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Catedral de Goiânia, portas abertas para acolher os irmãos Paróquia São Pio X celebra Jubileu de Diamante Três novos padres para o serviço pastoral da Igreja pág. 3 pág. 2 pág. 4 T ARQUIDIOCESE PALAVRA DO ARCEBISPO ACONTECEU semanal Edição 187ª - 17 de dezembro de 2017 www.arquidiocesedegoiania.org.br 50 anos da Dedicação do templo 80 anos de criação da Paróquia N. Sra. Auxiliadora Foto: Rudger Remígio Catedral de Goiânia EDICAO 187 DIAGRAMACAO.indd 1 13/12/2017 21:31:11

Catedral de Goiânia - Arquidiocese de Goiânia

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Catedral de Goiânia,portas abertas para

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Dezembro de 2017 Arquid iocese de Go iânia

PALAVRA DO ARCEBISPO2 PALAVRA DO ARCEBISPO2 PALAVRA DO ARCEBISPO2

Arcebispo de Goiânia: Dom Washington CruzBispos Auxiliares: Dom Levi Bonatto e Dom Moacir Silva Arantes

Fotogra� a: Rudger RemígioTiragem: 25.000 exemplaresImpressão: Grá� ca Moura

Contatos: [email protected] Fone: (62) 3229-2683/2673

Coordenadora de Comunicação: Eliane Borges (GO 00575 JP)Consultor Teológico: Pe. Warlen MaxwellJornalista Responsável: Fúlvio Costa (MTB 8674/DF)Redação: Fúlvio CostaRevisão: Thais de Oliveira e Jane GrecoDiagramação: Carlos HenriqueColaboração: Marcos Paulo Mota (Estudante deJornalismo/PUC Goiás)

DOM WASHINGTON CRUZ, CPArcebispo Metropolitano de Goiânia

EditorialO Encontro Semanal apresenta, nes-

ta edição, duas datas importantes da igreja mãe da Arquidiocese e da cida-de de Goiânia: os 50 anos da dedica-ção (sagração) do templo e os 80 anos da criação da Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora. Na reportagem especial, na página 5, trazemos alguns dados históricos, a novena rezada nos últi-mos meses de outubro, novembro e nos primeiros dias de dezembro, para agradecer a Deus pelo bem que este

DE BRAÇOS ABERTOS,ACOLHAMOS A TODOSOS IRMÃOS

templo fez e faz ao povo de Deus. Em sua Palavra, Dom Washington Cruz pede que as datas sejam mo-tivo de renovação das forças missio-nárias e que deem ânimo para que a comunidade paroquial seja modelo. Veja também nesta edição as cober-turas do fi m de semana, com desta-que para a ordenação de três novos padres e o Jubileu pelos 60 anos da Paróquia São Pio X.

Boa leitura!

Fique por dentro

Correção

No dia 2 de dezembro, o bispo auxiliar Dom Levi Bonatt o presidiu Santa Missa de envio dos novos Mi-nistros Extraordinários da Sagrada Comunhão Eucarística. A celebração aconteceu na Catedral Metropolitana de Goiânia e contou com a presença de 260 novos ministros de várias pa-róquias da nossa Arquidiocese. Em sua homilia, Dom Levi refl etiu com os

Na edição 186, de 10 de dezembro, apresentamos o Instituto Coração de Jesus (ICJ), congregação religiosa femi-nina fundada em 1922, na Alemanha. No texto, dissemos que na Angola, África, há uma irmã do Instituto atu-ando no Centro Missionário Angola, mas lá elas estão com uma frente de missão, na qual atuam três irmãs e

Arquidiocese envia novosministros às paróquias

Instituto Coração de Jesus

Estamos felizes, vivendo o Tempo do Advento, nos pre-parando para a chegada do Menino Deus em nossas vi-

das, renovando nossas esperanças em novo tempo para a humanidade, em que reine a Paz e a Misericórdia do Pai. Estamos em clima de festa, também, pela comemoração dos 80 anos de nossa Catedral Metropolita-na, igreja matriz da Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora, que também

completa cinco décadas neste ano.Essas trajetórias de serviço ao anúncio do Evangelho de

Nosso Senhor Jesus Cristo inserem-se na história dos 60 anos de instalação da Arquidiocese de Goiânia, comemorados também neste ano de 2017. Sua Santidade, o papa Francisco, nos concedeu, pelo Ano Jubilar, a graça de incluir a Catedral como templo digno da obtenção de indulgências plenárias pelos fi éis visitantes, cumpridas as condições necessárias para tal benefício.

Mas, podem pensar alguns, o que representa um templo feito de tijolos e cimento, se acreditamos que somos templo do Espírito Santo de Deus? A explicação foi dada pelo pró-prio Jesus ao nos ensinar o devido respeito à “Casa do Pai”, como lugar sagrado de oração e oblação, seja ocupando-se de frequentar as sinagogas, ler e discutir as sagradas escritu-ras com os sumos sacerdotes, seja expulsando os vendilhões do templo, que faziam da Casa de Deus um lugar de comér-cio e desrespeito.

Uma igreja é um lugar sagrado, cheio de signifi cados para os que a frequentam. Ali somos acolhidos e acolhemos, nos encontramos com o Cristo na Eucaristia e com os irmãos, e buscamos encontrar a nós mesmos, em nossa imagem e se-melhança com o Criador.

Em nossa Catedral, a exemplo de tantas outras igrejas, as pessoas sentem-se na Casa do Pai. Mesmo se não participar da vida da paróquia da qual a igreja é matriz, passando pela Catedral entre uma atividade e outra, no Centro de Goiânia, o visitante sente-se acolhido, pela possibilidade de entrar a qualquer momento e fazer suas orações, ou somente colocar--se em silêncio diante do Senhor, confi ante em sua misericór-dia infi nita. Isso acontece com uma rápida visita ao Santíssi-mo ou nas celebrações do meio dia, de segunda a sexta-feira, muito frequentadas por fi éis que aproveitam os intervalos do almoço para rezar. Há ainda os que preferem participar nos sábados, às 6h40 ou às 18h, sendo que, no último sábado do mês, acrescenta-se a opção das 16h. Aos domingos, buscando atender às demandas dos fi éis, há missas em seis horários: 7h, 8h30, 10h, 11h30, 17h e 19h. Para que todo esse atendimento espiritual esteja disponível, são muitos os operários a cuidar da messe, cada um doando seus melhores talentos. São pa-dres, diáconos, acólitos, coroinhas, secretárias e muitos outros fi éis, a maioria voluntários. Agradecemos a todos os que ini-ciaram, deram continuidade e hoje fazem parte dessa história.

Demos graças pelos 80 anos da nossa Catedral e os 50 anos da Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora. Que essas datas re-novem nossas forças para a missão a que fomos chamados, fa-zendo dessa comunidade um exemplo de vida cristã. Nossas festas jubilares e comemorativas nos colocam também diante das exigências atuais da evangelização. E que o passado, com suas cruzes e conquistas, seja entendido e celebrado como dom, consagrando o nosso presente como tempo da graça de Deus. Acolhamos, de braços abertos, os que chegarem em nos-sa comunidade paroquial e na Catedral, que devem ser portas de acolhida, a indicarem o caminho para a verdade e a vida em plenitude, que é o Cristo Jesus. Que assim seja!

ministros sobre o chamado de cada um e enfatizou quem faz esse cha-mado. “O chamado de vocês pode até ser feito pelo padre de suas pa-róquias, mas quem chama de verda-de é Deus”. O bispo ainda fez um pedido aos enviados: “Amem o mi-nistério de vocês, sejam fi éis ao cha-mado de Deus, sempre vigilantes ao que Deus espera de nós”.

três formandas. Já na Arquidioce-se de Goiânia, sim, uma irmã, Elisa Schnöeller, trabalha numa área de missão. Outra correção é que a irmã Sueli, que citamos no texto, se cha-ma Sueli Cláudia de Araújo e não Sueli Essado. Esta é nutricionista e uma das responsáveis pela coluna Em Diálogo.

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tavelmente na Igreja particular e que seu cuidado pastoral é confi ado ao pároco, sendo assim o seu pastor pró-prio, sob a autoridade do bispo dioce-

sano. “Ela não é só um território, mas, principalmente, uma comunidade centrada e em sintonia com a Igreja particular. E a Paróquia São Pio X é célula viva desta igreja diocesana”.

Ao falar da importância do vín-culo de cada fi el com sua paróquia, ele lembrou que São João Paulo II e o papa Francisco têm insistido bas-tante nessa relação. “Uma paróquia é Família de famílias. Assim sendo, todos os fi éis que participam desta paróquia fazem parte desta mesma família, que tem como patrono São Pio X”. Ao fi m da celebração, foi obliterado o Selo especial dos Cor-reios, pelos 60 anos da paróquia. E a comunidade também festejou, com aplausos, a concessão da Bênção Apostólica do papa Francisco, pelo Jubileu de Diamante paroquial.

Dezembro de 2017Arquid iocese de Go iânia

ARQUIDIOCESE EM MOVIMENTO 3

Religiosos celebramo dom da vida

No dia 6 de novembro, pa-dre Clóvis de Jesus Bovo, missionário redentorista, que tem 70 anos de vida

consagrada, completou 90 anos de vida. Natural da cidade de Boituva, interior de São Paulo, o sacerdote entrou para o seminário ainda crian-ça, aos 10 anos de idade. O convite chegou por meio de um padre que pregou missão em sua cidade e, como que por mandato de Deus, ele pediu que o seu pai doasse um de seus fi lhos para a congregação. “Eu nem tinha nascido ainda. Foi por um desígnio de Deus, e, sem saber dessa história, terminei responden-do sim”. Hoje, padre Clóvis cuida da causa da beatifi cação do Vene-rável padre Pelágio Sauter, a qual ele espera ver antes de concluir sua missão na terra.

Em entrevista ao Programa Fi-lhos do Pai Eterno, o superior pro-vincial dos redentoristas em Goiás, padre Robson de Oliveira, pediu ao Pai Eterno que continue derraman-do bênçãos sobre o padre Clóvis. “Que o Pai Eterno continue fazendo do senhor testemunha viva do seu amor e que o senhor continue sendo esse homem humilde e forte na fé”.

CentenárioTambém no mês de novembro,

aconteceu uma belíssima celebra-ção na capela do Colégio Santa Cla-ra, para comemorar os 100 anos da irmã Maria Celeste Borges, da Con-gregação das Irmãs Franciscanas da Ação Pastoral. A religiosa foi aluna do Colégio Santa Clara e depois che-gou a ser diretora do colégio.

Dom Washington preside missa pelos 60 anos da Paróquia São Pio X

Lectio Divina: à espera do princípio, que é o Filho de Deus

ximo dia 23, sempre aos sábados. A sua refl exão foi orientada pelo Evan-gelho proposto para o 2º Domingo do Advento, em que o evangelista começa falando da profecia de Isa-ías: “Eis que envio o meu mensagei-

O formador do Seminário Prope-dêutico Santa Cruz, padre José Luiz da Silva, orientou o segundo dia da Lectio Divina do Advento, em prepa-ração para o Natal, que começou no dia 2 de dezembro e segue até o pró-

Em uma noite festiva, a Paróquia São Pio X, do Setor Fama, fi cou lota-da de fi éis para celebrar o seu Jubileu de Diamante, no dia 10 de dezem-bro. A celebração foi presidida pelo arcebispo Dom Washington Cruz, e concelebrada pelo administrador paroquial, padre Freddy Alexander; pelo vigário paroquial, padre José de Paula; e pelo padre Fiorelo Col-let, que trabalhou por muito tempo na paróquia.

A homilia de Dom Washington relembrou um pouco da trajetória da paróquia, que surgiu com o nosso primeiro arcebispo, Dom Fernando Gomes dos Santos, e com os padres Passionistas, vindos da Holanda. “Vossa paróquia surgiu do anúncio de Jesus Cristo, em 1957. Hoje, estais aqui comemorando jubilosos e agra-

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decidos a Deus por estes 60 anos”. Dom Washington também explicou que a paróquia é uma determinada comunidade de fi éis, constituída es-

Na celebração que foi presidi-da pelo padre Nedson de Oliveira, a aniversariante deu graças a Deus pelo dom da vida. “Hoje, minha alma fi ca de joelhos e meu coração está em festa, porque Deus, nos-so Senhor, está aqui presente com toda sua grandeza e toda sua bon-dade. Agradeço a Deus e peço que ele abençoe a mim, minhas irmãs e todas as pessoas que estão aqui para celebrar esta data comigo”.

ro para preparar o meu caminho”. O padre refl etiu sobre o versículo primeiro, no qual São Marcos fala que Jesus é o Filho de Deus que veio para traçar o sinal de aliança entre o céu e a terra (cf. Mc 1,1).

“Deus tem um Filho eternamente gerado e não criado. Esse fi lho encar-na e estamos esperando-o neste Tem-po do Advento”, afi rmou. Conforme padre José Luiz, nas quatro semanas do Advento, a liturgia revive a Boa--Nova do Filho de Deus que nasce entre os homens. Mas é preciso estar atento. “A expressão mais eloquente do Filho sai primeiro da boca do Pai. O texto bíblico nos diz: “Esse é o meu Filho amado, ouvi-o” (Mc 9,7). Mas ela não sai somente da boca de Deus, sai também da boca dos demônios. Até o demônio reconhece Jesus”.

Rezando com os participantes da Lectio Divina, padre José Luiz também disse que Jesus foi gerado “para nos tornar coerdeiros da gra-ça, fi rmes para a nossa salvação e re-

denção”. A dimensão do encontro, sempre reforçada pelo papa Fran-cisco em suas catequeses, também foi enfatizada pelo padre. “O Filho de Deus veio ao nosso encontro. Ele que é nosso salvador, o ungido, que assume a nossa humanidade, menos o nosso pecado e nos garante a cria-ção adotiva pelo batismo no Espírito Santo”. Por fi m, o sacerdote rezou com os presentes para que os nossos dias sejam imersos no amor de Cris-to. “Que o início da nossa história, dos nossos dias, seja repleto do Fi-lho de Deus. Que o início do nosso dia a dia seja o início para o novo rei que vem ao nosso encontro”.

Neste sábado (16), a Lectio Di-vina foi orientada pelo nosso bispo auxiliar Dom Levi Bonatt o. A re-portagem nós traremos na próxima edição. E no próximo sábado (23), orienta a última noite o arcebispo Dom Washington Cruz. O evento começa às 19h, na capela do Semi-nário Santa Cruz. Leve a sua Bíblia.

Da esquerda para direita: Dom Moacir, Dom Levi, Pe. Clóvis e Dom Washington

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Dezembro de 2017 Arquid iocese de Go iânia

444 ACONTECEU

A última Reunião Mensal de Pastoral de 2017 aconte-ceu no sábado, dia 9, ten-do como tema principal

O Mistério da Encarnação e a Alegria do Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo. Padre Françoá Costa, pároco da Pa-róquia Nossa Senhora d’Abadia, em Anápolis, foi quem conduziu a refl e-xão. “Se o Filho de Deus não se fez carne, nenhum de nós estaremos sal-vos; se o Filho de Deus não se fez car-ne, nós estamos no pecado; se o Filho

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de Deus não se fez carne, nós estamos aqui fazendo um teatro. Nós precisa-mos testemunhar e sempre nos pre-parar para celebrar o Natal de Jesus”.

Para abrir a reunião, o Coral Santa Cecília, da Arquidiocese de Goiânia, apresentou músicas de Natal, no intuito de preparar o co-ração dos participantes para a che-gada do Menino Jesus. O arcebispo Dom Washington Cruz aproveitou também esse último encontro para fazer uma avaliação das reuniões

Encarnação e a Alegria do Natalsão temas da última Reunião Mensal do ano

Igreja de Goiânia ordena três novos padrescebispo ainda chamou atenção dos ordinandos para estarem sempre atentos e nunca se esquecerem de onde vem a vocação. “Caros irmãos, a vocação não é fruto do nosso es-forço ou empenho pessoal; é de-monstração do amor misericordioso de Deus e também efeito da oração de tantas pessoas que rezam pelas vocações de consagração especial. Sabemos que toda graça é participa-ção da eleição de Cristo e que toda graça e dom do Espírito Santifi cador nos vêm dele e ele realiza, por seu corpo, a Igreja, a plenitude daquele que enche todas as coisas”, concluiu o presidente da celebração.

Os novos sacerdotes receberam os cumprimentos no Centro Pasto-ral Dom Fernando (CPDF), onde foi oferecido um jantar a seus familia-res e amigos.

Os diáconos Annesh Padasser Devassy, Fábio Cardoso da Silva e Jairo Gomes da Silva foram orde-nados presbíteros sob a imposição das mãos do arcebispo Dom Wa-shington Cruz, na noite do dia 12 de dezembro, Festa de Nossa Senhora de Guadalupe, Padroeira da Amé-rica Latina. A celebração aconteceu na Paróquia Universitária São João Evangelista, no Setor Universitário, e foi concelebrada pelos bispos auxi-liares de Goiânia, Dom Levi Bonatt o e Dom Moacir Silva Arantes; pelo clero da Arquidiocese de Goiânia e por padres de dioceses vizinhas.

Dom Washington lembrou aos ordinandos que eles fazem parte da família de Deus, que é a Igreja, e fa-zendo parte da Igreja, a missão de-les é evangelizar, levar Jesus Cristo a todos os homens e mulheres. O ar-

que aconteceram durante o ano. Ele pediu para que algumas pessoas fa-lassem sobre a caminhada da Reu-nião Mensal em 2017. A avaliação feita pelos participantes foi positiva, pois, de acordo com eles, os temas abordados durante todo o ano fo-ram de muita relevância, com des-taque para o estudo conduzido pelo padre Antônio Donizeth, sobre o Documento Pós Sinodal parte III: A Liturgia na vida e na missão da Igreja particular de Goiânia.

E para viver mais intensamente o Ano Jubilar dos Seminários, os bispos e todos os participantes da reunião saíram em procissão do Auditório Mãe da Igreja até a capela do Seminá-rio Santa Cruz, onde Dom Washing-ton os abençoou, e os que participa-ram desse momento lucraram indul-gências plenárias. Ainda na manhã do dia 9, o arcebispo, junto com os bispos auxiliares, abençoou as novas instalações do Centro Pastoral Dom Fernando, que estava em reforma.

Dom Washington Cruz abençoou as dependências do recém reformado Centro Pastoral Dom Fernando

Padres Jairo, Annesh e Fábio

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História

Convite

CAPA

Dezembro de 2017Arquid iocese de Go iânia

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Desde o dia 8 de outubro, com uma extensa programação, foram celebradas novenas, todos os do-mingos, até o dia 3 de dezembro, pelos padres colaboradores; pelo pároco, monsenhor Daniel Lagni; e pelo bispo auxiliar Dom Levi Bonat-to. Padres que fazem parte da histó-ria dessa igreja também celebraram a novena, como o mons. Luiz Lôbo, que foi pároco por 28 anos. “A Igreja Catedral, a Igreja paróquia, é aque-la que sempre oferece um banquete para seus fi lhos, que é a Santa Missa, que é a Eucaristia que nós celebra-mos. Nesse banquete, nós saciamos a nossa fome e sede”, refl etiu, fazen-do alusão à festa que celebra a Ca-tedral, e ao Evangelho (Mt 22,1-14) daquele domingo, 16 de outubro.

Outro sacerdote que já foi pároco da Catedral por 13 anos, mons. Al-dorando Mendes, presidiu, no dia 22 de outubro, a terceira noite da novena. Em suas palavras, ele enfa-tizou a importância do doar-se sem medidas pelo Reino. Não o que nos resta, mas todo o nosso ser em retri-buição à doação maior, que foi a de Jesus.

No dia 7 de dezembro, Dom Wa-shington Cruz presidiu a missa so-lene pelos 50 anos de dedicação do templo. Em sua homilia, ele lem-brou que a igreja foi dedicada no dia 8 de dezembro de 1966, pelo então núncio apostólico Dom Sebastião Baggio. Explicou também o que é o templo Catedral. “Esta Igreja tem uma peculiaridade: ela é a Igreja Ca-

recebeu a bênção no dia 24 de de-zembro de 1937, e teve novenário e missa presidida pelo padre Peclat. A Comissão Organizadora dos festejos foi presidida pela Exma. Sra. Gersi-na Borges Teixeira, esposa de Pedro Ludovico Teixeira. Seus primeiros dirigentes foram o cônego Abel Ri-beiro e o padre Peclat.

Em 1955, com a morte do arce-bispo Dom Emanuel, Dom Abel foi eleito vigário capitular. Ele se dedi-cou ao projeto de reformulação da estrutura física da Província Eclesi-

O Decreto de criação da Paró-quia de Nossa Senhora Auxiliadora de Goiânia foi expedido pela Cúria Arquidiocesana de Santa’Ana de Goiás, em 22 de dezembro de 1937, sendo nomeados, respectivamente, vigário e coadjutor os Revmos. Cô-nego Abel Ribeiro (primeiro vigá-rio) e padre Francisco de Sales Pe-clat, cujas provisões datam de 22 de dezembro de 1937.

A Matriz, a primeira de Goiânia, que também é o primeiro templo religioso da nova capital do estado,

tedral, onde o bispo tem sua cátedra, ou seja, daqui o bispo exerce seu ma-gistério de pastor da Igreja de Goiâ-nia”. Ele enfatizou que mais do que templo de pedra, a Catedral é uma comunidade, povo de Deus. “A Igre-ja templo é símbolo de Deus, mas ela é também sinal da comunidade. De fato, ela é feita de pedra sobre pedra, mas cada pedra signifi ca um mem-bro. A Igreja (eclesia) tem esse nome porque é comunidade e, mesmo que não existisse Catedral construída, a casa de Deus continuaria a ser o que é: templo do Senhor, comunidade viva no meio do povo”.

Para o pároco, mons. Daniel Lag-ni, as celebrações comemorativas são importantes porque resgatam a vida da Igreja-mãe, da Arquidiocese

de Goiânia. “São 50 anos de dedica-ção como templo para o culto, para o serviço de Deus e da comunidade, e 80 anos de criação da Paróquia. São momentos singulares na vida da nossa Igreja porque resgatam a história, a memória de quem já tra-balhou, viveu, construiu toda essa caminhada, sejam os bispos faleci-dos, Dom Fernando, Dom Antonio, como os bispos atuais, as comunida-des, as pastorais, os movimentos, os grupos, as associações. É um longo caminho de alegria, esperança, so-bretudo de fé, tijolos sobre tijolos, construindo a comunidade Igreja dos nossos irmãos e irmãs, por isso damos graças a Deus pelo bem, pela justiça anunciada, vivida durante esses longos anos”.

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A Catedral Metropolitana de Goiânia – Paróquia Nossa Senhora Auxiliado-ra, vive um 2017 intenso,

com muitas celebrações em ação de graças por tantos anos de presença no centro da capital. No dia 7 de

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dezembro, o nosso arcebispo Dom Washington Cruz presidiu missa so-lene pelos 50 anos de dedicação do templo, isto é, do rito que marcou o início da vida desta igreja. Nessa sa-gração, o templo é consagrado por excelência à Santíssima Trindade.

No próximo dia 22, sexta-feira, às 19h, todo o povo de Deus é convidado a participar da missa em ação de graças pelos 80 anos de criação da Paróquia. A missa será presidida pelo bispo auxiliar Dom Moacir Silva Arantes e concelebrada pelo clero arquidiocesano.

ástica, com a criação da Arquidio-cese de Goiânia. Dom Abel deveria agir rapidamente para que o pri-meiro arcebispo da Arquidiocese de Goiânia pudesse encontrar, na sua chegada, pelo menos uma Catedral provisória estruturada, embora ina-cabada. De 1950 a 1955, passaram pela paróquia o cônego Carlos Plan-ger, o padre Jesufl or, o padre Alípio Martinez, o cônego Antonio Ribeiro de Oliveira, que fi cou pouco tempo porque foi sagrado bispo em 1961, e o padre João do Carmelo Xavier.

Com os esforços da Comissão das Obras da Catedral, no dia 10 de maio de 1956, Dom Abel procedeu à bênção e à inauguração da Catedral, com a presença de autoridades, as-sociações religiosas e muitos fi éis.

No dia 8 de dezembro de 1966, o então núncio apostólico no Brasil, o cardeal Dom Sebastião Baggio, sa-grou a Catedral. Foram 19 anos, dos alicerces à sagração. A partir desse rito litúrgico, a Igreja Nossa Senhora Auxiliadora constituiu-se Catedral defi nitiva da Arquidiocese.

da Arquidiocese de Goiânia

Celebrações comemoram datas históricas da igreja mãe

Primeira Igreja Matriz de Goiânia Catedral em construção, em 1949 Decreto de criação

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Dezembro de 2017 Arquid iocese de Go iânia

6 CATEQUESE DO PAPA

Audiência Geral.Praça São Pedro, 15 de novembro de 2017

Encontro vivo com o Senhornossos, mas também pelos de todo o mundo” (1Jo 2,2). Esse dom, fonte de verdadeira consolação – mas o Senhor nos perdoa sempre – conforta, é uma verdadeira consolação, é um dom que nos é concedido por meio da Eucaris-tia, aquele banquete nupcial no qual o Esposo encontra a nossa fragilidade. Posso dizer que quando recebo a co-munhão na Missa, o Senhor encontra a minha fragilidade? Sim! Podemos dizer porque isso é verdade! O Senhor encontra a nossa fragilidade para nos reconduzir à nossa primeira chama-da: ser a imagem e semelhança de Deus. É esse o ambiente da Eucaristia, é essa a oração.

maravilha da vida, é possível, mes-mo diante de tantas tragédias? Essa é uma pergunta fundamental da nossa fé e esse é o desejo de qualquer cren-te verdadeiro: o desejo de renascer, a alegria de recomeçar. Nós temos esse desejo? Cada um de nós tem vontade de renascer sempre para se encontrar com o Senhor? Você tem esse desejo? Com efeito, pode-se perdê-lo facil-mente porque, por causa de tantas atividades, de tantos projetos a con-cretizar, no fi nal temos pouco tempo e perdemos de vista o que é fundamen-tal: a nossa vida do coração, a nossa vida espiritual, a nossa vida que é en-contro com o Senhor na oração.

Na verdade, o Senhor nos surpre-ende ao nos mostrar que Ele nos ama até com as nossas debilidades: “Je-sus Cristo [...] é a propiciação pelos nossos pecados, e não somente pelos

Este é o primeiro ponto: ser humil-des, reconhecer-se fi lhos, repousar no Pai, confi ar nele. Para entrar no Reino dos céus, é necessário fazer-se peque-ninos como as crianças. No sentido de que as crianças sabem confi ar, sa-bem que alguém se preocupará com elas, com o que hão de comer, com o que vestirão e assim por diante (cf. Mt 6,25-32). Esta é a primeira atitu-de: confi ança e confi dência, como a criança com os pais; saber que Deus se recorda de você, cuida de você, de você, de mim, de todos.

A segunda predisposição, também ela própria das crianças, é deixar--se surpreender. A criança faz sem-pre muitas perguntas porque deseja descobrir o mundo; e admira-se até com coisas pequenas porque para ela tudo é novo. Para entrar no Reino dos céus é preciso deixar-se surpreender.

Na nossa relação com o Senhor, na oração – eu pergunto – nos deixa-mos surpreender ou pensamos que a oração é falar a Deus como fazem os papagaios? Não, é confi ar e abrir o coração para se deixar surpreender. Deixamo-nos maravilhar por Deus que é sempre o Deus das surpresas? Porque o encontro com o Senhor é sempre um encontro vivo, não é um encontro de museu. É um encontro vivo e nós vamos à Missa e não a um museu. Vamos a um encontro vivo com o Senhor.

No Evangelho, fala-se de um cer-to Nicodemos (cf. Jo 3,1-21), um ido-so, uma autoridade em Israel, que vai procurar Jesus para o conhecer; e o Senhor lhe fala da necessidade de “renascer do alto” (cf. v. 3). Mas o que signifi ca isso? Pode-se “renas-cer”? Voltar a ter o gosto, a alegria, a

Santa Missa: oração por excelência Foto

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O Livro do Gênesis afi rma que o homem foi criado à imagem e seme-lhança de Deus, o qual é Pai e Filho e Espírito Santo, uma relação perfeita de amor, que é unidade. Disso po-demos compreender que todos nós fomos criados para entrar numa rela-ção perfeita de amor, num contínuo doar-nos e receber-nos para assim podermos encontrar a plenitude do nosso ser.

Quando Moisés, diante da sar-ça ardente, recebeu o chamado de Deus, perguntou a ele qual era o seu nome. E o que respondeu Deus? “Eu sou Aquele que sou” (Ex 3,14). Essa expressão, no seu sentido originário, manifesta presença e favor, e com efeito, imediatamente a seguir, Deus acrescenta: “O Senhor, o Deus dos vossos pais, o Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó” (v. 15). Assim tam-bém Cristo, quando chama os seus discípulos, os chama para que este-jam com Ele. Eis, por conseguinte,

Amados irmãos e irmãs!

Continuamos com as cate-queses sobre a Santa Missa. Para compreender a beleza da celebração eucarística,

desejo iniciar com um aspecto mui-to simples: a Missa é oração, aliás, é a oração por excelência, a mais ele-vada, a mais sublime, e, ao mesmo tempo, a mais “concreta”. Com efei-to, é o encontro de amor com Deus, mediante a sua Palavra e o Corpo e Sangue de Jesus. É um encontro com o Senhor.

Mas primeiro temos que respon-der a uma pergunta. O que é real-mente a oração? Antes de tudo, ela é diálogo, relação pessoal com Deus. E o homem foi criado como ser em relação pessoal com Deus que tem a sua plena realização unicamente no encontro com o seu Criador. O cami-nho da vida é rumo ao encontro defi -nitivo com o Senhor.

a maior graça: poder experimentar que a Missa, a Eucaristia é o momen-to privilegiado para estar com Jesus e, por meio dele, com Deus e com os irmãos.

Rezar, como qualquer diálogo verdadeiro, signifi ca saber também fi car em silêncio – nos diálogos há momentos de silêncio – em silêncio, juntamente com Jesus. E quando vamos à Missa, talvez cheguemos cinco minutos antes e comecemos a conversar com quem está ao nosso lado. Mas não é o momento para fa-lar: é o momento do silêncio, a fi m de nos prepararmos para o diálogo. É o momento de se recolher no coração, a fi m de se preparar para o encontro com Jesus. O silêncio é tão importan-te! Recordem-se do que eu disse na semana passada: não vamos a um es-petáculo, vamos ao encontro com o Senhor e o silêncio nos prepara e nos acompanha. Permanecer em silêncio juntamente com Jesus. E do misterio-

so silêncio de Deus brota a sua Pala-vra que ressoa no nosso coração.

O próprio Jesus nos ensina como é possível “estar” realmente com o Pai e nos demonstra com a sua oração. Os Evangelhos nos mostram Jesus que se retira em lugares afastados para rezar; os discípulos, ao verem essa sua relação íntima com o Pai, sentem o desejo de poder participar nela, e lhe pedem: “Senhor, ensina-nos a rezar” (Lc 11,1). Assim ouvimos há pouco, na primeira Leitura, no início da audiência. Jesus responde que a primeira coisa necessária para rezar é saber dizer “Pai”. Estejamos atentos: se eu não for capaz de dizer “Pai” a Deus, não sou capaz de rezar. Temos que aprender a dizer “Pai”, ou seja, de nos colocarmos na sua presença, com confi ança fi lial. Mas a fi m de po-der aprender, é preciso reconhecer humildemente que precisamos ser instruídos, e dizer com simplicidade: Senhor, ensina-me a rezar.

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O Senhor que veio,que vem e que virá

Dezembro de 2017Arquid iocese de Go iânia

7VIDA CRISTÃ

Para nós, cristãos, é um tempo de preparação e alegria, de expectativa, no qual os fi éis, esperando o nasci-mento de Jesus Cristo, vivem o arre-pendimento e promovem a fraterni-dade e a paz.

É necessário distinguir elementos que dizem respeito a práticas ascéti-cas e a outras, de caráter estritamen-te litúrgico: um Advento que é pre-paração para o Natal, e um Advento que celebra a vinda gloriosa de Cris-to (Advento escatológico).

mória: presença e exemplaridade. Presença litúrgica na palavra e na oração, para uma memória grata da-quela que transformou a espera em presença, a promessa em dom. Me-mória de exemplaridade para uma Igreja que quer viver, como Maria, a nova presença de Cristo, com o Ad-vento e o Natal no mundo de hoje.

Na feliz subordinação de Maria a Cristo e na necessária união com o mistério da Igreja, Advento é o tem-po da Filha de Sião, Virgem da espe-ra que no “Fiat” antecipa o Marana-thá da Esposa; como Mãe do Verbo Encarnado, humanidade cúmplice de Deus, tornou possível seu ingres-so defi nitivo no mundo e na história do homem.

so inteiro; mama num seio materno, mas é o pão dos anjos; veio em pobres panos, mas reveste-nos de imortali-dade; é amamentado, mas é também adorado; não encontrou lugar na estalagem, mas constrói para si um templo no coração dos seus fi éis”.

Desejo a você um Feliz Natal e um Feliz 2018 em Cristo, pois de-pois de celebrarmos tantos natais nos perguntamos “de que adianta Cristo nascer mil ou dez mil vezes se não nascer ao menos uma vez no meu coração?”.

A bênção de Deus e um Feliz Na-tal em família.

Caríssimo (a) leitor (a),

Já estamos chegando à metade do mês de dezembro de 2018. O Advento ressoa novamente aos nossos ouvidos para quetomemos mais uma vez a consci-

ência de que o tempo está passando, e passando rápido, chamando-nos à uma espera vigilante e confi ante.

O Advento, que antecede o Na-tal, é o primeiro tempo do Ano li-túrgico.

O Advento é um tempo por exce-lência de Maria, a Virgem da espera. Hoje o Advento recupera plenamente esse sentido com uma série de ele-mentos marianos da liturgia, que po-demos sintetizar da seguinte maneira:

– Desde os primeiros dias do Ad-vento há elementos que recordam a es-pera e a acolhida do mistério de Cris-to por parte da Virgem de Nazaré.

– A Solenidade da Imaculada Conceição se celebra como “prepa-ração radical à vinda do Salvador e feliz princípio da Igreja sem mancha nem ruga” (Marialis Cultus 3).

Em sua exemplaridade para a Igreja, Maria é plenamente a Virgem do Advento na dupla dimensão que a liturgia tem sempre em sua me-

Belém é, pois, para nós, uma lição eloquente. Com o seu nascimento na silente noite de Belém, o Menino di-vino, diz Santo Agostinho, “mesmo sem dizer nada, deu-nos uma lição, como se irrompesse num forte grito: que aprendamos a tornar-nos ricos nele, que se fez pobre por nós; que busquemos nele a liberdade, ten-do Ele mesmo assumido por nós a condição de servo; que entremos na posse do céu, tendo Ele por nós sur-gido da terra”.

Disse Santo Agostinho num ser-mão de Natal: “Ele está deitado numa manjedoura, mas contém o univer-

O Advento é tempo de espera– Na expectativa da 2ª vinda de Cristo, no � m dos tempos (1ª e 2ª semana do Advento);– Em preparação à 1ª vinda do Filho de Deus que comemoramos no Natal (3ª e 4ª semana do Advento).

– O Advento apresenta sempre a tríplice “vinda” de Cristo: Cristo veio, Cristo vem, Cristo virá (ontem, hoje e sempre).– É essa a chave de leitura dos textos litúrgicos do Advento.– Cristo veio. Mas de que adianta se ele não vem agora para cada pessoa? “Nós é que temos que nascer para Ele” (fr. Walter Hugo).– O Advento é também o nosso tempo; estamos sempre no “Advento” de nós mesmos. Cada um vive no Antigo Testamento de si mesmo.– Celebrando sua vinda histórica, realiza-se sua vinda atual no mistério do culto, cumprindo-se, assim, mais uma etapa da preparação da última vinda de Cristo.– A Igreja vive e celebra essa tensão do “já presente” e do ainda “por vir”.– Cristo é sempre aquele que ainda deve vir e continua chegando para cada um e para todo o mundo.– O Reino messiânico já está presente pela justi� cação e pela graça. Mas ainda não está plenamente presente nos corações dos que creem no Senhor Jesus. É preciso que ele venha para que se instaure o Reino de justiça, de paz, de reconciliação, onde todos se reconheçam irmãos.

PE. DILMO FRANCO DE CAMPOSReitor do Seminário Interdiocesano São João Maria Vianney

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Coroa, símbolo litúrgicodo Advento

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A paixão pelo impossível‘‘...para Deus nada é impossível’’ (Lc 1,37)

Dezembro de 2017 Arquid iocese de Go iânia

Siga os passos para a leitura orante:

8 LEITURA ORANTE

PE. ANNESH PADASSERYSeminário Santa Cruz

“Ó vem, ó vem, Emanuel!”

O hino do Advento que ressoa nos lábios dos fi éis refl ete a mesma atitude e disposição que Maria teve ao pronunciar o seu “Fiat”

perante o anúncio do anjo Gabriel. Nos domingos passados, escutamos as exorta-ções do profeta Isaías e do precursor João Batista, que pediam que preparássemos o caminho para o Senhor. Ao chegar ao ponto culminante do Advento, a Igreja nos convida a contemplar Maria, que os padres da Igreja chamam de “Nova Eva”.

A espiritualidade mariana, que é tipi-camente a espiritualidade do Advento, só será entendida na sua profundidade se Maria for contemplada, tendo como pano de fundo os primeiros pais. Pode--se dizer que o pecado original consiste

na tentativa de apoderar-se daquilo que Deus quer dar como dom. Maria desfez o dano causado por Eva, sendo aberta aos dons de Deus.

O Anjo a saúda como “cheia de gra-ça”, afi rmando que ela é alguém por ex-celência apta para receber um dom que não pode ser apoderado, mas unicamen-te recebido de Deus. O Anjo diz: “O Espí-rito virá sobre ti, e o poder do altíssimo te cobrirá com sua sombra”. Isso é a lingua-gem da graça. Maria foi aquela que dei-xou Deus “apoderar-se” dela. O coração de toda a vida cristã é saber que a nossa vida não se trata de nós, mas a vida de Deus em nós. É dizer “faça-se em mim segundo a tua palavra” (Lc 1,38), pois, para meu Deus, nada é impossível. Em Maria se encerra a atitude fundamental que todo o povo de Israel deveria ter tido em relação a Deus: ela nos ensina, o novo Povo de Israel, a sermos abertos aos dons de Deus e amantes do impossível.

ESPAÇO CULTURAL

Sugestão de leituraA palavra “advento” signi� ca vinda, chegada, começo. O Advento é um período do calendário da Igreja em que se espera a chegada do Menino Jesus. Corresponde às quatro semanas que vêm antes do Na-tal, ou seja, antes do nascimento de Cristo. É ainda o tempo que marca o início do ano litúrgico. Essa explicação está no pequeno livro “O Ad-vento”, que além dessa de� nição apresenta um roteiro para a prepara-ção das quatro semanas desse tempo, ensina como fazer uma bonita coroa do Advento e como criar uma peça de teatro de bonecos, e traz também uma bela oração ao Menino Jesus. É um livro de 16 páginas repleto de ilustrações que irão encantar o público infanto-juvenil.

Autor: Suely Mendes BrazãoOnde encontrar: Livraria Paulinas – Av. Goiás, n. 636 – Setor CentralTelefone: (62) 3224-2329

Texto para a oração: Lc 1,26-38 (página 1269 – Bíblia das Edições CNBB)

É importante que se crie um clima e um ambiente de silêncio, tranquilidade, calma e de paz. Assim, como que uma “escada” que nos conduz a Deus, faça este percurso espiritual.

1. Primeiramente, faça uma leitura atenta. O que o texto diz? Leia com a convicção de que Deus fala com você. Faça silêncio interior para ouvir a Deus.

2. Após, faça a meditação livre. O que o texto diz para você? Refl ita, faça do texto um ruminar, repetindo as palavras ou frases mais signifi cativas. Aplique a men-sagem no seu hoje.

3. Em seguida, faça uma oração espontânea. O que o tex-to faz você dizer a Deus? A partir do texto, converse, dialogue com sinceridade e proximidade com Deus.

4. Passa-se agora à contemplação. Saboreie Deus tão presente na sua realidade, em sua vida.

5. Por fi m, realize a ação. Busque realizar os designíos de Deus em sua vida, revisando o que precisa ser mais de Deus e como dar o seu sim.

IV Domingo do Advento – Ano B. 2Sm 7,1-5.8b-12.14a.16; Sl 88 (89); Rm 16,25-27; Lc 1,26-38

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