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PREFEITURA MUNICIPAL DE CASTRO
PLANO MUNICIPAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E
NUTRICIONAL
CASTRO
2018-2021
1 – APRESENTAÇÃO
Castro é um município do Estado do Paraná, localizado na Região Sul
do país, pertencente à Microrregião de Ponta Grossa, também conhecida como
Campos Gerais do Paraná. A extensão territorial do Município é de 2.531,503
Km² e está localizado a 158 km da capital do Estado.
Segundo dados do IBGE, em outubro do ano de 2017, a população
estimada do município é de 71.501 pessoas. A área territorial é de 2.531,503
km², sendo que 99% pertencem à área rural do município.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE subdividiu a área
rural do Município de Castro em 15 regiões para suas pesquisas, sendo:
Divisão da área rural
Região Geográfica Localidades Dist. Abapan 01 Herval do Xaxim, Hervalzinho, Água Branca, Cidade Nova, Bananal,
Morcegos, Catanduva de Dentro, Lageado, Sta. Rita, Estiva, Butia,
Abapan Dist Abapan 02 Olho D´agua Grutas, Vargem Grande, Costalco, Areia de Cima, Lago,
Conceição, Boa Vista dos Forno, Palmito, Gramas, Alecrim, Florindo
dos Canha, Rio Bonito, Água Quente, Olho D´agua Canha, Miguel
Veiga, Barra Mansa Dist Castro Rural 01 Mocambo, Guararema, Rio de Baixo, Pereiras, Três Pinheiros, Ponte
de Zinco, Campina Alta, Agostinhos Dist Castro Rural 02 Aparição, Fundão, Santa Leopoldina, Rincão dos Assis, Andorinhas Dist Castro Rural 03 São Tomé, Campo do Meio, Caxambu, Distrito industrial I
Dist Castro Rural 04 Tijuco, Capão Alto, Pedras, Guabiroba, Cunhaporanga, Tabor Dist Castro Rural 05 Distrito Industrial II Dist Castro Rural 06 Maracanã, São Sebastião, Terra Nova, Campina das Pedras Dist Castro Rural 07 Garibaldi, Campina das Pedras, Marmeleiro, Santa Cruz Dist Castro Rural 08 Passo dos Bois, Campina Elias Dist Castro Rural 09 Tronco
Dist Socavão 01 Vila Socavão Dist Socavão 02 Tabor, Tucum, Cunhaporanga, Cruzo, São Lorenço, Itajara, Santa
Quitéria, Pampulha Santa Quitéria, Paiol do Meio, Serra do Apon,
Casa Nova, Passo da Olaria, Campinas, Papuã, Lagoa Bonita,
Costalco, Bairro dos Pedrosos, Lagoa Feia Dist Socavão 03 Bairro dos Ferreiras, Palmital, Barrinha dos Ortiz, Bairro dos
Marianos, Butiazal, Lagoa dos Ribas, Cercado, São Luiz dos
Machados, Quebrada Funda, Herval dos Limas, Água Vermelha,
Paiol Queimado, Volta Grande, Bairro Grande Dist Socavão 04 Faxinal de São João, Lagoa dos Alves, Bairro dos Mellos, Caraguatá,
Pinheiro Seco, Água morna, Imbuial, Tanque de Grande, Pampulha
Tanque Grande, Funil, Mamãns, Ribeirão dos Pinheiros, Bairro dos
Luiz, Pinhal Grande, Pinhalzinho, Bairro dos Rosas, Matias, Bairro
dos Alves, Vargedo, Barrinha, Invernada, Arrieiros, Lageado dos
Lemes, Fervedor, Ribeirão do Saltinho, Ribeirão dos Lirios, Bairro
dos Bravos, Paina, Arroio da Paina, Limitão, Rio do Meio.
O mesmo subdividiu a área urbana do Município de Castro em 30
regiões para suas pesquisas, sendo:
Divisão da área urbana
Região Geográfica Bairros
Urbano 01 Jardim Social Nossa Senhora do Rosário
Urbano 02 Colina das Palmeiras e Poço Grande
Urbano 03 Vila do Rosário, Conjunto Habitacional Bom Pastor
Urbano 04 PR 151
Urbano 05 Vila Santa Cruz
Urbano 06 Jardim dos Bancários
Urbano 07 Jardim das Nações e Jardim Bailly
Urbano 08 Prado Velho
Urbano 09 Morada do Sol
Urbano 10 Jardim Social Primavera II, Morada do Sol II, III, IV, V e
Expansão IV
Urbano 11 Jardim Social Primavera
Urbano 12 Jardim São Francisco
Urbano 13 Invernada do Matadouro
Urbano 14 Jardim Social Arapongas
Urbano 15 Jardim das Araucárias
Urbano 16 Jardim das Araucárias II
Urbano 17 Jardim das Araucárias III
Urbano 18 Vila Rio Branco
Urbano 19 Vila Operária
Urbano 20 Jardim Europa, Jardim Europa II, Jardim Dona Helena, Vila
Farias (Pedaço de Castroville)
Urbano 21 Nucleo Habitacional Padre Piva, Jardim Colonial, Vila Nossa
Senhora Perpétuo Socorro
Urbano 22 Conjunto Habitacional Canta Galo
Urbano 23 Castrolanda
Urbano 24 Conjunto Habitacional Canta Galo II, Jardim Pandorf I e II,
Jardim Alvorada, Nossa Senhora das Graças, Jardim Santa
Paula
Urbano 25 Centro
Urbano 26 Lacustre, Vila Frei Mathias, Jardim Dalalena
Urbano 27 Von Bock, Bom Sucesso
Urbano 28 Jardim Thermas Rivieras, Jardim São Miguel, Santa Teresinha
Urbano 29 Condomínio das Araucárias, Jardim Samambaia
Urbano 30 Jardim Bela Vista, Jardim Mirante da Serra
Segundo dados do IBGE, Castro tem um grande percentual da
população na Zona Rural, 26,6% quase o dobro do padrão das cidades
brasileiras (15,6%) e paranaenses (14,7%).
Percentual da População
27%
73%
0%0%0%0%
Rural- Castro
Urbana - Castro
Fonte: IBGE, 2010
Percentual da População em Extrema
Pobreza
3,53
7,8
4,67
PopulaçãoUrbana emExtrema Pobreza
População Ruralem ExtremaPobreza
População Totalem ExtremaPobreza
Fonte: SAGI – CENSO 2010
Segundo os dados do site da Secretaria de Avaliação e Gestão da
Informação – SAGI, no mês de outubro do ano de 2017, Castro teve 10.561
famílias no Cadastro Único, dentre as quais:
2.281 com renda per capita familiar de até R$ 85,00;
1.653 com renda per capita familiar entre R$ 85,01 e R$ 170,00;
3.824 com renda per capita familiar entre R$ 170,01 e meio salário
mínimo;
2.803 com renda per capita acima de meio salário mínimo.
O Programa de Transferência de Renda Bolsa Família beneficiou, no mês
de novembro de 2017, 3.328 famílias, representando uma cobertura de 77,1 %
da estimativa de famílias pobres no município.
O município tem ainda o registro no site do Ministério de Desenvolvimento
Social e Agrário, 1.365 pessoas cadastradas, até o mês de outubro/2017,
recebendo o Benefício Assistencial de Prestação Continuada – BPC. Sendo:
903 Pessoas com Deficiência – PCD e 462 Idosos acima de 65 anos que
comprovem não possuir meios de prover a própria manutenção, nem de tê-la
provida pela sua família. Para ter direito, é necessário que a renda por pessoa
do grupo familiar seja menor que 1/4 do salário-mínimo vigente.
Atualmente no Programa Leite das Crianças são beneficiadas 741 Crianças
de 6 a 36 meses, pertencentes a famílias cuja renda per capta não ultrapasse
meio salário-mínimo regional. No Programa Família Paranaense temos 80
famílias em acompanhamento.
Conhecer a realidade local, os serviços, programas e projetos em execução
é de fundamental importância para o planejamento, elaboração e execução das
políticas públicas na área de promoção de segurança alimentar e nutricional
para o município.
Diante disso, o município conta com os serviços na rede
socioassistencial:
Rede
Governamental
CRAS Vitoria de Freitas Castro – Socavão
Centro de Convivência Comunicar e Crescer – Socavão
CRAS Abilio de Souza Fontenelli – Abapan
Centro de Convivência Wadislau Sviercoski
CRAS Consulesa Helena Van den Berg
CRAS Luiz King
Centro de Convivência Aprender é Viver
CRAS Kiyo Yamamoto
CREAS Aconchego
CREAS Neuza de Freitas
Centro de Convivência Terezinha da Fonseca - COI
Casa Lar
Centro da Juventude Wallace Thadeu de Mello e Silva
Programa Pelotão do Futuro
Guarda Mirim
Rede Não
Governamental
Casa da Criança e Adolescente “Padre Marcelo Quilici” – de 6 a 17
anos
Centro de Atendimento a Criança e ao Jovem Jardim Colonial –
CACJ – de 6 a 17 anos
Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais – APAE
Associação dos Deficientes Físicos de Castro – ADF
Lar Mariliana Barbosa – Acolhimento para pessoas idosas
Asilo São Vicente de Paulo – Acolhimento para pessoas idosas
O Município de Castro conta ainda com dois benefícios assistenciais de
transferência de renda, instituídos pelas Leis nº 3345/2017 e nº 2641/2013,
sendo respectivamente: Benefício Eventual - Auxílio Natalidade e Programa
Municipal de Transferência de Renda - Bolsa Cidadania.
Com relação à rede de ensino, o município conta com 27 escolas
municipais, 15 Centros Municipais de Educação Infantil e 17 escolas estaduais.
Dessas, 100% delas recebe abastecimento de água de alguma forma, sendo:
Abastecimento de água das Escolas
83%
10%
3%
4%
Rede Geral deDistribuição
Poço Artesiano
Cacimba
Por meio de Rio
Fonte: SAGI, 2013
A Secretaria Municipal de Educação desenvolve ainda, através da
Superintendência de Alimentação Escolar, os seguintes projetos na área de
Segurança Alimentar e Nutricional:
Comida que cuida – Projeto de Educação Nutricional;
Bem Crescer – Projeto de Avaliação Nutricional;
Alimentando a Educação – Projeto de Introdução a Praticas Alimentares
que promova inserção cultural e social sustentável;
Coma Aprendendo – Projeto de Cultura Alimentar;
Feito para Você – Projeto de Acesso a Alimentação Especial conforme
patologia;
A conversa chegou na cozinha – Projeto de assuntos generalistas que
visam aprimorar o conhecimento do profissional preparador de
alimentos;
Cozinhas que Brilham – Projeto de Avaliação e Reconhecimento de
Boas Práticas de Manipulação durante o ano letivo.
Com relação ao Sistema de Saúde Pública, o município de Castro, segue
as normas propostas pelo Ministério da Saúde, adequando-se e avançando
nas suas conquistas desde a criação do Sistema Único de Saúde (SUS) pela
Lei 8080/1990.
O município de Castro pertence à 3ª Regional de Saúde do Estado do
Paraná, têm responsabilidade com a atenção primaria em saúde. O Município
de Ponta Grossa é referência para consultas e procedimentos de média e de
alta complexidade.
Em sua estrutura de serviços, o SUS do Município de Castro apresenta-se
da seguinte forma:
a) Órgãos de Administração dos Serviços de Saúde;
b) Serviços Ambulatoriais: estruturados pelo setor público em:
01 Unidade Básica de Saúde na área urbana;
19 Equipes de Saúde da Família;
56 Unidades de Saúde na área rural em pequenas localidades do
interior, atendidos pelas 19 equipes de Saúde da Família, de
forma itinerante;
12 Unidades de Saúde na área urbana, também atendidos pelas
19 equipes de Saúde da Família;
Centro Municipal de Especialidades Vila Rio Branco com
atendimento das seguintes especialidades médicas:
- Psicologia
- Nutrição
- Cardiologia
- Ortopedia
Centro de Saúde da Mulher;
Serviço de Atenção Especializada em DST/AIDS – SAE;
Centro de Atenção Psicossocial – CAPS;
Centro Municipal de Reabilitação Física;
c) Serviço Hospitalar: o município dispõe de um Hospital
d) Unidade de Pronto Atendimento: UPA/Porte II
e) Serviço de Atendimento Móvel de Urgência – SAMU
f) Serviços Odontológicos com o Programa Saúde da Família Bucal;
g) Farmácia Básica;
h) Farmácia Especializada: fornece os medicamentos de uso contínuo de
alta complexidade.
A Secretaria Municipal de Saúde executa três programas relacionados à
nutrição, dois com ação do Ministério da Saúde e outro implantado no
município devido à demanda. A Secretaria conta com três nutricionistas em seu
quadro para o desenvolvido de tais programas (dados até abril/2018).
Os programas nacionais são: Estratégia Amamenta e Alimenta Brasil e
Programa Saúde na Escola (PSE). O programa municipal implantado é o
Programa Municipal de Atenção Nutricional para pessoas com necessidades
especiais de alimentação.
Aproximadamente um quarto do território brasileiro é ocupado por
comunidades tradicionais. Essa ampla sociodiversidade compreende povos
indígenas, quilombolas, geraizeiros, seringueiros, vazanteiros, quebradeiras de
coco-babaçu, apanhadores de flores sempre vivas e outros grupos de origem
camponesa.
Apesar dos avanços registrados no país com relação ao atendimento junto
às comunidades e povos tradicionais, essa demanda continua a representar
ampla parcela das populações mais pobres e socialmente mais vulneráveis do
país, com graves consequências no que se refere à sua segurança alimentar e
nutricional e garantia do direito humano à alimentação adequada. Diante disso,
essa população tem atendimento prioritário e atenção especial no que se refere
à política de segurança alimentar e nutricional.
Segundo dados da Emater, regional de Ponta Grossa, o município de
Castro conta com 04 comunidades Quilombolas (Tronco, Mamãs, Serra do
Apon e Limitão), totalizando 96 famílias cadastradas que vivem nas
comunidades. Dessas, 37 recebem o benefício assistencial de transferência de
renda Bolsa Família. Foi encontrada uma família indígena no município, o
registro é do Cadastro Único.
A Emater tem o registro de 2.537 agricultores familiares no município de
Castro, desses, 2.408 agricultores possuem Declaração de Aptidão ao Pronaf –
DAP.
Foi levantado ainda que duas Associações de Agricultores Familiares
acessam o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), sendo cerca
de 100 agricultores familiares beneficiados.
Segurança Alimentar e Nutricional
A concretização da Declaração Universal dos Direitos Humanos está
relacionada à responsabilidade tanto por parte do Estado, quanto da sociedade
e dos indivíduos. A declaração é caracterizada, como o seu próprio nome já
diz, como universal, aplicando-se a todos os seres humanos de forma
indistinta; são direitos indivisíveis e interdependentes, sendo que um não será
garantido se outro for violado; e são pautados pelo respeito à diversidade, não
admitindo nenhum tipo de discriminação política, religiosa, étnica ou de gênero.
(CONSEA, 2004)
Além disso, a Declaração Universal dos Direitos Humanos prevê em seu
Art. XXV a garantia ao Direito Humano à alimentação adequada (DHAA), sendo
este,
Toda pessoa tem direito a um padrão de vida capaz de assegurar a sua e a sua família saúde e bem-estar, inclusive alimentação, vestuário, habitação, cuidados médicos e os serviços sociais indispensáveis, o direito à segurança, em caso de desemprego, doença, invalidez, viuvez, velhice ou outros casos de perda dos meios de subsistência em circunstâncias fora do seu controle. (ONU, 1948)
No Art. III a Declaração Universal dos Direitos Humanos traz que, “Toda
pessoa tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal”. O Direito
Humano à Alimentação Adequada (DHAA) integra os direitos fundamentais da
humanidade, é ligado inseparavelmente à pessoa humana, sendo ele
indispensável para a concretização dos outros direitos humanos.
O Direito Humano à uma Alimentação Adequada vem nos garantir uma
alimentação balanceada, em quantidades e qualidades suficientes o que seria
um requisito fundamental para a promoção e proteção à saúde, possibilitando o
crescimento e desenvolvimento do indivíduo com qualidade de vida, realizando
assim de forma eficaz a garantia do direito à vida, à liberdade e à segurança
pessoal, como nos apresenta a Declaração Universal dos Direitos Humanos.
A alimentação apenas é reconhecida como direito humano no Pacto
Internacional sobre Direitos Econômicos, Sociais e Culturais em 1966. No
Brasil, é incorporada a legislação em 1992. Conforme o CONSEA (2004), no
ano de 1999 o comitê dos Direitos Econômicos e Sociais da Organização das
Nações Unidas (ONU) formulou uma definição mais detalhada sobre os direitos
relacionados à alimentação dizendo que
O direito à alimentação adequada é alcançado quando todos os homens, mulheres e crianças, sozinhos, ou em comunidade com outros, têm acesso físico e econômico, em todos os momentos, à alimentação adequada, ou meios para a sua obtenção. O direito à alimentação adequada não deve ser interpretado como um pacote mínimo de calorias, proteínas e outros nutrientes específicos. A adequação refere-se também às condições sociais, econômicas, culturais, climáticas, ecológicas, entre outras. (CONSEA, 2004 p.12)
O DHAA é composto de duas partes inseparáveis. A primeira está
relacionada ao fato de que toda pessoa tem o direito de estar livre da fome e
da má-nutrição, já a segunda diz que toda pessoa tem o direito de ter uma
alimentação adequada.
O direito à uma alimentação adequada com qualidade e quantidades
suficientes vem ser garantido, mais tarde também, na Lei Orgânica de
Segurança Alimentar (2006 p.12) e essa coloca,
Art.2º A alimentação adequada é direito fundamental do
ser humano, inerente à dignidade da pessoa humana e
indispensável à realização dos direitos consagrados na
Constituição Federal, devendo o poder público adotar as
políticas e ações que se façam necessários para
promover e garantir a segurança alimentar e nutricional
da população
O Direito Humano à Alimentação é garantido a partir de que é lançada a
idéia de Segurança Alimentar, a qual vem traz a responsabilidade ao Estado
em estar garantindo isso aos cidadãos.
O termo “Segurança Alimentar” começa a aparecer na Europa, um
pouco depois de terminada a 1º Guerra Mundial, e a relacionavam com a
produção agrícola. Apenas alguns anos depois em uma conferência mundial de
alimentação em 1974 é que a FAO traz a primeira idéia sobre Segurança
Alimentar. Essa idéia era a de que a fome e a desnutrição estavam
relacionadas com a baixa produção agrícola mundial, relembrando assim, a
crença que Malthus tinha. O processo conhecido como Revolução Verde1, fez
com que as fábricas e indústrias tivessem um aumento significativo na sua
produção, assegurando um modelo agrícola de grandes propriedades
monocultoras e o emprego maciço de insumos químicos. (INSTITUTO
CIDADANIA, 2001)
No Brasil o termo Segurança Alimentar aparece mais tarde que no resto
do mundo. No ano de 1986, conforme registros, é que o conceito foi formulado
por técnicos e consultores envolvidos na elaboração de documento para uma
política de abastecimento alimentar no Ministério de Agricultura. A sua
concepção era semelhante à concebida pela FAO, com ênfase na
autossuficiência de alimentos, mas também na questão do acesso aos
mesmos. (INSTITUTO CIDADANIA, 2001)
Para uma melhor compreensão do que é a alimentação enquanto direito
básico, aconteceu, no mesmo ano, a primeira Conferência Nacional de
Alimentação e Nutrição. A Conferência propunha a criação de um Conselho
Nacional de Alimentação e Nutrição – CNAN, vinculado ao Instituto Nacional de
Alimentação e Nutrição – INAN e de um Sistema de Segurança Alimentar e
Nutricional – SSAN. Essa primeira Conferência foi onde oficialmente se
começou a ter idéia de Segurança Alimentar e Nutricional no Brasil. Através
dela, novamente foi identificado que a insegurança alimentar no país era
causado pela falta de acesso aos alimentos por parte significativa da população
brasileira, o que vem novamente a confirmar, que o sistema capitalista é o
grande responsável pela desigualdade social existente. (INSTITUITO
CIDADANIA, 2001)
O conceito sobre Segurança Alimentar no Brasil, foi apresentado
efetivamente, através de um documento oficial elaborado por representantes
do ministério brasileiro e da sociedade civil. Segundo o Projeto Fome Zero,
esse documento foi apresentado na Cúpula Mundial da Alimentação, em
Roma, em 1996, e ele refere- se que,
Segurança Alimentar e Nutricional significa garantir a todos acesso a alimentos básicos de qualidade, em quantidade suficientes, de modo permanente e sem comprometer o acesso a outras necessidades essenciais, com base em práticas alimentares saudáveis. Contribuindo assim, para uma existência digna em um contexto de
desenvolvimento integral da pessoa humana. (INSTITUTO CIDADANIA, 2001 p.13)
Mais tarde, a Lei Orgânica de Segurança Alimentar – LOSAN (2006),
traz também, uma conceituação, em seu 1º Capítulo, sobre Segurança
Alimentar e menciona o que vem complementar a ideia anterior,
Art. 3º A segurança Alimentar e nutricional consiste na realização do direito de todos ao acesso regular e permanente a alimentos de qualidade, em quantidade suficientes, sem comprometer o acesso a outras necessidades essenciais, tendo como base práticas alimentares promotoras de saúde que respeitem a diversidade cultural e que sejam ambiental, cultural, econômica e socialmente sustentáveis.
Este plano configura-se como resultado da soma de esforços de
profissionais que vêm buscando formular estratégias de intervenção para a
questão da garantia de uma alimentação adequada em nosso município. Este
instrumento técnico operacional de intervenção apresenta objetivos, ações e
metas para a garantia da segurança alimentar, de acordo com eixos de
atuação.
Objetivo Geral: Estabelecer um conjunto de ações articuladas que permita a
intervenção técnica, política e financeira para a garantia da segurança
alimentar e nutricional no município.
Objetivos Específicos:
Realizar investigação científica, visando compreender, analisar,
subsidiar e monitorar o planejamento e a execução das ações na área
de segurança alimentar e nutricional;
Contribuir com a melhoria na qualidade da alimentação da população;
Promover ações de conhecimento, articulação e mobilização, visando
segurança alimentar a todos;
Fortalecer o sistema de produção da agricultura familiar;
Promover o acesso universal à água, em quantidade e qualidade
suficiente;
Prever recursos orçamentários municipais para a execução do Plano
Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional.
Ações de Segurança Alimentar e Nutricional desenvolvidas no âmbito do Município de Castro Ao instituir a Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, o decreto nº 7.272/2010 estabeleceu suas diretrizes que foram utilizadas como base para a orientação e elaboração do presente Plano Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional, apresentadas a seguir:
Diretriz 1 – Promoção do acesso universal á alimentação adequada e saudável, com prioridade para as famílias e pessoas em situação de insegurança alimentar e nutricional.
Programa/Projeto/Ação Meta Órgão
Responsável Parceiros
1.1 Fornecimento de Equipamentos Públicos para Alimentação e Nutrição: Implantação do “Entreposto da Agricultura Familiar” com a finalidade de inclusão social e produtiva; garantindo aos agricultores maiores condições de comercialização.
- Garantir o funcionamento do Entreposto (reforma e readequações).
Assessoria Mun. de
Agricultura
1.2 Fomento á Piscicultura local: Através da estruturação da cadeia produtiva do peixe, buscando meios de comercialização para o produto final, dando-lhes capacitação, assistência técnica e apoio por meio de parceria federal; implantação de Entrepostos de Filetagem de Pescado dentro das exigências legais segundo a Lei Municipal nº 2766/2013.
- Garantir a construção de pelo menos dois Entrepostos - Garantir no mínimo um meio de comercialização do pescado (PNAE).
Assessoria Mun. de
Agricultura
Diretoria de Meio Ambiente
1.3 Fornecimento de Gêneros Alimentícios á Entidades Municipais: Por meio do PAA/PAP – garantir a alimentação saudável e adequada da população atendida pelas entidades sócio-assistenciais envolvidas; realizar o recebimento dos produtos no “Banco de Alimentos”.
-Garantir o funcionamento do Banco de Alimentos -Motivar a adesão dos agricultores familiares ao PAA.
Assessoria de Agricultura
Sec. Mun. de Educação e Sec. Mun. da Família e do Desenv. Social
1.4 Programa Família Paranaense - Eixo Segurança Alimentar: Promover a melhoria da alimentação das famílias cadastradas no programa com ações intersetoriais.
- SAÚDE: Equipe da Saúde da Família (ESF) - Realizará triagem nutricional dos membros das famílias nas unidades de saúde e aqueles que apresentarem problemas relacionados à Nutrição e Alimentação serão encaminhamento à equipe do NASF para tratamento e acompanhamento ou em casos mais graves para tratamento nutricional no Centro Municipal de Especialidades (CME). - SOCIAL: Após avaliação, fornecimento de cesta básica mensal para as famílias cadastradas no programa. - Inclusão da família no programa Bolsa cidadania. Após avaliação por assistente social, cada família recebe um valor de R$ 100,00. - AGRICULTURA: ensinar as famílias beneficiadas como fazer horta em casa ou comunitária.
Sec. Mun. de Saúde, Sec.
Mun. da Família e do
Desenv. Social
Assessoria de Agricultura
1.5 Programa Bolsa Família: Monitorar, assessorar e dar apoio técnico às ESFs para acompanhamento das famílias beneficiárias e registro das condicionalidades da saúde no PBF.
- SAÚDE: Atuação da equipe do NASF nas unidades de saúde, através de treinamento das ESFs para orientar e identificar as famílias em necessidade de acompanhamento dos profissionais do NASF (nutricionista, psicólogo, médico, fisioterapeuta, assistente social). SOCIAL: - Identificação, cadastramento, acompanhamento das famílias beneficiárias do PBF e encaminhamentos para acesso às ações referentes a alimentação adequada e saudável
Sec. Mun. de Saúde e Sec.
Mun. da Família e do
Desenv. Social
SENAR
1.6 Programa Leite das Crianças: Monitorar o estado nutricional das crianças beneficiadas e intervir se necessário em casos de alteração do estado nutricional.
-SAÚDE: Após a avaliação antropométrica da criança pela ESF e classificação do estado nutricional, caso apresente desvio nutricional (desnutrição, sobrepeso, obesidade) a criança será encaminhada para consulta com nutricionista no NASF ou CME. OBS: As Unidades de Saúde já realizam mensalmente o dia da pesagem das crianças de 06 a 36 meses cadastradas no programa, para avaliar e acompanhar o estado nutricional. VISA Municipal – liberação do fornecimento e análise da qualidade do leite pasteurizado distribuído. -SOCIAL: Identificação, cadastramento, inclusão das crianças de 6 a 36 meses de idade a fim de combater a desnutrição infantil através da distribuição gratuita de 7 litros de leite semanalmente e realizar o acompanhamento familiar a fim de superar as condições de vulnerabilidade identificadas com vistas às ações referentes a distribuição de alimentos.
Sec. Mun. de Saúde e Sec.
Mun. da Família e do
Desenv. Social
SEAB e SEDS
1.7 Projeto Municipal “Feito para Você”: As secretarias das escolas, devem informar à Superintendência da Alimentação Escolar, encaminhando uma declaração médica com CID da doença diagnosticada do escolar. A partir deste documento, as preparadoras de alimentos e professoras e diretora da Instituição receberão instruções dadas pela nutricionista de como será realizada a adaptação do cardápio e oferta de alimentos à esta criança, evitando a exclusão da mesma no momento da refeição. Anualmente, as preparadoras de alimentos que estão lotadas em instituições que apresentam crianças com especificidades alimentares comprovadas participarão de
-Cumprir a Lei n°11.947 - que determina o provimento de alimentação escolar adequada aos alunos portadores de estado ou condição de saúde específica. -Preparar as profissionais preparadoras de alimentos para atender de forma correta a adaptação do cardápio para os alunos com necessidades alimentares especiais.
Sec. Mun. de Educação
treinamento específico. Há solicitação de verba específica via adiantamento para aquisição de ingredientes específicos para atender dietas especiais.
1.8 Implantação do Projeto de acesso à alimentação saudável nos equipamentos de referência da Assistência Social
- Preparar e servir os alimentos mediante a utilização de cardápio definido por nutricionista a fim de garantir segurança alimentar aos usuários dos equipamentos de referência da Assistência Social.
Sec. Mun. da Família e do
Desenv. Social
1.9 Benefício de Prestação Continuada - BPC
- Identificação e encaminhamentos para acesso ao BPC e às ações de alimentação adequada e saudável, bem como inclusão do público no Cadastro Único.
Sec. Mun. da Família e do
Desenv. Social
1.10 Programa Família Paranaense
- Identificação, cadastramento, monitoramento das ações pactuadas no plano de ação com a família, sendo este o instrumento de diagnostico familiar que estabelece ações para superar as condições identificadas e encaminhamentos para acesso às ações referentes a alimentação adequada e saudável.
Sec. Mun. da Família e do
Desenv. Social
1.11 Benefício Eventual: Lei 3345/2017
- Identificação, inclusão, viabilização do benefício e acompanhamento familiar a fim de superar as condições de vulnerabilidade identificadas com vistas às ações referentes a alimentação adequada e saudável.
Sec. Mun. da Família e do
Desenv. Social
1.12 Programa Municipal de Transferência de Renda - Bolsa Cidadania: Lei 2641/2013
- Identificação, inclusão, viabilização do benefício e acompanhamento familiar a fim de superar as condições de vulnerabilidade identificadas com vistas às ações referentes a alimentação adequada e saudável.
Sec. Mun. da Família e do
Desenv. Social
1.13 Horta Comunitária
- Desenvolver o projeto visando a distribuição de alimentos básicos da agricultura garantindo a alimentação saudável e adequada da população atendida pelos equipamentos sociais envolvidos.
Sec. Mun. da Família e do
Desenv. Social
SENAR, Assessoria de Agricultura e
Outros
1.14 Unidade de Produção de Alimentos – Distribuição de Pães
- Servir o pão mediante a utilização de cardápio definido por nutricionista a fim de garantir segurança alimentar aos usuários dos equipamentos de referência da Assistência Social e dos equipamentos Sócio Assistências.
Sec. Mun. da Família e do
Desenv. Social
Sec. Mun. de Educação
1.15 Restaurante Cidadão
- Implantar o Restaurante Cidadão a fim de servir refeições mediante a utilização de cardápio definido por nutricionista a fim de garantir segurança alimentar aos usuários da Política da Assistência Social.
Sec. Mun. da Família e do
Desenv. Social
1.16 Programa Nacional de Alimentação Escolar – PNAE: Oferecer alimentação escolar e realizar ações de educação alimentar e nutricional a estudantes de todas as etapas da educação básica pública.
Atender com alimentação alunos de toda a educação básica (educação infantil, ensino fundamental, ensino médio e educação de jovens e adultos) matriculados em escolas públicas, filantrópicas e em entidades comunitárias (conveniadas com o poder público). Investir 30% do valor repassado pelo Programa Nacional de Alimentação Escolar – PNAE, na compra direta de produtos da agricultura familiar, medida que estimula o desenvolvimento econômico e sustentável das comunidades.
Sec. Da Educação
Sec. Da Saúde, Sec do Esporte, Assessoria de Comunicação Assessoria de Agricultura e
outros
Diretriz 2 – Promoção do abastecimento e estruturação de sistemas descentralizados e sustentáveis de produção, extração, procedimento e distribuição de alimentos, inclusive os de base agroecológica.
Programa/Projeto/Ação Meta Órgão
Responsável Órgão
Responsável
2.1 Abastecimento comercial: Implantar e aprimorar canais de comercialização e distribuição, melhorando o acesso dos agricultores, de forma que haja segurança alimentar e nutricional aos consumidores; promover o desenvolvimento econômico do município por meio de conquista de novos mercados.
- Melhorar o acesso dos agricultores a comercialização, por meio da conquista de novos mercados.
Assessoria Mun. de
Agricultura
Sec. Mun. de Interior
2.2 Apoio aos Agricultores Familiares: Proporcionar o efetivo apoio aos agricultores familiares, tanto pelas ações diretas do município, quanto em parcerias Estaduais e/ou Federais, de forma a proporcionar-lhes renda e qualidade de vida.
- Proporcionar renda e/ou estruturar os meios já existentes, a fim de melhorar a qualidade de vida aos produtores rurais. - Promover o incentivo a sucessão familiar rural.
Assessoria Mun. de
Agricultura
EMATER, CTP, SEAB, Outros
2.3 Assistência Técnica e Extensão Rural: Viabilizar o acesso da população rural as políticas públicas, mediante trabalho de orientação técnica dos processos produtivos agrícolas para os agricultores familiares, piscicultores, produtores de leite, trabalhadores rurais, quilombolas índios e assentados da reforma agrária, promovendo a assistência técnica e a extensão rural.
- Viabilizar o acesso da população rural as políticas públicas.
Assessoria Mun. de
Agricultura
EMATER, CTP, Outros
2.4 Assistência Técnica voltada a produção agroecológica ou orgânica: Viabilizar o acesso dos agricultores familiares as técnicas de produção agroecológica ou orgânica, a fim de fomentar tal produção, buscando a qualidade e a segurança alimentar.
- Aumentar o número de produtores certificados agroecológicos ou orgânicos.
Assessoria Mun. de
Agricultura
EMATER, CTP, Outros
2.5 Desenvolvimento Agropecuário: Desenvolver projetos de engenharia rural e logística, para escoamento da safra.
- Realizar a gestão das estradas municipais.
Assessoria Mun. de
Agricultura
Sec. Mun. do Interior
2.6 Logística da Alimentação Escolar: No que diz respeito ao PNAE Estadual, viabilizar o transporte dos produtos a todas as escolas estaduais, garantindo a segurança alimentar durante o transporte
- Garantir o transporte adequado dos produtores transportados, a fim de manter sua qualidade.
Assessoria Mun. de
Agricultura
em veículo adequado
2.7 Serviço de Inspeção Municipal de Produtos de Origem Animal – SIM/POA: O principal instrumento de segurança alimentar e nutricional, onde o objetivo é garantir a população um alimento seguro e que foi fabricado dentro das exigências instituídas pela Lei Municipal nº 2766/2013.
- Garantir o cumprimento da Lei Municipal nº 2766/2013.
Assessoria Mun. de
Agricultura
Sec. Mun. de Saúde, ADAPAR
2.8 Projeto Horta na Escola: Fomentar a alimentação saudável e o cuidado com o meio ambiente, levar aos alunos o contato com a natureza, fazendo-os valorizá-la. (Interface com a Diretriz 3).
- Incentivar o contato e a busca por conhecimento, através do aumento da abrangência do projeto.
Assessoria Mun. de
Agricultura
Sec. Mun. de Educação
2.9 Programa de Aquisição de Alimentos – PAA: Adquirir alimentos produzidos por agricultores familiares. Esses alimentos são doados para instituições sociais, podem ser instituições não governamentais que desenvolvam trabalhos públicos de atendimento ás populações em situação de risco social.
- Aumentar o incentivo a produção.
Assessoria Mun. de
Agricultura
Sec. Mun. da Família e do
Desenv. Social
2.10 Unidade de Produção de Alimentos: Distribuição de Pães
- Produção e distribuição de pães para os equipamentos vinculados a Política da Assistência Social, a fim de garantir segurança alimentar aos seus usuários.
Sec. Mun. da Família e do
Desenv. Social
2.11 Fornecimento de Alimentação Escolar: Por meio do PNAE – garantir qualidade e diversidade de alimentação diária escolar, destinada aos alunos da rede estadual e municipal de ensino.
- Garantindo a logística (transporte) dos produtos entregues no PNAE, além da assistência técnica aos produtores envolvidos.
Assessoria Mun. de
Agricultura
Sec. Mun. de Educação
2.12 Horta Comunitária
- Desenvolver o projeto visando à produção de alimentos básicos da agricultura garantindo a alimentação saudável e adequada da população atendida pelos equipamentos sociais envolvidos.
Sec. Mun. da Família e do
Desenv. Social
Diretriz 3 – Instituição de processos permanentes de educação alimentar e nutricional, pesquisa e formação nas áreas de segurança alimentar e nutricional e do direito humano á alimentação adequada.
Programa/Projeto/Ação Meta Órgão
Responsável Órgão
Responsável
3.1 Qualificação dos processos de trabalho: Qualificar processos de trabalho, educar permanentemente as ESFs na área de Alimentação e Nutrição.
Os profissionais do NASF capacitarão as ESFs sobre alimentação saudável para multiplicar o conhecimento sobre alimentação e nutrição das famílias.
Sec. Mun. de Saúde
3.2 Promoção de práticas alimentares saudáveis e estilos de vida saudáveis: Produzir material orientativo sobre práticas alimentares e estilos de vida saudáveis para utilização em ação de educação, promoção e prevenção em saúde.
- Atuação do NASF nas ESFs e do PSE nas escolas. - Veiculação das informações em meio eletrônico (Criar página no Facebook com informações do COMSEA e alimentação saudável) e rádio. - Elaborar cartazes com informações sobre alimentação e estilo de vida saudável para divulgar na sala de espera das unidades de saúde.
Sec. Mun. de Saúde
3.3 Programa Bolsa Família- PBF
- Realizar para o público do programa palestras, cursos, com material orientativo sobre práticas alimentares e estilos de vida saudáveis configurando processos permanentes de educação alimentar e nutricional com vistas a alimentação adequada e saudável.
Sec. Mun. da Família e do
Desenv. Social
Sec. Mun. de Saúde, SENAR,
Sec. Mun. de Educação e
Outros
3.4 Programa Família Paranaense
- Realizar para o público do programa palestras, cursos, com material orientativo sobre práticas alimentares e estilos de vida saudáveis configurando processos permanentes de educação alimentar e nutricional com vistas a alimentação adequada e saudável.
Sec. Mun. da Família e do
Desenv. Social
3.5 Benefício Eventual: Lei 3345/2017
- Realizar para o público beneficiário palestras, cursos, com material orientativo sobre práticas alimentares e estilos de vida saudáveis configurando processos permanentes de educação alimentar e nutricional com vistas a alimentação adequada e saudável.
Sec. Mun. da Família e do
Desenv. Social
3.6 Programa Municipal de Transferência de Renda- Bolsa Cidadania: Lei 2641/2013
- Realizar para o público beneficiário palestras, cursos, com material orientativo sobre práticas alimentares e estilos de vida saudáveis configurando processos permanentes de educação alimentar e nutricional com vistas a alimentação adequada e saudável.
Sec. Mun. da Família e do
Desenv. Social
3.7 Programa de Atenção Integral à Família – PAIF
- Realizar para o público incluído no programa palestras, cursos, com material orientativo sobre práticas alimentares e estilos de vida saudáveis configurando processos permanentes de educação alimentar e nutricional com vistas a alimentação adequada e saudável
Sec. Mun. da Família e do
Desenv. Social
3.8 Qualificando a equipe: Equipes/Servidores lotados na Política da Assistência Social
- Promover capacitação, palestras, cursos junto aos servidores a fim de capacitar a equipe e qualificar a mesma, visando desenvolver ações junto aos usuários com vistas a alimentação adequada e saudável
Sec. Mun. da Família e do
Desenv. Social
3.9 Projeto Municipal Coma Aprendendo: Aplicar em sala de aula a história (origem, cultura, povo e costumes) do prato a ser servido.
- Despertar a curiosidade das crianças sobre as preparações da Alimentação Escolar, melhorar a adesão à merenda e manter um vinculo sala de aula-merenda.
Sec. Mun. de Educação
Assessoria de Comunicação,
Departamento de Compras e Outros
3.10 Projeto Municipal Comida que Cuida: Educar nutricionalmente as turmas de pré 2 (CMEI) e terceiro (EMEF) ano das instituições de ensino.
- Despertar nas crianças o interesse em cuidar da alimentação, prevenir doenças relacionadas à alimentação promovendo um auto-cuidado e cuidado à família através das escolhas alimentares.
Sec. Mun. de Educação
Assessoria de Comunicação,
Departamento de Compras e outros
3.11 Projeto Municipal Alimentando a Educação Adquirir utensílios e implantar um modelo de servimento de refeição pelos alunos. Busca otimizar recursos envolvidos no processo de distribuição de alimentos na escola, promover sustentabilidade, reduzir o desperdício de alimentos e incentivar o consumo da merenda escolar.
Trazer para a merenda escolar a valorização do momento da refeição, incentivando o aluno a desenvolver consciência, responsabilidade e autonomia pela sua alimentação.
Sec. Da Educação
Assessoria de Comunicação,
Departamento de Compras e Outros
Diretriz 4 – Promoção, universalização e coordenação das ações de segurança alimentar e nutricional voltadas para quilombolas e demais povos e comunidade tradicionais, povos indígenas e assentados da reforma agrária.
Programa/Projeto/Ação Meta Órgão
Responsável Órgão
Responsável
4.1 Promoção de práticas alimentares e estilo de vida saudáveis nas comunidades quilombolas e demais comunidades tradicionais
Atuação da equipe do NASF junto à USF das comunidades tradicionais. Acompanhamento e educação nutricional das comunidades tradicionais para promoção da segurança alimentar e nutricional, com ênfase e valorização dos alimentos típicos da comunidade.
Sec. Mun. de Saúde
4.2 Progredir com a economia solidária fortalecendo a agricultura familiar
Construir e equipar a farinheira/agroindústria a fim de fomentar a economia solidária gerando renda e fortalecendo a agricultura familiar e a função protetiva da família.
Sec. Mun. da Família e do
Desenv. Social e Assessoria
Mun. de Agricultura
4.3 Formação Continuada
Realizar para o público quilombola inserido nos projetos e programas existentes na Política da Assistência, palestras, cursos, com material orientativo sobre práticas alimentares e estilos de vida saudáveis configurando processos permanentes de educação alimentar e nutricional com vistas a promoção, universalização e coordenação das ações de segurança alimentar e nutricional.
Sec. Mun. da Família e do
Desenv. Social
Assessoria Mun. de Agricultura, SENAR, Sec.
Mun. de Saúde e Sec. Mun. de
Educação
Diretriz 5 – Fortalecimento das ações de alimentação e nutrição em todos os níveis da atenção á saúde, de modo articulado ás demais políticas de segurança alimentar e nutricional.
Programa/Projeto/Ação Meta Órgão
Responsável Órgão
Responsável
5.1 Monitoramento da situação alimentar e nutricional através do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN): Prevenir e promover a segurança alimentar e nutricional através de ações individuais e coletivas.
- Avaliar o estado nutricional dos pacientes acompanhados pelo NASF para obter o diagnóstico dos possíveis desvios nutricionais, para evitar as consequências decorrentes desses agravos à saude. Caso apresente desvio nutricional, o indivíduo será encaminhado para tratamento com nutricionista no NASF ou CME. - Registrar os dados no SISVAN WEB para traçar o perfil nutricional da população e assim adotar medidas específicas de intervenção.
Sec. Mun. de Saúde
5.2 Programa Saúde na Escola – PSE: Estabelecer estratégias de integração da saúde e educação objetivando o desenvolvimento das ações de prevenção, promoção e atenção à saúde dos escolares, capacitando profissionais em temas relacionados à segurança alimentar e nutricional e promoção da alimentação saudável.
- O PSE encaminhará ao NASF as crianças que apresentarem desvio no estado nutricional. Caso apresente alguma patologia associada, o escolar será encaminhado para tratamento nutricional no CME ou tratamento médico na ESF. - Estabelecer estratégias de integração da saúde e educação objetivando o desenvolvimento das ações de prevenção, promoção e atenção à saúde dos escolares, capacitando profissionais em temas relacionados à segurança alimentar e nutricional e promoção da alimentação saudável. -Os dados colhidos são repassados para o Programa Saúde na Escola para trabalharmos com interdisciplinaridade para o bem dos alunos em risco nutricional e comunidade escolar.
Sec. Mun. de Saúde e Sec.
Mun. de Educação
5.3 Programa Municipal De Atenção Nutricional Para Pessoas Com Necessidades Especiais De Alimentação : fornecimento de fórmulas alimentares nos casos de impedimento da amamentação por motivo de doença, desnutrição infantil ou risco nutricional para crianças de até 01 ano, pacientes em uso de terapia nutricional enteral e necessidade de suplementação alimentar devido a desnutrição.
- Entrega mensal de fórmula alimentar de acordo com a necessidade de cada caso, somente com prescrição nutricional ou médica. - Avaliação e acompanhamento do estado nutricional do paciente enquanto estiver cadastrado no programa.
Sec. Mun. de Saúde
5.4 Programa Família Paranaense e Cadastro Único
- Identificação, cadastramento e monitoramento das ações pactuadas no plano de ação com as famílias selecionadas, sendo este o instrumento de diagnostico familiar que estabelece ações para superar as condições identificadas e encaminhamentos para acesso às ações referentes a alimentação e nutrição em todos os níveis da atenção à saúde.
Sec. Mun. da Família e do
Desenv. Social e Sec. Mun. de Saúde
Sec. Mun. de Educação e Sec. Mun. de Saúde
Diretriz 6 – Promoção do acesso universal á água de qualidade e em quantidade suficiente, com prioridade para as famílias em situação de insegurança alimentar hídrica e para a produção de alimentos da agricultura familiar e da pesca e aquicultura.
Programa/Projeto/Ação Meta Órgão
Responsável Órgão
Responsável
6.1 Cadastro Único
- Identificação, cadastramento, acompanhamento das famílias usuárias da Política da Assistência e encaminhamentos para às ações de promoção do acesso universal à água de qualidade e em quantidade suficiente.
Sec. Mun. da Família e do
Desenv. Social
Diretoria de Habitação,
Diretoria de Meio Ambiente, CTP e
Outros
Diretriz 7 – Apoio a iniciativa de promoção da soberania alimentar segurança alimentar e nutricional e do direito humano á alimentação adequada no âmbito internacional e a negociações internacionais.
Por se tratar de uma diretriz que prevê a expansão da participação do Brasil em ações internacionais de proteção, promoção e provimento do direito humano à alimentação adequada por meio de cooperação humanitária no combate à fome e a pobreza, não se identificou nenhuma ação desenvolvida no âmbito Municipal que se enquadrasse na presente diretriz.
Diretriz 8 – Monitoramento da realização do direito humano á alimentação adequada.
Programa/Projeto/Ação Meta Órgão
Responsável Órgão
Responsável
O monitoramento será realizado de maneira contínua através: Conselho Municipal de Assistência; Vigilância Sócio Assistencial; Visita Domiciliar; COMSEA; Plano de acompanhamento familiar.
- Atendimento sistemático através de visita domiciliar e acompanhamento das famílias com a inserção de dados nos programas e no sistema municipal, a fim de verificar se houve superação das vulnerabilidades e se há necessidade de apoio técnico específico com vistas ao protagonismo familiar.
Sec. Mun. da Família e do
Desenv. Social
Conselho Municipal de Assistência
Social, Vigilância Socioassistencial
e COMSEA
Referências
CONSEA . Princípios e Diretrizes de uma Política de Segurança Alimentar e Nutricional. Textos de Referência da II Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional. Brasília, Junho de 2004.
INSTITUTO CIDADANIA. Projeto Fome Zero: Uma Proposta de política de segurança alimentar para o Brasil. Ipiranga-SP. Fundação Djalma Guimarães,2001.