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Carta 9 Abril 2016 MarCha Portugal ConTigo, mas livre A liberdade é um conceito que não se resume apenas ao facto de não se estar preso ou privado de algo. “Estar em liberdade” é comum dizer-se de quem, por exemplo, saiu da prisão. A verdade é que o facto de se estar num espaço aberto e em comunidade, não define que estejas livre ou preso, porque a liberdade também é uma forma de estar. Podes estar livre mas pracando o mal e ferindo os que te rodeiam, estás preso ao pecado; por outro lado, um preso, arrependido dos seus pecados, pode estar a cada dia livre, mesmo estando na sua cela! O estar em liberdade é, por si só, um ato de responsabilidade por e pelos que te rodeiam. É certo que nem sempre temos oportunidade de poder escolher o que queremos, o que gostaríamos, mas, à medida que crescemos, vamos podendo fazer as nossas próprias escolhas, optar entre o que consideramos ser bom ou mau. Jesus também assim o fez, usou a sua liberdade mostrando ao seu povo que Deus é amor, misericórdia e compaixão. Ensinava entre os doutores, liderava o seu povo, mas não se esquecia de perdoar os pecadores nem de se lembrar dos mais débeis e sofredores. Neste tempo em que celebramos que Jesus VIVE connosco a cada dia, vamos soltar as amarras que nos prendem, porque, como nos diz o Papa Francisco “Acreditar em Jesus não significa estar acorrentado mas sim ser profundamente livre”!

Carta nº9

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Abril - MarCha Portugal - Compostela Maristas

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Page 1: Carta nº9

Carta 9 Abril 2016MarCha Portugal

ConTigo, mas livreA liberdade é um conceito que não se resume apenas ao facto de não se estar preso ou privado de algo. “Estar em liberdade” é comum dizer-se de quem, por exemplo, saiu da prisão. A verdade é que o facto de se estar num espaço aberto e em comunidade, não define que estejas livre ou preso, porque a liberdade também é uma forma de estar. Podes estar livre mas praticando o mal e ferindo os que te rodeiam, estás preso ao pecado; por outro lado, um preso, arrependido dos seus pecados, pode estar a cada dia livre, mesmo estando na sua cela!O estar em liberdade é, por si só, um ato de responsabilidade por ti e pelos que te rodeiam. É certo que nem sempre temos oportunidade de

poder escolher o que queremos, o que gostaríamos, mas, à medida que crescemos, vamos podendo fazer as nossas próprias escolhas, optar entre o que consideramos ser bom ou mau.

Jesus também assim o fez, usou a sua liberdade mostrando ao seu povo que Deus é amor,

misericórdia e compaixão. Ensinava entre os doutores, liderava o seu povo, mas

não se esquecia de perdoar os pecadores nem de se lembrar dos mais débeis e sofredores. Neste tempo em que celebramos que Jesus VIVE connosco a cada dia, vamos soltar as amarras que nos prendem, porque, como nos diz o Papa Francisco “Acreditar em Jesus não significa estar acorrentado mas sim ser profundamente livre”!

Page 2: Carta nº9

Posto isto, desafiamos-te a refletir sobre o que é para ti ser livre e a completares a frase “Ser livre é…” com o que fizer mais sentido para ti. Usa situações simples, que te lembres no teu dia-a-dia, ou outras nas quais nunca tinhas pensado até agora! Tens a liberdade para fazer tudo, ou nada, qual vais escolher? Por fim, partilha essa frase no Facebook, no grupo “MarCha Vouzela”.Como sempre podes acompanhá-la de uma foto ou um vídeo, se quiseres! Deves fazer acompanhar essa partilha com as hashtags: #desafiosmarcha #livrespara Não ter conta no Facebook deixou de ser uma desculpa para não participares! Nesse caso, podes responder ao desafio através do email [email protected]. Vamos lá! Para a MarCha não vai nada, nada, nada? TUDO!

ConTigo, é tudo ou nada

ConTigo, VEJO MAIS

O sapinho

Esperamos alcançar sonhos e objetivos... Estamos abertos a viver, a crescer livremente e com os outros. O sapinho que saltou conseguiu superar o problema à sua frente, sem medos e estando na presença de Cristo e dos outros sapos!

Deixa-te surpreender pela VIDA, abre o teu coração e parte à descoberta, verás que, como o sapinho, podes ser

capaz de fazer aquilo que ninguém espera!

Page 3: Carta nº9

Maristando...Terminamos esta carta com um breve relato da vida de um dos Irmãos que conviveu com Marcelino. É uma bonita história de liberação, de fazer opções e assumir as consequências...

O Ir. Nilamón Marcelino foi confessar uma senhora doente. Era tão pobre que nem sequer tinha lenha para se aquecer. Marcelino escutou a sua confissão, mas deu-se conta de que as boas palavras de consolo não solucionavam a situação daquela senhora. Enviou-lhe alimentos, roupa e lenha. Mais ainda: pediu a um médico que a visitasse. Dias mais tarde aquela mulher morreu. Marcelino encarregou-se de um filho que ela tinha deixado. E trouxe-o para L’ Hermitage. Os irmãos cuidaram do miúdo, mas ele era muito endiabrado. Respondia à bondade dos Irmãos com insultos, ingratidão e desobediência. Estava habituado a viver como um vagabundo em plena liberdade; não suportava o horário da escola. Escapou-se várias vezes. Preferia antes andar à larga que obedecer e submeter-se à disciplina escolar. Os Irmãos iam à procura dele e traziam-no para casa. Mas um dia, já cansados de tantos desacatos, foram pedir a Marcelino que o despedisse: - Perdemos o tempo com ele e, por outro lado, mais cedo ou mais tarde, temos de o mandar embora. Marcelino pôs-se sério: - Se o que pretendeis é ver-vos livres desta criança órfã, para não terdes problemas, isso é muito simples. Mas adotámos esta criança e não podemos abandoná-la. Voltou a fugir mais vezes e deu mais problemas aos Irmãos. No entanto, mais tarde, este jovem tornou-se Irmão Marista.