Upload
ana-maria-sala-minucci
View
212
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
1
Centralidades e Transportes
Planejamento Urbano
2
A despeito desse fato, é inegável que uma parcela considerável da compreensão do caráter central de um espaço está associada à sua acessibilidade1, enquanto fator primordial para qualificarmos sua localização. Aliás, concordamos com VILLAÇA (1998:74) quando afirma que a própria terra urbana “(...) só interessa enquanto “terra-localização”, ou seja, enquanto meio de acesso a todo o sistema urbano, a toda a cidade. A acessibilidade é o valor de uso mais importante para a terra urbana”.
Partindo dessa premissa, segue que a possibilidade de acesso a um determinado ponto do espaço varia na razão direta dos atributos das redes técnicas de transporte2 que para ele convergem.
Dessa forma, a investigação do urbano a partir dos transportes e do binômio centralidade/acessibilidade é uma das possíveis perspectivas de análise do que é a cidade, estando esta, por sua vez, inserida na totalidade que lhe confere significado. Essa afirmativa está vinculada à idéia de que a organização espacial intra-urbana é fortemente afetada pelos seus padrões de circulação, os quais impactam diretamente sobre a posição relativa dos seus subespaços e sobre as próprias interações sócio-espaciais entre eles. DUARTE, XXX.
3
“A relação entre viagens, acessibilidade e localização de atividades é reconhecida pela União Européia apud Kneib (2004), a qual afirma que existe um “ciclo de respostas entre transportes e uso do solo”. O trabalho resume as principais características da relação entre uso do solo, transporte e acessibilidade em quatro tópicos:
i) A distribuição dos usos do solo (residencial, industrial ou comercial) sobre a área urbana determina as localizações das atividades humanas, como viver, trabalhar, fazer compras, educação e lazer;
ii) A distribuição das atividades no espaço requer interações espaciais, ou viagens, para superar as distâncias entre a localização das atividades;
iii) A distribuição das infraestruturas de transportes cria oportunidades para as interações espaciais, que podem ser medidas pela acessibilidade; e
iv) A distribuição da acessibilidade no espaço é um dos fatores determinantes para decisões de localização, resultando em mudanças nos padrões de uso do solo.” EIA RIMA
4
Centros Urbanos
Fonte: Kneib, 2004 apud Walm Engenharia e Tecnologia Ambiental, 2010
5
Descentralização – novas centralidades
Fonte: Kneib e Silva, 2005
6
Fonte: CAVALCANTE, 2009 apud Cavalcante, Penna, 2010.
7
8
Rede Estrutura de Eixos e Pólos de Centralidades – São Paulo
Fonte: SEMPLA
9
Expansão Urbana em São Paulo
Fonte: EMPLASA
10
Expansão Urbana em São Paulo
Fonte: EMPLASA
11
Expansão Urbana em São Paulo
Fonte: EMPLASA
12
Expansão Urbana em São Paulo
Fonte: EMPLASA
13
Expansão Urbana em São Paulo
Fonte: EMPLASA
14
Expansão Urbana em São Paulo
Fonte: EMPLASA
15
Expansão Urbana em São Paulo
16
17
18
TRANSPORTES
19
Mapa do Metropolitano de São Paulo
20
Mapa do Metrô de São Paulo para 2014
21
Corredor Metropolitano Noroeste - traçado
Fonte: EMTU
22
Corredor Metropolitano ABD - traçado
Fonte: EMTU
23
Programa de Corredores Metropolitanos
Fonte: EMTU
24
Seção IV – Rede Estrutural de Eixos e Pólos de Centralidade Art. 17 – Atendendo as diretrizes estabelecidas pelo artigo 126 do PDE, neste Plano Regional Estratégico ficam definidas como centralidades os eixos viários e centros regionais e de bairro a seguir especificados: I. Centralidades Lineares a) avenida Ibirapuera; b) avenida dos Bandeirantes; c) avenida República do Líbano/avenida Indianópolis; d) rua Vergueiro; e) rua Bernardino de Campos; f) avenida Jabaquara/rua Domingos de Moraes; g) avenida Santo Amaro; h) avenida Ricardo Jafet/avenida Abraão de Morais. II. Centralidades Polares: a) Moema; b) Santa Cruz; c) Praça da Árvore; d) São Judas; e) Paraíso; f) Brigadeiro; g) Parque do Ibirapuera, incluindo o Ginásio do Ibirapuera, o Conjunto Esportivo, a Assembléia Legislativa e o DETRAN; h) Pólo Hospitalar da rua Pedro de Toledo. Art. 18 – São objetivos das centralidades: I. estimular o desenvolvimento das atividades comerciais e de prestação de serviços de âmbito local, gerando negócios e empregos; II. reorganizar e requalificar os espaços urbanos onde estão inseridas as centralidades; III. estimular o desenvolvimento econômico regional, ampliando as possibilidades de utilização dos equipamentos públicos; IV. melhorar a qualidade dos espaços de uso público por meio do redesenho e alargamento das calçadas de pedestres com tratamento paisagístico e instalação de dispositivos para portadores de deficiências físicas; V. melhorar as condições de acesso e permanência no entorno dos grandes equipamentos de utilização regional. Parágrafo único – A rede estrutural de eixos e pólos de centralidade está contida nas Zonas Centralidade Polar ou Linear, constantes dos Quadros 04 e 04A e Mapa 04, integrantes deste Livro.
25
Bibliografia
CAVALCANTE, Cláudia Varizo; PENNA, Nelba de Azevedo. Identificação de nvoas áreas de centralidade intraurbana em Brasília: uma proposta metodológica. Anais XVI Encontro Nacional de Geógrafos. Porto Alegre: 2010.
DUARTE, Ronaldo Goulart. Centralidade, acessibilidade e o processo de reconfiguração do sistema de transporte na metrópole carioca dos anos de 1960. Revista Território - Rio de Janeiro - Ano VII – n. 11, 12 e 13 - set./out., 2003.
FRÚGOLI Jr. Heitor. A questão da centralidade em São Paulo: o papel das associações de caráter empresarial. Rev. Sociol. Polít., Curitiba: 2001. 16, p. 51-66,
GONÇALVES, Jorge A. M.; PORTUGAL, Licinio da Silva. Procedimento baseado nas centralidades para integrar o sistema metroferroviário e o desenvolvimento urbano. Rio de Janeiro: 2005.
KNEIB, Erika Cristine; SILVA, Paulo César Marques da. A ênfase da acessibilidade no processo de degradação de áreas centrais: análise aplicada a São Paulo. Brasília, 2005.
VARGAS, Júlio Celso. O fenômeno da centralidade: teoria e prática (em Porto Alegre). Porto Alegre, 2010.
26
.
Bibliografia