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CLIPPING DE 14/09/2016
- Governo lança pacote com 34 projetos de
concessão e privatização
- Setor elétrico vive momento inédito de venda de
ativo
- Concessões terão R$ 30 bi do BNDES e de fundo do
FGTS
- Estrangeiros têm interesse em shoppings no país
- Estudo da FGV mostra volume de provisões fiscais
- De olho em investimentos, Argentina recebe 1.900
empresários de 67 países
- Vendas do comércio encolhem 0,3% em julho, diz
IBGE
- FPSO CIDADE DE CARAGUATATUBA DEVE INICIAR
PRODUÇÃO EM SETEMBRO
- JBS nomeia José Batista Júnior como diretor
presidente interino
- Governo desiste de medida para relicitar
concessões de infraestrutura
- Pacote de concessões repete projetos do governo
Dilma
- Oposição tira projeto que altera partilha do pré-sal
da pauta da Câmara
- Caixa e BNDES têm R$ 30 bilhões para financiar
investimentos em infraestrutura
- Governo vai aplicar R$ 30 bilhões no projeto de
concessões
- BNDES vai financiar até 80% dos investimentos em
saneamento
- Governo espera arrecadar R$11 bi com leilão de
hidrelétricas da Cemig
- Concessões poderão ser prorrogadas em troca de
investimentos
Fonte: Valor Econômico
14/09/2016
- Governo lança pacote com 34 projetos de concessão e privatização
Por Murillo Camarotto, Andrea Jubé e Rafael Bitencourt
Quatro meses após tomar posse, o governo Michel Temer apresentou ontem a
nova roupagem do programa de concessões em infraestrutura. Diferentemente
das versões anteriores, houve cautela no anúncio de cifras estratosféricas de
investimentos e geração de empregos, apesar da grande quantidade de
projetos que serão oferecidos à iniciativa privada nos próximos dois anos. O
governo já informou, no entanto, que haverá R$ 30 bilhões disponíveis em
financiamentos via BNDES e FIFGTS. (ver mais em Concessões terão R$ 30 bi
do BNDES e de fundo do FGTS).
Além da lista de empreendimentos, foi anunciada uma série de mudanças nas
regras das concessões, como a que amplia para cem dias o prazo entre a
publicação dos editais e a realização dos leilões. Outra exigência nova é de
que os editais só possam ser publicados após a obtenção da licença ambiental
prévia. Esses documentos passarão a ter versões em inglês e português.
Conforme antecipou o Valor, haverá
mudanças na atuação das agências
reguladoras, que deixarão de participar da
elaboração de editais e da organização de
leilões para concentrar-se na fiscalização
dos contratos. "Elas serão fortalecidas para
que possam cumprir seu papel de regular,
monitorar e fiscalizar", afirmou o secretário-
executivo do Programa de Parcerias de
Investimentos (PPI), Moreira Franco.
O anúncio dos projetos aconteceu após a primeira reunião do conselho do
PPI, órgão que foi criado por Temer no mesmo dia em que ele tomou posse
como presidente interino. Além dele, integram o conselho do PPI os ministros
dos Transportes, Planejamento, Fazenda, Minas e Energia, Casa Civil e do
Meio Ambiente, bem como os presidentes dos três principais bancos federais.
1ª PARTE: 14/09/2016
Ao todo, foram apresentados 25 projetos passíveis de concessão (ver tabela),
além da relicitação de três usinas hidrelétricas da Cemig. Mais tarde, o governo
informou que houve um erro na apresentação e acrescentou outros nove ativos
que irão a leilão, o que ampliou a lista para 34 projetos
Questionado sobre o volume de investimentos esperado, Moreira Franco
preferiu não dar números. "Esse programa não é um projeto publicitário, uma
ação de marketing, querendo gerar uma expectativa que não se dará", afirmou
o secretário do PPI.
Na apresentação anterior do programa de concessões, em junho do ano
passado, o governo da então presidente Dilma Rousseff foi criticado por ter
incluído no pacote o projeto da ferrovia Bioceânica, considerado
"megalomaníaco". Somente essa obra, que não tem a menor previsão de sair
do papel, turbinou em R$ 40 bilhões o volume de investimentos anunciado na
ocasião.
A única projeção foi feita pelo ministro das Minas e Energia, Fernando Coelho
Filho. Ele afirmou que as relicitações das hidrelétricas São Simão, Miranda e
Volta Grande poderão gerar até R$ 11 bilhões em outorgas. As concessões
dessas usinas estão próximas do vencimento e poderão, inclusive, ser
renovados.
De acordo com o cronograma apresentado ontem, o governo pretende leiloar
até março do ano que vem os aeroportos de Porto Alegre, Salvador,
Florianópolis e Fortaleza. A última previsão do governo era de que esses
quatro terminais movimentariam algo em torno de R$ 8,4 bilhões em
investimentos.
Uma das principais decepções foi o setor de rodovias, que apareceu com
apenas dois projetos. O trecho da BR364/365 entre Jataí e Uberlândia deve ir a
leilão somente no segundo semestre de 2017, assim como a relicitação do lote
da BR 101/RS, atualmente administrado pela Concepa.
Segundo o Valor apurou, atualmente não há interessados pelas concessões
rodoviárias, nem mesmo pelas que foram apresentadas ontem. O governo
trabalha em uma medida provisória que vai facilitar a relicitação de trechos
problemáticos, bem como a prorrogação antecipada de concessões existentes.
A expectativa é de que os investidores só comecem a aparecer após a
oficialização dessas medidas.
A lista conta ainda com três ferrovias: Norte-Sul, Fiol e Ferrogrão. As duas
primeiras estão sendo construídas pela estatal Valec e devem ser entregues
para administração e operação do setor privado. O governo programou os três
leilões para o segundo semestre do ano que vem.
Ainda no setor de transportes, o PPI programou as licitações de três terminais
portuários, sendo dois de combustíveis no porto de Santarém (PA) e um de
trigo no porto do Rio de Janeiro. Esses leilões também estão previstos para a
segunda metade de 2017.
Além das hidrelétricas da Cemig, a área energética terá três leilões de áreas
de petróleo e a privatização de sete distribuidoras controladas pela Eletrobras.
O governo quer realizar até junho de 2017 a quarta rodada de licitações de
campos marginais de petróleo e gás natural sob o regime de concessão. No
mesmo regime, até dezembro do ano que vem deve ocorrer a 14ª rodada de
blocos exploratórios. Também está programada para a segunda metade de
2017 a segunda rodada de licitações do regime de partilha, as chamadas áreas
unitizáveis de petróleo.
Ficaram para 2018, último ano da gestão Temer, as concessões dos serviços
de distribuição de água, coleta e tratamento de esgoto em cidades do Rio de
Janeiro, de Rondônia e de Pará. A concessão do saneamento foi uma das
principais novidades do PPI.
O governo também manifestou a intenção de conceder ativos de mineração
para a iniciativa privada. De acordo com o ministro de Minas e Energia, foram
selecionadas duas reservas de cobre, sendo uma em Goiás e outra em
Tocantins, uma de carvão de candiota, no Rio Grande do Sul, e outra de
fosfato, na divisa entre Pernambuco e a Paraíba.
Também foi oficializado o processo de privatização da Loteria Instantânea da
Caixa, a Lotex
VOLTAR
Fonte: Valor Econômico
14/09/2016
- Setor elétrico vive momento inédito de venda de ativo
Por Camila Maia e Rodrigo Polito
Depois de anos enfrentando sucessivas crises e uma deterioração das
condições econômicas, as empresas do setor elétrico colocaram um imenso
volume de ativos à venda. Agora, elas competem pelos poucos compradores
capitalizados.
Levantamento feito pelo Valor mostra que há cerca de 25 mil megawatts (MW)
de geração à venda atualmente, por meio de privatizações, reestruturações
societárias e vendas de controle. Esse montante é aproximadamente 18% da
capacidade de geração total instalada no país. Além disso, há cerca de 24 mil
quilômetros de linhas de transmissão no mercado, considerando o que deve
ser oferecido ainda neste ano em um leilão do segmento marcado para
outubro.
A potência à venda representa pouco
menos que duas vezes a capacidade da
hidrelétrica de Itaipu, que tem 14 mil MW. O
cálculo, porém, levou em conta a potência
instalada (ou em construção) total das
empresas que colocaram ativos ou
participações à venda. Não
necessariamente toda essa geração será
vendida.
O cenário de poucos compradores capitalizados indica quem está com a
vantagem. "Há um conjunto de ativos à venda. Quanto maior o conjunto, os
preços serão trazidos para baixo", disse Jorge Pereira da Costa, vice-
presidente da consultoria Roland Berger e responsável pela área de energia.
"Tem muita coisa ao mesmo tempo à venda. Talvez isso leve a uma
competição maior para atrair um comprador" disse Tiago Figueiró, advogado
especialista em energia do Veirano Advogados. Segundo ele, pode haver uma
"diluição" do valor esperado pelos vendedores com as operações.
Muitas das empresas que estão colocando ativos no mercado passam por
graves situações financeiras e precisam disso para reduzir o endividamento. É
o caso da Cemig, por exemplo, que não apenas pretende vender ativos, como
a distribuidora de gás Gasmig, mas também uma fatia de suas participações
em outras empresas do setor, como Light, Renova e Taesa.
Há ainda os projetos que serão colocados à venda pelo governo, por meio dos
leilões de transmissão e geração, e dos processos de privatização. Ontem, a
primeira reunião do conselho do Programa de Parcerias de Investimento (PPI)
determinou que a venda das seis distribuidoras da Eletrobras e o leilão de
relicitação de algumas usinas da Cemig acontecerá no último trimestre de
2017. Para 2016, estão previstos leilões de transmissão, de energia de fontes
renováveis e de privatização da Celg Distribuidora (Celg D).
Até recentemente, a incerteza política era um obstáculo para as operações.
Havia o receio, por exemplo, de que o setor elétrico passasse por novas
mudanças no comando das principais agências e empresas. Definido o
impeachment e a permanência do presidente Michel Temer até o fim do
mandato, a velocidade das transações será maior, disse uma fonte próxima de
algumas operações.
"Com essa virada política do governo, a tendência é que a credibilidade do
Brasil aumente e os investimentos estrangeiros passem a ser mais frequentes",
disse Leonardo Cotta Pereira, sócio do setor Societário do Siqueira Castro
Advogados.
Um desafio para as empresas e para o governo é atrair novos investidores para
o setor, além de novas fontes de financiamento.
As estatais chinesas State Grid e China Three Gorges (CTG) protagonizaram
as maiores operações de fusões e aquisições realizadas recentemente, e a
gestora canadense Brookfield é frequentemente citada como uma possível
compradora de ativos de transmissão (como os da Abengoa e os da Isolux) e
de geração de energia (como ativos da Renova).
Além dessas, há algumas européias investindo, como a italiana Enel e a
espanhola Iberdrola.
Para que as operações propostas tenham sucesso, porém, será necessário
atrair outros compradores. Os agentes do setor também defendem regras que
permitam a captação de financiamentos no mercado externo, de bancos
estrangeiros. "Estão todos esperando uma reestruturação do mercado de
financiamento, porque o BNDES não vai dar conta de tudo", disse Figueiró, do
Veirano Advogados.
Os investimentos nos segmentos de transmissão de energia, geração e
distribuição dificilmente atraem os mesmo compradores. Também não são os
mesmos investidores que olham ativos existentes à venda e projetos novos. No
entanto, não há muitas linhas de financiamento para projetos no setor elétrico.
A preocupação maior do mercado elétrico, porém, continua sendo o modelo de
financiamento de longo prazo dos projetos que começarão do zero, depois de
serem negociações em leilões. A ideia do governo federal é acabar com os
"empréstimos pontes" financiamentos intermediários que o investidor contraía
para desenvolver o projeto antes de receber os recursos do BNDES.
Na prática, o objetivo do governo é que os financiamentos de longo prazo
sejam contratados no início da construção dos grandes projetos. O governo
também indicou que o PPI vai apoiar a emissão de debêntures de
infraestrutura, como alternativa de financiamentos.
No entanto, o momento econômico do país é visto como desfavorável para
esse mecanismo. Segundo Antonio Bastos, diretor-presidente da Omega
Energia, geradora de energia renovável, com o nível de juros atual, é difícil
atrair muito capital para financiar infraestrutura.
Para Fabiano de Brito, sócio do Mattos Filho, o ideal para o financiamento dos
leilões seria a implementação de uma mudança que incluísse proteção cambial
nos contratos. "Isso certamente facilitaria a atração de novos investimentos, até
porque permite que financiamentos internacionais sejam concedidos com maior
facilidade", disse.
Para que os contratos tivessem componentes dolarizados, seria necessária
uma mudança na lei para permitir a indexação ao dólar. Outra alternativa mais
simples seria a inclusão de parâmetros nos contratos. Dessa forma, as receitas
previstas poderiam ser alteradas em casos de mudanças no patamar de
câmbio, inflação e taxa de juros.
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Fonte: Valor Econômico
14/09/2016
- Concessões terão R$ 30 bi do BNDES e de fundo do FGTS
Por Murillo Camarotto e Alex Ribeiro
O governo disponibilizou R$ 30 bilhões para apoiar o financiamento de longo
prazo dos projetos do programa de concessões de infraestrutura. Os recursos
vão ser usados na aquisição das debêntures que vierem a ser emitidas pelos
grupos vencedores dos leilões e também em empréstimos.
Desse montante, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
(BNDES) vai entrar com R$ 18 bilhões. Já o FIFGTS, braço de infraestrutura do
Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS, vai oferecer outros R$ 12
bilhões.
As debêntures poderão financiar até 80% dos investimentos, já que as
empresas terão que injetar 20% em recursos próprios. Também estão previstos
empréstimos tradicionais do BNDES, balizados na Taxa de Juros de Longo
Prazo (TJLP).
O tamanho da participação da TJLP vai depender de cada projeto. No caso dos
aeroportos, os investimentos do primeiro ciclo poderão receber até 40% de
financiamento nessa taxa, que hoje está em 7,5% ao ano. Ao valor será
acrescido juro de 1,5% mais o risco de crédito.
Para as rodovias, as novas concessões poderão receber até 50% de
financiamento em TJLP. Apesar de o governo Michel Temer afirmar que a fatia
do BNDES nas concessões seria reduzida, as condições para rodovias estão
melhores do que na última versão do PIL, programa similar do governo da ex--
presidente Dilma Rousseff. Na ocasião, os projetos receberiam, no máximo,
45% do crédito em TJLP.
A assessoria do BNDES esclareceu que as políticas de financiamento foram
revisadas em dezembro de 2015 e que, quando comparadas às novas
condições, a fatia de TJLP anunciada ontem é menor.
O banco também apresentou as condições para o financiamento de
investimentos em concessões de rodovia já vigentes. Nesses casos, a parcela
máxima de TJLP será de 40%. O prazo dos financiamentos será de 15 anos. A
estrutura de financiamento para os setores de portos e ferrovias ainda não está
totalmente definida.
Outra mudança importante é o fim do instrumento conhecido como
empréstimo-ponte, pelo qual o grupo vencedor dos leilões recebia um
adiantamento de bancos privados para iniciar as obras até que o financiamento
do BNDES fosse totalmente liberado.
O objetivo é evitar que voltem a se repetir casos em que as empresas iniciaram
as obras e depois ficaram sem receber do BNDES, o que colocou várias
concessões em sérias dificuldades financeiras, inclusive com a possibilidade de
terem seus contratos encerrados.
"Muitas coisas mudavam no caminho e hoje temos R$ 4 bilhões feitos com
ponte que não se concluíram", lembrou a presidente do BNDES, Maria Silvia
Bastos. Ela e o presidente do Banco do Brasil, Paulo Caffarelli, disseram que
os R$ 30 bilhões são um valor inicial e que os bancos privados também
poderão participar do financiamento no futuro.
Caffarelli também acredita que as debêntures emitidas pelas concessionárias
poderão ingressar no mercado secundário futuramente, assim que houver
maior convergência entre as taxas de juros de curto e as de médio prazos.
A aposta nesse tipo de instrumento é antiga e gera desconfianças. Apesar de o
governo desejar que o financiamento via debêntures seja "o maior possível",
reduzindo a necessidade de crédito TJLP, até mesmo no BNDES, se admite
que o teto estabelecido para a taxa de longo prazo será integralmente usado
pelas empresas.
Outra novidade anunciada ontem trata das fianças bancárias, que garantem o
pagamento do financiamento durante o período de obras, o mais intensivo em
capital. O programa de concessões conta com uma espécie de "cláusula de
escape", pela qual a empresa só é obrigada a começar as obras após receber
o crédito. Os bancos privados se comprometeram a dar as fianças, que vão
garantir tanto as debêntures quanto os empréstimos e que poderão ser
retiradas assim que os empreendimentos começarem a gerar receita própria.
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Fonte: Valor Econômico
14/09/2016
- Estrangeiros têm interesse em shoppings no país
Por Cibelle Bouças
O cenário para os shopping centers ainda continua negativo, com queda nos
índices de visitas de consumidores, nível de lojas vagas e inadimplência altos e
problemas de endividamento em parte das administradoras. Ainda assim, para
investidores estrangeiros, os ativos brasileiros ainda apresentam potencial de
ganhos futuros e estão atrativos para compra, por conta do preço mais baixo
em função do câmbio e da crise econômica e política no país.
A Blackstone Brasil, braço do americano Blackstone, a canadense Brookfield,
o GIC Real Estate, braço de investimentos do Fundo Soberano de Cingapura
(GIC) e o grupo israelense GazitGlobe reafirmaram que têm interesse em fazer
novos investimentos em shopping centers no Brasil, mesmo sem sinais de
recuperação imediata do crescimento econômico.
Marcelo Fedak, diretor da Blackstone Brasil, disse que boa parte dos ativos no
país ainda têm potencial para gerar ganhos futuros. "Para grupos que fazem
investimentos de longo prazo, como no nosso caso, a avaliação é de que ainda
há potencial de reversão desse cenário", afirmou Fedak.
O executivo disse que a Blackstone Brasil avalia empresas de gestão de
shopping centers com empreendimentos de alta qualidade para investir, bem
como a compra de ativos em separado. Fedak acrescentou que São Paulo
possui empreendimentos com melhores indicadores de desempenho em
comparação a outras praças.
David Arthur, sócio diretor da Brookfield, disse que vê oportunidades para
compra de ativos por conta do preço dos empreendimentos, mais baixo do que
nos anos anteriores. A Brookfield tem R$ 41 bilhões em investimentos no país.
Recentemente, a companhia comprou a Transportadora do Sudeste (NTS), da
Petrobras.
No alvo da Brookfield estão negócios nas áreas de infraestrutura de transporte,
logística e setor imobiliário com atenção especial a shopping centers. No país,
a Brookfield já administra oito shoppings. "O país enfrenta desafios políticos e
econômicos, mas tem potencial de expansão no futuro. A companhia avalia
oportunidades para investimentos de longo prazo", disse Arthur.
Gastão Valente, vice-presidente sênior do GIC Real Estate, concorda que o
momento atual "é bom para fazer bons investimentos no Brasil". "O GIC Real
Estate tem feito mais investimentos nos últimos dois anos no país, por conta do
valor dos ativos e das ofertas de empreendimentos", disse Valente. O GIC Real
Estate avalia oportunidades para investir em shopping centers, segundo o
executivo.
Chaim Katzman, acionista majoritário e presidente do conselho de
administração da GazitGlobe, também vê com boas perspectivas o cenário
para o país no longo prazo. "O país passa por uma situação difícil, mas
apresenta amadurecimento político e institucional. Isso é muito encorajador",
afirmou.
Katzman acrescentou que a GazitGlobe avalia novos investimentos no país e
que considera mais produtivo comprar shoppings que já existem do que
construir um empreendimento a partir do zero. A GazitGlobe é dona do edifício
Top Center e do Top Center Shopping, e administra o Shopping Light, todos
em São Paulo.
Os executivos participaram ontem do segundo dia de apresentações do 14º
Congresso Internacional de Shopping Centers, promovido pela associação do
setor (Abrasce), em São Paulo, e que se encerra hoje.
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Fonte: Valor Econômico
14/09/2016
- Estudo da FGV mostra volume de provisões fiscais
Por Laura Ignacio
A complexidade das leis, a criação de normas fiscais por meio de medidas
provisórias ou instruções normativas da Receita Federal e a demora e a
instabilidade na análise de litígios pelos tribunais superiores são algumas das
principais causas que levam as empresas a ter um alto grau de contencioso
tributário. Com isso, as empresas de capital aberto têm que provisionar bilhões
de reais para garantir os pagamentos em casos considerados como perda
provável. Há, porém, divergência na forma de divulgar esses valores aos
investidores.
Segundo estudo da FGV Direito SP, a soma das provisões fiscais e do
contingenciamento passivo inclui os casos de perda possível das dez maiores
companhias brasileiras que negociam ações em bolsa totalizam R$ 281, 09
bilhões. Esse é um valor 7,18 vezes maior do que o relacionado às demandas
trabalhistas e 3,66 maior do que os valores das demandas cíveis, como as
relacionadas a contratos comerciais.
"Concluímos que o contencioso tributário é o que mais eleva o risco das
empresas. E por mais que a Comissão de Valores Mobiliários (CVM)
regulamente a forma de as empresas disporem essas informações, ela varia
muito", afirma Ana Teresa Lima Rosa Lopes, advogada que realizou a
pesquisa.
A CVM exige a comunicação sobre litígios de perda provável, que obrigam as
empresas a fazer provisão. "Uma empresa pode colocar nessa lista processos
acima de R$ 1 milhão, outras só a partir de R$ 30 milhões, por exemplo. Os
critérios para avaliar os processos variam bastante", diz Ana Teresa. Segundo
ela, os processos de perda remota não são incluídos e os de perda possível
entram na contingência passiva, que algumas companhias informam e outras
não.
Segundo a FGV Direito SP, o objetivo do estudo é analisar como as empresas
divulgam essas informações para criar o Índice de Transparência e Compliance
Corporativo. De acordo com Valdir Simão, ex-ministro-chefe da Controladoria-
Geral da União (CGU) e coordenador do projeto, a FGV pretende construir o
índice com as empresas.
"Hoje não há padronização, o que prejudica o investidor que quer saber a real
situação das companhias. Identificar o que leva as empresas a esse
contencioso é importante porque o reflexo disso, no mercado, é a falta de
transparência efetiva", afirma Simão.
Para Hélcio Honda, diretor jurídico da Federação das Indústrias de São Paulo
(Fiesp), se não for eliminada a incerteza na aplicação da legislação tributária,
as empresas nunca conseguirão fazer um compliance "cem por cento". "Nosso
problema atual não é exatamente o auto de infração, mas uma legislação
complicada que comporta dupla interpretação. Com isso, o Carf, por exemplo,
não faz justiça fiscal e a insegurança jurídica impede a realização de
investimentos no país."
Segundo Honda, basta ver os autos de bilhões de reais aplicados às maiores
empresas de capital aberto, que representam grande parte do Produto Interno
Bruto (PIB) do Brasil. "É um absurdo não termos até hoje uma definição sobre
a guerra fiscal, por exemplo. A empresa faz investimentos e depois a norma
que concedia incentivo fiscal é declarada inconstitucional", diz.
Apesar desse cenário, a Ambev, uma das dez maiores, afirma sempre adotar
políticas de relacionamento, com os investidores e o mercado em geral,
baseadas no princípio da transparência. "A empresa pratica os mais elevados
padrões de atendimento às disposições legais e regulamentares aplicáveis às
companhias abertas", afirma em nota a empresa.
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Fonte : O Globo
13/09/2016
- De olho em investimentos, Argentina recebe 1.900 empresários de 67 países
País nunca tinha sido cenário de um encontro desta
magnitude
Mauricio Macri, presidente da Argentina, inaugura evento de atração de investimentos - EITAN
ABRAMOVICH / AFP
BUENOS AIRES - O presidente da Argentina, Mauricio Macri, inaugurou nesta
terça-feira o evento que já é considerado um dos mais importantes do ano por
seu governo: o Foro de Investimentos e Negócios da Argentina. Pela primeira
vez, o país recebe a visita de cerca de 1.900 empresários de 67 países,
incluindo 100 CEOs de grandes multinacionais como The Dow Chemical
Company, IBM, Shell, Coca-Cola e British Petroleum.
A Argentina nunca tinha sido cenário de um encontro desta magnitude e
importância.
— Não é difícil apaixonar-se por este país — declarou Macri, em seu discurso
de inauguração do encontro, realizado no Centro Cultural Kirchner (cujo nome
o governo Macri pretende mudar, por lei), no centro da capital argentina.
2ª PARTE: 13/09/2016
— A presença de todos vocês ratifica uma nova etapa. Estamos em marcha,
olhamos para nós e para o mundo com otimismo, com regras de jogo claras,
sensatez e objetivos concretos — assegurou o chefe de Estado.
Para Macri, a captação de investimentos estrangeiros é fundamental nos
próximos meses para viabilizar seu plano de governo e, principalmente, para
tirar o país da recessão na qual continua mergulhado. Na primeira metade
deste ano, de acordo com dados da empresa de consultoria Abeceb, os
investimentos estrangeiros diretos alcançaram US$ 1,7 bilhão, abaixo das
expectativas da Casa Rosada.
O encontro, já chamado de ―mini Davos‖, durará até a próxima quinta-feira.
— Queremos que vocês sejam parte desta etapa maravilhosa — disse Macri, a
uma plateia de representantes de algumas das empresas nacionais e
internacionais mais importantes do mundo.
As mais altas autoridades do governo argentino participarão do evento, entre
elas o ministro da Energia, Juan José Aranguren, e de Finanças, Alfonso Prat
Gay.
VOLTAR
Fonte : O Globo
13/09/2016
- Vendas do comércio encolhem 0,3% em julho, diz IBGE
Na comparação com igual mês de 2015, queda é de 5,3%,
pior resultado desde 2001
- Paulo Fridman / Bloomberg
RIO - As vendas no varejo brasileiro voltaram a cair em julho e apagaram os
ganhos do mês anterior com um resultado pior do que o esperado mesmo
diante da melhora da confiança. Assim, o setor mostra um comportamento
errático ao longo deste ano, com quatro resultados negativos em sete meses.
Na passagem de junho para julho, as vendas do varejo encolheram 0,3%,
segundo dados divulgados nesta terça-feira pelo IBGE. Já em relação a julho
do ano passado, o volume de vendas recuou 5,3% — o pior resultado para o
mês nesta comparação desde o início da série histórica, em 2001. O setor
acumula um tombo de 6,7% nos sete primeiros meses de 2016. Em 12 meses
o desempenho é parecido: queda de 6,8%, que também marca o pior resultado
da série nesta comparação.
A queda de 0,3% frente a junho, no entanto, é bem menos intensa do que o
recuo de 1,1% registrado na mesma comparação em igual mês do ano
passado. A expectativa da pesquisa da Reuters era de baixa de 0,10% na
comparação mensal e de queda de 4,90% sobre um ano antes. O banco
Bradesco espera leve alta de 0,2% ante junho e de recuo de 4,3% na
comparação com julho do ano passado.
— O que dá para dizer é que há três meses as vendas estão perto de zero,
quando antes vinham em movimentos de queda mais aguda. Parar de cair tão
intensamente é um melhora, mas estamos longe de um recuperação — afirmou
a economista do IBGE Isabella Nunes.
A Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) indica também que a receita nominal
avançou 0,7% na comparação com junho, registrando a quarta taxa positiva
seguida. No ano, a receita cresceu 4,9%, enquanto em 12 meses o avanço foi
de 3,7%.
O volume de vendas comércio varejista ampliado, que inclui as atividades de
veículos, motos, partes e peças e de material de construção, caiu 0,5% em
relação a junho e registrou a quinta queda seguida neste tipo de análise. A
receita nominal avançou 0,7% na mesma comparação, registrando a terceira
alta seguida. Frente a julho de 2015, o volume de vendas caiu 10,2% — pior
resultado para o mês nesta comparação desde o início da série, em 2001. No
ano, o tombo é de 9,4% e nos últimos 12 meses, a queda acumulada é de
10,3%.
De acordo com a pesquisa do IBGE, seis dos oito segmentos avaliados
registraram queda. O segmento de hipermercados, supermercados, produtos
alimentícios, bebidas e fumo registrou queda de 0,3%, mesmo resultado de
combustíveis e lubrificantes. Juntas, as duas áreas respondem por cerca de
60% da taxa da PMC. Também caíram na passagem de junho para julho
tecidos, vestuário e calçados (-5,8%); livros, jornais, revistas e papelaria (-
1,2%); móveis e eletrodomésticos (-1,0%); e outros artigos de uso pessoal e
doméstico (-0,9%). Por outro lado, equipamentos e material para escritório,
informática e comunicação (5,9%) e artigos farmacêuticos, médicos,
ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (0,7%) ficaram em terreno positivo.
Em relação a julho de 2015, todas as oito atividades pesquisadas pelo IBGE
registraram queda. Os principais impactos sobre o resultado geral vieram de
móveis e eletrodomésticos (-12,4%) e outros artigos de uso pessoal e
doméstico (-11,6%), seguidos por combustíveis e lubrificantes (-9,9%) e
tecidos, vestuário e calçados (-14,2%). As menores influências negativas
ficaram por conta de livros, jornais, revistas e papelaria (-18,6%); equipamentos
e materiais para escritório, informática e comunicação (-12,9%); e artigos
farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (-3,2%). A atividade de
hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,1%)
ficou praticamente estável.
VAREJO AMPLIADO
Já o varejo ampliado, que perdeu 0,5% na virada do semestre, foi influenciado
pela queda de 2,5% em material de construção e de 0,3% em veículos e
motos, partes e peças.
Na comparação com julho de 2015, a queda de 10,2% refletiu principalmente o
desempenho de vendas de veículos, motos, partes e peças, que registrou um
tombo de 20%. Esta atividade acumula perda de 14,7% em 2016 e de 17,7%
nos últimos 12 meses. O segmento de material de construção perdeu 12,6%
sobre julho de 2015. Em 2016 e nos últimos 12 meses, a queda acumulada é
igual: de 12,9%. Segundo o IBGE, em ambos os segmentos, o resultado foi
influenciado pelo menor ritmo da atividade econômica, pela menor oferta de
crédito e pelo comprometimento da renda familiar.
VOLUME CAI EM 16 DE 27 UNIDADES DA FEDERAÇÃO
O levantamento do IBGE mostra que o volume de vendas recuou na passagem
de junho para julho em 16 das 27 unidades da federação. As taxas variaram
entre -3,5% no Mato Grosso e -0,1% em Minas Gerais. Em Sergipe, as vendas
ficaram estáveis, enquanto Roraima (4,0%) e Amazonas (3,4%) registraram as
principais altas.
Frente a julho do ano passado, a redução no volume de vendas afetou
praticamente todas as 27 unidades da federação, com exceção de Roraima
(3,2%). Os destaques ficaram com Amapá (-18,9%) e Pará (-15,5%). As
principais pressões de baixa sobre o resultado geral vieram de São Paulo (-
3%), Rio de Janeiro (-5%) e Bahia (-13,4%).
Já o varejo ampliado recuou em todos os locais pesquisados, com destaque
para Amapá (-17,1%). São Paulo (-7,9%) e Rio de Janeiro (-13,0%), Rio
Grande do Sul (-10,0%) e Minas Gerais (-7,9%) foram os principais
responsáveis pelo fraco desempenho na comparação anual.
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Fonte : Petronotícias
13/09/2016
- FPSO CIDADE DE CARAGUATATUBA DEVE INICIAR PRODUÇÃO EM SETEMBRO
Com recordes atrás de recordes, o
pré-sal caminha para ganhar mais
um impulso em sua produção. A
diretora de Exploração e Produção
da Petrobrás, Solange Guedes,
afirmou que espera a entrada em
operação do FPSO Cidade de
Caraguatatuba ainda neste mês de
setembro.
O navio-plataforma chegou ao
campo de Lapa, no pré-sal da Bacia
de Santos, no mês de junho e está
sendo preparado desde então para
dar início às suas atividades. A
integração da unidade foi realizada
no estaleiro Brasfels, em Angra dos
Reis. O casco do navio foi fabricado no estaleiro Mitsui Engineering &
Shipbuilding, no Japão, e a integração dos módulos foi realizada no estaleiro
Keppel, em Cingapura.
O FPSO terá capacidade de processar 100 mil barris de petróleo por dia e
possui uma capacidade de armazenamento de 1,6 milhão de barris de óleo.
O impulso na produção do Cidade de Caraguatatuba pode trazer boas novas à
Petrobrás, que está comemorando mais um recorde no pré-sal: em agosto, a
produção de média exclusiva de petróleo operada pela estatal na região foi de
1,10 milhão barris por dia. A produção de petróleo e gás natural operada pela
Petrobrás no pré-sal durante o intervalo também foi recorde: 1,36 milhão barris
de óleo equivalente (óleo e gás).
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http://www.petronoticias.com.br/archives/88692http://www.petronoticias.com.br/wp-content/uploads/2016/05/solange-guedes.jpg
Fonte : Estadão
13/09/2016
- JBS nomeia José Batista Júnior como diretor presidente interino
Executivo foi presidente da companhia por mais de 20 anos; mudança
aconteceu após afastamento dos irmãos Wesley e Joesley Batista pela Justiça
Após a determinação da Justiça Federal de afastar Wesley e Joesley Batista do
comando de quaisquer empresas, na sequência da Operação Greenfield, a
JBS informou nesta terça-feira.
a a nomeação de José Batista Júnior como diretor presidente interino da
empresa e José Batista Sobrinho como presidente do conselho de
administração. As mudanças foram comunicadas por meio de nota enviada à
Comissão de Valores Mobiliários (CVM) após reunião e eleição realizadas
nesta terça-feira na empresa.
Foto: Divulgação
A JBS é uma das maiores processadoras de carne do mundo
A JBS afirma que José Batista Júnior ocupou o cargo de Presidente da
companhia por mais de 20 anos e possui "profundo conhecimento de todos os
negócios do grupo". "Assumo a JBS com o compromisso de dar continuidade
ao crescimento sustentável da Companhia. A JBS possui uma robusta
estrutura global e regional de negócios, com executivos de alta qualidade e
uma sólida governança", disse, em nota José Batista Júnior.
Segundo a JBS, as alterações anunciadas hoje foram promovidas em virtude
do recebimento de correspondências enviadas por Wesley e Joesley,
informando que, conforme decisão da 10ª Vara da Justiça Federal do Distrito
Federal, Wesley está temporariamente suspenso do exercício de seus cargos
de diretor presidente e de vice-presidente do Conselho de Administração da
companhia e Joesley, do exercício de seu cargo de presidente do colegiado.
Os irmãos disseram ainda que recorrerão da decisão.
A operação Greenfield investiga "gestão temerária e fraudulenta" nos fundos de
pensão estatais brasileiros e, apesar de não envolver a processadora de
carnes diretamente, a investigação tem como alvo a Eldorado Celulose,
empresa controlada pela mesma holding, a J&F. A holding controla as
empresas JBS, Alpargatas, Vigor, Eldorado Brasil, Banco Original, Oklahoma e
Canal Rural.
A decisão da Justiça foi divulgada no dia 5 deste mês, após o cumprimento de
mandados de condução coercitiva e outros fatos envolvendo a investigação. Na
documentação, o juiz Vallisney de Souza Oliveira determinou que os irmãos,
assim como outras 38 pessoas investigadas na operação Greenfield, fossem
suspensos do exercício de toda e qualquer atividade no mercado financeiro e
no mercado de capitais, "bem como suspensão do exercício de qualquer cargo
ou função de direção em empresa ou grupo empresarial." A Justiça determinou
ainda a apreensão de passaportes, proibição de ausentar-se das cidades de
seus respectivos domicílios, salvo com prévia autorização judicial, e também a
proibição de manter contato e comunicação com os demais investigados da
Operação Greenfield.
Com isso, os dois executivos também foram substituídos nos conselhos das
controladas da J&F Alpargatas e Eldorado. No caso da fabricante de calçados,
os suplentes de Wesley e Joesley que assumiram como membros
respectivamente são José Vicente Marino e Gilberto Tomazoni, de forma
interina. Já na fabricante de celulose, no lugar de Joesley como presidente do
conselho assume o suplentes Ricardo Menin Gaertner e no de Wesley, como
vice-presidente do colegiado, Francisco de Assis e Silva, respectivamente.
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Fonte : Estadão
13/09/2016
- Governo desiste de medida para relicitar concessões de infraestrutura
Segundo fonte, o assunto ainda não está maduro e não integrará o pacote de
concessões que será anunciado ainda esta terça Foto: André Dusek/Estadão
Moreira Franco é o secretário-executivo do PPI
BRASÍLIA - O governo desistiu de editar uma Medida Provisória que iria
relicitar concessões de rodovias e aeroportos realizadas pelo Governo Dilma
Rousseff que não estiverem cumprindo seus contratos. Segundo uma fonte, o
assunto ainda não está maduro e não integrará o pacote de concessões que
será anunciado logo mais no Palácio do Planalto. Porém, haverá um
comunicado oficial de que o assunto "está em análise" dentro do governo.
O governo decidiu também que o secretário executivo do Programa de
Parcerias de Investimentos (PPI), Moreira Franco, terá status de ministro, mas
o anúncio dessa decisão só ocorrerá mais tarde. Por entraves administrativos,
a Secretaria Executiva do PPI está tendo dificuldades para tratar até mesmo de
questões burocráticas. Isso tem aumento o atrito entre Moreira Franco e o
ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha.
Pacote. O pacote de concessões que o governo Michel Temer divulga hoje,
com uma lista de 25 projetos, além da privatização da loteria instantânea da
Caixa, a Lotex, trará mudanças nas regras de financiamento – com a extinção,
por exemplo, dos empréstimos-ponte que marcaram os grandes projetos de
infraestrutura financiados pelo BNDES.
O desenho do novo modelo de financiamento das concessões, segundo fontes,
estabelece que o empréstimo de longo prazo será contratado logo no início das
obras, afastando a necessidade de empréstimos intermediários, os ―ponte‖, que
eram liberados por um prazo geralmente de um ano e meio, até que o contrato
de longo prazo fosse efetivado.
A avaliação do governo é de que esse modelo aumentava o custo e
burocratizava as operações. O programa vai apostar também na emissão de
debêntures (um título de crédito) como instrumento principal de captação. Na
gestão de Dilma Rousseff, o governo tentou, sem sucesso, ampliar a
participação do setor privado por meio de debêntures de infraestrutura para
reduzir o peso do BNDES no financiamento às concessões.
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http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,plano-de-concessoes-trara-25-projetos-e-mudancas-nas-regras-de-financiamento,10000075624
Fonte: Estadão
13/09/2016
- Pacote de concessões repete projetos do governo Dilma
Lista de aeroportos, ferrovias, rodovias e hidrelétricas inclui
basicamente projetos antigos, obras em andamento ou relicitação de
empreendimentos
André Borges e Eduardo Rodrigues,
Foto: Dida Sampaio/Estadão
O presidente Michel Temer durante reunião do PPI
A lista de projetos de concessão anunciada nesta terça-feira, 13, pelo governo
traz basicamente projetos antigos, obras já em andamento e relicitação de
empreendimentos. O cronograma para realização dos leilões dentro do
Programa de Parceria em Investimento (PPI) festá sendo discutido agora no
Palácio do Planalto durante a primeira reunião do conselho do PPI.
Nos aeroportos, os quatro terminais - Salvador, Fortaleza, Florianópolis e Porto
Alegre - já tinham sido anunciados pelo governo da ex-presidente Dilma
Rousseff. Chegaram a ter, inclusive, seus editais aprovados e anunciados por
Dilma.
O mesmo ocorre com as ferrovias. A Norte-Sul, que já tem um trecho de 855
km prontos e outros 600 km com obras em andamento, já fazia parte do
programa de concessões. A ferrovia baiana Fiol é velha conhecida do setor e
enfrenta graves dificuldades de execução, sem ter hoje uma data prevista para
sua conclusão ou mesmo um traçado definitivo. A Ferrogrão, prevista para
cortar o Mato Grosso e o Pará ao lado da BR-163, era defendida pela ex-
ministra da agricultura Kátia Abreu e espera uma definição há mais de um ano.
O projeto da chamada "Ferrovia Bioceânica", promessa que ligaria o Atlântico
ao Pacífico, sequer é mencionada no pacote.
Nas rodovias, os dois únicos trechos anunciados - Jataí/Uberbândia e
Carazinho/Porto Alegre - já faziam parte do falecido Programa de Investimento
em Logística (PIL).
As três usinas hidrelétricas anunciadas para concessão - São Simão, Miranda
e Volta Grande - são hidrelétricas que já existem e que tiveram seus contratos
vencidos. Por isso, precisam ser relicitadas.
As distribuidoras de Energia que pertencem à Eletrobrás também estão há
muito tempo na fila, aguardando uma nova licitação já anunciada pela estatal.
Em princípio, a única novidade no rodar está restrita aos leilões de petróleo e
gás, que ficaram para o segundo semestre de 2017, e as companhias
estaduais de água e esgoto, projetos previstos para 2018.
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Fonte: Estadão
13/09/2016
- Oposição tira projeto que altera partilha do pré-sal da pauta da Câmara
Texto permitiria que a estatal optasse por participar ou não como
operadora em blocos de exploração de petróleo; ideia é que
projeto seja votado após as eleições municipais
Isadora Peron,
BRASÍLIA - Os deputados decidiram deixar para outubro a votação do projeto
de lei que altera o regime de partilha da Petrobras. Pela proposta, que veio do
Senado, a Petrobras poderá optar se participa ou não como operadora em
blocos de exploração de petróleo.
Ao chegar à sessão, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse
que a matéria seria retirada de pauta porque não houve acordo para votá-la. A
ideia é que o projeto seja votado depois das eleições municipais.
A proposta encontra resistência do PT e outros partidos da oposição. ―Nós
conseguimos tirar o projeto da pauta e vamos continuar lutando para não
aprovar um projeto que entrega o pré-sal para o exterior‖, disse a líder da
minoria, deputada Jandira Feghali (PC do B-RJ). Pelo planejamento inicial, os
deputados tentariam aprovar o projeto nesta semana, quando fazem um
esforço concentrado para serem liberados para participar da campanha. As
eleições estão marcadas para o dia 2 de outubro.
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Fonte: Estadão
13/09/2016
- Caixa e BNDES têm R$ 30 bilhões para financiar investimentos em infraestrutura
O presidente da Caixa, Gilberto Occhi, disse que o aporte do
governo nos projetos depende do apetite dos investidores e pode
aumentar; projetos inseridos programa terão autorização
automática para emitir debêntures
Carla Araújo, André Borges, Eduardo Rodrigues e Lu Aiko Otta,
Foto: Dida Sampaio|Estadão
O presidente da Caixa, Gilberto Occhi
O presidente da Caixa Econômica Federal, Gilberto Occhi, afirmou que o banco
e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)
dispõem de cerca de R$ 30 bilhões para bancar a emissão de debêntures e
financiar projetos de infraestrutura incluídos no Programa de Parcerias em
Investimentos (PPI).
O Fundo de Investimento do FGTS (FI FGTS), administrado pela Caixa, tem R$
12 bilhões para bancar os projetos. O BNDES deve entrar com cerca de R$ 18
bilhões a R$ 20 bilhões.
Segundo Occhi, o governo adotou medidas para simplificar a emissão de
debêntures para financiar seus empreendimentos. "Qualquer projeto inserido
no programa pode ter autorização automática para emissão das debêntures",
comentou Occhi.
Occhi disse que o governo está pronto para investir o quanto for necessário
para financiar os projetos de concessões em infraestrutura. "O volume será
mensurável de acordo com o apetite dos empresários", declarou.
"Teremos condições de ter um volume muito maior", comentou o presidente da
Caixa, destacando que se trata apenas de uma primeira etapa de recursos.
Valec. O ministro dos Transportes, Portos e Aeroportos, Maurício Quintella,
afirmou que as concessões de ferrovias planejadas não vão acabar com as
operações da estatal Valec, que até agora tem sido responsável pela
construção das malhas ferroviárias da Norte-Sul e da Fiol, a ferrovia da Bahia.
"A Valec opera as ferrovias e ela poderá ainda ter um papel importantíssimo no
setor no Brasil. Ela terá de se reinventar", comentou Quintella. "Não há nenhum
plano de governo de desmonte da Valec, pelo contrário."
Licença ambiental. O governo anunciou que os próximos projetos de
infraestrutura só serão concedidos após o governo obter a licença ambiental
prévia de cada empreendimento. O objetivo é dar mais segurança para o
investidor. Com a licença prévia, o projeto tem a aprovação de que é
ambientalmente viável. Hoje a emissão dessa licença em etapa anterior à
realização dos leilões só existe para as usinas hidrelétricas. Todos os demais
empreendimentos, sejam de energia, transporte ou saneamento, repassam a
busca de licenciamento para o empreendedor.
O anúncio foi feito pelo secretário do Programa de Parcerias em Investimentos
(PPI), Moreira Franco. "Só irão à concessão projetos com licença prévia
definitiva", disse Moreira.
Trata-se de uma mudança importante e que afeta muitos projetos e testa,
principalmente, a capacidade de órgãos como o Ibama de atender à demanda
que a nova regra poderá gerar. O governo tem enfrentado dificuldades há anos
para viabilizar o licenciamento de muitos projetos, como as linhas de
transmissão de energia. Mais de 60% das obras de transmissão em andamento
estão com atraso no cronograma, a maior parte delas atreladas a dificuldades
com licenciamento.
Moreira disse que os editais serão publicados em português e inglês e que
passarão pelo crivo prévio do Tribunal de Contas da União, como já vinha
ocorrendo. O prazo mínimo será de 100 dias de intervalo entre a publicação do
edital e a realização do leilão, para dar mais tempo às empresas nas análises
financeiras e dos riscos. "Isso é para evitar que o leilão se transforme em
ambiente de jogo de pôquer, de cartas", disse Moreira.
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Fonte: O Globo
13/09/2016
- Governo vai aplicar R$ 30 bilhões no projeto de concessões
Financiamentos terão recursos de FGTS e BNDES;
investidor entrará com ao menos 20%
POR GABRIELA VALENTE, DANILO FARIELLO E GERALDA DOCA
A presidente do BNDES, Maria Silvia Bastos Marques - Jorge William/Agência O Globo
BRASÍLIA - O governo colocará pelo menos R$ 30 bilhões no projeto de
concessões lançado nesta terça-feira. São financiamentos, que serão
concedidos com recursos do Fundo de Investimentos do FGTS (R$ 12 bilhões)
e do BNDES (R$ 18 bilhões).
O Conselho do Programa de Parceria de Investimento (PPI) anunciou
mudanças em relação ao financiamento das privatizações do governo passado.
Haverá uma participação maior do investidor. A intenção é que as obras sejam
pagas com debêntures — papéis emitidos pelas empresas interessadas — e
subscritos pelo BNDES.
Não haverá financiamento de 100% dos projetos. O investidor terá de entrar
com pelo menos 20% do capital.
De acordo com a presidente do BNDES, Maria Silvia Bastos Marques, a
intenção é que tudo seja financiado por meio de debêntures. No entanto, caso
não seja possível, o BNDES financiará até metade do valor de empréstimo
dependendo do caso.
— Vamos preferencialmente fazer o financiamento desses projetos via
debêntures, para posterior venda para o mercado secundário - disse a
economista, que explicou que os investimentos em infraestrutura são uma
ótima oportunidade para os chamados investidores institucionais, ou seja, para
os fundos de pensão que têm de ter investimentos de longo prazo. Por isso, ela
presume que haverá uma boa procura:
— Deveria haver um grande interesse por projetos de concessões.
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Fonte: O Globo
13/09/2016
- BNDES vai financiar até 80% dos investimentos em saneamento
Crédito será 100% subsidiado. Empresas de Rio, Pará e Rondônia
serão as primeiras concedidas
POR DANIELLE NOGUEIRA
Tanques de tratamento de água da Estação de Tratamento do Guandu: Cedade estará na primeira
leva de concessões de saneamento do PPI - Antonio Scorza/12-11-2014
RIO - O BNDES manteve as condições atuais de financiamento a projetos de
saneamento, informou o banco nesta terça-feira. O BNDES vai financiar até
80% do valor de investimento e o crédito será integralmente subsidiado, ou
seja, a referência será a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), que é de 7,5%
ao ano, bem abaixo da Selic (14,25% ao ano), a taxa básica de juro.
As três empresas que o banco levou à primeira reunião do Programa de
Parcerias de Investimento (PPI), realizada hoje em Brasília, foram aprovadas.
São elas: Companhia Estadual de Água e Esgoto do Rio de Janeiro (Cedae),
Companhia de Águas e Esgotos do Estado de Rondônia (Caerd) e Companhia
de Saneamento do Pará (Cosanpa).
A partir da qualificação das três empresas, o BNDES iniciará o detalhamento
dos estudos que levarão à modelagem das futuras concessões, em parceria
com as equipes dos estados.
Além da TJLP, as condições de apoio a projetos de saneamento incluem ainda
um spread (diferença entre o custo de captação do dinheiro e o que é cobrado
nos empréstimos) de 1,5% ao ano.
Os investimentos em saneamento têm efeito direto sobre geração de emprego.
Estimativas do BNDES, com base no modelo de geração de emprego do
banco, apontam que para cada R$ 1 milhão investido anualmente no setor, são
gerados 20 empregos durante a fase de implantação dos investimentos, entre
diretos e indiretos.
Estimativas da Organização Mundial de Saúde (OMS) apontam que, para cada
R$ 100 milhões aplicados em tratamento de água, são gerados R$ 250 milhões
para a economia do país.
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Fonte: O Globo
13/09/2016
- Governo espera arrecadar R$11 bi com leilão de hidrelétricas da Cemig
Governo prevê leiloar três usinas da empresa mineira em 2017
POR REUTERS
Torre de energia ao longo da BR 101 - Antonio Scorza / Agência O Globo
BRASÍLIA - O governo brasileiro prevê leiloar no segundo semestre de 2017 as
hidrelétricas de São Simão, Miranda e Volta Grande, segundo documento
divulgado nesta terça-feira sobre um amplo programa de licitações do
presidente Michel Temer. As três concessões são da mineira Cemig, cujos
contratos venceram ou estão para vencer. Com as licitações, o governo espera
arrecadar cerca de R$ 11 bilhões com disse o ministro de Minas e Energia,
Fernando Coelho Filho, em entrevista a jornalistas sobre um programa mais
amplo de privatizações e licitações.
Segundo o ministro, a Cemig já manifestou interesse em participar das
licitações das usinas São Simão, Miranda e Volta Grande, visando manter os
ativos.
A concessão de São Simão (MG/GO), de 1,7 mil megawatts, venceu no
começo de 2015; a de Miranda (MG), de 408 MW, termina em dezembro deste
ano; e Volta Grande (MG), de 380 MW, tem a concessão vencendo em
fevereiro de 2017.
Um leilão de hidrelétricas já em operação nesses moldes foi realizado em
novembro do ano passado, quando o governo federal arrecadou cerca de R$
17 bilhões em outorgas pela concessão de 29 usinas.
Os recursos obtidos com a venda da concessão dessas usinas podem ajudar
nas contas do governo em 2017.
Ainda no setor elétrico, o governo federal pretende leiloar a partir do segundo
semestre de 2017 seis distribuidoras que estão sob controle da Eletrobras,
segundo cronograma do Programa de Parceria de Investimentos (PPI)
divulgado nesta terça-feira.
A previsão é realizar os leilões da Amazonas Energia, Boa Vista Energia,
Companhia de Eletricidade do Acre, Companhia Energética de Alagoas e
Companhia de Energética do Piauí.
Já a Centrais Elétricas de Rondônia deve ser levada a leilão no primeiro
semestre de 2018.
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http://oglobo.globo.com/economia/governo-lanca-programa-com-25-projetos-em-ao-menos-sete-setores-20099737http://oglobo.globo.com/economia/governo-lanca-programa-com-25-projetos-em-ao-menos-sete-setores-20099737http://oglobo.globo.com/economia/governo-lanca-programa-com-25-projetos-em-ao-menos-sete-setores-20099737
Fonte: O Globo
13/09/2016
- Concessões poderão ser prorrogadas em troca de investimentos
Medida Provisória a ser editada também permitirá aumento de
tarifa
POR GERALDA DOCA / DANILO FARIELLO / GABRIELA VALENTE
O ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira - ANDRE COELHO
BRASÍLIA - O governo vai prorrogar contratos de concessão antigos e permitir
que o concessionários aumentem a tarifa, em troca de novos investimentos,
principalmente em rodovias. Além disso, pretende relicitar concessões
realizadas na gestão petista, diante da dificuldade dos consórcios em obter
financiamentos para investir e pagar outorga à União. As propostas constam de
uma Medida Provisória, discutida nesta terça-feira pelo Conselho do Programa
de Parcerias de Investimentos (PPI) e que deverá ser editada em breve.
Segundo o ministro interino do Ministério do Planejamento, Dyogo Oliveira, a
prorrogação do contrato ou o aumento de tarifas ou ainda a combinação dos
dois mecanismos serão adotados nas situação em que o prazo contratual já
tenha transcorrido à metade e esteja perto do fim (90%). Ele explicou que,
nestes casos, o concessionário não tem mais interesse em fazer investimentos,
apesar do aumento da demanda. Estão no radar a renovação antecipada de
duas rodovias que passam pelo Rio (Dutra e 040).
O ministro também confirmou que o governo que o pretende relicitar
concessões que estão se apresentando inviáveis. A ideia é que o controlador
do consórcio seja afastado e os outros sócios possam formar um novo grupo.
Caberia ao novo vencedor pagar a indenização pelos investimentos realizados.
O ministro evitou citar nomes, mas os casos mais críticos são Galeão e
Viracopos-Campinas (consórcio Aeroportos Brasil, formado pelas empresas
TPI – Triunfo P). No caso do aeroporto internacional do Rio, o operador
(consórcio formado por Odebrecht Transport e Changi Airports Internacional)
está com dificuldades de conseguir financiamento e as receitas aeroportuárias
são insuficientes para pagar as outorgas.
Oliveira explicou que a relicitação dos aeroportos seria uma alternativa à
caducidade, previsto atualmente nos contratos, quando o concessionário não
paga a outorga ou não faz os investimentos obrigatórios. A MP vai criar o
mecanismo da relicitação.
Ele destacou que a preferência do governo será pela prorrogação dos
contratos no lugar de alta de tarifas.
— O objetivo é criar condições para que os investidores façam novos
investimentos — disse.
A MP visa resolver sobretudo problemas criados no consórcios com o
envolvimento das empreiteiras na Operação Lava Jato. Além de aeroportos, o
governo avalia relicitar duas rodovias: BR 153, entre Anápolis-GO e Aliança do
Tocantins, arrematada pela Galvão) e BR 163/MT, concedida à Odebrecht.
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