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Casamento e Divórcio Na Visão Espírita Setembro 2011 Ana Cláudia Leal

Casamento & Divórcio na Visão Espírita

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Casamento e Divórcio

Na Visão Espírita

Setembro 2011

Ana Cláudia Leal

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• Casamento

• Kardec ao indagar aos Benfeitores se a união permanente de dois seres seria contrária à Lei Natural (LE- pergunta: 695) recebeu seguinte resposta:"Não. A união de dois seres é um progresso na marcha da Humanidade.”

• E acrescentam (LE- pergunta: 701): “Na poligamia nada mais há que sensualidade."

• Allan Kardec, examinando a resposta dos Guias espirituais, vai lembrar que a abolição do casamento seria um retorno à infância da Humanidade, à vida

dos animais, porque a monogamia é um sinal indicativo do progresso da civilização.

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• O casamento representa um alto estágio de evolução do ser, quando se reveste de respeito e consideração pelo cônjuge, firmando-se na

fidelidade.

• Naturalmente, o casamento civil é um dever a ser cumprido pelos espíritas, porque legitima a união perante as leis vigentes, que asseguram

ao homem e à mulher direitos e deveres.

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• As principais funções do casamento são:

• Formação do lar: através do casamento haverá a formação do grupo familiar, permitindo que novos Espíritos mergulhem nos fluidos do

planeta, para avançarem em sua fieira evolutiva.

• Permuta afetiva: a instituição do casamento vai tornar harmônica e sadia a relação entre os casais, permitindo a troca de valores

energéticos, através da permuta de vibrações simpáticas.

• Aprimoramento sexual: o casamento é um dos elementos mais efetivos no burilamento do instinto sexual.

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“Em verdade, o que mantém o matrimônio não é o prazer sexual, sempre fugidio, mesmo quando

inspirado pelo amor.Mas a amizade, que responde pelo intercâmbio emocional através do diálogo, do interesse nas

realizações do outro, na convivência compensadora, na alegria de sentir-se útil e estimado.”

“Em verdade, o que mantém o matrimônio não é o prazer sexual, sempre fugidio, mesmo quando

inspirado pelo amor.Mas a amizade, que responde pelo intercâmbio emocional através do diálogo, do interesse nas

realizações do outro, na convivência compensadora, na alegria de sentir-se útil e estimado.”

(Joanna de Ângelis, Amor, Imbatível Amor).

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•Tipos de Casamento

•Martins Peralva (Estudando a Mediunidade) apresenta uma divisão dos diferentes tipos de casamento:

•Afins: São aqueles formados por parceiros simpáticos, afins, onde há uma verdadeira afeição da alma. Geralmente, eles sobrevivem à morte do corpo e

mantém-se em encarnações diversas. Pouco comuns na Terra.

•Transcendentais: São casamentos afins entre almas enobrecidas, que juntas, vão dedicar-se a obras de grande valor para a Humanidade.

•Provacionais: São uniões entre almas mutuamente comprometidas, que estão juntas para pacificarem as consciências ante erros graves perpetrados no passado e simultaneamente desenvolverem os valores da paciência, da tolerância e da

resignação. São os mais comuns.

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• Sacrificiais: São aqueles que se caracterizam por uma grande diferença evolutiva entre os cônjuges. Um Espírito de mais alta envergadura que aceita o

consórcio com outro menos adiantado para ajudá-lo em seu progresso espiritual.

• Acidentais: São os casamentos que não foram programados no mundo espiritual. Obedecem apenas à afeição física, sem raízes na afetividade sincera. Não

sabemos em qual categoria nos achamos, mas não existe o acaso, ninguém se acha sob o mesmo teto por mera casualidade.

• “Deus permite, nas famílias, encarnações de espíritos antipáticos ou estranhos com o duplo fim de servir de prova a uns e de avanço aos outros”.

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Relações extra conjugais

• Divaldo: “são uma forma de promiscuidade e desrespeito. É sempre uma ofensa...”

• "Ouviste o que foi dito aos antigos: não adulterarás. Eu, porém, vos digo que todo o que olhar para uma mulher cobiçando-a, já no seu coração cometeu adultério com ela". (Mateus 5:27-28)

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• [...] O dever íntimo do homem fica entregue ao seu livre-arbítrio.

• O aguilhão da consciência, guardião da probidade interior, o adverte e sustenta; mas, muitas vezes, mostra-se impotente diante dos sofismas da paixão. (Allan kardec, E.S.E, P. 290).

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De modo geral, quem é, nas leis do destino, o marido faltoso?

É aquele mesmo homem que, um dia, inclinamos à crueldade e à

mentira.

(Emmanuel, Leis de Amor).

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E a esposa desequilibrada?

É aquela mulher que, certa feita, relegamos à necessidade e à

viciação.

(Emmanuel, Leis de Amor).

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Quem são os filhos-problemas?São aqueles mesmos espíritos que prejudicamos, desfigurando lhes o caráter e envenenando lhes os

sentimentos.

(Emmanuel, Leis de Amor).

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Qual a função essencial do lar e da família?Nele encontramos os estímulos ao trabalho, as alegrias que nos alentam e as dores que nos

corrigem.

(Emmanuel, Leis de Amor).

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• O amor real, por manter as suas raízes no equilíbrio, se vai afirmando dia a dia, por intermédio da convivência que se vai estreitando.

• O amor, nascido de uma vivência progressiva e madura, não tende a acabar-se, mas a ampliar-se, uma vez que os envolvidos passarão a

conhecer vícios e virtudes de um e de outro, manias e costumes.

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Joana de Cusa

Joana foi a esposa de Cusa, um alto funcionário de Herodes Antipas, que foi rei dos Judeus de 4 AC a 39BC. Tendo Joana recebido de Jesus alguma graça ou cura e tendo conhecido os ensinamentos do Mestre, escutando, discreta, suas preleções, buscou segui-lo, sendo por ele orientada a permanecer no lar, ajudando, com seu comportamento e suas palavras, ao marido que lhe havia sido confiado naquela vida.

O espírito Humberto de Campos a ela se refere como uma mulher de muitas posses, que tinha a seus serviços inúmeras criadas, que a serviam com zelo. Desfrutava, ao tempo de Jesus, de privilegiado nível social, em Cafarnaum.

Casada com um alto funcionário de Herodes, Joana era das mulheres mais altamente colocadas na sociedade de Cafarnaum.

Atraída pelo verbo eloquente de Jesus, passou a ouvir as pregações do lago. Denotando a nobreza de caráter, vestia-se de forma simples, a fim de não atrair a atenção do povo para si.

Desejava beber da água viva de que Ele falava. Trazia no coração uma infinidade de dissabores. Possuidora de verdadeira fé, amargurava-se pela posição do esposo.

Intendente de Herodes, em contato constante com os representantes do Império, a fim de gozar do prestígio social, ele ora comparecia ao Templo de Jerusalém, ora sacrificava aos deuses romanos.

Joana possuía verdadeira fé. Tentara expor ao marido a sua nova crença, em vão. Trazendo a alma torturada, pelos tantos dissabores domésticos, certa vez procurou o Mestre para lhe falar das suas lutas e desgostos, no lar.

Jesus a ouviu longamente e depois ponderou: “Joana, só há um Deus, que é o Nosso Pai, e só existe uma fé para as nossas relações com o Seu amor. Todos os Templos da Terra são de pedra; eu venho , em nome de Deus, abrir o templo da fé viva no coração dos homens.”

Por fim, Jesus lhe recomenda que volte ao lar e ame o seu companheiro, despedindo-a com um “Vai, filha!...Sê fiel!” Uma inflexão de tal carinho, que ela jamais haveria de esquecer.

Retornou ao lar e transformou todas as suas dores num hino de triunfo silencioso em cada dia. Procurou esquecer as características inferiores do marido, enaltecendo o que ele possuía de bom.

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• O Divórcio

• A posição espírita ante o divórcio está plenamente estabelecida nas duas obras mais conhecidas da codificação espírita: O Livro dos Espíritos e O Evangelho

Segundo o Espiritismo.

• Em O Livro dos Espíritos – pergunta: 697 Kardec pergunta se a indissolubilidade do casamento pertence a Lei de Deus ou se é apenas uma lei

humana.

• Os Espíritos responderam: “A indissolubilidade do casamento é uma lei humana muito contrária a lei natural.”

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• Quando Kardec no LE-perg. 940 examina as uniões infelizes, os Benfeitores voltam a insistir e dizem: “As vossas leis nesse particular são erradas, pois acreditais que Deus vos obriga a viver com aqueles que vos desagradam.”

• Em E.S.E. Cap. XXII] Kardec comenta: “O divórcio é uma lei humana cuja finalidade é separar legalmente o que já está separado de fato. Não é

contrária a Lei Natural, pois só virá reformar o que os homens já fizeram.”

• A posição de Kardec deixa-nos serenos para afirmar que o Espiritismo não é contrário à instituição do divórcio, embora não venha a estimulá-lo, nem

tampouco incitá-lo nos casais com problemas de relacionamento .

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• A este respeito, apresentamos algumas opiniões importantes:

• Quanto ao divórcio, somos de parecer que não deva ser facilitado ou estimulado entre os homens, porque não existem na Terra uniões conjugais, legalizadas ou não, sem vínculos graves no princípio da responsabilidade

assumida em comum. (Evolução em Dois Mundos - André Luiz/Chico Xavier)

• Imprescindível que, antes da atitude definitiva para o divórcio, tudo se envide em prol da reconciliação, ainda mais considerando quanto os filhos, que

merecem que os pais se imponham em uma união respeitável, de cujo esforço muito dependerá a felicidade deles. (Após a Tempestade - Joanna de Ângelis -

Divaldo Franco)

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Banalização do Divórcio

“Divórcio, edificação adiada, resto a pagar no balanço do espírito devedor. Isso geralmente porque um dos cônjuges, sócio na firma do casamento, veio a esquecer que os direitos na instituição doméstica somam deveres iguais. A Doutrina Espírita elucida claramente o problema do lar, definindo responsabilidades e entremostrando os remanescentes do trabalho a fazer, segundo os compromissos anteriores em que marido e mulher assinaram contrato de serviço, antes da reencarnação.

Dois espíritos sob o aguilhão do remorso ou tangidos pelas exigências da evolução, ambos portando necessidades e débitos, combinam encontro ou reencontro no matrimônio, convencidos de que união esponsalícia é, sobretudo, programa de obrigações regenerativas.

Reincorporados, porém, na veste física, se deixam embair pelas ilusões de antigos preconceitos da convenção social humana ou pelas hipnoses do desejo e passam ao território da responsabilidade matrimonial, quais sonâmbulos sorridentes, acreditando em felicidade de fantasia como as crianças admitem a solidez dos pequeninos castelos de papelão.

Surgem, no entanto, as realidades que sacodem a consciência. Esposo e esposa reconhecem para logo que não são os donos exclusivos da empresa. (...)

O tempo que durante o noivado era todo empregado no montante dos sonhos, passa a ser rigorosamente dividido entre deveres e pagamentos, previsões e apreensões, lutas e disciplinas e os cônjuges desprevenidos de conhecimento elevado, começam a experimentar fadiga e desânimo, quanto mais se lhes torna necessária a confiança recíproca para que o estabelecimento doméstico produza rendimento de valores substanciais em favor do mundo e da vida do espírito.

Descobrem, por fim, que amar não é apenas fantasiar, mas acima de tudo, construir. E construir pede não somente plano e esperança, mas também suor e por vezes aflição e lágrimas.

Auxiliemos, na Terra, a compreensão do casamento como sendo um consórcio de realizações e concessões mútuas, cuja falência é preciso evitar.- Divulguemos o principio da reencarnação e da responsabilidade individual para que os lares formados atendam à missão a que se destinam.

Compreendamos os irmãos que não puderem evitar o divórcio porquanto ignoramos qual seria a nossa conduta em lugar deles, nos obstáculos e sofrimentos com que foram defrontados, mas interpretemos o matrimônio por sociedade venerável de interesses da alma perante Deus. ” André Luiz – Sol nas Almas – psicografia de Waldo Vieira

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Divórcio e os filhos13/04/23

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