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Paula Bertoldi
ANALISE DE UMA ATiVIDADE OCUPACIONAL PARA APREVEN9AO DE DISTURBIOS OSTEOMUSCULARES DO MEMBRO
SUPERIOR RELACIONADO AO TRABALHO I PROPOSTA DEADAPTA90ES
Monografia apresenlada ao Curso de Terapia da Mao daFaculdade de Ciemcias da Saude da Universidade Tuiutido Parana, como requisito parcial a conclusao do Cursode Pas Gradual/ao.
Professora orientadora : Marian Mahnke Henschel
CHAMPAGNAT1
Curiliba2006
TERMO DE APROVAC;;AO
PAULA BERTOLDI
ANALISE DE UMA ATIVIDADE OCUPACIONAL PARA A PREVENCAODE DISTURBIOS OSTEOMUSCULARES DO MEMBRO SUPERIORRELACIONADO AO TRABALHO I PROPOSTA DE ADAPTACOES
Esta monografia foi julgada e aprovada para obten,ao de titulo de Pos Gradua~ono programa de Terapia da Mao da Universidade Tuiuti do Parana.
Curitiba, 12 de Maio de 2006
Schirley ManhaesTerapeuta Ocupacionall Terapeuta da Mao
Universidade Tuiuti do Parana
Orientadora: Marian Mahnke HenschelTerapeuta OcupacionalTerapeuta da Mao
Banca Examinadora:
Aline Fabri FerrarriTerapeuta OcupacionalTerapeuta da Mao
Vilmara Ramos Tavares LukachinskeTerapeuta OcupacionalTerapeuta da Mao
RESUMO NA LiNGUA VERNACULA
o presente trabalho relata urna reviseo bibliografia sabre ergonomia; relaciona teariae pratica atrav9S da analise postural de urn colaborador no seu posta de trabalho.Este e avaliado pela Terapia Ocupacionall Terapia da Mao utilizando medidas depreven,ao de lesces relacionadas ao trabalho. 0 estudo enfatiza a importancia damelharia das condi,ces de trabalho atraves das mudan,as posturais e adapta,cesno posta de trabalho, visando tambem maior produtividade, bem como maiorconforto e qualidade de vida.
Palavras- chave: Analise postural, trabalho e analise da atividade.
RESUMO NA LINGUA ESTRANGEIRA
The present work tells to a revision bibliography on ergonomics. It relates practicaltheory and through the postural analysis of a collaborator in its rank of work. This isevaluated by the Occupational Therapy Therapy of the Hand having used measuredof prevention of injuries related to the work. The study it emphasizes the importanceof the improvement of the conditions of work through the posture changes andadaptations in the work rank, also aiming at bigger productivity, as well as biggercomfort and quality of life.
Key-words: postural analysis, work, analysis of the activity.
LlSTA DE ILUSTRA90ES
Figura 1 - Com 0 colaborador de pe (de frente) ..
Figura 2 - Com 0 colaborador de pe (de lado).
Figura 3 - Com 0 colaborador de pe (de lado) ..
Figura 4 - Mesa com altura regulavel ..
. 21
. 21
. 22
. 31
SUMARIO
INTRODU~AO .
1.1 APRESENTAC;;Ao DO TEMA ...
1.2 JUSTIFICATIVA ..
1.3 OBJETIVO GERAL ..
1.3.1 OBJETIVO ESPECiFICO ..
1.4 METODOLOGIA ...
1.4.1 Tipo de pesquisa ..
1.4.2 Popula~ao e amostra ..
1.4.3 Instrumentos de pesquisa ..
1.4.4 Procedimentos ..
1.5 HISTORICO DA EMPRESA ...
2 REVISAO BIBLIOGRAFICA ..
21 HISTORICO DA ERGONOMIA ..
. 08
. 08
............... 08
. 09
. 09
. 09
. 09
............. 09
. 09
...... 10
. 10
. 11
. 11
2.2 DEFINIC;;AO E CONCEITOS DE ERGONOMIA.. . 13
2.3 ABORDAGENS EM ERGONOMIA.. . 14
2.4 ERGONOMIA NA INDUSTRIA ..........• 15
2.5 PRINCiPIOS DA BIOMECANICA E SUA APLlCAC;;Ao EM ERGONOMIA 16
2.5.1 Principais situayoes de sobrecarga biomecanica no trabalho 16
2.6 PRINCiPIOS DE ECONOMIA DOS MOVIMENTOS.. . 18
2.6.1 Uso do corpo humane .. . 18
2.6.2 Arranjo do posto de trabalho . . 18
2.6.3 Projeto das ferramentas e do equipamento.. . 19
2.7 INDIViDUOS MAIS PREDISPOSTOS As LESOES ERGONOMICAS 19
2.8 ANTROPOMETRIA.. . 20
2.9 PREVENC;;AO DOS DISTURBIOS MUSCULOS-ESQUELETICOS DOS
MEMBROS SUPERIORES .. . 22
2.9.1 Principais situayoes de sobrecarga para as membros superiores no
trabalho .. . 24
2.9.2 Os 15 principios de ergonomia visando a prevenyao dos disturbios de
membros superiores . . 24
2.9.3 Defini~ao de repetitividade .
2.10 TRABALHO MUSCULAR ESTATICO E DINAMICO ..
211 ATIVIDADE FISICA LABORAL ..
2.12 ERGONOMIA NO POSTO DE TRABALHO ..
2.12.1 A posi~ao em pe ...
. 27
..28
. 29
2.12.1.1 vantagens da postura em pe . . 30
2.13 MESAS COM ALTURA REGULAVEL PARA TRABALHO EM PE 30
2.13.1 ATerapia ocupacional e Terapia da mao na ergonomia.... . 32
3 RELATORIO PRATICO.... . 34
3.1 ENTREVISTA COM 0 COLABORADOR ..
3.2 DESCRICAo DA FUNCAo ..
3.3 ANALISE POSTURAL..
. 34
. 34
. 35
3.4 ANALISE AMBIENTAL.. ..........................•............... 35
3.5 MATERIAlS E FERRAMENTAS UTILIZADAS 35
3.6 ANALISE DA ATIVIDADE ERGOI POSTUROI FUNCIONAL 36
4 CONCLusAo.. . .. 37
4.1 SUGESTOES DE ADAPTACOES 37
4.2 JUSTIFICATIVA PARA AS SUGESTOES ..
REFERENCIAS ..
ANEXOS ..
. 38
. 39
. 41
INTRODU<;:AO
1.1 APRESENTA<;AODO TEMA
Este trabalho tem por objetivo aplicar 0 conhecimento em ergonomia,
reJacionando teeria e pr<3tica, atraves da analise de urn posta de trabalho.
A ergonomia e 0 estudo da adaptayao do trabalho ao homem. Parte do
conhecimento do homem para projetar seu trabalho, ajustando-Q as capacidades e
limita90es humanas.Estuda diversos aspectos do comportamento humane no trabalho,
visando adolar meios para a seguran9a, satisfay80 e bem estar dos trabalhadores,
alcangando assim, qualidade de vida e produyElo satisfat6ria, bern como beneficiar a
empresa reduzindo Indics de absentelsmo.
A analise ergonomica do trabalho busca conhecer e detalhar a atividade
real, propondo ayoes posturais e do posto de trabalho ( ambiente ) com 0 individuo
que realiza a tarefa.
Para as mudanyas propostas, alem das orientayoes e importante a
capacitayao eo entendimento do colaborador.
A Terapia Ocupacional e a Terapia da Mao oferecem como recurso
preventivo a analise da atividade e tambem utiliza as principios ergonomicos como
ferramenta para a prevenC;ao de lesoes adquiridas em maos e todo 0 membra
superior.
1.2 JUSTIFICATIVA
Ampliar conhecimentos referente a ocupac;ao humana e analise postural
na prevenC;ao de lesoes, unindo a ciencia da Terapia Ocupacional com a tecnica da
Terapia da Mao dentra da ergonomia.
1.3 OBJETIVO DA GERAL
Analisar uma atividade ocupacional para prevenyao de disturbios
osteomusculares relacionado ao trabalho, para posteriormente realizar possiveis
adapta90es e orienta90es ,visando melhor funcionalidade do colaborador.
1.3.1 OBJETIVO ESPECiFICO
• Observar postura e mobilia rio;
• Analisar a atividade funcional;
• Observar as materiais e equipamentos.
1.4 METODOLOGIA
1.4.1 Tipo de pesquisa
Pesquisa de campo e revisao bibliografica sabre ergonomia em urn postode trabalho.
1.4.2 Popula~ao e amostra
Urn indivfduQ do sexo masculino com idade de 22 anos.
1.4.3 Instrumentos de pesquisa
• Documento de autorizayao para utilizar;ao de dados do funcionario.
(anexo 1)
• Autorizac;ao para a utilizayao das dependencias da Empresa de
Malhas Darle. (Anexo2)
• Ficha para avalia\"'io da atividade e posto de trabalho. ( ver anexo 3)
• Ficha de entrevista. ( ver anexo 4)
• Fotos do posto de trabalho. ( ver anexo 5)
10
1.4.4 Procedimenlos
• Sele,80 do posto de trabalho;
• Registro atraves de fotografias do posto;
• Observac;ao da postura e mobiliario;
• Analise funcional;
• Entrevista;
• Avaliar;ao;
• Observar;80 de materiais e equipamentos necessarios para a
realiza,80 da tarefa;
• Proposta de adapta,oes;
• Orientayao ao colaborador.
1.5 HISTORICO DA EMPRESA
No ano de 1984 foi fundada no Municipio de Rio do Oeste a empresa
Malhas Darle. 0 seu fundador Sr. Odari Sardagna iniciou uma modesta industria no
ramo, incrementando a produc;ao com acolchoados e blusas de 18; anos depois sua
habilidosa esposa iniciou em sua propria casa confeCr;80 de roupas infantis sob
encomenda entrando entao literal mente no ramo da confecr;ao de roupas para
adultos e crianr;as.
Apesar de lodos as seus cuidados na area administrativa, Odari assinala
que 0 sucesso da empresa deu-se em funr;80 da colaborayao de sua esposa.
Com muito esforyo e com a priltica adquirida, seus trabalhos foram
conquistando cada vez mais 0 mercado consumidor, sobretudo, pela
qualidade e originalidade de seus produtos.
A empresa se transformou na pioneira na regiao do Alto Vale, em
temnos de produ,ao propria de malha (100% algodao ).
Hoje a empresa esta em fase de adaptayao na confecyao de jeans,
visando diversidade nos seus produtos.
A empresa vende para todo 0 pais, mais seu mercado forte e a
grande Sao Paulo, onde concentra 80% de suas venda.
11
2 REVISAo BIBLIOGRAFICA
21 HISTORICO DA ERGONOMIA
Conforme COUTO (2002), a historia do trabalho pode ser definida em 4
grandes epocas:
• Epoca 1 - antes de 1750: 0 trabalho era obtido atraves da energia do
ser humane au da tr8980 animal. A energia vinha do fogo e nenhuma Dutra forma de
energia era aproveitada para facilitar as meios de produg.3o.
• Epoca 2 - Revolu~ao Industrial: James Watt, inventou a maquina a
vapor, e posteriormente surgiu as fabricas. Houve urn aumento de migrag80 dos
trabalhadores do campo para as cidades e 0 numero excessive de horas de trabalho
e as pessimas condic;6es eram as regras. Acidentes de trabalho eram freqOentes e
as salarios eram muito baixo. Ao final do secula XIX, ocorreu uma tensao social em
diversos palses da Europa, onde a RevoluC;80 Industrial comec;ou.
• Epoca 3 - Segunda Revolu~ao Industrial: teve origem nos primordios
da Administrar;80 Cientifica , aD inicio do sEkulo XX, em que 3 nomes se destacam.
Faylor estabeleceu as regras da hierarquia e; Taylor e Ford estabeleceram as regras
de funcionamento do chao de fabrica e da organizac;ao do trabalho em industrias de
prodU<;80 em massa. Com isso teve urn aumento da produtividade nas empresas.
• Epoca 4 - Reestrutura~ao Produtiva: em 1973 houve outro aumento
na produtividade, obtido atraves de 4 meios: mudanc;a na base tecnologica, 0 mais
importante foi a microeletronica; mudan<;a na rela<;8o do trabalho, aumentos de
formas alternativas, como terceirizag8o, trabalhos autonomos, trabalhos par prajetos;
mudanga na organizac;ao do trabalho, grupos semi-autonomos, e outras formas de
trabalho segundo 0 modele japon;,s de industria; e novas formas de gerenciamento,
senda a principal a Just-in- Time e outras tecnicas e siglas proprias de nossos dias.
Para Lida (1990), 0 periodo de gestao da ergonomia, date ainda da Pre-
Historia, quando a homem preocupava-se em adaptar os objetos e 0 ambiente as
suas necessidades.
Segundo Vidal (1995), a primeira defini9aO de Ergonomia foi feita em
1857 na egide do movimento industrialista europeu. Esta defini9aO foi feita por um
cientista pol ones, Wojciech Jarstembowsky para entender a ergonomia como uma
12
ciencia natural em um artigo intitulado ~Ensaiosde ergonomia, ou ciencias do
trabalho, baseada nas leis objetivas da ciencia sabre a natureza" A primeira
defini9ao estabelecia que: A ergonomia como uma ciencia do trabalho que
entendamos a atividade humana em term as de esfon;:o, pensamento,
reJacionamento e dedicac;ao.
Conforme Silva (1999), a ergonomia data de 12/07/49, na Inglaterra,
como conseqCfI§ncia de diversos profissionais mobilizados durante a II Guerra
Mundial, preocupados com as condic;6es no mundo de trabalho, em melhorar a
produtividade e condi90es de vida da popula,ao. Em 1949 surge a Sociedade de
Pesquisa em Ergonomia, mas s6 em 1950 e proposto 0 neologismo ergonomia.
Marine (1988), inicio do seculo XX divide a ergonomia em tres etapas:
1) 1945-1960: enfatiza a adapta,ao da maquina ao homem. Surgem os primeiros
conceitos de ergonomia, trabalha-se mais os aspectos da fisiol09ia e no final deste
periodo tarnbam 0 aspecto fisico-muscular;
2) 1960-1980: especializa,ao de outras profissoes nessa area e humaniza,ao do
trabalho; e a partir da decada de 70 0 aspecto cognitivo;
3) 1980 (...) revolu,ao ergonomica em quase todas as empresas.
Conforme Couto (2002), 0 grande evento desencadeador da ergonomia
foi a projeto da capsula espacial norte americana, motivado pelo desafio das
superpotencias, as astronautas passaram a exigir melhores condic;6es,
especial mente no interior da capsula espacial. Outro motivo do desenvolvimento da
ergonomia foram as lesoes do sistema osteomuscular. 1550 gerava muita dor e
incapacitac;ao, absenteismo e, quando a trabalhador saia da empresa originavam
processos para reparac;ao do dano. Isso se devia a nao ergonomia no ambiente de
trabalho.
E importante destacar que muitas empresas adotam a ergonomia, porque
julgam ser 0 correto, procuram 0 lucro e a quer legitimado legalmente. Tambem a
preocupa,ao com a qualidade de vida no trabalho tem sido um dos fatores pelo qual
as empresas adotam as ac;oes ergonomicas.
A ergonomia tambem passa por transforma,oes da mesma forma que a
sociedade vem S8 transformando 8 fazendo novas exigencias e isso afeta as
organiza,oes de trabalho e 0 pr6prio homem. Neto (1996), afirma que:
"[...] 0 periodo hist6rico em que estamos situados marca-s ~. f !f.'\.~~transformacoes societarias que afetam diretamente 0 conjunto da . ''it1""f..social e incidem fortemente sobre as profissoes, suas areas deintervencao, seus suportes de conhecimento e de implemenla~ao. suasfuncionalidades [...] as transforma~6es societarias, reconfigurando asnecessidades sociais dadas e criando novas, ao metamorfosear aprodUCj80e a reproduyao da sociedade, atingem diretamente a divis80socioh€!cnicado trabalho, envolvendo modificaCjoes em lodos as seusniveis.~ (NETO, 1996, p.87-89)
Segundo Lida (1990), a ergonomia restringia-se a conota<;ao militarista,
espacial e industrial. Posteriormente, expandiu-se pelo mundo como instituic;6es de
en sino, pessoas idosas, deficientes fisicos, eventos nacionais e internacionais.
A ergonomia tem contribuido para melhorar 0 dia a dia das pessoas,
tornando os meios de transportes mais comodos, a mobilia domestica mais
confortavel e os aparelhos eletrodomesticos mais eficientes e seguros.
2.2 DEFINICAO E CONCEITOS DE ERGONOMIA
Erganomia pade ser definida em 5 palavras: adaptaCj80do trabalho aspessoas. Em mais palavras, Erganomia pade ser definida como ° trabalhoinlerprofissional que, baseado num conjunto de ciencias e tecnologias,procura 0 ajuste mutuo entre 0 ser humano e seu ambiente de Irabalho deforma confortavel e produtiva, basicamente procurando adaplar 0 trabalhoas pessoas. (COUTO, 2002, p. 17)
A erganomia e ° estuda da adapla~o do trabalho ao homem. 0 trabalhoaqui lem uma acePCaobastante ampla, abrangendo nao apenas aquelasmaquinas e equipamentos utilizados para Iransformar as malerials. mastambem loda a silua~o em que ocorre 0 relacionamenlo entre 0 homem eseu trabalho. 1550envolve nao somente 0 ambiente fisico, mas lambem asaspectos organiz8cionais de como esse trabalho e programado econtrolado para produzir os resultados desejados. (LIDA, 1993, p. 1)
° termo ergonomia e derivado das palavras gregas ergon (Irabalho) enomos (regras). Resumidamente, pode-se dizer que a ergonomia se aplicaao projeto de maquinas. equipamenlos. sistemas e tarefas, com 0 objetivode melhorar a seguran(fa, saLide, conforto e eficiencia no trabalho. Noprojeto de Irabalho e nas situaCjoescotidianas, a ergonomia focaJiza 0homem. As condiCjoes de inseguran(f3, insalubridade, desconforto eineficienCia sao eliminadas quando adequadas as capacidades e limita(foesfisicas e psicol6gicas do homem. (DUL, 1995, p. 13-14)
14
Conforme Moraes (2000), a ergonomia busca atraves de estudos da
antropometria, fisiologia, psicologia, bimecfmica e anatomia, 0 limiar, limite e
capacidade humana. Adapta ao homem meios e metodos de trabalho,
planejamento, programac;ao,contro e processo de produgao.
Para Verdussen (1978), a ergonomia preocupa-se com as Iimita~6es
humanas, com que 0 individuo pode tazer sem ir alem de urn esfon;o compativel
com a segurany8 desejavel ou com que naD 0 obrigue a posic;6esque Ihe possamcausar danos.
Estuda aspectos tais como: fatares humanos, fatores ambientais,informaC;8o e organiz8C;8o, conseqOencias do trabalho. Utiliza-s8 das aplic8c;oes dos
conhecimentos para a reduC;8ode acidentes, doenc;asocupacionais, erros, fadiga eestresse no trabalho, aumentando assim a produtividade e a qualidade do trabalho.
2.3 ABORDAGENS EM ERGONOMIA
Para Lida (1993), as contribui~6es da ergonomia para introduzir melhorias
em situ8c;6es de trabalho variam conforme a etapa em que elas ocorrem e tambemconforme a abrangencia com que e realizada. A abrang€mcia e classificada em
analise de sistemas e analise dos postos de trabalho .• Analise de sistemas: preocupa-se com 0 funcionamento global de
uma equipe de trabalho usando uma ou mais maquinas, partindo de aspectos mais
gerais, com a distribuic;aode tarefas entre 0 hom em e a maquina, mecanizac;ao detarefas e assim por diante. Ao atribuir uma tarefa ao hom em ou a maqu;na deve
considerar criterios como custo, confiabilidade, seguranc;ae outros.• Analise dos postos de trabalho: e 0 estudo de uma parte do sistema
onde atua um trabalhador. A abordagem ergon6rnica ao nivel do posto de trabalhofaz a analise da tarefa, da postura e dos movimentos do trabalhador e das suasexigencias fisicas e psicol6gicas. Ern urn posta mais simples, onde 0 hornem operaapenas uma maquina, a analise deve partir das interac;6es que ocorrem entre 0homem, a maquina e 0 ambiente.
As contribuic;6esergonomicas de acordo com a ocasiao em que e feita, eclassificada em ergonomia de concepc;ao,de correc;aoe de conscientiza<;ao.
15
• Ergonomia de concep~ao: ocorre na fase iniclal de projeto do
produto, da maquina ou do ambiente. Esta e a melhor situac;ao, pois as alternativaspoderao ser examinadas, mas tambem exige maior conhecimento e experiencia, par
que as decis6es sao tamadas em eima das situ8goes hipoteticas.• Ergonomia de corre~ao: e aplicada em situ8goes reais, ja existentes,
para solucionar problemas que S8 refletem na segurang8, na fadiga excessiva, em
doengas do trabalhador au na quantidade e na qualidade da produgao.
• Ergonomia de conscientiza~ao: as vezes as problemas nao saototalmente solucionados, nem na fase de concep<;ao e nem na de correr;ao. Par isso
e importante conscientizar 0 operador, atraves de cursos de treinamento, ensinado-oa trabalhador de forma segura, reconhecendo os fatores de risco que pod em surgir
no ambiente de trabalho.
24 ERGONOMIA NA INDUSTRIA
Para Uda (1993), contribui para melhorar a eficiencia, a confiabilidade e a
qualidade das operat;6es industriais. Isso pode ser feito por tres vias:aperfeigoamento do sistema homem-maquina, organizagao do trabalho e melhoria
das condigoes de trabalho.
o aperfeit;oamento do sistema homem-maquina pode ocorrer tanto nafase de prajeto de maquinas, equipamentos e postas de trabalho, quanto namodificat;6es em sistemas ja existentes, adaptando-os as capacidades e limitat;6esdo ser humano.
A ergonomia tambem esta relacionada com os aspectos organizacionaisdo trabalho, procurando reduzir a ladiga e a monotonia, principalmente pela
eliminat;ao do trabalho repetitivo, dos ritmos mecanicos impostos ao trabalhador, e
da lalta de motivag80 provocada pela pouca participagao do mesmo nas decis6es
sabre seu pr6pria trabalho.A aplicat;ao da erganomia na industria e feita identificando-se os locais
onde acorrem maiores problemas ergonomicos. Estes pod em ser reconhecidas par
certos sintomas como alto indice de erras, acidentes, doent;as, absentefsmos erotatividade dos empregos.
16
2.5 PRINCiPIOS DA BIOMECANICA E SUA APLlCAi;AO EM ERGONOMIA
Para Couto (2002), 0 ser humano tem pouea eapaeidade de desenvolver
for98 fisica no trabalho. 0 sistema osteomuscular do ser humano permite-o a
desenvolver movimentos de grande veloeidade e de grande amplitude, porem com
pequenas resistencias.
o homem e adaptado a fazer contra~oes museulares dinamieas, e e mal
adaptado a fazer contrac;;oes museu lares estaticas, nas quais Deerre dor muscular
intensa e fadiga precoce, devido ao acumulo de acido Jatico e Qutros metab6litos.
Os museu los tern as seguintes propriedades: forg8, resistencia,
flexibilidad8, velocidade, potencia, agilidade, equilibrio e coordena9flo. Compativel
com essas caracteristicas, as seguintes regras devem ser aplicadas:
• Nunca usar urn esforc;o excessivo sobre 0 trabalhador de uma 56 vez,
mas sim, adapta-Io gradativamente ao esfor~o exigido pela tarefa;
• Praticar a ginastica de aquecimento e de aJongamento ao inicio das
jornadas de trabalho;
• Garantir a adapta9ao do automatismo dos movimentos de forma
gradativa, especial mente em taretas que exijam bastante desse automatismo;
• A melhor postura para trabalhar e aquela em que 0 corpo altema as
diversas posi~oes: sentado, de pe e andando.
2.5.1 Principais situa~oes de sobrecarga biomecAnica no trabalho
Conforme Couto (2002), todas as situa~6es em que 0 trabalhador tenha
que exercer grande tor9a fisica, contar com a maquina humana fazendo fon;a fisica
e inadequado e anti-ergonomico.
Todas as situa~oes de esfor~o estatico no trabalho como:
• corpo fora do eixo vertical;
• sustenta9ao de cargas com os membros superiores evitando seu
deslocamento, postura de pe, parado, durante grande parte da jornada de trabalho;
• postura de pe, apoiado sabre urn das pes (geralrnente associado a
a90es tecnicas de apertar pedals ou atividades de manuten9ao onde nao existe uma
boa base de apoio para os pes);
17
• trabalhos feitos com as brac;:os aeirna do nivel dos ombros;
• movimentaC;8o, manuseio e levantamento de cargas pesadas;
• pequenas contrac;6esmuseu lares estaticas, como as que geralmente
ocorrem ao S8 trabalhar com computador;
• brac;os suspensos;
• antebrac;os suspensos;
• Todas as situac;6es de alavanca biomecanicamente desfavoravel, em
que, ao fazer urn esforc;o fisico, a distancia da potEmcia aD ponto de apoio esteja
muito pequena e a distimcia da resistencia ao ponto de apoio esteja muito langa;
• Todas as situac;6es de desagregac;ao do esfon;o muscular, ista e,quando 0 individuo tern que fazer urn esfon;o lento, sob controle, no sentido
contrario ao que seria a ac;ao motora natural. Par exemplo, colocar uma caixapesada no chao, de forma lenta;
• Todas as situa90es em que se inicia uma atividade fisica de formamoderada au intensa sem a aquecimento muscular e a alongamento do grupamentomuscular envolvido;
• Todas as situa90es em que se coloca 0 trabalhador novo emdeterminada tarefa de esfon;:ospouco comuns na vida diaria, sem 0 devido tempo de
adequa9ao de seus musculos e ligamentos;
• Todas as situa90es em que se coloca a trabalhador em atividade
laborativa de alta repetitividade, sem dar 0 devido tempo para 0 preparo do
automatismo de seus movimentos e sem 0 devido preparo no modo operatorioquanta a forma de se realizar a trabalho;
• Qualquer situagiio em que 0 trabalhador tenha que desempenhar a
atividade em pe, parada na maior parte do tempo, ou com pouca movimenta9ao,
com pouca probabilidade de se sentar sempre que julgar necessaria;
• Qualquer situa9ao em que 0 trabalhador tenha que ficar sentadodurante toda a jornada, sem possibilidade ou com pouca possibilidade de se levantarperiodicamente para movimentar-se;
• Qualquer situa\'iio em que 0 trabalhador tenha que ficar em posigiio
forgada durante uma parte significativa da jornada de trabalho, com pouca
possibilidade de obter alivio atraves da mudanga de postura.
18
2.6 PRINCiPIOS DE ECONOMIA DOS MOVIMENTOS
Para Couto (1996), os principios de economia dos movimentos sao:
2,6,1 Uso do corpo humano
• As duas maos devem iniciar e terminar as movimentos no mesma
instante;
• As duas maos nao devem fiear inativas ao me sma tempo;
• Os brayos devem mover-S8 em direyao opostas e simetricas;
• Devern ser usados movimentos manuais mais simples;
• Deve-s8 usar quanti dade de movimento (massa x velocidade) ajudandoa esfon;o muscular;
• Deve-s8 usar movimentos suaves, curtos e retilineos das maos (evitar
mudany8s bruscas de direr;;:ao);
• Os movimentos "balisticos" ou "soltos" sao rna is faceis e precisos queos movimentos "controlados";
• 0 trabalho deve seguir uma ordem compativel com a fitmo suave e
natural do corpo;
• As necessidades de acompanhamento visual devem ser reduzidas.
2.6.2 Arranjo do posto de trabalho
• As ferramentas e materiais devem ficar em locais fix~s;
• As ferramentas, materiais e controles devem !ocalizar -se perte dos
seus locais de use;
• Os materia is devem ser alimentados por gravidade ate 0 local de usa;
• As pegas acabadas devem ser retiradas por gravidade;
• Materiais e ferramentas devem localizar-se na mesma sequencia de
uso;
• A iluminagao deve permitir uma boa percepg80 visual;
• A altura do posto de trabalho deve permitir 0 trabalho de pe, alternado
com 0 sentado;
• Cad a trabalhador deve dispor de uma cadeira que possibilite uma boa
postura.
19
2.6.3 Projeto das ferramentas e do equipamento
• As maos devem ser substituidas par dispositivos, gabaritos au
mecanismos acionados par pedal;
• Deve-s8 combinar a 89ao de duas ou mais ferramentas;
• As ferramentas e as materiais devem ser pre-posicionados;
• As cargas, no trabatho com os dedos, devem ser distribuidas de acordo
com as capacidade de cada dedo;
• Os controles, alavancas e volantes devem ser manipulados com
alter89130minima da postura do corpo e com mais vantagem mecanica.
2.7 tNDtViDUOS MAtS PREDISPOSTOS As LESOES ERGONOMICAS
Conforme Couto (2002), os individuos mais predispostos as lesoes sao:
• 0 trabalhador novo na area: primeiro porque a pessoa com pouco
tempo na fun~o nao tern 0 mesmo padrao de mobilidade em seu sistema museu 10-
esqueleHico; segundo porque 0 individuo novo nao tern 0 mesma dominic do
trabalho 8, quando S8 depara com urn ambiente tense vivencia mais inseguranya e
medo.
• 0 individuo de personalidade tensa: pessoas tensas, ansiosas
tendem a se colocar num nivel de ansiedade maior do que 0 exigido pelas situa90es
de trabalho, au respondem de forma excessivamente tensa quando a trabalho ja epar si s6 tenso.
• Baixa capacidade de fore;a fisica e lesoes previas: quando a tarefa
exige muita fon;;a, as pessoas mais fracas mostram-se mais predispostas as
LER/DORT.
• Mulheres: as mulheres costumam ter duas a tres vezes mais disturbios
e les6es par sobrecarga funcional nos membros superiores do que as homens, isso
deve a maior fragilidade da estrutura orgimica da mulher, men or capacidade
aer6bica e pela jornada continuada pelo fato de que al9m do trabalho nas empresas
tambem cuidam das atividades domesticas. Compleig8o fisica menos robusta e
outros habitos de vida.
20
• Idade: pessoas com menDS de 18 anos e com mars de 45 anos sao
mais propensas aDs disturbios de natureza ergonomica.
• Pessoas portadoras de alterary6es anatomicas e les6es pn§vias.
2.8 ANTROPOMETRIA
Conforme Coulo (1996), a antropometria estuda as medidas humanas que
sao importantes na determina<;ao de diversos aspectos relacionados aD ambiente de
trabalho no sentido de se manter uma postura adequada.
o problema que a antropometria enconlra e que exislem diferenc;as nas
dimens6es das pessoas, de tal forma que uma altura boa para uma pessoa muitas
vezes nao sera a mesma para a Dutra.
Par isso cita-s8 algumas recomendaryoes relacionadas a antropometria:
• Os postos de trabalho devem ter regulagem de altura e de distancia
entre 0 corpo do trabalhador e 0 objeto do Irabalho;
• Para S8 obter born conforta, a altura correta e a distancia adequada
sao aquelas em que 0 corpo fica com torque (tendencia de giro) igual a zero, ou
seja, 0 mais proximo da vertical;
• Na impossibilidade de se ler regulagem, adotar 3 padr6es de medida
do posta de trabaJho: uma para pessoas altas, uma para pessoas medianas e uma
para pessoas baixas;
• Na duvida entre instalar algum componente mais alto ou mais baixo,
instala-Io mais alto.
Para Lida ( 1991), sempre que possivel e necessario, deve- se realizar as
medidas antropometricas da popula98o para a qual esta sendo projetado um
equipamento, pois equipamentos fora das caracteristicas dos usuarios podem levar
a estresse desnecessario e ate provocar acidentes.
Com a pessoa de pe: Todas as medidas a seguir devem ser feitas desde
o ponto de referencia ate 0 chao; a pessoa deve usar sapato normal, conforme
usaria para trabalhar (veja nas figuras a seguir, as ilustra<;;6esdas medidas).
AI
o;!~
Ii , ~ !i (=H
'1" __ .1:. L~_LtiFigura 1 • Com a pessoa de pe (de frente)Fonte: COUTO, 1996, p. 179
Figura 2 - Com a pessoa de pe (de lado)Fonte: Ibid., p. 180
22
Figura 3 - Com a pessoa de pe (de lado)Fonte: Id., p. 180
2.9 PREVENC;;AO DOS DISTURBIOS MUSCULOS-ESQUELETICOS DOS
MEMBROS SUPERIORES
Os dislurbios musculos-esqueleticos de membros superiores, chamados
de DORT (disturbios osteomusculares relacionados com 0 trabalho), e 0 principal
problema de origem ergonomica nos tempo atuais em todo 0 mundo. Ocasionam dar
forte, associ ada a incapacidade temporaria para 0 trabalho. Geralmente sao
curaveis, porem algumas costumam S8 cronificar e podem levar a urn quadro de dar
cronica, que podem ser acompanhada de percepgao de incapacidade para 0
trabalho e ate mesmo resultar em aposentadoria por invalidez.
Para Couto (2002), 0 termo DSF (Disturbio por Sobrecarga Funcional) e
urna designag80 do que ocorre nesses casas: urna sobrecarga funcional das
delicadas e frageis estruturas dos membros superiores, sem 0 tempo necessaria
para a recuperagao de sua integridade.
Na lase inicial 0 tratamento pode ser lacil e rapido. 0 tratamento e
baseado em 5 principios:
1) Repouso da estrutura sobrecarregada;
23
2) Meios fisicos de redug80 da inflamag8o, lais como frio, calor, banho de contraste
e outros;
3) Antiflamat6rios, analgesicos e Qutros meios, visando reduzir a dar e diminuir a
processo inflamat6rio;
4) Cinesioterapia, atraves de exercicios de alongamento, relaxamento e
lortalecimento muscular;
5) Nao retorno a condiyao de trabalho que tenha precipitado a queixa sem a devida
corre9E1o dos fatares causa is.
Os principais disturbios musculo-esquelsticos reJacionados ao trabalho
em membros superiores sao:
• Fadiga muscular;
• Desarranjos biomecEmicos inespecificos, em que alguns museu los au
seus revestimentos S8 tornam inflamados, ocasionando dar aos movimentos;
• Nas maos enos punhos: miosites dos musculos lumbricais, fasciite da
mao, tenossinovite dos flexores e dedos, tenossinovite dos extensores, tendinite de
OeQuervain e sindrome do tune I do carpo.
• Nos antebrat;os e cotovelos: epicondilites e miosites dos musculo
pronador redondo;
• Nos om bros: tendinite da por<;ao long a do biceps, tendinite dos
musculo supra-espinhoso, tendinite de outros museu los da bainha rotat6ria dos
ombros;
• No pescot;o: fibromiosite do musculo trapezio e do musculo
esternocleidomast6ideo e sfndrome da tensao cervical.
E importante destacar em que cerca de 1/3 dos disturbios de membros
superiores hi! uma relat;ao com 0 trabalho, em outro 1/3 ha uma relavao com fatores
lora do trabalho (atividades esportivas, atividades domesticas) e no restante 1/3 a
origem e de natureza complexa, em que a trabalho pode ser um dos latores que
contribui para 0 disturbio, mas podem existir fatores de natureza pessoal e fatores
ligados a atividades extra-Iaborativas.
Os disturbios por sobrecarga funcional nos membros superiores podem
acometer qualquer profissional que utilize as maos como ferramenta de trabalho.
Para Trombly (2005), uma analise da ocupa~ao apropriada para disturbios
osteomusculares relacionados ao trabalho, deve-se eng lobar descri90es de fatores
24
de risco , como as movimentos repetitivDS, fOf98, posturas estaticas e posturas
inc6modas.
2.9.1 Principais situa90es de sobrecarga para os membros superiores no
trabalho
Para Couto (2002), as principais situac;6es sao:
• Alta repetitividade dos movimentos;
• Forc;:a fisica com as membros superiores: as rna is criticos sao as
esfarc;as em pinc;a (lateral, palmar e pulpar), tambem os esfarc;as de campressaa
palmar, compressao digital, pois as tend6es da mao sao estruturas frageis , aptas
apenas para movimentos e nao para fon;a;
• Posturas inadequadas como: postura estatica em geral de qualquer
parte dos membros superiores, pescoc;:o excessivamente extendido au fletido,
pescac;o torcido, abduC;ao de ombro, desvio ulnar, flexaa e extensaa do punha;
• Vibrac;:8.o ocasionada par ferrarnentas motorizadas;
• Compressao medmica das delicadas estruturas;
• Tempo insuficiente de recuperac;:aoda integridade;
• Fatores da organiza98o do trabalho que ocasionam sobrecarga;
• Fatores pSicossociais que acarretam tens8o;
• Fatores de anula980 dos mecanismos de regulay80 vindo com
sobrecarga.
2.9.2 Os 15 principios de ergonomia visando a prevenyBo dos dislurbios de
membros superiores
Para Couto (2002), as 15 principias sao:
1) Reduzir 0 esfarc;o manual executada na tarefa;
2) Acertar a pastura do trabalhadar aa executar a tarefa;
3) Eliminar as fontes de compressao mecanica das delicadas estruturas;
4) Eliminar movimentos desnecessarios. Automatizar tarefas de altissima
repetitividade com padrao unico de movimento;
25
5) Enriquecer a atividade do trabalhador, eliminando a concentral'aO em uma
atividade repetitiva;
6) Alongar 0 trabalho, incluindo Qutras 8c;oes tecnicas;
7) Promover rodizio nas taretas;
8) Instituirpausasde recuperayao;
9) Eliminarfatoresde dificuldadena realizal'ao das tarefas;
10) Calcular 0 tempo de trabalho e tempo de repouso de forma a garantir a
existencia de tempo de recuperag80 da fadiga e intervir a tempo de prevenir les6es;
11) Reduzir a vibral'ao das ferramentas e/ou controlar 0 tempo de al'aO de
ferramentas vibrat6rias;
12) Dar instrur;ao e preparac;ao corretas sabre como trabalhar de forma
ergonomicamente eficiente;
13) Evitar incentivos a produtividade baseados em aumento individual da
remunerac;ao;14) Ter atenyilo especial aos problemas ergonomicos decorrentes de fatares da
organiz8gao do trabalho, psicossociais e de anulag80 dos mecanismos de
regulayao;
15) oiante da queixa desencadear imediatamente 0 protocoJo de conduto medico-
administrativa.
2.9.3 Definiyao de repetitividade
Para Pires (1998), as valores considerados mais freqOentes para a
classifical'iio da repetitividadesao:
• Cicio de baixa repelitividade: quando 0 cicio de trabalho tern durac;aomaior que 30 segundos QU ciclos nos quais menos do que 50% do tempo eocupado com 0 mesrno tipo de movimento.• Cicio de alia repelilividade: quando 0 cicio de trabalho tern duravao majorque 30 segundos au ciclos nos quais rnais do que 50% do tempo e ocupadocom 0 mesmo tipo de movimento.
26
Para Couto (1996), os movimentos padroes sao os seguintes:
alcanc;ar/mover, pegar, preposicionar, montagem mecimica, montagem de
superficie, prenderllirmar, usar, sol tar e trabalho mental.
o simples fata de ser urn cicio menor que 30 segundos caracteriza uma
moderada predisposig8o para as les6es por traumas cumulativos, predisposiC;2Io esta
que sera aumentada S9 houver postura inadequada no trabalho, compressao
mecimica sobre as delicadas estruturas dos membros superiores e S8 houver fon;:a
excessiva.
2.10 TRABALHO MUSCULAR ESTATICO E DINAMICO
Para Grandejean (2005), 0 trabalho dinamico caracteriza-se pel a
alternancia de contragc3o e extensao, au seja, por tensEio e relaxamento. Ha
mudanga no comprimento do museu 10, geralmente de forma rftmic8. Ja 0 trabalho
estatico, caracteriza-se por um estado de contragao prolongada da musculatura, 0
que geralmente leva a urn trabalho de manutenC;80 de postura.
Na atividade dinamica, 0 trabalho pode ser expresso como 0 produto da
forg8 desenvolvida e do encurtamento dos musculos. No trabalho estatico, 0
musculo nao altera seu comprimento e mantem-se em um estado de alta tensao,
produzindo lor~a durante todo 0 periodo de 8slorgo. No eslor~o estatico nenhum
trabalho uti I e extremamente visivel. Este trabalho assernelha-se a 8tividade de urn
eletromagneto, que tem um consumo constante de energia enquanto suportando urn
determinado peso, porern nao apresenta estar produzindo nenhum trabalho.
o trabalho estatico e significativ~ nas seguintes condi<;6es:
• Se um esfor<;o grande e manti do por 10 segundos ou mais;
• Se um esforc;o rnoderado persistir par 1 minuto ou mais;
• Se urn esfor<;o leve durar 5 minutos ou rnais.
Alguns exemplos de trabalhos estaticos:
• Trabalhos que envoi vern a tor<;ao do tronco para frente ou para os
lados;
• Segurar coisas com as maos;
• Manipula90es que requerem que 0 bra90 permane9a
elevado acima do nivel do ombro;
• Colocar 0 peso do corpo sobre uma perna, enquanto a outra esta
acionando um pedal;
• Ficar de pe em um local por longo periodo;
• Empurrar ou puxar objetos pesados;
e Inclinar a caber;a para frente ou para tras;
• Elevar os ombros por longo periodo.
Conlorme PIRES (2001), em compara~ao com 0 trabalho diniimico, 0
trabalho estatico leva a:
• Um consumo maior de energia;
• FreqOencias cardiacas maiores;
• Perfodo de recupera9aO mais longos.
2.11 ATIVIOAOE FISICA LABORAL
Para Mendes (2004), a atividade lisica laboral e planejada e aplicada na
empresa, durante 0 expediente. Tambem e conhecida como atividade fisica na
empresa, ginastica laboral compensatoria, ginastica do trabalho ou ginastica de
pausa.
Segundo Lima (2003), a ginastica visa compensar as estruturas mais
utilizadas no trabalho e ativar as que nao sao requeridas, relaxando-as e tonificando-
as.
Sao exercfcios especfficos realizados no proprio local de trabalho,
atuando de forma preventiva e terapeutica. Nao sobrecarrega e nao leva 0
colaborador ao cansa90 porque e leve e de curta duragao. Assim, espera-se prevenir
a fadiga muscular, diminuir 0 fndice de acldente de trabalho, corrigir vicios posturais,
aumentar a disposic;ao do colaborador e prevenir as doen9as par trauma cumulativo.
A atividade fisica laboral e um meia de incentivar a pratica de atividades
lisicas como instrumento de promo,80 a saude e do desempenho prolissional.
28
o objetivo e promover adapta<;oes fisiol6gicas, fisicas e psiquicas, atraves
de exercicios dirigidos e adequados para 0 ambiente de trabalho.
Atraves das adaptayoes citadas acima, a atividade fisica laboral pode
trazer os seguintes beneffcios:
• Melhorar a flexibilidade e a mobilidade articular;
• Prevenir a fadiga muscular;
• Minimizar os vieiDs posturais;
• Prom over a socializa9ao;
• Aumentar a disponibilidade e a animo para 0 trabalho;
• Promover a autoconhecimento do corpo e a coordenaC;8o motara;
• Diminuir 0 absenteismo e a procura ambulatorial;
• Melhorar a produtividade individual e do grupo.
Ha tres tipos de atividade fisica laboral:
• Ginastica de aquecimento au preparat6ria: com duraC;8o aproximada
de 5 a 10 minutos, realizada antes do inicio da jornada de trabalho, tendo 0 principal
objetivo de preparar as colaboradores para sua tarefa, aquecendo os grupos
musculares que serao solicitados em seus trabalhos laborais.
• Gimistica compensat6ria au de pausa: com dura9ao de 10 minutos,
e realizada durante a jornada de trabalho. Interrompe a monotonia operacional
aproveitando as pausas para executar exercfcios especificos de compensa9ao para
esfon;:o repetitivo, estrutura sobrecarregada e as posturas solicitadas nos pastas de
trabalho.
• Atividades de relaxamenta au final de expediente: com dura9ao de
aproximadamente 10 minutos, baseada em exercicios de alongamento e
relaxamento muscular, e realizada no final do expediente, tendo como objetivo de
oxigenar as estruluras museu lares envolvidas na tarefa diaria.
2.12 ERGONOMIA NO POSTO DE TRABALHO
Para Oliveira (1998), a aplica980 ergonomica no posto de trabalho tende
a desenvolver mecanismos que reduzam as exigencias biomecfmicas, procurando
29
colocar 0 operador em uma boa postura de trabalho, os objetos dentro do alcance
dos movimentos corporais e que haja facilidade de percepg80 de informac;ao.
o melhor criterio do ponto de vista ergonomico e a melhoria da postura e
a redu,ao do esfor,o fisico exigido dos trabalhadores, determinando-se os principais
pontcs de concentra90es de tens6es, que podem provocar dares nos museu los.
A postura e determinada pela natureza da tarefa, as posturas prolongadas
podem prejudicar aS museu los e articula90es.
A postura mais adequada para 0 trabalhador e aquela que ele escolhe e
que pode ser variada ao longo do tempo. 0 tempo de manuten,ao de uma postura
deve ser 0 menor passivel, pois seus efeilcs fisiologicos estao ligados a compressao
dos vases sangu[neos, provocando assim dar e fadiga muscular.
2.12.1 A posi,ao em pe
Conforme a norma tecnica do Ministerio do Trabalho e Emprego
060/2001, muitas vezes escolhe-se a postura em pe por que as curvaturas da coluna
nesta posic;:ao estao em alinhamento correta e desta forma, as pressoes sabre 0
disco intervertebral sao menores que na posi980 sentada.
2.12.1.1 Algumas desvantagens da postura em pe im6vel
• Tendencia a acumulag80 do sangue nas pernas 0 que predispoe ao
aparecimento de insuficiencia valvular venosa nos membros inferiores, resultando
em varizes e sensagaa de pesa nas pernas;
• Sensag6es dalarosas nas superficies de cantata articulares que
suportam 0 peso do corpo (pes, joelhos, quadris);
• A ten sao muscular permanentemente desenvolvida para manter 0
equilibria dificulta a execugao de tarefas de precisao;
• A penosidade da posi9iio em pe pode ser refor,ada se 0 trabalhador
tiver ainda que manter posturas inadequadas dos bra,os (acima do ombro, par
exemplo), inclina,ao ou tor,ao de tronco etc.;
30
• A tenseD muscular desenvolvida em permanencia para manuteng80 do
equilibrio traz mais dificuldades para a execu980 de trabalhos de precis8o.
2.12.1.1 Vantagens da postura em pe
• A tarefa exige deslocamentos continuos como no casa de carteiros e
pessoas que fazem randas;
• A tarefa exige manipulac;ao de cargas com peso igual au superior a 4,5
kg;
• A tarefa exige alcances amplos frequentes, para cima, para frente ou
para baixo; no entanto, deve-s8 tentar reduzir a amplitude destes alcances para que
se possa trabalhar sentado;
• A tarefa exige operac;oes freqOentes em varies locais de trabalho,
fisicamente separados;
• A tarefa exige a aplic8gao de forgas para baixo, como em
empacotamento.Conforme Dul (2004), a posi980 de pe e recomendada para os casos em
que ha freqOentesdeslocamento do local de trabalho ou quando ha necessidade de
aplicar grandes forg8s.
2.13 MESAS COM ALTURA REGULAVEL PARA TRABALHO EM PE
Para Grandjean (2005), do ponto de vista ergonomico, e importante a
adaptac;ao individual da altura de trabalho. E recomendavel uma mesa com altura
regulavel, ao inves de solU90es improvisadas, como aumento das pernas das
mesas ou estrados para os pes.
Se a area de trabalho for muito alta, geralmente os ombros sao erguidos
para compensar, 0 que eleva a contra90es musGulares dolorosas na altura da nuca
e das costas. Se a area de trabalho for muito baixa, as costas sao sobrecarregadas
pelo excesso de curvatura do tronco, 0 que freqOentemente gera queixa de dores
nas costas.
31
Alem das considerac;6es antropometricas, deve-se considerar a natureza
do trabalho:
• Para urn trabalho delicado e desejavel urn apoio para as cotovelos , ja.que desta forma a musculatura do tronco ficara aliviada da carga estatica. A altura
adequada esta entre 50 e 100 mm abaixo da altura do cotovelo.
• Em atividades manuais geralmente e preciso urn espac;o para
ferramentas, materiais e recipientes variados, e a altura adequada de trabalho esta
em torno de 100 a 150 mm abaixo da altura do cotovelo.
• Durante trabalho em pe, se ha exigencia de emprego de forg<!, a que
requer ajuda da parte superior do troneo, entao a altura da superficie de trabalho
deve ser mais baixa, entre 150 e 400 mm abaixo da altura do colovelo.
A figura a seguir mostra as alturas recomendadas para 0 trabalho em pe.
A linha de referencia (+- 0) e a altura do colovelo a partir do chao, e que e em media
1.050 mm para as homens e 980 mm para as mulheres.
Figura 4· Mesa com altura regulavelFonte: GRANDJEAN, 2005., p. 48
32
2.13.1 Terapia Ocupacional e Terapia da Mao na Ergonomia
Conforme Pedretti (2005), cada vez mais os Terapeuta Ocupacionais
envolvem-se em ergonomia e na prevenc;ao de les6es no local de trabalho.
E 0 especialista em Terapia da Mao, aeaba tendo mais facilidade para
trabalhar nesta area ja que recebe urn treinamento adicional em anatomia funcional,
biomecanica da mao e do membra superior.
Segundo Cukierman, baseando-se em principios de bio-mecanica do
movimento, de fundamentos de ergonomia de diversos recurSDS terapeuticos, a
Terapia Ocupacional assume urn papel diferenciado na preven~o dessas doen~as
ocupacionais.
Os coJaboradosacabam sendo fruto de um sistema capitalista onde a
meta e a prodw;ao, por isso faZ-S8 necessarios auxiliar essas pessoas na melhoria
de suas condic;:oes fisicas, de sua relayao com 0 trabalho, e auxilia-Io na promo9ao
de qualidadede vida.
o processode atua,ao da Terapia OcupacionaJlTerapiada Mao, consiste
em avaliar 0 individuo observando suas potencialidades e limita90es funcionais, as
caracteristicas das atividades que executa e os ambientes que 0 envolvem.
A especificidade da analise de atividade facilita ao terapeuta
ocupacional/terapeuta da mao a compreens80 biomecfmica, organizacional e
relacional do trabalho. E ao ser complementada por conceitos de ergonomia permite
a atua,ao de maneira abrangente e pratica no ambiente de trabalho. Alem da
analise, adaptayao ergonomica e reorganiz8C;8o do trabalho e importante iniciar a
conscientiza9ao do colaborador atraves de programas de orienta980 para a
realiza9ao de mudanyas como postura corporal e adeqU89ao ambiental.
Para Junior Pardini (2000), os traumatismos da mao tem aspectos
diversos dos traumatismos das outras regioes. A mao e urn instrumento de trabalho,
e e de usa obrigatorio para a grande maioria das atividades da nossa vida diaria. Os
traumas da mao ocorrem em todas as atividades, variando a sua incidencia.
Conforme a professora Rosiver Pavan, presidenta da Fundacentro, Os
numeros revelam 0 dramatico impacto do trabalho sobre as maos dos trabalhadores.
E a importancia de se criar uma aten~o especial em defesa das maos no trabalho.
Se considerarmos apenas os acidentes de trabalho que atingem as maDS ate 0 nivel
do punho, encontraremos mais de um ter,o (34,2%) de todos os acidentes de
33
trabalho notificados no Brasil, em 2003, segundo estatisticas do INSS (Dataprev).
Neste indice estao incluidos desde as acidentes mais traumaticos - que, sDzinhos,
equivalem a quase 3% do total (10% dos acidentes de trabalho que atingem as
maos) ate ferimentos menores e doenc;as ocupacionais, como:
• lesoes par esmagamento;
• amputac;oes;
• queimaduras e corrosao;
• cortes e perfurac;6es;
• fraturas;
o luxac;6es, entorses e distensoes das articulac;6es;
• traumatismos do muscu!o e tendao;
• traumatismos superficiais;
• LERIDORT (doenyas ocupacionais);
• e Qutros traumatismos nao especificados.
34
3 RELAT6RIO PRATICO
3.1 ENTREVISTA COM 0 COLABORADOR
C. A, 22 anos, auxiliar de servigos gerais, trabalha na empresa ha 30
meses, sua fungao e de lalhador. Sua postura de trabalho e em pe, nao fazendo
rodizio de fungao. A jornada de Irabalho e de 8h50min, com inicio as 7h30min e
lermico as 17h50min, tendo 1 hora de intervalo para almo90. Sua altura e de 1,78 m
e seu peso e 82 kg. Relata que nao realiza haras extras, porem eventual mente
desenvolve atividade extra em servigos gerais em uma madeireira.Nao pratlca exercfcio (isico e na empresa nao faz pausa para ginastica.
Faz usa de bebida alco61ica eventual mente e nao e fumante.Para realizar sua funC;8oa colaborador utiliza tesoura, tecido e 0 talhador,
fazendo pouca fon;:8 com as maos. Utiliza uma luva de ago para evitar acidente
(cortes na mao).
Sente certa desconforto na coluna lambar e cervical durante a realiza~o
da tarefa.
Relata que S8 sente satisfeito, considerando seu trabalho born.
Desenvolve sua atividade tranqCJilamente sem pressao da chefia, tern born
relacionamento com seus colegas e superiores.
3.2 DESCRI<;Ao DA FUN<;AO
Na fungao de talhador a colaborador desenvolve as seguintes atividades:
• Transporta a rolo de malha com aproximadamente 15 Kg
manual mente numa distancia de 7 metros ate a mesa de corte.
• Desenroia 0 tecido sobre a mesa formando varias camadas.
• Risca a tecido com um giz usando um molde.
• Inicia 0 corte em linha reta usando tesoura.
• Finaliza cortando novamente a tecido com usa do tal hadar.
35
Para a analise da postura foi escolhida a ultima atividade (reeorte do
tecido com 0 talhador), por ser a que 0 colaborador fica mais tempo e tam bern por
apresentar uma postura considerada inadequada.
3.3 ANALISE POSTURAL
• Trabalho na posigao de pe;
• Postura de trabalho dinamica e estatica;
• Cervical em flexec aproximadamente 30 graus;
• Flexeo e retayeo de tronco;
• InclinaC;8o lateral de tronco;
• Cotovelo D. em flexao;
• Punho em flexeD e extensao;
• Dedas em garfa.
3.4 ANALISE AMBIENTAL
• Mesa de corte com 0.80 centimetros de altura;
• IluminaC;8o boa;
• Ambiente ventilado;
• Ambientes sem ruidas externos;
• Area da sala e de 400 m';
• Numero de colaboradores: 28 no mesma ambiente.
3.5 MATERIAlS E FERRAMENTAS UTILIZADAS
• Talhador;
• Tecido ( malha);
• Luva de ayo.
36
3.6 ANALISE DA ATIVIDADE ERGO I POSTURO I FUNCIONAL
Durante a execUt;Zlo desta fun980 0 colaborador realiza dinamicamente
flexao, inclina,ao lateral e rota,ao de tronco e flexao da col una cervical. Para 0 corte
do tecido realiza movimentos amp los com a ombro como aduc;ao, abduc;ao e
flex8o.Com 0 cotDvelo e punho faz movimentos de flex80 e extensao continuamente
com variac;6es de movimentos. Faz extensao das metacarpofalengeanas ,e flex80
do segundo dedo e flexao dos demais dedos mantendo a mao em garra, preen sao
lateral e oponencia com 0 polegar.
Nesta etapa da atividade as materia is encontram-se dentro da area de
alcance do colaborador, como 0 talhador e 0 tecido.
37
4 CONCLUsAo
Analisar um posta de trabalho exige muita leitura e pesquisa sabre
ergonomia e analise da atividade.
Atraves da revisao bibliografia, da analise da atividade e da observa<;8odo colaborador foi passive] detectar a postura considerada inadequada e as
necessidades de mudanl'as posturais e de adaptal'oes do mobiliario.
Notou-se a import€mcia da atu8ry8o da Terapia Ocupacionalrrerapia da
Mao, pais este profissional esta habilitado para fazer a analise da atividade, atuando
na preven<;8o de les6es relacionadas ao trabalho.
Observou-se a necessidade de fazer urn trabalho de conscientiz8C;80 com
o colaborador e empregador.
Foi urna oportunidade de relacionar teo ria e pratica analisando e
sugerindo mudan98s. Diante da pesquisa ficou claro a necessidade da realiz8C;8o da
preven<;:8o, atraves da mel haria de condic;oes de trabalho, reduzindo a fadiga e
ampliando a motiv8980 e a satisfa980 que sao elementos indispensaveis para
melhorar a qualidade de vida e aumentar a produtividade.
4.1 SUGESTOES DE ADAPTAC;OES
• Adaptar na mesa regulagem de altura para que 0 colaborador possa
eleva-Ia au diminui-Ia conforme necessidade. Elevar a altura da mesa de corte de
0,80 metros para aproximadamente 1,10 metros;
• Informar ao colaborador a importfmcia de estar adaptando sua mesa de
trabalho e de manter uma postura adequada;
• Sugerir para a empresa a implantar;c3o de atividade fisica laboral e
esclarecer ao colaborador a necessidade da realizac;c3o das mesmas.
38
4.2 JUSTIFICATIVA PARA AS SUGESTOES
Com elev8C;8o da mesa sera passive I propiciar uma postura biomecanica
mais favoravel a prevenc;ao de desconforto decorrentes de atitudes posturais
inadequadas;
Atraves da conscientiz8C;80 sabre postura a colaborador podera entender
a interferencia de posturas inadequadas no dia-a-dia para 0 aparecimento de
desconforto e os beneficios que a postura correta trara para a sua sauda;
Com a atividade fisica laboral sera passivel prevenir a fadiga muscular
promovendo a bern estar e a socializ8C;80 com as demais colaboradores.
39
REFERENCIAS
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40
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41
ANEXOS
ANEXO 1- Autorizagao .. . .42
ANEXO 2 - Autorizagao para utilizagao das dependencias da Malhas Darle 43
ANEXO 3 - Avalia9ao da atividade e posta de trabalho.. . .44
ANEXO 4 - Entrevista.. . 45
ANEXO 5 - Fotos.. . 47
42
ANEXO 1 - Autorizagao
AUTORIZACJi.O
Eu portador da
identidade numero ,autorizo a utilizag80 dos dados e fotDS
coletados para 0 trabalho de conclusao de curso de P6s Graduayao em Terapia da
Mao de Paula Bertoldi.
Rio do Oeste, __ de de 2005.
Assinatura.
43
ANEXO 2 - Autoriza~iio para utiliza~ao das dependencias da Malhas Darle
AUTORIZACAO
Eu, Odari Sardagna, autorizo a utilizagao das dependencias das Malhas
Darle, para a realiza~o do trabalho de conclusao de curso de Pos Gradua9aOem
Terapia da Mao de Paula Bertoldi.
Rio do Oeste, de de 2005.
Assinatura.
44
ANEXO 3 - Avalia930 da atividade e posto de trabalho
1. Posi9aO do corpo .( ) Corpo fora do eixo vertical durante a maior parte da jornada de trabalho( ) Corpo fora do eixo vertical durante parte da jornada de trabalho( ) Corpo no eixo vertical durante toda a jornada de trabalho
2. Qual a postura de trabalho?( ) 2. Sentado () Em pe ( ) Alternado (sentado e em pel
3. Tipo de trabalho:( ) Estatico ( ) Dinamico () Misto
4. Passui apoio para as pes?( ) Sim ( ) Nao
5. Trabalho com as membros superiores acima do nivel do ombros?( ) Sim ( ) Nao ( ) Eventualmente
6. Faz levantamento de cargas pesadas?( ) Sim ( ) Nao ( ) Eventualmente
7.Apresenta contra.;;ao muscular estatica?( ) Sim ( ) Nao
8. Realiza movimentos repetjtivQs com mao/dedos?( ) Sim ( ) Nao ( ) Eventualmente
9. Os materiais utilizados estao dentro da area de alcance do colaborador?( ) Todos ( ) Alguns ( ) Nenhum
10. Durante 0 trabalho permanece com flexao de tronco?( ) Sim ( ) Nao ( ) Eventualmente
11. Durante 0 trabalho permanece com flexao de cervical?( ) Sim ( ) Nao ( ) Eventualmente
12. Trabalho com os membros superiores suspensos (sem apoio para 0 antebrac;o)?( ) Sim ( ) Nao ( ) Eventualmente
45
ANEXO 4 - Entrevista
Nome:Idade:~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~-=---;A'"'t'-iv'-id;-:a--;d-'-e--;A:Cn-;-te:-r"'io"r::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::=
1. Ha quanta tempo voce trabalha nesta empresa?( ) Menos de 12 meses ( ) 25 Meses a 36 meses( ) 13 Meses a 24 meses ( ) Mais de 36 meses
2. He quanta tempo voce trabalha nesta func;ao?( ) Menos de 12 meses ( ) 25 Meses a 36 meses( ) 13 Meses a 24 meses ( ) Mais de 36 meses
3. Qual e a sua jornada de trabalho?()6horas ()8horas ()12horas
4. Voce faz hera extra?( ) Sim ( ) Nao ) Raramente
5. Qual sua postura de trabalho?( ) Sentado () Em pe ( ) Alternado (sentado e em pel
6. Voce faz rodizio de tarefa/fun9ao?( ) Sim ( ) Nao
7. Qual 0 tipo de material que voce usa?( ) Tesoura () Regua ()Outros,qual: _
8. Voce sente algum desconforto no corpo durante ou apes 0 trabalho?( ) Ombro () Cotovelo () Maos () Pese090( ) Costas () Pes ( ) Pernas () Nao sinto deseonforto
9. Voce faz exercicio fisko( ) Sim, qual: _ ( ) Nao
10. Voce luma?( ) Sim () Nao
11. Faz uso de bebida ale06liea?( ) Sim () Nao ( ) Eventualmente
12. Voce faz fort;;a com as maos/dedos para exercer sua alividade?( ) Sim () Nilo () Pouca
13. Voce tem pausa para ginastica denlro da empresa?( ) Sim () Nilo
14. Voce desenvolve outra alividade regularmente nas horas vag as?( ) Sim, qual: ( ) Nao
15. Como voce considera seu trabalho?( ) mon6tono ( ) agitado ( ) bom ( ) ruim
46
ANEXO 5 - Folos
47
48
49