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O Mercado de Trabalho Formal da Engenharia no Estado de Minas Gerais 2013 – 2014

cartilha mercado de trabalho 2013/2014

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O Mercado de

Trabalho Formal da

Engenharia no Estado

de Minas Gerais

2013 – 2014

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FONTE DE REFLEXÃO E MATÉRIA-PRIMA PARA NOSSA INTERVENÇÃO

O Sindicato de Engenheiros de Minas Gerais (Senge-MG), com o objetivo de dar continuidade

às análises dos anos anteriores, vem através da atualização da cartilha “Mercado de Trabalho Formal

da Engenharia no estado de Minas Gerais”, apresentar os principais resultados relacionados ao mercado

formal das profissões ligadas às áreas de Engenharia no biênio 2013-2014.

A elaboração deste estudo permite-nos fazer um monitoramento detalhado do papel

desempenhado pelo Engenheiro no país e no Estado, além de subsidiar com informações capazes de

auxiliar na elaboração de estratégia de ação do próprio movimento sindical, proporcionando assim, uma

compreensão do que vem acontecendo com estas áreas e a tendência do comportamento das mesmas

para o futuro. Daí a importância de se produzir este trabalho anualmente, pois conseguimos apresentar

aos gestores públicos, privados e à própria comunidade da Engenharia a história recente, a situação

atual, as perspectivas e os possíveis caminhos a se seguir, em termos de políticas e cursos de ação

sobre a Engenharia no Brasil.

Como já havíamos sinalizado na publicação passada1, os dados que serão apresentados neste

estudo apontam que as taxas de crescimento do emprego formal nas áreas de Engenharia

acompanharam, em certa medida, as movimentações do Produto Interno Bruto (PIB) registrado nos

últimos dois anos. Embora em 2014 tenha havido variação positiva no número de empregos formais,

este crescimento vem perdendo fôlego em comparação com os anos anteriores. Tivemos em Minas

Gerais em 2012, 27.548 empregos formais nas áreas de Engenharia. Em 2013 foram criados 333 novos

postos de trabalho e, em 2014 esse aumento foi de 303 novos contratos, totalizando 28.184 empregos

formalizados.

Chamam a atenção as características estruturais do mercado de trabalho no que tange à

distribuição das remunerações da mesorregião do Estado, do número de profissionais que recebiam

salários abaixo ao que determina a Lei 4.950-A/662, além das diferenças salariais na remuneração entre

Engenheiros e Engenheiras, que permaneceu assimétrica em favor dos homens, em diversas análises

com diferentes variáveis.

Por fim, o Senge-MG reforça seu posicionamento como entidade que luta e se esforça em

busca de ações necessárias para que se possa avançar na elaboração de estratégias e de ações

necessárias para a defesa da sua classe.

Raul Otávio da Silva Pereira

Presidente do Senge-MG

Gestão 2013-2016

1 Mercado de Trabalho Formal da Engenharia em Minas Gerais – 2012-2013, elaborado pelo Senge. 2 Lei nº 4.950-A de 22 de abril de 1966 - Dispõe sobre a remuneração de profissionais diplomados em Engenharia, Química,

Arquitetura, Agronomia e Veterinária.

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O MERCADO DE TRABALHO FORMAL DA ENGENHARIA EM MINAS GERAIS

1

Sumário

APRESENTAÇÃO ......................................................................................................................... 2

INTRODUÇÃO ............................................................................................................................... 4

MERCADO DE TRABALHO – PRINCIPAIS RESULTADOS ........................................................ 5

1. DIMENSÃO E CARACTERÍSTICAS DA CATEGORIA ...................................................... 5

1.1 Número de ocupações da Engenharia e distribuição geográfica ......................................... 5

1.2 Evolução do número de vínculos na Engenharia segundo especialidades .......................... 7

1.3 Evolução do número de vínculos na Engenharia segundo o gênero ................................. 12

1.4 Ocupações da Engenharia segundo a faixa etária ............................................................. 15

1.5 Ocupações da Engenharia segundo grau de escolaridade ................................................ 19

2. CARACTERÍSTICAS DOS ESTABELECIMENTOS ......................................................... 21

2.1 Setor de Atividade Econômica ........................................................................................... 21

2.2 Tamanho dos Estabelecimentos ........................................................................................ 27

2.3 Natureza jurídica dos estabelecimentos ........................................................................... 30

3. CARACTERÍSTICAS DOS VÍNCULOS EMPREGATÍCIOS ............................................. 32

3.1 Tempo no emprego ............................................................................................................ 32

3.2 Análise da remuneração .................................................................................................... 35

3.2.1. Análise média da remuneração ....................................................................................... 35

3.2.2. Distribuição da remuneração em Minas Gerais ............................................................... 41

3.3 Jornada de trabalho ........................................................................................................... 44

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................................. 46

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O MERCADO DE TRABALHO FORMAL DA ENGENHARIA EM MINAS GERAIS

2

APRESENTAÇÃO

O objetivo do presente estudo é apresentar informações sobre a situação dos profissionais que

atuam no mercado de trabalho da Engenharia no estado de Minas Gerais e, como uma variável

comparativa, as mesmas informações das ocupações da Engenharia no Brasil para os anos de 2013 e

2014.

Para tanto, foram analisados os dados constantes da RAIS – Relação Anual de Informações

Sociais3 – referentes às ocupações relacionadas aos ramos da Engenharia no Brasil e em Minas Gerais,

no ano de 2014.

A RAIS é um registro administrativo do Ministério do Trabalho e Emprego que coleta, através

de formulários de preenchimento obrigatório pelos estabelecimentos empresariais, uma série de

informações sobre os trabalhadores com vínculos contratuais formalizados, quais sejam, os que

possuem registro em carteira de trabalho (celetistas) e os contratados em regime estatutário.

Os dados da RAIS são importantes fontes estatísticas para o estudo do mercado de trabalho,

pois possibilitam a obtenção de dados mais desagregados em termos geográficos, setoriais,

ocupacionais, de nível regional, classe de atividades, natureza jurídica, dentre outras.

Vale ressaltar que as estatísticas da RAIS vêm sendo amplamente utilizadas pelo governo na

elaboração de diagnósticos sobre o mercado de trabalho, monitoramento e avaliação de políticas

públicas, e também como subsídio à elaboração de pesquisas estatísticas de outras instituições e

diversos segmentos da sociedade (empresas, acadêmicos, sindicatos, etc.).

Para execução deste estudo, definiu-se, com base nas famílias ocupacionais discriminadas na

CBO – Classificação Brasileira de Ocupações – 20024 o grupo de profissionais da Engenharia a ser

analisado, que é apresentado na Tabela 1 a seguir.

3 Instituída pelo Decreto nº 76.900/75, de 23 de Dezembro de 1975. 4 Neste trabalho, foram mantidas as famílias de ocupações utilizadas no estudo anterior: “O mercado formal de trabalho da

Engenharia no Estado de Minas Gerais – 2012/2013”, elaborado pelo DIEESE para o Sindicato de Engenheiros de Minas

Gerais e publicado pelo SENGE-MG em 2013.

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O MERCADO DE TRABALHO FORMAL DA ENGENHARIA EM MINAS GERAIS

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Tabela 1: Profissionais da Engenharia

Código CBO Nome das famílias ocupacionais

2021 Engenheiros mecatrônicos

2032 Pesquisadores de Engenharia e tecnologia

2122 Engenheiros de computação

2131 Físicos

2133 Profissionais das ciências atmosféricas e espaciais e de astronomia

2134 Geólogos, oceanógrafos, geofísicos e afins

2140 Engenheiros ambientais

2142 Engenheiros civis e afins

2143 Engenheiros eletricistas, eletrônicos e afins

2144 Engenheiros mecânicos e afins

2145 Engenheiros químicos e afins

2146 Engenheiros metalurgistas, de materiais e afins

2147 Engenheiros de minas e afins

2148 Engenheiros agrimensores e Engenheiros cartógrafos

2149 Engenheiros de produção, qualidade, segurança e afins

2221 Engenheiros agrossilvipecuários

2222 Engenheiros de alimentos Fonte: Classificação Brasileira de Ocupações – Elaboração: Senge-MG

É importante lembrar que os dados da RAIS contemplam apenas os vínculos do mercado

formal de trabalho e o presente estudo não abrange o mercado de trabalho total da Engenharia. Trata-

se de uma limitação para a compreensão da categoria como um todo, tendo em vista as limitações em

se obter informações sobre os profissionais que trabalham sem vínculo formal, como os autônomos e

aqueles que possuem registro de Pessoa Jurídica para a prestação de seus serviços.

É importante mencionar aqui alguns aspectos que caracterizam a pesquisa RAIS. A RAIS,

como toda fonte de informação, apresenta vantagens e limitações que devem ser consideradas, tais

como a possibilidade de atrasos no envio dos formulários, o que pode levar a não inclusão das

informações de alguns estabelecimentos; erros, omissões ou informações incorretas no preenchimento

da declaração; e alteração da classificação de informações relativas a um mesmo vínculo já registrado

em anos anteriores.

Vale citar que o estoque de empregos examinado é o registrado em 31 de dezembro do ano

de referência e corresponde ao total de vínculos empregatícios efetivados. Isso significa que os números

apresentados não se referem ao número de pessoas empregadas, mas aos vínculos estabelecidos no

período, sendo que uma mesma pessoa pode ter mais de um vínculo de trabalho.

Deve-se ressaltar que os profissionais da Engenharia que ocupam cargos de direção podem

não estar computados nos números aqui analisados, uma vez que é facultado ao empregador registrá-

los na RAIS sob a nomenclatura de Engenheiros ou de diretores/gerentes. Neste último caso, não é

obrigatória a especificação da formação profissional, o que inviabiliza a identificação dos

diretores/gerentes formados em Engenharia. Ademais, sabe-se que alguns profissionais, mesmo

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O MERCADO DE TRABALHO FORMAL DA ENGENHARIA EM MINAS GERAIS

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ocupando funções da Engenharia, podem não ser assim registrados, o que contribui para que o número

de Engenheiros apresentado neste estudo possa estar subestimado.

INTRODUÇÃO

Em 2014, o mercado de trabalho formal brasileiro que reúne contratos de trabalho celetista –

com carteira de trabalho assinada, como define a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) – e

estatutário – relativo aos trabalhadores contratados segundo o estatuto do funcionalismo público –

terminou o ano de 2014 com um estoque de 49,5 milhões de vínculos de trabalho5, mantendo a tendência

de expansão verificada nos últimos anos.

Através da Tabela 2, nota-se que houve uma redução significativa tanto na variação dos

estoques de empregos do Brasil quanto dos de Minas Gerais, quando comparado o ano de 2013 em

relação a 2012, em que o crescimento foi de 3,14% e 2,61% respectivamente.

De 2013 para 2014, o número de postos de trabalho formais no Brasil teve um incremento de

1,27% no período analisado. Já em Minas Gerais, em 2014 houve um aumento de aproximadamente 15

mil, ou seja, cerca de 0,29% de novos postos de trabalho em comparação ao ano de 2013.

Embora o mercado de trabalho formal no Brasil e em Minas Gerais no período em análise

demonstre variação positiva nas taxas de crescimento, observa-se que as mesmas desaceleraram em

relação aos anos imediatamente anteriores.

Tabela 2: Número e taxa de variação (%) dos postos de trabalhos formais – Brasil e Minas Gerais - 2013 e 2014

2012 2013 2014 Variação

2013/2012 Variação

2014/2013

Brasil 47.458.712 48.948.433 49.571.510 3,14% 1,27%

Minas Gerais 4.928.225 5.057.080 5.071.906 2,61% 0,29%

Fonte: Classificação Brasileira de Ocupações – Elaboração: Senge-MG

Diante deste cenário, que ainda se mantinha favorável, será averiguada neste estudo a

evolução da situação dos profissionais de Engenharia, com especial atenção para os setores de atividade

em que os Engenheiros estão empregados, as remunerações, gênero, escolaridade entre outros

aspectos do mercado de trabalho.

5 Na nomenclatura da RAIS, um vínculo corresponde a um contrato de trabalho, e este representa um emprego. Observe-se que isso não corresponde ao número de trabalhadores, posto que um trabalhador pode ter mais de um contrato de trabalho.

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O MERCADO DE TRABALHO FORMAL DA ENGENHARIA EM MINAS GERAIS

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MERCADO DE TRABALHO – PRINCIPAIS RESULTADOS

1. DIMENSÃO E CARACTERÍSTICAS DA CATEGORIA

1.1 Número de ocupações da Engenharia e distribuição geográfica

Em 2014 havia no Brasil 49,5 milhões de vínculos ativos, entre os quais mais de 269 mil eram

famílias ocupacionais relacionadas às Engenharias, representando, portanto, 0,54% do total de vínculos

formais brasileiro, exatamente a mesma proporção observada no ano de 2013.

O Gráfico 1 representa a distribuição do estoque de empregos formais em 2014 entre as

grandes regiões do Brasil. Como pode-se observar, a região Sudeste concentrou 61,4% dos postos de

trabalho nas áreas de Engenharia, seguida pela região Sul, que representou 15,3%.

Gráfico 1 – Distribuição dos postos de Engenharia por região do Brasil - 2014

Fonte: RAIS/MTE – Elaboração Senge-MG

No que se refere à distribuição do total de vínculos formais da economia brasileira por região,

conforme demonstra a Tabela 3, o Sudeste concentrava, em 2014, 50,0% do total, seguido pelo Nordeste

e Sul, com 18,4% e 17,2%, respectivamente; observa-se queda da participação da região Sudeste,

aumento de mais 206 mil novos postos na região Nordeste e permanência dos mesmos 17,2% de

participação da região Sul, em relação ao ano de 2013.

No ano de 2014, os postos de trabalho vinculados aos ramos da Engenharia apresentavam

maior concentração na região Sudeste, com 61,4% em relação à totalidade do mercado. Já a região Sul

concentrava 15,3% dos vínculos formais, enquanto a região Nordeste representava 12,7% do total. Em

relação às regiões Centro-Oeste e Norte, os vínculos ligados à Engenharia foram, respectivamente, de

6,4% e 4,2%. Com isto, em 2014, nota-se retração da participação do Nordeste e Sudeste em relação a

2013.

Norte: 4,2%

Nordeste: 12,7%

Sudeste: 61,4%

Sul: 15,3%

Centro-Oeste: 6,4%

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O MERCADO DE TRABALHO FORMAL DA ENGENHARIA EM MINAS GERAIS

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Tabela 3: Número e distribuição (%) do total de postos de trabalho e dos postos de trabalho da Engenharia, segundo as regiões do Brasil – 2013 e 2014

Região

Total de vínculos Vínculos da Engenharia

2013 2014 2013 2014

Total % Total % Total % Total %

Norte 2.743.248 5,6% 2.801.469 5,7% 11.092 4,2% 11.396 4,2%

Nordeste 8.926.710 18,2% 9.132.863 18,4% 34.259 12,9% 34.346 12,7%

Sudeste 24.623.001 50,3% 24.792.464 50,0% 164.717 62,0% 165.397 61,4%

Sul 8.415.302 17,2% 8.550.246 17,2% 38.857 14,6% 41.280 15,3%

Centro-Oeste 4.240.172 8,7% 4.294.468 8,7% 16.656 6,3% 17.154 6,4%

Total 48.948.433 100,0% 49.571.510 100,0% 265.581 100% 269.573 100% Fonte: Classificação Brasileira de Ocupações – Elaboração: Senge-MG

A seguir, a Tabela 4 aponta que, no ano de 2014, na região Sudeste, o estado de São Paulo

concentrou a maior parcela dos vínculos formais de trabalho no ramo da Engenharia, apresentando

percentual de 55,6%, que demonstra crescimento em relação ao ano anterior na ordem de 972. O estado

de Minas Gerais apresentou, em 2014, 17,0% do total de vínculos contratuais formais no setor, enquanto

o Rio de Janeiro obteve retração de quase de 780 vínculos, passando de 24,9%, em 2013, para 24,4%,

em 2014.

Tabela 4: Número e distribuição (%) dos vínculos contratuais formais nas ocupações de Engenharia na região Sudeste, segundo as unidades da federação - 2013 e 2014

Região 2013 2014

Total % Total %

São Paulo 91.067 55,3% 92.039 55,6%

Rio de Janeiro 41.066 24,9% 40.289 24,4%

Minas Gerais 27.881 16,9% 28.184 17,0%

Espírito Santo 4.703 2,9% 4.885 3,0%

Total 164.717 100% 165.397 100,0% Fonte: Classificação Brasileira de Ocupações – Elaboração: Senge-MG

A Tabela 5 reúne dados sobre a região Sul do Brasil. Nota-se que o estado do Paraná detém a

maior participação na distribuição dos vínculos contratuais no setor da Engenharia, concentrando, em

2014, 40,5% das ocupações na área. Em seguida, o Rio Grande do Sul somou 33,2% das ocupações e

Santa Catarina 26,3%. Em relação ao ano de 2013, tem-se incremento de 1.136 novos contratos de

trabalho na área de Engenharia no Paraná, de 798 em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul de 489.

Tabela 5: Número e distribuição (%) dos vínculos contratuais formais nas ocupações de Engenharia na região Sul, segundo as unidades da federação - 2013 e 2014

Região 2013 2014

Total % Total %

Paraná 15.580 40,1% 16.716 40,5%

Rio Grande do Sul 13.232 34,1% 13.721 33,2%

Santa Catarina 10.045 25,9% 10.843 26,3%

Total 38.857 100,0% 41.280 100,0% Fonte: Classificação Brasileira de Ocupações – Elaboração: Senge-MG

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O MERCADO DE TRABALHO FORMAL DA ENGENHARIA EM MINAS GERAIS

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Na região Nordeste, no ano de 2014, o estado da Bahia apresentou participação de 30,8% nas

ocupações das vagas de trabalho do setor da Engenharia. Em seguida temos Pernambuco com 23,3%

e Ceará com 12,8%. Em relação aos estados que apresentaram menores índices de participação na

distribuição dos vínculos contratuais no setor, encontram-se Alagoas, com 3,8% e Piauí com 3,9%. Entre

2013 e 2014, observa-se aumento da participação da Bahia, do Ceará, da Paraíba, do Piauí e de Alagoas.

Sergipe manteve 5,3%, como observado em 2013, enquanto que os estados de Pernambuco, Maranhão

e Rio Grande do Norte tiveram redução nas suas participações, conforme Tabela 6 a seguir.

Tabela 6 - Número e distribuição (%) dos vínculos contratuais formais nas ocupações de Engenharia na região Nordeste, segundo as unidades da federação

2013 e 2014

Região 2013 2014

Total % Total %

Bahia 10.505 30,7% 10.582 30,8%

Pernambuco 8.313 24,3% 8.000 23,3%

Ceará 4.183 12,2% 4.409 12,8%

Maranhão 2.568 7,5% 2.424 7,1%

Rio Grande do Norte 2.308 6,7% 2.271 6,6%

Paraíba 2.033 5,9% 2.227 6,5%

Sergipe 1.813 5,3% 1.814 5,3%

Piauí 1.286 3,8% 1.328 3,9%

Alagoas 1.250 3,6% 1.291 3,8%

Total 34.259 100,0 34.346 100,0 Fonte: Classificação Brasileira de Ocupações – Elaboração: Senge-MG

1.2 Evolução do número de vínculos na Engenharia segundo especialidades

A Tabela 7 e a Tabela 8 indicam alterações na distribuição dos vínculos das diversas

modalidades da Engenharia no decorrer do período entre 2012 e 2014.

A análise comparativa entre os anos de 2013 e 2014 indicam ampliação de 1,5% dos vínculos

formais de trabalho no ramo da Engenharia, variação menor em relação aos 3,5% observados em 2012

e 2013. Apesar de apresentar variação positiva de 1,5% entre os anos de 2013 e 2014, no âmbito geral,

o exame de cada uma das 17 especialidades aponta que, pelo menos 53,0% dessas apresentaram

variação negativa (ou seja, 9 das 17 especialidades), destacando-se a Engenharia Eletroeletrônica com

retração de 4,5% em 2014, com fechamento de 1.635 postos de trabalho, como indicado na Tabela 7,

adiante.

As maiores quedas na taxa de variação observadas entre 2013 e 2014, em relação ao período

anterior (2012 e 2013), referem-se às seguintes especialidades: Físicos, de 10,9% para

(-3,7%); Metalurgistas e de Materiais, de 6,8% para (-3,4%); Agrimensores e Cartógrafos, de 3,3% para

(-2,0%); Mecânicos, de 2,8% para (-1,4%); e Engenheiros Químicos, de 1,3% para

(-3,0%).

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O MERCADO DE TRABALHO FORMAL DA ENGENHARIA EM MINAS GERAIS

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Tabela 7: Número de vínculos contratuais formais nas ocupações de Engenharia e taxa de variação (%), segundo especialidade – Brasil – 2012, 2013 e 2014

Especialidade 2012 2013 2014 Taxa de Variação

2012/2013

Taxa de Variação

2013/2014

Engenheiros mecatrônicos 368 1.494 2.274 306,0% 52,2%

Engenheiros de alimentos e afins 177 315 424 78,0% 34,6%

Engenheiros ambientais e afins 1.222 2.004 2.648 64,0% 32,1%

Engenheiros de computação 4.912 5.529 6.320 12,6% 14,3%

Engenheiros industriais, de produção e segurança. 37.846 40.108 42.630 6,0% 6,3%

Pesquisadores de Engenharia e tecnologia 8.760 9.783 10.366 11,7% 6,0%

Engenheiros agrossilvipecuários 23.703 24.311 24.795 2,6% 2,0%

Engenheiros civis e afins 80.984 83.130 84.097 2,6% 1,2%

Geólogos e geofísicos 6.508 6.496 6.441 -0,2% -0,8%

Engenheiros mecânicos 32.942 33.858 33.379 2,8% -1,4%

Engenheiros agrimensores e Engenheiros cartógrafos 973 1.005 985 3,3% -2,0%

Engenheiros químicos 10.775 10.913 10.585 1,3% -3,0%

Engenheiros metalurgistas e de materiais 3.557 3.799 3.671 6,8% -3,4%

Engenheiros de minas 5.088 4.896 4.713 -3,8% -3,7%

Físicos 1.083 1.201 1.156 10,9% -3,7%

Profissionais do espaço e da atmosfera 367 359 344 -2,2% -4,2%

Engenheiros eletroeletrônicos e afins 37.272 36.380 34.745 -2,4% -4,5%

Total 256.537 265.581 269.573 3,5% 1,5%

Fonte: Classificação Brasileira de Ocupações – Elaboração: Senge-MG

Observa-se ainda, que entre os 17 ramos da Engenharia, 53,0% (nove especialidades)

apresentaram variação negativa nas ocupações dos postos de trabalho, no período entre 2013 e 2014

(como citado anteriormente), em comparação com os anos de 2012 e 2013, onde se observou variação

negativa de apenas 24,0% (quatro especialidades), conforme a Tabela 7.

Assim como no período de 2012 a 2013, a Engenharia Mecatrônica obteve a maior taxa de

variação em relação ao número de ocupações formais, representando o total de 306,0%6. Entre 2013 e

2014, essa especialidade manteve a maior taxa de variação, com 52,2%. Contudo, observa-se redução

na taxa de variação de 306,0% passando a ser de 52,2%, representando um crescimento inferior ao

observado no período anterior.

Analisando a Tabela 8, pode-se concluir que no Brasil, em 2014, a Engenharia Civil concentrou

31,2% do total de vínculos do ramo, correspondendo à especialidade com maior número de empregos

formalizados. Em seguida, as Engenharias Industrial, de Produção e Segurança somaram 15,81% do

total, enquanto a Engenharia Eletroeletrônica apresentou 12,89% de ocupações de postos de trabalho,

como se observa na Tabela 8.

6 Convém ressaltar que esse valor pode estar enviesado devido ao fato de que os vínculos podem ter sido registrados conforme consta na pesquisa, mas, de fato, a formação do ocupante do vínculo pode ser distinta.

Page 11: cartilha mercado de trabalho 2013/2014

O MERCADO DE TRABALHO FORMAL DA ENGENHARIA EM MINAS GERAIS

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Tabela 8: Distribuição (%) dos vínculos contratuais formais nas ocupações de Engenharia, segundo especialidade – Brasil – 2013 e 2014

Especialidade 2013 2014

Engenheiros civis e afins 31,30% 31,20%

Engenheiros industriais, de produção e segurança 15,10% 15,81%

Engenheiros eletroeletrônicos e afins 13,70% 12,89%

Engenheiros mecânicos 12,75% 12,38%

Engenheiros agrossilvipecuários 9,15% 9,20%

Engenheiros químicos 4,11% 3,93%

Pesquisadores de Engenharia e tecnologia 3,68% 3,85%

Geólogos e geofísicos 2,45% 2,39%

Engenheiros em computação 2,08% 2,34%

Engenheiros de minas 1,84% 1,75%

Engenheiros metalurgistas e de materiais 1,43% 1,36%

Engenheiros ambientais e afins 0,75% 0,98%

Engenheiros mecatrônicos 0,56% 0,84%

Físicos 0,45% 0,43%

Engenheiros agrimensores e Engenheiros cartógrafos 0,38% 0,37%

Engenheiros de alimentos e afins 0,12% 0,16%

Profissionais do espaço e da atmosfera 0,14% 0,13%

Total 100% 100% Fonte: Classificação Brasileira de Ocupações – Elaboração: Senge-MG

No que se refere à distribuição dos vínculos contratuais formais nas ocupações do setor de

Engenharia no Brasil, tem-se que a Engenharia Civil e afins manteve o primeiro lugar em relação às

demais especialidades, com percentual 31,20% para o ano de 2014. Nota-se que houve redução de

0,10% de participação em comparação ao ano anterior. Entre os setores com maior crescimento

percentual em 2014, destacam-se, entre outras: Mecatrônica, com 0,84%; Engenharia Ambiental, com

0,98%; e Engenharia de Computação, com 2,34%.

Especificamente no estado de Minas Gerais, conforme pode-se extrair do Gráfico 2 e da Tabela

9 - Distribuição dos vínculos contratuais formais nas ocupações da Engenharia, o setor de Engenharia

Civil e afins manteve-se no topo das contratações, conservando-se praticamente estável entre os anos

de 2013 e 2014, com diminuição de 0,03%, passando de 33,35% para 33,32%. A especialidade que

apresentou maior crescimento nas contratações no período analisado foi a Engenharia Industrial, de

Produção e Segurança, essa passou de 15,40% em 2013 para 15,95% em 2014. Destaca-se um

aumento nas demais especialidades da Engenharia (Outros), que em 2013 era de 10,77% para 11,07%

em 2014.

Page 12: cartilha mercado de trabalho 2013/2014

O MERCADO DE TRABALHO FORMAL DA ENGENHARIA EM MINAS GERAIS

10

Gráfico 2: Distribuição (%) dos vínculos contratuais formais nas ocupações da Engenharia, segundo especialidade – Minas Gerais – 2013 e 2014

Fonte: RAIS/MTE – Elaboração Senge-MG

A Tabela 9 indica o número de vínculos contratuais formais nas ocupações da Engenharia e a

taxa de variação no estado de Minas Gerais. As especialidades que apresentaram maior taxa de

variação, entre 2013 e 2014, são as Engenharias Ambiental e afins, com 50,5% de vínculos contratuais;

Alimentos e afins, com 30,0%; Mecatrônica, com 29,5%; e Engenharia da Computação, com 23,9%.

Observa-se que, em 2014, foram ocupados 322 postos de trabalho na área de Engenharia Ambiental e

afins, enquanto em 2013 foram ocupados 214 postos.

As menores taxas de variação relacionam-se aos profissionais do espaço e da atmosfera, com

variação negativa de (–23,1%) em relação a 2013, com redução de três postos de trabalho. Em números

absolutos, a maior retração foi observada no setor de Engenharia Eletroeletrônica, com redução de 193

postos de trabalho, passando de 3.262, em 2013, para 3.069, em 2014. Em seguida, a Engenharia

Metalúrgica e de Materiais apresentou queda de 106 postos de trabalhos ocupados entre 2013 e 2014,

conforme a Tabela 9.

2013

2014

ENGENHEIROS CIVIS E AFINS

ENGENHEIROS INDUSTRIAIS, DEPRODUCAO E SEGURANCA

ENGENHEIROSELETROELETRONICOS E AFINS

ENGENHEIROSAGROSSILVIPECUARIOS

ENGENHEIROS MECANICOS

PESQUISADORES DEENGENHARIA E TECNOLOGIA

ENGENHEIROS DE MINAS

OUTROS

Page 13: cartilha mercado de trabalho 2013/2014

O MERCADO DE TRABALHO FORMAL DA ENGENHARIA EM MINAS GERAIS

11

Tabela 9: Número de vínculos contratuais formais nas ocupações da Engenharia e taxa de variação (%), segundo especialidade – Minas Gerais – 2013 e 2014

Especialidade 2013 2014 Variação

Engenheiros ambientais e afins 214 322 50,5%

Engenheiros de alimentos e afins 30 39 30,0%

Engenheiros mecatrônicos 224 290 29,5%

Engenheiros em computação 435 539 23,9%

Engenheiros industriais, de produção e segurança. 4.293 4.496 4,7%

Pesquisadores de Engenharia e tecnologia 1.659 1.711 3,1%

Engenheiros civis e afins 9.297 9.391 1,0%

Engenheiros mecânicos 2.194 2.216 1,0%

Engenheiros agrossilvipecuários 2.520 2.532 0,5%

Engenheiros de minas 1.654 1.650 -0,2%

Geólogos e geofísicos 741 726 -2,0%

Físicos 61 59 -3,3%

Engenheiros agrimensores e Engenheiros cartógrafos 180 170 -5,6%

Engenheiros eletroeletrônicos e afins 3.262 3.069 -5,9%

Engenheiros químicos 464 430 -7,3%

Engenheiros metalurgistas e de materiais 640 534 -16,6%

Profissionais do espaço e da atmosfera 13 10 -23,1%

Total 27.881 28.184 1,1% Fonte: Classificação Brasileira de Ocupações – Elaboração: Senge-MG

Através da Tabela 10 pode-se visualizar o percentual de participação das áreas da Engenharia

em Minas Gerais nos anos de 2013 e 2014 em ordem decrescente, estando no topo das participações

com 33,32% em 2014 as Engenharias civis, seguido pelos Engenheiros industriais, de produção e

segurança com 15,95% e eletroeletrônicos com 10,89% de participação.

Tabela 10: Distribuição (%) de vínculos contratuais formais nas ocupações da Engenharia, segundo principais especialidades – Minas Gerais – 2013 e 2014

Especialidade 2013 2014

Engenheiros civis e afins 33,35% 33,32%

Engenheiros industriais, de produção e segurança 15,40% 15,95%

Engenheiros eletroeletrônicos e afins 11,70% 10,89%

Engenheiros agrossilvipecuários 9,04% 8,98%

Engenheiros mecânicos 7,87% 7,86%

Pesquisadores de Engenharia e tecnologia 5,95% 6,07%

Engenheiros de minas 5,93% 5,85%

Outros 10,77% 11,07%

Total 100,00% 100,00%

Fonte: Classificação Brasileira de Ocupações – Elaboração: Senge-MG

A Tabela 11 apresenta a proporção de vínculos contratuais formais das Engenharias em Minas

Gerais em relação ao total de vínculos observados no Brasil, nos anos de 2013 e 2014.

Page 14: cartilha mercado de trabalho 2013/2014

O MERCADO DE TRABALHO FORMAL DA ENGENHARIA EM MINAS GERAIS

12

Observa-se que em Minas Gerais, tanto no ao ano de 2013 como de 2014, apenas três

especialidades possuem mais de 10% dos vínculos, concentrando um total de pouco mais de 60% (em

relação ao Brasil, quatro especialidades concentram 72,28% dos vínculos). Dessas três em Minas

Gerais, destaca-se positivamente apenas o setor de Engenharia Industrial, de Produção e Segurança,

com um aumento de 15,4% em 2013 para 15,95% em 2014.

Por outro lado, entre as demais especialidades restantes (14 no total) que somam

aproximadamente 40% dos vínculos no estado de Minas Gerais, apenas cinco delas apresentaram

crescimento, com destaque para as três primeiras: Pesquisadores de engenharia e tecnologia (de 5,95%

em 2013 para 6,07% em 2014); Engenheiros de computação (de 1,56% em 2013 para 1,91% em 2014);

e Engenheiros ambientais e afins (de 0,77% em 2013 para 1,14% em 2014).

Tabela 11: Proporção (%) de vínculos contratuais formais nas ocupações das Engenharias em Minas Gerais sobre total de vínculos contratuais formais nas ocupações das Engenharias no

Brasil, segundo especialidades – 2013 e 2014

BRASIL MG

Especialidade 2013 2014 2013 2014

Engenheiros civis e afins 31,30% 31,20% 33,35% 33,32%

Engenheiros industriais, de produção e segurança 15,10% 15,81% 15,40% 15,95%

Engenheiros eletroeletrônicos e afins 13,70% 12,89% 11,70% 10,89%

Engenheiros mecânicos 12,75% 12,38% 7,87% 7,86%

Engenheiros agrossilvipecuários 9,15% 9,20% 9,04% 8,98%

Engenheiros químicos 4,11% 3,93% 1,66% 1,53%

Pesquisadores de engenharia e tecnologia 3,68% 3,85% 5,95% 6,07%

Geólogos e geofísicos 2,45% 2,39% 2,66% 2,58%

Engenheiros de computação 2,08% 2,34% 1,56% 1,91%

Engenheiros de minas 1,84% 1,75% 5,93% 5,85%

Engenheiros metalurgistas e de materiais 1,43% 1,36% 2,30% 1,89%

Engenheiros ambientais e afins 0,75% 0,98% 0,77% 1,14%

Engenheiros mecatrônicos 0,56% 0,84% 0,80% 1,03%

Físicos 0,45% 0,43% 0,22% 0,21%

Engenheiros agrimensores e engenheiros cartógrafos

0,38% 0,37% 0,65% 0,60%

Engenheiros de alimentos e afins 0,12% 0,16% 0,11% 0,14%

Profissionais do espaço e da atmosfera 0,14% 0,13% 0,05% 0,04%

Total 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%

Fonte: Classificação Brasileira de Ocupações – Elaboração: Senge-MG

1.3 Evolução do número de vínculos na Engenharia segundo o gênero

Quando segregados por gênero, ao analisar os valores dos contratos formais na Engenharia,

verifica-se, como observado nos últimos anos, uma tendência de aumento do número de mulheres

contratadas. Nota-se incremento da participação feminina tanto no Brasil, quanto no estado de Minas

Page 15: cartilha mercado de trabalho 2013/2014

O MERCADO DE TRABALHO FORMAL DA ENGENHARIA EM MINAS GERAIS

13

Gerais nos anos de 2013 e 2014, conforme demonstram os Gráficos 3 e 4. Em 2013, as mulheres

representavam no mercado formal de Engenharia no Brasil cerca de 18%, passando em 2014 a

representar, aproximadamente, 18,3% do total.

Gráfico 3: Distribuição (%) dos vínculos contratuais formais nas ocupações de Engenharia, segundo o gênero – Brasil – 2013 e 2014

Fonte: RAIS/MTE – Elaboração Senge-MG

O Gráfico 4 representa os vínculos contratuais nas ocupações da Engenharia em Minas Gerais,

nos anos de 2013 e 2014, segundo o gênero. Convém ressaltar que a participação das mulheres no total

das contratações apresentou crescimento de 0,6% no comparativo de 2013 em relação ao ano de 2012,

ou seja, passou de 18,79% para 18,90% e, em 2014, representou 19,42%. Constata-se uma variação

representativa quando se compara os anos de 2013 e 2014, onde se verifica incremento de 2,74% na

participação das mulheres no mercado de Engenharia.

Gráfico 4: Distribuição (%) dos vínculos contratuais formais nas ocupações da Engenharia, segundo o gênero – Minas Gerais – 2013 e 2014

Fonte: RAIS/MTE – Elaboração Senge-MG

A Tabela 12 indica que em Minas Gerais, no período de 2013 a 2014, os postos de trabalho da

Engenharia ocupados por mulheres cresceram 3,85%, enquanto os postos ocupados pelos homens

tiveram acréscimo de 0,44%. No país, analisando o mesmo período, verifica-se que os postos de trabalho

feminino e masculino cresceram, respectivamente, 3,28% e 1,11%. Nota-se que as variações verificadas

em Minas Gerais quanto ao gênero feminino (3,85%) foram maiores do que as verificadas no Brasil

(3,28%).

2013 2014

82,00% 81,68%

18,00% 18,32%

Feminino

Masculino

2013 2014

81,10% 80,58%

18,90% 19,42%

Feminino

Masculino

Page 16: cartilha mercado de trabalho 2013/2014

O MERCADO DE TRABALHO FORMAL DA ENGENHARIA EM MINAS GERAIS

14

Tabela 12: Número de vínculos contratuais formais nas ocupações da Engenharia e taxa de variação (%), segundo o gênero – Minas Gerais e Brasil – 2013 e 2014

Gênero Minas Gerais Brasil

2013 2014 Variação 2013 2014 Variação

Masculino 22.611 22.711 0,44% 217.776 220.201 1,11%

Feminino 5.270 5.473 3,85% 47.805 49.372 3,28%

Total 27.881 28.184 1,1% 265.581 269.573 1,5% Fonte: Classificação Brasileira de Ocupações – Elaboração: Senge-MG

Por sua vez, ao analisar a distribuição dos vínculos contratuais de homens e mulheres de

acordo com as diferentes especialidades da Engenharia em 2014, verifica-se no Brasil que 36,86% dos

postos ocupados referentes à Engenharia Civil são ocupados por mulheres, seguido por 18,97% da área

da Engenharia Industrial, de Produção e Segurança e 9,77% da Engenharia Agrossilvepecuária,

conforme apresentado na Tabela 13 (família ocupacional).

Em relação ao estado de Minas Gerais, 40,36% dos vínculos femininos estão relacionados à

Engenharia Civil; 18,16% às Engenharias Industriais, de Produção e Segurança e 8,61% da Engenharia

Agrossilvepecuária.

Chama a atenção a diferença no número total de ocupações de Engenheiros de Minas no Brasil

e em Minas Gerais. Enquanto no país essa especialidade representou 1,75% do total, no Estado ela

representou cerca de 5,85%. Tal diferença se justifica pela vocação mineradora do Estado.

Tabela 13: Distribuição (%) dos vínculos contratuais formais nas ocupações da Engenharia por gênero, segundo a especialidade – Minas Gerais e Brasil – 2014

Especialidade Minas Gerais Brasil

Masculino Feminino Total Masculino Feminino Total

Engenheiros civis e afins 31,62 40,36 33,32 29,93 36,86 31,2

Engenheiros industriais, de produção e segurança 15,42 18,16 15,95 15,11 18,97 15,81

Engenheiros eletroeletrônicos e afins 12,3 5,04 10,89 14,2 7,02 12,89

Engenheiros agrossilvipecuários 9,07 8,61 8,98 9,07 9,77 9,2

Engenheiros mecânicos 9,09 2,76 7,86 14 5,18 12,38

Pesquisadores de Engenharia e tecnologia 6,07 6,07 6,07 3,82 3,94 3,85

Engenheiros de minas 5,86 5,85 5,85 1,78 1,63 1,75

Geólogos e geofísicos 2,21 4,07 2,58 2,16 3,4 2,39

Engenheiros em computação 2,07 1,28 1,91 2,52 1,56 2,34

Engenheiros metalurgistas e de materiais 2,1 1,02 1,89 1,46 0,92 1,36

Engenheiros químicos 1,26 2,63 1,53 3,46 6,03 3,93

Engenheiros ambientais e afins 0,8 2,58 1,14 0,67 2,38 0,98

Engenheiros mecatrônicos 1,17 0,44 1,03 0,94 0,39 0,84 Engenheiros agrimensores e Engenheiros cartógrafos 0,66 0,35 0,6 0,38 0,32 0,37

Físicos 0,19 0,27 0,21 0,35 0,79 0,43

Engenheiros de alimentos e afins 0,06 0,48 0,14 0,06 0,59 0,16

Profissionais do espaço e da atmosfera 0,04 0,04 0,04 0,1 0,24 0,13

Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 Fonte: Classificação Brasileira de Ocupações – Elaboração: Senge-MG

Page 17: cartilha mercado de trabalho 2013/2014

O MERCADO DE TRABALHO FORMAL DA ENGENHARIA EM MINAS GERAIS

15

1.4 Ocupações da Engenharia segundo a faixa etária

Por faixa etária têm-se os dados segregados dispostos na Tabela 14 e Tabela 15. Conforme

se pode visualizar, o maior contingente de profissionais de Engenharia, em 2013 e em 2014, era o grupo

de 30 a 39 anos, tanto no Brasil quanto em Minas Gerais. Ambos apresentaram percentuais acima dos

verificados em 2013. Por meio da Tabela 14, verifica-se que a participação dessa faixa etária em 2014

correspondeu a, aproximadamente, 37% do total de vínculos contratuais em âmbito nacional e estadual.

Pela Tabela 15, pode-se inferir que a expansão do número de vínculos formais nessa faixa etária no

período analisado no Brasil atingiu mais de 4%, ou seja, mais de 3,9 mil novos postos, e em Minas Gerais

houve uma taxa de variação relativa de 2,5%.

Tabela 14: Distribuição (%) dos vínculos contratuais formais nas ocupações da Engenharia, segundo a faixa etária – Minas Gerais – 20137 e 2014

Faixa Etária Minas Gerais Brasil

2013 2014 2013 2014

18 a 24 3,6% 3,8% 3,8% 3,6%

25 a 29 19,9% 20,0% 19,9% 19,7%

30 a 39 36,7% 37,2% 36,2% 37,1%

40 a 49 18,5% 18,2% 17,1% 17,2%

50 a 64 19,5% 19,0% 20,9% 20,1%

65 ou mais 1,8% 1,9% 2,1% 2,3%

Total 100% 100,0% 100,0% 100,0% Fonte: Classificação Brasileira de Ocupações – Elaboração: Senge-MG

No que se refere à faixa etária entre 25 a 29 anos, em nível estadual, verifica-se que houve

variação positiva, passando de 19,9% em 2013, para 20% em 2014. No caso do Brasil, tem-se diminuição

da participação desse grupo, que passou de 19,9% em 2013 para 19,7% em 2014.

Quanto à faixa etária de 18 a 24 anos, esse grupo representou 3,8% do total de vínculos no

Brasil em 2013. Em 2014, verifica-se queda, correspondendo a 3,6% do total. Logo, conclui-se que a

queda da participação dos grupos da população jovem em 2014 (18 a 24 anos e 25 a 29 anos) em Minas

Gerais, dada a expansão da faixa etária de 30 a 39 anos, sinaliza uma possível queda na demanda dos

Engenheiros mais jovens, fato que tem sido observado ao longo da última década8·. Diferentemente do

observado no Brasil, a faixa etária de 18 a 24 anos no estado de Minas Gerais apresentou variação

positiva para o período analisado.

Em relação ao grupo de 50 a 64 anos, constata-se que houve redução tanto na participação

desse grupo, quanto nos números absolutos dos contratos formais no Brasil e em Minas Gerais em 2014

quando comparados com o ano de 2013.

Ao analisar a faixa de profissionais de 65 anos ou mais, constata-se que houve elevação do

nível de empregos e no nível de participação desse grupo. Ou seja, o número de vínculos contratuais

variou em relação ao ano de 2013 em 11,9% no Brasil e 5,4% em Minas Gerais, quando comparados

7 O número total está menor em uma unidade devido ao fato de que um profissional não enquadrado em nenhuma faixa etária. Essa observação é válida para as demais tabelas onde constar a classificação por faixa etária. 8 http://www.dieese.org.br/livro/2011/livroEngenheiros2011.pdf

Page 18: cartilha mercado de trabalho 2013/2014

O MERCADO DE TRABALHO FORMAL DA ENGENHARIA EM MINAS GERAIS

16

com 2014, conforme Tabela 15. Ao relacionar com as informações apresentadas na Tabela 14, conclui-

se que esse aumento no vínculo de empregos fez com que esses profissionais aumentassem sua

participação no total de vínculos do ramo no período analisado, fato que sinaliza a continuidade da

tendência de elevação do tempo de permanência dos profissionais no mercado de trabalho.

O grupo de faixa etária intermediária, que corresponde aos profissionais de 40 a 49 anos, em

Minas Gerais, apresentou uma queda na participação, passando de 18,5% em 2013, para 18,2% do total

em 2014. Em termos de números absolutos, ocorreu uma redução de 15 postos de trabalho ou

(–0,3%). A participação desse grupo no Brasil, no ano de 2014, manteve-se praticamente a mesma de

2013, cerca de 17%. Em termos absolutos, o número de postos de trabalho aumentou de 45.373 em

2013 para 46.303 em 2014.

Tabela 15: Número de vínculos contratuais formais nas ocupações da Engenharia e taxa de

variação (%), segundo a faixa etária – Minas Gerais e Brasil – 20139 e 2014

Faixa Etária

Minas Gerais Brasil

2013 2014 Variação 2013 2014 Variação

18 a 24 1.015 1.059 4,3% 10.099 9.736 -3,6%

25 a 29 5.559 5.627 1,2% 52.923 53.101 0,3%

30 a 39 10.229 10.480 2,5% 96.119 100.043 4,1%

40 a 49 5.146 5.131 -0,3% 45.373 46.303 2,0%

50 a 64 5.434 5.363 -1,3% 55.613 54.288 -2,4%

65 ou mais 497 524 5,4% 5.453 6.101 11,9%

Total 27.880 28.184 1,1% 265.580 269.572 1,5% Fonte: Classificação Brasileira de Ocupações – Elaboração: Senge-MG

Ao analisar a distribuição dos postos de trabalho segregados por faixa etária e gênero,

conforme apresentam os Gráficos 5 e 6, pode-se concluir que, grande parte das Engenheiras estão

inseridas nos grupos mais jovens, ou seja, aproximadamente 70% dos postos de trabalho no Brasil em

2014, foram ocupados por Engenheiras que se encontravam em idade que variava de 18 a 39 anos,

percentual semelhante ao verificado em 2013. Em Minas Gerais, 71% das Engenheiras estavam

concentradas nesse grupo, mesmo valor apurado em 2013. Chama atenção a faixa etária entre 30 e 39

anos, que representou em 2014, 40,6% de Engenheiras brasileiras e 39,7% de Engenheiras mineiras,

em comparação ao verificado em 2013: 40,2% e 40,5% respectivamente.

Em 2014, 17,27% dos Engenheiros brasileiros estavam inseridos no grupo de 40 a 49 anos de

idade, enquanto as Engenheiras correspondiam a 16,8% dessa faixa etária. No caso de Minas Gerais,

18,4% dos Engenheiros estavam nesse grupo, enquanto 17,4% eram ocupadas pelas Engenheiras.

Verifica-se que ocorria uma igualdade entre os gêneros, tanto no Brasil quanto em Minas Gerais.

Em relação aos profissionais na faixa de 50 anos ou mais (as duas últimas faixas),

observou-se que, em 2013, o número de Engenheiros brasileiros era de 25,1% e, em 2014, tal percentual

passou a ser de 24,5%. Por sua vez, em 2013, as Engenheiras do país nessa mesma faixa

representavam 13,5%. No ano de 2014, as profissionais femininas representaram o total de 13,1%. Os

9 O número total de postos está menor em uma unidade devido ao fato de que um profissional não foi enquadrado em nenhuma faixa etária. Essa observação é válida para as demais tabelas onde constar a classificação por faixa etária.

Page 19: cartilha mercado de trabalho 2013/2014

O MERCADO DE TRABALHO FORMAL DA ENGENHARIA EM MINAS GERAIS

17

Engenheiros do estado de Minas Gerais na faixa de 50 anos ou mais representavam, em 2013, 23,7%,

passando para 23,2% em 2014. As Engenheiras passaram de 11,1% em 2013, para 11,5% em 2014.

Gráfico 5: Distribuição (%) dos vínculos contratuais formais nas ocupações da Engenharia por gênero, segundo faixa etária – Brasil – 2014

Fonte: RAIS/MTE – Elaboração Senge-MG

Gráfico 6: Distribuição (%) dos vínculos contratuais formais nas ocupações da Engenharia por gênero, segundo a faixa etária – Minas Gerais - 2014

Fonte: RAIS/MTE – Elaboração Senge-MG

A Tabela 16 apresenta os números de vínculos contratuais formais nas ocupações da

Engenharia e as taxas de variação por gênero e faixa de idade no Brasil, comparando-se os anos de

2013 e 2014. Verifica-se que houve variação significativa no grupo de 65 anos ou mais nos dois gêneros.

As faixas etárias de 30 a 39 anos, bem como de 40 a 49 anos, apresentaram variações positivas tanto

para o masculino quanto para o feminino. Ressalta-se que enquanto o gênero masculino variou 1,5% de

2014 para 2013 na faixa de 40 a 49 anos, o feminino variou aproximadamente 4,8% no mesmo período

para esta faixa etária. Outro dado que chama a atenção é a variação negativa no gênero masculino na

0,0%

5,0%

10,0%

15,0%

20,0%

25,0%

30,0%

35,0%

40,0%

45,0%

18 a 24 25 a 29 30 a 39 40 a 49 50 a 64 65 ou mais

3,22%

18,70%

36,33%

17,27%

21,83%

2,66%

5,4%

24,2%

40,6%

16,8%

12,6%

0,5%

Masculino Feminino

0,0%

5,0%

10,0%

15,0%

20,0%

25,0%

30,0%

35,0%

40,0%

18 a 24 25 a 29 30 a 39 40 a 49 50 a 64 65 ou mais

3,2%

18,7%

36,6%

18,4% 20,9%

2,3%

6,2%

25,2%

39,7%

17,4%

11,3%

0,2%

Masculino Feminino

Page 20: cartilha mercado de trabalho 2013/2014

O MERCADO DE TRABALHO FORMAL DA ENGENHARIA EM MINAS GERAIS

18

faixa de 18 a 24 anos de (–5,8%), com uma variação positiva de 2,8% no gênero feminino nesta mesma

faixa etária.

Tabela 16: Número de vínculos contratuais formais nas ocupações da Engenharia e taxa de

variação (%) por gênero, segundo a faixa etária – Brasil – 2013 e 201410

Faixa Etária

Brasil

Masculino Feminino

2013 2014 Variação 2013 2014 Variação

18 a 24 7.520 7.085 -5,8% 2.579 2.651 2,8%

25 a 29 41.281 41.170 -0,3% 11.642 11.931 2,5%

30 a 39 76.897 80.010 4,0% 19.222 20.033 4,2%

40 a 49 37.472 38.024 1,5% 7.901 8.279 4,8%

50 a 64 49.345 48.059 -2,6% 6.268 6.229 -0,6%

65 ou mais 5.260 5.853 11,3% 193 248 28,5%

Total 217.775 220.201 1,1% 47.805 49.371 3,3% Fonte: Classificação Brasileira de Ocupações – Elaboração: Senge-MG

Por meio da Tabela 17, verificam-se os vínculos contratuais formais nas ocupações da

Engenharia e taxa de variação em Minas Gerais, comparando-se os anos de 2013 e 2014. Infere-se que

para o gênero feminino, em todas as faixas etárias houve variação positiva. As maiores variações

identificadas foram nos grupos de faixas etárias de 18 a 24 anos e de 65 ou mais, que apresentaram,

respectivamente, taxas de variação de 16,7% e 11,1% em 2014 em relação ao ano de 2013. O gênero

masculino, nas faixas etárias de 30 a 39 anos e 65 anos ou mais apresentou um acréscimo de 2,6% e

5,3%, respectivamente, no comparativo de 2013 com o ano de 2014.

Tabela 17: Número de vínculos contratuais formais nas ocupações da Engenharia e taxa de variação (%) por gênero, segundo a faixa etária – Minas Gerais

2013 e 2014

Faixa Etária

Minas Gerais

Masculino Feminino

2013 2014 Variação 2013 2014 Variação

18 a 24 722 717 -0,7% 293 342 16,7%

25 a 29 4.243 4.246 0,1% 1.316 1.381 4,9%

30 a 39 8.097 8.309 2,6% 2.132 2.171 1,8%

40 a 49 4.203 4.181 -0,5% 943 950 0,7%

50 a 64 4.857 4.744 -2,3% 577 619 7,3%

65 ou mais 488 514 5,3% 9 10 11,1%

Total 22.610 22.711 0,4% 5.270 5.473 3,9% Fonte: Classificação Brasileira de Ocupações – Elaboração: Senge-MG

10 Os valores de 2014 tem-se uma unidade a menos, isso porque há um erro no registro no campo feminino, onde não foi

inserida em nenhuma das faixas etárias que está no banco de dados como não classificado.

Page 21: cartilha mercado de trabalho 2013/2014

O MERCADO DE TRABALHO FORMAL DA ENGENHARIA EM MINAS GERAIS

19

1.5 Ocupações da Engenharia segundo grau de escolaridade

Neste item, aborda-se qual o percentual dos profissionais ocupados nas áreas de Engenharia

que possuíam, em 2014, formação além do grau superior. Buscou-se representar graficamente, por meio

dos Gráficos 7 e 8, a distribuição dos profissionais da área de Engenharia de acordo com o nível de

escolaridade e com o gênero no Brasil e em Minas Gerais no ano de 2014.

Por meio do Gráfico 7, verifica-se que a maior parte dos Engenheiros possuíam formação

máxima o ensino superior completo. Os postos de trabalhos ocupados por profissionais com pós-

graduação têm maior percentual de mulheres, sendo com mestrado 4,5% e com doutorado 2,2%,

enquanto os homens representavam 3,3% dos ocupantes que tinham mestrado e 1,3% com doutorado.

Gráfico 7: Distribuição (%) do número de vínculos formais de acordo com o nível de escolaridade, por gênero- Brasil - 2014

Fonte: RAIS/MTE – Elaboração Senge-MG

Pelo Gráfico 8, verifica-se que em Minas Gerais, em 2014, os vínculos formais ocupados pelas

mulheres que possuíam mestrado eram da ordem de 3,2%, enquanto o de homens era de 2,2%. As

Engenheiras com doutorado representavam cerca de 1,4% e os Engenheiros 0,8%.

Gráfico 8: Distribuição (%) do número de vínculos formais de acordo com o nível de escolaridade, por gênero – Minas Gerais 2014

0,0%

20,0%

40,0%

60,0%

80,0%

100,0%

Superior Completo Mestrado Doutorado

95,5%

3,3% 1,3%

93,3%

4,5% 2,2%

Masculino

Feminino

Page 22: cartilha mercado de trabalho 2013/2014

O MERCADO DE TRABALHO FORMAL DA ENGENHARIA EM MINAS GERAIS

20

Fonte: RAIS/MTE – Elaboração Senge-MG

Pela Tabela 18, tem-se um comparativo de 2013 e 2014, mostrando a evolução dos vínculos

contratuais formais nas áreas de Engenharia segundo a escolaridade em Minas Gerais e no Brasil.

Conforme se pode observar, houve variação positiva de 11,2% nos postos ocupados por

Engenheiros/Engenheiras que possuíam doutorado no Brasil. No entanto, em Minas Gerais, esse mesmo

grupo recuou 3,0%. Os vínculos de profissionais que possuíam mestrado apresentaram crescimento de

9,0% no Brasil e de 4,8% em Minas Gerais.

Tabela 18: Número de vínculos contratuais formais nas ocupações da Engenharia e taxa de variação (%), segundo a faixa de escolaridade – Minas Gerais e Brasil

2013 e 201411

Nível de Instrução Minas Gerais Brasil

2013 2014 Variação 2013 2014 Variação

Superior Completo 26.974 27.255 1,0% 253.404 256.219 1,1%

Mestrado 643 674 4,8% 8.717 9.501 9,0%

Doutorado 263 255 -3,0% 3.459 3.845 11,2%

Total 27.880 28.184 1,1% 265.580 269.564 1,5% Fonte: Classificação Brasileira de Ocupações – Elaboração: Senge-MG

A Tabela 19 indica que os vínculos formais com superior completo apresentaram uma redução,

tanto em Minas Gerais quanto no Brasil. Em contrapartida, houve expansão no nível de profissionais com

mestrado que passou, em 2014, para 2,39% em Minas Gerais e 3,52% no Brasil. A graduação completa

corresponde a 95,05% do nível de instrução dos Engenheiros no país em 2014.

Tabela 19: Distribuição (%) dos vínculos contratuais formais nas ocupações da Engenharia, segundo a faixa de escolaridade – Minas Gerais e Brasil – 2013 e 2014

Nível de Instrução Minas Gerais Brasil

2013 2014 2013 2014

Superior Completo 96,75% 96,70% 95,42% 95,05%

Mestrado 2,31% 2,39% 3,28% 3,52%

Doutorado 0,94% 0,90% 1,30% 1,43%

11 Foi excluído dessa análise o campo “outros”.

0,0%

20,0%

40,0%

60,0%

80,0%

100,0%

Superior Completo Mestrado Doutorado

97,0%

2,2% 0,8%

95,4%

3,2% 1,4%

Masculino

Feminino

Page 23: cartilha mercado de trabalho 2013/2014

O MERCADO DE TRABALHO FORMAL DA ENGENHARIA EM MINAS GERAIS

21

Total 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% Fonte: Classificação Brasileira de Ocupações – Elaboração: Senge-MG

2. CARACTERISTICAS DOS ESTABELECIMENTOS

2.1 Setor de Atividade Econômica

No ano de 2014, de acordo com o Gráfico 9, a distribuição dos vínculos contratuais formais nas

ocupações da Engenharia, conforme o setor de atividade econômica aponta o ramo de Serviços como o

que mais emprega Engenheiros no Brasil e em Minas Gerais, correspondendo a um percentual de

29,65% e 28,8%, respectivamente. Em seguida, os ramos que mais empregam Engenheiros no Brasil

são: Indústria de transformação (28,24%); Construção Civil (14,69%); Administração Pública (10,27%);

Serviços industriais de utilidade pública (5,94%); Comércio (4,94%); Extrativa mineral (4,74%) e, por

último, Agropecuária, extração vegetal, caça e pesca (1,53%).

No que se refere ao estado de Minas Gerais, observa-se que o cenário é semelhante ao

registrado em âmbito nacional, com a diferença de que o setor extrativo mineral agrega 9,2% dos vínculos

contratuais formais, enquanto no país nota-se um percentual de 4,74% de contratos na mesma atividade

econômica. O mesmo pode ser observado quanto ao setor de Agropecuária, extração vegetal, caça e

pesca, que apresentou, no ano de 2014, o percentual de 2,5%, em relação aos vínculos no país de

1,53%.

Importante observar que, em relação ao estado de Minas Gerais, ocorreu pequena retração no

setor extrativo mineral o qual, no ano de 2013, respondeu por 9,4% dos vínculos ligados à Engenharia

e, em 2014, representou 9,2%. Contudo, este percentual ainda representa mais que o dobro do

percentual dos vínculos contratuais de Engenheiros deste setor no nível nacional.

Gráfico 9: Distribuição (%) dos vínculos contratuais formais nas ocupações da Engenharia, segundo setor de atividade econômica – Minas Gerais e Brasil -2014

Fonte: RAIS/MTE – Elaboração Senge-MG

0,0%

5,0%

10,0%

15,0%

20,0%

25,0%

30,0%

Serviços Indústria detransformação

ConstruçãoCivil

Extrativamineral

AdministraçãoPública

Servicosindustriais de

utilidadepública

Comércio Agropecuária,extração

vegetal, caça epesca

28,8%

25,0%

18,2%

9,2% 8,4%

5,3%

2,5% 2,5%

29,65%28,24%

14,69%

4,74%

10,27%

5,94%4,94%

1,53%

MG BR

Page 24: cartilha mercado de trabalho 2013/2014

O MERCADO DE TRABALHO FORMAL DA ENGENHARIA EM MINAS GERAIS

22

Tabela 20: Número e distribuição dos vínculos contratuais formais nas ocupações da Engenharia e taxa de variação, segundo setor de atividade econômica

– Minas Gerais – 2013 e 2014

Setor Econômico 2013 2014 Variação

Quant. % Quant. % %

Extrativa mineral 2.627 9,4% 2.599 9,2% -1,1%

Indústria de transformação 7.002 25,1% 7.037 25,0% 0,5%

Serviços industriais de utilidade pública 1.377 4,9% 1.492 5,3% 8,4%

Construção Civil 5.115 18,3% 5.132 18,2% 0,3%

Comércio 701 2,5% 704 2,5% 0,4%

Serviços 8.185 29,4% 8.124 28,8% -0,7%

Administração Pública 2.223 8,0% 2.378 8,4% 7,0%

Agropecuária, extração vegetal, caça e pesca 651 2,3% 718 2,5% 10,3%

27.881 100,0% 28.184 100,0% 1,1% Fonte: Classificação Brasileira de Ocupações – Elaboração: Senge-MG

Complementando as informações dispostas no Gráfico 9, a Tabela 20 apresenta a quantidade

e a distribuição dos vínculos contratuais formais nas ocupações da Engenharia e taxa de variação

segundo o setor de atividade econômica em Minas Gerais, nos anos de 2013 e 2014. Como se nota, o

setor de Agropecuária, extração vegetal, caça e pesca teve a maior expansão no percentual de vínculos

de trabalho, somando 10,3% do total de vínculos, acompanhando a tendência observada na análise do

período anterior, 2012-2013, onde se verificou aumento de 10,5% de postos de trabalho neste setor.

A área de Serviços industriais de utilidade pública apresentou crescimento de 8,4%. Em

comparação ao período anterior (2012-2013), quando apresentou aumento de 5,0%, o setor mostra-se

em expansão em relação ao número de profissionais com vínculos de trabalho. A relação entre as taxas

de variação nos períodos (2012-2013 / 2013-2014) foi de 3,4%.

Representando forte influência no estado de Minas Gerais, destaca-se em relação ao restante

do país a área Extrativa mineral, como visto na Tabela 20. Nota-se retração em 2014, em comparação

com 2013, com taxa de variação de (–1,1%). Contudo, a análise comparativa com o período anterior

(2012-2013) indica crescimento do setor no estado, passando de (–5,4%) para (–1,1%) entre 2013 e

2014.

As Engenharias aplicadas ao setor de Serviços permaneceram, em 2014, como responsáveis

pelo maior quantitativo de vínculos contratuais no estado e, em termos absolutos, apresentaram 8.124

postos de trabalho ocupados. Contudo, comparando-se com o ano anterior, quando se verificou 8.185

vínculos formais na área de Engenharia, verifica-se retração de (–0,7%).

Destaca-se que o setor de Construção Civil, conforme tendência observada pelo menos desde

o período 2012-2013, registrou aumento no quantitativo de vínculos formais de Engenheiros e

Engenheiras. Em 2013, os postos de trabalho ocupados somavam 5.115, passando para 5.132 em 2014.

Apesar do crescimento percentual representar apenas 0,3% no período em questão, é relevante a

continuidade do crescimento do setor nos últimos quatro anos.

Na Tabela 21, apresentam-se as taxas de variação das especialidades da Engenharia, no

período de 2013 a 2014, separadas por três setores da economia em Minas Gerais. O setor de

agropecuária, extração vegetal, caça e pesca foi o que mais elevou o número de postos de trabalho nas

Page 25: cartilha mercado de trabalho 2013/2014

O MERCADO DE TRABALHO FORMAL DA ENGENHARIA EM MINAS GERAIS

23

áreas de Engenharia de Alimentos, Engenharia Ambiental e Engenharia de Eletroeletrônicos e afins no

período de 2013 para 2014. Ao analisar o setor Industrial, verifica-se que este contratou mais

profissionais formados em Engenharia Mecatrônica e de Alimentos e afins. Nota-se também uma

variação de mais de 230% no número de vínculos formais na área de Engenharia Mecatrônica, que foi

inserida no setor de serviços Industriais de Utilidade Pública no período de 2013 para 2014.

Page 26: cartilha mercado de trabalho 2013/2014

O MERCADO DE TRABALHO FORMAL DA ENGENHARIA EM MINAS GERAIS

24

Tabela 21 – Taxa de variação (%) do número de vínculos contratuais formais por alguns setores e por ocupações da Engenharia – Minas Gerais 2013 a 2014

Especialidade Agropecuária,

extração vegetal, caça e pesca

Indústria de transformação

Serviços industriais de

utilidade pública

Engenheiros mecatrônicos -16,7% 46,0% 233,3%

Pesquisadores de Engenharia e tecnologia 0,0% -0,2% 0,0%

Engenheiros em computação 0,0% 13,0% 0,0%

Físicos 0,0% 0,0% -

Profissionais do espaço e da atmosfera 0,0% -100,0% 0,0%

Geólogos e geofísicos -100,0% -2,7% 0,0%

Engenheiros ambientais e afins 60,0% 27,5% 53,3%

Engenheiros civis e afins 25,0% 2,8% 2,6%

Engenheiros eletroeletrônicos e afins 44,4% -8,5% 10,7%

Engenheiros mecânicos 41,7% 3,3% 10,3%

Engenheiros químicos 0,0% 2,1% 40,0%

Engenheiros metalurgistas e de materiais 0,0% -23,6% -25,0%

Engenheiros de minas -100,0% 3,2% -

Engenheiros agrimensores e Engenheiros cartógrafos -50,0% -20,0% 33,3%

Engenheiros industriais, de produção e segurança 6,6% 4,8% 5,1%

Engenheiros agrossilvipecuários 10,2% -0,6% 5,9%

Engenheiros de alimentos e afins 300,0% 40,0% - Fonte: Classificação Brasileira de Ocupações – Elaboração: Senge-MG

A Tabela 22 apresenta a distribuição de vínculos contratuais formais nas ocupações da

Engenharia por setor de atividade econômica segundo o gênero, durante o ano de 2014. A participação

masculina foi, notavelmente, mais expressiva do que a inserção do gênero feminino nos setores da

Engenharia. Os percentuais observados indicam que, tanto no Brasil quanto em Minas Gerais, existem

mais postos de trabalho ocupados por Engenheiros do que por Engenheiras.

Minas Gerais, de maneira geral, acompanha o cenário observado no país neste aspecto. O

estado registrou a maior diferença em relação aos vínculos contratuais por gênero na Indústria de

transformação, onde 86% dos postos de trabalho são ocupados por homens e apenas 14% por mulheres.

No país, a proporção é de 85,6% e 14,4% para os gêneros masculino e feminino, respectivamente.

Contudo, no Brasil, a maior diferença em ocupações por gênero foi verificada no Comércio, com 87,5%

dos vínculos absorvidos por homens e apenas 12,5% por mulheres.

Pelo que se nota, a Administração Pública é a área que mais empregou Engenheiras no ano

de 2014, com proporção de 29,3% dos postos de trabalho ocupados por profissionais do gênero feminino

em Minas Gerais e 25,2% no Brasil. Os setores que concentraram menor proporção de Engenheiras

foram, em Minas Gerais a Indústria da transformação e no Brasil o Comércio, apresentando,

respectivamente, 14,0% e 12,5% do total de vínculos contratuais.

Em seguida, o setor de Serviços apresentou 23,7% das vagas ocupadas por mulheres no

Estado, enquanto no país 22,9% do total dos vínculos contratuais na área foram absorvidos por mulheres.

Assim, observa-se continuidade da tendência verificada na análise anterior (2012-2013), com

crescimento da participação do gênero feminino nas áreas de Administração Pública e Serviços. Mas, a

distribuição dos vínculos formais mantém-se com percentual maior relacionado ao gênero masculino em

Minas Gerais e no Brasil.

Page 27: cartilha mercado de trabalho 2013/2014

O MERCADO DE TRABALHO FORMAL DA ENGENHARIA EM MINAS GERAIS

25

Tabela 22: Distribuição (%) dos vínculos contratuais formais nas ocupações da Engenharia por setor de atividade econômica, segundo o gênero – Minas Gerais e Brasil - 2014

Setor Econômico Minas Gerais Brasil

Masculino Feminino Masculino Feminino

Extrativa mineral 80,6% 19,4% 85,4% 14,6%

Indústria de transformação 86,0% 14,0% 85,6% 14,4%

Serviços industriais de utilidade pública 83,4% 16,6% 84,1% 15,9%

Construção Civil 82,6% 17,4% 83,8% 16,2%

Comércio 85,9% 14,1% 87,5% 12,5%

Serviços 76,3% 23,7% 77,1% 22,9%

Administração Pública 70,7% 29,3% 74,8% 25,2%

Agropecuária, extração vegetal, caça e pesca 83,0% 17,0% 84,3% 15,7%

Total 80,6% 19,4% 81,7% 18,3% Fonte: Classificação Brasileira de Ocupações – Elaboração: Senge-MG

A Tabela 23 aprofunda as informações referentes aos vínculos contratuais formais nas

ocupações da Engenharia por gênero, segundo o setor de atividade econômica em Minas Gerais, entre

2013 e 2014.

Os números absolutos indicam que o ramo de Serviços concentrou o maior quantitativo de

vínculos absorvidos pelo gênero masculino, na ordem de 6.287 postos de trabalho ocupados por homens,

em 2013, e 6.198, em 2014. Mas, apesar de concentrar a maior quantidade de vínculos de trabalho na

Engenharia no período, o setor mostrou queda na taxa de variação de

(–1,4%) relativo ao número de homens contratados no período. Por outro lado, houve crescimento na

participação das mulheres no mesmo setor, entre 2013 e 2014, com aumento de 1,5% na taxa de

variação, passando de 1.898 para 1.926 vínculos contratuais absorvidos por mulheres.

No setor Extrativo mineral, nota-se queda nas contratações para ambos os gêneros, apesar da

predominância dos vínculos contratuais masculinos no período 2013-2014. A taxa de variação para esse

setor mostrou decréscimo de (–1,1%) em relação aos vínculos contratuais absorvidos por homens e (–

1,0%) por mulheres.

Na Indústria de transformação chama atenção o aumento de 6,0% na contratação de

Engenheiras, no ano de 2014, ao passo que houve queda de (–0,3%) nos vínculos contratuais

estabelecidos com homens. Em termos absolutos, em 2013, 6.075 postos de trabalho estavam ocupados

por profissionais masculinos, passando para 6.054 em 2014. No caso das mulheres, de 927 ocupações

em 2013, foram registradas 983 em 2014. Contudo, de maneira geral, ainda que observado o

crescimento das contratações de Engenheiras no ramo, tem-se que a participação das mulheres no

mercado de trabalho da Engenharia ainda é inferior à presença masculina.

Por fim, é interessante observar que, apesar de ser notável a concentração masculina nas

ocupações de Engenharia em todos os setores econômicos, entre 2013 e 2014, houve maiores quedas

nas contratações de Engenheiros, com taxas de variação negativas observadas nas seguintes áreas:

Extrativa Mineral (–1,1%); Indústria de transformação (–0,3%); Construção civil (–0,2%); e Serviços

(–1,4%). No caso dos vínculos contratuais absorvidos por mulheres, verifica-se queda apenas em dois

setores, quais sejam, Comércio e Extrativo Mineral, com taxas de (–3,9%) e (–1,0%), respectivamente.

Page 28: cartilha mercado de trabalho 2013/2014

O MERCADO DE TRABALHO FORMAL DA ENGENHARIA EM MINAS GERAIS

26

Com isto, observa-se que, ainda que menor em números totais, é possível inferir pelo aumento na

participação das mulheres no mercado de trabalho da Engenharia entre 2013 e 2014.

Tabela 23: Número de vínculos contratuais formais nas ocupações da Engenharia e taxa de variação (%) por gênero, segundo setor de atividade econômica

– Minas Gerais – 2013 e 2014

Setor Econômico

Masculino Feminino

2013 2014 Taxa de Variação

2013 2014 Taxa de Variação

Extrativa mineral 2.119 2.096 -1,1% 508 503 -1,0%

Indústria de transformação 6.075 6.054 -0,3% 927 983 6,0%

Serviços industriais de utilidade pública 1.146 1.244 8,6% 231 248 7,4%

Construção Civil 4.247 4.237 -0,2% 868 895 3,1%

Comércio 598 605 1,2% 103 99 -3,9%

Serviços 6.287 6.198 -1,4% 1.898 1.926 1,5%

Administração Pública 1.600 1.681 5,1% 623 697 11,9%

Agropecuária, extração vegetal, caça e pesca 539 596 10,6% 112 122 8,9%

Total 22.611 22.711 0,4% 5.270 5.473 3,9% Fonte: Classificação Brasileira de Ocupações – Elaboração: Senge-MG

Tabela 24: Distribuição (%) dos vínculos contratuais formais nas ocupações da Engenharia por setor de atividade econômica, segundo o gênero – Minas Gerais – 2013 e 2014

Setor Econômico 2013 2014

Masculino Feminino Masculino Feminino

Extrativa mineral 80,7% 19,3% 80,6% 19,4%

Indústria de transformação 86,8% 13,2% 86,0% 14,0%

Serviços industriais de utilidade pública 83,2% 16,8% 83,4% 16,6%

Construção Civil 83,0% 17,0% 82,6% 17,4%

Comércio 85,3% 14,7% 85,9% 14,1%

Serviços 76,8% 23,2% 76,3% 23,7%

Administração Pública 72,0% 28,0% 70,7% 29,3%

Agropecuária, extração vegetal, caça e pesca 82,8% 17,2% 83,0% 17,0%

Total 81,1% 18,9% 80,6% 19,4% Fonte: Classificação Brasileira de Ocupações – Elaboração: Senge-MG

A Tabela 24 apresenta a distribuição dos vínculos contratuais formais nas ocupações da

Engenharia por setor de atividade econômica, segundo o gênero, em Minas Gerais, entre 2013 e 2014.

O percentual de distribuição indica que, de maneira geral, a concentração de vínculos

contratuais absorvidos pelo gênero masculino é maior em todos os setores. Contudo, observa-se que a

Indústria de transformação reuniu a maior proporção de contratações de profissionais masculinos da

Engenharia, no período de 2013 a 2014, entre os setores econômicos no estado. A ocupação dos postos

de trabalho nesse setor pelo gênero masculino correspondeu a 86,8%, em 2013, mantendo-se elevada

em 2014, com 86,0% da distribuição de contratos absorvidos por homens. As ocupações das vagas por

mulheres na Indústria de transformação representaram 13,2 % e 14,0% do total, em 2013 e 2014,

respectivamente.

Page 29: cartilha mercado de trabalho 2013/2014

O MERCADO DE TRABALHO FORMAL DA ENGENHARIA EM MINAS GERAIS

27

Verifica-se que em 2013 e 2014, em comparação com os anos de 2012 e 2013, a distribuição

das contratações por gênero na Indústria de transformação manteve o mesmo padrão de concentração

do gênero masculino: 2012 – 86,6% masculino e 13,4% feminino e 2013 – 86,8% masculino e 13,2%

feminino.

A maior variação de contratações por gênero, exposta na Tabela 24, ocorreu no setor de

Administração Pública, em conformidade com os dados apresentados na Tabela 23. Neste setor houve

crescimento das contratações de profissionais do gênero feminino entre 2013 e 2014, passando,

respectivamente, de 28% para 29,3%. Os dados referentes às contratações de Engenheiros apresentam

retração, passando de 72,0% para 70,7%.

2.2 Tamanho dos Estabelecimentos

O Gráfico 10 indica que a distribuição dos vínculos contratuais formais nas ocupações da

Engenharia, segundo porte do estabelecimento em Minas Gerais e no Brasil, no ano de 2014. Concentra-

se em estabelecimentos de 100 a 999 empregados, mantendo a mesma tendência observada no estudo

anterior. A proporção da distribuição de vínculo contratuais no país é correspondente a 41,7% do total e

no estado é de 38,7%.

O menor percentual de Engenheiros encontra-se vinculado a estabelecimentos que empregam

até 99 profissionais, sendo a proporção para Minas Gerais de 28,6% do total de vínculos e para o Brasil

de 26,0%.

Em relação ao estudo anterior, verifica-se que os estabelecimentos com até 99 funcionários os

vínculos no estado eram de 28,7% e em âmbito nacional de 25,2%, registrando-se variação de 0,8% no

país e de 0,10% em Minas Gerais. Portando, o cenário manteve-se praticamente estável neste aspecto.

Gráfico 10: Distribuição (%) dos vínculos contratuais formais nas ocupações da Engenharia, segundo porte do estabelecimento – Minas Gerais e Brasil - 2014

Fonte: RAIS/MTE – Elaboração Senge-MG

0,0%

5,0%

10,0%

15,0%

20,0%

25,0%

30,0%

35,0%

40,0%

45,0%

Até 99 De 100 a 999 1000 ou mais

26,0%

41,7%

32,3%

28,6%

38,7%

32,7%

BR MG

Page 30: cartilha mercado de trabalho 2013/2014

O MERCADO DE TRABALHO FORMAL DA ENGENHARIA EM MINAS GERAIS

28

Tabela 25: Distribuição (%) dos vínculos contratuais formais nas ocupações da Engenharia por setor de atividade econômica, segundo o porte do estabelecimento - Brasil - 2014

Setor Econômico Porte do Estabelecimento

Até 99 De 100 a

999 1000 ou mais

Extrativa mineral 9,3% 37,5% 53,3%

Indústria de transformação 14,2% 42,0% 43,8%

Serviços industriais de utilidade pública 18,8% 39,5% 41,7%

Construção Civil 45,3% 43,0% 11,7%

Comércio 62,1% 28,3% 9,6%

Serviços 31,8% 44,2% 24,0%

Administração Pública 5,0% 42,5% 52,6%

Agropecuária, extração vegetal caça e pesca. 53,4% 33,7% 12,9%

Total 26,0% 41,7% 32,3% Fonte: Classificação Brasileira de Ocupações – Elaboração: Senge-MG

Pela Tabela 25 nota-se que, de acordo com o setor de atividade econômica no Brasil, os

vínculos contratuais das ocupações da Engenharia concentram-se de forma heterogênea conforme o

porte dos estabelecimentos. Não há distribuição de vínculos contratuais que permita definir um padrão

de concentração relacionando setor de atividade econômica ao porte dos estabelecimentos.

O setor de Comércio concentra 62,1% dos vínculos em estabelecimentos com até 99 postos

de trabalho, enquanto a atividade Extrativa mineral absorve 53,3% dos vínculos formais de trabalho em

estabelecimentos com 1.000 ou mais funcionários.

No que se refere ao setor de Serviços, nota-se a concentração dos vínculos formais em

estabelecimentos que reúnem entre 100 a 999 empregados, com taxa de distribuição de 44,2%,

enquanto nos estabelecimentos com até 99 funcionários tem-se percentual de 31,8% e em

estabelecimentos com 1.000 ou mais empregados, a distribuição corresponde a 24,0%.

As menores concentrações de vínculos em estabelecimentos com até 99 funcionários podem

ser observadas nos setores de Administração pública e Extrativa mineral, reunindo percentual de

distribuição de, apenas, 5,0% e 9,3%, respectivamente. As maiores concentrações nesse porte de

estabelecimento em âmbito nacional encontram-se nos setores de Comércio, com 62,1% das ocupações,

e Agropecuária, extração vegetal caça e pesca, com percentual de 53,4%.

Em relação aos estabelecimentos que reúnem entre 100 a 999 funcionários, a maior

concentração de ocupações na área de Engenharia encontra-se nos setores de Serviços e Administração

pública, com percentuais de distribuição dos vínculos de 44,2% e 42,5%, respectivamente. As menores

concentrações, para o mesmo porte de estabelecimento, são observadas nos setores de Comércio, com

28,3% da distribuição dos vínculos, e Agropecuária, extração vegetal caça e pesca, com 33,7%.

Por fim, os estabelecimentos que possuem 1.000 ou mais empregados, apresentam maior

concentração de vínculos das ocupações em Engenharia relacionados aos setores econômicos:

Extrativo mineral, com 53,3%, e Administração pública, com 52,6% do total de distribuição dos vínculos.

As menores concentrações, nesse porte de estabelecimentos, encontram-se localizadas nos setores de

Construção civil, com 11,7%, e Comércio, com 9,6% dos vínculos contratuais.

Page 31: cartilha mercado de trabalho 2013/2014

O MERCADO DE TRABALHO FORMAL DA ENGENHARIA EM MINAS GERAIS

29

Tabela 26: Distribuição (%) dos vínculos formais contratuais formais nas ocupações da Engenharia por setor de atividade econômica, segundo o porte do estabelecimento

– Minas Gerais - 2014

Setor Econômico Porte do Estabelecimento

Até 99 De 100 a 999 1000 ou mais

Extrativa mineral 7,1% 29,0% 63,9%

Indústria de transformação 16,8% 36,7% 46,5%

Serviços industriais de utilidade pública 7,8% 15,5% 76,7%

Construção Civil 43,2% 43,3% 13,5%

Comércio 81,0% 18,0% 1,0%

Serviços 41,7% 43,6% 14,7%

Administração Pública 2,1% 52,3% 45,7%

Agropecuária, extração vegetal, caça e pesca 48,3% 29,1% 22,6%

Total 28,6% 38,7% 32,7% Fonte: Classificação Brasileira de Ocupações – Elaboração: Senge-MG

A distribuição percentual dos vínculos formais nas ocupações da Engenharia por setor de

atividade econômica, segundo o porte do estabelecimento no estado de Minas Gerais é apresentado na

Tabela 26, onde se pode observar a mesma heterogeneidade de concentração dos vínculos por setor de

atividade verificada no país, semelhante à Tabela 25.

Em Minas Gerais, as maiores concentrações dos vínculos em estabelecimentos com até 99

funcionários estão nos setores Comércio, com 81,0%, e Agropecuária, extração vegetal, caça e pesca,

com 48,3%. As menores concentrações de vínculos neste porte de estabelecimento estão nos setores

de Administração Pública, com 2,1%, e Extrativa mineral, com 7,1%, dos vínculos contratuais.

Em estabelecimentos de porte intermediário, com 100 a 999 funcionários, as maiores

concentrações foram observadas nos setores Administração Pública e Serviços, com 52,3% e 43,6%,

respectivamente. Por outro lado, este mesmo porte de estabelecimento obteve as menores

concentrações de vínculos nos setores Serviços industriais de utilidade pública, com 15,5%, e Comércio,

com 18,0% do total de vínculos.

A Tabela 26 apresenta, finalmente, a distribuição percentual dos vínculos em estabelecimentos

com 1.000 ou mais funcionários em Minas Gerais, onde se pode verificar os setores de Serviços

industriais de utilidade pública e Extrativa mineral, com 76,7% e 63,9%, com as maiores concentrações

de vínculos, respectivamente. As menores concentrações foram observadas nos setores Comércio, com

1,0%, e Construção Civil, com 13,5% dos vínculos.

A Tabela 27 mostra o número de vínculos contratuais formais nas ocupações da Engenharia,

por setor de atividade econômica em Minas Gerais, nos anos de 2013 e 2014, segundo porte dos

estabelecimentos. Em números absolutos, estabelecimentos com até 99 funcionários apresentaram o

maior quantitativo de vínculos contratuais no setor de Serviços no período analisado, correspondendo a

3.444 postos de trabalho ocupados em 2013 e 3.390 em 2014, com variação negativa de (–1,6%). Neste

mesmo porte de estabelecimentos, as maiores variações negativas foram observadas nas áreas da

Administração pública, com (–15,5%), e Extrativa mineral, com (–15,2%).

Em estabelecimentos que reúnem entre 100 e 999 funcionários, nota-se que o setor de

Serviços industriais de utilidade pública obteve variação positiva de 40,0% entre 2013 e 2014, seguido

Page 32: cartilha mercado de trabalho 2013/2014

O MERCADO DE TRABALHO FORMAL DA ENGENHARIA EM MINAS GERAIS

30

pelo setor Extrativo mineral, com variação positiva de 31,9%.

No que se refere ao setor de Comércio, observa-se que as contratações estão reunidas em

empresas com até 99 funcionários, sendo que o segmento concentrou, no período entre 2013 e 2014,

variação positiva de 4,2%, com aumento de 23 ocupações em postos de trabalho, alcançando o total de

570 profissionais contratados em 2014.

Em estabelecimentos com 1000 ou mais empregados, o mesmo setor de Comércio apresenta

quantidade absoluta inferior de vínculos contratuais, somando apenas sete ocupações em 2014. Já o

setor de Serviços agrega o maior número de ocupações em estabelecimentos que possuem entre 100 a

999 empregados. Em 2013, o total de vínculos contratuais somavam 3.551, enquanto em 2014 passaram

para 3.543, com variação negativa de (–0,2%).

Em empresas com porte de 1000 ou mais contratos, o setor que concentrou o maior número

absoluto de vínculos foi o da Indústria de transformação, atingindo em 2014 3.274 ocupações. Entretanto,

ao analisar o período 2013-2014, nota-se variação negativa de (–2,6%). Neste porte de

estabelecimentos, as maiores variações foram observadas nos setores de Comércio, com variação

positiva de 16,7%, e Extrativa mineral, com variação negativa de (–9,6%).

Tabela 27: Número de vínculos contratuais formais nas ocupações da Engenharia e taxa de variação (%) por setor de atividade econômica, segundo o porte do estabelecimento

– Minas Gerais 2013 e 2014

Setor Econômico Até 99 De 100 a 999 1000 ou mais

2013 2014 Variação 2013 2014 Variação 2013 2014 Variação

Extrativa mineral 217 184 -15,2% 571 753 31,9% 1.839 1.662 -9,6%

Indústria de transformação 1.087 1.180 8,6% 2.552 2.583 1,2% 3.363 3.274 -2,6%

Serviços industriais de utilidade pública 130 117 -10,0% 165 231 40,0% 1.082 1.144 5,7%

Construção Civil 2.193 2.217 1,1% 2.250 2.224 -1,2% 672 691 2,8%

Comércio 547 570 4,2% 148 127 -14,2% 6 7 16,7%

Serviços 3.444 3.390 -1,6% 3.551 3.543 -0,2% 1.190 1.191 0,1%

Administração Pública 58 49 -15,5% 1.072 1.243 16,0% 1.093 1.086 -0,6%

Agropecuária, extração vegetal caça e pesca 326 347 6,4% 165 209 26,7% 160 162 1,3%

Total 8.002 8.054 0,6% 10.474 10.913 4,2% 9.405 9.217 -2,0%

Fonte: Classificação Brasileira de Ocupações – Elaboração: Senge-MG

2.3 Natureza jurídica dos estabelecimentos

Apresenta-se no Gráfico 11 a distribuição percentual dos vínculos contratuais formais nas

ocupações da Engenharia, segundo a natureza jurídica dos estabelecimentos, em Minas Gerais e no

Brasil, no ano de 2014. Observa-se que os estabelecimentos privados concentraram, tanto em Minas

Gerais quanto no Brasil, o maior volume de vínculos contratuais da Engenharia, onde o estado

apresentou 77,8% da proporção dos vínculos de trabalho formais, enquanto o país reuniu percentual de

70,1%.

As Entidades Empresariais Estatais concentraram no Brasil, em 2014, 14,8% dos contratos de

emprego da Engenharia, enquanto em Minas Gerais 8,4% do total da distribuição das ocupações

concentraram-se neste setor. No estado, o Setor Público Municipal apresentou leve superioridade em

Page 33: cartilha mercado de trabalho 2013/2014

O MERCADO DE TRABALHO FORMAL DA ENGENHARIA EM MINAS GERAIS

31

relação à distribuição dos vínculos em comparação ao Brasil, sendo os percentuais observados de 5,5%

e 4,9%, respectivamente. Por outro lado, o Setor Público Federal em Minas Gerais absorveu 1,9% dos

vínculos contratuais formais em comparação com o percentual de 3,3% registrado no país.

Gráfico 11: Distribuição (%) dos vínculos contratuais formais nas ocupações da Engenharia, segundo a natureza jurídica dos estabelecimentos – Minas Gerais - 2014

Fonte: RAIS/MTE – Elaboração Senge-MG

A Tabela 28, a seguir, relaciona a natureza dos estabelecimentos com os setores de atividade

econômica, buscando identificar a concentração de vínculos contratuais nas ocupações da Engenharia.

Assim como observado em Minas Gerais no ano de 2013, manteve-se em 2014 a centralização das

contratações em empresas privadas, sobretudo, nos setores Extrativo mineral, Indústria de

transformação, Construção civil, Comércio e Serviços. O setor da Administração pública apresentou, por

outro lado, concentração de vínculos no âmbito do Setor Público Municipal, com percentual de

distribuição das ocupações na ordem de 59,42%.

Tabela 28: Distribuição (%) dos vínculos contratuais formais nas ocupações da Engenharia por setor de atividade econômica, segundo a natureza jurídica do estabelecimento

– Minas Gerais - 2014

Natureza Jurídica Extrativa mineral

Indústria de transformação

Serviços industriais de

utilidade pública

Construção Civil

Comércio Serviços Administração

Pública

Agropecuária, extração

vegetal, caça e pesca

Setor Público Federal 0,0% 0,0% 0,00% 0,00% 0,14% 4,27% 8,24% 0,14%

Setor Público Estadual 0,0% 0,0% 0,00% 0,00% 0,00% 0,46% 29,48% 17,55%

Setor Público Municipal 0,0% 0,0% 8,65% 0,00% 0,00% 0,00% 59,42% 0,00%

Setor Público - Outros 0,0% 0,0% 0,13% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00%

Entidade Empresa Estatal 0,8% 2,3% 32,84% 1,99% 1,28% 19,26% 0,50% 0,84%

Entidade Empresa Privada 99,2% 97,6% 58,38% 97,49% 98,44% 68,12% 0,00% 51,25% Entidades sem Fins Lucrativos 0,0% 0,1% 0,00% 0,02% 0,00% 7,67% 2,35% 0,84%

Pessoa Física e outras Organizações Legais 0,0% 0,0% 0,00% 0,51% 0,14% 0,21% 0,00% 23,96%

{ñ class} 0,0% 0,0% 0,00% 0,00% 0,00% 0,01% 0,00% 5,43%

Total 100,0% 100,0% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%

Fonte: Classificação Brasileira de Ocupações – Elaboração: Senge-MG

EntidadeEmpresaPrivada

EntidadeEmpresaEstatal

Setor PúblicoMunicipal

Setor PúblicoFederal

Entidades semFins

Lucrativos

Setor PúblicoEstadual

Pessoa Físicae outras

OrganizaçõesLegais

Setor Público -Outros

77,8%

8,4%5,5% 1,9% 2,5% 3,1% 0,8% 0,0%

70,1%

14,8%

4,9% 3,3% 3,2% 3,1% 0,5%0,0%

MG BR

Page 34: cartilha mercado de trabalho 2013/2014

O MERCADO DE TRABALHO FORMAL DA ENGENHARIA EM MINAS GERAIS

32

3. CARACTERISTICAS DOS VÍNCULOS EMPREGATÍCIOS

3.1 Tempo no emprego12

Os Gráficos 12 e 13 apresentam a distribuição dos vínculos formais de trabalho da Engenharia

de acordo com a faixa de tempo, em Minas Gerais e no Brasil, no ano de 2014, bem como no país, no

período entre 2013 e 2014, respectivamente.

No que se refere ao tempo em que os Engenheiros se mantêm vinculados a ocupações formais,

tanto em Minas Gerais quanto no Brasil, como se pode notar no Gráfico 12, destacam-se as faixas de

menos de um e de mais de dez anos. Na faixa de menos de um ano, encontra-se percentual de 22,9%

dos vínculos em Minas Gerais e 22,7% no país. Por outro lado, os profissionais que permanecem

vinculados a contratos formais de trabalho por mais de 10 anos representam em Minas Gerais 17,2%,

índice menor do que o observado no Brasil: 20,2%.

Em Minas Gerais, assim como no Brasil, conforme indica o mesmo gráfico, quase 50% dos

vínculos contratuais nas ocupações da Engenhariam apresentam tempo de duração inferior a três anos.

Já o Gráfico 13 aponta a distribuição dos vínculos contratuais formais nas ocupações da

Engenharia no Brasil, entre 2013 e 2014. No ano de 2013, quase ¼ dos vínculos contratuais duraram

menos de um ano, somando 24,74% do total. Entre 2013 e 2014, houve retração de 2,05% no percentual

de vínculos com menos de 12 meses o país. Os vínculos empregatícios com duração de menos de cinco

anos tiveram decréscimo de 0,87% entre 2013 e 2014.

Gráfico 12: Distribuição (%) dos vínculos contratuais formais nas ocupações da Engenharia, segundo a faixa de tempo de emprego – Minas Gerais e Brasil 2014

Fonte: RAIS/MTE – Elaboração Senge-MG

12 Nos Gráficos 12 a 15 e na Tabela 29, a letra “n” indica o número de anos.

0,0%

5,0%

10,0%

15,0%

20,0%

25,0%

n < 1 1≤ n< 2 2≤ n< 3 3≤ n< 5 5≤ n< 10 n≥10 NãoClassificado

22,9%

14,8%

11,9%

15,6%17,7% 17,2%

0,0%

22,7%

14,2%

10,2%

14,6%

18,1% 20,2%

0,0%

Minas Gerais Brasil

Page 35: cartilha mercado de trabalho 2013/2014

O MERCADO DE TRABALHO FORMAL DA ENGENHARIA EM MINAS GERAIS

33

Gráfico 13: Distribuição (%) dos vínculos contratuais formais nas ocupações da Engenharia, segundo a faixa de tempo de emprego – Brasil 2013 e 2014

Fonte: RAIS/MTE – Elaboração Senge-MG

O Gráfico 14 identifica a distribuição dos vínculos contratuais de Engenheiros em Minas Gerais

em 2013 e 2014, apontando que prevaleceram contratações com duração inferior a um ano no período

de análise. Contudo, de 2013 para 2014, ocorreu queda nos contratos com duração inferior a um ano,

passando de 24,9% para 22,87%, respectivamente, o percentual de distribuição dos vínculos no Estado.

A distribuição dos contratos formais de Engenheiros, na faixa de tempo entre três e cinco anos, passou

de 12,35% em 2013, para 15,59% em 2014, representando variação de 3,24% e indicando a maior

variação percentual de profissionais com contratos vigentes neste intervalo temporal.

Gráfico 14: Distribuição (%) dos vínculos contratuais formais nas ocupações da Engenharia, segundo a faixa de tempo de emprego – Minas Gerais 2013 e 2014

Fonte: RAIS/MTE – Elaboração Senge-MG

Em relação à distribuição dos vínculos contratuais formais segundo faixas de tempo por gênero,

em Minas Gerais, entre 2013 e 2014, como apresenta o Gráfico 15, as mulheres destacam-se na

permanência em vínculos formais de trabalho com duração menor que um ano, representando o

percentual de 24,67%, enquanto o gênero masculino somou 22,44%. Assim, mais mulheres continuaram

em empregos formais nos setores da Engenharia por tempo inferior a um ano, neste período.

0,00%

5,00%

10,00%

15,00%

20,00%

25,00%

n < 1 1≤ n< 2 2≤ n< 3 3≤ n< 5 5≤ n< 10 n≥10 Não Classificado

24,74%

14,34%

10,64%

12,87%

17,50%

19,91%

0,01%

22,69%

14,19%

10,22%

14,62%

18,10%20,15%

0,02%

2013 2014

0,00%

5,00%

10,00%

15,00%

20,00%

25,00%

n < 1 1≤ n< 2 2≤ n< 3 3≤ n< 5 5≤ n< 10 n≥10 Não Classificado

24,90%

16,46%

12,07% 12,35%

17,24% 16,97%

0,01%

22,87%

14,77%

11,89%

15,59%

17,71%17,17%

0,01%

2013 2014

Page 36: cartilha mercado de trabalho 2013/2014

O MERCADO DE TRABALHO FORMAL DA ENGENHARIA EM MINAS GERAIS

34

Destaca-se que na faixa temporal maior ou igual a dez anos, o gênero masculino apresenta

significativa diferença em relação à permanência das mulheres em vínculos contratais formais de

Engenharia nessa duração, somando 5,9% a mais que o gênero feminino, que obteve 12,41% da

distribuição. Observa-se que este é a única faixa temporal classificada de contratos formais de trabalho

em que o gênero masculino mantém superioridade em relação aos vínculos formais femininos.

Gráfico 15: Distribuição (%) dos vínculos contratuais formais nas ocupações da Engenharia, segundo a faixa de tempo de emprego, por gênero – Minas Gerais - 2013 e 2014

Fonte: RAIS/MTE – Elaboração Senge-MG

Tratando da relação entre os vínculos formais ocupados por faixa de tempo e as faixas etárias,

em 2014, nota-se que a duração de contratos com menos de um ano concentra-se no grupo de

Engenheiros com idade de até 29 anos, com 38,65% do percentual de distribuição. Entre os contratos

com mais de dez anos destacam-se os profissionais com idade entre 50 e 64 anos, que ocuparam

50,04% dos vínculos. Os Engenheiros na faixa etária de 30 a 39 anos, concentraram seus vínculos

formais de trabalho na faixa temporal entre cinco e 10 anos, representando 50,22%.

Tabela 29: Distribuição (%) dos vínculos contratuais formais nas ocupações da Engenharia por faixa de tempo de emprego, segundo a faixa etária – Minas Gerais 2014

Faixa Etária n < 1 1≤ n< 2 2≤ n< 3 3≤ n< 5 5≤ n< 10 n≥10 Não Classificado Total

Até 29 anos 38,65% 36,38% 31,21% 26,58% 8,80% 0,48% 0,00% 23,72%

30 a 39 36,04% 37,07% 41,36% 43,70% 50,22% 16,52% 0,00% 37,18%

40 a 49 13,99% 14,34% 16,17% 16,39% 21,00% 28,09% 0,00% 18,21%

50 a 64 10,74% 11,08% 10,27% 12,04% 18,06% 50,04% 0,00% 19,03%

65 ou mais 0,59% 1,13% 0,98% 1,30% 1,92% 4,88% 100,00% 1,86%

Não Classificado 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00%

Fonte: RAIS/MTE – Elaboração Senge-MG

0,00%

5,00%

10,00%

15,00%

20,00%

25,00%

n < 1 1≤ n< 2 2≤ n< 3 3≤ n< 5 5≤ n< 10 n≥10 NãoClassificado

22,44%

14,57%

11,62%

15,35%

17,69% 18,31%

0,01%

24,67%

15,57%

13,01%

16,57%

17,78%

12,41%

0,00%

Masculino Feminino

Page 37: cartilha mercado de trabalho 2013/2014

O MERCADO DE TRABALHO FORMAL DA ENGENHARIA EM MINAS GERAIS

35

3.2 Análise da remuneração

3.2.1. Análise média da remuneração

A Tabela 30 identifica o número de vínculos contratuais formais da Engenharia em relação ao

rendimento médio dos profissionais segundo as especialidades em Minas Gerais e Brasil no ano de 2014.

A remuneração média nominal em dezembro de 2014 alcançava o valor de R$ 10.064,04 no Brasil e R$

8.322,88 em Minas Gerais, o que representa valor 17,3% inferior à remuneração média nacional.

Analisando as diversas especialidades, observa-se que o grupo de Engenheiros Civis e afins em

Minas Gerais, predominante na quantidade de vínculos contratuais (9.391), detém em média salário de

R$ 7.733,92. No Brasil, os maiores salários foram pagos entre as especialidades de Engenharia Química

(R$ 16.745,31), Geologia e Geofísica (R$ 15.031,07), seguido pela Engenharia Mecânica, com salário

médio de R$ 12.526,80.

Em Minas Gerais, a especialidade com maior remuneração é a Engenharia de Minas, que

possuía, em 2014, 1.650 ocupações de vínculos formais de trabalho, com salário médio de

R$ 10.849,94. No Brasil, na mesma especialidade, a remuneração média atingiu, no ano em referência,

o valor de R$ 11.928,33, que representa mais de 9% do valor pago no estado. Em Minas Gerais, menor

remuneração média observada é atribuída aos Engenheiros de alimentos e afins. Neste aspecto, as

remunerações dos Engenheiros em Minas Gerais, em todas as especialidades, são inferiores à média

nacional.

Tabela 30: Número de vínculos contratuais formais nas ocupações da Engenharia e rendimento médio13, segundo a especialidade – Minas Gerais e Brasil - 2014

Especialidade MG BR

MG/BR Vínculos R$ Vínculos R$

Engenheiros mecatrônicos 290 7.942,94 1.494 8.438,62 94,13%

Pesquisadores de Engenharia e tecnologia 1.711 8.437,72 9.783 10.115,17 83,42%

Engenheiros em computação 539 8.432,23 5.529 9.148,02 92,18%

Físicos 59 6.906,68 1.201 10.073,87 68,56%

Profissionais do espaço e da atmosfera 10 5.040,43 359 9.650,85 52,23%

Geólogos e geofísicos 726 10.784,25 6.496 15.031,07 71,75%

Engenheiros ambientais e afins 322 5.600,05 2.004 7.320,01 76,50%

Engenheiros civis e afins 9.391 7.733,92 83.130 9.069,95 85,27%

Engenheiros eletroeletrônicos e afins 3.069 8.394,84 36.380 9.935,76 84,49%

Engenheiros mecânicos 2.216 9.369,49 33.858 12.526,80 74,80%

Engenheiros químicos 430 9.951,16 10.913 16.745,31 59,43%

Engenheiros metalurgistas e de materiais 534 9.092,25 3.799 9.351,14 97,23%

Engenheiros de minas 1.650 10.849,94 4.896 11.928,33 90,96%

Engenheiros agrimensores e Engenheiros cartógrafos 170 6.475,40 1.005 7.179,70 90,19%

Engenheiros industriais, de produção e segurança 4.496 8.350,91 40.108 9.006,56 92,72%

Engenheiros agrossilvipecuários 2.532 7.192,71 24.311 8.593,87 83,70%

Engenheiros de alimentos e afins 39 3.727,75 315 4.629,32 80,52%

Total 28.184 8.322,88 265.581 10.064,04 82,70% Fonte: RAIS/MTE – Elaboração Senge-MG

13 Estão excluídos os vínculos para os quais não havia informação da remuneração em dezembro.

Page 38: cartilha mercado de trabalho 2013/2014

O MERCADO DE TRABALHO FORMAL DA ENGENHARIA EM MINAS GERAIS

36

Contudo, o valor das remunerações diverge não apenas em relação à especialidade da

Engenharia, mas também em função da natureza jurídica dos estabelecimentos empregadores, como

indica o Gráfico 16. No que se refere à natureza jurídica, como apresenta a Tabela 31, os maiores

números absolutos de vínculos concentram-se nas empresas privadas, tanto em Minas Gerais quanto

no Brasil, com salários médios de R$ 8.244,34 e R$ 8.940,05, respectivamente.

Contudo, os estabelecimentos com natureza jurídica Entidade Empresa Estatal remuneram com

maiores salários os Engenheiros, sendo que a média alcança o valor de R$ 16.868,23 no Brasil e R$

11.181,66 em Minas Gerais, conforme apontam a Tabela 31 e o Gráfico 16. A diferença entre os

rendimentos pagos no setor Entidade Empresa Estatal em Minas Gerais corresponde a 65% em

comparação ao Brasil. As menores remunerações encontram-se no Setor Público – Outros, com

rendimentos correspondentes aos valores de R$ 2.700,00 no estado e R$ 3.165,35 em âmbito nacional.

Tabela 31: Número de vínculos contratuais formais nas ocupações da Engenharia e rendimento médio, segundo a natureza jurídica dos estabelecimentos – Minas Gerais e Brasil – 2014

Natureza Jurídica MG BR

MG/BR Vínculos R$ Vínculos R$

Setor Público Federal 545 9.884,01 8.889 11.686,23 84,58%

Setor Público Estadual 864 7.652,26 8.366 9.250,61 82,72%

Setor Público Municipal 1.542 6.162,05 13.136 6.401,23 96,26%

Setor Público - Outros 2 2.700,00 34 3.165,35 85,30%

Entidade Empresa Estatal 2.367 11.181,66 39.995 16.868,23 66,29%

Entidade Empresa Privada 21.916 8.244,34 188.859 8.940,05 92,22%

Entidades sem Fins Lucrativos 692 6.989,86 8.744 8.516,85 82,07%

Pessoa Física e outras Organizações Legais 216 4.155,31 1.288 6.818,91 60,94%

{ñ class} 40 4.551,41 262 4.662,93 97,61%

Total 28.184 8.322,88 269.573 10.064,04 82,70% Fonte: RAIS/MTE – Elaboração Senge-MG

Page 39: cartilha mercado de trabalho 2013/2014

O MERCADO DE TRABALHO FORMAL DA ENGENHARIA EM MINAS GERAIS

37

Gráfico 16: Rendimento médio dos vínculos contratuais formais nas ocupações da Engenharia, segundo a natureza jurídica dos estabelecimentos

– Minas Gerais e Brasil – 2014

Fonte: RAIS/MTE – Elaboração Senge-MG

Em relação ao gênero, em 2014, comparando-se as remunerações médias pagas por diferentes

especialidades da Engenharia nota-se que, entre os Engenheiros civis e afins, as mulheres receberam,

aproximadamente, 84% dos rendimentos médios pagos aos homens, como mostra o Gráfico 17. Em

2013, nesta especialidade, o valor médio de remuneração das mulheres alcançava 81,5% dos salários

médios dos homens. Contudo, no ano de 2014, as mulheres reduziram em 3,5% a diferença do valor

médio de suas remunerações (R$ 7.889,70) em relação aos salários médios dos profissionais masculinos

(R$ 9.395,90).

Destaca-se que, em todas as especialidades da Engenharia identificadas no Gráfico 17, as

mulheres recebem remunerações menores que os profissionais do gênero masculino. Neste aspecto, a

maior discrepância encontra-se na área da Engenharia Mecânica, onde as Engenheiras recebem, em

média, R$ 10.026,81, que representa apenas 79% dos salários masculinos (R$ 12.734,20).

9.884,01

11.686,23

7.652,26

9.250,61

6.162,05 6.401,23

2.700,003.165,35

11.181,66

16.868,23

8.244,34

8.940,05

6.989,86

8.516,85

4.155,31

6.818,914.551,41

4.662,93

MG BR

Setor Público Federal

Setor Público Estadual

Setor Público Municipal

Setor Público - Outros

Entidade Empresa Estatal

Entidade Empresa Privada

Entidades sem FinsLucrativos

Pessoa Física e outrasOrganizações Legais

{ñ class}

Page 40: cartilha mercado de trabalho 2013/2014

O MERCADO DE TRABALHO FORMAL DA ENGENHARIA EM MINAS GERAIS

38

Gráfico 17: Rendimento médio dos vínculos contratuais formais nas ocupações da Engenharia, segundo o gênero e especialidades selecionadas – Brasil 2014

Fonte: RAIS/MTE – Elaboração Senge-MG

Sobre o rendimento médio das ocupações segundo o gênero e especialidade em Minas Gerais,

no ano de 2014, mantém-se a tendência nacional dos salários femininos inferiores aos masculinos.

Contudo, observa-se uma menor diferença entre os rendimentos médios pagos entre homens e

mulheres, onde as profissionais do gênero feminino alcançam mais de 90% dos salários atribuídos aos

Engenheiros. A maior remuneração paga no estado aos profissionais dos gêneros masculino e feminino

foi observada na especialidade da Engenharia Mecânica, onde os homens recebem, em média, R$

9.491.14, e as Engenheiras R$ 7.705,90, atingindo pouco mais de 81% dos salários masculinos.

Gráfico 18: Rendimento médio dos vínculos contratuais formais nas ocupações da Engenharia, segundo o gênero e especialidades selecionadas – Minas Gerais – 2014

Fonte: RAIS/MTE – Elaboração Senge-MG

0,00

2.000,00

4.000,00

6.000,00

8.000,00

10.000,00

12.000,00

14.000,00

ENGENHEIROS CIVIS EAFINS

ENGENHEIROSELETROELETRONICOS E

AFINS

ENGENHEIROSINDUSTRIAIS, DE

PRODUCAO ESEGURANCA

ENGENHEIROSMECANICOS

9.395,90 10.047,28 9.322,19

12.734,20

7.889,70 8.929,68 7.885,44

10.026,81

Rem

un

eraç

ão M

édia

Masculino Feminino

0,00

2.000,00

4.000,00

6.000,00

8.000,00

10.000,00

ENGENHEIROS CIVIS EAFINS

ENGENHEIROSELETROELETRONICOS

E AFINS

ENGENHEIROSINDUSTRIAIS, DE

PRODUCAO ESEGURANCA

ENGENHEIROSMECANICOS

7.851,30 8.488,138.759,84

9.491,14

7.352,30 7.450,796.910,16 7.705,90

Masculino Feminino

Page 41: cartilha mercado de trabalho 2013/2014

O MERCADO DE TRABALHO FORMAL DA ENGENHARIA EM MINAS GERAIS

39

Entre as especialidades da Engenharia, como disposto na Tabela 32, o rendimento médio

segundo a faixa etária no Brasil indica que a remuneração tende a aumentar com o passar dos anos.

Nota-se que Engenheiros Mecânicos apresentaram, em 2014, maiores remunerações em todas as faixas

etárias analisadas, chegando à R$ 18.566,97, entre os 50 e 54 anos, com rebaixamento para

R$ 15.116,09 a partir dos 65 anos ou mais. Destaca-se que, entre a faixa etária de 50 a 64 anos, dando

continuidade à tendência do período anterior 2012-2013 concentram-se os maiores salários entre todas

as especialidades.

Contudo, na faixa etária inicial dos vínculos formais de trabalho, entre 18 e 24 anos, é a que

recebe as menores remunerações. A partir dos 65 anos, verifica-se redução nos salários médios nas

especialidades selecionadas, com exceção da categoria dos Engenheiros Civis e afins. A remuneração

que passou, em 2014, por maior redução após os 65 anos ou mais foi registrada entre o grupo dos

Engenheiros Industriais, de Produção e Segurança, representando queda de mais de 30% nos

vencimentos, passando de R$ 11.123,40 para R$ 7.693,21.

Tabela 32: Rendimento médio dos vínculos contratuais formais nas ocupações da Engenharia, segundo faixa etária e especialidades selecionadas – Brasil 2014

Especialidade 18 a 24 25 a 29 30 a 39 40 a 49 50 a 64 65 ou mais

Engenheiros civis e afins 4.838,90 6.722,23 8.644,75 9.536,28 11.449,32 11.599,56

Engenheiros eletroeletrônicos e afins 4.016,50 6.877,66 9.069,38 11.085,54 14.451,91 13.035,94

Engenheiros mecânicos 5.595,82 8.616,76 11.497,41 13.455,07 18.566,97 15.116,09

Engenheiros industriais, de produção e segurança. 4.808,70 7.224,38 8.917,49 10.435,66 11.123,40 7.693,51

Total 4.763,93 7.253,72 9.433,48 10.985,22 13.869,78 12.467,06 Fonte: RAIS/MTE – Elaboração Senge-MG

Em Minas Gerais, acompanhando a tendência nacional, como indica a Tabela 33, em todas as

especialidades analisadas, a faixa etária entre 50 a 64 anos detém os maiores salários nas ocupações

da Engenharia. O grupo dos Engenheiros Mecânicos é o que recebe os maiores salários em todas as

faixas etárias, sendo a menor remuneração dessa categoria registrada na faixa etária entre 18 e 24 anos

(R$ 5.497,00) e a maior relacionada à faixa entre 50 a 64 anos (R$ 11. 730,58).

Após os 65 anos, em Minas Gerais, assim como ocorreu e 2014 em âmbito nacional, observam

retrações nos valores salariais em todas as especialidades a partir dos 65 anos ou mais. A maior queda

após os 65 anos refere-se ao setor de Engenharia Industrial, de Produção e Segurança, cuja

remuneração passou de R$ 10,174, 87 para R$ 5.271,43, o que representa redução de quase 50% em

relação à média salarial da faixa etária anterior (50 a 54 anos).

Tabela 33: Rendimento médio dos vínculos contratuais formais nas ocupações da Engenharia, segundo faixa etária e especialidades selecionadas – Minas Gerais – 2014

Especialidade 18 a 24 25 a 29 30 a 39 40 a 49 50 a 64 65 ou mais

Engenheiros civis e afins 4.287,11 6.207,78 7.865,64 8.016,44 9.235,60 7.193,66

Engenheiros eletroeletrônicos e afins 3.675,10 5.952,88 8.204,13 9.801,38 10.940,50 6.168,99

Engenheiros mecânicos 5.497,85 6.999,01 9.200,60 10.545,60 11.730,58 11.334,24

Engenheiros industriais, de produção e segurança. 3.943,07 6.465,05 8.272,00 9.787,24 10.174,87 5.271,43

Total 4.145,72 6.295,26 8.265,34 9.339,34 10.380,74 8.674,63 Fonte: RAIS/MTE – Elaboração Senge-MG

Page 42: cartilha mercado de trabalho 2013/2014

O MERCADO DE TRABALHO FORMAL DA ENGENHARIA EM MINAS GERAIS

40

Analisando a Tabela 34, vemos que no ano de 2014, os dados de remuneração média por grau

de instrução indicam que as maiores elevações, em termos relativos, ocorreram para os Engenheiros

brasileiros que possuíam doutorado (+7,21%). Verifica-se que tanto em nível nacional quanto estadual,

para todos os níveis de escolaridade, houve variação positiva na remuneração média quando comparado

o ano de 2014 com 2013.

No caso de Minas Gerais, a maior variação também foi para os Engenheiros com título de doutor;

repare que estes tiveram uma variação acima da média nacional, embora o salário médio seja menor.

Tabela 34: Rendimento médio dos vínculos contratuais formais nas ocupações da Engenharia e taxa de variação (%), segundo faixa de escolaridade – Minas Gerais e Brasil – 2013 e 2014

Nível de Instrução Minas Gerais Brasil

2013 2014 Variação 2013 2014 Variação

Superior Completo 7.845,33 8.165,58 4,08% 9.237,23 9.752,21 5,58%

Mestrado 11.190,91 11.478,00 2,57% 14.014,85 14.691,46 4,83%

Doutorado 15.480,23 16.796,08 8,50% 18.114,23 19.419,37 7,21%

Total 7.994,51 8.322,88 4,11% 9.509,66 10.064,19 5,83% Fonte: RAIS/MTE – Elaboração Senge-MG

Diante das informações identificadas na Tabela 35, percebe-se que a remuneração média nas

ocupações da Engenharia, conforme setores econômicos e escolaridade, seguiram, em 2014, a

tendência do ano anterior. Os profissionais com graduação e mestrado no Brasil, em geral, receberam

remuneração superior à média observada nos mesmos graus de escolaridade em Minas Gerais.

Interessante notar que, no Estado, os profissionais da área de Comércio e Agropecuária, extração

vegetal caça e pesca com Doutorado obtiveram maiores salários que a média nacional. Em contrapartida,

o setor Extrativo mineral, em Minas Gerais, registrou remuneração média de profissionais com Doutorado

na ordem de R$ 12.878,08, sendo que no país o salário médio da categoria foi de R$ 26.300,93,

indicando que o salário médio pago no Estado representa apenas 49% do salário médio nacional.

Tabela 35: Rendimento médio dos vínculos contratuais formais nas ocupações da Engenharia, por setor econômico, segundo a faixa de escolaridade – Minas Gerais e Brasil – 2014

Setor Econômico

Minas Gerais Brasil

Superior Completo

Mestrado Doutorado Superior Completo

Mestrado Doutorado

Extrativa mineral 11.070,63 16.281,35 12.878,08 16.557,20 23.503,27 26.300,93

Indústria de transformação 8.612,21 11.850,77 13.300,06 10.357,74 18.710,31 22.295,92

Serviços industriais de utilidade pública 10.741,80 13.121,63 14.075,62 13.073,38 14.267,94 16.436,13

Construção Civil 6.971,94 8.229,72 9.143,06 8.403,52 9.275,38 10.212,91

Comércio 5.829,03 10.247,49 19.386,93 8.468,08 14.558,65 13.111,45

Serviços 7.853,90 9.861,05 18.075,20 8.959,36 12.316,64 19.986,60

Administração Pública 7.061,43 9.632,54 10.770,45 8.486,64 9.317,02 14.516,05

Agropecuária, extração vegetal caça e pesca. 6.225,65 12.024,83 15.491,18 6.400,71 10.799,92 13.256,37

Total 8.165,58 11.478,00 16.796,08 9.752,21 14.691,46 19.419,37 Fonte: RAIS/MTE – Elaboração Senge-MG

Page 43: cartilha mercado de trabalho 2013/2014

O MERCADO DE TRABALHO FORMAL DA ENGENHARIA EM MINAS GERAIS

41

3.2.2. Distribuição da remuneração em Minas Gerais

Neste item, busca-se analisar as remunerações dos Engenheiros no estado de Minas Gerais no

ano de 2014. Pode-se extrair da Tabela 36 que 26,7% do total de profissionais tinham em 2014 uma

remuneração entre R$ 5.075,24 a R$ 7.240,00 (7,01 a 10 salários mínimos14), ou seja, valor abaixo da

média de remuneração do estado que foi de R$ 8.322,88. Cerca de 27% dos vínculos formais em 2014

eram de Engenheiros que recebiam entre 10 a 15 salários mínimos. Do total de 28.184 profissionais de

Engenharia, apenas 2.411 recebiam, em 2014 no estado de Minas Gerais, acima de R$ 14.880,00.

Tabela 36: Distribuição da remuneração dos vínculos contratuais formais nas ocupações da Engenharia – Minas Gerais – 2014

Remuneração Média em 12-2014 Número de Profissionais Percentual

<=362,00 32 0,11

369,24 a 724,00 163 0,58

731,24 a 1.086,00 513 1,82

1.093,24 a 1.448,00 499 1,77

1.455,24 a 2.172,00 1.064 3,78

2.179,24 a 2.896,00 1.052 3,73

2.903,24 a 3.620,00 1.281 4,55

3.627,24 a 5.068,00 2.746 9,74

5.075,24 a 7.240,00 7.543 26,76

7.247,24 a 10.860,00 7.600 26,97

10.867,24 a 14.480,00 3.154 11,19

> 14.480,00 2.411 8,55

Não Classificado 126 0,45

Total 28.184 100 Fonte: RAIS/MTE – Elaboração Senge-MG

A Tabela 37 permite relacionar a distribuição da remuneração dos vínculos contratuais formais

nas ocupações da Engenharia, de acordo com o número de horas contratadas. Pode-se concluir que, do

total de profissionais apresentados na tabela, aqueles que tinham jornada semanal de 41 a 44 horas

tinham suas remunerações entre 10,01 a 15 salários mínimos, valores acima do piso salarial da

categoria, e 23,31% (3.796 Engenheiros), recebiam menos do que o piso salarial para essa jornada.

14 Valor do salário-mínimo em dezembro 2014- R$724,00

Page 44: cartilha mercado de trabalho 2013/2014

O MERCADO DE TRABALHO FORMAL DA ENGENHARIA EM MINAS GERAIS

42

Tabela 37: Distribuição da remuneração dos vínculos contratuais formais nas ocupações da Engenharia, por quantidade de horas contratadas – Minas Gerais – 2014

Salário Mínimo Profissional Até 12 horas

13 a 15 horas

16 a 20 horas

21 a 30 horas

31 a 40 horas

41 a 44 horas

Total

Até 0,50 <=362,00 17 0 2 2 2 10 33

0,51 a 1,00 369,24 a 724,00 87 1 6 18 4 89 205

1,01 a 1,50 731,24 a 1.086,00 126 8 9 21 14 239 417

1,51 a 2,00 1.093,24 a 1.448,00 125 9 18 16 8 349 525

2,01 a 3,00 1.455,24 a 2.172,00 112 45 61 45 83 629 975

3,01 a 4,00 2.179,24 a 2.896,00 27 35 63 82 178 517 902

4,01 a 5,00 2.903,24 a 3.620,00 14 15 76 124 252 599 1.080

5,01 a 7,00 3.627,24 a 5.068,00 17 12 67 251 734 1.364 2.445

7,01 a 10,00 5.075,24 a 7.240,00 9 5 23 156 2.120 4.336 6.649

10,01 a 15,00 7.247,24 a 10.860,00 5 2 20 88 3.117 4.839 8.071

15,01 a 20,00 10.867,24 a 14.480,00 1 0 9 82 1.610 1.781 3.483

Mais de 20,00 > 14.480,00 1 0 3 98 1.575 1.275 2.952

Não Classificado 33 3 13 30 107 261 447

Total 574 135 370 1.013 9.804 16.288 28.184

Fonte: RAIS/MTE – Elaboração Senge-MG

As Tabelas 38 e 39 apresentam os números absolutos e relativos dos profissionais de

Engenharia, separadas por gênero, de acordo com o número de horas contratadas. Como observado,

uma característica estrutural do mercado de trabalho brasileiro é a persistente desigualdade de

remuneração por sexo, nota-se comportamento semelhante no estado de Minas Gerais. Em termos

proporcionais, verifica-se que há mais Engenheiras recebendo abaixo do piso salarial do que os

Engenheiros nas diferentes categorias de horas contratuais. Em uma jornada de trabalho semanal de 41

a 44 horas, enquanto 6.777 Engenheiros recebiam acima de 10,01 salários mínimos, haviam 1.118

mulheres que se enquadravam nessa categoria.

Tabela 38: Número de profissionais de acordo com a remuneração em relação ao salário mínimo, por gênero e quantidade de horas contratadas – Minas Gerais – 2014

Faixa Hora Contratadas

Masculino Feminino Até 12

horas

13 a 15

horas

16 a 20

horas

21 a 30

horas

31 a 40

horas

41 a 44 horas

Total Até 12 horas

13 a 15

horas

16 a 20

horas

21 a 30

horas 31 a 40 horas

41 a 44

horas Total

Até 0,50 16 0 2 1 2 8 29 1 0 0 1 0 2 4

0,51 a 1,00 SM 81 1 6 15 4 79 186 6 0 0 3 0 10 19

1,01 a 1,50 SM 109 4 6 18 5 180 322 17 4 3 3 9 59 95

1,51 a 2,00 SM 110 8 15 14 3 279 429 15 1 3 2 5 70 96

2,01 a 3,00 SM 92 34 50 33 52 478 739 20 11 11 12 31 151 236

3,01 a 4,00 SM 24 28 49 58 121 395 675 3 7 14 24 57 122 227

4,01 a 5,00 SM 13 12 54 96 171 461 807 1 3 22 28 81 138 273

5,01 a 7,00 SM 16 10 48 184 528 1.060 1.846 1 2 19 67 206 304 599

7,01 a 10,00 SM 9 4 14 113 1.562 3.454 5.156 0 1 9 43 558 882 1.493

10,01 a 15,00 SM 4 2 16 71 2.445 4.074 6.612 1 0 4 17 672 765 1.459

15,01 a 20,00 SM 1 0 7 63 1.324 1.552 2.947 0 0 2 19 286 229 536

Mais de 20,00 SM 1 0 2 83 1.357 1.151 2.594 0 0 1 15 218 124 358

{ñ class} 29 3 11 22 84 220 369 4 0 2 8 23 41 78

Total 505 106 280 771 7.658 13.391 22.711 69 29 90 242 2.146 2.897 5.473

Fonte: RAIS/MTE – Elaboração Senge-MG

Page 45: cartilha mercado de trabalho 2013/2014

O MERCADO DE TRABALHO FORMAL DA ENGENHARIA EM MINAS GERAIS

43

Tabela 39: Distribuição (%) de profissionais de acordo com a remuneração em relação ao salário mínimo, por gênero e quantidade de horas contratadas – Minas Gerais – 2014

Hora Contratadas

Masculino Feminino

Até 12 horas

13 a 15 horas

16 a 20 horas

21 a 30 horas

31 a 40 horas

41 a 44 horas

Total Até 12 horas

13 a 15 horas

16 a 20 horas

21 a 30 horas

31 a 40 horas

41 a 44 horas

Total

Até 0,50 55% 0% 7% 3% 7% 28% 29 25% 0% 0% 25% 0% 50% 4

0,51 a 1,00 SM 44% 1% 3% 8% 2% 42% 186 32% 0% 0% 16% 0% 53% 19

1,01 a 1,50 SM 34% 1% 2% 6% 2% 56% 322 18% 4% 3% 3% 9% 62% 95

1,51 a 2,00 SM 26% 2% 3% 3% 1% 65% 429 16% 1% 3% 2% 5% 73% 96

2,01 a 3,00 SM 12% 5% 7% 4% 7% 65% 739 8% 5% 5% 5% 13% 64% 236

3,01 a 4,00 SM 4% 4% 7% 9% 18% 59% 675 1% 3% 6% 11% 25% 54% 227

4,01 a 5,00 SM 2% 1% 7% 12% 21% 57% 807 0% 1% 8% 10% 30% 51% 273

5,01 a 7,00 SM 1% 1% 3% 10% 29% 57% 1.846 0% 0% 3% 11% 34% 51% 599

7,01 a 10,00 SM 0% 0% 0% 2% 30% 67% 5.156 0% 0% 1% 3% 37% 59% 1.493

10,01 a 15,00 SM 0% 0% 0% 1% 37% 62% 6.612 0% 0% 0% 1% 46% 52% 1.459

15,01 a 20,00 SM 0% 0% 0% 2% 45% 53% 2.947 0% 0% 0% 4% 53% 43% 536

Mais de 20,00 SM 0% 0% 0% 3% 52% 44% 2.594 0% 0% 0% 4% 61% 35% 358

{ñ class} 8% 1% 3% 6% 23% 60% 369 5% 0% 3% 10% 29% 53% 78

Total 2% 0% 1% 3% 34% 59% 22.711 1% 1% 2% 4% 39% 53% 5.473

Fonte: RAIS/MTE – Elaboração Senge-MG

A Tabela 40 permite analisar as remunerações dos profissionais de Engenharia, através das

mesorregiões do estado de Minas Gerais em 2014. Do total de 19.704 profissionais que se encontravam

na região metropolitana de Belo Horizonte, 11.642, ou seja 59% recebiam acima de 10,01 salários

mínimos. Cerca de 43% dos Engenheiros do Triangulo Mineiro/Alto Paranaíba, recebiam em 2014,

abaixo de 7 salários mínimos. Chama a atenção os números verificados na região do Jequitinhonha, dos

116 Engenheiros, 68 profissionais recebiam menos do piso salarial.

Tabela 40: Proporção (%) de profissionais de acordo com a situação em relação ao piso profissional, por mesorregião – Minas Gerais – 2014

Mesorregião Até 0,50

0,51 a

1,00

1,01 a

1,50

1,51 a

2,00

2,01 a

3,00

3,01 a

4,00

4,01 a 5,00

5,01 a 7,00

7,01 a 10,00

10,01 a

15,00

15,01 a

20,00

Mais de

20,00

{ñ class}

Total

Noroeste de Minas

0 5 9 3 16 7 18 36 73 78 37 20 3 305

Norte de Minas 1 20 31 41 57 42 50 56 100 74 41 16 12 541

Jequitinhonha 0 8 11 6 8 5 12 18 17 21 6 1 3 116

Vale do Mucuri 0 2 8 4 17 7 10 24 10 7 3 2 1 95

Triângulo Mineiro / Alto Paranaíba

4 20 52 73 155 144 195 386 504 440 204 171 37 2.385

Central Mineira 0 4 9 14 10 2 1 23 20 34 7 3 2 129

Metropolitana de Belo Horizonte

19 79 167 189 396 393 500 1.186 4.835 6.397 2.785 2.460 298 19.704

Vale do Rio Doce

2 8 20 26 59 56 38 137 277 271 127 62 14 1.097

Oeste de Minas 0 10 33 36 32 42 29 56 103 95 28 11 5 480

Sul/Sudoeste de Minas

5 27 34 61 140 123 125 330 413 413 134 112 27 1.944

Campo das Vertentes

1 2 6 6 10 29 32 63 94 61 26 11 11 352

Zona da Mata 1 20 37 66 75 52 70 130 203 180 85 83 34 1.036

Total 33 205 417 525 975 902 1.080 2.445 6.649 8.071 3.483 2.952 447 28.184 Fonte: RAIS/MTE – Elaboração Senge-MG

Page 46: cartilha mercado de trabalho 2013/2014

O MERCADO DE TRABALHO FORMAL DA ENGENHARIA EM MINAS GERAIS

44

3.3 Jornada de trabalho

A Tabela 41 trata da distribuição dos vínculos contratuais, segundo jornada semanal de trabalho,

observando-se que, tanto em Minas Gerais quanto no Brasil, a maior concentração dos empregos na

Engenharia estavam associados, em 2014, a uma jornada laboral contratada entre 41 e 44 horas

semanais. A distribuição percentual das jornadas contratadas, como verificada no Estado e no país,

manteve-se basicamente estável em relação ao ano anterior (2013).

A distribuição de jornadas de trabalho em relação aos diferentes tipos de estabelecimentos em

Minas Gerais indica que o maior percentual dos vínculos contratuais apresenta jornada de 31 a 40 horas,

estando concentradas no Setor Público Federal e Estadual e Empresa Estatal, como mostra a Tabela

42. As Empresas Privadas, em média, possuem 68,8% dos contratos firmados com jornadas de 41 a 44

horas semanais. O maior percentual classificado de vínculos contratuais com jornada de 44 a 44 horas

refere-se aos serviços de Pessoa Física e outras Organizações Legais (Tabela 42).

Tabela 41: Distribuição (%) dos vínculos contratuais formais nas ocupações da Engenharia, segundo jornada de trabalho semanal contratada – Minas Gerais e Brasil – 2014

Jornada de trabalho semanal contratada

Minas Gerais Brasil

Até 30 horas 7,42% 5,57%

31 a 40 horas 34,79% 40,39%

De 41 a 44 horas 57,79% 54,04%

Total 100,00% 100,00% Fonte: RAIS/MTE – Elaboração Senge-MG

Tabela 42: Distribuição (%) dos vínculos contratuais formais nas ocupações da Engenharia, segundo jornada de trabalho semanal contratada – Minas Gerais – 2014

Natureza Jurídica Especial Até 30 horas 31 a 40 horas De 41 a 44 horas Setor Público Federal 1,8% 97,8% 0,4%

Setor Público Estadual 4,4% 95,6% 0,0%

Setor Público Municipal 31,4% 54,5% 14,1%

Setor Público - Outros 50,0% 0,0% 50,0%

Entidade Empresa Estatal 6,1% 76,2% 17,7%

Entidade Empresa Privada 5,9% 25,3% 68,8%

Entidades sem Fins Lucrativos 11,8% 36,0% 52,2%

Pessoa Física e outras Organizações Legais 14,3% 1,9% 83,8%

{ñ class} 10,0% 0,0% 90,0% Total 7,4% 34,8% 57,8%

Fonte: RAIS/MTE – Elaboração Senge-MG

Como verificado na Tabela 42, os contratos com jornada de trabalho entre 31 e 40 horas estão

relacionados, em âmbito estadual, aos setores Público Federal, Público Estadual e Empresas Estatais

que, pagam em média maiores salários aos profissionais da Engenharia se comparado ao mercado

privado. Mesmo com a maioria dos vínculos do setor privado apresentando jornadas de trabalho entre

41 e 44 horas, como identifica a Tabela 42, as remunerações deste mesmo setor não alcançaram os

rendimentos dos profissionais ligados ao aos setores Público Federal, Público Estadual e Empresas

Estatais.

Page 47: cartilha mercado de trabalho 2013/2014

O MERCADO DE TRABALHO FORMAL DA ENGENHARIA EM MINAS GERAIS

45

Nas especialidades selecionadas, como demonstra o Gráfico 19, nota-se relação positiva de

crescimento dos rendimentos médios conforme aumenta a jornada de trabalho. Contudo, em todas as

especialidades, os vínculos contratuais com jornadas entre 31 a 40 horas receberam rendimentos médios

superiores à jornada de 41 a 44 horas, no país.

Gráfico 19: Rendimento médio dos vínculos contratuais formais nas ocupações da Engenharia, segundo jornada semanal contratada e especialidades selecionadas – Brasil – 2014

Fonte: RAIS/MTE – Elaboração Senge-MG

0 2.000 4.000 6.000 8.000 10.000 12.000 14.000 16.000

Até 12horas

13 a 15horas

16 a 20horas

21 a 30horas

31 a 40horas

41 a 44horas ENGENHEIROS INDUSTRIAIS, DE

PRODUCAO E SEGURANCA

ENGENHEIROS MECANICOS

ENGENHEIROSELETROELETRONICOS E AFINS

ENGENHEIROS CIVIS E AFINS

Page 48: cartilha mercado de trabalho 2013/2014

O MERCADO DE TRABALHO FORMAL DA ENGENHARIA EM MINAS GERAIS

46

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A análise do mercado formal de trabalho da Engenharia demonstra um crescimento no período

de 2013-2014, embora o ritmo deste tenha diminuído quando comparado com os anos anteriores. Como

já citado neste estudo, cabe ressaltar que as áreas relacionadas à Engenharia representam no total dos

vínculos brasileiros, 0,54% em 2014 e a região do Brasil onde há maior concentração de Engenheiros é

a Sudeste. Enquanto o Brasil apresentou uma variação positiva de 1,5% nas contratações relacionadas

à área de Engenharia, o estado de Minas Gerais cresceu no mesmo período, cerca de 1,1%, menor do

que o crescimento verificado no Brasil.

Em termos absolutos, em 2013 os totais de vínculos da Engenharia no estado eram de 27.881,

passando em 2014 a ser de 28.184, um incremento de 303 novos postos de trabalho, sendo que as

especialidades que se destacaram apresentando maior expansão no número dos postos de trabalho

foram as Engenharias ambientais, de computação, industriais, de produção e segurança e civis e afins

que juntas, estas 4 especialidades acresceram 509 postos, ou seja, mais que o total dos vínculos que

foram criados em 2014.

A maioria dos profissionais de Engenharia são homens. Em 2014 no Brasil, apenas 18,32% do

total das vagas eram ocupadas por mulheres e, em Minas Gerais, estas representaram 19,42%.

Ressalta-se que em Minas Gerais, o aumento na taxa de variação no número de mulheres contratadas

(+3,85) foi maior do que o verificado no Brasil (+3,28%). Observa-se também que em âmbito nacional, o

crescimento do número de profissionais masculino foi de (+1,11%), percentual maior do que o apurado

no estado (+0,44%).

Os dados da faixa etária apontam que, para o período analisado a faixa etária de 30 a 39 anos

concentra a maior parcela dos profissionais de Engenharia do Brasil (37,1%) e em Minas Gerais (37,2%).

Concluiu-se que, na faixa etária da população jovem entre 18 e 29 anos nos profissionais de Engenharia

do Estado, estes passaram de 23,5% para 23,8%. Ao analisar esse mesmo grupo em nível nacional,

percebe-se que houve uma redução (-0,4%) de jovens nessa faixa etária no mercado de trabalho em

2014.

Ao cruzar informações em relação ao gênero e escolaridade, verifica-se que tanto em Minas

Gerais quanto no Brasil, no ano de 2014, o número de mulheres com título de mestrado e doutorado que

estão no mercado de trabalho é maior do que o número de homens que possuem esses títulos.

No que se refere às contratações por setor econômico no estado de Minas Gerais em 2014, as

ocupações de Engenharia que apresentaram maior variação em relação ao ano de 2013 no número de

contratos foram os setores de Agropecuária (+10,3%), seguido pelos Serviços Industriais de utilidade

pública (+8,4%) e Administração Pública (+7%). Merece destacar aqui a variação no estoque no setor da

Construção Civil, uma das áreas de maior destaque na Engenharia. Essa apresentou uma variação de

somente (+0,3%). Convém ressaltar que no comparativo 2011 a 2012, a Construção Civil apresentou

uma expansão de 26,9% e na análise de 2012/2013, passou a ser de 0,9%, uma queda significativa nos

últimos anos. O setor de Serviços apresentou um declínio de (-0,7%), enquanto o de Comércio cresceu

(+0,4%), diferente do observado em 2013 que foi de (-3,3%).

Quanto à natureza jurídica dos estabelecimentos, as empresas privadas detinham cerca de

77,8% dos Engenheiros em Minas Gerais, enquanto no Brasil, estes estabelecimentos tinham 70,1%.

Page 49: cartilha mercado de trabalho 2013/2014

O MERCADO DE TRABALHO FORMAL DA ENGENHARIA EM MINAS GERAIS

47

Ao se considerar o tempo de emprego dos vínculos de Engenharia, verifica-se que em Minas

Gerais, mais de 53% dos contratos tinham menos de 3 anos em 2013; em 2014, observou-se uma

retração de (-3,90%) nos contratos com essa característica temporal. Por outro lado, a distribuição dos

contratos formais de Engenheiros, na faixa de tempo entre três e cinco anos, passou de 12,4% em 2013,

para 15,6% em 2014, representando variação positiva de 3,2% nos contratos que se encontravam com

vigência entre três e cinco anos, em 2014.

Em relação aos rendimentos pagos de acordo com a natureza jurídica, cabe ressaltar a relação

positiva entre aumento na jornada de trabalho e o crescimento dos rendimentos pagos aos Engenheiros.

Entretanto, os contratos com jornada de trabalho entre 31 e 40 horas semanais, estão relacionados a um

rendimento maior que os contratos com jornadas entre 41 e 44 horas semanais de trabalho. Essa

diferença está relacionada diretamente aos contratos ligados aos setores Público Federal, Público

Estadual e Empresas Estatais que pagam em média maiores salários aos profissionais da Engenharia

quando comparados ao mercado privado.

Page 50: cartilha mercado de trabalho 2013/2014

O MERCADO DE TRABALHO FORMAL DA ENGENHARIA EM MINAS GERAIS

48

DIRETORIA DO SENGE-MG – GESTÃO 2013/2016

DIRETORIA EXECUTIVA

Presidente: Raul Otávio da Silva Pereira

1º Vice-Presidente: Augusto César Santiago e Silva Pirassinunga

2º Vice-Presidente: José Flávio Gomes

Diretor 1º Tesoureiro: Abelardo Ribeiro de Novaes Filho

Diretor 2º Tesoureiro: Welhiton Adriano de Castro Silva

Secretário Geral: Élder Gomes dos Reis

Diretor 1º Secretário: João José Magalhães Soares DIRETORIAS DEPARTAMENTAIS

Diretor de Aposentados: Paulo Roberto Mandello

Diretor de Ciência e Tecnologia: Cynthia Franco Andrade

Diretor de Assuntos Comunitários: Josias Gomes Ribeiro Filho

Diretor de Imprensa: Mateus Faria Leal

Diretor Administrativo: Alírio Ferreira Mendes Júnior

Diretor de Assuntos Jurídicos: Ricardo Cézar Duarte

Diretora da Saúde e Segurança do Trabalhador: Anildes Lopes Evangelista

Diretor de Relações Intersindicais: Rubens Martins Moreira

Diretor de Negociações: Antônio Azevedo

Diretor de Interiorização: Ricardo dos Santos Soares

Diretor Socioeconômico: Antônio Dias Vieira

Diretor de Promoções Culturais: José Marcius Carvalho Valle CONSELHO FISCAL

Iocanan Pinheiro de Araújo Moreira

Éderson Bustamante

Virgílio Almeida Medeiros

Júlio César Lima

Gilmar Pereira Narciso

DIRETORIA REGIONAL ZONA DA MATA

Diretor Administrativo: Fernando José

Diretora Secretária: Vânia Barbosa Vieira

Diretora Tesoureira: Ilza Conceição Maurício

Diretores Regionais: Maria Angélica Arantes de Aguiar Abreu; Gilwayne Alves de Sousa Gomes; Sílvio

Rogério Fernandes; Luiz Antônio Fazza; Liércio Feital Motta Junior; Francisco de Paula Lima Netto;

Marcos Felicíssimo Beaklini Cavalcanti; Carlos Alberto de Oliveira Joppert; Eduardo Barbosa Monteiro de

Castro; João Vieira de Queiroz Neto

Page 51: cartilha mercado de trabalho 2013/2014

O MERCADO DE TRABALHO FORMAL DA ENGENHARIA EM MINAS GERAIS

49

DIRETORIA REGIONAL NORTE NORDESTE

Diretor Administrativo: Guilherme Augusto Guimarães Oliveira

Diretor Secretário: Jessé Joel de Lima

Diretor Tesoureiro: Melquíades Ferreira de Oliveira

Diretores Regionais: Holbert Caldeira; Renata Athayde Gomes; Pedro Bicalho Maia; Plínio Santos de

Oliveira

DIRETORIA REGIONAL SUL

Diretor Administrativo: Nelson Benedito Franco

Diretor Secretário: Fernando Barros Magalhães

Diretora Tesoureira: Fabiane Lourdes de Castro

Diretor Regional: Nélson Gonçalves Filho

DIRETORIA REGIONAL TRIÂNGULO

Diretor Administrativo: Ismael Dias Figueiredo da Costa Cunha

Diretor Secretário: Pedrinho da Mata

Diretor Tesoureiro: Jean Marcus Ribeiro

Diretores Regionais: Francielle Oliveira Silva; Hélver Martins Gomes

DIRETORIA REGIONAL VALE DO AÇO

Diretor Administrativo: Antônio Germano Macedo

Diretor Secretário: Sergino Ventura dos Santos Oliveira

Diretor Tesoureiro: Bruno Balarini Gonçalves

DIRETORIA REGIONAL CAMPO DAS VERTENTES

Diretor Administrativo: Domingos Palmeira Neto

Diretor Secretário: Wilson Antônio Siqueira

Diretor Tesoureiro: Arnaldo Coutinho Brito

DIRETORIA REGIONAL CENTRO

Diretor Administrativo: Alfredo Marques Diniz

Diretor Secretário: Wellington Vinícius Gomes da Costa

Diretores Regionais: Aline Almeida Guerra; Anivaldo Matias de Sousa; Gilmar Côrtes Sálvio Santana;

Marcelo Fernandes da Costa; Marcos Moura do Rosário; Epaminondas Bittencourt Neto; Marcelo de

Camargos Pereira; Andrea Thereza Pádua Faria; Sávio Nunes Bonifácio; Waldyr Paulino Ribeiro Lima;

Wanderley Acosta Rodrigues; Laurete Martins Alcântara Sato; José Tarcísio Caixeta; Carlos Moreira

Mendes; Jairo Ferreira Fraga Barrioni; Jucelino Dias Moreira; Paulo Henrique Francisco Santos.

Page 52: cartilha mercado de trabalho 2013/2014

O MERCADO DE TRABALHO FORMAL DA ENGENHARIA EM MINAS GERAIS

50

SENGE MINAS GERAIS

Rua Araguari, 658 – Bairro Barro Preto

Cep: 30190-110 - Belo Horizonte-MG

Telefone: (31) 3271-7355 • Fax: (31) 3226-9769

[email protected] • www.sengemg.org.br

REGIONAL CAMPO DAS VERTENTES

Telefone: (31) 8422-1232

[email protected]

REGIONAL CENTRO

Telefone: (31) 8435-9538

[email protected]

REGIONAL NORTE/NORDESTE

Av. Norival Guilherme Vieira, 70 – Bairro Ibituruna

CEP: 39401-289 - Montes Claros-MG

Telefone: (38) 3082-7552

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REGIONAL SUL

Telefone: (35) 8415-6312

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REGIONAL TRIÂNGULO

Av. Anselmo Alves dos santos, 1240, Bairro Santa Mônica

CEP: 38408-150 – Uberlândia-MG

Telefone: (34) 8423-8332

[email protected]

REGIONAL VALE DO AÇO

Rua Uberlândia, 96, Centro

CEP: 35160-024 – Ipatinga-MG

Telefone: (31) 8425-8582

[email protected]

REGIONAL ZONA DA MATA

Rua Halfeld, 414 - sala 1.209 - Centro

CEP: 36010-900 - Juiz de Fora-MG

Telefone/fax: (32) 3215-1325

[email protected]