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“Perspectivas para o Setor Elétrico Brasileiro” Congresso dos trabalhadores da eletrosul promoção dos representantes dos trabalhadores no conselho de administração da eletrosul Wanderlei Lenartowicz Representante dos Trabalhadores no CA da Eletrosul Deunézio Cornelian Junior Representante dos Trabalhadores no CA da Eletrosul Dinovaldo Gilioli Ex-representante dos Trabalhadores no CA da Eletrosul Rosilene Gomes Viana INTERSUL Sérgio Vieira da Fonseca INTERSUL Comissão Organizadora Congresso dos trabalhadores da eletrosul

Cartilha - 3º Congresso dos Trabalhadores da Eletrosul

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Page 1: Cartilha - 3º Congresso dos Trabalhadores da Eletrosul

“Perspectivas para o Setor Elétrico Brasileiro”

Congresso dostrabalhadores da eletrosul3º

promoção dos representantes dos trabalhadores no conselho de administração da eletrosul

Wanderlei LenartowiczRepresentante dos Trabalhadores no CA

da Eletrosul

Deunézio Cornelian JuniorRepresentante dos Trabalhadores no CA

da Eletrosul

Dinovaldo GilioliEx-representante dos Trabalhadores no CA

da Eletrosul

Rosilene Gomes VianaINTERSUL

Sérgio Vieira da FonsecaINTERSUL

Comissão Organizadora

3ºCongresso dostrabalhadores da eletrosul

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Perspectivas para o Setor Elétrico

Brasileiro

3º Congresso dostrabalhadores da eletrosul

O impacto da gestão da Eletrosul para os trabalhadores e para a empresa

As propostas do Setor Elétrico

Page 3: Cartilha - 3º Congresso dos Trabalhadores da Eletrosul

Expediente

PROJETO GRÁFICO: PAULO GUILHERME HORN

TEXTOS: PAULO GUILHERME HORN e WANDERLEI LENARTOWICZ

REVISÃO: PAULO GUILHERME HORN, WANDERLEI LENARTOWICZ, KARINA ZAROCINSKI HORN E SABRINA PAYÃO

FOTOS: DESACATO (www.desacato.info)

Page 4: Cartilha - 3º Congresso dos Trabalhadores da Eletrosul

HISTÓRICO

APRESENTAÇÃO

ABERTURA

SETOR ELÉTRICO

PESQUISA DE CLIMA

GESTÃO DA ELETROSUL

GRUPOS DE TRABALHO

ORIENTAÇÕES E DIRETRIZES

CONCLUSÃO

Índice

Page 5: Cartilha - 3º Congresso dos Trabalhadores da Eletrosul

1º Congresso dos Trabalhadores da Eletrosul8 e 9 de dezembro de 2004

Promoção da Intersul com apoio da Eletrosul

Tema central: MAIS ENERGIA PARA A GESTÃO PÚBLICA

Debates: REALIDADE BRASILEIRA: dependência X soberania SETOR ELÉTRICO: desafios e perspectivas GESTÃO DA ELETROSUL: desafios e perspectivas

2º Congresso dos Trabalhadores da Eletrosul5 a 7 de dezembro de 2012

Promoção dos Representantes dos Trabalhadores no CA com apoio da Intersul, Intersindical e Eletrosul

Tema central: ENERGIA E SOBERANIA: rumos do setor elétrico

Debates: A CRISE INTERNACIONAL E A REALIDADE BRASILEIRA SETOR ELÉTRICO: desafios e perspectivas para a sociedade e os trabalhadores OS IMPACTOS DA RENOVAÇÃO DAS CONCESSÕES NAS EMPRESAS ELETROBRAS

Histórico

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O 3º Congresso dos Trabalhado-res da Eletrosul, realizado no Hotel Cambirela, em Florianópolis, dias 8 e 9 de dezembro de 2014, represen-tou mais uma etapa na consolidação deste evento, em consonância com o que foi orientado pelos próprios trabalhadores em edições anterio-res. A edição de 2014 teve por ob-jetivo debater as perspectivas para o setor elétrico brasileiro, na visão dos trabalhadores, e contribuir para o aprimoramento de propostas que contemplem interesse social, o for-talecimento das empresas estatais do setor e as necessidades de seus empregados. A conjuntura social, política e eco-

nômica em que ocorreu o congresso foi extremamente oportuna. O final

do período de eleições presidências caracterizado por uma forte bipolari-zação das forças políticas, exigiu dos trabalhadores reafirmar suas propos-tas, e suas concepções de modelo de gestão para o setor elétrico, em face de um novo governo que se iniciou.Além disso, os impactos da Reno-

vação das Concessões, fruto da MP 579 de 2012 transformada na Lei nº 12.783 de 11 de janeiro de 2013, que dispõe sobre as concessões de ge-ração, transmissão e distribuição de energia elétrica, sobre a redução dos encargos setoriais e sobre a modi-cidade tarifária, já são bastante co-nhecidos pelas empresas e requerem políticas capazes de assegurar o bom funcionamento do setor, daqui para frente.

Apresentação

“O final do período de eleições presidenciais, caracterizado

por uma grande bipolarização das forças políticas, exigiu dos trabalhadores reafirmar suas propostas e suas concepções de modelo de gestão para o setor elétrico, em face de um novo

governo que se inicia”

3º Congresso dos Trabalhadores da Eletrosul debate gestão da empresa e setor elétrico

Page 7: Cartilha - 3º Congresso dos Trabalhadores da Eletrosul

“Wanderlei agradeceu a presença de todos e reafirmou que o diálogo entre Governo,

gestores, trabalhadores e sociedade organizada, sobre estas propostas populares é

uma forma de contribuir para construção de um modelo de setor elétrico que esteja a

serviço de toda a sociedade”

Trabalhadores debatem propostas e diretoria da Eletrosul prega o diálogo

O Representante dos Trabalhadores no Conselho de Administração da Eletrosul, Wanderlei Lenartowicz, abriu o encontro saudando os partici-pantes vindos de todas as regiões e áreas da empresa que abrange os Estados de Mato Grosso do Sul, Rondônia, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Falou da concepção dos trabalhadores de que a energia elétrica é um bem essencial e a forma como é gerida afeta as pesso-as, as empresas, seus empregados e toda sociedade. Falou também da tradição dos setores organizados da sociedade em construir propostas e citou a Plataforma Operária e Camponesa da Energia que produziu uma cartilha entregue aos participantes deste congresso, denominada “Pro-postas para um projeto energético popular, com soberania, distribuição da riqueza e controle popular”. Wanderlei agradeceu a presença de to-dos e reafirmou que o diálogo entre Governo, gestores, trabalhadores e sociedade organizada, sobre estas propostas populares é uma forma de contribuir para a construção de um modelo de setor elétrico que esteja a serviço de toda a sociedade.

Também falaram na abertura em nome da Eletrosul, apoiadora do evento, o Diretor Presidente da estatal, Eurides Mescolotto e o Dire-tor Administrativo, Paulo Afonso Evangelista Vieira. Mescolotto lembrou os presentes do aniversário de 20 anos da morte de Tom Jobim nesse

Abertura

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dia. “Uma data muito significativa que remete à perda de um grande poeta, amigo do país e dos trabalha-dores”, assinalou. Falou também da disposição “do mais profundo diálogo” com os trabalhadores, a des-peito da divergências naturais e que existem proble-mas essenciais para empresas públicas e o país em que o bom senso e o diálogo são fundamentais para o entendimento necessário. O Diretor Paulo Afonso, por

sua vez, se referiu ao resultado das eleições afirman-do que a sociedade brasileira fez uma “opção clara” pelo fortalecimento das empresas públicas diante do risco de privatização. Paulo Afonso considerou o de-bate deste congresso dos trabalhadores importante para a consolidação do modelo de fortalecimento das estatais, de modo que as conquistas acumuladas não sejam perdidas.

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Trabalhadores apresentam propostas para o Setor Elétrico Nacional e fortalecimento das empresas públicas

Franklin Moreira, Presidente da Federação Nacional dos Urbanitários (FNU), fez uma análise da conjuntura política, que, segundo ele, influencia direta-mente as decisões no setor. Propôs que o governo escolha um lado para sair desse embate entre o mercado e os movimentos sociais. Destacou como um péssimo sinal a ausência de um representante do governo neste evento, in-dicando que o diálogo prometido logo após as eleições não reflete a prática neste momento. Falando do setor elétrico, o Presidente da FNU, declarou que, “caso o governo exija que a Eletrobras atue como uma empresa privada será perdido um instrumento de apoio às políticas públicas no setor energético. Ou o governo toma algumas ações importantes para recuperar a Eletrobras ou a empresa não vai conseguir se recuperar e não se sabe o que vai sur-gir”, opinou. Declarou ainda: “nós, dos movimentos sociais vamos continuar defendendo esse modelo de fortalecimento das empresas públicas estatais.”

Robson Formica do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), outro debatedor da mesa, analisou os interesses do imperialismo americano em re-lação às fontes de energia, destacando o petróleo, e principalmente o pré-sal. “Do ponto de vista de como a estrutura do setor energético está organizada, nós precisamos avançar muito. E avançar significa fazer o enfrentamento dos interesses do capital financeiro e do mercado. Essa vai ser uma disputa permanente”, analisou. Para o integrante do MAB, o avanço está relacionado

Setor Elétrico

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a um “aprofundamento de mudanças” onde o estado permita a participação popular e o protagonismo da classe trabalhadora. Não há outro caminho, segundo ele, para conter a ganância dos setores financistas.

Os debatedores foram provocados por diversas in-tervenções dos participantes do congresso, que levan-taram questões como a mercantiliza-ção da energia e sua transformação de bem essencial para commodity; os interesses por trás do modelo que funde privado e público; a inibição dos investimentos no setor pelas di-ficuldades de financiamentos dire-tos; o descaso das empresas com os empregados anistiados e com quadro funcional qualificado como estraté-gia para combater o discurso dos que defendem a terceirização. Franklin respondeu criticando a terceirização no setor elétrico e destacou a elevação dos acidentes de trabalho com a precarização da mão de obra. Criticou ainda cres-cente utilização das Sociedades de Propósito Especí-fico (SPE), e a incapacidade do governo de fiscalizar a aplicação de recursos públicos. “Nós estamos vivendo a privatização do público com as SPE. Não é só a questão de delegar para a empresa terceirizada, mas

deixá-la fazer com o recurso público sem ter como cobrar.”

Em suas considerações finais, os integrantes da mesa, Franklin e Robson fizeram um chamado à mo-bilização social. Franklin da FNU acredita que os ele-tricitários estão desprotegidos na regulação do setor.

“Nós não estamos conseguindo in-tervir. Os sindicatos têm que cada vez mais entender sobre a política setorial, para conseguir melho-res condições de trabalho. Mas, enquanto isso não muda, nós nos mobilizamos, fazemos resistência”. Da mesma forma, Robson Formica do MAB, acha que além da pres-são que tem sido feita na tentativa de estabelecer o diálogo, de abrir o Conselho Nacional de Política

Energética, algumas pautas precisam chegar à socie-dade para o fortalecimento das lutas. “A pauta da re-dução do preço da energia é importante, por exemplo, para trazer a sociedade para a discussão. Abre uma porta para discutir o tema energético na sociedade e possibilita fortalecer algumas pautas mais estratégicas para os participantes do setor”, defendeu Formica, ao final do primeiro dia de debates.

A pauta da redução do Preço da Energia é importante, por exemplo, para trazer a sociedade para a discussão.

Abre uma porta para discutir o tema energético na sociedade e possibilita fortalecer algumas pautas mais estratégicas para

os participantes dos setor”

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Pesquisa entre os trabalhadores da Eletrosul subsidia os debates no Congresso

O segundo dia do Congresso, iniciou com uma apresentação dos dados colhidos por uma pesquisa entre os empregados da Eletrosul, promovida pelo Representante dos Trabalhadores no CA, com o objetivo de subsidiar as discussões sobre a os impactos da gestão da Eletrosul para os empre-gados e para a empresa. Os resultados da pesquisa foram apresentados por Daniel Passos, economista e colaborador da Intersul. A seguir, alguns dos dados apontados pelos trabalhadores.

Pesquisa de Clima

“A maior parte das pessoas que responderam é de Santa

Catarina, cerca de dois terços, talvez pela própria distribuição,

tem muitos trabalhadores concentrados principalmente na sede. Tivemos ainda respostas

de Rio Grande do Sul, Paraná, Mato Grosso do Sul

e Rondônia”

Como tem evoluído sua satisfação em trabalhar na Eletrosul nos últimos 4 nos? Qual a sua expectativa com relação

ao futuro da empresa?

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Você acredita no sistema e avaliação de desempenho da empresa?

Você acha que a empresa leva em consideração as suas opiniões?

Como você avalia as perspectivas de crescimento profissional na Eletrosul? O número de empregados do seu

setor, você considera?

27%dos trabalhadores da empresa consideram a atuação da diretoria nos últimos 4 anos ruim ou péssima

41%dos trabalhadores da empresa consideram que seu nível de estresse aumentou nos últimos 4 anos

30,3%dos trabalhadores da empresa consideram a terceirização uma medida de gestão inadimissível

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Os impactos da Gestão da Eletrosul para os trabalhadores e para a empresa

Ronaldo Custódio, Diretor de Engenharia da Eletrosul, apresentou um panorama econômico da Eletrosul, dividido em dois momentos distintos. Um primeiro mo-mento, onde houve uma redução das receitas da empresa, pelas novas condições impostas pela Renovação das Concessões do setor elétrico e um segundo, onde houve a retomada do crescimento das receitas, em decorrência da entrada em operação de novos empreendimentos de geração e transmissão, a partir de um vasto programa de investimentos já iniciado. Listou diversos empreendimentos de geração de energias renováveis, como as Pequenas Centrais Hidrelétricas, usi-nas solares e usinas eólicas. Ronaldo Custódio destacou ainda a participação da Eletrosul no Leilão de Transmissão nº 04/2014 da ANEEL, realizado em novem-bro, onde a empresa venceu a disputa pelos principais lotes leiloados. Segundo o Diretor, a realização dos investimentos previstos no leilão devem ampliar ainda mais as receitas operacionais nos próximos anos, trazendo boas perspectivas de crescimento da companhia.

Sérgio Fonseca, representante da Intersul, traçou um paralelo entre o cresci-mento econômico da Eletrosul e os diversos problemas da gestão, apontados na pesquisa realizada entre os empregados. De acordo com a pesquisa, a satisfação em trabalhar na empresa tem diminuído em relação a levantamentos anteriores, quando a Eletrosul chegou a ser reconhecida em pesquisa da Revista Exame, como uma das melhores empresas para se trabalhar. Além disso, metade dos

Gestão da Eletrosul

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entrevistados agora, declararam que não tem boas ex-pectativas para seu futuro profissional na empresa. Boa parte considera que tem oportunidade de expressar suas opiniões, mas que estas não são levadas em consideração pela gestão da empresa. Sergio Vieira ressaltou que os dados da pesquisa demonstram que os trabalhadores se ressentem do aumento da terceirização na Eletrosul, do quadro insuficiente de empregados pró-prios para fazer frente às necessidades neste momento de expansão da empre-sa, da falta de aproveitamento da mão de obra dos empregados anistiados que estão cedidos a órgãos públicos, entre outros apontamentos da pesquisa. Os dois debatedores responderam às di-versas manifestações dos participantes do congresso. Sobre a possibilidade de retorno dos empregados anistiados da Eletrosul, Ronaldo Custódio afirmou que a empresa não tem governabilida-de sobre esta questão e que cumpre as determinações legais. Sobre a necessidade de con-curso público, afirmou que ainda não há uma previsão, porém que a avaliação já foi iniciada devido à demanda de pessoal gerada com o conjunto de obras que iniciam em 2015. “ Não vemos caminho senão continuar crescendo.

O debate sobre recursos humanos é legítimo, mas vem depois de assegurado o futuro para a empresa”, explicou o Diretor. Sergio Vieira acrescentou que as tratativas para o retorno dos anistiados foram conduzidas por várias en-tidades ligadas à Plataforma Operária e Camponesa, tanto no âmbito da Eletrobras como dos ministérios. “Tentamos construir, mas não há ressonância por parte do gover-

no”, declarou. Quanto à necessidade de concurso público, Sergio conside-rou que é urgente aumentar o quadro de empregados próprios, sob pena de vermos continuar aumentando o nível de estresse entre os trabalhadores, o número de acidentes de trabalho, a falta de perspectivas de carreira pro-fissional e principalmente a inviabili-dade do crescimento da empresa pela falta de recursos humanos adequados.

Ao final das mesas de debates, o encontro prosseguiu com a separação dos participantes em dois grupos de

trabalho, para em grupos menores, facilitar a interação e a reflexão sobre os conteúdos abordados ao longo dos de-bates. Os grupos tinham como tarefa, produzir orientações e diretrizes para a gestão da empresa e para as represen-tações dos trabalhadores.

“É urgente aumentarmos o quadro de empregados próprios, sob pena de vermos continuar crescendo o nível de estresse

entre trabalhadores, o número de acidentes de Trabalho, a falta de perspectivas de

carreira e, principalmente, a inviabilidade do crescimento da empresa pela falta de recursos

humanos adequados”

Page 15: Cartilha - 3º Congresso dos Trabalhadores da Eletrosul

Trabalhadores debatem gestão da Eletrosul

Os participantes do Congresso foram divididos em dois gru-pos para debater as perspecti-vas do Setor Elétrico Nacional, a gestão da Eletrosul e seus impactos sobre trabalhado-res e sociedade. Dos deba-tes aprofundados pelos grupos os trabalhadores formularam orientações que deverão bali-zar a atuação dos Represen-tantes dos Trabalhadores no Conselho de Administração da Eletrosul durante os próximos mandatos. Ao final, as propos-tas foram sistematizadas em uma Plenária, resultando em em Orientações e Diretrizes para a atuação de Governos, Gestores e representações dos trabalhadores.

Grupos de Trabalho

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Orientações do 3º Congresso dos Empregados da Eletrosul

Orientações e Diretrizes

CONCURSO PÚBLICO PARA TODOS OS CARGOS

• ampliação do quadro de lotação para a adequação da força de trabalho;• redução da sobrecarga de trabalho e seus riscos inerentes;• eliminação da mão-de-obra terceirizada, especialmente na atividade fim.

RESPEITO E CUIDADO COM OS TRABALHADORES REINTEGRADOS

• com o aproveitamento gradativo nas áreas carentes de mão-de-obra na empresa.

RENOVAÇÃO DA GESTÃO (DIRETORES / GESTORES / GERENTES / ASSESSORES)

• adoção de políticas de capacitação gerencial;• eliminação do clientelismo na indicação dos cargos;• blindagem das indicações políticas;• exigência de experiência e qualificação técnica.

PLANEJAMENTO DA ELETROSUL COM A PARTICIPAÇÃO DOS TRABALHADORES(AS)

• com o objetivo de estabelecer um diálogo permanente em todas as áreas da empresa;• com o aproveitamento da experiência e opinião dos trabalhadores(as) para o aprimoramento da gestão;• com a criação de fóruns de discussão para as questões mais estruturais como as políticas de operação e

de manutenção.

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GESTÃO DAS SOCIEDADES DE PROPÓSITO ESPECÍFICO (SPE)

• redução gradativa da criação de SPE, visando a sua eliminação; • melhoria da gestão, evitando sua transformação em “cabides” de emprego de ex-empregados aposentados.

MELHOR COMUNICAÇÃO E INTEGRAÇÃO INTERNA

• comunicação bilateral entre áreas e processos, permitindo ganhos de eficiência e otimização de recursos;• maior exposição dos diretores em relação aos empregados(as), estando mais presentes no dia a dia da empresa;• ampliação e melhor utilização dos canais de comunicação antes da adoção de qualquer ato de gestão.

RECONHECIMENTO ADEQUADO DOS TRABALHADORES(AS) NO PLANO DE CARREIRAS E REMUNERAÇÃO

• reavaliação dos critérios de implantação e movimentação do PCR, com condições igualitárias de progressão das carreiras de nível médio (técnicas) e universitárias

GESTÃO DO CONHECIMENTO COM ESTRUTURAÇÃO DE RETENÇÃO DO CONHECIMENTO PERMANENTE

• qualificar a gestão do conhecimento;• formar multiplicadores;• investir na transformação do conhecimento (tácito – explicito) para que o mesmo fique internalizado na

empresa de modo permanente e não apenas durante o processo de desligamento de empregados(as).

MOLHORIA DO SISTEMA DE GESTÃO DE DESEMPENHO (SGD)

• com qualificação da ação gerencial;• com redução da subjetividade nas avaliações;• com acompanhamento e feedback constantes;• com a adoção de políticas de consequências.

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IGUALDADE DE CONDIÇÕES NA CONCORRÊNCIA ENTRE AS EMPRESAS PÚBLICAS E PRIVADAS

• promover ações que visem pressionar governos e legisladores para democratizar as condições de finan-ciamentos, incentivos, vantagens competitivas, compensações, atuações nos empreendimentos.

MANDATO DO CONSELHEIRO ELEITO

• ampliação do mandato dos representantes dos trabalhadores no Conselho de Administração da Eletrosul com a retirada das restrições aos debates considerados como conflitos de interesse.

DÉFICIT DO PLANO BD DA ELOS

• Eletrosul deve assumir a responsabilidade pelos déficits do plano BD da Elos.

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“O produto dos debates desse Congresso, demonstrou

também que os diversos setores da sociedade, em especial os trabalhadores, são perfeitamente capazes de identificar os problemas que os afetam, bem como proporem e construírem

soluções para eles”

É necessário ouvir os trabalhadores sobre o setor elétrico e sobre a gestão da Eletrosul

O 3º Congresso dos Trabalhadores da Eletrosul deu uma clara demons-tração de que os trabalhadores, suas representações e a sociedade organi-zada, através dos diversos movimentos sociais, estão dispostos a enfrentar os desafios que se apresentam para a construção de uma sociedade iguali-tária, justa e democrática. Uma sociedade, onde a riqueza produzida possa beneficiar a todos que nela vivem. Debater o uso da energia e a apropriação dos seus benefícios pelo conjunto da sociedade, assim como debater as relações de trabalho e a gestão de uma empresa pública do setor de ener-gia, grandiosa como a Eletrosul é uma boa forma de enfrentar os desafios mencionados. O produto dos debates desse congresso, demonstrou tam-bém que os diversos setores da sociedade, em especial os trabalhadores são perfeitamente capazes de identificar os problemas que os afetam, bem como propor e construir soluções para eles.

O apoio e a participação dos representantes da administração pública neste tipo de evento é um importante passo para que estas soluções sejam viabi-lizadas, mas é preciso ir além deste estágio. É necessário dar consequência ao debate, através de ações que visem objetivamente a implementação das soluções apontadas. Ao apoiar a realização do evento, participar represen-tada por seus gestores, incentivando e enaltecendo a importância do diálogo com trabalhadores e sociedade, a Eletrosul e seus administradores públicos

Conclusão

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assumiram uma parcela de responsabilidade na concre-tização dos objetivos estabelecidos a partir do diálogo promovido. Cabe portanto aos gestores da empresa, às representações da sociedade e dos trabalhadores man-terem abertas as portas ao diálogo, mas principalmente, cabe promover as novas ações de sua competência, ne-cessárias para a realização dos objetivos almejados.

Neste sentido, os Representantes dos Trabalhadores

no Conselho de Administração, que propuseram e re-alizaram o 3º Congresso dos Trabalhadores da Eletro-sul, cumpriram uma das missões dessa representação, estabelecendo uma oportunidade para as várias partes envolvidas debaterem e encontrarem as soluções que possam atender os interesses de toda a sociedade.

Parabéns a todos que participaram do evento e um agradecimento especial aos trabalhadores.

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Do apoio na coordenação dos Grupos:

Daniel Domingos dos PassosJulia Maris Latrônico

Do apoio na Relatoria dos Grupos

Leandro Nunes da SilvaPaulo Guilherme Horn

Das entidades sociais e sindicais:

INTERUSL - Intersindical dos Eletricitários do Sul do Brasil

FNU - Federação Nacional dos Urbanitários

MAB - Movimento dos Atingidos por Barragens

Platraforma Operária e Camponesa para a Energia

ELETROSUL

cujo apoio contribuiu para a realização desse congresso.

apoio

3ºCongresso dostrabalhadores da eletrosul

Agradecimentos