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7/28/2019 Cartilha Acesso a Informacao
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Acesso Informao Pblica:
Controladoria-Geral da Unio
Uma introduo Lei n 12.527, de 18 de novembro de 2011
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Ac Ia Plica:
Cladia-Gal da Ui
Braslia2011
Ua idu Li 12.527, d 18 d v d 2011
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Esta publicao tem a cooperao da UNESCO no mbito do Projeto Poltica Brasileira deAcesso a Inormaes Pblicas: garantia democrtica do direito inormao, transparnciae participao cidad, o qual tem o objetivo de possibilitar a cooperao tcnica entre aUNESCO e o Poder Executivo Federal brasileiro para que o direito de acesso inormao sejagarantido a cidados e cidads brasileiros de orma eciente, ecaz e eetiva.
Controladoria-Geral da Unio CGU
SAS, Quadra 01, Bloco A, Edicio Darcy Ribeiro 70.070-905 Braslia/DF
Jorge Hage Sobrinho
Ministro de Estado Chefe da Controladoria-Geral da Unio
Luiz Augusto Fraga Navarro de Britto Filho
Secretrio-Executivo
Valdir Agapito Teixeira
Secretrio Federal de Controle Interno
Mrio Vincius Claussen Spinelli
Secretrio de Preveno da Corrupo e Informaes Estratgicas
Marcelo Nunes Neves da Rocha
Corregedor-Geral
Jos Eduardo Elias Romo
Ouvidor-Geral da Unio
Produo de contedo: Rogrio Jordo
Capa e editorao: Eclips Design
Impresso: Imprensa Nacional
Disponvel no stio www.cgu.gov.br
Permitida a reproduo parcial ou total desde que indicada a onte
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Com a aprovao da Lei 12.527 de 18 de novembro de 2011, a Lei de Acesso Inormao, o
Brasil d mais um importante passo para a consolidao do seu regime democrtico, ampli-ando a participao cidad e ortalecendo os instrumentos de controle da gesto pblica.
Ao regulamentar o artigo 5, inciso XXXIII da Constituio Federal, o Brasil, alm de garantir
ao cidado o exerccio do seu direito de acesso inormao, cumpre, tambm, o compro-
misso assumido pelo pas ante a comunidade internacional em vrios tratados e convenes.
O Brasil j reerncia em matria de divulgao espontnea de inormaes governamentais:
o Portal da Transparncia do Governo Federal, criado e administrado pela CGU, j oi vriasvezes premiado, nacional e internacionalmente, sendo considerado um dos mais completos e
detalhados sites de transparncia do mundo. Faltava-nos, no entanto, uma lei que regulasse o
acesso amplo a qualquer documento ou inormao especca buscados pelo cidado.
A Lei 12.527 representa uma mudana de paradigma em matria de transparncia pblica, pois
estabelece que o acesso a regra e o sigilo, a exceo. Qualquer cidado poder solicitar acesso
s inormaes pblicas, ou seja, quelas no classicadas como sigilosas, conorme procedi-
mento que observar as regras, prazos, instrumentos de controle e recursos previstos.
O desao, agora, assegurar a implementao desta Lei. Devemos enrentar desaos de natureza
tcnica e tecnolgica e tambm de carter administrativo, que incluem a necessidade de recursos
nanceiros e humanos - estes, devidamente capacitados - para garantir a observncia do que dis-
pe a Lei. Alm disso, teremos que vencer a cultura do sigilo que, de orma silenciosa e invisvel,
ainda se constitui um dos grandes obstculos para a abertura dos governos.
Nesse sentido, a atuao dos agentes pblicos, comprometidos com a transparncia e o
acesso inormao, mostra-se essencial e determinante para o sucesso e eccia da Lei. Esta
Cartilha destinada a voc, servidor pblico, que quer conhecer a Lei de Acesso Inormao
e contribuir para a sua aplicao.
Boa leitura!
Jg Hag
Ministro Chefe da Controladoria-Geral da Unio
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O simples ato de este texto estar disponvel aos milhares de servidores e servidoras pbli-
cos brasileiros j um acontecimento histrico. A Lei de Acesso s Inormaes Pblicas oidebatida pela sociedade, discutida e aprovada pelo Congresso Nacional e sancionada pela
Excelentssima Presidenta da Repblica, Dilma Rousse.
O Direito a Inormao protegido pela Declarao Universal dos Direitos Humanos, pelo Pac-
to de Direitos Civis e Polticos, por Convenes Regionais de Direitos Humanos e pela Cons-
tituio Cidad de 1988, passar a ser, com a eetiva implementao da lei, uma realidade
concreta no dia-a-dia do Estado brasileiro e, se me permitem, mais importante do que isso,no cotidiano de cada cidado e cidad.
A implementao exitosa de leis como a brasileira, j existentes em cerca de 90 naes,
produziu sociedades mais bem inormadas, com direitos humanos ainda mais protegidos,
com administraes pblicas mais transparentes, ecientes e ecazes, e com cidados mais
conscientes de seus direitos e responsabilidades coletivos.
Nada disso, entretanto, oi possvel sem a participao decisiva e sine qua non de todos ecada um dos servidores e servidoras pblicos. A transormao da cultura do segredo para a
cultura do acesso, da lgica da inormao como um avor para a lgica da inormao como
um bem pblico, depende do seu engajamento.
Espero que esta cartilha, produzida no mbito da cooperao entre a UNESCO e a CGU, se
congure em mais um elemento desse movimento pela eetiva concretizao do direito a
inormao no cerne da administrao pblica brasileira.
A UNESCO se orgulha de azer parte desse processo e volta a elicitar a sociedade brasileira
por mais esse avano.
Vic Duy
Representante da UNESCO no Brasil
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Sumrio
Acesso Inormao Pblica: um Direito Universal............................................................
Acesso Inormao Pblica no Brasil................................................................................
Cultura de Segredo X Cultura de Acesso.................................................................................
Novos Mecanismos de Acesso Inormao........................................................................
Acesso: Quais so as Excees?...................................................................................................
O Mapa da Lei...................................................................................................................................
Perguntas & Respostas...................................................................................................................
Palavra Aberta...................................................................................................................................
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Apresentao
Acesso s inormaes sob a guarda de rgos e entidades pblicas. deste direito
undamental do cidado, e dever do Estado, que trata esta publicao. Direito
inscrito na Constituio brasileira e agora regulamentado pela Lei Federal 12.527,
sancionada em 18 de novembro de 2011 pela Presidenta da Repblica. Ao estabelecer
este marco regulatrio, o Brasil d um importante passo em sua trajetria de
transparncia pblica. Alm de ampliar os mecanismos de obteno de inormaes
e documentos (j previstos em dierentes legislaes e polticas governamentais),
estabelece o princpio de que o acesso a regra e o sigilo a exceo, cabendo
Administrao Pblica atender s demandas de cidados e cidads.
Reconhecido como um direito humano undamental, o acesso inormao pblica
est inscrito em diversas convenes e tratados internacionais assinados pelo Brasil.
Ao contempl-lo, o Pas integra-se, ainda, a um amplo grupo de naes que reconhece
ser a inormao sob a guarda do Estado um bem pblico. Preceito que, como mostra
a experincia internacional, avorece a boa gesto e, undamentalmente, ortalece
os sistemas democrticos, resultando em ganhos para todos.
Esta cartilha, alm de ser uma introduo a uma nova legislao, tambm destaca
aspectos e vantagens de uma cultura administrativa pr-acesso. Ao participar do dia
a dia da Administrao, o servidor cumpre papel central neste processo. Esperamos,
pois, que esta publicao possa constituir-se em um instrumento til de trabalho e
contribua para o aprimoramento das boas prticas na gesto.
Boa leitura!
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Acesso Informao Pblica: um Direito Universal
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A inormao sob a guarda do Estado
sempre pblica, devendo o acesso
a ela ser restringido apenas em
casos especcos. Isto signica que
a inormao produzida, guardada,
organizada e gerenciada pelo Estado
em nome da sociedade um bem
pblico. O acesso a estes dados que
compem documentos, arquivos,
estatsticas constitui-se em um dos
undamentos para a consolidao da
democracia, ao ortalecer a capacidade
dos indivduos de participar de modo
eetivo da tomada de decises que os
aeta.
O cidado bem inormado tem
melhores condies de conhecer e
acessar outros direitos essenciais,
como sade, educao e benecios
sociais. Por este e por outros motivos, o
acesso inormao pblica tem sido,
cada vez mais, reconhecido como um
direito em vrias partes do mundo.
Cerca de 90 pases possuem leis que o
regulamentam.
A primeira nao no mundo
a desenvolver um marco
legal sobre acesso oi a
Sucia, em 1766. J os
Estados Unidos aprovaram sua
Lei de Liberdade de Inormao,conhecida como FOIA (Freedom
o Inormation Act), em 1966,
q u e r e c e b e u , d e s d e
ento, di erentes emendas
visando a sua adequao
passagem do tempo. Na AmricaLatina, a Colmbia oi pioneira
ao estabelecer, em 1888, um
Cdigo que ranqueou o acesso
a documentos de Governo. J a
legislao do Mxico, de 2002,
considerada uma reerncia,tendo previsto a instaurao de
sistemas rpidos de acesso, a
serem supervisionados por rgo
independente. Chile, Uruguai,
entre outros, tambm aprovaram
leis de acesso inormao.
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O acesso inormao como direito
undamental tambm reconhecido
p or imp or ta ntes or g a nis mos da
comunidade internacional, como a
Organizao das Naes Unidas (ONU) e
a Organizao dos Estados Americanos
(OEA). Veja trechos de alguns tratados,
convenes e declaraes assinadas
pelo Brasil:
DeCLArAo UnIVersAL Dos
DIreItos HUmAnos(artigo 19):
Todo ser humano tem direito liberdade
de opinio e expresso; este direito
inclui a liberdade de, sem interferncia,
ter opinies e de procurar, receber e
transmitir informaes e idias por
quaisquer meios e independentemente
de fronteiras.
ConVeno DAs nAes UnIDAs
ContrA A CorrUPo (artigos 10e 13):
Cada Estado-parte dever (...) tomar
as medidas necessrias para aumentar
a transparncia em sua administrao
p b l i ca ( . . . ) p r o ce d i me n t o s o u
regulamentos que permitam aos
membros do pblico em geral obter
(...) informaes sobre a organizao,
funcionamento e processos decisrios de
sua administrao pblica (...).
DeCLArAo InterAmerICAnA DePrInCPIos De LIberDADe De
exPresso(item 4):
O acesso informao mantida pelo
Estado constitui um direito fundamental
de todo indivduo. Os Estados tm
obrigaes de garantir o pleno exerccio
desse direito.
PACto InternACIonAL
Dos DIreItos CIVIs e PoLtICos
(artigo 19):
Toda pessoa ter direito liberdade
de expresso; esse direito incluir a
liberdade de procurar, receber e difundir
informaes e ideias de qualquer
natureza (...).
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Acesso Informao Pblica no Brasil
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No Brasil , o acesso inormao
pblica est inscrito no captulo
I da Constituio -- dos Direitos e
Deveres Individuais e Coletivos --
particularmente no inciso XXXIII do
artigo 5. Veja o texto constitucional:
este dispositivo em conjunto com
outros incisos dos artigos 37 e 216 --
que a Lei 12.527, tambm conhecida
como Lei de Acesso Inormao
Pblica, regulamenta. Ao eetivar o
direito de acesso, o Brasil:
consolida e dene o marco
regulatrio sobre o acesso inormao
pblica sob a guarda do Estado
estabelece procedimentos
para que a Administrao responda a
pedidos de inormao do cidado
es ta b elec e qu e o ac inormao pblica aga,
e o igil, ac.
todos tm direito a receber dos
rgos pblicos informaes de
seu interesse particular, ou de
interesse coletivo ou geral, que
sero prestadas no prazo da lei,
sob pena de responsabilidade,
ressalvadas aquelas cujo sigilo
seja imprescindvel segurana da
sociedade e do Estado.
A nova legislao vale para a
administrao direta e indiretade todos os Poderes e entes
ederativos. Sancionada em 18
de novembro de 2011, a Lei
12.527 teve origem em debates
no mbito do Conselho de
Transparncia Pblica e Combate
Corrupo, rgo vinculado
Controladoria-Geral da Unio
(CGU). A Lei oi discutida e votada
pelo Congresso Nacional entre
2009 e 2011.
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A transparncia no assunto novo
no Pas: dierentes leis e polticas j
contemplaram, de maneiras variadas,
esta questo. A partir da Constituio
de 1988, novas legislaes (como a
Lei de Responsabilidade Fiscal, a Lei
do Processo Administrativo, a Lei
do Habeas Data e a Lei de Arquivos)
entraram em vigor prevendo que
governos divulgassem, por exemplo,
dados oramentrios e nanceiros,
bem como atos administrativos.
Uma importante iniciativa nesse sentido
oi o lanamento, em 2004, do Portal
da Transparncia do Governo Federal:
www.apacia.gv.
Por meio do Portal possvel:
acompanhar inormaes
atualizadas diariamente sobre a
execuo do oramento
obter inormaes sobre
recursos pblicos transeridos e
sua aplicao direta (origens, valores,
avorecidos)
Veja algumas caractersticas de
experincias bem-sucedidas de
comunicao entre o Poder Pblico
e a sociedade:
a inormao apresentada
de orma transparente e objetiva
os dados tcnicos so
traduzidos em linguagem do dia a dia
o contedo acessvel para
pessoas com decincia
Uma das iniciativas de disponibilizaode inormaes governamentais a Carta
de Servios ao Cidado, que tem como
objetivo estabelecer compromissos e
padres de qualidade de atendimento
ao pblico, pelos rgos e entidades do
Poder Executivo Federal.
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Cultura de Segredo X Cultura de Acesso
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A implementao de um sistema de acesso inormao tem como um de seus
principais desaos vencer a cultura de segredo que, muitas vezes, prevalece nagesto pblica. A disponibilizaco de inormaes ao cidado exige uma cultura de
abertura e o servidor tem um papel undamental para a mudana cultural, pois lida
cotidianamente com a inormaco pblica, de sua produo a seu arquivamento.
Em uma cultura de segredo, a gesto pblica pautada pelo princpio de que a
circulao de inormaes representa riscos. Isto avorece a criao de obstculos
para que as inormaes sejam disponibilizadas, devido a percepes do tipo:
O cidado s pode solicitar inormaes que lhe digam respeito direto
Os dados podem ser utilizados indevidamente por grupos de interesse
A demanda do cidado um problema: sobrecarrega os servidores e
compromete outras atividades
Cabe sempre cheia decidir pela liberao ou no da inormao
Os cidados no esto preparados para exercer o direito de acesso inormao
Cultura de Segredo
Na cultura de segredo a inormao retida e, muitas vezes, perdida. A gesto
pblica perde em ecincia, o cidado no exerce um direito e o Estado no
cumpre seu dever.
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Em uma cultura de acesso, os agentes pblicos tm conscincia de que a inormao
pblica pertence ao cidado e que cabe ao Estado prov-la de orma tempestiva
e compreensvel e atender ecazmente s demandas da sociedade. Forma-se um
crculo virtuoso:
A demanda do cidado vista como legtima
O cidado pode solicitar a inormao pblica sem necessidade de justicativa
So criados canais ecientes de comunicao entre governo e sociedade
So estabelecidas regras claras e procedimentos para a gesto das
inormaes
Cultura de Acesso
Na cultura de acesso, o fuxo de inormaes avorece a tomada de decises,a boa gesto de polticas pblicas e a incluso do cidado.
Pesquisas mostraram que a conana da populao no servio pblico
aumentou em pases nos quais h lei de acesso.
Os servidores so permanentemente capacitados para atuarem na
implementao da poltica de acesso inormao
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Novos Mecanismos de Acesso Informao
A Lei 12.527 eetiva o direito previsto
na Constituio de que todos tm a
prerrogativa de receber dos rgos
pblicos alm de inormaes do seu
interesse pessoal, tambm aquelas de
interesse coletivo. Isto signica que
a Administrao cumpre seu papel
quando divulga suas aes e servios,
mas tambm deve estar preparada
para receber demandas especcas.
Responder a uma solicitao de
acesso inormao pblica requer
metodologia: necessrio processar
o pedido e garantir ao requerente a
entrega do dado.
Para garantir o acesso, a Lei, alm de
estipular procedimentos, normas e
prazos, prev a criao, em todos os
rgos e entidades do poder pblico,
de um Servio de Inormaes ao
Inormaes aoCidado
Cidado. Caber a esta unidade:
So estabelecidos paz para que sejam
repassadas as inormaes ao solicitante.
A padeve ser dada imediatamente,
se estiver disponvel, ou em at 20 dia,
pgvi por mais 10 dia:
pdid pcia
juiicad, apenas conter a
identiicao do requerente e
a especiicao da inormao
solicitada
o servio de busca e ornecimento
das inormaes gratuito,
salvo cpias de documentos
protocolizar documentos e
requerimentos de acesso inormao
orientar sobre os procedimentos
de acesso, indicando data, local e modo
em que ser eita a consulta
inormar sobre a tramitao de
documentos
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Uso da Internet
A Lei 12.527 estabelece que rgos
e entidades pblicas devem divulgar
inormaes de interesse coletivo, salvo
aquelas cuja condencialidade estejaprevista no texto legal. Isto dever
ser eito atravs de todos os meios
disponveis e obrigatoriamente em
stios da internet. Entre as inormaes
a serem disponibilizadas esto:
nos casos em que a inormao
estiver sob algum tipo de sigilo
p r e v i s t o e m L e i , d i r e i t o d o
requerente obter o inteiro teor da
negativa de acesso
q u a n d o a i n o r m a o o r
parcialmente sigilosa, ica assegurado
o a c e s s o , p o r m e i o d e c e r t i d o ,
extrato ou cpia, com a ocultao da
parte sob sigilo.
No caso de negativa de acessoa inormaes, o cidado pode
interpor recurso autoridade
hierarquicamente super ior
quela que emitiu a deciso.
Persistindo a negativa, o cidado
poder recorrer ao Ministrode Estado da rea ou, em
caso de descumprimento de
procedimentos e prazos da Lei
12.527, CGU. Em ltima instncia,
caber recurso Comisso Mista
de Reavaliao de Inormaes.
Com o acesso prvio inormao, o
cidado no precisa acionar o orgo,
gerando benecios para ele e economia
de tempo e recursos para a Administrao.
endereos e teleones das unidades
e horrios de atendimento ao pblico
dados gerais para acompanhamento
de programas, aes, projetos e obras
respostas a perguntas mais requentes
da sociedade
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A Lei 12.527/2011 prev excees
regra de acesso para dad pai
ia claifcada por
autoridades como sigilosas.
Inormaes sob a guarda do Estado
que dizem respeito intimidade, honra
e imagem das pessoas, por exemplo,
no so pblicas (cando protegidas
por um prazo de cem anos). Elas s
podem ser acessadas pelos prprios
indivduos e, po r terce iro s, ape na s
em casos excepcionais previstos na
Lei.
A Lei 12.527/2011 traz novas
regras reerentes classicao da
inormao. Como princpio geral,
estabelece que uma inormao
pblica somente pode ser classicada
como sigilosa quando considerada
imprescindvel segurana da
sociedade ( vida, segurana ou sade
da populao) ou do Estado (soberania
nacional, relaes internacionais,
atividades de inteligncia).
Acesso: Quais so as Excees?
As inormaes podem ser classicadas
como:
ULtrAsseCretA
prazo de segredo: 25 anos (renovvel
uma nica vez)
seCretA
prazo de segredo: 15 anos
reserVADAprazo de segredo: 5 anos
A classicao do sigilo de inormaes
no mbito da Administrao Pblica
Federal de competncia:
Esto especicadas na leias autoridades que tm a
prerrogativa de classicar as
inormaes nos dierentes graus
de sigilo. Quanto mais estrito o
sigilo, maior o nvel hierrquico do
agente pblico.
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DIreItos HUmAnos
No podero ser objeto de restrio de
acesso inormaes ou documentos que
versem sobre condutas que impliquem
violao dos direitos humanos praticada
por agentes pblicos ou a mando de
autoridades pblicas.
A Lei 12.527/2011 tambm prev a
responsabilizao do servidor nos
casos de seu descumprimento.
Recusar-se a ornercer inormaorequerida nos termos da Lei,
destruir ou alterar documentos
ou impor sigilo para obteno de
proveito pessoal, por exemplo,
so consideradas condutas ilcitas,
podendo caracterizar inrao ou
improbidade administrativa.
GrAU ULtrAsseCreto:
Do Presidente da Repblica, Vice-Presidente da Repblica, Ministros de
Estado e autoridades com as mesmas
prerrogativas, Comandantes da
Marinha, do Exrcito e da Aeronutica,
Chees de Misses Diplomticas e
Consulares permanentes no exterior.
GrAU seCreto
Das autoridades mencionadas acima,
mais: titulares de autarquias, undaes
ou empresas pblicas e sociedades de
economia mista.
GrAU reserVADoDas autoridades supracitadas, mais:
as que exercem unes de direo,
comando ou cheia, de hierarquia
equivalente ou superior ao nvel
DAS 101.5; as que compe o grupo -
Direo e Assessoramento Superiores,
conorme regulamentao especca
de cada rgo ou entidade.
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Artigos 21 ao 30 Nveis de classiicao/Regras/Justiicativa do
no-acesso
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Conhea a estrutura do texto da Lei 12.527/2011:
Artigos 3, 6, 7
Artigos 8 e 9
Artigos
10,11,12,13 e 14
Artigo 31
Artigos 32, 33, 34
Princpios do direito deacesso/Compromisso do
Estado
Categorias de inormao/Servio de Inormaesao Cidado/Modos de
divulgar
Identiicao e pesquisade documentos/Meiosde divulgao/Custos/Prazos de atendimento
Artigos 15,16,17 Pedido de desclassicao/Autoridades responsveis/
Ritos legais
Repeito s liberdades egarantias individuais
Condutas ilcitas / Princpiodo contraditrio
Garantias do direito deacesso
Regras sobre a divulgaode rotina ou proativa de
inormaes
Processamento de pedidosde Inormao
Excees ao direito deacesso
Direito de recurso negativa de liberao de
inormao
Tratamento de inormaespessoais
Responsabilidade dosagentes pblicos
O mapa da Lei
Tema: Onde encontrar: Palavras-chave:
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neCessrIA LeI esPeCFICA PArA
GArAntIr o ACesso?
Sim. Dierentes leis promulgadas nos
ltimos anos ampliaram a interao entre
o Estado e a Sociedade, mas a aprovao
da Lei de Acesso Inormao oi
necessria para regulamentar obrigaes,
procedimentos e prazos para a divulgao
de inormaes pelas instituies
pblicas, garantindo a eetividade do
direito de acesso. Ao estabelecer rotinas
para o atendimento ao cidado, a Lei
organiza e protege o trabalho do servidor.
toDA InFormAo ProDUZIDA
oU GerenCIADA PeLo GoVerno
PbLICA?
Como princpio geral, sim, salvaguardando-
se as inormaes pessoais e as excees
previstas na lei. A inormao produzida
pelo setor pblico deve estar disponvel
a quem este serve, ou seja, sociedade,
a menos que esta inormao esteja
expressamente protegida. Da a
necessidade de regulamentao, para
que que claro quais inormaes so
reservadas e por quanto tempo.
Perguntas & Respostas
QUAIs InstItUIes PbLICAs
DeVem CUmPrIr A LeI?
Os rgos e entidades pblicas dos
trs Poderes (Executivo, Legislativo e
Judicirio), de todos os nveis de governo
(ederal, estadual, distrital e municipal),
assim como os Tribunais de Contas
e o Ministrio Pblico, bem como as
autarquias, undaes pblicas, empresas
pblicas, sociedades de economia mista
e demais entidades controladas direta
ou indiretamente pela Unio, Estados,
Distrito Federal e Municpios.
entIDADes PrIVADAs tAmbm
esto sUJeItAs LeI?
As entidades privadas sem ns
lucrativos que recebam recursos
pblicos para a realizao de aes
de interesse pblico, diretamente do
oramento ou por meio de subvenes
sociais, contrato de gesto, termo de
parceria, convnios, acordo, ajustes e
outros instrumentos similares, devem
divulgar inormaes sobre os recursos
recebidos e sua destinao.
7/28/2019 Cartilha Acesso a Informacao
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20
o QUe so InFormAes
PessoAIs?
Inormaes pessoais so aquelas
relacionadas pessoa natural identicada
ou identicvel, cujo tratamento deve ser
eito de orma transparente e com respeito
intimidade, vida privada, honra e imagem
das pessoas, bem como s liberdades
e garantias individuais. As inormaes
pessoais tero seu acesso restrito,
independentemente de classicao de
sigilo, pelo prazo mximo de 100 (cem)
anos a contar da sua data de produo.
o AtenDImento noVA LeI
no exIGIr InVestImento em
CAPACItAo Do serVIDor?
Sim. A experincia de unidades que
j trabalham diretamente com o
pblico (como o INSS, Receita Federal,
entre outras) mostra ser necessrio
o investimento em treinamento e
inormatizao de sistemas. A gerncia
de inormaes sempre um desao
e requer instrumentos de gesto
adequados. A lei prev a designao
de um responsvel em cada rgo
da Administrao por acompanhar a
implementao das polticas denidas.
ProGrAmAs De Gesto De
ArQUIVos e DoCUmentos
PreCIsAro ser APrImorADos?
A inormao disponvel ao pblico, muitas vezes, a ponta de um
processo que rene operaes de
produo, tramitao, uso, avaliao
e arquivamento de documentos. Para
tanto, programas de gesto precisam
ser sempre aprimorados e atualizados.
o PrAZo De VInte DIAs,
ProrroGVeIs Por mAIs DeZ, PArA
A entreGA DA resPostA Ao PeDIDo
De InFormAo, no CUrto?
Os prazos so necessrios para a garantia
do direito a maior parte das leis de
acesso inormao no mundo prev
uma delimitao de tempo, e a do Brasil
no oge regra. O prazo oi pensado
para garantir um equilbrio entre a
necessidade do cidado e a capacidade
de entrega por parte da Administrao.
7/28/2019 Cartilha Acesso a Informacao
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21
em QUe CAsos o serVIDor PoDe
ser resPonsAbILIZADo?
O servidor pblico passvel de
responsabilizao quando:
- recusar-se a ornecer inormao
requerida nos termos da Lei
12.527/2011, retardar deliberadamente
o seu ornecimento ou ornec-la
intencionalmente de orma incorreta,
incompleta ou imprecisa;
- utilizar indevidamente, bem como
subtrair, destruir, inutilizar, desgurar,
alterar ou ocultar, total ou parcialmente,inormao que se encontre sob sua guarda
ou a que tenha acesso ou conhecimento
em razo do exerccio das atribuies de
cargo, emprego ou uno pblica;
- agir com dolo ou m- na anlise das
solicitaes de acesso inormao;- divulgar ou permitir a divulgao ou
acessar ou permitir acesso indevido
inormao sigilosa ou inormao pessoal;
- impor sigilo inormao para obter
proveito pessoal ou de terceiro, ou para
ns de ocultao de ato ilegal cometidopor si ou por outrem;
- ocultar da reviso de autoridade
superior competente inormao
sigilosa para beneciar a si ou a outrem,
ou em prejuzo de terceiros; e
- destruir ou subtrair, por qualquer
meio, documentos concernentes a
possveis violaes de direitos humanos
por parte de agentes do Estado.
Contudo, a nova lei estabelece um
procedimento importante: nenhum
servidor poder ser responsabilizado
civil, penal ou administrativamente
por dar cincia, a quem de direito, de
inormao concernente prtica de
crimes ou improbidade.
e se A PessoA FIZer mAU Uso DAInFormAo PbLICA obtIDA ?
Nos mais diversos pases consenso de
que, ao constituir um direito bsico, opedido no precisa ser justicado: aquela
inormao solicitada j pertence ao
requerente. O Estado apenas presta um
servio ao atender demanda. De posse
da inormao (que anal, pblica), cabe
ao indivduo escolher o que ar dela.
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ACessIbILIDADe
A inormao pblica deve estar
acessvel a todos, inclusive aqueles
portadores de decincias (do ponto
de vista legal, disposies e normas
gerais podem ser encontrados no
Decreto 5296 de 2 de dezembro de
2004). Em termos de comunicao, nem
sempre ser possvel garantir 100% de
acesso, mas cabe ao administrador
desenvolver esoros neste sentido.
Na internet, isto pode ser eito, por
exemplo, atravs de variados recursos,
como a associao do texto a imagens,
animaes e grcos. Stios eletrnicos
governamentais que tomam essas
medidas podem vir a receber um selo
de acessibilidade. Para saber mais:
www.acail.g.
Palavra Aberta
Veja algumas palavras e expresses
que integram uma cultura de acesso
inormao.
ControLe soCIAL
a participao do cidado na
gesto pblica, na scalizao, no
monitoramento e no controle da
Administrao Pblica. O controle social
um complemento indispensvel ao
controle institucional realizado pelos
rgos que scalizam os recursos
pblicos. Contribui para a gesto ao
avorecer a boa e correta aplicao dos
recursos, um mecanismo de preveno
da corrupo e ortalece a cidadania.
Conhea mais sobre o assunto em:www.paldaapacia.gv./
clscial
DADos Abertos GoVernAmentAIs
Publicao e disseminao das
inormaes do setor pblico na Web,compartilhadas em ormato bruto e
aberto, compreensveis logicamente,
de modo a permitir sua reutilizao em
aplicaes digitais desenvolvidas pela
sociedade. Para saber mais: www.w3c.
/divulgaca/pd/dad-a-gvaai.pd
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DoCUmento
denido pela Lei 12.527/2011 como:
unidade de registro de inormaes
qualquer que seja o suporte ou
ormato (Artigo 3).
GoVerno eLetrnICo
a utilizao pela Administrao das
modernas tecnologias de inormao
e comunicao (TICs) para
democratizar o acesso inormao
pblica, ampliar e dinamizar a
prestao de servios. No Brasil,a poltica de Governo Eletrnico
segue um conjunto de diretrizes que
atuam em trs rentes undamentais:
junto ao cidado; na melhoria da
sua prpria gesto interna e na
integrao do governo com parceirose ornecedores. Para saber mais:
www.gvlic.gv./-
gv.
InFormAo
denida no texto da Lei 12.527/2011 da
seguinte orma: dados, processados
ou no, que podem ser uti l izados
para produo e transmisso de
conhecimento, contidos em qualquer
meio, suporte ou ormato (Artigo 3).
LInGUAGem CIDAD
Na comunicao da Administrao com
o cidado a linguagem deve ser clara e
objetiva. A meta garantir a leitura cil
de inormaes e dados. Neste sentido,termos tcnicos devem ser traduzidos
para o vocabulrio do dia-a-dia. Nomes
de programas e aes governamentais,
bem como cdigos e nomenclaturas
de uso da gesto na prestao de
contas s sero acessveis se o pblicopuder compreend-los. Um exemplo:
Transerncia de Renda Diretamente
s Famlias em Condio de Pobreza
e Extrema Pobreza , em linguagem
cidad, o Bolsa Famlia. Para saber mais
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e conhecer mais exemplos, veja o Portal
da Transparncia do Governo Federal:
www.transparencia.gov.br.
PrInCPIo DA PUbLICIDADe
De acordo com a Constituio Federal,
em seu artigo 37, a publicidade um
dos princpios a serem obedecidos
pela Administrao Pblica, ao lado
dos de legalidade, impessoalidade,
moralidade e ecincia.
trAnsPArnCIA AtIVAA Administrao Pblica divulga
inormaes sociedade por iniciativa
prpria, de orma espontnea,
independente de qualquer solicitao.
trAnsPArnCIA PAssIVA
A Administrao Pblica divulga
inormaes sob demanda em
atendimento s solicitaes da sociedade.
Esta obra oi impressa pela Imprensa Nacional.
SIG, Quadra 6, lote 800, 70.610-460. Braslia - DF
Para obter mais inormaes e manter-
se atualizado sobre a Lei de Acesso
Inormao, visite o site:
www.cgu.gov.br/acessoainormacoes
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Conhea mais sobre a CGU
www.cgu.gov.br
@cguonline
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