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DIRETORIA DE ENSINO
CENTRO DE ENSINO DE BOMBEIROS
CURSO DE FORMAO DE SOLDADOS BOMBEIROS
CFSD 2010
SALVAMENTO TERRESTRE
SUMRIO
CAPTULO PGINA
1 HISTRIA DO SALVAMENTO 1
2 REDUO DE FORA 4
3 EQUIPAMENTOS 17
4 CONTENO MECNICA DE ANIMAIS 40
5 ELEVADORES 54
6 CORTE DE RVORE 68
7 ESCORAMENTO E DESABAMENTO 88
8 SALVAMENTO VEICULAR 101
9 ESPAO CONFINADO 131
10 - MOVIMENTAO E TRANSPORTE DE VTIMA EM LOCAL DE DIFCIL ACESSO 138
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Curso de Formao de Soldados Bombeiros CFSD Fevereiro de 2010
CAPTULO 1
HISTRIA DO SALVAMENTO
1.0 Histrico de Busca e Salvamento
O badalar dos sinos anunciava que estava acontecendo um incndio. Homens,
mulheres e crianas saam de suas casas, ou de onde estivessem, e corriam do local onde
o fogo destrua algo. Todos juntos, faziam uma enorme fila e do poo de gua mais
prximo, passavam baldes de mo em mo, at que eles chegassem ao local que estava
em chamas.
Segundo registros
histricos, quando a capital do
imprio Romano, foi devastada
por um grande incndio no ano 22
a.C., o Imperador Csar Augusto,
preocupado por este
acontecimento, decidiu na criao
do que se pode considerar como o
primeiro corpo de Bombeiros,
cujos integrantes se chamavam
vigiles, responsveis pela
segurana de Roma.
A histria de salvamento no mundo se mistura com a criao do Corpo de
Bombeiros romano, pois quase sempre durante o combate as chamas com baldes era
necessrio salvar vidas e bens.
Com os sculos, estas organizaes evoluram muito pouco. Durante a Idade Mdia,
na metade do sculo XVII, os materiais disponveis para combate a incndio se reduziam a
machados, enxades e outras ferramentas manuais. Foi nessa poca que surgiu os
sapadores, que tinham como misso SALVAR VIDAS E BENS!!!
J no sculo XIX os Monges passaram a utilizar ces para encontrar pessoas que se
perdiam durante as grandes nevascas ou que ficavam soterradas pelas avalanches. Ao
encontrar as vitimas os ces deitavam-se em redor delas com o intuito de aquec-las,
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Curso de Formao de Soldados Bombeiros CFSD Fevereiro de 2010
enquanto que um deles ia ao encontro dos monges afim de indicar o caminho mais perto
que dava acesso as vitimas.
Mas foi durante a 2 Guerra Mundial que o salvamento desenvolveu-se, devido aos
registros histricos que demonstram a preocupao dos europeus com o socorro das
vtimas presa sob escombros, em conseqncia dos freqentes bombardeios que
assolaram cidades com grande densidade demogrfica.
Todos os anos ocorrem milhares de abalos ssmicos por todo o mundo, terremotos,
desabamentos de terras e edifcios, incndios e exploses em fbricas, obras em
construo, minas, catstrofes areas
e ferrovirias.... Devido a todas estas
situaes que as operaes de
socorro e salvamento so
desenvolvidas e aperfeioadas.
Atravs de estudos realizados
na Alemanha, h alguns anos,
constatou-se que era necessrio um
grupo de vinte homens a trabalhar
durante uma hora para localizar uma
pessoa soterrada a grande profundidade. Depois surgiram ento os aparelhos eletrnicos
que captam e amplificam os gemidos, os quais vieram reduzir consideravelmente esse
tempo. O emprego de ces muitas das vezes ou quase sempre superam estes aparelhos
devido a sua capacidade de trabalho e olfato apurado.
Podemos perceber que as operaes de salvamento vem sofrendo pequenas
modificaes ao longo dos anos, onde tcnicas e equipamentos so aperfeioados e/ou
criados, possibilitando assim a diminuio do tempo de salvamento que dependendo da
situao pode representar a vida ou a morte.
A sociedade espera, acredita e necessita que todos ns bombeiros, antigos ou
novatos, sejamos capazes de atuarmos de forma rpida e eficiente durante os chamados e
para isso preciso treinar exaustivamente, pois s assim atingiremos um grau de destreza
compatvel com nossas responsabilidades.
O futuro escrito hoje por cada um de ns.
SALVAR!!!
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2.0 DEFINIO DE SALVAMENTO
As atividades de resgate de vidas humanas, salvamento de animais e patrimnios ,
preveno de acidentes e resgate so denominadas de salvamento.
Compreende-se por salvamento terrestre todas as operaes cujos atendimentos
so realizados no solo.
Estas ocorrncias necessitam de conhecimento dos equipamentos e das tcnicas
para seu adequado emprego.
Importante esclarecer que devido a abrangncia dos atendimentos executados
podemos classificar as ocorrncias em urgentes e no urgentes.
Entendemos por ocorrncias urgentes aquelas em que esto envolvidas vidas de
pessoas, animais, patrimnios valiosos e importantes.
Consideramos como ocorrncias no urgentes aquelas em que no existe
presente o perigo vida ou risco iminente de destruio que possa acarretar outros
acidentes.
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CAPTULO 2
REDUO DE FORA
1.0 INTRODUO
O ser humano, no comeo de sua existncia na terra, agia por instinto e, com
isso, como os outros animais irracionais, se impunha pela fora fsica. Tal situao, no
entanto, funcionava bem com seus colegas de raa ou com outros animais mais
fracos.
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Passado o tempo o homem descobriu que para sobressair-se sobre os demais
habitantes do nosso planeta era preciso algo mais do que msculos e ento passou a
usar o crebro. A partir de ento dominou o planeta e tem, teoricamente,
sobrepujado sobre todas as criaturas. Partindo de tal linha de raciocnio passaremos a
falar sobre os sistemas de reduo de foras aplicados nas operaes de salvamento
em altura, os quais, pelas caractersticas de leveza e praticidade, resumir-se-o em
mosquetes, cordas e polias.
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2.0 ORIGEM HISTRICA
Arquimedes, um dos mais importantes matemticos da humanidade, viveu no
sc. III a.C., na cidade de Siracusa, uma colnia grega situada na Siclia (sul da Itlia) e
foi a primeira pessoa que construiu e usou um sistema de roldanas com o qual ele
podia deslocar grandes pesos, exercendo pequenas foras. Conta-se que, para mostrar
a eficincia deste dispositivo, ele preparou uma espetacular demonstrao
experimental: um navio da frota real foi tirado da gua, com grande esforo, por um
grupo de soldados e colocado sobre a areia da praia. Ligando o sistema de roldanas ao
navio, Arquimedes convidou o Rei Hieron para puxar pela extremidade livre da corda.
Sem realizar grande esforo, Hieron conseguiu, sozinho, arrastar o navio sobre a areia,
causando surpresa geral e fazendo aumentar ainda mais o prestgio de Arquimedes
junto ao rei.1 Na atividade BM Arquimedes est muito presente, tanto nas nos
trabalhos em altura, quando utilizamos polias, quanto quando usamos outros
equipamentos como o arrombador (princpio de alavanca) ou mesmo quando
equilibramos nosso corpo durante um mergulho, por conhecermos a Lei do Empuxo.
1 Beatriz Alvarenga e Antnio Mximo, Curso de Fsica 1, 2 edio, pp. 260 a 262
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3.0 EQUIPAMENTOS
Para montarmos um sistema de reduo de foras2 utilizaremos basicamente
cordas, mosquetes e polias. Para sistemas mais complexos poderemos incluir ns
blocantes ou blocantes mecnicos para atuarem como Dispositivos de Captura
Progressiva (DCP). Em caso de emergncia e escassez de recursos, as polias podero
ser substitudas por mosquetes.
O termo polia ser utilizado genericamente para definir o equipamento composto
de placas laterais mveis ou fixas, composto de eixo ou rolamento sobre o qual gira
uma roldana de metal (ao ou duralumnio) ou de nilon.
J o nome patesca foi muito utilizado no CBMMG, porm, com a introduo de novas
tcnicas baseadas em bibliografias recentes, o termo polia ganhou fora e ocupou seu
lugar.
Existem outros equipamentos com princpios de funcionamento anlogos s polias,
porm com nomes e formatos diferentes, tais como: Cadernal, Pol, Catrina, Moito e a
prpria Patesca.
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Curso de Formao de Soldados Bombeiros CFSD Fevereiro de 2010
As cordas a serem utilizadas devem ser de baixa elasticidade, ou seja, semi-
estticas ou estticas, e o dimetro vai depender das polias, normalmente girando em
torno de 0 a 13mm.
Nas instalaes de DCPs devemos dar preferncia para ns auto-blocantes
confeccionados com cordeletes de 8mm uma vez que os blocantes mecnicos
normalmente mordem5 muito a corda danificando com cargas superiores a 400 kgf.
Uma exceo regra o Rescucender, o qual no possui garras que danifiquem a
corda, agindo simplesmente atravs de presso e de acordo com a fora de trao.
Outra vantagem importante desse aparelho que em caso de sobrecarga ou de fora
de choque importante, a corda pode deslizar, o que ser um indicativo de que o sistema
est sendo submetido a uma condio insegura.
Para o uso especfico de ns auto-blocantes existem polias de base reta que
facilitam o afrouxamento do n, durante o iamento da carga.
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Curso de Formao de Soldados Bombeiros CFSD Fevereiro de 2010
3.1 TIPOS DE POLIAS
Existem uma infinidade de modelos de polias das mais variadas marcas, cada
uma com sua peculiaridade. Algumas vm inclusive conjugadas com funes de outros
aparelhos, como o caso da Mini Traxion, que constituda de uma roldana e um
mordente de ao munido de dentes, o qual substitui um ascensor ou um n blocante.
De um modo geral temos polias de placas laterais fixas ou mveis, com uma ou
mais roldanas (paralelas ou em tandem), de eixo ou rolamento, com ou sem flange de
segurana e de roldanas de metal (ao ou duralumnio) ou de nilon (no
recomendadas para iamento de carga humana ou cargas muito pesadas).
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Curso de Formao de Soldados Bombeiros CFSD Fevereiro de 2010
importante salientar que em polias de placas laterais fixas deve-se utilizar
preferencialmente mosqueto oval, para que a fora seja distribuda igualmente nos
dois orifcios de fixao do mosqueto.
No caso da polia no possuir o flange de segurana, um mosqueto deve ser
passado corda e ficar preso ancoragem, funcionando como um backup do sistema
principal.
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Curso de Formao de Soldados Bombeiros CFSD Fevereiro de 2010
4.0 VANTAGEM MECNICA
O motivo principal de se utilizar polias reside na vantagem mecnica oferecida
pelo sistema, o que possibilita mover grandes cargas com um mnimo esforo (lembrar
do Rei Hieron e Arquimedes). Por vantagem mecnica entendemos a relao entre o
nmero de polias MVEIS do sistema e a reduo da fora necessria para deslocar a
carga9. As polias fixas normalmente s direcionam a trao, agindo to somente de
forma a equilibrar as foras.
Devido ao atrito, peso da corda e das polias, no conveniente montarmos um
sistema com mais de quatro polias. Uma exceo o Moito ou Cardenal10, o qual
possui trs roldanas paralelas em cada pea. Um cuidado especial que se deve ter de
verificar se a corda que est fixada diretamente na carga tem resistncia (CR)
suficiente para suportar o peso a ser erguido. Levar em conta s a fora a menos que
estamos realizando um erro grave que pode causar acidentes.
Uma ateno especial deve ser dada quanto ao uso do equipamento correto de
acordo com a carga a ser iada. No caso de seres humanos o uso de polias de ao ou
mesmo do Moito desaconselhvel, para no dizer, proibido, uma vez que, devido ao
seu peso, caso venha a cair, pode causar ferimentos graves na vtima e/ou lev-la
morte. Nesses casos o uso de polias de duralumnio o ideal. J para animais, devido
ao peso excessivo, o recurso a utilizao de equipamentos mais robustos.
5.0 EFEITO POLIA
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Curso de Formao de Soldados Bombeiros CFSD Fevereiro de 2010
Para a instalao de um sistema de reduo de foras h necessidade de um
slido ponto de ancoragem, uma vez que ser nele que descarregaremos o peso da
carga e a fora necessria para i-la.
Um fato no muito raro, porm incorreto, as pessoas relacionarem a fora que
est sendo aplicada na ancoragem com a fora que exercem na corda para iar uma
carga, ou seja, se para elevar 90 kgf aplicam 91 kgf na extremidade livre da corda,
imaginam que a ancoragem estar recebendo 91 kgf de carga. Isso falso, pois na
situao do citado exemplo, a ancoragem estar suportando aproximadamente 181 kgf.
Esse valor, portanto, referese ao efeito polia.
Tal efeito , ento, o somatrio de foras envolvidas no sistema e aplicado na
ancoragem. Vale lembrar que, se a polia no estivesse FIXA, ela seria movimentada
em direo carga recebendo o dobro da fora aplicada na extremidade livre da corda
(agiria como se fosse uma polia mvel com uma vantagem mecnica de 2:1).
Assim sendo, conclumos que nosso ponto de ancoragem deve suportar, no
mnimo, duas vezes o peso da carga a ser iada.
6.0 CARGA DE TRABALHO
Praticamente tudo que construdo pelo homem tem uma margem de
segurana denominada tecnicamente como fator de segurana. Assim, desde o tijolo
que produzido ao clculo dos pilares de sustentao de um prdio, leva-se em
considerao tal reserva de segurana, com vistas a evitar acidentes no caso da
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Curso de Formao de Soldados Bombeiros CFSD Fevereiro de 2010
estrutura ou equipamento (que o nosso caso) ser exigida alm do que prescreve o
fabricante.
No caso especfico das polias, bom seguir as orientaes do fabricante
insertas no manual que as acompanha. No sendo possvel o acesso a tal manual, o
que mais comum do que se imagina, podemos adotar um valor cinco vezes menor13
do que o gravado no corpo do equipamento. Assim, uma polia com carga de ruptura
(CR) de 3600 kgf (36 kN) ter uma carga de trabalho (CT) de 720 kgf (7,2 kN). Vale
lembrar que esse valor refere-se ao ponto de fixao da polia ancoragem; em cada
corda poderemos aplicar apenas metade dessa fora: 360 kgf (3,6 kN). Lembra-se do
efeito polia?
6.1 POLIPASTO EM Z
Polipasto nada mais do que um sistema de reduo de foras normalmente
constitudo por corda e mosquetes, o qual proporciona uma vantagem mecnica de
3:1 e muito utilizado no tracionamento de Cabos Areos e Tirolesas.
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7.0 NOMENCLATURA CONVENCIONAL
Para facilitar o entendimento sobre o funcionamento de um sistema de reduo
de foras, criou-se a proporcionalidade entre a quantidade de corda puxada de um lado
e a altura que a carga era elevada do lado oposto. Assim, quando puxamos 1,00m de
corda e a carga se eleva em igual altura (1,00m), temos um sistema 1:1, ou seja, 1,00m
para 1,00m. J quando puxamos 2,00m de corda para iarmos a carga em apenas
1,00m teremos um sistema 2:1 e assim sucessivamente. Este o sistema
convencional.
Outra forma de entendermos o sistema convencional contarmos o nmero de
cordas que sustenta a carga encerrando a contagem na ltima corda que se movimenta
para cima, ou seja, a ltima polia fixa no interfere no sistema, pois como j vimos, ela
s direciona a fora no oferecendo vantagem mecnica. Dessa forma, se fixarmos
uma ponta da corda numa ancoragem, passarmos o seio da corda numa polia mvel
presa a uma carga e puxarmos a outra extremidade livre dessa corda, teremos uma
vantagem mecnica de 2:1, tendo em vista que duas cordas estaro sustentando o
peso (uma ponta na ancoragem e a outra em nossas mos o peso fica dividido em
50% entre os dois pontos).
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Curso de Formao de Soldados Bombeiros CFSD Fevereiro de 2010
Para facilitar o entendimento, seguem abaixo sugestes de montagens de
sistemas de reduo de foras. Observem que quando realizamos a fora no sentido
contrrio ao da carga, o trabalho fica mais cmodo. Uma sugesto , sempre que
possvel, iniciar a montagem de um sistema fixando a corda diretamente na carga. Com
isso se gasta menos corda e a vantagem mecnica aumenta consideravelmente alm
de se gastar menos polias (um sistema 3:1 pode ser montado com apenas duas polias:
lembrar do polipasto em Z).
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Curso de Formao de Soldados Bombeiros CFSD Fevereiro de 2010
8.0 CONCLUSO
A escolha de um sistema de reduo de foras, adequado atividade que se v
executar, no tarefa fcil, se considerarmos a agitao normal num local de
ocorrncia e ao fato de, s vezes, haver um nmero considervel de bombeiros e
curiosos loucos para fazerem fora ao comando do tradicional e sensacionalista
Ropeee!!!! O que se espera ento de um profissional dedicado, zeloso, ciente de suas
obrigaes e responsabilidades, que treine com sua guarnio e, principalmente, que
ao receber o servio j deixe montado um kit de salvamento em altura com uma corda
e um sistema de reduo de foras pr-montado, de forma que no teatro de operaes
baste fixar uma das polias na carga ou na ancoragem e realizar o salvamento. No
obstante tudo que foi ensinado, no esqueamos jamais que o melhor sempre fazer o
mais fcil. Portanto, no perca tempo montando sistemas complicados e complexos se
for mais vivel o emprego de outra tcnica, ainda que esta se constitua do tradicional e
sensacionalista (mas agora eficiente) Ropeee!!!
Bom trabalho e SEGURANA ACIMA DE TUDO!
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CAPTULO 3
EQUIPAMENTOS
1.0 PROTEO RESPIRATRIA AUTNOMA
1.1 DEFINIO
um equipamento de ar comprimido, auto-suficiente por determinado tempo, que permite
ao bombeiro mobilidade nas operaes em locais onde o ar atmosfrico apresente imprprio para o
consumo humano.
1.2 UTILIZAO
Seu uso sempre obrigatrio em operaes em que no se tem certeza se o ar atmosfrico
encontra-se em condies prprias para o consumo humano.
Exemplos de uso:
- operaes de salvamento em incndio;
- operaes de combate a incndio;
- operaes com produtos perigosos gasosos, ou que emitem gases, que provoca a
deficincia de oxignio ou apresenta substncias venosas ou irritantes e
- operaes em locais confinados.
1.3 DISPOSITIVO DE SEGURANA
medida que o ar consumido e a presso diminui at baixo de 50 bar, o alarme (apito)
comea a soar e somente cessa quando o ar do cilindro totalmente esgotado.
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Curso de Formao de Soldados Bombeiros CFSD Fevereiro de 2010
1.4 CLCULO DA AUTONOMIA DO TEMPO DE
AR
A seguir h um clculo prtico para a estimativa do
tempo de ar que o bombeiro dispe com o cilindro do
conjunto autnomo em diferentes presses. Para tanto
utiliza-se a seguinte frmula emprica:
T = P X V
C
onde:
T: tempo de ar para consumo [min]
P :presso indicada pelo manmetro [bar]
C : taxa de consumo de ar [litros/min] (por medida de
segurana adota-se 60 l/min)
V : volume de ar do cilindro [litros]
Exemplo: Supondo cilindro de 7 litros, considerando-se a taxa de consumo de ar de 60 l/min e que
o manmetro indica 200 bar:
t = 200 bar x 7 l t = 23 minutos
60 l/min
Ateno: a taxa de consumo acima exemplificada um valor mdio, sendo aconselhvel que cada
bombeiro tenha o seu consumo de ar aferido antes de atuar numa emergncia com o seu conjunto
autnomo de ar respirvel.
2.0 DESENCARCERADOR
O desencarcerador um conjunto de equipamentos hidrulicos capaz de possibilitar acesso
e extrao de vtimas encarceradas, que, devido a um acidente, encontra-se incapacitada de sair
pelos seus prprios meios, quer devido a leses sofridas quer por estar presa pelos materiais
envolventes.
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2.1 TESOURAS
- As tesouras empregam-se para
cortar totalmente os componentes
dos veculos com a finalidade de
retirar certas zonas do mesmo.
Adicionalmente, podem ser
empregues para realizar cortes de
alvio que permitem o afastamento
de alguns componentes do veculo
ou em operaes de levantamento
do teto.
2.2 EXPANSOR
- Os expansores tm trs funes
principais: comprimir, separar e
tracionar. Os expansores podem
apertar ou comprimir o metal para
criar pontos de franzido dbeis ou
reas para corte, alm disso,
podem separar componentes que
no estejam unidos. A terceira
funo realiza-se usando umas
pontas com adaptadores para
correntes os quais permitem que o
expansor aproxime objetos at ao
seu ponto de fora.
2.3 MULTIUSO
- O multiuso uma ferramenta de
ao dupla, permitindo a funo de
corte e a execuo das tcnicas
efetuadas com o expansor.
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Curso de Formao de Soldados Bombeiros CFSD Fevereiro de 2010
Normalmente esta ferramenta, visto
ser uma combinao, possui uma
potncia inferior, quer no
afastamento quer na capacidade de
corte.
2.4 EXTENSOR (MACACO DE SEPARAO)
O extensor faz uso da sua fora
mediante potentes pistes
hidrulicos e aplicam-se
principalmente para separar
componentes do veculo ou para
criar espaos adicionais.
2.5 BOMBAS HIDRULICAS
Equipamento fundamental para a
utilizao das ferramentas
hidrulica, a bomba hidrulica pode
ser acionada com motores a
gasolina, eltricos ou a diesel (no
CBMMG utiliza-se motores a
gasolina). Gera presso que pode
atingir a ordem de 700 bar,
proporcionando um fluxo hidrulica
capaz de transmitir fora de
trabalho para as ferramentas.
Podem operar simultaneamente
duas ou mais ferramentas
(conforme o modelo).
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Curso de Formao de Soldados Bombeiros CFSD Fevereiro de 2010
3.0 MOTO-REBOLO:
Funcionamento semelhante moto-serra e consiste em um aparelho com motor, que,
mediante frico, produz cortes em materiais metlicos e em alvenarias, podendo ser utilizado em
entradas foradas ou em desabamentos.
4.0 SERRA-SABRE
Constitui-se de uma serra eltrica alimentada por uma bateria. Possui lminas para corte de
metais diversos, vidro laminado e madeira. um equipamento muito eficiente para trabalhos de corte em
misses que exige rapidez, eficincia e muitas das vezes com espaos reduzidos.
4.1 INSTRUES DE SEGURANA
PARA USO SEGURO E OBTENO DE MELHORES RESULTADOS DE DESEMPENHO
DO PRODUTO, LEIA ATENTAMENTE AS REGRAS ABAIXO:
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Curso de Formao de Soldados Bombeiros CFSD Fevereiro de 2010
1. Quando do recebimento do servio realizar sempre o funcionamento prvio, da
ferramenta e verificar se a bateria est carregada;
2. Uso de EPI obrigatrio, nas atividades, em que esteja operando a Serra Sabre, sendo
eles: luvas, culos, capacete, mscaras para poeira e protetores auriculares;
3. A ferramenta dever estar sempre travada, pelo boto de travamento, quando estiver
sendo transportada. obrigatria a retirada da bateria quando se realiza a incluso, excluso
ou troca de qualquer uma das lminas;
4. Em caso de duvidas na operao solicite assistncia a SAO da Unidade;
5. No opere ferramentas eltricas em
ambientes explosivos, como na presena de
lquidos, gases ou ps inflamveis. As
ferramentas de corte produzem fagulhas
que podem incendiar o p ou vapores;
6. Permanea alerta, observe com
ateno o que voc est fazendo e use o
bom senso ao operar uma ferramenta eltrica. No use a ferramenta quando estiver cansado ou
sob efeito de drogas, lcool ou medicamentos;
7. Use tornos ou outra maneira pratica para prender e apoiar a pea a ser trabalhada;
8. No force a ferramenta. Use a ferramenta adequada sua aplicao. A ferramenta
adequada far o trabalho melhor e com mais segurana na faixa para a qual foi projetada;
9. Quando a bateria no estiver em uso, mantenha-a longe de outros objetos de metal tais
como: clipes de papel, moedas, chaves, pregos, parafusos ou outros pequenos objetos de metal
que possam fazer uma conexo de um terminal para outro. Causar curto-circuito em terminais
de baterias pode causar fascas, queimaduras ou incndios;
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Curso de Formao de Soldados Bombeiros CFSD Fevereiro de 2010
10. Utilize somente acessrios que sejam recomendados pelo fabricante para o modelo de
sua ferramenta. Acessrios que podem ser adequados para uma ferramenta, podem ser
perigosos quando utilizados em
outras ferramentas;
11. O conserto da ferramenta
somente deve ser realizado por
pessoal de reparo qualificado - o
militar responsvel pela SAO ou
profissional da assistncia tcnica;
12. Segure a ferramenta pelas
superfcies isoladas da
empunhadura ao executar uma atividade na qual a ferramenta de corte possa entrar em contato
com cabos escondidos. O contato com um cabo energizado far com que as partes metlicas
expostas da ferramenta fiquem energizadas e causaro um choque eltrico no operador;
13. Mantenha suas mos distantes de peas em movimento. Nunca ponha suas mos
prximas rea de corte;
14. Cuidado redobrado ao cortar objetos que se encontrem acima de voc, porm no
visveis, considere as possveis trajetrias de galhos e outros objetos que possam cair e
15. No opere esta ferramenta por longos perodos de tempo. As vibraes causadas pela
operao desta ferramenta podem causar ferimentos permanentes nos dedos, mos e braos.
5.0 TALHA TIFOR / MULTIPLICADOR DE FORA
O Tirfor um aparelho muito comum nas viaturas de salvamento e tem uma larga rea de
atuao em iamento e trao de cargas sendo considerado muito verstil. Serve tambm para
remoo de carga em qualquer direo, distncia e altura.
Ele opera com a ao de dois pares de mordentes lisos, de ajuste automtico, que no
momento do iamento ou da descida da carga, esses dois pares de mordentes, alternadamente,
apertam e soltam o cabo, para pux-lo no sentido da subida ou ret-lo no sentido da descida, sendo
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Curso de Formao de Soldados Bombeiros CFSD Fevereiro de 2010
que os dois conjuntos de mordentes apertam o cabo conforme a trao do cabo, ento quanto mais
pesada a carga, mais forte ser o aperto.
Sua fora nominal varivel de acordo com o modelo do aparelho, sendo mais comuns: 750
Kg, 1600 Kg e 3200 Kg.
Principais Peas
1- Corpo do aparelho; 6- Punho de debreagem;
2- Alas; 7- Orifcio para admisso do cabo;
3- Eixo ou gancho de
ancoragem;
8- Orifcio para sada do cabo;
4- Alavanca de avano; 9- Alavanca de tubo telescpio e
5- Alavanca de recuo; 10- Cabo de Ao Especial.
NUMERE AS PARTES DA TALHA CONFORME ORIENTAO DE SEUS INSTRUTORES
6.0 APARELHOS DE ILUMINAO
So todos os equipamentos que geram luz artificial para iluminar os locais de trabalho. Os
mais comuns so:
Faris:
So aparelhos dotados de fonte luminosa de grande potncia, alimentados por eletricidade.
Lanternas eltricas:
1____________________________
2____________________________
3___________________________
4____________________________
5____________________________
6____________________________
7____________________________
8____________________________
9____________________________
10___________________________
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Curso de Formao de Soldados Bombeiros CFSD Fevereiro de 2010
So aparelhos eltricos portteis de grande segurana para os servios de reconhecimento.
Podem possuir um ou mais elementos, pilhas ou bateria.
Gerador porttil:
Aparelho destinado a converter energia mecnica em energia eltrica em forma de corrente
contnua ou alternada. Utilizado principalmente em locais desprovidos de energia eltrica, como
rodovias, locais de difcil acesso, matas...
Possui baixo consumo de combustvel e alta autonomia, variando de acordo com o modelo.
Veja:
NOTA
A Corrente Alternada a forma mais
eficaz de se transmitir uma corrente
eltrica por longas distncias.
A Corrente contnua normalmente utilizada
para alimentar aparelhos eletrnicos (entre
1,2V e 24V) e os circuitos digitais de
equipamento de informtica.
Modelo 6500CXE
Grupo Gerador Toyama, Equipado com
motor Gasolina de 13.0 HP, partida
manual e eltrica, monofsico, Potncia
Mxima de 6.0 KVA e Potncia Nominal de
5.5KVA, BIVOLT 110 e 220 volts,
equipado com tanque de 25 litros que
proporciona aproximadamente 12 horas de
autonomia.
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Curso de Formao de Soldados Bombeiros CFSD Fevereiro de 2010
7.0 VENTILADORES / EXAUSTORES
Aparelho utilizado para dispersar ou remover fumaas, gases e vapores quentes de um local
confinado.
8.0 MACA TIPO ENVELOPE SKED
Uma das melhores ferramentas para resgate e transporte de vtimas em espaos
confinados, restritos e externos.
Aps compactada, a maca Envelope fechada com suas prprias fivelas, tornando mais
simples e prtico seu armazenamento dentro de sua mochila.
SAIBA QUE A MACA UM MEIO DE TRANSPORTE E NO UM MEIO DE ESTABILIZAO
DA VITIMA.
8.1 CARACTERSTICAS
provida de um sistema de amarrao que
garante a integridade e proteo total da vitima;
Seus pontos de suspenso permitem que seja
suspensa na vertical ou na horizontal inclusive por
helicpteros;
De fcil manuseio;
Torna-se rgida quando montada com a vtima;
Sua flexibilidade permite que seja enrolada e acondicionada em uma mochila prpria para
transporte.
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8.2 PREPARAO DA VTIMA
Assim como na maca-cesto, a fixao de uma vtima na maca SKED pode ter variaes,
porm, deve ser padronizada para evitar erros e facilitar a conferncia por parte de qualquer
integrante da equipe. Sugere-se os seguintes procedimentos:
1. Ao retir-la da mochila, desenrole-a para em seguida invert-la, enrolando suas
extremidades no sentido contrrio ao que estava acondicionada para que fique plana, facilitando
sua manipulao;
2. Aps a imobilizao da vtima em prancha longa, posicione-a na maca, fechando os
tirantes porm, sem ajust-los;
3. Inicie o encordamento para possvel inverso da posio de iamento ou descida;
4. Ajuste os tirantes e instale o suporte de ps;
5. Ajuste e arremate o encordamento;
6. Faa a regulagem da aba superior da maca na altura da cabea e
7. Instale, se necessrio, as fitas tubulares extra para a funo de pegadores.
8.3 PROCEDIMENTOS PARA MONTAGEM DA MACA SKED
Desenrole a maca Enrole as extremidades no sentido contrrio ao de acondicionamento
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8.4 ENCORDOAMENTO
Para efetuar o encordoamento utilize a corda com aproximadamente 11,0 m, que
acompanha o equipamento.
Inicie a confeco do n oito com a corda permeada, passando seus chicotes por entre os
orifcios ou ilhoses da maca iniciando pela cabea e tomando o cuidado de realizar a amarrao de
forma igual nos dois lados. Realize a passagem do encordoamento em um dos pegadores da
prancha longa repetindo a operao do outro lado;
Continue inserindo os chicotes pelos orifcios ou ilhoses da maca, tencionando-os aps cada
passagem at que chegue nos ps da maca. Emende os chicotes com um n direito na altura dos
ps;
Aps posicionar a prancha longa, feche as fitas laterais
Feche os tirantes dos ps
Feche a cabeceira Faa o encordoamento da maca
Una os tirantes com o mosqueto
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Leve os chicotes da corda at as alas mais prximas do p da maca SKED e una estas
pontas com um n direito e cotes.
8.5 CONFERNCIA PRVIA DO SISTEMA OU MATERIAL MONTADO
Enumere todos os procedimentos executados por ordem cronolgica, como segue:
1. Tirantes da prancha longa;
2. Tirantes do SKED;
3. Fixao da vtima e ajuste de todas as presilhas;
4. Suporte de ps;
5. Encordoamento de reforo para possvel inverso de iamento para posio vertical;
6. Equalizao correta dos tirantes;
7. Cabo guia (se houver) e
8. Trava e angulao correta do mosqueto principal.
9.0 BOMBA DE SUCO
9.1 APLICAES DA MOTOBOMBA
Muitas so as aplicaes deste equipamento, na agricultura, indstrias, minas, empresas,
construes, comunicao, cabeamento subterrneo, manuteno de tubulaes, jardins, pesca,
etc. Mas aqui no Corpo de Bombeiros, que assume a sua principal funo: liberar vias, casa,
compartimentos, que por ventura estejam alagados, o que poder trazendo riscos a vida e ao bem
de terceiros.
Visando a melhoria do ensino foi copilado, de forma mais dinmica este manual de
operao, o qual trar informaes de como operar e manter, de forma segura e eficiente sua
motobomba, quando do atendimento de ocorrncias, realizao de instruo ou quando de
manuteno.
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9.2 INSTRUES DE SEGURANA
PARA USO SEGURO E OBTENO DE MELHORES RESULTADOS DE DESEMPENHO
DO PRODUTO, LEIA ATENTAMENTE AS REGRAS ABAIXO:
1. Procure sempre verificar na SAO, o histrico das atividades do equipamento, seu
funcionamento, suas possveis panes, se est abastecido, onde fica o combustvel para um
possvel reabastecimento, o leo e realizar o funcionamento prvioquando do recebimento do
servio;
2. Uso de EPI obrigatrio, nas atividades, em que esteja operando a Motobomba auto-
escorvante;
3. Em caso de duvidas de procedimentos operacional, procure o seu superior imediato ou
consulte o manual;
4. Use esta bomba em lugar ventilado ou ao ar livre. O sistema de escape do motor elimina
monxido de carbono, letal para seres humanos e animais;
5. Assegure-se de que a bomba esteja sobre uma superfcie estvel e nivelada;
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6. A bomba deve estar fria quando adicionada. No abastea o tanque de gasolina se a
bomba est quente ou com o motor em funcionamento. Observe todas as regras de segurana
que esto relacionadas com o combustvel especificamente;
7. Mantenha a bomba afastada de chamas, calor intenso e materiais inflamveis e reas de
risco;
8. No utilize a motobomba para transporte de lquidos inflamveis;
9. Sempre desconecte a vela de ignio em caso de manuteno;
10. Nunca ligue a bomba a seco;
IMPORTANTE: Para obter a mxima eficincia da sua motobomba procure sempre
assistncia de um profissional que conhea o equipamento. Evite executar procedimentos que no
conhea. Leve o problema a seu superior imediato ou ao profissional da SAO.
9.3 DESCRIO E PRINCIPAIS COMPONENTES
O motor e a bomba so montados sobre uma estrutura compacta facilitando o manuseio e o
transporte.
Os principais componentes do conjunto so mostrados nas Figuras 01 e 02.
Figura N. 01
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Figura n. 02
As conexes de recalque e suco devem ser de material plstico adequado para ser
conectado com mangueiras de borracha.
A vlvula de reteno no permite retorno de gua para a suco. Isso garante a estocagem
de gua suficiente para ligar a bomba novamente. Este mecanismo funciona desde que no seja
aberto o dreno da bomba. Em caso de abertura da drenagem, a bomba deve ser reabastecida com
gua.
9.4 Instalao
1. Coloque a bomba sobre uma superfcie horizontal e plana, o mais prximo possvel da
captao de gua. Fixe o suporte da bomba sobre superfcie rgida. Uma mangueira de
suco de 2 cheia de gua que tenha 6 m de comprimento pesa mais de 15 kg. Se a
bomba no estiver bem presa, a mesma pode se deslocar da sua posio correta.
Nunca use a bomba em posies elevadas sem fix-la sobre uma base rgida.
2. Tubulaes devem ter suporte para evitar vibrao e no sobrecarregar o suporte da
bomba. Antes de oper-la verifique todas as conexes entre a bomba e a tubulao. No
deixe nenhuma conexo solta e principalmente nenhum vazamento. Use bitolas de
tubulao igual ou maiores que a bitola da bomba.
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3. O filtro deve ser mantido a distncia segura da superfcie, encostas e fundo de rios. O
filtro deve ser afundado ao menos 30 centmetros para evitar a suco de ar e mantido a
pelo menos 30 centmetros do fundo e encostas de rios, evitando assim a suco de
pedras e razes.
9.5 OPERAO
1. Ligue o motor;
2. Aps encher o corpo da bomba de gua e ligar o motor, a bomba criar vcuo na mangueira
de suco;
3. Depois que todo o ar for evacuado, o fluxo completo de gua ocasionar notvel diferena
de carga no motor;
4. A ao de escorvamento da bomba pode chegar a durar at 4 minutos. Isso depender da
altura de suco e das condies da mangueira e conexes de suco;
5. No havendo fluxo de gua depois de 5 minutos, desligue o motor, encha o corpo da bomba
com gua novamente e d partida no motor;
6. No ocorrendo fluxo de gua aps 5 minutos, inspecione a mangueira de suco para
verificar possveis fugas de ar. Elimine todas as fugas e d a partida no motor e
7. Depois da bomba escorvada e trabalhando, assegure-se de que as cargas provenientes das
mangueiras no possam mover a bomba. Caso seja necessrio um ajuste, desligue o motor e
proceda com o mesmo.
ATENO: Este produto no dever ser usado com gua suja ou areia fina em suspenso.
instala
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Figura N. 03: Antes de iniciar qualquer trabalho, encha o corpo da bomba com gua.
9.6 RESOLUO DE PEQUENAS PANES
O CONSUMO DO COMBUSTVEL EST ALTO
PROVVEL CAUSA
SOLUO
Corpo estranho entre o rotor e a
voluta.
Verifique a existncia de rudos, se o rotor est
batendo e ajuste-o.
Existncia de corpo estranho ou
partculas no alojamento do rotor.
Verifique e Limpe-o
A BOMBA NO EST BOMBEANDO
PROVVEL CAUSA
SOLUO
Quantidade de gua na bomba
insuficiente.
Encha a bomba com gua novamente Ateno:
isto se aplica nos casos de bombas com esta
condio.
Vazamento na tubulao. Verifique a abertura e o conector da tubulao.
Substitua a tubulao danificada ou aperte mais a
conexo.
Rotao do motor / bomba muito Verifique a rotao e faa o ajuste.
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baixa.
O filtro est obstrudo. Verifique e limpe-o.
A altura em que foi instalada a
bomba est acima da capacidade
de suco.
Verifique se a posio da instalao e o
dimensionamento da bomba so corretos para
esta aplicao.
Bomba est vazando devido ao
desgaste do selo mecnico.
Troque o selo mecnico.
PARADA REPENTINA DA VAZO
PROVVEL CAUSA
SOLUO
O conector da abertura do cano de
suco est solto ou vazando.
Verifique a abertura e aperte-a.
Bomba instalada em nvel muito
elevado.
Verifique o especificado para a bomba nas
especificaes tcnicas - faa os ajustes
necessrios
A BOMBA VIBRA E FAZ RUDO ANORMAL
PROVVEL CAUSA
SOLUO
Bomba instalada em nvel muito
elevado.
Verifique o especificado para a bomba nas
especificaes tcnicas - faa os ajustes
necessrios.
Sada de gua muito volumosa. Diminua a sada de gua.
A tubulao est obstruda por um
corpo estranho, aumentando a
resistncia.
Verifique e limpe a tubulao e filtro.
Rotor est solto. Oua cuidadosamente, verifique qual parte est
fazendo barulho e desligue o motor para fazer os
ajustes.
A unidade da bomba no est
estvel.
Desligue a bomba e faa os ajustes e apertos.
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9.7 DESEMPENHO TCNICO
10.0 TRIPE E APARELHO DE POO
10.1 CONSIDERAES GERAIS
Muitas so as aplicaes deste equipamento, com
predominncia em espaos confinados.
Um espao confinado apresenta srios riscos com danos
sade, seqelas e morte. So riscos fsicos, qumicos, ergonmicos,
biolgicos e mecnicos e uma triste realidade no Brasil inteiro.
Apesar de serem usados quase todos os dias, muitos no do
a esse aparelho se devido valor.
Antigamente o trip era todo feito em ferro ou ao, tendo suas peas soltas em todas as
suas partes, possuidores de grande peso e falta de mobilidade.
Existncia de ar dentro da bomba ou
da tubulao.
Drene o sistema, eliminando o ar.
Rotor danificado. Pare o motor, verifique o rotor e substitua se
necessrio
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Hoje o CBMMG est gradativamente o substituindo, atravs da aquisio de Trips de
ltima gerao para todas as suas Unidades, a fim de facilitar os trabalhos operacionais e
potencializar com segurana as atividades desenvolvidas.
10.2 DESCRIO DE BENEFICIOS DO EQUIPAMENTO
O novo Trip utilizado pelo CBMMG produzido com extremo controle de qualidade,
obedecendo a padres internacionais (ATENDENDO OS REQUISITOS DA NFPA 1983 e ANSI).
O Trip Task fabricado em liga de alumnio aeronutico, de alta resistncia, o que lhe
garante total confiabilidade.
Suas pernas tubulares, anodizadas em vermelho, possuem onze pontos de regulagem de
altura o que o tornam extremamente verstil.
Suas soleiras e cabeote so em ao carbono de generosas dimenses para maior
resistncia, o cabeote possui trs robustos pontos de ancoragens com grandes orifcios para
conexo de mosquetes, permitindo assim que a carga esteja sempre corretamente centralizada.
As soleiras possuem articulaes que permitem que se acomodem em superfcies planas
ou irregulares, permitindo tambm que sejam posicionadas para cravarem em solos de consistncia
moderada, como terra compacta ou gelo.
10.3 OPERAO
1.Transportar o Kit TRIP at o local de ocorrncia;
2. Cientificar-se da identificao e isolamento da rea de ocorrncia em toda a sua
extenso, somente o pessoal empregado e da Gu BM no
local;
3. Cientificar-se das cordas de vida visando
seguranas;
4. Cientificar que o equipamento se estabilizou ao
terreno estando com suas sapatas presas por cordas ou
correntes;
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5. Primar para a segurana prpria e de todo o grupo durante o
atendimento da ocorrncia;
6. Certificar-se, dos EPR, (Equipamentos de Proteo Respiratria) e
detectores de gases poluentes.
10.4 INSTRUO DE SEGURANA NAS OPERAES
PARA USO SEGURO E OBTENO DE MELHORES RESULTADOS DE
DESEMPENHO DO PRODUTO, LEIA ATENTAMENTE AS REGRAS ABAIXO:
1. Procure sempre verificar na SAO o histrico das atividades do equipamento, seu
funcionamento e suas possveis panes,;
2. Cientificar-se da identificao e isolamento da rea de ocorrncia em toda a
sua extenso;
3. Uso de EPI obrigatrio, para todas as atividades, que envolvam o
equipamento TRIP, sendo eles: capacete, luvas, boldrier e culos;
4. O Tripe dever ser montado em um local onde as suas bases devero ficar
estabilizadas, sendo s vezes necessrio o uso de ferramentas de sapa a fim de
acertar e adequar o terreno ao equipamento;
5. Assegure-se sempre que o equipamento TRIP, esteja sobre uma superfcie
estvel e nivelada, no esquecer da corda ou corrente limitantes aos ps do
equipamento;
6. Certificar-se que seu boldrier, seus mosquetes e encaixes, estejam fechados.
Observe todas as regras de segurana que esto relacionadas com o trabalho em
alturas;
7. Certificar-se de no permitir a retirar pequeno materiais e ferramentas prximo
abertura do poo
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8. Certifique-se da conferncia de cordas e cabos...
IMPORTANTE: Para obter a mxima eficincia do equipamento procure sempre
assistncia de um profissional que conhea o equipamento. Evite executar
procedimentos que no conhea, assim como executar ns e laadas. No se prive de
solicitar ajuda.
40 Curso de Formao de Soldados Bombeiros CFSD
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CAPTULO 4
CONTENO MECNICA DE ANIMAIS
1.0 CONSIDERAES GERAIS
Entende-se pela palavra conteno o ato de conter, de manter, de conservar,
luta, esforo ou contenda.
A palavra assim como o ato de conter est presente na vida do homem desde
seus primrdios. A conteno est presente na vida social, poltica e religiosa de todos
os homens, de maneira to intrincada que passa muitas vezes desapercebida.
A conteno mecnica hoje em dia empregada pelo CBMMG nas mais
diversas situaes, tanto em zonas rurais quanto nas cidades, em que s vezes
algum se depara com uma ona evadida de um circo ou um animal raivoso que deve
ser capturado.
Conter um animal significa limitar seus movimentos em diversos graus ou, at
mesmo, sua completa imobilizao. Desde seus primrdios, o homem procurou
adaptar os mtodos de conteno s suas necessidades com o propsito de obter
comodidade e segurana na lida com os animais. Dentre esses princpios, ao se lidar
com animais domsticos ou silvestres, devem-se reduzir as possibilidades de
acidentes, utilizando-se mtodos de conteno seguros.
A sensao de poder cria no homem bem estar e sensao de domnio da
situao. No entanto quando este no est preparado para administrar esta sensao,
ocorre o pnico e os acidentes. O acidente nosso grande inimigo quando se trabalha
com conteno animal, em um dia est se contendo um canrio e em outro um
elefante. A chance de um acidente previsvel deve ser descartada antes de qualquer
ao.
2.0 CONTENO
A conteno vai da simples diminuio de movimentos at a completa
imobilizao.
Existem diversas formas de conteno, sendo que algumas podem oferecer
risco tanto para o operador como para o animal.
Enquanto o animal pode sofrer stress e traumatismos, o operador pode sofrer
traumatismos causados pelo animal ou durante a fuga.
41 Curso de Formao de Soldados Bombeiros CFSD
Fevereiro de 2010
Para cada caso e cada animal deve-se saber escolher o melhor mtodo de
conteno, podendo ser este fsico, farmacolgico ou a associao dos dois mtodos.
O ambiente em que o animal se encontra deve ser minuciosamente estudado,
assim como locais de possvel abrigo e meios de fuga, tanto para o animal como para
o operador.
As caractersticas de cada indivduo devem ser analisadas levando-se em
considerao a espcie, caractersticas individuais, o grupo, o tipo de domiclio, o
estado geral do animal e o stress ao qual submetido, antes de quaisquer
procedimentos.
O respeito ao animal nunca deve ser negligenciado, mesmo quando o sacrifcio
for necessrio, deve-se minimizar a dor e o sofrimento.
As experincias anteriores e pessoas experientes devem ser, sempre que
possveis consultadas.
Na maioria das vezes, para desenvolver um bom trabalho, o operador deve se
colocar no lugar do animal e pensar como ele. As roupas a serem utilizadas pelo
operador devem ser de cores discretas ou camufladas e permitir movimentos livres.
Odores podem ser utilizados para diminuir o stress e at atrair o animal.
Quando na captura de animais livres os odores tem importncia ainda maior; frutas e
flores de poca da regio podem ser esfregadas nas vestes e calados a fim de
minimizar o cheiro humano. Cosmticos, xampus perfumados, perfumes e repelentes
de inseto tem seu uso proibidos em vrios casos de captura da vida livre.
Desodorantes somente os neutros sem qualquer cheirinho, e repelentes s mesmo os
totalmente naturais como crisntemo e citronela podem ser usados na caa de espera.
Cheiro de alimento usado para atrair muitos animais para armadilhas. O som
tambm utilizado para atrair muitas espcies animais este som est normalmente
relacionado com alimentao ou reproduo.
2.1 CONTENO MECNICA
Dentre os mtodos de conteno, os mecnicos talvez sejam os mais
importantes, pois com eles realizado o dia-a-dia daqueles que lidam com animais.
Cercas, seringas de vacinao, bretes (instalaes para manejo), coleiras, cambes e
outros artifcios limitam os movimentos dos animais e permitem o seu manuseio. Cada
equipamento tem uma finalidade especfica e visa dar uma condio de segurana no
trabalho.
Os mtodos de conteno exigem conhecimento prvio, pois aplic-los de
forma inadequada pode causar ferimentos aos animais.
42 Curso de Formao de Soldados Bombeiros CFSD
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2.2 EQUIPAMENTOS / ACESSRIOS UTILIZADOS NA CONTENO
MECNICA
PANOS
Podem ser utilizados sacos, toalhas, meias, blusas, etc.
Os animais pequenos e mdios podem ser acondicionados dentro de saco para
transporte.
Os panos podem tambm ser atirados sobre aves e pequenos animais como
uma rede, para captur-los, e servem para confeco de mordaas, capuzes, pus,
coleiras e luvas. Os tapa-olhos e capuzes tm a importante funo de minimizar o
stress visual e evitam bicadas e mordidas. Quando pensamos no uso de panos para
conteno devemos ter em mente resistncia, peso e porosidade do pano. Alm de se
proteger, o operador deve preocupar-se com o bem estar do animal. Tomar especial
cuidado com asfixia, traumas fsicos e psicolgicos.
Botas Toalhas Tapa-olhos
CAMBO
Normalmente so construdos de ferro ou madeira e tiras de borracha, corda,
pano ou couro. Os cambes tm muita utilidade principalmente na captura de
carnvoros e serpentes. Deve-se tomar cuidado com asfixia e traumatismo na cabea
e fratura ou deslocamento de vrtebra cervical. Em candeos deve-se tomar cuidado
especial com os dentes que podem ser quebrados quando o animal morde o cambo;
sendo nestes casos essencial revestir a extremidade do cambo com espuma ou
borracha.
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MORDAAS
Podem ser confeccionadas de corda, couro, fitas
e esparadrapo. So muito teis para prevenir bicadas e
mordidas. Bolas de isopor e rolhas podem ser usadas
para prevenir ou amortecer bicadas. Baldes plsticos e
cilindros de tela tm utilizao teraputica, impedindo
que o animal interfira na ferida com a boca.
LAOS E CORDAS
Cordas, couro tranado e barbante podem ajudar na conteno da maioria das
espcies. Quando se utiliza cordas deve-se estar atento para a espessura e
resistncia. Deve-se ter cuidado com cordas fracas, ns frouxos, ns muito apertados,
cordas finas e uso de fios metlicos para conteno (desaconselhvel). Asfixia e
traumatismos so acidentes comuns no uso de cordas e devem ser evitados a todo
custo.
ENFORCADORES ou CAMBO
So utilizados para o adestramento de carnvoros, conteno de animais
indceis e violentos. Agem pr deslizamento, estrangulamento ou ferroando o pescoo
do animal.
CORRENTE, GUIA, CABRESTO E COLEIRA
Coleira: normalmente confeccionada em couro ou nylon, servem para conter o
animal pelo tronco ou pescoo. Carnvoros e primatas.
Correntes: Utilizadas para carnvoros, ruminantes (ex: girafas, bovdeos...) e
elefantes, podem estar associadas a coleiras, cabresto ou algemas de ferro.
Associadas ao cadeado as correntes ajudam a trancar jaulas de animais perigosos.
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Cabresto: Normalmente utilizado para herbvoros (animais que se alimentam
por plantas).
LUVAS
Confeccionadas em couro, borracha ou lona. So muito utilizadas na
conteno de pequenos primatas, aves (rapina e psitacdeos) e pequenos felinos. No
caso dos felinos as luvas podem ser utilizadas no animal; este perde a estabilidade e a
defesa das garras. Quando o operador usa luvas deve tomar cuidado para no perder
o tato e traumatizar o animal, pr compresso ou asfixia. As luvas protegem o
operador de garras, ferres, espinhos, mordidas e contaminaes.
Cabresto improvisado Coleira
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REDES E PUS
Pus so fabricados com rede ou pano, um aro e um cabo. So de grande
valia na lida com aves e pequenos animais, principalmente primatas. A rede
geralmente de nylon, algodo ou seda. As redes tm vrios tamanhos, formas e
malhas. Redes estticas (so as que ficam armadas esperando que o animal v ao
seu encontro), as redes de arremesso (so atiradas sobre os animais, como a tarrafa).
As redes servem para a captura de vrias espcies (morcegos, felinos, aves, peixes,
etc.). O tamanho da malha e a resistncia do fio so de extrema importncia e sero
escolhidos de acordo com o animal a ser contido.
Rede de lanamento Pu
CAT GRAMPER
Como o nome indica um grampeador de gatos utilizado como mo mecnica
que captura os pequenos feldeos pelo pescoo.
2.3 MTODOS COMUNS UTILIZADOS NA
CONTENO MECNICA
2.3.1 CONTENO DE CES
Os ces possuem uma arma de defesa natural,
os dentes. Assim, o uso de enforcadores e mordaa
necessrio quando o animal tem o comportamento
bravio.
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Como colocar a mordaa:
MORDAA REFORADA IMOBILIZAO DO ANIMAL DCIL
2.3.2 CONTENO DE GATOS
Os felinos oferecem riscos com os dentes e as unhas, e deve-se lembrar que
possuem a pele elstica, de tal forma que podem dar um giro com o corpo de at 180,
quando mal contidos.
O animal deve ser prensado
sobre uma mesa
A toalha enrolada no pescoo ajuda a imobiliz-lo
A mordaa imprescindvel
na conteno de felinos
Bota de pano ou esparadrapo
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2.3.3 CONTENO DE EQINOS
A conteno sempre indicada para qualquer cavalo, at mesmo para aqueles
considerados mansos. Afinal, nunca se sabe exatamente qual ser a reao do animal. O
importante que, independente do mtodo, a conteno s seja usada quando realmente
necessria para evitar o sofrimento e estresse do animal.
Cabresto improvisado Tapar os olhos permite um manuseio tranquilo
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2.3.4 CONTENO DE BOVINOS
No caso dos bovinos, os mtodos de conteno mais utilizados so aqueles
destinados preveno de coices e em outras ocasies necessrio que o animal
seja derrubado para ser contido, isto , amarrado.
Um derrubamento mal feito, por exemplo, pode resultar em uma fratura ou
toro nos membros do animal que, devido ao seu grande peso, pode ficar at mesmo
sem condies de recuperao.
Cada mtodo deve ser utilizado corretamente e com o auxlio de algum com
uma boa experincia, para que no aconteam acidentes que venham a
machucar/ferir o animal ou a prpria pessoa.
O cachimbo imobiliza o animal, mas no deve ser
muito apertado Imobilizao de membro posterior com auxlio da
cauda
Abordagem do membro posterior Mtodo correto de
derrubada
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cotfig30
2.3.5 CONTENO DE SUNOS
2.3.6 CONTENO DE ANIMAIS SILVESTRES
Existem diversas formas de conter animais silvestres, porm isso variar de
animal para animal (tamanho, peso e demais caractersticas fsicas...).
Os principais cuidados devem ser com as mordidas, unhadas e cabeadas,
sendo que as duas primeiras situaes podem transmitir doenas para o homem.
Mtodos para conduzir o animal Mtodo para derrubar o animal
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2.3.7 CONTENO DE AVES
Algumas formas para conteno de aves.
2.3.8 CONTENO DE COELHOS E CAMUNDONGOS
Algumas formas de imobilizao.
51 Curso de Formao de Soldados Bombeiros CFSD
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2.4 MTODOS DIVERSOS DE CONTENO:
- SOM:
Pode atrair ou afugentar o animal. Ex.: Voz do tratador, berrante - "atraem";
enquanto chicote, bomba - "afugentam"
- FOGO:
Causa medo nos animais e serve para deter o ataque ou ajudar na
transferncia de locais (recintos). mtodo muito estressante e pode causar acidentes
graves, devendo ser utilizado com responsabilidade e parcimnia.
- GUA:
Duchas de gua podem ajudar a repelir, ou atrair o animal.
- ALIMENTO:
Atrair e acalmar o animal; facilitando o manejo.
- DESCARGA ELTRICA:
Cercas eletrificadas so hoje muito comuns para cercar reas e evitar fuga de
animais, coleira de choque utilizada para castigar animais durante o adestramento.
- DISTNCIA SOCIAL:
a distancia mnima que respeita a individualidade do animal, quando
violada o animal poder atacar ou fugir.
- COR:
As cores exercem grande influncia sobre os animais e no podem ser
negligenciadas principalmente nos momentos da conteno. Manter o animal sob o
mnimo stress uma obrigao do bombeiro e isto facilita muito o trabalho de
conteno e aumentam as chances do animal contido sair sem leses. O stress visual
altamente agressivo a algumas espcies que devem ter os olhos vendados durante
a conteno para no entrarem em Choque, como os Cervdeos (veado e alce).
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Fevereiro de 2010
Homem morre pisoteado por vaca em
Minas Gerais
BELO HORIZONTE - Foi enterrado, nesta segunda-feira, em Leopoldina, na Zona da Mata de Minas Gerais, o corpo de um homem que morreu pisoteado por uma vaca, na zona rural da cidade. Jorge de Souza da Silva foi atacado pelo animal quando tentava tirar um filhote de uma cerca de arame farpado.
Jorge de Souza, de 51 anos, trabalhava h dois meses na retirada de leite no stio onde foi atacado. O irmo de Srgio disse que a vaca tinha parido pela primeira vez e por isso ficou to nervosa.
No velrio, a dona da fazenda contou que Jorge foi ao pasto pegar os animais para mostrar a um comprador.
Fonte: Jornal O Globo
Planto | Publicada em 12/01/2010 s 09h18m Globo Minas
ACONTECEU!!!
PIT BULL ATACA CRIANA E SUA CACHORRINHA ENTRA NA FRENTE PARA SALV-L.
53 Curso de Formao de Soldados Bombeiros CFSD
Fevereiro de 2010
Fomos acionados no Bairro Nossa Senhora de Ftima, para socorrer uma vtima de
ataque de cachorro. No local, deparamos com um co da raa Pit Bull, que j havia
abatido uma galinha e estava sobre outro cachorro atacando-o do lado de dentro do
muro. Segundo a solicitante, o Pit Bull estava na rua e j havia atacado a referida galinha,
quando, uma criana da residncia da mesma abriu o porto e o co partiu para atac-la.
Nesse momento, uma cadela ( Princesa ) daquela residncia atacou o agressor e estava
sendo ferida por ele quando as Guarnies do Corpo de Bombeiro chegaram. Diante do
exposto, subimos no muro e utilizamos um enforcador para imobilizar o referido animal
que debateu at morrer asfixiado.
O responsvel pelo animal, esteve no local e tentou conte-lo utilizando uma corrente
enforcador, no entanto, sem xito.
O anima ainda estava ferido supostamente por golpes de faco deferido por terceiros,
que tambm tentavam deter-lo. A focinheira que utilizamos foi rompida pela
agressividade do animal, que continuou debatendo e sendo contido pela corrente
enforcador, levando o animal a asfixia e morte.
Fonte: 7 Batalho
de Bombeiros Militar Moc
http://www.pibmontesclaros.org.br/todeolho/?i=materias&id=908&c=806
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CAPTULO 5
ELEVADORES
1.0 HISTRICO
Um elevador ou ascensor um dispositivo de transporte utilizado para mover bens ou
pessoas verticalmente. O primeiro elevador foi criado em Roma no sculo I a.C., por um
engenheiro chamado Vitrvio.
O elevador era um sistema de transporte de carga vertical, baseado num sistema de
roldanas movidas por fora humana (muitas vezes escrava), animal ou gua.
Enciclopdia Virual Wikipdia
O elevador de segurana mudou as cidades em 150 anos
O sistema de elevador de segurana foi criado por Elisha Graves Otis em 1853.
O elevador um mecanismo de levantamento
e abaixamento, equipado com carro ou plataforma,
que se move em guias fixas e serve a dois ou mais
pavimentos.
A primeira apresentao ao pblico
aconteceu na Feira Mundial de Nova York, em 1854,
quando Elisha Graves Otis subiu em uma plataforma
e pediu que cortassem os cabos, demonstrando o
funcionamento do sistema de segurana.
2.0 TIPOS DE ELEVADORES
H dois tipos de elevadores:
1 - Elevador hidrulico
A movimentao feita atravs de um lquido sob presso em um conjunto de cilindro e
pisto.
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2 - Elevador de Trao
A movimentao feita por um conjunto de mquina de trao e cabos de ao.
SAIBA MAIS:
Caixa para Bombeiro
Fica posicionada normalmente no andar trreo. Cada elevador possui uma chave
individual.
Ao ser acionado o boto ou chave de emergncia, o carro desce diretamente para o
andar onde est posicionada a caixa para bombeiro, eliminando os chamados. Esta chave
deve ser utilizada em caso de incndio ou ocorrncia grave.
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Neste caso, a chave est posicionada no alto, direita. Para ser utilizada, quebra-se o
vidro e aciona-se o boto ou chave de emergncia.
3.0 TIPOS DE PORTAS DE ELEVADORES
1 - Porta batente
2 - Porta automtica (abertura lateral ou central).
Hoje em dia o tipo mais encontrado em edifcios comerciais.
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3 - Porta Pantogrfica: porta sanfonada.
3.1 TIPOS DE CHAVES DE PORTAS
Estes so os tipos de chaves para abrir as portas:
TIPOS DE PORTA TIPOS MAIS COMUNS DE CHAVES
Porta Batente
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Porta Automtica
Porta Pantogrfica
Em caso de porta pantogrfica, no h
chave especfica. Existe um trinco que deve
ser acionado para abrir a porta, no canto
superior esquerdo.
3.2 ABERTURA DE PORTAS
Tipo batente:
- Coloque a chave, gire e puxe a porta do andar.
- Este tipo de porta manual e abre para fora.
- Coloque a chave no fecho (localizado no canto superior esquerdo), gire-a (para
destravar o fecho) e puxe a porta do andar.
- Este tipo de porta manual e abre para fora.
Tipo automtica:
- Coloque a chave no fecho (localizado na parte superior da porta), gire-a (para
destravar o fecho) e abra a porta do andar.
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- No caso da chave bipartida, coloque-a chave no fecho e ela ir cair. S ento gire a
chave e abra a porta.
ANTES DE QUALQUER AO...
Lembre que os passageiros correm o risco de esmagamento e queda;
Ao chegar ao edifcio, verifique quantas pessoas esto na cabina e pergunte qual a
capacidade mxima da cabina;
Verifique se algum necessita de cuidados especiais;
sempre bom lembrar que durante um resgate, os passageiros correm o risco de
esmagamento e queda;
Portanto, o resgate deve ser realizado de forma segura;
Se as portas de andar do edifcio forem do tipo batente, pergunte ao responsvel pelo
prdio se algum abriu alguma porta utilizando a chave;
Lembre-se que a verificao do travamento de todas as portas de andar do tipo batente
muito importante e
Mais um lembrete: capacidade mxima da cabina significa quantas pessoas cabem na
cabina e costuma estar mencionada em placa fixada dentro da cabina.
ACIDENTE POR QUEDA!!!
ALGUM ABRIU A PORTA E A DEIXOU
DESTRAVADA!!!
No caso dos elevadores com porta batente,
um dos acidentes que mais ocorrem a queda do
usurio no poo, quando ele abre a porta e o elevador no est no
andar.
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Isso na maioria das vezes acontece porque algum abriu alguma porta com a chave e
no a travou adequadamente.
Por isto muito importante que, quando a porta for do tipo batente, antes do resgate dos
passageiros presos, todas as portas dos andares sejam checadas. Ou seja, um dos bombeiros
deve verificar o travamento das portas em todos os andares, enquanto o outro conversa com os
passageiros presos na cabina.
importante que as portas de todos os andares estejam fechadas, pois uma pessoa
desatenta pode abrir uma porta destravada e cair no poo.
4.0 CHEGANDO NO LOCAL O BOMBEIRO DEVE...
4.1 ANLISE DE SITUAO
Durante o deslocamento para a ocorrncia, o Comandante da Guarnio dever
estabelecer as funes de cada integrante de sua equipe, de forma que no haja desperdcio
de esforos no local e o trabalho seja executado coordenadamente.
Chegando ao prdio verificar a localizao da chave de abertura da porta do elevador,
junto ao sndico ou zelador. Tambm necessrio saber qual a Empresa que presta os servios
de manuteno, para eventual contato e acionamento.
Os materiais normalmente utilizados so HT, chave de fenda, chaves do elevador e
chaves especficas, de acordo com o elevador (devendo estar de posse do sndico, ou como
acessrio na casa de mquinas) e materiais de salvamento em altura.
1 Analisar a situao;
2 Desligar a chave do elevador;
3 Localizar a cabine do elevador;
4 Verificar o nmero e estado das vtimas;
5 Abrir a porta do pavimento;
6 Liberar sistema de freio;
7 Nivelar cabine;
8 Retirar Vtimas e
9 - Fechar a porta do pavimento, verificar se a
mesma est travada.
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4.2 - DESLIGAR A CHAVE DO ELEVADOR
Como primeira providncia quando da chegada ao local, deve-se desligar a chave do
elevador no quadro de fora, independentemente de haver ou no energia eltrica. Essa
providncia de suma importncia, pois, numa eventual falta de energia eltrica, esta poder
voltar a qualquer momento, podendo causar acidentes s pessoas envolvidas na ocorrncia,
seja pela movimentao da cabine, ou pelo contato
com circuitos energizados.
No se deve confiar na palavra de pessoas que
porventura disserem haver desligado a chave do
elevador. Mesmo havendo essa informao, ela
dever ser checada.
Em locais com mais de um elevador, geralmente
existem chaves individuais para o desligamento
individualizado de cada elevador, junto casa de mquinas.
4.3- LOCALIZAR A CABINE DO ELEVADOR
Esse trabalho ser feito quase que ao mesmo
tempo em que o desligamento da chave do elevador,
pois no precisa necessariamente ser feito pela mesma
pessoa.
Informaes de pessoas presentes no local so
de grande importncia para a determinao exata do
local onde se encontra parada a cabine.
4.4 VERIFICAR O NMERO E ESTADO DAS VTIMAS
Uma vez localizada a cabine, e, havendo condies de contato verbal com o seu interior,
verificar a quantidade de pessoas que eventualmente estaro retidas no elevador, bem como
seu estado. Isso implica no acionamento de viaturas de apoio, como por exemplo, Unidades de
Resgate, para socorro.
Esse um momento propcio para procurar acalmar as vtimas em pnico, atravs de
palavras de conforto ou mesmo de orientaes de como proceder diante da situao.
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essencial acalm-las no sentido de que no h
possibilidade de queda ou deslocamento do elevador,
pois os sistemas de emergncias foram acionados.
As pessoas claustrofbicas esto mais propensas a
entrar em pnico. (Orient-las a sentar-se e fechar os olhos
pode surtir um bom efeito sobre seu estado de esprito).
4.5 ABRIR A PORTA DO PAVIMENTO
Decorridas as providncias anteriores, e, aps certificar via
HT se os circuitos eltricos j esto desligados, os bombeiros que
estiverem no pavimento da cabine devero abrir a porta do
pavimento que d acesso ao poo do elevador, usando para isso
a chave respectiva.
comum no entanto no ser encontrada a chave de
abertura da porta do pavimento para o poo do elevador no
momento de uma emergncia, para se evitar esse contratempo
conveniente que as viaturas de salvamento, possuam uma caixa
de ferramentas que contenha diversos tipos de chaves de elevadores.
indispensvel que haja iluminao no locais para que se possa ter uma idia exata do
ponto em que se acha parado o elevador. Se a energia eltrica no estiver funcionando
devero ser utilizadas lanternas ou outro meio que possibilite claridade suficiente para se
trabalhar com segurana.
4.6 LIBERAR SISTEMA DE FREIO
Dever ser observado o sistema de abertura do freio
e as ferramentas necessrias.
Comumente h, no prprio corpo da mquina,
instrues do Fabricante sobre a abertura do freio, e a
ferramenta necessria para isso, deve estar na prpria casa
de mquinas.
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De posse das instrues e da ferramenta necessria, a liberao do freio deve ser feita
de forma gradativa observando-se sempre a comunicao com os bombeiros que estaro no
pavimento da cabine, atravs do HT, a fim de evitar que o nivelamento passe do ponto
adequado.
Em caso de pessoas com membros presos, esse procedimento de liberao de freio deve
ser antecedido das medidas necessrias liberao do membro, com a finalidade de evitar
agravamento ou provocar leses.
4.7 NIVELAR CABINE
Aps a abertura da porta do pavimento, duas situaes diferentes podero ocorrer: a
primeira estar a cabine nivelada com a porta, e naturalmente, a segunda, a falta desse
nivelamento.
No segundo caso, entretanto, a situao exige outras providncias conforme veremos
mais a frente.
No primeiro caso, a retirada das vtimas ser fcil, pois a situao ser favorvel.
O movimento de nivelamento deve ser feito de modo gradativo e mediante comunicao
via HT. Normalmente, a simples liberao do freio faz com que o elevador se movimente no
sentido ascendente. Contudo, se isso no ocorrer, ser necessrio movimentar a polia de
trao com as prprias mos.
Concludo o nivelamento, deve-se travar novamente o freio antes da retirada das
pessoas, pois a fora da gravidade pode se encarregar de movimentar a cabine, criando uma
condio insegura de trabalho.
O nivelamento no dever ser feito no caso de haver vtima com membros presos entre
as ferragens do elevador ou mesmo entre esse e a parede, como j visto anteriormente.
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4.8 - RETIRAR VTIMAS
4.8.1 - COM A CABINE NIVELADA
Aps terminar o nivelamento e travar o feio, que se podem retirar as vtimas de dentro
da cabine. No se deve permitir que os passageiros saiam da cabine, mesmo que a porta esteja
aberta ou semi-aberta, sem ordem expressa de quem estiver coordenando a retirada, a fim de
se evitar acidentes.
A cabine o lugar mais seguro paraos passageiros.
4.8.2 - COM MEMBROS PRESOS
Ocorrendo a situao de impossibilidade de nivelamento da cabine por haver pessoas
com membros presos, deve-se adotar o
procedimento de calar a cabine, evitando seu
deslocamento.
Com uma alavanca ou um alargador
possvel obter xito na soltura dos membros de
pessoas presas. possvel, porm que no se
consiga sucesso, havendo assim a necessidade
de retirar o carro das guias, soltando-se as
corredias e os parafusos que servem para sua fixao. Dessa forma, a cabine ficar solta, feito
um pndulo, presa apenas pelo cabo de ao, bastando afast-la da parede para retirar os
membros prensados.
4.8.3 - SEM O NIVELAMENTO DA CABINE
Por vezes, pode ocorrer de no se conseguir liberar o freio, seja por falta de manuteno
do equipamento ou mesmo por falta da ferramenta adequada, impossibilitando o nivelamento
da cabine. Pode ocorrer tambm de o sistema do freio de segurana haver sido acionado.
Nesses casos, estando a cabine entre andares, a retirada das vtimas deve ser feita sempre
pelo andar superior, aps a entrada de um componente do Corpo de Bombeiros no interior do
compartimento.
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Essa observao vlida visando evitar o risco
de uma queda acidental no poo do elevador, no caso
de ser erroneamente efetuada a retirada de pessoas
pelo pavimento inferior, pois estar aberta a porta do
pavimento para a cabine, deixando abaixo desta a
abertura para o poo, principalmente no caso de
elevadores mais antigos e ou sem manuteno.
Em elevadores que no param em todos os
andares, estando impossibilitado o nivelamento, a
retirada das vtimas se dar atravs da aplicao de
tcnicas de Salvamento em Altura, nos casos de
elevadores mais antigos. Faz-se o acesso para o poo
do elevador, descendo do pavimento imediatamente
superior ao que est parada a cabine. Com a remoo das placas do seu teto, possvel
resgatar as pessoas por este vo, no entanto, este procedimento dever ser usado como ltima
instancia, pois expe demasiadamente tanto o bombeiro como a vtima.
Como agir se o desnvel for de at 50 centmetros
Aps desligar a chave geral do elevador, com auxlio de outros militares da guarnio e
estabelecendo uma comunicao constante via HT com os militares que esto na casa
de mquinas, pea as vtimas que saiam da cabina, um por vez;
Diga que no h perigo de o elevador se movimentar, pois ele est desligado e
bloqueado e
Auxilie cada uma das vtimas durante a sada da cabine.
Como agir para desnvel for maior que 50 centmetros
Aps desligar a chave geral do elevador, com auxlio de outros militares da guarnio e
estabelecendo uma comunicao constante via HT com os militares que esto na casa
de mquinas, arranje um meio seguro (escada) para fazer o resgate*;
Coloque a escada na cabina*;
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Diga que no h perigo de o elevador se movimentar,
pois ele est desligado e bloqueado e
Auxilie cada uma das vtimas durante a sada da
cabine.
*se a sada for acima do pavimento...
Se a sada for para baixo do pavimento, alm dos
passos anteriores... providencie uma maneira segura
para tampar o vo do cho at a cabine.
Obs.: desnveis maiores que 60 cm aconselhvel fazer o
nivelamento da cabine como o pavimento para retirar as
vtimas.
4.9 - FECHAR A PORTA DO PAVIMENTO E
VERIFICAR SE A MESMA EST TRAVADA
NO COLOCAR EM OPERAO O ELEVADOR
ANTES PROCEDER OS REPAROS NECESSRIOS ATRAVS DE EMPRESA
RESPONSVEL.
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CAPTULO 6
CORTE DE RVORE
1.0 CONSIDERAES GERAIS
Ficou acordado entre os membros constituintes da Comisso que na
elaborao do presente captulo para corte de rvore, considerar-se-ia apenas as
situaes de emprego da guarnio do CB nos casos de risco iminente de queda,
portanto, emergenciais.
De todas as fontes de consulta pesquisadas (poucas, necessrio registrar,
pois escasso o material escrito disponvel sobre este tema), sem dvida a que mais
contribuiu foi a experincia aquilatada pelos membros da comisso atravs do
atendimento de ocorrncias dessa natureza, conhecimentos esses adquiridos de
maneira emprica.
O resultado deste trabalho , em sntese, fruto da vivncia pessoal de quem na
prtica comprovou a necessidade, a importncia e a eficcia de serem observadas as
etapas de conduta que devem nortear as atividades de uma guarnio, de sorte a se
ter sempre presentes e respeitados os princpios bsicos de preservao vida e a
proteo ao patrimnio.
2.0 OBJETIVO
O objetivo deste captulo estabelecer e fixar orientaes indispensveis ao
perfeito atendimento de emergncias de corte de rvore pelas guarnies do CB. Os
princpios e procedimentos descritos neste captulo referem-se a duas situaes
distintas:
1. rvore de grande porte em risco iminente de queda, cujas condies, face
sua localizao, possibilitam que o corte seja executado de uma s vez.
2. rvore de grande porte, localizada em reas de concentrao populacional,
com presena de fiao eltrica, sem espaos laterais abertos para o abate em queda
livre e que exigem pronta e imediata interveno por parte do bombeiro.
As orientaes gerais enunciadas aqui, pelos critrios de segurana
abrangentes que contm, podero ser observados tambm nas ocorrncias em que a
rvore j caiu sobre residncias, veculos, pessoas, etc..
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2.1 RECONHECIMENTO DA RVORE
- tipo de rvore: se ramificada, resinosa como a seringueira, lisa como
coqueiro, espinhosa, etc...Alm disso: dimetro, altura, ngulo de inclinao, se est
brocada, lascada, etc...
- visando a segurana da guarnio, verificar: presena de enxames, lagartas,
aranhas, formigas, etc...
A anlise de situao, efetuada atravs dos reconhecimentos citados, nortear
a tomada de deciso da guarnio quanto ao mtodo de corte a ser empregado, assim
como possibilitar decidir pela solicitao de apoio de outros rgos pblicos,
isolamento da rea, abandono das casas da vizinhanas e, ainda, a escolha adequada
dos equipamentos necessrios execuo do servio, podendo inclusive ser
solicitado o apoio de viaturas especializadas (AE, ABP, SK) para auxiliar nos servios.
3.0 EXECUO DO SERVIO
Concluda a primeira fase, as respostas aos quesitos abaixo j devem ter sido
definidas:
1. Ser efetuado o corte total ou parcialmente?
2. Qual o lado da queda?
3. Qual o nmero de cortes?
4. Qual a tcnica a ser empregada?
E para melhor esclarecer estes quesitos, especialmente, para, melhor
descrever os tipos de corte comumente empregados pelo CB, elaboramos um caderno
de treinamento, baseado em ilustraes, a fim de facilitar a fixao do conhecimento.
Alm das tcnicas de corte, inserimos algumas orientaes e normas importantes de
preveno de acidentes.
4.0 GLOSSRIO
Emergncia - situao crtica e fortuita que apresente perigo vida, ao
patrimnio ou ao meio ambiente, decorrente da atividade humana ou de fenmenos da
natureza que obriguem rpida interveno do servio.
Risco iminente de queda - a possibilidade real, presente e atual de uma
rvore vir a cair e que requer uma providncia imediata.
Balancinho - tcnica de corte que consiste em remover os galhos
parcialmente, aos pedaos, em vez de abat-los totalmente de um s golpe. Esta
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tcnica deve ser empregada amarrando-se o galho ou a parte da rvore que se vai
cortar em ponto fixo da prpria rvore ou outro ponto de apoio seguro, efetuando-se
em seguida o corte. A adoo dessa tcnica evita que a parte cortada caia de uma s
vez.
Entalhe direcional - o entalhe feito para determinar a direo da queda do
tronco, formado pela mesa (base horizontal) e a boca (corte oblquo) onde se retira
uma cunha em direo ao centro.
5.0 CUIDADOS E OBSERVAES
Todas as tcnicas e conhecimentos adquiridos como machado e a serra
manual so tambm vlidos para a moto-serra. Entretanto, tendo em vista o rpido
desenvolvimento do trabalho aliado alta velocidade da corrente so necessrios
alguns cuidados adicionais.
As recomendaes para preveno de acidentes devem, obrigatoriamente
serem observadas. Alm das instrues contidas nos diversos pargrafos das
instrues de manejo, devem ser observados os seguintes pontos:
- Toda a pessoa que trabalha pela primeira vez com uma moto-serra deve
participar de um curso para operadores de moto-serra.
- No fumar nem derramar combustvel ao abastecer. Se for derramado
combustvel, limpar imediatamente a mquina e dar o arranque em outro lugar.
- A moto-serra Stihl foi construda para ser manuseada por um s operador.
proibida a permanncia de qualquer outra pessoa na zona de alcance da serra.
- Dar o arranque sempre com a moto-serra apoiada sobre um cho plano. A
corrente no deve tocar nenhum objeto, nem o cho.
- Antes de iniciar o trabalho, testar a moto-serra quanto ao seu perfeito estado
de funcionamento (acelerar, interruptor).
- Transportar a moto-serra somente com o motor desligado.
- Quando a moto-serra for carregada ladeira acima, o conjunto de corte deve
apontar para trs. Ao descer uma ladeira, deve ser ao contrrio.
- Durante o trabalho, segurar a moto-serra com as duas mos para t-la sobre
controle a todo momento. Firmar bem as garras da moto-serra contra o tronco antes
de iniciar o corte. Quem trabalhar sem o batente de garras poder ser jogado para
frente. Retirar a moto-serra do corte somente com a corrente em movimento.
- Conduzir a moto-serra de tal maneira que nenhuma parte do corpo fique
exposta na regio de alcance do movimento do conjunto de corte.
71 Curso de Formao de Soldados Bombeiros CFSD
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- Trabalhar calma e concentradamente para eliminar a possibilidade de
acidentes. Antes de iniciar o corte de abate, cuidar para que a rvore a ser derrubada
no ponha ningum em perigo.
- Obedecer a distncia mnima de 2,5 comprimento de rvore at o outro
operador. Gritos de advertncia so dificilmente ouvidos devido ao rudo do motor.
- Quando a rvore comear a tombar, recuar sempre para o lado e cuidado
com os galhos que podem cair. O operador deve procurar um local seguro para
proteger-se.
- Utilizar somente cunhas de madeira de metal leve ou de material plstico.
No utilizar cunhas de ao.
- Havendo necessidade de ajuda para derrubada da rvore, utilizar um garfo
suficientemente comprido.
- Cuidado ao cortar troncos rachados. Existe o perigo das lascas de madeira
cortada serem atiradas para trs.
- Cuidado com terrenos escorregadios e acidentados; trabalhando em declives,
o operador deve-se colocar sempre acima do tronco a ser cortado.
- Madeira na vertical ou horizontal, que est sobre tenso deve ser cortada
primeiramente no local da presso, depois fazer o corte de separao no lado da
trao, caso contrrio, a serra poder trancar ou rebater para trs.
- Usar capacete de proteo em todos os trabalhos. Os mais apropriados so
os capacetes com proteo no rosto (contra serragem). Luvas firmes de couro, roupas
ajustadas (macaces e no guarda-ps) e sapatos com boas garras para no
escorregar e com cobertura de ao para proteo dos ps, pertencem a vestimenta
correta.
- Os o