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CASO CLÍNICO HÁBITOS DE VIDA: caminhoneiro, tabagista ... · LABORATÓRIO: -aumento importante das transaminases (> 10 x os valores de referência). TGP (ALT) > TGO (ALT)-hiperbilirrubinemia

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CASO CLÍNICO

HMA: LCU, 43 a, sexo masculino, com anorexia, náuseas, vômitos, mal-estar geral há uma semana. Nos últimos dois

dias apresentou cefaleia, fotofobia, tosse e coriza.

HÁBITOS DE VIDA: caminhoneiro, tabagista (um maço/dia), consumo moderado de álcool (1 drink – 15 g / dia).

EXAME FÍSICO: FC= 90; PA=140/95; sobrepeso (1,70 m e 82 Kg). Alguns roncos pulmonares difusos e discreta dor à

palpação do hipocôndrio direito.

H D.................................GRIPE?

HEPATITES VIRAIS AGUDAS

CASO CLÍNICO

HMA: LCU, 43 a, sexo masculino, com anorexia, náuseas, vômitos, mal-estar geral há uma semana. Nos últimos dois

dias apresentou cefaleia, fotofobia, tosse e coriza.

HÁBITOS DE VIDA: caminhoneiro, tabagista (um maço/dia), consumo moderado de álcool (1 drink – 15 g / dia).

EXAME FÍSICO: FC= 90; PA=140/95; sobrepeso (1,70 m e 82 Kg). Alguns roncos pulmonares difusos e discreta dor à

palpação do hipocôndrio direito.

OLIGOSSINTOMÁTICAS (quadro gripal)

QUADRO CLÍNICO SEMELHANTE

APRESENTAÇÃO TRIFÁSICA (prodrômica – ictérica – convalescença)

INCUBAÇÃO VARIÁVEL

LABORATÓRIO:

-aumento importante das transaminases (> 10 x os valores de referência). TGP (ALT) > TGO (ALT)

-hiperbilirrubinemia (predomínio de BD)

-bilirrubinúria

-hemograma normal ou leucopenia com linfocitose

A MAIORIA DOS PACIENTES NÃO APRESENTA ICTERÍCIA

FASES CLÍNICAS

Prodrômica – até uma semana

quadro gripal com febre baixa – tosse seca e coriza

quadro gastrintestinal – anorexia, náuseas, aversão a determinados alimentos

Ictérica – minoria. Melhoram os sintomas, com exceção dos gastrintestinais)

Convalescença - melhora clínica e laboratorial em até 6 meses.

ICTERÍCIA - 30%

IMPORTANTE PARA A

PROVA !!!

DIAGNÓSTICO

SOROLÓGICO

TRANSMISSÃO

PROFILAXIA

HEPATITE B

HEPATITE B

HISTÓRIA NATURAL

Incubação: 1 a 6 meses

Soroconversão: 1 a 10 semanas após a exposição, surge o HBsAg (antígeno Austrália) – marcador da presença do

vírus (antes dos sintomas e da elevação das enzimas). Torna-se indetectável em até 6 meses.

ATENÇÃO AQUÍ HBsAg PRESENTE > 6 MESES = HEPATITE B CRÔNICA

Início dos sintomas: quando se iniciam os sintomas, aparecem dois marcadores sorológicos: as enzimas hepáticas

TGO/TGP e o anticorpo anti-HBc ( o antígeno do “core” – HBc-Ag não é detectável).

Fases clínicas : prodrômica - ictérica (30%) – convalescença. Dura até 6 meses. O aparecimento do anti-HBsAg

marca o início da convalescença, com redução dos sintomas e das enzimas hepáticas.

Obs: pode haver um período de negativação do HBsAg antes do surgimento do anti-HBs (hepatite aguda HBsAg

negativo), também chamado de “janela imunológica”.

DIAGNÓSTICO SOROLÓGICO

O diagnóstico de hepatite B aguda é baseado na presença de HBsAg e anti-HBc IgM

INTERPRETAÇÃO DOS MARCADORES SOROLÓGICOS

ANTÍGENO ANTICORPO

HBsAg Anti-HBsAg

HBc-Ag

indedectável anti-HBc-Ag

Hbe-Ag Anti-Hbe-AG

Superfície

Core

Replicação

HBsAg Antígeno de superfície - presença do vírus (pode ser hepatite aguda ou crônica, dependo do anti HBc)

HBsAg Pode ter hepatite aguda com níveis indetectáveis de HBsAG (infecção oculta)

Anti-HBcAg Antígeno do “core” IgM – hepatite aguda / Só IgG – crônica ou curada

Anti-HBs Cura

Hbe-Ag Replicação viral – infecção ativa

HISTÓRIA NATURAL

HEPATITE B AGUDA

REMISSÃOCurso clínico de

até 6 meses

Aparecimento do

anti-HBs-Ag

95%

Clínica > 6 meses

HBsAg + > 6 meses

Até 5%anti-HBs-Ag

dos adultos

CRÔNICA

Encefalopatia

Aumento do INR

Curso clínico de

algumas semanasO,1 a 0,5%

FULMINANTE

Cronificação da hepatite B: adultos 1 a 5%

crianças até 10 anos 25 a 50%

RN ATÉ 90%

MANIFESTAÇÕES EXTRA-HEPÁTICAS

INFECÇÃO COM

ANTÍGENOSIMUNOCOMPLEXOS

CIRCULANTES

RIM – Glomerulopatia membranosa

PELE – Acrodermatite papulosa

Gianott-Crosti

VASOS – Poliarterite nodosa

TRANSMISSÃO

Fluidos corporais e sangue

Vertical – importante em áreas de alta prevalência PARTO = indicação obstétrica

Se mão Hbe + --------90% ALEITAMENTO NORMAL

Se mãe Hbe - --------10 a 15%

Exposição sexual – fator de risco mais comum para transmissão de Hepatite B em adultos, nos EUA

Contato íntimo

Percutânea – acidente biológico e drogas EV

Transfusão – rara

Transplante

PRINCIPAL FONTE DE TRANSMISSÃO – Portadores crônicos assintomáticos

PROFILAXIA

PRÉ-EXPOSIÇÃO VACINA HB (anti-HBsAg recombinante)

Eficácia: soroconversão em 90 a 95% Títulos protetores = ou > 10 UI de anti-HBs/ml

Indicação: universal - disponibilizada para todos os pacientes

Esquema básico: 0, 1 e 6 meses ( * foi introduzida modificação em 2012, com a vacina pentavalente)

Esquemas especiais: Imunidade – 4 doses duplas

Diálise – dosagem anual de anri-HBs

se anti-HBs – após três dose - revacinar uma única vez

PÓS-EXPOSIÇÃO IMUNOGLOBULINA HIPERIMUNE (IGH anti-HBs) + VACINA

Quanto? RN 0,5 ml IM

Crianças 0,06 ml/Kg até um máximo de 5 mlSe junto com vacina – grupo muscular diferente

Quando? 1. PERI-NATAL (12 hs)

2. ACIDENTE BIOLÓGICO

3. COMUNICANTES SEXUAIS

4. ABUSO

5. IMUNODEPRIMIDOS

(mesmo vacinado)

DIAGNÓSTICO SOROLÓGICO - EXERCÍCIOS

SITUAÇÃO 1 HBs Ag -

Anti HBc IgM - e IgG +

HBeAg -

Anti-HBs +

Anti-Hbe +/-

HEPATITE B CURADA

DIAGNÓSTICO SOROLÓGICO - EXERCÍCIOS

SITUAÇÃO 2 HBs Ag +

Anti HBc IgM + e IgG -

HBeAg +

Anti-HBs -

Anti-Hbe -

HEPATITE B AGUDA

DIAGNÓSTICO SOROLÓGICO - EXERCÍCIOS

SITUAÇÃO 3 HBs Ag -

Anti HBc IgM + e IgG +

HBeAg -

Anti-HBs -

Anti-Hbe +/-

JANELA IMUNOLÓGICA

DIAGNÓSTICO SOROLÓGICO - EXERCÍCIOS

SITUAÇÃO 4 HBs Ag +

Anti HBc IgM - e IgG +

HBeAg -

Anti-HBs -

Anti-Hbe +/-

HEPATITE B CRÔNICA

DIAGNÓSTICO SOROLÓGICO - EXERCÍCIOS

SITUAÇÃO 5 HBs Ag -

Anti HBc IgM - e IgG -

HBeAg -

Anti-HBs +

Anti-Hbe -

VACINAÇÃO

MAIS ALGUMA INFORMAÇÕES

É o único vírus de hepatite que é DNA (hepadnavirus)

MUTANTES:

Mutante “pré-core” – falha na síntese de HBeAg (não mostra replicação)

HBsAg + Deve-se dosar o DNA viral para saber se há replicação.

HBeAg - A mutação “pré-core se associa a hepatite fulminante e

anti-Hbe + exacerbação de hepatite B crônica.

Aumenta o risco de hepatite fulminante, cirrose e câncer.

Mutante por escape -

O VÍRUS

???

HBsAg +

Anti-HBsAg +???

TRATAMENTO

Sintomáticos

Repouso relativo

Dieta de escolha do paciente (hipercalórica, hipogordurosa???)

Abstenção de ingestão de álcool por 6 meses

E os antivirais (tenofovir, entecavir...)? Só os casos graves

Para passar na residência...

Faca nos dentes, e...

E foca na residência!