Censo Estrutural Do SudesteSul

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FUNDAO DE AMPARO PESQUISA DE RECURSOS VIVOS NA ZONA ECONMICA EXCLUSIVA FUNDAO PROZEE SECRETARIA ESPECIAL DE PESCA E AQUICULTURA DA PRESIDNCIA DA REPBLICA SEAP/PR INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVVEIS - IBAMA

RELATRIO TCNICO SOBRE O CENSO ESTRUTURAL DA PESCA ARTESANAL MARTIMA E ESTUARINA NOS ESTADOS DO ESPRITO SANTO, RIO DE JANEIRO, PARAN, SANTA CATARINA E RIO GRANDE DO SUL.

Convnio SEAP/IBAMA/PROZEE N 110/2004 (Processo n00350.000748/2004-74)

Itaja - novembro de 2005

ENTIDADE EXECUTORA FUNDAO DE AMPARO PESQUISA DE RECURSOS VIVOS NA ZONA ECONMICA EXCLUSIVA FUNDAO PROZEE PRESIDENTE NATALINO MATSUI SECRETRIO GERAL JOS SEVERINO DE VASCONCELOS GERENTE DE ADMINISTRAO E FINANA JOS DEMETRIOS DOS SANTOS EQUIPE DE APOIO SECRETRIA ANTONIO PAULINO SILVA SETOR DE INFORMTICA EUDES RODRIGUES FILHO CONTABILIDADE FABIANE DA SILVA CORDEIRO VERONICA CARMEN NUNES DE LIMA ENTIDADE PATROCINADORA SECRETARIO ESPECIAL DE PESCA E AQUICULTURA DA PRESIDENCIA DA REPBLICA SEAP/PR. JOSE FRITSCH DIRETOR DE ORDENAMENTO, CONTROLE, ESTATSTICA E INFORMAO DICAP FRANCISCO CHAGAS MACHADO FILHO COORDENADOR GERAL DE ESTATSTICA E INFORMAO JOO STAUB NETO COORDENADOR CONVNIOS SEAP/PROZEE/IBAMA MAURO DE SOUSA MOURA

ENTIDADE COLABORADORA MINISTRA DO MINISTRIO DO MEIO AMBIENTE MMA MARIA OSMARINA MARINA DA SILVA VAZ DE LIMA PRESIDENTE DO INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVVEIS IBAMA MARCUS LUS BARROSO BARROS DIRETOR DA DIRETORIA DE FAUNA E RECURSOS PESQUEIROS RMULO JOS FERNANDES BARRETO MELLO COORDENADOR DA COORDENADORIA-GERAL DE GESTO DOS RECURSOS PESQUEIROS JOS DIAS NETO CHEFE DO CENTRO DE PESQUISA E GESTO DOS RECURSOS PESQUEIROS DO LITORAL SUDESTE E SUL CEPSUL LUIZ FERNANDO RODRIGUES CHEFE DO CENTRO DE PESQUISA E GESTO DOS RECURSOS PESQUEIROS LAGUNARES DO LITORAL SUL - CEPERG GILMAR ANTNIO WASIELESKI VIEIRA GERENTES EXECUTIVOS DO IBAMA Esprito Santo RICARDO VEREZA LODI Rio de Janeiro ROGRIO ROCCO Paran MARINO ELGIO GONALVES Santa Catarina LUIZ ERNESTO TREIN Rio Grande do Sul MARIA CECLIA HYPLITO

ENTIDADES PARCEIRAS Paran Empresa de Assistncia Tcnica e Extenso Rural - EMATER Santa Catarina - Universidade do Vale do Itaja - UNIVALI

EQUIPE DE EXECUO DO CENSO ESTRUTURAL DA PESCA COORDENAO GERAL Joaquim Benedito da Silva Filho Samuel Nlio Bezerra Jos Augusto Negreiros Arago COORDENAO REGIONAL Arno Hbbe Filho EQUIPE TCNICA Esprito Santo Jair Valentim da Silva - Coordenador Hudson da Penha Ribeiro Lcio Teodoro Jorge Rio de Janeiro Luiz Henrique Arantes Moreira - Coordenador Edson Sobral Soares Marcelo Cardozo Demarco Willian Esprito de Abreu Paran Luiz Danilo Muehlmann - Coordenador Lcio George Domit Maria Beatriz Porto Santos Santa Catarina Arno Hbbe Filho - Coordenador Celso Fernandes Lin David de Carvalho Figueiredo Antonio Alberto da S. Menezes Emmanuel Campos Neto Roberto Wahrlich Rio Grande do Sul Gilmar Deasieleski Vieira - Coordenador Vera Alcina Garcia Maria de Ftima Rodrigues Nei Cantaruti Eveline Bernardes Roberta Gonzales Ulisses Silva Daniela Gelain

REDE DE RECENSEADORES Esprito Santo (12) PROZEE: 11 IBAMA: 1 Rio de Janeiro (37) PROZEE: 33 IBAMA: 4 Paran (57) PROZEE: 10 EMATER: 47 Santa Catarina (59) Rio Grande do Sul (21) PROZEE: 59 PROZEE: 21

1. INTRODUO

O litoral dos estados do Esprito Santo, Rio de Janeiro, Paran, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, em virtude da diversificao de ambientes costeiros e de apresentarem inmeras reas de criadouros naturais, responsvel pela ocorrncia de grande abundncia de recursos pesqueiros, representados por peixes, crustceos e moluscos; tal situao traduz-se por uma quantidade expressiva de comunidades voltadas explorao desses recursos.

A estatstica dessa atividade pesqueira martima de nvel artesanal tem-se mostrado extremamente falha nas regies Sudeste e Sul, em razo da inexistncia de uma sistematizao da coleta e processamento de dados, alm da pequena abrangncia das comunidades controladas nos diversos estados daquelas reas.Tal situao resultou do abandono, pelas as mais variadas razes, de um trabalho historicamente desenvolvido pelos servios estaduais de extenso pesqueira e de organismos do Governo Federal.

O Projeto Censo Estrutural da Pesca Artesanal Martima e Estuarina nos estados do Esprito Santo, Rio de Janeiro, Paran, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, originou-se, pois, de duas necessidades fundamentais, quais sejam, o melhor conhecimento sobre a atividade pesqueira comunitria e a expanso, em termos nacionais, do sistema de acompanhamento estatstico conhecido como

ESTATPESCA, j em desenvolvimento, com sucesso, nas regies Norte e Nordeste do Pas. A concepo desse sistema est baseada em um censo estrutural da atividade pesqueira, nos locais de desembarque de pescado, a partir do qual delineado e implementado um programa contnuo de coleta de dados.

Em sntese, os objetivos especficos podem ser definidos pela coleta de informaes sobre os locais de desembarque de pescado e a infra-estrutura de apoio pesca existente nas comunidades litorneas e estuarinas do Sudeste/Sul; identificao das pescarias praticadas e principais espcies capturadas; e cadastramento da frota pesqueira atuante.

2. MATERIAL E MTODO

Em cada Estado, o censo foi realizado, simultaneamente, em todos os locais de desembarque da pesca artesanal, durante o perodo de, aproximadamente, um ms, e constou das seguintes etapas : Levantamento bibliogrfico sobre os sistemas de coleta de dados e a atividade pesqueira no Estado;

Articulao institucional com organismos interessados na coleta de informaes sobre a pesca artesanal, principalmente universidades, empresas de

desenvolvimento agropecurio, colnias de pescadores,e outras entidades representativas do setor;.

Reconhecimento dos Locais de Desembarques

Viagens de reconhecimento foram realizadas, percorrendo-se a costa do Estado, para visitar todas as comunidades pesqueiras, com o objetivo de localizar e quantificar os pontos de desembarque e obter informaes preliminares sobre as principais espcies capturadas, os perodos de safra, os diversos tipos e quantidades aproximadas de embarcaes e artes de pesca utilizadas. Ao mesmo tempo, mantiveram-se contatos com lideranas das comunidades, visando divulgao do projeto e identificao de pessoas que poderiam colaborar na sua execuo. Foram tambm levantadas as dificuldades de deslocamento e desenvolvimento do trabalho de entrevistas. Avaliaram-se, ainda, a infra-estrutura de apoio pesca no local, procedimentos utilizados por ocasio dos desembarques, locais de trabalho, possibilidade de alojamento para estagirios, meios de comunicao etc.

Preparao das entrevistas do censo.

A partir das informaes prvias, acima mencionadas, definiu-se a abrangncia e contedo do Censo Estrutural e foram elaborados os formulrios a serem preenchidos durante as entrevistas nas comunidades pesqueiras. Procedeu-se, a

seguir, ao planejamento da execuo do censo de cada estado, dimensionando-se os recursos humanos, materiais e financeiros necessrios.

Seleo e treinamento dos entrevistadores

A seleo dos entrevistadores foi direcionada, principalmente, a membros das comunidades a serem pesquisadas, segundo critrios definidos pela equipe de coordenao. Aps a seleo, ministrou-se um treinamento para os mesmos constando dos seguintes temas: Apresentao do projeto e seus objetivos. Apresentao dos principais problemas de ordem operacional. Apresentao dos formulrios de entrevistas. Simulao prtica da coleta em uma comunidade. Discusso e avaliao dos resultados da simulao. Orientaes e recomendaes finais.

Aplicao do Censo

Cada entrevistador ficou responsvel por uma rea de trabalho, compatvel com sua capacidade de deslocamento, tendo o seu desempenho supervisionado pela equipe de coordenao.

Foram os seguintes os modelos de formulrios utilizados, que constam em anexo:

Formulrio 1 Caracterizao dos Locais de Desembarque

Formulrio 2 - Caracterizao das Pescarias

Formulrio 3 - Informaes sobre as espcies

Formulrio 4 - Cadastramento das Embarcaes

Processamento dos dados: foi utilizado um sistema computadorizado, especialmente dirigido s necessidades do projeto, conhecido como programa ESTATPESCA e que consta dos seguintes mdulos principais: Cadastros, Movimentos, Estimativas, Relatrios, Consultas e Utilitrios.

3. RESULTADOS E DISCUSSO

3.1 ESPRITO SANTO A regio costeira tem, aproximadamente, 460 Km de extenso e composta por 14 municpios, com uma populao de 3.352.024 indivduos, dos quais 75% esto distribudos em zonas urbanas e 25% nas rurais. Possui um setor pesqueiro de grande relevncia para a economia do estado, pois responsvel pela gerao de, aproximadamente, 14.000 empregos diretos e 5.000 indiretos (geralmente de multiplica por 4 a 5 o nmero de indiretos envolvendo a indstria pesqueira e o contingente dos servios de apoio), sendo a principal fonte de emprego e renda em alguns municpios, como Maratazes, Itapemirim, Pima e Conceio da Barra.

Figura 1 Municpios do Estado do Esprito Santo, com destaque para os principais costeiros

3.1.1 Locais de Desembarque

A pesca artesanal no Estado do Esprito Santo conta com 72 pontos de desembarque, conforme mostrado no quadro abaixo: No LOCALIDADES 02 15 04 06 09 06 07 04 03 01 03 04 03 05 72

MUNICPIOS Presidente Kennedy Maratazes Itapemirim Pima Anchieta Guarapar Vila Velha Vitria Serra Fundo Aracruz Linhares So Mateus Conceio da Barra TOTAL

A maioria dos municpios litorneos possui estaleiro para construo, reforma e manuteno de embarcao, alguns, porm, em condies precrias. Entre os que possuem algum tipo de infra-estrutura de apoio manuteno, os mais bem estruturados so Pima, Anchieta, Vila Velha e Vitria; apenas em Presidente Kennedy, Serra, Linhares e So Mateus no existem estaleiros e/ou carpintaria, registrando-se, entretanto, servios de oficinas, calafetagem, pinturas, dentre outros, mostrados no quadro seguinte.

O acesso s localidades pesqueiras do litoral sul facilitado pela proximidade de rodovia asfaltada. No litoral norte, algumas localidades apresentam extrema dificuldade de acesso. As comunidades pesqueiras de municpios como Linhares e So Mateus, so de difcil acesso, mesmo nos perodos de estiagem.

Municpios Anchieta Aracruz Guarapari Itapemirim Linhares Marataizes Pima Presidente Kennedy So Mateus Serra Vila Velha Vitria Total geral

Reparo de embarcao Estaleiro Carpintaria Outros 1 2 0 1 0 4 2 0 0 0 1 2 13 0 2 0 1 4 8 1 1 3 0 0 1 21 5 2 2 2 4 8 2 1 3 1 7 4 41

As localidades do sul do estado apresentam, no geral, uma infra-estrutura de servios bem melhor que os do norte, inclusive com relao aos acessos. No sul, todos os municpios so dotados de razovel infra-estrutura de servios, enquanto que no norte apenas os municpios de Serra, Aracruz, e Conceio da Barra, encontram-se naquela condio.

Na maior parte dos 72 locais de desembarques a infra-estrutura de conservao de pescado bastante precria. Fbrica de gelo, cmara frigorfica e tnel de congelamento somente so encontrados nas localidades que contam com empresas de pesca, ou nas sedes dos municpios. Onde existem peixarias, algumas possuem cmara frigorfica; no entanto, na maioria, a conservao do pescado feita em pequenos congeladores do tipo freezer ou em caixas de isopor com gelo. Durante o censo, foram registradas as quantidades e capacidades mostradas no quadro abaixo, ressalvando tratar-se apenas daquelas observadas pelos

recenseadores durante o trabalho do censo, no sendo descartada a existncia de quantidades superiores.

Cmara Municpios resfriamento Nr. Anchieta Aracruz Conceio da Barra Fundo Guarapari Itapemirim Linhares Marataizes Pima Presidente Kennedy So Mateus Serra Vila Velha Vitria Total geral

Cmara de congelamento Nr.

Tnel congelamento Nr.

Freezer Nr.

4 3 5 0 8 6 0 12 12 0 1 1 3 2 57

1 0 0 0 0 0 0 4 3 0 11 0 0 3 22

0 0 0 0 0 0 0 1 5 0 0 0 0 0 6

53 100 200 0 231 18 69 63 15 6 55 16 12 11 849

A grande maioria da produo pesqueira capixaba comercializada na forma de pescado inteiro e resfriado. Geralmente, a produo repassada para intermedirios ou empresas de pesca. Os primeiros, normalmente, comercializam com peixarias, restaurantes, consumidor final e, eventualmente, com outros estados. O fluxo de comercializao se comporta conforme apresentado no quadro a seguir.

Peixe (%) Municpios Anchieta Aracruz Guarapari Itapemirim Linhares Marataizes Pima Presidente Kennedy So Mateus Serra Vila Velha Vitria

Camaro (%)

Consumidor Intermedirio Empresas Consumidor Intermedirio Empresas 20 0 22 25 12,5 17,5 20 0 50 100 60 45 10 0 40 50 67,5 80 30 100 40 0 40 30 70 100 38 25 20 2,5 50 0 10 0 0 25 25 5 50 25 10 20 20 0 40 100 50 55 5 95 0 10 50 70 40 100 20 0 50 30 70 0 50 65 40 10 40 0 40 0 0 15

As empresas de pesca, de modo geral, agregam algum valor ao produto antes da comercializao, sob a forma de postas, fils ou simples eviscerao. Apenas no caso dos tundeos, o produto repassado sem qualquer beneficiamento para outros mercados, principalmente So Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, e Recife.

Algumas empresas, principalmente de Vitria, Guarapar, Anchieta e Itapemirim, exportam pescados para o exterior (Estados Unidos e alguns pases da Europa), sob a forma de fil ou inteiro eviscerado. A maior parte da produo adquirida de embarcaes da frota pesqueira artesanal, pois poucas empresas possuem frota prpria.

3.1.2. Produtores

O nmero estimado de pescadores em atividade na pesca martima do Estado de, aproximadamente, 14.000, estando a maior parte (2500) concentrada no municpio de Itapemirim, na localidade de Itaipava. Tambm apresentam um nmero considervel de pescadores as localidades de Pontal e Barra de Itapemirim; Peroco (Guarapar); Prainha (Vila Velha); Praia do Su (Vitria) e Sede (Conceio da Barra). O nmero mdio de pescadores por municpio de 1.000, com a maioria localizada no litoral sul do estado.

Quanto ao nmero oficial de pescadores colonizados e/ou com registro na SEAP/PR, ainda est sendo levantado pelo Censo Cadastral dos Pescadores.Na maioria dos locais de desembarques de todo o estado, existe algum tipo de associativismo, em 13 existem associaes de pescadores, em 11 colnias de

pescadores e uma conta com cooperativa de pesca, no municpio de Vila Velha.

3.1.3 Embarcaes

3.1.3 Embarcaes Foram cadastradas no censo 1523 embarcaes para todo o estado, distribudas, por municpio, conforme mostra a figura abaixo.

Frota pesqueira cadastrada por municpio, no Esprito Santo

300 267 250 Nmero de embatcaes 240 223

200 162 142 150 96 80 68 77 39 44

100

85

50

0 Itapemirim Pima Serra Anchieta Conceio da Barra So Mateus Marataizes Vila Velha Guarapari Aracruz Linhares Vitria

O Censo demonstrou grande diversidade da frota pesqueira, variando desde canoas a remo de 2,5 m at embarcaes, com cabine, de 16,5 m, predominado aquelas com casco de madeira (ver tabelas anexas). . A frota pesqueira artesanal de menor porte (at 7,0 m, sem cabine) atua basicamente na regio costeira, geralmente em viagens de ida e volta diria, enquanto a de mdio porte, entre 7,3 e 9,0 m (com cabine), atua numa faixa entre 50 e 100 m de profundidade, com viagens de durao mdia em torno de 3 a 5 dias. J a frota considerada de maior porte, a partir de 9,5 metros, opera entre os limites da plataforma continental e a regio ocenica.

Com relao propulso, a maior parcela da frota motorizada (73,8%), enquanto as embarcaes a remo representam 25,2%; na motorizao so utilizados motores de popa e centrais de pequeno, mdio e grande porte, variando de 15 a 225 HP. Nos de mdio porte, predominam os motores YANMAR, enquanto nos de grande porte os modelos MWM de 4 e 6 cilindros e MERCEDES de 6 cilindros.

3.1.3.1. Municpio de ITAPEMIRIM

O trabalho de pesquisa sobre a frota pesqueira de Itaipava, mostrou que a mesma constituda por 240 embarcaes, cujos comprimentos totais variam entre 3,5 e 16,5 m. Analisando-se por faixa de comprimento, observa-se a seguinte composio: 105 embarcaes encontram-se na faixa acima de 12 m; 73 entre 12 e 8m; 43 entre 4 e 8m; e 12 embarcaes abaixo de 4 m (ver quadro a seguir).

Municpio

Tipo de embarcao Baleeira Barco Arrasto 7 barbas Bote C/ Cabine Bote S/ Cabine Caco Canoa

12 m

NI

TOTAL

%

Itapemirim

2 20 1 23

61 12

64 40 1 105

1 6

Total geral

12

73

7

11 4,6 3 1,3 128 53,3 95 39,6 1 0,4 2 0,8 240 100,0

A frota relativamente bem equipada, contando com rdio-transmissores e alguns com GPS, ecossonda, e bssola;aqueles que operam a grandes distancias da costa utilizam tambm o telefone via satlite.

O tempo mdio por viagem de porto a porto, varia de acordo com a poca do ano, situando-se em torno de 12 dias. De acordo com o porte da embarcao, a mesma opera com uma tripulao entre 6 e 10 pescadores. Cada tripulao possui em sua composio, no mnimo: 1 mestre; 1 motorista, e 1 gelador.

3.1.3.2. Municpio de Vila Velha

Contando com uma frota de 267 embarcaes, a frota de Vila Velha possui barcos a remo (bateiras) e embarcaes motorizadas, com e sem convs.

Os barcos a remo tm, em mdia, 3,0 ms de comprimento, so em nmero de 156 e operam com os seguintes petrechos: linha de mo; rede de emalhar (espera) e rede de cerco de praia, atuando sempre com dois pescadores.

Classes de comprimento Tipo de embarcao Arrasteiro Camaro Atuneiro espinhel Baleeira Barco de Emalhe Costeiro Barco de Emalhe Ocenico Bateira Propulso Motor Motor Motor Remo Motor Motor Motor No Informou Remo Motor Remo Motor No Informou Remo No Informou Remo Motor No Informou Remo 12 m 2 1 1 14 1 3 4 6 5 1 27 1 1 3 119 3 11 1 6 57 No Informou 2 1 Total geral %

1 1 2 2 1

1

34

Bote C/ Cabine Bote S/ Cabine Caco Canoa Prancha

3 2 1 1 1 1 1 103

2 5 4 13 5

Total Geral

9

48

23

2 0,7 5 1,9 3 1,1 2 0,7 50 18,7 1 0,4 1 0,4 3 1,1 9 3,4 31 11,6 1 0,4 10 3,7 1 0,4 2 0,7 1 0,4 130 48,7 1 0,4 2 0,7 12 4,5 267 100,0

A frota motorizada, em nmero de 107, tem o comprimento variando entre 5,0 e 16,5 m e opera com as seguintes artes: linha de mo, peroazeira (pargueira), rede de espera e rede de arrasto (balo) para camaro. Realizam viagens dirias na rea costeira, com tripulao de dois pescadores e, geralmente, no usam gelo.

A frota com convs possui maior autonomia, opera em guas mais profundas e relativamente bem equipada, possuindo os seguintes equipamentos: GPS, sonda, rdios de comunicao e bssola. A tripulao desse tipo de embarcao tem sua composio variando entre 6 a 10 pescadores.

3.1.3.3. Municpio de Pima

A frota cadastrada foi de 162 embarcaes, com apenas um caco a remo, sendo o restante motorizado, do tipo bote, com e sem convs, e 2 cacos.. A frota com convs composta por 157 embarcaes, de 5,5 a 16,5 m de comprimento. relativamente bem equipada, possuindo GPS, sonda, rdios de comunicao e bssola. Apresenta urna isotrmica e a viagem dura, de 04 a 20 dias, de acordo com a autonomia de cada embarcao e a pescaria que est sendo praticada. Opera, basicamente, com linha de mo, corrico, rede de cerco de pequeno porte, espinhel simples e long-line (at 30 milhas de comprimento); no caso

do long-line, possui guincho hidrulico. Opera em toda costa capixaba, entre o limite da plataforma continental e o norte do Rio de Janeiro. A tripulao composta por 6 a 10 pescadores.

Classes de comprimento Tipo de embarcao Bote C/ Cabine Bote S/ Cabine Caco Total geral Propulso Motor Motor Motor Remo 12 m 3 1 2 1 1 6 36 64 1 34 No Informou 20 Total geral %

36

65

34

20

157 96,9 2 1,2 2 1,2 1 0,6 162 100,0

A frota sem convs conta com apenas 2 barcos cadastrados e o comprimento varia entre 5 e 7,5 m. Opera com as seguintes artes: rede de espera (emalhar), rede de arrasto para camaro (balo) e linha de mo.As embarcaes fazem viagens dirias na rea costeira, geralmente usam gelo em caixas de isopor e a tripulao composta por dois pescadores.

3.1.3.4. Municpio: Linhares

A frota cadastrada de 142 embarcaes, das quais 42 motorizadas, com e sem convs e o restante a remo (bateiras) . As embarcaes a remo, em nmero de 100, possuem, em mdia, 5,0 m de comprimento e operam com os seguintes petrechos: linha de mo, redes de emalhar fixa e deriva e tarrafa., sempre com dois pescadores. As embarcaes motorizadas sem convs possuem, em mdia, 6,0 m de comprimento, so em nmero de 11 e operam com as seguintes artes: linha de mo, redes de emalhar fixa e deriva, cerco de margem (batida) e rede de arrasto para camaro (balo). Fazem viagens dirias na rea costeira, com tripulao de dois pescadores e, geralmente, usam gelo em caixas de isopor.

Classes de comprimento Tipo de embarcao Arrasteiro simples Barco Arrasto 7 barbas Barco de Emalhe Costeiro Bote C/ Cabine Bote S/ Cabine Total geral Propulso Motor Motor Motor Motor Motor Remo