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Foto: Sansão Hortegal UNIVERSIDADE RESIDÊNCIA UNIVERSITÁRIA De endereço novo, os moradores das casas estudantis são beneficiados com mais acessibilidade, segurança e conforto dentro do Campus Página 7 PERFIL ELAS QUEREM FAZER A DIFERENÇA NA UNIVERSIDADE Projeto está estimulando o ingresso de mulheres em cursos das áreas de ciências exatas e tecnológicas Página 6 PÓS-GRADUAÇÃO NOVAS PÓS-GRADUAÇÕES Mestrados em Letras e Artes são ofertados na UFMA este ano Páginas 5 SAÚDE NOVOS FUNCIONÁRIOS DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO COMEÇAM A SER CONVOCADOS Ao todo foram aprovados 1.876 candidatos, e os primeiros convocados já iniciaram suas atividades no complexo hospitalar Página 3 MINISTRO DA EDUCAÇÃO INAUGURA NOVOS ESPAÇOS NA UFMA PUBLICAÇÃO DA ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO | ANO VII | Nº 12 | JUNHO/JULHO DE 2014 Impresso Especial 9912290201-DR/MA UFMA CORREIOS Cidade Universitária ufma.br Centro de Convenções e Centro Pedagógico Paulo Freire veram suas placas de inauguração descerradas em uma solenidade que contabilizou os avanços na infraestrutura da Universidade Páginas 8-9 NO CAMPUS SANTO DE CASA FAZ MILAGRE SIM Programa da Universidade FM firma-se como a mais sólida proposta de difusão cultural nas ondas do rádio maranhense Páginas 14-15 INFRAESTRUTURA NÚCLEO DE ARTES O novo prédio será construído em um espaço com cerca de nove mil metros quadrados, e servirá para o desenvolvimento de práticas e vivências artísticas e pedagógicas Página 16 Foto: Fabiana França UNIVERSIDADE CUMPRINDO O DEVER DE CASA Ações e projetos oferecem oportunidade de cidadania à população, aproximando a Universidade da Sociedade Civil, por meio de atividades que beneficiam cerca de 300 mil pessoas por ano Página 12

Cidade universitaria 2014.2

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O Jornal Cidade Universitária é uma produção de divulgação científica e institucional da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) que informa seus leitores sobre projetos, ações acadêmicas e dados estatísticos sobre a referida instituição de ensino superior.

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UNIVERSIDADE

RESIDÊNCIAUNIVERSITÁRIA De endereço novo, os moradores das casas estudantis são beneficiados com mais acessibilidade, segurança e confortodentro do CampusPágina 7

PERFIL

ELAS QUEREM FAZER A DIFERENÇA NA UNIVERSIDADEProjeto está estimulando oingresso de mulheres emcursos das áreas de ciênciasexatas e tecnológicasPágina 6

PÓS-GRADUAÇÃO

NOVAS PÓS-GRADUAÇÕESMestrados em Letras e Artes são ofertados na UFMAeste anoPáginas 5

SAÚDE

NOVOS FUNCIONÁRIOS DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO COMEÇAM A SER CONVOCADOS Ao todo foram aprovados1.876 candidatos, e osprimeiros convocadosjá iniciaram suas atividadesno complexo hospitalarPágina 3

MINISTRO DA EDUCAÇãO INAUGURA NOVOS ESPAÇOS NA UFMA

Publicação da assessoria de comunicação da universidade Federal do maranhão | ano vii | nº 12 | junho/julho de 2014

ImpressoEspecial

9912290201-DR/MAUFMA

CORREIOS

Cidade Universitáriaufma.br

Centro de Convenções e Centro Pedagógico Paulo Freire tiveram suas placas de inauguração descerradas em uma solenidade que contabilizou os avanços na infraestrutura da UniversidadePáginas 8-9

NO CAMPUS

SANTO DE CASA FAZ MILAGRE SIMPrograma da Universidade FM firma-se como a mais sólida proposta de difusão cultural nas ondas do rádio maranhensePáginas 14-15

INFRAESTRUTURA

NÚCLEO DE ARTESO novo prédio será construídoem um espaço com cerca denove mil metros quadrados, e servirá para o desenvolvimentode práticas e vivências artísticase pedagógicasPágina 16

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UNIVERSIDADE

CUMPRINDO O DEVER DE CASAAções e projetos oferecem oportunidade de cidadaniaà população, aproximando a Universidade da Sociedade Civil, por meio de atividades que beneficiamcerca de 300 mil pessoas por anoPágina 12

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Cidade Universitária :: Junho | Julho de 2014

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A Universidade que Cresce com Inovação e Inclusão Social

OPINIÃO

UM PONTO DE CONVERSA

EM CENA

>> marcele cosTa

Universidade criará mecanismosde conscientização sobre o Enade

O Exame Nacional de De-sempenho de Estudantes (Enade) é uma avaliação, a partir da qual os alunos

de Graduação matriculados em instituições de ensino superior de todo o país submetem-se a uma bateria de testes sobre os seus co-nhecimentos e habilidades. Atu-almente, é o mecanismo por meio do qual o Ministério da Educação (MEC) identifica falhas no sistema de ensino de universidades e fa-culdades, sejam estas públicas ou particulares. Subscrito na Lei Nº. 10.861, de 14 de abril de 2004, o Enade integra o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes), e possui caráter obriga-tório para os alunos selecionados dos primeiros e últimos períodos da Graduação.

Entretanto, apesar da jurisdi-ção conferida à avaliação, o pouco comprometimento que os alunos

Ações coordenadas por diversos setores da Universidade têm contribuído para que os alunos encarem a avaliação como uma forma de contribuir com o seu próprio curso

estrUtUra organizaCional

Assessora de ComunicaçãoFrancisca Ester de Sá MarquesEdiçãoFrancisca Ester de Sá Marques, Roberth MeirelesTextosArlan Azevedo, Daryanne Caldas, Fabiana França, Letícia Mourão, Luís Felix Rocha, Marcele Costa, Maria Nascimento, Roberth Meireles, Sansão HortegalProduçãoMarcelo Oliveira, Nelciane Dias, Roberth Meireles, Rosana OliveiraRevisão de TextoPatrícia Santos, Charles MartinsProjeto Gráfico e Editoração EletrônicaKleyton KerlisonArte GráficaKleyton Kerlison

Presidente da RepúblicaDilma Vana RousseffMinistro da EducaçãoJosé Henrique Paim FernandesReitorNatalino Salgado FilhoVice-reitorAntônio José Silva OliveiraPró-reitor de Gestão e FinançasJosé Américo da Costa BarroqueiroPró-reitora de Recursos HumanosMaria Elisa Lago Braga BorgesPró-reitora de EnsinoIsabel Ibarra CabreraPró-reitor de Pós-GraduaçãoFernando Carvalho SilvaPró-reitora de ExtensãoMarize Barros AranhaPró-reitora de Assistência EstudantilCenidalva Miranda Teixeira

expediente

Democratizar o ensino superior sig-nifica mediar e qualificar cada vez mais as relações entre a Universidade, espa-ço público por excelência de produção do conhecimento, e a Sociedade Civil de onde as demandas sociais emergem, proporcionando a todos as mesmas condições de acesso aos programas, projetos, atividades e espaços adequa-dos e capazes de atender às expectativas mais exigentes. Por isso, neste momen-

to em que concretizamos uma série de investimentos de longo prazo, esta edi-ção do Cidade Universitária apresenta importantes espaços como o Núcleo de Artes e a Residência Universitária, assim como o Centro de Convenções, o Complexo Pedagógico Paulo Freire, e a Concha Acústica que tiveram seus espa-ços recém inaugurados recentemente.

Apresentamos também estratégias e políticas que estão sendo implanta-

das na Instituição como uma forma de melhorar o acompanhamento, men-surar a qualidade das ações e a forma como a comunidade acadêmica e a Sociedade Civil percebem e vivenciam a UFMA. E, finalmente na editoria Em Campus, realizamos uma recuperação inédita da proposta mais sólida de di-fusão da cultura musical maranhense, por meio das ondas do rádio, o progra-ma Santo de Casa.

Uma boa leitura!

têm para responder ao Exame vem preocupan-do os dirigentes das IES e o próprio Ministério da Educação. “Muitos estu-dantes apenas compare-cem às provas, mas não as respondem da forma que deveriam, de forma séria, comprometida e com dedicação. A falta de participação afeta, dire-tamente, os estudantes e Instituições de Educação Superior, e os graduandos precisam descobrir que o Enade é a forma que o Ministério da Educação possui para definir como se encontra a formação naquele curso específico”, destacou o procurador institucional do Enade na UFMA, Romildo Sampaio.

políticas de incentivoao aluno

Na última edição do Exame, cor-respondente ao ano de 2012, um total de 7.228 cursos foram ava-liados em todo o Brasil. Na UFMA, quatro dos onze cursos seleciona-dos para a prova obtiveram a nota quatro, seis cursos receberam nota três e dois cursos foram classifica-dos como sem conceito. Os cursos da UFMA contam com o apoio da Pró-Reitoria de Ensino (Proen) para que os estudantes sejam in-centivados não apenas a compa-recer, mas também para responder a avaliação de forma qualificada. “Estamos estudando algumas po-líticas e vamos pô-las em prática para incentivar os alunos a se sen-tirem responsáveis pelo reconheci-mento de suas respectivas gradua-ções”, disse Sampaio.

No resultado do Enade, em 2012, o curso de Design – antigo curso de Desenho Industrial - ob-teve a nota três. Uma nota que, segundo o coordenador do curso, André Leonardo Maia, influencia a forma como o curso é enxergado, principalmente pelos emprega-dores lá fora. “Além disso, o Enade também é de extrema importância para nós, professores, pois, a ava-liação serve como ‘termômetro’ para avaliarmos a nossa metodo-logia de ensino. Por meio do Ena-de temos um espécie de retorno do nosso trabalho”, completou o coordenador.

A recém-graduada em Econo-mia, e que participou da avaliação do Enade em 2013, Petra Fernanda Cruz, descreve a prova como uma bateria de testes cansativa, apesar de bem elaborada. “A prova equipa-ra-se a de um concurso, entretanto acredito que o Enade é muito im-portante, pois, a partir dele, pode-mos colaborar para uma maior vi-sibilidade futura do curso. Quando

os alunos deixam de responder a prova, é uma perda tanto para ele quanto para o curso, uma vez que os resultados obtidos por meio da ava-liação servem para o mercado saber onde estão os profissionais mais preparados”, diz.

Mercado de trabalho busca profissionais

graduados em cursos bem avaliados pelo MeC

O procurador institucional do Enade na UFMA, Romildo Sampaio, confirma a análise realizada por Pe-tra Fernanda Cruz ao afirmar que o mercado de trabalho está atento às notas obtidas no Enade, que utili-zam o Exame como critério durante processos seletivos. “Muitas empre-sas utilizam o Exame para avaliar o grau de profissionalismo do can-didato a uma vaga de emprego. O Enade se tornou umas das formas de selecionar os melhores profis-sionais para determinadas vagas”, explicou o procurador.

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Sugestões para o jornal podem ser enviadaspelo e-mail: [email protected]

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A Universidade que Cresce com Inovação e Inclusão Social

SAÚDE

Junho | Julho de 2014 :: Cidade Universitária

>> roberTh meireles

O Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão (HUUFMA) reali-zou no mês de março a integração de seus novos funcionários. Os profissionais que

passam a compor o quadro do complexo hospitalar foram aprovados por meio de concurso público, e suas contratações são fruto de investimentos con-juntos que têm chegado ao Hospital por meio da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares, a EB-

Hospital Universitário recepciona novosfuncionários aprovados em concurso

Inicialmente foram convocados 220 novos funcionários que vão atuar em todas as áreas do HUUFMA

ATUALIDADES

O Sistema Nacional de Avalia-ção da Educação Superior (Sinaes) é o órgão vinculado ao Ministério da Educação (MEC), responsável por avaliar as instituições de ensi-no, cursos e o desempenho dos seus estudantes matriculados em univer-sidades, institutos e centros de ensi-no superior de todo o Brasil. Em re-cente visita de avaliação, a comissão do Ministério avaliou in locu dois cursos da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), e emitiram nota quatro como referencial de qualida-de para as graduações de Química a distância e Agronomia. O projeto pe-dagógico dos cursos, a titulação do corpo docente, até a forma como as frentes de pesquisa e extensão tem sido desenvolvidas nestes cursos fo-ram avaliadas pelos representantes do MEC.

agronomia

Iniciado em 2006 no Centro de Ciências Agrárias e Ambientais da Universidade em Chapadinha, o curso faz parte do projeto de inte-riorização do ensino superior que a Instituição promoveu nos últimos

Curso de Química a distância eAgronomia recebem nota quatro do MEC

Os fatores analisados pela comissão do Ministério da Educação buscamassegurar a qualidade dos cursos de Graduação no país

>> arlan aZevedo

anos. Hoje, a Graduação conta com quase 300 estudantes matriculados, e já formou mais de cem agrônomos na cidade. Já possui nota quatro no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) - mecanismo que avalia principalmente alunos dos últimos períodos que estão sain-do das instituições de ensino. Agora, com a nota quatro, emitida desta vez pelo Sinaes, o curso se destaca com uma experiência de sucesso de uma formação que contempla o ensino, a pesquisa e a extensão. O curso conta com projetos e ações que recebem fomento de agências de incentivo, e possui estudantes que participam de programas de intercâmbio, como o de Ciências Sem Fronteiras.

Química a distância

A Graduação em Química a dis-tância da UFMA acontece por in-termédio do Núcleo de Educação a Distância (NEaD), e tem duração de quatro anos. Possui alunos de diferentes cidades do Maranhão, principalmente de Grajaú, Bom Jesus das Selvas, Colinas e Porto Franco, sendo esta última, o polo

sede do curso - onde os discentes recebem atendimento tutorial, e aulas presenciais são desenvolvi-das nos finais de semana. Segundo o INEP, a modalidade a distância ainda é muito questionada quanto à sua qualidade, comparada à mo-dalidade presencial. Neste sentido, o curso de Química a distância na Universidade quebra essa barreira, e está próximo à nota de excelência do INEP - a nota cinco.

SERH – empresa pública de administração hospita-lar, veiculada ao Ministério da Educação (MEC).

Ao todo, foram aprovados no concurso 1.876 candidatos. Até o momento, o Hospital convocou 500 candidatos aprovados deste total. O restante vai aguardar a convocação que deve ocorrer gradativa-mente em intervalos de dois em dois meses. Os no-vos funcionários do HUUFMA foram recepciona-dos pela Administração Superior da Universidade e da EBSERH no auditório central da UFMA durante três dias. Na ocasião, receberam treinamento, co-nheceram mais a respeito de suas obrigações e di-reitos, informações sobre a natureza da contratação e das rotinas da Instituição Hospitalar, além da as-sinatura dos contratos, o que aconteceu no último dia da recepção.

Segundo a superintendente do HUUFMA, Joyce Lages, a chegada dos novos funcionários vai dina-mizar as atividades já desempenhadas pelo Hospi-tal Universitário, tanto no que diz respeito ao aten-dimento à comunidade, quanto no que se refere ao ensino, à pesquisa e à extensão. “Queremos, na ver-

dade, desenvolver as competências dos nossos ser-vidores fomentando uma nova mentalidade que os provoquem a ser mais proativos e comprometidos com o serviço público independente da sua área de atuação”, diz.

Atualmente no Brasil, 39 hospitais já funcionam sob administração direta da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares. “Um novo capítulo da histó-ria do HUUFMA será escrito por esses profissionais. Nossa intenção é que com a ajuda deles seja possí-vel crescer cada vez mais e, com qualidade”, refor-çou o coordenador de desenvolvimento pessoal da EBSERH, Ilson Gomes.

De acordo com o coordenador do curso de Química a distância, Gilvan Oliveira, a avaliação dos professores e do projeto pedagógico do curso certifica a qualidade do corpo do-cente, e das suas bases curriculares. “Esta conquista é resultado de um trabalho intenso que o NEaD vem realizando em prol da qualidade dos seus cursos. Agora vamos trabalhar mais para atingir a nota máxima”, declara o coordenador do curso.

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A Universidade que Cresce com Inovação e Inclusão Social

EXTENSÃO

>> luÍs FeliX rocha

A Universidade Federal do Maranhão é a Insti-tuição pioneira no Es-tado a oferecer cursos

de licenciatura e bacharelado em Letras com habilitação na Lín-gua Brasileira de Sinais (Libras). Por meio da ação do programa Viver sem Limites do Ministério da Educação, MEC e, em parce-ria com a Universidade Federal de Santa Catarina, a implanta-ção desta nova Graduação torna a UFMA uma das integrantes da Rede Nacional de Instituições de Formação em Libras, permitindo a inclusão de pessoas com defici-ência, uma vez que formará pro-fessores, bacharéis, tradutores/intérpretes que vão atuar, entre outras áreas, na rede básica de ensino.

A seleção dos estudantes para a primeira turma do curso acon-teceu em maio, durante a qual os candidatos se submeteram a uma prova com questões objetivas. Fo-

UFMA passa a integrar a Rede Nacionalde Instituições de Formação em Libras

Graduação vai preparar profissionais para atuar na inclusão educacional de pessoas com deficiência auditiva

ram ofertadas 60 vagas, sendo 30 para a licenciatura e 30 para o ba-charelado. As aulas estão previstas para iniciar em junho, sendo que a parte presencial da Graduação será ministrada quinzenalmente no Centro Pedagógico Paulo Freire, na Cidade Universitária e, as de-mais aulas serão a distância, con-tando com o suporte do Núcleo de Educação a Distância (NEaD/UFMA). “Conseguimos implantar este curso graças ao incentivo da comunidade surda, que foi mui-to importante para o processo de instalação no Maranhão. Produzi-mos várias matérias de sensibili-zação sobre a necessidade de uma formação destas porque sabemos que é uma luta árdua, mas, acredi-to que promovendo a formação de indivíduos, rompemos barreiras em prol da inclusão das pessoas com deficiência”, finalizou a coor-denadora do polo da Graduação em Libras na UFMA, Maria Nilza Silva Oliveira.

O Núcleo de Acessibilidade da Universidade Federal do Mara-nhão (UFMA) divulgou o plano de ação e de atividades que de-vem ser realizadas durante o ano vigente na Instituição. A equipe envolvida no projeto busca sen-sibilizar a comunidade acadêmica para as questões, temas e inte-resses que envolvem as pesso-as com deficiência. Atualmente, a UFMA conta com cerca de 300 alunos que apresentam alguma deficiência física.

O cuidado e a atenção que o Núcleo pretende prestar tem como foco a cidadania, a igual-dade e a vivência propiciada por uma Universidade que abraça a ideia da acessibilidade. Estão in-clusos no plano de ação do Nú-cleo de Acessibilidade os fóruns, as palestras, o desenvolvimento

>> Fabiana França

Maranhão Vídeo de BolsoEm sua quarta edição, o festival cinematográfico reuniu cerca de 250 pessoas em mostras de curtas metragens e oficinas

Na busca por estimular a pro-dução cinematográfica e de jovens talentos na área, a Universidade Fe-deral do Maranhão (UFMA) em par-ceria com a Fundação Sousândrade realizou entre os dias 15 e 16 de maio o IV Maranhão Vídeo de Bolso. O festival cinematográfico contou com oficinas audiovisuais, exibição de curtas metragens de várias partes do

cinema, Davi Coelho; e Roteiro para Web Série, oficina onde o jornalista e coordenador do Cineclube Crioula, Alexandre Bruno, apresentou ao pú-blico as possibilidades e estratégias de roteiros, nas produções de uma web série.

Cerca de 250 pessoas participa-ram dos dois dias de evento. Ao to-do, foram exibidos 43 curtas previa-mente selecionados pela comissão local da mostra, sendo 18 produções de outros Estados. Durante o encer-ramento do IV Maranhão Vídeo de Bolso, o público conheceu os três premiados do festival: A Escada, do pernambucano André Luis Arou-che, que ficou com o terceiro lugar e o prêmio de R$ 2 mil reais; Sebá, do Paulista Felipe Daniel Ferro que levou a premiação de segundo lugar e o valor de R$ 3 mil reais; e o gran-de vencedor, o cineasta maranhense Arturo Sabóia, com o seu curta-me-tragem de ficção Passagem, premiado com R$ 4 mil reais; além da menção honrosa que condecorou o mara-nhense, Jayron dos Santos Sousa, pelo documentário Dia de Visita.

de peças publicitárias como car-tazes que serão distribuídos por toda a Instituição, assim como o fomento para as iniciativas artísti-cas que contribuem para o deba-te dos direitos sociais da pessoa com deficiência.

Aliado a isso, O Núcleo tem a intenção de ampliar os atendi-mentos sócio assistenciais aos alunos com deficiência, e estão previstos também mostras de fil-mes sobre a temática da pessoa com deficiência, documentários, exposição de obras de arte, fó-runs com representantes do po-der público e com conselhos mu-nicipais e estaduais, assim como o oferecimento de cursos de li-bras e braile que devem ter início, assim como toda a programação planejada pelo Núcleo de Acessi-bilidade a partir de julho.

Falando Nisso

país, e premiou as três melhores pro-duções inscritas.

Desenvolvido por meio do Depar-tamento de Assuntos Culturais da UFMA, a quarta edição do Maranhão Vídeo de Bolso aconteceu no Espaço Impar, localizado na sede do jornal O Imparcial em São Luís, e ofereceu du-as oficinas: Introdução à Linguagem Audiovisual – uma abordagem as no-ções básicas para a produção de um filme, como produção, direção, rotei-ro, edição e pós-produção, ministra-da pelo historiador e pesquisador de

Estudantes, profissionais e admiradores do universo cinematográfico participaram do IV Maranhão Vídeo de Bolso

O festival exibiu mais de 40 curtas metragens durante dois dias na capital

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EDUCARE

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A Universidade que Cresce com Inovação e Inclusão Social

PÓS-GRADUAÇÃO

A Graduação não é o fim da vida acadêmica. Pelo con-trário, é cada vez maior o número de pessoas que,

após a formação inicial, procuram por um curso de formação continu-ada. Entretanto, antes de entrar em um curso, seja este de especialização, mestrado ou doutorado, é preciso en-frentar a concorrência por uma vaga e estudar as possibilidades de mobi-lidade para outra cidade ou região do país, já que a maior parte das univer-sidades brasileiras não oferece cursos de Pós-Graduação em linhas de pes-quisa específicas, e que contemplem todas as áreas do conhecimento.

No Maranhão, as oportunida-des de integrar um curso em qual-quer nível de Pós-Graduação têm aumentado devido o crescimento do setor. Em 2014, a Universidade Federal do Maranhão (UFMA) vai implantar mais dois novos cursos, totalizando 28 mestrados ofertados pela Instituição. Trata-se do mestra-do acadêmico em Letras, e o profis-sional em Artes Visuais.

Novos mestrados em Letras e Artes Visuais são ofertados na UFMA

>> Fabiana França

>> Fabiana França

Os cursos abrangem áreas que ainda não haviam sido contempladas pela Pós-Graduação na Universidade

Cerca de 150 pessoas participaram do III Workshop de Inovação e Transferência de Tecnologia na Universidade Federal do Maranhão

O destaque conferido a uma dinâmica de trabalho ou a um produto criado por uma ou por um grupo de pessoas ad-vém na maior parte das vezes do seu

caráter inovador. Isto, por que em uma so-ciedade competitiva, o diferencial torna-se o ponto estruturante para o início de qualquer pro-jeto, onde reproduzir antigos modelos não são suficientes, e tão pouco se encaixam à atual lógica de produção científica. Para pensar essas questões relacionadas com a área de inovação, a Universidade Fe-deral do Maranhão (UFMA), em parceria com outras ins-tituições de ensino e pesquisa, realizou em maio, o III Workshop de Inovação e Transferência de Tecno-logia.

No evento, que contou com a par-ticipação de representantes do Minis-tério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), inventores e empresas comparti-lharam junto há cerca de 150 pessoas, as

Ações em prol do incentivo ainovação e transferência tecnológica

discurso, literaturae oportunidade

O mestrado em Letras foi apro-vado, no início deste ano, pela Co-ordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), e vai contemplar as seguintes linhas de pesquisa: Discurso, Literatura e Memória; e Descrição e Análise do Português Brasileiro. Segundo a co-ordenadora do mestrado, Veraluce da Silva Lima, toda a matriz curri-cular, estrutura física e o corpo do-cente do programa já estão prepa-rados para receber os novos mes-trandos. “Nem todos os graduados têm condições de sair de sua cida-de e encarar o ambiente de uma outra universidade para estudar. Com esse mestrado na UFMA, per-mitiremos que um número maior de maranhenses tenham acesso à educação de qualidade”, diz a co-ordenadora sobre o novo curso de mestrado.

Na comunidade acadêmica, a expectativa para o início do pri-

meiro mestrado focado na área de Letras é visto com bastante ex-pectativa, principalmente pelos estudantes de Graduação envol-vidos em atividades de pesquisa e extensão. O aluno do curso de Letras com habilitação em espa-nhol, que participa do grupo de pesquisa Atlas Linguístico Mara-nhense (ALiMA), Marcelo Fábio Andrade da Silva, vê a implanta-ção do curso de Pós-Graduação como a oportunidade para dar continuidade aos seus estudos monográficos. “Sem o mestrado, eu provavelmente me formaria, e partiria para uma especialização. Com a chance de fazer o mestrado na UFMA, o sonho da qualifica-ção por meio de um mestrado está mais próximo. É um curso muito esperado por todos”, expõe o es-tudante universitário.

integração e Conquista

Os cursos de Artes – visuais, Tea-tro e Música – também esperavam

por uma Pós-Graduação em sua área há algum tempo. A partir des-te ano, integrada a mais 11 univer-sidades de todo o Brasil, a Univer-sidade Federal do Maranhão passa a ofertar o mestrado profissional em Artes.

A iniciativa visa proporcionar formação continuada aos docentes de Artes ( Cênicas, Visuais e Música) que atuam na rede pública de edu-cação básica, propondo discussões sobre o papel do ensino da arte na escola e na comunidade.

O mestrado, reconhecido pela Capes, será desenvolvido na moda-lidade semipresencial sob as linhas de pesquisa; Processos de funda-mentação: reflexão sobre a pratica, atualização de conhecimento; e Processos metodológicos de ensino de artes. “Este mestrado profissio-nal em Artes vai preparar o pesqui-sador para o processo de trabalho, concentrado no ensino de Artes para a educação básica, infantil e média”, explica o coordenador do mestrado, Arão Paranaguá.

diferentes estratégias que tem sido desenvolvidas por eles na área da inovação, e conheceram mais sobre um segmento de desenvolvimento cien-

tífico que está se consolidando na UFMA : o da Biotecnologia. A coordenadora do III

Workshop de Inovação e Transferên-cia de Tecnologia, Gilvanda Nunes, explica que a inovação, especial-

mente no Estado ainda é tra-balhada como uma novidade, mas na Universidade já existe um ambiente propício para o desenvolvimento da ideia no cotidiano acadêmico. “A inova-ção só acontece quando a in-venção se torna uma realidade

de mercado. Enquanto ela está nas gavetas das bibliotecas ela não

é inovação. Nossa principal carência hoje é referente ao apoio. A lei esta-

dual de inovação está desatualizada, e, por isso, precisamos acompanhar o que está sendo desenvolvido em todo o país”, afirmou sobre a importância do inter-câmbio de ideias que um evento como um workshop é capaz de promover.

O III Workshop de Inovação e Transferência de Tecnologia na UFMA serviu também como uma oportunidade para apresentar o Departamento de Inovação e Patente (Dapi) – setor da Institui-ção que busca garantir a propriedade intelectual de projetos e produtos desenvolvidos, e possibi-litar a transferência dessa tecnologia para as em-presas. Segundo a coordenadora do Workshop, os resultados de tais transferências, debatidas durante o evento, podem ajudar a formar univer-sidades auto sustentáveis, capazes de valorizar e aumentar o número de trabalhos do gênero, e destacá-las quanto ao nível de excelência, além de trazer para o carente mercado soluções para os problemas sociais.

“Antes do departamento, quando algo novo era desenvolvido, isto ficava restrito apenas as páginas de artigos e monografias. A criação fica-va estagnada, sem incentivo para tornar-se um produto resolutivo para o mercado. Precisamos produzir uma integração entre departamentos, grupos e núcleos. O Dapi produz publicações, ca-tálogos e transferências de tecnologia, para que a sociedade, empresas e desenvolvedores possam conhecer o trabalho que está sendo feito”, finali-zou a coordenadora.

INOVAÇÃO

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Cidade Universitária :: Junho | Julho de 2014

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A Universidade que Cresce com Inovação e Inclusão Social

PERFIL

>> daryanne caldas

Elas querem fazer adiferença na Universidade

Iniciativa de projeto da UFMA visa a popularização das ciências exatas e tecnológicas para estimular o ingresso de mulheres em cursos da área

Considerado por muitos como o sexo frágil, os tra-ços de personalidade, como organização, paciên-

cia e fragilidade, foram socialmente instituídos como inatos à persona-lidade feminina. Esta visão estreita demarca limites à participação de pessoas do gênero feminino em muitos espaços sociais, e as marcas destas limitações impostas às mu-lheres, por exemplo, refletem até mesmo no tipo de formação esco-lhida por estas. Segundo dados do Conselho Nacional de Desenvol-vimento Científico e Tecnológico (CNPq), em 2007, no Brasil, ape-nas 23 por cento dos estudantes de Graduação de Física eram mulhe-res. No Maranhão, de acordo com a Fundação de Amparo a Pesquisa (FAPEMA), nos últimos dez anos, 1 mil e 475 projetos desenvolvidos em parceria com a Universidade Federal do Maranhão, somente 175 foram liderados por mulheres liga-das as áreas das ciências exatas e tecnológicas, e, no que diz respeito ao universo discente, esta propor-ção é ainda maior. Dos 219 alunos atualmente matriculados no curso de Física da UFMA, apenas 47 des-tes são mulheres.

O cenário exposto demonstra como os cursos de ciências da com-putação, física, matemática e en-genharias são configurados como territórios eminentemente mascu-

linos. Entretanto, uma iniciativa, em forma de projeto, desenvolvida na Universidade, em relação à po-pularização da ciência, está incenti-vando a presença cada vez maior de mulheres no meio acadêmico, espe-cialmente nestes cursos de ciências exatas e tecnológicas. O projeto, in-titulado Meninas e Jovens fazendo Ciência, busca amenizar a dispari-dade que ainda existe, no meio aca-dêmico, entre homens e mulheres, incentivando o interesse de alunas do ensino médio pelas áreas de ci-ências exatas e tecnológicas.

O projeto terá a duração de um ano, vai contar com um público-alvo e é composto por um grupo de alunas, com idade entre 15 e 16 anos, do Centro Educacional Gon-çalves Dias – escola pública da ca-pital maranhense –, além de uma professora deste centro de ensino, docentes e estudantes do curso de Física da UFMA, e pela equipe in-tegrante do laboratório Ilha da Ci-ência. As quatro alunas do Centro Educacional Gonçalves Dias, parti-cipantes do Meninas e Jovens fazen-do Ciência, estão no primeiro ano do ensino médio e foram seleciona-das de acordo com as suas notas nas disciplinas de matemática e física, em sua escola.

As atividades do projeto estão sendo desenvolvidas, três vezes por semana, no Laboratório Ilha, e as secundaristas selecionadas rece-

bem bolsas de Iniciação Cientifica Júnior. O projeto Meninas e Jovens fazendo Ciência prevê que estas estudantes realizem a socialização do conhecimento adquiridos para outros jovens, na sua própria esco-la, por meio da realização da feira de ciências que já acontece, anual-mente, na Instituição de Educação Básica. A estudante do Centro Edu-cacional Gonçalves Dias, Lays Thay-nara Ferreira, apesar de não ter sido selecionada, resolveu participar do projeto como voluntária. “Espero adquirir conhecimento suficiente para repassar aos meus colegas. O que eu quero é compartilhar tudo

que eu aprendi aqui”, diz.A professora da UFMA, Ivone

Lopes Lima, faz parte do projeto, relembra que foi a primeira aluna de física e a primeira professora do Departamento de Física da UFMA. “Eu escolhi o curso por aptidão. Não tive a oportunidade que elas estão tendo hoje, de conhecer me-lhor a área da física, da matemática e das engenharias quando ainda estão no ensino médio. Então, eu espero que elas aproveitem bastan-te a oportunidade, e obtenham co-nhecimento para seguir as carreiras das áreas das ciências exatas como eu fiz”, finaliza.

“espero adquirir conhecimento suficiente para

repassar aos meus colegas. o que eu

quero é compartilhar tudo que euaprendi aqui

No laboratório da Ilha da Ciência, estudantes selecionadas para participar de projeto descobrem o lado lúdico por de trás da ciência

Na primeira atividade do projeto, meninas conheceram as possibilidades de formação na área de exatas e tecnológicas

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Lays Thaynara Ferreira, estudante secundarista que resolveu participar do projeto como voluntária

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A Universidade que Cresce com Inovação e Inclusão Social Junho | Julho de 2014 :: Cidade Universitária

UNIVERSIDADE

>> sansão horTegal

O primeiro semestre de 2014 começou bem para os estudantes das resi-dências estudantis da

UFMA. No mês de abril, os mo-radores do Lar Universitário Rosa Amélia Gomes Bogéa (LURAGB), da Casa do Estudante Universitário do Maranhão (Ceuma) e do Centro Guaxenduba se mudaram para um novo imóvel localizado na Cidade Universitária, Campus do Bacanga. Para eles, esse é um momento que vai ficar para a história, mesmo sa-bendo que esta é uma residência provisória, e que a definitiva será construída também dentro da Ci-dade Universitária.

O coordenador da casa do Ceu-ma, José Uilian, estudante do 7º período de Ciências Biológicas e oriundo de Goiás, demonstra sua satisfação em morar na Cidade Uni-versitária, o que facilitará bastante a acessibilidade, principalmente para ele e para os que estudam em cursos integrais e, precisam sair da Universidade às 22 horas, por exemplo. “Estamos felizes com a mudança, que só tem a melhorar o nosso desempenho quanto aos estudos, e felizes também com a criação da Pró-Reitoria de assistên-cia estudantil, que tem dado todo o apoio a nós, estudantes, durante esse percurso de mudança de uma residência para outra”, disse.

Essa é uma ideia que todos os moradores da residência compar-tilham como é o caso de Nicole Pi-nheiro, natural de São Paulo e que cursa o segundo período de Ciên-cias Sociais. Para ela, a segurança é uma das melhorias que os estu-dantes terão a partir de agora. Ni-cole destaca também a facilidade em relação ao acesso à biblioteca, já que agora poderá passar mais tempo estudando, sem se preocu-par com a hora de voltar para sua residência. Assim, também enfati-za a baiana Maíris Fernandes, que cursa o terceiro período do curso de Teatro. “Esta nova estrutura vai nos permitir ter um desempenho melhor em nossas atividades aca-dêmicas, e isso vai facilitar a nossa participação em projetos de exten-são. Estamos atualizando também, o regimento interno da casa, de for-ma que possa atender às demandas e integração dos moradores”, relata.

a mudança

Durante o período da mudança dos moradores, a Universidade Fe-deral do Maranhão concedeu todo o apoio, infraestrutura e logística para que tudo acontecesse de forma

Estudantes das Residências Estudantis se mudam para a Cidade Universitária

O novo imóvel dentro do Campus sede da UFMA abriga hoje 58 estudantes vindos de diversas cidades do Maranhão e de outros Estados

Por enquanto, os moradores irão utilizar um regimento datado de 1994, até que o novo documento seja atualizado e aprovado por todos. Este Regimento Geral será válido para todas as casas estudantis o que deverá incluir a casa na Cidade Universitária, a REUFMA e as casas dos demais campus. Além do regimento geral, cada casa terá o seu regi-mento interno que será específico e deverá atender às necessidades de cada local, mas sempre obedecendo ao Regimento Geral que, sempre será atualizado pela pró-reitoria de assistência estudantil e pelos resi-dentes, em seguida passando por aprovação nas estâncias superiores da Universidade.

tranquila e rápida. À proporção que o caminhão chegava à nova residên-cia estudantil, os moradores orga-nizavam os seus pertences nos seus novos quartos. “Nós desenhamos um croqui da casa, para fazer o ma-peamento e a divisão das alas, uma vez que a residência agrupará tanto as meninas do LURAGB quanto os meninos da Ceuma e do Centro Gua-xenduba. Toda a divisão dos quartos e compartimentos foram feitos na

presença dos moradores”, disse a pró-reitora de assistência estudantil, Ce-nidalva Teixeira, que acompanhou todo o processo de mudança dos es-tudantes.

Para garantir mais segurança e conforto para os moradores, a Ins-tituição adquiriu equipamentos e utensílios domésticos. O prédio con-ta com sistema anti-incêndio, salas de apoio, cozinha com fogão indus-trial e, 28 quartos para comportar de

dois a cinco moradores, conforme o tamanho de cada espaço.“Tivemos um trabalho árduo para que a vinda de cada morador para cá aconteces-se de forma tranquila. Nosso lema é manter o diálogo. Entendemos que para resolvermos as questões é ne-cessária uma conversa entre todos”, afirmou a pró- reitora de assistência estudantil.

No total, 58 estudantes moram na residência estudantil da Cidade Uni-versitária, sendo 33 mulheres e 25 homens, vindos de diversas cidades do Maranhão e de outros Estados. Futuramente, serão abertas mais vagas para suprir as necessidades daqueles que vêm de outras regiões, e ainda não possuem moradia, mas que estão inscritos no edital de fluxo contínuo e possuem auxilio mora-dia. O objetivo é abrigar cerca de 80 estudantes na residência estudantil. Os moradores da REUFMA perma-necerão no seu local de residência atual, já que o prédio é de proprieda-de da UFMA e, com isso, tem toda a autonomia para realizar obras e me-lhorias em sua estrutura.

Para o reitor Natalino Salgado, a UFMA tem hoje uma forte política de assistência estudantil que não se resume somente à moradia, mas sim a auxílios como a bolsa alimentação, de assistência, e para a pesquisa. “Não havia, na UFMA, um instru-mento legal capaz de assegurar uma moradia estudantil dentro do Cam-pus, e quando vi essa questão, tomei a iniciativa de alterar o estatuto, fa-zendo com que, pela primeira vez na história da Universidade, exista um artigo que cria um órgão suplemen-tar que trata da política de moradia estudantil e, a partir deste instru-mento legal, será possível remanejar recursos para atender a política de moradia”, explica o reitor que adiante enfatizou que esse artigo não entrará em vigor somente para o Campus de São Luís, mas para os oito campus do continente, no qual também será construída uma moradia estudantil, a fim de que haja uma isonomia na Instituição de Ensino Superior.

“Esta moradia dos estudan-tes será provisória, uma vez que o prédio está destinado para ser um Centro de Atenção Multidisciplinar. A construção da casa permanen-te dentro do Campus, está prevista para ficar concluída entre seis e 12 meses, assim como acontecerá tam-bém nos demais campus. Assim, que a nova morada ficar concluída e os estudantes se mudarem para o novo prédio, iremos reativar e colo-car em funcionamento o Centro De Atenção Multidisciplinar”, finaliza o reitor da UFMA.

Regimento

Pró-reitora de assistência estudantil entregou uma chave para cada morador da nova casa após a mudança

Alunas comemoram a mudança para a nova residência dentro da Cidade Universitária, Campus do Bacanga

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A Universidade que Cresce com Inovação e Inclusão Social

Centro de Convenções e CentroPedagógico Paulo Freire são inauguradoscom a presença do ministro da educação

>> daryanne caldas

Centro pedagógicopaulo Freire

As novas dependências físicas atendem as exigências de acessibilidade, e garantem espaço adequado para práticas e vivências acadêmicas de toda a comunidade acadêmica

O Centro Pedagógico Paulo Freire é o mais moderno complexo acadê-mico da Universidade Federal do Ma-ranhão. Ocupa uma área de 14 mil e 550 metros quadrados, que começou a ser construído em junho de 2009.

Dividido em três pavimentos, o CPPF possui 60 salas de aula climati-zadas, um auditório central com ca-pacidade para 500 pessoas, três mini auditórios para cem pessoas cada; um salão de exposição; um restau-rante; uma cantina; estacionamento; salas para coordenações de curso, tutoria e de administração patrimo-nial.

Atualmente, o prédio abriga cur-sos de Graduação e Pós-Graduação. Assim como o Centro de Conven-ções, o Centro Pedagógico Paulo Freire também serve de espaço para eventos e exposições, a exemplo da 64ª Reunião Anual da Sociedade Bra-sileira para o Progresso da Ciência (SBPC), realizada em julho de 2012, e que teve a maior parte de suas ativi-dades e ciclos de debates realizados nas estruturas do Centro Pedagógico, especificamente nas suas instalações arquitetônicas que já se encontra-vam concluídas a época.

DESTAQUE - CAPA

Cidade Universitária :: Junho | Julho de 2014

Em maio deste ano fo-ram inaugurados oficial-mente duas das maiores obras empreendidas nos últimos anos pela Uni-

versidade Federal do Maranhão (UFMA): o Centro Pedagógico Paulo Freire (CPPF), e o Centro de Con-venções, ambos localizados na Ci-dade Universitária do Bacanga. A solenidade de descerramento das placas de inauguração dos espaços contou com a presença do ministro da educação, José Henrique Paim Fernandes que, em visita à capital maranhense, conferiu de perto os avanços da Instituição no que tan-ge à expansão de sua infraestrutura, e que levaram, também, recursos oriundos da pasta ministerial que atualmente ocupa.

Tanto o Centro de Convenções da UFMA quanto o Centro Pedagó-gico Paulo Freire são ambientes que já estão servindo desde 2013 para a prática acadêmica e de vivência universitária. Enquanto o CPPF é o maior complexo educacional da UFMA, o Centro de Convenções tem sido palco de eventos e das ce-rimônias de colação de grau de es-tudantes da Universidade.

Ministro da Educação, reitor e representantes do poder público em cerimônia dedescerramento de placas dos novos espaço da UFMA

Entrada principal do Complexo Pedagógico Paulo Freire na Cidade Universitária, Campus do Bacanga

Novos espaços da UFMA estão servindo à comunidade acadêmica desde 2013

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Junho | Julho de 2014 :: Cidade Universitária

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A Universidade que Cresce com Inovação e Inclusão Social

o Centro de Convenções O Centro de Convenções é con-siderado o maior espaço para rea-lização de eventos no Maranhão. Sua obra teve início em janeiro de 2011 e término em novembro de 2013. Possui uma área de 8 mil e 802 metros quadrados, com capa-cidade para mais de 5 mil pessoas. Suas dependências físicas são com-postas por quatro mini auditórios com capacidade para cem pessoas cada um; além de uma cozinha in-dustrial; cantina; salas de adminis-tração; almoxarifado; uma sala de som e o setor administrativo.

Em 2013, o Centro recebeu em seu espaço a cerimônia de colação de grau dos estudantes dos cursos da Cidade Universitária do Bacan-ga, que antes eram realizadas no Centro de Convenções Pedro Neiva de Santana.

Ao todo, as duas obras custaram R$ 31 milhões, 815 mil e 400 reais, e tiveram como fontes financiadoras o Ministério da Educação e emen-das parlamentares individuais do senador Lobão Filho, no valor de

R$ 100 mil reais; do deputado fede-ral Domingos Dutra, de R$ 600 mil reais; além de emenda parlamentar de bancada no valor de R$ 9 mi-lhões e 668 mil.

Segundo o reitor da UFMA, o Centro de Convenções e o Comple-xo Pedagógico Paulo Freire fazem parte do maior processo de trans-formação pelo qual a Universida-de já passou ao longo dos seus 47 anos. “A UFMA possuía problemas graves de infraestrutura, e preci-sava se expandir, acompanhando o crescimento exponencial gera-do pelas novas ofertas de cursos e o aumento de vagas, isso, claro, de maneira sustentável”. O dirigente da Instituição ressaltou também que estas transformações só foram possíveis devido ao vigor e a com-petência empregada pela equipe que compõe a atual Administração Superior e a comunidade acadêmi-ca, hoje com a autoestima elevada.

Já o ministro da educação, José Henrique Paim Fernandes, afir-mou durante a solenidade que a Universidade Federal do Mara-nhão é hoje uma referência no Mi-nistério da Educação, servindo de exemplo para outras instituições públicas. “Queria dizer que eu não poderia deixar de estar aqui hoje para testemunhar aquilo que, de longe, eu venho acompanhando há muito tempo, que é a grande transformação que esta Univer-sidade vem passando. Eu assumi recentemente o ministério, e estas são uma das primeiras placas que tenho a oportunidade de descer-rar, então vou guardá-la em minha mente. Como o educador Paulo Freire dizia, a educação sozinha não muda a sociedade, mas sem educação nós também não muda-mos a sociedade, e o que estamos vivendo aqui é exatamente isso. Estamos mudando a sociedade do Maranhão a partir da educação, disse o ministro.

Ministro da educação, José Henrique Paim, durante a inauguração do Centro de Convenções e do Complexo Pedagógico Paulo Freire.

ter uma Universidade de referência em um estado com indicadores baixos é fundamental para que haja

uma reversão da realidade existente. as bases que foram estabelecidas aqui jamais irão retroceder. eu

espero que a UFMa continue avançando, e que possa sempre ser um exemplo no país ao contribuir para a melhoria da qualidade da educação no Maranhão.

DESTAQUE - CAPA

Fachada do Centro de Convenções, localizado na Cidade Universitária, Campus do Bacanga

Assim como o Complexo Peda-gógico Paulo Freire e o Centro de Convenções, outros espaços dentro da UFMA também tiveram suas pla-cas de inauguração recentemente descerradas na Cidade Universitá-ria, Campus do Bacanga. A concha acústica, a quadra poliesportiva (2), e a sede do Núcleo de Esportes foram inauguradas no dia três de junho, em solenidade que contou com a presença do ex. deputado fe-deral, Flávio Dino, o deputado fede-ral Domingos Dutra, que aplicaram emendas parlamentares individuais e de bancada, totalizando o valor R$ 950.125,37, para construção das novas infraestruturas que servem a comunidade acadêmica.

O Núcleo de Esportes da Univer-sidade levou a maior parte do in-vestimento parlamentar. A sede do

Núcleo foi ampliado, ganhou labo-ratórios e auditório utilizados não apenas para o ensino, mas também para o desenvolvimento dos pro-jetos que beneficiam a sociedade civil, sobretudo, à comunidade do entorno da UFMA. O ginásio polies-portivo (2) possui quadra coberta, e está apto a receber a prática de futsal, handebol, basquetebol e vo-leibol, auxiliando a prática esportiva nas dependências da Cidade Uni-versitária.

Já a concha acústica é o maior espaço cultural da UFMA, e tem ca-pacidade de abrigar apresentações para um público de quatro mil pes-soas. “Esses obras ampliam as pos-sibilidades da prática universitária e do atendimento a comunidade”, finaliza o diretor do Núcleo de Es-portes, Francisco Navarro.

Falando Nisso

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Cidade Universitária :: Junho | Julho de 2014

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A Universidade que Cresce com Inovação e Inclusão Social

PELO MUNDO

>> arlan aZevedo

Ciência Sem Fronteiras:do Brasil para o mundoO Programa vai enviar mais de 69 estudantes para diversos países até o mês de setembro deste ano

O Ciência Sem Fronteiras (CSF) é um programa de intercâmbio e de mo-bilidade internacional

que incentiva os estudantes das Instituições de Ensino Superior (IES) do Brasil, da Graduação e da Pós-Graduação, a ingressarem em universidades de outros pa-íses para complementação dos seus estudos. Os estudantes de diversas áreas, como os da saúde, das engenharias e das ciências em geral, mais voltadas para o cam-po das tecnologias, podem estu-dar em universidades de países da América do Norte, Europa, Ásia e Oceania. A Universidade Federal do Maranhão (UFMA) participa do CSF desde 2011, e já promoveu o intercâmbio de 322 estudantes para o exterior. Agora, se prepara para enviar até setembro deste ano 69 novos estudantes para universi-dades dos quatro continentes, por meio deste programa.

O aluno do quarto período do curso de Ciências da Computação, Nigel da Silva Lima, nasceu na ci-dade de Barra do Corda, a 445 Km de São Luís. Para desenvolver seus estudos precisou sair de casa em 2012, e transformou a capital ma-ranhense em seu novo lar. Entre-tanto, nos próximos dois anos seu endereço deve mudar mais uma vez porque ele foi contemplado na chamada do último edital do programa Ciências Sem Fronteiras para estudar em uma universidade

O estudante de Ciências da Computação, Nigel da Silva Lima aguarda ansioso o iníciodo seu intercâmbio que vai realizar por meio do Ciências Sem Fronteiras

da República da Irlanda, na Eu-ropa. “Após ser selecionado pelo programa, recebi uma lista de uni-versidades, e manifestei interesse pela National University Of Ire-land-Galway que me aceitou como aluno durante meu período de in-tercâmbio. Pretendo aproveitar ao máximo a experiência, inclusive desenvolvendo contatos profis-sionais, já que a Instituição que eu escolhi mantém vínculos com em-presas de todo o mundo, como o Facebook, Intel, dentre outras, fa-cilitando o contato dos estudantes com o mercado de trabalho”, diz.

Como posso participar das próximas chamadas

doCsF?

As inscrições para o programa acontecem por meio de editais dis-ponibilizados no site do programa, e variam conforme os destinos.

Os primeiros passos para a par-ticipação no programa são a reali-zação de um teste de proficiência em inglês, e uma nota mínima de 600 pontos no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), além de ter que cumprir entre 20 a 90 por cen-to de integralização no seu curso.

Por fim, com todos os requisitos do edital preenchidos, um conjun-to de professores forma um comitê para a avaliação e o acompanha-mento dos candidatos para sele-cionar os mais empenhados para o ingresso no programa.

Universidade vai construirnúcleo de arqueologiaLocalizado no Centro Histórico, o Núcleo vai abrigar um acervo com cerca de 70 mil peças encontradas em escavações da refinaria no município de Bacabeira

Em breve, mais um prédio do centro histórico servirá como espa-ço para as atividades da Universi-dade Federal do Maranhão (UFMA). Trata-se do prédio da antiga Fábri-ca Progresso, localizado próximo ao Mercado Central, no centro de São Luís, onde as instalações, atual-mente em completo abandono, vão abrigar o Núcleo de Arqueologia da Universidade.

O prédio da Fábrica Progresso, cedido à UFMA pelo Governo do Estado, possui 400 mil e 400 me-tros quadrados, e será totalmente restaurado por meio de recursos

da multinacional Petrobrás, que vai aplicar R$ 11 milhões neste projeto, e que serão repassados à Institui-ção de Ensino Superior, via Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

Após a requalificação, o Museu de Arqueologia, que será aberto à visitação, abrigará mais de 70 mil peças encontradas nas escavações feitas durante a terraplanagem da refinaria Premium, no município de Bacabeira, e servirá como local para investigação científica, onde pes-quisadores desenvolverão estudos sobre a Arqueologia maranhense.

representante do Ministério do esporte realiza visita técnica a pista de atletismo da UFMa

No final de maio, o secretário de Alto Rendimento do Ministério do Esporte, Ricardo Leyser, realizou vi-sita técnica à Universidade Federal do Maranhão (UFMA), onde conferiu o andamento da instalação da Pista de Atletismo da Instituição, que leva investimentos do ministério que Ley-ser representa.

Com a primeira fase de monta-gem já finalizada, a pista de Atle-tismo teve sua estrutura principal importada da Noruega, e foi trazida de contêiner diretamente do Ca-nadá até o porto do Itaqui. Quan-do concluída, terá capacidade para 48 modalidades de atletismo, tais

como salto em distância, salto com vara e lançamento de discos, dentre outras. O secretário Ricardo Leyser, que é o responsável no Ministério do Esporte pela preparação dos atletas que vão disputar os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016, disse que essa pista de atletismo corresponde ao legado que os Jogos Olímpicos de 2016 pretendem deixar na infra-estrutura do esporte brasileiro, e assegurou a alta qualidade do em-preendimento que será capaz de abrigar qualquer competição nacio-nal e internacional, impulsionando o esporte maranhense e a descoberta de novos talentos.

NOTAS RÁPIDAS

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A Universidade que Cresce com Inovação e Inclusão Social

EMPREENDER

Para propor a experiência do mercado de trabalho, Departamento de Empreendedorismo aposta em incen-tivos e em novas formas de se comunicar com o público universitário

>> arlan aZevedo

Ao término da Graduação, os estudantes universi-tários se deparam com dois caminhos possíveis.

Podem optar por seguir uma car-reira acadêmica ou voltar-se para o mercado de trabalho. Neste últi-mo caso, ser empreendedor é um imperativo para quem busca colo-cações no mercado de trabalho e, assim, cabe às instituições de ensi-no superior a função de desenvol-ver também esta competência. Na Universidade Federal do Maranhão (UFMA), fomentar a criação de pro-jetos e a prática da negociação den-tro de uma cultura empreendedora tem sido a função do Departamento de Empreendedorismo (Demi), que agora busca atrair a comunidade acadêmica para as vivências que a prática empreendedora e de inova-ção dentro da ambiente universitá-rio podem trazer.

“Não faz parte da cultura univer-sitária, da maioria do país, envolver as duas atividades (formação para o mercado de trabalho e formação para a carreira acadêmica). A pro-posta para a criação de um depar-tamento que lidasse com o empre-endedorismo surgiu na década de 90, mas não houve consolidação da ideia. Em 2010, o projeto voltou a ganhar força e o Departamento foi criado na UFMA”, conta o coordena-dor do Demi, Areolino Neto, sobre a atividade que tem permitido com que estudantes, durante a Gradua-ção, compreendam as especificida-des que a formação superior lhes garante no mercado de trabalho.

Comunicação: o públicoe o acesso ao demi

As dificuldades em apresentar à comunidade acadêmica o empreen-dedorismo e seus conceitos focados no intercâmbio entre a academia e o mercado de trabalho têm sido supe-radas com a utilização dos meios de comunicação. O Demi possui uma fanpage na rede social Facebook, está desenvolvendo um site próprio e, agora, conta com um programa radiofônico, em veiculação desde maio deste ano. O programa conta com a apresentação das atividades realizadas pelas empresas juniores e empresas incubadas, além da divul-gação dos editais, proporcionando um maior conhecimento do depar-tamento. “As empresas vinculadas ao Demi realizam muitas atividades, como apresentações de seminários, organização de oficinas e mini-cur-sos objetivando aumentar o conhe-cimento sobre as inovações e opor-

Estratégias de visibilidade paraatrair jovens empreendedores

tunidades dos alunos no mercado de trabalho. Com o programa de rá-dio, transmitido no site da UFMA e na Rádio Universidade, as ações e o departamento ganharão maior visi-bilidade”, explica a responsável por toda a produção e a divulgação de conteúdo do Demi, Amy Loren.

Um novo prédio para uso exclusivo da incubadora e das empresas juniores

Em março deste ano, o Demi completou quatro anos de criação. Em comemoração, pode-se desta-car a construção do seu novo prédio onde passará a funcionar, também, a Incubadora de Empresas de Base Tecnológica do Estado do Mara-nhão. Segundo o coordenador do Departamento, Areolino Neto, há seis empresas incubadas e três na fila para a incubação. “Algumas em-presas juniores conseguiram espaço para atuar, mas, com a dispersão de-las, é difícil dá o apoio necessário. As empresas incubadas, como não ser-vem somente à Universidade, e têm contato com o mercado de trabalho, quando forem instaladas no novo prédio, amplificarão e consolidarão essa troca entre a academia e o mer-cado”, destaca Areolino.

incentivo por meio de apoio financeiro e

intelectual

A Incubadora de Empresas de Base Tecnológica do Estado do Ma-ranhão atende a um público maior que as empresas juniores e auxilia os estudantes da Graduação a es-truturar, a consolidar sua imagem no mercado, além de fomentar a pesquisa dentro de uma empresa, contemplando outros empreende-dores – mesmo os que nunca pas-saram pela Universidade. Anual-mente, o Demi lança um edital com informações sobre o que é necessá-rio para se inscrever no programa da Incubadora e quais os pré-re-quisitos para isso. Após a inscrição realizada e toda a documentação entregue ao Departamento de Em-preendedorismo, uma série de cri-térios são avaliados até que a em-presa seja escolhida. Os principais critérios são o conteúdo tecnológi-co e inovador dos produtos, proces-sos ou serviços a serem ofertados, o plano econômico e financeiro, e o plano de negócios.

A empresa assistida pela INCU-BEM conta com o apoio financeiro e intelectual, visto que os estudan-tes e os professores dos cursos que

mais se aproximam da proposta da empresa, auxiliarão na formação desta. Os serviços, incluindo insta-lações físicas, assessoria de comu-nicação, orientações jurídicas terão duração de dois anos, podendo ter a prorrogação de mais um ano. As Bolsas de Iniciação em Desenvolvi-mento Tecnológico e Inovação são outra ação implementada na Uni-versidade, e que tem como objetivo financiar projetos com ênfase em inovação tecnológica aplicáveis ao mercado de trabalho e que promo-vam a interação entre a academia e a comunidade.

Os editais que ofertam bolsas também são anuais e contêm es-pecificidades. Para se inscrever no

edital, o projeto deve conter uma proposta apresentando o docente proponente, a quantidade de bol-sas requisitadas, além de descre-ver como o projeto se enquadra na ideia do PIBITI. Os critérios para a seleção dos projetos inscritos levam em consideração a capaci-tação e a participação dos profes-sores proponentes em outros pro-jetos relacionados à área tecno-lógica, além do nível de inovação da proposta. A bolsa tem duração de um ano e cada proposta deve conter apenas um bolsista. Todos os editais dos processos seletivos para o incentivo do Departamento de Empreendedorismo são divul-gados no portal da Universidade.

EJECON • Economia

MARISMA • Oceanografia

ECOJAGRO • Agronomia

ESTALO • Design

CONTABILITAD • Contabilidade

ACTIO • Ciências Sociais

CONNECTIVA • Comunicação Social

Saiba quais cursos da UFMApossuem uma Empresa JuniorLABOTUR • Turismo

CONNECTION • Computação

EJEL • Engenharia Elétrica

QUARQI JR. • Química Industrial

NOVAMENTE • Psicologia

ACQUA JR. • Ciências Aquáticas

GEOTEC • Geografia

MUTUAL • Ciências Biológicas

Cinco passos para a criaçãode uma Empresa Junior

É necessário reunir um grupo de estudantes com o mesmoobjetivo, tendo uma quantidade suficiente para ocupar oscargos que serão criados na empresa

Apresente a ideia da empresa a um professor do curso, a fim de que ele possa ser o coordenador deste projeto, que é caracterizado como de extensão universitária

Os estudantes, juntamente ao professor, devem formular umaproposta, especificando o objetivo, as diretrizes, e os serviços, além de um prévio orçamento necessário para a criação da empresa

Apresentar a proposta formulada ao Departamento deEmpreendedorismo, localizado no prédio da BibliotecaCentral, na Cidade Universitária da UFMA

Com a proposta em mãos, uma comissão do DEMI, após avaliação,irá indicar melhorias no projeto de criação da empresa, caso sejanecessário, ou iniciar o trabalho para a criação da Empresa Júnior

É importante saber que cada curso de graduação da Universidadepode contar com apenas uma Empresa Junior. Caso o seu curso ainda não tenha sua incubadora, aí vão os passos

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Cidade Universitária :: Junho | Julho de 2014

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A Universidade que Cresce com Inovação e Inclusão Social

UNIVERSIDADE

>> roberTh meireles

Ampliar fronteiras e bene-ficiar um número cada vez maior de pessoas sig-nifica dar condições para

que histórias possam ser modifica-das, e para que padrões culturais ar-caicos possam deixar de ser repro-duzidos, com base na troca entre o saber sistematizado - aquele que é aprendido na sala de aula; e o saber coloquial das relações cotidianas. Em instituições de ensino como nas universidades públicas, cujo financiamento público é que man-tém a sua existência, esta forma de comunicar-se deve intervir na rea-lidade social começa a ser discutida com mais frequência na década de 60, em meio às mudanças políticas e sociais da época. Cinco décadas depois, as instituições brasileiras debatem a efetiva indissociabilida-de entre o ensino, a pesquisa e a ex-tensão - tríade prevista constitucio-nalmente desde 1988 como alicerce da dimensão acadêmica do ensino superior.

Na Universidade Federal do Maranhão (UFMA), eventos, cur-sos de curta duração, seminários, conferências e projetos nas mais diferentes áreas do conhecimento permitem o encontro entre a co-munidade acadêmica e a sociedade civil, provocando o intercâmbio de ideias e de experiências. Somente em 2013, as ações da UFMA na área de extensão alcançaram um públi-co de quase 300 mil pessoas, envol-veram 2.525 estudantes universitá-rios extensionistas, e tem buscado a cada dia, a consolidação de novas parcerias com outras organizações públicas, privadas e com o terceiro setor para efetivar o alcance de pro-jetos e ações da Universidade. Uma das maiores provas disso tem sido a sua notória participação e o apoio dado ao maior evento social e cida-dão do Estado: a Ação Global.

Em 2014, a UFMA sediou pela terceira vez a Ação Global. Foram mais de dois mil voluntários e 200

Extensão universitária: uma lição que a UFMA está cumprindo

A Universidade se aproxima da comunidade e alcança milhares de pessoas por meio de seus projetos e ações

serviços oferecidos, com uma mé-dia de 139 mil atendimentos reali-zados, tudo dentro das instalações da Universidade Federal do Mara-nhão, que mobilizou também os seus profissionais, discentes e do-centes promovendo a cultura do voluntariado dentro da Instituição, e permitindo com que benefícios nas áreas da saúde, da educação, do meio ambiente e da cidadania chegassem, sobretudo, a popula-ção das imediações da Cidade Uni-versitária do Bacanga.

línguas e Culturado Maranhão

Outro exemplo de ação pelo qual a Universidade se aproxima da co-munidade está no projeto Línguas e Cultura do Maranhão, que oferece aulas de inglês gratuitamente à co-munidade desde 2013. Este projeto que é atualmente o maior da UFMA beneficia 1.500 alunos da rede públi-ca de ensino, e conta com uma me-todologia com foco comunicacional, abrangendo as quatro habilidades linguísticas: compreensão auditiva, fala, escrita e leitura.

O curso tem duração de três anos, e conta com uma demanda crescente por novas vagas, sendo que em me-nos de um ano e meio, dobrou o nú-mero de vagas inicialmente ofertadas. As aulas do projeto são ministradas na UFMA pelos próprios acadêmicos do curso de Letras da Universidade e por voluntários, aos dias de sábado. Atividade permite com que acadê-micos também possam desenvolver competências na área da educação e didática da língua estrangeira.

Jovens com a bola toda

E, se a capacitação na área do en-sino de línguas é o foco de estudantes e professores do curso de Letras, o es-porte visando o desenvolvimento de múltiplas inteligências e capacidades humanas é a bola da vez em um pro-jeto da equipe do curso de Educação Física. Baseado na oferta de ativida-des diárias no Núcleo de Esportes da UFMA, o Jovens com a Bola toda atende a 180 crianças e jovens ado-lescentes, moradores da Vila Embra-tel e do Sá Viana.

Compreendendo que todas as pessoas possuem potenciais e preci-sam de oportunidades para desen-volvê-los, o projeto Jovens com a Bola toda investe nas futuras gerações como potenciais sujeitos de efetiva participação social. Sãos jovens de oito a quinze anos que participam de atividades multidisciplinares, onde o objetivo é aprender a aprender, aprender a fazer, aprender a conviver e aprender a ser.

A professora Naiara Sales que é co-ordenadora do projeto Línguas e Cul-tura do Maranhão opina sobre a lição de casa que a UFMA tem realizado na área da extensão:

Como a comunidade enxerga a UFMA?

Durante a última edição da Ação Global, a Comissão Própria de Avaliação da UFMA – a CPA, apli-cou um questionário a fim de ava-liar a atuação da Instituição e a res-pectiva forma como ela enxerga a oferta de serviços da Universidade junto à comunidade externa.

Mil participantes da ação social, na sua grande maioria moradores das comunidades do entorno da UFMA responderam ao questio-nário. Os dados colhidos serão ta-bulados e o resultado apresentará o nível de satisfação das pessoas com a Universidade.

“Ao percebermos como a comu-nidade do entorno enxerga a Insti-tuição poderemos pensar a melhor forma promover aproximação cada vez maior com as comunida-des”, finaliza o presidente da CPA, Francisco Gilvan Lima Moreira.

Crianças do projeto Jovens com a Bola Toda realizam plantação simbólica de mudas na Cidade Universitária

A UFMA é uma das principais parceiras da maior ação social do Estado - A Ação Global, que mobiliza a comunidade acadêmica em prol da cultura do voluntariado

Por meio de eventos nacionais e internacionais que acontecem durante todo o ano, a Universidade socializa conhecimento junto a Sociedade Civil

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Acho que a extensão da UFMA tem evoluído bastante. Com o projeto Lín-guas e Cultura, o Maranhão que era o único Estado do nordeste que não contava com um núcleo de ensino de línguas para a comunidade, hoje pos-sui uma proposta que abraça todos os interesses da população. Eu sou fru-to da extensão na minha formação, e posso dizer que a extensão está de cara nova. Considero que as possibi-lidades de explorar esta dimensão na busca por aproximar a Universidade da Comunidade tem sido cada vez mais alargadas na Instituição

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A Universidade que Cresce com Inovação e Inclusão Social

PESQUISA

>> maria nascimenTo

Empreendedorismo Comunitá-rio e a copa do mundo de 2014 no Brasil: Reflexões da Copa do Mundo de 2014 no mercado turístico de São Luís originou o tema da monogra-fia do estudante da Guiné-Bissau do curso de Turismo da Universida-de Federal do Maranhão (UFMA), Marcelino Mendes Soares. Segun-do o turismólogo e participante do Programa de Estudante do Convê-nio de Graduação da UFMA, PE-C-G, a sua monografia teve como objetivo analisar as possibilidades do alcance de ganhos com o even-to internacional no Brasil, princi-palmente em relação aos negócios que podem ser realizados pelos micros e pequenos empreendedo-res de São Luís.

Apesar da capital maranhense não sediar o evento, o setor empre-sarial pode prever muitas oportu-nidades de empreender negócios nas redes hoteleiras e aumentar a apresentação dos possíveis desti-nos turísticos que serão procura-dos durante o período de junho. “Desenvolvemos também uma pesquisa para conhecer os pro-dutos turísticos e as estruturas mercadológicas que a cidade pos-sui para atender às exigências do mercado, através da realização de entrevistas, junto às autoridades municipais e cooperativas comu-nitárias”, explicou.

Ele explica que, ao longo da pesquisa constatou o potencial da cidade - trabalhando com as co-munidades e associações comuni-tárias - na perspectiva de enfrentar o desafio de preparar o mercado de São Luís para a demanda da copa que, apesar de não ser uma cidade sede, será contemplada por estar na rota das cidades sedes, tais como, Fortaleza e Manaus. Segundo o Ministério do Turismo,

Copa do Mundo 2014 movimentará o mercado turístico maranhense

A realização do evento internacional no país atrairá novos fluxos turísticos, que podem transformar-se em oportunidades para micro e pequenos empreendedores

os turistas internacionais têm dois grandes desejos, conhecer a Foz do Iguaçu e os Lençóis Maranhenses.

O Estado e a Secretaria de Tu-rismo do Município estão desen-volvendo várias atividades como a capacitação da Sociedade Civil em cursos de idiomas para os taxistas e para os empreendedores da rede hoteleira receberem os turistas que desejam conhecer os Lençóis Maranhenses e o Centro Históri-co de São Luís que possui a maior concentração de azulejos da Amé-rica Latina; uma variada culinária típica, além da diversidade da cul-tura local. “São Luís possui muitas manifestações culturais já que, no mês da copa, acontecem os feste-jos juninos e a capital maranhense tem muitas atrações interessan-tes como o Tambor de Crioula, o Cacuriá e o Bumba meu boi para atrair os turistas”, disse Marcelino Soares.

De acordo com Soares, na busca da compreensão do empreende-dorismo comunitário, a copa do mundo de futebol da Federação Internacional de Futebol Asso-ciado (FIFA) é um evento que vai muito além dos quatro cantos do campo, devido às grandes atrações tais como as diversas manifesta-ções culturais, shows, sorteios e promoções - o que é para o comér-cio sinônimo de oportunidades. O

importante nesse processo de en-tretenimento é o lazer e a inclusão social que passam a ser um mix da comunicação nas informações e na conscientização da sociedade que pode vir a lucrar com o evento internacional.

Ele explicou também que tra-balhou essa temática com a pers-pectiva de oferecer um retorno à sociedade local, mas, também por-que considerou que existem outros fatores que o motivaram conside-rando o potencial do Estado e a cidade de São Luís que tem uma singularidade marcada por mais de 400 anos de história. Marcelino

são luís possui muitas manifestações culturais já que, no mês da copa, acontecem os festejos juninos

e a capital maranhense tem muitas atrações interessantes como o tambor de Crioula, o Cacuriá

e o Bumba meu boi para atrair os turistas

Mendes Soares justifica que esco-lheu o tema devido a boa recepção e hospitalidade que teve no Brasil e em São Luís, em especial pela co-munidade universitária, ou seja, pelos alunos, professores e amigos. “Foi um modo que encontrei de agradecer a essa sociedade que me acolheu bem. Vou sair daqui com uma formação que vai ficar pra toda a minha vida. Nada mais justo do que deixar um legado como este trabalho para as novas gerações, e espero que seja bem entendido como a lembrança de um relacio-namento sociocultural entre gui-neenses e brasileiros” explicou.

Apesar de não ter São Luís entre as capitais que vão sediar os jogos da Copa do Mundo 2014, o Maranhão deverá sentir os impactos do evento mundial no seu turismo

Segundo pesquisa do Ministério do Turismo, os Lençóis Maranhenses estão entre os destinos mais desejados pelos turistas internacionais

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Marcelino Soares, Bacharel em Turismo

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A Universidade que Cresce com Inovação e Inclusão Social

NO CAMPUS

Quase vinte mil minutos trans-mitidos de programação radiofô-nica inteiramente voltada à cultura maranhense. Essa foi a marca alcan-çada no último ano pelo Santo de Casa. No ar ha 26 anos, o programa se transformou no cartão de visita da rádio Universidade FM, e mais que isso, firmou-se como a mais sólida proposta de difusão cultural nas ondas do rádio maranhense. Criado em 1988, o programa nasce dois anos após a criação da Rádio. A sua ideia inicial de transmissão sur-giu a partir da percepção, por parte da equipe do veículo de comuni-cação da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), da necessidade de divulgação de trabalhos, even-tos, agenda cultural, assim como dos principais shows, exposições e lançamentos literários; entrevistas e musicas populares do Estado.

A comunicadora Rosa Santos, primeira locutora responsável por comandar o Santo de Casa, man-tém um acervo em sua casa, onde coleciona lembranças da época em que recebia em estúdio e mantinha contato direto com os novos, e já consagrados artistas, assim como com representantes de grupos po-pulares do Estado. Ela relembra a timidez da proposta do programa no seu início. “Era um programa de apenas 30 minutos. Transmitíamos uma vez por semana no horário do meio dia. As pessoas dizem que o maranhense não gosta de música local, mas não é bem assim. Quan-do iniciamos o projeto do Santo de Casa, as pessoas começaram a pe-dir muitas músicas. Sinal de que

O programa da rádio Universidade FM projeta artistas e grupos culturais do Maranhão por meio da veiculação diária

Santo de casa faz milagre sim>> leTÍcia mourão

gostavam sim de ouvir a produção local. Faltava um programa que oferecesse este tipo de variedade”, conta.

Ao recordar dos momentos mar-cantes de sua atuação no Santo de Casa, ela destaca quando Leci Brandão concedeu uma entrevis-ta à rádio Universidade FM. “No momento de entrevista estava to-cando a música “Rosa Maria”, de Josias Silva Sobrinho, e a cantora Leci Brandão gostou muito. Nós fizemos ‘a ponte’ ao vivo, o que re-sultou na gravação da música pela cantora. Deste modo, vejo o Santo de Casa como o primeiro programa a conseguir efetivamente estreitar a relação entre os ouvintes, RadiUn e artistas maranhenses”, ressalta.

A receita do sucesso do progra-ma Santo de Casa, os profissionais da Rádio não escondem. A locuto-ra que está à frente da atração há 20 anos, Gisa Franco, atribui os méritos do programa, em grande parte, à equipe de produção. “O Santo é o único, entre as emis-soras FM, que se dedica a tocar a musica maranhense. Eu tenho um carinho muito grande por ele, e orgulho por ter minha imagem profissional atrelada ao progra-ma. Quando se fala Gisa Franco se pensa em Santo de Casa. Respeito muito esse programa, e os profis-sionais que são responsáveis por levá-lo ao ar”, declara.

Até chegar aos ouvidos do públi-co, o programa percorre um trajeto

No comado do programa há 20 anos, a locutora Gisa Franco sente-se realizada por ter sua imagem profissional atrelada a uma proposta de programa cultural tão sólida que é o Santo de Casa.

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Vejo o santo de Casa como o primeiro programa a conseguir efetivamente estreitar a relação entre os ouvintes,

radiUn e artistas maranhensesRosa Santos, primeira locutora do programa Santo de Casa

Representantes do grupo de cultura popular Bumba meu boi da Maioba participam ao vivo do programa na rádio

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A Universidade que Cresce com Inovação e Inclusão Social

NO CAMPUS

que tem início na seleção e aprovação das músicas por parte do coordenador geral da rádio, Paulo Peregrine, e pela equipe de programa-ção – que analisa a qualida-de dos áudios. Logo após, é enviada uma lista das músi-cas selecionadas para o setor de produção da rádio. Nesta frente de trabalho específico, o Santo de Casa ganha forma por meio da criação do script - documento que orienta a lo-cutora durante a transmissão; e de uma segunda seleção das músicas que vão fazer parte da edição diária do programa ra-diofônico.

Atualmente, a produção do Santo de Casa é realizada por sete estagiários sob a coordena-ção da jornalista Paula Brito. Os setor produz por ano uma média de 317 programas Santo de Casa e seis acústicos – modalidade bi-mestral do Santo de Casa, dedica-do a homenagear um determina-do artista maranhense, em que ele conta um pouco da sua carreira e os projetos em voga. “Nós somos

muito procurados. Recebemos ma-terial por email e pelas redes sociais. Os grupos pequenos que estão co-meçando procuram o programa para divulgarem os seus trabalhos. Na produção, se o ouvinte requisita uma canção, e se esta não consta no cadastro, isso não é problema, pois nós vamos atrás”, garante a coorde-nadora de produção da Rádio.

Dos desafios de produção, quem também entende bastante sobre o assunto é o cinegrafista, Jurandir Serra, profissional da comunicação há mais de vinte anos. Ele trabalhou na rádio Universidade FM nos pri-meiros anos de sua criação, período em que o processo de captura e gra-vação de músicas na emissora eram desafiadores devido à falta de tecno-

logia que dispunham. “Eu e os de-mais colegas da Rádio realizávamos a gravação das músicas para o pro-grama por meio de gravação de voz em shows da capital e do continente. Analisávamos o som e escolhíamos a música desejada pelo ouvinte. Logo depois, era feita a edição do áudio e aquela canção passou a fazer parte do nosso acervo musical”, explica.

Para aumentar tal acervo, que na época era pequeno, eram feitas via-gens como forma de expandi-lo. Os eventos que aconteciam pelo Estado eram acompanhados pela equipe e o material trazido para a rádio. Ju-randir Serra recorda o prazer que ele tinha na execução do seu trabalho e das viagens em equipe no Fusqui-nha de Rosa Santos. “Não tínhamos

Ao recordar sobre a época em que era locutora do Santo de Casa, a comunicadora Rosa Reis, revela lembranças e reafirma a importância que o programa tem até hoje para a cultura maranhense

Os profissionais responsáveis pela transmissão diária da atração atribuem grande parte do sucesso a equipe de produção que é coordenada pela jornalista Paula Brito

Setor de produção da RadiUn, local onde o Santo de Casa recebe a forma que vai ao ar todo os dias

tantos recursos. Naquela época não tinha essa tecnologia que temos hoje. Era gostoso o trabalho de rua. Viajávamos para assistir as apresen-tações de cacuriá, Bumba meu boi, festa do divino, por exemplo. Depois das gravações emendávamos as fitas de rolo. Um trabalho complicado, porem tínhamos satisfação em exe-cutá-lo”, completa, Jurandir Serra.

Com uma reputação construída por meio da abertura e acessibilida-de que o público tem de chegar até a equipe de produção do programa, pelo Santo de Casa desfilam perso-nalidades dos mais variados nichos culturais. O representante do gru-po de bumba meu boi da Maioba, Osvaldo Sousa, por exemplo, diz não saber, ao certo, quantas vezes

já compareceu ao programa para divulgar os eventos relacionados ao grupo. “Fico feliz quando vejo pesso-as interessadas no fazer cultural ma-ranhense. É um programa que ajuda a mostrar o que os grupos e artistas locais estão produzindo. Uma bela iniciativa, e que dá bastante reper-cussão. É uma das principais formas do grupo se comunicar com o seu público”, diz, reforçando a afirmação de que o Santo de Casa - programa genuinamente maranhense - faz mi-lagre sim.

O acústico Santo de Casa é trans-mitido no primeiro domingo a cada dois meses, no horário das 20h. Dia-riamente pode ser sintonizado na 106,9 FM ou no site da emissora no horário das 11h às 12h.

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A Universidade que Cresce com Inovação e Inclusão Social

INFRAESTRUTURA

Cidade Universitária :: Junho | Julho de 2014

UFMA torna realidade a construçãodo seu Núcleo de Artes

O espaço, que é uma reivindicação antiga de três cursos, será construído em uma áreade nove mil metros quadrados, e deve ser entregue no segundo semestre de 2015

>> luÍs FéliX rocha

Para estimular o ensino, a pes-quisa e a extensão desenvolvidos por professores e alunos dos cursos de Artes Visuais, Teatro e Música, um prédio, a ser construído ao lado do Centro de Convenções, abrigará o futuro Núcleo de Artes. O prédio de dois pavimentos atenderá os três cursos em um espaço de nove mil metros quadrados e o projeto arquitetônico encontra-se em pro-cesso de licitação, já que as obras deverão ter início ainda este ano, com previsão de conclusão para o segundo semestre de 2015.

O Núcleo de Artes será um es-paço para o desenvolvimento de vivências artísticas e pedagógicas e, deste modo, contará com uma galeria de arte, uma sala de cine-ma e laboratórios para a realização de diferentes matrizes artísticas, como a pintura, o desenho, a fo-tografia, a escultura e a cerâmica, além de salas de aula e de multimí-dia. O curso de Teatro, por exem-plo, passará a contar com uma sala para a caracterização cenotécnica, expressão vocal, corporal, sala de dança e um auditório com dois ca-

marins e um palco. Já o curso de Música ganhará uma infraestru-tura especialmente pensada para abrigar livros, partituras e acervo sonoro.

Somado a isso, o prédio conta-rá também com uma sala de gra-vação, laboratório de musicaliza-ção e regência para piano e violão, além de salas de aula, de estudo e informática para uso dos alunos e professores.

Para o reitor da UFMA, Natalino Salgado Filho, “o Núcleo de Artes é o cumprimento de uma antiga

reivindicação da área acadêmica, e que deverá ser atendida. Isto, por que o curso de Artes que foi cria-do em 1970 já ocupou diferentes estruturas como o Instituto de Le-tras e Artes, e atualmente o Centro de Ciências Humanas, sendo que agora terá pela primeira vez na sua história terá um espaço próprio, e com instalações adequadas às ne-cessidades do mundo contemporâ-neo, permitindo a prática e o estu-do de todas as linguagens artísticas, assim como o trabalho de extensão com a sociedade civil”, diz.

Ana Valéria Lucena LimaEstudante do curso de Educação Artística

O Núcleo representa um avanço para o curso de Educação Artística, que se renovou recentemente sob uma nova nomenclatura que é a de Artes Visuais. Como temos muitas disciplinas em que precisamos realizar a prática, o novo espaço que será construído vai permitir com que elas aconteçam de forma plena. Nós estamos muito felizes em saber que a UFMA está investindo nas Artes.

João Vitor Vieira PintoEstudante do curso de Música

Com a construção do Núcleo de Artes, creio que o curso ganhe maior visibili-dade. Espero que a nova infraestrutura realmente possa mobilizar todo o De-partamento de Artes e que os estudan-tes possam produzir mais e melhor por meio deste investimento que reforça como a Universidade vem apoiando as nossas produções.

Vinicius VianaEstudante do curso de Teatro

Este Núcleo reflete o que está aconte-cendo de melhor no nosso curso. É uma iniciativa que faz os alunos se empolga-rem, e, assim, produzirem mais eventos e trabalhos acadêmicos. Com um espa-ço como este, poderemos sediar even-tos, como o Encontro Nacional de Estu-dantes de Artes e o Encontro Nacional de Estudantes pela Diversidade Sexual.

José João Santos LobatoCoordenador do curso de Artes Visuais

O curso de Artes teve já como sede o Ins-tituto de Letras e Artes, e agora ganhará uma nova morada. Eu fui da segunda turma do curso, e voltei à UFMA como professor. Assim, avalio que o Núcleo re-presenta um novo momento para as gra-duações (artes visuais, teatro e música) que compartilham o mesmo objetivo que é formar recurso humanos para atuar na educação básica.

João Luz Cosmo da SilvaEstudante do curso de Artes Visuais

Com a construção do novo prédio, teremos espaços e materiais para as nossas atividades artísticas. Es-tamos muito contentes com esse ganho que não é só nosso, mas de toda a UFMA.

Ricieri Carlini ZorzalChefe do Departamento de Música

Com uma estrutura física condizente com suas necessidades, abrem-se pers-pectivas de criação também dos bacha-relados em teatro, música e da criação do curso de Dança, assim como uma Pós-Graduação em artes. Mais do que ser um Núcleo, espero que este espaço seja um Centro polivalente de expres-sões, e sirva a toda comunidade acadê-mica e também do entorno.