Cartilha Acesso a Informacao

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  • 7/28/2019 Cartilha Acesso a Informacao

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    Acesso Informao Pblica:

    Controladoria-Geral da Unio

    Uma introduo Lei n 12.527, de 18 de novembro de 2011

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    Ac Ia Plica:

    Cladia-Gal da Ui

    Braslia2011

    Ua idu Li 12.527, d 18 d v d 2011

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    Esta publicao tem a cooperao da UNESCO no mbito do Projeto Poltica Brasileira deAcesso a Inormaes Pblicas: garantia democrtica do direito inormao, transparnciae participao cidad, o qual tem o objetivo de possibilitar a cooperao tcnica entre aUNESCO e o Poder Executivo Federal brasileiro para que o direito de acesso inormao sejagarantido a cidados e cidads brasileiros de orma eciente, ecaz e eetiva.

    Controladoria-Geral da Unio CGU

    SAS, Quadra 01, Bloco A, Edicio Darcy Ribeiro 70.070-905 Braslia/DF

    [email protected]

    Jorge Hage Sobrinho

    Ministro de Estado Chefe da Controladoria-Geral da Unio

    Luiz Augusto Fraga Navarro de Britto Filho

    Secretrio-Executivo

    Valdir Agapito Teixeira

    Secretrio Federal de Controle Interno

    Mrio Vincius Claussen Spinelli

    Secretrio de Preveno da Corrupo e Informaes Estratgicas

    Marcelo Nunes Neves da Rocha

    Corregedor-Geral

    Jos Eduardo Elias Romo

    Ouvidor-Geral da Unio

    Produo de contedo: Rogrio Jordo

    Capa e editorao: Eclips Design

    Impresso: Imprensa Nacional

    Disponvel no stio www.cgu.gov.br

    Permitida a reproduo parcial ou total desde que indicada a onte

  • 7/28/2019 Cartilha Acesso a Informacao

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    Com a aprovao da Lei 12.527 de 18 de novembro de 2011, a Lei de Acesso Inormao, o

    Brasil d mais um importante passo para a consolidao do seu regime democrtico, ampli-ando a participao cidad e ortalecendo os instrumentos de controle da gesto pblica.

    Ao regulamentar o artigo 5, inciso XXXIII da Constituio Federal, o Brasil, alm de garantir

    ao cidado o exerccio do seu direito de acesso inormao, cumpre, tambm, o compro-

    misso assumido pelo pas ante a comunidade internacional em vrios tratados e convenes.

    O Brasil j reerncia em matria de divulgao espontnea de inormaes governamentais:

    o Portal da Transparncia do Governo Federal, criado e administrado pela CGU, j oi vriasvezes premiado, nacional e internacionalmente, sendo considerado um dos mais completos e

    detalhados sites de transparncia do mundo. Faltava-nos, no entanto, uma lei que regulasse o

    acesso amplo a qualquer documento ou inormao especca buscados pelo cidado.

    A Lei 12.527 representa uma mudana de paradigma em matria de transparncia pblica, pois

    estabelece que o acesso a regra e o sigilo, a exceo. Qualquer cidado poder solicitar acesso

    s inormaes pblicas, ou seja, quelas no classicadas como sigilosas, conorme procedi-

    mento que observar as regras, prazos, instrumentos de controle e recursos previstos.

    O desao, agora, assegurar a implementao desta Lei. Devemos enrentar desaos de natureza

    tcnica e tecnolgica e tambm de carter administrativo, que incluem a necessidade de recursos

    nanceiros e humanos - estes, devidamente capacitados - para garantir a observncia do que dis-

    pe a Lei. Alm disso, teremos que vencer a cultura do sigilo que, de orma silenciosa e invisvel,

    ainda se constitui um dos grandes obstculos para a abertura dos governos.

    Nesse sentido, a atuao dos agentes pblicos, comprometidos com a transparncia e o

    acesso inormao, mostra-se essencial e determinante para o sucesso e eccia da Lei. Esta

    Cartilha destinada a voc, servidor pblico, que quer conhecer a Lei de Acesso Inormao

    e contribuir para a sua aplicao.

    Boa leitura!

    Jg Hag

    Ministro Chefe da Controladoria-Geral da Unio

  • 7/28/2019 Cartilha Acesso a Informacao

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    O simples ato de este texto estar disponvel aos milhares de servidores e servidoras pbli-

    cos brasileiros j um acontecimento histrico. A Lei de Acesso s Inormaes Pblicas oidebatida pela sociedade, discutida e aprovada pelo Congresso Nacional e sancionada pela

    Excelentssima Presidenta da Repblica, Dilma Rousse.

    O Direito a Inormao protegido pela Declarao Universal dos Direitos Humanos, pelo Pac-

    to de Direitos Civis e Polticos, por Convenes Regionais de Direitos Humanos e pela Cons-

    tituio Cidad de 1988, passar a ser, com a eetiva implementao da lei, uma realidade

    concreta no dia-a-dia do Estado brasileiro e, se me permitem, mais importante do que isso,no cotidiano de cada cidado e cidad.

    A implementao exitosa de leis como a brasileira, j existentes em cerca de 90 naes,

    produziu sociedades mais bem inormadas, com direitos humanos ainda mais protegidos,

    com administraes pblicas mais transparentes, ecientes e ecazes, e com cidados mais

    conscientes de seus direitos e responsabilidades coletivos.

    Nada disso, entretanto, oi possvel sem a participao decisiva e sine qua non de todos ecada um dos servidores e servidoras pblicos. A transormao da cultura do segredo para a

    cultura do acesso, da lgica da inormao como um avor para a lgica da inormao como

    um bem pblico, depende do seu engajamento.

    Espero que esta cartilha, produzida no mbito da cooperao entre a UNESCO e a CGU, se

    congure em mais um elemento desse movimento pela eetiva concretizao do direito a

    inormao no cerne da administrao pblica brasileira.

    A UNESCO se orgulha de azer parte desse processo e volta a elicitar a sociedade brasileira

    por mais esse avano.

    Vic Duy

    Representante da UNESCO no Brasil

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    Sumrio

    Acesso Inormao Pblica: um Direito Universal............................................................

    Acesso Inormao Pblica no Brasil................................................................................

    Cultura de Segredo X Cultura de Acesso.................................................................................

    Novos Mecanismos de Acesso Inormao........................................................................

    Acesso: Quais so as Excees?...................................................................................................

    O Mapa da Lei...................................................................................................................................

    Perguntas & Respostas...................................................................................................................

    Palavra Aberta...................................................................................................................................

    8

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    Apresentao

    Acesso s inormaes sob a guarda de rgos e entidades pblicas. deste direito

    undamental do cidado, e dever do Estado, que trata esta publicao. Direito

    inscrito na Constituio brasileira e agora regulamentado pela Lei Federal 12.527,

    sancionada em 18 de novembro de 2011 pela Presidenta da Repblica. Ao estabelecer

    este marco regulatrio, o Brasil d um importante passo em sua trajetria de

    transparncia pblica. Alm de ampliar os mecanismos de obteno de inormaes

    e documentos (j previstos em dierentes legislaes e polticas governamentais),

    estabelece o princpio de que o acesso a regra e o sigilo a exceo, cabendo

    Administrao Pblica atender s demandas de cidados e cidads.

    Reconhecido como um direito humano undamental, o acesso inormao pblica

    est inscrito em diversas convenes e tratados internacionais assinados pelo Brasil.

    Ao contempl-lo, o Pas integra-se, ainda, a um amplo grupo de naes que reconhece

    ser a inormao sob a guarda do Estado um bem pblico. Preceito que, como mostra

    a experincia internacional, avorece a boa gesto e, undamentalmente, ortalece

    os sistemas democrticos, resultando em ganhos para todos.

    Esta cartilha, alm de ser uma introduo a uma nova legislao, tambm destaca

    aspectos e vantagens de uma cultura administrativa pr-acesso. Ao participar do dia

    a dia da Administrao, o servidor cumpre papel central neste processo. Esperamos,

    pois, que esta publicao possa constituir-se em um instrumento til de trabalho e

    contribua para o aprimoramento das boas prticas na gesto.

    Boa leitura!

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    Acesso Informao Pblica: um Direito Universal

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    A inormao sob a guarda do Estado

    sempre pblica, devendo o acesso

    a ela ser restringido apenas em

    casos especcos. Isto signica que

    a inormao produzida, guardada,

    organizada e gerenciada pelo Estado

    em nome da sociedade um bem

    pblico. O acesso a estes dados que

    compem documentos, arquivos,

    estatsticas constitui-se em um dos

    undamentos para a consolidao da

    democracia, ao ortalecer a capacidade

    dos indivduos de participar de modo

    eetivo da tomada de decises que os

    aeta.

    O cidado bem inormado tem

    melhores condies de conhecer e

    acessar outros direitos essenciais,

    como sade, educao e benecios

    sociais. Por este e por outros motivos, o

    acesso inormao pblica tem sido,

    cada vez mais, reconhecido como um

    direito em vrias partes do mundo.

    Cerca de 90 pases possuem leis que o

    regulamentam.

    A primeira nao no mundo

    a desenvolver um marco

    legal sobre acesso oi a

    Sucia, em 1766. J os

    Estados Unidos aprovaram sua

    Lei de Liberdade de Inormao,conhecida como FOIA (Freedom

    o Inormation Act), em 1966,

    q u e r e c e b e u , d e s d e

    ento, di erentes emendas

    visando a sua adequao

    passagem do tempo. Na AmricaLatina, a Colmbia oi pioneira

    ao estabelecer, em 1888, um

    Cdigo que ranqueou o acesso

    a documentos de Governo. J a

    legislao do Mxico, de 2002,

    considerada uma reerncia,tendo previsto a instaurao de

    sistemas rpidos de acesso, a

    serem supervisionados por rgo

    independente. Chile, Uruguai,

    entre outros, tambm aprovaram

    leis de acesso inormao.

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    O acesso inormao como direito

    undamental tambm reconhecido

    p or imp or ta ntes or g a nis mos da

    comunidade internacional, como a

    Organizao das Naes Unidas (ONU) e

    a Organizao dos Estados Americanos

    (OEA). Veja trechos de alguns tratados,

    convenes e declaraes assinadas

    pelo Brasil:

    DeCLArAo UnIVersAL Dos

    DIreItos HUmAnos(artigo 19):

    Todo ser humano tem direito liberdade

    de opinio e expresso; este direito

    inclui a liberdade de, sem interferncia,

    ter opinies e de procurar, receber e

    transmitir informaes e idias por

    quaisquer meios e independentemente

    de fronteiras.

    ConVeno DAs nAes UnIDAs

    ContrA A CorrUPo (artigos 10e 13):

    Cada Estado-parte dever (...) tomar

    as medidas necessrias para aumentar

    a transparncia em sua administrao

    p b l i ca ( . . . ) p r o ce d i me n t o s o u

    regulamentos que permitam aos

    membros do pblico em geral obter

    (...) informaes sobre a organizao,

    funcionamento e processos decisrios de

    sua administrao pblica (...).

    DeCLArAo InterAmerICAnA DePrInCPIos De LIberDADe De

    exPresso(item 4):

    O acesso informao mantida pelo

    Estado constitui um direito fundamental

    de todo indivduo. Os Estados tm

    obrigaes de garantir o pleno exerccio

    desse direito.

    PACto InternACIonAL

    Dos DIreItos CIVIs e PoLtICos

    (artigo 19):

    Toda pessoa ter direito liberdade

    de expresso; esse direito incluir a

    liberdade de procurar, receber e difundir

    informaes e ideias de qualquer

    natureza (...).

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    Acesso Informao Pblica no Brasil

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    No Brasil , o acesso inormao

    pblica est inscrito no captulo

    I da Constituio -- dos Direitos e

    Deveres Individuais e Coletivos --

    particularmente no inciso XXXIII do

    artigo 5. Veja o texto constitucional:

    este dispositivo em conjunto com

    outros incisos dos artigos 37 e 216 --

    que a Lei 12.527, tambm conhecida

    como Lei de Acesso Inormao

    Pblica, regulamenta. Ao eetivar o

    direito de acesso, o Brasil:

    consolida e dene o marco

    regulatrio sobre o acesso inormao

    pblica sob a guarda do Estado

    estabelece procedimentos

    para que a Administrao responda a

    pedidos de inormao do cidado

    es ta b elec e qu e o ac inormao pblica aga,

    e o igil, ac.

    todos tm direito a receber dos

    rgos pblicos informaes de

    seu interesse particular, ou de

    interesse coletivo ou geral, que

    sero prestadas no prazo da lei,

    sob pena de responsabilidade,

    ressalvadas aquelas cujo sigilo

    seja imprescindvel segurana da

    sociedade e do Estado.

    A nova legislao vale para a

    administrao direta e indiretade todos os Poderes e entes

    ederativos. Sancionada em 18

    de novembro de 2011, a Lei

    12.527 teve origem em debates

    no mbito do Conselho de

    Transparncia Pblica e Combate

    Corrupo, rgo vinculado

    Controladoria-Geral da Unio

    (CGU). A Lei oi discutida e votada

    pelo Congresso Nacional entre

    2009 e 2011.

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    A transparncia no assunto novo

    no Pas: dierentes leis e polticas j

    contemplaram, de maneiras variadas,

    esta questo. A partir da Constituio

    de 1988, novas legislaes (como a

    Lei de Responsabilidade Fiscal, a Lei

    do Processo Administrativo, a Lei

    do Habeas Data e a Lei de Arquivos)

    entraram em vigor prevendo que

    governos divulgassem, por exemplo,

    dados oramentrios e nanceiros,

    bem como atos administrativos.

    Uma importante iniciativa nesse sentido

    oi o lanamento, em 2004, do Portal

    da Transparncia do Governo Federal:

    www.apacia.gv.

    Por meio do Portal possvel:

    acompanhar inormaes

    atualizadas diariamente sobre a

    execuo do oramento

    obter inormaes sobre

    recursos pblicos transeridos e

    sua aplicao direta (origens, valores,

    avorecidos)

    Veja algumas caractersticas de

    experincias bem-sucedidas de

    comunicao entre o Poder Pblico

    e a sociedade:

    a inormao apresentada

    de orma transparente e objetiva

    os dados tcnicos so

    traduzidos em linguagem do dia a dia

    o contedo acessvel para

    pessoas com decincia

    Uma das iniciativas de disponibilizaode inormaes governamentais a Carta

    de Servios ao Cidado, que tem como

    objetivo estabelecer compromissos e

    padres de qualidade de atendimento

    ao pblico, pelos rgos e entidades do

    Poder Executivo Federal.

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    Cultura de Segredo X Cultura de Acesso

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    A implementao de um sistema de acesso inormao tem como um de seus

    principais desaos vencer a cultura de segredo que, muitas vezes, prevalece nagesto pblica. A disponibilizaco de inormaes ao cidado exige uma cultura de

    abertura e o servidor tem um papel undamental para a mudana cultural, pois lida

    cotidianamente com a inormaco pblica, de sua produo a seu arquivamento.

    Em uma cultura de segredo, a gesto pblica pautada pelo princpio de que a

    circulao de inormaes representa riscos. Isto avorece a criao de obstculos

    para que as inormaes sejam disponibilizadas, devido a percepes do tipo:

    O cidado s pode solicitar inormaes que lhe digam respeito direto

    Os dados podem ser utilizados indevidamente por grupos de interesse

    A demanda do cidado um problema: sobrecarrega os servidores e

    compromete outras atividades

    Cabe sempre cheia decidir pela liberao ou no da inormao

    Os cidados no esto preparados para exercer o direito de acesso inormao

    Cultura de Segredo

    Na cultura de segredo a inormao retida e, muitas vezes, perdida. A gesto

    pblica perde em ecincia, o cidado no exerce um direito e o Estado no

    cumpre seu dever.

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    Em uma cultura de acesso, os agentes pblicos tm conscincia de que a inormao

    pblica pertence ao cidado e que cabe ao Estado prov-la de orma tempestiva

    e compreensvel e atender ecazmente s demandas da sociedade. Forma-se um

    crculo virtuoso:

    A demanda do cidado vista como legtima

    O cidado pode solicitar a inormao pblica sem necessidade de justicativa

    So criados canais ecientes de comunicao entre governo e sociedade

    So estabelecidas regras claras e procedimentos para a gesto das

    inormaes

    Cultura de Acesso

    Na cultura de acesso, o fuxo de inormaes avorece a tomada de decises,a boa gesto de polticas pblicas e a incluso do cidado.

    Pesquisas mostraram que a conana da populao no servio pblico

    aumentou em pases nos quais h lei de acesso.

    Os servidores so permanentemente capacitados para atuarem na

    implementao da poltica de acesso inormao

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    Novos Mecanismos de Acesso Informao

    A Lei 12.527 eetiva o direito previsto

    na Constituio de que todos tm a

    prerrogativa de receber dos rgos

    pblicos alm de inormaes do seu

    interesse pessoal, tambm aquelas de

    interesse coletivo. Isto signica que

    a Administrao cumpre seu papel

    quando divulga suas aes e servios,

    mas tambm deve estar preparada

    para receber demandas especcas.

    Responder a uma solicitao de

    acesso inormao pblica requer

    metodologia: necessrio processar

    o pedido e garantir ao requerente a

    entrega do dado.

    Para garantir o acesso, a Lei, alm de

    estipular procedimentos, normas e

    prazos, prev a criao, em todos os

    rgos e entidades do poder pblico,

    de um Servio de Inormaes ao

    Inormaes aoCidado

    Cidado. Caber a esta unidade:

    So estabelecidos paz para que sejam

    repassadas as inormaes ao solicitante.

    A padeve ser dada imediatamente,

    se estiver disponvel, ou em at 20 dia,

    pgvi por mais 10 dia:

    pdid pcia

    juiicad, apenas conter a

    identiicao do requerente e

    a especiicao da inormao

    solicitada

    o servio de busca e ornecimento

    das inormaes gratuito,

    salvo cpias de documentos

    protocolizar documentos e

    requerimentos de acesso inormao

    orientar sobre os procedimentos

    de acesso, indicando data, local e modo

    em que ser eita a consulta

    inormar sobre a tramitao de

    documentos

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    Uso da Internet

    A Lei 12.527 estabelece que rgos

    e entidades pblicas devem divulgar

    inormaes de interesse coletivo, salvo

    aquelas cuja condencialidade estejaprevista no texto legal. Isto dever

    ser eito atravs de todos os meios

    disponveis e obrigatoriamente em

    stios da internet. Entre as inormaes

    a serem disponibilizadas esto:

    nos casos em que a inormao

    estiver sob algum tipo de sigilo

    p r e v i s t o e m L e i , d i r e i t o d o

    requerente obter o inteiro teor da

    negativa de acesso

    q u a n d o a i n o r m a o o r

    parcialmente sigilosa, ica assegurado

    o a c e s s o , p o r m e i o d e c e r t i d o ,

    extrato ou cpia, com a ocultao da

    parte sob sigilo.

    No caso de negativa de acessoa inormaes, o cidado pode

    interpor recurso autoridade

    hierarquicamente super ior

    quela que emitiu a deciso.

    Persistindo a negativa, o cidado

    poder recorrer ao Ministrode Estado da rea ou, em

    caso de descumprimento de

    procedimentos e prazos da Lei

    12.527, CGU. Em ltima instncia,

    caber recurso Comisso Mista

    de Reavaliao de Inormaes.

    Com o acesso prvio inormao, o

    cidado no precisa acionar o orgo,

    gerando benecios para ele e economia

    de tempo e recursos para a Administrao.

    endereos e teleones das unidades

    e horrios de atendimento ao pblico

    dados gerais para acompanhamento

    de programas, aes, projetos e obras

    respostas a perguntas mais requentes

    da sociedade

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    A Lei 12.527/2011 prev excees

    regra de acesso para dad pai

    ia claifcada por

    autoridades como sigilosas.

    Inormaes sob a guarda do Estado

    que dizem respeito intimidade, honra

    e imagem das pessoas, por exemplo,

    no so pblicas (cando protegidas

    por um prazo de cem anos). Elas s

    podem ser acessadas pelos prprios

    indivduos e, po r terce iro s, ape na s

    em casos excepcionais previstos na

    Lei.

    A Lei 12.527/2011 traz novas

    regras reerentes classicao da

    inormao. Como princpio geral,

    estabelece que uma inormao

    pblica somente pode ser classicada

    como sigilosa quando considerada

    imprescindvel segurana da

    sociedade ( vida, segurana ou sade

    da populao) ou do Estado (soberania

    nacional, relaes internacionais,

    atividades de inteligncia).

    Acesso: Quais so as Excees?

    As inormaes podem ser classicadas

    como:

    ULtrAsseCretA

    prazo de segredo: 25 anos (renovvel

    uma nica vez)

    seCretA

    prazo de segredo: 15 anos

    reserVADAprazo de segredo: 5 anos

    A classicao do sigilo de inormaes

    no mbito da Administrao Pblica

    Federal de competncia:

    Esto especicadas na leias autoridades que tm a

    prerrogativa de classicar as

    inormaes nos dierentes graus

    de sigilo. Quanto mais estrito o

    sigilo, maior o nvel hierrquico do

    agente pblico.

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    DIreItos HUmAnos

    No podero ser objeto de restrio de

    acesso inormaes ou documentos que

    versem sobre condutas que impliquem

    violao dos direitos humanos praticada

    por agentes pblicos ou a mando de

    autoridades pblicas.

    A Lei 12.527/2011 tambm prev a

    responsabilizao do servidor nos

    casos de seu descumprimento.

    Recusar-se a ornercer inormaorequerida nos termos da Lei,

    destruir ou alterar documentos

    ou impor sigilo para obteno de

    proveito pessoal, por exemplo,

    so consideradas condutas ilcitas,

    podendo caracterizar inrao ou

    improbidade administrativa.

    GrAU ULtrAsseCreto:

    Do Presidente da Repblica, Vice-Presidente da Repblica, Ministros de

    Estado e autoridades com as mesmas

    prerrogativas, Comandantes da

    Marinha, do Exrcito e da Aeronutica,

    Chees de Misses Diplomticas e

    Consulares permanentes no exterior.

    GrAU seCreto

    Das autoridades mencionadas acima,

    mais: titulares de autarquias, undaes

    ou empresas pblicas e sociedades de

    economia mista.

    GrAU reserVADoDas autoridades supracitadas, mais:

    as que exercem unes de direo,

    comando ou cheia, de hierarquia

    equivalente ou superior ao nvel

    DAS 101.5; as que compe o grupo -

    Direo e Assessoramento Superiores,

    conorme regulamentao especca

    de cada rgo ou entidade.

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    Artigos 21 ao 30 Nveis de classiicao/Regras/Justiicativa do

    no-acesso

    18

    Conhea a estrutura do texto da Lei 12.527/2011:

    Artigos 3, 6, 7

    Artigos 8 e 9

    Artigos

    10,11,12,13 e 14

    Artigo 31

    Artigos 32, 33, 34

    Princpios do direito deacesso/Compromisso do

    Estado

    Categorias de inormao/Servio de Inormaesao Cidado/Modos de

    divulgar

    Identiicao e pesquisade documentos/Meiosde divulgao/Custos/Prazos de atendimento

    Artigos 15,16,17 Pedido de desclassicao/Autoridades responsveis/

    Ritos legais

    Repeito s liberdades egarantias individuais

    Condutas ilcitas / Princpiodo contraditrio

    Garantias do direito deacesso

    Regras sobre a divulgaode rotina ou proativa de

    inormaes

    Processamento de pedidosde Inormao

    Excees ao direito deacesso

    Direito de recurso negativa de liberao de

    inormao

    Tratamento de inormaespessoais

    Responsabilidade dosagentes pblicos

    O mapa da Lei

    Tema: Onde encontrar: Palavras-chave:

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    neCessrIA LeI esPeCFICA PArA

    GArAntIr o ACesso?

    Sim. Dierentes leis promulgadas nos

    ltimos anos ampliaram a interao entre

    o Estado e a Sociedade, mas a aprovao

    da Lei de Acesso Inormao oi

    necessria para regulamentar obrigaes,

    procedimentos e prazos para a divulgao

    de inormaes pelas instituies

    pblicas, garantindo a eetividade do

    direito de acesso. Ao estabelecer rotinas

    para o atendimento ao cidado, a Lei

    organiza e protege o trabalho do servidor.

    toDA InFormAo ProDUZIDA

    oU GerenCIADA PeLo GoVerno

    PbLICA?

    Como princpio geral, sim, salvaguardando-

    se as inormaes pessoais e as excees

    previstas na lei. A inormao produzida

    pelo setor pblico deve estar disponvel

    a quem este serve, ou seja, sociedade,

    a menos que esta inormao esteja

    expressamente protegida. Da a

    necessidade de regulamentao, para

    que que claro quais inormaes so

    reservadas e por quanto tempo.

    Perguntas & Respostas

    QUAIs InstItUIes PbLICAs

    DeVem CUmPrIr A LeI?

    Os rgos e entidades pblicas dos

    trs Poderes (Executivo, Legislativo e

    Judicirio), de todos os nveis de governo

    (ederal, estadual, distrital e municipal),

    assim como os Tribunais de Contas

    e o Ministrio Pblico, bem como as

    autarquias, undaes pblicas, empresas

    pblicas, sociedades de economia mista

    e demais entidades controladas direta

    ou indiretamente pela Unio, Estados,

    Distrito Federal e Municpios.

    entIDADes PrIVADAs tAmbm

    esto sUJeItAs LeI?

    As entidades privadas sem ns

    lucrativos que recebam recursos

    pblicos para a realizao de aes

    de interesse pblico, diretamente do

    oramento ou por meio de subvenes

    sociais, contrato de gesto, termo de

    parceria, convnios, acordo, ajustes e

    outros instrumentos similares, devem

    divulgar inormaes sobre os recursos

    recebidos e sua destinao.

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    o QUe so InFormAes

    PessoAIs?

    Inormaes pessoais so aquelas

    relacionadas pessoa natural identicada

    ou identicvel, cujo tratamento deve ser

    eito de orma transparente e com respeito

    intimidade, vida privada, honra e imagem

    das pessoas, bem como s liberdades

    e garantias individuais. As inormaes

    pessoais tero seu acesso restrito,

    independentemente de classicao de

    sigilo, pelo prazo mximo de 100 (cem)

    anos a contar da sua data de produo.

    o AtenDImento noVA LeI

    no exIGIr InVestImento em

    CAPACItAo Do serVIDor?

    Sim. A experincia de unidades que

    j trabalham diretamente com o

    pblico (como o INSS, Receita Federal,

    entre outras) mostra ser necessrio

    o investimento em treinamento e

    inormatizao de sistemas. A gerncia

    de inormaes sempre um desao

    e requer instrumentos de gesto

    adequados. A lei prev a designao

    de um responsvel em cada rgo

    da Administrao por acompanhar a

    implementao das polticas denidas.

    ProGrAmAs De Gesto De

    ArQUIVos e DoCUmentos

    PreCIsAro ser APrImorADos?

    A inormao disponvel ao pblico, muitas vezes, a ponta de um

    processo que rene operaes de

    produo, tramitao, uso, avaliao

    e arquivamento de documentos. Para

    tanto, programas de gesto precisam

    ser sempre aprimorados e atualizados.

    o PrAZo De VInte DIAs,

    ProrroGVeIs Por mAIs DeZ, PArA

    A entreGA DA resPostA Ao PeDIDo

    De InFormAo, no CUrto?

    Os prazos so necessrios para a garantia

    do direito a maior parte das leis de

    acesso inormao no mundo prev

    uma delimitao de tempo, e a do Brasil

    no oge regra. O prazo oi pensado

    para garantir um equilbrio entre a

    necessidade do cidado e a capacidade

    de entrega por parte da Administrao.

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    em QUe CAsos o serVIDor PoDe

    ser resPonsAbILIZADo?

    O servidor pblico passvel de

    responsabilizao quando:

    - recusar-se a ornecer inormao

    requerida nos termos da Lei

    12.527/2011, retardar deliberadamente

    o seu ornecimento ou ornec-la

    intencionalmente de orma incorreta,

    incompleta ou imprecisa;

    - utilizar indevidamente, bem como

    subtrair, destruir, inutilizar, desgurar,

    alterar ou ocultar, total ou parcialmente,inormao que se encontre sob sua guarda

    ou a que tenha acesso ou conhecimento

    em razo do exerccio das atribuies de

    cargo, emprego ou uno pblica;

    - agir com dolo ou m- na anlise das

    solicitaes de acesso inormao;- divulgar ou permitir a divulgao ou

    acessar ou permitir acesso indevido

    inormao sigilosa ou inormao pessoal;

    - impor sigilo inormao para obter

    proveito pessoal ou de terceiro, ou para

    ns de ocultao de ato ilegal cometidopor si ou por outrem;

    - ocultar da reviso de autoridade

    superior competente inormao

    sigilosa para beneciar a si ou a outrem,

    ou em prejuzo de terceiros; e

    - destruir ou subtrair, por qualquer

    meio, documentos concernentes a

    possveis violaes de direitos humanos

    por parte de agentes do Estado.

    Contudo, a nova lei estabelece um

    procedimento importante: nenhum

    servidor poder ser responsabilizado

    civil, penal ou administrativamente

    por dar cincia, a quem de direito, de

    inormao concernente prtica de

    crimes ou improbidade.

    e se A PessoA FIZer mAU Uso DAInFormAo PbLICA obtIDA ?

    Nos mais diversos pases consenso de

    que, ao constituir um direito bsico, opedido no precisa ser justicado: aquela

    inormao solicitada j pertence ao

    requerente. O Estado apenas presta um

    servio ao atender demanda. De posse

    da inormao (que anal, pblica), cabe

    ao indivduo escolher o que ar dela.

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    ACessIbILIDADe

    A inormao pblica deve estar

    acessvel a todos, inclusive aqueles

    portadores de decincias (do ponto

    de vista legal, disposies e normas

    gerais podem ser encontrados no

    Decreto 5296 de 2 de dezembro de

    2004). Em termos de comunicao, nem

    sempre ser possvel garantir 100% de

    acesso, mas cabe ao administrador

    desenvolver esoros neste sentido.

    Na internet, isto pode ser eito, por

    exemplo, atravs de variados recursos,

    como a associao do texto a imagens,

    animaes e grcos. Stios eletrnicos

    governamentais que tomam essas

    medidas podem vir a receber um selo

    de acessibilidade. Para saber mais:

    www.acail.g.

    Palavra Aberta

    Veja algumas palavras e expresses

    que integram uma cultura de acesso

    inormao.

    ControLe soCIAL

    a participao do cidado na

    gesto pblica, na scalizao, no

    monitoramento e no controle da

    Administrao Pblica. O controle social

    um complemento indispensvel ao

    controle institucional realizado pelos

    rgos que scalizam os recursos

    pblicos. Contribui para a gesto ao

    avorecer a boa e correta aplicao dos

    recursos, um mecanismo de preveno

    da corrupo e ortalece a cidadania.

    Conhea mais sobre o assunto em:www.paldaapacia.gv./

    clscial

    DADos Abertos GoVernAmentAIs

    Publicao e disseminao das

    inormaes do setor pblico na Web,compartilhadas em ormato bruto e

    aberto, compreensveis logicamente,

    de modo a permitir sua reutilizao em

    aplicaes digitais desenvolvidas pela

    sociedade. Para saber mais: www.w3c.

    /divulgaca/pd/dad-a-gvaai.pd

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    DoCUmento

    denido pela Lei 12.527/2011 como:

    unidade de registro de inormaes

    qualquer que seja o suporte ou

    ormato (Artigo 3).

    GoVerno eLetrnICo

    a utilizao pela Administrao das

    modernas tecnologias de inormao

    e comunicao (TICs) para

    democratizar o acesso inormao

    pblica, ampliar e dinamizar a

    prestao de servios. No Brasil,a poltica de Governo Eletrnico

    segue um conjunto de diretrizes que

    atuam em trs rentes undamentais:

    junto ao cidado; na melhoria da

    sua prpria gesto interna e na

    integrao do governo com parceirose ornecedores. Para saber mais:

    www.gvlic.gv./-

    gv.

    InFormAo

    denida no texto da Lei 12.527/2011 da

    seguinte orma: dados, processados

    ou no, que podem ser uti l izados

    para produo e transmisso de

    conhecimento, contidos em qualquer

    meio, suporte ou ormato (Artigo 3).

    LInGUAGem CIDAD

    Na comunicao da Administrao com

    o cidado a linguagem deve ser clara e

    objetiva. A meta garantir a leitura cil

    de inormaes e dados. Neste sentido,termos tcnicos devem ser traduzidos

    para o vocabulrio do dia-a-dia. Nomes

    de programas e aes governamentais,

    bem como cdigos e nomenclaturas

    de uso da gesto na prestao de

    contas s sero acessveis se o pblicopuder compreend-los. Um exemplo:

    Transerncia de Renda Diretamente

    s Famlias em Condio de Pobreza

    e Extrema Pobreza , em linguagem

    cidad, o Bolsa Famlia. Para saber mais

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    e conhecer mais exemplos, veja o Portal

    da Transparncia do Governo Federal:

    www.transparencia.gov.br.

    PrInCPIo DA PUbLICIDADe

    De acordo com a Constituio Federal,

    em seu artigo 37, a publicidade um

    dos princpios a serem obedecidos

    pela Administrao Pblica, ao lado

    dos de legalidade, impessoalidade,

    moralidade e ecincia.

    trAnsPArnCIA AtIVAA Administrao Pblica divulga

    inormaes sociedade por iniciativa

    prpria, de orma espontnea,

    independente de qualquer solicitao.

    trAnsPArnCIA PAssIVA

    A Administrao Pblica divulga

    inormaes sob demanda em

    atendimento s solicitaes da sociedade.

    Esta obra oi impressa pela Imprensa Nacional.

    SIG, Quadra 6, lote 800, 70.610-460. Braslia - DF

    Para obter mais inormaes e manter-

    se atualizado sobre a Lei de Acesso

    Inormao, visite o site:

    www.cgu.gov.br/acessoainormacoes

  • 7/28/2019 Cartilha Acesso a Informacao

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    Conhea mais sobre a CGU

    www.cgu.gov.br

    @cguonline

    cguonline