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CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA
Faculdade de Tecnologia da São Sebastião
Curso Superior de Tecnologia em Gestão Empresarial
JOELMA SUTIL DA SILVA
EMPREENDEDORISMO FEMININO EM MARESIAS: o perfil e a motivação para
empreender
São Sebastião
2014
JOELMA SUTIL DA SILVA
EMPREENDEDORISMO FEMININO EM MARESIAS: o perfil e a motivação para empreender
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade de Tecnologia de São Sebastião, como exigência parcial para obtenção do título de Tecnólogo em Gestão Empresarial. Orientador: Prof. Me. Ricardo de Lima Ribeiro
São Sebastião
2014
JOELMA SUTIL DA SILVA
EMPREENDEDORISMO FEMININO EM MARESIAS: o perfil e a motivação para empreender
Apresentação de Trabalho de Graduação à Faculdade de Tecnologia de São Sebastião, como condição parcial para a conclusão do curso de Tecnologia em Gestão Empresarial. São Sebastião, 10 de junho de 2014.
BANCA EXAMINADORA
_________________________________________________________
Me. RICARDO DE LIMA RIBEIRO
_________________________________________________________
Prof. ÁUREA RUIVO DA SILVA
_________________________________________________________
Dr. MARIA DO CARMO CATALDI MUTERLE
MÉDIA FINAL: ___________________
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus em primeiro lugar por ter me dado forças para poder conquistar mais uma vitória, a minha família na qual sempre me apoiou nos estudos, ao meu esposo Pedro pelo apoio em todos os sentidos, a todos os professores pela paciência e dedicação ao longo desses três anos, aos amigos e colegas da faculdade, principalmente as amigas Claudia Rodrigues e Daisy Maria que sempre estiveram presente, em especial ao meu orientador Ricardo de Lima Ribeiro pela paciência e dedicação na realização deste trabalho, as empreendedoras que colaboraram com a minha pesquisa, e a todos que direta ou indiretamente fizeram parte deste momento importante da minha vida.
“Ser um empreendedor é executar os sonhos, mesmo que haja riscos. É enfrentar os problemas, mesmo não tendo forças. É caminhar por lugares desconhecidos, mesmo sem bússola. É tomar atitudes que ninguém tomou. É ter consciência de que quem vence sem obstáculos triunfa sem glória. É não esperar uma herança, mas construir uma história.”
Augusto Cury
RESUMO
Este trabalho apresenta informações sobre o empreendedorismo feminino. Como o empreendedorismo feminino em nosso país é visto como um fator de mudança comportamental e cultural, vale ressaltar quem é essa mulher empreendedora e porque decidiu empreender. O objetivo deste trabalho foi mostrar o perfil da mulher empreendedora e sua motivação para empreender no bairro de Maresias, município de São Sebastião/SP. Para que o objetivo fosse atingido foi utilizada a pesquisa bibliográfica e a pesquisa de campo com a organização quantitativa dos dados. Como técnica de pesquisa foi utilizada a observação direta extensiva que teve como instrumento de avaliação o questionário. A amostragem empregada foi a amostra não probabilística do tipo intencional. Através das informações obtidas pelos questionários foi possível diagnosticar o perfil e identificar a motivação das empreendedoras. As empreendedoras têm entre 35-44 anos, são casadas, nasceram na região sudeste, possuem o segundo grau completo, são empreendedoras estabelecidas, e a motivação para empreender é por oportunidade. Palavras-chave: Empreendedorismo feminino. Empreendedora. Empreender por oportunidade.
ABSTRACT
This paper presents information on women's entrepreneurship. As women's entrepreneurship in our country is seen as a factor of cultural and behavioral change, it is worth mentioning who is this woman and why entrepreneurial decided to undertake. The aim of this study was to show the profile of entrepreneurial women and their motivation to undertake the Maresias neighborhood, São Sebastião/SP. To that goal was reached fieldwork and literature with quantitative data organization was used. As a research technique that had extensive direct observation as an assessment instrument , the questionnaire was used. The sample used was a non-probability sample intentional. Through the information obtained from the questionnaires was possible to diagnose and identify the profile of entrepreneurial motivation. The entrepreneurs are between 35-44 years are married, born in the Southeast, have a high school degree, are entrepreneurs established, and the motivation to undertake is by chance. Keywords: Women's entrepreneurship. Entrepreneurial. Undertaken by opportunity.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................... 09
2 REFERENCIAL TEÓRICO ................................................................................. 12
2.1 EMPREENDEDORISMO .................................................................................. 12
2.1.1 Definição de empreendedorismo .................................................................. 16
2.2 EMPREENDEDOR ........................................................................................... 16
2.2.1 Definição de empreendedor .......................................................................... 16
2.2.2 Tipos de empreendedores ............................................................................. 17
2.2.3 Características do empreendedor ................................................................ 18
2.2.4 Motivação para empreender .......................................................................... 22
2.3 EMPREENDEDORISMO FEMININO ............................................................... 24
2.3.1 Características da empreendedora ............................................................... 26
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ........................................................... 32
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ........................................................................ 35
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................. 47
6 REFERÊNCIAS .................................................................................................. 49
APÊNDICE- Questionário ................................................................................ 52
9
1 INTRODUÇÃO
Este trabalho mostrou por meio de uma pesquisa quantitativa, o perfil da
mulher empreendedora e sua motivação para empreender no bairro de Maresias no
município de São Sebastião/SP, a fim de comprovar a inserção da mulher no
mercado de trabalho.
1.1 JUSTIFICATIVA DO TEMA
Este trabalho é essencial para mostrar como o ambiente no mercado de
trabalho vem se modificando. E dentro deste cenário atual tão competitivo, vale
ressaltar o perfil e a motivação da mulher empreendedora, já que em nosso país o
empreendedorismo feminino é visto como um fator de mudança comportamental e
cultural. (GRECO, et al, 2010)
1.2 PROBLEMA
Diante do cenário econômico e social atual, o avanço tecnológico está
contribuindo para a redução de empregos, e assim muitos indivíduos procuram
outras alternativas de trabalho, abrindo assim o seu próprio negócio. (GRECO, et al,
2010). Aqueles que abrem um negócio por falta de melhores opções de trabalho são
chamados de empreendedores por necessidade, já aqueles que possuem
alternativas de emprego e renda e decidem abrir um negócio são chamados de
empreendedores por oportunidade, explicam Greco et al (2010).
Dessa maneira, a presente pesquisa visa responder à seguinte pergunta:
Qual é o perfil e a motivação para empreender dessa mulher
empreendedora?
10
1.2.1 Hipótese
Segundo Andreassi e Macedo et al (2012) muitas mulheres nascem com
características favoráveis para o empreendimento, como a capacidade de identificar
algo como oportunidade de negócio, ou até mesmo são criativas, já outras precisam
de uma base de conhecimento no assunto. Como forma de sustentação dessa
pesquisa formula-se a seguinte hipótese:
A maioria das mulheres que decide abrir seu próprio negócio está numa faixa
etária entre 25-35 anos, com um nível de escolaridade baixo e, devido à falta de
profissionalismo para exercer a atividade empreendedora, possuem uma renda
baixa. Essas mulheres abrem o seu próprio negócio pela falta de melhores opções
de trabalho, ou seja, por necessidade. (PASSOS et al, 2008)
1.3 OBJETIVOS
De acordo com Lakatos e Marconi (2010) toda pesquisa precisa ter um
objetivo determinado, a fim de conhecer o que se vai procurar e o que se pretende
alcançar. Os objetivos podem ser gerais ou específicos.
1.3.1 Objetivo geral
Mostrar o perfil da mulher empreendedora no bairro de Maresias e sua
motivação para empreender.
1.3.2 Objetivos específicos
Diagnosticar o perfil da mulher empreendedora no bairro de Maresias.
Identificar a motivação dessa mulher para empreender.
11
1.4 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Neste trabalho foi utilizado como método de abordagem o método indutivo, e
como método de procedimento foi utilizado o método monográfico. O tipo de
pesquisa utilizada foi pesquisa bibliográfica e de campo com a organização
quantitativa dos dados. A técnica de pesquisa aplicada foi a observação direta
extensiva que teve como instrumento de avaliação o questionário. Quanto a
amostragem foi empregada a amostra não probabilística do tipo intencional.
1.5 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO
O trabalho esta organizado em 7 capítulos, sendo o primeiro a introdução,
que trata do tema, do problema, da hipótese e dos objetivos do trabalho; o segundo
o referencial teórico na qual apresenta o empreendedorismo, o empreendedor e o
empreendedorismo feminino; o terceiro a metodologia na qual descreve quais
procedimentos metodológicos foram utilizados; o quarto os resultados e discussão
do trabalho; o quinto as considerações finais, a conclusão; o sexto as referências; e
o sétimo o apêndice.
12
2 REFERENCIAL TEÓRICO
O capítulo a seguir trata-se do empreendedorismo, do empreendedor e do
empreendedorismo feminino.
2.1 EMPREENDEDORISMO
Nos últimos anos o rápido desenvolvimento tecnológico e a globalização dos
mercados fizeram com que muitas empresas se renovassem, se tornando mais
flexíveis, ágeis e rápidas as respostas de demanda do mercado; atendendo, assim,
as exigências dos consumidores por produtos e serviços de melhor qualidade e
tecnologicamente mais avançados. (DORNELAS, 2008)
Dornelas (2008) afirma que as empresas que não se adequarem a essa era
do conhecimento, não sobreviverão no mercado.
Segundo Dornelas (2008) existe um crescente interesse nacional e
internacional em estudar o empreendedorismo, ou temas voltados ao mesmo, uma
vez que a prosperidade das nações depende da geração de negócios e a ação
empreendedora é o processo dinâmico pelo qual se pode gerar riquezas.
O empreendedorismo tem um papel importante no desenvolvimento
econômico, não é só pelo aumento da produção e renda, mas sim pela construção
de mudanças na sociedade. (HISRICH; PETERS; SHEPHERD, 2009)
Em consonância, Andreassi et al (2011) reconhecem que, quando os
indivíduos identificam uma oportunidade de negócio em seu ambiente e a exploram,
a sociedade como um todo é beneficiada, com o aumento da criação de empregos
ou aumento de riqueza do país.
Para Andreassi et al (2011) quando esses indivíduos identificam um negócio
como uma boa opção de carreira, os outros indivíduos onde vivem são
influenciados a empreender também, formando assim uma cultura empreendedora.
Uma pesquisa que está ajudando nessa cultura empreendedora é o GEM.
O GEM (Global Entrepreneurship Monitor) é um consórcio de pesquisa que
avalia anualmente o nível da atividade empreendedora em vários países do mundo.
O GEM se iniciou em 1999, por duas instituições internacionais: Babson College e
13
London Business School; e atualmente é o maior estudo contínuo sobre o
empreendedorismo. (GRECO et al, 2010)
No ano de 2012 o GEM entrevistou 69 países. A pesquisa se dividiu em duas
etapas: “o levantamento de dados primários junto à população com idade entre 18 e
64 anos e a obtenção de opiniões de especialistas sobre as condições existentes
nesses países para o desenvolvimento de novos negócios”. (ANDREASSI;
MACEDO et al, 2012, p. 19)
Greco et al (2010) explicam que o GEM faz um mapeamento da atividade
empreendedora dos países, a fim de compreender o relacionamento entre
empreendedorismo e desenvolvimento econômico. Outro diferencial da pesquisa do
GEM é estudar detalhadamente o comportamento do empreendedor ao criar e
gerenciar um novo negócio.
A Figura 1 representa o processo empreendedor segundo o GEM.
Figura 1: O processo empreendedor segundo definições adotadas pelo GEM
Fonte: Andreassi e Macedo et al (2012)
Para o GEM o empreendedorismo é um processo que possui diferentes fases,
como mostra na Figura 1: fase do empreendedor potencial, fase da intenção de
iniciar um negócio, representada na figura como intenções, fase do início do negócio
(negócios com até três meses), representada na figura como nascentes, fase de
administrar o negócio (negócios com até 42 meses), representada na figura como
14
novos, e fase do negócio estabelecido, representada na figura como estabelecidos.
(ANDREASSI; MACEDO et al, 2012)
A fase do empreendedor potencial é quando a pessoa contempla a ideia de
iniciar um novo negócio, seja por enxergar uma oportunidade, seja pela falta de
alternativas de emprego. A fase intenções é quando essa ideia passa a ser concreta,
ou seja, se decide realmente criar o negócio, realizando-se assim atividades
relacionadas à criação desse negócio. A ‘fase nascentes’ é quando se tem um
esforço para criar um negócio independente, autônomo ou um novo negócio
patrocinado por um negócio existente como subsidiária ou filial. A ‘fase novos’ é
quando o negócio já pagou salários por mais de três meses e menos de 42 meses.
Já a ‘fase estabelecidos’ é quando o negócio já pagou salários por mais de 42
meses, já sobreviveu ao “risco da novidade”. (PASSOS et al, 2008)
Existem três fatores favoráveis para empreender no Brasil: Clima econômico,
Normas culturais e sociais e Infraestrutura comercial e profissional. (ANDREASSI;
MACEDO et al, 2012)
No fator clima econômico: se a situação econômica estiver favorável,
incentiva o empreendedorismo, pois as pessoas ficam estimuladas e fortalecidas
para empreender. No fator Normas culturais e sociais, representado na Figura 1
como Postura da sociedade: o brasileiro tem o espírito empreendedor; com o sonho
de ser o seu próprio patrão, o brasileiro persiste nas dificuldades explorando a
criatividade e jogo de cintura, e ainda conta a mídia e a sociedade que valoriza a
figura do empreendedor. No fator Infraestrutura comercial e profissional,
representado na Figura 1 como Ambiente Institucional: o acesso à informação, como
o uso da internet e das redes sociais e os órgãos de apoio que as pessoas têm
atualmente faz com que essas pessoas descubram oportunidades de forma rápida e
interativa. (ANDREASSI; MACEDO et al, 2012)
O Brasil participa desta pesquisa do GEM desde 2000, e quem conduz essa
pesquisa aqui no Brasil é o IBPQ (Instituto Brasileiro da Qualidade e Produtividade)
com parceria financeira e técnica do SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro
e Pequenas Empresas). (ANDREASSI; MACEDO et al, 2012)
De acordo com Bastos Júnior et al (2005) os traços culturais e sociais
favorecem no que diz respeito a criatividade e a adaptabilidade do brasileiro. O fato
dos brasileiros desejarem padrões de consumo elevados acaba resultando em
iniciativas empreendedoras. (BASTOS JÚNIOR et al, 2005)
15
Andreassi et al (2011) afirmam que em 2011 26,9% dos indivíduos da
população brasileira eram donos ou administravam algum negócio; o que significa
que mais de um quarto da população entre 18 e 64 anos está envolvida com a
atividade empreendedora.
Segundo Andreassi e Macedo et al (2012) um dos indicadores que o GEM
utiliza é a TEA (Total Early-Stage Entrepreneurial Activity) ou Taxa de
Empreendedores em Estágio Inicial, essa taxa inclui os indivíduos que estão no
processo de iniciar um novo negócio e aqueles que estão conduzindo um negócio há
menos de 42 meses. A partir de 42 meses é a TEE (Taxa de Empreendedores
Estabelecidos) que inclui os indivíduos que estão conduzindo um negócio há mais
de 42 meses. A TEA tem um diferencial quando comparada a outras bases de dados
sobre empreendedorismo, a TEA utiliza dados primários e já a maioria das outras
bases de dados são formadas por dados secundários ou registros formais relativos
às empresas.
Segundo Andreassi et al ( 2011), 14,9 % eram empreendedores em estágio
inicial compondo a TEA, 4,1% empreendedores nascentes, 11% empreendedores
novos, e 12,2% empreendedores estabelecidos.
O Gráfico 1 apresenta a evolução da taxa de atividade empreendedora inicial
no Brasil no período de 2004 a 2012. Verifica-se que a atividade empreendedora
veio crescendo nos últimos 10 anos, com um crescimento quase que estabilizado de
2004 a 2008, e um crescimento maior a partir de 2009. (ANDREASSI; MACEDO et
al, 2012)
Gráfico 1 - Evolução da taxa de atividade empreendedora- TEA Brasil – 2004 – 2012
Fonte: Andreassi e Macedo et al (2012)
16
2.1.1 Definição de empreendedorismo
De acordo com Andreassi e Macedo et al (2012) empreendedorismo é uma
tentativa de criar um novo negócio, como: uma nova empresa, uma atividade
autônoma; ou até mesmo a expansão de um empreendimento já existente.
Para Andreassi et al (2011) o empreendedorismo é um processo que está
dividido em fases de desenvolvimento: fase que vai da intenção de iniciar um
negócio até efetivamente a iniciação (negócios com até três meses) e a fase de
administração desse negócio (negócios com até 42 meses ou negócios já
estabelecidos).
Segundo Hisrich, Peters e Shepherd (2009, p. 30):
Empreendedorismo é o processo de criar algo novo com valor, dedicando o tempo e o esforço necessários, assumindo os riscos financeiros, psíquicos e sociais correspondentes e recebendo as consequentes recompensas da satisfação e da independência financeira e pessoal.
Empreendedorismo se resume em fazer diferente, buscar oportunidades, ser
criativo e inovar. (DORNELAS, 2008)
2.2 EMPREENDEDOR
Os empreendedores tem um papel importante na economia de um país, no
que diz respeito à geração de empregos. Os empreendedores ao abrirem novas
empresas geram novos empregos; e isso faz com que aconteça a distribuição de
renda e criação de oportunidades para toda a população. (GRECO et al, 2010)
2.2.1 Definição de empreendedor
Segundo Drucker (2008) empreendedor é aquele que começa o seu próprio,
novo e pequeno negócio.
17
No entendimento de Dornelas (2008) empreendedor é a pessoa que faz algo
diferente, faz acontecer, é visionário. Para o autor o empreendedor é uma pessoa
diferente, que possui uma motivação singular, gosta do que faz, quer ser
reconhecido e admirado, não se contenta em ser mais um na multidão.
Empreendedor para o economista é “aquele que combina recursos, trabalho,
materiais e outros ativos para tornar seu valor maior do que antes; também é aquele
que introduz mudanças, inovações e uma nova ordem”. (HISRICH; PETERS;
SHEPHERD, 2009, p. 29)
Empreendedor para um psicólogo é uma pessoa impulsionada por certas
forças como: a necessidade de conseguir algo, de realizar, de experimentar ou até
de fugir da autoridade de outros. Para alguns homens de negócios o empreendedor
é visto como uma ameaça, um concorrente agressivo, já para outros esse
empreendedor pode ser um aliado, alguém que gera riquezas para outros, como
produzir emprego, encontrar maneiras de utilizar recursos e reduzir o desperdício.
(HISRICH; PETERS; SHEPHERD, 2009)
2.2.2 Tipos de empreendedores
Segundo Morales (2005) os empreendedores não são todos iguais, ou seja,
há vários tipos de empreendedores. Os empreendedores são diferentes entre si,
mas mesmo com essa diversidade é possível classifica-los a partir de certas
características, explicam Palich e Bagby apud Morales (2005).
Há vários tipos de empreendedores baseado nos modos de operação, afirma
Vesper apud Morales (2005):
Autônomos: executam seus serviços pessoalmente, baseando-se em alguma
habilidade técnica ou comercial.
Formadores de equipes: contratam outras pessoas e delegam tarefas,
formando equipes.
Inovadores independentes: criam novos produtos, e empresas para
desenvolvê-los e fabricá-los.
18
Multiplicadores de padrão: criam ou reconhecem um padrão de negócio com
a possibilidade de ser multiplicado, seja por sistema de franquia, seja por
montagem de uma rede, visando à obtenção de lucro.
Exploradores de economia de escala: baseiam- se seus negócios em preços
menores resultantes da economia de escala.
Agregadores de capital: captam recursos de diversas fontes para pagar a
operação de bancos, seguradoras.
Aquisidores: empreendedores que optam por adquirir empresas já em
operação.
Especialistas de compra e venda: especialistas em comprar empresas em
dificuldades, sanea-las e depois revendê-las por melhor preço.
Formadores de conglomerados: aqueles que se dedicam a obter controle
acionário de uma empresa, e a partir dela, obter o controle de outras
empresas, mesmo em negócios diferentes, gerando assim um conglomerado.
Especuladores: aqueles que se dedicam à compra e revenda de commodities,
ou à área imobiliária por exemplo.
Manipuladores de valor aparente: o empreendedor que se volta à compra
barata de empresas ou alguns tipos de bens, melhorando a aparência ou
índice financeiro para revendê-los por um preço elevado.
2.2.3 Características do empreendedor
Para Dornelas (2008) o empreendedor possui características extras, além de
alguns atributos como o de administrador e os pessoais, que adicionados às
características ambientais e sociológicas permitem a identificação de oportunidades,
a diferenciação e a realização de inovações dentro da empresa. Essas
características são:
São visionários: Tem a visão de como será o futuro para o seu negócio e
para sua vida, e ainda têm habilidade de realizar seus sonhos.
Sabem tomar decisões: São seguros, tomam decisões corretas na hora
certa, principalmente nos momentos de adversidade, sendo um fator chave
para o sucesso, executam suas ações rapidamente.
19
São indivíduos que fazem a diferença: Transformam uma ideia abstrata em
algo concreto, que funciona; sabem agregar valor aos produtos e serviços que
ajudam a colocar no mercado.
Sabem explorar ao máximo as oportunidades: Identifica algo prático e
transforma-o numa oportunidade, através de dados e informação.
São determinados e dinâmicos: Realizam suas ações com
comprometimento total, atropelam as adversidades, vencem os obstáculos,
com vontade de “fazer acontecer”. São sempre dinâmicos e não se
conformam com a rotina.
São otimistas e apaixonados pelo o que fazem: Adoram o seu trabalho e
esse amor é o principal combustível que os mantêm animados e
autodeterminados.
São dedicados: Dedicam 24 horas por dia, sete dias por semana ao negócio.
Mesmo encontrando problemas encontram energia para continuar.
São independentes e constroem seu próprio destino: Querem estar à
frente das mudanças e serem donos do próprio destino; almejam criar algo
novo e determinar seus próprios passos, abrir seus próprios caminhos.
São líderes e formadores de equipe: Têm um senso de liderança incomum.
São respeitados por seus subordinados, pois sabem recompensá-los,
valorizá-los e estimulá-los, formando assim um time ao seu redor. Sabem que
precisam de uma equipe de profissionais competentes para obter êxito e
sucesso. Sabem recrutar os melhores aonde não possuem o conhecimento.
São bem relacionados (networking): Sabem construir uma rede de contatos
que podem apoia-los na empresa tanto no ambiente interno quanto externo.
São organizados: Sabem obter e alocar os recursos humanos, materiais,
financeiros e tecnológicos de forma racional, buscando o melhor desempenho
para o negócio.
Planejam: Planejam cada passo de suas atividades no negócio, desde o
plano de negócio até a apresentação do plano a superiores.
Possuem conhecimento: São sedentos pelo saber e aprendem
constantemente, pois sabem que para ter maior chance de êxito no negócio é
preciso ter maior domínio sobre um ramo de negócio. O conhecimento pode
20
vir de experiência prática, de cursos, de informações obtidas em publicações
especializadas, ou até de pessoas que já tiveram um negócio.
Assumem riscos: Assumem riscos calculados e sabem gerenciar o risco,
avaliando as reais chances de sucesso. Para o empreendedor a jornada
empreendedora será mais estimulante quanto maior for o desafio.
Criam valor para a sociedade: Utilizam seu capital intelectual para criar
valor para sociedade, como geração de emprego, e utilização da criatividade
para buscar soluções para melhorar a vida das pessoas.
.
Segundo Hisrich, Peters e Shepherd (2009) a educação tem importância na
criação do empreendedor, pois auxilia os empreendedores a lidar com os
problemas, ou situações no empreendimento, e proporciona um leque maior de
oportunidades.
Para alguns especialistas a educação é muito importante para o crescimento
econômico de uma sociedade, sendo a base de um processo continuado de
desenvolvimento, que consequentemente irá gerar o crescimento econômico de uma
sociedade. Mas, segundo os especialistas, para que esse crescimento aconteça é
preciso uma atenção adequada ao tema empreendedorismo e aspectos voltados ao
mesmo. (ANDREASSI et al, 2011)
Mas a educação não é um fator determinante para a criação de um negócio,
ou seja, não é essencial, pois muitos empreendedores iniciaram um negócio sem
uma educação formal. (HISRICH; PETERS; SHEPHERD, 2009)
O Gráfico 2 apresenta as taxas de empreendedores iniciais segundo nível de
escolaridade no Brasil no ano de 2012. A Faixa 1 representa os empreendedores
com nenhuma educação formal, primeiro grau incompleto, primeiro grau completo e
segundo grau incompleto; a Faixa 2 representa os empreendedores com segundo
grau completo e curso superior incompleto; a Faixa 3 representa os
empreendedores com curso superior completo, especializações e mestrado
incompleto; e a Faixa 4 representa os empreendedores com mestrado completo e
doutorado completo e incompleto. Verifica-se que há mais empreendedores com
curso superior completo, especializações e mestrado incompleto; isso indica que os
empreendedores estão buscando cada vez mais educação formal, capacitação e
qualificação, antes de abrir um negócio. (ANDREASSI; MACEDO et al, 2012)
21
Gráfico 2 - Taxas específicas de empreendedores inicias (TEA) segundo o nível de escolaridade – Brasil – 2012
Fonte: Andreassi e Macedo et al (2012)
A idade empresarial, que é a idade do empreendedor refletida na sua
experiência, é uma grande aliada para o sucesso. Quanto mais idade empresarial
mais facilidade de administrar o empreendimento. Em relação à idade cronológica,
quanto mais cedo se iniciar uma carreira empreendedora melhor. (HISRICH;
PETERS; SHEPHERD, 2009)
O Gráfico 3 apresenta as taxas de empreendedores iniciais segundo a faixa
etária no Brasil no ano de 2012. Verifica-se que a taxa com maior nível de
empreendedores é a 25-34 anos, seguida da 35-44 anos. (ANDREASSI; MACEDO
et al, 2012)
Gráfico 3 Taxas específicas de empreendedores inicias (TEA) segundo faixa etária – Brasil - 2012
Fonte: Andreassi e Macedo et al (2012)
22
Hisrich, Peters e Shepherd (2009) declaram que histórico profissional pode
influenciar na abertura de um novo negócio, devido às experiências adquiridas no
antigo emprego ou no antigo negócio.
Um dos fatores que pode influenciar o empreendedor em sua carreira é a
escolha do modelo de conduta. Modelos de conduta são indivíduos como pais,
irmãos, parentes ou outros empreendedores que influenciam a escolha profissional e
o estilo de um empreendedor. Além de dar sinais de que o empreendedorismo é
viável, os modelos de conduta podem servir como mentores durante e depois do
lançamento de um novo empreendimento, declaram Hisrich; Peters; Shepherd
(2009).
Hisrich, Peters e Shepherd (2009) afirmam que é importante o empreendedor
formar uma rede de apoio moral de amigos e familiares, pois eles servirão como
apoio psicológico para o mesmo, dando conselhos, oferecendo estímulo,
compreensão e assistência.
O empreendedor, além do apoio psicológico, precisa de orientações sobre o
empreendimento, podendo recorrer à rede de apoio profissional que podem ser
mentores, filiações pessoais, associados, associações comerciais, ou seja, os
indivíduos que ajudam o empreendedor nas atividades empresarias. (HISRICH;
PETERS; SHEPHERD, 2009)
2.2.4 Motivação para empreender
De acordo com Greco et al (2010) um fator fundamental para a atividade
empreendedora é a motivação para empreender, que pode ser por oportunidade ou
por necessidade.
Greco et al (2010) classificam como empreendedor por oportunidade aquele
que opta por iniciar um novo negócio, mesmo quando possui alternativas de
emprego e renda; e o empreendedor por necessidade aquele que inicia um novo
negócio por falta de melhores opções de trabalho, a fim de gerar renda para si e
para a família.
Empreendedor por oportunidade são aqueles que empreendem a partir da
percepção de uma oportunidade ou a identificação de um nicho de mercado pouco
explorado. (GRECO et al, 2006)
23
Para Dornelas (2007) o empreendedor por oportunidade considera o
planejamento como uma das mais importantes atividades desenvolvidas por ele.
Esse empreendedor busca minimizar riscos, se preocupa com os próximos passos
do negócio, tem uma visão clara do futuro e trabalha em função de metas.
O empreendedorismo por oportunidade é mais benéfico para a economia do
país, pois quando os empreendedores identificam uma oportunidade no mercado
para empreender e a considera como forma de melhorar de vida tem chances
maiores de sobrevivência e sucesso, afirmam Greco et al (2010).
No entendimento de Longenecker et al (2007) empreendedores por
necessidade são aqueles que iniciaram uma atividade empresarial em decorrência
de problemas financeiros ou de outra situação negativa. Na concepção do autor
esses empreendedores são relutantes em delegar poder, estabelecem estratégias
de marketing de maneira tradicional, usam poucas fontes de capital para montar a
empresa e têm um planejamento de crescimento ou de mudanças futuras limitado.
Segundo Dornelas (2007) o empreendedor por necessidade geralmente não
tem acesso ao mercado de trabalho ou foi demitido, sendo assim, não resta outra
opção a não ser trabalhar por conta própria.
O empreendedor por necessidade pode gerar oportunidades de negócios e se
transformar em empreendedor por oportunidade. (GRECO et al, 2010)
Greco et al (2010) explicam que quando a oferta de emprego aumenta tende
a diminuir o empreendedorismo por necessidade, os empreendedores acabam
encontrando um emprego e deixam de lado o mundo dos negócios; e, desta forma,
há mais probabilidade de surgir os empreendedores por oportunidade, que estão
mais preparados para se aventurar no mundo dos negócios.
O empreendedorismo por oportunidade ou por necessidade nasce da
confluência de fatores, promovidos por mudanças econômicas, sociais, tecnológicas,
serviços, governamentais e ambientais. Sendo assim, o empreendedor por
necessidade pode se deparar com algumas dessas confluências e despertar para
algo que lhe promova uma grande oportunidade, e o empreendedor por
oportunidade, frente a novos desafios, reúne potencialidades, podendo diversificar,
inovar, ampliar, ou até mesmo visando sua competitividade, alterar as configurações
de seu negócio. (ANDREASSI et al, 2011)
O Gráfico 4 apresenta a evolução da taxa dos empreendedores iniciais por
oportunidade e necessidade no Brasil no período de 2004 a 2012. Verifica-se que há
24
mais empreendedores por oportunidade do que por necessidade. (ANDREASSI;
MACEDO et al, 2012)
Gráfico 4 - Evolução da taxa dos empreendedores iniciais (TEA) por oportunidade e
necessidade – Brasil – 2004:2012
Fonte: Andreassi e Macedo et al (2012)
2.3 EMPREENDEDORISMO FEMININO
Nos últimos anos no Brasil houve uma crescente participação da mulher no
mercado de trabalho, principalmente na atividade empreendedora, afirmam
Andreassi e Macedo et al (2012).
Gomes (2004) explica que dois fenômenos econômicos tornaram possível a
inserção das mulheres no mercado de trabalho como empreendedoras. O primeiro
deles foi um crescimento considerável do setor de serviços, na qual levou muitas
mulheres a lançarem-se como empreendedoras de pequenas empresas, como:
serviços de comida congelada, escolas e cursos de recreação, lavanderias. O
segundo fenômeno foi a terceirização, que acresceu o número de mulheres atuando
como microempreendedoras.
Para Ansilieiro (2010), existem alguns fatores que contribuem para o
crescimento da participação das mulheres na força de trabalho; como: mudanças
comportamentais relacionadas a redefinições nos papeis de homens e mulheres no
âmbito privado e familiar, um exemplo disso é um aumento de domicílios chefiados
por mulheres; redução nas taxas de fecundidade.
25
O Gráfico 5 apresenta a evolução dos empreendedores iniciais segundo o
gênero no Brasil no período de 2004 a 2012. Verifica-se que nos últimos 10 anos o
empreendedorismo feminino vem crescendo, mas mesmo assim não é maior do que
o empreendedorismo masculino; somente em 2009 o empreendedorismo feminino
com uma taxa de 15,9% ultrapassou o masculino que tinha uma taxa de 14,8%.
(ANDREASSI; MACEDO et al, 2012)
Gráfico 5 - Evolução de empreendedores iniciais (TEA) segundo gênero: taxas – Brasil – 2004:2012
Fonte: Andreassi e Macedo et al (2012)
Por mais que o empreendedorismo feminino venha crescendo, ainda existe
resistência em relação ao trabalho da empreendedora; essa resistência ocorre tanto
no ambiente de trabalho, quanto no familiar. Essa resistência precisa ser reduzida
gradativamente, pois é um processo que envolve a transformação das
representações sociais e de aspectos culturais previamente instituídos, afirmam
Cramer et al, (2012).
A atitude de rompimento dessas resistências pode estar relacionada ao fato de que as mulheres necessitam estar sempre provocando e comprovando que são capazes de gerir com sucesso seus empreendimentos para poderem delimitar seu espaço como empreendedoras. (CRAMER et al, 2012. p. 14)
Segundo Greco et al (2010) as pesquisas sobre empreendedorismo mostram
que as brasileiras estão entre as mais empreendedoras do mundo.
As mulheres estão consolidando posições e conquistando novos espaços na
economia e na sociedade. No ano de 2010, 35% dos lares brasileiros eram
26
sustentados por mulheres e 42% das vagas no mercado de trabalho eram ocupadas
por elas. (PALADINO, 2010)
De acordo com Passos et al (2008), a mulher tem um papel importante na
economia, tanto no processo de produção como nos comportamentos sociais; a
mulher identifica oportunidades e usa a sua criatividade na atividade produtiva,
assumindo riscos e incertezas no empreendimento.
Existem vários fatores para explicar essa crescente participação feminina no
mercado de trabalho, fatores como: maior nível de escolaridade em relação aos
homens, mudanças na estrutura familiar (menor número de filhos) e inserção da
mulher na sociedade. (PASSOS et al, 2008)
Para Andreassi et al (2011) uma das explicações para o envolvimento da
mulher no empreendedorismo é a flexibilidade. A mulher empreendedora pode
conciliar o horário de trabalho com a educação dos filhos e até o gerenciamento do
lar.
Greco et al (2010) afirmam que as mulheres resolvem investir em um
empreendimento pelo mesmo motivo que os homens, ou seja, visa o sustento
próprio e de suas famílias, o enriquecimento de suas vidas com uma carreira e pela
independência financeira.
2.3.1 Características da empreendedora
Segundo estudos específicos sobre estilo gerencial feminino, as
empreendedoras buscam traçar objetivos culturais e sociais nas suas organizações,
além dos objetivos financeiros. As empreendedoras também se preocupam com os
indivíduos envolvidos no desempenho de suas atividades produtivas. (CRAMER et
al, 2012)
No que diz respeito ao processo de gestão conduzido pelas empreendedoras,
Cramer et al (2012) afirmam que há uma tendência para que os objetivos sejam
claros e difundidos entre todos na organização, atingindo assim a satisfação dos
interesses de todos que participam de seus negócios, seja direta ou indiretamente.
As mulheres empreendedoras buscam intensamente a independência e
desejo por experiências novas e diferentes, que proporcionem realização, afirmam
Cramer et al (2012).
27
Segundo Greco et al (2010) as mulheres apresentam algumas características
em relação aos homens:
Melhor conhecimento do mercado;
Apresentam maior estabilidade;
São mais bem preparadas (elas tendem a fazer suas lições de casa);
Progridem mais lentamente (mulheres tomam conta da família);
Planejam melhor;
Ao iniciarem os negócios acreditam em menor proporção do que os
homens de que tem a competência necessária para ter sucesso;
Tem uma integração maior entre suas atividades profissionais e
pessoais;
Ao iniciarem seus negócios, com uma idade mais avançada tem o
objetivo de permanecer ativa, diferentemente do homem.
Hisrich, Peters e Shepherd (2009) também destacam algumas características:
Motivação: conquistar uma meta (realização); fazer as coisas sozinhas
(independência);
Ponto de partida: interesse e reconhecimento de oportunidade na área,
mudança na situação pessoal, frustração no emprego;
Fontes de fundos: empréstimos pessoais, bens e economias pessoais;
Histórico profissional: experiência administrativa e gerencial na área,
histórico ocupacional relacionado com serviços, experiência no ramo de
trabalho;
Características de personalidade: entusiasmada e enérgica, orientada
para metas, nível médio de autoconfiança, flexível e tolerante, habilidade
para lidar com o ambiente econômico e social, criativa e realista;
Histórico: educação superior, idade no inicio do negócio 35-45, pai
autônomo, primogênita;
Grupos de apoio: cônjuge, família, amigos íntimos, grupos profissionais
femininos, associações comerciais;
28
Tipo de negócio: relacionado à prestação de serviços- serviço
educacional, relações públicas ou consultoria.
Relacionado aos empreendimentos criados por mulheres, Filion apud Greco
et al (2010) ressalta algumas características:
São negócios menores;
Tendem a estar no setor de serviços;
É maior a taxa de sobrevivência das empresas criadas por mulheres;
Mulheres usam entre 30% e 50% do capital usado por homens para iniciar
um novo negócio;
As mulheres parecem encontrar mais dificuldades para acessar recursos
financeiros, humanos e capital social do que homens.
O Gráfico 6 apresenta as taxas de empreendedoras iniciais segundo a faixa
etária no Brasil no ano de 2012. Verifica-se que as taxas com maiores níveis de
empreendedoras são a 25-34 anos e 35-44 anos. (ANDREASSI; MACEDO et al,
2012)
Gráfico 6 - Taxas específicas de empreendedoras inicias (TEA) segundo faixa etária –
Brasil- 2012
Fonte: Andreassi e Macedo et al (2012)
29
O Gráfico 7 apresenta as taxas de empreendedoras iniciais segundo o nível
de escolaridade no Brasil no ano de 2012. Verifica-se que há mais empreendedoras
com pós- graduação incompleta seguido de curso superior completo; isso indica que
as empreendedoras estão buscando cada vez mais educação formal, capacitação e
qualificação antes de abrir um negócio. (ANDREASSI; MACEDO et al, 2012)
Gráfico 7 - Taxas específicas de empreendedoras inicias (TEA) segundo o nível de escolaridade – Brasil – 2012
Fonte: Andreassi e Macedo et al (2012)
O Gráfico 8 apresenta as taxas de empreendedoras iniciais segundo renda no
Brasil no ano de 2012. Verifica-se que a maioria das empreendedoras tem uma
renda de 6 a 9 salários mínimos (19,9%). (ANDREASSI; MACEDO et al, 2012)
Gráfico 8 - Taxas específicas de empreendedoras inicias (TEA) segundo renda – Brasil- 2012
Fonte: Andreassi e Macedo et al (2012)
30
A Tabela 1 apresenta as principais atividades desenvolvidas pelas
empreendedoras iniciais no Brasil no ano de 2012.
Tabela 1 - Principais atividades desenvolvidas pelas empreendedoras iniciais (TEA) proporções¹ – Brasil – 2012
Atividades Prop. (%)
Cabeleireiros e outras atividades de tratamento de beleza 12,7
Comércio varejista de cosméticos, produtos de perfumaria e de higiene pessoal
10,9
Comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios 10,3
Restaurantes e outros estabelecimentos de serviços de alimentação e bebidas
7,7
Serviços domésticos 7,2
Serviços ambulantes de alimentação 3,5
Confecção de peças do vestuário, exceto roupas íntimas 2,8
Serviços de catering, bufê e outros serviços de comida preparada 2,6
Comércio varejista de mercadorias em geral, com predominância de produtos alimentícios - minimercados, mercearias e armazéns
1,5
Fabricação de produtos de panificação 1,4
Serviços especializados para construção 0,9
Manutenção e reparação de veículos automotores 0,6
Reparação e manutenção de objetos e equipamentos pessoais e domésticos não especificados anteriormente
0,6
Atividades jurídicas, exceto cartórios 0,4
Transporte rodoviário de carga 0,4
Agências de publicidade 0,2
Atividades de recreação e lazer não especificadas anteriormente 0,2
Comércio de peças e acessórios para veículos automotores 0,1
Comércio varejista de bebidas 0,1
Fabricação de móveis com predominância de madeira 0,1
Obras de acabamento 0,1
Reparação e manutenção de computadores e de equipamentos periféricos 0,1
Instalações elétricas 0
Transporte rodoviário de táxi 0
Outras atividades 35,5
Fonte: Andreassi e Macedo et al (2012) ¹ As proporções significam o percentual em que a atividade foi citada em relação ao total de empreendedores do gênero.
Verifica-se que as atividades que mais se destacaram foram as atividades
‘cabeleireiros e outras atividades de tratamento de beleza’ com 12,7%, ‘comércio
varejista de cosméticos, produtos de perfumaria e de higiene pessoal’ com 10,9%, e
31
‘comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios’ com 10,3%. Em seguida
aparecem as atividades ‘restaurantes e outros estabelecimentos de serviços de
alimentação e bebidas’ com 7,7%, ‘serviços domésticos’ com 7,2%; ‘serviços
ambulantes de alimentação’ com 3,5%, ‘confecção de peças do vestuário, exceto
roupas íntimas’ com 2,8%, ‘serviços de catering, bufê e outros serviços de comida
preparada’ com 2,6%, ‘comércio varejista de mercadorias em geral, com
predominância de produtos alimentícios - minimercados, mercearias e armazéns’
com 1,5%, e ‘fabricação de produtos de panificação’ com 1,4%. As demais
atividades somadas não representam tanto, ou seja, é uma parcela muito pequena,
não tão significativa em relação às outras atividades. (ANDREASSI; MACEDO et al,
2012)
32
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
“Metodologia é o conjunto de métodos ou caminhos que são percorridos na
busca do conhecimento”. (ANDRADE, 2010, p. 117). No entendimento de Freitas e
Prodanov (2013, p. 14) metodologia é “a aplicação de procedimentos e técnicas que
devem ser observados para construção do conhecimento, com o propósito de
comprovar sua validade e utilidade nos diversos âmbitos da sociedade”.
Para o desenvolvimento deste trabalho foi utilizado o método de abordagem
indutivo, que de acordo com Andrade (2010, p. 118) "método de abordagem é o
conjunto de procedimentos utilizados na investigação de fenômenos ou no caminho
para chegar-se à verdade”. Segundo Freitas e Prodanov (2013), o método de
abordagem deixa claro os procedimentos que deverão ser usados no processo de
investigação científica dos fatos da natureza e da sociedade.
Andrade (2010) explica que o método indutivo parte do particular para o geral,
ou seja, através de constatações particulares pode se chegar a teorias e leis gerais.
Quanto ao método de procedimento foi utilizado o método monográfico.
O método de procedimento está relacionado com as etapas do trabalho, têm
caráter mais específico, explica Andrade (2010). Freitas e Prodanov (2013) afirmam
que método de procedimento são as etapas da investigação e estão relacionados
com os procedimentos técnicos a serem seguidos pelo pesquisador dentro de
determinada área de conhecimento.
Andrade (2010) afirma que o método monográfico consiste no estudo de
determinados indivíduos, profissões, grupos ou comunidades, com o objetivo de
obter generalizações. No caso deste trabalho foi estudado um grupo de
empreendedoras.
O tipo de pesquisa foi bibliográfica e de campo com a organização
quantitativa dos dados.
De acordo com Vergara (2009), pesquisa bibliográfica é o estudo
sistematizado desenvolvido com base em material publicado em livros, redes
eletrônicas, revistas e jornais.
33
No entendimento de Lakatos e Marconi (2010) pesquisa bibliográfica é um
resumo geral sobre os principais trabalhos já realizados, com grande importância
porque fornecem dados atuais relacionados com o tema.
Lakatos e Marconi (2010) afirmam que pesquisa de campo é a observação de
fenômenos e fatos que ocorrem espontaneamente na coleta de dados a eles
referentes e no registro de variáveis que se pressupõem importantes, para analisá-
los.
Já segundo Andrade (2010), pesquisa de campo é a observação dos fatos tal
como ocorrem na realidade, na qual o pesquisador coleta os dados diretamente no
local da ocorrência dos fenômenos. Neste trabalho a pesquisadora foi pessoalmente
nos estabelecimentos para coletar os dados das empreendedoras.
Na pesquisa quantitativa, os dados devem ser expressos com medidas
numéricas, o pesquisador não deve ter pressa, deve ser paciente, pois deve deixar
que os dados e a lógica levem à solução verdadeira. (LAKATOS; MARCONI, 2010)
Freitas e Prodanov (2013) afirmam que a pesquisa quantitativa considera que
tudo pode ser quantificável, o que significa traduzir em números opiniões e
informações para classificá-las e analisá-las; utilizando recursos e técnica
estatísticas (percentagem, média, moda, mediana, desvio-padrão).
A técnica de pesquisa utilizada foi a documentação direta que, segundo
Lakatos e Marconi (2010), é o levantamento de dados no próprio local onde ocorrem
os fenômenos. Já para Andrade (2010), a documentação direta divide-se em
observação direta intensiva e observação direta extensiva.
Neste trabalho foi utilizada a observação direta extensiva que, segundo
Andrade (2010) e Lakatos e Marconi (2010), é baseada na aplicação de formulários
e questionários, testes, medidas de opinião, etc.
Neste trabalho foram aplicados 25 questionários com 22 perguntas para as
empreendedoras de Maresias, entre o mês de março e abril de 2014. A
pesquisadora deixava pessoalmente os questionários com as empreendedoras em
seus estabelecimentos, e depois retornava para busca- lós.
Segundo Lakatos e Marconi (2010), questionário é um instrumento de coleta
de dados formado por ordem de perguntas que são respondidas por escrito e sem a
presença do entrevistador.
34
Já de acordo com Andrade (2010), questionário é um conjunto de perguntas
que o informante responde, ou seja, o entrevistado, sem a necessidade da presença
do pesquisador.
A população deste trabalho foi composta por uma população de
empreendedoras, onde foi estudado um grupo de mulheres empreendedoras, ou
seja, uma amostra. Segundo Lakatos e Marconi (2010, p. 27), população é “o
conjunto de seres animados ou inanimados que apresentam pelo menos uma
característica em comum”.
De acordo com Lakatos e Marconi (2010), amostra é uma parcela
convenientemente selecionada da população, ou seja, um subconjunto dessa
população.
Lakatos e Marconi (2010) explicam que no processo de amostragem há duas
divisões: a probabilística e a não probabilística.
Neste trabalho foi utilizada a amostra não probabilística do tipo intencional. A
amostragem não probabilística não se faz o uso de tratamento estatístico, ou seja,
não se aplica fórmulas para cálculo. (LAKATOS; MARCONI, 2010)
Amostragem intencional é quando o pesquisador está interessado na opinião
de determinados indivíduos da população, mas esses indivíduos não representam a
população; ou seja, ao entender do pesquisador esses indivíduos exercem funções
de líderes de opinião na comunidade, seja pelo cargo ocupado seja pelo prestígio
social. (LAKATOS; MARCONI, 2010)
35
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Este trabalho teve como objetivo mostrar o perfil da mulher empreendedora e
sua motivação para empreender no bairro de Maresias no município de São
Sebastião/SP.
Os dados a seguir mostram os resultados desta pesquisa, obtidos através
dos questionários.
O Gráfico 9 apresenta as taxas das empreendedoras iniciais e estabelecidas
segundo faixa etária no bairro de Maresias em março/abril de 2014.
Gráfico 9 – Taxas empreendedoras iniciais (TEA) e estabelecidas (TEE) segundo faixa etária
Fonte: Elaborado pela autora
Verifica-se que a faixa etária com maior número de empreendedoras é 35-44
anos com 36% , seguida das faixas etárias 25-34 anos e 45-54, ambas com 24%. As
faixas etárias que apresentaram menor número de empreendedoras foram 18-24
anos e 55-64 anos, ambas com 8%.
As faixas etárias das empreendedoras que se destacam no estágio inicial
(TEA) apresentadas por Andreassi e Macedo et al (2012) no Brasil são 25-35 anos
com 18,2% e 35-44 anos também com 18,2%; já em estágio estabelecido (TEE), a
faixa etária que se destaca é 45-54 anos com 19,4%, seguida da faixa etária 35-44
anos com 17,9%; a faixa etária com menor número no estágio inicial (TEA) é 55-64
36
anos com 7,3%, e a faixa etária com menor número em estágio estabelecido (TEE) é
18-24 anos com 1,5 %.
Portanto, os dados desta pesquisa estão de acordo com Andreassi e Macedo
et al (2012), pois a faixa etária que se destaca é 35-44 anos com 36%. Na pesquisa
foram analisadas tanto empreendedoras em estágio inicial (TEA), quanto
empreendedoras em estágio estabelecido (TEE), de forma conjunta.
O Gráfico 10 apresenta o estado civil das empreendedoras iniciais (TEA) e
estabelecidas (TEE) no bairro de Maresias em março/abril de 2014.
Gráfico 10 - Empreendedoras iniciais (TEA) e estabelecidas (TEE) segundo estado civil
Fonte:Elaborado pela autora
O gráfico mostra que a maioria das empreendedoras são casadas, ou seja,
56%; 28% são solteiras, 12% são divorciadas, e a minoria são viuvas (4%).
Quanto a origem das empreendedoras, o Gráfico 11 apresenta a natalidade
das empreendedoras iniciais (TEA) e estabelecidas (TEE) segundo região no bairro
de Maresias em março/abril de 2014.
37
Gráfico 11- Natalidade empreendedoras inicias (TEA) e estabelecidas (TEE) segundo região
Fonte: Elaborado pela autora
O gráfico mostra que a maioria das empreendedoras nasceu na região
sudeste (64%); 28% das empreendedoras nasceram na região nordeste, 8% das
empreendedoras nasceram na região sul, e nenhuma empreendedora nasceu na
região centro-oeste ou norte.
O Gráfico 12 apresenta o número de empreendedoras iniciais (TEA) e
estabelecidas (TEE) segundo nível de escolaridade no bairro de Maresias em
março/abril de 2014.
Gráfico 12- Empreendedoras iniciais (TEA) e estabelecidas (TEE) segundo nível de escolaridade
Fonte: Elaborado pela autora
38
A pesquisa mostrou que a maioria das empreendedoras possui o segundo
grau completo; ou seja, oito das 25 empreendedoras; quatro das 25 possuem curso
superior incompleto, três das 25 possuem segundo grau incompleto, três das 25
possuem primeiro grau completo, três das 25 possuem primeiro grau incompleto,
duas das 25 possuem curso superior completo e apenas uma das 25 possui pós-
graduação completa, pós-graduação incompleta e nehuma educação formal não
apresentou nenhum número. Observa-se que uma das 25 empreendedoras não
respondeu a questão.
Os dados da pesquisa contradizem o que Andreassi e Macedo et al (2012)
apresentam. No Brasil, o nível com maior número de empreendedoras em estágio
inicial (TEA) é pós-graduação incompleta com 18,1% e em estágio estabelecido
(TEE) é primeiro grau completo com 18,2%. Já a pesquisa mostrou que o nível de
escolaridade com maior número de empreendedoras foi o segundo grau completo
com 33%.
No que diz respeito a idade das empreendedoras quando abriram o negócio,
o Gráfico 13 apresenta a faixa etária das empreendedoras quando abriram o
negócio no bairro de Maresias em março/abril de 2014.
Gráfico 13 - Faixa etária das empreendedoras quando abriram o negócio
Fonte: Elaborado pela autora
A faixa etária que se destaca é 18- 24 anos com 36% das empreendedoras;
seguida da faixa etária 25-34 anos com 32%. Logo depois, aparece a faixa etária 45-
39
54 anos com 16%, a faixa etária 35-44 anos com 12% e a faixa etaria 55-64 anos
com 4%.
Os dados da pesquisa estão de acordo com Hisrich, Peters e Shepherd
(2009), pois afirmam que a maioria dos empreendedores inicia sua carreira entre 22
e 45 anos; e a faixa etária que se destaca na pesquisa é 18-24 anos com 36%. Os
mesmos autores acrescentam que, quanto mais cedo se iniciar uma carreira
empreendedora, melhor.
O Gráfico 14 apresenta o estado civil das empreendedoras quando abriram o
negócio no bairro de Maresias em março/abril de 2014.
Gráfico 14 – Estado Civil das empreededoras quando abriram o negócio
Fonte: Elaborado pela autora
O gráfico mostra que 60% das empreendedoras eram casadas quando
abriram o negócio, ou seja, a maioria; 32% eram solteiras, 8% eram divorciadas, e
nenhuma era viúva.
Quanto a experiência profissional, a Tabela 2 mostra a distribuição das
emprendedoras em relação a sua experiência profissional além da atividade
empreendedora que está envolvida no bairro de Maresias em março/abril de 2014.
40
Tabela 2- Distribuição das empreendedoras quanto a experiencia profissional
Experiência além da atividade empreendedora Quantidade
Sim 13
Não 5
Não respondeu 7
Total 25
Fonte: Elaborado pela autora
A maioria das empreendedoras possui alguma experiência profissional além
da atividade empreendedora que está envolvida. As experiências citadas pelas
empreendedoras foram: operadora de caixa, jornalista de marketing, balconista de
farmácia, vendedora de cosméticos, educadora física em escola, secretária,
cabeleireira, recreadora, massagista e experiências nos ramos alimentício,
financeiro e hoteleiro.
Os dados da pesquisa estão de acordo com Hisrich, Peters e Shepherd
(2009), pois declaram que histórico profissional pode ajudar e influenciar na abertura
de um novo negócio, e 13 das 25 empreendedoras possuem alguma experiência
profissional. A pesquisa mostrou ainda que muitas das experiências se assemelham
com o tipo de negócio que as empreendedoras estão atuando. Além da experiência
profissional, também existe a experiência empreendedora, que é quando o
empreendedor já possuiu outro negócio. (HISRICH; PETERS; SHEPHERD, 2009)
A Tabela 3 mostra a distribuição das empreendedoras em relação a sua
experiência empreendedora no bairro de Maresias em março/abril de 2014.
Tabela 3- Distribuição das empreendedoras quanto experiência empreendedora
Já possuiu outro negócio
Sim 8
Não 17
Total 25
Fonte: Elaborado pela autora
A tabela mostra que a maioria das empreendedoras não possuiu outro
negócio, 17 das 25 empreendedoras. As oito das 25 empreendedoras que
responderam que já possuíram outro negócio relataram que os motivos para o fim
do negócio foram: falta de identificação com o negócio, fim de sociedade, e falta de
41
tempo para cuidar do negócio. Os negócios eram no ramo alimentício, comércio do
vestuário, cabeleireiro e outras atividades de tratamento de beleza.
Hisrich, Peters e Shepherd (2009) afirmam que a experiência empreendedora
é importante, pois, os empreendedores em suas carreiras empresarias são expostos
a mais oportunidades de empreendimentos do que os outros indivíduos que estão
em outra carreira; e a experiência anterior pode proporcionar um conhecimento
maior para a administração da próxima empresa.
O Gráfico 15 apresenta a relação da empreendedora em estágio inicial (TEA)
(negócios com até 42 meses) e em estágio estabelecido (TEE) (negócios com mais
de 42 meses) no bairro de Maresias em março/abril de 2014.
Gráfico 15- Relação da empreendedora inicial (TEA) e estabelecida (TEE)
Fonte: Elaborado pela autora
A pesquisa mostra que há mais empreendedoras em estágio estabelecido
(TEE) (60%) do que em estágio inicial (TEA) (40%), porém Andreassi e Macedo et
al (2012) afirmam que no Brasil a taxa com maior número de empreendedoras é a
TEA com 14,7%, a TEE conta com 13,1%.
A Tabela 4 apresenta o tipo da atividade na qual a empreendedora está
envolvida no bairro de Maresias em março/abril de 2014.
42
Tabela 4 - Empreendedoras segundo ramo de atividade
Atividades Quant.
Cabeleireiros e outras atividades de tratamento de beleza 7
Restaurantes e outros estabelecimentos de serviços de alimentação e bebidas
6
Comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios 5
Comércio de presentes 2
Comércio varejista de cosméticos, produtos de perfumaria e de higiene pessoal
1
Serviço imobiliário 1
Atividade física 1
Contabilidade 1
Comércio varejista de mercadorias em geral 1
Total 25
Fonte: Elaborado pela autora
A tabela mostra que as atividadades que mais se destacaram foram
‘cabeleireiros e outras atividades de tratamento de beleza’ com sete
empreendedoras, ‘restaurantes e outros estabelecimentos de serviços de
alimentação e bebidas’ com seis empreendedoras, e ‘comércio varejista de artigos
do vestuário e acessórios’ com cinco empreendedoras. As demais atividades como
‘comércio de presentes’, ‘comércio varejista de cosméticos, produtos de perfumaria e
de higiene pessoal’, ‘serviço imobiliário’, ‘atividade física’, ‘contabilidade’, ‘comércio
varejista de mercadorias em geral’ representaram a minoria das atividades
desenvolvidas pelas empreendedoras.
Para Andreassi e Macedo et al (2012) a atividade ‘cabeleireiros e outras
atividades de tratamento de beleza’ também representa a maioria das atividades
exercidas citadas pelas empreendedoras no Brasil, contando com 12,7% (TEA) e 15,
3% (TEE).
Com relação a renda, o Gráfico 16 apresenta as taxas das empreendedoras
em estágio inicial (TEA) e estágio estabelecido (TEE) segundo renda mensal no
bairro de Maresias em março/abril de 2014. Os valores de referência são os do
salário mínimo de 724,00 reais, no mês de janeiro de 2014.
43
Gráfico 16 - Taxas empreendedoras iniciais (TEA) e estabelecidas (TEE) segundo renda
Fonte: Elaborado pela autora
O gráfico mostra que a maioria das empreendedoras (44%) alega receber
menos de 3 salários mínimos; 24% alegam receber 6 a 9 salários mínimos; 16%
alegam receber 3 a 6 salários mínimos; 12% não responderam a questão, e 4% das
empreendedoras alegam receber mais de 9 salários mínimos, ou seja, a minoria.
Os dados da pesquisa contradizem o que Andreassi e Macedo et al (2012)
apresentam, a princípio, sobre a renda das empreendedoras no Brasil. No Brasil, a
renda da maioria das empreendedoras em estágio inicial (TEA) é de 6 a 9 salários
mínimos e em estágio estabelecido (TEE) é de 3 a 6 sálarios mínimos. Porém, os
dados da pesquisa estão de acordo, em parte, com Andreassi e Macedo et al
(2012), pois o sálario que aparece em seguida das empreendedoras em estágio
estabelecido (TEE) segundo Andreassi e Macedo et al (2012) é de 6 a 9 sálarios
mínimos, e a pesquisa mostra que a maioria das empreendedoras estão em
estágio estabelecido.
No que diz respeito a motivação, a Tabela 5 apresenta a relação dos motivos
na qual levaram as empreendedoras a empreenderem no bairro de Maresias em
março/abril de 2014. As empreendedoras marcaram mais de uma resposta.
44
Tabela 5 – Empreendedoras segundo motivos para empreender.
Motivos para empreenderem Quant.
Optou por um novo negócio mesmo tendo outras opções de emprego e renda 11
Identificou uma oportunidade no mercado 14
Para aumentar a renda 7
Por falta de melhores opções de trabalho 6
Não teve acesso ao mercado de trabalho 0
Para melhorar seu modo de vida 10
Por causa de problemas financeiros 2
Conquistar independência financeira 15
Outros 2
Fonte: Elaborado pela autora
A tabela mostra que um dos maiores motivos que levaram as
empreendedoras a empreenderem foi conquistar independência financeira; 14 de 25
empreendedoras alegam a identificação de uma oportunidade como motivo; 11 de
25 empreendedoras alegam a opção por um novo negócio, mesmo tendo outras
alternativas de emprego, como motivo; 10 de 25 empreendedoras alegam que
melhorar seu modo de vida foi motivo; sete das 25 empreendedoras alegam que
aumentar a renda foi um motivo; seis de 25 empreendedoras alegam falta de
melhores opções de trabalho como motivo; duas de 25 empreendedoras alegam
problemas financeiros como motivo; duas de 25 empreendedoras alegam outros
motivos que levaram a empreenderem. Nenhuma empreendedora respondeu como
motivo para empreender a falta de acesso ao mercado de trabalho.
O resultado da pesquisa mostra que a motivação para empreender das
empreendedoras é por oportunidade; 14 das 25 empreendedoras ‘identificou uma
oportunidade no mercado’, 11 das 25 empreendedoras ‘optou por um novo negócio
mesmo tendo outras alternativas de emprego e renda’, 10 das 25 empreendedoras
resolveram empreender ‘para melhorar seu modo de vida’ e sete resolveram
empreender ‘para aumentar a renda’.
Os dados da pesquisa estão de acordo com o que Andreassi e Macedo et al
(2012) apresentam. No Brasil a razão do empreendedorismo feminino
oportunidade/necessidade é de 1,7, ou seja, a cada uma empreendedora por
necessidade existe 1,7 empreendedoras por oportunidade.
Quanto aos modelos de conduta, que são os indivíduos que influenciam a
escolha profissional e o estilo de um empreendedor, a Tabela 6 mostra quantas
45
empreendedoras contaram com esses indivíduos no bairro de Maresias em
março/abril de 2014.
Tabelas 6- Empreendedoras segundo modelos de conduta
Indivíduos que influenciaram na escolha de ser uma empreendedora
Sim Não Não
respondeu Total
Pais 15 3 7 25
Irmãos (as) 11 4 10 25
Filhos (as) 9 4 12 25
Marido 14 3 8 25
Outros empreendedores 9 5 11 25
Amigos 13 3 9 25
Outros 2 3 20 25
Fonte: Elaborado pela autora
A tabela mostra que a maioria das empreendedoras foi influenciada pelos
pais, marido, e amigos na escolha de ser uma empreendedora. Hisrich, Peters e
Shepherd (2009) declaram que os modelos de conduta são muito importantes para
um empreendimento, pois servem como mentores durante e depois do lançamento
de um novo empreendimento.
Em relação à rede de apoio moral, a Tabela 7 mostra quantas
empreendedoras contam com ajuda psicológica no bairro de Maresias em
março/abril de 2014.
Tabelas 7- Empreendedoras segundo rede de apoio moral
Indivíduos que fornecem apoio psicológico à empreendedora
Sim Não Não respondeu Total
Pais 13 3 9 25
Irmãos (as) 12 3 10 25
Filhos (as) 10 3 12 25
Marido 12 4 9 25
Outros empreendedores 6 6 13 25
Amigos 13 2 10 25
Outros 3 3 19 25
Fonte: Elaborado pela autora
A tabela mostra que a maioria das empreendedoras conta com o apoio
psicológico dos pais, dos amigos, dos irmãos(as) e do marido. Hisrich, Peters e
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Shepherd (2009) afirmam que é importante ter uma rede de apoio moral, pois a
mesma serve para dar conselhos, oferecer estímulo, compreensão e assistência.
Quanto à rede de apoio profissional, a Tabela 8 mostra quantas
empreendedoras contou ou conta com alguma ajuda nas suas atividades
empresarias no bairro de Maresias em março/abril de 2014.
Tabela 8 – Empreendedoras segundo rede de apoio profissional
Contou ou conta com alguma ajuda nas atividades empresarias
Sim 8
Não 15
Não respondeu 2
Total 25
Fonte: Elaborado pela autora
A tabela mostra que a maioria das empreendedoras, ou seja, 15
empreendedoras, não contou ou não conta com nenhuma ajuda nas suas atividades
empresariais, oito empreendedoras contaram/contam com a ajuda do Sebrae
(Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), do PROGER
(Programas de Geração de Emprego e Renda), Associação Comercial, Sindicatos,
ajuda de profissionais como contadores, gerentes de bancos, outros
empreendedores, cursos, palestras. Hisrich, Peters e Shepherd (2009) afirmam que
o empreendedor precisa de orientações sobre o empreendimento, ou seja, precisa
da rede de apoio profissional, pois a mesma é muito importante; e a pesquisa mostra
que a maioria das empreendedoras não contou/conta com essa ajuda profissional.
47
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O problema deste trabalho era qual o perfil e a motivação para empreender
da empreendedora do bairro de Maresias cidade São Sebastião; e este problema foi
respondido através da pesquisa realizada.
Ao diagnosticar o perfil das empreendedoras verificou-se que as mesmas
estão numa faixa etária entre 35-44 anos, são casadas, nasceram na região sudeste
e possuem o segundo grau completo. Quando decidiram abrir o seu negócio
estavam numa faixa etária entre 18-24 anos e eram casadas.
As empreendedoras possuem experiência profissional, mas, não possuem
experiência empresarial. São estabelecidas e possuem uma renda de menos de 3
salários mínimos. Elas foram influenciadas pelos modelos de conduta, como: pais,
marido e amigos, na escolha de ser uma empreendedora e contam com uma rede
de apoio moral, como pais, amigos, irmãos(as) e marido, mas não contam com uma
rede de apoio profissional.
Em relação à motivação, as empreendedoras alegaram que resolveram
empreender porque identificaram uma oportunidade no mercado, sendo assim são
empreendedoras por oportunidade.
A hipótese deste trabalho era de que a maioria das mulheres que decide abrir
seu próprio negócio está numa faixa etária entre 25-35 anos, com um nível de
escolaridade baixo, devido à falta de profissionalismo para exercer a atividade
empreendedora possuem uma renda baixa, e abrem o seu próprio negócio pela falta
de melhores opções de trabalho, ou seja, por necessidade.
Diferentemente do que sugeria a hipótese, a pesquisa mostrou que as
empreendedoras, quando decidem abrir o seu próprio negócio, estão numa faixa
etária entre 18-24 anos, possuem um nível de escolaridade médio, têm
profissionalismo, mas mesmo assim possuem uma renda baixa, ou seja, a falta de
profissionalismo não foi um fator decisivo para a renda baixa.
Quanto à motivação empreendedora, a pesquisa também mostra diferente do
que foi dado como hipótese, pois as empreendedoras abrem o seu negócio por
oportunidade, e não por necessidade como foi colocado.
Este trabalho teve como objetivo mostrar o perfil da empreendedora em
Maresias e sua motivação para empreender, e este objetivo foi alcançado, pois foi
48
diagnosticado o perfil da empreendedora e identificada a sua motivação para
empreender.
Portanto, fica aqui a sugestão, para que aqueles que se interessarem pelo
assunto aqui tratado, continuem pesquisando sobre o mesmo, pois o
empreendedorismo feminino é um assunto relativamente novo e interessante, e
existem poucos trabalhos a respeito.
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6 REFERÊNCIAS
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50
DRUCKER, Peter Ferdinand. Inovação e espírito empreendedor (entrepreneurship): prática e princípios. São Paulo: Cengage Learning, 2008. FREITAS, Ernani Cesar de.; PRODANOV, Cleber Cristiano. Metodologia do trabalho científico: métodos e técnicas da pesquisa e do trabalho acadêmico. 2. ed. Rio Grande do Sul: Feevale, 2013. Disponível em: <http://tconline.feevale.br/tc/files/33d1s8pl42l/Ebook%20Metodologia%20do%20Trabalho%20Cientifico> . Acesso em: 30 maio, 2013. GOMES, Almiralva Ferraz. O perfil empreendedor de mulheres que conduzem seu próprio negócio:um estudo na cidade de vitória da conquista-BA. Vitória da conquista, mai/ago. 2004. Disponível em: <http://siaiweb06.univali.br/seer/index.php/ra/article/view/1805/1433>. Acesso em: 08 março, 2014. GRECO, Simara Maria de Souza Silveira et al. Empreendedorismo no Brasil: 2005. Curitiba, IBQP: 2006. 144 p. Disponível em: < http://www.ibqp.org.br/gem/publicacoes-detail.php?id=>. Acesso em: 02 outubro, 2013. _____________________________________. Empreendedorismo no Brasil: 2010. Curitiba, IBQP: 2010. 286 p. Disponível em: < http://www.ibqp.org.br/gem/publicacoes-detail.php?id=2>. Acesso em: 12 agosto, 2013. HISRICH, Roberto D.; PETERS, Michael P.; SHEPHERD, Dean A. Empreendedorismo. 7.ed. Porto Alegre: Bookman, 2009. LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Técnicas de pesquisa: Planejamento e execução de pesquisas, amostragens e técnicas de pesquisa, elaboração, análise e interpretação de dados. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2010. LONGENECKER, Justin Gooderl et al. Administração de pequenas empresas. São Paulo: Thomson Learning, 2007. MORALES, Sandro Afonso. Empreendedorismo. Curitiba: IESDE Brasil S.A, 2005. PALADINO, Gina Gulineli. Uma questão de gênero. In: GRECO, Simara Maria de Souza Silveira et al. Empreendedorismo no Brasil: 2010. Curitiba: IBQP, 2010. Disponível em: <www.ibqp.org.br/gem>. Acesso em: 02 outubro, 2013.
51
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APÊNDICES
Questionário Assunto: O perfil e a motivação para empreender da empreendedora do bairro de Maresias
Prezada empreendedora, O objetivo desta pesquisa é identificar o perfil da empreendedora e a sua
motivação para empreender. Tendo em vista à elaboração do Trabalho de Conclusão de Curso de Graduação de Gestão Empresarial pela FATEC de São Sebastião.
Os dados aqui coletados serão tratados de forma sigilosa. Não serão identificados e nem divulgados os nomes e as informações coletadas aqui nesta pesquisa.
Desde já agradeço a sua colaboração. Coloco-me a disposição para qualquer esclarecimento quanto à pesquisa. Atenciosamente, Joelma Sutil da Silva Aluna do Curso de Gestão Empresarial Questionário 1) Gênero; ( ) Masculino ( ) Feminino 2) Faixa etária: ( ) 18-24 ( ) 25-34 ( ) 35-44 ( ) 45-54 ( ) 55-64 3) Estado Civil; ( ) Casado(a) ( ) Solteiro(a) ( ) Divorciado(a) ( ) Viúvo(a) 4) Qual é a sua cidade natal, ou seja, aonde você nasceu? _________________________________________________________________ 5) Qual o seu nível de escolaridade? ( ) Sem educação formal; ( ) Primeiro grau incompleto; ( ) Primeiro grau completo ( ) Segundo grau incompleto; ( ) Segundo grau completo; ( ) Curso superior incompleto; ( ) Curso superior completo; ( ) Pós- Graduação incompleta; ( ) Pós- Graduação completa
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6) Qual era a sua faixa etária quando abriu o negócio (empresa) ? ( ) 18-24 ( ) 25-34 ( ) 35-44 ( ) 45-54 ( ) 55-64 7) Qual era o seu Estado Civil quando abriu o negócio (empresa)? ( ) Casado(a) ( ) Solteiro(a) ( ) Divorciado(a) ( ) Viúvo(a) 8) Possui alguma experiência profissional além da atividade empreendedora na qual está envolvido(a) ? (Se a resposta for “NÃO” pular para a questão 11) ( )Sim ( )Não 9) Qual a experiência profissional? ______________________________________________________________________________________________________________________________________ 10) Em qual ramo? ______________________________________________________________________________________________________________________________________
11) Há quanto tempo tem o seu negócio (empresa)? ( ) Até 3 meses ( ) Até 42 meses(3 anos e meio) ( ) Mais de 42 meses(mais de 3 anos e meio) 12) Qual é o tipo (ramo) do seu negócio? ______________________________________________________________________________________________________________________________________ 13) Você já possuiu outro negócio? ( ) Sim. Qual:________________________________________________________ ( ) Não 14) Se respondeu “SIM” à questão 13, por que esse negócio não existe mais? _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 15) Qual sua renda mensal? (salário mínimo= R$ 724,00) ( ) Menos de 3 salários mínimos ( ) 3 a 6 salários mínimos ( ) 6 a 9 salários mínimos ( ) Mais de 9 salários mínimos
16) O seu negócio é a sua única fonte de renda? ( ) Sim ( ) Não. 17) Se você respondeu “NÃO” à questão 16, qual é a sua outra fonte de renda? ______________________________________________________________________________________________________________________________________
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18) Porque decidiu abrir uma empresa? Marque quantas opções forem necessárias. ( ) Optou por um novo negócio mesmo tendo outras opções de emprego e renda ( ) Identificou uma oportunidade no mercado ( ) Para aumentar a renda ( ) Por falta de melhores opções de trabalho ( ) Não teve acesso ao mercado de trabalho ( ) Para melhorar seu modo de vida ( ) Por causa de problemas financeiros ( ) Conquistar independência financeira ( ) Outros:__________________________________________________________ __________________________________________________________ 19) Numa escala de 0 a 4, onde 0= nunca, 1= raramente, 2= às vezes, 3=frequentemente, 4= sempre, avalie a influência dessas pessoas na sua escolha de ser um empreendedor. Marque quantas opções forem necessárias. ( ) pais ( ) 0 ( )1 ( ) 2 ( ) 3 ( ) 4 ( ) irmãos(as) ( ) 0 ( )1 ( ) 2 ( ) 3 ( ) 4 ( ) filhos(as) ( ) 0 ( )1 ( ) 2 ( ) 3 ( ) 4 ( ) marido/mulher ( ) 0 ( )1 ( ) 2 ( ) 3 ( ) 4 ( ) outros empreendedores ( ) 0 ( )1 ( ) 2 ( ) 3 ( ) 4 ( ) amigos ( ) 0 ( )1 ( ) 2 ( ) 3 ( ) 4 ( ) outros:___________________________ ( ) 0 ( )1 ( ) 2 ( ) 3 ( ) 4 20) Numa escala de 0 a 4, onde 0= nunca, 1= raramente, 2= às vezes, 3=frequentemente, 4= sempre, avalie a influência dessas pessoas em relação ao apoio psicológico ou moral a você empreendedor? Marque quantas opções forem necessárias. ( ) pais ( ) 0 ( )1 ( ) 2 ( ) 3 ( ) 4 ( ) irmãos(as) ( ) 0 ( )1 ( ) 2 ( ) 3 ( ) 4 ( ) filhos(as) ( ) 0 ( )1 ( ) 2 ( ) 3 ( ) 4 ( ) marido/mulher ( ) 0 ( )1 ( ) 2 ( ) 3 ( ) 4 ( ) outros empreendedores ( ) 0 ( )1 ( ) 2 ( ) 3 ( ) 4 ( ) amigos ( ) 0 ( )1 ( ) 2 ( ) 3 ( ) 4 ( ) outros:___________________________ ( ) 0 ( )1 ( ) 2 ( ) 3 ( ) 4 21) Você já contou e/ou conta com alguma ajuda nas suas atividades empresariais? ( ) Sim ( ) Não 22) Se você respondeu “SIM” à questão 21, qual foi a ajuda? _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________