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PROCESSO ADMINISTRATIVO FEDERAL - CARF Maria Rita G. Sampaio Lunardelli Abril-2012

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PROCESSO ADMINISTRATIVO FEDERAL - CARF

Maria Rita G. Sampaio LunardelliAbril-2012

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CONTENCIOSO ADMINISTRATIVO FEDERAL(Decreto 70.235/72 e Decreto 7.574/11)

Se inicia com:

• Impugnação ao Auto de Infração (art. 14 Dec. 70.235)

• Manifestação de Inconformidade em processos administrativos de compensação, restituição ou ressarcimento de tributos, inclusive créditos de IPI (art. 74 da Lei 9.430/96 - alterada pela Lei 10.833/03; 11.051/04)

• Impugnação ao Ato Declaratório de suspensão de imunidade e isenção (art. 32, § 1º da Lei 9.430/96)

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Processo decorrente de lançamento de ofício

Auto de Infração

Impugnação

Decisão 1ª Instância (DRJ)

Favorável Desfavorável

Recurso de Ofício

Recurso Voluntário

Existência ou propositura de

ação judicial importa

renúncia ao PA

30 dias

Se débito superior a 1 mm30 dias

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Processo decorrente de lançamento de ofício

Decisão de 2ª Instância (CARF)

Recurso Especial de Divergência

(CSRF)

Decisão definitiva

Favorável Desfavorável

Desoneração de Ofício

Cobrança amigável

Mesmo perempto o

processo será enviado ao CARF15 dias

30 dias

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PROCESSO ADMINISTRATIVO DE COMPENSAÇÃO

– Sujeito Passivo que apura CR, inclusive judicial com trânsito em julgado, de tributo administrado pela SRFB passível de restituição ou ressarcimento, poderá utilizá-lo na compensação de débitos próprios relativos a quaisquer tributos

– Será efetuada por DCOMP – informação de CR e DB compensados

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PROCESSO ADMINISTRATIVO DE COMPENSAÇÃO

• Créditos vedados:– Saldo a restituir de IRRF– Contribuições Previdenciárias

• Débitos vedados:– Tributos devidos no registro da DI– Encaminhados para inscrição pela PGFN– Consolidado em qualquer parcelamento– Objeto de compensação não homologada– Contribuições Previdenciárias

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PROCESSO ADMINISTRATIVO DE COMPENSAÇÃO

• Efeitos:

– DCOMP extingue o CR sob condição resolutória de ulterior homologação.

– DCOMP constitui confissão de dívida e instrumento hábil e suficiente para exigência dos débitos.

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PROCESSO ADMINISTRATIVO DE COMPENSAÇÃO

• Compensação será considerada NÃO DECLARADA:

– Se utilizados CR ou DB não compensáveis

– Em que o CR:• Seja de 3º• CR Premio de IPI (DL 491/69)• Refira-se a Título Público• Seja decorrente de Dec. Jud. não Transitada em Julgado• Não seja de tributo administrado pela SRFB• Tiver como fundamento inconstitucionalidade de lei*

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Processo de compensação

DCOMP

Homologação Expressa ou Tácita (em 5 anos)

Não homologação

Extinção do Crédito Tributário

Pgto Manifestação Inconformidade

Não Pgto

Inscrição em DA

Lançamento de multa

isolada de 50%

Impugnação

APENSADAS

Decisão 1ª Instância

Favorável Desfavorável

RITO DO PA

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Processo de Restituição ou Ressarcimento

Pedido de Restituição ou Ressarcimento

Deferimento Indeferimento

Cabe compensação de ofício

Manifestação Inconformidade

DRJ

Decisão 1ª Instância

Favorável Desfavorável

RITO DO PA

30 dias

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Processo de suspensão de imunidade ou isenção

Notificação Fiscal

Alegações e Provas(Delegado ou Inspetor)

Ato Declaratório SuspensivoImprocedente

Impugnação

RITO DO PA

Deve conter:• Fatos para suspensão • Data em que requisitos deixaram de ser cumpridos

30 dias

Procedente

Decurso de Prazo

Auto de Infração

Sem efeito suspensivo

do AD

PRO

CED

IMEN

TOPR

OCE

SSO

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CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS CARF

• Órgão integrante do Ministério da Fazenda

• Órgão Paritário

• Competente para julgar – Recurso Voluntário– Recurso de Ofício– Recurso Especial de Divergência

• É o resultado da unificação do CC e da CSRF (Lei 11.941/09)

• RICARF – Portaria 256/09 e Portaria 586/10

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Estrutura do CARF

CARF(Presidente)

1ª Seção 2ª Seção 3ª Seção

1ª Câmara

2ª Câmara

3ª Câmara

4ª Câmara

1ª Câmara

2ª Câmara

3ª Câmara

4ª Câmara

1ª Câmara

2ª Câmara

3ª Câmara

4ª Câmara

2ª Turma Ordinária

1ª Turma Ordinária

1ª Turma Especial

2ª Turma Especial

COMPETÊNCIA EM RAZÃO DO VALOR

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Competência e Composição

1ª Seção 2ª Seção 3ª Seção

• IRPJ e seus reflexos• IRRF (antec.IRPJ)• CSLL• Simples• Simples Nacional• Compet. residual

• IRPF• IRRF• ITR• Contrib. Previd.

• COMEX• IPI• PIS• COFINS• CIDE• CPMF• IOF

NA hipóteses de compensação a competência é definida pelo Crédito

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Composição do CARF

• 3 SEÇÕES

• 12 CÂMARAS

• 36 TURMAS DE JULGAMENTO COM 6 CONSELHEIROS

• 216 CONSELHEIROS (com mandato de 3 anos x 2)

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Estrutura da CSRF

CSRF

1ª Turma 2ª Turma 3ª Turma

Mesma competência das Seções

Composição : 10 Membros

• Presidente do CARF• Vice-Presidente do CARF• Presidentes das Câmaras da Seção correspondente• Vice-Presidentes das Câmaras da Seção correspondente

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Espécies de Decisões do CARF e CSRF

• Decisão monocrática:

– Presidente da Seção • declara intempestividade

– Presidente da Câmara • Solicita diligências para suprir deficiências de instrução• Admissibilidade de RESP• Nega seguimento a Recurso que contraria Súmula, Resolução

ou Parecer da Adv. Geral (aprovado pelo Presidente)

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Espécies de Decisões do CARF e CSRF

• Súmulas:– Pleno ou Turma da CSRF– Vinculam apenas o CARF

• Súmula vinculante – Para ter esse efeito depende de aprovação do MF– Vincula toda a Administração pública

• Resoluções da CSRF- Uniformização de decisões divergentes das Turmas da

CSRF- Vinculam Turmas Julgadoras do CARF

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Sistemática dos Recursos• Comparativo entre a sistemática anterior e atual

Recursos

Anterior Atual

Recurso Voluntário à CSRF(quando provido Rec. de Oficio)

Recurso Especial de Divergência

Recurso Especial por maioria (PFN)

Agravo

Recurso Extraordinário

Embargos de Declaração

Recurso Especial de Divergência

Inexistente

Inexistente

Reexame Necessário

Resoluções do Pleno

Embargos de Declaração

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Sistemática dos RecursosRecursos cabíveis contra decisões proferidas pelo CARF

Embargos de Declaração

Prazo: 5 dias

Vícios: obscuridadeomissãocontradição

Legitim.: contribuintePFNDRJ (nulidade)Titular da unidadeque fará a execuçãodo acórdão

Recurso Especial de Divergência

Prazo: 15 dias

Requisitos: prequestionamento demonstração de divergência

Legitimidade: contribuintePFN

Divergência de: CâmaraTurmaTurma EspecialCSRF

Não cabimento: Aplicação de Súmula do CARFQuando anulada decisão de 1ª

instância

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Recurso Especial de Divergência

Recurso Especial de Divergência

Admitido

Contrarrazões

Rejeitada admissibilidade

15 dias

CSRF

Admitir

Negar

DECISÃO DEFINITIVA

Dar provimento

Negar provimento

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Rediscussão pelo Fisco de matérias já julgadas pelos Tribunais Administrativos

• Parecer PGFN 1087 de 19/07/04:

Possibilidade jurídica de anulação, mediante ação judicial, de decisão de mérito proferida pelo Conselho de Contribuintes

• Portaria PGFN 820/04 – aprovou o Parecer

• Nota PGFN/PGA 74/2007 – suspensão dos efeitos do Parecer

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Antecedente Histórico

• Contra decisão do CC, favorável ao contribuinte, foi interposto Recurso Hierárquico ao Ministro da Fazenda com fundamento nos arts. 19 e 20 do DL 200/67, visando a anulação da decisão.

• O Recurso Hierárquico foi admitido pelo Ministro

• O contribuinte impetrou MS (8.810/DF)visando o trancamento do Recurso.

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Decisão do STJ favorável“ I - A competência ministerial para controlar os atos da administração

pressupõe a existência de algo descontrolado, não incide nas hipóteses em que o órgão controlado se conteve no âmbito de sua competência e do devido processo legal.

II - O controle do Ministro da Fazenda (Arts. 19 e 20 do DL 200/67) sobre os acórdãos dos conselhos de contribuintes tem como escopo e limite o reparo de nulidades. Não é lícito ao Ministro cassar tais decisões, sob o argumento de que o colegiado errou na interpretação da Lei.

III - As decisões do conselho de contribuintes, quando não recorridas, tornam-se definitivas, cumprindo à Administração, de ofício, "exonerar o sujeito passivo dos gravames decorrentes do litígio" (Dec. 70.235/72, Art. 45).

IV - Ao dar curso a apelo contra decisão definitiva de conselho de contribuintes, o Ministro da Fazenda põe em risco direito líquido e certo do beneficiário da decisão recorrida." (STJ, 1ª Seção, MS nº 8810/DF, rel. Min. Humberto Gomes de Barros, j. 13.08.2003).

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Consulta da Coordenação Geral de Assuntos Tributários

• 1. Existe a possibilidade de se questionar na justiça as decisões dos Conselhos de Contribuintes?

• 2. Sendo afirmativa a resposta à questão anterior, qual a espécie de ação a ser manejada?

• 3. No caso de ser possível a interposição de ação para questionamento das decisões dos CC, a quem cabe a iniciativa?

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Despacho do Ministro da Fazenda no Parecer PFGN/CRJ nº 1087/04

1. Existe sim a possibilidade jurídica de as decisões do Conselho de Contribuintes do Ministério da Fazenda, que lesarem o patrimônio público, serem submetidas ao crivo do Poder Judiciário, pela Administração Pública, quanto à sua legalidade, juridicidade ou diante de um erro de fato. (...)”

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Portaria PGFN 820/2004

Art. 2º As decisões dos Conselhos de Contribuintes e da Câmara Superior de Recursos Fiscais podem ser submetidas à apreciação do Poder Judiciário desde que expressa ou implicitamente afastem a aplicabilidade de leis ou decretos e, cumulativa ou alternativamente:

I - versem sobre valores superiores a R$ 50.000.000,00 (cinquenta milhões de reais);

II - cuidem de matéria cuja relevância temática recomende a sua apreciação na esfera judicial; e

III - possam causar grave lesão ao patrimônio público.

Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se somente a decisões proferidas dentro do prazo de cinco anos, contados da data da respectiva publicação no Diário Oficial da União.

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Fundamentos dos Contribuintes contrários ao Parecer

• Contraria o disposto no artigo 45 do Decreto nº 70.235/72, que determina que em "caso de decisão definitiva favorável ao sujeito passivo, cumpre à autoridade preparadora exonerá-lo, de ofício, dos gravames decorrentes do litígio"

• Certeza do Direito: a incerteza no campo social, deriva da existência de incontáveis soluções possíveis para orientar a conduta humana.

• Insegurança Jurídica – ausência de estabilidade das relações jurídicas dada a possibilidade de alterações das normas mesmo após a conclusão do procedimento legal.

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Fundamentos dos Contribuintes contrários ao Parecer

• Não se aplica o artigo 156, inciso IX do CTN:

Art. 156 –Extinguem o crédito tributário:

IX – a decisão administrativa irreformável, assim entendida a definitiva na órbita administrativa, que não mais possa ser objeto de ação anulatória; (...)

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Fundamentos dos Contribuintes contrários ao Parecer

• O Judiciário não é competente para proceder ao lançamento tributário.

• Nos termos do artigo 142 do CTN a competência é privativa da autoridade administrativa.

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Nota PGFN/PGA 74/2007

• Suspende os efeitos do Parecer 1087/04 em função da admissibilidade do RE (535.077) interposto no MS 8.810/DF.

• Se o STF der provimento ao RE significa que o Ministro poderá anular as decisões do CC.

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Situação Atual do RE 535.077

• Em 14/11/2011 o Min. Ayres Brito negou seguimento ao recurso por entender que a decisão proferida pelo STJ não feriu de forma direta a CF.

• Interposto Agravo Regimental pendente de julgamento

• A Procuradoria Geral da República opina pelo desprovimento do RE.

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Recursos Representativo de Controvérsia e com Repercussão Geral (Port. CARF 01/12)

• "Art. 62-A. As decisões definitivas de mérito, proferidas pelo Supremo Tribunal Federal e pelo Superior Tribunal de Justiça em matéria infraconstitucional, na sistemática prevista pelos artigos 543-B e 543-C da Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973, Código de Processo Civil, deverão ser reproduzidas pelos conselheiros no julgamento dos recursos no âmbito do CARF.

• § 1º Ficarão sobrestados os julgamentos dos recursos sempre que o STF também sobrestar o julgamento dos recursos extraordinários da mesma matéria, até que seja proferida decisão nos termos do art. 543-B.

• § 2º O sobrestamento de que trata o § 1º será feito de ofício pelo relator ou por provocação das partes."

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Recursos Representativo de Controvérsia e com Repercussão Geral (Port. CARF 01/12)

• Não basta o reconhecimento da Repercussão Geral. É preciso que o STF tenha determinado o sobrestamento.

• Os que estiverem sobrestados mas sem que tenha havido determinação de sobrestamento pelo Judiciário, serão incluídos na próxima pauta.

• Quando houver a determinação de sobrestamento, somente serão apreciados pelo CARF após o trânsito em julgado.