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Unioeste Unioeste PLANO DE AULA Estagiárias-Docentes: Célia Camila Barbosa; Débora Karine Vollmann. Escola: Colégio Estadual Santa Felicidade Docente Supervisor (a): Bernardo Antonio Gasparotto Ensino: MÉDIO Série/ Turma: 1º ano N.º de alunos: 30 Tema: Classicismo Sub-Tema: Poema Clássico e atual Hora/aula programadas: 2 aulas de 45 min. Cada Objetivos: Comparar, juntamente com os alunos, a música de Renato Russo com o texto bíblico e a poesia camoniana para verificar a intertextualidade; Levar os alunos a explorarem a forma e o conteúdo do poema Camoniano; Explorar com os alunos as figuras de linguagem de um poema; Propor algumas teorias acerca do que é um poema aos alunos; Fazer os estudantes observarem como os temas do século XVI são ainda atuais e podem ser verificados na música brasileira contemporânea. Conteúdos: Gêneros: poema e música; Gramatical: figuras de linguagem, de construção, de palavras; Teoria acerca do que é um poema (forma e conteúdo). Encaminhamentos Metodológicos: Entregar, impressa, a letra da Música do Renato Russo

C+ëLIA E DEBORA 2 Literatura. Aula 2

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Unioeste Unioeste PLANO DE AULA

Estagiárias-Docentes: Célia Camila Barbosa; Débora Karine Vollmann.Escola: Colégio Estadual Santa Felicidade

Docente Supervisor (a): Bernardo Antonio Gasparotto

Ensino: MÉDIO Série/Turma:1º ano

N.º de alunos:30

Tema: Classicismo

Sub-Tema: Poema Clássico e atual

Hora/aula programadas:2 aulas de 45 min. Cada

Objetivos:

Comparar, juntamente com os alunos, a música de Renato Russo com o texto bíblico e a poesia camoniana para verificar a intertextualidade;

Levar os alunos a explorarem a forma e o conteúdo do poema Camoniano; Explorar com os alunos as figuras de linguagem de um poema; Propor algumas teorias acerca do que é um poema aos alunos; Fazer os estudantes observarem como os temas do século XVI são ainda atuais e

podem ser verificados na música brasileira contemporânea.

Conteúdos:

Gêneros: poema e música; Gramatical: figuras de linguagem, de construção, de palavras; Teoria acerca do que é um poema (forma e conteúdo).

Encaminhamentos Metodológicos:

Entregar, impressa, a letra da Música do Renato Russo (Monte Castelo - Legião Urbana) (Anexo I);

Exploração prévia do conteúdo (sentidos, significados...); Perguntar aos alunos se já conheciam o texto e se eles imaginam como a letra foi

criada. Mostrar que Renato Russo se embasou em conceitos bíblicos e camonianos para a

elaboração da sua música; Levar a Bíblia e ler com os alunos o trecho da Bíblia que fala sobre amor, 1 Coríntios

13 (Anexo II) Expor superficialmente sobre o escritor Camões (anexo III); Ler com os alunos o texto de Camões (Anexo IV); Explicar aos alunos que o texto não é original, visto que se trata de um texto escrito em

português no século XVI (português arcaico); Expor sobre o Poema e suas características (passar no quadro) (Anexo V); Atividade: Dizer aos alunos que na poesia há a presença de figuras de linguagem,

então, entregar-lhes tirinhas com o nome da figura de linguagem e explicações sobre ela para, em dupla, analisarem o poema (onde se encontra, no poema, a figura proposta) (Anexo VI);

Ouvir a música na versão de Ivete Sangalo (Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=4Xl9T_akmSk> Acesso em: 24 jul. 2015);

Recursos:

Multimídia; Folhas sulfites; Quadro negro; Giz.

Avaliação:

Observando os alunos conforme a sua participação nas atividades (orais) e, se necessário, motivar os alunos a participarem da aula;

Avaliando por meio da análise do poema Amor é um Fogo que Arde sem se Ver, de Camões.

Bibliografia:

Antítese e Paradoxo. Disponível em:<http://www.portugues.com.br/gramatica/antitese-paradoxo.html> . Acesso em 06 de agosto de 2015

Cântico do Amor- 1 Coríntios 13. Disponível em:< http://www.paroquias.org/biblia/?c=1+Cor+13> Acesso em 06 de agosto de 2015

GOLDSTEIN, Norma Seltzer. Versos, sons, ritmos. 14. ed. São Paulo: Ática, 2008.

Poema. Disponível em:< http://www.significados.com.br/poema/>. Acesso em 06 de agosto de 2015

Anexos:Anexo I

Ainda que eu falasse a língua dos homense falasse a língua dos anjos, sem amor eu nada seria.

É só o amor, é só o amor;Que conhece o que é verdade;O amor é bom, não quer o mal;

Não sente inveja ou se envaidece.

O amor é o fogo que arde sem se ver;É ferida que dói e não se sente;

É um contentamento descontente;É dor que desatina sem doer.

Ainda que eu falasse a língua dos homense falasse a língua dos anjos, sem amor eu nada seria.

É um não querer mais que bem querer;

É solitário andar por entre a gente;É um não contentar-se de contente;É cuidar que se ganha em se perder;

É um estar-se preso por vontade;É servir a quem vence, o vencedor;

É um ter com quem nos mata a lealdade;Tão contrario a si é o mesmo amor.

Estou acordado e todos dormem todos dormem, todos dormem;Agora vejo em parte, mas então veremos face a face.

É só o amor, é só o amor;Que conhece o que é verdade.

Ainda que eu falasse a língua dos homense falasse a língua dos anjos, sem amor eu nada seria.

Disponível em: <http://www.vagalume.com.br/legiao-urbana/monte-castelo.html> Acesso em: 24 jul. 2015.

Anexo II

1.ª Coríntios 13

Cântico do amor

13 1Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos,se não tiver amor, sou como um bronze que soa 

ou um címbalo que retine.2Ainda que eu tenha o dom da profecia

e conheça todos os mistérios e toda a ciência, ainda que eu tenha tão grande fé que transporte montanhas, 

se não tiver amor, nada sou.3Ainda que eu distribua todos os meus bens e entregue o meu corpo para ser queimado,se não tiver amor, de nada me aproveita. 

4*O amor é paciente,o amor é prestável,

não é invejoso,

não é arrogante nem orgulhoso,5nada faz de inconveniente,

não procura o seu próprio interesse,não se irrita nem guarda ressentimento.

6Não se alegra com a injustiça,mas rejubila com a verdade.

7Tudo desculpa, tudo crê,tudo espera, tudo suporta.

8O amor jamais passará.As profecias terão o seu fim,o dom das línguas terminará

e a ciência vai ser inútil.9Pois o nosso conhecimento é imperfeitoe também imperfeita é a nossa profecia.

10Mas, quando vier o que é perfeito,o que é imperfeito desaparecerá.

11Quando eu era criança, falava como criança,

pensava como criança,raciocinava como criança.

Mas, quando me tornei homem,deixei o que era próprio de criança.

12Agora, vemos como num espelho, de maneira confusa; 

depois, veremos face a face.Agora, conheço de modo imperfeito;

depois, conhecerei como sou conhecido.13Agora permanecem estas três coisas:

a fé, a esperança e o amor;mas a maior de todas é o amor.

Cântico do Amor- 1 Coríntios 13. Disponível em:< http://www.paroquias.org/biblia/?c=1+Cor+13> Acesso em 06 de agosto de 2015

Anexo III

LUÍS VAZ DE CAMÕES

Sem dúvida, Luís Vaz de Camões é o maior nome da literatura portuguesa e um dos maiores da literatura universal. Escreveu poesias líricas, uma poesia épica, 3 peças teatrais e algumas cartas.

Sua vida é repleta de incertezas. Não se sabe ao certo o ano de seu nascimento, porém alguns estudos arriscam em dizer que foi em 1524. Frequentou por algum tempo a Universidade de Coimbra e serviu como militar na África onde perdeu o olho direito. Após permanecer um ano preso por ter agredido um oficial do rei, é exilado por 17 anos, morou inclusive em Macau (colônia portuguesa na China). Retorna para Portugal em 1570 com “Os Lusíadas” pronto.

Disponível em: <http://www.infoescola.com/escritores/luis-vaz-de-camoes/> acesso em: 06 de agosto de 2015

Anexo IV

Amor é um Fogo que Arde sem se Ver

Amor é um fogo que arde sem se ver;É ferida que dói, e não se sente;

É um contentamento descontente;É dor que desatina sem doer.

É um não querer mais que bem querer;É um andar solitário entre a gente;É nunca contentar-se e contente;

É um cuidar que ganha em se perder;

É querer estar preso por vontade;É servir a quem vence, o vencedor;É ter com quem nos mata, lealdade.

Mas como causar pode seu favorNos corações humanos amizade,

Se tão contrário a si é o mesmo Amor?

Luís Vaz de Camões, in "Sonetos"

Anexo V

POEMA E SUAS CARACTERÍSTICAS

POEMA: Poema é uma obra literária que pertence ao gênero da poesia, e cuja apresentação pode surgir em forma de versos, estrofes ou prosa, com a finalidade de manifestar sentimento e emoção.

Um poema possui extensão variável e ao longo do texto expõe temas variados em que há enredo e ação, escritos através de uma linguagem que emociona e sensibiliza o leitor. Geralmente se apresenta em forma de versos e estrofes com rima e ritmo. A prosa poética tem o caráter de poesia devido ao efeito emocional provocado pela linguagem.

Verso: trata-se de uma linha de um poema, com ritmo específico, diferente do de uma linha de prosa. Quando o verso segue as regras da métrica clássica, chama-se verso regular. Quando não obedece a elas, chama-se livre.Estrofe: é um conjunto de versos. Uma linha em branco vem antes, e outra, depois da estrofe, separando-a das demais partes do poema e marcando a sua unidade. Há estrofes de diferentes tamanhos. De um só verso, de dois, de três ou maiores. Conforme o número de versos que a compõem, a estrofe recebe um nome diferente: Por exemplo: três versos-terceto, quatro versos-quarteto, dez versos-décima.Rima interna e externa: A rima externa ocorre quando se repetem sons semelhantes no final de diferentes versos. Pode haver rima entre a palavra final de um verso e outra do interior do

verso seguinte. Temos, então, a rima interna. Em ambos os casos – rima externa ou interna -, trata-se de um recurso de grande efeito musical e rítmico. As rimas podem ser Cruzadas, Emparelhadas, Interpoladas e Misturadas

Anexo VI

Figuras de efeito sonoro (exemplos nos quadro).Aliteração: Aliteração é a repetição da mesma consoante ao longo do poema. O leitor deve buscar seu efeito, em função da significação do texto. Assonância: Assonância é o nome que se dá à repetição da mesma vogal no poema.Repetição de palavras: A repetição de palavras é um recurso muito freqüente. Quando acontece sempre na mesma posição (início, meio ou final de vários versos), recebe o nome de Anáfora.Onomatopéia: Chama-se onomatopéia a figura em que o som da letra que se repete lembra o som do objeto nomeado.

Figuras de similaridadeComparação: também chamada de símile, é uma figura que aproxima dois termos, através da locução conjuntiva "como","assim como", "tal", "qual", e outras do mesmo tipo.Metáfora: há muitos estudos sobre esta figura de grande efeito poético. De maneira simplificada, pode-se compreender a metáfora como uma comparação abreviada, ou seja, da qual se retirou a expressão "como" ou similar.

Figura de oposiçãoAntítese: A antítese consiste na utilização de termos, palavras ou orações que se opõem quanto ao sentido. Veja alguns exemplos:O amor e o ódio caminham lado a lado.A verdade e a mentira fazem parte do dia a dia.Perceba que no mesmo contexto foram utilizadas palavras que possuem sentidos opostos:

AMOR x ÓDIOVERDADE x MENTIRA

Paradoxo: O paradoxo também se fundamenta na oposição, só que esta ocorre entre o mesmo referente, por isso é mais profundo, pois permeia o âmbito das ideias, não simplesmente das palavras ou orações, como na antítese. Veja o exemplo:

Os mesmo braços que serviram de abrigo hoje transmitem solidão.O paradoxo, no exemplo, está sendo representado pela oposição entre ideias: Como é possível o mesmo braço abrigar e trazer solidão?

Antítese e Paradoxo. Disponível em:<http://www.portugues.com.br/gramatica/antitese-paradoxo.html> . Acesso em 06 de agosto de 2015

GOLDSTEIN, Norma Seltzer. Versos, sons, ritmos. 14. ed. São Paulo: Ática, 2008.Poema. Disponível em:< http://www.significados.com.br/poema/>. Acesso em 06 de agosto de 2015