Upload
others
View
1
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
Meteorologia com Radar
ACA 0412
Carlos Augusto Morales
sala 322
Tel: 3091-2711
material do curso: http://www.storm-t.iag.usp.br/pub/ACA0412
Aulas Teóricas : Sala P220
Aulas Práticas/Laboratório : Sala P114
ou Sala Sinótica (P117)
usuários: curso4
senha: curso4
Conteúdo do Curso
História do Radar
Tipos e Instrumentos
Revisão de Ondas Eletromagnéticas e Propagação de Ondas
Equação do Radar
Espalhamento Rayleigh e Mie
Relação Z-R e estimativa de Precipitação
Atenuação
Velocidade Doppler
Polarimetria e estimativa de Precipitação
Previsão de Curtíssimo Prazo
TRMM, CloudSat e GPM
Operação de Radares Meteorológicos
Aulas de Laboratório
- Linux e IDL
- Ler dados de radar, fazer navegação e plotar os
dados de radar
- Interpretar dados de radar simples e polarimétrico
- Fazer correção de atenuação de chuva
- Fazer estimava de precipitação
- Fazer cortes transversais e analisar perfil vertical da
chuva.
- Identificar tipos de hidrometeoros
Avaliação Nota Final = (Média das Lista + Trabalho/Monografia)/2
Listas de Exercício:
Média das Listas de exercício e dos Exercícios de Laboratório
As Listas de exercício serão distribuídas ao longo do curso. O prazo de entrega será de uma semana a partir da distribuição da mesma. No caso de atraso, haverá um desconto de 10% da nota para cada dia não entregue. Exercícios de laboratório serão distribuídos durante as aulas práticas para que os mesmos sejam entregues no final da aula. A nota é válida somente para os alunos presentes.
Trabalho/Monografia: Ao final do curso (25 de Junho de 2020), cada aluno irá apresentar um seminário (15 min) e entregar uma monografia/trabalho que poderá versar sobre análise dos dados, revisão bibliográfica, estudo de casos, desenvolvimento de software e etc. Os temas serão distribuídos e definidos em sala de Aula e o tópico será definido até dia 16 de Abril de 2020. Caso ocorra plágio o aluno estará reprovado automaticamente.
Referências Bibliográfica Battan (1973) Radar Observation of the Atmosphere
Doviak and Zrnic (1984, 1993) Doppler Radar and Weather Observations,
Academic Press, Second Edition
Bringi and Chandrasekar (2001) Polarimetric Doppler Weather Radar,
Cambridge Press
Ronald E. Rinehart, 3rd Edition (1997), Radar for Meteorologists
http://gnuplot.sourceforge.net
e
IDL: http://www.dfanning.com/ ou
http://www.exelisvis.com/Support.aspx
IDL – Free - http://gnudatalanguage.sourceforge.net
Lab. Didático
Username: curso4
Senha: curso4
Diretório: /home/curso4-share/Radar_2020/Aluno
Referências Computacionais
Radar Radio Detection and Ranging
Arte de detectar objetos através dos ecos
de ondas de rádio e assim determinar a sua
direção e alcance, além de reconhecer as
suas características
O termo objeto significa qualquer alvo
suspenso na atmosfera que retorna uma
potência detectável no receptor. No nosso
caso, os alvos são os hidrometeoros
(gotículas de nuvem, gotas de chuva,
cristais e pedras de gelo).
Sensoriamento Remoto
Ativo
Radar
Passivo
Radiômetro
Algumas aplicações na área de Meteorologia
• Estimativa de precipitação – Principal • Previsão de enchentes e alagamentos • Identificação de tempo severo • Detalhamento da estrutura 3D da precipitação •Medidas de vento – Horizontal e Vertical •Detecção de turbulência e cisalhamento •Previsão de curtíssimo prazo •Detecção de granizo e gelo para aviões e tempo severo •Classificaçãodos dos hidrometeoros •Identificação das regiões de derretimento de gelo •Detecção de meso-ciclones, tornados e downburst •Assimilação de dados •Hidrológicas – Modelo chuva-vazão e enchentes
Um breve relato da história •Christian Hulsmeyer (1904) desenvolveu um instrumento que detectava a presença de navios.
Durante um experimento de comunicação
montado às margens do rio Potomac nos
Estados Unidos, sinais de rádio eram
transmitidos de uma margem a outra.
Entretanto quando navios passavam entre o
caminho descrito pelas duas torres
(transmissão e recepção) foram observadas
flutuações de intensidade no sinal da
recepção.
• Em 1917, Tesla projeta um gerador de frequência e potência que é o princípio de um radar. Neste época ele também esboça o conceito de um radar primitivo que poderia rastrear embarcações
• “...by their [standing electromagnetic short
waves] use we may produce at will, from a
sending station, an electrical effect in any
particular region of the globe; [with which] we
may determine the relative position or course of a
moving object, such as a vessel at sea, the distance
traversed by the same, or its speed".
• Na década de 1930, o primeiro radar pulsado (distância) foi desenvolvido por pesquisadores Britânicos, Alemães, Franceses e Americanos com o objetivo de aprimorar o Sistema de defesa.
• Em 1935 o governo Britânico solicita ao
Físico Escocês Robert Watson-Watt
que fizesse o “raio da morte”, pois os
Nazistas já faziam propaganda que
dispunham de um.
• Em 1940, Robert Watson-Wat com a
ajuda de John Randall e Henry Boot da
Universidade de Birmingham inventam
a válvula de potência Magnetron.
• Está válvula produzia pulsos de ondas
de rádio que permitiam a detecção de
aviões inimigos da RAF
• Em 20-Fevereiro-1941 um radar de 10-cm (banda S) rastreia nuvens de chuva, porém o Laboratório de radiação do MIT já tinha feito observações similares no começo de 1940.
• Ryde (1941) também já havia previsto tal possibilidade de detecção.
• Em 1943, O MIT começa a treinar os meteorologistas da U.S. Air Force no uso de um radar meteorológico.
• 1943 – Primeiro radar meteorológico operacional é instalado no Panamá
• Basicamente a área de meteorologia por radar nasceu durante a II Gerra Mundial
Avanços 1940-50 desenvolvimento da técnica Doppler.
Ela é utilizada para medir a velocidade de
propagação dos alvos em relação ao radar
(velocidade radial);
Década de 1950 - Por causa dos Furacões
Carol e Edna, o Instituto de Meteorologia dos
EUA solicita a implantação de uma rede de
radares meteorológicos.
Em 1958 a Raytheon inicia a produção de 31
WSR 57 (Weather Surveillance Radar -
Banda S)
Entre 1976-1981 a EEC atualiza os radares
para a versão WSR 74C
Avanços 1970-80 estudos teóricos revelam que a
polarimetria poderia ser empregada para a
identificar granizo e estimar a precipitação com
melhor acurácia; Seliga e Bringi (1976)
1978 Universidade de Chicago e o Instituto de
pesquisas hídricas de Illinois desenvolvem o 1º
radar Polarimétrico: CHILL Radar
Na Década de 1980 a sociedade americana de
meteorologia (AMS) de Radar recomenda o
desenvolvimento de radares polarimétricos pela
industria Americana para serem implantados em
20 anos.
1990 o CHILL é transferido para a CSU
Avanços Na década de 1990 é implementado o Next Generation
Radar – NEXRAD, onde 131 WSR-88D radares Doppler
são instalados nos EUA
Em novembro de 1997 é lançado o primeiro radar
meteorológico em um Satélite (TRMM-PR)
A partir de 2010 os WSR-88D são atualizados para
incorporarem dupla polarização e atualmente existem 158
radares SPOL instalados.
No 36º Congresso de Radar da AMS-2013 (Breckenridge-
CO) foi definido a implantação de radares Banda X Phase
Array para serem instalados a partir de 2023. Mais tarde
criaram o Radar Innovations Lab junto a Univ. Oklahoma
para desenvolver novas tecnologias de radar
Em Fevereiro de 2014 é lançado o segundo radar
meteorológico em um satélite (GPM-DPR), mas agora
com dupla frequência.
No Brasil
1974 - 1º radar meteorológico foi
instalado no IPMet/UNESP Bauru
1974-1979 - Radar Banda-C da EEC
Analógico e com câmera fotográfica
1979-1992 – O radar é atualizado com sistema digital
1985 – Jan-Junho - Radar Banda C é instalado
em Petrolina – Pernambuco pelo IEA/CTA. Foi
utilizado para avaliar o campo de chuva no semi-
árido do NEB.
1987 – A cooperativa de agricultores de
Fraiburgo (SC) instalam um radar Russo banda X
e S para fazer supressão de granizo.
1989 - 1º radar meteorológico Banda S (McGuill)
é instalado em Salesópolis. USP/CTH/DAEE
1992 - 1º radar meteorológico Doppler Banda S é
instalado em Bauru para substituir o banda C.
Final da década de 90 o IPMET instala um outro
Radar Doppler Banda S em Presidente Prudente
1993 - 1º radar meteorológico Doppler Banda X
é instalado em Fortaleza, FUNCEME, para
estudos de física das nuvens.
1990-2000 TECSAT recebe financiamento da
FAB/INFRAERO para desenvolver tecnologia
nacional e construir radares meteorológicos
Doppler Banda S para o DECEA. Entregou 6
(DF, SP, RJ, SC, 2RS) (Pareceria com a
Gematronik e GAMIC)
1998 – O SIMEPAR instala um radar Doppler
Banda S em Teixeira Soares – Paraná.
2001 – O radar Banda C de Bauru é transferido
para Maceió – UFAL e é digitalizado.
2002 – 10 Radares Doppler Banda S são
instalados na Amazônia – Projeto SIVAM (São
Gabriel da Cachoeira, Cruzeiro do Sul, Porto
Velho, Tabatinga, Tefé, Manaus, Boa Vista,
Santarém, Macapá e Belém)
2006/2007 – 1o Radar Doppler Polarimétrico
banda X móvel - MXPOL – IAG/USP
2009 – 1o Radar Doppler Polarimétrico banda X
operacional – CTA/CLA
2010 – ATMOS entrega em São Luiz do
Maranhão, um radar Doppler Banda S, 11º radar
do SIPAM, usando tecnologia “Brasileira”.
2011 – IACIT entrega em Quixeramobim-CE um
radar Doppler Banda S para a FUNCEME
2012 – CEMIG instala um radar Doppler Banda C
de Dupla Polarização em Mateus Leme – MG.
2013 - Centro Capixaba de Monitoramento
Hidrológico em parceria com Vale do Rio Doce
instalou um Radar Doppler Banda S de Dupla
Polarização em Aracruz (ES).
2014 – DAEE/FCTH instala um Radar Banda S
Doppler de Dupla Polarização em Salesópolis
para substituir o antigo radar da McGuill.]
2014 – CEMADEN Instala de 9 Radares
Meteorológicos Doppler Banda S de Dupla
Polarização no (Natal (RN), Petrolina (PE),
Maceió (AL), Salvador (BA), Almenara (MG), São
Francisco (MG), Três Marias (MG), Santa Teresa
(ES) e Jaraguari (MS)
2014 – SIMEPAR instala radar Banda S Doppler
de Polarização Circular em Cascavel
2014 – EPAGRI/CIRAM instalam radar Banda S
Doppler Dupla Polarização em Lontras (SC)
2014 – CLIMATEMPO instala um mini radar
meteorológico banda X na USP/LESTE dentro do
projeto ChuvaOnline
2014 – IAG/USP instala um mini radar
meteorológico banda X na USP/Butantã –
ChuvaOnline
2014 – INEA do RJ instala dois radares
meteorológicos Doppler Banda S de Dupla
Polarização, Macaé e Guaratiba.
2016 – Defesa Civil de Goiânia instalou um mini-
radar banda X (chuvaonline).
2016 – Projeto entre IAG/FCTH/Novimet e FASEP
propicia o desenvolvimento de um radar doppler
de Dupla Polarização que foi instalado em Junho
de 2016 no Parque Cientec da USP e é
incorporado ao projeto ChuvaOnline.
2016 - Projeto SOS-CHUVA/FAPESP instala um
radar Doppler Banda X de dupla polarização
móvel em Campinas (até 2018)
2017 – Defesa Civil de Santa Catarina em
Parceria com EPAGRI/CIRAM instalam 2 radares
Doppler Polarimétricos: Banda S – Chapecó e
móvel banda X em Florianópolis.
2017 – Defesa Civil/SIMEPAR instalam mini-radar
Doppler Polarimétrico banda X em Curitiba.
2019 –UFRJ/COPPE/FINEP/DECEA instalam e
começam a operar um radar Doppler Banda X de
dupla polarização no aeroporto do Galeão.
No momento temos 45 radares meteorológicos
operacionais no Brasil, mas que ainda não estão
integrados!!!!!!!
Vigilância
11 - SIPAM
6 - DECEA
9 - CEMADEN
2 - FUNCEME
1 - VALE/ES **
1 – CEMIG **
2 - INEA-RJ
2 - IPMet/UNESP
1 - DAEE/CTH
3 - SIMEPAR
3 - CIRAM-SC
3 – IAG/FCTH &
Climatempo
1 – UFRJ/DECEA
Meteorologia por Radar
Trabalhos teóricos no final de 1940 mostraram que os
“ecos do tempo” eram um efeito do espalhamento da
radiação eletromagnética (EM) pelas partículas de
precipitação (interação ressonante da onda EM que
se propaga com o dielétrico, ou seja, a água e o gelo).
Hoje em dia, os radares meteorológicos não somente
detectam hidrometeoros (tanto precipitação como
nuvens), mas também alvos em “ar-claro” tais como
insetos e aerossóis, além de variações do índice de
refração que estão associados a umidade e
movimentos turbulentos na atmosfera.
Ló
pe
z, R
.N.; R
ío,
V.S
. H
igh
Te
mp
ora
l Reso
lution
Refr
activity R
etr
ieva
l fr
om
Rad
ar
Ph
ase
Me
asu
rem
ents
. R
em
ote
Se
ns. 2
01
8, 1
0, 8
96
.
Imagem do Radar em 15 de Julho 1960
Furacão Abby próximo de Belize
(Foto do U.S. Navy)
Voltando no passado remoto… mas nem tanto!!
40.000 pés
Exemplos de alguns radares
SMART Radar C-band Doppler
NWS NEXRAD S-band 2.85 GHz (10.5 cm) Doppler
NOAA X-POL (NOXP)
Prudente Bauru
Salesópólis
Morro da Igreja
https://arrc.ou.edu/ril.html
915 MHz Wind Profiler
Southern Great Plains
ARM-CART site
482 MHz German
Meteorological Service
Wind Profiler
TRMM Precipitation Radar (Ku; 13.8 GHz; 2.2 cm)
28 de Abril 2006
Radar: 94 GHz
Resolução Espacial: 90 a 450 m
Alcance: 21,6 a 108 km
Potência: 10 kW
Varreduras: PPI e Volumétrica
Modo de Operação: Internet
Potência: 10 kW
Energia: 220V ( < 1,5 kVa)
Instalação: Pedestal/Prédio
Local: Cidade, área remota, móvel
Peso: 100 kg
Radar Doppler Banda X
de Dupla Polarização
fabricado pela NOVIMET
Resolução Espacial: 100 m
Alcance: 60-100 km
Potência: 100 kW
Varreduras: PPI e Vol
Operação: Internet
Local: Parque Cientec
Classificação dos radares
Radar Primário:
– Radar Pulsado
– Radar de onda contínua:
– Modulado
– Não Modulado
Radar Secundário
Radar Primário
Transmitem sinais de alta freqüência
que são refletidas pelos alvos. Os ecos
de retorno são recebidos e analisados.
Radar Secundário
Envia sinal codificado sobre alvos e
recebe informações de volta.
Exemplo: Um avião tem um
transponder (transmitting responder) a
bordo que recebe um sinal codificado e
ao ser ativado envia de volta diversas
informações (altitude, id, e etc). A sinal
do radar ativa o transponder. Ocorre o
mesmo com um míssil!!!
Radar Pulsado O mais comum.
Uma antena que transmite e recebe
sinal de alta frequência.
O radar transmite pulsos curtos de
radiação eletromagnéticas (EM) e
espera por um eco de retorno.
A posição é determinada pelo tempo de
resposta e posição da antena
Exemplos
Radar Meteorológico convencional:
medem somente uma polarização (H ou V);
Radar Doppler: mede mudanças de
freqüência do eco de retorno para mensurar
se o mesmo esta se afastando ou se
distanciando do radar.
Radar Polarimétrico: emite e recebe sinal
em diversas polarizações.
Radares Contínuos - CW
Transmitem sinal continuamente
O sinal do eco é recebido e processado
O receptor não precisa estar junto ao
transmissor.
CW
Não modulado: a transmissão do sinal
tem amplitude e freqüência constante.
Utilizados para medir a velocidade –
radar de policia
Modulado: a transmissão do sinal tem
amplitude constante mas não em
freqüência. Utiliza o princípio do tempo
de propagação.
Exemplo: radio-altímetros.
Espectro EM
• A região de micro-ondas compreende a faixa de 300 MHz
a 300 GHz do espectro EM, ou em comprimentos de onda de 1 m a 1 mm (f = c/λ )
• Imediatamente acima desta faixa temos a faixa do
infravermelho.
• Os espalhamentos Rayleigh e Mie podem ser aplicados
para partículas precipitáveis e de nuvem na região de
micro-ondas.
• O espalhamento Bragg também pode ser observado,
tipicamente antes do ponto aonde os alvos do regime
Rayleigh são produzidos.
• As aplicações de radar se extendem a frequencias de
VHF (30-300 MHz): Perfiladores.
• Neste caso, tanto o espalhamento Rayleigh devido a
precipitação e o espalhamento Bragg devido ao ar claro
são importantes. O espalhamento Bragg está associado
ao espalhamento decorrente das flutuações do indíce
de refração causado pelas variações de temperatura e
umidade dentro de ½ do comprimento de onda da
radiação incidente (alguns metros)
• Potência retornada pelo alvo em um regime
Rayleigh Pr 1/4
Bragg Pr 1/1/3
Espectro e algumas caracteristicas de EM:
Comprimento de onda, [m, cm, mm, m etc] Frequência, ν ou f [s-1, hertz (hz), megahertz (Mhz), gigahertz (Ghz) onde: c = λν c 3 x 108 m/s
Espectro EM
Banda dos
Radares
Bandas W são “radares de nuvens”
Bandas X, C, S e L são “radares de precipitação”
Já Perfiladores de Vento (UHF & VHF; ~50 to 900 MHz; ~6 to 0.3 m)
Frequência dos Radares
L S C X Ku Ka
Características do Radar
O radar pode ser descrito basicamente da seguinte forma:
•Transmissor: produz pulsos de alta potência na freqüência do radar;
• Antena: irradia a potência e intercepta o sinal recebido;
•Receptor: detecta, amplifica e transforma o sinal recebido em
forma de vídeo e ou digital
•Chave T/R: Comuta a antena entre a transmissão e a recepção a uma alta taxa,
tipicamente a cada milisegundo
Transmissor
Fonte de Radiação EM irradiada pelo radar
Gera sinais de alta freqüência que saem pela antena
- 3 Tipos de transmissor: Magnetron, Klystron e Estado Sólido;
Magnetron:
Inventado pelos ingleses em 1939;
Pequeno e gera energia superior a 250 kW
Klystron:
São grandes e são verdadeiros amplificadores;
Fácil controle da forma de onda transmitida;
Potência superior a 2 MW;
Sinal de saída tem freqüências puras, logo é bem aplicado
em radares Doppler;
Estado Sólido:
Pequena potência, ~ 50 W;
A combinação de vários transmissores aumenta a potência;
Dentro do transmissor existem moduladores que ligam e
desligam o transmissor, possibilitando a correção da forma de
onda transmitida. Este mecanismo também controla quando o
sinal será transmitido e quanto tempo durará a transmissão.
A taxa com que o radar transmite é conhecida como PRF (Pulse
Repetion Frequency) e é medida em pulsos por segundo ou
Hertz (Hz).
Valores típicos variam de 200 a 3000 Hz.
A partir da definição da PRF podemos determinar a distância
máxima que o radar irá operar.
Distância Máxima
O tempo gasto por um onda para atingir o alvo e retornar
pode ser descrita como:
mas
onde “c” é a velocidade da luz ( ~3 x 108 m/s)
c
RT
MAX2
PRF
T1
PRF
cR
MAX
2
Largura do Volume A duração do sinal transmitido é definido como duração do
pulso (0.1 à 10 s) ou largura (30 à 3000 metros) da
amostragem e define a largura do volume a ser amostrado
pelo radar, volume iluminado.
O volume iluminado é comumente definido como
BIN ou Gate
/2
Por outro lado, temos que um radar
Meteorológico pulsado consegue
caracterizar um alvo com apenar
metade da largura do pulso.
Dessa maneira, a largura do BIN
pode ser definida como:
Um pulso de 0,1 us 15 metros
1,0 us 150 metros
Antena
• Instrumento que detecta o sinal do radar;
• A maioria das antenas são direcionais, o que permite
que elas possam concentrar a energia em uma direção
em particular
• O tamanho da antena e a freqüência de operação do
radar determinam o volume a ser iluminado;
(graus)
D
λ=θ
70
é o comprimento de onda em cm e D o diâmetro da
antena em cm.
Guia de Onda • Meio que conduz a energia transmitida do radar sem perdas;
• Define a Polarização da onda EM a ser transmitida;
Receptor Sistema configurado para detectar o sinal recebido e
amplificar os sinais fracos recebidos pela antena;
Para simplificar a análise do sinal recebido, a maioria dos
radares misturam o sinal recebido com um sinal de referência
conhecido o qual tem uma freqüência diferente da
transmitida. Assim é possível converter o sinal observado a
freqüências mais baixas (30 à 60 MHz), as quais são mais
fáceis de trabalhar;
http://www.if.ufrj.br/~toni/otica7.pdf
Receptor
Estes sistemas estão projetados para detectar um sinal mínimo
possível ~ 10-14 W.
Como a Potência transmitida é da ordem de 100-1000 kW.
Expressamos a potência em decibéis (dB), que é a diferença
entre as potências P0 e P1, referência/transmitida e retornada:
0
1
10log10)(
P
PdBP
Em geral a potência mínima detectável (MDS – mínimo
sinal detectável) no receptor é -103 dBm. Já MDS(R)
(mínimo sinal distinguível) é a potência mínima que
pode ser detectada acima do nível de ruído do sistema.
Radares extremamente sensíveis podem detectar
sinais mais baixos que -115 dBm.
Detecta chuva
http://www.radartutorial.eu/09.receivers/rx51.en.html
Ruído médio
3 dB
MDS
Não detecta
Detecta chuva
A medida do radar esta definida pela faixa dinâmica.
A faixa dinâmica de um radar é a faixa de potência que
pode ser detectada.
Sendo que sinais baixos podem ser detectados acima do
sinal de ruído, porém sinais fortes de tempestades próximas
podem saturar o receptor.
Dessa maneira, utilizam-se atenuadores que diminuem a
potência de retorno a fatores conhecidos para tempestades
próximas do radar.
Enquanto que o pico máximo transmitido é ~ 90 dBm
Faixa dinâmica – X dBM
8 bits 28 = 256
10 bits 210 = 1.024
24 bits 224 = 16.777.216
Intervalos de Classes
Valor mínimo Valor máximo
Por exemplo: Zmin=-32 e Máx=95 dBZ
8 bits (28=256) dZ = 0,5 dBZ
10 bits (210=1024) dZ = 0,125 dBZ
dZ
Indicadores ou Display
Sistema de visualização:
- Scopes, Tubo de raios catódicos;
- Osciloscópicos;
- Monitores;
Os primeiros indicadores foram os tubos de raios catódicos,
ou A-Scope (Azimute) e R-Scope (Range)
A Scope
PPI – Plan Position Indicator
Indicador de posição no plano. É utilizado para apresentar
as varreduras do radar, ou seja, apresenta os sinais
recebidos em um sistema de coordenadas polares com
elevação fixa.
Mas no PPI temos que lembrar que o radar esta
instalado sobre a superfície da terra, logo a medida
que o feixe se propaga ele se afasta da superfície
da terra por causa da curvatura da terra.
φ= 5
φ= 2
φ= 0h
S
r
r
r r
lon0,lat0 lon1,lat1
RHI - Range Height Indicator Quando queremos inspecionar a estrutura vertical de uma
tempestade, podemos utilizar o RHI (Indicador de posição e
altura). Este produto apresenta o sinal recebido em função
da distância e elevação (altura) para azimutes fixos
CAPPI - Constant Altitude Plan Position Indicator
Como o PPI é um indicador do sinal para uma determinada
elevação, as vezes é mais conveniente representarmos este
sinal a uma altura constante em relação a superfície da terra,
uma vez que existe o efeito de curvatura e ângulo de
elevação do radar.
Dessa maneira define-se o CAPPI (Indicador de posição no
plano a uma altitude constante ), como a projeção do sinal
recebido a uma altura constante.
Este produto é processado após uma coleta completa em
diversas elevações (Volume Scan)
Produtos da GAMIC
USP – Apoio as aulas:
www.radar.iag.usp.br
USP - ChuvaOnline http://chuvaonline.iag.usp.br
IPMet/UNESP/Baurú
http://www.ipmet.unesp.br/cgi-bin/integrado.cgi
DECEA/INPE/USP/IPMet-UNESP
http://sigma.cptec.inpe.br/radar/
DECEA/RedeMet
http://www.redemet.aer.mil.br/radar/radar.php?ID_REDEMET=
GEO-RIO / CLIMATEMPO
http://www.climatempo.com.br/alerta-rio/radar.php
FUNCEME -
http://www.funceme.br/app/radar
SIPAM- http://www3.sipam.gov.br/RADAR2.HTML
CEMADEN http://www.cemaden.gov.br/mapainterativo/#
SAISP/DAEE http://www.saisp.br/geral/logon.jsp?userid=Publico
3 horas atrasado
SIMEPAR http://www.simepar.br/
CIRAM - http://ciram.epagri.sc.gov.br/
INEA – Rio de Janeiro
http://alertadecheias.inea.rj.gov.br/radar.php
NÃO DISPONÍVEIS
•VALE – ESPÍRITO SANTO
•CEMIG/SIMGE – MINAS GERAIS
Projeto de Parceria entre: IAG/PUSP/CLIMATEMPO/NOVIMET/FASEP/FCTH
Monitoramento Hidrometeorológico: 1 minuto e 100 metros
Vigilância
11 - SIPAM
6 - DECEA
9 - CEMADEN
2 - FUNCEME
1 - VALE/ES **
1 – CEMIG **
2 - INEA-RJ
2 - IPMet/UNESP
1 - DAEE/CTH
3 - SIMEPAR
3 - CIRAM-SC
Chuva
11 - SIPAM
6 - DECEA
9 - CEMADEN
2 - FUNCEME
1 - VALE/ES **
1 – CEMIG **
2 - INEA-RJ
2 - IPMet/UNESP
1 - DAEE/CTH
3 - SIMEPAR
3 - CIRAM-SC
3 – USP/FCTH/
Climatempo
1 – UFRJ/DECEA