Classificação Doutrinária Dos Crimes

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  • 5/20/2018 Classificao Doutrinria Dos Crimes

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    Classificao doutrinria dos crimes

    Quanto ao resultado:

    crime formal - tambm chamando de crime de consumao antecipada; oresultado se d no momento exato da conduta. Ex. Ameaa, artigo 157.Causa resultado imaterial (= jurdico).

    crime material - aquele em que se verifica a modificao no mundo exterior(resultado naturalstico, ou seja, mudana visvel); sinonimo de concreto;

    crime de mera conduta - se o crime exige produo de resultado, material.se no exige, mas tem consumao, formal. se no exige nem resultadonem consumao imediata, crime de mera conduta.

    Quanto ao elemento subjetivo:

    doloso - art. 18, I - dolo eventual, genrico ou especfico;

    culposo - art 18, II -

    preterdoloso - dolo no antecedente, culpa no resultado. O agente alcanaum resultado mais grave do que queria. Por exemplo, art. 129 3 - lesocorporal seguido de morte;

    qualificado pelo resultado - dolo + dolo. art 121 2

    Quanto completa realizao:

    consumado (art 14, I) - quando alcana o resultado, ou seja, quando osujeito realiza a descrio da conduta fsica. Pelo princpio daalternatividade, se realizou um verbo ou outro da conduta j suficiente

    para configurar a tipicidade;

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    tentado (art 14, II) - quando, por circunstncias alheias vontade do agente,o crime no ocorre;

    Obs.: Iter criminis ->

    Cogitao

    Preparao

    Execuo

    Consumao

    Exaurimento (h autores que a consideram como parte do crime). Ex.Corrupo.

    Desistncia voluntria - quando o autor da conduta, por fato inerente suavontade, no comete a conduta ou desiste dela. O autor responde pelos atos

    praticados. Dica: o arrependimento do que est fazendo. Art. 15.

    Arrependimento eficaz - o arrependimento do que j fez. Por exemplo:atira em uma pessoa e se arrepende, levando a vtima para ser socorrida atempo de sobreviver.

    Arrependimento posterior - s possvel nos casos de crime sem violnciaou grave ameaa e at o recebimento da denncia ou queixa, por parte doMinistrio Pblico; reparar o dano ou restituir a coisa.

    Crime impossvel - quando, por absoluta ineficcia do meio empregado ouabsoluta impropriedade do objeto, impossvel consumar o crime.

    Obs.: h crimes que no possuem o tipo tentado, por exemplo, os crimesculposos e os unissubsistentes;

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    Quanto ao fracionamento da conduta:

    Unissubsistente - no tem como fragmentar essa conduta; ela ocorre em umnico momento. Por exemplo: injria (art 140);

    Plurissubsistente - comportamento fragmentado; percebe-se claramente asfases do iter criminis.

    Quanto ao momento consumativo:

    Instantneo - o efeito acontece em um s momento; vg: homicidio, roubo.

    Permanente - o momento consumativo duradouro. ex.: sequestro. (obs.: diferente de crimes de EFEITO PERMANENTE (= aquele que deixasequelas, tem consequencias duradouras).

    Quanto ao sujeito que pratica:

    crime comum - pode ser praticado por qualquer pessoa

    prprio - s pode ser praticado por determinada categoria. VG: crimescontra a administrao pblica, infanticdio.

    de mo prpria - s pode ser realizado por pessoa definida. VG: falso

    testemunho, falsa percia. S a testemunha de determinado crime podecometer; ou s o perito em tal ao pode cometer.

    Quanto ao:

    Comissivo - quando resulta de uma ao

    Omissivo - quando resulta de uma omisso

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    Comissivo por omisso - quando a consequencia da omisso muito grave(conduta criminosa).

    Outros:

    crimes de dupla subjetividade passiva: quando dois sujeitos so afetadoscom o mesmo ato. Ex.: violao de correspondncia.

    crime simples - como ele definido no cdigo penal;

    crime privilegiado - crime com atenuantes

    crime qualificado - crime com agraventes

    crime de ao mltipla - o que tem mais de um verbo/ncleo, por ex.trafico (portar, guardar, vender...)

    crime hediondo - os mais danosos, mais crueis, mais vis. O rol amplo:latrocinio, homicidio qualificado, terrorismo, sequestro, trfico de drogas.

    Introduo

    Este trabalho tem o objetivo de discorrer sobre a Classificao Legal e

    Doutrinria das Infraes Penais. Mas antes de analisarmosespecificamente cada tipo de crime, imprescindvel deliberarmos sobrealguns aspectos introdutrios concernentes a este tema.

    As infraes penais dividem-se em crimes, delitos e contravenes(classificao tripartida) ou somente crimes ou delitos e contravenes(classificao bipartida). A primeira classificao a adotada em pasescomo Frana, Alemanha e Blgica. Em nosso direito domstico, reina a

    classificao bipartida. entendido que no h diferena qualitativa ousubstancial entre crime e contraveno, mas a diferena quantitativa.

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    Segundo Magalhes Noronha, a contraveno um crime menor, menosgrave que o delito. A deciso de qual infrao crime ou contravenocabe ao legislador, analisando o grau de significncia dos interesses

    jurdicos violados na prtica de tal infrao.

    Por qualificao entende-se o nome dado ao fato ou infrao peadoutrina e pela lei (Jos Frederico Marques). Pode ser legal (dada pela lei)ou doutrinria (dada pelos doutrinadores)

    - Qualificao legal: Qualificao do fato o nomen juris da infrao;qualificao da infrao o nome dado prtica do fato: crime oucontraveno.

    - Qualificao doutrinria o nome dado ao crime pela doutrina, resultadode um trabalho cientfico sobre o tema.

    Aps essas breves consideraes obre a distino de crime e contravenoe a diferena entre classificao legal e doutrinria das infraes penais,analisaremos de forma mais profunda os crimes para o total entendimentodeste tema.

    01. CRIMES COMUNS E ESPECIAIS

    Damsio E. de Jesus ensina: os crimes comuns so os descritos no DireitoPenal Comum; especiais, os definidos no Direito Penal Especial.

    02. CRIMES COMUNS E PRPRIOS

    Crime comum o que pode ser praticado por qualquer pessoa. Crimeprprio o que s pode ser cometido por uma determinada categoria depessoas, pois pressupe no agente uma particular condio ou qualidadepessoal (Damsio E. de Jesus)

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    Como ensina Mirabete, o tipo penal dos crimes prprios limita o crculodo autor, que deve encontrar-se em uma posio jurdica, como osfuncionrios pblicos, mdicos.

    Esta classificao feita por Magalhes Noronha como crimes comuns eespeciais.

    03. CRIMES DE MO PRPRIA OU DE ATUAO PESSOAL

    Damsio de Jesus conceitua este tipo de crime como os que s podem sercometidos pelo sujeito em pessoa. Este crime praticado de tal maneiraque somente o autor est em condio de realiz-lo. (v.g.: incesto, falsotestemunho) Mirabete completa o conceito ao dizer que embora passveisde serem cometidos por qualquer pessoa, ningum os pratica porintermdio de outrem.

    04. CRIMES DE DANO E DE PERIGO

    Crimes de dano so os que s se consumam com a efetiva leso do bemjurdico. Crimes de perigo so os que se consumam to s com apossibilidade do dano. (Damsio de Jesus)

    Damsio distingue os diversos tipos de perigo. Segundo ele, o perigo podeser:

    a-) presumido (No precisa ser provado) ou concreto (necessita serinvestigado e comprovado)

    b-) individual (expe uma nica pessoa ao risco) ou coletivo (crimescontra incolumidade pblica)

    c-) atual (est ocorrendo), iminente (est prestes a desencadear-se) ou

    futuro (pode advir em ocasio posterior)

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    Mirabete conceitua tambm estes dois tipos de crime. Os crimes de dano

    s se consumam com a efetiva leso do bem jurdico visado, por exemplo,leso vida. Nos crimes de perigo, o delito consuma-se com o simples

    perigo criado para o bem jurdico. Segundo Magalhes Noronha, crimesde perigo so os que se contentam com a probabilidade de dano. Crimes dedano so os que s se consumam com a efetiva leso do bem jurdicotutelado.

    05. CRIMES MATERIAIS, FORMAIS E DE MERA CONDUTA

    Seguindo o conceito dado por Damsio de Jesus crimes de mera condutaso aqueles em que o legislador s descreve o comportamento do agente.O crime formal menciona em seu tipo o comportamento e o resultado, masno exige a sua produo para a consumao. So distintos porque oscrimes de mera conduta so sem resultado, os crimes formais temresultado, mas o legislador antecipa a consumao sua produo.

    No crime material o tipo menciona a conduta e o evento, exigindo a suaproduo para a consumao.

    Vejamos o conceito de Mirabete: No crime material h a necessidade deum resultado externo ao, descrito na lei, e que se destaca lgica ecronologicamente da conduta. No crime formal no h necessidade derealizao daquilo que pretendido pelo agente, e o resultado jurdico

    previsto no tipo ocorre ao mesmo tempo e, que se desenrola a conduta,havendo separao lgica e no cronolgica entre conduta e resultado. Noscrimes de mera conduta a lei no exige qualquer resultado naturalstico,

    contentando-se com a ao ou omisso do agente.

    06. CRIMES COMISSIVOS E OMISSIVOS

    O critrio que distingue estes dois crimes o comportamento do agente.

    Segundo Damsio de Jesus, crimes comissivos so os praticadosmediante ao, o agente pratica uma ao. J os crimes omissivos so os

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    praticados mediante inao, o agente deixa de praticar uma ao quedeveria ser feita .

    Mirabete define crime comissivo como os que exigem, segundo um tipopenal objetivo, em princpio, uma atividade positiva do agente, um fazer.Crimes omissivos como os queobjetivamente so descritos com umaconduta negativa, de no fazer o que a lei determina, consistindo a omissona transgresso da norma jurdica e no sendo necessrio qualquerresultado naturalstico.

    O mesmo autor fala ainda de crimes de conduta mista (comissivos-omissivos). So aqueles que no tipo penal se inscreve uma fase inicialcomissiva, de fazer, de movimento, e uma final omisso, de no fazer odevido. E. Magalhes Noronha define que ocorre os crimes comissivos-omissivos quando a omisso meio ou forma de se alcanar um resultado

    posterior.

    07. CRIMES INSTANTNEOS, PERMANENTES E INSTANTNEOSDE EFEITOS PERMANENTES

    Crimes instantneos so os que se completam num s momento. Aconsumao se d num determinado instante, sem continuidade temporal(homicdio). Crimes permanentes so os que causam uma situao danosaou perigosa que se prolonga no tempo, como o seqestro ou crcere

    privado. (Damsio E. de Jesus)

    Segundo Mirabete, crimes instantneos de efeitos permanentes ocorrem

    quando, consumada a infrao em dado momento, os efeitos permanecem,independentemente da vontade do sujeito ativo. Como exemplo podemoscitar a bigamia.

    Faz-se necessrio saber que, segundo observao de Magalhes Noronha,a instantaneidade no significa rapidez ou brevidade fsica da ao, mascuja consumao se realiza em um instante.

    08. CRIME CONTINUADO

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    O crime continuado est definido no caput do art. 71 do nosso CdigoPenal: quando o agente, mediante mais de uma ao ou omisso, pratica

    dois ou mais crimes da mesma espcie e, pelas condies de tempo, lugar,maneira de execuo e outras semelhantes, devem os subsequentes serhavidos como continuao do primeiro.

    Magalhes Noronha conceitua crime continuado aquele que constitudopor duas ou mais violaes jurdicas da mesma espcie, praticadas por umaou pelas mesmas pessoas sucessivamente e sem ocorrncia de punio emqualquer daquelas, as quais constituem um todo unitrio, em virtude dahomogeneidade objetiva.

    Damsio de Jesus explica-nos que neste caso impe-se-lhe pena de um sdos crimes, se idnticas, ou a mais grave, se diversas. E ressalta que nose trata de uma tipo de crime, mas uma forma de concurso de delitos.

    09. CRIMES PRINCIPAIS E ACESSRIOS

    Damsio de Jesus define crimes principais aqueles que existemindependentemente dos outros. Crimes acessrios so aqueles quepressupe outros. Como exemplo, o mesmo autor cita o furto (principal)e receptao (acessrio).

    Os crimes principais independem da prtica de delito anterior. Os crimesacessrios, como a denominao indica, sempre pressupem a existncia de

    uma infrao penal anterior, a ele ligada pelo dispositivo penal que, no tipo,faz referncia quela. (Jlio Fabbrini Mirabete)

    10. CRIMES CONDICIONADOS E INCONDICIONADOS

    Crimes condicionados so os que tm a punibilidade condicionada a umfato exterior e posterior consumao. Incondicionados os que no

    subordinam a punibilidade a tais fatos (Damsio E. de Jesus).

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    11. CRIMES SIMPLES E COMPLEXOS

    Crime simples o que apresenta tipo penal nico. Delito complexo afuso de dois ou mais tipos penais (Damsio de Jesus). So simples oscrimes em que o tipo nico e ofendem apenas um bem jurdico. Socomplexos os crimes que encerram dois ou mais tipos em uma nicadescrio legal (sentido estrito) ou os que, em uma figura tpica, abrangemum tipo simples, acrescido de fatos e circunstncias que, em si, no sotpicos sentido amplo).(Jlio Fabbrini Mirabete)

    12. CRIME PROGRESSIVO

    Segundo Damsio, o crime progressivo ocorre quando o sujeito, paraalcanar a produo de um resultado mais grave, passa por outro menosgrave.

    Mirabete ensina que no crime progressivo, um tipo abstratamenteconsiderado contm implicitamente outro que deve necessariamente serrealizado para se alcanar o resultado.

    Magalhes Noronha h crime progressivo quando se tem um tipo,abstratamente considerado, contm outro, de modo que sua realizao nose pode verificar, seno passando-se pela realizao do que ele contm.

    13. DELITO PUTATIVO

    Segundo Mirabete, crime putativo (ou imaginrio) aquele em que oagente supe, por erro, que est praticando uma conduta tpica quando ofato no constitui crime. Segundo Damsio de Jesus, o delito putativoocorre quando o agente considera erroneamente que a conduta realizada

    por ele constitui crime, quando, na verdade, um fato atpico. S existe naimaginao do sujeito. O mesmo autor destaca que h trs tipos de delito

    putativo:

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    - delito putativo por erro de proibio: ocorre quando o agente supe violaruma norma penal que na verdade no existe. Falta tipicidade suaconduta, pois o fato no considerado crime.

    - delito putativo por erro de tipo: h a errnea suposio do agente e estano recai sobre a norma, ma sobre os elementos do crime. O agente crviolar uma norma realmente existente, mas sua conduta faltamelementares de tipo.

    - delito putativo por obra de agente provocador (crime de flagranteprovocado): ocorre quando algum, de forma insidiosa, provoca o agente prtica de um crime, ao mesmo tempo que toma providncias para que omesmo no se consuma.

    14. CRIME PROVOCADO

    Ocorre o crime provocado quando o agente induzido prtica de umcrime por terceiro, muitas vezes policial, para que se efetue a priso emflagrante. (Jlio Fabbrini Mirabete). Tem-se entendido que havendoflagrante por ter sido o agente provocado pela Polcia, h crime impossvel.

    15. CRIME IMPOSSVEL

    Descrito pelo art. 17 do Cdigo Penal: No se pune a tentativa, quando,por ineficcia absoluta do meio ou por absoluta impropriedade do objeto, impossvel consumar-se o crime.

    Este crime pressupe sejam absolutas a ineficcia e a impropriedade (E.Magalhes Noronha). Quando o dispositivo se refere ineficcia absolutado objeto, deve-se entender que o meio inadequado, inidneo, ineficaz

    para que o sujeito possa obter o resultado pretendido. No que diz respeito absoluta impropriedade do objeto material do crime, este no existe ou,nas circunstncias em que se encontra, torna impossvel a consumao.(Fabbrini Mirabete)

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    16. CRIME CONSUMADO E TENTADO

    Segundo nosso Cdigo Penal, h o crime consumado quando nele se

    renem todos os elementos de sua definio legal (art.14, I). Diz Mirabeteque o crime est consumado quando o tipo est inteiramente realizado, ouseja, quando o fato concreto se subsume no tipo penal abstrato descrito nalei penal.

    H o crime tentado quando, iniciada a execuo, no se consuma, porcircunstncias alheias vontade do agente (art.14,II). A tentativa arealizao incompleta do tipo penal, do modelo descrito na lei. Na tentativah prtica do ato de execuo, mas no chega o sujeito consumao porcircunstncias alheias sua vontade. (Jlio Fabbrini Mirabete)

    17. CRIME FALHO

    a denominao que se d tentativa perfeita ou acabada, em que osujeito faz tudo quanto est ao seu alcance para consumar o crime, mas oresultado no corre por circunstncias alheias sua vontade.(Damsio E.de Jesus)

    18. CRIMES UNISSUBSISTENTES E PLURISSUBSISTENTES

    Ensina-nos Damsio de Jesus: crime unissubsistente o que se realizacom um s fato. Crime plurissubsistente o que se perfaz com vriosatos.O primeiro no admite tentativa (v.g.: injria) ; o plurissubsistente

    sim (v.g. homicdio).

    Mirabete completa o conceito dado por Damsio. No crime unissubsistenteconduta una. O crime plurissubsistente composto de vrios atos, queintegram a conduta, ou seja, existem fases que podem ser separadas,fracionando-se o crime.

    19. CRIMES DE DUPLA SUBJETIVIDADE PASSIVA

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    So crimes que tm, em razo do tipo,dois sujeitos passivos. (Damsio

    E. de Jesus) Podemos citar como exemplo a violao de correspondncia;os dois sujeitos passivos so o destinatrio e o remetente.

    A classificao dada por Jlio Mirabete diverge da conceituada porDamsio de Jesus. O exemplo citado acima, Mirabete classifica comocrime plurissubjetivo passivo. Segundo ele, este tipo de crime demandamais de um sujeito passivo na infrao. (Mirabete fala ainda de crimesunissubjetivos, aquele que pode ser praticado por uma s pessoa) ecrimes plurissubjetivos (aquele que, por sua conceituao tpica, exigedois ou mais agentes para a prtica da conduta criminosa). Magalhes

    Noronha classifica os chamados crimes unissubjetivos de Mirabete comocrimes unilaterais (pode ser praticado por uma nica pessoa).

    20. CRIME EXAURIDO

    Damsio define crime exaurido como aquele que depois de consumadoatinge suas ltimas conseqncias. Estas podem constituir um indiferente

    penal ou condio de maior punibilidade.

    Mirabete diz que um crime exaurido quando aps a consumao, queocorre quando estiverem preenchidos no fato concreto o tipo objetivo, oagente o leva a conseqncias mais lesivas.

    21. CRIMES DE CONCURSO NECESSRIO

    Segundo Damsio de Jesus, crimes de concurso necessrio so os queexigem mais de um sujeito. O autor divide este tipo de crime em coletivos(os que tm como elementar o concurso de vrias pessoas-art.288) e

    bilaterais (exigem o encontro de duas pessoas, mesmo que uma no sejaculpvel).

    22. CRIMES DOLOSOS, CULPOSOS E PRETERDOLOSOS

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    H o crime doloso quando o sujeito quis o resultado ou assumiu o riscode produzi-lo ( CP art. 18, I). Mirabete contribui para o entendimentodeste tipo de crime ao dizer que no crime doloso no devemos apenasanalisar o objetivo que o agente quis alcanar, mas tambm a conduta do

    autor. Esta conduta dividida em duas partes: interna e externa. Na interna,analisamos o pensamento do autor: ele se prope a um fim, prepara osmeios para a execuo deste fim e, por fim, considera os efeitos do fim

    pretendido.

    A conduta externa a exteriorizao da conduta, uma atividade em que seutilizam os meios selecionados conforma a normal e usual capacidadehumana de previso.

    H o crime culposo quando o sujeito deu causa ao resultado porimprudncia, negligncia ou impercia (CP art. 18, II). Nos crimesculposos no h a preocupao com o fim da conduta; o que importa no o fim do agente, mas o modo e a forma imprpria com que atua, segundoMirabete.

    Crime preterdoloso ou preterintencional aquele em que a ao causa umresultado mais grave que o pretendido pelo agente. (Damsio E. de Jesus)

    considerado por Mirabete um crime misto, em que h uma conduta que dolosa, por dirigir-se a um fim tpico, e que culposa pela causao deoutro resultado que no era objeto do crime fundamental pelainobservncia do cuidado objetivo. H no dolo no antecedente e culpa noconseqente.

    23. CRIMES SIMPLES, PRIVILEGIADOS E QUALIFICADOS

    Seguindo o conceito dado por Damsio de Jesus crime simples odescrito em sua forma fundamental. a figura tpica simples, que contmos elementos especficos do delito. Mirabete ainda completa essadefinio ressaltando que em seu contedo subjetivo no h circunstnciaque aumente ou diminua sua gravidade.

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    O crime considerado qualificado quando o legislador, depois dedescrever a figura tpica fundamental, agrega circunstncias que aumentama pena, segundo Damsio de Jesus. Fabbrini Mirabete diz ainda que nosurge a formao de um novo tipo penal, mas apenas de uma forma mais

    grave de ilcito.

    H ainda os crimes chamados privilegiados. Segundo a definio deMirabete, estes existem quando ao tipo bsico a lei acrescentacircunstncia que o torna menos grave, diminuindo, em conseqncia, suassanes.

    24. CRIME SUBSIDIRIO

    a norma penal que tem natureza subsidiria em relao a outra. SegundoDamsio, a norma principal exclui a aplicao da secundria.

    25. CRIMES VAGOS

    So os que tm por sujeito passivo, entidades sem personalidade jurdica,como a famlia, o pblico ou a sociedade art.233 praticar ato obseno emlugar pblico, ou aberto ou exposto ao pblico (Damsio E. de Jesus).

    26. CRIMES COMUNS E POLTICOS

    Damsio de Jesus distingue-os da seguinte maneira: crimes comuns so

    os que lesam bens jurdicos do cidado, da famlia ou da sociedade,enquanto os polticos atacam segurana interna ou externa do Estado, oua sua prpria personalidade.

    Mirabete classifica os crimes polticos como puros ou prprios, que tmpor objeto jurdico apenas a ordem poltica, sem que sejam atingidos bensou interesses jurdicos individuais ou outros Estados. H ainda os crimesrelativos ou imprprios, que expem a perigo ou lesam tambm bens

    jurdicos individuais ou outros que no a segurana do Estado.

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    27. CRIME MULTITUDINRIO

    o praticado por uma multido em tumulto, espontaneamente organizadano sentido de um comportamento comum contra pessoa ou coisas-art65,II, (Nlson Hungria)

    28. CRIMES DE OPINIO

    Consistem em abuso de liberdade do pensamento, seja pela palavra,imprensa ou qualquer meio de transmisso (Damsio E. de Jesus).

    29. CRIMES DE AO NICA E DE AO MLTIPLA OU DECONTEDO VARIADO

    Mirabete conceitua crime de ao simples aquele cujo tipo penal contmapenas uma modalidade de conduta, expressa no verbo que constitui oncleo da figura tpica.

    Na redao do art. 122 do Cdigo Penal, observamos os verbos induzirou instigar e prestar auxlio ao suicdio, sendo ainda ser citados outrosart. 234,289,1 etc... Mesmo na prtica destas trs aes, elas soconsideradas como um nico crime. Assim, so definidos, por Damsio deJesus, crimes de ao mltipla aqueles em que o tipo faz referncia avrias modalidades da ao.

    Magalhes Noronha afirma que no crime de ao mltipla o tipo contmvrias modalidades de conduta delituosa, as quais, praticadas pelo agente,fatos do mesmo crime.

    30. CRIMES DE FORMA LIVRE E DE FORMA VINCULADA

    Os crimes de forma livre so os que podem ser cometidos por meio dequalquer comportamento que cause um determinado resultado. Os crimes

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    de forma vinculada so aqueles em que alei descreve a atividade de modoparticularizado (Damsio E. de Jesus)

    31. CRIMES DE AO PENAL PBLICA E DE AO PENALPRIVADA

    Nos crimes de ao penal pblica o procedimento penal se iniciamediante denncia do rgo do Ministrio Pblico, conceito dado porDamsio de Jesus. Nos crimes de ao penal privada, este procedimento feito mediante queixa do ofendido ou de seu representante legal, segundo oart. 100 1 e 2 do CP.

    O art. 101 expressa a distino entre estes dois tipos de crime: o crime deao penal privada quando a lei expressamente o declara.

    32. CRIME HABITUAL E PROFISSIONAL

    Crime habitual a reiterao da mesma conduta reprovvel, de forma aconstituir um estilo ou hbito de vida, art 229. Quando o agente pratica asaes com inteno de lucro, fala-se em crime profissional (Damsio E. deJesus).

    A definio de crime habitual para Mirabete a reiterao de atos,penalmente indiferentes por si, que constituem por um todo, um delitoapenas traduzindo, geralmente um modo ou estilo de vida. Define crime

    profissional como qualquer delito praticado por aquele que exerce uma

    profisso, utilizando-se dela para a atividade ilcita.

    33. CRIMES CONEXOS

    Neste caso h um elo entre os crimes. O sujeito comete uma infrao paraocultar outra. Damsio nos d o exemplo de um sujeito que, aps praticarum furto, incendeia a casa para fazer desaparecer qualquer vestgio. O fato

    do incndio cometido para assegurar a ocultao do furto.

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    34. CRIME DE MPETO

    aquele em que a vontade delituosa repentina, sem perceberdeliberao (Damsio E. de Jesus). Ex.: homicdio praticado porinfluncia de forte emoo, art. 121, 1, 3.figura

    35. CRIMES FUNCIONAIS

    Damsio de Jesus conceitua os crimes funcionais os que s podem serpraticados por pessoas que exercem funes pblicas art. 150, 2.,300,301 etc.

    36. CRIMES A DISTNCIA E PLURILOCAIS

    Os crimes a distncia so aquele que a conduta ocorre em um pas e oresultado noutro. Delito plurilocal aquele que, dentro de um mesmo

    pas, tem a conduta realizada num local e a produo do resultado noutro(Damsio E. de Jesus)

    37. DELITOS DE TENDNCIA

    So os crimes que condicionam a sua existncia inteno do sujeito(Damsio de Jesus). Tm a caracterstica a exigncia da verificao doestado, da vontade o agente no momento do fato para a constituio da

    figura delitiva.

    38. CRIMES DE SIMPLES DESOBEDINCIA

    So os crimes de perigo abstrato ou presumido. A simples desobedinciaao comendo geral, advinda da prtica do fato, enseja a presuno do perigode dano ao bem jurdico (Damsio E. de Jesus)

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    39. CRIMES PLURIOFENSIVOS

    So os que lesam ou expe a perigo de dano mais de um bem jurdico,

    segundo Damsio de Jesus. Ex.: latrocnio, art.157,3. in fine (lesa a vida eo patrimnio)

    40. CRIME A PRAZO

    A qualificadora depende de um determinado lapso de tempo.

    41. CRIME GRATUITO

    Praticado sem motivo (Damsio E. de Jesus)

    42. DELITO DE CIRCULAO

    Praticado por intermdio do automvel (Damsio E. de Jesus)

    43. DELITO TRANSEUNTE E NO TRANSEUNTE

    Transeunte o que no deixa vestgios; no transeunte, o que deixa(Damsio E. de Jesus)

    44. CRIME DE ATENTADO OU DE EMPREENDIMENTO

    Damsio de Jesus define como o delito em que o legislador prev tentativa a mesma pena do crime consumado, sem atenuao (Ex: comarts. 352 e 358)

    45.CRIME EM TRNSITO

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    Assim conceitua Damsio E. de Jesus: so delitos em que o sujeito

    desenvolve a atividade em um pas sem atingir qualquer bem jurdico deseus cidados.

    46. CRIMES INTERNACIONAIS

    Definidos no art. 7, II, a do Cdigo Penal: so crimes que, por tratado ouconveno, o Brasil se obrigou a reprimir. Podemos citar como exemplo otrfico de mulheres, entorpecentes etc.

    47. QUASE-CRIME

    So os definidos no Cdigo Penal no art. 17 (crime impossvel) e art. 31(participao impunvel).

    48. CRIMES DE TIPO FECHADO E DE TIPO ABERTO

    Ensina-nos Damsio de Jesus: delitos de tipo fechado so aqueles queapresentam a definio completa, como homicdio. Crimes de tipo abertoso os que no apresentam a descrio tpica completa. Nos primeiros anorma de proibio violada aparece de forma clara; no segundo, noaparece claramente.

    49. TENTATIVA BRANCA

    H a tentativa branca quando o objetivo material no sofre leso.(Damsio E. de Jesus).

    50. CRIME CONSUNTO E CONSUNTIVO

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    Crime consunto o absorvido, consuntivo, o que absorve. (Damsio deJesus). Constitui matria de estudo do conflito aparente de normas, na qual aplicado o princpio da consuno.

    51. CRIMES DE RESPONSABILIDADE

    Este tipo de crime alvo de discusses, pois esta classificao suscitadvidas no que concerne a sua interpretao. Por vezes entendido comocrimes e infraes de natureza poltico-administrativas no sancionadascom penas de natureza criminal.

    Damsio de Jesus define, em sentido amplo, como um fato violador dodever do cargo ou da funo, apenado com uma sano criminal ou denatureza poltica. Divide ainda este tipo de crime em duas espcies:

    prprio, que constitui delito, e imprprio, que diz respeito infraopoltico-administrativa.

    52. CRIMES HEDIONDOS

    Damsio de Jesus conceitua crimes hediondos como delitos repugnantes,srdidos, decorrentes de condutas que, pela forma de execuo ou pelagravidade objetiva dos resultados, causam intensa repulsa.

    Joo Jos Leal afirma que haveria um crime hediondo toda vez que umaconduta delituosa estivesse revestida de excepcional gravidade, seja naexecuo, quando o agente revela total desprezo pela vtima, insensvel ao

    sofrimento fsico ou moral a que a submete, seja quanto natureza do bemjurdico ofendido, ainda pela especial condio das vtimas.

    A Constituio Federal de 1988 considera estes crimes inafianveis einsuscetveis de graa ou anistia (art. 5, inc. XLIII).

    53. CRIME ORGANIZADO

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    aquele praticado por uma organizao criminosa. Segundo Mirabete,organizao criminosa aquela que, por suas caractersticas, demonstre aexistncia de estrutura criminal, operando de forma sistematizada, com

    planejamento empresarial, diviso de trabalho, pautas de condutas em

    cdigos procedimentais rgidos, simbiose com o Estado, diviso territoriale, finalmente, atuao, regional, nacional ou internacional.

    Nossa legislao usa este termo crime organizado, preferindo umaredao mais simplista, referindo-se a crime organizando como bandoou quadrilha.

    Conceitue e exemplifique:

    1) Crimes Comuns: o que pode ser praticado por qualquer pessoa(leso corporal, estelionato, furto). definido no Cdigo Penal.

    2) Crimes Especiais: So definidos no Direito Penal Especial. Crimeque pressupe no agente uma particular qualidade ou condiopessoal, que pode ser de cunho social.

    3) Crimes Prprios: So aqueles que exigem ser o agente portador deuma capacidade especial. O tipo penal limita o crculo do autor, quedeve encontrar-se em uma posio jurdica, como funcionrio pblico,mdico, ou de fato, como me da vtima (art. 123), pai ou me (art.246) etc.

    4) Crime de Mo Prpria (Atuao Pessoal): Distinguem-se dos delitosprprios porque estes no so suscetveis de ser cometidos por umnmero limitado de pessoas, que podem, no entanto, valer-se de outraspara execut-los, enquanto nos delitos de mo prpriaemborapassveis de serem cometidos por qualquer pessoaningum os

    pratica por intermdio de outrem. Como exemplos tm-se o defalsidade ideolgica de atestado mdico e o de falso testemunho oufalsa percia.

    5) Crimes de Dano: S se consumam com a efetiva leso do bemjurdico visado, por exemplo, leso vida, no homicdio; aopatrimnio, no furto; honra, na injria etc.

    6) Crimes de Perigo: O delito consuma-se com o simples perigo criado

    para o bem jurdico. O perigo pode ser individual, quando expe aorisco o interesse de uma s ou de um nmero determinado de pessoas,

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    ou coletivo, quando ficam expostos ao risco os interesses jurdicos deum nmero indeterminado de pessoas, tais como nos crimes de perigocomum.

    7) Crimes Materiais: H necessidade de um resultado externo ao,descrito na lei, e que se destaca lgica e cronologicamente da conduta.Ex: Homicdio, furto e roubo.

    8) Crimes Formais: No h necessidade de realizao daquilo que pretendido pelo agente, e o resultado jurdico previsto no tipo ocorreao mesmo tempo em que se desenrola a conduta. A lei antecipa oresultado no tipo; por isso, so chamados crimes de condutaantecipada. Ex: Ameaa (art. 147).

    9) Crimes de Mera Conduta: A Lei no exige qualquer resultadonaturalstico, contentando-se com a ao ou omisso do agente. Nosendo relevante o resultado material, h uma ofensa (de dano ou deperigo) presumida pela lei diante da prtica da conduta. Ex: Violaode domiclio (art. 150).

    10) Crimes Comissivos: So os que exigem, segundo o tipo penalobjetivo, em princpio, uma atividade positiva do agente, um fazer. Narixa (art. 137) ser o participar; no furto (art. 155) o subtrair etc.

    11) Crimes Omissivos: So os que objetivamente so descritos comuma conduta negativa, de no fazer o que a lei determina, consistindoa omisso na transgresso da norma jurdica e no sendo necessrioqualquer resultado naturalstico. Ex: No prestar assistncia a umapessoa ferida (omisso de socorro, art. 135).

    12) Crimes Comissivos por Omisso: A omisso consiste natransgresso do dever jurdico de impedir o resultado, praticando-se o

    crime que, abstratamente, comissivo. Ex: Me que deixa deamamentar ou cuidar do filho causando-lhe a morte.

    13) Crimes Instantneos: aquele que, uma vez consumado, estencerrado, a consumao no se prolonga. Isso no quer dizer que aao seja rpida, mas que a consumao ocorre em determinadomomento e no mais prossegue. Ex: Homicdio.

    14) Crimes Permanentes: A consumao se prolonga no tempo,

    dependente da ao do sujeito ativo. Ex: Crcere privado (art. 148).

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    15) Crimes Instantneos de Efeitos Permanentes: Ocorrem quando,consumada a infrao em dado momento, os efeitos permanecem,independentemente da vontade do sujeito ativo. Na bigamia (art. 235),no possvel aos agentes desfazer o segundo casamento.

    16) Crime Continuado: Compreende uma pluralidade de atoscriminosos da mesma espcie, praticados sucessivamente e semintercorrente punio, a que a lei imprime unidade em razo de suahomogeneidade objetiva.

    17) Crimes Principais: Independem da prtica de delito anterior.

    18) Crimes Acessrios: Sempre pressupe a existncia de uma infraopenal anterior, a ele ligada pelo dispositivo penal que, no tipo, fazreferncia quela. O crime de receptao (art. 180), por exemplo, sexiste se antes foi cometido outro delito (furto, roubo, estelionato etc).

    19) Crimes Condicionados: A instaurao da persecuo penaldepende de uma condio objetiva de punibilidade. (art. 7, II).

    20) Crimes Incondicionados: A instaurao da persecuo penal nodepende de uma condio objetiva de punibilidade.

    21) Crimes Simples: o tipo bsico, fundamental, que contm oselementos mnimos e determina seu contedo subjetivo sem qualquercircunstncia que aumente ou diminua sua gravidade. H homicdiosimples, furto simples etc.

    22) Crimes Complexos: Encerram dois ou mais tipos em uma nicadescrio legal. Ex: Roubo (art. 157), que nada mais que a reunio deum crime de furto (art. 155) e de ameaa (art. 147).

    23) Crime Progressivo: Um tipo abstratamente considerado contmimplicitamente outro que deve necessariamente ser realizado para sealcanar o resultado. O anterior simples passagem para o posterior efica absorvido por este. Assim, no homicdio, necessrio que exista,em decorrncia da conduta, leso corporal que ocasione a morte.

    24) Delito Putativo: D-se quando o agente imagina que a conduta porele praticada constitui crime mas em verdade constitui uma condutaatpica, ou seja no h punio para o ato praticado.

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    25) Crime de Flagrante Esperado: Ocorre quando o indivduo sabeque vai ser a vtima de um delito e avisa a Polcia, que pe seus agentesde sentinela, os quais apanham o autor no momento da prtica ilcita;no se trata de crime putativo, pois no h provocao.

    26) Crime de Flagrante Forjado: Algum, de forma insidiosa, provocao agente prtica de um crime, ao mesmo tempo que tomaprovidncias para que o mesmo no se consuma.

    27)Crime Impossvel: aquele que jamais poderia ser consumado emrazo da ineficcia absoluta do meio empregado ou pelaimpropriedade absoluta do objeto. A ineficcia do meio se caracterizaquando o instrumento utilizado no permite que o delito possa serconsumado. Por exemplo: usar um alfinete para matar uma pessoaadulta ou produzir leses corporais mediante o mero arremesso de umtravesseiro de pluma, etc. A impropriedade do objeto se caracterizaquando a conduta do agente no pode provocar nenhum resultadolesivo vtima. Por exemplo: matar um cadver.

    28) Crime Consumado: Ato que j reuniu todos os elementos dadefinio legal de um crime.

    29) Crime Tentado: O ato que, tendo sua execuo iniciada, porcircunstncias alheias vontade do agente no chega a reunir todos oselementos da definio legal de um crime.

    30) Crime Falho: Em sendo a tentativa perfeita, o resultado no severifica por circunstncias alheias vontade do agente. Vale salientarque em tal crime o agente esgota todo o seu potencial lesivo semcontudo alcanar o resultado esperado.

    31) Crimes Unissubsistente: o que se perfaz com um nico ato, como

    a injria verbal.

    32) Crimes Plurissubsistente: aquele que exige mais de um ato parasua realizao. Ex: Estelionato (art. 171).

    33) Crimes de Dupla Subjetividade Passiva: aquele que tem,necessariamente, mais de um sujeito passivo, como o caso do crimede violao de correspondncia (art. 151), no qual o remetente e odestinatrio so ofendidos.

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    34) Crime Exaurido: aquele em que o agente, mesmo aps atingir oresultado consumativo, continua a agredir o bem jurdico. Nocaracteriza novo delito, e sim mero desdobramento de uma conduta jconsumada. Influencia na dosagem da pena, por pode agravar as

    consequncias do crime, funcionando como circunstncia judicialdesfavorvel.

    35) Crime de Concurso Necessrio: o que exige pluralidade desujeitos ativos. Ex: Rixa (art. 137).

    35)Crime Doloso:

    Teorias:

    Teoria da Vontade: Dolo a vontade de realizar a conduta e produziro resultado.

    Teoria da Representao: Dolo a vontade de realizar a conduta,prevendo a possibilidade de produo do resultado.

    Teoria do Assentimento: Dolo a vontade de realizar a conduta,assumindo o risco pela produo do resultado.

    Teorias Adotadas pelo CP: O art. 18, I, do CP, diz que h crime dolosoquando o agente quer o resultado (dolo direto) ou quando assume orisco de produzi-lo (dolo eventual). Na hiptese de dolo direto, olegislador adotou a teoria da vontade e, no caso de dolo eventual,consagrou-se a teoria do assentimento.

    36) Crime Culposo: No Crime Culposo, o agente no quer nem assumeo risco de produzir o resultado, mas a ele d causa, nos termos do art.18, II, do CP, por imprudncia, negligncia ou impercia.

    Teoria do Crime: Crime culposo aquele resultante da inobservnciade um cuidado necessrio, manifestada na conduta produtora de umresultado objetivamente prevsivel, atravs de imprudncia,negligncia ou impercia.

    37) Crime Preterdoloso: apenas uma das espcies dos chamadoscrimes qualificados pelo resultado. Estes ltimos ocorrem quando o

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    legislador, aps descrever uma figura tpica fundamental, acrescenta-lhe um resultado, que tem por finalidade aumentar a pena.O resultadovai alm do dolo do agente. Ex: O agente desfere um soco na vtima,apenas com a inteno de agredi-lo fisicamente, porm, a vtima sofre

    uma hemorragia e vem a bito.

    38) Crime Simples: Tipo bsico, fundamental, que contm os elementosmnimos e determina seu contedo subjetivo sem qualquercircunstncia que aumente ou diminua sua gravidade. H homicdiosimples (art. 121, caput), furto simples (art. 155, caput) etc.

    39) Crime Privilegiado: Existe quando ao tipo bsico a lei acrescentacircunstncia que o torna menos grave, diminuindo, em consequncia,suas sanes. So crimes privilegiados, por exemplo, o homicdiopraticado por relevante valor moral (eutansia, por exemplo). Nessashipteses, as circunstncias que envolvem o fato tpico fazem com queo crime seja menos severamente apenado.

    40) Crime Qualificado: aquele em que ao tipo bsico a lei acrescentacircunstncia que agrava sua natureza, elevando os limites da pena.No surge a formao de um novo tipo penal, mas apenas uma formamais grave de ilcito. Chama-se homicdio qualificado, por exemplo,aquele praticado mediante paga ou promessa de recompensa ou poroutro motivo torpe. (art. 121, pargrafo 2, I).

    41) Crime Subsidirio: aquele cujo tipo penal tem aplicaosubsidiria, isto , s se aplica se no for o caso de crime mais grave(periclitao da vida ou sade de outremart. 132, que s ocorre se,no caso concreto, o agente no tinha a inteno de ferir ou matar).Incide o princpio da subsidiariedade.

    42) Crime Vago: aquele que tem por sujeito passivo entidade sem

    personalidade jurdica, como a coletividade em seu pudor. o caso docrime de ato obseno (art. 223).

    43) Crime de Mera Suspeita: O autor punido pela mera suspeitadespertada. Em nosso ordenamento jurdico, s h uma forma que seassemelha a esse crime, que a contraveno penal prevista no art. 25da LCP (posse de instrumentos usualmente empregados para a prticade crime contra o patrimnio, por quem j tenha sido condenado poresse delito).

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    44) Crime Comum: Atingem bens jurdicos do indivduo, da famlia,da sociedade e do prprio Estado, estando definidos no CP e em leisespeciais.

    45) Crime Poltico: Lesam ou pem em perigo a prpria seguranainterna ou externa do Estado. Ex: Lei n 7.170/83, So crimes polticosos que lesam ou expem a perigo de leso: Ia integridade territoriale a soberania nacional.

    46) Crime Multitudinrio: Cometido por influncia de multido emtumulto (linchamento).

    47) Crime de Opinio: o abuso da liberdade de expresso dopensamento ( o caso do crime de injriaart. 140).

    48) Crime Inominado: Partindo da premissa de que em matria penalno h direitos adquiridos, criou uma categoria de crimes consistentesna violao de uma regra ou bem jurdico do indivduo consagradospela lei penal, apresentando carter ilcito pela ausncia de qualquerdireito, legal ou natural, que pudesse favorecer o agente. Seriampunidos no interesse do indivduo e no no da sociedade. No aceitapela doutrina esta teoria.

    49) Crime de Ao Multipla: O tipo contm vrias modalidades deconduta, em vrios verbos, qualquer deles caracterizando a prtica decrime. Pode-se praticar o crime definido no art. 122, induzindo,instigando ou prestando auxlio ao suicida; o de fabricao,importao, exportao, aquisio ou guarde de objetos obsceno (art.234) etc. Neste ltimo, as condutas so fases do mesmo crime.

    50) Crime de Forma Livre: o praticado por qualquer meio deexecuo. Ex: O crime de homicdio (art. 121) pode ser cometido de

    diferentes maneiras, no prevendo a lei um modo especfico de realiz-lo.

    51) Crime de Forma Vinculada: O tipo j descreve a maneira pela qualo crime cometido. Ex: O curandeirismo um crime que s pode serrealizado de uma das maneiras previstas no tipo penal (art. 284 eincisos, CP).

    52) Crime de Ao Penal Pblica: Pnivel mediante ao que pode ser

    movida pelo ofendido ou seu representante, se o ministrio pblico noa mover no prazo legal (art. 29, CPP).

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    53) Crime de Ao Penal Privada: Pnivel mediante ao que pode sermovida pela prpria vtima, e no pelo ministrio pblico.

    54) Crime Habitual: Constituido de uma reiterao de atos,penalmente indiferentes, que constituem um todo, um delito apenas,traduzindo geralmente um modo ou estilo de vida. Embora a prticade um ato apenas no seja tpica, o conjunto de vrios, praticados comhabitualidade, configurar o crime. Ex: Curandeirismo, Exercerilegalmente a medicina.

    55) Crime Profissional: Qualquer delito praticado por aquele queexerce uma profisso, utilizando-se dela para a atividade ilcita. Assim,o aborto praticado por mdicos ou parteiras, o furto qualificado comchave falsa ou rompimento de obstculos por serralheiro, etc.

    56) Crime Conexo: Crime que pressuposto, elemento constitutivo, ouagravante de outro (art. 108).

    57) Crime de Impeto: Ocorre o crime de mpeto no homicdio cometidosob domnio de violenta emoo, logo em seguida a injusta provocao,vez que a pessoa age repentinamente. Logo se conclui, que crime dempeto aquele em que o agente, de forma sbita e ligeira, pratica umaconduta delituosa sem qualquer arquitetura do plano delitivo - que obra de um ato repentino deste.

    58) Crime Funcional: Cometido pelo funcionrio pblico. CrimeFuncional prprio o que s pode ser praticado pelo funcionriopblico; crime funcional imprprio o que pode ser cometido tambmpelo particular, mas com outro nomen juris (p. ex., a apropriao decoisa alheia pode configurar peculato, se cometida por funcionriopblico, ou a apropriao indbita, quando praticada por particular).

    59) Crime a Distncia: aquele em que a execuo do crime d-se emum pas e o resultado em outro. Ex: O agente escreve uma cartainjuriosa em SP e remete a seu desafeto em Paris. Aplica-se a teoria daubiquidade, e os dois pases so competentes para julgar o crime.

    60) Crime Plurilocal: aquele em que a conduta se d em um local e oresultado em outro, mas dentro do mesmo pas. Aplica-se a teoria doresultado, e o foro competente o do local da consumao.

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    61) Delito de referncia: a denominao dada por Maurach ao fatode o sujeito no denunciar um crime conhecido quando iminente ou emgrau de realizao, mas ainda no concludo, questo que seranalisada no concurso de agentes.

    62) Delito de Impresso: Causam determinado estado anmico navtima. Dividem-se em:

    a) Delitos de inteligncia: os que se realizam com o engano, como oestelionato.

    b) Delitos de sentimento: incidem sobre as faculdades emocionais,como a injria.

    c) Delitos de vontade: incidem sobre a vontade, como oconstrangimento ilegal.

    63) Crime de Simples Desobedincia: Consiste crime desobedecer ordem legal de funcionrio pblico. O exemplo mais claro seria o daocorrncia de priso por desobedincia quando o suposto autor dosfatos for encontrado em atitude suspeita, e que tem sido uma constantequando atuamos em um Juizado Especial Criminal. O cidado abordado por policiais em atitude suspeita e desobedece a ordem deparar ou de se submeter realizao de uma busca pessoal. Socomuns os casos de pessoas que so conduzidas para a delegacia depolcia e enviadas aos Juizados Especiais Criminais nessa situao.

    64) Crime Pluriofensivo: So os que lesam ou expem a perigo de danomais de um bem jurdico (ex. art.157, pargr.3. in fine)

    65) Crime Falimentar: So certos atos, previstos em lei, praticadospelo comerciante antes ou depois de decretada sua falncia, como por

    exemplo, o desvio de bens, ou qualquer outro ato fraudulento, quecause ou possa causar prejuzo aos seus credores. Os delitosfalimentares so os chamados crimes do colarinho branco. Isto porque,a prtica criminosa pelo empresrio possui certos requintes que adistingue da delinqncia comum.

    66) Crime a prazo: aquele que se consuma aps passado um perodode tempo. Ex. art. 129, 1, I, CP.

    67) Crime gratuito: Entende-se por crime gratuito aquele praticadosem motivo. Porm, ateno, crime gratuito no se confunde com

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    motivo ftil. No motivo ftil, o motivo existe, mesmo sendo pequeno ouinsignificante.

    68) Delito de circulao: Praticado por intermdio do automvel

    (Damsio E. de Jesus)

    69) Delito Transuente: No deixa vestgios.

    70) Delito No Transuente: Deixe vestgios.

    71) Crime de Atentado ou de Empreendimento: Delito em que olegislador prev tentativa a mesma pena do crime consumado, sematenuao. (Ex: arts. 352 e 358)

    72) Crime em Trnsito: So delitos em que o sujeito desenvolve aatividade em um pas sem atingir qualquer bem jurdico de seuscidados.

    73) Crimes Internacionais: So crimes que, por tratado ou conveno,o Brasil se obrigou a reprimir. Podemos citar como exemplo o trficode mulheres, entorpecentes etc.

    74) Quase Crime: So os definidos no Cdigo Penal no art. 17 (crimeimpossvel) e art. 31 (participao impunvel).

    75) Crime de Tipo Fechado: So aqueles que apresentam a definiocompleta, como homicdio.

    76) Crime de Tipo Aberto: so os que no apresentam a descriotpica completa. A norma de proibio violada no aparececlaramente.

    77) Tentativa Branca: H a tentativa branca quando o objetivomaterial no sofre leso.

    78) Tentativa Cruenta: Quando o sujeito atinge a vtima.

    79) Tentativa Incruenta: Quando a vtima no atingida.

    80) Crime Consunto e Consuntivo: a denominao que recebem osdelitos, quando aplicvel o princpio da consuno. Crime Consunto:

    o absorvido; Crime Consuntivo: o que absorve.

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    81)Crimes de Responsabilidade: Este tipo de crime alvo dediscusses, pois esta classificao suscita dvidas no que concerne a suainterpretao. Por vezes entendido como crimes e infraes denatureza poltico-administrativas no sancionadas com penas de

    natureza criminal. Damsio de Jesus define, em sentido amplo, comoum fato violador do dever do cargo ou da funo, apenado com umasano criminal ou de natureza poltica. Divide ainda este tipo decrime em duas espcies: prprio, que constitui delito, e imprprio, quediz respeito infrao poltico-administrativa.

    82) Crimes Hediondos: Toda vez que uma conduta delituosa estivesserevestida de excepcional gravidade, seja na execuo, quando o agenterevela total desprezo pela vtima, insensvel ao sofrimento fsico oumoral a que a submete, seja quanto natureza do bem jurdicoofendido, ainda pela especial condio das vtimas. A ConstituioFederal de 1988 considera estes crimes inafianveis e insuscetveis degraa ou anistia (art. 5, inc. XLIII).

    83) Crimes Contra a Economia Popular: Obter ou tentar obter ganhosilcitos em detrimento do povo ou de nmero indeterminado depessoas, mediante especulaes ou processos fraudulentos (bola deneve, cadeias, pichardismo, e quaisquer outros meiosequivalentes) art. 2., IX, da Lei n. 1.521/51.

    84) Crime contra as relaes de consumo: todo aquele que definidocomo tal, por lei, atinge de forma direta ou indireta os interesses enecessidades dos consumidores, bem como sua dignidade, sade,segurana e interesses econmicos. Ex: Pool: coligao feita entrevrias pessoas, fsicas ou jurdicas, de carter temporrio, visando umaespeculao econmica, com a finalidade de eliminar os concorrentes.

    85) Crime de Genocdio: definido como crime contra a

    humanidade, que consiste em cometer, com a inteno de destruir, notodo ou em parte, um grupo nacional, tnico, racial ou religioso,qualquer dos seguintes atos: I) matar membros do grupo; II) causar-lhes leso grave integridade fsica ou mental.

    86) Crimes Ambientais: ato que viola e vai contra as leis impostas pelosgovernos acerca do meio ambiente, sendo a sua culpabilidade umpressuposto da pena.

    87) Crime de Imprensa: Quando h conduta imprpria que resulte emsituaes de ofensa intencional a cidados ou instituies. "Caluniar

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    algum, imputando-lhe falsamente fato definido como crime, pena:deteno de seis meses a trs anos e multa de um a 20 salriosmnimos". (Constituio Federal, artigo 20).

    88) Contravenes Penais: So infraes consideradas de menorpotencial ofensivo que muitas pessoas acabam cometendo no dia a dia,que chegam at a ser toleradas pela sociedade e at por autoridades,mas que no podem deixar de receber a devida punio.

    89) Crimes Eleitorais: Os crimes eleitorais so previstos no CdigoEleitoral e em leis extravagantes, como nas Leis n 9.504/97, 6.091/74,6.996/82, 7.021/82 e Lei Complementar n 64/90, sendo definidos comocondutas lesivas aos servios eleitorais e ao processo eleitoral. Oscrimes eleitorais so tidos como crimes comuns e, no como crimespolticos, conforme entendimento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE,REspe n 16.048-SP, Rel. Min. Eduardo Alckmin, DJU 14.04.2000, p.96). O delito de corrupo eleitoral ou crime de compra de votos,previsto no art. 299 do Cdigo Eleitoral, o crime de maior incidncia,em virtude do alto grau de corrupo no nosso Pas.

    90) Crimes Contra a Segurana Nacional: Trata-se de proteger asegurana do Estado, como bem interesse de importncia fundamental.Essa tutela jurdica se dirige, no plano da segurana externa, preservao da independncia e da integridade do territrio nacional,e da defesa contra agresso no exterior. No plano de segurana interna,procura-se preservar contra a sedio, os orgos em que se estrutura ogoverno, na forma em que a Constituio os prev.

    91) Crimes Militares: Toda violao acentuada ao dever militar e aosvalores das instituies militares. Ex: Dormir em servio.