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julho de 2012 ACESSIBILIDADE DIRETRIZES BÁSICAS PARA EDIFICAÇÕES DE USO PÚBLICO

Cartilha de Acessibilidade

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Retrata a norma 1050 da ABNT que discrimina detalhadamente as normas de acessibilidade.

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Page 1: Cartilha de Acessibilidade

julho de 2012

ACESSIBILIDADE

DIRETRIZES BÁSICAS PARA EDIFICAÇÕES DE USO PÚBLICO

Page 2: Cartilha de Acessibilidade

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APRESENTAÇÃO

Neste documento estão reunidas informações extraídas de normas técnicas e legislação vigente em esfera federal com relação à acessibilidade.

Os modelos apresentados foram retirados da norma técnica NBR 9050 e servem apenas para ilustrar as principais necessidades de adequação verificadas nas unidades do Ministério Público Federal - MPF.

Para a listagem de todos os pontos que devem ser adequados é importante observar a Resolução n.º 81/2012, do Conselho Nacional do Ministério Público - CNMP e a Cartilha de Bolso elaborada pelo Ministério Público do Rio Grande do Norte e distribuída pelo CNMP às unidades.

COORDENADORIA DE ENGENHARIA E ARQUITETURA - CEA

Equipe responsável:

Maria de Fátima Silva VasconcelosAnalista de Arquitetura/Perito

Suzana de Moura SouzaAnalista de Arquitetura/Perito

Mariana Ataíde Reis de OliveiraEstagiária de Arquitetura

Page 3: Cartilha de Acessibilidade

ACESSO À EDIFICAÇÃO

Rota acessível é o trajeto contínuo, desobstruído e sinalizado que conecta os espaços internos ou externos de um local e pode ser utilizado de forma autônoma e segura por todas as pessoas, inclusive aquelas com mobilidade reduzida.

A rota acessível interna pode incorporar pisos, corredores, rampas, escadas, elevadores.

A rota acessível externa pode incorporar calçadas e guias rebaixadas, estacionamentos, faixas de pedestres, rampas.

Todas as entradas devem ser acessíveis, bem como as rotas de interligação às principais funções do edifício.

As rotas de interligação serão indicadas por meio de sinalização tátil (piso tátil direcional e de alerta). O piso tátil direcional e de alerta deve demarcar os acessos, as circulações e o balcão de recepção, no mínimo.

Na adaptação de edificações existentes deve ser previsto no mínimo um acesso, vinculado por rota acessível à circulação principal e às circulações de emergência, quando existirem.

Se houver capacho na entrada, deve ser embutido com um desnível máximo de 0,5cm.

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Page 4: Cartilha de Acessibilidade

ACESSO À EDIFICAÇÃO

A sinalização tátil direcional deve:

ser instalada no sentido do deslocamento;

ter larguras entre 20cm e 60cm;

ser utilizada como referência para o deslocamento em locais amplos;

ser instalado em circulações e calçadas, somente na ausência ou interrupção das guias de balizamento, indicando o caminho a ser percorrido.

O piso tátil de alerta deve ser implantado perpendicularmente ao sentido do deslocamento e em desníveis, para indicar risco de queda, a uma distância da borda de, no mínimo, 50cm. Deve ser previsto também ao redor de objetos suspensos entre 0,60m e 2,10m que tenham maior volume na parte superior que na base, tais como: guichês, balcões, bebedouros, telefones públicos...

A sinalização tátil pode ser de alerta ou direcional.

Nas circulações deve haver sinalização indicativa de escadas, rampas e elevadores.

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Page 5: Cartilha de Acessibilidade

ESTACIONAMENTO

As vagas reservadas deverão estar localizadas próximas ao acesso principal do edifìcio, com dimensão de 2,50m x 5,50m.

As vagas devem estar sinalizadas e contar com um espaço adicional de circulação com, no mínimo, 1,20m de largura e estar associada à rampa de acesso à calçada.

A sinalização horizontal deverá ser pintada no piso, e a vertical identificada com placa, de acordo com as orientações do Conselho Nacional de Trânsito - Contran.

As vagas reservadas e/ou local para embarque e desembarque devem estar identificadas, e possuir placas regulamentadoras.

É assegurada a reserva para idosos, nos termos da lei local, de 5% das vagas nos estacionamentos públicos e privados, posicionadas de forma a garantir maior comodidade ao idoso. (Estatuto do Idoso. Lei Federal n.º 10.741/2003)

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Page 6: Cartilha de Acessibilidade

ESTACIONAMENTO

As vagas devem estar localizadas de forma a evitar a circulação entre veículos.

Não deve haver desnível entre o término do rebaixamento da calçada e a rua.

Vagas para veículos (estacionamento interno)

O número de vagas para estacionamento de veículos que conduzem ou sejam conduzidos por pessoas com deficiência é de, pelo menos, 2% do total de vagas, com o mínimo de 01 vaga, em locais próximos à entrada principal ou ao elevador, de fácil acesso à circulação de pedestres.

Deve-se observar também o que determina a legislação municipal/estadual.

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REBAIXAMENTO DE CALÇADAS

Os rebaixamentos de calçadas devem ter a inclinação constante e não superior a 8,33%.

Deve ser garantida uma faixa livre na calçada, além do espaço ocupado pelo rebaixamento, de no mínimo 80cm, sendo recomendável 1,20m.

As abas laterais dos rebaixamentos devem ter projeção horizontal mínima de 50cm e compor planos inclinados de acomodação. A inclinação máxima recomendada é de 10%.

As calçadas devem ser rebaixadas junto às travessias de pedestres, sinalizadas com ou sem faixa, com ou sem semáforo, sempre que houver foco de pedestres.

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Page 8: Cartilha de Acessibilidade

REBAIXAMENTO DE CALÇADAS

Onde a largura da calçada não for suficiente para acomodar o rebaixamento e a faixa livre, deve ser feito o rebaixamento total da largura da calçada com largura mínima de 1,50m e com rampas laterais com inclinação máxima de 8,33%.

Os acessos devem ter superfície regular, firme, contínua e antiderrapante.

Vasos, canteiros e floreiras são exemplos de elementos que podem impedir o livre acesso das pessoas. Observar a localização desses elementos.

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PISO TÁTIL

A textura do piso é um dos principais elementos de orientação de pessoas com deficiência visual.

A cor também é um elemento de grande importância para os indivíduos que possuem baixa visão, como os idosos.

O piso tátil de alerta e o direcional devem ter cores contrastantes com o restante do piso do ambiente.

Os pisos devem ser resistentes a tráfego intenso, regulares, contínuos, estáveis e antiderrapantes, de modo a oferecer segurança sob qualquer condição de uso.

Inclinação transversal máxima admissível:

3% para pisos externos;

2% para pisos internos.

Inclinação longitudinal máxima admissível:

5%; acima deste valor, os pisos devem ser tratados como rampa.

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Page 10: Cartilha de Acessibilidade

RAMPAS

Ao menos um dos itinerários que comuniquem horizontalmente e verticalmente todas as dependências e serviços do edifício, entre si e com o exterior, deverá cumprir os requisitos de acessibilidade.

As rampas devem ter inclinação de acordo com a tabela abaixo.

Para inclinações entre 6,25% e 8,33% devem ser previstas áreas de descanso nos patamares, a cada 50 m de percurso.

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inclinação admissível em

cada segmento de rampa

desníveis máximos de

cada segmento de rampa

número máximo de

segmentos de rampa

5% 1,5 m sem limite

5% < i < 6,25% 1 m sem limite

6,25% < i < 8,33% 0,80 m 15

Page 11: Cartilha de Acessibilidade

RAMPAS

Deve ser instalado piso tátil de alerta no início e término de rampas e escadas.

A faixa de piso tátil deve ter cor contrastante com a do piso e ter no máximo 32cm de afastamento do início da rampa ou escada. A faixa deve ter de 25 a 60cm de largura.

Os trechos de rampa e os patamares devem ter no mínimo 1,20m de largura.

Os patamares situados em mudança de direção devem ter dimensões iguais à largura da rampa.

Quando não houver paredes laterais, as rampas devem contar com guias de balizamento, com altura mínima de 5cm.

A inclinação das rampas deve ser calculada com a seguinte fórmula:

i = h x 100 , C

onde i é a inclinação em porcentagem, h é a altura do desnível e C é o comprimento da rampa.

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Page 12: Cartilha de Acessibilidade

CORRIMÃOS

Os corrimãos devem ser instalados em ambos os lados dos degraus isolados, das escadas fixas e das rampas, a uma altura de 92cm do piso acabado.

Devem ter diâmetro entre 3cm e 4,5cm, estar afastados da parede no mínimo 4cm e prolongar-se pelo menos 30cm antes do início e após o término da rampa ou escada, sem interferir na área de circulação.

Os desníveis, de qualquer natureza, devem ser evitados em rotas acessíveis, sendo que:

desníveis no piso de até 0,5cm não demandam tratamento especial;

desníveis entre 0,5cm e 1,5cm devem ser tratados em forma de rampa, com inclinação máxima de 1:2 (50%);

desníveis superiores a 1,5cm devem ser considerados como degraus e devidamente sinalizados.

As escadas deverão ter largura mínima de 1,20m.

Escadas com mais de 2,40m de largura deverão possuir corrimão central, além dos laterais.

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Page 13: Cartilha de Acessibilidade

EQUIPAMENTO ELETROMECÂNICO: PLATAFORMA ELEVATÓRIA

Os equipamentos eletromecânicos são uma alternativa para garantir a circulação vertical acessível a todas as pessoas.

Em edifícios de uso público, os equipamentos que proporcionem maior autonomia, como elevadores e plataformas, devem ser utilizados para que a pessoa com deficiência ou mobilidade reduzida possa se locomover sem auxílio de terceiros.

A plataforma poderá vencer desníveis de até 2m em edificações de uso público, para plataformas de percurso aberto. Neste caso, devem ter fechamento contínuo, sem vãos, em todas as laterais até a altura de 1,10 m do piso da plataforma.

A plataforma poderá vencer desníveis de até 9m em edificações de uso público somente com caixa enclausurada (percurso fechado).

Quando houver passagem através de laje, a caixaenclausurada é obrigatória.

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Page 14: Cartilha de Acessibilidade

Os locais de atendimento ao público devem prever balcões de recepção com alturas adequadas para os usuários de cadeiras de rodas.

O módulo de projeção da cadeira de rodas com seu usuário (módulo de referência) é o espaço mínimo necessário parasua mobilidade. Portanto, essas dimensões devem ser usadas como referência em projetos de arquitetura.

BALCÃO DE RECEPÇÃO

O balcão de recepção deve ter:

altura máxima de 90cm e, no mínimo, 73cm livres embaixo da superfície de trabalho;

profundidade livre de, no mínimo, 30cm;

extensão da superfície do balcão de, no mínimo, 90cm.

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Page 15: Cartilha de Acessibilidade

SANITÁRIO ACESSÍVEL

O sanitário acessível deve ter dimensões mínimas de 1,50m x 1,70m.

Em casos de reforma, quando for impossível atender a dimensão mínima, o sanitário deverá ter dimensões iguais ou maiores que 1,50m x 1,50m, com manobra externa, e portas com largura de 1m.

A distância entre o eixo da bacia e a face da barra lateral ao vaso deve ser de 0,40 m.

O lavatório deve ser instalado em local que não interfira na área de transferência. Deve ser suspenso, sendo que sua borda superior deve estar a uma altura de 78cm a 80cm do piso acabado, respeitando uma altura mínima livre de 73cm na parte inferior frontal. Deve ser instalada barra de apoio junto ao lavatório, na mesma altura.

O sanitário acessível deve estar localizado em lugar acessível, próximo à circulação principal.

Deve ser previsto pelo menos um sanitário acessível com acesso independente por pavimento.

O acionamento da descarga deve estar a uma altura de 1m, do seu eixo ao piso acabado, e ser preferencialmente do tipo alavanca ou com mecanismos automáticos.

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Page 16: Cartilha de Acessibilidade

SANITÁRIO ACESSÍVEL

Para a instalação da bacia deve ser prevista área de transferência lateral, perpendicular e diagonal, conforme figuras:

Recomenda-se instalar ducha higiênica ao lado da bacia sanitária.

Junto à bacia sanitária, na lateral e no fundo, devem ser colocadas barras horizontais para apoio e transferência.

Não devem ser utilizadas bacias sanitárias com caixa acoplada por não permitir a instalação das barras de apoio na altura exigida pela norma técnica.

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Page 17: Cartilha de Acessibilidade

SANITÁRIO ACESSÍVEL

As portas de sanitários devem ter puxador horizontal associado à maçaneta, que deve estar localizado a uma distância de 10cm da dobradiça, com comprimento igual à metade da largura da porta.

As barras de apoio devem ter diâmetro entre 3cm e 4,5cm. No caso de bacia com caixa acoplada, a distância mínima entre a barra do fundo e a tampa da caixa acoplada deve ser de 15cm.

No caso de sanitários com acessos independentes, deve ser previsto dispositivo de sinalização de emergência (campainha) a 40cm do piso para o caso de queda do usuário.

Deve-se garantir sanitários e vestiários adaptados às pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida, possuindo 5% do total de cada peça ou obedecendo ao mínimo de 01 peça.

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Page 18: Cartilha de Acessibilidade

SANITÁRIO ACESSÍVEL

Os espelhos dos sanitários acessíveis, quando verticais, deverão ter borda inferior a, no máximo, 90cm do piso acabado e, quando inclinados (a 10°), a borda deve estar a 1,10m em relação ao piso acabado.

A bacia deve estar a uma altura máxima de 46cm do piso acabado. Quando a bacia tiver altura inferior, deve ser ajustada com o uso de um assento mais alto ou com a execução de uma base (sóculo), conforme os desenhos abaixo:

Na utilização de base (sóculo) para a composição da altura da bacia, esta não deve ultrapassar 5cm do contorno do apoio da bacia.

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base (sóculo)

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Código de Obras dos Municípios

Instrução Normativa nº 01/2003 – IPHAN

Lei 10.048/2000 e Lei 10.098/2000, regulamentadas pelo Decreto 5.296/2004

Lei 10.741/2003 (Estatuto do Idoso)

Resoluções nº 236/2007, 303/2008 e 304/2008 – CONTRAN

ABNT NBR 9050/2004 (Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos)

ABNT NBR 15.655-1/2009 (Plataformas de elevação motorizadas para pessoas com mobilidade reduzida – Requisitos para segurança, dmensões e operação funcional. Parte 1 – Plataformas de elevação vertical)

LEGISLAÇÃO

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