dor esteja sendo vivenciada no momento da avaliaccedilatildeo por

cada indiviacuteduo14

Hoskins et al29 utilizaram a escala visual analoacutegica (EVA) e o questionaacuterio

McGill para comparar a intensidade e a qualidade de dor lombar entre atletas de

elite amadores e natildeo atletas Foram observadas diferenccedilas significativas entre os

grupos mostrando que os atletas de elite apresentaram intensidade de dor mais

alta assim como escolheram com mais frequecircncia palavras das categorias sensorial

e afetiva De forma semelhante a nossa pesquisa o domiacutenio sensorial apresentou o

maior iacutendice de dor e maior frequecircncia de palavras escolhidas Tal fato possa ser

justificado por esse ser o domiacutenio de maior representatividade no questionaacuterio

agregando termos de qualidades sensitivas dor18 Poreacutem a dimensatildeo afetiva natildeo foi

evidenciada com maior frequecircncia no presente estudo Esta representa um estado

emocional o qual pode ser traduzido por percepccedilotildees de cansaccedilo sentimentos de

medo e puniccedilatildeo assim como reaccedilotildees autonocircmicas34 Reading32 e Pimenta e

Teixeira18 em seus estudos relataram que os pacientes que sentem dores de

caracteriacutestica aguda preferem descritores da categoria sensorial Por outro lado

indiviacuteduos que sentem dor crocircnica usualmente tendem a selecionar mais

descritores da categoria afetiva levando em conta fenocircmenos cognitivo de

antecipaccedilatildeo memoacuteria atenccedilatildeo e experiecircncia anterior

Os resultados desta pesquisa demonstraram que a regiatildeo com maior

prevalecircncia de queixa dolorosa em atletas de elite de GR foi a articulaccedilatildeo do quadril

com aproximadamente cinquenta e dois por cento das queixas Isto pode estar

relacionado ao fato da articulaccedilatildeo do quadril ser responsaacutevel pela absorccedilatildeo de

29

grandes cargas compressivas durante a fase de aterrissagem dos saltos o qual eacute

um movimento especiacutefico do esporte Aleacutem disso no quadril estaacute localizado o centro

de gravidade do corpo assim as cargas que satildeo geradas ou transmitidas por essa

regiatildeo geram influecircncia no desempenho esportivo Desse modo pesquisas

cientiacuteficas relatam sobre a importacircncia da forccedila dos muacutesculos estabilizadores do

quadril no surgimento e desenvolvimento de dores nesta articulaccedilatildeo4 35 Steinberg et

al36 realizaram uma analise sistemaacutetica do desempenho da musculatura do quadril

no desenvolvimento de lesotildees no membro inferior e encontraram que a diminuiccedilatildeo

da funccedilatildeo dos muacutesculos do quadril associada a cargas repetitivas no membro

inferior pode aumentar o risco de lesotildees no joelho e em todo o membro

De forma contraacuteria aos nossos resultados Guiotte et al2 Sabeti et al21 e

Oliveira et al23 avaliaram ginastas de diferentes categorias e relataram que a regiatildeo

anatocircmica de queixa dolorosa mais prevalente na praacutetica da GR eacute a coluna lombar

seguida do tornozelo e joelho De acordo com Anderson et al37 a dor no quadril e

na virilha em atletas ocorrem com menor frequecircncia que lesotildees das extremidades do

membro inferior Ratificando esses autores Tschopp et al38 defendem que as

lesotildees do quadril satildeo menos comuns poreacutem satildeo mais difiacuteceis de serem

diagnoacutesticadas Pois as consideraccedilotildees anatocircmicas e biomecacircnicas para lesotildees

nesta regiatildeo estatildeo entre as mais complexas do sistema muacutesculo-esqueleacutetico

Por outro lado os nossos resultados demonstraram que a segunda

articulaccedilatildeo mais prevalente em relaccedilatildeo agrave queixa dolorosa pela praacutetica de GR em

atletas de elite foi o tornozelo-peacute (44) Tal fato se justifica por alguns fatores como

sobrecarga excessiva nos muacutesculos intriacutensecos do peacute os quais satildeo responsaacuteveis

pela formaccedilatildeo do arco plantar existecircncia de compressotildees excessivas nos

segmentos oacutesseos devido ao processo de absorccedilatildeo de impacto nos saltos aleacutem da

necessidade de manutenccedilatildeo da postura do tornozelo-peacute em flexatildeo plantar por

tempos prolongados

De acordo com Han et al39 o complexo do tornozelo-peacute na maioria das

atividades esportivas eacute a uacutenica parte do corpo que estaacute em contato com solo

Assim a propriocepccedilatildeo do tornozelo contribui de forma extremamente significativa

para o controle do equiliacutebrio pois fornece informaccedilotildees que permitem o ajuste de

posiccedilotildees e movimentos dos membros para realizaccedilatildeo das tarefas motoras

30

complexas exigidas no esporte de elite Saito et al12 em sua pesquisa ao avaliarem

atletas com e sem lesatildeo no tornozelo observaram que as lesotildees no tornozelo aleacutem

de causar alteraccedilotildees musculares e osteocinemaacuteticas promovem de forma direta

repercussotildees negativas no controle neuromuscular da articulaccedilatildeo predispondo-a aacute

episoacutedios recidivantes em virtude do comprometimento do feedback neurosensorial

afetando o controle postural e consequentemente o desempenho nas atividades

motoras

De acordo com os dados obtidos no nosso estudo foi observada nas atletas

uma maior aacuterea de deslocamento do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo (COP) do

corpo demonstrando um menor equiliacutebrio estaacutetico das ginastas ao comparar com

controles natildeo atletas Isto pode estar relacionado a uma maior intensidade e

presenccedila do estiacutemulo doloroso no corpo das atletas e a intensa quantidade de

repeticcedilotildees dos exerciacutecios de forma assimeacutetrica pela preferecircncia do membro

dominante Desse modo diversas pesquisas relatam que a presenccedila da dor pode

aumentar a aacuterea do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo (ACOP) produzindo uma piora

do equiliacutebrio corporal4 12 15 16 Lin et al16 e Shigaki et al4 em seus estudos avaliaram

o equiliacutebrio de atletas comparando trecircs grupos atletas com lesatildeo atletas sem lesatildeo

e natildeo atletas Evidenciaram que atletas com lesatildeo apresentaram maior oscilaccedilatildeo do

centro de pressatildeo comparado a indiviacuteduos natildeo atletas e atletas sem lesatildeo Poreacutem

quando comparados atletas sem lesatildeo com indiviacuteduos natildeo atletas natildeo foi observado

diferenccedila significativa

Ao mesmo tempo em nosso estudo foi encontrado uma velocidade meacutedia do

COP maior no grupo atleta em ambas as direccedilotildees ao comparar com controles natildeo

atletas Sendo a velocidade meacutedia do COP maior no plano sagital (anteroposterior)

em relaccedilatildeo ao plano frontal (meacutediolateral) Isto ocorre porque as atletas apresentam

uma resposta neuromuscular mais raacutepida para recuperaccedilatildeo da estabilidade do corpo

adquirida pelo treinamento esportivo essencialmente no plano sagital em que as

estrateacutegias posturais para recuperaccedilatildeo do equiliacutebrio satildeo mais efetivas

Diversos estudos publicados na literatura abordam a habilidade do controle

postural em atletas2 8-12 Matsuda et al10 relatam que atletas tecircm capacidade de

equiliacutebrio dinacircmico superior quando comparados a indiviacuteduos natildeo atletas Da

mesma forma Merlo et al11 acreditam a praacutetica de esportes produz adaptaccedilotildees que

31

ou desenvolvimento de consciecircncia de estrateacutegias posturais natildeo evidenciadas em

sujeitos natildeo praticantes de atividade esportiva

Os resultados encontrados por meio desse estudo mostraram que a dor em

sua dimensatildeo avaliativa apresentou relaccedilatildeo significativa com a velocidade meacutedia do

centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo do corpo na direccedilatildeo mediolateral Tal fato evidencia

que a percepccedilatildeo do estiacutemulo doloroso interfere de maneira significativa na

habilidade do atleta em reestabelecer a estabilidade postural apoacutes perturbaccedilatildeo do

equiliacutebrio em postura estaacutetica Prejudicando o desempenho atleacutetico na modalidade

uma vez que as atletas dependem da estabilidade postural para execuccedilatildeo da praacutetica

esportiva Alguns autores relatam a influecircncia da dor e fatores psicoemocionais na

performance e desempenho de atletas de alto rendimento Couto e Pedroni40

avaliaram a relaccedilatildeo da queixa e limiar doloroso com incidecircncia de lesatildeo em

bailarinas claacutessicas Os resultados do estudo mostraram que houve relaccedilatildeo

significativa entre as regiotildees de lesatildeo com a dor evidenciando que a dor estaacute

diretamente relacionada com o surgimento de lesatildeo nessa populaccedilatildeo Dore e

Guerra41 em seu estudo investigaram a prevalecircncia e fatores associados agrave

sintomatologia dolorosa em bailarinos profissionais utilizando a versatildeo brasileira do

questionaacuterio McGill e Inventaacuterio para dor de Wisconsin Foram verificadas

correlaccedilotildees positivas com significacircncia entre o grau de intensidade dolorosa e

atividades diaacuterias sono humor e relacionamento pessoal

O presente estudo sinaliza uma relaccedilatildeo da presenccedila do estiacutemulo doloroso

com o equiliacutebrio postural As alteraccedilotildees no equiliacutebrio corporal tecircm sido muito

estudadas em diferentes populaccedilotildees assim como o comportamento da dor e lesotildees

no desempenho de atletas de diferentes niacuteveis competitivos e modalidades

esportivas Corroborando com nossa pesquisa Meardon et al15 defendem que a

presenccedila de lesatildeo e dor em atletas pode afetar negativamente o equiliacutebrio corporal

Em sua pesquisa examinou controle postural dinacircmico em corredores lesionados

com dor e sem lesatildeo usando o Star Excursion Balance Test (SEBT) Quando

comparado corredores lesionados com controles sem lesatildeo os resultados

demonstraram controle dinacircmico deficiente das forccedilas verticais ao executar as

tarefas de pouso e estabilizaccedilatildeo em apoio unipodal

32

Contudo ainda satildeo raros os estudos sobre a caracterizaccedilatildeo da dor e do

equiliacutebrio corporal em atletas de ginaacutestica riacutetmica Por meio desse estudo foi

observado que atletas de elite de GR demonstraram aumento da dor descrita em

todos os domiacutenios avaliados pelo questionaacuterio McGill (plt0001) A dor nas ginastas

tem o perfil sensorial e avaliativo e se manifesta principalmente nas articulaccedilotildees do

quadril e tornozelo-peacute em virtude da especificidade do gesto esportivo Aleacutem disso

as atletas tambeacutem apresentam menor estabilidade do controle postural (plt005)

sendo notada possiacutevel relaccedilatildeo de interferecircncia entre a auto percepccedilatildeo dolorosa e o

equiliacutebrio postural Entretanto devido agrave complexidade do tema faz-se necessaacuterio a

elaboraccedilatildeo de estudos mais aprofundados com uma amostra maior seguindo

rigorosamente os criteacuterios metodoloacutegicos que permita uma interpretaccedilatildeo mais

precisa a respeito da percepccedilatildeo dolorosa e o equiliacutebrio postural no desempenho

atleacutetico na modalidade esportiva

5 Conclusatildeo

A pesquisa mostra que as atletas de elite de GR apresentam dor de

caracteriacutesticas sensorial e avaliativa frequentemente localizada na articulaccedilatildeo do

quadril seguida do tornozelo-peacute A presenccedila da percepccedilatildeo dolorosa mostrou relaccedilatildeo

significativa com o controle postural em atletas de elite de GR Os resultados

tambeacutem evidenciaram que atletas tem menor equiliacutebrio postural estaacutetico quando

comparadas a controles natildeo atletas poreacutem demonstram maior habilidade para

reestabelecer o controle postural

6 Consideraccedilotildees Finais

Um ponto importante a ser relatado neste estudo eacute a utilizaccedilatildeo do

questionaacuterio de dor McGill Embora venha ser um questionaacuterio amplamente utilizado

em pesquisas cientiacuteficas em virtude da sua alta confiabilidade validaccedilatildeo e

adaptaccedilatildeo cultural em diferentes paiacuteses ainda satildeo raros os estudos que utilizam

essa ferramenta para avaliar a dor em atletas Com ecircnfase em estudos que

descrevam a sua aplicabilidade por domiacutenio e caracteriacutesticas multidimensionais da

33

dor Este pesquisa aparenta ter sido pioneira a qualificar a dor e descrevecirc-la em

suas dimensotildees em atletas de elite de ginaacutestica riacutetmica bem como relacionar a

percepccedilatildeo dolorosa com o equiliacutebrio postural nessa populaccedilatildeo Abrindo espaccedilo para

realizaccedilatildeo de outros estudos

Poreacutem foi encontrado como limitaccedilotildees escassez de pesquisas cientiacuteficas

atualizadas sobre abordagem multidimensional da dor em atletas essencialmente

na ginaacutestica riacutetmica Pois a grande maioria dos estudos que tem sido publicado

sobre dor nessa populaccedilatildeo estaacute relacionada agrave presenccedila do estiacutemulo doloroso e sua

intensidade em uma magnitude sensorial Outro ponto a se destacar foi a

dificuldade em coletar um grupo controle com caracteriacutesticas similares ao grupo de

estudo para que fosse formada uma amostra mais homogecircnea possiacutevel

respeitando os criteacuterios metodoloacutegicos

34

REFEREcircNCIA

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28 Arliani GG Cohen M Lara PS Astur DC Gonccedilalves JPP Ferretti M Impacto do esporte na sauacutede de ex-jogadores profissionais de futebol no Brasil Acta ortop bras 2014 julago 22(4)188-190

29 Hoskins W Pollard H Daff C Odell A Garbutt P McHardy A et al Low back pain status in elite and semi-elite Australian football codes a cross-sectional survey of football (soccer) Australian rules rugby league rugby union and non-athletic controls BMC Musculoskeletal Disorders 20091038

30 Ngamkham S Vincent C Finnegan L Holden JE Wang ZJ Wilkie DJ The McGill Pain Questionnaire as a Multidimensional Measure in People with Cancer An Integrative Review Pain Manag Nurs 2012 Mar 13(1) 27ndash51

31 Bermudez OAS Souza RA Souza CMF Castro CES Beacuterzn F Avaliaccedilatildeo multidimensional da dor em portadores de desordem temporomandibular utilizando uma versatildeo brasileira do questionaacuterio mcgill de dor Rev bras fisioter 2003 7(2) 151-158

32 Reading AE Everitt BS Sledmore CM The McGill Pain Questionnaire a replication of its construction Br J Clin Psychol 1982 21339ndash349

33 Melzack R The McGill Pain Questionnaire Anesthesiology 2005 103199-202

34 Pessoa CP Barreto MB Santos LB Alves TDB Oliveira MC Martins AG Instrumentos utilizados na avaliaccedilatildeo do impacto da dor na qualidade de vida de pacientes com dor orofacial e disfunccedilatildeo temporomandibular Escola Baiana de Sauacutede Puacuteblica 200731(2)267-293

35 Espinoza ES Ortiz GB Estabilidad abdominolumbopeacutelvica y equilibrio comopredictores de la incidencia de lesionesmusculoesqueleacuteticas en estudiantes de danzaUn estudio piloto Fisioterapia 2014

36 Steinberg N Dar G Dunlop M Gaida JE The relationship of hip muscle performance to legankle and foot injuries a systematic review The Physician and Sportsmedicine 2017

37 Anderson K Strickland SM Warren R Hip and Groin Injuries in Athletes The American Journal of Sports Medicine 2001 29(4) 521-533

38 Tschopp M Brunner F Erkrankungen und Uumlberlastungsschaumlden an der unteren Extremitaumlt bei Langstreckenlaumlufern Z Rheumatol 2017 Feb

37

39 Han J Anson J Waddington G Adans R Liu Y The Role of Ankle

Proprioception for Balance Control in relation to Sports Performance and Injury BioMed Research International 2015 Jun8

40 Couto AGA Pedroni CR Relaccedilatildeo entre postura queixa dolorosa e lesatildeo em bailarinas claacutessicas Ter Man 2013 11(55)228-233

41 Dore BF e Guerra RO Sintomatologia dolorosa e fatores associados em bailarinos profissionais Rev Bras Med Esporte 2007 MarAbr13(2)77-80

38

ANEXO I ndash QUESTIONAacuteRIO DE DOR MCGILL

39

ANEXO II ndash PARECER DE APROVACcedilAtildeO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA

40

41

ANEXO III ndash NORMAS DE SUBMISSAtildeO DA REVISTA

Instruccedilotildees aos Autores

A Revista Brasileira de Medicina do Esporte - RBME (Brazilian Journal of

Sports Medicine) oacutergatildeo oficial da Sociedade Brasileira de Medicina do Exerciacutecio e

do Esporte (SBMEE) eacute publicada bimestralmente em seis ediccedilotildees ao ano (janfev

marabr maiojun julago setout e novdez) A RBME eacute indexada nas seguintes

bases bibliograacuteficas SciELO Web of Science Excerpta Medica-EMBASE Physical

Education Index LILACS SIRC-Sportdiscus e Scopus A publicaccedilatildeo segue

integralmente o padratildeo internacional do International Committee of Medical Journal

Editors (ICMJE) ou Convenccedilatildeo de Vancouver e seus requisitos de uniformizaccedilatildeo

[httpwwwicmjeorg]

Preparaccedilatildeo de manuscritos Os artigos submetidos devem ser digitados em

espaccedilo duplo fonte Arial 12 em paacutegina tamanho A4 sem numerar linhas ou

paraacutegrafos e numerando as paacuteginas no canto superior direito Figuras e tabelas

devem ser apresentadas ao final do artigo em paacuteginas separadas No corpo do

texto deve-se informar os locais para inserccedilatildeo das tabelas ou figuras Nuacutemeros

menores que 10 satildeo escritos por extenso enquanto que nuacutemeros maiores ou igual a

10 satildeo expressos em algarismos araacutebicos Os manuscritos que natildeo estiverem de

acordo com as instruccedilotildees aos autores em relaccedilatildeo a estilo e formato seratildeo

devolvidos sem revisatildeo pelo Conselho Editorial As medidas deveratildeo ser expressas

no Sistema Internacional (Systegraveme International SI) disponiacutevel em

httpphysicsnistgovcuuUnits e unidades padratildeo quando aplicaacutevel Recomenda-

se aos autores natildeo usar abreviaccedilotildees no tiacutetulo e limitar a sua utilizaccedilatildeo no resumo e

ao longo do texto Os nomes geneacutericos devem ser usados para todas as drogas Os

faacutermacos podem ser referidos pelo nome comercial poreacutem deve constar o nome

cidade e paiacutes ou endereccedilo eletrocircnico do fabricante entre parecircnteses na seccedilatildeo

Materiais e Meacutetodos

Abreviaturas O uso de abreviaturas deve ser minimizado As abreviaturas deveratildeo

ser definidas por ocasiatildeo de sua primeira utilizaccedilatildeo no resumo e tambeacutem no texto

Abreviaturas natildeo padratildeo natildeo devem ser utilizadas a menos que essas apareccedilam

pelo menos trecircs vezes no texto Unidades de medida (3 ml ou 3 mL e natildeo 3

mililitros) ou siacutembolos cientiacuteficos padratildeo (elementos quiacutemicos por exemplo Na e

natildeo soacutedio) natildeo satildeo consideradas abreviaturas e portanto natildeo devem ser definidos

Abreviar nomes longos ou substacircncias quiacutemicas e termos utilizados para

combinaccedilotildees terapecircuticas Abreviaturas em figuras e tabelas podem ser utilizadas

por razotildees de espaccedilo poreacutem devem ser definidas na legenda mesmo que tenham

sido definidas no texto do artigo

Formato dos arquivos Usar editor de texto Microsoft Word para Windows ou

42

equivalente Arquivos em formato PDF natildeo devem ser enviados As tabelas e

quadros deveratildeo estar em seus arquivos originais (Excel Acess Powerpoint etc)

As figuras deveratildeo estar nos formatos jpg ou tif em alta resoluccedilatildeo (300 dpi) As

figuras deveratildeo estar incluiacutedas no arquivo Word mas tambeacutem devem ser enviadas

separadamente (anexadas durante a submissatildeo do artigo como documento

suplementar em seus arquivos originais)

Paacutegina de rosto A paacutegina de rosto deve conter (1) a categoria do artigo (2) o tiacutetulo

do artigo em portuguecircs inglecircs e espanhol com ateacute 80 caracteres cada que deve ser

objetivo e informativo (3) os nomes completos dos autores instituiccedilatildeo formaccedilatildeo

acadecircmica de origem (a mais relevante) cidade estado e paiacutes (4) nome do autor

correspondente com endereccedilo completo telefone e e-mail A titulaccedilatildeo dos autores

natildeo deve ser incluiacuteda O nome completo de cada autor (sem abreviaccedilotildees) e sua

afiliaccedilatildeo institucional (nota as unidades hieraacuterquicas devem ser apresentadas em

ordem decrescente por exemplo universidade faculdade ou instituto e

departamento) devem ser informados Os nomes das instituiccedilotildees e programas

deveratildeo ser apresentados preferencialmente por extenso e na liacutengua original da

instituiccedilatildeo ou na versatildeo em inglecircs quando a escrita natildeo eacute latina (pex aacuterabe

mandarim ou grego)

Resumo O resumo em portuguecircs inglecircs e espanhol deve ser incluiacutedo no

manuscrito Em cada um dos idiomas natildeo deve conter mais do que 300 palavras A

versatildeo estruturada eacute obrigatoacuteria nos artigos originais e inclui objetivos meacutetodos

resultados e conclusatildeo Artigos de revisatildeo natildeo requerem resumo estruturado

Palavras-chave O artigo deve incluir no miacutenimo trecircs e no maacuteximo seis descritores

em portuguecircs inglecircs e espanhol baseados nos Descritores de Ciecircncias da Sauacutede

(DeCS) httpdecsbvsbr ou no Medical Subject Headings (MeSH) da National

Library of Medicine disponiacutevel em httpwwwnlmnihgovmeshmeshhomehtml

oubaseados no Medical SubjectHeading (MeSH) do Index Medicus

(httpwwwnlmnihgovmesh)

Introduccedilatildeo A introduccedilatildeo deve conter (1) justificativa objetiva para o estudo com

referecircncias pertinentes ao assunto sem realizar uma revisatildeo extensa (2) objetivo do

artigo

Materiais e Meacutetodos Esta seccedilatildeo deve descrever os experimentos (quantitativa e

qualitativamente) e os procedimentos em detalhes suficientes que permitam que

outros pesquisadores reproduzam os resultados ou deem continuidade ao estudo

e deveraacute conter (1) a descriccedilatildeo clara da amostra utilizada (2) termo de

consentimento para estudos experimentais envolvendo seres humanos (3)

identificaccedilatildeo dos meacutetodos aparelhos (nome do fabricante e endereccedilo cidade e paiacutes

devem ser menciondos entre parecircnteses) e procedimentos utilizados (4) descriccedilatildeo

breve e referecircncias de meacutetodos publicados mas natildeo amplamente conhecidos (5)

43

descriccedilatildeo detalhada de meacutetodos novos ou modificados (6) quando pertinente incluir

a anaacutelise estatiacutestica e os programas utilizados Importante Ao relatar experimentos

com seres humanos ou animais indicar se os procedimentos seguiram as normas

do Comitecirc Eacutetico sobre Experiecircncias Humanas da instituiccedilatildeo na qual a pesquisa foi

realizada e se os procedimentos estatildeo de acordo com a declaraccedilatildeo de Helsinki de

1995 e a Animal Experimentation Ethics respectivamente Os autores devem incluir

uma declaraccedilatildeo indicando que o protocolo foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica da

Instituiccedilatildeo (instituiccedilatildeo de afiliaccedilatildeo de pelo menos um dos autores) com o respectivo

nuacutemero de identificaccedilatildeo Tambeacutem deve incluir que o Termo de Consentimento Livre

e Esclarecido foi assinado por todos os participantes

Resultados Apresentar os resultados em sequecircncia loacutegica no texto usando tabelas

e figuras Evitar repeticcedilatildeo excessiva de dados no texto em tabelas ou figuras

poreacutem enfatizar somente as descobertas mais importantes

Discussatildeo Enfatizar os aspectos originais e importantes do estudo e as conclusotildees

que decorrem deste evitando poreacutem repetir dados jaacute apresentados em outras

partes do manuscrito Em estudos experimentais ressaltar a relevacircncia e limitaccedilotildees

dos resultados confrontando com os dados da literatura e incluindo implicaccedilotildees

para estudos futuros

Conclusotildees A conclusatildeo deve ser clara e concisa baseada nos resultados

obtidos estabelecendo ligaccedilatildeo com implicaccedilotildees cliacutenicas evitando poreacutem excessiva

generalizaccedilatildeo) A mesma ecircnfase deve ser dada a estudos com resultados negativos

ou positivos Recomendaccedilotildees podem ser incluiacutedas quando relevantes

Agradecimentos Quando pertinente incluir agradecimento ou reconhecimento a

pessoas que tenham contribuiacutedo para o desenvolvimento do trabalho poreacutem natildeo se

qualificam como coautores Fontes de financiamento como auxiacutelio a pesquisa e

bolsas de estudo devem ser reconhecidos nesta seccedilatildeo Os autores deveratildeo obter

permissatildeo por escrito para mencionar nomes e instituiccedilotildees de todos os que

receberam agradecimentos nominais

Referecircncias As referecircncias devem ser numeradas na sequecircncia em que aparecem

no texto em formato sobrescrito As referecircncias citadas somente em legendas de

tabelas ou figuras devem ser numeradas de acordo com sequecircncia estabelecida

pela primeira menccedilatildeo da tabela ou da figura no texto O estilo das referecircncias

bibliograacuteficas deve seguir as regras do Uniform Requirements for Manuscripts

Submitted to Biomedical Journals (International Committee of Medical Journal

Editors disponiacutevel em Ann Intern Med 1997126(1)36-47 httpwwwicmjeorg)

Alguns exemplos satildeo mostrados a seguir Os tiacutetulos dos perioacutedicos devem ser

abreviados de acordo com o Index Medicus (List of Journals Indexed disponiacutevel em

httpwwwnlmnihgovtsdserialsljihtml) Se o perioacutedico natildeo constar dessa lista

deve-se utilizar a abreviatura sugerida pelo proacuteprio perioacutedico Deve-se evitar utilizar

44

ldquocomunicaccedilotildees pessoaisrdquo ou ldquoobservaccedilotildees natildeo publicadasrdquo como referecircncias

Resumos de tranalhos apresentados em eventos devem ser utilizados somente se

for a uacutenica fonte de informaccedilatildeo

Tabelas As tabelas devem ser elaboradas em espaccedilo 15 devendo ser planejadas

para ter como largura uma (87cm) ou duas colunas (18 cm) Cada tabela deve

possuir um tiacutetulo sucinto Notas explicativas seratildeo incluiacutedas em notas de rodapeacute A

tabela deve conter meacutedias e medidas de dispersatildeo (Desvio Padratildeo Erro Padratildeo da

Meacutedia etc) natildeo devendo conter casas decimais irrelevantes As abreviaturas

devem estar de acordo com aquelas utilizadas no texto e nas figuras Os coacutedigos de

identificaccedilatildeo de itens da tabela devem estar listados na ordem de surgimento no

sentido horizontal e devem ser identificados pelos siacutembolos padratildeo Os quadros e

tabelas deveratildeo ser enviados atraveacutes dos arquivos originais editaacuteveis (Word Excel)

e natildeo como imagens

Figuras Na versatildeo impressa da RBME seratildeo aceitas figuras em preto-e-branco

Imagens coloridas poderatildeo ser publicadas quando forem essenciais para o conteuacutedo

cientiacutefico do artigo Nestes casos o custo seraacute repassado aos autores Figuras

coloridas poderatildeo ser incluiacutedas na versatildeo eletrocircnica do artigo sem custo adicional

aos autores Os desenhos e figuras devem ser consistentes e tatildeo simples quanto

possiacutevel poreacutem informativos Tons de cinza natildeo devem ser utilizados Todas as

linhas devem ser soacutelidas Para graacuteficos de barra por exemplo utilizar barras

brancas pretas com linhas diagonais nas duas direccedilotildees linhas em xadrez linhas

horizontais e verticais A RBME desaconselha fortemente o uso de fotografias de

equipamentos e animais de experimentaccedilatildeo As figuras devem ser impressas com

bom contraste e ter a largura de uma coluna (87cm) Utilizar no miacutenimo fonte

tamanho 10 para letras nuacutemeros e siacutembolos com espaccedilamento e alinhamento

adequados Quando a figura representar uma radiografia ou fotografia sugerimos

incluir a escala de tamanho quando pertinente

Por favor note que eacute de responsabilidade dos autores obter permissatildeo do detentor

dos direitos autorais para reproduzir figuras (ou tabelas) que tenham sido

previamente publicados em outras fontes De acordo com os princiacutepios do acesso

aberto os autores devem ter permissatildeo do detentor dos direitos caso desejem

incluir imagens que tenham sido publicados em outros perioacutedicos de acesso natildeo

aberto A permissatildeo deve ser indicada na legenda da figura e a fonte original deve

ser incluiacuteda na lista de referecircncias

45

APEcircNDICE I ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE)

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Vocecirc estaacute sendo convidada(o) a participar da pesquisa intitulada

ldquoCARACTERIZACcedilAtildeO DA DOR E SUA RELACcedilAtildeO COM EQUILIacuteBRIO

POSTURAL ESTAacuteTICO EM ATLETAS DE GINAacuteSTICA RIacuteTMICArdquo realizada pela

Universidade Federal de Sergipe por intermeacutedio da discente TAINARA DOS

SANTOS BOMFIM devidamente assistida pelo seu orientador PAULO MAacuteRCIO

PEREIRA OLIVEIRA O objetivo desse estudo eacute caracterizar a Dor

musculoesqueleacutetica em atletas de elite de ginaacutestica riacutetmica e analisar a relaccedilatildeo da

dor no equiliacutebrio postural estaacutetico das atletas comparando com controles natildeo

atletas A justificativa para a realizaccedilatildeo da pesquisa eacute documentar na literatura

escassa estudo sobre a relaccedilatildeo da dor com o equiliacutebrio postural estaacutetico em

atletas de elite de Ginaacutestica Riacutetmica Sua participaccedilatildeo nessa pesquisa consistiraacute

em responder um questionaacuterio e realizar avaliaccedilatildeo de equiliacutebrio que ocorreraacute em

um uacutenico momento Natildeo haacute riscos previsiacuteveis relacionados com sua participaccedilatildeo

nem danos previsiacuteveis decorrentes da pesquisa Os benefiacutecios relacionados com

sua participaccedilatildeo satildeo

1 Identificar alteraccedilotildees posturais de equiliacutebrio em atletas de alto rendimento

2 Evidenciar se o processo de dor em atletas eacute igual maior ou menor quando

comparado com pessoas natildeo atletas

3 Evidenciar se as variaccedilotildees aacuterea e velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo

de pressatildeo se igualam ou natildeo a pessoas natildeo atletas

Vocecirc foi selecionado por preencher os requisitos da pesquisa mas sua

participaccedilatildeo NAtildeO Eacute OBRIGATOacuteRIA sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo em sua

relaccedilatildeo com a instituiccedilatildeo ou com o pesquisador

Eu________________________________________________________________

abaixo assinado declaro que fui informado que as informaccedilotildees obtidas atraveacutes

dessa pesquisa seratildeo confidenciais e o sigilo sobre minha participaccedilatildeo seraacute

assegurado De tal modo que os dados natildeo seratildeo divulgados de forma a possibilitar

minha identificaccedilatildeo Tambeacutem estou ciente de que a qualquer momento posso

desistir de minha participaccedilatildeo e retirar meu consentimento Declaro que entendi os

objetivos riscos e benefiacutecios de minha participaccedilatildeo na pesquisa e concordo em

participar

Vocecirc receberaacute uma coacutepia deste termo onde consta o telefone e o endereccedilo do

pesquisador principal podendo tirar suas duacutevidas sobre o Projeto de Pesquisa de

sua participaccedilatildeo agora ou a qualquer momento

46

DADOS DO PESQUISADOR RESPONSAacuteVEL

Nome Tainara dos Santos Bomfim

Endereccedilo profissionale-mail Rua Padre Aacutelvares Pitangueira sn - Centro

Departamento de Fisioterapia bftainaragmailcom

Telefone (79) 9 9806-7487

ATENCcedilAtildeO A participaccedilatildeo em qualquer tipo de pesquisa eacute voluntaacuteria Em casos de

duacutevida quanto aos seus direitos entre em contato com o Comitecirc de Eacutetica em

Pesquisa da Universidade Federal de Sergipe

Lagarto _____de _____de 201_

_____________________________________________________

ASSINATURA DO VOLUNTAacuteRIO

_____________________________________________________

ASSINATURA DO PESQUISADOR RESPONSAacuteVEL

Page 19: CARACTERIZAÇÃO DA DOR E SUA RELAÇÃO COM O … · tainara dos santos bomfim caracterizaÇÃo da dor e sua relaÇÃo com o equilÍbrio postural em atletas de ginÁstica rÍtmica

19

homogecircnea possiacutevel entre os membros inferiores Foram realizados trecircs registros

com os olhos abertos As variaacuteveis analisadas foram a aacuterea da elipse do centro de

oscilaccedilatildeo de pressatildeo (ACOP) e a velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo pressatildeo

(VmCOP) do baricentro corporal nas direccedilotildees anteroposterior (AP) e mediolateral

(ML)

A distribuiccedilatildeo consciente do peso foi registrada atraveacutes de um

baropodocircmetro da marca Arquipeacutelagoreg (Footwork Satildeo Paulo Satildeo Paulo Brasil)

que consiste em um sistema de plataforma interligada a um computador para

mensurar as pressotildees exercidas pelos peacutes atraveacutes do sistema de aquisiccedilatildeo

computadorizada das pressotildees (ACP) A plataforma utilizada possui dimensotildees 700

X 600 mm com uma superfiacutecie ativa de 475 X 430 mm com 2544 sensores Esta foi

conectada a um computador com processador 62G HV 04 GB de memoacuteria RAM

disco riacutegido 500 GB e software footwork o qual analisou os dados captados Para

esses registros ortostaacuteticos foi utilizada a frequecircncia de aquisiccedilatildeo dos dados de 05

Hz coletando com isso 100 leituras em cada avaliaccedilatildeo O tempo de registro foi de

15 segundos com um intervalo de 30 segundos entre as avaliaccedilotildees

24 Aspectos Eacuteticos

O estudo foi submetido e aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica e Pesquisa com

Seres Humanos da Universidade Federal de Sergipe (CAAE

61990516400005546) Todos os voluntaacuterios assinaram o Termo de Consentimento

Livre e Esclarecido (TCLE) Todos os sujeitos que participaram da pesquisa foram

avisados que poderiam desistir da participaccedilatildeo a qualquer momento sem nenhum

preuizo aos mesmos

25 Anaacutelise Estatiacutestica

As variaacuteveis numeacutericas foram testadas quanto agrave distribuiccedilatildeo de normalidade

por meio do teste de Shapiro-Wilk Para anaacutelise das amostras parameacutetricas foi

utilizado o teste T- Student e para as amostras natildeo parameacutetricas foi utilizado o teste

de Mann-Whitney para identificar diferenccedilas intergrupos Os dados gerais foram

apresentados em meacutedia e erro padratildeo da meacutedia (EPM) bem como frequecircncia

absoluta (FA) e relativa (FR) Para anaacutelise das correlaccedilotildees entre as variaacuteveis

pesquisadas aplicou-se o teste de Spearman A significacircncia foi estipulada em cinco

20

por cento (p le 005) Para todas as anaacutelises foi utilizado o programa GraphPad Prism

(Versatildeo 601)

3 RESULTADOS

31 Sujeitos

Cinquenta indiviacuteduos concluiacuteram o estudo vinte e cinco voluntaacuterias foram

alocadas no grupo atleta e controle respectivamente As variaacuteveis idade peso

altura e IMC natildeo foram significativamente diferentes entre os grupos A tabela 1

conteacutem as caracteriacutesticas demograacuteficas e antropomeacutetricas dos grupos de estudo

Tabela 1 Caracteriacutesticas demograacuteficas e antropomeacutetricas da amostra

GA grupo atleta GC grupo controle Valores expressos como meacutedia plusmn erro padratildeo da meacutedia O valor de p

corresponde agrave comparaccedilatildeo entre o grupo atleta (n=25) e o grupo controle (n=25)

32 Caracterizaccedilatildeo da Dor

321 Domiacutenios da Dor

Aproximadamente setenta por cento do grupo controle (68) natildeo apresentou

descriccedilatildeo para a sensibilidade dolorosa em nenhum dos domiacutenios avaliados No

grupo atleta foi observado que 24 (96) apresentaram dor de caracteriacutestica

sensorial 19 voluntaacuterias (76) afetiva 24 sujeitos (96) avaliativa e 19 (76)

miscelacircnea

Ao comparar as atletas com o grupo controle observou diferenccedila significativa

com um aumento da dor descrita em todos os domiacutenios avaliados sensorial (1344 plusmn

Caracteriacutesticas

GRUPOS

GA GC P

Idade (anos) 2016 plusmn 068 2091 plusmn 065 0560

Peso (Kg) 5128 plusmn 10 5064 plusmn 109 1481

Altura (m) 164 plusmn 0011 163 plusmn 0009 0372

IMC (Kgm2) 1864 plusmn 03 1938 plusmn 0436 0533

21

146 plt0001) afetivo (264 plusmn 053 plt0001) avaliativo (236 plusmn 028 plt0001) e

miscelacircnea (376 plusmn 064 plt0001) (Tabela 2)

Tabela 2 Domiacutenios da dor entre os grupos da pesquisa

Tabela 2 Escores obtidos atraveacutes do questionaacuterio de dor McGill entre o grupo atleta (n=25) e o grupo controle

(n=25) Os valores foram apresentados como frequecircncia absoluta (FA) e relativa (FR) (porcentagem) SL

Sensorial AV Avaliativa AF Afetiva M Miscelacircnea GA grupo atleta GC grupo controle plt005 GA X GC

plt001 GA X GC plt0001 GA X GC A anaacutelise de variaacuteveis categoacutericas foi realizada por meio do teste

Mann-Whitney

322 Localizaccedilatildeo da Dor

Aproximadamente sessenta e oito por cento do grupo controle apresentou

nenhum local de intensidade dolorosa Em contra partida no grupo atleta seis (24)

das ginastas relataram sentir dor em pelo menos uma articulaccedilatildeo do corpo e

dezenove (76) apresentaram intensidade dolorosa em mais de uma articulaccedilatildeo

Foi observado no grupo atleta que em 13 (52) das atletas a articulaccedilatildeo do quadril

apresentou-se com maior prevalecircncia A segunda articulaccedilatildeo de maior sensibilidade

relatada pelo GA foi o peacute em 11 (44) (Tabela 3)

Tabela 3 Prevalecircncia e localizaccedilatildeo de dor entre os grupos da pesquisa

Domiacutenios Grupo Atleta (GA) Grupo Controle (GC) P

FA (n) FR () FA (n) FR ()

Sensorial (SL) 24 96 8 32 00001

Afetiva (AF) 19 76 4 16 00001

Avaliativa (AV) 24 96 8 32 00001

Miscelacircnea (M) 19 76 6 24 00005

Caracteriacutesticas Grupo Atleta (GA) Grupo Controle (GC)

FA (n) FR () FA (n) FR ()

Sentem dor 25 100 8 32

22

Tabela 3 Prevalecircncia e distribuiccedilatildeo corporal da dor entre o grupo atleta (n=25) e o grupo controle (n=25) Os

valores foram apresentados como frequecircncia absoluta (FA) e relativa (FR) (porcentagem) GA grupo atleta GC

grupo controle

323 Nuacutemero de Palavras Escolhidas e Iacutendice de Dor

No grupo atleta o nuacutemero de palavras escolhidas (NWC) foi significativamente

maior (1076 plusmn 106) ao comparar com o grupo controle (220 plusmn 075 plt0001)

Similarmente aos resultados encontrados para o NWC tambeacutem foi observado um

aumento significativo do iacutendice de dor (PRI) no grupo atleta (2220 plusmn 242) em

relaccedilatildeo ao grupo controle (484 plusmn 165 plt0001) A figura 1 demonstra a

comparaccedilatildeo entre os grupos para o Iacutendice de dor e nuacutemero de palavras escolhidas

Dor em uma articulaccedilatildeo 6 24 7 28

Dor em mais de uma articulaccedilatildeo

19 76 1 4

Dor no Quadril 13 52 0 0

Dor no Peacute 11 44 1 4

Dor no Joelho 7 28 1 4

Dor na Coluna 5 20 4 16

23

Figura 1 Nuacutemero de palavras escolhidas e Iacutendice de dor verificado por meio do questionaacuterio de dor de McGill

entre o grupo atleta (n=25) e o grupo controle (n=25) NWC nuacutemero de palavras escolhidas PRI iacutendice de dor

GA grupo atleta GC grupo controle plt005 GA X GC plt001 GA X GC plt0001 GA X GC A anaacutelise de

variaacuteveis categoacutericas foi realizada por meio do teste Mann-Whitney

33 Equiliacutebrio Estaacutetico (Estabilometria)

331 Aacuterea de deslocamento do COP (ACOP)

Nas comparaccedilotildees intergrupos foi observada uma reduccedilatildeo significativa do

equiliacutebrio no grupo atleta (plt005) Verificou-se que as ginastas apresentaram maior

deslocamento do COP (16513 mmsup2 plusmn 148 p= 0002) em relaccedilatildeo ao grupo controle

(10212 mmsup2 plusmn 114 p= 0002) A figura 2 demonstra a comparaccedilatildeo da aacuterea do

deslocamento do COP entre os grupos

Figura 2 Aacuterea da elipse do centro de pressatildeo do baricentro corporal entre o grupo atleta (n=25) e o grupo

controle (n=25) ACOP aacuterea do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo GA grupo atleta GC grupo controle plt005 GA X GC plt001 GA X GC plt0001 GA X GC A anaacutelise de variaacuteveis categoacutericas foi realizada por meio do teste Mann-Whitney

332 Velocidade meacutedia de oscilaccedilatildeo do COP (VmCOP)

A velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo do baricentro do corpo foi

significativamente maior na direccedilatildeo AP no grupo atleta (1110 mms plusmn 0049 p=003)

quando comparada ao grupo controle (0997 mms plusmn 0091 p=003) Paralelamente

24

a velocidade meacutedia do COP na direccedilatildeo ML tambeacutem foi significativamente maior no

grupo atleta (0845 mms plusmn 0042 plt0001) em relaccedilatildeo ao grupo controle (0508

mms plusmn 0065 plt0001) (Figura 3)

Figura 3 Velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo do baricentro corporal entre o grupo atleta (n=25)

e o grupo controle (n=25) COP centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo AP anteroposterior ML mediolateral GA grupo atleta GC grupo controle plt005 GA X GC plt001 GA X GC plt0001 GA X GC A anaacutelise de variaacuteveis categoacutericas foi realizada por meio do teste Mann-Whitney

34 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios da dor e equiliacutebrio postural

Foi apenas visualizada uma correlaccedilatildeo de fraca a moderada positiva com

significacircncia estatiacutestica entre o domiacutenio de dor avaliativa (236 plusmn 028) e velocidade

meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo na direccedilatildeo mediolateral (AV 0845mms plusmn

0042 r = 0414 p = 0040) Natildeo houve correlaccedilatildeo significativa entre todos os outros

domiacutenios avaliados e a velocidade meacutedia do COP na direccedilatildeo ML (S 0845mms plusmn

0042 r = 023 p gt 0914 AF 0845mms plusmn 0042 r = 085 p = 0687 M 0845mms

plusmn 0042 r = 0049 p = 0816) Bem como entre todos os domiacutenios e a velocidade

meacutedia do COP na direccedilatildeo anteroposterior (S 1110mms plusmn 0049 r = 0009 p =

0967 AF 1110mms plusmn 0049 r = 0216 p = 0299 AV 1110mms plusmn 0049 r =

020 p = 0925 M 1110mms plusmn 0049 r = 0138 p = 0510) e entre todos os

domiacutenios e a aacuterea de deslocamento do COP (S 16513mmsup2 plusmn 148 r = 0044 p =

0836 AF 16513mmsup2 plusmn 148 r = 0165 p = 0431 AV 16513mmsup2 plusmn 148 r = 0220

p gt 0291 M 16513mmsup2 plusmn 148 r = 0180 p = 0390) (Figura 4)

25

Figura 4 Correlaccedilatildeo de Spearman entre dor avaliativa e velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo (VmCOP) do baricentro corporal (A) Forccedila de correlaccedilatildeo de Spearman (r = 0414 p = 0040) entre a dor

avaliativa (AV) (236 plusmn 028) e a velocidade meacutedia do COP na direccedilatildeo mediolateral (0845 mms plusmn 0042) no grupo atleta (B) Forccedila de correlaccedilatildeo de Spearman (r = 0063 p = 0765) entre a dor avaliativa (AV) (060 plusmn

021) e a velocidade meacutedia do COP na direccedilatildeo mediolateral (0508 mms plusmn 0065) no grupo controle Os valores foram apresentados como meacutedia plusmn erro padratildeo da meacutedia

4 Discussatildeo

Os resultados desta pesquisa demonstraram que atletas de elite de ginaacutestica

riacutetmica manifestam maior percepccedilatildeo dolorosa que controles natildeo praticantes de

esporte a niacutevel competitivo Isto pode estar relacionado a trecircs principais fatores que

podem contribuir de forma direta para a maior prevalecircncia de dor nessas atletas

destacando o iniacutecio precoce na praacutetica da modalidade os altos volumes e

intensidade dos treinos e a grande quantidade de repeticcedilotildees dos gestos esportivos

com alta predominacircncia de saltos e posturas estaacuteticas De acordo com os nossos

resultados Sabeti et al21 realizaram estudo com 218 ginastas de diferentes

nacionalidades no campeonato europeu de GR utilizando a escala visual analoacutegica

(EVA) para registro da intensidade dolorosa Os resultados encontrados foi que as

atletas tecircm uma maior intensidade dolorosa (72) que controles natildeo praticantes de

esporte competitivo

Paralelamente a literatura cientifica relata que o tempo de inicio da praacutetica

esportiva o niacutevel competitivo e o volumeintensidade dos treinos destas atletas satildeo

fatores preditivos para um maior desenvolvimento de lesatildeo e dor em atletas de GR

Shigaki et al4 apontam que o risco e intensidade de lesatildeo estatildeo fortemente

26

relacionados com o aumento da idade e do niacutevel competitivo Da mesma forma

Vanderlei et al22 e Oliveira et al23 afirmam que quanto mais elevada a categoria do

atleta maior seraacute o tempo e a intensidade do treinamento consequentemente maior

a exposiccedilatildeo aos esforccedilos musculoesqueleacuteticos durante treinamento eou

competiccedilotildees Deste modo Oliveira et al23 em seu estudo avaliaram 25 atletas de

GR de diferentes categorias etaacuterias e encontraram que a maioria das atletas

apresentaram algum tipo de lesatildeo ocasionada pelos treinos Desta forma autores

relatam que a formaccedilatildeo dessas atletas influencia na incidecircncia e intensidade

dolorosa de lesotildees por overuse21 24 Tais lesotildees geralmente ocorrem quando a

frequecircncia dos exerciacutecios aumenta enquanto a intensidade eacute mantida23 Estando de

acordo com os nossos resultados Kolar et al25 em estudo realizado com 63 atletas

da ginaacutestica artiacutestica e riacutetmica de ambos os sexos concluiacuteram que a maacute teacutecnica

meacutetodos improacuteprios de ensino e carga inadequada durante os treinos foram

associados com o surgimento de dor e lesotildees nessa populaccedilatildeo

Contrariamente aos nossos resultados Muller et al26 realizaram um estudo

investigativo do desenvolvimento de dor lombar em atletas adolescentes em relaccedilatildeo

ao sexo e tipo de esporte praticado Foram avaliados 321 atletas sem dor lombar em

um primeiro momento e apoacutes dois anos os mesmo atletas foram reavaliados para

verificar a incidecircncia de dor lombar Apenas 10 da amostra foram categorizados

com dor lombar Aleacutem disso antropometria e caracteriacutesticas de formaccedilatildeo do esporte

natildeo demonstraram influecircncia significativa na dor lombar levando os autores a

concluiacuterem que o esporte de alto rendimento natildeo induz dor lombar em atletas

adolescentes

No nosso estudo utilizamos para avaliaccedilatildeo da percepccedilatildeo dolorosa em ambos

os grupos o questionaacuterio de dor McGill Este apresentou-se como uma ferramenta

de faacutecil execuccedilatildeo baixo custo e com alta sensibilidade e confiabilidade para uma

caracterizaccedilatildeo multidimensional da dor na populaccedilatildeo estudada Diferenciados

meacutetodos de investigaccedilatildeo da dor podem ser encontrados em um crescente numero

de publicaccedilotildees cientificas sobre o estudo da percepccedilatildeo e intensidade dolorosa

Goubert et al27 utilizaram a algometria de pressatildeo para comparar a avaliaccedilatildeo

sensorial quantitativa da dor de pacientes com dor lombar em diferentes niacuteveis de

cronicidade comparando a controles saudaacuteveis e pacientes com fibromialgia

Diferentemente Sabeti et al21 Arliani et al28 e Hoskins et al29 utilizaram em suas

27

pesquisas a escala visual analoacutegica (EVA) para registrar a intensidade dolorosa de

atletas em diferentes modalidades Ambos satildeo considerados meacutetodos

unidimensionais utilizados com o objetivo de quantificar a magnitude da dor dentro

de um perfil somatosensorial

Por outro lado diversas pesquisas utilizam o questionaacuterio McGill (MPQ) como

instrumento multidimensional para avaliar a dor e conhececirc-la de forma ampla em

diferentes modelos de estudos e em diversas populaccedilotildees Ngamkham et al30

realizaram revisatildeo sistemaacutetica sobre a avaliaccedilatildeo da dor com McGill em pacientes

com cacircncer demonstrando que o MPQ eacute comumente usado nessa populaccedilatildeo para

mensurar a intensidade e qualidade da dor pois fornece informaccedilotildees sobre

possiacuteveis locais da doenccedila magnitude da dor bem como a eficaacutecia do tratamento e

intervenccedilatildeo submetidos Da mesma forma Bermudez et al31 avaliaram pacientes

diagnosticados com DTM moderada e severa para discriminar e comparar a queixa

dolorosa de acordo com a severidade da doenccedila Pode-se concluir com o estudo

que o MPQ foi capaz de diferenciar o padratildeo temporal da dor a localizaccedilatildeo de maior

queixa dolorosa e a intensidade da dor em portadores de DTM

As diferenccedilas metodoloacutegicas utilizadas corroboram o fato de a dor ser uma

experiecircncia complexa e subjetiva que varia em qualidade intensidade sensorial e

em caracteriacutesticas afetivo-motivacionais Pois a mesma envolve vaacuterias dimensotildees e

pode ser influenciada por infinitos estiacutemulos intriacutensecos e extriacutensecos32 33 Assim

cabe a utilizaccedilatildeo de diferentes meacutetodos uni e multidimensionais para uma avaliaccedilatildeo

precisa considerando a natureza da dor e suas caracteriacutesticas

De acordo com os resultados do nosso estudo foi visualizado que as atletas

de elite de GR apresentam diferentes caracteriacutesticas de percepccedilatildeo do estiacutemulo

doloroso em comparaccedilatildeo aos controles destacando dores com perfil sensorial e

avaliativo Acreditamos que os atletas de alto rendimento apresentam-se com

alteraccedilotildees do imputs neurosensorial em virtude da constante presenccedila e

intensidade das dores sentidas pela a sua praacutetica desportiva Isto pode repercutir em

mudanccedilas na interpretaccedilatildeo da dor sentida em seu corpo fiacutesico devido agrave influecircncia

de fatores emocionais sociais e hormonais que satildeo comuns em mulheres atletas

Em vista disso sabe-se que o domiacutenio sensorial e avaliativo representam as

28

impressotildees fiacutesicas desse estiacutemulo doloroso aacutelgico e uma auto-avaliaccedilatildeo da sua dor

respectivamente34

Segundo Pimenta e Texeira18 as diferenccedilas na estratificaccedilatildeo da dor se

justificam pelo fato das interpretaccedilotildees de informaccedilotildees cognitivas serem

condicionadas por experiecircncias preacutevias em diferentes momentos do estiacutemulo da dor

gerando respostas variadas agrave experiecircncia dolorosa por ser um processo

individualizado Aleacutem disso a dor eacute uma experiecircncia complexa descrita em termos

de caracteriacutesticas sensoriais afetivo-motivacionais cognitivas e comportamentais

Desta forma o resultado de uma avaliaccedilatildeo da percepccedilatildeo dolorosa pode depender

de qual dimensatildeo da dor esteja sendo vivenciada no momento da avaliaccedilatildeo por

cada indiviacuteduo14

Hoskins et al29 utilizaram a escala visual analoacutegica (EVA) e o questionaacuterio

McGill para comparar a intensidade e a qualidade de dor lombar entre atletas de

elite amadores e natildeo atletas Foram observadas diferenccedilas significativas entre os

grupos mostrando que os atletas de elite apresentaram intensidade de dor mais

alta assim como escolheram com mais frequecircncia palavras das categorias sensorial

e afetiva De forma semelhante a nossa pesquisa o domiacutenio sensorial apresentou o

maior iacutendice de dor e maior frequecircncia de palavras escolhidas Tal fato possa ser

justificado por esse ser o domiacutenio de maior representatividade no questionaacuterio

agregando termos de qualidades sensitivas dor18 Poreacutem a dimensatildeo afetiva natildeo foi

evidenciada com maior frequecircncia no presente estudo Esta representa um estado

emocional o qual pode ser traduzido por percepccedilotildees de cansaccedilo sentimentos de

medo e puniccedilatildeo assim como reaccedilotildees autonocircmicas34 Reading32 e Pimenta e

Teixeira18 em seus estudos relataram que os pacientes que sentem dores de

caracteriacutestica aguda preferem descritores da categoria sensorial Por outro lado

indiviacuteduos que sentem dor crocircnica usualmente tendem a selecionar mais

descritores da categoria afetiva levando em conta fenocircmenos cognitivo de

antecipaccedilatildeo memoacuteria atenccedilatildeo e experiecircncia anterior

Os resultados desta pesquisa demonstraram que a regiatildeo com maior

prevalecircncia de queixa dolorosa em atletas de elite de GR foi a articulaccedilatildeo do quadril

com aproximadamente cinquenta e dois por cento das queixas Isto pode estar

relacionado ao fato da articulaccedilatildeo do quadril ser responsaacutevel pela absorccedilatildeo de

29

grandes cargas compressivas durante a fase de aterrissagem dos saltos o qual eacute

um movimento especiacutefico do esporte Aleacutem disso no quadril estaacute localizado o centro

de gravidade do corpo assim as cargas que satildeo geradas ou transmitidas por essa

regiatildeo geram influecircncia no desempenho esportivo Desse modo pesquisas

cientiacuteficas relatam sobre a importacircncia da forccedila dos muacutesculos estabilizadores do

quadril no surgimento e desenvolvimento de dores nesta articulaccedilatildeo4 35 Steinberg et

al36 realizaram uma analise sistemaacutetica do desempenho da musculatura do quadril

no desenvolvimento de lesotildees no membro inferior e encontraram que a diminuiccedilatildeo

da funccedilatildeo dos muacutesculos do quadril associada a cargas repetitivas no membro

inferior pode aumentar o risco de lesotildees no joelho e em todo o membro

De forma contraacuteria aos nossos resultados Guiotte et al2 Sabeti et al21 e

Oliveira et al23 avaliaram ginastas de diferentes categorias e relataram que a regiatildeo

anatocircmica de queixa dolorosa mais prevalente na praacutetica da GR eacute a coluna lombar

seguida do tornozelo e joelho De acordo com Anderson et al37 a dor no quadril e

na virilha em atletas ocorrem com menor frequecircncia que lesotildees das extremidades do

membro inferior Ratificando esses autores Tschopp et al38 defendem que as

lesotildees do quadril satildeo menos comuns poreacutem satildeo mais difiacuteceis de serem

diagnoacutesticadas Pois as consideraccedilotildees anatocircmicas e biomecacircnicas para lesotildees

nesta regiatildeo estatildeo entre as mais complexas do sistema muacutesculo-esqueleacutetico

Por outro lado os nossos resultados demonstraram que a segunda

articulaccedilatildeo mais prevalente em relaccedilatildeo agrave queixa dolorosa pela praacutetica de GR em

atletas de elite foi o tornozelo-peacute (44) Tal fato se justifica por alguns fatores como

sobrecarga excessiva nos muacutesculos intriacutensecos do peacute os quais satildeo responsaacuteveis

pela formaccedilatildeo do arco plantar existecircncia de compressotildees excessivas nos

segmentos oacutesseos devido ao processo de absorccedilatildeo de impacto nos saltos aleacutem da

necessidade de manutenccedilatildeo da postura do tornozelo-peacute em flexatildeo plantar por

tempos prolongados

De acordo com Han et al39 o complexo do tornozelo-peacute na maioria das

atividades esportivas eacute a uacutenica parte do corpo que estaacute em contato com solo

Assim a propriocepccedilatildeo do tornozelo contribui de forma extremamente significativa

para o controle do equiliacutebrio pois fornece informaccedilotildees que permitem o ajuste de

posiccedilotildees e movimentos dos membros para realizaccedilatildeo das tarefas motoras

30

complexas exigidas no esporte de elite Saito et al12 em sua pesquisa ao avaliarem

atletas com e sem lesatildeo no tornozelo observaram que as lesotildees no tornozelo aleacutem

de causar alteraccedilotildees musculares e osteocinemaacuteticas promovem de forma direta

repercussotildees negativas no controle neuromuscular da articulaccedilatildeo predispondo-a aacute

episoacutedios recidivantes em virtude do comprometimento do feedback neurosensorial

afetando o controle postural e consequentemente o desempenho nas atividades

motoras

De acordo com os dados obtidos no nosso estudo foi observada nas atletas

uma maior aacuterea de deslocamento do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo (COP) do

corpo demonstrando um menor equiliacutebrio estaacutetico das ginastas ao comparar com

controles natildeo atletas Isto pode estar relacionado a uma maior intensidade e

presenccedila do estiacutemulo doloroso no corpo das atletas e a intensa quantidade de

repeticcedilotildees dos exerciacutecios de forma assimeacutetrica pela preferecircncia do membro

dominante Desse modo diversas pesquisas relatam que a presenccedila da dor pode

aumentar a aacuterea do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo (ACOP) produzindo uma piora

do equiliacutebrio corporal4 12 15 16 Lin et al16 e Shigaki et al4 em seus estudos avaliaram

o equiliacutebrio de atletas comparando trecircs grupos atletas com lesatildeo atletas sem lesatildeo

e natildeo atletas Evidenciaram que atletas com lesatildeo apresentaram maior oscilaccedilatildeo do

centro de pressatildeo comparado a indiviacuteduos natildeo atletas e atletas sem lesatildeo Poreacutem

quando comparados atletas sem lesatildeo com indiviacuteduos natildeo atletas natildeo foi observado

diferenccedila significativa

Ao mesmo tempo em nosso estudo foi encontrado uma velocidade meacutedia do

COP maior no grupo atleta em ambas as direccedilotildees ao comparar com controles natildeo

atletas Sendo a velocidade meacutedia do COP maior no plano sagital (anteroposterior)

em relaccedilatildeo ao plano frontal (meacutediolateral) Isto ocorre porque as atletas apresentam

uma resposta neuromuscular mais raacutepida para recuperaccedilatildeo da estabilidade do corpo

adquirida pelo treinamento esportivo essencialmente no plano sagital em que as

estrateacutegias posturais para recuperaccedilatildeo do equiliacutebrio satildeo mais efetivas

Diversos estudos publicados na literatura abordam a habilidade do controle

postural em atletas2 8-12 Matsuda et al10 relatam que atletas tecircm capacidade de

equiliacutebrio dinacircmico superior quando comparados a indiviacuteduos natildeo atletas Da

mesma forma Merlo et al11 acreditam a praacutetica de esportes produz adaptaccedilotildees que

31

ou desenvolvimento de consciecircncia de estrateacutegias posturais natildeo evidenciadas em

sujeitos natildeo praticantes de atividade esportiva

Os resultados encontrados por meio desse estudo mostraram que a dor em

sua dimensatildeo avaliativa apresentou relaccedilatildeo significativa com a velocidade meacutedia do

centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo do corpo na direccedilatildeo mediolateral Tal fato evidencia

que a percepccedilatildeo do estiacutemulo doloroso interfere de maneira significativa na

habilidade do atleta em reestabelecer a estabilidade postural apoacutes perturbaccedilatildeo do

equiliacutebrio em postura estaacutetica Prejudicando o desempenho atleacutetico na modalidade

uma vez que as atletas dependem da estabilidade postural para execuccedilatildeo da praacutetica

esportiva Alguns autores relatam a influecircncia da dor e fatores psicoemocionais na

performance e desempenho de atletas de alto rendimento Couto e Pedroni40

avaliaram a relaccedilatildeo da queixa e limiar doloroso com incidecircncia de lesatildeo em

bailarinas claacutessicas Os resultados do estudo mostraram que houve relaccedilatildeo

significativa entre as regiotildees de lesatildeo com a dor evidenciando que a dor estaacute

diretamente relacionada com o surgimento de lesatildeo nessa populaccedilatildeo Dore e

Guerra41 em seu estudo investigaram a prevalecircncia e fatores associados agrave

sintomatologia dolorosa em bailarinos profissionais utilizando a versatildeo brasileira do

questionaacuterio McGill e Inventaacuterio para dor de Wisconsin Foram verificadas

correlaccedilotildees positivas com significacircncia entre o grau de intensidade dolorosa e

atividades diaacuterias sono humor e relacionamento pessoal

O presente estudo sinaliza uma relaccedilatildeo da presenccedila do estiacutemulo doloroso

com o equiliacutebrio postural As alteraccedilotildees no equiliacutebrio corporal tecircm sido muito

estudadas em diferentes populaccedilotildees assim como o comportamento da dor e lesotildees

no desempenho de atletas de diferentes niacuteveis competitivos e modalidades

esportivas Corroborando com nossa pesquisa Meardon et al15 defendem que a

presenccedila de lesatildeo e dor em atletas pode afetar negativamente o equiliacutebrio corporal

Em sua pesquisa examinou controle postural dinacircmico em corredores lesionados

com dor e sem lesatildeo usando o Star Excursion Balance Test (SEBT) Quando

comparado corredores lesionados com controles sem lesatildeo os resultados

demonstraram controle dinacircmico deficiente das forccedilas verticais ao executar as

tarefas de pouso e estabilizaccedilatildeo em apoio unipodal

32

Contudo ainda satildeo raros os estudos sobre a caracterizaccedilatildeo da dor e do

equiliacutebrio corporal em atletas de ginaacutestica riacutetmica Por meio desse estudo foi

observado que atletas de elite de GR demonstraram aumento da dor descrita em

todos os domiacutenios avaliados pelo questionaacuterio McGill (plt0001) A dor nas ginastas

tem o perfil sensorial e avaliativo e se manifesta principalmente nas articulaccedilotildees do

quadril e tornozelo-peacute em virtude da especificidade do gesto esportivo Aleacutem disso

as atletas tambeacutem apresentam menor estabilidade do controle postural (plt005)

sendo notada possiacutevel relaccedilatildeo de interferecircncia entre a auto percepccedilatildeo dolorosa e o

equiliacutebrio postural Entretanto devido agrave complexidade do tema faz-se necessaacuterio a

elaboraccedilatildeo de estudos mais aprofundados com uma amostra maior seguindo

rigorosamente os criteacuterios metodoloacutegicos que permita uma interpretaccedilatildeo mais

precisa a respeito da percepccedilatildeo dolorosa e o equiliacutebrio postural no desempenho

atleacutetico na modalidade esportiva

5 Conclusatildeo

A pesquisa mostra que as atletas de elite de GR apresentam dor de

caracteriacutesticas sensorial e avaliativa frequentemente localizada na articulaccedilatildeo do

quadril seguida do tornozelo-peacute A presenccedila da percepccedilatildeo dolorosa mostrou relaccedilatildeo

significativa com o controle postural em atletas de elite de GR Os resultados

tambeacutem evidenciaram que atletas tem menor equiliacutebrio postural estaacutetico quando

comparadas a controles natildeo atletas poreacutem demonstram maior habilidade para

reestabelecer o controle postural

6 Consideraccedilotildees Finais

Um ponto importante a ser relatado neste estudo eacute a utilizaccedilatildeo do

questionaacuterio de dor McGill Embora venha ser um questionaacuterio amplamente utilizado

em pesquisas cientiacuteficas em virtude da sua alta confiabilidade validaccedilatildeo e

adaptaccedilatildeo cultural em diferentes paiacuteses ainda satildeo raros os estudos que utilizam

essa ferramenta para avaliar a dor em atletas Com ecircnfase em estudos que

descrevam a sua aplicabilidade por domiacutenio e caracteriacutesticas multidimensionais da

33

dor Este pesquisa aparenta ter sido pioneira a qualificar a dor e descrevecirc-la em

suas dimensotildees em atletas de elite de ginaacutestica riacutetmica bem como relacionar a

percepccedilatildeo dolorosa com o equiliacutebrio postural nessa populaccedilatildeo Abrindo espaccedilo para

realizaccedilatildeo de outros estudos

Poreacutem foi encontrado como limitaccedilotildees escassez de pesquisas cientiacuteficas

atualizadas sobre abordagem multidimensional da dor em atletas essencialmente

na ginaacutestica riacutetmica Pois a grande maioria dos estudos que tem sido publicado

sobre dor nessa populaccedilatildeo estaacute relacionada agrave presenccedila do estiacutemulo doloroso e sua

intensidade em uma magnitude sensorial Outro ponto a se destacar foi a

dificuldade em coletar um grupo controle com caracteriacutesticas similares ao grupo de

estudo para que fosse formada uma amostra mais homogecircnea possiacutevel

respeitando os criteacuterios metodoloacutegicos

34

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Proprioception for Balance Control in relation to Sports Performance and Injury BioMed Research International 2015 Jun8

40 Couto AGA Pedroni CR Relaccedilatildeo entre postura queixa dolorosa e lesatildeo em bailarinas claacutessicas Ter Man 2013 11(55)228-233

41 Dore BF e Guerra RO Sintomatologia dolorosa e fatores associados em bailarinos profissionais Rev Bras Med Esporte 2007 MarAbr13(2)77-80

38

ANEXO I ndash QUESTIONAacuteRIO DE DOR MCGILL

39

ANEXO II ndash PARECER DE APROVACcedilAtildeO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA

40

41

ANEXO III ndash NORMAS DE SUBMISSAtildeO DA REVISTA

Instruccedilotildees aos Autores

A Revista Brasileira de Medicina do Esporte - RBME (Brazilian Journal of

Sports Medicine) oacutergatildeo oficial da Sociedade Brasileira de Medicina do Exerciacutecio e

do Esporte (SBMEE) eacute publicada bimestralmente em seis ediccedilotildees ao ano (janfev

marabr maiojun julago setout e novdez) A RBME eacute indexada nas seguintes

bases bibliograacuteficas SciELO Web of Science Excerpta Medica-EMBASE Physical

Education Index LILACS SIRC-Sportdiscus e Scopus A publicaccedilatildeo segue

integralmente o padratildeo internacional do International Committee of Medical Journal

Editors (ICMJE) ou Convenccedilatildeo de Vancouver e seus requisitos de uniformizaccedilatildeo

[httpwwwicmjeorg]

Preparaccedilatildeo de manuscritos Os artigos submetidos devem ser digitados em

espaccedilo duplo fonte Arial 12 em paacutegina tamanho A4 sem numerar linhas ou

paraacutegrafos e numerando as paacuteginas no canto superior direito Figuras e tabelas

devem ser apresentadas ao final do artigo em paacuteginas separadas No corpo do

texto deve-se informar os locais para inserccedilatildeo das tabelas ou figuras Nuacutemeros

menores que 10 satildeo escritos por extenso enquanto que nuacutemeros maiores ou igual a

10 satildeo expressos em algarismos araacutebicos Os manuscritos que natildeo estiverem de

acordo com as instruccedilotildees aos autores em relaccedilatildeo a estilo e formato seratildeo

devolvidos sem revisatildeo pelo Conselho Editorial As medidas deveratildeo ser expressas

no Sistema Internacional (Systegraveme International SI) disponiacutevel em

httpphysicsnistgovcuuUnits e unidades padratildeo quando aplicaacutevel Recomenda-

se aos autores natildeo usar abreviaccedilotildees no tiacutetulo e limitar a sua utilizaccedilatildeo no resumo e

ao longo do texto Os nomes geneacutericos devem ser usados para todas as drogas Os

faacutermacos podem ser referidos pelo nome comercial poreacutem deve constar o nome

cidade e paiacutes ou endereccedilo eletrocircnico do fabricante entre parecircnteses na seccedilatildeo

Materiais e Meacutetodos

Abreviaturas O uso de abreviaturas deve ser minimizado As abreviaturas deveratildeo

ser definidas por ocasiatildeo de sua primeira utilizaccedilatildeo no resumo e tambeacutem no texto

Abreviaturas natildeo padratildeo natildeo devem ser utilizadas a menos que essas apareccedilam

pelo menos trecircs vezes no texto Unidades de medida (3 ml ou 3 mL e natildeo 3

mililitros) ou siacutembolos cientiacuteficos padratildeo (elementos quiacutemicos por exemplo Na e

natildeo soacutedio) natildeo satildeo consideradas abreviaturas e portanto natildeo devem ser definidos

Abreviar nomes longos ou substacircncias quiacutemicas e termos utilizados para

combinaccedilotildees terapecircuticas Abreviaturas em figuras e tabelas podem ser utilizadas

por razotildees de espaccedilo poreacutem devem ser definidas na legenda mesmo que tenham

sido definidas no texto do artigo

Formato dos arquivos Usar editor de texto Microsoft Word para Windows ou

42

equivalente Arquivos em formato PDF natildeo devem ser enviados As tabelas e

quadros deveratildeo estar em seus arquivos originais (Excel Acess Powerpoint etc)

As figuras deveratildeo estar nos formatos jpg ou tif em alta resoluccedilatildeo (300 dpi) As

figuras deveratildeo estar incluiacutedas no arquivo Word mas tambeacutem devem ser enviadas

separadamente (anexadas durante a submissatildeo do artigo como documento

suplementar em seus arquivos originais)

Paacutegina de rosto A paacutegina de rosto deve conter (1) a categoria do artigo (2) o tiacutetulo

do artigo em portuguecircs inglecircs e espanhol com ateacute 80 caracteres cada que deve ser

objetivo e informativo (3) os nomes completos dos autores instituiccedilatildeo formaccedilatildeo

acadecircmica de origem (a mais relevante) cidade estado e paiacutes (4) nome do autor

correspondente com endereccedilo completo telefone e e-mail A titulaccedilatildeo dos autores

natildeo deve ser incluiacuteda O nome completo de cada autor (sem abreviaccedilotildees) e sua

afiliaccedilatildeo institucional (nota as unidades hieraacuterquicas devem ser apresentadas em

ordem decrescente por exemplo universidade faculdade ou instituto e

departamento) devem ser informados Os nomes das instituiccedilotildees e programas

deveratildeo ser apresentados preferencialmente por extenso e na liacutengua original da

instituiccedilatildeo ou na versatildeo em inglecircs quando a escrita natildeo eacute latina (pex aacuterabe

mandarim ou grego)

Resumo O resumo em portuguecircs inglecircs e espanhol deve ser incluiacutedo no

manuscrito Em cada um dos idiomas natildeo deve conter mais do que 300 palavras A

versatildeo estruturada eacute obrigatoacuteria nos artigos originais e inclui objetivos meacutetodos

resultados e conclusatildeo Artigos de revisatildeo natildeo requerem resumo estruturado

Palavras-chave O artigo deve incluir no miacutenimo trecircs e no maacuteximo seis descritores

em portuguecircs inglecircs e espanhol baseados nos Descritores de Ciecircncias da Sauacutede

(DeCS) httpdecsbvsbr ou no Medical Subject Headings (MeSH) da National

Library of Medicine disponiacutevel em httpwwwnlmnihgovmeshmeshhomehtml

oubaseados no Medical SubjectHeading (MeSH) do Index Medicus

(httpwwwnlmnihgovmesh)

Introduccedilatildeo A introduccedilatildeo deve conter (1) justificativa objetiva para o estudo com

referecircncias pertinentes ao assunto sem realizar uma revisatildeo extensa (2) objetivo do

artigo

Materiais e Meacutetodos Esta seccedilatildeo deve descrever os experimentos (quantitativa e

qualitativamente) e os procedimentos em detalhes suficientes que permitam que

outros pesquisadores reproduzam os resultados ou deem continuidade ao estudo

e deveraacute conter (1) a descriccedilatildeo clara da amostra utilizada (2) termo de

consentimento para estudos experimentais envolvendo seres humanos (3)

identificaccedilatildeo dos meacutetodos aparelhos (nome do fabricante e endereccedilo cidade e paiacutes

devem ser menciondos entre parecircnteses) e procedimentos utilizados (4) descriccedilatildeo

breve e referecircncias de meacutetodos publicados mas natildeo amplamente conhecidos (5)

43

descriccedilatildeo detalhada de meacutetodos novos ou modificados (6) quando pertinente incluir

a anaacutelise estatiacutestica e os programas utilizados Importante Ao relatar experimentos

com seres humanos ou animais indicar se os procedimentos seguiram as normas

do Comitecirc Eacutetico sobre Experiecircncias Humanas da instituiccedilatildeo na qual a pesquisa foi

realizada e se os procedimentos estatildeo de acordo com a declaraccedilatildeo de Helsinki de

1995 e a Animal Experimentation Ethics respectivamente Os autores devem incluir

uma declaraccedilatildeo indicando que o protocolo foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica da

Instituiccedilatildeo (instituiccedilatildeo de afiliaccedilatildeo de pelo menos um dos autores) com o respectivo

nuacutemero de identificaccedilatildeo Tambeacutem deve incluir que o Termo de Consentimento Livre

e Esclarecido foi assinado por todos os participantes

Resultados Apresentar os resultados em sequecircncia loacutegica no texto usando tabelas

e figuras Evitar repeticcedilatildeo excessiva de dados no texto em tabelas ou figuras

poreacutem enfatizar somente as descobertas mais importantes

Discussatildeo Enfatizar os aspectos originais e importantes do estudo e as conclusotildees

que decorrem deste evitando poreacutem repetir dados jaacute apresentados em outras

partes do manuscrito Em estudos experimentais ressaltar a relevacircncia e limitaccedilotildees

dos resultados confrontando com os dados da literatura e incluindo implicaccedilotildees

para estudos futuros

Conclusotildees A conclusatildeo deve ser clara e concisa baseada nos resultados

obtidos estabelecendo ligaccedilatildeo com implicaccedilotildees cliacutenicas evitando poreacutem excessiva

generalizaccedilatildeo) A mesma ecircnfase deve ser dada a estudos com resultados negativos

ou positivos Recomendaccedilotildees podem ser incluiacutedas quando relevantes

Agradecimentos Quando pertinente incluir agradecimento ou reconhecimento a

pessoas que tenham contribuiacutedo para o desenvolvimento do trabalho poreacutem natildeo se

qualificam como coautores Fontes de financiamento como auxiacutelio a pesquisa e

bolsas de estudo devem ser reconhecidos nesta seccedilatildeo Os autores deveratildeo obter

permissatildeo por escrito para mencionar nomes e instituiccedilotildees de todos os que

receberam agradecimentos nominais

Referecircncias As referecircncias devem ser numeradas na sequecircncia em que aparecem

no texto em formato sobrescrito As referecircncias citadas somente em legendas de

tabelas ou figuras devem ser numeradas de acordo com sequecircncia estabelecida

pela primeira menccedilatildeo da tabela ou da figura no texto O estilo das referecircncias

bibliograacuteficas deve seguir as regras do Uniform Requirements for Manuscripts

Submitted to Biomedical Journals (International Committee of Medical Journal

Editors disponiacutevel em Ann Intern Med 1997126(1)36-47 httpwwwicmjeorg)

Alguns exemplos satildeo mostrados a seguir Os tiacutetulos dos perioacutedicos devem ser

abreviados de acordo com o Index Medicus (List of Journals Indexed disponiacutevel em

httpwwwnlmnihgovtsdserialsljihtml) Se o perioacutedico natildeo constar dessa lista

deve-se utilizar a abreviatura sugerida pelo proacuteprio perioacutedico Deve-se evitar utilizar

44

ldquocomunicaccedilotildees pessoaisrdquo ou ldquoobservaccedilotildees natildeo publicadasrdquo como referecircncias

Resumos de tranalhos apresentados em eventos devem ser utilizados somente se

for a uacutenica fonte de informaccedilatildeo

Tabelas As tabelas devem ser elaboradas em espaccedilo 15 devendo ser planejadas

para ter como largura uma (87cm) ou duas colunas (18 cm) Cada tabela deve

possuir um tiacutetulo sucinto Notas explicativas seratildeo incluiacutedas em notas de rodapeacute A

tabela deve conter meacutedias e medidas de dispersatildeo (Desvio Padratildeo Erro Padratildeo da

Meacutedia etc) natildeo devendo conter casas decimais irrelevantes As abreviaturas

devem estar de acordo com aquelas utilizadas no texto e nas figuras Os coacutedigos de

identificaccedilatildeo de itens da tabela devem estar listados na ordem de surgimento no

sentido horizontal e devem ser identificados pelos siacutembolos padratildeo Os quadros e

tabelas deveratildeo ser enviados atraveacutes dos arquivos originais editaacuteveis (Word Excel)

e natildeo como imagens

Figuras Na versatildeo impressa da RBME seratildeo aceitas figuras em preto-e-branco

Imagens coloridas poderatildeo ser publicadas quando forem essenciais para o conteuacutedo

cientiacutefico do artigo Nestes casos o custo seraacute repassado aos autores Figuras

coloridas poderatildeo ser incluiacutedas na versatildeo eletrocircnica do artigo sem custo adicional

aos autores Os desenhos e figuras devem ser consistentes e tatildeo simples quanto

possiacutevel poreacutem informativos Tons de cinza natildeo devem ser utilizados Todas as

linhas devem ser soacutelidas Para graacuteficos de barra por exemplo utilizar barras

brancas pretas com linhas diagonais nas duas direccedilotildees linhas em xadrez linhas

horizontais e verticais A RBME desaconselha fortemente o uso de fotografias de

equipamentos e animais de experimentaccedilatildeo As figuras devem ser impressas com

bom contraste e ter a largura de uma coluna (87cm) Utilizar no miacutenimo fonte

tamanho 10 para letras nuacutemeros e siacutembolos com espaccedilamento e alinhamento

adequados Quando a figura representar uma radiografia ou fotografia sugerimos

incluir a escala de tamanho quando pertinente

Por favor note que eacute de responsabilidade dos autores obter permissatildeo do detentor

dos direitos autorais para reproduzir figuras (ou tabelas) que tenham sido

previamente publicados em outras fontes De acordo com os princiacutepios do acesso

aberto os autores devem ter permissatildeo do detentor dos direitos caso desejem

incluir imagens que tenham sido publicados em outros perioacutedicos de acesso natildeo

aberto A permissatildeo deve ser indicada na legenda da figura e a fonte original deve

ser incluiacuteda na lista de referecircncias

45

APEcircNDICE I ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE)

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Vocecirc estaacute sendo convidada(o) a participar da pesquisa intitulada

ldquoCARACTERIZACcedilAtildeO DA DOR E SUA RELACcedilAtildeO COM EQUILIacuteBRIO

POSTURAL ESTAacuteTICO EM ATLETAS DE GINAacuteSTICA RIacuteTMICArdquo realizada pela

Universidade Federal de Sergipe por intermeacutedio da discente TAINARA DOS

SANTOS BOMFIM devidamente assistida pelo seu orientador PAULO MAacuteRCIO

PEREIRA OLIVEIRA O objetivo desse estudo eacute caracterizar a Dor

musculoesqueleacutetica em atletas de elite de ginaacutestica riacutetmica e analisar a relaccedilatildeo da

dor no equiliacutebrio postural estaacutetico das atletas comparando com controles natildeo

atletas A justificativa para a realizaccedilatildeo da pesquisa eacute documentar na literatura

escassa estudo sobre a relaccedilatildeo da dor com o equiliacutebrio postural estaacutetico em

atletas de elite de Ginaacutestica Riacutetmica Sua participaccedilatildeo nessa pesquisa consistiraacute

em responder um questionaacuterio e realizar avaliaccedilatildeo de equiliacutebrio que ocorreraacute em

um uacutenico momento Natildeo haacute riscos previsiacuteveis relacionados com sua participaccedilatildeo

nem danos previsiacuteveis decorrentes da pesquisa Os benefiacutecios relacionados com

sua participaccedilatildeo satildeo

1 Identificar alteraccedilotildees posturais de equiliacutebrio em atletas de alto rendimento

2 Evidenciar se o processo de dor em atletas eacute igual maior ou menor quando

comparado com pessoas natildeo atletas

3 Evidenciar se as variaccedilotildees aacuterea e velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo

de pressatildeo se igualam ou natildeo a pessoas natildeo atletas

Vocecirc foi selecionado por preencher os requisitos da pesquisa mas sua

participaccedilatildeo NAtildeO Eacute OBRIGATOacuteRIA sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo em sua

relaccedilatildeo com a instituiccedilatildeo ou com o pesquisador

Eu________________________________________________________________

abaixo assinado declaro que fui informado que as informaccedilotildees obtidas atraveacutes

dessa pesquisa seratildeo confidenciais e o sigilo sobre minha participaccedilatildeo seraacute

assegurado De tal modo que os dados natildeo seratildeo divulgados de forma a possibilitar

minha identificaccedilatildeo Tambeacutem estou ciente de que a qualquer momento posso

desistir de minha participaccedilatildeo e retirar meu consentimento Declaro que entendi os

objetivos riscos e benefiacutecios de minha participaccedilatildeo na pesquisa e concordo em

participar

Vocecirc receberaacute uma coacutepia deste termo onde consta o telefone e o endereccedilo do

pesquisador principal podendo tirar suas duacutevidas sobre o Projeto de Pesquisa de

sua participaccedilatildeo agora ou a qualquer momento

46

DADOS DO PESQUISADOR RESPONSAacuteVEL

Nome Tainara dos Santos Bomfim

Endereccedilo profissionale-mail Rua Padre Aacutelvares Pitangueira sn - Centro

Departamento de Fisioterapia bftainaragmailcom

Telefone (79) 9 9806-7487

ATENCcedilAtildeO A participaccedilatildeo em qualquer tipo de pesquisa eacute voluntaacuteria Em casos de

duacutevida quanto aos seus direitos entre em contato com o Comitecirc de Eacutetica em

Pesquisa da Universidade Federal de Sergipe

Lagarto _____de _____de 201_

_____________________________________________________

ASSINATURA DO VOLUNTAacuteRIO

_____________________________________________________

ASSINATURA DO PESQUISADOR RESPONSAacuteVEL

Page 20: CARACTERIZAÇÃO DA DOR E SUA RELAÇÃO COM O … · tainara dos santos bomfim caracterizaÇÃo da dor e sua relaÇÃo com o equilÍbrio postural em atletas de ginÁstica rÍtmica

20

por cento (p le 005) Para todas as anaacutelises foi utilizado o programa GraphPad Prism

(Versatildeo 601)

3 RESULTADOS

31 Sujeitos

Cinquenta indiviacuteduos concluiacuteram o estudo vinte e cinco voluntaacuterias foram

alocadas no grupo atleta e controle respectivamente As variaacuteveis idade peso

altura e IMC natildeo foram significativamente diferentes entre os grupos A tabela 1

conteacutem as caracteriacutesticas demograacuteficas e antropomeacutetricas dos grupos de estudo

Tabela 1 Caracteriacutesticas demograacuteficas e antropomeacutetricas da amostra

GA grupo atleta GC grupo controle Valores expressos como meacutedia plusmn erro padratildeo da meacutedia O valor de p

corresponde agrave comparaccedilatildeo entre o grupo atleta (n=25) e o grupo controle (n=25)

32 Caracterizaccedilatildeo da Dor

321 Domiacutenios da Dor

Aproximadamente setenta por cento do grupo controle (68) natildeo apresentou

descriccedilatildeo para a sensibilidade dolorosa em nenhum dos domiacutenios avaliados No

grupo atleta foi observado que 24 (96) apresentaram dor de caracteriacutestica

sensorial 19 voluntaacuterias (76) afetiva 24 sujeitos (96) avaliativa e 19 (76)

miscelacircnea

Ao comparar as atletas com o grupo controle observou diferenccedila significativa

com um aumento da dor descrita em todos os domiacutenios avaliados sensorial (1344 plusmn

Caracteriacutesticas

GRUPOS

GA GC P

Idade (anos) 2016 plusmn 068 2091 plusmn 065 0560

Peso (Kg) 5128 plusmn 10 5064 plusmn 109 1481

Altura (m) 164 plusmn 0011 163 plusmn 0009 0372

IMC (Kgm2) 1864 plusmn 03 1938 plusmn 0436 0533

21

146 plt0001) afetivo (264 plusmn 053 plt0001) avaliativo (236 plusmn 028 plt0001) e

miscelacircnea (376 plusmn 064 plt0001) (Tabela 2)

Tabela 2 Domiacutenios da dor entre os grupos da pesquisa

Tabela 2 Escores obtidos atraveacutes do questionaacuterio de dor McGill entre o grupo atleta (n=25) e o grupo controle

(n=25) Os valores foram apresentados como frequecircncia absoluta (FA) e relativa (FR) (porcentagem) SL

Sensorial AV Avaliativa AF Afetiva M Miscelacircnea GA grupo atleta GC grupo controle plt005 GA X GC

plt001 GA X GC plt0001 GA X GC A anaacutelise de variaacuteveis categoacutericas foi realizada por meio do teste

Mann-Whitney

322 Localizaccedilatildeo da Dor

Aproximadamente sessenta e oito por cento do grupo controle apresentou

nenhum local de intensidade dolorosa Em contra partida no grupo atleta seis (24)

das ginastas relataram sentir dor em pelo menos uma articulaccedilatildeo do corpo e

dezenove (76) apresentaram intensidade dolorosa em mais de uma articulaccedilatildeo

Foi observado no grupo atleta que em 13 (52) das atletas a articulaccedilatildeo do quadril

apresentou-se com maior prevalecircncia A segunda articulaccedilatildeo de maior sensibilidade

relatada pelo GA foi o peacute em 11 (44) (Tabela 3)

Tabela 3 Prevalecircncia e localizaccedilatildeo de dor entre os grupos da pesquisa

Domiacutenios Grupo Atleta (GA) Grupo Controle (GC) P

FA (n) FR () FA (n) FR ()

Sensorial (SL) 24 96 8 32 00001

Afetiva (AF) 19 76 4 16 00001

Avaliativa (AV) 24 96 8 32 00001

Miscelacircnea (M) 19 76 6 24 00005

Caracteriacutesticas Grupo Atleta (GA) Grupo Controle (GC)

FA (n) FR () FA (n) FR ()

Sentem dor 25 100 8 32

22

Tabela 3 Prevalecircncia e distribuiccedilatildeo corporal da dor entre o grupo atleta (n=25) e o grupo controle (n=25) Os

valores foram apresentados como frequecircncia absoluta (FA) e relativa (FR) (porcentagem) GA grupo atleta GC

grupo controle

323 Nuacutemero de Palavras Escolhidas e Iacutendice de Dor

No grupo atleta o nuacutemero de palavras escolhidas (NWC) foi significativamente

maior (1076 plusmn 106) ao comparar com o grupo controle (220 plusmn 075 plt0001)

Similarmente aos resultados encontrados para o NWC tambeacutem foi observado um

aumento significativo do iacutendice de dor (PRI) no grupo atleta (2220 plusmn 242) em

relaccedilatildeo ao grupo controle (484 plusmn 165 plt0001) A figura 1 demonstra a

comparaccedilatildeo entre os grupos para o Iacutendice de dor e nuacutemero de palavras escolhidas

Dor em uma articulaccedilatildeo 6 24 7 28

Dor em mais de uma articulaccedilatildeo

19 76 1 4

Dor no Quadril 13 52 0 0

Dor no Peacute 11 44 1 4

Dor no Joelho 7 28 1 4

Dor na Coluna 5 20 4 16

23

Figura 1 Nuacutemero de palavras escolhidas e Iacutendice de dor verificado por meio do questionaacuterio de dor de McGill

entre o grupo atleta (n=25) e o grupo controle (n=25) NWC nuacutemero de palavras escolhidas PRI iacutendice de dor

GA grupo atleta GC grupo controle plt005 GA X GC plt001 GA X GC plt0001 GA X GC A anaacutelise de

variaacuteveis categoacutericas foi realizada por meio do teste Mann-Whitney

33 Equiliacutebrio Estaacutetico (Estabilometria)

331 Aacuterea de deslocamento do COP (ACOP)

Nas comparaccedilotildees intergrupos foi observada uma reduccedilatildeo significativa do

equiliacutebrio no grupo atleta (plt005) Verificou-se que as ginastas apresentaram maior

deslocamento do COP (16513 mmsup2 plusmn 148 p= 0002) em relaccedilatildeo ao grupo controle

(10212 mmsup2 plusmn 114 p= 0002) A figura 2 demonstra a comparaccedilatildeo da aacuterea do

deslocamento do COP entre os grupos

Figura 2 Aacuterea da elipse do centro de pressatildeo do baricentro corporal entre o grupo atleta (n=25) e o grupo

controle (n=25) ACOP aacuterea do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo GA grupo atleta GC grupo controle plt005 GA X GC plt001 GA X GC plt0001 GA X GC A anaacutelise de variaacuteveis categoacutericas foi realizada por meio do teste Mann-Whitney

332 Velocidade meacutedia de oscilaccedilatildeo do COP (VmCOP)

A velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo do baricentro do corpo foi

significativamente maior na direccedilatildeo AP no grupo atleta (1110 mms plusmn 0049 p=003)

quando comparada ao grupo controle (0997 mms plusmn 0091 p=003) Paralelamente

24

a velocidade meacutedia do COP na direccedilatildeo ML tambeacutem foi significativamente maior no

grupo atleta (0845 mms plusmn 0042 plt0001) em relaccedilatildeo ao grupo controle (0508

mms plusmn 0065 plt0001) (Figura 3)

Figura 3 Velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo do baricentro corporal entre o grupo atleta (n=25)

e o grupo controle (n=25) COP centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo AP anteroposterior ML mediolateral GA grupo atleta GC grupo controle plt005 GA X GC plt001 GA X GC plt0001 GA X GC A anaacutelise de variaacuteveis categoacutericas foi realizada por meio do teste Mann-Whitney

34 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios da dor e equiliacutebrio postural

Foi apenas visualizada uma correlaccedilatildeo de fraca a moderada positiva com

significacircncia estatiacutestica entre o domiacutenio de dor avaliativa (236 plusmn 028) e velocidade

meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo na direccedilatildeo mediolateral (AV 0845mms plusmn

0042 r = 0414 p = 0040) Natildeo houve correlaccedilatildeo significativa entre todos os outros

domiacutenios avaliados e a velocidade meacutedia do COP na direccedilatildeo ML (S 0845mms plusmn

0042 r = 023 p gt 0914 AF 0845mms plusmn 0042 r = 085 p = 0687 M 0845mms

plusmn 0042 r = 0049 p = 0816) Bem como entre todos os domiacutenios e a velocidade

meacutedia do COP na direccedilatildeo anteroposterior (S 1110mms plusmn 0049 r = 0009 p =

0967 AF 1110mms plusmn 0049 r = 0216 p = 0299 AV 1110mms plusmn 0049 r =

020 p = 0925 M 1110mms plusmn 0049 r = 0138 p = 0510) e entre todos os

domiacutenios e a aacuterea de deslocamento do COP (S 16513mmsup2 plusmn 148 r = 0044 p =

0836 AF 16513mmsup2 plusmn 148 r = 0165 p = 0431 AV 16513mmsup2 plusmn 148 r = 0220

p gt 0291 M 16513mmsup2 plusmn 148 r = 0180 p = 0390) (Figura 4)

25

Figura 4 Correlaccedilatildeo de Spearman entre dor avaliativa e velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo (VmCOP) do baricentro corporal (A) Forccedila de correlaccedilatildeo de Spearman (r = 0414 p = 0040) entre a dor

avaliativa (AV) (236 plusmn 028) e a velocidade meacutedia do COP na direccedilatildeo mediolateral (0845 mms plusmn 0042) no grupo atleta (B) Forccedila de correlaccedilatildeo de Spearman (r = 0063 p = 0765) entre a dor avaliativa (AV) (060 plusmn

021) e a velocidade meacutedia do COP na direccedilatildeo mediolateral (0508 mms plusmn 0065) no grupo controle Os valores foram apresentados como meacutedia plusmn erro padratildeo da meacutedia

4 Discussatildeo

Os resultados desta pesquisa demonstraram que atletas de elite de ginaacutestica

riacutetmica manifestam maior percepccedilatildeo dolorosa que controles natildeo praticantes de

esporte a niacutevel competitivo Isto pode estar relacionado a trecircs principais fatores que

podem contribuir de forma direta para a maior prevalecircncia de dor nessas atletas

destacando o iniacutecio precoce na praacutetica da modalidade os altos volumes e

intensidade dos treinos e a grande quantidade de repeticcedilotildees dos gestos esportivos

com alta predominacircncia de saltos e posturas estaacuteticas De acordo com os nossos

resultados Sabeti et al21 realizaram estudo com 218 ginastas de diferentes

nacionalidades no campeonato europeu de GR utilizando a escala visual analoacutegica

(EVA) para registro da intensidade dolorosa Os resultados encontrados foi que as

atletas tecircm uma maior intensidade dolorosa (72) que controles natildeo praticantes de

esporte competitivo

Paralelamente a literatura cientifica relata que o tempo de inicio da praacutetica

esportiva o niacutevel competitivo e o volumeintensidade dos treinos destas atletas satildeo

fatores preditivos para um maior desenvolvimento de lesatildeo e dor em atletas de GR

Shigaki et al4 apontam que o risco e intensidade de lesatildeo estatildeo fortemente

26

relacionados com o aumento da idade e do niacutevel competitivo Da mesma forma

Vanderlei et al22 e Oliveira et al23 afirmam que quanto mais elevada a categoria do

atleta maior seraacute o tempo e a intensidade do treinamento consequentemente maior

a exposiccedilatildeo aos esforccedilos musculoesqueleacuteticos durante treinamento eou

competiccedilotildees Deste modo Oliveira et al23 em seu estudo avaliaram 25 atletas de

GR de diferentes categorias etaacuterias e encontraram que a maioria das atletas

apresentaram algum tipo de lesatildeo ocasionada pelos treinos Desta forma autores

relatam que a formaccedilatildeo dessas atletas influencia na incidecircncia e intensidade

dolorosa de lesotildees por overuse21 24 Tais lesotildees geralmente ocorrem quando a

frequecircncia dos exerciacutecios aumenta enquanto a intensidade eacute mantida23 Estando de

acordo com os nossos resultados Kolar et al25 em estudo realizado com 63 atletas

da ginaacutestica artiacutestica e riacutetmica de ambos os sexos concluiacuteram que a maacute teacutecnica

meacutetodos improacuteprios de ensino e carga inadequada durante os treinos foram

associados com o surgimento de dor e lesotildees nessa populaccedilatildeo

Contrariamente aos nossos resultados Muller et al26 realizaram um estudo

investigativo do desenvolvimento de dor lombar em atletas adolescentes em relaccedilatildeo

ao sexo e tipo de esporte praticado Foram avaliados 321 atletas sem dor lombar em

um primeiro momento e apoacutes dois anos os mesmo atletas foram reavaliados para

verificar a incidecircncia de dor lombar Apenas 10 da amostra foram categorizados

com dor lombar Aleacutem disso antropometria e caracteriacutesticas de formaccedilatildeo do esporte

natildeo demonstraram influecircncia significativa na dor lombar levando os autores a

concluiacuterem que o esporte de alto rendimento natildeo induz dor lombar em atletas

adolescentes

No nosso estudo utilizamos para avaliaccedilatildeo da percepccedilatildeo dolorosa em ambos

os grupos o questionaacuterio de dor McGill Este apresentou-se como uma ferramenta

de faacutecil execuccedilatildeo baixo custo e com alta sensibilidade e confiabilidade para uma

caracterizaccedilatildeo multidimensional da dor na populaccedilatildeo estudada Diferenciados

meacutetodos de investigaccedilatildeo da dor podem ser encontrados em um crescente numero

de publicaccedilotildees cientificas sobre o estudo da percepccedilatildeo e intensidade dolorosa

Goubert et al27 utilizaram a algometria de pressatildeo para comparar a avaliaccedilatildeo

sensorial quantitativa da dor de pacientes com dor lombar em diferentes niacuteveis de

cronicidade comparando a controles saudaacuteveis e pacientes com fibromialgia

Diferentemente Sabeti et al21 Arliani et al28 e Hoskins et al29 utilizaram em suas

27

pesquisas a escala visual analoacutegica (EVA) para registrar a intensidade dolorosa de

atletas em diferentes modalidades Ambos satildeo considerados meacutetodos

unidimensionais utilizados com o objetivo de quantificar a magnitude da dor dentro

de um perfil somatosensorial

Por outro lado diversas pesquisas utilizam o questionaacuterio McGill (MPQ) como

instrumento multidimensional para avaliar a dor e conhececirc-la de forma ampla em

diferentes modelos de estudos e em diversas populaccedilotildees Ngamkham et al30

realizaram revisatildeo sistemaacutetica sobre a avaliaccedilatildeo da dor com McGill em pacientes

com cacircncer demonstrando que o MPQ eacute comumente usado nessa populaccedilatildeo para

mensurar a intensidade e qualidade da dor pois fornece informaccedilotildees sobre

possiacuteveis locais da doenccedila magnitude da dor bem como a eficaacutecia do tratamento e

intervenccedilatildeo submetidos Da mesma forma Bermudez et al31 avaliaram pacientes

diagnosticados com DTM moderada e severa para discriminar e comparar a queixa

dolorosa de acordo com a severidade da doenccedila Pode-se concluir com o estudo

que o MPQ foi capaz de diferenciar o padratildeo temporal da dor a localizaccedilatildeo de maior

queixa dolorosa e a intensidade da dor em portadores de DTM

As diferenccedilas metodoloacutegicas utilizadas corroboram o fato de a dor ser uma

experiecircncia complexa e subjetiva que varia em qualidade intensidade sensorial e

em caracteriacutesticas afetivo-motivacionais Pois a mesma envolve vaacuterias dimensotildees e

pode ser influenciada por infinitos estiacutemulos intriacutensecos e extriacutensecos32 33 Assim

cabe a utilizaccedilatildeo de diferentes meacutetodos uni e multidimensionais para uma avaliaccedilatildeo

precisa considerando a natureza da dor e suas caracteriacutesticas

De acordo com os resultados do nosso estudo foi visualizado que as atletas

de elite de GR apresentam diferentes caracteriacutesticas de percepccedilatildeo do estiacutemulo

doloroso em comparaccedilatildeo aos controles destacando dores com perfil sensorial e

avaliativo Acreditamos que os atletas de alto rendimento apresentam-se com

alteraccedilotildees do imputs neurosensorial em virtude da constante presenccedila e

intensidade das dores sentidas pela a sua praacutetica desportiva Isto pode repercutir em

mudanccedilas na interpretaccedilatildeo da dor sentida em seu corpo fiacutesico devido agrave influecircncia

de fatores emocionais sociais e hormonais que satildeo comuns em mulheres atletas

Em vista disso sabe-se que o domiacutenio sensorial e avaliativo representam as

28

impressotildees fiacutesicas desse estiacutemulo doloroso aacutelgico e uma auto-avaliaccedilatildeo da sua dor

respectivamente34

Segundo Pimenta e Texeira18 as diferenccedilas na estratificaccedilatildeo da dor se

justificam pelo fato das interpretaccedilotildees de informaccedilotildees cognitivas serem

condicionadas por experiecircncias preacutevias em diferentes momentos do estiacutemulo da dor

gerando respostas variadas agrave experiecircncia dolorosa por ser um processo

individualizado Aleacutem disso a dor eacute uma experiecircncia complexa descrita em termos

de caracteriacutesticas sensoriais afetivo-motivacionais cognitivas e comportamentais

Desta forma o resultado de uma avaliaccedilatildeo da percepccedilatildeo dolorosa pode depender

de qual dimensatildeo da dor esteja sendo vivenciada no momento da avaliaccedilatildeo por

cada indiviacuteduo14

Hoskins et al29 utilizaram a escala visual analoacutegica (EVA) e o questionaacuterio

McGill para comparar a intensidade e a qualidade de dor lombar entre atletas de

elite amadores e natildeo atletas Foram observadas diferenccedilas significativas entre os

grupos mostrando que os atletas de elite apresentaram intensidade de dor mais

alta assim como escolheram com mais frequecircncia palavras das categorias sensorial

e afetiva De forma semelhante a nossa pesquisa o domiacutenio sensorial apresentou o

maior iacutendice de dor e maior frequecircncia de palavras escolhidas Tal fato possa ser

justificado por esse ser o domiacutenio de maior representatividade no questionaacuterio

agregando termos de qualidades sensitivas dor18 Poreacutem a dimensatildeo afetiva natildeo foi

evidenciada com maior frequecircncia no presente estudo Esta representa um estado

emocional o qual pode ser traduzido por percepccedilotildees de cansaccedilo sentimentos de

medo e puniccedilatildeo assim como reaccedilotildees autonocircmicas34 Reading32 e Pimenta e

Teixeira18 em seus estudos relataram que os pacientes que sentem dores de

caracteriacutestica aguda preferem descritores da categoria sensorial Por outro lado

indiviacuteduos que sentem dor crocircnica usualmente tendem a selecionar mais

descritores da categoria afetiva levando em conta fenocircmenos cognitivo de

antecipaccedilatildeo memoacuteria atenccedilatildeo e experiecircncia anterior

Os resultados desta pesquisa demonstraram que a regiatildeo com maior

prevalecircncia de queixa dolorosa em atletas de elite de GR foi a articulaccedilatildeo do quadril

com aproximadamente cinquenta e dois por cento das queixas Isto pode estar

relacionado ao fato da articulaccedilatildeo do quadril ser responsaacutevel pela absorccedilatildeo de

29

grandes cargas compressivas durante a fase de aterrissagem dos saltos o qual eacute

um movimento especiacutefico do esporte Aleacutem disso no quadril estaacute localizado o centro

de gravidade do corpo assim as cargas que satildeo geradas ou transmitidas por essa

regiatildeo geram influecircncia no desempenho esportivo Desse modo pesquisas

cientiacuteficas relatam sobre a importacircncia da forccedila dos muacutesculos estabilizadores do

quadril no surgimento e desenvolvimento de dores nesta articulaccedilatildeo4 35 Steinberg et

al36 realizaram uma analise sistemaacutetica do desempenho da musculatura do quadril

no desenvolvimento de lesotildees no membro inferior e encontraram que a diminuiccedilatildeo

da funccedilatildeo dos muacutesculos do quadril associada a cargas repetitivas no membro

inferior pode aumentar o risco de lesotildees no joelho e em todo o membro

De forma contraacuteria aos nossos resultados Guiotte et al2 Sabeti et al21 e

Oliveira et al23 avaliaram ginastas de diferentes categorias e relataram que a regiatildeo

anatocircmica de queixa dolorosa mais prevalente na praacutetica da GR eacute a coluna lombar

seguida do tornozelo e joelho De acordo com Anderson et al37 a dor no quadril e

na virilha em atletas ocorrem com menor frequecircncia que lesotildees das extremidades do

membro inferior Ratificando esses autores Tschopp et al38 defendem que as

lesotildees do quadril satildeo menos comuns poreacutem satildeo mais difiacuteceis de serem

diagnoacutesticadas Pois as consideraccedilotildees anatocircmicas e biomecacircnicas para lesotildees

nesta regiatildeo estatildeo entre as mais complexas do sistema muacutesculo-esqueleacutetico

Por outro lado os nossos resultados demonstraram que a segunda

articulaccedilatildeo mais prevalente em relaccedilatildeo agrave queixa dolorosa pela praacutetica de GR em

atletas de elite foi o tornozelo-peacute (44) Tal fato se justifica por alguns fatores como

sobrecarga excessiva nos muacutesculos intriacutensecos do peacute os quais satildeo responsaacuteveis

pela formaccedilatildeo do arco plantar existecircncia de compressotildees excessivas nos

segmentos oacutesseos devido ao processo de absorccedilatildeo de impacto nos saltos aleacutem da

necessidade de manutenccedilatildeo da postura do tornozelo-peacute em flexatildeo plantar por

tempos prolongados

De acordo com Han et al39 o complexo do tornozelo-peacute na maioria das

atividades esportivas eacute a uacutenica parte do corpo que estaacute em contato com solo

Assim a propriocepccedilatildeo do tornozelo contribui de forma extremamente significativa

para o controle do equiliacutebrio pois fornece informaccedilotildees que permitem o ajuste de

posiccedilotildees e movimentos dos membros para realizaccedilatildeo das tarefas motoras

30

complexas exigidas no esporte de elite Saito et al12 em sua pesquisa ao avaliarem

atletas com e sem lesatildeo no tornozelo observaram que as lesotildees no tornozelo aleacutem

de causar alteraccedilotildees musculares e osteocinemaacuteticas promovem de forma direta

repercussotildees negativas no controle neuromuscular da articulaccedilatildeo predispondo-a aacute

episoacutedios recidivantes em virtude do comprometimento do feedback neurosensorial

afetando o controle postural e consequentemente o desempenho nas atividades

motoras

De acordo com os dados obtidos no nosso estudo foi observada nas atletas

uma maior aacuterea de deslocamento do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo (COP) do

corpo demonstrando um menor equiliacutebrio estaacutetico das ginastas ao comparar com

controles natildeo atletas Isto pode estar relacionado a uma maior intensidade e

presenccedila do estiacutemulo doloroso no corpo das atletas e a intensa quantidade de

repeticcedilotildees dos exerciacutecios de forma assimeacutetrica pela preferecircncia do membro

dominante Desse modo diversas pesquisas relatam que a presenccedila da dor pode

aumentar a aacuterea do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo (ACOP) produzindo uma piora

do equiliacutebrio corporal4 12 15 16 Lin et al16 e Shigaki et al4 em seus estudos avaliaram

o equiliacutebrio de atletas comparando trecircs grupos atletas com lesatildeo atletas sem lesatildeo

e natildeo atletas Evidenciaram que atletas com lesatildeo apresentaram maior oscilaccedilatildeo do

centro de pressatildeo comparado a indiviacuteduos natildeo atletas e atletas sem lesatildeo Poreacutem

quando comparados atletas sem lesatildeo com indiviacuteduos natildeo atletas natildeo foi observado

diferenccedila significativa

Ao mesmo tempo em nosso estudo foi encontrado uma velocidade meacutedia do

COP maior no grupo atleta em ambas as direccedilotildees ao comparar com controles natildeo

atletas Sendo a velocidade meacutedia do COP maior no plano sagital (anteroposterior)

em relaccedilatildeo ao plano frontal (meacutediolateral) Isto ocorre porque as atletas apresentam

uma resposta neuromuscular mais raacutepida para recuperaccedilatildeo da estabilidade do corpo

adquirida pelo treinamento esportivo essencialmente no plano sagital em que as

estrateacutegias posturais para recuperaccedilatildeo do equiliacutebrio satildeo mais efetivas

Diversos estudos publicados na literatura abordam a habilidade do controle

postural em atletas2 8-12 Matsuda et al10 relatam que atletas tecircm capacidade de

equiliacutebrio dinacircmico superior quando comparados a indiviacuteduos natildeo atletas Da

mesma forma Merlo et al11 acreditam a praacutetica de esportes produz adaptaccedilotildees que

31

ou desenvolvimento de consciecircncia de estrateacutegias posturais natildeo evidenciadas em

sujeitos natildeo praticantes de atividade esportiva

Os resultados encontrados por meio desse estudo mostraram que a dor em

sua dimensatildeo avaliativa apresentou relaccedilatildeo significativa com a velocidade meacutedia do

centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo do corpo na direccedilatildeo mediolateral Tal fato evidencia

que a percepccedilatildeo do estiacutemulo doloroso interfere de maneira significativa na

habilidade do atleta em reestabelecer a estabilidade postural apoacutes perturbaccedilatildeo do

equiliacutebrio em postura estaacutetica Prejudicando o desempenho atleacutetico na modalidade

uma vez que as atletas dependem da estabilidade postural para execuccedilatildeo da praacutetica

esportiva Alguns autores relatam a influecircncia da dor e fatores psicoemocionais na

performance e desempenho de atletas de alto rendimento Couto e Pedroni40

avaliaram a relaccedilatildeo da queixa e limiar doloroso com incidecircncia de lesatildeo em

bailarinas claacutessicas Os resultados do estudo mostraram que houve relaccedilatildeo

significativa entre as regiotildees de lesatildeo com a dor evidenciando que a dor estaacute

diretamente relacionada com o surgimento de lesatildeo nessa populaccedilatildeo Dore e

Guerra41 em seu estudo investigaram a prevalecircncia e fatores associados agrave

sintomatologia dolorosa em bailarinos profissionais utilizando a versatildeo brasileira do

questionaacuterio McGill e Inventaacuterio para dor de Wisconsin Foram verificadas

correlaccedilotildees positivas com significacircncia entre o grau de intensidade dolorosa e

atividades diaacuterias sono humor e relacionamento pessoal

O presente estudo sinaliza uma relaccedilatildeo da presenccedila do estiacutemulo doloroso

com o equiliacutebrio postural As alteraccedilotildees no equiliacutebrio corporal tecircm sido muito

estudadas em diferentes populaccedilotildees assim como o comportamento da dor e lesotildees

no desempenho de atletas de diferentes niacuteveis competitivos e modalidades

esportivas Corroborando com nossa pesquisa Meardon et al15 defendem que a

presenccedila de lesatildeo e dor em atletas pode afetar negativamente o equiliacutebrio corporal

Em sua pesquisa examinou controle postural dinacircmico em corredores lesionados

com dor e sem lesatildeo usando o Star Excursion Balance Test (SEBT) Quando

comparado corredores lesionados com controles sem lesatildeo os resultados

demonstraram controle dinacircmico deficiente das forccedilas verticais ao executar as

tarefas de pouso e estabilizaccedilatildeo em apoio unipodal

32

Contudo ainda satildeo raros os estudos sobre a caracterizaccedilatildeo da dor e do

equiliacutebrio corporal em atletas de ginaacutestica riacutetmica Por meio desse estudo foi

observado que atletas de elite de GR demonstraram aumento da dor descrita em

todos os domiacutenios avaliados pelo questionaacuterio McGill (plt0001) A dor nas ginastas

tem o perfil sensorial e avaliativo e se manifesta principalmente nas articulaccedilotildees do

quadril e tornozelo-peacute em virtude da especificidade do gesto esportivo Aleacutem disso

as atletas tambeacutem apresentam menor estabilidade do controle postural (plt005)

sendo notada possiacutevel relaccedilatildeo de interferecircncia entre a auto percepccedilatildeo dolorosa e o

equiliacutebrio postural Entretanto devido agrave complexidade do tema faz-se necessaacuterio a

elaboraccedilatildeo de estudos mais aprofundados com uma amostra maior seguindo

rigorosamente os criteacuterios metodoloacutegicos que permita uma interpretaccedilatildeo mais

precisa a respeito da percepccedilatildeo dolorosa e o equiliacutebrio postural no desempenho

atleacutetico na modalidade esportiva

5 Conclusatildeo

A pesquisa mostra que as atletas de elite de GR apresentam dor de

caracteriacutesticas sensorial e avaliativa frequentemente localizada na articulaccedilatildeo do

quadril seguida do tornozelo-peacute A presenccedila da percepccedilatildeo dolorosa mostrou relaccedilatildeo

significativa com o controle postural em atletas de elite de GR Os resultados

tambeacutem evidenciaram que atletas tem menor equiliacutebrio postural estaacutetico quando

comparadas a controles natildeo atletas poreacutem demonstram maior habilidade para

reestabelecer o controle postural

6 Consideraccedilotildees Finais

Um ponto importante a ser relatado neste estudo eacute a utilizaccedilatildeo do

questionaacuterio de dor McGill Embora venha ser um questionaacuterio amplamente utilizado

em pesquisas cientiacuteficas em virtude da sua alta confiabilidade validaccedilatildeo e

adaptaccedilatildeo cultural em diferentes paiacuteses ainda satildeo raros os estudos que utilizam

essa ferramenta para avaliar a dor em atletas Com ecircnfase em estudos que

descrevam a sua aplicabilidade por domiacutenio e caracteriacutesticas multidimensionais da

33

dor Este pesquisa aparenta ter sido pioneira a qualificar a dor e descrevecirc-la em

suas dimensotildees em atletas de elite de ginaacutestica riacutetmica bem como relacionar a

percepccedilatildeo dolorosa com o equiliacutebrio postural nessa populaccedilatildeo Abrindo espaccedilo para

realizaccedilatildeo de outros estudos

Poreacutem foi encontrado como limitaccedilotildees escassez de pesquisas cientiacuteficas

atualizadas sobre abordagem multidimensional da dor em atletas essencialmente

na ginaacutestica riacutetmica Pois a grande maioria dos estudos que tem sido publicado

sobre dor nessa populaccedilatildeo estaacute relacionada agrave presenccedila do estiacutemulo doloroso e sua

intensidade em uma magnitude sensorial Outro ponto a se destacar foi a

dificuldade em coletar um grupo controle com caracteriacutesticas similares ao grupo de

estudo para que fosse formada uma amostra mais homogecircnea possiacutevel

respeitando os criteacuterios metodoloacutegicos

34

REFEREcircNCIA

1 Baston C Mancini M Schoneburg B Horak F Rocchi L Postural strategies assessed with inertial sensors in healthy and parkinsonian subjects Gait Posture 2014 may 40(1)70ndash75

2 Guiotte VA Roque CFL Olieira MR Gil AWO Rabello LM Dos Santos EVM et

al Avaliaccedilatildeo Fiacutesico - Funcional de Atletas da Ginaacutestica Riacutetmica Histoacuterico de Lesotildees e Estabilidade Postural UNOPAR Cient Ciecircnc Biol Sauacutede 2012 14(4) 217-20

3 Bosso LR Golias ARC A postura de atletas de Ginaacutestica Riacutetmica Analise atraveacutes da fotometria Rev Bras Med Esporte 2012 setout 18(5)333-337

4 Shigaki L Rabello LM Camargo MZ Santos VBC Gil AWO Oliveira MR et al Anaacutelise comparativa do equiliacutebrio unipodal de atletas de Ginastica Riacutetmica Rev Bras Med Esporte 2013 marabr 19(2)104-107

5 Whale CE Pass AN Tripp PM Chronic Groin Pain in a collegiate football running back International Journal of Athletic Therapy amp Training 2012 may 17(3)41-44

6 Jacobs JV Why we need to better understand the cortical neurophysiology of impaired postural responses with age disease or injury Frontiers in Integrative Neuroscience 2014 ago 8(69)

7 Hirata RP Ervilha UF Arendt-Nielsen L Graven-Nielsen T Experimental Muscle Pain Challenges the Postural Satability During Quiet Stance Unexpected Posture Perturbation J Pain 2011 ago 12(8)911-9

8 Ribeiro GD Suaacuterez MH Ruiz DR Efecto del entrenamiento sistemaacutetico de gimnasia riacutetmica sobre el control postural de ninas adolescentes Rev Andal Med 2015 jun 8(2)54-60

9 Teixeira CL Equiliacutebrio e controle postural Brazilian Journal of Biomechanics 2010 11(20)31-40

10 Matsuda S Demura S Uchiyama M Centre of pressure sway characteristics during static one-legged stance of athletes from different sports Journal of Sports Sciences 2008 may 26(7)775 ndash 779

11 Merlo JK Stoppa ACL Macedo CSG Silva Juacutenior RA Anaacutelise Comparativa do Equiliacutebrio em Apoio Unipodal em Indiviacuteduos Sedentaacuterios e Atletas UNOPAR Cient Ciecircnc Biol Sauacutede 2010 12(4)29-32

12 Saito KA Navarro M Silva MF Arie EK Peccin MS Oscilaccedilatildeo do centro de pressatildeo plantar de atletas e natildeo atletas com e sem entorse de tornozelo Rev Bras Ortop 2016 51(4)437ndash443

35

13 Lamb M Oliveira PD Tano SS Gil AWO Dos Santos EVN Fernandes KBP

Efeito do treinamento proprioceptivo no equiliacutebrio de atletas de ginaacutestica riacutetmica Rev Bras Med Esporte 2014 setout 20(5)379-382

14 Silva JA Ribeiro-Filho NP A dor como um problema psicofiacutesico Rev Dor 2011 abrjun 12(2)138-51

15 Meardon S Klusendorf A Kernozek T Influence of injury on dynamic postural control in runners The International Journal of Sports Physical Therapy 2016 jun 11(3)336

16 Lin CF Lee IJ Liao JH Wu HW Su FC Comparison of Postural Stability Between Injured and Uninjured Ballet Dancers The American Journal of Sports Medicine 2011 39(6)1324-1331

17 Varoli FK Pedrazzi V Adapted Version of the McGill Pain Questionnaire to Brazilian Portuguese Braz Dent J 2006 17(4) 328-335

18 Pimenta CAM Teixeira MJ Questionaacuterio de dor McGill proposta de adaptaccedilatildeo para a liacutengua portuguesa Rev Esc Enf USP 1996 dez 30(3)473-83

19 Rabello LM Macedo CSG Oliveira MR Fregueto JH Camargo MZ Lopes LD et al Relaccedilatildeo entre testes funcionais e plataforma de forccedila nas medidas de equiliacutebrio em atletas Rev Bras Med Esporte 2014 maijun 20(3)219-222

20 Bressel E Yonker JC Kras J et al Comparison of static and dynamic balance in female collegiate soccer basketball and gymnastics atheletes Journal of Athletic Training 2007 42(1)42ndash46

21 Sabeti M Jeremian L Graf A Kandelhart R Elite level rhythmic gymnasts have significantly more and stronger pain than peers of similar age a prospective study Wien Klin Wochenschr 201512731ndash35

22 Vanderlei FM Vanderlei FCM Netto Juacutenior J Praste CM Caracteriacutesticas das lesotildees desportivas e fatores associados com lesatildeo em iniciantes de ginaacutestica artiacutestica do sexo feminino Fisioter Pesq 201320(2)191-196

23 Oliveira MMM Lourenccedilo MRA Teixeira DC Incidecircncias de lesotildees nas equipes de Ginaacutestica Riacutetmica da UNOPAR UNOPAR Cient Ciecircnc Biol Sauacutede 2003 out 6(1)29-40

24 Frutuoso AS Diefenthaeler F Vaz MA et al Lower Limb asymmetries in rhythmic gymnastics atheletes Int Sports Phys Ther 2016 11(1)34ndash43

25 Kolar E Samardžija MP Smrdu M Atikovic A Athletes perceptions of the causes of injury in gymnastics J Sports Med Phys Fitness 2016 Mar 57(5)703-710

36

26 Mueller S Mueller J Stoll J Prieske O Cassel M Mayer F Incidence of back pain in adolescent athletes a prospective study BMC Sports Science Medicine and Rehabilitation 2016 838

27 Goubert D Danneels L Graven-Nielsen T Descheemaeker F Meeus M Differences in Pain Processing Between Patients with Chronic Low Back Pain Recurrent Low Back Pain and Fibromyalgia Pain Physician 2017 May 20(4)307-318

28 Arliani GG Cohen M Lara PS Astur DC Gonccedilalves JPP Ferretti M Impacto do esporte na sauacutede de ex-jogadores profissionais de futebol no Brasil Acta ortop bras 2014 julago 22(4)188-190

29 Hoskins W Pollard H Daff C Odell A Garbutt P McHardy A et al Low back pain status in elite and semi-elite Australian football codes a cross-sectional survey of football (soccer) Australian rules rugby league rugby union and non-athletic controls BMC Musculoskeletal Disorders 20091038

30 Ngamkham S Vincent C Finnegan L Holden JE Wang ZJ Wilkie DJ The McGill Pain Questionnaire as a Multidimensional Measure in People with Cancer An Integrative Review Pain Manag Nurs 2012 Mar 13(1) 27ndash51

31 Bermudez OAS Souza RA Souza CMF Castro CES Beacuterzn F Avaliaccedilatildeo multidimensional da dor em portadores de desordem temporomandibular utilizando uma versatildeo brasileira do questionaacuterio mcgill de dor Rev bras fisioter 2003 7(2) 151-158

32 Reading AE Everitt BS Sledmore CM The McGill Pain Questionnaire a replication of its construction Br J Clin Psychol 1982 21339ndash349

33 Melzack R The McGill Pain Questionnaire Anesthesiology 2005 103199-202

34 Pessoa CP Barreto MB Santos LB Alves TDB Oliveira MC Martins AG Instrumentos utilizados na avaliaccedilatildeo do impacto da dor na qualidade de vida de pacientes com dor orofacial e disfunccedilatildeo temporomandibular Escola Baiana de Sauacutede Puacuteblica 200731(2)267-293

35 Espinoza ES Ortiz GB Estabilidad abdominolumbopeacutelvica y equilibrio comopredictores de la incidencia de lesionesmusculoesqueleacuteticas en estudiantes de danzaUn estudio piloto Fisioterapia 2014

36 Steinberg N Dar G Dunlop M Gaida JE The relationship of hip muscle performance to legankle and foot injuries a systematic review The Physician and Sportsmedicine 2017

37 Anderson K Strickland SM Warren R Hip and Groin Injuries in Athletes The American Journal of Sports Medicine 2001 29(4) 521-533

38 Tschopp M Brunner F Erkrankungen und Uumlberlastungsschaumlden an der unteren Extremitaumlt bei Langstreckenlaumlufern Z Rheumatol 2017 Feb

37

39 Han J Anson J Waddington G Adans R Liu Y The Role of Ankle

Proprioception for Balance Control in relation to Sports Performance and Injury BioMed Research International 2015 Jun8

40 Couto AGA Pedroni CR Relaccedilatildeo entre postura queixa dolorosa e lesatildeo em bailarinas claacutessicas Ter Man 2013 11(55)228-233

41 Dore BF e Guerra RO Sintomatologia dolorosa e fatores associados em bailarinos profissionais Rev Bras Med Esporte 2007 MarAbr13(2)77-80

38

ANEXO I ndash QUESTIONAacuteRIO DE DOR MCGILL

39

ANEXO II ndash PARECER DE APROVACcedilAtildeO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA

40

41

ANEXO III ndash NORMAS DE SUBMISSAtildeO DA REVISTA

Instruccedilotildees aos Autores

A Revista Brasileira de Medicina do Esporte - RBME (Brazilian Journal of

Sports Medicine) oacutergatildeo oficial da Sociedade Brasileira de Medicina do Exerciacutecio e

do Esporte (SBMEE) eacute publicada bimestralmente em seis ediccedilotildees ao ano (janfev

marabr maiojun julago setout e novdez) A RBME eacute indexada nas seguintes

bases bibliograacuteficas SciELO Web of Science Excerpta Medica-EMBASE Physical

Education Index LILACS SIRC-Sportdiscus e Scopus A publicaccedilatildeo segue

integralmente o padratildeo internacional do International Committee of Medical Journal

Editors (ICMJE) ou Convenccedilatildeo de Vancouver e seus requisitos de uniformizaccedilatildeo

[httpwwwicmjeorg]

Preparaccedilatildeo de manuscritos Os artigos submetidos devem ser digitados em

espaccedilo duplo fonte Arial 12 em paacutegina tamanho A4 sem numerar linhas ou

paraacutegrafos e numerando as paacuteginas no canto superior direito Figuras e tabelas

devem ser apresentadas ao final do artigo em paacuteginas separadas No corpo do

texto deve-se informar os locais para inserccedilatildeo das tabelas ou figuras Nuacutemeros

menores que 10 satildeo escritos por extenso enquanto que nuacutemeros maiores ou igual a

10 satildeo expressos em algarismos araacutebicos Os manuscritos que natildeo estiverem de

acordo com as instruccedilotildees aos autores em relaccedilatildeo a estilo e formato seratildeo

devolvidos sem revisatildeo pelo Conselho Editorial As medidas deveratildeo ser expressas

no Sistema Internacional (Systegraveme International SI) disponiacutevel em

httpphysicsnistgovcuuUnits e unidades padratildeo quando aplicaacutevel Recomenda-

se aos autores natildeo usar abreviaccedilotildees no tiacutetulo e limitar a sua utilizaccedilatildeo no resumo e

ao longo do texto Os nomes geneacutericos devem ser usados para todas as drogas Os

faacutermacos podem ser referidos pelo nome comercial poreacutem deve constar o nome

cidade e paiacutes ou endereccedilo eletrocircnico do fabricante entre parecircnteses na seccedilatildeo

Materiais e Meacutetodos

Abreviaturas O uso de abreviaturas deve ser minimizado As abreviaturas deveratildeo

ser definidas por ocasiatildeo de sua primeira utilizaccedilatildeo no resumo e tambeacutem no texto

Abreviaturas natildeo padratildeo natildeo devem ser utilizadas a menos que essas apareccedilam

pelo menos trecircs vezes no texto Unidades de medida (3 ml ou 3 mL e natildeo 3

mililitros) ou siacutembolos cientiacuteficos padratildeo (elementos quiacutemicos por exemplo Na e

natildeo soacutedio) natildeo satildeo consideradas abreviaturas e portanto natildeo devem ser definidos

Abreviar nomes longos ou substacircncias quiacutemicas e termos utilizados para

combinaccedilotildees terapecircuticas Abreviaturas em figuras e tabelas podem ser utilizadas

por razotildees de espaccedilo poreacutem devem ser definidas na legenda mesmo que tenham

sido definidas no texto do artigo

Formato dos arquivos Usar editor de texto Microsoft Word para Windows ou

42

equivalente Arquivos em formato PDF natildeo devem ser enviados As tabelas e

quadros deveratildeo estar em seus arquivos originais (Excel Acess Powerpoint etc)

As figuras deveratildeo estar nos formatos jpg ou tif em alta resoluccedilatildeo (300 dpi) As

figuras deveratildeo estar incluiacutedas no arquivo Word mas tambeacutem devem ser enviadas

separadamente (anexadas durante a submissatildeo do artigo como documento

suplementar em seus arquivos originais)

Paacutegina de rosto A paacutegina de rosto deve conter (1) a categoria do artigo (2) o tiacutetulo

do artigo em portuguecircs inglecircs e espanhol com ateacute 80 caracteres cada que deve ser

objetivo e informativo (3) os nomes completos dos autores instituiccedilatildeo formaccedilatildeo

acadecircmica de origem (a mais relevante) cidade estado e paiacutes (4) nome do autor

correspondente com endereccedilo completo telefone e e-mail A titulaccedilatildeo dos autores

natildeo deve ser incluiacuteda O nome completo de cada autor (sem abreviaccedilotildees) e sua

afiliaccedilatildeo institucional (nota as unidades hieraacuterquicas devem ser apresentadas em

ordem decrescente por exemplo universidade faculdade ou instituto e

departamento) devem ser informados Os nomes das instituiccedilotildees e programas

deveratildeo ser apresentados preferencialmente por extenso e na liacutengua original da

instituiccedilatildeo ou na versatildeo em inglecircs quando a escrita natildeo eacute latina (pex aacuterabe

mandarim ou grego)

Resumo O resumo em portuguecircs inglecircs e espanhol deve ser incluiacutedo no

manuscrito Em cada um dos idiomas natildeo deve conter mais do que 300 palavras A

versatildeo estruturada eacute obrigatoacuteria nos artigos originais e inclui objetivos meacutetodos

resultados e conclusatildeo Artigos de revisatildeo natildeo requerem resumo estruturado

Palavras-chave O artigo deve incluir no miacutenimo trecircs e no maacuteximo seis descritores

em portuguecircs inglecircs e espanhol baseados nos Descritores de Ciecircncias da Sauacutede

(DeCS) httpdecsbvsbr ou no Medical Subject Headings (MeSH) da National

Library of Medicine disponiacutevel em httpwwwnlmnihgovmeshmeshhomehtml

oubaseados no Medical SubjectHeading (MeSH) do Index Medicus

(httpwwwnlmnihgovmesh)

Introduccedilatildeo A introduccedilatildeo deve conter (1) justificativa objetiva para o estudo com

referecircncias pertinentes ao assunto sem realizar uma revisatildeo extensa (2) objetivo do

artigo

Materiais e Meacutetodos Esta seccedilatildeo deve descrever os experimentos (quantitativa e

qualitativamente) e os procedimentos em detalhes suficientes que permitam que

outros pesquisadores reproduzam os resultados ou deem continuidade ao estudo

e deveraacute conter (1) a descriccedilatildeo clara da amostra utilizada (2) termo de

consentimento para estudos experimentais envolvendo seres humanos (3)

identificaccedilatildeo dos meacutetodos aparelhos (nome do fabricante e endereccedilo cidade e paiacutes

devem ser menciondos entre parecircnteses) e procedimentos utilizados (4) descriccedilatildeo

breve e referecircncias de meacutetodos publicados mas natildeo amplamente conhecidos (5)

43

descriccedilatildeo detalhada de meacutetodos novos ou modificados (6) quando pertinente incluir

a anaacutelise estatiacutestica e os programas utilizados Importante Ao relatar experimentos

com seres humanos ou animais indicar se os procedimentos seguiram as normas

do Comitecirc Eacutetico sobre Experiecircncias Humanas da instituiccedilatildeo na qual a pesquisa foi

realizada e se os procedimentos estatildeo de acordo com a declaraccedilatildeo de Helsinki de

1995 e a Animal Experimentation Ethics respectivamente Os autores devem incluir

uma declaraccedilatildeo indicando que o protocolo foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica da

Instituiccedilatildeo (instituiccedilatildeo de afiliaccedilatildeo de pelo menos um dos autores) com o respectivo

nuacutemero de identificaccedilatildeo Tambeacutem deve incluir que o Termo de Consentimento Livre

e Esclarecido foi assinado por todos os participantes

Resultados Apresentar os resultados em sequecircncia loacutegica no texto usando tabelas

e figuras Evitar repeticcedilatildeo excessiva de dados no texto em tabelas ou figuras

poreacutem enfatizar somente as descobertas mais importantes

Discussatildeo Enfatizar os aspectos originais e importantes do estudo e as conclusotildees

que decorrem deste evitando poreacutem repetir dados jaacute apresentados em outras

partes do manuscrito Em estudos experimentais ressaltar a relevacircncia e limitaccedilotildees

dos resultados confrontando com os dados da literatura e incluindo implicaccedilotildees

para estudos futuros

Conclusotildees A conclusatildeo deve ser clara e concisa baseada nos resultados

obtidos estabelecendo ligaccedilatildeo com implicaccedilotildees cliacutenicas evitando poreacutem excessiva

generalizaccedilatildeo) A mesma ecircnfase deve ser dada a estudos com resultados negativos

ou positivos Recomendaccedilotildees podem ser incluiacutedas quando relevantes

Agradecimentos Quando pertinente incluir agradecimento ou reconhecimento a

pessoas que tenham contribuiacutedo para o desenvolvimento do trabalho poreacutem natildeo se

qualificam como coautores Fontes de financiamento como auxiacutelio a pesquisa e

bolsas de estudo devem ser reconhecidos nesta seccedilatildeo Os autores deveratildeo obter

permissatildeo por escrito para mencionar nomes e instituiccedilotildees de todos os que

receberam agradecimentos nominais

Referecircncias As referecircncias devem ser numeradas na sequecircncia em que aparecem

no texto em formato sobrescrito As referecircncias citadas somente em legendas de

tabelas ou figuras devem ser numeradas de acordo com sequecircncia estabelecida

pela primeira menccedilatildeo da tabela ou da figura no texto O estilo das referecircncias

bibliograacuteficas deve seguir as regras do Uniform Requirements for Manuscripts

Submitted to Biomedical Journals (International Committee of Medical Journal

Editors disponiacutevel em Ann Intern Med 1997126(1)36-47 httpwwwicmjeorg)

Alguns exemplos satildeo mostrados a seguir Os tiacutetulos dos perioacutedicos devem ser

abreviados de acordo com o Index Medicus (List of Journals Indexed disponiacutevel em

httpwwwnlmnihgovtsdserialsljihtml) Se o perioacutedico natildeo constar dessa lista

deve-se utilizar a abreviatura sugerida pelo proacuteprio perioacutedico Deve-se evitar utilizar

44

ldquocomunicaccedilotildees pessoaisrdquo ou ldquoobservaccedilotildees natildeo publicadasrdquo como referecircncias

Resumos de tranalhos apresentados em eventos devem ser utilizados somente se

for a uacutenica fonte de informaccedilatildeo

Tabelas As tabelas devem ser elaboradas em espaccedilo 15 devendo ser planejadas

para ter como largura uma (87cm) ou duas colunas (18 cm) Cada tabela deve

possuir um tiacutetulo sucinto Notas explicativas seratildeo incluiacutedas em notas de rodapeacute A

tabela deve conter meacutedias e medidas de dispersatildeo (Desvio Padratildeo Erro Padratildeo da

Meacutedia etc) natildeo devendo conter casas decimais irrelevantes As abreviaturas

devem estar de acordo com aquelas utilizadas no texto e nas figuras Os coacutedigos de

identificaccedilatildeo de itens da tabela devem estar listados na ordem de surgimento no

sentido horizontal e devem ser identificados pelos siacutembolos padratildeo Os quadros e

tabelas deveratildeo ser enviados atraveacutes dos arquivos originais editaacuteveis (Word Excel)

e natildeo como imagens

Figuras Na versatildeo impressa da RBME seratildeo aceitas figuras em preto-e-branco

Imagens coloridas poderatildeo ser publicadas quando forem essenciais para o conteuacutedo

cientiacutefico do artigo Nestes casos o custo seraacute repassado aos autores Figuras

coloridas poderatildeo ser incluiacutedas na versatildeo eletrocircnica do artigo sem custo adicional

aos autores Os desenhos e figuras devem ser consistentes e tatildeo simples quanto

possiacutevel poreacutem informativos Tons de cinza natildeo devem ser utilizados Todas as

linhas devem ser soacutelidas Para graacuteficos de barra por exemplo utilizar barras

brancas pretas com linhas diagonais nas duas direccedilotildees linhas em xadrez linhas

horizontais e verticais A RBME desaconselha fortemente o uso de fotografias de

equipamentos e animais de experimentaccedilatildeo As figuras devem ser impressas com

bom contraste e ter a largura de uma coluna (87cm) Utilizar no miacutenimo fonte

tamanho 10 para letras nuacutemeros e siacutembolos com espaccedilamento e alinhamento

adequados Quando a figura representar uma radiografia ou fotografia sugerimos

incluir a escala de tamanho quando pertinente

Por favor note que eacute de responsabilidade dos autores obter permissatildeo do detentor

dos direitos autorais para reproduzir figuras (ou tabelas) que tenham sido

previamente publicados em outras fontes De acordo com os princiacutepios do acesso

aberto os autores devem ter permissatildeo do detentor dos direitos caso desejem

incluir imagens que tenham sido publicados em outros perioacutedicos de acesso natildeo

aberto A permissatildeo deve ser indicada na legenda da figura e a fonte original deve

ser incluiacuteda na lista de referecircncias

45

APEcircNDICE I ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE)

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Vocecirc estaacute sendo convidada(o) a participar da pesquisa intitulada

ldquoCARACTERIZACcedilAtildeO DA DOR E SUA RELACcedilAtildeO COM EQUILIacuteBRIO

POSTURAL ESTAacuteTICO EM ATLETAS DE GINAacuteSTICA RIacuteTMICArdquo realizada pela

Universidade Federal de Sergipe por intermeacutedio da discente TAINARA DOS

SANTOS BOMFIM devidamente assistida pelo seu orientador PAULO MAacuteRCIO

PEREIRA OLIVEIRA O objetivo desse estudo eacute caracterizar a Dor

musculoesqueleacutetica em atletas de elite de ginaacutestica riacutetmica e analisar a relaccedilatildeo da

dor no equiliacutebrio postural estaacutetico das atletas comparando com controles natildeo

atletas A justificativa para a realizaccedilatildeo da pesquisa eacute documentar na literatura

escassa estudo sobre a relaccedilatildeo da dor com o equiliacutebrio postural estaacutetico em

atletas de elite de Ginaacutestica Riacutetmica Sua participaccedilatildeo nessa pesquisa consistiraacute

em responder um questionaacuterio e realizar avaliaccedilatildeo de equiliacutebrio que ocorreraacute em

um uacutenico momento Natildeo haacute riscos previsiacuteveis relacionados com sua participaccedilatildeo

nem danos previsiacuteveis decorrentes da pesquisa Os benefiacutecios relacionados com

sua participaccedilatildeo satildeo

1 Identificar alteraccedilotildees posturais de equiliacutebrio em atletas de alto rendimento

2 Evidenciar se o processo de dor em atletas eacute igual maior ou menor quando

comparado com pessoas natildeo atletas

3 Evidenciar se as variaccedilotildees aacuterea e velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo

de pressatildeo se igualam ou natildeo a pessoas natildeo atletas

Vocecirc foi selecionado por preencher os requisitos da pesquisa mas sua

participaccedilatildeo NAtildeO Eacute OBRIGATOacuteRIA sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo em sua

relaccedilatildeo com a instituiccedilatildeo ou com o pesquisador

Eu________________________________________________________________

abaixo assinado declaro que fui informado que as informaccedilotildees obtidas atraveacutes

dessa pesquisa seratildeo confidenciais e o sigilo sobre minha participaccedilatildeo seraacute

assegurado De tal modo que os dados natildeo seratildeo divulgados de forma a possibilitar

minha identificaccedilatildeo Tambeacutem estou ciente de que a qualquer momento posso

desistir de minha participaccedilatildeo e retirar meu consentimento Declaro que entendi os

objetivos riscos e benefiacutecios de minha participaccedilatildeo na pesquisa e concordo em

participar

Vocecirc receberaacute uma coacutepia deste termo onde consta o telefone e o endereccedilo do

pesquisador principal podendo tirar suas duacutevidas sobre o Projeto de Pesquisa de

sua participaccedilatildeo agora ou a qualquer momento

46

DADOS DO PESQUISADOR RESPONSAacuteVEL

Nome Tainara dos Santos Bomfim

Endereccedilo profissionale-mail Rua Padre Aacutelvares Pitangueira sn - Centro

Departamento de Fisioterapia bftainaragmailcom

Telefone (79) 9 9806-7487

ATENCcedilAtildeO A participaccedilatildeo em qualquer tipo de pesquisa eacute voluntaacuteria Em casos de

duacutevida quanto aos seus direitos entre em contato com o Comitecirc de Eacutetica em

Pesquisa da Universidade Federal de Sergipe

Lagarto _____de _____de 201_

_____________________________________________________

ASSINATURA DO VOLUNTAacuteRIO

_____________________________________________________

ASSINATURA DO PESQUISADOR RESPONSAacuteVEL

Page 21: CARACTERIZAÇÃO DA DOR E SUA RELAÇÃO COM O … · tainara dos santos bomfim caracterizaÇÃo da dor e sua relaÇÃo com o equilÍbrio postural em atletas de ginÁstica rÍtmica

21

146 plt0001) afetivo (264 plusmn 053 plt0001) avaliativo (236 plusmn 028 plt0001) e

miscelacircnea (376 plusmn 064 plt0001) (Tabela 2)

Tabela 2 Domiacutenios da dor entre os grupos da pesquisa

Tabela 2 Escores obtidos atraveacutes do questionaacuterio de dor McGill entre o grupo atleta (n=25) e o grupo controle

(n=25) Os valores foram apresentados como frequecircncia absoluta (FA) e relativa (FR) (porcentagem) SL

Sensorial AV Avaliativa AF Afetiva M Miscelacircnea GA grupo atleta GC grupo controle plt005 GA X GC

plt001 GA X GC plt0001 GA X GC A anaacutelise de variaacuteveis categoacutericas foi realizada por meio do teste

Mann-Whitney

322 Localizaccedilatildeo da Dor

Aproximadamente sessenta e oito por cento do grupo controle apresentou

nenhum local de intensidade dolorosa Em contra partida no grupo atleta seis (24)

das ginastas relataram sentir dor em pelo menos uma articulaccedilatildeo do corpo e

dezenove (76) apresentaram intensidade dolorosa em mais de uma articulaccedilatildeo

Foi observado no grupo atleta que em 13 (52) das atletas a articulaccedilatildeo do quadril

apresentou-se com maior prevalecircncia A segunda articulaccedilatildeo de maior sensibilidade

relatada pelo GA foi o peacute em 11 (44) (Tabela 3)

Tabela 3 Prevalecircncia e localizaccedilatildeo de dor entre os grupos da pesquisa

Domiacutenios Grupo Atleta (GA) Grupo Controle (GC) P

FA (n) FR () FA (n) FR ()

Sensorial (SL) 24 96 8 32 00001

Afetiva (AF) 19 76 4 16 00001

Avaliativa (AV) 24 96 8 32 00001

Miscelacircnea (M) 19 76 6 24 00005

Caracteriacutesticas Grupo Atleta (GA) Grupo Controle (GC)

FA (n) FR () FA (n) FR ()

Sentem dor 25 100 8 32

22

Tabela 3 Prevalecircncia e distribuiccedilatildeo corporal da dor entre o grupo atleta (n=25) e o grupo controle (n=25) Os

valores foram apresentados como frequecircncia absoluta (FA) e relativa (FR) (porcentagem) GA grupo atleta GC

grupo controle

323 Nuacutemero de Palavras Escolhidas e Iacutendice de Dor

No grupo atleta o nuacutemero de palavras escolhidas (NWC) foi significativamente

maior (1076 plusmn 106) ao comparar com o grupo controle (220 plusmn 075 plt0001)

Similarmente aos resultados encontrados para o NWC tambeacutem foi observado um

aumento significativo do iacutendice de dor (PRI) no grupo atleta (2220 plusmn 242) em

relaccedilatildeo ao grupo controle (484 plusmn 165 plt0001) A figura 1 demonstra a

comparaccedilatildeo entre os grupos para o Iacutendice de dor e nuacutemero de palavras escolhidas

Dor em uma articulaccedilatildeo 6 24 7 28

Dor em mais de uma articulaccedilatildeo

19 76 1 4

Dor no Quadril 13 52 0 0

Dor no Peacute 11 44 1 4

Dor no Joelho 7 28 1 4

Dor na Coluna 5 20 4 16

23

Figura 1 Nuacutemero de palavras escolhidas e Iacutendice de dor verificado por meio do questionaacuterio de dor de McGill

entre o grupo atleta (n=25) e o grupo controle (n=25) NWC nuacutemero de palavras escolhidas PRI iacutendice de dor

GA grupo atleta GC grupo controle plt005 GA X GC plt001 GA X GC plt0001 GA X GC A anaacutelise de

variaacuteveis categoacutericas foi realizada por meio do teste Mann-Whitney

33 Equiliacutebrio Estaacutetico (Estabilometria)

331 Aacuterea de deslocamento do COP (ACOP)

Nas comparaccedilotildees intergrupos foi observada uma reduccedilatildeo significativa do

equiliacutebrio no grupo atleta (plt005) Verificou-se que as ginastas apresentaram maior

deslocamento do COP (16513 mmsup2 plusmn 148 p= 0002) em relaccedilatildeo ao grupo controle

(10212 mmsup2 plusmn 114 p= 0002) A figura 2 demonstra a comparaccedilatildeo da aacuterea do

deslocamento do COP entre os grupos

Figura 2 Aacuterea da elipse do centro de pressatildeo do baricentro corporal entre o grupo atleta (n=25) e o grupo

controle (n=25) ACOP aacuterea do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo GA grupo atleta GC grupo controle plt005 GA X GC plt001 GA X GC plt0001 GA X GC A anaacutelise de variaacuteveis categoacutericas foi realizada por meio do teste Mann-Whitney

332 Velocidade meacutedia de oscilaccedilatildeo do COP (VmCOP)

A velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo do baricentro do corpo foi

significativamente maior na direccedilatildeo AP no grupo atleta (1110 mms plusmn 0049 p=003)

quando comparada ao grupo controle (0997 mms plusmn 0091 p=003) Paralelamente

24

a velocidade meacutedia do COP na direccedilatildeo ML tambeacutem foi significativamente maior no

grupo atleta (0845 mms plusmn 0042 plt0001) em relaccedilatildeo ao grupo controle (0508

mms plusmn 0065 plt0001) (Figura 3)

Figura 3 Velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo do baricentro corporal entre o grupo atleta (n=25)

e o grupo controle (n=25) COP centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo AP anteroposterior ML mediolateral GA grupo atleta GC grupo controle plt005 GA X GC plt001 GA X GC plt0001 GA X GC A anaacutelise de variaacuteveis categoacutericas foi realizada por meio do teste Mann-Whitney

34 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios da dor e equiliacutebrio postural

Foi apenas visualizada uma correlaccedilatildeo de fraca a moderada positiva com

significacircncia estatiacutestica entre o domiacutenio de dor avaliativa (236 plusmn 028) e velocidade

meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo na direccedilatildeo mediolateral (AV 0845mms plusmn

0042 r = 0414 p = 0040) Natildeo houve correlaccedilatildeo significativa entre todos os outros

domiacutenios avaliados e a velocidade meacutedia do COP na direccedilatildeo ML (S 0845mms plusmn

0042 r = 023 p gt 0914 AF 0845mms plusmn 0042 r = 085 p = 0687 M 0845mms

plusmn 0042 r = 0049 p = 0816) Bem como entre todos os domiacutenios e a velocidade

meacutedia do COP na direccedilatildeo anteroposterior (S 1110mms plusmn 0049 r = 0009 p =

0967 AF 1110mms plusmn 0049 r = 0216 p = 0299 AV 1110mms plusmn 0049 r =

020 p = 0925 M 1110mms plusmn 0049 r = 0138 p = 0510) e entre todos os

domiacutenios e a aacuterea de deslocamento do COP (S 16513mmsup2 plusmn 148 r = 0044 p =

0836 AF 16513mmsup2 plusmn 148 r = 0165 p = 0431 AV 16513mmsup2 plusmn 148 r = 0220

p gt 0291 M 16513mmsup2 plusmn 148 r = 0180 p = 0390) (Figura 4)

25

Figura 4 Correlaccedilatildeo de Spearman entre dor avaliativa e velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo (VmCOP) do baricentro corporal (A) Forccedila de correlaccedilatildeo de Spearman (r = 0414 p = 0040) entre a dor

avaliativa (AV) (236 plusmn 028) e a velocidade meacutedia do COP na direccedilatildeo mediolateral (0845 mms plusmn 0042) no grupo atleta (B) Forccedila de correlaccedilatildeo de Spearman (r = 0063 p = 0765) entre a dor avaliativa (AV) (060 plusmn

021) e a velocidade meacutedia do COP na direccedilatildeo mediolateral (0508 mms plusmn 0065) no grupo controle Os valores foram apresentados como meacutedia plusmn erro padratildeo da meacutedia

4 Discussatildeo

Os resultados desta pesquisa demonstraram que atletas de elite de ginaacutestica

riacutetmica manifestam maior percepccedilatildeo dolorosa que controles natildeo praticantes de

esporte a niacutevel competitivo Isto pode estar relacionado a trecircs principais fatores que

podem contribuir de forma direta para a maior prevalecircncia de dor nessas atletas

destacando o iniacutecio precoce na praacutetica da modalidade os altos volumes e

intensidade dos treinos e a grande quantidade de repeticcedilotildees dos gestos esportivos

com alta predominacircncia de saltos e posturas estaacuteticas De acordo com os nossos

resultados Sabeti et al21 realizaram estudo com 218 ginastas de diferentes

nacionalidades no campeonato europeu de GR utilizando a escala visual analoacutegica

(EVA) para registro da intensidade dolorosa Os resultados encontrados foi que as

atletas tecircm uma maior intensidade dolorosa (72) que controles natildeo praticantes de

esporte competitivo

Paralelamente a literatura cientifica relata que o tempo de inicio da praacutetica

esportiva o niacutevel competitivo e o volumeintensidade dos treinos destas atletas satildeo

fatores preditivos para um maior desenvolvimento de lesatildeo e dor em atletas de GR

Shigaki et al4 apontam que o risco e intensidade de lesatildeo estatildeo fortemente

26

relacionados com o aumento da idade e do niacutevel competitivo Da mesma forma

Vanderlei et al22 e Oliveira et al23 afirmam que quanto mais elevada a categoria do

atleta maior seraacute o tempo e a intensidade do treinamento consequentemente maior

a exposiccedilatildeo aos esforccedilos musculoesqueleacuteticos durante treinamento eou

competiccedilotildees Deste modo Oliveira et al23 em seu estudo avaliaram 25 atletas de

GR de diferentes categorias etaacuterias e encontraram que a maioria das atletas

apresentaram algum tipo de lesatildeo ocasionada pelos treinos Desta forma autores

relatam que a formaccedilatildeo dessas atletas influencia na incidecircncia e intensidade

dolorosa de lesotildees por overuse21 24 Tais lesotildees geralmente ocorrem quando a

frequecircncia dos exerciacutecios aumenta enquanto a intensidade eacute mantida23 Estando de

acordo com os nossos resultados Kolar et al25 em estudo realizado com 63 atletas

da ginaacutestica artiacutestica e riacutetmica de ambos os sexos concluiacuteram que a maacute teacutecnica

meacutetodos improacuteprios de ensino e carga inadequada durante os treinos foram

associados com o surgimento de dor e lesotildees nessa populaccedilatildeo

Contrariamente aos nossos resultados Muller et al26 realizaram um estudo

investigativo do desenvolvimento de dor lombar em atletas adolescentes em relaccedilatildeo

ao sexo e tipo de esporte praticado Foram avaliados 321 atletas sem dor lombar em

um primeiro momento e apoacutes dois anos os mesmo atletas foram reavaliados para

verificar a incidecircncia de dor lombar Apenas 10 da amostra foram categorizados

com dor lombar Aleacutem disso antropometria e caracteriacutesticas de formaccedilatildeo do esporte

natildeo demonstraram influecircncia significativa na dor lombar levando os autores a

concluiacuterem que o esporte de alto rendimento natildeo induz dor lombar em atletas

adolescentes

No nosso estudo utilizamos para avaliaccedilatildeo da percepccedilatildeo dolorosa em ambos

os grupos o questionaacuterio de dor McGill Este apresentou-se como uma ferramenta

de faacutecil execuccedilatildeo baixo custo e com alta sensibilidade e confiabilidade para uma

caracterizaccedilatildeo multidimensional da dor na populaccedilatildeo estudada Diferenciados

meacutetodos de investigaccedilatildeo da dor podem ser encontrados em um crescente numero

de publicaccedilotildees cientificas sobre o estudo da percepccedilatildeo e intensidade dolorosa

Goubert et al27 utilizaram a algometria de pressatildeo para comparar a avaliaccedilatildeo

sensorial quantitativa da dor de pacientes com dor lombar em diferentes niacuteveis de

cronicidade comparando a controles saudaacuteveis e pacientes com fibromialgia

Diferentemente Sabeti et al21 Arliani et al28 e Hoskins et al29 utilizaram em suas

27

pesquisas a escala visual analoacutegica (EVA) para registrar a intensidade dolorosa de

atletas em diferentes modalidades Ambos satildeo considerados meacutetodos

unidimensionais utilizados com o objetivo de quantificar a magnitude da dor dentro

de um perfil somatosensorial

Por outro lado diversas pesquisas utilizam o questionaacuterio McGill (MPQ) como

instrumento multidimensional para avaliar a dor e conhececirc-la de forma ampla em

diferentes modelos de estudos e em diversas populaccedilotildees Ngamkham et al30

realizaram revisatildeo sistemaacutetica sobre a avaliaccedilatildeo da dor com McGill em pacientes

com cacircncer demonstrando que o MPQ eacute comumente usado nessa populaccedilatildeo para

mensurar a intensidade e qualidade da dor pois fornece informaccedilotildees sobre

possiacuteveis locais da doenccedila magnitude da dor bem como a eficaacutecia do tratamento e

intervenccedilatildeo submetidos Da mesma forma Bermudez et al31 avaliaram pacientes

diagnosticados com DTM moderada e severa para discriminar e comparar a queixa

dolorosa de acordo com a severidade da doenccedila Pode-se concluir com o estudo

que o MPQ foi capaz de diferenciar o padratildeo temporal da dor a localizaccedilatildeo de maior

queixa dolorosa e a intensidade da dor em portadores de DTM

As diferenccedilas metodoloacutegicas utilizadas corroboram o fato de a dor ser uma

experiecircncia complexa e subjetiva que varia em qualidade intensidade sensorial e

em caracteriacutesticas afetivo-motivacionais Pois a mesma envolve vaacuterias dimensotildees e

pode ser influenciada por infinitos estiacutemulos intriacutensecos e extriacutensecos32 33 Assim

cabe a utilizaccedilatildeo de diferentes meacutetodos uni e multidimensionais para uma avaliaccedilatildeo

precisa considerando a natureza da dor e suas caracteriacutesticas

De acordo com os resultados do nosso estudo foi visualizado que as atletas

de elite de GR apresentam diferentes caracteriacutesticas de percepccedilatildeo do estiacutemulo

doloroso em comparaccedilatildeo aos controles destacando dores com perfil sensorial e

avaliativo Acreditamos que os atletas de alto rendimento apresentam-se com

alteraccedilotildees do imputs neurosensorial em virtude da constante presenccedila e

intensidade das dores sentidas pela a sua praacutetica desportiva Isto pode repercutir em

mudanccedilas na interpretaccedilatildeo da dor sentida em seu corpo fiacutesico devido agrave influecircncia

de fatores emocionais sociais e hormonais que satildeo comuns em mulheres atletas

Em vista disso sabe-se que o domiacutenio sensorial e avaliativo representam as

28

impressotildees fiacutesicas desse estiacutemulo doloroso aacutelgico e uma auto-avaliaccedilatildeo da sua dor

respectivamente34

Segundo Pimenta e Texeira18 as diferenccedilas na estratificaccedilatildeo da dor se

justificam pelo fato das interpretaccedilotildees de informaccedilotildees cognitivas serem

condicionadas por experiecircncias preacutevias em diferentes momentos do estiacutemulo da dor

gerando respostas variadas agrave experiecircncia dolorosa por ser um processo

individualizado Aleacutem disso a dor eacute uma experiecircncia complexa descrita em termos

de caracteriacutesticas sensoriais afetivo-motivacionais cognitivas e comportamentais

Desta forma o resultado de uma avaliaccedilatildeo da percepccedilatildeo dolorosa pode depender

de qual dimensatildeo da dor esteja sendo vivenciada no momento da avaliaccedilatildeo por

cada indiviacuteduo14

Hoskins et al29 utilizaram a escala visual analoacutegica (EVA) e o questionaacuterio

McGill para comparar a intensidade e a qualidade de dor lombar entre atletas de

elite amadores e natildeo atletas Foram observadas diferenccedilas significativas entre os

grupos mostrando que os atletas de elite apresentaram intensidade de dor mais

alta assim como escolheram com mais frequecircncia palavras das categorias sensorial

e afetiva De forma semelhante a nossa pesquisa o domiacutenio sensorial apresentou o

maior iacutendice de dor e maior frequecircncia de palavras escolhidas Tal fato possa ser

justificado por esse ser o domiacutenio de maior representatividade no questionaacuterio

agregando termos de qualidades sensitivas dor18 Poreacutem a dimensatildeo afetiva natildeo foi

evidenciada com maior frequecircncia no presente estudo Esta representa um estado

emocional o qual pode ser traduzido por percepccedilotildees de cansaccedilo sentimentos de

medo e puniccedilatildeo assim como reaccedilotildees autonocircmicas34 Reading32 e Pimenta e

Teixeira18 em seus estudos relataram que os pacientes que sentem dores de

caracteriacutestica aguda preferem descritores da categoria sensorial Por outro lado

indiviacuteduos que sentem dor crocircnica usualmente tendem a selecionar mais

descritores da categoria afetiva levando em conta fenocircmenos cognitivo de

antecipaccedilatildeo memoacuteria atenccedilatildeo e experiecircncia anterior

Os resultados desta pesquisa demonstraram que a regiatildeo com maior

prevalecircncia de queixa dolorosa em atletas de elite de GR foi a articulaccedilatildeo do quadril

com aproximadamente cinquenta e dois por cento das queixas Isto pode estar

relacionado ao fato da articulaccedilatildeo do quadril ser responsaacutevel pela absorccedilatildeo de

29

grandes cargas compressivas durante a fase de aterrissagem dos saltos o qual eacute

um movimento especiacutefico do esporte Aleacutem disso no quadril estaacute localizado o centro

de gravidade do corpo assim as cargas que satildeo geradas ou transmitidas por essa

regiatildeo geram influecircncia no desempenho esportivo Desse modo pesquisas

cientiacuteficas relatam sobre a importacircncia da forccedila dos muacutesculos estabilizadores do

quadril no surgimento e desenvolvimento de dores nesta articulaccedilatildeo4 35 Steinberg et

al36 realizaram uma analise sistemaacutetica do desempenho da musculatura do quadril

no desenvolvimento de lesotildees no membro inferior e encontraram que a diminuiccedilatildeo

da funccedilatildeo dos muacutesculos do quadril associada a cargas repetitivas no membro

inferior pode aumentar o risco de lesotildees no joelho e em todo o membro

De forma contraacuteria aos nossos resultados Guiotte et al2 Sabeti et al21 e

Oliveira et al23 avaliaram ginastas de diferentes categorias e relataram que a regiatildeo

anatocircmica de queixa dolorosa mais prevalente na praacutetica da GR eacute a coluna lombar

seguida do tornozelo e joelho De acordo com Anderson et al37 a dor no quadril e

na virilha em atletas ocorrem com menor frequecircncia que lesotildees das extremidades do

membro inferior Ratificando esses autores Tschopp et al38 defendem que as

lesotildees do quadril satildeo menos comuns poreacutem satildeo mais difiacuteceis de serem

diagnoacutesticadas Pois as consideraccedilotildees anatocircmicas e biomecacircnicas para lesotildees

nesta regiatildeo estatildeo entre as mais complexas do sistema muacutesculo-esqueleacutetico

Por outro lado os nossos resultados demonstraram que a segunda

articulaccedilatildeo mais prevalente em relaccedilatildeo agrave queixa dolorosa pela praacutetica de GR em

atletas de elite foi o tornozelo-peacute (44) Tal fato se justifica por alguns fatores como

sobrecarga excessiva nos muacutesculos intriacutensecos do peacute os quais satildeo responsaacuteveis

pela formaccedilatildeo do arco plantar existecircncia de compressotildees excessivas nos

segmentos oacutesseos devido ao processo de absorccedilatildeo de impacto nos saltos aleacutem da

necessidade de manutenccedilatildeo da postura do tornozelo-peacute em flexatildeo plantar por

tempos prolongados

De acordo com Han et al39 o complexo do tornozelo-peacute na maioria das

atividades esportivas eacute a uacutenica parte do corpo que estaacute em contato com solo

Assim a propriocepccedilatildeo do tornozelo contribui de forma extremamente significativa

para o controle do equiliacutebrio pois fornece informaccedilotildees que permitem o ajuste de

posiccedilotildees e movimentos dos membros para realizaccedilatildeo das tarefas motoras

30

complexas exigidas no esporte de elite Saito et al12 em sua pesquisa ao avaliarem

atletas com e sem lesatildeo no tornozelo observaram que as lesotildees no tornozelo aleacutem

de causar alteraccedilotildees musculares e osteocinemaacuteticas promovem de forma direta

repercussotildees negativas no controle neuromuscular da articulaccedilatildeo predispondo-a aacute

episoacutedios recidivantes em virtude do comprometimento do feedback neurosensorial

afetando o controle postural e consequentemente o desempenho nas atividades

motoras

De acordo com os dados obtidos no nosso estudo foi observada nas atletas

uma maior aacuterea de deslocamento do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo (COP) do

corpo demonstrando um menor equiliacutebrio estaacutetico das ginastas ao comparar com

controles natildeo atletas Isto pode estar relacionado a uma maior intensidade e

presenccedila do estiacutemulo doloroso no corpo das atletas e a intensa quantidade de

repeticcedilotildees dos exerciacutecios de forma assimeacutetrica pela preferecircncia do membro

dominante Desse modo diversas pesquisas relatam que a presenccedila da dor pode

aumentar a aacuterea do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo (ACOP) produzindo uma piora

do equiliacutebrio corporal4 12 15 16 Lin et al16 e Shigaki et al4 em seus estudos avaliaram

o equiliacutebrio de atletas comparando trecircs grupos atletas com lesatildeo atletas sem lesatildeo

e natildeo atletas Evidenciaram que atletas com lesatildeo apresentaram maior oscilaccedilatildeo do

centro de pressatildeo comparado a indiviacuteduos natildeo atletas e atletas sem lesatildeo Poreacutem

quando comparados atletas sem lesatildeo com indiviacuteduos natildeo atletas natildeo foi observado

diferenccedila significativa

Ao mesmo tempo em nosso estudo foi encontrado uma velocidade meacutedia do

COP maior no grupo atleta em ambas as direccedilotildees ao comparar com controles natildeo

atletas Sendo a velocidade meacutedia do COP maior no plano sagital (anteroposterior)

em relaccedilatildeo ao plano frontal (meacutediolateral) Isto ocorre porque as atletas apresentam

uma resposta neuromuscular mais raacutepida para recuperaccedilatildeo da estabilidade do corpo

adquirida pelo treinamento esportivo essencialmente no plano sagital em que as

estrateacutegias posturais para recuperaccedilatildeo do equiliacutebrio satildeo mais efetivas

Diversos estudos publicados na literatura abordam a habilidade do controle

postural em atletas2 8-12 Matsuda et al10 relatam que atletas tecircm capacidade de

equiliacutebrio dinacircmico superior quando comparados a indiviacuteduos natildeo atletas Da

mesma forma Merlo et al11 acreditam a praacutetica de esportes produz adaptaccedilotildees que

31

ou desenvolvimento de consciecircncia de estrateacutegias posturais natildeo evidenciadas em

sujeitos natildeo praticantes de atividade esportiva

Os resultados encontrados por meio desse estudo mostraram que a dor em

sua dimensatildeo avaliativa apresentou relaccedilatildeo significativa com a velocidade meacutedia do

centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo do corpo na direccedilatildeo mediolateral Tal fato evidencia

que a percepccedilatildeo do estiacutemulo doloroso interfere de maneira significativa na

habilidade do atleta em reestabelecer a estabilidade postural apoacutes perturbaccedilatildeo do

equiliacutebrio em postura estaacutetica Prejudicando o desempenho atleacutetico na modalidade

uma vez que as atletas dependem da estabilidade postural para execuccedilatildeo da praacutetica

esportiva Alguns autores relatam a influecircncia da dor e fatores psicoemocionais na

performance e desempenho de atletas de alto rendimento Couto e Pedroni40

avaliaram a relaccedilatildeo da queixa e limiar doloroso com incidecircncia de lesatildeo em

bailarinas claacutessicas Os resultados do estudo mostraram que houve relaccedilatildeo

significativa entre as regiotildees de lesatildeo com a dor evidenciando que a dor estaacute

diretamente relacionada com o surgimento de lesatildeo nessa populaccedilatildeo Dore e

Guerra41 em seu estudo investigaram a prevalecircncia e fatores associados agrave

sintomatologia dolorosa em bailarinos profissionais utilizando a versatildeo brasileira do

questionaacuterio McGill e Inventaacuterio para dor de Wisconsin Foram verificadas

correlaccedilotildees positivas com significacircncia entre o grau de intensidade dolorosa e

atividades diaacuterias sono humor e relacionamento pessoal

O presente estudo sinaliza uma relaccedilatildeo da presenccedila do estiacutemulo doloroso

com o equiliacutebrio postural As alteraccedilotildees no equiliacutebrio corporal tecircm sido muito

estudadas em diferentes populaccedilotildees assim como o comportamento da dor e lesotildees

no desempenho de atletas de diferentes niacuteveis competitivos e modalidades

esportivas Corroborando com nossa pesquisa Meardon et al15 defendem que a

presenccedila de lesatildeo e dor em atletas pode afetar negativamente o equiliacutebrio corporal

Em sua pesquisa examinou controle postural dinacircmico em corredores lesionados

com dor e sem lesatildeo usando o Star Excursion Balance Test (SEBT) Quando

comparado corredores lesionados com controles sem lesatildeo os resultados

demonstraram controle dinacircmico deficiente das forccedilas verticais ao executar as

tarefas de pouso e estabilizaccedilatildeo em apoio unipodal

32

Contudo ainda satildeo raros os estudos sobre a caracterizaccedilatildeo da dor e do

equiliacutebrio corporal em atletas de ginaacutestica riacutetmica Por meio desse estudo foi

observado que atletas de elite de GR demonstraram aumento da dor descrita em

todos os domiacutenios avaliados pelo questionaacuterio McGill (plt0001) A dor nas ginastas

tem o perfil sensorial e avaliativo e se manifesta principalmente nas articulaccedilotildees do

quadril e tornozelo-peacute em virtude da especificidade do gesto esportivo Aleacutem disso

as atletas tambeacutem apresentam menor estabilidade do controle postural (plt005)

sendo notada possiacutevel relaccedilatildeo de interferecircncia entre a auto percepccedilatildeo dolorosa e o

equiliacutebrio postural Entretanto devido agrave complexidade do tema faz-se necessaacuterio a

elaboraccedilatildeo de estudos mais aprofundados com uma amostra maior seguindo

rigorosamente os criteacuterios metodoloacutegicos que permita uma interpretaccedilatildeo mais

precisa a respeito da percepccedilatildeo dolorosa e o equiliacutebrio postural no desempenho

atleacutetico na modalidade esportiva

5 Conclusatildeo

A pesquisa mostra que as atletas de elite de GR apresentam dor de

caracteriacutesticas sensorial e avaliativa frequentemente localizada na articulaccedilatildeo do

quadril seguida do tornozelo-peacute A presenccedila da percepccedilatildeo dolorosa mostrou relaccedilatildeo

significativa com o controle postural em atletas de elite de GR Os resultados

tambeacutem evidenciaram que atletas tem menor equiliacutebrio postural estaacutetico quando

comparadas a controles natildeo atletas poreacutem demonstram maior habilidade para

reestabelecer o controle postural

6 Consideraccedilotildees Finais

Um ponto importante a ser relatado neste estudo eacute a utilizaccedilatildeo do

questionaacuterio de dor McGill Embora venha ser um questionaacuterio amplamente utilizado

em pesquisas cientiacuteficas em virtude da sua alta confiabilidade validaccedilatildeo e

adaptaccedilatildeo cultural em diferentes paiacuteses ainda satildeo raros os estudos que utilizam

essa ferramenta para avaliar a dor em atletas Com ecircnfase em estudos que

descrevam a sua aplicabilidade por domiacutenio e caracteriacutesticas multidimensionais da

33

dor Este pesquisa aparenta ter sido pioneira a qualificar a dor e descrevecirc-la em

suas dimensotildees em atletas de elite de ginaacutestica riacutetmica bem como relacionar a

percepccedilatildeo dolorosa com o equiliacutebrio postural nessa populaccedilatildeo Abrindo espaccedilo para

realizaccedilatildeo de outros estudos

Poreacutem foi encontrado como limitaccedilotildees escassez de pesquisas cientiacuteficas

atualizadas sobre abordagem multidimensional da dor em atletas essencialmente

na ginaacutestica riacutetmica Pois a grande maioria dos estudos que tem sido publicado

sobre dor nessa populaccedilatildeo estaacute relacionada agrave presenccedila do estiacutemulo doloroso e sua

intensidade em uma magnitude sensorial Outro ponto a se destacar foi a

dificuldade em coletar um grupo controle com caracteriacutesticas similares ao grupo de

estudo para que fosse formada uma amostra mais homogecircnea possiacutevel

respeitando os criteacuterios metodoloacutegicos

34

REFEREcircNCIA

1 Baston C Mancini M Schoneburg B Horak F Rocchi L Postural strategies assessed with inertial sensors in healthy and parkinsonian subjects Gait Posture 2014 may 40(1)70ndash75

2 Guiotte VA Roque CFL Olieira MR Gil AWO Rabello LM Dos Santos EVM et

al Avaliaccedilatildeo Fiacutesico - Funcional de Atletas da Ginaacutestica Riacutetmica Histoacuterico de Lesotildees e Estabilidade Postural UNOPAR Cient Ciecircnc Biol Sauacutede 2012 14(4) 217-20

3 Bosso LR Golias ARC A postura de atletas de Ginaacutestica Riacutetmica Analise atraveacutes da fotometria Rev Bras Med Esporte 2012 setout 18(5)333-337

4 Shigaki L Rabello LM Camargo MZ Santos VBC Gil AWO Oliveira MR et al Anaacutelise comparativa do equiliacutebrio unipodal de atletas de Ginastica Riacutetmica Rev Bras Med Esporte 2013 marabr 19(2)104-107

5 Whale CE Pass AN Tripp PM Chronic Groin Pain in a collegiate football running back International Journal of Athletic Therapy amp Training 2012 may 17(3)41-44

6 Jacobs JV Why we need to better understand the cortical neurophysiology of impaired postural responses with age disease or injury Frontiers in Integrative Neuroscience 2014 ago 8(69)

7 Hirata RP Ervilha UF Arendt-Nielsen L Graven-Nielsen T Experimental Muscle Pain Challenges the Postural Satability During Quiet Stance Unexpected Posture Perturbation J Pain 2011 ago 12(8)911-9

8 Ribeiro GD Suaacuterez MH Ruiz DR Efecto del entrenamiento sistemaacutetico de gimnasia riacutetmica sobre el control postural de ninas adolescentes Rev Andal Med 2015 jun 8(2)54-60

9 Teixeira CL Equiliacutebrio e controle postural Brazilian Journal of Biomechanics 2010 11(20)31-40

10 Matsuda S Demura S Uchiyama M Centre of pressure sway characteristics during static one-legged stance of athletes from different sports Journal of Sports Sciences 2008 may 26(7)775 ndash 779

11 Merlo JK Stoppa ACL Macedo CSG Silva Juacutenior RA Anaacutelise Comparativa do Equiliacutebrio em Apoio Unipodal em Indiviacuteduos Sedentaacuterios e Atletas UNOPAR Cient Ciecircnc Biol Sauacutede 2010 12(4)29-32

12 Saito KA Navarro M Silva MF Arie EK Peccin MS Oscilaccedilatildeo do centro de pressatildeo plantar de atletas e natildeo atletas com e sem entorse de tornozelo Rev Bras Ortop 2016 51(4)437ndash443

35

13 Lamb M Oliveira PD Tano SS Gil AWO Dos Santos EVN Fernandes KBP

Efeito do treinamento proprioceptivo no equiliacutebrio de atletas de ginaacutestica riacutetmica Rev Bras Med Esporte 2014 setout 20(5)379-382

14 Silva JA Ribeiro-Filho NP A dor como um problema psicofiacutesico Rev Dor 2011 abrjun 12(2)138-51

15 Meardon S Klusendorf A Kernozek T Influence of injury on dynamic postural control in runners The International Journal of Sports Physical Therapy 2016 jun 11(3)336

16 Lin CF Lee IJ Liao JH Wu HW Su FC Comparison of Postural Stability Between Injured and Uninjured Ballet Dancers The American Journal of Sports Medicine 2011 39(6)1324-1331

17 Varoli FK Pedrazzi V Adapted Version of the McGill Pain Questionnaire to Brazilian Portuguese Braz Dent J 2006 17(4) 328-335

18 Pimenta CAM Teixeira MJ Questionaacuterio de dor McGill proposta de adaptaccedilatildeo para a liacutengua portuguesa Rev Esc Enf USP 1996 dez 30(3)473-83

19 Rabello LM Macedo CSG Oliveira MR Fregueto JH Camargo MZ Lopes LD et al Relaccedilatildeo entre testes funcionais e plataforma de forccedila nas medidas de equiliacutebrio em atletas Rev Bras Med Esporte 2014 maijun 20(3)219-222

20 Bressel E Yonker JC Kras J et al Comparison of static and dynamic balance in female collegiate soccer basketball and gymnastics atheletes Journal of Athletic Training 2007 42(1)42ndash46

21 Sabeti M Jeremian L Graf A Kandelhart R Elite level rhythmic gymnasts have significantly more and stronger pain than peers of similar age a prospective study Wien Klin Wochenschr 201512731ndash35

22 Vanderlei FM Vanderlei FCM Netto Juacutenior J Praste CM Caracteriacutesticas das lesotildees desportivas e fatores associados com lesatildeo em iniciantes de ginaacutestica artiacutestica do sexo feminino Fisioter Pesq 201320(2)191-196

23 Oliveira MMM Lourenccedilo MRA Teixeira DC Incidecircncias de lesotildees nas equipes de Ginaacutestica Riacutetmica da UNOPAR UNOPAR Cient Ciecircnc Biol Sauacutede 2003 out 6(1)29-40

24 Frutuoso AS Diefenthaeler F Vaz MA et al Lower Limb asymmetries in rhythmic gymnastics atheletes Int Sports Phys Ther 2016 11(1)34ndash43

25 Kolar E Samardžija MP Smrdu M Atikovic A Athletes perceptions of the causes of injury in gymnastics J Sports Med Phys Fitness 2016 Mar 57(5)703-710

36

26 Mueller S Mueller J Stoll J Prieske O Cassel M Mayer F Incidence of back pain in adolescent athletes a prospective study BMC Sports Science Medicine and Rehabilitation 2016 838

27 Goubert D Danneels L Graven-Nielsen T Descheemaeker F Meeus M Differences in Pain Processing Between Patients with Chronic Low Back Pain Recurrent Low Back Pain and Fibromyalgia Pain Physician 2017 May 20(4)307-318

28 Arliani GG Cohen M Lara PS Astur DC Gonccedilalves JPP Ferretti M Impacto do esporte na sauacutede de ex-jogadores profissionais de futebol no Brasil Acta ortop bras 2014 julago 22(4)188-190

29 Hoskins W Pollard H Daff C Odell A Garbutt P McHardy A et al Low back pain status in elite and semi-elite Australian football codes a cross-sectional survey of football (soccer) Australian rules rugby league rugby union and non-athletic controls BMC Musculoskeletal Disorders 20091038

30 Ngamkham S Vincent C Finnegan L Holden JE Wang ZJ Wilkie DJ The McGill Pain Questionnaire as a Multidimensional Measure in People with Cancer An Integrative Review Pain Manag Nurs 2012 Mar 13(1) 27ndash51

31 Bermudez OAS Souza RA Souza CMF Castro CES Beacuterzn F Avaliaccedilatildeo multidimensional da dor em portadores de desordem temporomandibular utilizando uma versatildeo brasileira do questionaacuterio mcgill de dor Rev bras fisioter 2003 7(2) 151-158

32 Reading AE Everitt BS Sledmore CM The McGill Pain Questionnaire a replication of its construction Br J Clin Psychol 1982 21339ndash349

33 Melzack R The McGill Pain Questionnaire Anesthesiology 2005 103199-202

34 Pessoa CP Barreto MB Santos LB Alves TDB Oliveira MC Martins AG Instrumentos utilizados na avaliaccedilatildeo do impacto da dor na qualidade de vida de pacientes com dor orofacial e disfunccedilatildeo temporomandibular Escola Baiana de Sauacutede Puacuteblica 200731(2)267-293

35 Espinoza ES Ortiz GB Estabilidad abdominolumbopeacutelvica y equilibrio comopredictores de la incidencia de lesionesmusculoesqueleacuteticas en estudiantes de danzaUn estudio piloto Fisioterapia 2014

36 Steinberg N Dar G Dunlop M Gaida JE The relationship of hip muscle performance to legankle and foot injuries a systematic review The Physician and Sportsmedicine 2017

37 Anderson K Strickland SM Warren R Hip and Groin Injuries in Athletes The American Journal of Sports Medicine 2001 29(4) 521-533

38 Tschopp M Brunner F Erkrankungen und Uumlberlastungsschaumlden an der unteren Extremitaumlt bei Langstreckenlaumlufern Z Rheumatol 2017 Feb

37

39 Han J Anson J Waddington G Adans R Liu Y The Role of Ankle

Proprioception for Balance Control in relation to Sports Performance and Injury BioMed Research International 2015 Jun8

40 Couto AGA Pedroni CR Relaccedilatildeo entre postura queixa dolorosa e lesatildeo em bailarinas claacutessicas Ter Man 2013 11(55)228-233

41 Dore BF e Guerra RO Sintomatologia dolorosa e fatores associados em bailarinos profissionais Rev Bras Med Esporte 2007 MarAbr13(2)77-80

38

ANEXO I ndash QUESTIONAacuteRIO DE DOR MCGILL

39

ANEXO II ndash PARECER DE APROVACcedilAtildeO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA

40

41

ANEXO III ndash NORMAS DE SUBMISSAtildeO DA REVISTA

Instruccedilotildees aos Autores

A Revista Brasileira de Medicina do Esporte - RBME (Brazilian Journal of

Sports Medicine) oacutergatildeo oficial da Sociedade Brasileira de Medicina do Exerciacutecio e

do Esporte (SBMEE) eacute publicada bimestralmente em seis ediccedilotildees ao ano (janfev

marabr maiojun julago setout e novdez) A RBME eacute indexada nas seguintes

bases bibliograacuteficas SciELO Web of Science Excerpta Medica-EMBASE Physical

Education Index LILACS SIRC-Sportdiscus e Scopus A publicaccedilatildeo segue

integralmente o padratildeo internacional do International Committee of Medical Journal

Editors (ICMJE) ou Convenccedilatildeo de Vancouver e seus requisitos de uniformizaccedilatildeo

[httpwwwicmjeorg]

Preparaccedilatildeo de manuscritos Os artigos submetidos devem ser digitados em

espaccedilo duplo fonte Arial 12 em paacutegina tamanho A4 sem numerar linhas ou

paraacutegrafos e numerando as paacuteginas no canto superior direito Figuras e tabelas

devem ser apresentadas ao final do artigo em paacuteginas separadas No corpo do

texto deve-se informar os locais para inserccedilatildeo das tabelas ou figuras Nuacutemeros

menores que 10 satildeo escritos por extenso enquanto que nuacutemeros maiores ou igual a

10 satildeo expressos em algarismos araacutebicos Os manuscritos que natildeo estiverem de

acordo com as instruccedilotildees aos autores em relaccedilatildeo a estilo e formato seratildeo

devolvidos sem revisatildeo pelo Conselho Editorial As medidas deveratildeo ser expressas

no Sistema Internacional (Systegraveme International SI) disponiacutevel em

httpphysicsnistgovcuuUnits e unidades padratildeo quando aplicaacutevel Recomenda-

se aos autores natildeo usar abreviaccedilotildees no tiacutetulo e limitar a sua utilizaccedilatildeo no resumo e

ao longo do texto Os nomes geneacutericos devem ser usados para todas as drogas Os

faacutermacos podem ser referidos pelo nome comercial poreacutem deve constar o nome

cidade e paiacutes ou endereccedilo eletrocircnico do fabricante entre parecircnteses na seccedilatildeo

Materiais e Meacutetodos

Abreviaturas O uso de abreviaturas deve ser minimizado As abreviaturas deveratildeo

ser definidas por ocasiatildeo de sua primeira utilizaccedilatildeo no resumo e tambeacutem no texto

Abreviaturas natildeo padratildeo natildeo devem ser utilizadas a menos que essas apareccedilam

pelo menos trecircs vezes no texto Unidades de medida (3 ml ou 3 mL e natildeo 3

mililitros) ou siacutembolos cientiacuteficos padratildeo (elementos quiacutemicos por exemplo Na e

natildeo soacutedio) natildeo satildeo consideradas abreviaturas e portanto natildeo devem ser definidos

Abreviar nomes longos ou substacircncias quiacutemicas e termos utilizados para

combinaccedilotildees terapecircuticas Abreviaturas em figuras e tabelas podem ser utilizadas

por razotildees de espaccedilo poreacutem devem ser definidas na legenda mesmo que tenham

sido definidas no texto do artigo

Formato dos arquivos Usar editor de texto Microsoft Word para Windows ou

42

equivalente Arquivos em formato PDF natildeo devem ser enviados As tabelas e

quadros deveratildeo estar em seus arquivos originais (Excel Acess Powerpoint etc)

As figuras deveratildeo estar nos formatos jpg ou tif em alta resoluccedilatildeo (300 dpi) As

figuras deveratildeo estar incluiacutedas no arquivo Word mas tambeacutem devem ser enviadas

separadamente (anexadas durante a submissatildeo do artigo como documento

suplementar em seus arquivos originais)

Paacutegina de rosto A paacutegina de rosto deve conter (1) a categoria do artigo (2) o tiacutetulo

do artigo em portuguecircs inglecircs e espanhol com ateacute 80 caracteres cada que deve ser

objetivo e informativo (3) os nomes completos dos autores instituiccedilatildeo formaccedilatildeo

acadecircmica de origem (a mais relevante) cidade estado e paiacutes (4) nome do autor

correspondente com endereccedilo completo telefone e e-mail A titulaccedilatildeo dos autores

natildeo deve ser incluiacuteda O nome completo de cada autor (sem abreviaccedilotildees) e sua

afiliaccedilatildeo institucional (nota as unidades hieraacuterquicas devem ser apresentadas em

ordem decrescente por exemplo universidade faculdade ou instituto e

departamento) devem ser informados Os nomes das instituiccedilotildees e programas

deveratildeo ser apresentados preferencialmente por extenso e na liacutengua original da

instituiccedilatildeo ou na versatildeo em inglecircs quando a escrita natildeo eacute latina (pex aacuterabe

mandarim ou grego)

Resumo O resumo em portuguecircs inglecircs e espanhol deve ser incluiacutedo no

manuscrito Em cada um dos idiomas natildeo deve conter mais do que 300 palavras A

versatildeo estruturada eacute obrigatoacuteria nos artigos originais e inclui objetivos meacutetodos

resultados e conclusatildeo Artigos de revisatildeo natildeo requerem resumo estruturado

Palavras-chave O artigo deve incluir no miacutenimo trecircs e no maacuteximo seis descritores

em portuguecircs inglecircs e espanhol baseados nos Descritores de Ciecircncias da Sauacutede

(DeCS) httpdecsbvsbr ou no Medical Subject Headings (MeSH) da National

Library of Medicine disponiacutevel em httpwwwnlmnihgovmeshmeshhomehtml

oubaseados no Medical SubjectHeading (MeSH) do Index Medicus

(httpwwwnlmnihgovmesh)

Introduccedilatildeo A introduccedilatildeo deve conter (1) justificativa objetiva para o estudo com

referecircncias pertinentes ao assunto sem realizar uma revisatildeo extensa (2) objetivo do

artigo

Materiais e Meacutetodos Esta seccedilatildeo deve descrever os experimentos (quantitativa e

qualitativamente) e os procedimentos em detalhes suficientes que permitam que

outros pesquisadores reproduzam os resultados ou deem continuidade ao estudo

e deveraacute conter (1) a descriccedilatildeo clara da amostra utilizada (2) termo de

consentimento para estudos experimentais envolvendo seres humanos (3)

identificaccedilatildeo dos meacutetodos aparelhos (nome do fabricante e endereccedilo cidade e paiacutes

devem ser menciondos entre parecircnteses) e procedimentos utilizados (4) descriccedilatildeo

breve e referecircncias de meacutetodos publicados mas natildeo amplamente conhecidos (5)

43

descriccedilatildeo detalhada de meacutetodos novos ou modificados (6) quando pertinente incluir

a anaacutelise estatiacutestica e os programas utilizados Importante Ao relatar experimentos

com seres humanos ou animais indicar se os procedimentos seguiram as normas

do Comitecirc Eacutetico sobre Experiecircncias Humanas da instituiccedilatildeo na qual a pesquisa foi

realizada e se os procedimentos estatildeo de acordo com a declaraccedilatildeo de Helsinki de

1995 e a Animal Experimentation Ethics respectivamente Os autores devem incluir

uma declaraccedilatildeo indicando que o protocolo foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica da

Instituiccedilatildeo (instituiccedilatildeo de afiliaccedilatildeo de pelo menos um dos autores) com o respectivo

nuacutemero de identificaccedilatildeo Tambeacutem deve incluir que o Termo de Consentimento Livre

e Esclarecido foi assinado por todos os participantes

Resultados Apresentar os resultados em sequecircncia loacutegica no texto usando tabelas

e figuras Evitar repeticcedilatildeo excessiva de dados no texto em tabelas ou figuras

poreacutem enfatizar somente as descobertas mais importantes

Discussatildeo Enfatizar os aspectos originais e importantes do estudo e as conclusotildees

que decorrem deste evitando poreacutem repetir dados jaacute apresentados em outras

partes do manuscrito Em estudos experimentais ressaltar a relevacircncia e limitaccedilotildees

dos resultados confrontando com os dados da literatura e incluindo implicaccedilotildees

para estudos futuros

Conclusotildees A conclusatildeo deve ser clara e concisa baseada nos resultados

obtidos estabelecendo ligaccedilatildeo com implicaccedilotildees cliacutenicas evitando poreacutem excessiva

generalizaccedilatildeo) A mesma ecircnfase deve ser dada a estudos com resultados negativos

ou positivos Recomendaccedilotildees podem ser incluiacutedas quando relevantes

Agradecimentos Quando pertinente incluir agradecimento ou reconhecimento a

pessoas que tenham contribuiacutedo para o desenvolvimento do trabalho poreacutem natildeo se

qualificam como coautores Fontes de financiamento como auxiacutelio a pesquisa e

bolsas de estudo devem ser reconhecidos nesta seccedilatildeo Os autores deveratildeo obter

permissatildeo por escrito para mencionar nomes e instituiccedilotildees de todos os que

receberam agradecimentos nominais

Referecircncias As referecircncias devem ser numeradas na sequecircncia em que aparecem

no texto em formato sobrescrito As referecircncias citadas somente em legendas de

tabelas ou figuras devem ser numeradas de acordo com sequecircncia estabelecida

pela primeira menccedilatildeo da tabela ou da figura no texto O estilo das referecircncias

bibliograacuteficas deve seguir as regras do Uniform Requirements for Manuscripts

Submitted to Biomedical Journals (International Committee of Medical Journal

Editors disponiacutevel em Ann Intern Med 1997126(1)36-47 httpwwwicmjeorg)

Alguns exemplos satildeo mostrados a seguir Os tiacutetulos dos perioacutedicos devem ser

abreviados de acordo com o Index Medicus (List of Journals Indexed disponiacutevel em

httpwwwnlmnihgovtsdserialsljihtml) Se o perioacutedico natildeo constar dessa lista

deve-se utilizar a abreviatura sugerida pelo proacuteprio perioacutedico Deve-se evitar utilizar

44

ldquocomunicaccedilotildees pessoaisrdquo ou ldquoobservaccedilotildees natildeo publicadasrdquo como referecircncias

Resumos de tranalhos apresentados em eventos devem ser utilizados somente se

for a uacutenica fonte de informaccedilatildeo

Tabelas As tabelas devem ser elaboradas em espaccedilo 15 devendo ser planejadas

para ter como largura uma (87cm) ou duas colunas (18 cm) Cada tabela deve

possuir um tiacutetulo sucinto Notas explicativas seratildeo incluiacutedas em notas de rodapeacute A

tabela deve conter meacutedias e medidas de dispersatildeo (Desvio Padratildeo Erro Padratildeo da

Meacutedia etc) natildeo devendo conter casas decimais irrelevantes As abreviaturas

devem estar de acordo com aquelas utilizadas no texto e nas figuras Os coacutedigos de

identificaccedilatildeo de itens da tabela devem estar listados na ordem de surgimento no

sentido horizontal e devem ser identificados pelos siacutembolos padratildeo Os quadros e

tabelas deveratildeo ser enviados atraveacutes dos arquivos originais editaacuteveis (Word Excel)

e natildeo como imagens

Figuras Na versatildeo impressa da RBME seratildeo aceitas figuras em preto-e-branco

Imagens coloridas poderatildeo ser publicadas quando forem essenciais para o conteuacutedo

cientiacutefico do artigo Nestes casos o custo seraacute repassado aos autores Figuras

coloridas poderatildeo ser incluiacutedas na versatildeo eletrocircnica do artigo sem custo adicional

aos autores Os desenhos e figuras devem ser consistentes e tatildeo simples quanto

possiacutevel poreacutem informativos Tons de cinza natildeo devem ser utilizados Todas as

linhas devem ser soacutelidas Para graacuteficos de barra por exemplo utilizar barras

brancas pretas com linhas diagonais nas duas direccedilotildees linhas em xadrez linhas

horizontais e verticais A RBME desaconselha fortemente o uso de fotografias de

equipamentos e animais de experimentaccedilatildeo As figuras devem ser impressas com

bom contraste e ter a largura de uma coluna (87cm) Utilizar no miacutenimo fonte

tamanho 10 para letras nuacutemeros e siacutembolos com espaccedilamento e alinhamento

adequados Quando a figura representar uma radiografia ou fotografia sugerimos

incluir a escala de tamanho quando pertinente

Por favor note que eacute de responsabilidade dos autores obter permissatildeo do detentor

dos direitos autorais para reproduzir figuras (ou tabelas) que tenham sido

previamente publicados em outras fontes De acordo com os princiacutepios do acesso

aberto os autores devem ter permissatildeo do detentor dos direitos caso desejem

incluir imagens que tenham sido publicados em outros perioacutedicos de acesso natildeo

aberto A permissatildeo deve ser indicada na legenda da figura e a fonte original deve

ser incluiacuteda na lista de referecircncias

45

APEcircNDICE I ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE)

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Vocecirc estaacute sendo convidada(o) a participar da pesquisa intitulada

ldquoCARACTERIZACcedilAtildeO DA DOR E SUA RELACcedilAtildeO COM EQUILIacuteBRIO

POSTURAL ESTAacuteTICO EM ATLETAS DE GINAacuteSTICA RIacuteTMICArdquo realizada pela

Universidade Federal de Sergipe por intermeacutedio da discente TAINARA DOS

SANTOS BOMFIM devidamente assistida pelo seu orientador PAULO MAacuteRCIO

PEREIRA OLIVEIRA O objetivo desse estudo eacute caracterizar a Dor

musculoesqueleacutetica em atletas de elite de ginaacutestica riacutetmica e analisar a relaccedilatildeo da

dor no equiliacutebrio postural estaacutetico das atletas comparando com controles natildeo

atletas A justificativa para a realizaccedilatildeo da pesquisa eacute documentar na literatura

escassa estudo sobre a relaccedilatildeo da dor com o equiliacutebrio postural estaacutetico em

atletas de elite de Ginaacutestica Riacutetmica Sua participaccedilatildeo nessa pesquisa consistiraacute

em responder um questionaacuterio e realizar avaliaccedilatildeo de equiliacutebrio que ocorreraacute em

um uacutenico momento Natildeo haacute riscos previsiacuteveis relacionados com sua participaccedilatildeo

nem danos previsiacuteveis decorrentes da pesquisa Os benefiacutecios relacionados com

sua participaccedilatildeo satildeo

1 Identificar alteraccedilotildees posturais de equiliacutebrio em atletas de alto rendimento

2 Evidenciar se o processo de dor em atletas eacute igual maior ou menor quando

comparado com pessoas natildeo atletas

3 Evidenciar se as variaccedilotildees aacuterea e velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo

de pressatildeo se igualam ou natildeo a pessoas natildeo atletas

Vocecirc foi selecionado por preencher os requisitos da pesquisa mas sua

participaccedilatildeo NAtildeO Eacute OBRIGATOacuteRIA sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo em sua

relaccedilatildeo com a instituiccedilatildeo ou com o pesquisador

Eu________________________________________________________________

abaixo assinado declaro que fui informado que as informaccedilotildees obtidas atraveacutes

dessa pesquisa seratildeo confidenciais e o sigilo sobre minha participaccedilatildeo seraacute

assegurado De tal modo que os dados natildeo seratildeo divulgados de forma a possibilitar

minha identificaccedilatildeo Tambeacutem estou ciente de que a qualquer momento posso

desistir de minha participaccedilatildeo e retirar meu consentimento Declaro que entendi os

objetivos riscos e benefiacutecios de minha participaccedilatildeo na pesquisa e concordo em

participar

Vocecirc receberaacute uma coacutepia deste termo onde consta o telefone e o endereccedilo do

pesquisador principal podendo tirar suas duacutevidas sobre o Projeto de Pesquisa de

sua participaccedilatildeo agora ou a qualquer momento

46

DADOS DO PESQUISADOR RESPONSAacuteVEL

Nome Tainara dos Santos Bomfim

Endereccedilo profissionale-mail Rua Padre Aacutelvares Pitangueira sn - Centro

Departamento de Fisioterapia bftainaragmailcom

Telefone (79) 9 9806-7487

ATENCcedilAtildeO A participaccedilatildeo em qualquer tipo de pesquisa eacute voluntaacuteria Em casos de

duacutevida quanto aos seus direitos entre em contato com o Comitecirc de Eacutetica em

Pesquisa da Universidade Federal de Sergipe

Lagarto _____de _____de 201_

_____________________________________________________

ASSINATURA DO VOLUNTAacuteRIO

_____________________________________________________

ASSINATURA DO PESQUISADOR RESPONSAacuteVEL

Page 22: CARACTERIZAÇÃO DA DOR E SUA RELAÇÃO COM O … · tainara dos santos bomfim caracterizaÇÃo da dor e sua relaÇÃo com o equilÍbrio postural em atletas de ginÁstica rÍtmica

22

Tabela 3 Prevalecircncia e distribuiccedilatildeo corporal da dor entre o grupo atleta (n=25) e o grupo controle (n=25) Os

valores foram apresentados como frequecircncia absoluta (FA) e relativa (FR) (porcentagem) GA grupo atleta GC

grupo controle

323 Nuacutemero de Palavras Escolhidas e Iacutendice de Dor

No grupo atleta o nuacutemero de palavras escolhidas (NWC) foi significativamente

maior (1076 plusmn 106) ao comparar com o grupo controle (220 plusmn 075 plt0001)

Similarmente aos resultados encontrados para o NWC tambeacutem foi observado um

aumento significativo do iacutendice de dor (PRI) no grupo atleta (2220 plusmn 242) em

relaccedilatildeo ao grupo controle (484 plusmn 165 plt0001) A figura 1 demonstra a

comparaccedilatildeo entre os grupos para o Iacutendice de dor e nuacutemero de palavras escolhidas

Dor em uma articulaccedilatildeo 6 24 7 28

Dor em mais de uma articulaccedilatildeo

19 76 1 4

Dor no Quadril 13 52 0 0

Dor no Peacute 11 44 1 4

Dor no Joelho 7 28 1 4

Dor na Coluna 5 20 4 16

23

Figura 1 Nuacutemero de palavras escolhidas e Iacutendice de dor verificado por meio do questionaacuterio de dor de McGill

entre o grupo atleta (n=25) e o grupo controle (n=25) NWC nuacutemero de palavras escolhidas PRI iacutendice de dor

GA grupo atleta GC grupo controle plt005 GA X GC plt001 GA X GC plt0001 GA X GC A anaacutelise de

variaacuteveis categoacutericas foi realizada por meio do teste Mann-Whitney

33 Equiliacutebrio Estaacutetico (Estabilometria)

331 Aacuterea de deslocamento do COP (ACOP)

Nas comparaccedilotildees intergrupos foi observada uma reduccedilatildeo significativa do

equiliacutebrio no grupo atleta (plt005) Verificou-se que as ginastas apresentaram maior

deslocamento do COP (16513 mmsup2 plusmn 148 p= 0002) em relaccedilatildeo ao grupo controle

(10212 mmsup2 plusmn 114 p= 0002) A figura 2 demonstra a comparaccedilatildeo da aacuterea do

deslocamento do COP entre os grupos

Figura 2 Aacuterea da elipse do centro de pressatildeo do baricentro corporal entre o grupo atleta (n=25) e o grupo

controle (n=25) ACOP aacuterea do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo GA grupo atleta GC grupo controle plt005 GA X GC plt001 GA X GC plt0001 GA X GC A anaacutelise de variaacuteveis categoacutericas foi realizada por meio do teste Mann-Whitney

332 Velocidade meacutedia de oscilaccedilatildeo do COP (VmCOP)

A velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo do baricentro do corpo foi

significativamente maior na direccedilatildeo AP no grupo atleta (1110 mms plusmn 0049 p=003)

quando comparada ao grupo controle (0997 mms plusmn 0091 p=003) Paralelamente

24

a velocidade meacutedia do COP na direccedilatildeo ML tambeacutem foi significativamente maior no

grupo atleta (0845 mms plusmn 0042 plt0001) em relaccedilatildeo ao grupo controle (0508

mms plusmn 0065 plt0001) (Figura 3)

Figura 3 Velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo do baricentro corporal entre o grupo atleta (n=25)

e o grupo controle (n=25) COP centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo AP anteroposterior ML mediolateral GA grupo atleta GC grupo controle plt005 GA X GC plt001 GA X GC plt0001 GA X GC A anaacutelise de variaacuteveis categoacutericas foi realizada por meio do teste Mann-Whitney

34 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios da dor e equiliacutebrio postural

Foi apenas visualizada uma correlaccedilatildeo de fraca a moderada positiva com

significacircncia estatiacutestica entre o domiacutenio de dor avaliativa (236 plusmn 028) e velocidade

meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo na direccedilatildeo mediolateral (AV 0845mms plusmn

0042 r = 0414 p = 0040) Natildeo houve correlaccedilatildeo significativa entre todos os outros

domiacutenios avaliados e a velocidade meacutedia do COP na direccedilatildeo ML (S 0845mms plusmn

0042 r = 023 p gt 0914 AF 0845mms plusmn 0042 r = 085 p = 0687 M 0845mms

plusmn 0042 r = 0049 p = 0816) Bem como entre todos os domiacutenios e a velocidade

meacutedia do COP na direccedilatildeo anteroposterior (S 1110mms plusmn 0049 r = 0009 p =

0967 AF 1110mms plusmn 0049 r = 0216 p = 0299 AV 1110mms plusmn 0049 r =

020 p = 0925 M 1110mms plusmn 0049 r = 0138 p = 0510) e entre todos os

domiacutenios e a aacuterea de deslocamento do COP (S 16513mmsup2 plusmn 148 r = 0044 p =

0836 AF 16513mmsup2 plusmn 148 r = 0165 p = 0431 AV 16513mmsup2 plusmn 148 r = 0220

p gt 0291 M 16513mmsup2 plusmn 148 r = 0180 p = 0390) (Figura 4)

25

Figura 4 Correlaccedilatildeo de Spearman entre dor avaliativa e velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo (VmCOP) do baricentro corporal (A) Forccedila de correlaccedilatildeo de Spearman (r = 0414 p = 0040) entre a dor

avaliativa (AV) (236 plusmn 028) e a velocidade meacutedia do COP na direccedilatildeo mediolateral (0845 mms plusmn 0042) no grupo atleta (B) Forccedila de correlaccedilatildeo de Spearman (r = 0063 p = 0765) entre a dor avaliativa (AV) (060 plusmn

021) e a velocidade meacutedia do COP na direccedilatildeo mediolateral (0508 mms plusmn 0065) no grupo controle Os valores foram apresentados como meacutedia plusmn erro padratildeo da meacutedia

4 Discussatildeo

Os resultados desta pesquisa demonstraram que atletas de elite de ginaacutestica

riacutetmica manifestam maior percepccedilatildeo dolorosa que controles natildeo praticantes de

esporte a niacutevel competitivo Isto pode estar relacionado a trecircs principais fatores que

podem contribuir de forma direta para a maior prevalecircncia de dor nessas atletas

destacando o iniacutecio precoce na praacutetica da modalidade os altos volumes e

intensidade dos treinos e a grande quantidade de repeticcedilotildees dos gestos esportivos

com alta predominacircncia de saltos e posturas estaacuteticas De acordo com os nossos

resultados Sabeti et al21 realizaram estudo com 218 ginastas de diferentes

nacionalidades no campeonato europeu de GR utilizando a escala visual analoacutegica

(EVA) para registro da intensidade dolorosa Os resultados encontrados foi que as

atletas tecircm uma maior intensidade dolorosa (72) que controles natildeo praticantes de

esporte competitivo

Paralelamente a literatura cientifica relata que o tempo de inicio da praacutetica

esportiva o niacutevel competitivo e o volumeintensidade dos treinos destas atletas satildeo

fatores preditivos para um maior desenvolvimento de lesatildeo e dor em atletas de GR

Shigaki et al4 apontam que o risco e intensidade de lesatildeo estatildeo fortemente

26

relacionados com o aumento da idade e do niacutevel competitivo Da mesma forma

Vanderlei et al22 e Oliveira et al23 afirmam que quanto mais elevada a categoria do

atleta maior seraacute o tempo e a intensidade do treinamento consequentemente maior

a exposiccedilatildeo aos esforccedilos musculoesqueleacuteticos durante treinamento eou

competiccedilotildees Deste modo Oliveira et al23 em seu estudo avaliaram 25 atletas de

GR de diferentes categorias etaacuterias e encontraram que a maioria das atletas

apresentaram algum tipo de lesatildeo ocasionada pelos treinos Desta forma autores

relatam que a formaccedilatildeo dessas atletas influencia na incidecircncia e intensidade

dolorosa de lesotildees por overuse21 24 Tais lesotildees geralmente ocorrem quando a

frequecircncia dos exerciacutecios aumenta enquanto a intensidade eacute mantida23 Estando de

acordo com os nossos resultados Kolar et al25 em estudo realizado com 63 atletas

da ginaacutestica artiacutestica e riacutetmica de ambos os sexos concluiacuteram que a maacute teacutecnica

meacutetodos improacuteprios de ensino e carga inadequada durante os treinos foram

associados com o surgimento de dor e lesotildees nessa populaccedilatildeo

Contrariamente aos nossos resultados Muller et al26 realizaram um estudo

investigativo do desenvolvimento de dor lombar em atletas adolescentes em relaccedilatildeo

ao sexo e tipo de esporte praticado Foram avaliados 321 atletas sem dor lombar em

um primeiro momento e apoacutes dois anos os mesmo atletas foram reavaliados para

verificar a incidecircncia de dor lombar Apenas 10 da amostra foram categorizados

com dor lombar Aleacutem disso antropometria e caracteriacutesticas de formaccedilatildeo do esporte

natildeo demonstraram influecircncia significativa na dor lombar levando os autores a

concluiacuterem que o esporte de alto rendimento natildeo induz dor lombar em atletas

adolescentes

No nosso estudo utilizamos para avaliaccedilatildeo da percepccedilatildeo dolorosa em ambos

os grupos o questionaacuterio de dor McGill Este apresentou-se como uma ferramenta

de faacutecil execuccedilatildeo baixo custo e com alta sensibilidade e confiabilidade para uma

caracterizaccedilatildeo multidimensional da dor na populaccedilatildeo estudada Diferenciados

meacutetodos de investigaccedilatildeo da dor podem ser encontrados em um crescente numero

de publicaccedilotildees cientificas sobre o estudo da percepccedilatildeo e intensidade dolorosa

Goubert et al27 utilizaram a algometria de pressatildeo para comparar a avaliaccedilatildeo

sensorial quantitativa da dor de pacientes com dor lombar em diferentes niacuteveis de

cronicidade comparando a controles saudaacuteveis e pacientes com fibromialgia

Diferentemente Sabeti et al21 Arliani et al28 e Hoskins et al29 utilizaram em suas

27

pesquisas a escala visual analoacutegica (EVA) para registrar a intensidade dolorosa de

atletas em diferentes modalidades Ambos satildeo considerados meacutetodos

unidimensionais utilizados com o objetivo de quantificar a magnitude da dor dentro

de um perfil somatosensorial

Por outro lado diversas pesquisas utilizam o questionaacuterio McGill (MPQ) como

instrumento multidimensional para avaliar a dor e conhececirc-la de forma ampla em

diferentes modelos de estudos e em diversas populaccedilotildees Ngamkham et al30

realizaram revisatildeo sistemaacutetica sobre a avaliaccedilatildeo da dor com McGill em pacientes

com cacircncer demonstrando que o MPQ eacute comumente usado nessa populaccedilatildeo para

mensurar a intensidade e qualidade da dor pois fornece informaccedilotildees sobre

possiacuteveis locais da doenccedila magnitude da dor bem como a eficaacutecia do tratamento e

intervenccedilatildeo submetidos Da mesma forma Bermudez et al31 avaliaram pacientes

diagnosticados com DTM moderada e severa para discriminar e comparar a queixa

dolorosa de acordo com a severidade da doenccedila Pode-se concluir com o estudo

que o MPQ foi capaz de diferenciar o padratildeo temporal da dor a localizaccedilatildeo de maior

queixa dolorosa e a intensidade da dor em portadores de DTM

As diferenccedilas metodoloacutegicas utilizadas corroboram o fato de a dor ser uma

experiecircncia complexa e subjetiva que varia em qualidade intensidade sensorial e

em caracteriacutesticas afetivo-motivacionais Pois a mesma envolve vaacuterias dimensotildees e

pode ser influenciada por infinitos estiacutemulos intriacutensecos e extriacutensecos32 33 Assim

cabe a utilizaccedilatildeo de diferentes meacutetodos uni e multidimensionais para uma avaliaccedilatildeo

precisa considerando a natureza da dor e suas caracteriacutesticas

De acordo com os resultados do nosso estudo foi visualizado que as atletas

de elite de GR apresentam diferentes caracteriacutesticas de percepccedilatildeo do estiacutemulo

doloroso em comparaccedilatildeo aos controles destacando dores com perfil sensorial e

avaliativo Acreditamos que os atletas de alto rendimento apresentam-se com

alteraccedilotildees do imputs neurosensorial em virtude da constante presenccedila e

intensidade das dores sentidas pela a sua praacutetica desportiva Isto pode repercutir em

mudanccedilas na interpretaccedilatildeo da dor sentida em seu corpo fiacutesico devido agrave influecircncia

de fatores emocionais sociais e hormonais que satildeo comuns em mulheres atletas

Em vista disso sabe-se que o domiacutenio sensorial e avaliativo representam as

28

impressotildees fiacutesicas desse estiacutemulo doloroso aacutelgico e uma auto-avaliaccedilatildeo da sua dor

respectivamente34

Segundo Pimenta e Texeira18 as diferenccedilas na estratificaccedilatildeo da dor se

justificam pelo fato das interpretaccedilotildees de informaccedilotildees cognitivas serem

condicionadas por experiecircncias preacutevias em diferentes momentos do estiacutemulo da dor

gerando respostas variadas agrave experiecircncia dolorosa por ser um processo

individualizado Aleacutem disso a dor eacute uma experiecircncia complexa descrita em termos

de caracteriacutesticas sensoriais afetivo-motivacionais cognitivas e comportamentais

Desta forma o resultado de uma avaliaccedilatildeo da percepccedilatildeo dolorosa pode depender

de qual dimensatildeo da dor esteja sendo vivenciada no momento da avaliaccedilatildeo por

cada indiviacuteduo14

Hoskins et al29 utilizaram a escala visual analoacutegica (EVA) e o questionaacuterio

McGill para comparar a intensidade e a qualidade de dor lombar entre atletas de

elite amadores e natildeo atletas Foram observadas diferenccedilas significativas entre os

grupos mostrando que os atletas de elite apresentaram intensidade de dor mais

alta assim como escolheram com mais frequecircncia palavras das categorias sensorial

e afetiva De forma semelhante a nossa pesquisa o domiacutenio sensorial apresentou o

maior iacutendice de dor e maior frequecircncia de palavras escolhidas Tal fato possa ser

justificado por esse ser o domiacutenio de maior representatividade no questionaacuterio

agregando termos de qualidades sensitivas dor18 Poreacutem a dimensatildeo afetiva natildeo foi

evidenciada com maior frequecircncia no presente estudo Esta representa um estado

emocional o qual pode ser traduzido por percepccedilotildees de cansaccedilo sentimentos de

medo e puniccedilatildeo assim como reaccedilotildees autonocircmicas34 Reading32 e Pimenta e

Teixeira18 em seus estudos relataram que os pacientes que sentem dores de

caracteriacutestica aguda preferem descritores da categoria sensorial Por outro lado

indiviacuteduos que sentem dor crocircnica usualmente tendem a selecionar mais

descritores da categoria afetiva levando em conta fenocircmenos cognitivo de

antecipaccedilatildeo memoacuteria atenccedilatildeo e experiecircncia anterior

Os resultados desta pesquisa demonstraram que a regiatildeo com maior

prevalecircncia de queixa dolorosa em atletas de elite de GR foi a articulaccedilatildeo do quadril

com aproximadamente cinquenta e dois por cento das queixas Isto pode estar

relacionado ao fato da articulaccedilatildeo do quadril ser responsaacutevel pela absorccedilatildeo de

29

grandes cargas compressivas durante a fase de aterrissagem dos saltos o qual eacute

um movimento especiacutefico do esporte Aleacutem disso no quadril estaacute localizado o centro

de gravidade do corpo assim as cargas que satildeo geradas ou transmitidas por essa

regiatildeo geram influecircncia no desempenho esportivo Desse modo pesquisas

cientiacuteficas relatam sobre a importacircncia da forccedila dos muacutesculos estabilizadores do

quadril no surgimento e desenvolvimento de dores nesta articulaccedilatildeo4 35 Steinberg et

al36 realizaram uma analise sistemaacutetica do desempenho da musculatura do quadril

no desenvolvimento de lesotildees no membro inferior e encontraram que a diminuiccedilatildeo

da funccedilatildeo dos muacutesculos do quadril associada a cargas repetitivas no membro

inferior pode aumentar o risco de lesotildees no joelho e em todo o membro

De forma contraacuteria aos nossos resultados Guiotte et al2 Sabeti et al21 e

Oliveira et al23 avaliaram ginastas de diferentes categorias e relataram que a regiatildeo

anatocircmica de queixa dolorosa mais prevalente na praacutetica da GR eacute a coluna lombar

seguida do tornozelo e joelho De acordo com Anderson et al37 a dor no quadril e

na virilha em atletas ocorrem com menor frequecircncia que lesotildees das extremidades do

membro inferior Ratificando esses autores Tschopp et al38 defendem que as

lesotildees do quadril satildeo menos comuns poreacutem satildeo mais difiacuteceis de serem

diagnoacutesticadas Pois as consideraccedilotildees anatocircmicas e biomecacircnicas para lesotildees

nesta regiatildeo estatildeo entre as mais complexas do sistema muacutesculo-esqueleacutetico

Por outro lado os nossos resultados demonstraram que a segunda

articulaccedilatildeo mais prevalente em relaccedilatildeo agrave queixa dolorosa pela praacutetica de GR em

atletas de elite foi o tornozelo-peacute (44) Tal fato se justifica por alguns fatores como

sobrecarga excessiva nos muacutesculos intriacutensecos do peacute os quais satildeo responsaacuteveis

pela formaccedilatildeo do arco plantar existecircncia de compressotildees excessivas nos

segmentos oacutesseos devido ao processo de absorccedilatildeo de impacto nos saltos aleacutem da

necessidade de manutenccedilatildeo da postura do tornozelo-peacute em flexatildeo plantar por

tempos prolongados

De acordo com Han et al39 o complexo do tornozelo-peacute na maioria das

atividades esportivas eacute a uacutenica parte do corpo que estaacute em contato com solo

Assim a propriocepccedilatildeo do tornozelo contribui de forma extremamente significativa

para o controle do equiliacutebrio pois fornece informaccedilotildees que permitem o ajuste de

posiccedilotildees e movimentos dos membros para realizaccedilatildeo das tarefas motoras

30

complexas exigidas no esporte de elite Saito et al12 em sua pesquisa ao avaliarem

atletas com e sem lesatildeo no tornozelo observaram que as lesotildees no tornozelo aleacutem

de causar alteraccedilotildees musculares e osteocinemaacuteticas promovem de forma direta

repercussotildees negativas no controle neuromuscular da articulaccedilatildeo predispondo-a aacute

episoacutedios recidivantes em virtude do comprometimento do feedback neurosensorial

afetando o controle postural e consequentemente o desempenho nas atividades

motoras

De acordo com os dados obtidos no nosso estudo foi observada nas atletas

uma maior aacuterea de deslocamento do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo (COP) do

corpo demonstrando um menor equiliacutebrio estaacutetico das ginastas ao comparar com

controles natildeo atletas Isto pode estar relacionado a uma maior intensidade e

presenccedila do estiacutemulo doloroso no corpo das atletas e a intensa quantidade de

repeticcedilotildees dos exerciacutecios de forma assimeacutetrica pela preferecircncia do membro

dominante Desse modo diversas pesquisas relatam que a presenccedila da dor pode

aumentar a aacuterea do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo (ACOP) produzindo uma piora

do equiliacutebrio corporal4 12 15 16 Lin et al16 e Shigaki et al4 em seus estudos avaliaram

o equiliacutebrio de atletas comparando trecircs grupos atletas com lesatildeo atletas sem lesatildeo

e natildeo atletas Evidenciaram que atletas com lesatildeo apresentaram maior oscilaccedilatildeo do

centro de pressatildeo comparado a indiviacuteduos natildeo atletas e atletas sem lesatildeo Poreacutem

quando comparados atletas sem lesatildeo com indiviacuteduos natildeo atletas natildeo foi observado

diferenccedila significativa

Ao mesmo tempo em nosso estudo foi encontrado uma velocidade meacutedia do

COP maior no grupo atleta em ambas as direccedilotildees ao comparar com controles natildeo

atletas Sendo a velocidade meacutedia do COP maior no plano sagital (anteroposterior)

em relaccedilatildeo ao plano frontal (meacutediolateral) Isto ocorre porque as atletas apresentam

uma resposta neuromuscular mais raacutepida para recuperaccedilatildeo da estabilidade do corpo

adquirida pelo treinamento esportivo essencialmente no plano sagital em que as

estrateacutegias posturais para recuperaccedilatildeo do equiliacutebrio satildeo mais efetivas

Diversos estudos publicados na literatura abordam a habilidade do controle

postural em atletas2 8-12 Matsuda et al10 relatam que atletas tecircm capacidade de

equiliacutebrio dinacircmico superior quando comparados a indiviacuteduos natildeo atletas Da

mesma forma Merlo et al11 acreditam a praacutetica de esportes produz adaptaccedilotildees que

31

ou desenvolvimento de consciecircncia de estrateacutegias posturais natildeo evidenciadas em

sujeitos natildeo praticantes de atividade esportiva

Os resultados encontrados por meio desse estudo mostraram que a dor em

sua dimensatildeo avaliativa apresentou relaccedilatildeo significativa com a velocidade meacutedia do

centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo do corpo na direccedilatildeo mediolateral Tal fato evidencia

que a percepccedilatildeo do estiacutemulo doloroso interfere de maneira significativa na

habilidade do atleta em reestabelecer a estabilidade postural apoacutes perturbaccedilatildeo do

equiliacutebrio em postura estaacutetica Prejudicando o desempenho atleacutetico na modalidade

uma vez que as atletas dependem da estabilidade postural para execuccedilatildeo da praacutetica

esportiva Alguns autores relatam a influecircncia da dor e fatores psicoemocionais na

performance e desempenho de atletas de alto rendimento Couto e Pedroni40

avaliaram a relaccedilatildeo da queixa e limiar doloroso com incidecircncia de lesatildeo em

bailarinas claacutessicas Os resultados do estudo mostraram que houve relaccedilatildeo

significativa entre as regiotildees de lesatildeo com a dor evidenciando que a dor estaacute

diretamente relacionada com o surgimento de lesatildeo nessa populaccedilatildeo Dore e

Guerra41 em seu estudo investigaram a prevalecircncia e fatores associados agrave

sintomatologia dolorosa em bailarinos profissionais utilizando a versatildeo brasileira do

questionaacuterio McGill e Inventaacuterio para dor de Wisconsin Foram verificadas

correlaccedilotildees positivas com significacircncia entre o grau de intensidade dolorosa e

atividades diaacuterias sono humor e relacionamento pessoal

O presente estudo sinaliza uma relaccedilatildeo da presenccedila do estiacutemulo doloroso

com o equiliacutebrio postural As alteraccedilotildees no equiliacutebrio corporal tecircm sido muito

estudadas em diferentes populaccedilotildees assim como o comportamento da dor e lesotildees

no desempenho de atletas de diferentes niacuteveis competitivos e modalidades

esportivas Corroborando com nossa pesquisa Meardon et al15 defendem que a

presenccedila de lesatildeo e dor em atletas pode afetar negativamente o equiliacutebrio corporal

Em sua pesquisa examinou controle postural dinacircmico em corredores lesionados

com dor e sem lesatildeo usando o Star Excursion Balance Test (SEBT) Quando

comparado corredores lesionados com controles sem lesatildeo os resultados

demonstraram controle dinacircmico deficiente das forccedilas verticais ao executar as

tarefas de pouso e estabilizaccedilatildeo em apoio unipodal

32

Contudo ainda satildeo raros os estudos sobre a caracterizaccedilatildeo da dor e do

equiliacutebrio corporal em atletas de ginaacutestica riacutetmica Por meio desse estudo foi

observado que atletas de elite de GR demonstraram aumento da dor descrita em

todos os domiacutenios avaliados pelo questionaacuterio McGill (plt0001) A dor nas ginastas

tem o perfil sensorial e avaliativo e se manifesta principalmente nas articulaccedilotildees do

quadril e tornozelo-peacute em virtude da especificidade do gesto esportivo Aleacutem disso

as atletas tambeacutem apresentam menor estabilidade do controle postural (plt005)

sendo notada possiacutevel relaccedilatildeo de interferecircncia entre a auto percepccedilatildeo dolorosa e o

equiliacutebrio postural Entretanto devido agrave complexidade do tema faz-se necessaacuterio a

elaboraccedilatildeo de estudos mais aprofundados com uma amostra maior seguindo

rigorosamente os criteacuterios metodoloacutegicos que permita uma interpretaccedilatildeo mais

precisa a respeito da percepccedilatildeo dolorosa e o equiliacutebrio postural no desempenho

atleacutetico na modalidade esportiva

5 Conclusatildeo

A pesquisa mostra que as atletas de elite de GR apresentam dor de

caracteriacutesticas sensorial e avaliativa frequentemente localizada na articulaccedilatildeo do

quadril seguida do tornozelo-peacute A presenccedila da percepccedilatildeo dolorosa mostrou relaccedilatildeo

significativa com o controle postural em atletas de elite de GR Os resultados

tambeacutem evidenciaram que atletas tem menor equiliacutebrio postural estaacutetico quando

comparadas a controles natildeo atletas poreacutem demonstram maior habilidade para

reestabelecer o controle postural

6 Consideraccedilotildees Finais

Um ponto importante a ser relatado neste estudo eacute a utilizaccedilatildeo do

questionaacuterio de dor McGill Embora venha ser um questionaacuterio amplamente utilizado

em pesquisas cientiacuteficas em virtude da sua alta confiabilidade validaccedilatildeo e

adaptaccedilatildeo cultural em diferentes paiacuteses ainda satildeo raros os estudos que utilizam

essa ferramenta para avaliar a dor em atletas Com ecircnfase em estudos que

descrevam a sua aplicabilidade por domiacutenio e caracteriacutesticas multidimensionais da

33

dor Este pesquisa aparenta ter sido pioneira a qualificar a dor e descrevecirc-la em

suas dimensotildees em atletas de elite de ginaacutestica riacutetmica bem como relacionar a

percepccedilatildeo dolorosa com o equiliacutebrio postural nessa populaccedilatildeo Abrindo espaccedilo para

realizaccedilatildeo de outros estudos

Poreacutem foi encontrado como limitaccedilotildees escassez de pesquisas cientiacuteficas

atualizadas sobre abordagem multidimensional da dor em atletas essencialmente

na ginaacutestica riacutetmica Pois a grande maioria dos estudos que tem sido publicado

sobre dor nessa populaccedilatildeo estaacute relacionada agrave presenccedila do estiacutemulo doloroso e sua

intensidade em uma magnitude sensorial Outro ponto a se destacar foi a

dificuldade em coletar um grupo controle com caracteriacutesticas similares ao grupo de

estudo para que fosse formada uma amostra mais homogecircnea possiacutevel

respeitando os criteacuterios metodoloacutegicos

34

REFEREcircNCIA

1 Baston C Mancini M Schoneburg B Horak F Rocchi L Postural strategies assessed with inertial sensors in healthy and parkinsonian subjects Gait Posture 2014 may 40(1)70ndash75

2 Guiotte VA Roque CFL Olieira MR Gil AWO Rabello LM Dos Santos EVM et

al Avaliaccedilatildeo Fiacutesico - Funcional de Atletas da Ginaacutestica Riacutetmica Histoacuterico de Lesotildees e Estabilidade Postural UNOPAR Cient Ciecircnc Biol Sauacutede 2012 14(4) 217-20

3 Bosso LR Golias ARC A postura de atletas de Ginaacutestica Riacutetmica Analise atraveacutes da fotometria Rev Bras Med Esporte 2012 setout 18(5)333-337

4 Shigaki L Rabello LM Camargo MZ Santos VBC Gil AWO Oliveira MR et al Anaacutelise comparativa do equiliacutebrio unipodal de atletas de Ginastica Riacutetmica Rev Bras Med Esporte 2013 marabr 19(2)104-107

5 Whale CE Pass AN Tripp PM Chronic Groin Pain in a collegiate football running back International Journal of Athletic Therapy amp Training 2012 may 17(3)41-44

6 Jacobs JV Why we need to better understand the cortical neurophysiology of impaired postural responses with age disease or injury Frontiers in Integrative Neuroscience 2014 ago 8(69)

7 Hirata RP Ervilha UF Arendt-Nielsen L Graven-Nielsen T Experimental Muscle Pain Challenges the Postural Satability During Quiet Stance Unexpected Posture Perturbation J Pain 2011 ago 12(8)911-9

8 Ribeiro GD Suaacuterez MH Ruiz DR Efecto del entrenamiento sistemaacutetico de gimnasia riacutetmica sobre el control postural de ninas adolescentes Rev Andal Med 2015 jun 8(2)54-60

9 Teixeira CL Equiliacutebrio e controle postural Brazilian Journal of Biomechanics 2010 11(20)31-40

10 Matsuda S Demura S Uchiyama M Centre of pressure sway characteristics during static one-legged stance of athletes from different sports Journal of Sports Sciences 2008 may 26(7)775 ndash 779

11 Merlo JK Stoppa ACL Macedo CSG Silva Juacutenior RA Anaacutelise Comparativa do Equiliacutebrio em Apoio Unipodal em Indiviacuteduos Sedentaacuterios e Atletas UNOPAR Cient Ciecircnc Biol Sauacutede 2010 12(4)29-32

12 Saito KA Navarro M Silva MF Arie EK Peccin MS Oscilaccedilatildeo do centro de pressatildeo plantar de atletas e natildeo atletas com e sem entorse de tornozelo Rev Bras Ortop 2016 51(4)437ndash443

35

13 Lamb M Oliveira PD Tano SS Gil AWO Dos Santos EVN Fernandes KBP

Efeito do treinamento proprioceptivo no equiliacutebrio de atletas de ginaacutestica riacutetmica Rev Bras Med Esporte 2014 setout 20(5)379-382

14 Silva JA Ribeiro-Filho NP A dor como um problema psicofiacutesico Rev Dor 2011 abrjun 12(2)138-51

15 Meardon S Klusendorf A Kernozek T Influence of injury on dynamic postural control in runners The International Journal of Sports Physical Therapy 2016 jun 11(3)336

16 Lin CF Lee IJ Liao JH Wu HW Su FC Comparison of Postural Stability Between Injured and Uninjured Ballet Dancers The American Journal of Sports Medicine 2011 39(6)1324-1331

17 Varoli FK Pedrazzi V Adapted Version of the McGill Pain Questionnaire to Brazilian Portuguese Braz Dent J 2006 17(4) 328-335

18 Pimenta CAM Teixeira MJ Questionaacuterio de dor McGill proposta de adaptaccedilatildeo para a liacutengua portuguesa Rev Esc Enf USP 1996 dez 30(3)473-83

19 Rabello LM Macedo CSG Oliveira MR Fregueto JH Camargo MZ Lopes LD et al Relaccedilatildeo entre testes funcionais e plataforma de forccedila nas medidas de equiliacutebrio em atletas Rev Bras Med Esporte 2014 maijun 20(3)219-222

20 Bressel E Yonker JC Kras J et al Comparison of static and dynamic balance in female collegiate soccer basketball and gymnastics atheletes Journal of Athletic Training 2007 42(1)42ndash46

21 Sabeti M Jeremian L Graf A Kandelhart R Elite level rhythmic gymnasts have significantly more and stronger pain than peers of similar age a prospective study Wien Klin Wochenschr 201512731ndash35

22 Vanderlei FM Vanderlei FCM Netto Juacutenior J Praste CM Caracteriacutesticas das lesotildees desportivas e fatores associados com lesatildeo em iniciantes de ginaacutestica artiacutestica do sexo feminino Fisioter Pesq 201320(2)191-196

23 Oliveira MMM Lourenccedilo MRA Teixeira DC Incidecircncias de lesotildees nas equipes de Ginaacutestica Riacutetmica da UNOPAR UNOPAR Cient Ciecircnc Biol Sauacutede 2003 out 6(1)29-40

24 Frutuoso AS Diefenthaeler F Vaz MA et al Lower Limb asymmetries in rhythmic gymnastics atheletes Int Sports Phys Ther 2016 11(1)34ndash43

25 Kolar E Samardžija MP Smrdu M Atikovic A Athletes perceptions of the causes of injury in gymnastics J Sports Med Phys Fitness 2016 Mar 57(5)703-710

36

26 Mueller S Mueller J Stoll J Prieske O Cassel M Mayer F Incidence of back pain in adolescent athletes a prospective study BMC Sports Science Medicine and Rehabilitation 2016 838

27 Goubert D Danneels L Graven-Nielsen T Descheemaeker F Meeus M Differences in Pain Processing Between Patients with Chronic Low Back Pain Recurrent Low Back Pain and Fibromyalgia Pain Physician 2017 May 20(4)307-318

28 Arliani GG Cohen M Lara PS Astur DC Gonccedilalves JPP Ferretti M Impacto do esporte na sauacutede de ex-jogadores profissionais de futebol no Brasil Acta ortop bras 2014 julago 22(4)188-190

29 Hoskins W Pollard H Daff C Odell A Garbutt P McHardy A et al Low back pain status in elite and semi-elite Australian football codes a cross-sectional survey of football (soccer) Australian rules rugby league rugby union and non-athletic controls BMC Musculoskeletal Disorders 20091038

30 Ngamkham S Vincent C Finnegan L Holden JE Wang ZJ Wilkie DJ The McGill Pain Questionnaire as a Multidimensional Measure in People with Cancer An Integrative Review Pain Manag Nurs 2012 Mar 13(1) 27ndash51

31 Bermudez OAS Souza RA Souza CMF Castro CES Beacuterzn F Avaliaccedilatildeo multidimensional da dor em portadores de desordem temporomandibular utilizando uma versatildeo brasileira do questionaacuterio mcgill de dor Rev bras fisioter 2003 7(2) 151-158

32 Reading AE Everitt BS Sledmore CM The McGill Pain Questionnaire a replication of its construction Br J Clin Psychol 1982 21339ndash349

33 Melzack R The McGill Pain Questionnaire Anesthesiology 2005 103199-202

34 Pessoa CP Barreto MB Santos LB Alves TDB Oliveira MC Martins AG Instrumentos utilizados na avaliaccedilatildeo do impacto da dor na qualidade de vida de pacientes com dor orofacial e disfunccedilatildeo temporomandibular Escola Baiana de Sauacutede Puacuteblica 200731(2)267-293

35 Espinoza ES Ortiz GB Estabilidad abdominolumbopeacutelvica y equilibrio comopredictores de la incidencia de lesionesmusculoesqueleacuteticas en estudiantes de danzaUn estudio piloto Fisioterapia 2014

36 Steinberg N Dar G Dunlop M Gaida JE The relationship of hip muscle performance to legankle and foot injuries a systematic review The Physician and Sportsmedicine 2017

37 Anderson K Strickland SM Warren R Hip and Groin Injuries in Athletes The American Journal of Sports Medicine 2001 29(4) 521-533

38 Tschopp M Brunner F Erkrankungen und Uumlberlastungsschaumlden an der unteren Extremitaumlt bei Langstreckenlaumlufern Z Rheumatol 2017 Feb

37

39 Han J Anson J Waddington G Adans R Liu Y The Role of Ankle

Proprioception for Balance Control in relation to Sports Performance and Injury BioMed Research International 2015 Jun8

40 Couto AGA Pedroni CR Relaccedilatildeo entre postura queixa dolorosa e lesatildeo em bailarinas claacutessicas Ter Man 2013 11(55)228-233

41 Dore BF e Guerra RO Sintomatologia dolorosa e fatores associados em bailarinos profissionais Rev Bras Med Esporte 2007 MarAbr13(2)77-80

38

ANEXO I ndash QUESTIONAacuteRIO DE DOR MCGILL

39

ANEXO II ndash PARECER DE APROVACcedilAtildeO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA

40

41

ANEXO III ndash NORMAS DE SUBMISSAtildeO DA REVISTA

Instruccedilotildees aos Autores

A Revista Brasileira de Medicina do Esporte - RBME (Brazilian Journal of

Sports Medicine) oacutergatildeo oficial da Sociedade Brasileira de Medicina do Exerciacutecio e

do Esporte (SBMEE) eacute publicada bimestralmente em seis ediccedilotildees ao ano (janfev

marabr maiojun julago setout e novdez) A RBME eacute indexada nas seguintes

bases bibliograacuteficas SciELO Web of Science Excerpta Medica-EMBASE Physical

Education Index LILACS SIRC-Sportdiscus e Scopus A publicaccedilatildeo segue

integralmente o padratildeo internacional do International Committee of Medical Journal

Editors (ICMJE) ou Convenccedilatildeo de Vancouver e seus requisitos de uniformizaccedilatildeo

[httpwwwicmjeorg]

Preparaccedilatildeo de manuscritos Os artigos submetidos devem ser digitados em

espaccedilo duplo fonte Arial 12 em paacutegina tamanho A4 sem numerar linhas ou

paraacutegrafos e numerando as paacuteginas no canto superior direito Figuras e tabelas

devem ser apresentadas ao final do artigo em paacuteginas separadas No corpo do

texto deve-se informar os locais para inserccedilatildeo das tabelas ou figuras Nuacutemeros

menores que 10 satildeo escritos por extenso enquanto que nuacutemeros maiores ou igual a

10 satildeo expressos em algarismos araacutebicos Os manuscritos que natildeo estiverem de

acordo com as instruccedilotildees aos autores em relaccedilatildeo a estilo e formato seratildeo

devolvidos sem revisatildeo pelo Conselho Editorial As medidas deveratildeo ser expressas

no Sistema Internacional (Systegraveme International SI) disponiacutevel em

httpphysicsnistgovcuuUnits e unidades padratildeo quando aplicaacutevel Recomenda-

se aos autores natildeo usar abreviaccedilotildees no tiacutetulo e limitar a sua utilizaccedilatildeo no resumo e

ao longo do texto Os nomes geneacutericos devem ser usados para todas as drogas Os

faacutermacos podem ser referidos pelo nome comercial poreacutem deve constar o nome

cidade e paiacutes ou endereccedilo eletrocircnico do fabricante entre parecircnteses na seccedilatildeo

Materiais e Meacutetodos

Abreviaturas O uso de abreviaturas deve ser minimizado As abreviaturas deveratildeo

ser definidas por ocasiatildeo de sua primeira utilizaccedilatildeo no resumo e tambeacutem no texto

Abreviaturas natildeo padratildeo natildeo devem ser utilizadas a menos que essas apareccedilam

pelo menos trecircs vezes no texto Unidades de medida (3 ml ou 3 mL e natildeo 3

mililitros) ou siacutembolos cientiacuteficos padratildeo (elementos quiacutemicos por exemplo Na e

natildeo soacutedio) natildeo satildeo consideradas abreviaturas e portanto natildeo devem ser definidos

Abreviar nomes longos ou substacircncias quiacutemicas e termos utilizados para

combinaccedilotildees terapecircuticas Abreviaturas em figuras e tabelas podem ser utilizadas

por razotildees de espaccedilo poreacutem devem ser definidas na legenda mesmo que tenham

sido definidas no texto do artigo

Formato dos arquivos Usar editor de texto Microsoft Word para Windows ou

42

equivalente Arquivos em formato PDF natildeo devem ser enviados As tabelas e

quadros deveratildeo estar em seus arquivos originais (Excel Acess Powerpoint etc)

As figuras deveratildeo estar nos formatos jpg ou tif em alta resoluccedilatildeo (300 dpi) As

figuras deveratildeo estar incluiacutedas no arquivo Word mas tambeacutem devem ser enviadas

separadamente (anexadas durante a submissatildeo do artigo como documento

suplementar em seus arquivos originais)

Paacutegina de rosto A paacutegina de rosto deve conter (1) a categoria do artigo (2) o tiacutetulo

do artigo em portuguecircs inglecircs e espanhol com ateacute 80 caracteres cada que deve ser

objetivo e informativo (3) os nomes completos dos autores instituiccedilatildeo formaccedilatildeo

acadecircmica de origem (a mais relevante) cidade estado e paiacutes (4) nome do autor

correspondente com endereccedilo completo telefone e e-mail A titulaccedilatildeo dos autores

natildeo deve ser incluiacuteda O nome completo de cada autor (sem abreviaccedilotildees) e sua

afiliaccedilatildeo institucional (nota as unidades hieraacuterquicas devem ser apresentadas em

ordem decrescente por exemplo universidade faculdade ou instituto e

departamento) devem ser informados Os nomes das instituiccedilotildees e programas

deveratildeo ser apresentados preferencialmente por extenso e na liacutengua original da

instituiccedilatildeo ou na versatildeo em inglecircs quando a escrita natildeo eacute latina (pex aacuterabe

mandarim ou grego)

Resumo O resumo em portuguecircs inglecircs e espanhol deve ser incluiacutedo no

manuscrito Em cada um dos idiomas natildeo deve conter mais do que 300 palavras A

versatildeo estruturada eacute obrigatoacuteria nos artigos originais e inclui objetivos meacutetodos

resultados e conclusatildeo Artigos de revisatildeo natildeo requerem resumo estruturado

Palavras-chave O artigo deve incluir no miacutenimo trecircs e no maacuteximo seis descritores

em portuguecircs inglecircs e espanhol baseados nos Descritores de Ciecircncias da Sauacutede

(DeCS) httpdecsbvsbr ou no Medical Subject Headings (MeSH) da National

Library of Medicine disponiacutevel em httpwwwnlmnihgovmeshmeshhomehtml

oubaseados no Medical SubjectHeading (MeSH) do Index Medicus

(httpwwwnlmnihgovmesh)

Introduccedilatildeo A introduccedilatildeo deve conter (1) justificativa objetiva para o estudo com

referecircncias pertinentes ao assunto sem realizar uma revisatildeo extensa (2) objetivo do

artigo

Materiais e Meacutetodos Esta seccedilatildeo deve descrever os experimentos (quantitativa e

qualitativamente) e os procedimentos em detalhes suficientes que permitam que

outros pesquisadores reproduzam os resultados ou deem continuidade ao estudo

e deveraacute conter (1) a descriccedilatildeo clara da amostra utilizada (2) termo de

consentimento para estudos experimentais envolvendo seres humanos (3)

identificaccedilatildeo dos meacutetodos aparelhos (nome do fabricante e endereccedilo cidade e paiacutes

devem ser menciondos entre parecircnteses) e procedimentos utilizados (4) descriccedilatildeo

breve e referecircncias de meacutetodos publicados mas natildeo amplamente conhecidos (5)

43

descriccedilatildeo detalhada de meacutetodos novos ou modificados (6) quando pertinente incluir

a anaacutelise estatiacutestica e os programas utilizados Importante Ao relatar experimentos

com seres humanos ou animais indicar se os procedimentos seguiram as normas

do Comitecirc Eacutetico sobre Experiecircncias Humanas da instituiccedilatildeo na qual a pesquisa foi

realizada e se os procedimentos estatildeo de acordo com a declaraccedilatildeo de Helsinki de

1995 e a Animal Experimentation Ethics respectivamente Os autores devem incluir

uma declaraccedilatildeo indicando que o protocolo foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica da

Instituiccedilatildeo (instituiccedilatildeo de afiliaccedilatildeo de pelo menos um dos autores) com o respectivo

nuacutemero de identificaccedilatildeo Tambeacutem deve incluir que o Termo de Consentimento Livre

e Esclarecido foi assinado por todos os participantes

Resultados Apresentar os resultados em sequecircncia loacutegica no texto usando tabelas

e figuras Evitar repeticcedilatildeo excessiva de dados no texto em tabelas ou figuras

poreacutem enfatizar somente as descobertas mais importantes

Discussatildeo Enfatizar os aspectos originais e importantes do estudo e as conclusotildees

que decorrem deste evitando poreacutem repetir dados jaacute apresentados em outras

partes do manuscrito Em estudos experimentais ressaltar a relevacircncia e limitaccedilotildees

dos resultados confrontando com os dados da literatura e incluindo implicaccedilotildees

para estudos futuros

Conclusotildees A conclusatildeo deve ser clara e concisa baseada nos resultados

obtidos estabelecendo ligaccedilatildeo com implicaccedilotildees cliacutenicas evitando poreacutem excessiva

generalizaccedilatildeo) A mesma ecircnfase deve ser dada a estudos com resultados negativos

ou positivos Recomendaccedilotildees podem ser incluiacutedas quando relevantes

Agradecimentos Quando pertinente incluir agradecimento ou reconhecimento a

pessoas que tenham contribuiacutedo para o desenvolvimento do trabalho poreacutem natildeo se

qualificam como coautores Fontes de financiamento como auxiacutelio a pesquisa e

bolsas de estudo devem ser reconhecidos nesta seccedilatildeo Os autores deveratildeo obter

permissatildeo por escrito para mencionar nomes e instituiccedilotildees de todos os que

receberam agradecimentos nominais

Referecircncias As referecircncias devem ser numeradas na sequecircncia em que aparecem

no texto em formato sobrescrito As referecircncias citadas somente em legendas de

tabelas ou figuras devem ser numeradas de acordo com sequecircncia estabelecida

pela primeira menccedilatildeo da tabela ou da figura no texto O estilo das referecircncias

bibliograacuteficas deve seguir as regras do Uniform Requirements for Manuscripts

Submitted to Biomedical Journals (International Committee of Medical Journal

Editors disponiacutevel em Ann Intern Med 1997126(1)36-47 httpwwwicmjeorg)

Alguns exemplos satildeo mostrados a seguir Os tiacutetulos dos perioacutedicos devem ser

abreviados de acordo com o Index Medicus (List of Journals Indexed disponiacutevel em

httpwwwnlmnihgovtsdserialsljihtml) Se o perioacutedico natildeo constar dessa lista

deve-se utilizar a abreviatura sugerida pelo proacuteprio perioacutedico Deve-se evitar utilizar

44

ldquocomunicaccedilotildees pessoaisrdquo ou ldquoobservaccedilotildees natildeo publicadasrdquo como referecircncias

Resumos de tranalhos apresentados em eventos devem ser utilizados somente se

for a uacutenica fonte de informaccedilatildeo

Tabelas As tabelas devem ser elaboradas em espaccedilo 15 devendo ser planejadas

para ter como largura uma (87cm) ou duas colunas (18 cm) Cada tabela deve

possuir um tiacutetulo sucinto Notas explicativas seratildeo incluiacutedas em notas de rodapeacute A

tabela deve conter meacutedias e medidas de dispersatildeo (Desvio Padratildeo Erro Padratildeo da

Meacutedia etc) natildeo devendo conter casas decimais irrelevantes As abreviaturas

devem estar de acordo com aquelas utilizadas no texto e nas figuras Os coacutedigos de

identificaccedilatildeo de itens da tabela devem estar listados na ordem de surgimento no

sentido horizontal e devem ser identificados pelos siacutembolos padratildeo Os quadros e

tabelas deveratildeo ser enviados atraveacutes dos arquivos originais editaacuteveis (Word Excel)

e natildeo como imagens

Figuras Na versatildeo impressa da RBME seratildeo aceitas figuras em preto-e-branco

Imagens coloridas poderatildeo ser publicadas quando forem essenciais para o conteuacutedo

cientiacutefico do artigo Nestes casos o custo seraacute repassado aos autores Figuras

coloridas poderatildeo ser incluiacutedas na versatildeo eletrocircnica do artigo sem custo adicional

aos autores Os desenhos e figuras devem ser consistentes e tatildeo simples quanto

possiacutevel poreacutem informativos Tons de cinza natildeo devem ser utilizados Todas as

linhas devem ser soacutelidas Para graacuteficos de barra por exemplo utilizar barras

brancas pretas com linhas diagonais nas duas direccedilotildees linhas em xadrez linhas

horizontais e verticais A RBME desaconselha fortemente o uso de fotografias de

equipamentos e animais de experimentaccedilatildeo As figuras devem ser impressas com

bom contraste e ter a largura de uma coluna (87cm) Utilizar no miacutenimo fonte

tamanho 10 para letras nuacutemeros e siacutembolos com espaccedilamento e alinhamento

adequados Quando a figura representar uma radiografia ou fotografia sugerimos

incluir a escala de tamanho quando pertinente

Por favor note que eacute de responsabilidade dos autores obter permissatildeo do detentor

dos direitos autorais para reproduzir figuras (ou tabelas) que tenham sido

previamente publicados em outras fontes De acordo com os princiacutepios do acesso

aberto os autores devem ter permissatildeo do detentor dos direitos caso desejem

incluir imagens que tenham sido publicados em outros perioacutedicos de acesso natildeo

aberto A permissatildeo deve ser indicada na legenda da figura e a fonte original deve

ser incluiacuteda na lista de referecircncias

45

APEcircNDICE I ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE)

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Vocecirc estaacute sendo convidada(o) a participar da pesquisa intitulada

ldquoCARACTERIZACcedilAtildeO DA DOR E SUA RELACcedilAtildeO COM EQUILIacuteBRIO

POSTURAL ESTAacuteTICO EM ATLETAS DE GINAacuteSTICA RIacuteTMICArdquo realizada pela

Universidade Federal de Sergipe por intermeacutedio da discente TAINARA DOS

SANTOS BOMFIM devidamente assistida pelo seu orientador PAULO MAacuteRCIO

PEREIRA OLIVEIRA O objetivo desse estudo eacute caracterizar a Dor

musculoesqueleacutetica em atletas de elite de ginaacutestica riacutetmica e analisar a relaccedilatildeo da

dor no equiliacutebrio postural estaacutetico das atletas comparando com controles natildeo

atletas A justificativa para a realizaccedilatildeo da pesquisa eacute documentar na literatura

escassa estudo sobre a relaccedilatildeo da dor com o equiliacutebrio postural estaacutetico em

atletas de elite de Ginaacutestica Riacutetmica Sua participaccedilatildeo nessa pesquisa consistiraacute

em responder um questionaacuterio e realizar avaliaccedilatildeo de equiliacutebrio que ocorreraacute em

um uacutenico momento Natildeo haacute riscos previsiacuteveis relacionados com sua participaccedilatildeo

nem danos previsiacuteveis decorrentes da pesquisa Os benefiacutecios relacionados com

sua participaccedilatildeo satildeo

1 Identificar alteraccedilotildees posturais de equiliacutebrio em atletas de alto rendimento

2 Evidenciar se o processo de dor em atletas eacute igual maior ou menor quando

comparado com pessoas natildeo atletas

3 Evidenciar se as variaccedilotildees aacuterea e velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo

de pressatildeo se igualam ou natildeo a pessoas natildeo atletas

Vocecirc foi selecionado por preencher os requisitos da pesquisa mas sua

participaccedilatildeo NAtildeO Eacute OBRIGATOacuteRIA sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo em sua

relaccedilatildeo com a instituiccedilatildeo ou com o pesquisador

Eu________________________________________________________________

abaixo assinado declaro que fui informado que as informaccedilotildees obtidas atraveacutes

dessa pesquisa seratildeo confidenciais e o sigilo sobre minha participaccedilatildeo seraacute

assegurado De tal modo que os dados natildeo seratildeo divulgados de forma a possibilitar

minha identificaccedilatildeo Tambeacutem estou ciente de que a qualquer momento posso

desistir de minha participaccedilatildeo e retirar meu consentimento Declaro que entendi os

objetivos riscos e benefiacutecios de minha participaccedilatildeo na pesquisa e concordo em

participar

Vocecirc receberaacute uma coacutepia deste termo onde consta o telefone e o endereccedilo do

pesquisador principal podendo tirar suas duacutevidas sobre o Projeto de Pesquisa de

sua participaccedilatildeo agora ou a qualquer momento

46

DADOS DO PESQUISADOR RESPONSAacuteVEL

Nome Tainara dos Santos Bomfim

Endereccedilo profissionale-mail Rua Padre Aacutelvares Pitangueira sn - Centro

Departamento de Fisioterapia bftainaragmailcom

Telefone (79) 9 9806-7487

ATENCcedilAtildeO A participaccedilatildeo em qualquer tipo de pesquisa eacute voluntaacuteria Em casos de

duacutevida quanto aos seus direitos entre em contato com o Comitecirc de Eacutetica em

Pesquisa da Universidade Federal de Sergipe

Lagarto _____de _____de 201_

_____________________________________________________

ASSINATURA DO VOLUNTAacuteRIO

_____________________________________________________

ASSINATURA DO PESQUISADOR RESPONSAacuteVEL

Page 23: CARACTERIZAÇÃO DA DOR E SUA RELAÇÃO COM O … · tainara dos santos bomfim caracterizaÇÃo da dor e sua relaÇÃo com o equilÍbrio postural em atletas de ginÁstica rÍtmica

23

Figura 1 Nuacutemero de palavras escolhidas e Iacutendice de dor verificado por meio do questionaacuterio de dor de McGill

entre o grupo atleta (n=25) e o grupo controle (n=25) NWC nuacutemero de palavras escolhidas PRI iacutendice de dor

GA grupo atleta GC grupo controle plt005 GA X GC plt001 GA X GC plt0001 GA X GC A anaacutelise de

variaacuteveis categoacutericas foi realizada por meio do teste Mann-Whitney

33 Equiliacutebrio Estaacutetico (Estabilometria)

331 Aacuterea de deslocamento do COP (ACOP)

Nas comparaccedilotildees intergrupos foi observada uma reduccedilatildeo significativa do

equiliacutebrio no grupo atleta (plt005) Verificou-se que as ginastas apresentaram maior

deslocamento do COP (16513 mmsup2 plusmn 148 p= 0002) em relaccedilatildeo ao grupo controle

(10212 mmsup2 plusmn 114 p= 0002) A figura 2 demonstra a comparaccedilatildeo da aacuterea do

deslocamento do COP entre os grupos

Figura 2 Aacuterea da elipse do centro de pressatildeo do baricentro corporal entre o grupo atleta (n=25) e o grupo

controle (n=25) ACOP aacuterea do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo GA grupo atleta GC grupo controle plt005 GA X GC plt001 GA X GC plt0001 GA X GC A anaacutelise de variaacuteveis categoacutericas foi realizada por meio do teste Mann-Whitney

332 Velocidade meacutedia de oscilaccedilatildeo do COP (VmCOP)

A velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo do baricentro do corpo foi

significativamente maior na direccedilatildeo AP no grupo atleta (1110 mms plusmn 0049 p=003)

quando comparada ao grupo controle (0997 mms plusmn 0091 p=003) Paralelamente

24

a velocidade meacutedia do COP na direccedilatildeo ML tambeacutem foi significativamente maior no

grupo atleta (0845 mms plusmn 0042 plt0001) em relaccedilatildeo ao grupo controle (0508

mms plusmn 0065 plt0001) (Figura 3)

Figura 3 Velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo do baricentro corporal entre o grupo atleta (n=25)

e o grupo controle (n=25) COP centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo AP anteroposterior ML mediolateral GA grupo atleta GC grupo controle plt005 GA X GC plt001 GA X GC plt0001 GA X GC A anaacutelise de variaacuteveis categoacutericas foi realizada por meio do teste Mann-Whitney

34 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios da dor e equiliacutebrio postural

Foi apenas visualizada uma correlaccedilatildeo de fraca a moderada positiva com

significacircncia estatiacutestica entre o domiacutenio de dor avaliativa (236 plusmn 028) e velocidade

meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo na direccedilatildeo mediolateral (AV 0845mms plusmn

0042 r = 0414 p = 0040) Natildeo houve correlaccedilatildeo significativa entre todos os outros

domiacutenios avaliados e a velocidade meacutedia do COP na direccedilatildeo ML (S 0845mms plusmn

0042 r = 023 p gt 0914 AF 0845mms plusmn 0042 r = 085 p = 0687 M 0845mms

plusmn 0042 r = 0049 p = 0816) Bem como entre todos os domiacutenios e a velocidade

meacutedia do COP na direccedilatildeo anteroposterior (S 1110mms plusmn 0049 r = 0009 p =

0967 AF 1110mms plusmn 0049 r = 0216 p = 0299 AV 1110mms plusmn 0049 r =

020 p = 0925 M 1110mms plusmn 0049 r = 0138 p = 0510) e entre todos os

domiacutenios e a aacuterea de deslocamento do COP (S 16513mmsup2 plusmn 148 r = 0044 p =

0836 AF 16513mmsup2 plusmn 148 r = 0165 p = 0431 AV 16513mmsup2 plusmn 148 r = 0220

p gt 0291 M 16513mmsup2 plusmn 148 r = 0180 p = 0390) (Figura 4)

25

Figura 4 Correlaccedilatildeo de Spearman entre dor avaliativa e velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo (VmCOP) do baricentro corporal (A) Forccedila de correlaccedilatildeo de Spearman (r = 0414 p = 0040) entre a dor

avaliativa (AV) (236 plusmn 028) e a velocidade meacutedia do COP na direccedilatildeo mediolateral (0845 mms plusmn 0042) no grupo atleta (B) Forccedila de correlaccedilatildeo de Spearman (r = 0063 p = 0765) entre a dor avaliativa (AV) (060 plusmn

021) e a velocidade meacutedia do COP na direccedilatildeo mediolateral (0508 mms plusmn 0065) no grupo controle Os valores foram apresentados como meacutedia plusmn erro padratildeo da meacutedia

4 Discussatildeo

Os resultados desta pesquisa demonstraram que atletas de elite de ginaacutestica

riacutetmica manifestam maior percepccedilatildeo dolorosa que controles natildeo praticantes de

esporte a niacutevel competitivo Isto pode estar relacionado a trecircs principais fatores que

podem contribuir de forma direta para a maior prevalecircncia de dor nessas atletas

destacando o iniacutecio precoce na praacutetica da modalidade os altos volumes e

intensidade dos treinos e a grande quantidade de repeticcedilotildees dos gestos esportivos

com alta predominacircncia de saltos e posturas estaacuteticas De acordo com os nossos

resultados Sabeti et al21 realizaram estudo com 218 ginastas de diferentes

nacionalidades no campeonato europeu de GR utilizando a escala visual analoacutegica

(EVA) para registro da intensidade dolorosa Os resultados encontrados foi que as

atletas tecircm uma maior intensidade dolorosa (72) que controles natildeo praticantes de

esporte competitivo

Paralelamente a literatura cientifica relata que o tempo de inicio da praacutetica

esportiva o niacutevel competitivo e o volumeintensidade dos treinos destas atletas satildeo

fatores preditivos para um maior desenvolvimento de lesatildeo e dor em atletas de GR

Shigaki et al4 apontam que o risco e intensidade de lesatildeo estatildeo fortemente

26

relacionados com o aumento da idade e do niacutevel competitivo Da mesma forma

Vanderlei et al22 e Oliveira et al23 afirmam que quanto mais elevada a categoria do

atleta maior seraacute o tempo e a intensidade do treinamento consequentemente maior

a exposiccedilatildeo aos esforccedilos musculoesqueleacuteticos durante treinamento eou

competiccedilotildees Deste modo Oliveira et al23 em seu estudo avaliaram 25 atletas de

GR de diferentes categorias etaacuterias e encontraram que a maioria das atletas

apresentaram algum tipo de lesatildeo ocasionada pelos treinos Desta forma autores

relatam que a formaccedilatildeo dessas atletas influencia na incidecircncia e intensidade

dolorosa de lesotildees por overuse21 24 Tais lesotildees geralmente ocorrem quando a

frequecircncia dos exerciacutecios aumenta enquanto a intensidade eacute mantida23 Estando de

acordo com os nossos resultados Kolar et al25 em estudo realizado com 63 atletas

da ginaacutestica artiacutestica e riacutetmica de ambos os sexos concluiacuteram que a maacute teacutecnica

meacutetodos improacuteprios de ensino e carga inadequada durante os treinos foram

associados com o surgimento de dor e lesotildees nessa populaccedilatildeo

Contrariamente aos nossos resultados Muller et al26 realizaram um estudo

investigativo do desenvolvimento de dor lombar em atletas adolescentes em relaccedilatildeo

ao sexo e tipo de esporte praticado Foram avaliados 321 atletas sem dor lombar em

um primeiro momento e apoacutes dois anos os mesmo atletas foram reavaliados para

verificar a incidecircncia de dor lombar Apenas 10 da amostra foram categorizados

com dor lombar Aleacutem disso antropometria e caracteriacutesticas de formaccedilatildeo do esporte

natildeo demonstraram influecircncia significativa na dor lombar levando os autores a

concluiacuterem que o esporte de alto rendimento natildeo induz dor lombar em atletas

adolescentes

No nosso estudo utilizamos para avaliaccedilatildeo da percepccedilatildeo dolorosa em ambos

os grupos o questionaacuterio de dor McGill Este apresentou-se como uma ferramenta

de faacutecil execuccedilatildeo baixo custo e com alta sensibilidade e confiabilidade para uma

caracterizaccedilatildeo multidimensional da dor na populaccedilatildeo estudada Diferenciados

meacutetodos de investigaccedilatildeo da dor podem ser encontrados em um crescente numero

de publicaccedilotildees cientificas sobre o estudo da percepccedilatildeo e intensidade dolorosa

Goubert et al27 utilizaram a algometria de pressatildeo para comparar a avaliaccedilatildeo

sensorial quantitativa da dor de pacientes com dor lombar em diferentes niacuteveis de

cronicidade comparando a controles saudaacuteveis e pacientes com fibromialgia

Diferentemente Sabeti et al21 Arliani et al28 e Hoskins et al29 utilizaram em suas

27

pesquisas a escala visual analoacutegica (EVA) para registrar a intensidade dolorosa de

atletas em diferentes modalidades Ambos satildeo considerados meacutetodos

unidimensionais utilizados com o objetivo de quantificar a magnitude da dor dentro

de um perfil somatosensorial

Por outro lado diversas pesquisas utilizam o questionaacuterio McGill (MPQ) como

instrumento multidimensional para avaliar a dor e conhececirc-la de forma ampla em

diferentes modelos de estudos e em diversas populaccedilotildees Ngamkham et al30

realizaram revisatildeo sistemaacutetica sobre a avaliaccedilatildeo da dor com McGill em pacientes

com cacircncer demonstrando que o MPQ eacute comumente usado nessa populaccedilatildeo para

mensurar a intensidade e qualidade da dor pois fornece informaccedilotildees sobre

possiacuteveis locais da doenccedila magnitude da dor bem como a eficaacutecia do tratamento e

intervenccedilatildeo submetidos Da mesma forma Bermudez et al31 avaliaram pacientes

diagnosticados com DTM moderada e severa para discriminar e comparar a queixa

dolorosa de acordo com a severidade da doenccedila Pode-se concluir com o estudo

que o MPQ foi capaz de diferenciar o padratildeo temporal da dor a localizaccedilatildeo de maior

queixa dolorosa e a intensidade da dor em portadores de DTM

As diferenccedilas metodoloacutegicas utilizadas corroboram o fato de a dor ser uma

experiecircncia complexa e subjetiva que varia em qualidade intensidade sensorial e

em caracteriacutesticas afetivo-motivacionais Pois a mesma envolve vaacuterias dimensotildees e

pode ser influenciada por infinitos estiacutemulos intriacutensecos e extriacutensecos32 33 Assim

cabe a utilizaccedilatildeo de diferentes meacutetodos uni e multidimensionais para uma avaliaccedilatildeo

precisa considerando a natureza da dor e suas caracteriacutesticas

De acordo com os resultados do nosso estudo foi visualizado que as atletas

de elite de GR apresentam diferentes caracteriacutesticas de percepccedilatildeo do estiacutemulo

doloroso em comparaccedilatildeo aos controles destacando dores com perfil sensorial e

avaliativo Acreditamos que os atletas de alto rendimento apresentam-se com

alteraccedilotildees do imputs neurosensorial em virtude da constante presenccedila e

intensidade das dores sentidas pela a sua praacutetica desportiva Isto pode repercutir em

mudanccedilas na interpretaccedilatildeo da dor sentida em seu corpo fiacutesico devido agrave influecircncia

de fatores emocionais sociais e hormonais que satildeo comuns em mulheres atletas

Em vista disso sabe-se que o domiacutenio sensorial e avaliativo representam as

28

impressotildees fiacutesicas desse estiacutemulo doloroso aacutelgico e uma auto-avaliaccedilatildeo da sua dor

respectivamente34

Segundo Pimenta e Texeira18 as diferenccedilas na estratificaccedilatildeo da dor se

justificam pelo fato das interpretaccedilotildees de informaccedilotildees cognitivas serem

condicionadas por experiecircncias preacutevias em diferentes momentos do estiacutemulo da dor

gerando respostas variadas agrave experiecircncia dolorosa por ser um processo

individualizado Aleacutem disso a dor eacute uma experiecircncia complexa descrita em termos

de caracteriacutesticas sensoriais afetivo-motivacionais cognitivas e comportamentais

Desta forma o resultado de uma avaliaccedilatildeo da percepccedilatildeo dolorosa pode depender

de qual dimensatildeo da dor esteja sendo vivenciada no momento da avaliaccedilatildeo por

cada indiviacuteduo14

Hoskins et al29 utilizaram a escala visual analoacutegica (EVA) e o questionaacuterio

McGill para comparar a intensidade e a qualidade de dor lombar entre atletas de

elite amadores e natildeo atletas Foram observadas diferenccedilas significativas entre os

grupos mostrando que os atletas de elite apresentaram intensidade de dor mais

alta assim como escolheram com mais frequecircncia palavras das categorias sensorial

e afetiva De forma semelhante a nossa pesquisa o domiacutenio sensorial apresentou o

maior iacutendice de dor e maior frequecircncia de palavras escolhidas Tal fato possa ser

justificado por esse ser o domiacutenio de maior representatividade no questionaacuterio

agregando termos de qualidades sensitivas dor18 Poreacutem a dimensatildeo afetiva natildeo foi

evidenciada com maior frequecircncia no presente estudo Esta representa um estado

emocional o qual pode ser traduzido por percepccedilotildees de cansaccedilo sentimentos de

medo e puniccedilatildeo assim como reaccedilotildees autonocircmicas34 Reading32 e Pimenta e

Teixeira18 em seus estudos relataram que os pacientes que sentem dores de

caracteriacutestica aguda preferem descritores da categoria sensorial Por outro lado

indiviacuteduos que sentem dor crocircnica usualmente tendem a selecionar mais

descritores da categoria afetiva levando em conta fenocircmenos cognitivo de

antecipaccedilatildeo memoacuteria atenccedilatildeo e experiecircncia anterior

Os resultados desta pesquisa demonstraram que a regiatildeo com maior

prevalecircncia de queixa dolorosa em atletas de elite de GR foi a articulaccedilatildeo do quadril

com aproximadamente cinquenta e dois por cento das queixas Isto pode estar

relacionado ao fato da articulaccedilatildeo do quadril ser responsaacutevel pela absorccedilatildeo de

29

grandes cargas compressivas durante a fase de aterrissagem dos saltos o qual eacute

um movimento especiacutefico do esporte Aleacutem disso no quadril estaacute localizado o centro

de gravidade do corpo assim as cargas que satildeo geradas ou transmitidas por essa

regiatildeo geram influecircncia no desempenho esportivo Desse modo pesquisas

cientiacuteficas relatam sobre a importacircncia da forccedila dos muacutesculos estabilizadores do

quadril no surgimento e desenvolvimento de dores nesta articulaccedilatildeo4 35 Steinberg et

al36 realizaram uma analise sistemaacutetica do desempenho da musculatura do quadril

no desenvolvimento de lesotildees no membro inferior e encontraram que a diminuiccedilatildeo

da funccedilatildeo dos muacutesculos do quadril associada a cargas repetitivas no membro

inferior pode aumentar o risco de lesotildees no joelho e em todo o membro

De forma contraacuteria aos nossos resultados Guiotte et al2 Sabeti et al21 e

Oliveira et al23 avaliaram ginastas de diferentes categorias e relataram que a regiatildeo

anatocircmica de queixa dolorosa mais prevalente na praacutetica da GR eacute a coluna lombar

seguida do tornozelo e joelho De acordo com Anderson et al37 a dor no quadril e

na virilha em atletas ocorrem com menor frequecircncia que lesotildees das extremidades do

membro inferior Ratificando esses autores Tschopp et al38 defendem que as

lesotildees do quadril satildeo menos comuns poreacutem satildeo mais difiacuteceis de serem

diagnoacutesticadas Pois as consideraccedilotildees anatocircmicas e biomecacircnicas para lesotildees

nesta regiatildeo estatildeo entre as mais complexas do sistema muacutesculo-esqueleacutetico

Por outro lado os nossos resultados demonstraram que a segunda

articulaccedilatildeo mais prevalente em relaccedilatildeo agrave queixa dolorosa pela praacutetica de GR em

atletas de elite foi o tornozelo-peacute (44) Tal fato se justifica por alguns fatores como

sobrecarga excessiva nos muacutesculos intriacutensecos do peacute os quais satildeo responsaacuteveis

pela formaccedilatildeo do arco plantar existecircncia de compressotildees excessivas nos

segmentos oacutesseos devido ao processo de absorccedilatildeo de impacto nos saltos aleacutem da

necessidade de manutenccedilatildeo da postura do tornozelo-peacute em flexatildeo plantar por

tempos prolongados

De acordo com Han et al39 o complexo do tornozelo-peacute na maioria das

atividades esportivas eacute a uacutenica parte do corpo que estaacute em contato com solo

Assim a propriocepccedilatildeo do tornozelo contribui de forma extremamente significativa

para o controle do equiliacutebrio pois fornece informaccedilotildees que permitem o ajuste de

posiccedilotildees e movimentos dos membros para realizaccedilatildeo das tarefas motoras

30

complexas exigidas no esporte de elite Saito et al12 em sua pesquisa ao avaliarem

atletas com e sem lesatildeo no tornozelo observaram que as lesotildees no tornozelo aleacutem

de causar alteraccedilotildees musculares e osteocinemaacuteticas promovem de forma direta

repercussotildees negativas no controle neuromuscular da articulaccedilatildeo predispondo-a aacute

episoacutedios recidivantes em virtude do comprometimento do feedback neurosensorial

afetando o controle postural e consequentemente o desempenho nas atividades

motoras

De acordo com os dados obtidos no nosso estudo foi observada nas atletas

uma maior aacuterea de deslocamento do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo (COP) do

corpo demonstrando um menor equiliacutebrio estaacutetico das ginastas ao comparar com

controles natildeo atletas Isto pode estar relacionado a uma maior intensidade e

presenccedila do estiacutemulo doloroso no corpo das atletas e a intensa quantidade de

repeticcedilotildees dos exerciacutecios de forma assimeacutetrica pela preferecircncia do membro

dominante Desse modo diversas pesquisas relatam que a presenccedila da dor pode

aumentar a aacuterea do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo (ACOP) produzindo uma piora

do equiliacutebrio corporal4 12 15 16 Lin et al16 e Shigaki et al4 em seus estudos avaliaram

o equiliacutebrio de atletas comparando trecircs grupos atletas com lesatildeo atletas sem lesatildeo

e natildeo atletas Evidenciaram que atletas com lesatildeo apresentaram maior oscilaccedilatildeo do

centro de pressatildeo comparado a indiviacuteduos natildeo atletas e atletas sem lesatildeo Poreacutem

quando comparados atletas sem lesatildeo com indiviacuteduos natildeo atletas natildeo foi observado

diferenccedila significativa

Ao mesmo tempo em nosso estudo foi encontrado uma velocidade meacutedia do

COP maior no grupo atleta em ambas as direccedilotildees ao comparar com controles natildeo

atletas Sendo a velocidade meacutedia do COP maior no plano sagital (anteroposterior)

em relaccedilatildeo ao plano frontal (meacutediolateral) Isto ocorre porque as atletas apresentam

uma resposta neuromuscular mais raacutepida para recuperaccedilatildeo da estabilidade do corpo

adquirida pelo treinamento esportivo essencialmente no plano sagital em que as

estrateacutegias posturais para recuperaccedilatildeo do equiliacutebrio satildeo mais efetivas

Diversos estudos publicados na literatura abordam a habilidade do controle

postural em atletas2 8-12 Matsuda et al10 relatam que atletas tecircm capacidade de

equiliacutebrio dinacircmico superior quando comparados a indiviacuteduos natildeo atletas Da

mesma forma Merlo et al11 acreditam a praacutetica de esportes produz adaptaccedilotildees que

31

ou desenvolvimento de consciecircncia de estrateacutegias posturais natildeo evidenciadas em

sujeitos natildeo praticantes de atividade esportiva

Os resultados encontrados por meio desse estudo mostraram que a dor em

sua dimensatildeo avaliativa apresentou relaccedilatildeo significativa com a velocidade meacutedia do

centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo do corpo na direccedilatildeo mediolateral Tal fato evidencia

que a percepccedilatildeo do estiacutemulo doloroso interfere de maneira significativa na

habilidade do atleta em reestabelecer a estabilidade postural apoacutes perturbaccedilatildeo do

equiliacutebrio em postura estaacutetica Prejudicando o desempenho atleacutetico na modalidade

uma vez que as atletas dependem da estabilidade postural para execuccedilatildeo da praacutetica

esportiva Alguns autores relatam a influecircncia da dor e fatores psicoemocionais na

performance e desempenho de atletas de alto rendimento Couto e Pedroni40

avaliaram a relaccedilatildeo da queixa e limiar doloroso com incidecircncia de lesatildeo em

bailarinas claacutessicas Os resultados do estudo mostraram que houve relaccedilatildeo

significativa entre as regiotildees de lesatildeo com a dor evidenciando que a dor estaacute

diretamente relacionada com o surgimento de lesatildeo nessa populaccedilatildeo Dore e

Guerra41 em seu estudo investigaram a prevalecircncia e fatores associados agrave

sintomatologia dolorosa em bailarinos profissionais utilizando a versatildeo brasileira do

questionaacuterio McGill e Inventaacuterio para dor de Wisconsin Foram verificadas

correlaccedilotildees positivas com significacircncia entre o grau de intensidade dolorosa e

atividades diaacuterias sono humor e relacionamento pessoal

O presente estudo sinaliza uma relaccedilatildeo da presenccedila do estiacutemulo doloroso

com o equiliacutebrio postural As alteraccedilotildees no equiliacutebrio corporal tecircm sido muito

estudadas em diferentes populaccedilotildees assim como o comportamento da dor e lesotildees

no desempenho de atletas de diferentes niacuteveis competitivos e modalidades

esportivas Corroborando com nossa pesquisa Meardon et al15 defendem que a

presenccedila de lesatildeo e dor em atletas pode afetar negativamente o equiliacutebrio corporal

Em sua pesquisa examinou controle postural dinacircmico em corredores lesionados

com dor e sem lesatildeo usando o Star Excursion Balance Test (SEBT) Quando

comparado corredores lesionados com controles sem lesatildeo os resultados

demonstraram controle dinacircmico deficiente das forccedilas verticais ao executar as

tarefas de pouso e estabilizaccedilatildeo em apoio unipodal

32

Contudo ainda satildeo raros os estudos sobre a caracterizaccedilatildeo da dor e do

equiliacutebrio corporal em atletas de ginaacutestica riacutetmica Por meio desse estudo foi

observado que atletas de elite de GR demonstraram aumento da dor descrita em

todos os domiacutenios avaliados pelo questionaacuterio McGill (plt0001) A dor nas ginastas

tem o perfil sensorial e avaliativo e se manifesta principalmente nas articulaccedilotildees do

quadril e tornozelo-peacute em virtude da especificidade do gesto esportivo Aleacutem disso

as atletas tambeacutem apresentam menor estabilidade do controle postural (plt005)

sendo notada possiacutevel relaccedilatildeo de interferecircncia entre a auto percepccedilatildeo dolorosa e o

equiliacutebrio postural Entretanto devido agrave complexidade do tema faz-se necessaacuterio a

elaboraccedilatildeo de estudos mais aprofundados com uma amostra maior seguindo

rigorosamente os criteacuterios metodoloacutegicos que permita uma interpretaccedilatildeo mais

precisa a respeito da percepccedilatildeo dolorosa e o equiliacutebrio postural no desempenho

atleacutetico na modalidade esportiva

5 Conclusatildeo

A pesquisa mostra que as atletas de elite de GR apresentam dor de

caracteriacutesticas sensorial e avaliativa frequentemente localizada na articulaccedilatildeo do

quadril seguida do tornozelo-peacute A presenccedila da percepccedilatildeo dolorosa mostrou relaccedilatildeo

significativa com o controle postural em atletas de elite de GR Os resultados

tambeacutem evidenciaram que atletas tem menor equiliacutebrio postural estaacutetico quando

comparadas a controles natildeo atletas poreacutem demonstram maior habilidade para

reestabelecer o controle postural

6 Consideraccedilotildees Finais

Um ponto importante a ser relatado neste estudo eacute a utilizaccedilatildeo do

questionaacuterio de dor McGill Embora venha ser um questionaacuterio amplamente utilizado

em pesquisas cientiacuteficas em virtude da sua alta confiabilidade validaccedilatildeo e

adaptaccedilatildeo cultural em diferentes paiacuteses ainda satildeo raros os estudos que utilizam

essa ferramenta para avaliar a dor em atletas Com ecircnfase em estudos que

descrevam a sua aplicabilidade por domiacutenio e caracteriacutesticas multidimensionais da

33

dor Este pesquisa aparenta ter sido pioneira a qualificar a dor e descrevecirc-la em

suas dimensotildees em atletas de elite de ginaacutestica riacutetmica bem como relacionar a

percepccedilatildeo dolorosa com o equiliacutebrio postural nessa populaccedilatildeo Abrindo espaccedilo para

realizaccedilatildeo de outros estudos

Poreacutem foi encontrado como limitaccedilotildees escassez de pesquisas cientiacuteficas

atualizadas sobre abordagem multidimensional da dor em atletas essencialmente

na ginaacutestica riacutetmica Pois a grande maioria dos estudos que tem sido publicado

sobre dor nessa populaccedilatildeo estaacute relacionada agrave presenccedila do estiacutemulo doloroso e sua

intensidade em uma magnitude sensorial Outro ponto a se destacar foi a

dificuldade em coletar um grupo controle com caracteriacutesticas similares ao grupo de

estudo para que fosse formada uma amostra mais homogecircnea possiacutevel

respeitando os criteacuterios metodoloacutegicos

34

REFEREcircNCIA

1 Baston C Mancini M Schoneburg B Horak F Rocchi L Postural strategies assessed with inertial sensors in healthy and parkinsonian subjects Gait Posture 2014 may 40(1)70ndash75

2 Guiotte VA Roque CFL Olieira MR Gil AWO Rabello LM Dos Santos EVM et

al Avaliaccedilatildeo Fiacutesico - Funcional de Atletas da Ginaacutestica Riacutetmica Histoacuterico de Lesotildees e Estabilidade Postural UNOPAR Cient Ciecircnc Biol Sauacutede 2012 14(4) 217-20

3 Bosso LR Golias ARC A postura de atletas de Ginaacutestica Riacutetmica Analise atraveacutes da fotometria Rev Bras Med Esporte 2012 setout 18(5)333-337

4 Shigaki L Rabello LM Camargo MZ Santos VBC Gil AWO Oliveira MR et al Anaacutelise comparativa do equiliacutebrio unipodal de atletas de Ginastica Riacutetmica Rev Bras Med Esporte 2013 marabr 19(2)104-107

5 Whale CE Pass AN Tripp PM Chronic Groin Pain in a collegiate football running back International Journal of Athletic Therapy amp Training 2012 may 17(3)41-44

6 Jacobs JV Why we need to better understand the cortical neurophysiology of impaired postural responses with age disease or injury Frontiers in Integrative Neuroscience 2014 ago 8(69)

7 Hirata RP Ervilha UF Arendt-Nielsen L Graven-Nielsen T Experimental Muscle Pain Challenges the Postural Satability During Quiet Stance Unexpected Posture Perturbation J Pain 2011 ago 12(8)911-9

8 Ribeiro GD Suaacuterez MH Ruiz DR Efecto del entrenamiento sistemaacutetico de gimnasia riacutetmica sobre el control postural de ninas adolescentes Rev Andal Med 2015 jun 8(2)54-60

9 Teixeira CL Equiliacutebrio e controle postural Brazilian Journal of Biomechanics 2010 11(20)31-40

10 Matsuda S Demura S Uchiyama M Centre of pressure sway characteristics during static one-legged stance of athletes from different sports Journal of Sports Sciences 2008 may 26(7)775 ndash 779

11 Merlo JK Stoppa ACL Macedo CSG Silva Juacutenior RA Anaacutelise Comparativa do Equiliacutebrio em Apoio Unipodal em Indiviacuteduos Sedentaacuterios e Atletas UNOPAR Cient Ciecircnc Biol Sauacutede 2010 12(4)29-32

12 Saito KA Navarro M Silva MF Arie EK Peccin MS Oscilaccedilatildeo do centro de pressatildeo plantar de atletas e natildeo atletas com e sem entorse de tornozelo Rev Bras Ortop 2016 51(4)437ndash443

35

13 Lamb M Oliveira PD Tano SS Gil AWO Dos Santos EVN Fernandes KBP

Efeito do treinamento proprioceptivo no equiliacutebrio de atletas de ginaacutestica riacutetmica Rev Bras Med Esporte 2014 setout 20(5)379-382

14 Silva JA Ribeiro-Filho NP A dor como um problema psicofiacutesico Rev Dor 2011 abrjun 12(2)138-51

15 Meardon S Klusendorf A Kernozek T Influence of injury on dynamic postural control in runners The International Journal of Sports Physical Therapy 2016 jun 11(3)336

16 Lin CF Lee IJ Liao JH Wu HW Su FC Comparison of Postural Stability Between Injured and Uninjured Ballet Dancers The American Journal of Sports Medicine 2011 39(6)1324-1331

17 Varoli FK Pedrazzi V Adapted Version of the McGill Pain Questionnaire to Brazilian Portuguese Braz Dent J 2006 17(4) 328-335

18 Pimenta CAM Teixeira MJ Questionaacuterio de dor McGill proposta de adaptaccedilatildeo para a liacutengua portuguesa Rev Esc Enf USP 1996 dez 30(3)473-83

19 Rabello LM Macedo CSG Oliveira MR Fregueto JH Camargo MZ Lopes LD et al Relaccedilatildeo entre testes funcionais e plataforma de forccedila nas medidas de equiliacutebrio em atletas Rev Bras Med Esporte 2014 maijun 20(3)219-222

20 Bressel E Yonker JC Kras J et al Comparison of static and dynamic balance in female collegiate soccer basketball and gymnastics atheletes Journal of Athletic Training 2007 42(1)42ndash46

21 Sabeti M Jeremian L Graf A Kandelhart R Elite level rhythmic gymnasts have significantly more and stronger pain than peers of similar age a prospective study Wien Klin Wochenschr 201512731ndash35

22 Vanderlei FM Vanderlei FCM Netto Juacutenior J Praste CM Caracteriacutesticas das lesotildees desportivas e fatores associados com lesatildeo em iniciantes de ginaacutestica artiacutestica do sexo feminino Fisioter Pesq 201320(2)191-196

23 Oliveira MMM Lourenccedilo MRA Teixeira DC Incidecircncias de lesotildees nas equipes de Ginaacutestica Riacutetmica da UNOPAR UNOPAR Cient Ciecircnc Biol Sauacutede 2003 out 6(1)29-40

24 Frutuoso AS Diefenthaeler F Vaz MA et al Lower Limb asymmetries in rhythmic gymnastics atheletes Int Sports Phys Ther 2016 11(1)34ndash43

25 Kolar E Samardžija MP Smrdu M Atikovic A Athletes perceptions of the causes of injury in gymnastics J Sports Med Phys Fitness 2016 Mar 57(5)703-710

36

26 Mueller S Mueller J Stoll J Prieske O Cassel M Mayer F Incidence of back pain in adolescent athletes a prospective study BMC Sports Science Medicine and Rehabilitation 2016 838

27 Goubert D Danneels L Graven-Nielsen T Descheemaeker F Meeus M Differences in Pain Processing Between Patients with Chronic Low Back Pain Recurrent Low Back Pain and Fibromyalgia Pain Physician 2017 May 20(4)307-318

28 Arliani GG Cohen M Lara PS Astur DC Gonccedilalves JPP Ferretti M Impacto do esporte na sauacutede de ex-jogadores profissionais de futebol no Brasil Acta ortop bras 2014 julago 22(4)188-190

29 Hoskins W Pollard H Daff C Odell A Garbutt P McHardy A et al Low back pain status in elite and semi-elite Australian football codes a cross-sectional survey of football (soccer) Australian rules rugby league rugby union and non-athletic controls BMC Musculoskeletal Disorders 20091038

30 Ngamkham S Vincent C Finnegan L Holden JE Wang ZJ Wilkie DJ The McGill Pain Questionnaire as a Multidimensional Measure in People with Cancer An Integrative Review Pain Manag Nurs 2012 Mar 13(1) 27ndash51

31 Bermudez OAS Souza RA Souza CMF Castro CES Beacuterzn F Avaliaccedilatildeo multidimensional da dor em portadores de desordem temporomandibular utilizando uma versatildeo brasileira do questionaacuterio mcgill de dor Rev bras fisioter 2003 7(2) 151-158

32 Reading AE Everitt BS Sledmore CM The McGill Pain Questionnaire a replication of its construction Br J Clin Psychol 1982 21339ndash349

33 Melzack R The McGill Pain Questionnaire Anesthesiology 2005 103199-202

34 Pessoa CP Barreto MB Santos LB Alves TDB Oliveira MC Martins AG Instrumentos utilizados na avaliaccedilatildeo do impacto da dor na qualidade de vida de pacientes com dor orofacial e disfunccedilatildeo temporomandibular Escola Baiana de Sauacutede Puacuteblica 200731(2)267-293

35 Espinoza ES Ortiz GB Estabilidad abdominolumbopeacutelvica y equilibrio comopredictores de la incidencia de lesionesmusculoesqueleacuteticas en estudiantes de danzaUn estudio piloto Fisioterapia 2014

36 Steinberg N Dar G Dunlop M Gaida JE The relationship of hip muscle performance to legankle and foot injuries a systematic review The Physician and Sportsmedicine 2017

37 Anderson K Strickland SM Warren R Hip and Groin Injuries in Athletes The American Journal of Sports Medicine 2001 29(4) 521-533

38 Tschopp M Brunner F Erkrankungen und Uumlberlastungsschaumlden an der unteren Extremitaumlt bei Langstreckenlaumlufern Z Rheumatol 2017 Feb

37

39 Han J Anson J Waddington G Adans R Liu Y The Role of Ankle

Proprioception for Balance Control in relation to Sports Performance and Injury BioMed Research International 2015 Jun8

40 Couto AGA Pedroni CR Relaccedilatildeo entre postura queixa dolorosa e lesatildeo em bailarinas claacutessicas Ter Man 2013 11(55)228-233

41 Dore BF e Guerra RO Sintomatologia dolorosa e fatores associados em bailarinos profissionais Rev Bras Med Esporte 2007 MarAbr13(2)77-80

38

ANEXO I ndash QUESTIONAacuteRIO DE DOR MCGILL

39

ANEXO II ndash PARECER DE APROVACcedilAtildeO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA

40

41

ANEXO III ndash NORMAS DE SUBMISSAtildeO DA REVISTA

Instruccedilotildees aos Autores

A Revista Brasileira de Medicina do Esporte - RBME (Brazilian Journal of

Sports Medicine) oacutergatildeo oficial da Sociedade Brasileira de Medicina do Exerciacutecio e

do Esporte (SBMEE) eacute publicada bimestralmente em seis ediccedilotildees ao ano (janfev

marabr maiojun julago setout e novdez) A RBME eacute indexada nas seguintes

bases bibliograacuteficas SciELO Web of Science Excerpta Medica-EMBASE Physical

Education Index LILACS SIRC-Sportdiscus e Scopus A publicaccedilatildeo segue

integralmente o padratildeo internacional do International Committee of Medical Journal

Editors (ICMJE) ou Convenccedilatildeo de Vancouver e seus requisitos de uniformizaccedilatildeo

[httpwwwicmjeorg]

Preparaccedilatildeo de manuscritos Os artigos submetidos devem ser digitados em

espaccedilo duplo fonte Arial 12 em paacutegina tamanho A4 sem numerar linhas ou

paraacutegrafos e numerando as paacuteginas no canto superior direito Figuras e tabelas

devem ser apresentadas ao final do artigo em paacuteginas separadas No corpo do

texto deve-se informar os locais para inserccedilatildeo das tabelas ou figuras Nuacutemeros

menores que 10 satildeo escritos por extenso enquanto que nuacutemeros maiores ou igual a

10 satildeo expressos em algarismos araacutebicos Os manuscritos que natildeo estiverem de

acordo com as instruccedilotildees aos autores em relaccedilatildeo a estilo e formato seratildeo

devolvidos sem revisatildeo pelo Conselho Editorial As medidas deveratildeo ser expressas

no Sistema Internacional (Systegraveme International SI) disponiacutevel em

httpphysicsnistgovcuuUnits e unidades padratildeo quando aplicaacutevel Recomenda-

se aos autores natildeo usar abreviaccedilotildees no tiacutetulo e limitar a sua utilizaccedilatildeo no resumo e

ao longo do texto Os nomes geneacutericos devem ser usados para todas as drogas Os

faacutermacos podem ser referidos pelo nome comercial poreacutem deve constar o nome

cidade e paiacutes ou endereccedilo eletrocircnico do fabricante entre parecircnteses na seccedilatildeo

Materiais e Meacutetodos

Abreviaturas O uso de abreviaturas deve ser minimizado As abreviaturas deveratildeo

ser definidas por ocasiatildeo de sua primeira utilizaccedilatildeo no resumo e tambeacutem no texto

Abreviaturas natildeo padratildeo natildeo devem ser utilizadas a menos que essas apareccedilam

pelo menos trecircs vezes no texto Unidades de medida (3 ml ou 3 mL e natildeo 3

mililitros) ou siacutembolos cientiacuteficos padratildeo (elementos quiacutemicos por exemplo Na e

natildeo soacutedio) natildeo satildeo consideradas abreviaturas e portanto natildeo devem ser definidos

Abreviar nomes longos ou substacircncias quiacutemicas e termos utilizados para

combinaccedilotildees terapecircuticas Abreviaturas em figuras e tabelas podem ser utilizadas

por razotildees de espaccedilo poreacutem devem ser definidas na legenda mesmo que tenham

sido definidas no texto do artigo

Formato dos arquivos Usar editor de texto Microsoft Word para Windows ou

42

equivalente Arquivos em formato PDF natildeo devem ser enviados As tabelas e

quadros deveratildeo estar em seus arquivos originais (Excel Acess Powerpoint etc)

As figuras deveratildeo estar nos formatos jpg ou tif em alta resoluccedilatildeo (300 dpi) As

figuras deveratildeo estar incluiacutedas no arquivo Word mas tambeacutem devem ser enviadas

separadamente (anexadas durante a submissatildeo do artigo como documento

suplementar em seus arquivos originais)

Paacutegina de rosto A paacutegina de rosto deve conter (1) a categoria do artigo (2) o tiacutetulo

do artigo em portuguecircs inglecircs e espanhol com ateacute 80 caracteres cada que deve ser

objetivo e informativo (3) os nomes completos dos autores instituiccedilatildeo formaccedilatildeo

acadecircmica de origem (a mais relevante) cidade estado e paiacutes (4) nome do autor

correspondente com endereccedilo completo telefone e e-mail A titulaccedilatildeo dos autores

natildeo deve ser incluiacuteda O nome completo de cada autor (sem abreviaccedilotildees) e sua

afiliaccedilatildeo institucional (nota as unidades hieraacuterquicas devem ser apresentadas em

ordem decrescente por exemplo universidade faculdade ou instituto e

departamento) devem ser informados Os nomes das instituiccedilotildees e programas

deveratildeo ser apresentados preferencialmente por extenso e na liacutengua original da

instituiccedilatildeo ou na versatildeo em inglecircs quando a escrita natildeo eacute latina (pex aacuterabe

mandarim ou grego)

Resumo O resumo em portuguecircs inglecircs e espanhol deve ser incluiacutedo no

manuscrito Em cada um dos idiomas natildeo deve conter mais do que 300 palavras A

versatildeo estruturada eacute obrigatoacuteria nos artigos originais e inclui objetivos meacutetodos

resultados e conclusatildeo Artigos de revisatildeo natildeo requerem resumo estruturado

Palavras-chave O artigo deve incluir no miacutenimo trecircs e no maacuteximo seis descritores

em portuguecircs inglecircs e espanhol baseados nos Descritores de Ciecircncias da Sauacutede

(DeCS) httpdecsbvsbr ou no Medical Subject Headings (MeSH) da National

Library of Medicine disponiacutevel em httpwwwnlmnihgovmeshmeshhomehtml

oubaseados no Medical SubjectHeading (MeSH) do Index Medicus

(httpwwwnlmnihgovmesh)

Introduccedilatildeo A introduccedilatildeo deve conter (1) justificativa objetiva para o estudo com

referecircncias pertinentes ao assunto sem realizar uma revisatildeo extensa (2) objetivo do

artigo

Materiais e Meacutetodos Esta seccedilatildeo deve descrever os experimentos (quantitativa e

qualitativamente) e os procedimentos em detalhes suficientes que permitam que

outros pesquisadores reproduzam os resultados ou deem continuidade ao estudo

e deveraacute conter (1) a descriccedilatildeo clara da amostra utilizada (2) termo de

consentimento para estudos experimentais envolvendo seres humanos (3)

identificaccedilatildeo dos meacutetodos aparelhos (nome do fabricante e endereccedilo cidade e paiacutes

devem ser menciondos entre parecircnteses) e procedimentos utilizados (4) descriccedilatildeo

breve e referecircncias de meacutetodos publicados mas natildeo amplamente conhecidos (5)

43

descriccedilatildeo detalhada de meacutetodos novos ou modificados (6) quando pertinente incluir

a anaacutelise estatiacutestica e os programas utilizados Importante Ao relatar experimentos

com seres humanos ou animais indicar se os procedimentos seguiram as normas

do Comitecirc Eacutetico sobre Experiecircncias Humanas da instituiccedilatildeo na qual a pesquisa foi

realizada e se os procedimentos estatildeo de acordo com a declaraccedilatildeo de Helsinki de

1995 e a Animal Experimentation Ethics respectivamente Os autores devem incluir

uma declaraccedilatildeo indicando que o protocolo foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica da

Instituiccedilatildeo (instituiccedilatildeo de afiliaccedilatildeo de pelo menos um dos autores) com o respectivo

nuacutemero de identificaccedilatildeo Tambeacutem deve incluir que o Termo de Consentimento Livre

e Esclarecido foi assinado por todos os participantes

Resultados Apresentar os resultados em sequecircncia loacutegica no texto usando tabelas

e figuras Evitar repeticcedilatildeo excessiva de dados no texto em tabelas ou figuras

poreacutem enfatizar somente as descobertas mais importantes

Discussatildeo Enfatizar os aspectos originais e importantes do estudo e as conclusotildees

que decorrem deste evitando poreacutem repetir dados jaacute apresentados em outras

partes do manuscrito Em estudos experimentais ressaltar a relevacircncia e limitaccedilotildees

dos resultados confrontando com os dados da literatura e incluindo implicaccedilotildees

para estudos futuros

Conclusotildees A conclusatildeo deve ser clara e concisa baseada nos resultados

obtidos estabelecendo ligaccedilatildeo com implicaccedilotildees cliacutenicas evitando poreacutem excessiva

generalizaccedilatildeo) A mesma ecircnfase deve ser dada a estudos com resultados negativos

ou positivos Recomendaccedilotildees podem ser incluiacutedas quando relevantes

Agradecimentos Quando pertinente incluir agradecimento ou reconhecimento a

pessoas que tenham contribuiacutedo para o desenvolvimento do trabalho poreacutem natildeo se

qualificam como coautores Fontes de financiamento como auxiacutelio a pesquisa e

bolsas de estudo devem ser reconhecidos nesta seccedilatildeo Os autores deveratildeo obter

permissatildeo por escrito para mencionar nomes e instituiccedilotildees de todos os que

receberam agradecimentos nominais

Referecircncias As referecircncias devem ser numeradas na sequecircncia em que aparecem

no texto em formato sobrescrito As referecircncias citadas somente em legendas de

tabelas ou figuras devem ser numeradas de acordo com sequecircncia estabelecida

pela primeira menccedilatildeo da tabela ou da figura no texto O estilo das referecircncias

bibliograacuteficas deve seguir as regras do Uniform Requirements for Manuscripts

Submitted to Biomedical Journals (International Committee of Medical Journal

Editors disponiacutevel em Ann Intern Med 1997126(1)36-47 httpwwwicmjeorg)

Alguns exemplos satildeo mostrados a seguir Os tiacutetulos dos perioacutedicos devem ser

abreviados de acordo com o Index Medicus (List of Journals Indexed disponiacutevel em

httpwwwnlmnihgovtsdserialsljihtml) Se o perioacutedico natildeo constar dessa lista

deve-se utilizar a abreviatura sugerida pelo proacuteprio perioacutedico Deve-se evitar utilizar

44

ldquocomunicaccedilotildees pessoaisrdquo ou ldquoobservaccedilotildees natildeo publicadasrdquo como referecircncias

Resumos de tranalhos apresentados em eventos devem ser utilizados somente se

for a uacutenica fonte de informaccedilatildeo

Tabelas As tabelas devem ser elaboradas em espaccedilo 15 devendo ser planejadas

para ter como largura uma (87cm) ou duas colunas (18 cm) Cada tabela deve

possuir um tiacutetulo sucinto Notas explicativas seratildeo incluiacutedas em notas de rodapeacute A

tabela deve conter meacutedias e medidas de dispersatildeo (Desvio Padratildeo Erro Padratildeo da

Meacutedia etc) natildeo devendo conter casas decimais irrelevantes As abreviaturas

devem estar de acordo com aquelas utilizadas no texto e nas figuras Os coacutedigos de

identificaccedilatildeo de itens da tabela devem estar listados na ordem de surgimento no

sentido horizontal e devem ser identificados pelos siacutembolos padratildeo Os quadros e

tabelas deveratildeo ser enviados atraveacutes dos arquivos originais editaacuteveis (Word Excel)

e natildeo como imagens

Figuras Na versatildeo impressa da RBME seratildeo aceitas figuras em preto-e-branco

Imagens coloridas poderatildeo ser publicadas quando forem essenciais para o conteuacutedo

cientiacutefico do artigo Nestes casos o custo seraacute repassado aos autores Figuras

coloridas poderatildeo ser incluiacutedas na versatildeo eletrocircnica do artigo sem custo adicional

aos autores Os desenhos e figuras devem ser consistentes e tatildeo simples quanto

possiacutevel poreacutem informativos Tons de cinza natildeo devem ser utilizados Todas as

linhas devem ser soacutelidas Para graacuteficos de barra por exemplo utilizar barras

brancas pretas com linhas diagonais nas duas direccedilotildees linhas em xadrez linhas

horizontais e verticais A RBME desaconselha fortemente o uso de fotografias de

equipamentos e animais de experimentaccedilatildeo As figuras devem ser impressas com

bom contraste e ter a largura de uma coluna (87cm) Utilizar no miacutenimo fonte

tamanho 10 para letras nuacutemeros e siacutembolos com espaccedilamento e alinhamento

adequados Quando a figura representar uma radiografia ou fotografia sugerimos

incluir a escala de tamanho quando pertinente

Por favor note que eacute de responsabilidade dos autores obter permissatildeo do detentor

dos direitos autorais para reproduzir figuras (ou tabelas) que tenham sido

previamente publicados em outras fontes De acordo com os princiacutepios do acesso

aberto os autores devem ter permissatildeo do detentor dos direitos caso desejem

incluir imagens que tenham sido publicados em outros perioacutedicos de acesso natildeo

aberto A permissatildeo deve ser indicada na legenda da figura e a fonte original deve

ser incluiacuteda na lista de referecircncias

45

APEcircNDICE I ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE)

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Vocecirc estaacute sendo convidada(o) a participar da pesquisa intitulada

ldquoCARACTERIZACcedilAtildeO DA DOR E SUA RELACcedilAtildeO COM EQUILIacuteBRIO

POSTURAL ESTAacuteTICO EM ATLETAS DE GINAacuteSTICA RIacuteTMICArdquo realizada pela

Universidade Federal de Sergipe por intermeacutedio da discente TAINARA DOS

SANTOS BOMFIM devidamente assistida pelo seu orientador PAULO MAacuteRCIO

PEREIRA OLIVEIRA O objetivo desse estudo eacute caracterizar a Dor

musculoesqueleacutetica em atletas de elite de ginaacutestica riacutetmica e analisar a relaccedilatildeo da

dor no equiliacutebrio postural estaacutetico das atletas comparando com controles natildeo

atletas A justificativa para a realizaccedilatildeo da pesquisa eacute documentar na literatura

escassa estudo sobre a relaccedilatildeo da dor com o equiliacutebrio postural estaacutetico em

atletas de elite de Ginaacutestica Riacutetmica Sua participaccedilatildeo nessa pesquisa consistiraacute

em responder um questionaacuterio e realizar avaliaccedilatildeo de equiliacutebrio que ocorreraacute em

um uacutenico momento Natildeo haacute riscos previsiacuteveis relacionados com sua participaccedilatildeo

nem danos previsiacuteveis decorrentes da pesquisa Os benefiacutecios relacionados com

sua participaccedilatildeo satildeo

1 Identificar alteraccedilotildees posturais de equiliacutebrio em atletas de alto rendimento

2 Evidenciar se o processo de dor em atletas eacute igual maior ou menor quando

comparado com pessoas natildeo atletas

3 Evidenciar se as variaccedilotildees aacuterea e velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo

de pressatildeo se igualam ou natildeo a pessoas natildeo atletas

Vocecirc foi selecionado por preencher os requisitos da pesquisa mas sua

participaccedilatildeo NAtildeO Eacute OBRIGATOacuteRIA sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo em sua

relaccedilatildeo com a instituiccedilatildeo ou com o pesquisador

Eu________________________________________________________________

abaixo assinado declaro que fui informado que as informaccedilotildees obtidas atraveacutes

dessa pesquisa seratildeo confidenciais e o sigilo sobre minha participaccedilatildeo seraacute

assegurado De tal modo que os dados natildeo seratildeo divulgados de forma a possibilitar

minha identificaccedilatildeo Tambeacutem estou ciente de que a qualquer momento posso

desistir de minha participaccedilatildeo e retirar meu consentimento Declaro que entendi os

objetivos riscos e benefiacutecios de minha participaccedilatildeo na pesquisa e concordo em

participar

Vocecirc receberaacute uma coacutepia deste termo onde consta o telefone e o endereccedilo do

pesquisador principal podendo tirar suas duacutevidas sobre o Projeto de Pesquisa de

sua participaccedilatildeo agora ou a qualquer momento

46

DADOS DO PESQUISADOR RESPONSAacuteVEL

Nome Tainara dos Santos Bomfim

Endereccedilo profissionale-mail Rua Padre Aacutelvares Pitangueira sn - Centro

Departamento de Fisioterapia bftainaragmailcom

Telefone (79) 9 9806-7487

ATENCcedilAtildeO A participaccedilatildeo em qualquer tipo de pesquisa eacute voluntaacuteria Em casos de

duacutevida quanto aos seus direitos entre em contato com o Comitecirc de Eacutetica em

Pesquisa da Universidade Federal de Sergipe

Lagarto _____de _____de 201_

_____________________________________________________

ASSINATURA DO VOLUNTAacuteRIO

_____________________________________________________

ASSINATURA DO PESQUISADOR RESPONSAacuteVEL

Page 24: CARACTERIZAÇÃO DA DOR E SUA RELAÇÃO COM O … · tainara dos santos bomfim caracterizaÇÃo da dor e sua relaÇÃo com o equilÍbrio postural em atletas de ginÁstica rÍtmica

24

a velocidade meacutedia do COP na direccedilatildeo ML tambeacutem foi significativamente maior no

grupo atleta (0845 mms plusmn 0042 plt0001) em relaccedilatildeo ao grupo controle (0508

mms plusmn 0065 plt0001) (Figura 3)

Figura 3 Velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo do baricentro corporal entre o grupo atleta (n=25)

e o grupo controle (n=25) COP centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo AP anteroposterior ML mediolateral GA grupo atleta GC grupo controle plt005 GA X GC plt001 GA X GC plt0001 GA X GC A anaacutelise de variaacuteveis categoacutericas foi realizada por meio do teste Mann-Whitney

34 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios da dor e equiliacutebrio postural

Foi apenas visualizada uma correlaccedilatildeo de fraca a moderada positiva com

significacircncia estatiacutestica entre o domiacutenio de dor avaliativa (236 plusmn 028) e velocidade

meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo na direccedilatildeo mediolateral (AV 0845mms plusmn

0042 r = 0414 p = 0040) Natildeo houve correlaccedilatildeo significativa entre todos os outros

domiacutenios avaliados e a velocidade meacutedia do COP na direccedilatildeo ML (S 0845mms plusmn

0042 r = 023 p gt 0914 AF 0845mms plusmn 0042 r = 085 p = 0687 M 0845mms

plusmn 0042 r = 0049 p = 0816) Bem como entre todos os domiacutenios e a velocidade

meacutedia do COP na direccedilatildeo anteroposterior (S 1110mms plusmn 0049 r = 0009 p =

0967 AF 1110mms plusmn 0049 r = 0216 p = 0299 AV 1110mms plusmn 0049 r =

020 p = 0925 M 1110mms plusmn 0049 r = 0138 p = 0510) e entre todos os

domiacutenios e a aacuterea de deslocamento do COP (S 16513mmsup2 plusmn 148 r = 0044 p =

0836 AF 16513mmsup2 plusmn 148 r = 0165 p = 0431 AV 16513mmsup2 plusmn 148 r = 0220

p gt 0291 M 16513mmsup2 plusmn 148 r = 0180 p = 0390) (Figura 4)

25

Figura 4 Correlaccedilatildeo de Spearman entre dor avaliativa e velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo (VmCOP) do baricentro corporal (A) Forccedila de correlaccedilatildeo de Spearman (r = 0414 p = 0040) entre a dor

avaliativa (AV) (236 plusmn 028) e a velocidade meacutedia do COP na direccedilatildeo mediolateral (0845 mms plusmn 0042) no grupo atleta (B) Forccedila de correlaccedilatildeo de Spearman (r = 0063 p = 0765) entre a dor avaliativa (AV) (060 plusmn

021) e a velocidade meacutedia do COP na direccedilatildeo mediolateral (0508 mms plusmn 0065) no grupo controle Os valores foram apresentados como meacutedia plusmn erro padratildeo da meacutedia

4 Discussatildeo

Os resultados desta pesquisa demonstraram que atletas de elite de ginaacutestica

riacutetmica manifestam maior percepccedilatildeo dolorosa que controles natildeo praticantes de

esporte a niacutevel competitivo Isto pode estar relacionado a trecircs principais fatores que

podem contribuir de forma direta para a maior prevalecircncia de dor nessas atletas

destacando o iniacutecio precoce na praacutetica da modalidade os altos volumes e

intensidade dos treinos e a grande quantidade de repeticcedilotildees dos gestos esportivos

com alta predominacircncia de saltos e posturas estaacuteticas De acordo com os nossos

resultados Sabeti et al21 realizaram estudo com 218 ginastas de diferentes

nacionalidades no campeonato europeu de GR utilizando a escala visual analoacutegica

(EVA) para registro da intensidade dolorosa Os resultados encontrados foi que as

atletas tecircm uma maior intensidade dolorosa (72) que controles natildeo praticantes de

esporte competitivo

Paralelamente a literatura cientifica relata que o tempo de inicio da praacutetica

esportiva o niacutevel competitivo e o volumeintensidade dos treinos destas atletas satildeo

fatores preditivos para um maior desenvolvimento de lesatildeo e dor em atletas de GR

Shigaki et al4 apontam que o risco e intensidade de lesatildeo estatildeo fortemente

26

relacionados com o aumento da idade e do niacutevel competitivo Da mesma forma

Vanderlei et al22 e Oliveira et al23 afirmam que quanto mais elevada a categoria do

atleta maior seraacute o tempo e a intensidade do treinamento consequentemente maior

a exposiccedilatildeo aos esforccedilos musculoesqueleacuteticos durante treinamento eou

competiccedilotildees Deste modo Oliveira et al23 em seu estudo avaliaram 25 atletas de

GR de diferentes categorias etaacuterias e encontraram que a maioria das atletas

apresentaram algum tipo de lesatildeo ocasionada pelos treinos Desta forma autores

relatam que a formaccedilatildeo dessas atletas influencia na incidecircncia e intensidade

dolorosa de lesotildees por overuse21 24 Tais lesotildees geralmente ocorrem quando a

frequecircncia dos exerciacutecios aumenta enquanto a intensidade eacute mantida23 Estando de

acordo com os nossos resultados Kolar et al25 em estudo realizado com 63 atletas

da ginaacutestica artiacutestica e riacutetmica de ambos os sexos concluiacuteram que a maacute teacutecnica

meacutetodos improacuteprios de ensino e carga inadequada durante os treinos foram

associados com o surgimento de dor e lesotildees nessa populaccedilatildeo

Contrariamente aos nossos resultados Muller et al26 realizaram um estudo

investigativo do desenvolvimento de dor lombar em atletas adolescentes em relaccedilatildeo

ao sexo e tipo de esporte praticado Foram avaliados 321 atletas sem dor lombar em

um primeiro momento e apoacutes dois anos os mesmo atletas foram reavaliados para

verificar a incidecircncia de dor lombar Apenas 10 da amostra foram categorizados

com dor lombar Aleacutem disso antropometria e caracteriacutesticas de formaccedilatildeo do esporte

natildeo demonstraram influecircncia significativa na dor lombar levando os autores a

concluiacuterem que o esporte de alto rendimento natildeo induz dor lombar em atletas

adolescentes

No nosso estudo utilizamos para avaliaccedilatildeo da percepccedilatildeo dolorosa em ambos

os grupos o questionaacuterio de dor McGill Este apresentou-se como uma ferramenta

de faacutecil execuccedilatildeo baixo custo e com alta sensibilidade e confiabilidade para uma

caracterizaccedilatildeo multidimensional da dor na populaccedilatildeo estudada Diferenciados

meacutetodos de investigaccedilatildeo da dor podem ser encontrados em um crescente numero

de publicaccedilotildees cientificas sobre o estudo da percepccedilatildeo e intensidade dolorosa

Goubert et al27 utilizaram a algometria de pressatildeo para comparar a avaliaccedilatildeo

sensorial quantitativa da dor de pacientes com dor lombar em diferentes niacuteveis de

cronicidade comparando a controles saudaacuteveis e pacientes com fibromialgia

Diferentemente Sabeti et al21 Arliani et al28 e Hoskins et al29 utilizaram em suas

27

pesquisas a escala visual analoacutegica (EVA) para registrar a intensidade dolorosa de

atletas em diferentes modalidades Ambos satildeo considerados meacutetodos

unidimensionais utilizados com o objetivo de quantificar a magnitude da dor dentro

de um perfil somatosensorial

Por outro lado diversas pesquisas utilizam o questionaacuterio McGill (MPQ) como

instrumento multidimensional para avaliar a dor e conhececirc-la de forma ampla em

diferentes modelos de estudos e em diversas populaccedilotildees Ngamkham et al30

realizaram revisatildeo sistemaacutetica sobre a avaliaccedilatildeo da dor com McGill em pacientes

com cacircncer demonstrando que o MPQ eacute comumente usado nessa populaccedilatildeo para

mensurar a intensidade e qualidade da dor pois fornece informaccedilotildees sobre

possiacuteveis locais da doenccedila magnitude da dor bem como a eficaacutecia do tratamento e

intervenccedilatildeo submetidos Da mesma forma Bermudez et al31 avaliaram pacientes

diagnosticados com DTM moderada e severa para discriminar e comparar a queixa

dolorosa de acordo com a severidade da doenccedila Pode-se concluir com o estudo

que o MPQ foi capaz de diferenciar o padratildeo temporal da dor a localizaccedilatildeo de maior

queixa dolorosa e a intensidade da dor em portadores de DTM

As diferenccedilas metodoloacutegicas utilizadas corroboram o fato de a dor ser uma

experiecircncia complexa e subjetiva que varia em qualidade intensidade sensorial e

em caracteriacutesticas afetivo-motivacionais Pois a mesma envolve vaacuterias dimensotildees e

pode ser influenciada por infinitos estiacutemulos intriacutensecos e extriacutensecos32 33 Assim

cabe a utilizaccedilatildeo de diferentes meacutetodos uni e multidimensionais para uma avaliaccedilatildeo

precisa considerando a natureza da dor e suas caracteriacutesticas

De acordo com os resultados do nosso estudo foi visualizado que as atletas

de elite de GR apresentam diferentes caracteriacutesticas de percepccedilatildeo do estiacutemulo

doloroso em comparaccedilatildeo aos controles destacando dores com perfil sensorial e

avaliativo Acreditamos que os atletas de alto rendimento apresentam-se com

alteraccedilotildees do imputs neurosensorial em virtude da constante presenccedila e

intensidade das dores sentidas pela a sua praacutetica desportiva Isto pode repercutir em

mudanccedilas na interpretaccedilatildeo da dor sentida em seu corpo fiacutesico devido agrave influecircncia

de fatores emocionais sociais e hormonais que satildeo comuns em mulheres atletas

Em vista disso sabe-se que o domiacutenio sensorial e avaliativo representam as

28

impressotildees fiacutesicas desse estiacutemulo doloroso aacutelgico e uma auto-avaliaccedilatildeo da sua dor

respectivamente34

Segundo Pimenta e Texeira18 as diferenccedilas na estratificaccedilatildeo da dor se

justificam pelo fato das interpretaccedilotildees de informaccedilotildees cognitivas serem

condicionadas por experiecircncias preacutevias em diferentes momentos do estiacutemulo da dor

gerando respostas variadas agrave experiecircncia dolorosa por ser um processo

individualizado Aleacutem disso a dor eacute uma experiecircncia complexa descrita em termos

de caracteriacutesticas sensoriais afetivo-motivacionais cognitivas e comportamentais

Desta forma o resultado de uma avaliaccedilatildeo da percepccedilatildeo dolorosa pode depender

de qual dimensatildeo da dor esteja sendo vivenciada no momento da avaliaccedilatildeo por

cada indiviacuteduo14

Hoskins et al29 utilizaram a escala visual analoacutegica (EVA) e o questionaacuterio

McGill para comparar a intensidade e a qualidade de dor lombar entre atletas de

elite amadores e natildeo atletas Foram observadas diferenccedilas significativas entre os

grupos mostrando que os atletas de elite apresentaram intensidade de dor mais

alta assim como escolheram com mais frequecircncia palavras das categorias sensorial

e afetiva De forma semelhante a nossa pesquisa o domiacutenio sensorial apresentou o

maior iacutendice de dor e maior frequecircncia de palavras escolhidas Tal fato possa ser

justificado por esse ser o domiacutenio de maior representatividade no questionaacuterio

agregando termos de qualidades sensitivas dor18 Poreacutem a dimensatildeo afetiva natildeo foi

evidenciada com maior frequecircncia no presente estudo Esta representa um estado

emocional o qual pode ser traduzido por percepccedilotildees de cansaccedilo sentimentos de

medo e puniccedilatildeo assim como reaccedilotildees autonocircmicas34 Reading32 e Pimenta e

Teixeira18 em seus estudos relataram que os pacientes que sentem dores de

caracteriacutestica aguda preferem descritores da categoria sensorial Por outro lado

indiviacuteduos que sentem dor crocircnica usualmente tendem a selecionar mais

descritores da categoria afetiva levando em conta fenocircmenos cognitivo de

antecipaccedilatildeo memoacuteria atenccedilatildeo e experiecircncia anterior

Os resultados desta pesquisa demonstraram que a regiatildeo com maior

prevalecircncia de queixa dolorosa em atletas de elite de GR foi a articulaccedilatildeo do quadril

com aproximadamente cinquenta e dois por cento das queixas Isto pode estar

relacionado ao fato da articulaccedilatildeo do quadril ser responsaacutevel pela absorccedilatildeo de

29

grandes cargas compressivas durante a fase de aterrissagem dos saltos o qual eacute

um movimento especiacutefico do esporte Aleacutem disso no quadril estaacute localizado o centro

de gravidade do corpo assim as cargas que satildeo geradas ou transmitidas por essa

regiatildeo geram influecircncia no desempenho esportivo Desse modo pesquisas

cientiacuteficas relatam sobre a importacircncia da forccedila dos muacutesculos estabilizadores do

quadril no surgimento e desenvolvimento de dores nesta articulaccedilatildeo4 35 Steinberg et

al36 realizaram uma analise sistemaacutetica do desempenho da musculatura do quadril

no desenvolvimento de lesotildees no membro inferior e encontraram que a diminuiccedilatildeo

da funccedilatildeo dos muacutesculos do quadril associada a cargas repetitivas no membro

inferior pode aumentar o risco de lesotildees no joelho e em todo o membro

De forma contraacuteria aos nossos resultados Guiotte et al2 Sabeti et al21 e

Oliveira et al23 avaliaram ginastas de diferentes categorias e relataram que a regiatildeo

anatocircmica de queixa dolorosa mais prevalente na praacutetica da GR eacute a coluna lombar

seguida do tornozelo e joelho De acordo com Anderson et al37 a dor no quadril e

na virilha em atletas ocorrem com menor frequecircncia que lesotildees das extremidades do

membro inferior Ratificando esses autores Tschopp et al38 defendem que as

lesotildees do quadril satildeo menos comuns poreacutem satildeo mais difiacuteceis de serem

diagnoacutesticadas Pois as consideraccedilotildees anatocircmicas e biomecacircnicas para lesotildees

nesta regiatildeo estatildeo entre as mais complexas do sistema muacutesculo-esqueleacutetico

Por outro lado os nossos resultados demonstraram que a segunda

articulaccedilatildeo mais prevalente em relaccedilatildeo agrave queixa dolorosa pela praacutetica de GR em

atletas de elite foi o tornozelo-peacute (44) Tal fato se justifica por alguns fatores como

sobrecarga excessiva nos muacutesculos intriacutensecos do peacute os quais satildeo responsaacuteveis

pela formaccedilatildeo do arco plantar existecircncia de compressotildees excessivas nos

segmentos oacutesseos devido ao processo de absorccedilatildeo de impacto nos saltos aleacutem da

necessidade de manutenccedilatildeo da postura do tornozelo-peacute em flexatildeo plantar por

tempos prolongados

De acordo com Han et al39 o complexo do tornozelo-peacute na maioria das

atividades esportivas eacute a uacutenica parte do corpo que estaacute em contato com solo

Assim a propriocepccedilatildeo do tornozelo contribui de forma extremamente significativa

para o controle do equiliacutebrio pois fornece informaccedilotildees que permitem o ajuste de

posiccedilotildees e movimentos dos membros para realizaccedilatildeo das tarefas motoras

30

complexas exigidas no esporte de elite Saito et al12 em sua pesquisa ao avaliarem

atletas com e sem lesatildeo no tornozelo observaram que as lesotildees no tornozelo aleacutem

de causar alteraccedilotildees musculares e osteocinemaacuteticas promovem de forma direta

repercussotildees negativas no controle neuromuscular da articulaccedilatildeo predispondo-a aacute

episoacutedios recidivantes em virtude do comprometimento do feedback neurosensorial

afetando o controle postural e consequentemente o desempenho nas atividades

motoras

De acordo com os dados obtidos no nosso estudo foi observada nas atletas

uma maior aacuterea de deslocamento do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo (COP) do

corpo demonstrando um menor equiliacutebrio estaacutetico das ginastas ao comparar com

controles natildeo atletas Isto pode estar relacionado a uma maior intensidade e

presenccedila do estiacutemulo doloroso no corpo das atletas e a intensa quantidade de

repeticcedilotildees dos exerciacutecios de forma assimeacutetrica pela preferecircncia do membro

dominante Desse modo diversas pesquisas relatam que a presenccedila da dor pode

aumentar a aacuterea do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo (ACOP) produzindo uma piora

do equiliacutebrio corporal4 12 15 16 Lin et al16 e Shigaki et al4 em seus estudos avaliaram

o equiliacutebrio de atletas comparando trecircs grupos atletas com lesatildeo atletas sem lesatildeo

e natildeo atletas Evidenciaram que atletas com lesatildeo apresentaram maior oscilaccedilatildeo do

centro de pressatildeo comparado a indiviacuteduos natildeo atletas e atletas sem lesatildeo Poreacutem

quando comparados atletas sem lesatildeo com indiviacuteduos natildeo atletas natildeo foi observado

diferenccedila significativa

Ao mesmo tempo em nosso estudo foi encontrado uma velocidade meacutedia do

COP maior no grupo atleta em ambas as direccedilotildees ao comparar com controles natildeo

atletas Sendo a velocidade meacutedia do COP maior no plano sagital (anteroposterior)

em relaccedilatildeo ao plano frontal (meacutediolateral) Isto ocorre porque as atletas apresentam

uma resposta neuromuscular mais raacutepida para recuperaccedilatildeo da estabilidade do corpo

adquirida pelo treinamento esportivo essencialmente no plano sagital em que as

estrateacutegias posturais para recuperaccedilatildeo do equiliacutebrio satildeo mais efetivas

Diversos estudos publicados na literatura abordam a habilidade do controle

postural em atletas2 8-12 Matsuda et al10 relatam que atletas tecircm capacidade de

equiliacutebrio dinacircmico superior quando comparados a indiviacuteduos natildeo atletas Da

mesma forma Merlo et al11 acreditam a praacutetica de esportes produz adaptaccedilotildees que

31

ou desenvolvimento de consciecircncia de estrateacutegias posturais natildeo evidenciadas em

sujeitos natildeo praticantes de atividade esportiva

Os resultados encontrados por meio desse estudo mostraram que a dor em

sua dimensatildeo avaliativa apresentou relaccedilatildeo significativa com a velocidade meacutedia do

centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo do corpo na direccedilatildeo mediolateral Tal fato evidencia

que a percepccedilatildeo do estiacutemulo doloroso interfere de maneira significativa na

habilidade do atleta em reestabelecer a estabilidade postural apoacutes perturbaccedilatildeo do

equiliacutebrio em postura estaacutetica Prejudicando o desempenho atleacutetico na modalidade

uma vez que as atletas dependem da estabilidade postural para execuccedilatildeo da praacutetica

esportiva Alguns autores relatam a influecircncia da dor e fatores psicoemocionais na

performance e desempenho de atletas de alto rendimento Couto e Pedroni40

avaliaram a relaccedilatildeo da queixa e limiar doloroso com incidecircncia de lesatildeo em

bailarinas claacutessicas Os resultados do estudo mostraram que houve relaccedilatildeo

significativa entre as regiotildees de lesatildeo com a dor evidenciando que a dor estaacute

diretamente relacionada com o surgimento de lesatildeo nessa populaccedilatildeo Dore e

Guerra41 em seu estudo investigaram a prevalecircncia e fatores associados agrave

sintomatologia dolorosa em bailarinos profissionais utilizando a versatildeo brasileira do

questionaacuterio McGill e Inventaacuterio para dor de Wisconsin Foram verificadas

correlaccedilotildees positivas com significacircncia entre o grau de intensidade dolorosa e

atividades diaacuterias sono humor e relacionamento pessoal

O presente estudo sinaliza uma relaccedilatildeo da presenccedila do estiacutemulo doloroso

com o equiliacutebrio postural As alteraccedilotildees no equiliacutebrio corporal tecircm sido muito

estudadas em diferentes populaccedilotildees assim como o comportamento da dor e lesotildees

no desempenho de atletas de diferentes niacuteveis competitivos e modalidades

esportivas Corroborando com nossa pesquisa Meardon et al15 defendem que a

presenccedila de lesatildeo e dor em atletas pode afetar negativamente o equiliacutebrio corporal

Em sua pesquisa examinou controle postural dinacircmico em corredores lesionados

com dor e sem lesatildeo usando o Star Excursion Balance Test (SEBT) Quando

comparado corredores lesionados com controles sem lesatildeo os resultados

demonstraram controle dinacircmico deficiente das forccedilas verticais ao executar as

tarefas de pouso e estabilizaccedilatildeo em apoio unipodal

32

Contudo ainda satildeo raros os estudos sobre a caracterizaccedilatildeo da dor e do

equiliacutebrio corporal em atletas de ginaacutestica riacutetmica Por meio desse estudo foi

observado que atletas de elite de GR demonstraram aumento da dor descrita em

todos os domiacutenios avaliados pelo questionaacuterio McGill (plt0001) A dor nas ginastas

tem o perfil sensorial e avaliativo e se manifesta principalmente nas articulaccedilotildees do

quadril e tornozelo-peacute em virtude da especificidade do gesto esportivo Aleacutem disso

as atletas tambeacutem apresentam menor estabilidade do controle postural (plt005)

sendo notada possiacutevel relaccedilatildeo de interferecircncia entre a auto percepccedilatildeo dolorosa e o

equiliacutebrio postural Entretanto devido agrave complexidade do tema faz-se necessaacuterio a

elaboraccedilatildeo de estudos mais aprofundados com uma amostra maior seguindo

rigorosamente os criteacuterios metodoloacutegicos que permita uma interpretaccedilatildeo mais

precisa a respeito da percepccedilatildeo dolorosa e o equiliacutebrio postural no desempenho

atleacutetico na modalidade esportiva

5 Conclusatildeo

A pesquisa mostra que as atletas de elite de GR apresentam dor de

caracteriacutesticas sensorial e avaliativa frequentemente localizada na articulaccedilatildeo do

quadril seguida do tornozelo-peacute A presenccedila da percepccedilatildeo dolorosa mostrou relaccedilatildeo

significativa com o controle postural em atletas de elite de GR Os resultados

tambeacutem evidenciaram que atletas tem menor equiliacutebrio postural estaacutetico quando

comparadas a controles natildeo atletas poreacutem demonstram maior habilidade para

reestabelecer o controle postural

6 Consideraccedilotildees Finais

Um ponto importante a ser relatado neste estudo eacute a utilizaccedilatildeo do

questionaacuterio de dor McGill Embora venha ser um questionaacuterio amplamente utilizado

em pesquisas cientiacuteficas em virtude da sua alta confiabilidade validaccedilatildeo e

adaptaccedilatildeo cultural em diferentes paiacuteses ainda satildeo raros os estudos que utilizam

essa ferramenta para avaliar a dor em atletas Com ecircnfase em estudos que

descrevam a sua aplicabilidade por domiacutenio e caracteriacutesticas multidimensionais da

33

dor Este pesquisa aparenta ter sido pioneira a qualificar a dor e descrevecirc-la em

suas dimensotildees em atletas de elite de ginaacutestica riacutetmica bem como relacionar a

percepccedilatildeo dolorosa com o equiliacutebrio postural nessa populaccedilatildeo Abrindo espaccedilo para

realizaccedilatildeo de outros estudos

Poreacutem foi encontrado como limitaccedilotildees escassez de pesquisas cientiacuteficas

atualizadas sobre abordagem multidimensional da dor em atletas essencialmente

na ginaacutestica riacutetmica Pois a grande maioria dos estudos que tem sido publicado

sobre dor nessa populaccedilatildeo estaacute relacionada agrave presenccedila do estiacutemulo doloroso e sua

intensidade em uma magnitude sensorial Outro ponto a se destacar foi a

dificuldade em coletar um grupo controle com caracteriacutesticas similares ao grupo de

estudo para que fosse formada uma amostra mais homogecircnea possiacutevel

respeitando os criteacuterios metodoloacutegicos

34

REFEREcircNCIA

1 Baston C Mancini M Schoneburg B Horak F Rocchi L Postural strategies assessed with inertial sensors in healthy and parkinsonian subjects Gait Posture 2014 may 40(1)70ndash75

2 Guiotte VA Roque CFL Olieira MR Gil AWO Rabello LM Dos Santos EVM et

al Avaliaccedilatildeo Fiacutesico - Funcional de Atletas da Ginaacutestica Riacutetmica Histoacuterico de Lesotildees e Estabilidade Postural UNOPAR Cient Ciecircnc Biol Sauacutede 2012 14(4) 217-20

3 Bosso LR Golias ARC A postura de atletas de Ginaacutestica Riacutetmica Analise atraveacutes da fotometria Rev Bras Med Esporte 2012 setout 18(5)333-337

4 Shigaki L Rabello LM Camargo MZ Santos VBC Gil AWO Oliveira MR et al Anaacutelise comparativa do equiliacutebrio unipodal de atletas de Ginastica Riacutetmica Rev Bras Med Esporte 2013 marabr 19(2)104-107

5 Whale CE Pass AN Tripp PM Chronic Groin Pain in a collegiate football running back International Journal of Athletic Therapy amp Training 2012 may 17(3)41-44

6 Jacobs JV Why we need to better understand the cortical neurophysiology of impaired postural responses with age disease or injury Frontiers in Integrative Neuroscience 2014 ago 8(69)

7 Hirata RP Ervilha UF Arendt-Nielsen L Graven-Nielsen T Experimental Muscle Pain Challenges the Postural Satability During Quiet Stance Unexpected Posture Perturbation J Pain 2011 ago 12(8)911-9

8 Ribeiro GD Suaacuterez MH Ruiz DR Efecto del entrenamiento sistemaacutetico de gimnasia riacutetmica sobre el control postural de ninas adolescentes Rev Andal Med 2015 jun 8(2)54-60

9 Teixeira CL Equiliacutebrio e controle postural Brazilian Journal of Biomechanics 2010 11(20)31-40

10 Matsuda S Demura S Uchiyama M Centre of pressure sway characteristics during static one-legged stance of athletes from different sports Journal of Sports Sciences 2008 may 26(7)775 ndash 779

11 Merlo JK Stoppa ACL Macedo CSG Silva Juacutenior RA Anaacutelise Comparativa do Equiliacutebrio em Apoio Unipodal em Indiviacuteduos Sedentaacuterios e Atletas UNOPAR Cient Ciecircnc Biol Sauacutede 2010 12(4)29-32

12 Saito KA Navarro M Silva MF Arie EK Peccin MS Oscilaccedilatildeo do centro de pressatildeo plantar de atletas e natildeo atletas com e sem entorse de tornozelo Rev Bras Ortop 2016 51(4)437ndash443

35

13 Lamb M Oliveira PD Tano SS Gil AWO Dos Santos EVN Fernandes KBP

Efeito do treinamento proprioceptivo no equiliacutebrio de atletas de ginaacutestica riacutetmica Rev Bras Med Esporte 2014 setout 20(5)379-382

14 Silva JA Ribeiro-Filho NP A dor como um problema psicofiacutesico Rev Dor 2011 abrjun 12(2)138-51

15 Meardon S Klusendorf A Kernozek T Influence of injury on dynamic postural control in runners The International Journal of Sports Physical Therapy 2016 jun 11(3)336

16 Lin CF Lee IJ Liao JH Wu HW Su FC Comparison of Postural Stability Between Injured and Uninjured Ballet Dancers The American Journal of Sports Medicine 2011 39(6)1324-1331

17 Varoli FK Pedrazzi V Adapted Version of the McGill Pain Questionnaire to Brazilian Portuguese Braz Dent J 2006 17(4) 328-335

18 Pimenta CAM Teixeira MJ Questionaacuterio de dor McGill proposta de adaptaccedilatildeo para a liacutengua portuguesa Rev Esc Enf USP 1996 dez 30(3)473-83

19 Rabello LM Macedo CSG Oliveira MR Fregueto JH Camargo MZ Lopes LD et al Relaccedilatildeo entre testes funcionais e plataforma de forccedila nas medidas de equiliacutebrio em atletas Rev Bras Med Esporte 2014 maijun 20(3)219-222

20 Bressel E Yonker JC Kras J et al Comparison of static and dynamic balance in female collegiate soccer basketball and gymnastics atheletes Journal of Athletic Training 2007 42(1)42ndash46

21 Sabeti M Jeremian L Graf A Kandelhart R Elite level rhythmic gymnasts have significantly more and stronger pain than peers of similar age a prospective study Wien Klin Wochenschr 201512731ndash35

22 Vanderlei FM Vanderlei FCM Netto Juacutenior J Praste CM Caracteriacutesticas das lesotildees desportivas e fatores associados com lesatildeo em iniciantes de ginaacutestica artiacutestica do sexo feminino Fisioter Pesq 201320(2)191-196

23 Oliveira MMM Lourenccedilo MRA Teixeira DC Incidecircncias de lesotildees nas equipes de Ginaacutestica Riacutetmica da UNOPAR UNOPAR Cient Ciecircnc Biol Sauacutede 2003 out 6(1)29-40

24 Frutuoso AS Diefenthaeler F Vaz MA et al Lower Limb asymmetries in rhythmic gymnastics atheletes Int Sports Phys Ther 2016 11(1)34ndash43

25 Kolar E Samardžija MP Smrdu M Atikovic A Athletes perceptions of the causes of injury in gymnastics J Sports Med Phys Fitness 2016 Mar 57(5)703-710

36

26 Mueller S Mueller J Stoll J Prieske O Cassel M Mayer F Incidence of back pain in adolescent athletes a prospective study BMC Sports Science Medicine and Rehabilitation 2016 838

27 Goubert D Danneels L Graven-Nielsen T Descheemaeker F Meeus M Differences in Pain Processing Between Patients with Chronic Low Back Pain Recurrent Low Back Pain and Fibromyalgia Pain Physician 2017 May 20(4)307-318

28 Arliani GG Cohen M Lara PS Astur DC Gonccedilalves JPP Ferretti M Impacto do esporte na sauacutede de ex-jogadores profissionais de futebol no Brasil Acta ortop bras 2014 julago 22(4)188-190

29 Hoskins W Pollard H Daff C Odell A Garbutt P McHardy A et al Low back pain status in elite and semi-elite Australian football codes a cross-sectional survey of football (soccer) Australian rules rugby league rugby union and non-athletic controls BMC Musculoskeletal Disorders 20091038

30 Ngamkham S Vincent C Finnegan L Holden JE Wang ZJ Wilkie DJ The McGill Pain Questionnaire as a Multidimensional Measure in People with Cancer An Integrative Review Pain Manag Nurs 2012 Mar 13(1) 27ndash51

31 Bermudez OAS Souza RA Souza CMF Castro CES Beacuterzn F Avaliaccedilatildeo multidimensional da dor em portadores de desordem temporomandibular utilizando uma versatildeo brasileira do questionaacuterio mcgill de dor Rev bras fisioter 2003 7(2) 151-158

32 Reading AE Everitt BS Sledmore CM The McGill Pain Questionnaire a replication of its construction Br J Clin Psychol 1982 21339ndash349

33 Melzack R The McGill Pain Questionnaire Anesthesiology 2005 103199-202

34 Pessoa CP Barreto MB Santos LB Alves TDB Oliveira MC Martins AG Instrumentos utilizados na avaliaccedilatildeo do impacto da dor na qualidade de vida de pacientes com dor orofacial e disfunccedilatildeo temporomandibular Escola Baiana de Sauacutede Puacuteblica 200731(2)267-293

35 Espinoza ES Ortiz GB Estabilidad abdominolumbopeacutelvica y equilibrio comopredictores de la incidencia de lesionesmusculoesqueleacuteticas en estudiantes de danzaUn estudio piloto Fisioterapia 2014

36 Steinberg N Dar G Dunlop M Gaida JE The relationship of hip muscle performance to legankle and foot injuries a systematic review The Physician and Sportsmedicine 2017

37 Anderson K Strickland SM Warren R Hip and Groin Injuries in Athletes The American Journal of Sports Medicine 2001 29(4) 521-533

38 Tschopp M Brunner F Erkrankungen und Uumlberlastungsschaumlden an der unteren Extremitaumlt bei Langstreckenlaumlufern Z Rheumatol 2017 Feb

37

39 Han J Anson J Waddington G Adans R Liu Y The Role of Ankle

Proprioception for Balance Control in relation to Sports Performance and Injury BioMed Research International 2015 Jun8

40 Couto AGA Pedroni CR Relaccedilatildeo entre postura queixa dolorosa e lesatildeo em bailarinas claacutessicas Ter Man 2013 11(55)228-233

41 Dore BF e Guerra RO Sintomatologia dolorosa e fatores associados em bailarinos profissionais Rev Bras Med Esporte 2007 MarAbr13(2)77-80

38

ANEXO I ndash QUESTIONAacuteRIO DE DOR MCGILL

39

ANEXO II ndash PARECER DE APROVACcedilAtildeO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA

40

41

ANEXO III ndash NORMAS DE SUBMISSAtildeO DA REVISTA

Instruccedilotildees aos Autores

A Revista Brasileira de Medicina do Esporte - RBME (Brazilian Journal of

Sports Medicine) oacutergatildeo oficial da Sociedade Brasileira de Medicina do Exerciacutecio e

do Esporte (SBMEE) eacute publicada bimestralmente em seis ediccedilotildees ao ano (janfev

marabr maiojun julago setout e novdez) A RBME eacute indexada nas seguintes

bases bibliograacuteficas SciELO Web of Science Excerpta Medica-EMBASE Physical

Education Index LILACS SIRC-Sportdiscus e Scopus A publicaccedilatildeo segue

integralmente o padratildeo internacional do International Committee of Medical Journal

Editors (ICMJE) ou Convenccedilatildeo de Vancouver e seus requisitos de uniformizaccedilatildeo

[httpwwwicmjeorg]

Preparaccedilatildeo de manuscritos Os artigos submetidos devem ser digitados em

espaccedilo duplo fonte Arial 12 em paacutegina tamanho A4 sem numerar linhas ou

paraacutegrafos e numerando as paacuteginas no canto superior direito Figuras e tabelas

devem ser apresentadas ao final do artigo em paacuteginas separadas No corpo do

texto deve-se informar os locais para inserccedilatildeo das tabelas ou figuras Nuacutemeros

menores que 10 satildeo escritos por extenso enquanto que nuacutemeros maiores ou igual a

10 satildeo expressos em algarismos araacutebicos Os manuscritos que natildeo estiverem de

acordo com as instruccedilotildees aos autores em relaccedilatildeo a estilo e formato seratildeo

devolvidos sem revisatildeo pelo Conselho Editorial As medidas deveratildeo ser expressas

no Sistema Internacional (Systegraveme International SI) disponiacutevel em

httpphysicsnistgovcuuUnits e unidades padratildeo quando aplicaacutevel Recomenda-

se aos autores natildeo usar abreviaccedilotildees no tiacutetulo e limitar a sua utilizaccedilatildeo no resumo e

ao longo do texto Os nomes geneacutericos devem ser usados para todas as drogas Os

faacutermacos podem ser referidos pelo nome comercial poreacutem deve constar o nome

cidade e paiacutes ou endereccedilo eletrocircnico do fabricante entre parecircnteses na seccedilatildeo

Materiais e Meacutetodos

Abreviaturas O uso de abreviaturas deve ser minimizado As abreviaturas deveratildeo

ser definidas por ocasiatildeo de sua primeira utilizaccedilatildeo no resumo e tambeacutem no texto

Abreviaturas natildeo padratildeo natildeo devem ser utilizadas a menos que essas apareccedilam

pelo menos trecircs vezes no texto Unidades de medida (3 ml ou 3 mL e natildeo 3

mililitros) ou siacutembolos cientiacuteficos padratildeo (elementos quiacutemicos por exemplo Na e

natildeo soacutedio) natildeo satildeo consideradas abreviaturas e portanto natildeo devem ser definidos

Abreviar nomes longos ou substacircncias quiacutemicas e termos utilizados para

combinaccedilotildees terapecircuticas Abreviaturas em figuras e tabelas podem ser utilizadas

por razotildees de espaccedilo poreacutem devem ser definidas na legenda mesmo que tenham

sido definidas no texto do artigo

Formato dos arquivos Usar editor de texto Microsoft Word para Windows ou

42

equivalente Arquivos em formato PDF natildeo devem ser enviados As tabelas e

quadros deveratildeo estar em seus arquivos originais (Excel Acess Powerpoint etc)

As figuras deveratildeo estar nos formatos jpg ou tif em alta resoluccedilatildeo (300 dpi) As

figuras deveratildeo estar incluiacutedas no arquivo Word mas tambeacutem devem ser enviadas

separadamente (anexadas durante a submissatildeo do artigo como documento

suplementar em seus arquivos originais)

Paacutegina de rosto A paacutegina de rosto deve conter (1) a categoria do artigo (2) o tiacutetulo

do artigo em portuguecircs inglecircs e espanhol com ateacute 80 caracteres cada que deve ser

objetivo e informativo (3) os nomes completos dos autores instituiccedilatildeo formaccedilatildeo

acadecircmica de origem (a mais relevante) cidade estado e paiacutes (4) nome do autor

correspondente com endereccedilo completo telefone e e-mail A titulaccedilatildeo dos autores

natildeo deve ser incluiacuteda O nome completo de cada autor (sem abreviaccedilotildees) e sua

afiliaccedilatildeo institucional (nota as unidades hieraacuterquicas devem ser apresentadas em

ordem decrescente por exemplo universidade faculdade ou instituto e

departamento) devem ser informados Os nomes das instituiccedilotildees e programas

deveratildeo ser apresentados preferencialmente por extenso e na liacutengua original da

instituiccedilatildeo ou na versatildeo em inglecircs quando a escrita natildeo eacute latina (pex aacuterabe

mandarim ou grego)

Resumo O resumo em portuguecircs inglecircs e espanhol deve ser incluiacutedo no

manuscrito Em cada um dos idiomas natildeo deve conter mais do que 300 palavras A

versatildeo estruturada eacute obrigatoacuteria nos artigos originais e inclui objetivos meacutetodos

resultados e conclusatildeo Artigos de revisatildeo natildeo requerem resumo estruturado

Palavras-chave O artigo deve incluir no miacutenimo trecircs e no maacuteximo seis descritores

em portuguecircs inglecircs e espanhol baseados nos Descritores de Ciecircncias da Sauacutede

(DeCS) httpdecsbvsbr ou no Medical Subject Headings (MeSH) da National

Library of Medicine disponiacutevel em httpwwwnlmnihgovmeshmeshhomehtml

oubaseados no Medical SubjectHeading (MeSH) do Index Medicus

(httpwwwnlmnihgovmesh)

Introduccedilatildeo A introduccedilatildeo deve conter (1) justificativa objetiva para o estudo com

referecircncias pertinentes ao assunto sem realizar uma revisatildeo extensa (2) objetivo do

artigo

Materiais e Meacutetodos Esta seccedilatildeo deve descrever os experimentos (quantitativa e

qualitativamente) e os procedimentos em detalhes suficientes que permitam que

outros pesquisadores reproduzam os resultados ou deem continuidade ao estudo

e deveraacute conter (1) a descriccedilatildeo clara da amostra utilizada (2) termo de

consentimento para estudos experimentais envolvendo seres humanos (3)

identificaccedilatildeo dos meacutetodos aparelhos (nome do fabricante e endereccedilo cidade e paiacutes

devem ser menciondos entre parecircnteses) e procedimentos utilizados (4) descriccedilatildeo

breve e referecircncias de meacutetodos publicados mas natildeo amplamente conhecidos (5)

43

descriccedilatildeo detalhada de meacutetodos novos ou modificados (6) quando pertinente incluir

a anaacutelise estatiacutestica e os programas utilizados Importante Ao relatar experimentos

com seres humanos ou animais indicar se os procedimentos seguiram as normas

do Comitecirc Eacutetico sobre Experiecircncias Humanas da instituiccedilatildeo na qual a pesquisa foi

realizada e se os procedimentos estatildeo de acordo com a declaraccedilatildeo de Helsinki de

1995 e a Animal Experimentation Ethics respectivamente Os autores devem incluir

uma declaraccedilatildeo indicando que o protocolo foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica da

Instituiccedilatildeo (instituiccedilatildeo de afiliaccedilatildeo de pelo menos um dos autores) com o respectivo

nuacutemero de identificaccedilatildeo Tambeacutem deve incluir que o Termo de Consentimento Livre

e Esclarecido foi assinado por todos os participantes

Resultados Apresentar os resultados em sequecircncia loacutegica no texto usando tabelas

e figuras Evitar repeticcedilatildeo excessiva de dados no texto em tabelas ou figuras

poreacutem enfatizar somente as descobertas mais importantes

Discussatildeo Enfatizar os aspectos originais e importantes do estudo e as conclusotildees

que decorrem deste evitando poreacutem repetir dados jaacute apresentados em outras

partes do manuscrito Em estudos experimentais ressaltar a relevacircncia e limitaccedilotildees

dos resultados confrontando com os dados da literatura e incluindo implicaccedilotildees

para estudos futuros

Conclusotildees A conclusatildeo deve ser clara e concisa baseada nos resultados

obtidos estabelecendo ligaccedilatildeo com implicaccedilotildees cliacutenicas evitando poreacutem excessiva

generalizaccedilatildeo) A mesma ecircnfase deve ser dada a estudos com resultados negativos

ou positivos Recomendaccedilotildees podem ser incluiacutedas quando relevantes

Agradecimentos Quando pertinente incluir agradecimento ou reconhecimento a

pessoas que tenham contribuiacutedo para o desenvolvimento do trabalho poreacutem natildeo se

qualificam como coautores Fontes de financiamento como auxiacutelio a pesquisa e

bolsas de estudo devem ser reconhecidos nesta seccedilatildeo Os autores deveratildeo obter

permissatildeo por escrito para mencionar nomes e instituiccedilotildees de todos os que

receberam agradecimentos nominais

Referecircncias As referecircncias devem ser numeradas na sequecircncia em que aparecem

no texto em formato sobrescrito As referecircncias citadas somente em legendas de

tabelas ou figuras devem ser numeradas de acordo com sequecircncia estabelecida

pela primeira menccedilatildeo da tabela ou da figura no texto O estilo das referecircncias

bibliograacuteficas deve seguir as regras do Uniform Requirements for Manuscripts

Submitted to Biomedical Journals (International Committee of Medical Journal

Editors disponiacutevel em Ann Intern Med 1997126(1)36-47 httpwwwicmjeorg)

Alguns exemplos satildeo mostrados a seguir Os tiacutetulos dos perioacutedicos devem ser

abreviados de acordo com o Index Medicus (List of Journals Indexed disponiacutevel em

httpwwwnlmnihgovtsdserialsljihtml) Se o perioacutedico natildeo constar dessa lista

deve-se utilizar a abreviatura sugerida pelo proacuteprio perioacutedico Deve-se evitar utilizar

44

ldquocomunicaccedilotildees pessoaisrdquo ou ldquoobservaccedilotildees natildeo publicadasrdquo como referecircncias

Resumos de tranalhos apresentados em eventos devem ser utilizados somente se

for a uacutenica fonte de informaccedilatildeo

Tabelas As tabelas devem ser elaboradas em espaccedilo 15 devendo ser planejadas

para ter como largura uma (87cm) ou duas colunas (18 cm) Cada tabela deve

possuir um tiacutetulo sucinto Notas explicativas seratildeo incluiacutedas em notas de rodapeacute A

tabela deve conter meacutedias e medidas de dispersatildeo (Desvio Padratildeo Erro Padratildeo da

Meacutedia etc) natildeo devendo conter casas decimais irrelevantes As abreviaturas

devem estar de acordo com aquelas utilizadas no texto e nas figuras Os coacutedigos de

identificaccedilatildeo de itens da tabela devem estar listados na ordem de surgimento no

sentido horizontal e devem ser identificados pelos siacutembolos padratildeo Os quadros e

tabelas deveratildeo ser enviados atraveacutes dos arquivos originais editaacuteveis (Word Excel)

e natildeo como imagens

Figuras Na versatildeo impressa da RBME seratildeo aceitas figuras em preto-e-branco

Imagens coloridas poderatildeo ser publicadas quando forem essenciais para o conteuacutedo

cientiacutefico do artigo Nestes casos o custo seraacute repassado aos autores Figuras

coloridas poderatildeo ser incluiacutedas na versatildeo eletrocircnica do artigo sem custo adicional

aos autores Os desenhos e figuras devem ser consistentes e tatildeo simples quanto

possiacutevel poreacutem informativos Tons de cinza natildeo devem ser utilizados Todas as

linhas devem ser soacutelidas Para graacuteficos de barra por exemplo utilizar barras

brancas pretas com linhas diagonais nas duas direccedilotildees linhas em xadrez linhas

horizontais e verticais A RBME desaconselha fortemente o uso de fotografias de

equipamentos e animais de experimentaccedilatildeo As figuras devem ser impressas com

bom contraste e ter a largura de uma coluna (87cm) Utilizar no miacutenimo fonte

tamanho 10 para letras nuacutemeros e siacutembolos com espaccedilamento e alinhamento

adequados Quando a figura representar uma radiografia ou fotografia sugerimos

incluir a escala de tamanho quando pertinente

Por favor note que eacute de responsabilidade dos autores obter permissatildeo do detentor

dos direitos autorais para reproduzir figuras (ou tabelas) que tenham sido

previamente publicados em outras fontes De acordo com os princiacutepios do acesso

aberto os autores devem ter permissatildeo do detentor dos direitos caso desejem

incluir imagens que tenham sido publicados em outros perioacutedicos de acesso natildeo

aberto A permissatildeo deve ser indicada na legenda da figura e a fonte original deve

ser incluiacuteda na lista de referecircncias

45

APEcircNDICE I ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE)

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Vocecirc estaacute sendo convidada(o) a participar da pesquisa intitulada

ldquoCARACTERIZACcedilAtildeO DA DOR E SUA RELACcedilAtildeO COM EQUILIacuteBRIO

POSTURAL ESTAacuteTICO EM ATLETAS DE GINAacuteSTICA RIacuteTMICArdquo realizada pela

Universidade Federal de Sergipe por intermeacutedio da discente TAINARA DOS

SANTOS BOMFIM devidamente assistida pelo seu orientador PAULO MAacuteRCIO

PEREIRA OLIVEIRA O objetivo desse estudo eacute caracterizar a Dor

musculoesqueleacutetica em atletas de elite de ginaacutestica riacutetmica e analisar a relaccedilatildeo da

dor no equiliacutebrio postural estaacutetico das atletas comparando com controles natildeo

atletas A justificativa para a realizaccedilatildeo da pesquisa eacute documentar na literatura

escassa estudo sobre a relaccedilatildeo da dor com o equiliacutebrio postural estaacutetico em

atletas de elite de Ginaacutestica Riacutetmica Sua participaccedilatildeo nessa pesquisa consistiraacute

em responder um questionaacuterio e realizar avaliaccedilatildeo de equiliacutebrio que ocorreraacute em

um uacutenico momento Natildeo haacute riscos previsiacuteveis relacionados com sua participaccedilatildeo

nem danos previsiacuteveis decorrentes da pesquisa Os benefiacutecios relacionados com

sua participaccedilatildeo satildeo

1 Identificar alteraccedilotildees posturais de equiliacutebrio em atletas de alto rendimento

2 Evidenciar se o processo de dor em atletas eacute igual maior ou menor quando

comparado com pessoas natildeo atletas

3 Evidenciar se as variaccedilotildees aacuterea e velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo

de pressatildeo se igualam ou natildeo a pessoas natildeo atletas

Vocecirc foi selecionado por preencher os requisitos da pesquisa mas sua

participaccedilatildeo NAtildeO Eacute OBRIGATOacuteRIA sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo em sua

relaccedilatildeo com a instituiccedilatildeo ou com o pesquisador

Eu________________________________________________________________

abaixo assinado declaro que fui informado que as informaccedilotildees obtidas atraveacutes

dessa pesquisa seratildeo confidenciais e o sigilo sobre minha participaccedilatildeo seraacute

assegurado De tal modo que os dados natildeo seratildeo divulgados de forma a possibilitar

minha identificaccedilatildeo Tambeacutem estou ciente de que a qualquer momento posso

desistir de minha participaccedilatildeo e retirar meu consentimento Declaro que entendi os

objetivos riscos e benefiacutecios de minha participaccedilatildeo na pesquisa e concordo em

participar

Vocecirc receberaacute uma coacutepia deste termo onde consta o telefone e o endereccedilo do

pesquisador principal podendo tirar suas duacutevidas sobre o Projeto de Pesquisa de

sua participaccedilatildeo agora ou a qualquer momento

46

DADOS DO PESQUISADOR RESPONSAacuteVEL

Nome Tainara dos Santos Bomfim

Endereccedilo profissionale-mail Rua Padre Aacutelvares Pitangueira sn - Centro

Departamento de Fisioterapia bftainaragmailcom

Telefone (79) 9 9806-7487

ATENCcedilAtildeO A participaccedilatildeo em qualquer tipo de pesquisa eacute voluntaacuteria Em casos de

duacutevida quanto aos seus direitos entre em contato com o Comitecirc de Eacutetica em

Pesquisa da Universidade Federal de Sergipe

Lagarto _____de _____de 201_

_____________________________________________________

ASSINATURA DO VOLUNTAacuteRIO

_____________________________________________________

ASSINATURA DO PESQUISADOR RESPONSAacuteVEL

Page 25: CARACTERIZAÇÃO DA DOR E SUA RELAÇÃO COM O … · tainara dos santos bomfim caracterizaÇÃo da dor e sua relaÇÃo com o equilÍbrio postural em atletas de ginÁstica rÍtmica

25

Figura 4 Correlaccedilatildeo de Spearman entre dor avaliativa e velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo (VmCOP) do baricentro corporal (A) Forccedila de correlaccedilatildeo de Spearman (r = 0414 p = 0040) entre a dor

avaliativa (AV) (236 plusmn 028) e a velocidade meacutedia do COP na direccedilatildeo mediolateral (0845 mms plusmn 0042) no grupo atleta (B) Forccedila de correlaccedilatildeo de Spearman (r = 0063 p = 0765) entre a dor avaliativa (AV) (060 plusmn

021) e a velocidade meacutedia do COP na direccedilatildeo mediolateral (0508 mms plusmn 0065) no grupo controle Os valores foram apresentados como meacutedia plusmn erro padratildeo da meacutedia

4 Discussatildeo

Os resultados desta pesquisa demonstraram que atletas de elite de ginaacutestica

riacutetmica manifestam maior percepccedilatildeo dolorosa que controles natildeo praticantes de

esporte a niacutevel competitivo Isto pode estar relacionado a trecircs principais fatores que

podem contribuir de forma direta para a maior prevalecircncia de dor nessas atletas

destacando o iniacutecio precoce na praacutetica da modalidade os altos volumes e

intensidade dos treinos e a grande quantidade de repeticcedilotildees dos gestos esportivos

com alta predominacircncia de saltos e posturas estaacuteticas De acordo com os nossos

resultados Sabeti et al21 realizaram estudo com 218 ginastas de diferentes

nacionalidades no campeonato europeu de GR utilizando a escala visual analoacutegica

(EVA) para registro da intensidade dolorosa Os resultados encontrados foi que as

atletas tecircm uma maior intensidade dolorosa (72) que controles natildeo praticantes de

esporte competitivo

Paralelamente a literatura cientifica relata que o tempo de inicio da praacutetica

esportiva o niacutevel competitivo e o volumeintensidade dos treinos destas atletas satildeo

fatores preditivos para um maior desenvolvimento de lesatildeo e dor em atletas de GR

Shigaki et al4 apontam que o risco e intensidade de lesatildeo estatildeo fortemente

26

relacionados com o aumento da idade e do niacutevel competitivo Da mesma forma

Vanderlei et al22 e Oliveira et al23 afirmam que quanto mais elevada a categoria do

atleta maior seraacute o tempo e a intensidade do treinamento consequentemente maior

a exposiccedilatildeo aos esforccedilos musculoesqueleacuteticos durante treinamento eou

competiccedilotildees Deste modo Oliveira et al23 em seu estudo avaliaram 25 atletas de

GR de diferentes categorias etaacuterias e encontraram que a maioria das atletas

apresentaram algum tipo de lesatildeo ocasionada pelos treinos Desta forma autores

relatam que a formaccedilatildeo dessas atletas influencia na incidecircncia e intensidade

dolorosa de lesotildees por overuse21 24 Tais lesotildees geralmente ocorrem quando a

frequecircncia dos exerciacutecios aumenta enquanto a intensidade eacute mantida23 Estando de

acordo com os nossos resultados Kolar et al25 em estudo realizado com 63 atletas

da ginaacutestica artiacutestica e riacutetmica de ambos os sexos concluiacuteram que a maacute teacutecnica

meacutetodos improacuteprios de ensino e carga inadequada durante os treinos foram

associados com o surgimento de dor e lesotildees nessa populaccedilatildeo

Contrariamente aos nossos resultados Muller et al26 realizaram um estudo

investigativo do desenvolvimento de dor lombar em atletas adolescentes em relaccedilatildeo

ao sexo e tipo de esporte praticado Foram avaliados 321 atletas sem dor lombar em

um primeiro momento e apoacutes dois anos os mesmo atletas foram reavaliados para

verificar a incidecircncia de dor lombar Apenas 10 da amostra foram categorizados

com dor lombar Aleacutem disso antropometria e caracteriacutesticas de formaccedilatildeo do esporte

natildeo demonstraram influecircncia significativa na dor lombar levando os autores a

concluiacuterem que o esporte de alto rendimento natildeo induz dor lombar em atletas

adolescentes

No nosso estudo utilizamos para avaliaccedilatildeo da percepccedilatildeo dolorosa em ambos

os grupos o questionaacuterio de dor McGill Este apresentou-se como uma ferramenta

de faacutecil execuccedilatildeo baixo custo e com alta sensibilidade e confiabilidade para uma

caracterizaccedilatildeo multidimensional da dor na populaccedilatildeo estudada Diferenciados

meacutetodos de investigaccedilatildeo da dor podem ser encontrados em um crescente numero

de publicaccedilotildees cientificas sobre o estudo da percepccedilatildeo e intensidade dolorosa

Goubert et al27 utilizaram a algometria de pressatildeo para comparar a avaliaccedilatildeo

sensorial quantitativa da dor de pacientes com dor lombar em diferentes niacuteveis de

cronicidade comparando a controles saudaacuteveis e pacientes com fibromialgia

Diferentemente Sabeti et al21 Arliani et al28 e Hoskins et al29 utilizaram em suas

27

pesquisas a escala visual analoacutegica (EVA) para registrar a intensidade dolorosa de

atletas em diferentes modalidades Ambos satildeo considerados meacutetodos

unidimensionais utilizados com o objetivo de quantificar a magnitude da dor dentro

de um perfil somatosensorial

Por outro lado diversas pesquisas utilizam o questionaacuterio McGill (MPQ) como

instrumento multidimensional para avaliar a dor e conhececirc-la de forma ampla em

diferentes modelos de estudos e em diversas populaccedilotildees Ngamkham et al30

realizaram revisatildeo sistemaacutetica sobre a avaliaccedilatildeo da dor com McGill em pacientes

com cacircncer demonstrando que o MPQ eacute comumente usado nessa populaccedilatildeo para

mensurar a intensidade e qualidade da dor pois fornece informaccedilotildees sobre

possiacuteveis locais da doenccedila magnitude da dor bem como a eficaacutecia do tratamento e

intervenccedilatildeo submetidos Da mesma forma Bermudez et al31 avaliaram pacientes

diagnosticados com DTM moderada e severa para discriminar e comparar a queixa

dolorosa de acordo com a severidade da doenccedila Pode-se concluir com o estudo

que o MPQ foi capaz de diferenciar o padratildeo temporal da dor a localizaccedilatildeo de maior

queixa dolorosa e a intensidade da dor em portadores de DTM

As diferenccedilas metodoloacutegicas utilizadas corroboram o fato de a dor ser uma

experiecircncia complexa e subjetiva que varia em qualidade intensidade sensorial e

em caracteriacutesticas afetivo-motivacionais Pois a mesma envolve vaacuterias dimensotildees e

pode ser influenciada por infinitos estiacutemulos intriacutensecos e extriacutensecos32 33 Assim

cabe a utilizaccedilatildeo de diferentes meacutetodos uni e multidimensionais para uma avaliaccedilatildeo

precisa considerando a natureza da dor e suas caracteriacutesticas

De acordo com os resultados do nosso estudo foi visualizado que as atletas

de elite de GR apresentam diferentes caracteriacutesticas de percepccedilatildeo do estiacutemulo

doloroso em comparaccedilatildeo aos controles destacando dores com perfil sensorial e

avaliativo Acreditamos que os atletas de alto rendimento apresentam-se com

alteraccedilotildees do imputs neurosensorial em virtude da constante presenccedila e

intensidade das dores sentidas pela a sua praacutetica desportiva Isto pode repercutir em

mudanccedilas na interpretaccedilatildeo da dor sentida em seu corpo fiacutesico devido agrave influecircncia

de fatores emocionais sociais e hormonais que satildeo comuns em mulheres atletas

Em vista disso sabe-se que o domiacutenio sensorial e avaliativo representam as

28

impressotildees fiacutesicas desse estiacutemulo doloroso aacutelgico e uma auto-avaliaccedilatildeo da sua dor

respectivamente34

Segundo Pimenta e Texeira18 as diferenccedilas na estratificaccedilatildeo da dor se

justificam pelo fato das interpretaccedilotildees de informaccedilotildees cognitivas serem

condicionadas por experiecircncias preacutevias em diferentes momentos do estiacutemulo da dor

gerando respostas variadas agrave experiecircncia dolorosa por ser um processo

individualizado Aleacutem disso a dor eacute uma experiecircncia complexa descrita em termos

de caracteriacutesticas sensoriais afetivo-motivacionais cognitivas e comportamentais

Desta forma o resultado de uma avaliaccedilatildeo da percepccedilatildeo dolorosa pode depender

de qual dimensatildeo da dor esteja sendo vivenciada no momento da avaliaccedilatildeo por

cada indiviacuteduo14

Hoskins et al29 utilizaram a escala visual analoacutegica (EVA) e o questionaacuterio

McGill para comparar a intensidade e a qualidade de dor lombar entre atletas de

elite amadores e natildeo atletas Foram observadas diferenccedilas significativas entre os

grupos mostrando que os atletas de elite apresentaram intensidade de dor mais

alta assim como escolheram com mais frequecircncia palavras das categorias sensorial

e afetiva De forma semelhante a nossa pesquisa o domiacutenio sensorial apresentou o

maior iacutendice de dor e maior frequecircncia de palavras escolhidas Tal fato possa ser

justificado por esse ser o domiacutenio de maior representatividade no questionaacuterio

agregando termos de qualidades sensitivas dor18 Poreacutem a dimensatildeo afetiva natildeo foi

evidenciada com maior frequecircncia no presente estudo Esta representa um estado

emocional o qual pode ser traduzido por percepccedilotildees de cansaccedilo sentimentos de

medo e puniccedilatildeo assim como reaccedilotildees autonocircmicas34 Reading32 e Pimenta e

Teixeira18 em seus estudos relataram que os pacientes que sentem dores de

caracteriacutestica aguda preferem descritores da categoria sensorial Por outro lado

indiviacuteduos que sentem dor crocircnica usualmente tendem a selecionar mais

descritores da categoria afetiva levando em conta fenocircmenos cognitivo de

antecipaccedilatildeo memoacuteria atenccedilatildeo e experiecircncia anterior

Os resultados desta pesquisa demonstraram que a regiatildeo com maior

prevalecircncia de queixa dolorosa em atletas de elite de GR foi a articulaccedilatildeo do quadril

com aproximadamente cinquenta e dois por cento das queixas Isto pode estar

relacionado ao fato da articulaccedilatildeo do quadril ser responsaacutevel pela absorccedilatildeo de

29

grandes cargas compressivas durante a fase de aterrissagem dos saltos o qual eacute

um movimento especiacutefico do esporte Aleacutem disso no quadril estaacute localizado o centro

de gravidade do corpo assim as cargas que satildeo geradas ou transmitidas por essa

regiatildeo geram influecircncia no desempenho esportivo Desse modo pesquisas

cientiacuteficas relatam sobre a importacircncia da forccedila dos muacutesculos estabilizadores do

quadril no surgimento e desenvolvimento de dores nesta articulaccedilatildeo4 35 Steinberg et

al36 realizaram uma analise sistemaacutetica do desempenho da musculatura do quadril

no desenvolvimento de lesotildees no membro inferior e encontraram que a diminuiccedilatildeo

da funccedilatildeo dos muacutesculos do quadril associada a cargas repetitivas no membro

inferior pode aumentar o risco de lesotildees no joelho e em todo o membro

De forma contraacuteria aos nossos resultados Guiotte et al2 Sabeti et al21 e

Oliveira et al23 avaliaram ginastas de diferentes categorias e relataram que a regiatildeo

anatocircmica de queixa dolorosa mais prevalente na praacutetica da GR eacute a coluna lombar

seguida do tornozelo e joelho De acordo com Anderson et al37 a dor no quadril e

na virilha em atletas ocorrem com menor frequecircncia que lesotildees das extremidades do

membro inferior Ratificando esses autores Tschopp et al38 defendem que as

lesotildees do quadril satildeo menos comuns poreacutem satildeo mais difiacuteceis de serem

diagnoacutesticadas Pois as consideraccedilotildees anatocircmicas e biomecacircnicas para lesotildees

nesta regiatildeo estatildeo entre as mais complexas do sistema muacutesculo-esqueleacutetico

Por outro lado os nossos resultados demonstraram que a segunda

articulaccedilatildeo mais prevalente em relaccedilatildeo agrave queixa dolorosa pela praacutetica de GR em

atletas de elite foi o tornozelo-peacute (44) Tal fato se justifica por alguns fatores como

sobrecarga excessiva nos muacutesculos intriacutensecos do peacute os quais satildeo responsaacuteveis

pela formaccedilatildeo do arco plantar existecircncia de compressotildees excessivas nos

segmentos oacutesseos devido ao processo de absorccedilatildeo de impacto nos saltos aleacutem da

necessidade de manutenccedilatildeo da postura do tornozelo-peacute em flexatildeo plantar por

tempos prolongados

De acordo com Han et al39 o complexo do tornozelo-peacute na maioria das

atividades esportivas eacute a uacutenica parte do corpo que estaacute em contato com solo

Assim a propriocepccedilatildeo do tornozelo contribui de forma extremamente significativa

para o controle do equiliacutebrio pois fornece informaccedilotildees que permitem o ajuste de

posiccedilotildees e movimentos dos membros para realizaccedilatildeo das tarefas motoras

30

complexas exigidas no esporte de elite Saito et al12 em sua pesquisa ao avaliarem

atletas com e sem lesatildeo no tornozelo observaram que as lesotildees no tornozelo aleacutem

de causar alteraccedilotildees musculares e osteocinemaacuteticas promovem de forma direta

repercussotildees negativas no controle neuromuscular da articulaccedilatildeo predispondo-a aacute

episoacutedios recidivantes em virtude do comprometimento do feedback neurosensorial

afetando o controle postural e consequentemente o desempenho nas atividades

motoras

De acordo com os dados obtidos no nosso estudo foi observada nas atletas

uma maior aacuterea de deslocamento do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo (COP) do

corpo demonstrando um menor equiliacutebrio estaacutetico das ginastas ao comparar com

controles natildeo atletas Isto pode estar relacionado a uma maior intensidade e

presenccedila do estiacutemulo doloroso no corpo das atletas e a intensa quantidade de

repeticcedilotildees dos exerciacutecios de forma assimeacutetrica pela preferecircncia do membro

dominante Desse modo diversas pesquisas relatam que a presenccedila da dor pode

aumentar a aacuterea do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo (ACOP) produzindo uma piora

do equiliacutebrio corporal4 12 15 16 Lin et al16 e Shigaki et al4 em seus estudos avaliaram

o equiliacutebrio de atletas comparando trecircs grupos atletas com lesatildeo atletas sem lesatildeo

e natildeo atletas Evidenciaram que atletas com lesatildeo apresentaram maior oscilaccedilatildeo do

centro de pressatildeo comparado a indiviacuteduos natildeo atletas e atletas sem lesatildeo Poreacutem

quando comparados atletas sem lesatildeo com indiviacuteduos natildeo atletas natildeo foi observado

diferenccedila significativa

Ao mesmo tempo em nosso estudo foi encontrado uma velocidade meacutedia do

COP maior no grupo atleta em ambas as direccedilotildees ao comparar com controles natildeo

atletas Sendo a velocidade meacutedia do COP maior no plano sagital (anteroposterior)

em relaccedilatildeo ao plano frontal (meacutediolateral) Isto ocorre porque as atletas apresentam

uma resposta neuromuscular mais raacutepida para recuperaccedilatildeo da estabilidade do corpo

adquirida pelo treinamento esportivo essencialmente no plano sagital em que as

estrateacutegias posturais para recuperaccedilatildeo do equiliacutebrio satildeo mais efetivas

Diversos estudos publicados na literatura abordam a habilidade do controle

postural em atletas2 8-12 Matsuda et al10 relatam que atletas tecircm capacidade de

equiliacutebrio dinacircmico superior quando comparados a indiviacuteduos natildeo atletas Da

mesma forma Merlo et al11 acreditam a praacutetica de esportes produz adaptaccedilotildees que

31

ou desenvolvimento de consciecircncia de estrateacutegias posturais natildeo evidenciadas em

sujeitos natildeo praticantes de atividade esportiva

Os resultados encontrados por meio desse estudo mostraram que a dor em

sua dimensatildeo avaliativa apresentou relaccedilatildeo significativa com a velocidade meacutedia do

centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo do corpo na direccedilatildeo mediolateral Tal fato evidencia

que a percepccedilatildeo do estiacutemulo doloroso interfere de maneira significativa na

habilidade do atleta em reestabelecer a estabilidade postural apoacutes perturbaccedilatildeo do

equiliacutebrio em postura estaacutetica Prejudicando o desempenho atleacutetico na modalidade

uma vez que as atletas dependem da estabilidade postural para execuccedilatildeo da praacutetica

esportiva Alguns autores relatam a influecircncia da dor e fatores psicoemocionais na

performance e desempenho de atletas de alto rendimento Couto e Pedroni40

avaliaram a relaccedilatildeo da queixa e limiar doloroso com incidecircncia de lesatildeo em

bailarinas claacutessicas Os resultados do estudo mostraram que houve relaccedilatildeo

significativa entre as regiotildees de lesatildeo com a dor evidenciando que a dor estaacute

diretamente relacionada com o surgimento de lesatildeo nessa populaccedilatildeo Dore e

Guerra41 em seu estudo investigaram a prevalecircncia e fatores associados agrave

sintomatologia dolorosa em bailarinos profissionais utilizando a versatildeo brasileira do

questionaacuterio McGill e Inventaacuterio para dor de Wisconsin Foram verificadas

correlaccedilotildees positivas com significacircncia entre o grau de intensidade dolorosa e

atividades diaacuterias sono humor e relacionamento pessoal

O presente estudo sinaliza uma relaccedilatildeo da presenccedila do estiacutemulo doloroso

com o equiliacutebrio postural As alteraccedilotildees no equiliacutebrio corporal tecircm sido muito

estudadas em diferentes populaccedilotildees assim como o comportamento da dor e lesotildees

no desempenho de atletas de diferentes niacuteveis competitivos e modalidades

esportivas Corroborando com nossa pesquisa Meardon et al15 defendem que a

presenccedila de lesatildeo e dor em atletas pode afetar negativamente o equiliacutebrio corporal

Em sua pesquisa examinou controle postural dinacircmico em corredores lesionados

com dor e sem lesatildeo usando o Star Excursion Balance Test (SEBT) Quando

comparado corredores lesionados com controles sem lesatildeo os resultados

demonstraram controle dinacircmico deficiente das forccedilas verticais ao executar as

tarefas de pouso e estabilizaccedilatildeo em apoio unipodal

32

Contudo ainda satildeo raros os estudos sobre a caracterizaccedilatildeo da dor e do

equiliacutebrio corporal em atletas de ginaacutestica riacutetmica Por meio desse estudo foi

observado que atletas de elite de GR demonstraram aumento da dor descrita em

todos os domiacutenios avaliados pelo questionaacuterio McGill (plt0001) A dor nas ginastas

tem o perfil sensorial e avaliativo e se manifesta principalmente nas articulaccedilotildees do

quadril e tornozelo-peacute em virtude da especificidade do gesto esportivo Aleacutem disso

as atletas tambeacutem apresentam menor estabilidade do controle postural (plt005)

sendo notada possiacutevel relaccedilatildeo de interferecircncia entre a auto percepccedilatildeo dolorosa e o

equiliacutebrio postural Entretanto devido agrave complexidade do tema faz-se necessaacuterio a

elaboraccedilatildeo de estudos mais aprofundados com uma amostra maior seguindo

rigorosamente os criteacuterios metodoloacutegicos que permita uma interpretaccedilatildeo mais

precisa a respeito da percepccedilatildeo dolorosa e o equiliacutebrio postural no desempenho

atleacutetico na modalidade esportiva

5 Conclusatildeo

A pesquisa mostra que as atletas de elite de GR apresentam dor de

caracteriacutesticas sensorial e avaliativa frequentemente localizada na articulaccedilatildeo do

quadril seguida do tornozelo-peacute A presenccedila da percepccedilatildeo dolorosa mostrou relaccedilatildeo

significativa com o controle postural em atletas de elite de GR Os resultados

tambeacutem evidenciaram que atletas tem menor equiliacutebrio postural estaacutetico quando

comparadas a controles natildeo atletas poreacutem demonstram maior habilidade para

reestabelecer o controle postural

6 Consideraccedilotildees Finais

Um ponto importante a ser relatado neste estudo eacute a utilizaccedilatildeo do

questionaacuterio de dor McGill Embora venha ser um questionaacuterio amplamente utilizado

em pesquisas cientiacuteficas em virtude da sua alta confiabilidade validaccedilatildeo e

adaptaccedilatildeo cultural em diferentes paiacuteses ainda satildeo raros os estudos que utilizam

essa ferramenta para avaliar a dor em atletas Com ecircnfase em estudos que

descrevam a sua aplicabilidade por domiacutenio e caracteriacutesticas multidimensionais da

33

dor Este pesquisa aparenta ter sido pioneira a qualificar a dor e descrevecirc-la em

suas dimensotildees em atletas de elite de ginaacutestica riacutetmica bem como relacionar a

percepccedilatildeo dolorosa com o equiliacutebrio postural nessa populaccedilatildeo Abrindo espaccedilo para

realizaccedilatildeo de outros estudos

Poreacutem foi encontrado como limitaccedilotildees escassez de pesquisas cientiacuteficas

atualizadas sobre abordagem multidimensional da dor em atletas essencialmente

na ginaacutestica riacutetmica Pois a grande maioria dos estudos que tem sido publicado

sobre dor nessa populaccedilatildeo estaacute relacionada agrave presenccedila do estiacutemulo doloroso e sua

intensidade em uma magnitude sensorial Outro ponto a se destacar foi a

dificuldade em coletar um grupo controle com caracteriacutesticas similares ao grupo de

estudo para que fosse formada uma amostra mais homogecircnea possiacutevel

respeitando os criteacuterios metodoloacutegicos

34

REFEREcircNCIA

1 Baston C Mancini M Schoneburg B Horak F Rocchi L Postural strategies assessed with inertial sensors in healthy and parkinsonian subjects Gait Posture 2014 may 40(1)70ndash75

2 Guiotte VA Roque CFL Olieira MR Gil AWO Rabello LM Dos Santos EVM et

al Avaliaccedilatildeo Fiacutesico - Funcional de Atletas da Ginaacutestica Riacutetmica Histoacuterico de Lesotildees e Estabilidade Postural UNOPAR Cient Ciecircnc Biol Sauacutede 2012 14(4) 217-20

3 Bosso LR Golias ARC A postura de atletas de Ginaacutestica Riacutetmica Analise atraveacutes da fotometria Rev Bras Med Esporte 2012 setout 18(5)333-337

4 Shigaki L Rabello LM Camargo MZ Santos VBC Gil AWO Oliveira MR et al Anaacutelise comparativa do equiliacutebrio unipodal de atletas de Ginastica Riacutetmica Rev Bras Med Esporte 2013 marabr 19(2)104-107

5 Whale CE Pass AN Tripp PM Chronic Groin Pain in a collegiate football running back International Journal of Athletic Therapy amp Training 2012 may 17(3)41-44

6 Jacobs JV Why we need to better understand the cortical neurophysiology of impaired postural responses with age disease or injury Frontiers in Integrative Neuroscience 2014 ago 8(69)

7 Hirata RP Ervilha UF Arendt-Nielsen L Graven-Nielsen T Experimental Muscle Pain Challenges the Postural Satability During Quiet Stance Unexpected Posture Perturbation J Pain 2011 ago 12(8)911-9

8 Ribeiro GD Suaacuterez MH Ruiz DR Efecto del entrenamiento sistemaacutetico de gimnasia riacutetmica sobre el control postural de ninas adolescentes Rev Andal Med 2015 jun 8(2)54-60

9 Teixeira CL Equiliacutebrio e controle postural Brazilian Journal of Biomechanics 2010 11(20)31-40

10 Matsuda S Demura S Uchiyama M Centre of pressure sway characteristics during static one-legged stance of athletes from different sports Journal of Sports Sciences 2008 may 26(7)775 ndash 779

11 Merlo JK Stoppa ACL Macedo CSG Silva Juacutenior RA Anaacutelise Comparativa do Equiliacutebrio em Apoio Unipodal em Indiviacuteduos Sedentaacuterios e Atletas UNOPAR Cient Ciecircnc Biol Sauacutede 2010 12(4)29-32

12 Saito KA Navarro M Silva MF Arie EK Peccin MS Oscilaccedilatildeo do centro de pressatildeo plantar de atletas e natildeo atletas com e sem entorse de tornozelo Rev Bras Ortop 2016 51(4)437ndash443

35

13 Lamb M Oliveira PD Tano SS Gil AWO Dos Santos EVN Fernandes KBP

Efeito do treinamento proprioceptivo no equiliacutebrio de atletas de ginaacutestica riacutetmica Rev Bras Med Esporte 2014 setout 20(5)379-382

14 Silva JA Ribeiro-Filho NP A dor como um problema psicofiacutesico Rev Dor 2011 abrjun 12(2)138-51

15 Meardon S Klusendorf A Kernozek T Influence of injury on dynamic postural control in runners The International Journal of Sports Physical Therapy 2016 jun 11(3)336

16 Lin CF Lee IJ Liao JH Wu HW Su FC Comparison of Postural Stability Between Injured and Uninjured Ballet Dancers The American Journal of Sports Medicine 2011 39(6)1324-1331

17 Varoli FK Pedrazzi V Adapted Version of the McGill Pain Questionnaire to Brazilian Portuguese Braz Dent J 2006 17(4) 328-335

18 Pimenta CAM Teixeira MJ Questionaacuterio de dor McGill proposta de adaptaccedilatildeo para a liacutengua portuguesa Rev Esc Enf USP 1996 dez 30(3)473-83

19 Rabello LM Macedo CSG Oliveira MR Fregueto JH Camargo MZ Lopes LD et al Relaccedilatildeo entre testes funcionais e plataforma de forccedila nas medidas de equiliacutebrio em atletas Rev Bras Med Esporte 2014 maijun 20(3)219-222

20 Bressel E Yonker JC Kras J et al Comparison of static and dynamic balance in female collegiate soccer basketball and gymnastics atheletes Journal of Athletic Training 2007 42(1)42ndash46

21 Sabeti M Jeremian L Graf A Kandelhart R Elite level rhythmic gymnasts have significantly more and stronger pain than peers of similar age a prospective study Wien Klin Wochenschr 201512731ndash35

22 Vanderlei FM Vanderlei FCM Netto Juacutenior J Praste CM Caracteriacutesticas das lesotildees desportivas e fatores associados com lesatildeo em iniciantes de ginaacutestica artiacutestica do sexo feminino Fisioter Pesq 201320(2)191-196

23 Oliveira MMM Lourenccedilo MRA Teixeira DC Incidecircncias de lesotildees nas equipes de Ginaacutestica Riacutetmica da UNOPAR UNOPAR Cient Ciecircnc Biol Sauacutede 2003 out 6(1)29-40

24 Frutuoso AS Diefenthaeler F Vaz MA et al Lower Limb asymmetries in rhythmic gymnastics atheletes Int Sports Phys Ther 2016 11(1)34ndash43

25 Kolar E Samardžija MP Smrdu M Atikovic A Athletes perceptions of the causes of injury in gymnastics J Sports Med Phys Fitness 2016 Mar 57(5)703-710

36

26 Mueller S Mueller J Stoll J Prieske O Cassel M Mayer F Incidence of back pain in adolescent athletes a prospective study BMC Sports Science Medicine and Rehabilitation 2016 838

27 Goubert D Danneels L Graven-Nielsen T Descheemaeker F Meeus M Differences in Pain Processing Between Patients with Chronic Low Back Pain Recurrent Low Back Pain and Fibromyalgia Pain Physician 2017 May 20(4)307-318

28 Arliani GG Cohen M Lara PS Astur DC Gonccedilalves JPP Ferretti M Impacto do esporte na sauacutede de ex-jogadores profissionais de futebol no Brasil Acta ortop bras 2014 julago 22(4)188-190

29 Hoskins W Pollard H Daff C Odell A Garbutt P McHardy A et al Low back pain status in elite and semi-elite Australian football codes a cross-sectional survey of football (soccer) Australian rules rugby league rugby union and non-athletic controls BMC Musculoskeletal Disorders 20091038

30 Ngamkham S Vincent C Finnegan L Holden JE Wang ZJ Wilkie DJ The McGill Pain Questionnaire as a Multidimensional Measure in People with Cancer An Integrative Review Pain Manag Nurs 2012 Mar 13(1) 27ndash51

31 Bermudez OAS Souza RA Souza CMF Castro CES Beacuterzn F Avaliaccedilatildeo multidimensional da dor em portadores de desordem temporomandibular utilizando uma versatildeo brasileira do questionaacuterio mcgill de dor Rev bras fisioter 2003 7(2) 151-158

32 Reading AE Everitt BS Sledmore CM The McGill Pain Questionnaire a replication of its construction Br J Clin Psychol 1982 21339ndash349

33 Melzack R The McGill Pain Questionnaire Anesthesiology 2005 103199-202

34 Pessoa CP Barreto MB Santos LB Alves TDB Oliveira MC Martins AG Instrumentos utilizados na avaliaccedilatildeo do impacto da dor na qualidade de vida de pacientes com dor orofacial e disfunccedilatildeo temporomandibular Escola Baiana de Sauacutede Puacuteblica 200731(2)267-293

35 Espinoza ES Ortiz GB Estabilidad abdominolumbopeacutelvica y equilibrio comopredictores de la incidencia de lesionesmusculoesqueleacuteticas en estudiantes de danzaUn estudio piloto Fisioterapia 2014

36 Steinberg N Dar G Dunlop M Gaida JE The relationship of hip muscle performance to legankle and foot injuries a systematic review The Physician and Sportsmedicine 2017

37 Anderson K Strickland SM Warren R Hip and Groin Injuries in Athletes The American Journal of Sports Medicine 2001 29(4) 521-533

38 Tschopp M Brunner F Erkrankungen und Uumlberlastungsschaumlden an der unteren Extremitaumlt bei Langstreckenlaumlufern Z Rheumatol 2017 Feb

37

39 Han J Anson J Waddington G Adans R Liu Y The Role of Ankle

Proprioception for Balance Control in relation to Sports Performance and Injury BioMed Research International 2015 Jun8

40 Couto AGA Pedroni CR Relaccedilatildeo entre postura queixa dolorosa e lesatildeo em bailarinas claacutessicas Ter Man 2013 11(55)228-233

41 Dore BF e Guerra RO Sintomatologia dolorosa e fatores associados em bailarinos profissionais Rev Bras Med Esporte 2007 MarAbr13(2)77-80

38

ANEXO I ndash QUESTIONAacuteRIO DE DOR MCGILL

39

ANEXO II ndash PARECER DE APROVACcedilAtildeO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA

40

41

ANEXO III ndash NORMAS DE SUBMISSAtildeO DA REVISTA

Instruccedilotildees aos Autores

A Revista Brasileira de Medicina do Esporte - RBME (Brazilian Journal of

Sports Medicine) oacutergatildeo oficial da Sociedade Brasileira de Medicina do Exerciacutecio e

do Esporte (SBMEE) eacute publicada bimestralmente em seis ediccedilotildees ao ano (janfev

marabr maiojun julago setout e novdez) A RBME eacute indexada nas seguintes

bases bibliograacuteficas SciELO Web of Science Excerpta Medica-EMBASE Physical

Education Index LILACS SIRC-Sportdiscus e Scopus A publicaccedilatildeo segue

integralmente o padratildeo internacional do International Committee of Medical Journal

Editors (ICMJE) ou Convenccedilatildeo de Vancouver e seus requisitos de uniformizaccedilatildeo

[httpwwwicmjeorg]

Preparaccedilatildeo de manuscritos Os artigos submetidos devem ser digitados em

espaccedilo duplo fonte Arial 12 em paacutegina tamanho A4 sem numerar linhas ou

paraacutegrafos e numerando as paacuteginas no canto superior direito Figuras e tabelas

devem ser apresentadas ao final do artigo em paacuteginas separadas No corpo do

texto deve-se informar os locais para inserccedilatildeo das tabelas ou figuras Nuacutemeros

menores que 10 satildeo escritos por extenso enquanto que nuacutemeros maiores ou igual a

10 satildeo expressos em algarismos araacutebicos Os manuscritos que natildeo estiverem de

acordo com as instruccedilotildees aos autores em relaccedilatildeo a estilo e formato seratildeo

devolvidos sem revisatildeo pelo Conselho Editorial As medidas deveratildeo ser expressas

no Sistema Internacional (Systegraveme International SI) disponiacutevel em

httpphysicsnistgovcuuUnits e unidades padratildeo quando aplicaacutevel Recomenda-

se aos autores natildeo usar abreviaccedilotildees no tiacutetulo e limitar a sua utilizaccedilatildeo no resumo e

ao longo do texto Os nomes geneacutericos devem ser usados para todas as drogas Os

faacutermacos podem ser referidos pelo nome comercial poreacutem deve constar o nome

cidade e paiacutes ou endereccedilo eletrocircnico do fabricante entre parecircnteses na seccedilatildeo

Materiais e Meacutetodos

Abreviaturas O uso de abreviaturas deve ser minimizado As abreviaturas deveratildeo

ser definidas por ocasiatildeo de sua primeira utilizaccedilatildeo no resumo e tambeacutem no texto

Abreviaturas natildeo padratildeo natildeo devem ser utilizadas a menos que essas apareccedilam

pelo menos trecircs vezes no texto Unidades de medida (3 ml ou 3 mL e natildeo 3

mililitros) ou siacutembolos cientiacuteficos padratildeo (elementos quiacutemicos por exemplo Na e

natildeo soacutedio) natildeo satildeo consideradas abreviaturas e portanto natildeo devem ser definidos

Abreviar nomes longos ou substacircncias quiacutemicas e termos utilizados para

combinaccedilotildees terapecircuticas Abreviaturas em figuras e tabelas podem ser utilizadas

por razotildees de espaccedilo poreacutem devem ser definidas na legenda mesmo que tenham

sido definidas no texto do artigo

Formato dos arquivos Usar editor de texto Microsoft Word para Windows ou

42

equivalente Arquivos em formato PDF natildeo devem ser enviados As tabelas e

quadros deveratildeo estar em seus arquivos originais (Excel Acess Powerpoint etc)

As figuras deveratildeo estar nos formatos jpg ou tif em alta resoluccedilatildeo (300 dpi) As

figuras deveratildeo estar incluiacutedas no arquivo Word mas tambeacutem devem ser enviadas

separadamente (anexadas durante a submissatildeo do artigo como documento

suplementar em seus arquivos originais)

Paacutegina de rosto A paacutegina de rosto deve conter (1) a categoria do artigo (2) o tiacutetulo

do artigo em portuguecircs inglecircs e espanhol com ateacute 80 caracteres cada que deve ser

objetivo e informativo (3) os nomes completos dos autores instituiccedilatildeo formaccedilatildeo

acadecircmica de origem (a mais relevante) cidade estado e paiacutes (4) nome do autor

correspondente com endereccedilo completo telefone e e-mail A titulaccedilatildeo dos autores

natildeo deve ser incluiacuteda O nome completo de cada autor (sem abreviaccedilotildees) e sua

afiliaccedilatildeo institucional (nota as unidades hieraacuterquicas devem ser apresentadas em

ordem decrescente por exemplo universidade faculdade ou instituto e

departamento) devem ser informados Os nomes das instituiccedilotildees e programas

deveratildeo ser apresentados preferencialmente por extenso e na liacutengua original da

instituiccedilatildeo ou na versatildeo em inglecircs quando a escrita natildeo eacute latina (pex aacuterabe

mandarim ou grego)

Resumo O resumo em portuguecircs inglecircs e espanhol deve ser incluiacutedo no

manuscrito Em cada um dos idiomas natildeo deve conter mais do que 300 palavras A

versatildeo estruturada eacute obrigatoacuteria nos artigos originais e inclui objetivos meacutetodos

resultados e conclusatildeo Artigos de revisatildeo natildeo requerem resumo estruturado

Palavras-chave O artigo deve incluir no miacutenimo trecircs e no maacuteximo seis descritores

em portuguecircs inglecircs e espanhol baseados nos Descritores de Ciecircncias da Sauacutede

(DeCS) httpdecsbvsbr ou no Medical Subject Headings (MeSH) da National

Library of Medicine disponiacutevel em httpwwwnlmnihgovmeshmeshhomehtml

oubaseados no Medical SubjectHeading (MeSH) do Index Medicus

(httpwwwnlmnihgovmesh)

Introduccedilatildeo A introduccedilatildeo deve conter (1) justificativa objetiva para o estudo com

referecircncias pertinentes ao assunto sem realizar uma revisatildeo extensa (2) objetivo do

artigo

Materiais e Meacutetodos Esta seccedilatildeo deve descrever os experimentos (quantitativa e

qualitativamente) e os procedimentos em detalhes suficientes que permitam que

outros pesquisadores reproduzam os resultados ou deem continuidade ao estudo

e deveraacute conter (1) a descriccedilatildeo clara da amostra utilizada (2) termo de

consentimento para estudos experimentais envolvendo seres humanos (3)

identificaccedilatildeo dos meacutetodos aparelhos (nome do fabricante e endereccedilo cidade e paiacutes

devem ser menciondos entre parecircnteses) e procedimentos utilizados (4) descriccedilatildeo

breve e referecircncias de meacutetodos publicados mas natildeo amplamente conhecidos (5)

43

descriccedilatildeo detalhada de meacutetodos novos ou modificados (6) quando pertinente incluir

a anaacutelise estatiacutestica e os programas utilizados Importante Ao relatar experimentos

com seres humanos ou animais indicar se os procedimentos seguiram as normas

do Comitecirc Eacutetico sobre Experiecircncias Humanas da instituiccedilatildeo na qual a pesquisa foi

realizada e se os procedimentos estatildeo de acordo com a declaraccedilatildeo de Helsinki de

1995 e a Animal Experimentation Ethics respectivamente Os autores devem incluir

uma declaraccedilatildeo indicando que o protocolo foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica da

Instituiccedilatildeo (instituiccedilatildeo de afiliaccedilatildeo de pelo menos um dos autores) com o respectivo

nuacutemero de identificaccedilatildeo Tambeacutem deve incluir que o Termo de Consentimento Livre

e Esclarecido foi assinado por todos os participantes

Resultados Apresentar os resultados em sequecircncia loacutegica no texto usando tabelas

e figuras Evitar repeticcedilatildeo excessiva de dados no texto em tabelas ou figuras

poreacutem enfatizar somente as descobertas mais importantes

Discussatildeo Enfatizar os aspectos originais e importantes do estudo e as conclusotildees

que decorrem deste evitando poreacutem repetir dados jaacute apresentados em outras

partes do manuscrito Em estudos experimentais ressaltar a relevacircncia e limitaccedilotildees

dos resultados confrontando com os dados da literatura e incluindo implicaccedilotildees

para estudos futuros

Conclusotildees A conclusatildeo deve ser clara e concisa baseada nos resultados

obtidos estabelecendo ligaccedilatildeo com implicaccedilotildees cliacutenicas evitando poreacutem excessiva

generalizaccedilatildeo) A mesma ecircnfase deve ser dada a estudos com resultados negativos

ou positivos Recomendaccedilotildees podem ser incluiacutedas quando relevantes

Agradecimentos Quando pertinente incluir agradecimento ou reconhecimento a

pessoas que tenham contribuiacutedo para o desenvolvimento do trabalho poreacutem natildeo se

qualificam como coautores Fontes de financiamento como auxiacutelio a pesquisa e

bolsas de estudo devem ser reconhecidos nesta seccedilatildeo Os autores deveratildeo obter

permissatildeo por escrito para mencionar nomes e instituiccedilotildees de todos os que

receberam agradecimentos nominais

Referecircncias As referecircncias devem ser numeradas na sequecircncia em que aparecem

no texto em formato sobrescrito As referecircncias citadas somente em legendas de

tabelas ou figuras devem ser numeradas de acordo com sequecircncia estabelecida

pela primeira menccedilatildeo da tabela ou da figura no texto O estilo das referecircncias

bibliograacuteficas deve seguir as regras do Uniform Requirements for Manuscripts

Submitted to Biomedical Journals (International Committee of Medical Journal

Editors disponiacutevel em Ann Intern Med 1997126(1)36-47 httpwwwicmjeorg)

Alguns exemplos satildeo mostrados a seguir Os tiacutetulos dos perioacutedicos devem ser

abreviados de acordo com o Index Medicus (List of Journals Indexed disponiacutevel em

httpwwwnlmnihgovtsdserialsljihtml) Se o perioacutedico natildeo constar dessa lista

deve-se utilizar a abreviatura sugerida pelo proacuteprio perioacutedico Deve-se evitar utilizar

44

ldquocomunicaccedilotildees pessoaisrdquo ou ldquoobservaccedilotildees natildeo publicadasrdquo como referecircncias

Resumos de tranalhos apresentados em eventos devem ser utilizados somente se

for a uacutenica fonte de informaccedilatildeo

Tabelas As tabelas devem ser elaboradas em espaccedilo 15 devendo ser planejadas

para ter como largura uma (87cm) ou duas colunas (18 cm) Cada tabela deve

possuir um tiacutetulo sucinto Notas explicativas seratildeo incluiacutedas em notas de rodapeacute A

tabela deve conter meacutedias e medidas de dispersatildeo (Desvio Padratildeo Erro Padratildeo da

Meacutedia etc) natildeo devendo conter casas decimais irrelevantes As abreviaturas

devem estar de acordo com aquelas utilizadas no texto e nas figuras Os coacutedigos de

identificaccedilatildeo de itens da tabela devem estar listados na ordem de surgimento no

sentido horizontal e devem ser identificados pelos siacutembolos padratildeo Os quadros e

tabelas deveratildeo ser enviados atraveacutes dos arquivos originais editaacuteveis (Word Excel)

e natildeo como imagens

Figuras Na versatildeo impressa da RBME seratildeo aceitas figuras em preto-e-branco

Imagens coloridas poderatildeo ser publicadas quando forem essenciais para o conteuacutedo

cientiacutefico do artigo Nestes casos o custo seraacute repassado aos autores Figuras

coloridas poderatildeo ser incluiacutedas na versatildeo eletrocircnica do artigo sem custo adicional

aos autores Os desenhos e figuras devem ser consistentes e tatildeo simples quanto

possiacutevel poreacutem informativos Tons de cinza natildeo devem ser utilizados Todas as

linhas devem ser soacutelidas Para graacuteficos de barra por exemplo utilizar barras

brancas pretas com linhas diagonais nas duas direccedilotildees linhas em xadrez linhas

horizontais e verticais A RBME desaconselha fortemente o uso de fotografias de

equipamentos e animais de experimentaccedilatildeo As figuras devem ser impressas com

bom contraste e ter a largura de uma coluna (87cm) Utilizar no miacutenimo fonte

tamanho 10 para letras nuacutemeros e siacutembolos com espaccedilamento e alinhamento

adequados Quando a figura representar uma radiografia ou fotografia sugerimos

incluir a escala de tamanho quando pertinente

Por favor note que eacute de responsabilidade dos autores obter permissatildeo do detentor

dos direitos autorais para reproduzir figuras (ou tabelas) que tenham sido

previamente publicados em outras fontes De acordo com os princiacutepios do acesso

aberto os autores devem ter permissatildeo do detentor dos direitos caso desejem

incluir imagens que tenham sido publicados em outros perioacutedicos de acesso natildeo

aberto A permissatildeo deve ser indicada na legenda da figura e a fonte original deve

ser incluiacuteda na lista de referecircncias

45

APEcircNDICE I ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE)

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Vocecirc estaacute sendo convidada(o) a participar da pesquisa intitulada

ldquoCARACTERIZACcedilAtildeO DA DOR E SUA RELACcedilAtildeO COM EQUILIacuteBRIO

POSTURAL ESTAacuteTICO EM ATLETAS DE GINAacuteSTICA RIacuteTMICArdquo realizada pela

Universidade Federal de Sergipe por intermeacutedio da discente TAINARA DOS

SANTOS BOMFIM devidamente assistida pelo seu orientador PAULO MAacuteRCIO

PEREIRA OLIVEIRA O objetivo desse estudo eacute caracterizar a Dor

musculoesqueleacutetica em atletas de elite de ginaacutestica riacutetmica e analisar a relaccedilatildeo da

dor no equiliacutebrio postural estaacutetico das atletas comparando com controles natildeo

atletas A justificativa para a realizaccedilatildeo da pesquisa eacute documentar na literatura

escassa estudo sobre a relaccedilatildeo da dor com o equiliacutebrio postural estaacutetico em

atletas de elite de Ginaacutestica Riacutetmica Sua participaccedilatildeo nessa pesquisa consistiraacute

em responder um questionaacuterio e realizar avaliaccedilatildeo de equiliacutebrio que ocorreraacute em

um uacutenico momento Natildeo haacute riscos previsiacuteveis relacionados com sua participaccedilatildeo

nem danos previsiacuteveis decorrentes da pesquisa Os benefiacutecios relacionados com

sua participaccedilatildeo satildeo

1 Identificar alteraccedilotildees posturais de equiliacutebrio em atletas de alto rendimento

2 Evidenciar se o processo de dor em atletas eacute igual maior ou menor quando

comparado com pessoas natildeo atletas

3 Evidenciar se as variaccedilotildees aacuterea e velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo

de pressatildeo se igualam ou natildeo a pessoas natildeo atletas

Vocecirc foi selecionado por preencher os requisitos da pesquisa mas sua

participaccedilatildeo NAtildeO Eacute OBRIGATOacuteRIA sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo em sua

relaccedilatildeo com a instituiccedilatildeo ou com o pesquisador

Eu________________________________________________________________

abaixo assinado declaro que fui informado que as informaccedilotildees obtidas atraveacutes

dessa pesquisa seratildeo confidenciais e o sigilo sobre minha participaccedilatildeo seraacute

assegurado De tal modo que os dados natildeo seratildeo divulgados de forma a possibilitar

minha identificaccedilatildeo Tambeacutem estou ciente de que a qualquer momento posso

desistir de minha participaccedilatildeo e retirar meu consentimento Declaro que entendi os

objetivos riscos e benefiacutecios de minha participaccedilatildeo na pesquisa e concordo em

participar

Vocecirc receberaacute uma coacutepia deste termo onde consta o telefone e o endereccedilo do

pesquisador principal podendo tirar suas duacutevidas sobre o Projeto de Pesquisa de

sua participaccedilatildeo agora ou a qualquer momento

46

DADOS DO PESQUISADOR RESPONSAacuteVEL

Nome Tainara dos Santos Bomfim

Endereccedilo profissionale-mail Rua Padre Aacutelvares Pitangueira sn - Centro

Departamento de Fisioterapia bftainaragmailcom

Telefone (79) 9 9806-7487

ATENCcedilAtildeO A participaccedilatildeo em qualquer tipo de pesquisa eacute voluntaacuteria Em casos de

duacutevida quanto aos seus direitos entre em contato com o Comitecirc de Eacutetica em

Pesquisa da Universidade Federal de Sergipe

Lagarto _____de _____de 201_

_____________________________________________________

ASSINATURA DO VOLUNTAacuteRIO

_____________________________________________________

ASSINATURA DO PESQUISADOR RESPONSAacuteVEL

Page 26: CARACTERIZAÇÃO DA DOR E SUA RELAÇÃO COM O … · tainara dos santos bomfim caracterizaÇÃo da dor e sua relaÇÃo com o equilÍbrio postural em atletas de ginÁstica rÍtmica

26

relacionados com o aumento da idade e do niacutevel competitivo Da mesma forma

Vanderlei et al22 e Oliveira et al23 afirmam que quanto mais elevada a categoria do

atleta maior seraacute o tempo e a intensidade do treinamento consequentemente maior

a exposiccedilatildeo aos esforccedilos musculoesqueleacuteticos durante treinamento eou

competiccedilotildees Deste modo Oliveira et al23 em seu estudo avaliaram 25 atletas de

GR de diferentes categorias etaacuterias e encontraram que a maioria das atletas

apresentaram algum tipo de lesatildeo ocasionada pelos treinos Desta forma autores

relatam que a formaccedilatildeo dessas atletas influencia na incidecircncia e intensidade

dolorosa de lesotildees por overuse21 24 Tais lesotildees geralmente ocorrem quando a

frequecircncia dos exerciacutecios aumenta enquanto a intensidade eacute mantida23 Estando de

acordo com os nossos resultados Kolar et al25 em estudo realizado com 63 atletas

da ginaacutestica artiacutestica e riacutetmica de ambos os sexos concluiacuteram que a maacute teacutecnica

meacutetodos improacuteprios de ensino e carga inadequada durante os treinos foram

associados com o surgimento de dor e lesotildees nessa populaccedilatildeo

Contrariamente aos nossos resultados Muller et al26 realizaram um estudo

investigativo do desenvolvimento de dor lombar em atletas adolescentes em relaccedilatildeo

ao sexo e tipo de esporte praticado Foram avaliados 321 atletas sem dor lombar em

um primeiro momento e apoacutes dois anos os mesmo atletas foram reavaliados para

verificar a incidecircncia de dor lombar Apenas 10 da amostra foram categorizados

com dor lombar Aleacutem disso antropometria e caracteriacutesticas de formaccedilatildeo do esporte

natildeo demonstraram influecircncia significativa na dor lombar levando os autores a

concluiacuterem que o esporte de alto rendimento natildeo induz dor lombar em atletas

adolescentes

No nosso estudo utilizamos para avaliaccedilatildeo da percepccedilatildeo dolorosa em ambos

os grupos o questionaacuterio de dor McGill Este apresentou-se como uma ferramenta

de faacutecil execuccedilatildeo baixo custo e com alta sensibilidade e confiabilidade para uma

caracterizaccedilatildeo multidimensional da dor na populaccedilatildeo estudada Diferenciados

meacutetodos de investigaccedilatildeo da dor podem ser encontrados em um crescente numero

de publicaccedilotildees cientificas sobre o estudo da percepccedilatildeo e intensidade dolorosa

Goubert et al27 utilizaram a algometria de pressatildeo para comparar a avaliaccedilatildeo

sensorial quantitativa da dor de pacientes com dor lombar em diferentes niacuteveis de

cronicidade comparando a controles saudaacuteveis e pacientes com fibromialgia

Diferentemente Sabeti et al21 Arliani et al28 e Hoskins et al29 utilizaram em suas

27

pesquisas a escala visual analoacutegica (EVA) para registrar a intensidade dolorosa de

atletas em diferentes modalidades Ambos satildeo considerados meacutetodos

unidimensionais utilizados com o objetivo de quantificar a magnitude da dor dentro

de um perfil somatosensorial

Por outro lado diversas pesquisas utilizam o questionaacuterio McGill (MPQ) como

instrumento multidimensional para avaliar a dor e conhececirc-la de forma ampla em

diferentes modelos de estudos e em diversas populaccedilotildees Ngamkham et al30

realizaram revisatildeo sistemaacutetica sobre a avaliaccedilatildeo da dor com McGill em pacientes

com cacircncer demonstrando que o MPQ eacute comumente usado nessa populaccedilatildeo para

mensurar a intensidade e qualidade da dor pois fornece informaccedilotildees sobre

possiacuteveis locais da doenccedila magnitude da dor bem como a eficaacutecia do tratamento e

intervenccedilatildeo submetidos Da mesma forma Bermudez et al31 avaliaram pacientes

diagnosticados com DTM moderada e severa para discriminar e comparar a queixa

dolorosa de acordo com a severidade da doenccedila Pode-se concluir com o estudo

que o MPQ foi capaz de diferenciar o padratildeo temporal da dor a localizaccedilatildeo de maior

queixa dolorosa e a intensidade da dor em portadores de DTM

As diferenccedilas metodoloacutegicas utilizadas corroboram o fato de a dor ser uma

experiecircncia complexa e subjetiva que varia em qualidade intensidade sensorial e

em caracteriacutesticas afetivo-motivacionais Pois a mesma envolve vaacuterias dimensotildees e

pode ser influenciada por infinitos estiacutemulos intriacutensecos e extriacutensecos32 33 Assim

cabe a utilizaccedilatildeo de diferentes meacutetodos uni e multidimensionais para uma avaliaccedilatildeo

precisa considerando a natureza da dor e suas caracteriacutesticas

De acordo com os resultados do nosso estudo foi visualizado que as atletas

de elite de GR apresentam diferentes caracteriacutesticas de percepccedilatildeo do estiacutemulo

doloroso em comparaccedilatildeo aos controles destacando dores com perfil sensorial e

avaliativo Acreditamos que os atletas de alto rendimento apresentam-se com

alteraccedilotildees do imputs neurosensorial em virtude da constante presenccedila e

intensidade das dores sentidas pela a sua praacutetica desportiva Isto pode repercutir em

mudanccedilas na interpretaccedilatildeo da dor sentida em seu corpo fiacutesico devido agrave influecircncia

de fatores emocionais sociais e hormonais que satildeo comuns em mulheres atletas

Em vista disso sabe-se que o domiacutenio sensorial e avaliativo representam as

28

impressotildees fiacutesicas desse estiacutemulo doloroso aacutelgico e uma auto-avaliaccedilatildeo da sua dor

respectivamente34

Segundo Pimenta e Texeira18 as diferenccedilas na estratificaccedilatildeo da dor se

justificam pelo fato das interpretaccedilotildees de informaccedilotildees cognitivas serem

condicionadas por experiecircncias preacutevias em diferentes momentos do estiacutemulo da dor

gerando respostas variadas agrave experiecircncia dolorosa por ser um processo

individualizado Aleacutem disso a dor eacute uma experiecircncia complexa descrita em termos

de caracteriacutesticas sensoriais afetivo-motivacionais cognitivas e comportamentais

Desta forma o resultado de uma avaliaccedilatildeo da percepccedilatildeo dolorosa pode depender

de qual dimensatildeo da dor esteja sendo vivenciada no momento da avaliaccedilatildeo por

cada indiviacuteduo14

Hoskins et al29 utilizaram a escala visual analoacutegica (EVA) e o questionaacuterio

McGill para comparar a intensidade e a qualidade de dor lombar entre atletas de

elite amadores e natildeo atletas Foram observadas diferenccedilas significativas entre os

grupos mostrando que os atletas de elite apresentaram intensidade de dor mais

alta assim como escolheram com mais frequecircncia palavras das categorias sensorial

e afetiva De forma semelhante a nossa pesquisa o domiacutenio sensorial apresentou o

maior iacutendice de dor e maior frequecircncia de palavras escolhidas Tal fato possa ser

justificado por esse ser o domiacutenio de maior representatividade no questionaacuterio

agregando termos de qualidades sensitivas dor18 Poreacutem a dimensatildeo afetiva natildeo foi

evidenciada com maior frequecircncia no presente estudo Esta representa um estado

emocional o qual pode ser traduzido por percepccedilotildees de cansaccedilo sentimentos de

medo e puniccedilatildeo assim como reaccedilotildees autonocircmicas34 Reading32 e Pimenta e

Teixeira18 em seus estudos relataram que os pacientes que sentem dores de

caracteriacutestica aguda preferem descritores da categoria sensorial Por outro lado

indiviacuteduos que sentem dor crocircnica usualmente tendem a selecionar mais

descritores da categoria afetiva levando em conta fenocircmenos cognitivo de

antecipaccedilatildeo memoacuteria atenccedilatildeo e experiecircncia anterior

Os resultados desta pesquisa demonstraram que a regiatildeo com maior

prevalecircncia de queixa dolorosa em atletas de elite de GR foi a articulaccedilatildeo do quadril

com aproximadamente cinquenta e dois por cento das queixas Isto pode estar

relacionado ao fato da articulaccedilatildeo do quadril ser responsaacutevel pela absorccedilatildeo de

29

grandes cargas compressivas durante a fase de aterrissagem dos saltos o qual eacute

um movimento especiacutefico do esporte Aleacutem disso no quadril estaacute localizado o centro

de gravidade do corpo assim as cargas que satildeo geradas ou transmitidas por essa

regiatildeo geram influecircncia no desempenho esportivo Desse modo pesquisas

cientiacuteficas relatam sobre a importacircncia da forccedila dos muacutesculos estabilizadores do

quadril no surgimento e desenvolvimento de dores nesta articulaccedilatildeo4 35 Steinberg et

al36 realizaram uma analise sistemaacutetica do desempenho da musculatura do quadril

no desenvolvimento de lesotildees no membro inferior e encontraram que a diminuiccedilatildeo

da funccedilatildeo dos muacutesculos do quadril associada a cargas repetitivas no membro

inferior pode aumentar o risco de lesotildees no joelho e em todo o membro

De forma contraacuteria aos nossos resultados Guiotte et al2 Sabeti et al21 e

Oliveira et al23 avaliaram ginastas de diferentes categorias e relataram que a regiatildeo

anatocircmica de queixa dolorosa mais prevalente na praacutetica da GR eacute a coluna lombar

seguida do tornozelo e joelho De acordo com Anderson et al37 a dor no quadril e

na virilha em atletas ocorrem com menor frequecircncia que lesotildees das extremidades do

membro inferior Ratificando esses autores Tschopp et al38 defendem que as

lesotildees do quadril satildeo menos comuns poreacutem satildeo mais difiacuteceis de serem

diagnoacutesticadas Pois as consideraccedilotildees anatocircmicas e biomecacircnicas para lesotildees

nesta regiatildeo estatildeo entre as mais complexas do sistema muacutesculo-esqueleacutetico

Por outro lado os nossos resultados demonstraram que a segunda

articulaccedilatildeo mais prevalente em relaccedilatildeo agrave queixa dolorosa pela praacutetica de GR em

atletas de elite foi o tornozelo-peacute (44) Tal fato se justifica por alguns fatores como

sobrecarga excessiva nos muacutesculos intriacutensecos do peacute os quais satildeo responsaacuteveis

pela formaccedilatildeo do arco plantar existecircncia de compressotildees excessivas nos

segmentos oacutesseos devido ao processo de absorccedilatildeo de impacto nos saltos aleacutem da

necessidade de manutenccedilatildeo da postura do tornozelo-peacute em flexatildeo plantar por

tempos prolongados

De acordo com Han et al39 o complexo do tornozelo-peacute na maioria das

atividades esportivas eacute a uacutenica parte do corpo que estaacute em contato com solo

Assim a propriocepccedilatildeo do tornozelo contribui de forma extremamente significativa

para o controle do equiliacutebrio pois fornece informaccedilotildees que permitem o ajuste de

posiccedilotildees e movimentos dos membros para realizaccedilatildeo das tarefas motoras

30

complexas exigidas no esporte de elite Saito et al12 em sua pesquisa ao avaliarem

atletas com e sem lesatildeo no tornozelo observaram que as lesotildees no tornozelo aleacutem

de causar alteraccedilotildees musculares e osteocinemaacuteticas promovem de forma direta

repercussotildees negativas no controle neuromuscular da articulaccedilatildeo predispondo-a aacute

episoacutedios recidivantes em virtude do comprometimento do feedback neurosensorial

afetando o controle postural e consequentemente o desempenho nas atividades

motoras

De acordo com os dados obtidos no nosso estudo foi observada nas atletas

uma maior aacuterea de deslocamento do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo (COP) do

corpo demonstrando um menor equiliacutebrio estaacutetico das ginastas ao comparar com

controles natildeo atletas Isto pode estar relacionado a uma maior intensidade e

presenccedila do estiacutemulo doloroso no corpo das atletas e a intensa quantidade de

repeticcedilotildees dos exerciacutecios de forma assimeacutetrica pela preferecircncia do membro

dominante Desse modo diversas pesquisas relatam que a presenccedila da dor pode

aumentar a aacuterea do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo (ACOP) produzindo uma piora

do equiliacutebrio corporal4 12 15 16 Lin et al16 e Shigaki et al4 em seus estudos avaliaram

o equiliacutebrio de atletas comparando trecircs grupos atletas com lesatildeo atletas sem lesatildeo

e natildeo atletas Evidenciaram que atletas com lesatildeo apresentaram maior oscilaccedilatildeo do

centro de pressatildeo comparado a indiviacuteduos natildeo atletas e atletas sem lesatildeo Poreacutem

quando comparados atletas sem lesatildeo com indiviacuteduos natildeo atletas natildeo foi observado

diferenccedila significativa

Ao mesmo tempo em nosso estudo foi encontrado uma velocidade meacutedia do

COP maior no grupo atleta em ambas as direccedilotildees ao comparar com controles natildeo

atletas Sendo a velocidade meacutedia do COP maior no plano sagital (anteroposterior)

em relaccedilatildeo ao plano frontal (meacutediolateral) Isto ocorre porque as atletas apresentam

uma resposta neuromuscular mais raacutepida para recuperaccedilatildeo da estabilidade do corpo

adquirida pelo treinamento esportivo essencialmente no plano sagital em que as

estrateacutegias posturais para recuperaccedilatildeo do equiliacutebrio satildeo mais efetivas

Diversos estudos publicados na literatura abordam a habilidade do controle

postural em atletas2 8-12 Matsuda et al10 relatam que atletas tecircm capacidade de

equiliacutebrio dinacircmico superior quando comparados a indiviacuteduos natildeo atletas Da

mesma forma Merlo et al11 acreditam a praacutetica de esportes produz adaptaccedilotildees que

31

ou desenvolvimento de consciecircncia de estrateacutegias posturais natildeo evidenciadas em

sujeitos natildeo praticantes de atividade esportiva

Os resultados encontrados por meio desse estudo mostraram que a dor em

sua dimensatildeo avaliativa apresentou relaccedilatildeo significativa com a velocidade meacutedia do

centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo do corpo na direccedilatildeo mediolateral Tal fato evidencia

que a percepccedilatildeo do estiacutemulo doloroso interfere de maneira significativa na

habilidade do atleta em reestabelecer a estabilidade postural apoacutes perturbaccedilatildeo do

equiliacutebrio em postura estaacutetica Prejudicando o desempenho atleacutetico na modalidade

uma vez que as atletas dependem da estabilidade postural para execuccedilatildeo da praacutetica

esportiva Alguns autores relatam a influecircncia da dor e fatores psicoemocionais na

performance e desempenho de atletas de alto rendimento Couto e Pedroni40

avaliaram a relaccedilatildeo da queixa e limiar doloroso com incidecircncia de lesatildeo em

bailarinas claacutessicas Os resultados do estudo mostraram que houve relaccedilatildeo

significativa entre as regiotildees de lesatildeo com a dor evidenciando que a dor estaacute

diretamente relacionada com o surgimento de lesatildeo nessa populaccedilatildeo Dore e

Guerra41 em seu estudo investigaram a prevalecircncia e fatores associados agrave

sintomatologia dolorosa em bailarinos profissionais utilizando a versatildeo brasileira do

questionaacuterio McGill e Inventaacuterio para dor de Wisconsin Foram verificadas

correlaccedilotildees positivas com significacircncia entre o grau de intensidade dolorosa e

atividades diaacuterias sono humor e relacionamento pessoal

O presente estudo sinaliza uma relaccedilatildeo da presenccedila do estiacutemulo doloroso

com o equiliacutebrio postural As alteraccedilotildees no equiliacutebrio corporal tecircm sido muito

estudadas em diferentes populaccedilotildees assim como o comportamento da dor e lesotildees

no desempenho de atletas de diferentes niacuteveis competitivos e modalidades

esportivas Corroborando com nossa pesquisa Meardon et al15 defendem que a

presenccedila de lesatildeo e dor em atletas pode afetar negativamente o equiliacutebrio corporal

Em sua pesquisa examinou controle postural dinacircmico em corredores lesionados

com dor e sem lesatildeo usando o Star Excursion Balance Test (SEBT) Quando

comparado corredores lesionados com controles sem lesatildeo os resultados

demonstraram controle dinacircmico deficiente das forccedilas verticais ao executar as

tarefas de pouso e estabilizaccedilatildeo em apoio unipodal

32

Contudo ainda satildeo raros os estudos sobre a caracterizaccedilatildeo da dor e do

equiliacutebrio corporal em atletas de ginaacutestica riacutetmica Por meio desse estudo foi

observado que atletas de elite de GR demonstraram aumento da dor descrita em

todos os domiacutenios avaliados pelo questionaacuterio McGill (plt0001) A dor nas ginastas

tem o perfil sensorial e avaliativo e se manifesta principalmente nas articulaccedilotildees do

quadril e tornozelo-peacute em virtude da especificidade do gesto esportivo Aleacutem disso

as atletas tambeacutem apresentam menor estabilidade do controle postural (plt005)

sendo notada possiacutevel relaccedilatildeo de interferecircncia entre a auto percepccedilatildeo dolorosa e o

equiliacutebrio postural Entretanto devido agrave complexidade do tema faz-se necessaacuterio a

elaboraccedilatildeo de estudos mais aprofundados com uma amostra maior seguindo

rigorosamente os criteacuterios metodoloacutegicos que permita uma interpretaccedilatildeo mais

precisa a respeito da percepccedilatildeo dolorosa e o equiliacutebrio postural no desempenho

atleacutetico na modalidade esportiva

5 Conclusatildeo

A pesquisa mostra que as atletas de elite de GR apresentam dor de

caracteriacutesticas sensorial e avaliativa frequentemente localizada na articulaccedilatildeo do

quadril seguida do tornozelo-peacute A presenccedila da percepccedilatildeo dolorosa mostrou relaccedilatildeo

significativa com o controle postural em atletas de elite de GR Os resultados

tambeacutem evidenciaram que atletas tem menor equiliacutebrio postural estaacutetico quando

comparadas a controles natildeo atletas poreacutem demonstram maior habilidade para

reestabelecer o controle postural

6 Consideraccedilotildees Finais

Um ponto importante a ser relatado neste estudo eacute a utilizaccedilatildeo do

questionaacuterio de dor McGill Embora venha ser um questionaacuterio amplamente utilizado

em pesquisas cientiacuteficas em virtude da sua alta confiabilidade validaccedilatildeo e

adaptaccedilatildeo cultural em diferentes paiacuteses ainda satildeo raros os estudos que utilizam

essa ferramenta para avaliar a dor em atletas Com ecircnfase em estudos que

descrevam a sua aplicabilidade por domiacutenio e caracteriacutesticas multidimensionais da

33

dor Este pesquisa aparenta ter sido pioneira a qualificar a dor e descrevecirc-la em

suas dimensotildees em atletas de elite de ginaacutestica riacutetmica bem como relacionar a

percepccedilatildeo dolorosa com o equiliacutebrio postural nessa populaccedilatildeo Abrindo espaccedilo para

realizaccedilatildeo de outros estudos

Poreacutem foi encontrado como limitaccedilotildees escassez de pesquisas cientiacuteficas

atualizadas sobre abordagem multidimensional da dor em atletas essencialmente

na ginaacutestica riacutetmica Pois a grande maioria dos estudos que tem sido publicado

sobre dor nessa populaccedilatildeo estaacute relacionada agrave presenccedila do estiacutemulo doloroso e sua

intensidade em uma magnitude sensorial Outro ponto a se destacar foi a

dificuldade em coletar um grupo controle com caracteriacutesticas similares ao grupo de

estudo para que fosse formada uma amostra mais homogecircnea possiacutevel

respeitando os criteacuterios metodoloacutegicos

34

REFEREcircNCIA

1 Baston C Mancini M Schoneburg B Horak F Rocchi L Postural strategies assessed with inertial sensors in healthy and parkinsonian subjects Gait Posture 2014 may 40(1)70ndash75

2 Guiotte VA Roque CFL Olieira MR Gil AWO Rabello LM Dos Santos EVM et

al Avaliaccedilatildeo Fiacutesico - Funcional de Atletas da Ginaacutestica Riacutetmica Histoacuterico de Lesotildees e Estabilidade Postural UNOPAR Cient Ciecircnc Biol Sauacutede 2012 14(4) 217-20

3 Bosso LR Golias ARC A postura de atletas de Ginaacutestica Riacutetmica Analise atraveacutes da fotometria Rev Bras Med Esporte 2012 setout 18(5)333-337

4 Shigaki L Rabello LM Camargo MZ Santos VBC Gil AWO Oliveira MR et al Anaacutelise comparativa do equiliacutebrio unipodal de atletas de Ginastica Riacutetmica Rev Bras Med Esporte 2013 marabr 19(2)104-107

5 Whale CE Pass AN Tripp PM Chronic Groin Pain in a collegiate football running back International Journal of Athletic Therapy amp Training 2012 may 17(3)41-44

6 Jacobs JV Why we need to better understand the cortical neurophysiology of impaired postural responses with age disease or injury Frontiers in Integrative Neuroscience 2014 ago 8(69)

7 Hirata RP Ervilha UF Arendt-Nielsen L Graven-Nielsen T Experimental Muscle Pain Challenges the Postural Satability During Quiet Stance Unexpected Posture Perturbation J Pain 2011 ago 12(8)911-9

8 Ribeiro GD Suaacuterez MH Ruiz DR Efecto del entrenamiento sistemaacutetico de gimnasia riacutetmica sobre el control postural de ninas adolescentes Rev Andal Med 2015 jun 8(2)54-60

9 Teixeira CL Equiliacutebrio e controle postural Brazilian Journal of Biomechanics 2010 11(20)31-40

10 Matsuda S Demura S Uchiyama M Centre of pressure sway characteristics during static one-legged stance of athletes from different sports Journal of Sports Sciences 2008 may 26(7)775 ndash 779

11 Merlo JK Stoppa ACL Macedo CSG Silva Juacutenior RA Anaacutelise Comparativa do Equiliacutebrio em Apoio Unipodal em Indiviacuteduos Sedentaacuterios e Atletas UNOPAR Cient Ciecircnc Biol Sauacutede 2010 12(4)29-32

12 Saito KA Navarro M Silva MF Arie EK Peccin MS Oscilaccedilatildeo do centro de pressatildeo plantar de atletas e natildeo atletas com e sem entorse de tornozelo Rev Bras Ortop 2016 51(4)437ndash443

35

13 Lamb M Oliveira PD Tano SS Gil AWO Dos Santos EVN Fernandes KBP

Efeito do treinamento proprioceptivo no equiliacutebrio de atletas de ginaacutestica riacutetmica Rev Bras Med Esporte 2014 setout 20(5)379-382

14 Silva JA Ribeiro-Filho NP A dor como um problema psicofiacutesico Rev Dor 2011 abrjun 12(2)138-51

15 Meardon S Klusendorf A Kernozek T Influence of injury on dynamic postural control in runners The International Journal of Sports Physical Therapy 2016 jun 11(3)336

16 Lin CF Lee IJ Liao JH Wu HW Su FC Comparison of Postural Stability Between Injured and Uninjured Ballet Dancers The American Journal of Sports Medicine 2011 39(6)1324-1331

17 Varoli FK Pedrazzi V Adapted Version of the McGill Pain Questionnaire to Brazilian Portuguese Braz Dent J 2006 17(4) 328-335

18 Pimenta CAM Teixeira MJ Questionaacuterio de dor McGill proposta de adaptaccedilatildeo para a liacutengua portuguesa Rev Esc Enf USP 1996 dez 30(3)473-83

19 Rabello LM Macedo CSG Oliveira MR Fregueto JH Camargo MZ Lopes LD et al Relaccedilatildeo entre testes funcionais e plataforma de forccedila nas medidas de equiliacutebrio em atletas Rev Bras Med Esporte 2014 maijun 20(3)219-222

20 Bressel E Yonker JC Kras J et al Comparison of static and dynamic balance in female collegiate soccer basketball and gymnastics atheletes Journal of Athletic Training 2007 42(1)42ndash46

21 Sabeti M Jeremian L Graf A Kandelhart R Elite level rhythmic gymnasts have significantly more and stronger pain than peers of similar age a prospective study Wien Klin Wochenschr 201512731ndash35

22 Vanderlei FM Vanderlei FCM Netto Juacutenior J Praste CM Caracteriacutesticas das lesotildees desportivas e fatores associados com lesatildeo em iniciantes de ginaacutestica artiacutestica do sexo feminino Fisioter Pesq 201320(2)191-196

23 Oliveira MMM Lourenccedilo MRA Teixeira DC Incidecircncias de lesotildees nas equipes de Ginaacutestica Riacutetmica da UNOPAR UNOPAR Cient Ciecircnc Biol Sauacutede 2003 out 6(1)29-40

24 Frutuoso AS Diefenthaeler F Vaz MA et al Lower Limb asymmetries in rhythmic gymnastics atheletes Int Sports Phys Ther 2016 11(1)34ndash43

25 Kolar E Samardžija MP Smrdu M Atikovic A Athletes perceptions of the causes of injury in gymnastics J Sports Med Phys Fitness 2016 Mar 57(5)703-710

36

26 Mueller S Mueller J Stoll J Prieske O Cassel M Mayer F Incidence of back pain in adolescent athletes a prospective study BMC Sports Science Medicine and Rehabilitation 2016 838

27 Goubert D Danneels L Graven-Nielsen T Descheemaeker F Meeus M Differences in Pain Processing Between Patients with Chronic Low Back Pain Recurrent Low Back Pain and Fibromyalgia Pain Physician 2017 May 20(4)307-318

28 Arliani GG Cohen M Lara PS Astur DC Gonccedilalves JPP Ferretti M Impacto do esporte na sauacutede de ex-jogadores profissionais de futebol no Brasil Acta ortop bras 2014 julago 22(4)188-190

29 Hoskins W Pollard H Daff C Odell A Garbutt P McHardy A et al Low back pain status in elite and semi-elite Australian football codes a cross-sectional survey of football (soccer) Australian rules rugby league rugby union and non-athletic controls BMC Musculoskeletal Disorders 20091038

30 Ngamkham S Vincent C Finnegan L Holden JE Wang ZJ Wilkie DJ The McGill Pain Questionnaire as a Multidimensional Measure in People with Cancer An Integrative Review Pain Manag Nurs 2012 Mar 13(1) 27ndash51

31 Bermudez OAS Souza RA Souza CMF Castro CES Beacuterzn F Avaliaccedilatildeo multidimensional da dor em portadores de desordem temporomandibular utilizando uma versatildeo brasileira do questionaacuterio mcgill de dor Rev bras fisioter 2003 7(2) 151-158

32 Reading AE Everitt BS Sledmore CM The McGill Pain Questionnaire a replication of its construction Br J Clin Psychol 1982 21339ndash349

33 Melzack R The McGill Pain Questionnaire Anesthesiology 2005 103199-202

34 Pessoa CP Barreto MB Santos LB Alves TDB Oliveira MC Martins AG Instrumentos utilizados na avaliaccedilatildeo do impacto da dor na qualidade de vida de pacientes com dor orofacial e disfunccedilatildeo temporomandibular Escola Baiana de Sauacutede Puacuteblica 200731(2)267-293

35 Espinoza ES Ortiz GB Estabilidad abdominolumbopeacutelvica y equilibrio comopredictores de la incidencia de lesionesmusculoesqueleacuteticas en estudiantes de danzaUn estudio piloto Fisioterapia 2014

36 Steinberg N Dar G Dunlop M Gaida JE The relationship of hip muscle performance to legankle and foot injuries a systematic review The Physician and Sportsmedicine 2017

37 Anderson K Strickland SM Warren R Hip and Groin Injuries in Athletes The American Journal of Sports Medicine 2001 29(4) 521-533

38 Tschopp M Brunner F Erkrankungen und Uumlberlastungsschaumlden an der unteren Extremitaumlt bei Langstreckenlaumlufern Z Rheumatol 2017 Feb

37

39 Han J Anson J Waddington G Adans R Liu Y The Role of Ankle

Proprioception for Balance Control in relation to Sports Performance and Injury BioMed Research International 2015 Jun8

40 Couto AGA Pedroni CR Relaccedilatildeo entre postura queixa dolorosa e lesatildeo em bailarinas claacutessicas Ter Man 2013 11(55)228-233

41 Dore BF e Guerra RO Sintomatologia dolorosa e fatores associados em bailarinos profissionais Rev Bras Med Esporte 2007 MarAbr13(2)77-80

38

ANEXO I ndash QUESTIONAacuteRIO DE DOR MCGILL

39

ANEXO II ndash PARECER DE APROVACcedilAtildeO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA

40

41

ANEXO III ndash NORMAS DE SUBMISSAtildeO DA REVISTA

Instruccedilotildees aos Autores

A Revista Brasileira de Medicina do Esporte - RBME (Brazilian Journal of

Sports Medicine) oacutergatildeo oficial da Sociedade Brasileira de Medicina do Exerciacutecio e

do Esporte (SBMEE) eacute publicada bimestralmente em seis ediccedilotildees ao ano (janfev

marabr maiojun julago setout e novdez) A RBME eacute indexada nas seguintes

bases bibliograacuteficas SciELO Web of Science Excerpta Medica-EMBASE Physical

Education Index LILACS SIRC-Sportdiscus e Scopus A publicaccedilatildeo segue

integralmente o padratildeo internacional do International Committee of Medical Journal

Editors (ICMJE) ou Convenccedilatildeo de Vancouver e seus requisitos de uniformizaccedilatildeo

[httpwwwicmjeorg]

Preparaccedilatildeo de manuscritos Os artigos submetidos devem ser digitados em

espaccedilo duplo fonte Arial 12 em paacutegina tamanho A4 sem numerar linhas ou

paraacutegrafos e numerando as paacuteginas no canto superior direito Figuras e tabelas

devem ser apresentadas ao final do artigo em paacuteginas separadas No corpo do

texto deve-se informar os locais para inserccedilatildeo das tabelas ou figuras Nuacutemeros

menores que 10 satildeo escritos por extenso enquanto que nuacutemeros maiores ou igual a

10 satildeo expressos em algarismos araacutebicos Os manuscritos que natildeo estiverem de

acordo com as instruccedilotildees aos autores em relaccedilatildeo a estilo e formato seratildeo

devolvidos sem revisatildeo pelo Conselho Editorial As medidas deveratildeo ser expressas

no Sistema Internacional (Systegraveme International SI) disponiacutevel em

httpphysicsnistgovcuuUnits e unidades padratildeo quando aplicaacutevel Recomenda-

se aos autores natildeo usar abreviaccedilotildees no tiacutetulo e limitar a sua utilizaccedilatildeo no resumo e

ao longo do texto Os nomes geneacutericos devem ser usados para todas as drogas Os

faacutermacos podem ser referidos pelo nome comercial poreacutem deve constar o nome

cidade e paiacutes ou endereccedilo eletrocircnico do fabricante entre parecircnteses na seccedilatildeo

Materiais e Meacutetodos

Abreviaturas O uso de abreviaturas deve ser minimizado As abreviaturas deveratildeo

ser definidas por ocasiatildeo de sua primeira utilizaccedilatildeo no resumo e tambeacutem no texto

Abreviaturas natildeo padratildeo natildeo devem ser utilizadas a menos que essas apareccedilam

pelo menos trecircs vezes no texto Unidades de medida (3 ml ou 3 mL e natildeo 3

mililitros) ou siacutembolos cientiacuteficos padratildeo (elementos quiacutemicos por exemplo Na e

natildeo soacutedio) natildeo satildeo consideradas abreviaturas e portanto natildeo devem ser definidos

Abreviar nomes longos ou substacircncias quiacutemicas e termos utilizados para

combinaccedilotildees terapecircuticas Abreviaturas em figuras e tabelas podem ser utilizadas

por razotildees de espaccedilo poreacutem devem ser definidas na legenda mesmo que tenham

sido definidas no texto do artigo

Formato dos arquivos Usar editor de texto Microsoft Word para Windows ou

42

equivalente Arquivos em formato PDF natildeo devem ser enviados As tabelas e

quadros deveratildeo estar em seus arquivos originais (Excel Acess Powerpoint etc)

As figuras deveratildeo estar nos formatos jpg ou tif em alta resoluccedilatildeo (300 dpi) As

figuras deveratildeo estar incluiacutedas no arquivo Word mas tambeacutem devem ser enviadas

separadamente (anexadas durante a submissatildeo do artigo como documento

suplementar em seus arquivos originais)

Paacutegina de rosto A paacutegina de rosto deve conter (1) a categoria do artigo (2) o tiacutetulo

do artigo em portuguecircs inglecircs e espanhol com ateacute 80 caracteres cada que deve ser

objetivo e informativo (3) os nomes completos dos autores instituiccedilatildeo formaccedilatildeo

acadecircmica de origem (a mais relevante) cidade estado e paiacutes (4) nome do autor

correspondente com endereccedilo completo telefone e e-mail A titulaccedilatildeo dos autores

natildeo deve ser incluiacuteda O nome completo de cada autor (sem abreviaccedilotildees) e sua

afiliaccedilatildeo institucional (nota as unidades hieraacuterquicas devem ser apresentadas em

ordem decrescente por exemplo universidade faculdade ou instituto e

departamento) devem ser informados Os nomes das instituiccedilotildees e programas

deveratildeo ser apresentados preferencialmente por extenso e na liacutengua original da

instituiccedilatildeo ou na versatildeo em inglecircs quando a escrita natildeo eacute latina (pex aacuterabe

mandarim ou grego)

Resumo O resumo em portuguecircs inglecircs e espanhol deve ser incluiacutedo no

manuscrito Em cada um dos idiomas natildeo deve conter mais do que 300 palavras A

versatildeo estruturada eacute obrigatoacuteria nos artigos originais e inclui objetivos meacutetodos

resultados e conclusatildeo Artigos de revisatildeo natildeo requerem resumo estruturado

Palavras-chave O artigo deve incluir no miacutenimo trecircs e no maacuteximo seis descritores

em portuguecircs inglecircs e espanhol baseados nos Descritores de Ciecircncias da Sauacutede

(DeCS) httpdecsbvsbr ou no Medical Subject Headings (MeSH) da National

Library of Medicine disponiacutevel em httpwwwnlmnihgovmeshmeshhomehtml

oubaseados no Medical SubjectHeading (MeSH) do Index Medicus

(httpwwwnlmnihgovmesh)

Introduccedilatildeo A introduccedilatildeo deve conter (1) justificativa objetiva para o estudo com

referecircncias pertinentes ao assunto sem realizar uma revisatildeo extensa (2) objetivo do

artigo

Materiais e Meacutetodos Esta seccedilatildeo deve descrever os experimentos (quantitativa e

qualitativamente) e os procedimentos em detalhes suficientes que permitam que

outros pesquisadores reproduzam os resultados ou deem continuidade ao estudo

e deveraacute conter (1) a descriccedilatildeo clara da amostra utilizada (2) termo de

consentimento para estudos experimentais envolvendo seres humanos (3)

identificaccedilatildeo dos meacutetodos aparelhos (nome do fabricante e endereccedilo cidade e paiacutes

devem ser menciondos entre parecircnteses) e procedimentos utilizados (4) descriccedilatildeo

breve e referecircncias de meacutetodos publicados mas natildeo amplamente conhecidos (5)

43

descriccedilatildeo detalhada de meacutetodos novos ou modificados (6) quando pertinente incluir

a anaacutelise estatiacutestica e os programas utilizados Importante Ao relatar experimentos

com seres humanos ou animais indicar se os procedimentos seguiram as normas

do Comitecirc Eacutetico sobre Experiecircncias Humanas da instituiccedilatildeo na qual a pesquisa foi

realizada e se os procedimentos estatildeo de acordo com a declaraccedilatildeo de Helsinki de

1995 e a Animal Experimentation Ethics respectivamente Os autores devem incluir

uma declaraccedilatildeo indicando que o protocolo foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica da

Instituiccedilatildeo (instituiccedilatildeo de afiliaccedilatildeo de pelo menos um dos autores) com o respectivo

nuacutemero de identificaccedilatildeo Tambeacutem deve incluir que o Termo de Consentimento Livre

e Esclarecido foi assinado por todos os participantes

Resultados Apresentar os resultados em sequecircncia loacutegica no texto usando tabelas

e figuras Evitar repeticcedilatildeo excessiva de dados no texto em tabelas ou figuras

poreacutem enfatizar somente as descobertas mais importantes

Discussatildeo Enfatizar os aspectos originais e importantes do estudo e as conclusotildees

que decorrem deste evitando poreacutem repetir dados jaacute apresentados em outras

partes do manuscrito Em estudos experimentais ressaltar a relevacircncia e limitaccedilotildees

dos resultados confrontando com os dados da literatura e incluindo implicaccedilotildees

para estudos futuros

Conclusotildees A conclusatildeo deve ser clara e concisa baseada nos resultados

obtidos estabelecendo ligaccedilatildeo com implicaccedilotildees cliacutenicas evitando poreacutem excessiva

generalizaccedilatildeo) A mesma ecircnfase deve ser dada a estudos com resultados negativos

ou positivos Recomendaccedilotildees podem ser incluiacutedas quando relevantes

Agradecimentos Quando pertinente incluir agradecimento ou reconhecimento a

pessoas que tenham contribuiacutedo para o desenvolvimento do trabalho poreacutem natildeo se

qualificam como coautores Fontes de financiamento como auxiacutelio a pesquisa e

bolsas de estudo devem ser reconhecidos nesta seccedilatildeo Os autores deveratildeo obter

permissatildeo por escrito para mencionar nomes e instituiccedilotildees de todos os que

receberam agradecimentos nominais

Referecircncias As referecircncias devem ser numeradas na sequecircncia em que aparecem

no texto em formato sobrescrito As referecircncias citadas somente em legendas de

tabelas ou figuras devem ser numeradas de acordo com sequecircncia estabelecida

pela primeira menccedilatildeo da tabela ou da figura no texto O estilo das referecircncias

bibliograacuteficas deve seguir as regras do Uniform Requirements for Manuscripts

Submitted to Biomedical Journals (International Committee of Medical Journal

Editors disponiacutevel em Ann Intern Med 1997126(1)36-47 httpwwwicmjeorg)

Alguns exemplos satildeo mostrados a seguir Os tiacutetulos dos perioacutedicos devem ser

abreviados de acordo com o Index Medicus (List of Journals Indexed disponiacutevel em

httpwwwnlmnihgovtsdserialsljihtml) Se o perioacutedico natildeo constar dessa lista

deve-se utilizar a abreviatura sugerida pelo proacuteprio perioacutedico Deve-se evitar utilizar

44

ldquocomunicaccedilotildees pessoaisrdquo ou ldquoobservaccedilotildees natildeo publicadasrdquo como referecircncias

Resumos de tranalhos apresentados em eventos devem ser utilizados somente se

for a uacutenica fonte de informaccedilatildeo

Tabelas As tabelas devem ser elaboradas em espaccedilo 15 devendo ser planejadas

para ter como largura uma (87cm) ou duas colunas (18 cm) Cada tabela deve

possuir um tiacutetulo sucinto Notas explicativas seratildeo incluiacutedas em notas de rodapeacute A

tabela deve conter meacutedias e medidas de dispersatildeo (Desvio Padratildeo Erro Padratildeo da

Meacutedia etc) natildeo devendo conter casas decimais irrelevantes As abreviaturas

devem estar de acordo com aquelas utilizadas no texto e nas figuras Os coacutedigos de

identificaccedilatildeo de itens da tabela devem estar listados na ordem de surgimento no

sentido horizontal e devem ser identificados pelos siacutembolos padratildeo Os quadros e

tabelas deveratildeo ser enviados atraveacutes dos arquivos originais editaacuteveis (Word Excel)

e natildeo como imagens

Figuras Na versatildeo impressa da RBME seratildeo aceitas figuras em preto-e-branco

Imagens coloridas poderatildeo ser publicadas quando forem essenciais para o conteuacutedo

cientiacutefico do artigo Nestes casos o custo seraacute repassado aos autores Figuras

coloridas poderatildeo ser incluiacutedas na versatildeo eletrocircnica do artigo sem custo adicional

aos autores Os desenhos e figuras devem ser consistentes e tatildeo simples quanto

possiacutevel poreacutem informativos Tons de cinza natildeo devem ser utilizados Todas as

linhas devem ser soacutelidas Para graacuteficos de barra por exemplo utilizar barras

brancas pretas com linhas diagonais nas duas direccedilotildees linhas em xadrez linhas

horizontais e verticais A RBME desaconselha fortemente o uso de fotografias de

equipamentos e animais de experimentaccedilatildeo As figuras devem ser impressas com

bom contraste e ter a largura de uma coluna (87cm) Utilizar no miacutenimo fonte

tamanho 10 para letras nuacutemeros e siacutembolos com espaccedilamento e alinhamento

adequados Quando a figura representar uma radiografia ou fotografia sugerimos

incluir a escala de tamanho quando pertinente

Por favor note que eacute de responsabilidade dos autores obter permissatildeo do detentor

dos direitos autorais para reproduzir figuras (ou tabelas) que tenham sido

previamente publicados em outras fontes De acordo com os princiacutepios do acesso

aberto os autores devem ter permissatildeo do detentor dos direitos caso desejem

incluir imagens que tenham sido publicados em outros perioacutedicos de acesso natildeo

aberto A permissatildeo deve ser indicada na legenda da figura e a fonte original deve

ser incluiacuteda na lista de referecircncias

45

APEcircNDICE I ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE)

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Vocecirc estaacute sendo convidada(o) a participar da pesquisa intitulada

ldquoCARACTERIZACcedilAtildeO DA DOR E SUA RELACcedilAtildeO COM EQUILIacuteBRIO

POSTURAL ESTAacuteTICO EM ATLETAS DE GINAacuteSTICA RIacuteTMICArdquo realizada pela

Universidade Federal de Sergipe por intermeacutedio da discente TAINARA DOS

SANTOS BOMFIM devidamente assistida pelo seu orientador PAULO MAacuteRCIO

PEREIRA OLIVEIRA O objetivo desse estudo eacute caracterizar a Dor

musculoesqueleacutetica em atletas de elite de ginaacutestica riacutetmica e analisar a relaccedilatildeo da

dor no equiliacutebrio postural estaacutetico das atletas comparando com controles natildeo

atletas A justificativa para a realizaccedilatildeo da pesquisa eacute documentar na literatura

escassa estudo sobre a relaccedilatildeo da dor com o equiliacutebrio postural estaacutetico em

atletas de elite de Ginaacutestica Riacutetmica Sua participaccedilatildeo nessa pesquisa consistiraacute

em responder um questionaacuterio e realizar avaliaccedilatildeo de equiliacutebrio que ocorreraacute em

um uacutenico momento Natildeo haacute riscos previsiacuteveis relacionados com sua participaccedilatildeo

nem danos previsiacuteveis decorrentes da pesquisa Os benefiacutecios relacionados com

sua participaccedilatildeo satildeo

1 Identificar alteraccedilotildees posturais de equiliacutebrio em atletas de alto rendimento

2 Evidenciar se o processo de dor em atletas eacute igual maior ou menor quando

comparado com pessoas natildeo atletas

3 Evidenciar se as variaccedilotildees aacuterea e velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo

de pressatildeo se igualam ou natildeo a pessoas natildeo atletas

Vocecirc foi selecionado por preencher os requisitos da pesquisa mas sua

participaccedilatildeo NAtildeO Eacute OBRIGATOacuteRIA sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo em sua

relaccedilatildeo com a instituiccedilatildeo ou com o pesquisador

Eu________________________________________________________________

abaixo assinado declaro que fui informado que as informaccedilotildees obtidas atraveacutes

dessa pesquisa seratildeo confidenciais e o sigilo sobre minha participaccedilatildeo seraacute

assegurado De tal modo que os dados natildeo seratildeo divulgados de forma a possibilitar

minha identificaccedilatildeo Tambeacutem estou ciente de que a qualquer momento posso

desistir de minha participaccedilatildeo e retirar meu consentimento Declaro que entendi os

objetivos riscos e benefiacutecios de minha participaccedilatildeo na pesquisa e concordo em

participar

Vocecirc receberaacute uma coacutepia deste termo onde consta o telefone e o endereccedilo do

pesquisador principal podendo tirar suas duacutevidas sobre o Projeto de Pesquisa de

sua participaccedilatildeo agora ou a qualquer momento

46

DADOS DO PESQUISADOR RESPONSAacuteVEL

Nome Tainara dos Santos Bomfim

Endereccedilo profissionale-mail Rua Padre Aacutelvares Pitangueira sn - Centro

Departamento de Fisioterapia bftainaragmailcom

Telefone (79) 9 9806-7487

ATENCcedilAtildeO A participaccedilatildeo em qualquer tipo de pesquisa eacute voluntaacuteria Em casos de

duacutevida quanto aos seus direitos entre em contato com o Comitecirc de Eacutetica em

Pesquisa da Universidade Federal de Sergipe

Lagarto _____de _____de 201_

_____________________________________________________

ASSINATURA DO VOLUNTAacuteRIO

_____________________________________________________

ASSINATURA DO PESQUISADOR RESPONSAacuteVEL

Page 27: CARACTERIZAÇÃO DA DOR E SUA RELAÇÃO COM O … · tainara dos santos bomfim caracterizaÇÃo da dor e sua relaÇÃo com o equilÍbrio postural em atletas de ginÁstica rÍtmica

27

pesquisas a escala visual analoacutegica (EVA) para registrar a intensidade dolorosa de

atletas em diferentes modalidades Ambos satildeo considerados meacutetodos

unidimensionais utilizados com o objetivo de quantificar a magnitude da dor dentro

de um perfil somatosensorial

Por outro lado diversas pesquisas utilizam o questionaacuterio McGill (MPQ) como

instrumento multidimensional para avaliar a dor e conhececirc-la de forma ampla em

diferentes modelos de estudos e em diversas populaccedilotildees Ngamkham et al30

realizaram revisatildeo sistemaacutetica sobre a avaliaccedilatildeo da dor com McGill em pacientes

com cacircncer demonstrando que o MPQ eacute comumente usado nessa populaccedilatildeo para

mensurar a intensidade e qualidade da dor pois fornece informaccedilotildees sobre

possiacuteveis locais da doenccedila magnitude da dor bem como a eficaacutecia do tratamento e

intervenccedilatildeo submetidos Da mesma forma Bermudez et al31 avaliaram pacientes

diagnosticados com DTM moderada e severa para discriminar e comparar a queixa

dolorosa de acordo com a severidade da doenccedila Pode-se concluir com o estudo

que o MPQ foi capaz de diferenciar o padratildeo temporal da dor a localizaccedilatildeo de maior

queixa dolorosa e a intensidade da dor em portadores de DTM

As diferenccedilas metodoloacutegicas utilizadas corroboram o fato de a dor ser uma

experiecircncia complexa e subjetiva que varia em qualidade intensidade sensorial e

em caracteriacutesticas afetivo-motivacionais Pois a mesma envolve vaacuterias dimensotildees e

pode ser influenciada por infinitos estiacutemulos intriacutensecos e extriacutensecos32 33 Assim

cabe a utilizaccedilatildeo de diferentes meacutetodos uni e multidimensionais para uma avaliaccedilatildeo

precisa considerando a natureza da dor e suas caracteriacutesticas

De acordo com os resultados do nosso estudo foi visualizado que as atletas

de elite de GR apresentam diferentes caracteriacutesticas de percepccedilatildeo do estiacutemulo

doloroso em comparaccedilatildeo aos controles destacando dores com perfil sensorial e

avaliativo Acreditamos que os atletas de alto rendimento apresentam-se com

alteraccedilotildees do imputs neurosensorial em virtude da constante presenccedila e

intensidade das dores sentidas pela a sua praacutetica desportiva Isto pode repercutir em

mudanccedilas na interpretaccedilatildeo da dor sentida em seu corpo fiacutesico devido agrave influecircncia

de fatores emocionais sociais e hormonais que satildeo comuns em mulheres atletas

Em vista disso sabe-se que o domiacutenio sensorial e avaliativo representam as

28

impressotildees fiacutesicas desse estiacutemulo doloroso aacutelgico e uma auto-avaliaccedilatildeo da sua dor

respectivamente34

Segundo Pimenta e Texeira18 as diferenccedilas na estratificaccedilatildeo da dor se

justificam pelo fato das interpretaccedilotildees de informaccedilotildees cognitivas serem

condicionadas por experiecircncias preacutevias em diferentes momentos do estiacutemulo da dor

gerando respostas variadas agrave experiecircncia dolorosa por ser um processo

individualizado Aleacutem disso a dor eacute uma experiecircncia complexa descrita em termos

de caracteriacutesticas sensoriais afetivo-motivacionais cognitivas e comportamentais

Desta forma o resultado de uma avaliaccedilatildeo da percepccedilatildeo dolorosa pode depender

de qual dimensatildeo da dor esteja sendo vivenciada no momento da avaliaccedilatildeo por

cada indiviacuteduo14

Hoskins et al29 utilizaram a escala visual analoacutegica (EVA) e o questionaacuterio

McGill para comparar a intensidade e a qualidade de dor lombar entre atletas de

elite amadores e natildeo atletas Foram observadas diferenccedilas significativas entre os

grupos mostrando que os atletas de elite apresentaram intensidade de dor mais

alta assim como escolheram com mais frequecircncia palavras das categorias sensorial

e afetiva De forma semelhante a nossa pesquisa o domiacutenio sensorial apresentou o

maior iacutendice de dor e maior frequecircncia de palavras escolhidas Tal fato possa ser

justificado por esse ser o domiacutenio de maior representatividade no questionaacuterio

agregando termos de qualidades sensitivas dor18 Poreacutem a dimensatildeo afetiva natildeo foi

evidenciada com maior frequecircncia no presente estudo Esta representa um estado

emocional o qual pode ser traduzido por percepccedilotildees de cansaccedilo sentimentos de

medo e puniccedilatildeo assim como reaccedilotildees autonocircmicas34 Reading32 e Pimenta e

Teixeira18 em seus estudos relataram que os pacientes que sentem dores de

caracteriacutestica aguda preferem descritores da categoria sensorial Por outro lado

indiviacuteduos que sentem dor crocircnica usualmente tendem a selecionar mais

descritores da categoria afetiva levando em conta fenocircmenos cognitivo de

antecipaccedilatildeo memoacuteria atenccedilatildeo e experiecircncia anterior

Os resultados desta pesquisa demonstraram que a regiatildeo com maior

prevalecircncia de queixa dolorosa em atletas de elite de GR foi a articulaccedilatildeo do quadril

com aproximadamente cinquenta e dois por cento das queixas Isto pode estar

relacionado ao fato da articulaccedilatildeo do quadril ser responsaacutevel pela absorccedilatildeo de

29

grandes cargas compressivas durante a fase de aterrissagem dos saltos o qual eacute

um movimento especiacutefico do esporte Aleacutem disso no quadril estaacute localizado o centro

de gravidade do corpo assim as cargas que satildeo geradas ou transmitidas por essa

regiatildeo geram influecircncia no desempenho esportivo Desse modo pesquisas

cientiacuteficas relatam sobre a importacircncia da forccedila dos muacutesculos estabilizadores do

quadril no surgimento e desenvolvimento de dores nesta articulaccedilatildeo4 35 Steinberg et

al36 realizaram uma analise sistemaacutetica do desempenho da musculatura do quadril

no desenvolvimento de lesotildees no membro inferior e encontraram que a diminuiccedilatildeo

da funccedilatildeo dos muacutesculos do quadril associada a cargas repetitivas no membro

inferior pode aumentar o risco de lesotildees no joelho e em todo o membro

De forma contraacuteria aos nossos resultados Guiotte et al2 Sabeti et al21 e

Oliveira et al23 avaliaram ginastas de diferentes categorias e relataram que a regiatildeo

anatocircmica de queixa dolorosa mais prevalente na praacutetica da GR eacute a coluna lombar

seguida do tornozelo e joelho De acordo com Anderson et al37 a dor no quadril e

na virilha em atletas ocorrem com menor frequecircncia que lesotildees das extremidades do

membro inferior Ratificando esses autores Tschopp et al38 defendem que as

lesotildees do quadril satildeo menos comuns poreacutem satildeo mais difiacuteceis de serem

diagnoacutesticadas Pois as consideraccedilotildees anatocircmicas e biomecacircnicas para lesotildees

nesta regiatildeo estatildeo entre as mais complexas do sistema muacutesculo-esqueleacutetico

Por outro lado os nossos resultados demonstraram que a segunda

articulaccedilatildeo mais prevalente em relaccedilatildeo agrave queixa dolorosa pela praacutetica de GR em

atletas de elite foi o tornozelo-peacute (44) Tal fato se justifica por alguns fatores como

sobrecarga excessiva nos muacutesculos intriacutensecos do peacute os quais satildeo responsaacuteveis

pela formaccedilatildeo do arco plantar existecircncia de compressotildees excessivas nos

segmentos oacutesseos devido ao processo de absorccedilatildeo de impacto nos saltos aleacutem da

necessidade de manutenccedilatildeo da postura do tornozelo-peacute em flexatildeo plantar por

tempos prolongados

De acordo com Han et al39 o complexo do tornozelo-peacute na maioria das

atividades esportivas eacute a uacutenica parte do corpo que estaacute em contato com solo

Assim a propriocepccedilatildeo do tornozelo contribui de forma extremamente significativa

para o controle do equiliacutebrio pois fornece informaccedilotildees que permitem o ajuste de

posiccedilotildees e movimentos dos membros para realizaccedilatildeo das tarefas motoras

30

complexas exigidas no esporte de elite Saito et al12 em sua pesquisa ao avaliarem

atletas com e sem lesatildeo no tornozelo observaram que as lesotildees no tornozelo aleacutem

de causar alteraccedilotildees musculares e osteocinemaacuteticas promovem de forma direta

repercussotildees negativas no controle neuromuscular da articulaccedilatildeo predispondo-a aacute

episoacutedios recidivantes em virtude do comprometimento do feedback neurosensorial

afetando o controle postural e consequentemente o desempenho nas atividades

motoras

De acordo com os dados obtidos no nosso estudo foi observada nas atletas

uma maior aacuterea de deslocamento do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo (COP) do

corpo demonstrando um menor equiliacutebrio estaacutetico das ginastas ao comparar com

controles natildeo atletas Isto pode estar relacionado a uma maior intensidade e

presenccedila do estiacutemulo doloroso no corpo das atletas e a intensa quantidade de

repeticcedilotildees dos exerciacutecios de forma assimeacutetrica pela preferecircncia do membro

dominante Desse modo diversas pesquisas relatam que a presenccedila da dor pode

aumentar a aacuterea do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo (ACOP) produzindo uma piora

do equiliacutebrio corporal4 12 15 16 Lin et al16 e Shigaki et al4 em seus estudos avaliaram

o equiliacutebrio de atletas comparando trecircs grupos atletas com lesatildeo atletas sem lesatildeo

e natildeo atletas Evidenciaram que atletas com lesatildeo apresentaram maior oscilaccedilatildeo do

centro de pressatildeo comparado a indiviacuteduos natildeo atletas e atletas sem lesatildeo Poreacutem

quando comparados atletas sem lesatildeo com indiviacuteduos natildeo atletas natildeo foi observado

diferenccedila significativa

Ao mesmo tempo em nosso estudo foi encontrado uma velocidade meacutedia do

COP maior no grupo atleta em ambas as direccedilotildees ao comparar com controles natildeo

atletas Sendo a velocidade meacutedia do COP maior no plano sagital (anteroposterior)

em relaccedilatildeo ao plano frontal (meacutediolateral) Isto ocorre porque as atletas apresentam

uma resposta neuromuscular mais raacutepida para recuperaccedilatildeo da estabilidade do corpo

adquirida pelo treinamento esportivo essencialmente no plano sagital em que as

estrateacutegias posturais para recuperaccedilatildeo do equiliacutebrio satildeo mais efetivas

Diversos estudos publicados na literatura abordam a habilidade do controle

postural em atletas2 8-12 Matsuda et al10 relatam que atletas tecircm capacidade de

equiliacutebrio dinacircmico superior quando comparados a indiviacuteduos natildeo atletas Da

mesma forma Merlo et al11 acreditam a praacutetica de esportes produz adaptaccedilotildees que

31

ou desenvolvimento de consciecircncia de estrateacutegias posturais natildeo evidenciadas em

sujeitos natildeo praticantes de atividade esportiva

Os resultados encontrados por meio desse estudo mostraram que a dor em

sua dimensatildeo avaliativa apresentou relaccedilatildeo significativa com a velocidade meacutedia do

centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo do corpo na direccedilatildeo mediolateral Tal fato evidencia

que a percepccedilatildeo do estiacutemulo doloroso interfere de maneira significativa na

habilidade do atleta em reestabelecer a estabilidade postural apoacutes perturbaccedilatildeo do

equiliacutebrio em postura estaacutetica Prejudicando o desempenho atleacutetico na modalidade

uma vez que as atletas dependem da estabilidade postural para execuccedilatildeo da praacutetica

esportiva Alguns autores relatam a influecircncia da dor e fatores psicoemocionais na

performance e desempenho de atletas de alto rendimento Couto e Pedroni40

avaliaram a relaccedilatildeo da queixa e limiar doloroso com incidecircncia de lesatildeo em

bailarinas claacutessicas Os resultados do estudo mostraram que houve relaccedilatildeo

significativa entre as regiotildees de lesatildeo com a dor evidenciando que a dor estaacute

diretamente relacionada com o surgimento de lesatildeo nessa populaccedilatildeo Dore e

Guerra41 em seu estudo investigaram a prevalecircncia e fatores associados agrave

sintomatologia dolorosa em bailarinos profissionais utilizando a versatildeo brasileira do

questionaacuterio McGill e Inventaacuterio para dor de Wisconsin Foram verificadas

correlaccedilotildees positivas com significacircncia entre o grau de intensidade dolorosa e

atividades diaacuterias sono humor e relacionamento pessoal

O presente estudo sinaliza uma relaccedilatildeo da presenccedila do estiacutemulo doloroso

com o equiliacutebrio postural As alteraccedilotildees no equiliacutebrio corporal tecircm sido muito

estudadas em diferentes populaccedilotildees assim como o comportamento da dor e lesotildees

no desempenho de atletas de diferentes niacuteveis competitivos e modalidades

esportivas Corroborando com nossa pesquisa Meardon et al15 defendem que a

presenccedila de lesatildeo e dor em atletas pode afetar negativamente o equiliacutebrio corporal

Em sua pesquisa examinou controle postural dinacircmico em corredores lesionados

com dor e sem lesatildeo usando o Star Excursion Balance Test (SEBT) Quando

comparado corredores lesionados com controles sem lesatildeo os resultados

demonstraram controle dinacircmico deficiente das forccedilas verticais ao executar as

tarefas de pouso e estabilizaccedilatildeo em apoio unipodal

32

Contudo ainda satildeo raros os estudos sobre a caracterizaccedilatildeo da dor e do

equiliacutebrio corporal em atletas de ginaacutestica riacutetmica Por meio desse estudo foi

observado que atletas de elite de GR demonstraram aumento da dor descrita em

todos os domiacutenios avaliados pelo questionaacuterio McGill (plt0001) A dor nas ginastas

tem o perfil sensorial e avaliativo e se manifesta principalmente nas articulaccedilotildees do

quadril e tornozelo-peacute em virtude da especificidade do gesto esportivo Aleacutem disso

as atletas tambeacutem apresentam menor estabilidade do controle postural (plt005)

sendo notada possiacutevel relaccedilatildeo de interferecircncia entre a auto percepccedilatildeo dolorosa e o

equiliacutebrio postural Entretanto devido agrave complexidade do tema faz-se necessaacuterio a

elaboraccedilatildeo de estudos mais aprofundados com uma amostra maior seguindo

rigorosamente os criteacuterios metodoloacutegicos que permita uma interpretaccedilatildeo mais

precisa a respeito da percepccedilatildeo dolorosa e o equiliacutebrio postural no desempenho

atleacutetico na modalidade esportiva

5 Conclusatildeo

A pesquisa mostra que as atletas de elite de GR apresentam dor de

caracteriacutesticas sensorial e avaliativa frequentemente localizada na articulaccedilatildeo do

quadril seguida do tornozelo-peacute A presenccedila da percepccedilatildeo dolorosa mostrou relaccedilatildeo

significativa com o controle postural em atletas de elite de GR Os resultados

tambeacutem evidenciaram que atletas tem menor equiliacutebrio postural estaacutetico quando

comparadas a controles natildeo atletas poreacutem demonstram maior habilidade para

reestabelecer o controle postural

6 Consideraccedilotildees Finais

Um ponto importante a ser relatado neste estudo eacute a utilizaccedilatildeo do

questionaacuterio de dor McGill Embora venha ser um questionaacuterio amplamente utilizado

em pesquisas cientiacuteficas em virtude da sua alta confiabilidade validaccedilatildeo e

adaptaccedilatildeo cultural em diferentes paiacuteses ainda satildeo raros os estudos que utilizam

essa ferramenta para avaliar a dor em atletas Com ecircnfase em estudos que

descrevam a sua aplicabilidade por domiacutenio e caracteriacutesticas multidimensionais da

33

dor Este pesquisa aparenta ter sido pioneira a qualificar a dor e descrevecirc-la em

suas dimensotildees em atletas de elite de ginaacutestica riacutetmica bem como relacionar a

percepccedilatildeo dolorosa com o equiliacutebrio postural nessa populaccedilatildeo Abrindo espaccedilo para

realizaccedilatildeo de outros estudos

Poreacutem foi encontrado como limitaccedilotildees escassez de pesquisas cientiacuteficas

atualizadas sobre abordagem multidimensional da dor em atletas essencialmente

na ginaacutestica riacutetmica Pois a grande maioria dos estudos que tem sido publicado

sobre dor nessa populaccedilatildeo estaacute relacionada agrave presenccedila do estiacutemulo doloroso e sua

intensidade em uma magnitude sensorial Outro ponto a se destacar foi a

dificuldade em coletar um grupo controle com caracteriacutesticas similares ao grupo de

estudo para que fosse formada uma amostra mais homogecircnea possiacutevel

respeitando os criteacuterios metodoloacutegicos

34

REFEREcircNCIA

1 Baston C Mancini M Schoneburg B Horak F Rocchi L Postural strategies assessed with inertial sensors in healthy and parkinsonian subjects Gait Posture 2014 may 40(1)70ndash75

2 Guiotte VA Roque CFL Olieira MR Gil AWO Rabello LM Dos Santos EVM et

al Avaliaccedilatildeo Fiacutesico - Funcional de Atletas da Ginaacutestica Riacutetmica Histoacuterico de Lesotildees e Estabilidade Postural UNOPAR Cient Ciecircnc Biol Sauacutede 2012 14(4) 217-20

3 Bosso LR Golias ARC A postura de atletas de Ginaacutestica Riacutetmica Analise atraveacutes da fotometria Rev Bras Med Esporte 2012 setout 18(5)333-337

4 Shigaki L Rabello LM Camargo MZ Santos VBC Gil AWO Oliveira MR et al Anaacutelise comparativa do equiliacutebrio unipodal de atletas de Ginastica Riacutetmica Rev Bras Med Esporte 2013 marabr 19(2)104-107

5 Whale CE Pass AN Tripp PM Chronic Groin Pain in a collegiate football running back International Journal of Athletic Therapy amp Training 2012 may 17(3)41-44

6 Jacobs JV Why we need to better understand the cortical neurophysiology of impaired postural responses with age disease or injury Frontiers in Integrative Neuroscience 2014 ago 8(69)

7 Hirata RP Ervilha UF Arendt-Nielsen L Graven-Nielsen T Experimental Muscle Pain Challenges the Postural Satability During Quiet Stance Unexpected Posture Perturbation J Pain 2011 ago 12(8)911-9

8 Ribeiro GD Suaacuterez MH Ruiz DR Efecto del entrenamiento sistemaacutetico de gimnasia riacutetmica sobre el control postural de ninas adolescentes Rev Andal Med 2015 jun 8(2)54-60

9 Teixeira CL Equiliacutebrio e controle postural Brazilian Journal of Biomechanics 2010 11(20)31-40

10 Matsuda S Demura S Uchiyama M Centre of pressure sway characteristics during static one-legged stance of athletes from different sports Journal of Sports Sciences 2008 may 26(7)775 ndash 779

11 Merlo JK Stoppa ACL Macedo CSG Silva Juacutenior RA Anaacutelise Comparativa do Equiliacutebrio em Apoio Unipodal em Indiviacuteduos Sedentaacuterios e Atletas UNOPAR Cient Ciecircnc Biol Sauacutede 2010 12(4)29-32

12 Saito KA Navarro M Silva MF Arie EK Peccin MS Oscilaccedilatildeo do centro de pressatildeo plantar de atletas e natildeo atletas com e sem entorse de tornozelo Rev Bras Ortop 2016 51(4)437ndash443

35

13 Lamb M Oliveira PD Tano SS Gil AWO Dos Santos EVN Fernandes KBP

Efeito do treinamento proprioceptivo no equiliacutebrio de atletas de ginaacutestica riacutetmica Rev Bras Med Esporte 2014 setout 20(5)379-382

14 Silva JA Ribeiro-Filho NP A dor como um problema psicofiacutesico Rev Dor 2011 abrjun 12(2)138-51

15 Meardon S Klusendorf A Kernozek T Influence of injury on dynamic postural control in runners The International Journal of Sports Physical Therapy 2016 jun 11(3)336

16 Lin CF Lee IJ Liao JH Wu HW Su FC Comparison of Postural Stability Between Injured and Uninjured Ballet Dancers The American Journal of Sports Medicine 2011 39(6)1324-1331

17 Varoli FK Pedrazzi V Adapted Version of the McGill Pain Questionnaire to Brazilian Portuguese Braz Dent J 2006 17(4) 328-335

18 Pimenta CAM Teixeira MJ Questionaacuterio de dor McGill proposta de adaptaccedilatildeo para a liacutengua portuguesa Rev Esc Enf USP 1996 dez 30(3)473-83

19 Rabello LM Macedo CSG Oliveira MR Fregueto JH Camargo MZ Lopes LD et al Relaccedilatildeo entre testes funcionais e plataforma de forccedila nas medidas de equiliacutebrio em atletas Rev Bras Med Esporte 2014 maijun 20(3)219-222

20 Bressel E Yonker JC Kras J et al Comparison of static and dynamic balance in female collegiate soccer basketball and gymnastics atheletes Journal of Athletic Training 2007 42(1)42ndash46

21 Sabeti M Jeremian L Graf A Kandelhart R Elite level rhythmic gymnasts have significantly more and stronger pain than peers of similar age a prospective study Wien Klin Wochenschr 201512731ndash35

22 Vanderlei FM Vanderlei FCM Netto Juacutenior J Praste CM Caracteriacutesticas das lesotildees desportivas e fatores associados com lesatildeo em iniciantes de ginaacutestica artiacutestica do sexo feminino Fisioter Pesq 201320(2)191-196

23 Oliveira MMM Lourenccedilo MRA Teixeira DC Incidecircncias de lesotildees nas equipes de Ginaacutestica Riacutetmica da UNOPAR UNOPAR Cient Ciecircnc Biol Sauacutede 2003 out 6(1)29-40

24 Frutuoso AS Diefenthaeler F Vaz MA et al Lower Limb asymmetries in rhythmic gymnastics atheletes Int Sports Phys Ther 2016 11(1)34ndash43

25 Kolar E Samardžija MP Smrdu M Atikovic A Athletes perceptions of the causes of injury in gymnastics J Sports Med Phys Fitness 2016 Mar 57(5)703-710

36

26 Mueller S Mueller J Stoll J Prieske O Cassel M Mayer F Incidence of back pain in adolescent athletes a prospective study BMC Sports Science Medicine and Rehabilitation 2016 838

27 Goubert D Danneels L Graven-Nielsen T Descheemaeker F Meeus M Differences in Pain Processing Between Patients with Chronic Low Back Pain Recurrent Low Back Pain and Fibromyalgia Pain Physician 2017 May 20(4)307-318

28 Arliani GG Cohen M Lara PS Astur DC Gonccedilalves JPP Ferretti M Impacto do esporte na sauacutede de ex-jogadores profissionais de futebol no Brasil Acta ortop bras 2014 julago 22(4)188-190

29 Hoskins W Pollard H Daff C Odell A Garbutt P McHardy A et al Low back pain status in elite and semi-elite Australian football codes a cross-sectional survey of football (soccer) Australian rules rugby league rugby union and non-athletic controls BMC Musculoskeletal Disorders 20091038

30 Ngamkham S Vincent C Finnegan L Holden JE Wang ZJ Wilkie DJ The McGill Pain Questionnaire as a Multidimensional Measure in People with Cancer An Integrative Review Pain Manag Nurs 2012 Mar 13(1) 27ndash51

31 Bermudez OAS Souza RA Souza CMF Castro CES Beacuterzn F Avaliaccedilatildeo multidimensional da dor em portadores de desordem temporomandibular utilizando uma versatildeo brasileira do questionaacuterio mcgill de dor Rev bras fisioter 2003 7(2) 151-158

32 Reading AE Everitt BS Sledmore CM The McGill Pain Questionnaire a replication of its construction Br J Clin Psychol 1982 21339ndash349

33 Melzack R The McGill Pain Questionnaire Anesthesiology 2005 103199-202

34 Pessoa CP Barreto MB Santos LB Alves TDB Oliveira MC Martins AG Instrumentos utilizados na avaliaccedilatildeo do impacto da dor na qualidade de vida de pacientes com dor orofacial e disfunccedilatildeo temporomandibular Escola Baiana de Sauacutede Puacuteblica 200731(2)267-293

35 Espinoza ES Ortiz GB Estabilidad abdominolumbopeacutelvica y equilibrio comopredictores de la incidencia de lesionesmusculoesqueleacuteticas en estudiantes de danzaUn estudio piloto Fisioterapia 2014

36 Steinberg N Dar G Dunlop M Gaida JE The relationship of hip muscle performance to legankle and foot injuries a systematic review The Physician and Sportsmedicine 2017

37 Anderson K Strickland SM Warren R Hip and Groin Injuries in Athletes The American Journal of Sports Medicine 2001 29(4) 521-533

38 Tschopp M Brunner F Erkrankungen und Uumlberlastungsschaumlden an der unteren Extremitaumlt bei Langstreckenlaumlufern Z Rheumatol 2017 Feb

37

39 Han J Anson J Waddington G Adans R Liu Y The Role of Ankle

Proprioception for Balance Control in relation to Sports Performance and Injury BioMed Research International 2015 Jun8

40 Couto AGA Pedroni CR Relaccedilatildeo entre postura queixa dolorosa e lesatildeo em bailarinas claacutessicas Ter Man 2013 11(55)228-233

41 Dore BF e Guerra RO Sintomatologia dolorosa e fatores associados em bailarinos profissionais Rev Bras Med Esporte 2007 MarAbr13(2)77-80

38

ANEXO I ndash QUESTIONAacuteRIO DE DOR MCGILL

39

ANEXO II ndash PARECER DE APROVACcedilAtildeO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA

40

41

ANEXO III ndash NORMAS DE SUBMISSAtildeO DA REVISTA

Instruccedilotildees aos Autores

A Revista Brasileira de Medicina do Esporte - RBME (Brazilian Journal of

Sports Medicine) oacutergatildeo oficial da Sociedade Brasileira de Medicina do Exerciacutecio e

do Esporte (SBMEE) eacute publicada bimestralmente em seis ediccedilotildees ao ano (janfev

marabr maiojun julago setout e novdez) A RBME eacute indexada nas seguintes

bases bibliograacuteficas SciELO Web of Science Excerpta Medica-EMBASE Physical

Education Index LILACS SIRC-Sportdiscus e Scopus A publicaccedilatildeo segue

integralmente o padratildeo internacional do International Committee of Medical Journal

Editors (ICMJE) ou Convenccedilatildeo de Vancouver e seus requisitos de uniformizaccedilatildeo

[httpwwwicmjeorg]

Preparaccedilatildeo de manuscritos Os artigos submetidos devem ser digitados em

espaccedilo duplo fonte Arial 12 em paacutegina tamanho A4 sem numerar linhas ou

paraacutegrafos e numerando as paacuteginas no canto superior direito Figuras e tabelas

devem ser apresentadas ao final do artigo em paacuteginas separadas No corpo do

texto deve-se informar os locais para inserccedilatildeo das tabelas ou figuras Nuacutemeros

menores que 10 satildeo escritos por extenso enquanto que nuacutemeros maiores ou igual a

10 satildeo expressos em algarismos araacutebicos Os manuscritos que natildeo estiverem de

acordo com as instruccedilotildees aos autores em relaccedilatildeo a estilo e formato seratildeo

devolvidos sem revisatildeo pelo Conselho Editorial As medidas deveratildeo ser expressas

no Sistema Internacional (Systegraveme International SI) disponiacutevel em

httpphysicsnistgovcuuUnits e unidades padratildeo quando aplicaacutevel Recomenda-

se aos autores natildeo usar abreviaccedilotildees no tiacutetulo e limitar a sua utilizaccedilatildeo no resumo e

ao longo do texto Os nomes geneacutericos devem ser usados para todas as drogas Os

faacutermacos podem ser referidos pelo nome comercial poreacutem deve constar o nome

cidade e paiacutes ou endereccedilo eletrocircnico do fabricante entre parecircnteses na seccedilatildeo

Materiais e Meacutetodos

Abreviaturas O uso de abreviaturas deve ser minimizado As abreviaturas deveratildeo

ser definidas por ocasiatildeo de sua primeira utilizaccedilatildeo no resumo e tambeacutem no texto

Abreviaturas natildeo padratildeo natildeo devem ser utilizadas a menos que essas apareccedilam

pelo menos trecircs vezes no texto Unidades de medida (3 ml ou 3 mL e natildeo 3

mililitros) ou siacutembolos cientiacuteficos padratildeo (elementos quiacutemicos por exemplo Na e

natildeo soacutedio) natildeo satildeo consideradas abreviaturas e portanto natildeo devem ser definidos

Abreviar nomes longos ou substacircncias quiacutemicas e termos utilizados para

combinaccedilotildees terapecircuticas Abreviaturas em figuras e tabelas podem ser utilizadas

por razotildees de espaccedilo poreacutem devem ser definidas na legenda mesmo que tenham

sido definidas no texto do artigo

Formato dos arquivos Usar editor de texto Microsoft Word para Windows ou

42

equivalente Arquivos em formato PDF natildeo devem ser enviados As tabelas e

quadros deveratildeo estar em seus arquivos originais (Excel Acess Powerpoint etc)

As figuras deveratildeo estar nos formatos jpg ou tif em alta resoluccedilatildeo (300 dpi) As

figuras deveratildeo estar incluiacutedas no arquivo Word mas tambeacutem devem ser enviadas

separadamente (anexadas durante a submissatildeo do artigo como documento

suplementar em seus arquivos originais)

Paacutegina de rosto A paacutegina de rosto deve conter (1) a categoria do artigo (2) o tiacutetulo

do artigo em portuguecircs inglecircs e espanhol com ateacute 80 caracteres cada que deve ser

objetivo e informativo (3) os nomes completos dos autores instituiccedilatildeo formaccedilatildeo

acadecircmica de origem (a mais relevante) cidade estado e paiacutes (4) nome do autor

correspondente com endereccedilo completo telefone e e-mail A titulaccedilatildeo dos autores

natildeo deve ser incluiacuteda O nome completo de cada autor (sem abreviaccedilotildees) e sua

afiliaccedilatildeo institucional (nota as unidades hieraacuterquicas devem ser apresentadas em

ordem decrescente por exemplo universidade faculdade ou instituto e

departamento) devem ser informados Os nomes das instituiccedilotildees e programas

deveratildeo ser apresentados preferencialmente por extenso e na liacutengua original da

instituiccedilatildeo ou na versatildeo em inglecircs quando a escrita natildeo eacute latina (pex aacuterabe

mandarim ou grego)

Resumo O resumo em portuguecircs inglecircs e espanhol deve ser incluiacutedo no

manuscrito Em cada um dos idiomas natildeo deve conter mais do que 300 palavras A

versatildeo estruturada eacute obrigatoacuteria nos artigos originais e inclui objetivos meacutetodos

resultados e conclusatildeo Artigos de revisatildeo natildeo requerem resumo estruturado

Palavras-chave O artigo deve incluir no miacutenimo trecircs e no maacuteximo seis descritores

em portuguecircs inglecircs e espanhol baseados nos Descritores de Ciecircncias da Sauacutede

(DeCS) httpdecsbvsbr ou no Medical Subject Headings (MeSH) da National

Library of Medicine disponiacutevel em httpwwwnlmnihgovmeshmeshhomehtml

oubaseados no Medical SubjectHeading (MeSH) do Index Medicus

(httpwwwnlmnihgovmesh)

Introduccedilatildeo A introduccedilatildeo deve conter (1) justificativa objetiva para o estudo com

referecircncias pertinentes ao assunto sem realizar uma revisatildeo extensa (2) objetivo do

artigo

Materiais e Meacutetodos Esta seccedilatildeo deve descrever os experimentos (quantitativa e

qualitativamente) e os procedimentos em detalhes suficientes que permitam que

outros pesquisadores reproduzam os resultados ou deem continuidade ao estudo

e deveraacute conter (1) a descriccedilatildeo clara da amostra utilizada (2) termo de

consentimento para estudos experimentais envolvendo seres humanos (3)

identificaccedilatildeo dos meacutetodos aparelhos (nome do fabricante e endereccedilo cidade e paiacutes

devem ser menciondos entre parecircnteses) e procedimentos utilizados (4) descriccedilatildeo

breve e referecircncias de meacutetodos publicados mas natildeo amplamente conhecidos (5)

43

descriccedilatildeo detalhada de meacutetodos novos ou modificados (6) quando pertinente incluir

a anaacutelise estatiacutestica e os programas utilizados Importante Ao relatar experimentos

com seres humanos ou animais indicar se os procedimentos seguiram as normas

do Comitecirc Eacutetico sobre Experiecircncias Humanas da instituiccedilatildeo na qual a pesquisa foi

realizada e se os procedimentos estatildeo de acordo com a declaraccedilatildeo de Helsinki de

1995 e a Animal Experimentation Ethics respectivamente Os autores devem incluir

uma declaraccedilatildeo indicando que o protocolo foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica da

Instituiccedilatildeo (instituiccedilatildeo de afiliaccedilatildeo de pelo menos um dos autores) com o respectivo

nuacutemero de identificaccedilatildeo Tambeacutem deve incluir que o Termo de Consentimento Livre

e Esclarecido foi assinado por todos os participantes

Resultados Apresentar os resultados em sequecircncia loacutegica no texto usando tabelas

e figuras Evitar repeticcedilatildeo excessiva de dados no texto em tabelas ou figuras

poreacutem enfatizar somente as descobertas mais importantes

Discussatildeo Enfatizar os aspectos originais e importantes do estudo e as conclusotildees

que decorrem deste evitando poreacutem repetir dados jaacute apresentados em outras

partes do manuscrito Em estudos experimentais ressaltar a relevacircncia e limitaccedilotildees

dos resultados confrontando com os dados da literatura e incluindo implicaccedilotildees

para estudos futuros

Conclusotildees A conclusatildeo deve ser clara e concisa baseada nos resultados

obtidos estabelecendo ligaccedilatildeo com implicaccedilotildees cliacutenicas evitando poreacutem excessiva

generalizaccedilatildeo) A mesma ecircnfase deve ser dada a estudos com resultados negativos

ou positivos Recomendaccedilotildees podem ser incluiacutedas quando relevantes

Agradecimentos Quando pertinente incluir agradecimento ou reconhecimento a

pessoas que tenham contribuiacutedo para o desenvolvimento do trabalho poreacutem natildeo se

qualificam como coautores Fontes de financiamento como auxiacutelio a pesquisa e

bolsas de estudo devem ser reconhecidos nesta seccedilatildeo Os autores deveratildeo obter

permissatildeo por escrito para mencionar nomes e instituiccedilotildees de todos os que

receberam agradecimentos nominais

Referecircncias As referecircncias devem ser numeradas na sequecircncia em que aparecem

no texto em formato sobrescrito As referecircncias citadas somente em legendas de

tabelas ou figuras devem ser numeradas de acordo com sequecircncia estabelecida

pela primeira menccedilatildeo da tabela ou da figura no texto O estilo das referecircncias

bibliograacuteficas deve seguir as regras do Uniform Requirements for Manuscripts

Submitted to Biomedical Journals (International Committee of Medical Journal

Editors disponiacutevel em Ann Intern Med 1997126(1)36-47 httpwwwicmjeorg)

Alguns exemplos satildeo mostrados a seguir Os tiacutetulos dos perioacutedicos devem ser

abreviados de acordo com o Index Medicus (List of Journals Indexed disponiacutevel em

httpwwwnlmnihgovtsdserialsljihtml) Se o perioacutedico natildeo constar dessa lista

deve-se utilizar a abreviatura sugerida pelo proacuteprio perioacutedico Deve-se evitar utilizar

44

ldquocomunicaccedilotildees pessoaisrdquo ou ldquoobservaccedilotildees natildeo publicadasrdquo como referecircncias

Resumos de tranalhos apresentados em eventos devem ser utilizados somente se

for a uacutenica fonte de informaccedilatildeo

Tabelas As tabelas devem ser elaboradas em espaccedilo 15 devendo ser planejadas

para ter como largura uma (87cm) ou duas colunas (18 cm) Cada tabela deve

possuir um tiacutetulo sucinto Notas explicativas seratildeo incluiacutedas em notas de rodapeacute A

tabela deve conter meacutedias e medidas de dispersatildeo (Desvio Padratildeo Erro Padratildeo da

Meacutedia etc) natildeo devendo conter casas decimais irrelevantes As abreviaturas

devem estar de acordo com aquelas utilizadas no texto e nas figuras Os coacutedigos de

identificaccedilatildeo de itens da tabela devem estar listados na ordem de surgimento no

sentido horizontal e devem ser identificados pelos siacutembolos padratildeo Os quadros e

tabelas deveratildeo ser enviados atraveacutes dos arquivos originais editaacuteveis (Word Excel)

e natildeo como imagens

Figuras Na versatildeo impressa da RBME seratildeo aceitas figuras em preto-e-branco

Imagens coloridas poderatildeo ser publicadas quando forem essenciais para o conteuacutedo

cientiacutefico do artigo Nestes casos o custo seraacute repassado aos autores Figuras

coloridas poderatildeo ser incluiacutedas na versatildeo eletrocircnica do artigo sem custo adicional

aos autores Os desenhos e figuras devem ser consistentes e tatildeo simples quanto

possiacutevel poreacutem informativos Tons de cinza natildeo devem ser utilizados Todas as

linhas devem ser soacutelidas Para graacuteficos de barra por exemplo utilizar barras

brancas pretas com linhas diagonais nas duas direccedilotildees linhas em xadrez linhas

horizontais e verticais A RBME desaconselha fortemente o uso de fotografias de

equipamentos e animais de experimentaccedilatildeo As figuras devem ser impressas com

bom contraste e ter a largura de uma coluna (87cm) Utilizar no miacutenimo fonte

tamanho 10 para letras nuacutemeros e siacutembolos com espaccedilamento e alinhamento

adequados Quando a figura representar uma radiografia ou fotografia sugerimos

incluir a escala de tamanho quando pertinente

Por favor note que eacute de responsabilidade dos autores obter permissatildeo do detentor

dos direitos autorais para reproduzir figuras (ou tabelas) que tenham sido

previamente publicados em outras fontes De acordo com os princiacutepios do acesso

aberto os autores devem ter permissatildeo do detentor dos direitos caso desejem

incluir imagens que tenham sido publicados em outros perioacutedicos de acesso natildeo

aberto A permissatildeo deve ser indicada na legenda da figura e a fonte original deve

ser incluiacuteda na lista de referecircncias

45

APEcircNDICE I ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE)

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Vocecirc estaacute sendo convidada(o) a participar da pesquisa intitulada

ldquoCARACTERIZACcedilAtildeO DA DOR E SUA RELACcedilAtildeO COM EQUILIacuteBRIO

POSTURAL ESTAacuteTICO EM ATLETAS DE GINAacuteSTICA RIacuteTMICArdquo realizada pela

Universidade Federal de Sergipe por intermeacutedio da discente TAINARA DOS

SANTOS BOMFIM devidamente assistida pelo seu orientador PAULO MAacuteRCIO

PEREIRA OLIVEIRA O objetivo desse estudo eacute caracterizar a Dor

musculoesqueleacutetica em atletas de elite de ginaacutestica riacutetmica e analisar a relaccedilatildeo da

dor no equiliacutebrio postural estaacutetico das atletas comparando com controles natildeo

atletas A justificativa para a realizaccedilatildeo da pesquisa eacute documentar na literatura

escassa estudo sobre a relaccedilatildeo da dor com o equiliacutebrio postural estaacutetico em

atletas de elite de Ginaacutestica Riacutetmica Sua participaccedilatildeo nessa pesquisa consistiraacute

em responder um questionaacuterio e realizar avaliaccedilatildeo de equiliacutebrio que ocorreraacute em

um uacutenico momento Natildeo haacute riscos previsiacuteveis relacionados com sua participaccedilatildeo

nem danos previsiacuteveis decorrentes da pesquisa Os benefiacutecios relacionados com

sua participaccedilatildeo satildeo

1 Identificar alteraccedilotildees posturais de equiliacutebrio em atletas de alto rendimento

2 Evidenciar se o processo de dor em atletas eacute igual maior ou menor quando

comparado com pessoas natildeo atletas

3 Evidenciar se as variaccedilotildees aacuterea e velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo

de pressatildeo se igualam ou natildeo a pessoas natildeo atletas

Vocecirc foi selecionado por preencher os requisitos da pesquisa mas sua

participaccedilatildeo NAtildeO Eacute OBRIGATOacuteRIA sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo em sua

relaccedilatildeo com a instituiccedilatildeo ou com o pesquisador

Eu________________________________________________________________

abaixo assinado declaro que fui informado que as informaccedilotildees obtidas atraveacutes

dessa pesquisa seratildeo confidenciais e o sigilo sobre minha participaccedilatildeo seraacute

assegurado De tal modo que os dados natildeo seratildeo divulgados de forma a possibilitar

minha identificaccedilatildeo Tambeacutem estou ciente de que a qualquer momento posso

desistir de minha participaccedilatildeo e retirar meu consentimento Declaro que entendi os

objetivos riscos e benefiacutecios de minha participaccedilatildeo na pesquisa e concordo em

participar

Vocecirc receberaacute uma coacutepia deste termo onde consta o telefone e o endereccedilo do

pesquisador principal podendo tirar suas duacutevidas sobre o Projeto de Pesquisa de

sua participaccedilatildeo agora ou a qualquer momento

46

DADOS DO PESQUISADOR RESPONSAacuteVEL

Nome Tainara dos Santos Bomfim

Endereccedilo profissionale-mail Rua Padre Aacutelvares Pitangueira sn - Centro

Departamento de Fisioterapia bftainaragmailcom

Telefone (79) 9 9806-7487

ATENCcedilAtildeO A participaccedilatildeo em qualquer tipo de pesquisa eacute voluntaacuteria Em casos de

duacutevida quanto aos seus direitos entre em contato com o Comitecirc de Eacutetica em

Pesquisa da Universidade Federal de Sergipe

Lagarto _____de _____de 201_

_____________________________________________________

ASSINATURA DO VOLUNTAacuteRIO

_____________________________________________________

ASSINATURA DO PESQUISADOR RESPONSAacuteVEL

Page 28: CARACTERIZAÇÃO DA DOR E SUA RELAÇÃO COM O … · tainara dos santos bomfim caracterizaÇÃo da dor e sua relaÇÃo com o equilÍbrio postural em atletas de ginÁstica rÍtmica

28

impressotildees fiacutesicas desse estiacutemulo doloroso aacutelgico e uma auto-avaliaccedilatildeo da sua dor

respectivamente34

Segundo Pimenta e Texeira18 as diferenccedilas na estratificaccedilatildeo da dor se

justificam pelo fato das interpretaccedilotildees de informaccedilotildees cognitivas serem

condicionadas por experiecircncias preacutevias em diferentes momentos do estiacutemulo da dor

gerando respostas variadas agrave experiecircncia dolorosa por ser um processo

individualizado Aleacutem disso a dor eacute uma experiecircncia complexa descrita em termos

de caracteriacutesticas sensoriais afetivo-motivacionais cognitivas e comportamentais

Desta forma o resultado de uma avaliaccedilatildeo da percepccedilatildeo dolorosa pode depender

de qual dimensatildeo da dor esteja sendo vivenciada no momento da avaliaccedilatildeo por

cada indiviacuteduo14

Hoskins et al29 utilizaram a escala visual analoacutegica (EVA) e o questionaacuterio

McGill para comparar a intensidade e a qualidade de dor lombar entre atletas de

elite amadores e natildeo atletas Foram observadas diferenccedilas significativas entre os

grupos mostrando que os atletas de elite apresentaram intensidade de dor mais

alta assim como escolheram com mais frequecircncia palavras das categorias sensorial

e afetiva De forma semelhante a nossa pesquisa o domiacutenio sensorial apresentou o

maior iacutendice de dor e maior frequecircncia de palavras escolhidas Tal fato possa ser

justificado por esse ser o domiacutenio de maior representatividade no questionaacuterio

agregando termos de qualidades sensitivas dor18 Poreacutem a dimensatildeo afetiva natildeo foi

evidenciada com maior frequecircncia no presente estudo Esta representa um estado

emocional o qual pode ser traduzido por percepccedilotildees de cansaccedilo sentimentos de

medo e puniccedilatildeo assim como reaccedilotildees autonocircmicas34 Reading32 e Pimenta e

Teixeira18 em seus estudos relataram que os pacientes que sentem dores de

caracteriacutestica aguda preferem descritores da categoria sensorial Por outro lado

indiviacuteduos que sentem dor crocircnica usualmente tendem a selecionar mais

descritores da categoria afetiva levando em conta fenocircmenos cognitivo de

antecipaccedilatildeo memoacuteria atenccedilatildeo e experiecircncia anterior

Os resultados desta pesquisa demonstraram que a regiatildeo com maior

prevalecircncia de queixa dolorosa em atletas de elite de GR foi a articulaccedilatildeo do quadril

com aproximadamente cinquenta e dois por cento das queixas Isto pode estar

relacionado ao fato da articulaccedilatildeo do quadril ser responsaacutevel pela absorccedilatildeo de

29

grandes cargas compressivas durante a fase de aterrissagem dos saltos o qual eacute

um movimento especiacutefico do esporte Aleacutem disso no quadril estaacute localizado o centro

de gravidade do corpo assim as cargas que satildeo geradas ou transmitidas por essa

regiatildeo geram influecircncia no desempenho esportivo Desse modo pesquisas

cientiacuteficas relatam sobre a importacircncia da forccedila dos muacutesculos estabilizadores do

quadril no surgimento e desenvolvimento de dores nesta articulaccedilatildeo4 35 Steinberg et

al36 realizaram uma analise sistemaacutetica do desempenho da musculatura do quadril

no desenvolvimento de lesotildees no membro inferior e encontraram que a diminuiccedilatildeo

da funccedilatildeo dos muacutesculos do quadril associada a cargas repetitivas no membro

inferior pode aumentar o risco de lesotildees no joelho e em todo o membro

De forma contraacuteria aos nossos resultados Guiotte et al2 Sabeti et al21 e

Oliveira et al23 avaliaram ginastas de diferentes categorias e relataram que a regiatildeo

anatocircmica de queixa dolorosa mais prevalente na praacutetica da GR eacute a coluna lombar

seguida do tornozelo e joelho De acordo com Anderson et al37 a dor no quadril e

na virilha em atletas ocorrem com menor frequecircncia que lesotildees das extremidades do

membro inferior Ratificando esses autores Tschopp et al38 defendem que as

lesotildees do quadril satildeo menos comuns poreacutem satildeo mais difiacuteceis de serem

diagnoacutesticadas Pois as consideraccedilotildees anatocircmicas e biomecacircnicas para lesotildees

nesta regiatildeo estatildeo entre as mais complexas do sistema muacutesculo-esqueleacutetico

Por outro lado os nossos resultados demonstraram que a segunda

articulaccedilatildeo mais prevalente em relaccedilatildeo agrave queixa dolorosa pela praacutetica de GR em

atletas de elite foi o tornozelo-peacute (44) Tal fato se justifica por alguns fatores como

sobrecarga excessiva nos muacutesculos intriacutensecos do peacute os quais satildeo responsaacuteveis

pela formaccedilatildeo do arco plantar existecircncia de compressotildees excessivas nos

segmentos oacutesseos devido ao processo de absorccedilatildeo de impacto nos saltos aleacutem da

necessidade de manutenccedilatildeo da postura do tornozelo-peacute em flexatildeo plantar por

tempos prolongados

De acordo com Han et al39 o complexo do tornozelo-peacute na maioria das

atividades esportivas eacute a uacutenica parte do corpo que estaacute em contato com solo

Assim a propriocepccedilatildeo do tornozelo contribui de forma extremamente significativa

para o controle do equiliacutebrio pois fornece informaccedilotildees que permitem o ajuste de

posiccedilotildees e movimentos dos membros para realizaccedilatildeo das tarefas motoras

30

complexas exigidas no esporte de elite Saito et al12 em sua pesquisa ao avaliarem

atletas com e sem lesatildeo no tornozelo observaram que as lesotildees no tornozelo aleacutem

de causar alteraccedilotildees musculares e osteocinemaacuteticas promovem de forma direta

repercussotildees negativas no controle neuromuscular da articulaccedilatildeo predispondo-a aacute

episoacutedios recidivantes em virtude do comprometimento do feedback neurosensorial

afetando o controle postural e consequentemente o desempenho nas atividades

motoras

De acordo com os dados obtidos no nosso estudo foi observada nas atletas

uma maior aacuterea de deslocamento do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo (COP) do

corpo demonstrando um menor equiliacutebrio estaacutetico das ginastas ao comparar com

controles natildeo atletas Isto pode estar relacionado a uma maior intensidade e

presenccedila do estiacutemulo doloroso no corpo das atletas e a intensa quantidade de

repeticcedilotildees dos exerciacutecios de forma assimeacutetrica pela preferecircncia do membro

dominante Desse modo diversas pesquisas relatam que a presenccedila da dor pode

aumentar a aacuterea do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo (ACOP) produzindo uma piora

do equiliacutebrio corporal4 12 15 16 Lin et al16 e Shigaki et al4 em seus estudos avaliaram

o equiliacutebrio de atletas comparando trecircs grupos atletas com lesatildeo atletas sem lesatildeo

e natildeo atletas Evidenciaram que atletas com lesatildeo apresentaram maior oscilaccedilatildeo do

centro de pressatildeo comparado a indiviacuteduos natildeo atletas e atletas sem lesatildeo Poreacutem

quando comparados atletas sem lesatildeo com indiviacuteduos natildeo atletas natildeo foi observado

diferenccedila significativa

Ao mesmo tempo em nosso estudo foi encontrado uma velocidade meacutedia do

COP maior no grupo atleta em ambas as direccedilotildees ao comparar com controles natildeo

atletas Sendo a velocidade meacutedia do COP maior no plano sagital (anteroposterior)

em relaccedilatildeo ao plano frontal (meacutediolateral) Isto ocorre porque as atletas apresentam

uma resposta neuromuscular mais raacutepida para recuperaccedilatildeo da estabilidade do corpo

adquirida pelo treinamento esportivo essencialmente no plano sagital em que as

estrateacutegias posturais para recuperaccedilatildeo do equiliacutebrio satildeo mais efetivas

Diversos estudos publicados na literatura abordam a habilidade do controle

postural em atletas2 8-12 Matsuda et al10 relatam que atletas tecircm capacidade de

equiliacutebrio dinacircmico superior quando comparados a indiviacuteduos natildeo atletas Da

mesma forma Merlo et al11 acreditam a praacutetica de esportes produz adaptaccedilotildees que

31

ou desenvolvimento de consciecircncia de estrateacutegias posturais natildeo evidenciadas em

sujeitos natildeo praticantes de atividade esportiva

Os resultados encontrados por meio desse estudo mostraram que a dor em

sua dimensatildeo avaliativa apresentou relaccedilatildeo significativa com a velocidade meacutedia do

centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo do corpo na direccedilatildeo mediolateral Tal fato evidencia

que a percepccedilatildeo do estiacutemulo doloroso interfere de maneira significativa na

habilidade do atleta em reestabelecer a estabilidade postural apoacutes perturbaccedilatildeo do

equiliacutebrio em postura estaacutetica Prejudicando o desempenho atleacutetico na modalidade

uma vez que as atletas dependem da estabilidade postural para execuccedilatildeo da praacutetica

esportiva Alguns autores relatam a influecircncia da dor e fatores psicoemocionais na

performance e desempenho de atletas de alto rendimento Couto e Pedroni40

avaliaram a relaccedilatildeo da queixa e limiar doloroso com incidecircncia de lesatildeo em

bailarinas claacutessicas Os resultados do estudo mostraram que houve relaccedilatildeo

significativa entre as regiotildees de lesatildeo com a dor evidenciando que a dor estaacute

diretamente relacionada com o surgimento de lesatildeo nessa populaccedilatildeo Dore e

Guerra41 em seu estudo investigaram a prevalecircncia e fatores associados agrave

sintomatologia dolorosa em bailarinos profissionais utilizando a versatildeo brasileira do

questionaacuterio McGill e Inventaacuterio para dor de Wisconsin Foram verificadas

correlaccedilotildees positivas com significacircncia entre o grau de intensidade dolorosa e

atividades diaacuterias sono humor e relacionamento pessoal

O presente estudo sinaliza uma relaccedilatildeo da presenccedila do estiacutemulo doloroso

com o equiliacutebrio postural As alteraccedilotildees no equiliacutebrio corporal tecircm sido muito

estudadas em diferentes populaccedilotildees assim como o comportamento da dor e lesotildees

no desempenho de atletas de diferentes niacuteveis competitivos e modalidades

esportivas Corroborando com nossa pesquisa Meardon et al15 defendem que a

presenccedila de lesatildeo e dor em atletas pode afetar negativamente o equiliacutebrio corporal

Em sua pesquisa examinou controle postural dinacircmico em corredores lesionados

com dor e sem lesatildeo usando o Star Excursion Balance Test (SEBT) Quando

comparado corredores lesionados com controles sem lesatildeo os resultados

demonstraram controle dinacircmico deficiente das forccedilas verticais ao executar as

tarefas de pouso e estabilizaccedilatildeo em apoio unipodal

32

Contudo ainda satildeo raros os estudos sobre a caracterizaccedilatildeo da dor e do

equiliacutebrio corporal em atletas de ginaacutestica riacutetmica Por meio desse estudo foi

observado que atletas de elite de GR demonstraram aumento da dor descrita em

todos os domiacutenios avaliados pelo questionaacuterio McGill (plt0001) A dor nas ginastas

tem o perfil sensorial e avaliativo e se manifesta principalmente nas articulaccedilotildees do

quadril e tornozelo-peacute em virtude da especificidade do gesto esportivo Aleacutem disso

as atletas tambeacutem apresentam menor estabilidade do controle postural (plt005)

sendo notada possiacutevel relaccedilatildeo de interferecircncia entre a auto percepccedilatildeo dolorosa e o

equiliacutebrio postural Entretanto devido agrave complexidade do tema faz-se necessaacuterio a

elaboraccedilatildeo de estudos mais aprofundados com uma amostra maior seguindo

rigorosamente os criteacuterios metodoloacutegicos que permita uma interpretaccedilatildeo mais

precisa a respeito da percepccedilatildeo dolorosa e o equiliacutebrio postural no desempenho

atleacutetico na modalidade esportiva

5 Conclusatildeo

A pesquisa mostra que as atletas de elite de GR apresentam dor de

caracteriacutesticas sensorial e avaliativa frequentemente localizada na articulaccedilatildeo do

quadril seguida do tornozelo-peacute A presenccedila da percepccedilatildeo dolorosa mostrou relaccedilatildeo

significativa com o controle postural em atletas de elite de GR Os resultados

tambeacutem evidenciaram que atletas tem menor equiliacutebrio postural estaacutetico quando

comparadas a controles natildeo atletas poreacutem demonstram maior habilidade para

reestabelecer o controle postural

6 Consideraccedilotildees Finais

Um ponto importante a ser relatado neste estudo eacute a utilizaccedilatildeo do

questionaacuterio de dor McGill Embora venha ser um questionaacuterio amplamente utilizado

em pesquisas cientiacuteficas em virtude da sua alta confiabilidade validaccedilatildeo e

adaptaccedilatildeo cultural em diferentes paiacuteses ainda satildeo raros os estudos que utilizam

essa ferramenta para avaliar a dor em atletas Com ecircnfase em estudos que

descrevam a sua aplicabilidade por domiacutenio e caracteriacutesticas multidimensionais da

33

dor Este pesquisa aparenta ter sido pioneira a qualificar a dor e descrevecirc-la em

suas dimensotildees em atletas de elite de ginaacutestica riacutetmica bem como relacionar a

percepccedilatildeo dolorosa com o equiliacutebrio postural nessa populaccedilatildeo Abrindo espaccedilo para

realizaccedilatildeo de outros estudos

Poreacutem foi encontrado como limitaccedilotildees escassez de pesquisas cientiacuteficas

atualizadas sobre abordagem multidimensional da dor em atletas essencialmente

na ginaacutestica riacutetmica Pois a grande maioria dos estudos que tem sido publicado

sobre dor nessa populaccedilatildeo estaacute relacionada agrave presenccedila do estiacutemulo doloroso e sua

intensidade em uma magnitude sensorial Outro ponto a se destacar foi a

dificuldade em coletar um grupo controle com caracteriacutesticas similares ao grupo de

estudo para que fosse formada uma amostra mais homogecircnea possiacutevel

respeitando os criteacuterios metodoloacutegicos

34

REFEREcircNCIA

1 Baston C Mancini M Schoneburg B Horak F Rocchi L Postural strategies assessed with inertial sensors in healthy and parkinsonian subjects Gait Posture 2014 may 40(1)70ndash75

2 Guiotte VA Roque CFL Olieira MR Gil AWO Rabello LM Dos Santos EVM et

al Avaliaccedilatildeo Fiacutesico - Funcional de Atletas da Ginaacutestica Riacutetmica Histoacuterico de Lesotildees e Estabilidade Postural UNOPAR Cient Ciecircnc Biol Sauacutede 2012 14(4) 217-20

3 Bosso LR Golias ARC A postura de atletas de Ginaacutestica Riacutetmica Analise atraveacutes da fotometria Rev Bras Med Esporte 2012 setout 18(5)333-337

4 Shigaki L Rabello LM Camargo MZ Santos VBC Gil AWO Oliveira MR et al Anaacutelise comparativa do equiliacutebrio unipodal de atletas de Ginastica Riacutetmica Rev Bras Med Esporte 2013 marabr 19(2)104-107

5 Whale CE Pass AN Tripp PM Chronic Groin Pain in a collegiate football running back International Journal of Athletic Therapy amp Training 2012 may 17(3)41-44

6 Jacobs JV Why we need to better understand the cortical neurophysiology of impaired postural responses with age disease or injury Frontiers in Integrative Neuroscience 2014 ago 8(69)

7 Hirata RP Ervilha UF Arendt-Nielsen L Graven-Nielsen T Experimental Muscle Pain Challenges the Postural Satability During Quiet Stance Unexpected Posture Perturbation J Pain 2011 ago 12(8)911-9

8 Ribeiro GD Suaacuterez MH Ruiz DR Efecto del entrenamiento sistemaacutetico de gimnasia riacutetmica sobre el control postural de ninas adolescentes Rev Andal Med 2015 jun 8(2)54-60

9 Teixeira CL Equiliacutebrio e controle postural Brazilian Journal of Biomechanics 2010 11(20)31-40

10 Matsuda S Demura S Uchiyama M Centre of pressure sway characteristics during static one-legged stance of athletes from different sports Journal of Sports Sciences 2008 may 26(7)775 ndash 779

11 Merlo JK Stoppa ACL Macedo CSG Silva Juacutenior RA Anaacutelise Comparativa do Equiliacutebrio em Apoio Unipodal em Indiviacuteduos Sedentaacuterios e Atletas UNOPAR Cient Ciecircnc Biol Sauacutede 2010 12(4)29-32

12 Saito KA Navarro M Silva MF Arie EK Peccin MS Oscilaccedilatildeo do centro de pressatildeo plantar de atletas e natildeo atletas com e sem entorse de tornozelo Rev Bras Ortop 2016 51(4)437ndash443

35

13 Lamb M Oliveira PD Tano SS Gil AWO Dos Santos EVN Fernandes KBP

Efeito do treinamento proprioceptivo no equiliacutebrio de atletas de ginaacutestica riacutetmica Rev Bras Med Esporte 2014 setout 20(5)379-382

14 Silva JA Ribeiro-Filho NP A dor como um problema psicofiacutesico Rev Dor 2011 abrjun 12(2)138-51

15 Meardon S Klusendorf A Kernozek T Influence of injury on dynamic postural control in runners The International Journal of Sports Physical Therapy 2016 jun 11(3)336

16 Lin CF Lee IJ Liao JH Wu HW Su FC Comparison of Postural Stability Between Injured and Uninjured Ballet Dancers The American Journal of Sports Medicine 2011 39(6)1324-1331

17 Varoli FK Pedrazzi V Adapted Version of the McGill Pain Questionnaire to Brazilian Portuguese Braz Dent J 2006 17(4) 328-335

18 Pimenta CAM Teixeira MJ Questionaacuterio de dor McGill proposta de adaptaccedilatildeo para a liacutengua portuguesa Rev Esc Enf USP 1996 dez 30(3)473-83

19 Rabello LM Macedo CSG Oliveira MR Fregueto JH Camargo MZ Lopes LD et al Relaccedilatildeo entre testes funcionais e plataforma de forccedila nas medidas de equiliacutebrio em atletas Rev Bras Med Esporte 2014 maijun 20(3)219-222

20 Bressel E Yonker JC Kras J et al Comparison of static and dynamic balance in female collegiate soccer basketball and gymnastics atheletes Journal of Athletic Training 2007 42(1)42ndash46

21 Sabeti M Jeremian L Graf A Kandelhart R Elite level rhythmic gymnasts have significantly more and stronger pain than peers of similar age a prospective study Wien Klin Wochenschr 201512731ndash35

22 Vanderlei FM Vanderlei FCM Netto Juacutenior J Praste CM Caracteriacutesticas das lesotildees desportivas e fatores associados com lesatildeo em iniciantes de ginaacutestica artiacutestica do sexo feminino Fisioter Pesq 201320(2)191-196

23 Oliveira MMM Lourenccedilo MRA Teixeira DC Incidecircncias de lesotildees nas equipes de Ginaacutestica Riacutetmica da UNOPAR UNOPAR Cient Ciecircnc Biol Sauacutede 2003 out 6(1)29-40

24 Frutuoso AS Diefenthaeler F Vaz MA et al Lower Limb asymmetries in rhythmic gymnastics atheletes Int Sports Phys Ther 2016 11(1)34ndash43

25 Kolar E Samardžija MP Smrdu M Atikovic A Athletes perceptions of the causes of injury in gymnastics J Sports Med Phys Fitness 2016 Mar 57(5)703-710

36

26 Mueller S Mueller J Stoll J Prieske O Cassel M Mayer F Incidence of back pain in adolescent athletes a prospective study BMC Sports Science Medicine and Rehabilitation 2016 838

27 Goubert D Danneels L Graven-Nielsen T Descheemaeker F Meeus M Differences in Pain Processing Between Patients with Chronic Low Back Pain Recurrent Low Back Pain and Fibromyalgia Pain Physician 2017 May 20(4)307-318

28 Arliani GG Cohen M Lara PS Astur DC Gonccedilalves JPP Ferretti M Impacto do esporte na sauacutede de ex-jogadores profissionais de futebol no Brasil Acta ortop bras 2014 julago 22(4)188-190

29 Hoskins W Pollard H Daff C Odell A Garbutt P McHardy A et al Low back pain status in elite and semi-elite Australian football codes a cross-sectional survey of football (soccer) Australian rules rugby league rugby union and non-athletic controls BMC Musculoskeletal Disorders 20091038

30 Ngamkham S Vincent C Finnegan L Holden JE Wang ZJ Wilkie DJ The McGill Pain Questionnaire as a Multidimensional Measure in People with Cancer An Integrative Review Pain Manag Nurs 2012 Mar 13(1) 27ndash51

31 Bermudez OAS Souza RA Souza CMF Castro CES Beacuterzn F Avaliaccedilatildeo multidimensional da dor em portadores de desordem temporomandibular utilizando uma versatildeo brasileira do questionaacuterio mcgill de dor Rev bras fisioter 2003 7(2) 151-158

32 Reading AE Everitt BS Sledmore CM The McGill Pain Questionnaire a replication of its construction Br J Clin Psychol 1982 21339ndash349

33 Melzack R The McGill Pain Questionnaire Anesthesiology 2005 103199-202

34 Pessoa CP Barreto MB Santos LB Alves TDB Oliveira MC Martins AG Instrumentos utilizados na avaliaccedilatildeo do impacto da dor na qualidade de vida de pacientes com dor orofacial e disfunccedilatildeo temporomandibular Escola Baiana de Sauacutede Puacuteblica 200731(2)267-293

35 Espinoza ES Ortiz GB Estabilidad abdominolumbopeacutelvica y equilibrio comopredictores de la incidencia de lesionesmusculoesqueleacuteticas en estudiantes de danzaUn estudio piloto Fisioterapia 2014

36 Steinberg N Dar G Dunlop M Gaida JE The relationship of hip muscle performance to legankle and foot injuries a systematic review The Physician and Sportsmedicine 2017

37 Anderson K Strickland SM Warren R Hip and Groin Injuries in Athletes The American Journal of Sports Medicine 2001 29(4) 521-533

38 Tschopp M Brunner F Erkrankungen und Uumlberlastungsschaumlden an der unteren Extremitaumlt bei Langstreckenlaumlufern Z Rheumatol 2017 Feb

37

39 Han J Anson J Waddington G Adans R Liu Y The Role of Ankle

Proprioception for Balance Control in relation to Sports Performance and Injury BioMed Research International 2015 Jun8

40 Couto AGA Pedroni CR Relaccedilatildeo entre postura queixa dolorosa e lesatildeo em bailarinas claacutessicas Ter Man 2013 11(55)228-233

41 Dore BF e Guerra RO Sintomatologia dolorosa e fatores associados em bailarinos profissionais Rev Bras Med Esporte 2007 MarAbr13(2)77-80

38

ANEXO I ndash QUESTIONAacuteRIO DE DOR MCGILL

39

ANEXO II ndash PARECER DE APROVACcedilAtildeO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA

40

41

ANEXO III ndash NORMAS DE SUBMISSAtildeO DA REVISTA

Instruccedilotildees aos Autores

A Revista Brasileira de Medicina do Esporte - RBME (Brazilian Journal of

Sports Medicine) oacutergatildeo oficial da Sociedade Brasileira de Medicina do Exerciacutecio e

do Esporte (SBMEE) eacute publicada bimestralmente em seis ediccedilotildees ao ano (janfev

marabr maiojun julago setout e novdez) A RBME eacute indexada nas seguintes

bases bibliograacuteficas SciELO Web of Science Excerpta Medica-EMBASE Physical

Education Index LILACS SIRC-Sportdiscus e Scopus A publicaccedilatildeo segue

integralmente o padratildeo internacional do International Committee of Medical Journal

Editors (ICMJE) ou Convenccedilatildeo de Vancouver e seus requisitos de uniformizaccedilatildeo

[httpwwwicmjeorg]

Preparaccedilatildeo de manuscritos Os artigos submetidos devem ser digitados em

espaccedilo duplo fonte Arial 12 em paacutegina tamanho A4 sem numerar linhas ou

paraacutegrafos e numerando as paacuteginas no canto superior direito Figuras e tabelas

devem ser apresentadas ao final do artigo em paacuteginas separadas No corpo do

texto deve-se informar os locais para inserccedilatildeo das tabelas ou figuras Nuacutemeros

menores que 10 satildeo escritos por extenso enquanto que nuacutemeros maiores ou igual a

10 satildeo expressos em algarismos araacutebicos Os manuscritos que natildeo estiverem de

acordo com as instruccedilotildees aos autores em relaccedilatildeo a estilo e formato seratildeo

devolvidos sem revisatildeo pelo Conselho Editorial As medidas deveratildeo ser expressas

no Sistema Internacional (Systegraveme International SI) disponiacutevel em

httpphysicsnistgovcuuUnits e unidades padratildeo quando aplicaacutevel Recomenda-

se aos autores natildeo usar abreviaccedilotildees no tiacutetulo e limitar a sua utilizaccedilatildeo no resumo e

ao longo do texto Os nomes geneacutericos devem ser usados para todas as drogas Os

faacutermacos podem ser referidos pelo nome comercial poreacutem deve constar o nome

cidade e paiacutes ou endereccedilo eletrocircnico do fabricante entre parecircnteses na seccedilatildeo

Materiais e Meacutetodos

Abreviaturas O uso de abreviaturas deve ser minimizado As abreviaturas deveratildeo

ser definidas por ocasiatildeo de sua primeira utilizaccedilatildeo no resumo e tambeacutem no texto

Abreviaturas natildeo padratildeo natildeo devem ser utilizadas a menos que essas apareccedilam

pelo menos trecircs vezes no texto Unidades de medida (3 ml ou 3 mL e natildeo 3

mililitros) ou siacutembolos cientiacuteficos padratildeo (elementos quiacutemicos por exemplo Na e

natildeo soacutedio) natildeo satildeo consideradas abreviaturas e portanto natildeo devem ser definidos

Abreviar nomes longos ou substacircncias quiacutemicas e termos utilizados para

combinaccedilotildees terapecircuticas Abreviaturas em figuras e tabelas podem ser utilizadas

por razotildees de espaccedilo poreacutem devem ser definidas na legenda mesmo que tenham

sido definidas no texto do artigo

Formato dos arquivos Usar editor de texto Microsoft Word para Windows ou

42

equivalente Arquivos em formato PDF natildeo devem ser enviados As tabelas e

quadros deveratildeo estar em seus arquivos originais (Excel Acess Powerpoint etc)

As figuras deveratildeo estar nos formatos jpg ou tif em alta resoluccedilatildeo (300 dpi) As

figuras deveratildeo estar incluiacutedas no arquivo Word mas tambeacutem devem ser enviadas

separadamente (anexadas durante a submissatildeo do artigo como documento

suplementar em seus arquivos originais)

Paacutegina de rosto A paacutegina de rosto deve conter (1) a categoria do artigo (2) o tiacutetulo

do artigo em portuguecircs inglecircs e espanhol com ateacute 80 caracteres cada que deve ser

objetivo e informativo (3) os nomes completos dos autores instituiccedilatildeo formaccedilatildeo

acadecircmica de origem (a mais relevante) cidade estado e paiacutes (4) nome do autor

correspondente com endereccedilo completo telefone e e-mail A titulaccedilatildeo dos autores

natildeo deve ser incluiacuteda O nome completo de cada autor (sem abreviaccedilotildees) e sua

afiliaccedilatildeo institucional (nota as unidades hieraacuterquicas devem ser apresentadas em

ordem decrescente por exemplo universidade faculdade ou instituto e

departamento) devem ser informados Os nomes das instituiccedilotildees e programas

deveratildeo ser apresentados preferencialmente por extenso e na liacutengua original da

instituiccedilatildeo ou na versatildeo em inglecircs quando a escrita natildeo eacute latina (pex aacuterabe

mandarim ou grego)

Resumo O resumo em portuguecircs inglecircs e espanhol deve ser incluiacutedo no

manuscrito Em cada um dos idiomas natildeo deve conter mais do que 300 palavras A

versatildeo estruturada eacute obrigatoacuteria nos artigos originais e inclui objetivos meacutetodos

resultados e conclusatildeo Artigos de revisatildeo natildeo requerem resumo estruturado

Palavras-chave O artigo deve incluir no miacutenimo trecircs e no maacuteximo seis descritores

em portuguecircs inglecircs e espanhol baseados nos Descritores de Ciecircncias da Sauacutede

(DeCS) httpdecsbvsbr ou no Medical Subject Headings (MeSH) da National

Library of Medicine disponiacutevel em httpwwwnlmnihgovmeshmeshhomehtml

oubaseados no Medical SubjectHeading (MeSH) do Index Medicus

(httpwwwnlmnihgovmesh)

Introduccedilatildeo A introduccedilatildeo deve conter (1) justificativa objetiva para o estudo com

referecircncias pertinentes ao assunto sem realizar uma revisatildeo extensa (2) objetivo do

artigo

Materiais e Meacutetodos Esta seccedilatildeo deve descrever os experimentos (quantitativa e

qualitativamente) e os procedimentos em detalhes suficientes que permitam que

outros pesquisadores reproduzam os resultados ou deem continuidade ao estudo

e deveraacute conter (1) a descriccedilatildeo clara da amostra utilizada (2) termo de

consentimento para estudos experimentais envolvendo seres humanos (3)

identificaccedilatildeo dos meacutetodos aparelhos (nome do fabricante e endereccedilo cidade e paiacutes

devem ser menciondos entre parecircnteses) e procedimentos utilizados (4) descriccedilatildeo

breve e referecircncias de meacutetodos publicados mas natildeo amplamente conhecidos (5)

43

descriccedilatildeo detalhada de meacutetodos novos ou modificados (6) quando pertinente incluir

a anaacutelise estatiacutestica e os programas utilizados Importante Ao relatar experimentos

com seres humanos ou animais indicar se os procedimentos seguiram as normas

do Comitecirc Eacutetico sobre Experiecircncias Humanas da instituiccedilatildeo na qual a pesquisa foi

realizada e se os procedimentos estatildeo de acordo com a declaraccedilatildeo de Helsinki de

1995 e a Animal Experimentation Ethics respectivamente Os autores devem incluir

uma declaraccedilatildeo indicando que o protocolo foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica da

Instituiccedilatildeo (instituiccedilatildeo de afiliaccedilatildeo de pelo menos um dos autores) com o respectivo

nuacutemero de identificaccedilatildeo Tambeacutem deve incluir que o Termo de Consentimento Livre

e Esclarecido foi assinado por todos os participantes

Resultados Apresentar os resultados em sequecircncia loacutegica no texto usando tabelas

e figuras Evitar repeticcedilatildeo excessiva de dados no texto em tabelas ou figuras

poreacutem enfatizar somente as descobertas mais importantes

Discussatildeo Enfatizar os aspectos originais e importantes do estudo e as conclusotildees

que decorrem deste evitando poreacutem repetir dados jaacute apresentados em outras

partes do manuscrito Em estudos experimentais ressaltar a relevacircncia e limitaccedilotildees

dos resultados confrontando com os dados da literatura e incluindo implicaccedilotildees

para estudos futuros

Conclusotildees A conclusatildeo deve ser clara e concisa baseada nos resultados

obtidos estabelecendo ligaccedilatildeo com implicaccedilotildees cliacutenicas evitando poreacutem excessiva

generalizaccedilatildeo) A mesma ecircnfase deve ser dada a estudos com resultados negativos

ou positivos Recomendaccedilotildees podem ser incluiacutedas quando relevantes

Agradecimentos Quando pertinente incluir agradecimento ou reconhecimento a

pessoas que tenham contribuiacutedo para o desenvolvimento do trabalho poreacutem natildeo se

qualificam como coautores Fontes de financiamento como auxiacutelio a pesquisa e

bolsas de estudo devem ser reconhecidos nesta seccedilatildeo Os autores deveratildeo obter

permissatildeo por escrito para mencionar nomes e instituiccedilotildees de todos os que

receberam agradecimentos nominais

Referecircncias As referecircncias devem ser numeradas na sequecircncia em que aparecem

no texto em formato sobrescrito As referecircncias citadas somente em legendas de

tabelas ou figuras devem ser numeradas de acordo com sequecircncia estabelecida

pela primeira menccedilatildeo da tabela ou da figura no texto O estilo das referecircncias

bibliograacuteficas deve seguir as regras do Uniform Requirements for Manuscripts

Submitted to Biomedical Journals (International Committee of Medical Journal

Editors disponiacutevel em Ann Intern Med 1997126(1)36-47 httpwwwicmjeorg)

Alguns exemplos satildeo mostrados a seguir Os tiacutetulos dos perioacutedicos devem ser

abreviados de acordo com o Index Medicus (List of Journals Indexed disponiacutevel em

httpwwwnlmnihgovtsdserialsljihtml) Se o perioacutedico natildeo constar dessa lista

deve-se utilizar a abreviatura sugerida pelo proacuteprio perioacutedico Deve-se evitar utilizar

44

ldquocomunicaccedilotildees pessoaisrdquo ou ldquoobservaccedilotildees natildeo publicadasrdquo como referecircncias

Resumos de tranalhos apresentados em eventos devem ser utilizados somente se

for a uacutenica fonte de informaccedilatildeo

Tabelas As tabelas devem ser elaboradas em espaccedilo 15 devendo ser planejadas

para ter como largura uma (87cm) ou duas colunas (18 cm) Cada tabela deve

possuir um tiacutetulo sucinto Notas explicativas seratildeo incluiacutedas em notas de rodapeacute A

tabela deve conter meacutedias e medidas de dispersatildeo (Desvio Padratildeo Erro Padratildeo da

Meacutedia etc) natildeo devendo conter casas decimais irrelevantes As abreviaturas

devem estar de acordo com aquelas utilizadas no texto e nas figuras Os coacutedigos de

identificaccedilatildeo de itens da tabela devem estar listados na ordem de surgimento no

sentido horizontal e devem ser identificados pelos siacutembolos padratildeo Os quadros e

tabelas deveratildeo ser enviados atraveacutes dos arquivos originais editaacuteveis (Word Excel)

e natildeo como imagens

Figuras Na versatildeo impressa da RBME seratildeo aceitas figuras em preto-e-branco

Imagens coloridas poderatildeo ser publicadas quando forem essenciais para o conteuacutedo

cientiacutefico do artigo Nestes casos o custo seraacute repassado aos autores Figuras

coloridas poderatildeo ser incluiacutedas na versatildeo eletrocircnica do artigo sem custo adicional

aos autores Os desenhos e figuras devem ser consistentes e tatildeo simples quanto

possiacutevel poreacutem informativos Tons de cinza natildeo devem ser utilizados Todas as

linhas devem ser soacutelidas Para graacuteficos de barra por exemplo utilizar barras

brancas pretas com linhas diagonais nas duas direccedilotildees linhas em xadrez linhas

horizontais e verticais A RBME desaconselha fortemente o uso de fotografias de

equipamentos e animais de experimentaccedilatildeo As figuras devem ser impressas com

bom contraste e ter a largura de uma coluna (87cm) Utilizar no miacutenimo fonte

tamanho 10 para letras nuacutemeros e siacutembolos com espaccedilamento e alinhamento

adequados Quando a figura representar uma radiografia ou fotografia sugerimos

incluir a escala de tamanho quando pertinente

Por favor note que eacute de responsabilidade dos autores obter permissatildeo do detentor

dos direitos autorais para reproduzir figuras (ou tabelas) que tenham sido

previamente publicados em outras fontes De acordo com os princiacutepios do acesso

aberto os autores devem ter permissatildeo do detentor dos direitos caso desejem

incluir imagens que tenham sido publicados em outros perioacutedicos de acesso natildeo

aberto A permissatildeo deve ser indicada na legenda da figura e a fonte original deve

ser incluiacuteda na lista de referecircncias

45

APEcircNDICE I ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE)

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Vocecirc estaacute sendo convidada(o) a participar da pesquisa intitulada

ldquoCARACTERIZACcedilAtildeO DA DOR E SUA RELACcedilAtildeO COM EQUILIacuteBRIO

POSTURAL ESTAacuteTICO EM ATLETAS DE GINAacuteSTICA RIacuteTMICArdquo realizada pela

Universidade Federal de Sergipe por intermeacutedio da discente TAINARA DOS

SANTOS BOMFIM devidamente assistida pelo seu orientador PAULO MAacuteRCIO

PEREIRA OLIVEIRA O objetivo desse estudo eacute caracterizar a Dor

musculoesqueleacutetica em atletas de elite de ginaacutestica riacutetmica e analisar a relaccedilatildeo da

dor no equiliacutebrio postural estaacutetico das atletas comparando com controles natildeo

atletas A justificativa para a realizaccedilatildeo da pesquisa eacute documentar na literatura

escassa estudo sobre a relaccedilatildeo da dor com o equiliacutebrio postural estaacutetico em

atletas de elite de Ginaacutestica Riacutetmica Sua participaccedilatildeo nessa pesquisa consistiraacute

em responder um questionaacuterio e realizar avaliaccedilatildeo de equiliacutebrio que ocorreraacute em

um uacutenico momento Natildeo haacute riscos previsiacuteveis relacionados com sua participaccedilatildeo

nem danos previsiacuteveis decorrentes da pesquisa Os benefiacutecios relacionados com

sua participaccedilatildeo satildeo

1 Identificar alteraccedilotildees posturais de equiliacutebrio em atletas de alto rendimento

2 Evidenciar se o processo de dor em atletas eacute igual maior ou menor quando

comparado com pessoas natildeo atletas

3 Evidenciar se as variaccedilotildees aacuterea e velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo

de pressatildeo se igualam ou natildeo a pessoas natildeo atletas

Vocecirc foi selecionado por preencher os requisitos da pesquisa mas sua

participaccedilatildeo NAtildeO Eacute OBRIGATOacuteRIA sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo em sua

relaccedilatildeo com a instituiccedilatildeo ou com o pesquisador

Eu________________________________________________________________

abaixo assinado declaro que fui informado que as informaccedilotildees obtidas atraveacutes

dessa pesquisa seratildeo confidenciais e o sigilo sobre minha participaccedilatildeo seraacute

assegurado De tal modo que os dados natildeo seratildeo divulgados de forma a possibilitar

minha identificaccedilatildeo Tambeacutem estou ciente de que a qualquer momento posso

desistir de minha participaccedilatildeo e retirar meu consentimento Declaro que entendi os

objetivos riscos e benefiacutecios de minha participaccedilatildeo na pesquisa e concordo em

participar

Vocecirc receberaacute uma coacutepia deste termo onde consta o telefone e o endereccedilo do

pesquisador principal podendo tirar suas duacutevidas sobre o Projeto de Pesquisa de

sua participaccedilatildeo agora ou a qualquer momento

46

DADOS DO PESQUISADOR RESPONSAacuteVEL

Nome Tainara dos Santos Bomfim

Endereccedilo profissionale-mail Rua Padre Aacutelvares Pitangueira sn - Centro

Departamento de Fisioterapia bftainaragmailcom

Telefone (79) 9 9806-7487

ATENCcedilAtildeO A participaccedilatildeo em qualquer tipo de pesquisa eacute voluntaacuteria Em casos de

duacutevida quanto aos seus direitos entre em contato com o Comitecirc de Eacutetica em

Pesquisa da Universidade Federal de Sergipe

Lagarto _____de _____de 201_

_____________________________________________________

ASSINATURA DO VOLUNTAacuteRIO

_____________________________________________________

ASSINATURA DO PESQUISADOR RESPONSAacuteVEL

Page 29: CARACTERIZAÇÃO DA DOR E SUA RELAÇÃO COM O … · tainara dos santos bomfim caracterizaÇÃo da dor e sua relaÇÃo com o equilÍbrio postural em atletas de ginÁstica rÍtmica

29

grandes cargas compressivas durante a fase de aterrissagem dos saltos o qual eacute

um movimento especiacutefico do esporte Aleacutem disso no quadril estaacute localizado o centro

de gravidade do corpo assim as cargas que satildeo geradas ou transmitidas por essa

regiatildeo geram influecircncia no desempenho esportivo Desse modo pesquisas

cientiacuteficas relatam sobre a importacircncia da forccedila dos muacutesculos estabilizadores do

quadril no surgimento e desenvolvimento de dores nesta articulaccedilatildeo4 35 Steinberg et

al36 realizaram uma analise sistemaacutetica do desempenho da musculatura do quadril

no desenvolvimento de lesotildees no membro inferior e encontraram que a diminuiccedilatildeo

da funccedilatildeo dos muacutesculos do quadril associada a cargas repetitivas no membro

inferior pode aumentar o risco de lesotildees no joelho e em todo o membro

De forma contraacuteria aos nossos resultados Guiotte et al2 Sabeti et al21 e

Oliveira et al23 avaliaram ginastas de diferentes categorias e relataram que a regiatildeo

anatocircmica de queixa dolorosa mais prevalente na praacutetica da GR eacute a coluna lombar

seguida do tornozelo e joelho De acordo com Anderson et al37 a dor no quadril e

na virilha em atletas ocorrem com menor frequecircncia que lesotildees das extremidades do

membro inferior Ratificando esses autores Tschopp et al38 defendem que as

lesotildees do quadril satildeo menos comuns poreacutem satildeo mais difiacuteceis de serem

diagnoacutesticadas Pois as consideraccedilotildees anatocircmicas e biomecacircnicas para lesotildees

nesta regiatildeo estatildeo entre as mais complexas do sistema muacutesculo-esqueleacutetico

Por outro lado os nossos resultados demonstraram que a segunda

articulaccedilatildeo mais prevalente em relaccedilatildeo agrave queixa dolorosa pela praacutetica de GR em

atletas de elite foi o tornozelo-peacute (44) Tal fato se justifica por alguns fatores como

sobrecarga excessiva nos muacutesculos intriacutensecos do peacute os quais satildeo responsaacuteveis

pela formaccedilatildeo do arco plantar existecircncia de compressotildees excessivas nos

segmentos oacutesseos devido ao processo de absorccedilatildeo de impacto nos saltos aleacutem da

necessidade de manutenccedilatildeo da postura do tornozelo-peacute em flexatildeo plantar por

tempos prolongados

De acordo com Han et al39 o complexo do tornozelo-peacute na maioria das

atividades esportivas eacute a uacutenica parte do corpo que estaacute em contato com solo

Assim a propriocepccedilatildeo do tornozelo contribui de forma extremamente significativa

para o controle do equiliacutebrio pois fornece informaccedilotildees que permitem o ajuste de

posiccedilotildees e movimentos dos membros para realizaccedilatildeo das tarefas motoras

30

complexas exigidas no esporte de elite Saito et al12 em sua pesquisa ao avaliarem

atletas com e sem lesatildeo no tornozelo observaram que as lesotildees no tornozelo aleacutem

de causar alteraccedilotildees musculares e osteocinemaacuteticas promovem de forma direta

repercussotildees negativas no controle neuromuscular da articulaccedilatildeo predispondo-a aacute

episoacutedios recidivantes em virtude do comprometimento do feedback neurosensorial

afetando o controle postural e consequentemente o desempenho nas atividades

motoras

De acordo com os dados obtidos no nosso estudo foi observada nas atletas

uma maior aacuterea de deslocamento do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo (COP) do

corpo demonstrando um menor equiliacutebrio estaacutetico das ginastas ao comparar com

controles natildeo atletas Isto pode estar relacionado a uma maior intensidade e

presenccedila do estiacutemulo doloroso no corpo das atletas e a intensa quantidade de

repeticcedilotildees dos exerciacutecios de forma assimeacutetrica pela preferecircncia do membro

dominante Desse modo diversas pesquisas relatam que a presenccedila da dor pode

aumentar a aacuterea do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo (ACOP) produzindo uma piora

do equiliacutebrio corporal4 12 15 16 Lin et al16 e Shigaki et al4 em seus estudos avaliaram

o equiliacutebrio de atletas comparando trecircs grupos atletas com lesatildeo atletas sem lesatildeo

e natildeo atletas Evidenciaram que atletas com lesatildeo apresentaram maior oscilaccedilatildeo do

centro de pressatildeo comparado a indiviacuteduos natildeo atletas e atletas sem lesatildeo Poreacutem

quando comparados atletas sem lesatildeo com indiviacuteduos natildeo atletas natildeo foi observado

diferenccedila significativa

Ao mesmo tempo em nosso estudo foi encontrado uma velocidade meacutedia do

COP maior no grupo atleta em ambas as direccedilotildees ao comparar com controles natildeo

atletas Sendo a velocidade meacutedia do COP maior no plano sagital (anteroposterior)

em relaccedilatildeo ao plano frontal (meacutediolateral) Isto ocorre porque as atletas apresentam

uma resposta neuromuscular mais raacutepida para recuperaccedilatildeo da estabilidade do corpo

adquirida pelo treinamento esportivo essencialmente no plano sagital em que as

estrateacutegias posturais para recuperaccedilatildeo do equiliacutebrio satildeo mais efetivas

Diversos estudos publicados na literatura abordam a habilidade do controle

postural em atletas2 8-12 Matsuda et al10 relatam que atletas tecircm capacidade de

equiliacutebrio dinacircmico superior quando comparados a indiviacuteduos natildeo atletas Da

mesma forma Merlo et al11 acreditam a praacutetica de esportes produz adaptaccedilotildees que

31

ou desenvolvimento de consciecircncia de estrateacutegias posturais natildeo evidenciadas em

sujeitos natildeo praticantes de atividade esportiva

Os resultados encontrados por meio desse estudo mostraram que a dor em

sua dimensatildeo avaliativa apresentou relaccedilatildeo significativa com a velocidade meacutedia do

centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo do corpo na direccedilatildeo mediolateral Tal fato evidencia

que a percepccedilatildeo do estiacutemulo doloroso interfere de maneira significativa na

habilidade do atleta em reestabelecer a estabilidade postural apoacutes perturbaccedilatildeo do

equiliacutebrio em postura estaacutetica Prejudicando o desempenho atleacutetico na modalidade

uma vez que as atletas dependem da estabilidade postural para execuccedilatildeo da praacutetica

esportiva Alguns autores relatam a influecircncia da dor e fatores psicoemocionais na

performance e desempenho de atletas de alto rendimento Couto e Pedroni40

avaliaram a relaccedilatildeo da queixa e limiar doloroso com incidecircncia de lesatildeo em

bailarinas claacutessicas Os resultados do estudo mostraram que houve relaccedilatildeo

significativa entre as regiotildees de lesatildeo com a dor evidenciando que a dor estaacute

diretamente relacionada com o surgimento de lesatildeo nessa populaccedilatildeo Dore e

Guerra41 em seu estudo investigaram a prevalecircncia e fatores associados agrave

sintomatologia dolorosa em bailarinos profissionais utilizando a versatildeo brasileira do

questionaacuterio McGill e Inventaacuterio para dor de Wisconsin Foram verificadas

correlaccedilotildees positivas com significacircncia entre o grau de intensidade dolorosa e

atividades diaacuterias sono humor e relacionamento pessoal

O presente estudo sinaliza uma relaccedilatildeo da presenccedila do estiacutemulo doloroso

com o equiliacutebrio postural As alteraccedilotildees no equiliacutebrio corporal tecircm sido muito

estudadas em diferentes populaccedilotildees assim como o comportamento da dor e lesotildees

no desempenho de atletas de diferentes niacuteveis competitivos e modalidades

esportivas Corroborando com nossa pesquisa Meardon et al15 defendem que a

presenccedila de lesatildeo e dor em atletas pode afetar negativamente o equiliacutebrio corporal

Em sua pesquisa examinou controle postural dinacircmico em corredores lesionados

com dor e sem lesatildeo usando o Star Excursion Balance Test (SEBT) Quando

comparado corredores lesionados com controles sem lesatildeo os resultados

demonstraram controle dinacircmico deficiente das forccedilas verticais ao executar as

tarefas de pouso e estabilizaccedilatildeo em apoio unipodal

32

Contudo ainda satildeo raros os estudos sobre a caracterizaccedilatildeo da dor e do

equiliacutebrio corporal em atletas de ginaacutestica riacutetmica Por meio desse estudo foi

observado que atletas de elite de GR demonstraram aumento da dor descrita em

todos os domiacutenios avaliados pelo questionaacuterio McGill (plt0001) A dor nas ginastas

tem o perfil sensorial e avaliativo e se manifesta principalmente nas articulaccedilotildees do

quadril e tornozelo-peacute em virtude da especificidade do gesto esportivo Aleacutem disso

as atletas tambeacutem apresentam menor estabilidade do controle postural (plt005)

sendo notada possiacutevel relaccedilatildeo de interferecircncia entre a auto percepccedilatildeo dolorosa e o

equiliacutebrio postural Entretanto devido agrave complexidade do tema faz-se necessaacuterio a

elaboraccedilatildeo de estudos mais aprofundados com uma amostra maior seguindo

rigorosamente os criteacuterios metodoloacutegicos que permita uma interpretaccedilatildeo mais

precisa a respeito da percepccedilatildeo dolorosa e o equiliacutebrio postural no desempenho

atleacutetico na modalidade esportiva

5 Conclusatildeo

A pesquisa mostra que as atletas de elite de GR apresentam dor de

caracteriacutesticas sensorial e avaliativa frequentemente localizada na articulaccedilatildeo do

quadril seguida do tornozelo-peacute A presenccedila da percepccedilatildeo dolorosa mostrou relaccedilatildeo

significativa com o controle postural em atletas de elite de GR Os resultados

tambeacutem evidenciaram que atletas tem menor equiliacutebrio postural estaacutetico quando

comparadas a controles natildeo atletas poreacutem demonstram maior habilidade para

reestabelecer o controle postural

6 Consideraccedilotildees Finais

Um ponto importante a ser relatado neste estudo eacute a utilizaccedilatildeo do

questionaacuterio de dor McGill Embora venha ser um questionaacuterio amplamente utilizado

em pesquisas cientiacuteficas em virtude da sua alta confiabilidade validaccedilatildeo e

adaptaccedilatildeo cultural em diferentes paiacuteses ainda satildeo raros os estudos que utilizam

essa ferramenta para avaliar a dor em atletas Com ecircnfase em estudos que

descrevam a sua aplicabilidade por domiacutenio e caracteriacutesticas multidimensionais da

33

dor Este pesquisa aparenta ter sido pioneira a qualificar a dor e descrevecirc-la em

suas dimensotildees em atletas de elite de ginaacutestica riacutetmica bem como relacionar a

percepccedilatildeo dolorosa com o equiliacutebrio postural nessa populaccedilatildeo Abrindo espaccedilo para

realizaccedilatildeo de outros estudos

Poreacutem foi encontrado como limitaccedilotildees escassez de pesquisas cientiacuteficas

atualizadas sobre abordagem multidimensional da dor em atletas essencialmente

na ginaacutestica riacutetmica Pois a grande maioria dos estudos que tem sido publicado

sobre dor nessa populaccedilatildeo estaacute relacionada agrave presenccedila do estiacutemulo doloroso e sua

intensidade em uma magnitude sensorial Outro ponto a se destacar foi a

dificuldade em coletar um grupo controle com caracteriacutesticas similares ao grupo de

estudo para que fosse formada uma amostra mais homogecircnea possiacutevel

respeitando os criteacuterios metodoloacutegicos

34

REFEREcircNCIA

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35

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27 Goubert D Danneels L Graven-Nielsen T Descheemaeker F Meeus M Differences in Pain Processing Between Patients with Chronic Low Back Pain Recurrent Low Back Pain and Fibromyalgia Pain Physician 2017 May 20(4)307-318

28 Arliani GG Cohen M Lara PS Astur DC Gonccedilalves JPP Ferretti M Impacto do esporte na sauacutede de ex-jogadores profissionais de futebol no Brasil Acta ortop bras 2014 julago 22(4)188-190

29 Hoskins W Pollard H Daff C Odell A Garbutt P McHardy A et al Low back pain status in elite and semi-elite Australian football codes a cross-sectional survey of football (soccer) Australian rules rugby league rugby union and non-athletic controls BMC Musculoskeletal Disorders 20091038

30 Ngamkham S Vincent C Finnegan L Holden JE Wang ZJ Wilkie DJ The McGill Pain Questionnaire as a Multidimensional Measure in People with Cancer An Integrative Review Pain Manag Nurs 2012 Mar 13(1) 27ndash51

31 Bermudez OAS Souza RA Souza CMF Castro CES Beacuterzn F Avaliaccedilatildeo multidimensional da dor em portadores de desordem temporomandibular utilizando uma versatildeo brasileira do questionaacuterio mcgill de dor Rev bras fisioter 2003 7(2) 151-158

32 Reading AE Everitt BS Sledmore CM The McGill Pain Questionnaire a replication of its construction Br J Clin Psychol 1982 21339ndash349

33 Melzack R The McGill Pain Questionnaire Anesthesiology 2005 103199-202

34 Pessoa CP Barreto MB Santos LB Alves TDB Oliveira MC Martins AG Instrumentos utilizados na avaliaccedilatildeo do impacto da dor na qualidade de vida de pacientes com dor orofacial e disfunccedilatildeo temporomandibular Escola Baiana de Sauacutede Puacuteblica 200731(2)267-293

35 Espinoza ES Ortiz GB Estabilidad abdominolumbopeacutelvica y equilibrio comopredictores de la incidencia de lesionesmusculoesqueleacuteticas en estudiantes de danzaUn estudio piloto Fisioterapia 2014

36 Steinberg N Dar G Dunlop M Gaida JE The relationship of hip muscle performance to legankle and foot injuries a systematic review The Physician and Sportsmedicine 2017

37 Anderson K Strickland SM Warren R Hip and Groin Injuries in Athletes The American Journal of Sports Medicine 2001 29(4) 521-533

38 Tschopp M Brunner F Erkrankungen und Uumlberlastungsschaumlden an der unteren Extremitaumlt bei Langstreckenlaumlufern Z Rheumatol 2017 Feb

37

39 Han J Anson J Waddington G Adans R Liu Y The Role of Ankle

Proprioception for Balance Control in relation to Sports Performance and Injury BioMed Research International 2015 Jun8

40 Couto AGA Pedroni CR Relaccedilatildeo entre postura queixa dolorosa e lesatildeo em bailarinas claacutessicas Ter Man 2013 11(55)228-233

41 Dore BF e Guerra RO Sintomatologia dolorosa e fatores associados em bailarinos profissionais Rev Bras Med Esporte 2007 MarAbr13(2)77-80

38

ANEXO I ndash QUESTIONAacuteRIO DE DOR MCGILL

39

ANEXO II ndash PARECER DE APROVACcedilAtildeO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA

40

41

ANEXO III ndash NORMAS DE SUBMISSAtildeO DA REVISTA

Instruccedilotildees aos Autores

A Revista Brasileira de Medicina do Esporte - RBME (Brazilian Journal of

Sports Medicine) oacutergatildeo oficial da Sociedade Brasileira de Medicina do Exerciacutecio e

do Esporte (SBMEE) eacute publicada bimestralmente em seis ediccedilotildees ao ano (janfev

marabr maiojun julago setout e novdez) A RBME eacute indexada nas seguintes

bases bibliograacuteficas SciELO Web of Science Excerpta Medica-EMBASE Physical

Education Index LILACS SIRC-Sportdiscus e Scopus A publicaccedilatildeo segue

integralmente o padratildeo internacional do International Committee of Medical Journal

Editors (ICMJE) ou Convenccedilatildeo de Vancouver e seus requisitos de uniformizaccedilatildeo

[httpwwwicmjeorg]

Preparaccedilatildeo de manuscritos Os artigos submetidos devem ser digitados em

espaccedilo duplo fonte Arial 12 em paacutegina tamanho A4 sem numerar linhas ou

paraacutegrafos e numerando as paacuteginas no canto superior direito Figuras e tabelas

devem ser apresentadas ao final do artigo em paacuteginas separadas No corpo do

texto deve-se informar os locais para inserccedilatildeo das tabelas ou figuras Nuacutemeros

menores que 10 satildeo escritos por extenso enquanto que nuacutemeros maiores ou igual a

10 satildeo expressos em algarismos araacutebicos Os manuscritos que natildeo estiverem de

acordo com as instruccedilotildees aos autores em relaccedilatildeo a estilo e formato seratildeo

devolvidos sem revisatildeo pelo Conselho Editorial As medidas deveratildeo ser expressas

no Sistema Internacional (Systegraveme International SI) disponiacutevel em

httpphysicsnistgovcuuUnits e unidades padratildeo quando aplicaacutevel Recomenda-

se aos autores natildeo usar abreviaccedilotildees no tiacutetulo e limitar a sua utilizaccedilatildeo no resumo e

ao longo do texto Os nomes geneacutericos devem ser usados para todas as drogas Os

faacutermacos podem ser referidos pelo nome comercial poreacutem deve constar o nome

cidade e paiacutes ou endereccedilo eletrocircnico do fabricante entre parecircnteses na seccedilatildeo

Materiais e Meacutetodos

Abreviaturas O uso de abreviaturas deve ser minimizado As abreviaturas deveratildeo

ser definidas por ocasiatildeo de sua primeira utilizaccedilatildeo no resumo e tambeacutem no texto

Abreviaturas natildeo padratildeo natildeo devem ser utilizadas a menos que essas apareccedilam

pelo menos trecircs vezes no texto Unidades de medida (3 ml ou 3 mL e natildeo 3

mililitros) ou siacutembolos cientiacuteficos padratildeo (elementos quiacutemicos por exemplo Na e

natildeo soacutedio) natildeo satildeo consideradas abreviaturas e portanto natildeo devem ser definidos

Abreviar nomes longos ou substacircncias quiacutemicas e termos utilizados para

combinaccedilotildees terapecircuticas Abreviaturas em figuras e tabelas podem ser utilizadas

por razotildees de espaccedilo poreacutem devem ser definidas na legenda mesmo que tenham

sido definidas no texto do artigo

Formato dos arquivos Usar editor de texto Microsoft Word para Windows ou

42

equivalente Arquivos em formato PDF natildeo devem ser enviados As tabelas e

quadros deveratildeo estar em seus arquivos originais (Excel Acess Powerpoint etc)

As figuras deveratildeo estar nos formatos jpg ou tif em alta resoluccedilatildeo (300 dpi) As

figuras deveratildeo estar incluiacutedas no arquivo Word mas tambeacutem devem ser enviadas

separadamente (anexadas durante a submissatildeo do artigo como documento

suplementar em seus arquivos originais)

Paacutegina de rosto A paacutegina de rosto deve conter (1) a categoria do artigo (2) o tiacutetulo

do artigo em portuguecircs inglecircs e espanhol com ateacute 80 caracteres cada que deve ser

objetivo e informativo (3) os nomes completos dos autores instituiccedilatildeo formaccedilatildeo

acadecircmica de origem (a mais relevante) cidade estado e paiacutes (4) nome do autor

correspondente com endereccedilo completo telefone e e-mail A titulaccedilatildeo dos autores

natildeo deve ser incluiacuteda O nome completo de cada autor (sem abreviaccedilotildees) e sua

afiliaccedilatildeo institucional (nota as unidades hieraacuterquicas devem ser apresentadas em

ordem decrescente por exemplo universidade faculdade ou instituto e

departamento) devem ser informados Os nomes das instituiccedilotildees e programas

deveratildeo ser apresentados preferencialmente por extenso e na liacutengua original da

instituiccedilatildeo ou na versatildeo em inglecircs quando a escrita natildeo eacute latina (pex aacuterabe

mandarim ou grego)

Resumo O resumo em portuguecircs inglecircs e espanhol deve ser incluiacutedo no

manuscrito Em cada um dos idiomas natildeo deve conter mais do que 300 palavras A

versatildeo estruturada eacute obrigatoacuteria nos artigos originais e inclui objetivos meacutetodos

resultados e conclusatildeo Artigos de revisatildeo natildeo requerem resumo estruturado

Palavras-chave O artigo deve incluir no miacutenimo trecircs e no maacuteximo seis descritores

em portuguecircs inglecircs e espanhol baseados nos Descritores de Ciecircncias da Sauacutede

(DeCS) httpdecsbvsbr ou no Medical Subject Headings (MeSH) da National

Library of Medicine disponiacutevel em httpwwwnlmnihgovmeshmeshhomehtml

oubaseados no Medical SubjectHeading (MeSH) do Index Medicus

(httpwwwnlmnihgovmesh)

Introduccedilatildeo A introduccedilatildeo deve conter (1) justificativa objetiva para o estudo com

referecircncias pertinentes ao assunto sem realizar uma revisatildeo extensa (2) objetivo do

artigo

Materiais e Meacutetodos Esta seccedilatildeo deve descrever os experimentos (quantitativa e

qualitativamente) e os procedimentos em detalhes suficientes que permitam que

outros pesquisadores reproduzam os resultados ou deem continuidade ao estudo

e deveraacute conter (1) a descriccedilatildeo clara da amostra utilizada (2) termo de

consentimento para estudos experimentais envolvendo seres humanos (3)

identificaccedilatildeo dos meacutetodos aparelhos (nome do fabricante e endereccedilo cidade e paiacutes

devem ser menciondos entre parecircnteses) e procedimentos utilizados (4) descriccedilatildeo

breve e referecircncias de meacutetodos publicados mas natildeo amplamente conhecidos (5)

43

descriccedilatildeo detalhada de meacutetodos novos ou modificados (6) quando pertinente incluir

a anaacutelise estatiacutestica e os programas utilizados Importante Ao relatar experimentos

com seres humanos ou animais indicar se os procedimentos seguiram as normas

do Comitecirc Eacutetico sobre Experiecircncias Humanas da instituiccedilatildeo na qual a pesquisa foi

realizada e se os procedimentos estatildeo de acordo com a declaraccedilatildeo de Helsinki de

1995 e a Animal Experimentation Ethics respectivamente Os autores devem incluir

uma declaraccedilatildeo indicando que o protocolo foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica da

Instituiccedilatildeo (instituiccedilatildeo de afiliaccedilatildeo de pelo menos um dos autores) com o respectivo

nuacutemero de identificaccedilatildeo Tambeacutem deve incluir que o Termo de Consentimento Livre

e Esclarecido foi assinado por todos os participantes

Resultados Apresentar os resultados em sequecircncia loacutegica no texto usando tabelas

e figuras Evitar repeticcedilatildeo excessiva de dados no texto em tabelas ou figuras

poreacutem enfatizar somente as descobertas mais importantes

Discussatildeo Enfatizar os aspectos originais e importantes do estudo e as conclusotildees

que decorrem deste evitando poreacutem repetir dados jaacute apresentados em outras

partes do manuscrito Em estudos experimentais ressaltar a relevacircncia e limitaccedilotildees

dos resultados confrontando com os dados da literatura e incluindo implicaccedilotildees

para estudos futuros

Conclusotildees A conclusatildeo deve ser clara e concisa baseada nos resultados

obtidos estabelecendo ligaccedilatildeo com implicaccedilotildees cliacutenicas evitando poreacutem excessiva

generalizaccedilatildeo) A mesma ecircnfase deve ser dada a estudos com resultados negativos

ou positivos Recomendaccedilotildees podem ser incluiacutedas quando relevantes

Agradecimentos Quando pertinente incluir agradecimento ou reconhecimento a

pessoas que tenham contribuiacutedo para o desenvolvimento do trabalho poreacutem natildeo se

qualificam como coautores Fontes de financiamento como auxiacutelio a pesquisa e

bolsas de estudo devem ser reconhecidos nesta seccedilatildeo Os autores deveratildeo obter

permissatildeo por escrito para mencionar nomes e instituiccedilotildees de todos os que

receberam agradecimentos nominais

Referecircncias As referecircncias devem ser numeradas na sequecircncia em que aparecem

no texto em formato sobrescrito As referecircncias citadas somente em legendas de

tabelas ou figuras devem ser numeradas de acordo com sequecircncia estabelecida

pela primeira menccedilatildeo da tabela ou da figura no texto O estilo das referecircncias

bibliograacuteficas deve seguir as regras do Uniform Requirements for Manuscripts

Submitted to Biomedical Journals (International Committee of Medical Journal

Editors disponiacutevel em Ann Intern Med 1997126(1)36-47 httpwwwicmjeorg)

Alguns exemplos satildeo mostrados a seguir Os tiacutetulos dos perioacutedicos devem ser

abreviados de acordo com o Index Medicus (List of Journals Indexed disponiacutevel em

httpwwwnlmnihgovtsdserialsljihtml) Se o perioacutedico natildeo constar dessa lista

deve-se utilizar a abreviatura sugerida pelo proacuteprio perioacutedico Deve-se evitar utilizar

44

ldquocomunicaccedilotildees pessoaisrdquo ou ldquoobservaccedilotildees natildeo publicadasrdquo como referecircncias

Resumos de tranalhos apresentados em eventos devem ser utilizados somente se

for a uacutenica fonte de informaccedilatildeo

Tabelas As tabelas devem ser elaboradas em espaccedilo 15 devendo ser planejadas

para ter como largura uma (87cm) ou duas colunas (18 cm) Cada tabela deve

possuir um tiacutetulo sucinto Notas explicativas seratildeo incluiacutedas em notas de rodapeacute A

tabela deve conter meacutedias e medidas de dispersatildeo (Desvio Padratildeo Erro Padratildeo da

Meacutedia etc) natildeo devendo conter casas decimais irrelevantes As abreviaturas

devem estar de acordo com aquelas utilizadas no texto e nas figuras Os coacutedigos de

identificaccedilatildeo de itens da tabela devem estar listados na ordem de surgimento no

sentido horizontal e devem ser identificados pelos siacutembolos padratildeo Os quadros e

tabelas deveratildeo ser enviados atraveacutes dos arquivos originais editaacuteveis (Word Excel)

e natildeo como imagens

Figuras Na versatildeo impressa da RBME seratildeo aceitas figuras em preto-e-branco

Imagens coloridas poderatildeo ser publicadas quando forem essenciais para o conteuacutedo

cientiacutefico do artigo Nestes casos o custo seraacute repassado aos autores Figuras

coloridas poderatildeo ser incluiacutedas na versatildeo eletrocircnica do artigo sem custo adicional

aos autores Os desenhos e figuras devem ser consistentes e tatildeo simples quanto

possiacutevel poreacutem informativos Tons de cinza natildeo devem ser utilizados Todas as

linhas devem ser soacutelidas Para graacuteficos de barra por exemplo utilizar barras

brancas pretas com linhas diagonais nas duas direccedilotildees linhas em xadrez linhas

horizontais e verticais A RBME desaconselha fortemente o uso de fotografias de

equipamentos e animais de experimentaccedilatildeo As figuras devem ser impressas com

bom contraste e ter a largura de uma coluna (87cm) Utilizar no miacutenimo fonte

tamanho 10 para letras nuacutemeros e siacutembolos com espaccedilamento e alinhamento

adequados Quando a figura representar uma radiografia ou fotografia sugerimos

incluir a escala de tamanho quando pertinente

Por favor note que eacute de responsabilidade dos autores obter permissatildeo do detentor

dos direitos autorais para reproduzir figuras (ou tabelas) que tenham sido

previamente publicados em outras fontes De acordo com os princiacutepios do acesso

aberto os autores devem ter permissatildeo do detentor dos direitos caso desejem

incluir imagens que tenham sido publicados em outros perioacutedicos de acesso natildeo

aberto A permissatildeo deve ser indicada na legenda da figura e a fonte original deve

ser incluiacuteda na lista de referecircncias

45

APEcircNDICE I ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE)

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Vocecirc estaacute sendo convidada(o) a participar da pesquisa intitulada

ldquoCARACTERIZACcedilAtildeO DA DOR E SUA RELACcedilAtildeO COM EQUILIacuteBRIO

POSTURAL ESTAacuteTICO EM ATLETAS DE GINAacuteSTICA RIacuteTMICArdquo realizada pela

Universidade Federal de Sergipe por intermeacutedio da discente TAINARA DOS

SANTOS BOMFIM devidamente assistida pelo seu orientador PAULO MAacuteRCIO

PEREIRA OLIVEIRA O objetivo desse estudo eacute caracterizar a Dor

musculoesqueleacutetica em atletas de elite de ginaacutestica riacutetmica e analisar a relaccedilatildeo da

dor no equiliacutebrio postural estaacutetico das atletas comparando com controles natildeo

atletas A justificativa para a realizaccedilatildeo da pesquisa eacute documentar na literatura

escassa estudo sobre a relaccedilatildeo da dor com o equiliacutebrio postural estaacutetico em

atletas de elite de Ginaacutestica Riacutetmica Sua participaccedilatildeo nessa pesquisa consistiraacute

em responder um questionaacuterio e realizar avaliaccedilatildeo de equiliacutebrio que ocorreraacute em

um uacutenico momento Natildeo haacute riscos previsiacuteveis relacionados com sua participaccedilatildeo

nem danos previsiacuteveis decorrentes da pesquisa Os benefiacutecios relacionados com

sua participaccedilatildeo satildeo

1 Identificar alteraccedilotildees posturais de equiliacutebrio em atletas de alto rendimento

2 Evidenciar se o processo de dor em atletas eacute igual maior ou menor quando

comparado com pessoas natildeo atletas

3 Evidenciar se as variaccedilotildees aacuterea e velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo

de pressatildeo se igualam ou natildeo a pessoas natildeo atletas

Vocecirc foi selecionado por preencher os requisitos da pesquisa mas sua

participaccedilatildeo NAtildeO Eacute OBRIGATOacuteRIA sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo em sua

relaccedilatildeo com a instituiccedilatildeo ou com o pesquisador

Eu________________________________________________________________

abaixo assinado declaro que fui informado que as informaccedilotildees obtidas atraveacutes

dessa pesquisa seratildeo confidenciais e o sigilo sobre minha participaccedilatildeo seraacute

assegurado De tal modo que os dados natildeo seratildeo divulgados de forma a possibilitar

minha identificaccedilatildeo Tambeacutem estou ciente de que a qualquer momento posso

desistir de minha participaccedilatildeo e retirar meu consentimento Declaro que entendi os

objetivos riscos e benefiacutecios de minha participaccedilatildeo na pesquisa e concordo em

participar

Vocecirc receberaacute uma coacutepia deste termo onde consta o telefone e o endereccedilo do

pesquisador principal podendo tirar suas duacutevidas sobre o Projeto de Pesquisa de

sua participaccedilatildeo agora ou a qualquer momento

46

DADOS DO PESQUISADOR RESPONSAacuteVEL

Nome Tainara dos Santos Bomfim

Endereccedilo profissionale-mail Rua Padre Aacutelvares Pitangueira sn - Centro

Departamento de Fisioterapia bftainaragmailcom

Telefone (79) 9 9806-7487

ATENCcedilAtildeO A participaccedilatildeo em qualquer tipo de pesquisa eacute voluntaacuteria Em casos de

duacutevida quanto aos seus direitos entre em contato com o Comitecirc de Eacutetica em

Pesquisa da Universidade Federal de Sergipe

Lagarto _____de _____de 201_

_____________________________________________________

ASSINATURA DO VOLUNTAacuteRIO

_____________________________________________________

ASSINATURA DO PESQUISADOR RESPONSAacuteVEL

Page 30: CARACTERIZAÇÃO DA DOR E SUA RELAÇÃO COM O … · tainara dos santos bomfim caracterizaÇÃo da dor e sua relaÇÃo com o equilÍbrio postural em atletas de ginÁstica rÍtmica

30

complexas exigidas no esporte de elite Saito et al12 em sua pesquisa ao avaliarem

atletas com e sem lesatildeo no tornozelo observaram que as lesotildees no tornozelo aleacutem

de causar alteraccedilotildees musculares e osteocinemaacuteticas promovem de forma direta

repercussotildees negativas no controle neuromuscular da articulaccedilatildeo predispondo-a aacute

episoacutedios recidivantes em virtude do comprometimento do feedback neurosensorial

afetando o controle postural e consequentemente o desempenho nas atividades

motoras

De acordo com os dados obtidos no nosso estudo foi observada nas atletas

uma maior aacuterea de deslocamento do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo (COP) do

corpo demonstrando um menor equiliacutebrio estaacutetico das ginastas ao comparar com

controles natildeo atletas Isto pode estar relacionado a uma maior intensidade e

presenccedila do estiacutemulo doloroso no corpo das atletas e a intensa quantidade de

repeticcedilotildees dos exerciacutecios de forma assimeacutetrica pela preferecircncia do membro

dominante Desse modo diversas pesquisas relatam que a presenccedila da dor pode

aumentar a aacuterea do centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo (ACOP) produzindo uma piora

do equiliacutebrio corporal4 12 15 16 Lin et al16 e Shigaki et al4 em seus estudos avaliaram

o equiliacutebrio de atletas comparando trecircs grupos atletas com lesatildeo atletas sem lesatildeo

e natildeo atletas Evidenciaram que atletas com lesatildeo apresentaram maior oscilaccedilatildeo do

centro de pressatildeo comparado a indiviacuteduos natildeo atletas e atletas sem lesatildeo Poreacutem

quando comparados atletas sem lesatildeo com indiviacuteduos natildeo atletas natildeo foi observado

diferenccedila significativa

Ao mesmo tempo em nosso estudo foi encontrado uma velocidade meacutedia do

COP maior no grupo atleta em ambas as direccedilotildees ao comparar com controles natildeo

atletas Sendo a velocidade meacutedia do COP maior no plano sagital (anteroposterior)

em relaccedilatildeo ao plano frontal (meacutediolateral) Isto ocorre porque as atletas apresentam

uma resposta neuromuscular mais raacutepida para recuperaccedilatildeo da estabilidade do corpo

adquirida pelo treinamento esportivo essencialmente no plano sagital em que as

estrateacutegias posturais para recuperaccedilatildeo do equiliacutebrio satildeo mais efetivas

Diversos estudos publicados na literatura abordam a habilidade do controle

postural em atletas2 8-12 Matsuda et al10 relatam que atletas tecircm capacidade de

equiliacutebrio dinacircmico superior quando comparados a indiviacuteduos natildeo atletas Da

mesma forma Merlo et al11 acreditam a praacutetica de esportes produz adaptaccedilotildees que

31

ou desenvolvimento de consciecircncia de estrateacutegias posturais natildeo evidenciadas em

sujeitos natildeo praticantes de atividade esportiva

Os resultados encontrados por meio desse estudo mostraram que a dor em

sua dimensatildeo avaliativa apresentou relaccedilatildeo significativa com a velocidade meacutedia do

centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo do corpo na direccedilatildeo mediolateral Tal fato evidencia

que a percepccedilatildeo do estiacutemulo doloroso interfere de maneira significativa na

habilidade do atleta em reestabelecer a estabilidade postural apoacutes perturbaccedilatildeo do

equiliacutebrio em postura estaacutetica Prejudicando o desempenho atleacutetico na modalidade

uma vez que as atletas dependem da estabilidade postural para execuccedilatildeo da praacutetica

esportiva Alguns autores relatam a influecircncia da dor e fatores psicoemocionais na

performance e desempenho de atletas de alto rendimento Couto e Pedroni40

avaliaram a relaccedilatildeo da queixa e limiar doloroso com incidecircncia de lesatildeo em

bailarinas claacutessicas Os resultados do estudo mostraram que houve relaccedilatildeo

significativa entre as regiotildees de lesatildeo com a dor evidenciando que a dor estaacute

diretamente relacionada com o surgimento de lesatildeo nessa populaccedilatildeo Dore e

Guerra41 em seu estudo investigaram a prevalecircncia e fatores associados agrave

sintomatologia dolorosa em bailarinos profissionais utilizando a versatildeo brasileira do

questionaacuterio McGill e Inventaacuterio para dor de Wisconsin Foram verificadas

correlaccedilotildees positivas com significacircncia entre o grau de intensidade dolorosa e

atividades diaacuterias sono humor e relacionamento pessoal

O presente estudo sinaliza uma relaccedilatildeo da presenccedila do estiacutemulo doloroso

com o equiliacutebrio postural As alteraccedilotildees no equiliacutebrio corporal tecircm sido muito

estudadas em diferentes populaccedilotildees assim como o comportamento da dor e lesotildees

no desempenho de atletas de diferentes niacuteveis competitivos e modalidades

esportivas Corroborando com nossa pesquisa Meardon et al15 defendem que a

presenccedila de lesatildeo e dor em atletas pode afetar negativamente o equiliacutebrio corporal

Em sua pesquisa examinou controle postural dinacircmico em corredores lesionados

com dor e sem lesatildeo usando o Star Excursion Balance Test (SEBT) Quando

comparado corredores lesionados com controles sem lesatildeo os resultados

demonstraram controle dinacircmico deficiente das forccedilas verticais ao executar as

tarefas de pouso e estabilizaccedilatildeo em apoio unipodal

32

Contudo ainda satildeo raros os estudos sobre a caracterizaccedilatildeo da dor e do

equiliacutebrio corporal em atletas de ginaacutestica riacutetmica Por meio desse estudo foi

observado que atletas de elite de GR demonstraram aumento da dor descrita em

todos os domiacutenios avaliados pelo questionaacuterio McGill (plt0001) A dor nas ginastas

tem o perfil sensorial e avaliativo e se manifesta principalmente nas articulaccedilotildees do

quadril e tornozelo-peacute em virtude da especificidade do gesto esportivo Aleacutem disso

as atletas tambeacutem apresentam menor estabilidade do controle postural (plt005)

sendo notada possiacutevel relaccedilatildeo de interferecircncia entre a auto percepccedilatildeo dolorosa e o

equiliacutebrio postural Entretanto devido agrave complexidade do tema faz-se necessaacuterio a

elaboraccedilatildeo de estudos mais aprofundados com uma amostra maior seguindo

rigorosamente os criteacuterios metodoloacutegicos que permita uma interpretaccedilatildeo mais

precisa a respeito da percepccedilatildeo dolorosa e o equiliacutebrio postural no desempenho

atleacutetico na modalidade esportiva

5 Conclusatildeo

A pesquisa mostra que as atletas de elite de GR apresentam dor de

caracteriacutesticas sensorial e avaliativa frequentemente localizada na articulaccedilatildeo do

quadril seguida do tornozelo-peacute A presenccedila da percepccedilatildeo dolorosa mostrou relaccedilatildeo

significativa com o controle postural em atletas de elite de GR Os resultados

tambeacutem evidenciaram que atletas tem menor equiliacutebrio postural estaacutetico quando

comparadas a controles natildeo atletas poreacutem demonstram maior habilidade para

reestabelecer o controle postural

6 Consideraccedilotildees Finais

Um ponto importante a ser relatado neste estudo eacute a utilizaccedilatildeo do

questionaacuterio de dor McGill Embora venha ser um questionaacuterio amplamente utilizado

em pesquisas cientiacuteficas em virtude da sua alta confiabilidade validaccedilatildeo e

adaptaccedilatildeo cultural em diferentes paiacuteses ainda satildeo raros os estudos que utilizam

essa ferramenta para avaliar a dor em atletas Com ecircnfase em estudos que

descrevam a sua aplicabilidade por domiacutenio e caracteriacutesticas multidimensionais da

33

dor Este pesquisa aparenta ter sido pioneira a qualificar a dor e descrevecirc-la em

suas dimensotildees em atletas de elite de ginaacutestica riacutetmica bem como relacionar a

percepccedilatildeo dolorosa com o equiliacutebrio postural nessa populaccedilatildeo Abrindo espaccedilo para

realizaccedilatildeo de outros estudos

Poreacutem foi encontrado como limitaccedilotildees escassez de pesquisas cientiacuteficas

atualizadas sobre abordagem multidimensional da dor em atletas essencialmente

na ginaacutestica riacutetmica Pois a grande maioria dos estudos que tem sido publicado

sobre dor nessa populaccedilatildeo estaacute relacionada agrave presenccedila do estiacutemulo doloroso e sua

intensidade em uma magnitude sensorial Outro ponto a se destacar foi a

dificuldade em coletar um grupo controle com caracteriacutesticas similares ao grupo de

estudo para que fosse formada uma amostra mais homogecircnea possiacutevel

respeitando os criteacuterios metodoloacutegicos

34

REFEREcircNCIA

1 Baston C Mancini M Schoneburg B Horak F Rocchi L Postural strategies assessed with inertial sensors in healthy and parkinsonian subjects Gait Posture 2014 may 40(1)70ndash75

2 Guiotte VA Roque CFL Olieira MR Gil AWO Rabello LM Dos Santos EVM et

al Avaliaccedilatildeo Fiacutesico - Funcional de Atletas da Ginaacutestica Riacutetmica Histoacuterico de Lesotildees e Estabilidade Postural UNOPAR Cient Ciecircnc Biol Sauacutede 2012 14(4) 217-20

3 Bosso LR Golias ARC A postura de atletas de Ginaacutestica Riacutetmica Analise atraveacutes da fotometria Rev Bras Med Esporte 2012 setout 18(5)333-337

4 Shigaki L Rabello LM Camargo MZ Santos VBC Gil AWO Oliveira MR et al Anaacutelise comparativa do equiliacutebrio unipodal de atletas de Ginastica Riacutetmica Rev Bras Med Esporte 2013 marabr 19(2)104-107

5 Whale CE Pass AN Tripp PM Chronic Groin Pain in a collegiate football running back International Journal of Athletic Therapy amp Training 2012 may 17(3)41-44

6 Jacobs JV Why we need to better understand the cortical neurophysiology of impaired postural responses with age disease or injury Frontiers in Integrative Neuroscience 2014 ago 8(69)

7 Hirata RP Ervilha UF Arendt-Nielsen L Graven-Nielsen T Experimental Muscle Pain Challenges the Postural Satability During Quiet Stance Unexpected Posture Perturbation J Pain 2011 ago 12(8)911-9

8 Ribeiro GD Suaacuterez MH Ruiz DR Efecto del entrenamiento sistemaacutetico de gimnasia riacutetmica sobre el control postural de ninas adolescentes Rev Andal Med 2015 jun 8(2)54-60

9 Teixeira CL Equiliacutebrio e controle postural Brazilian Journal of Biomechanics 2010 11(20)31-40

10 Matsuda S Demura S Uchiyama M Centre of pressure sway characteristics during static one-legged stance of athletes from different sports Journal of Sports Sciences 2008 may 26(7)775 ndash 779

11 Merlo JK Stoppa ACL Macedo CSG Silva Juacutenior RA Anaacutelise Comparativa do Equiliacutebrio em Apoio Unipodal em Indiviacuteduos Sedentaacuterios e Atletas UNOPAR Cient Ciecircnc Biol Sauacutede 2010 12(4)29-32

12 Saito KA Navarro M Silva MF Arie EK Peccin MS Oscilaccedilatildeo do centro de pressatildeo plantar de atletas e natildeo atletas com e sem entorse de tornozelo Rev Bras Ortop 2016 51(4)437ndash443

35

13 Lamb M Oliveira PD Tano SS Gil AWO Dos Santos EVN Fernandes KBP

Efeito do treinamento proprioceptivo no equiliacutebrio de atletas de ginaacutestica riacutetmica Rev Bras Med Esporte 2014 setout 20(5)379-382

14 Silva JA Ribeiro-Filho NP A dor como um problema psicofiacutesico Rev Dor 2011 abrjun 12(2)138-51

15 Meardon S Klusendorf A Kernozek T Influence of injury on dynamic postural control in runners The International Journal of Sports Physical Therapy 2016 jun 11(3)336

16 Lin CF Lee IJ Liao JH Wu HW Su FC Comparison of Postural Stability Between Injured and Uninjured Ballet Dancers The American Journal of Sports Medicine 2011 39(6)1324-1331

17 Varoli FK Pedrazzi V Adapted Version of the McGill Pain Questionnaire to Brazilian Portuguese Braz Dent J 2006 17(4) 328-335

18 Pimenta CAM Teixeira MJ Questionaacuterio de dor McGill proposta de adaptaccedilatildeo para a liacutengua portuguesa Rev Esc Enf USP 1996 dez 30(3)473-83

19 Rabello LM Macedo CSG Oliveira MR Fregueto JH Camargo MZ Lopes LD et al Relaccedilatildeo entre testes funcionais e plataforma de forccedila nas medidas de equiliacutebrio em atletas Rev Bras Med Esporte 2014 maijun 20(3)219-222

20 Bressel E Yonker JC Kras J et al Comparison of static and dynamic balance in female collegiate soccer basketball and gymnastics atheletes Journal of Athletic Training 2007 42(1)42ndash46

21 Sabeti M Jeremian L Graf A Kandelhart R Elite level rhythmic gymnasts have significantly more and stronger pain than peers of similar age a prospective study Wien Klin Wochenschr 201512731ndash35

22 Vanderlei FM Vanderlei FCM Netto Juacutenior J Praste CM Caracteriacutesticas das lesotildees desportivas e fatores associados com lesatildeo em iniciantes de ginaacutestica artiacutestica do sexo feminino Fisioter Pesq 201320(2)191-196

23 Oliveira MMM Lourenccedilo MRA Teixeira DC Incidecircncias de lesotildees nas equipes de Ginaacutestica Riacutetmica da UNOPAR UNOPAR Cient Ciecircnc Biol Sauacutede 2003 out 6(1)29-40

24 Frutuoso AS Diefenthaeler F Vaz MA et al Lower Limb asymmetries in rhythmic gymnastics atheletes Int Sports Phys Ther 2016 11(1)34ndash43

25 Kolar E Samardžija MP Smrdu M Atikovic A Athletes perceptions of the causes of injury in gymnastics J Sports Med Phys Fitness 2016 Mar 57(5)703-710

36

26 Mueller S Mueller J Stoll J Prieske O Cassel M Mayer F Incidence of back pain in adolescent athletes a prospective study BMC Sports Science Medicine and Rehabilitation 2016 838

27 Goubert D Danneels L Graven-Nielsen T Descheemaeker F Meeus M Differences in Pain Processing Between Patients with Chronic Low Back Pain Recurrent Low Back Pain and Fibromyalgia Pain Physician 2017 May 20(4)307-318

28 Arliani GG Cohen M Lara PS Astur DC Gonccedilalves JPP Ferretti M Impacto do esporte na sauacutede de ex-jogadores profissionais de futebol no Brasil Acta ortop bras 2014 julago 22(4)188-190

29 Hoskins W Pollard H Daff C Odell A Garbutt P McHardy A et al Low back pain status in elite and semi-elite Australian football codes a cross-sectional survey of football (soccer) Australian rules rugby league rugby union and non-athletic controls BMC Musculoskeletal Disorders 20091038

30 Ngamkham S Vincent C Finnegan L Holden JE Wang ZJ Wilkie DJ The McGill Pain Questionnaire as a Multidimensional Measure in People with Cancer An Integrative Review Pain Manag Nurs 2012 Mar 13(1) 27ndash51

31 Bermudez OAS Souza RA Souza CMF Castro CES Beacuterzn F Avaliaccedilatildeo multidimensional da dor em portadores de desordem temporomandibular utilizando uma versatildeo brasileira do questionaacuterio mcgill de dor Rev bras fisioter 2003 7(2) 151-158

32 Reading AE Everitt BS Sledmore CM The McGill Pain Questionnaire a replication of its construction Br J Clin Psychol 1982 21339ndash349

33 Melzack R The McGill Pain Questionnaire Anesthesiology 2005 103199-202

34 Pessoa CP Barreto MB Santos LB Alves TDB Oliveira MC Martins AG Instrumentos utilizados na avaliaccedilatildeo do impacto da dor na qualidade de vida de pacientes com dor orofacial e disfunccedilatildeo temporomandibular Escola Baiana de Sauacutede Puacuteblica 200731(2)267-293

35 Espinoza ES Ortiz GB Estabilidad abdominolumbopeacutelvica y equilibrio comopredictores de la incidencia de lesionesmusculoesqueleacuteticas en estudiantes de danzaUn estudio piloto Fisioterapia 2014

36 Steinberg N Dar G Dunlop M Gaida JE The relationship of hip muscle performance to legankle and foot injuries a systematic review The Physician and Sportsmedicine 2017

37 Anderson K Strickland SM Warren R Hip and Groin Injuries in Athletes The American Journal of Sports Medicine 2001 29(4) 521-533

38 Tschopp M Brunner F Erkrankungen und Uumlberlastungsschaumlden an der unteren Extremitaumlt bei Langstreckenlaumlufern Z Rheumatol 2017 Feb

37

39 Han J Anson J Waddington G Adans R Liu Y The Role of Ankle

Proprioception for Balance Control in relation to Sports Performance and Injury BioMed Research International 2015 Jun8

40 Couto AGA Pedroni CR Relaccedilatildeo entre postura queixa dolorosa e lesatildeo em bailarinas claacutessicas Ter Man 2013 11(55)228-233

41 Dore BF e Guerra RO Sintomatologia dolorosa e fatores associados em bailarinos profissionais Rev Bras Med Esporte 2007 MarAbr13(2)77-80

38

ANEXO I ndash QUESTIONAacuteRIO DE DOR MCGILL

39

ANEXO II ndash PARECER DE APROVACcedilAtildeO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA

40

41

ANEXO III ndash NORMAS DE SUBMISSAtildeO DA REVISTA

Instruccedilotildees aos Autores

A Revista Brasileira de Medicina do Esporte - RBME (Brazilian Journal of

Sports Medicine) oacutergatildeo oficial da Sociedade Brasileira de Medicina do Exerciacutecio e

do Esporte (SBMEE) eacute publicada bimestralmente em seis ediccedilotildees ao ano (janfev

marabr maiojun julago setout e novdez) A RBME eacute indexada nas seguintes

bases bibliograacuteficas SciELO Web of Science Excerpta Medica-EMBASE Physical

Education Index LILACS SIRC-Sportdiscus e Scopus A publicaccedilatildeo segue

integralmente o padratildeo internacional do International Committee of Medical Journal

Editors (ICMJE) ou Convenccedilatildeo de Vancouver e seus requisitos de uniformizaccedilatildeo

[httpwwwicmjeorg]

Preparaccedilatildeo de manuscritos Os artigos submetidos devem ser digitados em

espaccedilo duplo fonte Arial 12 em paacutegina tamanho A4 sem numerar linhas ou

paraacutegrafos e numerando as paacuteginas no canto superior direito Figuras e tabelas

devem ser apresentadas ao final do artigo em paacuteginas separadas No corpo do

texto deve-se informar os locais para inserccedilatildeo das tabelas ou figuras Nuacutemeros

menores que 10 satildeo escritos por extenso enquanto que nuacutemeros maiores ou igual a

10 satildeo expressos em algarismos araacutebicos Os manuscritos que natildeo estiverem de

acordo com as instruccedilotildees aos autores em relaccedilatildeo a estilo e formato seratildeo

devolvidos sem revisatildeo pelo Conselho Editorial As medidas deveratildeo ser expressas

no Sistema Internacional (Systegraveme International SI) disponiacutevel em

httpphysicsnistgovcuuUnits e unidades padratildeo quando aplicaacutevel Recomenda-

se aos autores natildeo usar abreviaccedilotildees no tiacutetulo e limitar a sua utilizaccedilatildeo no resumo e

ao longo do texto Os nomes geneacutericos devem ser usados para todas as drogas Os

faacutermacos podem ser referidos pelo nome comercial poreacutem deve constar o nome

cidade e paiacutes ou endereccedilo eletrocircnico do fabricante entre parecircnteses na seccedilatildeo

Materiais e Meacutetodos

Abreviaturas O uso de abreviaturas deve ser minimizado As abreviaturas deveratildeo

ser definidas por ocasiatildeo de sua primeira utilizaccedilatildeo no resumo e tambeacutem no texto

Abreviaturas natildeo padratildeo natildeo devem ser utilizadas a menos que essas apareccedilam

pelo menos trecircs vezes no texto Unidades de medida (3 ml ou 3 mL e natildeo 3

mililitros) ou siacutembolos cientiacuteficos padratildeo (elementos quiacutemicos por exemplo Na e

natildeo soacutedio) natildeo satildeo consideradas abreviaturas e portanto natildeo devem ser definidos

Abreviar nomes longos ou substacircncias quiacutemicas e termos utilizados para

combinaccedilotildees terapecircuticas Abreviaturas em figuras e tabelas podem ser utilizadas

por razotildees de espaccedilo poreacutem devem ser definidas na legenda mesmo que tenham

sido definidas no texto do artigo

Formato dos arquivos Usar editor de texto Microsoft Word para Windows ou

42

equivalente Arquivos em formato PDF natildeo devem ser enviados As tabelas e

quadros deveratildeo estar em seus arquivos originais (Excel Acess Powerpoint etc)

As figuras deveratildeo estar nos formatos jpg ou tif em alta resoluccedilatildeo (300 dpi) As

figuras deveratildeo estar incluiacutedas no arquivo Word mas tambeacutem devem ser enviadas

separadamente (anexadas durante a submissatildeo do artigo como documento

suplementar em seus arquivos originais)

Paacutegina de rosto A paacutegina de rosto deve conter (1) a categoria do artigo (2) o tiacutetulo

do artigo em portuguecircs inglecircs e espanhol com ateacute 80 caracteres cada que deve ser

objetivo e informativo (3) os nomes completos dos autores instituiccedilatildeo formaccedilatildeo

acadecircmica de origem (a mais relevante) cidade estado e paiacutes (4) nome do autor

correspondente com endereccedilo completo telefone e e-mail A titulaccedilatildeo dos autores

natildeo deve ser incluiacuteda O nome completo de cada autor (sem abreviaccedilotildees) e sua

afiliaccedilatildeo institucional (nota as unidades hieraacuterquicas devem ser apresentadas em

ordem decrescente por exemplo universidade faculdade ou instituto e

departamento) devem ser informados Os nomes das instituiccedilotildees e programas

deveratildeo ser apresentados preferencialmente por extenso e na liacutengua original da

instituiccedilatildeo ou na versatildeo em inglecircs quando a escrita natildeo eacute latina (pex aacuterabe

mandarim ou grego)

Resumo O resumo em portuguecircs inglecircs e espanhol deve ser incluiacutedo no

manuscrito Em cada um dos idiomas natildeo deve conter mais do que 300 palavras A

versatildeo estruturada eacute obrigatoacuteria nos artigos originais e inclui objetivos meacutetodos

resultados e conclusatildeo Artigos de revisatildeo natildeo requerem resumo estruturado

Palavras-chave O artigo deve incluir no miacutenimo trecircs e no maacuteximo seis descritores

em portuguecircs inglecircs e espanhol baseados nos Descritores de Ciecircncias da Sauacutede

(DeCS) httpdecsbvsbr ou no Medical Subject Headings (MeSH) da National

Library of Medicine disponiacutevel em httpwwwnlmnihgovmeshmeshhomehtml

oubaseados no Medical SubjectHeading (MeSH) do Index Medicus

(httpwwwnlmnihgovmesh)

Introduccedilatildeo A introduccedilatildeo deve conter (1) justificativa objetiva para o estudo com

referecircncias pertinentes ao assunto sem realizar uma revisatildeo extensa (2) objetivo do

artigo

Materiais e Meacutetodos Esta seccedilatildeo deve descrever os experimentos (quantitativa e

qualitativamente) e os procedimentos em detalhes suficientes que permitam que

outros pesquisadores reproduzam os resultados ou deem continuidade ao estudo

e deveraacute conter (1) a descriccedilatildeo clara da amostra utilizada (2) termo de

consentimento para estudos experimentais envolvendo seres humanos (3)

identificaccedilatildeo dos meacutetodos aparelhos (nome do fabricante e endereccedilo cidade e paiacutes

devem ser menciondos entre parecircnteses) e procedimentos utilizados (4) descriccedilatildeo

breve e referecircncias de meacutetodos publicados mas natildeo amplamente conhecidos (5)

43

descriccedilatildeo detalhada de meacutetodos novos ou modificados (6) quando pertinente incluir

a anaacutelise estatiacutestica e os programas utilizados Importante Ao relatar experimentos

com seres humanos ou animais indicar se os procedimentos seguiram as normas

do Comitecirc Eacutetico sobre Experiecircncias Humanas da instituiccedilatildeo na qual a pesquisa foi

realizada e se os procedimentos estatildeo de acordo com a declaraccedilatildeo de Helsinki de

1995 e a Animal Experimentation Ethics respectivamente Os autores devem incluir

uma declaraccedilatildeo indicando que o protocolo foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica da

Instituiccedilatildeo (instituiccedilatildeo de afiliaccedilatildeo de pelo menos um dos autores) com o respectivo

nuacutemero de identificaccedilatildeo Tambeacutem deve incluir que o Termo de Consentimento Livre

e Esclarecido foi assinado por todos os participantes

Resultados Apresentar os resultados em sequecircncia loacutegica no texto usando tabelas

e figuras Evitar repeticcedilatildeo excessiva de dados no texto em tabelas ou figuras

poreacutem enfatizar somente as descobertas mais importantes

Discussatildeo Enfatizar os aspectos originais e importantes do estudo e as conclusotildees

que decorrem deste evitando poreacutem repetir dados jaacute apresentados em outras

partes do manuscrito Em estudos experimentais ressaltar a relevacircncia e limitaccedilotildees

dos resultados confrontando com os dados da literatura e incluindo implicaccedilotildees

para estudos futuros

Conclusotildees A conclusatildeo deve ser clara e concisa baseada nos resultados

obtidos estabelecendo ligaccedilatildeo com implicaccedilotildees cliacutenicas evitando poreacutem excessiva

generalizaccedilatildeo) A mesma ecircnfase deve ser dada a estudos com resultados negativos

ou positivos Recomendaccedilotildees podem ser incluiacutedas quando relevantes

Agradecimentos Quando pertinente incluir agradecimento ou reconhecimento a

pessoas que tenham contribuiacutedo para o desenvolvimento do trabalho poreacutem natildeo se

qualificam como coautores Fontes de financiamento como auxiacutelio a pesquisa e

bolsas de estudo devem ser reconhecidos nesta seccedilatildeo Os autores deveratildeo obter

permissatildeo por escrito para mencionar nomes e instituiccedilotildees de todos os que

receberam agradecimentos nominais

Referecircncias As referecircncias devem ser numeradas na sequecircncia em que aparecem

no texto em formato sobrescrito As referecircncias citadas somente em legendas de

tabelas ou figuras devem ser numeradas de acordo com sequecircncia estabelecida

pela primeira menccedilatildeo da tabela ou da figura no texto O estilo das referecircncias

bibliograacuteficas deve seguir as regras do Uniform Requirements for Manuscripts

Submitted to Biomedical Journals (International Committee of Medical Journal

Editors disponiacutevel em Ann Intern Med 1997126(1)36-47 httpwwwicmjeorg)

Alguns exemplos satildeo mostrados a seguir Os tiacutetulos dos perioacutedicos devem ser

abreviados de acordo com o Index Medicus (List of Journals Indexed disponiacutevel em

httpwwwnlmnihgovtsdserialsljihtml) Se o perioacutedico natildeo constar dessa lista

deve-se utilizar a abreviatura sugerida pelo proacuteprio perioacutedico Deve-se evitar utilizar

44

ldquocomunicaccedilotildees pessoaisrdquo ou ldquoobservaccedilotildees natildeo publicadasrdquo como referecircncias

Resumos de tranalhos apresentados em eventos devem ser utilizados somente se

for a uacutenica fonte de informaccedilatildeo

Tabelas As tabelas devem ser elaboradas em espaccedilo 15 devendo ser planejadas

para ter como largura uma (87cm) ou duas colunas (18 cm) Cada tabela deve

possuir um tiacutetulo sucinto Notas explicativas seratildeo incluiacutedas em notas de rodapeacute A

tabela deve conter meacutedias e medidas de dispersatildeo (Desvio Padratildeo Erro Padratildeo da

Meacutedia etc) natildeo devendo conter casas decimais irrelevantes As abreviaturas

devem estar de acordo com aquelas utilizadas no texto e nas figuras Os coacutedigos de

identificaccedilatildeo de itens da tabela devem estar listados na ordem de surgimento no

sentido horizontal e devem ser identificados pelos siacutembolos padratildeo Os quadros e

tabelas deveratildeo ser enviados atraveacutes dos arquivos originais editaacuteveis (Word Excel)

e natildeo como imagens

Figuras Na versatildeo impressa da RBME seratildeo aceitas figuras em preto-e-branco

Imagens coloridas poderatildeo ser publicadas quando forem essenciais para o conteuacutedo

cientiacutefico do artigo Nestes casos o custo seraacute repassado aos autores Figuras

coloridas poderatildeo ser incluiacutedas na versatildeo eletrocircnica do artigo sem custo adicional

aos autores Os desenhos e figuras devem ser consistentes e tatildeo simples quanto

possiacutevel poreacutem informativos Tons de cinza natildeo devem ser utilizados Todas as

linhas devem ser soacutelidas Para graacuteficos de barra por exemplo utilizar barras

brancas pretas com linhas diagonais nas duas direccedilotildees linhas em xadrez linhas

horizontais e verticais A RBME desaconselha fortemente o uso de fotografias de

equipamentos e animais de experimentaccedilatildeo As figuras devem ser impressas com

bom contraste e ter a largura de uma coluna (87cm) Utilizar no miacutenimo fonte

tamanho 10 para letras nuacutemeros e siacutembolos com espaccedilamento e alinhamento

adequados Quando a figura representar uma radiografia ou fotografia sugerimos

incluir a escala de tamanho quando pertinente

Por favor note que eacute de responsabilidade dos autores obter permissatildeo do detentor

dos direitos autorais para reproduzir figuras (ou tabelas) que tenham sido

previamente publicados em outras fontes De acordo com os princiacutepios do acesso

aberto os autores devem ter permissatildeo do detentor dos direitos caso desejem

incluir imagens que tenham sido publicados em outros perioacutedicos de acesso natildeo

aberto A permissatildeo deve ser indicada na legenda da figura e a fonte original deve

ser incluiacuteda na lista de referecircncias

45

APEcircNDICE I ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE)

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Vocecirc estaacute sendo convidada(o) a participar da pesquisa intitulada

ldquoCARACTERIZACcedilAtildeO DA DOR E SUA RELACcedilAtildeO COM EQUILIacuteBRIO

POSTURAL ESTAacuteTICO EM ATLETAS DE GINAacuteSTICA RIacuteTMICArdquo realizada pela

Universidade Federal de Sergipe por intermeacutedio da discente TAINARA DOS

SANTOS BOMFIM devidamente assistida pelo seu orientador PAULO MAacuteRCIO

PEREIRA OLIVEIRA O objetivo desse estudo eacute caracterizar a Dor

musculoesqueleacutetica em atletas de elite de ginaacutestica riacutetmica e analisar a relaccedilatildeo da

dor no equiliacutebrio postural estaacutetico das atletas comparando com controles natildeo

atletas A justificativa para a realizaccedilatildeo da pesquisa eacute documentar na literatura

escassa estudo sobre a relaccedilatildeo da dor com o equiliacutebrio postural estaacutetico em

atletas de elite de Ginaacutestica Riacutetmica Sua participaccedilatildeo nessa pesquisa consistiraacute

em responder um questionaacuterio e realizar avaliaccedilatildeo de equiliacutebrio que ocorreraacute em

um uacutenico momento Natildeo haacute riscos previsiacuteveis relacionados com sua participaccedilatildeo

nem danos previsiacuteveis decorrentes da pesquisa Os benefiacutecios relacionados com

sua participaccedilatildeo satildeo

1 Identificar alteraccedilotildees posturais de equiliacutebrio em atletas de alto rendimento

2 Evidenciar se o processo de dor em atletas eacute igual maior ou menor quando

comparado com pessoas natildeo atletas

3 Evidenciar se as variaccedilotildees aacuterea e velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo

de pressatildeo se igualam ou natildeo a pessoas natildeo atletas

Vocecirc foi selecionado por preencher os requisitos da pesquisa mas sua

participaccedilatildeo NAtildeO Eacute OBRIGATOacuteRIA sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo em sua

relaccedilatildeo com a instituiccedilatildeo ou com o pesquisador

Eu________________________________________________________________

abaixo assinado declaro que fui informado que as informaccedilotildees obtidas atraveacutes

dessa pesquisa seratildeo confidenciais e o sigilo sobre minha participaccedilatildeo seraacute

assegurado De tal modo que os dados natildeo seratildeo divulgados de forma a possibilitar

minha identificaccedilatildeo Tambeacutem estou ciente de que a qualquer momento posso

desistir de minha participaccedilatildeo e retirar meu consentimento Declaro que entendi os

objetivos riscos e benefiacutecios de minha participaccedilatildeo na pesquisa e concordo em

participar

Vocecirc receberaacute uma coacutepia deste termo onde consta o telefone e o endereccedilo do

pesquisador principal podendo tirar suas duacutevidas sobre o Projeto de Pesquisa de

sua participaccedilatildeo agora ou a qualquer momento

46

DADOS DO PESQUISADOR RESPONSAacuteVEL

Nome Tainara dos Santos Bomfim

Endereccedilo profissionale-mail Rua Padre Aacutelvares Pitangueira sn - Centro

Departamento de Fisioterapia bftainaragmailcom

Telefone (79) 9 9806-7487

ATENCcedilAtildeO A participaccedilatildeo em qualquer tipo de pesquisa eacute voluntaacuteria Em casos de

duacutevida quanto aos seus direitos entre em contato com o Comitecirc de Eacutetica em

Pesquisa da Universidade Federal de Sergipe

Lagarto _____de _____de 201_

_____________________________________________________

ASSINATURA DO VOLUNTAacuteRIO

_____________________________________________________

ASSINATURA DO PESQUISADOR RESPONSAacuteVEL

Page 31: CARACTERIZAÇÃO DA DOR E SUA RELAÇÃO COM O … · tainara dos santos bomfim caracterizaÇÃo da dor e sua relaÇÃo com o equilÍbrio postural em atletas de ginÁstica rÍtmica

31

ou desenvolvimento de consciecircncia de estrateacutegias posturais natildeo evidenciadas em

sujeitos natildeo praticantes de atividade esportiva

Os resultados encontrados por meio desse estudo mostraram que a dor em

sua dimensatildeo avaliativa apresentou relaccedilatildeo significativa com a velocidade meacutedia do

centro de oscilaccedilatildeo de pressatildeo do corpo na direccedilatildeo mediolateral Tal fato evidencia

que a percepccedilatildeo do estiacutemulo doloroso interfere de maneira significativa na

habilidade do atleta em reestabelecer a estabilidade postural apoacutes perturbaccedilatildeo do

equiliacutebrio em postura estaacutetica Prejudicando o desempenho atleacutetico na modalidade

uma vez que as atletas dependem da estabilidade postural para execuccedilatildeo da praacutetica

esportiva Alguns autores relatam a influecircncia da dor e fatores psicoemocionais na

performance e desempenho de atletas de alto rendimento Couto e Pedroni40

avaliaram a relaccedilatildeo da queixa e limiar doloroso com incidecircncia de lesatildeo em

bailarinas claacutessicas Os resultados do estudo mostraram que houve relaccedilatildeo

significativa entre as regiotildees de lesatildeo com a dor evidenciando que a dor estaacute

diretamente relacionada com o surgimento de lesatildeo nessa populaccedilatildeo Dore e

Guerra41 em seu estudo investigaram a prevalecircncia e fatores associados agrave

sintomatologia dolorosa em bailarinos profissionais utilizando a versatildeo brasileira do

questionaacuterio McGill e Inventaacuterio para dor de Wisconsin Foram verificadas

correlaccedilotildees positivas com significacircncia entre o grau de intensidade dolorosa e

atividades diaacuterias sono humor e relacionamento pessoal

O presente estudo sinaliza uma relaccedilatildeo da presenccedila do estiacutemulo doloroso

com o equiliacutebrio postural As alteraccedilotildees no equiliacutebrio corporal tecircm sido muito

estudadas em diferentes populaccedilotildees assim como o comportamento da dor e lesotildees

no desempenho de atletas de diferentes niacuteveis competitivos e modalidades

esportivas Corroborando com nossa pesquisa Meardon et al15 defendem que a

presenccedila de lesatildeo e dor em atletas pode afetar negativamente o equiliacutebrio corporal

Em sua pesquisa examinou controle postural dinacircmico em corredores lesionados

com dor e sem lesatildeo usando o Star Excursion Balance Test (SEBT) Quando

comparado corredores lesionados com controles sem lesatildeo os resultados

demonstraram controle dinacircmico deficiente das forccedilas verticais ao executar as

tarefas de pouso e estabilizaccedilatildeo em apoio unipodal

32

Contudo ainda satildeo raros os estudos sobre a caracterizaccedilatildeo da dor e do

equiliacutebrio corporal em atletas de ginaacutestica riacutetmica Por meio desse estudo foi

observado que atletas de elite de GR demonstraram aumento da dor descrita em

todos os domiacutenios avaliados pelo questionaacuterio McGill (plt0001) A dor nas ginastas

tem o perfil sensorial e avaliativo e se manifesta principalmente nas articulaccedilotildees do

quadril e tornozelo-peacute em virtude da especificidade do gesto esportivo Aleacutem disso

as atletas tambeacutem apresentam menor estabilidade do controle postural (plt005)

sendo notada possiacutevel relaccedilatildeo de interferecircncia entre a auto percepccedilatildeo dolorosa e o

equiliacutebrio postural Entretanto devido agrave complexidade do tema faz-se necessaacuterio a

elaboraccedilatildeo de estudos mais aprofundados com uma amostra maior seguindo

rigorosamente os criteacuterios metodoloacutegicos que permita uma interpretaccedilatildeo mais

precisa a respeito da percepccedilatildeo dolorosa e o equiliacutebrio postural no desempenho

atleacutetico na modalidade esportiva

5 Conclusatildeo

A pesquisa mostra que as atletas de elite de GR apresentam dor de

caracteriacutesticas sensorial e avaliativa frequentemente localizada na articulaccedilatildeo do

quadril seguida do tornozelo-peacute A presenccedila da percepccedilatildeo dolorosa mostrou relaccedilatildeo

significativa com o controle postural em atletas de elite de GR Os resultados

tambeacutem evidenciaram que atletas tem menor equiliacutebrio postural estaacutetico quando

comparadas a controles natildeo atletas poreacutem demonstram maior habilidade para

reestabelecer o controle postural

6 Consideraccedilotildees Finais

Um ponto importante a ser relatado neste estudo eacute a utilizaccedilatildeo do

questionaacuterio de dor McGill Embora venha ser um questionaacuterio amplamente utilizado

em pesquisas cientiacuteficas em virtude da sua alta confiabilidade validaccedilatildeo e

adaptaccedilatildeo cultural em diferentes paiacuteses ainda satildeo raros os estudos que utilizam

essa ferramenta para avaliar a dor em atletas Com ecircnfase em estudos que

descrevam a sua aplicabilidade por domiacutenio e caracteriacutesticas multidimensionais da

33

dor Este pesquisa aparenta ter sido pioneira a qualificar a dor e descrevecirc-la em

suas dimensotildees em atletas de elite de ginaacutestica riacutetmica bem como relacionar a

percepccedilatildeo dolorosa com o equiliacutebrio postural nessa populaccedilatildeo Abrindo espaccedilo para

realizaccedilatildeo de outros estudos

Poreacutem foi encontrado como limitaccedilotildees escassez de pesquisas cientiacuteficas

atualizadas sobre abordagem multidimensional da dor em atletas essencialmente

na ginaacutestica riacutetmica Pois a grande maioria dos estudos que tem sido publicado

sobre dor nessa populaccedilatildeo estaacute relacionada agrave presenccedila do estiacutemulo doloroso e sua

intensidade em uma magnitude sensorial Outro ponto a se destacar foi a

dificuldade em coletar um grupo controle com caracteriacutesticas similares ao grupo de

estudo para que fosse formada uma amostra mais homogecircnea possiacutevel

respeitando os criteacuterios metodoloacutegicos

34

REFEREcircNCIA

1 Baston C Mancini M Schoneburg B Horak F Rocchi L Postural strategies assessed with inertial sensors in healthy and parkinsonian subjects Gait Posture 2014 may 40(1)70ndash75

2 Guiotte VA Roque CFL Olieira MR Gil AWO Rabello LM Dos Santos EVM et

al Avaliaccedilatildeo Fiacutesico - Funcional de Atletas da Ginaacutestica Riacutetmica Histoacuterico de Lesotildees e Estabilidade Postural UNOPAR Cient Ciecircnc Biol Sauacutede 2012 14(4) 217-20

3 Bosso LR Golias ARC A postura de atletas de Ginaacutestica Riacutetmica Analise atraveacutes da fotometria Rev Bras Med Esporte 2012 setout 18(5)333-337

4 Shigaki L Rabello LM Camargo MZ Santos VBC Gil AWO Oliveira MR et al Anaacutelise comparativa do equiliacutebrio unipodal de atletas de Ginastica Riacutetmica Rev Bras Med Esporte 2013 marabr 19(2)104-107

5 Whale CE Pass AN Tripp PM Chronic Groin Pain in a collegiate football running back International Journal of Athletic Therapy amp Training 2012 may 17(3)41-44

6 Jacobs JV Why we need to better understand the cortical neurophysiology of impaired postural responses with age disease or injury Frontiers in Integrative Neuroscience 2014 ago 8(69)

7 Hirata RP Ervilha UF Arendt-Nielsen L Graven-Nielsen T Experimental Muscle Pain Challenges the Postural Satability During Quiet Stance Unexpected Posture Perturbation J Pain 2011 ago 12(8)911-9

8 Ribeiro GD Suaacuterez MH Ruiz DR Efecto del entrenamiento sistemaacutetico de gimnasia riacutetmica sobre el control postural de ninas adolescentes Rev Andal Med 2015 jun 8(2)54-60

9 Teixeira CL Equiliacutebrio e controle postural Brazilian Journal of Biomechanics 2010 11(20)31-40

10 Matsuda S Demura S Uchiyama M Centre of pressure sway characteristics during static one-legged stance of athletes from different sports Journal of Sports Sciences 2008 may 26(7)775 ndash 779

11 Merlo JK Stoppa ACL Macedo CSG Silva Juacutenior RA Anaacutelise Comparativa do Equiliacutebrio em Apoio Unipodal em Indiviacuteduos Sedentaacuterios e Atletas UNOPAR Cient Ciecircnc Biol Sauacutede 2010 12(4)29-32

12 Saito KA Navarro M Silva MF Arie EK Peccin MS Oscilaccedilatildeo do centro de pressatildeo plantar de atletas e natildeo atletas com e sem entorse de tornozelo Rev Bras Ortop 2016 51(4)437ndash443

35

13 Lamb M Oliveira PD Tano SS Gil AWO Dos Santos EVN Fernandes KBP

Efeito do treinamento proprioceptivo no equiliacutebrio de atletas de ginaacutestica riacutetmica Rev Bras Med Esporte 2014 setout 20(5)379-382

14 Silva JA Ribeiro-Filho NP A dor como um problema psicofiacutesico Rev Dor 2011 abrjun 12(2)138-51

15 Meardon S Klusendorf A Kernozek T Influence of injury on dynamic postural control in runners The International Journal of Sports Physical Therapy 2016 jun 11(3)336

16 Lin CF Lee IJ Liao JH Wu HW Su FC Comparison of Postural Stability Between Injured and Uninjured Ballet Dancers The American Journal of Sports Medicine 2011 39(6)1324-1331

17 Varoli FK Pedrazzi V Adapted Version of the McGill Pain Questionnaire to Brazilian Portuguese Braz Dent J 2006 17(4) 328-335

18 Pimenta CAM Teixeira MJ Questionaacuterio de dor McGill proposta de adaptaccedilatildeo para a liacutengua portuguesa Rev Esc Enf USP 1996 dez 30(3)473-83

19 Rabello LM Macedo CSG Oliveira MR Fregueto JH Camargo MZ Lopes LD et al Relaccedilatildeo entre testes funcionais e plataforma de forccedila nas medidas de equiliacutebrio em atletas Rev Bras Med Esporte 2014 maijun 20(3)219-222

20 Bressel E Yonker JC Kras J et al Comparison of static and dynamic balance in female collegiate soccer basketball and gymnastics atheletes Journal of Athletic Training 2007 42(1)42ndash46

21 Sabeti M Jeremian L Graf A Kandelhart R Elite level rhythmic gymnasts have significantly more and stronger pain than peers of similar age a prospective study Wien Klin Wochenschr 201512731ndash35

22 Vanderlei FM Vanderlei FCM Netto Juacutenior J Praste CM Caracteriacutesticas das lesotildees desportivas e fatores associados com lesatildeo em iniciantes de ginaacutestica artiacutestica do sexo feminino Fisioter Pesq 201320(2)191-196

23 Oliveira MMM Lourenccedilo MRA Teixeira DC Incidecircncias de lesotildees nas equipes de Ginaacutestica Riacutetmica da UNOPAR UNOPAR Cient Ciecircnc Biol Sauacutede 2003 out 6(1)29-40

24 Frutuoso AS Diefenthaeler F Vaz MA et al Lower Limb asymmetries in rhythmic gymnastics atheletes Int Sports Phys Ther 2016 11(1)34ndash43

25 Kolar E Samardžija MP Smrdu M Atikovic A Athletes perceptions of the causes of injury in gymnastics J Sports Med Phys Fitness 2016 Mar 57(5)703-710

36

26 Mueller S Mueller J Stoll J Prieske O Cassel M Mayer F Incidence of back pain in adolescent athletes a prospective study BMC Sports Science Medicine and Rehabilitation 2016 838

27 Goubert D Danneels L Graven-Nielsen T Descheemaeker F Meeus M Differences in Pain Processing Between Patients with Chronic Low Back Pain Recurrent Low Back Pain and Fibromyalgia Pain Physician 2017 May 20(4)307-318

28 Arliani GG Cohen M Lara PS Astur DC Gonccedilalves JPP Ferretti M Impacto do esporte na sauacutede de ex-jogadores profissionais de futebol no Brasil Acta ortop bras 2014 julago 22(4)188-190

29 Hoskins W Pollard H Daff C Odell A Garbutt P McHardy A et al Low back pain status in elite and semi-elite Australian football codes a cross-sectional survey of football (soccer) Australian rules rugby league rugby union and non-athletic controls BMC Musculoskeletal Disorders 20091038

30 Ngamkham S Vincent C Finnegan L Holden JE Wang ZJ Wilkie DJ The McGill Pain Questionnaire as a Multidimensional Measure in People with Cancer An Integrative Review Pain Manag Nurs 2012 Mar 13(1) 27ndash51

31 Bermudez OAS Souza RA Souza CMF Castro CES Beacuterzn F Avaliaccedilatildeo multidimensional da dor em portadores de desordem temporomandibular utilizando uma versatildeo brasileira do questionaacuterio mcgill de dor Rev bras fisioter 2003 7(2) 151-158

32 Reading AE Everitt BS Sledmore CM The McGill Pain Questionnaire a replication of its construction Br J Clin Psychol 1982 21339ndash349

33 Melzack R The McGill Pain Questionnaire Anesthesiology 2005 103199-202

34 Pessoa CP Barreto MB Santos LB Alves TDB Oliveira MC Martins AG Instrumentos utilizados na avaliaccedilatildeo do impacto da dor na qualidade de vida de pacientes com dor orofacial e disfunccedilatildeo temporomandibular Escola Baiana de Sauacutede Puacuteblica 200731(2)267-293

35 Espinoza ES Ortiz GB Estabilidad abdominolumbopeacutelvica y equilibrio comopredictores de la incidencia de lesionesmusculoesqueleacuteticas en estudiantes de danzaUn estudio piloto Fisioterapia 2014

36 Steinberg N Dar G Dunlop M Gaida JE The relationship of hip muscle performance to legankle and foot injuries a systematic review The Physician and Sportsmedicine 2017

37 Anderson K Strickland SM Warren R Hip and Groin Injuries in Athletes The American Journal of Sports Medicine 2001 29(4) 521-533

38 Tschopp M Brunner F Erkrankungen und Uumlberlastungsschaumlden an der unteren Extremitaumlt bei Langstreckenlaumlufern Z Rheumatol 2017 Feb

37

39 Han J Anson J Waddington G Adans R Liu Y The Role of Ankle

Proprioception for Balance Control in relation to Sports Performance and Injury BioMed Research International 2015 Jun8

40 Couto AGA Pedroni CR Relaccedilatildeo entre postura queixa dolorosa e lesatildeo em bailarinas claacutessicas Ter Man 2013 11(55)228-233

41 Dore BF e Guerra RO Sintomatologia dolorosa e fatores associados em bailarinos profissionais Rev Bras Med Esporte 2007 MarAbr13(2)77-80

38

ANEXO I ndash QUESTIONAacuteRIO DE DOR MCGILL

39

ANEXO II ndash PARECER DE APROVACcedilAtildeO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA

40

41

ANEXO III ndash NORMAS DE SUBMISSAtildeO DA REVISTA

Instruccedilotildees aos Autores

A Revista Brasileira de Medicina do Esporte - RBME (Brazilian Journal of

Sports Medicine) oacutergatildeo oficial da Sociedade Brasileira de Medicina do Exerciacutecio e

do Esporte (SBMEE) eacute publicada bimestralmente em seis ediccedilotildees ao ano (janfev

marabr maiojun julago setout e novdez) A RBME eacute indexada nas seguintes

bases bibliograacuteficas SciELO Web of Science Excerpta Medica-EMBASE Physical

Education Index LILACS SIRC-Sportdiscus e Scopus A publicaccedilatildeo segue

integralmente o padratildeo internacional do International Committee of Medical Journal

Editors (ICMJE) ou Convenccedilatildeo de Vancouver e seus requisitos de uniformizaccedilatildeo

[httpwwwicmjeorg]

Preparaccedilatildeo de manuscritos Os artigos submetidos devem ser digitados em

espaccedilo duplo fonte Arial 12 em paacutegina tamanho A4 sem numerar linhas ou

paraacutegrafos e numerando as paacuteginas no canto superior direito Figuras e tabelas

devem ser apresentadas ao final do artigo em paacuteginas separadas No corpo do

texto deve-se informar os locais para inserccedilatildeo das tabelas ou figuras Nuacutemeros

menores que 10 satildeo escritos por extenso enquanto que nuacutemeros maiores ou igual a

10 satildeo expressos em algarismos araacutebicos Os manuscritos que natildeo estiverem de

acordo com as instruccedilotildees aos autores em relaccedilatildeo a estilo e formato seratildeo

devolvidos sem revisatildeo pelo Conselho Editorial As medidas deveratildeo ser expressas

no Sistema Internacional (Systegraveme International SI) disponiacutevel em

httpphysicsnistgovcuuUnits e unidades padratildeo quando aplicaacutevel Recomenda-

se aos autores natildeo usar abreviaccedilotildees no tiacutetulo e limitar a sua utilizaccedilatildeo no resumo e

ao longo do texto Os nomes geneacutericos devem ser usados para todas as drogas Os

faacutermacos podem ser referidos pelo nome comercial poreacutem deve constar o nome

cidade e paiacutes ou endereccedilo eletrocircnico do fabricante entre parecircnteses na seccedilatildeo

Materiais e Meacutetodos

Abreviaturas O uso de abreviaturas deve ser minimizado As abreviaturas deveratildeo

ser definidas por ocasiatildeo de sua primeira utilizaccedilatildeo no resumo e tambeacutem no texto

Abreviaturas natildeo padratildeo natildeo devem ser utilizadas a menos que essas apareccedilam

pelo menos trecircs vezes no texto Unidades de medida (3 ml ou 3 mL e natildeo 3

mililitros) ou siacutembolos cientiacuteficos padratildeo (elementos quiacutemicos por exemplo Na e

natildeo soacutedio) natildeo satildeo consideradas abreviaturas e portanto natildeo devem ser definidos

Abreviar nomes longos ou substacircncias quiacutemicas e termos utilizados para

combinaccedilotildees terapecircuticas Abreviaturas em figuras e tabelas podem ser utilizadas

por razotildees de espaccedilo poreacutem devem ser definidas na legenda mesmo que tenham

sido definidas no texto do artigo

Formato dos arquivos Usar editor de texto Microsoft Word para Windows ou

42

equivalente Arquivos em formato PDF natildeo devem ser enviados As tabelas e

quadros deveratildeo estar em seus arquivos originais (Excel Acess Powerpoint etc)

As figuras deveratildeo estar nos formatos jpg ou tif em alta resoluccedilatildeo (300 dpi) As

figuras deveratildeo estar incluiacutedas no arquivo Word mas tambeacutem devem ser enviadas

separadamente (anexadas durante a submissatildeo do artigo como documento

suplementar em seus arquivos originais)

Paacutegina de rosto A paacutegina de rosto deve conter (1) a categoria do artigo (2) o tiacutetulo

do artigo em portuguecircs inglecircs e espanhol com ateacute 80 caracteres cada que deve ser

objetivo e informativo (3) os nomes completos dos autores instituiccedilatildeo formaccedilatildeo

acadecircmica de origem (a mais relevante) cidade estado e paiacutes (4) nome do autor

correspondente com endereccedilo completo telefone e e-mail A titulaccedilatildeo dos autores

natildeo deve ser incluiacuteda O nome completo de cada autor (sem abreviaccedilotildees) e sua

afiliaccedilatildeo institucional (nota as unidades hieraacuterquicas devem ser apresentadas em

ordem decrescente por exemplo universidade faculdade ou instituto e

departamento) devem ser informados Os nomes das instituiccedilotildees e programas

deveratildeo ser apresentados preferencialmente por extenso e na liacutengua original da

instituiccedilatildeo ou na versatildeo em inglecircs quando a escrita natildeo eacute latina (pex aacuterabe

mandarim ou grego)

Resumo O resumo em portuguecircs inglecircs e espanhol deve ser incluiacutedo no

manuscrito Em cada um dos idiomas natildeo deve conter mais do que 300 palavras A

versatildeo estruturada eacute obrigatoacuteria nos artigos originais e inclui objetivos meacutetodos

resultados e conclusatildeo Artigos de revisatildeo natildeo requerem resumo estruturado

Palavras-chave O artigo deve incluir no miacutenimo trecircs e no maacuteximo seis descritores

em portuguecircs inglecircs e espanhol baseados nos Descritores de Ciecircncias da Sauacutede

(DeCS) httpdecsbvsbr ou no Medical Subject Headings (MeSH) da National

Library of Medicine disponiacutevel em httpwwwnlmnihgovmeshmeshhomehtml

oubaseados no Medical SubjectHeading (MeSH) do Index Medicus

(httpwwwnlmnihgovmesh)

Introduccedilatildeo A introduccedilatildeo deve conter (1) justificativa objetiva para o estudo com

referecircncias pertinentes ao assunto sem realizar uma revisatildeo extensa (2) objetivo do

artigo

Materiais e Meacutetodos Esta seccedilatildeo deve descrever os experimentos (quantitativa e

qualitativamente) e os procedimentos em detalhes suficientes que permitam que

outros pesquisadores reproduzam os resultados ou deem continuidade ao estudo

e deveraacute conter (1) a descriccedilatildeo clara da amostra utilizada (2) termo de

consentimento para estudos experimentais envolvendo seres humanos (3)

identificaccedilatildeo dos meacutetodos aparelhos (nome do fabricante e endereccedilo cidade e paiacutes

devem ser menciondos entre parecircnteses) e procedimentos utilizados (4) descriccedilatildeo

breve e referecircncias de meacutetodos publicados mas natildeo amplamente conhecidos (5)

43

descriccedilatildeo detalhada de meacutetodos novos ou modificados (6) quando pertinente incluir

a anaacutelise estatiacutestica e os programas utilizados Importante Ao relatar experimentos

com seres humanos ou animais indicar se os procedimentos seguiram as normas

do Comitecirc Eacutetico sobre Experiecircncias Humanas da instituiccedilatildeo na qual a pesquisa foi

realizada e se os procedimentos estatildeo de acordo com a declaraccedilatildeo de Helsinki de

1995 e a Animal Experimentation Ethics respectivamente Os autores devem incluir

uma declaraccedilatildeo indicando que o protocolo foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica da

Instituiccedilatildeo (instituiccedilatildeo de afiliaccedilatildeo de pelo menos um dos autores) com o respectivo

nuacutemero de identificaccedilatildeo Tambeacutem deve incluir que o Termo de Consentimento Livre

e Esclarecido foi assinado por todos os participantes

Resultados Apresentar os resultados em sequecircncia loacutegica no texto usando tabelas

e figuras Evitar repeticcedilatildeo excessiva de dados no texto em tabelas ou figuras

poreacutem enfatizar somente as descobertas mais importantes

Discussatildeo Enfatizar os aspectos originais e importantes do estudo e as conclusotildees

que decorrem deste evitando poreacutem repetir dados jaacute apresentados em outras

partes do manuscrito Em estudos experimentais ressaltar a relevacircncia e limitaccedilotildees

dos resultados confrontando com os dados da literatura e incluindo implicaccedilotildees

para estudos futuros

Conclusotildees A conclusatildeo deve ser clara e concisa baseada nos resultados

obtidos estabelecendo ligaccedilatildeo com implicaccedilotildees cliacutenicas evitando poreacutem excessiva

generalizaccedilatildeo) A mesma ecircnfase deve ser dada a estudos com resultados negativos

ou positivos Recomendaccedilotildees podem ser incluiacutedas quando relevantes

Agradecimentos Quando pertinente incluir agradecimento ou reconhecimento a

pessoas que tenham contribuiacutedo para o desenvolvimento do trabalho poreacutem natildeo se

qualificam como coautores Fontes de financiamento como auxiacutelio a pesquisa e

bolsas de estudo devem ser reconhecidos nesta seccedilatildeo Os autores deveratildeo obter

permissatildeo por escrito para mencionar nomes e instituiccedilotildees de todos os que

receberam agradecimentos nominais

Referecircncias As referecircncias devem ser numeradas na sequecircncia em que aparecem

no texto em formato sobrescrito As referecircncias citadas somente em legendas de

tabelas ou figuras devem ser numeradas de acordo com sequecircncia estabelecida

pela primeira menccedilatildeo da tabela ou da figura no texto O estilo das referecircncias

bibliograacuteficas deve seguir as regras do Uniform Requirements for Manuscripts

Submitted to Biomedical Journals (International Committee of Medical Journal

Editors disponiacutevel em Ann Intern Med 1997126(1)36-47 httpwwwicmjeorg)

Alguns exemplos satildeo mostrados a seguir Os tiacutetulos dos perioacutedicos devem ser

abreviados de acordo com o Index Medicus (List of Journals Indexed disponiacutevel em

httpwwwnlmnihgovtsdserialsljihtml) Se o perioacutedico natildeo constar dessa lista

deve-se utilizar a abreviatura sugerida pelo proacuteprio perioacutedico Deve-se evitar utilizar

44

ldquocomunicaccedilotildees pessoaisrdquo ou ldquoobservaccedilotildees natildeo publicadasrdquo como referecircncias

Resumos de tranalhos apresentados em eventos devem ser utilizados somente se

for a uacutenica fonte de informaccedilatildeo

Tabelas As tabelas devem ser elaboradas em espaccedilo 15 devendo ser planejadas

para ter como largura uma (87cm) ou duas colunas (18 cm) Cada tabela deve

possuir um tiacutetulo sucinto Notas explicativas seratildeo incluiacutedas em notas de rodapeacute A

tabela deve conter meacutedias e medidas de dispersatildeo (Desvio Padratildeo Erro Padratildeo da

Meacutedia etc) natildeo devendo conter casas decimais irrelevantes As abreviaturas

devem estar de acordo com aquelas utilizadas no texto e nas figuras Os coacutedigos de

identificaccedilatildeo de itens da tabela devem estar listados na ordem de surgimento no

sentido horizontal e devem ser identificados pelos siacutembolos padratildeo Os quadros e

tabelas deveratildeo ser enviados atraveacutes dos arquivos originais editaacuteveis (Word Excel)

e natildeo como imagens

Figuras Na versatildeo impressa da RBME seratildeo aceitas figuras em preto-e-branco

Imagens coloridas poderatildeo ser publicadas quando forem essenciais para o conteuacutedo

cientiacutefico do artigo Nestes casos o custo seraacute repassado aos autores Figuras

coloridas poderatildeo ser incluiacutedas na versatildeo eletrocircnica do artigo sem custo adicional

aos autores Os desenhos e figuras devem ser consistentes e tatildeo simples quanto

possiacutevel poreacutem informativos Tons de cinza natildeo devem ser utilizados Todas as

linhas devem ser soacutelidas Para graacuteficos de barra por exemplo utilizar barras

brancas pretas com linhas diagonais nas duas direccedilotildees linhas em xadrez linhas

horizontais e verticais A RBME desaconselha fortemente o uso de fotografias de

equipamentos e animais de experimentaccedilatildeo As figuras devem ser impressas com

bom contraste e ter a largura de uma coluna (87cm) Utilizar no miacutenimo fonte

tamanho 10 para letras nuacutemeros e siacutembolos com espaccedilamento e alinhamento

adequados Quando a figura representar uma radiografia ou fotografia sugerimos

incluir a escala de tamanho quando pertinente

Por favor note que eacute de responsabilidade dos autores obter permissatildeo do detentor

dos direitos autorais para reproduzir figuras (ou tabelas) que tenham sido

previamente publicados em outras fontes De acordo com os princiacutepios do acesso

aberto os autores devem ter permissatildeo do detentor dos direitos caso desejem

incluir imagens que tenham sido publicados em outros perioacutedicos de acesso natildeo

aberto A permissatildeo deve ser indicada na legenda da figura e a fonte original deve

ser incluiacuteda na lista de referecircncias

45

APEcircNDICE I ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE)

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Vocecirc estaacute sendo convidada(o) a participar da pesquisa intitulada

ldquoCARACTERIZACcedilAtildeO DA DOR E SUA RELACcedilAtildeO COM EQUILIacuteBRIO

POSTURAL ESTAacuteTICO EM ATLETAS DE GINAacuteSTICA RIacuteTMICArdquo realizada pela

Universidade Federal de Sergipe por intermeacutedio da discente TAINARA DOS

SANTOS BOMFIM devidamente assistida pelo seu orientador PAULO MAacuteRCIO

PEREIRA OLIVEIRA O objetivo desse estudo eacute caracterizar a Dor

musculoesqueleacutetica em atletas de elite de ginaacutestica riacutetmica e analisar a relaccedilatildeo da

dor no equiliacutebrio postural estaacutetico das atletas comparando com controles natildeo

atletas A justificativa para a realizaccedilatildeo da pesquisa eacute documentar na literatura

escassa estudo sobre a relaccedilatildeo da dor com o equiliacutebrio postural estaacutetico em

atletas de elite de Ginaacutestica Riacutetmica Sua participaccedilatildeo nessa pesquisa consistiraacute

em responder um questionaacuterio e realizar avaliaccedilatildeo de equiliacutebrio que ocorreraacute em

um uacutenico momento Natildeo haacute riscos previsiacuteveis relacionados com sua participaccedilatildeo

nem danos previsiacuteveis decorrentes da pesquisa Os benefiacutecios relacionados com

sua participaccedilatildeo satildeo

1 Identificar alteraccedilotildees posturais de equiliacutebrio em atletas de alto rendimento

2 Evidenciar se o processo de dor em atletas eacute igual maior ou menor quando

comparado com pessoas natildeo atletas

3 Evidenciar se as variaccedilotildees aacuterea e velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo

de pressatildeo se igualam ou natildeo a pessoas natildeo atletas

Vocecirc foi selecionado por preencher os requisitos da pesquisa mas sua

participaccedilatildeo NAtildeO Eacute OBRIGATOacuteRIA sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo em sua

relaccedilatildeo com a instituiccedilatildeo ou com o pesquisador

Eu________________________________________________________________

abaixo assinado declaro que fui informado que as informaccedilotildees obtidas atraveacutes

dessa pesquisa seratildeo confidenciais e o sigilo sobre minha participaccedilatildeo seraacute

assegurado De tal modo que os dados natildeo seratildeo divulgados de forma a possibilitar

minha identificaccedilatildeo Tambeacutem estou ciente de que a qualquer momento posso

desistir de minha participaccedilatildeo e retirar meu consentimento Declaro que entendi os

objetivos riscos e benefiacutecios de minha participaccedilatildeo na pesquisa e concordo em

participar

Vocecirc receberaacute uma coacutepia deste termo onde consta o telefone e o endereccedilo do

pesquisador principal podendo tirar suas duacutevidas sobre o Projeto de Pesquisa de

sua participaccedilatildeo agora ou a qualquer momento

46

DADOS DO PESQUISADOR RESPONSAacuteVEL

Nome Tainara dos Santos Bomfim

Endereccedilo profissionale-mail Rua Padre Aacutelvares Pitangueira sn - Centro

Departamento de Fisioterapia bftainaragmailcom

Telefone (79) 9 9806-7487

ATENCcedilAtildeO A participaccedilatildeo em qualquer tipo de pesquisa eacute voluntaacuteria Em casos de

duacutevida quanto aos seus direitos entre em contato com o Comitecirc de Eacutetica em

Pesquisa da Universidade Federal de Sergipe

Lagarto _____de _____de 201_

_____________________________________________________

ASSINATURA DO VOLUNTAacuteRIO

_____________________________________________________

ASSINATURA DO PESQUISADOR RESPONSAacuteVEL

Page 32: CARACTERIZAÇÃO DA DOR E SUA RELAÇÃO COM O … · tainara dos santos bomfim caracterizaÇÃo da dor e sua relaÇÃo com o equilÍbrio postural em atletas de ginÁstica rÍtmica

32

Contudo ainda satildeo raros os estudos sobre a caracterizaccedilatildeo da dor e do

equiliacutebrio corporal em atletas de ginaacutestica riacutetmica Por meio desse estudo foi

observado que atletas de elite de GR demonstraram aumento da dor descrita em

todos os domiacutenios avaliados pelo questionaacuterio McGill (plt0001) A dor nas ginastas

tem o perfil sensorial e avaliativo e se manifesta principalmente nas articulaccedilotildees do

quadril e tornozelo-peacute em virtude da especificidade do gesto esportivo Aleacutem disso

as atletas tambeacutem apresentam menor estabilidade do controle postural (plt005)

sendo notada possiacutevel relaccedilatildeo de interferecircncia entre a auto percepccedilatildeo dolorosa e o

equiliacutebrio postural Entretanto devido agrave complexidade do tema faz-se necessaacuterio a

elaboraccedilatildeo de estudos mais aprofundados com uma amostra maior seguindo

rigorosamente os criteacuterios metodoloacutegicos que permita uma interpretaccedilatildeo mais

precisa a respeito da percepccedilatildeo dolorosa e o equiliacutebrio postural no desempenho

atleacutetico na modalidade esportiva

5 Conclusatildeo

A pesquisa mostra que as atletas de elite de GR apresentam dor de

caracteriacutesticas sensorial e avaliativa frequentemente localizada na articulaccedilatildeo do

quadril seguida do tornozelo-peacute A presenccedila da percepccedilatildeo dolorosa mostrou relaccedilatildeo

significativa com o controle postural em atletas de elite de GR Os resultados

tambeacutem evidenciaram que atletas tem menor equiliacutebrio postural estaacutetico quando

comparadas a controles natildeo atletas poreacutem demonstram maior habilidade para

reestabelecer o controle postural

6 Consideraccedilotildees Finais

Um ponto importante a ser relatado neste estudo eacute a utilizaccedilatildeo do

questionaacuterio de dor McGill Embora venha ser um questionaacuterio amplamente utilizado

em pesquisas cientiacuteficas em virtude da sua alta confiabilidade validaccedilatildeo e

adaptaccedilatildeo cultural em diferentes paiacuteses ainda satildeo raros os estudos que utilizam

essa ferramenta para avaliar a dor em atletas Com ecircnfase em estudos que

descrevam a sua aplicabilidade por domiacutenio e caracteriacutesticas multidimensionais da

33

dor Este pesquisa aparenta ter sido pioneira a qualificar a dor e descrevecirc-la em

suas dimensotildees em atletas de elite de ginaacutestica riacutetmica bem como relacionar a

percepccedilatildeo dolorosa com o equiliacutebrio postural nessa populaccedilatildeo Abrindo espaccedilo para

realizaccedilatildeo de outros estudos

Poreacutem foi encontrado como limitaccedilotildees escassez de pesquisas cientiacuteficas

atualizadas sobre abordagem multidimensional da dor em atletas essencialmente

na ginaacutestica riacutetmica Pois a grande maioria dos estudos que tem sido publicado

sobre dor nessa populaccedilatildeo estaacute relacionada agrave presenccedila do estiacutemulo doloroso e sua

intensidade em uma magnitude sensorial Outro ponto a se destacar foi a

dificuldade em coletar um grupo controle com caracteriacutesticas similares ao grupo de

estudo para que fosse formada uma amostra mais homogecircnea possiacutevel

respeitando os criteacuterios metodoloacutegicos

34

REFEREcircNCIA

1 Baston C Mancini M Schoneburg B Horak F Rocchi L Postural strategies assessed with inertial sensors in healthy and parkinsonian subjects Gait Posture 2014 may 40(1)70ndash75

2 Guiotte VA Roque CFL Olieira MR Gil AWO Rabello LM Dos Santos EVM et

al Avaliaccedilatildeo Fiacutesico - Funcional de Atletas da Ginaacutestica Riacutetmica Histoacuterico de Lesotildees e Estabilidade Postural UNOPAR Cient Ciecircnc Biol Sauacutede 2012 14(4) 217-20

3 Bosso LR Golias ARC A postura de atletas de Ginaacutestica Riacutetmica Analise atraveacutes da fotometria Rev Bras Med Esporte 2012 setout 18(5)333-337

4 Shigaki L Rabello LM Camargo MZ Santos VBC Gil AWO Oliveira MR et al Anaacutelise comparativa do equiliacutebrio unipodal de atletas de Ginastica Riacutetmica Rev Bras Med Esporte 2013 marabr 19(2)104-107

5 Whale CE Pass AN Tripp PM Chronic Groin Pain in a collegiate football running back International Journal of Athletic Therapy amp Training 2012 may 17(3)41-44

6 Jacobs JV Why we need to better understand the cortical neurophysiology of impaired postural responses with age disease or injury Frontiers in Integrative Neuroscience 2014 ago 8(69)

7 Hirata RP Ervilha UF Arendt-Nielsen L Graven-Nielsen T Experimental Muscle Pain Challenges the Postural Satability During Quiet Stance Unexpected Posture Perturbation J Pain 2011 ago 12(8)911-9

8 Ribeiro GD Suaacuterez MH Ruiz DR Efecto del entrenamiento sistemaacutetico de gimnasia riacutetmica sobre el control postural de ninas adolescentes Rev Andal Med 2015 jun 8(2)54-60

9 Teixeira CL Equiliacutebrio e controle postural Brazilian Journal of Biomechanics 2010 11(20)31-40

10 Matsuda S Demura S Uchiyama M Centre of pressure sway characteristics during static one-legged stance of athletes from different sports Journal of Sports Sciences 2008 may 26(7)775 ndash 779

11 Merlo JK Stoppa ACL Macedo CSG Silva Juacutenior RA Anaacutelise Comparativa do Equiliacutebrio em Apoio Unipodal em Indiviacuteduos Sedentaacuterios e Atletas UNOPAR Cient Ciecircnc Biol Sauacutede 2010 12(4)29-32

12 Saito KA Navarro M Silva MF Arie EK Peccin MS Oscilaccedilatildeo do centro de pressatildeo plantar de atletas e natildeo atletas com e sem entorse de tornozelo Rev Bras Ortop 2016 51(4)437ndash443

35

13 Lamb M Oliveira PD Tano SS Gil AWO Dos Santos EVN Fernandes KBP

Efeito do treinamento proprioceptivo no equiliacutebrio de atletas de ginaacutestica riacutetmica Rev Bras Med Esporte 2014 setout 20(5)379-382

14 Silva JA Ribeiro-Filho NP A dor como um problema psicofiacutesico Rev Dor 2011 abrjun 12(2)138-51

15 Meardon S Klusendorf A Kernozek T Influence of injury on dynamic postural control in runners The International Journal of Sports Physical Therapy 2016 jun 11(3)336

16 Lin CF Lee IJ Liao JH Wu HW Su FC Comparison of Postural Stability Between Injured and Uninjured Ballet Dancers The American Journal of Sports Medicine 2011 39(6)1324-1331

17 Varoli FK Pedrazzi V Adapted Version of the McGill Pain Questionnaire to Brazilian Portuguese Braz Dent J 2006 17(4) 328-335

18 Pimenta CAM Teixeira MJ Questionaacuterio de dor McGill proposta de adaptaccedilatildeo para a liacutengua portuguesa Rev Esc Enf USP 1996 dez 30(3)473-83

19 Rabello LM Macedo CSG Oliveira MR Fregueto JH Camargo MZ Lopes LD et al Relaccedilatildeo entre testes funcionais e plataforma de forccedila nas medidas de equiliacutebrio em atletas Rev Bras Med Esporte 2014 maijun 20(3)219-222

20 Bressel E Yonker JC Kras J et al Comparison of static and dynamic balance in female collegiate soccer basketball and gymnastics atheletes Journal of Athletic Training 2007 42(1)42ndash46

21 Sabeti M Jeremian L Graf A Kandelhart R Elite level rhythmic gymnasts have significantly more and stronger pain than peers of similar age a prospective study Wien Klin Wochenschr 201512731ndash35

22 Vanderlei FM Vanderlei FCM Netto Juacutenior J Praste CM Caracteriacutesticas das lesotildees desportivas e fatores associados com lesatildeo em iniciantes de ginaacutestica artiacutestica do sexo feminino Fisioter Pesq 201320(2)191-196

23 Oliveira MMM Lourenccedilo MRA Teixeira DC Incidecircncias de lesotildees nas equipes de Ginaacutestica Riacutetmica da UNOPAR UNOPAR Cient Ciecircnc Biol Sauacutede 2003 out 6(1)29-40

24 Frutuoso AS Diefenthaeler F Vaz MA et al Lower Limb asymmetries in rhythmic gymnastics atheletes Int Sports Phys Ther 2016 11(1)34ndash43

25 Kolar E Samardžija MP Smrdu M Atikovic A Athletes perceptions of the causes of injury in gymnastics J Sports Med Phys Fitness 2016 Mar 57(5)703-710

36

26 Mueller S Mueller J Stoll J Prieske O Cassel M Mayer F Incidence of back pain in adolescent athletes a prospective study BMC Sports Science Medicine and Rehabilitation 2016 838

27 Goubert D Danneels L Graven-Nielsen T Descheemaeker F Meeus M Differences in Pain Processing Between Patients with Chronic Low Back Pain Recurrent Low Back Pain and Fibromyalgia Pain Physician 2017 May 20(4)307-318

28 Arliani GG Cohen M Lara PS Astur DC Gonccedilalves JPP Ferretti M Impacto do esporte na sauacutede de ex-jogadores profissionais de futebol no Brasil Acta ortop bras 2014 julago 22(4)188-190

29 Hoskins W Pollard H Daff C Odell A Garbutt P McHardy A et al Low back pain status in elite and semi-elite Australian football codes a cross-sectional survey of football (soccer) Australian rules rugby league rugby union and non-athletic controls BMC Musculoskeletal Disorders 20091038

30 Ngamkham S Vincent C Finnegan L Holden JE Wang ZJ Wilkie DJ The McGill Pain Questionnaire as a Multidimensional Measure in People with Cancer An Integrative Review Pain Manag Nurs 2012 Mar 13(1) 27ndash51

31 Bermudez OAS Souza RA Souza CMF Castro CES Beacuterzn F Avaliaccedilatildeo multidimensional da dor em portadores de desordem temporomandibular utilizando uma versatildeo brasileira do questionaacuterio mcgill de dor Rev bras fisioter 2003 7(2) 151-158

32 Reading AE Everitt BS Sledmore CM The McGill Pain Questionnaire a replication of its construction Br J Clin Psychol 1982 21339ndash349

33 Melzack R The McGill Pain Questionnaire Anesthesiology 2005 103199-202

34 Pessoa CP Barreto MB Santos LB Alves TDB Oliveira MC Martins AG Instrumentos utilizados na avaliaccedilatildeo do impacto da dor na qualidade de vida de pacientes com dor orofacial e disfunccedilatildeo temporomandibular Escola Baiana de Sauacutede Puacuteblica 200731(2)267-293

35 Espinoza ES Ortiz GB Estabilidad abdominolumbopeacutelvica y equilibrio comopredictores de la incidencia de lesionesmusculoesqueleacuteticas en estudiantes de danzaUn estudio piloto Fisioterapia 2014

36 Steinberg N Dar G Dunlop M Gaida JE The relationship of hip muscle performance to legankle and foot injuries a systematic review The Physician and Sportsmedicine 2017

37 Anderson K Strickland SM Warren R Hip and Groin Injuries in Athletes The American Journal of Sports Medicine 2001 29(4) 521-533

38 Tschopp M Brunner F Erkrankungen und Uumlberlastungsschaumlden an der unteren Extremitaumlt bei Langstreckenlaumlufern Z Rheumatol 2017 Feb

37

39 Han J Anson J Waddington G Adans R Liu Y The Role of Ankle

Proprioception for Balance Control in relation to Sports Performance and Injury BioMed Research International 2015 Jun8

40 Couto AGA Pedroni CR Relaccedilatildeo entre postura queixa dolorosa e lesatildeo em bailarinas claacutessicas Ter Man 2013 11(55)228-233

41 Dore BF e Guerra RO Sintomatologia dolorosa e fatores associados em bailarinos profissionais Rev Bras Med Esporte 2007 MarAbr13(2)77-80

38

ANEXO I ndash QUESTIONAacuteRIO DE DOR MCGILL

39

ANEXO II ndash PARECER DE APROVACcedilAtildeO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA

40

41

ANEXO III ndash NORMAS DE SUBMISSAtildeO DA REVISTA

Instruccedilotildees aos Autores

A Revista Brasileira de Medicina do Esporte - RBME (Brazilian Journal of

Sports Medicine) oacutergatildeo oficial da Sociedade Brasileira de Medicina do Exerciacutecio e

do Esporte (SBMEE) eacute publicada bimestralmente em seis ediccedilotildees ao ano (janfev

marabr maiojun julago setout e novdez) A RBME eacute indexada nas seguintes

bases bibliograacuteficas SciELO Web of Science Excerpta Medica-EMBASE Physical

Education Index LILACS SIRC-Sportdiscus e Scopus A publicaccedilatildeo segue

integralmente o padratildeo internacional do International Committee of Medical Journal

Editors (ICMJE) ou Convenccedilatildeo de Vancouver e seus requisitos de uniformizaccedilatildeo

[httpwwwicmjeorg]

Preparaccedilatildeo de manuscritos Os artigos submetidos devem ser digitados em

espaccedilo duplo fonte Arial 12 em paacutegina tamanho A4 sem numerar linhas ou

paraacutegrafos e numerando as paacuteginas no canto superior direito Figuras e tabelas

devem ser apresentadas ao final do artigo em paacuteginas separadas No corpo do

texto deve-se informar os locais para inserccedilatildeo das tabelas ou figuras Nuacutemeros

menores que 10 satildeo escritos por extenso enquanto que nuacutemeros maiores ou igual a

10 satildeo expressos em algarismos araacutebicos Os manuscritos que natildeo estiverem de

acordo com as instruccedilotildees aos autores em relaccedilatildeo a estilo e formato seratildeo

devolvidos sem revisatildeo pelo Conselho Editorial As medidas deveratildeo ser expressas

no Sistema Internacional (Systegraveme International SI) disponiacutevel em

httpphysicsnistgovcuuUnits e unidades padratildeo quando aplicaacutevel Recomenda-

se aos autores natildeo usar abreviaccedilotildees no tiacutetulo e limitar a sua utilizaccedilatildeo no resumo e

ao longo do texto Os nomes geneacutericos devem ser usados para todas as drogas Os

faacutermacos podem ser referidos pelo nome comercial poreacutem deve constar o nome

cidade e paiacutes ou endereccedilo eletrocircnico do fabricante entre parecircnteses na seccedilatildeo

Materiais e Meacutetodos

Abreviaturas O uso de abreviaturas deve ser minimizado As abreviaturas deveratildeo

ser definidas por ocasiatildeo de sua primeira utilizaccedilatildeo no resumo e tambeacutem no texto

Abreviaturas natildeo padratildeo natildeo devem ser utilizadas a menos que essas apareccedilam

pelo menos trecircs vezes no texto Unidades de medida (3 ml ou 3 mL e natildeo 3

mililitros) ou siacutembolos cientiacuteficos padratildeo (elementos quiacutemicos por exemplo Na e

natildeo soacutedio) natildeo satildeo consideradas abreviaturas e portanto natildeo devem ser definidos

Abreviar nomes longos ou substacircncias quiacutemicas e termos utilizados para

combinaccedilotildees terapecircuticas Abreviaturas em figuras e tabelas podem ser utilizadas

por razotildees de espaccedilo poreacutem devem ser definidas na legenda mesmo que tenham

sido definidas no texto do artigo

Formato dos arquivos Usar editor de texto Microsoft Word para Windows ou

42

equivalente Arquivos em formato PDF natildeo devem ser enviados As tabelas e

quadros deveratildeo estar em seus arquivos originais (Excel Acess Powerpoint etc)

As figuras deveratildeo estar nos formatos jpg ou tif em alta resoluccedilatildeo (300 dpi) As

figuras deveratildeo estar incluiacutedas no arquivo Word mas tambeacutem devem ser enviadas

separadamente (anexadas durante a submissatildeo do artigo como documento

suplementar em seus arquivos originais)

Paacutegina de rosto A paacutegina de rosto deve conter (1) a categoria do artigo (2) o tiacutetulo

do artigo em portuguecircs inglecircs e espanhol com ateacute 80 caracteres cada que deve ser

objetivo e informativo (3) os nomes completos dos autores instituiccedilatildeo formaccedilatildeo

acadecircmica de origem (a mais relevante) cidade estado e paiacutes (4) nome do autor

correspondente com endereccedilo completo telefone e e-mail A titulaccedilatildeo dos autores

natildeo deve ser incluiacuteda O nome completo de cada autor (sem abreviaccedilotildees) e sua

afiliaccedilatildeo institucional (nota as unidades hieraacuterquicas devem ser apresentadas em

ordem decrescente por exemplo universidade faculdade ou instituto e

departamento) devem ser informados Os nomes das instituiccedilotildees e programas

deveratildeo ser apresentados preferencialmente por extenso e na liacutengua original da

instituiccedilatildeo ou na versatildeo em inglecircs quando a escrita natildeo eacute latina (pex aacuterabe

mandarim ou grego)

Resumo O resumo em portuguecircs inglecircs e espanhol deve ser incluiacutedo no

manuscrito Em cada um dos idiomas natildeo deve conter mais do que 300 palavras A

versatildeo estruturada eacute obrigatoacuteria nos artigos originais e inclui objetivos meacutetodos

resultados e conclusatildeo Artigos de revisatildeo natildeo requerem resumo estruturado

Palavras-chave O artigo deve incluir no miacutenimo trecircs e no maacuteximo seis descritores

em portuguecircs inglecircs e espanhol baseados nos Descritores de Ciecircncias da Sauacutede

(DeCS) httpdecsbvsbr ou no Medical Subject Headings (MeSH) da National

Library of Medicine disponiacutevel em httpwwwnlmnihgovmeshmeshhomehtml

oubaseados no Medical SubjectHeading (MeSH) do Index Medicus

(httpwwwnlmnihgovmesh)

Introduccedilatildeo A introduccedilatildeo deve conter (1) justificativa objetiva para o estudo com

referecircncias pertinentes ao assunto sem realizar uma revisatildeo extensa (2) objetivo do

artigo

Materiais e Meacutetodos Esta seccedilatildeo deve descrever os experimentos (quantitativa e

qualitativamente) e os procedimentos em detalhes suficientes que permitam que

outros pesquisadores reproduzam os resultados ou deem continuidade ao estudo

e deveraacute conter (1) a descriccedilatildeo clara da amostra utilizada (2) termo de

consentimento para estudos experimentais envolvendo seres humanos (3)

identificaccedilatildeo dos meacutetodos aparelhos (nome do fabricante e endereccedilo cidade e paiacutes

devem ser menciondos entre parecircnteses) e procedimentos utilizados (4) descriccedilatildeo

breve e referecircncias de meacutetodos publicados mas natildeo amplamente conhecidos (5)

43

descriccedilatildeo detalhada de meacutetodos novos ou modificados (6) quando pertinente incluir

a anaacutelise estatiacutestica e os programas utilizados Importante Ao relatar experimentos

com seres humanos ou animais indicar se os procedimentos seguiram as normas

do Comitecirc Eacutetico sobre Experiecircncias Humanas da instituiccedilatildeo na qual a pesquisa foi

realizada e se os procedimentos estatildeo de acordo com a declaraccedilatildeo de Helsinki de

1995 e a Animal Experimentation Ethics respectivamente Os autores devem incluir

uma declaraccedilatildeo indicando que o protocolo foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica da

Instituiccedilatildeo (instituiccedilatildeo de afiliaccedilatildeo de pelo menos um dos autores) com o respectivo

nuacutemero de identificaccedilatildeo Tambeacutem deve incluir que o Termo de Consentimento Livre

e Esclarecido foi assinado por todos os participantes

Resultados Apresentar os resultados em sequecircncia loacutegica no texto usando tabelas

e figuras Evitar repeticcedilatildeo excessiva de dados no texto em tabelas ou figuras

poreacutem enfatizar somente as descobertas mais importantes

Discussatildeo Enfatizar os aspectos originais e importantes do estudo e as conclusotildees

que decorrem deste evitando poreacutem repetir dados jaacute apresentados em outras

partes do manuscrito Em estudos experimentais ressaltar a relevacircncia e limitaccedilotildees

dos resultados confrontando com os dados da literatura e incluindo implicaccedilotildees

para estudos futuros

Conclusotildees A conclusatildeo deve ser clara e concisa baseada nos resultados

obtidos estabelecendo ligaccedilatildeo com implicaccedilotildees cliacutenicas evitando poreacutem excessiva

generalizaccedilatildeo) A mesma ecircnfase deve ser dada a estudos com resultados negativos

ou positivos Recomendaccedilotildees podem ser incluiacutedas quando relevantes

Agradecimentos Quando pertinente incluir agradecimento ou reconhecimento a

pessoas que tenham contribuiacutedo para o desenvolvimento do trabalho poreacutem natildeo se

qualificam como coautores Fontes de financiamento como auxiacutelio a pesquisa e

bolsas de estudo devem ser reconhecidos nesta seccedilatildeo Os autores deveratildeo obter

permissatildeo por escrito para mencionar nomes e instituiccedilotildees de todos os que

receberam agradecimentos nominais

Referecircncias As referecircncias devem ser numeradas na sequecircncia em que aparecem

no texto em formato sobrescrito As referecircncias citadas somente em legendas de

tabelas ou figuras devem ser numeradas de acordo com sequecircncia estabelecida

pela primeira menccedilatildeo da tabela ou da figura no texto O estilo das referecircncias

bibliograacuteficas deve seguir as regras do Uniform Requirements for Manuscripts

Submitted to Biomedical Journals (International Committee of Medical Journal

Editors disponiacutevel em Ann Intern Med 1997126(1)36-47 httpwwwicmjeorg)

Alguns exemplos satildeo mostrados a seguir Os tiacutetulos dos perioacutedicos devem ser

abreviados de acordo com o Index Medicus (List of Journals Indexed disponiacutevel em

httpwwwnlmnihgovtsdserialsljihtml) Se o perioacutedico natildeo constar dessa lista

deve-se utilizar a abreviatura sugerida pelo proacuteprio perioacutedico Deve-se evitar utilizar

44

ldquocomunicaccedilotildees pessoaisrdquo ou ldquoobservaccedilotildees natildeo publicadasrdquo como referecircncias

Resumos de tranalhos apresentados em eventos devem ser utilizados somente se

for a uacutenica fonte de informaccedilatildeo

Tabelas As tabelas devem ser elaboradas em espaccedilo 15 devendo ser planejadas

para ter como largura uma (87cm) ou duas colunas (18 cm) Cada tabela deve

possuir um tiacutetulo sucinto Notas explicativas seratildeo incluiacutedas em notas de rodapeacute A

tabela deve conter meacutedias e medidas de dispersatildeo (Desvio Padratildeo Erro Padratildeo da

Meacutedia etc) natildeo devendo conter casas decimais irrelevantes As abreviaturas

devem estar de acordo com aquelas utilizadas no texto e nas figuras Os coacutedigos de

identificaccedilatildeo de itens da tabela devem estar listados na ordem de surgimento no

sentido horizontal e devem ser identificados pelos siacutembolos padratildeo Os quadros e

tabelas deveratildeo ser enviados atraveacutes dos arquivos originais editaacuteveis (Word Excel)

e natildeo como imagens

Figuras Na versatildeo impressa da RBME seratildeo aceitas figuras em preto-e-branco

Imagens coloridas poderatildeo ser publicadas quando forem essenciais para o conteuacutedo

cientiacutefico do artigo Nestes casos o custo seraacute repassado aos autores Figuras

coloridas poderatildeo ser incluiacutedas na versatildeo eletrocircnica do artigo sem custo adicional

aos autores Os desenhos e figuras devem ser consistentes e tatildeo simples quanto

possiacutevel poreacutem informativos Tons de cinza natildeo devem ser utilizados Todas as

linhas devem ser soacutelidas Para graacuteficos de barra por exemplo utilizar barras

brancas pretas com linhas diagonais nas duas direccedilotildees linhas em xadrez linhas

horizontais e verticais A RBME desaconselha fortemente o uso de fotografias de

equipamentos e animais de experimentaccedilatildeo As figuras devem ser impressas com

bom contraste e ter a largura de uma coluna (87cm) Utilizar no miacutenimo fonte

tamanho 10 para letras nuacutemeros e siacutembolos com espaccedilamento e alinhamento

adequados Quando a figura representar uma radiografia ou fotografia sugerimos

incluir a escala de tamanho quando pertinente

Por favor note que eacute de responsabilidade dos autores obter permissatildeo do detentor

dos direitos autorais para reproduzir figuras (ou tabelas) que tenham sido

previamente publicados em outras fontes De acordo com os princiacutepios do acesso

aberto os autores devem ter permissatildeo do detentor dos direitos caso desejem

incluir imagens que tenham sido publicados em outros perioacutedicos de acesso natildeo

aberto A permissatildeo deve ser indicada na legenda da figura e a fonte original deve

ser incluiacuteda na lista de referecircncias

45

APEcircNDICE I ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE)

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Vocecirc estaacute sendo convidada(o) a participar da pesquisa intitulada

ldquoCARACTERIZACcedilAtildeO DA DOR E SUA RELACcedilAtildeO COM EQUILIacuteBRIO

POSTURAL ESTAacuteTICO EM ATLETAS DE GINAacuteSTICA RIacuteTMICArdquo realizada pela

Universidade Federal de Sergipe por intermeacutedio da discente TAINARA DOS

SANTOS BOMFIM devidamente assistida pelo seu orientador PAULO MAacuteRCIO

PEREIRA OLIVEIRA O objetivo desse estudo eacute caracterizar a Dor

musculoesqueleacutetica em atletas de elite de ginaacutestica riacutetmica e analisar a relaccedilatildeo da

dor no equiliacutebrio postural estaacutetico das atletas comparando com controles natildeo

atletas A justificativa para a realizaccedilatildeo da pesquisa eacute documentar na literatura

escassa estudo sobre a relaccedilatildeo da dor com o equiliacutebrio postural estaacutetico em

atletas de elite de Ginaacutestica Riacutetmica Sua participaccedilatildeo nessa pesquisa consistiraacute

em responder um questionaacuterio e realizar avaliaccedilatildeo de equiliacutebrio que ocorreraacute em

um uacutenico momento Natildeo haacute riscos previsiacuteveis relacionados com sua participaccedilatildeo

nem danos previsiacuteveis decorrentes da pesquisa Os benefiacutecios relacionados com

sua participaccedilatildeo satildeo

1 Identificar alteraccedilotildees posturais de equiliacutebrio em atletas de alto rendimento

2 Evidenciar se o processo de dor em atletas eacute igual maior ou menor quando

comparado com pessoas natildeo atletas

3 Evidenciar se as variaccedilotildees aacuterea e velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo

de pressatildeo se igualam ou natildeo a pessoas natildeo atletas

Vocecirc foi selecionado por preencher os requisitos da pesquisa mas sua

participaccedilatildeo NAtildeO Eacute OBRIGATOacuteRIA sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo em sua

relaccedilatildeo com a instituiccedilatildeo ou com o pesquisador

Eu________________________________________________________________

abaixo assinado declaro que fui informado que as informaccedilotildees obtidas atraveacutes

dessa pesquisa seratildeo confidenciais e o sigilo sobre minha participaccedilatildeo seraacute

assegurado De tal modo que os dados natildeo seratildeo divulgados de forma a possibilitar

minha identificaccedilatildeo Tambeacutem estou ciente de que a qualquer momento posso

desistir de minha participaccedilatildeo e retirar meu consentimento Declaro que entendi os

objetivos riscos e benefiacutecios de minha participaccedilatildeo na pesquisa e concordo em

participar

Vocecirc receberaacute uma coacutepia deste termo onde consta o telefone e o endereccedilo do

pesquisador principal podendo tirar suas duacutevidas sobre o Projeto de Pesquisa de

sua participaccedilatildeo agora ou a qualquer momento

46

DADOS DO PESQUISADOR RESPONSAacuteVEL

Nome Tainara dos Santos Bomfim

Endereccedilo profissionale-mail Rua Padre Aacutelvares Pitangueira sn - Centro

Departamento de Fisioterapia bftainaragmailcom

Telefone (79) 9 9806-7487

ATENCcedilAtildeO A participaccedilatildeo em qualquer tipo de pesquisa eacute voluntaacuteria Em casos de

duacutevida quanto aos seus direitos entre em contato com o Comitecirc de Eacutetica em

Pesquisa da Universidade Federal de Sergipe

Lagarto _____de _____de 201_

_____________________________________________________

ASSINATURA DO VOLUNTAacuteRIO

_____________________________________________________

ASSINATURA DO PESQUISADOR RESPONSAacuteVEL

Page 33: CARACTERIZAÇÃO DA DOR E SUA RELAÇÃO COM O … · tainara dos santos bomfim caracterizaÇÃo da dor e sua relaÇÃo com o equilÍbrio postural em atletas de ginÁstica rÍtmica

33

dor Este pesquisa aparenta ter sido pioneira a qualificar a dor e descrevecirc-la em

suas dimensotildees em atletas de elite de ginaacutestica riacutetmica bem como relacionar a

percepccedilatildeo dolorosa com o equiliacutebrio postural nessa populaccedilatildeo Abrindo espaccedilo para

realizaccedilatildeo de outros estudos

Poreacutem foi encontrado como limitaccedilotildees escassez de pesquisas cientiacuteficas

atualizadas sobre abordagem multidimensional da dor em atletas essencialmente

na ginaacutestica riacutetmica Pois a grande maioria dos estudos que tem sido publicado

sobre dor nessa populaccedilatildeo estaacute relacionada agrave presenccedila do estiacutemulo doloroso e sua

intensidade em uma magnitude sensorial Outro ponto a se destacar foi a

dificuldade em coletar um grupo controle com caracteriacutesticas similares ao grupo de

estudo para que fosse formada uma amostra mais homogecircnea possiacutevel

respeitando os criteacuterios metodoloacutegicos

34

REFEREcircNCIA

1 Baston C Mancini M Schoneburg B Horak F Rocchi L Postural strategies assessed with inertial sensors in healthy and parkinsonian subjects Gait Posture 2014 may 40(1)70ndash75

2 Guiotte VA Roque CFL Olieira MR Gil AWO Rabello LM Dos Santos EVM et

al Avaliaccedilatildeo Fiacutesico - Funcional de Atletas da Ginaacutestica Riacutetmica Histoacuterico de Lesotildees e Estabilidade Postural UNOPAR Cient Ciecircnc Biol Sauacutede 2012 14(4) 217-20

3 Bosso LR Golias ARC A postura de atletas de Ginaacutestica Riacutetmica Analise atraveacutes da fotometria Rev Bras Med Esporte 2012 setout 18(5)333-337

4 Shigaki L Rabello LM Camargo MZ Santos VBC Gil AWO Oliveira MR et al Anaacutelise comparativa do equiliacutebrio unipodal de atletas de Ginastica Riacutetmica Rev Bras Med Esporte 2013 marabr 19(2)104-107

5 Whale CE Pass AN Tripp PM Chronic Groin Pain in a collegiate football running back International Journal of Athletic Therapy amp Training 2012 may 17(3)41-44

6 Jacobs JV Why we need to better understand the cortical neurophysiology of impaired postural responses with age disease or injury Frontiers in Integrative Neuroscience 2014 ago 8(69)

7 Hirata RP Ervilha UF Arendt-Nielsen L Graven-Nielsen T Experimental Muscle Pain Challenges the Postural Satability During Quiet Stance Unexpected Posture Perturbation J Pain 2011 ago 12(8)911-9

8 Ribeiro GD Suaacuterez MH Ruiz DR Efecto del entrenamiento sistemaacutetico de gimnasia riacutetmica sobre el control postural de ninas adolescentes Rev Andal Med 2015 jun 8(2)54-60

9 Teixeira CL Equiliacutebrio e controle postural Brazilian Journal of Biomechanics 2010 11(20)31-40

10 Matsuda S Demura S Uchiyama M Centre of pressure sway characteristics during static one-legged stance of athletes from different sports Journal of Sports Sciences 2008 may 26(7)775 ndash 779

11 Merlo JK Stoppa ACL Macedo CSG Silva Juacutenior RA Anaacutelise Comparativa do Equiliacutebrio em Apoio Unipodal em Indiviacuteduos Sedentaacuterios e Atletas UNOPAR Cient Ciecircnc Biol Sauacutede 2010 12(4)29-32

12 Saito KA Navarro M Silva MF Arie EK Peccin MS Oscilaccedilatildeo do centro de pressatildeo plantar de atletas e natildeo atletas com e sem entorse de tornozelo Rev Bras Ortop 2016 51(4)437ndash443

35

13 Lamb M Oliveira PD Tano SS Gil AWO Dos Santos EVN Fernandes KBP

Efeito do treinamento proprioceptivo no equiliacutebrio de atletas de ginaacutestica riacutetmica Rev Bras Med Esporte 2014 setout 20(5)379-382

14 Silva JA Ribeiro-Filho NP A dor como um problema psicofiacutesico Rev Dor 2011 abrjun 12(2)138-51

15 Meardon S Klusendorf A Kernozek T Influence of injury on dynamic postural control in runners The International Journal of Sports Physical Therapy 2016 jun 11(3)336

16 Lin CF Lee IJ Liao JH Wu HW Su FC Comparison of Postural Stability Between Injured and Uninjured Ballet Dancers The American Journal of Sports Medicine 2011 39(6)1324-1331

17 Varoli FK Pedrazzi V Adapted Version of the McGill Pain Questionnaire to Brazilian Portuguese Braz Dent J 2006 17(4) 328-335

18 Pimenta CAM Teixeira MJ Questionaacuterio de dor McGill proposta de adaptaccedilatildeo para a liacutengua portuguesa Rev Esc Enf USP 1996 dez 30(3)473-83

19 Rabello LM Macedo CSG Oliveira MR Fregueto JH Camargo MZ Lopes LD et al Relaccedilatildeo entre testes funcionais e plataforma de forccedila nas medidas de equiliacutebrio em atletas Rev Bras Med Esporte 2014 maijun 20(3)219-222

20 Bressel E Yonker JC Kras J et al Comparison of static and dynamic balance in female collegiate soccer basketball and gymnastics atheletes Journal of Athletic Training 2007 42(1)42ndash46

21 Sabeti M Jeremian L Graf A Kandelhart R Elite level rhythmic gymnasts have significantly more and stronger pain than peers of similar age a prospective study Wien Klin Wochenschr 201512731ndash35

22 Vanderlei FM Vanderlei FCM Netto Juacutenior J Praste CM Caracteriacutesticas das lesotildees desportivas e fatores associados com lesatildeo em iniciantes de ginaacutestica artiacutestica do sexo feminino Fisioter Pesq 201320(2)191-196

23 Oliveira MMM Lourenccedilo MRA Teixeira DC Incidecircncias de lesotildees nas equipes de Ginaacutestica Riacutetmica da UNOPAR UNOPAR Cient Ciecircnc Biol Sauacutede 2003 out 6(1)29-40

24 Frutuoso AS Diefenthaeler F Vaz MA et al Lower Limb asymmetries in rhythmic gymnastics atheletes Int Sports Phys Ther 2016 11(1)34ndash43

25 Kolar E Samardžija MP Smrdu M Atikovic A Athletes perceptions of the causes of injury in gymnastics J Sports Med Phys Fitness 2016 Mar 57(5)703-710

36

26 Mueller S Mueller J Stoll J Prieske O Cassel M Mayer F Incidence of back pain in adolescent athletes a prospective study BMC Sports Science Medicine and Rehabilitation 2016 838

27 Goubert D Danneels L Graven-Nielsen T Descheemaeker F Meeus M Differences in Pain Processing Between Patients with Chronic Low Back Pain Recurrent Low Back Pain and Fibromyalgia Pain Physician 2017 May 20(4)307-318

28 Arliani GG Cohen M Lara PS Astur DC Gonccedilalves JPP Ferretti M Impacto do esporte na sauacutede de ex-jogadores profissionais de futebol no Brasil Acta ortop bras 2014 julago 22(4)188-190

29 Hoskins W Pollard H Daff C Odell A Garbutt P McHardy A et al Low back pain status in elite and semi-elite Australian football codes a cross-sectional survey of football (soccer) Australian rules rugby league rugby union and non-athletic controls BMC Musculoskeletal Disorders 20091038

30 Ngamkham S Vincent C Finnegan L Holden JE Wang ZJ Wilkie DJ The McGill Pain Questionnaire as a Multidimensional Measure in People with Cancer An Integrative Review Pain Manag Nurs 2012 Mar 13(1) 27ndash51

31 Bermudez OAS Souza RA Souza CMF Castro CES Beacuterzn F Avaliaccedilatildeo multidimensional da dor em portadores de desordem temporomandibular utilizando uma versatildeo brasileira do questionaacuterio mcgill de dor Rev bras fisioter 2003 7(2) 151-158

32 Reading AE Everitt BS Sledmore CM The McGill Pain Questionnaire a replication of its construction Br J Clin Psychol 1982 21339ndash349

33 Melzack R The McGill Pain Questionnaire Anesthesiology 2005 103199-202

34 Pessoa CP Barreto MB Santos LB Alves TDB Oliveira MC Martins AG Instrumentos utilizados na avaliaccedilatildeo do impacto da dor na qualidade de vida de pacientes com dor orofacial e disfunccedilatildeo temporomandibular Escola Baiana de Sauacutede Puacuteblica 200731(2)267-293

35 Espinoza ES Ortiz GB Estabilidad abdominolumbopeacutelvica y equilibrio comopredictores de la incidencia de lesionesmusculoesqueleacuteticas en estudiantes de danzaUn estudio piloto Fisioterapia 2014

36 Steinberg N Dar G Dunlop M Gaida JE The relationship of hip muscle performance to legankle and foot injuries a systematic review The Physician and Sportsmedicine 2017

37 Anderson K Strickland SM Warren R Hip and Groin Injuries in Athletes The American Journal of Sports Medicine 2001 29(4) 521-533

38 Tschopp M Brunner F Erkrankungen und Uumlberlastungsschaumlden an der unteren Extremitaumlt bei Langstreckenlaumlufern Z Rheumatol 2017 Feb

37

39 Han J Anson J Waddington G Adans R Liu Y The Role of Ankle

Proprioception for Balance Control in relation to Sports Performance and Injury BioMed Research International 2015 Jun8

40 Couto AGA Pedroni CR Relaccedilatildeo entre postura queixa dolorosa e lesatildeo em bailarinas claacutessicas Ter Man 2013 11(55)228-233

41 Dore BF e Guerra RO Sintomatologia dolorosa e fatores associados em bailarinos profissionais Rev Bras Med Esporte 2007 MarAbr13(2)77-80

38

ANEXO I ndash QUESTIONAacuteRIO DE DOR MCGILL

39

ANEXO II ndash PARECER DE APROVACcedilAtildeO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA

40

41

ANEXO III ndash NORMAS DE SUBMISSAtildeO DA REVISTA

Instruccedilotildees aos Autores

A Revista Brasileira de Medicina do Esporte - RBME (Brazilian Journal of

Sports Medicine) oacutergatildeo oficial da Sociedade Brasileira de Medicina do Exerciacutecio e

do Esporte (SBMEE) eacute publicada bimestralmente em seis ediccedilotildees ao ano (janfev

marabr maiojun julago setout e novdez) A RBME eacute indexada nas seguintes

bases bibliograacuteficas SciELO Web of Science Excerpta Medica-EMBASE Physical

Education Index LILACS SIRC-Sportdiscus e Scopus A publicaccedilatildeo segue

integralmente o padratildeo internacional do International Committee of Medical Journal

Editors (ICMJE) ou Convenccedilatildeo de Vancouver e seus requisitos de uniformizaccedilatildeo

[httpwwwicmjeorg]

Preparaccedilatildeo de manuscritos Os artigos submetidos devem ser digitados em

espaccedilo duplo fonte Arial 12 em paacutegina tamanho A4 sem numerar linhas ou

paraacutegrafos e numerando as paacuteginas no canto superior direito Figuras e tabelas

devem ser apresentadas ao final do artigo em paacuteginas separadas No corpo do

texto deve-se informar os locais para inserccedilatildeo das tabelas ou figuras Nuacutemeros

menores que 10 satildeo escritos por extenso enquanto que nuacutemeros maiores ou igual a

10 satildeo expressos em algarismos araacutebicos Os manuscritos que natildeo estiverem de

acordo com as instruccedilotildees aos autores em relaccedilatildeo a estilo e formato seratildeo

devolvidos sem revisatildeo pelo Conselho Editorial As medidas deveratildeo ser expressas

no Sistema Internacional (Systegraveme International SI) disponiacutevel em

httpphysicsnistgovcuuUnits e unidades padratildeo quando aplicaacutevel Recomenda-

se aos autores natildeo usar abreviaccedilotildees no tiacutetulo e limitar a sua utilizaccedilatildeo no resumo e

ao longo do texto Os nomes geneacutericos devem ser usados para todas as drogas Os

faacutermacos podem ser referidos pelo nome comercial poreacutem deve constar o nome

cidade e paiacutes ou endereccedilo eletrocircnico do fabricante entre parecircnteses na seccedilatildeo

Materiais e Meacutetodos

Abreviaturas O uso de abreviaturas deve ser minimizado As abreviaturas deveratildeo

ser definidas por ocasiatildeo de sua primeira utilizaccedilatildeo no resumo e tambeacutem no texto

Abreviaturas natildeo padratildeo natildeo devem ser utilizadas a menos que essas apareccedilam

pelo menos trecircs vezes no texto Unidades de medida (3 ml ou 3 mL e natildeo 3

mililitros) ou siacutembolos cientiacuteficos padratildeo (elementos quiacutemicos por exemplo Na e

natildeo soacutedio) natildeo satildeo consideradas abreviaturas e portanto natildeo devem ser definidos

Abreviar nomes longos ou substacircncias quiacutemicas e termos utilizados para

combinaccedilotildees terapecircuticas Abreviaturas em figuras e tabelas podem ser utilizadas

por razotildees de espaccedilo poreacutem devem ser definidas na legenda mesmo que tenham

sido definidas no texto do artigo

Formato dos arquivos Usar editor de texto Microsoft Word para Windows ou

42

equivalente Arquivos em formato PDF natildeo devem ser enviados As tabelas e

quadros deveratildeo estar em seus arquivos originais (Excel Acess Powerpoint etc)

As figuras deveratildeo estar nos formatos jpg ou tif em alta resoluccedilatildeo (300 dpi) As

figuras deveratildeo estar incluiacutedas no arquivo Word mas tambeacutem devem ser enviadas

separadamente (anexadas durante a submissatildeo do artigo como documento

suplementar em seus arquivos originais)

Paacutegina de rosto A paacutegina de rosto deve conter (1) a categoria do artigo (2) o tiacutetulo

do artigo em portuguecircs inglecircs e espanhol com ateacute 80 caracteres cada que deve ser

objetivo e informativo (3) os nomes completos dos autores instituiccedilatildeo formaccedilatildeo

acadecircmica de origem (a mais relevante) cidade estado e paiacutes (4) nome do autor

correspondente com endereccedilo completo telefone e e-mail A titulaccedilatildeo dos autores

natildeo deve ser incluiacuteda O nome completo de cada autor (sem abreviaccedilotildees) e sua

afiliaccedilatildeo institucional (nota as unidades hieraacuterquicas devem ser apresentadas em

ordem decrescente por exemplo universidade faculdade ou instituto e

departamento) devem ser informados Os nomes das instituiccedilotildees e programas

deveratildeo ser apresentados preferencialmente por extenso e na liacutengua original da

instituiccedilatildeo ou na versatildeo em inglecircs quando a escrita natildeo eacute latina (pex aacuterabe

mandarim ou grego)

Resumo O resumo em portuguecircs inglecircs e espanhol deve ser incluiacutedo no

manuscrito Em cada um dos idiomas natildeo deve conter mais do que 300 palavras A

versatildeo estruturada eacute obrigatoacuteria nos artigos originais e inclui objetivos meacutetodos

resultados e conclusatildeo Artigos de revisatildeo natildeo requerem resumo estruturado

Palavras-chave O artigo deve incluir no miacutenimo trecircs e no maacuteximo seis descritores

em portuguecircs inglecircs e espanhol baseados nos Descritores de Ciecircncias da Sauacutede

(DeCS) httpdecsbvsbr ou no Medical Subject Headings (MeSH) da National

Library of Medicine disponiacutevel em httpwwwnlmnihgovmeshmeshhomehtml

oubaseados no Medical SubjectHeading (MeSH) do Index Medicus

(httpwwwnlmnihgovmesh)

Introduccedilatildeo A introduccedilatildeo deve conter (1) justificativa objetiva para o estudo com

referecircncias pertinentes ao assunto sem realizar uma revisatildeo extensa (2) objetivo do

artigo

Materiais e Meacutetodos Esta seccedilatildeo deve descrever os experimentos (quantitativa e

qualitativamente) e os procedimentos em detalhes suficientes que permitam que

outros pesquisadores reproduzam os resultados ou deem continuidade ao estudo

e deveraacute conter (1) a descriccedilatildeo clara da amostra utilizada (2) termo de

consentimento para estudos experimentais envolvendo seres humanos (3)

identificaccedilatildeo dos meacutetodos aparelhos (nome do fabricante e endereccedilo cidade e paiacutes

devem ser menciondos entre parecircnteses) e procedimentos utilizados (4) descriccedilatildeo

breve e referecircncias de meacutetodos publicados mas natildeo amplamente conhecidos (5)

43

descriccedilatildeo detalhada de meacutetodos novos ou modificados (6) quando pertinente incluir

a anaacutelise estatiacutestica e os programas utilizados Importante Ao relatar experimentos

com seres humanos ou animais indicar se os procedimentos seguiram as normas

do Comitecirc Eacutetico sobre Experiecircncias Humanas da instituiccedilatildeo na qual a pesquisa foi

realizada e se os procedimentos estatildeo de acordo com a declaraccedilatildeo de Helsinki de

1995 e a Animal Experimentation Ethics respectivamente Os autores devem incluir

uma declaraccedilatildeo indicando que o protocolo foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica da

Instituiccedilatildeo (instituiccedilatildeo de afiliaccedilatildeo de pelo menos um dos autores) com o respectivo

nuacutemero de identificaccedilatildeo Tambeacutem deve incluir que o Termo de Consentimento Livre

e Esclarecido foi assinado por todos os participantes

Resultados Apresentar os resultados em sequecircncia loacutegica no texto usando tabelas

e figuras Evitar repeticcedilatildeo excessiva de dados no texto em tabelas ou figuras

poreacutem enfatizar somente as descobertas mais importantes

Discussatildeo Enfatizar os aspectos originais e importantes do estudo e as conclusotildees

que decorrem deste evitando poreacutem repetir dados jaacute apresentados em outras

partes do manuscrito Em estudos experimentais ressaltar a relevacircncia e limitaccedilotildees

dos resultados confrontando com os dados da literatura e incluindo implicaccedilotildees

para estudos futuros

Conclusotildees A conclusatildeo deve ser clara e concisa baseada nos resultados

obtidos estabelecendo ligaccedilatildeo com implicaccedilotildees cliacutenicas evitando poreacutem excessiva

generalizaccedilatildeo) A mesma ecircnfase deve ser dada a estudos com resultados negativos

ou positivos Recomendaccedilotildees podem ser incluiacutedas quando relevantes

Agradecimentos Quando pertinente incluir agradecimento ou reconhecimento a

pessoas que tenham contribuiacutedo para o desenvolvimento do trabalho poreacutem natildeo se

qualificam como coautores Fontes de financiamento como auxiacutelio a pesquisa e

bolsas de estudo devem ser reconhecidos nesta seccedilatildeo Os autores deveratildeo obter

permissatildeo por escrito para mencionar nomes e instituiccedilotildees de todos os que

receberam agradecimentos nominais

Referecircncias As referecircncias devem ser numeradas na sequecircncia em que aparecem

no texto em formato sobrescrito As referecircncias citadas somente em legendas de

tabelas ou figuras devem ser numeradas de acordo com sequecircncia estabelecida

pela primeira menccedilatildeo da tabela ou da figura no texto O estilo das referecircncias

bibliograacuteficas deve seguir as regras do Uniform Requirements for Manuscripts

Submitted to Biomedical Journals (International Committee of Medical Journal

Editors disponiacutevel em Ann Intern Med 1997126(1)36-47 httpwwwicmjeorg)

Alguns exemplos satildeo mostrados a seguir Os tiacutetulos dos perioacutedicos devem ser

abreviados de acordo com o Index Medicus (List of Journals Indexed disponiacutevel em

httpwwwnlmnihgovtsdserialsljihtml) Se o perioacutedico natildeo constar dessa lista

deve-se utilizar a abreviatura sugerida pelo proacuteprio perioacutedico Deve-se evitar utilizar

44

ldquocomunicaccedilotildees pessoaisrdquo ou ldquoobservaccedilotildees natildeo publicadasrdquo como referecircncias

Resumos de tranalhos apresentados em eventos devem ser utilizados somente se

for a uacutenica fonte de informaccedilatildeo

Tabelas As tabelas devem ser elaboradas em espaccedilo 15 devendo ser planejadas

para ter como largura uma (87cm) ou duas colunas (18 cm) Cada tabela deve

possuir um tiacutetulo sucinto Notas explicativas seratildeo incluiacutedas em notas de rodapeacute A

tabela deve conter meacutedias e medidas de dispersatildeo (Desvio Padratildeo Erro Padratildeo da

Meacutedia etc) natildeo devendo conter casas decimais irrelevantes As abreviaturas

devem estar de acordo com aquelas utilizadas no texto e nas figuras Os coacutedigos de

identificaccedilatildeo de itens da tabela devem estar listados na ordem de surgimento no

sentido horizontal e devem ser identificados pelos siacutembolos padratildeo Os quadros e

tabelas deveratildeo ser enviados atraveacutes dos arquivos originais editaacuteveis (Word Excel)

e natildeo como imagens

Figuras Na versatildeo impressa da RBME seratildeo aceitas figuras em preto-e-branco

Imagens coloridas poderatildeo ser publicadas quando forem essenciais para o conteuacutedo

cientiacutefico do artigo Nestes casos o custo seraacute repassado aos autores Figuras

coloridas poderatildeo ser incluiacutedas na versatildeo eletrocircnica do artigo sem custo adicional

aos autores Os desenhos e figuras devem ser consistentes e tatildeo simples quanto

possiacutevel poreacutem informativos Tons de cinza natildeo devem ser utilizados Todas as

linhas devem ser soacutelidas Para graacuteficos de barra por exemplo utilizar barras

brancas pretas com linhas diagonais nas duas direccedilotildees linhas em xadrez linhas

horizontais e verticais A RBME desaconselha fortemente o uso de fotografias de

equipamentos e animais de experimentaccedilatildeo As figuras devem ser impressas com

bom contraste e ter a largura de uma coluna (87cm) Utilizar no miacutenimo fonte

tamanho 10 para letras nuacutemeros e siacutembolos com espaccedilamento e alinhamento

adequados Quando a figura representar uma radiografia ou fotografia sugerimos

incluir a escala de tamanho quando pertinente

Por favor note que eacute de responsabilidade dos autores obter permissatildeo do detentor

dos direitos autorais para reproduzir figuras (ou tabelas) que tenham sido

previamente publicados em outras fontes De acordo com os princiacutepios do acesso

aberto os autores devem ter permissatildeo do detentor dos direitos caso desejem

incluir imagens que tenham sido publicados em outros perioacutedicos de acesso natildeo

aberto A permissatildeo deve ser indicada na legenda da figura e a fonte original deve

ser incluiacuteda na lista de referecircncias

45

APEcircNDICE I ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE)

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Vocecirc estaacute sendo convidada(o) a participar da pesquisa intitulada

ldquoCARACTERIZACcedilAtildeO DA DOR E SUA RELACcedilAtildeO COM EQUILIacuteBRIO

POSTURAL ESTAacuteTICO EM ATLETAS DE GINAacuteSTICA RIacuteTMICArdquo realizada pela

Universidade Federal de Sergipe por intermeacutedio da discente TAINARA DOS

SANTOS BOMFIM devidamente assistida pelo seu orientador PAULO MAacuteRCIO

PEREIRA OLIVEIRA O objetivo desse estudo eacute caracterizar a Dor

musculoesqueleacutetica em atletas de elite de ginaacutestica riacutetmica e analisar a relaccedilatildeo da

dor no equiliacutebrio postural estaacutetico das atletas comparando com controles natildeo

atletas A justificativa para a realizaccedilatildeo da pesquisa eacute documentar na literatura

escassa estudo sobre a relaccedilatildeo da dor com o equiliacutebrio postural estaacutetico em

atletas de elite de Ginaacutestica Riacutetmica Sua participaccedilatildeo nessa pesquisa consistiraacute

em responder um questionaacuterio e realizar avaliaccedilatildeo de equiliacutebrio que ocorreraacute em

um uacutenico momento Natildeo haacute riscos previsiacuteveis relacionados com sua participaccedilatildeo

nem danos previsiacuteveis decorrentes da pesquisa Os benefiacutecios relacionados com

sua participaccedilatildeo satildeo

1 Identificar alteraccedilotildees posturais de equiliacutebrio em atletas de alto rendimento

2 Evidenciar se o processo de dor em atletas eacute igual maior ou menor quando

comparado com pessoas natildeo atletas

3 Evidenciar se as variaccedilotildees aacuterea e velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo

de pressatildeo se igualam ou natildeo a pessoas natildeo atletas

Vocecirc foi selecionado por preencher os requisitos da pesquisa mas sua

participaccedilatildeo NAtildeO Eacute OBRIGATOacuteRIA sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo em sua

relaccedilatildeo com a instituiccedilatildeo ou com o pesquisador

Eu________________________________________________________________

abaixo assinado declaro que fui informado que as informaccedilotildees obtidas atraveacutes

dessa pesquisa seratildeo confidenciais e o sigilo sobre minha participaccedilatildeo seraacute

assegurado De tal modo que os dados natildeo seratildeo divulgados de forma a possibilitar

minha identificaccedilatildeo Tambeacutem estou ciente de que a qualquer momento posso

desistir de minha participaccedilatildeo e retirar meu consentimento Declaro que entendi os

objetivos riscos e benefiacutecios de minha participaccedilatildeo na pesquisa e concordo em

participar

Vocecirc receberaacute uma coacutepia deste termo onde consta o telefone e o endereccedilo do

pesquisador principal podendo tirar suas duacutevidas sobre o Projeto de Pesquisa de

sua participaccedilatildeo agora ou a qualquer momento

46

DADOS DO PESQUISADOR RESPONSAacuteVEL

Nome Tainara dos Santos Bomfim

Endereccedilo profissionale-mail Rua Padre Aacutelvares Pitangueira sn - Centro

Departamento de Fisioterapia bftainaragmailcom

Telefone (79) 9 9806-7487

ATENCcedilAtildeO A participaccedilatildeo em qualquer tipo de pesquisa eacute voluntaacuteria Em casos de

duacutevida quanto aos seus direitos entre em contato com o Comitecirc de Eacutetica em

Pesquisa da Universidade Federal de Sergipe

Lagarto _____de _____de 201_

_____________________________________________________

ASSINATURA DO VOLUNTAacuteRIO

_____________________________________________________

ASSINATURA DO PESQUISADOR RESPONSAacuteVEL

Page 34: CARACTERIZAÇÃO DA DOR E SUA RELAÇÃO COM O … · tainara dos santos bomfim caracterizaÇÃo da dor e sua relaÇÃo com o equilÍbrio postural em atletas de ginÁstica rÍtmica

34

REFEREcircNCIA

1 Baston C Mancini M Schoneburg B Horak F Rocchi L Postural strategies assessed with inertial sensors in healthy and parkinsonian subjects Gait Posture 2014 may 40(1)70ndash75

2 Guiotte VA Roque CFL Olieira MR Gil AWO Rabello LM Dos Santos EVM et

al Avaliaccedilatildeo Fiacutesico - Funcional de Atletas da Ginaacutestica Riacutetmica Histoacuterico de Lesotildees e Estabilidade Postural UNOPAR Cient Ciecircnc Biol Sauacutede 2012 14(4) 217-20

3 Bosso LR Golias ARC A postura de atletas de Ginaacutestica Riacutetmica Analise atraveacutes da fotometria Rev Bras Med Esporte 2012 setout 18(5)333-337

4 Shigaki L Rabello LM Camargo MZ Santos VBC Gil AWO Oliveira MR et al Anaacutelise comparativa do equiliacutebrio unipodal de atletas de Ginastica Riacutetmica Rev Bras Med Esporte 2013 marabr 19(2)104-107

5 Whale CE Pass AN Tripp PM Chronic Groin Pain in a collegiate football running back International Journal of Athletic Therapy amp Training 2012 may 17(3)41-44

6 Jacobs JV Why we need to better understand the cortical neurophysiology of impaired postural responses with age disease or injury Frontiers in Integrative Neuroscience 2014 ago 8(69)

7 Hirata RP Ervilha UF Arendt-Nielsen L Graven-Nielsen T Experimental Muscle Pain Challenges the Postural Satability During Quiet Stance Unexpected Posture Perturbation J Pain 2011 ago 12(8)911-9

8 Ribeiro GD Suaacuterez MH Ruiz DR Efecto del entrenamiento sistemaacutetico de gimnasia riacutetmica sobre el control postural de ninas adolescentes Rev Andal Med 2015 jun 8(2)54-60

9 Teixeira CL Equiliacutebrio e controle postural Brazilian Journal of Biomechanics 2010 11(20)31-40

10 Matsuda S Demura S Uchiyama M Centre of pressure sway characteristics during static one-legged stance of athletes from different sports Journal of Sports Sciences 2008 may 26(7)775 ndash 779

11 Merlo JK Stoppa ACL Macedo CSG Silva Juacutenior RA Anaacutelise Comparativa do Equiliacutebrio em Apoio Unipodal em Indiviacuteduos Sedentaacuterios e Atletas UNOPAR Cient Ciecircnc Biol Sauacutede 2010 12(4)29-32

12 Saito KA Navarro M Silva MF Arie EK Peccin MS Oscilaccedilatildeo do centro de pressatildeo plantar de atletas e natildeo atletas com e sem entorse de tornozelo Rev Bras Ortop 2016 51(4)437ndash443

35

13 Lamb M Oliveira PD Tano SS Gil AWO Dos Santos EVN Fernandes KBP

Efeito do treinamento proprioceptivo no equiliacutebrio de atletas de ginaacutestica riacutetmica Rev Bras Med Esporte 2014 setout 20(5)379-382

14 Silva JA Ribeiro-Filho NP A dor como um problema psicofiacutesico Rev Dor 2011 abrjun 12(2)138-51

15 Meardon S Klusendorf A Kernozek T Influence of injury on dynamic postural control in runners The International Journal of Sports Physical Therapy 2016 jun 11(3)336

16 Lin CF Lee IJ Liao JH Wu HW Su FC Comparison of Postural Stability Between Injured and Uninjured Ballet Dancers The American Journal of Sports Medicine 2011 39(6)1324-1331

17 Varoli FK Pedrazzi V Adapted Version of the McGill Pain Questionnaire to Brazilian Portuguese Braz Dent J 2006 17(4) 328-335

18 Pimenta CAM Teixeira MJ Questionaacuterio de dor McGill proposta de adaptaccedilatildeo para a liacutengua portuguesa Rev Esc Enf USP 1996 dez 30(3)473-83

19 Rabello LM Macedo CSG Oliveira MR Fregueto JH Camargo MZ Lopes LD et al Relaccedilatildeo entre testes funcionais e plataforma de forccedila nas medidas de equiliacutebrio em atletas Rev Bras Med Esporte 2014 maijun 20(3)219-222

20 Bressel E Yonker JC Kras J et al Comparison of static and dynamic balance in female collegiate soccer basketball and gymnastics atheletes Journal of Athletic Training 2007 42(1)42ndash46

21 Sabeti M Jeremian L Graf A Kandelhart R Elite level rhythmic gymnasts have significantly more and stronger pain than peers of similar age a prospective study Wien Klin Wochenschr 201512731ndash35

22 Vanderlei FM Vanderlei FCM Netto Juacutenior J Praste CM Caracteriacutesticas das lesotildees desportivas e fatores associados com lesatildeo em iniciantes de ginaacutestica artiacutestica do sexo feminino Fisioter Pesq 201320(2)191-196

23 Oliveira MMM Lourenccedilo MRA Teixeira DC Incidecircncias de lesotildees nas equipes de Ginaacutestica Riacutetmica da UNOPAR UNOPAR Cient Ciecircnc Biol Sauacutede 2003 out 6(1)29-40

24 Frutuoso AS Diefenthaeler F Vaz MA et al Lower Limb asymmetries in rhythmic gymnastics atheletes Int Sports Phys Ther 2016 11(1)34ndash43

25 Kolar E Samardžija MP Smrdu M Atikovic A Athletes perceptions of the causes of injury in gymnastics J Sports Med Phys Fitness 2016 Mar 57(5)703-710

36

26 Mueller S Mueller J Stoll J Prieske O Cassel M Mayer F Incidence of back pain in adolescent athletes a prospective study BMC Sports Science Medicine and Rehabilitation 2016 838

27 Goubert D Danneels L Graven-Nielsen T Descheemaeker F Meeus M Differences in Pain Processing Between Patients with Chronic Low Back Pain Recurrent Low Back Pain and Fibromyalgia Pain Physician 2017 May 20(4)307-318

28 Arliani GG Cohen M Lara PS Astur DC Gonccedilalves JPP Ferretti M Impacto do esporte na sauacutede de ex-jogadores profissionais de futebol no Brasil Acta ortop bras 2014 julago 22(4)188-190

29 Hoskins W Pollard H Daff C Odell A Garbutt P McHardy A et al Low back pain status in elite and semi-elite Australian football codes a cross-sectional survey of football (soccer) Australian rules rugby league rugby union and non-athletic controls BMC Musculoskeletal Disorders 20091038

30 Ngamkham S Vincent C Finnegan L Holden JE Wang ZJ Wilkie DJ The McGill Pain Questionnaire as a Multidimensional Measure in People with Cancer An Integrative Review Pain Manag Nurs 2012 Mar 13(1) 27ndash51

31 Bermudez OAS Souza RA Souza CMF Castro CES Beacuterzn F Avaliaccedilatildeo multidimensional da dor em portadores de desordem temporomandibular utilizando uma versatildeo brasileira do questionaacuterio mcgill de dor Rev bras fisioter 2003 7(2) 151-158

32 Reading AE Everitt BS Sledmore CM The McGill Pain Questionnaire a replication of its construction Br J Clin Psychol 1982 21339ndash349

33 Melzack R The McGill Pain Questionnaire Anesthesiology 2005 103199-202

34 Pessoa CP Barreto MB Santos LB Alves TDB Oliveira MC Martins AG Instrumentos utilizados na avaliaccedilatildeo do impacto da dor na qualidade de vida de pacientes com dor orofacial e disfunccedilatildeo temporomandibular Escola Baiana de Sauacutede Puacuteblica 200731(2)267-293

35 Espinoza ES Ortiz GB Estabilidad abdominolumbopeacutelvica y equilibrio comopredictores de la incidencia de lesionesmusculoesqueleacuteticas en estudiantes de danzaUn estudio piloto Fisioterapia 2014

36 Steinberg N Dar G Dunlop M Gaida JE The relationship of hip muscle performance to legankle and foot injuries a systematic review The Physician and Sportsmedicine 2017

37 Anderson K Strickland SM Warren R Hip and Groin Injuries in Athletes The American Journal of Sports Medicine 2001 29(4) 521-533

38 Tschopp M Brunner F Erkrankungen und Uumlberlastungsschaumlden an der unteren Extremitaumlt bei Langstreckenlaumlufern Z Rheumatol 2017 Feb

37

39 Han J Anson J Waddington G Adans R Liu Y The Role of Ankle

Proprioception for Balance Control in relation to Sports Performance and Injury BioMed Research International 2015 Jun8

40 Couto AGA Pedroni CR Relaccedilatildeo entre postura queixa dolorosa e lesatildeo em bailarinas claacutessicas Ter Man 2013 11(55)228-233

41 Dore BF e Guerra RO Sintomatologia dolorosa e fatores associados em bailarinos profissionais Rev Bras Med Esporte 2007 MarAbr13(2)77-80

38

ANEXO I ndash QUESTIONAacuteRIO DE DOR MCGILL

39

ANEXO II ndash PARECER DE APROVACcedilAtildeO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA

40

41

ANEXO III ndash NORMAS DE SUBMISSAtildeO DA REVISTA

Instruccedilotildees aos Autores

A Revista Brasileira de Medicina do Esporte - RBME (Brazilian Journal of

Sports Medicine) oacutergatildeo oficial da Sociedade Brasileira de Medicina do Exerciacutecio e

do Esporte (SBMEE) eacute publicada bimestralmente em seis ediccedilotildees ao ano (janfev

marabr maiojun julago setout e novdez) A RBME eacute indexada nas seguintes

bases bibliograacuteficas SciELO Web of Science Excerpta Medica-EMBASE Physical

Education Index LILACS SIRC-Sportdiscus e Scopus A publicaccedilatildeo segue

integralmente o padratildeo internacional do International Committee of Medical Journal

Editors (ICMJE) ou Convenccedilatildeo de Vancouver e seus requisitos de uniformizaccedilatildeo

[httpwwwicmjeorg]

Preparaccedilatildeo de manuscritos Os artigos submetidos devem ser digitados em

espaccedilo duplo fonte Arial 12 em paacutegina tamanho A4 sem numerar linhas ou

paraacutegrafos e numerando as paacuteginas no canto superior direito Figuras e tabelas

devem ser apresentadas ao final do artigo em paacuteginas separadas No corpo do

texto deve-se informar os locais para inserccedilatildeo das tabelas ou figuras Nuacutemeros

menores que 10 satildeo escritos por extenso enquanto que nuacutemeros maiores ou igual a

10 satildeo expressos em algarismos araacutebicos Os manuscritos que natildeo estiverem de

acordo com as instruccedilotildees aos autores em relaccedilatildeo a estilo e formato seratildeo

devolvidos sem revisatildeo pelo Conselho Editorial As medidas deveratildeo ser expressas

no Sistema Internacional (Systegraveme International SI) disponiacutevel em

httpphysicsnistgovcuuUnits e unidades padratildeo quando aplicaacutevel Recomenda-

se aos autores natildeo usar abreviaccedilotildees no tiacutetulo e limitar a sua utilizaccedilatildeo no resumo e

ao longo do texto Os nomes geneacutericos devem ser usados para todas as drogas Os

faacutermacos podem ser referidos pelo nome comercial poreacutem deve constar o nome

cidade e paiacutes ou endereccedilo eletrocircnico do fabricante entre parecircnteses na seccedilatildeo

Materiais e Meacutetodos

Abreviaturas O uso de abreviaturas deve ser minimizado As abreviaturas deveratildeo

ser definidas por ocasiatildeo de sua primeira utilizaccedilatildeo no resumo e tambeacutem no texto

Abreviaturas natildeo padratildeo natildeo devem ser utilizadas a menos que essas apareccedilam

pelo menos trecircs vezes no texto Unidades de medida (3 ml ou 3 mL e natildeo 3

mililitros) ou siacutembolos cientiacuteficos padratildeo (elementos quiacutemicos por exemplo Na e

natildeo soacutedio) natildeo satildeo consideradas abreviaturas e portanto natildeo devem ser definidos

Abreviar nomes longos ou substacircncias quiacutemicas e termos utilizados para

combinaccedilotildees terapecircuticas Abreviaturas em figuras e tabelas podem ser utilizadas

por razotildees de espaccedilo poreacutem devem ser definidas na legenda mesmo que tenham

sido definidas no texto do artigo

Formato dos arquivos Usar editor de texto Microsoft Word para Windows ou

42

equivalente Arquivos em formato PDF natildeo devem ser enviados As tabelas e

quadros deveratildeo estar em seus arquivos originais (Excel Acess Powerpoint etc)

As figuras deveratildeo estar nos formatos jpg ou tif em alta resoluccedilatildeo (300 dpi) As

figuras deveratildeo estar incluiacutedas no arquivo Word mas tambeacutem devem ser enviadas

separadamente (anexadas durante a submissatildeo do artigo como documento

suplementar em seus arquivos originais)

Paacutegina de rosto A paacutegina de rosto deve conter (1) a categoria do artigo (2) o tiacutetulo

do artigo em portuguecircs inglecircs e espanhol com ateacute 80 caracteres cada que deve ser

objetivo e informativo (3) os nomes completos dos autores instituiccedilatildeo formaccedilatildeo

acadecircmica de origem (a mais relevante) cidade estado e paiacutes (4) nome do autor

correspondente com endereccedilo completo telefone e e-mail A titulaccedilatildeo dos autores

natildeo deve ser incluiacuteda O nome completo de cada autor (sem abreviaccedilotildees) e sua

afiliaccedilatildeo institucional (nota as unidades hieraacuterquicas devem ser apresentadas em

ordem decrescente por exemplo universidade faculdade ou instituto e

departamento) devem ser informados Os nomes das instituiccedilotildees e programas

deveratildeo ser apresentados preferencialmente por extenso e na liacutengua original da

instituiccedilatildeo ou na versatildeo em inglecircs quando a escrita natildeo eacute latina (pex aacuterabe

mandarim ou grego)

Resumo O resumo em portuguecircs inglecircs e espanhol deve ser incluiacutedo no

manuscrito Em cada um dos idiomas natildeo deve conter mais do que 300 palavras A

versatildeo estruturada eacute obrigatoacuteria nos artigos originais e inclui objetivos meacutetodos

resultados e conclusatildeo Artigos de revisatildeo natildeo requerem resumo estruturado

Palavras-chave O artigo deve incluir no miacutenimo trecircs e no maacuteximo seis descritores

em portuguecircs inglecircs e espanhol baseados nos Descritores de Ciecircncias da Sauacutede

(DeCS) httpdecsbvsbr ou no Medical Subject Headings (MeSH) da National

Library of Medicine disponiacutevel em httpwwwnlmnihgovmeshmeshhomehtml

oubaseados no Medical SubjectHeading (MeSH) do Index Medicus

(httpwwwnlmnihgovmesh)

Introduccedilatildeo A introduccedilatildeo deve conter (1) justificativa objetiva para o estudo com

referecircncias pertinentes ao assunto sem realizar uma revisatildeo extensa (2) objetivo do

artigo

Materiais e Meacutetodos Esta seccedilatildeo deve descrever os experimentos (quantitativa e

qualitativamente) e os procedimentos em detalhes suficientes que permitam que

outros pesquisadores reproduzam os resultados ou deem continuidade ao estudo

e deveraacute conter (1) a descriccedilatildeo clara da amostra utilizada (2) termo de

consentimento para estudos experimentais envolvendo seres humanos (3)

identificaccedilatildeo dos meacutetodos aparelhos (nome do fabricante e endereccedilo cidade e paiacutes

devem ser menciondos entre parecircnteses) e procedimentos utilizados (4) descriccedilatildeo

breve e referecircncias de meacutetodos publicados mas natildeo amplamente conhecidos (5)

43

descriccedilatildeo detalhada de meacutetodos novos ou modificados (6) quando pertinente incluir

a anaacutelise estatiacutestica e os programas utilizados Importante Ao relatar experimentos

com seres humanos ou animais indicar se os procedimentos seguiram as normas

do Comitecirc Eacutetico sobre Experiecircncias Humanas da instituiccedilatildeo na qual a pesquisa foi

realizada e se os procedimentos estatildeo de acordo com a declaraccedilatildeo de Helsinki de

1995 e a Animal Experimentation Ethics respectivamente Os autores devem incluir

uma declaraccedilatildeo indicando que o protocolo foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica da

Instituiccedilatildeo (instituiccedilatildeo de afiliaccedilatildeo de pelo menos um dos autores) com o respectivo

nuacutemero de identificaccedilatildeo Tambeacutem deve incluir que o Termo de Consentimento Livre

e Esclarecido foi assinado por todos os participantes

Resultados Apresentar os resultados em sequecircncia loacutegica no texto usando tabelas

e figuras Evitar repeticcedilatildeo excessiva de dados no texto em tabelas ou figuras

poreacutem enfatizar somente as descobertas mais importantes

Discussatildeo Enfatizar os aspectos originais e importantes do estudo e as conclusotildees

que decorrem deste evitando poreacutem repetir dados jaacute apresentados em outras

partes do manuscrito Em estudos experimentais ressaltar a relevacircncia e limitaccedilotildees

dos resultados confrontando com os dados da literatura e incluindo implicaccedilotildees

para estudos futuros

Conclusotildees A conclusatildeo deve ser clara e concisa baseada nos resultados

obtidos estabelecendo ligaccedilatildeo com implicaccedilotildees cliacutenicas evitando poreacutem excessiva

generalizaccedilatildeo) A mesma ecircnfase deve ser dada a estudos com resultados negativos

ou positivos Recomendaccedilotildees podem ser incluiacutedas quando relevantes

Agradecimentos Quando pertinente incluir agradecimento ou reconhecimento a

pessoas que tenham contribuiacutedo para o desenvolvimento do trabalho poreacutem natildeo se

qualificam como coautores Fontes de financiamento como auxiacutelio a pesquisa e

bolsas de estudo devem ser reconhecidos nesta seccedilatildeo Os autores deveratildeo obter

permissatildeo por escrito para mencionar nomes e instituiccedilotildees de todos os que

receberam agradecimentos nominais

Referecircncias As referecircncias devem ser numeradas na sequecircncia em que aparecem

no texto em formato sobrescrito As referecircncias citadas somente em legendas de

tabelas ou figuras devem ser numeradas de acordo com sequecircncia estabelecida

pela primeira menccedilatildeo da tabela ou da figura no texto O estilo das referecircncias

bibliograacuteficas deve seguir as regras do Uniform Requirements for Manuscripts

Submitted to Biomedical Journals (International Committee of Medical Journal

Editors disponiacutevel em Ann Intern Med 1997126(1)36-47 httpwwwicmjeorg)

Alguns exemplos satildeo mostrados a seguir Os tiacutetulos dos perioacutedicos devem ser

abreviados de acordo com o Index Medicus (List of Journals Indexed disponiacutevel em

httpwwwnlmnihgovtsdserialsljihtml) Se o perioacutedico natildeo constar dessa lista

deve-se utilizar a abreviatura sugerida pelo proacuteprio perioacutedico Deve-se evitar utilizar

44

ldquocomunicaccedilotildees pessoaisrdquo ou ldquoobservaccedilotildees natildeo publicadasrdquo como referecircncias

Resumos de tranalhos apresentados em eventos devem ser utilizados somente se

for a uacutenica fonte de informaccedilatildeo

Tabelas As tabelas devem ser elaboradas em espaccedilo 15 devendo ser planejadas

para ter como largura uma (87cm) ou duas colunas (18 cm) Cada tabela deve

possuir um tiacutetulo sucinto Notas explicativas seratildeo incluiacutedas em notas de rodapeacute A

tabela deve conter meacutedias e medidas de dispersatildeo (Desvio Padratildeo Erro Padratildeo da

Meacutedia etc) natildeo devendo conter casas decimais irrelevantes As abreviaturas

devem estar de acordo com aquelas utilizadas no texto e nas figuras Os coacutedigos de

identificaccedilatildeo de itens da tabela devem estar listados na ordem de surgimento no

sentido horizontal e devem ser identificados pelos siacutembolos padratildeo Os quadros e

tabelas deveratildeo ser enviados atraveacutes dos arquivos originais editaacuteveis (Word Excel)

e natildeo como imagens

Figuras Na versatildeo impressa da RBME seratildeo aceitas figuras em preto-e-branco

Imagens coloridas poderatildeo ser publicadas quando forem essenciais para o conteuacutedo

cientiacutefico do artigo Nestes casos o custo seraacute repassado aos autores Figuras

coloridas poderatildeo ser incluiacutedas na versatildeo eletrocircnica do artigo sem custo adicional

aos autores Os desenhos e figuras devem ser consistentes e tatildeo simples quanto

possiacutevel poreacutem informativos Tons de cinza natildeo devem ser utilizados Todas as

linhas devem ser soacutelidas Para graacuteficos de barra por exemplo utilizar barras

brancas pretas com linhas diagonais nas duas direccedilotildees linhas em xadrez linhas

horizontais e verticais A RBME desaconselha fortemente o uso de fotografias de

equipamentos e animais de experimentaccedilatildeo As figuras devem ser impressas com

bom contraste e ter a largura de uma coluna (87cm) Utilizar no miacutenimo fonte

tamanho 10 para letras nuacutemeros e siacutembolos com espaccedilamento e alinhamento

adequados Quando a figura representar uma radiografia ou fotografia sugerimos

incluir a escala de tamanho quando pertinente

Por favor note que eacute de responsabilidade dos autores obter permissatildeo do detentor

dos direitos autorais para reproduzir figuras (ou tabelas) que tenham sido

previamente publicados em outras fontes De acordo com os princiacutepios do acesso

aberto os autores devem ter permissatildeo do detentor dos direitos caso desejem

incluir imagens que tenham sido publicados em outros perioacutedicos de acesso natildeo

aberto A permissatildeo deve ser indicada na legenda da figura e a fonte original deve

ser incluiacuteda na lista de referecircncias

45

APEcircNDICE I ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE)

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Vocecirc estaacute sendo convidada(o) a participar da pesquisa intitulada

ldquoCARACTERIZACcedilAtildeO DA DOR E SUA RELACcedilAtildeO COM EQUILIacuteBRIO

POSTURAL ESTAacuteTICO EM ATLETAS DE GINAacuteSTICA RIacuteTMICArdquo realizada pela

Universidade Federal de Sergipe por intermeacutedio da discente TAINARA DOS

SANTOS BOMFIM devidamente assistida pelo seu orientador PAULO MAacuteRCIO

PEREIRA OLIVEIRA O objetivo desse estudo eacute caracterizar a Dor

musculoesqueleacutetica em atletas de elite de ginaacutestica riacutetmica e analisar a relaccedilatildeo da

dor no equiliacutebrio postural estaacutetico das atletas comparando com controles natildeo

atletas A justificativa para a realizaccedilatildeo da pesquisa eacute documentar na literatura

escassa estudo sobre a relaccedilatildeo da dor com o equiliacutebrio postural estaacutetico em

atletas de elite de Ginaacutestica Riacutetmica Sua participaccedilatildeo nessa pesquisa consistiraacute

em responder um questionaacuterio e realizar avaliaccedilatildeo de equiliacutebrio que ocorreraacute em

um uacutenico momento Natildeo haacute riscos previsiacuteveis relacionados com sua participaccedilatildeo

nem danos previsiacuteveis decorrentes da pesquisa Os benefiacutecios relacionados com

sua participaccedilatildeo satildeo

1 Identificar alteraccedilotildees posturais de equiliacutebrio em atletas de alto rendimento

2 Evidenciar se o processo de dor em atletas eacute igual maior ou menor quando

comparado com pessoas natildeo atletas

3 Evidenciar se as variaccedilotildees aacuterea e velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo

de pressatildeo se igualam ou natildeo a pessoas natildeo atletas

Vocecirc foi selecionado por preencher os requisitos da pesquisa mas sua

participaccedilatildeo NAtildeO Eacute OBRIGATOacuteRIA sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo em sua

relaccedilatildeo com a instituiccedilatildeo ou com o pesquisador

Eu________________________________________________________________

abaixo assinado declaro que fui informado que as informaccedilotildees obtidas atraveacutes

dessa pesquisa seratildeo confidenciais e o sigilo sobre minha participaccedilatildeo seraacute

assegurado De tal modo que os dados natildeo seratildeo divulgados de forma a possibilitar

minha identificaccedilatildeo Tambeacutem estou ciente de que a qualquer momento posso

desistir de minha participaccedilatildeo e retirar meu consentimento Declaro que entendi os

objetivos riscos e benefiacutecios de minha participaccedilatildeo na pesquisa e concordo em

participar

Vocecirc receberaacute uma coacutepia deste termo onde consta o telefone e o endereccedilo do

pesquisador principal podendo tirar suas duacutevidas sobre o Projeto de Pesquisa de

sua participaccedilatildeo agora ou a qualquer momento

46

DADOS DO PESQUISADOR RESPONSAacuteVEL

Nome Tainara dos Santos Bomfim

Endereccedilo profissionale-mail Rua Padre Aacutelvares Pitangueira sn - Centro

Departamento de Fisioterapia bftainaragmailcom

Telefone (79) 9 9806-7487

ATENCcedilAtildeO A participaccedilatildeo em qualquer tipo de pesquisa eacute voluntaacuteria Em casos de

duacutevida quanto aos seus direitos entre em contato com o Comitecirc de Eacutetica em

Pesquisa da Universidade Federal de Sergipe

Lagarto _____de _____de 201_

_____________________________________________________

ASSINATURA DO VOLUNTAacuteRIO

_____________________________________________________

ASSINATURA DO PESQUISADOR RESPONSAacuteVEL

Page 35: CARACTERIZAÇÃO DA DOR E SUA RELAÇÃO COM O … · tainara dos santos bomfim caracterizaÇÃo da dor e sua relaÇÃo com o equilÍbrio postural em atletas de ginÁstica rÍtmica

35

13 Lamb M Oliveira PD Tano SS Gil AWO Dos Santos EVN Fernandes KBP

Efeito do treinamento proprioceptivo no equiliacutebrio de atletas de ginaacutestica riacutetmica Rev Bras Med Esporte 2014 setout 20(5)379-382

14 Silva JA Ribeiro-Filho NP A dor como um problema psicofiacutesico Rev Dor 2011 abrjun 12(2)138-51

15 Meardon S Klusendorf A Kernozek T Influence of injury on dynamic postural control in runners The International Journal of Sports Physical Therapy 2016 jun 11(3)336

16 Lin CF Lee IJ Liao JH Wu HW Su FC Comparison of Postural Stability Between Injured and Uninjured Ballet Dancers The American Journal of Sports Medicine 2011 39(6)1324-1331

17 Varoli FK Pedrazzi V Adapted Version of the McGill Pain Questionnaire to Brazilian Portuguese Braz Dent J 2006 17(4) 328-335

18 Pimenta CAM Teixeira MJ Questionaacuterio de dor McGill proposta de adaptaccedilatildeo para a liacutengua portuguesa Rev Esc Enf USP 1996 dez 30(3)473-83

19 Rabello LM Macedo CSG Oliveira MR Fregueto JH Camargo MZ Lopes LD et al Relaccedilatildeo entre testes funcionais e plataforma de forccedila nas medidas de equiliacutebrio em atletas Rev Bras Med Esporte 2014 maijun 20(3)219-222

20 Bressel E Yonker JC Kras J et al Comparison of static and dynamic balance in female collegiate soccer basketball and gymnastics atheletes Journal of Athletic Training 2007 42(1)42ndash46

21 Sabeti M Jeremian L Graf A Kandelhart R Elite level rhythmic gymnasts have significantly more and stronger pain than peers of similar age a prospective study Wien Klin Wochenschr 201512731ndash35

22 Vanderlei FM Vanderlei FCM Netto Juacutenior J Praste CM Caracteriacutesticas das lesotildees desportivas e fatores associados com lesatildeo em iniciantes de ginaacutestica artiacutestica do sexo feminino Fisioter Pesq 201320(2)191-196

23 Oliveira MMM Lourenccedilo MRA Teixeira DC Incidecircncias de lesotildees nas equipes de Ginaacutestica Riacutetmica da UNOPAR UNOPAR Cient Ciecircnc Biol Sauacutede 2003 out 6(1)29-40

24 Frutuoso AS Diefenthaeler F Vaz MA et al Lower Limb asymmetries in rhythmic gymnastics atheletes Int Sports Phys Ther 2016 11(1)34ndash43

25 Kolar E Samardžija MP Smrdu M Atikovic A Athletes perceptions of the causes of injury in gymnastics J Sports Med Phys Fitness 2016 Mar 57(5)703-710

36

26 Mueller S Mueller J Stoll J Prieske O Cassel M Mayer F Incidence of back pain in adolescent athletes a prospective study BMC Sports Science Medicine and Rehabilitation 2016 838

27 Goubert D Danneels L Graven-Nielsen T Descheemaeker F Meeus M Differences in Pain Processing Between Patients with Chronic Low Back Pain Recurrent Low Back Pain and Fibromyalgia Pain Physician 2017 May 20(4)307-318

28 Arliani GG Cohen M Lara PS Astur DC Gonccedilalves JPP Ferretti M Impacto do esporte na sauacutede de ex-jogadores profissionais de futebol no Brasil Acta ortop bras 2014 julago 22(4)188-190

29 Hoskins W Pollard H Daff C Odell A Garbutt P McHardy A et al Low back pain status in elite and semi-elite Australian football codes a cross-sectional survey of football (soccer) Australian rules rugby league rugby union and non-athletic controls BMC Musculoskeletal Disorders 20091038

30 Ngamkham S Vincent C Finnegan L Holden JE Wang ZJ Wilkie DJ The McGill Pain Questionnaire as a Multidimensional Measure in People with Cancer An Integrative Review Pain Manag Nurs 2012 Mar 13(1) 27ndash51

31 Bermudez OAS Souza RA Souza CMF Castro CES Beacuterzn F Avaliaccedilatildeo multidimensional da dor em portadores de desordem temporomandibular utilizando uma versatildeo brasileira do questionaacuterio mcgill de dor Rev bras fisioter 2003 7(2) 151-158

32 Reading AE Everitt BS Sledmore CM The McGill Pain Questionnaire a replication of its construction Br J Clin Psychol 1982 21339ndash349

33 Melzack R The McGill Pain Questionnaire Anesthesiology 2005 103199-202

34 Pessoa CP Barreto MB Santos LB Alves TDB Oliveira MC Martins AG Instrumentos utilizados na avaliaccedilatildeo do impacto da dor na qualidade de vida de pacientes com dor orofacial e disfunccedilatildeo temporomandibular Escola Baiana de Sauacutede Puacuteblica 200731(2)267-293

35 Espinoza ES Ortiz GB Estabilidad abdominolumbopeacutelvica y equilibrio comopredictores de la incidencia de lesionesmusculoesqueleacuteticas en estudiantes de danzaUn estudio piloto Fisioterapia 2014

36 Steinberg N Dar G Dunlop M Gaida JE The relationship of hip muscle performance to legankle and foot injuries a systematic review The Physician and Sportsmedicine 2017

37 Anderson K Strickland SM Warren R Hip and Groin Injuries in Athletes The American Journal of Sports Medicine 2001 29(4) 521-533

38 Tschopp M Brunner F Erkrankungen und Uumlberlastungsschaumlden an der unteren Extremitaumlt bei Langstreckenlaumlufern Z Rheumatol 2017 Feb

37

39 Han J Anson J Waddington G Adans R Liu Y The Role of Ankle

Proprioception for Balance Control in relation to Sports Performance and Injury BioMed Research International 2015 Jun8

40 Couto AGA Pedroni CR Relaccedilatildeo entre postura queixa dolorosa e lesatildeo em bailarinas claacutessicas Ter Man 2013 11(55)228-233

41 Dore BF e Guerra RO Sintomatologia dolorosa e fatores associados em bailarinos profissionais Rev Bras Med Esporte 2007 MarAbr13(2)77-80

38

ANEXO I ndash QUESTIONAacuteRIO DE DOR MCGILL

39

ANEXO II ndash PARECER DE APROVACcedilAtildeO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA

40

41

ANEXO III ndash NORMAS DE SUBMISSAtildeO DA REVISTA

Instruccedilotildees aos Autores

A Revista Brasileira de Medicina do Esporte - RBME (Brazilian Journal of

Sports Medicine) oacutergatildeo oficial da Sociedade Brasileira de Medicina do Exerciacutecio e

do Esporte (SBMEE) eacute publicada bimestralmente em seis ediccedilotildees ao ano (janfev

marabr maiojun julago setout e novdez) A RBME eacute indexada nas seguintes

bases bibliograacuteficas SciELO Web of Science Excerpta Medica-EMBASE Physical

Education Index LILACS SIRC-Sportdiscus e Scopus A publicaccedilatildeo segue

integralmente o padratildeo internacional do International Committee of Medical Journal

Editors (ICMJE) ou Convenccedilatildeo de Vancouver e seus requisitos de uniformizaccedilatildeo

[httpwwwicmjeorg]

Preparaccedilatildeo de manuscritos Os artigos submetidos devem ser digitados em

espaccedilo duplo fonte Arial 12 em paacutegina tamanho A4 sem numerar linhas ou

paraacutegrafos e numerando as paacuteginas no canto superior direito Figuras e tabelas

devem ser apresentadas ao final do artigo em paacuteginas separadas No corpo do

texto deve-se informar os locais para inserccedilatildeo das tabelas ou figuras Nuacutemeros

menores que 10 satildeo escritos por extenso enquanto que nuacutemeros maiores ou igual a

10 satildeo expressos em algarismos araacutebicos Os manuscritos que natildeo estiverem de

acordo com as instruccedilotildees aos autores em relaccedilatildeo a estilo e formato seratildeo

devolvidos sem revisatildeo pelo Conselho Editorial As medidas deveratildeo ser expressas

no Sistema Internacional (Systegraveme International SI) disponiacutevel em

httpphysicsnistgovcuuUnits e unidades padratildeo quando aplicaacutevel Recomenda-

se aos autores natildeo usar abreviaccedilotildees no tiacutetulo e limitar a sua utilizaccedilatildeo no resumo e

ao longo do texto Os nomes geneacutericos devem ser usados para todas as drogas Os

faacutermacos podem ser referidos pelo nome comercial poreacutem deve constar o nome

cidade e paiacutes ou endereccedilo eletrocircnico do fabricante entre parecircnteses na seccedilatildeo

Materiais e Meacutetodos

Abreviaturas O uso de abreviaturas deve ser minimizado As abreviaturas deveratildeo

ser definidas por ocasiatildeo de sua primeira utilizaccedilatildeo no resumo e tambeacutem no texto

Abreviaturas natildeo padratildeo natildeo devem ser utilizadas a menos que essas apareccedilam

pelo menos trecircs vezes no texto Unidades de medida (3 ml ou 3 mL e natildeo 3

mililitros) ou siacutembolos cientiacuteficos padratildeo (elementos quiacutemicos por exemplo Na e

natildeo soacutedio) natildeo satildeo consideradas abreviaturas e portanto natildeo devem ser definidos

Abreviar nomes longos ou substacircncias quiacutemicas e termos utilizados para

combinaccedilotildees terapecircuticas Abreviaturas em figuras e tabelas podem ser utilizadas

por razotildees de espaccedilo poreacutem devem ser definidas na legenda mesmo que tenham

sido definidas no texto do artigo

Formato dos arquivos Usar editor de texto Microsoft Word para Windows ou

42

equivalente Arquivos em formato PDF natildeo devem ser enviados As tabelas e

quadros deveratildeo estar em seus arquivos originais (Excel Acess Powerpoint etc)

As figuras deveratildeo estar nos formatos jpg ou tif em alta resoluccedilatildeo (300 dpi) As

figuras deveratildeo estar incluiacutedas no arquivo Word mas tambeacutem devem ser enviadas

separadamente (anexadas durante a submissatildeo do artigo como documento

suplementar em seus arquivos originais)

Paacutegina de rosto A paacutegina de rosto deve conter (1) a categoria do artigo (2) o tiacutetulo

do artigo em portuguecircs inglecircs e espanhol com ateacute 80 caracteres cada que deve ser

objetivo e informativo (3) os nomes completos dos autores instituiccedilatildeo formaccedilatildeo

acadecircmica de origem (a mais relevante) cidade estado e paiacutes (4) nome do autor

correspondente com endereccedilo completo telefone e e-mail A titulaccedilatildeo dos autores

natildeo deve ser incluiacuteda O nome completo de cada autor (sem abreviaccedilotildees) e sua

afiliaccedilatildeo institucional (nota as unidades hieraacuterquicas devem ser apresentadas em

ordem decrescente por exemplo universidade faculdade ou instituto e

departamento) devem ser informados Os nomes das instituiccedilotildees e programas

deveratildeo ser apresentados preferencialmente por extenso e na liacutengua original da

instituiccedilatildeo ou na versatildeo em inglecircs quando a escrita natildeo eacute latina (pex aacuterabe

mandarim ou grego)

Resumo O resumo em portuguecircs inglecircs e espanhol deve ser incluiacutedo no

manuscrito Em cada um dos idiomas natildeo deve conter mais do que 300 palavras A

versatildeo estruturada eacute obrigatoacuteria nos artigos originais e inclui objetivos meacutetodos

resultados e conclusatildeo Artigos de revisatildeo natildeo requerem resumo estruturado

Palavras-chave O artigo deve incluir no miacutenimo trecircs e no maacuteximo seis descritores

em portuguecircs inglecircs e espanhol baseados nos Descritores de Ciecircncias da Sauacutede

(DeCS) httpdecsbvsbr ou no Medical Subject Headings (MeSH) da National

Library of Medicine disponiacutevel em httpwwwnlmnihgovmeshmeshhomehtml

oubaseados no Medical SubjectHeading (MeSH) do Index Medicus

(httpwwwnlmnihgovmesh)

Introduccedilatildeo A introduccedilatildeo deve conter (1) justificativa objetiva para o estudo com

referecircncias pertinentes ao assunto sem realizar uma revisatildeo extensa (2) objetivo do

artigo

Materiais e Meacutetodos Esta seccedilatildeo deve descrever os experimentos (quantitativa e

qualitativamente) e os procedimentos em detalhes suficientes que permitam que

outros pesquisadores reproduzam os resultados ou deem continuidade ao estudo

e deveraacute conter (1) a descriccedilatildeo clara da amostra utilizada (2) termo de

consentimento para estudos experimentais envolvendo seres humanos (3)

identificaccedilatildeo dos meacutetodos aparelhos (nome do fabricante e endereccedilo cidade e paiacutes

devem ser menciondos entre parecircnteses) e procedimentos utilizados (4) descriccedilatildeo

breve e referecircncias de meacutetodos publicados mas natildeo amplamente conhecidos (5)

43

descriccedilatildeo detalhada de meacutetodos novos ou modificados (6) quando pertinente incluir

a anaacutelise estatiacutestica e os programas utilizados Importante Ao relatar experimentos

com seres humanos ou animais indicar se os procedimentos seguiram as normas

do Comitecirc Eacutetico sobre Experiecircncias Humanas da instituiccedilatildeo na qual a pesquisa foi

realizada e se os procedimentos estatildeo de acordo com a declaraccedilatildeo de Helsinki de

1995 e a Animal Experimentation Ethics respectivamente Os autores devem incluir

uma declaraccedilatildeo indicando que o protocolo foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica da

Instituiccedilatildeo (instituiccedilatildeo de afiliaccedilatildeo de pelo menos um dos autores) com o respectivo

nuacutemero de identificaccedilatildeo Tambeacutem deve incluir que o Termo de Consentimento Livre

e Esclarecido foi assinado por todos os participantes

Resultados Apresentar os resultados em sequecircncia loacutegica no texto usando tabelas

e figuras Evitar repeticcedilatildeo excessiva de dados no texto em tabelas ou figuras

poreacutem enfatizar somente as descobertas mais importantes

Discussatildeo Enfatizar os aspectos originais e importantes do estudo e as conclusotildees

que decorrem deste evitando poreacutem repetir dados jaacute apresentados em outras

partes do manuscrito Em estudos experimentais ressaltar a relevacircncia e limitaccedilotildees

dos resultados confrontando com os dados da literatura e incluindo implicaccedilotildees

para estudos futuros

Conclusotildees A conclusatildeo deve ser clara e concisa baseada nos resultados

obtidos estabelecendo ligaccedilatildeo com implicaccedilotildees cliacutenicas evitando poreacutem excessiva

generalizaccedilatildeo) A mesma ecircnfase deve ser dada a estudos com resultados negativos

ou positivos Recomendaccedilotildees podem ser incluiacutedas quando relevantes

Agradecimentos Quando pertinente incluir agradecimento ou reconhecimento a

pessoas que tenham contribuiacutedo para o desenvolvimento do trabalho poreacutem natildeo se

qualificam como coautores Fontes de financiamento como auxiacutelio a pesquisa e

bolsas de estudo devem ser reconhecidos nesta seccedilatildeo Os autores deveratildeo obter

permissatildeo por escrito para mencionar nomes e instituiccedilotildees de todos os que

receberam agradecimentos nominais

Referecircncias As referecircncias devem ser numeradas na sequecircncia em que aparecem

no texto em formato sobrescrito As referecircncias citadas somente em legendas de

tabelas ou figuras devem ser numeradas de acordo com sequecircncia estabelecida

pela primeira menccedilatildeo da tabela ou da figura no texto O estilo das referecircncias

bibliograacuteficas deve seguir as regras do Uniform Requirements for Manuscripts

Submitted to Biomedical Journals (International Committee of Medical Journal

Editors disponiacutevel em Ann Intern Med 1997126(1)36-47 httpwwwicmjeorg)

Alguns exemplos satildeo mostrados a seguir Os tiacutetulos dos perioacutedicos devem ser

abreviados de acordo com o Index Medicus (List of Journals Indexed disponiacutevel em

httpwwwnlmnihgovtsdserialsljihtml) Se o perioacutedico natildeo constar dessa lista

deve-se utilizar a abreviatura sugerida pelo proacuteprio perioacutedico Deve-se evitar utilizar

44

ldquocomunicaccedilotildees pessoaisrdquo ou ldquoobservaccedilotildees natildeo publicadasrdquo como referecircncias

Resumos de tranalhos apresentados em eventos devem ser utilizados somente se

for a uacutenica fonte de informaccedilatildeo

Tabelas As tabelas devem ser elaboradas em espaccedilo 15 devendo ser planejadas

para ter como largura uma (87cm) ou duas colunas (18 cm) Cada tabela deve

possuir um tiacutetulo sucinto Notas explicativas seratildeo incluiacutedas em notas de rodapeacute A

tabela deve conter meacutedias e medidas de dispersatildeo (Desvio Padratildeo Erro Padratildeo da

Meacutedia etc) natildeo devendo conter casas decimais irrelevantes As abreviaturas

devem estar de acordo com aquelas utilizadas no texto e nas figuras Os coacutedigos de

identificaccedilatildeo de itens da tabela devem estar listados na ordem de surgimento no

sentido horizontal e devem ser identificados pelos siacutembolos padratildeo Os quadros e

tabelas deveratildeo ser enviados atraveacutes dos arquivos originais editaacuteveis (Word Excel)

e natildeo como imagens

Figuras Na versatildeo impressa da RBME seratildeo aceitas figuras em preto-e-branco

Imagens coloridas poderatildeo ser publicadas quando forem essenciais para o conteuacutedo

cientiacutefico do artigo Nestes casos o custo seraacute repassado aos autores Figuras

coloridas poderatildeo ser incluiacutedas na versatildeo eletrocircnica do artigo sem custo adicional

aos autores Os desenhos e figuras devem ser consistentes e tatildeo simples quanto

possiacutevel poreacutem informativos Tons de cinza natildeo devem ser utilizados Todas as

linhas devem ser soacutelidas Para graacuteficos de barra por exemplo utilizar barras

brancas pretas com linhas diagonais nas duas direccedilotildees linhas em xadrez linhas

horizontais e verticais A RBME desaconselha fortemente o uso de fotografias de

equipamentos e animais de experimentaccedilatildeo As figuras devem ser impressas com

bom contraste e ter a largura de uma coluna (87cm) Utilizar no miacutenimo fonte

tamanho 10 para letras nuacutemeros e siacutembolos com espaccedilamento e alinhamento

adequados Quando a figura representar uma radiografia ou fotografia sugerimos

incluir a escala de tamanho quando pertinente

Por favor note que eacute de responsabilidade dos autores obter permissatildeo do detentor

dos direitos autorais para reproduzir figuras (ou tabelas) que tenham sido

previamente publicados em outras fontes De acordo com os princiacutepios do acesso

aberto os autores devem ter permissatildeo do detentor dos direitos caso desejem

incluir imagens que tenham sido publicados em outros perioacutedicos de acesso natildeo

aberto A permissatildeo deve ser indicada na legenda da figura e a fonte original deve

ser incluiacuteda na lista de referecircncias

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APEcircNDICE I ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE)

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Vocecirc estaacute sendo convidada(o) a participar da pesquisa intitulada

ldquoCARACTERIZACcedilAtildeO DA DOR E SUA RELACcedilAtildeO COM EQUILIacuteBRIO

POSTURAL ESTAacuteTICO EM ATLETAS DE GINAacuteSTICA RIacuteTMICArdquo realizada pela

Universidade Federal de Sergipe por intermeacutedio da discente TAINARA DOS

SANTOS BOMFIM devidamente assistida pelo seu orientador PAULO MAacuteRCIO

PEREIRA OLIVEIRA O objetivo desse estudo eacute caracterizar a Dor

musculoesqueleacutetica em atletas de elite de ginaacutestica riacutetmica e analisar a relaccedilatildeo da

dor no equiliacutebrio postural estaacutetico das atletas comparando com controles natildeo

atletas A justificativa para a realizaccedilatildeo da pesquisa eacute documentar na literatura

escassa estudo sobre a relaccedilatildeo da dor com o equiliacutebrio postural estaacutetico em

atletas de elite de Ginaacutestica Riacutetmica Sua participaccedilatildeo nessa pesquisa consistiraacute

em responder um questionaacuterio e realizar avaliaccedilatildeo de equiliacutebrio que ocorreraacute em

um uacutenico momento Natildeo haacute riscos previsiacuteveis relacionados com sua participaccedilatildeo

nem danos previsiacuteveis decorrentes da pesquisa Os benefiacutecios relacionados com

sua participaccedilatildeo satildeo

1 Identificar alteraccedilotildees posturais de equiliacutebrio em atletas de alto rendimento

2 Evidenciar se o processo de dor em atletas eacute igual maior ou menor quando

comparado com pessoas natildeo atletas

3 Evidenciar se as variaccedilotildees aacuterea e velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo

de pressatildeo se igualam ou natildeo a pessoas natildeo atletas

Vocecirc foi selecionado por preencher os requisitos da pesquisa mas sua

participaccedilatildeo NAtildeO Eacute OBRIGATOacuteRIA sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo em sua

relaccedilatildeo com a instituiccedilatildeo ou com o pesquisador

Eu________________________________________________________________

abaixo assinado declaro que fui informado que as informaccedilotildees obtidas atraveacutes

dessa pesquisa seratildeo confidenciais e o sigilo sobre minha participaccedilatildeo seraacute

assegurado De tal modo que os dados natildeo seratildeo divulgados de forma a possibilitar

minha identificaccedilatildeo Tambeacutem estou ciente de que a qualquer momento posso

desistir de minha participaccedilatildeo e retirar meu consentimento Declaro que entendi os

objetivos riscos e benefiacutecios de minha participaccedilatildeo na pesquisa e concordo em

participar

Vocecirc receberaacute uma coacutepia deste termo onde consta o telefone e o endereccedilo do

pesquisador principal podendo tirar suas duacutevidas sobre o Projeto de Pesquisa de

sua participaccedilatildeo agora ou a qualquer momento

46

DADOS DO PESQUISADOR RESPONSAacuteVEL

Nome Tainara dos Santos Bomfim

Endereccedilo profissionale-mail Rua Padre Aacutelvares Pitangueira sn - Centro

Departamento de Fisioterapia bftainaragmailcom

Telefone (79) 9 9806-7487

ATENCcedilAtildeO A participaccedilatildeo em qualquer tipo de pesquisa eacute voluntaacuteria Em casos de

duacutevida quanto aos seus direitos entre em contato com o Comitecirc de Eacutetica em

Pesquisa da Universidade Federal de Sergipe

Lagarto _____de _____de 201_

_____________________________________________________

ASSINATURA DO VOLUNTAacuteRIO

_____________________________________________________

ASSINATURA DO PESQUISADOR RESPONSAacuteVEL

Page 36: CARACTERIZAÇÃO DA DOR E SUA RELAÇÃO COM O … · tainara dos santos bomfim caracterizaÇÃo da dor e sua relaÇÃo com o equilÍbrio postural em atletas de ginÁstica rÍtmica

36

26 Mueller S Mueller J Stoll J Prieske O Cassel M Mayer F Incidence of back pain in adolescent athletes a prospective study BMC Sports Science Medicine and Rehabilitation 2016 838

27 Goubert D Danneels L Graven-Nielsen T Descheemaeker F Meeus M Differences in Pain Processing Between Patients with Chronic Low Back Pain Recurrent Low Back Pain and Fibromyalgia Pain Physician 2017 May 20(4)307-318

28 Arliani GG Cohen M Lara PS Astur DC Gonccedilalves JPP Ferretti M Impacto do esporte na sauacutede de ex-jogadores profissionais de futebol no Brasil Acta ortop bras 2014 julago 22(4)188-190

29 Hoskins W Pollard H Daff C Odell A Garbutt P McHardy A et al Low back pain status in elite and semi-elite Australian football codes a cross-sectional survey of football (soccer) Australian rules rugby league rugby union and non-athletic controls BMC Musculoskeletal Disorders 20091038

30 Ngamkham S Vincent C Finnegan L Holden JE Wang ZJ Wilkie DJ The McGill Pain Questionnaire as a Multidimensional Measure in People with Cancer An Integrative Review Pain Manag Nurs 2012 Mar 13(1) 27ndash51

31 Bermudez OAS Souza RA Souza CMF Castro CES Beacuterzn F Avaliaccedilatildeo multidimensional da dor em portadores de desordem temporomandibular utilizando uma versatildeo brasileira do questionaacuterio mcgill de dor Rev bras fisioter 2003 7(2) 151-158

32 Reading AE Everitt BS Sledmore CM The McGill Pain Questionnaire a replication of its construction Br J Clin Psychol 1982 21339ndash349

33 Melzack R The McGill Pain Questionnaire Anesthesiology 2005 103199-202

34 Pessoa CP Barreto MB Santos LB Alves TDB Oliveira MC Martins AG Instrumentos utilizados na avaliaccedilatildeo do impacto da dor na qualidade de vida de pacientes com dor orofacial e disfunccedilatildeo temporomandibular Escola Baiana de Sauacutede Puacuteblica 200731(2)267-293

35 Espinoza ES Ortiz GB Estabilidad abdominolumbopeacutelvica y equilibrio comopredictores de la incidencia de lesionesmusculoesqueleacuteticas en estudiantes de danzaUn estudio piloto Fisioterapia 2014

36 Steinberg N Dar G Dunlop M Gaida JE The relationship of hip muscle performance to legankle and foot injuries a systematic review The Physician and Sportsmedicine 2017

37 Anderson K Strickland SM Warren R Hip and Groin Injuries in Athletes The American Journal of Sports Medicine 2001 29(4) 521-533

38 Tschopp M Brunner F Erkrankungen und Uumlberlastungsschaumlden an der unteren Extremitaumlt bei Langstreckenlaumlufern Z Rheumatol 2017 Feb

37

39 Han J Anson J Waddington G Adans R Liu Y The Role of Ankle

Proprioception for Balance Control in relation to Sports Performance and Injury BioMed Research International 2015 Jun8

40 Couto AGA Pedroni CR Relaccedilatildeo entre postura queixa dolorosa e lesatildeo em bailarinas claacutessicas Ter Man 2013 11(55)228-233

41 Dore BF e Guerra RO Sintomatologia dolorosa e fatores associados em bailarinos profissionais Rev Bras Med Esporte 2007 MarAbr13(2)77-80

38

ANEXO I ndash QUESTIONAacuteRIO DE DOR MCGILL

39

ANEXO II ndash PARECER DE APROVACcedilAtildeO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA

40

41

ANEXO III ndash NORMAS DE SUBMISSAtildeO DA REVISTA

Instruccedilotildees aos Autores

A Revista Brasileira de Medicina do Esporte - RBME (Brazilian Journal of

Sports Medicine) oacutergatildeo oficial da Sociedade Brasileira de Medicina do Exerciacutecio e

do Esporte (SBMEE) eacute publicada bimestralmente em seis ediccedilotildees ao ano (janfev

marabr maiojun julago setout e novdez) A RBME eacute indexada nas seguintes

bases bibliograacuteficas SciELO Web of Science Excerpta Medica-EMBASE Physical

Education Index LILACS SIRC-Sportdiscus e Scopus A publicaccedilatildeo segue

integralmente o padratildeo internacional do International Committee of Medical Journal

Editors (ICMJE) ou Convenccedilatildeo de Vancouver e seus requisitos de uniformizaccedilatildeo

[httpwwwicmjeorg]

Preparaccedilatildeo de manuscritos Os artigos submetidos devem ser digitados em

espaccedilo duplo fonte Arial 12 em paacutegina tamanho A4 sem numerar linhas ou

paraacutegrafos e numerando as paacuteginas no canto superior direito Figuras e tabelas

devem ser apresentadas ao final do artigo em paacuteginas separadas No corpo do

texto deve-se informar os locais para inserccedilatildeo das tabelas ou figuras Nuacutemeros

menores que 10 satildeo escritos por extenso enquanto que nuacutemeros maiores ou igual a

10 satildeo expressos em algarismos araacutebicos Os manuscritos que natildeo estiverem de

acordo com as instruccedilotildees aos autores em relaccedilatildeo a estilo e formato seratildeo

devolvidos sem revisatildeo pelo Conselho Editorial As medidas deveratildeo ser expressas

no Sistema Internacional (Systegraveme International SI) disponiacutevel em

httpphysicsnistgovcuuUnits e unidades padratildeo quando aplicaacutevel Recomenda-

se aos autores natildeo usar abreviaccedilotildees no tiacutetulo e limitar a sua utilizaccedilatildeo no resumo e

ao longo do texto Os nomes geneacutericos devem ser usados para todas as drogas Os

faacutermacos podem ser referidos pelo nome comercial poreacutem deve constar o nome

cidade e paiacutes ou endereccedilo eletrocircnico do fabricante entre parecircnteses na seccedilatildeo

Materiais e Meacutetodos

Abreviaturas O uso de abreviaturas deve ser minimizado As abreviaturas deveratildeo

ser definidas por ocasiatildeo de sua primeira utilizaccedilatildeo no resumo e tambeacutem no texto

Abreviaturas natildeo padratildeo natildeo devem ser utilizadas a menos que essas apareccedilam

pelo menos trecircs vezes no texto Unidades de medida (3 ml ou 3 mL e natildeo 3

mililitros) ou siacutembolos cientiacuteficos padratildeo (elementos quiacutemicos por exemplo Na e

natildeo soacutedio) natildeo satildeo consideradas abreviaturas e portanto natildeo devem ser definidos

Abreviar nomes longos ou substacircncias quiacutemicas e termos utilizados para

combinaccedilotildees terapecircuticas Abreviaturas em figuras e tabelas podem ser utilizadas

por razotildees de espaccedilo poreacutem devem ser definidas na legenda mesmo que tenham

sido definidas no texto do artigo

Formato dos arquivos Usar editor de texto Microsoft Word para Windows ou

42

equivalente Arquivos em formato PDF natildeo devem ser enviados As tabelas e

quadros deveratildeo estar em seus arquivos originais (Excel Acess Powerpoint etc)

As figuras deveratildeo estar nos formatos jpg ou tif em alta resoluccedilatildeo (300 dpi) As

figuras deveratildeo estar incluiacutedas no arquivo Word mas tambeacutem devem ser enviadas

separadamente (anexadas durante a submissatildeo do artigo como documento

suplementar em seus arquivos originais)

Paacutegina de rosto A paacutegina de rosto deve conter (1) a categoria do artigo (2) o tiacutetulo

do artigo em portuguecircs inglecircs e espanhol com ateacute 80 caracteres cada que deve ser

objetivo e informativo (3) os nomes completos dos autores instituiccedilatildeo formaccedilatildeo

acadecircmica de origem (a mais relevante) cidade estado e paiacutes (4) nome do autor

correspondente com endereccedilo completo telefone e e-mail A titulaccedilatildeo dos autores

natildeo deve ser incluiacuteda O nome completo de cada autor (sem abreviaccedilotildees) e sua

afiliaccedilatildeo institucional (nota as unidades hieraacuterquicas devem ser apresentadas em

ordem decrescente por exemplo universidade faculdade ou instituto e

departamento) devem ser informados Os nomes das instituiccedilotildees e programas

deveratildeo ser apresentados preferencialmente por extenso e na liacutengua original da

instituiccedilatildeo ou na versatildeo em inglecircs quando a escrita natildeo eacute latina (pex aacuterabe

mandarim ou grego)

Resumo O resumo em portuguecircs inglecircs e espanhol deve ser incluiacutedo no

manuscrito Em cada um dos idiomas natildeo deve conter mais do que 300 palavras A

versatildeo estruturada eacute obrigatoacuteria nos artigos originais e inclui objetivos meacutetodos

resultados e conclusatildeo Artigos de revisatildeo natildeo requerem resumo estruturado

Palavras-chave O artigo deve incluir no miacutenimo trecircs e no maacuteximo seis descritores

em portuguecircs inglecircs e espanhol baseados nos Descritores de Ciecircncias da Sauacutede

(DeCS) httpdecsbvsbr ou no Medical Subject Headings (MeSH) da National

Library of Medicine disponiacutevel em httpwwwnlmnihgovmeshmeshhomehtml

oubaseados no Medical SubjectHeading (MeSH) do Index Medicus

(httpwwwnlmnihgovmesh)

Introduccedilatildeo A introduccedilatildeo deve conter (1) justificativa objetiva para o estudo com

referecircncias pertinentes ao assunto sem realizar uma revisatildeo extensa (2) objetivo do

artigo

Materiais e Meacutetodos Esta seccedilatildeo deve descrever os experimentos (quantitativa e

qualitativamente) e os procedimentos em detalhes suficientes que permitam que

outros pesquisadores reproduzam os resultados ou deem continuidade ao estudo

e deveraacute conter (1) a descriccedilatildeo clara da amostra utilizada (2) termo de

consentimento para estudos experimentais envolvendo seres humanos (3)

identificaccedilatildeo dos meacutetodos aparelhos (nome do fabricante e endereccedilo cidade e paiacutes

devem ser menciondos entre parecircnteses) e procedimentos utilizados (4) descriccedilatildeo

breve e referecircncias de meacutetodos publicados mas natildeo amplamente conhecidos (5)

43

descriccedilatildeo detalhada de meacutetodos novos ou modificados (6) quando pertinente incluir

a anaacutelise estatiacutestica e os programas utilizados Importante Ao relatar experimentos

com seres humanos ou animais indicar se os procedimentos seguiram as normas

do Comitecirc Eacutetico sobre Experiecircncias Humanas da instituiccedilatildeo na qual a pesquisa foi

realizada e se os procedimentos estatildeo de acordo com a declaraccedilatildeo de Helsinki de

1995 e a Animal Experimentation Ethics respectivamente Os autores devem incluir

uma declaraccedilatildeo indicando que o protocolo foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica da

Instituiccedilatildeo (instituiccedilatildeo de afiliaccedilatildeo de pelo menos um dos autores) com o respectivo

nuacutemero de identificaccedilatildeo Tambeacutem deve incluir que o Termo de Consentimento Livre

e Esclarecido foi assinado por todos os participantes

Resultados Apresentar os resultados em sequecircncia loacutegica no texto usando tabelas

e figuras Evitar repeticcedilatildeo excessiva de dados no texto em tabelas ou figuras

poreacutem enfatizar somente as descobertas mais importantes

Discussatildeo Enfatizar os aspectos originais e importantes do estudo e as conclusotildees

que decorrem deste evitando poreacutem repetir dados jaacute apresentados em outras

partes do manuscrito Em estudos experimentais ressaltar a relevacircncia e limitaccedilotildees

dos resultados confrontando com os dados da literatura e incluindo implicaccedilotildees

para estudos futuros

Conclusotildees A conclusatildeo deve ser clara e concisa baseada nos resultados

obtidos estabelecendo ligaccedilatildeo com implicaccedilotildees cliacutenicas evitando poreacutem excessiva

generalizaccedilatildeo) A mesma ecircnfase deve ser dada a estudos com resultados negativos

ou positivos Recomendaccedilotildees podem ser incluiacutedas quando relevantes

Agradecimentos Quando pertinente incluir agradecimento ou reconhecimento a

pessoas que tenham contribuiacutedo para o desenvolvimento do trabalho poreacutem natildeo se

qualificam como coautores Fontes de financiamento como auxiacutelio a pesquisa e

bolsas de estudo devem ser reconhecidos nesta seccedilatildeo Os autores deveratildeo obter

permissatildeo por escrito para mencionar nomes e instituiccedilotildees de todos os que

receberam agradecimentos nominais

Referecircncias As referecircncias devem ser numeradas na sequecircncia em que aparecem

no texto em formato sobrescrito As referecircncias citadas somente em legendas de

tabelas ou figuras devem ser numeradas de acordo com sequecircncia estabelecida

pela primeira menccedilatildeo da tabela ou da figura no texto O estilo das referecircncias

bibliograacuteficas deve seguir as regras do Uniform Requirements for Manuscripts

Submitted to Biomedical Journals (International Committee of Medical Journal

Editors disponiacutevel em Ann Intern Med 1997126(1)36-47 httpwwwicmjeorg)

Alguns exemplos satildeo mostrados a seguir Os tiacutetulos dos perioacutedicos devem ser

abreviados de acordo com o Index Medicus (List of Journals Indexed disponiacutevel em

httpwwwnlmnihgovtsdserialsljihtml) Se o perioacutedico natildeo constar dessa lista

deve-se utilizar a abreviatura sugerida pelo proacuteprio perioacutedico Deve-se evitar utilizar

44

ldquocomunicaccedilotildees pessoaisrdquo ou ldquoobservaccedilotildees natildeo publicadasrdquo como referecircncias

Resumos de tranalhos apresentados em eventos devem ser utilizados somente se

for a uacutenica fonte de informaccedilatildeo

Tabelas As tabelas devem ser elaboradas em espaccedilo 15 devendo ser planejadas

para ter como largura uma (87cm) ou duas colunas (18 cm) Cada tabela deve

possuir um tiacutetulo sucinto Notas explicativas seratildeo incluiacutedas em notas de rodapeacute A

tabela deve conter meacutedias e medidas de dispersatildeo (Desvio Padratildeo Erro Padratildeo da

Meacutedia etc) natildeo devendo conter casas decimais irrelevantes As abreviaturas

devem estar de acordo com aquelas utilizadas no texto e nas figuras Os coacutedigos de

identificaccedilatildeo de itens da tabela devem estar listados na ordem de surgimento no

sentido horizontal e devem ser identificados pelos siacutembolos padratildeo Os quadros e

tabelas deveratildeo ser enviados atraveacutes dos arquivos originais editaacuteveis (Word Excel)

e natildeo como imagens

Figuras Na versatildeo impressa da RBME seratildeo aceitas figuras em preto-e-branco

Imagens coloridas poderatildeo ser publicadas quando forem essenciais para o conteuacutedo

cientiacutefico do artigo Nestes casos o custo seraacute repassado aos autores Figuras

coloridas poderatildeo ser incluiacutedas na versatildeo eletrocircnica do artigo sem custo adicional

aos autores Os desenhos e figuras devem ser consistentes e tatildeo simples quanto

possiacutevel poreacutem informativos Tons de cinza natildeo devem ser utilizados Todas as

linhas devem ser soacutelidas Para graacuteficos de barra por exemplo utilizar barras

brancas pretas com linhas diagonais nas duas direccedilotildees linhas em xadrez linhas

horizontais e verticais A RBME desaconselha fortemente o uso de fotografias de

equipamentos e animais de experimentaccedilatildeo As figuras devem ser impressas com

bom contraste e ter a largura de uma coluna (87cm) Utilizar no miacutenimo fonte

tamanho 10 para letras nuacutemeros e siacutembolos com espaccedilamento e alinhamento

adequados Quando a figura representar uma radiografia ou fotografia sugerimos

incluir a escala de tamanho quando pertinente

Por favor note que eacute de responsabilidade dos autores obter permissatildeo do detentor

dos direitos autorais para reproduzir figuras (ou tabelas) que tenham sido

previamente publicados em outras fontes De acordo com os princiacutepios do acesso

aberto os autores devem ter permissatildeo do detentor dos direitos caso desejem

incluir imagens que tenham sido publicados em outros perioacutedicos de acesso natildeo

aberto A permissatildeo deve ser indicada na legenda da figura e a fonte original deve

ser incluiacuteda na lista de referecircncias

45

APEcircNDICE I ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE)

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Vocecirc estaacute sendo convidada(o) a participar da pesquisa intitulada

ldquoCARACTERIZACcedilAtildeO DA DOR E SUA RELACcedilAtildeO COM EQUILIacuteBRIO

POSTURAL ESTAacuteTICO EM ATLETAS DE GINAacuteSTICA RIacuteTMICArdquo realizada pela

Universidade Federal de Sergipe por intermeacutedio da discente TAINARA DOS

SANTOS BOMFIM devidamente assistida pelo seu orientador PAULO MAacuteRCIO

PEREIRA OLIVEIRA O objetivo desse estudo eacute caracterizar a Dor

musculoesqueleacutetica em atletas de elite de ginaacutestica riacutetmica e analisar a relaccedilatildeo da

dor no equiliacutebrio postural estaacutetico das atletas comparando com controles natildeo

atletas A justificativa para a realizaccedilatildeo da pesquisa eacute documentar na literatura

escassa estudo sobre a relaccedilatildeo da dor com o equiliacutebrio postural estaacutetico em

atletas de elite de Ginaacutestica Riacutetmica Sua participaccedilatildeo nessa pesquisa consistiraacute

em responder um questionaacuterio e realizar avaliaccedilatildeo de equiliacutebrio que ocorreraacute em

um uacutenico momento Natildeo haacute riscos previsiacuteveis relacionados com sua participaccedilatildeo

nem danos previsiacuteveis decorrentes da pesquisa Os benefiacutecios relacionados com

sua participaccedilatildeo satildeo

1 Identificar alteraccedilotildees posturais de equiliacutebrio em atletas de alto rendimento

2 Evidenciar se o processo de dor em atletas eacute igual maior ou menor quando

comparado com pessoas natildeo atletas

3 Evidenciar se as variaccedilotildees aacuterea e velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo

de pressatildeo se igualam ou natildeo a pessoas natildeo atletas

Vocecirc foi selecionado por preencher os requisitos da pesquisa mas sua

participaccedilatildeo NAtildeO Eacute OBRIGATOacuteRIA sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo em sua

relaccedilatildeo com a instituiccedilatildeo ou com o pesquisador

Eu________________________________________________________________

abaixo assinado declaro que fui informado que as informaccedilotildees obtidas atraveacutes

dessa pesquisa seratildeo confidenciais e o sigilo sobre minha participaccedilatildeo seraacute

assegurado De tal modo que os dados natildeo seratildeo divulgados de forma a possibilitar

minha identificaccedilatildeo Tambeacutem estou ciente de que a qualquer momento posso

desistir de minha participaccedilatildeo e retirar meu consentimento Declaro que entendi os

objetivos riscos e benefiacutecios de minha participaccedilatildeo na pesquisa e concordo em

participar

Vocecirc receberaacute uma coacutepia deste termo onde consta o telefone e o endereccedilo do

pesquisador principal podendo tirar suas duacutevidas sobre o Projeto de Pesquisa de

sua participaccedilatildeo agora ou a qualquer momento

46

DADOS DO PESQUISADOR RESPONSAacuteVEL

Nome Tainara dos Santos Bomfim

Endereccedilo profissionale-mail Rua Padre Aacutelvares Pitangueira sn - Centro

Departamento de Fisioterapia bftainaragmailcom

Telefone (79) 9 9806-7487

ATENCcedilAtildeO A participaccedilatildeo em qualquer tipo de pesquisa eacute voluntaacuteria Em casos de

duacutevida quanto aos seus direitos entre em contato com o Comitecirc de Eacutetica em

Pesquisa da Universidade Federal de Sergipe

Lagarto _____de _____de 201_

_____________________________________________________

ASSINATURA DO VOLUNTAacuteRIO

_____________________________________________________

ASSINATURA DO PESQUISADOR RESPONSAacuteVEL

Page 37: CARACTERIZAÇÃO DA DOR E SUA RELAÇÃO COM O … · tainara dos santos bomfim caracterizaÇÃo da dor e sua relaÇÃo com o equilÍbrio postural em atletas de ginÁstica rÍtmica

37

39 Han J Anson J Waddington G Adans R Liu Y The Role of Ankle

Proprioception for Balance Control in relation to Sports Performance and Injury BioMed Research International 2015 Jun8

40 Couto AGA Pedroni CR Relaccedilatildeo entre postura queixa dolorosa e lesatildeo em bailarinas claacutessicas Ter Man 2013 11(55)228-233

41 Dore BF e Guerra RO Sintomatologia dolorosa e fatores associados em bailarinos profissionais Rev Bras Med Esporte 2007 MarAbr13(2)77-80

38

ANEXO I ndash QUESTIONAacuteRIO DE DOR MCGILL

39

ANEXO II ndash PARECER DE APROVACcedilAtildeO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA

40

41

ANEXO III ndash NORMAS DE SUBMISSAtildeO DA REVISTA

Instruccedilotildees aos Autores

A Revista Brasileira de Medicina do Esporte - RBME (Brazilian Journal of

Sports Medicine) oacutergatildeo oficial da Sociedade Brasileira de Medicina do Exerciacutecio e

do Esporte (SBMEE) eacute publicada bimestralmente em seis ediccedilotildees ao ano (janfev

marabr maiojun julago setout e novdez) A RBME eacute indexada nas seguintes

bases bibliograacuteficas SciELO Web of Science Excerpta Medica-EMBASE Physical

Education Index LILACS SIRC-Sportdiscus e Scopus A publicaccedilatildeo segue

integralmente o padratildeo internacional do International Committee of Medical Journal

Editors (ICMJE) ou Convenccedilatildeo de Vancouver e seus requisitos de uniformizaccedilatildeo

[httpwwwicmjeorg]

Preparaccedilatildeo de manuscritos Os artigos submetidos devem ser digitados em

espaccedilo duplo fonte Arial 12 em paacutegina tamanho A4 sem numerar linhas ou

paraacutegrafos e numerando as paacuteginas no canto superior direito Figuras e tabelas

devem ser apresentadas ao final do artigo em paacuteginas separadas No corpo do

texto deve-se informar os locais para inserccedilatildeo das tabelas ou figuras Nuacutemeros

menores que 10 satildeo escritos por extenso enquanto que nuacutemeros maiores ou igual a

10 satildeo expressos em algarismos araacutebicos Os manuscritos que natildeo estiverem de

acordo com as instruccedilotildees aos autores em relaccedilatildeo a estilo e formato seratildeo

devolvidos sem revisatildeo pelo Conselho Editorial As medidas deveratildeo ser expressas

no Sistema Internacional (Systegraveme International SI) disponiacutevel em

httpphysicsnistgovcuuUnits e unidades padratildeo quando aplicaacutevel Recomenda-

se aos autores natildeo usar abreviaccedilotildees no tiacutetulo e limitar a sua utilizaccedilatildeo no resumo e

ao longo do texto Os nomes geneacutericos devem ser usados para todas as drogas Os

faacutermacos podem ser referidos pelo nome comercial poreacutem deve constar o nome

cidade e paiacutes ou endereccedilo eletrocircnico do fabricante entre parecircnteses na seccedilatildeo

Materiais e Meacutetodos

Abreviaturas O uso de abreviaturas deve ser minimizado As abreviaturas deveratildeo

ser definidas por ocasiatildeo de sua primeira utilizaccedilatildeo no resumo e tambeacutem no texto

Abreviaturas natildeo padratildeo natildeo devem ser utilizadas a menos que essas apareccedilam

pelo menos trecircs vezes no texto Unidades de medida (3 ml ou 3 mL e natildeo 3

mililitros) ou siacutembolos cientiacuteficos padratildeo (elementos quiacutemicos por exemplo Na e

natildeo soacutedio) natildeo satildeo consideradas abreviaturas e portanto natildeo devem ser definidos

Abreviar nomes longos ou substacircncias quiacutemicas e termos utilizados para

combinaccedilotildees terapecircuticas Abreviaturas em figuras e tabelas podem ser utilizadas

por razotildees de espaccedilo poreacutem devem ser definidas na legenda mesmo que tenham

sido definidas no texto do artigo

Formato dos arquivos Usar editor de texto Microsoft Word para Windows ou

42

equivalente Arquivos em formato PDF natildeo devem ser enviados As tabelas e

quadros deveratildeo estar em seus arquivos originais (Excel Acess Powerpoint etc)

As figuras deveratildeo estar nos formatos jpg ou tif em alta resoluccedilatildeo (300 dpi) As

figuras deveratildeo estar incluiacutedas no arquivo Word mas tambeacutem devem ser enviadas

separadamente (anexadas durante a submissatildeo do artigo como documento

suplementar em seus arquivos originais)

Paacutegina de rosto A paacutegina de rosto deve conter (1) a categoria do artigo (2) o tiacutetulo

do artigo em portuguecircs inglecircs e espanhol com ateacute 80 caracteres cada que deve ser

objetivo e informativo (3) os nomes completos dos autores instituiccedilatildeo formaccedilatildeo

acadecircmica de origem (a mais relevante) cidade estado e paiacutes (4) nome do autor

correspondente com endereccedilo completo telefone e e-mail A titulaccedilatildeo dos autores

natildeo deve ser incluiacuteda O nome completo de cada autor (sem abreviaccedilotildees) e sua

afiliaccedilatildeo institucional (nota as unidades hieraacuterquicas devem ser apresentadas em

ordem decrescente por exemplo universidade faculdade ou instituto e

departamento) devem ser informados Os nomes das instituiccedilotildees e programas

deveratildeo ser apresentados preferencialmente por extenso e na liacutengua original da

instituiccedilatildeo ou na versatildeo em inglecircs quando a escrita natildeo eacute latina (pex aacuterabe

mandarim ou grego)

Resumo O resumo em portuguecircs inglecircs e espanhol deve ser incluiacutedo no

manuscrito Em cada um dos idiomas natildeo deve conter mais do que 300 palavras A

versatildeo estruturada eacute obrigatoacuteria nos artigos originais e inclui objetivos meacutetodos

resultados e conclusatildeo Artigos de revisatildeo natildeo requerem resumo estruturado

Palavras-chave O artigo deve incluir no miacutenimo trecircs e no maacuteximo seis descritores

em portuguecircs inglecircs e espanhol baseados nos Descritores de Ciecircncias da Sauacutede

(DeCS) httpdecsbvsbr ou no Medical Subject Headings (MeSH) da National

Library of Medicine disponiacutevel em httpwwwnlmnihgovmeshmeshhomehtml

oubaseados no Medical SubjectHeading (MeSH) do Index Medicus

(httpwwwnlmnihgovmesh)

Introduccedilatildeo A introduccedilatildeo deve conter (1) justificativa objetiva para o estudo com

referecircncias pertinentes ao assunto sem realizar uma revisatildeo extensa (2) objetivo do

artigo

Materiais e Meacutetodos Esta seccedilatildeo deve descrever os experimentos (quantitativa e

qualitativamente) e os procedimentos em detalhes suficientes que permitam que

outros pesquisadores reproduzam os resultados ou deem continuidade ao estudo

e deveraacute conter (1) a descriccedilatildeo clara da amostra utilizada (2) termo de

consentimento para estudos experimentais envolvendo seres humanos (3)

identificaccedilatildeo dos meacutetodos aparelhos (nome do fabricante e endereccedilo cidade e paiacutes

devem ser menciondos entre parecircnteses) e procedimentos utilizados (4) descriccedilatildeo

breve e referecircncias de meacutetodos publicados mas natildeo amplamente conhecidos (5)

43

descriccedilatildeo detalhada de meacutetodos novos ou modificados (6) quando pertinente incluir

a anaacutelise estatiacutestica e os programas utilizados Importante Ao relatar experimentos

com seres humanos ou animais indicar se os procedimentos seguiram as normas

do Comitecirc Eacutetico sobre Experiecircncias Humanas da instituiccedilatildeo na qual a pesquisa foi

realizada e se os procedimentos estatildeo de acordo com a declaraccedilatildeo de Helsinki de

1995 e a Animal Experimentation Ethics respectivamente Os autores devem incluir

uma declaraccedilatildeo indicando que o protocolo foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica da

Instituiccedilatildeo (instituiccedilatildeo de afiliaccedilatildeo de pelo menos um dos autores) com o respectivo

nuacutemero de identificaccedilatildeo Tambeacutem deve incluir que o Termo de Consentimento Livre

e Esclarecido foi assinado por todos os participantes

Resultados Apresentar os resultados em sequecircncia loacutegica no texto usando tabelas

e figuras Evitar repeticcedilatildeo excessiva de dados no texto em tabelas ou figuras

poreacutem enfatizar somente as descobertas mais importantes

Discussatildeo Enfatizar os aspectos originais e importantes do estudo e as conclusotildees

que decorrem deste evitando poreacutem repetir dados jaacute apresentados em outras

partes do manuscrito Em estudos experimentais ressaltar a relevacircncia e limitaccedilotildees

dos resultados confrontando com os dados da literatura e incluindo implicaccedilotildees

para estudos futuros

Conclusotildees A conclusatildeo deve ser clara e concisa baseada nos resultados

obtidos estabelecendo ligaccedilatildeo com implicaccedilotildees cliacutenicas evitando poreacutem excessiva

generalizaccedilatildeo) A mesma ecircnfase deve ser dada a estudos com resultados negativos

ou positivos Recomendaccedilotildees podem ser incluiacutedas quando relevantes

Agradecimentos Quando pertinente incluir agradecimento ou reconhecimento a

pessoas que tenham contribuiacutedo para o desenvolvimento do trabalho poreacutem natildeo se

qualificam como coautores Fontes de financiamento como auxiacutelio a pesquisa e

bolsas de estudo devem ser reconhecidos nesta seccedilatildeo Os autores deveratildeo obter

permissatildeo por escrito para mencionar nomes e instituiccedilotildees de todos os que

receberam agradecimentos nominais

Referecircncias As referecircncias devem ser numeradas na sequecircncia em que aparecem

no texto em formato sobrescrito As referecircncias citadas somente em legendas de

tabelas ou figuras devem ser numeradas de acordo com sequecircncia estabelecida

pela primeira menccedilatildeo da tabela ou da figura no texto O estilo das referecircncias

bibliograacuteficas deve seguir as regras do Uniform Requirements for Manuscripts

Submitted to Biomedical Journals (International Committee of Medical Journal

Editors disponiacutevel em Ann Intern Med 1997126(1)36-47 httpwwwicmjeorg)

Alguns exemplos satildeo mostrados a seguir Os tiacutetulos dos perioacutedicos devem ser

abreviados de acordo com o Index Medicus (List of Journals Indexed disponiacutevel em

httpwwwnlmnihgovtsdserialsljihtml) Se o perioacutedico natildeo constar dessa lista

deve-se utilizar a abreviatura sugerida pelo proacuteprio perioacutedico Deve-se evitar utilizar

44

ldquocomunicaccedilotildees pessoaisrdquo ou ldquoobservaccedilotildees natildeo publicadasrdquo como referecircncias

Resumos de tranalhos apresentados em eventos devem ser utilizados somente se

for a uacutenica fonte de informaccedilatildeo

Tabelas As tabelas devem ser elaboradas em espaccedilo 15 devendo ser planejadas

para ter como largura uma (87cm) ou duas colunas (18 cm) Cada tabela deve

possuir um tiacutetulo sucinto Notas explicativas seratildeo incluiacutedas em notas de rodapeacute A

tabela deve conter meacutedias e medidas de dispersatildeo (Desvio Padratildeo Erro Padratildeo da

Meacutedia etc) natildeo devendo conter casas decimais irrelevantes As abreviaturas

devem estar de acordo com aquelas utilizadas no texto e nas figuras Os coacutedigos de

identificaccedilatildeo de itens da tabela devem estar listados na ordem de surgimento no

sentido horizontal e devem ser identificados pelos siacutembolos padratildeo Os quadros e

tabelas deveratildeo ser enviados atraveacutes dos arquivos originais editaacuteveis (Word Excel)

e natildeo como imagens

Figuras Na versatildeo impressa da RBME seratildeo aceitas figuras em preto-e-branco

Imagens coloridas poderatildeo ser publicadas quando forem essenciais para o conteuacutedo

cientiacutefico do artigo Nestes casos o custo seraacute repassado aos autores Figuras

coloridas poderatildeo ser incluiacutedas na versatildeo eletrocircnica do artigo sem custo adicional

aos autores Os desenhos e figuras devem ser consistentes e tatildeo simples quanto

possiacutevel poreacutem informativos Tons de cinza natildeo devem ser utilizados Todas as

linhas devem ser soacutelidas Para graacuteficos de barra por exemplo utilizar barras

brancas pretas com linhas diagonais nas duas direccedilotildees linhas em xadrez linhas

horizontais e verticais A RBME desaconselha fortemente o uso de fotografias de

equipamentos e animais de experimentaccedilatildeo As figuras devem ser impressas com

bom contraste e ter a largura de uma coluna (87cm) Utilizar no miacutenimo fonte

tamanho 10 para letras nuacutemeros e siacutembolos com espaccedilamento e alinhamento

adequados Quando a figura representar uma radiografia ou fotografia sugerimos

incluir a escala de tamanho quando pertinente

Por favor note que eacute de responsabilidade dos autores obter permissatildeo do detentor

dos direitos autorais para reproduzir figuras (ou tabelas) que tenham sido

previamente publicados em outras fontes De acordo com os princiacutepios do acesso

aberto os autores devem ter permissatildeo do detentor dos direitos caso desejem

incluir imagens que tenham sido publicados em outros perioacutedicos de acesso natildeo

aberto A permissatildeo deve ser indicada na legenda da figura e a fonte original deve

ser incluiacuteda na lista de referecircncias

45

APEcircNDICE I ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE)

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Vocecirc estaacute sendo convidada(o) a participar da pesquisa intitulada

ldquoCARACTERIZACcedilAtildeO DA DOR E SUA RELACcedilAtildeO COM EQUILIacuteBRIO

POSTURAL ESTAacuteTICO EM ATLETAS DE GINAacuteSTICA RIacuteTMICArdquo realizada pela

Universidade Federal de Sergipe por intermeacutedio da discente TAINARA DOS

SANTOS BOMFIM devidamente assistida pelo seu orientador PAULO MAacuteRCIO

PEREIRA OLIVEIRA O objetivo desse estudo eacute caracterizar a Dor

musculoesqueleacutetica em atletas de elite de ginaacutestica riacutetmica e analisar a relaccedilatildeo da

dor no equiliacutebrio postural estaacutetico das atletas comparando com controles natildeo

atletas A justificativa para a realizaccedilatildeo da pesquisa eacute documentar na literatura

escassa estudo sobre a relaccedilatildeo da dor com o equiliacutebrio postural estaacutetico em

atletas de elite de Ginaacutestica Riacutetmica Sua participaccedilatildeo nessa pesquisa consistiraacute

em responder um questionaacuterio e realizar avaliaccedilatildeo de equiliacutebrio que ocorreraacute em

um uacutenico momento Natildeo haacute riscos previsiacuteveis relacionados com sua participaccedilatildeo

nem danos previsiacuteveis decorrentes da pesquisa Os benefiacutecios relacionados com

sua participaccedilatildeo satildeo

1 Identificar alteraccedilotildees posturais de equiliacutebrio em atletas de alto rendimento

2 Evidenciar se o processo de dor em atletas eacute igual maior ou menor quando

comparado com pessoas natildeo atletas

3 Evidenciar se as variaccedilotildees aacuterea e velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo

de pressatildeo se igualam ou natildeo a pessoas natildeo atletas

Vocecirc foi selecionado por preencher os requisitos da pesquisa mas sua

participaccedilatildeo NAtildeO Eacute OBRIGATOacuteRIA sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo em sua

relaccedilatildeo com a instituiccedilatildeo ou com o pesquisador

Eu________________________________________________________________

abaixo assinado declaro que fui informado que as informaccedilotildees obtidas atraveacutes

dessa pesquisa seratildeo confidenciais e o sigilo sobre minha participaccedilatildeo seraacute

assegurado De tal modo que os dados natildeo seratildeo divulgados de forma a possibilitar

minha identificaccedilatildeo Tambeacutem estou ciente de que a qualquer momento posso

desistir de minha participaccedilatildeo e retirar meu consentimento Declaro que entendi os

objetivos riscos e benefiacutecios de minha participaccedilatildeo na pesquisa e concordo em

participar

Vocecirc receberaacute uma coacutepia deste termo onde consta o telefone e o endereccedilo do

pesquisador principal podendo tirar suas duacutevidas sobre o Projeto de Pesquisa de

sua participaccedilatildeo agora ou a qualquer momento

46

DADOS DO PESQUISADOR RESPONSAacuteVEL

Nome Tainara dos Santos Bomfim

Endereccedilo profissionale-mail Rua Padre Aacutelvares Pitangueira sn - Centro

Departamento de Fisioterapia bftainaragmailcom

Telefone (79) 9 9806-7487

ATENCcedilAtildeO A participaccedilatildeo em qualquer tipo de pesquisa eacute voluntaacuteria Em casos de

duacutevida quanto aos seus direitos entre em contato com o Comitecirc de Eacutetica em

Pesquisa da Universidade Federal de Sergipe

Lagarto _____de _____de 201_

_____________________________________________________

ASSINATURA DO VOLUNTAacuteRIO

_____________________________________________________

ASSINATURA DO PESQUISADOR RESPONSAacuteVEL

Page 38: CARACTERIZAÇÃO DA DOR E SUA RELAÇÃO COM O … · tainara dos santos bomfim caracterizaÇÃo da dor e sua relaÇÃo com o equilÍbrio postural em atletas de ginÁstica rÍtmica

38

ANEXO I ndash QUESTIONAacuteRIO DE DOR MCGILL

39

ANEXO II ndash PARECER DE APROVACcedilAtildeO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA

40

41

ANEXO III ndash NORMAS DE SUBMISSAtildeO DA REVISTA

Instruccedilotildees aos Autores

A Revista Brasileira de Medicina do Esporte - RBME (Brazilian Journal of

Sports Medicine) oacutergatildeo oficial da Sociedade Brasileira de Medicina do Exerciacutecio e

do Esporte (SBMEE) eacute publicada bimestralmente em seis ediccedilotildees ao ano (janfev

marabr maiojun julago setout e novdez) A RBME eacute indexada nas seguintes

bases bibliograacuteficas SciELO Web of Science Excerpta Medica-EMBASE Physical

Education Index LILACS SIRC-Sportdiscus e Scopus A publicaccedilatildeo segue

integralmente o padratildeo internacional do International Committee of Medical Journal

Editors (ICMJE) ou Convenccedilatildeo de Vancouver e seus requisitos de uniformizaccedilatildeo

[httpwwwicmjeorg]

Preparaccedilatildeo de manuscritos Os artigos submetidos devem ser digitados em

espaccedilo duplo fonte Arial 12 em paacutegina tamanho A4 sem numerar linhas ou

paraacutegrafos e numerando as paacuteginas no canto superior direito Figuras e tabelas

devem ser apresentadas ao final do artigo em paacuteginas separadas No corpo do

texto deve-se informar os locais para inserccedilatildeo das tabelas ou figuras Nuacutemeros

menores que 10 satildeo escritos por extenso enquanto que nuacutemeros maiores ou igual a

10 satildeo expressos em algarismos araacutebicos Os manuscritos que natildeo estiverem de

acordo com as instruccedilotildees aos autores em relaccedilatildeo a estilo e formato seratildeo

devolvidos sem revisatildeo pelo Conselho Editorial As medidas deveratildeo ser expressas

no Sistema Internacional (Systegraveme International SI) disponiacutevel em

httpphysicsnistgovcuuUnits e unidades padratildeo quando aplicaacutevel Recomenda-

se aos autores natildeo usar abreviaccedilotildees no tiacutetulo e limitar a sua utilizaccedilatildeo no resumo e

ao longo do texto Os nomes geneacutericos devem ser usados para todas as drogas Os

faacutermacos podem ser referidos pelo nome comercial poreacutem deve constar o nome

cidade e paiacutes ou endereccedilo eletrocircnico do fabricante entre parecircnteses na seccedilatildeo

Materiais e Meacutetodos

Abreviaturas O uso de abreviaturas deve ser minimizado As abreviaturas deveratildeo

ser definidas por ocasiatildeo de sua primeira utilizaccedilatildeo no resumo e tambeacutem no texto

Abreviaturas natildeo padratildeo natildeo devem ser utilizadas a menos que essas apareccedilam

pelo menos trecircs vezes no texto Unidades de medida (3 ml ou 3 mL e natildeo 3

mililitros) ou siacutembolos cientiacuteficos padratildeo (elementos quiacutemicos por exemplo Na e

natildeo soacutedio) natildeo satildeo consideradas abreviaturas e portanto natildeo devem ser definidos

Abreviar nomes longos ou substacircncias quiacutemicas e termos utilizados para

combinaccedilotildees terapecircuticas Abreviaturas em figuras e tabelas podem ser utilizadas

por razotildees de espaccedilo poreacutem devem ser definidas na legenda mesmo que tenham

sido definidas no texto do artigo

Formato dos arquivos Usar editor de texto Microsoft Word para Windows ou

42

equivalente Arquivos em formato PDF natildeo devem ser enviados As tabelas e

quadros deveratildeo estar em seus arquivos originais (Excel Acess Powerpoint etc)

As figuras deveratildeo estar nos formatos jpg ou tif em alta resoluccedilatildeo (300 dpi) As

figuras deveratildeo estar incluiacutedas no arquivo Word mas tambeacutem devem ser enviadas

separadamente (anexadas durante a submissatildeo do artigo como documento

suplementar em seus arquivos originais)

Paacutegina de rosto A paacutegina de rosto deve conter (1) a categoria do artigo (2) o tiacutetulo

do artigo em portuguecircs inglecircs e espanhol com ateacute 80 caracteres cada que deve ser

objetivo e informativo (3) os nomes completos dos autores instituiccedilatildeo formaccedilatildeo

acadecircmica de origem (a mais relevante) cidade estado e paiacutes (4) nome do autor

correspondente com endereccedilo completo telefone e e-mail A titulaccedilatildeo dos autores

natildeo deve ser incluiacuteda O nome completo de cada autor (sem abreviaccedilotildees) e sua

afiliaccedilatildeo institucional (nota as unidades hieraacuterquicas devem ser apresentadas em

ordem decrescente por exemplo universidade faculdade ou instituto e

departamento) devem ser informados Os nomes das instituiccedilotildees e programas

deveratildeo ser apresentados preferencialmente por extenso e na liacutengua original da

instituiccedilatildeo ou na versatildeo em inglecircs quando a escrita natildeo eacute latina (pex aacuterabe

mandarim ou grego)

Resumo O resumo em portuguecircs inglecircs e espanhol deve ser incluiacutedo no

manuscrito Em cada um dos idiomas natildeo deve conter mais do que 300 palavras A

versatildeo estruturada eacute obrigatoacuteria nos artigos originais e inclui objetivos meacutetodos

resultados e conclusatildeo Artigos de revisatildeo natildeo requerem resumo estruturado

Palavras-chave O artigo deve incluir no miacutenimo trecircs e no maacuteximo seis descritores

em portuguecircs inglecircs e espanhol baseados nos Descritores de Ciecircncias da Sauacutede

(DeCS) httpdecsbvsbr ou no Medical Subject Headings (MeSH) da National

Library of Medicine disponiacutevel em httpwwwnlmnihgovmeshmeshhomehtml

oubaseados no Medical SubjectHeading (MeSH) do Index Medicus

(httpwwwnlmnihgovmesh)

Introduccedilatildeo A introduccedilatildeo deve conter (1) justificativa objetiva para o estudo com

referecircncias pertinentes ao assunto sem realizar uma revisatildeo extensa (2) objetivo do

artigo

Materiais e Meacutetodos Esta seccedilatildeo deve descrever os experimentos (quantitativa e

qualitativamente) e os procedimentos em detalhes suficientes que permitam que

outros pesquisadores reproduzam os resultados ou deem continuidade ao estudo

e deveraacute conter (1) a descriccedilatildeo clara da amostra utilizada (2) termo de

consentimento para estudos experimentais envolvendo seres humanos (3)

identificaccedilatildeo dos meacutetodos aparelhos (nome do fabricante e endereccedilo cidade e paiacutes

devem ser menciondos entre parecircnteses) e procedimentos utilizados (4) descriccedilatildeo

breve e referecircncias de meacutetodos publicados mas natildeo amplamente conhecidos (5)

43

descriccedilatildeo detalhada de meacutetodos novos ou modificados (6) quando pertinente incluir

a anaacutelise estatiacutestica e os programas utilizados Importante Ao relatar experimentos

com seres humanos ou animais indicar se os procedimentos seguiram as normas

do Comitecirc Eacutetico sobre Experiecircncias Humanas da instituiccedilatildeo na qual a pesquisa foi

realizada e se os procedimentos estatildeo de acordo com a declaraccedilatildeo de Helsinki de

1995 e a Animal Experimentation Ethics respectivamente Os autores devem incluir

uma declaraccedilatildeo indicando que o protocolo foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica da

Instituiccedilatildeo (instituiccedilatildeo de afiliaccedilatildeo de pelo menos um dos autores) com o respectivo

nuacutemero de identificaccedilatildeo Tambeacutem deve incluir que o Termo de Consentimento Livre

e Esclarecido foi assinado por todos os participantes

Resultados Apresentar os resultados em sequecircncia loacutegica no texto usando tabelas

e figuras Evitar repeticcedilatildeo excessiva de dados no texto em tabelas ou figuras

poreacutem enfatizar somente as descobertas mais importantes

Discussatildeo Enfatizar os aspectos originais e importantes do estudo e as conclusotildees

que decorrem deste evitando poreacutem repetir dados jaacute apresentados em outras

partes do manuscrito Em estudos experimentais ressaltar a relevacircncia e limitaccedilotildees

dos resultados confrontando com os dados da literatura e incluindo implicaccedilotildees

para estudos futuros

Conclusotildees A conclusatildeo deve ser clara e concisa baseada nos resultados

obtidos estabelecendo ligaccedilatildeo com implicaccedilotildees cliacutenicas evitando poreacutem excessiva

generalizaccedilatildeo) A mesma ecircnfase deve ser dada a estudos com resultados negativos

ou positivos Recomendaccedilotildees podem ser incluiacutedas quando relevantes

Agradecimentos Quando pertinente incluir agradecimento ou reconhecimento a

pessoas que tenham contribuiacutedo para o desenvolvimento do trabalho poreacutem natildeo se

qualificam como coautores Fontes de financiamento como auxiacutelio a pesquisa e

bolsas de estudo devem ser reconhecidos nesta seccedilatildeo Os autores deveratildeo obter

permissatildeo por escrito para mencionar nomes e instituiccedilotildees de todos os que

receberam agradecimentos nominais

Referecircncias As referecircncias devem ser numeradas na sequecircncia em que aparecem

no texto em formato sobrescrito As referecircncias citadas somente em legendas de

tabelas ou figuras devem ser numeradas de acordo com sequecircncia estabelecida

pela primeira menccedilatildeo da tabela ou da figura no texto O estilo das referecircncias

bibliograacuteficas deve seguir as regras do Uniform Requirements for Manuscripts

Submitted to Biomedical Journals (International Committee of Medical Journal

Editors disponiacutevel em Ann Intern Med 1997126(1)36-47 httpwwwicmjeorg)

Alguns exemplos satildeo mostrados a seguir Os tiacutetulos dos perioacutedicos devem ser

abreviados de acordo com o Index Medicus (List of Journals Indexed disponiacutevel em

httpwwwnlmnihgovtsdserialsljihtml) Se o perioacutedico natildeo constar dessa lista

deve-se utilizar a abreviatura sugerida pelo proacuteprio perioacutedico Deve-se evitar utilizar

44

ldquocomunicaccedilotildees pessoaisrdquo ou ldquoobservaccedilotildees natildeo publicadasrdquo como referecircncias

Resumos de tranalhos apresentados em eventos devem ser utilizados somente se

for a uacutenica fonte de informaccedilatildeo

Tabelas As tabelas devem ser elaboradas em espaccedilo 15 devendo ser planejadas

para ter como largura uma (87cm) ou duas colunas (18 cm) Cada tabela deve

possuir um tiacutetulo sucinto Notas explicativas seratildeo incluiacutedas em notas de rodapeacute A

tabela deve conter meacutedias e medidas de dispersatildeo (Desvio Padratildeo Erro Padratildeo da

Meacutedia etc) natildeo devendo conter casas decimais irrelevantes As abreviaturas

devem estar de acordo com aquelas utilizadas no texto e nas figuras Os coacutedigos de

identificaccedilatildeo de itens da tabela devem estar listados na ordem de surgimento no

sentido horizontal e devem ser identificados pelos siacutembolos padratildeo Os quadros e

tabelas deveratildeo ser enviados atraveacutes dos arquivos originais editaacuteveis (Word Excel)

e natildeo como imagens

Figuras Na versatildeo impressa da RBME seratildeo aceitas figuras em preto-e-branco

Imagens coloridas poderatildeo ser publicadas quando forem essenciais para o conteuacutedo

cientiacutefico do artigo Nestes casos o custo seraacute repassado aos autores Figuras

coloridas poderatildeo ser incluiacutedas na versatildeo eletrocircnica do artigo sem custo adicional

aos autores Os desenhos e figuras devem ser consistentes e tatildeo simples quanto

possiacutevel poreacutem informativos Tons de cinza natildeo devem ser utilizados Todas as

linhas devem ser soacutelidas Para graacuteficos de barra por exemplo utilizar barras

brancas pretas com linhas diagonais nas duas direccedilotildees linhas em xadrez linhas

horizontais e verticais A RBME desaconselha fortemente o uso de fotografias de

equipamentos e animais de experimentaccedilatildeo As figuras devem ser impressas com

bom contraste e ter a largura de uma coluna (87cm) Utilizar no miacutenimo fonte

tamanho 10 para letras nuacutemeros e siacutembolos com espaccedilamento e alinhamento

adequados Quando a figura representar uma radiografia ou fotografia sugerimos

incluir a escala de tamanho quando pertinente

Por favor note que eacute de responsabilidade dos autores obter permissatildeo do detentor

dos direitos autorais para reproduzir figuras (ou tabelas) que tenham sido

previamente publicados em outras fontes De acordo com os princiacutepios do acesso

aberto os autores devem ter permissatildeo do detentor dos direitos caso desejem

incluir imagens que tenham sido publicados em outros perioacutedicos de acesso natildeo

aberto A permissatildeo deve ser indicada na legenda da figura e a fonte original deve

ser incluiacuteda na lista de referecircncias

45

APEcircNDICE I ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE)

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Vocecirc estaacute sendo convidada(o) a participar da pesquisa intitulada

ldquoCARACTERIZACcedilAtildeO DA DOR E SUA RELACcedilAtildeO COM EQUILIacuteBRIO

POSTURAL ESTAacuteTICO EM ATLETAS DE GINAacuteSTICA RIacuteTMICArdquo realizada pela

Universidade Federal de Sergipe por intermeacutedio da discente TAINARA DOS

SANTOS BOMFIM devidamente assistida pelo seu orientador PAULO MAacuteRCIO

PEREIRA OLIVEIRA O objetivo desse estudo eacute caracterizar a Dor

musculoesqueleacutetica em atletas de elite de ginaacutestica riacutetmica e analisar a relaccedilatildeo da

dor no equiliacutebrio postural estaacutetico das atletas comparando com controles natildeo

atletas A justificativa para a realizaccedilatildeo da pesquisa eacute documentar na literatura

escassa estudo sobre a relaccedilatildeo da dor com o equiliacutebrio postural estaacutetico em

atletas de elite de Ginaacutestica Riacutetmica Sua participaccedilatildeo nessa pesquisa consistiraacute

em responder um questionaacuterio e realizar avaliaccedilatildeo de equiliacutebrio que ocorreraacute em

um uacutenico momento Natildeo haacute riscos previsiacuteveis relacionados com sua participaccedilatildeo

nem danos previsiacuteveis decorrentes da pesquisa Os benefiacutecios relacionados com

sua participaccedilatildeo satildeo

1 Identificar alteraccedilotildees posturais de equiliacutebrio em atletas de alto rendimento

2 Evidenciar se o processo de dor em atletas eacute igual maior ou menor quando

comparado com pessoas natildeo atletas

3 Evidenciar se as variaccedilotildees aacuterea e velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo

de pressatildeo se igualam ou natildeo a pessoas natildeo atletas

Vocecirc foi selecionado por preencher os requisitos da pesquisa mas sua

participaccedilatildeo NAtildeO Eacute OBRIGATOacuteRIA sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo em sua

relaccedilatildeo com a instituiccedilatildeo ou com o pesquisador

Eu________________________________________________________________

abaixo assinado declaro que fui informado que as informaccedilotildees obtidas atraveacutes

dessa pesquisa seratildeo confidenciais e o sigilo sobre minha participaccedilatildeo seraacute

assegurado De tal modo que os dados natildeo seratildeo divulgados de forma a possibilitar

minha identificaccedilatildeo Tambeacutem estou ciente de que a qualquer momento posso

desistir de minha participaccedilatildeo e retirar meu consentimento Declaro que entendi os

objetivos riscos e benefiacutecios de minha participaccedilatildeo na pesquisa e concordo em

participar

Vocecirc receberaacute uma coacutepia deste termo onde consta o telefone e o endereccedilo do

pesquisador principal podendo tirar suas duacutevidas sobre o Projeto de Pesquisa de

sua participaccedilatildeo agora ou a qualquer momento

46

DADOS DO PESQUISADOR RESPONSAacuteVEL

Nome Tainara dos Santos Bomfim

Endereccedilo profissionale-mail Rua Padre Aacutelvares Pitangueira sn - Centro

Departamento de Fisioterapia bftainaragmailcom

Telefone (79) 9 9806-7487

ATENCcedilAtildeO A participaccedilatildeo em qualquer tipo de pesquisa eacute voluntaacuteria Em casos de

duacutevida quanto aos seus direitos entre em contato com o Comitecirc de Eacutetica em

Pesquisa da Universidade Federal de Sergipe

Lagarto _____de _____de 201_

_____________________________________________________

ASSINATURA DO VOLUNTAacuteRIO

_____________________________________________________

ASSINATURA DO PESQUISADOR RESPONSAacuteVEL

Page 39: CARACTERIZAÇÃO DA DOR E SUA RELAÇÃO COM O … · tainara dos santos bomfim caracterizaÇÃo da dor e sua relaÇÃo com o equilÍbrio postural em atletas de ginÁstica rÍtmica

39

ANEXO II ndash PARECER DE APROVACcedilAtildeO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA

40

41

ANEXO III ndash NORMAS DE SUBMISSAtildeO DA REVISTA

Instruccedilotildees aos Autores

A Revista Brasileira de Medicina do Esporte - RBME (Brazilian Journal of

Sports Medicine) oacutergatildeo oficial da Sociedade Brasileira de Medicina do Exerciacutecio e

do Esporte (SBMEE) eacute publicada bimestralmente em seis ediccedilotildees ao ano (janfev

marabr maiojun julago setout e novdez) A RBME eacute indexada nas seguintes

bases bibliograacuteficas SciELO Web of Science Excerpta Medica-EMBASE Physical

Education Index LILACS SIRC-Sportdiscus e Scopus A publicaccedilatildeo segue

integralmente o padratildeo internacional do International Committee of Medical Journal

Editors (ICMJE) ou Convenccedilatildeo de Vancouver e seus requisitos de uniformizaccedilatildeo

[httpwwwicmjeorg]

Preparaccedilatildeo de manuscritos Os artigos submetidos devem ser digitados em

espaccedilo duplo fonte Arial 12 em paacutegina tamanho A4 sem numerar linhas ou

paraacutegrafos e numerando as paacuteginas no canto superior direito Figuras e tabelas

devem ser apresentadas ao final do artigo em paacuteginas separadas No corpo do

texto deve-se informar os locais para inserccedilatildeo das tabelas ou figuras Nuacutemeros

menores que 10 satildeo escritos por extenso enquanto que nuacutemeros maiores ou igual a

10 satildeo expressos em algarismos araacutebicos Os manuscritos que natildeo estiverem de

acordo com as instruccedilotildees aos autores em relaccedilatildeo a estilo e formato seratildeo

devolvidos sem revisatildeo pelo Conselho Editorial As medidas deveratildeo ser expressas

no Sistema Internacional (Systegraveme International SI) disponiacutevel em

httpphysicsnistgovcuuUnits e unidades padratildeo quando aplicaacutevel Recomenda-

se aos autores natildeo usar abreviaccedilotildees no tiacutetulo e limitar a sua utilizaccedilatildeo no resumo e

ao longo do texto Os nomes geneacutericos devem ser usados para todas as drogas Os

faacutermacos podem ser referidos pelo nome comercial poreacutem deve constar o nome

cidade e paiacutes ou endereccedilo eletrocircnico do fabricante entre parecircnteses na seccedilatildeo

Materiais e Meacutetodos

Abreviaturas O uso de abreviaturas deve ser minimizado As abreviaturas deveratildeo

ser definidas por ocasiatildeo de sua primeira utilizaccedilatildeo no resumo e tambeacutem no texto

Abreviaturas natildeo padratildeo natildeo devem ser utilizadas a menos que essas apareccedilam

pelo menos trecircs vezes no texto Unidades de medida (3 ml ou 3 mL e natildeo 3

mililitros) ou siacutembolos cientiacuteficos padratildeo (elementos quiacutemicos por exemplo Na e

natildeo soacutedio) natildeo satildeo consideradas abreviaturas e portanto natildeo devem ser definidos

Abreviar nomes longos ou substacircncias quiacutemicas e termos utilizados para

combinaccedilotildees terapecircuticas Abreviaturas em figuras e tabelas podem ser utilizadas

por razotildees de espaccedilo poreacutem devem ser definidas na legenda mesmo que tenham

sido definidas no texto do artigo

Formato dos arquivos Usar editor de texto Microsoft Word para Windows ou

42

equivalente Arquivos em formato PDF natildeo devem ser enviados As tabelas e

quadros deveratildeo estar em seus arquivos originais (Excel Acess Powerpoint etc)

As figuras deveratildeo estar nos formatos jpg ou tif em alta resoluccedilatildeo (300 dpi) As

figuras deveratildeo estar incluiacutedas no arquivo Word mas tambeacutem devem ser enviadas

separadamente (anexadas durante a submissatildeo do artigo como documento

suplementar em seus arquivos originais)

Paacutegina de rosto A paacutegina de rosto deve conter (1) a categoria do artigo (2) o tiacutetulo

do artigo em portuguecircs inglecircs e espanhol com ateacute 80 caracteres cada que deve ser

objetivo e informativo (3) os nomes completos dos autores instituiccedilatildeo formaccedilatildeo

acadecircmica de origem (a mais relevante) cidade estado e paiacutes (4) nome do autor

correspondente com endereccedilo completo telefone e e-mail A titulaccedilatildeo dos autores

natildeo deve ser incluiacuteda O nome completo de cada autor (sem abreviaccedilotildees) e sua

afiliaccedilatildeo institucional (nota as unidades hieraacuterquicas devem ser apresentadas em

ordem decrescente por exemplo universidade faculdade ou instituto e

departamento) devem ser informados Os nomes das instituiccedilotildees e programas

deveratildeo ser apresentados preferencialmente por extenso e na liacutengua original da

instituiccedilatildeo ou na versatildeo em inglecircs quando a escrita natildeo eacute latina (pex aacuterabe

mandarim ou grego)

Resumo O resumo em portuguecircs inglecircs e espanhol deve ser incluiacutedo no

manuscrito Em cada um dos idiomas natildeo deve conter mais do que 300 palavras A

versatildeo estruturada eacute obrigatoacuteria nos artigos originais e inclui objetivos meacutetodos

resultados e conclusatildeo Artigos de revisatildeo natildeo requerem resumo estruturado

Palavras-chave O artigo deve incluir no miacutenimo trecircs e no maacuteximo seis descritores

em portuguecircs inglecircs e espanhol baseados nos Descritores de Ciecircncias da Sauacutede

(DeCS) httpdecsbvsbr ou no Medical Subject Headings (MeSH) da National

Library of Medicine disponiacutevel em httpwwwnlmnihgovmeshmeshhomehtml

oubaseados no Medical SubjectHeading (MeSH) do Index Medicus

(httpwwwnlmnihgovmesh)

Introduccedilatildeo A introduccedilatildeo deve conter (1) justificativa objetiva para o estudo com

referecircncias pertinentes ao assunto sem realizar uma revisatildeo extensa (2) objetivo do

artigo

Materiais e Meacutetodos Esta seccedilatildeo deve descrever os experimentos (quantitativa e

qualitativamente) e os procedimentos em detalhes suficientes que permitam que

outros pesquisadores reproduzam os resultados ou deem continuidade ao estudo

e deveraacute conter (1) a descriccedilatildeo clara da amostra utilizada (2) termo de

consentimento para estudos experimentais envolvendo seres humanos (3)

identificaccedilatildeo dos meacutetodos aparelhos (nome do fabricante e endereccedilo cidade e paiacutes

devem ser menciondos entre parecircnteses) e procedimentos utilizados (4) descriccedilatildeo

breve e referecircncias de meacutetodos publicados mas natildeo amplamente conhecidos (5)

43

descriccedilatildeo detalhada de meacutetodos novos ou modificados (6) quando pertinente incluir

a anaacutelise estatiacutestica e os programas utilizados Importante Ao relatar experimentos

com seres humanos ou animais indicar se os procedimentos seguiram as normas

do Comitecirc Eacutetico sobre Experiecircncias Humanas da instituiccedilatildeo na qual a pesquisa foi

realizada e se os procedimentos estatildeo de acordo com a declaraccedilatildeo de Helsinki de

1995 e a Animal Experimentation Ethics respectivamente Os autores devem incluir

uma declaraccedilatildeo indicando que o protocolo foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica da

Instituiccedilatildeo (instituiccedilatildeo de afiliaccedilatildeo de pelo menos um dos autores) com o respectivo

nuacutemero de identificaccedilatildeo Tambeacutem deve incluir que o Termo de Consentimento Livre

e Esclarecido foi assinado por todos os participantes

Resultados Apresentar os resultados em sequecircncia loacutegica no texto usando tabelas

e figuras Evitar repeticcedilatildeo excessiva de dados no texto em tabelas ou figuras

poreacutem enfatizar somente as descobertas mais importantes

Discussatildeo Enfatizar os aspectos originais e importantes do estudo e as conclusotildees

que decorrem deste evitando poreacutem repetir dados jaacute apresentados em outras

partes do manuscrito Em estudos experimentais ressaltar a relevacircncia e limitaccedilotildees

dos resultados confrontando com os dados da literatura e incluindo implicaccedilotildees

para estudos futuros

Conclusotildees A conclusatildeo deve ser clara e concisa baseada nos resultados

obtidos estabelecendo ligaccedilatildeo com implicaccedilotildees cliacutenicas evitando poreacutem excessiva

generalizaccedilatildeo) A mesma ecircnfase deve ser dada a estudos com resultados negativos

ou positivos Recomendaccedilotildees podem ser incluiacutedas quando relevantes

Agradecimentos Quando pertinente incluir agradecimento ou reconhecimento a

pessoas que tenham contribuiacutedo para o desenvolvimento do trabalho poreacutem natildeo se

qualificam como coautores Fontes de financiamento como auxiacutelio a pesquisa e

bolsas de estudo devem ser reconhecidos nesta seccedilatildeo Os autores deveratildeo obter

permissatildeo por escrito para mencionar nomes e instituiccedilotildees de todos os que

receberam agradecimentos nominais

Referecircncias As referecircncias devem ser numeradas na sequecircncia em que aparecem

no texto em formato sobrescrito As referecircncias citadas somente em legendas de

tabelas ou figuras devem ser numeradas de acordo com sequecircncia estabelecida

pela primeira menccedilatildeo da tabela ou da figura no texto O estilo das referecircncias

bibliograacuteficas deve seguir as regras do Uniform Requirements for Manuscripts

Submitted to Biomedical Journals (International Committee of Medical Journal

Editors disponiacutevel em Ann Intern Med 1997126(1)36-47 httpwwwicmjeorg)

Alguns exemplos satildeo mostrados a seguir Os tiacutetulos dos perioacutedicos devem ser

abreviados de acordo com o Index Medicus (List of Journals Indexed disponiacutevel em

httpwwwnlmnihgovtsdserialsljihtml) Se o perioacutedico natildeo constar dessa lista

deve-se utilizar a abreviatura sugerida pelo proacuteprio perioacutedico Deve-se evitar utilizar

44

ldquocomunicaccedilotildees pessoaisrdquo ou ldquoobservaccedilotildees natildeo publicadasrdquo como referecircncias

Resumos de tranalhos apresentados em eventos devem ser utilizados somente se

for a uacutenica fonte de informaccedilatildeo

Tabelas As tabelas devem ser elaboradas em espaccedilo 15 devendo ser planejadas

para ter como largura uma (87cm) ou duas colunas (18 cm) Cada tabela deve

possuir um tiacutetulo sucinto Notas explicativas seratildeo incluiacutedas em notas de rodapeacute A

tabela deve conter meacutedias e medidas de dispersatildeo (Desvio Padratildeo Erro Padratildeo da

Meacutedia etc) natildeo devendo conter casas decimais irrelevantes As abreviaturas

devem estar de acordo com aquelas utilizadas no texto e nas figuras Os coacutedigos de

identificaccedilatildeo de itens da tabela devem estar listados na ordem de surgimento no

sentido horizontal e devem ser identificados pelos siacutembolos padratildeo Os quadros e

tabelas deveratildeo ser enviados atraveacutes dos arquivos originais editaacuteveis (Word Excel)

e natildeo como imagens

Figuras Na versatildeo impressa da RBME seratildeo aceitas figuras em preto-e-branco

Imagens coloridas poderatildeo ser publicadas quando forem essenciais para o conteuacutedo

cientiacutefico do artigo Nestes casos o custo seraacute repassado aos autores Figuras

coloridas poderatildeo ser incluiacutedas na versatildeo eletrocircnica do artigo sem custo adicional

aos autores Os desenhos e figuras devem ser consistentes e tatildeo simples quanto

possiacutevel poreacutem informativos Tons de cinza natildeo devem ser utilizados Todas as

linhas devem ser soacutelidas Para graacuteficos de barra por exemplo utilizar barras

brancas pretas com linhas diagonais nas duas direccedilotildees linhas em xadrez linhas

horizontais e verticais A RBME desaconselha fortemente o uso de fotografias de

equipamentos e animais de experimentaccedilatildeo As figuras devem ser impressas com

bom contraste e ter a largura de uma coluna (87cm) Utilizar no miacutenimo fonte

tamanho 10 para letras nuacutemeros e siacutembolos com espaccedilamento e alinhamento

adequados Quando a figura representar uma radiografia ou fotografia sugerimos

incluir a escala de tamanho quando pertinente

Por favor note que eacute de responsabilidade dos autores obter permissatildeo do detentor

dos direitos autorais para reproduzir figuras (ou tabelas) que tenham sido

previamente publicados em outras fontes De acordo com os princiacutepios do acesso

aberto os autores devem ter permissatildeo do detentor dos direitos caso desejem

incluir imagens que tenham sido publicados em outros perioacutedicos de acesso natildeo

aberto A permissatildeo deve ser indicada na legenda da figura e a fonte original deve

ser incluiacuteda na lista de referecircncias

45

APEcircNDICE I ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE)

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Vocecirc estaacute sendo convidada(o) a participar da pesquisa intitulada

ldquoCARACTERIZACcedilAtildeO DA DOR E SUA RELACcedilAtildeO COM EQUILIacuteBRIO

POSTURAL ESTAacuteTICO EM ATLETAS DE GINAacuteSTICA RIacuteTMICArdquo realizada pela

Universidade Federal de Sergipe por intermeacutedio da discente TAINARA DOS

SANTOS BOMFIM devidamente assistida pelo seu orientador PAULO MAacuteRCIO

PEREIRA OLIVEIRA O objetivo desse estudo eacute caracterizar a Dor

musculoesqueleacutetica em atletas de elite de ginaacutestica riacutetmica e analisar a relaccedilatildeo da

dor no equiliacutebrio postural estaacutetico das atletas comparando com controles natildeo

atletas A justificativa para a realizaccedilatildeo da pesquisa eacute documentar na literatura

escassa estudo sobre a relaccedilatildeo da dor com o equiliacutebrio postural estaacutetico em

atletas de elite de Ginaacutestica Riacutetmica Sua participaccedilatildeo nessa pesquisa consistiraacute

em responder um questionaacuterio e realizar avaliaccedilatildeo de equiliacutebrio que ocorreraacute em

um uacutenico momento Natildeo haacute riscos previsiacuteveis relacionados com sua participaccedilatildeo

nem danos previsiacuteveis decorrentes da pesquisa Os benefiacutecios relacionados com

sua participaccedilatildeo satildeo

1 Identificar alteraccedilotildees posturais de equiliacutebrio em atletas de alto rendimento

2 Evidenciar se o processo de dor em atletas eacute igual maior ou menor quando

comparado com pessoas natildeo atletas

3 Evidenciar se as variaccedilotildees aacuterea e velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo

de pressatildeo se igualam ou natildeo a pessoas natildeo atletas

Vocecirc foi selecionado por preencher os requisitos da pesquisa mas sua

participaccedilatildeo NAtildeO Eacute OBRIGATOacuteRIA sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo em sua

relaccedilatildeo com a instituiccedilatildeo ou com o pesquisador

Eu________________________________________________________________

abaixo assinado declaro que fui informado que as informaccedilotildees obtidas atraveacutes

dessa pesquisa seratildeo confidenciais e o sigilo sobre minha participaccedilatildeo seraacute

assegurado De tal modo que os dados natildeo seratildeo divulgados de forma a possibilitar

minha identificaccedilatildeo Tambeacutem estou ciente de que a qualquer momento posso

desistir de minha participaccedilatildeo e retirar meu consentimento Declaro que entendi os

objetivos riscos e benefiacutecios de minha participaccedilatildeo na pesquisa e concordo em

participar

Vocecirc receberaacute uma coacutepia deste termo onde consta o telefone e o endereccedilo do

pesquisador principal podendo tirar suas duacutevidas sobre o Projeto de Pesquisa de

sua participaccedilatildeo agora ou a qualquer momento

46

DADOS DO PESQUISADOR RESPONSAacuteVEL

Nome Tainara dos Santos Bomfim

Endereccedilo profissionale-mail Rua Padre Aacutelvares Pitangueira sn - Centro

Departamento de Fisioterapia bftainaragmailcom

Telefone (79) 9 9806-7487

ATENCcedilAtildeO A participaccedilatildeo em qualquer tipo de pesquisa eacute voluntaacuteria Em casos de

duacutevida quanto aos seus direitos entre em contato com o Comitecirc de Eacutetica em

Pesquisa da Universidade Federal de Sergipe

Lagarto _____de _____de 201_

_____________________________________________________

ASSINATURA DO VOLUNTAacuteRIO

_____________________________________________________

ASSINATURA DO PESQUISADOR RESPONSAacuteVEL

Page 40: CARACTERIZAÇÃO DA DOR E SUA RELAÇÃO COM O … · tainara dos santos bomfim caracterizaÇÃo da dor e sua relaÇÃo com o equilÍbrio postural em atletas de ginÁstica rÍtmica

40

41

ANEXO III ndash NORMAS DE SUBMISSAtildeO DA REVISTA

Instruccedilotildees aos Autores

A Revista Brasileira de Medicina do Esporte - RBME (Brazilian Journal of

Sports Medicine) oacutergatildeo oficial da Sociedade Brasileira de Medicina do Exerciacutecio e

do Esporte (SBMEE) eacute publicada bimestralmente em seis ediccedilotildees ao ano (janfev

marabr maiojun julago setout e novdez) A RBME eacute indexada nas seguintes

bases bibliograacuteficas SciELO Web of Science Excerpta Medica-EMBASE Physical

Education Index LILACS SIRC-Sportdiscus e Scopus A publicaccedilatildeo segue

integralmente o padratildeo internacional do International Committee of Medical Journal

Editors (ICMJE) ou Convenccedilatildeo de Vancouver e seus requisitos de uniformizaccedilatildeo

[httpwwwicmjeorg]

Preparaccedilatildeo de manuscritos Os artigos submetidos devem ser digitados em

espaccedilo duplo fonte Arial 12 em paacutegina tamanho A4 sem numerar linhas ou

paraacutegrafos e numerando as paacuteginas no canto superior direito Figuras e tabelas

devem ser apresentadas ao final do artigo em paacuteginas separadas No corpo do

texto deve-se informar os locais para inserccedilatildeo das tabelas ou figuras Nuacutemeros

menores que 10 satildeo escritos por extenso enquanto que nuacutemeros maiores ou igual a

10 satildeo expressos em algarismos araacutebicos Os manuscritos que natildeo estiverem de

acordo com as instruccedilotildees aos autores em relaccedilatildeo a estilo e formato seratildeo

devolvidos sem revisatildeo pelo Conselho Editorial As medidas deveratildeo ser expressas

no Sistema Internacional (Systegraveme International SI) disponiacutevel em

httpphysicsnistgovcuuUnits e unidades padratildeo quando aplicaacutevel Recomenda-

se aos autores natildeo usar abreviaccedilotildees no tiacutetulo e limitar a sua utilizaccedilatildeo no resumo e

ao longo do texto Os nomes geneacutericos devem ser usados para todas as drogas Os

faacutermacos podem ser referidos pelo nome comercial poreacutem deve constar o nome

cidade e paiacutes ou endereccedilo eletrocircnico do fabricante entre parecircnteses na seccedilatildeo

Materiais e Meacutetodos

Abreviaturas O uso de abreviaturas deve ser minimizado As abreviaturas deveratildeo

ser definidas por ocasiatildeo de sua primeira utilizaccedilatildeo no resumo e tambeacutem no texto

Abreviaturas natildeo padratildeo natildeo devem ser utilizadas a menos que essas apareccedilam

pelo menos trecircs vezes no texto Unidades de medida (3 ml ou 3 mL e natildeo 3

mililitros) ou siacutembolos cientiacuteficos padratildeo (elementos quiacutemicos por exemplo Na e

natildeo soacutedio) natildeo satildeo consideradas abreviaturas e portanto natildeo devem ser definidos

Abreviar nomes longos ou substacircncias quiacutemicas e termos utilizados para

combinaccedilotildees terapecircuticas Abreviaturas em figuras e tabelas podem ser utilizadas

por razotildees de espaccedilo poreacutem devem ser definidas na legenda mesmo que tenham

sido definidas no texto do artigo

Formato dos arquivos Usar editor de texto Microsoft Word para Windows ou

42

equivalente Arquivos em formato PDF natildeo devem ser enviados As tabelas e

quadros deveratildeo estar em seus arquivos originais (Excel Acess Powerpoint etc)

As figuras deveratildeo estar nos formatos jpg ou tif em alta resoluccedilatildeo (300 dpi) As

figuras deveratildeo estar incluiacutedas no arquivo Word mas tambeacutem devem ser enviadas

separadamente (anexadas durante a submissatildeo do artigo como documento

suplementar em seus arquivos originais)

Paacutegina de rosto A paacutegina de rosto deve conter (1) a categoria do artigo (2) o tiacutetulo

do artigo em portuguecircs inglecircs e espanhol com ateacute 80 caracteres cada que deve ser

objetivo e informativo (3) os nomes completos dos autores instituiccedilatildeo formaccedilatildeo

acadecircmica de origem (a mais relevante) cidade estado e paiacutes (4) nome do autor

correspondente com endereccedilo completo telefone e e-mail A titulaccedilatildeo dos autores

natildeo deve ser incluiacuteda O nome completo de cada autor (sem abreviaccedilotildees) e sua

afiliaccedilatildeo institucional (nota as unidades hieraacuterquicas devem ser apresentadas em

ordem decrescente por exemplo universidade faculdade ou instituto e

departamento) devem ser informados Os nomes das instituiccedilotildees e programas

deveratildeo ser apresentados preferencialmente por extenso e na liacutengua original da

instituiccedilatildeo ou na versatildeo em inglecircs quando a escrita natildeo eacute latina (pex aacuterabe

mandarim ou grego)

Resumo O resumo em portuguecircs inglecircs e espanhol deve ser incluiacutedo no

manuscrito Em cada um dos idiomas natildeo deve conter mais do que 300 palavras A

versatildeo estruturada eacute obrigatoacuteria nos artigos originais e inclui objetivos meacutetodos

resultados e conclusatildeo Artigos de revisatildeo natildeo requerem resumo estruturado

Palavras-chave O artigo deve incluir no miacutenimo trecircs e no maacuteximo seis descritores

em portuguecircs inglecircs e espanhol baseados nos Descritores de Ciecircncias da Sauacutede

(DeCS) httpdecsbvsbr ou no Medical Subject Headings (MeSH) da National

Library of Medicine disponiacutevel em httpwwwnlmnihgovmeshmeshhomehtml

oubaseados no Medical SubjectHeading (MeSH) do Index Medicus

(httpwwwnlmnihgovmesh)

Introduccedilatildeo A introduccedilatildeo deve conter (1) justificativa objetiva para o estudo com

referecircncias pertinentes ao assunto sem realizar uma revisatildeo extensa (2) objetivo do

artigo

Materiais e Meacutetodos Esta seccedilatildeo deve descrever os experimentos (quantitativa e

qualitativamente) e os procedimentos em detalhes suficientes que permitam que

outros pesquisadores reproduzam os resultados ou deem continuidade ao estudo

e deveraacute conter (1) a descriccedilatildeo clara da amostra utilizada (2) termo de

consentimento para estudos experimentais envolvendo seres humanos (3)

identificaccedilatildeo dos meacutetodos aparelhos (nome do fabricante e endereccedilo cidade e paiacutes

devem ser menciondos entre parecircnteses) e procedimentos utilizados (4) descriccedilatildeo

breve e referecircncias de meacutetodos publicados mas natildeo amplamente conhecidos (5)

43

descriccedilatildeo detalhada de meacutetodos novos ou modificados (6) quando pertinente incluir

a anaacutelise estatiacutestica e os programas utilizados Importante Ao relatar experimentos

com seres humanos ou animais indicar se os procedimentos seguiram as normas

do Comitecirc Eacutetico sobre Experiecircncias Humanas da instituiccedilatildeo na qual a pesquisa foi

realizada e se os procedimentos estatildeo de acordo com a declaraccedilatildeo de Helsinki de

1995 e a Animal Experimentation Ethics respectivamente Os autores devem incluir

uma declaraccedilatildeo indicando que o protocolo foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica da

Instituiccedilatildeo (instituiccedilatildeo de afiliaccedilatildeo de pelo menos um dos autores) com o respectivo

nuacutemero de identificaccedilatildeo Tambeacutem deve incluir que o Termo de Consentimento Livre

e Esclarecido foi assinado por todos os participantes

Resultados Apresentar os resultados em sequecircncia loacutegica no texto usando tabelas

e figuras Evitar repeticcedilatildeo excessiva de dados no texto em tabelas ou figuras

poreacutem enfatizar somente as descobertas mais importantes

Discussatildeo Enfatizar os aspectos originais e importantes do estudo e as conclusotildees

que decorrem deste evitando poreacutem repetir dados jaacute apresentados em outras

partes do manuscrito Em estudos experimentais ressaltar a relevacircncia e limitaccedilotildees

dos resultados confrontando com os dados da literatura e incluindo implicaccedilotildees

para estudos futuros

Conclusotildees A conclusatildeo deve ser clara e concisa baseada nos resultados

obtidos estabelecendo ligaccedilatildeo com implicaccedilotildees cliacutenicas evitando poreacutem excessiva

generalizaccedilatildeo) A mesma ecircnfase deve ser dada a estudos com resultados negativos

ou positivos Recomendaccedilotildees podem ser incluiacutedas quando relevantes

Agradecimentos Quando pertinente incluir agradecimento ou reconhecimento a

pessoas que tenham contribuiacutedo para o desenvolvimento do trabalho poreacutem natildeo se

qualificam como coautores Fontes de financiamento como auxiacutelio a pesquisa e

bolsas de estudo devem ser reconhecidos nesta seccedilatildeo Os autores deveratildeo obter

permissatildeo por escrito para mencionar nomes e instituiccedilotildees de todos os que

receberam agradecimentos nominais

Referecircncias As referecircncias devem ser numeradas na sequecircncia em que aparecem

no texto em formato sobrescrito As referecircncias citadas somente em legendas de

tabelas ou figuras devem ser numeradas de acordo com sequecircncia estabelecida

pela primeira menccedilatildeo da tabela ou da figura no texto O estilo das referecircncias

bibliograacuteficas deve seguir as regras do Uniform Requirements for Manuscripts

Submitted to Biomedical Journals (International Committee of Medical Journal

Editors disponiacutevel em Ann Intern Med 1997126(1)36-47 httpwwwicmjeorg)

Alguns exemplos satildeo mostrados a seguir Os tiacutetulos dos perioacutedicos devem ser

abreviados de acordo com o Index Medicus (List of Journals Indexed disponiacutevel em

httpwwwnlmnihgovtsdserialsljihtml) Se o perioacutedico natildeo constar dessa lista

deve-se utilizar a abreviatura sugerida pelo proacuteprio perioacutedico Deve-se evitar utilizar

44

ldquocomunicaccedilotildees pessoaisrdquo ou ldquoobservaccedilotildees natildeo publicadasrdquo como referecircncias

Resumos de tranalhos apresentados em eventos devem ser utilizados somente se

for a uacutenica fonte de informaccedilatildeo

Tabelas As tabelas devem ser elaboradas em espaccedilo 15 devendo ser planejadas

para ter como largura uma (87cm) ou duas colunas (18 cm) Cada tabela deve

possuir um tiacutetulo sucinto Notas explicativas seratildeo incluiacutedas em notas de rodapeacute A

tabela deve conter meacutedias e medidas de dispersatildeo (Desvio Padratildeo Erro Padratildeo da

Meacutedia etc) natildeo devendo conter casas decimais irrelevantes As abreviaturas

devem estar de acordo com aquelas utilizadas no texto e nas figuras Os coacutedigos de

identificaccedilatildeo de itens da tabela devem estar listados na ordem de surgimento no

sentido horizontal e devem ser identificados pelos siacutembolos padratildeo Os quadros e

tabelas deveratildeo ser enviados atraveacutes dos arquivos originais editaacuteveis (Word Excel)

e natildeo como imagens

Figuras Na versatildeo impressa da RBME seratildeo aceitas figuras em preto-e-branco

Imagens coloridas poderatildeo ser publicadas quando forem essenciais para o conteuacutedo

cientiacutefico do artigo Nestes casos o custo seraacute repassado aos autores Figuras

coloridas poderatildeo ser incluiacutedas na versatildeo eletrocircnica do artigo sem custo adicional

aos autores Os desenhos e figuras devem ser consistentes e tatildeo simples quanto

possiacutevel poreacutem informativos Tons de cinza natildeo devem ser utilizados Todas as

linhas devem ser soacutelidas Para graacuteficos de barra por exemplo utilizar barras

brancas pretas com linhas diagonais nas duas direccedilotildees linhas em xadrez linhas

horizontais e verticais A RBME desaconselha fortemente o uso de fotografias de

equipamentos e animais de experimentaccedilatildeo As figuras devem ser impressas com

bom contraste e ter a largura de uma coluna (87cm) Utilizar no miacutenimo fonte

tamanho 10 para letras nuacutemeros e siacutembolos com espaccedilamento e alinhamento

adequados Quando a figura representar uma radiografia ou fotografia sugerimos

incluir a escala de tamanho quando pertinente

Por favor note que eacute de responsabilidade dos autores obter permissatildeo do detentor

dos direitos autorais para reproduzir figuras (ou tabelas) que tenham sido

previamente publicados em outras fontes De acordo com os princiacutepios do acesso

aberto os autores devem ter permissatildeo do detentor dos direitos caso desejem

incluir imagens que tenham sido publicados em outros perioacutedicos de acesso natildeo

aberto A permissatildeo deve ser indicada na legenda da figura e a fonte original deve

ser incluiacuteda na lista de referecircncias

45

APEcircNDICE I ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE)

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Vocecirc estaacute sendo convidada(o) a participar da pesquisa intitulada

ldquoCARACTERIZACcedilAtildeO DA DOR E SUA RELACcedilAtildeO COM EQUILIacuteBRIO

POSTURAL ESTAacuteTICO EM ATLETAS DE GINAacuteSTICA RIacuteTMICArdquo realizada pela

Universidade Federal de Sergipe por intermeacutedio da discente TAINARA DOS

SANTOS BOMFIM devidamente assistida pelo seu orientador PAULO MAacuteRCIO

PEREIRA OLIVEIRA O objetivo desse estudo eacute caracterizar a Dor

musculoesqueleacutetica em atletas de elite de ginaacutestica riacutetmica e analisar a relaccedilatildeo da

dor no equiliacutebrio postural estaacutetico das atletas comparando com controles natildeo

atletas A justificativa para a realizaccedilatildeo da pesquisa eacute documentar na literatura

escassa estudo sobre a relaccedilatildeo da dor com o equiliacutebrio postural estaacutetico em

atletas de elite de Ginaacutestica Riacutetmica Sua participaccedilatildeo nessa pesquisa consistiraacute

em responder um questionaacuterio e realizar avaliaccedilatildeo de equiliacutebrio que ocorreraacute em

um uacutenico momento Natildeo haacute riscos previsiacuteveis relacionados com sua participaccedilatildeo

nem danos previsiacuteveis decorrentes da pesquisa Os benefiacutecios relacionados com

sua participaccedilatildeo satildeo

1 Identificar alteraccedilotildees posturais de equiliacutebrio em atletas de alto rendimento

2 Evidenciar se o processo de dor em atletas eacute igual maior ou menor quando

comparado com pessoas natildeo atletas

3 Evidenciar se as variaccedilotildees aacuterea e velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo

de pressatildeo se igualam ou natildeo a pessoas natildeo atletas

Vocecirc foi selecionado por preencher os requisitos da pesquisa mas sua

participaccedilatildeo NAtildeO Eacute OBRIGATOacuteRIA sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo em sua

relaccedilatildeo com a instituiccedilatildeo ou com o pesquisador

Eu________________________________________________________________

abaixo assinado declaro que fui informado que as informaccedilotildees obtidas atraveacutes

dessa pesquisa seratildeo confidenciais e o sigilo sobre minha participaccedilatildeo seraacute

assegurado De tal modo que os dados natildeo seratildeo divulgados de forma a possibilitar

minha identificaccedilatildeo Tambeacutem estou ciente de que a qualquer momento posso

desistir de minha participaccedilatildeo e retirar meu consentimento Declaro que entendi os

objetivos riscos e benefiacutecios de minha participaccedilatildeo na pesquisa e concordo em

participar

Vocecirc receberaacute uma coacutepia deste termo onde consta o telefone e o endereccedilo do

pesquisador principal podendo tirar suas duacutevidas sobre o Projeto de Pesquisa de

sua participaccedilatildeo agora ou a qualquer momento

46

DADOS DO PESQUISADOR RESPONSAacuteVEL

Nome Tainara dos Santos Bomfim

Endereccedilo profissionale-mail Rua Padre Aacutelvares Pitangueira sn - Centro

Departamento de Fisioterapia bftainaragmailcom

Telefone (79) 9 9806-7487

ATENCcedilAtildeO A participaccedilatildeo em qualquer tipo de pesquisa eacute voluntaacuteria Em casos de

duacutevida quanto aos seus direitos entre em contato com o Comitecirc de Eacutetica em

Pesquisa da Universidade Federal de Sergipe

Lagarto _____de _____de 201_

_____________________________________________________

ASSINATURA DO VOLUNTAacuteRIO

_____________________________________________________

ASSINATURA DO PESQUISADOR RESPONSAacuteVEL

Page 41: CARACTERIZAÇÃO DA DOR E SUA RELAÇÃO COM O … · tainara dos santos bomfim caracterizaÇÃo da dor e sua relaÇÃo com o equilÍbrio postural em atletas de ginÁstica rÍtmica

41

ANEXO III ndash NORMAS DE SUBMISSAtildeO DA REVISTA

Instruccedilotildees aos Autores

A Revista Brasileira de Medicina do Esporte - RBME (Brazilian Journal of

Sports Medicine) oacutergatildeo oficial da Sociedade Brasileira de Medicina do Exerciacutecio e

do Esporte (SBMEE) eacute publicada bimestralmente em seis ediccedilotildees ao ano (janfev

marabr maiojun julago setout e novdez) A RBME eacute indexada nas seguintes

bases bibliograacuteficas SciELO Web of Science Excerpta Medica-EMBASE Physical

Education Index LILACS SIRC-Sportdiscus e Scopus A publicaccedilatildeo segue

integralmente o padratildeo internacional do International Committee of Medical Journal

Editors (ICMJE) ou Convenccedilatildeo de Vancouver e seus requisitos de uniformizaccedilatildeo

[httpwwwicmjeorg]

Preparaccedilatildeo de manuscritos Os artigos submetidos devem ser digitados em

espaccedilo duplo fonte Arial 12 em paacutegina tamanho A4 sem numerar linhas ou

paraacutegrafos e numerando as paacuteginas no canto superior direito Figuras e tabelas

devem ser apresentadas ao final do artigo em paacuteginas separadas No corpo do

texto deve-se informar os locais para inserccedilatildeo das tabelas ou figuras Nuacutemeros

menores que 10 satildeo escritos por extenso enquanto que nuacutemeros maiores ou igual a

10 satildeo expressos em algarismos araacutebicos Os manuscritos que natildeo estiverem de

acordo com as instruccedilotildees aos autores em relaccedilatildeo a estilo e formato seratildeo

devolvidos sem revisatildeo pelo Conselho Editorial As medidas deveratildeo ser expressas

no Sistema Internacional (Systegraveme International SI) disponiacutevel em

httpphysicsnistgovcuuUnits e unidades padratildeo quando aplicaacutevel Recomenda-

se aos autores natildeo usar abreviaccedilotildees no tiacutetulo e limitar a sua utilizaccedilatildeo no resumo e

ao longo do texto Os nomes geneacutericos devem ser usados para todas as drogas Os

faacutermacos podem ser referidos pelo nome comercial poreacutem deve constar o nome

cidade e paiacutes ou endereccedilo eletrocircnico do fabricante entre parecircnteses na seccedilatildeo

Materiais e Meacutetodos

Abreviaturas O uso de abreviaturas deve ser minimizado As abreviaturas deveratildeo

ser definidas por ocasiatildeo de sua primeira utilizaccedilatildeo no resumo e tambeacutem no texto

Abreviaturas natildeo padratildeo natildeo devem ser utilizadas a menos que essas apareccedilam

pelo menos trecircs vezes no texto Unidades de medida (3 ml ou 3 mL e natildeo 3

mililitros) ou siacutembolos cientiacuteficos padratildeo (elementos quiacutemicos por exemplo Na e

natildeo soacutedio) natildeo satildeo consideradas abreviaturas e portanto natildeo devem ser definidos

Abreviar nomes longos ou substacircncias quiacutemicas e termos utilizados para

combinaccedilotildees terapecircuticas Abreviaturas em figuras e tabelas podem ser utilizadas

por razotildees de espaccedilo poreacutem devem ser definidas na legenda mesmo que tenham

sido definidas no texto do artigo

Formato dos arquivos Usar editor de texto Microsoft Word para Windows ou

42

equivalente Arquivos em formato PDF natildeo devem ser enviados As tabelas e

quadros deveratildeo estar em seus arquivos originais (Excel Acess Powerpoint etc)

As figuras deveratildeo estar nos formatos jpg ou tif em alta resoluccedilatildeo (300 dpi) As

figuras deveratildeo estar incluiacutedas no arquivo Word mas tambeacutem devem ser enviadas

separadamente (anexadas durante a submissatildeo do artigo como documento

suplementar em seus arquivos originais)

Paacutegina de rosto A paacutegina de rosto deve conter (1) a categoria do artigo (2) o tiacutetulo

do artigo em portuguecircs inglecircs e espanhol com ateacute 80 caracteres cada que deve ser

objetivo e informativo (3) os nomes completos dos autores instituiccedilatildeo formaccedilatildeo

acadecircmica de origem (a mais relevante) cidade estado e paiacutes (4) nome do autor

correspondente com endereccedilo completo telefone e e-mail A titulaccedilatildeo dos autores

natildeo deve ser incluiacuteda O nome completo de cada autor (sem abreviaccedilotildees) e sua

afiliaccedilatildeo institucional (nota as unidades hieraacuterquicas devem ser apresentadas em

ordem decrescente por exemplo universidade faculdade ou instituto e

departamento) devem ser informados Os nomes das instituiccedilotildees e programas

deveratildeo ser apresentados preferencialmente por extenso e na liacutengua original da

instituiccedilatildeo ou na versatildeo em inglecircs quando a escrita natildeo eacute latina (pex aacuterabe

mandarim ou grego)

Resumo O resumo em portuguecircs inglecircs e espanhol deve ser incluiacutedo no

manuscrito Em cada um dos idiomas natildeo deve conter mais do que 300 palavras A

versatildeo estruturada eacute obrigatoacuteria nos artigos originais e inclui objetivos meacutetodos

resultados e conclusatildeo Artigos de revisatildeo natildeo requerem resumo estruturado

Palavras-chave O artigo deve incluir no miacutenimo trecircs e no maacuteximo seis descritores

em portuguecircs inglecircs e espanhol baseados nos Descritores de Ciecircncias da Sauacutede

(DeCS) httpdecsbvsbr ou no Medical Subject Headings (MeSH) da National

Library of Medicine disponiacutevel em httpwwwnlmnihgovmeshmeshhomehtml

oubaseados no Medical SubjectHeading (MeSH) do Index Medicus

(httpwwwnlmnihgovmesh)

Introduccedilatildeo A introduccedilatildeo deve conter (1) justificativa objetiva para o estudo com

referecircncias pertinentes ao assunto sem realizar uma revisatildeo extensa (2) objetivo do

artigo

Materiais e Meacutetodos Esta seccedilatildeo deve descrever os experimentos (quantitativa e

qualitativamente) e os procedimentos em detalhes suficientes que permitam que

outros pesquisadores reproduzam os resultados ou deem continuidade ao estudo

e deveraacute conter (1) a descriccedilatildeo clara da amostra utilizada (2) termo de

consentimento para estudos experimentais envolvendo seres humanos (3)

identificaccedilatildeo dos meacutetodos aparelhos (nome do fabricante e endereccedilo cidade e paiacutes

devem ser menciondos entre parecircnteses) e procedimentos utilizados (4) descriccedilatildeo

breve e referecircncias de meacutetodos publicados mas natildeo amplamente conhecidos (5)

43

descriccedilatildeo detalhada de meacutetodos novos ou modificados (6) quando pertinente incluir

a anaacutelise estatiacutestica e os programas utilizados Importante Ao relatar experimentos

com seres humanos ou animais indicar se os procedimentos seguiram as normas

do Comitecirc Eacutetico sobre Experiecircncias Humanas da instituiccedilatildeo na qual a pesquisa foi

realizada e se os procedimentos estatildeo de acordo com a declaraccedilatildeo de Helsinki de

1995 e a Animal Experimentation Ethics respectivamente Os autores devem incluir

uma declaraccedilatildeo indicando que o protocolo foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica da

Instituiccedilatildeo (instituiccedilatildeo de afiliaccedilatildeo de pelo menos um dos autores) com o respectivo

nuacutemero de identificaccedilatildeo Tambeacutem deve incluir que o Termo de Consentimento Livre

e Esclarecido foi assinado por todos os participantes

Resultados Apresentar os resultados em sequecircncia loacutegica no texto usando tabelas

e figuras Evitar repeticcedilatildeo excessiva de dados no texto em tabelas ou figuras

poreacutem enfatizar somente as descobertas mais importantes

Discussatildeo Enfatizar os aspectos originais e importantes do estudo e as conclusotildees

que decorrem deste evitando poreacutem repetir dados jaacute apresentados em outras

partes do manuscrito Em estudos experimentais ressaltar a relevacircncia e limitaccedilotildees

dos resultados confrontando com os dados da literatura e incluindo implicaccedilotildees

para estudos futuros

Conclusotildees A conclusatildeo deve ser clara e concisa baseada nos resultados

obtidos estabelecendo ligaccedilatildeo com implicaccedilotildees cliacutenicas evitando poreacutem excessiva

generalizaccedilatildeo) A mesma ecircnfase deve ser dada a estudos com resultados negativos

ou positivos Recomendaccedilotildees podem ser incluiacutedas quando relevantes

Agradecimentos Quando pertinente incluir agradecimento ou reconhecimento a

pessoas que tenham contribuiacutedo para o desenvolvimento do trabalho poreacutem natildeo se

qualificam como coautores Fontes de financiamento como auxiacutelio a pesquisa e

bolsas de estudo devem ser reconhecidos nesta seccedilatildeo Os autores deveratildeo obter

permissatildeo por escrito para mencionar nomes e instituiccedilotildees de todos os que

receberam agradecimentos nominais

Referecircncias As referecircncias devem ser numeradas na sequecircncia em que aparecem

no texto em formato sobrescrito As referecircncias citadas somente em legendas de

tabelas ou figuras devem ser numeradas de acordo com sequecircncia estabelecida

pela primeira menccedilatildeo da tabela ou da figura no texto O estilo das referecircncias

bibliograacuteficas deve seguir as regras do Uniform Requirements for Manuscripts

Submitted to Biomedical Journals (International Committee of Medical Journal

Editors disponiacutevel em Ann Intern Med 1997126(1)36-47 httpwwwicmjeorg)

Alguns exemplos satildeo mostrados a seguir Os tiacutetulos dos perioacutedicos devem ser

abreviados de acordo com o Index Medicus (List of Journals Indexed disponiacutevel em

httpwwwnlmnihgovtsdserialsljihtml) Se o perioacutedico natildeo constar dessa lista

deve-se utilizar a abreviatura sugerida pelo proacuteprio perioacutedico Deve-se evitar utilizar

44

ldquocomunicaccedilotildees pessoaisrdquo ou ldquoobservaccedilotildees natildeo publicadasrdquo como referecircncias

Resumos de tranalhos apresentados em eventos devem ser utilizados somente se

for a uacutenica fonte de informaccedilatildeo

Tabelas As tabelas devem ser elaboradas em espaccedilo 15 devendo ser planejadas

para ter como largura uma (87cm) ou duas colunas (18 cm) Cada tabela deve

possuir um tiacutetulo sucinto Notas explicativas seratildeo incluiacutedas em notas de rodapeacute A

tabela deve conter meacutedias e medidas de dispersatildeo (Desvio Padratildeo Erro Padratildeo da

Meacutedia etc) natildeo devendo conter casas decimais irrelevantes As abreviaturas

devem estar de acordo com aquelas utilizadas no texto e nas figuras Os coacutedigos de

identificaccedilatildeo de itens da tabela devem estar listados na ordem de surgimento no

sentido horizontal e devem ser identificados pelos siacutembolos padratildeo Os quadros e

tabelas deveratildeo ser enviados atraveacutes dos arquivos originais editaacuteveis (Word Excel)

e natildeo como imagens

Figuras Na versatildeo impressa da RBME seratildeo aceitas figuras em preto-e-branco

Imagens coloridas poderatildeo ser publicadas quando forem essenciais para o conteuacutedo

cientiacutefico do artigo Nestes casos o custo seraacute repassado aos autores Figuras

coloridas poderatildeo ser incluiacutedas na versatildeo eletrocircnica do artigo sem custo adicional

aos autores Os desenhos e figuras devem ser consistentes e tatildeo simples quanto

possiacutevel poreacutem informativos Tons de cinza natildeo devem ser utilizados Todas as

linhas devem ser soacutelidas Para graacuteficos de barra por exemplo utilizar barras

brancas pretas com linhas diagonais nas duas direccedilotildees linhas em xadrez linhas

horizontais e verticais A RBME desaconselha fortemente o uso de fotografias de

equipamentos e animais de experimentaccedilatildeo As figuras devem ser impressas com

bom contraste e ter a largura de uma coluna (87cm) Utilizar no miacutenimo fonte

tamanho 10 para letras nuacutemeros e siacutembolos com espaccedilamento e alinhamento

adequados Quando a figura representar uma radiografia ou fotografia sugerimos

incluir a escala de tamanho quando pertinente

Por favor note que eacute de responsabilidade dos autores obter permissatildeo do detentor

dos direitos autorais para reproduzir figuras (ou tabelas) que tenham sido

previamente publicados em outras fontes De acordo com os princiacutepios do acesso

aberto os autores devem ter permissatildeo do detentor dos direitos caso desejem

incluir imagens que tenham sido publicados em outros perioacutedicos de acesso natildeo

aberto A permissatildeo deve ser indicada na legenda da figura e a fonte original deve

ser incluiacuteda na lista de referecircncias

45

APEcircNDICE I ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE)

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Vocecirc estaacute sendo convidada(o) a participar da pesquisa intitulada

ldquoCARACTERIZACcedilAtildeO DA DOR E SUA RELACcedilAtildeO COM EQUILIacuteBRIO

POSTURAL ESTAacuteTICO EM ATLETAS DE GINAacuteSTICA RIacuteTMICArdquo realizada pela

Universidade Federal de Sergipe por intermeacutedio da discente TAINARA DOS

SANTOS BOMFIM devidamente assistida pelo seu orientador PAULO MAacuteRCIO

PEREIRA OLIVEIRA O objetivo desse estudo eacute caracterizar a Dor

musculoesqueleacutetica em atletas de elite de ginaacutestica riacutetmica e analisar a relaccedilatildeo da

dor no equiliacutebrio postural estaacutetico das atletas comparando com controles natildeo

atletas A justificativa para a realizaccedilatildeo da pesquisa eacute documentar na literatura

escassa estudo sobre a relaccedilatildeo da dor com o equiliacutebrio postural estaacutetico em

atletas de elite de Ginaacutestica Riacutetmica Sua participaccedilatildeo nessa pesquisa consistiraacute

em responder um questionaacuterio e realizar avaliaccedilatildeo de equiliacutebrio que ocorreraacute em

um uacutenico momento Natildeo haacute riscos previsiacuteveis relacionados com sua participaccedilatildeo

nem danos previsiacuteveis decorrentes da pesquisa Os benefiacutecios relacionados com

sua participaccedilatildeo satildeo

1 Identificar alteraccedilotildees posturais de equiliacutebrio em atletas de alto rendimento

2 Evidenciar se o processo de dor em atletas eacute igual maior ou menor quando

comparado com pessoas natildeo atletas

3 Evidenciar se as variaccedilotildees aacuterea e velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo

de pressatildeo se igualam ou natildeo a pessoas natildeo atletas

Vocecirc foi selecionado por preencher os requisitos da pesquisa mas sua

participaccedilatildeo NAtildeO Eacute OBRIGATOacuteRIA sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo em sua

relaccedilatildeo com a instituiccedilatildeo ou com o pesquisador

Eu________________________________________________________________

abaixo assinado declaro que fui informado que as informaccedilotildees obtidas atraveacutes

dessa pesquisa seratildeo confidenciais e o sigilo sobre minha participaccedilatildeo seraacute

assegurado De tal modo que os dados natildeo seratildeo divulgados de forma a possibilitar

minha identificaccedilatildeo Tambeacutem estou ciente de que a qualquer momento posso

desistir de minha participaccedilatildeo e retirar meu consentimento Declaro que entendi os

objetivos riscos e benefiacutecios de minha participaccedilatildeo na pesquisa e concordo em

participar

Vocecirc receberaacute uma coacutepia deste termo onde consta o telefone e o endereccedilo do

pesquisador principal podendo tirar suas duacutevidas sobre o Projeto de Pesquisa de

sua participaccedilatildeo agora ou a qualquer momento

46

DADOS DO PESQUISADOR RESPONSAacuteVEL

Nome Tainara dos Santos Bomfim

Endereccedilo profissionale-mail Rua Padre Aacutelvares Pitangueira sn - Centro

Departamento de Fisioterapia bftainaragmailcom

Telefone (79) 9 9806-7487

ATENCcedilAtildeO A participaccedilatildeo em qualquer tipo de pesquisa eacute voluntaacuteria Em casos de

duacutevida quanto aos seus direitos entre em contato com o Comitecirc de Eacutetica em

Pesquisa da Universidade Federal de Sergipe

Lagarto _____de _____de 201_

_____________________________________________________

ASSINATURA DO VOLUNTAacuteRIO

_____________________________________________________

ASSINATURA DO PESQUISADOR RESPONSAacuteVEL

Page 42: CARACTERIZAÇÃO DA DOR E SUA RELAÇÃO COM O … · tainara dos santos bomfim caracterizaÇÃo da dor e sua relaÇÃo com o equilÍbrio postural em atletas de ginÁstica rÍtmica

42

equivalente Arquivos em formato PDF natildeo devem ser enviados As tabelas e

quadros deveratildeo estar em seus arquivos originais (Excel Acess Powerpoint etc)

As figuras deveratildeo estar nos formatos jpg ou tif em alta resoluccedilatildeo (300 dpi) As

figuras deveratildeo estar incluiacutedas no arquivo Word mas tambeacutem devem ser enviadas

separadamente (anexadas durante a submissatildeo do artigo como documento

suplementar em seus arquivos originais)

Paacutegina de rosto A paacutegina de rosto deve conter (1) a categoria do artigo (2) o tiacutetulo

do artigo em portuguecircs inglecircs e espanhol com ateacute 80 caracteres cada que deve ser

objetivo e informativo (3) os nomes completos dos autores instituiccedilatildeo formaccedilatildeo

acadecircmica de origem (a mais relevante) cidade estado e paiacutes (4) nome do autor

correspondente com endereccedilo completo telefone e e-mail A titulaccedilatildeo dos autores

natildeo deve ser incluiacuteda O nome completo de cada autor (sem abreviaccedilotildees) e sua

afiliaccedilatildeo institucional (nota as unidades hieraacuterquicas devem ser apresentadas em

ordem decrescente por exemplo universidade faculdade ou instituto e

departamento) devem ser informados Os nomes das instituiccedilotildees e programas

deveratildeo ser apresentados preferencialmente por extenso e na liacutengua original da

instituiccedilatildeo ou na versatildeo em inglecircs quando a escrita natildeo eacute latina (pex aacuterabe

mandarim ou grego)

Resumo O resumo em portuguecircs inglecircs e espanhol deve ser incluiacutedo no

manuscrito Em cada um dos idiomas natildeo deve conter mais do que 300 palavras A

versatildeo estruturada eacute obrigatoacuteria nos artigos originais e inclui objetivos meacutetodos

resultados e conclusatildeo Artigos de revisatildeo natildeo requerem resumo estruturado

Palavras-chave O artigo deve incluir no miacutenimo trecircs e no maacuteximo seis descritores

em portuguecircs inglecircs e espanhol baseados nos Descritores de Ciecircncias da Sauacutede

(DeCS) httpdecsbvsbr ou no Medical Subject Headings (MeSH) da National

Library of Medicine disponiacutevel em httpwwwnlmnihgovmeshmeshhomehtml

oubaseados no Medical SubjectHeading (MeSH) do Index Medicus

(httpwwwnlmnihgovmesh)

Introduccedilatildeo A introduccedilatildeo deve conter (1) justificativa objetiva para o estudo com

referecircncias pertinentes ao assunto sem realizar uma revisatildeo extensa (2) objetivo do

artigo

Materiais e Meacutetodos Esta seccedilatildeo deve descrever os experimentos (quantitativa e

qualitativamente) e os procedimentos em detalhes suficientes que permitam que

outros pesquisadores reproduzam os resultados ou deem continuidade ao estudo

e deveraacute conter (1) a descriccedilatildeo clara da amostra utilizada (2) termo de

consentimento para estudos experimentais envolvendo seres humanos (3)

identificaccedilatildeo dos meacutetodos aparelhos (nome do fabricante e endereccedilo cidade e paiacutes

devem ser menciondos entre parecircnteses) e procedimentos utilizados (4) descriccedilatildeo

breve e referecircncias de meacutetodos publicados mas natildeo amplamente conhecidos (5)

43

descriccedilatildeo detalhada de meacutetodos novos ou modificados (6) quando pertinente incluir

a anaacutelise estatiacutestica e os programas utilizados Importante Ao relatar experimentos

com seres humanos ou animais indicar se os procedimentos seguiram as normas

do Comitecirc Eacutetico sobre Experiecircncias Humanas da instituiccedilatildeo na qual a pesquisa foi

realizada e se os procedimentos estatildeo de acordo com a declaraccedilatildeo de Helsinki de

1995 e a Animal Experimentation Ethics respectivamente Os autores devem incluir

uma declaraccedilatildeo indicando que o protocolo foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica da

Instituiccedilatildeo (instituiccedilatildeo de afiliaccedilatildeo de pelo menos um dos autores) com o respectivo

nuacutemero de identificaccedilatildeo Tambeacutem deve incluir que o Termo de Consentimento Livre

e Esclarecido foi assinado por todos os participantes

Resultados Apresentar os resultados em sequecircncia loacutegica no texto usando tabelas

e figuras Evitar repeticcedilatildeo excessiva de dados no texto em tabelas ou figuras

poreacutem enfatizar somente as descobertas mais importantes

Discussatildeo Enfatizar os aspectos originais e importantes do estudo e as conclusotildees

que decorrem deste evitando poreacutem repetir dados jaacute apresentados em outras

partes do manuscrito Em estudos experimentais ressaltar a relevacircncia e limitaccedilotildees

dos resultados confrontando com os dados da literatura e incluindo implicaccedilotildees

para estudos futuros

Conclusotildees A conclusatildeo deve ser clara e concisa baseada nos resultados

obtidos estabelecendo ligaccedilatildeo com implicaccedilotildees cliacutenicas evitando poreacutem excessiva

generalizaccedilatildeo) A mesma ecircnfase deve ser dada a estudos com resultados negativos

ou positivos Recomendaccedilotildees podem ser incluiacutedas quando relevantes

Agradecimentos Quando pertinente incluir agradecimento ou reconhecimento a

pessoas que tenham contribuiacutedo para o desenvolvimento do trabalho poreacutem natildeo se

qualificam como coautores Fontes de financiamento como auxiacutelio a pesquisa e

bolsas de estudo devem ser reconhecidos nesta seccedilatildeo Os autores deveratildeo obter

permissatildeo por escrito para mencionar nomes e instituiccedilotildees de todos os que

receberam agradecimentos nominais

Referecircncias As referecircncias devem ser numeradas na sequecircncia em que aparecem

no texto em formato sobrescrito As referecircncias citadas somente em legendas de

tabelas ou figuras devem ser numeradas de acordo com sequecircncia estabelecida

pela primeira menccedilatildeo da tabela ou da figura no texto O estilo das referecircncias

bibliograacuteficas deve seguir as regras do Uniform Requirements for Manuscripts

Submitted to Biomedical Journals (International Committee of Medical Journal

Editors disponiacutevel em Ann Intern Med 1997126(1)36-47 httpwwwicmjeorg)

Alguns exemplos satildeo mostrados a seguir Os tiacutetulos dos perioacutedicos devem ser

abreviados de acordo com o Index Medicus (List of Journals Indexed disponiacutevel em

httpwwwnlmnihgovtsdserialsljihtml) Se o perioacutedico natildeo constar dessa lista

deve-se utilizar a abreviatura sugerida pelo proacuteprio perioacutedico Deve-se evitar utilizar

44

ldquocomunicaccedilotildees pessoaisrdquo ou ldquoobservaccedilotildees natildeo publicadasrdquo como referecircncias

Resumos de tranalhos apresentados em eventos devem ser utilizados somente se

for a uacutenica fonte de informaccedilatildeo

Tabelas As tabelas devem ser elaboradas em espaccedilo 15 devendo ser planejadas

para ter como largura uma (87cm) ou duas colunas (18 cm) Cada tabela deve

possuir um tiacutetulo sucinto Notas explicativas seratildeo incluiacutedas em notas de rodapeacute A

tabela deve conter meacutedias e medidas de dispersatildeo (Desvio Padratildeo Erro Padratildeo da

Meacutedia etc) natildeo devendo conter casas decimais irrelevantes As abreviaturas

devem estar de acordo com aquelas utilizadas no texto e nas figuras Os coacutedigos de

identificaccedilatildeo de itens da tabela devem estar listados na ordem de surgimento no

sentido horizontal e devem ser identificados pelos siacutembolos padratildeo Os quadros e

tabelas deveratildeo ser enviados atraveacutes dos arquivos originais editaacuteveis (Word Excel)

e natildeo como imagens

Figuras Na versatildeo impressa da RBME seratildeo aceitas figuras em preto-e-branco

Imagens coloridas poderatildeo ser publicadas quando forem essenciais para o conteuacutedo

cientiacutefico do artigo Nestes casos o custo seraacute repassado aos autores Figuras

coloridas poderatildeo ser incluiacutedas na versatildeo eletrocircnica do artigo sem custo adicional

aos autores Os desenhos e figuras devem ser consistentes e tatildeo simples quanto

possiacutevel poreacutem informativos Tons de cinza natildeo devem ser utilizados Todas as

linhas devem ser soacutelidas Para graacuteficos de barra por exemplo utilizar barras

brancas pretas com linhas diagonais nas duas direccedilotildees linhas em xadrez linhas

horizontais e verticais A RBME desaconselha fortemente o uso de fotografias de

equipamentos e animais de experimentaccedilatildeo As figuras devem ser impressas com

bom contraste e ter a largura de uma coluna (87cm) Utilizar no miacutenimo fonte

tamanho 10 para letras nuacutemeros e siacutembolos com espaccedilamento e alinhamento

adequados Quando a figura representar uma radiografia ou fotografia sugerimos

incluir a escala de tamanho quando pertinente

Por favor note que eacute de responsabilidade dos autores obter permissatildeo do detentor

dos direitos autorais para reproduzir figuras (ou tabelas) que tenham sido

previamente publicados em outras fontes De acordo com os princiacutepios do acesso

aberto os autores devem ter permissatildeo do detentor dos direitos caso desejem

incluir imagens que tenham sido publicados em outros perioacutedicos de acesso natildeo

aberto A permissatildeo deve ser indicada na legenda da figura e a fonte original deve

ser incluiacuteda na lista de referecircncias

45

APEcircNDICE I ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE)

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Vocecirc estaacute sendo convidada(o) a participar da pesquisa intitulada

ldquoCARACTERIZACcedilAtildeO DA DOR E SUA RELACcedilAtildeO COM EQUILIacuteBRIO

POSTURAL ESTAacuteTICO EM ATLETAS DE GINAacuteSTICA RIacuteTMICArdquo realizada pela

Universidade Federal de Sergipe por intermeacutedio da discente TAINARA DOS

SANTOS BOMFIM devidamente assistida pelo seu orientador PAULO MAacuteRCIO

PEREIRA OLIVEIRA O objetivo desse estudo eacute caracterizar a Dor

musculoesqueleacutetica em atletas de elite de ginaacutestica riacutetmica e analisar a relaccedilatildeo da

dor no equiliacutebrio postural estaacutetico das atletas comparando com controles natildeo

atletas A justificativa para a realizaccedilatildeo da pesquisa eacute documentar na literatura

escassa estudo sobre a relaccedilatildeo da dor com o equiliacutebrio postural estaacutetico em

atletas de elite de Ginaacutestica Riacutetmica Sua participaccedilatildeo nessa pesquisa consistiraacute

em responder um questionaacuterio e realizar avaliaccedilatildeo de equiliacutebrio que ocorreraacute em

um uacutenico momento Natildeo haacute riscos previsiacuteveis relacionados com sua participaccedilatildeo

nem danos previsiacuteveis decorrentes da pesquisa Os benefiacutecios relacionados com

sua participaccedilatildeo satildeo

1 Identificar alteraccedilotildees posturais de equiliacutebrio em atletas de alto rendimento

2 Evidenciar se o processo de dor em atletas eacute igual maior ou menor quando

comparado com pessoas natildeo atletas

3 Evidenciar se as variaccedilotildees aacuterea e velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo

de pressatildeo se igualam ou natildeo a pessoas natildeo atletas

Vocecirc foi selecionado por preencher os requisitos da pesquisa mas sua

participaccedilatildeo NAtildeO Eacute OBRIGATOacuteRIA sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo em sua

relaccedilatildeo com a instituiccedilatildeo ou com o pesquisador

Eu________________________________________________________________

abaixo assinado declaro que fui informado que as informaccedilotildees obtidas atraveacutes

dessa pesquisa seratildeo confidenciais e o sigilo sobre minha participaccedilatildeo seraacute

assegurado De tal modo que os dados natildeo seratildeo divulgados de forma a possibilitar

minha identificaccedilatildeo Tambeacutem estou ciente de que a qualquer momento posso

desistir de minha participaccedilatildeo e retirar meu consentimento Declaro que entendi os

objetivos riscos e benefiacutecios de minha participaccedilatildeo na pesquisa e concordo em

participar

Vocecirc receberaacute uma coacutepia deste termo onde consta o telefone e o endereccedilo do

pesquisador principal podendo tirar suas duacutevidas sobre o Projeto de Pesquisa de

sua participaccedilatildeo agora ou a qualquer momento

46

DADOS DO PESQUISADOR RESPONSAacuteVEL

Nome Tainara dos Santos Bomfim

Endereccedilo profissionale-mail Rua Padre Aacutelvares Pitangueira sn - Centro

Departamento de Fisioterapia bftainaragmailcom

Telefone (79) 9 9806-7487

ATENCcedilAtildeO A participaccedilatildeo em qualquer tipo de pesquisa eacute voluntaacuteria Em casos de

duacutevida quanto aos seus direitos entre em contato com o Comitecirc de Eacutetica em

Pesquisa da Universidade Federal de Sergipe

Lagarto _____de _____de 201_

_____________________________________________________

ASSINATURA DO VOLUNTAacuteRIO

_____________________________________________________

ASSINATURA DO PESQUISADOR RESPONSAacuteVEL

Page 43: CARACTERIZAÇÃO DA DOR E SUA RELAÇÃO COM O … · tainara dos santos bomfim caracterizaÇÃo da dor e sua relaÇÃo com o equilÍbrio postural em atletas de ginÁstica rÍtmica

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descriccedilatildeo detalhada de meacutetodos novos ou modificados (6) quando pertinente incluir

a anaacutelise estatiacutestica e os programas utilizados Importante Ao relatar experimentos

com seres humanos ou animais indicar se os procedimentos seguiram as normas

do Comitecirc Eacutetico sobre Experiecircncias Humanas da instituiccedilatildeo na qual a pesquisa foi

realizada e se os procedimentos estatildeo de acordo com a declaraccedilatildeo de Helsinki de

1995 e a Animal Experimentation Ethics respectivamente Os autores devem incluir

uma declaraccedilatildeo indicando que o protocolo foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica da

Instituiccedilatildeo (instituiccedilatildeo de afiliaccedilatildeo de pelo menos um dos autores) com o respectivo

nuacutemero de identificaccedilatildeo Tambeacutem deve incluir que o Termo de Consentimento Livre

e Esclarecido foi assinado por todos os participantes

Resultados Apresentar os resultados em sequecircncia loacutegica no texto usando tabelas

e figuras Evitar repeticcedilatildeo excessiva de dados no texto em tabelas ou figuras

poreacutem enfatizar somente as descobertas mais importantes

Discussatildeo Enfatizar os aspectos originais e importantes do estudo e as conclusotildees

que decorrem deste evitando poreacutem repetir dados jaacute apresentados em outras

partes do manuscrito Em estudos experimentais ressaltar a relevacircncia e limitaccedilotildees

dos resultados confrontando com os dados da literatura e incluindo implicaccedilotildees

para estudos futuros

Conclusotildees A conclusatildeo deve ser clara e concisa baseada nos resultados

obtidos estabelecendo ligaccedilatildeo com implicaccedilotildees cliacutenicas evitando poreacutem excessiva

generalizaccedilatildeo) A mesma ecircnfase deve ser dada a estudos com resultados negativos

ou positivos Recomendaccedilotildees podem ser incluiacutedas quando relevantes

Agradecimentos Quando pertinente incluir agradecimento ou reconhecimento a

pessoas que tenham contribuiacutedo para o desenvolvimento do trabalho poreacutem natildeo se

qualificam como coautores Fontes de financiamento como auxiacutelio a pesquisa e

bolsas de estudo devem ser reconhecidos nesta seccedilatildeo Os autores deveratildeo obter

permissatildeo por escrito para mencionar nomes e instituiccedilotildees de todos os que

receberam agradecimentos nominais

Referecircncias As referecircncias devem ser numeradas na sequecircncia em que aparecem

no texto em formato sobrescrito As referecircncias citadas somente em legendas de

tabelas ou figuras devem ser numeradas de acordo com sequecircncia estabelecida

pela primeira menccedilatildeo da tabela ou da figura no texto O estilo das referecircncias

bibliograacuteficas deve seguir as regras do Uniform Requirements for Manuscripts

Submitted to Biomedical Journals (International Committee of Medical Journal

Editors disponiacutevel em Ann Intern Med 1997126(1)36-47 httpwwwicmjeorg)

Alguns exemplos satildeo mostrados a seguir Os tiacutetulos dos perioacutedicos devem ser

abreviados de acordo com o Index Medicus (List of Journals Indexed disponiacutevel em

httpwwwnlmnihgovtsdserialsljihtml) Se o perioacutedico natildeo constar dessa lista

deve-se utilizar a abreviatura sugerida pelo proacuteprio perioacutedico Deve-se evitar utilizar

44

ldquocomunicaccedilotildees pessoaisrdquo ou ldquoobservaccedilotildees natildeo publicadasrdquo como referecircncias

Resumos de tranalhos apresentados em eventos devem ser utilizados somente se

for a uacutenica fonte de informaccedilatildeo

Tabelas As tabelas devem ser elaboradas em espaccedilo 15 devendo ser planejadas

para ter como largura uma (87cm) ou duas colunas (18 cm) Cada tabela deve

possuir um tiacutetulo sucinto Notas explicativas seratildeo incluiacutedas em notas de rodapeacute A

tabela deve conter meacutedias e medidas de dispersatildeo (Desvio Padratildeo Erro Padratildeo da

Meacutedia etc) natildeo devendo conter casas decimais irrelevantes As abreviaturas

devem estar de acordo com aquelas utilizadas no texto e nas figuras Os coacutedigos de

identificaccedilatildeo de itens da tabela devem estar listados na ordem de surgimento no

sentido horizontal e devem ser identificados pelos siacutembolos padratildeo Os quadros e

tabelas deveratildeo ser enviados atraveacutes dos arquivos originais editaacuteveis (Word Excel)

e natildeo como imagens

Figuras Na versatildeo impressa da RBME seratildeo aceitas figuras em preto-e-branco

Imagens coloridas poderatildeo ser publicadas quando forem essenciais para o conteuacutedo

cientiacutefico do artigo Nestes casos o custo seraacute repassado aos autores Figuras

coloridas poderatildeo ser incluiacutedas na versatildeo eletrocircnica do artigo sem custo adicional

aos autores Os desenhos e figuras devem ser consistentes e tatildeo simples quanto

possiacutevel poreacutem informativos Tons de cinza natildeo devem ser utilizados Todas as

linhas devem ser soacutelidas Para graacuteficos de barra por exemplo utilizar barras

brancas pretas com linhas diagonais nas duas direccedilotildees linhas em xadrez linhas

horizontais e verticais A RBME desaconselha fortemente o uso de fotografias de

equipamentos e animais de experimentaccedilatildeo As figuras devem ser impressas com

bom contraste e ter a largura de uma coluna (87cm) Utilizar no miacutenimo fonte

tamanho 10 para letras nuacutemeros e siacutembolos com espaccedilamento e alinhamento

adequados Quando a figura representar uma radiografia ou fotografia sugerimos

incluir a escala de tamanho quando pertinente

Por favor note que eacute de responsabilidade dos autores obter permissatildeo do detentor

dos direitos autorais para reproduzir figuras (ou tabelas) que tenham sido

previamente publicados em outras fontes De acordo com os princiacutepios do acesso

aberto os autores devem ter permissatildeo do detentor dos direitos caso desejem

incluir imagens que tenham sido publicados em outros perioacutedicos de acesso natildeo

aberto A permissatildeo deve ser indicada na legenda da figura e a fonte original deve

ser incluiacuteda na lista de referecircncias

45

APEcircNDICE I ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE)

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Vocecirc estaacute sendo convidada(o) a participar da pesquisa intitulada

ldquoCARACTERIZACcedilAtildeO DA DOR E SUA RELACcedilAtildeO COM EQUILIacuteBRIO

POSTURAL ESTAacuteTICO EM ATLETAS DE GINAacuteSTICA RIacuteTMICArdquo realizada pela

Universidade Federal de Sergipe por intermeacutedio da discente TAINARA DOS

SANTOS BOMFIM devidamente assistida pelo seu orientador PAULO MAacuteRCIO

PEREIRA OLIVEIRA O objetivo desse estudo eacute caracterizar a Dor

musculoesqueleacutetica em atletas de elite de ginaacutestica riacutetmica e analisar a relaccedilatildeo da

dor no equiliacutebrio postural estaacutetico das atletas comparando com controles natildeo

atletas A justificativa para a realizaccedilatildeo da pesquisa eacute documentar na literatura

escassa estudo sobre a relaccedilatildeo da dor com o equiliacutebrio postural estaacutetico em

atletas de elite de Ginaacutestica Riacutetmica Sua participaccedilatildeo nessa pesquisa consistiraacute

em responder um questionaacuterio e realizar avaliaccedilatildeo de equiliacutebrio que ocorreraacute em

um uacutenico momento Natildeo haacute riscos previsiacuteveis relacionados com sua participaccedilatildeo

nem danos previsiacuteveis decorrentes da pesquisa Os benefiacutecios relacionados com

sua participaccedilatildeo satildeo

1 Identificar alteraccedilotildees posturais de equiliacutebrio em atletas de alto rendimento

2 Evidenciar se o processo de dor em atletas eacute igual maior ou menor quando

comparado com pessoas natildeo atletas

3 Evidenciar se as variaccedilotildees aacuterea e velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo

de pressatildeo se igualam ou natildeo a pessoas natildeo atletas

Vocecirc foi selecionado por preencher os requisitos da pesquisa mas sua

participaccedilatildeo NAtildeO Eacute OBRIGATOacuteRIA sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo em sua

relaccedilatildeo com a instituiccedilatildeo ou com o pesquisador

Eu________________________________________________________________

abaixo assinado declaro que fui informado que as informaccedilotildees obtidas atraveacutes

dessa pesquisa seratildeo confidenciais e o sigilo sobre minha participaccedilatildeo seraacute

assegurado De tal modo que os dados natildeo seratildeo divulgados de forma a possibilitar

minha identificaccedilatildeo Tambeacutem estou ciente de que a qualquer momento posso

desistir de minha participaccedilatildeo e retirar meu consentimento Declaro que entendi os

objetivos riscos e benefiacutecios de minha participaccedilatildeo na pesquisa e concordo em

participar

Vocecirc receberaacute uma coacutepia deste termo onde consta o telefone e o endereccedilo do

pesquisador principal podendo tirar suas duacutevidas sobre o Projeto de Pesquisa de

sua participaccedilatildeo agora ou a qualquer momento

46

DADOS DO PESQUISADOR RESPONSAacuteVEL

Nome Tainara dos Santos Bomfim

Endereccedilo profissionale-mail Rua Padre Aacutelvares Pitangueira sn - Centro

Departamento de Fisioterapia bftainaragmailcom

Telefone (79) 9 9806-7487

ATENCcedilAtildeO A participaccedilatildeo em qualquer tipo de pesquisa eacute voluntaacuteria Em casos de

duacutevida quanto aos seus direitos entre em contato com o Comitecirc de Eacutetica em

Pesquisa da Universidade Federal de Sergipe

Lagarto _____de _____de 201_

_____________________________________________________

ASSINATURA DO VOLUNTAacuteRIO

_____________________________________________________

ASSINATURA DO PESQUISADOR RESPONSAacuteVEL

Page 44: CARACTERIZAÇÃO DA DOR E SUA RELAÇÃO COM O … · tainara dos santos bomfim caracterizaÇÃo da dor e sua relaÇÃo com o equilÍbrio postural em atletas de ginÁstica rÍtmica

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ldquocomunicaccedilotildees pessoaisrdquo ou ldquoobservaccedilotildees natildeo publicadasrdquo como referecircncias

Resumos de tranalhos apresentados em eventos devem ser utilizados somente se

for a uacutenica fonte de informaccedilatildeo

Tabelas As tabelas devem ser elaboradas em espaccedilo 15 devendo ser planejadas

para ter como largura uma (87cm) ou duas colunas (18 cm) Cada tabela deve

possuir um tiacutetulo sucinto Notas explicativas seratildeo incluiacutedas em notas de rodapeacute A

tabela deve conter meacutedias e medidas de dispersatildeo (Desvio Padratildeo Erro Padratildeo da

Meacutedia etc) natildeo devendo conter casas decimais irrelevantes As abreviaturas

devem estar de acordo com aquelas utilizadas no texto e nas figuras Os coacutedigos de

identificaccedilatildeo de itens da tabela devem estar listados na ordem de surgimento no

sentido horizontal e devem ser identificados pelos siacutembolos padratildeo Os quadros e

tabelas deveratildeo ser enviados atraveacutes dos arquivos originais editaacuteveis (Word Excel)

e natildeo como imagens

Figuras Na versatildeo impressa da RBME seratildeo aceitas figuras em preto-e-branco

Imagens coloridas poderatildeo ser publicadas quando forem essenciais para o conteuacutedo

cientiacutefico do artigo Nestes casos o custo seraacute repassado aos autores Figuras

coloridas poderatildeo ser incluiacutedas na versatildeo eletrocircnica do artigo sem custo adicional

aos autores Os desenhos e figuras devem ser consistentes e tatildeo simples quanto

possiacutevel poreacutem informativos Tons de cinza natildeo devem ser utilizados Todas as

linhas devem ser soacutelidas Para graacuteficos de barra por exemplo utilizar barras

brancas pretas com linhas diagonais nas duas direccedilotildees linhas em xadrez linhas

horizontais e verticais A RBME desaconselha fortemente o uso de fotografias de

equipamentos e animais de experimentaccedilatildeo As figuras devem ser impressas com

bom contraste e ter a largura de uma coluna (87cm) Utilizar no miacutenimo fonte

tamanho 10 para letras nuacutemeros e siacutembolos com espaccedilamento e alinhamento

adequados Quando a figura representar uma radiografia ou fotografia sugerimos

incluir a escala de tamanho quando pertinente

Por favor note que eacute de responsabilidade dos autores obter permissatildeo do detentor

dos direitos autorais para reproduzir figuras (ou tabelas) que tenham sido

previamente publicados em outras fontes De acordo com os princiacutepios do acesso

aberto os autores devem ter permissatildeo do detentor dos direitos caso desejem

incluir imagens que tenham sido publicados em outros perioacutedicos de acesso natildeo

aberto A permissatildeo deve ser indicada na legenda da figura e a fonte original deve

ser incluiacuteda na lista de referecircncias

45

APEcircNDICE I ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE)

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Vocecirc estaacute sendo convidada(o) a participar da pesquisa intitulada

ldquoCARACTERIZACcedilAtildeO DA DOR E SUA RELACcedilAtildeO COM EQUILIacuteBRIO

POSTURAL ESTAacuteTICO EM ATLETAS DE GINAacuteSTICA RIacuteTMICArdquo realizada pela

Universidade Federal de Sergipe por intermeacutedio da discente TAINARA DOS

SANTOS BOMFIM devidamente assistida pelo seu orientador PAULO MAacuteRCIO

PEREIRA OLIVEIRA O objetivo desse estudo eacute caracterizar a Dor

musculoesqueleacutetica em atletas de elite de ginaacutestica riacutetmica e analisar a relaccedilatildeo da

dor no equiliacutebrio postural estaacutetico das atletas comparando com controles natildeo

atletas A justificativa para a realizaccedilatildeo da pesquisa eacute documentar na literatura

escassa estudo sobre a relaccedilatildeo da dor com o equiliacutebrio postural estaacutetico em

atletas de elite de Ginaacutestica Riacutetmica Sua participaccedilatildeo nessa pesquisa consistiraacute

em responder um questionaacuterio e realizar avaliaccedilatildeo de equiliacutebrio que ocorreraacute em

um uacutenico momento Natildeo haacute riscos previsiacuteveis relacionados com sua participaccedilatildeo

nem danos previsiacuteveis decorrentes da pesquisa Os benefiacutecios relacionados com

sua participaccedilatildeo satildeo

1 Identificar alteraccedilotildees posturais de equiliacutebrio em atletas de alto rendimento

2 Evidenciar se o processo de dor em atletas eacute igual maior ou menor quando

comparado com pessoas natildeo atletas

3 Evidenciar se as variaccedilotildees aacuterea e velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo

de pressatildeo se igualam ou natildeo a pessoas natildeo atletas

Vocecirc foi selecionado por preencher os requisitos da pesquisa mas sua

participaccedilatildeo NAtildeO Eacute OBRIGATOacuteRIA sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo em sua

relaccedilatildeo com a instituiccedilatildeo ou com o pesquisador

Eu________________________________________________________________

abaixo assinado declaro que fui informado que as informaccedilotildees obtidas atraveacutes

dessa pesquisa seratildeo confidenciais e o sigilo sobre minha participaccedilatildeo seraacute

assegurado De tal modo que os dados natildeo seratildeo divulgados de forma a possibilitar

minha identificaccedilatildeo Tambeacutem estou ciente de que a qualquer momento posso

desistir de minha participaccedilatildeo e retirar meu consentimento Declaro que entendi os

objetivos riscos e benefiacutecios de minha participaccedilatildeo na pesquisa e concordo em

participar

Vocecirc receberaacute uma coacutepia deste termo onde consta o telefone e o endereccedilo do

pesquisador principal podendo tirar suas duacutevidas sobre o Projeto de Pesquisa de

sua participaccedilatildeo agora ou a qualquer momento

46

DADOS DO PESQUISADOR RESPONSAacuteVEL

Nome Tainara dos Santos Bomfim

Endereccedilo profissionale-mail Rua Padre Aacutelvares Pitangueira sn - Centro

Departamento de Fisioterapia bftainaragmailcom

Telefone (79) 9 9806-7487

ATENCcedilAtildeO A participaccedilatildeo em qualquer tipo de pesquisa eacute voluntaacuteria Em casos de

duacutevida quanto aos seus direitos entre em contato com o Comitecirc de Eacutetica em

Pesquisa da Universidade Federal de Sergipe

Lagarto _____de _____de 201_

_____________________________________________________

ASSINATURA DO VOLUNTAacuteRIO

_____________________________________________________

ASSINATURA DO PESQUISADOR RESPONSAacuteVEL

Page 45: CARACTERIZAÇÃO DA DOR E SUA RELAÇÃO COM O … · tainara dos santos bomfim caracterizaÇÃo da dor e sua relaÇÃo com o equilÍbrio postural em atletas de ginÁstica rÍtmica

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APEcircNDICE I ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE)

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Vocecirc estaacute sendo convidada(o) a participar da pesquisa intitulada

ldquoCARACTERIZACcedilAtildeO DA DOR E SUA RELACcedilAtildeO COM EQUILIacuteBRIO

POSTURAL ESTAacuteTICO EM ATLETAS DE GINAacuteSTICA RIacuteTMICArdquo realizada pela

Universidade Federal de Sergipe por intermeacutedio da discente TAINARA DOS

SANTOS BOMFIM devidamente assistida pelo seu orientador PAULO MAacuteRCIO

PEREIRA OLIVEIRA O objetivo desse estudo eacute caracterizar a Dor

musculoesqueleacutetica em atletas de elite de ginaacutestica riacutetmica e analisar a relaccedilatildeo da

dor no equiliacutebrio postural estaacutetico das atletas comparando com controles natildeo

atletas A justificativa para a realizaccedilatildeo da pesquisa eacute documentar na literatura

escassa estudo sobre a relaccedilatildeo da dor com o equiliacutebrio postural estaacutetico em

atletas de elite de Ginaacutestica Riacutetmica Sua participaccedilatildeo nessa pesquisa consistiraacute

em responder um questionaacuterio e realizar avaliaccedilatildeo de equiliacutebrio que ocorreraacute em

um uacutenico momento Natildeo haacute riscos previsiacuteveis relacionados com sua participaccedilatildeo

nem danos previsiacuteveis decorrentes da pesquisa Os benefiacutecios relacionados com

sua participaccedilatildeo satildeo

1 Identificar alteraccedilotildees posturais de equiliacutebrio em atletas de alto rendimento

2 Evidenciar se o processo de dor em atletas eacute igual maior ou menor quando

comparado com pessoas natildeo atletas

3 Evidenciar se as variaccedilotildees aacuterea e velocidade meacutedia do centro de oscilaccedilatildeo

de pressatildeo se igualam ou natildeo a pessoas natildeo atletas

Vocecirc foi selecionado por preencher os requisitos da pesquisa mas sua

participaccedilatildeo NAtildeO Eacute OBRIGATOacuteRIA sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo em sua

relaccedilatildeo com a instituiccedilatildeo ou com o pesquisador

Eu________________________________________________________________

abaixo assinado declaro que fui informado que as informaccedilotildees obtidas atraveacutes

dessa pesquisa seratildeo confidenciais e o sigilo sobre minha participaccedilatildeo seraacute

assegurado De tal modo que os dados natildeo seratildeo divulgados de forma a possibilitar

minha identificaccedilatildeo Tambeacutem estou ciente de que a qualquer momento posso

desistir de minha participaccedilatildeo e retirar meu consentimento Declaro que entendi os

objetivos riscos e benefiacutecios de minha participaccedilatildeo na pesquisa e concordo em

participar

Vocecirc receberaacute uma coacutepia deste termo onde consta o telefone e o endereccedilo do

pesquisador principal podendo tirar suas duacutevidas sobre o Projeto de Pesquisa de

sua participaccedilatildeo agora ou a qualquer momento

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DADOS DO PESQUISADOR RESPONSAacuteVEL

Nome Tainara dos Santos Bomfim

Endereccedilo profissionale-mail Rua Padre Aacutelvares Pitangueira sn - Centro

Departamento de Fisioterapia bftainaragmailcom

Telefone (79) 9 9806-7487

ATENCcedilAtildeO A participaccedilatildeo em qualquer tipo de pesquisa eacute voluntaacuteria Em casos de

duacutevida quanto aos seus direitos entre em contato com o Comitecirc de Eacutetica em

Pesquisa da Universidade Federal de Sergipe

Lagarto _____de _____de 201_

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ASSINATURA DO VOLUNTAacuteRIO

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ASSINATURA DO PESQUISADOR RESPONSAacuteVEL

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DADOS DO PESQUISADOR RESPONSAacuteVEL

Nome Tainara dos Santos Bomfim

Endereccedilo profissionale-mail Rua Padre Aacutelvares Pitangueira sn - Centro

Departamento de Fisioterapia bftainaragmailcom

Telefone (79) 9 9806-7487

ATENCcedilAtildeO A participaccedilatildeo em qualquer tipo de pesquisa eacute voluntaacuteria Em casos de

duacutevida quanto aos seus direitos entre em contato com o Comitecirc de Eacutetica em

Pesquisa da Universidade Federal de Sergipe

Lagarto _____de _____de 201_

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ASSINATURA DO VOLUNTAacuteRIO

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ASSINATURA DO PESQUISADOR RESPONSAacuteVEL