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CLIPPING DO IBRAC 2011 Instituto Brasileiro de Estudos de Concorrência, Consumo e Comércio Internacional
N.º 26 4 a 10 de julho de 2011
EVENTOS 2011 ................................................................................................................................................................ 3
8.º SEMINÁRIO SOBRE RELAÇÕES DE CONSUMO .............................................................................................. 3 26/9/2011 Hotel Golden Tulip, São Paulo SP ............................................................................................................ 3
11.º SEMINÁRIO SOBRE COMÉRCIO INTERNACIONAL ..................................................................................... 3 7/10/2011 Tivoli São Paulo Mofarrej Hotel, São Paulo SP ....................................................................................... 3
4º SEMINÁRIO DE DIREITO ECONÔMICO DE BELO HORIZONTE .................................................................... 3 20/10/2011 Belo Horizonte/MG - UFMG .................................................................................................................. 3
17.º SEMINÁRIO INTERNACIONAL DE DEFESA DA CONCORRÊNCIA ............................................................ 3 25/11/2011 Casa Grande Hotel Resort & Spa , Guarujá SP....................................................................................... 3
DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO DE 04 DE JULHO DE 2011 ...................................................................................... 3
SECRETARIA DE DIREITO ECONÔMICO ............................................................................................................... 3 DESPACHO DA SECRETÁRIA .............................................................................................................................. 3
DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO DE 05 DE JULHO DE 2011 ...................................................................................... 3
NENHUMA MATÉRIA PUBLICADA NESTA DATA ............................................................................................... 3
DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO DE 06 DE JULHO DE 2011 ...................................................................................... 3
NENHUMA MATÉRIA PUBLICADA NESTA DATA ............................................................................................... 3
DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO DE 07 DE JULHO DE 2011 ...................................................................................... 3
CONSELHO ADMINISTRATIVO DE DEFESA ECONÔMICA ................................................................................ 3 ATA ORDINÁRIA DE DISTRIBUIÇÃO No- 643................................................................................................... 3 PAUTA DA 495ª SESSÃO ORDINÁRIA DE JULGAMENTO .............................................................................. 5
SECRETARIA DE DIREITO ECONÔMICO ............................................................................................................... 7 DESPACHOS DO SECRETÁRIO ............................................................................................................................ 7
DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO DE 08 DE JULHO DE 2011 ...................................................................................... 9
SECRETARIA DE DIREITO ECONÔMICO ............................................................................................................... 9 DESPACHOS DO SECRETÁRIO ............................................................................................................................ 9
FOLHA DE SÃO PAULO DE 04 DE JULHO 2011 .................................................................................................... 10
Casino pede para BNDES não financiar fusão Pão de Açúcar/Carrefour .................................................................... 10
O ESTADO DE SÃO PAULO DE 04 DE JULHO DE 2011 ....................................................................................... 11
BRF quer mais tempo para negociar com o Cade ........................................................................................................ 11 Dr. Oetker vai ao Cade contra a fusão Sadia/Perdigão ................................................................................................. 12 Carrefour dá sinal verde à fusão com Pão de Açúcar; saiba mais sobre o plano .......................................................... 12 Interessados em megafusão iniciam contatos com Cade .............................................................................................. 13 Processo de fusão impacta diretamente na cotação das ações das companhias ............................................................ 14
VALOR ECONÔMICO DE 04 DE JULHO DE 2011 ................................................................................................. 15
Varejo: São Paulo e região metropolitana seriam os casos mais difíceis de julgar pela sobreposição de lojas ............ 15 Conselho do Carrefour aprova fusão ............................................................................................................................ 15
FOLHA DE SÃO PAULO DE 05 DE JULHO DE 2011 ............................................................................................. 16
Oposição coleta assinaturas para instalar CPI do BNDES ........................................................................................... 16 Brasil Foods propõe agora vender cadeias completas .................................................................................................. 16
O ESTADO DE SÃO PAULO DE 05 DE JULHO DE 2011 ....................................................................................... 17
Por que o Cade acerta ................................................................................................................................................... 17 Senadores querem que presidente do BNDES explique a operação ............................................................................. 18
O ESTADO DE SÃO PAULO DE 06 DE JULHO DE 2011 ....................................................................................... 19
Procuradoria do Cade manda Shell vender a Jacta ....................................................................................................... 19 CNDL critica possível entrada do BNDES em fusão ................................................................................................... 19 Reunião entre Cade e BRF-Brasil Foods termina sem acordo ..................................................................................... 20
VALOR ECONÔMICO DE 06 DE JULHO DE 2011 ................................................................................................. 20
Procuradoria do Cade reafirma que Shell deve vender a Jacta ..................................................................................... 20
FOLHA DE SÃO PAULO DE 07 DE JULHO DE 2011 ............................................................................................. 21
Ministério da Justiça quer condenar Ecad por formar cartel ........................................................................................ 21
O ESTADO DE SÃO PAULO DE 07 DE JULHO DE 2011 ....................................................................................... 21
CLIPPING DO IBRAC N.º 26/2011 04 a 10 de julho de 2011
RR uu aa CC aa rr dd oo ss oo dd ee AA ll mm ee ii dd aa 77 88 88 cc jj 11 22 11 CC ee pp 00 55 00 11 33 -- 00 00 11 SS ãã oo PP aa uu ll oo -- SS PP TT ee ll FF aa xx 00 11 11 33 88 77 22 -- 22 66 00 99 // 33 66 77 33 -- 66 77 44 88
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Cade julgará caso BRF na próxima quarta, diz conselheiro ......................................................................................... 21
THE ECONOMIST JULY 7TH 2011 | SÃO PAULO | FROM THE PRINT EDITION .......................................... 21
Merger plans puts weak antitrust enforcement in the spotlight .................................................................................... 21
VALOR ECONÔMICO DE 07 DE JULHO DE 2011 ................................................................................................. 22
Linde investe R$ 200 milhões em novas unidades no Brasil ....................................................................................... 22
FOLHA DE SÃO PAULO DE 08 DE JULHO DE 2011 ............................................................................................. 23
Gol compra Webjet por R$ 96 milhões ........................................................................................................................ 23
O ESTADO DE SÃO PAULO DE 08 DE JULHO DE 2011 ....................................................................................... 24
'Economist' vê envolvimento 'nebuloso' de governo em fusões no Brasil .................................................................... 24
VALOR ECONÔMICO DE 08 DE JULHO DE 2011 ................................................................................................. 25
Cade quer garantir forte concorrência no setor............................................................................................................. 25 Cade estuda a proposta de intervenção na Sadia .......................................................................................................... 25
O ESTADO DE SÃO PAULO DE 09 DE JULHO DE 2011 ....................................................................................... 26
BRF pode vender 50% das fábricas do mercado interno .............................................................................................. 26 ''Fusão é destruidora de empregos'' ............................................................................................................................... 27 Ministério recomenda aprovação da Máquina de Vendas ............................................................................................ 28 Cade quer suspender marca Perdigão ........................................................................................................................... 29 Gol compra Webjet por R$ 310,7 milhões ................................................................................................................... 29
O ESTADO DE SÃO PAULO DE 10 DE JULHO DE 2011 ....................................................................................... 30
Varejo no atacado ......................................................................................................................................................... 30
ACOMPANHAMENTO LEGISLATIVO .................................................................................................................... 32
PROJETO DE LEI DA CÂMARA N.º 06/2009 (PL Nº 3937/2004) ........................................................................... 32 PROJETO DE LEI Nº 2731/2008 (PLS 75/2005) ........................................................................................................ 32 PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR Nº 265/2007 ................................................................................................ 32 PARECER Nº , DE 2010 Da COMISSÃO DE SERVIÇOS DE INFRAESTRUTURA ............................................. 34 TABELA COMPARATIVA - PLC Nº. 06/2009
* ........................................................................................................ 38
CLIPPING DO IBRAC N.º 26/2011 04 a 10 de julho de 2011
RR uu aa CC aa rr dd oo ss oo dd ee AA ll mm ee ii dd aa 77 88 88 cc jj 11 22 11 CC ee pp 00 55 00 11 33 -- 00 00 11 SS ãã oo PP aa uu ll oo -- SS PP TT ee ll FF aa xx 00 11 11 33 88 77 22 -- 22 66 00 99 // 33 66 77 33 -- 66 77 44 88
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EVENTOS 2011
8.º SEMINÁRIO SOBRE RELAÇÕES DE CONSUMO
26/9/2011 Hotel Golden Tulip, São Paulo SP
11.º SEMINÁRIO SOBRE COMÉRCIO INTERNACIONAL
7/10/2011 Tivoli São Paulo Mofarrej Hotel, São Paulo SP
4º SEMINÁRIO DE DIREITO ECONÔMICO DE BELO HORIZONTE
20/10/2011 Belo Horizonte/MG - UFMG
17.º SEMINÁRIO INTERNACIONAL DE DEFESA DA CONCORRÊNCIA
25/11/2011 Casa Grande Hotel Resort & Spa , Guarujá SP
DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO DE 04 DE JULHO DE 2011
SECRETARIA DE DIREITO ECONÔMICO
DESPACHO DA SECRETÁRIA
Em 1o- de julho de 2011
No- 494 - Ref: Ato de Concentração nº 08012.007955/2009-15. Requerentes: Marfrig Alimentos S/A e Cargill
Alimentos S/A. Advs.: Lauro Celidonio Neto e outros. Pelos princípios da economia processual e da
eficiência da Administração Pública, nos termos do § 1º do artigo 50 da Lei nº 9.784/99, e da Portaria
Conjunta SEAE/MF e SDE/MJ nº 33/2006, concordo com o teor do parecer da Secretaria de
Acompanhamento Econômico, do Ministério da Fazenda, cujos termos passam a integrar esta decisão, como
sua motivação. Opino, consequentemente, pela aprovação do ato sem restrições, devendo este processo ser
encaminhado ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica - CADE, em cumprimento ao disposto no §
6º do art. 54 da Lei nº 8.884/94.
ANA MARIA MELO NETTO
Substituta
DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO DE 05 DE JULHO DE 2011
NENHUMA MATÉRIA PUBLICADA NESTA DATA
DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO DE 06 DE JULHO DE 2011
NENHUMA MATÉRIA PUBLICADA NESTA DATA
DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO DE 07 DE JULHO DE 2011
CONSELHO ADMINISTRATIVO DE DEFESA ECONÔMICA
ATA ORDINÁRIA DE DISTRIBUIÇÃO No- 643
Dia: 06.07.2011
Hora: 10h
Presidente Substituto do Cade: Olavo Zago Chinaglia
Secretário do Plenário: Clovis Manzoni dos Santos Lores
A presente ata tem também por fim a divulgação a terceiros interessados dos atos de concentração
protocolados perante o Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência, nos termos do art. 54 da lei n. 8.884/94.
Foram distribuídos pelo sistema de sorteio os seguintes feitos:
Ato de Concentração nº 08012.006084/2011-29
Requerentes: MIH Latam Holdings B.V., Omnilogic Soluções Inteligentes S.A.
Advogado(s): Rodrigo Zingales Oller do Nascimento, Viviane Greche Gonçalves
Relator: Conselheiro Alessandro Octaviani Luis
Ato de Concentração nº 08012.006096/2011-53
Requerentes: Daimler AG, Robert Bosch GmbH
Advogado(s): Daniel Costa Rebello, José Alexandre Buaiz Neto
CLIPPING DO IBRAC N.º 26/2011 04 a 10 de julho de 2011
RR uu aa CC aa rr dd oo ss oo dd ee AA ll mm ee ii dd aa 77 88 88 cc jj 11 22 11 CC ee pp 00 55 00 11 33 -- 00 00 11 SS ãã oo PP aa uu ll oo -- SS PP TT ee ll FF aa xx 00 11 11 33 88 77 22 -- 22 66 00 99 // 33 66 77 33 -- 66 77 44 88
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Relator: Conselheiro Olavo Zago Chinaglia
Ato de Concentração nº 08012.006099/2011-97
Requerentes: Carlyle Europe Partners III, L.P, Gores Broadband SA
Advogado(s): Márcio Dias Soares, Renata Fonseca Zuccolo, Amadeu Carvalhaes Ribeiro
Relator: Conselheiro Elvino de Carvalho Mendonça
Ato de Concentração nº 08012.006107/2011-03
Requerentes: BF Par Utilidades Domésticas Ltda., BF Utilidades Domésticas Ltda., Magazine Luiza S.A.
Advogado(s): José Alexandre Buaiz Neto, Marcos Pajolla Garrido, Cristianne Saccab Zarzur
Relator: Conselheiro Carlos Emmanuel Joppert Ragazzo
Ato de Concentração nº 08012.006912/2011-29
Requerentes: Pfizer Inc., Synbiotics Corporation
Advogado(s): José Alberto Gonçalves da Motta, José Inácio Gonzaga Franceschini, Renata Semin Tormin
Relator: Conselheiro Marcos Paulo Verissimo
Ato de Concentração nº 08012.006954/2011-60
Requerentes: EMS Tecnologies, Inc., Honeywell International, Inc.
Advogado(s): Daniel Oliveira Andreoli, Cláudio Coelho de
Souza Timm, Luciana Féres Zogbi Porto, Luis Gustavo Rolim Lima Relator: Conselheiro Ricardo Machado
Ruiz
Ato de Concentração nº 08012.006968/2011-83
Requerentes: Leader Harvest Power Technologies Holdings Limited, Schneider Electric Industries S.A.
Advogado(s): Frederico Carrilho Donas, Ana Paula Martinez
Relator: Conselheiro Alessandro Octaviani Luis
Ato de Concentração nº 08012.006991/2011-78
Requerentes: Águasclaras Investimentos Ltda., Gávea Investimentos Ltda.
Advogado(s): Cristianne Saccab Zarzur, Lilian Barreira , Fernando J.B. Ehrensperger
Relator: Conselheiro Carlos Emmanuel Joppert Ragazzo
Ato de Concentração nº 08012.007000/2011-74
Requerentes: Cargill Agrícola S.A., Frigorífico Regional Indústrias Alimentícias Reconquista S.A. - FRIAR
Advogado(s): Onofre Carlos de Arruda Sampaio, Yara M. A.
Guerra Siscar, André Cutait de Arruda Sampaio, Andrea Astorga dos Prazeres
Relator: Conselheiro Marcos Paulo Verissimo
Ato de Concentração nº 08012.007003/2011-16
Requerentes: EBX Holding Ltda., IMG Brazil, LLC
Advogado(s): Pedro Paulo Salles Cristofaro, Maria Donati
Relator: Conselheiro Elvino de Carvalho Mendonça
Ato de Concentração nº 08012.007012/2011-07
Requerentes: ICAL - Indústria de Calcinação Ltda., Pedreiras Omacil Comércio e Indústria Ltda.
Advogado(s): Viviane Greche Gonçalves, Marcus Phelipe Barbosa de Souza, Rodrigo Zingales Oller do
Nascimento
Relator: Conselheiro Olavo Zago Chinaglia
Ato de Concentração nº 08012.007038/2011-47
Requerentes: Arrebeef S.A., Cargill Agrícola S.A., Frigorífico Ecocarnes S.A., Frigorífico Gorina S.A.I.C.
Advogado(s): Onofre Carlos de Arruda Sampaio, André Cutait
de Arruda Sampaio, Yara M. A. Guerra Siscar, Andrea Astorga dos Prazeres
Relator: Conselheiro Ricardo Machado Ruiz
Ato de Concentração nº 08012.007039/2011-91
Requerentes: Graham Packaging Company Inc., Reynolds Group Holding Limited
Advogado(s): Helena de Sá, Victor Borges Cherulli, Tito Amaral de Andrade
Relator: Conselheiro Ricardo Machado Ruiz
Averiguação Preliminar nº 08012.005608/2003-54
Representantes: CONFIDENCIAL
Relator: Conselheiro Olavo Zago Chinaglia
Processo Administrativo nº 08012.003745/2010-83
Representantes: Associação Brasileira de Televisão por Assinatura - ABTA
Representadas: Arranjadores e Regentes, Associação Brasileira de Música e Artes, Associação de Músicos,
Escritório Central de Arrecadação e Distribuição - ECAD, Sociedade Brasileira de Administração e Proteção
de Direitos Intelectuais, Sociedade Brasileira de Autores Compositores e Escritores de Música, Sociedade
Independente de Compositores e Autores Musicais, União Brasileira de Compositores
CLIPPING DO IBRAC N.º 26/2011 04 a 10 de julho de 2011
RR uu aa CC aa rr dd oo ss oo dd ee AA ll mm ee ii dd aa 77 88 88 cc jj 11 22 11 CC ee pp 00 55 00 11 33 -- 00 00 11 SS ãã oo PP aa uu ll oo -- SS PP TT ee ll FF aa xx 00 11 11 33 88 77 22 -- 22 66 00 99 // 33 66 77 33 -- 66 77 44 88
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Advogado(s): Leonor Cordovil, Mauro Grinberg, Camila PaolettiKleber da Silva, Giselle Nunes Severo
Relator: Conselheiro Elvino de Carvalho Mendonça
OLAVO ZAGO CHINAGLIA
Presidente do Conselho
Substituto
CLOVIS MANZONI DOS SANTOS LORES
Secretário do Plenário
PAUTA DA 495ª SESSÃO ORDINÁRIA DE JULGAMENTO
Dia: 13.07.2011
Início: 10h
Ato de Concentração nº 08012.007728/2009-81
Requerente: Hypermarcas S.A e SS Comércio de Cosméticos e Produtos de Higiene Pessoal Ltda.
Advogados: José Del Chiaro Ferreira da Rosa, Vivian Anne Fraga do Nascimento e Tatiana Lins Cruz.
Relator: Conselheiro Olavo Zago Chinaglia
Ato de Concentração nº. 08012.002395/2010-38
Requerentes: Halliburton Energy Services, Inc. e Wellbore Energy Solutions, Inc.
Advogados: Fábio Amaral Figueira, Marina Villela Corrêa, Kárim Ozon Monfort Couri Raad, Pedro Andrés
Garcia Valenzuela e outros
Relator: Conselheiro Olavo Zago Chinaglia
Ato de Concentração nº. 08012.004839/2010-70
Requerentes: Ferro Conporation e Heraeus Holding GmbH.
Advogados: Syllas Tozzini, José Augusto Caleiro Regazzini, Marcelo Procópio Calliari, Marta Mitico Valente
e outros
Relator: Conselheiro Olavo Zago Chinaglia
Ato de Concentração nº. 08012.005884/2010-41
Requerentes: SAP AG e Sybase Inc.
Advogados: Celso Cintra Mori, Rodrigo de Magalhães Carneiro de Oliveira, Flávio Lemos Belliboni e outros
Relator: Conselheiro Olavo Zago Chinaglia
Ato de Concentração nº. 08012.009090/2010-57
Requerentes: AIF VII Euro Holdings, L.P. e Alcan Holding Switzerland AG
Advogados: José Augusto Caleiro Regazzini, Marcelo Procópio Calliari, Marta Mitico Valente, Daniel
Oliveira Andreoli e outros
Relator: Conselheiro Olavo Zago Chinaglia
Ato de Concentração nº 08012.002352/2011-33
Requerente: On/Off Manufatura e Comércio de Válvulas Ltda. e Vescon Equipamentos Industriais Ltda.
Advogados: Bruno Dario Werneck e Gustavo Flausino Coelho Relator: Conselheiro Olavo Zago Chinaglia
Ato de Concentração nº. 08012.004858/2011-87
Requerentes: Yukon Acquisition Inc. e Husky International Ltd.
Advogados: Amadeu Carvalhes Ribeiro, Renata Fonseca Zuccolo e outros
Relator: Conselheiro Olavo Zago Chinaglia
Ato de Concentração nº 08012.005862/2011-62
Requerentes: ABB Ltd e EAM Software Holdings Pty Ltd.
Advogados: Marcelo Procópio Calliari, Marta Mitico Valente, Daniel Oliveira Andreoli, Denis Alves
Guimarães e outros
Relator: Conselheiro Olavo Zago Chinaglia
Ato de Concentração nº. 08012.006123/2011-98
Requerentes: Klöckner & Co SE e Blue Ocean Empreendimentos e Participações Ltda.
Advogados: João Geraldo Piquet Carneiro, Fábio Amaral
Figueira, Mariana Villela Corrêa, Leonardo Maniglia Duarte e outros
Relator: Conselheiro Olavo Zago Chinaglia
Ato de Concentração nº 08012.000078/2011-68
Requerentes: Standard Logística e Distribuição S.A., ALL - América Latina Logística S.A. e Brado Logística
e Participações S.A.
Advogados: Eduardo Molan Gaban, Luciano Inácio de Souza e outros
Relator: Conselheiro Carlos Emmanuel Joppert Ragazzo
Ato de Concentração nº 08012.004630/2011-97
CLIPPING DO IBRAC N.º 26/2011 04 a 10 de julho de 2011
RR uu aa CC aa rr dd oo ss oo dd ee AA ll mm ee ii dd aa 77 88 88 cc jj 11 22 11 CC ee pp 00 55 00 11 33 -- 00 00 11 SS ãã oo PP aa uu ll oo -- SS PP TT ee ll FF aa xx 00 11 11 33 88 77 22 -- 22 66 00 99 // 33 66 77 33 -- 66 77 44 88
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Requerentes: Capime do Brasil Indústria, Comércio e Serviços em Petróleo e Energia Ltda. e C. L. Engenharia
Ltda..
Advogados: Francisco Ribeiro Todorov, Milena Fernandes Mundim e outros
Relator: Conselheiro Carlos Emmanuel Joppert Ragazzo
Ato de Concentração nº 08012.005967/2011-11
Requerentes: Usina Santa Adélia S.A. e Pioneiros Bioenergia S.A.
Advogados: Lilian Barreira, Leda Batista da Silva, Cristianne Saccab Zarzur e outros
Relator: Conselheiro Ricardo Machado Ruiz
Ato de Concentração n° 08012.013055/2010-32
Requerentes: Titan Tire Corporation e The Goodyear Tire & Rubber Company.
Advogados: Cristianne Saccab Zarzur, Lilian Barreira, Bruno De Luca Drago e outros
Relator: Conselheiro Alessandro Octaviani Luis
Ato de Concentração n° 08012.000618/2011-11
Requerentes: Robert Bosch GmbH e Beissbarth GmbH.
Advogados: José Alexandre Buaiz Neto, Marco Aurélio Martins Barbosa, Leonardo Leres da
Rocha e Silva
Relator: Conselheiro Alessandro Octaviani Luis
Ato de Concentração n° 08012.003851/2011-48
Requerentes: Scansource do Brasil Participações Ltda. E CDC Brasil S.A.
Advogados: Bruno de Luca Drago, Fabianna Vieira Barbosa Morselli, Mário Roberto
Villanova Nogueira
Relator: Conselheiro Alessandro Octaviani Luis
Ato de Concentração n° 08012.005891/2011-24
Requerentes: Projetos Ecoflorestais Participações S.A., Myrtales Fundo de Investimento em Participações,
Gesheft Fundo de
Investimento em Participações e Eco Brasil Florestas S.A.
Advogados: Fabíola Cammarota de Abreu, Joyce Midori Honda, Ricardo Lara Gaillard e outros
Relator: Conselheiro Alessandro Octaviani Luis
Ato de Concentração n° 08012.006122/2011-43
Requerente: Petróleo Brasileiro S.A.
Interessadas: Suape Energética II S.A. e Nova Cibe Energia S.A.
Advogados: André de Almeida Barreto Tostes, Nathalia Ianni Ribeiro, Helaine Maia da Silva Seixas e outros.
Relator: Conselheiro Alessandro Octaviani Luis
Ato de Concentração n° 08012.006399/2011-76
Requerentes: Farmoquímica S.A. e Bristol-Myers Squibb Company.
Advogados: Carolina Maria Matos Vieira, Tito Amaral de Andrade e Maria Eugênia Novis
Relator: Conselheiro Alessandro Octaviani Luis
Ato de Concentração nº 08012.007197/2010-61
Requerentes: Corn Products Brasil - Ingredientes Industriais Ltda. e National Starch & Chemical Industrial
Ltda.
Advogados: Rodrigo de Magalhães Carneiro de Oliveira, Fabricio Antonio Cardim de Almeida e outros
Relator: Conselheiro Elvino de Carvalho Mendonça
Ato de Concentração 08012.011521/2010-45
Requerentes: Companhia Brasileira de Alumínio e Metalatex Ltda.
Advogados: Gianni Nunes de Araújo, Andrea Fabrino Hoffman Formiga, Aylla Mara de Assis e outros
Relator: Conselheiro Elvino de Carvalho Mendonça
Ato de Concentração 08012.004407/2011-40
Requerentes: Laboratório Pfizer Ltda. e F.B.M Indústria Farmacêutica Ltda.
Advogados: José Ignácio Gonzaga Franceschini, Custodio da Piedade U. Miranda e outros
Relator: Conselheiro Elvino de Carvalho Mendonça
Ato de Concentração nº 08012.006204/2011-98
Requerentes: OAS Empreendimentos S.A. e GID Brazil Participações Ltda.
Advogados: Pedro Dutra, Patrícia de Campos Dutra, e outros
Relator: Conselheiro Elvino de Carvalho Mendonça
Ato de Concentração nº 08012.007481/2009-01
Requerentes Baker Hughes Incorporated e BJ Services Company Advogados: Mário Roberto Villanova
Nogueira, Bruno De Luca Drago, Marianna Picanço e outros
Relator: Conselheiro Marcos Paulo Verissimo
CLIPPING DO IBRAC N.º 26/2011 04 a 10 de julho de 2011
RR uu aa CC aa rr dd oo ss oo dd ee AA ll mm ee ii dd aa 77 88 88 cc jj 11 22 11 CC ee pp 00 55 00 11 33 -- 00 00 11 SS ãã oo PP aa uu ll oo -- SS PP TT ee ll FF aa xx 00 11 11 33 88 77 22 -- 22 66 00 99 // 33 66 77 33 -- 66 77 44 88
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Ato de Concentração nº 08012.010747/2010-29
Requerentes: BR Malls Participações S.A. e Crystal Administradora de Shopping Centers Ltda.
Advogados: Sérgio Varella Bruna, Natalia S. Pinheiro da Silveira
Relator: Conselheiro Marcos Paulo Verissimo
Ato de Concentração nº 08012.004995/2011-11
Requerentes: Bosch Rexroth AG e Dana Holding Corporation Advogados: José Alexandre Buaiz Neto,
Marcos Drummond Malvar e outros
Relator: Conselheiro Marcos Paulo Verissimo
Ato de Concentração nº 08012.005762/2011-36
Requerentes: Geo Eventos S.A. e Outplan Sistemas S.A.
Advogados: Luciano Inácio de Souza, Thiago Francisco da Silva Brito, Murilo Machado Sampaio Ferraz
Relator: Conselheiro Marcos Paulo Verissimo
Ato de Concentração nº 08012.005792/2011-42
Requerentes: Mosaico Negócios de Internet S.A. Polis Investiments Holding, Inc., Valônia Serviços de
Intermediação e Participações S.A.
Advogados: Luciano Inácio de Souza, Thiago Francisco da Silva Brito, Murilo Machado Sampaio Ferraz
Relator: Conselheiro Marcos Paulo Verissimo
Averiguação Preliminar nº 08012.012116/1999-50
Representante: Ministério Público do Estado de Santa Catarina e Fabrycio da Silva Raupp
Representada: Postos Revendedores de Combustíveis de Florianópolis/SC
Relator: Conselheiro Olavo Zago Chinaglia
Averiguação Preliminar nº 08012.004308/2005-10
Representante: Ministério Público do Rio de Janeiro
Representada: Informix do Brasil Comércio e Serviços Ltda.
Advogados: Eduardo Caminati Anders e outros
Relator: Conselheiro Olavo Zago Chinaglia
Averiguação Preliminar nº 08700.000558/2008-75
Representante: Rio Urbe - Empresa Municipal de Urbanização
Representada: Ortosíntese Indústria e Comercio Ltda.
Advogados: Ana Lúcia M. P. Cardoso de Mello e Maria Cristina Berto Kuester
Relator: Conselheiro Olavo Zago Chinaglia
Averiguação Preliminar nº 08012.002417/2008-45
Representante: Redisbel - Redenção Distribuidora de Bebidas Ltda
Representados: Companhia de Bebidas da América- AMBEV
Advogado(s): Carlos Francisco de Magalhães e outros
Relator: Conselheiro Carlos Emmanuel Joppert Ragazzo
Processo Administrativo nº 08012.005928/2003-12
Representante: DPDE/SDE "ex officio"
Representada: Merck S.A.
Advogados: Mauro Grinberg, Carlos Amadeu B. P. de Barros
Relator: Conselheiro Marcos Paulo Verissimo
OLAVO ZAGO CHINAGLIA
Presidente Substituto do Conselho
Substituto
CLOVIS MANZONI DOS SANTOS LORES
Secretário do Plenário
SECRETARIA DE DIREITO ECONÔMICO
DESPACHOS DO SECRETÁRIO
Em 6 de julho de 2011
O SECRETÁRIO DE DIREITO ECONÔMICO, no uso das competências que lhe foram atribuídas pela Lei nº
8.884, de 11 de Junho de 1994, e com base no disposto na Lei nº 9.784, de 29 de janeiro de 1999, opina pela:
Nº 495 - Aprovação do Ato de Concentração nº 08012.005877/2011- 21 em que são Requerentes: Thomson
Reuters Serviços Econômicos Ltda. e TSL - Tecnologia em Sistemas de Legislação S/A Mastersaf. Advs.:
Cristianne Saccab Zarzur e outros.
Nº 496 - Aprovação do Ato de Concentração nº 08012.004533/2011- 02 em que são Requerentes: Silgan
Holdings Inc e Graham Packaging Company Inc. Advs.: Cristiane Saccab Zarzur e outros.
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Nº 497 - Aprovação do Ato de Concentração nº 08012.006711/2011- 21 em que são Requerentes: WPP
Comunicação Digital do Brasil Ltda e FBZ Participações S.A. Advs.: Tiago Machado Cortez e Eloy Rizzo
Neto.
Nº 498 - Aprovação do Ato de Concentração nº 08012.006490/2011- 91 em que são Requerentes: Cielo S/A e
Braspag Tecnologia em Pagamento Ltda. Advs.: Caio Mario da Silva Pereira Neto e outros.
Nº 499 - Aprovação do Ato de Concentração nº 08012.006545/2011- 63 em que são Requerentes:
Sodrugestvo do Brasil Representação, Importação e Exportação Ltda e Sogo Southocean S.A Grãos e Óleos
Comércio, Exportação e Importação. Advs.: Tito Amaral de Andrade e outros.
Nº 500 - Aprovação do Ato de Concentração nº 08012.006427/2011- 55 em que são Requerentes: Südzucker
AG Mannheim/Ochsenfurt e ED&F Man Holdings Ltd. Advs.: José Augusto Regazzini e outros.
No- 501 - Ref.: Procedimento Administrativo no 08012.011250/ 2008- 11. Representante: Ministério Público
do Estado do Paraná. Representados Distribuidoras e revendedores de combustíveis no município de
Curitiba/PR.
Acolho a Nota Técnica de fls., aprovada pelo Diretor do Departamento de Proteção e Defesa Econômica, Dr.
Diogo Thomson Andrade, e, com fulcro no §1º do art. 50, da Lei n.º 9.784/1999, integro as suas razões à
presente decisão, inclusive como sua motivação.
Tendo em vista que a denúncia em análise é alcançável pelos dispositivos da Lei n.º 8.884/94, e com vistas a
garantir o seu exame pelo CADE em sede de recurso de ofício, determino a promoção de Averiguação
Preliminar, nos termos do artigo 30 da Lei n.º 8.884/94. No entanto, considerando os fundamentos expostos na
Nota Técnica exarada pelo Departamento de Proteção e Defesa Econômica, entendo que não foram
observados indícios de infração à ordem econômica suficientes para a instauração de Processo Administrativo.
Por esse motivo, determino o arquivamento da presente Averiguação Preliminar recorrendo de ofício ao
CADE nos termos do art. 31 da Lei n.º 8.884/94 e do art. 44 da Portaria MJ n.º 456/2010.
No- 502 - Ref: Ato de Concentração nº 08012.012830/2010-32. Requerentes: Qualicorp Administradora de
Benefícios Ltda., Divicom Administradora de Benefícios Ltda. e Divicom Gestão de Benefícios Ltda.. Advs.:
Lauro Celidonio Neto e outros. Considerando o pedido de fls. apresentado pelas Requerentes, opino, pois,
pelo arquivamento do presente Ato de Concentração sem julgamento de mérito, por perda de objeto, e
determino o encaminhamento dos autos ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica - CADE, para
providências cabíveis.
No- 503 - Ref.: Procedimento Administrativo nº 08012.011042/2005- 61. Representante: Ministério Público
do estado da Bahia. Representados: Shell Brasil Ltda., Sérgio Victor Olbrich e Eduardo Silva Moisés. Advs.:
José Inácio Gonzaga Franceschini, Cristhiane Helena Lopes Ferrero e outros.
Acolho a Nota Técnica de fls., aprovada pelo Coordenador- Geral de Controle de Mercado, Dr. Ravvi
Augusto de Abreu Coutinho Madruga, e, com fulcro no §1º do art. 50, da Lei n.º 9.784/1999, integro as suas
razões à presente decisão, inclusive como sua motivação. Decido, pois, pela rejeição das preliminares argüidas
pelos Representados e pela intimação dos mesmos para que, no prazo de 15 (quinze) dias, a serem contados
em dobro, especifiquem as provas que pretendem produzir, justificando sua necessidade, e apresentando, na
oportunidade, o rol das testemunhas, caso esse meio probatório seja do interesse dos Representados,
precisando o nome, a profissão, a residência e o local do trabalho das testemunhas nos termos do art. 407 do
CPC e do art. 48 da Portaria MJ n.º 456/2010. Ao Departamento de Proteção e Defesa Econômica.
No- 504 - Ref.: Processo Administrativo no 08012.012081/2007-48. Representante: Conselho Administrativo
de Defesa Econômica (CADE). Representadas: Administradora PMV S.A, Multiplan Empreendimentos
Imobiliários S.A., Saphyr Administradora de Centros Comerciais S.A., Participações Morro Vermelho S/A,
Plaza Shopping Administradora Ltda., Condomínio Morumbi Shopping, Condomínio Pró-Indiviso Shopping
Villa Lobos, Condomínio Shopping Jardim Sul e Condomínio Comercial do Shopping Pátio Higienópolis.
Advs.: Gustavo Pinheiro Guimarães Padilha, José Inácio Gonzaga Franceschini, Túlio do Egito Coelho,
Mabel Lima Tourinho, Arileide Fonseca Neves Moura, Marcelo Maciel T. Filho, Alessandro Marius O.
Martins, Daniela Grassi Quartucci, José Del Chiaro Ferreira da Rosa e outros.
Decido pelo arquivamento do presente Processo Administrativo em relação aos Representados
Administradora PMV S/A, Participações Morro Vermelho S/A e Condomínio Shopping Jardim Sul em razão
do cumprimento de suas obrigações estabelecidas no Termo de Compromisso de Cessação celebrado com o
Conselho Administrativo de Defesa Econômica. Recorro de ofício ao CADE, nos termos do art. 39 da Lei nº
8.884, de 11 de junho de 1994, e do art. 49 da Portaria MJ nº 456/2010.
No- 505 - Ref.: Procedimento Administrativo no 08012.003185/2007- 61. Representante: Ministério Público
do Estado de Mato Grosso. Representados: Postos de revenda de combustíveis da Grande Cuiabá e Sindicato
do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo de Mato Grosso - SINDIPETROLEO.
Acolho a Nota Técnica de fls., aprovada pelo aprovada pelo Diretora Substituta do Departamento de Proteção
e Defesa Econômica, Dra. Ana Maria Melo Netto, e, com fulcro no §1º do art. 50, da Lei n.º 9.784/1999,
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integro as suas razões à presente decisão, inclusive como sua motivação. Tendo em vista que a denúncia em
análise é alcançável pelos dispositivos da Lei n.º 8.884/94, e com vistas a garantir o seu exame pelo CADE em
sede de recurso de ofício, determino a promoção de Averiguação Preliminar, nos termos do artigo 30 da Lei
n.º 8.884/94. No entanto, considerando os fundamentos expostos na Nota Técnica exarada pelo Departamento
de Proteção e Defesa Econômica, entendo que não foram observados indícios de infração à ordem econômica
suficientes para a instauração de Processo Administrativo. Por esse motivo, determino o arquivamento da
presente Averiguação Preliminar recorrendo de ofício ao CADE nos termos do art. 31 da Lei n.º 8.884/94 e do
art. 44 da Portaria MJ n.º 456/2010.
VINICIUS MARQUES DE CARVALHO
DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO DE 08 DE JULHO DE 2011
SECRETARIA DE DIREITO ECONÔMICO
DESPACHOS DO SECRETÁRIO
Em 7 de julho de 2011
Nº 508 - Ref.: Processo Administrativo no 08012.006969/2000-75. Representante: Comitê de Integração de
Entidades Fechadas de Assistência à Saúde - CIEFAS (atualmente designado União Nacional das Instituições
de Autogestão em Saúde - UNIDAS). Representados: Hospital Santa Lúcia S/A, Hospital Santa Luzia S/A,
Hospital Anchieta, Hospital Daher Lago Sul, Hospital Santa Marta Ltda, Hospital Geral e Ortopédico,
Hospital Santa Helena, Hospital São Francisco, Hospital São Lucas, Hospital Prontonorte Ltda, Hospital
Brasília - LAF, Promédica Clínica Ltda, Sindicato Brasiliense de Hospitais - SBH, Associação de Médicos de
Hospitais Privados do Distrito Federal - AMHPDF, Associação Médica de Assistência Integrada - AMAI,
União Nacional das Instituições de Autogestão em Saúde - UNIDAS, e Centro Médico Hospitalar Renascer.
Advogados: Flávio Dickson M. Ramos, Osmar Aarão Gonçalves de Lima Filho, Daniel Santos Guimarães e
outros.
Acolho a Nota Técnica de fls., aprovada pela Diretora Substituta do DPDE, Dra. Ana Maria Melo Netto, e,
com fulcro no §1º do art. 50, da Lei nº 9.784/99, integro as suas razões à presente decisão, inclusive como sua
motivação. Decido, pois, pelo indeferimento das preliminares suscitadas pelos Representados. Com relação ao
pedido de oitiva de testemunhas realizado pela Representada Associação Médica de Assistência Integrada -
AMAI, indefiro a oitiva do Sr. Roberto Walter Santos Valente na qualidade de testemunha, com supedâneo no
art. 405, § 2º, inciso III, do Código de Processo Civil, acatando que seja ouvido na qualidade de informante.
Defiro a oitiva das demais testemunhas indicadas pela AMAI, determinando a realização da diligência na data,
horários e local consignados na Nota Técnica de fls. Caso seja de interesse, poderá a Representada requerer
alternativamente que as informações a serem acrescidas pelas referidas pessoas sejam prestadas por meio de
ofício. Nesse caso, fica a AMAI intimada para que, no prazo de 10 (dez) dias, apresente (i) questionamentos
escritos a serem endereçados às pessoas arroladas, ou (ii) declarações das citadas pessoas com as informações
fáticas que conhecem a respeito do mérito do Processo Administrativo em epígrafe. Intimem-se as
testemunhas para a realização de oitivas na data, horários e local consignados na Nota Técnica de fls. Fica a
Representada intimada da realização das oitivas, conforme cronograma apresentado na Nota Técnica de fls.
Nº 510 - Ref.: Averiguação Preliminar n.º 08012.008583/2003-41. Representante: Secretaria de Estado da
Segurança Pública - Comarca de Guaxupé-MG. Representados: Postos Revendedores de Combustíveis do
Município de Guaxupé/MG. Acolho a Nota Técnica de fls., aprovada pelo Diretor do Departamento de
Proteção e Defesa Econômica, Dr. Diogo Thomson de Andrade e, com fulcro no §1º do art. 50, da Lei n.
9.784/99, integro as suas razões à presente decisão, inclusive como sua motivação. Revogo o tratamento
sigiloso decretado para os presentes autos por meio do despacho de fls. 408 e, tendo em vista que não constam
nos autos indícios suficientes a comprovar a prática de infração contra a ordem econômica tipificada no art.
20, incisos I, III e IV c/c art. 21, incisos I, II, e VIII, ambos da Lei n.º 8.884/94, determino seu arquivamento,
recorrendo-se de ofício ao CADE, nos termos do artigo 31 da Lei 8.884/94 e do artigo 44 da Portaria MJ nº
456/2010. VINÍCIUS MARQUES DE CARVALHO
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FOLHA DE SÃO PAULO DE 04 DE JULHO 2011
CASINO PEDE PARA BNDES NÃO FINANCIAR FUSÃO PÃO DE AÇÚCAR/CARREFOUR
LEILA COIMBRA DO RIO
O presidente do grupo francês Casino, Jean Charles Naouri, se reuniu na noite desta segunda-feira com
Luciano Coutinho, presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), para
reforçar sua posição contrária à fusão entre o Pão de Açúcar e o Carrefour. A reunião foi reservada e os
executivos não deram entrevista à imprensa após o encontro.
Naouri quer que o BNDES desista de financiar a operação. O BNDES, que a princípio estava apoiando as
negociações, afirmou que só vai financiar a fusão entre o Pão de Açúcar e o Carrefour se houver acordos
amigáveis
A Folha apurou que Naouri reclamou que ainda não recebeu a proposta oficial de fusão entre os dois grupos,
mais de uma semana após o anúncio oficial da operação.
Abilio Diniz disse, por meio de sua assessoria de imprensa, que enviou a proposta no dia 28 de junho.
Para que a documentação seja apresentada, é necessário que seja convocada uma reunião da Wilkes, a holding
que controla a varejista brasileira e cujo capital é dividido entre o Casino e a família Diniz. O Casino possui
43,1% das ações do Wilkes.
O grupo francês tem adquirido ações preferenciais do Pão de Açúcar no mercado brasileiro a preços
relativamente altos para elevar sua participação na holding controladora da rede varejista brasileira.
Nesta segunda-feira, o Casino anunciou a abertura de um segundo procedimento em tribunal internacional
contra Abílio Diniz.
CARREFOUR Mais cedo, o conselho de administração do Carrefour apoiou o plano de fusão, estratégia que pode elevar a
proporção das vendas vinda de mercados em crescimento para mais de 40% em 2013, informou a companhia.
"Esta transação, se completada, vai levar à criação de uma grande empresa de varejo no Brasil, o terceiro
maior mercado do mundo em termos de gasto com alimentos", informou o Carrefour.
O Casino, por sua vez, afirmou em comunicado que o apoio do Carrefour à fusão pode implicar em
responsabilização da rede "e dos membros do seu conselho por aceitarem, apesar de repetidos alertas, uma
transação hostil, resultado de negociações ilegais".
Em série de entrevistas concedidas no Brasil na semana passada, Diniz afirma que não violou o acordo de
acionistas que mantém com o Casino por meio da holding Wilkes e que chegou a informar o presidente do
Casino sobre a ideia de fusão com o Carrefour.
GOVERNO O ministro Fernando Pimentel (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior) afirmou hoje que o governo
não irá mais se manifestar sobre as negociações envolvendo o Carrefour e o Pão de Açúcar para não atrapalhar
as negociações entre as empresas.
Pimentel também afirmou que o BNDES tem autonomia para decidir se participa ou não dessa operação de
fusão entre as empresas supermercadistas.
"O que tínhamos a dizer sobre isso, já dissemos. Agora, qualquer declaração pode atrapalhar o andamento das
negociações que estão em curso neste momento entre grupos privados. O governo não deve se manifestar.
Vamos aguardar a solução natural das coisas", limitou-se a dizer o ministro após o velório do presidente
Itamar Franco no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte.
Editoria de Arte/Folhapress
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OPOSIÇÃO A oposição quer aprovar audiência pública no Senado para discutir o uso de verbas do BNDES para financiar
a aquisição da operação brasileira do Carrefour pelo Pão de Açúcar.
De acordo com o líder tucano no Senado, Alvaro Dias (PSDB-PR), o PSDB irá solicitar a audiência à CAE
(Comissão de Assuntos Econômicos) da casa.
O senador, de acordo com a Agência Senado, disse que, se o requerimento for aprovado, serão convidados o
presidente do BNDES, Luciano Coutinho; o presidente do conselho de administração do Grupo Pão de
Açúcar, Abílio Diniz; e um representante do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica); entre
outros.
Dias afirmou que o eventual financiamento do BNDES a essa operação "é um escândalo e representa um caso
de Robin Hood às avessas, já que retira recursos dos pobres para dar aos ricos".
Coutinho já avisou Diniz que o governo Dilma Rousseff não vai sustentar a operação se houver conflito entre
os sócios.
O ESTADO DE SÃO PAULO DE 04 DE JULHO DE 2011
BRF QUER MAIS TEMPO PARA NEGOCIAR COM O CADE
CÉLIA FROUFE - Agencia Estado
BRASÍLIA - O presidente da BRF Brasil Foods, José Antônio Fay, afirmou hoje que a empresa gostaria de ter
um tempo maior para negociar com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) uma proposta
que leve à aprovação da fusão entre Sadia e Perdigão. "O tempo não deveria ser limitante", disse. Ao que tudo
indica o julgamento desse processo será realizado na próxima sessão da autarquia, marcada para o dia 13.
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O órgão antitruste tem, no entanto, 60 dias para pôr um ponto final na questão e teria como levar a avaliação
para o dia 27 de julho. Ocorre, no entanto, que essa data está muito próxima do fim do prazo, o que torna a
situação pouco confortável para o Cade.
Fay reconhece que a decisão sobre a data caberá exclusivamente ao Conselho e afirma que não solicitará
formalmente um novo adiamento. Segundo ele, os conselheiros continuam reunidos hoje para tratar
justamente dessa questão. O presidente da BRF confirmou que a empresa não chegou a enviar nenhuma
proposta concreta aos integrantes do Conselho hoje. "Cada reunião é um ponto de avanço, ajuda a construir o
processo", afirmou ao sair da sede do Cade, em Brasília.
DR. OETKER VAI AO CADE CONTRA A FUSÃO SADIA/PERDIGÃO
CÉLIA FROUFE - Agencia Estado
BRASÍLIA - Ao mesmo tempo que a BRF Brasil Foods tenta convencer o Conselho Administrativo de Defesa
Econômica (Cade) da importância da fusão entre Sadia e Perdigão, as empresas concorrentes do setor se
esforçam em mostrar justamente o contrário, ou seja, que o negócio pode ser prejudicial à concorrência. Os
advogados do Sampaio Ferraz Advogados, defensores da Dr. Oetker, agendaram para a próxima quinta-feira
uma reunião com o conselheiro Alessandro Octaviani.
Na semana passada, os advogados da Dr. Oetker também estiveram reunidos com os conselheiros Ricardo
Ruiz e Marcos Veríssimo. Ruiz está com o processo depois que pediu vista dos autos no início do mês
passado. Até o momento, apenas o relator Carlos Ragazzo se pronunciou sobre o caso, votando contra a
operação. A Dr. Oetker também deve marcar audiência com Olavo Chinaglia, o conselheiro que preside a
sessão de julgamento do negócio entre Sadia e Perdigão.
Antes da leitura do voto de Ragazzo, no dia 8 de junho, o advogado da Dr. Oetker, Thiago Brito, apresentou
suas alegações contra a operação. Ele solicitou ao Cade que vetasse a união. "A Dr. Oetker entende que a
reprovação da operação é a saída tendo em vista os moldes em que se encontra a operação. A não ser que se
crie um terceiro player para rivalizar, o que é impossível no nosso entender", avaliou o advogado na ocasião.
Brito reforçou que a fusão traz "altíssimas concentrações" de mercado porque as marcas Sadia e Perdigão são
a primeira e segunda opção do consumidor. Além disso, conforme o advogado, as empresas blindam a
possibilidade da chegada de novos entrantes no mercado com as marcas de combate. "Prevalece a lei dos mais
fortes", pontuou.
CARREFOUR DÁ SINAL VERDE À FUSÃO COM PÃO DE AÇÚCAR; SAIBA MAIS SOBRE O PLANO
Operação formaria uma companhia responsável por um terço do comércio varejista no Brasil.
Da BBC Brasil em Brasília - O conselho administrativo do grupo francês Carrefour informou nesta segunda-
feira, por meio de comunicado, que é favorável ao plano de fusão com a rede brasileira de supermercados Pão
de Açúcar.
A operação formaria uma companhia responsável por um terço do comércio varejista no Brasil e garantiria à
empresa brasileira participação em uma das maiores redes de supermercados do mundo.
No entanto, o negócio enfrenta uma série de obstáculos, entre os quais a oposição do grupo francês Casino,
que detém parte do Pão de Açúcar e é um dos maiores concorrentes do Carrefour na França.
Após o Carrefour comunicar que é favorável à fusão, o Casino afirmou que o concorrente pode ser processado
por aprovar uma "transação hostil, advinda de negociações ilegais".
A negociação também tem recebido críticas por prever uso de recursos do Banco Nacional do
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Saiba mais sobre o negócio envolvendo Carrefour e Pão de Açúcar:
Como funcionaria a fusão entre Pão de Açúcar e Carrefour?
Em 28 de junho, a rede varejista francesa Carrefour comunicou ter recebido uma proposta de fusão de suas
operações no Brasil com o Grupo Pão de Açúcar.
A operação, articulada pelo empresário e proprietário de 21% do Pão de Açúcar, Abilio Diniz, seria
viabilizada por meio de uma injeção de R$ 3,9 bilhões do BNDES, que passaria a ter participação na nova
empresa.
Pela fusão, o Pão de Açúcar - que já controla as redes de supermercado Extra, CompreBem, Sendas, Ponto
Frio e Casas Bahia - passaria a dividir o controle das operações do Carrefour no Brasil. A nova empresa seria
responsável por 32,4% do comércio varejista no país.
Além disso, o Grupo Pão de Açúcar passaria a ter 11,7% do Carrefour mundial.
Quais são os argumentos do Casino contra a operação?
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O grupo francês Casino, que detém 43,1% do Pão de Açúcar e concorre com o Carrefour na França, diz que
não foi consultado sobre a fusão, e que as partes envolvidas no negócio "ignoram deliberadamente tanto a lei e
os contratos quanto os princípios fundamentais da ética comercial".
O Casino, que investiu no Pão de Açúcar em 1999, quando o grupo brasileiro enfrentava dificuldades
financeiras, diz que negociou em 2005 com Diniz para ter o direito de controlar a empresa a partir de 2012.
Caso a fusão com o Carrefour ocorra, o Casino perderá este direito.
Rumores sobre a articulação para a fusão já circulavam há alguns meses e fizeram o Casino levar o caso a uma
câmara internacional de arbitragem de conflitos societários.
A rede diz esperar que as autoridades brasileiras não deem aval à transação, que, segundo ela, viola "direitos
legitimamente constituídos de acordo com as leis do país".
Como Abilio Diniz justifica a operação?
Ao negociar com o Carrefour, Diniz diz ter agido de forma "absolutamente legítima, de acordo com a
legislação brasileira, os acordos de acionistas e os princípios de ética comercial".
Ele afirma que a fusão visa tornar a companhia maior, mais eficiente e lucrativa, e que espera que todos os
acionistas do grupo, inclusive o Casino, apreciem a proposta "com respeito e seriedade".
Quais são as demais objeções à operação?
Críticos dizem que a fusão tornaria o mercado varejista brasileiro ainda mais concentrado, diminuindo a
concorrência e prejudicando os consumidores.
Atualmente, as cinco maiores redes de supermercados do país faturam o equivalente a 46% das receitas das
empresas que atuam no segmento.
Em grandes centros urbanos, no entanto, a concentração é ainda maior: no Estado de São Paulo, Pão de
Açúcar e Carrefour são responsáveis por 47% do faturamento no setor.
Críticos também questionam o uso de grande quantia de verbas públicas - via BNDES - em uma operação que
envolve grandes empresas e que, segundo eles, não traria benefícios aos brasileiros.
O PSDB e o DEM já anunciaram que pretendem convocar membros do governo ao Congresso para esclarecer
o uso de pelo menos R$ 3,9 bilhões de dinheiro público na operação.
Qual é a posição do governo?
A ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, disse que a atuação do BNDES na fusão não envolveria
recursos públicos, já que ocorreria por meio da BNDESPar, braço de participações do banco em empresas
privadas.
Segundo ela, trata-se de uma operação de mercado, que não depende de decisões do governo.
Para o ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, a fusão teria importância estratégica para o Brasil, já
que, segundo ele, abriria portas para produtos brasileiros no mercado internacional.
O que falta para que a proposta se concretize?
Ela precisa ser aprovada pelos acionistas do Pão de Açúcar, inclusive pelo Casino.
Também está sujeita à avaliação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), que analisaria se a
nova empresa seria nociva ao setor varejista e aos consumidores brasileiros.
Na França, como o Casino passaria a ter participação indireta no Carrefour, autoridades locais também podem
impor restrições ao negócio. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução
sem autorização por escrito da BBC
INTERESSADOS EM MEGAFUSÃO INICIAM CONTATOS COM CADE
AE - Agencia Estado
SÃO PAULO - Apesar da ferrenha resistência do sócio Casino ao negócio, os interessados na megafusão entre
Pão de Açúcar e Carrefour já começam a traçar sua estratégia para tentar aprovar a operação no Conselho
Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
A linha central da argumentação é convencer os órgãos de defesa da concorrência que as concentrações
excessivas de mercado estão restritas a poucos municípios. As empresas, porém, estão cientes que a
megafusão no varejo é "delicada" e que vai exigir concessões.
Os contatos com as autoridades já começaram. Na semana passada, representantes dos investidores que
querem a fusão conversaram com o Cade, com a Secretaria de Direito Econômico (ministério da Justiça) e
com a Secretaria de Acompanhamento Econômico (Fazenda).
As conversas, por enquanto, são para informar que o negócio ainda está em fase de análise pelos sócios e que
deve ser comunicado ao Cade assim que for concluído. Ainda não houve troca de informações sobre a
operação.
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Segundo consultorias envolvidas no processo, as empresas reconhecem que, provavelmente, será necessário
assinar um Acordo de Preservação da Reversibilidade da Operação (Apro) com o Cade - um instrumento
jurídico que mantenha as empresas separadas enquanto o governo faz a análise do negócio.
Concentração Os cálculos preliminares feitos pelas consultorias apontam que Pão de Açúcar e Carrefour estão presentes, ao
mesmo tempo, em 70 dos 180 municípios onde atuam. Em apenas 25, a concentração seria "significativa", ou
acima de 50%. O Cade, no entanto, já considerou preocupante concentrações acima de 20% a 30%. As
informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
PROCESSO DE FUSÃO IMPACTA DIRETAMENTE NA COTAÇÃO DAS AÇÕES DAS COMPANHIAS
Segundo especialistas em finanças pessoais, pequeno investidor deve ter sangue frio e manter a posição da
carteira enquanto fusão ocorre
04 de julho de 2011 | 0h 00
Roberta Scrivano e Luiz Guilherme Gerbelli - O Estado de S.Paulo
O anúncio da fusão de duas empresas impacta diretamente a cotação das ações das companhias envolvidas no
processo. Ter sangue frio para encarar as fortes oscilações que os papéis terão e, ao mesmo tempo, paciência
para entender com profundidade o negócio é essencial para os acionistas minoritários.
Para poucos. Falta de conhecimento do pequeno investidor pode fazê-lo tomar a decisão errada em momentos
de oscilação
Especialistas em finanças pessoais são quase unânimes na recomendação de manutenção da posição da
carteira durante os processos de fusão. Fábio Gallo, professor de finanças da PUC, lembra, por exemplo, que
na quarta-feira, quando o Pão de Açúcar propôs a fusão ao Carrefour, as ações da rede varejista brasileira
subiram 12%.
"Alguns acionistas optaram por vender os papéis no dia e realizar esse lucro", pontua. Para ele, no entanto, a
melhor estratégia a ser adotada neste caso é manter as ações na carteira. "O Pão de Açúcar já é uma empresa
muito sólida. Com a fusão, ganhará ainda mais musculatura para competir, por exemplo, com o Wall-Mart",
completa. Para ele, portanto, a perspectiva no longo prazo é de alta nas cotações.
A posição de Gallo é reforçada pelo professor de finanças da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Rogério
Sobreira. "Agora começa a haver algumas incertezas sobre essa fusão. Você tem o início do que parece ser
uma batalha não desprezível, com impacto sobre a capacidade da companhia gerar valor", afirma.
Ele ressalta ainda que a aprovação da fusão também depende do Conselho Administrativo de Defesa
Econômica (Cade) se o processo for adiante. "O pequeno investidor não é um especulador profissional, então
ele não tem a capacidade de identificar o ponto de saída ideal no meio dessa turbulência."
O processo de fusão entre o Pão de Açúcar e o Carrefour ainda é um assunto recente e com poucos detalhes
divulgados oficialmente. Nem a Associação de Investidores no Mercado de Capitais (Amec, que representa os
acionistas minoritários) se sente segura para opinar sobre o caso e orientar os pequenos investidores. "Ainda
não dá para se posicionar", informa a assessoria de imprensa da entidade.
Para alguns especialistas do mercado, pelo desenho da transação proposta, os acionistas minoritários do Pão
de Açúcar passarão a ser acionistas de uma holding puramente financeira.
Mauro Calil, educador financeiro, recomenda que o pequeno investidor entre em contato com a sua corretora
de valores para pedir mais informações. "O que eles souberem, certamente repassarão ao cliente", indica.
Para Calil, manter as ações do Pão de Açúcar na carteira também é positivo. "Pouco se sabe sobre o processo,
mas, aparentemente, será vantajoso aos acionistas", comenta.
Futuro. Para o pequeno investidor que tem ações do Pão de Açúcar, Sobreira recomenda que acompanhe o
tratamento que a nova empresa - que resulta da fusão - dará para os acionistas minoritários.
"É importante saber qual tratamento que a companhia vai dar. Como é que ela vai trocar as ações", afirma. "O
pequeno investidor, que tinha ação da companhia A ou da companhia B, como é que ele fica em relação à
companhia C", completa.
Sobreira lembra que acompanhar o desempenho das empresas das quais o investidor têm ações é básico para
quem investe no mercado acionário.
"Esse cuidado deve aumentar ainda mais num caso de fusão", recomenda o professor de finanças da FGV.
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VALOR ECONÔMICO DE 04 DE JULHO DE 2011
VAREJO: SÃO PAULO E REGIÃO METROPOLITANA SERIAM OS CASOS MAIS DIFÍCEIS DE
JULGAR PELA SOBREPOSIÇÃO DE LOJAS
Decisão do Cade deve ocorrer só em 2013
Juliano Basile | De Brasília
Assim que chegar aos órgãos antitruste de Brasília, a união entre o Pão de Açúcar e o Carrefour vai ficar mais
de um ano sob a análise da Secretaria de Acompanhamento Econômico (Seae) do Ministério da Fazenda,
antes de ir para julgamento final no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), onde deve
demorar pelo menos mais seis meses de análise. Com isso, as empresas, os fornecedores e os consumidores
vão poder saber apenas em 2013 se o negócio vai ser aprovado ou não.
A estimativa desse prazo foi feita com base em outros casos de grandes fusões e aquisições no varejo que
passaram pelos órgãos antitruste. A compra da rede Sendas pelo Pão de Açúcar demorou mais de um ano na
Seae, entre 2004 e 2005. Depois, precisou de mais alguns meses para receber o aval do Cade. Hoje, o órgão
antitruste analisa a aquisição das últimas ações do Sendas, que foram feitas no começo do ano, e ainda não
chegou a uma conclusão.
A união entre o Pão de Açúcar, as Casas Bahia e o Ponto Frio também ficou mais de um ano na Seae. O
negócio foi fechado em dezembro de 2009. Em março passado, recebeu parecer da Fazenda pela aprovação
condicionada à venda de algumas lojas. Agora, mais de um ano e meio depois do início da análise, o caso está
no Cade para julgamento final.
No caso da possível união entre o Pão de Açúcar e o Carrefour, a cidade de São Paulo e a sua região
metropolitana seriam os locais mais complexos de análise. Segundo estudos preliminares, São Paulo concentra
mais lojas de ambas as redes e é também onde há maior consumo e poder aquisitivo no país. Já os locais mais
tranquilos do ponto de vista da concorrência são os estados onde não há loja do Pão de Açúcar e do Extra: Rio
Grande do Sul, Santa Catarina, Espírito Santo e a região Norte. Ao todo, há sobreposição de lojas do Pão de
Açúcar em 75 das 178 cidades onde ambas atuam. A concentração seria fortíssima em 23 cidades.
Para o presidente do Cade, Fernando Furlan, o julgamento de megafusões poderia ser acelerado caso o
Congresso tivesse aprovado o projeto de lei que cria o Super-Cade. O texto faz com que os negócios tenham
de passar por apenas um órgão, e não por três - o Cade, a Seae e a Secretaria de Direito Econômico do
Ministério da Justiça.
Sem citar negócios específicos, Furlan estima que, se a nova Lei Antitruste tivesse sido aprovada, fusões
complexas teriam uma resposta em 240 dias. Esse é o prazo fixado pelo projeto em tramitação no Congresso.
Há uma diferença quanto à prorrogação. No texto que foi aprovado pela Câmara dos Deputados, haveria um
acréscimo máximo de mais 90 dias. No texto do Senado, seriam mais 120 dias.
"Não há dúvida que seria mais rápido, pois haveria, inclusive, uma previsão legal para o prazo que não fosse
suspenso como ocorre hoje", afirmou Furlan.
Hoje, a Seae tem 30 dias para fazer o seu parecer sobre uma fusão. O problema é que esse prazo é suspenso
sempre que as empresas pedem para entregar estudos e pareceres. A lei atual também prevê prazos de 30 dias
para a SDE e de 60 dias para o Cade. Mas, as suspensões por força de pedidos das próprias empresas fazem
com que os prazos legais se tornem ficção. "Na verdade, a demora depende mais da vontade da empresa em
colaborar do que da própria Seae", comentou um integrante da secretaria da Fazenda.
A eventual união do Carrefour pelo Pão de Açúcar será analisada por apenas um Cade na França, ao invés dos
três órgãos de concorrência no Brasil. Sede do Carrefour e do Casino, a França tinha dois órgãos antitruste até
o início de 2009: um conselho independente, como o Cade, e um departamento vinculado ao Ministério da
Economia. Isso criou duplicações de funções e aumentou os custos do Estado. Em janeiro de 2008, o
presidente Nicolas Sarkozy criou uma comissão com 42 especialistas para discutir mudanças no sistema e, em
13 meses, o Parlamento aprovou duas leis, reduzindo de dois órgãos antitruste para um.
CONSELHO DO CARREFOUR APROVA FUSÃO
Graziella Valenti e Pedro Cafardo | De São Paulo
O conselho de administração do Carrefour na França aprovou ontem a combinação dos negócios com
o Pão de Açúcar. Falta, porém, os sócios controladores do Pão de Açúcar, Abilio Diniz e Casino, se
entenderem. O Carrefour quer que os dois sócios se reconciliem antes de levar as negociações
adiante. Hoje, chega ao Brasil, Jean-Charles Naouri, presidente do Casino. Veio negociar - não com
Diniz, mas com o governo. Quer enfraquecer a posição de Diniz, diminuindo o apoio político que
recebeu.
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Em entrevista ao Valor, Diniz diz que espera convencer Naouri de que a operação de fusão do Pão
de Açúcar com o Carrefour é muito positiva para o grupo porque vai internacionalizá-lo. Ele também
afirmou que Naouri "só pensa em controle" - por contrato, o grupo francês vai assumir o controle do
Pão de Açúcar em julho de 2012.
FOLHA DE SÃO PAULO DE 05 DE JULHO DE 2011
OPOSIÇÃO COLETA ASSINATURAS PARA INSTALAR CPI DO BNDES
GABRIELA GUERREIRO DE BRASÍLIA
A oposição começou a coleta de assinaturas para instalar uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) no
Senado para investigar a atuação do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) em
processos de fusão, especialmente a do Carrefour/Pão de Açúcar.
O senador Demóstenes Torres (DEM-GO) deu início nesta terça-feira à coleta de assinaturas.
Em minoria no Senado, a oposição reconhece que vai precisar do apoio da base governista para conseguir
implantar a comissão. "O BNDES tem desvios históricos, não tem cumprido a sua finalidade. Há um
transtorno de conduta na sua atuação", afirmou Demóstenes.
Os senadores governistas Ana Amélia Lemos (PP-RS) e Pedro Taques (PDT-MT) já assinaram o pedido de
criação da CPI, que reuniu até agora 13 assinaturas. Para que seja instalada, são necessárias pelo menos 27
assinaturas.
Demóstenes disse que não vai estabelecer prazo para recolher as assinaturas com o objetivo de viabilizar a
CPI --mesmo que demore para conseguir a adesão de senadores da base governista.
A oposição também vai tentar ouvir o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, o presidente do Grupo Pão
de Açúcar, Abilio Diniz, e o presidente do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), Fernando
Furlan para explicarem o processo de fusão.
Os oposicionistas apresentaram nesta terça-feira requerimento na CAE (Comissão de Assuntos Econômicos)
do Senado para convidar os três envolvidos no processo de fusão.
Para que os convites sejam efetivados, é necessário que a comissão aprove o requerimento --o que deve
ocorrer até a semana que vem.
BRASIL FOODS PROPÕE AGORA VENDER CADEIAS COMPLETAS
Objetivo da empresa é evitar o veto do Cade à fusão entre Sadia e Perdigão
Congelados, pizzas, pratos prontos e embutidos estão entre os segmentos que poderão ser atingidos
LORENNA RODRIGUES DE BRASÍLIA
Para evitar o veto do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) à fusão entre Sadia e Perdigão, a
BRF (Brasil Foods) se dispõe agora a vender ativos que vão de abatedouros a centros de distribuição,
passando por indústrias e marcas.
A ideia é montar cadeias completas de produção, para permitir que quem comprar esses ativos possa concorrer
imediatamente com as marcas principais.
Entre os segmentos que serão atingidos estão congelados, pizzas, pratos prontos e embutidos, em que a
concentração de mercado da BRF chega a 90%.
Segundo a Folha apurou, no caso de empanados de frango, por exemplo, poderiam ser vendidos abatedouros
de aves, frigoríficos, fábricas e marcas como a Rezende, que já atua nesse segmento, e outras, como Batavo,
Confiança e Wilson.
A empresa também está disposta a vender alguns centros de distribuição e compartilhar outros, além de abrir
mão de contratos de exclusividade firmados com empresas de logística terceirizadas.
A Folha apurou que alguns integrantes do Cade consideraram a oferta insuficiente porque não toca nas marcas
principais: Sadia e Perdigão.
O argumento é que, mesmo com insumos, fábricas e centros de distribuição, o novo concorrente não teria
força para tirar mercado de uma das duas marcas.
Os conselheiros admitem, porém, que houve uma melhora significativa em relação ao que a BRF tinha
proposto. A empresa havia oferecido abrir mão das marcas secundárias e de alguns ativos, mas sem abranger
toda a cadeia de cada produto vendido.
A proposta ainda não está completamente fechada. Ontem, representantes das empresas se reuniram com os
conselheiros para discutir os termos do acordo.
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O negócio deve ir a julgamento no Cade no dia 13. "Estamos trabalhando intensamente para chegar a um
acordo", afirmou o presidente da BRF, José do Prado Fay.
Editoria de Arte / Folhapress
O ESTADO DE SÃO PAULO DE 05 DE JULHO DE 2011
POR QUE O CADE ACERTA
Onofre Carlos de Arruda Sampaio - O Estado de S.Paulo
O julgamento pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) da fusão entre as empresas Sadia e
Perdigão, criando a BRF-Brasil Foods, após percuciente análise e o voto do relator, prolatado na sessão havida
em 8 de junho de 2011, foi suspenso por pedido de vistas do conselheiro Ricardo Ruiz, devendo voltar à pauta
da sessão do dia 13 de julho. Segundo noticiado pela imprensa, os representantes da BRF estariam fazendo
uso desse tempo, entre o início do julgamento e o retorno do caso à pauta, para tentar superar os obstáculos
apontados no voto do relator e, dessa forma, procurar encontrar solução que permita tornar viável a integração
da Sadia e da Perdigão.
Se isso, de fato, estiver acontecendo, não significa nenhum demérito ao voto do relator. Ao contrário, deixa
claro que a profundidade da análise por ele feita e reconhecida pode ter trazido a lume aspectos do caso antes
não vislumbrados com tamanha clareza e, com isso, ter propiciado o surgimento de novas hipóteses de
solução. Com essa atitude os conselheiros do Cade estarão dando mais um testemunho da maturidade
institucional do órgão e da sua capacidade de prestar bons serviços à sociedade brasileira.
O objetivo maior da Lei de Defesa da Concorrência não é aplicar multas nem impedir movimentos
econômicos que os agentes privados considerem justificados segundo os seus objetivos de dar sustentação aos
seus negócios. A finalidade precípua da Lei de Defesa da Concorrência é manter a competição nos seus
devidos termos, prevenindo e corrigindo desvios que possam comprometer esse objetivo. Para isso estão os
órgãos responsáveis dotados de instrumentos jurídicos que lhes permitem assim agir.
No caso dos atos de concentração econômica, sobretudo nos mais complexos, as dificuldades enfrentadas
pelos interessados e pelas autoridades podem ser de grande monta e exigir enorme esforço de uns e de outros
para a correta compreensão das questões envolvidas, dos impactos resultantes e das soluções possíveis.
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No sistema da União Europeia, que dispõe de recursos materiais e humanos incomensuravelmente superiores
àqueles que aqui se encontram à disposição das autoridades, as partes que se propõem a apresentar um ato de
concentração costumam dar início às tratativas perante as autoridades antes mesmo da apresentação formal do
caso, tendo a oportunidade até mesmo de introduzir ajustes no negócio para atender a preocupações de
antemão levantadas. Uma vez apresentado formalmente o ato de concentração, as partes gozam do privilégio
legal de serem antecipadamente informadas, por escrito, de eventuais restrições e obstáculos (statement of
objections) que venham a ser apontados pelas autoridades, de modo a estarem aptas a tomar uma posição,
podendo desistir da operação, oferecer alternativas ou enfrentar a questão diante da comissão, que irá julgá-la
na esfera administrativa, ou ainda do Poder Judiciário.
Os pressupostos que informam esse procedimento são o princípio do contraditório e da ampla defesa.
O projeto de lei de reforma do Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência, que aguarda da Câmara dos
Deputados o exame das emendas feitas pelo Senado, prevê que, ao impugnar um ato de concentração, a
Superintendência Geral deverá demonstrar de forma circunstanciada o seu potencial lesivo e as razões pelas
quais ele não deve ser aprovado integralmente ou deve ser rejeitado. A seguir, as partes terão prazo de 30 dias
para se manifestar sobre a impugnação feita pela Superintendência Geral e, caso o conselheiro relator venha a
determinar instrução complementar, deverá declarar os pontos controversos, com o que as partes ficarão
habilitadas a enfrentar as questões a eles pertinentes no tribunal, que poderá aprovar a operação integralmente,
rejeitá-la ou aprová-la parcialmente, determinando qualquer ato ou providência necessários para a eliminação
dos efeitos nocivos à ordem econômica.
Trata-se, evidentemente, de um progresso, na medida em que a vigente Lei de Defesa da Concorrência não faz
expressa referência à questão da definição dos pontos controversos de modo a permitir o seu direto e imediato
enfrentamento.
Nessas condições, não deve parecer estranho que os postulantes à aprovação de uma dada e a complexa
operação possam, depois do voto do relator, melhor compreender as objeções e suas razões e, daí, imaginar
novos e melhores remédios do que estavam aptos a fazer antes de conhecerem o seu inteiro teor.
Imaginar que durante o prazo de um pedido de vistas os conselheiros do Cade estivessem impedidos de levar
em consideração quaisquer alternativas válidas, capazes de tornar viável uma operação sob análise no órgão,
seria desnaturar por completo a sua missão precípua de trabalhar para que as condições de concorrência sejam
estabelecidas e restabelecidas com menores imposições e custos tanto para as partes como para a sociedade.
Pretender que o Cade possa apenas e tão somente aceitar ou recusar uma única proposta feita pelas partes,
deixando de considerar qualquer alternativa diferente de solução, tenha ela a origem que tiver, que venha a
surgir antes da decisão do caso pelo colegiado, corresponderia a bloquear, por mero e injustificado
formalismo, a possibilidade de se encontrarem melhores soluções e só serviria para obrigar as partes a recorrer
ao Poder Judiciário, no qual a possibilidade de soluções por meio de acordo é cada vez mais louvada e
incentivada, como meio eficaz de aplicar as leis, fazer valer o Direito e chegar a resultados justos e
duradouros.
Por essas razões, o Cade está certo em não fechar as portas a propostas de solução que lhe sejam apresentadas,
até que o caso esteja decidido.
ADVOGADO EM SÃO PAULO
SENADORES QUEREM QUE PRESIDENTE DO BNDES EXPLIQUE A OPERAÇÃO
Líder do PSDB, Álvaro Dias, e Ricardo Ferraço pedem audiência pública com Coutinho em comissão do
Senado
Rosa Costa / BRASÍLIA - O Estado de S.Paulo
A polêmica em torno da fusão do Pão de Açúcar com o Carrefour é alvo de dois requerimentos na Comissão
de Assuntos Econômicos do Senado (CAE).
O líder do PSDB, senador Álvaro Dias (PR) pede a realização de uma audiência pública com o presidente do
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, o presidente
Conselho de Administração do grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o economista Luiz Carlos Mendonça de
Barros, que dirigiu o BNDES no governo de Fernando Henrique Cardoso, e de um representante do Conselho
Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
Álvaro Dias alega a necessidade de o Congresso acompanhar e ter esclarecimento do que ele chama de "Robin
Hood às avessas".
"Só que, no caso, o herói mítico rouba dos pobres, do dinheiro dos trabalhadores, para dar aos milionários",
compara.
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O outro requerimento sobre o assunto é do senador da base aliada do governo, Ricardo Ferraço (PMDB-ES).
Ele pede que seja convidado Luciano Coutinho para explicar a "natureza e as condições" que determinarão a
participação do BNDES no processo de fusão do Pão de Açúcar com a multinacional francesa Carrefour.
"Há dois fatores que precisam ser bem explicitados pelo BNDES, já que estamos lidando com o dinheiro do
Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) e de dotações orçamentárias", afirma.
Ferraço lembra que na semana passada, o ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior,
Fernando Pimentel, informou que a possível participação do BNDES nessa operação será da ordem de R$ 4
bilhões.
Dependência. Ele destaca, ainda, que a necessidade de aporte de recursos por intermédio da edição de medidas
provisórias indica "uma condição crescente da dependência do BNDES dos recursos orçamentários da União
para viabilizar a referida operação entre essas organizações privadas".
Os requerimentos serão lidos na sessão de hoje da CAE e, se aprovados, a data de comparecimento dos
convidados será marcada para a próxima semana.
O senador Álvaro Dias destaca um "precedente perigoso" na ligação do BNDES com empresas privadas na
operação realizada com o grupo Friboi o que - destaca o líder - obrigou o banco a aceitar "ações micadas" em
troca dos recursos que disponibilizou.
"O BNDES tem direcionado mal seus recursos há muito tempo, deixou de ser um banco social, inclusive
deveria tirar o S do nome, e tem privilegiado grandes grupos privados", diz.
O líder tucano acredita que Coutinho e Abílio Diniz aceitarão o convite, sob pena de fortalecer os comentários
de que o dinheiro público está sendo mal empregado.
Argumento
RICARDO FERRAÇO
SENADOR PELO PMDB-ES
A necessidade de aporte de recursos por intermédio da edição de medidas provisórias indica "uma condição
crescente da dependência do BNDES dos recursos orçamentários da União para viabilizar a referida operação
entre essas organizações privadas"
O ESTADO DE SÃO PAULO DE 06 DE JULHO DE 2011
PROCURADORIA DO CADE MANDA SHELL VENDER A JACTA
CÉLIA FROUFE - Agencia Estado
BRASÍLIA - A Shell não teve sucesso em sua tentativa de reverter a decisão do Conselho Administrativo de
Defesa Econômica (Cade), que a mandou vender a Jacta, o braço da empresa Cosan que produz combustíveis
para aeronaves.
A procuradoria do colegiado não aceitou as alegações da Shell de que teria dificuldades em encontrar um
comprador para a empresa e recomendou ao colegiado que dê prazo de 90 dias, a contar da chegada do
processo ao plenário, para que a Shell se desfaça da Jacta. O caso deve ser levado para apreciação na sessão de
13 de julho.
O Cade vetou a compra em fevereiro passado, ao constatar que o negócio provocaria uma forte concentração
no mercado de querosene de aviação. Só a Shell, a Cosan e a Gran Petro Distribuidora atuam nesse setor no
País. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
CNDL CRITICA POSSÍVEL ENTRADA DO BNDES EM FUSÃO
'O Brasil tem uma série de pontos que direcionam para uma concentração do varejo', disse o presidente da
Confederação
Célia Froufe, da Agência Estado
BRASÍLIA - O presidente da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), Roque Pellizzaro
Júnior, avaliou hoje que as condições econômicas brasileiras e do mercado de trabalho levam à criação de
megafusões no País, como o negócio que o Pão de Açúcar quer fazer com o Carrefour. "O Brasil tem uma
série de pontos que direcionam para uma concentração do varejo, que tira a competitividade dos pequenos",
afirmou, citando como obstáculos para os empresários de menor porte a discussão da redução da carga de
trabalho semanal para 40 horas e a expansão do crédito obtido por empresas grandes, que conseguem captar
recursos no exterior a taxas mais baixas do que as nacionais.
Pellizzaro salientou que o caso deve ser acompanhado de perto, mas que as concentrações em todo o varejo
vêm acontecendo, e de forma muito rápida. "O pessoal não está vendo isso, o porquê disso, e dos riscos que a
operação pode gerar para o País", disse. Para ele, é possível que as fusões no setor gerem aumento de preço ao
consumidor. "Isso tende a acontecer. No mínimo, desestimula a queda, pois tira um concorrente de preços do
mercado", comparou.
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O presidente da CNDL também não poupou críticas à possível entrada do Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no negócio. "(O presidente do BNDES, Luciano) Coutinho
diz publicamente que é intenção do governo que haja isso, a expansão de grupos, entre aspas, nacionais",
completou. Para Pellizzaro Júnior, porém, o uso do dinheiro do banco de fomento nessa operação precisa ser
repensado. "Haverá dinheiro público no meio e é bastante, não é pouco. O Brasil tem que discutir para que o
dinheiro do BNDES deve ser voltado", considerou.
Pellizzaro Júnior acrescentou que esse tipo de negócio deve ser enquadrado como uma "atividade de
especulação", pois fusão não gera mais produção e empregos. Ao contrário, tende a usar as sinergias para
reduzir o quadro de funcionários. "A CNDL quer pedir uma explicação em um sentido mais amplo, não só
desta operação."
O representante do varejo brasileiro disse ainda que as concentrações no varejo são complicadas nas duas
pontas: na do consumidor e também para o fornecedor. "A concentração extrema pode ser perigosa. Se fosse
uma operação 100% privada, assim mesmo deveria acender algumas luzes amarelas em relação ao Cade
(Conselho Administrativo de Defesa Econômica) e ao consumidor em si", comentou.
REUNIÃO ENTRE CADE E BRF-BRASIL FOODS TERMINA SEM ACORDO
Juliano Basile | De Brasília
Após mais de três horas de reunião no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), na tarde de
ontem, representantes da BRF- Brasil Foods ainda não conseguiram chegar a um acordo para evitar que a
compra da Sadia pela Perdigão seja vetada pelo órgão antitruste.
As negociações continuam e ainda há a possibilidade de realização de uma nova reunião, antes de o Cade
retomar o julgamento, no próximo dia 13.
"Cada reunião é um ponto de construção", afirmou o presidente da BRF, José Antonio Fay, após o encontro.
"Estamos trabalhando intensamente para chegar a um acordo", continuou.
A companhia ainda pode pedir um prazo maior para apresentar novos estudos aos quatro conselheiros que
ainda não votaram. Questionado sobre essa possibilidade, Fay respondeu apenas que "o tempo não deveria ser
limitante".
A rigor, o Cade tem mais duas sessões para votar a compra da Sadia, nos dias 13 e 27. Isso porque no dia 29
termina o prazo de 60 dias que a Lei Antitruste (nº 8.884) dá para o conselho decidir a respeito de fusões e
aquisições. Ao fim desse prazo, o negócio seria aprovado automaticamente, sem a imposição de restrições,
como a venda de marcas e de fábricas a concorrentes.
Os conselheiros querem evitar o fim do prazo. Para eles, a única saída para que a compra da Sadia não seja
reprovada é a BRF vender um pacote de ativos que seja capaz de criar um concorrente forte à empresa. É esse
pacote que está em discussão, mas o Cade e a BRF não estão fornecendo informações públicas sobre as
negociações.
"Estamos impedidos pela Comissão de Valores Mobiliários e pela confidencialidade [com o Cade]", justificou
Wilson Mello, vice-presidente de assuntos corporativos da BRF.
O prazo de 60 dias pode ser suspenso a pedido da companhia. Mas os conselheiros teriam que aprovar esse
adiamento.
"Eles vão se reunir para decidir [se o julgamento será realizado no dia 13 ou não] e nós devemos aguardar",
afirmou o advogado Paulo de Tarso Ribeiro, da BRF.
Até aqui, apenas o relator do processo, conselheiro Carlos Ragazzo, concluiu um voto, que foi pela
desconstituição da compra da Sadia pela Perdigão. Para Ragazzo, a Sadia teria de ser vendida a concorrentes.
Mas ainda restam quatro votos a serem proferidos pelos conselheiros Ricardo Ruiz, Olavo Chinaglia,
Alessandro Octaviani e Marcos Paulo Veríssimo. Os quatro participaram da reunião de ontem, mas, ao fim,
não quiseram se manifestar.
Advogados da empresa Dr Oetker também vão se encontrar com os conselheiros antes do dia 13. A
companhia se opôs abertamente à compra da Sadia pela Perdigão e pediu ao conselho que vete a operação.
VALOR ECONÔMICO DE 06 DE JULHO DE 2011
PROCURADORIA DO CADE REAFIRMA QUE SHELL DEVE VENDER A JACTA
Fábio Almeida | Valor
SÃO PAULO - A procuradoria do Cade recomendou que o órgão negue recurso à Shell e reafirme a
necessidade da empresa desfazer a compra da Jacta, que distribui combustível de aviação.
O documento sugere ainda o prazo de 90 dias para que a Shell efetive a venda da empresa. A negociação
inicial foi vetada pelo Cade em fevereiro de 2010 e a Shell alegava em seu recurso que estava com dificuldade
em encontrar comprador para a Jacta.
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O parecer foi concluído em 20 de junho e será submetido ao plenário do Cade em 13 de julho.
(Fábio Almeida | Valor)
FOLHA DE SÃO PAULO DE 07 DE JULHO DE 2011
MINISTÉRIO DA JUSTIÇA QUER CONDENAR ECAD POR FORMAR CARTEL
FELIPE SELIGMAN DE BRASÍLIA
A SDE (Secretaria de Direito Econômico) do Ministério da Justiça quer que o Ecad (Escritório de
Arrecadação e Distribuição) seja condenado por prática de cartel.
O escritório, responsável pelo recolhimento e distribuição dos direitos autorais no Brasil, é formado por nove
associações que representam os compositores.
A secretaria argumenta que, apesar de serem concorrentes, as associações fixam, arbitrariamente, valores
comuns para cobrança de direitos, que são estabelecidos em assembleia e mudam para cada tipo de usuário.
A SDE investiga o caso desde julho do ano passado, a pedido da ABTA (Associação Brasileira de Televisão
por Assinatura).
"O valor fixado não tem nenhuma razão de ser. É decidido ao bel-prazer das associações", disse à Folha a
advogada Leonor Cordovil, que defende a ABTA.
A secretaria do Ministério da Justiça publicou parecer sobre o caso no "Diário Oficial da União" do dia 30 de
junho. Caberá ao Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) decidir sobre a questão.
O parecer pede que o conselho proíba a "fixação conjunta e unificada dos valores devidos" e que o escritório
passe a ser fiscalizado por algum órgão do governo, o que não acontece atualmente.
Se condenada, a entidade também poderá ser multada em valor que varia de R$ 60 mil a R$ 6 milhões.
A Folha entrou em contato com a assessoria de imprensa do Ecad, mas não recebeu resposta até o fechamento
desta edição. Em nota divulgada antes da publicação do parecer pela SDE, o escritório diz que a prática
apontada não pode ser caracterizada.
O Ecad justifica que "as atividades de arrecadar e distribuir direitos autorais não são de natureza econômica, já
que a música não pode ser caracterizada como um bem de consumo a ser ditado pelas regras de concorrência".
O ESTADO DE SÃO PAULO DE 07 DE JULHO DE 2011
CADE JULGARÁ CASO BRF NA PRÓXIMA QUARTA, DIZ CONSELHEIRO
Até o momento, o relator do caso foi o único dos 5 integrantes do conselho a se posicionar, votando contra a
fusão
Célia Froufe, da Agência Estado
BRASÍLIA - Apesar de a BRF Brasil Foods querer o adiamento da apreciação pelo Conselho Administrativo
de Defesa Econômica (Cade) do processo sobre a fusão de Sadia e Perdigão, o conselheiro Ricardo Ruiz, que
está à frente das negociações, afirmou hoje que levará o caso para julgamento na próxima quarta-feira, dia 13.
Ruiz está conduzindo uma proposta de acordo com a empresa porque pediu vista dos autos. "O conselheiro
Carlos Ragazzo apresentou um voto muito bom e muito extenso, e eu queria digerir melhor o conteúdo", disse
Ruiz. Ragazzo é o relator do caso e o único dos cinco integrantes do Conselho a se posicionar sobre a fusão
até o momento, votando contra a operação.
Quando pediu vista, Ruiz adiantou que tenderia a acompanhar o voto de Ragazzo, vetando o negócio. Agora,
ele não quer dar sinais de qual será o seu posicionamento. No entanto, segundo uma fonte que acompanha a
discussão, Ruiz e Ragazzo "estão no mesmo time". Para a aprovação da fusão, é preciso que pelo menos três
conselheiros votem a favor da operação.
Amanhã, o conselheiro Ricardo Ruiz não estará em Brasília, mas as negociações com a BRF ainda podem ser
retomadas na semana que vem, antes do julgamento.
THE ECONOMIST JULY 7TH 2011 | SÃO PAULO | FROM THE PRINT EDITION
Competition policy in Brazil
Too little, too late
MERGER PLANS PUTS WEAK ANTITRUST ENFORCEMENT IN THE SPOTLIGHT
A BATTLE is escalating between two giant French retailers, Carrefour and Casino, over who gets to join up
with Pão de Açúcar, Brazil’s biggest supermarket chain. On June 28th Abilio Diniz, Pão de Açúcar’s
chairman, revealed plans to merge with Carrefour’s Brazilian operations. That came as news to Carrefour’s
arch-rival, Casino, which has been a part-owner of Pão de Açúcar since 1999. This week Casino’s boss, Jean-
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Charles Naouri, flew to Brazil to denounce the plans, which he dubs ―expropriation‖, and to berate BNDES,
the national development bank, which offered to finance them.
If the deal goes through, the combined company would have 27% of the national retail market, and 69% of
São Paulo state’s. Given the risk of such concentration, it is hardly surprising that the deal’s fate may rest with
the government. But the verdict on the merger will come from the BNDES—whose president, Luciano
Coutinho, now says it will only back the deal if Casino is reconciled—rather than from CADE, the
competition authority. The outcome of the fight could hinge on any number of strategic, legal or political
factors. Consumer welfare, however, will not be among them.
Antitrust policy has long been weak in Brazil. In the 1990s the country started opening its economy and
privatising firms in order to increase competition. But a study in 2007 by Edmund Amann of the University of
Manchester and Werner Baer of the University of Illinois found that 15 years later, the market share of the top
four companies in most sectors had become even greater.
CADE is crippled by rules that stop it from acting until after deals have gone through. It can then impose
conditions, or even order mergers unpicked if it thinks them irredeemably anti-competitive. But by then it is
often too late.
In 2004 CADE ordered Nestlé to sell Garoto, a chocolate company it had bought two years earlier. Nestlé is
still fighting that ruling in court. Last month CADE threatened to undo the 2009 merger that formed Brasil
Foods, the leading firm in Brazil’s processed-food market. Even if the regulator sticks to its guns (a ruling is
due on July 13th), the firm can file a court challenge.
A bill that would require pre-approval from CADE for mergers that could damage consumers was presented to
Congress in 2005. However, progress has been glacial. Even if the pace picks up, it will be too late to affect
the proposed Pão de Açúcar deal.
In some cases the state actively promotes industrial concentration, to help firms gain the scale to compete
abroad. In the 1990s a privatising government got around the scarcity of capital and know-how by coaxing
state-owned pension funds to co-operate with private companies, and pushed public banks into giving them
subsidised loans. Today Brazil’s firms are stronger and its capital markets deeper. But the government
continues to intervene. With Carrefour, the BNDES is seeking to fund a merger between two of the largest
forces in retail—perhaps to stop Casino from taking sole control of Pão de Açúcar, as it could otherwise do in
2012.
A side-effect of such activity is complex corporate structures with nebulous state involvement. According to
Sergio Lazzarini of Insper, a business school in São Paulo, around half of listed Brazilian firms participate in
cross-holdings or layered holding companies. And of the 600-odd biggest, about 100 get a chunk of their
capital from big state entities. The more complex a company’s structure, Mr Lazzarini finds, the less
consumers and private shareholders benefit from public investment in it.
The ruling Workers’ Party has maintained orthodox domestic economic policies. However, it has been more
interested in creating national champions than in fostering competition. The result, says Mr Lazzarini, is that
businesses ―can consolidate markets, reduce competition and increase their profits with government money.‖
VALOR ECONÔMICO DE 07 DE JULHO DE 2011
Senado aprova audiência para discutir participação do BNDES em fusão
Agência Brasil
BRASÍLIA - A Comissão de Meio Ambiente, Fiscalização e Controle do Senado aprovou hoje requerimento
que propõe uma audiência pública para discutir a possível participação do Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), com aporte aproximado de R$ 4 bilhões, na fusão da rede de
supermercados brasileira Pão de Açúcar e com a multinacional francesa Carrefour.
Para o debate, proposto pelo senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), serão convidados o atual presidente
do BNDES, Luciano Coutinho, e o ex-presidente do banco Carlos Lessa, o ex-presidente do Conselho
Administrativo de Defesa Econômica (Cade) Gesner de Oliveira, e outros técnicos. A data de realização da
audiência deve ser definida na próxima semana.
(Agência Brasil)
LINDE INVESTE R$ 200 MILHÕES EM NOVAS UNIDADES NO BRASIL
Mônica Scaramuzzo | De São Paulo
Reitzle, principal executivo global do grupo, países emergentes respondem por 30% da receita e 70% dos
investimentos
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O grupo alemão Linde vai investir R$ 200 milhões em novas unidades produtoras de gás industrial no Brasil,
impulsionado, sobretudo, pela expansão de setores-chave, como infraestrutura e siderurgia. Entre 2007 e 2010,
os aportes da companhia no país somaram R$ 500 milhões.
Em entrevista ao Valor, o principal executivo global do grupo, Wolfgang Reitzle, um dos executivos mais
bem pagos da Alemanha, afirmou que o Brasil e a China são extremamente importantes para a estratégia de
crescimento da companhia no mercado internacional.
Dos R$ 200 milhões que serão investidos no país, cerca de R$ 70 milhões já foram contratados. Esses projetos
estão concentrados na região Centro-Sul do Brasil em unidades de gás hidrogênio. Outros quatro projetos
estão em negociação nos Estados de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul e deverão consumir os R$ 130
milhões restantes. A região Norte e Nordeste do país, com grandes projetos siderúrgicos, também está na mira
do grupo. Nos últimos meses, a companhia investiu em fábricas na Bahia e Rio de Janeiro.
Aquisições também estão nos planos da companhia no país, afirmou Clemis Miki, presidente do grupo para
América do Sul. O movimento de concentração nesse setor é tendência global. No Brasil não tem sido
diferente. No ano passado, a White Martins fechou a aquisição da empresa Gama para expandir seus negócios
no Estado de São Paulo.
Entre os quatro maiores grupos globais nesse segmento, a Linde registrou faturamento de € 12,86 bilhões no
ano passado, crescimento de 14,8% sobre o ano anterior. A crise financeira global, deflagrada em 2008, afetou
os negócios do grupo, sobretudo em países maduros. Durante esse período, as unidades produtoras operaram
bem abaixo da capacidade, mas nenhuma unidade foi fechada. Reitzle acredita que a recuperação da economia
nesses países será lenta e gradual. Segundo ele, as apostas seguem firmes em países da Ásia, América do Sul e
Leste Europeu, mercados cuja economia está mais aquecida.
"Essa crise envolveu todos os países no mundo (...) e em todos os segmentos", afirmou o executivo. Como
parte da estratégia, a Linde está centrando seus investimentos nos países emergentes. "Posso dizer que hoje
cerca de 30% da receita do grupo está em mercados emergentes. Cerca de 70% dos investimentos estão são
em mercados emergentes", disse o executivo. "É muito claro para a corporação estar no Brasil e ter sucesso
nesse mercado."
No ano passado, as cinco maiores empresas produtoras de gases industriais foram condenadas pelo Cade
(Conselho Administrativo de Defesa Econômica) a pagar multa bilionária, de R$ 2,3 bilhões, por formação de
cartel. A decisão atingiu quatro multinacionais - White Martins, Linde, Air Liquide, Air Products - e a
nacional Indústria Brasileira de Gases (IBG). Todas recorreram. Lacônico, Reitzle disse que a empresa
contesta a decisão, mas não se aprofundou no assunto.
À frente da companhia há quase dez anos, o executivo está entre os executivos mais bem remunerados da
Alemanha, segundo publicações da imprensa alemã. Em 2008, seu contracheque anual foi em torno de € 8
milhões. Antes de assumir o comando da Linde, Reitzle passou por grandes montadoras, como a BMW e
Ford. Sua visita ao Brasil foi tratada com toda pompa e circunstância, mas o executivo minimiza: "Viajo para
muitos lugares. Faz parte da minha rotina."
FOLHA DE SÃO PAULO DE 08 DE JULHO DE 2011
GOL COMPRA WEBJET POR R$ 96 MILHÕES
DE SÃO PAULO
A Gol anunciou nesta sexta-feira a aquisição de 100% do capital social da companhia aérea de tarifas
econômicas Webjet, por R$ 96 milhões, sujeito a ajustes. Embora a companhia tenha sido avaliada em R$
310,7 milhões durante as negociações, o valor final do negócio foi reduzido em razão das dívidas da empresa,
estimadas em cerca de R$ 215 milhões.
A compra será feita por meio da Varig Linhas Aéreas, empresa controlada pela Gol.
Fundada há dez anos, a Gol opera 900 voos diários para 51 destinos domésticos e 11 destinos internacionais.
Já a Webjet possui uma frota de 24 aeronaves Boeing 737-300 (148 assentos), e rotas para 16 cidades
nacionais, realizando mais de mil voos por semana.
Em fevereiro deste ano, a Gol chegou a superar a TAM na liderança do mercado doméstico de avião
comercial, com uma participação em torno de 40%, três anos após a aquisição da Nova Varig por US$ 320
milhões. No mês seguinte, porém, a TAM voltou a assumir a liderança.
Os últimos dados divulgados pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), referentes ao mês de maio,
apontam que a TAM tinha 44,43% do mercado interno, contra 35,39% da concorrente. A Webjet, no mesmo
mês, tinha participação de 5,16%.
De acordo com comunicado na CVM (Comissão de Valores Mobiliários), a aquisição "está sujeita, entre
outras condições, à realização de auditoria técnica e legal nas atividades e ativos da Webjet, à negociação e
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celebração dos documentos definitivos pelas partes e às aprovações das autoridades governamentais
pertinentes".
A Gol informou que manterá seus acionistas e o mercado informados da evolução nas negociações. Haverá
uma teleconferência sobre a compra na segunda-feira, às 13h.
No primeiro trimestre, a empresa registrou um lucro líquido de R$ 110,5 milhões e uma receita líquida de R$
1,89 bilhão, com um total de 8,6 milhões de passageiros transportados nesse período.
A operação de hoje ocorre depois que a TAM anunciou a fusão com a chilena LAN, no segundo semestre do
ano passado --a operação, porém, ainda deve passar pelo crivo do Cade (Conselho Administrativo de Defesa
Econômica), do Ministério da Justiça, nos próximos três meses.
MERCADO AQUECIDO O negócio é anunciado num cenário de aquecimento da demanda doméstica. Segundo a Anac, a procura por
voos teve um aumento de 28,67% em maio, em comparação com o mesmo mês do ano passado. Em relação à
oferta, o crescimento foi de 15,34%.
A demanda nos voos internacionais operados por empresas brasileiras, por sua vez, cresceu 21,55% em
relação a maio do ano passado.
O número de passageiros que passam anualmente pelos 67 aeroportos administrados pela Infraero aumentou
em 87% na última década.
Para este ano, a Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, da USP) projeta um crescimento de 25%
na demanda de passageiros, dependendo de fatores econômicos, após um crescimento de 20% no ano passado
de 15% na média dos sete anos anteriores.
RISCOS E VANTAGENS Sem mais detalhes sobre a compra da Webjet, analistas de mercado já destacavam as boas perspectivas, uma
vez que a aquisição deve resultar no aumento do total de "slots" (direitos de pouso e decolagem nos principais
aeroportos do país) da Gol.
O valor da operação também ficou abaixo de algumas projeções que circulavam pelo mercado. Alguns
chegaram a apontar um valor acima dos R$ 300 milhões.
Especialistas, no entanto, chamam a atenção para uma possível demora no julgamento dessa operação pelo
Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), o que poderia atrapalhar os ganhos com sinergias.
Leia a íntegra do comunicado:
"São Paulo, 08 de julho de 2011 - A GOL Linhas Aéreas Inteligentes S.A. (BM&FBovespa: GOLL4 e NYSE:
GOL), (S&P/Fitch: BB-/BB-, Moody`s: Ba3) ("Companhia"), a maior companhia aérea de baixo custo e
baixa tarifa da América Latina, em atendimento às disposições da Instrução CVM n.° 358/2002 ("ICVM
358"), comunica aos seus acionistas e ao mercado em geral que nesta data:
_(i) a VRG Linhas Aéreas S.A. ("VRG"), sociedade controlada pela Companhia, celebrou com os acionistas
controladores da Webjet Linhas Aéreas S.A. ("WebJet") memorando de entendimentos que tem por objetivo a
aquisição de 100% do capital social da WebJet pela VRG;_
_(ii) a aquisição está sujeita, entre outras condições, à realização de auditoria técnica e legal nas atividades e
ativos da WebJet, à negociação e celebração dos documentos definitivos pelas partes e às aprovações das
autoridades governamentais pertinentes;_
(iii) o preço a ser pago para a referida aquisição será de R$96.000.000,00 sujeito a ajustes até a data em que
a operaçao for concluída. A Webjet foi avaliada pelas Partes (ie. Enterprise Value) em R$310.700.000,00
(trezentos e dez milhões e setecentos mil reais).
A Companhia manterá seus acionistas e o mercado informado acerca da evolução do assunto objeto deste
Fato Relevante. A Companhia comunica que será feita uma teleconferência com uma apresentação, sobre
este fato relevante."
O ESTADO DE SÃO PAULO DE 08 DE JULHO DE 2011
'ECONOMIST' VÊ ENVOLVIMENTO 'NEBULOSO' DE GOVERNO EM FUSÕES NO BRASIL
Em reportagem sobre o caso Pão de Açúcar-Carrefour, revista critica fato de o Cade só agir após negócios
serem concretizados.
As negociações da tentativa de fusão entre o Pão de Açúcar e o Carrefour expõem a fragilidade da políticas
antitruste no Brasil e o envolvimento "nebuloso" do Estado no processo de aquisições no país, diz e revista
britânica The Economist na sua edição desta semana.
A publicação ressalta que, se o negócio for concretizado, a nova varejista teria 27% do mercado nacional em
seu segmento.
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"Dado o risco de tamanha concentração, não surpreende que o resultado do negócio dependa do governo. Mas
o veredicto da fusão virá do BNDES (que inicialmente prometeu aportar R$ 3,9 bilhões ao negócio) - cujo
presidente, Luciano Coutinho, agora diz que só apoiará o negócio se o Casino (que se opõe à fusão) se
reconciliar -, em vez de vir do Cade, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica", diz a reportagem.
Para a Economist, o Cade tem seu poder limitado por "regras que o impedem de agir até que o negócio seja
finalizado. Só aí (o órgão) pode impor condições ou mesmo ordenar que fusões sejam desmembradas se
considerá-las anticompetitivas. Mas aí já é tarde demais".
A reportagem cita outros desafios do Cade, como as negociações envolvendo Nestlé e Garoto e Sadia e
Perdigão - casos que até hoje se desenrolam na Justiça. E diz também que muitas fusões realizadas no Brasil
resultam em um "nebuloso" envolvimento do Estado, que muitas vezes aporta capital às negociações.
"Uma lei que exigiria a aprovação prévia do Cade para negócios que pudessem lesar os consumidores foi
apresentada no Congresso em 2005, mas não progrediu", prossegue o texto.
A conclusão da Economist é que o PT, como partido governista, estaria mais interessado em "criar campeões
nacionais do que em fomentar a competição" empresarial.
"O desfecho da batalha (que envolve Pão de Açúcar, o Carrefour e o grupo rival francês Casino) pode
depender de diversos fatores estratégicos, legais ou políticos. O bem-estar dos consumidores, porém, não está
entre esses (fatores)", opina a revista.
A reportagem desta quinta-feira tem um tom distinto do defendido na edição da semana passada, quando a
Economist apontou que a fusão do Pão de Açúcar com o Carrefour no Brasil, se concretizada, teria a
vantagem de trazer novas "habilidades" ao país e "talvez ajudasse o novo empreendimento a entrar em outros
mercados". BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização
por escrito da BBC.
VALOR ECONÔMICO DE 08 DE JULHO DE 2011
CADE QUER GARANTIR FORTE CONCORRÊNCIA NO SETOR
Juliano Basile | De Brasília
Os integrantes do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), que discutem a ideia de nomear um
interventor para a Sadia, têm dúvidas sobre a eficácia da venda fatiada da empresa para um concorrente do
setor. Eles querem garantir a existência de um rival efetivo da BRF-Brasil Foods, uma empresa que tenha
condições de vender produtos a preços mais baixos sempre que houver eventuais aumentos da Sadia e da
Perdigão. Se a companhia não aceitar a venda para um único rival, os conselheiros podem não aceitar o
acordo.
Para implementar uma eventual decisão que mande vender parte ou a totalidade da Sadia, a solução seria pedir
à Justiça a nomeação de um interventor para a empresa. O interventor seria nomeado por um juiz, que
definiria as suas funções e condições na Sadia, como salário e providências a serem tomadas. Pela lei, o
interventor pode ficar até 180 dias na empresa.
A medida é drástica, mas está sendo considerada dentro do conselho. A nomeação do interventor está prevista
no artigo 69 da Lei Antitruste (nº 8.884) e só foi feita uma vez no Cade no caso em que a Owens Corning se
recusou a vender uma fábrica da Saint Gobain. A venda foi uma imposição do Cade para aumentar a
concorrência no setor de fibras de vidro, que estava sob o domínio da Owens.
A empresa se recusou a implementá-la e recorreu ao Judiciário. Para fazer valer a sua decisão, o órgão
antitruste pediu à Justiça que determinasse um interventor para a Owens. O juiz aceitou o pedido do Cade.
Pouco antes de o interventor chegar, a Owens concordou em se desfazer da fábrica, que foi vendida para uma
grande companhia chinesa, no começo do ano.
Como esse caso de nomeação de um interventor é recente e teve sucesso, pois a fábrica foi vendida para um
concorrente, o Cade estuda reeditá-lo na operação Sadia-Perdigão.
A ideia inicial dos conselheiros ainda é a de chegar a um acordo com a BRF. A empresa já ofereceu vender
cadeias integradas de produção, que envolvem sistemas de abates de animais, centrais de produção e de
distribuição. Mas as negociações estão difíceis nos mercados em que a concentração é alta e naqueles em que
a companhia não quer se desfazer das marcas Sadia e Perdigão. Por isso, os integrantes do Cade já estão
discutindo uma eventual intervenção na Sadia.
O julgamento da operação no Cade será retomado no dia 13. Até lá, os conselheiros devem se reunir todos os
dias para discutir as ofertas da Brasil Foods em cada mercado.
CADE ESTUDA A PROPOSTA DE INTERVENÇÃO NA SADIA
Juliano Basile | De Brasília
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O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) discute a ideia de pedir a nomeação de um
interventor para a Sadia. O objetivo é garantir a execução de eventuais restrições que o órgão antitruste
imponha à BRF, caso não haja acordo nas negociações entre os conselheiros e os representantes da companhia
até dia 13, quando o julgamento do caso será retomado no Cade.
Por enquanto, as negociações estão difíceis. A empresa ofereceu vender vários ativos, como marcas, fábricas,
sistemas de abates e de produção, mas os conselheiros pedem mais. A maior dificuldade está nos mercados em
que as marcas principais são Sadia e Perdigão e que a concentração supera 70%. Neles, a BRF insiste em
manter as marcas principais.
A concentração no mercado de perus, por exemplo, é preocupante, porque Sadia e Perdigão têm mais de 80%.
Segundo o relator, Carlos Ragazzo, nem a Marfrig poderia fazer frente a eventuais aumentos de preços. Em
mercados de alimentos congelados, como pizzas e lasanhas, a concentração também chega a mais de 70% e a
entrada de novos concorrentes foi considerada improvável pelo relator.
O Cade poderia assinar um acordo em alguns mercados em que a oferta da BRF seja considerada boa, mas não
em outros, nos quais a proposta ainda seria insuficiente para garantir a concorrência em razão do domínio
dessas duas marcas. Nessa hipótese, o órgão antitruste teria de ordenar a venda de parte da Sadia para
concorrentes. Ou mesmo adotar uma solução mais extrema e ordenar a venda de toda a Sadia, conforme
proposta de Ragazzo em voto que foi elogiado pelos quatro conselheiros que vão julgar o processo. Por isso, a
possível intervenção seria na Sadia, por meio de um pedido do Cade à Justiça. A lei permite que o interventor
fique até 180 dias na empresa.
Segundo um integrante do Cade, a solução não precisa ser a mesma para os 30 mercados que envolvem a
operação. Ou seja, o órgão antitruste pode chegar a um acordo mais forte para a venda de ativos num mercado
do que em outro. O problema é que a companhia pode aceitar vender ativos num setor e não naqueles em que
quer manter as suas marcas principais. Nessa hipótese, o acordo não seria completo.
O ESTADO DE SÃO PAULO DE 09 DE JULHO DE 2011
BRF PODE VENDER 50% DAS FÁBRICAS DO MERCADO INTERNO
Acordo que está sendo negociado pela empresa com o Cade prevê a venda de marcas como Resende,
Confiança e Batavo
No acordo que está sendo negociado com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), do
Ministério da Justiça, a Brasil Foods (BRF) deve se comprometer a vender ativos que equivalem entre 40% e
50% de sua produção voltada para o mercado interno. Se for adicionada a fatia voltada à exportação, que não
foi incluída nas discussões, esse porcentual é menor.
Na avaliação de fontes ligadas à negociação, a empresa se comprometeu com um pacote significativo de
concessões, que incluiu a venda de fábricas e centros de distribuição, acesso a fornecedores e praticamente
todas as marcas de combate - as mais populares. Estariam na lista de venda marcas como Resende, Confiança,
Wilson, Escolha Saudável e Batavo.
O pacote é bem diferente da primeira proposta entregue pela BRF ao Cade, que não previa venda, mas apenas
ceder fábricas, centros de distribuição e acesso a fornecedores para um concorrente por dois anos. O
conselheiro Ricardo Ruiz chegou a classificar a oferta como "institucionalização do cartel". Na época, as
unidades envolvidas representavam 15% da produção da empresa voltada ao mercado local.
Se o Cade e a BRF conseguirem chegar a um acordo, será assinado um Termo de Compromisso de
Desempenho (TCD). É praxe nesses casos indicar uma consultoria para acompanhar o cumprimento do TCD.
Não será uma tarefa fácil, porque são mais de 300 mil pontos de venda.
A BRF já conta hoje com o trabalho da auditoria Ernest &Young, que fiscaliza o Acordo de Preservação de
Reversibilidade de Operação (Apro) assinado com o Cade pouco depois do negócio ser anunciado e que
garante que as empresas fiquem separadas até o julgamento.
A fusão entre Sadia e Perdigão, que deu origem à Brasil Foods, foi anunciada em maio de 2009. Durante o
processo de análise pelo Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência, o negócio recebeu pareceres cada vez
mais duros das autoridades. As ações da empresa caíram quase 6% desde o início do ano.
O acordo que está sendo costurado entre o Cade e a empresa para aprovar a fusão é uma combinação das duas
alternativas oferecidas na análise feita pela Secretaria de Acompanhamento Econômico (Seae), do Ministério
da Fazenda.
A Seae propôs a suspensão total das marcas Sadia ou Perdigão por um prazo de cinco anos ou a venda de um
conjunto de ativos e marcas populares. Agora os conselheiros do Cade estão negociando com a empresa a
suspensão temporária da marca Perdigão em alguns produtos e a venda de várias marcas de combate.
Recuo. Os conselheiros do Cade estão preocupados, porém, que o acordo seja visto pela opinião pública como
um recuo, depois que o relator do caso, Carlos Ragazzo, votou pela reprovação da fusão. Em seu voto,
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Ragazzo argumentou que a suspensão temporária não é suficiente porque a empresa retomaria a marca depois
de alguns anos, mantendo seu poder de mercado. A Procuradoria do Cade expressou a mesma visão.
Com a saída da marca Perdigão de alguns segmentos, a tendência é que os consumidores de maior poder
aquisitivo migrem para a marca Sadia. Segundo especialistas, o ganho de participação de mercado não seria
tão expressivo, mas aumentaria o poder da empresa de elevar preços.
''FUSÃO É DESTRUIDORA DE EMPREGOS''
Se o negócio for fechado, num primeiro momento todo o esforço das empresas será de corte de custos, diz
especialista
Márcia De Chiara - O Estado de S.Paulo
Entrevista - Nelson Barrizzelli, professor da Universidade de São Paulo
A proposta de fusão do Grupo Pão de Açúcar com a operação brasileira do Carrefour, bancada em boa parte
com recursos públicos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico, é considera "destruidora de
empregos" pelo professor da Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo (USP) e
especialista em varejo, Nelson Barrizzelli.
Ele avalia que toda argumentação usada para justificar a entrada do banco de fomento nesse negócio não tem
nexo. "Num primeiro momento, todas as sinergias que esses dois grupos podem ter para reduzir custos eles o
farão", afirmou. "Pode ser que no futuro, quando eles começarem um processo de expansão, ocorra a geração
de empregos. Mas num primeiro momento não." O economista ressaltou também que os únicos ganhadores
com essa fusão são os dois grupos.
Para o consumidor, dependendo da maneira como o Cade se comportar na avaliação da concorrência, será
indiferente. "Já para os fornecedores, a vida que é difícil e vai ficar mais difícil." Procurado pelo Estado, o
Grupo Pão de Açúcar não se manifestou. A seguir os principais trechos da entrevista.
Como o senhor vê a possível fusão do Carrefour com o Pão de Açúcar? Quem ganha e quem perde? Vejo esse negócio como uma atividade normal de fusões que está ocorrendo no mundo inteiro. Na verdade
não se trata especificamente de uma fusão tradicional, tem vantagem de relacionamento acionário entre os
grupos, mas no fundo os dois grupos estão se juntando. Isso está ocorrendo no mundo inteiro. Se o BNDES
não tivesse entrado, essa seria uma operação absolutamente normal. Quem ganha com essa fusão é, sem
dúvida alguma, os dois grupos, exclusivamente. Eles vão ter sinergias, conseguir reduzir custos fixos,
certamente vão ganhar mais escala.
E o consumidor não ganha? Dependendo da maneira como o Cade se comportar, para o consumidor será indiferente. Isso porque no varejo
não são as organizações que competem, mas as lojas. Se você tiver uma loja do Grupo Pão de Açúcar
isoladamente, ela estará competindo com todas as organizações de pequeno, médio e grande porte que
existirem em volta dela. Vai concorrer com a padaria, com a quitanda, com a feira livre, por exemplo.
Qual é o efeito para a indústria?
A vida que já é difícil e vai ficar mais difícil. Ela já sua gotas de suor grossas, talvez ela vá suar algumas
gotinhas de sangue. A indústria é a parte que terá mais dificuldades. É lógico que isso tem certos limites.
Quando o Pão de Açúcar comprou as Casas Bahia, todo mundo dizia que tinha acabado. Agora a indústria não
vai vender mais, vai ter de dar de graça a mercadoria. Não é bem assim. A pressão dos dois lados tem um
certo limite. Essas empresas varejistas podem pressionar a indústria e a indústria cede até o ponto que vai ter
prejuízo. Se ela vai ter prejuízo, ela não vai ceder mais. Certamente o que aumenta é a pressão negocial. Mas
na hora de fazer o negócio, ele vai ser feito de tal maneira que tem de sobrar algum lucro para os dois lados.
O senhor não vê risco de aumento de preço? Eu acho que não vai haver nem aumento nem redução de preço perceptível. Vai continuar como é hoje. O que
poderia acontecer é esse grupo, pelo seu poder de negociação, continue vendendo pelo preço que vende
atualmente e tenha mais lucro porque principalmente vai reduzir custos fixos pela junção das duas
organizações. Mas eu acho que o consumidor na prática não vai sentir grandes modificações.
O senhor acha que se justifica a entrada do BNDES? De maneira nenhuma. Acho que toda essa argumentação que foi usada para que o BNDES entrasse nesse
negócio não tem absolutamente nenhum nexo. O fato de o BNDES por meio do BNDESPar entrar como sócio
comprando ações não muda absolutamente nada. O dinheiro do BNDES é o dinheiro do BNDES. O dinheiro
do BNDESPar não vem de uma fonte celestial onde nada acontece em relação a aquilo que é o caixa do
BNDES. O papel do BNDES é contribuir para incentivar a infraestrutura brasileira, melhorar a produtividade
da indústria, modernizar a indústria, gerar empregos e assim por diante. Uma fusão dessas é destruidora de
empregos. Num primeiro momento, todas as sinergias que esses grupos podem ter para reduzir custos eles
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farão. Pode ser que no futuro, quando eles começarem um processo de expansão, ocorra a geração de muitos
empregos. Mas num primeiro momento não. Seja pela missão básica do BNDES como banco de fomento, seja
pela própria característica da operação, seja pelo setor ao qual os dois pertencem que é o varejista, não tem
nenhum nexo o BNDES entrar numa operação desse tipo.
Por que o BNDES está envolvido? Não sei explicar, não trabalho no BNDES e não participei da negociação. Você tem de perguntar para o
Coutinho. Eu ouvi até uma explicação, por assim dizer, que esse grupo vai ter uma participação importante no
Carrefour internacional e isso vai permitir que se venda mais produtos brasileiros no exterior. De todas as
explicações essa é a mais esdruxula. Esse Grupo não precisa ter participação no Carrefour internacional para
que o Brasil exporte mais alimentos. Não tem sentido nenhum. Nós não somos grandes exportadores de
alimentos industrializados. Somos exportadores de matérias primas. Alimentos industrializados, na verdade,
não somos nem muito importadores nem exportadores porque são produtos de produção e consumo local.
Dificilmente alguém vai comprar uma lata de palmito do Brasil porque o Pão de Açúcar tem participação no
Carrefour internacional. A pessoa que fala uma coisa dessas não entende de comércio exterior.
Do ponto de vista de mercado, o Walmart será o grande prejudicado se o negócio se concretizar? Qual
será a dinâmica do mercado entre os dois primeiros e os demais? É interessante observar que ocorre mais ou menos uma regionalização dessas grandes organizações. O Grupo
Pão de Açúcar e o Carrefour se concentraram na região Sudeste. O Walmart se concentrou no Norte, Nordeste
e no Sul do Brasil. O que acontece de prático é que hoje, onde o Walmart tem maior dominância, ele não
concorre diretamente com o Carrefour e o Pão de Açúcar. Concorre localmente com algumas lojas, mas não
com o poderio que essas organizações tem na região Sudeste. E vice-versa. O Walmart aqui em São Paulo é
concorrente do Carrefour e do Pão de Açúcar, mas de uma forma muito suave. Dada essa regionalização, o
Walmart não vai sofrer substancialmente.
Quais empresas serão afetadas? Vai ter um certo prejuízo concorrencial para as empresas de porte médio que hoje concorrem com mais
facilidade seja com o Carrefour, seja com o Walmart. Se eles vierem a se juntar e ficarem mais forte
regionalmente, as empresas de porte médio, como por exemplo as do interior de São Paulo, do Rio de Janeiro,
em regiões de Minas Gerais, poderão passar a ter uma concorrência muito mais forte. Na prática, quando
olhamos a maneira pela qual Carrefour e Pão de Açúcar caminharam ao longo desses anos, constatamos que
eles foram deixando alguns espaços para empresas de porte médio.
MINISTÉRIO RECOMENDA APROVAÇÃO DA MÁQUINA DE VENDAS
Célia Froufe - O Estado de S.Paulo
A fila de avaliação de grandes fusões no comércio começou a andar. Após um ano e quatro meses do anúncio
da união entre as Lojas Insinuante e Ricardo Eletro, o Ministério da Fazenda concluiu que o negócio não traz
problemas à concorrência e recomendará ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) que
aprove a operação, sem restrições.
O parecer da Secretaria de Acompanhamento Econômico (Seae) do Ministério da Fazenda deve ser publicado
na próxima semana. O documento será encaminhado à Secretaria de Direito Econômico (SDE), do Ministério
da Justiça, antes de ser levado ao Cade. A SDE costuma acompanhar as recomendações da Seae. A fusão das
duas redes varejistas - que opera sob a holding Máquina de Vendas - criou o segundo maior grupo do setor no
Brasil, com 8% do mercado.
A criação de mais essa gigante do varejo se soma à onda de formação de grandes conglomerados no País. A
união fica atrás apenas do Pão de Açúcar, que aguarda uma decisão do Cade a respeito das compras de Ponto
Frio e Casas Bahia - juntas, elas detém mais de 20% do mercado varejista. A rede Magazine Luiza, que tem
uma fatia de 6%, também espera o aval para as operações envolvendo o Baú da Felicidade e as Lojas Maia.
No órgão antitruste, a relatoria do processo sobre a Máquina de Vendas caberá ao conselheiro Carlos Ragazzo,
o mesmo que votou contra a fusão entre Sadia e Perdigão. Os dois casos envolvendo o Pão de Açúcar (Casas
Bahia e Ponto Frio) serão tratados separadamente pelo Cade e ambos estão com o conselheiro Marcos
Veríssimo.
O grupo fruto da fusão entre Ricardo Eletro e Insinuante fatura R$ 5,7 bilhões, com 750 lojas no País, exceto
na região Sul.
A projeção do faturamento do grupo para este ano é de R$ 6,3 bilhões e, para 2014, de R$ 10 bilhões. A meta
do grupo para 2014 é atingir um total de mil lojas e um quadro de funcionários formado por 30 mil pessoas -
atualmente são 21,3 mil. A expectativa de crescimento vai na esteira do aumento da renda dos brasileiros,
principalmente dos que estão integrando a classe média.
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CADE QUER SUSPENDER MARCA PERDIGÃO
Negociação para aprovar a fusão com a Sadia prevê a proibição temporária da marca em produtos com maior
concentração de mercado
Raquel Landim - O Estado de S.Paulo
O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e a Brasil Foods estão negociando a suspensão
temporária da marca Perdigão nos segmentos em que existe maior concentração de mercado. Esse é o
principal ponto do acordo que vem sendo costurado para tentar aprovar a fusão de Sadia e Perdigão, depois
que um conselheiro do Cade sugeriu vetar a operação por provocar prejuízos ao consumidor.
As negociações, no entanto, não estão concluídas e devem prosseguir até o julgamento, marcado para quarta-
feira. Segundo o Estado apurou, existe consenso entre o Cade e a empresa sobre o "remédio", mas a disputa é
acirrada sobre a "dosagem". Não há definição em quantos mercados seria feita a suspensão da marca Perdigão,
nem por quanto tempo. Fontes próximas à discussão indicam que a suspensão do uso da marca pode ocorrer
em pelo menos seis grupos de produtos, por um prazo máximo de cinco anos. Mas o nos termos finais do
acordo ainda podem variar bastante.
Com a união das marcas Sadia e Perdigão, a participação de mercado da Brasil Foods chega a 70% em pizzas
prontas, 80% em hambúrgueres e empanados de frango, 90% em lasanhas. Os porcentuais também são muito
elevados em mercados como o de presunto (70%), linguiça defumada (70%), kit festa aves (90%), carne in
natura peru (70%), entre outros. Os dados são da Procuradoria do Cade.
O acordo não prevê restrições para a marca Sadia, que é considerada "premium" e tem preços mais altos. Essa
marca está sendo preservada porque é a mais forte na exportação, sendo conhecida em países como Arábia
Saudita e Rússia. Também está previsto no acordo a venda de marcas populares e de muitas fábricas e centros
de distribuição (leia reportagem na pág. B3).
Nesse ponto da negociação, a suspensão da marca Perdigão se tornou aceitável para a Brasil Foods, que
chegou a declarar várias vezes que não faria concessões nas marcas principais. Segundo uma fonte ligada ao
processo, a suspensão "pelo menos preserva o sentido da fusão" que seria perdido se uma das marcas
principais fosse vendida.
Mas a solução de suspender temporariamente a marca Perdigão é polêmica e ainda gera dúvidas entre os
conselheiros do Cade. O órgão está tentando impor condições para que a empresa não se aproveite da
oportunidade para lançar outra marca ou ocupar espaço da Perdigão com uma marca que já existe, mantendo
seu poder de mercado.
Não é a primeira vez que o Cade adota a solução de suspender uma marca. No passado, o resultado não foi
bom. Em 1996, o órgão exigiu que a Colgate suspendesse por quatro anos a marca Kolynos. A empresa lançou
então o creme dental Sorriso no mesmo patamar de preço e até com a mesma identidade visual. A substituição
foi tão bem sucedida que a Colgate decidiu não voltar a usar a marca Kolynos.
GOL COMPRA WEBJET POR R$ 310,7 MILHÕES
Gol pagará R$ 96 milhões pela rival, e assumirá a diferença em dívidas
Melina Costa, Patrícia Cançado e Glauber Gonçalves - O Estado de S.Paulo
A Gol anunciou ontem a compra da Webjet por R$ 96 milhões em uma transação que, incluindo dívidas,
chega a R$ 310,7 milhões. Com apenas 5,16% de participação no mercado doméstico e uma frota de aviões
velhos, a Webjet atraiu a atenção da Gol por causa dos slots (horários de pouso e decolagem) que detém em
aeroportos centrais do País, como os de Guarulhos e Santos Dumont, no Rio de Janeiro.
"A Gol não está comprando a Webjet. Ela está comprando os slots da empresa. O que eles vão querer com
aviões velhos?", resume o professor Elton Fernandes, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Como os maiores aeroportos do País enfrentam graves deficiências de infraestrutura que impedem a concessão
de novos slots pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), as únicas saídas para crescer nesses locais são
a compra de aeronaves maiores ou a aquisição de empresas que voem nesses locais.
Essa não é a primeira investida da Gol sobre a Webjet. Outra tentativa feita há cerca de dois anos não foi bem
sucedida porque a proposta da companhia comandada pela família Constantino não agradou à Webjet.
Uma operação do tipo já era esperada pelo mercado. Para especialistas, a Webjet chegou a um ponto em que
precisava se capitalizar para ganhar espaço. No entanto, a empresa, que já foi a terceira em participação no
mercado doméstico, ficou estagnada, enquanto a Azul, que entrou depois no mercado, avançou gradualmente
até tomar sua posição.
Uma das saídas vislumbradas pela Webjet foi a abertura do capital. Depois de iniciar os trabalhos para
realizar, em fevereiro, uma oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), a Webjet desistiu da
empreitada em maio, receosa com a escalada nos preços internacionais do petróleo. Ao mesmo tempo, no
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entanto, o controlador da companhia aérea, Guilherme Paulus, dava outras tacadas na tentativa de capitalizar a
Webjet.
Em Brasília. Dono da empresa desde 2007, o também fundador da operadora de turismo CVC é figura
recorrente na capital federal. Segundo fontes, ele é o empresário que mais ativamente tem atuado na defesa do
aumento do limite de participação estrangeira em empresas aéreas brasileiras de 20% das ações com direito a
voto para 49%.
O texto que altera o Código Brasileiro de Aeronáutica chegou a ir este ano para votação no plenário da
Câmara dos Deputados, mas acabou sendo retirado da pauta.
O aumento do limite era interessante para Paulus que, segundo fontes, também mantinha contato com o fundo
de investimentos Irelandia Aviation, da família que fundou a aérea irlandesa Ryanair. As relações com o
fundo continuaram pelo menos até a entrada com os papéis na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para
realização do IPO. Neles, Charles Clifton, que trabalhou 16 anos na Ryanair e é sócio do fundo Irelandia, é
apresentado como membro do Conselho de Administração e assessor da Webjet.
Mesmo com a incorporação das operações da Webjet, a Gol alcançaria a mesma fatia de participação que a
líder TAM no mercado doméstico.
Enquanto Gol e Webjet juntas ficaram com uma fatia de 40,55% em maio, a TAM respondeu por 44,43% da
demanda. Para especialistas, o tamanho modesto da Webjet não deve desencadear uma concentração que
preocupe o mercado, o que deve facilitar a aprovação da operação pelo Conselho Administrativo de Defesa
Econômica (Cade).
"Do ponto de vista legal e do histórico (de atuação) do Cade, não vejo grandes entraves (à operação)", diz o
especialista em direito aeroviário Guilherme Lopes do Amaral, do escritório Aidar SBZ Advogados.
Ele lembra que os movimentos de consolidação são a principal forma encontrada pelas companhias aéreas
brasileiras - que tradicionalmente trabalham com margens apertadas - para reduzir custos.
O ESTADO DE SÃO PAULO DE 10 DE JULHO DE 2011
VAREJO NO ATACADO
Operação pretendida pelo Pão de Açúcar não nacionaliza o grupo, apenas aumenta o poder de arbítrio do dr.
Abilio, avalia articulista
Carlos Lessa - O Estado de S.Paulo
Nas últimas semanas, a fusão do grupo Pão de Açúcar com o grupo Carrefour para a criação do Novo Pão de
Açúcar abriu um debate que percorreu a dimensão ética, jurídica, de interesse privado e dos interesses
nacionais. Praticamente todos os articulistas da mídia impressa, televisiva e radiofônica colocaram em pauta a
questão (corretamente, pois o BNDES, banco histórico do desenvolvimento industrial brasileiro, estava se
propondo a aplicar mais de US$ 2 bilhões em uma operação global de quase US$ 3 bilhões!).
Pelo lado ético, foram feitos reparos a diversos protagonistas públicos e privados envolvidos na operação.
Pelo ângulo jurídico, a redução do peso do grupo francês Casino em um Novo Pão de Açúcar tem as
características de um divórcio parcial do empresário brasileiro e sua nova parceria com outro grupo francês, o
Carrefour. Tem ou não um valor impeditivo para a operação pretendida (a existência de um acordo de
acionistas entre o Pão de Açúcar e o Casino)? Neste momento, tudo leva a crer que a operação é juridicamente
contestável e, levada aos tribunais, seria extremamente nociva para os parceiros atuais e os novos (Carrefour e
BNDES). Isso, aparentemente, não foi levado em conta pelo BNDES, que não apenas avançou num
comprometimento prévio com Abilio Diniz como lhe pôs nas mãos o poderoso argumento de R$ 3,7 bilhões.
Hoje, 7 de junho, li em jornal de grande circulação que o dr. Abilio declarou: "Fiz um trabalho extenuante".
Costurar esse trabalho que foi feito não é fácil e entendo por quê; afinal, não é todos os dias que um
empresário pode dizer a outros: tenho a chave para um suprimento financeiro superior a US$ 2 bilhões.
Luciano Coutinho, atual presidente do BNDES, declarou antes da controvérsia que o BNDES somente faria a
operação se houvesse acordo do grupo Casino. O negócio não foi desmanchado, por isso o dr. Abilio, com a
chave do BNDES, desafia o grupo Casino a demonstrar que a fusão não é uma boa ideia. Obviamente, a fusão
é magnífica para o interesse privado do dr. Abilio, que, em entrevista, declara que quer "continuar levando a
companhia que tem o DNA dele". Porém, isso não o impediu de, há alguns anos, assinar com o grupo Casino
o direito de, em 2012, trocar, por R$ 1, a possibilidade de o grupo Casino consolidar os resultados do grupo
Pão de Açúcar, diluindo o seu DNA. Quando assinou o acordo, era pré-datada a diluição do DNA brasileiro. É
transparente a vantagem da operação pretendida para dr. Abilio. É inteiramente obscuro o interesse da
sociedade brasileira nessa fusão que daria origem a um trio (dois franceses e um brasileiro).
É importante advertir a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, que o BNDESPar é o braço do
BNDES em operações no mercado de capitais e que é uma subsidiária 100% de propriedade do banco oficial.
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Este, como a ministra deve saber, é 100% do Tesouro. Assim sendo, são recursos públicos que, pela missão do
BNDES, devem ser aplicados em projetos que gerem emprego e renda para os brasileiros.
Fusões podem ser meritórias, porém essa operação do Pão de Açúcar não nacionaliza o grupo de varejo,
apenas aumenta o poder de arbítrio do dr. Abilio, restaurando seu DNA. Não é uma operação geradora de
crescimento da economia. E, ao contrário do que declarou o ministro do Desenvolvimento, da Indústria e do
Comércio, Fernando Pimentel, não gerará saldo comercial positivo. O ministro declarou que o grupo
Carrefour iria, associado ao Pão de Açúcar, "ampliar exportações brasileiras" (?!). O atual Pão de Açúcar é
uma rede varejista que importa muito mais do que exporta, gerando um saldo comercial negativo. O grupo
Carrefour já participa da rede brasileira de varejo e não é exportador líquido para o varejo mundial; a entrada
do Carrefour não ampliará a rede de varejo. O que amplia o varejo é a multiplicação de emprego e renda no
interior da economia brasileira.
Alguém afirmou que a aplicação do BNDESPar em papéis do Pão de Açúcar é um ótimo negócio para o
BNDES. A elevação de valor patrimonial passa por um aumento futuro de lucratividade do cogitado NPA -
Novo Pão de Açúcar. Isso pode ser obtido por redução dos custos operacionais (inclusive massa de salários)
ou pelo aumento da margem comercial na compra e venda das mercadorias que distribui como rede varejista.
Cabe ao Cade julgar se essa concentração do varejo vai baratear o custo de vida ou a lucratividade maior será
um jogo perverso em relação às famílias brasileiras. De qualquer forma, o BNDES não é vocacionado a
maximizar seu lucro (não é um banco de investimento); é um banco de desenvolvimento cuja primeira função
é ampliar o emprego e a renda dos brasileiros. Tenho a preocupação de que se produza um desgaste na
imagem do BNDES, o que seria um subproduto perverso da cogitada operação.
O dr. Abilio diz que foram encomendados "estudos" a três consultorias para avaliar a operação. É óbvia a
vantagem patrimonial privada de dispor de mais de US$ 2 bilhões de recursos públicos. As três consultorias
devem estar construindo "argumentos" para seduzir o grupo Casino; outras deveriam mostrar "vantagens" para
a sociedade brasileira.
CARLOS LESSA É ECONOMISTA. FOI PRESIDENTE DO BNDES E É PROFESSOR EMÉRITO DA
UFRJN
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ACOMPANHAMENTO LEGISLATIVO
PROJETO DE LEI DA CÂMARA N.º 06/2009 (PL Nº 3937/2004)
O Plenário aprovou, no dia 17/12/2008, o Projeto de Lei 3937/04, que reestrutura o Conselho Administrativo
de Defesa Econômica (Cade). O texto estipula penas e multas para pessoas e empresas que prejudicarem a
ordem econômica. Ele também obriga as empresas a sujeitarem os seus atos de concentração econômica
(fusão, aquisição e outros) a uma análise prévia do Cade. Em 05/02/2009 o Projeto de Lei foi encaminhado ao
Senado Federal para apreciação, tendo sido autuado no Senado Federal sob a epígrafe PLC 06/09. Em
11/02/2009 o Projeto de Lei foi recebido na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado Federal (CAE),
onde o Senador Romero Jucá foi designado relator. Em 06/03/2009, o Sen. Romero Jucá emitiu relatório
opinado pela aprovação integral do Projeto de Lei. Sem que tenha havido manifestação da CAE e, após a
aprovação de dois requerimentos pelo plenário do Senado Federal, o projeto foi remetido à Comissão de
Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT). Em 14/10/2009 a CCT aprovou parecer
favorável, nos termos do parecer do Sen. Wellington Salgado de Oliveira, com as emendas n.ºs 01 a 28-CCT.
O Projeto foi então encaminhado à Comissão de Serviços de Infra-Estrutura (CI), onde o Sen. Wellington
Salgado apresentou a mesma minuta de Parecer já aprovada na CCT, com três emendas. Em 20/10/2009, o
CADE encaminhou memoriais trazendo subsídios para demonstrar a relevância do tema e a importância da
aprovação do Projeto. No dia seguinte, em 21/10/2009, o PLC foi encaminhado, a pedido, ao Presidente da
Comissão, Sen. Fernando Collor. Em 04/11/2009 o projeto foi incluído na pauta da CI e o parecer favorável
aprovado no dia seguinte, 05/11/2009, com as Emendas de nºs 01 a 28-CCT/CI, e as Emendas nºs 29 a 31 CI,
tendo sido designado relator "ad hoc" o Sen. Flexa Ribeiro. Em 21.12.2009 o Senador Aluizio Mercadante
apresentou Emendas n.ºs 33 a 37-PLEN, perante a Mesa. O Projeto será encaminhado às Comissões de
Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática; de Serviços de Infra-Estrutura; de Assuntos
Econômicos; de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle; e de Constituição, Justiça
e Cidadania, para análise das emendas de Plenário.
PROJETO DE LEI Nº 2731/2008 (PLS 75/2005)
O Senado Federal aprovou ao término da última Legislatura o Projeto de Lei do Senado nº 75, de 2005, de
autoria do Senador Pedro Simon. A proposta altera a Lei n.º 8.884, de 11 de junho de 1994 (Lei de Defesa da
Concorrência) para, dentre outras mudanças menos relevantes, excluir parte do disposto pelo § 7º do art. 54 da
referida Lei e assim acabar com a existência de aprovação automática de atos de concentração após 60 dias
sem que o Conselho Administrativo de Defesa da Concorrência (CADE) tenha se manifestado. O projeto
seguiu para análise pela Câmara dos Deputados e tramitará sob o número 2731/2008, tendo sido apensado ao
Projeto n.º 1767/2007 e enviado à Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio (CDEIC)
para parecer. Em 21 de maio 2008, foi designado como Relator do projeto o Deputado Antônio Andrade
(PMDB-MG).
[SEM ALTERAÇÃO]
PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR Nº 265/2007
Trata-se de Projeto de Lei Complementar do Senado Federal que estabelece a competência do Conselho
Administrativo de Defesa Econômica (CADE) para fiscalizar e punir condutas lesivas à ordem econômica e à
concorrência no âmbito do sistema financeiro. Na Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e
Comércio o Projeto recebeu Parecer pela aprovação com emendas, incluindo prazo de 60 dias para aprovação
automática no caso de não manifestação. Desde junho de 2008, o Projeto encontra-se na Comissão de
Finanças e Tributação, aguardando elaboração de Parecer pelo Relator, Dep. Antonio Palocci.
[SEM ALTERAÇÃO]
EMENDAS AO PROJETO DE LEI DA CÂMARA N.º 6, DE 2009
EMENDA Nº 33 PLENÁRIO AO PROJETO DE LEI DA CÂMARA Nº 6, DE 2009
Acrescente-se o inciso XX ao art. 9º do PLC nº 6, de 2009, com a seguinte redação:
Art. 9º
XX - firmar contratos e convênios com órgãos ou entidades nacionais e submeter, previamente, ao Ministro de
Estado da Justiça os que devam ser celebrados com organismos estrangeiros ou internacionais;
JUSTIFICATIVA
O CADE, como todo órgão colegiado, tem em seu Plenário a instância máxima de deliberação, o que dá
legitimidade às suas decisões. Tal legitimidade deve dizer respeito não somente às decisões de mérito dos
processos e procedimentos da competência da autarquia, mas também às decisões administrativas estratégicas
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que digam respeito ao bom funcionamento do órgão que, afinal, é condição necessária à qualidade de suas
decisões de conteúdo.
Sala das Sessões, de dezembro de 2009
Senador Aloizio Mercadante (PT-SP)
EMENDA Nº 34 PLENÁRIO AO PROJETO DE LEI DA CÂMARA Nº 6, DE 2009
Suprima-se o inciso XI do art. 10º do PLC nº 6, de 2009, renumerando-se os demais.
JUSTIFICATIVA
O CADE, como todo órgão colegiado, tem em seu Plenário a instância máxima de deliberação, o que dá
legitimidade às suas decisões. Tal legitimidade deve dizer respeito não somente às decisões de mérito dos
processos e procedimentos da competência da autarquia, mas também às decisões administrativas estratégicas
que digam respeito ao bom funcionamento do órgão que, afinal, é condição necessária à qualidade de suas
decisões de conteúdo.
Diante disso, sugiro a supressão do dispositivo que delega ao Presidente do Tribunal a competência para
firmar contratos e convênios com órgãos ou entidades nacionais.
Sala das Sessões, de dezembro de 2009
Senador Aloizio Mercadante (PT-SP)
EMENDA Nº 35 PLENÁRIO AO PROJETO DE LEI DA CÂMARA Nº 6, DE 2009
Altere-se o inciso II do art. 19 do PLC nº 6, de 2009, que passará a ter a seguinte redação:
―Art. 19.
II - opinar, quando considerar pertinente, sobre minutas de atos normativos elaborados por qualquer entidade
pública ou privada submetidos à consulta pública, nos aspectos referentes à promoção da concorrência, bem
como nos demais atos dessas entidades que possam de qualquer forma limitar ou prejudicar a livre
concorrência e a livre iniciativa, ou que possam afetar o interesse geral dos agentes econômicos e dos
consumidores.‖
JUSTIFICATIVA
A redação que proponho é mais ampla para regular a participação da Secretaria de Acompanhamento
Econômico na promoção da concorrência, de forma a possibilitar a manifestação daquele órgão nos atos onde
possa haver prejuízo à livre concorrência ou ao interesse geral dos agentes econômicos. Adicionalmente, as
competências ali previstas limitam-se materializar uma prática já exercida. Não há que se falar em
"usurpação" de competências das agências reguladoras, visto que a manifestação da Secretaria é meramente
opinativa.
Sala das Sessões, de dezembro de 2009
Senador Aloizio Mercadante (PT-SP)
EMENDA Nº 36 PLENÁRIO AO PROJETO DE LEI DA CÂMARA Nº 6, DE 2009
Dê-se ao inciso I do art. 37 do PLC nº6, de 2009, a seguinte redação:
―Art. 37.
I - no caso de empresa, multa de 0,1% a 30% do valor do faturamento bruto da empresa, grupo ou
conglomerado obtido, excluídos os impostos, no último exercício anterior à instauração do processo
administrativo, a qual nunca será inferior à vantagem auferida, quando for possível sua estimação;‖
JUSTIFICATIVA
A aplicação de multas pela administração pública, como muitas vezes é objeto de recurso ao Poder Judiciário,
necessita de critérios claros e objetivos. Nesse sentido, também é importante que os administrados consigam
ter algum nível de previsibilidade sobre a ação do Poder Público. Um critério que utilize como base de cálculo
da multa a noção de mercado relevante não garante essa objetividade, tendo em vista tratar-se de definição em
casos concretos freqüentemente passíveis de análises econômicas díspares. Desse modo, acredito que a
redução do patamar mínimo de 1% para 0,1% já será suficiente para garantir a proporcionalidade necessária
entre a conduta tipificada e a penalidade aplicada, mantendo o critério objetivo baseado no faturamento bruto.
Por fim, excluí os impostos do cálculo da multa também para manter a proporcionalidade da multa.
Sala das Sessões, de dezembro de 2009
Senador Aloizio Mercadante (PT-SP)
EMENDA Nº 37 PLENÁRIO AO PROJETO DE LEI DA CÂMARA Nº 6, DE 2009
Dê-se ao inciso I do art. 88 do PLC nº6, de 2009, a seguinte redação:
―Art. 88.
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I – pelo menos um dos grupos envolvidos na operação tenha registrado, no último balanço, faturamento bruto
anual ou volume de negócios total no País, no ano anterior à operação, equivalente ou superior a R$
400.000.000,00 (quatrocentos milhões de reais);
JUSTIFICATIVA
O faturamento mínimo de R$ 400.000.000,00 corresponde ao critério atual de submissão dos atos de
concentração ao CADE e a utilização desse critério tem levado o órgão a aprovar, sem restrições,
aproximadamente 90% desses atos. A diminuição desse limite para R$ 150 milhões certamente faria o CADE
analisar operações que não possuem nenhum impacto concorrencial, desperdiçando recursos públicos.
PARECER Nº , DE 2010 DA COMISSÃO DE SERVIÇOS DE INFRAESTRUTURA
RELATOR: Senador FRANCISCO DORNELLES
PARECER Nº , DE 2010 Da COMISSÃO DE SERVIÇOS DE INFRAESTRUTURA, sobre as emendas de
Plenário oferecidas ao Projeto de Lei da Câmara nº 6, de 2009, do Deputado Carlos Eduardo Cadoca, que
estrutura o Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência; dispõe sobre a prevenção e repressão às infrações
contra a ordem econômica; altera a Lei nº 8.137, de 27 de dezembro de 1990, o Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de
outubro de 1941 – Código de Processo Penal, e a Lei nº 7.347, de 24 de julho de 1985; revoga dispositivos da
Lei nº 8.884, de 11 de junho de 1994, e a Lei nº 9.781, de 19 de janeiro de 1999; e dá outras providências.
RELATOR: Senador FRANCISCO DORNELLES
I – RELATÓRIO
O Projeto de Lei da Câmara nº 6, de 2009, incorpora Substitutivo aprovado na Câmara dos Deputados ao
Projeto de Lei nº 3.937, de 2004, de autoria do Deputado Carlos Eduardo Cadoca, e ao Projeto de Lei nº
5.877, de 2005, de autoria do Poder Executivo, e tem por objetivo estruturar o Sistema Brasileiro de Defesa da
Concorrência. Na redação proposta, cento e vinte e oito artigos compõem o Projeto.
No Senado Federal, o parecer apresentado e aprovado pela Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação,
Comunicação e Informática (CCT), de autoria do Senador Wellington Salgado, concluiu pela aprovação do
PLC nº 6, de 2009, com vinte e oito emendas.
O parecer apresentado e aprovado pela Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI), de autoria do Senador
Wellington Salgado, concluiu pela aprovação do PLC nº 6, de 2009, com todas as emendas apresentadas pela
CCT e com três emendas adicionais.
Na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), o parecer do relator Senador Romero Jucá concluiu pela
aprovação do PLC nº 6, de 2009, com o acolhimento de todas as emendas apresentadas cumulativamente pela
CCT e pela CI.
O parecer apresentado e aprovado pela Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e
Controle, de autoria do Senador João Pedro, concluiu pela aprovação do PLC nº 6, de 2009, com todas as
vinte o oito emendas apresentadas pela CCT, salvo a Emenda nº 21, a qual foi aprovada nos termos da
Subemenda CMA nº 1, e com a apresentação de uma Emenda nº 32-CMA. O parecer concluiu, ainda, pela
aprovação das emendas nºs 30 e 31-CI e pela rejeição da emenda nº 29-CI.
O parecer apresentado e aprovado pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania, de autoria do Senador
Romero Jucá, concluiu pela aprovação do PLC nº 6, de 2009, com o acolhimento das emendas apresentadas
pela CCT, CI e CMA, nos termos propostos pelo parecer da CMA, isto é, com a rejeição da emenda nº 29-CI.
Em Plenário, o Senador Aloizio Mercadante apresentou cinco emendas, de nºs 33 a 37, a seguir descritas.
As Emendas nºs 33 e 34 alteram os arts. 9º e 10 do PLC nº 6, de 2009, com um único objetivo: retirar do
Presidente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) a competência exclusiva para celebrar
convênios e contratos em nome da instituição. Pelas emendas, tal competência passa a ser do Plenário do
Cade. A justificativa anota que tal atribuição ao colegiado fomentará a legitimidade dos acordos celebrados
pelo Cade.
A Emenda nº 35 altera o art. 19 do PLC nº 6, de 2009, para ampliar os poderes da Secretaria de
Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda (SEAE/MF) no papel de ―advogada da
concorrência‖, isto é, no seu poder opinativo sobre atos e normas implementados por qualquer autoridade
pública ou privada, em especial pelas agências reguladoras. Pela emenda, não apenas os atos submetidos por
tais entidades à consulta pública poderão ser objeto de análise opinativa da Seae/MF, mas quaisquer atos
praticados por tais entidades, ainda que não submetidos à consulta pública.
A Emenda nº 36 altera o art. 37 do PLC nº 6, de 2009, com o intuito de diminuir em dez vezes o valor mínimo
da multa que o Cade deve impor ao condenado por infração da ordem econômica. Pela redação original do
PLC nº 6, de 2009, a multa mínima é de 1% do faturamento bruto da empresa condenada. Pela emenda, a
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multa mínima passa a ser de 0,1% do faturamento bruto. Há outra mudança: pelo PLC nº 6, de 2009, a base de
cálculo é o faturamento bruto obtido no mercado relevante considerado; e, pela emenda, a base de cálculo
volta a ser o faturamento bruto do infrator, no seu valor global, mas excluído o valor pago a título de tributos.
A Emenda nº 37 restabelece o critério da lei em vigor, Lei nº 8.884, de 11 de junho de 1994, para a
apresentação de atos de concentração econômica ao Cade: ter um dos grupos envolvidos registrado, no
mínimo, R$ 400.000.000,00 de faturamento bruto no ano anterior ao da realização da operação de
concentração econômica. Pela redação original do PLC nº 6, de 2009, mais casos de uniões empresariais
devem ser apresentados ao Cade, já que o piso de faturamento foi fixado em R$ 150.000.000,00.
As Emendas de Plenário foram submetidas à análise da Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação,
Comunicação e Informática, a qual proferiu parecer pela aprovação de todas as emendas, com subemenda às
Emendas nº 33 e 34, e desta Comissão. Após sua apreciação, a matéria será encaminhada às Comissões de
Assuntos Econômicos, Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle, e, ao final, à
Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania.
II – ANÁLISE
Foram observadas as regras pertinentes à regimentalidade, dado que, nos termos do art. 104 do Regimento
Interno do Senado Federal, cabe a esta Comissão opinar sobre assuntos correlatos aos transportes e às
agências reguladoras, sendo que o Cade se assemelha às agências, ao regular e aplicar a defesa da
concorrência no Brasil.
As Emendas nºs 33 e 34 devem ser acolhidas, na forma da submenda apresentada pela Comissão de Ciência,
Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática, a qual acolhe a Emenda nº 33 e torna prejudicada a
Emenda nº 34, porquanto o Plenário do Cade deve se ocupar da análise de convênios e contratos a serem
celebrados pela entidade.
De fato, as tarefas relacionadas à celebração de convênios não podem ser desempenhadas, a contento,
exclusivamente pelo Presidente do Tribunal. É necessário o crivo do Conselho, a fim de garantir a celebração
de convênios que sejam oportunos para o Cade. A subemenda corrige, também, o tema relacionado à
excessiva concentração de poderes na figura do Superintendente-Geral.
A Emenda nº 35 é bastante meritória, porque amplia os poderes da Seae/MF no papel de ―advogada da
concorrência‖, isto é, no seu poder opinativo sobre atos e normas implementados por qualquer autoridade
pública ou privada, no que se refere aos efeitos concorrenciais ou anticoncorrenciais de tais atos.
O mérito da Emenda nº 35 reside no fato de que, muitas vezes, é o próprio Estado que, por meio de suas
agências reguladoras e outros órgãos setoriais, cria regras anticoncorrenciais, impedindo ou dificultando, por
exemplo, que novas empresas ingressem em mercados pouco competitivos. A despeito de a redação original
do PLC nº 6, de 2009, já prever a competência da Seae/MF nesses casos, havia a restrição à análise exclusiva
dos atos colocados em regime de consulta pública. Pela Emenda nº 35, de forma salutar, todo e qualquer ato
de tais entidades, ainda que não tenha sido colocado em consulta pública, poderá ser apreciado pela Seae/MF.
A Emenda nº 36 deve ser acolhida, mas na forma de subemenda. Explica-se.
Tanto a lei em vigor, Lei nº 8.884, de 11 de junho de 1994, como o PLC nº 6, de 2009, merecem ser
modificados em um relevante aspecto: o teto legal fixado para o montante da multa administrativa a ser
aplicada pelo Cade em caso de condenação da empresa ré por infração da ordem econômica.
O parâmetro em vigor, que é de 30% do faturamento bruto anual de uma empresa, é excessivo e atenta contra
os princípios constitucionais da livre iniciativa econômica, da função social da propriedade e da empresa e da
busca do pleno emprego dos fatores de produção. Isso porque o pagamento de multa em tal valor decerto
levaria a empresa condenada a paralisar suas atividades, no todo ou em parte substancial, bem como a
conduziria ao inadimplemento de suas dívidas trabalhistas, previdenciárias e fiscais, dentre outras, em especial
com seus parceiros empresariais.
A solução proposta, de fixar o teto em 20% do faturamento bruto anual de uma empresa, atende ao princípio
da proporcionalidade em matéria econômica e é capaz de inibir a prática de ilícitos concorrenciais.
A emenda que ora se propõe reduz também o piso da multa, que cai de 1% para 0,1% do faturamento bruto
anual que a empresa infratora obteve com a atividade empresarial na qual ocorreu a infração, solução que
também atende ao princípio da proporcionalidade em matéria econômica, concedendo-se ao Cade maior
discricionariedade na adoção de um valor justo e razoável para a multa punitiva.
Da mesma forma, deve ser reduzida a multa aplicada ao administrador da empresa infratora, cujo teto deve ser
de 20% da multa aplicada à empresa.
Digna de nota é a expressa previsão legal de que o administrador deverá ser punido apenas se comprovada a
sua culpa ou dolo, conforme o sistema estabelecido pela lei de sociedade por ações (art. 158 da Lei nº 6.404,
de 1976), porque, do contrário, estar-se-ia criando um tipo de responsabilidade objetiva para o administrador,
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o que seria contrário à tradição jurídica de responsabilidade do mandatário da sociedade apenas se praticar
atos com dolo ou culpa.
Outro ponto é a necessária alteração do art. 98 do PLC nº 6, de 2009, a fim de que a empresa infratora,
condenada pelo Cade ao pagamento de multa, possa em juízo oferecer embargos à execução da multa
mediante a prestação de caução por qualquer tipo de bem ou garantia, real ou fidejussória, e não apenas
caução em dinheiro, como exige a atual redação do projeto.
Por fim, é meritória a Emenda nº 37, mas também na forma de outra Subemenda, porque o controle prévio de
atos de concentração econômica deve ter seu prazo reduzido de 240 dias, como anota o PLC nº 6, de 2009,
para 120 dias, admitida uma prorrogação por mais 60 dias, por solicitação das empresas participantes do ato
de concentração econômica, ou uma prorrogação por mais 90 dias, por decisão do Tribunal e devidamente
justificada com as informações adicionais necessárias à instrução, sistema conhecido nos EUA como second
request.
O prazo de 120 dias, extensíveis por mais 60 dias ou 90 dias, conforme o caso, é próximo ao da lei atual e está
em consonância com a experiência internacional, na qual, em regra, realiza-se o controle prévio de fusões e
aquisições em prazo que varia de 60 a 120 dias.
Um prazo menor do que o previsto no projeto, de 240 dias, representa uma necessidade imperiosa, em razão
do grau de agilidade da economia. Do contrário, poderá ficar comprometida a própria viabilidade econômica
da operação.
Daí a necessidade de alterar os artigos do projeto que fixam prazos para as diversas etapas da análise do ato de
concentração econômica (53, 54, 55, 56, 57, 58, 59, 60, 64, 65 e 88), a fim de eliminar a menção a tais prazos,
os quais poderão ser descritos e revistos em regulamento, o que é mais apropriado.
Basta menção ao prazo padrão – de 120 dias – e à possibilidade de sua prorrogação, por uma única vez, seja a
pedido das empresas requerentes ou a pedido do Tribunal.
Os valores mínimos das operações de concentração econômica que são compulsoriamente submetidas à
apreciação do Cade são os mesmos positivados em 1994. Estão, portanto, a merecer reajuste, dada a inflação
acumulada no período, desde a implantação do Plano Real até os dias de hoje. Os novos valores alcançados –
um bilhão de reais e quarenta milhões de reais, respectivamente – coadunam-se com a atual realidade
financeira das operações de fusão e facilitarão o trabalho do Cade, a fim de extirpar do Conselho a análise de
atos de concentração econômica sem potencial ofensivo à concorrência nos mercados.
A alteração da redação dada ao inciso IV do art. 90, por sua vez, é medida salutar, porque não se deve exigir a
apresentação ao Cade de certo tipo de contrato associativo, caracterizado como consórcio constituído para a
realização de empreendimento específico, com prazo determinado e comumente utilizado para a participação
de empresas em licitações, já que tal consórcio lida com prazos para habilitação e julgamento de propostas
bem inferiores aos necessários para que o Cade autorize a operação.
Por sua vez, as transações ou negociações com ações, quotas ou outros títulos, ainda que realizadas em caráter
temporário e para fins de revenda, devem ser submetidas à apreciação do CADE, porquanto têm o potencial
de alterar as relações de concorrência nos mercados relevantes considerados.
Quanto à vacatio legis, é de se concluir que a lei deve ter vigência imediata em suas regras gerais, em especial
naquelas que exigem uma melhor estrutura orçamentária e de recursos humanos para o Cade.
III – VOTO
Pelos motivos expostos, manifestamo-nos pela aprovação da Emenda de Plenário nº 33, na forma da
subemenda apresentada pela CCT, pela prejudicialidade da Emenda nº 34, pela aprovação da Emenda nº 35, e,
por fim, pela aprovação das Emendas de Plenário nºs 36 e 37, na forma das seguintes Subemendas.
SUBEMENDA Nº à Emenda nº 36 – PLEN
(ao PLC nº 6, de 2009)
Dê-se aos incisos I e III do art. 37 e ao art. 98 do Projeto de Lei da Câmara nº 6, de 2009, a seguinte redação:
―Art. 37. .......................................................................................
I – no caso de empresa, multa de 0,1% (zero vírgula um por cento) a 20% (vinte por cento) do valor do
faturamento bruto da empresa, grupo ou conglomerado obtido, no último exercício anterior à instauração do
processo administrativo, no ramo de atividade empresarial em que ocorreu a infração, a qual nunca será
inferior à vantagem auferida, quando for possível sua estimação;
.......................................................................................................
III – no caso de administrador, direta ou indiretamente responsável pela infração cometida, quando
comprovada a sua culpa ou dolo, multa de 1% (um por cento) a 20% (vinte por cento) daquela aplicada à
empresa, no caso previsto no inciso I do caput deste artigo, ou às pessoas jurídicas ou entidades, nos casos
previstos no inciso II do caput deste artigo.
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RR uu aa CC aa rr dd oo ss oo dd ee AA ll mm ee ii dd aa 77 88 88 cc jj 11 22 11 CC ee pp 00 55 00 11 33 -- 00 00 11 SS ãã oo PP aa uu ll oo -- SS PP TT ee ll FF aa xx 00 11 11 33 88 77 22 -- 22 66 00 99 // 33 66 77 33 -- 66 77 44 88
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.......................................................................................................‖
―Art. 98. O oferecimento de embargos ou o ajuizamento de qualquer outra ação que vise à desconstituição do
título executivo não suspenderá a execução, se não for garantido o juízo no valor das multas aplicadas ou em
outro fixado pelo juiz da causa, para que se garanta o cumprimento da decisão final proferida nos autos,
inclusive no que tange a multas diárias.‖
SUBEMENDA Nº à Emenda nº 37 – PLEN
(ao PLC nº 6, de 2009)
Suprimam-se o § 3º do art. 65 e os §§ 2º e 3º do art. 66 do Projeto de Lei da Câmara nº 6, de 2009,
renumerando-se os remanescentes, bem como suprima-se o § 9º de seu art. 88, dando-se a seus arts. 53, 54,
55, 56, 57, 58, 59, 60, 64, 88, 90 e 129, a seguinte redação:
―Art. 53. .....................................................................................
§ 1º Ao verificar que a petição não preenche os requisitos exigidos no caput deste artigo ou apresenta defeitos
e irregularidades capazes de dificultar o julgamento de mérito, a Superintendência-Geral determinará, uma
única vez, que os requerentes a emendem, sob pena de arquivamento. § 2º Após o protocolo da apresentação
do ato de concentração, ou de sua emenda, a Superintendência-Geral fará publicar edital, indicando o nome
dos requerentes, a natureza da operação e os setores econômicos envolvidos.‖
―Art. 54. Após cumpridas as providências indicadas no art. 53, a
Superintendência-Geral:
.....................................................................................................‖
―Art. 55. Concluída a instrução complementar determinada na forma do inciso II do caput do art. 54 desta
Lei, a Superintendência-Geral deverá manifestar-se sobre seu satisfatório cumprimento, recebendo-a como
adequada ao exame de mérito ou determinando seja refeita, por incompleta.‖
―Art. 56. A Superintendência-Geral poderá, por meio de decisão fundamentada, declarar a operação como
complexa e determinar a realização de nova instrução complementar, especificando as diligências a serem
produzidas.
Parágrafo único. Declarada a operação como complexa, poderá a Superintendência-Geral requerer ao
Tribunal a prorrogação do prazo de que trata o § 2º do art. 88 desta Lei.‖
―Art. 57. Concluídas as instruções complementares de que tratam o inciso II do art. 54 e o art. 56 desta Lei, a
Superintendência-Geral:
.....................................................................................................‖
―Art. 58. O requerente poderá oferecer, no prazo de oito dias da data da impugnação da Superintendência-
Geral, em petição escrita, dirigida ao Presidente do Tribunal, manifestação expondo as razões de fato e de
direito com que se opõe à impugnação do ato de concentração da Superintendência-Geral, juntando todas as
provas, estudos e pareceres que corroboram seu pedido.
....................................................................................................‖
―Art. 59. Após a manifestação do requerente, o Conselheiro-Relator:
.......................................................................
II – determinará a realização de instrução complementar, se necessário, podendo, a seu critério, solicitar que a
Superintendência-Geral a realize, declarando os pontos controversos e especificando as diligências a serem
produzidas.
.....................................................................................................‖
―Art. 60. Após a conclusão da instrução, o Conselheiro-Relator determinará a inclusão do processo em pauta
para julgamento.‖ ―Art. 64. O descumprimento dos prazos previstos nesta Lei implica a aprovação tácita do
ato de concentração econômica.
.......................................................................................................‖
―Art. 88. ........................................................................................
I – pelo menos um dos grupos envolvidos na operação tenha registrado, no último balanço, faturamento bruto
anual ou volume de negócios total no País, no ano anterior à operação, equivalente ou superior a R$
1.000.000.000,00 (um bilhão de reais); e
II – pelo menos um outro grupo envolvido na operação tenha registrado, no último balanço, faturamento bruto
anual ou volume de negócios total no País, no ano anterior à operação, equivalente ou superior a R$
40.000.000,00 (quarenta milhões de reais).
..........................................................................................................
§ 2º O controle dos atos de concentração de que trata o caput deste artigo será prévio e realizado em, no
máximo, 120 (cento e vinte) dias a contar do protocolo da petição, podendo ser prorrogado:
I – por até 60 (sessenta) dias, a pedido das empresas requerentes do ato de concentração econômica, ou
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RR uu aa CC aa rr dd oo ss oo dd ee AA ll mm ee ii dd aa 77 88 88 cc jj 11 22 11 CC ee pp 00 55 00 11 33 -- 00 00 11 SS ãã oo PP aa uu ll oo -- SS PP TT ee ll FF aa xx 00 11 11 33 88 77 22 -- 22 66 00 99 // 33 66 77 33 -- 66 77 44 88
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II - por até 90 (noventa) dias, mediante decisão fundamentada do Tribunal, em que sejam especificadas as
razões para a extensão, o prazo da prorrogação, que não será renovável, e as providências cuja realização seja
necessária para o julgamento do processo, ficando vedada a cumulação
desse prazo com o prazo previsto no inciso anterior.
..................................................................................................‖
―Art. 90.
.................................................................................................................................................................................
........
IV – 2 (duas) ou mais empresas celebram contrato associativo, consórcio ou joint venture, salvo se voltados ao
atendimento de um empreendimento específico e com prazo determinado. Parágrafo único. Não serão
considerados atos de concentração, para os efeitos do disposto no art. 88 desta Lei, os descritos no inciso IV
do caput, quando destinados às licitações promovidas pela administração pública direta e indireta e aos
contratos delas decorrentes.‖
―Art. 129. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, salvo quanto aos dispositivos que disciplinam o
controle prévio de apresentação de atos de concentração econômica, os quais entram em vigor 1 (um) ano
após a data de sua publicação.‖
Sala da Comissão,
, Presidente
, Relator
TABELA COMPARATIVA - PLC Nº. 06/2009*
Projeto da Câmara x Emendas do Senado
Projeto da Câmara Emenda do Senado nº 1 Comentários
Ementa do Projeto da Câmara:
Estrutura o Sistema Brasileiro de
Defesa da Concorrência; dispõe
sobre a prevenção e repressão às
infrações contra a ordem econômica;
altera a Lei nº 8.137, de 27 de
dezembro de 1990, o Decreto-Lei nº
3.689, de 3 de outubro de 1941 –
Código de Processo Penal, e a Lei nº
7.347, de 24 de julho de 1985;
revoga as Leis nºs 8.884/94, de 11 de
junho de 1994, e 9.781, de 19 de
janeiro de 1999; e dá outras
providências.
Dê-se à ementa do Projeto a seguinte
redação:
Estrutura o Sistema Brasileiro de
Defesa da Concorrência; dispõe
sobre a prevenção e repressão às
infrações contra a ordem econômica;
altera a Lei nº 8.137, de 27 de
dezembro de 1990, o Decreto-Lei nº
3.689, de 3 de outubro de 1941 –
Código de Processo Penal, a Lei nº
7.347, de 24 de julho de 1985, e a
Lei nº 9.472, de 16 de julho de 1997;
revoga dispositivos da Lei nº 8.884,
de 11 de junho de 1994, e a Lei nº
9.781, de 19 de janeiro de 1999; e dá
outras providências.
Projeto da Câmara Emenda do Senado nº 2 Comentários
Art. 6º
§ 6º - Durante o período de vacância
que anteceder à nomeação de novo
membro do Tribunal, assumirá
interinamente o cargo servidor em
exercício no CADE com
conhecimento jurídico ou econômico
na área de defesa da concorrência e
reputação ilibada, indicado pelo
Presidente do Tribunal, o qual
permanecerá no cargo até a posse do
Suprima-se o § 6º do art. 6º do
Projeto.
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RR uu aa CC aa rr dd oo ss oo dd ee AA ll mm ee ii dd aa 77 88 88 cc jj 11 22 11 CC ee pp 00 55 00 11 33 -- 00 00 11 SS ãã oo PP aa uu ll oo -- SS PP TT ee ll FF aa xx 00 11 11 33 88 77 22 -- 22 66 00 99 // 33 66 77 33 -- 66 77 44 88
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novo membro do tribunal, escolhido
na forma do caput deste artigo.
Projeto da Câmara Emenda do Senado nº 3 Comentários Art. 9º
§ 3º - As autoridades federais, os
diretores de autarquia, fundação,
empresa pública e sociedade de
economia mista federais e agências
reguladoras são obrigados a prestar,
sob pena de responsabilidade, toda a
assistência e colaboração que lhes for
solicitada pelo CADE, inclusive
elaborando pareceres técnicos sobre
as matérias de sua competência.
Suprima-se o § 3º do art. 9º do
Projeto.
Justificativa:
―O dispositivo, que em princípio tem
o objetivo de possibilitar que o
CADE obtenha assistência das
demais entidades, vai de encontro
com os princípios da independência e
da autonomia das agências, conceito
esse essencial para o fortalecimento
do sistema regulatório, ao submeter
seus corpos diretivos a dirigentes de
outra entidade. Nada impede – aliás
recomenda-se – que a cooperação, a
assistência e a colaboração exista,
mas a forma pela qual disciplinada a
questão causaria constrangimentos
ao relacionamento entre os órgãos e
entidades envolvidos no processo e
ensejaria conflitos de competência e
insegurança jurídica. Ademais,
observa-se que a questão da
responsabilidade está adequadamente
tratada em outros diplomas legais‖.
Projeto da Câmara Emenda do Senado nº 4 Comentários
Art. 9º
§ 6º - A Câmara de Comércio
Exterior - CAMEX, ou órgão que a
suceder, e/ou o Ministério do
Desenvolvimento, Indústria e
Comércio, no âmbito de suas
competências, deverão se posicionar
em relação às decisões do Plenário
acerca de matérias relativas a
alteração tarifária, acesso a mercados
e defesa comercial em, no máximo,
30 (trinta) dias após a publicação do
acórdão, devendo permanecer
disponível na internet pelo prazo
mínimo de 1 (um) ano.
Suprima-se o § 6º do art. 9º do
Projeto.
Projeto da Câmara Emenda do Senado nº 5 Comentários
Art. 10
XI - firmar contratos e convênios
com órgãos ou entidades nacionais e
submeter, previamente, ao Ministro
de Estado da Justiça os que devam
ser celebrados com organismos
estrangeiros ou internacionais;
[SUPRIMIDO]
----
O Projeto da Câmara não estabeleceu
inciso XX para o art. 9º.
Suprima-se o inciso XI do art. 10 do
Projeto, renumerando-se os demais, e
dê-se aos arts. 9º, 10, 11, 52, 59, 65,
67, 76 e 92 do Projeto a seguinte
redação:
Art. 9º
XX – firmar contratos e convênios
com órgãos ou entidades nacionais e
submeter, previamente, ao Ministro
de Estado da Justiça os que devam
ser celebrados com organismos
estrangeiros ou internacionais.
A emenda amplia a competência do
Plenário do CADE e reduz a
competência do Presidente do
Tribunal e da Superintendência-
Geral, principalmente no que diz
respeito à competência para firmar
contratos e convênios com órgãos ou
entidades nacionais.
INCOERÊNCIA: as Emendas nº 5
e nº 23 do Senado, ambas aprovadas
no Plenário, dão redações diferentes
ao art. 52 do Projeto de Lei.
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RR uu aa CC aa rr dd oo ss oo dd ee AA ll mm ee ii dd aa 77 88 88 cc jj 11 22 11 CC ee pp 00 55 00 11 33 -- 00 00 11 SS ãã oo PP aa uu ll oo -- SS PP TT ee ll FF aa xx 00 11 11 33 88 77 22 -- 22 66 00 99 // 33 66 77 33 -- 66 77 44 88
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----
Art. 10
V - determinar que a
Superintendência-Geral tome as
providências para o cumprimento das
decisões do Tribunal;
----
Art. 11
V - determinar à Superintendência-
Geral a realização das diligências e a
produção das provas que entenderem
pertinentes nos autos dos processos
administrativos, na forma desta Lei;
----
Art. 52
O cumprimento das decisões do
Tribunal e de compromissos e
acordos firmados nos termos desta
Lei será fiscalizado pela
Superintendência-Geral, a quem
deverão ser encaminhados os autos
dos processos após a decisão final do
Tribunal.
----
Art. 59
II - determinará à Superintendência-
Geral, por meio de decisão
fundamentada, a realização de
instrução complementar, declarando
os pontos controversos e
especificando as diligências a serem
produzidas.
----
Art. 65 § 1º
---
Art. 10
V – solicitar, a seu critério, que a
Superintendência-Geral auxilie o
Tribunal na tomada de providências
extrajudiciais para o cumprimento
das decisões do Tribunal
---
Art. 11
V – solicitar, a seu critério, que a
Superintendência-Geral realize as
diligências e a produção das provas
que entenderem pertinentes nos autos
do processo administrativo, na forma
desta Lei;
----
Art. 52.
O cumprimento das decisões do
Tribunal e de compromissos e
acordos firmados nos termos desta
Lei poderá, a critério do Tribunal, ser
fiscalizado pela Superintendência-
Geral, com o respectivo
encaminhamento dos autos, após a
decisão final do Tribunal.
----
Art. 59
II – determinará a realização de
instrução complementar, se
necessário, podendo, a seu critério,
solicitar que a Superintendência-
Geral a realize, declarando os pontos
controversos e especificando as
diligências a serem produzidas.
----
Art. 65 § 1º
II – conhecerá do recurso e
determinará a realização de instrução
complementar, podendo, a seu
critério, solicitar que a
Superintendência-Geral a realize,
declarando os pontos controversos e
especificando as diligências a serem
produzidas; ou
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RR uu aa CC aa rr dd oo ss oo dd ee AA ll mm ee ii dd aa 77 88 88 cc jj 11 22 11 CC ee pp 00 55 00 11 33 -- 00 00 11 SS ãã oo PP aa uu ll oo -- SS PP TT ee ll FF aa xx 00 11 11 33 88 77 22 -- 22 66 00 99 // 33 66 77 33 -- 66 77 44 88
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II – conhecerá do recurso e
determinará à Superintendência-
Geral a realização de instrução
complementar, declarando os pontos
controversos e especificando as
diligências a serem produzidas; ou
----
Art. 67 § 2º
II – transformar o inquérito
administrativo em processo
administrativo, solicitando, de forma
fundamentada, instrução
complementar da Superintendência-
Geral, declarando os pontos
controversos e especificando as
diligências a serem produzidas.
----
Art. 76
O Conselheiro-Relator poderá
determinar diligências, em despacho
fundamentado, devolvendo os autos
à Superintendência-Geral para que as
promova no prazo que determinar.
----
Art. 92
§ 4º O Conselheiro-Relator
participará do processo de
negociação do acordo.
----
Art. 67 § 2º
II – transformar o inquérito
administrativo em processo
administrativo, determinando a
realização de instrução
complementar, podendo, a seu
critério, solicitar que a
Superintendência-Geral a realize,
declarando os pontos controversos e
especificando as diligências a serem
produzidas.
----
Art. 76
O Conselheiro-Relator poderá
determinar diligências, em despacho
fundamentado, podendo, a seu
critério, solicitar que a
Superintendência-Geral as realize, no
prazo assinado.
----
Art. 92
§ 4º O Conselheiro-Relator do
processo, escolhido na forma do
inciso III do art. 10, participará do
processo de negociação do acordo.
Projeto da Câmara Emenda do Senado nº 6 Comentários
Art. 13, inciso VI
c) realizar inspeção na sede social,
estabelecimento, escritório, filial ou
sucursal de empresa investigada, de
estoques, objetos, papéis de qualquer
natureza, assim como livros
comerciais, computadores e arquivos
Suprima-se a alínea ―c‖ do inciso VI
do art. 13 do Projeto.
Justificativa:
―A inspeção em empresas é um
instrumento importante para a
implementação de políticas de
proteção de concorrência pela via
repressiva, com especial destaque na
colheita de provas de condutas
colusivas. Da leitura de sua
CLIPPING DO IBRAC N.º 26/2011 04 a 10 de julho de 2011
RR uu aa CC aa rr dd oo ss oo dd ee AA ll mm ee ii dd aa 77 88 88 cc jj 11 22 11 CC ee pp 00 55 00 11 33 -- 00 00 11 SS ãã oo PP aa uu ll oo -- SS PP TT ee ll FF aa xx 00 11 11 33 88 77 22 -- 22 66 00 99 // 33 66 77 33 -- 66 77 44 88
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eletrônicos, podendo-se extrair ou
requisitar cópias de quaisquer
documentos ou dados eletrônicos,
desde que a inspecionada seja
notificada com pelo menos 24 horas
de antecedência e a inspeção seja
iniciada entre as 6 e as 18 horas;
sistemática atual não é possível
extrair, prima facie, evidente
inconstitucionalidade e sua
realização dos moldes pretendidos
pelo Projeto, como reprodução do
texto da lei n. 8.884/94, encontra
paralelo inclusive no procedimento
estabelecido no regulamento CE n.
1/2003, da Comunidade Européia.
Porém, no afã de outorgar maior
legitimidade democrática, dentro de
ambiente de estrito respeito ao
devido processo legal e às amplas
garantias do administrado, julgo
pertinente que a inspeção seja
precedida de controle judicial. Tal
fato não retira a relevância da
inspeção como instrumento
investigatório; ao contrário, apenas
reforça sua importância, evitando um
questionamento ulterior sobre a
validade das provas obtidas no seu
bojo e os efeitos de eventuais vícios
para todo o processo. A chancela
judicial atribui força diferenciada à
prova colhida e reduz a margem de
questionamentos ulteriores de
decisões pautadas por documentos
obtidos em inspeção devidamente
autorizada. Note-se ainda que o
procedimento de busca e apreensão é
mantido no Projeto de lei e, presentes
os requisitos para tanto, também
poderá ser utilizado para a colheita
de provas em instrução de processos
administrativos‖.
Projeto da Câmara Emenda do Senado nº 7 Comentários
Art. 16
O Procurador-Chefe será nomeado,
conjuntamente, pelo
Superintendente-Geral e pelo
Presidente do Tribunal, dentre
brasileiros de ilibada reputação e
notório conhecimento jurídico.
Dê-se ao art. 16 do Projeto a seguinte
redação:
Art. 16. O Procurador-Chefe será
nomeado pelo Presidente da
República, depois de aprovado pelo
Senado Federal, dentre cidadãos
brasileiros com mais de trinta anos
de idade, de notório conhecimento
jurídico e reputação ilibada.
Projeto da Câmara Emenda do Senado nº 8 Comentários
Art. 16
§ 1º O Procurador-Chefe poderá
participar, sem direito a voto, das
reuniões do Tribunal, prestando
assistência e esclarecimentos,
quando requisitado pelos
Conselheiros, na forma do regimento
interno do Tribunal.
Dê-se ao § 1º do art. 16 do Projeto a
seguinte redação:
§ 1º O Procurador-Chefe terá
mandato de dois anos, permitida sua
recondução para um único período.
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RR uu aa CC aa rr dd oo ss oo dd ee AA ll mm ee ii dd aa 77 88 88 cc jj 11 22 11 CC ee pp 00 55 00 11 33 -- 00 00 11 SS ãã oo PP aa uu ll oo -- SS PP TT ee ll FF aa xx 00 11 11 33 88 77 22 -- 22 66 00 99 // 33 66 77 33 -- 66 77 44 88
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Projeto da Câmara Emenda do Senado nº 9 Comentários
Art. 16
§ 2º Aplicam-se ao Procurador-Chefe
as mesmas normas de impedimento
aplicáveis aos Conselheiros do
Tribunal, exceto quanto ao
comparecimento às sessões.
Dê-se ao § 2º do art. 16 do Projeto a
seguinte redação:
§ 2º O Procurador-Chefe poderá
participar, sem direito a voto, das
reuniões do Tribunal, prestando
assistência e esclarecimentos,
quando requisitado pelos
Conselheiros, na forma do
Regimento Interno do Tribunal.
Projeto da Câmara Emenda do Senado nº 10 Comentários
Art. 16
§ 3º Nos casos de faltas, afastamento
temporário ou impedimento do
Procurador-Chefe, o Plenário
indicará e o Presidente do Tribunal
designará o substituto eventual.
Dê-se ao § 3º do art. 16 do Projeto a
seguinte redação:
§ 3º Aplicam-se ao Procurador-Chefe
as mesmas normas de impedimento
aplicáveis aos Conselheiros do
Tribunal, exceto quanto ao
comparecimento às sessões.
Projeto da Câmara Emenda do Senado nº 11 Comentários
O Projeto da Câmara não estabeleceu
§ 4º para o art. 16.
Dê-se ao § 4º do art. 16 do Projeto a
seguinte redação:
§ 4º Nos casos de faltas, afastamento
temporário ou impedimento do
Procurador-Chefe, o Plenário
indicará e o Presidente do Tribunal
designará o substituto eventual
dentre os integrantes da Procuradoria
Federal Especializada.
Projeto da Câmara Emenda do Senado nº 12 Comentários
Art. 18
O Economista-Chefe será nomeado,
conjuntamente, pelo
Superintendente-Geral e pelo
Presidente do Tribunal, dentre
brasileiros de ilibada reputação e
notório conhecimento econômico.
Dê-se ao art. 18 do Projeto a seguinte
redação:
Art. 18. O Economista-Chefe será
nomeado pelo Presidente da
República, dentre brasileiros de
ilibada reputação e notório
conhecimento econômico, por
indicação do Ministro da Justiça,
após aprovação pelo Senado Federal.
Projeto da Câmara Emenda do Senado nº 13 Comentários
Art. 19 (SEAE)
I – opinar, nos aspectos referentes à
promoção da concorrência, sobre
propostas de alterações de atos
normativos de interesse geral dos
agentes econômicos, de
consumidores ou usuários dos
serviços prestados submetidos a
consulta pública pelas agências
reguladoras e, quando entender
pertinente, sobre os pedidos de
Suprima-se o inciso I do art. 19 do
Projeto. Justificativa:
―A alteração, em conjunto, visa
esclarecer melhor o papel da SEAE
no que se costumou designar no
jargão do antitruste mundial como
―advocacia da concorrência‖
(competition advocacy), ou seja,
zelar, através de pareceres opinativos
e não vinculantes, para que os
princípios da livre iniciativa e livre
concorrrência sejam preservados na
ordem econômica e não limitados
CLIPPING DO IBRAC N.º 26/2011 04 a 10 de julho de 2011
RR uu aa CC aa rr dd oo ss oo dd ee AA ll mm ee ii dd aa 77 88 88 cc jj 11 22 11 CC ee pp 00 55 00 11 33 -- 00 00 11 SS ãã oo PP aa uu ll oo -- SS PP TT ee ll FF aa xx 00 11 11 33 88 77 22 -- 22 66 00 99 // 33 66 77 33 -- 66 77 44 88
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revisão de tarifas e as minutas;
por atos de governo. A redação
original do texto poderia dar margem
a interpretação muito extensiva e
além desses limites, razão pela qual a
redação abaixo proposta parece-me
melhor disciplinar a questão‖.
Projeto da Câmara Emenda do Senado nº 14 Comentários
Art. 19 (SEAE)
II - opinar, quando considerar
pertinente, sobre minutas de atos
normativos elaborados por qualquer
entidade pública ou privada
submetidos à consulta pública, nos
aspectos referentes à promoção da
concorrência;
Dê-se ao inciso II do art. 19 do
Projeto a seguinte redação:
II – opinar, quando considerar
pertinente, sobre minutas de atos
normativos elaborados por qualquer
entidade pública ou privada
submetidos a consulta pública, nos
aspectos referentes à promoção da
concorrência, bem como demais atos
que possam de qualquer forma
limitar ou prejudicar a livre
concorrência e a livre iniciativa.
Vide comentário acima.
INCOERÊNCIA: as Emendas nº 14
e nº 15 do Senado, ambas aprovadas
no Plenário, dão redações diferentes
ao mesmo artigo de lei.
Projeto da Câmara Emenda do Senado nº 15 Comentários
Art. 19 (SEAE)
II - opinar, quando considerar
pertinente, sobre minutas de atos
normativos elaborados por qualquer
entidade pública ou privada
submetidos à consulta pública, nos
aspectos referentes à promoção da
concorrência;
Altere-se o inciso II do art. 19 do
Projeto, com a seguinte redação:
II – opinar, quando considerar
pertinente, sobre minutas de atos
normativos elaborados por qualquer
entidade pública ou privada
submetidos à consulta pública, nos
aspectos referentes à promoção da
concorrência, bem como nos demais
atos dessas entidades que possam de
qualquer forma limitar ou prejudicar
a livre concorrência e a livre
iniciativa, ou que possam afetar o
interesse geral dos agentes
econômicos e dos consumidores.
A emenda amplia os poderes da
SEAE para permitir a manifestação
opinativa da Secretaria sobre
quaisquer atos e normas
implementados por entidades
públicas ou privadas, no que se
refere aos efeitos concorrenciais e
anticoncorrenciais de tais atos.
INCOERÊNCIA: as Emendas nº 14
e nº 15 do Senado, ambas aprovadas
no Plenário, dão redações diferentes
ao mesmo artigo de lei.
Projeto da Câmara Emenda do Senado nº 16 Comentários
Art. 19 (SEAE)
VII - manifestar-se, de ofício ou
quando solicitada, a respeito do
impacto concorrencial de medidas
em discussão no âmbito de fóruns
negociadores relativos às atividades
de alteração tarifária, ao acesso a
mercados e à defesa comercial,
ressalvadas as competências dos
órgãos envolvidos;
Dê-se ao inciso VII do art. 19 do
Projeto a seguinte redação:
VII – manifestar-se-á, quando julgar
pertinente ou for solicitada, a
respeito do impacto concorrencial de
negociações acerca do acesso ao
mercado brasileiro.
Projeto da Câmara Emenda do Senado nº 17 Comentários
Art. 19 (SEAE)
§ 3º A Secretaria de
Acompanhamento Econômico,
quando entender pertinente,
Suprima-se o § 3º do art. 19 do
Projeto.
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RR uu aa CC aa rr dd oo ss oo dd ee AA ll mm ee ii dd aa 77 88 88 cc jj 11 22 11 CC ee pp 00 55 00 11 33 -- 00 00 11 SS ãã oo PP aa uu ll oo -- SS PP TT ee ll FF aa xx 00 11 11 33 88 77 22 -- 22 66 00 99 // 33 66 77 33 -- 66 77 44 88
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disponibilizará em seu sítio na
internet, sua manifestação sobre o
efeito concorrencial de processos de
defesa comercial.
Projeto da Câmara Emenda do Senado nº 18 Comentários
Art. 19 (SEAE)
§ 4º O Ministério do
Desenvolvimento, Indústria e
Comércio deverá se posicionar em
relação às manifestações da
Secretaria de Acompanhamento
Econômico acerca de processos de
defesa comercial citadas no § 3º
deste artigo em, no máximo, 30
(trinta) dias após a publicação da
manifestação da Secretaria de
Acompanhamento Econômico,
devendo permanecer disponível na
internet pelo prazo mínimo de 1 (um)
ano.
Suprima-se o § 4º do art. 19 do
Projeto.
Projeto da Câmara Emenda do Senado nº 19 Comentários
Art. 20.
O Procurador-Geral da República,
ouvido o Conselho Superior,
designará membro do Ministério
Público Federal para, nesta
qualidade, emitir parecer, nos
processos administrativos para
imposição de sanções administrativas
por infrações à ordem econômica, de
ofício ou a requerimento do
Conselheiro-Relator.
Dê-se ao art. 20 do Projeto a seguinte
redação:
Art. 20. O Procurador-Geral da
República, ouvido o Conselho
Superior, designará membro do
Ministério Público Federal para,
nesta qualidade, oficiar nos
processos sujeitos à apreciação do
CADE.
Projeto da Câmara Emenda do Senado nº 20 Comentários
Art. 20
Parágrafo único. O CADE poderá
requerer ao Ministério Público
Federal que promova a execução de
seus julgados ou do compromisso,
bem como a adoção de medidas
judiciais, no exercício da atribuição
estabelecida pela alínea b do inciso
XIV do art. 6º da Lei Complementar
nº 75, de 20 de maio de 1993.
Suprima-se o parágrafo único do art.
20 do Projeto.
Projeto da Câmara Emenda do Senado nº 21 Comentários
Art. 36 § 3º
XIX - exigir ou conceder
exclusividade, inclusive territorial,
de distribuição de bens ou de
prestação e
Serviços
Suprima-se o inciso XIX do § 3º do
art. 36 do Projeto.
Essa emenda resultou da sugestão do
Senador José Agripino, ao Senador
Dornelles.
Nota-se que o art. 36, §3º, do Projeto
de Lei traz um rol exemplificativo e
não-taxativo de condutas que podem
ser consideradas infrações à ordem
econômica, se configurarem a
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RR uu aa CC aa rr dd oo ss oo dd ee AA ll mm ee ii dd aa 77 88 88 cc jj 11 22 11 CC ee pp 00 55 00 11 33 -- 00 00 11 SS ãã oo PP aa uu ll oo -- SS PP TT ee ll FF aa xx 00 11 11 33 88 77 22 -- 22 66 00 99 // 33 66 77 33 -- 66 77 44 88
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hipótese do caput.
Projeto da Câmara Emenda do Senado nº 22 Comentários
Art. 37.
A prática de infração da ordem
econômica sujeita os responsáveis às
seguintes penas:
I - no caso de empresa, multa de 1%
(um por cento) a 30% (trinta por
cento) do valor do faturamento bruto
da empresa, grupo ou conglomerado
obtido, no último exercício anterior à
instauração do processo
administrativo, no mercado relevante
em que ocorreu a infração, a qual
nunca será inferior à vantagem
auferida, quando for possível sua
estimação;
III – no caso de administrador, direta
ou indiretamente responsável pela
infração cometida, multa de 10%
(dez por cento) a 50% (cinqüenta por
cento) daquela aplicada à empresa,
no caso previsto no inciso I do caput
deste artigo, ou às pessoas jurídicas
ou entidades, nos casos previstos no
inciso II do caput deste artigo.
----
Art. 98
O oferecimento de embargos ou o
ajuizamento de qualquer outra ação
que vise a desconstituição do título
executivo não suspenderá a
execução, se não for depositado, em
dinheiro, em juízo o valor da multa
aplicada ou prestada caução, a ser
fixada pelo juízo, que garanta o
cumprimento da decisão final
proferida nos autos, inclusive no que
tange a multas diárias.
Dê-se aos incisos I e III do art. 37 e
ao art. 98 do Projeto a seguinte
redação:
Art. 37
I – no caso de empresa, multa de
0,1% (zero vírgula um por cento) a
20% (vinte por cento) do valor do
faturamento bruto da empresa, grupo
ou conglomerado obtido, no último
exercício anterior à instauração do
processo administrativo, no ramo de
atividade empresarial em que
ocorreu a infração, a qual nunca será
inferior à vantagem auferida, quando
for possível sua estimação;
III – no caso de administrador, direta
ou indiretamente responsável pela
infração cometida, quando
comprovada a sua culpa ou dolo,
multa de 1% (um por cento) a 20%
(vinte por cento) daquela aplicada à
empresa, no caso previsto no inciso I
do caput deste artigo, ou às pessoas
jurídicas ou entidades, nos casos
previstos no inciso II do caput deste
artigo.
----
Art. 98.
O oferecimento de embargos ou o
ajuizamento de qualquer outra ação
que vise à desconstituição do título
executivo não suspenderá a
execução, se não for garantido o
juízo no valor das multas aplicadas
ou em outro fixado pelo juiz da
causa, para que se garanta o
cumprimento da decisão final
proferida nos autos, inclusive no que
tange a multas diárias.
A emenda traz as seguintes
principais alterações:
(i) Fixa o valor da multa
administrativa a ser aplicada pelo
CADE em caso de condenação por
infração da ordem econômica em
0,1% a 20% do faturamento bruto
anual;
(ii) Reduz a multa aplicada ao
administrador da empresa infratora,
cujo teto deve ser de 20% da multa
aplicada à empresa e inclui o
requisito de verificação de culpa ou
dolo;
(iii) Modifica a base de cálculo da
multa para ―ramo empresarial em
que ocorreu a notificação‖.
(iv) prevê a possibilidade de a
empresa infratora, condenada pelo
CADE ao pagamento de multa,
oferecer em juízo embargos à
execução da multa mediante a
prestação de caução por qualquer
tipo de bem ou garantia, real ou
fidejussória, e não apenas caução em
dinheiro.
INCOERÊNCIA: as Emendas nº 22
e nº 30 do Senado, ambas aprovadas
no Plenário, dão redações diferentes
ao art. 98 do Projeto de Lei.
Justificativa:
―O parâmetro em vigor, que é de
30% do faturamento bruto anual de
uma empresa, é excessivo e atenta
contra os princípios constitucionais
da livre iniciativa econômica, da
função social da propriedade e da
empresa e da busca do pleno
emprego dos fatores de produção.
Isso porque o pagamento de multa
em tal valor decerto levaria a
empresa condenada a paralisar suas
atividades, no todo ou em parte
substancial, bem como a conduziria
ao inadimplemento de suas dívidas
trabalhistas, previdenciárias e fiscais,
dentre outras, em especial com seus
parceiros empresariais. A solução
proposta, de fixar o teto em 20% do
faturamento bruto anual de uma
empresa, atende ao princípio da
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RR uu aa CC aa rr dd oo ss oo dd ee AA ll mm ee ii dd aa 77 88 88 cc jj 11 22 11 CC ee pp 00 55 00 11 33 -- 00 00 11 SS ãã oo PP aa uu ll oo -- SS PP TT ee ll FF aa xx 00 11 11 33 88 77 22 -- 22 66 00 99 // 33 66 77 33 -- 66 77 44 88
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proporcionalidade em matéria
econômica e é capaz de inibir a
prática de ilícitos concorrenciais.
A emenda que ora se propõe reduz
também o piso da multa, que cai de
1% para 0,1% do faturamento bruto
anual que a empresa infratora obteve
com a atividade empresarial na qual
ocorreu a infração, solução que
também atende ao princípio da
proporcionalidade em matéria
econômica, concedendo-se ao CADE
maior discricionariedade na adoção
de um valor justo e razoável para a
multa punitiva.
Da mesma forma, deve ser reduzida
a multa aplicada ao administrador da
empresa infratora, cujo teto deve ser
de 20% da multa aplicada à
empresa‖.
Projeto da Câmara Emenda do Senado nº 23 Comentários
Art. 52
O cumprimento das decisões do
Tribunal e de compromissos e
acordos firmados nos termos desta
Lei será fiscalizado pela
Superintendência-Geral, a quem
deverão ser encaminhados os autos
dos processos após a decisão final do
Tribunal.
Dê-se ao art. 52 do Projeto a seguinte
redação:
Art. 52. O cumprimento das decisões
do Tribunal e de compromissos e
acordos firmados nos termos desta
Lei será fiscalizado pelo próprio
Tribunal, que criará, por resolução
interna, estrutura específica sujeita
ao seu Presidente.
INCOERÊNCIA: as Emendas nº 5 e
nº 23 do Senado, ambas aprovadas
no Plenário, dão redações diferentes
ao art. 52 do Projeto de Lei.
Projeto da Câmara Emenda do Senado nº 24 Comentários
Art. 53
§ 1º No prazo de 5 (cinco) dias úteis
após o protocolo do pedido,
verificando-se que a petição não
preenche os requisitos exigidos no
caput deste artigo ou que apresenta
defeitos e irregularidades capazes de
dificultar o julgamento de mérito, a
Superintendência-Geral determinará,
uma única vez, que os requerentes a
emendem, no prazo de 10 (dez) dias
úteis, sob pena de arquivamento.
§ 2º No prazo de 5 (cinco) dias úteis
após o protocolo da apresentação do
ato de concentração ou de sua
emenda, a Superintendência-Geral
fará publicar edital, indicando o
nome dos requerentes, a natureza da
Suprimam-se o § 3º do art. 65 e os §§
2º e 3º do art. 66 do Projeto,
renumerando-se os remanescentes,
bem como suprima-se o § 9º de seu
art. 88, dando-se a seus arts. 53, 54,
55, 56, 57, 58, 59, 60, 64, 88, 90 e
129 a seguinte redação:
Art. 53
§ 1º Ao verificar que a petição não
preenche os requisitos exigidos no
caput deste artigo ou apresenta
defeitos e irregularidades capazes de
dificultar o julgamento de mérito, a
Superintendência-Geral determinará,
uma única vez, que os requerentes a
emendem, sob pena de
arquivamento.
§ 2º Após o protocolo da
apresentação do ato de concentração,
ou de sua emenda, a
Superintendência-Geral fará publicar
edital, indicando o nome dos
A emenda traz as seguintes
alterações principais:
(i) pelo menos um dos grupos
envolvidos na operação tenha
registrado, no último balanço,
faturamento bruto anual ou volume
de negócios total no País, no ano
anterior à operação, equivalente ou
superior a R$ 1 bilhão.
(ii) pelo menos um outro grupo
envolvido na operação tenha
registrado, no último balanço,
faturamento bruto anual ou volume
de negócios total no País, no ano
anterior à operação, equivalente ou
superior a R$ 40 milhões.
(iii) o prazo para análise dos atos de
concentração que passa para 120
dias, prorrogáveis por mais 60 dias, a
pedido das Requerentes, ou 90 dias,
por decisão do Tribunal.
(iv) serão considerados atos de
concentração:
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RR uu aa CC aa rr dd oo ss oo dd ee AA ll mm ee ii dd aa 77 88 88 cc jj 11 22 11 CC ee pp 00 55 00 11 33 -- 00 00 11 SS ãã oo PP aa uu ll oo -- SS PP TT ee ll FF aa xx 00 11 11 33 88 77 22 -- 22 66 00 99 // 33 66 77 33 -- 66 77 44 88
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operação e os setores econômicos
envolvidos.
----
Art. 54
Em até 20 (vinte) dias úteis, contados
da data de apresentação do ato de
concentração ou de sua emenda, a
Superintendência-Geral:
----
Art. 55
Em até 5 (cinco) dias úteis, contados
da data da conclusão da instrução
complementar determinada na forma
do inciso II do caput do art. 54 desta
Lei, a
Superintendência-Geral deverá
manifestar-se sobre seu satisfatório
cumprimento, recebendo-as como
adequadas ao exame de mérito ou
determinando sejam refeitas, por
incompletas.
----
Art. 56
Em até 50 (cinqüenta) dias úteis da
data de apresentação do ato de
concentração ou de sua emenda, a
Superintendência-Geral poderá
emitir decisão fundamentada
declarando a operação como
complexa e determinará a realização
de instrução complementar,
especificando as diligências a serem
produzidas.
----
Art. 57
Concluídas as instruções
complementares de que tratam o
inciso II do art. 54 e o art. 56 desta
Lei, a Superintendência-Geral em até
10 (dez) dias úteis:
----
Art. 58
requerentes, a natureza da operação e
os setores econômicos envolvidos.
----
Art. 54.
Após cumpridas as providências
indicadas no art. 53, a
Superintendência-Geral:
----
Art. 55.
Concluída a instrução complementar
determinada na forma do inciso II do
caput do art. 54 desta Lei, a
Superintendência-Geral deverá
manifestar-se sobre seu satisfatório
cumprimento, recebendo-a como
adequada ao exame de mérito ou
determinando seja refeita, por
incompleta.
----
Art. 56.
A Superintendência-Geral poderá,
por meio de decisão fundamentada,
declarar a operação como complexa
e determinar a realização de nova
instrução complementar,
especificando as diligências a serem
produzidas.
Parágrafo único. Declarada a
operação como complexa, poderá a
Superintendência-Geral requerer ao
Tribunal a prorrogação do prazo de
que trata o § 2º do art. 88 desta Lei.
----
Art. 57
Concluídas as instruções
complementares de que tratam o
inciso II do art. 54 e o art. 56 desta
Lei, a Superintendência-Geral:
----
Art. 58
O requerente poderá oferecer, no
― IV – 2 (duas) ou mais empresas
celebram contrato associativo,
consórcio ou joint venture, salvo se
voltados ao atendimento de um
empreendimento específico e com
prazo determinado.
Parágrafo único. Não serão
considerados atos de concentração,
para os efeitos do disposto no art. 88
desta Lei, os descritos no inciso IV
do caput, quando destinados às
licitações promovidas pela
administração pública direta e
indireta e aos contratos delas
decorrentes.‖ (redação dúbia. Falta
de clareza deve gerar incertezas
quanto à necessidade de notificação
de determinados contratos).
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O requerente poderá oferecer, no
prazo de 30 (trinta) dias da data de
impugnação da Superintendência-
Geral, em petição escrita, dirigida ao
Presidente do Tribunal, manifestação
expondo as razões de fato e de
direito com que se opõe à
impugnação do ato de concentração
da Superintendência-Geral e
juntando todas as provas, estudos e
pareceres que corroboram seu
pedido.
----
Art. 59
No prazo de 20 (vinte) dias úteis
contado da apresentação da
manifestação pelo Requerente, o
Conselheiro-Relator:
II - determinará à Superintendência-
Geral, por meio de decisão
fundamentada, a realização de
instrução complementar, declarando
os pontos controversos e
especificando as diligências a serem
produzidas.
----
Art. 60
Se entender concluída a instrução
complementar, em até 30 (trinta) dias
úteis contados a partir do
recebimento pelo Tribunal do
relatório com a conclusão da
instrução complementar elaborada
pela Superintendência-Geral, o
Conselheiro-Relator determinará a
inclusão do processo em pauta para
julgamento.
----
Art. 88
I - pelo menos um dos grupos
envolvidos na operação tenha
registrado, no último balanço,
faturamento bruto anual ou volume
de negócios total no País, no ano
anterior à operação, equivalente ou
superior a R$ 400.000.000,00
(quatrocentos milhões de reais); e
II - pelo menos um outro grupo
envolvido na operação tenha
prazo de oito dias da data da
impugnação da Superintendência-
Geral, em petição escrita, dirigida ao
Presidente do Tribunal, manifestação
expondo as razões de fato e de
direito com que se opõe à
impugnação do ato de concentração
da Superintendência-Geral, juntando
todas as provas, estudos e pareceres
que corroboram seu pedido.
----
Art. 59.
Após a manifestação do requerente,
o Conselheiro-Relator:
II – determinará a realização de
instrução complementar, se
necessário, podendo, a seu critério,
solicitar que a Superintendência-
Geral a realize, declarando os pontos
controversos e
----
Art. 60
Após a conclusão da instrução, o
Conselheiro-Relator determinará a
inclusão do processo em pauta para
julgamento.‖
―Art. 64. O descumprimento dos
prazos previstos nesta Lei implica a
aprovação tácita do ato de
concentração econômica.
----
Art. 88
I – pelo menos um dos grupos
envolvidos na operação tenha
registrado, no último balanço,
faturamento bruto anual ou volume
de negócios total no País, no ano
anterior à operação, equivalente ou
superior a R$ 1.000.000.000,00 (um
bilhão de reais); e
II – pelo menos um outro grupo
envolvido na operação tenha
registrado, no último balanço,
faturamento bruto anual ou volume
de negócios total no País, no ano
anterior à operação, equivalente ou
Justificativa para o
estabelecimento dos critérios de
faturamento:
―Os valores mínimos das operações
de concentração econômica que são
compulsoriamente submetidas à
apreciação do CADE são os mesmos
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RR uu aa CC aa rr dd oo ss oo dd ee AA ll mm ee ii dd aa 77 88 88 cc jj 11 22 11 CC ee pp 00 55 00 11 33 -- 00 00 11 SS ãã oo PP aa uu ll oo -- SS PP TT ee ll FF aa xx 00 11 11 33 88 77 22 -- 22 66 00 99 // 33 66 77 33 -- 66 77 44 88
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registrado, no último balanço,
faturamento bruto anual ou volume
de negócios total no País, no ano
anterior à operação, equivalente ou
superior a R$ 30.000.000,00 (trinta
milhões de reais).
§ 2º O controle dos atos de
concentração de que trata o caput
deste artigo será prévio e realizado
em, no máximo, 240 (duzentos e
quarenta) dias, a contar do protocolo
de petição ou de sua emenda.
§ 9º O prazo mencionado no § 2º
deste artigo somente poderá ser
dilatado: [SUPRIMIDO]
I - por até 60 (sessenta) dias,
improrrogáveis, mediante requisição
das partes envolvidas na operação;
ou[SUPRIMIDO]
II - por até 90 (noventa) dias,
mediante decisão fundamentada do
Tribunal, em que sejam
especificados as razões para a
extensão, o prazo da prorrogação,
que será não renovável, e as
providências cuja realização seja
necessária para o julgamento do
processo. [SUPRIMIDO]
----
Art. 90
IV - 2 (duas) ou mais empresas
celebram contrato associativo,
consórcio ou joint venture.
Parágrafo único. Não serão
consideradas atos de concentração,
para os efeitos do disposto no art. 88
desta Lei, as transações e as
negociações de ações, quotas ou
outros títulos, por conta própria ou
de terceiros, em caráter temporário,
ou participações adquiridas para fins
de revenda, desde que os
adquirentes:
----
Art. 129
superior a R$ 40.000.000,00
(quarenta milhões de reais).
§ 2º O controle dos atos de
concentração de que trata o caput
deste artigo será prévio e realizado
em, no máximo, 120 (cento e vinte)
dias a contar do protocolo da petição,
podendo ser prorrogado:
I – por até 60 (sessenta) dias, a
pedido das empresas requerentes do
ato de concentração econômica, ou
II – por até 90 (noventa) dias,
mediante decisão fundamentada do
Tribunal, em que sejam especificadas
as razões para a extensão, o prazo da
prorrogação, que não será renovável,
e as providências cuja realização seja
necessária para o julgamento do
processo, ficando vedada a
cumulação desse prazo com o prazo
previsto no inciso I deste parágrafo.
----
Art. 90
IV – 2 (duas) ou mais empresas
celebram contrato associativo,
consórcio ou joint venture, salvo se
voltados ao atendimento de um
empreendimento específico e com
prazo determinado.
Parágrafo único. Não serão
considerados atos de concentração,
para os efeitos do disposto no art. 88
desta Lei, os descritos no inciso IV
do caput, quando destinados às
licitações promovidas pela
administração pública direta e
indireta e aos contratos delas
decorrentes.
----
Art. 129
Esta Lei entra em vigor na data de
sua publicação, salvo quanto aos
dispositivos que disciplinam o
controle prévio de apresentação de
atos de concentração econômica, os
quais entram em vigor 1 (um) ano
positivados em 1994. Estão,
portanto, a merecer reajuste, dada a
inflação acumulada no período,
desde a implantação do Plano Real
até os dias de hoje. Os novos valores
alcançados – um bilhão de reais e
quarenta milhões de reais,
respectivamente – coadunam-se com
a atual realidade financeira das
operações de fusão e facilitarão o
trabalho do CADE, a fim de extirpar
do Conselho a análise de atos de
concentração econômica sem
potencial ofensivo à concorrência
nos mercados‖.
do Senado nº 29, que também foi
aprovada pelo Plenário, mas que,
contrariamente, reduz o critério para
notificação de operações de R$ 400
milhões para R$ 150 milhões...
INCOERÊNCIA: as Emendas nº 24
e nº 29 do Senado, ambas aprovadas
no Plenário, dão redações diferentes
ao art. 88, que estabelece critérios de
notificação ao CADE.
Justificativa:
―Quanto à vacatio legis, é de se
concluir que a lei deve ter vigência
imediata em suas regras gerais, em
especial naquelas que exigem uma
CLIPPING DO IBRAC N.º 26/2011 04 a 10 de julho de 2011
RR uu aa CC aa rr dd oo ss oo dd ee AA ll mm ee ii dd aa 77 88 88 cc jj 11 22 11 CC ee pp 00 55 00 11 33 -- 00 00 11 SS ãã oo PP aa uu ll oo -- SS PP TT ee ll FF aa xx 00 11 11 33 88 77 22 -- 22 66 00 99 // 33 66 77 33 -- 66 77 44 88
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Esta Lei entra em vigor 180 (cento e
oitenta) dias após a data de sua
publicação.
----
Art. 65
§ 3º Em até 20 (vinte) dias úteis
contados a partir da conclusão da
instrução complementar elaborada
pela Superintendência-Geral, o
Conselheiro-Relator determinará a
inclusão do processo em pauta para
julgamento, se entender concluída a
instrução. [SUPRIMIDO]
----
Art. 66
§ 2º A Superintendência-Geral
poderá instaurar procedimento
preparatório de inquérito
administrativo para apuração de
infrações à ordem econômica para
apurar se a conduta sob análise trata
de matéria de competência do
Sistema Brasileiro de Defesa da
Concorrência, nos termos desta Lei.
[SUPRIMIDO]
§ 3º As diligências tomadas no
âmbito do procedimento preparatório
de inquérito administrativo para
apuração de infrações à ordem
econômica deverão ser realizadas no
prazo máximo de 30 (trinta) dias.
[SUPRIMIDO]
após a data de sua publicação.
----
melhor estrutura orçamentária e de
recursos humanos para o CADE".
Projeto da Câmara Emenda do Senado nº 25 Comentários
Art. 52
§ 1º A Superintendência-Geral
deverá apresentar ao Tribunal e ao
Procurador-Chefe, em periodicidade
definida em resolução do CADE,
relatório a respeito dos processos
referidos no caput deste artigo,
assegurado a estas autoridades
requerer, a qualquer tempo,
informações.
Suprima-se o § 1º do art. 52 do
Projeto.
Projeto da Câmara Emenda do Senado nº 26 Comentários
Art. 67
Dê-se ao § 1º do art. 67 do Projeto a
seguinte redação:
CLIPPING DO IBRAC N.º 26/2011 04 a 10 de julho de 2011
RR uu aa CC aa rr dd oo ss oo dd ee AA ll mm ee ii dd aa 77 88 88 cc jj 11 22 11 CC ee pp 00 55 00 11 33 -- 00 00 11 SS ãã oo PP aa uu ll oo -- SS PP TT ee ll FF aa xx 00 11 11 33 88 77 22 -- 22 66 00 99 // 33 66 77 33 -- 66 77 44 88
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§ 1º O Tribunal poderá, mediante
provocação de um conselheiro e em
decisão fundamentada, avocar o
inquérito administrativo arquivado
pela Superintendência-Geral, ficando
prevento o Conselheiro que
encaminhou a provocação.
§ 1º O Tribunal poderá, mediante
provocação de um Conselheiro e em
decisão fundamentada, avocar o
inquérito administrativo ou
procedimento preparatório de
inquérito administrativo arquivado
pela Superintendência-Geral, ficando
prevento o Conselheiro que
encaminhou a provocação.
Projeto da Câmara Emenda do Senado nº 27 Comentários
Art. 85
§ 4º A proposta de termo de
compromisso de cessação de prática
somente poderá ser apresentada uma
única vez.
Suprima-se o § 4º do art. 85 do
Projeto.
Justificativa:
―Não convém engessar na lei os
incentivos do programa de solução
alternativa e negociada dos processos
administrativos sancionadores do
CADE. Esse tema é ainda muito
novo no Brasil e alhures, de modo
que convém confiar à
regulamentação infralegal tal
programa‖.
Projeto da Câmara Emenda do Senado nº 28 Comentários
Art. 87
Nos crimes contra a ordem
econômica, tipificados na Lei nº
8.137, de 27 de dezembro de 1990, e
nos demais crimes diretamente
relacionados à prática de cartel, tais
como os tipificados na Lei nº 8.666,
de 21 de junho de 1993, a celebração
de acordo de leniência, nos termos
desta Lei, determina a suspensão do
curso do prazo prescricional e
impede o oferecimento da denúncia
com relação ao agente beneficiário
da leniência.
Dê-se ao art. 87, caput, do Projeto a
seguinte redação:
Art. 87. Nos crimes contra a ordem
econômica, tipificados na Lei nº
8.137, de 27 de dezembro de 1990, e
nos demais crimes diretamente
relacionados à prática de cartel, tais
como os tipificados na Lei nº 8.666,
de 21 de junho de 1993, e os
tipificados no art. 288 do Código
Penal, a celebração de acordo de
leniência, nos termos desta Lei,
determina a suspensão do curso do
prazo prescricional e impede o
oferecimento da denúncia com
relação ao agente beneficiário da
leniência.
Projeto da Câmara Emenda do Senado nº 29 Comentários
Art. 88
Serão submetidos ao CADE pelas
partes envolvidas na operação os atos
de concentração econômica em que,
cumulativamente:
I - pelo menos um dos grupos
envolvidos na operação tenha
registrado, no último balanço,
faturamento bruto anual ou volume
de negócios total no País, no ano
anterior à operação, equivalente ou
superior a R$ 400.000.000,00
(quatrocentos milhões de reais); e
Dê-se ao inciso I do caput do art. 88
do Projeto a seguinte redação:
Art. 88. Serão submetidos ao CADE
pelas partes envolvidas na operação
os atos de concentração econômica
em que, cumulativamente:
I – pelo menos um dos grupos
envolvidos na operação tenha
registrado, no último balanço,
faturamento bruto anual ou volume
de negócios total no País, no ano
anterior à operação, equivalente ou
superior a R$ 150.000.000,00 (cento
e cinqüenta milhões de reais).
INCOERÊNCIA: as Emendas nº
24 e nº 29 do Senado, ambas
aprovadas no Plenário, dão redações
diferentes ao art. 88, que estabelece
critérios de notificação de operações
ao CADE. d Senado nº 24.
CLIPPING DO IBRAC N.º 26/2011 04 a 10 de julho de 2011
RR uu aa CC aa rr dd oo ss oo dd ee AA ll mm ee ii dd aa 77 88 88 cc jj 11 22 11 CC ee pp 00 55 00 11 33 -- 00 00 11 SS ãã oo PP aa uu ll oo -- SS PP TT ee ll FF aa xx 00 11 11 33 88 77 22 -- 22 66 00 99 // 33 66 77 33 -- 66 77 44 88
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Projeto da Câmara Emenda do Senado nº 30 Comentários
Art. 98.
O oferecimento de embargos ou o
ajuizamento de qualquer outra ação
que vise a desconstituição do título
executivo não suspenderá a
execução, se não for depositado, em
dinheiro, em juízo o valor da multa
aplicada ou prestada caução, a ser
fixada pelo juízo, que garanta o
cumprimento da decisão final
proferida nos autos, inclusive no que
tange a multas diárias.
Dê-se ao art. 98 do Projeto a seguinte
redação:
Art. 98. O oferecimento de embargos
ou o ajuizamento de qualquer outra
ação que vise a desconstituição do
título executivo não suspenderá a
execução, se não for depositado, em
dinheiro, em juízo o valor da multa
aplicada ou prestada caução, a ser
fixada pelo juízo, que garanta o
cumprimento da decisão final
proferida nos autos.
INCOERÊNCIA: as Emendas nº 22
e nº 30 do Senado, ambas aprovadas
no Plenário, dão redações diferentes
ao art. 98 do Projeto de Lei.
Projeto da Câmara Emenda do Senado nº 31 Comentários
Art. 98
§ 3º O depósito em dinheiro não
suspenderá a incidência de juros de
mora e atualização monetária,
podendo o CADE, na hipótese do §
2º deste artigo, promover a execução
para cobrança da diferença entre o
valor revertido ao Fundo de Defesa
de Direitos Difusos e o valor da
multa atualizado, com os acréscimos
legais, como se sua exigibilidade do
crédito jamais tivesse sido suspensa.
Suprima-se o § 3º do art. 98 do
Projeto.
Projeto da Câmara Emenda do Senado nº 32 Comentários
Art. 123
Os órgãos do SBDC poderão
requisitar servidores da
administração pública federal direta,
autárquica ou fundacional para neles
ter exercício, independentemente do
exercício de cargo em comissão ou
função de confiança.
§ 1º As requisições de servidores
para os órgãos referidos no caput
deste artigo serão irrecusáveis e
deverão ser prontamente atendidas,
até o limite e prazo fixados na forma
do art. 124 desta Lei, ressalvados os
casos expressamente previstos em
lei.
Suprima-se o § 1º do art. 122 do
Projeto.
INCOERÊNCIA: não existe § 1º do
art. 122 no Projeto da Câmara. De
qualquer forma, pelo fundamento do
parecer da CCT, pode-se inferir que
houve um erro e que a Emenda
provavelmente referia-se ao § 1º do
art. 123.
Projeto da Câmara Emenda do Senado nº 33 Comentários
----
Acrescente-se ao Projeto o seguinte
art. 122-A, renumerando-se os
demais:
Art. 122-A. As disposições desta Lei
aplicam-se subsidiariamente à
legislação específica e às respectivas
leis de criação das agências
reguladoras.
CLIPPING DO IBRAC N.º 26/2011 04 a 10 de julho de 2011
RR uu aa CC aa rr dd oo ss oo dd ee AA ll mm ee ii dd aa 77 88 88 cc jj 11 22 11 CC ee pp 00 55 00 11 33 -- 00 00 11 SS ãã oo PP aa uu ll oo -- SS PP TT ee ll FF aa xx 00 11 11 33 88 77 22 -- 22 66 00 99 // 33 66 77 33 -- 66 77 44 88
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Projeto da Câmara Emenda do Senado nº 34 Comentários
Lei nº 9.472/97
Art. 19
XIX - exercer, relativamente às
telecomunicações, as competências
legais em matéria de controle,
prevenção e repressão das infrações
da ordem econômica, ressalvadas as
pertencentes ao Conselho
Administrativo de Defesa Econômica
- CADE;
Acrescente-se ao Projeto o seguinte
art. 122-B, renumerando-se os
demais:
Art. 122-B - O inciso XIX do art. 19
da Lei nº 9.472, de 16 de julho de
1997, passa a vigorar com a seguinte
redação:
XIX – exercer, relativamente às
telecomunicações, as competências
legais em matéria de controle,
prevenção e repressão das infrações
da ordem econômica, ressalvadas as
pertencentes ao Tribunal
Administrativo de Defesa Econômica
do Conselho Administrativo de
Defesa Econômica – CADE;’ (NR)
Projeto da Câmara Emenda do Senado nº 35 Comentários
Lei nº 9.472/97
Art. 7°
§ 2° Os atos de que trata o parágrafo
anterior serão submetidos à
apreciação do Conselho
Administrativo de Defesa Econômica
- CADE, por meio do órgão
regulador.
Acrescente-se ao Projeto o seguinte
art. 122-C, renumerando-se os
demais:
―Art. 122-C. O § 2º do art. 7º da Lei
nº 9.472, de 16 de julho de 1997,
passa a vigorar com a seguinte
redação:
§ 2º Os atos de que trata o § 1º serão
submetidos à apreciação do Tribunal
Administrativo de Defesa Econômica
do Conselho Administrativo de
Defesa Econômica – CADE por
meio do órgão regulador.’ (NR)
Projeto da Câmara Emenda do Senado nº 36 Comentários
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Acrescente-se ao Projeto o seguinte
art. 122-D, renumerando-se os
demais:
―Art. 122-D. A Anatel editará, em 90
dias a contar da publicação desta Lei,
normativo disciplinando o tempo e
modo da análise de que trata o art. 7º,
§ 2º, da Lei nº 9.472, de 16 de julho
de 1997.