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LUIZ CARLOS SPICALSKI JUNIOR
CARACTERIZAÇÃO DE QUINTAIS AGROFLORESTAIS SOB A
PERSPECTIVA DE AGRICULTORES DO SETOR NAZARETH,
CARLINDA – MT.
ALTA FLORESTA- MT
DEZEMBRO DE 2011
2
ESTADO DE MATO GROSSO
SECRETARIA DE CIÊNCIAS, TECNOLOGIA DE EDUCAÇÃO SUPERIOR
UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA FLORESTAL
CAMPUS UNIVERSITARIO DE ALTA FLORESTA
PROGRAMA DE CIÊNCIAS AGROAMBIENTAIS
LUIZ CARLOS SPICALSKI JUNIOR
CARACTERIZAÇÃO DE QUINTAIS AGROFLORESTAIS SOB A
PERSPECTIVA DE AGRICULTORES DO SETOR NAZARETH,
CARLINDA – MT.
ALTA FLORESTA- MT
DEZEMBRO DE 2011
3
ESTADO DE MATO GROSSO
SECRETARIA DE CIÊNCIAS, TECNOLOGIA DE EDUCAÇÃO SUPERIOR
UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA FLORESTAL
CAMPUS UNIVERSITARIO DE ALTA FLORESTA
PROGRAMA DE CIÊNCIAS AGROAMBIENTAIS
LUIZ CARLOS SPICALSKI JUNIOR
CARACTERIZAÇÃO DE QUINTAIS AGROFLORESTAIS SOB A
PERSPECTIVA DE AGRICULTORES DO SETOR NAZARETH,
CARLINDA – MT.
Trabalho de conclusão de curso
apresentado como requisito da
disciplina TCC II, Curso de
Bacharelado em Engenharia
Florestal do Programa de Ciências
Agro-Ambientais, Campus
Universitário de Alta Floresta.
Orientador: Profº. M.Sc. Vander de
Freitas Rocha
ALTA FLORESTA- MT
DEZEMBRO DE 2011
4
ESTADO DE MATO GROSSO
SECRETARIA DE CIÊNCIAS, TECNOLOGIA DE EDUCAÇÃO SUPERIOR
UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA FLORESTAL
CAMPUS UNIVERSITARIO DE ALTA FLORESTA
PROGRAMA DE CIÊNCIAS AGROAMBIENTAIS
COMISSÃO CIENTÍFICA
Presidente/Orientador: _____________________________________________
Prof. Msc. Vander de Freitas Rocha
Depto. Agronomia/ UNEMAT Alta Floresta
Titular: _____________________________________________
Médico Vet. Dr. Alexandre Olival
Instituto Ouro Verde / Alta Floresta
Titular: ____________________________________________
Prof. Msc. Guilherme Augusto Nogueira Borges
Depto. Engenharia Florestal / UNEMAT Alta Floresta
Suplente: _________________________________________
Prof. Anderson Flores
Depto. Biologia / UNEMAT Alta Floresta
5
Dedico este trabalho, a todos que
cruzaram meu caminho até hoje e
deixaram algo e os que cultivaram algo.
E a academia na intenção de que venha
subsidiar trabalhos mais humanos.
6
“Não há fazenda, engenho, sítio, chácara
ou recanto brasileiro que não tenha seu
pomar e sua horta.” Alfons Balbach
7
AGRADECIMENTOS
Aos Astros e a Mãe Terra por ter me dado força e sabedoria para trilhar os melhores
caminhos e que a Mãe Natureza proteja essa sabedoria.
À minha Família pela paciência que teve comigo ao longo desses anos e apoio
incondicional nos momentos mais difíceis.
Ao Agricultor Francimar da comunidade Nazaré pelo apoio dado durante o trabalho
apresentando o pesquisador à comunidade, caronas, “pousos” e boas conversas sobre as coisas
mundâneas e as perversidades dos humanos.
À Dona Maria da Penha mãe do Francimar pelos cafés da manhã com seus pães
deliciosos.
Ao Sr. Antonio pai do Francimar pelas boas conversas.
Aos agricultores Dona Loni e Sr. Nilsom pelos almoços fora de hora.
Ao Instituto Ouro Verde que proporcionou o primeiro contato com esta comunidade e
às caronas até a comunidade.
Ao Anderson que proporcinava caronas com segurança e boas conversas.
Ao meu amigo e co-orientador Professor Anderson Flores que sempre esteve a
disposição para conversas sobre o projeto de pesquisa e sempre me incentivando a ir mais
além.
Ao meu orientador Vander de Freitas Rocha que sempre esteve a disposição para as
orientações e sempre com boas idéias, mas que deram muito trabalho, pois pesquisar 24
quintais não foi tarefa fácil.
Aos técnicos do Herbário da Amazônia Meridional da UNEMAT – Alta Floresta e ao
José Luiz que sempre me auxiliou com muita dedicação na identificação das espécies.
À banca examinadora, pelas sugestões e contribuições que certamente enriquecerão este
trabalho.
Ao Movimento Estudantil que proporcionou bons tempos de “luta” e muitos
aprendizados, além de amigos de longa data, Iberê, Dani, Carol, Leticia e Anderson valeu!
Aos hippies “Luís” e “Erli” pela amizade e bons tempos que passamos juntos.
Ao Professor Jaci Guimarães da RPPN Cachoeirinha pelos ensinamentos e conselhos.
À Associação Brasileira de Estudantes de Engenharia Florestal que trouxe sabedoria e
entendimento sobre as políticas da vida... Marx, Engels, Boff, Expressão Popular, MST, Via
Campesina e Agroecologia, além das boas amizades espalhadas por esse Brasil.
8
Aos amigos de classe Francis “PN”, Diogo “Salcicha”, João Carlos “Boneco de
Olinda”, Marcos “Marcão”, Cícero “ Cirção”, Valdinei “Heman”, por todos os bons
momentos juntos, e as dificuldades que superamos no decorrer desta etapa. O Smigoal
agradece de coração.
À todos os alunos do curso de Engenharia Florestal, obrigada pelo carinho.
À todos os professores que passaram pela minha carreira e deixaram algum
ensinamento.
Obrigado!
9
1
SUMÁRIO
Lista de figuras................................................................................................ 02
Lista de tabelas................................................................................................ 02
Resumo............................................................................................................ 03
Abstract............................................................................................................ 04
1. Introdução.................................................................................................... 05
2. Objetivos.................................................................................................... 06
2.1. Objetivo Geral.......................................................................................... 06
2.2. Objetivo Específico.................................................................................. 06
3. Revisão Bibliográfica.................................................................................. 06
4. Material e Método....................................................................................... 09
4.1. Área de Estudo......................................................................................... 09
4.2. Aspectos Históricos ................................................................................. 10
4.3. Procedimentos Metodológicos................................................................. 11
4.3.1. Aspectos Metodológicos da Pesquisa.................................................... 11
4.3.2. Universo Amostral................................................................................. 12
4.3.3. Análise dos Dados.................................................................................. 12
4.3.4. Coleta de Dados..................................................................................... 13
5. Resultados e Discussão................................................................................ 14
5.1. Caracterização Sócio-econômica.............................................................. 14
5.2. Perfil dos Quintais..................................................................................... 15
5.3. O nascimento dos quintais agroflorestais.................................................. 20
5.4. A importância dos quintais agroflorestais.................................................. 22
5.5. Manejo dos quintais................................................................................... 25
5.6. Composição florística e utilização das espécies.......................................... 36
6. Conclusões.................................................................................................... 60
7. ANEXOS....................................................................................................... 60
8. Referências Bibliográficas............................................................................ 65
2
LISTA DE FIGURAS
Figura 1:. Vista aérea do setor Nazareth......................................................................... 12
Figura 2: Mapa de distribuição de origem dos agricultores chefe de família ................ 14
Figura 3: Nível de alfabetização dos participantes da entrevista.................................. 15
Figura 4: Área dos quintais.............................................................................................. 16
Figura 5: Área das propriedades................................................................................... 18
Figura 6: Esquema da maximização de usos do quintal.............................................. 25
Figura 7: Responsáveis pelos cuidados com o quintal................................................... 26
Figura 8: Croqui do Quintal 02........... .......................................................................... 29
Figura 9: Croqui do quintal 06........................................................................................ 31
Figura 10: Croqui do quintal 15...................................................................................... 33
Figura 11:Croqui do quintal 02....................................................................................... 35
LISTA DE TABELAS
Tabela 1: Relação área do quintal, idade do quintal e numero de espécies
cultivadas.................................................................................................................... 16
Tabela 2: Amostras das áreas ocupadas pelos quintais............................................... 18
Tabela 3: Heterogeneidade na priorização de usos..................................................... 37
Tabela 4: Plantas encontradas nos quintais do Setor Nazareth, Carlinda – MT.......... 38
Tabela 5: Espécies mais importantes para a população, entre as de ocorrência nos
quintais........................................................................................................................ 46
Tabela 6: Plantas medicinais encontradas nos quintais do Setor Nazareth, Carlinda –
MT............................................................................................................................... 47
Tabela 7: Plantas alimentares encontradas nos quintais do Setor Nazareth, Carlinda –
MT............................................................................................................................... 50
Tabela 8: Plantas ornamentais encontradas nos quintais do Setor Nazareth, Carlinda –
MT.............................................................................................................................. 53
Tabela 9: Plantas “outros usos” encontradas nos quintais do Setor Nazareth, Carlinda –
MT.............................................................................................................................. 56
3
CARACTERIZAÇÃO DE QUINTAIS AGROFLORESTAIS SOB A PERSPECTIVA
DE AGRICULTORES DO SETOR NAZARÉ, CARLINDA – MT.
RESUMO: O trabalho foi realizado em 24 quintais agroflorestais de seis comunidades rurais,
situadas no setor Nazareth no município de Carlinda. O objetivo foi identificar a percepção de
agricultores familiares sobre os quintais e analisar a formação, estrutura e função dos espaços, bem
como conhecimento da flora, visando compreender a importância da mesma para a família
camponesa. A coleta de dados realizou-se entre novembro de 2010 e agosto de 2011, incluindo
entrevistas semi estruturadas e abertas, observação participante, identificação botânica, levantamento
florístico. Para a caracterização e compreensão dos quintais foram feitas análises qualitativas,
quantitativas e revisão bibliográfica. Levantou-se 323 espécies nos quintais e identificou-se quatro
principais categorias de uso: medicinal 49,22%, alimentar 30,95%, ornamental 24,45% e outros usos
20,74%. O conhecimento amplo sobre o potencial de uso da flora, expressa-se pela fabricação de
elaborados a partir de seus componentes: doces, geléias, licores, polpas, inseticidas, chás, remédios
caseiros e na fabricação de instrumentos de trabalho.
Palavras-chave: comunidades rurais, agricultores familiares, consórcio, subsistência, Mato Grosso.
4
HOME-GARDEN CHARACTERIZATION TRROUGH THE PERSPECTIVE OF
FARMERS OF NAZARETH SECTOR, CARLINDA – MT.
ABSTRACT: The study was conducted in 24 agroforestry homegardens in six rural
communities located in Nazareth, Carlinda, Mato Grosso. The goal was to identify the perception
of farmers about homegardens and analyze its formation, structure and function, as well
as understand local knowledge of the flora, and its importance to the peasant family. Data
collection took place between November 2010 and August 201, through semi-structured and open-
ended interviews, participant observation, and botanical identification. Qualitative methods and
literature review were used for homegardens’ characterization. 323 species were identified as well
as four main categories of use: medicinal 49.22%, food 30.95%, ornamental 24.45% and other
uses 20.74%. An extensive knowledge about the flora is expressed in the manufacture of sweets, jams,
liqueurs, fruit pulp, pesticides, tea, homemade medicines and household tools.
Keywords: rural communities, farmers, subsistence, consortium, Mato Grosso.
5
1. INTRODUÇÃO
Os sistemas agro-florestais são formas de uso e manejo da terra, nos quais árvores ou
arbustos são utilizados em associação com cultivos agrícolas e/ou com animais numa mesma
área, de maneira simultânea ou numa seqüência temporal. Uma das maiores vantagens desse
sistema é sua capacidade de manter bons níveis de produção em longo prazo e de melhorar a
produtividade de forma sustentável (BRITO, 1995).
De acordo com Peneireiro (1999), há sistemas agroflorestais elaborados e manejados a
partir de diferentes paradigmas e há aqueles que se tratam basicamente de consórcios simples,
cujo paradigma é o mesmo da monocultura, da competição, e que se preconiza a combinação
de algumas espécies para aproveitar melhor os fatores de produção, os insumos e a mão-de-
obra, tendo a árvore como componente do sistema, junto com espécies agrícolas; e outros
sistemas agroflorestais, como os quintais e outros, mais complexos, que se fundamentam na
busca dos fundamentos na própria floresta, em seus princípios.
O quintal agroflorestal são práticas de uso e manejo da terra cultivados em todo o
mundo. São sistemas agroflorestais de pequenas dimensões que apresentam multiplos
extratos e uma grande diversidade de espécies, estão situados ao redor da casa sendo
cultivados e manejados pelo trabalho familiar. Estes espaços estão voltados, geralmente, à
subsistência da família, propiciando uma alimentação saudável, cuidados com a saúde da
família, melhora do microclima, lazer em uma paisagem biodiversa e as crianças brincam aos
olhos dos pais em meio as árvores, arbustos e animais domésticos, além de ser um local onde
muitas vezes efetuam-se trocas de espécies e saberes são passados entre as diversas gerações e
vizinhos.
De acordo com Amoroso (2008) cultivar plantas e criar animais em quintais são
atividades praticadas há vários milênios. Pode ser compreendido como um espaço de usos
multiplos que fica próximo a residência da família. Sua fisionomia e composição florística
são muito diversificados e refletem influencias em diferentes aspectos.
De acordo com Niñez (1984) citado por Guarim (2008), o quintal é subsistema dentro
de um sistema maior de obtenção de alimentos, que visa a produção para consumo doméstico,
daqueles itens que não podem ser obtidos, que não estão facilmente disponíveis ou cujo preço
seja impraticável pela cultura no campo, complementando o cultivo, a colheita, a pesca e a
pecuária ou o recebimento de salários.
De acordo com Fracaro (2008) comunidades indígenas, caboclas e ribeirinhas utilizam
estes sistemas de produção, principalmente para a subsistência da família e possuem um
6
inestimável conhecimento referente ao uso e manejo da biodiversidade.
Os quintais agroflorestais normalmente apresentam vários estratos de vegetação,
geralmente apresentam-se em áreas de até 1 hectare, a organização do estrato promove uma
grande proteção contra erosão, otimiza o uso da luz, espaço e nutrientes . As árvores dominam
o estrato superior do horto e um maior número de espécies se encontram no estrato inferior
(ROJAS e INFANTE, 1994).
A intenção de pesquisar sobre quintais nasceu do pensar sobre a importância desses
espaços para vida da família rural. Em conversas com professores foi criando expectativas e
interrogações sobre essa área de produção. O primeiro contato com as comunidades foi
através da Rede de Comercialização Solidária de Produtores Agroecológicos promovidos pelo
Instituto Ouro Verde (IOV) onde moradores da área pesquisada comercializam produtos da
agricultura familiar.
2. OBJETIVOS
2.1. Objetivo Geral
Este trabalho tem por objetivo identificar a percepção dos agricultores sobre os quintais
agroflorestais e analisar a composição, formação, estrutura e função destes quintais existentes
no setor Nazareth, município de Carlinda – MT, a fim de entender a importância para a
subsistência da família.
2.2. Objetivos Específicos
Identificar a percepção de agricultores familiares sobre os quintais agroflorestais e sua
importância para a família camponesa;
caracterizar a formação, estrutura e função desse espaço;
identificar e sistematizar o conhecimento popular sobre a flora dos quintais;
entender a prática de cultivo dos quintais agroflorestais.
3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
A utilização de quintais é uma prática difundida em todo o mundo, desde o “Jardim do
Éden” no inicio da criação e com o passar dos anos adquiriu várias denominações de acordo
com sua região. Brito e Coelho (1994) cita autores e denomina quintais no México, tem-se
“hortos familiares”, na américa central, “hortos caseros”, na Tanzânia, os “chagga
homegardens (NAIR, 1993 apud BRITO e COELHO, 1994), no Brasil, “terreiro” e “horta
7
familiar” e de acordo com Viana (1996) na Amazônia são conhecidos como “quintal” ou
“miscelânea”.
Os sistemas agroflorestais são práticas agroflorestais tanto na Ásia como na América
Latina. Na Amazônia, existem diversos e estão em uso há muito tempo, desenvolvidos por
comunidades indígenas, caboclas e ribeirinhas, principalmente para fins de subsistência,
muitos sistemas de produção, praticados por esses povos tradicionais, nunca foram bem
descritos e podem constituir um conhecimento que corre o risco de ser perdido para sempre
(VIANA, 1996)
Segundo Viana(1997) citado por HOFFMAN (2005), a busca por sistemas de produção
apropriados em termos sócio-ambientais viáveis economicamente é um elemento central nas
estratégias voltadas para o desenvolvimento rural sustentável. Isso significa a busca de
melhorias em diversas características dos sistemas convencionais de produção. Os sistemas
agroflorestais apresentam uma série de vantagens – algumas já comprovadas cientificamente
outras não- em relação aos sistemas convencionais. dentre estas incluem: (i) a diminuição do
uso dos fertilizantes, (ii) a conservação dos solos e bacias hidrográficas, (iii) a redução do uso
de herbicidas e pesticidas, (iv) a diminuição dos custos de recuperação de matas ciliares e
fragmentos florestais, (v) a adequação a pequena produção, (vi) adequação a populações
tradicionais e (vii) a melhoria da qualidade de alimentos.
Esta técnica é interessante para a agricultura familiar por reunir vantagens econômicas e
ambientais. A utilização sustentável dos recursos naturais aliada a uma menor dependência de
insumos externo, resultando em maior segurança alimentar e economia,tanto para os
agricultores, como para os consumidores (ARMANDO, 20002).
Existem varias classificações de sistemas agroflorestais, no entanto Peneireiro (2002)
classifica como: a) de acordo com sua estrutura no espaço ; b) de acordo com seu desenho ao
longo do tempo; c) de acordo com a importância relativa e função dos diferentes
componentes; d) de acordo com os objetivos de produção; e) de acordo com as características
sociais e econômicas que prevalecem.
Do ponto de vista funcional os sistemas agroflorestais podem ser produtivos ou
conservacionistas. Nos produtivos as árvores podem desempenhar multiplos papéis e fornecer
vários produtos como alimentos e matérias primas tais como madeira, lenha, borracha, folhas,
resinas, óleos, produtos medicinais e forragens para animais (SALGADO, 2006 apud NAVA ,
2008).
O sistema agroflorestal conservacionista pode exercer influência na conservação do
8
solo, adição de nutrientes, abrigo para animais, cercas, atuar como quebra vento e no
sombreamento de culturas, controle da erosão, reciclagem e melhor aproveitamento de
nutrientes, fixação de nitrogênio, aumento do teor de matéria orgânica e melhora de
propriedades físicas e quimicas do solo (WALFLOR, 2004 apud NAVA , 2008).
De acordo com Dantas (1996) os quintais e pomares domésticos em geral constituem-se
em um ótimo exemplo de sistemas agroflorestais formados empiricamente sem qualquer
arranjo préviamente definido,nenhum alinhamento, meramente casual, visando o suprimento
da família, sobre tudo em frutas durante o ano, sem qualquer preocupação de fundo
econômico ou ecológico. No entanto observa-se um combinação de espécies perenes , com
espécies temporárias e animais domésticos.
A grande diferença entre quintais agroflorestais e agrofloresta consiste na maior e
menor abundância de espécies florestais. Sendo o quintal situado nos arredores da casa e a
agrofloresta mais distante (DUBOIS,1996).
Os quintais são considerados extensão da residência familiar, sendo local de
convivência e socialização. Contribuem para a manutenção das relações de vizinhança e
parentesco na medida em que fornecem plantas medicinais, hortaliças, frutas, mudas, etc. que
circundam pela rede social juntamente com informações sobre seus empregos e significados,
contribuindo para manter viva as tradições locais (AMOROSO, 2008). O quintal é de
relevante importância sóciocultural, sendo local de convívio, produção e reprodução do saber
popular através das experiências cotidianas.
De acordo com Dubois (1996) o quintal é uma área de produção que se situa perto da
casa, onde são cultivados espécies agrícolas e florestais, que também envolve a criação de
pequenos animais domésticos e/ou domesticados. Está localizado dentro de um sistema maior
de obtenção de alimentos que tem como princípio a produção de alimentos para o consumo
doméstico, complementando a colheita, a pesca, a pecuária, ou recebimento de salários
(NIÑES, 1984 apud FRACARO, 2008).
Apresentam áreas de até 1 hectare, a presença de vários estratos de vegetação promove
uma grande proteção contra erosão do solo, otimiza o uso da luz, espaço e nutrientes. As
árvores dominam o estrato do horto em maior número de espécies se encontram no estrato
inferior (ROJAS e INFANTE, 1994).
Os quintais são importantes na conservação da diversidade de espécies cultivadas ou
domesticadas, pois com o acréscimo do cultivo acentuado de monoculturas para suprir a
demanda de produção de alimentos em todo o mundo, isto vem diminuindo o plantio de
9
grande variedade de cultivos e aumentando a pressão sobre as florestas nativas. Assim, a
policultura vem perdendo seu espaço e a diversidade de espécies vem diminuindo. Entretanto
muitas espécies não são mais plantadas no campos e podem mas podem ser encontradas e
conservadas em locais restritos como os quintais da zona rural e urbana ( CRUZ, 2005)
De acordo com Meireles (2003) o quintal agroflorestal também funciona como uma
“maternidade” de adaptação de espécies. O agricultor traz espécies nativas ou obtidas de
outras famílias, observa e testa a planta por algum tempo. Mais tarde aprovadas suas
características para plantio, serão os quintais as primeiras fontes de material reprodutivo.
Este potencial torna-se muito importante em vista da grande investida, nas ultimas
décadas, da agricultura convencional sobre as áreas historicamente ocupadas, Desta forma
levando e perda da rica agrobiodversidade criada por comunidades tradicionais (AMOROZO,
2008).
Os quintais podem desempenhar um papel fundamental na conservação in situ do
germoplasma de espécies e variedades de plantas úteis que não são cultivadas na agricultura
convencional, espécies pouco conhecidas ou raras como as espécies crioulas ( AMOROZO,
2008), desta forma resultando em benefícios nutricionais, econômicos e ecológicos.
Para Amorozo o reconhecimento desse espaço na interação do individuo com a
natureza e com sua cultura pode evidenciar potenciais pouco explorados na educação formal.
o quintal é o ponto de partida muito bem situado para introduzir a criança tanto no estudo da
biologia e dos processos naturais, quanto da história, a começar pela história da própria
família, expressa na forma de utilização do quintal e em seus componentes.
Com o desaparecimento dos quintais, morrerá um local privilegiado, ou uma das fontes
principais do nosso imaginário, talvez entre nós o único espaço privado, domiciliar, limítrofe
da cultura, que nos coloca em contato com o ilimitado espaço da natureza (NUNES, 1994
apud BRITO, 2005).
4. MATERIAL E MÉTODO
4.1. Área de Estudo
O presente trabalho foi realizado na comunidade Nazareth, município de Carlinda que
está localizado no extremo norte do estado de Mato Grosso, a 800 km da capital do estado,
Cuiabá. Tem uma população de 10.985 habitantes, sendo que 6416 habitantes vivem na zona
rural (IBGE, 2010) e uma área de 2.426,9 km².
Apresenta colinas de topos tabulares, com declividades moderadas, associadas a
pontões e saliências rochosas. Predominam, nas colinas, solos Podzólicos Vermelho-Amarelo,
10
com baixa fertilidade; nos relevos rochosos têm-se solos Litólicos; ao longo dos principais
rios ocorrem solos Glei Pouco Húmicos (MOREIRA, 2007). Carlinda, Geomorfologicamente,
está situado na depressão norte do Mato Grosso (IBGE, 2006) , depressão interplanaltica da
Amazônia Meridional e planaltos dos Apiacás/Sucurundi, está a uma altitude de 290m.
Encontra-se sobre ainfluência do clima Equatorial Continental Úmido, caracterizado por
totais anuais de precipitação da ordem de 2.200 a 2.700mm, com dois meses secos, junho e
julho, com intensidade máxima em janeiro, fevereiro e março. A vegetação predominante
caracteriza-se por Floresta Ombrófila Densa, Floresta Estacional e Savana (IBGE, 1992). Esta
região é drenada por tributários da bacia do rio Teles Pires. As principais atividades
econômicas são a agricultura, pecuária , comércio e eco turismo (FERREIRA, 2001).
4.2. Aspectos Históricos
O município de Carlinda foi criado através da lei estadual nº 6.594, de 19 de dezembro
de 1994 emancipando-a e até então era distrito de Alta Floresta. No inicio a colonização de
Carlinda aconteceu através do plano de assentamento conjunto (PAC), foi elaborado e
executado pela Cooperativa Cotia – CAC, no inicio da década de 80 e tinha como prioridade
o assentamento de agricultores associados, filhos de associados ou selecionados pelo INCRA.
Durante sua implantação mudou-se a regra da jogo no que diz respeito a crédito para a
lavoura, inviabializando o projeto, desta forma a distribuição de lotes ficou a cargo do
INCRA, pois a pressão das famílias sem terra era grande. As famílias do sul e nordeste do
país foram atraídos por propagandas do governo que influenciavam milhares de famílias a
desbravar a Amazônia em busca da “terra que corre leite e mel”, desta forma os que vieram
para a região se aglutinaram em fazendas gerando cerca de cinco mil famílias sem terra, os
que não ganharam a terra se empenharam em trabalhar para adquirir um pedaço de terra. O
setor Nazareth é oriundo da reforma agrária, os desprazeres na terra eram grandes com
mínimas condições de moradia, saneamento e a saúde a cargo de conhecimentos sobre flora
da região, desta forma as dificuldades eram muitas, mesmo tendo melhorado muito, muitas
famílias ainda desistem da terra, sendo assim é preciso melhorar muito para a fixação da
família no campo. No inicio da colonização as culturas cultivadas eram café e cacau em maior
área e culturas de ciclo como o arroz o milho, feijão e mandioca em menor áreas e com o
enfraquecimento da terra foi-se transformando as áreas de cultivo em pasto para a criação de
gado.
4.3. Procedimentos Metodológicos
11
4.3.1 Aspectos Metodológicos da Pesquisa
Para a coleta de dados foi empregado um plano de perguntas geradoras de informações
qualitativas a fim de caracterizar a composição, estrutura e função deste sistema de produção,
bem como a influencia dos quintais agroflorestais na agricultura familiar.
A metodologia utilizada denomina-se “Estudo de Caso” que consiste na investigação
exaustiva e profunda de um ou de poucos objetos de maneira a permitir conhecimento amplo
detalhado (GIL, 1991; ANDRÉ, 1986; GODOY, 1995 apud SANTOS, 2008)
De acordo com Godoy citado por Santos (2004) o estudo de caso tem se tornado
estratégia preferida quando pesquisadores têm a pretensão de responder à questões do tipo
“como e “por quê” certos fenômenos acontecem, quando há pouco controle sobre os eventos
estudados e o foco de interesses está centrado em em fenômenos atuais, que poderão ser
analizados dentro de contextos de vida real. As técnicas fundamentais desse tipo de pesquisa
dizem respeito a observação participante e a entrevista gravadas em áudio..
Afim de investigar a percepção dos agricultores em relação aos quintais agroflorestais
será empregado questionário baseado em Posey (1987), seguindo a metodologia “geradora de
dados “ dando ênfase na qualidade dos dados. Segundo esta metodologia as perguntas são
dirigidas com o máximo de abertura para que o informante tenha a liberdade necessária para o
discurso de acordo com seu conceito e lógica.
Posey (1987) citado por Santos (2008) sugere:
O contato entre o pesquisador e o informante deve ser mediado pelo respeito às
informações veiculadas, evitando imposição de idéias ou categorias culturais do pesquisador;
O pesquisador deve adequar sua linguagem a do informante para evitar incompreensões;
É dever do investigador a demonstração de curiosidade sincera a respeito às atividades
diárias dos estudados. É preciso ter paciência com intolerâncias, o que se justifica pelo caráter
invasivo desse tipo de pesquisa;
O pesquisador precisa estar à disposição sempre que necessário, a oferecer informações
usando a sinceridade com relação aos possíveis benefícios que seu trabalho possa trazer à
comunidade investigada;
4.3.2. Universo Amostral
Os quintais amostrados localizam-se respectivamente em seis comunidades do Setor
12
Nazareth, comunidade Nazaré (lat=-9.90984; lon=-55.741024), Monte das Oliveiras((lat=-
9.8995247; lon=-55.6838608), Monte Sinai (lat=-9.9392621; lon=-55.762825&), Emaus
(lat=-9.9575227; lon=-55.7267761), Rio Jordão (lat=-9.9286096; lon=-55.7056618) e
Palestina (lat=-9.8804152; lon=-55.7200813) localizado na zona rural do município de
Carlinda. Nesta área residem agricultores, beneficiados pela reforma agrária o que caracteriza
o cultivo da terra para o sustento da família. Foram selecionadas 24 (vinte e quatro)
propriedades, a escolha destas propriedades foi aleatória, sendo cinco propriedades na
comunidade Nazaré, três na comunidade Palestina e quatro nas demais comunidades.
4.3.3. Análise dos Dados
Em geral o estudo de caso vale-se principalmente da metodologia qualitativa para seu
desenvolvimento, contudo, a utilização da metologia quantitativa pode ser válida
principalmente quando se utiliza pontualmente, ou seja, para o esclarecimento de aspectos da
questão investigada. Isso implica que o estudo de caso pode se basear numa mescla de provas
quantitativas e qualitativas (SOUZA, 2007).
A abordagem qualitativa de um problema justifica-se por ser uma forma adequada para
entender a natureza de um fenômeno social. Os estudos que empregam uma metodologia
qualitativa podem descrever a complexidade de determinado problema, analisar a interação de
certas variáveis, compreender e classificar processos dinâmicos vividos por grupos sociais,
Figura1: Vista aérea do setor Nazareth
13
contribuir no processo de mudança de determinado grupo e possibilitar em maior nível de
profundidade, o entendimento das particularidades do comportamento dos indivíduos
(RICHARDSON et al, 1999).
Métodos quantitativos são freqüentementes aplicados nos estudos descritivos, naqueles
que procuram descobrir e classificar a relação entre variáveis, bem como nos que investigam
a relação de casualidade. E também empregados quando o pesquisados deseja melhor
entendimento do comportamento de diversos fatores e elementos que influem sobre
determinado fenômeno (RICHARDSON et al, 1999).
4.3.4. A Coleta de Dados
Anterior às saídas de campo iniciou-se o levantamento bibliográfico para a
compreensão e sistematização de elementos teóricos que delineiam o objeto de estudo e suas
inter-relações, o qual se estendeu durante todo o período de realização deste estudo.
A fase de coleta dos dados teve inicio em outubro de 2010, prosseguindo até junho de
2011, após a primeira visita a comunidade e conversas informais com os moradores, seguiu-se
a apresentação do pesquisador e o objeto da investigação, bem como o aceito do proprietário
em participar da pesquisa. Para cada propriedade preencheu-se ema ficha cadastro contendo
informações socioeconômicas dos informantes e familiares como: Origem, idade, ocupação,
migração, escolaridade, experiência de vida em zonas rurais, número de membros da família,
e ocupação das pessoas residentes no domicilio (anexo I).
No segundo momento, dirigiu-se entrevistas a pessoa do domicilio responsável pelo
manejo do quintal com maior conhecimento sobre os elementos do quintal. Aplicou-se
entrevistas semi-estruturadas contendo questões abertas e fechadas que versavam sobre o uso,
manejo e conservação dos recursos naturais presentes nos quintais (Anexo II).
Além das entrevistas, o informante foi apresentando seu quintal, falando das espécies e
seus respectivos usos, procedência do propágulo, e o vinculo cultural com a espécie. As
plantas que não foram identificadas pelos entrevistados foi identificado no Hebário da
Amazônia Meridional/UNEMAT-AF e in loco com base no conhecimento botânico do
pesquisador. Todas as plantas apontadas pelos entrevistados como pertencentes ao quintal
com alguma utilização prática, foram inventariadas, até mesmo aquelas plantadas em vasos e
latas (Anexo III).
No setor Nazareth a aproximação entre pesquisador/pesquisado foi facilitado pelo
Agricultor Francimar que apresentou inicialmente o pesquisador à comunidade, o que
proporcionou maior confiança nos agricultores abordados.
14
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO
5.1 Caracterização sócio-cultural
Os vinte e quatro grupos familiares representam um total de 82 pessoas, com média de 3
pessoas por famílias. A faixa etária dos informantes variou entre 20 a 72 anos de idade. A
principal atividade dos informantes provém da pecuária de leite e outra parte é beneficiária do
INSS. Quanto ao local de origem dos chefe de família 19 (41,30%) pertencem a região
sudeste do país ( Minas Gerais, São Paulo e Espírito Santo), 16 (34,78%) da região sul do país
( Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina), 10 (21,73%) da região nordeste (Bahia,
Maranhão e Ceará) e 2 (4,34%) da região centro oeste (Mato Grosso e Mato Grosso do Sul).
Com relação as profissões declaradas pelos entrevistados apareceram: agricultor (a) (58,53%),
estudante (25,60%), do lar (7,31%), Monitor (3,65%) professor (a) (1), vaqueiro
(1),metalúrgico (1), diarista (1) e serviços gerais (1).
Figura 2: Mapa de distribuição de origem dos agricultores chefe
de família
15
O nível de alfabetização dos participantes da entrevista, 7,3% são analfabetas, 59,7%
não completaram o ensino fundamental, 2,4% completaram o ensino fundamental, 7,3% não
completaram o ensino médio, 6% completaram o ensino médio, 3,6% tem ensino superior
incompleto e 1,2% tem ensino superior completo. Uma das vantagens percebida na pesquisa é
que pais com pouca escolaridade conseguem sustentar e dar oportunidade de estudo aos
filhos.
5.2. Perfil dos quintais
Durante as visitas às casas, observou-se que o termo mais utilizado era terreiro ou
quintal. O quintal é um espaço de trabalho familiar e a coleta de alimentos é realizado por pais
e filhos, em ações conjunta ou unitária.
Os quintais do setor Nazareth tem em média 23 anos e 70,8% dos entrevistados foram
assentados pelo INCRA. Os quintais deste setor, em sua totalidade, a área total pesquisada é
de 7,78 ha e uma área média por quintal de 3244 m².
Nível de Alfabetização
Analfabetas
Fundamental Incompleto
Fundamental Completo
Médio Incompleto
Médio Completo
Superior Incompleto
Superior Completo
Figura 3: Nível de alfabetização dos
participantes da entrevista.
16
O maior quintal foi encontrado na comunidade Rio Jordão contando com 8000 m² e
uma diversidade de 47 espécies e o de menor área foi encontrado na comunidade Emaus com
791 m² e uma diversidade de 21 espécies. Tais resultados estão apresentados na Tabela 1.
Quintais
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
3,5
4
4,5
5
Área dos quintais (m²)
500 – 1000
1001 – 1500
1501 – 2000
2001 – 2500
2501 – 3000
3001 – 3500
3501 – 4000
4001 – 4500
4501 – 5000
5001 – 5500
5501 – 6000
6001 – 6500
6501 – 7000
7001 – 7500
7501 – 8000
Figura 4: Área dos quintais
17
Tabela 1: Relação área do quintal, idade do quintal e numero de espécies cultivadas.
Número
do quintal
Comunidade Área da
Propriedade
(ha)
Área do
quintal
(m²)
Área do
quintal
(Relativo)
Idade
do
quintal
(anos)
Número de
espécies
cultivadas
01 Nazaré 50 1.584 0,31 23 72
02 Monte Sinai 25 5.848 2,33 25 25
03 Monte Sinai 21,5 3.053 1,42 26 21
04 Monte Sinai 50,4 2.958 0,58 25 16
05 Nazaré 25,2 4.225 1,67 >11 30
06 Nazaré 25 3.408 1,36 22 35
07 Nazaré 25 2.800 1,12 24 25
08 Nazaré 25 4.000 1,6 23 88
09 Emaús 34,8 2.380 0,68 24 33
10 Emaús 25,2 791 0,31 24 21
11 Emaús 50,4 2.099 0,41 >11 46
12 Rio Jordão 15,6 2.500 1,60 18 72
13 Rio Jordão 50,4 2.500 0,49 25 10
14 Palestina 50 2.500 0,5 >20 14
15 Emaús 25,2 3.220 1,27 18 28
16 Monte das
Oliveiras
50,4 3.496 0,69 28 39
17 Monte das
Oliveiras
30 1.200 0,4 23 54
18 Monte das
Oliveiras
96 4.608 0,48 24 38
19 Monte das
Oliveiras
25,2 3.360 1,33 25 40
20 Palestina 24 3.871 1,61 >20 37
21 Palestina 51,6 1.666 0,32 22 24
22 Monte Sinai 50 6.400 1,28 25 41
23 Rio Jordão 25,2 1.400 0,55 24 23
24 Rio Jordão 50,4 8.000 1,58 25 47
Na tabela 1, quando analisamos as áreas dos quintais, idade e quantidade de espécies
cultivadas, não se observou nenhum tipo de correlação significcativa. Por exemplo um quintal
com 11 anos de plantio apresentou 46 espécies cultivdas e uma área manejada de 4.225 m² e
18
um quintal com 24 anos de idade apresentou 23 espécies cultivadas e 1.400 m² de área
manejada.
As propriedades variaram suas áreas, onde a menor com 15.6 ha e a maior com 96,0 há,
tais resultados estão apresentados na Figura 5.
Figura 5: Área das propriedades
Os quintais da comunidade Nazaré totalizam uma área de 16.017 m², os da comunidade,
Monte Sinai 18.259 m², os da comunidade Rio Jordão 14.400 m², os da comunidade Monte da
Oliveiras 12.664 m², da comunidade Emaús 8.490 m², os da comunidade Palestina 8.037 m² e
os da. A comunidade Nazaré teve um maior número de quintais amostrados e a comunidade
Palestina um menor número, tais resultados estão apresentados na Tabela 2.
Na comunidade Emaús foram estudados 4 quintais com área média de 2.122 m².
Propriedades Comunidades Aŕea da propriedade (ha) Área dos quintais
5 Monte Sinai 159,2 18.259 m²4 Nazaré 146,9 16.017 m²4 Rio jordão 141,6 14.400 m²4 Emaús 135,6 8.490 m²4 Palestina 125,6 8.037 m²3 Monte das Oliveiras 201,6 12664 m²
Tabela 2: Amostras das áreas ocupadas por quintais
Coluna B
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
Área da propriedade (ha)
Área
15 - 25
26 - 35
36 - 45
46 – 55
56 – 65
66 – 75
76 - 85
86 – 95
96 – 105
19
Contendo em média 32 variedades de espécies. O quintal nº 11 obteve uma maior diversidade
de espécies com 46 espécies cultivadas na comunidade. Nesta comunidade foi encontrado o
menor quintal com uma área de 791 m². No quintal 11 foi encontrado a pessoa com mais
conhecimento popular sobre a flora do quintal desta comunidade.
Na comunidade Nazaré foram estudados 5 quintais com área média de 3.608 contendo em
média 50 variedades de espécies. O quintal nº 8 compreendeu a maior diversidade com 88
espécies. Entre os pesquisados a moradora do quintal 08 apresentou maior conhecimento
popular sobre a flora do quintal.
Na comunidade Monte das Oliveiras foram estudados 4 quintais com área média de 3.166 mº,
contendo média 42 variedades de espécies. O quintal nº 17 apresentou a maior diversidade
com 54 espécies.
Na comunidade Palestina foram estudadas 3 quintais com área média de 2.679 m², contendo
em média 25 variedades de espécies. O quintal nº 20 apresentou a maior diversidade com 37
espécies.
Na comunidade Monte Sinai foram estudadas 4 quintais, com área média de 4.564 m²,
contendo em média 25 variedades de espécies. A moradora do quintal nº 4 apresentou o maior
conhecimento popular sobre as plantas do quintal, entre os pesquisados desta comunidade.
Na comunidade Rio Jordão foram estudados 4 quintais com área média de 3.600 m², contendo
em média 38 espécies diferentes. O quintal nº 12 apresentou a maior diversidade com 72
espécies, destas 37 são ornamentais e a moradora tem um amplo conhecimento sobre a flora
do quintal.
Em um estudo feito em Java, Stoler (1995) citado por Soemarwoto (1987) apud Brito
(2005), verificou que a produção dos quintais era influenciada pelo tamanho da unidade,
sendo os de menor tamanho considerados mais produtivos. Este fator não pode ser observado
pois não foi analisado a produção.
Os quintais são heterogêneos, 54,1% apresentam características marcantes de sistemas
agroflorestais, são bastante estratificados e sombreados, com grande quantidade de árvores e
muitas vezes são compostos por pomares com espécies nativas crescendo espontaneamente.
Outros apresentam árvores equidistantes, com um ou poucos exemplares de mesma espécies,
são delimitados e bastante ensolarados e apresentam uma boa diversidade de espécies,
percebe-se que se efetuam freqüentes intervenções de limpeza.
Os canteiros de hortas, plantas medicinais e animais de criação estão entre os elementos
que compõem os quintais. No setor Nazareth dos 24 quintais estudados, apenas 8 quintais
20
possuem hortas, o que corresponde a 33,3% do total. Nesses quintais foram observados
pequenos canteiros, nos quais são plantados verduras (alface, couve, almeirão) e alguns
legumes ( pimentão, pepino, quiabo, abóbora, caxi), além de condimentares (majericão,
hortelã, salsinha, coentro, alfavaca, cebolinha), encontram-se também alguns tubérculos
(inhame, batata-doce). Nesses quintais existem os canteiros de ervas medicinais, que foram
encontrados em 3 quintais, o que corresponde a 12,5% do total e nesses espaços são plantados
ervas medicinais (boldo, erva santa maria, hortelã, pronto alívio, folha santa, cidreira, melissa)
Estes pequenos canteiros enriquecem com verduras, legumes e tubérculos na dieta familiar e
as ervas medicinais para a cura de moléstias de familiares e vizinhos. E em um quintal foi
encontrado um viveiro de mudas florestais, correspondendo 4,16% do total.
Contudo, isto não quer dizer que aqueles que não apresentam cultivos de medicinais e
condimentares em viveiros específicos, não possuem em seus quintais essas plantas, muitas
vezes espalhadas ou em latas e vasos próximas às moradias.
A criação de galinhas foi constatada em todos os quintais estudados e em um quintal foi
encontrado patos e galinhas da angola. Este tipo de criação é destinada para a obtenção de
ovos para o autoconsumo, mas também pode representar uma fonte de renda quando o
excedente é vendido. A produção de ovos e aves no quintal é um importante componente do
quintal, responsável pelo aporte proteíco das famílias. As galinhas são criadas soltas, o que as
vezes representa um problema por acabarem com as plantações mas no quintal nº05 a
agricultora relata que as galinhas fazem serviço de limpeza capinando o quintal.
Outro tipo de criação é a de porcos que foi encontrado em 7 quintais, o que corresponde
a 29,16% do total. Este tipo de criação é para autoconsumo e venda de seu excedente.
As hortas cultivadas do setor Nazareth são de grande importância na economia local por
serem produtos que diariamente vão a mesa do agricultor.
No baixo Amazonas, Saragoussi et al. (1988) citado por Brito (2005) verificaram,
através do projeto INPA/FAO, que o plantio, nos quintais, de café e de cana-de-açúcar teve
por objetivo substituir produtos caros comprados nos mercados.
5.3 O nascimento dos quintais agroflorestais
O plantio das plantas no quintal foi realizado pela família, tais como segue:
“O plantio foi feito por meus avós, meu pai, minha mãe, por que eu era criança, muito
criança.” (Agricultora J. L. P., comunidade Nazaré)
21
“[...] nós todos plantamos juntos, um ajudando o outro.” (N. J. M., comunidade Monte
Sinai)
“[...] foi nós mesmos, eu e meus meninos”. ( Agricultor M. R. O., comunidade Monte
das Oliveiras)
Os quintais foram formados por sementes, mudas e propágulos, adquiridos através de
trocas, presentes, compra em viveiros e mercados de produtos in natura. O plantio foi
realizado através de conhecimentos próprios sobre espaçamento, sombreamento e dinâmica
entre árvores, com função de subsidiar a alimentação da famíla.
Os primeiros plantios ocorreram logo que as famílias se estabeleceram em seus lotes,
mudas e propágulos advinham de antigas residências, vizinhos e viveiros da região, tais como
segue:
“As sementes de andú foi um vizinho que me deu, essas flores foi da casa da minha
vizinha que mora na D2 e essa que tá pendurada foi a nora que me deu e essa que tá aí foi
minha filha que me deu de dia das mães.” Agricultora A. R. L.. comunidade Rio Jordão)
“A CEPLAC trouxe para a gente os côcos germinados e a poncã a maioria agente trouxa
lá da fazenda Caiabi e o resto foi semente comum e a gente foi plantando.” (Agricultor P. M.
M, comunidade Nazaré)
“Sempre algum vizinho dá muda para nós, mas nós pegamos muda da INDECO,
naquele tempo tinha esse viveiro que fornecia muda de laranja, jaca e côco, as primeiras
plantas.” (Agricultor J. G. S., comunidade Rio Jordão)
“O que nós plantamos pegamos as sementes e fizemos balainho e plantamos” Agricultor
L. C., comunidade Emaús)
“Eu preparei umas mudas quando morava lá na estrada A, naquela esperença de plantar
umas frutas numa área que a gente pudesse morar mais fixo, então foi onde agente plantou
essas árvores aí.” ( Agricultor M. R. O., comunidade Monte das Oliveiras)
“As mangueiras que foi da mesma idade que eu entrei aqui, foram adquiridas em um
22
depósito de frutas lá da industrial, vi aquelas frutas bonitas e semeei.” (Agricultor J. F. M.,
comunidade Monte das Oliveiras)
“[...] isso aqui tem muitos anos, quando agente começou a morar aqui já tinha tudo esses
pés de manga e nem sei te informar quantos anos tem.” “(Agricultora R. O . S., comunidade
Monte das Oliveiras)
5.4 A importância dos quintais agroflorestais
Os quintais dão proteção e abrigo à casa contra raios solares, vento, chuvas e quando
limpos à animais silvestres. Essa proteção é composta por grandes magueiras, jaqueiras,
abacateiros, coqueiros e pomares de entorno.
Os elementos presentes no quintal podem gerar, desde que adequadamente extraídos e
devidamente processados vários produtos. Na comunidade Nazaré utilizam produtos dos
quintais na fabricação de remédios caseiros, instrumentos rústicos de trabalhos, polpa, doces,
geléias, licores e mel, na comunidade Emaús fabricam remédios caseiros, polpa, doces,
geléias, na comunidade Palestina fabricam remédios caseiros, chás e doces, na comunidade
Monte das Oliveiras fabricam remédios, chás e compotas, na comunidade Monte Sinai
fabricam doces, compotas, chás, remédios caseiros, mel e na comunidade Rio Jordão fabricam
chás, remédios e instrumentos rústicos de trabalho.
O cuidado com a saúde da família camponesa fica a cargo das “donas de casa”, que
foram as pessoas que apresentaram mais conhecimento sobre a flora local. Através das plantas
medicinais, a pessoa com mais conhecimento indica o uso e prepara chás, garrafadas e
remédios caseiros. O uso de plantas para amenizar dores ou curar moléstias é presente na vida
humana a muito tempo (MACIEL, 2008).
O conjunto de plantas que circunda a casa trazem bem estar as pessoas que ali vivem,
seja a sombra das árvores que melhora a sensação térmica, as flores plantadas na lata ou no
jardim que embelezam a casa e o jardim, o inajá que atrai animais silvestres e embelezam
ainda mais a paisagem e outros fatores que passam despercebidos por nós, desta forma este
espaço melhora a qualidade de vida dos que ali vivem. De acordo com Garrote (2004), há um
valor intangível dos quintais, ligado a estética e ao bem estar das famílias, coincidindo com a
citação, a agricultora fala sobre as flores do seu quintal
“As mudas de flor eu plantei porque acho bonito, acho tão lindo uma florada no quintal
plantado na lata, planto por isso.” ( Agricultora A. R. R, comunidade Rio Jordão)
23
Relativo a ao valor da fauna, a agricultora relata:
“Animais silvestres agente não cria mas eles aparecem aí, não fazemos que nem as
outras oportunidades que eles vêem e espantam com estilingue, tem guaxo que mora ali,
sanhaço que mora no coqueiro, tem aquela plantinha que é muito atrativa prás maritaca, então
agente andou plantando, antes agente podava, agora agente deixa eles comerem a frutinha é
uma forma da gente atrair, agente gosta da fauna silvestre, então agente deixa numa forma de
preservativo para eles”. ( Agricultora J. L. P., comunidade Nazaré)
Nair (1993) citado por Brito (2005) afirma que os quintais tem considerável valor
ornamental. O embelezamento e a regulação do ambiente em torno da casa são elementos
importantes para a família.
Associados ao bem estar está a proteção do meio ambiente. O complexo de culturas
diversificadas, rotação e práticas desenvolvidas pelos proprietários locais podem fornecer
proteção ambiental sob condições tropicais. Uma agricultora afirmou que:
“Além do fruto tem a sombra, além da sombra é pra proteger o
meio ambiente, para não secar a água, agente tem um poço aí
dentro de casa a não sei quantos anos, a água é maravilha. Por
que segura essa água? sempre dos vizinhos está secando e a
nossa não seca por causa das plantações que não deixa resecar a
terra para poder a água permanecer.” (Agricultora R. O . S.,
comunidade Monte das Oliveiras)
Os quintais tem grande importância para a soberania alimentar e medicinal e funcionam
com como bancos de alimentos, remédios, fibras durante o ano todo com as hortas, fruteiras e
roças de mandioca, milho e guandú. Neste contexto o informante abaixo afirma que:
“Para a gente ter o fruto , chupar, fazer suco, para não ficar
comprando no mercado, para a gente ter menos despesa. A
gente gosta de laranja e tem ela ali não precisa ir comprar lá,
uma goiaba pra fazer um doce, jaboticaba agente tem ali a traz,
então eu gosto de estar fazendo essas coisas sem estar
comprando, também sobre o pé de manga faz uma sombra
24
danada.” ( Agricultora S. M. M., comunidade Nazaré)
“ [...] ali agente planta ração para a criação, napier. essas coisas e foi plantado
mandioca, batata-doce, abóbora e milho que pertence também a área do quintal”. (Agricultor
M. B. O., comunidade Monte das Oliveiras)
Esta agricultora relata sobre a preferência das plantas em seu quintal:
“A gente planta mais frutíferas, as árvores do pomar, laranja, manga, acerola, limão,
mamão. O quintal aqui é mais dedicado a plantar árvores que dão fruto e minha mãe gosta de
plantar flores por aí, para ficar bonito” (Agricultora J. L. P., comunidade Nazaré)
Acredito que o setor Nazareth é ampla área de produção agrícola, mesmo hoje em dia
dominado pela pecúaria leiteira ainda tem presença nos mercados e feiras livres da região.
“Aqui tudo eu plantava roça, melancia, milho, porque eu tinha irrigação aí eu fiquei
doente e não tinha como trabalhar, aí ficou parado, isso tudo era quintal. Eu trabalhava com
feira lá em Alta Floresta.” (Agricultor R. X. L., comunidade Monte Sinai)
O agricultor fala sobre a participação na Rede de Comercialização Solidária com a
venda de produtos oriundos do quintal, esta comercialização acontece toda semana e o IOV
organiza e viabiliza a venda de produto da agricultura familiar deste setor, cita que planta
para:
“[...] o gosto da gente e as vezes para alguém. Agora a Silvana está trabalhando com
fruta, ela entrou no projeto do Instituto Ouro Verde e tá vendendo polpa e essas coisas.” (
Agricultor P. M. M., comunidade Nazaré)
Esta agricultora afirma ter plantado para a comercialização e relata ter sido influenciada
por promessas que não vingaram. Segundo ela:
“Nós plantemos para nosso uso e para comercializar, só que a comercialização não
aconteceu nada, nós plantemos com a promessa que ia vender e depois só perder tudo.”
(Agricultora M. J. S., comunidade Monte das Oliveiras)
Este outro agricultor afirma vender o excedente:
“Consumo próprio da família e quando sobra vende o produto.” ( Agricultor P. M. M.,
comunidade Nazaré).
25
Figura 6: Esquema da maximização de usos do quintal
5.5 O manejo dos quintais agroflorestais
Dos 24 quintais pesquisados foi constatado que o casal compartilham os cuidados do
quintal em 12 domicílios, totalizando 50%, os homens cuidam do quintal em 5 domicílios
(20,8%), a família cuida do quintal em 4 domicílios (16,6%), mulheres cuidam do quintal em
3 domicílios (16,6%) (Gráfico da figura 3).
26
Resultados diferentes foram apresentados por Lulbers (1993), citado por Nasser et al
(1993) apud Brito e Coelho (2000), afirmam que hortos caseiros estão relacionados a mulher.
Assim como trabalhos apresesentado por Berbem, da Cruz (2005).
Em alguns casos o homem cuida do quintal por que a esposa não tem mais saúde. A
agricultora M. J. S., comunidade Monte das Oliveiras relata:
“ [...] quem cuida do quintal é meu esposo, por que eu estou doente, pois não agüento
ficar muito em pé...”
Foi constatado que na maioria dos quintais o cuidado é responsabilidade da família. O
agricultor relata: “Aqui o trabalho é mais familiar, mas quem enfrenta a limpeza é eu né, a
parte mais dura, aí o resto de varrer é ela.” ( Agricultor P. M. M., comunidade Nazaré)
O homem é responsável pelo trabalho “pesado”, a capina, a roçada, a poda e os plantios,
e utiliza esse espaço para fazer experimentações e observações sobre enxertia e possíveis
cultivos em larga escala. A mulher é a pessoa mantenedora que realiza trabalhos diários no
entorno da casa. Juntamente com os filhos e netos cuidam das plantas e animais, colhem
alimentos e mantêm limpo o quintal. Relacionado a isto um agricultor relata sobre o quintal
relacionado a mulher:
“A maioria da vezes é a dona Loni que cuida, eu dou uma ajuda assim, para fazer a
limpeza, a roçada, mas quem cuida do entorno da casa é a dona Loni”. (Agricultor N. J. M.,
comunidade Monte Sinai)
Cada quintal ou comunidade tem cuidados, experiências e manejos diferenciados,
alguns com flores no alpendre e na varanda, outros com muitas plantas medicinais no quintal
Cuidados com o quintal
Casal
Homem
Família
Mulher
Figura 7: Responsáveis pelos cuidados com o quintal
27
e alguns com muitas frutíferas, dando a cada quintal uma característica única. Para distinguir
as diferentes zonas de manejo, foi considerado o componente principal de acordo com as
categorias de uso, níveis verticais e presença de consórcios. Retratando isso serão elencados
alguns trechos das entrevistas que condizem aos manejos utilizados pelos agricultores:
“A gente faz capina para deixar limpinho, meu pai sempre ponha adubo que é esterco de
gado, pega do curral e leva para o quintal” (Agricultora J. L. P., comunidade Nazaré)
“Jogo tudo quanto é folha aí para dentro” (Agricultor L. C., comunidade Emaús)
“[..] as vezes agente carpi bem carpido e quando muitas vezes o mato tá muito atacado
agente usa um herbicida para controlar” (Agricultor M. B. O., comunidade Monte das
Oliveiras”
“[...] veneno eu não passo, a outra família que morava aqui falou que passava veneno
forte e nada saia no quintal e faz três anos que moro aqui e comecei a plantar, eles não tinha
um pé de flor, plantei flor e plantei mandioca, tudo saiu, só que não passo veneno” quintal 12
“na foice, na enxada e veneno eu nem posso mais, meus pés não aguentam.” (Agricultor
R. X. º, comunidade Monte Sinai)
“Agente roça. Quando dá conta agente carpi tudo, mas quando não dá conta tem que ser
na foice”. (agricultor A. F. S., comunidade Nazaré)
“Eu sempre podo a jabuticaba, a laranja, de vez em quando eu podo alguns pés.
Enxertia pouco sei quase não tenho experiência ainda, fiz uns 20 pés para pegar 2”. P. M. M.,
comunidade Nazaré)
“Podar mesmo é na época que tem que fazer poda, mês de agosto aí agente poda.”
(Agricultora M. J. S., comunidade Monte das Oliveiras)
“Essa questão do quintal agente vê que não está muito correto, nosso quintal agente vê
que não está muito bem zelado, mas de vez em quando junta eu e meu filho e fazemos uma
limpeza.” (Agricultor M. B. O., comunidade Monte das Oliveiras)
28
Foram classificados diferentes zonas de manejo, incluindo a residencial que se caracteriza por
espaços livre e chão batido. Nos croquis que foram elaborados é possível visualizar também
outros elementos constituintes dos quintais, além de diferentes cultivos, os locais destinados à
criação de animais, o local de trabalho. Nos croquis que serão apresentados a seguir, as
diferentes zonas de manejo estão identificadas por letras em caixa alta. A= Área residencial;
B= Ornamentais; C= Ornamentais com sombra; D= Consórcios entre fruteiras; E= Fruteiras
isoladas; F= Fruteiras e café; G= Criação de animais; H= Horta; I= Medicinais e
condimentares J= Nativas e Fruteiras; L= Cultivos para alimentação; M= espontâneas e
fruteiras; N= Quebra Vento; O= Área de Socialização.
29
Figura 8 : Croqui do Quintal nº 02
Nesse quintal pode-se observar 11 zonas de manejo. A área residencial é composta por
30
residência, com fogão de lenha, é habitada pelo casal e uma neta, esta família mora nesta
residência a 11 anos o que confere a uma alta quantidade de plantas jovens a agricultora disse
que o antigo dono usava muito veneno e naquele solo não crescia nada. Uma grande
quantidade de ornamentais é encontrada ao redor da casa plantadas no chão, latas e vasos. Ao
lado da Casa e nos fundos existe muitas frutíferas jovens consorciadas com alguns pés de
cocos antigos. Foi encontrado uma área de roça para subsistência com roça de mandioca e
batata-doce e outra com abacaxi e mandioca para a subsistência e para complementar a dieta
criam-se porcos. Para a socialização existe uma mesa com bancos dispostos à sombra da
grande magueira. Neste quintal há a presença de uma área que alaga sazonalmente.
31
Figura 9: Croqui do quintal nº 06
32
Nesse quintal pode-se observar 9 zonas de manejo. A área residencial é habitada pelo
casal e seus dois filhos,as plantas ornamentais estão presente no alpendre em vasos e latas e
consorciadas com frutíferas de pequeno porte e algumas palmeiras delimitadas ao lado e na
frente da casa, dando uma característica ornamental a esse conjunto. As frutíferas estão
espalhadas pelo quintal consorciadas ou isoladas. Para o autoconsumo da familia existe uma
roça de mandioca, quiabo, abacaxi e gergilim e completando a dieta da família existe uma
horta diversificada com couve, almeirão, rúcula e cebolinha e criação de porcos, podendo o
excedente ser vendido. Os finais de tarde são comtemplados à sombra do grande tamarindo.
33
Figura 10: Croqui do quintal nº 15
34
Nesse quintal pode-se observar 6 zonas de manejo. A área do quintal era um antigo
cafezal que foi ser tornando quintal A área residencial é composta por residência, lavanderia e
armazém é habitada pelo casal e três netos, esta aŕea é cercada por plantas cítricas, café e
banana com grandes frutíferas se consorciando. Para o auto consumo foi implantado uma roça
de mandioca, com banana e cítricas. Existe uma horta mas no momento está abandonada e
bastante sombreada.
35
Figura 11: Croqui do quintal 02
36
Nesse quintal pode-se observar 10 zonas de manejo. A área residencial é composta pela
moradia e residem neste local o casal. As plantas ornamentais forma uma jardim organizado e
a ornamentação se completa com frutíferas jovens plantadas ao redor da casa, para proteger a
casa das poeira e barulho que vem da estrada foi implantado um quebra-vento com Sansão do
Campo. Em alguns locais as frutíferas estão consorciadas com espécies florestais nativas e
com sub-bosque de regeneração natural. Ao lado da casa está a roça de milho, mandioca e
abóbora para o consumo da família, o autoconsumo é complementado pelo galinheiro
agroflorestal é composto por frutíferas de porte alto e baixo que seus frutos são consumidos
pelas galinhas da raça colonial. Este agricultor participa da Rede de Comercialização
Solidária com produtos oriundos do seu galinheiro agroflorestal, ao lado desse espaço existe
fruteiras antigas com espécies espontâneas e nativas
De acordo com Nair (1993) citado por Brito (2005), a parte das frente da casa às vezes
está ocupada por flores e outras plantas ornamentais que embelezam a entrada, sendo comum
ao redor da casa a presença de árvores que fornecem sombra e outros usos sociais.
5.6 Composição florística e utilização das espécies
Foram identificadas 323 espécies vegetais diferentes, em 768 citações, com uma média
de 36,6 espécies e desvio padrão de 19,29. O grupo de plantas que foram identificadas
constam na tabela3. Percebeu-se heterogeneidade na priorização de usos pelos entrevistados;
79% dos quintais incluiam cultivos voltados à produção alimentar, 12,5% priorizavam o
cultivo de ervas medicinais e 4% davam preferência às plantas ornamentais. Tais resultados
estão apresentados na Tabela 3.
37
Tabela 3: Heterogeneidade na priorização de usos
Quintal Citações Alimentares Medicinais Ornamentais Outros usos
01 72 40,2 % 38,8 % 25 % 27,7 %
02 25 80% 24 % 0% 56 %
03 21 85,7 % 33,3 % 9,2% 0%
04 16 50% 68,7% 0% 0%
05 30 60% 3,3% 26,6% 16,6%
06 35 68,5% 5,7% 22,8% 11,4%
07 25 84% 20% 4% 8%
08 88 23,8% 80,6% 1,1% 2,2%
09 33 48,4% 9% 24,2% 36,3%
10 21 66,6% 0% 19% 52,3%
11 46 67,3% 52,1% 4,3% 4,3%
12 72 27,7% 25% 51,3% 1,3%
13 10 90% 20% 0% 20%
14 14 57,1% 0% 35,7% 7,1%
15 28 67,8% 7,1% 3,5% 32,1%
16 39 61,5% 25,6% 12,5% 23%
17 54 53,7% 14,8% 14,8% 1,8%
18 38 71% 10,5% 26,3% 2,6%
19 40 60% 7,5% 20% 5%
20 37 54% 8,1% 5,4% 16,2%
21 20 35% 5% 0% 0%
22 41 34,1% 21,9% 34,1% 19,5%
23 23 73,9% 17,3% 8,6% 4,34%
24 47 38,2% 61,7% 0% 2,2%
Total 768 30,95% 49,22% 24,45% 20,74%
Nos estudos feitos por SANTOS (2008), foram pesquisados 24 quintais no perímetro
urbano de Alta Floresta – MT e indicam uma diversidade de 322 espécies, já os realizados por
MACIEL (2008), em 30 propriedades rurais da cidade de Juruena MT apontam uma
diversidade de 267 espécies.
Categorias de uso são as diferentes formas de utilização dos vegetais pelos
entrevistados. Os dados analisados definiram 18 categorias, dentre as quais citam-se:
38
alimentação, medicinal, ornamental, condimentar, sombra, reflorestamento, madeireira, óleos
essenciais, alimentação para fauna, matéria orgânica, inseticida, forrageira, apícola, tóxica,
decoração, enxertia, crenças, limpeza e quebra-vento. Constata-se que das categorias de uso
definidas o uso medicinal, a alimentar e as ornamentais se sobressaem. Outros estudos
também apontam o uso medicinal e alimentício das espécies usadas por outras comunidades,
como por exemplo, o realizado por Maciel (2008) em quintais rurais de Juruena-MT. Outros
estudos também apontam o uso medicinal e alimentício das espécies usadas por outras
comunidades, como por exemplo, o realizado por MACIEL (2008). Estudos realizados por
SANTOS (2008) apresentam resultados diferentes, apontando que o uso ornamental sobressai,
semelhante aos resultados apresentados por GARROTE (2004).
39
Legenda: Potencialidade indicada-( m = medicinal; o = ornamental; a = alimentar; so = sombreamento; fo = forrageira;
co = condimentar; ad = adubadeira; cor = corante; com = comercialização; af = limentação da fauna; d = decoração;
r = reflorestamento; tx= tóxica; sup= superstição; in; inseticida natural; ma= madereira; ex= enxertia; ól= óleo essesncial; mo; matéria orgânica; ap= apícola; limp= limpeza; qv= quebra vento). Parte Usada (rz= raiz, ca= caule, fh= folha, fl= flor,
fr= fruto, sm= semente, cas= casca). *= Espécies identificadas no Herbário da Amazônia Meridional.
Família Nome Científico Nome conhecido Usos parte usada IncidênciaAsteracea Plantago australis Calêndula m fh; fr 2
Lamiaceae mentha avensis Tanchagem m fh 3
Solanaceae Solanum Sessiliflorum Maná m fr 1
Boraginaceae symplitun officinale Confrei m fh 2
Duboisia arenitensis Buscopam m fh 1
Asteracea Artemisia sp. Pronto Alívio m fh 4
Labitae Leonurus sibiricus L. Rubi m fh 1
ni ni Briantina m fh 1
ni ni Anestesia m fh 2
Asteracea Mikania hersutissima Guaco m fh 1
Apocinaceae Echites macrocalite Folha Santa m fh 3
Lamiaceae Mentha arvensis Hortelã vique m fh 1
plantaginaceae plantago major Bassimo, alimão m fh 1
Asteracea Taraxacum officinale Dente de lão m fh 1
Menisprmaceae Coicculus dchiroa Cipó amargo m ca 1
Labitae Hyptis suavendens Afavação m fh; se 1
Umbelíferas Coriandrum Coentro da Índia m fh 1
ni ni Copová m fh 1
Curcubitaceae Apodanthera smilacifolia Cipó azogue m fh 1
Nyctaginaceae Mirabilis jalapa L. Bumina, Maravilha m fh 1
ni ni Flor da Amazônia m fh 1
Alasteracea Maylenus ilicifolia Cancerosa m fh 1
Lamiaceae Plectranthus sp. Boldo m fh 3
Amaranthaceae Pfaffia paniculata Ginseng m rz 2
Cactaceae Pereskia aculeata Carne Vegetal m; a fh 1
Malvaceae Gossypium hirsitum L. Algodão m fh 3
Poaceae Cynbopogom sp. Cidreira eucalipto l; I fh 1
Phytolaccaceae Piteveria aliaceae L. alamandra vermelha m fh 2
Lamiaceae Mentha sp. Hortelã menta a; fh 1
lamiaceae Plectranthus anboinicus Hortelã gordo m fh 1
Burseraceae Protium heptaphyllum Amescla rf 1
Mimosaceae inga sp. Ingá mel 1
malvaceae Hibiscus sp. Quiabo fita a fr 1
malvaceae Hibiscus sp. Quiabo da seca a fr 1
malvaceae Hibiscus sp. Quiabo branco a fr 1
malvaceae Hibiscus sp. Quiabo redondo a fr 1
Zingiberaceae Zingeber sp. Gengibre joponesa m rz 1
Leguminosae Caesalpinia ferrea Mart Jucá m fr 1
Caesalpinidaceae Senna Corymbosa Sena m fh 1
ni ni Figueirinha s 1
Rutaceae Zanthoxyllum rhoifolium Mamica de porca s 1
Lecythidaceae Bertholletia excelsa Castanheira s; or; a fr 2
Cupressae Cyprosus macrocarpa Tuia or; m fh 2
Kalanchoê blossfildia Calachuê or fl 2
ni ni Folha de cera or 1
labialceae ocimum basilicum Manjericão fh 1
Cactaceae Cireus jamacaru Madacaru 5 quinas or 1
Cactaceae Cireus sp. mandacaru 7 quinas m; sup ca 1
Tabela 4: Plantas encontradas nos quintais do Setor Nazareth, Carlinda - MT
40
Leguminosae Holocalix balansae Sete Copas m fl 1
Leguminosae Bauhinia splendens Cipó escada m ca 1
Aristolochiaceae Aristolochia cymbifera Cipó mil homem m ca 1
Arecaceae Syagrus oleracea Gueiroba a ca 1
gramiaceae Plyelosaclys sp. Bambú cons ca 1
Asteracea Antirrhinum majus Margarida or 1
Amaryllidaceae Scadoxus Multiflorus Lírio or 3
Asclepiadaceae Stapelia sp. Cacto or 3
Liliaceae Sansevieria trifasciata Espada de São jorge or; m 3
Cactaceae Napalea Cocewrillifera Palma or 1
polygonaceae Homalocladium platydadum Carqueja doce m 1
Euphorbiaceae Ricinus communis Mamona m; ol; ad; in s; fh; fr
Solonaceae Capsicum sp. Pimenta cambari a fr 1
Taxodiaceae Cryptomeria japonica Árvore de natal or 1
Lamiaceae Solesnastomon sautelaverioide Coração magoado or 1
Balsaminaceae inpatuns balsimina Beijo dobrado or 1
Balsaminaceae Impatiens hawkeri Beijo simples or 2
Euphorbiaceae Acalypha wilkisiana Crista de peru or 1
Euphorbiaceae Euphorbia lactea Candelabro or 1
Caesalpinioideae Balhinia forficata Pata de vaca m fh 1
Solanaceae Piper aduncum*
Salvia splendens Sangue de adão or 1
Sterculiaceae Theobroma cacao Cacau a fr 4
Rutaceae Citrus sp. Lima a; m fr 1
mimosaceae Inga edulis Ingá a; af fr 3
1
Araucariaceae Araucaria angustifolia Pinheiro do paraná or fr 1
Rubiaceae Mussaenda alicia hort. Mussaenda or 4
aanacardiacea Spondias macocarpa Engl. Seriguela a fr 2
ni ni Flor de paca af; so; or 1
Alastraceae Maytenus aquifolium Espinheira santa or; m 3
ni ni Violeteira or 2
Amarilidaceae Hipeatrum sp or 1
Lauraceae Mezilaurus itauba Itaúba or 1
Fabaceae Caesalpinia echinata Pau brasil ma; so ca 1
Compositae Ageratum conyzoides Mentrasto m fh 1
Commelinaceae Callisia repens Dinheirinho or; m fh 1
Portulacaceae portulaca sp. Onze Horas or; m fh 2
Saxifragaceae hydrangia macrophyla Ortência or; m fh 3
ni ni Pé de galinha m fh 1
Apiaceae Fuericulum Vulgare Erva doce m fh 1
Labitae Mentha piperita Ortelã pimenta m fh 2
Curcubitaceae Cucumis sativus L Pepino a fr 2
ni N.i. Caxi a fr 1
Solanaceae Capsicum sp. Pimenta doce a fr 3
Solanaceae Solanum jiló jiló a; m fr 2
Brassicaceae Eruca sativa Rúcula a fh 1
Convolvureulaceae ipomea batatas Batata doce a; m rz 5
Liliaceae Allium sp. Alho porro a fh 1
Asteracea Artemia absinthum L. Losna m fh 4
Chicoriaceae Chicorium sp. Almeirão a fh 4
Asteracea Lactuca sativa Alface a; m fh 5
Araceae Colocassia sp. Inhame a rz 1
Anonaceae Annona sp. Pinha miúda a fr 1
Lamiaceae Marsypianthes chamaedrus Melissa fh 4
Graptophyllus sp *
41
Araceae Xanthosomarobustum schott Inhame chinês a rz 1
Araceae Colocassia sp. Taioba a fh 1
Araceae Colocassia sp. Inhame rosa rz 1
Bignoniaceae Tabebuia sp. Carobinha do campo m fh 1
Asteracea Tagetes minuta Cravo de defunto or 2
Urticaceae Erera sp Urtigão vermelho m rz 1
Urticaceae Erera sp Urtigão branco m rz 1
Chenopodiaceae Spinacia oleracea Espinafre a; m fh 1
Rubiaceae Morinda citrifolia Noni a; m fr 3
Poaceas Pennisetum purpureum Napier fo fh 2
ni ni Ossaca tx; m fh 1
Verbenaceae Lantana sp. Cambará caseiro m fh 1
Myrtaceae Syzygium cumini jambolão m; le; af; rf; a fr; fh; cas; ca 3
Euphorbiaceae Crolon sp. Canela de perdiz m fh 1
ni ni Bactrim m ca; fh 1
cannaceae Canna generalis Cana da india m ca; fh 1
Arecaceae Copernicia cerifera Carnaúba m fh 1
ni ni Batata santa m rz 1
ni ni Birú m rz 1
Zingiberaceae Curcuma longa L. Açafrão a; m; co rz 2
Rutaceae Citrus sp. Maricota a fr 4
Anacardiaceae Spondias cytherea Cajamanga a fr 1
Annonaceae Annona sp. Fruta do conde a fr 1
Euphorbiaceae Crolon Zehntruri Canela do mato so; ma ca 2
ni ni Folhagem de jardim or; me fh 1
Araceae Philodedron bipinnatifidium Imbé m rz 1
ni ni Bromélia or 2
Chrysobalanaceae Licania Tomentosa oiti so so 6
Oleaceae Jasminum sp. Jasmim do Pará or fr 1
Cactaceae Cereus perivianus mandacaru or; m; a fr; rz 1
Meliaceae Cabralea canjerana Cajarana so; qv; af fr 1
Myrtaceae Orvalha a fr 3
Solanaceae Capsicum sp. Pimenta dedo de moça a fr 1
Solanaceae Brugmarsia suaveolens Copo de leite or; m fh; fl 3
Arecaceae Dupsis leitescens Palmeira Cica or fr 2
Arecaceae Artrocaryum chambira Tucum af ca 1
Arecaceae Attalea maripa Inajá a 1
gramiaceae Agropyrum Repens Grama or 1
Bignoniaceae Jacarandá cuspidifolia Caroba m fr 1
Fabaceae inga sp. Ingá de metro a ca 1
Rubiaceae Uncaria guianensis Unha de gato so; m 1
Malpighiaceae Byrsomina intermedia Murici a fr 3
Anarcadiaceae Spondias luta L. Cajá a fr 1
Verbenaceae Stachytaphita cayennensis Gervão m fh 1
Rutaceae Citrus sp. limão galego a;; so fr 4
Poaceae Saccharum officinalum L. Cana de açúcar a; fo; m ca; fh 6
Poaceae Zea mays L. Milho a fr 1
Bombacaceae Ochroma pyramidale Pau de balsa so 2
Labitae Plevtranthus amboiniais Malva do reino m fh 1
Apocinaceae Allamanda Blanchetti Alamandra vermelha or fl 1
Myrtaceae Eugenia sp. Araçá a; m fr 1
Lamiaceae Rosmarinus Officinalis Alecrim m fh 2
Pteridaceae Adiantum sp. Avenca m; or fh 2
Asteraceae Corepsis grandiflora Camomila m fh 1
Araceae Anthurium andralanum Antúrio or fl 1
Eugenia pyriformis Cabess
42
Rosaceae Rosa sp. Rosa menina or fl 1
Rosaceae Pinus malis L. Macieira or 1
Lauraceae Annomanum zeylanicum Canela con cas 1
Rutaceae Citrus sp. limão taiti a fr 1
ni ni Esperdiz m fh 1
Curcubitaceae Luffa operculata Buxa limp fr 2
Apocinaceae Thevetia peruviana chapéu de napoleão or fl 1
Myrtaceae Eucalyptus globulus Eucalipto m fh 1
Bombacaceae Pachira aquatica Munguba so 1
Vitaceae Vitis vinífera L. Uva a fr 1
ni ni Barjão or 1
Myrtaceae Eugenia uniflora Pitanga a; m af; so fr; fh 6
Rosaceae Eriobotrya japonica Ameixa or fr 1
Sapindáceae Talisia esculenta Pitomba a fh 3
Araceae Dieffenbachia amoena Bull Comigo ninguém pode tx 1
Convulvolaceae Ipomea cannea Algodão bravo or 1
Caesalpinidaceae Caesalpinia pulcherrima Flanboyam mirim or fr; fl 2
Rutaceae Citrus sp. Tangerina or; af fr 1
Anacardiaceae Anacardium giganteum Cajuí a ca 1
Hovenia dulcis Uva japonesa ma fr 1
Rubiaceae Genipa americana Genipapo a; so m fr; rz 2
Caesalpiniaceae Copaifera langsdorffii Copaíba m ól; fh 1
ni ni Palmito a fr; ca 1
Arecaceae Bactris gasipaes Pupunha a; so; rf fh 1
Asteracea Cichilea millefolium Mil e rama m fh 1
Lamiaceae Mentha piperita L. Hortelã m fh 4
Lamiaceae Origamum vulgare L. Majenrona m. co fh 3
Equisetaceae Equisethum giganteum Cavalinha m fh 1
Asteracea Bacharis Chacuncufolia Alecrim do campo m fh 2
ni ni Pau peroba m fh 1
Lamiaceae Thinnus vulgaris L. Tonilho m fh 1
Acanthaceae Justicia pectoralis Anador m fh 2
Caprifoliaceae Sambucus australis Sabugueiro m fh 2
Polygonaceae Polygonum hydropipioideas Erva de bixo m fh 1
Asteracea Pluchea sagitales Quitoco m fh 1
Asteracea Baccharis trimera Babosa m fh 2
Asteraceae Baccharis trimera Carqueja m fh 1
ni ni Calcaria m fh 1
Papaveráceae Argemone Mexicana Caldo santo m fh 1
Lauraceae Persea americana Abacate a; m; so fh; fr 13
Moraceae Artocarpus integrifolia Jaca a; so; fo fr 12
Musacea Musa sp. Banana a; m fr; fh 17
Anacardiaceae Mangífera indíca Manga a; m; fo cas; fr; fh 20
Rutaceae Citrus sp. Poncã a; so fr 11
Myrtaceae Psidium guajava Goiaba a; m; af; fo; so fr; fh 19
Sterculiaceae Theobroma sp. Cacauí a; m fr; cas 1
Anacardiaceae Anacardium ocidentale L. Cajú a; m; so fr; fh; cas 8
liliaceae Smilax japicanga Salsaparrilha m fh 1
Pedaliaceae Sesanum indicum DC. Gergilim a; m; in sm 1
Verbenaceae Durantha repens pingo de ouro or 5
Melastomataceae Clidemia japurensis* 1
Leguminosae Machaeriun aculeatum Radd Pau angu 1
Chrysobalanaceae Hirtela rodriguesi* 1
Burseraceae Trattenickia bursiflora* 1
Andira parviflora Sucupira vermelha 1
43
Chrysobalanaceae 1
Verbenaceae 1
Fabaceae Cajanus cajam Feijão andú a; m fr; fh 4
Passifloraceae Passiflora edulis Maracujá a; m fr; fh 9
Euphorbiaceae Manihot sculenta Mandioca a; fo; m rz; fh 8
Asteraceae Elephantopus mollis Fumo Bravo so 1
Solanaceae Capsicum frutescens Pimenta melagueta a; m fr 2
Arecaceae Cocos nucífera Coco da bahia a; m fr 17
Bromeliaceae Ananas comosus Abacaxi a; m fr; fh 8
Bixaceae Bixa orellana Coloral, Urucum a; co; so; ad; rf; m; cor sm; fh 10
Cathoathus roseus Boa noite or; m fh 2
Lamiaceae Ocimum Bassilicum L. Alfavaca m fh; fl 3
Cecropiaceae Cecropia pachytachya Embaúba af; rf; so sm 3
Sterculiaceae Theobroma grandiflorum Cupuaçu a; m; so ;rf fr; fh 11
Fabaceae phaseolus sp. Fava a fr 1
Oleaceae Jasminum sp. Jasmim or fl 2
Urticaceae Urera sp. Urtiga m rz 1
Poaceae Cybopogom citratus Capim cidreira a; m fh 4
Vitaceae Cissus verticillata Insulina m fh; ca 2
ni ni Grão de gala fo fh 1
Caesalpinidaceae Himuraes Cpourbairl L. Jatobá a; af; m; or fr 3
Anarcadiaceae Schinus molle Arueira a ca 1
Myrtaceae Myrciaria trunciflora Jaboticaba a; fr 12
Rutaceae Citrus sp. Laranja m; so; com; a fr 18
Myrtaceae Syzygium malaccense Jambo vermelho so; rf; a; m; or fr; fh 2
Myrtaceae Eugenia jambos Jambo amarelo a; rf; so fr; sm 4
Arecaceae Euterpe precatoria martius Açaí a; rf; so fr; sm; ca 3
Oxalalidaceae Averhoa Carambola L. Carambola a; m fr 5
Moraceae Morus nigra L. Amora a; rf; m; so; af fr; fh 9
Fabaceae Acacia Cyanophylla Acácia so; or 1
Rutaceae Citrus sp. Laranja apipú m; a; enx fr 1
Myrtaceae Eugenia stiptata Araçá-boi a fr 2
Bignoniaceae Tabebuia sp. Ipê de jardim a; or fl 2
Caesalpinidaceae Tamarindus indica L. Tamarindo a; me; rf; so fr; fh; sm 8
Anonaceae Annona squamosa L. Pinha a; fr 7
Moraceae Ficus carica L. Figo m; a fr; fh 5
Fabaceae Amburana cearensis Emburana m fh; sm; cas 1
Malvaceaea Hibiscus sculentus Quiabo a; m fr; sm; 8
Solanaceae Capsicum Anuum Pimentão a fr 1
Solanaceae lycopersicum esculentum Tomate a fr 3
Brassicaceae Brassica oleraceae L. Couve a; me fh 6
liliaceae Allium sp. Cebolinha a; co fh 8
Apocynaceaea petroselium crispum Salsa a; m fh; rz 4
Zingiberaceae Curcuma zedoária Vique m rz 4
Myrtaceae Syzygium aromaliam Cravo or 1
Urticaceae Portulaca oleracea L. Berdoiga a; or fh 1
Chinopodiaceae Chenopodium ambrosioides L. Mentruz m fh; sm 4
ni ni Poio m fh 3
Cyperaceae Eleocharis sp. Junco m rz 1
Costaceae Costus spicatus Caninha do Brejo m fh 1
Zingiberaceae Zingiber officinale Gengibre m rz 2
Dioscoraceae Dioscorea petrea Cará a rz 1
Lamiaceae Lavandula angustifolia Alfazema m fh 2
Annonaceae Annona muricata graviola A; m fr; fh 8
Tectona Grandis Teca so; m; qv; ma cas; ca 4
Biconia micrantha*
Citharex muriathum*
44
ni ni Perova ma ca 1
Curcubitaceae Curcubita pipo L. Abóbora a fr 8
Rosaceae Rosa sp. Rosa or; d; m fl 11
Nyctaginaceae Bougainvillea spectabilis Primavera or fl 7
Crassulaceae Kalanchoe sp. Flor da fortuna or fl 1
Ficus sp. Ficus so fl 1
malvaceae Hibiscus sp. Hibisco or fl 2
malvaceae Hibiscus sp. Quiabo roxo or fl 3
Apocinaceae Louro Variegado or fl 1
Liliaceae Cordelyne terminds Dracena vermelha or fl 8
Rubiaceae Ixora chinensis Ixora vermelha or fl 3
Myrtaceae Eugennia pyriformes Uvaia a fr 1
Punicaceae Punica Granatum Romã a; m fr 4
Rutaceae Citrus sp. Mexirica a; m fr; fh 3
Bignoniaceae Tabebuia sp. Ipê or; so; ma fl; ca 2
ni ni Cereja af; so fr; sm 2
Bignoniaceae Crescentia cujite Coité art; a; or fr; sm 5
Euphorbiaceae Jatropha gossypiifolia Balsamo m fh 1
ni ni pinhão Roxo m; sup fh; sm 1
ni ni Flor de mel ap fh 1
Piperaceae Piper nigrum Pimenta do reino in fr; fh 6
Caricaceae Carica papaya Mamão a; in; co; m fr; sm; se; fl 13
Lamiaceae Leonotus nepetaifolia Cordão de frade a; m; af fl 2
Rubiaceae Coffea conillon Café m; a; fr; fl 3
Apocynaceaea Allamanda cathartica L. Alamandra amarela or fl 3
Rutaceae Ruta graveolens Arruda m fl 5
ni ni Lingua de lão o r fl 1
Solanaceae Solanum paniculatum Jurubeba a; me fr 5
ni ni Palma santa me fh 1
Amaranthaceae Amarathus viridis L. Caruru a fh 1
ni ni Chá da india me 1
Amaranthaceae Alternanthera dentata terramicina me; or fh 4
Cannabaceae Trema micrantha Gandiúba af; fr 1
ni ni Amoreira me; ma ca; se 1
Eriocaulaceae Bellis perennis Bulina or 1
Orquidacea ni Orquidea or fl 4
Euphorbiaceae Plyllanthus sp. Quebra pedra me fh 2
Davalliaceae Nephrolipis Samanbaia or fh 5
Lythraceae Cuphea carthaginensis Sete sangria me fh 1
Rutaceae Citrus sp. Limão rosa a; me; co; com; fr;fh 18
Meliaceae Azadirachta indica Neem in; ól; m; sm; fh 6
Bombacaceae Paineira so; or 3
Caesalpiniaceae Schizolobium amazonicum pinho cuiabano ma; rf ca; sm 2
ni ni Anajá af fr 1
Malpighiaceae Malphigia glabra L. Acerola a; me; so; rf fr 19
ni ni Peroba ma 1
Chorisia speciosa
45
São encontrados nos quintais dos setor Nazareth espécies crioulas de grande
importância para o banco genético.
A partir das plantas com maior índice de citação pelos entrevistados foi estabelecido um
ranqueamento do primeiro ao décimo lugar que variou entre 8 e 20 citações sendo a mais
citada 20 e a menos citada 8. Com a potencialidade alimentar foram registradas vinte e quatro
espécies, seguida de vinte citações para medicinais, dentre outras. Tais resultados estão
apresentadas na tabela 5.
46
Tabela 5: Espécies mais importantes para a população, entre as de ocorrência nos quintais.
Importância Nome popular Nome científico Status Freqüência Utilidade
indicada
1º Manga Mangifera indica Exótica 20 A; M; F
2º Goiaba Psidium guajava Exótica 19 A; AF; F; M; S
2º Acerola Malpigjia glabra Exótica 19 A; M; S; R
3º Laranja Citrus sp. Exótica 18 A; M; S; Com
3º Limão Rosa Citrus sp. Exótica 18 A; M; C; Com
4º Banana Musa sp. Exótica 17 A; M
4º Coco-da-Bahia Cocos nucifera Exótica 17 A; M
5º Abacate Persea americana Exótica 13 A; M; S
5º Mamão Carica papaya Exótica 13 A; AF; M
6º Jaca Artocarpus
heterophiyllus
Exótica 12 A; S; F
6º Jaboticaba Myrciaria trunciflora Exótica 12 A
7º Cupuaçu Thebroma
grandiflorum
Nativa 11 A; S; R; M;
7º Rosa Rosa sp. Exótica 11 O; D; M;
7º Poncã Citrus sp. Exótica 11 A; S
8º Urucun Bixa orellana Nativa 10 A; C; Cor; S; A;
R; M
9º Amora Morus nigra L Exótica 9 A; R; M; AF; S
9º Maracujá Passiflora edulis Exótica 9 A; M
10º Quiabo Hibiscus sculentus L. Exótica 8 Al; Me
10º Cebolinha Allium sp. Exótica 8 Al; C
10º Tamarindo Tamarindus indica L. Exótica 8 A; M; R; S
10º Mandioca Manihot esculenta Exótica 8 A; M; F
10º Abacaxi Ananas comosus Exótica 8 A; M
10º Caju Anacardium
occidentale
Exótica 8 A; M; S
10º Dracena
Vermelha
Cordilyne terminds Exótica 8 O
10º Abóbora Curcubita Pipo L. Exótica 8 A
10º Graviola Annona muricata Exótica 8 A; M
Legenda: Potencialidade indicada- M = medicinal; O = Ornamental; A = Alimentar; S = Sombreamento; F =
Forrageira; C = Condimentar; A = Adubadeira; Cor = Corante; Com = Comercialização; AF = Alimentação da Fauna; D =
Decoração; R = Reflorestamento.
Neste estudo, o uso de plantas para fins medicinais é expressivo, sendo citadas 159
espécies nesta categoria de uso, seguindo-se 100 espécies para uso alimentar, 79 espécies de
47
uso ornamental e 67 espécies para “outros usos”, destacando-se o uso condimentar,
reflorestamento, madeireiro e sombreamento.
As plantas medicinais participam com 159 espécies, as espécies mais comuns são:
arruda, cidreira, mentruz, hortelã, romã, pronto alívio, espinheira santa, melissa, boldo e
tansagem. As principais partes das plantas citadas principalmente no uso medicinal foram:
folhas, fruto, caule, raiz e seiva, tais resultados estão apresentados na tabela 6.
Família Nome Científico Nome conhecido Parte usada IncidênciaAsteracea Plantago australis Calêndula fh; fr 2
Lamiaceae mentha avensis Tanchagem fh 3
Solanaceae Solanum Sessiliflorum Maná fr 1
Boraginaceae symplitun officinale Confrei fh 2
Duboisia arenitensis Buscopam fh 1
Asteracea Artemisia sp. Pronto Alívio fh 4
Labitae Leonurus sibiricus L. Rubi fh 1
ni ni Briantina fh 1
ni ni Anestesia fh 2
Asteracea Mikania hersutissima Guaco fh 1
Apocinaceae Echites macrocalite Folha Santa fh 3
Lamiaceae Mentha arvensis Hortelã vique fh 1
plantaginaceae plantago major Bassimo, alimão fh 1
Asteracea Taraxacum officinale Dente de lão fh 1
Menisprmaceae Coicculus dchiroa Cipó amargo ca 1
Labitae Hyptis suavendens Afavação fh; se 1
Umbelíferas Coriandrum Coentro da Índia fh 1
ni ni Copová fh 1
Curcubitaceae Apodanthera smilacifolia Cipó azogue fh 1
Nyctaginaceae Mirabilis jalapa L. Bumina, Maravilha fh 1
ni ni Flor da Amazônia fh 1
Alasteracea Maylenus ilicifolia Cancerosa fh 1
Lamiaceae Plectranthus sp. Boldo fh 3
Amaranthaceae Pfaffia paniculata Ginseng rz 2
Cactaceae Pereskia aculeata Carne Vegetal fh 1
Malvaceae Gossypium hirsitum L. Algodão fh 3
Phytolaccaceae Piteveria aliaceae L. alamandra vermelha fh 2
lamiaceae Plectranthus anboinicus Hortelã gordo fh 1
Zingiberaceae Zingeber sp. Gengibre joponesa rz 1
Leguminosae Caesalpinia ferrea Mart Jucá fr 1
Caesalpinidaceae Senna Corymbosa Sena fh 1
Cupressae Cyprosus macrocarpa Tuia fh 2
Cactaceae Cireus sp. mandacaru 7 quinas ca 1
Leguminosae Holocalix balansae Sete Copas fl 1
Leguminosae Bauhinia splendens Cipó escada ca 1
Aristolochiaceae Aristolochia cymbifera Cipó mil homem ca 1
Tabela 6: Plantas medicinais encontradas nos quintais do Setor Nazareth, Carlinda – MT
48
Liliaceae Sansevieria trifasciata Espada de São jorge 3
polygonaceae Homalocladium platydadumCarqueja doce 1
Euphorbiaceae Ricinus communis Mamona s; fh; fr
Caesalpinioideae Balhinia forficata Pata de vaca fh 1
Rutaceae Citrus sp. Lima fr 1
Alastraceae Maytenus aquifolium Espinheira santa 3
Compositae Ageratum conyzoides Mentrasto fh 1
Commelinaceae Callisia repens Dinheirinho fh 1
Portulacaceae portulaca sp. Onze Horas fh 2
Saxifragaceae hydrangia macrophyla Ortência fh 3
ni ni Pé de galinha fh 1
Apiaceae Fuericulum Vulgare Erva doce fh 1
Labitae Mentha piperita Ortelã pimenta fh 2
Curcubitaceae Cucumis sativus L Pepino fr 2
Solanaceae Solanum jiló jiló fr 2
Convolvureulaceae ipomea batatas Batata doce rz 5
Asteracea Artemia absinthum L. Losna fh 4
Asteracea Lactuca sativa Alface fh 5
Bignoniaceae Tabebuia sp. Carobinha do campo fh 1
Urticaceae Erera sp Urtigão vermelho rz 1
Urticaceae Erera sp Urtigão branco rz 1
Chenopodiaceae Spinacia oleracea Espinafre fh 1
Rubiaceae Morinda citrifolia Noni fr 3
ni ni Ossaca fh 1
Verbenaceae Lantana sp. Cambará caseiro fh 1
Myrtaceae Syzygium cumini jambolão fr; fh; cas; ca 3
Euphorbiaceae Crolon sp. Canela de perdiz fh 1
ni ni Bactrim ca; fh 1
cannaceae Canna generalis Cana da india ca; fh 1
Arecaceae Copernicia cerifera Carnaúba fh 1
ni ni Batata santa rz 1
ni ni Birú rz 1
Zingiberaceae Curcuma longa L. Açafrão rz 2
Euphorbiaceae Crolon Zehntruri Canela do mato ca 2
ni ni Folhagem de jardim fh 1
Araceae Philodedron bipinnatifidium Imbé rz 1
Cactaceae Cereus perivianus mandacaru fr; rz 1
Solanaceae Brugmarsia suaveolens Copo de leite fh; fl 3
Bignoniaceae Jacarandá cuspidifolia Caroba fr 1
Rubiaceae Uncaria guianensis Unha de gato 1
Verbenaceae Stachytaphita cayennensis Gervão fh 1
Poaceae Saccharum officinalum L. Cana de açúcar ca; fh 6
Labitae Plevtranthus amboiniais Malva do reino fh 1
Myrtaceae Eugenia sp. Araçá fr 1
Lamiaceae Rosmarinus Officinalis Alecrim fh 2
Pteridaceae Adiantum sp. Avenca fh 2
Asteraceae Corepsis grandiflora Camomila fh 1
ni ni Esperdiz fh 1
Myrtaceae Eucalyptus globulus Eucalipto fh 1
Myrtaceae Eugenia uniflora Pitanga fr; fh 6
Rubiaceae Genipa americana Genipapo fr; rz 2
49
Caesalpiniaceae Copaifera langsdorffii Copaíba ól; fh 1
Asteracea Cichilea millefolium Mil e rama fh 1
Lamiaceae Mentha piperita L. Hortelã fh 4
Lamiaceae Origamum vulgare L. Majenrona fh 3
Equisetaceae Equisethum giganteum Cavalinha fh 1
Asteracea Bacharis Chacuncufolia Alecrim do campo fh 2
ni ni Pau peroba fh 1
Lamiaceae Thinnus vulgaris L. Tonilho fh 1
Acanthaceae Justicia pectoralis Anador fh 2
Caprifoliaceae Sambucus australis Sabugueiro fh 2
Polygonaceae Polygonum hydropipioideasErva de bixo fh 1
Asteracea Pluchea sagitales Quitoco fh 1
Asteracea Baccharis trimera Babosa fh 2
Asteraceae Baccharis trimera Carqueja fh 1
ni ni Calcaria fh 1
Papaveráceae Argemone Mexicana Caldo santo fh 1
Lauraceae Persea americana Abacate fh; fr 13
Musacea Musa sp. Banana fr; fh 17
Anacardiaceae Mangífera indíca Manga cas; fr; fh 20
Rutaceae Citrus sp. Poncã fr 11
Myrtaceae Psidium guajava Goiaba fr; fh 19
Sterculiaceae Theobroma sp. Cacauí fr; cas 1
Anacardiaceae Anacardium ocidentale L. Cajú fr; fh; cas 8
liliaceae Smilax japicanga Salsaparrilha fh 1
Pedaliaceae Sesanum indicum DC. Gergilim sm 1
Fabaceae Cajanus cajam Feijão andú fr; fh 4
Passifloraceae Passiflora edulis Maracujá fr; fh 9
Euphorbiaceae Manihot sculenta Mandioca rz; fh 8
Solanaceae Capsicum frutescens Pimenta melagueta fr 2
Arecaceae Cocos nucífera Coco da bahia fr 17
Bromeliaceae Ananas comosus Abacaxi fr; fh 8
Bixaceae Bixa orellana Coloral, Urucum sm; fh 10
Cecropiaceae Cecropia pachytachya Embaúba fh 3
Cathoathus roseus Boa noite fh 2
Lamiaceae Ocimum Bassilicum L. Alfavaca fh; fl 3
Sterculiaceae Theobroma grandiflorum Cupuaçu fr; fh 11
Urticaceae Urera sp. Urtiga rz 1
Poaceae Cybopogom citratus Capim cidreira fh 4
Vitaceae Cissus verticillata Insulina fh; ca 2
Caesalpinidaceae Himuraes Cpourbairl L. Jatobá fr 3
Rutaceae Citrus sp. Laranja fr 18
Myrtaceae Syzygium malaccense Jambo vermelho fr; fh 2
Oxalalidaceae Averhoa Carambola L. Carambola fr 5
Moraceae Morus nigra L. Amora fr; fh 9
Rutaceae Citrus sp. Laranja apipú fr 1
Caesalpinidaceae Tamarindus indica L. Tamarindo fr; fh; sm 8
Moraceae Ficus carica L. Figo fr; fh 5
Fabaceae Amburana cearensis Emburana fh; sm; cas 1
Malvaceaea Hibiscus sculentus Quiabo fr; sm; 8
Brassicaceae Brassica oleraceae L. Couve fh 6
Apocynaceaea petroselium crispum Salsa fh; rz 4
50
Foram citadas 100 espécies de uso alimentar, deste total, a manga, goiaba, limão,
acerola, laranja, coco da Bahia, abacate, mamão, jaca, jaboticaba. Dentre as espécies
alimentares estão as hortaliças: alface, couve, almeirão, rúcula, cebolinha e salsa, tais
resultados estão apresentados na tabela 7.
Família Nome Científico Nome conhecido parte usada IncidênciaCactaceae Pereskia aculeata Carne Vegetal fh 1
Malvaceae Gossypium hirsitum L. Algodão fh 3
Lamiaceae Mentha sp. Hortelã menta fh 1
malvaceae Hibiscus sp. Quiabo fita fr 1
malvaceae Hibiscus sp. Quiabo da seca fr 1
malvaceae Hibiscus sp. Quiabo branco fr 1
malvaceae Hibiscus sp. Quiabo redondo fr 1
Lecythidaceae Bertholletia excelsa Castanheira fr 2
Arecaceae Syagrus oleracea Gueiroba ca 1
Solonaceae Capsicum sp. Pimenta cambari fr 1
Sterculiaceae Theobroma cacao Cacau fr 4
Rutaceae Citrus sp. Lima fr 1
mimosaceae Inga edulis Ingá fr 3
Tabela 7: Plantas alimentares encontradas nos quintais do Setor Nazareth, Carlinda – MT
Zingiberaceae Curcuma zedoária Vique rz 4
Chinopodiaceae Chenopodium ambrosioides L.Mentruz fh; sm 4
ni ni Poio fh 3
Cyperaceae Eleocharis sp. Junco rz 1
Costaceae Costus spicatus Caninha do Brejo fh 1
Zingiberaceae Zingiber officinale Gengibre rz 2
Lamiaceae Lavandula angustifolia Alfazema fh 2
Annonaceae Annona muricata graviola fr; fh 8
Tectona Grandis Teca cas; ca 4
Rosaceae Rosa sp. Rosa fl 11
Punicaceae Punica Granatum Romã fr 4
Rutaceae Citrus sp. Mexirica fr; fh 3
Euphorbiaceae Jatropha gossypiifolia Balsamo fh 1
ni ni pinhão Roxo fh; sm 1
Caricaceae Carica papaya Mamão fr; sm; se; fl 13
Lamiaceae Leonotus nepetaifolia Cordão de frade fl 2
Rubiaceae Coffea conillon Café fr; fl 3
Rutaceae Ruta graveolens Arruda fl 5
Solanaceae Solanum paniculatum Jurubeba fr 5
ni ni Palma santa fh 1
ni ni Chá da india 1
Amaranthaceae Alternanthera dentata terramicina fh 4
ni ni Amoreira ca; se 1
Euphorbiaceae Plyllanthus sp. Quebra pedra fh 2
Lythraceae Cuphea carthaginensis Sete sangria fh 1
Rutaceae Citrus sp. Limão rosa fr;fh 18
Meliaceae Azadirachta indica Neem sm; fh 6
Malpighiaceae Malphigia glabra L. Acerola fr 19
51
Anacardiacea Spondias macocarpa Engl. Seriguela fr 2
Portulacaceae portulaca sp. Onze Horas fh 2
Saxifragaceae hydrangia macrophyla Ortência fh 3
ni ni Pé de galinha fh 1
Apiaceae Fuericulum Vulgare Erva doce fh 1
Labitae Mentha piperita Ortelã pimenta fh 2
Curcubitaceae Cucumis sativus L Pepino fr 2
ni N.i. Caxi fr 1
Solanaceae Capsicum sp. Pimenta doce fr 3
Solanaceae Solanum jiló jiló fr 2
Brassicaceae Eruca sativa Rúcula fh 1
Convolvureulaceae ipomea batatas Batata doce rz 5
Liliaceae Allium sp. Alho porro fh 1
Asteracea Artemia absinthum L. Losna fh 4
Chicoriaceae Chicorium sp. Almeirão fh 4
Asteracea Lactuca sativa Alface fh 5
Araceae Colocassia sp. Inhame rz 1
Anonaceae Annona sp. Pinha miúda fr 1
Araceae Xanthosomarobustum schottInhame chinês rz 1
Araceae Colocassia sp. Taioba fh 1
Chenopodiaceae Spinacia oleracea Espinafre fh 1
Rubiaceae Morinda citrifolia Noni fr 3
Zingiberaceae Curcuma longa L. Açafrão rz 2
Rutaceae Citrus sp. Maricota fr 4
Anacardiaceae Spondias cytherea Cajamanga fr 1
Annonaceae Annona sp. Fruta do conde fr 1
Cactaceae Cereus perivianus mandacaru fr; 1
Myrtaceae Orvalha fr 3
Solanaceae Capsicum sp. fr 1
Arecaceae Attalea maripa Inajá 1
Fabaceae inga sp. Ingá de metro fr 1
Malpighiaceae Byrsomina intermedia Murici fr 3
Anarcadiaceae Spondias luta L. Cajá fr 1
Rutaceae Citrus sp. limão galego fr 4
Poaceae Saccharum officinalum L. Cana de açúcar ca; 6
Poaceae Zea mays L. Milho fr 1
Myrtaceae Eugenia sp. Araçá fr 1
Lauraceae Annomanum zeylanicum Canela cas 1
Rutaceae Citrus sp. limão taiti fr 1
ni ni Esperdiz fh 1
Curcubitaceae Luffa operculata Buxa fr 2
Apocinaceae Thevetia peruviana chapéu de napoleão fl 1
Myrtaceae Eucalyptus globulus Eucalipto fh 1
Bombacaceae Pachira aquatica Munguba 1
Vitaceae Vitis vinífera L. Uva fr 1
ni ni Barjão 1
Myrtaceae Eugenia uniflora Pitanga fr; 6
Rosaceae Eriobotrya japonica Ameixa fr 1
Sapindáceae Talisia esculenta Pitomba fh 3
Araceae Dieffenbachia amoena Bull Comigo ninguém pode 1
Eugenia pyriformis Cabess
Pimenta dedo de moça
52
Araceae Dieffenbachia amoena Bull Comigo ninguém pode 1
Convulvolaceae Ipomea cannea Algodão bravo 1
Caesalpinidaceae Caesalpinia pulcherrima Flanboyam mirim fr; 2
Rutaceae Citrus sp. Tangerina fr 1
Anacardiaceae Anacardium giganteum Cajuí ca 1
Hovenia dulcis Uva japonesa fr 1
Rubiaceae Genipa americana Genipapo fr; 2
Caesalpiniaceae Copaifera langsdorffii Copaíba ól 1
ni ni Palmito fr; ca 1
Arecaceae Bactris gasipaes Pupunha fh 1
Asteracea Cichilea millefolium Mil e rama fh 1
Lamiaceae Mentha piperita L. Hortelã fh 4
Lamiaceae Origamum vulgare L. Majenrona fh 3
Equisetaceae Equisethum giganteum Cavalinha fh 1
Asteracea Bacharis Chacuncufolia Alecrim do campo fh 2
ni ni Pau peroba fh 1
Lamiaceae Thinnus vulgaris L. Tonilho fh 1
Acanthaceae Justicia pectoralis Anador fh 2
Asteracea Pluchea sagitales Quitoco fh 1
Lauraceae Persea americana Abacate fr 13
Moraceae Artocarpus integrifolia Jaca fr 12
Musacea Musa sp. Banana fr; fh 17
Anacardiaceae Mangífera indíca Manga fr; 20
Rutaceae Citrus sp. Poncã fr 11
Myrtaceae Psidium guajava Goiaba fr; 19
Sterculiaceae Theobroma sp. Cacauí fr; 1
Anacardiaceae Anacardium ocidentale L. Cajú fr; 8
liliaceae Smilax japicanga Salsaparrilha fh 1
Pedaliaceae Sesanum indicum DC. Gergilim sm 1
Fabaceae Cajanus cajam Feijão andú fr; 4
Passifloraceae Passiflora edulis Maracujá fr; 9
Euphorbiaceae Manihot sculenta Mandioca rz; 8
Solanaceae Capsicum frutescens Pimenta melagueta fr 2
Arecaceae Cocos nucífera Coco da bahia fr 17
Bromeliaceae Ananas comosus Abacaxi fr; 8
Bixaceae Bixa orellana Coloral, Urucum sm; 10
Cathoathus roseus Boa noite fh 2
Sterculiaceae Theobroma grandiflorum Cupuaçu fr; 11
Fabaceae phaseolus sp. Fava fr 1
Poaceae Cybopogom citratus Capim cidreira fh 4
Caesalpinidaceae Himuraes Cpourbairl L. Jatobá fr 3
Anarcadiaceae Schinus molle Arueira ca 1
Myrtaceae Myrciaria trunciflora Jaboticaba fr 12
Rutaceae Citrus sp. Laranja fr 18
Myrtaceae Syzygium malaccense Jambo vermelho fr; 2
Myrtaceae Eugenia jambos Jambo amarelo fr; 4
Arecaceae Euterpe precatoria martius Açaí fr; 3
Oxalalidaceae Averhoa Carambola L. Carambola fr 5
Moraceae Morus nigra L. Amora fr; 9
Rutaceae Citrus sp. Laranja apipú fr 1
Myrtaceae Eugenia stiptata Araçá-boi fr 2
53
As plantas ornamentais também tiveram bastante destaque com 79 citações, deste total,
a rosa, dracena vermelha, samambaia, pingo de ouro, orquídeas, sangue de adão, mussaenda,
alamandra amarela e espada de São Jorge. Foram apontadas também plantas inseticidas, entre
elas se destacam: cidreira eucalipto, mamona e neem, tais resultados estão apresentados n
tabela 8.
Bignoniaceae Tabebuia sp. Ipê de jardim fl 2
Caesalpinidaceae Tamarindus indica L. Tamarindo fr; 8
Anonaceae Annona squamosa L. Pinha fr 7
Moraceae Ficus carica L. Figo fr; 5
Malvaceaea Hibiscus sculentus Quiabo fr; 8
Solanaceae Capsicum Anuum Pimentão fr 1
Solanaceae lycopersicum esculentum Tomate fr 3
Brassicaceae Brassica oleraceae L. Couve fh 6
liliaceae Allium sp. Cebolinha fh 8
Apocynaceaea petroselium crispum Salsa fh; 4
Urticaceae Portulaca oleracea L. Berdoiga fh 1
Dioscoraceae Dioscorea petrea Cará rz 1
Annonaceae Annona muricata graviola fr; 8
Curcubitaceae Curcubita pipo L. Abóbora fr 8
Myrtaceae Eugennia pyriformes Uvaia fr 1
Punicaceae Punica Granatum Romã fr 4
Rutaceae Citrus sp. Mexirica fr; 3
Bignoniaceae Crescentia cujite Coité fr; 5
Caricaceae Carica papaya Mamão fr; 13
Lamiaceae Leonotus nepetaifolia Cordão de frade fl 2
Solanaceae Solanum paniculatum Jurubeba fr 5
Amaranthaceae Amarathus viridis L. Caruru fh 1
Rutaceae Citrus sp. Limão rosa fr; 18
Malpighiaceae Malphigia glabra L. Acerola fr 19
Família Nome Científico Nome conhecido IncidênciaLecythidaceae Bertholletia excelsa Castanheira 2
Cupressae Cyprosus macrocarpa Tuia 2
Kalanchoê blossfildia Calachuê 2
ni ni Folha de cera 1
labialceae ocimum basilicum Manjericão 1
Cactaceae Cireus jamacaru Madacaru 5 quinas 1
Cactaceae Cireus sp. mandacaru 7 quinas 1
Leguminosae Holocalix balansae Sete Copas 1
Leguminosae Bauhinia splendens Cipó escada 1
Aristolochiaceae Aristolochia cymbifera Cipó mil homem 1
Arecaceae Syagrus oleracea Gueiroba 1
gramiaceae Plyelosaclys sp. Bambú 1
Asteracea Antirrhinum majus Margarida 1
Tabela 8: Plantas ornamentais encontradas nos quintais do Setor Nazareth, Carlinda - MT
54
Amaryllidaceae Scadoxus Multiflorus Lírio 3
Asclepiadaceae Stapelia sp. Cacto 3
Liliaceae Sansevieria trifasciata Espada de São jorge 3
Cactaceae Napalea Cocewrillifera Palma 1
polygonaceae Homalocladium platydadum Carqueja doce 1
Euphorbiaceae Ricinus communis Mamona
Solonaceae Capsicum sp. Pimenta cambari 1
Taxodiaceae Cryptomeria japonica Árvore de natal 1
Lamiaceae Solesnastomon sautelaverioideCoração magoado 1
Balsaminaceae inpatuns balsimina Beijo dobrado 1
Balsaminaceae Impatiens hawkeri Beijo simples 2
Euphorbiaceae Acalypha wilkisiana Crista de peru 1
Euphorbiaceae Euphorbia lactea Candelabro 1
Caesalpinioideae Balhinia forficata Pata de vaca 1
Solanaceae Piper aduncum*
Salvia splendens Sangue de adão 1
Sterculiaceae Theobroma cacao Cacau 4
Rutaceae Citrus sp. Lima 1
mimosaceae Inga edulis Ingá 3
1
Araucariaceae Araucaria angustifolia Pinheiro do paraná 1
Rubiaceae Mussaenda alicia hort. Mussaenda 4
aanacardiacea Spondias macocarpa Engl. Seriguela 2
ni ni Flor de paca 1
Alastraceae Maytenus aquifolium Espinheira santa 3
ni ni Violeteira 2
Amarilidaceae Hipeatrum sp 1
Lauraceae Mezilaurus itauba Itaúba 1
Commelinaceae Callisia repens Dinheirinho 1
Portulacaceae portulaca sp. Onze Horas 2
Saxifragaceae hydrangia macrophyla Ortência 3
Asteracea Tagetes minuta Cravo de defunto 2
ni ni Folhagem de jardim 1
Araceae Philodedron bipinnatifidium Imbé 1
ni ni Bromélia 2
Chrysobalanaceae Licania Tomentosa oiti 6
Oleaceae Jasminum sp. Jasmim do Pará 1
Cactaceae Cereus perivianus mandacaru 1
Meliaceae Cabralea canjerana Cajarana 1
Myrtaceae Orvalha 3
Solanaceae Capsicum sp. 1
Solanaceae Brugmarsia suaveolens Copo de leite 3
Arecaceae Dupsis leitescens Palmeira Cica 2
gramiaceae Agropyrum Repens Grama 1
Apocinaceae Allamanda Blanchetti Alamandra vermelha 1
Pteridaceae Adiantum sp. Avenca 2
Araceae Anthurium andralanum Antúrio 1
Rosaceae Rosa sp. Rosa menina 1
Rosaceae Pinus malis L. Macieira 1
Apocinaceae Thevetia peruviana chapéu de napoleão 1
Graptophyllus sp *
Eugenia pyriformis Cabess
Pimenta dedo de moça
55
O
s
quint
ais
dos
povo
s
indíg
enas
tem
sido
estud
ados
por
Pose
y
(198
7)
citad
o por Brito (2005), que encontrou 86 espécies comestíveis juntos aos Kaiapó do sul do Pará.
No estado do Pará Amoroso & Gély (1988) citados por Brito (2005) levantaram o uso
de plantas medicinais por caboclos do baixo amazonas, relacionando um total de 220 espécies
de uso medicinal, amostrados em diferentes ambientes, como quintais, sítios, praias e
capoeiras próximo ao local de moradia.
Praticamente em todas as regiões do país, os quintais assumem um papel importante
papel na “substência sustentada” da produção brasileira (CASTRO, 1995 apud BRITO, 2005).
A categoria outros usos são de grande importância para o homem do campo que utiliza
algumas espécies para a construção, na fabricação de instrumentos de trabalho e quebra-
ventos, que é o caso da peroba, bambu e a teca que fazem parte do componente florestal dos
quintais e seus propágulos são utilizados para reflorestar áreas degradadas. Algumas espécies,
além de serem alimentares, também foram citadas como medicinais e outros usos, o que
agrega vários usos às espécies, estas espécies estão apresentadas na tabela 9.
ni ni Barjão 1
Rosaceae Eriobotrya japonica Ameixa 1
Convulvolaceae Ipomea cannea Algodão bravo 1
Caesalpinidaceae Caesalpinia pulcherrima Flanboyam mirim 2
Rutaceae Citrus sp. Tangerina 1
Verbenaceae Durantha repens pingo de ouro 5
Cathoathus roseus Boa noite 2
Oleaceae Jasminum sp. Jasmim 2
Caesalpinidaceae Himuraes Cpourbairl L. Jatobá 3
Myrtaceae Syzygium malaccense Jambo vermelho 2
Fabaceae Acacia Cyanophylla Acácia 1
Bignoniaceae Tabebuia sp. Ipê de jardim 2
Myrtaceae Syzygium aromaliam Cravo 1
Urticaceae Portulaca oleracea L. Berdoiga 1
Rosaceae Rosa sp. Rosa 11
Nyctaginaceae Bougainvillea spectabilis Primavera 7
Crassulaceae Kalanchoe sp. Flor da fortuna 1
malvaceae Hibiscus sp. Hibisco 2
malvaceae Hibiscus sp. Quiabo roxo 3
Apocinaceae Louro Variegado 1
Liliaceae Cordelyne terminds Dracena vermelha 8
Rubiaceae Ixora chinensis Ixora vermelha 3
Bignoniaceae Tabebuia sp. Ipê 2
Bignoniaceae Crescentia cujite Coité 5
Apocynaceaea Allamanda cathartica L. Alamandra amarela 3
ni ni Lingua de lão 1
Eriocaulaceae Bellis perennis Bulina 1
Orquidacea ni Orquidea 4
Davalliaceae Nephrolipis Samanbaia 5
Lythraceae Cuphea carthaginensis Sete sangria 1
Bombacaceae Paineira 3Chorisia speciosa
56
Tabela 9: Plantas “outros usos” encontradas nos quintais do Setor Nazareth, Carlinda - MT
Família Nome Científico Nome conhecido Usos IncidênciaPoaceae Cynbopogom sp. Cidreira eucalipto l; I 1
Burseraceae Protium heptaphyllum Amescla rf 1
Mimosaceae inga sp. Ingá mel 1
ni ni Figueirinha s 1
Rutaceae Zanthoxyllum rhoifolium Mamica de porca s 1
Lecythidaceae Bertholletia excelsa Castanheira s; or; 2
Cactaceae Cireus sp. mandacaru 7 quinas sup 1
gramiaceae Plyelosaclys sp. Bambú cons 1
Euphorbiaceae Ricinus communis Mamona ol; ad; in
mimosaceae Inga edulis Ingá af 3
1
ni ni Flor de paca af; so; or 1
Fabaceae Caesalpinia echinata Pau brasil ma; so 1
Poaceas Pennisetum purpureum Napier fo 2
ni ni Ossaca tx; 1
Myrtaceae Syzygium cumini jambolão le; af; rf; 3
Zingiberaceae Curcuma longa L. Açafrão co 2
Rutaceae Citrus sp. Maricota a 4
Euphorbiaceae Crolon Zehntruri Canela do mato so; ma 2
Chrysobalanaceae Licania Tomentosa oiti so 6
Meliaceae Cabralea canjerana Cajarana so; qv; af 1
Arecaceae Artrocaryum chambira Tucum af 1
Rutaceae Citrus sp. limão galego so 4
Poaceae Saccharum officinalum L. Cana de açúcar fo; 6
Bombacaceae Ochroma pyramidale Pau de balsa so 2
Lauraceae Annomanum zeylanicum Canela con 1
Curcubitaceae Luffa operculata Buxa limp 2
Vitaceae Vitis vinífera L. Uva a 1
Myrtaceae Eugenia uniflora Pitanga af; so 6
Araceae Dieffenbachia amoena Bull Comigo ninguém pode tx 1
Rutaceae Citrus sp. Tangerina or; af 1
Rubiaceae Genipa americana Genipapo so 2
Arecaceae Bactris gasipaes Pupunha so; rf 1
Lamiaceae Origamum vulgare L. Majenrona co 3
Lauraceae Persea americana Abacate so 13
Moraceae Artocarpus integrifolia Jaca so; fo 12
Anacardiaceae Mangífera indíca Manga m; fo 20
Rutaceae Citrus sp. Poncã so 11
Myrtaceae Psidium guajava Goiaba af; fo; so 19
Anacardiaceae Anacardium ocidentale L. Cajú so 8
Melastomataceae Clidemia japurensis* 1
Leguminosae Machaeriun aculeatum RaddPau angu 1
Chrysobalanaceae Hirtela rodriguesi* 1
Burseraceae Trattenickia bursiflora* 1
Andira parviflora Sucupira vermelha 1
Chrysobalanaceae 1
Verbenaceae 1
Euphorbiaceae Manihot sculenta Mandioca fo 8
Asteraceae Elephantopus mollis Fumo Bravo so 1
Bixaceae Bixa orellana Coloral, Urucum co; so; ad; rf; cor 10
Cecropiaceae Cecropia pachytachya Embaúba af; rf; so 3
Graptophyllus sp *
Biconia micrantha*
Citharex muriathum*
57
Ferreira (1995) citado por Brito (2005)afirma que, para o homem rural, as plantas são
intrinsicamente ligadas a subsistência. Integrado a natureza ele supre suas necessidades
utilizando os produtos que a generosa terra oferece. A longa experiência lhe proporciona a
vantagem de conhecer e utilizar as espécies vegetais em seu próprio beneficio e as converte
em muitos artigos e produtos na alimentação, cura de doenças, na construção de objetos e
benfeitorias.
Sterculiaceae Theobroma grandiflorum Cupuaçu so ;rf 11
ni ni Grão de gala fo 1
Caesalpinidaceae Himuraes Cpourbairl L. Jatobá af; or 3
Rutaceae Citrus sp. Laranja so; com; 18
Myrtaceae Syzygium malaccense Jambo vermelho so; rf; or 2
Myrtaceae Eugenia jambos Jambo amarelo rf; so 4
Arecaceae Euterpe precatoria martius Açaí rf; so 3
Moraceae Morus nigra L. Amora rf;so; af 9
Fabaceae Acacia Cyanophylla Acácia so; or 1
Rutaceae Citrus sp. Laranja apipú enx 1
Caesalpinidaceae Tamarindus indica L. Tamarindo rf; so 8
liliaceae Allium sp. Cebolinha a; co 8
Tectona Grandis Teca so; qv; ma 4
Rosaceae Rosa sp. Rosa or; d; 11
Bignoniaceae Tabebuia sp. Ipê or; so; ma 2
ni ni Cereja af; so 2
Bignoniaceae Crescentia cujite Coité art; 5
ni ni pinhão Roxo sup 1
ni ni Flor de mel ap 1
Piperaceae Piper nigrum Pimenta do reino in 6
Caricaceae Carica papaya Mamão in; co; 13
Lamiaceae Leonotus nepetaifolia Cordão de frade af 2
Cannabaceae Trema micrantha Gandiúba af; 1
Rutaceae Citrus sp. Limão rosa co; com; 18
Meliaceae Azadirachta indica Neem in; ól; m; 6
Caesalpiniaceae Schizolobium amazonicum pinho cuiabano ma; rf 2
ni ni Anajá af 1
Malpighiaceae Malphigia glabra L. Acerola so; rf 19
ni ni Peroba ma 1
58
6. CONCLUSÕES
As políticas de governo de combate a fome deveriam incentivar projetos de
implantação e melhoria dos manejos em quintais, afim de aumentar a diversidade de alimento
e produção. Programas neste sentido podem melhorar a qualidade de vioda dos que vivem na
zona rural brasileira.
Os quintais agroflorestais estudados apresentam uma grande diversidade de espécies
vegetais úteis, as quais são utilizadas e manejadas pelos agricultores para garantir a oferta de
produtos (principalmente alimento e remédio) ao longo de todo o ano, os quais são utilizados
para autoconsumo ou gerar renda.
O quintal é composto e modelado por seus moradores com base em suas necessidades e
escolhas.
Todas as comunidades aproveitam os produtos do quintal na fabricação de doces, chás e
remédios caseiros.
Os quintais dão proteção e abrigo à casa contra raios solares, vento, chuvas e quando
limpos à animais silvestres. Essa proteção é composta por pomares de entorno.
Suas diferentes áreas de produção e o manejo empregado geram características que são
a identidade de quem os maneja.
Com este trabalho foi possível registrar um banco de dados das plantas dos quintais
informações sobre o ambiente que eles interagem, os quais fazem parte da cultura das pessoas
que ali vivem, quanto ao uso, a utilização e a forma de manejo contribuindo para a
conservação e preservação da biodiversidade vegetal.
Espera-se que este trabalho possa subsidiar e incentivar a disseminação de
conhecimentos e produtos da flora do quintal.
59
ANEXOS
60
ANEXO I - FICHA CADASTRO DOS QUINTAIS
CARACTERIZAÇÃO SÓCIO ECONOMICA DOS ENTREVISTADOS
INFORMAÇOES SOBRE A PROPRIEDADE
Propriedade:
Área: Área do quintal:
Quintal N°
INFORMAÇÕES PESSOAIS DO PROPRIETÁRIO E CONJUGE
Nome:
Idade: Data de Nascimento:
Escolaridade:
Ocupação:
Origem:
Rota de Imigração:
Experiencia de vida em zonas rurais: ( ) Sim ( ) Não
Em caso positivo quanto tempo e onde?
Nome:
Idade: Data de Nascimento:
Escolaridade:
Ocupação:
Origem:
Rota de Imigração:
Experiência de vida em zonas rurais: ( ) Sim ( ) Não
Em caso positivo quanto tempo e onde?
DADOS SOBRE OUTROS DA FAMÍLIA
Nome Grau de
Parentesco
Nascimento Estado civil Escolaridade Ocupação
61
ANEXO II – INFORMAÇÕES SOBRE A PROPRIEDADE
INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES
a) Tempo de aquisição da propriedade e como adquiriu?
b) Tempo de residência no local e por quê veio residir aí?
c) Como era a propriedade quando se mudou para a mesma?
d) Quais atividades são desenvolvidas na propriedade?
ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DO QUINTAL
a) Quem cuida do quintal?
b) O que planta no quintal?
c) Quais as primeiras árvores do quintal e a idade aproximada?
d) De onde vieram as plantas que tem no meu quintal? E a idade aproximada?
e) Quem plantou?
f) Por quê e para quê você planta no quintal ?
g) O que faz para cuidar do quintal?
h) Cria algum tipo de animal no quintal? Quais?
i) Prática algum tipo de manejo no quintal?
j) Há alguma função definida a cada integrante da família no quintal?
l) Adota algum critério de arranjo para o plantio para o plantio das plantas no quintal? Qual?
62
ANEXO III – GUIA DO INVENTÁRIO DAS PLANTAS
Quintal n° Propriedade:
Responsável: Data:
Obs: Todas as plantas do quintal deverão ser inventariadas, inclusive aquelas, vasos e caixotes
suspensos, desde que apontadas pelo entrevistado como tendo alguma utilização prática;
Nome:
Uso:
Para que serve:
Forma de uso:
Parte usada :
Origem do Conhecimento:
Procedência do propágulo:
Idade: Quantidade de indivíduos:
Nome:
Uso:
Para que serve:
Forma de uso:
Parte usada :
Origem do Conhecimento:
Procedência do propágulo:
Idade: Quantidade de indivíduos:
Nome:
Uso:
Para que serve:
Forma de uso:
Parte usada :
Origem do Conhecimento:
Procedência do propágulo:
Idade: Quantidade de indivíduos:
Nome:
Uso:
Para que serve:
Forma de uso:
Parte usada :
Origem do Conhecimento:
Procedência do propágulo:
Idade: Quantidade de indivíduos:
63
ANEXO III – INVENTÁRIO DE PLANTAS
Nº do Quintal Nome da Propriedade Nome Conhecido Finalidade
Parte Usada
1 Santo Antônio Jaca A fr
Banana A fr; cas
Manga A; M fr; cas; fh
Ponkam A; fr
Cacauí A; M fr, Cas
Cajú A; M fr; cas; fh
Mamona Ad; Ól; Limp; In; Fh; S;
Gergilim A; M; In S
Clidemia japurensis
Machaeriun Aculeatum
Hirtela Rodriguresi
Trattinnickia burserifolia
Andira paviflora
licania micantra
Cordeline terminds
Feijão andú A; M S; Fh;
Maracujá A; M; In Fr
Mandioca A; M; Fo; Fh; R;
Fumo Bravo So
Pimenta A; M; Fr
Coco A; Fr
Abacaxi A; M; Fr; Fh
Goiaba A; M; Fr; Fh;
Coloral
A; Me; Cor; So; Ad; S; Fh;
Boa noite Or; M; Fh;
Afavaca M Fh
Espada de São jorge M Fh
Pinhão Roxo M; Sup Fh; S;
Flor de mel In; Ap;
Pimenta do Reino A; In; Fr
Mamão A; M; Fr; S;
Cordão de frade M
Café A; M Fr
Alamandra Or;
Arruda M Fh
Lingua de leão Or
Jurubeba M Fh, Fr
carne Vegetal M Fh
Palma Santa M Fh
Caruru A Fh
Chá da india M
terramicina M Fh
gandiúba AF fr
amoreira m; ma ca
bulina or
orquídea or
64
quebra pedra me
samambaia or
tomate A fr
limão a;m; co; fr
neem in fh;
paineira
pinho cuiabano ma
anajá AF
acerola A fr
peroba ma ca
embaúva AF S
cupuaçu A fr
fava A S
jasmim or
rosa branca or; me
cidreira a, m
insulina M fh
grão de gala Fo fh
jatobá Af; A; m; fr; cas;
arueira ma ca
pupunha A ca
2 Sítio São José Manga A fr
jabuticaba A fr
laranja A fr
cupuaçu A fr
Goiaba a; me fr
embaúba m; ref s; fh
pinho cuiabano ref; ma; ca; s
coloral ref; co; me; fh; s;
acerola A fr
jambo amarelo so; ref; S
jambo vermelho so; ref; S
Jaca A; fr
Mandioca A rz
Mamão A fr
Coco A fr
limão A; M fr
açaí a; m fr
cajú A fr
carambola A; M fr
amora a; ref fr
acácia so, or
laranja apipú m; a; ex fr
aracá-boi A fr
ipê de jardim or; so
3 Sítio Monte Verde Coco A; M fr
Manga A fr;
laranja A fr
tamarindo A; M fr; fh
limão A; M fr
pinha A fr
65
Banana A fr
acerola A; M fr
mamão papaya A fr
Mamão A fr
figo A; M fh; fr
emburana M cas; fh; s;
quiabo A fr
pimentão A fr
tomate cereja A fr
tomate A fr
couve A; M fh
cebolinha a; co fh
salsa a; m ; co fh; rz
vick M rz
cravo or
berdoiga a; or fh
3 Sítio São Mateus mentruz M fh
poio M fh
junco M fh
caninha do brejo M fh
vick M rz
gengibre M rz
terramicina M fh
jambo vermelho A; M fr; Fh
limão A; M fh; fr
Banana A fr
Manga A; M fr; fh
Jaca A fr
Maracujá A; M fr
urucum A S
amora A fr
5 Sítio Nossa Sª de Fátima Manga A fr
acerola A fr
jaca A fr
jabuticaba A fr
Coco A fr
carambola A fr
Banana A fr
abacate A fr
Goiaba A fr
laranja A fr
pokam A fr
pinha A fr
limão A fr
graviola A; M fr; fh
orvalha A fr
neem in; Ap; fh
cupuaçu A fr
teca so; ma ca
figo A fr
perova ma ca
66
abóbora A fr
rosa or
primavera or
flor da fortuna or
ficus so
hibisco roxop or
quiabo roxo or
algodão bravo or
dracena vermelha or
ixoria or
6 Sítio Seis irmãos rosa dec
cajú A fr
uvaia A fr
romã A; M fr
araçá boi A fr
limão A fr
jambo vermelho a; or fr
Goiaba A fr
abacate A fr
laranja A fr
mixirica A; M fr; fh
ipê or; so
cereja AF fr
coité or
Abacaxi A fr
neem in; ól fh; s;
barjão or
Mamão A fr
graviola A fr
Mandioca A rz
pitanga A fr
acerola A fr
tamarindo A fr
Coco A fr
jatobá or
ameixa or
Maracujá A fr
pitomba A fr
Pimenta do Reino A fr
maricota A fr
figo A fr
pinha A fr
algodão bravo or
flaboyãn-mirim or; af S
7 Sítio São jorge jatobá me cas; fh; s;
rosa or
jabuticaba A fr
acerola A fr
Coco A fr
Jaca A fr
tamarindo a; m; ref fr; s; fh
67
graviola A; M fr; fh
laranja A fr
tangerina A fr
Manga A fr
cajú do mato ma ca
Banana A fr
uva japonesa A fr
genipapo A fr
copaíba M fh; ól
açaí A ca
pitomba A fr
cupuaçu A; M fr, fh
Goiaba A fr
amora A; M fh; fr
abacate A fr
urucum A S
pupunha A fr, ca
8 Sítio São Luis mil e rama M fh
ortelã M fh
poio M fh
manjerona M fh
cavalinha M fh
alecrim do campo M fh
pau peroba M fh
alfazema M fh
tonilho M fh
anador M fh
sabugueiro M fh
erva de bixo M fh
quitoco M fh
capim cidreira M fh
babosa M fh
carqueja M fh
calcária M fh
caldo santo M fh
calendula M fh
tanssagem M fh
maná M fr
insulina M fh; ca
confrei M fh
buscopam M fh
ponta livre M fh
rubi, macaé M fh
briantina M fh
erva santa maria M fh
anestesia M fh
guaco M fh
folha santa M fh
hortelã vick M fh
bassimo, alimão M fh
dente de leão M fh
cipó amargo M ca
68
afavação M fh, s
coentro da india M fh
copová M fh
cipó azogue M fh
bumina, maravilha M fh
flor da amazônia M fh
cidreira eucalipto limp, in fh
guiné M fh
hortelã menta A fh
hortelã gordo M fh
quebra pedra M fh
urtigão vermelho M rz
urtigão branco M rz
terramicina M fh
espinafre A; M fh
noni A; M fr
Jurubeba A; M fr
pitanga A; M fr
ossaca tx; m fh
cambará caseiro M fh
jambolão M fh; cas
canela de perdiz M fh
bactrim M ca
cana da índia M fh; ca
carnaúba M fh
graviola A; M fr; fh
batata santa M rz
birú M rz
vick M rz
acafrão m; co rz
coloral A; M s; fh;
limão rosa a; m fr
Coco A fr
ponkã A fr
maricota A fr
laranja A fr
tamarindo A fr
acerola A fr
cupuaçu A fr
cereja so
Manga A fr
genipapo a; so; m fr; rz
cajamanga A fr
abacate A fr
Goiaba A fr
amora A fr
pinha A fr
fruta do conde or
9 Sítio São José canela do mato so
folhagem de jardim or; MO fh
imbé M rz
bromélia or
69
Coco A fr
pingo de ouro or
oiti so
jasmim do pará or
Manga A fr
pitomba A fr
teca so; QV; ma ca
laranja A fr
mandacaru or; m; a fr; rz
cajarana so; QV; AF; fr
orvalha A fr
tamarindo A fr
Pimenta do Reino co fr
Jaca so; a fr
Goiaba A fr
vick M rz
jabuticaba A fr
amora A fr
Maracujá A fr
pimenta dedo de moça A fr
Banana A fr
copo de leite or
primavera or
folhagem cica or
espinheira santa or
violeteira or
hippeastrum or
10 Sítio Boa Esperança itaúba or
Pau-brasil ma; so ca
Ipê amarelo or; ma
coloral co S
mixirica A fr
caju A fr
acerola A fr
paineira or; so;
abacate A fr
ponkã A fr
laranja A fr
amora a; so fr
Coco A fr
Manga A fr
Jaca a; fo fr
Goiaba A fr
jabuticaba A fr
orvalha A fr
pitanga a; AF fr
canela do mato so; ma ca; se
jasmim or
11 Sítio Alto Alegre dinheirinho or; me fh
onze-horas m; or fh
70
rosa branca M fl
ortência M fh
tansagem M fh
pé de galinha M fh
Arruda M fh
mil e rama M fh
erva doce M fh
hortelã pimenta M fh
ponta lívio M fh
pepino A fr
caxi A fr
quiabo A fr
pimenta doce A fr
jiló A; M fr
Banana A; M fh; fr
couve A; M fh
batata doce A rz
abacate A fr
feijão andú A; M S
almeirão A; M fh
losna M fh
babosa M fh
alface A; M fh; rz
salsinha A fh
cebolinha a; co fh
melissa M fh
Maracujá A; M fr
romã A; M fr
carambola A fr
tamarindo A fr
urtiga M rz
acerola A fr
ponkã A fr
laranja A fr
Manga A fr
caju A; M fr
figo A fr
Mamão A; M fr; sei
amora A; M fr; cas
limão A fr
jambo vermelho A fr
cupuaçu A fr
jabuticaba A fr
12 Chácara Seis Irmãos feijão andú A; M S
quiabo A; M fr
Mandioca A; M rz
abóbora A fr
Goiaba A; M fr; fh
Jaca A; M fr; fh
mamão macho M fl
oiti so
limão A fr
71
Mamão A; M fr
algodão M fh
cidreira M fh
melissa M fh
Abacaxi A fr
Coco A fr
tansagem M fh
Banana A fr
batata doce A rz
sabugueiro M fh; fl
inhame chinês A rz
graviola A fr
cupuaçu A fr
neem in fh
taioba A fh
copo de leite M fh
cravo de defunto or
comigo ninguém pode or
mussaenda or
samanbaia cabelo de negro or
rosa branca or
rosa rosa or
violeta Or
lírio or
cacto or
espada de são jorge or
palma or
cacto dedinho or
jiló A fr
acerola A fr
anador M fh
carqueja doce M fh
mamona M ól; s
rosa vermelha or
queité or
pimenta cambari A fr
beijo vermelho or
beijo rosa or
pinha graúda A fr
arvore de natal or
coração magoado or
terramicina
crista de peru or
ixoria or
ponta livio or
dracena or
Pílea mummelanifolia or
dracena vermelha or
Euphorbia lactea
picão branco or
Piper Aduncum or
sangue de adão
72
13 Sítio Santo Antônio açafão co; m; rz
Goiaba a; af; fo fr
Manga A fr
cacau A fr
limão A fr
laranja A; M fr; fh
laranja lima a;m fr
Jaca A fr
abacate A fr
14 Sítio Sol Nascente Manga a; fo fr
acerola A fr
ingá A fr
Goiaba A fr
cacau a; com fr
Mamão A fr
quiabo A fr
abóbora A fr
samanbaia or
onze horas or
lírio or
oití so
dracena vermelha or
graptophyllus pictun
15 Sítio São Marcos jambolão m; len; af; ref; fe; ma
ciriguela A fr
orvalha A fr
jabuticaba A fr
teca so
inga a; af fr
limão A fr
Banana A fr
abacate A fr
café a; com fr
Manga A fr
pinha A fr
urucum cor S
amora a; af fr
acerola A fr
Mamão a; af fr
abóbora A fr
Goiaba a; af fr
tucumã af fr
paineira so
inajá A ca
coité
flanbiãn mirim
Jurubeba M fr
maricota A fr
pimenta doce A fr
unha de gato
Mandioca A rz
73
16 Sítio Jesus Te Chama pitanga a; so. ref fr
cupuaçu a; ref; so fr
tamarindo a; ref ; so fr
acerola a; ref; so fr
murici a; so. ref fr
caju a; so. ref fr
amora a; so. ref fr
Goiaba a; so. ref fr
cajá a; so. ref fr
gervão M fh
terramicina M fh
limão galego a; so. ref fr
unha de gato a; so. ref
embaúba a; so. ref
Mandioca A rz
pupunha a; so. ref ca
açaí a; so. ref fr
cana a; fo ca
abacate a; so. ref fr
Banana a; so. ref fr
ponkã a; so. ref fr
laranja a; so. ref fr
Pimenta do Reino a; co fr
pau de balsa ref
ciriguela
fr
urucum a; cor; co; m S
cordão de frade M fr
farinha seca, espeteira ref
Coco A fr
boldo M
erva santa maria M fh
Arruda M fh
malva do reino M fh
folha santa M fh
pimenta dedo de moça A fr
alamandra vermelha or
Abacaxi A fr
17 Sítio São José abacate a; fo; m fr
Manga a; fo fr
jabuticaba A fr
graviola A fr
araçá A; M fr
limão A; M fr
Coco A fr
Goiaba A fr
caju A fr
Maracujá A fr
Jaca A fr
samanbaia or
boldo M fh
losna M fh
74
alecrim M fh
alfavaca M fh
Arruda M fh
avenca M fh
camomila M fh
rosa or
antúrio or
ortência or
alamandra amarela or
ipê de jardim or
cacto or
beijo simples or
beijo dobrado or
rosa menina or
inga A fr
carambola A fr
pinha A fr
cupuaçu A fr
mussaenda or
cacau A fr
macieira
canela co cas
figo A fr
coité M S
pimenta A fr
limão taiti A fr
limão rosa A fr
limão galego A fr
feijão andú A fr
cebolinha A fh
salsa A fh
orquídea or
chapéu de napoleão or
teca
oiti so
acerola A fr
Pimenta do Reino A fr
tamarindo A fr
mentrasto M fh
noni A; M fr
18 Sítio São José acerola A fr
Maracujá A fr
graviola A; M fr; fh
carambola A; M fr; fh
mixirica A fr
ponkã A fr
jabuticaba A fr
limão A fr
laranja A fr
Abacaxi A fr
Banana A fr
jambo amarelo A fr
75
Goiaba A fr
abacate A fr
romã A; M fr
oiti so
cana a; fo ca
cacau A fr
Jaca A fr
eucalipto M fh
cebolinha A fh
salsinha A fh
almeirão A fh
couve A fh
pepino A fh
alface A fh
tomate A fh
abóbora A fr
mussaneda or
tuia or
primavera or
rosa or
copo de leite or
hibisco or
avenca or
dracena vermelha or
grama or
19 Sítio Brasil lírio or
rosa or
palmeira cica or
Goiaba A fr
Manga A fr
jabuticaba A fr
Coco A fr
primavera A fr
espinheira santa M fh
abacate A; M fr; fh
caroba M fh
quiabo A fr
abóbora A fr
milho A fr
cana a; fo fr
Mandioca A rz
batata doce A rz
ponkã A fr
laranja A fr
Mamão A fr
espada de são jorge or
maricota A fr
Banana A fr
cará A rz
inhame A rz
graviola A fr
flor de paca
76
boa noite or
margarida or
hibiscos or
orquídea or
bromélia or
Maracujá A fr
pintanga A fr
ixoria or
mussaneda or
buxa limp fr
limão rosa A fr
limão galego A fr
20 Sítio Pangaré Manga A fr
laranja A fr
abacate A fr
Goiaba A fr
jabuticaba A fr
abóbora A fr
buxa A fr
munguba so
ponkã A fr
mixirica A fr
uva A fr
dracena vermelha or
jambo vermelho A
guiné
cacau A fr
napier fo fr
boldo M fh
alecrim M fh
Banana A fr
algodão
couve A fh
Mamão A fr
melissa M fh
gengibre M rz
alface A fh
rúcula A fh
cebolinha A fh
alho de folha A fh
jambo vermelho ref
cupuaçu ref
amescla ref
pupunha
ingá mel
quiabo A fr
hortelã M fh
21 Sítio Cinco Irmãos Coco A fr
quiabo A fr
Mandioca A rz
batata doce A rz
77
couve A fh
almeirão A fh
alface A fh
cebolinha A fh
Banana A fr
café A fr
Manga A fr
laranja A fr
alecrim do campo M fh
noni M fr
quiabo fita A fr
quiabo da seca A fr
cidreira M fh
acerola A fr
gengibre japonesa M rz
pitanga A fr
jucá M fr
Jurubeba A fr
quiabo branco A fr
sena M rz
quiabo redondo A fr
22 Sítio Campo Verde Ponkã A fr
laranja A fr
limão a; com fr
neem fo; m fh
figueirinha so
chorisia so
pau de balsa so
ingá de metro A fr
mamica de porca so
castanheira A fr
oiti so
amora a; m; af fr; fh
jatobá A fr
Coco A fr
Manga A fr
coloral cor S
rosa or
ixoria or
mussaenda or
tuia or; m; fh
pingo de ouro or
cana A ca
pinheiro do paraná or
acerola A fr
Banana A fr
cacto or
calachuê or
Arruda M fh
folha de cera or
samanbaia or
poio M fh
78
losna M fh
manjericão M fh
mandacaru 5 quinas or
mandacaru 7 quinas m; sup ca
Mamão A fr
couve a fh
cebolinha A fh
hortelã M fh
confrei M fh
orquídea or
23 Sítio Boa Vista cebolinha A fh
alface A fh
almeirão A fh
Jaca A fr
Manga A fr
laranja A fr
cupuaçu A fr
Banana A fr
batata doce A rz
Mandioca A rz
Abacaxi A fr
castanha do brasil A fr
cravo de defunto A fr
calachuê or
santa maria M fh
limão A fr
coloral co; m; S
hortelão pimenta M fh
limão galego A fr
Goiaba A fr
ponkã A fr
Coco A fr
fr
24 Sítio Bom Jesus da Lapa melissa M fh
esperdiz M fh
espinheira santa M fh
carobinha do campo M fh
salsaparrilha M fh
anestesia M fh
balsamo m; ól fh
losna M fh
sete sangria M fh
jambolão m; af fr
romã M fr
alfavaca M fh
sete copa M fh
unha de gato M ca
cipó escada M ca
cipó mil homem M ca
cordão de frade M fh; fl
cana A; M ca; fh
ginseng M rz
Mamão A; M fr
79
Abacaxi A fr
laranja A; M fr; fh
Pimenta do Reino A; M fr
neem M fr
cupuaçu A; M fr
Banana A fr
Coco A fr
rosa or
ortência or
hibisco or
alamandra amarela or
primavera or
ixoria or
calendula M fh
quiabo A; M fr
pupunha A fr
Jaca A fr
gueiroba A ca
Jurubeba M fr
Manga A fr
pata de vaca
Maracujá A fr
Goiaba A fr
pitanga A fr
acerola A fr
bambu ma ca
80
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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