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PROGRAMA DE CURSO 2010.2 DEPARTAMENTO DE TEORIA E HISTÓRIA DA ARTE Disciplina: Arte no Brasil III Professor: Marcelo Campos Curso: Brasilidades contemporâneas Ementa: Moderno, contemporâneo, pós-moderno: a qualidade específica da arte contemporânea brasileira. A ampliação do campo artístico na contemporaneidade: questões como autoria e participação do espectador; relação com saberes locais; vínculo popular das imagens; idéias de evento, efemeridade, ritual; o espectador como foco central para o endereçamento do trabalho artístico; o corpo, a presença; herança geométrico-construtiva recodificada; apropriação, adversidade e marginalidade; conceitualismo; memória e auto-ficção; novas mídias. Arte e cultura: o sistema de arte globalizado e os novos papéis culturais desempenhados por artistas, críticos, marchands; a institucionalização mercadológica; a descentralização da produção e a difusão das artes e das instituições culturais. Possibilidade de visitas a monumentos, instituições de arte e cultura e viagens a cidades cujos patrimônios artísticos e culturais sejam de interesse para a disciplina – trabalho de campo. Programa: Módulo I – Paradigmas pós-modernos Universalidade da arte Heranças construtivas Moderno e pós-moderno Modulo II – Saberes locais Incorporação e espectador-participante Apropriação e poética da adversidade Entre o urbano e o suburbano Política e estratégias artísticas marginais Modulo III – Desmaterialização Conceitualismo global O vazio Efemeridades Módulo IV – Memória e autoficções Registros e recônditos do lar Memória e autobiografia Globalização e primeira pessoa Recodificando brasilidades Bibliografia: AMARAL, Aracy (org.). Arte construtiva no Brasil: coleção Adolpho Leirner. São Paulo:DBA, 1998. BASBAUM, Ricardo (org.). Arte contemporânea brasileira. Rio de Janeiro: Rios Ambiciosos, 2001. BASUALDO, Carlos (org.). Tropicália: uma revolução na cultura brasileira. São Paulo: Cosac & Naify, 2007. DUARTE, Paulo Sérgio. Anos 60. Rio de Janeiro: Campos Gerais, 1998. FERREIRA, Glória (org.). Crítica de arte no Brasil: temáticas contemporâneas. Rio de Janeiro: FUNARTE, 2006. FERREIRA, Glória e COTRIM, Cecília (orgs.). Escritos de artistas. Anos 60/70. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2006.

CARTA DE RECOMENDAÇÃO - art.uerj.br · DUARTE, Paulo Sérgio. Anos 60. Rio de Janeiro: Campos Gerais, 1998. ... Ao amor do público. Jardins no Brasil. São Paulo: FAPESP, Studio

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PROGRAMA DE CURSO 2010.2DEPARTAMENTO DE TEORIA E HISTÓRIA DA ARTE

Disciplina: Arte no Brasil IIIProfessor: Marcelo CamposCurso: Brasilidades contemporâneas

Ementa:Moderno, contemporâneo, pós-moderno: a qualidade específica da arte contemporânea brasileira. A ampliação do campo artístico na contemporaneidade: questões como autoria e participação do espectador; relação com saberes locais; vínculo popular das imagens; idéias de evento, efemeridade, ritual; o espectador como foco central para o endereçamento do trabalho artístico; o corpo, a presença; herança geométrico-construtiva recodificada; apropriação, adversidade e marginalidade; conceitualismo; memória e auto-ficção; novas mídias. Arte e cultura: o sistema de arte globalizado e os novos papéis culturais desempenhados por artistas, críticos, marchands; a institucionalização mercadológica; a descentralização da produção e a difusão das artes e das instituições culturais. Possibilidade de visitas a monumentos, instituições de arte e cultura e viagens a cidades cujos patrimônios artísticos e culturais sejam de interesse para a disciplina – trabalho de campo.

Programa:Módulo I – Paradigmas pós-modernosUniversalidade da arteHeranças construtivasModerno e pós-moderno

Modulo II – Saberes locaisIncorporação e espectador-participanteApropriação e poética da adversidadeEntre o urbano e o suburbanoPolítica e estratégias artísticas marginais

Modulo III – DesmaterializaçãoConceitualismo globalO vazioEfemeridades

Módulo IV – Memória e autoficçõesRegistros e recônditos do larMemória e autobiografiaGlobalização e primeira pessoaRecodificando brasilidades

Bibliografia:AMARAL, Aracy (org.). Arte construtiva no Brasil: coleção Adolpho Leirner. São Paulo:DBA, 1998.BASBAUM, Ricardo (org.). Arte contemporânea brasileira. Rio de Janeiro: Rios Ambiciosos, 2001.BASUALDO, Carlos (org.). Tropicália: uma revolução na cultura brasileira. São Paulo: Cosac & Naify, 2007.DUARTE, Paulo Sérgio. Anos 60. Rio de Janeiro: Campos Gerais, 1998.FERREIRA, Glória (org.). Crítica de arte no Brasil: temáticas contemporâneas. Rio de Janeiro: FUNARTE,

2006.FERREIRA, Glória e COTRIM, Cecília (orgs.). Escritos de artistas. Anos 60/70. Rio de Janeiro: Jorge Zahar

Editor, 2006.

PROGRAMA DE CURSO 2010.2DEPARTAMENTO DE TEORIA E HISTÓRIA DA ARTE

Disciplina: Arte e Oriente / Arte no Oriente / Arte OrientalProfessor: Roberto Conduru

Ementa:Arte nas civilizações do Oriente (Índia, China e Japão). Fundamentos, práticas e reflexões destas sociedades sobre arte. Desdobramentos artísticos do contato com as culturas ocidentais. Da historiografia colonialista aos estudos culturais recentes.Universidade do Estado do Rio de JaneiroInstituto de Artes

Objetivos:Estudar a arte nas civilizações do Oriente, especialmente Índia, China e Japão. Analisar os fundamentos, as práticas e as reflexões destas sociedades sobre arte. Estudar os desdobramentos artísticos do contato entre as culturas ocidentais e as orientais. Rever as leituras que o eurocentrismo produziu: da historiografia colonialista aos estudos culturais recentes.

Programa:1ª aula – Apresentação da disciplina: ementa, objetivos, programa,

bibliografia, critérios de aprovação (freqüência e conteúdos).Introdução aos temas do programa.

2ª aula – Unidade 1 – Oriente e orientalismo na era contemporânea.Tema: O Oriente como invenção do Ocidente. Imagens da arte.

3ª aula – Unidade 1 – Oriente e orientalismo na era contemporânea.Tema: O Oriente como invenção do Ocidente.Texto para subsidiar a discussão: PAGLIA.

4ª aula – Unidade 1 – Oriente e orientalismo na era contemporânea.Tema: Ocidente-Oriente, contemporaneidade.Textos para subsidiar a discussão: BELTING, KUDIELKA, MITCHELL.Entrega do Texto 1 da Avaliação 1.

5ª aula – Unidade 2 – Índia: arte e cultura.6ª aula – Unidade 2 – Índia: arte e cultura.

Entrega do Texto 2 da Avaliação 1.7ª aula – Unidade 3 – China: arte e cultura.8ª aula – Unidade 3 – China: arte e cultura.

Entrega do Texto 3 da Avaliação 1.9ª aula – Unidade 4 – Japão: arte e cultura.10ª aula – Unidade 4 – Japão: arte e cultura.

Entrega do Texto 4 da Avaliação 1.11ª aula –Avaliação 2.12ª aula – Unidade 5 – O Oriente no Brasil: arte e cultura.

Entrega do Texto 5 da Avaliação 1.13ª aula – Avaliação 3 – 1ª parte.

Entrega da Avaliação 4.14ª aula – Avaliação 3 – 2ª parte.15ª aula – Avaliação 3 – 3ª parte.16ª aula – Prova Final.

Bibliografia básica da disciplina:BAKER, Joan Stanley. Japanese Art. London: Thames & Hudson, 1995.BAZIN, Germain. História da Arte. Lisboa: Martins Fontes, 1980. "As civilizações do extremo oriente", p.

349-394.BELTING, Hans. "Arte híbrida? Um olhar por trás das cenas globais". In: Arte & Ensaios, UFRJ, ano IX, n. 9,

2002, p. 166-175.BRINKER, Helmut. O Zen na Arte da Pintura. São Paulo: Pensamento, 1991.CAVALCANTI, Bernadete Dias. "O orientalismo no século XIX e a obra de Pedro Américo". In: Gávea, PUC-

Rio, n. 5, abr./1988, p. 20-27.COSTA, Renato da Gama-Rosa (org.). Caminhos da Arquitetura em Manguinhos. Rio de Janeiro:

FIOCRUZ; FAPERJ, 2003.CRAVEN, Roy C. Indian Art. London: Thames & Hudson, 1995.DANTO, Arthur C. “Later chinese paintings”. In: DANTO, Arthur C. Encounters & Reflections. Art in the

Historical Present. Berkeley: University of California Press, 1997, pp. 178-185.FABRIS, Annateresa (org.). Ecletismo na Arquitetura Brasileira. São Paulo: Nobel; Edusp, 1987.FAURE, Élie. A Arte Medieval. São Paulo: Martins Fontes, 1990. "A Índia", p. 19-48; "A China", p. 49-80"; "O

Japão", p. 81-120; "O Islã", p. 167-185.FRY, Roger. Visão e Forma. São Paulo: Cosac & Naify, 2002. "A otomana e o porta-bibelô, p. 71-76; "A

exposição de arte maometana em Munique", p. 153-165. GINZBURG, Carlo. “Matar um mandarim. As implicações morais da distância”. In: Olhos de Madeira. Nove

Reflexões sobre a Distância. São Paulo: Companhia das Letras, 2001, p. 199-218.GOMBRICH, E.H. História da Arte. São Paulo: Círculo do Livro, 1972. "Olhando para o oriente", p. 102-112.--. “Chinese landscape paintings”. In: --. Reflections on the History of Art: Views and Reviews. Berkeley:

University of California Press, 1987, pp. 18-22.GRANET, Marcel. O Pensamento Chinês. Rio de Janeiro: Contraponto, 1997.GREENBERG, Clement. “The art of China: review of The Principles of Chinese Painting by George Rwley”.

In: --. The Collected Essays and Criticism. Volume 3. Affirmations and Refusals, 1950-1956 (editor: John O’Brian). Chicago; London: The University of Chicago Press, 1993, pp. 42-44.

--. “At the building of the Great Wall of China”. In: --. The Collected Essays and Criticism. Volume 4. Modernism wuth a Vengeance, 1957-1969 (editor: John O’Brian). Chicago; London: The University of Chicago Press, 1993, pp. 48-52.

HEGEL, G. W. F. Estética. Lisboa: Guimarães Editores, 1993.KUDIELKA, Robert. "Arte do mundo – arte de todo o mundo?". In: Novos Estudos, São Paulo, CEBRAP, n.

67, nov./2003, p. 131-142.KUNIYOSHI, Celina. Imagens do Japão: uma utopia de viajantes. São Paulo: Estação Liberdade; FAPESP,

1998.LEITE, José Roberto Teixeira. A China no Brasil: influências, marcas, ecos e sobrevivências chinesas na

sociedade e na arte brasileiras. Campinas: Editora da Unicamp, 1996.MITCHELL, Timothy. “Orientalism and the exihibitionary order”. In: PREZIOSI, Donald (editor). The Art of Art

History: a Critical Anthology. Oxford; New York: Oxford University Press, 1998, pp. 455-472.MITTER, Partha. “‘Decadence in India’: reflections on a much-used word in studies of Indian art and society”.

In: ONIANs, John (editor). Sight and Insight. Essays on Art and Culture in Honour of E. H. Gombrich at 85. London: Phaidon, 1994, pp.379-397.

PAGLIA, Camille. Sexo, arte e cultura americana. São Paulo: Companhia das Letras, 1993. “Oriente e ocidente. Uma experiência de multiculturalismo”, p. 141-174.

PAZ, Octavio. Marcel Duchamp ou o castelo da pureza. São Paulo: Perspectiva, 1990.RAWSON, Jessica (editor). The British Museum Book of Chinese Art. London: Thames & Hudson, 1992.SAID, Edward. Orientalismo. O oriente como invenção do ocidente. São Paulo: Companhia das Letras,

1990.SEGAWA, Hugo. Ao amor do público. Jardins no Brasil. São Paulo: FAPESP, Studio Nobel, 1996.ZIMMER, Heinrich. Mitos e símbolos na arte e civilização da Índia. São Paulo: Palas Athenas, 1989.

Critérios de avaliação da disciplina:Avaliação de Freqüência:Para aprovação, o/a estudante deverá ter, no mínimo, 75% de freqüência nas aulas.

Avaliação de Conteúdo:Avaliação 1 – A1 –Resumo crítico de 5 (cinco) textos.Avaliação 2 – A2 – Prova escrita.Avaliação 3 – A3 – Análise de 1 (uma) obra de arte.Avaliação 4 – A4 – Análise crítica de 1 (uma) exposição.Na Avaliação 1, cada resumo alcança, no máximo, 1,2 (um inteiro e dois décimos) pontos por texto, perfazendo, no máximo, 6 (seis) pontos.Nas avaliações 2 e 3 alcança-se, no máximo, 10 (dez) pontos.Na Avaliação 4, alcança-se, no máximo, 4 (quatro) pontos.Média Parcial – MP = A1 + A2 + A3 + A4 3MP maior ou igual a 7,0 (sete) pontos – aprovaçãoMP maior ou igual a 4,0 (quatro) pontos e menor ou igual a 6,9 (seis inteiros e nove décimos) pontos – necessidade de fazer a Prova Final, PFMP menor ou igual a 3,9 (três inteiros e nove décimos) pontos – reprovaçãoMédia Final – MF = MP + PF 2MF maior ou igual a 5,0 (cinco) pontos – aprovaçãoMF menor ou igual a 4,9 (quatro inteiros e nove décimos) pontos – reprovação

Avaliações:Avaliação 1Resumo crítico de 5 (cinco) textos. Apresentação escrita individual.Texto 1 – SAID, Edward. Orientalismo. O oriente como invenção do ocidente. São Paulo: Companhia

das Letras, 1990. “Introdução, p. 13-39.Texto 2 – PAGLIA, Camille. Sexo, arte e cultura americana. São Paulo: Companhia das Letras, 1993.

“Oriente e ocidente. Uma experiência de multiculturalismo”, p. 141-174.Texto 3 – PAZ, Octavio. Marcel Duchamp ou o castelo da pureza. São Paulo: Perspectiva, 1990.Texto 4 – BELTING, Hans. "Arte híbrida? Um olhar por trás das cenas globais". In: Arte & Ensaios,

UFRJ, ano IX, n. 9, 2002, p. 166-175.Texto 5 – KUDIELKA, Robert. "Arte do mundo – arte de todo o mundo?". In: Novos Estudos, São Paulo,

CEBRAP, n. 67, nov./2003, p. 131-142.

Avaliação 2Prova escrita realizada em sala de aula: individual e sem consulta.

Avaliação 3Análise de 1 (uma) obra de arte do oriente ou referente à problemática oriente-ocidente. Apresentação oral, individual, em sala de aula, a partir de texto escrito que deve ser entregue no momento da apresentação.

Avaliação 4Análise crítica da exposição permanente da coleção de arte do oriente de Raymundo Ottoni de Castro Maya, em exibição no Museu do Açude, no Rio de Janeiro. Apresentação escrita individual: texto de 3 (três) a 6 (seis) laudas.

PROGRAMA DE CURSO 2010.2DEPARTAMENTO DE TEORIA E HISTÓRIA DA ARTE

Disciplina: Estética e Teoria da Arte IProfessor: Gilton Monteiro dos Santos Jr.

Ementa:Exame das diferenças de perspectivas e de proposições a cerca da arte, segundo os campos de saber relativos à Poética, Retórica, Estética, Crítica da Arte, Filosofia da Arte, Teoria da Arte.

Programa:Pretende-se em um primeiro instante abordar os problemas centrais referentes às distintas áreas de saber dedicadas ao estudo da arte, delineando as perspectivas e proposições apresentadas por cada uma das seguintes disciplinas: Poética, Estética, Crítica de Arte, Teoria da Arte e Filosofa da Arte, com vistas a especificar suas propriedades. Parte-se, para tanto, de uma descrição dos elementos da estética, a partir de seu empenho em tratar a dimensão sensível da obra; esclarecem-se, em seguida, os papéis atribuídos à teoria e filosofia da arte, destacando seu esforço em compreender o estatuto ontológico da obra, e sua relação com a instância social, cultural e natural; destaca-se o estabelecimento de uma experiência, em ultima instância judicativa, cumprida pela crítica de arte, ao eleger seus problemas e especificar os valores transmitidos pela obra.

De modo mais sistemático, passa-se, em um segundo momento, à consideração dos dilemas relativos às concepções da mimese tais como se apresentam no pensamento dos filósofos gregos Platão e Aristóteles, visando, paralelamente definir o conceito e especificar os diferentes valores que ele assume em ambas as filosofias, ressaltando, no primeiro, o lugar em que se encontra a arte em sua relação com a “Forma” ou Idéia, isto é, a arte em vista da verdade, bem como sua suposta simulação da aparência (fenômeno), e neste sentido, seu afastamento daquilo que consiste o real (Essência).

Doravante, apontar-se-á a convergência entre a Verdade, o Belo e o Bem, como essências eternas, centrais nessa filosofia, com vistas a ressaltar a injuria reservada às artes, em sua concepção da Cidade ideal, na República.

Em um terceiro momento, desdobraremos os problemas da mimese em Aristóteles orientando-nos pelos problemas colocados através das noções de imitação e catarse, em sua Poética, adentrando o desafio por ela lançado aos domínios da metafísica, da religião, da moral e da política, na medida em que à mimese é então atribuído um caráter “natural”, e não mais depreciativo. Através do obrigatório exame da catarse nesse pensamento, destaca-se a força catalisadora que ela reservará à experiência da tragédia, com relação à verdade, invertendo os termos depreciativos da ontologia platônica.

Bibliografia:Aristóteles. Poética. Tradução, comentários e índices analítico e onomástico de Eudoro de Souza. São

Paulo: Abril. Cultural, 1973. Chauí, Marilena. Introdução à história da filosofia.: dos pré-socráticos a Aristóteles, Volume 1. São Paulo:

Companhia das Letras, 2002.Gimenez, Marc. O que é Estética? Trad. Fúlvia Moretto. Ed. Unisinos. UFRS. 2001.Haar, Michel. A obra de arte: ensaio sobre a ontologia das obras. Trad. Maria Helena Kühner. Rio de

Janeiro: DIFEL, 2000. Lacoste, Jean. A filosofia da arte. Trad. Álvaro Cabral. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1986 Platão. A República. Introdução, Tradução e notas de Maria Helena da Rocha Pereira. Lisboa: Fundação

Calouste Gulbenkian, 1987.

PROGRAMA DE CURSO 2010.2DEPARTAMENTO DE TEORIA E HISTÓRIA DA ARTE

Disciplina: Estética e Teoria da Arte IProfessor: Mariana PimentelCurso: O conceito de Mimesis em Platão e Aristoteles

Programa:Investigar os conceitos de mimesis em Platão e Aristóteles a fim de mostrar a diferença ontológica que os constitui e a conseqüência desta para um pensamento sobre a arte, tal qual a entendemos nos dias de hoje.

- Leitura e análise das obras A República de Platão e Poética de Aristóteles;- A mimesis como cópia/participação e a mimesis como produção/ordenação lógica;- Explicitar a critica platônica ao simulacro, à superfície e à profundidade cênica; - Relacionar o conceito de poética, mimesis e mito em Aristóteles ao conceito de representação clássica.

Bibliografia:ARISTOTELES. Poética. Porto Alegre: Globo / São Paulo: Abril Cultural, 1984DELEUZE, G.. Platão e o Simulacro In: Lógica do Sentido. São Paulo: Perspectiva, 1974GOLDSCHMIDT. Temps physique et temps tragique chez Aristote. Paris: Librairie philosophique J. Vrin,

1982PLATÃO. A República. São Paulo: Difusão Européia do Livro, 1965RANCIERE, J. A partilha do sensível. São Paulo: Editora 34, 2005RICOEUR, P. Tempo e Narrativa (Tomo I). São Paulo: Papirus, 1994

PROGRAMA DE CURSO 2010.2

DEPARTAMENTO DE TEORIA E HISTÓRIA DA ARTE

Disciplina: Estética e Teoria da Arte I

Professor: Roberto Corrêa dos Santos

Ementa:

Exame de (a) diferenças de perspectivas e de proposições a cerca da arte, conforme distintas áreas de

saber, tais como Poética, Estética, Crítica de Arte, Teoria da Arte, Filosofa da Arte; (b) dimensões do

sensível; (c) estatutos da obra de arte; categorias como mimese, forma, ideia, verdade, belo, bem, catarse,

valor etc.

Bibliografia:

Aristóteles. Poética. Tradução, comentários e índices analítico e onomástico de Eudoro de Souza.

SãoPaulo: Abril. Cultural, 1973.

Chauí, Marilena. Introdução à história da filosofia.: dos pré-socráticos a Aristóteles, Volume 1. São Paulo:

Companhia das Letras, 2002.

Gimenez, Marc. O que é Estética? Trad. Fúlvia Moretto. Ed. Unisinos. UFRS. 2001.

Haar, Michel. A obra de arte: ensaio sobre a ontologia das obras. Trad. Maria Helena Kühner. Rio de

Janeiro: DIFEL, 2000.

Lacoste, Jean. A filosofia da arte. Trad. Álvaro Cabral. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1986

Platão. A República. Introdução, Tradução e notas de Maria Helena da Rocha Pereira. Lisboa: Fundação

Calouste Gulbenkian, 1987.

PROGRAMA DE CURSO 2010.2DEPARTAMENTO DE TEORIA E HISTÓRIA DA ARTE

Disciplina: Estética e Teoria da Arte IIIProfessor: Liliane Ruth Heynemann

Ementa:Exame dos processos de desmontagem crítica da estética realizada por Nietzsche, Merleau-Ponty e pensadores da desconstrução

Programa:As leituras críticas empreendidas ao longo do curso integram algumas temáticas centrais. Em Nietzsche há sobretudo a simultaneidade de um pensamento radical sobre o trágico e a tragédia e a crítica ao projeto moderno. As noções de eterno retorno, o embate e reconciliação entre as categorias de apolíneo e dionisíaco , a herança de Schopenhauer e as correspondências com a poética de Holderlin constituem o primeiro bloco de questões.Em Merleau-Ponty destacamos a problematização do invisível e sua posição ambígua, entre o sensível e o inteligível. Da experiência estética apartada de uma esfera da percepção, da diferença entre a experiência filosófica e a do pintor, emergem as reflexões sobre o corpo, a carne, o espírito e a arte.A leitura de textos selecionados de Jacques Derrida (e sobre o filósofo) irão contemplar modalidades de crítica à separação fonologocêntrica entre imagem e discurso, objeto do terceiro bloco do curso.

Bibliografia:BENJAMIN, Walter: O Conceito de Crítica de Arte no Romantismo Alemão. São Paulo, Iluminuras, 1999BRUM, J. Thomaz: O Pessimismo e suas Vontades: Schopenhauer e Nietzsche. Rio de Janeiro, Rocco,

1998.DUQUE ESTRADA, P.C (org): Às Margens: A Propósito de Derrida. Rio de Janeiro, Editora PUC-Rio, 2002GIL,J. A imagem nua e as pequenas percepções. Lisboa: Relógio D’água,2006.MACHADO, Roberto: O nascimento do trágico. RJ: Jorge Zahar, 2006.___________________Nietzsche e a verdade. SP: Graal, 2002.MERLEAU-PONTY, M: O Olho e o Espírito. Lisboa, Vega, 1992.___________________O Visível e o Invisível.___________________São Paulo, Perspectiva, 1992.NASCIMENTO, E. (org) Em torno de Jacques Derrida. RJ: 7 Letras,2000.ROUDINESCO,E. Filósofos na tormenta. RJ: Zahar, 2007.

PROGRAMA DE CURSO 2010.2DEPARTAMENTO DE TEORIA E HISTÓRIA DA ARTE

Disciplina: Estética e Teoria da Arte IIIProfessor: Mariana PimentelCurso: Da potência como Fora à potência como Dobra do fora

Programa:Investigar o conceito de potência em Nietzsche e relacioná-lo ao conceito de Fora em Foucault e Deleuze. A partir da constatação feita por Rosa Dias de que a estética nietzschiana sofre uma reviravolta após a publicação de Humano Demasiado Humano tornado-se não mais um meio de evasão de si, segundo as palavras do próprio filosofo, mas um meio de produção de si, mostrar um movimento semelhante na concepção estética de Foucault e Deleuze, onde o Fora primeiro pensado como plano de experimentação impessoal, morte do autor, torna-se potência de produção de novas subjetividades, a dobra como criação de vida.

- A estética nietzschiana: os conceitos de dionisíaco, apolíneo e potência do falso.- Do dionisíaco e do apolíneo como potências de criação de si.- A linha do Fora: Focault e Deleuze leitores de Blanchot- A terceira fase do pensamento foucaultiano: a dobra como subjetivação artista - Deleuze e a terceira imagem-tempo: a arte como a arte de interceder- Por uma estética do comum- Análise de documentários, obras literárias e visuais modernas e contemporâneas.

Bibliografia:DELEUZE, G. Foucault. São Paulo: Brasiliense, 2005___________. Nietzsche e a filosofia. Porto: Rés-Editora, 2001___________. Conversações. São Paulo: Editora 34, 1992DIAS, R. Amizade Estelar. Rio de Janeiro: Imago, 2008FOUCAULT, M. O que são as luzes. In: Ditos e Escritos Vol. II. Rio de Janeiro:Forense Universitária, 2001__________. Uma Estética da Existência. In: Ditos e Escritos Vol. V. Rio de Janeiro: Forense Universitária,

2001__________. O que é um autor. In: Ditos e Escritos Vol. III. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2001NIETZSCHE, F. O nascimento da tragédia. São Paulo: Companhia de Bolso, 2007__________. Humano Demasiado Humano. São Paulo: Companhia das Letras: 2000__________. Sobre a Verdade e a Mentira no Sentido Extra Moral. In: Os Pensadores. São Paulo: Abril

Cultural, 1975.___________. O Livro do Filósofo. Porto: Rés, 1979.SANTIAGO, S. O cosmopolitismo do pobre. In: O cosmopolitismo do pobre. Belo Horizonte: Ed. UFMG,

2005.

PROGRAMA DE CURSO 2010.2DEPARTAMENTO DE TEORIA E HISTÓRIA DA ARTE

Disciplina: Estética e Teoria da Arte IIIProfessor: Patricia Dias Guimarães

Ementa:Exame dos processos de desmontagem crítica da estética realizada por Nietzsche, Merleau-Ponty e pensadores da desconstrução.

Programa:Temas de aula propostos:Tema I: A crítica da estética kantiana efetuada pelos românticos alemães:

- O “estado estético” em Friedrich Schiller- Os conceitos de “critica de arte” e “poesia universal progressiva” em Novalis (Friedrich Von Hardenberg) e Friedrich Schlegel.- A arte e a doutrina da Vontade em Arthur Schopenhauer

Tema II: A estética trágica de Friedrich Nietzsche- A dupla fonte da arte: Apolo e Dionísio

- Privilégio da Aparência sobre a Verdade - Vontade de potência enquanto vontade de arte - O eterno retorno do instante e o sentido do trágico nietzschiano

Tema III: A meditação de Maurice Merleau-Ponty sobre o corpo, a visão, a pintura, enquanto ultrapassamento das fronteiras da fenomenologia

- De como o pintor “oferece seu corpo” ou “como poderia um espírito pintar?” - A “Carne do mundo” ou o “Quiasma” entre o visível e o invisível

Tema IV: Apropriações de temas românticos, nietzschianos e/ou dos temas de Ponty nas práticas e nos discursos artísticos modernos e contemporâneos.

Tema V: Algumas aproximações e afastamentos entre os conceitos propostos pelos autores estudados e a escritura dos pensadores da desconstrução.

O processo de avaliação engloba a apresentação de resenhas criticas sobre alguns dos textos apresentados em aula e trabalho individual versando sobre um ( ou mais) dos temas expostos. Bibliografia:SCHILLER, F: A Educação Estética do Homem. São Paulo, Iluminuras, 2002SCHLEGEL, F: O Dialeto dos Fragmentos. São Paulo, Iluminuras, 1997NOVALIS: Pólen: Fragmentos, Diálogos, Monólogos. São Paulo, Iluminuras, 2001BENJAMIN, Walter: O Conceito de Crítica de Arte no Romantismo Alemão. São Paulo, Iluminuras, 1999BRUM, J. Thomaz: O Pessimismo e suas Vontades: Schopenhauer e Nietzsche. Rio de Janeiro, Rocco,

1998.NIETZSCHE, F: A visão Dionisíaca do Mundo. São Paulo, Martins Fontes, 2005MACHADO, Roberto: Zaratustra: Tragédia Nietzschiana. Rio de Janeiro, Zahar, 1997MERLEAU-PONTY, M: O Olho e o Espírito. Lisboa, Vega, 1992__________________ O Visível e o Invisível. São Paulo, Perspectiva, 1992DUQUE ESTRADA, P.C (org): Às Margens: A Propósito de Derrida. Rio de Janeiro, Editora PUC-Rio, 2002

PROGRAMA DE CURSO 2010.2

DEPARTAMENTO DE TEORIA E HISTÓRIA DA ARTE

Disciplina: Estética e Teoria da Arte III

Professor: Roberto Corrêa dos Santos

Ementa:

Exame (a) das proposições teóricas de pensadores da Desconstrução e seus cruzamentos com os distintos

rumos da arte contemporânea; (b) das categorias como: potência (Nietzsche); exterior (Derida,Foucault

,Deleuze); autor ( Barthes, Foucault), escritura (Derida, Barthes) subjetividae ( Deleuze), contemporâneo,

vida, estilo, história, arte ( autores diversos).

Bibliografia:

BARTHES, Roland. O óbvio e o obtuso. Lisboa: Edições 70, 1984.

________. O prazer do texto. São Paulo: Perspectiva, 2002.

DELEUZE, Gilles. Conversações. Rio de Janeiro: Ed 34, 1992.

___________. Nietzsche e a filosofia. Porto: Rés-Editora, 2001.

___________. Conversações. São Paulo: Editora 34, 1992.

DERRIDA, Jacques. A farmácia de Platão. São Paulo: Iluminuras, 1991.

FOUCAULT, M. Uma Estética da Existência. In: Ditos e Escritos Vol. V. Rio de Janeiro: Forense

Universitária, 2001.

__________. O que é um autor. In: Ditos e Escritos Vol. III. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2001

____________. A ordem do discurso. São Paulo: Loyola, 1996.

NIETZSCHE, F. O nascimento da tragédia. São Paulo: Companhia de Bolso, 2007.

SANTOS, Roberto Corrêa dos. Modos de saber, modos de adoecer: o corpo, a arte, o estilo, a vida, o

exterior. Belo Horizonte: editora UFMG,1999.

PROGRAMA DE CURSO 2010.2DEPARTAMENTO DE TEORIA E HISTÓRIA DA ARTE

Disciplina: Estudos Especiais de História da Arte I e II Professor: Raphael FonsecaCurso: Retratar e ser retratado

Ementa:Tópicos fundamentais de História e Teoria da Arte, tais como: criação e poética; representação e abstração; gêneros e meios artísticos; institucionalização da arte; recepção artística; autonomia artística; classicismo e anti-classicismo; modernidade e contemporaneidade. Cada curso se dedicará a um dos aspectos citados, sendo proposto pelos professores ou solicitado pelos alunos, de acordo com o interesse acadêmico em alguma problemática e/ou em vinculação a atividades extra-curriculares.

Programa:A partir de recortes de questões precisas e inseridas dentro do campo da história da arte (estudos de caso), este curso visa promover reflexões acerca do universo dos retratos. Para tal, fazem-se necessárias leituras de diversas abordagens da retratística, advindas de diferentes campos do conhecimento. Haverá também um esforço na apresentação semanal de imagens provenientes de diversos recortes histórico-temporais, incentivando a leitura de obras para além de seus contextos e construindo diálogos extemporâneos.

Bibliografia:BITTENCOURT, Renata. Modos de negra e modos de branca: o retrato “Baiana” e a imagem da mulher

negra na arte do século XIX. Dissertação (mestrado), UNICAMP, IFCH, 2005.CASTELNUOVO, Enrico. Retrato e sociedade na arte italiana. São Paulo: Companhia das Letras, 2006.CIPINIUK, Alberto. A face pintada em pano de linho: moldura simbólica da identidade brasileira. Rio de

Janeiro: Editora PUC-Rio, 2003.ERMAKOFF, George. O negro na fotografia brasileira do século XIX. Rio de Janeiro: G. Ermakoff Casa

Editorial, 2004.FABRIS, Annateresa. Identidades virtuais: uma leitura do retrato fotográfico. Belo Horizonte: Editora UFMG,

1998.HOLANDA, Francisco de. Do tirar polo natural. Lisboa: Livros Horizonte, 1984.LEITE, Miriam Moreira. Retratos de família: leitura da fotografia histórica. São Paulo, Edusp, 1993.LINS, Consuelo. O documentário de Eduardo Coutinho: televisão, cinema e vídeo. Rio de Janeiro: Editora

Jorge Zahar, 2004.MICELI, Sérgio. Imagens negociadas: retratos da elite brasileira, 1920-40. São Paulo: Companhia das

Letras, 1996.VASQUEZ, Pedro. O Brasil na fotografia oitocentista. São Paulo: Metalivros, 2003.

PROGRAMA DE CURSO 2010.2DEPARTAMENTO DE TEORIA E HISTÓRIA DA ARTE

Disciplina: História da Arte IIProfessor: Ana Marcela FrançaCurso: Paisagem: entre a Arte e a Natureza

Ementa:Pensar a Paisagem em várias geografias e momentos da História da Arte, analisando através de seu caráter plástico o pensamento e o contexto das diferentes épocas e culturas. Debater, deste modo, o híbrido entre natureza e cultura a partir das formas de Paisagens, assim como perceber as várias espacialidades no suporte.

Programa:Pensando as origens:

- O que seria a noção de paisagem na antiguidade- Paisagem, espaço e natureza no budismo e no cristianismo

A Paisagem enquanto campo de atuação:- Os viajantes e as paisagens imaginárias: lugares reais/lugares irreais- Os pintores viajantes no Brasil do XIX: Rugendas, Thomas Ender e Martius;- Burle Marx e as paisagens tropicais- As formas dos Jardins Franceses e Ingleses e a atuação de Glaziou no Rio de Janeiro- Paisagem e ecologia na Ilha de Páscoa e no “Nordeste” de Gilberto Freyre (estudos de paisagens modificadas pelo cultivo humano no ambiente natural)- Land Art: Paisagem como espaço de intervenção- Arte e natureza em Eduardo Coimbra, Nelson Félix, Olafur Eliasson e Grupo Nuvem

Paisagem e perspectiva: - Paisagismo Japonês do século XIV e a “A Tempestade”, de Giorgione: construindo espaços - A perspectiva chinesa na Dinastia Song – Século IX-XIII e a Europa Rococó (Chinoiserie)- Natureza artifício: Espaço e perspectiva em Giotto e no Renascimento- A espacialidade na pintura chinesa nos séculos XVI – XVIII

Natureza e “naturezas”:- Paisagens Holandesas: o espelho de um povo ou da natureza?- A natureza em Da Vinci- Nicolau Poussin e Claude Lorrain e seu legado na pintura moderna- O Impressionismo e a Estamparia Japonesa- A pintura de Utamaro, de Katsushika Hokusai e influência sobre os modernistas- Gauguin e a Oceania: o olhar do pintor

“Paisagens pictóricas”:- Forma e pensamento em Cézanne e as paisagens de Pancetti- Os pintores de paisagem na Academia Imperial de Belas Artes: Jean-Baptiste Debret, F. Émile Taunay, Manuel Araujo Porto Alegre- O pitoresco e o sublime

Bibliografia:Aliata, Fernando. A Paisagem como cifra de Harmonia. Curitiba: Editora UFPR, 2008.CAHILL, James. Chinese Painting. New York: Skira Rizzoli, 1985.CLARK, Kenneth. Paisagem na arte. Lisboa, Editora Ulisseia.CAUQUELIN, Anne. A invenção da paisagem. São Paulo: Martins Fontes, 2007.Corbin, A. L’Homme dans Le Paysage. Paris: 2001Greenblatt, Stephen. Possessões Maravilhosas. São Paulo: Edusp, 1996.Gombrich, A História da Arte. São Paulo, 1999DEBRET, J. B. Viagem Pitoresca e Histórica ao Brasil. Belo Horizonte, Ed. Itatiaia Limitada/ São Paulo,

Universidade de São Paulo, 1989.

DIAMOND, Jared. Colapso. Rio de Janeiro: Record, 2009.LENOBLE, Robert. História da idéia de Natureza. Rio de janeiro: Edições 70, 1990.MARITAIN, Jacques. A filosofia da natureza. São Paulo: Loyola, 2000.MASSEY, Doreen. Pelo Espaço. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2008.MARQUES, L. . O Brasil Pintado Por Mestres Nacionais e Estrangeiros. Séculos XVII-XX. 1. ed. São

Paulo: Editora Raízes, 1987. v. 74MATTOS, C. V. A Pintura de Paisagem entre Arte e Ciência: Goethe, Hackert, Humboldt. Terceira

margem, v. 10, 2004.Merleau-Ponty, Maurice. Textos selecionados. Tradução de Marilena de S. Chauí-2. Ed.- São Paulo: Abril

Cultural, 1984.Naves, Rodrigo. A Forma Difícil. São Paulo: Ática, 1996.Panofsky, Erwin. A Perspectiva Como Forma Simbólica. São Paulo: Edições 70, 1999.RUGENDAS, João Maurício. Viagem Pitoresca através do Brasil, 3ª. Ed., São Paulo, Livraria Martins,

1941.TERUKAZU, Akiyama. Japanese Painting. New York: Skira Rizzoli, 1977.THOMAS, Keith. O homem e o mundo natural. São Paulo: Companhia das Letras, 1988.Sormenho-Marques, Viriato. Pensar a Paisagem. Lisboa: Finisterra XXXVI, 72, 2001, pp. 149-156.TAUNAY, Afonso de E. A missão Artística de 1816. Brasilia, Editora UNB, 1983.WÖLLFLIN, Heinrich. Conceitos fundamentais de História da Arte. Trad. João Azenha Júnior, 4 ed. –

São Paulo: Martins Fontes, 2000.XEXÉO, Pedro Martins (org.). Missão Artística Francesa: Coleção Museu Nacional de Belas Artes. Rio de

Janeiro, Museu Nacional de Belas Artes, 2007.

PROGRAMA DE CURSO 2010.2DEPARTAMENTO DE TEORIA E HISTÓRIA DA ARTE

Disciplina: História da Arte IIProfessor: Raphael FonsecaCurso: Desenho e cor

Ementa:Análise de obras de arte, culturas e processos artísticos considerados paradigmáticos quanto à relação entre arte, pensamento e forma. Estudo das noções de arte total e de estilo artístico, bem como das relações entre arte e sistemas de pensamento, arte e filosofia, arte e crítica, arte e teoria, estilo artístico e espírito de época, sistemas de formalização artística e de pensamento, nos múltiplos processos e culturas artísticos, segundo recortes e articulações espácio-temporais diversos. Exame dos modos como tradições artísticas são produzidas e recebidas em diferentes contextos sociais. Observação de intercâmbios de distintas fases de uma mesma cultura artística e trocas entre culturas diversas. Análise crítica dos termos e conceitos artísticos, bem como das teorias artísticas a eles referidas. Problematização de recortes periódicos e espaciais. Produção de discursos orais e escritos analíticos de questões discutidas na disciplina. Realização de visitas a monumentos, instituições de arte e cultura e viagens a cidades cujos patrimônios artísticos e culturais sejam de interesse para a disciplina – trabalho de campo.

Programa:Tendo em mente o recorte temático “arte, pensamento e forma”, o presente curso estará baseado nos pólos do desenho e da cor. Conceitos inseridos na história da arte desde a Antiguidade, é nos séculos XV e XVI, através, por exemplo, dos escritos de Leon Battista Alberti (“Da pintura”, 1435) e Giorgio Vasari (“Vidas dos mais excelentes pintores, escultores e arquitetos”, 1550 e 1568), que ganharão uma sistematização dentro da crítica de arte do Renascimento.

Entendidos como pólos opostos tanto no campo da forma, quanto na maneira como os artistas concebiam suas obras, estes conceitos figuraram como importante tópico para as gerações seguintes de artistas tais como Nicolas Pousin e Pieter Paul Rubens (século XVII), Joshua Reynolds e Thomas Gainsborough (século XVIII) e Jacques-Louis David e Eugène Delacroix (século XIX). De que modos as obras destes artistas podem ser interpretadas formalmente como pólos opostos? Existiram pontos de contato entre os mesmos? Quais relações as gerações posteriores ao Renascimento criam com a tradição clássica? As reflexões escritas destes artistas corroboram a sua relação com o desenho e a cor?

Somada à análise das obras produzidas pelos artistas comumente inseridos dentro das tradições do desenho ou da cor, faz-se necessária também uma reflexão sobre a incorporação desta interpretação do fenômeno artístico dentro do discurso de alguns historiadores da arte. Como exemplo disso, é essencial a leitura de Henrich Wölfflin que, através de sua conceituação acerca da “Renascença” e do “Barroco”, sistematiza um pensamento sobre história da arte baseado em pólos formais dissonantes.

Caberá também refletir sobre os modos como estes pólos artísticos podem ser problematizados dentro da produção das vanguardas artísticas do século XX e também dentro da pluralidade da produção contemporânea. Para tal, será necessária uma ampliação do campo semântico das palavras “desenho” e “cor”, levando a outras leituras como “razão” e “emoção”, “projeto” e “embate”, “narração” e “descrição”, “figura humana” e “paisagem”, dentre outras.

Por fim, junto a esta releitura destes conceitos e pensando a história da arte para além dos paradigmas da “arte ocidental”, haverá a apresentação de estudos de caso que englobam outras culturas artísticas. Como exemplos destas aproximações é possível problematizar a paisagem japonesa, a arquitetura e a decoração islâmicas e a pintura corporal indígena. Que diferenças de concepção encontramos, por exemplo, no desenho dentro da pintura chinesa e dentro da tradição clássica? Que pontes podemos fazer entre estas geralmente obscurecidas realizações artísticas e a produção de arte “ocidental”? De quais modos estes objetos artísticos foram recodificados pela tradição clássica e pelo modernismo?

Somando a esta busca por uma história da arte com vários eixos geográficos, o curso não será pautado em uma cronologia; os estudos de caso serão propositalmente apresentados de modo extemporâneo a fim de que os alunos possam de pouco a pouco conseguir criar suas próprias relações entre as obras para além dos limites da História e dos estilos artísticos.

Bibliografia:ALBERS, Josef. A interação da cor. São Paulo: WMF, 2009.ALPERS, Svetlana. A arte de descrever. São Paulo: Edusp, 1999.ANDRADE, Mário de. Aspectos das artes plásticas no Brasil. Belo Horizonte: Itatiaia, 1984.BELTING, Hans. O fim da história da arte. São Paulo: Cosac & Naify, 2006.BERBARA, Maria (Org.). Renascimento italiano: ensaios e traduções. No prelo.BLUNT, Anthony. Teoria artística na Itália 1450 – 1600. São Paulo: Cosac & Naify, 2001.BRITO, Ronaldo. Neoconcretismo – vértice e ruptura do projeto construtivo brasileiro. São Paulo: Cosac &

Naify, 1999.CHIPP, Herschel B. Teorias da arte moderna. São Paulo: Martins Fontes, 1996.GAGE, John. Colour and culture: practice and meaning from Antiquity to Abstraction. Londres: Thames &

Hudson, 1999.__________. Colour and meaning: art, science & symbolism. Londres: Thames & Hudson, 2000. __________. Colour in art. Londres: Thames & Hudson, 2006.HOLANDA, Francisco de. Diálogos de roma. Lisboa: Livros Horizonte, 1984.LAGOU, Els. Arte indígena no Brasil. Belo Horizonte: C/Arte, 2009.LEITE, Sylvia. O simbolismo dos padrões geométricos da arte islâmica. São Paulo: Ateliê Editorial, 2008.LICHTENSTEIN, Jacqueline. A cor eloqüente. São Paulo: Editora Siciliano, 1994.______________________. (Org.) A pintura. Volume 9: O desenho e a cor. São Paulo: Editora 34, 2006.LONGHI, Roberto. Breve mas verídica história da pintura italiana. São Paulo: Cosac & Naify, 2005.MATISSE, Henri. Escritos e reflexões sobre arte. São Paulo: Cosac & Naify, 2007.SCHACHTER, Bony Braga. “Uma tradução comentada do catálogo classificatório dos pintores antigos de

Xie He” in Concinnitas, volume 15. Rio de Janeiro: 2009, págs. 153-151.VALÉRY, Paul. Degas dança desenho. São Paulo: Cosac & Naify, 2003.WÖLFFLIN, Heinrich. Conceitos fundamentais de história da arte. São Paulo: Martins Fontes, 2000.

PROGRAMA DE CURSO 2010.2DEPARTAMENTO DE TEORIA E HISTÓRIA DA ARTE

Disciplina: História da Arte IVProfessor: Martha TellesCurso: Arte e Política

Ementa:Análise de obras de arte, culturas e processos artísticos considerados paradigmáticos quanto à relação entre arte e sistemas político-administrativos. Estudo das noções de arte estatal, arte nacional, arte do povo e estilo artístico, bem como questões como a dimensão pública da arte, as relações entre arte e sistemas de representação simbólica da esfera político-social, arte e cidadania, arte e política, arte e ideologia, nos múltiplos processos e culturas artísticos, segundo recortes e articulações espácio-temporais diversos. Análise da configuração da arte tanto como elemento estruturante de sistemas político-sociais tais como movimentos sociais, partidos políticos, governos, reinados, quanto como parte dos sistemas de representação de indivíduos, grupos e coletividades socialmente referenciados, os diferenciando a partir de clivagens sociais e históricas (gênero, sexo, etnia, religião, políticas e outras), conforme inscritos em sua simbólica, seu aparato físico e suas práticas. Observação de intercâmbios de distintas fases de uma mesma cultura artística e trocas entre culturas diversas. Análise crítica dos termos e conceitos artísticos, bem como das teorias artísticas a eles referidas.

Programa:Refletir sobre a relação arte e política a partir da tensão produtiva entre a arte e a esfera pública. Dois importantes aspectos dessa relação serão abordados ao longo do curso. A relação entre a arte e a cidade e a arte e engajamento político. O objetivo é refletir em um só tempo sobre os desdobramentos políticos da arte, entendida como um saber indissociado do mundo público. Em arte e cidade: uma proposta política de estar no mundo, discutiremos o caso da cúpula de Brunelleschi, a importância dessa nova concepção arquitetônica como uma nova definição de ocupação do espaço urbano, redefinindo uma relação outra entre sujeito e objeto, natureza , cultura, homem e mundo. Discutiremos ainda, o aspecto político da retórica na arquitetura barroca e sua relação com o surgimento da cidade-estado. Já na metrópole moderna e na megalópole contemporânea, trabalharemos o envolvimento das vanguardas artísticas nos projetos de transformação da cidade pela arte. Na arte contemporânea, trabalharemos tal problemática na produção minimalista e pós-minimalista, discutindo como a megalópole contemporânea assume um caráter de distopia, uma redescoberta do mundo em que vivemos.

Ainda sobre relação entre arte e a dimensão pública, em arte e engajamento, dois aspectos da relação política nas artes serão levantados: a suposta alienação da arte autônoma moderna, procurando analisar seu profundo envolvimento com o mundo público e político, mesmo que em uma noção política utópica, assim como o deslocamento na contemporaneidade do problema político para o âmbito do sistema da arte. Estudaremos as propostas dos diferentes construtivimos, inclusive no Brasil, e a produção contemporânea nas correntes conceituais, analisando o caso brasileiro.

Bibliografia:ARENDT, Hannah. A condição humana. Rio de Janeiro. Editora Forense Universitária.,2001.ARGAN, Giulio. Clássico e Anticlássico. O Renascimento a Bruegel. São Paulo. Companhia das Letras,

1997.___________ Imagem e Persuasão, Ensaios sobre o Barroco. São Paulo, Companhia das Letras. 2004___________ Arte Moderna. São Paulo. Companhia das Letras. 1996.BENEVOLO, Leonardo. A História da Cidade. São Paulo. Editora Perspectiva.1999.FOSTER, Hal. Richard Serra.. The MIT Press, 2000.___________ The return of the real. The MIT Press.1997. KENNTH, Baker. Minimalism. New York. Abbeville Press. 1988.SERRA, Richard. Richard Writings/ Interviews Chiacago/ London, The University of Chicago Press, 1994.

PROGRAMA DE CURSO 2010.2DEPARTAMENTO DE TEORIA E HISTÓRIA DA ARTE

Disciplina: História da Arte IVProfessor: Patricia Dias GuimarãesCurso: Arte e Política

Ementa:Análise de obras de arte, culturas e processos artísticos considerados paradigmáticos quanto à relação entre arte e sistemas político administrativos. Estudo das noções de arte estatal, arte nacional, arte do povo e estilo artístico, bem como questões como a dimensão publica da arte, as relações entre arte e sistemas de representação simbólica da esfera político-social, arte e cidadania, arte e política, arte e ideologia, nos múltiplos processos e culturas artísticos, segundo recortes e articulações diversos. Análise da configuração da arte tanto como elemento estruturante de sistemas político-sociais tais como movimentos sociais , partidos políticos, governos, reinados, quanto como parte de sistemas de representação de indivíduos, grupos e coletividades socialmente referenciados, os diferenciando a partir de clivagens sociais e históricas ( gênero, sexo, etnia, religião , políticas e outras) conforme inscritos em sua simbólica, seu aparato físico e suas práticas. Observação de distintas fases de uma mesma cultura artística e trocas entre culturas diversas.

Programa:Tema I: A política da Imagem na cultura do Barroco europeu

Regime de visualidade e concepção de mundo: Forma renascentista versus Imagem Barroca ( G. C.. Argan). Imagem e Discurso.

Retórica religiosa e política na Imagem artística barroca. O Espaço Social Público enquanto Obra de Arte barroca: o Teatro do Mundo.

Iconoclastia protestante x Imagem artística religiosa na propaganda da Contra Reforma.O Barroco Monumental do século XVII e os Estados nacionais emergentes. A cidade-capital como

representação no espaço urbano do poder centralizado.A “arte de descrever” (Svetlana Alpers) na pintura holandesa do século XVII: um regime da Imagem

distinto.: Natureza Morta e pintura de Gênero: inventários da natureza e da cultura e/ou registros da vida burguesa emergente- uma Arte do Banal.

Barroco europeu no século XVIII: o Rococó enquanto imagem do modo de vida cortesão.

Tema II: Imagem Barroca e PensamentoA estética do Barroco e a filosofia de Leibniz : A “Dobra” enquanto modo de operar da imagem artística

e do pensamento barroco ( Gilles Deleuze). Dobra enquanto passagem entre conceito e imagem, espírito e matéria, sagrado e profano, alma e corpo, etc.

O duplo valor da Imagem barroca: As alegorias da VANITAS e a reflexão sobre arte e representação, ilusão e realidade, efetuada na Imagem artística.

Tema III: Comentários sobre a política da Imagem na arte moderna e contemporânea - o caso da Pop Art americana.

A Imagem artística na Era da Reprodutibilidade Técnica: a “perda da Aura”. Arte, Fotografia e Cinema. Colagem e Montagem cinematográfica. O cinema enquanto arte democrática por excelência (Walter Benjamin).

Uma “Arte do Banal” na Era da cultura de massas. A reflexão sobre arte e política da imagem na estética da Pop Art americana dos anos 1960-70.

As Vanitas Pop e a paródia do personagem Hamlet por Andy Warhol.

O processo de avaliação compreende resenhas criticas dos textos de referência apresentados em aula e um trabalho individual sobre um ou mais temas tratados no curso. A dinâmica do curso prevê a possível visita a monumentos do Barroco brasileiro.

Bibliografia:LivrosALPERS, Svetlana. A Arte de Descrever: a arte holandesa no século XVII. São Paulo, Editora USP,199X.ARGAN, G. C. L’Âge Baroque . Paris, Flammarion, 1989._____________ A História da Arte como História das Cidades. São Paulo, Martins Fontes, 1995._____________ História da Arte Italiana.São Paulo, Cosac e Naify, 2004.BENJAMIN, W. Magia e Técnica, Arte e Política. São Paulo, Brasiliense, 1996.DELEUZE, G. A Dobra: Leibniz e o Barroco. São Paulo, Papirus, 1991.LIPPARD, Lucy. Pop Art, NY. Thames and Hudson, 1996.WARHOL, A. My Filosofia de A a B, de B a A. Barcelona, Tusquet, 1981( já existe tradução em português).WOLFFLIN, H.Renascença e Barroco, São Paulo, Perspectiva, 1989.

CatálogosWarhol . Rio de Janeiro, Ed. Centro Cultural Banco do Brasil, 1999.Les Anées Pop. Paris, Éditions du Centre George Pompidou, 2001.Warhol Retrospective. Editions du Centre George Pompidou, 1990.

PROGRAMA DE CURSO 2010.2DEPARTAMENTO DE TEORIA E HISTÓRIA DA ARTE

Disciplina: História da Arte IVProfessor: Tatiana MartinsCurso: Arte e Resistência

Programa:Análise das artes visuais como lugar de resistência. A relação proposta – arte e resistência - repercute na formulação de linguagens plásticas e visuais articuladas a partir da sobreposição dos campos estético e político. O curso se desdobra em três eixos: embate com sistemas tradicionais de arte; reformulação de práticas artísticas; associações de territórios e processos culturais.

- Campo experimental neoconcreto e ações participativas e performáticas dos anos 70 – produção de um circuito à margem do sistema de arte brasileiro.- Colagem cubista de Pablo Picasso e a guerra dos Bálcãs – apropriação da realidade implicando transformações na prática artística: recorte, montagem e colagem. - Grupo Gutai e a arte moderna japonesa – recepção de alguns aspectos da cultura ocidental artística como modo de resistência.- Arte Asteca após a invasão e colonização espanhola – assimilação e resistência.

Bibliografia:BARROS, José D'Assunção. Arte Moderna e Arte Japonesa: assimilações da Alteridade. in Estudos

Japoneses, n°27, 2007.CANONGIA, Ligia. O legado dos anos 60 e 70. Rio de Janeiro: Zahar, 2007.FERREIRA, Glória (org.). Crítica de Arte no Brasil: Temáticas Contemporâneas. Rio de Janeiro: Funarte,

2006.FOUCAULT. Michel. Microfísica do Poder. Graal editora, 2000.KRAUSS, Rosalind. Os Papéis de Picasso. São Paulo: Iluminuras, 2003. LESOUALC'H, Theo. Pintura Japonesa: História General de la Pintura. Madrid: Aguilar, 1969.LINS, Daniel (org.). Nietzsche e Deleuze: Arte e Resistência. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2008.PEDROSA, Mario. Modernidade cá e lá - textos escolhidos. São Paulo: EDUSP, 2000.ROQUE, Tatiana. Resistir a quê? Ou melhor, resistir o quê?. Lugar Comum. N°17.RUBIN, William. Picasso and Braque: a symposium. Nova York: MoMA, 1998.SOUSTELLE, Jacques. Os astecas: na véspera da conquista espanhola. São Paulo: Cia da Letras, 1990.

PROGRAMA DE CURSO 2010.2DEPARTAMENTO DE TEORIA E HISTÓRIA DA ARTE

Disciplina: História da Arte VIProfessor: Fernanda Lopes TorresCurso: Questões de arte contemporânea

Ementa:A crise das vanguardas e a tradição do novo; o moderno e o contemporâneo; as principais correntes artísticas da contemporaneidade, suas obras e artistas mais significativos; os limites do formalismo, os novos meios (instalação, performance, vídeo-arte, etc) e o campo experimental; o campo ampliado da arte contemporânea; a utilização de estratégias comunicativas e de novas tecnologias da comunicação; questões do espaço pluri-sensorial; a obra aberta e a participação do espectador; a problematização da imagem, questões culturais, de gênero e de identidade. Possibilidade de visitas a monumentos, instituições de arte e cultura e viagens à cidades cujos patrimônios artísticos e culturais seja de interesse para disciplina para o trabalho de campo.

Programa:I. O moderno e o contemporâneo como momentos distintos da crise da substância poética ou o impasse

da autonomia da arte. Arte norte-americana: auge e crise da tradição européia – Expressionismo Abstrato e Pop Art. Estudos de casos.

II. Do objeto de arte a práticas artísticas que visam a repotencialização da experiência estética diante da saturação pública da arte. Minimalismo e desdobramentos; arte povera; arte conceitual. Performance e ritual: práticas artísticas ocidentais e a centralidade do corpo como matéria do social nas sociedades ameríndias. Estudos de casos.

III. Limites do formalismo; questões da imagem: pintura, fotografia, videoarte em diferentes pontos do globo. Estudos de casos.

IV. Individualismo contemporâneo e mudanças na estrutura do tempo histórico moderno. Estudo de casos.

Bibliografia:ARCHER, Michael. Arte contemporânea: Uma história concisa. São Paulo, Martins Fontes, 2001.BATTCOCK, Gregory. A Nova Arte. SP, Perspectiva, 1975.BELTING, Hans. O Fim da História da Arte. São Paulo, Cosac Naify, 2006.BRITO, Ronaldo. Aparelhos. Rio de Janeiro, GMB Editora, 1979.Coleção Movimentos da Arte Moderna. São Paulo, Cosac Naify, 1999-2002. Vol. 1: McCARTHY, David.

Arte Pop; vol. 2: BATCHELLOR, David. Minimalismo; vol. 3:HEARTNEY, Eleanor. Pós-Modernismo; vol. 4: WOOD, Paul. Arte conceitual.

FERREIRA, Glória; COTRIM, Cecília (org.). Escritos de Artistas anos 60/70. Rio de Janeiro, Jorge Zahar Editor, 2006.

HONNEF, Klaus. Arte contemporânea. Colônia, Taschen, 1990.KRAUSS, Rosalind. Caminhos da Escultura Moderna. SP.Martins Fontes, 1997.WOOD, Paul et alli. Modernismo em disputa: a arte desde os anos quarenta. São Paulo, Cosac Naify, 1998.

PROGRAMA DE CURSO 2010.2DEPARTAMENTO DE TEORIA E HISTÓRIA DA ARTE

Disciplina: História da Arte VIProfessor: Tatiana MartinsCurso: Fragmentos da Modernidade em Arte

Ementa:Problematizar a Arte Moderna, enfocando os principais artistas e correntes artísticas - do Pós-Impressionismo (Cézanne, Van Gogh, Gauguin) à Escola de Nova York (Pollock e o Expressionismo Abstrato).

Programa:Análise de conjuntos de obras que se articulam por eixos teóricos, a saber, a questão da autonomia da obra de arte e a experiência da arte como ruptura e busca do novo; formalismo e a desmaterialização da arte; indícios da ampliação do campo da arte e sua dimensão pública.

Bibliografia:ARGAN, Giulio Carlo. Arte Moderna. São Paulo: Companhia das Letras, 1992.BATTCOCK, Gregory. A Nova Arte. São Paulo: Perspectiva, 1975.BENJAMIN, Walter. Obras escolhidas. Vol I e III. Rio de Janeiro: Brasiliense, 1999.BATAILLE, Georges. Manet. Paris: Skira, 1974.CABANNE, Pierre. Marcel Duchamp: engenheiro do tempo perdido. São Paulo: Perspectiva, 1987.CHIPP, H.B. Teorias da arte moderna. São Paulo: Martins Fontes, 1996.GRENBERG, Clement. Arte e cultura - Ensaios críticos. São Paulo: Ática, 1996.ROSENBERG, Harold. A Tradição do Novo. São Paulo: Perspectiva, 1974.KRAUSS, Rosalind. Caminhos da Escultura Moderna. São Paulo: Martins Fontes, 1997.SHAPIRO, Meyer. Arte moderna: Séculos XIX e XX. São Paulo: Edusp, 1994.

PROGRAMA DE CURSO 2010.2DEPARTAMENTO DE TEORIA E HISTÓRIA DA ARTE

Disciplina: História da Arte no Brasil IProfessor: Renata de Oliveira Gesomino

Ementa:A cultura material indígena: o interesse etnográfico, a valorização moderna e as recentes descobertas arqueológicas. O imaginário do Novo Mundo: representações do paraíso e do exotismo. A presença da cultura afro-brasileira no campo artístico. A produção artística nas cidades coloniais, engenhos e fazendas: trasladações e adaptações locais de modelos artísticos europeus. A delimitação do conceito de “barroco brasileiro”: a definição moderna de um estilo e uma marca nacionais. A Academia no Brasil: o projeto de um sistema de arte nacional. Nos limites da Academia: questionamentos ao padrão acadêmico. Possibilidade de visitas a monumentos, instituições de arte e cultura e viagens a cidades cujos patrimônios artísticos e culturais sejam de interesse para a disciplina – trabalho de campo.

Programa:1) Apresentação do Programa. Aula dia 11 de Agosto. 2) Da cultura material indígena à necessidade da arte. A valorização moderna e algumas descobertas arqueológicas. Aulas dias 16 e 18 de Agosto. 3) A influência da cultura afro-brasileira. Aulas dias 23 e 25 de Agosto.4) O Imaginário do Novo Mundo: a visão da paisagem edênica e da natureza exuberante. A arte dos viajantes no século XVI. Aulas dias 30 e 1° de Setembro.5) A arquitetura dos Jesuítas e a eficácia no projeto de desenraização dos nativos. Aulas dias 6 e 8 de Setembro.6) Escultura religiosa do século XVII. Decoração interna: Maneirismo e Barroco. Aulas dia 13 e 15 de Setembro.7) A arquitetura das Ordens Terceiras em MG. Aulas dias 20 e 22 de Setembro.8) A arquitetura das Ordens Terceiras no RJ e no Nordeste. Aulas dias 27 e 29 de Setembro.9) Decoração interna: Barroco e Rococó. A arte dos viajantes no século XVIII. Aulas. 4 e 6 de Outubro.10) A especificidade dos estilos europeus no Brasil: A definição de “Barroco Brasileiro” e a influência da historiografia moderna. Aulas dias. 11 e 13 de Outubro.11) Escultura religiosa do século XVIII: Aproximação com a obra de Antônio Francisco Lisboa. Aulas dias 18 e 20 de Outubro.12) Pintura Religiosa e Pintura Holandesa. Aulas dias 25 e 27 de Outubro.13) A Missão Artística Francesa e o Neoclassicismo. Aulas dias 1 e 3 de Novembro.14) Principais mudanças na arte do século XIX em relação ao período colonial. Aulas dias 8 e 10 de Novembro.15) O projeto de um sistema de arte nacional: a origem da academia imperial de Belas Artes. Aulas dias 15 e 17 de Novembro.16) Do segundo Reinado ao período Republicano: dos prêmios de viagem à formação da Escola Nacional de Belas Artes. Aulas dias 22 e 24 de Novembro.17) A grande contribuição do século XIX: uma revisão na linha historiográfica tradicional. Aulas dias 29 e 1° de Dezembro.18) Aula do dia 6 de Dezembro – segunda avaliação. (prova ou seminário).

Obs.: O programa poderá ser alterado no decorrer do curso. Bibliografia:BAZIN, Germain. A arquitetura religiosa barroca no Brasil. 2v. Rio de Janeiro: Record, 1983.BELUZZO, Ana Maria. O Brasil dos viajantes. 3v. São Paulo/Rio de Janeiro: Metalivros/Objetiva, 2000.BURY, John. Arquitetura e Arte no Brasil Colonial. SP: Nobel; 1991.CONDURU, Roberto. Arte Afro-brasileira. Minas Gerais: Ed. C/ arte.CASTRO, Sílvio. A carta de Pero Vaz de Caminha. Porto Alegre: L&PM, 2003.

CUNHA, Manuela Carneiro (org.). História dos Índios no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras: Secretaria Municipal de Cultura: FAPESP, 1992.

DUQUE, Gonzaga. A arte brasileira. São Paulo: Mercado das Letras, 1995.FISCHER, Ernst. A necessidade da arte. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 1971.FREYRE, Gilberto. Casa Grande & Senzala. RJ: José Olympio Editora, 1987.JANSON, H.W. História da Arte. Lisboa: Calouste Gulbekian, 1979.OLIVEIRA, Myriam Andrade Ribeiro de. O rococó religioso no Brasil e seus antecedentes europeus. São

Paulo: Cosac Naify, 2003.PROUS, André. Arte Pré-Histórica Brasileira. Belo Horizonte: Editora C/Arte, 2007.SANTOS, Paulo. Formação de cidades no Brasil colonial. RJ: Editora UFRJ. 2001. VIDAL, Lux. Grafismo Indígena: estudo de antropologia estética. São Paulo: Studio Nobel: FAPESP: Editora

da Universidade de São Paulo, 2000.ZANINI, Walter. História Geral da Arte no Brasil. V.1. São Paulo: Instituto Walter Moreira Salles e Fundação

Djalma Guimarães, 1983.

PROGRAMA DE CURSO 2010.2DEPARTAMENTO DE TEORIA E HISTÓRIA DA ARTE

Disciplina: Historiografia da Arte IIProfessor: Fernanda Lopes Torres

Ementa:A escrita da história da arte na modernidade, com a circunscrição do campo autônomo da arte e o questionamento da gênese moderna da história baseada na noção de progresso. História, crítica e institucionalização da arte: o lugar do juízo crítico e do valor histórico da obra de arte diante da iminente saturação pública da arte. O reconhecimento da insuficiência de uma metodologia histórica para pensar as práticas artísticas: possíveis relações entre arte, história, sociologia, psicologia e filosofia no discurso histórico da arte na modernidade.

Programa:I. Arte e história - críticas ao historicismo. (1) Charles BAUDELAIRE, O Salão de 1855 & Robert

KUDIELKA, O olhar ictérico: crítica de arte e as falácias do historicismo; (2) Carl EINSTEIN, Negerplastik & Didi-Huberman, O anacronismo fabrica a história: a inatualidade de Carl Einstein.

II. Arte e crítica - da cultura como instância de mediação entre arte e espaço social ao anúncio de sua onipresença. (1) Denis DIDEROT, Ensaios sobre a pintura; Charles BAUDELAIRE, O Salão de 1855 & Sonia SALZSTEIN, Transformações na esfera da crítica; (2) Clement GREENBERG, Rumo a um mais novo Laocoonte; Vanguarda e Kitsch; Pintura Modernista; (3) Harold ROSENBERG, A Parábola da Pintura Americana; Passado e possibilidade; (4) Giulio Carlo ARGAN, As Fontes da Arte Moderna.

III. Arte, fenômeno e sentido - arte e psicologia; arte e sociologia; arte e filosofia. (1) Ernst GOMBRICH, Meditações sobre um Cavalinho de Pau ou as Raízes da Forma Artística; (2) Pierre FRANCASTEL, Arte e Sociologia; (3) Maurice MERLEAU-PONTY, A Dúvida de Cézanne; (4) Michel FOUCAULT, Las Meninas.

Bibliografia:ARGAN, Giulio Carlo. Arte e Crítica de Arte. Lisboa, Editorial Estampa, 1988.__________________. Salvación y caída del arte moderno. Buenos Aires, Ediciones Nueva Visión, 1966.CALABRESE, Omar. A linguagem da arte. Rio de Janeiro, Ed. Globo, 1987.COTRIM, Cecília; FERREIRA, Glória (org.). Clement Greenberg e o debate crítico. Rio de Janeiro, Zahar,

1997.FRANCASTEL, Pierre. Pintura e sociedade. São Paulo, Martins Fontes, 1990.GOMBRICH, Ernst. Meditações sobre um cavalinho de pau. São Paulo, Edusp, 1999.ROSENBERG, Harold. A tradição do novo. São Paulo, Perspectiva, 1974.

PROGRAMA DE CURSO 2010.2DEPARTAMENTO DE TEORIA E HISTÓRIA DA ARTE

Disciplina: Historiografia da Arte no BrasilProfessor: Martha Telles

Ementa:A produção histórico-crítica do século XIX e XX e a formação do sistema artístico no Brasil. Os modelos, as influências, as classificações e periodizações históricas na arte da Academia. A história e a autonomia da linguagem artística moderna, o mercado de arte e as instituições culturais. A crítica, a teoria e a e a história contemporânea.

Programa:Promover o estudo e o debate sobre a produção da escrita histórica sobre arte no Brasil e o seu papel na formação de um sistema artístico no país. Levantar e discutir a permanência de modelos, influências, classificações e periodizações históricas. Levantar e analisar a produção de textos históricos, teóricos e críticos no período da academia de artes no Brasil. Analisar e problematizar os textos históricos, teóricos e críticos no Brasil moderno e contemporâneo.

1) Dilemas da modernidade crítica e historiográfica no Brasil: Gonzaga Duque. 2) Modernismo. 3) Concretismo e Neoconcretismo: Ferreira Gullar e Mario Pedrosa/ Ronaldo Brito: vértice e ruptura. Textos de artistas: Movimento Concretista e Poesia concreta. 4) Nova Objetividade, anos 60. 5) Produção contemporânea anos de 1970: a exigência por novos critérios na produção crítica e historiográfica. 5.b) Importância dos textos de artistas para a construção de critérios e inteligibilidade de suas produções. 5.c) Colaborações entre críticos e artistas. Década de 1980. Início da criação das possibilidades de elaboração de um pensamento da história da arte crítica no Brasil. Rodrigo Naves( A Forma Difícil), Sonia Salsztein.

Bibliografia:BASBAUM, Ricardo. Arte Brasileira Contemporânea: texturas, dicções, ficções e estratégias: Rios

Ambiciosos, 2001BRITO, Ronaldo. Experiência Crítica. (Org. Sueli de Lima): São Paulo, Cosac Naify, 2005 ______________.Os Limites da Arte e a Arte dos Limites. In Aparelhos.DUARTE, Paulo Sérgio. Anos 60, transformação da arte no Brasil. Editora Campos Gerais. 1988.DUQUE, Gonzaga.Impressões de um amador: textos esparsos de crítica. (Organização Júlio Castañon

Guimarães e Vera Lins): Rio de Janeiro, Fund. Casa de Rui Barbosa e Belo Horizonte, Editora UFMG, 2001.

GULLAR, Ferreira, Diálogos sobre o não-objeto. Etapas da arte contemporânea, do cubismo à arte neoconcreta, Rio de Janeiro, Revan, 1998.

OITICICA, Helio.Esquemas gerais da Nova-Objetividade. In FERREIRA, Glória, COTRIM, Cecília(orgs). Escritos de Artistas: anos 60/70, Rio de Janeiro: Zahar Editor. 2006.

_____________. Brasil Diarréia. In FERREIRA, Glória. Crítica de Arte no Brasil: temáticas contemporâneas. Rio de Janeiro: Funarte. 2006.

PEDROSA, Mario. “Arte ambiental, arte pós-moderna. In FERREIRA, Gloria (org). Critica de arte no Brasil: temática contemporâneas. Rio de Janeiro: Funarte. 2006

_______________ Textos Escolhidos I, II, II, IV (Org. Otília Arantes). São Paulo, Edusp, 1995-2000.NAVES, Rodrigo A Forma difícil, ensaio sobre a arte brasileira. São Paulo. Ática. 1996______________ Um Azar Histórico. In O Vento e o Moinho, ensaios sobre arte moderna e contemporânea.

São Paulo: Companhia das Letras.2007.SALZSTEIN, Sonia: Uma dinâmica das artes brasileiras: modernidade, instituições, instancia pública. In SCHWARZ, Roberto. Cultura e Política, 1964-1969. In Cultura e Política. São Paulo: Editora Paz e

Terra.2001.ZILIO, Carlos: Da Antropofagia à Tropicália in O nacional e popular na cultura brasileira. São Paulo:

Brasiliense, 1982.

________________ A querela do Brasil, , A questão da identidade da arte brasileira. Rio de janeiro: Relume Dumará.1997.

PROGRAMA DE CURSO 2010.2DEPARTAMENTO DE TEORIA E HISTÓRIA DA ARTE

Disciplina: Seminário de História e Crítica IProfessor: Maria Berbara

Ementa:Representação visual e literária do tema da vanitas em distintos contextos histórico-artísticos.

ObjetivosProjeção e análise de imagens que representem o tema da vanitas em distintos contextos histórico-artísticos. Estudo da sua recepção no âmbito das artes visuais e literárias a partir de exemplos significativos. Discussão de termos e conceitos tradicionalmente vinculados à vanitas, tais como transitoriedade, carpe diem, memento mori, pessimismo, hedonismo. Investigação das relações entre vanitas e morte, Arcádia e arcadismo, erotismo e misticismo.

Bibliografia inicial:- Antoine, D.: C’est la vie !: vanités de Pompéï à Damien Hirst (catálogo de exposição). Paris, Skira-

Flammarion, 2010- Bialostocki, Jan: “Arte y vanitas” in Estilo e Iconografía, Barral Editores, Barcelona, 1973, pp. 185-226.- Catulo, poemas do ciclo de Lésbia (várias edições)- DeGirolami Cheney, L. (org.): The symbolism of "vanitas" in the arts, literature, and music: comparative

and historical studies. E. Mellen Press, 1992- Horácio, Odes (várias edições)- Panofsky, E.: “Et in Arcadia Ego: Poussin e a tradição elegíaca” in Significado nas artes visuais,

Perspectiva, 1979, pp. 377-409- Teócrito, Idílios (várias edições)- Vanitas: Meditations on Life and Death in Contemporary Art (catálogo de exposição). Virginia Museum of

Fine Arts, 2000- Virgílio, Éclogas (várias edições)

PROGRAMA DE CURSO 2010.2DEPARTAMENTO DE TEORIA E HISTÓRIA DA ARTE

Disciplina: Seminário Hist. Crit. Teoria Arte IIIProfessor: Ana Marcela FrançaCurso: A obra de arte como acontecimento no espaço da realidade

Ementa:Tópicos fundamentais de História e Teoria da Arte, tais como: criação e poética; representação e abstração; gêneros e meios artísticos; institucionalização da arte; recepção artística; autonomia artística; classicismo e anti-classicismo; modernidade e contemporaneidade. Cada curso se dedicará a um dos aspectos citados, sendo proposto pelos professores ou solicitado pelos alunos, de acordo com o interesse acadêmico em alguma problemática e/ou em vinculação a atividades extra-curriculares.

Programa:Discutir a partir das obras de arte a idéia de acontecimento enquanto a realização das mesmas no espaço-tempo da vida. Perceber tais obras como um desdobramento na externalidade, em que suas significações são dadas enquanto experimentadas pelo espectador-participante. Deste modo, buscar o entendimento da forma enquanto processo, enquanto uma forma aberta, atuante no constante devir do mundo. Para tanto, serão analisados diversos trabalhos tanto das artes plásticas, como da música e da literatura. Entre os artistas destacamos Robert Morris, John Cage, Erik Satie, Hélio Oiticica, Jorge Luis Borges, Bob N, entre outros.

- Apresentação do programa e apresentação das obras a serem trabalhadas ao longo do curso, a partir de imagens.- A idéia de acontecimento segundo Deleuze- Do corpo o incorporal: a presença do corpo como elemento do trabalho artístico- A simultaneidade na experiência: o “Tudo ao mesmo tempo” entre obra, mundo e espectador- Happening e Acontecimento- Acontecimento e arte hoje- Uma Poética do Vazio: a forma como campo de possibilidades- O vazio em Satie e em John Cage- Vexations e música minimalista: forma enquanto processo

Bibliografia:ASKIN, I.F. O Problema do Tempo. Rio de Janeiro: Paz e Terra,1969.BATCHELOR, David. Minimalismo. São Paulo: Cosac e Naify, 2004.BORGES, Jorge Luis. O Aleph. São Paulo: Globo, 2001.CERVO, Dimitri. O Minimalismo e suas técnicas composicionais. 2005. Disponível em:

<www.musica.ufmg.br/permusi/port/numeros/11/Vol11_cap_03.pdf> COTRIM, Cecília; FERREIRA, Glória (Orgs). Escritos de artistas: anos 60/70. Rio de Janeiro: Jorge

Zahar. 2006.DELEUZE, Gilles. Lógica do Sentido. São Paulo: Perspectiva, 2007.________. Bergsonismo. São Paulo: Editora 34, 1999.DUCHAMP, Marcel. O ato criador (1957). In.: BATTCOCK, Gregory. A novaarte. São Paulo: Perspectiva, 1975._______. Sobre os Readymades. 1961.GOMES FILHO, João. Gestalt do objeto: sistema de leitura visual da forma. São Paulo: EscriturasKRAUSS, Rosalind. A escultura no campo ampliado. In: Gávea. Rio de Janeiro_______ . Caminhos da escultura moderna. São Paulo: Martins Fontes, 1998._______. Sens et sensibilité. In: L’originalité de l’avant garde et autres mythes modernistes. Paris: Macula,

1993.KWON, Miwon. Um lugar após o outro: anotações sobre site-specificity. Revista Arte & Ensaios, nº 17,

eba/ufrj, dezembro de 2008.

MERLEAU-PONTY, M. O Entrelaçamento – o quiasma. In: O visível e o invisível. São Paulo: Perspectiva, 2007.

_______. O olho e o espírito. In: Os Pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1975OITICICA, Hélio. Aspiro ao Grande Labirinto. Rio de Janeiro: Rocco, 1996._______. Tropicália. Folha de São Paulo, Folhetim, São Paulo, 08 de janeiro de 1984.PELBART, Peter Pál. O tempo não-reconciliado. São Paulo: Perspectiva, 2007.ROLNIK, Sueli. Lygia Clark e o híbrido arte/clínica. São Paulo, 1996. Disponível em: < caosmose.net/suelyrolnik/textos/Artecli.doc> TERRA, Vera. Acaso e Aleatório na música. São Paulo. EDUC, 2000.WHITROW, G.J. O que é tempo? Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2005.

PROGRAMA DE CURSO 2010.2DEPARTAMENTO DE TEORIA E HISTÓRIA DA ARTE

Disciplina: Seminário de História, Crítica e Teoria da Arte IVProfessor: Patrícia GuimarãesCurso: O lugar da palavra na poética Ambiental/Experimental de Helio Oiticica

Ementa:Tópicos fundamentais de História e Teoria da Arte, tais como: criação e poética; representação e abstração; gêneros e meios artísticos; institucionalização da arte; recepção artística; autonomia artística; classicismo e anti-classicismo; modernidade e contemporaneidade. Cada curso se dedicará a um dos aspectos citados, sendo proposto pelos professores ou solicitado pelos alunos, de acordo com o interesse acadêmico em alguma problemática e/ou em vinculação a atividades extra-curriculares.

Programa:O seminário pretende abordar a poética Ambiental/Experimental de Hélio Oiticica a partir de sua escrita, em vista do lugar especial que a palavra nela ocupa. Além de incorporar palavras às estruturas físicas dos ambientes e objetos que inventa, HO assimila sua poética à produção de pensamento crítico, promovendo um processo de reinvenção permanente manifesto no seu texto e nomeado como programa em progresso. A característica desse experimentalismo seria a apropriação crítica de poéticas e conceitos alheios, arranjados em combinatórias sempre novas - quer se trate de linguagens de outros artistas, abrangendo experimentos visuais, literários, musicais, cinematográficos, etc., e/ou de textos ensaísticos de pensadores modernos ou seus contemporâneos. Trataremos do modo de operar e dos conceitos presentes na escrita de Oiticica, apontando para as releituras que faz de poéticas e ensaísmos modernos (Baudelaire, Rimbaud, Nietzsche, Mallarmé, Duchamp, Mondrian, Malevich, Kandinsky, Bergson, Kurt Schwitters, John Cage, Andy Warhol, McLuhan, Yoko Ono, Haroldo e Augusto de Campos, Gertrude Stein, Vito Acconci, Lygia Clark, Lygia Pape, Waly Salomão, etc.), e, em especial, para sua releitura da noção de poesia crítica ou poesia em progresso proposta pelos primeiros românticos alemães (Novalis/Schlegel).

A partir da premissa de ampla apropriação crítica da tradição artística e intelectual moderna assumida por Oiticica, relacionamos o conceito romântico de poesia progressiva à noção de antropofagia, apresentada por Haroldo de Campos/Oswald de Andrade enquanto estratégia poética e política - estratégia adotada por HO para problematizar as noções de autoria, obra e objeto artístico.

Bibliografia:livrosBAUDELAIRE, Charles. Sobre a Modernidade. SP, Paz e Terra, 1996.BENJAMIN, Walter.O Conceito de Critica de Arte no Romentismo Alemão. SP, Iluminuras, 1999.BRETT, Guy. Brasil Experimental : arte/vida: proposições e paradoxos.Rio de Janeiro, ContraCapa, 2005.CAGE, John.Silence: lectures and wrintings by John Cage. New Englang, Wesleyan University Press, 1973.CAMPOS, Augusto e Haroldo & PIGNATARI, Décio. Teoria da Poesia Concreta: textos críticos e manifesto

1950-60. São Paulo, Atelier Editorial, 2006.____________________Mallarmé. SP, Perspectiva, 2006.CAMPOS, Haroldo. A Operação do Texto. São Paulo, Perspectiva, 1976.COTRIM, Cecília & FERREIRA, Glória ( orgs).Escritos de Artistas : anos 1960-70.Rio de Janeiro: Zahar,

2006.FIGUEIREDO, Luciano (org). Aspiro ao Grande Labirinto: Hélio Oiticica. Rio de Janeiro , Rocco, 1986.HARRISON, Charles & WOOD, Paul ( orgs). Art em Théorie: 1900-1990. Paris, Hazan, 1997.LACOUE-LABARTHE, P. & NANCY, J.L. L’Absolut Litteraire: théorie de La literature du romantisme

alemand. Paris, Seuil, 1978.NOVALIS ( Friedrich Von Hardenberg).Polén: Novalis. SP, Iluminuras, 2001. NUNES, Benedito. Oswald Canibal. SP, Perspectiva, 1979.SALOMÃO, Waly. Me segura qu ‘eu vou dar um troço. Rio de Janeiro, Aeroplano, 2003.SCHLEGEL, Friedrich. O Dialeto dos Fragmentos. SP, Iluminuras, 1997.

KANDINSKY, Wassily. Do Espiritual na Arte. SP. Martins Fontes, 2000.___________________ Olhar Sobre O Passado.SP. Martins Fontes. 1991.

catálogosCosmococa Programa in Progress: Neville D’Almeida e Helio Oiticica. Projeto HO/Malba/CACI, 2005. Cor, Imagem, poética: Helio Oiticica. Rio de Janeiro, Centro de Arte HO, 2003.Helio Oiticica. Rio de Janeiro, Centro de Arte HO, 1996.Lygia Clark. Rio de Janeiro, Paço Imperial, 1998.Kurt Schwitters. Paris, Centre George Pompidou, 1994.

PROGRAMA DE CURSO 2010.2DEPARTAMENTO DE TEORIA E HISTÓRIA DA ARTE

Disciplina: Seminário de Teoria e História da Arte IVProfessor: Raphael FonsecaCurso: Cinema glutão

Ementa:Tópicos fundamentais de História e Teoria da Arte, tais como: criação e poética; representação e abstração; gêneros e meios artísticos; institucionalização da arte; recepção artística; autonomia artística; classicismo e anti-classicismo; modernidade e contemporaneidade. Cada curso se dedicará a um dos aspectos citados, sendo proposto pelos professores ou solicitado pelos alunos, de acordo com o interesse acadêmico em alguma problemática e/ou em vinculação a atividades extra-curriculares.

Programa:Esta disciplina pretende investigar as relações entre cinema e comida. De quais modos o cinema representa o ato de comer? Seria possível falarmos acerca de um “cinema antropofágico”? Serão analisadas obras importantes da história do cinema, seja dentro de gêneros ficcionais ou documentais, em curta-metragem ou longa-metragem, em que atos de refeição, canibalismo ou a constatação da fome estejam presentes. Haverá um esforço em trazer exemplos da cinematografia brasileira. Cruzamentos com áreas afins como literatura, teatro e as artes plásticas serão priorizados dentro da análise das obras audiovisuais projetadas em sala de aula.

Bibliografia:ANDRADE, Mário de. Macunaíma. São Paulo: Editora Agir, 2008.AUMONT, Jacques. O olho interminável. São Paulo: Cosac & Naify, 2004.BOWER, Anne L. Reel food: essays on food and film. Oxford: Routledge, 2004.FONSECA, Raphael. Leituras da gula: Peter Greenaway, Frans Hals e Hieronymus Bosch. UERJ: Trabalho

final de graduação, 2007.GARCIA, Wilson. Introdução ao cinema intertextual de Peter Greenaway. São Paulo: Annablume, 2000.KELLER, James R. Food, film and culture: a genre study. Jefferson City: McFarland & Company, 2006.ZIMMERMANN, Steve & WEISS, Ken. Food in the movies. Jefferson City: McFarland & Company, 2005.

PROGRAMA DE CURSO 2010.2DEPARTAMENTO DE TEORIA E HISTÓRIA DA ARTE

Disciplina: Seminário de Historia Critica e Teoria da Arte VIProfessor: Mariana PimentelCurso: O que é isto, uma política da arte?

Ementa:Tópicos fundamentais de História e Teoria da Arte, tais como: criação e poética; representação e abstração; gêneros e meios artísticos; institucionalização da arte; recepção artística; autonomia artística; classicismo e anti-classicismo; modernidade e contemporaneidade. Cada curso se dedicará a um dos aspectos citados, sendo proposto pelos professores ou solicitado pelos alunos, de acordo com o interesse acadêmico em alguma problemática e/ou em vinculação a atividades extra-curriculares.

Programa:Este seminário terá como objeto central o debate que o filosofo francês Jacques Rancière empreende sobre as relações entre arte e política. O que é isto, uma política da arte? De que modo singular e próprio a arte faz política?

- A política como partilha do sensível e como regime de visibilidade;- Os regimes da arte na historia do ocidente: o regime ético das imagens; o regime poético/representativo das artes; o regime estético das artes;- O regime estético das artes: a vida como potência heterogênea;- Realismo: a conquista da superfície e a presença bruta do real; a literatura como escrita democrática;- Critica ao conceito de modernidade. A modernidade e o modernitarismo como duas experiências possíveis no interior do regime estético;- A contemporaneidade e a volta do real: por uma estética do comum.

Bibliografia:RANCIERE, J. O Inconsciente estético. São Paulo: Editora 34, 2010___________. O desentendimento. São Paulo: Editora 34, 1996 ___________. A partilha do sensível. São Paulo: Editora 34, 2005___________. Políticas da escrita. São Paulo: Editora 34, 1995___________. Politique de la littérature. Paris: Galilé, 2007

PROGRAMA DE CURSO 2010.2DEPARTAMENTO DE TEORIA E HISTÓRIA DA ARTE

Disciplina: Seminário de História, Crítica e Teoria da Arte VIIIProfessor: Evelyne Azevedo

Ementa:Tópicos fundamentais de História e Teoria da Arte, tais como: criação e poética; representação e abstração; gêneros e meios artísticos; institucionalização da arte; recepção artística; autonomia artística; classicismo e anti-classicismo; modernidade e contemporaneidade. Cada curso se dedicará a um dos aspectos citados, sendo proposto pelos professores ou solicitado pelos alunos, de acordo com o interesse acadêmico em alguma problemática e/ou em vinculação a atividades extra-curriculares.

Programa:O curso pretende aprofundar os estudos sobre a arte das antigas civilizações do Oriente Próximo: Egito, Mesopotâmia e Pérsia, e estabelecer relações comparativas entre suas produções artísticas.

Bibliografia:CARDOSO, C. F. A arte canônica egípcia: regras básicas para os desenhos e relevos. Niterói, notas de

aula, inédito, 2002.________. “De Amarna aos Ramsés”, in : Phoînix, 7, Rio de Janeiro: 7 Letras, 2001.LEICK, G. Mesopotâmia: a invenção da cidade. Rio de Janeiro: Imago Ed., 2003.ONCKEN, G. Historia de La Persia Antigua. Buenos Aires: Editorial Schapire, 1950.

PROGRAMA DE CURSO 2010.2DEPARTAMENTO DE TEORIA E HISTÓRIA DA ARTE

Disciplina: Seminário de História Crítica e Teoria da Arte VIIIProfessor: Liliane Ruth Heynemann

Ementa:Tópicos fundamentais de História e Teoria da Arte, tais como: criação e poética; representação e abstração; gêneros e meios artísticos; institucionalização da arte; recepção artística; autonomia artística; classicismo e anti-classicismo; modernidade e contemporaneidade. Cada curso se dedicará a um dos aspectos citados, sendo proposto pelos professores ou solicitado pelos alunos, de acordo com o interesse acadêmico em alguma problemática e/ou em vinculação a atividades extra-curriculares.

Programa:No decorrer do curso procederemos à análise de textos e imagens de cinema, fotografia, vídeo, artes plásticas e literatura, inscritas em diferentes tradições de representação da dor. Nessa direção, o corpo- notadamente o rosto - e a gestualidade adquirem centralidade. Iremos nos deter nas noções de trágico e de um “sublime abjeto” (Kristeva) na contemporaneidade, com ênfase na reflexão sobre o corpo morto e uma ética da iconografia da dor. Na literatura e no cinema, serão contempladas as experiências de testemunho (o Holocausto, os totalitarismos), sua relação com a História e o que é da ordem do indizível.Alain Resnais , Primo Levi e Imre Kertész integram o corpus em foco.Ainda nesse registro observaremos de modo privilegiado a produção de Anselm Kiefer.

Bibliografia:ARGAN, Giulio Carlo & FAGGIOLO, Maurizio. Guia de História da Arte. Lisboa: Editorial Estampa, 1992.GOMBRICH, Ernst. Arte e Ilusão: um estudo da psicologia da representação pictórica. São Paulo: Martins

Fontes, 1995.HAUSER, Arnold. Teorias da arte. Lisboa: Presença, 1988.HUYSSEN, Andreas. Memórias do Modernismo. RJ: Editora UFRJ, 1997KERTÉSZ, Imre. Sem destino.SP: Planeta, 2003LÉ VINAS, Emmanuel. Entre nós, ensaios sobre a alteridade.RJ: Vozes, 1999.PANOFSKY, Erwin. Significado nas artes visuais. São Paulo: Perspectiva, 1979.VENTURI, Lionello. História da crítica de arte. Lisboa: Martins Fontes, 1984.ROSENFIELD, Dennis (org). Ética e Estética. RJ: Jorge Zahar, 2001SELIGMANN-SILVA, Márcio. O local da diferença. RJ: Ed.34,2005SONTAG, Susan. Diante da dor dos outros. SP: Companhia das letras, 2005ZIZEK, Slavov. Bem-vindo ao deserto do real.Sp: Boitempo Editorial, 2003