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Monografia Sandra Camacho 1
Departamento de Educação Física
e Desporto
5º Ano da Licenciatura em Educação Física e Desporto
Monografia
“CARACTERIZAÇÃO DAS ACTIVIDADES
DESPORTIVAS ABORDADAS NA
EDUCAÇÃO FÍSICA E NO DESPORTO
ESCOLAR NAS ESCOLAS DO 3º CICLO DA
RAM”
Sandra Camacho
Julho de 2007
Monografia Sandra Camacho 2
Departamento de Educação Física e Desporto
5º Ano da Licenciatura em Educação Física e Desporto
MONOGRAFIA
“CARACTERIZAÇÃO DAS ACTIVIDADES
DESPORTIVAS ABORDADAS NA
EDUCAÇÃO FÍSICA E NO DESPORTO
ESCOLAR NAS ESCOLAS DO 3º CICLO DA
RAM”
Orientador: Prof. Doutor Helder Lopes
Sandra Camacho
Funchal, Julho de 2007
Monografia Sandra Camacho 3
1. – Introdução
Monografia Sandra Camacho 4
O presente estudo, denominado “Caracterização das Actividades Desportivas
abordadas na Educação Física e no Desporto Escolar nas Escolas do 3º Ciclo da
RAM”, encontra-se inserido no âmbito da cadeira de monografia, relativa ao 5º ano
da Licenciatura em Educação Física e Desporto da Universidade da Madeira.
Rocha( s/d), afirma que a Educação Física é “um conjunto de exercícios que tem
como objectivo libertar todas as energias do corpo humano, coordená-las e
discipliná-las, a fim de que as condições de saúde se tornem melhores". Ainda
segundo o mesmo autor, “é uma parte importante do currículo moderno da
educação geral. Compreende actividades físicas e todos os tipos de desportos
destinados a melhorar a postura, desenvolver o físico e contribuir para uma boa
saúde e o bem-estar geral das pessoas, proporcionando também lazer e
divertimento".
Segundo o DSDEAPS (2006/07), o Desporto Escolar é “uma actividade de
complemento curricular e tem por objectivo proporcionar actividades de
complemento recreativo/lúdico, de formação, ou de orientação desportiva. Tem ainda
como finalidade que o desporto se integre na vida escolar, surgindo como uma
componente da actividade educativa proporcionada pelo estabelecimento de ensino, e
a selecção das práticas desportivas deverá respeitar as tradições e hábitos
organizacionais de cada escola e da comunidade envolvente”.
Posto isto, o objectivo central deste estudo é a realização de uma caracterização
das modalidades abordadas, tanto a nível da Educação Física como do Desporto
Escolar, nas escolas do 3º Ciclo da Região Autónoma da Madeira.
Assim sendo, o presente trabalho encontra-se dividido em 4 capítulos fulcrais:
o Capítulo I – Apresentação do Tema
O primeiro capítulo deste trabalho é essencialmente direccionado para a
apresentação do tema central da pesquisa, fazendo ainda referência ao
seu objectivo e a pertinência do mesmo.
o Capítulo II – Revisão de Literatura
Monografia Sandra Camacho 5
Neste capítulo, pretendemos realizar uma análise da literatura que se
enquadra no presente trabalho de investigação, ou seja, literatura esta
fundamentada em diversos autores tendo por base a Educação Física e o
Desporto Escolar.
o Capítulo III – Estudo Realizado
Neste capítulo iremos descrever a parte prática do nosso trabalho, a
qual consiste numa análise e caracterização dos planos anuais de
Educação Física e das modalidades praticadas ao nível do Desporto
Escolar nas escolas do 3º Ciclo da RAM. Realizaremos ainda uma
comparação entre a Educação Física e o Desporto Escolar, resultado
também das diversas sínteses efectuadas ao longo de toda a discussão
dos resultados. Ainda, para melhor compreender o estudo em causa,
será realizada uma reflexão baseada num inquérito aplicado a vários
professores de Educação Física do 3º Ciclo das escolas da RAM.
o Capítulo IV – Considerações Finais
Neste ponto do trabalho serão apresentadas as principais ilações
referentes a este trabalho, quer a nível da pesquisa bibliográfica
realizada, quer do estudo prático realizado.
2. - Objectivos
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Caracterizar as actividades desportivas abordadas no âmbito da disciplina de
Educação Física e no âmbito do Desporto Escolar das escolas do 3º Ciclo da RAM.
3. – Pertinência do Tema
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É notória a importância da Educação Física junto das crianças e jovens em idade
escolar, pois os alunos podem beneficiar e em muito por terem a possibilidade de
vivenciarem experiências motoras ao nível das modalidades praticadas na Educação
Física, alargando ainda essas experiências aquando da prática das mesmas e/ou
outras no âmbito do Desporto Escolar.
Seguindo esta ideia, o Programa Nacional de Educação Física defende que todos
os alunos deverão ter a possibilidade de participar em situações de aprendizagem do
grande e vasto leque de modalidade que a mesma disciplina oferece, por forma a
garantir o seu ecletismo, permitindo ainda que a mesma promova a inclusão dos
alunos e o seu desenvolvimento multilateral.
Assim, no âmbito da disciplina de Educação Física, o aluno deve integrar um
conjunto de atitudes, capacidades, conhecimentos e hábitos, contudo deverá ainda
adquirir competências em diferentes domínios e matérias próprias da disciplina, com
base em experiências motoras vividas, de modo eclético, tendo sempre como
objectivo a constante da qualidade de vida, da saúde e do bem-estar.
Pina (2002, pp.27) afirma que “as relações entre a educação física e o desporto
escolar nunca foram muito pacíficas, tendo sido objecto de grandes discussões,
preocupações, divergências e contradições ou incompreensão e, ainda hoje fazem
sentir alguns ecos no seio dos profissionais de educação física com reflexos no
desenvolvimento deste processo na escola”.
Devido a estas divergências e contradições entre a Educação Física e o Desporto
Escolar, que se repercutem num eco no seio dos profissionais de Educação Física,
efectuamos todo um trabalho de campo de modo a compreender melhor o que se
passa em cada uma destas disciplinas, que essencialmente se distinguem pelo seu
carácter, quer seja curricular ou não curricular.
Com base na revisão bibliográfica, que constitui o corpo à realização do presente
trabalho, constatamos que a temática que abordamos tem sido objecto de uma
reduzida pesquisa de investigação científica. Assim sendo, podemos referir que o
nosso trabalho, ganha outra importância no sentido de colaborar para um maior
esclarecimento do ponto da situação, uma vez que este estudo foi alargado e
complementa-se a outros dois estudos realizados simultaneamente no 2º Ciclo de
ensino e no ensino Secundário.
Monografia Sandra Camacho 8
1. – Introdução
Monografia Sandra Camacho 9
Neste capítulo, pretendemos apresentar a literatura que se enquadra no presente
trabalho de investigação, focando assim, algumas reflexões de diferentes autores.
Inicialmente, iremos definir a Educação Física, contextualizar a mesma e verificar a
sua importância, fazendo uma leve referência aos seus princípios, finalidades e
objectivos. Posteriormente iremos enquadrar a Educação Física no espaço escolar,
seguindo-se a Educação Física e o Desporto Escolar e, por fim, realizaremos uma
breve análise à Sistemática das Actividades Desportivas, segundo Fernando Almada.
2. - O que é a Educação Física?
Educação Física é uma disciplina curricular fundamental, uma vez que irá
permitir ao indivíduo alcançar a harmonia motora e intelectual, desenvolvendo
capacidades que posteriormente serão imprescindíveis para o seu desenvolvimento
pessoal e social. Assim, de acordo com o Modelo de Bases de Desenvolvimento (2002,
pp. 3) esta actividade curricular apresenta três características fundamentais:
Ecléctica – Os diferentes tipos de actividade física – desportos colectivos,
ginástica, atletismo, dança, exploração da natureza, natação, etc.
Inclusiva – Adaptadas às necessidades de cada aluno.
Visando o desenvolvimento multilateral do aluno – Promover a
saúde, no presente e no futuro, desenvolver a aptidão física e a cultura
motora, as competências sociais e a compreensão dos processos de
exercitação, reflectindo criticamente o fenómeno desportivo, etc.
Por forma, a melhor compreender e interpretar a importância da Educação Física,
iremos apresentar algumas definições.
Um grande número de autores tem se preocupado em distinguir os diferentes
conceitos de Educação Física.
Assim, Costa (s.d.; pp. 8) defende que “a EDUCAÇÃO significa desenvolvimento;
quem aprende desenvolve-se, aperfeiçoa-se, assimila conhecimentos que lhe
permitirão conhecer melhor, conhecer aquilo que o rodeia e aos outros. Toda a
espécie de conhecimento que adquirimos, dos mais simples aos mais complexos,
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ajudam a nossa formação e crescimento. A EDUCAÇÃO FISICA é um meio específico
da educação; interessa-se pelo indivíduo, pelo seu desenvolvimento integral e bem-
estar geral. Reúne a aprendizagem teórica e prática com vista ao aperfeiçoamento das
suas potencialidades.”
Ainda, segundo o mesmo autor (s.d.; pp.3), “a EDUCAÇÃO tem por missão
nuclear preparar a juventude para o mundo de amanhã. A EDUCAÇÃO FÍSICA é uma
disciplina curricular pelo facto de lhe ser reconhecido o seu contributo para o
desenvolvimento harmonioso do ser humano. Na formação da personalidade é
fundamental saber aquilo que se quer.”
Mota (1997), defende que a Educação Física é a “actividade realizada em estreita
relação com o cérebro no intuito de que adquira a capacidade, cada vez mais
desenvolvida, de adaptação a novas situações, ou seja, que o aluno reaja inteligente e
adequadamente às situações que se colocam, tendo em linha de conta as informações
fornecidas pela sensação e pela percepção”.
A Educação Física, para Carreiro da Costa (1996), “concretiza-se ao longo da vida
dos cidadãos, nos diferentes contextos educativos e sociais, correspondendo a um
projecto educativo e social que visa permitir aceder ao grau mais elevado possível de
excelência motora e à vivência plena, autónoma e satisfatória, das actividades físicas e
desportivas”.
Realçamos que as citações, abaixo discriminadas, são direccionadas ao
“consumidor”, ou seja, o aluno.
Para Calado (s.d.; pp. 9), “a Educação Física, a par de outras disciplinas, procura
contribuir para a tua formação na aquisição de um conjunto de atitudes, capacidades,
conhecimentos e hábitos.”
Já Barata e Coelho (2004, pp.14) afirmam que a Educação Física é “Correr, saltar,
arremessar, puxar e empurrar, rolar, trepar, parar e arrancar, mudar de direcção são
algumas das habilidade corporais que podes realizar. Podemos dizer que, tal como
existe um vocabulário que te permite escrever frases, também há um vocabulário
corporal que te possibilita realizar diferentes sequências de movimentos.
Quanto maior e mais variado for o teu vocabulário motor, melhor será o domínio
dos teus movimentos e mais disponível estarás para novas aprendizagens.”
No entanto, Costa (2004, pp. 4) afirma que “a escola é o local privilegiado para a
formação da personalidade da juventude, onde o mais importante é a forma como se
consegue alcançar os objectivos propostos. Embora as actividades nas aulas sejam
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diferentes entre si, todas têm a mesma intenção educativa que as une: educação do
corpo pelo movimento. A ideia de Educação Física aparece assim como um todo, que
engloba diversas actividades. Quando praticadas de forma adequada, são um forte
estímulo para que se atinja um completo estado de bem-estar físico, mental e social.”
Ainda, segundo Barata e Olimpo (1997, pp.10) “a educação física não pretende
fazer de ti um campeão, mas pode dar uma grande ajuda, através dos meios que
utiliza: os jogos, os jogos desportivos, a ginástica, o atletismo, as actividades rítmicas
e expressivas e as actividades na natureza. As aulas de educação física visam
melhorar, entre outros aspectos, as qualidades físicas corporais.”
Em forma de conclusão, Calado (s.d.; pp.8) ainda explica que “é hoje mais
importante que nunca considerarmos as actividades socio-culturais determinantes na
formação integral, na dignificação e valorização das pessoas como cidadãos
conscientes e autónomos.
Numa sociedade contaminada por valores anti-naturais e vícios de alto efeito
destruidor, as actividades físicas desempenham um papel relevante na prevenção de
perturbações biológicas e psicológicas. O seu forte contributo para a formação
integral dos jovens em idades escolares pressupõe acção e conhecimento.”
3. – Contextualização da Disciplina de Educação Física
Conforme, afirma Ferreira (2004, pp.21) “é de acordo geral que a actividade física
constitui um elemento importante de um estilo de vida saudável, e em tempo escolar a
disciplina de Educação Física é a única a visá-la. As suas características únicas torna-a
uma disciplina insubstituível, que promove hábitos de vida saudáveis.
Desde o século XVI que vemos os exercícios físicos serem praticados em
estabelecimentos de ensino escolares portugueses, nomeadamente, os dirigidos pela
Companhia de Jesus. No entanto, em finais do século XVIII, a generalidade das
instituições de ensino portuguesas encaram o exercício como passeio ao ar livre e
recreação.
A obrigatoriedade da disciplina de Educação Física aparece nas reformas: do
ensino primário em 1902 e do ensino secundário em 1905. Em 1911, implementa-se a
Educação Física nos 3 graus de ensino primário: elementar, complementar e superior.
A duração da disciplina varia ao longo dos tempos, dependendo da importância que os
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órgãos governamentais lhe confere e das condições indispensáveis à pratica física que
as escolas dispunham.
Os primeiros programas de Educação Física para o ciclo preparatório aparecem em
1968. Estes são alterados em 1971, ano em que a Educação Física passou a estar sob
tutela da Direcção Geral de Educação Física e Educação Escolar, saindo
definitivamente da alçada da Mocidade Portuguesa.
No ano lectivo de 1974/75 são publicados os programas para o ensino preparatório. No
entanto, existiam professores alheios a esse facto. A classificação qualitativa da disciplina
passa a ser obrigatória, apesar dos alunos só poderem reprovar por falta de assiduidade.
Em 1979 são aprovados os programas de Educação Física para o ensino primário.
Em 1991 aprova-se o regime jurídico da Educação Física e do Desporto Escolar: a
Educação Física é uma disciplina curricular obrigatória dos ensinos básico e
secundário, desenvolve-se através de programas próprios e dispõe de 3 horas semanais.
Em 2001, após o Ministério da Educação referir a necessidade de uma
reorganização do currículo, de analisar e experimentar situações, e de muita
resistência por parte dos professores de E.F., praticamente nada se alterou na
disciplina. Quero com isto dizer, que pelo o menos não prejudicou a carga horária que
a disciplina dispunha mas também em nada a beneficiou.”
4 - Programa Nacional de Educação Física (PNEF)
O PNEF é um projecto curricular que apresenta um mapa, por assim dizer,
pormenorizado das diversas modalidades nucleares e alternativas para a prática na
Educação Física, o que permite aos professores escolher um conjunto de actividades e
metas adequadas para que os alunos conquistem os objectivos do Ciclo.
O programa, ainda, veio facilitar o trabalho dos professores e do grupo de
Educação Física, na elaboração dos respectivos planos anuais.
Através do PNEF (2001, pp.4), “estes programas foram concebidos como um
instrumento necessário para que a educação física das crianças e jovens ganhe o
reconhecimento que carece, deixando de ser vista, por um lado, como mera catarse
emocional, através do exercício físico vigoroso, ou, por outro lado, como
animação/orientação de (alguns) jovens «naturalmente dotados» para se tornarem
artistas da performance desportiva”.
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É da responsabilidade do professor escolher e aplicar as soluções pedagógicas e
metodologicamente mais adequadas, procurando assim, através dos meios que lhes
são atribuídos, que os efeitos da actividade do aluno correspondam aos objectivos do
programa.
Nesta perspectiva, existe a necessidade de se criar, em todas as escolas, as
condições materiais e pedagógicas para que cada aluno possa usufruir dos benefícios
da Educação Física.
Ainda, segundo o PNEF (2001, pp. 4) “os programas constituem, portanto, um
guia para a acção do professor, que, sendo motivada pelo desenvolvimento dos seus
alunos, encontra aqui os indicadores para orientar a sua prática, em coordenação com
os professores de EF da escola (e das «escolas em curso») e também com os seus
colegas das outras disciplinas.
Nesta perspectiva do trabalho pedagógico, as metas dos programas devem
constituir também objecto da motivação dos alunos, inspirando as suas
representações e empenho de aperfeiçoamento pessoal no âmbito da Educação Física,
na escola e ao longo da vida.
A concepção de Educação Física seguida neste plano curricular (conjunto dos
programas de EF) vem sistematizar esses benefícios, centrando-se no valor educativo
da actividade física pedagogicamente orientada para o desenvolvimento multilateral e
harmonioso do aluno.”
Ainda a salientar, que o programa tem em conta os aspectos específicos do
desenvolvimento cognitivo, psicomotor e sócio-afectivo relacionados com os diversos
tipos de actividades.
Em forma de conclusão, podemos afirmar que o Programa Nacional não só veio
clarificar o que é essencial e comum à Educação Física em todas as escolas, no que
concerne às competências expressas nos objectivos de Ciclo, como veio também
especificar as matérias, provocando uma dinâmica de decisão curricular das escolas.
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5 - Educação Física como componente curricular
Sendo a Educação Física considerada como componente curricular, verificámos a
necessidade de a conceber na escola, nas mesmas condições dos demais componentes
curriculares, nas quais a organização dos seus aspectos didácticos os consolida na
educação escolarizada.
Melo (2006) afirma que “exige-se, também, uma participação mais efectiva dos
professores de Educação Física na concepção do projecto pedagógico, pois, ao
considerá-la como componente curricular, as suas práticas deverão ser orientadas
pelas directrizes do projecto pedagógico da escola. Então, se os professores ficarem
ausentes dos momentos de planeamento escolar, será difícil imaginar acções
pedagógicas coerentes e pautadas nos eixos pedagógicos que organizam o trabalho
escolar nos diferentes componentes. Entendemos componente curricular como a
forma de organização do conteúdo de ensino em cada grau, nível e série,
compreendendo aquilo sobre o qual versa o ensino, ou em torno do qual se organiza o
processo de ensino aprendizagem”.
Concluímos, assim, que é da competência dos professores de Educação Física
dissipar a ideia, muitas vezes errada, de que a Educação Física é caracterizada
principalmente pela organização de actividades complementares, e não pela função
de tratar pedagogicamente a cultura do movimento como o conhecimento pedagógico
de que os alunos devem se apropriar no seu convívio social.
Ainda, segundo o mesmo autor, “o facto de a Educação Física ser considerada
como mera actividade, relegada a algo sem importância no conjunto das disciplinas
curriculares, restando-lhe o papel de mera executora de tarefas, deve ser visto como
equívoco frente à própria função social da escola, vinculada, entre outros aspectos, ao
propósito de acessar os alunos a um saber sistematizado. Dessa forma, um novo agir
dos professores deve ser implementado para dar sentido às práticas pedagógicas e às
aprendizagens delas decorrentes. Tal atitude permite imprimir um novo olhar para a
Educação Física na escola, possibilitando, entre outros sentidos, uma valorização e
sua consolidação pelo desenvolvimento de conteúdos que tenham significados para os
alunos”.
Indo de encontro às ideias aqui expressas, no que concerne a Educação Física
como disciplina com carácter curricular, iremos fechar esta temática com uma nova
citação do autor referido anteriormente: “Dessa forma, torna-se premente uma
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mudança de mentalidade dos professores, dirigentes escolares, gestores públicos e
alunos para se configurar uma Educação Física pautada nas novas imposições legais e
principalmente nas exigências pedagógicas que a coloca como componente curricular
que tem objectivos, conteúdos, metodologias de ensino e processo de avaliação, a
exemplo dos demais componentes da escola, e que as acções dos professores sejam
capazes de expressar sua real importância na educação escolarizada.”
6 - A Educação Física no 3º Ciclo do Ensino Básico
O P.N.E.F. (2001, pp.10), assegura que “o programa apresenta uma estrutura
coerente, mas diferenciada de organização (em sentido vertical) do curso de Educação
Física (1º e 12º anos). Assim, desenha-se um bloco estratégico, do 5.º ao 9.º anos. É
neste bloco que se estabelece o tratamento das matérias na sua forma característica,
na sequência das actividades e conquistas realizadas no 1.º ciclo. Além disso, é aqui
que se garante o tratamento do conjunto de matérias de EF (toda a «extensão»),
antecipando o modelo flexível, de opções dos alunos ou turmas, preconizado para o
ensino secundário.
O 9.º ano será dedicado à revisão das matérias, aperfeiçoamento e/ou
recuperação dos alunos, tendo por referência a realização equilibrada e completa do
conjunto de competências previstas para o 3.º ciclo. O 5.º ano cumpre a mesma
função em relação ao 1º ciclo, além de assegurar as bases de desenvolvimento
posterior”.
Assim, nos quadros a seguir apresentados, verificaremos que os programas se
organizam em torno da diferenciação e da relação dos tipos de actividade,
característicos da Educação Física.
Em cada um dos quadros estão representadas as sub-áreas que caracterizam os
diferentes tipos de actividades ou modalidades, em cada uma das áreas definidas
pelas finalidades.
Contudo, ainda são identificadass as matérias dentro dessas áreas e/ou sub-áreas,
considerando os modos e as formas típicas das práticas, as convenções sociais e
técnicas, bem como os modelos aplicáveis de sistematização das actividades físicas.
Monografia Sandra Camacho 16
Assim, o conteúdo de cada uma das matérias encontra-se especificado em três
níveis:
Introdução – onde se incluem as habilidades, técnicas e conhecimentos que
representam a aptidão específica ou preparação de base
(«fundamentos»);
Elementar – nível onde se discrimina os conteúdos constituintes do domínio
(mestria) da matéria nos seus elementos principais e já com
carácter mais formal, relativamente à modalidade da Cultura
Física a que se referem;
Avançado – que estabelece os conteúdos e formas de participação nas
actividades típicas da matéria, correspondentes ao nível
superior, que poderá ser atingido no quadro da disciplina de
Educação.
Ainda a salientar que existe uma parte do que é comum (ou igual) para todas as
escolas, outra parte são alternativas a adoptar localmente, pelo departamento
curricular de EF ou pelo professor.
Os motivos que justificam a escolha deste modelo são, fundamentalmente, os
seguintes:
A parte comum a todas as escolas, garante não só a homogeneidade do
currículo real, a determinado nível de desenvolvimento, como também
determina a atribuição a cada escola dos meios necessários à realização de
todas as áreas (extensão) da EF;
A parte alternativas a adoptar localmente, determinará o
aproveitamento das características próprias ou condições especiais, existentes
em cada escola e também incluir matérias ou partes de matéria (determinados
níveis de aperfeiçoamento), de acordo com a optimização dessas características
ou com as possibilidades de alunos de aptidões mais elevadas.
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7. – Princípios da Educação Física
Tendo em atenção a qualidade da participação do aluno na actividade educativa e
para que esta tenha uma repercussão positiva, profunda e duradoura, a mesma
baseia-se numa concepção definida por quatro princípios fundamentais,
segundo o Programa Nacional de Educação Física (2001, pp.6):
A garantia de actividade física correctamente motivada, qualitativamente
adequada e em quantidade suficiente, indicada pelo tempo de prática nas
situações de aprendizagem, isto é, no treino e descoberta das possibilidades
de aperfeiçoamento pessoal e dos companheiros.
A promoção da autonomia, pela atribuição, reconhecimento e exigência de
responsabilidades efectivas aos alunos, nos problemas organizativos e de
tratamento das matérias que podem ser assumidos e resolvidos por eles.
A valorização da criatividade, pela promoção e aceitação da iniciativa dos
alunos, orientando-a para a elevação da qualidade do seu empenho e dos
efeitos positivos das actividades.
A orientação da sociabilidade no sentido de uma cooperação efectiva entre
os alunos, associando-a não só à melhoria da qualidade das prestações,
especialmente nas situações de competição entre equipas, mas também ao
clima relacional favorável ao aperfeiçoamento pessoal e ao prazer
proporcionado pelas actividades.
8. – Finalidades da Educação Física
Mathews (1980) afirma que “como as finalidades da educação são mencionadas em
termos um tanto gerais e aplicam-se à total contribuição da educação na sua mais
ampla concepção, é necessário ser mais específico ao indicar a contribuição da
Educação Física em termos que ajudem o aluno a alcançar os alvos da educação”.
Assim, segundo o Programa Nacional de Educação Física (2001, pp. 7) “na perspectiva
da qualidade de vida, da saúde e do bem-estar:
Monografia Sandra Camacho 20
Melhorar a aptidão física, elevando as capacidades físicas de modo
harmonioso e adequado às necessidades de desenvolvimento do aluno.
Promover a aprendizagem de conhecimentos relativos aos processos de
elevação e manutenção das capacidades físicas.
Assegurar a aprendizagem de um conjunto de matérias representativas das
diferentes actividades físicas, promovendo o desenvolvimento multilateral
e harmonioso do aluno, através da prática de:
- Actividades físicas desportivas nas suas dimensões técnica, táctica,
regulamentar e organizativa;
- Actividades físicas expressivas (danças), nas suas dimensões técnica,
decomposição e interpretação;
- Actividades físicas de exploração da Natureza, nas suas dimensões
técnica, organizativa e ecológica;
- Jogos tradicionais e populares.
Promover o gosto pela prática regular das actividades físicas e assegurar a
compreensão da sua importância como factor de saúde e componente da
cultura, na dimensão individual e social.
Promover a formação de hábitos, atitudes e conhecimentos relativos à
interpretação e participação nas estruturas sociais, no seio dos quais se
desenvolvem as actividades físicas, valorizando:
- A iniciativa e a responsabilidade pessoal, a cooperação e a
solidariedade;
- A ética desportiva;
- A higiene e a segurança pessoal e colectiva;
- A consciência cívica na preservação de condições de realização das
actividades físicas, em especial da qualidade do ambiente.”
Monografia Sandra Camacho 21
9. – Objectivos da Educação Física
Ainda segundo o mesmo autor, “os objectivos da Educação Física são o alicerce
do programa de construção e, por várias razões importantes, devem reforçar todo o
movimento profissional que o professor de Educação Física faz.
Primeiramente, os objectivos na Educação Física são tangíveis. Podem ser
adequadamente observados e, na maioria das vezes, objectivamente medidos. Em
segundo lugar, os objectivos da Educação Física podem ser substanciados na base de
actuais achados na literatura de pesquisa. Em terceiro lugar, os principais objectivos
da educação física, quando executados, resultam em atributos vitalmente necessários
ao completo desenvolvimento dos jovens. Em quarto lugar, esses objectivos, pela sua
natureza genuína, ajudam leigos e profissionais a compreenderem o lugar da
Educação Física no programa educacional global. Finalmente – e tão importante – os
objectivos profissionais, quando completamente compreendidos, dão ao professor de
Educação Física a sua compreensão e direcção profissional. A completa compreensão e
o uso dos objectivos na educação física, quando ensinando, são as verdadeiras metas
do profissional.”
Assim os objectivos da Educação Física, segundo o Decreto de Lei nº 95/96, de
26 de Agostos, são:
Contribuir para a formação integral dos alunos na diversidade dos seus
componentes biofisiológicos, psicológicos, sociais e axiológicos, através do
aperfeiçoamento das suas aptidões sensório-motoras, da aquisição de uma
saudável condição física e do desenvolvimento correlativo da personalidade
nos planos emocional, cognitivo, estético, social e moral;
Promover a prática de actividades corporais, lúdicas e desportivas, bem
como o seu entendimento enquanto factores de cultura e de concretização
de valores sociais, estéticos e éticos;
Incentivar o gosto pelo exercício físico e pelas práticas desportivas, como
meio privilegiado de desenvolvimento pessoal, interpessoal e comunitário;
Monografia Sandra Camacho 22
Apoiar, estimular e desenvolver o desportivismo, o espírito de equipa e as
atitudes de cooperação, solidariedade, autonomia e criatividade, bem como
a capacidade de interpretação e de compreensão das potencialidades do
desporto como expressão cultural e factor de desenvolvimento humano;
Contribuir para a integração e reabilitação dos alunos portadores de
deficiências, através de actividades que atendam às suas características
específicas.
10. – O Espaço Escolar
A escola é um espaço onde surgem diversas situações envolvendo uma
comunidade educativa constituída por alunos, professores, pessoal não docente,
pais/encarregados de educação e representantes dos poderes locais que, com as suas
características específicas, seja capaz de se auto-organizar e responder
adequadamente aos seus problemas num clima de cooperação e inter-ajuda, com
vista à melhoria da qualidade educativa.
Segundo Romão e Pais (2006, pp.12) “o espaço escolar deverá utilizar
metodologias e estratégias que deverão proporcionar à criança a oportunidade de
realizar experiências de aprendizagens activas, significativas, diversificadas,
integradas e socializadoras. Metodologias que levem à aquisição progressiva de
conhecimentos numa perspectiva que valorize o desenvolvimento de capacidades de
pensamento e de atitudes favoráveis à aprendizagem, que desenvolvam processos que
contribuam para que os alunos sejam cada vez mais autónomos e mais activos na sua
própria aprendizagem, criando o gosto pelo saber, um pensamento autónomo e ao
mesmo tempo de cooperação com os outros.
Sendo assim, o espaço escolar constitui-se como um espaço privilegiado para a
apropriação da cultura e caracterização das actividades próprias desse espaço e as
instituições educativas têm o dever de proporcionar formas de ocupação formativas
desse tempo livre, seja através do desporto ou de outras actividades culturais.
A escola, deve proporcionar aos jovens espaços de desenvolvimento e incentivo a
nível cultural, seja no âmbito da arte, saúde, ciência, trabalho, poesia, etc.
Monografia Sandra Camacho 23
Na escola ensina-se e aprende-se; é na escola e através da escola que muitos dos
hábitos futuros se podem ganhar e manter ao longo da vida. Neste sentido, uma
escola que permita o desenvolvimento criativo e livre do aluno está a cumprir com a
sua função educativa.
Espaços como a biblioteca (onde se aprende a estar, se pode ler, estudar, ouvir
música ou ver um filme) são indispensáveis para a criação de hábitos futuros de
leitura, consulta ou pesquisa de informação. A participação dos alunos nos diferentes
órgãos de gestão da escola (Conselho Pedagógico, Assembleia de Escola, Associação
de Estudantes, etc.) contribui muito para a formação do seu carácter. A frequência de
locais como os clubes existentes na escola (ludoteca, centro de recursos, clube cívico,
clube verde, clube de línguas, etc.) constitui-se como uma mais valia de
desenvolvimento da autonomia, responsabilidade e formação cívica dos alunos. Por
fim, a participação dos alunos na organização de eventos sejam eles de carácter
desportivo, informativo ou lúdico, representa sempre um caminho para o seu
desenvolvimento equilibrado e traduz-se no futuro num precioso “baú” de
experiências acumuladas que vão sendo aprimoradas ao longo da vida.”
No seguimento do pensamento anterior, surge assim a necessidade de se criar, em
todas as escolas, as condições materiais e pedagógicas para que cada aluno possa
usufruir dos benefícios da Educação Física, exigindo uma prática no sentido de haver
uma perspectiva do desenvolvimento integral do aluno. Os programas de Educação
Física procuram satisfazer esta exigência. A concepção de Educação Física, seguida
neste plano curricular, vem sistematizar esses benefícios, centrando-se no valor
educativo da actividade física, pedagogicamente orientada para o desenvolvimento
multilateral e harmonioso do aluno.
11. – A Educação Física na Escola
A Educação Física é extremamente essencial nas escolas, uma vez que constitui
um instrumento pedagógico eficaz, isto porque, ajuda a desenvolver o ser humano a
nível biopsicossocial, contribuindo para o desenvolvimento educativo com os seus
conhecimentos científicos e as suas possibilidades interdisciplinares, trabalhando
lado a lado com disciplinas como a Psicologia, a Biologia, a Filosofia, etc; e ainda tem
uma acção determinante na conservação e desenvolvimento da saúde, ajudando o
Monografia Sandra Camacho 24
aluno a ajustar-se às contrariedades do dia-a-dia e às condições do mundo exterior,
enfrentando o futuro com uma atitude positiva.
Romão e Pais (2006, pp.13), afirmam que a “Educação Física é um processo ao
longo da vida, e particularmente para todos os jovens, emerge dela uma necessidade
de qualidade, pois:
É o meio mais efectivo (eficaz) de prover nos jovens (seja qual for a
capacidade/incapacidade, o sexo, a idade, a cultura, a raça, a etnia, a
religião ou o nível social, com habilidades, atitudes, valores e
conhecimentos) o entendimento para uma participação em actividades
físicas e desportivas ao longo da vida;
Ajuda os jovens a chegarem a uma integração segura e a um adequado
desenvolvimento da mente, corpo e equilíbrio;
É a única alternativa escolar cujo foco principal incide sobre o corpo,
actividade física, desenvolvimento físico e saúde;
Ajuda os jovens a desenvolverem padrões de interesse por actividade física,
os quais são essenciais para um desenvolvimento desejável e colabora na
construção dos fundamentos para um estilo de vida saudável na idade
adulta;
Ajuda os jovens a desenvolverem o respeito pelo seu corpo e o dos outros;
Desenvolve nos jovens o entendimento do papel da actividade física como
promotora de saúde;
Contribui para a confiança e a auto-estima dos jovens; realça o
desenvolvimento social, preparando os jovens para enfrentarem
competições, vencendo e perdendo, cooperando e colaborando”.
Monografia Sandra Camacho 25
Contudo, a grande importância que a Educação Física assume na escola, deve-se,
também, em grande parte ao seu importante papel. Assim, Saavedra (s.d.; pp.70)
afirma que:
“Papel educativo – A Educação Física tem de ser encarada como qualquer
outro processo de cultura. Ao dizermos que a Educação Física deverá ser, e é, uma
prática educativa, não nos referimos só à prática exclusiva do desporto, mas sim a
outros aspectos, como a arbitragem, direcção de clubes, responsabilização, etc. A
Educação Física tem o papel de educar, de dar à criança e ao jovem um
enriquecimento das suas experiências, e fazer com que a criança e o jovem estimulem
a observação e a reflexão sobre si próprios e sobre o que os rodeia. A Educação física
tem o papel de habituar o jovem a organizar os meios em que se insere com vista a um
objectivo específico.
Papel recreativo – Este aspecto é o mais leve, o que atrai maior número de
pessoas e o único que o poder conhece e mal. O jovem vê na Educação Física uma
forma de diversão, de libertação do seu corpo; o jovem tem oportunidade de dar
largas às suas potencialidades físicas que, na maior parte das vezes, se encontram
fechadas. Este aspecto é de uma importância inegável na vida da criança, do jovem ou
do idoso.
Papel salutar e higiénico – Grande número de doenças existentes nos nossos
dias, como o “stress” e outras, originadas pela sedentarização do homem e pela vida
muito activa, encontram na Educação Física e na prática desportiva uma grande
oposição.
Papel sociopsicológico – Um dos objectivos da Educação Física é facilitar e
intensificar as relações entre os alunos e toda a sociedade que os rodeia, permitir a
experiência colectiva e favorecer a aprendizagem das outras disciplinas. A prática do
desporto serve, também, para uma organização dos alunos em grupos de trabalho e
uma facilidade de convivência e de presença em grupo. A Educação Física neste
campo ainda tem outro papel importante que é o da descompressão das ideias, o do
escape à sociedade, à burocracia e ao enciclopedismo do ensino”.
Monografia Sandra Camacho 26
Afirma ainda, Costa (s.d.; pp. 5) “a Educação Física tem uma dupla acção na
preparação da juventude:
- Durante a sua frequência, na escola, com o ingresso no desporto extra-escolar;
- Após a sua frequência, com o ingresso no desporto como ocupação dos tempos
livres.”
Este autor defende ainda que “o objectivo fundamental da aprendizagem e educação
é formar o jovem para dominar a sua vida futura – conhecimentos, habilidades,
mentalidade e formas de comportamento.
Assim, a Educação Física deve ter como paradigma:
1. - Educação para a Organização Desportiva
- Interpretar criticamente a organização desportiva ao nível da gestão das
instituições e das estruturas desportivas.
- Analisar as diferenças entre o Desporto e a Educação Física.
- Analisar as diferenças entre o desporto de rendimento e o desporto de
recreação e suas práticas.
2. - Educação para o Desporto
- Conhecer e compreender os fundamentos do treino, as suas leis biológicas, as suas
alterações orgânicas e a prevenção sobre o treino intensivo precoce.
- Realizar debates sobre assuntos relativos à interpretação e participação nas
estruturas sociais como factor de elevação cultural dos praticantes e da
comunidade em geral.
- Avaliar as actividades desportivas nas suas dimensões técnica, táctica,
regulamentar e organizativa.
- Analisar o movimento olímpico da Antiguidade até aos nossos dias, numa
perspectiva histórica, económica, política e social.
3. - Educação para o Lazer
- Conhecer e compreender os fundamentos do exercício físico e as suas práticas
como factor de saúde e de cultura, na dimensão individual e social.
Monografia Sandra Camacho 27
- Formar uma consciência cívica na preservação de condições de realização do
exercício físico, em especial de qualidade ambiental, como forma de vida mais
saudável.
- Realizar debates sobre assuntos relacionados com a cultura física, como factor
da condição física das populações e da possibilidade de prática das suas
modalidades.
- Realizar as actividades rítmicas e expressivas - dança e jogos tradicionais
populares.
4. - Educação para a Saúde
- Conhecer o funcionamento do corpo humano e das suas alterações.
- Conhecer e aplicar formas de elevar o nível funcional das capacidades motoras.
- Realizar debates sobre os factores de saúde e riscos associados à prática das
actividades físicas.
5. - Educação para a Participação
- Promover a formação de hábitos, atitudes e conhecimentos, valorizando a
responsabilidade, a cooperação e jogo limpo.
- Conhecer os aspectos fundamentais da prevenção desportiva ao nível das lesões
desportivas e da ansiedade na competição.
- Realizar debates sobre assuntos relacionados com a ética desportiva e sua
participação nas actividades desportivas.”
Monografia Sandra Camacho 28
12. - A Educação Física e o Desporto Escolar
Sendo a base do sistema educativo o ALUNO, e a ESCOLA uma via institucional,
entre outras, de acesso à educação e implicitamente à pratica de actividades
desportivas, a Educação Física, como área do currículo, contribui para o
desenvolvimento integral do aluno ao incidir sobre o seu comportamento motor,
utilizando especificamente a actividade motora nos processos de Ensino–
Aprendizagem.
Por sua vez, o Desporto Escolar é uma actividade física desportiva extra–
curricular, destinada a todos os jovens que a queiram praticar, isento do carácter
formativo que lhe deve estar subjacente, vemos nos grupos desportivos as crianças e
jovens mais dotados desportivamente.
Assim, de acordo com a Lei de Bases do Sistema Educativo (art.51º), as
actividades curriculares dos diferentes níveis de ensino devem ser complementadas
por acções orientadas para a formação integral e a realização pessoal dos educandos,
no sentido da utilização criativa e formativa dos seus tempos livres.
O desenvolvimento do sistema educativo passa, necessariamente, por uma bem
estruturada organização da Educação Física e do Desporto Escolar. No entanto, ao
passo que a Educação Física se situa no quadro das actividades curriculares, o
desporto escolar carece de tratamento próprio, em virtude de se tratar de uma
actividade de complemento curricular.
A concretização das suas finalidades determina, inequivocamente, que o desporto
se integre na vida escolar, surgindo como uma componente da actividade educativa
proporcionada pelo estabelecimento de ensino.
O acesso à educação, ao bem-estar físico e à saúde, através de uma prática
desportiva orientada, é um direito que assiste a todos os portugueses, com especial
incidência nos jovens em idade escolar.
Simultaneamente, o Desporto Escolar deve promover a saúde e a condição física,
bem como a educação moral, intelectual e social da juventude portuguesa, no respeito
absoluto pelo direito à individualidade e à diferença, partindo do princípio de que a
actividade desportiva do jovem deve servir exclusivamente a sua educação, sem
parcialismo e em verdadeiro espírito de cooperação.
Monografia Sandra Camacho 29
Assumindo-se o Desporto Escolar como um subsistema totalmente integrado no
sistema educativo, deve, contudo, ser também um sector autónomo do sistema
desportivo, onde poderá estabelecer ligações com os outros subsistemas, numa
situação de igualdade institucional, nomeadamente, no quadro das relações com os
clubes e as federações desportivas, salvaguardando sempre o primado da educação,
das suas estruturas próprias e da sua unidade de direcção.
Por outro lado, imperativo se torna sublinhar a necessária coerência sistémica
entre a área ou disciplina de Educação Física e o Desporto Escolar como actividade de
complemento curricular, assegurando a respectiva estrutura orgânica de forma
coerente e operativa desde a escola à administração central.
O Desporto Escolar decorre, com efeito, tal como as demais actividades escolares,
sob a responsabilidade dos órgãos de gestão e administração dos estabelecimentos de
educação e ensino, constituindo a escola a unidade organizativa de base do Desporto
Escolar.
No respeito pelas características específicas de cada região, o Desporto Escolar
deve basear-se num sistema aberto de modalidades e de práticas desportivas que
serão organizadas, integrando de modo harmonioso as dimensões próprias desta
actividade, designadamente, o ensino, o treino, a recreação e a competição.
Ainda, porque o Desporto Escolar se situa no domínio da área formal das práticas
desportivas, atende-se que só deve ser desenvolvido, a nível de cada escola, desde que
estejam garantidas as condições pedagógicas, técnicas e organizacionais que
salvaguardem a dignidade do acto pedagógico e desportivo.
No entanto, Andrade (1996, pp. 22) refere que “a relevância atribuída à
Educação Física e ao Desporto Escolar decorreu do facto de que o desenvolvimento
das dimensões, sentidos e domínios da prática desportiva está estreitamente
associado à expressão, ao nível do desporto infantil e juvenil.
Como sabemos, é na idade escolar que se formam interesses com raízes sólidas e
duradoiras, que podem ser constituídos os alicerces para uma prática desportiva
para toda a vida.
Assim, constitui uma tarefa central – comum à Educação Física e ao Desporto
Escolar -realizar de modo mais profundo, e abrangente a formação desportiva-
corporal de base de todos os alunos. Entusiasmar cada vez um maior número de
crianças e jovens pelo desporto, formar atitudes duradoiros e positivas para com o
desporto e a actividade física, enraizar profundamente o sentido e a necessidade de
Monografia Sandra Camacho 30
uma prática desportiva regular. O esforço que tem vindo a ser realizado nesta
matéria, não impede que renovarmos a Educação Física e o Desporto Escolar, de
forma a cumprirem e poderem estar à altura da sua tarefa pedagógica-social.
Assim, torna-se necessário criar na escola e colocar à disposição dos alunos,
dentro dos condicionalismos que sabemos existir, uma vasta variedade de prática
desportiva, por forma a irmos ao encontro dos interesses e motivações dos alunos,
da necessidade de compreenderem a importância de uma exercitação continuada,
de jogo, de movimento, dos treinos, de competição, de rendimento bem como de
socialização, de convívio, de comunicação e de interacção.
O ensino e a prática do Desporto na Escola terão de se compactuar pela
qualidade. E qualidade significa assumir e desenvolver, ao mais alto nível, os
interesses e expectativas dos alunos, bem como rentabilizar ao máximo os recursos
humanos existentes.
É necessário que o ensino e a prática do Desporto na Escola assentem e
favoreçam uma unidade de condição, de competência, de motivação, de emoção
de consciência, de vivência e experiência, de participação activa e responsável dos
alunos.”
12.1. – Conceito de Desporto Escolar
Soares (1997, pp. 26) define o Desporto Escolar como “o conjunto de práticas
lúdico-desportivas e de formação com o objectivo desportivo desenvolvido como
complemento curricular e ocupação dos tempos livres, num regime de liberdade de
participação e de escolha integradas no plano de actividades e coordenadas no âmbito
do sistema educativo”.
Já o Modelo de Bases de Desenvolvimento (2002, pp. 3) descreve que “O Desporto
Escolar é uma actividade de complemento curricular específica (em determinada
modalidade desportiva), facultativa e vocacional (segundo as aptidões pessoais do
aluno, as condições e regras da participação específicas da modalidade e o nível de
prática), visando a aptidão atlética e a cultura desportiva no domínio da modalidade
desportiva escolhida.”
Para Pina (2002, pp. 27) “O Desporto Escolar constitui uma plataforma perfeita
para uma aprendizagem psico-social, além de advertir para a importância de um
estilo de alimentação e de vida saudáveis. Os professores têm a possibilidade de
Monografia Sandra Camacho 31
motivar os seus alunos a empenharem-se a longo prazo em outras modalidades
desportivas fora do sistema escolar. Aos alunos é oferecida por sua vez a
oportunidade de conhecer as mais variadas modalidades desportivas e de
escolherem aquelas que mais se identificam.”
Ainda, segundo o Modelo de Bases (2002, pp. 3) o Desporto Escolar enquanto
organização “é a actividades de treino semanal, para os alunos inscritos (segundo as
regras e os critérios de organização e de participação específicos da modalidade), na
unidade "grupo-equipa". Actividades de convívio/competição interna e inter-escolas,
cobrindo as diversas áreas (tipos de actividade) consideradas no programa de
Educação Física, em todas as escolas ou agrupamentos de escolas, incluindo
actividades pontuais, com deslocação para fora da escola, em modalidades de
exploração da natureza (orientação, canoagem, escalada, ciclismo ou BTT, surf, etc.)
e/ou em convívios de demonstração ou competição.”
Assim, podemos afirmar que, apesar do carácter facultativo do Desporto Escolar, o
mesmo deverá ser integrado no plano da escola, tendo em conta as suas opções e as
realidades específicas, podendo estabelecer ligações com outros subsistemas,
nomeadamente no quadro das relações com Federações/Associações Desportivas.
Soares (1997, pp. 25) vem corroborar o parágrafo anterior, pois afirma que o
Desporto Escolar é “um sistema totalmente integrado no sistema educativo, contudo,
ser também um sector autónomo do sistema desportivo, onde poderá estabelecer
ligações com os outros subsistemas, numa situação de igualdade institucional,
nomeadamente no quadro das relações com os clubes e as federações desportivas,
salvaguardando-se sempre o primado da educação, das suas estruturas próprias e da
sua unidade de direcção.”
Em forma de conclusão, Pina (2002, pp.30) realça que “as relações entre a
educação física e o desporto escolar nunca foram muito pacíficas, tendo sido objecto
de grandes discussões, preocupações, divergências e contradições ou incompreensões
e, ainda hoje se fazem sentir alguns ecos no seio dos profissionais de educação física
com reflexos no desenvolvimento deste processo na escola.”
Monografia Sandra Camacho 32
12.2. – Objectivos Desporto Escolar
Rodrigues (s.d.), assegura que “o Desporto Escolar é uma actividade extra-
curricular de complemento à disciplina de Educação Física. Só pode ser dada por
professores de Educação Física ou por professores que, não sendo desta disciplina,
tenham formação desportiva em alguma modalidade. Os objectivos do Desporto
Escolar são os seguintes:
Incentivar a participação dos alunos no planeamento e gestão das
actividades desportivas escolares, nomeadamente, no seu papel como
dirigentes, árbitros, juízes e cronometristas;
Fazer com que seja observado o respeito pelas normas do espírito
desportivo, fomentando o estabelecimento, entre todos os participantes,
de um clima de boas relações interpessoais e de uma competição leal e
fraterna;
Orientar as equipas desportivas escolares para que tenham sempre
presente a importância, através da análise dos factores de risco, da
prevenção e do combate ao consumo de substâncias dopantes;
Observar e cumprir rigorosamente as regras gerais de higiene e segurança
nas actividades físicas;
Oferecer aos alunos um leque de actividades que, na medida do possível,
reflicta e dê resposta às suas motivações intrínsecas e extrínsecas,
proporcionando-lhes actividades individuais e colectivas, que sejam
adequadas aos diferentes níveis de prestação motora e de estrutura
corporal;
Dar a conhecer aos alunos, ao longo do seu processo de formação, as
implicações e benefícios de uma participação regular nas actividades
físicas e desportivas escolares, valorizá-las do ponto de vista cultural e
compreender a sua contribuição para um estilo de vida activa e saudável;
Monografia Sandra Camacho 33
Proporcionar a todos os alunos, dentro da Escola, actividades desportivas
de carácter recreativo/lúdico, de formação, ou de orientação desportiva;
Proporcionar actividades de formação e/ou orientação desportiva, tendo
em vista a aquisição de competências físicas, técnicas e tácticas, na via de
uma evolução desportiva e da formação integral do jovem.”
13. - Taxononia das Actividades Desportivas
Um sistema de classificação permitir identificar, agrupar e arrumar o
conhecimento, uma vez que este é muito vasto, permitindo assim uma rentabilização
da sua utilização.
Ainda, podemos afirmar que o objectivo central do sistematizar é a criação de
categorias, de forma a clarificar, com o intuito de nos fornecer informações
específicas e/ou até mesmo generalizadas.
Neste estudo, foi utilizada a Taxononia de Fernando Almada. Este, criou um
sistema de classificação para as actividades desportivas e que ao fazermos uso dela,
permitir-nos-á o arrumar do conhecimento, visando por sua vez a rentabilização da
sua utilização, uma vez que nos facilita o seu acesso.
Lopes (2002) afirma que “esta Taxononia de F. Almada tem um carácter funcional
porque dá-nos indicações directas para uma interpretação eficiente da realidade.
Baseia-se na dinâmica e não meramente nos seus aspectos formais. É centrada no
homem que o pratica tentando gerir o problema encarado por este.”
Antes de mais, teremos que fazer a distinção entre os objectivos reais e
convencionais, pelas implicações que têm uns e outros na atitude do praticante,
assim:
-Objectivos Reais – são aqueles que correspondem dentro de uma lógica
autoritária (com sentido de sobrevivência às funções que poderiam ser
desempenhadas numa situação concreta em que se procurasse resolver aquela
problemática).
Monografia Sandra Camacho 34
-Objectivos Convencionais – surgiram por mero acordo entre as partes e, embora
obrigue a uma dinâmica que lhe é própria, poderia ser substituída pelo seu
contrário sem que a lógica do jogo sofresse alterações.
Posto isto, esta taxonomia encontra-se dividida em seis categorias, assim, Almada
(1994, pp. 21) assegura que “a justificação da Taxononia encontra-se expressa na
especificidade de cada um dos modelos apresentados, o que lhe confere um carácter
funcional, próprio para a utilização no quadro das gestão das actividades desportivas.
São identificados seis problemas e são apresentados, portanto, seis modelos para o
tratamento do conhecimento, a saber:
1 – Desportos Individuais
2 – Desportos Colectivos
3 – Desportos de Combate
4 – Desportos de Grandes Espaços
5 – Desportos de Adaptação ao Meio
6 – Desportos de Confrontação Directa”
1 - Desportos Individuais
Características mais Marcantes
- Privilegiam o conhecimento de alguns aspectos do praticante; o desempenho é
independente da forma de oposição do adversário.
Tipo de Objectivos
- Convencionais.
Variáveis Principais em Jogo
- O conhecimento dos “limites do eu” em algumas variáveis.
2 - Desportos Colectivos
Características mais Marcantes
- Privilegiam a divisão do trabalho, implicando portanto o desempenho de funções
específicas e o domínio da dinâmica das suas coordenações (dinâmica de
grupos).
Monografia Sandra Camacho 35
Tipo de Objectivos
- Convencionais.
Variáveis Principais em Jogo
- A função a desempenhar;
- A dinâmica de grupos.
3 - Desportos de Combate
Características mais Marcantes
- Privilegiam o conhecimento do “eu, no confronto com situações críticas” (a
noção de morte, mesmo que simbolizada, está sempre presente) e no diálogo
com o outro.
Tipo de Objectivos
- Reais.
Variáveis Principais em Jogo
- O conhecimento do “eu” total integrado no grupo.
4 - Desportos de Grandes Espaços
Características mais Marcantes
- Privilegiam a relação do homem com o meio em “espaço abertos”.
Tipo de Objectivos
- Reais.
Variáveis Principais em Jogo
- As capacidades de relação do Homem com os espaços de grandes dimensões e a
consequente solicitação da capacidade de adaptação e percepção da sua
integração num contexto universal.
Monografia Sandra Camacho 36
5 - Desportos de Adaptação ao Meio
Características mais Marcantes
- Privilegiam a relação com um meio diferente daquele em que o praticante
automatizou, já há o domínio dos factores de integração.
Tipo de Objectivos
- Reais.
Variáveis Principais em Jogo
- Adaptação ao meio.
6 - Desportos de Confrontação Directa
Características mais Marcantes
- Privilegiam o diálogo com o opositor, normalmente por meio de um objecto
interposto.
Tipo de Objectivos
- Convencionais.
Variáveis Principais em Jogo
- Meios de diálogo com o opositor.
Ainda, segundo Almada (1994, pp. 38) “pensamos que uma actividade desportiva
deverá estar sempre centrada no Homem que a prática e não nas formas que tenha,
na constituição das equipas que a praticam, ou em qualquer outro factor, por mais
importante que este seja. O que procuramos gerir são os problemas encarados pelo
praticante e é, portanto, nesta perspectiva que teremos de definir a funcionalidade
que temos de servir quando operacionalizamos a nossa acção de gestão das
actividades desportivas.”
Em jeito de conclusão, Lopes (2002) volta a sublinhar que “esta taxonomia é útil
porque permite fazer uma gestão eficiente das actividades desportivas no seu todo,
baseado na atitude do praticante e nos problemas encarados por este.”
Monografia Sandra Camacho 37
III. ESTUDO REALIZADO
Monografia Sandra Camacho 38
1. – Introdução
Neste capítulo iremos descrever a parte prática do nosso trabalho, que consistiu
na caracterização e análise dos planos anuais de Educação Física e das modalidades
praticadas ao nível do Desporto Escolar nas escolas do 3º Ciclo da RAM.
Assim, segue-se a apresentação e discussão dos resultados obtidos. Primeiro,
apresentamos um quadro com uma estatística descritiva de cada grupo, sendo,
simultaneamente, apresentados e discutidos/analisados os resultados.
2. – Metodologia Utilizada
2.1. - Caracterização da Amostra
De um total de 28 escolas do 3º Ciclo existentes na RAM, 26 delas têm definido
pelo grupo disciplinar, o plano anual para a leccionação da Educação Física. Duas
escolas não tinham definido nenhum planeamento anual para as aulas de Educação
Física, pois este, nestes estabelecimentos, é feito segundo a disponibilidade das
instalações para cada professor da escola.
Relativamente ao Desporto Escolar, todas as escolas participaram durante este
ano lectivo, perfazendo um total de 28 escolas, com pelo menos um núcleo de
modalidade desportiva.
Neste sentido, foram tratados e analisados os dados obtidos pelas escolas que
nos forneceram as modalidades (nucleares e alternativas) previstas a leccionar nas
aulas de Educação Física e a participar no Desporto Escolar para o 3º Ciclo.
Número de Escolas do
Estudo
Educação Física – 3º Ciclo 26 Escolas
Desporto Escolar – 3º Ciclo 28 Escolas
Quadro 1 – Amostra Total do 3º Ciclo
Monografia Sandra Camacho 39
2.2. – Realização do Estudo
Para a realização deste trabalho, começamos por efectuar o levantamento de
todas as escolas que leccionam o 3º Ciclo na RAM, através de uma pesquisa no site da
Secretaria Regional da Educação.
Posteriormente, procedemos à recolha, em cada escola, dos dados que
pretendíamos e que tínhamos previamente estabelecidos para a caracterização, a qual
consistiu no levantamento das seguintes informações:
- Planos anuais de Educação Física, com as modalidades definidas para a
leccionação no presente ano lectivo;
- Número de professores de Educação Física;
- Número de alunos;
- Modalidades praticadas ao nível do Desporto Escolar.
Para conseguirmos recolher os dados relativos à totalidade das escolas da
amostra, tivemos de utilizar diferentes tipos de procedimentos, nomeadamente: ofício
(anexo 1), contacto directo com o delegado do Grupo de Educação Física, com o
Coordenador do Desporto Escolar e, nalguns casos, com professores que tinham
participado na tomada de decisão relativa aos dados em causa.
Após o levantamento dos dados, estes foram transcritos escola a escola para um
quadro geral efectuado por nós (anexo 2).
De seguida, foi realizado uma análise aos Programas de Educação Física do 3º
Ciclo, como forma de tomarmos conhecimento das modalidades que compunham o
plano curricular deste ciclo de estudos (Modalidades Nucleares e Alternativas).
A análise dos dados em cada escola, foi realizada da seguinte forma:
- Por Ciclo de Estudos;
- Por Ano Curricular;
- Por Concelhos (Concelho do Funchal e Outros);
- Por Número de Alunos por Escola (de 0 a 499 alunos, de 500 a 999 alunos, de
1000 a 1499 alunos e mais de 1500 alunos).
Este procedimento foi realizado para as Actividades Nucleares e Alternativas que
compõem o Ciclo em causa, bem como para as Actividades que são disponibilizadas
pelo Desporto Escolar.
Monografia Sandra Camacho 40
Para uma melhor compreensão das opções feitas por cada escola, achamos
pertinente elaborar e aplicar um questionário (anexo 3). Este foi composto por seis
questões abertas, três das quais referentes às aulas de Educação Física e as outras três
relativas ao Desporto Escolar.
A aplicação do questionário foi efectuada por nós e as escolas foram
seleccionadas aleatoriamente.
Terminado os questionários, passamos ao tratamento das respostas obtidas,
transcrevendo-as em Microsoft Excel, onde colocamos todas as palavras ou frases
chaves das respostas, no sentido de facilitar a análise e interpretação dos resultados.
Findo, todo este processo, passamos à análise e discussão dos resultados, na qual
confrontamos e comparamos os dados consoante a pertinência e de modo a
enriquecer ainda mais esta caracterização.
Monografia Sandra Camacho 41
3. – Análise e Discussão dos Resultados
No decurso deste ponto, iremos analisar e discutir os dados recolhidos do
levantamento dos planos anuais da Educação Física e das modalidades praticadas no
Desporto Escolar, das escolas do 3º Ciclo da Região Autónoma da Madeira.
Após a análise das tendências do programa da Educação Física do 3º Ciclo,
apresentaremos os planeamentos anuais, segundo a Taxonomia de Fernando Almada.
No quadro, abaixo discriminado, poder-se-á verificar a correspondência entre a
taxonomia de Fernando Almada e a Proposta Programa Nacional de Educação Física:
Taxononia de F. Almada Proposta PNEF
Desportos Colectivos
Andebol,
Basquetebol,
Voleibol,
Futebol.
Desportos Individuais
Ginástica,
Atletismo,
Patinagem.
Desportos de Combate Luta
Desportos dos Grandes Espaços ------------------
Desportos de Adaptação ao Meio Orientação
Desportos de Confrontação directa Raquetas
Quadro 2 – Correspondência da Taxonomia de F. Almada e a Proposta PNEF
Assim, esta análise será realizada em torno das modalidades Nucleares e
Alternativas, mais ou menos abordadas nas escolas do 3º Ciclo da RAM.
Contudo, fizemos ainda uma análise muito mais pormenorizada, ou seja,
efectuamos uma:
Análise geral;
Análise por Concelhos (onde separamos o concelho do Funchal dos
restantes);
Análise consoante o número de alunos (diferenciando as escolas com menos
de 500 alunos, de 500 a 999 alunos, de 1000 a 1499 alunos e finalmente as
escolas com mais de 1500 alunos).
Monografia Sandra Camacho 42
Assim, para uma melhor compreensão deste trabalho, esquematizámo-lo do
seguinte modo:
Educação Física
Sistematização segundo a Taxonomia de F. Almada:
- Análise geral;
- Análise por Concelhos;
- Análise consoante o número de alunos.
Modalidades abordadas no 3º Ciclo:
- Análise geral;
- Análise por Concelhos;
- Análise consoante o número de alunos.
Desporto Escolar
Sistematização segundo a Taxonomia de F. Almada:
- Análise geral;
- Análise por Concelhos;
- Análise consoante o número de alunos.
Modalidades abordadas no 3º Ciclo
- Análise geral;
- Análise por Concelhos;
- Análise consoante o número de alunos.
Antes de concluir este ponto, ainda realizámos a comparação entre as
modalidades praticadas nas aulas de Educação Física e as modalidades oferecidas no
Desporto Escolar e, confrontámos, com os dados recolhidos dos questionários
aplicados, de forma a melhor compreender o porquê da maior ou menor percentagem
da abordagem de certas modalidades, quer na Educação Física quer no Desporto
Escolar.
Para finalizar, ainda efectuaremos uma síntese, ou seja, um apanhado de todas
as informações pertinentes e/ou relevantes.
Monografia Sandra Camacho 43
3.1. – Educação Física
Para uma melhor compreensão das modalidades abordadas, devido ao prévio
planeamento realizado pelas escolas para as aulas de Educação Física, iremos
apresentar, segundo a Taxononia de Fernando Almada, a tendência dos programas
curriculares, relativamente às modalidades nucleares.
Dos planos anuais, recolhidos das 26 escolas do 3º Ciclo, apresentaremos a
respectiva análise. Descrevendo e confrontando as informações de maior relevo,
procedendo à interligação dos dados surgidos ao longo deste processo. Deste modo,
pretende-se dar mais ênfase a cada análise efectuada.
3.1.1. – Sistematização do Programa Nacional de Educação
Física
Modalidades Nucleares Programa
Número %
Desportos Colectivos 4 33,3%
Desportos Individuais 3 25%
Desportos de Combate 1 8,3%
Desportos dos Grandes Espaços 0 0%
Desportos de Adaptação ao Meio 1 8,3%
Desportos de Confrontação directa 1 8,3%
Dança 1 8,3%
Jogos Tradicionais 1 8,3%
Quadro nº3 – Modalidades do Programa Nacional, segundo a Taxononia de F. Almada
Pela análise do quadro nº 3, podemos verificar que o Programa Nacional de
Educação Física, privilegia essencialmente a prática, em todos os anos do 3º Ciclo,
das Modalidades Colectivas (33,3%) e dos Desportos Individuais (25%), segundo a
Taxonomia de Fernando Almada.
Referente às restantes modalidades, observamos uma reduzida percentagem para
a prática das mesmas. Há ainda a salientar que, a nível de Desportos dos Grandes
Espaços, o Programa não oferece nenhuma modalidade para a prática da mesma.
Podemos concluir, que a tendência para estas modalidades, como podemos
constatar pelo Programa Nacional de Educação Física, irá privilegia a prática de
determinadas modalidades em detrimento de outras, o que por seu turno, e da nossa
Monografia Sandra Camacho 44
opinião, irá acabar por provocar lacunas a nível do desenvolvimento motor dos
alunos.
3.1.2. - Sistematização das modalidades abordadas no 3º Ciclo, segundo a Taxonomia de F. Almada
Neste ponto, iremos efectuar uma análise quer das modalidades nucleares, quer
das alternativas abordadas em todo o 3º Ciclo das escolas, que compõem a rede
escolar da Região Autónoma da Madeira. Neste contexto, iremos incluir e confrontar
as mesmas, consoante a taxonomia de Fernando Almada, efectuando uma análise
geral, por concelhos e consoante o número de alunos.
De salientar que, após o tratamento de dados, existem certas categorias que não
foram integradas na referida taxonomia, quer a nível das modalidades nucleares, quer
nas alternativas, pelo facto das informações recolhidas não focarem qualquer
modalidade referente àquelas categorias.
A destacar, ainda, que desta recolha, surgiram modalidades, cujas características
não se enquadravam em qualquer das categorias da taxonomia, assim, sentimos a
necessidade de adaptar as seguintes categorias:
DANÇA
Neste parâmetro, incluímos a dança e todas as suas variantes abordadas nas
aulas, uma vez que as mesmas podem ser praticadas nas diversas variantes.
JOGOS TRADICIONAIS
Uma vez que esta modalidade, apresenta diversas variantes de diferentes
características, optámos por incluí-las numa única categoria, na qual qualquer
jogo tradicional pudesse ser inserido e tratado.
INDEFINIDO
Criámos este parâmetro, porque surgiram categorias cujas características não
se enquadravam nas restantes, ou seja, conteúdos ligados ao Trabalho das
Capacidades Física e Coordenativas e Praia.
Monografia Sandra Camacho 45
3.1.2.1. – Análise geral
Modalidades Nucleares
7º Ano 8º Ano 9º Ano
Nº de Escolas
% Nº de
Escolas %
Nº de Escolas
%
Desportos Colectivos 26 100% 26 100% 25 96,2%
Desportos Individuais 26 100% 26 100% 25 96,2%
Desportos de Combate 2 7,7% 5 19,2% 1 3,8%
Desportos dos Grandes Espaços 0 0,0% 0 0,0% 0 0,0%
Desportos de Adaptação ao Meio 3 11,5% 2 7,7% 3 11,5%
Desportos de Confrontação directa 20 76,9% 20 76,9% 18 69,2%
Dança 5 19,2% 5 19,2% 4 15,4%
Jogos Tradicionais 2 7,7% 2 7,7% 1 3,8% Quadro 4 – Sistematização das modalidades desportivas nucleares praticadas no 3º Ciclo na RAM
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
% d
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D. C
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D. In
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D. C
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.
D. G
. E
.
D. A
. M
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D. C
. D
.
Da
nça
J. T
.
Modalidades Nucleares
7º Ano 8º Ano 9º Ano
Figura 1 – Sistematização das modalidades desportivas nucleares praticadas no 3º Ciclo na RAM
Através desta figura conseguimos analisar a frequência com que certas
classificações foram escolhidas em detrimento de outras.
Assim, verificamos que a maioria das escolas do 7º e 8º ano abordam na sua
totalidade os Desportos Colectivos e os Individuais (100%), contudo o 9º ano é o que
apresenta uma menor percentagem de abordagem de ambas as modalidades (96,2%).
Os Desportos de Confrontação Directa encontram-se na 3ª modalidade mais
abordada, no 3º Ciclo, variando somente a percentagem de abordagem, pois
apresentam uma percentagem de 76,9 n0 7º e 8º Ano e de 69,2 no 9º Ano.
Monografia Sandra Camacho 46
No que concerne ao conjunto de modalidades menos abordadas, tais como: os
Desportos de Combate, os Desportos de Adaptação ao Meio, a Dança e os Jogos
Tradicionais; observou-se que a Dança é a mais praticada, dentro do grupo das
modalidades menos praticadas.
Há, ainda, a salientar que os Desportos de Grandes Espaços é a modalidade que
nenhuma escola do 3º Ciclo aborda.
Modalidades Alternativas
7º Ano 8º Ano 9º Ano
Nº de Escolas
% Nº de
Escolas %
Nº de Escolas
%
Desportos Colectivos 3 11,5% 3 11,5% 4 15,4%
Desportos Individuais 8 30,8% 9 34,6% 10 38,5%
Desportos de Combate 0 0,0% 0 0,0% 0 0,0%
Desportos dos Grandes Espaços 0 0,0% 0 0,0% 0 0,0%
Desportos de Adaptação ao Meio 1 3,8% 1 3,8% 1 3,8%
Desportos de Confrontação directa 0 0,0% 0 0,0% 0 0,0%
Indefinido 4 15,4% 4 15,4% 5 19,2%
Quadro 5 – Sistematização das modalidades desportivas alternativas praticadas no 3º Ciclo na RAM
0%
5%
10%
15%
20%
25%
30%
35%
40%
% d
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bo
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D. C
ol.
D. In
d.
D. C
om
.
D. G
. E
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D. A
. M
.
D. C
. D
.
Indefin
ido
Modalidades Alternativas
7º Ano 8º Ano 9º Ano
Figura 2 – Sistematização das modalidades desportivas alternativas praticadas no 3º Ciclo na RAM
Dos dados referentes à figura nº 2, depreendemos que as escolas do 3º Ciclo não
leccionam nenhuma modalidade a nível dos Desportos de Combate, Desportos de
Grande Espaços e os Desportos de Confrontação Directa, em contrapartida os
Desportos Individuais é a modalidade mais abordada, apresentando uma
percentagem de 38,5 no 9º Ano, 34,6 no 8º Ano e 30,8 no 7º Ano.
Monografia Sandra Camacho 47
Os Desportos Colectivos e os Indefinidos surgem após os Individuais, com
percentagem idênticas em todos os anos, ou seja, 11,5% e 15,4%, respectivamente.
Já os Desportos de Adaptação ao Meio apresentam uma percentagem de 3,8 em
todo o 3º Ciclo.
3.1.2.2. – Análise por Concelhos
Modalidades Nucleares 7º Ano 8º Ano 9º Ano
Nº de Escolas
% Nº de
Escolas %
Nº de Escolas
%
Desportos Colectivos 10 38,5% 10 38,5% 10 38,5%
Desportos Individuais 10 38,5% 10 38,5% 10 38,5%
Desportos de Combate 1 3,8% 2 7,7% 0 0,0%
Desportos dos Grandes Espaços 0 0,0% 0 0,0% 0 0,0%
Desportos de Adaptação ao Meio 1 3,8% 1 3,8% 2 7,7%
Desportos de Confrontação Directa 6 23,1% 7 26,9% 5 19,2%
Dança 3 11,5% 2 7,7% 2 7,7%
Jogos Tradicionais 1 3,8% 1 3,8% 1 3,8%
Quadro 6 – Sistematização das modalidades desportivas nucleares praticadas no 3º Ciclo do Concelho
do Funchal
0%
5%
10%
15%
20%
25%
30%
35%
40%
% d
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D. In
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D. G
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D. A
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D. C
. D
.
Da
nça
J.T
.
Modalidades Nucleares
7º Ano 8º Ano 9º Ano
Figura 3 – Sistematização das modalidades desportivas nucleares praticadas no 3º Ciclo do Concelho do
Funchal
Através dos dados expressos na figura nº3, deparámo-nos que 3,8% das escolas do
Concelho do Funchal, abordam os Desportos Colectivos e os Individuais.
No 3º Ciclo, os Desportos de Confrontação Directa são a 3ª modalidade mais
abordada, mas com uma maior percentagem de prática o 8º Ano. Em contrapartida, a
Monografia Sandra Camacho 48
Dança, volta a destacar-se por ser a mais praticada, dentro do grupo das modalidades
menos praticadas, com uma maior incidência no 7º Ano.
Nenhuma escola do Concelho do Funchal, a nível do 9º Ano, aborda a modalidade
de Desportos de Combate, bem como os Desportos de Grandes Espaços, só que desta
em todo o 3º Ciclo.
Modalidades Nucleares
7º Ano 8º Ano 9º Ano
Nº de Escolas
% Nº de
Escolas %
Nº de Escolas
%
Desportos Colectivos 16 61,5% 16 61,5% 16 61,5%
Desportos Individuais 16 61,5% 16 61,5% 16 61,5%
Desportos de Combate 1 3,8% 3 11,5% 3 11,5%
Desportos dos Grandes Espaços 0 0,0% 0 0,0% 0 0,0%
Desportos de Adaptação ao Meio 2 7,7% 1 3,8% 1 3,8%
Desportos de Confrontação directa 14 53,8% 13 50,0% 13 50,0%
Dança 2 7,7% 3 11,5% 3 11,5%
Jogos Tradicionais 1 3,8% 1 3,8% 1 3,8%
Quadro 7 – Sistematização das modalidades desportivas nucleares praticadas no 3º Ciclo fora do
Concelho do Funchal
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
% d
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D. In
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D. G
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D. A
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D. C
. D
.
Da
nça
J.T
.
Modalidades Nucleares
7º Ano 8º Ano 9º Ano
Figura 4 – Sistematização das modalidades desportivas nucleares praticadas no 3º Ciclo fora do
Concelho do Funchal
No que concerne às modalidades nucleares, fora do Concelho do Funchal,
voltamos a constatar um predomínio da prática dos Desportos Colectivos e
Individuais (61,5%).
Monografia Sandra Camacho 49
Os Desportos de Confrontação Directa são novamente a 3ª modalidade mais
abordada, com a sua maior incidência de prática a nível do 3º ano.
Como verificamos no gráfico anterior, os Desportos de Combate não são
praticados nas escolas do Concelho do Funchal, a nível do 9º Ano, mas em
contrapartida os mesmos passam a ser abordados nas escolas fora deste concelho, na
ordem de 11,5 %.
Modalidades Alternativas
7º Ano 8º Ano 9º Ano
Nº de Escolas
% Nº de
Escolas %
Nº de Escolas
%
Desportos Colectivos 1 3,8% 1 3,8% 1 3,8%
Desportos Individuais 2 14,3% 2 14,3% 3 21,4%
Desportos de Combate 0 0,0% 0 0,0% 0 0,0%
Desportos dos Grandes Espaços 0 0,0% 0 0,0% 0 0,0%
Desportos de Adaptação ao Meio 0 0,0% 0 0,0% 0 0,0%
Desportos de Confrontação Directa 0 0,0% 0 0,0% 0 0,0%
Indefinido 1 7,1% 1 7,1% 1 7,1% Quadro 8 – Sistematização das modalidades desportivas alternativas praticadas no 3º Ciclo do Concelho
do Funchal
0%
5%
10%
15%
20%
25%
% d
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D. G
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D. A
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D. C
. D
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Indefin
ido
Modalidades Alternativas
7º Ano 8º Ano 9º Ano
Figura 5 – Sistematização das modalidades desportivas nucleares praticadas no 3º Ciclo do
Concelho do Funchal
Monografia Sandra Camacho 50
Quanto às modalidades alternativas do Concelho do Funchal, constatamos que
não existe qualquer prática, quer a nível dos Desportos de Combate, quer nos
Desportos de Grandes Espaços e dos Desportos de Confrontação Directa e de
Adaptação ao Meio.
Contudo, os Desportos Individuais são a modalidade mais abordada, com uma
percentagem de 38,5 no 9º Ano, 34,6 no 8º ano e de 30,8 no 7º Ano. Logo de seguida
encontram-se o Indefinido e os Desportos Colectivos.
Modalidades Alternativas
7º Ano 8º Ano 9º Ano
Nº de Escolas
% Nº de
Escolas %
Nº de Escolas
%
Desportos Colectivos 2 7,7% 2 7,7% 3 11,5%
Desportos Individuais 6 23,1% 7 26,9% 7 26,9%
Desportos de Combate 0 0,0% 0 0,0% 0 0,0%
Desportos dos Grandes Espaços 0 0,0% 0 0,0% 0 0,0%
Desportos de Adaptação ao Meio 1 3,8% 1 3,8% 1 3,8%
Desportos de Confrontação directa 0 0,0% 0 0,0% 0 0,0%
Indefinido 3 11,5% 3 11,5% 4 15,4% Quadro 9 – Sistematização das modalidades desportivas nucleares praticadas no 3º Ciclo fora do
Concelho do Funchal
0%
5%
10%
15%
20%
25%
30%
% d
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D.
Col.
D.
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.
D.
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D.
C.
D.
Indefin
ido
Modalidades Alternativas
7º Ano 8º Ano 9º Ano
Figura 6 – Sistematização das modalidades desportivas nucleares praticadas no 3º Ciclo fora do
Concelho do Funchal
Monografia Sandra Camacho 51
A figura nº 6, apresenta muitas semelhanças à figura anterior, pois os Desportos
Individuais voltam a ser a modalidade mais abordada, contudo a sua prática é mais
predominante no 8º e 9º Ano (26,9%).
Verificou-se ainda que, as Escolas do Concelho do Funchal, bem como as de fora
do Concelho do Funchal do 3º Ciclo, não praticam as modalidades: Desportos de
Combate, Desportos de Grande Espaço e Desportos de Confrontação Directa, com a
excepção dos Desportos de Adaptação ao Meio, que passar a ser praticados nas
Escolas fora do Concelho do Funchal, com uma percentagem de 3,8.
3.1.2.3. – Análise Consoante o número de Alunos
Modalidades Nucleares
Nº de Alunos
0-499 Alunos 500-999 Alunos 1000-1499
Alunos 1500 ou +
Alunos
Nº de Escolas %
Nº de Escolas %
Nº de Escolas %
Nº de Escolas %
D. Colectivos 13 50,0% 7 26,9% 3 11,5% 3 11,5%
D. Individuais 13 50,0% 7 26,9% 2 11,5% 3 11,5%
D. Combate 2 7,7% 0 0,0% 0 0,0% 0 0,0%
D. Grandes Espaços 0 0,0% 0 0,0% 0 0,0% 0 0,0%
D. Adaptação ao Meio 2 7,7% 0 0,0% 0 0,0% 1 3,8%
D. Confrontação Directa 12 46,2% 5 19,2% 1 3,8% 2 7,7%
Dança 3 11,5% 1 3,8% 0 0,0% 1 3,8%
Jogos Tradicionais 1 3,8% 0 0,0% 0 0,0% 1 3,8%
Quadro 10 – Sistematização das modalidades desportivas nucleares praticadas no 7º Ano consoante o
número de alunos
0%
5%
10%
15%
20%
25%
30%
35%
40%
45%
50%
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D. C
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D. In
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D. C
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D. G
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D. A
. M
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D. C
. D
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Dança
J.T
.
Modalidades Nucleares
0-499 Alunos 500-999 Alunos 1000-1499 Alunos 1500 ou + Alunos
Figura 7 – Sistematização das modalidades desportivas nucleares praticadas no 7º Ano consoante o
número de alunos
Monografia Sandra Camacho 52
No que se refere às modalidades nucleares do 7º Ano, distribuídos pelas escolas
consoante o número de alunos, verificamos que, nas escolas com menor número de
alunos, os Desportos Colectivos e os Desportos Individuais apresentam uma
percentagem maior na sua prática, havendo um decréscimo, consoante o crescer do
número de alunos.
Os Desportos de Confrontação Directa voltam a ser a 3ª modalidade mais
abordada, sendo leccionada por cerca de 46,2% nas escolas com menos de 500
alunos, sendo menos abordadas as outras categorias.
Os Desportos de Combate só são praticados nas escolas com menos de 500 alunos,
em contrapartida, a Dança, só não é praticada nas escolas entre 1000 a 1499 alunos.
Nas escolas entre 500 a 999 alunos e de 1000 a 1499 alunos, os Desportos de
Adaptação ao Meio e os Jogos Tradicionais não são abordados.
Modalidades Nucleares
Nº de Alunos
0-499 Alunos 500-999 Alunos 1000-1499
Alunos 1500 ou +
Alunos
Nº de Escolas %
Nº de Escolas %
Nº de Escolas %
Nº de Escolas %
D. Colectivos 13 50,0% 7 26,9% 3 11,5% 3 11,5%
D. Individuais 13 50,0% 7 26,9% 3 11,5% 3 11,5%
D. Combate 4 15,4% 0 0,0% 0 0,0% 1 3,8%
D. Grandes Espaços 0 0,0% 0 0,0% 0 0,0% 0 0,0%
D. Adaptação ao Meio 1 3,8% 0 0,0% 0 0,0% 1 3,8%
D. Confrontação Directa 11 42,3% 7 26,9% 1 3,8% 1 3,8%
Dança 3 11,5% 1 3,8% 0 0,0% 1 3,8%
Jogos Tradicionais 1 3,8% 0 0,0% 0 0,0% 1 3,8% Quadro 11 – Sistematização das modalidades desportivas nucleares praticadas no 8º Ano consoante o
número de alunos
Monografia Sandra Camacho 53
0%
5%
10%
15%
20%
25%
30%
35%
40%
45%
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Da
nça
J.T
.
Modalidades Nucleares
0-499 Alunos 500-999 Alunos 1000-1499 Alunos 1500 ou + Alunos
Figura 8 – Sistematização das modalidades desportivas nucleares praticadas no 8º Ano consoante o
número de alunos
Na análise à figura 8, verificou-se que a situação é idêntica à do 7º Ano, pois há
um predomínio dos Desportos Colectivos e Individuais, seguindo-se os Desportos de
Confrontação Directa.
Em relação aos Desportos de Adaptação ao Meio, Dança e Jogos Tradicionais,
volta-se a constatar a situação da figura anterior.
A única diferença que verificamos é a nível dos Desportos de Combate, pois estes
só eram abordados no 7º Ano em escolas com menos de 500 alunos, enquanto que no
8º Ano são praticados nestas e nas escolas com mais de 1500 alunos.
Modalidades Nucleares
Nº de Alunos
0-499 Alunos 500-999 Alunos 1000-1499
Alunos 1500 ou +
Alunos
Nº de Escolas %
Nº de Escolas %
Nº de Escolas %
Nº de Escolas %
D. Colectivos 12 46,2% 7 26,9% 3 11,5% 3 11,5%
D. Individuais 12 46,2% 7 26,9% 3 11,5% 3 11,5%
D. Combate 1 3,8% 0 0,0% 0 0,0% 0 0,0%
D. Grandes Espaços 0 0,0% 0 0,0% 0 0,0% 0 0,0%
D. Adaptação ao Meio 2 7,7% 0 0,0% 0 0,0% 1 3,8%
D. Confrontação Directa 4 15,4% 5 19,2% 1 3,8% 2 7,7%
Dança 2 7,7% 1 3,8% 0 0,0% 1 3,8%
Jogos Tradicionais 1 3,8% 0 0,0% 0 0,0% 1 3,8% Quadro 12 – Sistematização das modalidades desportivas nucleares praticadas no 9º Ano consoante o
número de alunos
Monografia Sandra Camacho 54
0%
5%
10%
15%
20%
25%
30%
35%
40%
45%
50%
% d
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D. C
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D. In
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D. C
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D. G
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D. C
. D
.
Da
nça
J.T
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Modalidades Nucleares
0-499 Alunos 500-999 Alunos 1000-1499 Alunos 1500 ou + Alunos
Figura 9 – Sistematização das modalidades desportivas nucleares praticadas no 9º Ano consoante o
número de alunos
A Figura nº 9 é em tudo idêntica à do 7º Ano, oscilando somente a percentagem
de prática entre cada um dos desportos.
Modalidades Alternativas
Nº de Alunos
0-499 Alunos 500-999 Alunos 1000-1499
Alunos 1500 ou +
Alunos
Nº de Escolas %
Nº de Escolas %
Nº de Escolas %
Nº de Escolas %
D. Colectivos 1 3,8% 0 0,0% 0 0,0% 2 7,7%
D. Individuais 2 11,5% 4 15,4% 1 3,8% 1 3,8%
D. Combate 0 0,0% 0 0,0% 0 0,0% 0 0,0%
D. Grandes Espaços 0 0,0% 0 0,0% 0 0,0% 0 0,0%
D. Adaptação ao Meio 1 3,8% 0 0,0% 0 0,0% 0 0,0%
D. Confrontação Directa 0 0,0% 0 0,0% 0 0,0% 0 0,0%
Indefinido 2 7,7% 1 3,8% 1 3,8% 0 0,0% Quadro 13 – Sistematização das modalidades desportivas alternativas praticadas no 7º Ano consoante o
número de alunos
Monografia Sandra Camacho 55
0%
2%
4%
6%
8%
10%
12%
14%
16%
% d
e A
bo
rda
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D. C
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D. In
d.
D. C
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D. G
. E
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D. A
. M
.
D. C
. D
.
Ind
efin
ido
Modalidades Alternativas
0-499 Alunos 500-999 Alunos 1000-1499 Alunos 1500 ou + Alunos
Figura 10 – Sistematização das modalidades desportivas alternativas praticadas no 7º Ano consoante o
número de alunos
No que se refere às modalidades alternativas, consoante o número de alunos,
constatamos que a mais abordada é os Desportos Individuais, com maior
percentagem de prática nas escolas de 500 a 999 alunos, com 15,4%.
Em contrapartida, os Desportos de Combate, Desportos de Grandes Espaços e
Desportos de Confrontação Directa não são abordados em nenhuma das escolas do
7º Ano.
Relativamente aos Indefinidos, só não são abordados nas escolas com mais de
1500 alunos e, os Desportos Colectivos, nas escolas constituídas por 500 a 999 alunos
e 1000 a 1499 alunos.
Ainda, em relação, aos Desportos de Adaptação ao Meio, só são abordados nas
escolas com menos de 500 alunos.
Monografia Sandra Camacho 56
Modalidades Alternativas
Nº de Alunos
0-499 Alunos 500-999 Alunos 1000-1499
Alunos 1500 ou +
Alunos
Nº de Escolas %
Nº de Escolas %
Nº de Escolas %
Nº de Escolas %
D. Colectivos 1 3,8% 1 3,8% 0 0,0% 1 3,8%
D. Individuais 3 11,5% 4 15,4% 1 3,8% 1 3,8%
D. Combate 0 0,0% 0 0,0% 0 0,0% 0 0,0%
D. Grandes Espaços 0 0,0% 0 0,0% 0 0,0% 0 0,0%
D. Adaptação ao Meio 1 3,8% 0 0,0% 0 0,0% 0 0,0%
D. Confrontação Directa 0 0,0% 0 0,0% 0 0,0% 0 0,0%
Indefinido 2 7,7% 1 3,8% 1 3,8% 0 0,0% Quadro 14 – Sistematização das modalidades desportivas alternativas praticadas no 8º Ano consoante o
número de alunos
0%
2%
4%
6%
8%
10%
12%
14%
16%
% d
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D. C
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D. In
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D. C
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.
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.
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.
D. C
. D
.
Ind
efin
ido
Modalidades Alternativas
0-499 Alunos 500-999 Alunos 1000-1499 Alunos 1500 ou + Alunos
Figura 11 – Sistematização das modalidades desportivas alternativas praticadas no 8º Ano consoante o
número de alunos
Ao analisarmos a figura 11, voltou-se a constatar que é uma réplica do que se passa
no 7º Ano. Só que, no caso dos Desportos Colectivos, passa a haver uma prática na
ordem de 3,8%, nas escolas com 500 a 999 alunos.
Monografia Sandra Camacho 57
Modalidades Alternativas
Nº de Alunos
0-499 Alunos 500-999 Alunos 1000-1499
Alunos 1500 ou +
Alunos
Nº de Escolas %
Nº de Escolas %
Nº de Escolas %
Nº de Escolas %
D. Colectivos 1 3,8% 1 3,8% 0 0,0% 2 7,7%
D. Individuais 3 7,7% 5 19,2% 1 3,8% 1 3,8%
D. Combate 0 0,0% 0 0,0% 0 0,0% 0 0,0%
D. Grandes Espaços 0 0,0% 0 0,0% 0 0,0% 0 0,0%
D. Adaptação ao Meio 1 3,8% 0 0,0% 0 0,0% 0 0,0%
D. Confrontação Directa 0 0,0% 0 0,0% 0 0,0% 0 0,0%
Indefinido 2 7,7% 2 7,7% 1 3,8% 0 0,0% Quadro 15 – Sistematização das modalidades desportivas alternativas praticadas no 9º Ano consoante o
número de alunos
0%
2%
4%
6%
8%
10%
12%
14%
16%
18%
20%
% d
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bo
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ge
m
D. C
ol.
D. In
d.
D. C
om
.
D. G
. E
.
D. A
. M
.
D. C
. D
.
Ind
efin
ido
Modalidades Alternativas
0-499 Alunos 500-999 Alunos 1000-1499 Alunos 1500 ou + Alunos
Figura 12 – Sistematização das modalidades desportivas alternativas praticadas no 9º Ano consoante o
número de alunos
Ao compararmos a figura nº 12 com a figura relativa ao 7º Ano, deparamo-nos
com uma figura em tudo igual.
Contudo, há a salientar que a diferença, entre ambas, é simplesmente a oscilação
das percentagens das modalidades abordadas.
Monografia Sandra Camacho 58
SÍNTESE
Assim:
Quanto às modalidades nucleares, de referir que em todas as categorias,
análise geral, por concelho e consoante o número de alunos, constatamos
um predomínio dos Desportos Colectivos e Individuais. Logo de seguida
encontram-se os Desportos de Confrontação Directa.
Do conjunto de modalidades menos praticadas, a Dança, destaca-se por ser
a mais praticada, contudo no 7º, 8ºe 9º ano já não é abordada em escolas
entre 1000 a 1499 alunos. Nas escolas fora do Concelho do Funchal,
apresenta uma maior taxa de prática no 8º e 9º ano e, ainda, no 7º ano nas
Escolas do Concelho do Funchal.
De salientar que os Desportos de Combate, apesar da sua fraca
percentagem de prática, também não é abordada no 9º ano das escolas do
Concelho do Funchal. Relativamente à categoria, consoante o número de
alunos, a mesma modalidade só é abordada em escolas com menos de 500
alunos no 7º, 8º e 9º anos e, ainda, em escolas com mais de 1500 alunos do
8º ano.
Os Desportos de Adaptação ao Meio e os Jogos Tradicionais, só não são
abordados na categoria consoante o número de alunos no 7º, 8º e 9º anos
nas escolas constituídas entre 500 a 999 alunos e 1000 a 1499 alunos.
A modalidade, Desportos de Grandes Espaços, é a única que não é
abordada em nenhum dos 3 anos do 3º Ciclo e em nenhuma das categorias
apresentadas.
Monografia Sandra Camacho 59
SÍNTESE
Assim:
No que concerne às modalidades alternativas, de referir que em todas as
categorias, análise geral, por concelho e consoante o número de alunos,
constatamos um predomínio dos Desportos Individuais, Indefinido e os
Colectivos. Contudo, os Desportos Colectivos não são abordados no 7º em
escolas constituídas entre 500 a 999 alunos e em escolas com 1000 a 1499
alunos, nesta ainda verifica-se o mesmo nos 8º e 9º anos. Esta situação
repete-se nos Indefinidos em todos os anos do 3º Ciclo nas escolas com
mais de 1500 alunos.
Os Desportos de Combate, os Desportos de Grandes Espaços e, ainda, os
Desportos de Confrontação Directa, constituem o conjunto de modalidades
que não são abordadas em nenhuma das categorias analisadas.
Apesar da pouca percentagem de prática dos Desportos de Adaptação ao
Meio, verificamos que no 7º, 8º e 9º ano, as escolas com menos de 500
alunos, não efectua a abordagem. Há a referir que nas escolas, pertencentes
ao Concelho do Funchal, esta modalidade não é praticada em todo o 3º
Ciclo.
Monografia Sandra Camacho 60
3.1.3. – Modalidades Abordadas no 3º Ciclo
Neste ponto, iremos efectuar uma análise quer das modalidades nucleares, quer
das alternativas abordadas em todo o 3º Ciclo das escolas, que compõem a rede
escolar da Região Autónoma da Madeira. Neste contexto, iremos incluir e
confrontá-las, efectuando uma análise geral, por concelhos e consoante o número de
alunos.
De salientar que, após o tratamento de dados, existem certas modalidades que não
foram referidas, quer a nível das modalidades nucleares, quer nas alternativas,
porque as informações recolhidas não indicavam qualquer modalidade.
A destacar, ainda, que desta recolha, surgiram modalidades, cujas características
não se enquadravam em qualquer das modalidades, havendo a necessidade de as
adaptar na seguinte categoria:
OUTRAS ACTIVIDADES
Procedemos à criação desta categoria, porque surgiram modalidades cujas
características não se enquadravam nas restantes, ou seja, conteúdos ligados ao
Trabalho das Capacidades Física e Coordenativas e Praia.
Monografia Sandra Camacho 61
3.1.3.1. – Análise geral
Modalidades Nucleares
7º Ano 8º Ano 9º Ano
Nº de Escolas
% Nº de
Escolas %
Nº de Escolas
%
Futebol 22 84,6% 20 76,9% 21 80,8%
Basquetebol 23 88,5% 22 84,6% 22 84,6%
Andebol 23 88,5% 21 80,8% 21 80,8%
Voleibol 22 84,6% 24 92,3% 22 84,6%
Ginástica 25 96,2% 21 80,8% 22 84,6%
Atletismo 15 57,7% 19 73,1% 17 65,4%
Desportos de Raquete 20 76,9% 20 76,9% 18 69,2%
Patinagem 5 19,2% 4 15,4% 3 11,5%
Dança 5 19,2% 5 19,2% 4 15,4%
Desportos de Combate 2 7,7% 5 19,2% 1 3,8%
Orientação 3 11,5% 2 7,7% 3 11,5%
Jogos Tradicionais 2 7,7% 2 7,7% 2 7,7% Quadro 16 – Modalidades nucleares abordadas no 3º Ciclo da RAM
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
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D. R
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J. T
.
Modalidades Nucleares
7º Ano 8º Ano 9º Ano
Figura 13 – Modalidades nucleares abordadas no 3º Ciclo da RAM
Dos dados referentes à figura nº 13, constatamos que as modalidades mais praticadas,
numa percentagem superior a 50, ou seja, pois mais de metade das escolas fazem a
abordagem: aos Desportos Colectivos (Andebol, Basquetebol, Voleibol e Futebol), à Ginástica,
aos Desportos de Raquete e ao Atletismo. Podemos, ainda, tirar a ilação de que a Ginástica é a
modalidade mais abordada no 7º Ano e, por sequência, o Andebol, o Basquetebol e o Futebol.
Sendo o Voleibol a modalidade mais abordada no 8º Ano.
Monografia Sandra Camacho 62
A Patinagem, a Dança, os Desportos de Combate, a Orientação e os Jogos
Tradicionais, constituem o grupo de modalidades que são menos abordadas nas
escolas, cuja percentagem é inferior a 20.
Modalidades Alternativas
7º Ano 8º Ano 9º A no
Nº de Escolas
% Nº de
Escolas %
Nº de Escolas
%
Natação 8 30,8% 9 34,6% 10 38,5%
Corfebol 2 7,7% 1 3,8% 2 7,7%
Râguebi 1 3,8% 1 3,8% 2 7,7%
Futsal 1 3,8% 1 3,8% 2 7,7%
Outras Actividades 4 15,4% 4 15,4% 5 19,2%
Canoagem 1 3,8% 1 3,8% 1 3,8% Quadro 17 – Modalidades alternativas abordadas no 3º Ciclo da RAM
0%
5%
10%
15%
20%
25%
30%
35%
40%
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Nat.
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Modalidades Alternativas
7º Ano 8º Ano 9º ano
Figura 14 – Modalidades alternativas abordadas no 3º Ciclo da RAM
Como os próprios dados demonstram, observamos que a Natação é a modalidade
mais abordada em todo o 3º Ciclo, com uma maior incidência no 9º Ano (38,5%).
A categoria de Outras Actividades, corresponde à modalidade que é praticada em
menor escala, ou seja, para quase metade da representatividade da Natação, enquanto
que as restantes modalidades apresentam uma percentagem muito inferior (entre 3,8
a 7,7%).
Monografia Sandra Camacho 63
3.1.3.2. – Análise por Concelhos
Modalidades Nucleares
7º Ano 8º Ano 9º Ano
Nº de Escolas
% Nº de
Escolas %
Nº de Escolas
%
Futebol 9 34,6% 9 34,6% 9 34,6%
Basquetebol 9 34,6% 9 34,6% 9 34,6%
Andebol 8 30,8% 9 34,6% 9 34,6%
Voleibol 9 34,6% 9 34,6% 9 34,6%
Ginástica 10 38,5% 8 30,8% 9 34,6%
Atletismo 7 26,9% 8 30,8% 8 30,8%
Desportos de Raquete 6 23,1% 7 26,9% 5 19,2%
Patinagem 3 11,5% 3 11,5% 2 7,7%
Dança 3 11,5% 2 7,7% 2 7,7%
Desportos de Combate 2 7,7% 3 11,5% 1 3,8%
Orientação 1 3,8% 1 3,8% 2 7,7%
Jogos Tradicionais 1 3,8% 1 3,8% 1 3,8%
Quadro 18 – Modalidades nucleares abordadas no 3º Ciclo no Concelho do Funchal
0%
5%
10%
15%
20%
25%
30%
35%
40%
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D. R
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D. C
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J. T
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Modalidades Nucleares
7º Ano 8º Ano 9º Ano
Figura 15 – Modalidades nucleares abordadas no 3º Ciclo no Concelho do Funchal
Através da observação da figura nº 15, podemos referir que os Desportos
Colectivos, a Ginástica, o Atletismo e os Desportos de Raquete, são as modalidades
mais abordadas. Contudo, a nível do 7º Ano, é menos praticado o Andebol, o
Atletismo e os Desportos de Raquete, sendo a Ginástica, a mais praticada.
Monografia Sandra Camacho 64
Do conjunto das modalidades mais abordadas, os Desportos de Raquete,
destaca-se por ser a menos abordada, contudo apresenta uma maior incidência de
prática no 9º Ano.
De salientar que a Patinagem, a Dança, os Desportos Combate, a Orientação e os
Jogos Tradicionais, pertencem ao grupo das modalidades com menor prática.
Modalidades Nucleares 7º Ano 8º Ano 9º Ano
Nº de Escolas
% Nº de
Escolas %
Nº de Escolas
%
Futebol 13 50,0% 11 42,3% 12 46,2%
Basquetebol 14 53,8% 13 50,0% 13 50,0%
Andebol 15 57,7% 12 46,2% 12 46,2%
Voleibol 13 50,0% 15 57,7% 13 50,0%
Ginástica 15 57,7% 13 50,0% 13 50,0%
Atletismo 7 26,9% 11 42,3% 9 34,6%
Desportos de Raquete 14 53,8% 13 50,0% 13 50,0%
Patinagem 2 7,7% 1 3,8% 1 3,8%
Dança 2 7,7% 3 11,5% 2 7,7%
Desportos de Combate 1 3,8% 3 11,5% 1 3,8%
Orientação 2 7,7% 1 3,8% 1 3,8%
Jogos Tradicionais 1 3,8% 1 3,8% 1 3,8%
Quadro 19 – Modalidades nucleares abordadas no 3º Ciclo fora do Concelho do Funchal
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
% d
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bo
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Fu
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Ba
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An
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Vo
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Gin
.
Atl.
D. R
.
Pa
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Da
nça
D. C
.
Ori
.
J. T
.
Modalidades Nucleares
7º Ano 8º Ano 9º Ano
Figura 16 – Modalidades nucleares abordadas no 3º Ciclo fora do Concelho do Funchal
Monografia Sandra Camacho 65
Nesta figura, podemos constatar que se repete o conjunto de modalidades com
maior e menor abordagem. No entanto, verificamos que no 7º Ano, o Futebol, o
Basquetebol, o Andebol, a Ginástica e os Desportos de Raquete, são os mais
abordados, enquanto que no 8º Ano, o Voleibol e o Atletismo são os mais praticados.
Dentro das modalidades menos abordadas, a Orientação e a Patinagem são as que
têm uma maior prática no 7º Ano; a Dança e os Desportos de Combate, no 8º Ano e,
ainda, com uma percentagem de 3,8 em todo o Ciclo, os Jogos Tradicionais.
Modalidades Alternativas
7º Ano 8º Ano 9º A no
Nº de Escolas
% Nº de
Escolas %
Nº de Escolas
%
Natação 2 14,3% 2 7,7% 3 11,5%
Corfebol 1 7,1% 1 7,1% 1 7,1%
Râguebi 0 0,0% 0 0,0% 0 0,0%
Futsal 0 0,0% 0 0,0% 0 0,0%
Outras Actividades 1 7,1% 1 7,1% 1 7,1%
Canoagem 0 0,0% 0 0,0% 0 0,0%
Quadro 20 – Modalidades alternativas abordadas no 3º Ciclo do Concelho do Funchal
0%
2%
4%
6%
8%
10%
12%
14%
16%
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Ca
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Modalidades Alternativas
7º Ano 8º Ano 9º ano
Figura 17 – Modalidades alternativas abordadas no 3º Ciclo do Concelho no Funchal
Monografia Sandra Camacho 66
A partir dos dados da figura 17, observamos que a Natação é a modalidade mais
praticada nos 7º e 9º Anos, decrescendo no 8º Ano (7,7%). Com uma percentagem de
7,1, encontram-se todos os anos do referido ciclo, as modalidades do Corfebol e
Outras Actividades. O Râguebi, o Futsal e a Canoagem, pertencem ao grupo das
modalidades que nenhuma escola do Concelho do Funchal aborda.
Modalidades Alternativas
7º Ano 8º Ano 9º A no
Nº de Escolas
% Nº de
Escolas %
Nº de Escolas
%
Natação 6 23,1% 7 26,9% 7 26,9%
Corfebol 1 3,8% 0 0,0% 1 3,8%
Râguebi 1 3,8% 1 3,8% 2 7,7%
Futsal 1 3,8% 1 3,8% 2 7,7%
Outras Actividades 3 11,5% 3 11,5% 4 15,4%
Canoagem 1 3,8% 1 3,8% 1 3,8%
Quadro 21 – Modalidades alternativas abordadas no 3º Ciclo fora no Concelho do Funchal
0%
5%
10%
15%
20%
25%
% d
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Co
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Râ
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Fu
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l
O. A
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Ca
n.
Modalidades Alternativas
7º Ano 8º Ano 9º ano
Figura 18 – Modalidades alternativas abordadas no 3º Ciclo fora do Concelho do Funchal
Através dos dados esquematizados na figura nº 18, verificamos algumas
semelhanças, pois a Natação volta a ser a modalidade mais abordada, com menor
incidência no 7º Ano (23,1%), seguindo-se, as Outras Actividades, sendo mais
praticada no 9º Ano (15,4%).
Monografia Sandra Camacho 67
Nas escolas fora do Concelho do Funchal, cerca de 3,8% pratica o Corfebol nos7º e
9º Anos, não havendo qualquer prática no 8º ano.
Em relação às modalidades que não tinham qualquer abordagem no Concelho do
Funchal, nomeadamente, o Râguebi, o Futsal e a Canoagem, as mesmas passam a ter
uma percentagem significativa de prática nas escolas fora do Concelho do Funchal.
De salientar que o Râguebi e o Futsal são as mais praticadas no último ano do
3º Ciclo.
3.1.3.3. – Análise consoante o número de Alunos
Modalidades Nucleares
Nº de Alunos
0-499 Alunos 500-999 Alunos 1000-1499
Alunos 1500 ou +
Alunos
Nº de Escolas %
Nº de Escolas %
Nº de Escolas %
Nº de Escolas %
Futebol 11 42,3% 7 26,9% 2 7,7% 2 7,7%
Basquetebol 11 42,3% 6 23,1% 3 11,5% 3 11,5%
Andebol 12 46,2% 7 26,9% 1 3,8% 3 11,5%
Voleibol 11 42,3% 6 23,1% 3 11,5% 2 7,7%
Ginástica 12 46,2% 7 26,9% 3 11,5% 3 11,5%
Atletismo 8 30,8% 3 11,5% 1 3,8% 2 7,7%
D. Raquete 12 46,2% 5 19,2% 1 3,8% 2 7,7%
Patinagem 2 7,7% 0 0,0% 1 3,8% 1 3,8%
Dança 3 11,5% 1 3,8% 0 0,0% 1 3,8%
D. Combate 2 7,7% 0 0,0% 0 0,0% 1 3,8%
Orientação 2 7,7% 0 0,0% 0 0,0% 1 3,8%
Jogos tradicionais 1 3,8% 0 0,0% 0 0,0% 1 3,8%
Quadro 22 – Modalidades nucleares abordadas no 7º Ano consoante o número de alunos
Monografia Sandra Camacho 68
0%
5%
10%
15%
20%
25%
30%
35%
40%
45%
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J. T
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Modalidades Nucleares
Modalidades Nucleares 0-499 Alunos Modalidades Nucleares 500-999 Alunos
Modalidades Nucleares 1000-1499 Alunos Modalidades Nucleares 1500 ou + Alunos
Figura 19 – Modalidades nucleares abordadas no 7º Ano consoante o número de alunos
O conjunto das modalidades nucleares mais abordadas: o Futebol, o Basquetebol,
o Andebol, o Voleibol, a Ginástica, o Atletismo e os Desportos de Raquete, sendo
também mais praticado a nível das escolas com menos de 500 alunos. No entanto, o
Andebol, o Atletismo e os Desportos de Raquete são os menos praticados em escolas
com o número de alunos entre 1000 a 1499.
As modalidades menos praticadas são a Patinagem, a Dança, os Desportos de
Combate, a Orientação e os Jogos Tradicionais.
De salientar que a Patinagem não é praticada em escolas, cujo número de alunos
varia entre 500 a 999; a Dança, não é praticada na categoria seguinte (1000 a 1499
alunos), enquanto que os Desportos de Combate, a Orientação e os Jogos Tradicionais
não são praticados em ambas as categorias mencionadas.
Monografia Sandra Camacho 69
Modalidades Nucleares
Nº de Alunos
0-499 Alunos 500-999 Alunos 1000-1499
Alunos 1500 ou + Alunos
Nº de Escolas %
Nº de Escolas %
Nº de Escolas %
Nº de Escolas %
Futebol 9 34,6% 5 19,2% 3 11,5% 3 11,5%
Basquetebol 13 50,0% 6 23,1% 1 3,8% 2 7,7%
Andebol 10 38,5% 6 23,1% 3 11,5% 2 7,7%
Voleibol 13 50,0% 6 23,1% 2 7,7% 3 11,5%
Ginástica 12 46,2% 6 23,1% 1 3,8% 2 7,7%
Atletismo 8 30,8% 5 19,2% 3 11,5% 3 11,5%
D. Raquete 11 42,3% 7 26,9% 1 3,8% 1 3,8%
Patinagem 3 11,5% 0 0,0% 0 0,0% 1 3,8%
Dança 3 11,5% 1 3,8% 0 0,0% 1 3,8%
D. Combate 4 15,4% 0 0,0% 0 0,0% 2 7,7%
Orientação 1 3,8% 0 0,0% 0 0,0% 1 3,8%
Jogos tradicionais 1 3,8% 0 0,0% 0 0,0% 1 3,8%
Quadro 23 – Modalidades nucleares abordadas no 8º Ano consoante o número de alunos
0%
5%
10%
15%
20%
25%
30%
35%
40%
45%
50%
% d
e A
bo
rda
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m
Fu
t.
Ba
s.
An
d.
Vo
l.
Gin
.
Atl.
D. R
.
Pa
t.
Da
nça
D. C
.
Ori
.
J. T
.
Modallidades Nucleares
Modalidades Nucleares 0-499 Alunos Modalidades Nucleares 500-999 Alunos
Modalidades Nucleares 1000-1499 Alunos Modalidades Nucleares 1500 ou + Alunos
Figura 20 – Modalidades nucleares abordadas no 8º Ano consoante o número de alunos
Pela observação da figura 19, verificou-se a grande semelhança com a figura
anterior. Assim, voltam a se destacar o grupo de modalidades com um maior grau de
prática e o de menor prática.
O Futebol, o Basquetebol, o Andebol, o Voleibol, a Ginástica, o Atletismo e os
Desportos de Raquete, também são as modalidades mais praticadas a nível das
escolas com menos de 500 alunos. Enquanto que na figura anterior, o Andebol, o
Atletismo e os Desportos de Raquete eram as menos praticadas em escolas com o
Monografia Sandra Camacho 70
número de alunos entre 1000 a 1499, nesta figura, passa a ser o Basquetebol, o
Voleibol e a Ginástica.
Os menos praticados são novamente a Patinagem, a Dança, os Desportos de
Combate, a Orientação e os Jogos Tradicionais. A referir que esta figura é quase igual
à anterior, havendo uma diferença no que concerne à Patinagem, que passa a não ser
também praticada nas escolas de 1000 a 1499 alunos.
Modalidades Nucleares
Nº de Alunos
0-499 Alunos 500-999 Alunos 1000-1499 Alunos 1500 ou +
Alunos
Nº de Escolas %
Nº de Escolas %
Nº de Escolas %
Nº de Escolas %
Futebol 10 38,5% 7 26,9% 2 7,7% 2 7,7%
Basquetebol 11 42,3% 5 19,2% 3 11,5% 3 11,5%
Andebol 10 38,5% 6 23,1% 2 7,7% 3 11,5%
Voleibol 11 42,3% 7 26,9% 2 7,7% 2 7,7%
Ginástica 11 42,3% 5 19,2% 3 11,5% 3 11,5%
Atletismo 8 30,8% 6 23,1% 1 3,8% 2 7,7%
D. Raquete 10 38,5% 5 19,2% 1 3,8% 2 7,7%
Patinagem 2 7,7% 0 0,0% 0 0,0% 1 3,8%
Dança 2 7,7% 1 3,8% 0 0,0% 1 3,8%
D. Combate 1 3,8% 0 0,0% 0 0,0% 1 3,8%
Orientação 2 7,7% 0 0,0% 0 0,0% 1 3,8%
Jogos tradicionais 1 3,8% 0 0,0% 0 0,0% 1 3,8%
Quadro 24 – Modalidades nucleares abordadas no 9º Ano consoante o número de alunos
0%
5%
10%
15%
20%
25%
30%
35%
40%
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Modalides Nucleares
Modalidades Nucleares 0-499 Alunos Modalidades Nucleares 500-999 Alunos
Modalidades Nucleares 1000-1499 Alunos Modalidades Nucleares 1500 ou + Alunos
Figura 21 – Modalidades nucleares abordadas no 9º Ano consoante o número de alunos
Monografia Sandra Camacho 71
Como podemos verificar pela figura nº 20, podemos afirmar que esta volta a
apresentar o mesmo leque de modalidade para as mais e menos praticadas, sendo o
conjunto das mais praticadas, muito idêntico à figura respeitante ao 7º ano. O mesmo
acontece com as menos abordadas, variando somente na prática da Patinagem que é
idêntica à do 8º Ano.
Modalidades Alternativas
Nº de Alunos
0-499 Alunos 500-999 Alunos 1000-1499
Alunos 1500 ou +
Alunos
Nº de Escolas %
Nº de Escolas %
Nº de Escolas %
Nº de Escolas %
Natação 2 7,7% 4 15,4% 1 3,8% 1 3,8%
Corfebol 0 0,0% 0 0,0% 0 0,0% 2 7,7%
Râguebi 0 0,0% 0 0,0% 0 0,0% 1 3,8%
Futsal 1 3,8% 0 0,0% 0 0,0% 0 0,0%
Outras Actividades 2 7,7% 1 3,8% 1 3,8% 0 0,0%
Canoagem 1 3,8% 0 0,0% 0 0,0% 0 0,0%
Quadro 25 – Modalidades alternativas abordadas no 7º Ano consoante o número de alunos
0%
2%
4%
6%
8%
10%
12%
14%
16%
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Modalidades Alternativas
Modalidades Alternativas 0-499 Alunos Modalidades Alternativas 500-999 Alunos
Modalidades Alternativas 1000-1499 Alunos Modalidades Alternativas 1500 ou + Alunos
Figura 22 – Modalidades alternativas abordadas no 7º Ano consoante o número de alunos
Após a observação da figura 21, verificamos que a Natação é a modalidade
privilegiada na abordagem, uma vez que a mesma é praticas, independentemente do
número de alunos por escola, o que já não se verifica nas restantes modalidades.
Monografia Sandra Camacho 72
O Corfebol e o Râguebi só são abordados em escolas com mais de 1500 alunos; em
contrapartida as Outras Actividades não são abordadas.
Nas escolas com menos de 500 alunos, as únicas modalidades praticas são o
Futsal e a Canoagem
Modalidades Alternativas
Nº de Alunos
0-499 Alunos 500-999 Alunos 1000-1499
Alunos 1500 ou +
Alunos
Nº de Escolas %
Nº de Escolas %
Nº de Escolas %
Nº de Escolas %
Natação 3 11,5% 3 11,5% 1 3,8% 1 3,8%
Corfebol 0 0,0% 0 0,0% 0 0,0% 1 3,8%
Râguebi 0 0,0% 1 3,8% 0 0,0% 0 0,0%
Futsal 1 3,8% 0 0,0% 0 0,0% 0 0,0%
Outras Actividades 2 7,7% 1 3,8% 1 3,8% 0 0,0% Canoagem 1 3,8% 0 0,0% 0 0,0% 0 0,0%
Quadro 26 – Modalidades alternativas abordadas no 8º Ano consoante o número de alunos
0%
2%
4%
6%
8%
10%
12%
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Modalidades Alternativas
Modalidades Alternativas 0-499 Alunos Modalidades Alternativas 500-999 Alunos
Modalidades Alternativas 1000-1499 Alunos Modalidades Alternativas 1500 ou + Alunos
Figura 23 – Modalidades alternativas abordadas no 8º Ano consoante o número de alunos
Volta-se a constatar que esta figura é muito similar à anterior, na parte
correspondente ao 7º Ano, apresentando uma única diferença e a nível do Râguebi,
pois este só era praticado nas escolas com mais de 1500 alunos e agora passa a ser
prática corrente em escolas constituídas entre 500 a 999 alunos.
Monografia Sandra Camacho 73
Modalidades Alternativas
Nº de Alunos
0-499 Alunos 500-999 Alunos 1000-1499
Alunos 1500 ou +
Alunos
Nº de Escolas %
Nº de Escolas %
Nº de Escolas %
Nº de Escolas %
Natação 3 11,5% 5 19,2% 1 3,8% 1 3,8%
Corfebol 0 0,0% 0 0,0% 0 0,0% 2 7,7%
Râguebi 0 0,0% 1 3,8% 0 0,0% 1 3,8%
Futsal 1 3,8% 1 3,8% 0 0,0% 0 0,0%
Outras Actividades 2 7,7% 2 7,7% 1 3,8% 0 0,0%
Canoagem 1 3,8% 0 0,0% 0 0,0% 0 0,0%
Quadro 27 – Modalidades alternativas abordadas no 9º Ano consoante o número de alunos
0%
2%
4%
6%
8%
10%
12%
14%
16%
18%
20%
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Ca
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Modalidades Alternativas
0-499 Alunos 500-999 Alunos 1000-1499 Alunos 1500 ou + Alunos
Figura 24 – Modalidades alternativas abordadas no 9º Ano consoante o número de alunos
A prática das modalidades, Natação, Corfebol, Outras Actividades e Canoagem,
assinaladas nesta figura, é muito idêntica à figura referente à do 7º Ano. A única
alteração que se verifica é a nível do Râguebi e do Futsal, pois passam a ser abordadas
em duas das categorias, consoante o número de alunos, destacando-se o Râguebi em
escolas entre 500 a 999 alunos e nas com mais de 1500 alunos e, o Futsal, em escolas
com menos de 500 alunos e nas de 500 a 999 alunos.
Monografia Sandra Camacho 74
SÍNTESE
Assim:
Relativamente às modalidades nucleares, observámos que, todas as Escolas
da do 3º Ciclo da RAM, apresentam como modalidades mais abordadas, o
seguinte conjunto: Futebol, Basquetebol, Andebol, Voleibol, Ginástica,
Atletismo e Desportos de Raquete. Mesmo assim, estes últimos dois são os
menos praticados. Salienta-se que a Ginástica é a mais praticada, no
Concelho do Funchal, a nível do 7º Ano, enquanto que nas escolas fora do
Concelho do Funchal, a mesma repete-se, juntamente com o Andebol e o
Voleibol no 8º ano.
As modalidades menos praticadas são:
Concelho do Funchal e 9º Ano - Desportos de Raquete;
Fora do Concelho do Funchal e 7º Ano – Atletismo.
Consoante o número de alunos verifica-se a predominância de abordagem
destas modalidades, a nível das escolas com menos de 500 alunos. A menor
incidência de prática, observa-se em escolas constituídas por 1000 a 1499
alunos e nas superiores a 1500 alunos.
O conjunto de modalidades menos abordadas, pertence à Patinagem,
Dança, Desportos de Combate. Orientação e Jogos Tradicionais.
Salientamos que os Desportos de Combate, a Orientação e os Jogos
Tradicionais, só são abordados em escolas com menos de 500 alunos e nas
superiores a 1500 alunos, de todo o 3º Ciclo. A Dança, não é abordada nas
escolas com 1000 a 1499 alunos.
A Patinagem, no 7º Ano, não é praticada em escolas com 500 a 999 alunos,
enquanto que no 8º e 9º Ano, para além desta, também não é praticada em
escolas entre 1000 a 1499 alunos.
Monografia Sandra Camacho 75
SÍNTESE
Assim:
No que concerne às modalidades alternativas, abordados nas escolas do
3º Ciclo da RAM, constatou-se que a modalidade mais abordada é a
Natação, verificando-se o mesmo nas escolas dentro e fora do Concelho do
Funchal. Contudo, nas escolas do Concelho do Funchal, as modalidades
como o Râguebi e a Canoagem não apresentam qualquer percentagem de
prática.
Em relação às escolas fora do Concelho do Funchal, constatou-se que estas
modalidades alternativas são abordadas, havendo excepção no Corfebol, a
nível do 8º Ano.
Na categoria, consoante o número de alunos, a Natação, é praticada em
todas as escolas do 3º Ciclo, independentemente do número de alunos,
enquanto que o Corfebol só é abordado em todo o Ciclo nas escolas com
mais de 1500 alunos.
Constatámos ainda que:
A Canoagem - também só é abordada nas escolas com menos de
500 alunos;
As Outras Actividades – só não são abordadas nas escolas com mais de
1500 alunos;
No Râguebi e Futsal, no 7º, 8º e 9º Ano, as escolas não fazem qualquer
percentagem de abordagem, encontrando-se distribuída
aleatoriamente pelas diversas categorias.
Monografia Sandra Camacho 76
3.2. – Desporto Escolar
No levantamento dos dados para o presente estudo, recolhemos a informação
sobre as modalidades que são oferecidas aos alunos a serem praticadas no Desporto
Escolar. Assim, tal qual os procedimentos utilizados para os planos anuais de
Educação Física, procedemos de igual forma em relação ao Desporto Escolar.
Com o intuito de enriquecer esta análise, procederemos, sempre que possível, ao
realce de uma ou outra modalidade específica que se enquadre nas categorias
apresentadas.
Efectuaremos uma análise das modalidades que constituem o Programa de
Educação Física no 3º Ciclo, segundo a Taxononia de Fernando Almada.
Finalmente, procederemos a uma análise sobre os dados recolhidos, utilizando a
referida taxonomia, comparando ainda as modalidades propriamente ditas.
3.2.1. - Sistematização do Programa Nacional de Educação
Física
Neste ponto do trabalho, utilizaremos o mesmo método que foi aplicado na
Educação Física, para a totalidade das modalidades oferecidas para o Desporto
Escolar, num universo de 28 escolas da RAM.
Assim, este terá por base novamente a Taxonomia de Fernando Almada, de forma
a verificar as principais tendências das modalidades oferecidas aos alunos, no âmbito
do Desporto Escolar.
Modalidades Nucleares Programa
Número %
Desportos Colectivos 4 33,3%
Desportos Individuais 3 25%
Desportos de Combate 1 8,3%
Desportos dos Grandes Espaços 0 0%
Desportos de Adaptação ao Meio 1 8,3%
Desportos de Confrontação directa 1 8,3%
Dança 1 8,3%
Jogos Tradicionais 1 8,3% Quadro nº28 – Modalidades do Programa Nacional, segundo a Taxononia de F. Almada
Monografia Sandra Camacho 77
Pela análise do quadro nº 28 e segundo a Taxonomia de Fernando Almada,
verifica-se que o Programa Nacional de Educação Física, privilegia essencialmente a
prática, em todos os anos do 3º Ciclo, das Modalidades Colectivas, em cerca de 33,3%
e, dos Desportos Individuais à razão de 25%).
Nas restantes modalidades, observamos uma reduzida percentagem para a sua
prática. Salientamos que, a nível dos Desportos de Grandes Espaços, o Programa não
oferece nenhuma modalidade para a prática da mesma.
Pode-se, assim, concluir que a tendência para estas modalidades, como se pode
constatar no Programa Nacional de Educação Física, irá privilegiar a prática de
determinadas modalidades em detrimento de outras, o que por seu turno, e em nossa
opinião, irá acabar por provocar lacunas a nível do desenvolvimento motor dos
alunos.
3.2.2. - Sistematização das modalidades praticadas no Desporto
Escolar, segundo a Taxonomia de F. Almada
Neste ponto, efectuaremos uma análise quer das modalidades nucleares, quer das
alternativas abordadas em todo o 3º Ciclo das escolas, que compõem a rede escolar da
Região Autónoma da Madeira. Neste contexto, iremos incluir e confrontar as mesmas,
consoante a taxonomia de Fernando Almada, efectuando uma análise geral, por
concelhos e consoante o número de alunos.
De salientar que, após o tratamento de dados, existem certas categorias que não
foram integradas na referida taxonomia, quer a nível das modalidades nucleares, quer
nas alternativas, pelo facto das informações recolhidas não mencionarem qualquer
modalidade referente àquelas categorias.
A destacar, ainda, que desta recolha, surgiram modalidades, cujas características
não se enquadravam em qualquer das categorias da taxonomia, assim, adaptámo-las
à seguinte categoria:
DANÇA
Neste parâmetro, incluímos a dança e todas as suas variantes abordadas nas
aulas, uma vez que as mesmas podem ser praticadas nas diversas variantes.
Monografia Sandra Camacho 78
3.2.2.1. – Análise geral
Modalidades Nucleares
Desporto Escolar
Nº de Escolas
%
Desportos Colectivos 28 100%
Desportos Individuais 19 67,9%
Desportos de Combate 9 32,1%
Desportos dos Grandes Espaços 0 0,0%
Desportos de Adaptação ao Meio 0 0,0%
Desportos de Confrontação directa 22 78,6%
Dança 7 25,0%
Quadro nº29 – Sistematização das modalidades desportivas nucleares praticadas no Desporto Escolar
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
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Dança
Modalidade Nucleares
Figura 25 – Sistematização das modalidades desportivas nucleares praticadas no Desporto Escolar
Através dos dados esquematizados na figura 23, verificamos que a modalidade
mais praticada, na totalidade das escolas, é a dos Desportos Colectivos, seguindo-se
os Desportos de Confrontação Directa e os Individuais.
Os Desportos de Combate e a Dança são as modalidades menos praticadas,
apresentando uma percentagem de 32,1 a 25%, respectivamente. No entanto, os
Desportos de Grandes Espaços e os da Adaptação ao Meio, são as únicas modalidades
que nenhuma escola do 3º Ciclo oferece para a prática no Desporto Escolar.
Monografia Sandra Camacho 79
Modalidades Alternativas
Desporto Escolar
Nº de Escolas
%
Desportos Colectivos 6 21,4%
Desportos Individuais 10 35,7%
Desportos de Combate 0 0,0%
Desportos dos Grandes Espaços 0 0,0%
Desportos de Adaptação ao Meio 6 21,4%
Desportos de Confrontação directa 0 0,0%
Quadro nº30 – Sistematização das modalidades desportivas alternativas praticadas no Desporto Escolar
0%
5%
10%
15%
20%
25%
30%
35%
40%
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D. C
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.
Modalidades Alternativas
Figura 26 – Sistematização das modalidades desportivas alternativas praticadas no Desporto Escolar
Ao analisarmos a figura 24, nota-se uma predominância dos Desportos
Individuais, na ordem dos 37,5%, seguindo-se os Desportos Colectivos e os da
Adaptação ao Meio, com uma percentagem de 21,4.
Notou-se ainda que as modalidades como os Desportos de Combate, os Desportos
de Grandes Espaços e os Desportos de Confrontação Directa, são as únicas que não
são abordadas no 3º Ciclo das escolas da RAM.
Monografia Sandra Camacho 80
3.2.2.2. – Análise por Concelhos
Modalidades Nucleares
Funchal Outros Concelhos
Nº de Escolas
% Nº de Escolas
%
Desportos Colectivos 10 35,7% 19 67,9%
Desportos Individuais 5 17,9% 14 50,0%
Desportos de Combate 2 7,1% 7 25,0%
Desportos dos Grandes Espaços 0 0,0% 0 0,0%
Desportos de Adaptação ao Meio 0 0,0% 0 0,0%
Desportos de Confrontação directa 7 25,0% 15 53,6%
Dança 2 7,1% 5 17,9%
Quadro nº31 – Sistematização das modalidades desportivas nucleares praticadas por
Concelho no Desporto Escolar
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
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Da
nça
Modalidades Nucleares
Funchal O. Concelhos
Figura 27 – Sistematização das modalidades desportivas nucleares praticadas por concelho no Desporto Escolar
Como podemos verificar na figura 24, os Desportos de Grandes Espaços e de Adaptação
ao Meio são as modalidades que não são abordadas pelas escola dos concelhos da Região.
No que concerne às restantes categorias, tais como: os Desportos Colectivos, os
Individuais, os de Combate, os de Confrontação Directa e a Dança, são as modalidades
maioritariamente praticadas, no Desporto Escolar, nos concelhos fora do Concelho do
Funchal.
Monografia Sandra Camacho 81
Modalidades Alternativas
Funchal Outros Concelhos
Nº de Escolas
% Nº de Escolas
%
Desportos Colectivos 1 3,6% 5 17,9%
Desportos Individuais 1 7,1% 9 32,1%
Desportos de Combate 0 0,0% 0 0,0%
Desportos dos Grandes Espaços 0 0,0% 0 0,0%
Desportos de Adaptação ao Meio 1 7,1% 5 17,9%
Desportos de Confrontação directa 0 0,0% 0 0,0%
Quadro nº32 – Sistematização das modalidades desportivas alternativas praticadas por
Concelho no Desporto Escolar
0%
5%
10%
15%
20%
25%
30%
35%
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Modalidades Alternativas
Funchal O. Concelhos
Figura 28 – Sistematização das modalidades desportivas alternativas praticadas por concelho no
Desporto Escolar
Pela observação desta figura, podemos verificar que os Desportos Colectivos, os
Individuais e os Desportos de Adaptação ao Meio, são as modalidades mais oferecidas
nas escolas fora do Concelho do Funchal, para a prática do Desporto Escolar.
Contudo, os Desportos de Combate, os de Grande Espaço e os de Confrontação
Directa, destacam-se por serem os que não são oferecidos para a prática no Desporto
Escolar.
Monografia Sandra Camacho 82
3.2.2.3. – Análise Consoante o número de Alunos
Modalidades Nucleares
Nº de Alunos
0-499 Alunos 500-999 Alunos 1000-1499
Alunos 1500 ou +
Alunos
Nº de Escolas %
Nº de Escolas %
Nº de Escolas %
Nº de Escolas %
D. Colectivos 13 46,4% 9 32,1% 4 14,3% 3 10,7%
D. Individuais 8 28,6% 6 21,4% 3 10,7% 2 7,1%
D. Combate 2 7,1% 3 10,7% 3 10,7% 1 3,6%
D. Grandes Espaços 0 0,0% 0 0,0% 0 0,0% 0 0,0%
D. Adaptação ao Meio 0 0,0% 0 0,0% 0 0,0% 0 0,0%
D. Confrontação Directa 8 28,6% 7 25,0% 4 14,3% 3 10,7%
Dança 2 7,1% 1 3,6% 1 3,6% 3 10,7%
Quadro nº33 – Sistematização das modalidades desportivas nucleares, praticadas consoante o número de
alunos no Desporto Escolar
0%
5%
10%
15%
20%
25%
30%
35%
40%
45%
50%
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D. C
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Da
nça
Modalidades Alternativas
0-499 Alunos 500-999 Alunos 1000-1499 Alunos 1500 ou + Alunos
Figura 29 – Sistematização das modalidades desportivas nucleares, praticadas consoante o número
de alunos no Desporto Escolar
É notório, pela observação da figura 25, que só os Desportos de Grandes Espaços e
os de Adaptação ao Meio, pertencem ao grupo das modalidades que não são
oferecidas para a prática do Desporto Escolar.
A salientar que as escolas com menos de 500 alunos são as que apresentam a
maior taxa de abordagem, em relação aos Desportos Colectivos, Individuais e os de
Confrontação Directa.
Monografia Sandra Camacho 83
Nas escolas com mais de 1500 alunos, verifica-se a menor percentagem de
abordagem a nível dos Desportos Colectivos, Individuais, Combate e de Confrontação
Directa.
A Dança, apresenta uma menor oferta em escolas constituídas entre 500 a 999
alunos e, ainda, nas de 1000 a 1499 alunos.
Modalidades Alternativas
Nº de Alunos
0-499 Alunos 500-999 Alunos 1000-1499
Alunos 1500 ou +
Alunos
Nº de Escolas %
Nº de Escolas %
Nº de Escolas %
Nº de Escolas %
D. Colectivos 2 7,1% 2 7,1% 1 3,6% 1 3,6%
D. Individuais 2 7,1% 6 21,4% 1 3,6% 1 3,6%
D. Combate 0 0,0% 0 0,0% 0 0,0% 0 0,0%
D. Grandes Espaços 0 0,0% 0 0,0% 0 0,0% 0 0,0%
D. Adaptação ao Meio 1 3,6% 2 7,1% 2 7,1% 1 3,6%
D. Confrontação Directa 0 0,0% 0 0,0% 0 0,0% 0 0,0%
Quadro nº34 – Sistematização das modalidades desportivas alternativas, praticadas consoante o número de
alunos no Desporto Escolar
0,0%
5,0%
10,0%
15,0%
20,0%
25,0%
% d
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D. C
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.
Modalidades Alternativas
0-499 Alunos 500-999 Alunos 1000-1499 Alunos 1500 ou + Alunos
Figura 30 – Sistematização das modalidades desportivas alternativas, praticadas consoante o número de
alunos no Desporto Escolar
Após a observação dos dados referentes à figura 26, verificamos que os Desportos
Colectivos, os Individuais e os de Adaptação ao Meio, correspondem ao conjunto de
modalidades mais oferecidas no Desporto Escolar.
Monografia Sandra Camacho 84
Contudo, verifica-se uma maior incidência de prática nos Desportos Colectivos,
em escolas com menos de 500 alunos e ainda nas de 500 a 999 alunos, sendo nesta
última onde existe a maior prática dos Desportos Individuais. Já os Desportos de
Adaptação ao Meio, são os mais oferecidos nas escolas com 500 a 999 alunos e nas de
1000 a 1499 alunos.
O grupo de modalidades que não oferece qualquer prática para o Desporto
Escolar, corresponde aos Desportos de Combate, aos Desportos de Grande Espaço e,
ainda, aos Desportos de Confrontação Directa.
Monografia Sandra Camacho 85
SINTESE
Assim:
Quanto às Modalidades Nucleares do Desporto Escolar, verificámos que os
Desportos Colectivos, os Desportos de Confrontação Directa e os Desportos
Individuais, constituem o leque de modalidades mais oferecidas. Já os
Desportos de Combate e a Dança, fazem parte do conjunto de modalidades
menos abordadas.
Os mesmos grupos voltam a surgir, quer nas escolas do Concelho do
Funchal, quer nas escolas fora do Concelho do Funchal, com um maior
predomínio de prática nas escolas fora do Concelho do Funchal.
Em conformidade com o número de alunos, verificámos que se destacam
novamente o mesmo grupo de modalidades, no qual os Desportos
Colectivos, os Desportos Individuais e os Desportos de Confrontação
Directa são os mais oferecidos, nas escolas com menos de 500 alunos e,
menos oferecidos, nas escolas com mais de 1500 alunos.
A Dança é mais praticada nas escolas com mais de 1500 alunos, mas em
contrapartida os Desportos de Combate são os menos praticados na mesma
categoria.
Para finalizar, os Desportos de Grandes Espaços e os Desportos de
Adaptação ao Meio são as únicas modalidades que não são oferecidas em
qualquer categoria para a prática no Desporto Escolar.
Monografia Sandra Camacho 86
SÍNTESE
Assim:
Os Desportos Individuais apresentam uma maior percentagem de oferta
nas modalidades alternativas para a prática no Desporto Escolar. Logo a
seguir, encontram-se os Desportos de Adaptação ao Meio e os Desportos
Colectivos. Já as modalidades como os Desportos de Combate, os
Desportos de Grandes Espaços e os Desportos de Confrontação Directa,
constituem o grupo de modalidades que não oferecem qualquer prática a
nível do Desporto Escolar.
Pelo exposto anteriormente, volta-se a observar que repete-se os mesmos
grupos de maior ou menor oferta, quer nas escolas pertencentes ao
Concelho do Funchal, quer fora do mesmo, contudo há um maior
predomínio destas a nível das escolas fora do Concelho do Funchal.
Há a salientar, ainda, que os mesmos grupos de modalidades mais ou
menos oferecidas surgem novamente na categoria, consoante o número de
alunos, contudo podemos afirmar o grande realce da oferta dos Desportos
Individuais a nível das escolas constituídas entre 500 a 1499 alunos.
Monografia Sandra Camacho 87
3.2.3. – Modalidades Abordadas no Desporto Escolar
Nesta parte do trabalho, iremos efectuar uma análise quer das modalidades
nucleares, quer das alternativas abordadas em todo o 3º Ciclo das escolas, referentes
ao Desporto Escolar. Neste contexto, iremos incluir e confrontá-las, efectuando uma
análise geral, por concelhos e consoante o número de alunos.
3.2.3.1. – Análise Geral
Modalidades Nucleares Desporto Escolar
Nº de Escolas
%
Futebol 20 71,4%
Basquetebol 19 67,9%
Andebol 15 53,6%
Voleibol 23 82,1%
Ginástica 15 53,6%
Atletismo 9 32,1%
Ténis 19 67,9%
Badminton 19 67,9%
Patinagem 0 0,0%
Dança 7 25,0%
Desportos de Combate 9 32,1%
Orientação 0 0,0%
Jogos Tradicionais 0 0,0%
Quadro nº35 – Modalidades desportivas nucleares praticadas no Desporto Escolar
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
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J. T
.
Modalidades Nucleares
Figura 31 – Modalidades desportivas nucleares praticadas no Desporto Escolar
Monografia Sandra Camacho 88
Pelo que se encontra descrito na figura 27, verificámos que Voleibol é a
modalidade mais oferecida, com uma percentagem de 82,1. Seguindo-se a esta, o
Futebol (71,4%), depois, o Basquetebol, o Ténis e o Badminton (67,9%). Logo atrás
destes, encontram-se o Andebol e a Ginástica (53,6%) e por último o Atletismo
(53,6%).
A Dança e os Desportos de Combate pertencem às modalidades que são menos
oferecidas, ficando-se por 25% e 32,1%, respectivamente. A Patinagem, a Orientação e
os Jogos Tradicionais, não apresentam qualquer percentagem de oferta.
Modalidades Alternativas
Desporto Escolar
Nº de Escolas
%
Natação 10 35,7%
Corfebol 0 0,0%
Râguebi 0 0,0%
Futsal 6 21,4%
Canoagem 6 21,4%
Quadro nº36 – Modalidades desportivas alternativas praticadas no Desporto Escolar
0%
5%
10%
15%
20%
25%
30%
35%
40%
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Nat.
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Râg.
Futs
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Can.
Modalidades Alternativas
Figura 32 – Modalidades desportivas alternativas praticadas no Desporto Escolar
Na observação desta figura, constata-se que a Natação é a modalidade mais
oferecida (35,7%). Logo a seguir vem o Futsal e a Canoagem (21,4%). O Corfebol e o
Râguebi, correspondem às únicas modalidades alternativas a não serem oferecidas
para a prática no Desporto Escolar.
Monografia Sandra Camacho 89
3.2.3.2. – Análise por Concelhos
Modalidades Nucleares
Funchal Outros Concelhos
Nº de Escolas
% Nº de Escolas
%
Futebol 8 28,6% 12 42,9%
Basquetebol 6 21,4% 13 46,4%
Andebol 5 17,9% 10 35,7%
Voleibol 8 28,6% 15 53,6%
Ginástica 4 14,3% 11 39,3%
Atletismo 2 7,1% 7 25,0%
Ténis 5 17,9% 14 50,0%
Badminton 6 21,4% 13 46,4%
Patinagem 0 0,0% 0 0,0%
Dança 2 7,1% 5 17,9%
Desportos de Combate 2 7,1% 7 25,0%
Orientação 0 0,0% 0 0,0%
Jogos Tradicionais 0 0,0% 0 0,0%
Quadro nº37 – Modalidades desportivas nucleares praticadas por concelho no Desporto Escolar
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
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D. C
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.
Modalidades Nucleares
Funchal O. Concelhos
Figura 33 – Modalidades desportivas nucleares praticadas por concelho no Desporto Escolar
Relativamente às modalidades nucleares, constatámos na figura 29, que o grupo
das modalidades mais abordadas, corresponde, o Futebol, o Basquetebol; o Andebol,
o Voleibol, a Ginástica, o Atletismo, o Ténis e o Badminton, mas essencialmente nos
concelhos fora do Concelho do Funchal. Ainda, há a salientar que o Voleibol é a
modalidade de maior oferta.
Monografia Sandra Camacho 90
A Dança e os Desportos de Combate, englobam-se no grupo das menos praticadas,
contudo apresentam uma maior oferta nos concelhos fora do Concelho do Funchal.
Em contrapartida, as que não apresentam qualquer tipo de oferta para a prática no
Desporto Escolar, são a Patinagem, a Orientação e os Jogos Tradicionais.
Modalidades Alternativas
Funchal Outros Concelhos
Nº de Escolas
% Nº de Escolas
%
Natação 1 3,6% 9 32,1%
Corfebol 0 0,0% 0 0,0%
Râguebi 0 0,0% 0 0,0%
Futsal 1 7,1% 5 17,9%
Canoagem 1 7,1% 5 17,9%
Quadro nº38 – Modalidades desportivas alternativas praticadas por concelho no Desporto Escolar
0%
5%
10%
15%
20%
25%
30%
35%
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Modalidades Alternativas
Funchal O. Concelhos
Figura 34 – Modalidades desportivas alternativas praticadas por concelho no Desporto Escolar
A figura 29, apresenta como as modalidades mais oferecidas: a Natação, o Futsal e
a Canoagem, verificando-se um predomínio da primeira , em cerca de 32,1%, nas
escolas fora do Concelho do Funchal, seguido do Futsal e da Canoagem (17,9%).
O Corfebol e o Râguebi são as únicas que não são oferecidas para a prática no
Desporto Escolar.
Monografia Sandra Camacho 91
3.2.3.3. – Análise consoante o número de Alunos
Modalidades Nucleares
Nº de Alunos
0-499 Alunos 500-999 Alunos 1000-1499
Alunos 1500 ou +
Alunos
Nº de Escolas %
Nº de Escolas %
Nº de Escolas %
Nº de Escolas %
Futebol 8 28,6% 7 25,0% 3 10,7% 2 7,1%
Basquetebol 6 21,4% 6 21,4% 4 14,3% 3 10,7%
Andebol 5 17,9% 6 21,4% 3 10,7% 1 3,6%
Voleibol 8 28,6% 8 28,6% 4 14,3% 3 10,7%
Ginástica 5 17,9% 5 17,9% 3 10,7% 2 7,1%
Atletismo 5 17,9% 2 7,1% 1 3,6% 1 3,6%
Ténis 6 21,4% 7 25,0% 4 14,3% 2 7,1%
Badminton 6 21,4% 7 25,0% 4 14,3% 2 7,1%
Patinagem 0 0,0% 0 0,0% 0 0,0% 0 0,0%
Dança 2 7,1% 1 3,6% 1 3,6% 3 10,7%
Desportos de Combate 2 7,1% 3 10,7% 3 10,7% 1 3,6%
Orientação 0 0,0% 0 0,0% 0 0,0% 0 0,0%
Jogos Tradicionais 0 0,0% 0 0,0% 0 0,0% 0 0,0%
Quadro nº39 – Modalidades desportivas nucleares praticadas, consoante o número de alunos, no Desporto
Escolar
0%
5%
10%
15%
20%
25%
30%
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Fu
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J. T
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Modalidades Nucleares
0-499 Alunos 500-999 Alunos 1000-1499 Alunos 1500 ou + Alunos
Figura 35 – Modalidades desportivas nucleares praticadas, consoante o número de alunos, no Desporto
Escolar
Monografia Sandra Camacho 92
Na análise desta figura, verificámos que o Futebol, o Basquetebol, o Andebol, o
Voleibol, a Ginástica, o Atletismo, o Ténis e o Badminton, constituem o grupo das
modalidades mais oferecidas, sendo o Futebol e o Voleibol as mais praticadas nas
escolas com menos de 500 alunos. Nesta ordem de ideias, segue-se o Ténis e o
Badminton, nas escolas com o número de 500 a 999 alunos.
Dentro da categoria das modalidades mais abordadas, todas as modalidades são
menos oferecidas nas escolas com mais de 1500 alunos.
A Dança e os Desportos de Combate voltam a pertencer ao conjunto das menos
oferecidas para a prática no Desporto Escolar. A Patinagem, a Orientação e os Jogos
Tradicionais, integram-se nas modalidades sem qualquer percentagem de oferta.
Modalidades Alternativas
Nº de Alunos
0-499 Alunos 500-999 Alunos 1000-1499
Alunos 1500 ou +
Alunos
Nº de Escolas %
Nº de Escolas %
Nº de Escolas %
Nº de Escolas %
Natação 2 7,1% 6 21,4% 1 3,6% 1 3,6%
Corfebol 0 0,0% 0 0,0% 0 0,0% 0 0,0%
Râguebi 0 0,0% 0 0,0% 0 0,0% 0 0,0%
Futsal 2 7,1% 2 7,1% 1 3,6% 1 3,6%
Canoagem 1 3,6% 2 7,1% 2 7,1% 1 3,6%
Quadro nº40 – Modalidades desportivas alternativas praticadas, consoante o número de alunos, no
Desporto Escolar
Monografia Sandra Camacho 93
0,0%
5,0%
10,0%
15,0%
20,0%
25,0%
% de Abordagem
Nat. Corf. Râg. Futs. Can.
Modalidades Alternativas
0-499 Alunos 500-999 Alunos 1000-1499 Alunos 1500 ou + Alunos
Figura 36 – Modalidades desportivas alternativas praticadas, consoante o número de alunos, no
Desporto Escolar
Após a observação da figura 31, verificámos que o Corfebol e o Râguebi são as
únicas modalidades em que não existe qualquer percentagem de oferta para a prática
no Desporto Escolar. Já a Natação, o Futsal e a Canoagem, pertencem ao grupo das
modalidades mais oferecidas, sendo que na Natação a oferta é maior nas escolas,
constituídas entre 500 a 999 alunos, o Futsal, nesta última e nas escolas com menos
de 500 alunos. Já, a Canoagem, também tem uma maior oferta nas escolas com 500 a
999 alunos e nas de 1000 a 1499 Alunos.
Monografia Sandra Camacho 94
SÍNTESE
Assim:
Quanto às modalidades nucleares do Desporto Escolar, podemos afirmar
que apresentam sempre o mesmo leque de modalidades. Assim, os
Desportos Colectivos (Andebol, Basquetebol, Voleibol e o Futebol), os
Desportos de Raquete e a Ginástica, são os mais oferecidos, contudo o
Voleibol é a modalidade que se destaca em relação a todas as outras. Os
Jogos Tradicionais, a Orientação e a Patinagem, pertencem ao conjunto de
modalidades, que se repetem ao longo de todas as categorias, como as que
não apresentam qualquer tipo de oferta para a prática no Desporto Escolar.
A Dança e os Desportos de Combate são as menos abordadas.
Todos estes conjuntos de modalidades repetem-se nas escolas consoante o
Concelho, com maior predomínio das mesmas Fora do Concelho do
Funchal.
A mesma situação, quanto aos grupos, volta-se a constatar nas escolas
consoante o número de alunos.
Relativamente as modalidades alternativas do Desporto Escolar,
verificámos que em todas as categorias, apresentam sempre o mesmo leque
de modalidades mais praticadas, ou seja, a Natação, o Futsal e a Canoagem.
No que diz respeito às escolas por concelho, este mesmo conjunto volta a se
destacar, com uma maior incidência, nas escolas fora do Concelho do
Funchal.
Na categoria, consoante o número de alunos, estes grupos repetem-se,
contudo, a natação é a mais abordada nas escolas com menos de 500
alunos.
Ainda há a salientar que as modalidades como o Corfebol e o Râguebi, são
as únicas modalidades a não oferecer qualquer pratica no Desporto Escolar.
Monografia Sandra Camacho 95
3.3. – Comparação entre as modalidades abordadas na
Educação Física e no Desporto Escolar
3.3.1. – Segundo a Sistematização das modalidades Abordadas
No que concerne à comparação das modalidades nucleares entre a Educação
Física e Desporto Escolar, a nível da Sistematização das Actividades, segundo
Fernando Almada, verificámos que há uma predominância na prática dos Desportos
Colectivos, Desportos Individuais e dos Desportos de Confrontação Directa, contudo,
observámos uma pequena diferença, que enquanto na Educação Física há um
domínio dos Desportos Colectivos e dos Desportos Individuais, seguido dos
Desportos de Confrontação Directa; no Desporto Escolar, surge primeiro os
Desportos Colectivos, seguindo-se os Desportos de Confrontação Directa e, por fim,
os Desportos Individuais, no que se refere a cada uma das categorias analisadas, ou
seja, este conjunto de classificação surge sempre, variando na percentagem de
abordagem, quer na análise geral, análise por Concelho e até mesmo na análise
consoante o número de Alunos.
As modalidades menos abordadas são os Desportos de Combate e a Dança,
contudo, esta é a mais praticada.
Os Desportos de Adaptação ao Meio e os Jogos Tradicionais, apresentam uma
baixa taxa de prática na Educação Física, mas também não são oferecidas para a
prática no Desporto Escolar.
A título de conclusão, verificou-se que a única modalidade que não apresenta
qualquer taxa de abordagem, em todas as categorias analisadas, é os Desportos de
Grandes Espaços, quer na Educação Física, quer no Desporto Escolar.
Relativamente às modalidades alternativas, constatámos que, na Educação Física,
o grupo que surge com maior frequência é o dos Desportos Individuais, Indefinido,
Desportos Colectivos. No Desporto Escolar, o grupo de maior oferta é constituído por:
Desportos Individuais, Desportos de Adaptação ao Meio e Desportos Colectivos.
Os Desportos de Combate e os Desportos de Grandes Espaços, constituem o
conjunto de modalidades que não são praticados/oferecidos na Educação Física, bem
como no Desporto Escolar.
Monografia Sandra Camacho 96
Em jeito de conclusão, podemos afirmar que os alunos com a prática dos
Desportos Colectivos, dos Individuais e dos da Confrontação Directa, terão o
privilégio de vivenciar a divisão do trabalho, implicando o desempenho de funções
específicas e o domínio da dinâmica de grupo; o conhecimento de alguns aspectos do
praticante, ou seja, o conhecimento dos “limites do eu”; e, poderão ainda, ter o
privilégio de vivenciar situações onde há o diálogo com o opositor, normalmente por
meio de um objecto interposto. Por outro lado, a não prática dos Desportos de
Adaptação ao Meio, os Desportos de Combate e os Desportos de Grandes Espaços,
acabará por limitar as vivências dos alunos no que concerne ao estabelecimento de
uma relação com um meio diferente daquele a que já automatizou; ao não poderem
vivenciar situações do conhecimento do “eu” no confronto com situações críticas e no
diálogo com o outro; e, ainda, não terão a possibilidade de criar uma relação com o
meio em “espaços abertos”.
Concluímos, assim, que a maior ou menor prática de certas classificações vai
possibilitar aos alunos uma maior ou menor vivência, possibilitando por seu turno
um maior ou menor incremento equilibrado de variáveis importantíssimas no
desenvolvimento motor dos alunos.
3.3. 2 – Segundo as modalidades abordadas
Relativamente às modalidades nucleares, abordadas na Educação Física e no
Desporto Escolar, verificou-se uma predominância dos Desportos Colectivos
(Futebol, Andebol, Basquetebol, Voleibol), os quais se repetem na sua oferta para a
prática no Desporto Escolar, havendo um domínio do Voleibol. Apercebemo-nos que
nas categorias analisadas, vão surgindo novas modalidades com uma percentagem
significativa de abordagem/oferta, nomeadamente, os Desportos de Raquete, a
Ginástica e ainda o Atletismo.
Os Jogos Tradicionais, Orientação, Patinagem, Dança e os Desportos de Combate,
pertencem ao conjunto de modalidades menos praticado na Educação Física, mas no
Desporto Escolar, só a Dança e os Desportos de Combate são os menos abordados,
porque os Jogos Tradicionais, a Orientação e a Patinagem são os que não apresentam
oferta para a sua prática.
Monografia Sandra Camacho 97
No que concerne às modalidades alternativas, constatámos que, tanto na
Educação Física como no Desporto Escolar, a modalidade mais praticada é a Natação.
A diferença entre eles, deve-se ao facto que no Desporto Escolar ainda são praticadas,
para além da Natação, modalidades como o Futsal e a Canoagem.
As modalidades que não são abordadas, na Educação Física, são o Râguebi e a
Canoagem, enquanto que no Desporto Escolar, passam a ser o Corfebol e o Râguebi.
Sendo a Educação Física uma disciplina curricular, o aluno é obrigado a praticar
as modalidades que constituem o plano anual da sua escola, fazendo com que só
tenha o privilégio de praticar certas modalidades, enquanto que o Desporto Escolar
permite que o aluno pratique modalidades para além das praticadas na Educação
Física, bem como as que vão de encontro aos seus desejos e interesses.
Para finalizar, é nossa opinião, que a maior ou menor prática, na Educação Física
e no Desporto Escolar, vai possibilitar o desenvolvimento integral do aluno, daí que
seja importante que o mesmo vivencie um número ilimitado de modalidades, pois
cada uma delas tem um papel de extrema importância na sua formação pessoal.
3.4 – Análise dos Questionários Aplicados O questionário é utilizado por ser uma técnica adequada para interrogar um
grande número de pessoas e permitir recolher informações sobre as percepções
apresentadas pela amostra.
Segundo Gonçalves (1998) citado por Vasconcelos (2006), o inquérito por
questionário refere-se a uma técnica de obter informações junto de um conjunto de
pessoas através da formulação de perguntas. O questionário permite não só obter
informações consideradas pertinentes para qualquer investigador, junto de um
conjunto amplo de pessoas, como também de as converter em números, através, de
uma simples contagem (contabilizando-se o número de inquéritos que deram uma
resposta particular) com vista à obtenção de uma tabela de frequências.
Antes da aplicação definitiva do questionário, foi realizado um pré-teste de modo
a avaliarmos quais as falhas que este por ventura poderia conter no sentido de
podermos minimizá-las. O Pré-Teste foi realizado a três professores diferentes. De
referir que não surgiram grandes dúvidas em relação às questões, nem nenhuma
sugestão de alteração, daí que aplicámos o inquérito utilizando as mesmas questões,
mudando somente a forma das perguntas e separando as questões relativas à
Educação Física das do Desporto Escolar.
Monografia Sandra Camacho 98
O questionário foi efectuado na sua totalidade, nalguns casos, somente aos
Delegados de Grupo, noutros, ao coordenador do Desporto Escolar e ainda, noutros
casos, a ambos (em que o delegado, respondeu às 3 questões relativas à Educação
Física e o coordenador, às do Desporto Escolar). Aquando da impossibilidade destes
intervenientes, dado o pouco tempo útil que dispúnhamos, realizámos os
questionários a professores de Educação Física da escola em causa.
Para Gonçalves (1998) citado por Vasconcelos (2006), existem dois tipos de
questões na elaboração dos inquéritos, as abertas e as fechadas. O questionário por
nós realizado possui perguntas abertas, o que segundo este autor, deixa, de um modo
geral, ao inquirido, uma certa margem de liberdade para se expressar, permitindo-lhe
utilizar as suas próprias palavras para fazer os comentários que quiser, e dar, se assim
o entender, uma grande variedade de respostas, indo mesmo para além daquelas
esperadas pelo próprio investigador.
No entanto, os questionários, também possuem limitações, como a eventual
subjectividade ou a falta de sinceridade nas respostas, contudo este pareceu-nos ser o
instrumento mais apropriado para o que pretendido
3.4.1. – Educação Física
Neste ponto do trabalho, iremos tentar compreender as razões para a não
abordagem das modalidades nucleares que, o Programa Nacional de Educação Física,
apresenta como obrigatórias, bem como as razões para a escolha de determinadas
modalidades alternativas em vez de outras. Por fim, tentaremos verificar que a haver
total liberdade na escolha das modalidades, por parte dos professores, se estes
optariam pela sua abordagem ou por outras modalidades.
1 – Porque é que são não abordadas algumas das modalidades nucleares nesta escola?
RAZÕES APRESENTADAS NÚMERO DE RESPOSTAS DADAS
Formação dos Professores 1 Recursos Materiais 7 Recursos Espaciais 9 Falta de à vontade dos professores 1 Motivação dos Alunos 2 Insuficiente número de Professores 1 Grande Carga Horária dos Professores 1
Quadro nº41 – Razões pelas quais não são abordadas certas modalidades Nucleares.
Monografia Sandra Camacho 99
Razões pelas quais não são abordadas certas modalidades
Nucleares
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Formação dos Professores
Recursos Materiais
Recursos Espaciais
Falta de à vontade dos professores
Motivação dos Alunos
Insuficiente número de Professores
Grande Carga Horária dos Professores
NÚMERO DE RESPOSTAS DADAS
Figura 37 – Razões pelas quais não são abordadas certas modalidades Nucleares
Após o tratamento dos dados dos questionários e no que concerne à Educação
Física, podemos então afirmar, pela observação da figura 37, que certas modalidades
nucleares não são maioritariamente abordadas nas Escolas, por falta de condições
materiais e espaciais, o que nos leva a concluir que esta falta não permite efectuar a
abordagem das diversas modalidades numa mesma instalação, ou que ainda os
professores não queiram ajustar ao que pretendem.
Contudo, razões como: Formação e Falta de à vontade dos professores;
Insuficiente número de professores, bem como a Grande Carga Horária dos
Professores, são motivos pelos quais influenciam as escolhas de determinadas
modalidades em vez de outras, não permitindo assim uma maior diversidade de
prática das modalidades nas aulas de Educação Física.
Os quatro factores directamente ligados aos professores, nomeadamente, a
Formação, Falta de à vontade, Insuficiente número de professores e a Grande carga
horária, acabam por ser o factor determinante pela não prática das diversas
modalidades na Educação Física.
Monografia Sandra Camacho 100
Outra razão apontada foi a Motivação dos alunos, daí concluímos que esta poderá
ser devido ao modo de apreender a modalidade apresentada pelo professor, o gosto
pela modalidade e/ou falta de prática da mesma.
2 – Porque é que são abordadas estas modalidades não nucleares e não outras?
RAZÕES APRESENTADAS NÚMERO DE RESPOSTAS DADAS
Formação dos Professores 1 Recursos Materiais 7 Recursos Espaciais 6 Em função do Tempo Disponível (Ano Lectivo) 1 Motivação dos Alunos 2 Adequadas as Características da Escolas 1 Decisão do Grupo Disciplinar 1
Quadro nº 42 – Razões pelas quais são abordadas certas modalidades Alternativas e outras não.
Razoes pelas as quais são abordadas certas modalidades
Alternativas e outras não
0 1 2 3 4 5 6 7 8
Formação dos Professores
Recursos Materiais
Recursos Espaciais
Em função do Tempo Disponível (Ano Lectivo)
Motivação dos Alunos
Adequadas as Características da Escolas
Decisão do Grupo Disciplinar
NÚMERO DE RESPOSTAS DADAS
Figura 38 – Razões pelas quais são abordadas certas modalidades Alternativas e outras não
A principal justificação para a não prática das modalidades alternativas, referidas
na figura 38, é essencialmente a mesma que verificámos anteriormente, ou seja, a
falta de condições materiais e espaciais.
Outra das razões apresentadas, deve-se ao facto de muitas das modalidades terem
sido escolhidas pelo grupo disciplinar, outras porque são as mais adequadas às
características da escola, pela motivação dos alunos e em função do tempo disponível,
ou seja, em função da disponibilidade do ano lectivo.
Monografia Sandra Camacho 101
3 – Se tivesse total liberdade da escola que modalidades escolheria para abordar nas aulas de Educação Física?
RAZÕES APRESENTADAS NÚMERO DE RESPOSTAS DADAS
As Mesmas 2 Orientação 4 Patinagem 1 Madeiraball 2 Bodyboard 1 Surf 1 Natação 4 Canoagem 3 Vela 1 Windsurf 1 Pólo Aquático 1 Râguebi 1 Corfebol 3 Hóquei em Patins 1 Hóquei em Campo 2 Btt 3 Parapente 2 Asa Delta 1 Basebol 1 Atletismo 2 Ginástica 3 Dança 2 Badminton 1 Desportos Radicais 2 Desportos de Colectivos 1 Desportos de Ar Livre 2 Desporto de Combate 1
Quadro nº 43 – Modalidades escolhidas pelos professores para a prática nas aulas de Educação Física
Monografia Sandra Camacho 102
Modalidades escolhidas pelos Professores para aprática nas
aulas de Educação Física
0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4 4,5
As Mesmas
Orientação
Patinagem
Madeiraball
Bodyboard
Surf
Natação
Canoagem
Vela
Windsurf
Pólo Aquático
Râguebi
Corfebol
Hóquei em Patins
Hóquei em Campo
Btt
Parapente
Asa Delta
Basebol
Atletismo
Ginástica
Dança
Badminton
Desportos Radicais
Desportos de Colectivos
Desportos de Ar Livre
Desporto de Combate
NÚMERO DE RESPOSTAS DADAS
Figura nº 39 – Modalidades escolhidas pelos Professores para a prática nas aulas de Educação Física
Monografia Sandra Camacho 103
No que concerne às modalidades de livre escolha, por parte dos professores,
constatámos um alargado leque das mesmas que escolheriam para a prática nas suas
aulas de Educação Física. Assim, verificámos uma escolha predominante das
modalidades como: Natação, Orientação, Canoagem, Corfebol, Btt e Atletismo, todas
estas presentes no plano anual da maioria das escolas, até aqui nada de novo, no
entanto, surgem respostas interessantes como: Surf, Bodyboard, Vela, Windsurf, Pólo
Aquático, Hóquei em Patins e em Campo, Parapente e Asa Delta.
Assim, não se entende a não prática destas últimas modalidades, já que existe
grande vontade por parte dos professores. Julgamos que poderá ser por falta de meios
materiais e/ou monetários, bem como a acomodação dos próprios professores em pô-
las em prática e inovar a sua aplicação, pois é mais fácil abordar o que já é conhecido.
3.4.2. – Desporto Escolar Neste ponto do trabalho, iremos tentar compreender as razões para a
abordagem das modalidades que compõem o Desporto Escolar, bem como verificar as
razões para a escolha de determinadas modalidades em vez de outras. Tentaremos,
ainda, observar quais as modalidades que os Professores escolheriam para abordar no
Desporto Escolar, se tivessem total liberdade de escolha.
1 – Qual é a razão para a abordagem destas modalidades no Desporto
Escolar?
RAZÕES APRESENTADAS NÚMERO DE RESPOSTAS DADAS
Condições da Escola 1 Recursos Materiais 3 Recursos Espaciais 3 Motivação dos Alunos 5 Modalidades Preferidas dos Alunos 1 Modalidades que não existem no Concelho 1 Consoante a Carga horária dos Professores 1 Consoante o Horário dos Espaço 1 Escolha pelos Professores 1 Falta de À vontade dos Professores 1 Maior adesão por parte dos alunos 3 Alunos sentem-se mais aptos 1 Falta de Disponibilidade dos Professores 1 Motivação dos Professores 1
Quadro nº 44 – Razões pelas quais são abordadas certas modalidades no Desporto Escolar
Monografia Sandra Camacho 104
Razões pelas quais são abordadas certas modalidades no
Desporto Escolar
0 1 2 3 4 5 6
Condições da Escola
Recursos Materiais
Recursos Espaciais
Motivação dos Alunos
Modalidades Preferidas dos Alunos
Modalidades que não existem no Concelho
Consoante a Carga horária dos Professores
Consoante o Horário dos Espaço
Escolha pelos Professores
Falta de À vontade dos Professores
Maior adesão por parte dos alunos
Alunos sentem-se mais aptos
Falta de Disponibilidade dos Professores
Motivação dos Professores
NÚMERO DE RESPOSTAS DADAS
Figura nº 40 – Razões pelas quais são abordadas certas modalidades no Desporto Escolar
Quanto ao Desporto Escolar e pela observação da figura 40, observámos que só
certas modalidades são praticadas essencialmente por falta de condições materiais e
espaciais, bem como pela motivação dos alunos. Ainda assim, certos grupos de
modalidades surgem nas escolas para a prática no Desporto Escolar, devido à falta de
à vontade dos Professores, consoante o horário do Espaço e a carga horária do
Professor, pela motivação dos Professores, entre outras. Contudo e porque o Desporto
Escolar é direccionado para os alunos, certas modalidades são escolhidas, porque são
as suas preferidas, por serem aquelas em que os alunos se sentem mais aptos e
também por haver uma maior adesão.
Ainda, constata-se que as modalidades praticadas a nível do Desporto Escolar são
maioritariamente escolhidas pela escola e pelos respectivos professores, apesar de
tentarem ir de encontro aos interesses e desejos dos alunos.
Monografia Sandra Camacho 105
2 – Porque razões não são abordadas outras modalidades, no âmbito do Desporto Escolar?
RAZÕES APRESENTADAS NÚMERO DE RESPOSTAS DADAS
Formação dos Professores 2 Recursos Materiais 5 Recursos Espaciais 6 Falta de Motivação dos Alunos 4 Insuficiente número de Professores 2 Preferência dos Professores 1 Carga horária insuficiente 1 Consoante o tipo de formação do Professor que passa pela a escola 1
Quadro nº 45 – Razões pelas quais não são abordadas outras modalidades no Desporto Escolar
Razões pelas quais não são abordadas outras modalidades
no Desporto Escolar
0 1 2 3 4 5 6 7
Formação dos Professores
Recursos Materiais
Recursos Espaciais
Falta de Motivação dos Alunos
Insuficiente número de Professores
Preferência dos Professores
Carga horária insuficiente
Consoante o tipo de formação do Professor que
passa pela a escola
NÚMERO DE RESPOSTAS DADAS
Figura nº 41 – Razões pelas quais não são abordadas outras modalidades no Desporto Escolar
Referente à figura 41, verificámos que as razões apontadas pelas escolas em que
não são abordadas outras modalidades no Desporto Escolar, são muito variadas. Tal
como se constatou na figura anterior, certas modalidades não são abordadas devido à
falta de condições materiais e espaciais e por falta de motivação dos alunos. Ainda
surgem razões como a formação dos Professores, o insuficiente número de
Monografia Sandra Camacho 106
professores e ainda consoante o tipo de formação do Professor que passa pela escola,
o que irá permitir uma maior ou menor variedade de modalidades.
É nossa opinião, que a principal ilação pela não abordagem destas modalidades no
Desporto Escolar, deve-se ao medo que o professor possui em não inovar, ou seja, por
não se sentir à vontade no domínio da matéria. Podemos, ainda, pensar que o
questionário por não ser seguro, poderá ter influenciado o professor a dar outras
justificações, nomeadamente a da falta de motivação dos alunos, o que
implicitamente está interligada à sua não prática.
3 – Se tivesse total liberdade de escolha, que modalidades escolheria para abordar no Desporto Escolar?
RAZÕES APRESENTADAS NÚMERO DE RESPOSTAS DADAS
As Mesmas 4 Orientação 2 Râguebi 2 Voleibol 2 Futebol 1 Actividades ao Ar Livre 1 Judo 1 Canoagem 3 Atletismo 1 Ginástica 3 Btt 1 Bodyboard 1 Badminton 1 Basebol 1
Quadro nº 46 – Modalidades escolhidas pelos professores para a prática no Desporto Escolar
Monografia Sandra Camacho 107
Modalidades escolhidas pelos Professores para a prática no
Desporto Escolar
0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4 4,5
As Mesmas
Orientação
Râguebi
Voleibol
Futebol
Actividades ao Ar Livre
Judo
Canoagem
Atletismo
Ginástica
Btt
Bodyboard
Badminton
Basebol
NÚMERO DE RESPOSTAS DADAS
Figura nº 42 – Modalidades escolhidas pelos os professores para a prática no Desporto Escolar
Aquando da observação da figura 42, verificámos que nas modalidades escolhidas,
se os Professores tivessem total liberdade, seriam praticamente as mesmas que já
abordam e, maioritariamente, a Canoagem, a Ginástica, a Orientação, o Râguebi e o
Voleibol, entre outras. No entanto, ainda, surgem modalidades como: Actividades ao
ar livre, Btt, Bodyboard e o Basebol.
Em jeito de conclusão, após a aplicação do questionário e em confronto com as
figuras correspondentes às modalidades nucleares e alternativas abordadas na
Educação Física e no Desporto Escolar, deparámo-nos com um vasto leque de razões,
pelas quais as mesmas são ou não são abordadas. No entanto, verificámos que, em
grande parte, deve-se às condições das escolas, ou seja, devido à falta ou não de
materiais e/ou espaços, enunciando-se posteriormente outros motivos, tais como:
formação e motivação dos Professores, motivação dos alunos, horários, à vontade dos
Professores na abordagem de determinada modalidade, etc.
Monografia Sandra Camacho 108
IV. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Monografia Sandra Camacho 109
1. – Introdução
Neste ponto do trabalho, serão apresentadas as principais ilações que podemos
tirar, quer a nível da pesquisa bibliográfica feita, quer do estudo prático realizado.
Serão também apresentadas propostas para futuros trabalhos nesta área, ou seja, na
caracterização das actividades desportivas, no âmbito da Educação Física e do
Desporto Escolar, sendo também indicadas possíveis soluções de forma a superar os
obstáculos encontrados com a realização deste estudo.
2. – Conclusões do Estudo
Para podermos retirar as principais ilações de todo este processo de investigação,
optámos por fazer uma reflexão partindo da análise realizada dos resultados, isto é,
tal como já foi referido anteriormente, observou-se que as modalidades ditas
“Tradicionais” são as que imperam, ou seja, os Desportos Colectivos, quer tanto na
Educação Física, quer no Desporto Escolar. Já as modalidades como o Atletismo, a
Ginástica e os Desportos de Raquete surgem posteriormente.
A Natação é a modalidade alternativa mais abordada, tanto na Educação Física
como no Desporto Escolar.
Assim que nos deparámos com a prática de certas modalidades em detrimento de
outras, concluímos logo que existem escolas que não cumprem com o Programa.
Como explicação mais plausível, os Professores, referem a da falta de condições
materiais e/ou espaciais da escola, reforçando, ainda, com a falta de motivação por
parte dos alunos. Muitas vezes, esquecem-se que o factor de maior impacto é o
próprio professor, pois ao não fazer a abordagem para a prática de outras
modalidades, deve-se ao facto da sua formação, o à vontade e a sua motivação,
conforme pudemos constatar no questionário aplicado.
Achamos relevante salientar que, para o cumprimento do Programa, temos que
ser inovadores, criando novas formas pedagógicas de ensino, independentemente da
situação em que o Professor se encontre, nunca esquecendo que o principal objectivo
é o desenvolvimento integral do aluno.
Observámos, ainda, que os 3 anos que compõem o 3º Ciclo, são em muito
parecidos no que concerne às modalidades mais ou menos abordadas, até nas que
nem apresentam qualquer taxa de prática, quer a nível das modalidades nucleares,
Monografia Sandra Camacho 110
quer a nível das modalidades alternativas. Assim, estes aspectos provocarão lacunas
nos alunos, pois não serão desenvolvidas as suas potencialidades. É nossa opinião,
que os Professores de Educação Física, deverão tomar uma posição, com o intuito de
valorizar cada vez mais a sua profissão, ou seja, tomar iniciativas tendo sempre por
base a importância do desenvolvimento do aluno.
Em suma, e como já foi referido anteriormente, é sabido que a Educação Física
tem um papel importantíssimo no desenvolvimento multilateral do aluno, pois para
além de ser uma disciplina curricular, permite ao indivíduo atingir uma harmonia
motora e intelectual, desenvolvendo capacidades que posteriormente serão
imprescindíveis para o seu desenvolvimento pessoal e social. Para tal, é cada vez mais
urgente a necessidade de inovar, sendo neste contexto essencial a motivação do
professor, pois em situações adversas, poderá levar a bom porto os objectivos
primordiais da Educação Física.
Em forma de conclusão e após todo o este processo de investigação realizado,
verificámos que a Educação Física e do Desporto Escolar têm uma extrema
importância, por serem áreas ecléticas, inclusivas e que visam o desenvolvimento
multilateral do aluno, no entanto, aquando no “terreno” deparámo-nos com uma
realidade um pouco diferente daquela que gostaríamos de encontrar.
3. – Pospostas para Futuros Trabalhos
Com o concluir deste trabalho, verificámos algumas lacunas, na parte do
preenchimento das tarefas motoras, de forma a tornar os alunos um ser a nível motor
um pouco mais desenvolvidos, diversificados. Pois, Lopes (2002) refere que “é mais
saudável introduzir certas modalidades nas diferentes fases da vida da pessoa, tendo
em conta os períodos críticos das crianças, sabendo que diferentes modalidades
oferecem diferentes estímulos.”
A nossa proposta, para trabalhos futuros e de forma a colmatar estas lacunas,
seria:
Tentar compreender as resistências criadas à volta da Educação Física,
realizando um estudo de forma a entender quais os obstáculos resistentes à
mudança. Assim, poderíamos apresentar um conjunto de regras para o
ensino das modalidades menos abordadas por escolas, anos, pela
receptividade dos alunos e professores, incrementando uma maior prática.
Monografia Sandra Camacho 111
Fazer um cruzamento de dados, do 2º e 3º Ciclo com o Secundário, de modo
a verificar quais as modalidades mais ou menos abordadas na Educação
Física e no Desporto Escolar, em toda a rede escolar da Região Autónoma da
Madeira, permitindo assim verificar o seu estado geral, bem como a
necessidade ou não de implementar melhorias.
Realizar um levantamento dos Professores por Ciclo, verificando quais as
modalidades que praticaram, aquando da sua formação superior, de forma a
entender se as mesmas irão influenciar a sua abordagem enquanto
professores.
Relativamente aos questionários, uma outra proposta, seria o aprofundar das
questões para melhor compreender a realidade escolar que se constata na
Educação Física e no Desporto Escolar.
Professores ainda poderiam criar, uma vez por mês, dias alusivos a certas
modalidades. Por exemplo, no caso de criarmos o mês dos Desportos de
Combate, o que aconteceria seria do género, as duas primeiras semanas eram
direccionadas para a prática das mesmas, durante as aulas de Educação
Física, e nas restantes semanas seriam para competições intra-turma, inter-
turmas e numa fase mais avançada inter escolas.
Elaborar um levantamento das instalações e materiais das escolas, de forma a
clarificar os porquês do não cumprimento do Programa, uma vez que os
Professores se “queixam” da falta de condições das mesmas.
Todas estas propostas apresentadas, foram elaboradas com o intuito de serem
implementadas nas aulas de Educação Física. Contudo, o Desporto Escolar é, em
grande parte uma réplica, das modalidades abordadas na escola, assim se aos poucos
e poucos as modalidades menos praticadas nas aulas de Educação Física forem
ganhando força, motivadas por estas intervenções, verificaremos que a médio e longo
prazo, também estas modalidades, irão ganhar uma força expressiva no Desporto
Escolar.
Monografia Sandra Camacho 112
4. – Bibliografia
ALMADA, F. (1994). «Cadernos da Sistemática das Actividades Desportivas nº 2 -
Apresentação da Base Conceptual da Sistemática das Actividades Desportivas -
Taxonomia e Modelos de Tratamento do Conhecimento». Lisboa. 2ª Edição.
Edições FMH.
ANDRADE, A. (1996). “Desporto Escolar: o nosso desafio”. Revista Painel Desportivo,
Junho, pp.21-23
BARATA, J. & OLIMPO, C.(2004). “Hoje há Educação Física – Educação Física, 5º e 6º
anos”. Lisboa. 1º Edição. Texto Editora.
BARATA, J. & OLIMPO, C. (1997) “Hoje há Educação Física – Educação Física, 6º ano”.
Lisboa. 1º Edição. Texto Editora.
CARREIRO DA COSTA, F. (1996). “Formação de Professores: Objectivos, Conteúdos e
Estratégias”. Formação de Professores em Educação Física, Concepções,
Investigação, Prática. Edições FMH. Lisboa.
CALADO, J. (s.d.). “Em forma 5º e 6º – Educação Física, Segundo Ciclo do Ensino
Básico”. Areal Editores.
CALADO, J. & CALADO, P. (s.d.). “Educação Física – 5º e 6ºanos, Segundo Ciclo do
Ensino Básico”. Areal Editores.
CNAPEF (2002). “ Dez anos após a reforma – Perspectivas para a Educação Física e o
Desporto Escolar, ”. Carta Aberta – Abril.
COSTA, D. (s.d.). “ Jogo Limpo – Dossier do Professor, Educação Física7º,8º e 9º anos”.
Porto: Porto Editora.
COSTA, D. (s.d.). “ Educação Física e Desporto Escolar – Dossier do Professor, 9º anos”.
Porto Editora.
COSTA, J. & LINHARES, J. (s.d.). “ Manual de Educação Física e Desportiva – 5º e 6º
anos de escolaridades”. Porto Editora
Monografia Sandra Camacho 113
FERREIRA, E. (2004). “A Disciplina de Educação Física: oferta e procura de licenciados
de Educações Física”. Revista Ludens, nº 4 Abril – Junho, pp. 21-25.
JACINTO, J. & COMÉDIAS, J. & MIRA, J. & CARVALHO, L. (2001). ”Programa de
Educação Física – Ensino Básico, 3º Ciclo”. Novembro.
LOPES, H. (2002). “Sistematização – Taxononia de Fernando Almada” in apontamentos
da Cadeira da Sistemática das Actividades Desportivas (SAD) I e II – UMa.
MATHEWS, D. (1980). “Propósitos e Objectivos da Educação Física – Medida e
avaliação em educação física”. Rio de Janeiro: Editora Interamericana.
MOTA, R. (1997). A Educação Física e o Desporto Escolar. Revista Horizonte. Vol.
XII, nº 16 Março – Abril.
PINA, M. (2002). “Desporto Escolar – Estado actual e perspectiva. Revista Horizonte.
Vol. XVII, nº 101, Janeiro – Fevereiro.
ROMÃO, P., & PAIS, S. (2006) “ Organização e Desenvolvimento Desportivo – 12º ano”.
Porto Editora.
SAAVEDRA, A. (s.d.). “Introdução a Educação Física – 10º/11º Anos de Escolaridade”.
Edições Asa.
SOARES, J. (1997). “Desporto Escolar – Organização e perspectivas futuras”. Edição: O
Desporto Madeira.
FORMATO ELECTRÓNICOS
“Educação física e o Desporto Escolar decreto de lei nº 95/91, 26 de Fevereiro”.
Retirado17 de Maio de http://resea.aveiro-digital.net/legis/37.htm
MELO, J. (2006). “Perspectivas da Educação Física Escolar: reflexão sobre a Educação
Física como componente curricular” Revista brasileira de Educação Física, São
Paulo, Vol. XX, Setembro. Retirado a 20 de Julho de:
http://www.usp.br/eef/xipalops2006/53_Anais_p188.pdf
Monografia Sandra Camacho 114
SILVEIRA, J. (s.d.). “A Educação Física escolar nas escolas públicas e os seus conteúdos:
uma análise sobre a postura dos educadores acerca de seu campo de trabalho”
retirado a 17 de Maio de http://www.confef.org.br/arquivos/artigo.doc
RODRIGUES, A. (s.d.). Jornal On-line do Agrupamento de Escolas de Ribeira do Neiva.
“Desporto escolar”. Retirado a 17 de Maio de http://www.eb23-ribeira-
neiva.rcts.pt/florescerdoneiva/2005-06/06-desportoescolar/index.htm
Artigo nº3 do Decreto de lei nº 95/96, 26 de Fevereiro retirado a 26 de Maio de
http://resea.aveiro-digital.net/legis/37.htm
Monografia Sandra Camacho 115
5. – Anexos
Monografia Sandra Camacho 116
ANEXO I – OFÍCIOS
Monografia Sandra Camacho 117
Licenciatura em Educação Física e Desporto – 5º ano
Monografia – Ramo Ensino
Sandra Camacho – 965715433; [email protected]
Exmo. Presidente do Conselho Executivo da
___________________________
Data: ______________
Assunto: Trabalho de Investigação
Alunos finalistas de Licenciatura em Educação Física e Desporto da Universidade da
Madeira, estão a realizar, no corrente ano lectivo, uma monografia na área da Educação
Física, sobre os Planos Anuais de Educação Física.
Por este ser um processo que implica uma investigação acerca de algumas variáveis
presentes na realidade escolar actual, vimos por este meio solicitar a Vossa Excelência,
autorização para recolher na vossa escola as seguintes informações/dados:
1- Plano Anual de Educação Física com as “modalidades/conteúdos” a leccionar no
presente ano lectivo, para cada período (2º / 3º ciclos e Secundário);
2- Número de Professores de Educação Física da Escola (2º / 3º ciclos e Secundário);
3- Modalidades praticadas ao nível do Desporto Escolar (2º / 3º ciclos e Secundário);
4- Número de alunos da Escola (2º / 3º ciclos e Secundário);
5- Instalações Desportivas disponíveis para as aulas de Educação Física.
Prontamente voltaremos a entrar em contacto com Vossa Excelência, agradecendo desde
já a atenção dispensada.
Com os melhores cumprimentos,
O Orientador de Monografia P/ Estagiários
______________________ __________________
(Prof. Dr. Hélder Lopes)
Monografia Sandra Camacho 118
A NEXO II – QUADRO
Monografia Sandra Camacho 119
3º Ciclo
Escola X
Modalidades Nº de Professores de E. F.
Nº Total de Alunos da Escola
Plano Anual de Educação Física
7º Ano
1º P
2º P
3º P
8º Ano
1º P
2º P
3º P
9º Ano
1º P
2º P
3º P
Desporto Escolar
Monografia Sandra Camacho 120
ANEXOIII – QUESTIONÁRIOS
Monografia Sandra Camacho 121
Departamento de Educação Física e Desporto
Caro(a) Colega, este questionário tem por objectivo perceber como é feita a selecção das
modalidades a abordar nas aulas de Educação Física e no Desporto Escolar.
Todos os dados recolhidos são confidenciais e serão utilizados apenas no âmbito do
trabalho de investigação que actualmente desenvolvemos na Universidade da Madeira.
Desde já agradecemos a sua colaboração!
- Educação Física:
1. Porque é que não são abordadas algumas das modalidades nucleares nesta escola?
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
__________________________________________
2. Porque é que são abordadas estas modalidades não nucleares e não outras?
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
__________________________________________
3. Se tivesse total liberdade de escolha que modalidades escolheria para abordar nas aulas
de Educação Física?
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
___________________________________________
- Desporto Escolar
4. Qual a razão para a abordagem destas modalidades no desporto escolar?
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
____________________________________________
Monografia Sandra Camacho 122
5. Porque razão não são abordadas outras modalidades, no âmbito do desporto escolar?
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
__________________________________________
6. Se tivesse total liberdade de escolha, que modalidades escolhia para abordar no
desporto escolar?
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
____________________________________________
Obrigado pela sua colaboração!
Sandra Camacho