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CIDADE DE LAODICÉIA MONTANHAS: Laodicéia fica no principal cruzamento de estradas dos vales da Ásia Menor, no que é hoje a Turquia. A cidade estava situada numa montanha que dava para um vale fértil e majestosas montanhas. Nos tempos romanos, a cidade era um importante centro de administração e comércio. As questões de justiça da região eram ouvidas em Laodicéia e fundos eram depositados nos bancos da cidade para segurança. Embora danificada por terremotos durante o reino de Augusto (27 a.C. - 14 d.C.) e novamente em 60 d.C, a cidade continuou reconstruindo e prosperando PANORAMA: Laodicéia era um centro para a indústria têxtil regional. Os rebanhos mantidos próximo aos vales produziam lã negra que era excepcionalmente macia. A lã era comprada e vendida nos mercados.

Cidade de Laodicéia

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Page 1: Cidade de Laodicéia

CIDADE DE LAODICÉIA

 MONTANHAS: Laodicéia fica no principal cruzamento de estradas dos vales da Ásia Menor, no que é hoje a Turquia. A cidade estava situada numa montanha que dava para um vale fértil e majestosas montanhas. Nos tempos romanos, a cidade era um importante centro de administração e comércio. As questões de justiça da região eram ouvidas em Laodicéia e fundos eram depositados nos bancos da cidade para segurança. Embora danificada por terremotos durante o reino de Augusto (27 a.C. - 14 d.C.) e novamente em 60 d.C, a cidade continuou reconstruindo e prosperando

 PANORAMA: Laodicéia era um centro para a indústria têxtil regional. Os rebanhos mantidos próximo aos vales produziam lã negra que era excepcionalmente macia. A lã era comprada e vendida nos mercados.

Laodiceia II

Cidade situada na parte ocidental da Ásia Menor, cujas ruínas ficam perto de Denizli, a cerca de 150 km ao L de Éfeso. Era conhecida anteriormente como Dióspolis e Rhoas, mas foi evidentemente reconstruída no terceiro século AEC pelo governante selêucida Antíoco II, e assim chamada em homenagem à esposa

dele, Laódice. Situada no fértil vale do rio Lico, Laodicéia ficava no entroncamento de principais rotas

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comerciais e estava ligada, por meio de estradas, a cidades como Éfeso, Pérgamo e Filadélfia.

Laodicéia usufruía grande prosperidade como cidade manufatureira e centro bancário. Um indício da grande riqueza dessa cidade é o fato de que, quando sofreu extensivos danos causados por um

terremoto, no reinado de Nero, ela conseguiu reconstruir-se sem nenhuma ajuda financeira de Roma. (Anais, de Tácito, XIV, XXVII) A lã negra e lustrosa de Laodicéia, e as roupas fabricadas com ela, eram

amplamente conhecidas. Sede de uma famosa escola de Medicina, esta cidade provavelmente também produzia o remédio para os olhos conhecido como pó frígio. Uma das principais deidades veneradas em

Laodicéia era Asclépio, um deus da Medicina.

Esta cidade tinha uma grande desvantagem. Diferente da cidade vizinha de Hierápolis, com suas fontes termais famosas por suas propriedades curativas, e Colossos, com sua revigorante água fria, Laodicéia não dispunha de um suprimento permanente de água. A água tinha de vir canalizada de considerável

distância, até Laodicéia, e provavelmente chegava morna à cidade. Na primeira parte do trajeto, a água era transportada por um aqueduto e, depois, mais perto da cidade, por meio de blocos cúbicos de pedra,

perfurados ao meio e colados com cimento.

Parece que havia muitos judeus em Laodicéia. Segundo uma carta de magistrados laodicenses (citada por Josefo), os judeus, de acordo com a injunção de Caio Rabírio, tinham permissão de observar seus

sábados e outros ritos sagrados. (Jewish Antiquities [Antiguidades Judaicas], XIV, 241-243 [x, 20]) Pelo menos alguns dos judeus ali eram um tanto ricos. Isto se pode deduzir do fato de que, quando o

governador Flaco ordenou o confisco das contribuições anuais para o templo em Jerusalém, o montante alegadamente foi de mais de 9 quilos de ouro.

No primeiro século EC, havia uma congregação cristã em Laodicéia e, aparentemente, se reunia na casa de Ninfa, uma irmã cristã local. Sem dúvida, os esforços de Epafras contribuíram para a formação dessa

congregação. (Col 4:12, 13, 15) É provável também que os efeitos da obra de Paulo em Éfeso tenham alcançado Laodicéia. (At 19:10) Embora não ministrasse ali pessoalmente, Paulo, não obstante,

preocupava-se com a congregação laodicense, chegando até mesmo a escrever-lhe uma carta. (Col 2:1; 4:16) Contudo, alguns peritos crêem que a carta de Paulo pode ter sido simplesmente uma cópia daquela

enviada a Éfeso. Naturalmente, isto é apenas uma teoria, uma tentativa de acomodar o fato de que a Bíblia não contém uma carta de Paulo aos laodicenses, embora Paulo realmente lhes tivesse escrito. A carta a Laodicéia talvez contivesse simplesmente informações não necessárias para nós hoje, ou talvez

tenha repetido pontos adequadamente abrangidos em outras cartas canônicas.

A congregação de Laodicéia era uma das sete da Ásia Menor às quais o glorificado Jesus Cristo, numa revelação dada a João, dirigiu mensagens pessoais. (Re 1:11) Naquele tempo, perto do fim do primeiro

século EC, a congregação laodicense tinha pouco que a recomendasse. Embora fosse materialmente rica, era espiritualmente pobre. Em vez do ouro literal, manipulado pelos banqueiros laodicenses, em vez das

roupas de lã negra e lustrosa, fabricadas localmente, em vez do remédio para os olhos sem dúvida produzido pela classe médica laodicense, em vez das ferventes águas termais e medicinais da vizinha Hierápolis, a congregação laodicense precisava de coisas assim em sentido espiritual. Necessitava de

“ouro refinado pelo fogo”, para enriquecer sua personalidade (compare isso com 1Co 3:10-14; 1Pe 1:6, 7), roupas exteriores brancas, para lhe dar uma irrepreensível aparência cristã, sem quaisquer características não-cristãs, que eram tão vergonhosas quanto a nudez física. (Compare isso com Re 16:15; 19:8.) Precisava do espiritual “ungüento para os olhos”, a ser aplicado para remover-lhe a

cegueira quanto à verdade bíblica e às responsabilidades cristãs. (Veja Is 29:18; 2Pe 1:5-10; 1Jo 2:11.) Ela poderia comprar estas coisas de Cristo Jesus, aquele que batia à porta, se o acolhesse

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hospitaleiramente. (Veja Is 55:1, 2.) Tinha de tornar-se estimulantemente quente (veja Sal 69:9; 2Co 9:2; Tit 2:14) ou revigorantemente fria (veja Pr 25:13, 25), mas não devia continuar morna. — Re 3:14-22.

Aspecto Histórico

Aspecto Histórico:

A cidade de Laodicéia foi fundada no século III A.C. Ela foi ampliada por Selêucida Antíoco II, e seu nome foi trocada em homenagem a sua mulher “Laodice”, pois antes a cidade se chamava “Diosópolis”, a cidade de Zeus. Só para deixar de passagem o nome “Laodicéia” significa “Justiça do Povo” que é da palavra grega “laodikeiai”, denotando talvez um governo democrático, ou também, pode ser algum juiz do povo. No entanto, quando nós desfragmentamos a palavra dá a idéia: “os costumes dos leigos ou as opiniões do povo comum.”1. Pois, “laos” significa povo em comum/leigos e “dicéia” significa costumes/opiniões do povo. Com isso define a tal idéia:

“Esta Igreja que queria ganhar o mundo veio a tornar-se mundana e cheia de idéias e opiniões humanas. Todos opinavam e decidiam o que seria espiritual para a Igreja. Entretanto, nem sempre a voz do povo é a voz de Deus - a Igreja virou um caos.” 2

No século IV D.C, essa cidade era a sede episcopal da Frigia. Contudo, ela foi destruída pelas sangrentas guerras travadas pelos islamitas da idade média. Há ruínas chamadas de “Eski Hissar”, palavra Turca que significa “Castelo Antigo”.

Falando agora da historicidade Cristã na cidade, sabemos que Paulo esteve lá em sua terceira viagem missionária e provavelmente foi ele que deu origem à igreja dessa cidade, pela pregação da palavra. Conforme ensina Cl 4.13-16, sabemos que Paulo tem grande zelo pela igreja de Laodicéia e que ele escreveu uma epístola para aquela igreja. Há os que palpitem que a epístola escrita para igreja de Laodicéia seja a epístola aos Efésios, no entanto, isso não passa de conjectura.