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Exposição A Mão Livre de Luiz Carlos RipperCuradoria: Lidia KosovskiRio de Janeiro / 2012
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Catlogo da exposico A MO LIVRE DE LUIZ CARLOS RIPPER Centro Cultural Correios | Rio de Janeiro | Maro - Abril 2013
Organizao | LIDIA KOSOVSKI E CLAUDIA PINHEIRO
Textos | Lidia Kosovski, Macksen Luiz,
Fabiano Canosa, Helosa Lyra Bulco
Depoimento | Cac Diegues
2a Edio Rio de Janeiro
DOis Um PRODUEs2013
A exposio A mo livre de Luiz Carlos Ripper descortina a obra desse artista carioca, cujo nome figura nos crditos de dezenas de trabalhos realizados nos segmentos das artes cinematogrfica e teatral. Ripper sai dos bastidores de incrveis criaes de cenrios, figurinos, roteiros... para ser protagonista de sua arte vanguardista no sculo XX, aplaudido por seus contemporneos e pelo pblico em geral.
mo livre, Ripper deixou um precioso acervo, documentado em desenhos, croquis e escritos. Alguns desses expressivos registros esto expostos na mostra que, tambm, rene fotos e maquetes de espetculos de teatro e fragmentos de filmes de longa-metragem. Uma exposio indita que resgata a memorvel obra do artista para sua identificao e reconhecimento cultural do grande pblico.
Ambientada em quase mil metros quadrados deste Centro Cultural, a trajetria do artista desconstrutor de paradigmas e inovador por suas ideias avanadas de criaes artsticas fantsticas dos anos 60 a 90 levar o visitante, a cada passo de seu percurso, singular revelao, escrita e desenhada, do pensamento e da liber-dade criativa de Luiz Carlos Ripper (1943-1996), completaria 70 anos, neste 2013.
Com curadoria de Lidia Kosovski, coordenadora de pesquisa e organizao do acer-vo de Ripper realizada convite da sua orientanda de doutorado Helosa Lyra Bul-co, a exposio agrega um carter social e educativo, realizando uma mostra de cinema e oficinas de cenografia e direo de arte, com a participao de discpulos de Luiz Carlos Ripper. O objetivo despertar o interesse nos jovens pela multiplici-dade de atividades exercidas pelo artista no campo das artes cnicas e visuais.
Presentes no cenrio brasileiro h 350 anos, os Correios selam a homenagem ao importante personagem da cenografia, o premiado Luiz Carlos Ripper, da mesma forma como j havia feito anteriormente para Hlio Eichbauer e Gringo Cardia, dois outros expoentes desse segmento reconhecidos internacionalmente. Dessa forma, os Correios convidam o pblico em geral e de qualquer faixa etria, interessado em conhecimento, arte e cultura.
Bem-vindos!
Centro Cultural Correios Rio de Janeiro
A ordem das informaes deste catlogo no cronolgica e corresponde lgica espacial da exposio
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Luiz Carlos mendes Ripper (1943-1996), um dos mais instigantes profissionais das artes cnicas e cinematogrficas do Brasil, vem sendo considerado1 o pioneiro na direo de arte do cinema nacional.
integrante da gerao da contracultura, carioca legtimo, estaria completando 70 anos no dia 16 de julho de 2013.
Cengrafo, figurinista, encenador teatral, diretor de arte, educador, gestor cultural, Ripper foi altamente produtivo ao longo de trs dcadas especialmente marcantes da nossa his-tria de JK a Fernando Henrique e sua obra, reconhecida por diversos prmios, espelha com rara nitidez as potncias poltico-culturais de cada momento.
suas primeiras investidas nas artes brotaram do cho democrtico e vermelho de Bras-lia, como aluno do Centro de Artes da UnB dos anos 1960, cercado por candangos e gran-des artistas modernos como Athos Bulco, Alfredo Ceschiatti, Amlia Toledo e o cineasta Nelson Pereira dos santos, seus amigos e padrinhos. E na outra ponta do fio, em 1996, falece num momento em que a consolidao da sociedade de consumo e sua promessa de sal-vao pela globalizao se mostravam aparentemente inexorveis. Arrisco dizer que a sensibilidade e o sonho de Luiz Carlos Ripper no puderam atravessar este novo mundo regido pela dureza de mercado, to rido de utopias.
Falo ento de uma figura histrica, tornada lenda por onde passou das telas para os pal-cos, dos sets para as coxias , deixando sua marca de artista experimental. Certamente foi o nico na sua gerao a conjugar essa duplicidade com tanto vigor no dilogo entre imagem cinematogrfica e presena teatral. multimdia dos anos 70, esteve envolvido, entre 1967 e 1996, na produo de 16 longas-metragens e 27 espetculos. sua obra mais expressiva, nesse conjunto em trnsito entre teatro e cinema, foi realizada entre os meados dos anos 60 e finais dos anos 80: seu primeiro longa-metragem, como diretor de arte de Nelson Pereira dos santos, El justicero, estreou em 1967, e o premiado espetculo Extra-Vagncia, de Dcia maraini, em 1988, precisamente durante as duas dcadas cor-respondentes ditadura militar no Brasil e seus resqucios nefastos.
Quase nada se publicou sobre o seu trajeto. Os fragmentos de sua personalidade artstica ainda residem no plano da memria longnqua e mtica dos que com ele conviveram ou assistiram a seus espetculos. J os filmes que desenhou so um manancial de evidncias em que pulsa com vigor o seu legado.
Como um crculo pode ser bem delineado a partir de apenas trs pontos no espao, busco tocar sua personalidade artstica atravs de trs aspectos que acorrem a cada vez que encontramos um dos seus pares: a primeira ligada ao seu processo criativo; a segunda, ao seu rigor esttico; a terceira, relativa s suas inspiraes e aspiraes.
lenda vvida, entre os seus assistentes, a metodologia de pesquisa empregada a partir da elaborao de mapas coloridos, chamados semitico-adivinhativos por alguns, cere-brais por outros. Neles, a pesquisa levantada em documentaes variadas, iconogrficas
1Elizabeth motta Jacob
defende essa ideia em
sua tese de doutorado
em artes cnicas. Espa-
o e visualidade: a cons-
truo plstica do Brasil
na obra cinematogrfica
de Luiz Carlos Ripper.
PPGAC-Unirio, 2007.
RISCOS DA tELA AO PALCO
12 13
e textuais se inseria em complexas tramas sinestsicas, tecidas por diversas informaes colhidas nas melhores fontes e organizadas subjetivamente, pelo delrio criativo. Nem planilhas burocrticas, nem desenhos projetuais, nem desenho artstico. Entre uma coisa e outra, os mapas apontavam direes de pensamento, fazendo conexes poticas entre os dados cientficos, histricos e o desejo. De acordo com os depoimentos, os mapas se elevavam condio de uma ferramenta quase-oracular, cujas articulaes eram capazes de responder s angstias e dvidas geradas ao longo de todo o processo criativo. Cres-ciam e se multiplicavam ao longo do tempo da pesquisa, forrando paredes, tetos, mesas das oficinas de trabalho, conforme a dimenso do problema. seus mtodos de pesquisas se ampliaram em direo experincia pedaggica, para o compartilhamento de ideias entre pares. so notoriamente lembrados at hoje por aqueles que participaram das ofi-cinas e dos encontros de cengrafos realizados pelo Centro Tcnico de Artes Cnicas da Funarte, criado por Ripper nos finais da dcada de 1980.
A segunda lenda corre entre os diretores e atores com quem trabalhou e que sempre se referem sua obsesso pelo rigor esttico, sobretudo pelos detalhes cenogrficos, como se, de fato, Deus residisse em cada boto dos figurinos de cada protagonista ou figurante. Ripper afirmava em entrevistas que, com trs detalhes apenas, possvel delinear uma cena de poca de forma moderna, sem realismo. Nesses termos, tornava-se o artista de vanguarda, terico de mo cheia, a conceituar: o detalhe a nova objetividade, a nova figurao. Voc no precisa reconstruir a verdade at o fundo, voc apenas a esboa. No preciso mais nada: o restante suposto, o prolongamento do detalhe. 2
A terceira lenda tangencia algumas de suas fontes inspiradoras, entre as quais se destaca a fabulosa relao com o seu irmo Zeca Ripper em experimentaes cenogrficas cuja parceria se funde muitas vezes num nico trajeto. Zeca desenhista industrial, reconhe-cido mestre em estruturas de bambu. E, j em 1967, assinam juntos o cartaz de Terra em transe, de Glauber Rocha.
inspirado pelo irmo, dez anos mais velho, Luiz Carlos Ripper incorporava em seus cenrios o experimentalismo dos anos 60, ousando pioneiramente, por exemplo, exe-cutar estruturas geodsicas como um dos principais cenrios de Fome de amor, de Nel-son Pereira dos santos, de 1968. Com o irmo construiu no s o projeto da vila de Pindorama em tupi, A terra das rvores altas e alegoria poltica do Brasil para o filme homnimo de Arnaldo Jabor (1971), como tambm o detalhamento arquitetnico de transformao radical do espao original do Teatro ipanema para os emblemticos espetculos Hoje dia de Rock, de Jos Vicente, e A China azul, de Jos Wilker, ambos dirigidos por Rubens Corra, entre 1971 e 1972. Compartilharam as experincias do uso de bambus e materiais orgnicos no ambientalismo cenogrfico de Avatar, de Paulo Afonso Grisolli, primeiro espetculo dirigido por Ripper. Para Avatar, Ripper criou um teatro em arena triangular, numa espcie de mandala assentada sobre pedras, erguido na sala Corpo e som do mAm do Rio de Janeiro, em 1974. Dessa relao se expandia a paixo por materiais orgnicos e reais como o bambu, a palha, as cestarias, as cermi-cas em substituio materialidade convencional cenogrfica, que usava e abusava das falsas pinturas e a cenografia como puro simulacro. Para Ripper, os materiais eram substantivos, l estavam com a sua potncia energtica, construindo o seu drama na conjuntura da cena. Essa paixo tornou-se marca de sua obra, como cengrafo e ence-nador, forjando uma identidade visual prpria com o carter de brasilidade: um estilo Ripper, no entender de Yan michalski3 em uma de suas crticas para a montagem do espetculo A rainha morta, de Helosa maranho, realizado em 1974.
2 Entrevista intitulada
Quero assumir a direo
realizada com Ripper pela
revista de cinema Filme
e Cultura, n 1, Rio de
Janeiro, 1972.
A intensa pesquisa com materiais orgnicos aliados a cores exuberantes forjou uma lin-guagem tropicalista prpria que alegremente poderamos chamar de um pop-etnogrfi-co brasileiro levada ao seu limite na parceria com Cac Diegues nos filmes Xica da Silva (1976) e Quilombo (1983). Tais investimentos estticos eram sedimentados na relao com o seu primeiro grande mestre, Nelson Pereira dos santos, com quem ensaiou os pri-meiros passos no cinema e para quem realizou a pioneira pesquisa de poca para o filme Como era gostoso o meu francs, no qual Ripper aparecia nos crditos como consultor etnogrfico. Anos depois, declara:
Esse projeto foi a prpria matriz de cor no cinema e na minha obra como um todo. Eu peguei o comeo do Brasil, o espanto que o portugus teve ao chegar aqui [...] ento, essa relao com a maravilha de um mundo desconhecido. A perplexidade diante desse mundo que precisa ser constantemente descoberto, de uma identidade que precisa ser constante-mente integrada. Eu me coloco diante das coisas tentando definir esta imagem. Por outro lado, o cinema me ensinou a precisar esta imagem que vai ser vendida como nova l fora. Isso est dentro de mim e eu a trouxe para o teatro. 4
Nessas trs lendas que vo do micro ao macro, do cinema ao teatro, dos raciocnios seminais da pesquisa passando pelo detalhe do boto cidade cenogrfica, l estava sua mo de arteso, seu olho de pintor, seu gesto poltico em defesa de um Brasil que exigia ser vigorosamente imaginado para poder de fato existir. mistura de tradio e modernidade.
Para encerrar no posso omitir, deste curto repertrio de virtualidades e virtuosismos do artista, o adorvel comentrio do seu mais antigo assistente e comparsa por vinte anos, srgio silveira, diretor de arte, quando conta rindo que, como um homem do can-dombl, Ripper danava que nem Omolu quando escutava Rolling Stones...
A mo livre de Luiz Carlos Ripper no tem o propsito de definir o artista: pretende reavivar as cores do seu temperamento nico e a sua passagem pelos palcos e telas atravs de um panorama da sua atuao artstica, no teatro e no cinema e algumas das suas consequncias pedaggicas. E dessa viso ampla, j impressa em fotos, fo-togramas e crticas da poca, destacamos as partes inditas de sua obra, seus riscos, desenhos, croquis e marcas de processos criativos. Afinal, pelos riscos e linhas, pelo desenho, os cengrafos pensam e compartilham.
Uma exposio apenas a ponta de um iceberg e o nosso plano estratgico dar um pas-so em direo ribalta da contemporaneidade. Retirar da lenda e da penumbra dos bas-tidores algumas das evidncias do legado de um artista que, como o vulco que era, no tem como permanecer invisvel e eternamente adormecido em arquivos esquecidos.
Lidia Kosovski
4 Ripper em entrevista
concedida a Campello
Neto e publicada por
Fausto Viana no Dirio
das Escolas, catlogo da
mostra da sesso Estu-
dantil da Quadrienal de
Praga. PQ-11.
3 Artigo de Yan michalski
intitulado Um cadver
belamente desenterrado.
Jornal do Brasil, Rio de Ja-
neiro, s/d. Cedoc/Funarte.
Lidia Kosovski arquiteta e cengrafa. Professora
doutora do Departamento de Cenografia e do De-
partamento de Ps-Graduao em Artes Cnicas do
Centro de Letras e Artes da Universidade Federal do
Estado do Rio de Janeiro Unirio.. Pesquisadora da
Faperj e do CNPq.
14 15
No existe nada estratificado dentro
de mim. As ideias surgem em cima das
intuies e das dvidas, no das certezas.
Acho que o criador uma pessoa perdida:
ele cria para poder se encontrar. O no
saber, no caso, o ponto de partida da
criao. E o objeto criado passa a ser uma
revelao, diante da qual tudo se explica
e o mistrio se acaba.(Entrevista de Ripper Tnia Pacheco. Jornal O Globo, Rio de Janeiro, 1977. Arquivo LCR-EAT/Faetec)
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A E xPOSI O
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LINHA DO tEMPOLINHA DO tEMPO
20 21
RISCOS tEAtRAIS RISCOS tEAtRAIS
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RISCOS tEAtRAIS RISCOS tEAtRAIS
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RISCOS NO CINEMA RISCOS NO CINEMA
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RISCOS NO CINEMARISCOS NO CINEMA
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RISCOS DO PENSAMENtO RIPPER ENtRE AMIgOS
30 31
Fui estudante da Universidade de Braslia e estive l de 1962 a 1965. Talvez isso tenha me ajudado a me colocar nesse trilho brasileiro, de pas em desenvolvimento [...] Larguei Copacabana e fui pra Braslia com 18 anos. [...] Andei antes do hippie, de p sujo e de sandlia no meio dos candangos em Braslia [...] isso foi muito importante para a minha iden-tidade profissional, porque nesse momento, quando voc no tinha a faculdade, voc pegava na p e na enxada, ia construir a sala de aula [...] e dizer no para uma srie de valores do mundo que no me interessa-vam. Eu tive bastante coragem de dizer no.
(Entrevista de Ripper concedida a Campello Neto em 1986. in Dirio das escolas: cenografia PQ11)
32 33
- Cenograa, gurinos e roteiro em parceria com o diretor para o lme Fome de amor, de Nelson Pereira dos Santos
- Pesquisa de arte para o lme Capitu, de Paulo Csar Sarraceni
- Pesquisa de arte para o lme Papai trapalho, de Vitor Lima
- Consultoria etnolgica para o lme Balada da pgina trs, de Luiz Rosemberg Filho
NA TELA
NO PALCO
- Inicia no cinema como assistente de direo de Nelson Pereira dos Santos em Fala Braslia 1943
Nasce em 16 de julho, no Rio de Janeiro, Luiz Carlos Mendes Ripper, lho de Jos Meurer Ripper e Maria do Carmo Mendes Ripper; irmo de Jos Luiz Mendes Ripper.
1962
Ripper segue para Braslia aos 18 anos para estudar na UnB, onde faz amizade com os artistas plsticos Amlia Toledo e Athos Bulco, o escritor Paulo Emlio Salles Gomes e o cineasta Nelson Pereira dos Santos, entre outras guras clebres.
1963-1965
Ripper ingressa no Instituto de Letras da UnB e faz cursos no Instituto de Artes e na Faculdade de Arquitetura, ambos na UnB.
Retorna ao Rio de Janeiro depois do Golpe Militar.
- Cria, em parceria com Jos Luiz Ripper, o cartaz do lme Terra em transe, de Glauber Rocha, a partir de pesquisa nos arquivos de Fabiano Canosa
- Direo de arte, cenograa e gurinos do lme Cara a cara, de Jlio Bressane
- Pesquisa de arte e cenograa do lme El justicero, de Nelson Pereira dos Santos
- Assistncia de direo e gurino para o lme Brasil ano 2000, de Walter Lima Jnior
- Cenograa e gurino (com Fernando Bed) para o lme Os herdeiros, de Cac Diegues
- Cenograa e gurino para o lme Azyllo muito louco, de Nelson Pereira dos Santos
- Cenograa e gurino para a revista tem Banana na banda, de Millr Fernandes, Oduvaldo Vianna Filho, Paulo Pontes, Luiz Carlos Maciel, Hlio Bloch e nio Gonalves. Direco de Kleber Santos
1970
LUIZ CARLOS RIPPER 1943/1996
34 35
- Cenograa e gurino do lme So Bernardo, de Leon Hirszman
- Cenograa e gurino do espetculo A China azul, de Jos Wilker. Direo de Rubens Corra
- Cenograa e gurinos do espetculo Doroteia vai guerra, de Carlos Alberto Ratton. Direo de Paulo Jos
- Direo, cenograa e gurinos para o espetculo Avatar, de Paulo Afonso Grisolli
- Cenograa e gurino do espetculo O drago, de Eugne Schwartz. Direo de Maria Clara Machado
- Figurino para o espetculo musical Louvao, de Fernando Lbeis
- Direo, cenograa e gurino para A rainha morta, de Helosa Maranho
- Cenograa e gurino do espetculo Gata em teto de zinco quente, de Tennessee Williams. Direo de Paulo Jos
- Cenograa do espetculo musical A nau catarineta, de Paulo Aonso Grisolli
- Cenograa do show Tamba taj, de Faf de Belm
- Direo, em parceria com Fernando Arrabal, cenograa e gurinos do espetculo A torre de babel, de Fernando Arrabal
- Cenograa do show Caetano Veloso e Maria Bethnia
- Cenrio e gurino do lme Pindorama, de Arnaldo Jabor
- Cenrio e gurino do lme Fausto, de Eduardo Coutinho
- Pesquisa de arte e etnograa do lme Como era gostoso o meu francs, de Nelson Pereira dos Santos
- Cenograa e gurinos do lme A vingana dos doze, de Marcos Faria
- Cenrio e gurino do espetculo Hoje dia de rock, de Jos Vicente Direo de Rubens Corra
1972
NA TELA
NO PALCO
- Cenograa e gurino do lme Xica da Silva, de Cac Diegues
36 37
- Direo do espetculo Unhas e dentes, de Micheline Bourday
- Direo e cenograa do espetculo Galvez, o imperador do Acre, de Mrcio de Souza
- Direo, adaptao e luz do espetculo A rosa tatuada, de Tennessee Williams
- Direo e cenograa do espetculo A honra perdida de Katharina Blum, de H. Boll
- Assume a direo da Ocina Pernambuco de Oliveira Fundacen e a transforma no Centro Tcnico de Artes Cnicas, at hoje em atividade
- Cenograa do espetculo O encontro entre Descartes e Pascal, de Jean Claude Brisville. Direo de Jean Pierre Miquel
- Cenograa do espetculo Gardel, de Manuel Puig Direo de Aderbal Freire Filho
- Cenograa e gurinos do lme O quilombo, de Cac Diegues
- Direo, cenograa, gurino e luz do espetculo El dia que me quieras, de Jos Igncio Cabrujas
- Cenograa e gurino da pera O guarani, de Carlos Gomes. Direo de Srgio Brito
- Direo, cenograa e luz do espetculo A noite do scar, de Vicente Pereira
- Direo, em parceria com Vitor Berbara, cenograa e luz do espetculo Eu posso, de Reinaldo Loy
- Cenograa do espetculo Adorvel Jlia, de S. Maugham, Guy Bolton e Sauvajon. Direo de Marlia Pera e Domingos Oliveira
- Cenograa do show Corpo e alma, da cantora Simone
NA TELA
NO PALCO
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- Direo, cenograa, gurino e luz do espetculo Extra-vagncia, de Dacia Maraini
- Pesquisa para cenograa e gurino do espetculo O cometa vassourinha, de Fernando Lobo Direo de Demtrio Nicolau
- Ripper se exonera do Centro Tcnico de Artes Cnicas/Fundacen tornada Ibac pelo presidente Fernando Collor
- Cenograa e gurino do espetculo Solido, a comdia de Vicente Pereira. Direo de Jorge Fernando
- Direo e cenograa do espetculo A importncia de ser honesto, de Oscar Wilde
- Direo, cenograa, gurino, luz e msica, em parceria com Beto Coimbra do espetculo A casa da madrinha, de Lygia Bojunga
PRMIOS
CINEMA
Crtica do Estado da Guanabara Melhor Roteiro Fome de
amor, de Nelson Pereira de Santos, 1968
Festival de Braslia Melhor Figurino Azyllo muito louco, de
Nelson Pereira de Santos, 1970
Coruja de Ouro, Instituto Nacional do Cinema/INC Melhor
Figurino Os herdeiros, de Cac Diegues, 1970
2 Corujas de Ouro, Instituto Nacional do Cinema/INC Melhor
Cenrio e Figurino Pindorama, de Arnaldo Jabor, Azyllo muito
louco, de Nelson Pereira dos Santos e Fausto, de Eduardo
Coutinho, 1971
2 Corujas de Ouro, Instituto Nacional do Cinema/INC Melhor
Cenrio e Figurino So Bernardo, de Leon Hirszman, 1973
Associao Paulista de Crticos de Arte, APCA Melhor
Figurino So Bernardo, de Leon Hirszman, 1973
Coruja de Ouro, Instituto Nacional do Cinema/INC Melhor
Cenograa Xica da Silva, Cac Diegues, 1976
NO PALCO
TEATRO
Prmio Governador do Estado de So Paulo Melhor Figurino
Hoje dia de rock, de Jos Vicente, 1971
Prmio Molire de Teatro Melhor Figurino A China azul,
de Jos Wilker, e Doroteia vai guerra, de Carlos Alberto
Ratton, 1972
Golnho de Ouro de Teatro Melhor Trabalho de Teatro
Prossional, Museu da Imagem e do Som, 1972
Prmio Estadual de Teatro Melhor Figurino Avatar, de
Paulo Afonso Grisolli, 1973
Prmio Molire de Teatro Melhor Cenograa Avatar, de
Paulo Afonso Grisolli, 1974
Prmio Mambembe, So Paulo Melhor Cengrafo El dia
que me quieras, de Jos Ignacio Cabrujas, 1980
Prmio Shell Melhor Cenograa Extra-vagncia, de Dacia
Maraini, 1988
40 41
RISCOS tE AtR AIS
42 43
O conjunto de croquis, anotaes de trabalho, registro de processos criativos,
encontrado nos arquivos pessoais de Luiz Carlos Ripper, constitui um dos raros
documentos iconogrficos esclarecedores de uma obra teatral histrica compos-
ta de 27 trabalhos realizados entre 1970 e 1995.
J nos primeiros anos como cengrafo de teatro quando esteve ligado ao grupo
do Teatro ipanema, na montagem de Hoje dia de rock, de Jos Vicente e A China
azul, de Jos Wilker , aparecem os traos da cenografia experimental radical
que se estendem por uma dcada. Parece que, nessa fase, no houve de sua parte
preocupao em eternizar-se atravs do registro de sua obra. Ripper no tem em
seu acervo nenhum rastro de projeto desses trabalhos seminais, como se a condi-
o de efemeridade da encenao teatral no devesse ser violada pelo arquivo.
mas a partir de 1974, em seu primeiro trabalho como encenador, no espetculo
Avatar, com texto de Paulo Afonso Grisolli, o acervo j conta com farto material.
Temos aqui a reunio de um conjunto de croquis de cenrios e figurinos, proces-
sos de criao e produo, anotaes conceituais, correspondentes a seis traba-
lhos concebidos a partir da dcada de 1980 imagens ampliadas de parte das
centenas de desenhos encontrados em seu arquivo pessoal que, junto de fotos
de cena, programas, maquetes e crticas colhidos em fontes variadas, delineiam
um perfil possvel do artista nos palcos de teatro.
Capa do projeto no realizado desenvolvido por Ripper junto com ivone Hoffmann entre 1993 e 1994. Ripper assumiria a direo, cenrios e figurinos
HIPLITO OU FEDRAProjeto no realizado desenvolvido por Ripper em parceria com ivone Hoffmann, entre 1993 e 1994. Ripper assumiria a direo, cenrios e figurinos
44 45
Hiplito ou Fedra, de Eloy Arajo Croqui em grafite sobre papel aplicado sobre base de papel carto, 21,5 x 32,5cm. Exemplar selecionado do total de dezesseis pranchas. Decupagem iconogrficaArquivo LCR-EAT/Faetec
Hiplito ou Fedra, de Eloy Arajo Croqui em grafite sobre papel aplicado sobre
base de papel carto, 21,5 x 32,5cm. Exemplar selecionado do total de dezesseis pranchas.
Decupagem iconogrficaArquivo LCR-EAT/Faetec
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Hiplito ou Fedra, de Eloy Arajo Croqui em grafite sobre papel aplicado sobre base de papel carto, 21,5 x 32,5cm. Exemplar selecionado do total de dezesseis pranchas. Decupagem iconogrficaArquivo LCR-EAT/Faetec
Hiplito ou Fedra, de Eloy Arajo Croqui em grafite sobre papel aplicado sobre
base de papel carto, 21,5 x 32,5cm. Exemplar selecionado do total de dezesseis pranchas.
Decupagem iconogrficaArquivo LCR-EAT/Faetec
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Hiplito ou Fedra, de Eloy Arajo Croqui em grafite sobre papel aplicado sobre base de papel carto, 21,5 x 32,5cm. Exemplar selecionado do total de dezesseis pranchas. Decupagem iconogrficaArquivo LCR-EAT/Faetec
Hiplito ou Fedra, de Eloy Arajo Croqui em grafite sobre papel aplicado sobre
base de papel carto, 21,5 x 32,5cm. Exemplar selecionado do total de dezesseis pranchas.
Decupagem iconogrficaArquivo LCR-EAT/Faetec
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Hiplito ou Fedra, de Eloy Arajo Croqui em grafite sobre papel aplicado sobre base de papel carto, 21,5 x 32,5cm. Exemplar selecionado do total de dezesseis pranchas. Decupagem iconogrficaArquivo LCR-EAT/Faetec
Hiplito ou Fedra, de Eloy Arajo Croqui em grafite sobre papel aplicado sobre
base de papel carto, 21,5 x 32,5cm. Exemplar selecionado do total de dezesseis pranchas.
Decupagem iconogrficaArquivo LCR-EAT/Faetec
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Hiplito ou Fedra, de Eloy Arajo Croqui em grafite sobre papel aplicado sobre base de papel carto, 21,5 x 32,5cm. Exemplar selecionado do total de dezesseis pranchas. Decupagem iconogrficaArquivo LCR-EAT/Faetec
Hiplito ou Fedra, de Eloy Arajo Croqui em grafite sobre papel aplicado sobre
base de papel carto, 21,5 x 32,5cm. Exemplar selecionado do total de dezesseis pranchas.
Decupagem iconogrficaArquivo LCR-EAT/Faetec
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Hiplito ou Fedra, de Eloy Arajo Croqui em grafite sobre papel aplicado sobre base de papel carto, 21,5 x 32,5cm. Exemplar selecionado do total de dezesseis pranchas. Decupagem iconogrficaArquivo LCR-EAT/Faetec
Hiplito ou Fedra, de Eloy Arajo Croqui em grafite sobre papel aplicado sobre
base de papel carto, 21,5 x 32,5cm. Exemplar selecionado do total de dezesseis pranchas.
Decupagem iconogrficaArquivo LCR-EAT/Faetec
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O conjunto de croquis corresponde ao projeto de espetculo (no realizado) baseado no texto Hiplito ou Fedra, de Eloy Arajo e desenvolvido por Ripper junto com a atriz ivone Hoffmann, entre 1993 e 1994. Estudos de personagens para a cena. Originais em grafite sobre papel. Dimenses variadasArquivo LCR-EAT/Faetec
O conjunto de croquis corres-ponde ao projeto de espetculo
(no realizado) baseado no texto Hiplito ou Fedra, de Eloy Arajo e
desenvolvido por Ripper junto com a atriz ivone Hoffmann, entre 1993
e 1994. Estudos de personagens para a cena. Originais em grafite
sobre papel. Dimenses variadasArquivo LCR-EAT/Faetec
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ADORvEL jLIAcenografia e luz de Luiz Carlos Ripper
Teatro Copacabana - RJ | 1983Teatro Brigadeiro - sP | 1983
de: somerset maugham, Guy Bolton e sauvajon
direo: marlia Pera e Domingos Oliveira
figurino: maria Ceclia motta
com: marlia Pera, Domingos Oliveira, Norma Blum, Nildo Parente, Carlos Duval, Dora Pellegrino, Fbio Junqueira, Thiago santiago, marga Abi Ramia, Chico Ozanan, Guti Fraga
marlia Pera, Dora Pellegrino e Fbio Junqueira, em cena no Teatro Copacabana, no Rio de Janeiro.
De costas, Nildo Parente, ao piano Foto: Ney Robson. Arquivo Cedoc/Funarte
Capa do programa da pea no Teatro Copacabana, Rio de Janeiro,
com marlia Pera e Domingos Oliveira na direo e nos papis principais
Arquivo LCR-EAT/Faetec
marlia Pera e Paulo Villaa, que substituiu Domingos Oliveira no Teatro Brigadeiro, so Paulo Foto: autor no
identificado. Arquivo Cedoc/Funarte
O conjunto de croquis correspon-de parte do processo criativo da
cenografia do espetculo Ador-vel Jlia. Estudos em perspectiva,
detalhes e anotaes. Originais em grafite
sobre papel. Dimenses variadas
Arquivo LCR-EAT/Faetec
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O conjunto de croquis corresponde parte do processo criativo da cenografia
do espetculo O encontro de Descartes com Pascal. Estudos em perspectiva.
Originais em grafite sobre papel manteiga. Dimenses variadas
Arquivo LCR- EAT/Faetec
Pginas do programa da temporada em so Paulo, no Teatro da Aliana Francesa de Botafogo. Kito Junqueira substituiu Daniel Dantas no papel de Blaise Pascal. Cedoc/Funarte
O ENCONTRO DE DESCARTES COM PASCALcenografia de Luiz Carlos Ripper
Teatro da Aliana Francesa - RJ | 1987
de: Jean-Claude Brisville
com: talo Rossi e Daniel Dantas
direo e luz: Jean-Pierre miquel
figurino: Kalma murtinho
O conjunto de croquis corresponde parte do processo criativo da cenografia do espetculo Adorvel Jlia. Estudos em perspectiva, detalhes e anotaes. Originais em grafite sobre papel. Dimenses variadasEspetculo Adorvel Jlia Arquivo LCR-EAT/Faetec
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O conjunto de croquis corresponde parte do processo criativo da cenografia do espetculo O encontro de Descartes com Pascal. Estudos em perspectiva. Originais em grafite sobre papel manteiga. Dimenses variadas Arquivo LCR- EAT/Faetec
O conjunto de croquis corresponde parte do
processo criativo da cenografia do espetculo O encontro de
Descartes com Pascal. Estudos em perspectiva. Originais em grafite
sobre papel manteiga. Dimenses variadas
Arquivo LCR- EAT/Faetec
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GARDEL, UMA LEMBRANA cenografia de Luiz Carlos Ripper
Teatro Galeria - RJ | 1987
de: manuel Puig
direo: Aderbal Freire Filho
com: Thales Pan Chacon, Analu Prestes, Oswaldo Louzada, Betty Gofman, Clemente Vizcaino, ivone Hoffmann
figurino: Biza Vianna
luz: maneco Quinder
Thales Pan Chacon e Analu Prestes, com Cludia Neto e marilena Bibas ao fundo
Foto: Ney Robson. Arquivo LCR-EAT/Faetec
Texto de Ripper no programa da pea Arquivo LCR-EAT/Faetec
Analu Prestes em cena Foto: autor no identificado
Arquivo Analu Prestes
O conjunto de croquis corresponde parte do processo criativo da cenografia do espetculo Gardel, uma lembrana. Estudos da cenografia em perspectiva. Originais em grafite e caneta hidrogrfica sobre papel
manteiga. Dimenses variadas. Arquivo LCR-EAT/Faetec
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O conjunto de croquis corresponde parte do processo criativo da cenografia do espetculo Gardel, uma lembrana. Estudos da cenografia em perspectiva. Originais em grafite e caneta hidrogrfica sobre papel manteiga. Dimenses variadas. Arquivo LCR-EAT/Faetec
O conjunto de croquis corresponde parte do processo criativo da cenografia do espetculo Gardel, uma lembrana. Estudos da cenografia em perspectiva. Originais em grafite e caneta hidrogrfica sobre papel manteiga. Dimenses variadas. Arquivo LCR-EAT/Faetec
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A IMPORTNCIA DE SER HONESTO direo, cenografia e luz de Luiz Carlos Ripper
Teatro Dulcina - RJ | 1994
de: Oscar Wilde
com: Thas Portinho, Nihl Neves, Joo Camargo, ins Cardoso, Regina Rodrigues, Paulo Nolasco, Luciana Col e ivan martins
produo e figurino: Thas Portinho
Cenrio no Teatro DulcinaFoto: autor no identificado
Arquivo LCR/Helosa Lyra Bulco
Convite para a estreia da nova temporada no Teatro Posto seis
Arquivo LCR-EAT/Faetec
ins Cardoso e Regina Rodrigues Foto: autor no identificado Arquivo ins Cardoso
Nihl Neves e Joo Camargo em cena aberta no Teatro Dulcina.
Foto: Ney Robson. Arquivo Thas Portinho O conjunto de croquis corresponde parte do processo criativo da cenografia do espetculo A importncia de ser honesto. Estudos em perspectiva. Originais em grafite sobe papel ofcio. Dimenses variadas. Arquivo LCR-EAT/Faetec
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O conjunto de croquis corresponde parte do processo criativo da cenografia do espetculo A importncia de ser honesto. Estudos em perspectiva. Originais em grafite sobe papel ofcio Dimenses variadas Arquivo LCR-EAT/Faetec
O conjunto de croquis corresponde parte do processo criativo da cenografia
do espetculo A importncia de ser honesto. Estudos em perspectiva.
Originais em grafite sobe papel ofcio Dimenses variadas
Arquivo LCR-EAT/Faetec
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EXTRA-VAGNCIAdireo, cenografia, figurino e luz de Luiz Carlos Ripper
Teatro Glauce Rocha - RJ | 1988
de: Dacia maraini
com: Andr Valli, Bia Nunes, Eduardo Tornaghi, ivone Hoffmann, mrio Borges
concepo musical: Ceclia Conde
mrio Borges, Bia Nunes, ivone Hoffmann e Eduardo Tornaghi em cena
Foto: Guga melgar. Arquivo Cedoc/Funarte
Andr Valli em cena Foto: Guga melgar. Arquivo Cedoc/Funarte
O conjunto de croquis corresponde parte do processo criativo da cenografia
do espetculo A importncia de ser honesto. Estudos em perspectiva.
Originais em grafite sobe papel ofcio Dimenses variadas
Espetculo A importncia de ser honesto Arquivo LCR-EAT/Faetec
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O conjunto de croquis corresponde parte do processo criativo da cenografia do espetculo Extra-vagncia. Estudos de figurinos e sua relaco com o espao e os elementos de cena. Originais em grafite sobre papel ofcio. Dimenses variadas. Arquivo LCR-EAT/Faetec
O conjunto de croquis corresponde parte do processo criativo da cenografia
do espetculo Extra-vagncia. Estudos de figurinos e sua relaco com o espao
e os elementos de cena. Originais em grafite sobre papel ofcio.
Dimenses variadas. Arquivo LCR-EAT/Faetec
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HOjE DIA DE ROCkcenografia e figurino de Luiz Carlos Ripper
de: Jos Vicente
direo: Rubens Corra
com: Rubens Corra, isabel Ribeiro, Renato Coutinho, isabel Cmara, Nildo Parente, iv de Albuquerque, Leila Ribeiro, Tnia Perez, Kak Versiani, ivone Hoffmann, Klauss Vianna, Paulo Csar Coutinho, Arthur silveira, Paulo Csar Oliveira, Dudu Continentino, maria Esmeralda e Alexandre Lambert
msica e concepo musical: Ceclia Conde
arquiteto responsvel: Jos Luiz Ripper
expresso corporal: Klauss Vianna
produo: Teatro ipanema
prmio: Governador do Estado de so Paulo melhor Figurino, 1971
Luiz Carlos Ripper, iv de Albuqerque, Klaus Vianna, Ceclia Conde e Rubens Corra em foto do programa do espetculoArquivo Cedoc/Funarte
isabel Ribeiro e Rubens Corra emfotografia de divulgaoArquivo Cedoc/Funarte
Cartaz do espetculo Hoje dia de rockAcervo Fabiano Canosa
Foto comemorativa do anivesrio de um ano de Hoje dia de rock, com o seu segundo elenco. Foto: fotgrafo no identificado. Arquivo maria Esmeralda
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Walter Bobsen , ivone Hoffmann e Renato Coutinho
Arquivo LCR/Helosa Lyra Bulco
ivone Hoffmann em cena, no palco em corredor, criado por Ripper, Teatro ipanema
Arquivo LCR/Helosa Lyra Bulco
O Teatro ipanema com sua arquitetura italiana baseada em cpia de projeto arquitetnico original
Execuo da maquete: manoel PuociArquivo Alexandre Lambert
Livre interpretao da reconfigurao espacial realizada no Teatro ipanema. As fontes utilizadas foram plantas do projeto arquitetnico de Jos Luiz
Ripper para projeto cenogrfico de Luiz Carlos Ripper para a montagem de Hoje dia de rock e A China azul e fotos do espetculo
Execuo da maquete: manoel Puoci Arquivo Alexandre Lambert
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ivone Hoffmann, Walter Bobsen, iv de Albuquerque e Artur silveira; e Alexandre Lambert, ao fundoArquivo LCR/Helosa Lyra Bulco
Guta (contrarregra) e Artur silveira cruzando opalco-passarela, com o pblico em tornoArquivo LCR/Helosa Lyra Bulco
Paulo Adrio, Paulo Csar de Oliveira(sentado ao fundo) e maria Esmeralda
Arquivo LCR/Helosa Lyra Bulco
Evandro mesquita (de costas) e Leila RibeiroArquivo LCR/Helosa Lyra Bulco
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O teatro e o tempo so indissolveis. surgido h milnios, o teatro permanece n-tegro na sua mutabilidade, sempre pronto a se transformar, mas essencialmente o mesmo. Captur-lo nos momentos em que d saltos para reafirmar sua permann-cia exige que se v procura de personagens que provoquem avanos, rompam limites, desmontem cnones. O diretor, cengrafo, figurinista Luiz Carlos Ripper um deles. Viveu seu tempo procurando transcend-lo, buscando novas formas para redesenhar o j traado, ritualizando corpo e som ao encontro de um espao em mutao. A sua linguagem esttica delineava-se em paralelo efervescncia e s pulses criativas que o envolviam, atento, menos a vertentes ou modismos e mais atmosfera cultural que poderia se transformar em novos sopros expressivos. A ebulio da dcada de 1960, os anos formadores, trazia o tropicalismo com sua sonoridade inovadora e reaproximao a uma brasilidade. Ripper se inte-graria a esse fluxo na revista Tem banana na banda, em que o cenrio recriava um gnero nacional, ambientando-o a um movimento em pleno voo rasante. mas foi nos anos seguintes, os turbulentos e contraculturais 70, que a linguagem autoral e o pensamento plstico do artista de temperamento arrebatado e rigor petulante se distribuiriam por vrias cenas, desbravadoras, subversivas, libertrias, transforma-doras. Ripper abre o caminho para anunciar a passagem da procisso daqueles que desejavam um novo mundo, em que se cultuava a beleza dos corpos, a expanso das almas e o prazer da liberdade de existir. Em Hoje dia de rock, o palco se trans-forma em corredor demarcado pelos espectadores, coparticipantes de celebrao, que trouxe o que circulava pelas ruas para o altar de culto do Teatro ipanema. O palco italiano desapareceu para surgir uma estrada que conduzia a utopia de uma gerao ao rito catrtico da encenao de anseios. mas o percurso de Ripper o conduziria a outros utpicos sentidos, ressoando rudos da natureza e ritmos de atabaques. Avatar pousa em sala experimental do mAm, terreiro de areia e pedras, galhos, troncos e gua, natureza capturada em estado de combusto mtica para manifestar-se ritualmente. A China azul, Avatar e Hoje dia de rock formam a trilo-gia do perodo da construo do espao expressivo do ambientador visual, que estenderia seu trao a desenhos de figurino, direo de espetculos, a projetos de edificao de teatros e implantao de didtica cenogrfica. Como a maioria dos artistas deste pas, em qualquer tempo e sob constantes e repetidas restries, Luiz Carlos Ripper sofreu incompreenso, reagiu com sensibilidade temperamen-tal e foi marcado pelas dificuldades de administrar suas criaes, mas sem jamais abandonar o ponto de inflexo do seu caudal de ideias: o risco de ousar.
Macksen Luiz Crtico teatral
tEAtRO DE IDEIAS VISUAIS
O DRAGOcenografia e figurino de Luiz Carlos Ripper
Teatro Tablado - RJ | 1975
de: Eugne schwarz
direo: maria Clara machado
com: Germano Filho, sura Berditchevsky, Carlos Wilson, Bia Lessa, Cac mourth, Renato Coutinho, Bernardo Jablonski, Guida Vianna, Louise Cardoso e outros
luz: Jorginho de Carvalho
msica: Ceclia Conde, David Tygel, Loureno Baeta
Renato Coutinho contracenando com o drago. Cabeas de drago executadas por Jlia Van Roger. Foto: autor no identificado Arquivo O Tablado
Renato Coutinho ladeado por Ana Paula soares e Bia Nunes em foto de cena Foto: autor no identificado. Arquivo O Tablado
Capa do programa do espetculo Foto: autor no identificado
Arquivo O Tablado
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sura Berditchevsky em cena do espetculo O drago. Foto: autor no identificado Arquivo O Tablado
Cena aberta do espetculo O drago, com cenrio da cidade, com Guida Vianna, Bia Nunes e Ana Lcia Paula soares Foto: autor no identificado. Arquivo O Tablado
Carlos Wilson em primeiro plano da cena de cena do espetculo O drago
Foto: autor no identificado Arquivo O Tablado
TORRE DE BABELdireo de Luiz Carlos Ripper e Fernando Arrabal cenografia e figurino de Luiz Carlos Ripper
Teatro Ruth Escobar - sP | 1977
de: Fernando Arrabal
com: Ruth Escobar, Dorothy Lenner, Paulo Vilaa, maurcio Loyola, Assunta Perez, Ricardo Petraglia e outros
Foto de cenrio publicada na revista Veja So Paulo, de 11 de maio de 1977Arquivo Cedoc/Funarte
Foto de cenrio publicada na revista Veja So Paulo, de 11 de maio de 1977Arquivo Cedoc/Funarte
Pgina do programa Arquivo LCR-EAT/Faetec
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Ruth Escobar e elenco do espetculo Torre de Babel, no cenrio que ocupa
do poro ao urdimento do teatroFoto: autor no identificado. Cedoc/Funarte
Z Fernandes e Ruth Escobar em cena do espetculo Torre de Babel Foto: autor no identificado. Cedoc/Funarte
Convite para a estreia no Teatro Dulcina Arquivo LCR-EAT/Faetec
EL DIA QUE ME QUIERASdireo, cenografia, figurino e luz de Luiz Carlos Ripper
Teatro Dulcina - RJ | 1980Teatro so Pedro - sP | 1980e outros Estados do Brasil
de: Jos igncio Cabrujas
com: Yara Amaral, Thas Portinho, Nildo Parente, Ada Chaseliov, Pedro Veras, Chico Ozanan, Heleno Prestes
prmios: Prmio mambembe so Paulo melhor Espetculo, 1980
Prmio mambembe Rio de Janeiro melhor Espetculo, 1980
APCA melhor Espetculo, 1980
Prmio mambembe so Paulo melhor Cengrafo, 1980
Thas Portinho e Nildo Parente em foto de cenaFoto: Autor no identificado Arquivo Thas Portinho
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Yara Amaral, Thas Portinho e Ada Chaseliov em cena, no espetculo El dia que me quieras, que teve temporadas tambm em so Paulo, Curitiba, Porto Alegre e salvador Foto: autor no identificado Arquivo Cedoc/Funarte
Nildo Parente em cena do Espetculo El dia que me quieras Foto: autor no identificado Arquivo LCR-EAT/Faetec
Heleno Prestes, como Carlos Gardel, no espetculo El dia que me quieras Foto: autor no identificado Arquivo LCR-EAT/Faetec
Capa e pgina do programa, ironicamente assemelhado a um jornal de poca Arquivo LCR-EAT/Faetec
GALvEZ, IMPERADOR DO ACREdireo e cenografia de Luiz Carlos Ripper
Teatro Dulcina - RJ | 1984
de: mrcio de souza
adaptao: Luiz Carlos Ges
com: Vera setta, Biza Vianna, Carlos Wilson, stella miranda, miguel Falabella, Guilherme Karan, Thelma Reston, Cristiane souto, rsula Couto, Reginado Rader, Lauro Ges, ivone Alves e Betty Ertal
msica: Eduardo Dusek e Luiz Carlos Ges
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Thelma Reston, miguel Falabella e Vera setta em cena do espetculo Galvez, imperador do Acre
Foto: Paulo Jabour. Arquivo Cedoc/Funarte
Carlos Wilson com Lauro Ges ( direita), em cena de Galvez, imperador do Acre, no Teatro Dulcina
Foto: Tamas. Arquivo Cedoc/Funarte
A ROSA TATUADAdireo, adptao e luz de Luiz Carlos Ripper
Teatro Glria - RJ | 1985
de: Tennessee Williams
com: Norma Bengell, Cludia magno, Duse Nacarati, ngela de Castro, maria Esmeralda, mrcia Helena Pader, maria Christina, Paulo Castelli, Rmulo Arantes, Angel Vianna, Flvio Colatrello, Germano Filho , Terezinha maral, Carol monticelli, sereno Prazeres
cenografia: Paulo Flaksmann
figurino: Rosa magalhes
Filipeta de divulgao da produo de Reinaldo Loyo
Arquivo Cedoc/Funarte
Therezinha maral e Carola monticelli Foto: autor no identificado Arquivo Therezinha maral
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Texto do diretor na pgina do programa de Rosa tatuada
Arquivo Paulo Flaksman
ngela de Castro, Carola monticelli, Therezinha maral e maria Esmeralda, em cena do
espetculo Rosa tatuada, no Teatro GlriaFoto: autor no identificado. Arquivo maria Esmeralda
A CHINA AZULcenografia e figurino de Luiz Carlos Ripper
Teatro ipanema - RJ | 1972
autor: Jos Wilker
direo: Rubens Corra
com: Rubens Corra, Jos Wilker, Tet medina
msica: Ceclia Conde
Fotos de cena, com Rubens Corra, Tet medina e Jos Wilker (de costas), no palco-passarela, criado por Ripper, Teatro ipanema. Foto: autor no identificado. Arquivo LCR/Helosa Lyra Bulco
Capa do programa Arquivo Cedoc/Funarte
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Jos Wilker em foto do programade A China azul
Foto: srgio da mata. Arquivo Cedoc/Funarte
Jos Wilker frente da cena no espetculo A China azul
Foto: autor no identificado. Arquivo Cedoc/Funarte
DOROTEIA vAI GUERRAcenografia e figurino de Luiz Carlos Ripper
Teatro Cachimbo da Paz - RJ | 1972
de: Carlos Alberto Ratton
direo: Paulo Jos
com: talo Rossi e Dina sfat
programao visual: Henfil
prmios: Prmio molire de Teatro melhor Figurino, 1972
Dina sfat e talo Rossi caracterizados para a encenao Foto: autor no identificado Arquivo Paulo Jos
talo Rossi e Dina sfat em cena no Teatro Cachimbo da Paz. Foto: autor no identificado. Arquivo Cedoc/Funarte
Capa do programa, assinado por Henfil Arquivo Cedoc/Funarte
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A RAINHA MORTAdireo, cenografia, figurino e produo de Luiz Carlos Ripper
Teatro Glucio Gil - RJ |1975
de: Helosa maranho
com: Elke maravilha, Zez motta, Rosita Toms Lopes, Jorge Gomes, Renato Coutinho, Pietro mrio, Jorge Fernando e Regina Rodrigues
msica: Caique Botkay
direo musical: Ceclia Conde e Caique Botkay
programao visual: Jos Luiz Ripper
AvATARdireo, cenografia e figurino de Luiz Carlos Ripper
sala Corpo e som - mAm - RJ | 1974
de: Paulo Afonso Grisolli
com: Yara Amaral, isabel Ribeiro, Jorge Gomes
coro: Chico Ozanan, maurcio sette, srgio Wanke
msicos: David Linger, Nestor Capoeira, Congols
msica: Ceclia Conde
prmios:
Prmio molire de Teatro melhor Cenografia, 1974
Prmio Estadual de Teatro melhor Figurinista, 1974
Elke maravilha e Zenoni Ferrite em foto de cena da leitura dramatizada Foto: autor no identificado Arquivo Cedoc/Funarte
Elke maravilha, Rosita Toms Lopes, Regina Rodrigues e Zez motta
diante de cenrio em palha Foto: Lewy moraes. Arquivo Cedoc/Funarte
Filipeta desenhada pelos irmos Luiz Carlos Ripper e Jos Luiz Ripper Arquivo Cedoc/Funarte
O programa da pea, que faz aluso arquitetura do mAm. Projeto grfico de Arisio Rabin e Jos Luiz Ripper. Arquivo Cedoc/Funarte
isabel Ribeiro e Jorge Gomes em ensaio fotogrfico. Foto: Jornal do Brasil , 21/07/1974, Caderno B, p. 9 . Arquivo Cedoc/Funarte
Anotaes de Ripper, durante o processo de criao, que dura seis meses de pesquisas corporais, sonoras, ambientais e textuais. Arquivo LCR-EAT/Faetec
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Jorge Gomes em cena com msicos ao fundo Foto: autor no identificado Arquivo Cedoc/Funarte
Estudo de Ripper para a capa da publicao de Avatar. Arquivo Cedoc/Funarte
isabel Ribeiro e Yara Amaral em cena Foto: autor no identificado Arquivo Ceclia Conde
isabel Ribeiro e o coro em coreografia desenvolvida sobre ritmos das culturas negra e oriental
Foto: autor no identificado. Arquivo Ceclia Conde
isabel Ribeiro e Jorge Gomes, no palco- -mandala, circundados pelo pblico Foto: autor no identificado Arquivo Cedoc/Funarte
isabel Ribeiro em cena Foto: autor no identificado Arquivo Cedoc/Funarte
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ESTUDO PARA A AMBIENTAO ESPACIAL E vISUAL DE AvAtAr
Livre interpretao da configurao espacial do cenrio do espetculo Avatar dePaulo Afonso Grisolli realizado na sala Corpo e som do museu de Arte moderna do
Rio de Janeiro, em 1974. As fontes utilizadas foram os croquis de LCR, dirio deprocesso de ensaios e f otos. Arquivo LCR-EAT/Faetec
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RISCOS NO CINEMA
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O desenho de Luiz Carlos Ripper um dos seus mais fortes canais de comunicao
e, quando destinado a produes cinematogrficas histricas, torna-se mais do que
o desenho encerrado em si ou na sua forma: realiza-se como depsito de pensa-
mento sobre a visualidade brasileira, a qual deve ser constantemente descoberta,
como se o Brasil precisasse ser sempre redesenhado.
A pesquisa iconogrfica um dos itens fundamentais para uma ancoragem segura
do projeto cenogrfico e, no caso de filmes de poca, mais do que ncora, torna-se
parte da sua essncia. Respeitando o protocolo, a fora da imagem cinematogrfica
de Ripper calcada na exuberncia das suas cores, na sua espacialidade, objetos e
corpos vestidos ou desnudos funda-se em rigorosas pesquisas cientficas sem,
no entanto, jamais abdicar da liberdade diablica da imaginao: o artista subverte
e transforma a verdade cientfica em transcendncia potica, sua assinatura. Por
onde passa, a poesia, feita de barro e de rendas, aparece.
Entre 1965 e 1986, Ripper esteve ligado ao cinema atuando como roteirista, pes-
quisador, cengrafo e figurinista, anunciando-se como um dos pioneiros da direo
de arte no Brasil. Ao longo desse caminho, a capacidade de subverter e transfor-
mar os cnones logo ecoou nos bastidores do moderno cinema de Nelson Pereira
dos Santos com quem comeou como assistente de direo em Fala Braslia (1965),
seguindo-se, j como cengrafo, em El justicero (1967), Fome de amor (1968) e
Azyllo muito louco (1970). Foi um legtimo colaborador dos jovens do Cinema Novo
compartilhando diversificadas verses da imagem brasileira: a de Pindorama, de
Arnaldo Jabor (1971); a de So Bernardo, de Leon Hirszman (1972); a de Os herdeiros
(1970), a de Xica da Silva (1976) e de Quilombo (1984) de Cac Diegues.
Os arquivos do Centro de Documentao da Funarte contam com em torno de 120
desenhos e croquis de alguns desses processos de pesquisa e criao, dos quais
selecionamos parte e apresentamos nas imagens projetadas. Em todas elas confir-
ma-se com clareza a declarao do artista:
Minha maior preocupao e prazer no trabalho a descoberta do Brasil. Vivo procuran-
do descobri-lo e acho que ainda no o conheo bem. [...] Somente a imaginao pode
nos aproximar dele. (Entrevista de Ripper para a revista Filme e Cultura, n. 21, 1972).
Luis Carlos Ripper foi um dos artistas mais completos a tra-
balhar no cinema brasileiro. Ele no era apenas um clssico e
superior diretor de arte, mas tambm um intelectual que se in-
teressava por todos os aspectos do filme que fazia, bem como
participava de sua criao em todos os nveis. Nunca trabalhei
com algum mais obcecado pela perfeio, pela realizao de
um projeto cinematogrfico que tinha muito bem claro em sua
mente e que quase sempre conseguia reproduzir na prtica
de sua produo. A melhor maneira de compreender sua ex-
cepcionalidade vendo seus filmes e observando o que ps
em cada um deles em sua particularidade. Ripper amava o que
fazia, como todo artista que sabia o que queria. Quando, em
Quilombo, explodimos seu muro de defesa de Palmares, como
ele sabia que estava previsto no roteiro, Ripper passou o resto
da noite a chorar, consolado por todos ns. Ele deixou sua mar-
ca inconfundvel com todos com quem trabalhou e na prpria
histria do cinema brasileiro.
Cac Diegues
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Cara a cara, 1967pesquisa de arte e cenografia de LCR
direo de Jlio Bressaneem cena, Paulo Gracindo e elenco
foto de stillacervo Cinemateca mAm/RJ
Brasil ano 2000, 1969assistncia de direo e figurino de LCR direo de Walter Lima Jr.em cena, Hlio Braga foto de stillacervo Cinemateca mAm/RJ
El justicero, 1967 cenografia, figurino e direo de arte de LCR
direo de Nelson Pereira dos santosem cena, Arduino Colassanti e Adriana Prieto
foto de still acervo Nelson Pereira dos santos
Os herdeiros, 1970cenografia e figurino de LCR direo de Cac Dieguesem cena, Paulo Porto e Odete Lara foto de stillacervo Cac Diegues
Fome de amor, 1968roteiro de LCR em parceria com Nelson Pereira
dos santos; cenografia e figurino de LCR direo de Nelson Pereira dos santosem cena, Leila Diniz e irene stefnia
foto de stillacervo Nelson Pereira dos santos
Os herdeiros, 1970cenografia e figurino de LCR direo de Cac Diegueselenco em cenafoto de stillacervo Cac Diegues
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Azyllo muito louco, 1970cenografia e figurino de LCR
direo de Nelson Pereira dos santosem cena, Gabriel Arcanjo e
Arduino Colassantifoto de still
acervo Nelson Pereira dos santos
Fausto, o cangaceiro do rei, 1971cenografia e figurino de LCR direo de Eduardo Coutinho em cena, Eliezer Gomes foto de stillacervo Cinemateca mAm/RJ
Azyllo muito louco, 1970cenografia e figurino de LCR
direo de Nelson Pereira dos santosem cena, isabel Ribeiro e figurantes
foto de stillacervo Nelson Pereira dos santos
Xica da Silva, 1976cenografia e figurino de LCR direo de Cac Dieguesem cena, Walmor Chagas e Jos Wilker foto de stillAcervo Cac Diegues
A vingana dos doze, 1970cenografia e figurino de LCR
direo de marcos Fariaem cena, maurcio do Vale
foto de stillacervo Cinemateca mAm/RJ
Xica da Silva, 1976cenografia e figurino de LCR direo de Cac Dieguesem cena, Zez mottafoto de stillacervo Cac Diegues
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Quilombo, 1984 cenografia e figurino de LCR
direo de Cac Dieguesem cena, Grande Otelo e figurantes
foto de stillacervo Cac Diegues
So Bernardo, 1972cenografia e figurino de LCR direo de Leon Hirszmanem cena, isabel Ribeiro e Othon Bastosfoto de stillacervo Cinemateca mAm/RJ
Quilombo, 1984 cenografia e figurino de LCR
direo de Cac Dieguesem cena, Zez motta e figurantes
acervo Cac Diegues
Pindorama, 1971 cenografia e figurino de LCR direo de Arnaldo Jaborem cena, atores e figurantes foto de still acervo Cinemateca mAm/RJ
Quilombo, 1984 cenografia e figurino de LCR
direo de Cac Diegues em cena, Jorge Coutinho e Toni Tornado
foto de still acervo Cac Diegues
Pindorama, 1971 cenografia e figurino de LCR direo de Arnaldo JaborArnaldo Jabor na filmagem de Pindorama foto de stillacervo Cinemateca mAm/RJ
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Pindorama, 1971 cenografia e figurino de LCR
direo de Arnaldo Jaborem cena, atores e figurantes
foto de stillacervo Cinemateca mAm/RJ
Pindorama, 1971 cenografia e figurino de LCR
direo de Arnaldo Jaborem cena, atores e figurantes
foto de stillacervo Cinemateca mAm/RJ
Pindorama, 1971 cenografia e figurino de LCR
direo de Arnaldo Jaborem cena, atores e figurantes
foto de stillacervo Cinemateca mAm/RJ
Figurino masculino [pesquisa para figurinos]grafite sobre papel
14,5 x 14,5 cm Arquivo Cedoc/Funarte
Figurino militar [pesquisa para figurinos]grafite sobre papel18 x 11,5 cmArquivo Cedoc/Funarte
Figurino masculino [pesquisa para figurinos]grafite sobre papel 15 x 9 cmArquivo Cedoc/Funarte
COMO ERA GOSTOSO MEU FRANCSO filme de Nelson Pereira dos santos estreou em 1971. Os croquis abaixo so parte de um conjunto maior desenha-do por Ripper em 1966 como pesquisa de arte, etnografia, desenhos de cenografia e figurino. Em razo da demora no incio das filmagens Ripper no pde assinar a cenografia e os figurinos, que ficaram, ento, a cargo de Regys monteiro e mara Chaves respectivamente.
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Figurino masculino [pesquisa para figurinos]grafite sobre papel23 x 21 cm Arquivo Cedoc/Funarte
Detalhes de figurino militar [pesquisa para figurinos]
grafite sobre papel25,5 x 23 cm
Arquivo Cedoc/Funarte
Figurino masculino detalhado [pesquisa para figurinos]
grafite sobre papel21 x 16cm
Arquivo Cedoc/Funarte
Figurino masculino [pesquisa para figurinos]grafite e nanquim sobre papel
20 x 27 cmArquivo Cedoc/Funarte
Cenrio navio [pesquisa para cenografia]grafite sobre papel 22,5 x 32,5 cm
Arquivo Cedoc/Funarte
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Detalhes de calas e ceroulas [pesquisa para figurinos]grafite e nanquim sobre papel
13,5 x 32 cmArquivo Cedoc/Funarte
srie marinheiros franceses [pesquisa para figurinos]grafite sobre papel
21,5 x 56 cmArquivo Cedoc/Funarte
srie marinheiros portugueses [pesquisa para figurinos]grafite sobre papel
21,5 x 54 cmArquivo Cedoc/Funarte
Figurino masculino povo [pesquisa para figurinos]grafite sobre papel
19 x 48,5 cmArquivo Cedoc/Funarte
Cabeas e detalhes de chapus [pesquisa para figurinos]grafite sobre papel
19 x 40 cm Arquivo Cedoc/Funarte
Detalhes de sapatos e perneiras [pesquisa para figurinos]grafite sobre papel16 x 33,5 cmArquivo Cedoc/Funarte
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Figurino masculino povo [pesquisa para figurinos]grafite sobre papel
18,5 x 54,5 cmArquivo Cedoc/Funarte
srie Guarda escocesa [pesquisa para figurinos]grafite sobre papel
20,2 x 53,5 cmArquivo Cedoc/Funarte
Figurino feminino e um figurino militar (costas) [pesquisa para figurinos e caracterizao]tinta de esferogrfica e grafite sobre papel
20,5 x 53 cmArquivo Cedoc/Funarte
srie mulheres brancas [pesquisa para figurinos]grafite sobre papel
18 x 41,5 cmArquivo Cedoc/Funarte
marinheiros [pesquisa para figurinos]grafite e nanquim sobre papel
18,5 x 44 cmArquivo Cedoc/Funarte
Figurino masculino guarda [pesquisa para figurinos]grafite sobre papel
20 x 53 cmArquivo Cedoc/Funarte
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serie mulheres [pesquisa para figurinos]grafite sobre papel18 x 36 cmArquivo Cedoc/Funarte
Figurino masculino detalhado [pesquisa para figurinos]grafite sobre papel18 x 19 cmArquivo Cedoc/Funarte
Figurino militar [pesquisa para figurinos]grafite sobre papel20,5 x 41 cmArquivo Cedoc/Funarte
srie Vrios ndios [pesquisa para figurinos]grafite sobre papel manteiga50 x 70 cmArquivo Cedoc/Funarte
Figurinos detalhados [pesquisa para figurinos]
grafite sobre papel18 x 34 cm
Arquivo Cedoc/Funarte
Figurinos masculinos [pesquisa para figurinos]
grafite sobre papel17,5 x 26 cm
Arquivo Cedoc/Funarte
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srie Cabeas [pesquisa para caracterizao]
caneta hidrogrfica sobre plstico34,5 x 51,5 cm
Arquivo Cedoc/Funarte
srie Corpos pintados [pesquisa para caracterizao]
caneta hidrogrfica sobre plstico34 x 53 cm
Arquivo Cedoc/Funarte
Croqui de cenrio de interior esferogrfica sobre papel
22 x 33 cm Arquivo Cedoc/Funarte
Croqui de cenrio de alpendre esferogrfica sobre papel
20,9 x 26,4 cm Arquivo Cedoc/Funarte
Figurinos marinheiros [pesquisa para figurinos]
grafite e nanquim sobre papel53,5 x 35,5 cm
Arquivo Cedoc/Funarte
CAPITU Desenhos de Luiz Carlos Ripper para a pesquisa de arte da cenografia do filme Capitu, baseado no romance Dom Casmurro, de machado de Assis e dirigido por Paulo Csar sarraceni. O filme foi lanado em 1968 e tem cenografia assinada por Ansio medeiros.
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Croqui de cenrio de interior do filme Capitu
esferogrfica sobre papel22 x 33 cm
Arquivo Cedoc/Funarte
Croqui de cenrio de interior do filme Capitu
esferogrfica sobre papel19,8 x 27,1 cm
Arquivo Cedoc/Funarte
Croqui de cenrio de interior do filme Capitu,
esferogrfica sobre papel22 x 30 cm
Arquivo Cedoc/Funarte
Projeto arquitetnico com planta baixa, elevaes, perspectiva isomtrica e
detalhes construtivos do cenrio da casa do personagem sebastio do filme Pindorama
grafite e tinta hidrocor sobre papel33 x 48 cm
Arquivo Cedoc/Funarte
PINDORAMAEstudos de Luiz Carlos Ripper para figurino e projeto de cenografia (com a colaborao de Zeca Ripper), do filme Pindorama, dirigido por Arnaldo Jabor, lanado em 1971, no Rio de Janeiro.
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Planta da cidade cenogrfica com o mapea-mento das locaes desenhadas para o filme
Pindorama. Lpis de cor e tinta hidrocor sobre papel. 67 x 96,5 cm
Arquivo Cedoc/Funarte
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srie braos abertos do filme Pindorama grafite e tinta de esferogrfica sobre papel31,5 x 21,5 cmArquivo Cedoc/Funarte
srie braos fechados e coloridos do filme Pindoramagrafite e lpis de cor sobre papel manteiga35,5 x 25,5 cmArquivo Cedoc/Funarte
Planta, perspectiva e corte de cenografia do muro que cerca o palcio do governador do filme Pindorama
grafite sobre papel33,5 x 48 cm
Arquivo Cedoc/Funarte
srie braos abertos e coloridos do filme Pindorama grafite e lpis de cor sobre papel manteiga
35,5 x 25,5 cmArquivo Cedoc/Funarte
srie braos fechados do filme Pindorama grafite e tinta de esferogrfica sobre papel31,5 x 21,5 cmArquivo Cedoc/Funarte
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ANOTAES E MAPAS DE PROCESSOS CRIATIvOS
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RISCOS DO PENSAMENtO
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O trabalho artstico de Ripper foi sempre pontuado por iniciativas pedaggicas,
em que atualizava, renovava equipes, sintetizava informaes, compartilhava e
refletia concentradamente sobre a sua experincia de criador. tanto suas produ-
es de espetculo e filmes acabavam se constituindo em intensas experincias
de formao para seus assistentes, quanto a realizao de cursos de cenografia
ministrados pelo Brasil afora, ao longo dos anos 80, cumpria o mesmo intuito: di-
vidir e agregar conhecimento.
Ao mergulhar em seu arquivo pessoal, encontramos um pesquisador criativo e siste-
mtico, ansioso por sintetizar seu pensamento estruturando o conhecimento junto
com seus pares. notvel o conjunto de quase 600 pginas relativas a anotaes e
planos de aulas, organizadas sob a forma de apostilas sobre cenografia que, a partir
de cursos ministrados no Instituto dos Arquitetos IAB-RJ desde 1978, comeam a
ser minuciosamente estudadas em pesquisas acadmicas. Dessas centenas de do-
cumentos, selecionamos 12 mapas, aqui denominados semiogrficos, considerando
a sua fortssima ligao terica com a perspectiva semitica de Jakobson e Saussu-
re, que norteou vrios de seus pensamentos e discursos sobre a cenografia.
Os mapas, organogramas, diagramas, esquemas e fluxogramas fazem parte do uni-
verso da expresso grfica de Luiz Carlos Ripper, neste caso destinados ao discurso
verbal da sala de aula iluminando sua complexidade. Se examinados concentrada-
mente, so autoexplicativos a partir de sua fora politicamente potica. Aqui a sua
mo livre traa caminhos em direo ao compartilhamento de desejos-pensamen-
tos e a multiplicao de seu conhecimento para o futuro.
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sempre um prazer pensar em Luiz Carlos Ripper, o artista mltiplo com quem tive o privilgio de conviver durante os dois anos em que compartilhei profissionalmente de sua inteligncia, criatividade e generosidade.
Ripper tinha uma atuao diversificada, direcionada s artes cnicas, ao cinema e particular-mente educao para e por meio das artes. Atuando como cengrafo, figurinista, iluminador, diretor de arte, encenador, arquiteto, artista plstico e, ainda, produtor, a vertente da educao sempre se fazia presente em sua trajetria.
Um dos principais trabalhos a que se dedicou exaustivamente foi o Centro Tcnico da ento Fun-dao Nacional de Artes Cnicas Fundacen, formulado e dirigido por ele, a convite de Orlando miranda e Carlos miranda, como um aprofundamento da Oficina de Cenotcnica Pernambuco de Oliveira, que j funcionava no local. Tive a oportunidade de participar, como pesquisadora, de diversos projetos de organizao do conhecimento das tcnicas ligadas s artes cnicas, que tinham como objetivo promover a democratizao do conhecimento, como sempre repetia Ripper, alm de ter compartilhado do trabalho de criao de cenografia e figurinos, que ele desenvolvia em equipe com os pesquisadores, cengrafos e arquitetos envolvidos na ocasio.
Ripper pretendia que o Centro Tcnico se tornasse um centro de referncia para os profissionais e estudantes ligados ao fazer das artes cnicas. A instituio procurava promover cadastros
de profissionais e fornecedores, levantar e or-ganizar o conhecimento de tcnicas e materiais, buscando sempre as matrizes brasileiras, levan-
do em conta a diversidade cultural e social em oposio ao domnio das tcnicas teatrais euro-peias. A partir dos grupos de estudo e dos encontros de tcnicos e artistas de todo o Pas, era produzido material bibliogrfico e formulavam-se propostas de escolas e cursos adequados s realidades regionais brasileiras.
A forma no hierarquizada com que tratava todo e qualquer conhecimento identifica-se com o conceito da tessitura de conhecimento em redes de saberes. isso conferia a sua ao uma atitu-de democratizante em busca do desenvolvimento artstico, como forma de desenvolvimento da sociedade brasileira mltipla e diversificada.
muito me orgulho de ter dado os primeiros passos para o estudo e a difuso da amplitude da obra de Ripper, quando, conhecedora do acervo contido em seu arquivo pessoal, apresentado por seu irmo e meu professor, Jos Luiz Ripper, busquei meios para minuciosamente identificar, catalogar e estudar seu contedo. Esse material foi a principal fonte para a pesquisa de doutorado sobre o artista, que desenvolvi no Programa de Ps-Graduao em Artes Cnicas da Unirio, sob a orientao da professora Lidia Kosovski, e tornou-se fonte de aprofundamentos de pesquisa e desta exposio, que traz a pblico imagens da criao e do pensamento de Luiz Carlos Ripper.
Ao estudar sua obra de forma abrangente, j tendo vivenciado muitas de suas iniciativas no campo da educao e da criao artsticas, ressalto a sintonia entre as suas aes e sua viso de desenvolvimento social e artstico. influenciado pelo tempo de estudo na Universidade de Braslia, criada e gerida por Darcy Ribeiro e Ansio Teixeira, no incio dos anos 60, Ripper volta ao Rio de Janeiro e inicia os trabalhos de criao no cinema. Na UnB, mergulha num ambiente de liberdade de criao, de pesquisa de linguagens e de busca da brasilidade, que fica impreg-nado e deixa marcas em sua trajetria de criador, pensador e educador.
Desde o incio de sua brilhante carreira no cinema, a permanente atitude de educador se manifesta com a conexo que fazia entre o processo de criao e os materiais e tcnicas adotados e as populaes afetadas pelas produes, que procurava envolver diretamente no fazer da visualidade do filme. Nas produes cinematogrficas e teatrais nas quais tomava parte, Ripper procurava associar o processo de criao com a formao e a qualificao de profissionais, por meio da iniciao, o aprendizado pelo fazer em conjunto.
Na rea do cinema, o projeto mais ousado realizado por ele, em parceria com o diretor Cac Diegues, foi a criao de uma central de produo para o filme Quilombo, lanado em 1984. Os dois queriam transformar o local, cujo nome, Uzina Barravento, era uma homenagem a Glauber Rocha, em uma central permanente de memria, criao, produo e formao para o desen-volvimento do cinema nacional. Na produo de Quilombo trabalharam cerca de 200 pessoas, dentre artistas experientes e artesos locais. A partir das pesquisas realizadas por Ripper, pro-curavam reproduzir e recriar as tcnicas com a maior proximidade possvel das usadas poca e pelos grupos sociais retratados no filme. Para ele, a materialidade e a artesania dos processos produtivos tinham o vigor da utopia de um Brasil que deveria ser descoberto.
seus projetos de arquitetura para teatros e centros culturais eram tambm vinculados a proposi-es de produo, estudo e ensino, alm de abrigar a encenao, a que se propunham predomi-nantemente. Portavam, tambm, uma ligao com o ambiente fsico que cercava o local do proje-to, com mobilidade e a possibilidade de ligao do ambiente interno com o externo. A abordagem ecolgica, o aproveitamento de mo de obra e material local e a integrao com a natureza do entorno eram tpicos recorrentes no desenvolvimento de seus projetos de criao e reforma de espaos para as artes cnicas por todo o Brasil. Em parceria com seu irmo e parceiro de diversos trabalhos, o arquiteto Jos Luiz Ripper, desenvolveu o projeto Teatro Novo, pelo qual receberam o prmio do instituto de Arquitetos do Brasil de melhor edifcio com fins educativos, em 1974.
A ligao do fazer/criar com a educao era presente tambm nas iniciativas predominantemente educacionais. Dentre as diversas escolas de arte em que atuou na criao, reformulao e/ou direo, como o Centro de Artes do Tempo, a Escola de Artes Visuais do Parque Lage, a Escolinha de Arte do Brasil, alm dos diversos centros culturais que projetou, Ripper procurava tambm associar os currculos e os programas pedaggicos realidade social do entorno e ligar os alunos a produes artsticas profissionais. Para ele, a escola de arte no deveria ser apenas um ambiente livre e propenso criao, mas um lugar de reflexo do papel da arte na sociedade, ligada reali-dade cultural, social e ambiental dos participantes, interagindo com os grupos sociais do entorno da escola. A partir de uma arte brasileira, feita por brasileiros para brasileiros, em toda a rica diver-sidade que isso significa, Ripper considerava o desenvolvimento da arte e da sociedade.
Alm da riqueza potica de seu trao e de suas realizaes no espao cnico e cinematogrfico, o pensador e educador Luiz Carlos mendes Ripper estava para alm do seu tempo.
Helosa Lyra Bulco
RIPPER PARA ALM DA CENOgRAFIA
Helosa Lyra Bulco cengrafa e designer, doutora em artes cnicas, pelo PPGAC Unirio. Graduada em desenho industrial pela Esdi, onde desenvolveu projeto de sistema modular para cenografia, e mestre pela Coppe/UFRJ, quando pesquisou sobre os processos de criao de materiais para campanhas educati-vas, atualmente professora de cenografia na Universidade Cndido mendes.
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RIPPER ENtRE AMIgOS
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Era um sujeito bem estranho, o Luiz Carlos Ripper. distncia, lembrava-me um exemplar da famlia do avestruz: pernas finas para um corpo encorpado, pescoo longo de alta mobilidade. E o rosto era precioso, um rosto que a gente recordava de uma eventual pintura renascentista, de algum museu na itlia.
sempre elegante (mesmo em t-shirt e short blue jeans), ele foi sempre um estranho no ninho, cujo intelecto, sem maiores arrogncias, iluminava nosso grupo fascinado com sua desabusada intuio (com mtodo).
Falar com ele era uma incitao ao dilogo, porque seu talento residia em provocar com ironia, gozar da merda em que vivamos no despertar cruel de nossa criatividade logo na era dos mili-tares. Ripper nutria e despertava paixes-nescaf e outras indelveis, imortais.
Com sua arte, Ripper exerceu a militncia. Compartilhei com ele os primeiros momentos de gl-ria, quando o seu talento entrava em ebulio, e acompanhei sua trajetria de outras latitudes, at o fim. Ele deixou o rastro de sua genialidade na memria de todos aqueles que viram seus espetculos, mais especialmente dos que foram testemunhas do seu processo criativo e de sua procura pelos estados corporais. No palco e fora dele.
Nosso primeiro encontro foi no Gndola, um restaurante em Copacabana frequentado no ape-nas pelos mais notveis artistas gays do Rio nos anos 60 do sculo passado, mas tambm pelos inconformados, os notvagos, os revolucionrios do papo. J sabia de sua existncia como um cara especial vindo meio escorraado de Braslia, que fazia parte da turma que rondava Nelson Pereira dos santos que inclua Luiz Carlos Bigode e eu entre outros.
Quando Glauber Rocha, que me havia confiado a publicidade de Terra em transe, precisava do cartaz, Ripper e eu levvamos dias examinando minha coleo de recortes de jornal com ann-cios de filmes de vrias dcadas, tendo como modelo filmes bblicos e apocalpticos. O resulta-do foi o despudor pop do pster que registrava o caos interior do filme. Pura magia do Ripper.
Entram em cena Nildo Parente, meu brother ator e cinfilo, de retorno de Nova York, e stella Adler para incontveis sesses de meia-noite no Paissandu e a esticada no Gndola (depois do Oklahoma). O Teatro ipanema e o Jardim das cerejeiras de Checkov, montagem da qual Nildo par-ticipa, nos transformam em trio, e a praia de ipanema se transforma em hangout para o perfeito bronzeado. Nem um gro de areia no peito do p, comandava Ripper.
Enquanto isso rolavam os Atos institucionais, o Correio da Manh esburacado de notcias. Cony. Cineastas so presos num quartel da Polcia do Exrcito, Nelson descobre Paraty, filma El justi-cero e Fome de amor e, ao regressar, anuncia um novo projeto: O Azillo muito louco, baseado no Alienista de machado.
Ripper e eu somos os discpulos que conspiram para que Nildo conquiste seu primeiro grande pa-pel no cinema e tambm o primeiro de tantos que interpretou em clssicos do mestre. Terminado O Azillo muito louco, chega o momento do Francs. Ripper vai para Paraty, enquanto Nildo e eu fa-zemos nossa primeira viagem transatlntica, para o Festival de Cannes, justamente com O Azillo.
RIPPER
O Teatro ipanema estreia Hoje dia de rock. Rubens, isabel Ribeiro e Camara, ivan, Renato, Nildo. No estou no Rio para assistir. mas pelo menos tenho informaes diretas via Nildo e Renato Coutinho, que passam meses em meu ap nos states, contando histrias das glrias recm-vividas. Cartas e cartes-postais so trocados entre ns, enquanto eu perpetuo minha per-manncia no exterior descobrindo Nova York. Ripper fica tentado a aterrisar no JFK. Alm de mim, a cidade conta tambm com amigos como Hlio Oitici-ca, Poty de Oliveira, Joo Carlos Rodrigues.
mas Ripper cauteloso, e me envia uma bula com as condies com que se dispe a arriscar um pulo a Gotham:
Nunca te escrevi antes, talvez porque queria te esquecer por voc estar to lon-ge, e eu, com to poucas possibilidades de te rever, no foi vingana no, foi defesa canceriana, foi amor, foi amizade, foi f na fatalidade do futuro, t???
[...] S me aceite se voc estiver disposto a me receber como uma espcie de valet, porque se voc pensa que eu vou conquistar esta cidade szinho, est muito enganado.
Estava desprevenido para lhe dar tanta ateno. Declinei da responsabili-dade de tomar conta dele e de seu gnio mercurial. De vez em quando, nas minhas voltas ao Brasil e ao cinema brasileiro, sempre nos encontra-mos, o Ripper com aquele sorriso e seu gargalhar sincopado, j recebendo as lureas pelos seus trabalhos no palco e nas telas. Quilombo de Cac Diegues deveria ter se transformado em parque temtico. Todos eles, evi-dncias de sua beautiful mind.
Pensando bem, o impacto de Ripper na arte ps-moderna foi pr-anunciado. O seu sorriso e o seu olhar, penetrante mas dissimulado, a gente encontra em Da Vinci, na Gioconda.
A arte em vida repete a arte atravs das manifestaes de certos gnios.
Fabiano Canosa
Fabiano Canosa animador cultural no Rio e em Nova York, o produtor do programa Kinoscope, na Rdio mEC/Fm
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Luiz Carlos Ripper no centro da foto. A partir da esquerda, embaixo, as atrizes Bia Nunes e maria Pompeu, a musicista Ceclia Conde e o ator mrio Borges. Em cima, os atores Andr Valli, ivone Hoffmann, Eduardo Tor-naghi e a equipe de produo por ocasio da montagem do espetculo Extra-vagncia, de Dacia maraini, com direo, cenografia, figurinos e luz de Luiz Carlos Ripper. Teatro Glucio Gil, 1988. Rio de Janeiro. Foto: Guga melgar. Arquivo Cedoc/Funarte
Luiz Carlos Ripper cercado do elenco formado por Nildo Parente, Chico Ozanan, Thas Portinho, Heleno Prestes, Ada Chaseliova, Pedro Veras, Yara Amaral e participantes da produo do espetculo El dia que me quieras, de Jos ignacio Cabrujas. Com direo, cenografia, figurinos e luz de Luiz Carlos Ripper. Teatro Dulcina, 1980. Rio de Janeiro. Foto: autor no iidentificado. Arquivo Cedoc/Funarte
Luiz Carlos Ripper abraado com a musicista Ceclia Conde, cercado pelo msico David Tygel, pela figurinista Betty Coimbra, pelo seu assistente de cenografia srgio silveira, pelo msico Loureno Baeta e maria Clara machado. Espetculo O drago, de Eugne schwartz, com direo de maria Clara machado, cenografia e figurinos de Ripper. Teatro Tablado, 1975. Rio de Janeiro. Foto: autor no identificado. Arquivo O Tablado
foto maior: Ripper ladeado pelo cengrafo italiano Beppi Pastore ( esquerda) e Raul Belm machado ( direita), durante o i Encontro de Arquitetos Teatrais, Cengrafos e Cenotcnicos,
promovido pelo Centro Tcnico de Artes Cnicas CTAC/Funarte em 1987
fotos menores: atividades do CTAC/Funarte, durante a gesto de Luiz Carlos Ripper como dire-tor do Centro Tcnico da Fundacen, promovendo cursos e encontros de profissionais da rea.
Foto: autor no identificado. Arquivo CTAC/Funarte
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CuradoriaLidia KosovskiProduo executivaDOIS/UM Produes LTDACoordenao GeralClaudia PinheiroExpograaLidia Kosovski e Marcelo LipianiIdentidade VisualILTDA DESIGN | Bitu SersonProjeto GrcoBitu Serson, Roberto Caldas e Denise TeixeiraDesenho de LuzJorginho de CarvalhoVideoinstalaes(1)Linha do tempo e (2)Arquivo do artistaDesign de MdiaDireo: Jair de SouzaEdio: Clia FreitaTrilha Sonora: Livio Tragtenberg Concepo dos dispositivos de videoinstalaoLidia KosovskiVideoinstalao Pindorama em processoDesign de Mdia: Elsa Romero e Jeerson RibeiroCoordenao da PesquisaLidia KosovskiPesquisa de Iconograa HistricaClaudia Pinheiro e Teresa SouzaPesquisa em Teatro e Levantamento do Acervo LCR-EAT/FaetecHelosa Lyra BulcoPesquisa em CinemaTeresa SouzaConsultoria de TeatroMacksen LuizAssistente de ProduoTeresa SouzaAssistente de ExpograaElsa Romero, Paula Vilela e Ianara ElisaAssistente de IluminaoPoliana PinheiroAssistentes de PesquisaInessa Carvalho, Jeerson Ribeiro e Rosana LoboDesign de Vdeo ProjetoAlexandre BastosTcnico de Vdeo ProjetoDaniel Mendona de BarrosFotograaBeto FelcioCenotcnica 1CamuagemCenotcnica 2SF Serpa Fernandes Cenograa Cenotcnica FinaDer MartinsMontagem FinaJorge PinheiroExecuo maquete AvatarAlunos da Unirio: Manuela Pereira de M. Barros Costa, Flvia Sauerbrown, Nathlia Rangel Valadares, Marina de Assis Fernandes Nogueira, Elsa Romero, Lia Maia, Gabrielle Windmller e Rafaela Rocha
Maquetes Hoje dia de rockManoel Puoci dos SantosResponsvel Tcnico de IluminaoDaniel GalvanTcnicos de Iluminao Luiz Oliva e Pedro ForjazTcnicos Auxiliares de IluminaoAntnio Diniz e Samitri BarEstagirios de IluminaoRafael Frana, Moana Carvalho e Gleisse PaixoProdutores Tcnicos de IuminaoMatisael Lima e Luciano WhyteCoordenao da Ocina de Maquete Avatarna UnirioLuis Henrique S Curta-Metragem Ripper corpo e somLidia Kosovski, Ceclia Langebach, Lara Paciello e Jeerson RibeiroEdio dos Filmes de Longa-MetragemJeerson RibeiroMoldurasGouveia e Rodrigues MoldurasPlottersGinga Design | Gaspar FernandoReprodues e ImpressesStudio AlfaTratamento de ImagensTrio Studio e Estdio LupaEquipamentos de MdiaNovamidiaSeguroFoco ArtGroupTransporteTrilhando Fazendo ArteProduo GrcaSidnei BalbinoImpresso Material GrcoGratto GrcaReviso de TextoRosalina GouveiaAssessoria de ImprensaMeise HalabiOcina de Direo de ArteSrgio SilveiraProjeto EscolaFelcia Krumholz e Perla di MaioAssessoria JurdicaAna Luisa CharMuseologiaCamila Cardoso
FontesABI, LCR-EAT/Faetec, Cedoc-Funarte, CTAC/Funarte, Acervo Cac Diegues, Acervo Nelson Pereira dos Santos, Cinemateca do MAM/RioBULCO, Helosa Lyra. Luiz Carlos Mendes Ripper para alm da cenograa: um educador e pensador das artes e tcnicas da cena. Tese de doutorado. PPGAC/Unirio. Rio de Janeiro, 2012.Esta exposio teve como origem as pesquisas apoiadas pela Faperj e coordenadas pela cengrafa e professora Lidia Kosovski: Arquivo de Artista e Dispositivo Cenogrco (2012-2013) e Identicao e Organizao do Acervo de Luiz Carlos Mendes Ripper a convite da Dra. Helosa Lyra Bulco. Acervo sob tutela da LCR-EAT/Faetec (2008-2009).
AGRADECIMENTOS
Ada Chaseliov, Alexandre Lambert, Alexandre Macedo, Alice Diniz, Ana Beatriz
Vasconcelos, Ana Cludia Souza, Ana Maria Nascimento e Silva, Analu Prestes,
Antnio Gilberto, Ausonia Bernardes, Cac Diegues, Caca Mourthe, Caque
Botkay, Ceclia Conde, Denise Portugal, Eduardo Coutinho, Erisvaldo Lins,
Fabiano Canosa, Fabrcio Felice, Ftima Fonseca, Flvia Suzano, Giselle Ruiz,
Helosa Lyra Bulco, Hernani Hener, Ins Cardoso, Ivaldeci de Souza, Ivelise
Ferreira, Jalusa Barcelos, Jandiara Santos, Joo Monteiro, Joo Rocha, Joelma
Ismael, Jos Luiz Ripper, Jlio Bressane, Lara Paciello, Lus Cludio Jullianello,
Lus Paulo Nenem, Marcelo Alves, Mrcia Pereira dos Santos, Marco Rodrigues,
Maria Esmeralda, Maria Hirszman, Miriam Miranda, Monique Ferreira dos
Santos, Myriam Lewin, Nelson Pereira dos Santos, Patrcia Farias, Paulo
Flaksman, Paulo Jos, Rejane Goulart Guedes, Robson Jorge, Srgio Fonta,
Thas Portinho, Vilma Oliveira, Walter Lima Jnior, Ziraldo
PATROCNIO
PRODUO
APOIO
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A mo livre de Luiz Carlos Ripper / Lidia Kosovski ... [et al.] ; Lidia Kosovski e Claudia Pinheiro [organizadoras]. 2. Ed. Rio de Janeiro : Dois Um Produes, 2013.
156p. : il. ; 21x30cm. isBN 978-85-65655-01-9 (broch.)
1. Ripper, Luiz Carlos mendes, 1943-1996. 2. Teatros - Cenografia e cenrios Figurino Brasil. 3. Cinema Cenografia e cenrios Figurino Brasil.4. Cengrafos Brasil. 5. Arte Catlogos. 6. Arte Exposies.i. Kosovski, Lidia. ii. Pinheiro, Claudia.
CDD 927.92025
Esse catlogo foi composto na fonte Aller e impresso na Duo Print sobre papel couch mate 145g/m2, no outono de 2013, Rio de Janeiro.