CFSD 2010 Salvamento Terrestre CBMMG

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  • DIRETORIA DE ENSINO

    CENTRO DE ENSINO DE BOMBEIROS

    CURSO DE FORMAO DE SOLDADOS BOMBEIROS

    CFSD 2010

    SALVAMENTO TERRESTRE

  • SUMRIO

    CAPTULO PGINA

    1 HISTRIA DO SALVAMENTO 1

    2 REDUO DE FORA 4

    3 EQUIPAMENTOS 17

    4 CONTENO MECNICA DE ANIMAIS 40

    5 ELEVADORES 54

    6 CORTE DE RVORE 68

    7 ESCORAMENTO E DESABAMENTO 88

    8 SALVAMENTO VEICULAR 101

    9 ESPAO CONFINADO 131

    10 - MOVIMENTAO E TRANSPORTE DE VTIMA EM LOCAL DE DIFCIL ACESSO 138

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    Curso de Formao de Soldados Bombeiros CFSD Fevereiro de 2010

    CAPTULO 1

    HISTRIA DO SALVAMENTO

    1.0 Histrico de Busca e Salvamento

    O badalar dos sinos anunciava que estava acontecendo um incndio. Homens,

    mulheres e crianas saam de suas casas, ou de onde estivessem, e corriam do local onde

    o fogo destrua algo. Todos juntos, faziam uma enorme fila e do poo de gua mais

    prximo, passavam baldes de mo em mo, at que eles chegassem ao local que estava

    em chamas.

    Segundo registros

    histricos, quando a capital do

    imprio Romano, foi devastada

    por um grande incndio no ano 22

    a.C., o Imperador Csar Augusto,

    preocupado por este

    acontecimento, decidiu na criao

    do que se pode considerar como o

    primeiro corpo de Bombeiros,

    cujos integrantes se chamavam

    vigiles, responsveis pela

    segurana de Roma.

    A histria de salvamento no mundo se mistura com a criao do Corpo de

    Bombeiros romano, pois quase sempre durante o combate as chamas com baldes era

    necessrio salvar vidas e bens.

    Com os sculos, estas organizaes evoluram muito pouco. Durante a Idade Mdia,

    na metade do sculo XVII, os materiais disponveis para combate a incndio se reduziam a

    machados, enxades e outras ferramentas manuais. Foi nessa poca que surgiu os

    sapadores, que tinham como misso SALVAR VIDAS E BENS!!!

    J no sculo XIX os Monges passaram a utilizar ces para encontrar pessoas que se

    perdiam durante as grandes nevascas ou que ficavam soterradas pelas avalanches. Ao

    encontrar as vitimas os ces deitavam-se em redor delas com o intuito de aquec-las,

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    enquanto que um deles ia ao encontro dos monges afim de indicar o caminho mais perto

    que dava acesso as vitimas.

    Mas foi durante a 2 Guerra Mundial que o salvamento desenvolveu-se, devido aos

    registros histricos que demonstram a preocupao dos europeus com o socorro das

    vtimas presa sob escombros, em conseqncia dos freqentes bombardeios que

    assolaram cidades com grande densidade demogrfica.

    Todos os anos ocorrem milhares de abalos ssmicos por todo o mundo, terremotos,

    desabamentos de terras e edifcios, incndios e exploses em fbricas, obras em

    construo, minas, catstrofes areas

    e ferrovirias.... Devido a todas estas

    situaes que as operaes de

    socorro e salvamento so

    desenvolvidas e aperfeioadas.

    Atravs de estudos realizados

    na Alemanha, h alguns anos,

    constatou-se que era necessrio um

    grupo de vinte homens a trabalhar

    durante uma hora para localizar uma

    pessoa soterrada a grande profundidade. Depois surgiram ento os aparelhos eletrnicos

    que captam e amplificam os gemidos, os quais vieram reduzir consideravelmente esse

    tempo. O emprego de ces muitas das vezes ou quase sempre superam estes aparelhos

    devido a sua capacidade de trabalho e olfato apurado.

    Podemos perceber que as operaes de salvamento vem sofrendo pequenas

    modificaes ao longo dos anos, onde tcnicas e equipamentos so aperfeioados e/ou

    criados, possibilitando assim a diminuio do tempo de salvamento que dependendo da

    situao pode representar a vida ou a morte.

    A sociedade espera, acredita e necessita que todos ns bombeiros, antigos ou

    novatos, sejamos capazes de atuarmos de forma rpida e eficiente durante os chamados e

    para isso preciso treinar exaustivamente, pois s assim atingiremos um grau de destreza

    compatvel com nossas responsabilidades.

    O futuro escrito hoje por cada um de ns.

    SALVAR!!!

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    2.0 DEFINIO DE SALVAMENTO

    As atividades de resgate de vidas humanas, salvamento de animais e patrimnios ,

    preveno de acidentes e resgate so denominadas de salvamento.

    Compreende-se por salvamento terrestre todas as operaes cujos atendimentos

    so realizados no solo.

    Estas ocorrncias necessitam de conhecimento dos equipamentos e das tcnicas

    para seu adequado emprego.

    Importante esclarecer que devido a abrangncia dos atendimentos executados

    podemos classificar as ocorrncias em urgentes e no urgentes.

    Entendemos por ocorrncias urgentes aquelas em que esto envolvidas vidas de

    pessoas, animais, patrimnios valiosos e importantes.

    Consideramos como ocorrncias no urgentes aquelas em que no existe

    presente o perigo vida ou risco iminente de destruio que possa acarretar outros

    acidentes.

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    CAPTULO 2

    REDUO DE FORA

    1.0 INTRODUO

    O ser humano, no comeo de sua existncia na terra, agia por instinto e, com

    isso, como os outros animais irracionais, se impunha pela fora fsica. Tal situao, no

    entanto, funcionava bem com seus colegas de raa ou com outros animais mais

    fracos.

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    Passado o tempo o homem descobriu que para sobressair-se sobre os demais

    habitantes do nosso planeta era preciso algo mais do que msculos e ento passou a

    usar o crebro. A partir de ento dominou o planeta e tem, teoricamente,

    sobrepujado sobre todas as criaturas. Partindo de tal linha de raciocnio passaremos a

    falar sobre os sistemas de reduo de foras aplicados nas operaes de salvamento

    em altura, os quais, pelas caractersticas de leveza e praticidade, resumir-se-o em

    mosquetes, cordas e polias.

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    2.0 ORIGEM HISTRICA

    Arquimedes, um dos mais importantes matemticos da humanidade, viveu no

    sc. III a.C., na cidade de Siracusa, uma colnia grega situada na Siclia (sul da Itlia) e

    foi a primeira pessoa que construiu e usou um sistema de roldanas com o qual ele

    podia deslocar grandes pesos, exercendo pequenas foras. Conta-se que, para mostrar

    a eficincia deste dispositivo, ele preparou uma espetacular demonstrao

    experimental: um navio da frota real foi tirado da gua, com grande esforo, por um

    grupo de soldados e colocado sobre a areia da praia. Ligando o sistema de roldanas ao

    navio, Arquimedes convidou o Rei Hieron para puxar pela extremidade livre da corda.

    Sem realizar grande esforo, Hieron conseguiu, sozinho, arrastar o navio sobre a areia,

    causando surpresa geral e fazendo aumentar ainda mais o prestgio de Arquimedes

    junto ao rei.1 Na atividade BM Arquimedes est muito presente, tanto nas nos

    trabalhos em altura, quando utilizamos polias, quanto quando usamos outros

    equipamentos como o arrombador (princpio de alavanca) ou mesmo quando

    equilibramos nosso corpo durante um mergulho, por conhecermos a Lei do Empuxo.

    1 Beatriz Alvarenga e Antnio Mximo, Curso de Fsica 1, 2 edio, pp. 260 a 262

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    3.0 EQUIPAMENTOS

    Para montarmos um sistema de reduo de foras2 utilizaremos basicamente

    cordas, mosquetes e polias. Para sistemas mais complexos poderemos incluir ns

    blocantes ou blocantes mecnicos para atuarem como Dispositivos de Captura

    Progressiva (DCP). Em caso de emergncia e escassez de recursos, as polias podero

    ser substitudas por mosquetes.

    O termo polia ser utilizado genericamente para definir o equipamento composto

    de placas laterais mveis ou fixas, composto de eixo ou rolamento sobre o qual gira

    uma roldana de metal (ao ou duralumnio) ou de nilon.

    J o nome patesca foi muito utilizado no CBMMG, porm, com a introduo de novas

    tcnicas baseadas em bibliografias recentes, o termo polia ganhou fora e ocupou seu

    lugar.

    Existem outros equipamentos com princpios de funcionamento anlogos s polias,

    porm com nomes e formatos diferentes, tais como: Cadernal, Pol, Catrina, Moito e a

    prpria Patesca.

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    As cordas a serem utilizadas devem ser de baixa elasticidade, ou seja, semi-

    estticas ou estticas, e o dimetro vai depender das polias, normalmente girando em

    torno de 0 a 13mm.

    Nas instalaes de DCPs devemos dar preferncia para ns auto-blocantes

    confeccionados com cordeletes de 8mm uma vez que os blocantes mecnicos

    normalmente mordem5 muito a corda danificando com cargas superiores a 400 kgf.

    Uma exceo regra o Rescucender, o qual no possui garras que danifiquem a

    corda, agindo simplesmente atravs de presso e de acordo com a fora de trao.

    Outra vantagem importante desse aparelho que em caso de sobrecarga ou de fora

    de choque importante, a corda pode deslizar, o que ser um indicativo de que o sistema

    est sendo submetido a uma condio insegura.

    Para o uso especfico de ns auto-blocantes existem polias de base reta que

    facilitam o afrouxamento do n, durante o iamento da carga.

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    3.1 TIPOS DE POLIAS

    Existem uma infinidade de modelos de polias das mais variadas marcas, cada

    uma com sua peculiaridade. Algumas vm inclusive conjugadas com funes de outros

    aparelhos, como o caso da Mini Traxion, que constituda de uma roldana e um

    mordente de ao munido de dentes, o qual substitui um ascensor ou um n blocante.

    De um modo geral temos polias de placas laterais fixas ou mveis, com uma ou

    mais roldanas (paralelas ou em tandem), de eixo ou rolamento, com ou sem flange de

    segurana e de roldanas de metal (ao ou duralumnio) ou de nilon (no

    recomendadas para iamento de carga humana ou cargas muito pesadas).

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    importante salientar que em polias de placas laterais fixas deve-se utilizar

    preferencialmente mosqueto oval, para que a fora seja distribuda igualmente nos

    dois orifcios de fixao do mosqueto.

    No caso da polia no possuir o flange de segurana, um mosqueto deve ser

    passado corda e ficar preso ancoragem, funcionando como um backup do sistema

    principal.

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    4.0 VANTAGEM MECNICA

    O motivo principal de se utilizar polias reside na vantagem mecnica oferecida

    pelo sistema, o que possibilita mover grandes cargas com um mnimo esforo (lembrar

    do Rei Hieron e Arquimedes). Por vantagem mecnica entendemos a relao entre o

    nmero de polias MVEIS do sistema e a reduo da fora necessria para deslocar a

    carga9. As polias fixas normalmente s direcionam a trao, agindo to somente de

    forma a equilibrar as foras.

    Devido ao atrito, peso da corda e das polias, no conveniente montarmos um

    sistema com mais de quatro polias. Uma exceo o Moito ou Cardenal10, o qual

    possui trs roldanas paralelas em cada pea. Um cuidado especial que se deve ter de

    verificar se a corda que est fixada diretamente na carga tem resistncia (CR)

    suficiente para suportar o peso a ser erguido. Levar em conta s a fora a menos que

    estamos realizando um erro grave que pode causar acidentes.

    Uma ateno especial deve ser dada quanto ao uso do equipamento correto de

    acordo com a carga a ser iada. No caso de seres humanos o uso de polias de ao ou

    mesmo do Moito desaconselhvel, para no dizer, proibido, uma vez que, devido ao

    seu peso, caso venha a cair, pode causar ferimentos graves na vtima e/ou lev-la

    morte. Nesses casos o uso de polias de duralumnio o ideal. J para animais, devido

    ao peso excessivo, o recurso a utilizao de equipamentos mais robustos.

    5.0 EFEITO POLIA

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    Para a instalao de um sistema de reduo de foras h necessidade de um

    slido ponto de ancoragem, uma vez que ser nele que descarregaremos o peso da

    carga e a fora necessria para i-la.

    Um fato no muito raro, porm incorreto, as pessoas relacionarem a fora que

    est sendo aplicada na ancoragem com a fora que exercem na corda para iar uma

    carga, ou seja, se para elevar 90 kgf aplicam 91 kgf na extremidade livre da corda,

    imaginam que a ancoragem estar recebendo 91 kgf de carga. Isso falso, pois na

    situao do citado exemplo, a ancoragem estar suportando aproximadamente 181 kgf.

    Esse valor, portanto, referese ao efeito polia.

    Tal efeito , ento, o somatrio de foras envolvidas no sistema e aplicado na

    ancoragem. Vale lembrar que, se a polia no estivesse FIXA, ela seria movimentada

    em direo carga recebendo o dobro da fora aplicada na extremidade livre da corda

    (agiria como se fosse uma polia mvel com uma vantagem mecnica de 2:1).

    Assim sendo, conclumos que nosso ponto de ancoragem deve suportar, no

    mnimo, duas vezes o peso da carga a ser iada.

    6.0 CARGA DE TRABALHO

    Praticamente tudo que construdo pelo homem tem uma margem de

    segurana denominada tecnicamente como fator de segurana. Assim, desde o tijolo

    que produzido ao clculo dos pilares de sustentao de um prdio, leva-se em

    considerao tal reserva de segurana, com vistas a evitar acidentes no caso da

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    estrutura ou equipamento (que o nosso caso) ser exigida alm do que prescreve o

    fabricante.

    No caso especfico das polias, bom seguir as orientaes do fabricante

    insertas no manual que as acompanha. No sendo possvel o acesso a tal manual, o

    que mais comum do que se imagina, podemos adotar um valor cinco vezes menor13

    do que o gravado no corpo do equipamento. Assim, uma polia com carga de ruptura

    (CR) de 3600 kgf (36 kN) ter uma carga de trabalho (CT) de 720 kgf (7,2 kN). Vale

    lembrar que esse valor refere-se ao ponto de fixao da polia ancoragem; em cada

    corda poderemos aplicar apenas metade dessa fora: 360 kgf (3,6 kN). Lembra-se do

    efeito polia?

    6.1 POLIPASTO EM Z

    Polipasto nada mais do que um sistema de reduo de foras normalmente

    constitudo por corda e mosquetes, o qual proporciona uma vantagem mecnica de

    3:1 e muito utilizado no tracionamento de Cabos Areos e Tirolesas.

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    7.0 NOMENCLATURA CONVENCIONAL

    Para facilitar o entendimento sobre o funcionamento de um sistema de reduo

    de foras, criou-se a proporcionalidade entre a quantidade de corda puxada de um lado

    e a altura que a carga era elevada do lado oposto. Assim, quando puxamos 1,00m de

    corda e a carga se eleva em igual altura (1,00m), temos um sistema 1:1, ou seja, 1,00m

    para 1,00m. J quando puxamos 2,00m de corda para iarmos a carga em apenas

    1,00m teremos um sistema 2:1 e assim sucessivamente. Este o sistema

    convencional.

    Outra forma de entendermos o sistema convencional contarmos o nmero de

    cordas que sustenta a carga encerrando a contagem na ltima corda que se movimenta

    para cima, ou seja, a ltima polia fixa no interfere no sistema, pois como j vimos, ela

    s direciona a fora no oferecendo vantagem mecnica. Dessa forma, se fixarmos

    uma ponta da corda numa ancoragem, passarmos o seio da corda numa polia mvel

    presa a uma carga e puxarmos a outra extremidade livre dessa corda, teremos uma

    vantagem mecnica de 2:1, tendo em vista que duas cordas estaro sustentando o

    peso (uma ponta na ancoragem e a outra em nossas mos o peso fica dividido em

    50% entre os dois pontos).

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    Para facilitar o entendimento, seguem abaixo sugestes de montagens de

    sistemas de reduo de foras. Observem que quando realizamos a fora no sentido

    contrrio ao da carga, o trabalho fica mais cmodo. Uma sugesto , sempre que

    possvel, iniciar a montagem de um sistema fixando a corda diretamente na carga. Com

    isso se gasta menos corda e a vantagem mecnica aumenta consideravelmente alm

    de se gastar menos polias (um sistema 3:1 pode ser montado com apenas duas polias:

    lembrar do polipasto em Z).

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    8.0 CONCLUSO

    A escolha de um sistema de reduo de foras, adequado atividade que se v

    executar, no tarefa fcil, se considerarmos a agitao normal num local de

    ocorrncia e ao fato de, s vezes, haver um nmero considervel de bombeiros e

    curiosos loucos para fazerem fora ao comando do tradicional e sensacionalista

    Ropeee!!!! O que se espera ento de um profissional dedicado, zeloso, ciente de suas

    obrigaes e responsabilidades, que treine com sua guarnio e, principalmente, que

    ao receber o servio j deixe montado um kit de salvamento em altura com uma corda

    e um sistema de reduo de foras pr-montado, de forma que no teatro de operaes

    baste fixar uma das polias na carga ou na ancoragem e realizar o salvamento. No

    obstante tudo que foi ensinado, no esqueamos jamais que o melhor sempre fazer o

    mais fcil. Portanto, no perca tempo montando sistemas complicados e complexos se

    for mais vivel o emprego de outra tcnica, ainda que esta se constitua do tradicional e

    sensacionalista (mas agora eficiente) Ropeee!!!

    Bom trabalho e SEGURANA ACIMA DE TUDO!

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    CAPTULO 3

    EQUIPAMENTOS

    1.0 PROTEO RESPIRATRIA AUTNOMA

    1.1 DEFINIO

    um equipamento de ar comprimido, auto-suficiente por determinado tempo, que permite

    ao bombeiro mobilidade nas operaes em locais onde o ar atmosfrico apresente imprprio para o

    consumo humano.

    1.2 UTILIZAO

    Seu uso sempre obrigatrio em operaes em que no se tem certeza se o ar atmosfrico

    encontra-se em condies prprias para o consumo humano.

    Exemplos de uso:

    - operaes de salvamento em incndio;

    - operaes de combate a incndio;

    - operaes com produtos perigosos gasosos, ou que emitem gases, que provoca a

    deficincia de oxignio ou apresenta substncias venosas ou irritantes e

    - operaes em locais confinados.

    1.3 DISPOSITIVO DE SEGURANA

    medida que o ar consumido e a presso diminui at baixo de 50 bar, o alarme (apito)

    comea a soar e somente cessa quando o ar do cilindro totalmente esgotado.

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    1.4 CLCULO DA AUTONOMIA DO TEMPO DE

    AR

    A seguir h um clculo prtico para a estimativa do

    tempo de ar que o bombeiro dispe com o cilindro do

    conjunto autnomo em diferentes presses. Para tanto

    utiliza-se a seguinte frmula emprica:

    T = P X V

    C

    onde:

    T: tempo de ar para consumo [min]

    P :presso indicada pelo manmetro [bar]

    C : taxa de consumo de ar [litros/min] (por medida de

    segurana adota-se 60 l/min)

    V : volume de ar do cilindro [litros]

    Exemplo: Supondo cilindro de 7 litros, considerando-se a taxa de consumo de ar de 60 l/min e que

    o manmetro indica 200 bar:

    t = 200 bar x 7 l t = 23 minutos

    60 l/min

    Ateno: a taxa de consumo acima exemplificada um valor mdio, sendo aconselhvel que cada

    bombeiro tenha o seu consumo de ar aferido antes de atuar numa emergncia com o seu conjunto

    autnomo de ar respirvel.

    2.0 DESENCARCERADOR

    O desencarcerador um conjunto de equipamentos hidrulicos capaz de possibilitar acesso

    e extrao de vtimas encarceradas, que, devido a um acidente, encontra-se incapacitada de sair

    pelos seus prprios meios, quer devido a leses sofridas quer por estar presa pelos materiais

    envolventes.

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    2.1 TESOURAS

    - As tesouras empregam-se para

    cortar totalmente os componentes

    dos veculos com a finalidade de

    retirar certas zonas do mesmo.

    Adicionalmente, podem ser

    empregues para realizar cortes de

    alvio que permitem o afastamento

    de alguns componentes do veculo

    ou em operaes de levantamento

    do teto.

    2.2 EXPANSOR

    - Os expansores tm trs funes

    principais: comprimir, separar e

    tracionar. Os expansores podem

    apertar ou comprimir o metal para

    criar pontos de franzido dbeis ou

    reas para corte, alm disso,

    podem separar componentes que

    no estejam unidos. A terceira

    funo realiza-se usando umas

    pontas com adaptadores para

    correntes os quais permitem que o

    expansor aproxime objetos at ao

    seu ponto de fora.

    2.3 MULTIUSO

    - O multiuso uma ferramenta de

    ao dupla, permitindo a funo de

    corte e a execuo das tcnicas

    efetuadas com o expansor.

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    Normalmente esta ferramenta, visto

    ser uma combinao, possui uma

    potncia inferior, quer no

    afastamento quer na capacidade de

    corte.

    2.4 EXTENSOR (MACACO DE SEPARAO)

    O extensor faz uso da sua fora

    mediante potentes pistes

    hidrulicos e aplicam-se

    principalmente para separar

    componentes do veculo ou para

    criar espaos adicionais.

    2.5 BOMBAS HIDRULICAS

    Equipamento fundamental para a

    utilizao das ferramentas

    hidrulica, a bomba hidrulica pode

    ser acionada com motores a

    gasolina, eltricos ou a diesel (no

    CBMMG utiliza-se motores a

    gasolina). Gera presso que pode

    atingir a ordem de 700 bar,

    proporcionando um fluxo hidrulica

    capaz de transmitir fora de

    trabalho para as ferramentas.

    Podem operar simultaneamente

    duas ou mais ferramentas

    (conforme o modelo).

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    3.0 MOTO-REBOLO:

    Funcionamento semelhante moto-serra e consiste em um aparelho com motor, que,

    mediante frico, produz cortes em materiais metlicos e em alvenarias, podendo ser utilizado em

    entradas foradas ou em desabamentos.

    4.0 SERRA-SABRE

    Constitui-se de uma serra eltrica alimentada por uma bateria. Possui lminas para corte de

    metais diversos, vidro laminado e madeira. um equipamento muito eficiente para trabalhos de corte em

    misses que exige rapidez, eficincia e muitas das vezes com espaos reduzidos.

    4.1 INSTRUES DE SEGURANA

    PARA USO SEGURO E OBTENO DE MELHORES RESULTADOS DE DESEMPENHO

    DO PRODUTO, LEIA ATENTAMENTE AS REGRAS ABAIXO:

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    1. Quando do recebimento do servio realizar sempre o funcionamento prvio, da

    ferramenta e verificar se a bateria est carregada;

    2. Uso de EPI obrigatrio, nas atividades, em que esteja operando a Serra Sabre, sendo

    eles: luvas, culos, capacete, mscaras para poeira e protetores auriculares;

    3. A ferramenta dever estar sempre travada, pelo boto de travamento, quando estiver

    sendo transportada. obrigatria a retirada da bateria quando se realiza a incluso, excluso

    ou troca de qualquer uma das lminas;

    4. Em caso de duvidas na operao solicite assistncia a SAO da Unidade;

    5. No opere ferramentas eltricas em

    ambientes explosivos, como na presena de

    lquidos, gases ou ps inflamveis. As

    ferramentas de corte produzem fagulhas

    que podem incendiar o p ou vapores;

    6. Permanea alerta, observe com

    ateno o que voc est fazendo e use o

    bom senso ao operar uma ferramenta eltrica. No use a ferramenta quando estiver cansado ou

    sob efeito de drogas, lcool ou medicamentos;

    7. Use tornos ou outra maneira pratica para prender e apoiar a pea a ser trabalhada;

    8. No force a ferramenta. Use a ferramenta adequada sua aplicao. A ferramenta

    adequada far o trabalho melhor e com mais segurana na faixa para a qual foi projetada;

    9. Quando a bateria no estiver em uso, mantenha-a longe de outros objetos de metal tais

    como: clipes de papel, moedas, chaves, pregos, parafusos ou outros pequenos objetos de metal

    que possam fazer uma conexo de um terminal para outro. Causar curto-circuito em terminais

    de baterias pode causar fascas, queimaduras ou incndios;

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    10. Utilize somente acessrios que sejam recomendados pelo fabricante para o modelo de

    sua ferramenta. Acessrios que podem ser adequados para uma ferramenta, podem ser

    perigosos quando utilizados em

    outras ferramentas;

    11. O conserto da ferramenta

    somente deve ser realizado por

    pessoal de reparo qualificado - o

    militar responsvel pela SAO ou

    profissional da assistncia tcnica;

    12. Segure a ferramenta pelas

    superfcies isoladas da

    empunhadura ao executar uma atividade na qual a ferramenta de corte possa entrar em contato

    com cabos escondidos. O contato com um cabo energizado far com que as partes metlicas

    expostas da ferramenta fiquem energizadas e causaro um choque eltrico no operador;

    13. Mantenha suas mos distantes de peas em movimento. Nunca ponha suas mos

    prximas rea de corte;

    14. Cuidado redobrado ao cortar objetos que se encontrem acima de voc, porm no

    visveis, considere as possveis trajetrias de galhos e outros objetos que possam cair e

    15. No opere esta ferramenta por longos perodos de tempo. As vibraes causadas pela

    operao desta ferramenta podem causar ferimentos permanentes nos dedos, mos e braos.

    5.0 TALHA TIFOR / MULTIPLICADOR DE FORA

    O Tirfor um aparelho muito comum nas viaturas de salvamento e tem uma larga rea de

    atuao em iamento e trao de cargas sendo considerado muito verstil. Serve tambm para

    remoo de carga em qualquer direo, distncia e altura.

    Ele opera com a ao de dois pares de mordentes lisos, de ajuste automtico, que no

    momento do iamento ou da descida da carga, esses dois pares de mordentes, alternadamente,

    apertam e soltam o cabo, para pux-lo no sentido da subida ou ret-lo no sentido da descida, sendo

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    Curso de Formao de Soldados Bombeiros CFSD Fevereiro de 2010

    que os dois conjuntos de mordentes apertam o cabo conforme a trao do cabo, ento quanto mais

    pesada a carga, mais forte ser o aperto.

    Sua fora nominal varivel de acordo com o modelo do aparelho, sendo mais comuns: 750

    Kg, 1600 Kg e 3200 Kg.

    Principais Peas

    1- Corpo do aparelho; 6- Punho de debreagem;

    2- Alas; 7- Orifcio para admisso do cabo;

    3- Eixo ou gancho de

    ancoragem;

    8- Orifcio para sada do cabo;

    4- Alavanca de avano; 9- Alavanca de tubo telescpio e

    5- Alavanca de recuo; 10- Cabo de Ao Especial.

    NUMERE AS PARTES DA TALHA CONFORME ORIENTAO DE SEUS INSTRUTORES

    6.0 APARELHOS DE ILUMINAO

    So todos os equipamentos que geram luz artificial para iluminar os locais de trabalho. Os

    mais comuns so:

    Faris:

    So aparelhos dotados de fonte luminosa de grande potncia, alimentados por eletricidade.

    Lanternas eltricas:

    1____________________________

    2____________________________

    3___________________________

    4____________________________

    5____________________________

    6____________________________

    7____________________________

    8____________________________

    9____________________________

    10___________________________

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    Curso de Formao de Soldados Bombeiros CFSD Fevereiro de 2010

    So aparelhos eltricos portteis de grande segurana para os servios de reconhecimento.

    Podem possuir um ou mais elementos, pilhas ou bateria.

    Gerador porttil:

    Aparelho destinado a converter energia mecnica em energia eltrica em forma de corrente

    contnua ou alternada. Utilizado principalmente em locais desprovidos de energia eltrica, como

    rodovias, locais de difcil acesso, matas...

    Possui baixo consumo de combustvel e alta autonomia, variando de acordo com o modelo.

    Veja:

    NOTA

    A Corrente Alternada a forma mais

    eficaz de se transmitir uma corrente

    eltrica por longas distncias.

    A Corrente contnua normalmente utilizada

    para alimentar aparelhos eletrnicos (entre

    1,2V e 24V) e os circuitos digitais de

    equipamento de informtica.

    Modelo 6500CXE

    Grupo Gerador Toyama, Equipado com

    motor Gasolina de 13.0 HP, partida

    manual e eltrica, monofsico, Potncia

    Mxima de 6.0 KVA e Potncia Nominal de

    5.5KVA, BIVOLT 110 e 220 volts,

    equipado com tanque de 25 litros que

    proporciona aproximadamente 12 horas de

    autonomia.

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    7.0 VENTILADORES / EXAUSTORES

    Aparelho utilizado para dispersar ou remover fumaas, gases e vapores quentes de um local

    confinado.

    8.0 MACA TIPO ENVELOPE SKED

    Uma das melhores ferramentas para resgate e transporte de vtimas em espaos

    confinados, restritos e externos.

    Aps compactada, a maca Envelope fechada com suas prprias fivelas, tornando mais

    simples e prtico seu armazenamento dentro de sua mochila.

    SAIBA QUE A MACA UM MEIO DE TRANSPORTE E NO UM MEIO DE ESTABILIZAO

    DA VITIMA.

    8.1 CARACTERSTICAS

    provida de um sistema de amarrao que

    garante a integridade e proteo total da vitima;

    Seus pontos de suspenso permitem que seja

    suspensa na vertical ou na horizontal inclusive por

    helicpteros;

    De fcil manuseio;

    Torna-se rgida quando montada com a vtima;

    Sua flexibilidade permite que seja enrolada e acondicionada em uma mochila prpria para

    transporte.

  • 27

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    8.2 PREPARAO DA VTIMA

    Assim como na maca-cesto, a fixao de uma vtima na maca SKED pode ter variaes,

    porm, deve ser padronizada para evitar erros e facilitar a conferncia por parte de qualquer

    integrante da equipe. Sugere-se os seguintes procedimentos:

    1. Ao retir-la da mochila, desenrole-a para em seguida invert-la, enrolando suas

    extremidades no sentido contrrio ao que estava acondicionada para que fique plana, facilitando

    sua manipulao;

    2. Aps a imobilizao da vtima em prancha longa, posicione-a na maca, fechando os

    tirantes porm, sem ajust-los;

    3. Inicie o encordamento para possvel inverso da posio de iamento ou descida;

    4. Ajuste os tirantes e instale o suporte de ps;

    5. Ajuste e arremate o encordamento;

    6. Faa a regulagem da aba superior da maca na altura da cabea e

    7. Instale, se necessrio, as fitas tubulares extra para a funo de pegadores.

    8.3 PROCEDIMENTOS PARA MONTAGEM DA MACA SKED

    Desenrole a maca Enrole as extremidades no sentido contrrio ao de acondicionamento

  • 28

    Curso de Formao de Soldados Bombeiros CFSD Fevereiro de 2010

    8.4 ENCORDOAMENTO

    Para efetuar o encordoamento utilize a corda com aproximadamente 11,0 m, que

    acompanha o equipamento.

    Inicie a confeco do n oito com a corda permeada, passando seus chicotes por entre os

    orifcios ou ilhoses da maca iniciando pela cabea e tomando o cuidado de realizar a amarrao de

    forma igual nos dois lados. Realize a passagem do encordoamento em um dos pegadores da

    prancha longa repetindo a operao do outro lado;

    Continue inserindo os chicotes pelos orifcios ou ilhoses da maca, tencionando-os aps cada

    passagem at que chegue nos ps da maca. Emende os chicotes com um n direito na altura dos

    ps;

    Aps posicionar a prancha longa, feche as fitas laterais

    Feche os tirantes dos ps

    Feche a cabeceira Faa o encordoamento da maca

    Una os tirantes com o mosqueto

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    Curso de Formao de Soldados Bombeiros CFSD Fevereiro de 2010

    Leve os chicotes da corda at as alas mais prximas do p da maca SKED e una estas

    pontas com um n direito e cotes.

    8.5 CONFERNCIA PRVIA DO SISTEMA OU MATERIAL MONTADO

    Enumere todos os procedimentos executados por ordem cronolgica, como segue:

    1. Tirantes da prancha longa;

    2. Tirantes do SKED;

    3. Fixao da vtima e ajuste de todas as presilhas;

    4. Suporte de ps;

    5. Encordoamento de reforo para possvel inverso de iamento para posio vertical;

    6. Equalizao correta dos tirantes;

    7. Cabo guia (se houver) e

    8. Trava e angulao correta do mosqueto principal.

    9.0 BOMBA DE SUCO

    9.1 APLICAES DA MOTOBOMBA

    Muitas so as aplicaes deste equipamento, na agricultura, indstrias, minas, empresas,

    construes, comunicao, cabeamento subterrneo, manuteno de tubulaes, jardins, pesca,

    etc. Mas aqui no Corpo de Bombeiros, que assume a sua principal funo: liberar vias, casa,

    compartimentos, que por ventura estejam alagados, o que poder trazendo riscos a vida e ao bem

    de terceiros.

    Visando a melhoria do ensino foi copilado, de forma mais dinmica este manual de

    operao, o qual trar informaes de como operar e manter, de forma segura e eficiente sua

    motobomba, quando do atendimento de ocorrncias, realizao de instruo ou quando de

    manuteno.

  • 30

    Curso de Formao de Soldados Bombeiros CFSD Fevereiro de 2010

    9.2 INSTRUES DE SEGURANA

    PARA USO SEGURO E OBTENO DE MELHORES RESULTADOS DE DESEMPENHO

    DO PRODUTO, LEIA ATENTAMENTE AS REGRAS ABAIXO:

    1. Procure sempre verificar na SAO, o histrico das atividades do equipamento, seu

    funcionamento, suas possveis panes, se est abastecido, onde fica o combustvel para um

    possvel reabastecimento, o leo e realizar o funcionamento prvioquando do recebimento do

    servio;

    2. Uso de EPI obrigatrio, nas atividades, em que esteja operando a Motobomba auto-

    escorvante;

    3. Em caso de duvidas de procedimentos operacional, procure o seu superior imediato ou

    consulte o manual;

    4. Use esta bomba em lugar ventilado ou ao ar livre. O sistema de escape do motor elimina

    monxido de carbono, letal para seres humanos e animais;

    5. Assegure-se de que a bomba esteja sobre uma superfcie estvel e nivelada;

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    Curso de Formao de Soldados Bombeiros CFSD Fevereiro de 2010

    6. A bomba deve estar fria quando adicionada. No abastea o tanque de gasolina se a

    bomba est quente ou com o motor em funcionamento. Observe todas as regras de segurana

    que esto relacionadas com o combustvel especificamente;

    7. Mantenha a bomba afastada de chamas, calor intenso e materiais inflamveis e reas de

    risco;

    8. No utilize a motobomba para transporte de lquidos inflamveis;

    9. Sempre desconecte a vela de ignio em caso de manuteno;

    10. Nunca ligue a bomba a seco;

    IMPORTANTE: Para obter a mxima eficincia da sua motobomba procure sempre

    assistncia de um profissional que conhea o equipamento. Evite executar procedimentos que no

    conhea. Leve o problema a seu superior imediato ou ao profissional da SAO.

    9.3 DESCRIO E PRINCIPAIS COMPONENTES

    O motor e a bomba so montados sobre uma estrutura compacta facilitando o manuseio e o

    transporte.

    Os principais componentes do conjunto so mostrados nas Figuras 01 e 02.

    Figura N. 01

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    Figura n. 02

    As conexes de recalque e suco devem ser de material plstico adequado para ser

    conectado com mangueiras de borracha.

    A vlvula de reteno no permite retorno de gua para a suco. Isso garante a estocagem

    de gua suficiente para ligar a bomba novamente. Este mecanismo funciona desde que no seja

    aberto o dreno da bomba. Em caso de abertura da drenagem, a bomba deve ser reabastecida com

    gua.

    9.4 Instalao

    1. Coloque a bomba sobre uma superfcie horizontal e plana, o mais prximo possvel da

    captao de gua. Fixe o suporte da bomba sobre superfcie rgida. Uma mangueira de

    suco de 2 cheia de gua que tenha 6 m de comprimento pesa mais de 15 kg. Se a

    bomba no estiver bem presa, a mesma pode se deslocar da sua posio correta.

    Nunca use a bomba em posies elevadas sem fix-la sobre uma base rgida.

    2. Tubulaes devem ter suporte para evitar vibrao e no sobrecarregar o suporte da

    bomba. Antes de oper-la verifique todas as conexes entre a bomba e a tubulao. No

    deixe nenhuma conexo solta e principalmente nenhum vazamento. Use bitolas de

    tubulao igual ou maiores que a bitola da bomba.

  • 33

    Curso de Formao de Soldados Bombeiros CFSD Fevereiro de 2010

    3. O filtro deve ser mantido a distncia segura da superfcie, encostas e fundo de rios. O

    filtro deve ser afundado ao menos 30 centmetros para evitar a suco de ar e mantido a

    pelo menos 30 centmetros do fundo e encostas de rios, evitando assim a suco de

    pedras e razes.

    9.5 OPERAO

    1. Ligue o motor;

    2. Aps encher o corpo da bomba de gua e ligar o motor, a bomba criar vcuo na mangueira

    de suco;

    3. Depois que todo o ar for evacuado, o fluxo completo de gua ocasionar notvel diferena

    de carga no motor;

    4. A ao de escorvamento da bomba pode chegar a durar at 4 minutos. Isso depender da

    altura de suco e das condies da mangueira e conexes de suco;

    5. No havendo fluxo de gua depois de 5 minutos, desligue o motor, encha o corpo da bomba

    com gua novamente e d partida no motor;

    6. No ocorrendo fluxo de gua aps 5 minutos, inspecione a mangueira de suco para

    verificar possveis fugas de ar. Elimine todas as fugas e d a partida no motor e

    7. Depois da bomba escorvada e trabalhando, assegure-se de que as cargas provenientes das

    mangueiras no possam mover a bomba. Caso seja necessrio um ajuste, desligue o motor e

    proceda com o mesmo.

    ATENO: Este produto no dever ser usado com gua suja ou areia fina em suspenso.

    instala

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    Curso de Formao de Soldados Bombeiros CFSD Fevereiro de 2010

    Figura N. 03: Antes de iniciar qualquer trabalho, encha o corpo da bomba com gua.

    9.6 RESOLUO DE PEQUENAS PANES

    O CONSUMO DO COMBUSTVEL EST ALTO

    PROVVEL CAUSA

    SOLUO

    Corpo estranho entre o rotor e a

    voluta.

    Verifique a existncia de rudos, se o rotor est

    batendo e ajuste-o.

    Existncia de corpo estranho ou

    partculas no alojamento do rotor.

    Verifique e Limpe-o

    A BOMBA NO EST BOMBEANDO

    PROVVEL CAUSA

    SOLUO

    Quantidade de gua na bomba

    insuficiente.

    Encha a bomba com gua novamente Ateno:

    isto se aplica nos casos de bombas com esta

    condio.

    Vazamento na tubulao. Verifique a abertura e o conector da tubulao.

    Substitua a tubulao danificada ou aperte mais a

    conexo.

    Rotao do motor / bomba muito Verifique a rotao e faa o ajuste.

  • 35

    Curso de Formao de Soldados Bombeiros CFSD Fevereiro de 2010

    baixa.

    O filtro est obstrudo. Verifique e limpe-o.

    A altura em que foi instalada a

    bomba est acima da capacidade

    de suco.

    Verifique se a posio da instalao e o

    dimensionamento da bomba so corretos para

    esta aplicao.

    Bomba est vazando devido ao

    desgaste do selo mecnico.

    Troque o selo mecnico.

    PARADA REPENTINA DA VAZO

    PROVVEL CAUSA

    SOLUO

    O conector da abertura do cano de

    suco est solto ou vazando.

    Verifique a abertura e aperte-a.

    Bomba instalada em nvel muito

    elevado.

    Verifique o especificado para a bomba nas

    especificaes tcnicas - faa os ajustes

    necessrios

    A BOMBA VIBRA E FAZ RUDO ANORMAL

    PROVVEL CAUSA

    SOLUO

    Bomba instalada em nvel muito

    elevado.

    Verifique o especificado para a bomba nas

    especificaes tcnicas - faa os ajustes

    necessrios.

    Sada de gua muito volumosa. Diminua a sada de gua.

    A tubulao est obstruda por um

    corpo estranho, aumentando a

    resistncia.

    Verifique e limpe a tubulao e filtro.

    Rotor est solto. Oua cuidadosamente, verifique qual parte est

    fazendo barulho e desligue o motor para fazer os

    ajustes.

    A unidade da bomba no est

    estvel.

    Desligue a bomba e faa os ajustes e apertos.

  • 36

    Curso de Formao de Soldados Bombeiros CFSD Fevereiro de 2010

    9.7 DESEMPENHO TCNICO

    10.0 TRIPE E APARELHO DE POO

    10.1 CONSIDERAES GERAIS

    Muitas so as aplicaes deste equipamento, com

    predominncia em espaos confinados.

    Um espao confinado apresenta srios riscos com danos

    sade, seqelas e morte. So riscos fsicos, qumicos, ergonmicos,

    biolgicos e mecnicos e uma triste realidade no Brasil inteiro.

    Apesar de serem usados quase todos os dias, muitos no do

    a esse aparelho se devido valor.

    Antigamente o trip era todo feito em ferro ou ao, tendo suas peas soltas em todas as

    suas partes, possuidores de grande peso e falta de mobilidade.

    Existncia de ar dentro da bomba ou

    da tubulao.

    Drene o sistema, eliminando o ar.

    Rotor danificado. Pare o motor, verifique o rotor e substitua se

    necessrio

  • 37

    Curso de Formao de Soldados Bombeiros CFSD Fevereiro de 2010

    Hoje o CBMMG est gradativamente o substituindo, atravs da aquisio de Trips de

    ltima gerao para todas as suas Unidades, a fim de facilitar os trabalhos operacionais e

    potencializar com segurana as atividades desenvolvidas.

    10.2 DESCRIO DE BENEFICIOS DO EQUIPAMENTO

    O novo Trip utilizado pelo CBMMG produzido com extremo controle de qualidade,

    obedecendo a padres internacionais (ATENDENDO OS REQUISITOS DA NFPA 1983 e ANSI).

    O Trip Task fabricado em liga de alumnio aeronutico, de alta resistncia, o que lhe

    garante total confiabilidade.

    Suas pernas tubulares, anodizadas em vermelho, possuem onze pontos de regulagem de

    altura o que o tornam extremamente verstil.

    Suas soleiras e cabeote so em ao carbono de generosas dimenses para maior

    resistncia, o cabeote possui trs robustos pontos de ancoragens com grandes orifcios para

    conexo de mosquetes, permitindo assim que a carga esteja sempre corretamente centralizada.

    As soleiras possuem articulaes que permitem que se acomodem em superfcies planas

    ou irregulares, permitindo tambm que sejam posicionadas para cravarem em solos de consistncia

    moderada, como terra compacta ou gelo.

    10.3 OPERAO

    1.Transportar o Kit TRIP at o local de ocorrncia;

    2. Cientificar-se da identificao e isolamento da rea de ocorrncia em toda a sua

    extenso, somente o pessoal empregado e da Gu BM no

    local;

    3. Cientificar-se das cordas de vida visando

    seguranas;

    4. Cientificar que o equipamento se estabilizou ao

    terreno estando com suas sapatas presas por cordas ou

    correntes;

  • 38

    Curso de Formao de Soldados Bombeiros CFSD Fevereiro de 2010

    5. Primar para a segurana prpria e de todo o grupo durante o

    atendimento da ocorrncia;

    6. Certificar-se, dos EPR, (Equipamentos de Proteo Respiratria) e

    detectores de gases poluentes.

    10.4 INSTRUO DE SEGURANA NAS OPERAES

    PARA USO SEGURO E OBTENO DE MELHORES RESULTADOS DE

    DESEMPENHO DO PRODUTO, LEIA ATENTAMENTE AS REGRAS ABAIXO:

    1. Procure sempre verificar na SAO o histrico das atividades do equipamento, seu

    funcionamento e suas possveis panes,;

    2. Cientificar-se da identificao e isolamento da rea de ocorrncia em toda a

    sua extenso;

    3. Uso de EPI obrigatrio, para todas as atividades, que envolvam o

    equipamento TRIP, sendo eles: capacete, luvas, boldrier e culos;

    4. O Tripe dever ser montado em um local onde as suas bases devero ficar

    estabilizadas, sendo s vezes necessrio o uso de ferramentas de sapa a fim de

    acertar e adequar o terreno ao equipamento;

    5. Assegure-se sempre que o equipamento TRIP, esteja sobre uma superfcie

    estvel e nivelada, no esquecer da corda ou corrente limitantes aos ps do

    equipamento;

    6. Certificar-se que seu boldrier, seus mosquetes e encaixes, estejam fechados.

    Observe todas as regras de segurana que esto relacionadas com o trabalho em

    alturas;

    7. Certificar-se de no permitir a retirar pequeno materiais e ferramentas prximo

    abertura do poo

  • 39

    Curso de Formao de Soldados Bombeiros CFSD Fevereiro de 2010

    8. Certifique-se da conferncia de cordas e cabos...

    IMPORTANTE: Para obter a mxima eficincia do equipamento procure sempre

    assistncia de um profissional que conhea o equipamento. Evite executar

    procedimentos que no conhea, assim como executar ns e laadas. No se prive de

    solicitar ajuda.

  • 40 Curso de Formao de Soldados Bombeiros CFSD

    Fevereiro de 2010

    CAPTULO 4

    CONTENO MECNICA DE ANIMAIS

    1.0 CONSIDERAES GERAIS

    Entende-se pela palavra conteno o ato de conter, de manter, de conservar,

    luta, esforo ou contenda.

    A palavra assim como o ato de conter est presente na vida do homem desde

    seus primrdios. A conteno est presente na vida social, poltica e religiosa de todos

    os homens, de maneira to intrincada que passa muitas vezes desapercebida.

    A conteno mecnica hoje em dia empregada pelo CBMMG nas mais

    diversas situaes, tanto em zonas rurais quanto nas cidades, em que s vezes

    algum se depara com uma ona evadida de um circo ou um animal raivoso que deve

    ser capturado.

    Conter um animal significa limitar seus movimentos em diversos graus ou, at

    mesmo, sua completa imobilizao. Desde seus primrdios, o homem procurou

    adaptar os mtodos de conteno s suas necessidades com o propsito de obter

    comodidade e segurana na lida com os animais. Dentre esses princpios, ao se lidar

    com animais domsticos ou silvestres, devem-se reduzir as possibilidades de

    acidentes, utilizando-se mtodos de conteno seguros.

    A sensao de poder cria no homem bem estar e sensao de domnio da

    situao. No entanto quando este no est preparado para administrar esta sensao,

    ocorre o pnico e os acidentes. O acidente nosso grande inimigo quando se trabalha

    com conteno animal, em um dia est se contendo um canrio e em outro um

    elefante. A chance de um acidente previsvel deve ser descartada antes de qualquer

    ao.

    2.0 CONTENO

    A conteno vai da simples diminuio de movimentos at a completa

    imobilizao.

    Existem diversas formas de conteno, sendo que algumas podem oferecer

    risco tanto para o operador como para o animal.

    Enquanto o animal pode sofrer stress e traumatismos, o operador pode sofrer

    traumatismos causados pelo animal ou durante a fuga.

  • 41 Curso de Formao de Soldados Bombeiros CFSD

    Fevereiro de 2010

    Para cada caso e cada animal deve-se saber escolher o melhor mtodo de

    conteno, podendo ser este fsico, farmacolgico ou a associao dos dois mtodos.

    O ambiente em que o animal se encontra deve ser minuciosamente estudado,

    assim como locais de possvel abrigo e meios de fuga, tanto para o animal como para

    o operador.

    As caractersticas de cada indivduo devem ser analisadas levando-se em

    considerao a espcie, caractersticas individuais, o grupo, o tipo de domiclio, o

    estado geral do animal e o stress ao qual submetido, antes de quaisquer

    procedimentos.

    O respeito ao animal nunca deve ser negligenciado, mesmo quando o sacrifcio

    for necessrio, deve-se minimizar a dor e o sofrimento.

    As experincias anteriores e pessoas experientes devem ser, sempre que

    possveis consultadas.

    Na maioria das vezes, para desenvolver um bom trabalho, o operador deve se

    colocar no lugar do animal e pensar como ele. As roupas a serem utilizadas pelo

    operador devem ser de cores discretas ou camufladas e permitir movimentos livres.

    Odores podem ser utilizados para diminuir o stress e at atrair o animal.

    Quando na captura de animais livres os odores tem importncia ainda maior; frutas e

    flores de poca da regio podem ser esfregadas nas vestes e calados a fim de

    minimizar o cheiro humano. Cosmticos, xampus perfumados, perfumes e repelentes

    de inseto tem seu uso proibidos em vrios casos de captura da vida livre.

    Desodorantes somente os neutros sem qualquer cheirinho, e repelentes s mesmo os

    totalmente naturais como crisntemo e citronela podem ser usados na caa de espera.

    Cheiro de alimento usado para atrair muitos animais para armadilhas. O som

    tambm utilizado para atrair muitas espcies animais este som est normalmente

    relacionado com alimentao ou reproduo.

    2.1 CONTENO MECNICA

    Dentre os mtodos de conteno, os mecnicos talvez sejam os mais

    importantes, pois com eles realizado o dia-a-dia daqueles que lidam com animais.

    Cercas, seringas de vacinao, bretes (instalaes para manejo), coleiras, cambes e

    outros artifcios limitam os movimentos dos animais e permitem o seu manuseio. Cada

    equipamento tem uma finalidade especfica e visa dar uma condio de segurana no

    trabalho.

    Os mtodos de conteno exigem conhecimento prvio, pois aplic-los de

    forma inadequada pode causar ferimentos aos animais.

  • 42 Curso de Formao de Soldados Bombeiros CFSD

    Fevereiro de 2010

    2.2 EQUIPAMENTOS / ACESSRIOS UTILIZADOS NA CONTENO

    MECNICA

    PANOS

    Podem ser utilizados sacos, toalhas, meias, blusas, etc.

    Os animais pequenos e mdios podem ser acondicionados dentro de saco para

    transporte.

    Os panos podem tambm ser atirados sobre aves e pequenos animais como

    uma rede, para captur-los, e servem para confeco de mordaas, capuzes, pus,

    coleiras e luvas. Os tapa-olhos e capuzes tm a importante funo de minimizar o

    stress visual e evitam bicadas e mordidas. Quando pensamos no uso de panos para

    conteno devemos ter em mente resistncia, peso e porosidade do pano. Alm de se

    proteger, o operador deve preocupar-se com o bem estar do animal. Tomar especial

    cuidado com asfixia, traumas fsicos e psicolgicos.

    Botas Toalhas Tapa-olhos

    CAMBO

    Normalmente so construdos de ferro ou madeira e tiras de borracha, corda,

    pano ou couro. Os cambes tm muita utilidade principalmente na captura de

    carnvoros e serpentes. Deve-se tomar cuidado com asfixia e traumatismo na cabea

    e fratura ou deslocamento de vrtebra cervical. Em candeos deve-se tomar cuidado

    especial com os dentes que podem ser quebrados quando o animal morde o cambo;

    sendo nestes casos essencial revestir a extremidade do cambo com espuma ou

    borracha.

  • 43 Curso de Formao de Soldados Bombeiros CFSD

    Fevereiro de 2010

    MORDAAS

    Podem ser confeccionadas de corda, couro, fitas

    e esparadrapo. So muito teis para prevenir bicadas e

    mordidas. Bolas de isopor e rolhas podem ser usadas

    para prevenir ou amortecer bicadas. Baldes plsticos e

    cilindros de tela tm utilizao teraputica, impedindo

    que o animal interfira na ferida com a boca.

    LAOS E CORDAS

    Cordas, couro tranado e barbante podem ajudar na conteno da maioria das

    espcies. Quando se utiliza cordas deve-se estar atento para a espessura e

    resistncia. Deve-se ter cuidado com cordas fracas, ns frouxos, ns muito apertados,

    cordas finas e uso de fios metlicos para conteno (desaconselhvel). Asfixia e

    traumatismos so acidentes comuns no uso de cordas e devem ser evitados a todo

    custo.

    ENFORCADORES ou CAMBO

    So utilizados para o adestramento de carnvoros, conteno de animais

    indceis e violentos. Agem pr deslizamento, estrangulamento ou ferroando o pescoo

    do animal.

    CORRENTE, GUIA, CABRESTO E COLEIRA

    Coleira: normalmente confeccionada em couro ou nylon, servem para conter o

    animal pelo tronco ou pescoo. Carnvoros e primatas.

    Correntes: Utilizadas para carnvoros, ruminantes (ex: girafas, bovdeos...) e

    elefantes, podem estar associadas a coleiras, cabresto ou algemas de ferro.

    Associadas ao cadeado as correntes ajudam a trancar jaulas de animais perigosos.

  • 44 Curso de Formao de Soldados Bombeiros CFSD

    Fevereiro de 2010

    Cabresto: Normalmente utilizado para herbvoros (animais que se alimentam

    por plantas).

    LUVAS

    Confeccionadas em couro, borracha ou lona. So muito utilizadas na

    conteno de pequenos primatas, aves (rapina e psitacdeos) e pequenos felinos. No

    caso dos felinos as luvas podem ser utilizadas no animal; este perde a estabilidade e a

    defesa das garras. Quando o operador usa luvas deve tomar cuidado para no perder

    o tato e traumatizar o animal, pr compresso ou asfixia. As luvas protegem o

    operador de garras, ferres, espinhos, mordidas e contaminaes.

    Cabresto improvisado Coleira

  • 45 Curso de Formao de Soldados Bombeiros CFSD

    Fevereiro de 2010

    REDES E PUS

    Pus so fabricados com rede ou pano, um aro e um cabo. So de grande

    valia na lida com aves e pequenos animais, principalmente primatas. A rede

    geralmente de nylon, algodo ou seda. As redes tm vrios tamanhos, formas e

    malhas. Redes estticas (so as que ficam armadas esperando que o animal v ao

    seu encontro), as redes de arremesso (so atiradas sobre os animais, como a tarrafa).

    As redes servem para a captura de vrias espcies (morcegos, felinos, aves, peixes,

    etc.). O tamanho da malha e a resistncia do fio so de extrema importncia e sero

    escolhidos de acordo com o animal a ser contido.

    Rede de lanamento Pu

    CAT GRAMPER

    Como o nome indica um grampeador de gatos utilizado como mo mecnica

    que captura os pequenos feldeos pelo pescoo.

    2.3 MTODOS COMUNS UTILIZADOS NA

    CONTENO MECNICA

    2.3.1 CONTENO DE CES

    Os ces possuem uma arma de defesa natural,

    os dentes. Assim, o uso de enforcadores e mordaa

    necessrio quando o animal tem o comportamento

    bravio.

  • 46 Curso de Formao de Soldados Bombeiros CFSD

    Fevereiro de 2010

    Como colocar a mordaa:

    MORDAA REFORADA IMOBILIZAO DO ANIMAL DCIL

    2.3.2 CONTENO DE GATOS

    Os felinos oferecem riscos com os dentes e as unhas, e deve-se lembrar que

    possuem a pele elstica, de tal forma que podem dar um giro com o corpo de at 180,

    quando mal contidos.

    O animal deve ser prensado

    sobre uma mesa

    A toalha enrolada no pescoo ajuda a imobiliz-lo

    A mordaa imprescindvel

    na conteno de felinos

    Bota de pano ou esparadrapo

  • 47 Curso de Formao de Soldados Bombeiros CFSD

    Fevereiro de 2010

    2.3.3 CONTENO DE EQINOS

    A conteno sempre indicada para qualquer cavalo, at mesmo para aqueles

    considerados mansos. Afinal, nunca se sabe exatamente qual ser a reao do animal. O

    importante que, independente do mtodo, a conteno s seja usada quando realmente

    necessria para evitar o sofrimento e estresse do animal.

    Cabresto improvisado Tapar os olhos permite um manuseio tranquilo

  • 48 Curso de Formao de Soldados Bombeiros CFSD

    Fevereiro de 2010

    2.3.4 CONTENO DE BOVINOS

    No caso dos bovinos, os mtodos de conteno mais utilizados so aqueles

    destinados preveno de coices e em outras ocasies necessrio que o animal

    seja derrubado para ser contido, isto , amarrado.

    Um derrubamento mal feito, por exemplo, pode resultar em uma fratura ou

    toro nos membros do animal que, devido ao seu grande peso, pode ficar at mesmo

    sem condies de recuperao.

    Cada mtodo deve ser utilizado corretamente e com o auxlio de algum com

    uma boa experincia, para que no aconteam acidentes que venham a

    machucar/ferir o animal ou a prpria pessoa.

    O cachimbo imobiliza o animal, mas no deve ser

    muito apertado Imobilizao de membro posterior com auxlio da

    cauda

    Abordagem do membro posterior Mtodo correto de

    derrubada

  • 49 Curso de Formao de Soldados Bombeiros CFSD

    Fevereiro de 2010

    cotfig30

    2.3.5 CONTENO DE SUNOS

    2.3.6 CONTENO DE ANIMAIS SILVESTRES

    Existem diversas formas de conter animais silvestres, porm isso variar de

    animal para animal (tamanho, peso e demais caractersticas fsicas...).

    Os principais cuidados devem ser com as mordidas, unhadas e cabeadas,

    sendo que as duas primeiras situaes podem transmitir doenas para o homem.

    Mtodos para conduzir o animal Mtodo para derrubar o animal

  • 50 Curso de Formao de Soldados Bombeiros CFSD

    Fevereiro de 2010

    2.3.7 CONTENO DE AVES

    Algumas formas para conteno de aves.

    2.3.8 CONTENO DE COELHOS E CAMUNDONGOS

    Algumas formas de imobilizao.

  • 51 Curso de Formao de Soldados Bombeiros CFSD

    Fevereiro de 2010

    2.4 MTODOS DIVERSOS DE CONTENO:

    - SOM:

    Pode atrair ou afugentar o animal. Ex.: Voz do tratador, berrante - "atraem";

    enquanto chicote, bomba - "afugentam"

    - FOGO:

    Causa medo nos animais e serve para deter o ataque ou ajudar na

    transferncia de locais (recintos). mtodo muito estressante e pode causar acidentes

    graves, devendo ser utilizado com responsabilidade e parcimnia.

    - GUA:

    Duchas de gua podem ajudar a repelir, ou atrair o animal.

    - ALIMENTO:

    Atrair e acalmar o animal; facilitando o manejo.

    - DESCARGA ELTRICA:

    Cercas eletrificadas so hoje muito comuns para cercar reas e evitar fuga de

    animais, coleira de choque utilizada para castigar animais durante o adestramento.

    - DISTNCIA SOCIAL:

    a distancia mnima que respeita a individualidade do animal, quando

    violada o animal poder atacar ou fugir.

    - COR:

    As cores exercem grande influncia sobre os animais e no podem ser

    negligenciadas principalmente nos momentos da conteno. Manter o animal sob o

    mnimo stress uma obrigao do bombeiro e isto facilita muito o trabalho de

    conteno e aumentam as chances do animal contido sair sem leses. O stress visual

    altamente agressivo a algumas espcies que devem ter os olhos vendados durante

    a conteno para no entrarem em Choque, como os Cervdeos (veado e alce).

  • 52 Curso de Formao de Soldados Bombeiros CFSD

    Fevereiro de 2010

    Homem morre pisoteado por vaca em

    Minas Gerais

    BELO HORIZONTE - Foi enterrado, nesta segunda-feira, em Leopoldina, na Zona da Mata de Minas Gerais, o corpo de um homem que morreu pisoteado por uma vaca, na zona rural da cidade. Jorge de Souza da Silva foi atacado pelo animal quando tentava tirar um filhote de uma cerca de arame farpado.

    Jorge de Souza, de 51 anos, trabalhava h dois meses na retirada de leite no stio onde foi atacado. O irmo de Srgio disse que a vaca tinha parido pela primeira vez e por isso ficou to nervosa.

    No velrio, a dona da fazenda contou que Jorge foi ao pasto pegar os animais para mostrar a um comprador.

    Fonte: Jornal O Globo

    Planto | Publicada em 12/01/2010 s 09h18m Globo Minas

    ACONTECEU!!!

    PIT BULL ATACA CRIANA E SUA CACHORRINHA ENTRA NA FRENTE PARA SALV-L.

  • 53 Curso de Formao de Soldados Bombeiros CFSD

    Fevereiro de 2010

    Fomos acionados no Bairro Nossa Senhora de Ftima, para socorrer uma vtima de

    ataque de cachorro. No local, deparamos com um co da raa Pit Bull, que j havia

    abatido uma galinha e estava sobre outro cachorro atacando-o do lado de dentro do

    muro. Segundo a solicitante, o Pit Bull estava na rua e j havia atacado a referida galinha,

    quando, uma criana da residncia da mesma abriu o porto e o co partiu para atac-la.

    Nesse momento, uma cadela ( Princesa ) daquela residncia atacou o agressor e estava

    sendo ferida por ele quando as Guarnies do Corpo de Bombeiro chegaram. Diante do

    exposto, subimos no muro e utilizamos um enforcador para imobilizar o referido animal

    que debateu at morrer asfixiado.

    O responsvel pelo animal, esteve no local e tentou conte-lo utilizando uma corrente

    enforcador, no entanto, sem xito.

    O anima ainda estava ferido supostamente por golpes de faco deferido por terceiros,

    que tambm tentavam deter-lo. A focinheira que utilizamos foi rompida pela

    agressividade do animal, que continuou debatendo e sendo contido pela corrente

    enforcador, levando o animal a asfixia e morte.

    Fonte: 7 Batalho

    de Bombeiros Militar Moc

    http://www.pibmontesclaros.org.br/todeolho/?i=materias&id=908&c=806

  • 54

    Curso de Formao de Soldados Bombeiros CFSD Fevereiro de 2010

    CAPTULO 5

    ELEVADORES

    1.0 HISTRICO

    Um elevador ou ascensor um dispositivo de transporte utilizado para mover bens ou

    pessoas verticalmente. O primeiro elevador foi criado em Roma no sculo I a.C., por um

    engenheiro chamado Vitrvio.

    O elevador era um sistema de transporte de carga vertical, baseado num sistema de

    roldanas movidas por fora humana (muitas vezes escrava), animal ou gua.

    Enciclopdia Virual Wikipdia

    O elevador de segurana mudou as cidades em 150 anos

    O sistema de elevador de segurana foi criado por Elisha Graves Otis em 1853.

    O elevador um mecanismo de levantamento

    e abaixamento, equipado com carro ou plataforma,

    que se move em guias fixas e serve a dois ou mais

    pavimentos.

    A primeira apresentao ao pblico

    aconteceu na Feira Mundial de Nova York, em 1854,

    quando Elisha Graves Otis subiu em uma plataforma

    e pediu que cortassem os cabos, demonstrando o

    funcionamento do sistema de segurana.

    2.0 TIPOS DE ELEVADORES

    H dois tipos de elevadores:

    1 - Elevador hidrulico

    A movimentao feita atravs de um lquido sob presso em um conjunto de cilindro e

    pisto.

  • 55

    Curso de Formao de Soldados Bombeiros CFSD Fevereiro de 2010

    2 - Elevador de Trao

    A movimentao feita por um conjunto de mquina de trao e cabos de ao.

    SAIBA MAIS:

    Caixa para Bombeiro

    Fica posicionada normalmente no andar trreo. Cada elevador possui uma chave

    individual.

    Ao ser acionado o boto ou chave de emergncia, o carro desce diretamente para o

    andar onde est posicionada a caixa para bombeiro, eliminando os chamados. Esta chave

    deve ser utilizada em caso de incndio ou ocorrncia grave.

  • 56

    Curso de Formao de Soldados Bombeiros CFSD Fevereiro de 2010

    Neste caso, a chave est posicionada no alto, direita. Para ser utilizada, quebra-se o

    vidro e aciona-se o boto ou chave de emergncia.

    3.0 TIPOS DE PORTAS DE ELEVADORES

    1 - Porta batente

    2 - Porta automtica (abertura lateral ou central).

    Hoje em dia o tipo mais encontrado em edifcios comerciais.

  • 57

    Curso de Formao de Soldados Bombeiros CFSD Fevereiro de 2010

    3 - Porta Pantogrfica: porta sanfonada.

    3.1 TIPOS DE CHAVES DE PORTAS

    Estes so os tipos de chaves para abrir as portas:

    TIPOS DE PORTA TIPOS MAIS COMUNS DE CHAVES

    Porta Batente

  • 58

    Curso de Formao de Soldados Bombeiros CFSD Fevereiro de 2010

    Porta Automtica

    Porta Pantogrfica

    Em caso de porta pantogrfica, no h

    chave especfica. Existe um trinco que deve

    ser acionado para abrir a porta, no canto

    superior esquerdo.

    3.2 ABERTURA DE PORTAS

    Tipo batente:

    - Coloque a chave, gire e puxe a porta do andar.

    - Este tipo de porta manual e abre para fora.

    - Coloque a chave no fecho (localizado no canto superior esquerdo), gire-a (para

    destravar o fecho) e puxe a porta do andar.

    - Este tipo de porta manual e abre para fora.

    Tipo automtica:

    - Coloque a chave no fecho (localizado na parte superior da porta), gire-a (para

    destravar o fecho) e abra a porta do andar.

  • 59

    Curso de Formao de Soldados Bombeiros CFSD Fevereiro de 2010

    - No caso da chave bipartida, coloque-a chave no fecho e ela ir cair. S ento gire a

    chave e abra a porta.

    ANTES DE QUALQUER AO...

    Lembre que os passageiros correm o risco de esmagamento e queda;

    Ao chegar ao edifcio, verifique quantas pessoas esto na cabina e pergunte qual a

    capacidade mxima da cabina;

    Verifique se algum necessita de cuidados especiais;

    sempre bom lembrar que durante um resgate, os passageiros correm o risco de

    esmagamento e queda;

    Portanto, o resgate deve ser realizado de forma segura;

    Se as portas de andar do edifcio forem do tipo batente, pergunte ao responsvel pelo

    prdio se algum abriu alguma porta utilizando a chave;

    Lembre-se que a verificao do travamento de todas as portas de andar do tipo batente

    muito importante e

    Mais um lembrete: capacidade mxima da cabina significa quantas pessoas cabem na

    cabina e costuma estar mencionada em placa fixada dentro da cabina.

    ACIDENTE POR QUEDA!!!

    ALGUM ABRIU A PORTA E A DEIXOU

    DESTRAVADA!!!

    No caso dos elevadores com porta batente,

    um dos acidentes que mais ocorrem a queda do

    usurio no poo, quando ele abre a porta e o elevador no est no

    andar.

  • 60

    Curso de Formao de Soldados Bombeiros CFSD Fevereiro de 2010

    Isso na maioria das vezes acontece porque algum abriu alguma porta com a chave e

    no a travou adequadamente.

    Por isto muito importante que, quando a porta for do tipo batente, antes do resgate dos

    passageiros presos, todas as portas dos andares sejam checadas. Ou seja, um dos bombeiros

    deve verificar o travamento das portas em todos os andares, enquanto o outro conversa com os

    passageiros presos na cabina.

    importante que as portas de todos os andares estejam fechadas, pois uma pessoa

    desatenta pode abrir uma porta destravada e cair no poo.

    4.0 CHEGANDO NO LOCAL O BOMBEIRO DEVE...

    4.1 ANLISE DE SITUAO

    Durante o deslocamento para a ocorrncia, o Comandante da Guarnio dever

    estabelecer as funes de cada integrante de sua equipe, de forma que no haja desperdcio

    de esforos no local e o trabalho seja executado coordenadamente.

    Chegando ao prdio verificar a localizao da chave de abertura da porta do elevador,

    junto ao sndico ou zelador. Tambm necessrio saber qual a Empresa que presta os servios

    de manuteno, para eventual contato e acionamento.

    Os materiais normalmente utilizados so HT, chave de fenda, chaves do elevador e

    chaves especficas, de acordo com o elevador (devendo estar de posse do sndico, ou como

    acessrio na casa de mquinas) e materiais de salvamento em altura.

    1 Analisar a situao;

    2 Desligar a chave do elevador;

    3 Localizar a cabine do elevador;

    4 Verificar o nmero e estado das vtimas;

    5 Abrir a porta do pavimento;

    6 Liberar sistema de freio;

    7 Nivelar cabine;

    8 Retirar Vtimas e

    9 - Fechar a porta do pavimento, verificar se a

    mesma est travada.

  • 61

    Curso de Formao de Soldados Bombeiros CFSD Fevereiro de 2010

    4.2 - DESLIGAR A CHAVE DO ELEVADOR

    Como primeira providncia quando da chegada ao local, deve-se desligar a chave do

    elevador no quadro de fora, independentemente de haver ou no energia eltrica. Essa

    providncia de suma importncia, pois, numa eventual falta de energia eltrica, esta poder

    voltar a qualquer momento, podendo causar acidentes s pessoas envolvidas na ocorrncia,

    seja pela movimentao da cabine, ou pelo contato

    com circuitos energizados.

    No se deve confiar na palavra de pessoas que

    porventura disserem haver desligado a chave do

    elevador. Mesmo havendo essa informao, ela

    dever ser checada.

    Em locais com mais de um elevador, geralmente

    existem chaves individuais para o desligamento

    individualizado de cada elevador, junto casa de mquinas.

    4.3- LOCALIZAR A CABINE DO ELEVADOR

    Esse trabalho ser feito quase que ao mesmo

    tempo em que o desligamento da chave do elevador,

    pois no precisa necessariamente ser feito pela mesma

    pessoa.

    Informaes de pessoas presentes no local so

    de grande importncia para a determinao exata do

    local onde se encontra parada a cabine.

    4.4 VERIFICAR O NMERO E ESTADO DAS VTIMAS

    Uma vez localizada a cabine, e, havendo condies de contato verbal com o seu interior,

    verificar a quantidade de pessoas que eventualmente estaro retidas no elevador, bem como

    seu estado. Isso implica no acionamento de viaturas de apoio, como por exemplo, Unidades de

    Resgate, para socorro.

    Esse um momento propcio para procurar acalmar as vtimas em pnico, atravs de

    palavras de conforto ou mesmo de orientaes de como proceder diante da situao.

  • 62

    Curso de Formao de Soldados Bombeiros CFSD Fevereiro de 2010

    essencial acalm-las no sentido de que no h

    possibilidade de queda ou deslocamento do elevador,

    pois os sistemas de emergncias foram acionados.

    As pessoas claustrofbicas esto mais propensas a

    entrar em pnico. (Orient-las a sentar-se e fechar os olhos

    pode surtir um bom efeito sobre seu estado de esprito).

    4.5 ABRIR A PORTA DO PAVIMENTO

    Decorridas as providncias anteriores, e, aps certificar via

    HT se os circuitos eltricos j esto desligados, os bombeiros que

    estiverem no pavimento da cabine devero abrir a porta do

    pavimento que d acesso ao poo do elevador, usando para isso

    a chave respectiva.

    comum no entanto no ser encontrada a chave de

    abertura da porta do pavimento para o poo do elevador no

    momento de uma emergncia, para se evitar esse contratempo

    conveniente que as viaturas de salvamento, possuam uma caixa

    de ferramentas que contenha diversos tipos de chaves de elevadores.

    indispensvel que haja iluminao no locais para que se possa ter uma idia exata do

    ponto em que se acha parado o elevador. Se a energia eltrica no estiver funcionando

    devero ser utilizadas lanternas ou outro meio que possibilite claridade suficiente para se

    trabalhar com segurana.

    4.6 LIBERAR SISTEMA DE FREIO

    Dever ser observado o sistema de abertura do freio

    e as ferramentas necessrias.

    Comumente h, no prprio corpo da mquina,

    instrues do Fabricante sobre a abertura do freio, e a

    ferramenta necessria para isso, deve estar na prpria casa

    de mquinas.

  • 63

    Curso de Formao de Soldados Bombeiros CFSD Fevereiro de 2010

    De posse das instrues e da ferramenta necessria, a liberao do freio deve ser feita

    de forma gradativa observando-se sempre a comunicao com os bombeiros que estaro no

    pavimento da cabine, atravs do HT, a fim de evitar que o nivelamento passe do ponto

    adequado.

    Em caso de pessoas com membros presos, esse procedimento de liberao de freio deve

    ser antecedido das medidas necessrias liberao do membro, com a finalidade de evitar

    agravamento ou provocar leses.

    4.7 NIVELAR CABINE

    Aps a abertura da porta do pavimento, duas situaes diferentes podero ocorrer: a

    primeira estar a cabine nivelada com a porta, e naturalmente, a segunda, a falta desse

    nivelamento.

    No segundo caso, entretanto, a situao exige outras providncias conforme veremos

    mais a frente.

    No primeiro caso, a retirada das vtimas ser fcil, pois a situao ser favorvel.

    O movimento de nivelamento deve ser feito de modo gradativo e mediante comunicao

    via HT. Normalmente, a simples liberao do freio faz com que o elevador se movimente no

    sentido ascendente. Contudo, se isso no ocorrer, ser necessrio movimentar a polia de

    trao com as prprias mos.

    Concludo o nivelamento, deve-se travar novamente o freio antes da retirada das

    pessoas, pois a fora da gravidade pode se encarregar de movimentar a cabine, criando uma

    condio insegura de trabalho.

    O nivelamento no dever ser feito no caso de haver vtima com membros presos entre

    as ferragens do elevador ou mesmo entre esse e a parede, como j visto anteriormente.

  • 64

    Curso de Formao de Soldados Bombeiros CFSD Fevereiro de 2010

    4.8 - RETIRAR VTIMAS

    4.8.1 - COM A CABINE NIVELADA

    Aps terminar o nivelamento e travar o feio, que se podem retirar as vtimas de dentro

    da cabine. No se deve permitir que os passageiros saiam da cabine, mesmo que a porta esteja

    aberta ou semi-aberta, sem ordem expressa de quem estiver coordenando a retirada, a fim de

    se evitar acidentes.

    A cabine o lugar mais seguro paraos passageiros.

    4.8.2 - COM MEMBROS PRESOS

    Ocorrendo a situao de impossibilidade de nivelamento da cabine por haver pessoas

    com membros presos, deve-se adotar o

    procedimento de calar a cabine, evitando seu

    deslocamento.

    Com uma alavanca ou um alargador

    possvel obter xito na soltura dos membros de

    pessoas presas. possvel, porm que no se

    consiga sucesso, havendo assim a necessidade

    de retirar o carro das guias, soltando-se as

    corredias e os parafusos que servem para sua fixao. Dessa forma, a cabine ficar solta, feito

    um pndulo, presa apenas pelo cabo de ao, bastando afast-la da parede para retirar os

    membros prensados.

    4.8.3 - SEM O NIVELAMENTO DA CABINE

    Por vezes, pode ocorrer de no se conseguir liberar o freio, seja por falta de manuteno

    do equipamento ou mesmo por falta da ferramenta adequada, impossibilitando o nivelamento

    da cabine. Pode ocorrer tambm de o sistema do freio de segurana haver sido acionado.

    Nesses casos, estando a cabine entre andares, a retirada das vtimas deve ser feita sempre

    pelo andar superior, aps a entrada de um componente do Corpo de Bombeiros no interior do

    compartimento.

  • 65

    Curso de Formao de Soldados Bombeiros CFSD Fevereiro de 2010

    Essa observao vlida visando evitar o risco

    de uma queda acidental no poo do elevador, no caso

    de ser erroneamente efetuada a retirada de pessoas

    pelo pavimento inferior, pois estar aberta a porta do

    pavimento para a cabine, deixando abaixo desta a

    abertura para o poo, principalmente no caso de

    elevadores mais antigos e ou sem manuteno.

    Em elevadores que no param em todos os

    andares, estando impossibilitado o nivelamento, a

    retirada das vtimas se dar atravs da aplicao de

    tcnicas de Salvamento em Altura, nos casos de

    elevadores mais antigos. Faz-se o acesso para o poo

    do elevador, descendo do pavimento imediatamente

    superior ao que est parada a cabine. Com a remoo das placas do seu teto, possvel

    resgatar as pessoas por este vo, no entanto, este procedimento dever ser usado como ltima

    instancia, pois expe demasiadamente tanto o bombeiro como a vtima.

    Como agir se o desnvel for de at 50 centmetros

    Aps desligar a chave geral do elevador, com auxlio de outros militares da guarnio e

    estabelecendo uma comunicao constante via HT com os militares que esto na casa

    de mquinas, pea as vtimas que saiam da cabina, um por vez;

    Diga que no h perigo de o elevador se movimentar, pois ele est desligado e

    bloqueado e

    Auxilie cada uma das vtimas durante a sada da cabine.

    Como agir para desnvel for maior que 50 centmetros

    Aps desligar a chave geral do elevador, com auxlio de outros militares da guarnio e

    estabelecendo uma comunicao constante via HT com os militares que esto na casa

    de mquinas, arranje um meio seguro (escada) para fazer o resgate*;

    Coloque a escada na cabina*;

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    Curso de Formao de Soldados Bombeiros CFSD Fevereiro de 2010

    Diga que no h perigo de o elevador se movimentar,

    pois ele est desligado e bloqueado e

    Auxilie cada uma das vtimas durante a sada da

    cabine.

    *se a sada for acima do pavimento...

    Se a sada for para baixo do pavimento, alm dos

    passos anteriores... providencie uma maneira segura

    para tampar o vo do cho at a cabine.

    Obs.: desnveis maiores que 60 cm aconselhvel fazer o

    nivelamento da cabine como o pavimento para retirar as

    vtimas.

    4.9 - FECHAR A PORTA DO PAVIMENTO E

    VERIFICAR SE A MESMA EST TRAVADA

    NO COLOCAR EM OPERAO O ELEVADOR

    ANTES PROCEDER OS REPAROS NECESSRIOS ATRAVS DE EMPRESA

    RESPONSVEL.

  • 67

    Curso de Formao de Soldados Bombeiros CFSD Fevereiro de 2010

  • 68 Curso de Formao de Soldados Bombeiros CFSD

    Fevereiro de 2010

    CAPTULO 6

    CORTE DE RVORE

    1.0 CONSIDERAES GERAIS

    Ficou acordado entre os membros constituintes da Comisso que na

    elaborao do presente captulo para corte de rvore, considerar-se-ia apenas as

    situaes de emprego da guarnio do CB nos casos de risco iminente de queda,

    portanto, emergenciais.

    De todas as fontes de consulta pesquisadas (poucas, necessrio registrar,

    pois escasso o material escrito disponvel sobre este tema), sem dvida a que mais

    contribuiu foi a experincia aquilatada pelos membros da comisso atravs do

    atendimento de ocorrncias dessa natureza, conhecimentos esses adquiridos de

    maneira emprica.

    O resultado deste trabalho , em sntese, fruto da vivncia pessoal de quem na

    prtica comprovou a necessidade, a importncia e a eficcia de serem observadas as

    etapas de conduta que devem nortear as atividades de uma guarnio, de sorte a se

    ter sempre presentes e respeitados os princpios bsicos de preservao vida e a

    proteo ao patrimnio.

    2.0 OBJETIVO

    O objetivo deste captulo estabelecer e fixar orientaes indispensveis ao

    perfeito atendimento de emergncias de corte de rvore pelas guarnies do CB. Os

    princpios e procedimentos descritos neste captulo referem-se a duas situaes

    distintas:

    1. rvore de grande porte em risco iminente de queda, cujas condies, face

    sua localizao, possibilitam que o corte seja executado de uma s vez.

    2. rvore de grande porte, localizada em reas de concentrao populacional,

    com presena de fiao eltrica, sem espaos laterais abertos para o abate em queda

    livre e que exigem pronta e imediata interveno por parte do bombeiro.

    As orientaes gerais enunciadas aqui, pelos critrios de segurana

    abrangentes que contm, podero ser observados tambm nas ocorrncias em que a

    rvore j caiu sobre residncias, veculos, pessoas, etc..

  • 69 Curso de Formao de Soldados Bombeiros CFSD

    Fevereiro de 2010

    2.1 RECONHECIMENTO DA RVORE

    - tipo de rvore: se ramificada, resinosa como a seringueira, lisa como

    coqueiro, espinhosa, etc...Alm disso: dimetro, altura, ngulo de inclinao, se est

    brocada, lascada, etc...

    - visando a segurana da guarnio, verificar: presena de enxames, lagartas,

    aranhas, formigas, etc...

    A anlise de situao, efetuada atravs dos reconhecimentos citados, nortear

    a tomada de deciso da guarnio quanto ao mtodo de corte a ser empregado, assim

    como possibilitar decidir pela solicitao de apoio de outros rgos pblicos,

    isolamento da rea, abandono das casas da vizinhanas e, ainda, a escolha adequada

    dos equipamentos necessrios execuo do servio, podendo inclusive ser

    solicitado o apoio de viaturas especializadas (AE, ABP, SK) para auxiliar nos servios.

    3.0 EXECUO DO SERVIO

    Concluda a primeira fase, as respostas aos quesitos abaixo j devem ter sido

    definidas:

    1. Ser efetuado o corte total ou parcialmente?

    2. Qual o lado da queda?

    3. Qual o nmero de cortes?

    4. Qual a tcnica a ser empregada?

    E para melhor esclarecer estes quesitos, especialmente, para, melhor

    descrever os tipos de corte comumente empregados pelo CB, elaboramos um caderno

    de treinamento, baseado em ilustraes, a fim de facilitar a fixao do conhecimento.

    Alm das tcnicas de corte, inserimos algumas orientaes e normas importantes de

    preveno de acidentes.

    4.0 GLOSSRIO

    Emergncia - situao crtica e fortuita que apresente perigo vida, ao

    patrimnio ou ao meio ambiente, decorrente da atividade humana ou de fenmenos da

    natureza que obriguem rpida interveno do servio.

    Risco iminente de queda - a possibilidade real, presente e atual de uma

    rvore vir a cair e que requer uma providncia imediata.

    Balancinho - tcnica de corte que consiste em remover os galhos

    parcialmente, aos pedaos, em vez de abat-los totalmente de um s golpe. Esta

  • 70 Curso de Formao de Soldados Bombeiros CFSD

    Fevereiro de 2010

    tcnica deve ser empregada amarrando-se o galho ou a parte da rvore que se vai

    cortar em ponto fixo da prpria rvore ou outro ponto de apoio seguro, efetuando-se

    em seguida o corte. A adoo dessa tcnica evita que a parte cortada caia de uma s

    vez.

    Entalhe direcional - o entalhe feito para determinar a direo da queda do

    tronco, formado pela mesa (base horizontal) e a boca (corte oblquo) onde se retira

    uma cunha em direo ao centro.

    5.0 CUIDADOS E OBSERVAES

    Todas as tcnicas e conhecimentos adquiridos como machado e a serra

    manual so tambm vlidos para a moto-serra. Entretanto, tendo em vista o rpido

    desenvolvimento do trabalho aliado alta velocidade da corrente so necessrios

    alguns cuidados adicionais.

    As recomendaes para preveno de acidentes devem, obrigatoriamente

    serem observadas. Alm das instrues contidas nos diversos pargrafos das

    instrues de manejo, devem ser observados os seguintes pontos:

    - Toda a pessoa que trabalha pela primeira vez com uma moto-serra deve

    participar de um curso para operadores de moto-serra.

    - No fumar nem derramar combustvel ao abastecer. Se for derramado

    combustvel, limpar imediatamente a mquina e dar o arranque em outro lugar.

    - A moto-serra Stihl foi construda para ser manuseada por um s operador.

    proibida a permanncia de qualquer outra pessoa na zona de alcance da serra.

    - Dar o arranque sempre com a moto-serra apoiada sobre um cho plano. A

    corrente no deve tocar nenhum objeto, nem o cho.

    - Antes de iniciar o trabalho, testar a moto-serra quanto ao seu perfeito estado

    de funcionamento (acelerar, interruptor).

    - Transportar a moto-serra somente com o motor desligado.

    - Quando a moto-serra for carregada ladeira acima, o conjunto de corte deve

    apontar para trs. Ao descer uma ladeira, deve ser ao contrrio.

    - Durante o trabalho, segurar a moto-serra com as duas mos para t-la sobre

    controle a todo momento. Firmar bem as garras da moto-serra contra o tronco antes

    de iniciar o corte. Quem trabalhar sem o batente de garras poder ser jogado para

    frente. Retirar a moto-serra do corte somente com a corrente em movimento.

    - Conduzir a moto-serra de tal maneira que nenhuma parte do corpo fique

    exposta na regio de alcance do movimento do conjunto de corte.

  • 71 Curso de Formao de Soldados Bombeiros CFSD

    Fevereiro de 2010

    - Trabalhar calma e concentradamente para eliminar a possibilidade de

    acidentes. Antes de iniciar o corte de abate, cuidar para que a rvore a ser derrubada

    no ponha ningum em perigo.

    - Obedecer a distncia mnima de 2,5 comprimento de rvore at o outro

    operador. Gritos de advertncia so dificilmente ouvidos devido ao rudo do motor.

    - Quando a rvore comear a tombar, recuar sempre para o lado e cuidado

    com os galhos que podem cair. O operador deve procurar um local seguro para

    proteger-se.

    - Utilizar somente cunhas de madeira de metal leve ou de material plstico.

    No utilizar cunhas de ao.

    - Havendo necessidade de ajuda para derrubada da rvore, utilizar um garfo

    suficientemente comprido.

    - Cuidado ao cortar troncos rachados. Existe o perigo das lascas de madeira

    cortada serem atiradas para trs.

    - Cuidado com terrenos escorregadios e acidentados; trabalhando em declives,

    o operador deve-se colocar sempre acima do tronco a ser cortado.

    - Madeira na vertical ou horizontal, que est sobre tenso deve ser cortada

    primeiramente no local da presso, depois fazer o corte de separao no lado da

    trao, caso contrrio, a serra poder trancar ou rebater para trs.

    - Usar capacete de proteo em todos os trabalhos. Os mais apropriados so

    os capacetes com proteo no rosto (contra serragem). Luvas firmes de couro, roupas

    ajustadas (macaces e no guarda-ps) e sapatos com boas garras para no

    escorregar e com cobertura de ao para proteo dos ps, pertencem a vestimenta

    correta.

    - Os o