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Trauma Músculoesquelético Carlos Alberto Souza Macedo Prof. Depto. Cirurgia FAMED-UFRGS Chefe do Serviço de Traumatologia HCPA

Carlos Alberto Souza Macedo Prof. Depto. Cirurgia FAMED-UFRGS Chefe do Serviço de Traumatologia HCPA

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Trauma Musculo-Esqueltico

Trauma MsculoesquelticoCarlos Alberto Souza MacedoProf. Depto. Cirurgia FAMED-UFRGSChefe do Servio de Traumatologia HCPA 1

2Introduo10-15 % apresentam risco vida ou a um membroSangramentos importantesSndromes de compartimentosEmbolias gordurosasInsuficincia renal, esmagamentos

3Vital Signs de estabilizao Os sinais vitais so os melhores indicadores para avaliar o estado geral do paciente so: pulso, freqncia cardaca, presso arterial e temperatura, e outros so vermelhido, estado dos olhos, de movimento, dor e estado de conscincia. Pulso e freqncia cardaca: ritmo cardaco de 60 a 80 min. em adultos e crianas de 80 a 100, um pulso rpido e fraco, em um paciente est com medo ou em choque, no significa a morte ou parada cardaca.

Sinais Vitais O sinais vitais so os melhores indicadores na avaliao do estado geral do paciente; pulso, freqncia cardaca, presso arterial, temperatura .

Outros como; colorao da pele, pupilas, movimentos, dor e estado de conscincia.

O ritmo cardaco de 60 a 80 min. em adultos e crianas de 80 a 100. Pulso rpido e fraco, paciente assustado ou em choque, ausente significa parada cardaca ou morte.

Massagem Cardaca

Paciente em decbito dorsal em superfcie dura Mos sobre o esterno e presso vertical enrgica No adulto repetir esta manobra 15x aps 3 resp. Nas crianas uma s mo, nos RN com 2 dedos

Preocupaes ImediatasHemorragias devem ser controladasFmur: pode sangrar 3 a 4 unidadesAbdomen: Leses visceraisPelve : hematoma de retroperitnioReposio com fludos agressiva

6Aes Imediatas

Atitudes diante do traumatizado.

Identificar e assumir a seu posto Comunicaes imediatas entre os servios mdicos. Posio do paciente para evitar outros danos. Avaliao do estado geral do paciente. Verificao dos sinais vitais e nvel de conscincia. Localizao das leses Manejo de acordo com as condies e gravidade.

Avaliao posteriorHistriaExame FsicoExame Radiogrfico

8Avaliao...Histria

Mecanismo de TraumaAmbienteEstado pr-trauma

9Avaliao... Exame fsico

Identificar as leses. Que pe em risco a vida O membroNo evidentes

10Avaliao... Exame fsico

Olhar - pelePalpar - funoAvaliar - circulao

11Avaliao...Exame fsico - condies da pele

Cor e perfusoPresena de edema, hematomas Existncia de deformidadesPresena de ferimentos, Abrases, esmagamentos

12Avaliao... Exame fsico condio neuromuscular

Palpar: trax, bacia e colunaPontos dolorososSensibilidade e fora muscularMobilidade anormal

13Avaliao... Exame fsico - condio circulatria

Pulsos distais das extremidadesEnchimento capilarPerda de sensibilidade em luva ou em meiaDiscrepncia entre sinais (pulsos, palidez )Ferimentos prximos a artriasHematomas em expanso e pulstil

14Avaliao... Exame Radiogrfico 2 inc.mnimas

Paciente hemodinamicamente estvelFratura com alguma imobilizaoSem risco iminente de lesar vaso ou pele reas com hiperestesia e/ou deformidadeOutras Tcnicas

15Leses de potencialidade letal Fraturas plvicas graves com hemorragia Hemorragia arterial grave Sndrome de Esmagamento

Leses de potencialidade letal Fraturas plvicas graves

LesoRuptura do complexo steo-ligamentar posteriorRompe o plexo venoso plvicoEventualmente, lesa sistema arterial ilaco

17Leses de potencialidade letalFraturas plvicas graves

AvaliaoHipotenso sem explicaoEdema progressivo, escoriaes e hematomaFlancoEscrotoRegio perianal

Leses de potencialidade letal Fraturas plvicas graves

TratamentoReposio das perdas Controle de sangramentoTraoManuteno da pelve fechadaEstabilizao c/ fixador externo

Leses de potencialidade letalHemorragia arterial grave

LesoFerimento penetrantesFraturas ou luxaes prximas s artrias

Leses de potencialidade letal Hemorragia arterial grave

AvaliaoPesquisa de sangramentos externosDesaparecimento ou modificao de pulsosExtremidade fria, plida e sem pulsosHematoma em rpida expansoAlteraes do Doppler

Leses de potencialidade letal Hemorragia arterial grave

TratamentoAvaliao de um cirurgioControle da hemorragiaCompressoGarrote pneumtico (uso criterioso)No usar pinas hemostticas em ferimentosReanimaoReposio agressiva com solues salinasArteriografia somente aps a reanimaoLeses de potencialidade letal Sndrome de Esmagamento (Rabdomilise Traumtica)LesoLeses musculares que levam a insuficincia renal agudaLiberao de mioglobinas

23Leses de potencialidade letal Sndrome de Esmagamento

AvaliaoUrina escuraResultado positivo para teste de HbTestar especificamente mioglobinasHipovolemia, acidose metablicaHipercalemia, HipocalcemiaCoagulao intravascular disseminadaLeses de potencialidade letal Sndrome de Esmagamento

TratamentoAdministrao de sol. salinas durante a reanimaoAlcalinizao da urina com bicarbonato de sdioManter dbito urinrio em nveis de 100mL/hora at fim da hemoglobinriaLeses restritas extremidade Leses neurolgicas por fratura e/ou luxaoFraturas expostas e leses articulares Leses vasculares, c/s amputao traumtica Sndrome compartimental

Que Fazer?

Evitar movimentos do segmento lesado Discreta trao linear Imobilizao possvel??? Ventilao, hemorragia e choque, tem prioridade. Alivio da dor Comunicao mdica

Leses restritas extremidade Leso neurolgica por fratura e/ou luxao

LesoCompresso citico na luxao posterior quadrilCompresso axilar luxao anterior ombro

Leses restritas extremidade Leso neurolgica por fratura ou luxao

AvaliaoExame minucioso do sistema neurolgicoDoente precisa colaborarFuno motora e sensitiva de cada nervo perifricoRepetir a avaliao em intervalos regularesDocumentar dados seqenciais

Leses restritas extremidadeLeso neurolgica por fratura ou luxao

TratamentoImobilizar na posio antlgica possvelSe houver mdico habilitado, tentar reduo cuidadosaReavaliar a funo neurolgica

Leses restritas extremidadeFraturas expostas e leses articulares

LesoComunicao entre o meio ambiente e ossoGrau de leso proporcional energiaAlta possibilidade de infectar

Leses restritas extremidadeFraturas expostas e leses articulares

AvaliaoFerimento e fratura associadafase pr-hospitalar : curativo estrilNo utilizar pinas para avaliar a profundidadeAtentar para ferimentos articulares

Leses restritas extremidadeFraturas expostas e leses articulares.

TratamentoImobilizao apropriadaDesbridamento cirrgicoEstabilizao das fraturasProfilaxia da infeco

Leses restritas extremidade Leses vasculares s/ amputao traumtica.

Histria e avaliao Insuficincia vascularCirculao colateralLeso parcial

Leses restritas extremidade Leses vasculares s/amputao traumtica.

TratamentoUrgnciaMsculo necrose em 6 horasNervos so muito sensveisNo retardar a revascularizaolAvaliar pulsos depois de imobilizaes

Leses restritas extremidade Leses vasculares, c/ amputao traumtica

TratamentoReviso da amputao traumticaAntes do reimplante avaliar as condies gerais do paciente.Reimplante indicado em leses isoladasAmputao de membro invivel pode salvar a vida

Leses restritas extremidade Leses vasculares, c/amputao traumtica

TratamentoMembro amputado deve ser lavado com soluo isotnicaEnvolto em gaze estril embebida em soluo aquosa de penicilinaCobertura estril umedecida da mesma maneiraColocar em saco plsticoCaixa isopor com gelo picado

Leses restritas extremidadeSndrome Compartimental

LesoRelao continente / contedo alteradaFascia externa inelsticaPresso do espao steo-fascial Isquemia e subseqente necroseContratura isqumica de Volkmann

38Leses restritas extremidade Sndrome Compartimental

Avaliao ISituaes de riscoFraturas de tbia e antebraoLeses + aparelhos gessados ou curativos apertadosLeses com esmagamento importante de msculoCompresso externa prolongada da extremidadeAumento de capilaridade ps reperfuso muscularQueimadurasExerccio excessivoLeses restritas extremidade Sndrome Compartimental

Avaliao IISinais e sintomasDor intensa que aumenta com estiramento do msculoParestesia na regio do nervo associadoPerda de sensibilidade ou funo na regio do nervoEdema tensoO pulso pode estar palpvelAusncia de pulso e paralisia so sinais tardios40Leses restritas extremidade Sndrome Compartimental

Avaliao IIISinais e sintomasNo confiar em pulso ou tempo de enchimento capilarNa suspeita medir a presso intra-compartimentalP > 35-45 mm Hg pode haver isquemiaQuanto menor a sistlica, menor a presso intra-compartimental necessria para isquemiaIndicada em todos os pacientes que apresentam alterao aos estmulos lgicos

Leses restritas extremidade Sndrome Compartimental

TratamentoRemover todos os curativos e aparelhos gessadosMonitorar e avaliar nos prximos 30 - 60 minutosSe no houver melhora significativa: fasciotomiaO retardo pode levar a mioglobinria e perda permanente de funo.

42O Que No Fazer!

. No identificar seu posto Tentar fazer o que no sabe. Mobilizar sem adequada imobilizao Manipular as feridas sem proteo. Abandonar o traumatizado