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Maria Inês Guimarães, nº22, 11ºA
Fig.1- Chuvas ácidas
RESUMO
As chuvas ácidas são um dos graves problemas
ambientais que afetam atualmente o mundo.
Estão associadas ao aumento de teor de óxidos de
carbono, de óxidos de azoto, de óxidos de enxofre e
de matéria particulada no ar.
Fig.2- Efeitos das chuvas ácidas
As diferenças entre a chuva
”normal” e a chuva ácida
Com a crescente poluição do ar
manifestou-se progressivamente o
aparecimento de “chuvas ácidas” com
um pH inferior a 4,5 que pode, em casos
extremos, atingir valores de pH de 2,0
correspondendo a uma concentração do
ião hidrogenião 4000 vezes maior do que na chuva normal.
O dióxido de carbono, CO2, é
um componente natural da
troposfera que em contacto com a
água das nuvens origina as chuvas
“normais” com um pH de 5,6 ou
5,7, a 25C (Fig.3). Essa acidez
natural é causada pela reação entre
o dióxido de carbono e água (Equação I e II).
NESTA EDIÇÃO
Formação das chuvas ácidas
CHUVAS ÁCIDAS
(Equação I) CO2 (g) + H2O (l) ⇌ H2CO3 (aq)
(Equação II) H2CO3 (aq) + H2O (l) ⇌ HCO3-(aq) +H3O+(aq)
Fig.3- pH da chuva acidificada a 25c
Fig.4- Chuvas ácidas
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Causas das Chuvas ácidas
Formação das Chuvas ácidas
As Chuvas ácidas são originadas pela emissão de óxidos de enxofre, óxidos de azoto e pelo excesso de dióxido
de carbono (Fig.3), para a atmosfera. Esses gases,
provenientes dos efluentes gasosos industriais, da queima de combustíveis fósseis e do tráfego automóvel, ao reagirem com
o vapor de água presente na atmosfera provocam a diminuição
do pH para valores inferiores a 5,6 (a 25C) modificando o pH característico da água da “chuva normal”.
O dióxido de carbono (CO2) existente na troposfera torna a chuva levemente ácida, uma vez que reage com a água
existente no ar e nas nuvens, como atrás referido (equações
químicas I e II).Com o aumento das emissões de dióxido de
carbono intensifica-se a acidez da água da chuva em resultado do aumento de concentração do ião hidrogenião (H3O+) até
cerca de 10 vezes mais, ocorrendo maior formação de ácido
carbónico.
Os óxidos de enxofre libertados para a atmosfera dão origem ao ácido sulfúrico (H2SO4) e são a principal fonte (cerca
de 60%) dos ácidos existentes numa chuva ácida (equação III e
equação IV).
Os óxidos de azoto responsáveis por cerca de 35% das
chuvas ácidas são formados por reação do diazoto com o
dioxigénio. Estes óxidos ao reagirem com a água dão origem ao
ácido nítrico (HNO3) e ao ácido nitroso (HNO2), fenómeno traduzido pelas equações químicas (V e VI) onde intervém
radicais livres.
(equação III) SO2 (g) + oxidantes ⇌ SO3( g)
(equação IV) SO3 (g) + H2O (l) ⇌ H2SO4 (aq) ⇌ H+ (aq) + H2SO4- (aq)
(equação V) NO (g) + HO(g) ⇌ HNO2 (aq) ⇌ H+ (aq) + NO2- (aq)
(equação VI) NO2 (g) + HO(g) ⇌ HNO3 (aq) ⇌ H+ (aq) + NO3- (aq)
As causas das chuvas ácidas são: queima de combustíveis fósseis
como o carvão e o petróleo desencadeada nomeadamente pelo tráfego
automóvel,pelas fábricas e refinarias de petróleo. Os efluentes gasosos
industriais, a libertação de gases durante uma erupção vulcâncica e por fim, a libertação de dióxido de enxofre emitido principalmente pelas centrais
termoelétricas são também causas explicativas da maior frequência das
chuvas.
A chuva ácida é um problema que afeta globalmente todo o mundo
tendo maior impacto nos países mais desenvolvidos e com maior grau de
industrialização. Estes países são os maiores responsáveis e as maiores vítimas das chuvas ácidas, devido à elevada quantidade de poluentes
libertados na atmosfera. No entanto o problema não se restringe apenas a
eles.
Fig.5-Principais gases responsáveis pelas chuvas ácidas
Fig.6-Chuvas Ácidas
Fig.7-Causas das Chuvas ácidas
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Consequências das Chuvas ácidas
As chuvas ácidas provocam a ocorrência de
lixiviação- deslocamento e arrastamento de
elementos do solo como alumínio, cálcio, magnésio e potássio que levam à contaminação
de rios e os seus afluentes provocando a
acidificação dos lagos e a contaminação das águas subterrâneas. Para além disso, provocam
a alteração química dos solos e da água
condicionando o desenvolvimento de espécies
vegetais e animais e são responsáveis pela desflorestação uma vez que as chuvas ácidas
provocam a formação de clareiras, associada à
morte das espécies vegetais e em consequência
é promovida a erosão do solo
devido ao aumento da sua acidez e
da deflorestação. Também é suscitada a Intoxicação da maioria
das espécies e a degradação de
edifícios uma vez que ajudam a corroer alguns dos materiais
utilizados nas construções.Ao nível
da saúde contribuem para o
aparecimento e agravamento de patologias em períodos longos de
ingestão de água acidificada.
EM PORTUGAL
Chuvas Ácidas- Principais cidades afetadas
A poluição atmosférica em Portugal, verifica-se intensamente em
cidades como Porto, Lisboa, Sines, Estarreja, setúbal, Barreiro e Seixal. Uma vez que nestas cidades há maior concentração de
grandes unidades industriais emissoras de poluentes atmosféricos.
A ação humana é assim a grande responsável por este fenómeno,
tendo as fontes antrópicas grande destaque relativamente aos
processos naturais que emitem para a atmosfera gases responsáveis
pela acidificação das águas.
No entanto, apesar das existirem regiões afetadas pelas chuvas
ácidas em Portugal as regiões mais afetadas no planeta são a Europa e a América do Norte. Na Alemanha, a floresta negra é de facto, um
elemento representativo do acelerado processo de degradação
causado pelas chuvas ácidas.
CONSEQUÊNCIAS DAS CHUVAS ÁCIDAS EM PORTUGAL
Os casos mais conhecidos de degradação
de monumentos em Portugal são: o Mosteiro dos Jerónimos (em Lisboa), o
Mosteiro de Alcobaça (em Alcobaça) e o
Mosteiro da batalha (na Batalha).
No que respeita às florestas, verificou-se
em Portugal, que o mínimo de destruição
florestal por ação de chuvas ácidas é cerca de 4%.
Fig.8-Efeitos das Chuvas ácidas
Fig.9- Principais cidades portuguesas afetadas pelas chuvas ácidas
Fig.10- Mosteiro dos Jerónimos
Fig.11- Mosteiro de Alcobaça
Fig.12- Mosteiro da Batalha
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Formas de Minimização das chuvas ácidas
A Divulgação, ampliação e apoio para a
utilização de energias renováveis e menos agressivas para o ambiente (geotérmica, solar,
eólica e das marés),a utilização de transportes
públicos contribuem para a minimização das chuvas ácidas.
A nível industrial deve-se proceder à
instalação de equipamentos de retenção de
partículas nas emissões gasosas bem como ao prévio tratamento destas.
A icentivação à
descentralização industrial e a dessulfuração dos gases de
combustão nas indústrias antes do
seu lançamento na atmosfera de modo a reduzir a emissão dos
óxidos de enxofre e até permitir
que o enxofre seja recuperado para
matéria-prima industrial são também outras medidas que se
podem adotar com o objetivo de
reduzir os efeitos causados pelas chuvas ácidas
Fig.14- Chuvas ácidas
O IMPACTO DA TECNOLOGIA NA REDUÇÃO
DOS EFEITOS DAS CHUVAS ÁCIDAS
O fenómeno da chuva ácida tem vindo a aumentar
progressivamente em resultado da industrialização, da utilização dos transportes a nível mundial e da decorrente necessidade de
satisfazer os hábitos de um maior número de pessoas. Contudo
este fenómeno pode ser reduzido através do contributo de todos e com recurso a avanços no progresso tecnológico.
Fig.13- Formas de minimização