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11a Audiência de Sustentabilidade – 30/09/2008
Tema: Compostagem de Resíduos Orgânicos
CENTRAL DE COMPOSTAGEM
DE LODO DE ESGOTO DA ETE LAVAPÉS
Fernando Carvalho Oliveira
Eng. Agrônomo, Ms. Dr.
ETE LAVAPÉS
* Lodos ativados alta taxa;
* Primeira Estação de Tratamento de Esgotos sanitários
com oxigênio puro na América Latina;
* Geração diária de lodo de esgoto = 30 t
ALTERNATIVAS PARA DESTINAÇÃO FINAL DO
LODO ESGOTO
DISPOSIÇÃO EM ATERROS SANITÁRIOS:
• Aterro exclusivo
• Co-disposição com resíduos sólidos urbanos
INCINERAÇÃO:
• Incineração exclusiva
• Co-incineração com resíduos sólidos urbanos
REAPROVEITAMENTO INDUSTRIAL:
• Produção de agregado leve
• Fabricação de tijolos e cerâmica
• Produção de cimento (Co-processamento)
RECICLAGEM NA AGRICULTURA:
• Como fertilizante orgânico
• Recuperação de solos em áreas degradadas
CUSTOS DAS ALTERNATIVAS
Processo Destino do lodo Custo ( R$/t)
Estabilização Cálcica Aterro 385,00
Secagem Térmica Agricultura 237,00
Redução química de
geração de lodo
Aterro 368,00
Compostagem Agricultura 150,00
Fonte:
• 1998 – Inicio da operação da ETE – Lavapés com processo de
Estabilização Cálcica do lodo gerado e disposição final em aterro
sanitário;
• 2006 – Inicio do Processo de Compostagem do lodo de esgoto;
• 2008 – Reciclagem agrícola – Fertilizante Orgânico Composto –
Classe D.
HISTÓRICO DO TRATAMENTO DO LODO NA ETE - LAVAPÉS
LODO DE ESGOTO – ETE LAVAPÉS
(1) Resultados analíticos apresentados na material seco;
(2) Não quantificado, concentrações menores do que o limite de quantificação.
Parâmetro Unidade Resultado(1) Conama 375/2006
pH 6,5
Umidade a 60 – 65oC %(m/m) 84
Sólidos Voláteis %(m/m) 76
Carbono orgânico g de C kg-1
521
Nitrogênio Kjeldahl g de N kg-1
65
Arsênio mg de As kg
-1
< 0,1(2)
41
Bário mg de Ba kg
-1
147 1300
Cádmio mg de Cd kg
-1
2,1 39
Chumbo mg de Pb kg
-1
98,7 300
Cobre mg de Cu kg-1
204 1500
Cromo total mg de Cr kg
-1
132 1000
Mercúrio mg de Hg kg
-1
< 0,1(2)
17
Molibdênio mg de Mo kg
-1
10,9 50
Níquel mg de Ni kg
-1
3,0 420
Selênio mg de Se kg
-1
< 4,5(2)
100
Zinco mg de Zn kg-1
364 2800
• A SABESP adotou a compostagem por acreditar na reciclagem
agrícola do lodo como alternativa ambientalmente segura e
sustentável por tempo indeterminado, levando em consideração:
• O atendimento aos aspectos técnicos contidos na legislação;
• A redução da pressão sobre os aterros sanitários;
• Reciclagem dos nutrientes contidos no lodo;
• Redução de custos operacionais.
A COMPOSTAGEM DO LODO DE ESGOTO DA ETE LAVAPÉS PARA
RECICLAGEM COMO FERTILIZANTE ORGÂNICO
REDUÇÃO DOS CUSTOS OPERACIONAIS
Redução de ≈ 60% no quantitativo da geração de resíduo sólido na
ETE Lavapés e consequente redução do passivo ambiental nos
aterros sanitários;
Economia efetiva com a contratação de Serviços de Operação,
Manutenção e Destinação Final do Sistema de Compostagem do
Lodo de Esgoto da ETE Lavapés : economia de ≈45% nos custos
operacionais.
Fonte:
A IMPLANTAÇÃO DO PROJETO DE COMPOSTAGEM• Contrato 53721/05 – Sabesp e Construtora Coveg Ltda.
• Disposição final do lodo após Compostagem.
MAS O QUE É COMPOSTAGEM?
• Biodegradação aeróbia e termofílica de resíduos
orgânicos realizada por microrganismos
quimiorganotróficos de ocorrência natural nos próprios
resíduos a serem compostados
• Compostagem → Fertilizante Orgânico
COMPOSTAGEM X SANEAMENTO
• Tecnologia para tratamento de lodos de esgotos sanitários:
• Objetivos:
1. Redução da Atratividade de vetores → estabilização do materialorgânico facilmente putrescível;
2. Higienização → redução significativa na densidade deorganismos patogênicos;
3. Aumento significativo no teor de sólidos do produto final;
4. Produção de Fertilizante Orgânico de “BOA”- nãonecessariamente “Ótima” – qualidade;
- implicações em custos (agregantes e movimentação de materiais);
- tempo de residência no pátio (espaço físico).
• Resolução Conama 375 de 29/08/2006
“Define critérios e procedimentos para o uso agrícola de lodos
de esgotos gerados em estações de tratamento de esgoto
sanitário e seus produtos derivados, e dá outras
providências.”
• Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
Decreto Federal 4.954 de 14/01/2004;
Instrução Normativa 23 de 31/08/2005;
Instrução Normativa 27 de 05/07/2006
ASPECTOS LEGAIS
ASPECTOS LEGAIS
MAPA - Instrução Normativa 23 de 31/08/2005;
Fertilizante Orgânico Composto Classe “D”: fertilizante
orgânico que, em sua produção, utiliza qualquer
quantidade de matéria-prima oriunda do tratamento de
despejos sanitários, resultando em produto de
utilização segura na agricultura
(1) Resultados analíticos apresentados na material seco;
(2) Não quantificado, concentrações menores do que o limite de quantificação.
Parâmetro Unidade Resultado Médio(1) MAPA - Garantias
Mínimas MAPA – Anexo V –
IN 27
pH 7,3 6,0
Umidade a 60 – 65oC %(m/m) 45 70
Carbono orgânico %(m/m) 25 15
Nitrogênio total % (m/m) 1,8 1,0
Relação C/N 13,9 18 (máx)
CTC mmolc kg-1
760 450
Relação CTC/C
30,4 30
Arsênio mg kg
-1
< 0,5(2)
20
Cádmio mg kg
-1
< 1,0(2)
3
Chumbo mg kg
-1
42,5 150
Cromo total mg kg
-1
107 200
Mercúrio mg kg
-1
< 1,0(2)
1,0
Níquel mg kg
-1
9,2 70
Selênio mg kg
-1
< 1,0(2)
80
Coliformes Termotolerantes NMP/g MS
< 100 1.000
Ovos viáveis de helmintos n. ovh/4 g
0 1,0
Salmonellas sp. NMP/10 g MS
ausência ausência
O COMPOSTO ORGÂNICO DA ETE LAVAPÉS
• Utilização exclusiva para cultivos em terras altas;
• Uso vetado em pastagens, capineiras e hortaliças;
Uso promovido para:
• Cultivo de Rosas de Corte;
• Cultivo de cana-de-açúcar para engenho de aguardente;
• Café;
• Eucalipto para madeira e celulose;
• Frutíferas arbóreas;
• Viveiros de mudas de espécies nativas e de eucaliptos;
• Pinhão Manso para biodiesel.
O EMPREGO DO SABESFÉRTIL SÃO JOSÉ
NO VALE DO PARAÍBA