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COMUNICAÇÃO SOCIAL CARLA D´CÁSSIA FIGUEIRÊDO RIBEIRO A COMUNICAÇÃO INTERNA DO GRUPO DE LISTAS TELEFÔNICAS PUBLICAR EDITEL - REGIONAL BAHIA Salvador 2010

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COMUNICAÇÃO SOCIAL

CARLA D´CÁSSIA FIGUEIRÊDO RIBEIRO

A COMUNICAÇÃO INTERNA DO GRUPO DE LISTAS TELEFÔNICAS

PUBLICAR EDITEL - REGIONAL BAHIA

Salvador 2010

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CARLA D´CÁSSIA FIGUEIRÊDO RIBEIRO

A COMUNICAÇÃO INTERNA DO GRUPO DE LISTAS TELEFÔNICAS

PUBLICAR EDITEL - REGIONAL BAHIA

Monografia apresentada ao curso de

Comunicação Social com Habilitação

em Jornalismo da Faculdade 2 de Julho

como pré-requisito para obtenção do

grau de bacharel em Jornalismo sob

orientação da Prof°. Derval Cardoso

Gramacho.

Salvador 2010

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RESUMO

Este trabalho tem como proposta a análise da comunicação organizacional interna praticada

pela empresa multinacional Publicar Editel, sobretudo a sua eficácia e eficiência no

ambiente da sucursal baiana. Para tanto, além da leitura de autores diversos sobre os

fundamentos da comunicação interna, realizou-se a aplicação de um questionário a fim de

constatar, em campo, de que forma os empregados da empresa em pauta vêem as práticas

comunicacionais, os suportes usados, as mídias, etc. Este estudo também se voltou para

avaliar o fato apontado por autores, como Kunsch (2002), por exemplo, de que a

comunicação interna hoje se configura como setor estratégico que contribui para a

efetividade dos projetos das empresas. Diante disso, arriscamos considerar que a

comunicação nas organizações, tem passado por um processo de atualização e

suplementação, também como estratégia de efetivar os projetos organizacionais. O trabalho

também Discute sobre as novas tecnologias que auxiliam e transformam esse quadro e

sobre as ferramentas que surgem a cada dia para fornecer rapidez e efetividade na

comunicação.

Palavras-chaves: Comunicação interna. Organizações. Estratégia

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RESUMEN

Este trabajo propone el análisis de la comunicación organizacional interna practicada

por La multinacional Publicar Editel, sobre todo su eficacia y eficiencia en el tereno

de La Bahía. Por lo tanto, además de la lectura de diversos autores sobre la base

de la comunicación interna, que se celebró en un cuestionario para determinar en el

campo, cómo los empleados de la empresa veen las prácticas de comunicación, y

los medios de comunicación utilizados, las midias de comunicación, etc. Este estudio

también se volvió a apreciar el hecho señalado por autores como Kunsch (2002), por

ejemplo, que la comunicación interna hoy se configura como un sector estratégico

que contribuye a la eficacia de los proyectos de las empresas. Dado esto, corremos

el riesgo de decir que la comunicacion interna de las organizaciones, ha pasado por

un proceso de actualización y suplementos, tambiem como una estrategia para

lograr los proyectos organizacionales. El documento también discute acerca de las

nuevas tecnologías que ayudan y transforman este quadro, y sobre las herramientas

que salen cada día para ofrecer una comunicación rápida e eficaz.

Palabras clave: comunicación interna. Organizaciones. Estrategia.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO................................................................... 10

2 ESTUDO DE CASO DA ÁREA COMERCIAL DA EMPRESA

PUBLICAR EDITEL............................................................... 14

3 HISTÓRICO......................................................................... 18

4 PRODUTOS......................................................................... 21

4.1 COMUNICAÇÃO INTERNA COMO FERRAMENTA DE

GESTÃO................................................................................ 22

5 REFERENCIAL TEÓRICO................................................. 25

6 COMUNICAÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES........................ 28

7 O PROCESSO COMUNICATIVO...................................... 30

7.1 A COMUNICAÇÃO CORPORATIVA.............................. 33

7.2 A COMUNICAÇÃO COM OBJETIVO MOTIVACIONAL.... 38

8 CANAIS DE TRANSMISSÃO DE COMUNICAÇÃO............ 45

9 METODOLOGIA.................................................................... 54

10 CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................. 65

REFERÊNCIAS........................................................................ 68

ANEXOS.................................................................................. 71

ANEXO A................................................................................. 72

ANEXO B.................................................................................. 77

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1. Introdução

A comunicação empresarial ganha, no novo mercado globalizado, uma nova função

e responsabilidade: fazer com que a imagem e a marca da empresa/organização

ganhe visibilidade no mercado e que esta visibilidade esteja desposada com um

bom conceito junto ao público alvo. Em paralelo a esta nova atribuição, os

responsáveis pela comunicação ainda têm de enfrentar um empecilho da dinâmica

do novo universo comunicacional, onde a cada momento surge uma nova

plataforma, uma nova mídia, além de ser preciso reforçar os antigos meios, cujas

potencialidades não podem ser desprezadas.

Além disso, em virtude das exigências do mundo dos negócios, atualmente é

fundamental que a comunicação se realize de forma alinhada e dinâmica, de modo a

permitir a concretização dos objetivos da instituição, quer no mercado local, nacional

ou mundial. No plano interno, a comunicação hoje é uma ferramenta que propicia a

unificação dos objetivos das empresas e dos seus trabalhadores, atualmente

identificados como colaboradores ou associados. A comunicação interna também

visa integração das pessoas, independente do escalão a que pertençam ou estejam

ligadas, como membros de uma equipe que busca o melhor resultado e também

facilitar a inter-relação de modo a constituir um espírito de unidade e de colaboração

no ambiente de trabalho e nas várias atividades desempenhadas diariamente.

Desde que o homem se conhece como animal político sabe-se que os recursos

comunicacionais, inclusive os corporais, vivem um processo de intensa e constante

evolução. Tais mudanças atingem e/ou envolvem as formas de linguagens, atitudes,

os meios de comunicação usados e explorados pelo mercado coorporativo com a

intenção de melhorar os relacionamentos e inter-relacionamentos com o público

interno das organizações. Uma nova baliza desse sistema comunicacional é de que

o discurso institucional precisa estar afinado e alinhado com o pensamento dos

trabalhadores. Para tanto, as empresas sabem ser preciso bem informar os seus

associados de modo a que eles possam reproduzir este discurso que vai garantir a

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consolidação da imagem e da marca no mercado junto ao público externo. Hoje

também atribui-se à comunicação organizacional a missão de informar e fazer desta

informação uma minimizadora de conflitos, capaz de gerar opinião positiva sobre a

instituição na sociedade.

É do entendimento de todo empresário contemporâneo quanto tempo e trabalho são

necessários para criar uma boa imagem para sua organização, mas ainda assim,

muitos executivos não percebem que a comunicação empresarial não se restringe

apenas à assessoria de imprensa, a produção de um site ou à publicidade. As

modernas organizações têm lançado um novo olhar sobre o conceito de

comunicação integrada. Essa modalidade possibilita desenvolver diversas ações

capazes de fazer convergir para um núcleo comum os objetivos da organização,

utilizando-se da comunicação integrada como mais uma ferramenta disponível

nesse universo.

Esta comunicação é considerada importante por diversos motivos, a exemplo da

capacidade de tornar empregados parceiros e que quanto mais bem informados

estiverem sobre as metas, objetivos, fins sociais mais envolvidos com a empresa,

sua missão e seu negócio eles estarão. Além disso, a comunicação interna permite

ao empregado ampliar a sua visão sobre sua atividade, a empresa na qual trabalha,

dando-lhe um conhecimento sistêmico do processo, e faz com que ao saber o que

seu trabalho representa no todo da organização, qual a importância das tarefas que

realiza, do que produz, desempenhe suas tarefas com mais eficiência.

Outro ponto a destacar é que a opinião dos funcionários sobre a organização vale

muito para quem está de fora. Ele é o maior propagandista de sua organização. E

caso a empresa tenha em seu quadro algum funcionários descontente e mal

informado, este vai gerar um grande prejuízo à organização porque pode expressar,

com mais autenticidade do que outros públicos, os valores positivos ou negativos da

cultura organizacional. Esta forma de expressão é considerada por pesquisadores

do tema como um grande problema, pois fica fácil acreditar no que eles dizem por

que, afinal de contas, eles estão vivendo dentro da empresa. Portanto, é a partir de

pequenas vivências e convivências que a imagem e a reputação se formam, tendo

assim o seu público interno papel fundamental neste processo. Tais entendimentos

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podem levar à conclusão de que investir na comunicação interna é investir no

crescimento/desenvolvimento organizacional.

Outro fator que não deve se esquecer é que por estar inserida em um mercado

globalizado e, por isso mesmo, altamente competitivo, a empresa contemporânea

tem que disseminar internamente as novas tecnologias e a comunicação interna tem

uma função importante para isso, fazer circular as informações novas, promover o

debate e a interação entre os vários segmentos da organização e, sobretudo,

capacitar os funcionários para os novos desafios. Estudiosos apontam que a

comunicação interna deixa de ser uma área periférica e alia-se aos demais setores,

tornando-se assim uma ferramenta imprescindível para a obtenção de resultados

positivos.

A razão desta pesquisa advém da necessidade de identificar como a multinacional

Publicar Editel, de origem colombiana, do segmento de lista telefônica, tem utilizado

a comunicação interna perante seus funcionários. O tema é relevante, tendo em

vista que comunicação interna é uma área em ascensão nas organizações

contemporâneas.

O projeto se baseia em um estudo de caso sobre o setor de comunicação, e a sua

práxis, da Publicar Editel, interpretando, a partir da aplicação de um questionário, a

percepção dos empregados quanto à eficiência e eficácia da comunicação interna e

dos suportes usados para divulgar informações e comunicar notícias e orientações

da empresa.

A presente pesquisa tem como objetivo geral mostrar os instrumentos de

comunicação interna utilizados na regional Bahia da Publicar Brasil e avaliar a

interação do processo comunicacional com os funcionários da área comercial. Como

objetivos específicos, pretende identificar como os funcionários da regional Bahia

percebem a comunicação interna utilizada na organização; levantar quais os fatores

que motivam a leitura e compreensão da informação transmitida pelos meios de

comunicação da empresa; apontar se há necessidade de mudança de alguma das

ferramentas comunicacionais adotadas; verificar com os empregados se a forma de

comunicação praticada pela empresa é suficiente para mantê-los informados, tendo

como parâmetro a percepção dos mesmos.

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O interesse manifestado neste trabalho acadêmico decorre, ainda, de experiência da

autora nas áreas de comunicação e comercial do grupo Publicar Editel, desde o ano

de 2005. Com essa experiência, houve a possibilidade de observar as

multiplicidades de funções vinculadas à atuação da comunicação organizacional,

bem como vislumbrar as discussões teóricas apresentadas por pesquisadores como

Margarida Maria K. Kunsch. A pesquisa busca saber se as informações transmitidas

eram absorvidas pelos empregados da área comercial, já que este público tem

menor tempo para acesso aos meios de comunicação, não havendo disponibilidade

aparente para leitura das informações. Este público também foi selecionado como

objeto de estudo por ser considerado o coração da empresa. O público principal que

garante a sustentabilidade da organização.

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2. Estudo de caso da área comercial da empresa Publicar Editel

Este trabalho se propõe a realizar uma análise sobre o sistema de comunicação

interna da empresa Publicar Editel. O foco principal do estudo é a área comercial da

regional baiana. O objetivo é averiguar a maneira como se processa a comunicação

organizacional com o seu público interno, a eficiência da linguagem utilizada e as

mídias empregadas neste processo, bem como apurar a eficácia ou ineficiência de

todo o sistema.

Para tanto, além da observação de campo, aplicamos um questionário junto ao

público em questão a fim de identificar as respostas produzidas neste público pelas

comunicações da organização. Conforme Blikstein (2000), toda comunicação –

traduzida aqui como a ação de tornar comum uma informação – deve produzir uma

resposta por parte do consumidor/receptor.

Neste estudo fizemos um recorte a fim de poder mensurar melhor o sistema de

comunicação interna da empresa, limitando este universo à área comercial da

regional Bahia da Publicar Editel. O escritório baiano é constituído por seis setores,

com um total de 89 funcionários, dos quais 72% são do sexo feminino e 28% do

sexo masculino. A diretoria gerencia as regiões Norte-Nordeste e atua na área de

fornecimento para seus clientes de condições de crescimento de negócios, melhoria

de retorno de investimento e disponibiliza um portfólio de meios e conteúdos em

publicidade e para os consulentes (pessoas que acessam e utilizam seus produtos)

oferece de forma gratuita informação, conteúdo e publicidade direcional em múltiplos

meios, como: listas impressas, guias através da web, serviços de áudio/disk. Sua

sede está localizada à Rua Artur de Azevedo Machado, 1552, no bairro do Costa

Azul, Salvador.

Inicialmente detectamos que a comunicação interna da empresa é feita através da

utilização de canais básicos, como jornal, telefone, informativos internos, quadro de

avisos, mural, intranet, Comunicador interno (NYX), e-mail, eventos internos, etc.

para informar os empregados. Os funcionários consideram importante o

investimento na comunicação interna, haja vista que a empresa tem um mapa de

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planejamento estratégico anual que permite verificar a redefinição de ciclos de

informação para a inclusão de círculos que, por sua vez, fazem com que a

comunicação se movimente mais rapidamente, abrangendo todas as pessoas e

setores da empresa, podendo fazer propagar a informação que é vital para o bom

funcionamento da corporação, alcançando principalmente os funcionários que

trabalham em campo, de modo a melhor integrá-los, fornecendo-lhes informações

novas e importantes para que possam exercer suas funções e, o mais importante,

manterem-se ligados à equipe e à empresa.

No entanto, alguns dos canais não permitem uma interação próxima do tempo real,

como é desejado nos tempos atuais, em face da necessidade de gerar respostas

mais prontamente e propiciar resultados mais eficazes para a empresa. As novas

tecnologias poderiam facilitar a comunicação, a exemplo do uso de palmtops, que

permitiria ao funcionário acessar dados e informações diversas vezes ao dia. Os

informes seriam automaticamente enviados ao banco de dados, o que propiciaria

uma visão em tempo real das informações. Tendo como prioridade não apenas as

informações do grupo, mas de todos os setores.

Os meios apontados como mais eficientes pelo público alvo – conforme

identificamos com a aplicação do questionário – são intranet, jornal, mural e reunião

com a direção. Essa última opção permite que os funcionários, quando necessário,

participem do processo de comunicação. Talvez por isso mesmo reuniões com a

direção seja um dos métodos mais usados pela empresa para levar aos seus

empregados as orientações e decisões da organização.

A Publicar Editel demonstra que sabe explorar as ações de comunicação interna,

utilizando, para tanto, os variados meios e instrumentos de comunicação disponíveis

nas mais diversas plataformas para manter os funcionários bem informados e

integrados aos planos e metas definidos pelo grupo empresarial. O setor de

comunicação interna da Publicar Editel integra a gerência de Gestão Humana (RH).

Com formação em Relações Públicas a responsável atua como analista de

comunicação, administrando todo o sistema de informação da organização, fazendo

a conexão entre os setores.

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Para melhorar e consolidar o projeto de integração de seus trabalhadores, a

empresa promove a realização de eventos internos, a exemplo de palestras,

convenções e cursos para aperfeiçoamento e reciclagem dos funcionários. Todos

esses eventos são organizados pelo setor de comunicação. Além disso, diversas

reuniões mensais com a diretoria são promovidas e a intranet complementa este

processo, pois é utilizada bastante por todos para troca de informação e integração

dos diversos setores.

A Publicar Editel atua no setor de listas e guias impressos, pela Internet e

audiovisual. A empresa, com 50 anos de história, e 20 anos no Brasil marca um

registro na cidade de Salvador no quesito de liderança com mais de 40% de

participação no mercado, gerenciando informação, conteúdo e publicidade direcional

e múltiplos meios, a circulação de 400 mil exemplares de guias impressos no

município e de 150 milhões de consultas e uma média de 25 milhões de pageviews

mensais.

A ex-Companhia Multimeios, detentora das marcas Publicar Editel, Guia Mais e

Publicar Listel, é líder nacional do segmento de edição de listas telefônicas

impressas. Possui forte atuação no segmento Internet por meio do portal

GuiaMais.com e oferece, também, os serviços wap.guiamais.com para celulares e o

Disk Guia Mais, que disponibiliza informações por telefone. A Publicar traz soluções

para geração de contatos de negócios via Internet para empresas de todos os

portes, desde o desenvolvimento de sites até a consultoria para divulgação de

produtos e serviços na web. Nacionalmente, a organização cobre, atualmente, os 26

estados da Federação, além do Distrito Federal, e mantém mais de 250 mil

anunciantes em mais de 130 listas e guias, totalizando mais de 15 milhões de

exemplares distribuídos gratuitamente por ano. Faz parte do Grupo Carvajal,

fundado há mais de cem anos, que atua diretamente em mais de 18 países e conta

com um total superior a 24 mil colaboradores. A Publicar gera mais de 2.100

empregos diretos, através da rede de mais de 50 escritórios espalhados pelo País.

O escritório regional da Bahia, que abriga a diretoria das regiões Norte-Nordeste,

escolhido como objeto do presente estudo, responde pela comercialização dos

produtos da empresa e depende de uma boa estrutura de comunicação interna,

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considerada como de fundamental importância para o bom andamento dos

negócios.

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3. Histórico

A Publicar S.A. é uma empresa multinacional que contribui com a manutenção ou

incremento da produtividade de seus clientes e o desenvolvimento econômico do

País através da oferta de produtos e serviços inovadores, competitivos e rentáveis

que garantem o crescimento sustentável, pois consegue crescer no ritmo da

economia global e se adapta à necessidade da sociedade, obtendo uma boa

posição no mercado, como dito anteriormente, uma vez que experimenta a

participação de 40% do mercado.

Inovadora na produção e oferta de produtos e serviços, no gerenciamento de

informação, conteúdo e publicidade direcional em multimeios a Publicar Editel faz

parte do dia a dia dos negócios na sociedade. Portanto, devido à velocidade cada

vez maior da economia moderna, a competitividade e a sobrevivência de longo

prazo das organizações dependem cada vez mais da capacidade de mudar para se

colocar à frente de seus concorrentes. Alavancando a curva da experiência,

transformando as habilidades e atitudes existentes em melhores soluções para a

empresa, seus stakeholds e a sociedade como um todo.

Na América Latina, a Publicar integra o Grupo Carvajal. Oferece mais conteúdo e

gera maior retorno a seus anunciantes. Em 2005, ganhou o título de Top de

Marketing outorgado pela Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do

Brasil, seção Bahia (ADVB-BA), que teve como objetivo premiar o esforço do

profissional e sites que fazem da Internet mais do que um meio de comunicação, e

sim um meio de fazer negócios e aumentar a competitividade empresarial do estado.

E desde 2006 tem sido eleita repetidamente como uma das 100 melhores empresas

para se trabalhar pela revista Exame que também a indica como uma das 50

melhores organizações para mulheres trabalhar. Em 2007, a Editel alcançou, pelo

sexto ano consecutivo, a posição de a marca mais lembrada pelo prêmio Top of

Mind da Revista Amanhã.

Por detrás de cada um destes prêmios está o trabalho realizado pela área comercial

da empresa, reconhecido como o mais importante, neste sentido, uma vez que é

através da atuação deste setor que se garante a sustentabilidade da empresa.

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Em 28 de setembro de 1955 foi fundada a empresa Editora Brasileira de Listas

Telefônicas Ltda., com sede em Belo Horizonte (MG). Em 21 de março de 1959,

muda-se a natureza jurídica e a empresa passa a se chamar Publicar. A principal e

mais antiga organização encarregada da produção e distribuição de Listas

Telefônicas e Páginas Amarelas.

No ano de 1984, a Empresa Brasileira de Listas Telefônicas passa a se chamar

Editel Listas Telefônicas operando nos estados do Paraná e Bahia, ampliando

posteriormente sua atuação para o Espírito Santo, Sergipe e Alagoas.

Em 1986, a empresa Aro Participações, passou a integrar a sociedade pela

aquisição de ações dos antigos acionistas e da logomarca Editel. Nesse mesmo

ano, a sede da empresa foi transferida para Curitiba (PR). Em 1988, foi criado o

parque industrial gráfico em São José dos Pinhais (PR). Em 1990, a gráfica deixa de

se chamar Editel Editora e Gráfica para assumir a razão social Cargraphics Editel

S/A.

Em agosto de 2002, o Grupo Carvajal incorporou mais uma empresa no Brasil: a

Cardebrás Bico Internacional S/A. Esta empresa foi fundada em 1958 com o nome

de Indústria de Cadernos de Pirassununga. Atualmente é a terceira empresa mais

lembrada em material escolar, com sede em Belenzinho (São Paulo, Capital), e em

Pirassununga.

No ano de 2005, a Carvajal amplia sua presença no mercado com o anúncio de

incorporação das duas maiores empresas produtoras de listas telefônicas do Brasil –

a Editel e a Listel – que passam a operar conjuntamente. Em função disso, a

Publicar passa a atuar também nos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Ceará,

Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba,

Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Roraima,

Santa Catarina, São Paulo e cidades do interior, Tocantins, além do Distrito Federal.

A Listel tem 19 anos de atividades e possui grande estrutura tecnológica e expertise

na edição de listas e guias. A editora detém 35% do faturamento total do mercado

de listas telefônicas, estimado em R$ 530 milhões.

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Com incorporação das editoras Listel e Editel, a Publicar do Brasil Listas Telefônicas

passa a gerar empregos para aproximadamente 1,4 mil pessoas em todo o País.

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4. Produtos

A regional Bahia, localizada em Salvador, comercializa inserções na lista telefônica,

guia de bairros e sites na Internet. Para a consecução do seu trabalho, a empresa

tem definida uma série de estratégias que objetiva consolidar a sua imagem no

mercado e fortalecer os produtos ofertados ao público. Dentre as ações estratégicas

definidas pela organização destacam-se:

• Missão: “Ser a companhia que provê informação multimídia

enfocada em oferecer soluções para contatos de negócio e

conteúdo de alto valor agregado”.

• Visão: “Ser reconhecido como o provedor líder em soluções de

informações nos mercados de idioma hispânico e português em

um contexto de concorrência internacional.”

• Valores: Orientação ao cliente. Conhecer e satisfazer as

necessidades dos clientes para manter relações de curto e longo

prazo através de serviço personalizado.

• Inovação: Disposição permanente parar criar e melhorar

produtos, serviços e processos.

• Integridade: Agir de forma honesta e clara, gerando confiança

nos clientes, colaboradores, fornecedores, acionistas e

comunidade. Agir sob o marco da lei e as normas estabelecidas

nos diferentes países onde atuamos.

• Respeito: Disposição permanente a reconhecer, aceitar e

compreender a todas as pessoas que interagem com a

organização.

• Compromisso social: A Carvajal cumpre com suas

responsabilidades nas comunidades onde atua.

4.1 A comunicação interna como ferramenta de gestão

A gestão da empresa disponibiliza ferramentas para manter todos os empregados

bem informados visando o estímulo à comunicação direta entre todos os níveis

(vertical e horizontal), considerando o diálogo a forma mais importante e eficaz de

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compartilhamento de informações. Todos os projetos elaborados pela Publicar Editel

estão abertos à participação voluntária de empregados; o compromisso de buscar

ano a ano resultados mais produtivos, contando com o apoio de equipes

qualificadas, comprometidas com o crescimento da empresa e a geração de

resultados cada vez melhores para toda a empresa.

Nesse sentido, entender a importância da Comunicação Interna em todos os meios,

como um instrumento da administração estratégica é uma exigência para se atingir a

eficácia organizacional. Compreender a importância desse processo de

comunicação para que flua de forma eficiente, no momento oportuno, de forma que

seja atingido o objetivo pretendido é um desafio visto pela organização.

Esse fluxo de informações facilitado pelos canais de comunicação é útil à gestão,

pois viabiliza os interesses da liderança e que esses mesmos interesses sejam

difundidos entre todo o conjunto de funcionários.

A cultura da empresa está presente em todas as suas ações. Quando se trata de

empregados, a Publicar Editel focaliza a sua atenção objetivando o maior

comprometimento dos mesmos com a empresa. Em 2008, conforme o balanço da

empresa, os investimentos em cada empregado foram de aproximadamente R$ 8

mil, como pode ser visto na tabela:

Investimento anual em cada empregado

(média Brasil)

Salários 4.320,66

Participação nos Lucros e Resultados 321,91

Encargos Sociais 1.520,00

Fornecimento de Refeições 247.0

Assistência Médica 341,7

Assistência Odontológica 40,00

Transporte de Pessoal 400.0

Seguro de Vida em Grupo 15.55

Previdência Privada 120.00

Seleção e Recrutamento de Pessoal 22.30

Cursos e Seminários 120.0

Outros Gastos com Empregados 263,46

TOTAL 7.732.58

Fonte: Balanço da empresa 2008.

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Em 2008, foram realizadas, na regional Bahia, 150,20 horas de treinamento por

funcionário. Sendo que 60% dessa carga horária foram de questões relacionadas a

produtos. Destacam-se ainda as ações relacionadas ao campo de venda e

produtividade.

Considerado como a porta de entrada para captação de mão de obra para a

execução de vendas de produtos, o curso de técnicas de vendas é o nível básico. O

objetivo é formar profissionais com uma visão multidisciplinar e flexibilidade para

atuarem na área que é o coração da empresa.

Em 2008, foram oferecidas dez vagas para profissionais da área, para as quais

concorreram 120 candidatos.

No mesmo ano a empresa investiu em desenvolvimento de pessoas, em programas

de treinamento, com aplicações que variaram de 50% até os custos totais da

participação dos empregados em cursos, treinamento, seminários, workshops e

eventos afins realizados dentro ou fora do estado.

A empresa adota como política manter sua faixa salarial na média praticada pelo

mercado. Para isso, está sempre atenta aos movimentos do mercado participando

de grupos de pesquisa para identificar tendências e se preparar para elas.

Além de manter um bom nível salarial, a empresa oferece incentivos financeiros aos

empregados, a exemplo de Participação nos Lucros, que reforça a remuneração dos

trabalhadores com o pagamento de bonificação sob forma de Participação nos

Lucros e Resultados (PLR) vinculada ao atendimento de metas comerciais. O valor

médio pago pela empresa chega a 1,2 salários.

A cultura empresarial de capacitar os funcionários, além de habilitá-los às

oportunidades internas, visa, pelo domínio das informações atualizadas e

conhecimento de metas e interesses do conglomerado, colocar a Publicar em uma

posição de destaque no mercado, uma vez que o empregado qualificado (bem

informado) propicia melhores resultados. Como estímulo, a empresa oferece

condições de crescimento no quadro funcional para aqueles que se identificam e

consomem melhor as informações e comunicações originadas pela direção e

participam do diálogo de construção dos projetos da instituição.

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No aspecto social, como forma de garantir a sua visibilidade pública, a empresa

participa de projetos como Ação Reciclar através do desenvolvimento de atividades

que pretendem estimular e auxiliar cooperativas de incentivo à arte, cultura,

educação e geração de renda para comunidades carentes mediante a doação de

produtos recicláveis. Instituições como Lar Irmã Dulce, Projeto Axé, ONG Paciência

Viva, entre outras, são beneficiadas nessa ação.

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5. Referencial teórico

Diante da acirrada disputa pelo mercado, as organizações, de modo geral,

intensificam o uso das ferramentas que garantam resultados e prestígio social. Para

garantir a constante atualização tecnológica, as organizações empresariais investem

pesado para assegurar a continuidade ininterrupta do processo de mudança. Mas

como as organizações não são feitas apenas por espaços físicos e equipamentos,

mas também por seres humanos que, devido às constantes mudanças e pressões

intelectuais e emocionais, são obrigados a um processo de atualização permanente

para se manterem em atividades que exigem o acompanhamento do continuum das

transformações sociais, científicas e tecnológicas, as quais se refletem e

determinam comportamentos e ações do indivíduo nas relações consigo mesmo e

com seus semelhantes.

As relações interpessoais que se constroem no ambiente de trabalho permitem o

resgate da dimensão humana das empresas que, em face de uma necessidade

cada vez mais premente de necessidade de qualidade de vida, as empresas hoje

investem e apostam neste projeto. Neste sentido, o sistema de comunicação com o

público interno tem, entre outras atribuições, contribuir para a manutenção do

espírito de equipe, de solidariedade, e, obviamente, de estímulo às interrelações. E

uma coisa leva à outra, uma equipe coesa propicia o desenvolvimento das

atividades e consequente maior sucesso da organização.

O que é uma organização? Como funcionam? Diversos autores têm-se dispostos a

pensar e tentar conceituar, nos últimos 60 anos, sobre tais instituições que existem

desde o início da humanidade. Para Amitai Etzioni (1980, p. 35), “a sociedade

moderna contém um número incomensuravelmente maior de organizações, para

satisfazer uma diversidade maior de necessidades sociais e pessoais, que influem

em setores amplos de suas vidas”. Na opinião de Hebert Simon (1970), organização

é, em resumo, uma agregação de seres humanos em mútua integração.

No mundo contemporâneo, tudo gira em torno do processo de integração em que a

comunicação exerce papel primordial no desenvolvimento produtivo da sociedade. E

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logo, há um aumento significativo de organizações. Assim como Simon, outros

autores também acreditam que as organizações são agrupamentos de pessoas que

se comunicam entre si, Chester Barnard1 é mais um desses autores que

representam esse pensamento.

Mas esta questão abre um leque ainda contínuo da relação interpessoal, ou seja,

saber se relacionar com outras pessoas, de maneira proveitosa, é ponto positivo

para qualquer cidadão e crescimento de um sistema organizacional, no qual, cada

pessoa participa racional e conscientemente, escolhendo e tomando decisões

individuais que unida a uma necessidade vital de cooperação humana influi para

existência efetiva de uma organização. Por meio dessa cooperação é que as

necessidades individuais podem coligar-se para realizar tarefas complexas e

ordenadas. De acordo com Stephen Littlejohn:

Em primeiro lugar, as pessoas são vistas como seres ativos, dotados de motivos e propósitos. Contudo, as pessoas estão severamente limitadas em sua capacidade de realização. Existem limitações biológicas, situacionais e sociais para o que uma pessoa pode fazer sozinha, somente através da interação pode ocorrer a necessária cooperação (LITTLEJOHN, 1982, p. 301, apud KUNSCH, 2002, p. 21).

Portanto, percebe-se que a associação dos seres humanos é responsável pela

manutenção das organizações e que estas organizações são fundamentais para

satisfazer e atender as necessidades dos homens (espécie), que é um ser que

produz e se associa para, uma vez coligado, poder realizar atividades e ou tarefas

complexas e de variáveis graus de dificuldades, porém, necessárias à satisfação das

carências humanas que dependem e estão na e da organização empresarial.

Esse conjunto de organizações encontra-se em constante aceleração, movimenta e

desenvolve as competências humanas. A importância de se ter idéias precisa ser

respaldada pela existência de um ambiente que as acolha e viabilize a sua aplicação

para se auferir os resultados predefinidos ou até mesmo os não projetados. Entra

aqui o sentido da comunicação interna nas organizações que, nessa perspectiva,

atua além da informação, torna-se minimizadora de conflitos e geradora de opinião

positivas e desenvolvimento da instituição na sociedade.

1Chester Barnard é considerado um dos principais teóricos da administração. Sua obra The functions of the

executive (1983) teve grande influência nos estudos organizacionais, sobretudo na escola de relações humanas.

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A comunicação interna pode ser compreendida, na atualidade, como fenômeno

comunicativo de caráter planejado que viabiliza a interação entre a organização e

seus empregados, promovendo o trânsito de interesses e posturas. Para tal,

observa-se que a comunicação interna em geral transborda os limites de sua

atuação tradicional – tendo como função primordial a construção e a revigoração de

uma comunidade empresarial em diálogo. Na contemporaneidade, a comunicação

interna é capaz de obter uma comunicação integrada com atuação sinérgica

composta da própria comunicação interna, comunicação administrativa,

comunicação institucional e a comunicação mercadológica que formam um mix, o

composto da comunicação organizacional.

Atentando para essa realidade, propõe-se, neste trabalho final de graduação,

empreender uma jornada pela investigação do papel e função interna na empresa

Publicar Editel, observando o processo de atualização e transbordamento constante

por que passa este ramo da comunicação, analisando através de pesquisa de

campo e como os estudos teóricos observam essas mudanças e as apresentam. O

momento de transição torna-se cada vez mais evidente, já que se ultrapassa a

defasada e desprestigiada função da comunicação interna e a coloca, hoje como

aliada estratégica nas organizações.

O interesse neste trabalho acadêmico decorre, ainda, de experiência da autora na

área comercial e na área de comunicação interna da empresa, desde o ano de 2005.

Com essa experiência houve a possibilidade de observar as multiplicidades de

funções vinculadas às atividades do setor de comunicação interna, bem como

vislumbrar as discussões teóricas apresentadas por teóricos como Margarida

Kunsch, em seus livros Relações públicas e modernidade e Planejamento de

relações públicas na comunicação integrada.

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6. Comunicação nas organizações

A comunicação nas organizações, na atualidade, pode ser compreendida como a

interseção de diversas posturas e projetos. Além de empreender a comunicação na

organização, há a comunicação da organização e sobre a organização. Nesse

sentido, a comunicação cria valores, educa e constroi cidadãos. Contudo, a

comunicação organizacional não pode ser compreendida como sinonímia de

informação sobre a organização.

Contemporaneamente, existem diversos modos de se obter informações e

conhecimentos, todavia, nem sempre isso depende de comunicação. A divergência

entre comunicação e informação também ocorre nas organizações. Assim sendo, há

situações em que há informações, mas estas não geram mudanças de atitudes, ou

geram confusão em relação à informação, por não ter sido transmitida de modo

adequado; ou, em um problema ainda maior, a informação não alcança os

destinatários, pelo fato de não ter sido elaborada uma estratégia eficaz. Desse

modo, a comunicação, especialmente a comunicação interna, tem ganhado

destaque nas organizações.

Em suas reflexões sobre a comunicação nas organizações, Margarida Kunsch

(2003), em seu projeto de atualização da comunicação interna, registra que esta

pode ser compreendida, no contexto em que estamos trabalhando, como a dinâmica

que coordena recursos humanos, materiais e financeiros em prol dos objetivos

definidos, desenvolvendo-se por intermédio de todos os elementos integrantes de

uma organização, que informam e são informados, constantemente, como

possibilidade, inclusive de sobrevivência da mesma. Deste modo, a comunicação

nas organizações é responsável por processar as informações administrativas

internas, assim como a sua relação com o exterior. Logo, as organizações diluem as

barreiras que separam as empresas do mundo, importando problemas e projetos

originalmente externos e os incrustando em uma atividade comunicativa interna.

Nessa perspectiva, podemos inferir que a comunicação pode ser compreendida

como trânsito de informações que dá vitalidade aos processos nas organizações.

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Nesses termos, a comunicação configura-se como transmissão de influências de

uma parte do sistema vigente para outra, produzindo mudanças. Assim, tal

compreensão de comunicação, para a referida teórica, sustenta a capacidade da

comunicação nas organizações para além da transmissão de informações,

funcionando, também, como elemento de transformações internas e externas nas

organizações, quando empregada de modo estratégico.

A comunicação nas organizações tem ocupado um papel destacado, pois tem

adquirido o status de atividade fundamental para a sobrevivência das organizações.

Com essa comunicação intensa debatem-se questões internas e rotineiras da

empresa, bem como as suas relações com o ambiente externo. Deste modo, para

que se mantenha perene e com resultados positivos, este formato de comunicação

potencializa um trânsito de discurso, uma interação entre os sujeitos interligados na

estrutura de uma organização.

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7. O processo comunicativo

As relações sociais que ocorrem no processo de comunicação envolvem o emissor, o receptor e seus efeitos recíprocos um no outro à medida que se comunicam. Quando o emissor é intimidado por seu receptor durante o processo de envio de uma mensagem, a própria mensagem e a interpretação dela serão afetadas (HALL, 1984).

Antes de passarmos ao surgimento da comunicação analisaremos questões

relevantes para o desenvolvimento do trabalho, a exemplo de apresentar a definição

sobre o que é a comunicação; o que é comunicar. De acordo com Ferreira (1999), a

palavra comunicação quer dizer: ato ou efeito de transmitir e receber mensagens por

meio de métodos e/ou processo convencionados, quer através da linguagem falada

ou escrita, quer de outros sinais, signos ou símbolos, quer de aparelhamento técnico

e especializado. Enquanto que comunicar é pôr em contato ou relação; estabelecer

comunicação entre; ligar, unir; fazer saber; tornar comum; participar.

Para Blikstein (2005), comunicação é a necessidade de tornar comum aos outros o

nosso pensamento. Os termos comunicação e comunicar provêm justamente da

palavra comum. E para se obter a comunicação é necessária uma estrutura, um

mecanismo interno. Essa estrutura informada pelo autor é composta por três

elementos, peças conhecidas e visíveis como o remetente, a mensagem e o

destinatário. Mas esses elementos básicos vão além de ser apenas um triângulo

conhecido para enviar e receber mensagem. São a função decisiva para a eficácia

da comunicação. A comunicação faz parte da nossa própria sobrevivência.

Há várias coisas que devem ser observadas quando passamos uma mensagem:

como “pegar” a ideia, mensagem de signos, associando-se entre estímulos físicos e

uma ideia, codificação e decodificação, enxergar a meta, ter domínio dos códigos,

ou seja, aquilo que você pode ver, e a quem se dirige a mensagem.

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Para que haja comunicação por meio do código verbal são necessários seis

elementos básicos. De acordo com o site Grupo Escolar, os elementos são definidos

como:

1. Emissor: Quem deseja se comunicar enviando determinada

mensagem a alguém.

2. Receptor: A quem a mensagem se destina

3. Mensagem: As informações transmitidas

4. Código: Sistema de elementos linguísticos e de regras para combiná-

los, conhecido tanto pelo emissor como pelo receptor. Quando se considera a

comunicação verbal, o código é uma Língua em sua modalidade oral ou

verbal.

5. Referente: o assunto ou situação a que a mensagem se refere,

também chamado de contexto;

6. Canal de Comunicação: meio pelo qual a mensagem é transmitida, ou

circula: TV, rádio, jornal, revista, cordas vocais, ar.

Figura 1 - Processos de Comunicação

Fonte: http://www.portalimpacto.com.br

O processo que ocorre nas organizações envolve outros aspectos além de

elementos básicos da comunicação (fonte, canal, mensagem, códigos, etc.), como o

aspecto relacional. Há relacionamentos entre indivíduos, departamentos, unidades e

organizações. Deste modo, o processo comunicativo, nas organizações, sofre

interferências variadas, como o contexto, aspectos relacionais entre os sujeitos.

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Nesses termos vêm às considerações de Kunsch sobre a comunicação nas

organizações, ao compreender que:

As organizações em geral, como fontes emissoras de informação para seus mais variados públicos não devem ter a ilusão de que todos os seus atos comunicativos causam efeitos positivos desejados ou são automaticamente respondidos e aceitos da forma como foram intencionados. É preciso levar em conta os aspectos relacionais, os contextos, os condicionamentos internos e externos, bem como a complexidade que permeia todo o processo comunicativo. Daí a necessidade de ultrapassarmos a visão meramente mecanicista da comunicação para outra mais interpretativa e crítica.

O sistema comunicacional é fundamental para o processo das funções nas organizações. Um processo comunicacional que esteja em sintonia com seus públicos propicia não apenas um equilíbrio, mas o surgimento de mecanismos de crescimento organizacional. De acordo com Gaudêncio Torquato do Rego, dos sistemas sociopolítico, econômico-industrial e o sistema inerente ao microclima interno das organizações permitem ao processo comunicacional estruturar as convenientes ligações entre o microssistema interno e o macrossistema social, estudar a concorrência e analisar as pressões do meio ambiente, gerando as

condições para o aperfeiçoamento organizacional (KUNSCH, 1984, p.114).

Todos esses aspectos fazem com que a comunicação, conforme Richard Hall,

seja extremamente importante nas organizações e nos segmentos organizacionais que precisam lidar com a incerteza, que são complexos e que têm uma tecnologia que não permite uma rotinização fácil. Tanto as características externas quanto as internas afetam a centralidade da comunicação (1984, p.133).

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7.1 A comunicação corporativa

O surgimento da comunicação corporativa (também chamada de comunicação

empresarial ou organizacional) iniciou-se em 202 a.C., com o domínio da China pela

dinastia Han, quando ainda fabricavam as primeiras folhas de papel (REGO, 1987).

A comunicação, naquele período, era praticada através de cartas que circulavam

dentro das cortes da dinastia Han.

Para Rego (1987), o aparecimento das atividades da comunicação organizacional

começou no início na Revolução Industrial, com este aparecimento surgiram

grandes transformações sociais ocorridas por conta do rápido desenvolvimento

tecnológico registrado na Europa desde meados do século XVIII até início do século

XX. Devido a automatização e ao crescimento industrial.

Com essas mudanças alguns sujeitos passaram a cultivar novas ideias para criar

novos mecanismos para se comunicar, as revistas e os jornais para funcionários, a

fim de que os mesmo conhecessem a empresa e a sua política, além de diminuir as

distâncias físicas entre a administração e a base operária.

No entanto, não foram apenas as complicações internas que levaram as empresas a

se preocuparem com a comunicação organizacional. A Revolução Industrial também

proporcionou maior concorrência, fazendo com que as empresas multiplicassem

seus mecanismos de comunicação com o objetivo de se tornarem mais conhecidas

e ganharem a preferência do público. As organizações passaram a apresentar dois

tipos de publicações: as externas (destinadas aos consumidores, acionistas,

representantes e distribuidores), e as internas (destinadas aos funcionários).

No Brasil, as empresas passaram a adotar a comunicação como uma de suas

tarefas muito depois de seu aparecimento nos Estados Unidos e na Europa. Alguns

autores atribuem este fato ao atraso no desenvolvimento tecnológico no setor das

artes gráficas e editoriais.

De acordo com Kunsch (1997), a década de 1950 delineava uma nova conjuntura

econômica, incentivada por uma política industrial desenvolvimentista, estimulada

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pelo governo de Juscelino Kubitschek. Foi nesta época que o Brasil recebeu

empresas multinacionais, o que abriu o mercado para os profissionais responsáveis

pela comunicação interna nas organizações.

Adotada pelo presidente Juscelino Kubitschek como uma política de crescimento

econômico e incentivo à industrialização, o advento desta política, permitiu a

expansão empresarial e a atração de multinacionais para o Brasil, juntamente com

as agências de publicidade. Desse momento até a atualidade o crescimento e

desenvolvimento das empresas (em estruturas, em desenvolvimento tecnológico,

etc.) eclodiram em um processo de transformação da comunicação, no qual esta se

tornaria um setor estratégico das organizações. Com a globalização das

informações e avanços tecnológicos das mídias, a comunicação organizacional

também se desenvolveu.

Com o incremento da economia e o crescimento da sociedade brasileira, a

necessidade de atender as demandas da comunidade e da opinião pública levou ao

aparecimento das publicações empresariais que, aos poucos, passaram a ser mais

valorizadas até se tornarem imprescindíveis.

A partir de 1985, a comunicação ganha novos impulsos e passa a ter um novo papel

na dinâmica organizacional. As empresas percebem, entre outras necessidades, a

de ser transparente e buscar uma forma mais estratégica de utilizar a comunicação

dentro da organização. As instituições notam, a partir daí, que os formatos até então

usados pelos departamentos de relações públicas governamentais e de relações

com a imprensa, assim como os produtos criados pelo jornalismo empresarial, já

não atendiam às novas necessidades.

Iniciaram-se, então, estudos sobre uma comunicação organizacional, que a partir de

uma visão ampla e estratégica, teria uma perspectiva integrada, como avalia

Gaudêncio Torquato (1986, 2002), um dos pioneiros dessa concepção no Brasil.

Para ele:

A comunicação organizacional engloba as subáreas da comunicação social (jornalismo, relações públicas, publicidade, editoração, etc.) a assessoria de imprensa, o jornalismo empresarial, a comunicação institucional, o marketing cultural e social, entre outras, todas elas

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amplamente trabalhadas em suas obras (TORQUATO, 1986, 2002, p. 110).

Dessa forma, a comunicação corporativa é a atividade que facilita e intermedia o

processo de relacionamento e de funcionários de uma mesma organização a se

comunicarem entre si, independentemente de cargos, departamentos, divisões ou

assessorias. Esse ato, conforme os especialistas, para ter sua funcionalidade, deve

constituir uma unidade harmoniosa, apesar das diferenças e das peculiaridades de

cada área e das respectivas subáreas. E havendo um ponto de vista com base em

uma política global claramente definida, e nos objetivos gerais da organização,

possibilitará ações estratégicas e táticas de comunicação mais pensadas e

trabalhadas com vistas na eficácia.

Mas o que deveria ser uma atividade normal e simples entre pessoas de uma

mesma empresa comunicando-se entre elas, já que teoricamente os objetivos,

missões e valores são comuns, o que se percebe é que nem sempre é o que ocorre

na maioria das empresas brasileiras. De acordo com Kunsch (1997), os problemas

de um processo comunicativo dentro de um âmbito organizacional é condicionado a

uma série de fatores, a exemplo de contextos sociais, políticos, econômicos, pelas

culturas e visões de mundo diferenciadas de cada integrante dessa empresa.

Para Kunsch, o fato de as organizações serem compostas por pessoas que

possuam os mais diferentes universos cognitivos e as mais diversas culturas,

implica, por si só, a complexidade que é pensar a comunicação nas organizações ou

as organizações como comunicação.

Apontado por Kunsch como um grande problema enfrentado pelas instituições, a

diversidade de perspectivas de interpretação de uma mensagem a partir da visão de

mundo de cada membro da organização é citada também por Gary Kreps (1995, p.

28), no texto Comunicação organizacional: surgimento e evolução das práticas,

conceitos e dimensões. Conforme Kreps, a mensagem mal interpretada por um

funcionário de uma empresa vai afetar diretamente o seu desempenho dentro da

organização, além de dificultar seu relacionamento pessoal. Ele ressalta:

A vida da organização proporciona um sistema de mensagens especialmente rico e variado. Os membros da organização devem ser capazes de reconhecer e interpretar a grande variedade de

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mensagens disponíveis, para que lhes permitam responder de maneira apropriada a distintas pessoas e situações. Não se pode existir sem comunicar-se. A comunicação é uma realidade inevitável de pertinência a uma organização e da vida em geral (KREPS, 1995, p. 28).

Essa comunicação, que chamamos de interpessoal, ainda é pouco valorizada pelas

organizações e, na opinião de Kunsch, deveria ser mais cultivada para que

possibilitassem um ambiente mais propício para bons relacionamentos no dia a dia.

Kunsch aponta que, ao falarmos de comunicação e organizações não podemos

dissociar o agrupamento de pessoas com o “verdadeiro sentido da comunicação

humana, que pressupõe compreensão e colocação de idéias em comum” (1997, p.

87).

E esse tem sido o objetivo da Publicar Editel para com seus funcionários: buscar

mecanismos diversos para conseguir uma eficaz comunicação interpessoal. Ao

longo de todos os anos de existência da empresa, o departamento de comunicação

tem desempenhado um trabalho para que as informações da organização cheguem

a todos os departamentos e, consequentemente, atinja todos os funcionários. Para

isso, a gestão da empresa disponibiliza diversas ferramentas para manter todos os

empregados bem informados, entre as quais, o estímulo à comunicação direta entre

todos os níveis como a vertical e horizontal (que serão explicados mais à frente),

considerando o diálogo como a forma mais importante e eficaz de compartilhamento

de informações.

Essa preocupação com o processo comunicativo da empresa torna a Publicar Editel

um melhor ambiente de trabalho, principalmente nas relações cotidianas. Ao cultivar

a qualidade da comunicação interpessoal a empresa tende a comunicar com mais

clareza, o que impedirá que informações sejam repassadas com falhas e ou

distorções. Uma comunicação desencontrada, gerada internamente para seus

públicos interno e externo, criaria para a organização uma imagem negativa. Dessa

forma, todo o trabalho organizacional estaria comprometido, o que poderia afetar e

diminuir a produtividade da empresa, e em consequência, um enfraquecimento no

mercado.

O que muitas organizações ainda não perceberam ou não deram a devida

importância é que para fortalecer sua identidade e melhorar sua imagem corporativa,

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toda e qualquer notícia institucional deve ser tratada com muito cuidado, sempre

associada a uma visão estratégica de comunicação. No mundo dos negócios, erros

ou acertos se refletem de imediato em perdas e lucros.

Atentas e preocupadas com esse cenário, as organizações de diversos segmentos

passaram a priorizar a comunicação e pensá-la de uma forma integrada. A

comunicação organizacional integrada é conceituada por Kunsch (2003) como uma

área abrangente em uma perspectiva de integração das subáreas da comunicação

social, nas modalidades: administrativa, interna, institucional e mercadológica ou de

negócios. De acordo com ela, a comunicação integrada fecha um ciclo de

comunicação em torno da organização, gerando uma uniformidade no fluxo de

informações, contribuindo para que a organização se adeque ao cenário

mercadológico.

Para ilustrar este discurso, apresentamos o novo diagrama desenhado por Kunsch

(1997 e 2003), que referencia o padrão atual da comunicação organizacional

integrada e é diferente dos apresentados em outras obras da autora:

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7.2 Comunicação com objetivo motivacional

A ausência de um sistema de comunicação interna em uma organização pode

acarretar uma série de dificuldades que influencia diretamente no desenvolvimento e

no relacionamento da empresa com seus funcionários. E por extensão pode

comprometer diretamente o bom andamento das atividades gerais da instituição.

Por trás das falhas nas ações e estratégias empresariais, no mais das vezes,

ocultam-se problemas de relacionamento e de inadequação no foco. A falta de um

sistema comunicacional estruturado pode inviabilizar grande parte das ações

organizacionais que dependem do estabelecimento de uma linguagem uniforme e

comportamentos padronizados, mas não fixos, para atender ou atingir o mercado ou

o segmento de atuação da empresa.

A comunicação interna visa basicamente motivar os funcionários para colaborarem

nas atividades que buscam consolidar o desenvolvimento e a sustentação do clima

positivo, adequado para a execução dos planos estratégicos da organização e ao

crescimento contínuo de suas tarefas e serviços e à ampliação de suas linhas de

produtos, fazendo com que os empregados estejam informados das metas, planos,

projetos e estratégias.

O departamento de comunicação em uma organização deixou de ter o papel de somente transmitir informações, e passou a ter também a responsabilidade de mudar o comportamento dos empregados a fim de que eles realizem um melhor trabalho, impulsionando a organização em direção a suas metas (CORRADO, 1994, p. 5).

Margarida Kunsch afirma que organizações possuidoras de um sistema próprio de

comunicação interna “com políticas globais estabelecidas, estratégias delineadas e

programas de ação voltados para todo o pessoal do ambiente interno, tenderá a ser

muito mais eficiente e eficaz” (2003, p. 154).

Portanto, diante das mudanças e da velocidade com que elas ocorrem no mundo

contemporâneo, as empresas que continuarem resistentes em aderir a essa

tendência e permanecerem pensando na individualidade e não no coletivo,

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provavelmente vão enfrentar dificuldades para expandir suas ações ou mesmo fazer

progredir os seus negócios.

A teoria tradicional da comunicação interna cerrava-se sob a égide de três fluxos,

em diferentes sentidos de atuação, a saber: fluxo ascendente, fluxo descendente e

fluxo lateral. O primeiro e o segundo perpassariam pela relação de subordinação e

ocorreria, respectivamente, pela transmissão de informação dos subordinados para

a alta cúpula e vice-versa. O último seria a relação de comunicação entre indivíduos

da mesma hierarquia na organização. A adoção desta perspectiva teórica afronta

diretamente as concepções atuais da comunicação interna.

Além disso, a comunicação interna promove a circulação das informações no

ambiente privado das organizações, com objetividade e para o acesso de todos às

mesmas informações, ou seja, o intuito é promover o apagamento das

individualidades e estimular as construções coletivas.

Argumenta-se que o fluxo ascendente se caracterizaria pelo feedback, configurando

a forma como os funcionários pensam sobre as ordens e diretrizes recebidas ou a

forma como se manifestam sobre si mesmos e sobre os problemas na execução das

atividades. O fluxo descendente, por seu turno, apresentaria designações de

funções e ordens, feedback sobre o desempenho dessas atividades e informações

gerais sobre as organizações. A comunicação lateral, por fim, ocorre à revelia do

organograma de poder da instituição e dota de liberdade e voz os funcionários para

se comunicarem entre si.

A comunicação interna se realiza em um processo de interação e não de comandos

e respostas, ou, como sustenta Kunsch, “a comunicação é ato que comunga idéias,

estabelecendo um diálogo e não simplesmente uma transmissão e recepção de

informações” (2003, p. 73). A comunicação interna que parte da alta cúpula não se

restringe a mandar avaliar. A comunicação interna que parte dos subordinados

também não se limita à obediência dos comandos.

Como argumenta Curvello (2002), na prática exerce-se prioritariamente o fluxo

descendente, castrando o direito de comunicação dos subordinados. As

organizações, na atualidade, buscam promover capacitação profissional e

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integração em prol do clima organizacional. Considerar ainda uma aristocracia da

fala, na empresa, é atentar contra as novas possibilidades de compreensão da

comunicação interna. De acordo com Kunsch (2003), são destacadas duas áreas

fundamentais para atingir a comunicação organizacional, que junta a comunicação

institucional, a comunicação interna e a comunicação administrativa e a de

marketing, esta última responsável por toda comunicação mercadológica. Neste

sentido, a comunicação estratégica passa a auxiliar a organização a desempenhar

sua missão, a estabelecer seus valores e a buscar ações para alcançar a sua visão,

em uma conjuntura de uma visão de mundo.

A comunicação interna integrada não é apenas um diálogo produtivo, mas um

planejamento conjunto. Para isso, qualquer processo de tomada de decisões, que

inclui os diversos departamentos da empresa, mesmo os que não estejam

vinculados diretamente à comunicação, deve ser compartilhado, ainda que haja um

chefe, um superintendente ou diretor geral a que todos se reportam.

Kunsch acredita que “a importância da comunicação interna reside, sobretudo, nas

possibilidades que ela oferece de estímulo ao diálogo e à troca de informações entre

a gestão executiva e a base operacional” (2003, p. 159). Para ela, uma comunicação

interna participativa envolve o empregado nos assuntos da organização e nos fatos

que ocorrem no país e no mundo. Com um olhar para dentro e outro para fora da

empresa ele vai exercer suas funções em parceria com a organização e em sintonia

com a realidade social vigente.

A pesquisadora sustenta que

a comunicação interna deve contribuir para o exercício da cidadania e valorização do homem, defendendo que a liberdade de comunicação na instituição promoverá construções em prol do indivíduo e da empresa, até mesmo porque o público interno é um público multiplicador (KUNSCH, 2003, p. 129).

Com base no discurso desta teórica, a comunicação interna deve permitir que os

trabalhadores sejam bem informados à medida que a organização antecipe

respostas às suas expectativas. Isso, além de ajudar a organização a administrar

conflitos e buscar soluções preventivas, marca a importância da comunicação

interna pelas possibilidades de estímulo ao diálogo e troca de informações entre

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gestores e operários. A comunicação interna é exercida de forma participativa e com

compromisso social.

Tal raciocínio merece prosperar, desde quando o indivíduo, antes de ser empregado

é um ser humano e cidadão que merece ser respeitado por esta condição. A

comunicação interna atua justamente para ratificar a cidadania e valorização do

humano. Com a oportunidade de se manifestar, criando uma situação

comunicacional participativa, canalizam-se energias para a construção de si e do

profissional.

Extrapolando essas teorias, Curvello (2002), defende algumas funções próprias da

comunicação interna, a saber:

1. Investigar

• Objetivos: Elaborar uma política de “escuta” do clima social. Considerado

como fator chave para poder se antecipar a qualquer disfunção, assim como

para criar um clima dinâmico através da pluralidade de opiniões.

• Métodos e meios: Pesquisa de opinião – Quantitativos: métodos estatísticos

e questionário escrito.

• Condições para êxito: Obter um bom conhecimento prévio da cultura

organizacional, a história da organização e seu funcionamento; verificar a

capacidade de resposta da organização para poder responder fielmente à

atenção que os métodos de investigação suscitam; comprovar a capacidade

que têm os gerentes de escutar todos os níveis da organização e fazer bom

uso da informação que recebem; e manter uma relação estreita e constante

com os responsáveis pelos recursos humanos.

2. Orientar

• Objetivos: A capacidade de escutar e sensibilizar sobre os diferentes

aspectos da empresa.

• Métodos e meios: Utilizar a experiência a serviço da gestão empresarial; dar

aos empresários, durante as fases de elaboração e desenvolvimento de

ações de comunicação interna, uma finalidade relevante; ser capaz de

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responder, antes de iniciar uma ação de comunicação, às famosas “cinco

perguntas”: “que”, “quem”, “quando”, “onde”, “por que”.

• Condições para o êxito: A capacidade de decisão e gestão; a capacidade de

formar e educar em comunicação; a necessidade de dar importância à

comunicação oral e cotidiana.

3. Informar

• Objetivos: Conceber uma política de informação escrita, oral e audiovisual

para dar respostas às necessidades de informação do público interno.

• Métodos e medidas: Definir condições precisas para cada suporte afirmativo;

organizar e hierarquizar a coleta, seleção e validação de informes; avaliar o

impacto e o efeito das ações de informação.

• Condições para o êxito: Possuir um bom conhecimento do entorno da

empresa (cultura, posicionamento, imagem interna e externa); dominar as

técnicas ligadas à gestão da informação; e ter boa relação com os meios de

comunicação a fim de assegurar uma difusão de informação coerente.

4. Animar e Coordenar

• Objetivos: Constituir redes de parceiros com os seguintes fins: informativos,

de conhecimento do clima social e do ambiente de trabalho.

• Métodos e medidas: Eleger e identificar os parceiros colocando a sua

disposição a informação necessária e a metodologia adequada: manutenção,

formação e avaliação da eficácia de seus resultados.

• Condições para o êxito: Organizar encontros entre parceiros para evitar

isolamento; reconhecer suas aptidões para poder oferecer as missões mais

adequadas; revisar a utilização da informação transmitida na empresa.

5. Organizar campanhas

• Objetivos: Mobilizar um grupo de trabalhadores com a missão de organizar

campanhas ou ações de comunicação interna.

• Métodos e medidas: Elaborar uma documentação com toda a informação

precisa para transmitir (objetivos perseguidos, mensagens emitidas,

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pressupostos, etc.); saber organizar as campanhas (eleição do lugar, do

diretor, do trabalho orçamentário e logístico, etc.); medir efeitos e impactos.

• Condições para o êxito: Vigiar o efeito que se pode ter, sem esquecer uma

coordenação e cooperação entre o departamento de Comunicação Interna e

os responsáveis pela campanha.

6. Formar

• Objetivos: Favorecer o aperfeiçoamento e as capacidades de comunicação

entre os responsáveis pela comunicação interna.

• Métodos e medidas: Pensar em um número determinado de responsáveis

para cada ação de formação (objetivos, tipos de público, projetos

pedagógicos, planos, etc.); é imprescindível que os membros conheçam as

técnicas, estratégias e políticas de comunicação que concernem aos

diferentes responsáveis, além de contribuir para uma boa formação, é

necessário uma mudança efetiva de práticas profissionais coletivas.

• Condições para o êxito: A definição de objetivos de formação deve ir

sempre acompanhada de uma concretização profunda de todos os interesses

dos trabalhadores (recursos humanos, salários, gestão empresarial, etc.);

informar extensamente antes de se introduzir em um trabalho que implique

um amplo número de membros; permanecer particularmente atento à relação

entre objetivos e os meios de comunicação disponíveis para alcançá-los.

Tentando criar uma cultura empresarial que una os interesses particulares e

legítimos dos funcionários, assim como os objetivos gerais da organização, é que a

Publicar Editel trabalha sua comunicação interna. Entre suas ações, murais estão

disponíveis no salão de vendas da empresa, em cada sala de gerência, e no RH.

Passando informações diversas que não se resumem apenas a um setor. Flip

charts, notícias pelo portal Publicar na Intranet, com informações de toda Publicar,

não apenas da Regional, pelo Infopublicar – informes semanais que são

disponibilizados pelos emails – com notícias importantes, que requerem que sejam

enviadas com rapidez, e pelo jornal interno Pronto, mensal, enviado para todos os

colaboradores. São entregues aproximadamente dois mil exemplares. Quadro de

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avisos que trazem apenas informações pontuais de cada escritório/Regional. Tem

também eventos internos realizados para integração dos funcionários.

A comunicação interna na Publicar Editel tem crescido pela percepção da empresa

de que o relacionamento com seu público é muito importante para o fortalecimento

da imagem, para gerar reputação e diferencial competitivo e para a sustentabilidade

do negócio. Essa consciência de se comunicar bem é um caminho perfeito e já

incorporado nas grandes organizações.

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8. Canais de transmissão de comunicação

A comunicação interna nas organizações nem sempre foi valorizada ou reconhecida

como importante para o desenvolvimento e sobrevivência das mesmas. Nassar e

Figueirêdo (1995) afirmam que, atualmente, há uma enorme necessidade de as

organizações se comunicarem para garantir espaço no mercado em que atuam.

Disso se pode deduzir que a comunicação funciona como base de sustentação para

o equilíbrio, desenvolvimento e crescimento das empresas.

A comunicação interna visa informar e integrar os empregados aos diversos

segmentos e objetivos organizacionais. Esse processo tem a intenção de tornar a

informação comum a todos através do compartilhamento estratégico dos objetivos,

projetos e perspectivas da organização.

Atualmente as organizações têm dedicado atenção especial à comunicação

destinada ao público interno, de modo a capacitá-lo para o relacionamento com o

público externo. Há uma compreensão de que empregados bem treinados e

informados contribuem para alavancar a imagem da empresa, o que, no mercado

competitivo, é fundamental para a sobrevivência das organizações. E para ter uma

imagem conceituada é necessário transformar os funcionários em “parceiros” ou

“associados”.

A comunicação interna deve ser feita de modo apropriado para facilitar o fluxo das

informações úteis. Rego (1986) confirma a importância da comunicação interna ao

afirmar que ela exerce grande poder de influência sobre o público alvo. O seu

conteúdo vai atingir não somente grupos isolados dentro das organizações, mas

todos os integrantes da empresa e seus setores.

A partir dos interesses dos públicos pode-se definir os veículos que vão ser

utilizados no sentido de facilitar a propagação da comunicação. Estes veículos são

responsáveis por “transmitir informações para estabelecer comunicação limitada e

frequente com um número selecionado de pessoas homogêneas e conhecidas”

(CESCA, 2007 p. 29). Alguns exemplos são: o jornal, intranet, mural, quadro de

avisos, cartaz, caixa de sugestões, comunicado de imprensa, entre outros.

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Atualmente a Internet que trouxe velocidade, conveniência, interatividade e

convergência a esses relacionamentos inspirou novas ferramentas de mídia que

deflagram novas demandas e novos modelos de pensar e fazer comunicação. De

acordo com Blikstein (2009), essa revolução tecnológica chegou a um ponto

apropriado, com todo o aparelhamento da eletrônica. Embora, desde que o homem

é homem haja uma constante transformação de recursos, de meio de comunicação,

do conhecimento do mundo. A área de comunicação interna se empenha para

utilizar os recursos como blogs, Twitter, Facebooks, dentre outros, que fazem parte

da mídia webiana.

A comunicação corporativa conta hoje com diversos meios para atingir o seu público

interno. Cada um deles pode atender às diversas demandas empresariais e seu

formato deve ser escolhido e utilizado de acordo com as necessidades da empresa,

seus objetivos e recursos disponíveis. Sobre isto Blikstein (2009) enfatiza:

[…] Então, as empresas evidentemente, tanto em termos comunicação interna quanto externa, hoje são tributárias em recursos: a Internet, a videoconferência, os telefones celulares. […] Essa primazia da mídia eletrônica, dos veículos, desses significantes visuais não significa necessariamente uma melhoria, um aprimoramento da comunicação em si ou do conteúdo da comunicação. Essa velocidade digital instantânea provoca tal aceleração na construção das mensagens que as pessoas redigem e-mails confusos, estropiados, sem coesão, sem coerência temática, a ponto de o receptor do e-mail freqüentemente tomar o telefone ou ir a sala do colega e perguntar, “o que você quis dizer exatamente?”

A dinâmica da comunicação organizacional deriva da contingência de modernas

tecnologias, da diferença dos indivíduos, da globalização e da descentralização da

informação. Para Nassar (1995), a tecnologia tem um dos principais papéis na

transformação das atividades e no negócio da comunicação social. Além de

representar para muitos uma verdadeira revolução cultural, ela significa

investimentos e até a definição de novos objetivos e rumos. Desta forma, a

comunicação interna configura-se como uma ferramenta estratégica nas

organizações a partir da intenção que ela transforma as diferentes informações

recebidas em conhecimento fecundo. Para Barnard (1979), a existência de uma

organização se dá “quando há pessoas aptas a se comunicar entre si, que estão

desejando contribuir com sua ação para a realização de um propósito comum”

(Barnard, 1979, p. 101).

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Em tempos modernos, apontados pelo crescimento e aceleração de redes

econômicas e culturais que operam em escala e base mundial, a informação passa

a ser um artifício pré-requisitado no processo de consumo. Assim, as organizações

devem utilizar de modo apropriado as ferramentas de comunicação interna para

concretizar procedimentos de gestão e reforçar sua imagem junto ao público interno.

Porém, precisam levar em consideração diversos aspectos, como cultura, nível

social, contexto, meio e todas as formas de ruído existentes no processo. Na maioria

das vezes o departamento de comunicação interna atua em conjunto com a área de

recursos humanos para conciliar os objetivos da organização com os de seus

empregados. Neste sentido, Kunsch (2003) cita que

É preciso considerar que a comunicação interna não substitui os vários níveis de comunicação, ela seria um setor planejado com objetivos definidos para viabilizar toda a interação possível entre a organização e seus empregados, usando ferramentas de comunicação institucional e até de comunicação mercadológica – endomarketing e marketing interno (KUNSCH, 2003, p.18).

Os canais de exposição das atividades referente à organização são meios de

comunicação que levam uma mensagem do anunciante ao consumidor final

viabilizando que os interesses da liderança sejam difundidos entre todos os

colaboradores. O funcionário bem informado contribui muito mais para a

consolidação dos projetos da instituição.

Nesse sentido, faz-se necessário compreender que o processo de comunicação

interna, conforme Fernandez (1991, p. 742), “não se limita unicamente ao envio de

informação, como tem também o objetivo de coordenar as tarefas, motivar pessoas

e melhorar os comportamentos”.

Muitas informações são produzidas e causam impacto na vida dos funcionários, mas

nem sempre geram mudanças de atitudes, ou ainda causam confusão, porque não

foram divulgadas da forma adequada. Com essa visão se percebe que a

comunicação interna visa a promover a integração entre a organização e seus

colaboradores, tentando transigir as expectativas e os deveres de ambas as partes,

potencializando experiências de cidadania e a valorização do homem e do trabalho.

Como entende Kunsch (2003), a comunicação interna serve para humanizar as

relações nas organizações, valorizando o papel de cada colaborador dentro do

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grupo, bem como fazendo-o compreender a importância da função que desenvolve,

facilitando, assim, os interesses da empresa. Deste modo, a comunicação interna

passa a dialogar com motivação, satisfação, clima organizacional e produtividade.

Contudo, o projeto de comunicação interna deve atentar para a cultura

organizacional, uma vez que, a depender desta, as estratégias precisam se adequar,

renovar-se. A comunicação interna deve, portanto, ter relevo nas organizações, pois

na atualidade a comunicação interna transborda cada vez mais seus limites

clássicos para abranger novas finalidades.

Divergindo um pouco das posturas dos outros ramos da comunicação nas

organizações, a comunicação interna não depende exclusiva ou prioritariamente de

profissionais da área de comunicação, mais implica em uma tomada de

responsabilidade por parte de todos os funcionários, de todos os setores, para que a

comunicação se mantenha efetiva. Nas palavras do professor e consultor de

empresas da área de comunicação empresarial, Wilson da Costa Bueno (2009), a

comunicação “é de suma importância em uma organização porque cada pessoa de

uma organização tem um papel a desempenhar na comunicação interna e não só o

“staff” profissional de comunicação”.

“A comunicação interna tem uma função importante, no sentido de fazer circular

informações novas, promover o debate e interação entre vários segmentos da

organização e, sobretudo capacitar funcionários para novos desafios”, defende o

professor Bueno (2009), opinião compartilhada com a professora Margarida Kunsch

(2009), para quem a comunicação interna “deixa de ser uma área periférica e alia-se

aos demais setores, tornando-se assim uma ferramenta imprescindível para a

obtenção de resultados”. Por isso, o processo de comunicação interna precisa ser

valorizado e os canais disponíveis para tal fim (jornais, boletins, intranet, murais,

etc.) utilizados de forma eficaz e atrativa para que cumpram sua missão de atingir

todo o quadro funcional e, quando possível, propiciar a interatividade e ampliação da

comunicação dentro da organização.

As organizações podem contar, como já dissemos anteriormente, com múltiplos

veículos para se comunicarem com seus funcionários. A seguir, estão listadas

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algumas das principais ferramentas e as características que devem ser levadas em

conta na hora de escolhê-las:

Jornal

Em meio aos avanços tecnológicos, o tradicional jornal sobrevive como recurso

eficaz para informar todos os níveis hierárquicos, principalmente aqueles que não

têm acesso aos meios digitais. Para Damante (1999),

[...] o mais difícil é fazer com que a comunicação seja algo institucionalizado dentro da empresa, que ela aconteça entre as pessoas. Ou seja, o chefe receber uma notícia e tomar a iniciativa de dividir o fato com seus subordinados e achar importante reservar tempo para fazer isso. É o grande desafio de comunicação interna: que as pessoas enxerguem sua parte da sua responsabilidade (DAMANTE, 1999, p.18).

Conforme Rafael Sampaio (1995, pg. 93), para a divulgação mais organizada e

elaborada “o jornal representa excelente mídia de caráter local e regional, oferece

grande agilidade para sua utilização e alta credibilidade para os anúncios”. O jornal

tem a função ainda de promover maior entrosamento entre os empregados através

da difusão da informação, cultura, educação e lazer.

Na Publicar Editel, o departamento de RH produz o boletim. Essa publicação, que

não tem periodicidade fixa, é produzida sempre que se faz necessário repassar

informações de forma ágil para toda a empresa.

O papel desse veículo dentro da empresa é de produzir, gradualmente, o

alinhamento capaz de fortalecer a imagem corporativa, haja vista que ele é

consumido no âmbito interno e externo da organização. A intenção é evitar a

ocorrência de situações ou informações dissonantes na comunicação, desde quando

o desafio das organizações têm sido perceber, gerar e reter as informações

necessárias à criação e manutenção da imagem corporativa, servindo de ferramenta

de informação, relacionamento e integração.

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Intranet

A intranet é uma rede organizada de informações, utilizando-se toda a tecnologia da

Internet, com mesmo navegador e protocolos de comunicação. No entanto, este

meio não atende a setores específicos da empresa que terminam sem dominar as

informações e conhecimentos disponibilizados pela organização, em função do ritmo

das atividades destes segmentos.

Com o surgimento das novas tecnologias da informação, como a intranet, houve um

aumento na velocidade e eficácia do acesso das notícias no ambiente interno das

empresas, assim como expandiu fronteiras de mercado, constituindo-se em uma

ferramenta facilitadora da comunicação global entre os colaboradores das

organizações.

A intranet integra os funcionários, divulgando informações de caráter corporativo,

visando reforçar as estratégias de negócio e permitindo que as informações sejam

divulgadas em uma escala mais ampla.

Neste contexto, a intranet possibilita que as informações sejam coletadas de forma

mais rápida e disponibilizadas para todos os membros da instituição. Nela podem

ser agregados os manuais de procedimentos internos, dados sobre o produto ou

serviços, calendários de eventos, banco de dados, entre outros assuntos

importantes para a empresa e seus funcionários. A intranet fornece ainda serviços

de correio como o nyx carvajal e o communication, web, chat, o que agiliza os

processos comunicacionais corporativos entre pessoas e setores da instituição

A intranet Publicar é uma ferramenta representativa, pois tem a possibilidade de

atuar em todos os setores da empresa e junto a públicos mais diversificados.

Principalmente o público comercial que fica ausente da empresa.

A empresa disponibiliza uma quantidade de terminais para que a intranet possa ser

consultada sempre que necessário e possível.

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Mural

Ferramenta de baixo custo, fácil acesso e sem complexidade para interpretação das

informações fornecidas. No mural são disponibilizados, para os funcionários, avisos,

as principais manchetes da imprensa, os lançamentos de produtos e algumas

informações da área de Recursos Humanos. É um dos mais tradicionais meios de

comunicação com os empregados. É utilizado para informar e chamar a atenção

para acontecimentos e eventos.

Para Kunsch (1997), no que diz respeito aos assuntos a serem divulgados para os

funcionários, ela entende que

A primeira constatação que se faz é a necessidade de se considerar o setor de comunicação interna como uma área vital, integrada ao conjunto de políticas, estratégias e objetivos funcionais da organização. É preciso haver total assimilação da idéia por parte da cúpula diretiva, dos profissionais responsáveis pela implantação e dos agentes internos envolvidos (KUNSCH ,1997, p. 128).

Diante de tais considerações cabe às organizações atuar de maneira flexível,

adequando a sua estrutura, sua tecnologia, seu sistema de informação, buscando

sempre novas adaptações perante as mudanças assistidas no mundo

contemporâneo.

A Publicar Editel coloca nos salões de vendas e setores administrativos seus murais.

Ali são postados os resultados obtidos por equipes e outras informações, como as

que objetivam manter o público interno atualizado sobre questões de meio ambiente,

saúde, segurança, desenvolvimento profissional, esportes e variedades. São

disponibilizadas ainda informações de bens e serviços que os trabalhadores querem

comprar e vender, recados entre amigos e datas de aniversário.

Eventos Internos

Para proporcionar uma maior interação entre todos os setores da empresa e dar ao

ambiente uma atmosfera harmoniosa são realizados eventos voltados para o público

interno. De acordo com Meirelles (1999), evento é concebido como

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um instrumento institucional e promocional, utilizado na comunicação dirigida, com a finalidade de criar conceito e estabelecer a imagem de organizações, produtos, serviços, idéias e pessoas, por meio de um acontecimento previamente planejado, a ocorrer em um único espaço de tempo com a aproximação entre os participantes, quer seja física, quer seja por meio de recursos de tecnologia (MEIRELLES, 1999, p. 21).

Desta forma, faz-se necessário que a utilização do evento como forma de

comunicação interna permita a obtenção de resultados positivos em conformidade

com os objetivos, metas, missão e valores da organização.

Esses eventos podem variar de acordo com a realidade e necessidade de cada

organização, podendo promover atividades culturais, artísticas, econômicas,

desportivas, sociais e recreativas.

Para que os colaboradores aceitem os eventos e a mensagem da comunicação

interna, é importante que estes estejam em acordo com as suas expectativas e

necessidades. Se o trabalhador não conhece a organização na qual trabalha, fica

difícil estabelecer metas e passar para os consumidores a imagem que deseja.

Todas as iniciativas se fazem presente para o público comercial, pois têm o objetivo

de promover a maior integração entre os diversos funcionários.

Outras ferramentas

Há ainda a comunicação informal nas organizações que apesar de não serem tão

conceituadas quanto as expostas acima fomenta também a troca de informação,

como é o caso da comunicação face a face, que é a forma de comunicação mais

rica, pois transmite emoção e sentimentos; as ligações telefônicas, e ainda as

reuniões que proporcionam a oportunidade de coordenar várias atividades, estimular

o envolvimento, solicitar novas idéias, motivar grandes níveis de desempenho e

comunicar a cultura corporativa.

Essas conversas informais são consideradas excelente instrumento de

comunicação, desde quando permitem maior descontração aos trabalhadores na

apresentação de opiniões e sugestões.

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O uso eficaz dos meios de comunicação citados proporciona a uniformidade no fluxo

de informações e a criação da identidade organizacional. Portanto, a empresa que

melhor conseguir lidar com a informação, seguramente terá vantagens competitivas

em relação aos concorrentes.

Cabe ressaltar que os indivíduos são peças importantes no processo de

comunicação interna organizacional, visto que são eles que vão receber a

informação e se esta não for compreendida ela não poderá gerar um conhecimento.

A informação representa o dado interpretado, contextualizado e compreendida por

todos.

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9. Metodologia

Para investigar o retorno da comunicação interna da Empresa Publicar Editel

regional Bahia, especificamente o setor comercial, foi realizado um estudo de caso

que de acordo com Yin (2001, p. 32) “é uma inquirição empírica que investiga um

fenômeno contemporâneo dentro de um contexto da vida real, onde múltiplas fontes

de evidência são utilizadas”. Na opinião de Márcia Yukiko (2005), o estudo de caso é

o método que contribui para a compreensão dos fenômenos sociais complexos,

sejam individuais, organizacionais, sociais ou políticos. De acordo com a autora, é o

estudo das peculiaridades, das diferenças daquilo que o torna único e por essa

mesma razão o distingue ou o aproxima dos demais fenômenos.

Ainda como método de investigação optou-se pela pesquisa bibliográfica, que

através do estudo de materiais publicados em livros, revistas, meios eletrônicos,

enfim, materiais disponíveis e relevantes, permitiu a construção do referencial

teórico. Ainda quanto aos meios de investigação utilizou-se a pesquisa de campo

que, para Vergara (2004), é a investigação empírica realizada no local onde ocorre

ou ocorreu um fenômeno ou que dispõe de elementos para explicá-lo.

Foi realizada a pesquisa no dia 20 de setembro a 20 de outubro de 2009 com os

funcionários do setor comercial utilizando-se o método quantitativo. Esse método é

utilizado quando se deseja entender a extensão – estatisticamente falando – do

objeto de estudo, do ponto de vista do público pesquisado. Aplica-se nos casos em

que se busca identificar o grau de conhecimento, as opiniões, impressões, seus

hábitos, comportamentos seja em relação a um produto, sua comunicação, serviço

ou instituição. Ou seja, o método quantitativo oferece informações de natureza mais

objetiva e aparente. Seus resultados podem refletir as ocorrências de mercado,

como um todo, ou de seus segmentos, de acordo com a amostra com a qual se

trabalha. No presente trabalho, foi retirada uma amostra não probabilística por

conveniência, distribuída na sede da empresa, na qual 40 funcionários do setor

comercial foram entrevistados, o que representa 44% da amostra total da empresa.

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Para a coleta de dados, foi utilizado o questionário que, para McDaniel (2003, p.

322) é um conjunto de perguntas destinadas a gerar dados necessários para atingir

os objetivos de um projeto de pesquisa, conseguindo desta maneira padronização e

uniformidade no processo de coleta de dados, ou ainda de acordo com Malhotra

(2001, p. 274) é o conjunto formal de perguntas cujo objetivo é obter informações

dos entrevistados.

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9.1 Apresentação da análise dos dados

Aqui são apresentados os resultados das pesquisas realizadas no Período de

setembro de 2009 a outubro de 2009 na Publicar Editel, com quarenta entrevistados

da área comercial com tempo de empresa que varia de um a 20 anos. Os

funcionários entrevistados foram escolhidos por serem colaboradores da empresa,

além de integrarem a área que gera sua sustentabilidade.

Em relação ao sexo, dos 40 funcionários entrevistados 18 são do sexo feminino, e

22 do sexo masculino.

A percepção dos funcionários, quanto à comunicação interna da empresa, indica

que, para 25 deles é eficiente, enquanto 14 acham pouco eficiente. Não obtendo

avaliação negativa.

Na avaliação final dos resultados da pesquisa realizada nota-se que a empresa tem

uma preocupação com a sua comunicação interna. Isso se mostra nos diversos

veículos de comunicação e periodicidades diferenciadas. 26% dos entrevistados

afirmaram-se sentirem informados. Além disso, todos os entrevistados se põem

condizentes com alguma das ferramentas disponibilizada pela empresa. Na

percepção do grupo de alguma forma todos são informados, consideram que a área

de comunicação se preocupa em atender as necessidades e expectativas de

informações necessárias, já que do público total 26% informam que os veículos de

comunicação chegam a suas mãos e 14% dizem que às vezes.

Vale ressaltar, que a comunicação organizacional tem grande participação dos

funcionários, prova disso é que quando questionados sobre a quantidade de

informações, a maioria diz que a empresa sempre informa sobre tudo o que

acontece na organização o que garante a atualização do trabalhador (25%).

Ainda de acordo com os resultados encontrados os funcionários têm fácil acesso,

mas poderia existir meios mais eficazes e simples para o público se manter

atualizado. O veiculo de maior acesso é a intranet, como comprova 100% de

respostas à consulta. A reunião, por ser uma ação de interação e interrelação e

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também por ser obrigação tem um alto índice de aceitabilidade, seguida pelo mural

que aparece como um dos veículos mais consultados e considerado eficaz pelos

funcionários da Publicar Editel, ou seja, 24% dos entrevistados afirmam que esse é

o veículo mais simples e consultado.

A crítica maior se dá em relação à rapidez na divulgação das informações e

facilidade de acessibilidade. Para sanar esta dificuldade, muitos opinaram pela

utilização de outros meios ou ações que o setor de comunicação poderia adotar para

melhorar a comunicação interna, principalmente de modo a atingir o contingente de

funcionários que constantemente atua fora da empresa.

Essa pesquisa revelou um panorama geral da percepção dos funcionários do setor

comercial. Ficou explícita a satisfação dos mesmos, porém é preciso ressaltar que

há uma necessidade de fazer ajustes, já que a empresa é geradora de informação

nos multimeios (recursos em alta tecnologia).

Nos gráficos a seguir, são apresentadas as impressões coletadas através do

questionário aplicado junto ao público alvo.

1. Você recebe informações suficientes para exercer sua função?

Tabela 1

Legenda Amostra %

As vezes 13 32%

Não recebo 0 0%

Recebo pouca 7 18%

Recebo muita 20 50%

TOTAL 40 100%

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Comentário:

Há eficiência nas informações para exercer a função. A eficiência é vista como fator

positivo e necessário para o bom andamento da empresa.

2. Qual sua opinião sobre a comunicação interna da empresa

Tabela 2

Legenda Amostra %

eficiente 26 65%

Muito eficiente 0 0%

Pouco eficiente 14 35%

ineficiente 0 0%

TOTAL 40 100%

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Comentário:

A comunicação interna para a maioria é eficiente .

3. A Empresa mantém o funcionário informado sobre tudo o que acontece

na organização?

Tabela 3

Legenda Amostra %

As vezes 15 37%

Sempre Informa 25 63%

Nunca Informa 0 0%

TOTAL 40 100%

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Comentário:

A empresa sempre informa bem, de acordo com a maioria do seu público interno, o

que garante a atualização do trabalhador em relação aos interesses da empresa as

suas necessidades quanto à agilidade de resposta para o mercado.

4. Enquanto colaborador da empresa, você conhece qual a missão, visão e valores da organização?

Tabela 4

Legenda Amostra %

Não conheço 0 0%

Conheço em parte 9 22%

Conheço muito 0 0%

Conheço 31 78%

TOTAL 40 100%

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Comentário:

Pelo total que assimila este conteúdo, conforme a questão apresentada, pode-se

dizer que a informação/comunicação da empresa é eficiente. Pois, como preconiza

Blikstein (2000), a comunicação é eficaz se gera uma resposta. Isto é confirmado

neste caso. Onde a maioria assimila missão, visão e valores da empresa. Apenas

nove dos 40 conhece em parte.

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5. Quais os veículos utilizados pela organização?

• Tabela 5

Legenda Amostra %

Intranet 40 24%

Jornal 24 15%

Boletins 11 7%

Outros 2 1%

TV 9 5%

Reunião 26 16%

Revista 8 5%

Folheto 6 4%

Mural 24 15%

Vídeos 14 8%

TOTAL 40 100,00%

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Comentário:

Os recursos da Internet, a exemplo de rede Intranet, são muito bem utilizados pela

Publicar Editel, conforme mostra o quatro acima. No entanto, o processo de

informação interna vai além disto, usando outros recursos, inclusive a interrelação

(reunião) e o mural, bastante consultado pelos funcionários. Não que a comunicação

da empresa seja 100% eficaz, porém apara alguns deveriam existir meios mais

simples, para manter o público atualizado; como sugere uma parcela dos

entrevistados.

6. Os veículos de comunicação chegam à mão de todos?

Tabela 6

Comentário:

Legenda Amostra %

Às vezes 14 35%

Sempre chega 26 65%

Nunca chega 0 0%

TOTAL 40 100%

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De alguma forma todos são informados, ainda que 14 dos entrevistados

argumentem que os meios de informação não cheguem sempre às suas mãos

7. Você acha que a comunicação Interna da Empresa é eficaz?

Tabela 7

Comentário:

A maioria dos entrevistados acredita que deixa a desejar. É direcionada de forma

personalizada para cada um, sendo pulverizada através de várias mídias sem

observar o perfil individual do destinatário. Há quem defenda que deveria receber a

informação só por email, outros via mensagem de celular, por exemplo.

Legenda Amostra %

Ás vezes 21 52%

Sempre 19 48%

Nunca 0 0%

TOTAL 40 100%

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10. CONSIDERAÇÕES FINAIS

É evidente que as empresas precisam ser dinâmicas, estar abertas a novas

estratégias, ter e criar altas expectativas, e estar apta a responder às exigências de

mudança que agem em um fluxo contínuo. As empresas não são feitas apenas para

a comunidade onde estão inseridas, mas para o mundo, ou seja, passaram a ter

uma participação global que exige o aperfeiçoamento constante a fim de poderem

continuar competitivas e participar do mercado globalizado. Para isso, precisam

aceitar o processo de constantes mudanças ao qual são submetidas e isso envolve

mudanças na cultura, nos seus valores e é por isso que põe a comunicação em uma

posição estratégica na organização.

O modelo patriarcal antigo funcionava quando a informação se concentrava nas

mãos de poucos, mas hoje com o recurso da Internet e as novas tecnologias dão a

qualquer pessoa acesso a uma base mundial de conhecimento. Com isso os

modelos arcaicos de informação se tornaram pirâmides empoeiradas do passado:

interessantes mais inertes. O que antes eram considerados fatores de sucesso que

levaram a empresa a se inserir em um mercado concorrente e a uma posição

distinta de qualidade total, tais como a qualidade no processo e a qualidade dos

recursos humanos, não são mais consideradas posições de destaque. Hoje o que

diferencia uma empresa é a qualidade adotada no relacionamento com seus

públicos, a saber, os stakeholds – funcionários, consumidores, clientes,

fornecedores, lideranças comunitárias, formadores de opinião, governo,

funcionários, imprensa. Esse tipo de relacionamento é para que a empresa possa

conquistar outro tipo de certificado, que é o da aceitação pública, dessa forma a

organização estará construindo uma identidade forte, uma imagem que não se abala

por crises e o mais importante é que a marca será mais reconhecida. Nesse sentido,

percebemos a sobrevivência da empresa com a evolução, mostrando habilidades

em competir em um mercado global onde a única maneira de continuar viva é

através da inovação, de assimilar as mudanças e a constante adaptação ao

ambiente na qual se faz presente.

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A adaptação, a forma mais primária de inovação, é utilizada desde o começo da

história humana, como um meio de progredir e evoluir para o ser humano e suas

instituições. Portanto devido à velocidade cada vez maior da economia moderna, a

competitividade e a sobrevivência ao longo prazo das organizações dependem cada

vez mais da sua atuação no processo de mudar para se colocar à frente dos

concorrentes.

A gestão de mudanças não pode cuidar apenas de tecnologia, ingredientes ou

equipamentos, e nem cuidar de custos de mercado. Abrange toda a gestão da

inteligência, ampliando e atualizando os funcionários através da ação prática da

comunicação interna, responsável pela ampliação, atualização das informações de

modo a conduzir ao conhecimento capaz de contribuir ou se constituir em

instrumento de fortalecimento e competitividade da empresa.

Pelo estudo feito pode-se concluir que a empresa objeto desta avaliação busca

diferencial de mercado, tendo em vista que se mostra preocupada com a

comunidade na qual está inserida, oportunizando o gerenciamento de informações,

conteúdo e publicidade direcional em múltiplos meios para seus clientes. A empresa

está engajada com o foco de se tornar perene utilizando estratégias de inovação,

movimentando a dimensão dos processos, pessoas e das tecnologias. Dentro dessa

visão considera que a empresa se adapta com facilidade às necessidades das

dimensões competitivas e a utilização de uma comunicação eficaz com público

interno e externo gera grandes mudanças.

Com os resultados obtidos na pesquisa pode-se concluir que a comunicação interna

tem sido eficaz, embora seja necessário alguns ajustes na atualização de seus

canais de comunicação interna, principalmente nos meios que se referem à rapidez.

E, em uma perspectiva crítica, efetivar um projeto moderno para a comunicação.

Uma vez que, como exposto, a comunicação interna é uma aliada estratégica e um

dos grandes paradigmas da atualidade vale ressaltar que esse resultado reflete o

trabalho que tem sido desenvolvido pelo setor de comunicação da empresa

pesquisada, pois tem assumido de fato a comunicação empresarial do século 21,

sem improvisações e amadorismo. Como instrumento de inteligência empresarial,

este setor vem sendo coordenado e praticado por especialistas, já que é notório que

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uma comunicação consistente requer planejamento, pesquisa, espírito crítico,

talento, criatividade e inovação.

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REFERÊNCIAS

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BLIKSTEIN, I. O discurso das corporações está impregnado de estereótipos.

Disponivel http://www.nosnacomunicacao.com/panorama_interna.asp?Panorama=

253&tipo=E. Acessado em 25.nov 2009.

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Paulo: Manole, 2000.

CESCA, C. G. G.. Cultura Organizacional. In: Comunicação Dirigida escrita na empresa:

Teoria e prática. São Paulo: Summus Editorial, 2007.

CORRADO, F. M. A força da comunicação: quem não se comunica... .São Paulo: Makron

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CURVELLO, J. J. A. Comunicação interna e cultura organizacional. São Paulo:

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ETZIONI, A. Organizações modernas. 8ª ed. São Paulo: Pioneira, 1989.

FERNANDEZ,Miguel. Introducíon a la gestión. Valencia, Universidade Politécnica de

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Janeiro: Prentice-Hall, 1984.

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KUNSCH, M. M. K. Comunicação Interna. In: KUNSCH, M. M. K.. Planejamento de

relações públicas na comunicação integrada. São Paulo: Summus, 2003.

KUNSCH, M. M. K. Relações públicas comunitárias: a comunicação numa perspectiva

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KUNSCH, M. M. K. Relações públicas e modernidade: novos paradigmas na comunicação

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LITTLEJOHN, Stephen W. Fundamentos teóricos da comunicação humana. In KUNSCH, M.

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Comunicação: tecnologia e identidade. São Paulo: Mauad x., 2007.

LOPES FILHO, B. B.. O lugar do assessor de impressa na midiosfera. São Paulo:

Mauad X, 2007.

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MALHOTRA, N. K. Pesquisa de marketing: uma orientação aplicada. 3ª ed. Porto

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MATOS, G. G. de. Mas o que é estratégia de comunicação interna? In: MATOS, G. G. de.

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MEIRELES, Gilda F. Tudo sobre eventos. São Paulo:STS, 1990.

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PINHEIRO, M. de A. Comunicação, consumo, produção de si. In: COUTINHO, I.

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SAMPAIO, Rafael. Propaganda de A a Z: como usar a propaganda para construir marcas e

empresas de sucesso. Rio de Janeiro: Campus,1995.

SIMON, H. A. Comportamento administratvo. 2ª. Edição.Trad. de Aloízio Loureiro Pinto.

Rio de Janeiro: FGV,1970.

THAYER, L. Comunicação: fundamentos e sistemas na organização, na administração, nas

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TORQUATO, G. Comunicação empresarial, comunicação institucional: conceitos,

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VERGARA, S. C. Projetos e Relatórios de Pesquisa em Administração. 5 ed. São Paulo:

Atlas, 2004.

YIN, Robert K. Estudo de caso – planejamento e métodos. 2ª. Ed. Porto Alegre: Brookman,

2001.

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ANEXOS

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ANEXO A

QUESTIONÁRIO APLICADO AOS CLIENTES INTERNOS

Prezado (a) Colaborador (a)

Esta pesquisa tem um intuito acadêmico, a fim de subsidiar o projeto de pesquisa de

graduação em Jornalismo pela Faculdade Dois de Julho. As informações coletadas

são confidenciais, e sua divulgação será feita de modo a não permitir a identificação

de nenhum funcionário. Sua colaboração e de extrema importância para realização e

êxito desse trabalho.

1 . Qual o seu sexo?

( ) Masculino ( ) Feminino

2 . Qual sua idade?

( ) de 18 a 25 ( ) de 33 a 40

( ) de 26 a 32 ( ) acima de 40 anos

3 . Qual sua renda mensal?

( ) de 1 a 3 Salários Mínimos ( ) de 7 a 10 Salários Mínimos

( ) de 4 a 6 Salários Mínimos ( ) acima de 10 Salários Mínimos

4 . Qual seu grau de Escolaridade?

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( ) Ensino Fundamental ( ) Ensino Médio

( ) Ensino Superior Incompleto ( ) Ensino Superior Completo

( ) Pós – Graduação

5 . Você recebe informações suficientes para exercer sua função?

( ) às vezes recebo ( ) recebo pouca informação

( ) não recebo informações ( ) recebo muita informações

6 . Qual sua opinião a respeito da comunicação interna da empresa?

( ) muito eficiente ( ) pouco eficiente

( ) eficiente ( ) ineficiente

7 . Enquanto o colaborador da empresa, você conhece qual a missão, visão e

valores da organização?

( ) não conheço ( ) conheço muito

( ) conheço em parte ( ) conheço

8 . Você se sente preparado para exercer sua função?

( ) sinto-me pouco preparado ( ) sinto-me muito preparado

( ) não me sinto preparado ( ) sinto-me relativamente preparado

9 . Os funcionários são valorizados pelos resultados alcançados?

( ) são muito valorizados ( ) não são valorizados

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( ) são pouco valorizados ( ) não sabe responder

10 . Você conhece todos os colaboradores da empresa?

( ) conheço todas as pessoas ( ) somente os do meu setor

( ) conheço poucas pessoas ( ) somente as do meu turno

11 . Você conhece os pontos fracos e fortes da empresa?

( ) conheço alguns ( ) somente os do meu setor

( ) conheço todos ( ) não conheço

12 . Você se sente motivado p/satisfazer o cliente externo da empresa ?

( ) sinto-me pouco motivado ( ) sinto-me muito motivado

( ) não me sinto motivado ( ) sinto-me motivado

13 . Sua opinião e criatividade são valorizadas pela empresa?

( ) são pouco valorizadas ( ) são muito valorizadas

( ) às vezes são valorizadas ( ) não tenho liberdade p/opinar ou criar

14 . A empresa desenvolve treinamento especifico na sua área de trabalho?

( ) às vezes ( ) nunca desenvolve

( ) sempre desenvolve

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15 . A empresa mantém o funcionário informado sobre tudo o que acontece na

organização

( ) às vezes ( ) nunca informa

( ) sempre informa

16 . A empresa desperta nos colaboradores o interesse pelos negócios da

empresa e mantem informados sobre todos os passos e caminhos seguidos

pela organização?

( ) às vezes ( ) nunca desperta e informa

( ) sempre desperta e informa

17 .Quais são os veículos de comunicação utilizados pela organização?

( ) intranet ( ) tv ( ) folhetos

( ) jornal ( ) reunião ( ) mural

( ) boletins ( ) revista ( ) vídeos

( ) outros. Quais?

18 . A empresa desperta nos colaboradores o interesse pelos negócios da

empresa e mantém informados sobre todos os passos e caminhos seguidos

pela organização?

( ) às vezes ( ) nunca desperta e informa

( ) sempre desperta e informa

19 . Os veículos de comunicação chega à mão de todos?

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( ) às vezes ( ) nunca chega

( ) sempre chega

20 . Você acha que a comunicação interna na empresa é eficaz?

( ) às vezes ( ) nunca

( ) sempre

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ANEXO B

Portal na internet

Boletins

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Informativo

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80

Jornal