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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA CENTRO DE TECNOLOGIA CURSO DE ENGENHARIA CIVIL Caroline Avila da Silva IMPLEMENTAÇÃO DE PROGRAMA DE PLANEJAMENTO IDENTIFICANDO RESTRIÇÕES E REPROGRAMANDO ATIVIDADES Santa Maria, RS 2017

Caroline Avila da Silva - UFSM – Universidade Federal de

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA CENTRO DE TECNOLOGIA

CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

Caroline Avila da Silva

IMPLEMENTAÇÃO DE PROGRAMA DE PLANEJAMENTO

IDENTIFICANDO RESTRIÇÕES E REPROGRAMANDO ATIVIDADES

Santa Maria, RS 2017

Page 2: Caroline Avila da Silva - UFSM – Universidade Federal de

Caroline Avila da Silva

IMPLEMENTAÇÃO DE PROGRAMA DE PLANEJAMENTO

IDENTIFICANDO RESTRIÇÕES E REPROGRAMANDO ATIVIDADES

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Engenharia Civil da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM, RS), como requisito parcial para obtenção do título de Engenheira Civil.

Orientador: Prof. Dr. André Lübeck

Santa Maria, RS 2017

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Caroline Avila da Silva

IMPLEMENTAÇÃO DE PROGRAMA DE PLANEJAMENTO

IDENTIFICANDO RESTRIÇÕES E REPROGRAMANDO ATIVIDADES

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Engenharia Civil da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM, RS), como requisito parcial para obtenção do título de Engenheira Civil.

Aprovado em 14 de dezembro de 2017:

_____________________________________ André Lübeck, Dr. (UFSM)

(Presidente/Orientador)

_____________________________________ Maraysa Woloszyn, Arq. (UFSM)

_____________________________________ Thiana Dias Herrmann, Eng. (UFSM)

Santa Maria, RS 2017

Page 4: Caroline Avila da Silva - UFSM – Universidade Federal de

AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente aos meus pais Alady e Denise pelo apoio diário, pela

dedicação imensurável e pela confiança depositada em mim, mas principalmente por

nunca deixarem que me faltasse amor.

Aos meus irmãos, Henrique e Eduardo, por estarem sempre presentes,

tornando minha vida mais feliz.

Ao meu namorado, Gabriel, por todo o carinho, compreensão,

companheirismo, amor e apoio durante a realização desse trabalho e em todos os

demais momentos, sempre depositando a confiança em mim.

Ao meu orientador, André Lübeck, pela disponibilidade, atenção e confiança a

mim dedicadas.

Ao mestre de obras, Giuliano Teixeira, pela paciência, incentivo,

conhecimento e por apoiar a realização desse trabalho.

À equipe da construtora, pela oportunidade e contribuição no

desenvolvimento do trabalho.

Page 5: Caroline Avila da Silva - UFSM – Universidade Federal de

RESUMO

IMPLEMENTAÇÃO DE PROGRAMA DE PLANEJAMENTO IDENTIFICANDO RESTRIÇÕES E REPROGRAMANDO ATIVIDADES

AUTORA: Caroline Avila da Silva

ORIENTADOR: André Lübeck

O planejamento e controle da produção (PCP) está intimamente associado a eficiência do sistema produtivo na construção civil, no que tange à otimização do tempo e execução das atividades, alocação adequada de recursos, redução de desperdícios e consequente melhoria do desempenho do empreendimento. Desta forma, o presente trabalho teve por objetivo realizar a implementação de um sistema de planejamento e controle baseado no sistema Last Planner, através de um estudo de caso na cidade de Santa Maria. A fim de obter uma visão global da interdependência entre as atividades e ritmo de execução das mesmas, foram realizados o planejamento de longo prazo e a linha de balanço do empreendimento. A partir do planejamento de longo prazo, foi realizado o planejamento de médio prazo, com maior nível de detalhamento. Com o objetivo de reduzir a variabilidade, proteger a produção e identificar antecipadamente as necessidades de recursos de cada atividade, foi realizado nesse horizonte de planejamento a análise de restrições. Por fim, com o propósito de orientar a execução direta das atividades, identificar as causas do não cumprimento dos planos e sugerir medidas corretivas, foi realizado o planejamento de curto prazo. Para analisar a eficácia do planejamento, foi utilizado o indicador PPC (Percentual de Planos Concluídos) do LPS (Last Planner System). Associado à análise do PPC, foi realizada a medição da produtividade das equipes de alvenaria, a fim de analisar a eficácia da aplicação do planejamento e das medidas corretivas propostas ao longo do estudo. Palavras-chave: Sistema Last Planner. Planejamento. Controle da Produção

Page 6: Caroline Avila da Silva - UFSM – Universidade Federal de

ABSTRACT

IMPLEMENTING A PLANNING PROGRAM IDENTIFYING RESTRICTIONS AND REPRODUCING ACTIVITIES

AUTHOR: Caroline Avila da Silva

ADVISOR: André Lübeck

The production planning and control is closely associated with the efficiency of the productive system in construction, regarding the time optimization and the activities execution, proper allocation of resources, waste reduction and consequent improvement of the enterprise performance. In this way, this present work aims to implement a planning and control system based on the Last Planner system through a case study. In order to obtain an overview of the interdependence between the activities and their execution pace, it was realized the long-term planning and the line of balance of the enterprise. From the long-term planning, it was elaborated the medium-term planning, with a higher level of detail. With the objective of reducing variability, protecting production and identifying, in advance, the resource needs of each activity, it was done the constraints analysis in this planning horizon. Finally, in order to guide the direct execution of activities, to identify the causes of non-compliance with plans and to suggest corrective measures, it was developed the short-term planning. In order to analyze the effectiveness of the planning, the Percentage of Concluded Plans (PCP) from the Last Planner System was utilized. Associated with the PCP analysis, the productivity of the masonry teams was measured in order to analyze the effectiveness of the planning application and the corrective measures proposed throughout the study. Keywords: Last Planner System. Planning. Production Control.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - As cinco fases do planejamento ..................................................................... 15 Figura 2 - Técnica da Rede CPM ................................................................................... 16 Figura 3 - Linha de Balanço ............................................................................................ 17 Figura 4 - Pirâmide organizacional, níveis de decisão e tipos de planejamento ............. 19 Figura 5 - Modelo de conversão do processo de produção tradicional ........................... 20 Figura 6 - Níveis do planejamento baseados no LPS ..................................................... 23 Figura 7 - Hierarquização no Sistema Last Planner........................................................ 23 Figura 8 - Exemplo de planejamento de médio prazo ..................................................... 27 Figura 9 - Exemplo de planejamento de curto prazo ...................................................... 29 Figura 10 – Esquematização do Sistema Last Planner com a proteção da produção .... 30 Figura 11 - Sistema de proteção entre médio e curto prazo ........................................... 31 Figura 12 - Exemplo de Diagrama de Pareto .................................................................. 35 Figura 13 - Valores-referência de PPC ........................................................................... 37 Figura 14 - Lista de causas de não cumprimento ........................................................... 38 Figura 15 - Localização do Empreendimento ................................................................ 39 Figura 16 - Fachada do empreendimento ....................................................................... 40 Figura 17 - Organograma da metodologia ...................................................................... 41 Figura 18 - Exemplo de croqui para medição da alvenaria ............................................. 44 Figura 19 - Especificação dos pacotes de trabalho ........................................................ 45 Figura 20 - Delimitação das datas de execução das atividades ..................................... 46 Figura 21 - Dias de tarefas executadas e porcentagem de conclusão............................ 47 Figura 22 - Causas para a não conclusão das tarefas .................................................... 47 Figura 23 - Cronograma físico e gráfico de Gantt ........................................................... 49 Figura 24 - Linha de balanço do empreendimento.......................................................... 51 Figura 25 - Cronograma de médio prazo de Outubro ..................................................... 53 Figura 26 - Cronograma de médio prazo de novembro .................................................. 54 Figura 27 - Cronograma da primeira semana de outubro ............................................... 56 Figura 28 - Gráfico do PPC da primeira semana de outubro .......................................... 57 Figura 29 - Cronograma da segunda semana de outubro .............................................. 59 Figura 30 - Gráfico do PPC da segunda semana de outubro ......................................... 60 Figura 31 - Cronograma da terceira semana de outubro ................................................ 61 Figura 32 - Gráfico do PPC da terceira semana de outubro ........................................... 63 Figura 33 - Cronograma da quarta semana de outubro .................................................. 64 Figura 34 - Gráfico do PPC da quarta semana de outubro ............................................. 65 Figura 35 - Gráfico do PPC de outubro .......................................................................... 66 Figura 36 - Pareto de causas de outubro........................................................................ 67 Figura 37 - Cronograma da primeira semana de novembro ........................................... 68 Figura 38 - Gráfico do PPC da primeira semana de novembro ...................................... 69 Figura 39 - Cronograma da segunda semana de novembro........................................... 71 Figura 40 - Gráfico do PPC da segunda semana de novembro ...................................... 72 Figura 41 - Cronograma da terceira semana de novembro ............................................ 74 Figura 42 - Gráfico do PPC da terceira semana de novembro ....................................... 75 Figura 43 - Cronograma da quarta semana de novembro .............................................. 76 Figura 44 - Gráfico do PPC da quarta semana de novembro ......................................... 77 Figura 45 - Gráfico do PPC de novembro ....................................................................... 78 Figura 46 - Pareto de causas de novembro .................................................................... 79 Figura 47 - Gráficos de produtividade das equipes da alvenaria .................................... 80

Page 8: Caroline Avila da Silva - UFSM – Universidade Federal de

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Lista de causas do não cumprimento dos planos ................................... 48

Quadro 2 – Análise de restrições do mês de outubro ............................................... 52

Quadro 3 – Análise de restrições do mês de novembro ............................................ 55

Quadro 4 - Medidas corretivas propostas ................................................................. 72

Page 9: Caroline Avila da Silva - UFSM – Universidade Federal de

SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ....................................................................................... 11

1.1 JUSTIFICATIVA ..................................................................................... 12

1.2 OBJETIVOS ........................................................................................... 13

1.2.1 Objetivo geral ....................................................................................... 13

1.2.2 Objetivos específicos .......................................................................... 13

1.3 ESTRUTURA DO TRABALHO ............................................................... 13

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .................................................................. 14

2.1 PLANEJAMENTO E CONTROLE DE PRODUÇÃO ............................... 14

2.1.1 Dimensões de planejamento ............................................................... 14

2.1.1.1 Dimensão horizontal ............................................................................... 15

2.1.1.2 Dimensão vertical ................................................................................... 18

2.1.2 Problemas do Planejamento Tradicional ........................................... 19

2.2 LAST PLANNER .................................................................................... 21

2.2.1 Hierarquização do Sistema Last Planner ........................................... 22

2.2.1.1 Planejamento Mestre ............................................................................. 24

2.2.1.2 Planejamento Lookahead ....................................................................... 24

2.2.1.3 Planejamento de Comprometimento ...................................................... 26

2.2.2 Conceitos inovadores de gestão da produção introduzidos pelo Last Planner System (LPS) ..................................................................................... 29

2.2.2.1 Proteção da produção, estabilização do fluxo de trabalho e redução da variabilidade...............................................................................................................30

2.2.2.2 Aumento da transparência ..................................................................... 31

2.2.2.3 Curto ciclo de controle e melhoria contínua ........................................... 32

2.2.2.4 Produção puxada ................................................................................... 32

2.2.2.5 Gestão participativa ................................................................................ 33

2.2.2.6 Estabilidade básica ................................................................................ 34

2.3 DIAGRAMA DE PARETO OU HISTOGRAMA DE CAUSAS.................. 35

2.4 INDICADORES DE PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUÇÃO 36

2.4.1 Percentual de planos concluídos (PPC) ............................................. 36

2.4.2 Causas do não cumprimento dos planos .......................................... 37

3 ESTUDO DE CASO ............................................................................... 39

3.1 CARACTERÍSTICAS DA EMPRESA E DA OBRA ................................. 39

3.2 METODOLOGIA ..................................................................................... 41

3.2.1 Planejamento de Longo Prazo ............................................................ 42

3.2.1.1 Identificação das atividades ................................................................... 42

3.2.1.2 Definição das durações e sequenciamento das atividades .................... 42

3.2.1.3 Cronograma Físico e Gráfico de Gantt ................................................... 42

3.2.1.4 Linha de Balanço .................................................................................. 43

3.2.2 Planejamento de Médio Prazo ............................................................. 43

3.2.3 Planejamento de Curto Prazo .............................................................. 43

3.2.3.1 Medição da elevação da alvenaria ......................................................... 44

3.2.3.2 Percentual de Planos Concluídos (PPC) ................................................ 45

3.2.3.3 Análise das causas do não cumprimento dos planos ............................. 47

4 RESULTADOS E ANÁLISE................................................................... 49

4.1 PLANEJAMENTO DE LONGO PRAZO ................................................. 49

4.1.1 Cronograma físico e Gráfico de Gantt ................................................ 49

4.1.2 Linha de Balanço .................................................................................. 50

4.2 PLANEJAMENTO DE MÉDIO PRAZO .................................................. 52

Page 10: Caroline Avila da Silva - UFSM – Universidade Federal de

4.3 PLANEJAMENTO DE CURTO PRAZO ................................................. 55

4.3.1 Período analisado: Outubro de 2017 .................................................. 55

4.3.1.1 Semana 1 ............................................................................................... 55

4.3.1.2 Semana 2 ............................................................................................... 57

4.3.1.3 Semana 3 ............................................................................................... 60

4.3.1.4 Semana 4 ............................................................................................... 63

4.3.1.5 Análise Mensal – Outubro/2017 ............................................................. 65

4.3.2 Período analisado: Novembro de 2017 .............................................. 67

4.3.2.1 Semana 1 ............................................................................................... 67

4.3.2.2 Semana 2 ............................................................................................... 69

4.3.2.3 Semana 3 ............................................................................................... 73

4.3.2.4 Semana 4 ............................................................................................... 75

4.3.2.5 Análise Mensal – Novembro/2017 .......................................................... 78

5 CONCLUSÃO ........................................................................................ 81

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 83

Page 11: Caroline Avila da Silva - UFSM – Universidade Federal de

11

1 INTRODUÇÃO

A partir da década de 1990, com o crescimento da competitividade entre as

empresas do ramo da construção civil, houve um aumento da procura por técnicas

de otimização da produtividade e melhoria de desempenho, através da utilização de

programas de melhoria da qualidade pela avaliação sistemática de desempenho

(LANTELME, 1994).

No entanto, ao mesmo tempo em que há a busca contínua por inovação,

verifica-se uma frequente ausência ou inadequação do planejamento das obras na

maioria das empresas, o que acaba por acarretar atrasos na entrega dos

empreendimentos, insatisfação dos clientes e aumento dos custos. Algumas

empresas realizam o planejamento de forma inadequada, enquanto que outras

planejam corretamente, mas não realizam o controle necessário. Estudos realizados

no Brasil e no exterior apontam que a deficiência relacionada ao planejamento e ao

controle está intimamente ligada à baixa produtividade, baixa qualidade e às altas

perdas do setor da construção civil (MATTOS, 2010).

Segundo Laufer e Tucker (1987), a deficiência no planejamento e controle da

produção relaciona-se também à má formação dos profissionais nos cursos de

graduação, nos quais são abordadas apenas técnicas de elaboração de planos,

enquanto que as demais etapas do processo, como coleta de informações e difusão

dos planos são negligenciadas. Dessa forma, os profissionais não desenvolvem um

planejamento adequado, assumindo perfil de tocadores de obras, tomando decisões

de forma rápida com base na intuição e experiência (BERNARDES, 2001).

Neste âmbito, nota-se a importância da implementação do gerenciamento e

controle na execução das obras. Segundo Ballard (2000), melhorar o planejamento e

controle da produção é uma das formas mais eficazes de aumentar a eficiência da

produção na construção civil. Ao realizar o planejamento e controle, adquire-se um

alto grau de conhecimento do empreendimento, pode-se comparar o andamento da

obra com o planejado, detectar situações desfavoráveis preventivamente e tomar

decisões com agilidade, sem comprometer o prazo final.

A fim de estruturar de forma mais eficaz o planejamento e controle da

produção, foi desenvolvido na década de 90 um novo sistema de controle de

produção para a construção civil, denominado de Sistema Last Planner de Controle

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da Produção, baseado em conceitos, métodos e filosofia da construção enxuta

(BERNARDES, 2001). Esse sistema tem como objetivo introduzir mecanismos de

proteção da produção para a redução da variabilidade no curto prazo, além da

melhoria da confiabilidade no fluxo de trabalho através da análise sistemática de

restrições (BALLARD, 2000).

O Sistema Last Planner é definido por Ballard (2000) através de três níveis de

planejamento e respectivas funções: planejamento de longo, médio e curto prazo.

No planejamento de longo prazo, define-se os objetivos globais do empreendimento;

no planejamento de médio prazo, define-se como as atividades serão executadas e

faz-se a análise de restrições; enquanto que no planejamento de curto prazo, faz-se

a atribuição de atividades a serem realizadas em um curto período de tempo,

geralmente semanal, para as equipes envolvidas.

Sendo assim, este trabalho envolve o planejamento, acompanhamento e

controle da execução das atividades em uma obra através da implementação de

cronogramas de longo, médio e curto prazo, a partir dos princípios do sistema Last

Planner, para planejamento e controle de produção, a fim de minimizar atrasos e

contribuir para a melhoria do desempenho do empreendimento.

1.1 JUSTIFICATIVA

O tema deste trabalho está vinculado à sua grande importância na construção

civil. Nota-se uma grande deficiência na gestão das empresas de construção no

controle de produção, o que acaba por gerar perda na produtividade, atrasos na

entrega das obras, aumento de custos e perda de credibilidade da empresa. A

escolha do tema justifica-se ao passo que gerenciar uma obra torna-se essencial na

redução de prazos, na garantia do controle de qualidade da produção e na

satisfação dos clientes. A fim de aumentar a eficácia e confiabilidade do sistema de

planejamento e controle da produção optou-se pela utilização do Sistema Last

Planner.

Page 13: Caroline Avila da Silva - UFSM – Universidade Federal de

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1.2 OBJETIVOS

1.2.1 Objetivo geral

Realizar o estudo, a implementação do planejamento e controle das

atividades realizadas por uma empresa de construção civil na execução de um

empreendimento na cidade de Santa Maria - RS.

1.2.2 Objetivos específicos

Acompanhar as atividades de execução de uma obra na cidade de

Santa Maria – RS e realizar, para a Torre A do empreendimento estudado, um

planejamento de longo, médio (intervalo mensal) e curto prazo (intervalo semanal),

implementando um cronograma a ser seguido por cada equipe, designando prazos

para cada tarefa definida;

Realizar a medição da realização das atividades e analisar as causas

do não cumprimento dos planos previstos, apontando medidas corretivas e

realizando a reprogramação das atividades.

1.3 ESTRUTURA DO TRABALHO

No capítulo 2, apresenta-se uma revisão bibliográfica com o embasamento

teórico necessário para a compreensão do tema, envolvendo planejamento e

controle da produção, Sistema Last Planner, ferramentas de controle da produção,

indicadores de gestão da produção e boas práticas de planejamento e controle da

produção.

No capítulo 3 será feita a descrição da metodologia adotada no estudo de

caso, detalhamento das características do empreendimento, delineamento,

estratégia e etapas da pesquisa.

No capítulo 4 será realizada a apresentação e análise dos resultados obtidos

através da implementação do sistema de planejamento no empreendimento.

No capítulo 5, são apresentadas as considerações finais, com conclusões

pertinentes ao desempenho do trabalho e sugestões para trabalhos futuros.

Por fim, é realizada a apresentação das referências bibliográficas que foram

utilizadas para o desenvolvimento deste trabalho.

Page 14: Caroline Avila da Silva - UFSM – Universidade Federal de

14

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 PLANEJAMENTO E CONTROLE DE PRODUÇÃO

O planejamento é considerado como um processo de tomada de decisão que

se utiliza de meios eficazes para atingir as metas estabelecidas, sendo considerado

efetivo quando acompanhado de um controle (FORMOSO,1991).

O planejamento engloba a identificação, seleção e ordenação das atividades,

para que sejam executadas da maneira mais eficiente possível (BALLARD E

HOWELL, 1997). Por envolver um grande número de atividades, o processo de

planejamento da construção está submetido a restrições de tempo, espaço, custo e

disponibilidade de recursos (FORMOSO, 1991).

Através do controle da produção há o fornecimento de informações para a

preparação de planos futuros, ao passo que o controle garante e avalia o

cumprimento das metas produzidas pelo planejamento, o que possibilita que os

processos produtivos sejam gerenciados de maneira mais eficaz (BALLARD E

HOWELL, 1997).

Para que as metas sejam atingidas, faz-se a medição e avaliação do

desempenho. Através das medições, obtêm-se previsões mais realistas para

estabelecer prioridades, o que auxilia no processo de decisão (HARRINGTON,

1993). Por sua vez, quando pela avaliação o desempenho é considerado

inadequado, faz-se necessária a realização de ações corretivas (LAUFER E

TUCKER, 1987).

2.1.1 Dimensões de planejamento

O processo de planejamento pode ser representado através de duas

dimensões: a horizontal e a vertical, nas quais são explicitados os quatro quesitos

definidos pelo planejamento: o que fazer (atividades), como realizar (métodos),

quem irá executar (recursos) e quando realizar (cronograma). (LAUFER E

TUCKER,1987).

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15

2.1.1.1 Dimensão horizontal

A dimensão horizontal refere-se às etapas de realização do planejamento e

controle e, como pode ser observado na Figura 1, pode ser dividida em cinco

etapas: planejamento do processo de planejamento, coleta de informações,

preparação dos planos, difusão das informações e avaliação dos processos de

planejamento (LAUFER E TUCKER, 1987).

As fases intermediárias ocorrem de forma cíclica durante a etapa de

produção, enquanto que a primeira e a última fase apresentam caráter intermitente,

de forma que ocorrem em períodos específicos na construtora, como o lançamento

de um empreendimento ou término de uma construção. (BERNARDES, 2001).

Figura 1 - As cinco fases do planejamento

Fonte: Adaptado de Laufer e Tucker (1987).

a) Planejamento do processo de planejamento

Na etapa de Planejamento do processo de planejamento, as decisões são

tomadas no horizonte de planejamento, frequência de replanejamento e técnicas de

controle que serão executadas. Posteriormente, a fim de realizar a escolha dos

níveis de planejamento, faz-se uma análise das características da obra e a forma

que será planejada (BERNARDES, 2001).

Page 16: Caroline Avila da Silva - UFSM – Universidade Federal de

16

b) Coletas das informações

A etapa de Coleta das informações reúne informações necessárias à

execução do processo produtivo, a fim de reduzir incertezas (LAUFER E HOWELL,

1993). Nessa etapa, faz-se a coleta de contratos, plantas, especificações técnicas,

descrições das condições do canteiro e ambientais, tecnologias construtivas,

viabilidade da terceirização de processos, índices de produtividade do trabalho,

equipamentos e metas da alta gerência (BERNARDES, 2001).

c) Preparação dos planos

A etapa de Preparação dos planos envolve a utilização de técnicas de

planejamento, tais como Rede CPM (Critical Path Method – método do caminho

crítico) e Linha de Balanço e é considerada, normalmente, a etapa que recebe maior

atenção dos responsáveis pelo planejamento nas empresas de construção

(BERNARDES, 2001).

A técnica de Rede CPM apresenta-se na forma de rede, formando relações

de dependência entre as atividades, as quais são vinculadas através de nós

(BERNARDES, 2003). O maior caminho a ser percorrido entre os nós das atividades

define o prazo total de projeto, e é denominado caminho crítico (BERNADES, 2003).

Através da representação da rede em uma forma gráfica, pode-se entender o projeto

como um fluxo de atividades, como mostra a Figura 2 (MATTOS, 2010).

Figura 2 - Técnica da Rede CPM

Fonte: Adaptado de Mattos (2010).

A técnica da Linha de Balanço permite a identificação de possíveis

interferências do fluxo da mão de obra no processo produtivo. Consequentemente,

Page 17: Caroline Avila da Silva - UFSM – Universidade Federal de

17

pode-se ter uma maior visibilidade do processo produtivo. Essa técnica é utilizada,

comumente, em empreendimentos com características que se repetem e tem como

objetivo explicitar os ritmos de produção e fluxos de trabalho (BERNARDES, 2001).

Um exemplo simples de uma Linha de Balanço está demonstrado na Figura 3.

Figura 3 - Linha de Balanço

Fonte: Adaptado de Mattos (2010)

d) Difusão das informações

Nesta etapa, são difundidas as informações dos planos, preparados na etapa

anterior, a todos os interessados (GUERRA, 2013). É importante que ao difundir as

metas, haja a consideração das peculiaridades que existem entre os diferentes

níveis de escolaridade no setor da construção civil (SILVA E CALMON, 2010).

Desse modo, a informação deve ser preparada adequadamente as pessoas que irão

utilizá-la (LAUFER E TUCKER, 1987).

e) Ação

Na etapa de ação, há o controle e monitoramento do progresso da produção.

Assim, as informações que resultam do controle são utilizadas para retroalimentar os

planos e desenvolver relatórios com indicativos da produção (FORMOSO, 1991).

Mesmo após o empreendimento já estar em fase de execução, muitas

situações inesperadas podem ocorrer. Corrobora-se, assim, a necessidade do

controle e monitoramento da obra pelo gerente (LAUFER, 1997). A partir dessas

funções, o gerente pode manter a atenção em três tipos de riscos que podem surgir:

conceitual, administrativo e ambiental (LAUFER E TUCKER, 1987). Assim, o

Page 18: Caroline Avila da Silva - UFSM – Universidade Federal de

18

controle e monitoramento da obra se mostram extremamente importantes, pois ao

atentar para aos riscos, o responsável pelo planejamento de uma construtora pode

reduzir os efeitos nocivos ou até eliminar a incerteza (BERNARDES, 2001).

f) Avaliação do processo de planejamento

Essa etapa corresponde à avaliação de todo o processo de planejamento e

deve ser realizada no término da construção ou durante a execução, caso as metas

sofram mudanças substanciais (LAUFER E TUCKER, 1987).

Na avaliação do processo de planejamento, faz-se a análise, por indicadores

de desempenho globais, das decisões que foram tomadas durante o processo de

concepção do planejamento e controle de produção. Os indicadores de desempenho

podem ser relação entre custos orçados e reais, total homem-hora previsto e

realizado, desvio de prazos, entre outros (BERNARDES, 2001).

É importante que os relatórios contenham lições aprendidas durante a fase de

execução da construção para que os próximos empreendimentos utilizem dos

conhecimentos adquiridos (SILVA E CALMON, 2010).

2.1.1.2 Dimensão vertical

Em construções de médio e grande porte, a gestão da construção é feita por

diferentes pessoas, em diferentes níveis, cada uma com sua maneira e

especificidade de resolver os problemas e gerir os processos. Desse modo, a

dimensão vertical é definida pelos diferentes níveis do processo de gestão e a forma

como os processos são conduzidos (FORMOSO, 1991).

Cada nível de gestão requer um plano e um nível de detalhes diferentes.

Planos que contêm muitos detalhes necessitam de um tempo muito grande para

elaboração e atualização, o que os torna ineficientes para influenciar decisões de

curto prazo. Ao mesmo tempo, se os planos são muito detalhados, o processo de

planejamento e controle pode se tornar muito dispendioso e demorado. No entanto,

se as atividades são planejadas com baixo nível de detalhamento, os planos podem

vir a não cumprir as funções de execução, coordenação e controle, uma vez que o

vínculo entre as atividades pode ser perdido e consequentemente podem surgir

desvios significativos no projeto (FORMOSO, 1991).

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A dimensão vertical é dividida em três níveis hierárquicos: estratégico, tático e

operacional, como está ilustrado na Figura 4. No nível estratégico, a tomada de

decisões está relacionada ao planejamento de longo prazo (HOPP E SPEARMAN,

1996). Desse modo, no nível estratégico, faz-se a definição do escopo do projeto e

as metas a serem alcançadas do empreendimento (SHAPPIRA E LAUFER, 1993).

O nível tático relaciona os meios e as restrições que possam vir a limitar o alcance

das metas (BERNARDES, 2001). O nível tático está relacionado ao planejamento de

médio prazo, no qual há o recrutamento e treinamento de pessoal, além da

estruturação do trabalho e identificação de recursos (DAVIS E OLSON, 1987). Por

fim, o nível operacional está relacionado às decisões referentes às operações de

produção da empresa, tomadas no planejamento de curto prazo (LAUFER E

TUCKER, 1987).

Figura 4 - Pirâmide organizacional, níveis de decisão e tipos de planejamento

Fonte: Adaptado de Oliveira (1999).

2.1.2 Problemas do Planejamento Tradicional

Os sistemas de planejamento tradicionais são criticados, em seu modo

conceitual, por Koskela (1992). Segundo esse autor, o modelo atual de gestão

pressupõe que a produção é definida como um processo de conversão, com as

seguintes características:

a) O processo de produção é uma conversão de uma entrada em uma saída;

b) O processo de conversão pode ser dividido em subprocessos, os quais

também são processos de conversão.

Page 20: Caroline Avila da Silva - UFSM – Universidade Federal de

20

c) O custo do processo total pode ser minimizado diminuindo o custo de cada

subprocesso.

d) O valor de saída do processo está associado aos custos da entrada do

mesmo processo.

Na Figura 5, apresenta-se o modelo de processo de produção como processo

de conversão.

Figura 5 - Modelo de conversão do processo de produção tradicional

Fonte: Adaptado de Koskela (1992).

Segundo esse modelo de conversão, o PCP (Planejamento de Controle de

Produção) está fortemente associado ao caminho crítico (CPM) e na técnica de

avaliação e revisão do programa (PERT) (LAUFER E TUCKER, 1987). Essas

técnicas são inadequadas para a construção civil, uma vez que nas quais se

pressupõe que haja um controle central, o que raramente é encontrado na

construção civil (LAUFER E TUCKER, 1987).

As atividades são sequenciadas, pelo método CPM, considerando restrições

tecnológicas, enquanto que as restrições de recursos raramente são analisadas

(LAUFER E TUCKER, 1987). Além disso, essas técnicas não consideram a

ocorrência de modo frequente de interferências e variabilidade, uma vez que o

planejamento requer um elevado nível de detalhamento e a realização de alterações

nas técnicas de rede consome muito tempo (LAUFER E TUCKER, 1987).

A fim de solucionar os problemas do PCP tradicional, há a necessidade de

mudança no conceito de gestão da produção, identificando e gerenciando as

Page 21: Caroline Avila da Silva - UFSM – Universidade Federal de

21

atividades que não agregam valor (KOSKELA, 1992). Nesse conceito, destaca-se o

surgimento do Lean Construction, associado aos conceitos da Produção Enxuta

(BERNARDES, 2001).

2.2 LAST PLANNER

A partir da década de 90, a fim de hierarquizar o planejamento, houve o

surgimento do Sistema Last Planner de Controle de Produção, baseado em

conceitos da construção enxuta (BALLARD, 2000). O sistema Last Planner é

definido como uma filosofia, regras, procedimentos e ferramentas que facilitam a

implementação desses procedimentos. Através da redução da variabilidade do fluxo

de trabalho, esse sistema fornece um ambiente de produção confiável (BALLARD,

2000). Assim, o planejamento é elaborado de modo a melhorar a sequência de

execução, atendendo o ritmo desejado para cada empreendimento (ROEHRS,

2012).

Em uma obra, o planejamento é feito por diferentes pessoas, em diferentes

níveis hierárquicos, com diferentes funções em cada etapa. O planejamento

estratégico (feito pela alta gerência) é responsável por analisar os objetivos e

restrições globais que irão conduzir todo o projeto. Tais objetivos são responsáveis

por impulsionar o processo de planejamento de nível inferior, através da

especificação de meios utilizados para a realização do objetivo global. Finalmente,

alguém ou algum grupo decide quais os pacotes de trabalho que deverão ser

executados no dia seguinte. Quem desenvolve esses pacotes de trabalho é o “Last

Planner” (BALLARD, 2000).

O sistema Last Planner é composto por duas premissas: controle de unidade

de produção e controle de fluxo de trabalho. O controle de unidade de produção é

responsável pela melhoria contínua dos processos, focando no aprendizado dos

trabalhadores através de ações corretivas. O controle de fluxo de trabalho controla o

fluxo de trabalho de forma a manter a melhor sequência executiva dos processos

(BALLARD, 2000).

Para manter a qualidade nos planos produzidos pelo Last Planner, algumas

características são necessárias (BALLARD, 2000):

Page 22: Caroline Avila da Silva - UFSM – Universidade Federal de

22

a) As atividades dos pacotes devem estar bem definidas, com os recursos e

procedimentos de execução das atividades descritos de forma a não gerar

dúvidas;

b) A sequência de atividades deve ser elaborada de forma correta;

c) As atividades devem ser quantificadas corretamente, a partir da verificação

dos quantitativos apresentados no orçamento e realizando complementações

quando necessário, de modo que as atividades sejam cumpridas conforme o

planejado;

d) Certificar-se de que todos os recursos estarão disponíveis para que a

realização da atividade seja possível.

Os planos são elaborados a partir de informações sobre o status do sistema,

fornecidas por alguém em um nível hierárquico acima, o que se assemelha ao

conceito de produção puxada. Desse modo, uma atividade só poderá ser incluída no

pacote de trabalho se for considerada como prioritária pelo nível hierárquico superior

e tiver suas restrições removidas. Além disso, essa atividade deverá estar incluída

no planejamento de longo prazo para que faça parte do nível tático (MOURA, 2008).

2.2.1 Hierarquização do Sistema Last Planner

No sistema Last Planner, o planejamento e controle estão divididos,

geralmente, em três níveis hierárquicos: Planejamento Mestre (ou de longo prazo),

Planejamento Lookahead (ou de médio prazo) e Planejamento de Comprometimento

(ou de curto prazo) (MOURA, 2008), como mostram as Figuras 6 e 7.

Page 23: Caroline Avila da Silva - UFSM – Universidade Federal de

23

Figura 6 - Níveis do planejamento baseados no LPS

Fonte: Adaptado de Ballard e Howell (1998).

Figura 7 - Hierarquização no Sistema Last Planner

Fonte: Adaptado de Ballard (2000).

Os objetivos globais e as restrições que comandam o projeto como um todo

são estabelecidos pelo Planejamento Mestre (ou de longo prazo) (BALLARD, 2000).

Controlar e moldar o fluxo de trabalho é responsabilidade do Planejamento

Lookahead (ou de médio prazo) (BALLARD, 2000). O Planejamento de

Page 24: Caroline Avila da Silva - UFSM – Universidade Federal de

24

Comprometimento (ou de curto prazo) avalia o que pode e o que deve ser

executado, a partir de recursos disponíveis e eliminação de restrições, gerenciando

e atribuindo pacotes às equipes de trabalho (BALLARD E HOWELL, 1997).

2.2.1.1 Planejamento Mestre

O Planejamento Mestre, ou de longo prazo, é utilizado na definição dos

objetivos do empreendimento e apresenta um baixo grau de detalhes. (LAUFER,

1997). Esse planejamento é feito próximo ao início da obra e se refere a toda a fase

de construção (BALLARD, 1997). No Planejamento Mestre, os planos têm função

desde a coordenação de atividades de longo prazo até projeção de gastos e

desembolsos (MOURA, 2008).

Esse nível de planejamento não deve apresentar muitos detalhes, em função

da falta de informação sobre as reais durações das atividades e datas de entrega

(BERNARDES, 2003). Além disso, é no planejamento mestre que são definidos os

ritmos dos principais processos de produção, em técnicas como linha de balanço,

por exemplo (LAUFER, 1997).

Após a elaboração do plano mestre, podem-se produzir orçamentos e

cronogramas gerais da obra e definir um conjunto de datas, como conclusão e

entrega do empreendimento (BALLARD E HOWELL, 1998). Nesse nível de

planejamento, deve-se programar a entrega de recursos que demandem maior

tempo de aquisição, como compra de materiais, compra ou aluguel de equipamentos

e contratação de mão-de-obra (BERNARDES, 2003).

A coordenação do planejamento de longo prazo permanece desde a

elaboração até o fim da execução do empreendimento, sendo que há modificações

no planejamento em casos que hajam mudanças significativas, como objetivo do

projeto, alteração do prazo da obra ou restrições financeiras (POLITO, 2015).

2.2.1.2 Planejamento Lookahead

O Planejamento Lookahead tem como função ser um elo entre o

planejamento Mestre e o planejamento de Comprometimento (BERNARDES, 2003).

Considerando que há o ajuste do planejamento de longo prazo, a medida que há

Page 25: Caroline Avila da Silva - UFSM – Universidade Federal de

25

uma maior disponibilidade de informações sobre o empreendimento (BALLARD E

HOWELL, 1998).

O horizonte de planejamento no médio prazo pode variar de duas semanas

até três meses, de acordo com a duração da obra e sua complexidade

(BERNARDES, 2003). Os gerentes são responsáveis pela realização de ações para

que as tarefas selecionadas sejam executadas e pela reprogramação de atividades

que não puderam ser executadas no dado momento (BALLARD, 1997).

Ao observar-se que os mecanismos de produção no nível de curto prazo eram

insuficientes para aumentar a eficiência das equipes, introduziu-se o planejamento

de médio prazo no sistema Last Planner (BALLARD, 2000). Deste modo, o

planejamento de médio prazo constitui um mecanismo de proteção da produção, à

medida que não libera atividades que não cumpram com o padrão de qualidade

(BALLARD E HOWELL, 1998).

A proteção da produção é feita através da identificação e remoção de

restrições. O planejamento de médio prazo avalia as necessidades específicas de

cada processo e identifica interferências que possam ocorrer, removendo atividades

que possam impedir a programação dos pacotes de trabalho e causar restrições

(COELHO, 2003). Essa análise é de suma importância para que as equipes sejam

alocadas de modo eficiente no tempo e no espaço, evitando movimentações

desnecessárias (COELHO, 2003).

Através do planejamento de médio prazo, pode-se ajustar os ritmos do

planejamento de longo prazo, que estejam desatualizados, através do detalhamento

das tarefas oriundas do Planejamento Mestre e da retroalimentação de dados

coletados na produção (COELHO, 2003).

Para a elaboração do planejamento de médio prazo são necessárias as

seguintes etapas (BERNARDES, 2003):

a) Coleta de informações: as informações são retiradas do planejamento de

longo prazo e faz-se a retroalimentação através de dados do curto prazo;

b) Análise de fluxo físico: análise do fluxo físico das equipes no tempo e no

espaço, definindo as equipes, tamanho e posicionamento dos materiais nos

pavimentos;

c) Preparação do plano de médio prazo: detalhamento a partir das informações

obtidas pelo planejamento de longo prazo, com planilhas e gráficos de Gantt;

Page 26: Caroline Avila da Silva - UFSM – Universidade Federal de

26

d) Difusão do plano no médio prazo: etapa que compreende setor de

suprimentos, encarregados pela contratação da mão-de-obra, terceirizados e

responsáveis pelo planejamento de curto prazo;

e) Programação dos recursos de classe 2 e 3 (recursos que exigem maiores

investimentos) e contratação de mão-de-obra: faz-se o estabelecimento de

datas limites para a disponibilização dos recursos no canteiro de obras e

contratação de mão-de-obra, a fim de prevenir a paralisação de produção em

função da falta de recursos.

Um exemplo de Planejamento Lookhead está mostrado na Figura 8.

2.2.1.3 Planejamento de Comprometimento

No planejamento de comprometimento são especificados os meios para

atingir os objetivos estabelecidos no plano mestre. Para orientar de forma direta a

execução da obra, são realizados planos semanais de trabalho. A partir do

planejamento, são designados pacotes de trabalho às equipes e faz-se o

gerenciamento do comprometimento das mesmas em realizar as atividades

(BALLARD, 2000).

O planejamento deve ser desenvolvido por meio de ações direcionadas a

proteger a produção (Shielding Production) contra os efeitos da incerteza. A

proteção da produção pode ser realizada através da realização de um planejamento

passível de ser realizado, no qual os planos foram submetidos a uma análise de

restrições e também pela análise das causas do não cumprimento de determinadas

atividades (BALLARD E HOWELL, 1998). Somente os pacotes com todas as

restrições removidas poderão ser utilizados no planejamento de curto prazo

(BERNARDES, 2003).

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27

Figura 8 - Exemplo de planejamento de médio prazo

Fonte: Moura (2008).

Através da participação de cada um dos representantes das equipes

operacionais nas reuniões semanais de planejamento, busca-se o comprometimento

das equipes (BALLARD E HOWELL, 1998). A partir de um elo de comunicação com

os demais envolvidos, conhecimento da capacidade da equipe e das restrições para

a realização de cada atividade, os representantes podem contribuir para a

elaboração do planejamento (MOURA, 2008).

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28

Para elaborar o planejamento de comprometimento, com planos passíveis de

serem realizados, alguns requisitos necessitam ser cumpridos (BALLARD E

HOWELL, 1997):

a) Definição: para especificar os pacotes de trabalho e analisar de forma clara

ao final da semana quais pacotes de trabalho foram completados, deve-se

especificar o tipo e quantidade de material a ser utilizado;

b) Disponibilidade: os recursos devem estar disponíveis quando solicitados;

c) Sequenciamento: para selecionar os pacotes de trabalho, deve-se observar

um sequenciamento adequado, de forma a garantir a continuidade do serviço

pelas demais equipes de produção;

d) Tamanho: é necessário designar pacotes de atividades compatíveis com a

capacidade produtiva de cada equipe;

e) Aprendizagem: os pacotes de trabalho não completados durante a semana

devem ser analisados, de forma a identificar as causas do atraso da

realização das tarefas.

Como existe uma variabilidade e incerteza residual, faz-se o planejamento,

quando possível, de atividades reserva para cada equipe. Tais atividades reduzem a

ociosidade da equipe, uma vez que serão realizadas quando a tarefa principal não

pode ser cumprida (KOSKELA, 1999).

A análise da eficácia do processo de planejamento de comprometimento é

feita pelo PPC (Percentual de Programação Concluída). Esse indicador também

mede o grau de confiabilidade das tarefas que estão sendo incluídas no

planejamento de curto prazo, ou seja, atividades que atendam aos requisitos de

qualidade e com grande probabilidade de serem concluídas (BALLARD E HOWELL,

1997). Para garantir a confiabilidade do planejamento, deve-se controlar e

inspecionar as atividades programadas de maneira contínua e com ciclos bem

definidos (BALLARD, 2000).

A Figura 9 mostra um exemplo de planejamento de comprometimento.

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29

Figura 9 - Exemplo de planejamento de curto prazo

Fonte: Moura (2008).

2.2.2 Conceitos inovadores de gestão da produção introduzidos pelo Last

Planner System (LPS)

Alguns princípios e conceitos e inovadores foram introduzidos na construção

civil, a partir da utilização do sistema Last Planner para a concepção de

planejamento e controle da produção (MOURA, 2008).

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30

2.2.2.1 Proteção da produção, estabilização do fluxo de trabalho e redução da

variabilidade

O conceito de proteção da produção está relacionado à redução da incerteza

do fluxo de trabalho, incluindo atividades no planejamento de curto prazo que

tiveram suas restrições removidas no planejamento de médio prazo (RECK, 2010).

O processo de planejamento e controle está representado na Figura 10.

Figura 10 – Esquematização do Sistema Last Planner com a proteção da produção

Fonte: Adaptado de Ballard e Howell (1998).

O fluxo de trabalho das equipes está diretamente relacionado ao mecanismo

de proteção da produção (MOURA, 2008). Ao incluir no planejamento semanal, por

exemplo, uma atividade que não teve suas restrições removidas, essa não será

executada ou será executada parcialmente. Desse modo, a equipe responsável

deverá realizar alguma tarefa reserva ou ainda ficará ociosa. Ao transferir a equipe

para outra atividade, há uma tendência em aumentar a parcela de atividades que

não agregam valor. Por fim, poderá ocorrer uma interrupção no fluxo de trabalho, ao

passo que haverá o atraso na entrega de determinada atividade para a próxima

equipe responsável pela continuação da produção (MOURA, 2008).

Page 31: Caroline Avila da Silva - UFSM – Universidade Federal de

31

A proteção da produção, portanto, é utilizada para estabilizar o fluxo de

trabalho, para que não haja interferência entre as equipes e possíveis atrasos na

realização das atividades (BALLARD E HOWELL, 1997).

A eliminação de todas as incertezas e variabilidade do fluxo de trabalho nem

sempre é possível. Busca-se, portanto, reduzir a variabilidade à montante, onde se

encontram os fornecedores, e melhorar o desempenho à jusante, onde estão os

clientes (BALLARD E HOWELL, 1997), como mostra a Figura 11.

Figura 11 - Sistema de proteção entre médio e curto prazo

Fonte: Adaptado de Moura (2008).

A partir da redução da variabilidade à montante, melhora-se a produtividade,

reduz-se desperdícios e consequentemente custos e prazos, refletindo no

desempenho do empreendimento como um todo (BALLARD E HOWELL, 1998).

2.2.2.2 Aumento da transparência

O conceito de aumento de transparência está relacionado à perfeita

visualização e compreensão do fluxo de trabalho por todos os envolvidos no

processo (KOSKELA,1992). Ao utilizar esse princípio, pode-se diminuir a

Page 32: Caroline Avila da Silva - UFSM – Universidade Federal de

32

possibilidade de ocorrência de erros na produção, através da identificação de

problemas por meios físicos, dispositivos e indicadores, à medida que os serviços

são executados (KOSKELA, 1992).

A falta de transparência na disposição de informações nos locais de trabalho

está associada ao surgimento de atividades que não agregam valor à produção, tais

como movimentação e espera (GALSWORTH, 1997). Além de diminuir a motivação

para melhorias, a falta de transparência relaciona-se ao aumento e redução da

visibilidade de erros (KOSKELA, 1992).

Uma maneira de aumentar a transparência e facilitar a compreensão de todos

os envolvidos no planejamento e controle de produção é a utilização de plantas e

esboços na discussão das metas (BERNARDES, 2001). Além disso, pode-se utilizar

planilhas, layouts, gráficos que permitam visualizar de forma mais clara padrões,

avisos de segurança, entre outras informações (MOURA, 2008). Ao ter acesso às

informações necessárias, as tarefas são executadas pelos funcionários de forma

mais eficiente (GREIF, 1991).

2.2.2.3 Curto ciclo de controle e melhoria contínua

De acordo com Moura (2008), o sistema Last Planner pressupõe a

necessidade de estabelecer um curto ciclo de controle de produção, a fim de

identificar rapidamente os problemas, diminuir a necessidade de estimativas de

longo prazo e aplicar medidas corretivas de forma rápida. Segundo o mesmo autor,

a ocorrência da melhoria contínua está associada ao conceito de aumento de

transparência, a partir da criação de um controle sistemático no nível de curto prazo.

Ao realizar a medição do PPC e análise das causas do não cumprimento das

tarefas a partir do controle semanal do sistema Last Planner, aplicam-se medidas

corretivas a fim de evitar a reincidência de problemas nas semanas seguintes.

Dessa forma, a partir de um curto ciclo de controle, espera-se um aumento da

produtividade das esquipes e melhora contínua do desempenho do empreendimento

(MOURA, 2008).

2.2.2.4 Produção puxada

Segundo Hopp e Spearman (1996), há duas técnicas para a gestão do fluxo

de trabalho: push e pull (empurre e puxe, respectivamente). No sistema empurrado,

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33

o trabalho para o processo de produção é liberado com base em datas pré-

estabelecidas (GRENHO, 2009). Há uma predominância no planejamento e controle

da produção na construção civil da produção empurrada, à medida que os únicos

planos formalizados e detalhados costumam ser os planos de longo prazo (MOURA,

2008).

A produção puxada, por sua vez, por ser proveniente da filosofia just-in-time,

define que os materiais ou informações são liberados em função do estado do

sistema de produção. Dessa forma, além da preocupação com a data de entrega,

faz-se a análise da quantidade e qualidade das tarefas disponíveis (HOPP E

SPEARMAN, 1996).

A partir do sistema Last Planner, há a introdução de algumas técnicas de

produção puxada no planejamento de médio e curto prazo. No planejamento de

médio prazo, a partir da identificação das restrições, faz-se a aquisição ou a

produção de recursos para a eliminação das restrições (MOURA, 2008). No

planejamento de curto prazo, por sua vez, faz-se somente a liberação das atividades

que poderão ser realizadas, de acordo com o status do sistema (HOPP E

SPEARMAN, 1996).

Segundo Ballard (2000), o sistema tradicional de planejamento e controle da

produção não considera as mudanças que possam vir a ocorrer ao longo do

processo de produção. A partir da utilização do Last Planner, no entanto, torna-se

possível a identificação de variações no objetivo de cada equipe e a aplicação de

medidas corretivas, a fim de mudar o curso das ações.

Dessa forma, em função da construção possuir um caráter dependente, ou

seja, pela necessidade de um plano de longo prazo para estabelecer as metas do

empreendimento, o sistema de gestão é uma combinação de produção puxada e

empurrada (MOURA, 2008).

2.2.2.5 Gestão participativa

De acordo com Oliveira (1999), na gestão participativa, através do processo

de compartilhamento de informações, aderência de planos e troca de experiências,

resulta o comprometimento das equipes envolvidas em todos os níveis hierárquicos

do processo. Dessa forma, esse princípio complementa o princípio do aumento de

transparência.

Page 34: Caroline Avila da Silva - UFSM – Universidade Federal de

34

A gestão participativa pode ocorrer tanto em nível operacional quanto tático,

através de reuniões com a presença de representantes das diferentes equipes e

setores envolvidos, a fim de avaliar os resultados e produzir novos planos

(OLIVEIRA, 1999). Moura (2008) enfatiza que a fim de chegar a um comum acordo

sobre datas, recursos e melhor maneira de execução dos planos, é de suma

importância que haja diálogo entre todos os envolvidos no planejamento e controle

da produção do empreendimento.

O desempenho do processo produtivo pode ser continuamente melhorado e a

produtividade aumentada através da gestão participativa, ao passo que ao realizar

reuniões de planejamento com todos os níveis hierárquicos, obtêm-se informações

mais detalhadas sobre capacidade produtiva, disponibilidade de aquisição de

recursos e status do processo produtivo, o que resulta na melhoria da qualidade dos

planos realizados (MOURA, 2008).

2.2.2.6 Estabilidade básica

Smalley (2005) define estabilidade básica como a mínima quantidade de

recursos para garantir a produção de determinado produto e a estabilidade do fluxo

de produção. Para o mesmo autor, algumas pré-condições como disponibilidade de

materiais de qualidade, forte supervisão no nível operacional e baixo número de

problemas com equipamentos, são necessárias para que seja possível implementar

princípios da construção enxuta.

A estabilidade básica depende da disponibilidade de quatro recursos,

chamados “4M” (SMALLEY, 2005):

a) mão de obra: deve estar disponível e bem treinada para cada atividade;

b) máquinas: a partir da demanda do processo, deve-se prever a disponibilidade

de equipamentos;

c) materiais: atender as atividades com o mínimo estoque possível;

d) métodos: os processos de cada atividade devem ser padronizados a fim de

realizar medições e propor melhorias na forma de execução de cada

processo.

Esses recursos são analisados no Sistema Last Planner na etapa de análise e

remoção de restrições. Desse modo, a partir do conceito de produção protegida, o

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35

sistema Last Planner contribui para garantir a estabilidade básica para o bom

andamento do fluxo de produção (MOURA, 2008).

2.3 DIAGRAMA DE PARETO OU HISTOGRAMA DE CAUSAS

O Diagrama de Pareto é uma das ferramentas de controle e qualidade

apresentada na forma gráfica com dados em ordem decrescente de frequência, o

que permite a visualização e identificação das causas ou problemas mais relevantes

que devem ser solucionados com maior urgência (RODRIGUES, 2015).

Esse diagrama é baseado no Princípio de Pareto, o qual afirma que para

muitos fenômenos, 80% dos efeitos, como atrasos, advém de 20% das causas.

Dessa forma, uma pequena quantidade de fatores é responsável pelo não

cumprimento das atividades planejadas e o consequente atraso na programação

(MATTOS, 2010). A partir dos dados provenientes do diagrama, pode-se tratar não

conformidades, realizar a identificação de pontos de melhoria e definir planos de

ação para a solução dos problemas (RODRIGUES, 2015). Um exemplo do diagrama

de Pareto está mostrado na Figura 12.

Figura 12 - Exemplo de Diagrama de Pareto

Fonte: Adaptado de Mattos (2010).

Page 36: Caroline Avila da Silva - UFSM – Universidade Federal de

36

2.4 INDICADORES DE PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUÇÃO

Entre os indicadores de planejamento e controle de produção, pode-se citar o

percentual de planos concluídos (PPC), causas do não cumprimento dos planos e

índice de boas práticas de planejamento e controle da produção (MOURA, 2008).

2.4.1 Percentual de planos concluídos (PPC)

O percentual de planos concluídos (PPC) é o principal indicador de

planejamento e controle da produção e representa a razão entre o número de

pacotes concluídos e o número de pacotes fixados no planejamento semanal, como

mostra a equação a seguir (GRENHO, 2009).

𝑃𝑃𝐶 =𝑛° 𝑑𝑒 𝑃𝑎𝑐𝑜𝑡𝑒𝑠 100% 𝑐𝑜𝑛𝑐𝑙𝑢í𝑑𝑜𝑠

𝑛° 𝑑𝑒 𝑃𝑎𝑐𝑜𝑡𝑒𝑠 𝑃𝑙𝑎𝑛𝑒𝑗𝑎𝑑𝑜𝑠 (1)

No nível operacional em empresas de construção civil, o PPC vem sendo

utilizado como a principal medida de eficácia do sistema de gestão da produção. Ao

atender os requisitos de qualidade do plano semanal, pode-se analisar por esse

indicador se o avanço físico da obra está adequado e se a eficiência da produção

está elevada ou não. Obtendo-se um valor alto de PPC, infere-se que a eficiência da

produção está elevada e, portanto, o avanço físico da obra está adequado

(BALLARD, 2000). Para isso, considera-se que as restrições foram analisadas e

eliminadas no planejamento de médio prazo e que as equipes são dimensionadas

de acordo com a capacidade real (MOURA, 2008).

O indicador PPC não é aplicado corretamente em algumas situações, em

função de distorções que ocorrem na elaboração do planejamento de curto prazo

(MOURA, 2008). De acordo com Oliveira (1999), há a elaboração de atividades

fáceis de serem totalmente concluídas associada a dimensão inadequada das

equipes, aquém da capacidade de produção real. Além disso, Akkari (2003) aponta

que, a fim de aumentar artificialmente os valores de PPC, muitas vezes há a divisão

dos pacotes de trabalho em pacotes pequenos.

Tais distorções na aplicação do PPC acabam por elevar erroneamente a

eficácia do planejamento e consequentemente o avanço físico do empreendimento

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37

se torna mais lento do que a meta estabelecida no planejamento de longo prazo.

Desse modo, a fim de evitar distorções e interpretações erradas da eficácia do

planejamento, é de suma importância que a elaboração do planejamento de curto

prazo siga os requisitos de qualidade anteriormente mencionados (MOURA, 2008).

Os valores de Percentual de Planos Concluídos obtidos nos diversos

trabalhos realizados por autores de diferentes países estão relacionados na tabela a

seguir:

Figura 13 - Valores-referência de PPC

Fonte: Moura (2008).

2.4.2 Causas do não cumprimento dos planos

A cada pacote de trabalho não concluído no planejamento de curto prazo,

registra-se uma causa associada ao não cumprimento do plano (BERNARDES,

2001). Tais causas podem melhorar o desempenho da obra, à medida que

constituem uma fonte de dados que possibilitam identificar oportunidades de

melhoria da gestão da produção (MOURA, 2008).

As causas para o não cumprimento dos planos variam de acordo com as

características de cada região. Desse modo, de acordo com o local onde está

inserida, cada empresa pode elaborar a própria lista de causas mais frequentes

(MOURA, 2008). Com o auxílio de diversas empresas do setor de construção civil,

uma lista de causas mais recorrentes para o não cumprimento dos pacotes de

trabalho foi elaborada no manual de utilização do SISIND-NET. Fez-se a divisão em

grupos de causas relacionadas à mão de obra, materiais, equipamento, projeto,

planejamento, interferência do cliente, problemas meteorológicos e fornecedores,

(COSTA et al., 2006), como está mostrado na Figura 14.

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Figura 14 - Lista de causas de não cumprimento

Fonte: Moura (2008).

1.

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36.

Fornecedor

Atraso na entrega

Manutenção de equipamento do fornecedor

MÃO DE OBRA

MATERIAIS

PROJETO

PLANEJAMENTO

INTERFERÊNCIA DO CLIENTE

PROBLEMAS METEOROLÓGICOS

FORNECEDORES

Solicitação de paralisação dos serviços

Indefinição por parte do cliente (projeto e/ou execução)

Liberação de serviços extras

Condições adversas ao tempo

Pré-requisito do plano não foi cumprido

Falha na solicitação do recurso

Problema não previsto na execução

Problema na gerência do serviço

Solicitação de modificação do serviço que já estava sendo executado

Alteração do projeto

Falta de conferência do projeto

Modificações dos planos

Má especificação da tarefa

Atraso da tarefa antecedente

Manutenção de equipamento da construtora

Mau dimensionamento

Falta de projeto

Má qualidade do projeto

Incompatibilidade entre projetos

Falta de programação de materiais

Falta por perda elevada (acima da estimada)

Falta de materiais do empreiteiro

Falta de programação de equipamento

EQUIPAMENTO

Solicitação de inclusão de pacote de trabalho no plano (diário ou semanal)

Absenteísmo

Falta de comprometimento do empreiteiro

Baixa produtividade (mesma equipe)

Modificação da equipe (decisão gerencial)

Afastamento por acidente

Falta de programação de mão de obra

Superestimação da produtividade

Interferência entre equipes de trabalho

Falta de dados sobre a produção de um novo serviço

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39

3 ESTUDO DE CASO

A estratégia utilizada para validar este trabalho foi o estudo de caso, que foi

realizado em uma Construtora na cidade de Santa Maria – RS, através do

desenvolvimento e acompanhamento do planejamento e execução das atividades

realizadas pela empresa e posterior comparação entre o planejado e o executado no

período de análise, identificando as causas do não cumprimento dos planos e

oportunidades de melhoria nos pontos analisados.

3.1 CARACTERÍSTICAS DA EMPRESA E DA OBRA

A Construtora em que o estudo de caso foi realizado atua no ramo da

construção civil há 23 anos, na cidade de Santa Maria - RS. A empresa possui 12

empreendimentos lançados, com foco em edifícios residenciais de um ou dois

dormitórios e algumas edificações de uso misto, residencial e comercial. A

Construtora busca a inovação no desenvolvimento de projetos e nas técnicas

construtivas, prezando pela qualidade dos imóveis e bem-estar dos moradores.

A obra escolhida consiste em um conjunto de edificações de uso misto, e está

localizado entre a Rua Andradas e a Rua Venâncio Aires, no Bairro Centro, na

cidade de Santa Maria, Rio Grande do Sul. A área hachurada, mostrada na Figura

15, indica a localização do Empreendimento.

Figura 15 - Localização do Empreendimento

Fonte: Adaptado de Google Earth (2017).

Page 40: Caroline Avila da Silva - UFSM – Universidade Federal de

40

O empreendimento é composto de quatro torres, totalizando mais de 60.000

m² de área construída, interligadas por subsolos com aproximadamente 600 vagas

de garagens, de uso residencial, comercial e estacionamento rotativo. Iniciada em

2016, a obra compreenderá 5 anos de construção contínua, sendo que a entrega

das torres será feita de forma parcial, de modo que a torre A será entregue ao final

de 2018, a torre B ao final de 2019, a torre C ao final de 2020 e a torre D ao final de

2021.

A edificação na qual o estudo de caso foi realizado é a Torre A, com fachada

para a Rua Venâncio Aires e composta por 03 subsolos, pavimento térreo, 02

pavimentos de salas comerciais, 10 pavimentos tipo, cobertura com salão de festas

e pavimento técnico. O pavimento térreo é composto por 08 lojas, o segundo e

terceiro pavimentos por 15 salas comerciais cada, e cada pavimento tipo é dividido

em 16 apartamentos, sendo 12 apartamentos de um dormitório e 04 apartamentos

de dois dormitórios, totalizando 160 apartamentos. A fachada do empreendimento

está detalhada na Figura 16.

Figura 16 - Fachada do empreendimento

Fonte: Construtora.

Page 41: Caroline Avila da Silva - UFSM – Universidade Federal de

41

3.2 METODOLOGIA

Na primeira etapa da metodologia, a fim de realizar o cronograma de longo

prazo do empreendimento, fez-se a identificação e definição das durações das

atividades. A partir do cronograma de longo prazo inicialmente obtido, foram

extraídos os cronogramas de médio (mensal) e curto prazo (semanal), os quais

foram atualizados com o objetivo de representar o real avanço físico do

empreendimento.

No cronograma de médio prazo, a fim de realizar a proteção da produção, fez-

se a identificação de restrições, ou seja, interferências que poderiam impedir a

realização dos pacotes de trabalho planejados. No cronograma de curto prazo, a fim

de mensurar a eficácia do planejamento semanal, fez-se a aplicação do Percentual

de Planos Concluídos (PPC) e a análise das causas do não cumprimento dos

planos. Toda a sequência lógica proposta por esta metodologia pode ser observada

em uma análise macro a partir do organograma mostrado na Figura 17.

Figura 17 - Organograma da metodologia

Fonte: Autor

Page 42: Caroline Avila da Silva - UFSM – Universidade Federal de

42

3.2.1 Planejamento de Longo Prazo

Com o objetivo de obter uma visão geral das atividades a serem executadas

até a conclusão do empreendimento, elaborar o planejamento de médio e curto

prazo, e programar recursos com longo período de contratação, foi realizado o

planejamento de longo prazo da empresa. Desse modo, a partir dos dados de

tempos de execução das etapas já finalizadas, foi realizado um cronograma físico e

a linha de balanço dos meses restantes da obra, para o período de setembro de

2017 até outubro de 2018. As etapas do planejamento de longo prazo serão

discutidas a seguir.

3.2.1.1 Identificação das atividades

No momento em que o desenvolvimento deste trabalho foi iniciado, a etapa

que estava em andamento do empreendimento era a estrutura do 3° pavimento.

Deste modo, em uma reunião com o mestre de obras, foi realizado um levantamento

das atividades que ainda deveriam ser executadas e foi realizada a Estrutura

Analítica de Projeto (EAP).

3.2.1.2 Definição das durações e sequenciamento das atividades

A partir do levantamento das atividades restantes do empreendimento, foi

realizada, na mesma reunião com o mestre de obras, estimativas das durações das

etapas da obra, sendo que foram consideradas como base as durações das

atividades de obras realizadas anteriormente pela empresa.

Da mesma forma, como as técnicas construtivas da obra se mantiveram, o

sequenciamento das atividades foi realizado baseado no sequenciamento das

etapas de empreendimentos executados anteriormente pela empresa.

3.2.1.3 Cronograma Físico e Gráfico de Gantt

Após realizar a identificação, definição das durações e o sequenciamento das

atividades, foi realizado o cronograma físico e gráfico de Gantt da obra através do

software MS Project. Para criar o cronograma, inicialmente, foram inseridos os

Page 43: Caroline Avila da Silva - UFSM – Universidade Federal de

43

dados de calendário, tais como data de início do projeto e jornada de trabalho.

Posteriormente foram inseridas as atividades e durações e foram definidas as

atividades predecessoras e sucessoras.

3.2.1.4 Linha de Balanço

Para compreender melhor o ritmo da construção, facilitar a visualização do

planejamento de longo prazo e representar a evolução dos serviços repetitivos, foi

realizada a linha de balanço. Dessa forma, as atividades foram alocadas de acordo

com a sequência e durações definidas no cronograma, possibilitando inferir

graficamente quando cada serviço seria executado em cada pavimento da torre.

3.2.2 Planejamento de Médio Prazo

A fim de vincular o planejamento do nível estratégico ao planejamento do

nível operacional, foi realizado o planejamento de médio prazo, sendo que os dados

para a elaboração do mesmo foram retirados do planejamento de longo prazo e

separados em pacotes de trabalho mais detalhados, definindo-se o sequenciamento

das atividades que serão executadas no planejamento de curto prazo. O

planejamento foi realizado para os meses de outubro e novembro, sendo que as

atividades foram retiradas do cronograma físico realizado no MS Project e

detalhadas utilizando o software Excel.

Com o objetivo de aumentar a confiabilidade do planejamento de curto prazo

e proteger a produção, foi realizado no planejamento de médio prazo a identificação

e análise de restrições, ou seja, interferências que poderiam atrasar ou impossibilitar

a conclusão das atividades planejadas. Dessa forma, ao realizar o cronograma de

médio prazo, foram identificadas previamente as restrições correspondentes à

compra de materiais e contratação de mão de obra para as atividades do mês

seguinte e essas foram repassadas aos responsáveis por cada setor.

3.2.3 Planejamento de Curto Prazo

O planejamento de curto prazo foi realizado de forma semanal a partir do

planejamento de médio prazo do mês correspondente, sendo que foram inseridas

Page 44: Caroline Avila da Silva - UFSM – Universidade Federal de

44

atividades extras não detalhadas no cronograma de médio prazo. Em cada segunda-

feira, foi realizada a medição das atividades concluídas na semana anterior e foi

realizado o planejamento da semana corrente juntamente com o mestre de obras.

As atividades previstas e não concluídas durante a semana, foram reprogramadas

para a semana seguinte.

3.2.3.1 Medição da elevação da alvenaria

A medição das atividades relacionadas à elevação da alvenaria foi realizada

de forma semanal para cada pavimento, juntamente com a medição e análise do

PPC das demais atividades. A fim de medir a produção realizada por cada equipe na

semana, foi realizado um croqui de pavimento, com anotações das alvenarias

concluídas e altura da alvenaria de paredes não concluídas, como mostra a Figura

18. A partir desses dados, para obtenção da área de alvenaria executada na

semana, foi realizada a medição dos perímetros pelo projeto e multiplicada pela

altura observada no local. A figura mostra o croqui da medição do 2° Pavimento

realizado no dia 13 de novembro.

Figura 18 - Exemplo de croqui para medição da alvenaria

Fonte: Autor.

Page 45: Caroline Avila da Silva - UFSM – Universidade Federal de

45

3.2.3.2 Percentual de Planos Concluídos (PPC)

Para a análise da programação concluída, foi aplicado o Percentual de Planos

Concluídos (PPC), de forma adaptada. Enquanto que algumas literaturas indicam

somente a aplicação de 0% para atividades não concluídas (mesmo iniciadas) e

100% para atividades concluídas, e outras indicam 20% para atividades iniciadas e

não concluídas, optou-se por adotar uma metodologia livre, de forma que os valores

percentuais do PPC representam o real avanço de execução do pacote de atividade.

Desta forma, o PPC foi aplicado da seguinte maneira:

a) Enumeração e descrição dos pacotes de trabalho, mostrada na Figura 19;

Figura 19 - Especificação dos pacotes de trabalho

Fonte: Autor.

b) Definição dos dias da execução de cada atividade, assim como a distribuição

da atividade nas respectivas datas com o auxílio de um marcador nas células

correspondentes da linha “P” (planejado), mostrada na Figura 20;

Page 46: Caroline Avila da Silva - UFSM – Universidade Federal de

46

Figura 20 - Delimitação das datas de execução das atividades

Fonte: Autor.

c) O controle das tarefas planejadas foi realizado ao longo de cada semana

através da marcação do dia em que cada atividade foi executada nas células

da linha “E”. Dessa forma, pode-se realizar o controle de atividades

predecessoras que iniciaram fora do prazo e que acabaram por atrasar as

atividades da sequência.

Ao final de cada semana, a partir da medição da execução atividades, foram

obtidos os respectivos percentuais de planos concluídos. O PPC semanal foi

calculado como a razão entre o número de atividades 100% concluídas e o

número de atividades planejadas, como mostra a Figura 21.

Page 47: Caroline Avila da Silva - UFSM – Universidade Federal de

47

Figura 21 - Dias de tarefas executadas e porcentagem de conclusão

Fonte: Autor.

3.2.3.3 Análise das causas do não cumprimento dos planos

Para cada atividade não concluída, foi atribuída uma causa, a fim de justificar

o não cumprimento do plano no período previsto, como mostra a Figura 22.

Figura 22 - Causas para a não conclusão das tarefas

Fonte: Autor.

Para o planejamento da obra, foi elaborada uma lista adaptada das causas do

não cumprimento dos planos observadas durante o processo de aplicação da

pesquisa. Tais causas são apresentadas no Quadro 1.

Page 48: Caroline Avila da Silva - UFSM – Universidade Federal de

48

Quadro 1 - Lista de causas do não cumprimento dos planos

CAUSAS DO NÃO CUMPRIMENTO DOS PLANOS

CAUSA DESCRIÇÃO

C1 Superestimação da produção

C2 Afastamento da mão de obra por acidente

C3 Equipe realocada para outra atividade

C4 Falta de mão de obra

C5 Falta de material devido ao atraso na entrega pelo fornecedor

C6 Falta de equipamento

C7 Falta de projeto

C8 Alteração de projeto

C9 Má qualidade de projeto

C10 Falta de energia e/ou água

C11 Problemas meteorológicos

C12 Modificação dos planos

C13 Atraso da tarefa predecessora

C14 Logística de abastecimento de material insuficiente

C15 Redução da produtividade da mão de obra

C16 Ausência justificada da mão de obra

Fonte: Autor.

A partir do levantamento semanal das causas do não cumprimento dos

planos, foram gerados gráficos, através do Diagrama de Pareto, para a análise das

causas mais frequentes. Dessa forma, foi possível realizar a identificação de pontos

críticos da obra que poderiam acarretar o atraso na entrega do empreendimento, e,

portanto, nos quais seria necessária a aplicação de medidas corretivas.

Page 49: Caroline Avila da Silva - UFSM – Universidade Federal de

49

4 RESULTADOS E ANÁLISE

4.1 PLANEJAMENTO DE LONGO PRAZO

Através do planejamento de longo prazo, foram obtidos como resultado o

cronograma físico da obra, o gráfico de Gantt e a linha de balanço. As etapas do

planejamento de longo prazo e seus respectivos resultados serão apresentados a

seguir.

4.1.1 Cronograma físico e Gráfico de Gantt

O cronograma físico foi elaborado a partir da data de início deste trabalho, em

agosto de 2017, com prazo final de entrega do empreendimento para outubro de

2018. Para a realização do cronograma, não foi possível ter acesso ao orçamento do

da obra, portanto a estrutura analítica de projeto (EAP) foi realizada em conjunto

com o mestre de obras, a partir de referências do sequenciamento e durações de

atividades de obras realizadas pela empresa anteriormente.

A partir da estrutura analítica de projeto e estimativas de durações das

atividades, foi elaborado o cronograma de longo prazo através do software MS

Project. Juntamente com o cronograma físico, o gráfico de Gantt foi extraído, o que

possibilitou uma visualização gráfica das atividades que serão realizadas

paralelamente e o avanço das diferentes etapas planejadas. A Figura 23 detalha o

cronograma físico da obra associado ao gráfico de Gantt, compreendendo a

estrutura analítica de projeto (EAP), respectivas durações, datas de início e fim das

atividades.

Figura 23 - Cronograma físico e gráfico de Gantt

Fonte: Autor.

Page 50: Caroline Avila da Silva - UFSM – Universidade Federal de

50

4.1.2 Linha de Balanço

A partir do cronograma físico do empreendimento, foi elaborada a linha de

balanço, a fim de facilitar a visualização do processo produtivo. Em decorrência da

obra possui caráter repetitivo, é possível visualizar através dessa técnica os ritmos

de produção de cada atividade e identificar possíveis interferências no fluxo de mão-

de-obra. Por consequência do curto período de tempo restante para a entrega da

obra, as atividades foram planejadas e alocadas de forma a obter a mínima duração

possível, o que justifica o ritmo de produção acelerado e a linha de balanço com

elevada inclinação, como mostra a Figura 24.

Page 51: Caroline Avila da Silva - UFSM – Universidade Federal de

51 Figura 24 - Linha de balanço do empreendimento

Fonte: Autor.

02-07 09-14 16-21 23-28 30-04 06-11 13-18 20-25 27-02 04-09 11-16 18-23 25-30 01-06 08-13 15-20 22-27 29-03 05-10 12-17 19-24 26-03 05-10 12-17 19-24 26-31 02-07 09-14 16-21 23-28 30-05 07-12 14-19 21-26 28-02 04-09 11-16 18-23 25-30 02-07 09-14 16-21 23-28 30-04 06-11 13-18 20-25 27-01 03-08 10-15 17-22 24-29 01-06 08-13 15-20

EST EST EST ALV ALV CM INS INS RIN RIN ESQ PIN PIN PM

EST EST EST ALV ALV CM INS INS RIN CER CER GES GES ESQ ESQ GAC GAC PIN PIN PIN PM LOU LOU CCA CCA

CHU CHU CTP CTP CTP

EST EST EST EST ALV ALV ALV CM CM INS INS INS RIN CER CER GES GES GES ESQ ESQ GAC GAC GAC PIN PIN PIN PM PM LAM LAM LOU LOU CCA CCA

CHU CHU CTP CTP CTP

EST EST EST ALV ALV ALV ALV CM CM INS INS INS RIN CER CER GES GES GES ESQ ESQ GAC GAC GAC PIN PIN PIN PM PM LAM LAM LOU LOU CCA CCA

CHU CHU CTP CTP CTP

EST EST EST ALV ALV ALV ALV CM CM INS INS INS RIN RIN CER CER GES GES GES ESQ ESQ GAC GAC GAC PIN PIN PIN PM PM LAM LAM LOU LOU CCA CCA

CHU CHU CTP CTP CTP

EST EST EST EST ALV ALV ALV ALV CM CM INS INS INS RIN RIN CER CER GES GES GES ESQ ESQ GAC GAC GAC PIN PIN PIN PM PM LAM LAM LOU LOU CCA CCA

CHU CHU CTP CTP CTP

EST EST EST ALV ALV ALV ALV ALV CM CM INS INS INS RIN RIN CER CER GES GES GES ESQ ESQ GAC GAC GAC GAC PIN PIN PIN PM PM LAM LAM LOU LOU CCA CCA

CHU CHU CTP CTP CTP

EST EST EST EST ALV ALV ALV ALV ALV CM CM INS INS INS RIN RIN CER CER GES GES GES ESQ ESQ GAC GAC GAC GAC PIN PIN PIN PM PM LAM LAM LOU LOU CCA CCA

CHU CHU CTP CTP CTP

EST EST EST ALV ALV ALV ALV CM CM INS INS INS RIN RIN CER CER GES GES GES ESQ ESQ GAC GAC GAC PIN PIN PIN PM PM LAM LAM LOU LOU CCA CCA

CHU CHU CTP CTP CTP

EST EST ALV ALV ALV ALV CM CM INS INS INS RIN RIN CER CER GES GES GES ESQ ESQ GAC GAC GAC PIN PIN PIN PM PM LAM LAM LOU LOU CCA CCA

CHU CHU CTP CTP CTP

EST ALV ALV ALV ALV CM CM INS INS INS RIN RIN CER CER GES GES GES ESQ ESQ GAC GAC GAC PIN PIN PIN PM PM LAM LAM LOU LOU CCA CCA

CHU CHU CTP CTP CTP

ALV ALV ALV ALV CM CM INS INS INS RIN RIN CER CER GES GES GES ESQ ESQ GAC GAC GAC PIN PIN PIN PM PM LAM LAM LOU LOU CCA CCA

ALV ALV ALV ALV CM CM INS INS RIN RIN CER CER GES GES GES ESQ ESQ GAC GAC PIN PIN PIN PM PM LOU LOU CCA CCA

ALV ALV ALV ALV CM CM INS INS RIN RIN CER CER GES GES GES ESQ ESQ GAC GAC PIN PIN PIN PM PM LOU LOU CCA CCA

ALV ALV ALV CM CM INS INS RIN RIN CER CER GES GES GES ESQ ESQ ESQ GAC GAC GAC PIN PIN PIN PM LOU LOU CCA CCA

ALV ALV CM CM INS RIN ESQ ESQ PIN PIN PIN PM

ALV CM RIN ESQ ESQ PIN PIN PIN PM

ALV CM RIN

OUTUBRO/2018

02-07 09-14 16-21 23-28 30-04 06-11 13-18 20-25 27-02 04-09 11-16 18-23 25-30 01-06 08-13 15-20 22-27 29-03 05-10 12-17 19-24 26-03 05-10 12-17 19-24 26-31 02-07 09-14 16-21 23-28 30-05 07-12 14-19 21-26 28-02 04-09 11-16 18-23 25-30 02-07 09-14 16-21 23-28 30-04 06-11 13-18 20-25 27-01 03-08 10-15 17-22 24-29 01-06 08-13 15-20

REX REX REX REX REX REX RV RV RV RV PEX PEX PEX PEX PEX PEX PEX PEX

REX REX REX REX REX REX RV RV RV RV PEX PEX PEX PEX PEX PEX PEX PEX

REX REX REX REX REX REX REX REX RV RV RV RV PEX PEX PEX PEX PEX PEX PEX PEX

REX REX REX REX REX REX REX REX RV RV RV RV PEX PEX PEX PEX PEX PEX PEX PEX

ALV ALVENARIA EST ESTRUTURA DE CONCRETO ARMADO PIN PINTURA INTERNA

CCA REVESTIMENTO CERÂMICO DA CIRULAÇÃO E ESCADAS GAC GESSO ACARTONADO PM INSTALAÇÃO DE PORTAS

CER REVESTIMENTO CERÂMICO DE BANHEIROS E COZINHA GES GESSO DAS PAREDES INTERNAS REX REBOCO EXTERNO

CHU INSTALAÇÃO DE CHURRASQUEIRAS INS INSTALAÇÕES PREDIAIS RIN REBOCO INTERNO

CM CONTRAMARCO LAM PISO LAMINADO RV REVESTIMENTO FACHADA

CTP CONTRAPISO E REBOCO DE SACADAS LOU LOUÇAS E METAIS

ESQ ESQUADRIAS E VIDROS PEX PINTURA EXTERNA

OUTUBRO/2018

LINHA DE BALANÇO - TORRE A

PROCESSOS PRODUTIVOS

FRONTAL

FUNDOS

ESQUERDA

DIREITA

MAIO/2018 JUNHO/2018 JULHO/2018 AGOSTO/2018 SETEMBRO/2018NOVEMBRO/2017 DEZEMBRO/2017 JANEIRO/2018 FEVEREIRO/2018 MARÇO/2018 ABRIL/2018

SUBSOLO 2

SUBSOLO 3

FACHADASOUTUBRO/2017

5° PAVIMENTO

(2° PAVIMENTO

TIPO)

4° PAVIMENTO

(1° PAVIMENTO

TIPO)

3° PAVIMENTO

2° PAVIMENTO

TÉRREO

SUBSOLO 1

11° PAVIMENTO

(8° PAVIMENTO

TIPO)

10° PAVIMENTO

(7° PAVIMENTO

TIPO)

9° PAVIMENTO

(6° PAVIMENTO

TIPO)

8° PAVIMENTO

(5° PAVIMENTO

TIPO)

7° PAVIMENTO

(4° PAVIMENTO

TIPO)

6° PAVIMENTO

(3° PAVIMENTO

TIPO)

DIAS

RESERVATÓRIOS

14° PAVIMENTO

13° PAVIMENTO

(10° PAVIMENTO

TIPO)

12° PAVIMENTO

(9° PAVIMENTO

TIPO)

ABRIL/2018 MAIO/2018 JUNHO/2018 JULHO/2018 AGOSTO/2018 SETEMBRO/2018MÊS OUTUBRO/2017 NOVEMBRO/2017 DEZEMBRO/2017 JANEIRO/2018 FEVEREIRO/2018 MARÇO/2018

Page 52: Caroline Avila da Silva - UFSM – Universidade Federal de

52

4.2 PLANEJAMENTO DE MÉDIO PRAZO

Após a elaboração do planejamento de longo prazo, foi realizado o

planejamento de médio prazo para os meses de outubro e novembro, a fim de

relacionar os horizontes de planejamento estratégico e operacional. Inicialmente, a

partir do cronograma de longo prazo, foi programado no início do mês de setembro o

planejamento do mês de outubro.

A fim de reduzir a variabilidade da produção, foi executada a avaliação das

necessidades de cada atividade planejada e a identificação de restrições que

poderiam impedir a conclusão dos pacotes de trabalho. É importante salientar que

as restrições, tais como compra de materiais e contratação de mão de obra, foram

identificadas e comunicadas aos profissionais responsáveis de cada área, sendo

esses os responsáveis pela remoção das mesmas. O Quadro 2 mostra a análise das

restrições do mês de outubro.

Quadro 2 – Análise de restrições do mês de outubro

Fonte: Autor.

A seguir, na Figura 25, é detalhado o planejamento de médio prazo para o

mês de outubro.

Realizar pedido de aço 14/09/2017

Contratar mão de obra

Realizar pedido de bloco cerâmico

e argamassa

Realizar pedido de bloco celular

28/09/2017

25/09/2017

25/09/2017

ANÁLISE DE RESTRIÇÕES - OUTUBRO/2017

DATA LIMITE

PARA

REMOÇÃO DA

RESTRIÇÃO

RESTRIÇÕES

02/10/2017

DATA DE

INÍCIO DA

EXECUÇÃO

ATIVIDADE

Montagem e concretagem das lajes e

pilares do 6°, 7° e 8° Pavimentos

02/10/2017

Marcação e elevação da alvenaria do

subsolo 1, subsolo 2, 2° e 3°

Pavimentos

Page 53: Caroline Avila da Silva - UFSM – Universidade Federal de

53

Fonte: Autor.

02/10 03/10 04/10 05/10 06/10 07/10 09/10 10/10 11/10 12/10 13/10 14/10 16/10 17/10 18/10 19/10 20/10 21/10 23/10 24/10 25/10 26/10 27/10 28/10S T Q Q S S S T Q Q S S S T Q Q S S S T Q Q S S

1Marcação, montagem, concretagem e desforma de pilares 6°

Pavimento AD02/10 05/10

2Montagem de escoramento, formas, EPS e posicionamento da

armadura - Laje 6° Pavimento AE02/10 05/10

3 Concretagem laje 6° Pavimento AE 06/10 06/10

4Marcação, montagem, concretagem e desforma de pilares 6°

Pavimento AE07/10 11/10

5Montagem de escoramento, formas, EPS e posicionamento da

armadura - Laje 7° Pavimento AD06/10 10/10

6 Concretagem laje 7° Pavimento AD 11/10 11/10

7Marcação, montagem, concretagem e desforma de pilares 7°

Pavimento AD16/10 19/10

8Montagem de escoramento, formas, EPS e posicionamento da

armadura - Laje 7° Pavimento AE16/10 19/10

9 Concretagem laje 7° Pavimento AE 20/10 20/10

10Marcação, montagem, concretagem e desforma de pilares 7°

Pavimento AE21/10 25/10

11Montagem de escoramento, formas, EPS e início do

posicionamento da armadura - Laje 8° Pavimento AD26/10 28/10

12 Execução da escada Térreo - comercial 02/10 10/10

13 Execução da escada do 2° Pavimento 11/10 23/10

14 Início Execução da escada do 3° Pavimento 24/10 28/10

15 Desforma laje 5° Pavimento AE 24/10 26/10

16 Desforma laje 5° Pavimento AD 28/10 28/10

ALVENARIA

16 Elevação alvenaria Subsolo 2

17 Marcação e elevação da alvenaria - 2° Pavimento

18 Marcação e elevação alvenaria - 3° Pavimento

19 Marcação e elevação alvenaria Subsolo 1

PLANEJAMENTO DE MÉDIO PRAZO - OUTUBRO 2017

ESTRUTURA

SEMANAS

PERÍODO: 02/10 - 28/10

SEMANA 2 SEMANA 3 SEMANA 402/10 - 07/10 09/10-14/10 16/10-21/10 23/10-28/10N° ATIVIDADE INÍCIO FIMSEMANA 1

Figura 25 - Cronograma de médio prazo de Outubro

Page 54: Caroline Avila da Silva - UFSM – Universidade Federal de

54

O planejamento do mês de novembro foi realizado a partir do planejamento

de longo prazo, da mesma maneira que o mês anterior, porém a data de início de

algumas atividades foi atualizada conforme o andamento da execução das mesmas

no mês de outubro. O cronograma detalhado está apresentado na Figura 26.

Figura 26 - Cronograma de médio prazo de novembro

Fonte: Autor.

30/10 31/10 01/11 02/11 03/11 04/11 06/11 07/11 08/11 09/11 10/11 11/11 13/11 14/11 15/11 16/11 17/11 18/11 20/11 21/11 22/11 23/11 24/11 25/11

S T Q Q S S S T Q Q S S S T Q Q S S S T Q Q S S

1Marcação, montagem, concretagem e

desforma de pilares 8° Pavimento AE30/10 01/11

2

Montagem de escoramento, formas, EPS

e posicionamento da armadura - Laje 9°

Pavimento AD

30/10 03/11

3 Concretagem laje 9° Pavimento AD 04/11 04/11

4Marcação, montagem, concretagem e

desforma de pilares 9° Pavimento AD06/11 09/11

5

Montagem de escoramento, formas, EPS

e posicionamento da armadura - Laje 9°

Pavimento AE

01/11 06/11

6 Concretagem laje 9° Pavimento AE 07/11 07/11

7Marcação, montagem, concretagem e

desforma de pilares 9° Pavimento AE08/11 11/11

8

Montagem de escoramento, formas, EPS

e posicionamento da armadura - Laje 10°

Pavimento AD

09/11 13/11

9 Concretagem laje 10° Pavimento AD 14/11 14/11

10Marcação, montagem, concretagem e

desforma de pilares 10° Pavimento AD16/11 20/11

11

Montagem de escoramento, formas, EPS

e posicionamento da armadura - Laje 10°

Pavimento AE

11/11 16/11

12 Concretagem laje 10° Pavimento AE 17/11 17/11

13Marcação, montagem, concretagem e

desforma de pilares 10° Pavimento AE18/11 22/11

14

Montagem de escoramento, formas, EPS

e posicionamento da armadura - Laje 11°

Pavimento AD

20/11 23/11

15 Concretagem laje 11° Pavimento AD 24/11 24/11

16Marcação, montagem e concretagem de

pilares 11° Pavimento AD25/11 29/11

17

Montagem de escoramento, formas, EPS

e posicionamento da armadura - Laje 11°

Pavimento AE

22/11 25/11

18Execução da escada do 3° Pavimento -

social30/10 08/11

19 Execução da escada do 4° Pavimento 09/11 18/11

20Início da execução da escada do 5°

Pavimento 20/11 25/11

21 Desforma laje 6° Pavimento AD 30/10 01/11

22 Desforma laje 6° Pavimento AE 03/11 06/11

23 Desforma laje 7° Pavimento AD 10/11 13/11

24 Desforma laje 7° Pavimento AE 14/11 17/11

25 Desforma laje 8° Pavimento AD 22/11 24/11

26Marcação e elevação 4°Pavimento AD e

AE30/10 25/11

27Marcação e elevação 5°Pavimento AD e

AE30/10 25/11

28Continuação elevação alvenaria 3°

Pavimentos AD e AE30/10 11/11

29Finalização da elevação da alvenaria do

2° Pavimento30/10 25/11

30Marcação e elevação da alvenaria do

Térreo06/11 25/11

31 Marcação da alvenaria do 6° Pavimento 10/11 18/11

32 Marcação da alvenaria do 7° Pavimento 10/11 18/11

30/10 - 04/11 06/11 - 11/11 13/11 - 18/11 20/11 - 25/11

ALVENARIA

ESTRUTURA

N° ATIVIDADE INÍCIO FIM

SEMANAS

PERÍODO: 30/10 -25/11

PLANEJAMENTO DE MÉDIO PRAZO - NOVEMBRO/2017

SEMANA 3 SEMANA 4SEMANA 1 SEMANA 2

Page 55: Caroline Avila da Silva - UFSM – Universidade Federal de

55

As restrições das atividades do mês de novembro foram identificadas do

mesmo modo que no mês de outubro, sendo que o pedido de aço foi solicitado ao

responsável pela compra de material um mês antes do início da montagem de

armaduras da laje do 11° pavimento, a fim de evitar atraso na entrega pelo

fornecedor, como mostra o Quadro 3.

Quadro 3 – Análise de restrições do mês de novembro

Fonte: Autor.

4.3 PLANEJAMENTO DE CURTO PRAZO

A análise do banco de dados foi realizada a fim de verificar a eficácia de

desenvolvimento do sistema de planejamento e controle da obra. A partir dos dados

obtidos de PPC e causas de não cumprimento dos planos, foi realizada a análise

semanal e mensal através de gráficos de PPC e diagramas de Pareto.

4.3.1 Período analisado: Outubro de 2017

4.3.1.1 Semana 1

A semana 1 de planejamento de curto prazo refere-se aos dias 02 a 07 de

outubro, sendo que a programação foi realizada, previamente, na segunda-feira dia

02. A análise do percentual de planos concluídos (PPC) e das causas de não

Montagem e concretagem das

lajes e pilares do 11° Pavimento25/11/2017 Realizar pedido de aço 25/10/2017

Realizar pedido de bloco celular 23/10/2017

Contratar mão de obra 25/10/2017

26/10/2017

OBSERVAÇÃO

ANÁLISE DE RESTRIÇÕES - NOVEMBRO/2017

Material disponível

no canteiro.

Mão de obra já

contratada.

Elevação da alvenaria do

Térreo, 4° Pavimento AD e AE e

5° Pavimento AD e AE

01/11/2017 Realizar pedido de bloco cerâmico

e argamassa

Montagem e concretagem das

lajes e pilares do 8°, 9° e 10°

Pavimentos

30/10/2017 x x

Elevação da alvenaria do

Térreo, 2° Pavimento e 3°

Pavimento AD e AE

30/10/2017

Realizar pedido de bloco cerâmico

e argamassa26/10/2017

ATIVIDADE

DATA DE

INÍCIO DA

EXECUÇÃO

RESTRIÇÕES

DATA LIMITE

PARA

REMOÇÃO DA

RESTRIÇÃO

Page 56: Caroline Avila da Silva - UFSM – Universidade Federal de

56

cumprimento dos mesmos foi realizada no dia 09 de outubro. O cronograma

completo da semana 1 é apresentado na Figura 27.

Figura 27 - Cronograma da primeira semana de outubro

Fonte: Autor.

As atividades de marcação da alvenaria do 2° e 3° Pavimentos não foram

concluídas em função do atraso do recebimento do bloco celular, o que

impossibilitou a marcação das caixas dos elevadores e também das escadas. No 3°

Pavimento, o PPC obtido para a atividade foi ainda mais baixo que no 2° Pavimento,

pois ainda não havia sido realizada a marcação da alvenaria de algumas divisas de

salas comerciais.

P

E

P

E

P

E

P

E

P

E

P

E

P

E

P

E

P

E

P

E

P

E

P

E

P

E

P

E

P

E

SEMANA 1 - OUTUBRO

C8

C3/C13

C5

C5

Causa

PLANEJAMENTO DE CURTO PRAZO - SEMANAL

N° Atividade Início Fim

Pla

ne

jad

o/

Ex

ec

uta

do Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Sábado

%C

um

pri

do

Observações

02/10 03/10 04/10 05/10 06/10 07/10

1 Marcação de pilares do 6° pavimento AD 2/10 2/10 100

3 Concretagem de pilares 6° pavimento AD 3/10 5/10 100

2Montagem de armadura e formas dos pilares

do 6° pavimento AD2/10 4/10 100

5Montagem do escoramento, formas e EPS - laje

6° pavimento AE 2/10 3/10 100

4 Desforma de pilares do 6° Pavimento AD 4/10 6/10 100

7 Concretagem laje 6° pavimento AE 6/10 6/10 100

6Posicionamento da armadura - laje 6°

pavimento AE4/10 5/10 100

8 Desforma laje 4° Pavimento AD 2/10 4/10 100

85

Falta da marcação da caixa do elevador e

escada, em função do atraso do recebimento

do bloco celular.

7/10 7/10 100Posicionamento da armadura - laje 7°

pavimento AD

9Montagem do escoramento, formas e EPS - laje

7° pavimento AD5/10 6/10 100

10

11

Marcação alvenaria 2° pavimento (Paredes

externas AD e AE, divisas das salas comerciais

AD e AE, escadas e caixas dos elevadores)

2/10 7/10

12

Marcação alvenaria 3° pavimento (Paredes

externas AD e AE, divisas das salas comerciais

AD, escadas e caixas dos elevadores)

2/10 7/10 80

Falta da marcação da caixa do elevador e

escada, em função do atraso do recebimento

do bloco celular e parte da marcação de

divisas das salas comerciais.

Execução de degraus e concretagem da escada

do subsolo 3

14

Execução escada Térreo - comercial

(escoramento, montagem de formas,

posicionamento da armadura e concretagem)

2/10 7/10Escada não finalizada em função de

alterações necessárias no projeto.80

Por consequência do atraso da execução da

escada do Térreo, a escada do SS3 não pode

ser finalizada - Equipe de carpintaria não

disponível (finalizando escada do térreo).

015 5/10 5/10

13 Elevação alvenaria subsolo 2 2/10 5/10

SEMANA: 02/10/17 - 07/10/17 73,33

100

Percentual de Planos Concluídos (PPC) ° % í °

Page 57: Caroline Avila da Silva - UFSM – Universidade Federal de

57

A escada comercial do pavimento Térreo não foi finalizada, uma vez que

foram realizadas alterações no projeto da mesma durante a semana. A equipe de

carpintaria responsável pela execução de escadas permaneceu na mesma atividade

devido à impossibilidade da finalização da mesma no período previsto. Por

consequência disso, a equipe não pode iniciar a atividade de execução dos degraus

da escada do subsolo 3.

No total do período, foram planejadas 15 atividades, sendo que destas, 11

foram concluídas no período previsto e uma não foi iniciada, o que gerou um PPC de

73,33%, conforme a Figura 28.

Figura 28 - Gráfico do PPC da primeira semana de outubro

Fonte: Autor.

4.3.1.2 Semana 2

A semana 2 de planejamento de curto prazo refere-se aos dias 09 a 14 de

outubro. Essa semana foi atípica, sem expediente de trabalho nos dias 12 e 13,

devido ao feriado e a ocorrência da Semana Interna de Prevenção de Acidentes de

Trabalho (SIPAT). Quando o planejamento da semana foi realizado, havia sido

optado por não haver expediente no sábado, porém ao longo da semana decidiu-se

por trabalhar nesse dia.

Page 58: Caroline Avila da Silva - UFSM – Universidade Federal de

58

As atividades que não foram concluídas na primeira semana foram

reprogramadas e incluídas no planejamento da segunda semana, realizado no dia

09 de outubro. A medição das atividades e a análise tanto do percentual de planos

concluídos (PPC), quanto das causas de não cumprimento dos mesmos foi efetuada

no dia 16 de outubro. O cronograma da semana 2 é apresentado na Figura 29, na

qual a hachura azul representa o período previsto dos planos e a hachura rosa

representa o período em que os planos foram executados. Além disso, estão

representados os valores obtidos de PPC para todas as atividades planejadas, bem

como as causas do não cumprimento das mesmas.

Durante o período dessa semana, foram planejadas 14 atividades, sendo que

dessas, 10 foram concluídas, duas não foram iniciadas e duas não foram

concluídas. Entre as atividades concluídas na semana, duas iniciaram após a data

prevista. Por consequência da ocorrência de chuva e ainda atraso na entrega do aço

pelo fornecedor, a atividade de concretagem da laje do 7° Pavimento AD só pôde

ser realizada dois dias após a data prevista, o que impossibilitou a realização da

atividade de marcação dos pilares desse pavimento. Da mesma forma, devido à

chuva, a escada do subsolo 3 e a rampa do subsolo 1 não puderam ser concretadas

no dia 11 de outubro, como estava previsto no cronograma.

Além de causas relacionadas às condições meteorológicas, atraso na entrega

de material pelo fornecedor e atraso da tarefa predecessora, foram observadas

outras causas de não cumprimento dos planos, tais como a falta de projeto

adequado para a marcação da alvenaria da escada do 2° pavimento e o erro de

planejamento ao superestimar a produção na atividade de finalização da escada do

térreo.

Page 59: Caroline Avila da Silva - UFSM – Universidade Federal de

59

Figura 29 - Cronograma da segunda semana de outubro

Fonte: Autor.

Consequentemente, apesar da diminuição do número de tarefas planejadas, o

PPC obtido da segunda semana foi 71,43%, o que mostra uma redução do valor,

comparado ao PPC da primeira semana, como indica a Figura 30.

P

E

P

E

P

E

P

E

P

E

P

E

P

E

P

E

P

E

P

E

P

E

P

E

P

E

P

E

12/10 - Feriado 13/10 - SIPAT PLANEJAMENTO DE CURTO PRAZO - SEMANAL

SEMANA 2 - OUTUBRO

C1

C11

C11

100

Atraso na concretagem em função da

chuva.100

Causa

C5

C5/C11

C13

C7

Pla

ne

jad

o/

Ex

ec

uta

do

2 Concretagem laje 7° pavimento AD 10/10 10/10 100

09/10 10/10 11/10 12/10 13/10 14/10

Marcação alvenaria - escada e caixas de

elevadores - 2° pavimento8 10/10 11/10

Concretagem rampa subsolo 1

Segunda

Observações

%C

um

pri

do

N° Atividade Início Fim

Terça Quarta Quinta Sexta Sábado

Atraso na concretagem da laje em

função do atraso da entrega do aço e

chuva.

1Posicionamento da armadura - laje

7° pavimento AD9/10 9/10 100 Atraso na entrega do aço.

4 Marcação de pilares do 6° pavimento AE 9/10 9/10 100

3 Marcação de pilares do 7° pavimento AD 11/10 11/10 0Atividade não realizada em função do

atraso da concretagem da laje.

6Concretagem de pilares do

6° pavimento AE10/10 11/10 100

5Montagem de armadura e formas dos

pilares do 6° pavimento AE9/10 11/10 100

7 Desforma de pilares do 6° Pavimento AE 11/10 11/10 100

Marcação apenas dos elevadores.

Falta de projeto adequado para

marcação da escada.

50

10 Elevação alvenaria - Subsolo 1 9/10 11/10 100

9Marcação alvenaria - divisas das salas

comerciais - 3° pavimento9/10 11/10

12

Finalização da montagem de formas,

posicionamento da armadura, execução

de degraus e concretagem da escada do

Térreo - comercial

9/10 11/10 90Falta da finalização dos degraus e

concretagem.

11 Elevação alvenaria - 2° pavimento 9/10 11/10 100

13Finalização da execução de degraus e

concretagem da escada do subsolo 39/10 11/10

14Rampa não concretada em função da

chuva. 011/10 11/10

SEMANA: 09/10/17 - 14/10/17 71,43Percentual de Planos Concluídos (PPC) ° % í °

Page 60: Caroline Avila da Silva - UFSM – Universidade Federal de

60

Figura 30 - Gráfico do PPC da segunda semana de outubro

Fonte: Autor

4.3.1.3 Semana 3

A semana 3 de planejamento de curto prazo refere-se aos dias 16 a 21 de

outubro, sendo que a programação foi realizada, previamente, na segunda-feira dia

16, após a medição das atividades planejadas na semana 2. As atividades da

segunda semana que não obtiveram um PPC de 100% foram reprogramadas e

inseridas no planejamento da terceira semana.

A análise do percentual de planos concluídos (PPC) e das causas de não

cumprimento dos mesmos foi realizada no dia 23 de outubro. O cronograma

completo da semana 3 é apresentado na Figura 31.

Na terceira semana de outubro, das 21 atividades planejadas, 18 foram

concluídas e três atividades ficaram incompletas. Entre as atividades concluídas,

quatro iniciaram antes da data prevista, devido ao adiantamento realizado na

atividade de posicionamento da armadura relacionado à laje do 7° Pavimento AE.

Além disso, entre as atividades concluídas, três atividades foram finalizadas antes

da data de término planejada.

Page 61: Caroline Avila da Silva - UFSM – Universidade Federal de

61

Figura 31 - Cronograma da terceira semana de outubro

Fonte: Autor

P

E

P

E

P

E

P

E

P

E

P

E

P

E

P

E

P

E

P

E

P

E

P

E

P

E

P

E

P 20 20 20 20 20 10

E 26,8 26,8 26,8 26,8 20 10

P 35 35 35 35 35 25

E 40 40 40 40 40 32

P 25 25 25 25 10

E 28 28 28 14

P

E

P

E

P

E

P

E

SEMANA 3 - OUTUBRO

4

Montagem de armadura e formas

dos pilares do 7° pavimento AE21/10

21/10 21/10

21/10

100

1005

C11

Marcação de pilares do 7° pavimento

AE

Concretagem rampa Subsolo 1

SEMANA:16/10/17 - 21/10/17 85,71

11 16/10 18/10

100

17/10 17/10 100

13 Concretagem escada Subsolo 3 17/10 17/10 100

C3

C11

Causa

21

Marcação alvenaria escada e

elevador - subsolo 116/10 18/1020

Desforma laje 5° Pavimento AD

50

18Marcação alvenaria - escada- 2°

pavimento18/10 21/10 100

15Elevação alvenaria - 2° pavimento -

110 m²17/10 21/10 100

Parte da mão-de-obra indisponível a partir do dia

20/10 (acidente).

16Elevação alvenaria - 3° pavimento AD-

200 m²16/10 21/10

19 10018/10 21/10

17Elevação alvenaria - 3° pavimento AE -

110 m²17/10 21/10 89

19/10 - dia não trabalhado devido a condições

meteorológicas desfavoráveis (chuva e vento).

Marcação alvenaria - escada e

elevador - 3° pavimento

21/10

Equipe da carpintaria realocada para executar

colarinhos dos pilares do 7 ° Pavimento AD. Falta

finalização da montagem de formas e

posicionamento da armadura.

Execução da escada do 2° pavimento

(montagem de formas e

posicionamento da armadura)

17/10

100

14

12Concretagem escada Térreo -

comercial17/10 17/10 100

10Montagem do escoramento, formas e

EPS - laje 8° pavimento AD20/10 21/10 50

Atraso devido à grua inoperante em parte da

semana e condições meteorológicas

desfavoráveis (chuva e vento).

100

9Desforma de pilares do 7° Pavimento

AD18/10 20/10 100

8Concretagem de pilares 7° pavimento

AD17/10 19/10 100

7Montagem de armadura e formas

dos pilares do 7° pavimento AD16/10 18/10 100

6Marcação de pilares do 7° pavimento

AD16/10 16/10 100

3 Concretagem laje 7° pavimento AE 19/10 19/10 100

2Posicionamento da armadura - laje 7°

pavimento AE17/10 18/10 100

Segunda

1Montagem do escoramento, formas e

EPS - laje 7° pavimento AE 16/10 16/10 100

PLANEJAMENTO DE CURTO PRAZO - SEMANAL

Observações

16/10

Terça Quarta Quinta Sexta Sábado

21/10

%C

um

pri

do

17/10 18/10 19/10 20/10

N° Atividade Início Fim

Pla

ne

jad

o/

Ex

ec

uta

do

Percentual de Planos Concluídos (PPC) ° % í °

Page 62: Caroline Avila da Silva - UFSM – Universidade Federal de

62

Os pilares do 7° Pavimento AD foram concretados em apenas dois dias e

também desformados em dois dias por consequência do aumento da produtividade

da equipe na atividade predecessora, de montagem dos pilares.

Entre as atividades não concluídas, duas foram iniciadas após a data prevista.

Por motivo de condições meteorológicas desfavoráveis durante a semana, a

montagem de escoramento, formas e EPS relacionados à laje do 8° Pavimento AD

não pôde ser finalizada. Além disso, devido à ocorrência de vento com velocidade

acima da máxima permitida para operação, a grua se manteve inoperante durante

parte da semana. Consequentemente, o abastecimento de escoras, formas e EPS

para a execução da atividade foi prejudicado. Da mesma forma, devido às condições

meteorológicas, a equipe de alvenaria responsável pela elevação do 3° Pavimento

AE não pôde se deslocar para o trabalho no dia 19 e a atividade não foi concluída.

Outra causa observada para o não cumprimento da atividade, foi a realocação

da equipe de carpintaria para a atividade de execução de colarinhos dos pilares

referentes ao 7° Pavimento AD, o que impossibilitou a finalização da execução das

formas e o posicionamento da armadura da escada referente ao 2° Pavimento.

O número de atividades planejadas na semana 3 aumentou significativamente

em relação as semanas anteriores em decorrência da inserção de quatro atividades

não concluídas na segunda semana. Apesar do maior número de tarefas planejadas,

o PPC obtido foi de 85,71%, o maior percentual observado desde o início desse

trabalho, como mostra a Figura 32.

Page 63: Caroline Avila da Silva - UFSM – Universidade Federal de

63

Figura 32 - Gráfico do PPC da terceira semana de outubro

Fonte: Autor.

4.3.1.4 Semana 4

A semana 4 de planejamento de curto prazo refere-se aos dias 23 a 29 de

outubro, sendo que a programação foi realizada previamente na segunda-feira dia

23. Quando o planejamento das atividades da semana foi realizado, não foi

considerado o dia de domingo como dia de trabalho, dessa forma não foram

definidas tarefas para tal dia, porém na metade da semana foi decidido por trabalhar

nesse dia, o que influenciará nos resultados posteriores. O cronograma da semana 4

é detalhado na Figura 33.

Da mesma maneira que nas semanas anteriores, na segunda-feira dia 23 foi

realizada a medição das atividades da semana anterior e foi efetuado o

planejamento das atividades para a quarta semana de outubro, reprogramando e

acrescentando no planejamento da mesma as atividades que não foram concluídas

na terceira semana.

Nessa semana 16 atividades foram planejadas, sendo que dessas 15 foram

concluídas. Foi realizada uma mudança no planejamento da elevação da alvenaria

referente ao 2° Pavimento, através da redução da produtividade prevista de 20

m²/dia para 15 m²/dia, a fim de evitar a superestimação da produção, considerando o

fato de que a equipe estaria incompleta para a execução da atividade.

Page 64: Caroline Avila da Silva - UFSM – Universidade Federal de

64

Figura 33 - Cronograma da quarta semana de outubro

Fonte: Autor

A única atividade não concluída foi a finalização da elevação da alvenaria

referente ao 3° Pavimento AD, a qual não foi iniciada devido à realocação da equipe

de elevação para a execução da alvenaria referente ao Térreo e ao Subsolo 1, após

a realização do cronograma da semana, por mudança de prioridade da diretoria da

empresa.

Entre as atividades finalizadas, duas foram concluídas antes do período

previsto, o que gerou um PPC de 93,75%. O alto valor do PPC obtido durante essa

semana está relacionado à realização de horas extras dos funcionários. Além disso,

P

E

P

E

P

E

P

E

P

E

P

E

P

E

P

E

P

E

P

E

P

E

P 15 15 15 15 15 10

E 20 20 20 20 20 10

P 25 25 25 25 25 10

E

P 28 28 28 28 28 14

E 32 32 32 32 32 22

P

E

P

E

SEMANA 4 - OUTUBRO

PLANEJAMENTO DE CURTO PRAZO - SEMANAL

C2

C3

Causa

Segunda

1Montagem do escoramento, formas e

EPS - laje 8° pavimento AD23/10 23/10

Quarta Quinta Sexta DomingoSábado

28/10

100

Observações

Montagem de armadura e formas dos

pilares do 8° pavimento AD5 28/1027/10 100

%C

um

pri

do

N° Atividade Início Fim

Pla

ne

jad

o/

Ex

ec

uta

do

3 Concretagem laje 8° pavimento AD 26/10 26/10 100

23/10 24/10 25/10 26/10 27/10 29/10

Terça

7Concretagem de pilares

7° pavimento AE23/10 23/10 100

2Posicionamento da armadura - laje

8° pavimento AD24/10 25/10 100

6Concretagem de pilares

8° pavimento AD28/10 28/10 100

4Marcação de pilares do 8° pavimento

AD27/10 27/10 100

9Montagem do escoramento, formas e

EPS - laje 8° pavimento AE24/10 25/10 100

8Desforma de pilares do

7° Pavimento AE24/10 24/10 100

11

Finalização da execução da escada do

2° pavimento (formas, posicionamento

da armadura, execução de degraus e

concretagem)

23/10 28/10 100

10Posicionamento da armadura - laje 8°

pavimento AE26/10 27/10 100

13

Finalização da elevação e

encunhamento da alvenaria das salas

comerciais - 3° pavimento AD - 135m²

23/10 28/10 0

Atividade não iniciada devido à

realocação da equipe de elevação

para o subsolo 1 e Térreo.

12Elevação alvenaria - 2° pavimento

85 m²23/10 28/10 100 1 pedreiro apenas na elevação.

16 Desforma laje 5° Pavimento AE 24/10 26/10 100

Elevação alvenaria - 3° pavimento AE

154 m²23/10 28/10 10014

Início da marcação da alvenaria

4° Pavimento25/10 28/10 10015

SEMANA:23/10/17 - 28/10/17 93,75Percentual de Planos Concluídos (PPC) ° % í °

Page 65: Caroline Avila da Silva - UFSM – Universidade Federal de

65

por consequência da realização de horas extras associadas ao expediente de

trabalho no domingo, foram realizadas três atividades não previstas no cronograma.

A análise do PPC e da evolução das tarefas planejadas das semanas do mês de

outubro está apresentada na Figura 34.

Figura 34 - Gráfico do PPC da quarta semana de outubro

Fonte: Autor.

4.3.1.5 Análise Mensal – Outubro/2017

No mês de Outubro foram planejadas 66 atividades, sendo que dessas 54

foram concluídas, totalizando um valor médio de 81% de planos concluídos, como

mostra a Figura 35.

O diagrama de Pareto, apresentado na Figura 36, apresenta as principais

causas do não cumprimento dos planos do mês de outubro. De acordo com o

diagrama e o quadro padrão realizado (Quadro 1), das 11 atividades não concluídas

no período previsto, cinco estão relacionadas à problemas meteorológicos (C11),

quatro são referentes à falta de material devido ao atraso na entrega pelo fornecedor

(C5), três relacionadas à realocação da equipe para outra atividade (C3) e duas

referentes ao atraso da tarefa predecessora (C13). Além disso, outras causas para o

não cumprimento dos planos foram observadas, tais como superestimação da

produção na realização do planejamento (C1), afastamento da mão-de-obra por

Page 66: Caroline Avila da Silva - UFSM – Universidade Federal de

66

acidente (C2), falta de projeto adequado para realizar a atividade (C7) e alteração no

projeto durante a semana (C8).

Figura 35 - Gráfico do PPC de outubro

Fonte: Autor.

No mês de outubro foi observado um atraso na execução das escadas em

função da realocação da equipe, durante as quatro semanas do mês, para a

execução de colarinhos dos pilares. Dessa forma, para reduzir a duração da

execução das escadas para 7 dias, foi decidido pelo mestre de obras em manter a

equipe somente nessa atividade a partir do mês de novembro.

Page 67: Caroline Avila da Silva - UFSM – Universidade Federal de

67

Figura 36 - Pareto de causas de outubro

Fonte: Autor.

4.3.2 Período analisado: Novembro de 2017

4.3.2.1 Semana 1

A semana 1 de planejamento de curto prazo refere-se aos dias 30 de outubro

a 04 de novembro, sendo que a programação foi realizada, previamente, na

segunda-feira dia 30, após a medição das atividades planejadas na última semana

de outubro. As atividades da quarta semana de outubro não concluídas foram

reprogramadas e inseridas no planejamento da primeira semana de novembro.

A análise do percentual de planos concluídos (PPC) e das causas de não

cumprimento dos mesmos foi realizada no dia 06 de novembro. O cronograma da

semana 1 é detalhado na Figura 37.

Na primeira semana de novembro, foram planejadas 18 atividades, sendo

dessas 15 foram concluídas e três atividades ficaram incompletas. Entre as

atividades concluídas, uma iniciou e foi finalizada antes do período previsto e uma

teve início após a data planejada.

Page 68: Caroline Avila da Silva - UFSM – Universidade Federal de

68

Figura 37 - Cronograma da primeira semana de novembro

Fonte: Autor

Entre as atividades não concluídas, uma não foi iniciada e duas foram

iniciadas após a data prevista, sendo que todas que não obtiveram PPC de 100%

estão relacionadas ao atraso da tarefa predecessora. Devido ao atraso no início da

P

E

P

E

P

E

P

E

P

E

P

E

P

E

P

E

P

E

P

E

P

E

P 30 30 30 30 15

E 32 32 32 32 14

P 35 35

E 35 35

P 30 30 15

E 19 19,6

P 30 30 15

E 32 32 16

P 40 40 40 40 30

E 42 42 42 42 30

P

E

P

E

SEMANA 1 - NOVEMBRO

02/11 - FeriadoPLANEJAMENTO DE CURTO PRAZO - SEMANAL

SEMANA: 30/10/17 - 04/11/17 83,33

C13

C13

C13

Execução da escada social do 3°

Pavimento (montagem de formas

e posicionamento da armadura)

Continuação da elevação da

alvenaria do Térreo - 190 m²

Início da elevação da alvenaria do

4° Pavimento AD - Paredes

externas - 75 m²

30/10

04/1130/1018

Continuação da marcação da

alvenaria - escadas e elevadores

Térreo

Início da alvenaria somente dia 03/11 à tarde

em função do atraso na marcação/ 38,6 m²

elevados durante a semana.

198 m² de alvenaria elevados durante a

semana.

100

04/11

51,4

100

100

03/11 04/11

30/10 01/11

14

16

17

13

12

Continuação da elevação da

alvenaria do 2° Pavimento -

135 m²

30/10 04/11 100142 m² de alvenaria elevados durante a

semana.

Continuação da elevação da

alvenaria do 3° Pavimento AE -

70 m²

30/10 01/11 100

11Continuação da marcação da

alvenaria do 4° Pavimento30/10 04/11 100

Retrabalhos na marcação em função de erros

de medida e esquadro.

10 Desforma laje 6° Pavimento AE 03/11 04/11 100

9 Desforma laje 6° Pavimento AD 30/10 31/10 100

8Posicionamento da armadura -

laje 9° pavimento AE04/11 04/11 0

Posicionamento da armadura não realizado

em função do atraso na montagem do

escoramento, formas e EPS.

7

Montagem do escoramento,

formas e EPS - laje 9° pavimento

AE

01/11 03/11 50

Falta finalização do posicionamento do

assoalho e EPS. Atraso no início da montagem

do escoramento em função do atraso na

desforma dos pilares.

6Concretagem laje 9° pavimento

AD04/11 04/11 100

5Posicionamento da armadura -

laje 9° pavimento AD01/11 03/11 100

4

Montagem do escoramento,

formas e EPS - laje 9° pavimento

AD

30/10 31/10 100

3Desforma de pilares do 8°

Pavimento AE31/10 01/11 100

2Concretagem de pilares 8°

pavimento AE30/10 31/10 100

1Montagem de armadura e formas

dos pilares do 8° pavimento AE30/10 31/10 100

Observações 30/10 31/10 01/11 02/11 03/11 04/11

Terça Quarta Quinta Sexta Sábado

%C

um

pri

do

N° Atividade Início Fim

Pla

ne

jad

o/

Ex

ec

uta

do

15

Início da elevação da alvenaria do

4° Pavimento AE - Paredes

externas - 75 m²

03/11 04/11 10080 m² de alvenaria elevados durante a

semana.

Segunda

Causa

Percentual de Planos Concluídos (PPC) ° % í °

Page 69: Caroline Avila da Silva - UFSM – Universidade Federal de

69

desforma dos pilares do 8° Pavimento AE, a atividade de montagem de formas,

escoramento e EPS da laje do 9° Pavimento AE foi iniciada após a data planejada, o

que impossibilitou a execução do posicionamento da armadura da laje no período

previsto no cronograma. Além disso, em decorrência do retrabalho na marcação da

alvenaria do 4° Pavimento AD, a atividade de elevação da alvenaria com início

previsto no dia 01/11 só pode ser realizada a partir do dia 03/11.

O número de atividades planejadas na semana 1 de novembro aumentou em

relação à última semana de outubro, por consequência da inserção de mais uma

equipe de elevação de alvenaria. Apesar do maior número de tarefas planejadas, o

PPC obtido de 83,33% sofreu uma redução comparado à semana anterior, como

indica a Figura 38.

Figura 38 - Gráfico do PPC da primeira semana de novembro

Fonte: Autor.

4.3.2.2 Semana 2

A semana 2 de planejamento refere-se aos dias 06 a 10 de novembro, sendo

que a programação foi realizada na segunda-feira dia 06, após a medição das

atividades planejadas na semana 1. Da mesma maneira que nas semanas

anteriores, as atividades que não foram concluídas na primeira semana, foram

reprogramadas e acrescentadas no planejamento da segunda semana. A análise do

Page 70: Caroline Avila da Silva - UFSM – Universidade Federal de

70

PPC e das causas do não cumprimento dos planos dessa semana foi realizada no

dia 13/11.

A partir da semana 2 de novembro, foi decidido pela diretoria por não haver

mais expediente no sábado, desse modo o cronograma foi elaborado de forma que

as atividades planejadas foram distribuídas de forma adequada no período de

segunda à sexta-feira. Assim, a fim de não superestimar a produção, foi realizada

uma adaptação do planejamento da elevação de alvenaria para cada equipe, de

acordo com a produtividade média obtida no mês de outubro. O cronograma

completo da segunda semana é apresentado na Figura 39.

Nessa semana 22 atividades foram planejadas, sendo que dessas 19 foram

concluídas, o que gerou um PPC de 86,36%. Entre as atividades concluídas, quatro

iniciaram antes da data prevista e duas foram finalizadas antes do período previsto.

Por consequência da realização de horas extras dos funcionários, a concretagem da

laje do 9° Pavimento AE foi adiantada em um dia, o que possibilitou a antecipação

da execução da marcação e montagem da armadura e formas dos pilares desse

pavimento.

Entre as atividades não concluídas, uma não foi iniciada. Devido ao atraso

causado por retrabalho na marcação da alvenaria do 5° Pavimento AE, a equipe

responsável pela elevação da alvenaria do pavimento foi realocada para auxiliar a

equipe de marcação, portanto a atividade 22 prevista no cronograma não foi

executada durante a semana.

Além disso, duas atividades relacionadas à elevação da alvenaria não foram

concluídas em decorrência da falta de abastecimento de material. A elevação da

alvenaria do pavimento Térreo foi interrompida no dia 10/11 devido ao atraso na

entrega de bloco celular pelo fornecedor e a elevação do 5° Pavimento AD não

alcançou a produção esperada por motivo da insuficiência da logística de

abastecimento. A análise do PPC e da evolução das tarefas planejadas da segunda

semana do mês de novembro está apresentada na Figura 40.

Page 71: Caroline Avila da Silva - UFSM – Universidade Federal de

71

Figura 39 - Cronograma da segunda semana de novembro

Fonte: Autor.

P

E

P

E

P

E

P

E

P

E

P

E

P

E

P

E

P

E

P

E

P

E

P

E

P

E

P

E

P

E

P

E

P 30 30 30 30 30

E 36,43 36,43 36,43 36,43 36,43

P 30 30 30 30 30

E 34,2 34,2 34,2 34,2 34,2

P 30 30 30 30 30

E 31,13 31,13 31,13 31,13 31,13

P 40 40 40 40 40

E 41,95 41,95 41,95 41,95

P 30 30

E 20,3 20,3

P 30 30

E

SEMANA: 06/11/17 - 11/11/17

SEMANA 2 - NOVEMBRO

86,36

Montagem de armadura e formas

dos pilares do 9° pavimento AE10/11 11/11 100

6Concretagem de pilares 9°

pavimento AE10/11 11/11 100

Execução de montagem de formas em dois

dias e posicionamento da armadura em um

dia. Aumento da produtividade - equipe

somente na escada.

06/11

100

13Execução de degraus e concretagem

da escada social do 3° Pavimento06/11 08/11 100

12 Desforma laje 7° Pavimento AD 10/10 11/10 100

100

18

Continuação da elevação da

alvenaria do Térreo - 200 m²

06/11 11/11 100

Falta de abastecimento de bloco no

pavimento/171 m² elevados durante a

semana.

17

Continuação da elevação da

alvenaria do 2° Pavimento AE -

150 m²

C5/C3

22 08/11 11/11 0

Elevação não iniciada em função do atraso na

marcação. Equipe de elevação auxiliando na

marcação durante os dias 09/11 e 10/11.

20

Início da elevação da alvenaria do

5° Pavimento AE - 60 m²

06/11

Falta de abastecimento de bloco no

pavimento/ 155,65 m² elevados durante a

semana.

21Início da elevação da alvenaria do

5° Pavimento AD - 60 m²08/11 11/11 67,7

Falta de bloco no pavimento decorrente da

logística de abastecimento insuficiente.

83,9

Atraso na entrega do bloco celular pelo

fornecedor. Equipe realocada para finalizar o

SS1 no dia 10/11.

C3/C13

Continuação da elevação da

alvenaria do 4° Pavimento AD -

150 m²

11/11 100 182,15 m² elevados durante a semana.

16Início da marcação da alvenaria do

5° Pavimento (7 dias)07/11 11/11 100

Retrabalhos na marcação em função de erros

de medida e esquadro. Equipe de elevação

auxiliou na marcação dias 09/11 e 10/11.

14Início da execução da escada do 4°

Pavimento (montagem de formas )08/11 11/11

15Continuação da marcação da

alvenaria do 4° Pavimento06/11 11/11 100

Finalização da marcação dos apartamentos

no dia 08/11.

100

Desforma de pilares do 9° Pavimento

AD

Montagem do escoramento, formas

e EPS - laje 10° pavimento AD

10

11 10/1109/11

09/1108/11

9Concretagem de pilares 9°

pavimento AD07/11 08/11 100 Concretagem de todos pilares em um dia.

8Montagem de armadura e formas

dos pilares do 9° pavimento AD06/11 07/11 100

Observações Causa

7Marcação de pilares do 9°

pavimento AD06/11 06/11 100

3 Concretagem laje 9° pavimento AE 09/11 09/11 100Adiantamento da concretagem da laje em

função de horas extras trabalhadas.

4Marcação de pilares do 9°

pavimento AE10/11 10/11 100

5

N° Atividade Início Fim

Pla

ne

jad

o/

Ex

ec

uta

do Segunda

PLANEJAMENTO DE CURTO PRAZO - SEMANAL

%C

um

pri

do

06/11

Sexta Sábado

2Posicionamento da armadura - laje

9° pavimento AE07/11 08/11 100

1Montagem do escoramento, formas

e EPS - laje 9° pavimento AE06/11 07/11 100

07/11 08/11 09/11 10/11 11/11

Terça Quarta Quinta

C14

10006/11 11/1119

10/11

Continuação da elevação da

alvenaria do 4° Pavimento AE -

150 m²

Percentual de Planos Concluídos (PPC) ° % í °

Page 72: Caroline Avila da Silva - UFSM – Universidade Federal de

72

Figura 40 - Gráfico do PPC da segunda semana de novembro

Fonte: Autor.

Apesar da conclusão e obtenção da produção planejada das demais

atividades relacionadas à elevação da alvenaria, foi observado a falta de

abastecimento de bloco e argamassa nos demais pavimentos, devido à escassez de

material no canteiro e à logística de abastecimento insuficiente. Por consequência

da ausência de material no pavimento, algumas equipes reduziram os turnos de

trabalho, o que prejudicou o aumento da produção na elevação da alvenaria nesses

pavimentos. A fim de reduzir os problemas observados durante a semana e

aumentar a produção na execução da elevação da alvenaria, foram propostas ao

mestre de obras duas medidas corretivas, detalhadas no Quadro 4.

Quadro 4 - Medidas corretivas propostas

PROBLEMA MEDIDA CORRETIVA PROPOSTA

Falta de material no

canteiro e atraso na

entrega pelo fornecedor

Programação antecipada com os fornecedores

das cargas necessárias durante a semana para

cada tipo de material

Insuficiência na logística

de abastecimento de

material para a alvenaria

no canteiro de obras

Solicitação aos funcionários dos materiais

necessários diariamente em cada pavimento e

requisição antecipada desses materiais aos

responsáveis pelos equipamentos de transporte

Fonte: Autor.

Page 73: Caroline Avila da Silva - UFSM – Universidade Federal de

73

4.3.2.3 Semana 3

A semana 3 de planejamento refere-se aos dias 13 a 17 de novembro. Essa

semana foi atípica, sem expediente de trabalho no dia 15, devido ao feriado. A

programação da semana foi realizada, previamente, na segunda-feira dia 13, após a

medição das atividades planejadas na segunda semana de novembro. Da mesma

maneira que nas semanas anteriores, as atividades da segunda semana não

concluídas foram reprogramadas e inseridas no planejamento da terceira semana. O

cronograma da semana 3 de novembro é mostrado na Figura 41.

Entre as 20 atividades planejadas para a semana, 17 foram concluídas. Entre

as atividades concluídas, uma foi finalizada antes e umas após a data de término

prevista no cronograma. Devido ao atraso na finalização da montagem de

escoramento, formas e EPS da laje do 10° Pavimento, a atividade de

posicionamento da armadura dessa laje não foi finalizada durante a semana. Entre

as atividades não concluídas, a única atividade não iniciada foi a desforma de parte

dos pilares do 10° Pavimento AD, em decorrência da concretagem de todos os

pilares no dia 17/11.

O planejamento das atividades relacionadas à elevação da alvenaria foi

realizado da mesma maneira que nas semanas anteriores, a partir da produtividade

média de cada equipe. Após a aplicação no início da semana das medidas

corretivas propostas, foi observado um aumento da produtividade da maioria das

equipes responsáveis pela elevação da alvenaria, sendo que apenas uma equipe

não atingiu a produção planejada, o que pode estar relacionado à diminuição de um

turno de trabalho, em decorrência da realização de exames médicos desses

funcionários no dia 17/11.

A medição das atividades planejadas e análise das causas de não

cumprimento dos planos foram realizadas no dia 20 de novembro. O PPC obtido

para a semana foi de 85%, como mostra a Figura 42.

Page 74: Caroline Avila da Silva - UFSM – Universidade Federal de

74

Figura 41 - Cronograma da terceira semana de novembro

Fonte: Autor.

P

E

P

E

P

E

P

E

P

E

P

E

P

E

P

E

P

E

P

E

P

E

P

E

P

E

P 30 30 30 30

E 30 30 30 30

P 30 30 30 30

E 29,9 29,9 29,9 14,95

P 30 30 30 30

E 36,4 36,4 36,4 18,2

P 41,5 41,5 41,5 41,5

E 45,55 45,55 45,55 45,55

P 25 25 25 25

E 34,62 34,62 34,62 34,62

P 30 30 30 30

E 35 35 35 35

P

E

15/11 - FeriadoPLANEJAMENTO DE CURTO PRAZO - SEMANAL

Desforma de pilares do 9° Pavimento AE7 10013/1113/11

5 Concretagem de pilares 10° pavimento AD 16/11 17/11 100

3 Marcação de pilares do 10° pavimento AD 16/11 16/11 100

20Início da marcação da alvenaria do 6°

Pavimento (7 dias)13/11 17/11 100

SEMANA: 13/11/17 - 18/11/17 85

17/11 100 140 m² elevados durante a semana.

16Continuação da elevação da alvenaria do 4°

Pavimento AE - 120 m²13/11 17/11

87,21

17Finalização da elevação da alvenaria do

Térreo - 166 m²13/11 17/11 100 182,2 m² elevados durante a semana.

Continuação da elevação da alvenaria do 5°

Pavimento AD - 100 m²

Elevação da alvenaria do 5° Pavimento AE

120 m²

18 13/11 17/11 138,48 m² elevados durante a semana.

19 13/11

100

14

Finalização da elevação da alvenaria das

salas comerciais do 2° Pavimento

(encunhamento) e início da elevação da

alvenaria das escadas, elevadores e WC.

13/11 17/11 100

C16

13Finalização da marcação da alvenaria do 5°

Pavimento13/11 13/11 100

100

Equipe não trabalhou no dia 17/11 pela

manhã (realização de exames)/ 127,4

m² elevados durante a semana.

15Continuação da elevação da alvenaria do 4°

Pavimento AD - 120 m²13/11 17/11

Equipe não trabalhou no dia 17/11 pela

manhã (realização de exames)/ 104,65

m² elevados durante a semana.

12Início execução da escada do 5° Pavimento

(Início da montagem de formas - 3 dias)13/11 17/11 100

10 Desforma laje 7° Pavimento AE 16/11 17/11 100

C139Posicionamento da armadura - laje 10°

pavimento AE16/11 17/11 70

Falta posicionamento de parte da

armadura.

11Execução de degraus e concretagem da

escada 4° pavimento13/11 14/11 100

6 Desforma de pilares do 10° Pavimento AD 17/11 17/11 0Concretagem de todos os pilares no dia

17/11.C13

8Montagem do escoramento, formas e EPS -

laje 10° pavimento AE13/11 14/11 100

4Montagem de armadura e formas dos

pilares do 10° pavimento AD16/11 17/11 100

2 Concretagem laje 10° pavimento AD 14/11 14/11 100

1Posicionamento da armadura - laje 10°

pavimento AD13/11 14/11 100

13/11 14/11 15/11 16/11 17/11 18/11Observações Causa

Terça Quarta Quinta Sexta Sábado

%C

um

pri

do

N° Atividade Início Fim

Pla

ne

jad

o/

Ex

ec

uta

do Segunda

Percentual de Planos Concluídos (PPC) ° % í °

Page 75: Caroline Avila da Silva - UFSM – Universidade Federal de

75

Figura 42 - Gráfico do PPC da terceira semana de novembro

Fonte: Autor.

4.3.2.4 Semana 4

A semana 4 de planejamento refere-se aos dias 20 a 24 de novembro, sendo

que a programação foi realizada, previamente, na segunda-feira dia 20, após a

medição das atividades planejadas na terceira semana de novembro. As atividades

da terceira semana não concluídas foram reprogramadas e inseridas no

planejamento da semana 4.

Devido ao aumento na semana anterior da produtividade de algumas equipes

responsáveis pela elevação da alvenaria, foi realizado um planejamento para a

quarta semana considerando um aumento da produção, de forma adaptada para

cada equipe, a fim de não subestimar a produtividade e consequentemente o

percentual de planos concluídos obtidos no fim da semana.

Diferentemente das semanas anteriores, a medição das atividades planejadas

e análise das causas de não cumprimento dos planos foram realizadas no dia 24 de

novembro no fim do expediente de trabalho. O cronograma completo da quarta

semana de novembro está detalhado na Figura 43.

Page 76: Caroline Avila da Silva - UFSM – Universidade Federal de

76

Figura 43 - Cronograma da quarta semana de novembro

Fonte: Autor.

P

E

P

E

P

E

P

E

P

E

P

E

P

E

P

E

P

E

P

E

P

E

P

E

P

E

P

E

P

E

P

E

P 25 25 15

E 25 15 15 10

P 42 42 42 42 42

E 44 44 44 44 44

P 30 30 30 30 30

E 31,9 31,9 31,9 31,9 31,9

P 35 35 35 35 35

E 45,7 45,7 45,7 45,7 45,7

P 32 32 32 32 32

E 47,69 47,69 47,69 47,69 47,69

P 33 33 33 33 33

E 51,4 51,4 51,4 51,4 51,4

P 15 30 30

E 15 30 40

Falta posicionamento do EPS. Desforma de

pilares em um único dia atrasou a montagem

do escoramento e formas.

C1323/11 24/11

PLANEJAMENTO DE CURTO PRAZO - SEMANAL

SEMANA: 20/11/17 - 25/11/17

SEMANA 4 - NOVEMBRO

95,65

Observações Causa

20/11 21/11 22/11 23/11 24/11 25/11

Terça Quarta Quinta Sexta Sábado

%C

um

pri

do

2 Concretagem laje 10° pavimento AE 20/11 20/11 100

1Posicionamento da armadura - laje 10°

pavimento AE20/11 20/11 100

N° Atividade Início Fim

Pla

ne

jad

o/

Ex

ec

uta

do Segunda

4Montagem de armadura e formas dos

pilares do 10° pavimento AE21/11 22/11 100

3Marcação de pilares do 10° pavimento

AE21/11 21/11 100

6Desforma de pilares do 10° Pavimento

AE22/11 23/11 100

5Concretagem de pilares 10° pavimento

AE21/11 22/11 100

8Desforma de pilares do 10° Pavimento

AD20/11 20/11 100

9Montagem do escoramento, formas e

EPS - laje 11° pavimento AD20/11 21/11 100

10Posicionamento da armadura - laje

11° pavimento AD22/11 23/11 100

11 Concretagem laje 11° pavimento AD 24/11 24/11 100

13

Finalização montagem de formas,

posicionamento da armadura,

execução de degraus e concretagem da

escada 5° pavimento

20/11 24/11 100

12 Desforma laje 8° Pavimento AD 22/11 23/11 100

17

Finalização da elevação da alvenaria do

2° Pavimento AE

(encunhamento/escadas/elevadores) -

65 m²

20/11 21/11 100

Equipe não trabalhou no dia 21/11 pela manhã

(realização de exames). Durante os dias 22/11

e 23/11 apenas um pedreiro na elevação.

15Finalização da marcação da alvenaria

do 6° Pavimento 20/11 24/11 100

16início da marcação da alvenaria do

7° Pavimento (7 dias)23/11 24/11 100

100 159,5 m² elevados durante a semana.

18Continuação da elevação da alvenaria

do 3° Pavimento AD - 210 m²20/11 24/11 220 m² elevados durante a semana

Elevação da alvenaria do 6° Pavimento

AD (apto's 601/602/603/604) - 75 m²22/11 24/11 100

85 m² elevados durante a semana. 1 pedreiro

na elevação no dia 22/11.

21Continuação da elevação da alvenaria

do 5° Pavimento AD - 160 m²20/11 24/11 238,45 m² elevados durante a semana.

20Continuação da elevação da alvenaria

do 4° Pavimento AE - 175 m²20/11 24/11 100 228,5 m² elevados durante a semana.

23

Montagem do escoramento, formas e

EPS - laje 11° pavimento AE7 75

22Elevação da alvenaria do

5° Pavimento AE - 165 m²20/11 24/11 100 257 m² elevados durante a semana.

100

100

14

Início da execução da escada 2°

pavimento comercial (montagem de

formas - 3 dias)

22/11 24/11 100

19Continuação da elevação da alvenaria

do 4° Pavimento AD - 150 m²20/11 24/11

Percentual de Planos Concluídos (PPC) ° % í °

Page 77: Caroline Avila da Silva - UFSM – Universidade Federal de

77

Na semana foram planejadas 23 atividades, sendo que dessas apenas uma

não foi concluída. A desforma dos pilares referentes ao 10° Pavimento AD foi

realizada em um único dia, o que atrasou e dificultou a conclusão da montagem de

formas, escoramento e EPS referentes à próxima laje. Entre as atividades

concluídas, duas foram finalizadas antes da data prevista (desforma da laje do 8°

Pavimento AD e finalização da marcação do 6° Pavimento), o que possibilitou o

adiantamento da marcação da alvenaria do 7° Pavimento.

Apesar do aumento do número de atividades planejadas em relação às

semanas anteriores, o percentual de planos concluídos (PPC) de 95,65% foi o maior

obtido durante todo o período de análise do trabalho. Além de ser uma semana com

condições meteorológicas favoráveis e sem interferências na concretagem das lajes,

o alto valor de PPC está relacionado, também, à melhoria da logística de

abastecimento de material para o setor da alvenaria, possibilitando que todas as

atividades relacionadas fossem concluídas durante o período previsto, com aumento

da produtividade de 05 das 06 equipes de elevação, em comparação com a semana

anterior. O Percentual de Planos Concluídos (PPC) e a evolução das tarefas

planejadas para o mês de novembro estão apresentados na Figura 44.

Figura 44 - Gráfico do PPC da quarta semana de novembro

Fonte: Autor.

Page 78: Caroline Avila da Silva - UFSM – Universidade Federal de

78

4.3.2.5 Análise Mensal – Novembro/2017

No mês de Novembro foram planejadas 83 atividades, sendo que dessas 73

foram concluídas, totalizando um valor médio de 88% de planos concluídos, como

mostra a Figura 45.

Figura 45 - Gráfico do PPC de novembro

Fonte: Autor.

O diagrama de Pareto, apresentado na Figura 46, apresenta as principais

causas do não cumprimento dos planos do mês de novembro. De acordo com o

diagrama e o quadro padrão realizado (Quadro 1), entre as atividades não

concluídas no período previsto, sete estão relacionadas ao atraso da tarefa

predecessora (C13), duas são referentes à realocação da equipe para outra

atividade (C3), uma referente à falta de material devido ao atraso na entrega pelo

fornecedor (C5) problemas meteorológicos (C11), uma referente à falta de material

devido ao atraso na entrega pelo fornecedor (C5), uma referente à logística de

abastecimento de material insuficiente e uma devido à ausência justificada da mão

de obra (C16).

Page 79: Caroline Avila da Silva - UFSM – Universidade Federal de

79

Figura 46 - Pareto de causas de novembro

Fonte: Autor.

Como mencionado anteriormente, houve uma variação na produtividade das

equipes de elevação da alvenaria durante o mês de novembro, o que está associado

à logística de abastecimento do canteiro, falta de materiais e atraso na entrega dos

mesmos pelo fornecedor. Com o intuito de demonstrar a variação de produtividade

das equipes da elevação da alvenaria durante o mês novembro, foram elaborados

gráficos que demonstram essa variação, os mesmos estão mostrados na Figura 47.

Page 80: Caroline Avila da Silva - UFSM – Universidade Federal de

80

Figura 47 - Gráficos de produtividade das equipes da alvenaria

Fonte: Autor.

EQUIPE

1

2

3

4

5

6

Subsolo 1, Subsolo 2, Térreo e 3° Pavimento AD

2° Pavimento AD e AE

3° Pavimento AE e 4° Pavimento AE

4° Pavimento AD

5° Pavimento AD

5° Pavimento AE

PAVIMENTO

44 41,9545,55 44

43,88

0

10

20

30

40

50

1ª semana 2ª semana 3ª semana 4ª semana

Pro

du

tivi

dad

e a

lve

nar

ia (

m²/

dia

)

Semana

Produtividade do mês de Novembro - Equipe 1

Produtividade semanal Produtividade média mensal

31,6

36,43

3030

32,01

0

10

20

30

40

1ª semana 2ª semana 3ª semana 4ª semana

Pro

du

tivi

dad

e a

lve

nar

ia (

m²/

dia

)

Semana

Produtividade do mês de Novembro - Equipe 2

Produtividade semanal Produtividade média mensal

32 31,13

36,4

45,7

36,31

0

10

20

30

40

50

1ª semana 2ª semana 3ª semana 4ª semana

Pro

du

tivi

dad

e a

lve

nar

ia (

m²/

dia

)

Semana

Produtividade do mês de Novembro - Equipe 3

Produtividade semanal Produtividade média mensal

19,3

34,2

29,931,9

28,83

0

10

20

30

40

1ª semana 2ª semana 3ª semana 4ª semana

Pro

du

tivi

dad

e a

lve

nar

ia (

m²/

dia

)

Semana

Produtividade do mês de Novembro - Equipe 4

Produtividade semanal Produtividade média mensal

20,3

34,62

47,69

34,20

0

10

20

30

40

50

60

2ª semana 3ª semana 4ª semana

Pro

du

tivi

dad

e a

lve

nar

ia (

m²/

dia

)

Semana

Produtividade do mês de Novembro - Equipe 5

Produtividade semanal Produtividade média mensal

35

51,4

43,20

0

10

20

30

40

50

60

3ª semana 4ª semana

Pro

du

tivi

dad

e a

lve

nar

ia (

m²/

dia

)

Semana

Produtividade do mês de Novembro - Equipe 6

Produtividade semanal Produtividade média mensal

Page 81: Caroline Avila da Silva - UFSM – Universidade Federal de

81

5 CONCLUSÃO

Este trabalho consistiu em uma implementação e análise de um processo de

planejamento e controle da produção, baseado em conceitos do Sistema Last

Planner, em um empreendimento situado em Santa Maria - RS.

A implementação dos planejamentos de longo, médio e curto prazo contribuiu

para o desenvolvimento do sistema produtivo da empresa, ao passo que a mesma

não possuía nenhuma ferramenta de planejamento ou controle de execução. No

período de inicialização do estudo de caso, não havia uma EAP (Estrutura Analítica

de Projeto) ou cronograma a ser seguido pela equipe do empreendimento, desse

modo não era possível obter uma visão global das atividades que seriam realizadas

até a entrega da obra, assim como suas respectivas durações e interdependências,

o que dificultava a realização do orçamento de compras e contratação de mão de

obra das mesmas.

A partir da realização do cronograma de longo prazo, foi possível obter uma

visualização de todas as etapas restantes da obra, o que possibilitou a identificação

das atividades que deveriam ser orçadas primeiramente, e a real necessidade de

contratação de mão de obra, a partir dos prazos de entrega definidos. Além disso,

com a análise de restrições realizada no cronograma de médio prazo, foi possível a

identificação prévia dos recursos necessários para a execução de cada atividade,

com o objetivo de minimizar atrasos provenientes pela falta de planejamento.

Através da implementação do planejamento e controle de curto prazo, foi

possível observar os motivos do não cumprimento das atividades e a partir dos

mesmos propor medidas corretivas, a fim de reduzir atrasos no avanço físico do

empreendimento. O PPC médio obtido ao final deste trabalho foi 84,3%, que

comparado com a Figura 13, mostrada na página 40, mostra-se 13,72% acima do

PPC médio do Brasil e 8,84% acima do PPC médio do Reino Unido.

As razões para a alta porcentagem do PPC médio deste trabalho estão

relacionadas, principalmente, à realização do sequenciamento e dimensionamento

das tarefas considerando o efetivo da obra e a capacidade produtiva de cada

equipe, o que reduziu a propensão a erros e melhorou a eficácia desse indicador.

O controle semanal foi de suma importância para identificar uma falha na

logística de abastecimento para a execução da elevação da alvenaria, relacionado à

falta de material e insuficiência de abastecimento dos equipamentos de transporte

Page 82: Caroline Avila da Silva - UFSM – Universidade Federal de

82

do canteiro. Após a aplicação das medidas corretivas propostas no início da terceira

semana de novembro, obteve-se uma melhoria significativa na produtividade, o que

gerou um aumento de 18,54% na produtividade total das equipes, da terceira para a

quarta semana do mês de novembro.

Entre os motivos da não conclusão das atividades, a maioria deles poderiam

ser solucionados através da aplicação correta do LPS. Como grande parte das

causas de não cumprimento dos planos está relacionada à falta de material ou

atraso na entrega do mesmo pelo fornecedor, essa etapa poderia ser aprimorada

através da melhoria no planejamento de médio prazo, com uma barreira que

controlaria a liberação das atividades para curto prazo somente após a análise e

remoção de todas as restrições para cada etapa da produção. Desse modo, o LPS

quando utilizado de forma correta e seguindo todos os seus princípios, se mostra

uma ferramenta de grande potencial para o aumento de desempenho na construção

civil.

Como trabalhos futuros, sugere-se continuar a análise da implementação do

planejamento na obra aplicada, estendendo o período de controle para um ano e

continuar medindo a produtividade das demais equipes, a fim de gerar um conjunto

de dados mais amplo para tornar as análises mais sólidas e conclusivas. Além disso,

são sugeridas aplicações do sistema utilizado nesse estudo em outros tipos de

obras para fins comparativos e realizar um modelo de planejamento em que o

cronograma da obra seja vinculado ao plano de compras de materiais.

Page 83: Caroline Avila da Silva - UFSM – Universidade Federal de

83

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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