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Caronte
FORUM SOBRE TERMINALIDADE DA VIDA
José Henrique Rodrigues Torres
CREMESP
TERMINALIDADE DA VIDA
“Morte, você é valente O seu poder é profundo Quando eu cheguei neste mundo Você já matava gente Eu guardei na minha mente Esse seu grande rigor Porém, lhe peço um favor Para ir ao Campo Santo NÃO ME FAÇA SOFRER TANTO MORTE, ME MATE SEM DOR”
Patativa do AssaréJHTorres
A TERMINALIDADE DA VIDA
RESOLUÇÃO Nº 1.805/2006
ARTIGO 1º. “É permitido ao médico limitar ou suspender procedimentos e tratamentos que prolonguem a vida do doente, em fase terminal, de enfermidade grave e
incurável, respeitada a vontade da pessoa ou de seu representante legal”
PERMITE NÃO PRATICAR PROCEDIMENTOS E TRATAMENTOS (de suporte vital)
JHTorres
MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL XCONSELHO FEDERAL DE MEDICINA
AÇÃO CIVIL PÚBLICA
ARGUMENTOS:
PEDIDO:
b.- RESOLUÇÃO é INCONSTITUCIONAL, porque somente o Poder Legislativo – Congresso Nacional – pode legislar sobre DIREITO PENAL
a.- a RESOLUÇÃO regulamenta a ORTOTANÁSIA, que, como a EUTANÁSIA, é homicídio; e, por isso, viola a vida
REVOGAÇÃO da Resolução CFM 1.805/2006
JHTorres 09 de maio de 2007
CRIME ?
JHTorres
CRIMECONCEITO ANALÍTICO
1.- FATO TÍPICO (princípio da reserva legal)
conduta humana e voluntária (ação ou omissão)
resultado
nexo causal
dolo ou culpa
2.- ANTIJURÍDICO
3.- CULPÁVEL (censura/reprovação)imputabilidade + exigibilidade de conduta diversa + potencial consciência de ilicitude
JHTorres
FATO TÍPICO
CRIME COMISSIVO
Exemplos: artigos 155, 213 e 121 do CP
CRIME OMISSIVO
Exemplos: artigos 135 e 269 do CP
JHTorres
EUTANÁSIA ATIVA
HOMICÍDIO ?
CRIME COMISSIVO:
“matar alguém” (artigo 121 do CP)
CONDUTA HUMANA: ação (injetar droga letal, v.g.)
JHTorres
EUTANÁSIA ATIVA
BRASIL
homicídio privilegiado - causa de diminuição de pena
relevante valor moral ou social
artigo 121, § 1º do CP
JHTorres
PROJETO DE LEI
APROVADO PELA CÂMARA DOS DEPUTADOS FEDERAIS
Código Penal, art. 121, § 3º:
“Se o autor do crime é cônjuge, companheiro, ascendente, descendente, irmão ou pessoa ligada por estreitos laços de afeição à vítima, e agiu por compaixão, a pedido desta, imputável e maior de dezoito anos, para abreviar-lhe sofrimento físico insuportável, em razão de doença grave e em estado terminal, devidamente diagnosticados:
Pena - reclusão, de dois a cinco anos”
EUTANÁSIA ATIVA
CEM, artigo 41: É vedado ao médico “abreviar a vida do paciente,
ainda que a pedido deste ou de seu representante legal”JHTorres
A TERMINALIDADE DA VIDA
RESOLUÇÃO Nº 1.805/2006
TRATA DA EUTANÁSIA ATIVA ?
JHTorres
NÃO
AUXÍLIO AO SUICÍDIO
CRIME COMISSIVO:
“induzir ou instigar alguém a suicidar-se ou prestar-lhe auxílio para que o faça”
CONDUTA HUMANA: ação
Artigo 122 do Código Penal
JHTorres
A TERMINALIDADE DA VIDA
RESOLUÇÃO Nº 1.805/2006
AUXÍLIO AO SUICÍDIO ?
JHTorres
NÃO
AUXÍLIO AO SUICÍDIO e EUTANÁSIA ATIVAJHTorres
A TERMINALIDADE DA VIDA
RESOLUÇÃO Nº 1.805/2006
OMISSÃO
DEIXAR MORRER
JHTorres
QUANDO
DEIXAR MORRER
É MATAR ?
Artigo 13, § 2º do CP:“A omissão é penalmente relevante quando o omitente
PODIA e DEVIA agir para evitar o resultado (...)”
OMISSÃO RELEVANTE
JHTorres
OMISSÃO RELEVANTE Artigo 13, § 2º do CP
PODIA e DEVIA
CRIME COMISSIVO POR OMISSÃO deixar morrer = matar
- salva-vidas que não retira do mar aquele que está afogando - bombeiro que não enfrenta o fogo para salvar alguém em perigo
- mãe que não alimenta o filho, que morre de inanição
- médico que deixa de prestar assistência para pessoa gravemente ferida, que morre em razão dos ferimentos, pratica homicídio, ou seja,
“mata alguém” com a sua omissãoJHTorres
POSSIBILIDADE E DEVER DE EVITAR O RESULTADO
SUPORTE VITALventilação assistida, reanimadores, etc.
JUSTIFICÁVEL / OBRIGATÓRIO
• ESPERADA REVERSIBILIDADE
• POSSÍVEL TRANSITORIEDADE
JHTorres
SENTIDO CURATIVO
ESPERADA REVERSIBILIDADE
POSSÍVEL TRANSITORIEDADE
JHTorres
OMISSÃODEIXAR MORRER
HOMICÍDIO PRIVILEGIADO POR OMISSÃO
possibilidade e dever de evitar o resultado morte
HOMICÍDIOHOMICÍDIO POR OMISSÃO
ESPERADA REVERSIBILIDADE
POSSÍVEL TRANSITORIEDADE
JHTorres
EUTANÁSIA
PASSIVA
DEIXAR MORRER
possibilidade e dever de evitar o resultado morte
HOMICÍDIO PRIVILEGIADO POR OMISSÃO
A TERMINALIDADE DA VIDA
RESOLUÇÃO Nº 1.805/2006
OMISSÃO
DOENÇA GRAVE E INCURÁVELESTADO TERMINAL
JHTorres
A TERMINALIDADE DA VIDA
RESOLUÇÃO Nº 1.805/2006
OMISSÃO
IRREVERSIBILIDADENÃO TRANSITORIEDADE
JHTorres
A TERMINALIDADE DA VIDA
RESOLUÇÃO Nº 1.805/2006
TRATA DE
EUTANÁSIA PASSIVA ?
NÃOJHTorres
A TERMINALIDADE DA VIDA
RESOLUÇÃO Nº 1.805/2006
OMISSÃO
ESTADO TERMINAL DOENÇA INCURÁVEL
JHTorres
A TERMINALIDADE DA VIDA
RESOLUÇÃO Nº 1.805/2006
OMISSÃO
IRREVERSIBILIDADENÃO TRANSITORIEDADE
JHTorres
A TERMINALIDADE DA VIDA
RESOLUÇÃO Nº 1.805/2006
ORTOTANÁSIA
JHTorres
ORTOTANÁSIA
Outlook 2003.lnk
JHTorres
orto = correto
ORTOTANÁSIA
DEIXAR MORRER DIANTE DA IMPOSSIBILIDADE
TERAPÊUTICA DE CURA
JHTorres
IRREVERSIBILIDADE
NÃO TRANSITORIEDADE
ORTOTANÁSIA
DOENTE EM FASE TERMINAL DE ENFERMIDADE GRAVE E INCURÁVEL
NÃO
O MÉDICO PODE EVITAR O RESULTADO MORTE ???
(irreversibilidade e não transitoriedade)
JHTorres
ORTOTANÁSIA
CUIDAR - SIM
(procedimentos paliativos)
JHTorres
CURAR - NÃO
(procedimentos desnecessários)
CUIDADO PALIATIVO
JHTorres
“Cuidado ativo total dos pacientes cuja doença não responde mais ao tratamento curativo, considerando-se a importância dos aspectos
psicológicos, sociais e espirituais, com necessidade de controle da dor
e de outros sintomas”
ORTOTANÁSIA omissão e possibilidade
SUSPENDER OU NÃO INICIAR PROCEDIMENTOS E TRATAMENTOS
QUE APENAS PROLONGAM O MOMENTO DA MORTE
TIPIFICAÇÃO DO HOMICÍDIOINADMISSÍVEL
NÃO HA OMISSÃO RELEVANTE
JHTorres
ORTOTÁNISIA
omissão e dever
O médico tem O DEVER de evitar a morte de um doente EM FASE TERMINAL,
DE ENFERMIDADE GRAVE E INCURÁVEL ?
NÃO
JHTorres
DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA FUNDAMENTO DO ESTADO DEMOCRÁTICO CF, ARTIGO 1º, inciso III
"Liberdade de Consciência e de Crença“ CF, artigo 5º, VI “Direito a privacidade“ CF, artigo 5º, X
DIREITOS LIGADOS À SUBSTÂNCIA HUMANA vida biológica, intelectual e social
JHTorres
DIREITOS HUMANOS DIGNIDADE HUMANA(Res/CFM: considerando o artigo 1º , inciso III da CF, que estabelece o princípio da dignidade humana como um dos fundamentos da República Federativa do Brasil)
TRATAMENTO DESUMANO E TORTURA(Res/CFM: considerando o artigo 5º, inciso III da CF que estabelece que “ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante”)
JHTorres
DIREITO À VIDA (CF, artigo 5º, caput)
DIREITO DE NÃO SER MORTO PELO ESTADO
DIREITO DE VIVER COM DIGNIDADE (dignidade da pessoa humana:CF, artigo.1º, III).
(existência biológica do indivíduo + intimidade, privacidade, consciência, crença, segurança etc.)
DIREITO DE NÃO SER MORTO POR QUALQER OUTRA PESSOA
JHTorres
Derecho a la Autodeterminación: A) El paciente tiene derecho a la autodeterminación y a tomar decisiones
libremente en relación a su persona. El médico informará al paciente las consecuencias de su decisión.
B) El paciente adulto mentalmente competente tiene derecho a dar o negar su consentimiento para cualquier examen, diagnóstico o terapia. El paciente tiene derecho a la información necesaria para tomar sus decisiones. El paciente debe entender claramente cuál es el propósito de todo examen o tratamiento y cuáles son las consecuencias de no dar su consentimiento
“Derecho a la Autodeterminación“ “Declaración de la Associación Médica Mundial sobre los Derechos Del Paciente” adotada na 34ºAssembléia Médica Mundial em 1981 - Lisboa (Portugal) e emendada na 47º Assembléia
Geral no ano de 1995, na cidade de Bali (Indonésia)
JHTorres
DIREITO À AUTONOMIA LOS
Lei Orgânica da Saúde (Lei 8080/90)
artigo 7º: “As ações e serviços públicos de saúde e os serviços contratados ou conveniados que integram o SUS, são desenvolvidos de acordo com as diretrizes previstas no artigo 198 da Constituição Federal,obedecendo ainda aos seguintes princípios:
III – Preservação da autonomia das pessoas na defesa
de sua integridade física e moral”
JHTorres
DIREITO À RECUSA Lei Estadual – SP nº 10.241/99 art. 2º. “São direitos dos usuários dos serviços de
saúde no Estado de São Paulo:
XXIII – recusar tratamentos dolorosos ou extraordinários para tentar prolongar a vida;
XXIV - optar pelo local de morte”
JHTorres
DIREITO DE ACEITAR OU NEGAR TRATAMENTO
Código de Ética da Associação Médica Mundial The World Medical Association DEVERES GERAIS DOS MÉDICOS
“O médico deve respeitar o direito de um paciente competente em aceitar ou negar o tratamento”.
JHTorres
DIREITO DE ACEITAR OU NEGAR TRATAMENTO
CARTA DOS DIREITOS DOS USUÁRIOS DA SAÚDE ARTIGO 4º , inciso V : é DIREITO do usuário
“o consentimento ou a recusa de forma livre, voluntária e esclarecida, depois de adequada informação, a quaisquer procedimentos diagnósticos, preventivos ou terapêuticos, salvo se isto acarretar risco à saúde pública”
Ministério da Saúde Portaria nº 675/GM, de 30 de março de 2006, aprovou a Carta dos Direitos dos Usuários da Saúde
JHTorres
Art. 17. Ao idoso que esteja no domínio de suas faculdades mentais é assegurado o direito de optar pelo tratamento de saúde que lhe for reputado mais favorável.
Parágrafo único. Não estando o idoso em condições de proceder à opção, esta será feita:
I – pelo curador, quando o idoso for interditado; II – pelos familiares, quando o idoso não tiver curador ou este não
puder ser contatado em tempo hábil; III – pelo médico, quando ocorrer iminente risco de vida e não
houver tempo hábil para consulta a curador ou familiar; IV – pelo próprio médico, quando não houver curador ou familiar
conhecido, caso em que deverá comunicar o fato ao Ministério Público.”
art. 1o É instituído o Estatuto do Idoso, destinado a regular os direitos assegurados às pessoas com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos
ESTATUTO DO IDOSO
JHTorres
DECLARAÇÃO DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
direito a uma morte dignaart. 20
ECAart. 18: É dever de todos velar pela dignidade da criança e do adolescente, pondo-os a salvo de qualquer tratamento desumano, violento,
aterrorizante, vexatório ou constrangedor
DIREITO DE AUTODETERMINAÇÃO
DIREITO DE TOMAR DECISÕES
DIREITO A INFORMAÇÃO
DIREITO DE NEGAR CONSENTIMENTO
DIREITO DE RESPEITO À DIGNIDADE
DIREITO DE RESPEITO À PRIVACIDADE
DIREITO À NÃO INTERFERÊNCIA, NÃO INGERÊNCIA, NÃO INTROMISSÃO
DIREITO DE NÃO SER SUBMETIDO A TRATAMENTO DESUMANO OU CRUEL
DIREITO DE OPÇÃO PELO TRATAMENTO DE SAÚDE QUE LHE FOR REPUTADO MAIS FAVORÁVEL
SE OS PACIENTES TÊM:
JHTorres
DIREITO À AUTONOMIA
OS MÉDICOS NÃO TÊM O
DEVER
DE MANTER
PROCEDIMENTOS
DESNECESSÁRIOS,
CONTRARIANDO
A VONTADE DO PACIENTE.
JHTorres
ORTOTANÁSIA DOENÇA GRAVE E INCURÁVEL
PACIENTE EM ESTADO TERMINAL
NÃO HÁ POSSIBILIDADE DE EVITAR A MORTE
NÃO HA OMISSÃO RELEVANTE
NÃO HÁ HOMICÍDIO POR OMISSÃO
SUSPENDER OU NÃO INICIAR PROCEDIMENTOS E TRATAMENTOS
NÃO HÁ DEVER JURÍDICO DE EVITAR A MORTE
JHTorres
EUTANÁSIA ATIVA
JHTorres
EUTANÁSIA PASSIVA
ORTOTANÁSIA
MATARAÇÃO
esperada reversibilidade possível transitoriedade
DEIXAR MORREROMISSÃO
irreversibilidade não transitoriedade
PODIA DEVIA
agir para evitar a morte
NÃO PODIA NÃO DEVIA
agir para evitar a morte
DEIXAR MORREROMISSÃO
HOMICÍDIOPRIVILEGIADO
HOMICÍDIOPRIVILEGIADO
CONDUTA ATÍPICA
NÃO
X
“A manutenção de terapias que não oferecem quaisquer expectativas reais de recuperação para o paciente (mormente nos casos de pacientes em estado vegetativo crônico, cuja sobrevivência poderia ser artificialmente protraída durante meses ou até anos) implicaria grave atentado à dignidade da pessoa humana, em tudo contrário à proibição constitucional de submissão a tratamentos desumanos ou degradantes”
Gisele Mendes de Carvalho
JHTorres
DECLARAÇÃO DE VENEZAsobre enfermidade terminal – 1.983
“O MÉDICO DEVE EVITAR EMPREGAR QUALQUER MEIO EXTRAORDINÁRIO QUE NÃO TRAGA BENEFÍCIO ALGUM
PARA O PACIENTE”
JHTorres
CEM/2009
Capítulo I
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
EM BENEFÍCIO DO PACIENTE
V - Compete ao médico aprimorar continuamente seus conhecimentos e usar
o melhor do progresso científico em benefício do paciente.
JHTorres
CEM/2009
Capítulo IPRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
EM BENEFÍCIO DO PACIENTE. DEFESO CAUSAR SOFRIMENTO.
VI - O médico guardará absoluto respeito pelo ser humano e atuará sempre em seu benefício. Jamais
utilizará seus conhecimentos para causar sofrimento físico ou moral, para o extermínio do ser humano ou
para permitir e acobertar tentativa contra sua dignidade e integridade.
JHTorres
CEM/2009
Capitulo IPRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
BEM-ESTAR DO PACIENTE
XVII - As relações do médico com os demais profissionais devem basear-se no respeito mútuo, na liberdade e na independência de cada um, buscando
sempre o interesse e o bem-estar do paciente.
JHTorres
CEM/2009
Capítulo IVDIREITOS HUMANOS
CONSENTIMENTO DO PACIENTE
É vedado ao médico:
Art. 22. Deixar de obter consentimento do paciente ou de seu representante legal após esclarecê-lo sobre o procedimento a ser realizado, salvo em caso de risco
iminente de morte.
JHTorres
CEM/2009
Capítulo IVDIREITOS HUMANOS
DIREITO DO PACIENTE DE DECIDIR
É vedado ao médico:
Art. 24. Deixar de garantir ao paciente o exercício do direito de decidir livremente sobre sua pessoa ou seu
bem-estar, bem como exercer sua autoridade para limitá-lo.
JHTorres
CEM/2009
Capítulo IVDIREITOS HUMANOS
DENÚNCIA DE TORTURAOU TRATAMENTO DESUMANO
É vedado ao médico:
Art. 25. Deixar de denunciar prática de tortura ou de procedimentos degradantes, desumanos ou cruéis, praticá-las,
bem como ser conivente com quem as realize ou fornecer meios, instrumentos, substâncias ou conhecimentos que as
facilitem.
JHTorres
CEM/2009
Capítulo IVDIREITOS HUMANOS
GREVE DE FOME
É vedado ao médico:
Art. 26. Deixar de respeitar a vontade de qualquer pessoa, considerada capaz física e mentalmente, em greve de fome, ou alimentá-la compulsoriamente, devendo cientificá-la das prováveis complicações do jejum prolongado e, na hipótese
de risco iminente de morte, tratá-la.
JHTorres
CEM/2009
Capítulo IVDIREITOS HUMANOS
DESRESPEITO AO INTERESSE DO PACIENTE
É vedado ao médico:
Art. 28. Desrespeitar o interesse e a integridade do paciente em qualquer instituição na qual esteja recolhido,
independentemente da própria vontade.
JHTorres
CEM/2009
RELAÇÃO COM PACIENTES E FAMILIARES
DESRESPEITO À DECISÃO LIVRE.
É vedado ao médico:
Art. 31. Desrespeitar o direito do paciente ou de seu representante legal de decidir livremente sobre a execução de práticas
diagnósticas ou terapêuticas, salvo em caso de iminente risco de morte.
JHTorres
CEM/2009
RELAÇÃO COM PACIENTES E FAMILIARES
EM FAVOR DO PACIENTE
É vedado ao médico:
Art. 32. Deixar de usar todos os meios disponíveis de diagnóstico e tratamento, cientificamente reconhecidos e a seu alcance,
em favor do paciente.
JHTorres
CFM Parecer n. 7.311/97
Cabe ao médico: “explicar à família a ocorrência e o significado da morte encefálica e a total impotência da medicina em reverter tal situação. A partir de então, prolongar os cuidados passa a configurar injustificável obstinação terapêutica. Deverão ter os médicos a sensibilidade para que este seu poder não venha a constituir uma causa adicional de dor àqueles que já passam pelo sofrimento da perda de um ente querido e que devem encontrar no médico uma mensagem de alívio e solidariedade”
JHTorres
DISTANÁSIA
CEM/2009
Capítulo IPRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
TERMINALIDADE DA VIDA. DISTANASIA
XXII - Nas situações clínicas irreversíveis e terminais, o médico evitará a realização de procedimentos diagnósticos e
terapêuticos desnecessários e propiciará aos pacientes sob sua atenção todos os cuidados paliativos apropriados.
JHTorres
DISTANÁSIA
• Postergar a morte para além de qualquer benefício (obstinação terapêutica)
• Priorização da quantidade de vida• Negligência ao cuidado humano de quem
está morrendo• Investimento em recursos inúteis• Paradigmas não só científicos, mas
comerciais também
JHTorres
CONSTRANGIMENTO ILEGAL Artigo 146 do CP. “Constranger alguém, mediante
violência ou grave ameaça, ou depois de lhe haver reduzido a capacidade de resistência, a não fazer o que a lei permite, ou a fazer o que ela não manda”
EXCLUSÃO DO CRIME: é lícita e não constitui constrangimento ilegal a intervenção médica ou cirúrgica, sem o consentimento do paciente ou de seu representante legal, se justificada por iminente perigo de vida
(CP, artigo 148, parágrafo 3º)
CRIME COMISSIVO: açãop. ex. : com relação ao doente em fase terminal, manter tratamentos ou procedimentos que somente podem prolongar a vida e que não são curativos, contrariando a vontade do doente.
JHTorres
ORTOTANÁSIA
CEM/2009Artigo 41, parágrafo único.
Nos casos de doença incurável e terminal, DEVE o médico oferecer
todos os cuidados paliativos disponíveis SEM EMPRENDER AÇÕES
DIAGNÓSTICA OU TERAPÊUTICAS INÚTEIS OU OBSTINADAS,
levando sempre em consideração a vontade expressa do paciente ou, na sua impossibilidade, a de seu
representante legal.
JHTorres
CreonteJHTorres
MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL XCONSELHO FEDERAL DE MEDICINA
AÇÃO CIVIL PÚBLICA
ALEGAÇÕES FINAIS:
PEDIDO:
b.- Resolução não é INCONSTITUCIONAL, porque apenas regulamenta o procedimento ético na medicina
a.- ORTOTANÁSIA não é EUTANÁSIA e não é HOMICÍDIO
IMPROCEDÊNCIA DA AÇÃO
JHTorres
07 de julho de 2009
MISTANASIA
“Da morte ninguém escapa. morre o Bispo e morre o Papa.Só eu escapo !Meto-me numa panela.E quando a morte chegar,Digo: não há ninguém nela”
CATULO DA PAIXÃO CEARENSE
JHTorres
Juramento de Hipócrates
FIM
José Henrique Rodrigues Torres