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AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS UMA ATRIBUIÇÃO LEGAL DO CORRETOR DE IMÓVEIS V ENBRACI Encontro Brasileiro de Corretores de Imóveis Setembro - 2013

CARTILHA-COFECI

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AVALIAÇÃO DE IMÓVEISUMA AtrIbUIÇÃO LEgAL DO cOrrEtOr DE IMÓVEIS

V enbraciencontro brasileiro de corretores de imóveis

Setembro - 2013

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2 3

nÚMErOS EXPrESSIVOS PArAO MErcADO DE AVALIAÇÕES IMObILIárIAS

280.000 cOrreTOreS De iMÓVeiS inScriTOS nO SiSTeMacOFeci-creci

10.000 cOrreTOreS inScriTOS nO cnai

40.000eMPreSaS iMObiLiÁriaS nO braSiL

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2 3

66 cUrSOS SUPeriOreS

eM GeSTÃO iMObiLiÁrianO braSiL

52 cUrSOS De aVaLiaÇÃO

De iMÓVeiS aUTOriZaDOS nO braSiL

24h aulacarGa HOrÁria

MÍniMa Para cUrSOS PreSenciaiS De

aVaLiaDOr De iMÓVeiS

26h aulacarGa HOrÁria

MÍniMa Para cUrSOS À

DiSTÂncia De aVaLiaÇÃO De

iMÓVeiS

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ínDIcE

DA CHEGADA DE D.JOÃO VIÀ AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS pg. 7

AVALIAÇÃO DE IMÓVEISUma atribuição legal docorretor de imóveis pg. 11

POr qUE AVALIAr COM UMCOrrEtOr DE IMÓVEIS pg. 15

O qUE MUDAPara o corretor de imóveis, o mercado imobiliário e a sociedade pg. 19

CNAI - CADAStrO NACIONAL DEAVALIADOrES IMObILIárIOSFaça parte desse grupo de elite pg. 23

DICAS PrECIOSAS PArACOrrEtOrES - AVALIADOrES pg. 27

LEItUrAS SUGErIDAS pg. 31

ANExOS

Acórdão pg. 35

resolução Cofeci n° 1.066/2007 pg. 61

Ato Normativo Cofeci nº 001/2011 pg. 71

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DA cHEgADA DE D.JOÃO VIÀ AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS

A profissão de corretor de imóveis é uma das

mais antigas do mundo. No brasil, os primeiros

registros históricos da atuação dessa categoria

profissional remontam ao século 19. Em 1808,

a vinda do monarca português D. João VI com

toda sua corte para o novo continente promo-

veu o primeiro aquecimento imobiliário de nos-

sa história. Como os nobres estavam confis-

cando propriedades para se instalar no rio de

Janeiro, os então moradores precisaram buscar

novos endereços. Assim, surgem os primeiros

documentos dando conta da atuação de profis-

sionais na intermediação imobiliária: anúncios

imobiliários afixados nas paredes – o que hoje

conhecemos como jornal-mural.

Os anos se passaram e, já no século 20, os

profissionais imobiliários começaram a se orga-

nizar. Foram cerca de vinte anos, muita luta e

mobilização de corretores de imóveis de vários

locais até a profissão ser reconhecida e regula-

mentada, em 27 de agosto de 1962. Desde en-

tão, a categoria avança ano a ano, com o objeti-

vo principal de atender a sociedade brasileira e

realizar o maior sonho ainda vigente no país: a

conquista da casa própria.

A criação do Sistema Cofeci-Creci foi um di-

visor de águas nessa tra jetória. A entidade, uma

autarquia federal responsável por normatizar e

fiscalizar a profissão e o mercado imobiliário,

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8 9

AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS - UMA AtrIbUIÇÃO LEgAL DO cOrrEtOr DE IMÓVEIS

trabalha incessantemente em busca de novas

conquistas. Credibilidade, ética, prestação de

serviço, seriedade, aprimoramento profissional

e expansão do mercado de trabalho são alguns

dos pilares que mantêm as atividades do Siste-

ma Cofeci-Creci.

Nesse contexto, em 2006, o presidente do

Cofeci, João teodoro da Silva, editou a primei-

ra resolução da história do corretor de imóveis,

designando-o a realizar avaliações imobiliárias.

A resolução Cofeci 957/2006, depois aperfeiço-

ada com a resolução Cofeci 1.066/2007, rom-

peu paradigmas no mercado. Segmentos que

até então dominavam essa atividade foram à

Justiça. Sem se intimidar, o Sistema Cofeci-Cre-

ci envidou os esforços necessários ao longo de

anos, numa batalha travada no Poder Judiciário.

O artigo 3º da Lei nº 6.530/1978, que regula-

menta a profissão de corretor de imóveis, deter-

mina “Compete ao Corretor de Imóveis exercer

a intermediação na compra, venda, permuta

e locação de imóveis, podendo, ainda, opinar

quanto à comercialização imobiliária”. Assim,

cabe a interpretação de que é também atribui-

ção do profissional imobiliário “opinar quanto à

comercialização imobiliária”, proferindo avalia-

ções mercadológicas. A Justiça brasileira deu

ganho de causa aos corretores de imóveis.

Ao todo, foram mais de seis anos contínuos

de ações, recursos, agravos, embargos... Em

2012, o Sistema Cofeci-Creci venceu uma longa

batalha judicial para assegurar um direito para

o corretor de imóveis, um direito para a socie-

dade brasileira.

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8 9

AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS - UMA AtrIbUIÇÃO LEgAL DO cOrrEtOr DE IMÓVEIS

Se, para a população, contar com profissio-

nais imobiliários na avaliação de seus imóveis

representa segurança e tranquilidade, para o

corretor de imóveis significa reconhecimento de

sua competência, credibilidade e um novo nicho

de atuação profissional. O Sistema Cofeci-Creci

tem atuado assim: envidando esforços para va-

lorizar a categoria, difundir informações, conver-

gir propósitos legítimos e defender o interesse

da sociedade no mercado imobiliário.

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AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS

Uma atribuição legal do corretor de imóveis

quando se fala em avaliar um imóvel, sa-

ber seu valor de mercado, vem logo a ideia de

consultar um corretor de imóveis. É indiscutí-

vel que o profissional que conhece o segmento

imobiliário é o corretor de imóveis. Entretanto,

até meados da década passada, os profissio-

nais imobiliários eram mantidos à margem do

mercado de avaliações. Outra categoria profis-

sional reivindicava para si a exclusividade nesse

segmento.

quando normatizou a Avaliação de bens

(hoje com as normas da série Nbr 14653), a

AbNt (Associação brasileira de Normas técni-

cas) restringiu a emissão de laudos de avaliação

de imóveis aos engenheiros (Nbr 14653-1). Por

sua vez, o Código de Defesa do Consumidor, Lei

8.078/90, obriga os prestadores de serviços a

seguirem normas expedidas por órgãos oficiais,

e, se estas não existirem, pelas da AbNt.

A Lei 6.530/78, que regulamenta as ativida-

des do corretor de imóveis, em seu artigo 3º, as-

segura à categoria o direito de “opinar quanto

à comercialização imobiliária”. No entanto pou-

cos corretores se utilizavam dessa prerrogativa

elaborando “cartas de opinião de preço” que,

não raro, chamavam, impropriamente, de lau-

dos de avaliação. Por discordar desse cenário,

e para corrigir as distorções de tal situação, o

Sistema Cofeci-Creci decidiu agir.

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AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS - UMA AtrIbUIÇÃO LEgAL DO cOrrEtOr DE IMÓVEIS

Em 2006, por meio de resolução, regulamen-

tou o artigo 3º da Lei 6.530/78 e criou o Cadas-

tro Nacional de Avaliadores Imobiliários – CNAI. A

ação deu ênfase à atribuição legal do corretor de

imóveis para avaliar propriedades e incentivou

os profissionais do setor a atuar nesse segmento.

A resolução Cofeci normatizou a apresentação

de trabalhos de avaliação imobiliária por corre-

tor de imóveis sob a forma de “parecer técnico

de avaliação mercadológica”, evitando assim a

utilização do termo “laudo de avaliação”, de uso

restrito pelos engenheiros, segundo a norma da

AbNt. A decisão destacou-se como incentivo à

qualificação dos corretores para a elaboração de

avaliações de valor mercado.

Em 2007, o Sistema Cofeci-Creci foi alvo de

uma ação na Justiça Federal, em brasília, con-

testando a validade da referida resolução. Em

todas as instâncias do Poder Judiciário, a au-

tarquia defendeu aguerridamente a categoria

e ganhou a causa. Em 2012, o tribunal regional

Federal da 1ª região (trF1) pôs fim ao litígio,

com desfecho favorável ao Sistema Cofeci-Cre-

ci. O trF, declarou os corretores de imóveis le-

galmente habilitados como avaliadores de imó-

veis. A decisão transitou em julgado, encerrando

a discussão e conferindo definitivamente aos

corretores o direito de avaliar imóveis.

A AbNt não faz referência às avaliações de

valor de mercado realizadas por corretores de

imóveis. Não há, portanto, normas referentes a

esse tipo de avaliação. O Sistema Cofeci-Creci,

como órgão oficial regulamentador do exercício

da profissão, preencherá essa lacuna. Em breve,

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12 13

AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS - UMA AtrIbUIÇÃO LEgAL DO cOrrEtOr DE IMÓVEIS

editará uma nova resolução, estabelecendo Nor-

mas para Avaliação Mercadológica de Imóveis.

Em suma, vencemos a batalha e abrimos um

relevante nicho de trabalho para o profissional

imobiliário. Agora, com novas iniciativas, vamos

criar oportunidades para qualificar o profissio-

nal imobiliário como avaliador, aprimorar sua

atuação e entregar mais uma prestação de ser-

viços de qualidade para o mercado e para a so-

ciedade brasileira.

João Teodoro da Silva

Presidente - Sistema Cofeci-Creci

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POr qUE AVALIAr cOM UM cOrrEtOr DE IMÓVEIS

A avaliação mercadológica de um imóvel é ati-

vidade que exige preparo e competência. Faz-se

necessária não somente para balizar transações

de compra e venda, como também na determi-

nação do valor de garantias reais para institui-

ções financeiras e até na esfera judicial como,

por exemplo, em desapropriações, inventários ou

partilhas de bens. E, em todos esses casos, o que

realmente importa é saber o valor de mercado

atribuído à propriedade em questão.

Entre os diversos métodos de avaliação, há

os que transformam o imóvel num modelo ma-

temático de tal forma abstrato, que se perde de

vista o aspecto mercadológico. Outros, chama-

dos evolutivos, estabelecem o valor a partir do

custo de reprodução, que pouco ou nada tem a

ver com o valor de mercado. Já o Método Com-

parativo Direto de Dados de Mercado, em que

o valor se estabelece a partir da comparação

com outros imóveis componentes de uma amos-

tra representativa, é o que produz as avaliações

mais precisas. Ou seja, este é o recomendado

para as avaliações imobiliárias realizadas por

corretores de imóveis.

O corretor dispõe de larga vantagem ao

aplicar o método comparativo. Como é um pro-

fissional que vive o dia a dia do mercado, está

informado dos preços praticados, conhece em

detalhe a documentação imobiliária e sabe, na

prática, quais atributos devem ser comparados

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AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS - UMA AtrIbUIÇÃO LEgAL DO cOrrEtOr DE IMÓVEIS

para escolher os elementos de uma amostra, e

alcançar o resultado mais preciso.

Ao realizar uma avaliação, o corretor de

imóveis alia a vasta experiência, acumulada em

sua atuação cotidiana no mercado imobiliário,

à metodologia para produzir um PtAM (Parecer

técnico de Avaliação Imobiliária). Assim, conse-

gue prestar mais um relevante serviço, funda-

mental para esse importante segmento da eco-

nomia que é o mercado imobiliário.

Dada a sua grande familiaridade com esse

mercado, qualquer distorção salta-lhe imedia-

tamente aos olhos. Ele leva em consideração a

oferta e a procura, a concorrência, os fatores de

valorização ou desvalorização e as flutuações

próprias do setor, elementos importantes para

chegar à formação de valor.

Ao contratar um corretor para avaliar um

imóvel, o cliente poderá estar seguro de ter

feito uma ótima escolha. Pois este é o profis-

sional mais indicado, num universo que alcança

também outras profissões, para lhe entregar um

parecer preciso e afinado com a realidade mer-

cadológica.

Luiz Fernando Pinto barcellos

Vice-Presidente de Avaliações Imobiliárias

do Sistema Cofeci-Creci

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AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS - UMA AtrIbUIÇÃO LEgAL DO cOrrEtOr DE IMÓVEIS

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Page 19: CARTILHA-COFECI

O qUE MUDA

Para o corretor de imóveiso mercado e a sociedade

O mercado de avaliações imobiliárias está

em franca expansão. E o corretor de imóveis

faz parte desse cenário, graças à atuação do

Sistema Cofeci-Creci. A entidade foi à Justiça

para assegurar legalmente ao profissional imo-

biliário o exercício de mais essa atividade. No

final de 2012, transitou em julgado a ação que

questionava essa prerrogativa dos corretores

de imóveis, com sentença favorável para a ca-

tegoria. O que muda nessa nova conjuntura?

A resolução-COFECI nº 1.066/2007 regu-

lamentou a elaboração do Parecer técnico de

Avaliação Mercadológica (PtAM), fixando as

regras para seu conteúdo mínimo e forma de

apresentação, e instituiu o Cadastro Nacional

de Avaliadores Imobiliários (CNAI), visando in-

centivar a qualificação dos corretores imobiliá-

rios. Essas disposições criam, para o profissio-

nal, melhores condições de produzir avaliações

bem fundamentadas, precisas e de qualidade.

A avaliação de imóveis e a inscrição opcio-

nal no CNAI abrem, para o corretor, um novo

campo de trabalho dentro de sua área de atu-

ação, e criam novas possibilidades de remu-

neração. Os honorários do avaliador variam

de acordo com a região e o valor do imóvel

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AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS - UMA AtrIbUIÇÃO LEgAL DO cOrrEtOr DE IMÓVEIS

avaliado. A avaliação de um imóvel na faixa

de r$ 400 mil a r$ 500 mil em São Paulo, por

exemplo, renderia ao avaliador mais de r$ 4

mil. Os honorários do avaliador também po-

dem ser calculados em função do tempo gas-

to na avaliação.

Com a expansão do mercado, cresce a de-

manda por avaliações tanto no âmbito comer-

cial, como no judicial. As avaliações servem não

só para balizar negociações de compra, venda

e locação entre particulares, mas também aten-

dem aos bancos em operações como conces-

são de crédito e a juizamento de seguros, e às

autoridades judiciais ou às partes em ações de

desapropriação, inventário, partilha de bens, di-

vórcio e extinção de sociedades, entre outras.

Juntas, essas atividades representam um amplo

mercado de prestação de serviços.

Para o mercado imobiliário, tanto melhor

se essas avaliações puderem refletir com fi-

delidade as relações entre oferta e procura.

Como profissional que vive o dia a dia do mer-

cado, o corretor de imóveis acumula vasta ex-

periência e competência técnica nesse cam-

po. Consequentemente, seu parecer traduz,

da maneira mais precisa, o valor de mercado

de um imóvel.

A entrada definitiva dos corretores nesse

nicho de mercado amplia significativamente,

para a sociedade, a oferta de avaliações mer-

cadológicas de qualidade. De fato, ao regula-

mentar a matéria, o Sistema Cofeci-Creci agiu

em benefício da sociedade e deu, ao cliente, a

segurança de ter uma avaliação correta, bem

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AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS - UMA AtrIbUIÇÃO LEgAL DO cOrrEtOr DE IMÓVEIS

elaborada e representativa do real valor de

mercado do imóvel, além da facilidade de en-

contrar, no Cadastro Nacional de Avaliadores

Imobiliários, uma relação de profissionais ca-

pacitados para essas avaliações.

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cnAI – cADAStrO nAcIOnAL DE AVALIADOrES IMObILIárIOS

Faça parte desse grupo de elite

O Cadastro Nacional de Corretores Imobiliá-

rios (CNAI) foi instituído pelo Conselho Federal de

Corretores Imobiliários (Cofeci) em 2006 como

forma de incentivar a qualificação dos correto-

res de imóveis e disponibilizar à sociedade uma

fonte de consulta de profissionais capacitados.

todo corretor de imóveis inscrito no Creci de sua

região pode opinar sobre o valor de mercado de

um imóvel. Para ter a inscrição no CNAI, contudo,

há dois critérios: concluir um curso de avaliação

imobiliária reconhecido pelo Sistema Cofeci-Cre-

ci; ser diplomado em Gestão de Negócios Imobili-

ários em um curso cuja grade curricular contenha

o módulo de avaliação imobiliária.

Concebidos especialmente para os corretores

imobiliários, esses cursos incluem em sua grade

curricular todos os conhecimentos necessários

para a aplicação do método comparativo direto

de dados de mercado, na produção do Parecer

técnico de Avaliação Mercadológica (PtAM).

O corretor inscrito no CNAI ganha destaque

entre seus congêneres e compõe uma elite cujo

diferencial é a qualificação. Essa é uma vanta-

gem decisiva no florescente mercado da avalia-

ção imobiliária.

Outro relevante diferencial para os profis-

sionais inscritos no CNAI é ser validado por sua

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2006 2007 2008 20090

1.000

2.000

3.000

4.000

5.000

6.000

7.000

8.000

9.000

10.000

29

1078

2368

3408

4721

6423

8218

9446

EVOLUÇÃO DO nÚMErO DE

entidade representativa para atuar. De norte a

sul do país, órgãos e instituições dos Poderes

Judiciário e Executivo têm consultado o CNAI

para selecionar um avaliador imobiliário a fim

de atender suas respectivas demandas. tam-

bém empresas e entidades privadas escolhem

avaliadores entre os inscritos nesse respeitado

cadastro.

O cliente buscará, dentre os profissionais

existentes, aquele que comprovar maior capaci-

tação, porque sabe que dele receberá uma ava-

liação de qualidade, com o real valor de mercado

do imóvel. A inclusão do profissional imobiliário

no Cadastro Nacional também permite ao ava-

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24 25

AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS - UMA AtrIbUIÇÃO LEgAL DO cOrrEtOr DE IMÓVEIS

PrOFISSIOnAIS InScrItOS nO cnAI

liador ampliar seu campo de trabalho, poden-

do vir a atuar até mesmo como perito judicial.

Outra vantagem é a visibilidade. O cadastro do

CNAI está disponível no site do Cofeci e registra

um número cada vez maior de acessos.

Impulsionada pela expansão do mercado de

avaliações, a procura pelos cursos de avaliação

imobiliária é crescente. Paralelamente, tem ha-

vido um crescimento significativo no número de

inscritos no CNAI e no número de instituições

interessadas no reconhecimento dos seus cur-

sos. tudo isso mostra que cada vez mais pro-

fissionais estão descobrindo as vantagens de

fazer parte dessa elite.

2010 2011 2012 2013

29

1078

2368

3408

4721

6423

8218

9446

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DIcAS PrEcIOSAS PArAO cOrrEtOr-AVALIADOr

Para o vice-presidente de Avaliações Imo-

biliárias do Sistema Cofeci-Creci, Luiz Fernan-

do barcellos, o corretor avaliador deve utilizar

sempre o Método Comparativo Direto de Da-

dos de Mercado, que tem como eixo central a

comparação de dados de imóveis semelhan-

tes. Esse método, já reconhecido como confiá-

vel na Europa e nos Estados Unidos, tem, entre

suas vantagens, a objetividade.

Ao tomar como base os dados diretamen-

te observados no mercado, a metodologia

demonstra ser a mais adequada para deter-

minar o valor dos imóveis numa economia de

livre concorrência. No momento da vistoria, o

avaliador deve estar atento aos atributos do

imóvel em avaliação e de seu entorno. Essas

informações são essenciais para sua base de

comparação.

Para que essa base seja a mais ampla possí-

vel, e proporcione uma amostragem confiável

e representativa, é importante pesquisar cri-

teriosamente os dados dos imóveis similares,

buscando o maior número de pontos comuns.

Ao longo desse processo, o avaliador deve es-

tar atento para minimizar a interferência da

subjetividade no tratamento dos dados, de

modo a prevenir distorções.

Na elaboração do PtAM (Parecer técnico

de Avaliação Mercadológica), é imprescindí-

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28 29

AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS - UMA AtrIbUIÇÃO LEgAL DO cOrrEtOr DE IMÓVEIS

vel seguir as diretrizes da resolução Cofeci

1066/2007 e seus anexos, sobretudo no to-

cante ao conteúdo mínimo. Por fim, o material

impresso deve mostrar qualidade em todos os

aspectos. Deve ser redigido com clareza, sufi-

cientemente ilustrado e formatado de maneira

adequada.

Autor do livro “Avaliação de Imóveis – teo-

ria e Prática” o professor Frederico Mendonça

recomenda ao corretor de imóveis que desejar

atuar na área de avaliações que faça um curso

de avaliação de imóveis reconhecido pelo Co-

feci e se inscreva no Cadastro Nacional de Ava-

liadores Imobiliários – CNAI, que dá grande vi-

sibilidade ao profissional. As mídias sociais são,

se bem manejadas, uma excelente ferramenta

de divulgação de seu nome e atividade. De

resto, proceder sempre com ética e profissio-

nalismo: cobrando os honorários condizentes

com a qualidade do serviço prestado; nunca

avaliando acima ou abaixo do valor real para

atender a solicitação do cliente; respeitando o

trabalho dos colegas.

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28 29

AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS - UMA AtrIbUIÇÃO LEgAL DO cOrrEtOr DE IMÓVEIS

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Page 31: CARTILHA-COFECI

LEItUrAS SUgErIDAS

APPrAISAL INStItUtE. The Appraisal of Real

Estate. Chicago, Appraisal Institute, 13th Edition,

2008

AYrES, Antônio. Como avaliar imóveis sem

mistérios. São Paulo, Imobiliária, 1996

MENDONÇA, Frederico. Avaliação de Imóveis:

Teoria e Prática. recife, Ed. do Autor, 2010

PErEIrA, Luís Portella. Avaliação de Imóveis para

Corretores de Imóveis e Gestores Imobiliários.

Porto Alegre, Ed. do Autor, 2012

rAttErMANN, Mark. Valuation by Comparison.

Chicago, Appraisal Institute, 2007

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AnEXOS

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35

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AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS - UMA AtrIbUIÇÃO LEgAL DO cOrrEtOr DE IMÓVEIS

AcÓrDÃOElaboração de Parecer de Avaliação

Mercadológica Por corretores de imóveisPODEr JUDICIárIO

trIbUNAL rEGIONAL FEDErAL DA 1ª rEGIÃO

APELAÇÃO CÍVEL 200734000105910/DF

Processo na Origem 200734000105910

relator: Desembargador Federal reynaldo

Fonseca

apelante: Conselho Federal de Engenharia

Arquitetura e Agronomia - Confea

Procurador: Carlos Mario da Silva Velloso e

Outros(As)

apelante: Instituto brasileiro de Avaliações e

Perícias de Engenharia - Ibape

advogado: João de Carvalho Leite Neto

Apelado: Conselho Federal de Corretores De

Imóveis - Cofeci

Procurador: Kátia Vieira do Vale e Outros(as)

ementa: Administrativo. Conselhos profissio-

nais. Confea x Cofeci. Elaboração de parecer de

avaliação mercadológica. Atividade permitida

ao corretor de imóveis. Lei 6.530/78, Art. 3°. re-

solução cofeci n. 957/2006, Arts. 1° E 2°. Instru-

mentos normativos em consonância com a lei n°

6.530/78. Ausência de nulidade ou invalidade.

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36 37

AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS - UMA AtrIbUIÇÃO LEgAL DO cOrrEtOr DE IMÓVEIS

1. A resolução impugnada não se desvia das

finalidades, bem assim das determinações con-

tidas na Lei n. 6.530/78, uma vez que “opinar

quanto à comercialização imobiliária” inclui a

elaboração do Parecer de Avaliação Mercadoló-

gica descrito nos termos de art. 3° da resolução

COFECI n. 957/2006.

2. As atividades elencadas no art. 3° da re-

solução COFECI n. 957/2006, para elaboração

do Parecer de Avaliação Mercadológica, não

necessitam de formação específica na área de

engenharia, arquitetura ou agronomia, porque

tais atividades estão relacionadas com a res-

pectiva área de atuação e de conhecimento do

corretor de imóveis.

3. O objetivo da resolução é satisfazer e for-

necer ao cidadão uma avaliação eficaz do seu

imóvel, determinada e real, com os conteúdos e

requisitos ideais de conhecimento, fugindo de

uma simples declaração de avaliação, que, às

vezes, eram efetuadas sem qualquer padroni-

zação. É a segurança do mercado imobiliário

que se objetiva, o que demonstra estar em har-

monia com a finalidade da Lei n. 6.530/79.

4. A jurisprudência pátria já se consolidou

no sentido de que a avaliação de um imóvel

não se restringe às áreas de conhecimento de

engenheiro, arquiteto ou agrônomo, podendo,

também, ser aferida por outros profissionais,

tal como ocorre, no aspecto mercadológico,

com os corretores de imóveis (rEsp n. 779.196/

rS, rel. Ministro teori Albino Zavascki, DJe de

09/09/2009; rEsp 130.790/rS, 4a t., Min. Sálvio

de Figueiredo teixeira, DJ de 13/09/1999; rEsp

Page 37: CARTILHA-COFECI

36 37

AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS - UMA AtrIbUIÇÃO LEgAL DO cOrrEtOr DE IMÓVEIS

n. 21.303/bA, relator Ministro Dias trindade, DJ

de 29.06.1992). Precedentes dos tribunais re-

gionais Federais da 3a., 4a. e 5a. regiões.

5. Apelações a que se negam provimento.

ACÓrDÃO

Vistos e relatados estes autos, em que são

partes as acima indicadas: Decide a Sétima tur-

ma do tribunal regional Federal da 1a região,

por maioria, negar provimento às apelações,

nos termos do voto do relator.

brasília/DF, 29 de junho de 2010

(data do julgamento).

DESEMbArGADOr FEDErAL rEYNALDO FONSECA

relator

rELAtÓrIO

O ExMO. Sr. DESEMbArGADOr FEDErAL

rEYNALDO FONSECA (rELAtOr):

Cuida-se de apelações interpostas pelo

CONSELHO FEDErAL DE ENGENHArIA ArqUItE-

tUrA E AGrONOMIA - CONFEA (fls. 193-204), e

pelo INStItUtO brASILEIrO DE AVALIAÇÕES E

PErÍCIAS DE ENGENHArIA - IbAPE, contra sen-

tença que julgou os pedidos improcedentes nos

seguintes termos (fls. 168-174):

(...)

A questão controvertida nos presen-

tes autos não suscita maiores digressões,

ha ja vista a jurisprudência pátria ter se

consolidado desfavoravelmente ao pleito

deduzido na petição inicial:

Page 38: CARTILHA-COFECI

38 39

AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS - UMA AtrIbUIÇÃO LEgAL DO cOrrEtOr DE IMÓVEIS

(...)

Depreende-se, pois, dos julgados su-

pracitados, que a avaliação de bens imó-

veis não exige formação específica na

área de engenharia, arquitetura ou agro-

nomia, motivo pelo qual não há qualquer

ilegalidade nas disposições insertas na

resolução COFECI n. 957/2006.

Ante o exposto, julgo improcedentes

os pedidos, nos termos do inciso l do art.

269 do Código de Processo Civil.

Condeno os autores no pagamento das cus-

tas processuais e dos honorários advocatícios,

estes no valor de r$ 1.000,00 (mil reais) para

cada um.

Os autores CONFEA e IbAPE requereram, na

peça vestibular da presente Ação Anulatória,

a anulação da resolução COFECI n. 957/2006,

em especial seus artigos 1° e 2°, que permite

aos corretores de imóveis elaborar perícia para

determinação do valor de mercado de imóveis,

atividade que, no seu entender, é privativa de

engenheiros.

O CONFEA, em seu apelo, afirma ser inváli-

da e ineficaz a resolução COFECI n. 957/2006,

argumentando que a referida resolução: a) ino-

va a ordem jurídica, extrapolando os contornos

da Lei n. 6.530/78 (art. 3°); b) usurpa atribuição

privativa e indelegável de engenheiros, arqui-

tetos e agrônomos, propiciando o ilegal exercí-

cio dessas profissões por corretores de imóveis,

contrariando a Lei n. 5.194/66; c) possibilita a

feitura de laudos periciais por profissionais não

qualificados, discrepando dos §§ 1° e 2°, do ar-

Page 39: CARTILHA-COFECI

38 39

AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS - UMA AtrIbUIÇÃO LEgAL DO cOrrEtOr DE IMÓVEIS

tigo 145, do Código de Processo Civil (CPC); e

d) transcendeu o campo da mera regulamen-

tação de lei, instituindo direitos, não atinando

que convenções desse jaez são reservadas ao

estrito campo constitucional da reserva legal,

em seus aspectos formal e substancial, da com-

petência privativa da União, vulnerando os ar-

tigos 5°, xIII e 22, xVI, da Constituição Federal.

O IbAPE também apela (fls. 208-213), ale-

gando que os corretores, por meio da resolução

957/2006, apropriaram-se da competência ile-

gal para, também, emitir pareceres técnicos nas

mais diversas esferas de autuação, tais como

em prestação de serviços de consultoria, auxilio

às negociações de compra e venda de grandes

empresas, laudos em imóveis financiados por

bancos oficiais. Acrescenta que a resolução CO-

FECI impugnada extrapola os termos da Lei n.

6.530/78, uma vez que os corretores de imóveis

possuem competência técnica apenas para opi-

narem quanto à comercialização imobiliária.

As contrarrazões foram oferecidas às fls. 231-

238. É o relatório.

VOtO

O ExMO. Sr. DESEMbArGADOr FEDErAL

rEYNALDO FONSECA(rELAtOr):

Como visto do relatório, o pedido efetuado

pelo CONSELHO FEDErAL DE ENGENHArIA Ar-

qUItEtUrA E AGrONOMIA (CONFEA) e pelo

INStItUtO brASILEIrO DE AVALIAÇÕES E PE-

rÍCIAS DE ENGENHArIA (IbAPE) de anulação da

resolução COFECI n. 957/2006, em especial

seus artigos 1° e 2°, ao argumento de que a re-

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AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS - UMA AtrIbUIÇÃO LEgAL DO cOrrEtOr DE IMÓVEIS

ferida resolução teria extrapolado os contornos

normativos da Lei da Lei n. 6.530/78, foi julgado

improcedente.

O Juízo a quo, na sentença, consignou que

“a avaliação de bens imóveis não exige forma-

ção específica na área de engenharia, arqui-

tetura ou agronomia, motivo pelo qual não há

qualquer ilegalidade nas disposições insertas

na resolução COFECI n. 957/2006” (fl. 174).

Para chegar a essa conclusão o Juízo mo-

nocrático fundamentou-se em precedentes ju-

risprudenciais originados do Superior tribunal

de Justiça (StJ), bem como do tribunal regio-

nal Federal da 4a região (trF- 4a região), que

firmaram entendimento de que “a atividade de

avaliar o valor de um imóvel depende principal-

mente do conhecimento do mercado imobiliário

e das características do bem, matéria que não

se restringe às áreas de conhecimento de enge-

nheiro, arquiteto ou agrônomo, podendo ser au-

ferida por outros profissionais” (rEsp n. 130790/

rS, relator Ministro Sálvio de Figueiredo).

Nas apelações interpostas pelos autores, es-

tes sustentam que, ao contrário do disposto na

sentença, a resolução, ora subjudice, desborda

do teor da Lei n. 6.530/78 (art. 3°), contraria a

Lei n. 5.194/66, usurpando atribuição privativa e

indelegável de engenheiros, arquitetos e agrô-

nomos (arts. 7°, ‘c’, 13 e 14), o que propicia o

exercício ilegal dessas atividades por corretores

de imóveis.

O art. 3° da Lei n. 6.530/78, norma regula-

mentadora da matéria, dispõe, verbis:

Art. 3° Compete ao Corretor de Imó-

Page 41: CARTILHA-COFECI

40 41

AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS - UMA AtrIbUIÇÃO LEgAL DO cOrrEtOr DE IMÓVEIS

veis exercer a intermediação na compra,

venda, permuta e locação de imóveis, po-

dendo, ainda, opinar quanto à comerciali-

zação imobiliária.

Parágrafo único. As atribuições cons-

tantes deste artigo poderão ser exerci-

das, também, por pessoa jurídica inscrita

nos termos desta lei.

Por sua vez, a resolução COFECI n. 957/2006,

art. 1° e 2°, possui a seguinte redação:

Art. 1° - A elaboração de Parecer téc-

nico para determinação do valor de mer-

cado de imóvel será permitida ao Corre-

tor de Imóveis, observado o disposto na

presente resolução.

Parágrafo Único - Entende-se por Pa-

recer técnico de Avaliação Mercadológi-

ca o documento elaborado por Corretor

de Imóveis no qual é apresentada, com

base em critérios técnicos, análise de

mercado com vistas à determinação do

valor comercial de um imóvel, judicial ou

extra-judicialmente.

Art. 2° - É competente para elabora-

ção de parecer técnico de avaliação mer-

cadológica o Corretor de Imóveis, pessoa

física, regularmente inscrito em Conselho

regional de Corretores de Imóveis e com

inscrição válida no Cadastro Nacional de

Avaliadores Imobiliários que seja, cumula-

tiva ou alternativamente:

I) possuidor de diploma de curso su-

perior em gestão imobiliária ou

equivalente;

Page 42: CARTILHA-COFECI

42 43

AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS - UMA AtrIbUIÇÃO LEgAL DO cOrrEtOr DE IMÓVEIS

II) possuidor de certificado de espe-

cialista em avaliação imobiliária.

Parágrafo Único - Somente serão

aceitos, para fins de inscrição no Cadas-

tro Nacional de Avaliadores Imobiliários,

os certificados de cursos reconhecidos

pelo COFECI.

ressalto, ainda, o art. 3° da mesma resolução,

determina como dever ser elaborado o parecer

de avaliação mercadológica, indicando os requi-

sitos essenciais para sua validade, confira-se:

Art. 3° - O parecer técnico de avalia-

ção mercadológica deverá conter, sob

pena de nulidade, os seguintes requisitos

mínimos:

I) identificação do solicitante;

II) objetivo do parecer técnico;

III) identificação e caracterização do

imóvel;

IV) indicação da metodologia utilizada;

V) valor resultante e sua data de re-

ferência;

VI) identificação, breve currículo e as-

sinatura do Corretor de Imóveis avaliador;

VII) selo certificador fornecido pelo Con-

selho regional de Corretores de Imóveis.

§ 1° - São requisitos para caracteriza-

ção do imóvel:

a) identificação de seu proprietário;

b) número da matrícula no Cartório

do registro de Imóveis;

c) endereço completo ou descrição

detalhada de sua localização.

§ 2° - A descrição do imóvel deve con-

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42 43

AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS - UMA AtrIbUIÇÃO LEgAL DO cOrrEtOr DE IMÓVEIS

ter, no mínimo:

a) medidas perimétricas, medida de su-

perfície (área), localização e confrontações;

b) descrição individualizada das ben-

feitorias, se houver;

c) contextualização do imóvel na vizi-

nhança e infra-estrutura disponível;

d) aproveitamento econômico do

imóvel;

e) data da vistoria.

§ 3° - Ao Parecer técnico de Avaliação

Mercadológica recomenda-se estarem

anexados:

a) mapa de localização;

b) certidão atualizada da matrícula no

Cartório do registro de Imóveis;

c) relatório fotográfico.

A partir da leitura dos instrumentos norma-

tivos acima transcritos verifico que a resolução

impugnada não se desvia das finalidades, bem

assim das determinações contidas na Lei n.

6.530/78. E assim é porque entendo que “opinar

quanto à comercialização imobiliária” inclui a

elaboração do Parecer de Avaliação Mercadoló-

gica descrito nos termos de art. 3° da resolução

COFECI n. 957/2006.

As atividades elencadas por esse artigo, por

certo, não necessitam de formação específica

na área de engenharia, arquitetura ou agrono-

mia. talvez suscite alguma dúvida às atividades

de “contextualização do imóvel na vizinhança

e infra-estrutura disponível” e de análise do

“aproveitamento econômico do imóvel”, indica-

das no § 2°, mas, que, a meu ver, está o corretor

Page 44: CARTILHA-COFECI

44 45

AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS - UMA AtrIbUIÇÃO LEgAL DO cOrrEtOr DE IMÓVEIS

de imóvel preparado para realizá-las, porque o

seu dia a dia, no mercado imobiliário em que

atua, lhe fornece os instrumentos necessários

para tanto.

As demais informações são, na verdade, da-

dos objetivos de fácil alcance, obtidas ou por

meio dos órgãos oficiais, ou mesmo pelo pro-

prietário do imóvel, portanto, não demandam a

elaboração de qualquer análise complexa.

Ademais, impressiona o argumento trazida

aos autos pelo apelado, apresentado em sede

de contrarrazões à apelação, de que o “objetivo

da resolução é satisfazer e fornecer ao cidadão

uma avaliação eficaz do seu imóvel, determina-

da e real, com os conteúdos e requisitos ideais

de conhecimento, fugindo de uma simples de-

claração de avaliação, que as vezes eram efe-

tuadas até em favor e sem qualquer padroniza-

ção. É a segurança do mercado imobiliário que

se objetiva” (fl. 233).

Nessa linha de raciocínio penso que, de fato,

busca o COFECI, por meio dessa resolução, al-

cançar um das finalidades precípuas dos Con-

selhos Profissionais, que é disciplinar o exercí-

cio da profissão, uniformizando procedimentos,

muitas vezes, realizados dentro da informalida-

de. Assim, não vejo qualquer ilegitimidade ou in-

validade nessa resolução, para determinar sua

anulação.

Por outro lado, impende consignar que a Lei

n. Lei 5.194/66, ao dispor sobre as profissões de

engenheiro, arquiteto e engenheiro-agrônomo,

ao elencar, em seu art. 7°, genericamente as

atividades das referidas profissões, não excluiu

Page 45: CARTILHA-COFECI

44 45

AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS - UMA AtrIbUIÇÃO LEgAL DO cOrrEtOr DE IMÓVEIS

a possibilidade de serem realizadas por outros

profissionais, especificamente, quando tais ati-

vidades estiverem relacionadas com a respec-

tiva área de atuação e de conhecimento. Nesse

sentido, vale a pena transcrever a ementa do

seguinte julgado:

ExECUÇÃO FISCAL. CrEA. COrrEtOr

DE IMÓVEIS NOMEADO PErItO JUDICIAL

EM AÇÃO rEVISIONAL DE ALUGUEL. INE-

xIStÊNCIA DO ExErCÍCIO ILEGAL DE AtrI-

bUIÇÃO ESPECÍFICA DAS PrOFISSÕES DE

ENGENHEIrO OU ArqUItEtO.

1. A avaliação a que procede o corretor

de imóveis não se confunde com a perti-

nente à atividade de engenheiro ou ar-

quiteto. O imóvel, para fins de comercia-

lização, é observado a partir de critérios

de mercado, considerado como bem in-

serido em contexto geográfico e humano,

diversamente das características emi-

nentemente técnicas que aos profissio-

nais submetidos ao CrEA importariam. A

atuação autorizada pelo art. 3° da Lei n°

6.530/78 não caracteriza ilegal exercício

da profissão de engenheiro ou arquiteto.

2. Apelação desprovida.

(trF4 - AC n. 2009.71.99.002703-6, re-

lator Desembargador Federal Carlos

Eduardo thompson Flores Lenz, Dje de

08/07/2009).

Aliás, como a própria sentença ressaltou, a

jurisprudência do StJ já se consolidou no senti-

do de que a avaliação de um imóvel não se res-

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46 47

AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS - UMA AtrIbUIÇÃO LEgAL DO cOrrEtOr DE IMÓVEIS

tringe às áreas de conhecimento de engenheiro,

arquiteto ou agrônomo, podendo, também, ser

aferida por outros profissionais. Confira-se os

seguintes precedentes:

PrOCESSUAL CIVIL E ADMINIStrA-

tIVO. OFENSA A rESOLUÇÃO. NÃO-IN-

CLUSÃO NO CONCEItO DE LEI FEDErAL.

rEExAME DE MAtÉrIA FátICA. IMPOS-

SIbILIDADE. SÚMULA 7/StJ. ExErCÍCIO

PrOFISSIONAL. MULtA APLICADA POr

CONSELHO rEGIONAL DE ENGENHArIA

E ArqUItEtUrA. AVALIAÇÃO DE IMÓVEL.

NOMEAÇÃO DE PErItO. VIOLAÇÃO AO

Art. 7° DA LEI 5.194/66. INOCOrrÊNCIA.

AtIVIDADE NÃO AFEtA COM ExCLUSIVI-

DADE A ENGENHEIrOS,ArqUItEtOS OU

AGrÔNOMOS. COrrEtOr DE IMÓVEIS.

POSSIbILIDADE. Art. 3° DA LEI 6.530/78.

PrECEDENtES. rECUrSO ESPECIAL PAr-

CIALMENtE CONHECIDO E, NESSA PArtE,

DESPrOVIDO.

(rEsp n. 779.196/rS, rel. Ministro teori Al-

bino Zavascki, DJe de 09/09/2009)

PrOCESSUAL CIVIL. ExECUÇÃO.

Art. 680, CPC. AVALIAÇÃO DE IMÓVEL.

INExIStÊNCIA DE AVALIADOr OFICIAL.

NOMEAÇÃO DE PErItO ENGENHEIrO,

ArqUItEtO OU AGrÔNOMO. LEI N°

5.194/66. NÃO ExCLUSIVIDADE. DOU-

trINA. JUrISPrUDÊNCIA. PrECEDEN-

tES. rECUrSO DESACOLHIDO.

I- Ao nomear o perito, deve o juiz aten-

Page 47: CARTILHA-COFECI

46 47

AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS - UMA AtrIbUIÇÃO LEgAL DO cOrrEtOr DE IMÓVEIS

tar para a natureza dos fatos a provar e

agir cum grano salis, aferindo se a perícia

reclama conhecimentos específicos de

profissionais qualificados e habilitados

em lei, dando à norma interpretação tele-

ológica e valorativa.

II- A determinação do valor de um

imóvel depende principalmente do co-

nhecimento do mercado imobiliário local

e das características do bem, matéria

que não se restringe às áreas de conheci-

mento de engenheiro, arquiteto ou agrô-

nomo, podendo ser aferida por outros

profissionais.

III- A verificação da qualificação pro-

fissional do perito nomeado para avaliar

imóvel em execução e a existência ou não

de avaliadores oficiais na comarca (art.

680, CPC) exigem a reapreciação de fa-

tos da causa, vedada à instância especial,

a teor do enunciado n° 7 da Súmula/StJ

(rEsp 130.790/rS, 4a t., Min. Sálvio de Fi-

gueiredo teixeira, DJ de 13/09/1999).

PrOCESSUAL CIVIL. rENOVAtÓrIA DE

LOCAÇÃO. LAUDO PErICIAL. INCAPACI-

DADE PrOFISSIONAL DO PErItO.

Não é privativa de profissionais ins-

critos nos CrEAS a elaboração de laudo

para a determinação de valor de aluguel,

em ação renovatória. podendo tal ativi-

dade ser desempenhada por profissio-

nais de corretagem e de ciências contá-

beis, afeitos ao mister”

Page 48: CARTILHA-COFECI

48 49

AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS - UMA AtrIbUIÇÃO LEgAL DO cOrrEtOr DE IMÓVEIS

(rEsp n. 21.303/bA, relator Ministro Dias

trindade, DJ de 29.06.1992)

Em seu douto voto, disse o Min. teori

Zavascki, no primeiro precedente acima

indicado, com objetividade e didática:

“ (....). quanto ao mais, aponta-se vio-

lação aos seguintes dispositivos da

Lei 5.194/66, que regula o exercício

das profissões de engenheiro,

arquiteto e engenheiro-agrônomo:

Art. 7° As atividades e atribuições pro-

fissionais do engenheiro, do

arquiteto e do engenheiro-agrônomo

consistem em:

a) desempenho de cargos, funções e

comissões em entidades estatais, para-

estatais, autárquicas, de economia mista

e privada;

b) planejamento ou projeto, em geral,

de regiões, zonas, cidades, obras, estru-

turas, transportes, explorações de recur-

sos naturais e desenvolvimento da pro-

dução industrial e agropecuária;estudos,

projetos, análises, avaliações, vistorias,

perícias, pareceres e divulgação técnica;

c) ensino, pesquisas, experimentação

e ensaios;

d) fiscalização de obras e serviços

técnicos;

e) direção de obras e serviços técnicos;

g) execução de obras e serviços

técnicos;

h) produção técnica especializada, in-

dustrial ou agropecuária.

Page 49: CARTILHA-COFECI

48 49

AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS - UMA AtrIbUIÇÃO LEgAL DO cOrrEtOr DE IMÓVEIS

Parágrafo único. Os engenheiros, ar-

quitetos e engenheiros-agrônomos po-

derão exercer qualquer outra atividade

que, por sua natureza, se inclua no âmbi-

to de suas profissões.

Art. 13. Os estudos, plantas, projetos,

laudos e qualquer outro trabalho de en-

genharia, de arquitetura e de agronomia,

quer público, quer particular, somente

poderão ser submetidos ao julgamento

das autoridades competentes e só terão

valor jurídico quando seus autores forem

profissionais habilitados de acordo com

esta lei. Sobre a controvérsia, acolho,

como razões de decidir, os fundamen-

tos utilizados pelo acórdão recorrido (fls.

117- v. a 119-v.), nesses termos: Em sua r.

sentença, a fls. 60/3, anotou, com inteiro

acerto, o douto Magistrado, verbis :

De início, a Lei n° 5.194/66, que regula

o exercício das profissões de engenhei-

ros, arquitetos e agrônomos prevê, em

seu artigo 7°, alínea c, de forma genérica,

atribuição para a realização de estudos,

projetos, análises, avaliações, vistorias,

perícias, pareceres e divulgação técni-

ca. Ora, trata-se de artigo totalmente

genérico, sem qualquer especificação,

carente de interpretação pelo aplicador

da norma. Essa interpretação, por certo,

não pode ser literal, baseada na letra fria

da lei, mas sim uma interpretação teleo-

lógica, em conjunto com outros sistemas

do ordenamento jurídico pátrio. Aliás, se

Page 50: CARTILHA-COFECI

50 51

AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS - UMA AtrIbUIÇÃO LEgAL DO cOrrEtOr DE IMÓVEIS

interpretarmos friamente a lei, chegaría-

mos à conclusão que compete aos enge-

nheiros, agrônomos e arquitetos a reali-

zação de perícias em quaisquer áreas, já

que o artigo acima citado não faz qual-

quer especificação. A interpretação literal

é burra, cega e, portanto, não condizente

com a aplicação da Justiça.

também a título de exemplo, o mesmo

artigo 7°, alínea d, da referida lei, dispõe

que as atividades e atribuições profissio-

nais do engenheiro, do arquiteto e do en-

genheiro-agrônomo consistem em ensi-

no, pesquisas, experimentação e ensaios’,

Ora, interpretando-se a lei de for-

ma fria, chega-se à conclusão de que é

atribuição de tais profissionais, de forma

privativa, a realização de pesquisa e de

atividade de ensino.

É óbvio que todas as atribuições men-

cionadas no rol de alienas do artigo 7°

antes referidos devem ser interpretadas

em conjunto com o que prevê, por exem-

plo, o artigo 1° da Lei 5.194/66, ao dispor

que ‘as profissões de engenheiro, arqui-

teto e engenheiro-agrônomo são carac-

terizadas pelas realizações de interesse

social e humano que importem na reali-

zação dos seguintes empreendimentos:

a) aproveitamento e utilização de recur-

sos naturais; b) meios de locomoção e

comunicações; c) edificações, serviços

e equipamentos urbanos, rurais e regio-

nais, nos seus aspectos técnicos e artís-

Page 51: CARTILHA-COFECI

50 51

AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS - UMA AtrIbUIÇÃO LEgAL DO cOrrEtOr DE IMÓVEIS

ticos; d) instalações e meios de acesso

a costas, cursos e massas de água e ex-

tensões terrestres; e) desenvolvimento in-

dustrial e agropecuário’. Assim, todas as

atividades elencadas no artigo 7° da lei

que regulamenta as nobres profissões de

engenheiros, arquitetos e agrônomos são

privativas de tais profissionais, quando

elas estiverem ligadas à realização dos

empreendimentos acima referidos. As

atividades referidas, inclusive a de ava-

liação, são atividades privativas das pro-

fissões em análise, quando demandam

conhecimentos específicos, próprios e

exclusivos de profissionais da área. Ocor-

re, contudo, que outros profissionais e

outras pessoas habilitadas, das diversas

áreas do conhecimento, podem, sim, re-

alizar atividades genericamente elenca-

das no rol do artigo 7°, quando, por evi-

dente, não invadir a área de atuação de

engenheiros, agrônomos e arquitetos. As-

sim, um médico, pode exercer atividade

de pesquisa (genericamente arrolada no

artigo 7°), quando relacionada com a sua

área do conhecimento.

No caso das avaliações, por certo, a

situação é absolutamente a mesma. O ar-

tigo 680 do CPC é expresso ao afirmar

que o juiz, para a realização de avalia-

ção de bens, para fins de venda judicial,

somente nomeará perito se não houver

avaliador oficial na Comarca, cargo que

não demanda o curso superior de enge-

Page 52: CARTILHA-COFECI

52 53

AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS - UMA AtrIbUIÇÃO LEgAL DO cOrrEtOr DE IMÓVEIS

nharia, agronomia ou arquitetura. Nas

execuções fiscais, por exemplo, dispõe

o artigo 13 da Lei 6.830/80, que o termo

ou auto de penhora conterá, também, a

avaliação dos bens penhorados, efetua-

das por quem lavrar o auto, ou seja, o Ofi-

cial de Justiça, cargo que exige apenas o

ensino médio. Somente no caso de haver

impugnação ao valor é que o juiz nome-

ará avaliador oficial e na ausência deste,

pessoa ou entidade habilitada.

Na Justiça do trabalho, da mesma

forma, como bem apontado pelo embar-

gante, todas as avaliações são feitas por

Oficial de Justiça. Mas porque razão a lei

prevê a possibilidade e, em alguns casos

a preferência de pessoas que não sejam

formadas em engenharia, arquitetura ou

agronomia, realizarem avaliação de bens

para fins de venda judicial. Justamente

por entender o legislador que este tipo

de avaliação não é daquelas privativas

de tais profissionais, porquanto não ne-

cessitam de conhecimento técnicos pró-

prios de tais profissões, não invadem a

área de atuação das mesmas.

O próprio embargado referiu que se-

gundo a lei que regulamenta a atuação

dos corretores de imóveis, estes possuem

atribuição de exercer intermediação na

compra, venda, permuta e locação de

imóveis, podendo, ainda, opinar quanto

à comercialização imobiliária. É óbvio,

apesar de não estar expresso na lei, que

Page 53: CARTILHA-COFECI

52 53

AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS - UMA AtrIbUIÇÃO LEgAL DO cOrrEtOr DE IMÓVEIS

suas atividades abrange a de avaliação,

de valoração do preço dos bens que irá

vender. basta uma interpretação da lei e

dos fatos para verificar isso. Diariamen-

te corretores de imóveis realizam avalia-

ção de bens, colocam preço em imóveis,

analisam o mercado, a localização do

imóvel, as condições do prédio, as ben-

feitorias existentes e indicam o valor de

venda de bens imóveis. Da mesma forma,

diariamente tais profissionais são nome-

ados peritos judiciais, a fim de realizarem

a valoração de imóveis penhorados, que

serão praceados. O mesmo ocorre com

oficiais de justiça.

trata-se de atuação que não inva-

de a área de atuação dos profissionais

representados pelo CrEA, sendo mera

aferição de valor, de acordo com as con-

dições do mercado local, com as carac-

terísticas do imóvel, matéria não restrita

àquelas profissões.

Ademais, analisando os documentos

juntados aos autos pelo embargante,

verifica-se que o mesmo é pessoa total-

mente habilitada para a realização de

avaliações, sendo advogado, corretor de

imóveis, leiloeiro oficial, possuindo cur-

sos na área específica de avaliação de

imóveis, não havendo qualquer ato que

possa ser caracterizado como exercício

irregular da atividade de engenheiro, ar-

quiteto ou agrônomo. Em sua impugna-

ção o próprio embargado reconhece a

Page 54: CARTILHA-COFECI

54 55

AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS - UMA AtrIbUIÇÃO LEgAL DO cOrrEtOr DE IMÓVEIS

‘indicação de valores’ de imóveis por ou-

tros profissionais, dentre os quais Oficiais

de Justiça, sendo óbvio que avaliação,

indicação de valores, valoração de preço

são absolutamente a mesma coisa. O que

é a avaliação de bens, senão a sua indica-

ção de valores? A mesma avaliação, valo-

ração feita pelo avaliador nomeado, seja

engenheiro ou não, será feita pelo oficial

de justiça para indicar o preço do imó-

vel. Já a avaliação privativa do engenhei-

ro é aquela específica, que exige que se

adentre em conhecimentos próprios de

tal profissão, desnecessária para verifica-

ção de valor de venda do imóvel.”

Destaco, outrossim, a redação do art. 3°,

caput, da Lei 6.530/78, o qual, consoante

referido nas razões acima, ao disciplinar o

exercício da profissão de corretor de imó-

veis, estabeleceu entre as atribuições des-

ses profissionais, emitir opinião quanto à

comercialização imobiliária. Veja-se:

Art. 3° - Compete ao Corretor de Imó-

veis exercer a intermediação na compra,

venda, permuta e locação de imóveis, po-

dendo, ainda, opinar quanto à comerciali-

zação imobiliária.

A jurisprudência desta Corte já se ma-

nifestou no sentido de que a avaliação de

um imóvel não se restringe às áreas de

conhecimento de engenheiro, arquiteto

ou agrônomo, podendo, também, ser afe-

rida por outros profissionais.

Foi esse o entendimento do acórdão

Page 55: CARTILHA-COFECI

54 55

AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS - UMA AtrIbUIÇÃO LEgAL DO cOrrEtOr DE IMÓVEIS

recorrido, devendo, portanto, ser mantido.

3. Ademais, quanto à alegação de que

o recorrido não pode realizaravaliações

em imóveis porque não possui qualifica-

ção para atuar comoperito, o acórdão re-

corrido decidiu que:

(...), analisando os documentos junta-

dos aos autos pelo embargante, verifi-

ca-se que o mesmo é pessoa totalmente

habilitada para arealização de avalia-

ções, sendo advogado, corretor de imó-

veis, leiloeiro oficial, possuindo cursos na

área específica de avaliação de imóveis,

não havendo qualquer ato que possa ser

caracterizado como exercício irregular

da atividade de engenheiro, arquiteto ou

agrônomo (fl. 118 -v.).

No mesmo diapasão, confiram-se os seguintes

julgados das Cortes regionais da Justiça Federal:

CONSELHO rEGIONAL DE ENGENHA-

rIA, ArqUItEtUrA E AGrONOMIA - CrE-

AA/MS - CONSELHO rEGIONAL DE COr-

rEtOrES DE IMÓVEIS - CrECI/MS - LEI

5.194/66 - rESOLUÇÃO 345/90 - ArtIGO

5° DA CONStItUIÇÃO FEDErAL O Conse-

lho regional de Engenharia, Arquitetura

e Agronomia do Estado de Mato Grosso

do Sul alega que as atividades relativas

à avaliação de imóvel e perícias judiciais

são privativas dos profissionais inscritos

na referida autarquia. Segundo o artigo

7°, alínea “c”, da Lei n° 5.194/66, as ativi-

dades relativas a estudos, projetos, aná-

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AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS - UMA AtrIbUIÇÃO LEgAL DO cOrrEtOr DE IMÓVEIS

lises, avaliações, vistorias, perícias, pare-

ceres e divulgação técnica são atribuídas

ao engenheiro, arquiteto e engenheiro-a-

grônomo. A resolução n° 345/90 compre-

endeu, por sua vez, que aos profissionais

submetidos ao CrEA compete o desem-

penho de vistorias, perícias, avaliações e

arbitramentos relativos a bens móveis e

imóveis, suas partes integrantes e perten-

ces, máquinas e instalações industriais,

obras e serviços de utilidade pública, re-

cursos naturais e bens e direitos que, de

qualquer forma, para a sua existência ou

utilização, sejam atribuições das profis-

sões registradas no conselho, sendo nulas

de pleno direito as perícias e avaliações

quando efetivados por pessoas físicas

ou jurídicas não registradas na referida

autarquia. Levando-se em conta que a

avaliação visa uma determinação técni-

ca de valor qualitativo ou monetário de

um bem e que a perícia apura as causas

que motivam determinando evento ou

assercão de direito, considera-se que o

Conselho regional de Corretores de Imó-

veis, ao promover cursos de avaliação de

imóveis e perícias judiciais, não invade

competência do CrEA. Cumpre ainda as-

sinalar que a Constituição Federal dispõe

no artigo 5°, xIII, em norma de eficácia

contida, que é livre o exercício profissio-

nal, podendo tal disposição ser limitada

por lei, em sentido estrito, não facultando

qualquer limitação por resolução Apela-

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56 57

AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS - UMA AtrIbUIÇÃO LEgAL DO cOrrEtOr DE IMÓVEIS

ção não provida. – grifei .

(AC 200060000061358, JUIZ NErY JÚ-

NIOr, trF3 tErCEIrA tUrMA, 08/12/2009).

ADMINIStrAtIVO. AVALIAÇÃO DE IMÓ-

VEIS PArA FINS DE CáLCULO DE IPtU E /

tb/. tArEFA NÃO-ExCLUSIVA DE PrOFIS-

SIONAIS VINCULADOS AO CrEA. A avalia-

ção de imóveis para fins de cálculo de ItbI

e IPtU não constitui atividade privativa de

engenheiros, arquitetos ou engenheiros

agrônomos, ainda que possa ser por eles

efetuada, pois poderá também ser efetua-

da por corretores de imóveis, contadores,

economistas, avaliadores judiciais e outros

profissionais ligados à área.

(AC 200571000232429, EDGArD ANtÔ-

NIO LIPPMANN JÚNIOr, trF4 -qUArtA

tUrMA, 28/05/2007).

ADMINIStrAtIVO. CONtrAtO. AVALIA-

ÇÃO ECONÔMICA DE IMÓVEIS. CONGLO-

MErADOS SULbrASILEIrO E HAbItASUL

AJUStES NECESSárIOS NO PAtrIMÔNIO

LÍqUIDO DAS EMPrESAS. AtIVIDADE NÃO

PrIVAtIVA DOS PrOFISSIONAIS FILIADOS

AO CrEA. Prevalência do voto condutor

do acórdão, porque a “avaliação técni-

ca” dos imóveis com o objetivo de apu-

rar o patrimônio líquido de empresas não

constitui atividade privativa de enge-

nheiros, ainda que possa ser por eles efe-

tuada, pois poderá também ser efetuada

por corretores de imóveis, contadores,

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58 59

AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS - UMA AtrIbUIÇÃO LEgAL DO cOrrEtOr DE IMÓVEIS

economistas, avaliados judiciais e outros

profissionais ligados á área. Estabeleci-

dos os limites da divergência, que se res-

tringe ao aspecto da matéria enfrentada,

porque os embargos não se dirigem ao

tema da ausência de licitação. Preques-

tionamento estabelecido pelas razões de

decidir, dentro dos limites da divergência.

Embargos infringentes improvidos.

(EIAC 9504043925, SILVIA MArIA GON-

ÇALVES GOrAIEb, trF4 -SEGUNDA SE-

ÇÃO, 05/09/2001).

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58 59

AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS - UMA AtrIbUIÇÃO LEgAL DO cOrrEtOr DE IMÓVEIS

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AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS - UMA AtrIbUIÇÃO LEgAL DO cOrrEtOr DE IMÓVEIS

rESOLUÇÃO-cOFEcI n° 1.066/2007(Publicada no D.O.U. de 29/11/07, Seção 1, págs. 191/192)

(com Ato normativo-cofeci nº 001/2011)

Estabelece nova regulamentação

para o funcionamento do Cadastro

Nacional de Avaliadores Imobiliários,

assim como para elaboração de Pa-

recer técnico de Avaliação Mercado-

lógica e dá outras providências.

O CONSELHO FEDErAL DE COrrEtOrES DE

IMÓVEIS-COFECI, no uso das atribuições que

lhe confere o artigo 16, inciso xVII, da Lei n°

6.530, de 12 de maio de 1978,

CONSIDErANDO o disposto no art. 3º da Lei

n.º 6530/78 que atribui ao Corretor de Imóveis,

entre outras, a competência para opinar sobre

comercialização imobiliária;

CONSIDErANDO o disposto no art. 39, VIII da

Lei nº 8.078/90 (Código de Defesa do Consumi-

dor), que impede o fornecimento de serviços em

desacordo com as normas expedidas pelos ór-

gãos oficiais competentes ou, na sua inexistência,

com as diretrizes das normas técnicas da Asso-

ciação brasileira de Normas técnicas - AbNt;

CONSIDErANDO a normatização, pela AbNt,

dos procedimentos gerais na avaliação de bens,

através da norma Nbr 14653-1, e das avaliações

de imóveis urbanos e rurais através das normas

Nbr 14653-2 e Nbr 14653-3, respectivamente;

CONSIDErANDO que as grades curriculares

dos cursos de avaliação de imóveis e superiores

Page 62: CARTILHA-COFECI

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AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS - UMA AtrIbUIÇÃO LEgAL DO cOrrEtOr DE IMÓVEIS

em gestão imobiliária incluem disciplinas em

que são ministrados os conhecimentos neces-

sários à elaboração de Parecer técnico de Ava-

liação Mercadológica;

CONSIDErANDO a decisão unânime adotada

pelo E. Plenário na Sessão Plenária realizada no

dia 22 de novembro de 2007,

r E S O L V E:

DO CADAStrO NACIONAL DE

AVALIADOrES IMObILIárIOS

Art. 1º - O Cadastro Nacional de Avaliadores

Imobiliários – CNAI, cuja organização e manu-

tenção estão a cargo do Conselho Federal de

Corretores de Imóveis, a quem cabe também

expedir Certificados de registro de Avaliador

Imobiliário para os Corretores de Imóveis nele

inscritos, será compartilhado com os Conselhos

regionais de Corretores de Imóveis-Creci´s.

Parágrafo Único - A inscrição do Corretor de

Imóveis no Cadastro Nacional de Avaliadores

Imobiliários é opcional, nada obstando ao corre-

tor de imóveis nele não inscrito opinar quanto à

comercialização imobiliária nos termos do artigo

3º, in fine, da Lei nº 6.530, de 12 de maio de 1978.

Art. 2º - Poderá inscrever-se no Cadastro Na-

cional de Avaliadores Imobiliários o Corretor de

Imóveis que seja, cumulativa ou alternativamente:

I) possuidor de diploma de curso superior

em gestão imobiliária ou equivalente;

II) possuidor de certificado de conclusão de

curso de avaliação imobiliária.

Page 63: CARTILHA-COFECI

62 63

AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS - UMA AtrIbUIÇÃO LEgAL DO cOrrEtOr DE IMÓVEIS

§ 1º - Somente serão aceitos, para fins de

inscrição no Cadastro Nacional de Avaliadores

Imobiliários, os certificados de cursos reconhe-

cidos pelo Conselho Federal.

§ 2º -Para inscrição no CNAI, o Conselho Fe-

deral poderá exigir aprovação prévia em prova

de conhecimentos sobre avaliação mercadoló-

gica de imóveis.

Art. 3º - Os inscritos ou pretendentes à inscri-

ção no CNAI recolherão, em conta corrente ban-

cária do Conselho Federal, taxa em valor corres-

pondente a 30% (trinta por cento) do valor-base

da anuidade da pessoa física no exercício, para

cada um dos serviços abaixo relacionados:

I - inscrição para prova de conhecimentos

sobre avaliação mercadológica de imóveis;

II - registro ou renovação de registro no Ca-

dastro Nacional de Avaliadores Imobiliários.

Parágrafo Único - A taxa a que se refere o

item I deste artigo não será cobrada cumula-

tivamente com a taxa de registro no Cadastro

Nacional de Avaliadores.

DO PArECEr tÉCNICO DE

AVALIAÇÃO MErCADOLÓGICA

Art. 4º - Entende-se por Parecer técnico de

Avaliação Mercadológica – PtAM - o documen-

to elaborado por Corretor de Imóveis no qual

é apresentada, com base em critérios técnicos,

análise de mercado com vistas à determinação

do valor de comercialização de um imóvel, judi-

cial ou extra-judicialmente.

Art. 5º - O Parecer técnico de Avaliação Merca-

Page 64: CARTILHA-COFECI

64 65

AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS - UMA AtrIbUIÇÃO LEgAL DO cOrrEtOr DE IMÓVEIS

dológica, para determinação do valor de merca-

do, deve conter os seguintes requisitos mínimos:

I) identificação do solicitante;

II) objetivo do parecer técnico;

III) identificação e caracterização do imóvel;

IV) indicação da metodologia utilizada;

V) valor resultante e sua data de referência;

VI) identificação, breve currículo e assinatu-

ra do Corretor de Imóveis Avaliador.

§ 1º - São requisitos para caracterização do

imóvel a identificação de seu proprietário, o nú-

mero da matrícula no Cartório do registro de

Imóveis e o endereço completo ou a descrição

detalhada de sua localização.

§ 2º - A descrição do imóvel deve conter, no

mínimo:

I) medidas perimétricas, medida de superfí-

cie (área), localização e confrontações;

II) descrição individualizada dos acessórios

e benfeitorias, se houver;

III) contextualização do imóvel na vizinhan-

ça e infra-estrutura disponível;

IV) aproveitamento econômico do imóvel;

V) data da vistoria.

§ 3º - Ao Parecer técnico de Avaliação Mer-

cadológica recomenda-se estarem anexados:

I) mapa de localização;

II) certidão atualizada da matrícula no Car-

tório do registro de Imóveis;

III) relatório fotográfico.

DA COMPEtÊNCIA PArA ELAbOrAÇÃO

DE PArECEr tÉCNICO DE AVALIAÇÃO

MErCADOLÓGICA

Page 65: CARTILHA-COFECI

64 65

AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS - UMA AtrIbUIÇÃO LEgAL DO cOrrEtOr DE IMÓVEIS

Art. 6º - A elaboração de Parecer técnico

de Avaliação Mercadológica é permitida a todo

Corretor de Imóveis, pessoa física, regularmen-

te inscrito em Conselho regional de Corretores

de Imóveis.

Parágrafo Único - A pessoa jurídica regular-

mente inscrita em Conselho regional de Corre-

tores de Imóveis pode patrocinar a elaboração

de Parecer técnico de Avaliação Mercadológi-

ca, chancelado por corretor de imóveis, pessoa

física, nos termos deste artigo.

DO CErtIFICADO DE rEGIStrO DE AVALIADOr

Art. 7º - A todo Corretor de Imóveis registra-

do no Cadastro Nacional de Avaliadores Imo-

biliários será expedido Certificado de registro

contendo:

I) nome por extenso do Corretor de Imóveis;

II) menção ao Conselho regional em que

está inscrito, número e data de inscrição;

III) tipo de habilitação profissional para ins-

crição no Conselho regional;

IV) órgão expedidor do título de conclusão

do curso de avaliação imobiliária, se houver;

V) data limite de validade do Certificado de

registro;

VI) data de expedição do Certificado de re-

gistro e assinaturas do profissional, do Presiden-

te e do Diretor Secretário do Conselho Federal.

§ 1º - O Certificado de registro de Avaliador

Imobiliário tem validade de 03 (três) anos, con-

tados de sua emissão.

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AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS - UMA AtrIbUIÇÃO LEgAL DO cOrrEtOr DE IMÓVEIS

§ 2º - A renovação do registro poderá depen-

der de aprovação em nova prova de conhecimen-

tos sobre avaliação mercadológica de imóveis.

§ 3º - O Certificado de registro de Avaliador

Imobiliário poderá ser substituído ou comple-

mentado, a critério do Conselho Federal, com a

mesma validade, pelo Cartão de Identidade de

Avaliador Imobiliário.

DO SELO CErtIFICADOr

Art. 8º - todo Corretor de Imóveis inscrito

no Cadastro Nacional de Avaliadores Imobiliá-

rios tem direito à utilização do selo certificador,

fornecido pelo Conselho regional da jurisdição,

para afixação em cada Parecer técnico de Ava-

liação Mercadológica de sua emissão.

Parágrafo Único - O selo certificador terá nu-

meração individual e seqüenciada, com meca-

nismo que permita autenticação e certificação

de código de segurança.

Art. 9º - O Conselho regional de Corretores de

Imóveis poderá cobrar, para o fornecimento do

selo certificador, taxa não excedente a 10% (dez)

por cento do valor da anuidade-base do exercício.

Art. 10 - O fornecimento do selo certificador,

em três vias, condiciona-se ao preenchimento,

pelo Corretor de Imóveis Avaliador, de Declara-

ção de Avaliação Mercadológica, em documen-

to eletrônico ou de papel, fornecido sem ônus

pelo Conselho regional.

§ 1º - O Conselho regional arquivará uma

via da Declaração de Avaliação Mercadológica,

juntamente com uma via do correspondente

Page 67: CARTILHA-COFECI

66 67

AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS - UMA AtrIbUIÇÃO LEgAL DO cOrrEtOr DE IMÓVEIS

Selo Certificador.

§ 2º - O Selo Certificador fica vinculado à De-

claração de Avaliação Mercadológica, vedada a

utilização de qualquer outro para o Parecer téc-

nico de Avaliação Mercadológica correspondente.

§ 3º - O Selo Certificador poderá ser emitido

eletronicamente.

Art. 11 - É responsabilidade do Corretor de

imóveis Avaliador inscrito no Cadastro Nacional

de Avaliadores Imobiliários:

I) requerer junto ao Conselho regional a ex-

pedição do selo certificador;

II) fixar o Selo Certificador nas respectivas vias

do Parecer técnico de Avaliação Mercadológica.

DO ArqUIVAMENtO PArA

FINS DE FISCALIZAÇÃO

Art. 12 - O Corretor de Imóveis Avaliador de-

verá manter em arquivo, por 05 (cinco) anos,

cópias do Parecer técnico de Avaliação Merca-

dológica, da Declaração de Avaliação Mercado-

lógica e do vinculado Selo Certificador, os quais

deverão ser apresentados, se e quando solicita-

dos pelo Conselho regional, no prazo máximo

de 05 (cinco) dias úteis.

DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 13 - O Presidente do Conselho Federal de

Corretores de Imóveis regrará, através de Ato

Normativo de observância obrigatória:

I) a forma de inscrição no Cadastro Nacional

de Avaliadores Imobiliários;

Page 68: CARTILHA-COFECI

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AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS - UMA AtrIbUIÇÃO LEgAL DO cOrrEtOr DE IMÓVEIS

II) a instituição de prova de conhecimentos

sobre avaliação mercadológica de imóveis;

III) a instituição de modelos dos documentos

e do Selo Certificador previstos nesta resolução;

IV) a instituição de modelo básico de Pare-

cer técnico de Avaliação Mercadológica.

Art. 14 - O Corretor de Imóveis inscrito no

CNAI submete-se, espontaneamente, aos regra-

mentos estabelecidos nesta resolução, sendo

que a transgressão a quaisquer de seus disposi-

tivos, assim como a constatação de comporta-

mento antiético que comprometa a dignidade

da instituição Cadastro Nacional de Avaliadores

Imobiliários, serão considerados infração ética

de natureza grave, nos termos definidos pela

resolução-Cofeci nº 326/92 (Código de Ética

Profissional).

Art. 15 - Esta resolução entra em vigor na

data de sua publicação, revogadas as disposi-

ções contrárias.

Salvador (bA), 22 de novembro de 2007

JOÃO tEODOrO DA SILVA

Presidente

CUrt ANtONIO bEIMS

Diretor Secretário

Page 69: CARTILHA-COFECI

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AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS - UMA AtrIbUIÇÃO LEgAL DO cOrrEtOr DE IMÓVEIS

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AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS - UMA AtrIbUIÇÃO LEgAL DO cOrrEtOr DE IMÓVEIS

AtO nOrMAtIVO nº 001/2011Normatiza a inscrição no CNAI

– Cadastro Nacional de Avaliado-

res Imobiliários e seus consectários,

criados com a resolução-Cofeci nº

1.066/2007, e dita outras providên-

cias, em substituição ao Ato Norma-

tivo nº 001/2008.

O PrESIDENtE DO CONSELHO FEDErAL DE

COrrEtOrES DE IMÓVEIS - COFECI, no uso de

suas atribuições legais e regimentais;

CONSIDErANDO o que dispõem os Arts. 2º,

inciso I e 19, inciso I do regimento do COFECI,

aprovado com a resolução-COFECI nº 1.126/09,

bem como o Art. 13 da resolução-COFECI nº

1066/2007,.

rESOLVE:

Art. 1º - Permanece inalterado o Cadastro

Nacional de Avaliadores Imobiliários – CNAI,

organizado, gerido e mantido eletronicamente

pelo COFECI - Conselho Federal de Corretores

de Imóveis, compartilhado com os Conselhos

regionais, cujo funcionamento está regulamen-

tado pela resolução-Cofeci nº 1.066, de 22 de

novembro de 2007.

Parágrafo Único - Será responsável pela ges-

tão do CNAI um Diretor do COFECI, efetivo ou

adjunto, especialmente designado.

Art. 2º - Somente poderá inscrever-se no

CNAI, o Corretor de Imóveis, pessoa física, re-

Page 72: CARTILHA-COFECI

72 73

AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS - UMA AtrIbUIÇÃO LEgAL DO cOrrEtOr DE IMÓVEIS

gularmente inscrito e em dia com suas obriga-

ções financeiras junto ao Conselho regional de

Corretores de Imóveis, e que seja, cumulativa ou

alternativamente, possuidor de:

I) diploma de curso superior em gestão imo-

biliária ou equivalente, condicionado ao que

dispõe o artigo 3º, II, deste Ato Normativo;

II) certificado de conclusão de curso de ava-

liação de imóveis, condicionado ao que dispõe

o artigo 3º, I, deste Ato Normativo.

§ 1º - Somente serão aceitos os diplomas e

ou certificados de cursos reconhecidos pelo

COFECI, na forma prevista neste Ato Normativo

e seus Anexos.

§ 2º - O possuidor de diploma de curso supe-

rior em gestão imobiliária ou equivalente que

não satisfaça aos requisitos exigidos pelo artigo

3º, II deste Ato Normativo, para inscrever-se no

CNAI, deverá submeter-se a curso de avaliação

de imóveis reconhecido pelo COFECI.

Art. 3º - Será reconhecido pelo COFECI, para

fins de habilitação do Corretor de Imóveis à ins-

crição no CNAI:

I) o curso de avaliação de imóveis, promo-

vido nas modalidades de ensino presencial ou

a distância (EaD), por instituição de ensino que

atenda aos requisitos relacionados nos Anexos

VII e VIII deste Ato Normativo;

II) o curso superior em gestão imobiliária, ou

equivalente, cuja grade curricular contemple a

disciplina de Avaliação de Imóveis que atenda,

no mínimo, ao conteúdo programático listado

no item 2 do Anexo VIII.

§ 1º - O curso de avaliação de imóveis deverá

Page 73: CARTILHA-COFECI

72 73

AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS - UMA AtrIbUIÇÃO LEgAL DO cOrrEtOr DE IMÓVEIS

ter carga horária mínima de 24 horas, se oferta-

do na modalidade presencial, e de 26 horas, se

na modalidade EaD.

§ 2º - Caso o conteúdo programático do curso

de avaliação de imóveis seja mais extenso que o

mínimo constante no item 2 do Anexo VIII deste Ato

Normativo, a carga horária deverá ter acréscimo

proporcional e compatível com o seu conteúdo.

Art. 4º - O credenciamento de instituição e o

reconhecimento de curso de avaliação de imó-

veis, para os fins previstos neste Ato Normativo,

serão concedidos por meio de Portaria expedi-

da pelo Presidente do COFECI.

§ 1º - todas as instituições que atualmente

oferecem o curso de avaliação de imóveis reco-

nhecido por meio de Portaria-COFECI, expedida

anteriormente à vigência do presente Ato Nor-

mativo, deverão requerer seu recredenciamento

e renovação do reconhecimento do respectivo

curso dentro das normas ora definidas. Não ha-

verá renovação de credenciamento de institui-

ção nem reconhecimento de curso de ofício.

§ 2º - As instituições referidas no parágrafo

anterior terão prazo até 30 de outubro de 2011,

para fornecer ao COFECI relatório de registro pe-

dagógico dos alunos das turmas eventualmente

em andamento, desde a matrícula, contemplando

os dados contidos no item 11 do Anexo VIII.

§ 3º - As Portarias-COFECI de credencia-

mento de instituições e de reconhecimento de

cursos de avaliação de imóveis vigentes nesta

data, expedidas sob a égide do Ato Normativo

nº 01, de 05/03/2008, estarão automaticamente

revogadas em 31 de dezembro de 2011.

Page 74: CARTILHA-COFECI

74 75

AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS - UMA AtrIbUIÇÃO LEgAL DO cOrrEtOr DE IMÓVEIS

§ 4º - O credenciamento de novas institui-

ções, bem como o reconhecimento de novos

cursos de avaliação de imóveis, a partir da data

de assinatura deste Ato Normativo, estarão su-

jeitas às normas nele contidas.

Art. 5º - A inscrição no CNAI somente será

permitida a Corretores de Imóveis regularmen-

te inscritos no CrECI de sua região, que atenda

aos requisitos contidos na resolução-COFECI nº

1.066/2007, mediante o preenchimento e assi-

natura, em três vias, de formulário de requeri-

mento conforme modelo contido no Anexo I, ao

qual serão juntados:

I - documentos comprobatórios da habilitação;

II - duas fotos 3x4, coloridas;

III - comprovante de recolhimento da taxa de

inscrição.

§ 1º - A taxa para inscrição no CNAI corres-

ponderá a 30% (trinta por cento) do valor da

anuidade da pessoa física da região, vigente na

data do requerimento.

§ 2º - O requerimento será protocolizado no

Conselho regional e por este remetido ao CO-

FECI, por meio físico ou eletrônico.

§ 3º - O formulário de requerimento de ins-

crição no CNAI estará disponível, para ser bai-

xado, no sítio do COFECI na internet em www.

cofeci.gov.br.

§ 4º - A inscrição no CNAI é opcional e es-

pontânea e terá validade de 3 (três) anos.

Art. 6º - O COFECI expedirá ao Corretor de

Imóveis inscrito no CNAI o Certificado de regis-

tro de Avaliador Imobiliário, assim como o Car-

tão de Identificação de Avaliador Imobiliário,

Page 75: CARTILHA-COFECI

74 75

AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS - UMA AtrIbUIÇÃO LEgAL DO cOrrEtOr DE IMÓVEIS

conforme modelos contidos nos Anexos II e III,

ambos com validade de 3 (três) anos.

Art. 7º - Os Corretores de Imóveis regular-

mente inscritos no CNAI ficam sujeitos à obser-

vância da forma e tecnicidade preconizadas

por este Ato Normativo para emissão de PtAM

- Parecer técnico de Avaliação Mercadológica,

sob pena de exclusão sumária do CNAI sem di-

reito a recurso, devolução de taxas ou indeniza-

ção sob qualquer título.

Parágrafo Único - O PtAM deverá conter, no

mínimo, os requisitos listados no modelo conti-

do no Anexo IV.

Art. 8º - Ao emitir PtAM, o Corretor de Imóveis

Avaliador inscrito no CNAI poderá preencher,

em duas vias, a DAM - Declaração de Avaliação

Mercadológica, conforme modelo contido no

Anexo V, que poderá ser protocolizada no Con-

selho regional.

Parágrafo Único- O formulário para preen-

chimento e expedição da DAM estará disponível,

para ser baixado, no sítio do COFECI na internet

em www.cofeci.gov.br.

Art. 9º - O Conselho regional emitirá, para

cada DAM protocolizada, um selo certificador,

em quatro vias, conforme modelo contido no

Anexo VI, o qual deverá ser fixado no PtAM cor-

respondente, a fim de certificar que o Corretor

de Imóveis Avaliador se encontra regularmente

inscrito no CNAI.

§ 1º - Para cada DAM protocolizada no Con-

selho regional corresponderá um PtAM e um

selo certificador individualmente numerado.

§ 2º - Para custeio do arquivo permanente

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AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS - UMA AtrIbUIÇÃO LEgAL DO cOrrEtOr DE IMÓVEIS

das DAMs, assim como da emissão do selo cer-

tificador, será recolhido pelo Corretor de Imó-

veis Avaliador, aos cofres do Conselho regional,

emolumento único em valor correspondente a

5% (cinco por cento) do valor da anuidade da

pessoa física na data do recolhimento.

§ 3º - A primeira e a segunda vias do selo

certificador serão afixadas, cada uma delas, em

uma via original do PtAM, para uso do Corretor

de Imóveis Avaliador segundo suas necessida-

des e as de seu cliente.

§ 4º - A terceira via do selo certificador será

afixada em cópia do PtAM, a qual deverá ser

mantida em arquivo do Corretor de Imóveis Ava-

liador pelo período mínimo de 5 (cinco) anos.

§ 5º - A via-arquivo do selo certificador será

afixada em via original da DAM, que ficará ar-

quivada no Conselho regional, para constitui-

ção do acervo técnico do profissional avaliador.

§ 6º - O preenchimento da DAM e a expedição

informatizada do selo certificador encontram-

se em fase de desenvolvimento, e seu funciona-

mento será oportunamente regulamentado por

meio de Portaria específica a ser expedida pela

Presidência do COFECI.

Art. 10 - Integram o presente Ato Normativo

8 (oito) anexos numerados de I a VIII.

Art. 11 - Este Ato Normativo entra em vigor

nesta data.

brasília(DF), 14 de setembro de 2011

JOÃO tEODOrO DA SILVA

Presidente

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AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS - UMA AtrIbUIÇÃO LEgAL DO cOrrEtOr DE IMÓVEIS

ANExO I

rEqUErIMENtO DE INSCrIÇÃO NO CADAStrO

NACIONAL DE AVALIADOrES IMObILIárIOS

C O F E C I

CrECI .......região/........Nome do Corretor de Imóveis; CPF nº: rG nº: CrECI nº: Endereço: □ possuidor de diploma de Curso Superior emGestão Imobiliária ou equivalente □ possuidor de certificado de Curso de Avaliação de Imóveis

requer, na forma que dispõe a resolução-COFECI nº 1.066/2007, sua inclusão no CADAStrO NACIONAL DE AVALIADOrES IMObILIárIOS, para o que anexa os documentos abaixo relacionados (cópias):

□ Diploma de curso superior em Gestão Imobiliá-ria ou equivalente

□ Certificado de Conclusão de Curso de Avalia-ção Imobiliária

□ Comprovante de recolhimento da taxa de Inscrição

□ Duas fotos 3 x 4, coloridas□ Outro (especificar)

, de de 20

Assinatura do requerente

Obs: 1. O CrECI deve receber o requerimento, em protocolo, processar, informando da situação do re-querente junto ao Conselho regional, encaminhando, a seguir, ao COFECI, para inclusão no CNAI.

2. três vias: 1ª - COFECI; 2ª - CrECI; 3ª - requerente

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AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS - UMA AtrIbUIÇÃO LEgAL DO cOrrEtOr DE IMÓVEIS

ANExO II

C O F E C I

CErtIFICADO DE rEGIStrODE AVALIADOr IMObILIárIO

O CONSELHO FEDErAL DE COrrEtOrES DE IMÓVEIS certifica que o Corretor de Imóveis , inscrito no CrECI da região/ sob o nº está registrado no

CADAStrO NACIONAL DE AVALIADOrES IMObILIárIOS

e habilitado, na forma da resolução COFECI nº 1.066/2007 e Ato Normativo-COFECI nº 001/2011, a emitir PArECEr tÉCNICO DE AVALIAÇÃO MErCADO-LÓGICA.

, de de 20

Presidente Diretor Secretário

registro válido por três anos a partir da data de emissão acima.

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AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS - UMA AtrIbUIÇÃO LEgAL DO cOrrEtOr DE IMÓVEIS

ANExO III

CArtÃO ANUAL DE rEGULArIDADE PrOFISSIONAL

CONtENDO

IDENtIFICAÇÃO DE AVALIADOr IMObILIárIO

Cartão válido até o dia 15 de abril do ano

subsequente ao de referência.

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AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS - UMA AtrIbUIÇÃO LEgAL DO cOrrEtOr DE IMÓVEIS

ANExO IV

PArECEr tÉCNICO DE

AVALIAÇÃO MErCADOLÓGICA

requisitos Mínimos

1. Identificação do solicitante;2. Finalidade do PtAM;3. Identificação e caracterização do imóvel:Situação e localização (Estado, Município, logra-

douro, número, etc.);Número de matrícula e cartório de registro

imobiliário;áreas (do terreno, de construção, real privativa, de

uso comum, real total, fração ideal, etc.) e dimensões do imóvel;

Características e infra-estrutura disponível no lo-gradouro e na região onde se encontra o imóvel;

Descrição detalhada do imóvel e acessórios (cons-truções, benfeitorias, instalações, etc.);

relatório fotográfico, da data da vistoria realizada no imóvel;

4. Pesquisa de imóveis comparandos, para aplicação do Método Comparativo Direto de Dados de Mercado:

Identificação dos imóveis escolhidos para compor a amostra, explicitando as respectivas fontes;

Homogeneização dos itens da amostra;5. Determinação do Valor de Mercado do imóvel

avaliando;6. Encerramento:Conclusão do PtAM;Data e assinatura do C.I. emissor do PtAM;Aposição do Selo Certificador ao lado da assinatura7. Anexos:relatório fotográfico (quando não incluído na Ca-

racterização do Imóvel)Plantas de situação e localização, mapas, etc.Certidão atualizada da matrícula no Cartório do

registro de Imóveis;Documentos diversos (outras certidões, recibos de

impostos, CCIr, etc.)Currículo do C.I. avaliador

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AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS - UMA AtrIbUIÇÃO LEgAL DO cOrrEtOr DE IMÓVEIS

ANExO V

C O F E C I

CrECI .......ª região/.....

DECLArAÇÃO DE

AVALIAÇÃO MErCADOLÓGICA

Nome do Corretor de Imóveis: CPF nº; rG nº; CrECI nº; Endereço:

Declara a emissão de PArECEr tÉCNICO DE AVA-LIAÇÃO MErCADOLÓGICA relativo ao imóvel com as seguintes características:

Imóvel Urbano tipo: □ residencial □ comercial □ outroImóvel rural tipo: Por solicitação de:Nome do cliente:

, de de 20

Assinatura do requerente

Espaço reservado para o CrECI

Foi emitido o SELO CErtIFICADOr, em quatro vias, todas identificadas pelo nº

Cole aqui a via-arquivo do selo

recebi, nesta data, duas vias do SELO CErtIFICADOr

, de de 20

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AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS - UMA AtrIbUIÇÃO LEgAL DO cOrrEtOr DE IMÓVEIS

ANExO VI

SELO CErtIFICADOr

Obs.: Este selo certifica que o laudo de ava-

liação mercadológica foi elaborado por Corretor

de Imóveis devidamente habilitado e inscrito no

CNAI – Cadastro Nacional de Avaliadores Imo-

biliários mantido pelo Sistema COFECI-CrECI,

nos moldes estabelecidos na resolução-COFE-

CI nº 1.066/2007 e Ato Normativo nº 001/2011.

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ANExO VII – FLS. 1/2

ANExO VII

DO CrEDENCIAMENtO DA

INStItUIÇÃO DE ENSINO

1 - A instituição de ensino interessada em

obter o credenciamento para oferta do Cur-

so de Avaliação de Imóveis, deverá comprovar

que ministra Curso de técnico em transações

Imobiliárias reconhecido pelo CEE – Conselho

Estadual de Educação de seu estado de origem

e homologado pelo COFECI, apresentando re-

querimento instruído também com os seguintes

documentos:

I. Documento do ato oficial de sua constitui-

ção e subsequentes alterações, até a data do

requerimento, que comprove a sua condição le-

gal de personalidade jurídica;

II. Comprovante de inscrição no Cadastro

Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ);

III. balanço contábil-financeiro do exercício

anterior ao do ano do requerimento (caso a

empresa tenha constituição superior a um ano),

balancetes mensais do ano em curso, consolida-

dos até o mês do requerimento, de acordo com

as normas contábeis internacionais;

IV. Alvará de Licença de Localização (Municipal);

V. Comprovação de regularidade Fiscal (Fe-

deral, Estadual e Municipal);

VI. Certidão de registro do Imóvel da sede

da instituição, em caso de imóvel próprio, ou

contrato de locação atualizado, em caso de

imóvel alugado;

VII. Comprovante de pagamento da taxa

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AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS - UMA AtrIbUIÇÃO LEgAL DO cOrrEtOr DE IMÓVEIS

prevista no Item 3 deste Anexo.

Parágrafo Único - Poderão ofertar o Curso

de Avaliação de Imóveis, independente de se-

rem ou não instituições de ensino, os Conse-

lhos regionais e os Sindicatos de Corretores de

Imóveis legalmente instituídos, desde que cum-

pram os mesmos requisitos exigidos das insti-

tuições de ensino.

2 - O credenciamento da instituição e reco-

nhecimento do Curso de Avaliação de Imóveis

dar-se-ão mediante expedição de parecer favo-

rável, elaborado por dois especialistas na área

de ensino ou, se o curso proposto for na mo-

dalidade EaD, por um especialista na área de

ensino e outro na de tecnologia, acompanhados

do diretor do COFECI responsável pelo CNAI,

ambos sob a designação deste órgão que, após

vistoria física realizada na sede da Instituição,

para comprovação de todos os itens obrigató-

rios e constantes do Ato Normativo nº 001/2011

e seus Anexos, emitirão parecer único com o re-

sultado da diligência.

ANExO VII – FLS. 2/2

3 - No ato de solicitação de credenciamen-

to da instituição e reconhecimento do Curso de

Avaliação de Imóveis, a requerente deverá efe-

tuar o pagamento, em conta bancária do CO-

FECI, de taxa em valor equivalente a 20(vinte)

vezes a anuidade da pessoa física vigente na

data do requerimento no Conselho regional da

região da instituição requerente, destinando-se

tal quantia ao custeio das despesas para a rea-

lização das diligências citadas no item 2, valor

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AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS - UMA AtrIbUIÇÃO LEgAL DO cOrrEtOr DE IMÓVEIS

este em nenhuma hipótese reembolsável.

4 - A instituição que não lograr credencia-

mento no seu pedido inicial para oferta do Cur-

so de Avaliação de Imóveis, sob a modalidade

presencial ou EaD, somente poderá encami-

nhar novo pedido de credenciamento depois

de decorridos 6 (seis) meses do indeferimento.

5 - A Instituição credenciada poderá ofertar

o Curso de Avaliação de Imóveis pelo prazo de

até 5 (cinco) anos, ficando sujeita a avaliação

periódica e sem aviso prévio, como condição

para a manutenção de seu credenciamento e

reconhecimento do curso, a critério do COFECI.

6 - Do Ato de Descredenciamento.

A instituição de ensino poderá ser descre-

denciada em qualquer tempo, caso o COFECI

comprove qualquer tipo de irregularidade ou

deficiência no funcionamento ou descumpri-

mento de qualquer das condições estabeleci-

das no processo de credenciamento.

ANExO VIII FLS. 1/4

rECONHECIMENtO DE CUrSOS

Do Curso de Avaliação de Imóveis

Das competências e currículo

1 - Na definição do Curso de Avaliação de

Imóveis, as competências devem estar espe-

cificadas de forma clara e explicitando o perfil

profissional definido para o egresso.

2 - Os conteúdos curriculares necessários à

constituição pelo aluno das competências e ha-

bilidades profissionais requeridas para o Curso

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AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS - UMA AtrIbUIÇÃO LEgAL DO cOrrEtOr DE IMÓVEIS

de Avaliação de Imóveis devem apresentar-se

consubstanciados numa matriz curricular que

contemple a dimensão conceitual (teorias, con-

ceitos e informações), atitudinal (valores e ati-

tudes que constituem o agir - ético da profissão

de corretor de imóveis) e o procedimental, de-

vendo encerrar o seguinte conteúdo programá-

tico mínimo:

a) Histórico da avaliação de imóveis no brasil;

b) Normas da AbNt da série 14653;

c) resolução-COFECI nº 1066/2007;

d) O Corretor de Imóveis avaliador e a ética

profissional;

e) A metodologia de avaliação e valor de

mercado;

f) Imóveis urbanos e imóveis rurais;

g) Valor de compra e venda e valor de loca-

ção ou arrendamento;

h) roteiro, conteúdo mínimo e apresentação

do Parecer técnico de Avaliação Mercadológica

(PtAM);

i) O PtAM em perícias nos processos judiciais;

j) Honorários do Corretor de Imóveis para

emissão do PtAM;

k) trabalhos dirigidos, com a elaboração de

PtAM de, no mínimo, quatro tipos de imóveis

diferentes.

Do Projeto Político-Pedagógico

3 - A Instituição deverá apresentar Projeto

Político-Pedagógico, contemplando, no mínimo:

a) Objetivos gerais e específicos do curso;

b) Matriz curricular, com carga horária esta-

belecida para o curso;

c) Metodologia de avaliação do processo

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AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS - UMA AtrIbUIÇÃO LEgAL DO cOrrEtOr DE IMÓVEIS

de aprendizagem do aluno, especificando os

critérios necessários para fins de promoção e

obtenção do certificado de conclusão do curso;

d) Descrição dos recursos e materiais didáti-

cos a serem utilizados no curso;

e) Modelos de registro de controle de frequ-

ência dos alunos;

f) Perfil de conclusão do profissional que

está formando;

ANExO VIII – FLS. 2/4

g) Cópia da autorização formal e prévia dos

detentores dos direitos autorais do material pe-

dagógico impresso e digital, ou contrato de ces-

são e uso específico entre as partes (instituição

de ensino – autores);

4 - O material pedagógico deverá constituir-

se, no mínimo, de:

Livro e/ou Apostila contemplando todo o

conteúdo programático, com impressão gráfica

(não sendo aceita qualidade reprográfica – xe-

rox ou similar).

Na modalidade EaD, além do exigido acima:

I. Versão digital do Livro e/ou Apostila publica-

da em AVA – Ambiente Virtual de Aprendizagem;

II. Videoaulas gravadas com a participação

de conteudista(s), com no mínimo 3 horas de

aula, em mídia física e/ou publicada em AVA –

Ambiente Virtual de Aprendizagem;

III. Conteúdo e-learning publicado em AVA –

Ambiente Virtual de Aprendizagem.

5 - todos os requisitos previstos para o Projeto

Político-Pedagógico, deverão ser apresentados

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AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS - UMA AtrIbUIÇÃO LEgAL DO cOrrEtOr DE IMÓVEIS

quando do requerimento de credenciamento da

instituição, assim como o modelo de certificado

de conclusão, nos termos do item 6, VII.

Do Plano de Curso

6 - O plano do Curso de Avaliação de Imó-

veis deve conter os itens abaixo especificados:

I. requisitos de acesso ou de entrada – explici-

tação das competências e bases que os candida-

tos ao curso deverão ter constituído previamente;

II. Perfil profissional de conclusão – representa-

do pelo conjunto das competências profissionais

gerais e das competências específicas do curso;

III. Organização curricular – representa-

da pela identificação e pela especificação dos

componentes pedagógicos, no desenvolvimen-

to do curso e qualificações nele previstas: hie-

rarquização de disciplinas e conjuntos de situa-

ções de aprendizagem;

IV. Critérios de avaliação – entendida esta

como verificação contínua e efetiva da apro-

priação de competências, incluindo a definição

de processos e instrumentos, com aprovação

em avaliação presencial obrigatória, com apro-

veitamento mínimo de 70% (setenta por cento)

e frequência mínima de 75% (setenta e cinco

por cento) nas atividades curriculares;

ANExO VIII – FLS. 3/4

V. Instalações e equipamentos;

VI. Pessoal docente e técnico – incluindo a

composição do quadro e o perfil dos seus inte-

grantes fixos e temporários;

VII. Certificado de Conclusão - modelo do cer-

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AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS - UMA AtrIbUIÇÃO LEgAL DO cOrrEtOr DE IMÓVEIS

tificado (qualificação) que será expedido ao final

do curso, com selo holográfico, marca d’água, e

assinatura dos respectivos responsáveis.

Dos professores e/ou tutores

7 - A equipe multidisciplinar pedagógica de-

verá ser constituída de profissionais com forma-

ção na área específica para ministrar o Curso

de Avaliação de Imóveis, conforme a proposta

do curso, capacitados a:

I - desenvolver os fundamentos teóricos do

projeto;

II - selecionar, preparar e elaborar o conteúdo

curricular e material didático para o Curso;

III - apreciar e avaliar o material didático,

indicando correções e aperfeiçoamentos;

IV - motivar, orientar, acompanhar e avaliar

os alunos.

É obrigatória apresentação de contrato de

prestação de serviços educacionais, ou outro

que comprove a formação do corpo docente.

Para oferta do Curso de Avaliação de Imó-

veis na modalidade EaD, o corpo docente de-

verá ter, além dos requisitos já mencionados,

obrigatoriamente, capacitação em educação e/

ou tutoria a distância, mediante apresentação

de certificado/diploma com carga-horária mí-

nima de 80 horas de instituição de ensino que

ofertam curso EaD.

Das tecnologias educacionais exigidas para

modalidade EaD

8 - O curso deverá prever, em sua metodolo-

gia educacional, a utilização de mídias integra-

das obrigatoriamente nas formas digital (e-le-

arning), televisiva e escrita.

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AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS - UMA AtrIbUIÇÃO LEgAL DO cOrrEtOr DE IMÓVEIS

Entende-se pelas mídias:

E-learning – conteúdo educacional, digital,

interativo, disponível por meio de AVA – Ambien-

te Virtual de Aprendizagem.

televisiva – conteúdo na versão videoaula,

gravado e/ou ao vivo, com a participação do

professor e/ou tutor.

Escrita – material didático escrito por pro-

fissional(is) com qualificação específica, sendo

exigida entrega de volume impresso, além de

conteúdo disponível para download e/ou leitura

em AVA – Ambiente Virtual de Aprendizagem.

ANExO VIII – FLS. 4/4

Da certificação e provimento de informa-

ções dos egressos

9 - A instituição promotora do curso deve-

rá efetuar a publicação mensal dos nomes dos

egressos em sua sede, enviando relatório ao

COFECI, contendo as seguintes informações

dos alunos concluintes:

I. Nome completo

II. Data da sua matrícula

III. Identificação numérica;

IV. Nome da turma.

10 - O certificado de conclusão do curso deverá

ser expedido em, no máximo, 60 (sessenta) dias

contados da conclusão do curso e deverá atender

ao que estabelece o item 6, VII deste Anexo.

11 - O COFECI poderá solicitar da instituição

transferência de relatório de registro pedagógi-

co do aluno, desde a matrícula até a conclusão

do curso, contendo, no mínimo:

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AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS - UMA AtrIbUIÇÃO LEgAL DO cOrrEtOr DE IMÓVEIS

I) Dados pessoais completos;

II) Data de matrícula e conclusão do curso;

III) relatórios de participação e desempe-

nho no curso presencial e/ou EaD;

IV) Histórico Escolar;

V) Certificado de Conclusão.

12 - As avaliações presenciais poderão, no

prazo de até 24(vinte e quatro) meses, ser re-

quisitadas pelo COFECI, para dirimir dúvidas.

13 - A Instituição de ensino deverá, obriga-

toriamente, encaminhar relatórios anuais em

forma física ou digital para o COFECI, contendo

a listagem dos egressos e dos alunos de cursos

em andamento.

14 - O COFECI - Conselho Federal de Corre-

tores de Imóveis manterá sistema de informa-

ção aberto ao público, com os dados de:

I - autorização e renovação de reconheci-

mento do Curso de Avaliação de Imóveis;

II - instituições credenciadas para ministrar

o Curso de Avaliação de Imóveis nas modalida-

des presencial e a distância.

15 - A instituição disponibilizará as informa-

ções dos egressos também via tecnologia Web-

service, devendo integrar seu sistema com o do

COFECI, assim que este seja implantado.

*

Page 92: CARTILHA-COFECI

FIcHA tÉcnIcA

João Teodoro da Silva

Presidente - Sistema Cofeci-Creci

Luiz Fernando Pinto barcellos

Vice-Presidente de Avaliações Imobiliárias

do Sistema Cofeci-Creci

Organização:

Kátia cubel

Coordenação e Edição

amilton reis

redação

Jorge costa

revisão

Marja de Sá

Projeto Gráfico e Diagramação

realização:

SIstema Cofeci-Creci

www.cofeci.gov.br

engenhocriatividade e comunicação