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Data: 05 de abril Gerais e França Novas parcerias em Ciência e Tecnologia poderão ser firmadas entre Minas Gerais e França Divulgação/Sectes MG Serge Borg, Yves Saint-Geours, Narcio Rodrigues e Manoel Bernardes Ver galeria de fotos BELO HORIZONTE (04/04/11) - Minas Gerais poderá ampliar as parcerias com a França no que se refere às áreas ligadas à ciência, tecnologia, inovação e ensino superior. Essa expectativa ficou evidente nas palavras do secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Narcio Rodrigues , e do embaixador da França no Brasil, Yves Saint- Geours, em visita à Cidade Administrativa Presidente Tancredo Neves , nesta segunda- feira (4). A exemplo de outros embaixadores de países europeus que têm visitado Minas Gerais nos últimos meses, o representante da França - que é a segunda maior economia da Europa - deixou clara a disposição do governo francês em ampliar a cooperação com o Estado, estabelecendo uma relação equilibrada nas áreas em que houver interesse mineiro. A assessora de Relações Internacionais, Cynthia Rocha, fez uma breve apresentação dos acordos de cooperação existentes entre a Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Sectes) e as regiões francesas de Nord-Pas de Calais e Bretanha.

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Data: 05 de abril

Gerais e França

Novas parcerias em Ciência e Tecnologia poderão ser firmadas entre Minas Gerais e França

Divulgação/Sectes MG

Serge Borg, Yves Saint-Geours, Narcio Rodrigues e Manoel Bernardes

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BELO HORIZONTE (04/04/11) - Minas Gerais poderá ampliar as parcerias com a França no que se refere às áreas ligadas à ciência, tecnologia, inovação e ensino superior. Essa expectativa ficou evidente nas palavras do secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Narcio Rodrigues, e do embaixador da França no Brasil, Yves Saint-Geours, em visita à Cidade Administrativa Presidente Tancredo Neves, nesta segunda-feira (4).

A exemplo de outros embaixadores de países europeus que têm visitado Minas Gerais nos últimos meses, o representante da França - que é a segunda maior economia da Europa - deixou clara a disposição do governo francês em ampliar a cooperação com o Estado, estabelecendo uma relação equilibrada nas áreas em que houver interesse mineiro.

A assessora de Relações Internacionais, Cynthia Rocha, fez uma breve apresentação dos acordos de cooperação existentes entre a Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Sectes) e as regiões francesas de Nord-Pas de Calais e Bretanha. Biotecnologia, recuperação de áreas degradadas pela mineração e leite são áreas em que já existem acordos firmados.

O secretário Narcio Rodrigues disse que há alguns anos tem uma relação de proximidade com a França, em razão do trabalho junto a Unesco (sede em Paris) para a instalação do instituto Unesco-Hidroex e da Cidade das Águas - localizado em Frutal, no Triângulo Mineiro - que será referência mundial em capacitação de profissionais de recursos hídricos. O complexo terá recebido nos próximos anos, investimentos de aproximadamente R$ 100 milhões.

O secretário ressaltou que Minas Gerais possui 14 instituições públicas federais e estaduais de ensino superior, e que essa é outra área de interesse do Estado numa nova cooperação com a França. “Na biotecnologia poderemos avançar ainda mais, inclusive com o Parque Tecnológico de Uberaba, que deve focar a sua atividade em biotecnologia animal e vegetal, sem desprezar outras possibilidades de receber empresas de alto conteúdo tecnológico de outras áreas do conhecimento”, explicou. 

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Para Yves Saint-Geours, o Ano da França no Brasil, em 2009, foi fundamental para impulsionar as parcerias com o Brasil. “O

momento é oportuno para investimentos e parcerias, inclusive joint venture”, disse o embaixador ao defender uma relação

equilibrada em todas as parcerias. Para o cônsul honorário da França em Belo Horizonte, Manoel Bernardes, a partir do

encontro de hoje, é fundamental que sejam levantadas as áreas de interesse da Ciência e Tecnologia para ampliar as

possibilidades de cooperação. “Que a gente possa apresentar as áreas de interesse às regiões francesas”, finalizou Bernardes ao

se colocar à disposição para ajudar nesse levantamento e no acerto junto às autoridades do país europeu.

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Veículo: Estado de Minas - Belo Horizonte - MG Publicada: Terça-feira, 05 de abril de 2011

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Veículo: Diário do Comércio - Belo Horizonte - MG - Caderno: NegóciosPublicada: Terça-feira, 05 de abril de 2011

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Veículo: O Tempo - Belo Horizonte - MG - Caderno: 1º CadernoPublicada: Terça-feira, 05 de abril de 2011

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Veículo: Diário do Comércio - Belo Horizonte - MG - Caderno: NegóciosPublicada: Terça-feira, 05 de abril de 2011

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Veículo: Estado de Minas - Belo Horizonte - MG - Caderno: GeraisPublicada: Terça-feira, 05 de abril de 2011

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Veículo: Estado de Minas - Belo Horizonte - MG - Caderno: GeraisPublicada: Terça-feira, 05 de abril de 2011

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Veículo: Minas Gerais - Belo Horizonte Publicada: Sábado, 02 de abril de 2011

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Veículo: Minas Gerais - Belo Horizonte Publicada: Sábado, 02 de abril de 2011

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Veículo: Minas Gerais - Belo Horizonte Publicada: Sábado, 02 de abril de 2011

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Veículo: Minas Gerais - Belo Horizonte Publicada: Sábado, 02 de abril de 2011

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Sara Grunbaum

Edson Domingues: alterações no clima têm impacto na cadeia de produção

Conhecimento sobre sementes é trunfo do Brasil quanto a efeitos do clima sobre a segurança alimentar

terça-feira, 5 de abril de 2011, às 6h59

O conhecimento desenvolvido no Brasil, especialmente pela Embrapa, relacionado ao aumento da resistência de cultivos dá vantagem ao país quando se pensa em efeitos negativos das mudanças climáticas sobre a segurança alimentar, segundo o professor Edson Paulo Domingues, do Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional (Cedeplar) da Faculdade de Ciências Econômicas da UFMG.

Edson Domingues, que é doutor em Economia pela USP e integra grupo de pesquisa rede Clima Clima e INCT Mudanças Climáticas, participa hoje (terça, 5 de abril) da 4ª Conferência Regional sobre Mudanças Globais, em São Paulo, em debate sobre agricultura e segurança alimentar. Nesta entrevista, ele lembra também a importância de se garantir a produção de hortaliças no entorno das metrópoles.

Como as mudanças climáticas afetam a segurança alimentar?Há evidências de que a agropecuária será mesmo o setor mais afetado, gerando aumento do custo dos alimentos. Algumas famílias, naturalmente, serão mais afetadas que outras, a vulnerabilidade depende de nível de renda e de região. E há efeitos indiretos potenciais: um exemplo está ligado

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à soja, pois uma queda na produção terá impacto nos preços da ração e, logo, na criação de animais. A mudança de clima exerce impacto sobre a cadeia de produção.

Alguns cultivos são mais resistentes...As alterações do clima mudam regimes de chuvas, temperatura, condições do solo, com efeitos sobre a produtividade. Quanto à temperatura, a cana-de-açúcar é um exemplo de cultivo muito resistente. O café, por sua vez, é mais suscetível, é mais fácil que áreas de cultivo se tornem inaptas com variações importantes de temperatura e de outros fatores. Como é um país muito grande, as mudanças climáticas vão ser sentidas no Brasil de maneira heterogênea. É interessante notar que tende a haver mudanças na geografia dos cultivos. No Sul, seria possível plantar espécies diferentes das que temos hoje.

O senhor participou de estudos sobre o Nordeste aqui na UFMG. Quais são os efeitos esperados para aquela região? Por causa de sua dependência maior da atividade agrícola, o Nordeste pode ser mais afetado. Participei de outro estudo, envolvendo o país como um todo, e o Centro-Oeste se revelou também vulnerável, sobretudo em virtude da alta produção pecuária. Mas esse tema tem dimensões pouco conhecidas. A Embrapa tem estudos bastante completos sobre oito cultivos entre os mais importantes. Mas será fundamental conhecer melhor os impactos da mudança climática sobre os cinturões verdes das metrópoles, que fornecem frutas, legumes e verduras para as populações urbanas.

No contexto mundial, o que se tem previsto? Qual a situação do Brasil, relativamente aos outros países?Os cenários mais pessimistas nos estudos sobre as mudanças climáticas apontam os países menos desenvolvidos das regiões tropicais e equatoriais com os mais vulneráveis. E os países desenvolvidos, como na maioria das situações desfavoráveis, deverão ter mais condições de se adaptar. Com relação ao Brasil, temos uma grande vantagem, que é o grande conhecimento desenvolvido pela Embrapa nos últimos tempos sobre sementes. O país terá provavelmente muito boas condições de desenvolver cultivos resistentes, assim como, por exemplo, fez com a soja, adaptada ao solo do cerrado com grande sucesso.

Pensando na economia familiar, o que se pode prever? Assim como, fazendo uma analogia, acontece em geral com os países, as famílias mais ricas terão mais condições de se ajustar a um cenário de aumento de preços dos alimentos, pelo fato de seus gastos com alimentação são proporcionalmente menores do que os das famílias mais pobres. As famílias da área rural, por sua vez, terão relativamente mais dificuldades porque gastam mais com alimentos. Ao contrário do que se imagina, a situação não é tão simples nessas regiões porque a oferta é pouco variada. Já as famílias urbanas, sobretudo as de melhor situação financeira, se beneficiam também de poder comer fora com mais frequência, encontrar mais opções, com preços mais em conta, em virtude da concorrência.

Nos últimos anos tem se observado diminuição da migração por falta de oportunidades de trabalho, sobretudo no Nordeste. Pode haver uma reversão nesse quadro?O movimento migratório das regiões de semiárido para as metropolitanas no próprio Nordeste do

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Brasil e também para as metrópoles do Sudeste realmente caiu, e a esperada redução de empregos no campo como efeito das mudanças no clima favoreceria um retrocesso. Por outro lado, os grandes centros urbanos já não oferecem tantas oportunidades, por isso nesse aspecto há uma incógnita.

Quando se fala em mudanças no clima, não se está falando apenas de temperaturas mais elevadas, mas de diferentes regimes de chuvas...A frequência e a intensidade das chuvas tendem a aumentar, o que naturalmente também afeta a disponibilidade de alimentos. Pode haver também períodos mais prolongados de seca. Exemplos simples foram as chuvas recentes na região serrana do Rio e a seca que tivemos no início deste ano, na área metropolitana de Belo Horizonte. Aqui foi muito fácil perceber os preços mais altos de frutas e hortaliças. É um reflexo muito rápido.

As pesquisas têm projetado cenários de catástrofe?Aumentos muito grandes das temperaturas médias no planeta são bem menos prováveis, e tudo que se afirma nesse sentido segue o caminho da especulação, carece de base científica. Os modelos econômicos usuais funcionam para pequenas alterações, não dão conta do que chamamos de quebras estruturais ou fenômenos catastróficos, como terremotos em grande escala (como o do Japão, recentemente).

Quais são as medidas que se devem tomar, em prazos distintos, para que o país se prepare para as mudanças climáticas na área da alimentação?Deve-se pensar em políticas de garantia de renda e poder aquisitivo. As pessoas precisam ter dinheiro para comprar comida. Isso é, sem dúvida, melhor que estoques reguladores, que tentam garantir oferta de produtos em situação de limitação. Até porque não se estocam vegetais. E os governos têm muita dificuldade de gerir políticas desse tipo de forma correta. Já vimos que 100% das políticas ligadas a estoques e controle de preços dão errado.

E com relação aos cultivos?Em se tratando de políticas públicas mais amplas, é fundamental se investir em pesquisas que busquem chegar a culturas mais resistentes às mudanças climáticas. A Embrapa já mostrou grande capacidade nessa área e necessita de ainda mais recursos. Nesse aspecto, como já disse, é preciso priorizar a garantia de produção de alimentos no entorno das metrópoles. Não sei de qualquer projeto nesse sentido. Na medida do possível, esses cinturões verdes devem ter à disposição técnicas de cultivo resistentes à seca e às chuvas fortes.

Que dificuldades têm enfrentado as pesquisas na área de clima e segurança alimentar?Há um vácuo que se refere aos estudos sobre a Amazônia. Existem poucos dados detalhados sobre a economia na região, incluindo aspectos como ocupação e uso do solo. E não se podem utilizar parâmetros de outras regiões, porque na Amazônia as condições climáticas e de alimentação são muito diferentes. Tem-se pouco conhecimento sobre a distribuição das atividades econômicas. Sinto falta também de mais pesquisa sobre a disponibilidade de água. Essa é uma questão para a saúde e para a segurança alimentar. Não há estudos sobre impactos de restrições da disponibilidade de água sobre as economias regionais.

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Que outras consequências podem se esperar do aumento do custo dos alimentos, para além da questão da segurança alimentar?Há um efeito que se apresenta como desdobramento dos preços mais altos da alimentação. As pessoas podem reduzir o consumo de comida, mas não ficam sem comer. Logo, será preciso reduzir despesas em outras áreas, como lazer e educação, serviços de informação, como o acesso à internet. E é preocupante pensar que parte da população pode se ver obrigada a reduzir gastos em educação.