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8ª EDIÇÃO

CARTILHA DO TRABALHADOR.pdf

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  • 8 EDIO

  • 2013

    2013 - Justia do Trabalho

    atra/RS ou da Anamatra.

    Grfica Sul Oeste Ltda, 2013.57 p. 8 edio

    Revista e atualizada em julho/2013

  • APRESENTAO

    CARTILHA DO TRABALHADOR

    Desde que as sociedades civilizadas tiveram a necessidade de regrarem suas relaes pessoais, h normas que so definidas pelo costume e normas que esto escritas. A mxima de toda a regra que seja clara, de forma que todas as pessoas, destinatrias que so das regras de comportamento, possam ler e entender, para, enfim, cumpri-las. Assim deveria ser, mas h situaes em que no se chega a esse ideal.

    As normas trabalhistas, por vezes, so incompreendidas, seja por empregados, seja por empregadores. Disso, surgem dvidas que, no raras vezes, levam as partes contratantes a verem-se frente a frente no Judicirio Trabalhista. O exerccio das normas, pressupe conhec-las. H uma srie de direitos e deveres de parte a parte que merecem ateno de todos aqueles que se envolvem nas relaes de trabalho.

    Perodos de frias, medicina e segurana no trabalho, jornada de trabalho, 13. salrio, FGTS, seguro-desemprego, vale-transporte, trabalho do adolescente, do aprendiz, do estagirio, os adicionais de insalubridade e periculosidade e tantos outros temas deveriam ser de conhecimento tanto do trabalhador como do seu empregador.

    Com a preocupao de divulgar os direitos relacionados na Constituio Federal, na Consolidao das Leis Trabalhistas e legislaes complementares, os Juzes do Trabalho, por meio de suas Associaes, elaboraram a presente Cartilha do Trabalhador, em formato informativo, didtico e de fcil leitura. Ao objetivo de divulgar direitos, soma-se o propsito de construir uma sociedade que tenha como princpio fundamental, efetivamente, o valor social do trabalho.

    Para a Organizao Internacional do Trabalho, todos tm direito a um trabalho decente, que nada mais que ter um trabalho digno. Esta Cartilha, em edio especial, visa divulgar a importncia da efetivao do Direito do Trabalho, do cumprimento da legislao social, sempre como forma de valorizao do trabalho e da pessoa humana do trabalhador.

    Associao dos Magistrados do Trabalho do Rio Grande do Sul - Amatra 4

    Tribunal Regional do Trabalho da 4 Regio - RS

  • Cada figura corresponde a um assunto especfico. Com isso, torna-se mais rpido para o leitor encontrar o tpico desejado.

    DIREITOS

    COMO USAR ESTA CARTILHA:

    Exemplo: para saber como obter a Carteira de Trabalho, procu-re, no captulo Carteira de Trabalho, o cone caneta, corres-pondente ao assunto Como fazer (veja na Legenda abaixo).

    Os textos de cada captulo foram organizados atravs de pe-quenas figuras (cones).

    Junto a um cone maior, poder haver outros menores. Eles servem para indicar algum detalhe importante do tpico.

    Exemplo: para saber onde obter a Carteira de Trabalho, abaixo do cone caneta, h um cone menor (CAIXA de correio), cor-respondente ao assunto Locais (veja na Legenda abaixo).

    NO TEM DIREITO

    LEGENDA

    DEVER / OBRIGAO

    PROIBIO

    COMO FAZER

    LOCAIS

    VALORES

    OUTRAS POSSIBILIDADES OU INFORMAES

    NO TEM OBRIGAO

    PRAZOS / DATAS

    DOCUMENTOS

    SIGNIFICADOS

    IMPORTANTE

  • CARTILHA DO TRABALHADOR

    DIREITOS BSICOS DOS TRABALHADORES

    CARTEIRA DE TRABALHO

    CONTRATO DE EXPERINCIA

    SALRIO MNIMO NACIONAL

    PISO SALARIAL REGIONAL

    JORNADA DE TRABALHO

    REPOUSO

    ESTABILIDADE PROVISRIA NO EMPREGO

    FRIAS

    13 SALRIO (GRATIFICAO DE NATAL)

    11

    6

    9

    8

    2

    4

    3

    9

    10

    7

    1

    3

    4

    12

    SEGURO-DESEMPREGO

    FGTS (FUNDO DE GARANTIA DO TEMPO DE SERVIO) 18

    19

    VALE-TRANSPORTE 22

    NDICE

    MEDICINA E SEGURANA DO TRABALHO

    INSALUBRIDADE

    PERICULOSIDADE

    LICENA-MATERNIDADE / LICENA-PATERNIDADE

    SALRIO-FAMLIA

    RESCISO DE CONTRATO: PEDIDO DE DEMISSO

    DISPENSA SEM JUSTA CAUSA

    DISPENSA POR JUSTA CAUSA

    14

    13

    16

    HOMOLOGAO PELO SINDICATO 15

    21ABONO DO PIS (PROGRAMA DE INTEGRAO SOCIAL)

  • NDICE

    DIREITOS E DEVERES...

    DO TRABALHADOR DOMSTICO

    DO ADOLESCENTE EMPREGADO

    DO APRENDIZ

    DO PORTADOR DE DEFICINCIA

    DO ESTAGIRIO

    DEVERES BSICOS DO EMPREGADO

    DEVERES BSICOS DO EMPREGADOR

    TRABALHO ESCRAVO

    RGOS RESPONSVEIS

    31

    25

    27

    30

    29

    26

    24

    28

    JUSTIA DO TRABALHO:

    MINISTRIO PBLICO DO TRABALHO

    ONDE BUSCAR INFORMAES

    DENNCIAS

    ATRIBUIES

    ACORDOS JUDICIAIS

    RECURSOS JUDICIAIS

    AES TRABALHISTAS

    ESTRUTURA

    FUNO

    34

    38

    36

    33

    37

    39

    35

    ASSISTNCIA JURDICA GRATUITA

    NORMAS DA ORGANIZAO INTERN. DO TRABALHO - OIT

    40

    41

    40

  • DIREITOS BSICOSDOS TRABALHADORES

  • o documento de identidade e histrico da vida profissional do trabalhador.

    dever conserv-la sem rasuras. Elagurar o futuro do trabalhador e seus dependentes.

    contribui para asse-

    Proibido alterar anotaes ou trocar a fotografia da Cartei-ra de Trabalho.

    LOCAIS:Ministrio do Trabalhorgos conveniados: Prefeituras, SINE, Postos de Aten-dimento.

    DOCUMENTOS NECESSRIOS:1 foto 3x4, Carteira de Identidade, CPF, Ttulo de Eleitor.

    ANOTAES OBRIGATRIAS:Data de admisso, salrio inicial, funo, alteraes de salrio.

    data da sada,

    Data de Admisso: dia em que o empregado contratado, mesmo para perodo de experincia.Data de sada: dia em que o contrato rompido, ou dia do trmino do Aviso Prvio.

    CARTILHA DO TRABALHADOR

    CARTEIRA DE TRABALHO

    CARTEIRADETRABALHO

    1

    COMO OBTER A CARTEIRA DE TRABALHOE PREVIDNCIA SOCIAL:

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  • DIREITOS BSICOS DOS TRABALHADORES

    proibido novo contrato de experincia aps o trmino do primeiro.

    PRAZO MXIMO90 dias.

    PRORROGAO DO CONTRATO1 vez (desde que no ultrapasse os 90 dias).

    VENCIDO O PRAZO:o contrato a viger por prazo indeterminado.passa

    Se o empregado dispensado sem motivo justo antes do trmino do prazo, o empregador deve pagar indenizao de 50% dos salrios que seriam devidos do dia seguinte dispensa, caso o contrato fosse cumprido at o ltimo dia.

    CONTRATO DE EXPERINCIA feito para avaliar as aptides pessoais e o desempenho profissional do trabalhador, bem como demonstrar as vantagens e condies de trabalho oferecidas pela empresa.

    O empregador obrigado a anotar o contrato de trabalho na Carteira de Trabalho at 48 horas aps a contratao.

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  • SALRIO MNIMO NACIONAL

    3

    o valor mnimo que deve ser pago a todos empregados que no tm salrio fixado em lei ou em negociao coletiva de seus sindicatos

    Em alguns estados foi estabelecido em lei um valor mnimo que deve ser pago como salrio mensal aos trabalhadores que no tm salrio fixado em normas coletivas (exem-plo: os empregados domsticos).

    OUTROS ESTADOS

    PISO SALARIAL REGIONAL

    So PauloRio de JaneiroParanRio Grande do Sul

    CARTILHA DO TRABALHADOR

    678,00415,00 465,00

    755,00763,14882,59770,00

    510,00

    560,00581,88688,50546,57

    545,00

    600,00639,26736,00610,00

    622,00

    690,00

    700,00 783,20 693,77

    VALORES VIGENTES (R$):

    VALORES VIGENTES (R$):

    20132008 2009

    2013

    2010

    2010

    2011

    2011

    2012

    2012

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  • 4JORNADA DE TRABALHO o perodo de tempo em que o empregado presta servios ou permanece disposio do empregador, num espao de 24 horas.

    JORNADA MXIMA: 08 horas dirias ou 44 semanais(se outro limite no for previsto em Acordo Coletivo ou Conveno Coletiva)

    O empregador com mais de 10 empregados obrigado a ter carto-ponto, folha-ponto ou livro-ponto para controle do horrio de trabalho.

    O empregado obrigado a anotar o verdadeiro horrio de incio e trmino do trabalho dirio, inclusive intervalo.

    REPOUSO

    O trabalho nesses dias deve ser remunerado com o dobro (2x) do valor do dia normal, alm do valor do repouso.

    Pode o empregador conceder folga noutro dia da semana para compensar o trabalho no dia de repouso.Para algumas atividades, o dia de repouso pode ser com-binado para outro dia da semana (ex.: restaurantes).

    DIREITOS BSICOS DOS TRABALHADORES

    Domingos e feriados so dias de repouso.

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  • 5INTERVALO

    ADICIONAL MNIMO: 50% sobre o valor da hora normal.

    Se a jornada contratual for de 4, 6 ou 8 horas, todas as ex-cedentes devero ser pagas como extras.

    Havendo acordo da empresa com o Sindicato, as horas extras podero ser pagas com adicional maior, ou compensadas com folgas.

    HORAS EXTRAS

    ADICIONAL NOTURNOSe o trabalho realizado noite, o empregador deve pagar o adicional noturno:na cidade: na lavoura: na pecuria:22h s 5h 21h s 5h 20h s 4hVALORES MNIMOS 20% para o trabalhador urbano25% para o trabalhador rural

    Hora noturna: considera-se que tenha 52 min e 30 seg (e no 60 min). Reduz-se o tempo porque o trabalho noite mais cansativo.

    DURANTE A JORNADA DE TRABALHOde 8 horas: intervalo de 1 a 2 horasde 6 horas: intervalo mnimo de 15 minutos.

    Intervalo mnimo de 11 horas.ENTRE DUAS JORNADAS DIRIAS

    O trabalhador tem direito a intervalos para repouso e ali-mentao:

    CARTILHA DO TRABALHADOR

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  • Se dispensado injustamente: o empregado reclama na Justia do Trabalho para obter a reintegrao.

    APLICA-SE EM CASOS DE:

    ACIDENTE DO TRABALHOO empregado tem estabilidade provisria por 1 ano aps o retorno ao trabalho.

    DIRIGENTE SINDICALDesde o registro da candidatura at 1 ano aps o trmino do mandato.

    MEMBRO DA COMISSO INTERNA DE PREVENO A ACI-DENTES (CIPA): Desde o registro da candidatura at 1 ano aps o trmino do mandato.

    GESTANTEDesde confirmao da gravidez at 5 meses aps o parto.

    Direito do empregado manuteno do em-prego, s podendo ser dispensado por justa causa.

    H outras hipteses de estabilidades pactua-das em negociaes pelos Sindicatos.

    provisrias

    Exemplo: alguns meses aps paralisao por greve; 1 ano antes da aposentadoria; etc.

    6

    DIREITOS BSICOS DOS TRABALHADORES

    ESTABILIDADE PROVISRIA NO EMPREGO

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  • CARTILHA DO TRABALHADOR

    7

    PAGAMENTO: em at 2 parcelas.

    13 SALRIOGRATIFICAO DE NATAL

    1 parcela at 30 de novembro.2 parcela at 20 de dezembro de cada ano.

    O valor mdio das horas extras, os adicionais de insalubridade, de periculosidade, de tempo de servio, adicional noturno, dentre outras parcelas remuneratrias, devem compor o clculo do 13 salrio.

    Exemplo: admitido em 15.08.2002, ter direito ao valor correspondente a 5/12 do salrio, em 2 par-celas como acima informado.

    Se o empregado no trabalhou durante todos os meses do ano, recebe 13 salrio proporcional.

    Conta-se como ms inteiro o perodo igual ou superior a 15 dias.

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  • DIREITOS BSICOS DOS TRABALHADORES

    8

    FRIASPerodo de 30 dias para descanso e lazer a que tem direito o empregado a cada 12 meses de trabalho.

    Recebe o salrio do ms acrescido de um tero (1/3).Foi criado pela Constituio de 1988 para possibilitar que o empregado disponha de um valor adicional para custear seu lazer nos dias de frias.

    FRIAS PROPORCIONAIS

    Podem ser parceladas em 2 perodos, com prazo mnimo de10 dias cada perodo.

    ABONO DE FRIASA CLT autoriza a converso em dinheiro de apenas 10 dias de frias. Os demais dias tm de ser usufrudos para descanso.

    Se no momento da resciso no houver sido completado um perodo de 12 meses, o empregado tem direito de re-ceber o valor proporcional aos meses trabalhados.

    Conta-se como ms inteiro o perodo igual ou superior a 14 dias.

    O empregado com mais de 5 faltas injustificadas durante o perodo aquisitivo, ter reduzido o perodo de frias:

    at 05 faltas 30 dias de friasat 14 faltas 24 dias de friasat 23 faltas 18 dias de friasat 32 faltas 12 dias de frias

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  • CARTILHA DO TRABALHADOR

    obrigao do empregador cuidar da segurana dos em-pregados no ambiente de trabalho.

    9

    MEDICINA E SEGURANA DO TRABALHOO Brasil, infelizmente, um dos pases recor-distas em acidentes e em doenas relacionados ao trabalho. Em 2007, o INSS computou 2.804 mortes de trabalhadores. So 9 mortes por dia. Nessa lamentvel estatstica no esto includas mortes e doenas dos trabalhadores informais. O trabalhador deve cuidar da sua sade e usar os equipamentos de proteo individual (EPI).

    Manuseio permanente de agentes nocivos sade (por exemplo, cal, cimento, leos lu-brificantes, graxas, alvex, detergentes, rudo, doenas infecciosas, etc) .

    INSALUBRIDADE

    Se ocorrer acidente por culpa do empregador:Indenizao por danos materiais, fsicos e morais.

    Se a empresa no emitir a CAT: o prprio empregado pode procurar assistncia do INSS ou solicitar ao Sindica-to que expea o documento.

    Ocorrendo acidente, o empregador deve:

    Preencher a Comunicao de Acidente do Trabalho (CAT)

    Dar ao trabalhador todo o atendimento mdico necessrio e encaminh-lo para receber benefcio do INSS.

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  • DIREITOS BSICOS DOS TRABALHADORES

    10

    Compete ao empregador incentivar e fiscalizar o uso dos equipamentos e substitu-los quando danificados.

    A falta ou insuficincia de EPIs torna obrigatrio o paga-mento do adicional de insalubridade de 10% (grau mni-mo), 20% (grau mdio) ou 40% (grau mximo) sobre o sa-lrio .normativo ou profissionalA base de clculo do adicional de insalubridade matria controversa nos tribunais.Consulte seu sindicato.

    PERICULOSIDADE

    Quando o empregado trabalha exposto a ma-teriais ou substncias explosivas, eletricida-de e produtos inflamveis.

    Negar-se a usar EPIs pode caracterizar falta grave e justi-ficar advertncia e punio.

    Adicional de 30% sobre a remunerao do empregado.

    Tambm nessas atividades obrigatrio o fornecimento de EPIs pelo empregador e adoo de medidas de segu-rana que diminuam os riscos.

    Cuidar da sade obrigao do trabalhador e da empresa.

    dever do empregador fornecer os equipamentos de proteo individual (EPIs).

    dever do empregado usar os equipamentos de proteo individual (EPI): luvas, botinas, uniforme, capacete, mscara, etc.

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  • o direito de afastamento do trabalho por 120 dias, que pode ser exercido a partir de 1 ms antes do parto.

    11

    CARTILHA DO TRABALHADOR

    LICENA-MATERNIDADEou LICENA GESTANTE

    A estabilidade provisria, porm, o direito de no perder o emprego desde o incio da gravidez at 5 meses aps o parto. Na maior parte desse perodo a mulher trabalha.

    PERODO DE AFASTAMENTO: 120 dias

    AMPLIAO DA LICENA: se o empregador participa do Programa Empresa Cidad, a licena pode ser de 180 dias.

    devida tambm na adoo.

    INCIO DO AFASTAMENTO: a partir de 1 ms antes do parto (conforme previsto na CLT).

    Durante a licena-maternidade os salrios so pagos pe-lo empregador, que deduz tais valores dos recolhimentos devidos Previdncia Social.

    LICENA-PATERNIDADE o direito do homem de afastar-se do traba-lho para acompanhamento da mulher e do fi-lho recm-nascido .

    PERODO DE AFASTAMENTO: 5 dias a partir do dia do nascimento da criana.

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  • 29,43 por filho20,74 por filho

    31,22 por filho22,00 por filho

    at 539,03at 810,18

    27,64 por filho19,48 por filho

    2010filho

    at 573,91at 862,60

    at 608,80at 915,05

    2011

    2012

    33,16 por filho23,36 por filho

    at 646,55at 971,78

    2013

    SALRIO-FAMLIABenefcio que a Previdncia Social oferece ao trabalhador que recebe salrio nos limites constantes da tabela abaixo e que tem filho de at 14 anos incompletos ou invlido.

    VALORES ATUAIS:

    O empregado deve entregar ao empregador cpia da cer-tido de nascimento dos filhos e apresentar a Carteira de Vacinao.

    No recebe salrio-famlia: quem ganha salrio maior do que os valores mais elevados descritos na tabela acima.

    O empregador deduz o valor do salrio-famlia das contri-buies previdencirias que recolhe Previdncia Social.

    COMO FUNCIONA?

    DIREITOS BSICOS DOS TRABALHADORES

    12 VOLTAR AO NDICE

  • Descumprimento do aviso autoriza desconto do valor do salrio nas parcelas rescisrias.

    PEDIDO DE DEMISSORESCISO DE CONTRATO

    O empregador preenche o Termo de Resciso do Contrato de Trabalho (TRCT) com a relao das parcelas devidas.

    Todas as parcelas devero ser calculadas considerando a mdia das horas extras prestadas.

    Pedido de Demisso deve ser feito por escrito e assinado.

    o rompimento do contrato de trabalho pelo empregado, sem que o empregador tenha dado motivo para isso.

    necessrio comunicar ao empregador com antecedn-cia e cumprir aviso prvio de 30 dias.

    CARTILHA DO TRABALHADOR

    13

    Empregado com mais de 1 ano de trabalho recebe:Saldo de salrio, salrio-famlia, 13 salrio proporcional, frias proporcionais e frias vencidas acrescidas de 1/3.

    Empregado com menos de 1 ano de trabalho recebe:Saldo de salrio, salrio-famlia, 13 salrio proporcional e frias proporcionais com acrscimo de 1/3.

    Quando pede demisso o empregado no tem direito de sacar os depsitos do FGTS, nem pode requerer Seguro-desemprego, pois parou de trabalhar por seu prprio inte-resse.

    O empregador pode dispensar o cumprimento do aviso prvio.

    VOLTAR AO NDICE

  • 14

    RESCISO DE CONTRATODISPENSA SEM JUSTA CAUSA o rompimento do contrato de trabalho por iniciativa do empregador, sem que o em-pregado tenha cometido falta grave.

    O empregador preenche o Termo de Resciso do Contra-to de Trabalho (TRCT) com a relao das parcelas devidas.Todas as parcelas devero ser calculadas considerando a mdia das horas extras prestadas e incluindo o perodo do aviso-prvio, adicional de insalubridade ou de periculosidade, adicional noturno, dentre outras vantagens.

    Ao receber o aviso-prvio, o empregado pode optar por reduo da jornada em 2 horas dirias ou reduo de 7 dias no perodo do aviso.

    Empregado recebe: aviso-prvio trabalhado ou indenizado, saldo de salrio, frias vencidas e proporcionais

    , 13 salrio proporcional, multa de 40% pela dispensa injusta (sobre os depsitos do FGTS). Pode, ainda, sacar os depsitos do FGTS e requerer o benefcio do Seguro-desemprego.

    acrescidas de 1/3

    * A Lei 12.506/11 estabelece que o aviso-prvio passa a ser proporcional ao tempo de trabalho na mesma empresa. O empregado que trabalhar at um ano na empresa, ao ser despedido sem justa causa, receber 30 dias de aviso-prvio e, para aqueles que trabalharam por mais tempo, ser acrescido ao aviso trs dias a cada ano, podendo-se chegar ao mximo de 90 dias.

    Deve levar: Termo de Resciso, guias do Seguro-desemprego e CTPS.Onde: Para o Seguro-desemprego: nos postos do SINE, DRT e agncias da CAIXA (onde no houver SINE ou DRT). Para o FGTS: em qualquer agncia da CAIXA.

    Na CTPS, deve constar como data de sada o dia de trmino do aviso-prvio, ainda que no trabalhado.

    Se a iniciativa do empregador ocorre dispensa sem justa causa. errado dizer "fui demitido". O certo "fui dispensado" ou "despedido".

    DIREITOS BSICOS DOS TRABALHADORES

    VOLTAR AO NDICE

  • 15

    Empregado e empregador comparecem no Sindicato dos Trabalhadores para homologao do rompimento do con-trato de trabalho e pagamento das parcelas devidas.

    O sindicato responsvel pela conferncia de todas as parcelas e valores pagos ao trabalhador. Eventuais diferenas devem ser registradas no verso do TRCT.

    O trabalhador no deve assinar nenhum documento sem que esteja assistido pelo seu Sindicato, nem deve devol-ver quaisquer valores ou cheques ao empregador aps a homologao.A homologao tambm pode ser feita nos rgos locais do Ministrio do Trabalho e Emprego, com a presena do empregado e do empregador.

    HOMOLOGAO PELO SINDICATOS

    PRAZO DE PAGAMENTO DAS PARCELAS RESCISRIAS:at o 1 dia til depois do trmino do contrato a prazo ou

    do cumprimento do aviso-prvio;at 10 dias aps a dispensa ou indenizao do aviso

    prvio.

    Vencidos esses prazos o empregador paga uma multa equivalente ao salrio do empregado.

    RECUSA DO EMPREGADO: o empregador deve depositar os valores em ao judicial na Justia do Trabalho.

    OBRIGATRIO APENAS NOS CONTRATOS SUPERIORESA 1 ANO DE TRABALHO. O ATO DE HOMOLOGAO GRATUITO. TAMBM NECESSRIO NO PEDIDO DE DEMISSO E NA DISPENSA SEM JUSTA CAUSA

    CARTILHA DO TRABALHADOR

    VOLTAR AO NDICE

  • 16

    o rompimento do contrato de trabalho em virtude de faltas graves cometidas pelo em-pregado ou pelo empregador.

    Exigir servios superiores s foras do empregado, trata-mento agressivo ou com rigor excessivo; expor o empre-gado a perigo; no pagar salrios ou outras obrigaes do contrato, ato lesivo honra do empregado ou de sua fam-lia; agresso fsica; reduo dos servios que afete o va-lor do salrio, dentre outras.

    DIREITOS BSICOS DOS TRABALHADORES

    RESCISO DE CONTRATODISPENSA POR JUSTA CAUSA

    O empregado no obrigado a concordar com a atitude do empregador, podendo discuti-la ao propor ao na Justia do Trabalho.

    Se h descumprimento do contrato pelo empregador ( atraso de salrios): autoriza o empregado a no continuar a prestao de servios, desde que comu-nique expressamente o motivo.

    por exemplo,

    Se a falta grave foi cometida pelo empregador:o empregado tem direito a todas as parcelas relativas dispensa sem justa causa.

    OCORRE EM CASOS DE:

    FALTA GRAVE DO

    EMPREGADOR

    VOLTAR AO NDICE

  • A lei no autoriza empregado e empregador a fazerem acerto para dissoluo do contrato, reduzindo os valores a que o trabalhador tem direito.

    fraude preencher os documentos da resciso para le-vantamento do FGTS, sem que o trabalhador tenha sido dispensado sem justa causa.

    Proibido registrar na Carteira de Trabalho que o emprega-do foi dispensado por justa causa.

    CARTILHA DO TRABALHADOR

    17

    O empregador obrigado a comunicar a dispensa por justa causa ao empregado, informando claramente o motivo.

    por escrito

    Empregado recebe: saldo de salrios, 13 salrio venci-do e frias vencidas.

    No tem direito de sacar depsitos do FGTS e requerer o Seguro Desemprego.

    Desonestidade, mau procedimento no trabalho, compor-tamento irregular, concorrncia com o empregador, des-dia, embriaguez no servio, violao de segredo empre-sarial, indisciplina, insubordinao, abandono do empre-go, agresso honra ou ofensas fsicas ao empregador ou terceiros, dentre outras.

    OCORRE EM CASOS DE:

    FALTA GRAVE DO

    EMPREGADO

    VOLTAR AO NDICE

  • FGTS

    Todos os trabalhadores empregados tm di-reito a uma conta de FGTS na Caixa Econmica Federal.

    necessrio ter a Carteira de Trabalho assinada.

    obrigao do empregador depositar todos os meses 8% do salrio (incluindo horas extras e adicionais salariais) do empregado na conta do FGTS.

    No h desconto desse valor no salrio do empregado.

    O saldo da conta pode ser sacado em caso de: dispensa injusta; trmino do contrato por prazo determinado; para aquisio da casa prpria; aposentadoria; aps 3 anos fora do regime do FGTS; doenas graves (ex: cncer e ; falecimento.

    AIDS)

    Em caso de dispensa sem justa causa:Empregador deve depositar na conta vinculada a indenizao de 40% sobre os depsitos do FGTS de todo o contrato de trabalho.

    A CAIXA Federal envia, regularmente, extrato da conta pa-ra o endereo do trabalhador.

    FUNDO DE GARANTIA DO TEMPO DE SERVIO

    DIREITOS BSICOS DOS TRABALHADORES

    18 VOLTAR AO NDICE

  • CARTILHA DO TRABALHADOR

    19

    SEGURO-DESEMPREGO

    Trabalhador desempregado, inclusive domstico, com Carteira de Trabalho anotada, dispensado sem justa causa.Se tiver, ao menos, 6 meses de trabalho antes da

    dispensa.Se no possuir renda para sustento prprio e da famlia.Se no estiver usufruindo benefcio do INSS (exceto

    penso por morte ou auxlio-acidente).

    ?Somente receber o Seguro-desemprego enquanto esti-ver desempregado, sem renda prpria.

    ?To logo conseguir novo emprego, deve comunicar CAIXA ou ao Ministrio do Trabalho para cancelar o rece-bimento do benefcio.

    ? proibido receber Seguro Desemprego depois de j estar empregado.

    QUEM TEM DIREITO?

    DEVER DO TRABALHADOR:

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  • Dever apresentar:?Carteira de Trabalho (CTPS);?Carteira de Identidade;?Guias do Seguro-desemprego;?Comprovante de inscrio no PIS;?Termo de Resciso do Contrato de Trabalho (TRCT);?2 ltimos recibos de salrios;?Comprovante de Saque do FGTS.

    Com o carto do cidado nas Lotricas, Caixa Aqui, ou em qualquer agncia da Caixa Econmica Federal.

    A partir do 7 ao 120 dia aps a data da dispensa para o empregado formal. Do 7 ao 90 dia aps a data de dispensa para empregado domstico, se o empregador tiver feito os depsitos do FGTS (pg. 25).No Ministrio do Trabalho e Emprego, ou no SINE, ou, ainda, nas Agncias da Caixa Econmica Federal.

    Depende do tempo de servio do trabalhador:

    06 a 11 meses de servio 03 parcelas12 a 23 meses de servio 04 parcelas24 a 36 meses de servio 05 parcelas

    Dever apresentar o comprovante de inscrio no PIS e:Carteira de Trabalho ouCarteira de Identidade ouCarteira de Motorista

    DIREITOS BSICOS DOS TRABALHADORES

    20

    QUANTAS PARCELAS?

    COMO REQUERER?

    COMO RECEBER?

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  • CARTILHA DO TRABALHADOR

    21

    ABONO DO PISPROGRAMA DE INTEGRAO SOCIAL

    ?Empregados cadastrados no PIS-PASEP h pelo menos 5 anos;?Quem recebeu salrio mdio mensal de at 2 salrios mnimos no ano base que est sendo considerado;?Quem teve anotada CTPS por pelo menos 30 dias no ano base (com registro na carteira);?Quem constou na RAIS - Relao Anual de Informaes Sociais (preenchida pelo empregador) - no ano base.

    QUEM TEM DIREITO?

    Quem tem conta na CAIXA recebe no ms de julho, no importando a data de nascimento.Junto com o salrio, se o empregador tiver convnio com a CAIXA.Nas agncias da CAIXA, conforme calendrio do PIS, com base na data de nascimento.O Abono tambm pode ser sacado nas Lotricas, salas de auto-atendimento e nos terminais do CAIXA AQUI por quem possui o Carto do Cidado, fornecido gratuitamente pela CAIXA.

    COMO RECEBER?

    O abono salarial pago aos trabalhadores empregados no valor equivalente a 1 salrio mnimo, 1 vez por ano.

    OBSERVAO: Os rendimentos e as quotas do PIS podem ser sacados nas agncias da CAIXA.

    Informe-se tambm pelo site www.caixa.gov. br.VOLTAR AO NDICE

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  • DIREITOS EDEVERES...

  • 24

    DOMSTICOEmpregado domstico o trabalhador que presta servios de natureza contnua e de fi-nalidade no lucrativa na residncia de uma pessoa ou de uma famlia.

    PODE SER CONSIDERADO EMPREGADO DOMSTICO:Quem realiza servios de limpeza, cozinha, lavagem de roupas, bab, caseiro, motorista particular, enfermeiro, jardineiro, chacareiro, dentre outros profissionais.

    DOCUMENTOS NECESSRIOS PARA ADMISSO:Carteira de Trabalho, referncias pessoais, atestado de sade e inscrio junto ao INSS.DIREITOS DO TRABALHADOR DOMSTICO:Salrio mnimo nacional ou piso salarial regional; repouso remunerado; 13 salrio; licena-gestante; licena-pater-nidade; aviso-prvio; benefcios da previdncia social; f-rias remuneradas acrescidas de 1/3; aposentadoria. Com a Emenda Constitucional n 72, de 2013, os direitos dos empregados domsticos foram ampliados. A situao ainda depende de regulamentao, mas j contempla: jornada de 8 h dirias e 44 h semanais, com possibilidade de compensao, horas extras, FGTS, seguro contra acidente do trabalho e auxlio-creche. O seguro-desemprego passa a ser devido em razo do recolhimento do FGTS.

    ROMPIMENTO DO CONTRATO: pode ocorrer sem justa cau-sa, a pedido do empregado, ou por justa causa (pg. 14/16).

    DIREITO DO EMPREGADOR:Exigir assinatura de recibos de pagamento de salrios, ms a ms, bem como de outras parcelas pagas.

    No pode haver descontos por alimentao, vesturio, higiene e moradia no local de trabalho.Estabilidade para a gestante at 5 meses aps o parto.

    proibido o trabalho domstico para o menor de 18 anos.

    DIREITOS E DEVERES DO TRABALHADOR...

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  • 25

    DO ADOLESCENTE EMPREGADOAdolescente: entre 12 e 18 anos de idade.Criana:at 12 anos incompletos.

    proibido pela Constituio Federal o trabalho de meno-res de 16 anos como empregado.

    Carteira de Trabalho assinada;Assinar recibos de salrio sem assistncia do respons-vel legal;Salrio mnimo legal, ou piso salarial da categoria profis-sional, ou piso salarial regional; Repouso semanal remunerado; Frias nos perodos escolares (mnimo de 30 dias); Depsitos do FGTS; Estabilidade por acidente do trabalho; Direitos previdencirios; No h prescrio de direitos;Todos os demais direitos garantidos aos trabalhadores em geral.

    Entre 14 e 16: o adolescente s pode trabalhar na condi-o de aprendiz.Entre 16 e 18 anos: proibido trabalho em condies pe-rigosas, insalubres, penosas, em horrio noturno, em lo-cais que prejudiquem a formao ou o desenvolvimento fsico, mental, psquico, moral e social do adolescente. proibido o trabalho em horrio ou local que dificulte fre-qncia Escola. proibido o trabalho domstico para o menor de 18 anos.

    16 a 18 anosDIREITOS DO ADOLESCENTE EMPREGADO

    DA PROTEO CRIANA E AO ADOLESCENTE

    CARTILHA DO TRABALHADOR

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  • 26

    14 a 24 anos

    ?Contrato de Trabalho Especial, por escrito, anotado na Carteira de Trabalho;?Garantir formao tcnica e profissional;?Jornada de trabalho mxima de 6 horas, se estiver

    cursando at a 9 srie;?Jornada de trabalho mxima de 8 horas, se estiver

    cursando o ensino mdio;?Proibida a realizao de horas extras;?Proibida a compensao de horas;?Prazo do contrato no mximo de 2 anos;?Certificado de qualificao profissional, dado pelo em-

    pregador.

    ?Anotao na Carteira de Trabalho.

    ?Controle da matrcula e freqncia do aprendiz na Escola.

    ?Inscrio do aprendiz em curso de formao profissional de entidades como SENAI, SENAC, SESI etc.

    Freqentar a escola e a empresa regularmente e nos horrios indicados.

    Est sujeito a advertncia e punies, inclusive rompi-mento do contrato por justa causa.

    Cumprir as tarefas determinadas.

    As microempresas e as empresas de pequeno porte esto dispensadas da matrcula do aprendiz em curso de formao profissional.

    ...DO APRENDIZ

    REQUISITOS DE VALIDADE DO CONTRATO DO APRENDIZ

    DEVERES DO APRENDIZ

    DIREITOS E DEVERES DO TRABALHADOR...

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  • 27

    DO ESTAGIRIOAdolescente maior de 16 anos, estudante, po-de trabalhar como estagirio, sem vnculo de emprego, em atividade de aprendizagem so-cial, profissional ou cultural em empresas p-blicas ou privadas, sob coordenao de insti-tuio de ensino.

    REQUISITOS DE VALIDADE DO CONTRATO DE ESTGIO

    Carga horria deo estgio: mximo de 6 horas por dia;30 horas semanais;sem prejudicar a frequncia escolar.

    Seguro de acidentes pessoais;Perodo mnimo de 1 semestre letivo;Durao mxima de 2 anos;Auxlio-transporte;Frias remuneradas e proporcionais.

    ?Ser estudante de curso superior, profissionalizante, ensino mdio ou escola de educao especial, de ensino pblico ou particular;?Convnio escrito entre empresa pblica ou privada e instituio de ensino que proporcione aprendizagem profissional e complementao do ensino;?Planejamento, execuo e avaliao do estgio pela instituio de ensino, conforme currculo e calendrio escolares;?Termo de compromisso entre o estudante e a empresa, com interveno da instituio de ensino.

    CARTILHA DO TRABALHADOR

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  • 28

    DIREITOS E DEVERES DO TRABALHADOR...

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  • 29

    DEVERES BSICOS DO EMPREGADO

    Executar suas atribuies com dedicao, conforme fixa-das no contrato de trabalho.

    Cumprir as ordens do empregador relacionadas s fun-es exercidas.

    Lealdade e fidelidade quanto aos planos da empresa so-bre os quais deve guardar segredo.

    Ser assduo (no faltar ao trabalho injustificadamente).

    Ser pontual (observar com rigor horrios de incio e trmi-no da jornada de trabalho).

    Manter comportamento de respeito com relao aos seus colegas, clientes e chefias.

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  • Tratamento urbano, cordial, com todos os empregados.

    Pagamento de salrios sem atraso.

    Pagamento de horas extras corretamente.

    No exigir assinatura do empregado em documento "em branco".

    Proporcionar ambiente de trabalho adequado e saudvel (iluminao, mveis, mquinas, equipamentos de prote-o, ferramentas, etc).

    Apoiar o trabalho da CIPA.

    No discriminar empregados em razo da cor, raa, sexo, ideologia ou religio, nem exigir da mulher teste de gravidez ou esterilizao, como condio ao emprego ou critrio de promoo ou dispensa.

    Permitir atuao regular dos dirigentes sindicais no contato com os empregados da empresa.

    Promover o bem estar dos empregados exercendo o po-der diretivo com bom senso, responsabilidade social e democracia.

    30

    DEVERES BSICOS DO EMPREGADOR

    DIREITOS E DEVERES DO TRABALHADOR...

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  • 1. Contratao por intermedirio (chamado gato) que faz promessas sedutoras;2. Isolamento. Geralmente propriedades rurais distantes da cidade. Mas tambm ocorre dentro das grandes cidades;3. Vigilncia constante, s vezes armada, pelos capangas, capatazes ou intermedirios;4. Ameaas fsicas e psicolgicas, surras e at morte;5. Proibio de sair do local de trabalho;6. Reteno indevida de documentos de identidade, ou da Carteira de Trabalho;7. Caderno de Dvida. Cobram do trabalhador as despesas de transporte, alojamento, alimentao, vesturio, calados e ferramentas;8. Salrio no pago porque a dvida do trabalhador maior;9. Trabalho pesado, sem limite de horrio, sem proteo e sem segurana;10. Condies de moradia e higiene precrias.

    A Lei urea aboliu a escravido h mais de 100 anos, mas ainda h trabalho escravo no Brasil. De 1995 a 2005 mais de 16 mil trabalhadores foram li-bertados nas aes dos grupos mveis do Ministrio do Trabalho, Polcia Federal e do Ministrio Pblico do Trabalho. Em 18 Estados, j foi encontrada alguma forma de trabalho escravo, humi-lhante, que fere a dignidade do trabalhador. Vamos combater essa praga que envergonha o nosso pas.

    Pena de 2 a 8 anos de priso (art. 149 do Cdigo Penal).

    No tenha medo. Voc no ser identificado.

    PRESTE ATENO EM ALGUMAS CARACTERSTICAS DO TRABALHO ESCRAVO:

    ESCRAVIDO CRIME!

    DENUNCIE.

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    TRABALHO ESCRAVO

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  • RGOSRESPONSVEIS

  • JUSTIA DO TRABALHO

    a Justia que resolve as demandas decorrentes das relaes de trabalho. Embo-ra a maior parte das aes seja proposta por empregados contra empregadores, as Varas do Trabalho solucionam litgios de interesse dos autnomos, eventuais, avulsos, dentre outros trabalhadores. uma casa de justia que faz valer os direitos dos trabalhadores brasileiros.

    A importncia da Justia do Trabalho pode ser constata-da numa simples informao estatstica: o desrespeito aos direitos trabalhistas responsvel pela existncia de mais de dois milhes de processos novos por ano nas Varas do Trabalho de todo o pas. So quase 6000 aes judiciais por dia.

    FUNO

    Cidado consciente reclama seus direitos. Para isso exis-te a Justia do Trabalho

    JUSTIA DO TRABALHO: pertence ao Poder Judicirio e somente nela se pode processar aes judiciais para condenar o empregador ou o tomador dos servios que deixou de pagar direitos do trabalhador.

    No se deve confundir a Justia do Trabalho com o Ministrio do Trabalho. Veja a principal diferena:

    MINISTRIO DO TRABALHO: vinculado ao Poder Executivo (Presidncia da Repblica); fiscaliza as empresas, vendo se esto cumprindo a lei; presta assistncia a emprega-dos e empregadores, solucionando dvidas sobre os direitos e deveres trabalhistas.

    33

    CARTILHA DO TRABALHADOR

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  • RGOS RESPONSVEIS

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    VARAS DO TRABALHO

    Localizadas nas cidades do interior e nas capitais.

    TRIBUNAIS REGIONAIS DO TRABALHO

    Localizados nas capitais e na cidade de Campinas/SP.

    Julgam recursos contra sentenas das Varas do Trabalho e aes como Mandado de Segurana, Habeas Corpus, Aes Rescisrias, dentre outros processos.

    TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO

    Sede em Braslia.

    Julga recursos contra decises dos Tribunais Regionais (TRTs).

    Contra decises do TST h direito a recurso ao Supremo Tribunal Federal (STF) em casos restritos, como afronta Constituio Federal.

    ESTRUTURA

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  • CARTILHA DO TRABALHADOR

    35

    Relatados os fatos, ser levada pelo advogado a reclamao Justia do Trabalho e marcada audincia.

    Na audincia so reunidas as provas, colhidos depoi-mentos das partes e das testemunhas. O ltimo ato a sentena que dir quem tem razo.

    Ausente o trabalhador no dia da audincia, o processo ser arquivado. Mas poder ingressar com nova ao.

    Ausente o empregador, o processo ser julgado reve-lia, isto , sem defesa. O Juiz proferir sentena, conside-rando verdadeiros os fatos segundo informaes do em-pregado.

    A Justia do Trabalho sabe da necessidade de maior rapi-dez nos julgamentos dos processos. Por isso, juzes e servidores atuam com dedicao: vrias inovaes na CLT esto ocorrendo; a informatizao tem ajudado mui-to; tudo para que os prazos sejam reduzidos e o trabalha-dor alcance, com a mxima agilidade possvel, o paga-mento de seus direitos.

    PRAZO PARA RECLAMAR (PRESCRIO):5 anos, durante o contrato de trabalho;2 anos, depois que o contrato termina.

    AES TRABALHISTAS

    Todo o trabalhador pode reclamar na Justia do Trabalho reparao aos seus direitos des-respeitados.

    Deve procurar a assistncia do seu Sindicato ou de advo-gado de sua confiana. Se assistido pelo Sindicato no ter despesas de custas e de advogado.

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  • ACORDOS JUDICIAIS

    O Juiz apresenta proposta de conciliao logo no incio da audincia, a partir de seu conhecimento do Direito e dos fatos noticiados pelas partes.Quando as propostas so muito distantes e no poss-vel aproxim-las, depois de colhidas as provas o Juiz do Trabalho faz nova tentativa de conciliao e conclui o pro-cesso para julgamento.Aceito o acordo, termina o litgio.Feito o pagamento, encerra-se o processo.

    Na Justia do Trabalho dedica-se especial estmulo s partes para que resolvam o pro-cesso por acordo.

    Nem o empregado, nem o empregador esto obrigados a aceitar propostas de acordo. Podem, sem constrangi-mentos, preferir aguardar o resultado do processo pela sentena judicial.

    A atuao dos advogados fundamental para esclarecer se a proposta de acordo razovel para os interesses de seus clientes.

    O acordo consciente sempre a melhor soluo para o processo.

    36

    RGOS RESPONSVEIS

    Descumprido o acordo, executa-se a dvida, isto , o Juiz manda que o devedor pague em 48 horas, ou ter penhorados bens que sero vendidos para que o trabalhador receba seus crditos. Geralmente h multa pelo atraso.

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  • Destinam-se, em geral, a garantir quele que "perdeu a ao", o direito de buscar novo exame do processo, para que se confirme ou modifique a sentena proferida pelo Juiz.

    RECURSOS JUDICIAIS

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    CARTILHA DO TRABALHADOR

    RECURSO: apresentado ao Tribunal Regional do Trabalho. O processo pode ser levado a julgamento em Braslia pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST) ou pelo Supre-mo Tribunal Federal (STF).

    Porm, a absoluta maioria das aes resolvida nas Va-ras do Trabalho e no Tribunal Regional (TRT).

    Se for vencido o empregado, e tiver feito declarao de que no tem condies de arcar com as despesas do pro-cesso, nada pagar.

    Se vencido o empregador, ter de pagar o valor das custas e depositar em juzo o valor da condenao que o Juiz determinar na sentena, ou o valor do depsito recursal.

    A existncia de vrias espcies de recursos tem sido res-ponsvel por grande parte da demora na tramitao dos processos na Justia do Trabalho.

    REQUISITOS PARA RECORRER: PAGAMENTO DAS CUSTAS

    EXECUO: Depois de julgado o recurso, inicia-se a exe-cuo definitiva da sentena para cobrar o devedor.

    Caso no pague, ter bens penhorados que sero vendi-dos para que o trabalhador receba o valor que a sentena determinou devido.

    VOLTAR AO NDICE

  • ?discriminao do empregado por sua origem, sexo, ida-de, raa ou cor, estado civil, crena religiosa, convico ideolgica ou poltica, condio fsica ou mental, ou orientao sexual;

    ?trabalho para o portador de deficincia fsica, visual, au-ditiva ou mental;

    ?liberdade e dignidade no emprego;

    ?relaes de trabalho e falsas cooperativas;

    ?condomnio de empregadores no meio rural;

    ?contrataes de servidores sem concurso pblico;

    ?combate ao trabalho forado;

    ?combate ao trabalho infantil;

    ?mediao e arbitragem de conflitos trabalhistas;

    ?fiscalizao do exerccio correto do direito de greve.

    RGOS RESPONSVEIS

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    Recebe denncias feitas por Sindicatos ou por emprega-dos e promove inquritos civis e aes judiciais para pro-teo e defesa de interesses do trabalhador, especial-mente quanto aos seguintes assuntos:

    MINISTRIO PBLICO DO TRABALHO

    rgo pblico que atua na defesa dos direitos dos trabalhadores, por meio das Procuradorias Regionais do Trabalho localizadas nas capitais de cada Estado da Federao e nos Ofcios situados nas principais cidades do interior.

    ATRIBUIES

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  • CARTILHA DO TRABALHADOR

    39

    As denncias de irregularidades nas relaes de emprego podem ser apresentadas a diversos rgos pblicos de sua cidade, tais como:

    pessoalmente ou pelo correio:

    pessoalmente ou pelo correio:

    ?Sindicato de Trabalhadores

    ?Gerncia do Ministrio do Trabalho e Emprego?Ofcios do Ministrio Pblico do Trabalho?Defensoria Pblica?Varas da Justia do Trabalho

    por telefone ou fax:

    por telefone ou fax:

    por e-mail:

    via internet no site:http://portal.mpt.gov.br/wps/portal/MPT/servicos/denuncia

    DENNCIAS

    @

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  • ONDE BUSCAR INFORMAES

    Procuradoria Regional do Trabalho

    Ministrio do Trabalho e Emprego:Gerncia Regional

    Ordem dos Advogados do Brasil - OAB

    Promotoria da Infncia e da Juventude

    Conselhos Tutelares

    Comisso de Direitos Humanos da Cmara de Vereadores

    Defensoria Pblica

    Ministrio Pblico do Trabalho (vide pg 38):

    INFORMAES

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    ASSISTNCIA JURDICA GRATUITA

    Qualquer trabalhador pode obter orientao gratuita sobre seus direitos trabalhistas, jun-to aos seguintes rgos e instituies:

    FACULDADES DE DIREITO

    CONSULTAS E INFORMAES

    SINDICATO DA CATEGORIA PROFISSIONAL

    DEFENSORIA PBLICA

    Todos os sindicatos tm advogados que prestam assessoria jurdica aos associados.

    As faculdades de Direito tm Assistncia Jurdica Gratuita s pessoas carentes.

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