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CC EE JJ UU RR II NN FF OO RR MM AA
Edição 243 de 29/01/2013
PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
SECRETARIA DOS NEGÓCIOS JURÍDICOS
PROCURADORIA-GERAL DO MUNICÍPIO
CENTRO DE ESTUDOS JURÍDICOS
SUMÁRIO
Notícias
Nova ferramenta de pesquisa integrada facilita busca no site do
STF
STF suspende ordens de sequestro de verbas contra município de
Cubatão
Candidato aprovado dentro do cadastro de reserva tem direito à
nomeação se surgirem novas vagas
Investigação social em concurso público pode ir além dos
antecedentes criminais
Taxa Selic não pode cumular com correção monetária
Conselhos profissionais devem pagar custas processuais
Renda familiar mensal não é único meio para comprovar
hipossuficiência junto ao INSS
Doença preexistente omitida em seguro de vida não impede
indenização se não foi causa direta da morte
Investigação de paternidade pode ser reaberta se a sentença
original não tiver se baseado em prova técnica
DECRETO Nº 7.892, DE 23 DE JANEIRO DE 2013
Regulamenta o Sistema de Registro de Preços previsto no art. 15 da Lei nº 8.666, de
21 de junho de 1993.
Clique aqui e acesse a íntegra
LEGISLAÇÃO
9º W O R K S H O P
“JULGADOS DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL” Capital”
Dias: 29, 30 e 31 de janeiro de 2013
Horário: das 14h30 às 16h30
Local: Plenário dos Conselheiros da OAB SP
(Praça da Sé, 385 - 2° andar)
Maiores informações e inscrições:
CLIQUE AQUI
ATIVIDADES ACADÊMICAS
DECRETO Nº 7.891, DE 23 DE JANEIRO DE 2013
Regulamenta a Lei no 12.783, de 11 de janeiro de 2013, que dispõe sobre as
concessões de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica, sobre a redução
dos encargos setoriais e sobre a modicidade tarifária, e a Medida Provisória nº 605, de 23
de janeiro de 2013, que altera a Lei no 10.438, de 26 de abril de 2002, e dá outras
providências.
Clique aqui e acesse a íntegra
PORTARIA 70, DE 23 DE JANEIRO DE 2013 (D.O.C. 24.01.2013, p. 1)
ANTONIO DONATO, Secretário do Governo Municipal, no uso da competência que
lhe foi conferida pelo Decreto 53.692, de 08.01.2013,
RESOLVE: DESIGNAR: SECRETARIA MUNICIPAL DOS NEGÓCIOS JURÍDICOS
1 – MARIA APARECIDA DOS ANJOS CARVALHO, RF 670.580.4, para exercer a
função de Procurador Diretor de Departamento, Ref. PRA-05, do Departamento de
Desapropriações, da Procuradoria Geral do Município, da Secretaria Municipal dos
Negócios Jurídicos.
2 – LEOPOLDO ROSSI AZEREDO TELO, RF 753.844.8, para exercer a função de
Procurador Assistente Jurídico, Ref. PRA-02, da Assistência Jurídica, do Gabinete do
Diretor, do Departamento de Desapropriações, da Procuradoria Geral do Município, da
Secretaria Municipal dos Negócios Jurídicos.
SECRETARIA DO GOVERNO MUNICIPAL, aos 23 de janeiro de 2013.
PROCURADORIA GERAL DO MUNICÍPIO - DEPTO PESSOAL EXPEDIENTES DE DESIGNAÇÃO/SUBSTITUIÇÃO
Conforme despacho exarado no E.D. n.º 003/2013-PGM e autorizado pela
Portaria nº 17/2013/URH-SNJ,
603.161.7/1 – JOSE RUBENS ANDRADE FONSECA RODRIGUES – Procurador do
Município III, PRM 3E, efetivo, para exercer o cargo de Procurador Coordenador, PRA 3,
E.H.: 21.11.03.000.10.00.00-0, da Procuradoria Geral do Município/SNJ, em substituição a
– CARLOS EDUARDO GARCEZ MARINS, 670.650.9/1, Procurador do Município III, PRM
3E, efetivo, durante impedimento legal do titular por estar em férias, no período de
15/01/13 a 24/01/13, dentre servidores municipais titulares do cargo de Procurador do
Município.
TJ - PROVIMENTO CSM Nº 2.028 / 2013
Determina que o horário das 9 ás 11 horas será reservado, exclusivamente, para o
serviço interno de organização do expediente cartorário...
Clique aqui e acesse a íntegra
TJ - COMUNICADO Nº 255/2013
Dispõe sobre o peticionamento eletrônico.
A Presidência do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo comunica aos senhores
magistrados, promotores de justiça, defensores públicos, procuradores, advogados,
demais profissionais do direito e público em geral, que a partir do dia 28 de janeiro de 2013
o peticionamento eletrônico será implantado no Colégio Recursal Central da Capital
(Fórum João Mendes Jr.). Desde essa data, as ações originárias de competência do
Colégio Recursal Central da Capital poderão ser interpostas por peticionamento eletrônico
e os processos eletrônicos que tramitam no Juizado Especial Central (Vergueiro) serão
encaminhados eletronicamente, quando em grau de recurso, ao Colégio Recursal Central,
instância em que tramitarão também eletronicamente.
O peticionamento eletrônico para o Colégio Recursal Central será opcional no período
de 28/1/13 a 1º/2/13, tornando-se obrigatório (nos termos Resolução nº 551, de 31/8/11,
alterada pela Resolução nº 559, de 16/11/11) a partir de 4 de fevereiro de 2013.
Ressalta-se que os processos do Colégio Recursal Central que já tramitam fisicamente
continuarão no modelo de processo físico.
Por fim, observa-se que, nessa fase, apenas o Colégio Recursal Central da Capital
terá implantado o peticionamento eletrônico, sendo certo que para todos os demais
Colégios Recursais existentes continuará vigente o peticionamento físico.
Clique aqui e acesse a íntegra
TJ - RESOLUÇÃO Nº 583/2012
Dispõe sobre honorários sucumbenciais e de honorários contratuais.
Clique aqui e acesse a íntegra
EMENTA Nº 11.605 - Direito civil. Interpretação da norma contida no art. 497,
II, do Código Civil, que proíbe a compra, pelos servidores públicos, em geral, dos
bens ou direitos da pessoa jurídica a que servirem, ou que estejam sob sua
administração direta ou indireta. Considerações à luz da atuação judicial do Município
nos processos de heranças jacentes.
DEPARTAMENTO FISCAL
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
ACÓRDÃO
Registro: 2012.0000516289
DECISÕES RELEVANTES – DEPARTAMENTOS –
PROCURADORIA-GERAL DO MUNICÍPIO –
JURISPRUDÊNCIA
ADMINISTRATIVA
Vistos, relatados e discutidos estes autos do Apelação nº 0046126-
66.2011.8.26.0053, da Comarca de São Paulo, em que é apelante PREFEITURA
MUNICIPAL DE SÃO PAULO, são apelados JOSE ROBERTO KOPENHAGEN FELD
(E OUTROS(AS)), LEONARDO LAPA XAVIER, ANDERSON RODRIGUES
QUEIROZ SILVA, JORGE FRANCISCO VIEIRA, MARIO SERGIO ROCHA,
EDUARDO OLEA GRANITO, ROBERTO LUIS MACHADO BUENO, MARCOS
ANTONIO BARBOSA, MARCELO TANNURI DE OLIVEIRA, EUDE FRANÇA
PONTES, ERNESTO VICENTE CRENITH, DONATO LAURIA NETO, ALEX BRAGA
XIMENES, ROGERIO CERON DE OLIVEIRA, ALEX VICENTINI LELIS, SUZANA
MARIA SALGADO JONET, PAULA REIS PATRICIO, ANTONIA REGINA CORREA
LUZ, IZILDINHA DA CONCEIÇAO ANSELMO AFONSO MARQUES DE ARAUJO,
ALEXANDRE SERDOZ PEREIRA, MARCELO MAION, ANA LUCIA DE MOTTA
MAIA SAMPAIO, SAULO FERRAZ ALVES MEDEIROS, NICELMO DE ABREU
ANDRADE, MARCUS AURELIO PAGLIUSI GARRIDO, ROSIRIS DE FATIMA
GABRIEL RODRIGUES, JORGE LUIZ MONASTERIO TELLES FERREIRA,
JORGE TUPYNAMBA REIS TELLES FERREIRA FILHO, SOLANGE
MARTINS e FILIPE BRAND THOMAZ LELLES.
ACORDAM, em 6ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça de São
Paulo, proferir a seguinte decisão: "Deram provimento ao recurso. V. U.", de conformidade
com o voto do Relator, que integra este acórdão.
O julgamento teve a participação dos Exmo. Desembargadores LEME DE
CAMPOS (Presidente sem voto), REINALDO MILUZZI E MARIA OLÍVIA ALVES.
São Paulo, 24 de setembro de 2012.
SIDNEY ROMANO DOS REIS
Relator
Apelação n. 0046126-66.2011.8.26.0053 voto nº 16.823
Apelante: Prefeitura Municipal de São Paulo
Apelado: José Roberto Kopenhagen Feld e outros
Comarca: São Paulo
Magistrado sentenciante: Kenichi Koyama
Apelação Cível Imposto de renda Incidência sobre o terço
constitucional de férias gozadas Ação visando à declaração de
inexigibilidade e restituição das diferenças não prescritas Sentença de
procedência Recurso voluntário da Prefeitura Provimento de rigor O
acréscimo de um terço sobre a remuneração de férias gozadas possui
natureza remuneratória, e não indenizatória, sujeitando-se, portanto, à
incidência do imposto de renda Precedentes do E. STJ e desta Corte R.
sentença reformada Recurso provido.
1. Trata-se de recurso voluntário interposto pela Prefeitura contra a r. sentença de
fls. 182/185, que julgou procedente a ação para declarar a inexigibilidade do imposto de
renda incidente sobre o adicional constitucional de 1/3 sobre as férias, assim como para
condenar a apelante à restituição das diferenças não prescritas.
Alega a apelante, em razões de fls. 197/201, que a jurisprudência pátria tem
entendido que o terço constitucional tem natureza salarial se houve efetivo gozo das férias.
Tempestivo o recurso voluntário, foi o mesmo regularmente processado, com
apresentação das contrarrazões às fls. 216/223.
É o relatório.
2. O recurso merece provimento. Com efeito, já restou pacificado no C. Superior
Tribunal de Justiça que o terço constitucional de férias (remuneração que se acresce ao
salário na proporção de 1/3 quando do gozo das férias), previsto no artigo 7º, XVII, da CF,
possui natureza remuneratória, sujeitando-se à incidência do imposto de renda.
Nesse sentido:
O direito a um terço a mais do que o salário normal recebido pelos
servidores públicos do Distrito Federal, além de gozo de férias
remuneradas, assegurado pela Constituição Federal (art. 7º, inciso
XVII), não tem caráter indenizatório, mas constitui espécie de
remuneração sobre a qual incide o imposto de renda (...). (RMS
14048/DF rel. Ministro GARCIA VIEIRA DJ 04/11/2002 p. 146).
TRIBUTÁRIO - IMPOSTO DE RENDA - SERVIDORES
PÚBLICOS FEDERAIS TERÇO CONSTITUCIONAL DE FÉRIAS
GOZADAS - NATUREZA REMUNERATÓRIA IMPOSTO DE
RENDA - INCIDÊNCIA.
1. Os valores recebidos por servidores públicos federais a título de
terço constitucional de férias gozadas possuem natureza remuneratória,
por isso, sobre eles incide Imposto de Renda. Precedentes.
2. Recurso especial não provido. (Resp 1115996 / RS, rel. Ministra
ELIANA CALMON, T2, J. 01.10.2009)
Adotando igual posicionamento: Resp 763.086/PR, Rel. Min. ELIANA CALMON,
DJ 03.10.2005; e Resp 663.396/CE, Rel. Min. FRANCIULLI NETTO, DJ 14.03.2005.
De fato, no caso de férias gozadas, o terço constitucional previsto no art. 7º, inciso
XVII, não se caracteriza como verba indenizatória, tornando-se, portanto, passível de
incidência do imposto de renda.
Esta Egrégia Corte já teve a oportunidade de se manifestar em casos análogos,
sedimentando o entendimento já pacificado pelo E. STJ, como se observa abaixo:
Servidores Estaduais ativos. Imposto de Renda e Contribuição
previdenciária, incidentes sobre o terço constitucional de férias.
Sentença de parcial procedência, declarando a inexigibilidade com a
consequente repetição da contribuição previdenciária. Recursos da
Fazenda do Estado e das autoras buscando a inversão do julgado na
parte que sucumbiram. Inadmissibilidade. A incidência de
contribuição previdenciária, sobre o terço de férias, até o advento da
Lei Complementar Estadual nº 1.012/2007, contrariava o regime
constitucional vigente a partir da Emenda Constitucional nº 41/2003,
tendo razão as autoras, portanto, em seu reclamo. Repetição do
indébito que não deve observar o prazo de dez anos, aplicando-se o
disposto na Lei Complementar 118/2005, uma vez que a ação foi
ajuizada somente em junho de 2010. Precedentes do E. STF. O terço
constitucional de férias possui natureza remuneratória, constituindo,
assim, fato gerador do imposto de renda, consoante os termos do artigo
43 do Código Tributário Nacional. Precedentes do C. STJ. Recurso
oficial parcialmente provido, para determinar que os juros de mora
devem incidir a partir do trânsito em julgado (Súmula nº 188 do STJ),
desprovido os voluntários. (Apelação 0018244-66.2010.8.26.0053,
Rel. Des. Aroldo Viotti, j. 06/08/2012)
SERVIDORES PÚBLICOS ESTADUAIS. Agentes Fiscais de Rendas.
Ação visando à declaração da ilegalidade da incidência de contribuição
previdenciária e imposto de renda sobre o terço constitucional de
férias. Sentença que julgou procedente o pedido. Preliminares
arguidas. Ilegitimidade passiva e inépcia da petição inicial. Rejeição -
Reforma parcial necessária - Impossibilidade da incidência apenas em
relação à contribuição previdenciária, posto que tal verba possui
natureza indenizatória, que não se incorpora aos vencimentos. O terço
constitucional pago referente a férias usufruídas possui natureza
jurídica de remuneração, nele podendo incidir imposto de renda. Juros
moratórios na repetição de indébito são devidos a partir do trânsito em
julgado da sentença. Súmula 188 do STJ - Precedentes do Superior
Tribunal de Justiça - Apelo parcialmente provido. (apelação 0009875-
20.2009.8.26.0053, rel. Des. Rebouças de Carvalho, j. 13.06.2012)
REPETIÇÃO DE INDÉBITO. Contribuição previdenciária e imposto
de renda incidentes sobre o terço constitucional de férias.
CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. Não incidência sobre as
parcelas não incorporáveis à remuneração do servidor. Restituição
devida. IMPOSTO DE RENDA. Verba de caráter remuneratório.
Incidência legítima. Sentença de procedência. Recurso parcialmente
provido. (apelação 0007490-65.2010.8.26.0053, rel. Des. Reinaldo
Miluzzi, j. 20.06.2011)
Destarte, era o caso de improcedência da ação, motivo pelo qual deve ser reformada
a r. sentença apelada, com a inversão dos ônus da sucumbência, com os quais deverão arcar
os autores, fixando-se honorários advocatícios em 10% do valor dado à causa.
3. Ante todo o exposto, pelo meu voto, dou provimento ao recurso.
SIDNEY ROMANO DOS REIS
Relator
____________________
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
COMARCA DE SÃO PAULO
FORO CENTRAL - FAZENDA PÚBLICA/ACIDENTES
3ª VARA DE FAZENDA PÚBLICA
SENTENÇA
Processo nº: 0047826-77.2011.8.26.0053
Classe - Assunto Mandado de Segurança - Organização Político-administrativa
/Administração Pública
Impetrante: Federação dos Hosp., Clínicas, Casas de Saúde, Lab. de Pesquisas e
Análises Clínicas e Demais Est. de Serv. Saúde/SP
Impetrado: Diretor do Departamento de Rendas Mobiliárias da Secretaria de Finanças
e Desenvolvimento Economico do Município de SP
Juiz(a) de Direito: Dr(a). Luis Manuel Fonseca Pires
Vistos.
Trata-se de mandado de segurança coletivo no qual a impetrante objetiva o
reconhecimento de que o fato gerador do ISS na relação entre as operadoras de plano de
saúde e as prestadoras de serviço dê-se somente no momento da apresentação e aprovação
das contas do prestador de serviços à empresa gestora dos planos de saúde inclusive sendo
este o momento para a emissão da nota fiscal e não o momento da prestação de serviços;
diz ainda que muitas vezes as contas apresentadas pelos prestadores à operadora são pagas
em parte, o que exige a emissão de nova nota fiscal, e outra vez o recolhimento do tributo, o
que gera bitributação.
O pedido liminar foi indeferido (fls. 52).
Houve interposição de agravo de instrumento (fls. 55-56).
A autoridade impetrada prestou informações (fls. 87-100). O Ministério Público
não se manifestou (fls. 104-107).
É o relatório. Decido.
A autoridade impetrada não é nem pode ser parte no mandado de segurança se
fosse, deveria ser representada por advogado, o único que goza da capacidade
postulatória.
Se a autoridade apontada como coatora detém, ou não, capacidade para a prática do
ato imputado como ilegal, ainda assim a autoridade impetrada não compõe o pólo passivo.
Como ensina com propriedade Sérgio Ferraz:
Pólo passivo, sim, a ser individualizado, sob as penas da lei, na inicial,
é a pessoa jurídica a que vinculado funcionalmente o coator (ou, como
litisconsortes passivos necessários, terceiros postos em xeque pela
iniciativa de desconstituição do ato)1.
Como assevera em seguida o mesmo jurista, os seguintes argumentos devem ser
considerados: a) a autoridade impetrada não presenta ou representa a respectiva pessoa
1 Mandado de Segurança, p. 86-87.
jurídica; b) a autoridade impetrada não presta informações como órgão da pessoa jurídica, e
sim como agente administrativo, logo, as informações da autoridade não representam
defesa do ato impugnado2.
O sujeito passivo no mandado de segurança, portanto, apenas pode ser a pessoa
jurídica que suportará os efeitos da eventual concessão da ordem.
Neste sentido, além do entendimento citado de Sérgio Ferraz, é ainda a doutrina de
Celso Bastos3, e igualmente Lúcia Valle Figueiredo:
sempre que houver concessão de ordem, quem efetivamente suportará os
ônus, os incômodos, dessa concessão será sujeito passivo do mandado
de segurança. (...) De há muito modificamos posição anterior, para
adotar a daqueles que enfatizam ser parte a pessoa de direito público e
não, apenas, litisconsorte passivo necessário. A autoridade coatora teria
apenas o dever de informar4.
Em realidade, então, quando a pessoa jurídica de direito público postula para
ingressar como litisconsorte em verdade não há esta qualificação jurídica porque se a
autoridade coatora não é parte então a pessoa jurídica de direito público não concorre no
pólo passivo, mas é a própria parte passiva da relação jurídica processual.
Enfático a respeito é Sérgio Ferraz ao dizer que
(...) 'sujeito passivo, no mandado de segurança, é a pessoa jurídica
que vai suportar os efeitos defluentes da ação'. Ela sequer é
litisconsorte necessária da autoridade coatora, eis que esta, pelos
motivos já antes expostos, 'não é parte' (...)5.
Portanto, afasto a tese de ilegitimidade de parte porque parte é a pessoa jurídica
que eventualmente suportará os efeitos da ordem.
As demais preliminares confundem-se com o mérito se há o direito reclamado, e
como tal serão tratadas.
Cuida o mérito em saber se em razão da especificidade do serviço prestado é
legítimo exigir como ocorrência do fato gerador do ISS outro momento a apresentação e a
aprovação das contas pelas operadoras de plano de saúde que não a efetiva prestação do
serviço por parte dos seus associados.
A própria impetrante admite que são inúmeras as glosas praticadas pelo setor,
alguns contratos entre operadoras de planos de saúde e prestadores de serviços prevêem
regras para o procedimento de glosa, mas outros sequer as mencionam. Reconhece que são
mais de trezentas as hipóteses disciplinadas entre as glosas possíveis, e que é comum as
operadoras de planos de saúde levarem meses em análise das contas apresentadas.
O problema, à evidência, não é de relação jurídico-tributária, mas de direito
privado, da relação jurídica existente entre as operadoras de planos de saúde e seus
associados que prestam serviço.
2 Op. cit., p. 88.
3 Citado por Sérgio Ferraz, op. cit., p. 92.
4 Mandado de segurança, 3ª ed., p. 50-51.
5 Op. cit., p. 89.
Não é o Estado que deve se ajustar às operadoras de saúde, mas o inverso. Os
“efeitos nefastos” da glosa que exigem regulamentação (fls. 7) dizem respeito ao trâmite
privado entre as operadoras e os efetivos prestadores de serviço.
Não se pode, diante da dificuldade prática enfrentada, desprezar a expressa previsão
do art. 1º da Lei Complementar n° 116/03 e do art. 1º da Lei Municipal n° 13.701/03 que
estipulam como fato gerador do ISS a prestação do serviço, o que justifica, portanto, a
emissão de nota fiscal por ocasião de sua realização, nos termos do art. 1º da Lei Municipal
n° 14.097/05.
Se há explícita previsão legal o que cumpre o princípio da legalidade então a
desconsideração destas normas só se justificaria se fossem inconstitucionais, e não porque
incômodas ou inconvenientes a algum determinado grupo econômico.
A burocratização do trâmite das operadoras de plano de saúde pois não há regras
claras sobre as glosas de serviços, levam-se meses à apreciação das contas, para o
pagamento com glosas exigem novas notas fiscais revela a necessidade premente de
modificação da relação jurídica entre as operadoras e os seus associados, e não, por
conveniência, com o fisco.
Ante o exposto, JULGO IMPROCEDENTE o pedido e, por consequência,
DENEGO A SEGURANÇA.
P.R.I.
São Paulo, 04 de julho de 2012.
LUIS MANUEL FONSECA PIRES
Juiz de Direito
DEPARTAMENTO JUDICIAL
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
Despacho
Agravo de Instrumento Processo nº 0152007-60.2012.8.26.0000
Relator(a): ANA LUIZA LIARTE
Órgão Julgador: 4ª CÂMARA DE DIREITO PÚBLICO
Trata-se de agravo de instrumento interposto pela PREFEITURA MUNICIPAL DE
SÃO PAULO contra decisão que concedeu liminarmente o medicamento pleiteado pelo ora
agravado. Defende não ser possível a imposição de multa diária contra a Fazenda Pública,
além de se insurgir contra o atestado apresentado pelo o ora recorrido, o qual se encontraria
desatualizado.
Presentes os requisitos legais, concedo efeito suspensivo ao recurso.
Veja que, de fato, a prescrição médica juntada pelo impetrante encontra-se
desatualizada (fls. 25). Note que a receita é datada de 17 de janeiro de 2011, enquanto que o
mandado de segurança foi proposto apenas cerca de um ano e meio depois, no dia 26 de
agosto de 2012.
Como se não bastasse, constata-se do referido receituário que o tratamento deveria
durar 6 semanas, mostrando-se, assim, impossível concluir, por ora, se o tratamento ainda é
indispensável para a vida/saúde do ora agravado ou se é ainda esse medicamento o mais
eficaz para o combate do mal que o acomete.
À parte contrária.
Int.
São Paulo, 24 de julho de 2012.
ANA LUIZA LIARTE
Relator
____________________
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
COMARCA DE SÃO PAULO
12ª VARA DE FAZENDA PÚBLICA
DECISÃO
Mandado de Segurança nº 0040310-69.2012.8.26.0053
Impetrante: Marcio Cesar Lopes da Silva
Impetrado: Comandante da Guarda Civil Metropolitana - Prefeitura Municipal de São
Paulo e outros
MM. Juiz(a) de Direito: Silvia Maria Meirelles Novaes de Andrade
Vistos.
Cuida-se de pedido de reconsideração de decisão que concedeu a liminar para o fim
de impedir a remoção de ofício de Guarda Civil Metropolitano, dentro do período de três
meses antes das eleições.
Ao que se apura dos autos, e pela documentação juntada com o pedido, verifica-se
que a remoção do impetrante não decorreu de ato de perseguição política, mas sim, da
necessidade premente de garantir a segurança pública nos parques municipais, diante da
suspensão dos serviços prestados pelas empresas de segurança privada.
Por outro lado, a atuação da Guarda Civil Metropolitana, no âmbito do Município
de São Paulo, equipara-se à atuação das polícias militares, dos policiais civis e dos agentes
penitenciários dos Estados, logicamente guardadas as devidas proporções e limitações
constitucionais.
Desse modo, possível, ao menos em uma análise perfunctória e preliminar da
questão, verificar que tal atividade enquadra-se na hipótese de exceção contida no art. 73,
inciso V, alínea “e”, da Lei n. 9.504/97 (Lei das Eleições), razão pela qual se torna possível
a remoção ex officio do GCM por absoluta necessidade do serviço e para o fim de atender
ao interesse público, durante o período eleitoral, tal como ocorreu no caso.
Assim sendo, tendo melhor conhecimento da questão aqui tratada,
RECONSIDERO a decisão de fls. 26/27, cassando a liminar concedida.
Expeça-se o necessário.
Após, aguarde-se a vinda das informações, ao MP e tornem conclusos.
Int.
São Paulo, 17 de setembro de 2012.
SILVIA MARIA MEIRELLES NOVAES DE ANDRADE
Juíza de Direito
Nova ferramenta de pesquisa integrada facilita busca no site
do STF
Desenvolvida pela Secretaria de Tecnologia da Informação do Supremo Tribunal
Federal, uma nova modalidade de pesquisa de conteúdo está disponível na
página eletrônica da Corte. O objetivo do serviço é facilitar a busca por informações
sobre quaisquer temas de interesse do usuário, publicados no site.
Fonte: STF
Clique aqui para ler a notícia na íntegra
Voltar
STF suspende ordens de sequestro de verbas contra
município de Cubatão
Uma decisão do ministro Ricardo Lewandowski, no exercício da presidência do
Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu duas ordens de sequestro de rendas
expedidas contra o Município de Cubatão (SP) relativas a pagamento de precatórios.
As ordens de sequestro foram proferidas pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-
NOTÍCIAS
SP), cobrando dívidas no valor de R$ 82 mil e R$ 4,8 mil. O município alegou ao STF
que as decisões criam risco de efeito multiplicador e ameaçam a economia pública.
Fonte: STF
Clique aqui para ler a notícia na íntegra
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Candidato aprovado dentro do cadastro de reserva tem
direito à nomeação se surgirem novas vagas
A aprovação de candidato em concurso público dentro do cadastro de reservas, mesmo
que fora do número de vagas inicialmente previsto no edital, garante o direito subjetivo
à nomeação se houver o surgimento de novas vagas, dentro do prazo de validade do
concurso. A decisão é da Segunda Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) ao
julgar recurso de um candidato na Bahia, que prestou concurso público para soldado da
Polícia Militar do estado. O ministro Mauro Campbell Marques disse que a
administração pública deve convocar os candidatos que compõem o cadastro de
reserva, uma vez que eles já foram aprovados por mérito e têm o direito de assumir o
cargo pleiteado.
Fonte: STJ
Clique aqui para ler a notícia na íntegra
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Investigação social em concurso público pode ir além dos
antecedentes criminais
A investigação social exigida em edital de concurso público não se resume a verificar se
o candidato cometeu infrações penais. Serve também para analisar a conduta moral e
social ao longo da vida. Com esse fundamento, a Sexta Turma do Superior Tribunal de
Justiça (STJ) negou o recurso de candidato em concurso da Polícia Militar (PM) da
Rondônia, que pretendia garantir sua participação no curso de formação.
Fonte: STJ
Clique aqui para ler a notícia na íntegra
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Taxa Selic não pode cumular com correção monetária
Por maioria de votos, a Segunda Seção do Superior Tribunal de Justiça (STJ) acolheu
parcialmente recurso da Brasil Telecom S/A contra decisão do próprio tribunal em uma
ação de indenização. A Turma afastou a aplicação de correção monetária no mesmo
período de incidência da taxa Selic.
A empresa de telecomunicações foi condenada a indenizar uma empresa comercial
pela não entrega das ações. Como essa entrega era impossível, foi fixada indenização
com base no valor das ações na Bolsa de Valores, com correção monetária a partir do
pregão na data do trânsito em julgado da condenação e juros de mora desde a citação.
A Selic foi a taxa de juros adotada. Essa foi a decisão da Segunda Seção que, por
maioria de votos, acompanhou o relator.
Fonte: STJ
Clique aqui para ler a notícia na íntegra
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Conselhos profissionais devem pagar custas processuais
As entidades fiscalizadoras de exercício profissional não estão isentas do pagamento
de custas processuais. A Segunda Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ)
entende que essas entidades não têm direito à isenção prevista no artigo 4º da Lei
9.289/96.
Com esse entendimento, a Turma negou agravo contra decisão monocrática (individual)
do ministro Castro Meira, que declarou deserto recurso do Conselho Regional de
Enfermagem do Rio de Janeiro – COREN/RJ, por falta de pagamento das custas e do
porte de remessa e retorno do recurso. Isso acarreta falha no preparo do processo.
De acordo com a Súmula 187 do STJ, “É deserto o recurso interposto para o Superior
Tribunal de Justiça quando o recorrente não recolhe, na origem, a importância das
despesas de remessa e retorno dos autos”.
Fonte: STJ
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Renda familiar mensal não é único meio para comprovar
hipossuficiência junto ao INSS
A Segunda Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou o pedido para
reformular decisão do Tribunal Regional da Terceira Região (TRF3), que negou a uma
mulher o benefício do amparo assistencial aos hipossuficientes.
A jurisprudência do STJ dispõe que é possível ao idoso e ao deficiente físico
demonstrar a condição de hipossuficiência por outros meios que não apenas a renda
familiar mensal – estabelecida pela lei em um quarto do salário mínimo.
Entretanto, segundo o TRF3, a parte não comprovou os requisitos necessários para a
concessão do benefício. A idosa, no caso, é casada com um aposentado e o casal
mora em casa própria com um neto. Além disso, contava com o apoio financeiro dos
filhos. O STJ não analisou o mérito do recurso, por envolver matéria de prova, não pode
ser analisada pela Corte Superior.
Fonte: STJ
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Doença preexistente omitida em seguro de vida não impede
indenização se não foi causa direta da morte
A omissão de informações sobre doença preexistente, por parte do segurado, quando
da assinatura do contrato, só isentará a seguradora de pagar a indenização em caso de
morte se esta decorrer diretamente da doença omitida. Se a causa direta da morte for
outra, e mesmo que a doença preexistente tenha contribuído para ela ao fragilizar o
estado de saúde do segurado, a indenização será devida.
Com esse entendimento, a Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) deu
razão a uma recorrente do Rio Grande do Sul, beneficiária de seguro de vida
contratado com a União Novo Hamburgo Seguros S/A, e reformou decisão da Justiça
gaúcha que havia afastado a cobertura securitária em razão de suposta má-fé do
segurado ao omitir a existência de doença anterior.
O segurado celebrou contrato com a seguradora em 1999. Em agosto de 2000, ele
morreu em consequência de insuficiência respiratória, embolia pulmonar e infecção
respiratória, após sofrer acidente que lhe causou fratura no fêmur.
Fonte: STJ
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Investigação de paternidade pode ser reaberta se a sentença
original não tiver se baseado em prova técnica
A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça (STJ) admite o ajuizamento de nova
ação de investigação de paternidade, quando o pedido foi julgado improcedente por
falta de prova, mas não foi excluída a possibilidade de vínculo genético. Diante disso, a
Quarta Turma do STJ determinou o processamento de uma ação proposta por mulher
nascida em 1939.
Originalmente, a ação foi julgada improcedente com base apenas em provas
testemunhais de parentes e amigos do investigado e no comportamento da genitora.
Contudo, o processo também contém depoimentos que apontam fortes indícios da
paternidade.
Fonte: STF
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