Cartilha Sebrae ME e EPP

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Lei Geral das Microempresas e das empresas de pequeno porteLei complementar n 123, de 14 de dezembro de 2006 Edio revisada e atualizada pela lei complementar 127/2007 e lei complementar 128/2008.

Conhea os principais pontos Da lei geral, comentrios e exemplos prticos.

POR DENTRO DA LEI

DVIDAS OU SUGESTES, CONSULTE O SEBRAE 0800

570 0800

Conselho Deliberativo Presidente: Abram Szajman (FECOMERCIO) ACSP Associao Comercial de So Paulo ANPEI Associao Nacional de Pesquisa, Desenvolvimento e Engenharia das Empresas Inovadoras Banco Nossa Caixa S. A. FAESP Federao da Agricultura do Estado de So Paulo FIESP Federao das Indstrias do Estado de So Paulo FECOMERCIO Federao do Comrcio do Estado de So Paulo ParqTec Fundao Parque Alta Tecnologia de So Carlos IPT Instituto de Pesquisas Tecnolgicas Secretaria de Estado de Desenvolvimento SEBRAE Servio Brasileiro de Apoio s Micro e Pequenas Empresas SINDIBANCOS Sindicato dos Bancos do Estado de So Paulo CEF Superintendncia Estadual da Caixa Econmica Federal BB Superintendncia Estadual do Banco do Brasil Diretor - Superintendente Ricardo Luiz Tortorella Diretores OperacionaisGE/37.20051 EDI. - 1 IMP. 18 M

Jos Milton Dallari Soares Paulo Eduardo Stabile de Arruda Projeto e desenvolvimento Autor Paulo Melchor Colaboradores Cludio Roberto Vallim Jos Arimatea Dantas Julio Cesar Durante Sandra Regina Bruno Fiorentini Diagramao e ilustraes Ceolin e Lima Servios Ltda. / Antonio Eder Impresso

- SEBRAE-SP

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NDICE

INTRODUO .................................................................... 07 1 PARTE - ASPECTOS GERAIS DA LEI GERAL .................. 15 2 PARTE EMPREENDEDOR INDIVIDUAL ...................... 39 3 PARTE - SIMPLES NACIONAL (SUPERSIMPLES)............ 72 ANEXOS DO SIMPLES NACIONAL .................................. 110

Lei Geral das Microempresas e das Empresas de Pequeno Porte

LEI GERAL DAS MICROEMPRESAS E DAS EMPRESAS DE PEQUENO PORTEINTRODUOA Lei Geral o novo Estatuto Nacional das Microempresas (ME) e das Empresas de Pequeno Porte (EPP). Instituda pela Lei Complementar n. 123, de 14 de dezembro de 2006, veio estabelecer normas gerais relativas ao tratamento diferenciado e favorecido a ser dispensado s MEs e EPPs no mbito dos Poderes da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios, nos termos dos artigos 146, III, d, 170, IX e 179 da Constituio Federal. Esta lei sofreu importantes ajustes pela Lei Complementar n. 127, de 14 de agosto de 2007 e tambm pela Lei Complementar n. 128, de 19 de dezembro de 2008, e ficou conhecida como a Lei Geral das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte. Veja os principais benefcios concedidos s Micro e Pequenas Empresas (MPEs): a) Regime unificado de apurao e recolhimento dos impostos e contribuies da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios, inclusive com simplificao das obrigaes fiscais acessrias; b) Desonerao tributria das receitas de exportao, substituio tributria, tributao monofsica e ICMS antecipado com encerramento de tributao; c) Dispensa no cumprimento de certas obrigaes trabalhistas e previdencirias; d) Simplificao no processo de abertura, alterao e encerramento das MPEs;

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e) Possibilidade de abertura da empresa na residncia e em reas irregulares; f) Facilitao no acesso ao crdito e ao mercado; g) Preferncia nas compras pblicas; h) Estmulo inovao tecnolgica; i) Incentivo ao associativismo na formao de Sociedades de Propsito Especfico (SPEs) para fomentao de negcios (compra ou venda); j) Incentivo formao de consrcios para acesso a servios de segurana e medicina do trabalho; k) Regulamentao da figura do Microempreendedor Individual, tambm conhecido por Pequeno Empresrio, criando condies favorveis para sua formalizao com benefcios previdencirios.

LEI COMPLEMENTAR E ORDINRIAA escolha de lei complementar e no de lei ordinria se deu por fora do art. 146, III, d e respectivo pargrafo nico da Constituio Federal, que reserva lei complementar, estabelecer normas gerais em matria tributria para definir e prever tratamento diferenciado e favorecido para as Micro e Pequenas Empresas (MPEs), bem como instituir regime nico de arrecadao de impostos e contribuies da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios ao segmento. certo que as demais matrias, como por exemplo, incentivos nas reas trabalhista, previdenciria, creditcia, abertura e encerramento de empresas, compras pblicas etc, poderiam ser aprovadas por meio de lei ordinria. No entanto, a medida foi necessria para que o legislador atendesse compromissos assumidos com empresrios e entidades representativas do segmento8

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no sentido de reunir, em uma nica lei, no s os benefcios j conquistados, mas tambm novas e importantes medidas de incentivo, simplificao e desburocratizao aos negcios de pequeno porte. Como se sabe, a aprovao de lei complementar se d por maioria absoluta dos membros das duas casas do Congresso (Cmara e Senado), enquanto que a lei ordinria, por maioria simples. Portanto, mais difcil aprovar ou alterar uma lei complementar que uma lei ordinria. Isso explica o disposto no artigo 86 da Lei Geral sobre possveis alteraes da Lei Geral: Art. 86. As matrias tratadas nesta Lei Complementar que no sejam reservadas constitucionalmente lei complementar podero ser objeto de alterao por lei ordinria. A mudana da Constituio Federal pela Emenda Constitucional n. 42/2003, teve por objetivo dificultar mudanas no sistema tributrio das Micro e Pequenas Empresas (MPEs) por leis ordinrias ou por medidas provisrias, conferindo, com isso, maior segurana jurdica aos empresrios do segmento.

RGOS GESTORES DA LEI GERALPara propor, acompanhar e gerir os benefcios dispensados s MPEs, foram criados trs rgos que tero atuao fundamental na implantao e na plena consecuo da Lei Geral. Vejamos a constituio e as atribuies desses rgos separadas por assunto: I Comit Gestor de Tributao: vinculado ao Ministrio da Fazenda, composto por representantes da Secretaria da Receita Federal, da Secretaria da Receita Previdenciria, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios.1

1 O Comit Gestor foi institudo pelo Decreto n. 6.038, de 7/2/2006.

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Atribuies: Tratar dos aspectos tributrios do Simples Nacional, especialmente na regulamentao de pontos imprescindveis para boa aplicao do Simples Nacional; e II Frum Permanente das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte: presidido e coordenado pelo Ministrio do Desenvolvimento, Indstria e Comrcio Exterior, contar com a participao dos rgos federais competentes e das entidades vinculadas ao setor.2 Atribuies: Tratar dos demais aspectos da lei, exceto os relacionados a constituio, alterao e encerramento de empresas. Para tanto, deve orientar e assessorar a formulao e coordenao da poltica nacional de desenvolvimento das MPEs, bem como acompanhar e avaliar a sua implantao. III Comit para gesto da Rede Nacional para a Simplificao do Registro e da Legalizao de Empresas e Negcios3: Vinculado ao Ministrio do Desenvolvimento, Indstria e Comrcio Exterior, sendo composto por representantes da Unio, Estados, DF, dos Municpios e demais rgos de apoio e de registro empresarial. Atribuies: Compete regulamentar a inscrio, cadastro, abertura, alvar, arquivamento, licenas, permisso, autorizao, registros e demais itens relativos abertura, legalizao e funcionamento de empresas de qualquer porte, atividade econmica ou composio societria. Vale ressaltar que a desburocratizao aqui tratada foi objeto de regulamentao pela Lei Federal n. 11.598/2007, que instituiu o REDESIM com o objetivo de facilitar e agilizar os processos de abertura, alterao e encerramento das empresas.

2 O Frum Permanente das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte foi institudo pelo Decreto n. 6.174, 1 de agosto de 2007. 3 Comit institudo pela Lei Complementar 128/2008.

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AGENTE DE DESENVOLVIMENTOO Municpio poder designar Agente de Desenvolvimento para a efetivao da Lei Geral. Funo: Este agente ter por funo articular aes pblicas para a promoo do desenvolvimento local e territorial, mediante aes locais ou comunitrias, individuais ou coletivas, que visem ao cumprimento das disposies e diretrizes contidas na Lei Geral, sob superviso do rgo gestor local responsvel pelas polticas de desenvolvimento. O MDIC4, juntamente com as entidades municipalistas e de apoio e representao empresarial, prestaro suporte aos referidos agentes na forma de capacitao, publicaes...

DEFINIO E ENQUADRAMENTOConsidera-se microempresa (ME) ou empresa de pequeno porte (EPP) a sociedade empresria, a sociedade simples e o empresrio a que se refere o art. 966 do Cdigo Civil brasileiro (Lei n. 10.406, de 10 de janeiro de 2002), devidamente registrado no Registro de Empresas Mercantis (Junta Comercial) ou no Registro Civil de Pessoas Jurdicas (Cartrios de Registro das Pessoas Jurdicas), conforme o caso e desde que cumpra as demais exigncias da Lei Geral, tais como: LimitedeReceitaBruta; Exeraatividadespermitidasnalei; Observeascomposiessocietriasadmitidas;

4 MDIC Ministrio do Desenvolvimento, Indstria e Comrcio Exterior.

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Noestejainseridanasdemaisvedaesprevistasnalei. O enquadramento do porte na condio de ME e EPP da empresa se d no rgo de registro pblico da pessoa jurdica Junta Comercial5 ou Cartrio.6

LIMITE DE RECEITA BRUTA ANUAL DAS MPEsA Lei Geral estabeleceu, como limites de receita bruta anual da microempresa e da empresa de pequeno porte as mesmas diretrizes adotadas pelo antigo Simples Federal7, tendo includo tambm o microempreendedor individual. Microempreendedor Individual (MEI): empresrio individual a que se refere o art. 966 do Cdigo Civil, que tenha auferido receita bruta, no ano-calendrio anterior, de at R$ 36.000,00 (trinta e seis mil reais), optante pelo Simples Nacional. Microempresa (ME): pessoa jurdica que aufere em cada ano-calendrio, receita bruta igual ou inferior a R$ 240.000,00 (duzentos e quarenta mil reais); Empresas de Pequeno Porte (EPP): pessoa jurdica que aufere em cada anocalendrio, receita bruta superior a R$ 240.000,00 (duzentos e quarenta mil reais) e igual ou inferior a R$ 2.400.000,00 (dois milhes e quatrocentos mil reais). No caso de incio de atividade no decorrer do ano-calendrio, os limites acima sero proporcionais ao nmero de meses em que a empresa houver exercido atividade, inclusive as fraes de meses.

5 O DNRC (Departamento Nacional de Registro do Comrcio) regulamentou o enquadramento das empresas como ME e EPP por meio da Instruo Normativa n. 103, de 30 de abril de 2007 . 6 O Centro de Estudos e Distribuio de Ttulos e Documentos estabeleceu modelo de declarao no site: Acesse: MODELOS DE DECLARAES DE ME / EPP . 7 Lei n. 9.317/96 revogada pelo art. 94 dos Atos da Disposio Constitucional Transitria.

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Incio de atividade o momento da primeira operao aps a constituio da pessoa jurdica que reflita mutao em seu patrimnio.8 Receita bruta o produto da venda de bens e servios nas operaes de conta prpria, o preo dos servios prestados e o resultado nas operaes em conta alheia, no includas as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos.

ENTRADA EM VIGOR DA LEI GERALNos termos do art. 88, a Lei Geral entra em vigor na data de sua publicao (dia 15/12/2006), ressalvado o regime de tributao das microempresas e empresas de pequeno porte, que entra em vigor em 1 de julho de 2007. Portanto, as regras gerais da lei entraram em vigor no dia 15/12/2006, enquanto que o captulo tributrio (o chamado Simples Nacional) teve incio em 1 de julho de 2007. Por fim, vale lembrar que por fora da Lei Complementar n. 128/2008, as regras tributrias e fiscais aplicveis ao Microempreendedor Individual (MEI) passam a viger a partir de julho de 2009. Vrios dispositivos da Lei Geral j foram regulamentados, porm alguns ainda dependem de regulamentao para que tenham plena eficcia e possam ser aplicados de forma plena pelas MPEs. So normas a serem elaboradas que tm por finalidade implementar as regras contidas na Lei Geral. Sem estabelecer esses procedimentos e definies, as pequenas empresas e os rgos envolvidos no tero como pr em prtica alguns benefcios previstos na Lei Geral.

ASPECTOS GERAIS E TRIBUTRIOSDaqui para frente e, para melhor compreenso da Lei Geral, propomos a diviso deste trabalho em trs partes.8 Para o Simples Nacional, considera-se incio de atividade a data do ltimo deferimento da inscrio, seja ela municipal, estadual ou federal.

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Na primeira parte, nos ocuparemos dos aspectos gerais da lei; na segunda abordaremos a figura do Microempreendedor Individual e, na terceira e ltima parte as questes fiscais/tributrias do chamado Simples Nacional, tambm conhecido como Supersimples. A diviso se mostra oportuna por dois motivos: Em primeiro lugar, porque o legislador estabeleceu prazos diferentes para incio de vigncia dos temas propostos: Os aspectos gerais da lei comearam a vigorar na data de publicao da Lei Complementar 123, ou seja, 15 de dezembro de 2006, enquanto que a parte fiscal/tributria (o Simples Nacional), a partir de 1 de julho de 2007; J os efeitos legais do Microempreendedor Individual tm incio em 1 de julho de 2009, conforme disposies introduzidas pela Lei Complementar 128/2008. Em segundo lugar, h casos em que embora muitas empresas sejam admitidas na Lei Geral, no podem, por outro lado, aderirem ao sistema tributrio do Simples Nacional em razo das atividades que realizam. Portanto, empresas que se beneficiam dos aspectos gerais da lei, podem estar fora do Simples Nacional, seja por impedimento legal, seja por falta de interesse delas. Isto significa que o nmero de empresas admitidas na Lei Geral muito maior do que aquelas que efetivamente se beneficiam do seu captulo tributrio Simples Nacional. O mesmo ocorre com os Microempreendedores Individuais que, embora trate de atividades admitidas no Simples Nacional, tambm contm excees. Convm lembrar que o sistema da legislao anterior tambm estabelecia diviso semelhante, porm em leis diferentes. O sistema tributrio (denominado Simples Federal) era regulado pela Lei n. 9.317/96, enquanto que os demais incentivos (como nos campos trabalhista, creditcio, administrativo, desenvolvimento empresarial e outros), embora modestos, foram tratados na Lei n. 9.841/98 (Estatuto da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte). Ambas revogadas em 1 de julho de 2007 pela Lei Geral que consolidou todas as normas pertinentes s pequenas empresas.

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1 PARTE ASPECTOS GERAIS DA LEI GERAL1) PESSOAS JURDICAS EXCLUDAS DA LEI GERALComecemos por relacionar as vedaes ao sistema da Lei Geral. Nos termos da lei, no podero ingressar e se beneficiar do regime diferenciado e favorecido previsto na Lei Geral as pessoas jurdicas: I II III de cujo capital participe outra pessoa jurdica; que seja filial, sucursal, agncia ou representao, no Pas, de pessoa jurdica que tenha sede no exterior; de cujo capital participe pessoa fsica inscrita como empresrio ou que seja scia de outra empresa beneficiada pela Lei Geral, desde que a receita bruta global9 ultrapasse o limite da EPP (R$ 2.400.000,00); cujo titular ou scio participe com mais de 10% do capital de outra empresa no beneficiada pela Lei Geral, desde que a receita bruta global ultrapasse o limite de EPP; cujo scio ou titular seja administrador10 ou equiparado de outra pessoa jurdica com fins lucrativos, desde que a receita bruta global ultrapasse o limite de EPP; cooperativas, salvo as de consumo11;

IV

V

VI

VII que participe do capital de outra pessoa jurdica;9 Receita bruta global a soma do faturamento das duas empresas. 10 Nos termos do Cdigo Civil, administrador a pessoa (scia ou no) nomeada para administrar a empresa. 11 Por outro lado, o art. 34 da Lei n. 11.488, de 15/06/2007, estende s cooperativas em geral os benefcios da Lei Geral, com exceo do captulo tributrio, desde que atendam aos limites de receita bruta das MPEs, nela includos os atos cooperados e no-cooperados

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VIII instituio financeira, corretora ou distribuidora de ttulos, valores mobilirios e cmbio, arrendamento mercantil, seguros e previdncia em geral; IX resultante de ciso ou qualquer outra forma de desmembramento de pessoa jurdica ocorrido nos ltimos 5 anos; X Obs.: a. O disposto nos itens IV e VII acima no se aplica participao no capital de cooperativas de crdito, centrais de compras, Sociedades de Propsito Especfico (SPEs) ou de qualquer sociedade que tenha como objetivo social a defesa exclusiva dos interesses econmicos das MPEs. b. A ME que, no ano-calendrio, exceder o limite de receita bruta de R$ 240.000,00 passa, no ano-calendrio seguinte, condio de EPP . c. A EPP que, no ano-calendrio, no ultrapassar o limite de receita bruta anual de R$ 240.000,00 passa, no ano-calendrio seguinte, condio de ME. d. A EPP que, no ano-calendrio, exceder o limite de receita bruta de R$ 2.400.000,00 fica excluda da Lei Geral no ano-calendrio seguinte. e. A ME e a EPP que no decurso do ano-calendrio de incio de atividade ultrapassar em 20% o limite de R$ 200.000,00, multiplicados pelo nmero de meses de funcionamento nesse perodo,12 estar excluda da Lei Geral, com efeitos retroativos ao incio de suas atividades. sociedade por aes.

12 Ex.: R$ 200 mil (por ms) x 12 meses (de janeiro a dezembro de determinado ano) = R$ 2.400.000,00. Logo, a empresa que for aberta no ms de junho e se enquadrar na Lei Geral, no poder ultrapassar receita bruta anual superior a R$ 1.440.000,00 [que corresponde a 200 mil x 6 meses (tempo restante at o final do ano), acrescido de 20%]

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2) ABERTURA, ALTERAO E BAIXA NO REGISTRO DE MPEO Captulo III da Lei Geral prev que os rgos e entidades envolvidos na abertura, alterao e baixa das MPEs, dos 3 mbitos de governo (federal, estadual e municipal), devero compatibilizar e integrar procedimentos que facilitem o cumprimento pelas pequenas empresas. Abertura, alteraes e baixas de MPEs em rgo envolvido no registro empresarial dos 3 governos, independe de regularidade das obrigaes tributrias, previdencirias ou trabalhistas, principais e acessrias, do empresrio, da sociedade, dos scios, dos administradores ou de empresas de que participem. O Departamento Nacional de Registro do Comrcio (DNRC) baixou a Instruo Normativa n. 105, de 16/05/200713, dispensando as MEs e as EPPs de apresentarem as seguintes certides em seus pedidos de arquivamento de atos de extino ou reduo de capital perante a Junta Comercial: I Certido Conjunta Negativa de Dbitos relativos a Tributos Federais e Dvida Ativa da Unio, emitida pela Secretaria da Receita Federal e Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional; Certido Negativa de Dbito CND, fornecida pela Secretaria da Receita Previdenciria; Certificado de Regularidade do Fundo de Garantia por Tempo de Servio FGTS, fornecido pela Caixa Econmica Federal.

IIIII-

13 Acesse: .

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2.1) ABERTURA DA MPEMedidas que esto sendo implementadas no processo de abertura da MPE: a. Estabelecer a unicidade no processo de registro e de legalizao das MPEs de modo a evitar a duplicidade de exigncias; b. Manter disposio dos usurios, de forma presencial e pela internet, informaes, orientaes e instrumentos, de forma integrada e consolidada, que permitam pesquisas prvias s etapas de registro, alterao e baixa das MPEs; c. Simplificar e uniformizar as exigncias quanto segurana sanitria, metrologia, controle ambiental e preveno contra incndios, para os fins de registro e legalizao; d. Dispensar a vistoria prvia e instituir o Alvar de Funcionamento Provisrio pelo municpio, caso a atividade apresente baixo grau de risco; hiptese em que a vistoria se realizar aps o incio das atividades; e. Desobrigar empresas, empresrios, scios e administradores, comprovarem a regularidade de obrigaes tributrias, previdencirias ou trabalhistas para efeito de constituio, alterao ou encerramento de MPE, sem prejuzo das responsabilidades dos mesmos; f. Dispensar a certido de inexistncia de condenao criminal, prova de regularidade de tributos, assinatura de advogado nos contratos sociais nos procedimentos de constituio das MPEs. NOTA: Para plena eficcia, estes dispositivos dependem de regulamentao por parte dos rgos envolvidos nos procedimentos de abertura de empresas. Especificamente quanto ao baixo grau de risco da letra d acima, sua regulamentao deveria ter se dado em 6 meses da publicao da lei (at o ms de junho de 2007). O novo Comit para gesto da Rede Nacional para a Simplificao do Registro e da Legalizao de Empresas e Negcios ter papel fundamental na regulamentao deste trabalho.

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2.1.2) MPE EM RESIDNCIAS E EM REAS IRREGULARES14O municpio poder conceder Alvar de Funcionamento Provisrio para as MPEs constitudas na residncia do microempreendedor individual, do seu titular (empresrio individual) ou scio (de sociedade limitada, por exemplo), desde que a atividade no gere grande circulao de pessoas. O Alvar tambm poder ser concedido pelo municpio s MPEs localizadas em reas irregulares, ou seja, instaladas em reas desprovidas de regulao fundiria legal ou com regulamentao precria.

2.2) BAIXA DA MPEAbertura, alteraes e baixas, de MPEs em rgo envolvido no registro empresarial dos 3 governos, independe de regularidade das obrigaes tributrias, previdencirias ou trabalhistas, principais e acessrias, do empresrio, da sociedade, dos scios, dos administradores ou de empresas de que participem. O empresrio, os scios e administradores respondem solidariamente pelas obrigaes, apuradas antes ou aps o ato de baixa referida aqui. Exceto em caso de inatividade, na baixa da ME ou da EPP aplicar-se-o as regras de responsabilidade previstas para as demais pessoas jurdicas. Os rgos referidos tero o prazo de at 60 dias para efetivar a baixa nos respectivos cadastros. Ultrapassado este prazo sem manifestao do rgo competente, a baixa ser automtica. Alm disso, as MPEs no precisam comprovar regularidade de obrigaes tributrias, previdencirias ou trabalhistas para dar baixa em seus registros.

14 Lei Complementar n. 128, de 19 de dezembro de 2008.

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No entanto, a baixa do registro da empresa no exime os titulares, scios e administradores de responderem pela falta de recolhimento dos tributos e de eventuais irregularidades apuradas, nos termos da legislao aplicvel s demais pessoas jurdicas.

2.3) BAIXA DE REGISTRO DA MPE INATIVANo caso de existncia de obrigaes tributrias, previdencirias ou trabalhistas, o titular, o scio ou o administrador da ME e da EPP que se encontre sem movimento15 h mais de 3 anos poder solicitar a baixa nos registros dos rgos pblicos federais, estaduais e municipais independentemente do pagamento de dbitos tributrios, taxas ou multas devidas pelo atraso na entrega das respectivas declaraes nesses perodos. A solicitao de baixa nesta hiptese importa responsabilidade solidria dos titulares, dos scios e dos administradores do perodo de ocorrncia dos respectivos fatos geradores. O empresrio, os scios e administradores respondem solidariamente pelas obrigaes, apuradas antes ou aps o ato de baixa referida aqui.

3) PARTICIPAO EM LICITAES PBLICASO Captulo V da Lei Geral trata do Acesso aos Mercados, mais especificamente das Aquisies Pblicas por parte dos rgos pblicos sujeitos a processos licitatrios na aquisio de produtos e servios. Com essas medidas, estima-se um aumento na participao das MPEs nas compras governamentais das trs esferas de governo dos atuais 17% para 30% o que representaria um incremento de R$ 34 bilhes a mais por ano para o setor.15 Considera-se sem movimento a MPE que no apresenta mutao patrimonial e atividade operacional durante todo o ano-calendrio.

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Com o Decreto n. 6.204, de 05, de setembro de 2007, o governo federal regulamentou este captulo da Lei Geral, estabelecendo tratamento favorecido, diferenciado e simplificado para as ME e EPPs nas contrataes pblicas de bens, servios e obras, no mbito da administrao pblica federal. Vejamos os principais benefcios a serem dispensados s MPEs em processos licitatrios realizados pelos rgos e entidades sujeitos licitao nos termos da Lei n. 8.666/93:

3.1) REGULARIDADE FISCALa. A comprovao de regularidade fiscal das MPEs somente ser exigida para efeito de assinatura do contrato. Isto , a ME ou EPP s providenciar as certides de regularidade fiscal caso seja declarada vencedora do certame.16 b. Havendo alguma restrio na comprovao da regularidade fiscal, a MPE ter 2 dias teis, prorrogveis por igual perodo, a critrio da Administrao Pblica, para regularizao. Como vimos, o executivo federal editou o Decreto n 6.204, de 05/09/2007, estabelecendo que a comprovao da regularidade fiscal da ME e EPP somente poder ser exigida para efeito de contratao, e no como condio para participao na licitao. NOTA: No obstante a iniciativa do governo federal, estes dispositivos no dependem de regulamentao, sendo possvel aplic-los automaticamente. Em relao aos estados e municpios, mesmo que no editem normas regulamentares, devero munir seus funcionrios com instrues para cumprirem desde j o disposto acima. Cabe ao Frum Permanente da MPE ficar vigilante na imediata aplicao desta norma.16 Conforme entendimento de grande parte de nossa doutrina, a MPE dever apresentar a documentao logo no incio do processo licitatrio, isto , na fase de habilitao como condio para participar do certame. E, caso apresente alguma pendncia, ter o prazo de 2 (dois) dias teis para regularizar a situao, contados da data em que for declarada vencedora do certame

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3.2) CRITRIO DE EMPATE NAS LICITAESA Lei Geral estabelece preferncia na contratao de MPE em caso de empate nos processos de licitao. Entende-se por empate: quando as propostas apresentadas pelas MPEs sejam iguais ou at 10% superiores proposta mais bem classificada. Na modalidade de prego, o intervalo percentual de at 5% superior ao melhor preo. Procedimentos de desempate: a. A ME ou EPP mais bem classificada poder apresentar proposta de preo inferior quela considerada vencedora, caso em que lhe ser adjudicado17 o objeto licitado; b. Caso a ME ou a EPP no possa ser contratada, sero convocadas as demais para o exerccio do mesmo direito, na ordem classificatria, desde que se encontrem no critrio de empate; c. Em caso de equivalncia dos valores apresentados por MPEs, ser realizado sorteio entre elas para que se identifique aquela que primeiro apresentar melhor oferta; d. No caso de prego, a MPE melhor classificada ser convocada para apresentar nova proposta no prazo mximo de 5 minutos aps o encerramento dos lances. Obs.: Os procedimentos aqui previstos somente se aplicam se a melhor oferta inicial no tiver sido apresentada por ME ou EPP . NOTA: Embora o Decreto n. 6.204, de 05/09/2007 do Governo federal tenha disciplinado estes procedimentos em suas licitaes, o critrio de desempate no17 A adjudicao do objeto da licitao o ato em que o rgo reconhece formalmente a empresa vendedora do processo.

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requer regulamentao, sendo possvel aplicar automaticamente as disposies da Lei Geral. O Frum Permanente da MPE dever ficar atento aos processos licitatrios.

3.3) PROCEDIMENTOS LICITATRIOS ESPECIAISA fim de promover o desenvolvimento econmico e social das MPEs, a administrao pblica poder realizar processo licitatrio: I destinado exclusivamente participao de MPE nas contrataes de at R$ 80.000,00;

II exigindo dos licitantes (mdias ou grandes empresas) a subcontratao de MPEs para fornecimento de at 30% do total do objeto licitado; III estabelecendo cota de at 25% do objeto para a contratao de MPEs para a aquisio de bens e servios de natureza divisvel. Condies para adoo dos procedimentos licitatrios especiais a. Previso expressa dos procedimentos mencionados no instrumento convocatrio; b. Mnimo de 3 fornecedores competitivos enquadrados como ME ou EPP sediados nas proximidades e capazes de cumprir as exigncias estabelecidas no instrumento convocatrio; c. O tratamento favorecido para as MPEs dever ser vantajoso para a administrao pblica e no representar prejuzo contratao; d. Os procedimentos no sero admitidos se a licitao for dispensvel ou inexigvel, nos termos da Lei n. 8.666/93.

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Regulamentao Federal: O Decreto Federal n. 6.204, de 05/09/2007 autoriza os rgos e entidades federais contratantes estabelecerem, em seus instrumentos convocatrios (editais de licitao e convite), os procedimentos licitatrios previsto neste tpico, observadas as condies mencionadas. Regulamentao no Estado de So Paulo: O Decreto Paulista n. 54.229, de 13 de abril de 2009, regulamentou a Lei n. 13.122, de 7 de julho de 2008, para dispor sobre o tratamento simplificado e diferenciado s MPEs, nas contrataes realizadas no mbito da Administrao Pblica Direta e Indireta. NOTA: Esses procedimentos requerem regulamentao. De acordo com o art. 47, estes incentivos s podem ser conferidos pela Unio, Estados e Municpios se previstos e regulamentados na legislao do respectivo ente. Por isso, foram importantes a normatizao Federal e do Estado de So Paulo que regulamentaram esses procedimentos em suas licitaes. O Frum Permanente da MPE tem importante funo na viabilizao desses incentivos, especialmente nos mbitos estaduais e municipais.

3.4) CRDITOS DAS MPESA MPE titular de direitos creditrios decorrentes de empenhos liquidados por rgo ou entidade pblica que no forem pagos em at 30 dias, poder emitir cdula de crdito microempresarial, conforme regulamentao do Poder Executivo. NOTA: A cdula de crdito microempresarial deve ser regulamentada pelo Poder Executivo. Cabe ao Frum Permanente da MPE propor e acompanhar esta regulamentao.

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4) SIMPLIFICAO DAS RELAES TRABALHISTASNas questes trabalhistas a Lei Geral reproduz os benefcios j conquistados no Estatuto das Micro e Pequenas Empresas18 e tambm traz inovaes importantes. Vale frisar que proposies de mudanas na legislao trabalhista no tarefa fcil, pois envolvem direitos conquistados a duras penas pelos trabalhadores e, por conta disso, enfrentam fortes resistncias por parte das organizaes representativas. Alis, no sem motivo! Nossa sociedade apresenta grande desigualdade social e a perda de direitos trabalhistas importantes pode agravar ainda mais esse quadro. Portanto, trata-se de assunto polmico e qualquer mudana deve necessariamente passar por uma grande discusso nacional envolvendo empregadores, governo, sindicatos, entidades de classe etc. Vejamos, ento, esses benefcios: NOTA: A simplificao das relaes trabalhistas aplicvel desde 1998 com o Estatuto da MPE e, portanto, no dependem de normas regulamentadoras.

4.1) ACESSO SEGURANA E SADE NO TRABALHO (SST)O art. 50 prev que o poder pblico e os Servios Sociais Autnomos devero estimular as MEs e EPPs a formarem consrcios para facilitar o acesso delas aos servios especializados em segurana e sade no trabalho. Como sabemos, as MPEs possuem enormes dificuldades em atender s Normas Regulamentadoras (NRs) do Ministrio do Trabalho (MTE) que exigem a contratao de servios especializados nessa rea.

18 Lei 9.841/99 Antiga lei das MPEs.

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A constituio de consrcios de MPEs para a contratao desses servios possibilitar a reduo dos custos de contratao de empresas especializadas e maior eficincia no acompanhamento das exigncias relacionadas segurana e sade no trabalho. Lembramos que as empresas que no cumprem as NRs do MTE pem em risco a sade e segurana do trabalhador, sujeitando-se a multas, interdio do estabelecimento e, conforme o caso, ao pagamento de altas indenizaes s vtimas. NOTA: No vemos necessidade de regulamentar este tipo de consrcio, pois no h impedimento para que as pequenas empresas se organizem para contratar estes servios, seja por meio de uma associao sem fins econmicos, seja por meio de um simples contrato de parceria.

4.2) OBRIGAES TRABALHISTASAs MPEs esto dispensadas das seguintes obrigaes trabalhistas: I da afixao de Quadro de Trabalho em suas dependncias;

II da anotao das frias dos empregados nos respectivos livros ou fichas de registro; III de empregar jovem aprendiz; IV da posse do livro intitulado Inspeo do Trabalho; e V de comunicar ao Ministrio do Trabalho e Emprego a concesso de frias coletivas. Vale esclarecer que a Lei Geral no dispensa a MPE de: a) anotar a Carteira de Trabalho dos empregados; b) arquivar documentos comprobatrios de cumprimento das obrigaes trabalhistas e previdencirias;26

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c) apresentar Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Servio e Informaes Previdncia Social GFIP; d) apresentar a Relao Anual de Empregados, a Relao Anual de Informaes Sociais RAIS e o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados CAGED. NOTA: Tambm no preciso regulamentar a dispensa das obrigaes trabalhistas aqui mencionadas. Este incentivo consta desde 1998 com o Estatuto da MPE.

4.3. DA REPRESENTAO NA JUSTIA DO TRABALHOO empregador de MPE poder enviar representante em audincia trabalhista, ainda que sem vnculo trabalhista ou societrio, desde que, para tanto, tenha conhecimento dos fatos. A medida muito oportuna, uma vez que o empresrio de empresa de pequeno porte, pela prpria estrutura do seu negcio, possui grandes dificuldades em deixar o estabelecimento para comparecer em audincia trabalhista. Exigir o comparecimento do empresrio nas audincias faz com que ele muitas vezes feche o estabelecimento ou perca negcios importantes por no ter com quem contar em sua ausncia. NOTA: Dispositivo auto-aplicvel, logo independe de regulamentao.

5) FISCALIZAO ORIENTADORAA fiscalizao trabalhista, metrolgica, sanitria, ambiental e de segurana das MPEs dever ser de forma orientadora sempre que a atividade ou situao comportar grau de risco compatvel com esse procedimento. Para tanto, o fiscal dever observar o critrio da dupla visita antes de autuar o empresrio. A autuao se dar de imediato somente se o fiscal constatar falta de registro de empregado ou constatar fraude, resistncia ou embarao fiscalizao.

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A dupla visita significa que a fiscalizao dever orientar o empresrio, concedendo-lhe prazo razovel para sanar as irregularidades.19 Jurisprudncia: Neste sentido, foi a deciso da 2 Turma do TRT-10 Regio em que o fiscal do Ministrio do Trabalho e Emprego (MTE), ao ter flagrado dois empregados exercendo atividades distintas das contratuais, o que caracterizou desvio de funo, conforme o artigo 468 da CLT, no poderia ter aplicado a multa antes de uma segunda visita empresa. Isto porque o artigo 12 da Lei 9.841/1999 (lei vigente poca) garante o direito microempresa e empresa de pequeno porte o critrio da dupla visita. A finalidade da norma permitir a tais empresas corrigirem eventuais vcios antes de serem autuadas e apenadas, no intuito protetor para evitar a desnecessria onerao quando possvel estabelecer a situao de normalidade, ressaltou o relator do processo, juiz Alexandre Nery de Oliveira. Para ele, a deciso da 2 Turma do TRT10 de anular a multa imposta pelo MTE necessria para evitar o arbtrio do administrador pblico, que deve obrigatoriamente se submeter legislao em vigor. (Processo 01484-2005-101-10-00-7-RO). NOTA: Quanto fiscalizao, no h necessidade de regulamentao, contudo, os funcionrios dos rgos envolvidos devem ser instrudos sobre como proceder. Comete abuso de poder o funcionrio que descumprir a norma. O 3 do art. 58 da Lei Geral prev o prazo de 12 meses para que se regulamente as atividades e situaes de risco, ou seja, at janeiro de 2008. O Frum Permanente da MPE ter papel importante na viabilizao e agilizao deste trabalho.

6) SOCIEDADE DE PROPSITO ESPECFICO - SPE (REVOGADO O CONSRCIO SIMPLES)A fim de propiciar aumento de competitividade e insero das MPEs em novos mercados (interno e externo), a Lei Geral instituiu, no final de 2008, a Sociedade de Propsito Especfico (SPE).

19 Este incentivo consta desde 1998 com o Estatuto da MPE

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O objetivo permitir que as MPEs realizem negcios de compra e venda, de bens e servios, para os mercados nacional e internacional, por meio de ganhos de escala, reduo de custos, gesto estratgica, maior capacitao, acesso ao crdito e a novas tecnologias. A SPE mais uma novidade trazida pela Lei Complementar 128, de 19/12/2008, que alterou a redao originria da Lei Geral ao revogar a antiga figura do Consrcio Simples. Lembramos que o Consrcio Simples chegou a ser regulamentado pelo Decreto Federal n. 6.451, de 12 de maio de 2008 para dispor sobre a constituio destas empresas. Portanto, vale insistir que a Sociedade de Propsito Especfico (SPE) substituiu o Consrcio Simples e, com as novas disposies inseridas no art. 56 da Lei Complementar 123/06 (Lei Geral), conclui-se tambm que o decreto mencionado perdeu sua eficcia por completa incompatibilidade dos institutos. Tipo societrio e Registro a) Sociedade formada exclusivamente por MPEs optantes pelo Simples Nacional; b) Trata-se de sociedade empresria do tipo Sociedade Limitada (Ltda), com registro na Junta Comercial do respectivo Estado. Tributao Sua tributao se faz necessariamente pelo regime do Lucro Real. O objetivo deste regime tributrio permitir que a SPE anule o efeito da tributao do IRPJ e da CSLL, uma vez que no possui fins lucrativos. Se no h lucro, no tem Imposto de Renda a apurar. O mesmo se pode afirmar em relao Contribuio sobre o Lucro CSLL.

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O PIS e COFINS destas sociedades se do pelo regime da no-cumulatividade, de modo que os respectivos crditos se compensem com os dbitos na mesma proporo, de modo que estes tributos seja igual ou prximo a zero. Objetivo Social A SPE ter por finalidade realizar: a) operaes de compras para revenda s MEs ou EPPs que sejam suas scias; b) operaes de venda de bens adquiridos das MEs e EPPs que sejam suas scias para pessoas jurdicas que no sejam suas scias. Restries A ME ou a EPP no poder participar simultaneamente de mais de uma SPE. NOTA: A Sociedade de Propsito Especfico ainda precisa ser regulamentada pelo Poder Executivo, muito embora contenha dispositivos auto-aplicveis. No obstante, o 7 do art. 56 estabeleceu at 31/12/2008 para que sua regulamentao fosse concluda, porm, no ocorreu.

7) ESTMULO AO CRDITO E CAPITALIZAOO Captulo IX da Lei Geral estabelece uma srie de aes de estmulo ao crdito e capitalizao: a. O Poder Executivo propor, sempre que necessrio, medidas que estimulem o acesso ao crdito pelas MPEs. b. Os bancos comerciais pblicos e a Caixa Econmica Federal mantero linhas de crdito especficas para as MPEs;

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c. As instituies referidas no item anterior devem se articular com as entidades representativas das MPEs, no sentido de proporcionar e desenvolver programas de treinamento gerencial e tecnolgico. d. Para fins de apoio creditcio s operaes de comrcio exterior das MPEs, sero utilizados os parmetros adotados pelo MERCOSUL20. e. Destinao de recursos financeiros do Fundo de Amparo ao Trabalhador FAT para cooperativas de crdito de empreendedores de MPEs. NOTA: Para incrementao dos crditos s MPEs, vrias medidas devero ser implementadas por parte do Poder Executivo, das instituies financeiras e do Banco Central. O Frum Permanente da MPE tem importante papel na implantao destes incentivos.

8) ESTMULO INOVAOOs entes pblicos, as entidades pblicas e as instituies de apoio mantero programas especficos para as MPEs, inclusive quando revestirem a forma de incubadoras. As pessoas jurdicas mencionadas tero por meta a aplicao de, no mnimo, 20% dos recursos destinados inovao para o desenvolvimento de tal atividade nas MPEs.20 Fonte: MERCOSUL/GMC/RES n. 90/93 e MERCOSUL/GMC/RES n. 59/98: http://www.desenvolvimento.gov.br/sitio/ Parmetros adotados pelo MERCOSUL: Microempresa Indstria N. de Empregados Faturamento Anual 1 10 US$ 400 mil Comrcio e Servios 15 US$ 200 mil Pequena empresa Indstria 11 40 US$ 3,5 milhes Comrcio e Servios 6 30 US$ 1,5 milho Mdia empresa Indstria 41 200 Comrcio e Servios 31 80

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O Ministrio da Fazenda poder reduzir a zero a alquota do IPI, da Cofins e do PIS incidentes na aquisio de equipamentos e mquinas adquiridos por MPEs que atuem no setor de inovao tecnolgica. NOTA: Depende de regulamentao por parte dos rgos pblicos e do comprometimento e iniciativa das entidades privadas. Compete ao Frum Permanente da MPE estimular a iniciativa dos envolvidos.

9) SIMPLIFICAO NAS DELIBERAES SOCIAISA Lei Geral buscou simplificar procedimentos administrativos aplicveis s MPEs previstos no Cdigo Civil. As MPEs esto dispensadas de realizar reunies ou assemblias para tomada de decises de seus scios. Daqui para frente, as deliberaes sero tomadas por scios que detenham mais de 50% das quotas sociais. No entanto, as reunies ou assemblias continuam obrigatrias em caso de: a previso contratual que as estipulem; b excluso de scio por justa causa; c excluso de scio que ponha em risco a continuidade da empresa em virtude de atos de inegvel gravidade. Alm disso, o art. 71 dispensa as MPEs a publicarem seus atos societrios em jornais de circulao e dirios oficiais. Convm esclarecer que o Cdigo Civil somente exige que as MPEs do tipo limitada publiquem as convocaes para realizao de assemblias ou, em caso de reunies, se o contrato social no prever formas alternativas de convocao.

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Ressalte-se que o Cdigo Civil exige a realizao de assemblias para as MPEs que tenham mais de 10 scios. Com esta medida, as MPEs com mais de 10 scios, e que ainda continuam obrigadas a realizar assemblias nas hipteses mencionadas nas letras a, b e c acima, estaro dispensadas de fazer as convocaes por meio de jornais e dirios oficiais. No entanto, conveniente estabelecer no contrato social a forma de convocao das reunies ou assemblias, quando necessrias, de modo a no dar margem a impugnaes de scios que se sentirem prejudicados por no terem sido informados sobre o dia, local, horrio e pauta das deliberaes. Sem dvida, essa medida desonera expressivamente os gastos das MPEs. NOTA: Dispositivo auto-aplicvel.

10) NOME EMPRESARIAL IDENTIFICAO DAS MPEsAs MPEs devero acrescer ao nome da empresa as expresses Microempresa ou Empresa de Pequeno Porte, ou as abreviaes, ME ou EPP, conforme o caso. A mudana de destaque nesse captulo foi desobrigar a MPE de incluir o objeto da sociedade no nome da empresa. As MPEs com atuao em diversas atividades tinham dificuldades em cumprir essa exigncia. NOTA: Dispositivo auto-aplicvel, no entanto, em relao ao empresrio individual e a sociedade empresria de pequeno porte, o DNRC (Departamento Nacional de Registro do Comrcio) normatizou a adio ao nome empresarial com as expresses Microempresa ou Empresa de Pequeno Porte, ou suas respectivas abreviaes ME ou EPP nas Instrues Normativas n. 103 e 104, ambas de 30 de abril de 2007.2121 IN DNRC 103/2007: IN DNRC 104/2007:

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11) PROTESTO DE TTULOS DAS MPESLembramos que o Supremo Tribunal Federal STF, na Ao Direta de Inconstitucionalidade n. 2.218-1, a Lei 10.169/2000 revogou o inciso I do art. 39 do Estatuto da MPE, que fixava o custo dos emolumentos de protesto das MPEs em 1% do valor do ttulo, at o limite mximo de R$ 20,00. A Lei Geral volta a prever reduo nos emolumentos de protesto das MPEs ao suprimir taxas, custas e contribuies destinadas ao Estado, entidades pblicas ou privadas, exceto as despesas de intimao. Alm disso, registre-se que os itens a e b abaixo j constavam no Estatuto das MPEs e foram mantidos pela Lei Geral: a. o cartrio no poder exigir cheque administrativo para pagamento do ttulo, mas, feito o pagamento por meio de cheque, a quitao ser condicionada efetiva liquidao do mesmo; b. o cancelamento do protesto, fundado no pagamento do ttulo, ser feito independentemente de declarao de anuncia do credor, salvo na impossibilidade de apresentao do original protestado. Para uso desses benefcios, o devedor dever provar sua qualidade de ME ou EPP perante o Cartrio de Protesto, mediante documento expedido pela Junta Comercial ou pelo Registro Civil das Pessoas Jurdicas, conforme o caso. Se o pagamento do ttulo ocorrer com cheque sem proviso de fundos, sero suspensos por 1 ano todos os benefcios aqui previstos. NOTA: Dispositivo auto-aplicvel, devendo o Frum Permanente da MPE acompanhar a aplicao prtica destas normas.

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12) ACESSO AOS JUIZADOS ESPECIAIS DE PEQUENAS CAUSASO art. 38 da Lei n. 9.841/99 (Estatuto da MPE) previa a possibilidade somente das microempresas (MEs) utilizarem os Juizados Especiais de Pequenas Causas para proporem aes. A iniciativa foi providencial, pois essas empresas so presas fceis de aes abusivas praticadas no mercado. Muitas vezes, as MEs so vtimas de pequenos golpes, cujos valores no compensariam a contratao de profissional de direito para buscar a reparao de seus direitos. Com o acesso aos Juizados Especiais, essas empresas podem evocar a jurisdio estatal sem advogado, caso o valor da causa seja de at 20 salrios mnimos. Para causas entre 20 e 40 salrios mnimos, as MPEs devem ser representadas por advogado. Alm disso, vale lembrar que os processos nos Juizados Especiais tramitam com maior celeridade que na justia comum. Com a Lei Geral, o art. 74 estendeu esses direitos s empresas de pequeno porte (EPPs). Portanto, daqui por diante, no s as microempresas, mas tambm as empresas de pequeno porte so admitidas a proporem ao perante o Juizado Especial. NOTA: No depende de regulamentao.

12.1) CONCILIAO, MEDIAO E ARBITRAGEMAs MPEs tambm sero estimuladas com campanhas, esclarecimentos e reduo de custos a solucionarem conflitos em que se envolvam com fornecedores, empregados, concorrentes, clientes etc., extrajudicialmente, por meio da conciliao, mediao ou arbitragem.

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Esse estmulo de grande importncia, pois os institutos da conciliao, mediao e arbitragem agilizam significativamente a soluo dos conflitos e reduzem os custos para as partes. Os acordos trabalhistas firmados em Comisses de Conciliao Prvia institudas pela Lei n. 9.958/2000 ganham fora com a Lei Geral, ao serem reconhecidos de pleno direito. O Poder Judicirio tem levado anos para concluir os processos judiciais, gerando elevados gastos financeiros, aborrecimentos, tempo e pacincia dos envolvidos. Decidir as questes fora do Poder Judicirio tem se mostrado uma excelente alternativa para a sociedade brasileira. Vamos conhecer um pouco mais sobre esses institutos extrajudiciais de soluo de conflitos: Na conciliao, as partes nomeiam uma terceira pessoa que atuar no sentido de concili-las para que cheguem a um acordo. Para isso, deve fazer sugestes para compor os interesses das partes da melhor maneira possvel. A mediao um estgio posterior. Aqui o terceiro atua como um verdadeiro mediador orientando as partes para a soluo do problema, porm, sem fazer sugestes. As partes tm autonomia em suas posies. A arbitragem, por sua vez, funciona como uma espcie de tribunal, cujo rbitro possui autonomia na conduo para soluo do litgio. O acordo ou deciso proferida por meio desses institutos ser homologado em juzo e vincula as partes ao seu cumprimento. NOTA: A soluo de conflitos extrajudiciais no depende de regulamentao, mas do empenho e comprometimento das entidades que podem e devem estimular sua implementao.

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13) PARCELAMENTO DE DVIDAS TRIBUTRIASDesde a sua criao o art. 79 da Lei Geral permitiu que as empresas que se enquadrassem em seu regime diferenciado e favorecido, requeressem parcelamento de eventuais dbitos relativos aos tributos previstos no Simples Nacional, em at 120 parcelas mensais e sucessivas, de responsabilidade da ME ou EPP inclusive de seu titular ou scio. , Pela redao originria prevista na LC n. 123, de 14/12/2006 (Lei Geral da MPE), permitiu-se o parcelamento de dvidas vencidas at 31 de janeiro de 2006. Em 14 de agosto de 2007, a LC n. 127 de 14/08/2007 alterou o art. 79 e ampliou o perodo do vencimento das dvidas para at 31 de maio de 2007. Com a edio da LC n. 128 de 19/12/2008, novamente o art. 79 foi alterado. Desta vez, ao admitir o ingresso de novas atividades no Simples Nacional, a lei abriu novo parcelamento s candidatas a este regime tributrio (inclusive scio e titular), em at 100 parcelas mensais e sucessivas, dos dbitos com o INSS, ou com as Fazendas Pblicas federal, estadual ou municipal, vencidas at 30 de junho de 2008. Esse parcelamento alcanou tambm dbitos inscritos em dvida ativa. A Unio, os Estados, o Distrito Federal e os Municpios regulamentaram, por meio de normas prprias, o parcelamento previsto neste dispositivo em relao aos tributos de sua competncia. Importante esclarecer que uma das condies para ingresso no Simples Nacional que a empresa no apresente dbito fiscal. Art. 17. No podero recolher os impostos e contribuies na forma do Simples Nacional a microempresa ou a empresa de pequeno porte: ...

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V que possua dbito com o Instituto Nacional do Seguro Social INSS, ou com as Fazendas Pblicas Federal, Estadual ou Municipal, cuja exigibilidade no esteja suspensa; Portanto, condio indispensvel para ingresso e permanncia no Simples Nacional (regime tributrio das micro e pequenas empresas) que a empresa no possua dbitos tributrios. Essa mesma exigncia j existia ao tempo do Simples Federal (da revogada Lei n. 9.317/96). No obstante, tivemos, excepcionalmente, 3 excees a esta regra. Ou seja, a Unio editou 3 normas permitindo que as MPEs enquadradas no ento Simples Federal parcelassem seus dbitos com a Unio (IRPJ, PIS, COFINS, CSLL, INSS, IPI). As normas foram: 1) REFIS Institudo pela Lei n. 9.964, de 10 de abril de 2000; 2) PAE Parcelamento Alternativo Especial, apelidado por REFIS II, tendo sido institudo pela Lei n. 10.684, de 30 de maio de 2003; 3) PAEX Parcelamento Excepcional, conhecido por REFIS III, institudo pela Medida Provisria n. 303 de 29/06/2006. Assim sendo, se sua empresa est no Simples Nacional evite contrair dbitos tributrios, pois, se isso acontecer, sua empresa ser excluda deste importante regime tributrio das MPEs, sem nenhuma garantia de que alguma lei seja editada a fim de permitir o algum parcelamento para que sua empresa no seja punida. Pelas regras atuais, se sua empresa, por acaso, contrair algum dbito tributrio estando no Simples Nacional, corra para quitar a dvida vista.

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2 PARTE EMPREENDEDOR INDIVIDUAL (MEI)22PEQUENO EMPRESRIO ou EMPREENDEDOR INDIVIDUAL 1 - Introduo Por um bom tempo tramitou no congresso Nacional um projeto de lei sobre pr-empresa. A iniciativa visava atender uma necessidade de regularizar a situao das pessoas que exerciam alguma atividade econmica de pequenssimo porte, ainda que no tivessem uma estrutura ou organizao empresarial. O Cdigo Civil de 2002, em seus artigos 970 e 1.179, 2, fez meno ao termo pequeno empresrio que, apesar de no o ter definido, pretendeu conferir proteo jurdica a estas mesmas pessoas que se encontravam, na sua imensa maioria, na informalidade; isto , desamparadas de uma legislao que lhes reconhecessem profissionalmente como cidados, negando-lhes o princpio constitucional da livre iniciativa. Com a Lei Geral de dezembro de 2006, isso finalmente aconteceu. Foi definida a figura do pequeno empresrio e, com as alteraes promovidas pela Lei Complementar n. 128, de 19 de dezembro de 2008, o pequeno empresrio foi rebatizado como EMPREENDEDOR INDIVIDUAL MEI e teve seu tratamento diferenciado e favorecido fixado.23 De um modo geral, enquadram-se como MEI os empreendedores individuais com receita bruta anual de at 36 mil reais que estejam em fase de formalizao.2422 Atualizado pela Resoluo n. 58, de 27 de abril de 2009. 23 Portanto, no h diferena entre os termos pequeno empresrio e empreendedor individual. Tratam-se da mesma figura. 24 O pequeno empresrio dever possuir registro na Junta Comercial do Estado.

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At ento a legislao brasileira no alcanava estas pessoas que no conseguiam vagas de emprego no mercado de trabalho, nem tampouco permitia que constitussem empresa por impossibilidade de cumprirem as exigncias burocrticas. Por outro lado, tinham que garantir a sua sobrevivncia e de seus familiares. Estima-se que o nmero de trabalhadores nessas condies aproxima-se a 11 milhes no pas! Finalmente, com a regulamentao do MEI, abre-se a possibilidade destas pessoas formalizarem seus negcios. Com isso, o pas garante a livre iniciativa desta multido de microempreendedores, reconhecendo-lhes ainda os princpios constitucionais da cidadania e da dignidade da pessoa humana como fundamentos da justia social. 2 - Definio de MEI MEI o empresrio individual a que se refere o art. 966 do Cdigo Civil, que tenha auferido receita bruta, no ano-calendrio anterior, de at R$ 36.000,00, cuja atividade seja admitida no Simples Nacional e que seja optante por este sistema tributrio. 3 - Contabilidade simplificada Os primeiros incentivos concedidos aos pequenos empresrios (microempreendedores individuais) j aparecem no Cdigo Civil ao dispens-los, no 2 do art. 1.179: a) de seguir sistema de contabilidade com base na escriturao dos livros; b) a levantar anualmente balano patrimonial e de resultado econmico. Neste sentido, o art. 3 da Resoluo CGSN n. 10 de 2007, dispensou o MEI dos livros fiscais e comerciais, a saber:

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I II

Livro Caixa; Livro Registro de Inventrio;

III Livro Registro de Entradas, modelo 1 ou 1-A; IV Livro Registro dos Servios Prestados; V Livro Registro de Servios Tomados; VI Livro de Registro de Entrada e Sada de Selo de Controle; VII Livro Dirio; VIII Livro Razo. 4 - Recolhimento mensal fixo O MEI recolher valores fixos mensais, conforme segue: a) R$ 51,15, a ttulo de INSS (correspondente a 11% do salrio mnimo federal vigente, que em 2009 de R$ 465,00); b) R$ 1,00, a ttulo de ICMS, caso seja contribuinte; e c) R$ 5,00, a ttulo de ISS, caso seja contribuinte. Com isso, temos os seguintes valores mensais totais (vlidos para 2009):25 R$52,15paraocomrcioouindstria; R$56,15paraoprestadordeservios; R$ 57,15 para atividade mista (comrcio ou indstria e prestao de servios).25 Fonte:

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Com o recolhimento do INSS o MEI garante os seguintes benefcios previdencirios:26 Aposentadoriaporinvalidez; Aposentadoriaporidade; Auxliodoena; Auxliorecluso; Pensopormorte; Salriomaternidade. Vale ressaltar que esta contribuio ao INSS no concede aposentadoria por tempo de contribuio ao MEI, exceto se ele complementar a contribuio mensal mediante o recolhimento de mais 9%, acrescido dos juros moratrios de que trata a legislao previdenciria. 4.1. Carn para Pagamento - PGMEI27 O carn para pagamento poder ser impresso no aplicativo PGMEI, que estar disponvel no Portal do Simples Nacional a partir de julho/2009. O PGMEI: a) Ter acesso livre, com ausncia de qualquer cdigo ou senha; b) Possibilitar a emisso imediata e simultnea de todos os documentos de arrecadao (DAS) para todos os meses do ano-calendrio.

26 O contribuinte dever observar o prazo de carncia (isto , o nmero mnimo de contribuies mensais) estabelecido na legislao para que possa usufruir dos benefcios. Veja o site: 27 Fonte:

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Paraaempresaabertaemjulho,porexemplo,serpossvelemitirocarn para os meses de julho a dezembro. 5 - O MEI est dispensado dos seguintes tributos No incide sobre o MEI os seguintes impostos e contribuies: I Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurdica IRPJ;

II Imposto sobre Produtos Industrializados IPI, exceto na importao de bens e servios; III Contribuio Social sobre o Lucro Lquido CSLL; IV Contribuio para o Financiamento da Seguridade Social COFINS, exceto na importao de bens e servios; V Contribuio para o PIS/Pasep, exceto na importao de bens e servios; VI Contribuio Patronal Previdenciria CPP a cargo da pessoa jurdica. , 6 - MEI que contrata empregado Admite-se o enquadramento do MEI que possua no mximo 1 nico empregado e desde que a remunerao deste seja de no mximo 1 salrio mnimo ou o piso salarial da categoria profissional, o que for superior. Assim, caso contrate empregado, alm dos pagamentos mencionados anteriormente, o MEI tambm ter as seguintes obrigaes: I dever reter e recolher a contribuio previdenciria do empregado, aplicando o percentual de 8% sobre o salrio a ser pago. O valor descontado do empregado, portanto este encargo no do MEI;

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II dever recolher contribuio patronal previdenciria de 3% sobre o salrio desse empregado. Este sim um custo adicional que o MEI ter pela contratao de um empregado.28 III dever prestar informaes relativas a esse empregado, na forma estabelecida pelo Comit Gestor; IV preencher e entregar a GFIP Guia de Recolhimento do FGTS depositando a respectiva cota do empregado. Nota: A lei no dispensa o MEI das demais obrigaes trabalhistas, tais como: 13, frias, 1/3 constitucional, aviso prvio etc. 7 - Condies para enquadramento Diante da definio acima, podemos sistematizar as seguintes condies para enquadramento como MEI: 1 Ser empresrio individual nos termos do art. 966 do CC e, portanto, no exercer atividade intelectual, conforme pargrafo nico deste mesmo artigo; 2 No possuir mais que um empregado; 3 Caso tenha empregado, no remunere com mais de um salrio mnimo ou piso da categoria; 4 Atividade deve ser recepcionada pelo Simples Nacional nos Anexos I, II e II. 8 - Podem se enquadrar como MEI: Vendedores ambulantes, cabeleireiras, manicures, chaveiros, encanadores, borracheiros, servios de pintura, limpeza, revestimentos de residncias, digitao, manuteno de computadores, veculos, transporte municipal de passageiros etc.28 Note que a soma dos itens II e III corresponde a 11% de contribuio ao INSS, sendo 3% custeado pelo MEI e 8% pelo empregado

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Veja lista completa anexa ao final deste captulo, conforme Resoluo CGSN n. 58, de 27 de abril de 2009. 9 - No se enquadra como MEI o profissional: I que exerce atividade intelectual. Ex.: advogados, engenheiros, arquitetos, agrnomos, mdicos, dentistas, fisioterapeutas, escritores, economistas etc. que exerce atividade de intermediao de negcios. Ex.: corretores de imveis, de seguros, de planos de sade, representantes comerciais etc.

II

III que exerce alguma atividade tributada pelos Anexos IV ou V do Simples Nacional, salvo autorizao relativa a exerccio de atividade isolada na forma regulamentada pelo Comit Gestor; IV que possua mais de um estabelecimento (filial); V que tenha mais de um empregado; VI que participe de outra empresa como titular, scio ou administrador; VII que realiza cesso ou locao de mo-de-obra.29 Nota: O MEI que exercer as atividades de hidrulica, eletricidade, pintura, alvenaria, carpintaria e manuteno ou reparo de veculos pode efetuar cesso de mo-de-obra. Nesse caso, a empresa contratante dever consider-lo como autnomo contribuinte individual, devendo recolher a cota patronal previdenciria de 20% juntamente com a cota previdenciria do segurado (11%), alm de inserir as informaes na GFIP Essas obrigaes subsistem mesmo que a contratao . ocorra por empreitada.3029 Resoluo CGSN n. 58, de 27 de abril de 2009. Ver art. 6 e pargrafos. 1: Cesso ou locao de mo-de-obra a colocao disposio da empresa contratante, em suas dependncias ou nas de terceiros, de trabalhadores, inclusive o MEI, que realizem servios contnuos relacionados ou no com sua atividade fim, quaisquer que sejam a natureza e a forma de contratao. 30

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10 - Exerccio da opo A opo se d na forma estabelecida pelo Comit Gestor do Simples Nacional, observando-se que: I ser irretratvel para todo o ano-calendrio;

II dever ser realizada no incio do ano-calendrio, na forma disciplinada pelo Comit Gestor, produzindo efeitos a partir do primeiro dia do ano-calendrio da opo, ressalvado o disposto no item III; III produzir efeitos a partir da data do incio de atividade desde que exercida nos termos, prazo e condies estabelecidos pelo Comit Gestor. 11 - Estabelecimento: Autorizao de Funcionamento A autorizao de funcionamento do local ou de apenas registro do MEI passa a ser simplificado. Os Municpios podero emitir Alvar de Funcionamento Provisrio para o MEI, nos seguintes casos: I Tratando-se de atividade de baixo grau de risco, tais como: salo de beleza, loja de roupas, oficina de costura, brinquedoteca, berrio, bar, lanchonete etc., ser permitido o incio de operao do estabelecimento imediatamente aps o ato de registro; II Instaladas em reas desprovidas de regulao fundiria legal ou com regulamentao precria; ou III Na residncia do MEI, na hiptese em que a atividade no gere grande circulao de pessoas. 12 - Procedimentos para inscrio A Lei Complementar n. 128 de 2008 reduziu a ZERO os valores referentes a taxas, emolumentos e demais custos relativos abertura, inscrio, ao registro, ao alvar, licena e ao cadastro do MEI.46

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A inscrio do MEI comea a partir de julho de 2009, devendo ter trmite especial na forma a ser disciplinada pelo Comit para Gesto da Rede Nacional para a Simplificao do Registro e da Legalizao de Empresas e Negcios. O ente federado que acolher o pedido de registro do MEI dever utilizar formulrios com os requisitos mnimos constantes do art. 968 do Cdigo Civil de 2002, e remeter o requerimento de inscrio Junta Comercial do Estado, na forma a ser disciplinada pelo Comit para Gesto da Rede Nacional para a Simplificao do Registro e da Legalizao de Empresas e Negcios. O art. 968 do Cdigo Civil dispe que a inscrio do empresrio seja feita mediante requerimento que contenha: I o seu nome, nacionalidade, domiclio, estado civil e, se casado, o regime de bens;

II a firma, com a respectiva assinatura autgrafa; III o capital; IV o objeto e a sede da empresa. 12.1- Momento da inscrio A opo pela sistemtica de recolhimento pelo MEI ser efetuada:3131 a) Para empresas criadas a partir de 01/07/2009: juntamente com a inscrio no CNPJ, utilizando-se o processo simplificado de inscrio disponibilizado no Portal da Redesim (em fase de criao). b) Para empresas existentes at 30/06/2009: somente a partir do ano-calendrio 2010, abrindo-se a oportunidade em janeiro de cada ano, no Portal do Simples Nacional.

31 http://www8.receita.fazenda.gov.br/SimplesNacional/avisos/APROVADA_RESOLUCAO_QUE_TRATA_DO_MEI.doc

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I

promover atendimento gratuito relativo inscrio, opo do MEI;

II fazer a 1 declarao anual simplificada do MEI, ainda que por meio de suas entidades representativas de classe; III promover eventos de orientao fiscal, contbil e tributria para as empresas optantes pelo Simples Nacional por eles atendidas, inclusive para o MEI; IV fornecer, na forma estabelecida pelo Comit Gestor, resultados de pesquisas quantitativas e qualitativas relativas s empresas optantes pelo Simples Nacional por eles atendidas, inclusive o MEI. 14 - Obrigaes acessrias I o MEI far a comprovao da receita bruta, mediante apresentao do registro de vendas ou de prestao de servios, conforme modelo de RelatrioMensaldasReceitasBrutasabaixo*;

II devero ser anexados ao registro de vendas ou de prestao de servios os documentos fiscais comprobatrios das entradas de mercadorias e servios tomados referentes ao perodo, bem como os documentos fiscais relativos s operaes ou prestaes realizadas eventualmente emitidos; III o MEI est dispensado de emitir nota fiscal nas vendas e servios destinados a consumidor final pessoa fsica, contudo a emisso ser obrigatria nas vendas e servios realizados a pessoas jurdicas.

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*Anexo nico da Resoluo CGSN n. 10, de 28 de junho de 2007 (Conforme alterao da Resoluo CGSN n. 53 de 2008)RELATRIO MENSAL DAS RECEITAS BRUTAS CNPJ: Empreendedor individual: Perodo de apurao: RECEITA BRUTA MENSAL REVENDA DE MERCADORIAS ANEXO I DA LC 123/2006 I Revenda de mercadorias com dispensa de emisso de documento fiscal II Revenda de mercadorias com documento fiscal emitido III Total das receitas com revenda de mercadorias (I + II) R$ R$ R$

RECEITA BRUTA MENSAL VENDA DE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS ANEXO II DA LC 123/2006 IV Venda de produtos industrializados com dispensa de emisso de documento fiscal V Venda de produtos industrializados com documento fiscal emitido VI Total das receitas com venda de produtos industrializados (IV + V) R$ R$ R$

RECEITA BRUTA MENSAL PRESTAO DE SERVIOS ANEXO III DA LC 123/2006 VII Receita com prestao de servios com dispensa de emisso de documento fiscal VIII Receita com prestao de servios com documento fiscal emitido IX Total das receitas com prestao de servios (VII + VIII) X - Total geral das receitas brutas no ms (III + VI + IX) LOCAL E DATA: ENCONTRAM-SE ANEXADOS E ESTE RELATRIO: - Os documentos fiscais comprobatrios das entradas de mercadorias e servios tomados referentes ao perodo; - As notas fiscais relativas s operaes ou prestaes realizadas eventualmente emitidas. R$ R$ R$ R$ ASSINATURA DO EMPRESRIO:

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14.1. Declarao Anual32 O MEI dever prestar informaes anualmente de forma extremamente simplificada. Informar, at 31 de janeiro de cada ano, to-somente: areceitabrutatotalauferidarelativaaoano-calendrioanterior; areceitabrutatotalauferidarelativaaoano-calendrioanterior,referente s atividades sujeitas ao ICMS; secontratouempregado. 15 - Desenquadramento do MEI O desenquadramento da condio de MEI ser realizado de ofcio pelo fisco ou mediante comunicao do MEISecretariadaReceitaFederaldoBrasilRFB. 15.1- Desenquadramento mediante comunicao: I) Por opo: que dever ser efetuada no incio do ano-calendrio, produzindo efeitos a partir de 1 de janeiro do ano-calendrio da comunicao; II.a) Obrigatria: quando o MEI incorrer em alguma situao impeditiva prevista nos subitens III, IV, V e VI, do item 9 acima. A comunicao dever ser efetuada at o ltimo dia til do ms subsequente quele em ocorrer a situao de vedao, produzindo efeitos a partir do ms subsequente ao da ocorrncia da situao impeditiva; II.b) Obrigatria: quando o MEI exceder, no ano-calendrio, o limite de receita bruta de R$ 36 mil/ano, devendo a comunicao ser efetuada at o ltimo dia til do ms subsequente quele em que ocorrido o excesso. O desenquadramento produzir efeitos:32

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a) a partir de 1 de janeiro do ano-calendrio subsequente ao da ocorrncia do excesso, na hiptese de no ter ultrapassado o referido limite em mais de 20%, ou seja, entre R$ 36.000,00 e R$ 43.200,00; b) retroativamente a 1 de janeiro do ano-calendrio da ocorrncia do excesso, na hiptese de ter ultrapassado o referido limite em mais de 20%, ou seja, acima de R$ 43.200,00. II.c) Obrigatria: no caso de incio de atividade, quando o MEI exceder o limite de receita bruta de 3 mil multiplicados pelo nmero de meses compreendido entre o incio de atividade e final do respectivo ano-calendrio, consideradas as fraes de meses como um ms inteiro. Neste caso o desenquadramento produzir efeitos: a) a partir de 1 de janeiro do ano-calendrio subsequente ao da ocorrncia do excesso, na hiptese de no ter ultrapassado o referido limite em mais de 20%; b) retroativamente ao incio de atividade, na hiptese de ter ultrapassado o referido limite em mais de 20%. 15.2. Desenquadramento de ofcio O desenquadramento de ofcio dar-se- quando verificada a falta de comunicao obrigatria pelo MEI, conforme acima. 16. Desenquadramento Consequncias na Tributao do MEI O Empresrio Individual que se desenquadrar da condio de MEI, em razo de: Admisso de mais de um empregado; Exerccio de atividade dos anexos IV ou V da Lei Geral; Abertura de filial; Excesso de receita bruta; ou

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Entrada de scio. Passar a recolher os tributos devidos pela regra geral do Simples Nacional a partir da data de incio dos efeitos do desenquadramento. Portanto, o desenquadramento do MEI no implica necessariamente excluso do Simples Nacional. O MEI passar condio de microempresa (ME), sujeitando-se s seguintes faixas iniciais de tributao no Simples Nacional a incidir sobre a receita bruta:33 4%seforcomrcio; 4,5%seforatividadeindustrial;e 6%seforprestadordeservios. Em caso de desenquadramento obrigatrio por excesso de receita previstos nos subitens II.b e II.c (14.1), o MEI dever recolher a diferena, sem acrscimos, em parcela nica, juntamente com a da apurao do ms de janeiro do ano-calendrio subsequente ao do excesso, na forma estabelecida em ato do Comit Gestor. Contudo, se o desenquadramento se der por motivo do MEI iniciar alguma atividade impedida no Simples Nacional, o profissional estar automaticamente excludo deste sistema tributrio. NOTA: O MEI ter sua regulamentao at 1 de julho de 2009 pelo Comit Gestor do Simples Nacional para as questes tributrias e pelo Comit para Gesto da Rede Nacional para a Simplificao do Registro e da Legalizao de Empresas e Negcios, para as questes relativas inscrio.

33 Percentuais aplicveis receita bruta anual de at R$ 120 mil.

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Anexo nico da Resoluo CGSN n. 58, de 27 de abril de 2009 Cdigos previstos na CNAE permitidos para opo pelo SIMEI. LEGENDA: (S) = significa que o imposto ser considerado... (N) = significa que o imposto NO ser considerado... OBSERVAES: Esta tabela se aplica to-somente no mbito do SIMEI; Na apurao do valor a ser pago sero consideradas, alm da atividade principal, as atividades secundrias constantes do CNPJ.OcupaoAcabador de calados Aougueiro Adestrador de animais Adestrador de ces de guarda Agenciador de espaos publicitrios Agenciador de mquinas acionadas por moedas Agente de correio franqueado Agente de viagens Agente funerrio Agente matrimonial Alfaiate Alinhador de pneus Amolador de artigos de cutelaria Animador de festas Antiqurio

CNAE1531-9/02 4722-9/01 9609-2/03 8011-1/02 7312-2/00 9609-2/04 5310-5/02 7911-2/00 9603-3/04 9609-2/02 1412-6/02 4520-0/04 9529-1/99 9329-8/99 4785-7/01

Descrio da SubclasseAcabamento de calados de couro sob contrato Comrcio varejista de carnes - aougues Alojamento, higiene e embelezamento de animais Servios de adestramento de ces de guarda Agenciamento de espaos para publicidade, exceto em veculos de comunicao Explorao de mquinas de servios pessoais acionadas por moeda Atividades de franqueadas e permissionrias do Correio Nacional Agncias de viagens Servios de funerrias Agncias matrimoniais Confeco, sob medida, de peas do vesturio, exceto roupas ntimas Servios de alinhamento e balanceamento de veculos automotores Reparao e manuteno de outros objetos e equipamentos pessoais e domsticos no especificados anteriormente Outras atividades de recreao e lazer no especificadas anteriormente Comrcio varejista de antigidades

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Lei Geral das Microempresas e das Empresas de Pequeno Porte OcupaoAplicador agrcola Apurador, coletor e fornecedor de recortes de matrias publicadas em jornais e revistas Armador de ferragens na construo civil Arquivista de documentos Arteso de bijuterias Arteso em borracha Arteso em cermica Arteso em cortia, bambu e afins Arteso em couro Arteso em gesso Arteso em louas, vidro e cristal Arteso em madeira Arteso em mrmore Arteso em materiais diversos Arteso em metais Arteso em metais preciosos Arteso em papel Arteso em plstico Arteso em vidro Astrlogo Azulejista Balanceador de pneus Baleiro Banhista de animais domsticos 54

CNAE0161-0/01 6399-2/00 2599-3/01 8211-3/00 3212-4/00 2219-6/00 2349-4/99 1629-3/02 1529-7/00 2330-3/99 2399-1/01 1629-3/01 2391-5/03 3299-0/99 2599-3/99 3211-6/02 1749-4/00 2229-3/99 2319-2/00 9609-2/99 4330-4/05 4520-0/04 4721-1/04 9609-2/03

Descrio da SubclasseServio de pulverizao e controle de pragas agrcolas Outras atividades de prestao de servios de informao no especificadas anteriormente Servios de confeco de armaes metlicas para a construo Servios combinados de escritrio e apoio administrativo Fabricao de bijuterias e artefatos semelhantes Fabricao De Artefatos De Borracha No Especificados Anteriormente Fabricao de produtos cermicos no-refratrios no especificados anteriormente Fabricao de artefatos diversos de cortia, bambu, palha, vime e outros materiais tranados, exceto mveis Fabricao de artefatos de couro no especificados anteriormente Fabricao De Outros Artefatos E Produtos De Concreto, Cimento, Fibrocimento, Gesso E Materiais Semelhantes Decorao, lapidao, gravao, vitrificao e outros trabalhos em cermica, loua, vidro e cristal Fabricao de artefatos diversos de madeira, exceto mveis Aparelhamento De Placas E Execuo De Trabalhos Em Mrmore, Granito, Ardsia E Outras Pedras Fabricao de produtos diversos no especificados anteriormente Fabricao De Outros Produtos De Metal No Especificados Anteriormente Fabricao de artefatos de joalheria e ourivesaria Fabricao de produtos de pastas celulsicas, papel, cartolina, papel-carto e papelo ondulado no especificados anteriormente Fabricao De Artefatos De Material Plstico Para Outros Usos No Especificados Anteriormente Fabricao De Artigos De Vidro Outras atividades de servios pessoais no especificadas anteriormente Aplicao de revestimentos e de resinas em interiores e exteriores Servios de alinhamento e balanceamento de veculos automotores Comrcio varejista de doces, balas, bombons e semelhantes Alojamento, higiene e embelezamento de animais

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OcupaoBarbeiro Barqueiro Barraqueiro Bikeboy (ciclista mensageiro) Boiadeiro/vaqueiro Bolacheiro/Biscoiteiro Bombeiro hidrulico Boneleiro (fabricante de bons) Bordadeira Borracheiro Britador Cabeleireiro Caador Calafetador Caminhoneiro de cargas no perigosas Cantor/Msico independente Capoteiro Carpinteiro Carpinteiro instalador Carregador (veculos de transportes terrestres) Carregador de malas Carroceiro Cartazeiro Chapeleiro Chaveiro

CNAE9602-5/01 5099-8/99 4712-1/00 5320-2/02 0162-8/03 1092-9/00 4322-3/01 1414-2/00 1340-5/99 4520-0/06 2391-5/01 9602-5/01 0170-9/00 4330-4/05 4930-2/02 9001-9/02 4520-0/01 1622-6/99 4330-4/02 5212-5/00 9609-2/99 3811-4/00 8299-7/99 1414-2/00 9529-1/02

Descrio da SubclasseCabeleireiros Outros transportes aquavirios no especificados anteriormente Comrcio varejista de mercadorias em geral, com predominncia de produtos alimentcios - minimercados, mercearias e armazns Servios de entrega rpida Servio de manejo de animais Fabricao de biscoitos e bolachas Instalaes hidrulicas, sanitrias e de gs Fabricao de acessrios do vesturio, exceto para segurana e proteo Outros servios de acabamento em fios, tecidos, artefatos txteis e peas do vesturio Servios de borracharia para veculos automotores Britamento de pedras, exceto associado extrao Cabeleireiros Caa e servios relacionados Aplicao de revestimentos e de resinas em interiores e exteriores Transporte rodovirio de carga, exceto produtos perigosos e mudanas, intermunicipal, interestadual e internacional Produo musical Servios de manuteno e reparao mecnica de veculos automotores Fabricao de outros artigos de carpintaria para construo Instalao de portas, janelas, tetos, divisrias e armrios embutidos de qualquer material Carga e descarga Outras atividades de servios pessoais no especificadas anteriormente Coleta de resduos no-perigosos Outras atividades de servios prestados principalmente s empresas no especificadas anteriormente Fabricao de acessrios do vesturio, exceto para segurana e proteo Chaveiros

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OcupaoChocolateiro Churrasqueiro ambulante Churrasqueiro em domiclio Clicherista Cobrador de dvidas Colchoeiro Coletor de resduos perigosos Colhedor de castanha-do-par Colhedor de palmito Colhedor de produtos no madeireiros Colocador de piercing Colocador de revestimentos Comerciante de animais vivos e de artigos e alimentos para animais de estimao Comerciante de artigos de armarinho Comerciante de artigos de caa, pesca e camping Comerciante de artigos de cama, mesa e banho Comerciante de artigos de colchoaria Comerciante de artigos de cutelaria Comerciante de artigos de iluminao Comerciante de artigos de joalheria Comerciante de artigos de ptica Comerciante de artigos de relojoaria Comerciante de artigos de tapearia, cortinas e persianas Comerciante de artigos de viagem Comerciante de artigos do vesturio e acessrios Comerciante de artigos erticos

CNAE1093-7/01 5612-1/00 5620-1/02 1821-1/00 8291-1/00 3104-7/00 3812-2/00 0220-9/03 0220-9/05 0220-9/99 9609-2/99 4330-4/05 4789-0/04 4755-5/02 4763-6/04 4755-5/03 4754-7/02 4759-8/99 4754-7/03 4783-1/01 4774-1/00 4783-1/02 4759-8/01 4782-2/02 4781-4/00 4789-0/99

Descrio da SubclasseFabricao de produtos derivados do cacau e de chocolates Servios ambulantes de alimentao Servios de alimentao para eventos e recepes - buf Servios de pr-impresso Atividades de cobrana e informaes cadastrais Fabricao de colches Coleta de resduos perigosos Coleta de castanha-do-par em florestas nativas Coleta de palmito em florestas nativas Coleta de produtos no-madeireiros no especificados anteriormente em florestas nativas Outras atividades de servios pessoais no especificadas anteriormente Aplicao de revestimentos e de resinas em interiores e exteriores Comrcio varejista de animais vivos e de artigos e alimentos para animais de estimao Comercio varejista de artigos de armarinho Comrcio varejista de artigos de caa, pesca e camping Comercio varejista de artigos de cama, mesa e banho Comrcio varejista de artigos de colchoaria Comrcio varejista de outros artigos de uso domstico no especificados anteriormente Comrcio varejista de artigos de iluminao Comrcio varejista de artigos de joalheria Comrcio varejista de artigos de ptica Comrcio varejista de artigos de relojoaria Comrcio varejista de artigos de tapearia, cortinas e persianas Comrcio varejista de artigos de viagem Comrcio varejista de artigos do vesturio e acessrios Comrcio varejista de outros produtos no especificados anteriormente

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OcupaoComerciante de artigos esportivos Comerciante de artigos fotogrficos e para filmagem Comerciante de artigos funerrios Comerciante de artigos mdicos e ortopdicos Comerciante de artigos para habitao Comerciante de artigos usados Comerciante de bebidas Comerciante de bicicletas e triciclos; peas e acessrios Comerciante de bijuterias e artesanatos Comerciante de brinquedos e artigos recreativos Comerciante de cal, areia, pedra britada, tijolos e telhas Comerciante de calados Comerciante de cosmticos e artigos de perfumaria Comerciante de discos, CDs, DVDs e fitas Comerciante de eletrodomsticos e equipamentos de udio e vdeo Comerciante de embalagens Comerciante de equipamentos de telefonia e comunicao Comerciante de equipamentos e suprimentos de informtica Comerciante de equipamentos para escritrio Comerciante de extintores de incndio Comerciante de ferragens e ferramentas Comerciante de flores, plantas e frutas artificiais

CNAE4763-6/02 4789-0/08 4789-0/99 4773-3/00 4759-8/99 4785-7/99 4723-7/00 4763-6/03 4789-0/01 4763-6/01 4744-0/04 4782-2/01 4772-5/00 4762-8/00 4753-9/00 4789-0/99 4752-1/00 4751-2/00 4789-0/07 4789-0/99 4744-0/01 4789-0/99

Descrio da SubclasseComrcio varejista de artigos esportivos Comrcio varejista de artigos fotogrficos e para filmagem Comrcio varejista de outros produtos no especificados anteriormente Comrcio varejista de artigos mdicos e ortopdicos Comrcio varejista de outros artigos de uso domstico no especificados anteriormente Comrcio varejista de outros artigos usados Comrcio varejista de bebidas Comrcio varejista de bicicletas e triciclos; peas e acessrios Comrcio varejista de suvenires, bijuterias e artesanatos Comrcio varejista de brinquedos e artigos recreativos Comrcio varejista de cal, areia, pedra britada, tijolos e telhas Comrcio varejista de calados Comrcio varejista de cosmticos, produtos de perfumaria e de higiene pessoal Comrcio varejista de discos, CDs, DVDs e fitas Comrcio varejista especializado de eletrodomsticos e equipamentos de udio e vdeo Comrcio varejista de outros produtos no especificados anteriormente Comrcio varejista especializado de equipamentos de telefonia e comunicao Comrcio varejista especializado de equipamentos e suprimentos de informtica Comrcio varejista de equipamentos para escritrio Comrcio varejista de outros produtos no especificados anteriormente Comrcio varejista de ferragens e ferramentas Comrcio varejista de outros produtos no especificados anteriormente

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OcupaoComerciante de fogos de artifcio Comerciante de gs liqefeito de petrleo (GLP) Comerciante de instrumentos musicais e acessrios Comerciante de laticnios Comerciante de lubrificantes Comerciante de madeira e artefatos Comerciante de materiais de construo em geral Comerciante de materiais hidrulicos Comerciante de material eltrico Comerciante de medicamentos veterinrios Comerciante de miudezas e quinquilharias Comerciante de mveis Comerciante de objetos de arte Comerciante de peas e acessrios novos para veculos automotores Comerciante de peas e acessrios para aparelhos eletroeletrnicos para uso domstico Comerciante de peas e acessrios para motocicletas e motonetas Comerciante de peas e acessrios usados para veculos automotores Comerciante de perucas Comerciante de plantas e flores naturais Comerciante de pneumticos e cmaras-de-ar Comerciante de produtos de limpeza, inseticidas, raticidas e produtos para piscinas Comerciante de produtos de panificao

CNAE4789-0/06 4784-9/00 4756-3/00 4721-1/03 4732-6/00 4744-0/02 4744-0/99 4744-0/03 4742-3/00 4771-7/04 4713-0/02 4754-7/01 4789-0/03 4530-7/03 4757-1/00 4541-2/05 4530-7/04 4789-0/99 4789-0/02 4530-7/05 4789-0/05 4721-1/02

Descrio da SubclasseComrcio varejista de fogos de artifcio e artigos pirotcnicos Comrcio varejista de gs liqefeito de petrleo (GLP) Comrcio varejista especializado de instrumentos musicais e acessrios Comrcio varejista de laticnios e frios Comrcio varejista de lubrificantes Comrcio varejista de madeira e artefatos Comrcio varejista de materiais de construo em geral Comrcio varejista de materiais hidrulicos Comrcio varejista de material eltrico Comrcio varejista de medicamentos veterinrios Lojas de variedades, exceto lojas de departamentos ou magazines Comrcio varejista de mveis Comrcio varejista de objetos de arte Comrcio a varejo de peas e acessrios novos para veculos automotores Comrcio varejista especializado de peas e acessrios para aparelhos eletroeletrnicos para uso domstico, exceto informtica e comunicao Comrcio a varejo de peas e acessrios para motocicletas e motonetas Comrcio a varejo de peas e acessrios usados para veculos automotores Comrcio varejista de outros produtos no especificados anteriormente Comrcio varejista de plantas e flores naturais Comrcio a varejo de pneumticos e cmaras-de-ar Comrcio varejista de produtos saneantes domissanitrios Padaria e confeitaria com predominncia de revenda

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Lei Geral das Microempresas e das Empresas de Pequeno Porte

OcupaoComerciante de produtos de tabacaria Comerciante de produtos farmacuticos homeopticos Comerciante de produtos farmacuticos, com manipulao de frmulas Comerciante de produtos farmacuticos, sem manipulao de frmulas Comerciante de produtos para festas e natal Comerciante de produtos religiosos Comerciante de redes para dormir Comerciante de sistema de segurana residencial Comerciante de tecidos Comerciante de tintas e materiais para pintura Comerciante de toldos e papel de parede Comerciante de vidros Compoteiro Concreteiro Confeccionador de carimbos Confeccionador de fraldas descartveis Confeiteiro Contador/tcnico contbil Costureira Criador de animais domsticos Criador de peixes ornamentais em gua doce Criador de peixes ornamentais em gua salgada Crocheteira

CNAE4729-6/01 4771-7/03 4771-7/02 4771-7/01 4789-0/99 4789-0/99 4789-0/99 4759-8/99 4755-5/01 4741-5/00 4759-8/99 4743-1/00 1031-7/00 2330-3/05 3299-0/02 1742-7/01 1091-1/00 6920-6/01 1412-6/02 0159-8/02 0322-1/04 0321-3/04 1412-6/01

Descrio da SubclasseTabacaria Comrcio varejista de produtos farmacuticos homeopticos Comrcio varejista de produtos farmacuticos, com manipulao de frmulas Comrcio varejista de produtos farmacuticos, sem manipulao de frmulas Comrcio varejista de outros produtos no especificados anteriormente Comrcio varejista de outros produtos no especificados anteriormente Comrcio varejista de outros produtos no especificados anteriormente Comrcio varejista de outros artigos de uso domstico no especificados anteriormente Comrcio varejista de tecidos Comrcio varejista de tintas e materiais para pintura Comrcio varejista de outros artigos de uso domstico no especificados anteriormente Comrcio varejista de vidros Fabricao de conservas de frutas Preparao de massa de concreto e argamassa para construo Fabricao de canetas, lpis e outros artigos para escritrio Fabricao de fraldas descartveis Fabricao de produtos de panificao Atividades de contabilidade Confeco, sob medida, de peas do vesturio, exceto roupas ntimas Criao de animais de estimao Criao de peixes ornamentais em gua doce Criao de peixes ornamentais em gua salgada e salobra Confeco de peas do vesturio, exceto roupas ntimas e as confeccionadas sob medida

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ICMSS S S S S S S S S S S S S S S S S N S S S S S

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Lei Geral das Microempresas e das Empresas de Pequeno Porte

OcupaoCuidador de idosos e enfermos Cunhador de moedas e medalhas Curtidor de couro Dedetizador Depiladora Digitador Distribuidor de gua potvel em caminho pipa Doceira Editor de jornais Editor de lista de dados e de outras informaes Editor de livros Editor de revistas Eletricista de automveis Eletricista em residncias e estabelecimentos comerciais Encadernador/Plastificador Encanador Engraxate Entregador de malotes Envasador e empacotador Esteticista de animais domsticos Estofador Fabricante de absorventes higinicos Fabricante de Acar Mascavo Fabricante de guas naturais Fabricante de alimentos prontos congelados

CNAE8712-3/00 3211-6/03 1510-6/00 8122-2/00 9602-5/02 8219-9/99 3600-6/02 5620-1/04 5812-3/00 5819-1/00 5811-5/00 5813-1/00 4520-0/03 4321-5/00 1822-9/00 4322-3/01 9609-2/99 5320-2/01 8292-0/00 9609-2/03 9529-1/05 1742-7/02 1071-6/00 1122-4/99 1096-1/00

Descrio da SubclasseAtividades de fornecimento de infra-estrutura de apoio e assistncia a paciente no domiclio Cunhagem de moedas e medalhas Curtimento e outras preparaes de couro Imunizao e controle de pragas urbanas Outras atividades de tratamento de beleza Preparao de documentos e servios especiali