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CASAMENTO

CASAMENTO · casamento contraÍdo por infringÊncia de impedimento. pessoas casadas. nulidade absoluta escoimada pelo tempo. sentenÇa de divÓrcio posterior ao novo casamento. princÍpo

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CASAMENTO

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CONCEITO:

Negócio jurídico solene pelo qual duas pessoas humanas constituemuma entidade familiar declarando formalmente sua vontade, com achancela do Estado, daí decorrendo uma série de consequênciasjurídicas de ordem pessoal, patrimonial e social.

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DISTINÇÃO DE CASAMENTO E UNIÃO ESTÁVEL

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CONTRATO DE VIDA EM COMUM FORMALIZA

A UNIÃO ESTÁVEL???

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“A convenção [ou declaração de vontade] não cria aunião estável: esta se verifica no comportamento dosconcubinos e não na vontade manifestada por escrito.

[...]

Neste instante, cabe refletir sobre a celebração deum contrato de convivência, previamente ou duranteuma relação adulterina, por exemplo, que não temaptidão para se caracterizar enquanto o institutoamparado pelo ordenamento vigente [uniãoestável].” (Francisco Cahali, Contrato de convivência,Saraiva, p. 65)

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“UNIÃO ESTÁVEL. Ausência de provas quanto a posse de estadode casada pela autora. Requisitos da união estável nãoconfigurados. Ausência de relacionamento público, notório,duradouro, que configure núcleo familiar. Prova dos autos quedemonstram características do relacionamento do casal, quenão ultrapassam os contornos de um namoro intenso.Documento intitulado "Contrato particular de união estável"acostado aos autos pela autora que não passa de umadeclaração para fins de inclusão do requerido comodependente no plano de saúde da requerente. Namoroprolongado com intuito de constituir família futuramente quenão configura união estável. Não há presunção de que os bensadquiridos em nome do requerido foram fruto da colaboraçãocomum. Cabia à autora comprovar que realmente contribuiupara a aquisição dos bens, numa típica sociedade de fato.Manutenção da r. sentença. Recurso improvido.” (TJ-SP - APL:0000216-15.2012.8.26.0333, Relator: Francisco Loureiro, 6ªCâmara de Direito Privado. Julgamento: 08/11/2012,Publicação: 09/11/2012)

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UNICIDADE DE TRATO JURÍDICO(QUAL O EFETIVO ALCANCE)

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UNICIDADE DE TRATO JURÍDICO OU REGIMES JURÍDICOS PRÓPRIOS:REXT 878.694 E 646.721

Tema 809 da Repercussão Geral, por maioria e nos termos do voto doMinistro Relator, deu provimento ao recurso, para reconhecer de formaincidental a inconstitucionalidade do art. 1.790 do CC/2002 e declarar odireito da recorrente a participar da herança de seu companheiro emconformidade com o regime jurídico estabelecido no art. 1.829 doCódigo Civil de 2002, vencidos os Ministros Dias Tóffoli, Marco Aurélio eRicardo Lewandowski.

“É inconstitucional a distinção de regimes sucessórios entre cônjuges ecompanheiros prevista no art. 1.790 do CC/2002, devendo seraplicado, tanto nas hipóteses de casamento quanto nas de uniãoestável, o regime do art. 1.829 do CC/2002”. Plenário, 10.5.2017.

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Indagações:

Na seara do direito sucessório

• Companheiro é herdeiro necessário?

• Companheiro ostenta direito de habitação?

• Legitimação sucessória do companheiro – aplica-se o artigo 1830 CC

• Regime da separação obrigatória de bens para fins sucessórios

Repercussões na seara do direito de família

• Outorga uxória para companheiros? Estado civil?

• Separação obrigatória de bens?

• Possibilidade de afastamento da Súmula 377

• Retroatividade do contrato de convivência?

• Alteração do regime de bens entre companheiros?

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PRINCÍPIOS NORTEADORES DO CASAMENTO

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I) Monogamia;

II) Liberdade da união;

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I) Monogamia;

II) Liberdade da união;

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NATUREZA JURÍDICA DO CASAMENTO

1) Teoria institucionalista

2) Teoria contratualista/negocial

3) Teoria mista ou eclética ou negócio jurídico complexo

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Repercussão da natureza jurídica do casamento repercutedecisivamente em questões práticas atualíssimas, já que assegura umamaior ou menor autonomia privada aos cônjuges.

Cabe:

i) disciplinar em pacto antenupcial indenização por ano decasamento?

ii) indenização por violação a dever de fidelidade?

iii) contratar modificação automática de regime de bens?

iv) e a renúncia a deveres matrimonais?

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FINALIDADES DO CASAMENTO

CC/1916: procriar, disciplinar relações sexuais, prestar mutua assistência

CC/2002: visão existencial e funcionalizada da família.

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CAPACIDADE MATRIMONIAL

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Lei 13811/19:

Art. 1520. Não será permitido, em qualquer caso, o casamento de quemnão atingiu a idade núbil, observado o disposto no artigo 1517 doCódigo Civil.

Art. 1550. Anulável...

I- de quem não completou a idade mínima para casar

1551. Não se anulara, por motivo de idade, o casamento de queresultou gravidez

1552. A anulação do casamento dos menores de dezesseis anos podeser requerida.....

1553. O menor que não atingiu idade núbil poderá, depois de completa-la, confirmar seu casamento..... 17

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IMPEDIMENTOS MATRIMONIAIS

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CONCEITO: circunstâncias expressamente previstas em lei que impedem ocasamento ser celebrado validamente (se impedem casamento, impedemunião estável também).

Fundamento legal

Afeta o plano da validade do negócio jurídico

Hipóteses taxativas: artigo 1521 do CC

Momento de arguição

Quem esta legitimado a levantar impedimento

Mecanismo de arguição

Consequências da não observância de impedimentos.

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IMPEDIMENTOS:

3 ordens:

a) Impedimentos decorrentes de parentesco

b) Impedimento decorrente da existência de casamento anterior

c) Impedimento decorrente da prática de crime

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DIREITO DE FAMÍLIA E PROCESSUAL CIVIL. IMPOSSIBILIDADE JURÍDICA DOPEDIDO. TEORIA DA ASSERÇAO. MÉRITO. ART. 515, 3º, DO CPC. CASAMENTOCONTRAÍDO POR INFRINGÊNCIA DE IMPEDIMENTO. PESSOAS CASADAS.NULIDADE ABSOLUTA ESCOIMADA PELO TEMPO. SENTENÇA DE DIVÓRCIOPOSTERIOR AO NOVO CASAMENTO. PRINCÍPO "FAVOR MATRIMONII"PROTEÇAO CONSTITUCIONAL DE PRESERVAÇAO DO CASAMENTO. BIGAMIA.TIPO PENAL DESTITUÍDO DE EFICÁCIA. RECURSO PROVIDO. DIREITO DEFAMÍLIA E PROCESSUAL CIVIL. IMPOSSIBILIDADE JURÍDICA DO PEDIDO. TEORIADA ASSERÇAO. MÉRITO. ART. 515, 3º, DO CPC. CASAMENTO CONTRAÍDO PORINFRINGÊNCIA DE IMPEDIMENTO. PESSOAS CASADAS. NULIDADE ABSOLUTAESCOIMADA PELO TEMPO. SENTENÇA DE DIVÓRCIO POSTERIOR AO NOVOCASAMENTO. PRINCÍPO "FAVOR MATRIMONII" PROTEÇAO CONSTITUCIONALDE PRESERVAÇAO DO CASAMENTO. BIGAMIA. TIPO PENAL DESTITUÍDO DEEFICÁCIA. RECURSO PROVIDO. DIREITO DE FAMÍLIA E PROCESSUAL CIVIL. (...)CASAMENTO CONTRAÍDO POR INFRINGÊNCIA DE IMPEDIMENTO. PESSOASCASADAS. NULIDADE ABSOLUTA ESCOIMADA PELO TEMPO. SENTENÇA DEDIVÓRCIO POSTERIOR AO NOVO CASAMENTO. PRINCÍPO "FAVORMATRIMONII" PROTEÇAO CONSTITUCIONAL DE PRESERVAÇAO DOCASAMENTO. BIGAMIA. TIPO PENAL DESTITUÍDO DE EFICÁCIA. RECURSOPROVIDO. (TJ-ES - AC: 35040009074 ES 35040009074, Relator: MAURÍLIOALMEIDA DE ABREU, Data de Julgamento: 21/12/2004, QUARTA CÂMARACÍVEL, Data de Publicação: 13/04/2005

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CAUSAS SUSPENSIVAS

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CONCEITO: circunstâncias expressamente previstas em lei que suspendem a realizaçãodo casamento até a apuração da causa que, se verificada a procedência, impõe umasanção de natureza civil ao casamento.

Fundamento legal

Não afeta o plano da validade do negócio jurídico, mas impõem uma sanção jurídica.

Hipóteses: artigo 1523 do CC

Momento de arguição: até os 15 dias dos proclamas.

Legitimidade: parentes em linha reta e colaterais até 2 grau. Juiz, MP, não podemargui-la para obstar o casamento.

Rosenvald e Fachin e Pianoviski advogam que todos aqueles que demonstram legítimointeresse jurídico podem arguir o impedimento. Ex: ex-cônjuge que não fez partilhados bens.

Consequências da arguição: 3 correntes – Carlos Roberto Gonçalves (suspende o ato),Francisco Cahali e Flávio Tartuce (suspende o ato até a apuração), Nelson Ronsenvald eCristiano Chaves de Farias (apenas impõe regime da separação obrigatório)

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Após celebração não cabe ação de nulidade ou anulação. Casamentoválido, porém, com sanção de natureza civil.

Consequências da não observância da causa suspensiva:

i) inciso i – dupla sanção: separação obrigatória e hipoteca legal dosbens do cônjuge (CC, art. 1489, II)

ii) inciso ii – separação obrigatória, mas apenas se for casamento pelofilho da viúva ou divorciado; não aplicando ao filho apenas dofalecido;

Evidente que cabe a alegação durante o casamento para a imposição doregime da separação obrigatória.

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CAUSAS SUSPENSIVAS APLICAM-SE A UNIÃO ESTAVEL?

Tartuce e Rosenvald e Cristiano Chaves de Farias

MAS COMO SERÁ QUE O STJ DECIDIRÁ A QUESTÃO APÓS A IGUALDADESUCESSÓRIA ENTRE CÔNJUGE E COMPANHEIRO???? (RESP 878.694 e646.721)

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DIREITO DE HABITAÇÃO DO COMPANHEIRO

RESP 1.329.993 e 1.249.227, Rel. Min. Luis Felipe Salomão = CC, ART.1831)

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REGIME DA SEPARAÇÃO OBRIGATÓRIA PARA FINS SUCESSÓRIOS

RECURSO ESPECIAL – UNIÃO ESTÁVEL – APLICAÇÃO DO REGIME DASEPARAÇÃO OBRIGATÓRIA DE BENS, EM RAZÃO DA SENILIDADE DEUM DOS CONSORTES, CONSTANTE DO ARTIGO 1641, II, DO CÓDIGOCIVIL, À UNIÃO ESTÁVEL, NECESSIDADE. PARTICIPAÇÃO NA SUCESSÃODO COMPANHEIRO FALECIDO QUANTO AOS BENS ADQUIRIDOS NACONSTÂNCIA DA UNIÃO ESTÁVEL – OBSERVÂNCIA – INTELIGÊNCIA DOARTIGO 1790 DO CC”

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...

A não extensão do regime da separação obrigatória de bens, em razãoda senilidade do de cujus, constante do artigo 1641, II, do CC, à uniãoestável, equivaleria, em tais situações, ao desestímulo ao casamento, oque, certamente, discrepa da finalidade arraigada no ordenamentojurídico nacional, o qual se propõe a facilitar a convolação da união emcasamento, e não o contrário” (RESP. 1.090.722, 3 T., Rel. MassamiYueda, j. 02/03/2010) – concorrência com colaterais

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SEPARAÇÃO OBRIGATÓRIA –

CC, ART. 1641, II e SÚMULA 377 STF

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RECURSO ESPECIAL. DISSOLUÇÃO DE UNIÃO ESTÁVEL. PARTILHADE BENS. COMPANHEIRO SEXAGENÁRIO. SÚMULA 377 DO STF.BENS ADQUIRIDOS NA CONSTÂNCIA DA UNIÃO ESTÁVEL QUEDEVEM SER PARTILHADOS DE FORMA IGUALITÁRIA.

1. Por força do art. 258, parágrafo único, inciso II, do Código Civilde 1916 (equivalente, em parte, ao art. 1.641, inciso II, doCódigo Civil de 2002), ao casamento de sexagenário, se homem,ou cinquentenária, se mulher, é imposto o regime de separaçãoobrigatória de bens (recentemente, a Lei 12.344/2010 alterou aredação do art. 1.641, II, do CC, modificando a idade protetivade 60 para 70 anos). Por esse motivo, às uniões estáveis éaplicável a mesma regra, impondo-se seja observado o regimede separação obrigatória, sendo o homem maior de sessentaanos ou a mulher maior de cinquenta. Precedentes.(RESP 1.689.152/SC, 4 t., Rel. Min. Luis Felipe Salomão, j.24/10/2017.

No mesmo sentido: RESP 736.627 - RESP 1.383.62430

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EXISTÊNCIA - VALIDADE – EFICÁCIA

Casamento

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Casamento pode:

i) Existir, ser válido e eficaz: casamento entremaiores e capazes e desimpedidos.

ii) Existir, ser inválido e ineficaz: casamento comimpedimento matrimonial.

iii) Existir, ser inválido, mas eficaz: casamentoputativo

iv) Inexistir, ser inválido e ineficaz: casamento semdeclaração de vontade

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PLANO DA EXISTÊNCIA

elementos estruturantes do negócio jurídico:

i) Declaração de vontade

ii) Liceidade do objeto

Especificamente no que se refere ao casamento:

i) Diversidade de sexo (ADI 4277)???

ii) Vontade (não confundir declaração de vontade comvontade viciada)

iii) Celebração por autoridade competente (nãoconfundir autoridade para celebração do ato comincompetência)

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DIVERSIDADE DE GENEROS

STF: ADI 4277 (Ayres Brito)

STJ: RESP 1.183.378 (Luis Felipe Salomão)

CNJ: RESOLUÇÃO 175, de 2013

Enunciado n. 601 das VI Jornadas de Direito Civil

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PLANO DA VALIDADE

Se o negócio jurídico está conforme o ordenamento –requisitos exigidos pela lei (forma, objeto, capacidade,conteúdo).

Subdivide-se em nulidade e anulabilidade.

Dependem sempre de expressa previsão legal, não seaplicando analogia ou interpretação ampliativa.

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Nulidade de Casamento

Fundamento legal: ordem pública

Consequências

Hipóteses legais - EPD

Quem está legitimado para a ação anulatória?

Quem deu causa, está legitimado a requerer a nulidade?

Promovida pelo MP ou terceiro interessado: litisconsórciopassivo necessário e unitário.

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Anulabilidade de Casamento

Fundamento legal: interesse privado, em regra, ligado amanifestação de vontade

Consequências

Hipóteses legais – 1550 e 1556 e 1558 do CC

Promovida pelo MP ou terceiro interessado:litisconsórcio passivo necessário e unitário.

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