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Centro Cultural da Juventude

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Relatório de gestão compartilhada entre CCJ e CIEDS

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Raissa GregoriAna Carolina MeszarosGeraldo ArcanjoDimas Reis

David ConradoPatrick NoléLuana Aparecida CamposDaniel Silveira SouzaThais Ribeiro Paulino

Luanda da SilvaEdson do Nascimento GomesJudson Silva SantosThais Sandroni Mota

Robson Santos FerrazPaula Marcelle NabarretiBárbara Batista Barbosa de SouzaJuliana de Barros FerraciniBruno Pastore

Créditos das fotos do CCJ Ruth Cardoso:

Texto: Nívea Chagas Design: Luang Dacach

Trombone Comunicação

Realização:

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http://centrodajuventude.prefeitura.sp.gov.brAvenida Emílio Carlos, 3641, São Paulo, SPVila Nova Cachoeirinha

Prefeitura da Cidade de São Paulo Prefeito Gilberto Kassab

Secretaria Municipal da Cultura Secretário Carlos Augusto Calil

Centro Cultural da Juventude Ruth Cardoso Luciana Guimarães

Centro Integrado de Estudos e Programas de Desenvolvimento Sustentável Vandré Brilhante

Centro Integrado de Estudos e Programas de Desenvolvimento Sustentável, filial São Paulo Beatriz Matta

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7 - Apresentação

8 - Que lugar é esse ?

12 - Espaços

14 - Um Mestre da Criação

16 - Para que um lugar assim ?

20 - O jovem paulistano

21 - quem fez parte dessa história

22 - Diferentes competências, muitas inteligências, novas práticas

28 - Primeiras Obras

30 - Programação

32 - Ilustres Camaradas

39 - Enfim...

Sumario

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Tema Cultura1. Criação, em todos os municípios, de espaços culturais públicos, descentralizados, com gestão compartilhada e financiamento direto do estado, que atendam às especificidades dos jovens e que tenham programação permanente e de qualidade. Os espaços, sejam eles construções novas, desapropriações de imóveis desocupados ou organizações da sociedade civil, já estabelecidas, devem ter condições de abrigar as mais diversas manifestações artísticas e culturais, possibilitando o aprendizado, a fruição e a apresentação da produção cultural da juventude. Reconhecer e incentivar o hip-hop como manifestação cultural e artística.

Tema Tempo Livre e Lazer1 - Criação de centros públicos e gratuitos de tempo livre e lazer, a partir da construção ou reutilização de espaços públicos, seguindo critérios de descentralização dos municípios pólos, dotados de infra-estrutura de esporte, lazer, cultura e acesso aos meios tecnológicos de forma inclusiva, garantindo o desenvolvimento local tanto nos centros urbanos, rurais, como nas regiões de vulnerabilidade.

1ª Conferência

Nacional de Juventude,

Resoluções

e Prioridades.

Brasília, abril de 2008.

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ApresentaçaoO Centro Cultural da Juventude Ruth Cardoso é a concretização de um movi-mento, de um processo de reflexão e atuação na área da juventude.

Da percepção da ausência de políticas públicas, realmente significativas, formu-ladas para jovens, surgiu a decisão de investir na criação de um programa, um projeto ou uma ação que contribuísse para preencher essa lacuna. A diferença? Qualquer ação escolhida teria que surgir da convergência entre as propostas e possibilidades do poder público e as demandas do público-alvo – os jovens.

O caminho das parcerias surgiu como decorrência natural desse processo que necessariamente, para a sua consecução, precisava incluir a sociedade civil no debate, na construção e na execução de um equipamento destinado e gerido por jovens, cuja base e razão de ser passa pela participação.

O CIEDS, por sua história no campo do desenvolvimento social, por sua ex-periência de trabalho com a juventude e por sua expertise no apoio à gestão de políticas públicas pôde contribuir na formulação do projeto do Centro da Juventude e pôde participar de sua gestão, testando um modelo que viabilizou a implantação e a consolidação do CCJ Ruth Cardoso.

Neste final de 2008, o CIEDS deixa a gestão do CCJ. O Centro segue sua tra-jetória, consolidando sua proposta e encontrando estratégias de qualificação e otimização dos serviços que oferece.

Mas, na área social, as separações nunca são definitivas e nem mesmo comple-tas. Estamos todos sempre juntos na mesma tarefa de criar oportunidades, participar, mobilizar, realizar e partilhar mudanças e processos.

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O primeiro impacto que o visitante experi-menta quando entra no Centro Cultural da Juventude Ruth Cardoso vem do tamanho e da

arquitetura do lugar – amplitude, luz, horizontes abertos. A forma se integra perfeitamente ao conteúdo do projeto, formulado para ampliar olhares, oportunidades, expressões, conhecimentos, relacionamentos, vivências. Uma estrutura montada para permitir e estimular o surgimento de novos espaços, como uma incubadora e como plataforma.

No CCJ se formam redes, coletivos, grupos pontuais, novos projetos. E indivíduos. Porque o Centro, pensado para jovens, espera também ver surgir esses jovens reais – suas expressões, falas, valores.

Lá, ninguém quer decalcar, mais uma vez, os estigmas da violência, das drogas, ou da gravidez precoce. O CCJ Ruth Cardoso não é e nem pretende ser contraponto, compensação ou alternativa. Ele é positividade, afirmação e afirmativo.

Objetiv

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S ão oito mil metros quadrados divididos (ou integrados) em diversos ambientes que se comunicam e interagem para proporcionar acesso

à cultura. Anfiteatro, teatro de arena, sala de projetos, internet livre em banda larga, área de convivência, estúdio de gravações musicais, ilhas de edição de vídeo e áudio, sala de oficinas e espaço expositivo, além de uma ampla e bem equipada biblioteca, oferecem atividades, estimulam a criação e o acesso à informação – em todas as linguagens possíveis.

Na biblioteca, ou midioteca, usuários têm acesso a um acervo siginificativo. Cerca de dez mil livros estão integrados à rede de bibliotecas públicas da cidade; o usuário da biblioteca pode assistir vídeos e dvds, acessar a internet, pesquisar, estudar ou simplesmente ler.

Lá de dentro, se vê, em 180 graus, as comunidades de

Freguesia e Brasilândia, o terminal Rodoviário logo embaixo. Do outro lado, ficam Cachoeirinha e Casa Verde. O CCJ Ruth Cardoso foi erguido a partir da estrutura de um prédio público abandonado há 18 anos, no centro comercial do distrito de Vila Nova Cachoeirinha. Até sua inauguração, havia na região uma única Casa de Cultura para oferecer serviços a uma população de 714 mil habitantes, 30% dos quais com idade entre 18 e 29 anos.

Quem circula nesse espaço são, em sua maioria, os jovens moradores dessas comunidades. Mas aos poucos, o CCJ vai se tornando um espaço de referência para toda a cidade. Já consta do Guia Turístico de São Paulo.

A qualidade das instalações e dos serviços e equipamentos disponibilizados quebram um paradigma de projetos sociais implantados em comunidades de baixa renda.

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Mais uma vez: por meio de seus programas e projetos culturais gratuitos, os jovens se reconhecem como sujeitos de direitos, ampliam repertórios e se tornam capazes de realizar escolhas com maior autonomia.

A Programação do Centro está montada a partir de 9 Programas, que, juntos, promovem 31 Projetos, estruturados em 3 eixos:

acesso a uma programação elaborada e contratada por seus gestores;

a oferta de seus espaços e recursos para a produção artística e cultural dos jovens;

reflexão sobre a pertinência e a qualidade das iniciativas – públicas ou privadas – voltadas para o público jovem.

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espaçosA Biblioteca do CCJ dispõe de confortável espaço de leitura, varanda, laboratórios de pesquisa e idiomas, sinal wi-fi para conexão livre à Internet, espaço sarau, home theater com acervo audiovisual e auditório para palestras e workshops.

Na biblioteca acontecem diversos projetos e atividades do Centro. Os jovens procuram a biblioteca para estudar, fazer cursos on-line, pesquisas e simplesmente ler um bom livro, ou assistir a um vídeo.

Livre circulação dos usuários e acesso irrestrito a seu acervo são práticas na biblioteca do CCJ que estimulam sua utilização. Seu modelo se identifica com aqueles utilizados

no Centre Pompidou, de Paris, e no Centro Cultural São Paulo, onde a prioridade é facilitar o acesso do público.

Desde sua inauguração, foram realizadas 155 atividades culturais na biblioteca, com média de 5,74 atividades/mês. Considerando a média de 2008, são 2.793 consultas mensais ao acervo, composto por livros, revistas semanais e os principais jornais de São Paulo.

Somados os resultados de atendimento das atividades programadas, dos laboratórios, do home theater e das consultas ao acervo, são realizados, em média, 4.480 atendimentos por mês na biblioteca do CCJ.

Biblioteca

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O Laboratório de Multimeios do Centro Cultural da

Juventude Ruth Cardoso é formado pelo estúdio de

gravações musicais, pelas ilhas de edição de vídeo e

áudio e pela sala de oficinas.

O LAB C disponibiliza o estúdio e as ilhas gra-

tuitamente, e ainda oferece oficinas de metare-

ciclagem, áudio, vídeo, rádio e design gráfico. As

oficinas desenvolvem uma metodologia voltada

para a execução de “obras finais” colaborativas,

como cartazes, capas de discos, curtas etc.

O Anfiteatro do CCJ Ruth Cardoso é lugar para receber profissionais e iniciantes; é lugar para mostrar, ver e ser visto, refletir e inovar. As Temporadas de Artes Cênicas do CCJ ocupam o Anfiteatro com dramas, comédias, tragédias. Shows de grandes e pequenas bandas também acontecem ali.

O Anfiteatro está equipado com moder-no sistema de iluminação e sonoplas-tia e tem capacidade para acomodar até 200 pessoas.

LAB C Anfiteatro

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Seu Francisco Trindade da Silva, 56 anos, é Mestre de Obras. Trabalhou na reconstrução do prédio que hoje é o CCJ.

“Quando chegamos lá na Cachoeirinha, o lugar estava totalmente abandonado, era mato puro, um lugar perigoso. Ninguém gostava de passar por lá.

Tinha bastante gente trabalhando na obra. Éramos mais ou menos umas cem pessoas. Pegamos aquilo lá, limpamos, demolimos e erguemos tudo de novo. Só teve um fato chato que aconteceu durante a obra. Uns marginais entraram lá pegaram nosso guarda e o amarraram, depois levaram vários equipamentos nossos, coisa de vândalos. Mas isso não fez a obra parar. Terminamos o trabalho antes do prazo. Foram apenas seis meses, um recorde. Eu trabalhava todos os dias - sábado, domingo e feriados, sem descanso.

O dia da inauguração foi muito bonito, me lembro muito bem. Foi no dia 27 de março, uma segunda feira. Eu fui até homenageado! Para mim foi um prêmio como brasileiro, ver aquele esqueleto abandonado desde o tempo do Jânio Quadros se transformar naquele espaço bonito. Foi uma obra que ficou no meu currículo! E foi uma obra complicada, de grande porte, era uma arquitetura muito difícil. Não era qualquer pessoa que fazia não, foi o maior vão livre que eu já fiz. Mas graças a Deus tudo deu certo e o Centro Cultural está lá, firme e forte para a comunidade usar!”

“O CCJ é uma obra que ficou no meu coração, de verdade mesmo. Eu agradeço muito a Dona Luciana (Guimarães) que esteve sempre com a gente. Acho que lá ficou bonito justamente porque todo mundo trabalhou com toda a dignidade, e porque tudo que faço eu me dedico. Se você não se dedicar naquilo que você faz, não fica bacana. Quando eu entro na coisa, eu entro de corpo e alma. Acho que é por isso que o espaço ficou tão bonito!”

Um mestre da criacao

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PARA QUE UM LUGAR ASSIM ?

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o CCJ surge como resposta a uma decisão política da Prefeitura da Cidade de São Paulo, que, em 2005, elegeu a juventude como público

estratégico de suas ações.

Na cidade, a tarefa de formular e estruturar essa política cabia à Coordenadoria da Juventude, criada em 2001, por meio de Lei Municipal.

Em 2005, a Coordenadoria assume o papel de dialogar e incluir, em cada política setorial, eixos de ações voltadas para o jovem. O objetivo era incorporar às políticas públicas municipais um acervo significativo de informações já produzidas para os jovens e pelos jovens.

A direção da Coordenadoria ficou à cargo de um grupo com longa trajetória de participação na sociedade civil organizada, com o potencial de promover a interlocução com o poder público. A Coordenadoria inaugura na Prefeitura uma prática de diálogo que é inédita no país. Diversos atores sociais vinculados à juventude foram convidados a participar da formulação de propostas que incorporassem suas demandas e permitissem o exercício do controle social.

Esse movimento, criado no âmbito da Prefeitura, começa a saldar uma dívida histórica com os jovens.

Um novo segmento - consumidor, sujeito político, ator socialAté a Constituição de 1988, a legislação existente para tratar crianças e adolescentes era o Código de Menores. A legislação se baseava numa condição de vulnerabilidade e tratava das situações de desvio – risco

social, infrações, delinqüência.

A Constituição e o Estatuto da Criança e do Adolescente trouxeram respostas ao

movimento que, na década de 70, discutia a

condição da infância e apontava a existência de diferentes subjetividades, com demandas diferenciadas.

O jovem não foi contemplado nessas discussões, apesar dos avanços em relação a políticas de inclusão e garantia de direitos. Os serviços e ações pensados para crianças e adolescentes, ou para a população adulta, não atenderam à juventude, que passa a colocar sua condição de sujeito de direitos com demandas específicas e legítimas.

Na década de 90, os benefícios da estabilidade política e econômica permitem a criação de novas bases para a formulação de políticas públicas, incorporando demandas dos movimentos sociais. Nesse cenário, o movimento por políticas voltadas para a juventude ganha maior influência.

Nos anos 2000, o tema garante espaço nas estruturas governamentais e já existem coordenadorias de juventude nos três níveis de governo. Entre as proposições trazidas pelo movimento, está a demanda por equipamentos públicos específicos e dotados de recursos próprios.

O CCJ surge na vanguarda desse movimento.

Um lugar para existir e construir juventude

O projeto original, já feito em parceria com o Centro Integrado de Estudos e Programas de Desenvolvimento Sustentável, CIEDS, previa um Centro de Cidadania da Juventude, voltado para o jovem de baixa renda com pouco acesso a novos conhecimentos, tecnologias, e bens culturais. A proposta definia o equipamento como um centro de referência, um espaço de oferta de informações, serviços, produtos, atividades, projetos e políticas. Ao mesmo tempo, o CCJ trazia a possibilidade de escuta das necessidades e opiniões dos jovens.

O prédio de Vila Nova Cachoeirinha, situado ao lado de um importante terminal de ônibus e vizinho de comunidades com um alto percentual de jovens na sua população, foi escolhido para a implantação desse novo modelo de atendimento.

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O jovem paulistanoA Pesquisa “Jovem Século XXI”, do Datafolha, publicada em julho de

2008, pela Folha de São Paulo, entrevistou 1.541 brasileiros entre 16 e 25 anos. O trabalho incluiu todas as classes sociais com cobertura

nacional, ouvindo jovens das capitais e de cidades do interior.

A primeira constatação da pesquisa é que já não vigora a clássica imagem do jovem rebelde e contestador. O jovem brasileiro quer emprego e seus maiores sonhos são materiais: realização profissional, comprar imóvel e veículo, ficar rico.

Os jovens já quiseram mudar o mundo. Agora sonham com um lugar no mundo. Alessandro Janoni, diretor de pesquisas do Datafolha resume: “É um jovem que ainda não conseguiu superar as barreiras das necessidades básicas”.

O Índice de Vulnerabilidade Juvenil, IVJ, da FUNDAÇÃO SEADE, 2002, permitiu observar que a desigualdade social entre os jovens, na Região Metropolitana de São Paulo, se expressa principalmente por meio do local de moradia, que define também as oportunidades de acesso a serviços e a equipamentos sociais.

Nos distritos da periferia da cidade estão os jovens com mais baixa renda; há maior presença de adolescentes com filhos; elevada taxa de jovens com ensino fundamental incompleto. Tudo isso configura um quadro de vulnerabilidade social. Somam-se ainda as dificuldades de ingresso no mercado de trabalho. A Pesquisa de Emprego e Desemprego – PED, da Fundação SEADE/Dieese, informa que em janeiro de 1994, o desemprego entre pessoas de 15 a 17 anos era de 37,8%, tendo passado para 53,6%, em janeiro de 2004. No mesmo período, a taxa de desemprego para a população de 18 a 24 anos passou de 19,1% para 28,8%.

Mas nesse contexto, o jovem brasileiro ainda pensa, produz e quer ususfruir cultura e arte.

Instalado na Zona Norte da cidade, numa área com enorme carência de opções culturais e de lazer, o CCJ Ruth Cardoso é um modelo de oferta de serviços. Sua criação é a concretização de políticas públicas formuladas para a juventude desde a sua gestão, concepção, até a sua realização. Por isso, o CCJ tornou-se referência dentro do governo, como prática alternativa ao trabalho com juventude, para São Paulo e para outras cidades.

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África VivaAracati – Agência de Mobilização Social

ASHOKA/Geração Muda MundoAssociação Cultural Dynamite

Aziz Ab’ SaberBoris Schnaiderman

Brazucah ProduçõesCafé Pittoresque

Ca. Ge. Be.Casa das Áfricas

Casa da BrasilândiaCentro de Estudos e Pesquisa

em Educação, Cultura e Ação SocialCentro de Cultura ChinesaCentro Cultural São Paulo

Centro de Cultura da Espanha Cia Meses de Teatro

Cine BarracãoCine Magia

Coletivo: Poesia MalouqueiristaComunitas

Conectas Direitos HumanosConsulado Geral da Federação da Rússia em São Paulo

Coordenadoria Estadual da JuventudeCoquetel Molotov

Corpo em RitoCristiane Damian

Ecos – Comunicação em SexualidadeEletro Cooperativa

Espaço Criança EsperançaEstúdio Livre

FabicineFecibesp - Língua e Cultura Italiana

FFLCH - Departamento de Letras Orientais – ÁrabeFestival Lady FestFestival Mix BrasilFundação Abrinq

Fundação Tide SetúbalGoethe - Institut - São Paulo

IbaseIBEAC

Ignácio Loyola BrandãoILANUD

Instituto da Cultura ÁrabeInstituto Fernando Henrique Cardoso

Instituto Hospitalidade

Instituto de Matemática e ArteInstituto PolisInstituto Sou da PazInstituto Tomie OhtakeJazz nos FundosJoão Silvério TrevisanJovens FeministasKinoforumLar das Crianças da Congregação Israelita PaulistaLiteratura SuburbanaLourenço MutarelliMaderitMichel SleimanMinas da RimaMinistério da CulturaMix MusicMonstro ProduçõesMuseu da PessoaNúcleo de RPGO Samba Pede PassagemONG Artigo XIXOvermundoParque da JuventudePrograma Capacitação SolidáriaPrograma Fábricas de CulturaPrograma VAIPrograma VocacionalPromove – Ação SocialRestaurante Folha de UvaRevista Onda JovemRevista ViraçãoRogério NogueiraSami BordokanSecretaria de Relações InternacionaisSinfonia de CãesSOF – SemprevivaStylo LokoSubprefeitura Casa VerdeSubprefeitura da Freguesia do Ó e Rede ConveniadaThe Funk’s MenTV CulturaTV FuturaUBS Vila EspanholaUm Milhão de História de Jovens

UNICEF

QUEM FEZ

PARTE DESSA

HISTORIA

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Diferentes competencias,

novas praticas

muitas inteligencias,

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Atividades e propor um modelo de gestão. Por sua ex-periência, lhe coube também contribuir na elaboração de critérios de seleção para o desenvolvimento de projetos, oficinas, palestras, atividades, pesquisas etc. Essas ações apontavam também para a importância de uma assessoria à realização de um Plano Estratégico bianual.

O CIEDS aportou ao CCJ sua experiência na área de implantação de sistemas de qualidade, prestando asses-soria para a elaboração de um Regimento Interno e de um Código de Ética do CCJ Ruth Cardoso. Nessa área, o CIEDS propôs ainda um modelo de acompanhamento e avaliação, um Plano de Comunicação, e contribuiu na organização de um sistema de gestão da informação. A organização de um Banco de Dados, com parceiros, gru-pos juvenis da região e usuários foi também objeto do trabalho do CIEDS junto ao CCJ.

Visando a consolidação da proposta do CCJ, o CIEDS propôs um Plano de Sustentabilidade e idealizou pro-gramas de melhoria e qualificação das equipes de profis-sionais que atuam no Centro.

Ajustando o foco

Nos primeiros meses, o Centro funcionou efetivamente como um Centro de Cidadania da Juventude, integrando as ações de diversas secretarias setoriais, com serviços nas áreas de saúde, educação, trabalho, cultura. Mas, logo começaram a surgir indicadores de que era preciso buscar outros caminhos.

O primeiro deles foi a clara preferência dos jovens usuários por ações ligadas à cultura. Isso não chegou a surpreender, porque inúmeros programas e projetos sociais já demonstraram que a cultura é uma via privilegiada para mobilização e inclusão de jovens.

A concretização do projeto do Centro da Juven-tude integrou vários atores. Depois de um período de consulta e debate com organiza-

ções da sociedade civil, secretarias de governo e lide-ranças juvenis, foi formulado o projeto de um Centro de Cidadania da Juventude.

Uma organização não governamental foi convidada a apresentar o projeto para a implantação, com a pers-pectiva de incorporar ao processo o desenvolvimento e mobilização de comunidades e grupos locais.

O CIEDS, Centro Integrado de Estudos e Programas de Desenvolvimento Sustentável, apresentou proposta para prestar assessoria junto à Coordenadoria da Juventude/SEPP e ao Conselho Consultivo do Centro.

Com larga experiência em projetos com jovens de baixa renda e com filiais no Rio de Janeiro, Sergipe, Ceará e Minas Gerais, o CIEDS trazia também a experiência de implantação de um dos primeiros programas voltados para o incentivo ao protagonismo juvenil, o Agente Jo-vem de Desenvolvimento Social. O primeiro grupo foi formado em 1998, com financiamento da Prefeitura do Rio de Janeiro. O projeto, mais tarde se tornaria um Pro-grama de Ação Continuada, do Governo Federal, implan-tado em todo o país. Essas experiências qualificaram o CIEDS para integrar a equipe gestora do CCJ.

O compromisso da equipe que assumiu a gestão do Pro-jeto foi garantir o trabalho integrado, reunindo as com-petências específicas de todos os parceiros institucionais.

O contrato estabelecido com a Prefeitura do Município de São Paulo determinou o papel que o CIEDS deve-ria cumprir junto ao CCJ e definiu os produtos que de-veriam ser entregues. Coube ao CIEDS assessorar a equipe gestora do Centro na elaboração de um Plano de

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Por outro lado, o gerenciamento do dia-a-dia do Centro, mostrou que era preciso vincular o equipamento e sua administração a uma Secretaria que já estivesse estruturada e que dispusesse de dotação orçamentária suficiente para cobrir as despesas. Tudo convergiu para que o CCJ ficasse ligado diretamente à Secretaria Municipal de Cultura, tornando-se o Centro Cultural da Juventude, mais um equipamento cultural da cidade de São Paulo.

No entanto, é importante mencionar que o modelo que vem sendo testado pode e deve ser multiplicado, adequando-se também a outras áreas e conteúdos. Mesmo considerando-se a atração inegável que o universo cultural exerce, permanece a necessidade da criação de centros da juventude nas áreas de saúde e trabalho.

O CIEDS foi criado em 1998, com sede no Rio de Janeiro. Já desenvolveu mais de 140 projetos e programas sociais em municípios de todo o Brasil. É a primeira ong brasileira a receber as certificações da ISO 9001-2000 e da SA 8000, de qualidade total e de responsabilidade social, respectivamente, de forma integrada.

Tem escritórios no Ceará, no Rio de Janeiro e em São Paulo.

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O Centro Cultural da Juventude assumiu a tare-fa de estimular a produção e o reconhe-

cimento de novos artistas e lançou, em 2007 e 2008, os Editais de Co-Patrocínio de Primeiras Obras.

Os Editais complementam outras ações de incentivo a produções artísticas e culturais da juventude, fi-nanciando novos artistas. Essa modalidade de fomento surgiu da identificação de uma zona intermediária entre o público alcançado pelo Programa de Valorização de Ini-ciativas Culturais, VAI, que apoia jovens artistas entre 18 e 29 anos, e as leis de incentivo e fomento à cultura, que acabam favorecendo apenas profissionais já reconheci-

dos. Permanecia a lacuna no incentivo a iniciantes.

A partir de uma demanda identificada no CCJ, a Prefei-tura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Cultura, tomou a iniciativa de criar um fundo para co-pa-trocínio de primeiras obras. O edital, lançado em julho de 2007, foi bem recebido pelo público, principalmente pelos coletivos urbanos e por organizações da sociedade civil que trabalham com jovens e cultura. Foram apre-sentados 52 projetos e houve o aporte de R$ 250 mil.

Em 2008, novo edital recebe a inscrição de 71 projetos, dessa vez tanto de pessoas jurídicas quanto de pessoas físicas, uma mudança em relação ao edital anterior.

primeiras obras

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primeiras obras

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A AVENTURA DOS IDIOMASLaboratório de IdiomasPor intermédio da Secretaria Municipal de Relações In-ternacionais, o CCJ reuniu material didático multimídia sobre o idioma, a cultura e o modo de vida de países que têm representações diplomáticas em São Paulo. Com es-tes materiais pode-se aprender alemão, inglês, francês, italiano, espanhol, japonês, hebraico, chinês e árabe, pelo método autodidata.

Que País é Este?O Que País é Este? é um evento de teor internacional, fo-calizando história, política, economia, cultura e sociedade de diferentes países. O projeto é realizado em parceria com organizações que representam de alguma forma os países selecionados, como o Instituto Goethe, O Centro de Cultura Chinesa e o Instituto da Cultura Árabe.

A HORA E A VEZ DO VESTIBULAR9 e 1/2 Semanas de LiteraturaCiclos de palestras sobre as obras literárias selecionadas pelos vestibulares da USP, Unicamp e Unesp. Oferecem reforço aos vestibulandos e estimulam a leitura. Filmes rodados a partir dos clássicos da literatura são disponibilizados no home theater, como complemento. Machado de Assis, João Guimarães Rosa, Carlos Drummond de Andrade, Eça de Queiroz, são alguns dos autores trabalhados.

Criação LiteráriaOficina de redação, observando as normas gramaticais e ortográficas da língua portuguesa. Os temas propostos pelos coordenadores ultrapassam os limites do vestibular para estimular potenciais talentos literários.

Universidade em DebateProjeto de orientação com o objetivo de apresentar aos jovens a diversidade de especialização oferecida pelas universidades. O Projeto apresenta a universidade como um espaço aberto a todos os interessados em uma vida acadêmica.

Laboratório de PesquisaAcesso aos 12 computadores da biblioteca, conectados à Internet em banda larga, para a pesquisa de conteúdos educativos em sites de referência e realização de trabalhos escolares. Os usuários podem também elaborar e enviar currículos.

ARTES CÊNICASTemporadas de Artes CênicasMensalmente uma companhia renomada realiza de 6 a 8 apresentações no anfiteatro. Os espetáculos são selecionados no início de cada ano, e já se apresentaram no CCJ o XPTO, Teatro da Vertigem, Trix Mix Cabaré, Cia. Arthur-Arnaldo, Cia. Pé na Porta, Teatro da Paisagem, Cia. Os Fofos Encenam.

Teatro VocacionalCoordenado pelo Departamento de Expansão Cultural da Secretaria Municipal de Cultura, forma atores e grupos amadores de teatro. Também promove o projeto “Toda Terça Tem Teatro”, em que são apresentados espetáculos de grupos apoiados pelo programa. Atualmente, há cinco turmas com cerca de 120 participantes orientadas pelo Núcleo de Teatro e Dança Vocacional no CCJ.

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ARTES VISUAIS

Alameda: arte de ruaA arte de rua está entre as mais significativas manifestações artísticas contemporâneas, tanto por sua diversidade técnica quanto por sua participação na vida pública. Para abrigar esta produção, o CCJ criou uma galeria dedicada aos jovens artistas de rua. Imensos painéis expõem técnicas variadas de graffiti, stencil, lambe-lambe entre outras, convidando o público a participar de sua execução. A cada 4 exposições, o CCJ publica um catálogo com o registro das obras e o release dos autores.

Exposições:Os espaços expositivos destinados a revelar novos e jovens artistas já apresentaram trabalhos em fotografia, pintura, vídeo-arte e escultura. Os saguões de entrada têm abrigado interessantes exposições, permitindo ao público entrar em contato com estas manifestações artísticas.

Oficinas:As oficinas estimulam a imaginação e a produção artística e cultural, seguindo um conceito inovador de aprendizado, estimulando os jovens a produzir de maneira autônoma.

AUDIOVISUAISMostras de CinemaProgramação regular de cinema apresentada de forma articulada com os temas que são focalizados pela pro-gramação mensal do CCJ. Os programas cinematográfi-cos são uma opção de lazer e também têm caráter infor-mativo, na medida em que ilustram muitas das discussões sobre cultura independente, questões de gênero, diver-sidade sexual entre outras, propostas pelo CCJ.

Mostras Realizadas no CCJ:Mix BrasilMostra Ticket de Cinema BrasileiroMostra do Áudio Visual PaulistaFestival Internacional de Documentários É Tudo Verdade.

Mostras Realizadas pelo CCJ:Antes Tarde do que NuncaMês da consciência negra.Mostra de longas independentes.

Maratonas de CinemaExibição de 3 filmes no mesmo dia, um após o outro. Os temas propostos são relacionados às mostras de cinema. “Quero Ser Wood Allen”, “Ed Wood: o pior cineasta de todos os tempos” e “Mulheres de Almodóvar” são alguns exemplos.

OficinasOficinas nas quais os jovens têm acesso às tecnologias e aos conhecimentos necessários para a produção de vídeos. São ministradas aulas sobre roteiro, coleta e edição de imagens, direção de atores, fotografia, figurino, trilha sonora e demais elementos que compõem uma obra cinematográfica. Estratégia de incentivo à produção audiovisual e revelação de novos talentos.

ENCONTROS E REFLEXÕESCafé CulturalA idéia principal é conversar, debater, compartilhar conhecimento em um ambiente de descontração, permitindo que os participantes sintam-se à vontade para expor suas idéias, trocar informações e produzir conhecimentos através da reflexão sobre o assunto debatido. Temas abordados: O corpo e a diversidade do belo; O romance da matemática com a arte; Do mito a razão: o nascimento das religiões.

DiálogosO projeto Diálogos recebe personalidades publicamente reconhecidas para compartilhar suas trajetórias pessoais, criando um ambiente de vivência e diálogo, além de apresentar aos jovens detalhes da excelência profissional. Estiveram no CCJ Ruth Cardoso Aziz Ab’ Saber, Thaíde, Laerte, João Silvério Trevisan, Lourenço Mutarelli, Inácio de Loyola Brandão, Heloísa Buarque de Hollanda, Ed Rock, Márcia Tiburi, entre outros.

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Juventude e Políticas PúblicasSeminários anuais voltados aos gestores públicos e do terceiro setor para atualizar conceitos e práticas na gestão de políticas, programas e projetos direcionados aos jovens. Os Seminários debatem a juventude, as ini-ciativas públicas, estatais ou não; a execução e formu-lação dos projetos. Para sair do senso comum, dos es-tereótipos e encontrar respostas, a programação inclui palestras e debates com pesquisadores e especialistas.

Semana TemáticaConcentra numa única semana uma programação varia-da de atividades sobre um mesmo tema. As atividades incluem palestras, debates, oficinas e exposições.

SarauA cada dois meses o CCJ promove um show de talentos. Os interessados podem se inscrever e apresentar suas habilidades naquela noite. Na semana da cultura árabe, foram lidos trechos das “Mil e Uma Noites”, bailarinas apresentaram alguns passos da dança do ventre e a música árabe invadiu todos os espaços do CCJ.

CCJ VisitaEstimula os jovens a conhecer o mobiliário cultural da cidade, oferecendo transporte e monitoria especializada para visitas aos museus, galerias de arte e exposições es-peciais. Já foram visitados a Sala São Paulo, o Museu da Língua Portuguesa, Pinacoteca do Estado de São Paulo, Museu Afro-Brasileiro, Museu de Arte Moderna, Museu de Arte Contemporânea, Cinemateca Brasileira, Teatro Municipal, Centro Histórico, Planetário.

IntervençõesA surpresa é a marca deste projeto que apresenta inter-venções artísticas nos diversos espaços do CCJ. O jovem pode apresentar suas habilidades ou se divertir assistindo algum tipo de apresentação.

FAÇA VOCÊ MESMOCCJ IndependenteOutubro é o mês dedicado à produção cultural inde-pendente. A idéia central neste projeto é demonstrar a viabilidade de gerar produtos culturais sem que estes estejam dependentes da indústria cultural ou eventuais patrocinadores. É possível atuar iniciando, por exemplo, a montagem de um texto que seja de domínio público; gravar um disco sem estar vinculado a um selo famoso; publicar seu livro sem o apoio de uma grande editora.

AgendamentosPermite a jovens, ONGs e instituições governamentais utilizar os espaços e recursos do CCJ para a execução de seus projetos, mediante agendamento.

OcupaçãoProjetos apresentados pelos jovens são selecionados por meio de edital e recebem recursos financeiros e orga-nizacionais para sua concretização. Os projetos podem apresentar iniciativas e linguagens diversas e entram na programação do CCJ.

LAB CInternet LivreInclusão digital, com oferta de um moderno complexo de computadores, com 16 estações conectadas à Internet por meio de banda larga e de profissionais preparados para auxiliar àqueles que ainda encontram dificuldades na utilização desta tecnologia. São realizados mais de 5 mil atendimentos/mês.

Criando MundosOferece oficinas e fomenta a constituição de núcleos de produção de vídeo e animação gráfica. Conta com o sofisticado aparato técnico dos laboratórios digitais do CCJ e de especialistas contratados. São primeiros passos que possibilitam aos jovens a compreensão dos sistemas de linguagem audiovisual.

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PRINCIPAIS CONQUISTAS 2006 – 2008

Núcleo de Produção MusicalAcesso à ilha de edição de áudio e de todo o aparato téc-nico para a produção e pós-produção musical. Também oferece oficinas de softwares específicos. É uma opor-tunidade única para aprender, e até se profissionalizar neste mercado.

Web RádioDifunde o acervo de programas musicais, entrevistas e gravações de palestras e debates. O acervo foi reunido de acordo com as preferências do público. A novidade fica por conta dos autores desconhecidos, que são os próprios jovens.

MUSICAISAo Vivo no CCJGrupos consagrados integram o calendário de apresentações de música do CCJ: samba, rock nacional e internacional, rap, jazz e outros ritmos têm atraído grandes platéias. É também uma estratégia de ampliar o repertório dos jovens por meio do contato com músicos mais experientes. Já se apresentaram no CCJ: Inocentes, The Evens, The Eternals, Quinteto em Branco e Preto, SP Underground, Welton Irie, Samba da Vela, Z’africa Brasil, Ultraje a Rigor, Samba da Vela, Patife Band, Hedluv.

EscutaProdução e gravação de músicas no estúdio do CCJ. Trabalho de audição musical, visando à descoberta de novos grupos que tenham potencial para compor a programação do “Ao Vivo no CCJ”. Já passaram pelo estúdio 67 grupos formados por 258 músicos e mais de 500 faixas musicais gravadas.

Sexta SonoraIncentiva a produção musical e estabelece parcerias com coletivos ou instituições com trabalho reconhecido. Os shows, no anfiteatro, têm formato intimista para garantir a proximidade entre os artistas e o público.

Diálogo aberto com a comunidade

Qualidade da infra-estrutura física

Identificação dos usuários com a programação

Diversidade do público usuário

Fomento à produção cultural juvenil

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capitulo 4

ilustres camaradas

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o

meios. “Trechos da história são sonhos que a Alessandra teve, coisas que eu vivenciei, coisas que o Bruno sonhou, coisas que a gente viveu. Tudo isso torna ainda mais real o que nós fazemos aqui”, explica Aline. Um exemplo desse trabalho de vivências é a música “Sapoboi”. “Essa música nós fizemos por que uma vez fomos tocar numa cidade chamada Juréia e os meninos viajaram num sapo que tinha num pântano lá. Eles voltaram para São Paulo e tatuaram o sapo neles. Daí ouvimos musicas maranhenses da festa do bumba meu boi e fizemos essa fusão meio psicodélica. Daí surgiu a música”.

Um lugar curioso chamado CCJAline conheceu o CCJ ainda nos tempos das “Encanta-deiras”, quando ouviu falar do estúdio de gravação do Centro. Desde então o CCJ foi para ela um espaço muito curioso: “As coisas que rolam lá, as pessoas que passam por lá, até o lá é muito curioso. Eu achei uma parada estratégica, num lugar estratégico, por que a periferia precisa de arte, de referências”.

Hoje, além da curiosidade, existe carinho com o Centro. “Eu vejo o CCJ com o coração, e eu pas-sei a ver dessa forma depois que fiquei sabendo que lá era um lugar abandonado, de prostituição, e eles conseguiram erguer um centro bacana voltado para a cultura. Só de saber desse contexto eu me apaixonei”.

Aline Reis Cardoso Vieira, 22 anos, já é figura conhecida na cena artística paulistana. É voca-lista da banda “O Encanta Realejo”, resultado da junção dos grupos “Encantadeiras” e “Realejo”. Aline desenvolve um trabalho que chama de cênico-musical, com arranjos progressivos baseados em ritmos regionais brasileiros e no jazz.

Pensando bem, não dá para chamar de banda “O Encanta Realejo”. O grupo é mais que isso. É uma mistura inusitada de linguagens

artísticas, com movimentos ritmados e performáticos do corpo ao som de uma trilha sonora regional, passeando por elementos da improvisação. A literatura é simulta-neamente cantada e recitada e a pintura ao vivo, ilustra narrativamente o auto.

Inspiração coletivaPara Aline o grupo está lançando uma tendência que mis-tura linguagens artísticas em um único espetáculo. O últi-mo espetáculo do grupo chama-se o “O Auto do Realejo Encantado”. A história é escrita por várias mãos e por vários

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e a oralidade ao mesmo tempo. Levou todo mundo para o CCJ e organizou um sarau de poesias. Como na escola não existe um espaço adequado para essa atividade, o vizinho CCJ foi a melhor opção. “Depois que conheci melhor o espaço tive a idéia de fazer um sarau poético. Como o espaço é grande eu poderia levar um número maior de alunos”.

Silvia convidou a escritora Odete Ramos para ir ao CCJ falar do seu trabalho. Os alunos gostaram e abraçaram a idéia do sarau. “Eles ficaram todos empolgados por que iam se apresentar no CCJ, estavam se sentindo importantes”.

E o resultado? Um sucesso! Eles adoraram, fizeram suas próprias poesias, subiram no palco, declamaram, curtiram muito o momento. Mas para Sílvia, melhor que toda a farra do sarau, foi trabalhar a literatura com os alunos, descobrir habilidades diferentes e incentivá-los a criarem suas próprias poesias. “Era isso que a gente queria”.

24 horas de CCJPara Sílvia, oferecer lazer e cultura é importante. O espaço grande, iluminado e bem cuidado é fundamen-tal. “Se temos aqui pertinho tudo isso, precisamos usar plenamente esse espaço, manhã, tarde e noite. Até de madrugada! Não devia fechar”.

Sílvia, a Brasilândia e o CCJApesar de já trabalhar há 12 anos na comunidade, Sílvia Helena Voss, Coordenadora Pedagógica na Escola Desembargador Sebastião Nogueira, ainda acha que é pouco tempo. Mas ela conhece de perto as necessidades da comunidade e as deficiências da educação. Adepta da política de parcerias, Sílvia não acredita em educação no quadro negro. Para ela só lousa e giz não educam ninguém.

Silvia viu um terreno baldio, reduto de drogas e prostituição se transformar num espaço voltado para a juventude. Não hesitou: foi logo ocupar aquele lugar com suas idéias. “Aquele espaço era ocioso, perigoso, um terreno baldio. A ocupação dele foi importante para a segurança do entorno, além de ser o único lugar de lazer e cultura da região”.

A primeira atividade promovida pela coordenadora no CCJ foi levar os alunos ao cinema. O fato de ser gratuito, confortável, com uma boa projeção e estar pertinho da escola, ajudou bastante. “No dia houve um debate com a diretora do filme. Foi muito proveitoso. Acho que tem que haver sempre”.

O fato de ser único do país não faz o CCJ especial aos olhos de Sílvia. O que faz dele algo fora do comum é o que ele pode proporcionar para a educação e para a região da Brasilândia. “Levar cultura para a periferia, para as pessoas mais carentes, isso já é uma coisa excepcional”.

CCJ também é lugar de poesiaSilvia vislumbrou um modo de trabalhar a leitura, a escrita

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O Cinema no Escadão começou, em 2008, com as exi-bições cinematográficas e as apresentações musicais. Mas o início foi ainda em 2007, depois que o grupo do Paulo César foi contemplado com o VAI (Programa para a Valorização de Iniciativas Culturais). “Com a grana do VAI nós compramos os equipamentos, e daí a gente dis-cutiu e achamos importante fazer alguma coisa voltada para o audiovisual com um mano tocando antes de cada exibição”, explica Paulo.

Que a idéia é super bacana não resta dúvidas, mas por que o nome Cinema no Escadão? “Simples, por que na verdade a gente faz as apresentações num escadão, ele vira poltrona para a platéia”.

Quer casar comigo?A parceria entre os dois projetos do Paulo César e o CCJ é praticamente um matrimônio. “Então, é a as-sim, na verdade nos nossos projetos com o CCJ rola meio que um casamento. O Centro Cultural da Ju-ventude, pela infra-estrutura que tem, é indispensável para nós. Eu acho que se a gente não tivesse isso aqui seria meio complicado desenvolver bem os projetos”. Não é difícil imaginar quais são os espaços mais uti-lizados por Paulo César no CCJ: o estúdio de gravação musical, onde a CA.GE.BE. grava suas músicas; e a ilha de edição, onde os filmes exibidos pelo Cinema no Es-cadão são editados.

“Eu vejo e percebo que a juventude aqui da região, não só daqui, mas em vários lugares, é carente. Carente de cultura, carente de lazer, carente de esporte. Eles ainda desconhecem esse espaço, desconhecem as maravilhas que esse espaço tem, a facilidade de utilizar uma internet gratuita, a biblioteca, o próprio estúdio, o anfiteatro e a própria arena. Enfim, acho que a gente tem um bom espaço aqui, bonito, grande, estruturado, mas que nem todos os jovens conhecem”, aponta Paulo. O seu desejo é que o CCJ estabeleça parceria com outros grupos culturais.

Eu gosto mesmo é de cantarPaulo César dos Santos, músico, tem 30 anos e mora na Vila Nova Cachoeirinha há 22. O gosto pela música é antigo, começou quando conheceu o hip- hop e o rap, aos 13 anos. Mas só depois de muito tempo o prazer ganhou forma e virou profissão.

Há nove anos formou, com outros amigos, a banda CA.GE.BE., abreviação de Cada Gênio do Beco.“Então, a banda CA.GE.BE. é aqui do Jardim Peri, Zona Norte, uma banda de rap da cultura hip hop. Devido aos pro-blemas da região e do entorno a gente resolveu fazer música falando da situação, das quebradas, da região, dos sentimentos”. As músicas foram gravadas em CD, estão na internet e tocam nas rádios paulis-tas e de Fortaleza, Ceará. O trabalho saiu há um ano e meio e já rendeu ao grupo participações em diver-sos programas, vários shows na comunidade, no CCJ e até no glamuroso SESC Pompéia.

Se não tem poltrona, usamos a escadaPaulo César também trabalha, nas quebradas, com audio-visual, no projeto Cinema no Escadão, que mistura cinema

e música. “Que louco, né? É isso mesmo. Antes de cada exibição de cinema a gente faz uma apresentação musical, abordamos temas e falamos das bandas. Depois da dis-cussão, a gente toca e após a apresentação musical rola o cinema. Passamos filmes mais direcionados para o hip hop, mais culturais”, explica Paulo César.

A base do projeto fica no Jardim Peri, mas o Cinema é itinerante. Já passou pela Casa Verde, Elisa Maria, Jardim Carolina. “A gente gira com esse projeto”.

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Transformação, oportunidade, criação

Eduardo Luis tem 29 anos e trabalha com computação gráfica. Mora nas proximidades do Centro Cultural da Juventude há uns quatro anos e conhece bem seus corredores. “A gente chamava isso aqui de esqueleto, por que já existia toda uma estrutura de concreto armado. Como a obra ficou muito tempo abandonada as pessoas começaram a chamar de esqueleto”.

O lugar era perigoso e mal freqüentado. “Durante o dia era abandonado, durante a noite era um ponto de prostituição, de drogas. E como fica próximo ao cemitério, era um local em que as pessoas simplesmente evitavam passar. Aquilo trazia uma imagem muito ruim para o bairro”, lembra Eduardo.

Pás e enxadas transformaram o esqueleto num equi-pamento público de qualidade. Tudo foi praticamente derrubado e reerguido. Eduardo enxerga o que significou a construção do CCJ: “Quando isso aqui se transformou em um centro cultural, valorizou toda a região. Valorizou financeiramente, a parte imobiliária, tudo. Foi uma revolução no bairro, por que aqui não tinha nada nem sequer parecido. Se quiséssemos ir a um centro cultural o mais próximo seria na Vergueiro ou então na Paulista”.

Democratizando a criaçãoEduardo Luis gostou tanto do CCJ - da proposta, das idéias - que resolveu se incluir. “Comecei a freqüentar o Centro logo que ele abriu. Me ofereci para trabalhar aqui, dando uma oficina de animação e criação em 3D que durou três meses. Depois disso houve o primeiro

encontro de RPG e eu ajudei a organizar. Voltei depois, trabalhando em parceria com a Cultura Digital. E agora eu estou de novo no CCJ, pela quarta ou quinta vez, dando oficina de criação de personagem em 3D, e futuramente vai virar animação de personagens”.

Eduardo dá aulas de criação e animação em 3D em escolas profissionalizantes. “O que hoje movimenta muito dinheiro, no mundo todo, é vídeo game. Para a criação de jogos é preciso utilizar softwares em 3D. São eles que possibilitam a produção de personagens e cenários tridimensionais”. Mas algo tão bacana e lucrativo estava bem longe da comunidade, já que os softwares são caríssimos.

Existiam a vontade de ensinar e de aprender, e o CCJ estava ali do lado. Já que não havia grana para comprar o caríssimo software a solução era encontrar um grátis. “Como aqui na região os moradores são bem carentes, por causa deles eu comecei a trabalhar com software livre, chamado Blender 3D.

Era o que faltava para Eduardo começar as suas aulas. Com o tal do Blender 3D os jovens com poucos recursos financeiros podem aprender, entrar nessa indústria e fazer trabalhos extremamente profissionais. “Os alunos são fantásticos! São alunos até de outros centros culturais. Eles vieram para cá e disseram ‘eu tenho muita vontade de trabalhar nessa área, mas eu não tenho condições financeiras para isso’. Vieram participar dessa oficina alunos formados, que já terminaram a faculdade, tinham interesse em trabalhar nessa área e também não tinham dinheiro para pagar os cursos. Para eles está sendo uma coisa maravilhosa”.

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BIBLIOTECA166 atividades temáticas 42 projetos realizados

REDES SOCIAIS262 projetos da comunidade apresentados127 parcerias estabelecidas50 núcleos formados6 fóruns e 5 seminários realizados MULTIMEIO156 oficinas de formação realizadas29 encontros da Rádio CCJ

LAZER E CONVÍVIO38 eventos realizados32 jogos e campeonatos21 atividades temáticas na internet17 projetos temáticos realizados

DIFUSÃO CULTURAL370 exibições de filmes e vídeos148 espetáculos de música105 peças teatrais 37 mostras

Centro Cultural da Juventude Ruth Cardoso

No final de outubro, o CCJ ganhou sobrenome. Ele agora é Centro Cultural da Juventude Ruth Cardoso. Uma homenagem à antropóloga, que como esposa do ex-Presidente Fernando Henrique Cardoso, criou e presidiu o Comunidade Solidária, atual Comunitas, responsável por projetos sociais e incentivo ao voluntariado.

A escolha do nome de D. Ruth não foi aleatória. Seu trabalho transformou a vida de muitos jovens brasileiros. Fundou o Programa Alfabetização Voluntária, que alfabetizou mais de 2,5 milhões de jovens nos municípios mais pobres do país; o Universidade Solidária mobilizou estudantes para ações de desenvolvimento social, e o Capacitação Solidária, treinou mais de 100.000 jovens para o mercado de trabalho nas grandes regiões metropolitanas

Durante a cerimônia que re-batizou o CCJ, as autoridades presentes ressaltaram a importância de D. Ruth na implantação de políticas públicas voltadas para a juventude e expressaram a alegria do espaço receber o nome da antropóloga. “Nós ficamos muito honrados em prestar essa homenagem”, destacou Luciana Guimarães, Coordenadora do Centro.

A homenagem foi concretizada durante uma cerimônia que ocorreu no dia 17 de outubro no próprio CCJ. A solenidade contou com a presença do marido de D. Ruth, ex-Presidente Fernando Henrique Cardoso, além do Governador do Estado de São Paulo, José Serra e do Prefeito da cidade de São Paulo, Gilberto Kassab.

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O fato é que o Centro Cultural da Juventude Ruth Cardoso é um caso de sucesso.O primeiro grande resultado é ter transformado uma área degradada, território de ratos e lixo, em um espaço público de qualidade.

A programação gratuita do Centro abre espaço para expressões artísticas e culturais diversas, criando novas platéias e ampliando repertórios.

1094 atividades culturas em dois anos. 380 978 atendimentos. Média mensal de 12.699 atendimentos.

O CCJ apóia projetos juvenis e gera produtos culturais. O Co-patrocínio de Primeiras Obras teve duas edições consecutivas, cobrindo uma lacuna no estímulos público a novos artistas.

123 projetos apresentados à comissão de avaliação do Edital de Co-Patrocínio de Primeiras ObrasTotal de R$ 510.000,00 disponilizados para o financiamento das obras selecionadas.

O Centro, buscando sua sustentabilidade, elaborou dois Projetos de Lei. O Projeto de Lei nº 252/2008 dispõe sobre a criação do Centro Cultural da Juventude e sobre seu quadro de cargos em comissão. O Projeto de Lei nº 352/2008 cria o Programa Jovem Monitor Cultural, que prevê a formação e remuneração de jovens para trabalhar em equipamentos culturais públicos.

O CIEDS foi o parceiro não governamental que na fase de implantação viabilizou a contratação da equipe que fez o CCJ funcionar. Coube ao CIEDS também montar um sistema de monitoramento e avaliação das atividades.

Em setembro, o Decreto n° 50 005 autorizou a transferência de cargos de livre provimento em comissão para o Centro, o que permite sua autonomia. O CIEDS deixa de compartilhar com o CCJ a responsabilidade da gestão do equipamento. Para a instituição foi uma experiência única partilhar com a Prefeitura de São Paulo a gestão de um espaço que comprova o potencial de equipamentos públicos de qualidade oferecendo acesso a comunidades de baixa renda.

O Centro Cultural da Juventude Ruth Cardoso é um modelo de sucesso que deverá à curto prazo motivar a criação de similares em todo o Brasil.

Enf im. . .

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Alexandre RicardoAna Carolina Meszaros André Sant’AnnaBárbara Batista Barbosa de SouzaBeatriz BiancoBernardo Saraiva FerraciniBruna Mantese de SouzaBruno PastoreCésar Augusto Reis PaixãoCamila Silva TavaresClóvis ReisDaniel Silveira SouzaDaniela Conceição Ferrete da SilvaDanilo Martins da SilvaDavid Conrado Sabbag Jr.Denis Aires EdmundoDiego DuenhasDimas Reis GonçalvesDjalma Lopes GoesDolores Augusta BiruelDorlene ToniniDyane Guedes CunhaEdson do Nascimento GomesEliane RochaEliane Aparecida de MelloEmerson Nascimento da SilvaFernanda Arantes e SilvaGeraldo Arcanjo Gisele dos Santos GaudinoGláucia Maria C. de MirandaGustavo Frozza da SilvaHugo Rosa PaixãoIsrael CelestinoIsrael de Oliveira TeixeiraIvânia Amanda David SilvaJorge DuarteJudson Silva SantosJuliana Barros FerracineJúlio César da SilvaKaren Cunha

ProduçãoComunicaçãoInformáticaProdutoriaDifusão CulturalIluminadorRedes SociaisProdutoriaBibliotecaEstagiáriaComunicaçãoProdutoriaBibliotecaBibliotecaProdutoriaZeladoriaInformáticaMonitoriaMonitoriaBibliotecaAdministraçãoBibliotecaRecepçãoBibliotecaMontagemAdministraçãoRedes SociaisProdutoriaBibliotecaAnfiteatroProduçãoAdministraçãoZeladoriaInformáticaProduçãoAdministraçãoBibliotecaInternetMontagemDifusão Cultural

Leandro Márquez BenettiLeandro Soares da SilvaLidiane Silva LimaLuana Aparecida CamposLuanda da SilvaLucia de Fátima SakamotoLuciana Cesar GuimarãesLuiz Flávio de LimaMarcelo Miguel CostaMarcelo Penteado de ToledoMarcelo Rodrigues GregórioMargarethMaria Corina RochaMarilia Jahnel de OliveiraMauricio GubbiniMarilia Bilemjian GoulartMelina Isabel CampaniniMichel Gusmão da SilvaMichelle Nascimento da SilvaMiguel Gondim CastroPaloma PeinadoPaula Marcelle NabarretiPaulo Ernesto Condini Paulo Henrique DomingosPaulo Maciel BoticaPriscila da Silveira Piza de OliveiraPriscila Correa BragaPriscila GarciaRafael dos Reis PereiraRaissa Gregori Faria NevesRegina Elias da CostaRenato MartinsRenato GimenesRenato Musa dos SantosRobson Santos FerrazRoger Duran TunesRosilene Aparecida Oliveira CostaSuely Smaira Snaty JuneoThaís Londroni MotaThaís Oliveira Ribeiro PaulinoThiago SaraivaVera Lucia Mancio VieiraVera Lucia Ormundo DiasVera Lúcia de Souza

ComunicaçãoAnfiteatroMonitoriaProdutoriaInternetBibliotecaDiretoriaMonitoriaLazer/InternetRedes SociaisMultimídiaAdministraçãoBibliotecaRedes SociaisZeladoriaMultimeiosBibliotecaZeladoriaComunicaçãoMultimídiaGestora CiedsProdutoriaAdministraçãoAdministraçãoMonitoriaAdministraçãoMonitoriaMonitoriaInternetInternetInternetAdministraçãoMonitoriaProgramaçãoBibliotecaProdutoriaFormaçãoAdministraçãoMonitoriaMonitoriaProgramaçãoAdministraçãoAdministraçãoAdministração

PROFISSIONAIS QUE ATUAM OU ATUARAM NO CCJ RUTH CARDOSO

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