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CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO AMAPÁ A IDADE MÉDIA - RESUMO E CONSIDERAÇÕES SÉCULO VI AO XV. ►FATORES CARACTERÍSTICOS (EUROPA OCIDENTAL) ▪ Formação do feudalismo ▪ Decadência do comércio ▪ Ruralização econômica ▪ Fortalecimento do poder local exercido pelos senhores feudais ▪ Ascenção da igreja e da cultura teocêntrica ▪ Europa invadida por povos bárbaros, mais tarde por árabes, vikings,etc.. ►PRINCIPAIS GRUPOS BÁRBAROS INVASORES Tártaro-mongóis: de origem asiática, compreendiam as tribos dos hunos, turcos, búlgaros, húngaros, etc. Eslavos: Oriundos da Europa oriental e da Ásia, compreendiam os russos, os poloneses, os tchecos, os sérvios, etc.. Germanos: de origem indo-européia, compreendiam várias nações, como os visigodos, os ostrogodos, os hérulos, os anglos, os saxões, os francos, etc... Os bárbaros não conheciam um Estado organizado, constituindo nações divididas em tribos. Como a maioria desconhecesse a escrita, a vida social era orientada por leis consuetudinárias (baseadas nos costumes) transmitidas oralmente. Foi a partir do século V, com a queda do Império Romano do Ocidente, que se acelerou definitivamente o processo de formação do mundo feudal, tendo início a Alta Idade Média. A ALTA IDADE MÉDIA – SEC V ao X (IMPÉRIO ROMANO/BIZANTINO) ► FATORES CARACTERÍSTICOS (ORIENTE) A cidade de Constantinopla, fundada pelo Imperador Constantino (sec. IV), por razões de ordem econômica e estratégica, converteu-a na nova capital do império romano. Localização privilegiada, entre os mares Egeu e Negro, entre o Ocidente e o Oriente. Comércio ativo com as cidades vizinhas. Centro rico e forte pela sua produção agrícola e pelo comércio. Preservou muitas instituições latinas, como as normas políticas e administrativas, assim como o latim. • No século VII o grego é reconhecido como língua oficial. • O Imperador comandava o exército e a Igreja, sendo considerado representante de Deus, e possuindo grande poder. Curso: ARQUITETURA E URBANISMO I DATA: AGO/2010 Disciplina: TEORIA, HIST. E CRÍTICA DA ARQ. E URB. II Professor: KLINGER OLIVEIRA 1

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Curso: ARQUITETURA E URBANISMO I DATA: AGO/2010 Disciplina: TEORIA, HIST. E CRÍTICA DA ARQ. E URB. II Professor: KLINGER OLIVEIRA. A IDADE MÉDIA - RESUMO E CONSIDERAÇÕES SÉCULO VI AO XV. ►FATORES CARACTERÍSTICOS (EUROPA OCIDENTAL) - PowerPoint PPT Presentation

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A IDADE MÉDIA - RESUMO E CONSIDERAÇÕES

SÉCULO VI AO XV.

►FATORES CARACTERÍSTICOS (EUROPA OCIDENTAL)

▪ Formação do feudalismo▪ Decadência do comércio▪ Ruralização econômica▪ Fortalecimento do poder local exercido pelos senhores feudais▪ Ascenção da igreja e da cultura teocêntrica▪ Europa invadida por povos bárbaros, mais tarde por árabes, vikings,etc..

►PRINCIPAIS GRUPOS BÁRBAROS INVASORES

▪ Tártaro-mongóis: de origem asiática, compreendiam as tribos dos hunos, turcos, búlgaros, húngaros, etc.▪ Eslavos: Oriundos da Europa oriental e da Ásia, compreendiam os russos, os poloneses, os tchecos, os sérvios, etc..▪ Germanos: de origem indo-européia, compreendiam várias nações, como os visigodos, os ostrogodos, os hérulos, os anglos, os saxões, os francos, etc...

Os bárbaros não conheciam um Estado organizado, constituindo nações divididas em tribos. Como a maioria desconhecesse a escrita, a vida social era orientada por leis consuetudinárias (baseadas nos costumes) transmitidas oralmente.

Foi a partir do século V, com a queda do Império Romano do Ocidente, que se acelerou definitivamente o processo de formação do mundo feudal, tendo início a Alta Idade Média.

A ALTA IDADE MÉDIA – SEC V ao X (IMPÉRIO ROMANO/BIZANTINO)

► FATORES CARACTERÍSTICOS (ORIENTE)

• A cidade de Constantinopla, fundada pelo Imperador Constantino (sec. IV), por razões de ordem econômica e estratégica, converteu-a na nova capital do império romano.• Localização privilegiada, entre os mares Egeu e Negro, entre o Ocidente e o Oriente.• Comércio ativo com as cidades vizinhas.• Centro rico e forte pela sua produção agrícola e pelo comércio.• Preservou muitas instituições latinas, como as normas políticas e administrativas, assim como o latim.• No século VII o grego é reconhecido como língua oficial.• O Imperador comandava o exército e a Igreja, sendo considerado representante de Deus, e possuindo grande poder.

Curso: ARQUITETURA E URBANISMO I DATA: AGO/2010

Disciplina: TEORIA, HIST. E CRÍTICA DA ARQ. E URB. II

Professor: KLINGER OLIVEIRA

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• Justiniano (527-565), o mais célebre governante do império bizantino;

- Ampliou as fronteiras à península Ibérica e à África.- Realizou entre 533 e 565, a compilação do Direito romano, em:

1) Código: conjunto de leis romanas desde o século II.2) Digesto: comentários dos grandes juristas a essas leis.3) Institutas: princípios fundamentais do direito romano.4) Novelas: novas leis do período de Justiniano.5) O conjunto desses trabalhos resultou num dos maiores legados do mundo romano: o Corpo do Direito Civil.

-No campo cultural: construção da Igreja de Santa Sofia – estilo bizantino – simbolizava o poder do Estado (dez mil pessoas trabalharam na sua construção).

▪ Posteriormente, surgem dentro da igreja, correntes doutrinárias – as heresias – que questionavam os dogmas cristãos pregados pelo papa de Roma, como as dos:

-Monofisistas: defendiam que Cristo possuía apenas uma natureza divina, espiritual. Negavam a Santíssima Trindade (pai, filho e espírito santo) representando Deus.- Iconoclastas: defendiam a destruição de imagens. No início do século VIII, o imperador Leão III, decretou ser proibido o uso de imagens de Deus, Cristo ou de santos nos templos.

•Surgimentro do cesaropapismo: supremacia do imperador sobre a igreja.• Rompimento da Igreja Bizantina com a Igreja de Roma.

-Consumou o rompimento com a Cisma do Oriente (autonomia total da Igreja oriental, acusando o papado de distanciar-se das pregações originais de cristo e de seus apóstolos.- Com a cisão surgem duas Igrejas: a Igreja Ortodoxa, subordinada ao Patriarcado de Constantinopla, e a Igreja Católica Apostólica Romana, dirigida pelo Papa.

▪ A partir dos séculos VII e VIII, o Império Bizantino vai perdendo territórios, devido ao cerco, ora dos bárbaros, ora dos árabes.

▪ A partir do século XIII, as dificuldades do Império se multiplicam. No final da Idade Média, os turcos-otomanos, em 1453, derrubam as muralhas de Constantinopla, pondo fim ao Império Romano do Oriente.▪ A queda de Constantinopla serviria como marco crononológico para o fim da Idade Média e o início da Idade Moderna.

► O MUNDO ÁRABE – O ISLAMISMO

▪ Até o fim do século VI, população dividida, aproximadamente, em trezentas tribos, divididas entre os beduínos e pelas tribos urbanas.▪ Surge na região situada a margem do Mar Vermelho, suas principais cidades, MEDINA e MECA, que se tornam grandes centros comerciais da Árabia.▪ Meca se torna o principal centro religioso como o é até hoje.▪ Até o século VII, desconhecia Estados organizados. Eram comandados pelos xeques (sheiks), que viviam em constantes guerras.

▪ Nascido em Meca em 570, Maomé, em 610 após longos anos de meditação, cria o Islamismo, religião que condenava o politeísmo. Considerava Alá o único Deus. Em 630, unifica política e reliogiosamente a Arábia. Morre em 632.▪ Preserva a Caaba, um dos principais símbolos – a pedra negra. Segundo as tradições árabe, esta pedra foi oferecida por Deus ao filho de Abraão, e era branca, foi escurecida pelos pecados e beijos dos milhões de peregrinos.

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A BAIXA IDADE MÉDIA (SEC. X ao XV)

►O MOVIMENTO DAS CRUZADAS (SEC. XI ao XIII)FATORES DETERMINANTES:• A religiosidade do homem medieval;• Marginalização decorrente do crescimento demográfico;• A persistência do direito de primogenitura;• Oportunidade de aventura e, eventualmente, de enriquecimento;• Possibilidade de reabertura do Mediterrâneo e a obtenção de entrepostos e vantagens comerciais;

•O papa Urbano II, em discurso no Concílio de Clermont, em 1095, conclamou os cristãos a integrar o movimento cruzadista:

PRINCIPAIS CRUZADAS:

• Cruzada dos Mendigos (1096): Comandada por Pedro, o Eremita e Gautier Sem-Vintém – movimento popular – massacrada pelos turcos.• Primeira Cruzada (1096-1099) – Cruzada dos Nobres. Comandada por Godofredo de Bulhão, Raimundo de Toulouse e Boemundo – teve sucesso, reconquistando Jerusalém em 1099 – criou ordens monásticas como as dos Templários e Hospitalários;• Segunda Cruzada (1147-1149): Comandada pelos reis Luís VII (França) e Conrado III (Sacro Império) – não atingiu seus objetivos, desintegrou-se;• Terceira Cruzada (1189-1192) – Cruzada dos Reis. Comandada por Ricardo Coração de Leão (Inglaterra), Felipe Augusto (França) e Frederico I, o Barba-Ruiva (Sacro Império) – fez acordo com Saladino que permitia a peregrinação cristã a Jerusalém.• Quarta Cruzada (1202-1204) – Cruzada Comercial. Duque Dândolo, de Veneza – saquearam Zara e Constantinopla – fundaram o Reino Latino de Constantinopla (1204-1261) – Veneza assume o domínio do Mediterrâneo;• Cruzada das Crianças (1212): movimento extra-oficial – oposição do papa Inocêncio III – as crianças foram vendidas como escravas no Norte da África;• Quinta Cruzada (1218-1221). Dirigida por André II, da Hungria, contra o Egito. Não obteve resultados;• Sexta Cruzada (1228-1229). Realizada por Frederico II (Sacro Império). Fez acordos diplomáticos com os turcos;• Sétima e Oitava Cruzadas (1250-1270). Dirigida por Luís IX (França), contra o Egito, sem sucesso.

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► A EXPANSÃO DO ISLAMISMO PARA O OCIDENTE

• Motivada pelo crescimento populacional e escassez de terras férteis.• Iniciou-se com a conquista de territórios bizantinos e persas.• Gibral Tarik (711), atravessou o estreito entre a África e a Europa, que recebeu seu nome – GIBRALTAR.• Penetraram na península Ibérica, e são barrados em 732, pelo franco Carlos Martel, na batalha de Poitiers, nos Pireneus.• Nesse período o governo já era exercido pelos Califas (chefes religiosos e políticos).

•Principais califados: califado de Bagdá, na Ásia; califafo do Cairo, no Egito; califado de Córdova, na Espanha.

• Surge a Guerra da Reconquista da península Ibérica, iniciada no século VIII, e as Cruzadas cristãs contra os muçulmanos, no século XI.

• O surgimento de outras seitas islâmicas arruinam o império, destacandose:• Os sunitas: partidários de um chefe de Estado, eleito pelos crentes, e que Sunna, livro dos ditos e atos de Maomé, era uma importante fonte de verdade para o islamismo.• Os xiitas: defendiam um ideal absolutista de Estado, tendo como chefe religioso e político um descendente do Profeta. Só admitindo o Corão como fonte de ensinamentos.

• 1057: O califado de Bagdá submete-se ao poder temporal de um sultão seljúcida;• 1258: Conquista de Bagdá pelos mongóis, termina o domínio da dinastia abássida;• Século XV: os turcos-otomanos –convertidos ao islamismo – conquistaram a parte oriental do antigo império muçulmano – hegemonia na região.• Na península Ibérica, a Guerra da Reconquista, favoreceu a formação de alguns reinos, como Aragão, Castela, Leão e Navarra.• Em l492: os muçulmanos foram expulsos da península, quando os espanhóis conquistaram Granada.

• A ARQUITETURA: é considerada a mais importante das artes sarracenas (árabes), destacando-se: construções de Palácios, Mesquitas e Escolas – influência bizantina e persa. Entre os principais elementos arquitetônicos contam-se as cúpulas, os minaretes, os arcos em ferradura e as colunas torcidas. Na decoração, encontramos uma profusão de motivos geométricos e vegetais.

•A literatura muçulmana: O livro dos reis, do poeta Al-Firdausi, o Rubayyat, de Omar Khayyam, e As mil e uma noites, coletânia de contos eróticos, fábulas e eaventuras, derivados de diversos povos orientais.

• A ciência na cultura Árabe – apoiados no legado grego – foram notáveis matemáticos, físicos, astrônomos, químicos e médicos. A adaptação do sistema numérico indiano ao arábico. Progressos na trigonometria e na álgebra. Desenvolveram pesquisas sobre a refração da luz, criaram os fundamentos da óptica. A investigação científica nos campos da história, da filosofia e economia.

• Na medicina: descoberta da natureza contagiosa da tuberculose e o diagnóstico de doenças como o sarampo.• Na Filosofia: preservaram os conhecimentos de Aristóteles e Platão.

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► O ESPAÇO FEUDAL

• FEUDO: UNIDADE DE PRODUÇÃO AGRÍCOLA.• Divisão do feudo:

• Manso Senhorial: Terras exploradas pelos servos e senhores.Tinham castelos/moradias, igreja, moinho, padaria, celeiros, estábulos,cabanas.• Manso Servil: Terras arrendadas para servos para seu consumo, porém, pagavam impostos e taxas ao senhorio;• Manso Comunal: Terras de uso comum (senhores e camponeses).

• Utilização da terra: Sistema de rotatividade produtiva.

1˚. ANO 2˚. ANO 3˚. ANOSistema de CEVADA TRIGO REPOUSO LOTE-1

rotação trienal TRIGO REPOUSO CEVADA LOTE-2 deCulturas REPOUSO CEVADA TRIGO LOTE-3

• Pincipais impostos feudais:• Corvéia: Pagamento com trabalho obrigatório nas terras do senhor;• Talha: Pagamento de porcentagem da produção;• Banalidades: Impostos pagos com produtos pela utilização de equipamentos do senhor (forno, moinho, celeiro, etc...)

A PARTIR DO SÉCULO XII• Grandes transformações provocadas pela expansão comercial afetaram o monopólio cultural exercido pela igreja;• Contatos mais intenso e frequentes com outros povos, principalmente do oriente;• O homem adquire outros valores, deixando de subordinar sua vida a uma “vontade divina”.

Santo Tomás de Aquino (1225-1274) – Professor da Universidade de Paris – autor de Suma Teológica – Inspirou-se em Aristóteles;“O desenvolvimento (progresso) humano não dependia apenas da vontade divina, mas também do esforço do homem. Assim o homem surgiria como um ser privilegiado, uma vez que, dotado de razão, estava preparado para assumir o seu destino. Procura conciliar Fé e Razão”. (Santo Tomás de Aquino).Fez do livre-arbitrio um dos eixos de sua teologia, refutando a idéia de Santo Agostinho (354-430) – que foi autor da síntese entre filosofia clássica e o cristianismo, das obras Confissões e Cidade de Deus – inspirado em Platão. O qual preocupou-se em conhecer a essência humana como modo de alcançar a salvação da alma, e disse:“O homem era um ser corrompido, por ter herdado o pecado original, que era um ser predestinado seja à salvação ou à condenação”. (Santo Agostinho).

• Surge o Trovadorismo (sul da França – região de Provença). O tema favorito era o amor. Louvava a mulher, o refinamento, a cortesia e a galanteria, e era produzido pelos trovadores.

• Surge a Poesia Épica. Retrato de uma sociedade feudal viril, guerreira e rude, descrevia os feitos heróicos de nobres cavaleiros (El Cid, Rei Arthur,...).

• No final da Idade Média, a literatura produzia traços que mostravam um afastamento crescente da influência dos valores religiosos e das normas estritas da Igreja. Emergiam novas preocupações e manifestações, uma renovação cultural com tons mais humanistas.

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▪ Impôs taxação sobre os bens da igreja;▪ Transferiu a sede da igreja de Roma para a cidade de Avignon no sul da França. Tal episódio iniciou o período conhecido como cativeiro de Avignon, durante 70 anos os papas submeteram-se à autoridade do rei da França.

▪ Neste período foi nomeado outro papa em Roma – desencadeou o Cisma do Ocidente, com a divisão suprema da Igreja Católica entre dois papas.▪ Entretanto veio a Guerra dos Cem Anos. Houve enfraquecimento do poder monárquico na França (1337-1453). Foi decisiva para a definição das fronteiras da França.• Impossibilitou a utilização de rotas terrestres;• Houve declínio das feiras;• A alternativa surgida foi o contorno da Península Ibérica, dinamizando a atividade mercantil com Portugal e Espanha;• A segunda alternativa era fluvial e incluía a travessia dos Alpes, seguindo pelo rio Reno até Flandres no norte da Europa.

PROBLEMAS DO PODER MONÁRQUICO NESTE PERÍODO:• Necessidade da nobreza para fortalecer seu exército;• Insatisfação burguesa com as primeiras derrotas da guerra;• Fome generalizada no país;• Rebeliões camponesas, chamadas Jacqueris (joão-ninguém). A mais importante em 1358 – invasões de castelos e assassinatos de senhorios;• Advento da Peste Negra (1347/1350). Matou 25 milhões de pessoas na Europa.• A Peste Negra, surgiu na China, foi para a Índia e para a Europa, através de navios vindos do porto de Cafa no Mar Negro.

EM 1364 – ASCENÇÃO DE CARLOS V

• Reinício de guerra contra ingleses;• Unifica os exércitos;• Conquista de vários territórios;• Com sua morte há a divisão da nobreza francesa – os armagnacs e os borquinhões, que lutam entre sí;• Os borguinhões perdem e se unem aos ingleses que são vitoriosos em l420;• A França se divide em dois tronos: nos territórios do norte, governava o inglês Henrique V; nos territórios do sul o francês Carlos VII, com apoio dos armagnacs;• Neste Período surge JOANA D’ARC, filha de humildes camponeses, que contagiou os franceses, liderou combates, liberta boa parte da França central e levou Carlos VII a Reims, no norte do país, onde foi coroado segundo as tradições;• Em 1430 os borguinhões prendem JOANA D’ARC, que é julgada pelos ingleses, acusada de heresia, e queimada em praça pública, na cidade de ROUEN em 1431;• O rei Carlos VII expulsa os ingleses em 1453;• Estava assim lançada as bases para a França se desenvolver economicamente durante a Idade Moderna.

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A FORMAÇÃO DA BURGUESIA INGLESA

• No século V, tribos germânicas (anglos e saxões), ocupam a ilha britânica, na qual fundam 07 (sete) reinos bárbaros;• Nos séculos VI e VII, essas tribos evoluem politicamente reduzindo para 03 (três) reinos;• No século IX, os três reinos se fundem criando o Estado Anglo-Saxão (Sacro Império Romano-Germânico), sob o comando do rei OTÃO I (otomano).• Em 1066, o último rei anglo-saxão, GUILHERME I, o conquistador, duque da Normandia, dá início a DINASTIA NORMANDA, e estabelece:

• A subordinação da nobreza;• Cria um forte poder central;• Faz a divisão do país em Condados, supervisionados pelos SHERIFFS;

• Em 1154, HENRIQUE II (1154-1189) – conde Anjou – estabelece:• A ampliação dos poderes reais;• O fortalecimento da justiça real;• Cria uma lei comum para todo o Estado, controlada por JUÍZES que percorriam todo o território, aplicando as leis.

• Em 1189-1199, RICARDO I (Coração de Leão):• Empreende batalhas contra a França;• Participa da Terceira Cruzada (fracassada);• Aumenta os impostos;• Fortalece o poder dos senhores feudais.

• Em 1199/1216, JOÃO (JOÃO SEM-TERRA):• Confisca as terras da Igreja (clero);• Posteriormente, pede perdão ao papa Inocêncio III;• Devolve os bens do clero;• Revolta dos senhores feudais/burgueses, 1215;• Cria a MAGNA CARTA;• Aumenta os impostos, altera as leis, que a partir daí devem ter também a aprovação do Grande Conselho, composto por membros do Clero, Condes e Barões;• A Carta Magna é considerada a base das liberdades inglesas;• O Grande Conselho foi o embrião de atual Parlamento inglês.

• A partir de 1265, são acontecimentos na Inglaterra;• A admissão de burgueses no grande conselho;• Manutenção da política (descentralizada);• Envolvimento dos ingleses na Guerra do Cem Anos;• A Peste Negra, e revoltas dos camponeses;• Enfraquecimento da nobreza.

• Em 1453, começa a disputa pelo trono inglês:• Guerra das DUAS ROSAS (30 anos de duração);• Essa disputa é entre as famílias YORK e LANCASTER;• Abre caminho para a centralização política do país;• Em 1485, Henrique Tudor (Lancaster), sagra-se rei com título de Henrique VII.

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O SACRO IMPÉRIO ROMANO-GERMÂNICO

TERRITÓRIOS: ALEMANHA E ITÁLIA

• Começa a tomar forma a partir da dinastia Carolíngia (843-936).• OTÃO I (962), Imperador do ocidente nomeia seu reino de Sacro Império Romano-Germânico:

• Submissão ao feudalismo;• Disputas entre Imperador e senhores feudais e o clero.

•Em 1073-1085: Pontificado de Gregório VII.• Início da Querela das investiduras, contra a corrupção e a decadência do clero;• Surgem os movimentos reformistas:

• Ordem de Cluny (sec. X e XI);• Ordem dos Cartuxos (1084);• Ordem de Cister (1098).

• Neste período o imperador Henrique IV:• Recusa-se a acatar os decretos papis;• Gregório ameaça excomungá-lo;• Enfrenta a oposição dos nobres;• Pede perdão ao Papa;• Suspensa a excomunhão, volta a ofensiva destituindo o papa que foge para Roma.

• Em 1122 – Assinatura do Tratado de WORMS:• Limitava poderes de Henrique V;

• Durante os séculos XII e XIII, vários conflitos entre imperadores e papas pela dominação do mundo ocidental;• Após 1250, a Alemanha era um mosaico de centenas de estados praticamente autonômos;

• A Itália do mesmo modo estava dividida em vários estados;

• As cidades contratavam os CONDOTTIERI (soldados mercenários), para sua defesa e conquista de cidades rivais.

▪ Os condottieri da família Visconti, assumem o governo de Milão em 1310, sucedidos pela família Sforza em 1450;

▪ Em meados do século XV, destacavam-se cinco grandes Estados na Itália:

1. A República de Veneza – governada por um Duque (Doge), e por um conselho;

2.A República de Florença – governada pelos Medicis ( família de banqueiros;

3.Ducado de Milão – condottieri da família Sforza;

4.Estados Pontifícios – Estados da Igreja;

5.Reino de Nápoles – governado por um parente do Rei Fernando de Aragão.

▪ Tanto a Alemanha como a Itália, durante a Baixa Idade média, não alcançaram o processo de centralização monárquica, permanecendo divididas até o século XIX.

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AS MONARQUIAS NACIONAIS IBÉRICAS – ESPANHA E PORTUGAL

• A unificação política da Espanha como a de Portugal, não está associada a uma significativa evolução da economia capitalista-burguesa~.

• Fundamentalmente, ela originou-se da necessidade que tiveram os nobres de se unir no combate contra os muçulmanos durante a Guerra da Reconquista.

• Com a decadência do Império Romano os Visigodos invadem a península Ibérica (sec. V);• Em 711, os muçulmanos invadiram a península destruindo o reino visigótico;

• Acuados, os cristão-vsiigóticos deslocam-se para o norte, formando o reino das Astúrias;

•Surge a Guerra da Reconquista (sec. XI e XII) – cristãos contra os mouros (muçulmanos);

• Ao longo desses séculos (XI e XII), nascem os reinos de Aragão, Castela, Leão e Navarra. Posteriormente, Aragão e Castela enexaram os reinos de Leão e Navarra, bem como novos territórios reconquistados;

• Em 1469, com o casamento dos reis Fernando de Aragão e Isabel de Castela, os dois reinos se unificaram;

• A conquista de Granada em 1492, por Fernando de Aragão, eliminou o domínio muçulmano e encerrou o processo de formação da monarquia nacional espanhola.

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