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CMS-301-4 Física do Estado sólido Engenharia e Tecnologia Espaciais ETE Ciência e Tecnologia de Materiais e Sensores Engenharia e Tecnologia Espaciais ETE Ciência e Tecnologia de Materiais e Sensores 21.10.2008 L.F.Perondi

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CMS-301-4

Física do Estado sólido

Engenharia e Tecnologia Espaciais – ETE

Ciência e Tecnologia de Materiais e Sensores

Engenharia e Tecnologia Espaciais – ETE

Ciência e Tecnologia de Materiais e Sensores

21.10.2008L.F.Perondi

Conteúdo

Introdução

Redes Cristalinas

Classificação de Redes Cristalinas

Defeitos em Cristais

Princípios de Plasticidade em Cristais

Difusão em Sólidos

Informações Gerais

Calendário

S T Q Q S S D

1 2 3 4 5

6 7

(manhã

9 hs - R)

8 9

(manhã

9 hs - R)

10 11 12

13

(à tarde,

14 hs – LAS)

14 15 16

(manhã

9 hs - R)

17 18 19

20 21

(manhã

9 hs - R)

22 23 24 25 26

27 28 29 30 31

Outubro 2008

- ASHCROFT, N.W., MERMIN, N.D., Solid State Physics,

Fort Worth, Saunders College Publishing, 1976.

- ASKELAND, D.R., PHULÉ, P.P., The Science and

Engineering of Materials, Bangalore, Thomson, 2003.

- WEST, A. R., Solid State Chemistry and Its

Applications, New york, John Wiley, 1995.

-HULL, D., BACON, D .J., Introduction to Dislocations,

Oxford, UK, Butterworth-Heinemann, 1999.

Bibliografia

Sumário

1.0 – Introdução

2.0 - Redes Cristalinas

2.1 - Rede recíproca

2.2 - Difração de raios-x

3.0 – Defeitos em Cristais

3.1 – Defeitos Pontuais

3.2 – Defeitos na Forma de Linhas

3.3 – Defeitos na Forma de Superfícies

3.4 – Termodinâmica de Defeitos Pontuais

4.0 Princípios de Plasticidade em Cristais

5.0 Difusão em Sólidos

Classe 5 – 21.10.2008

4.0 – Plasticidade em CristaisClasse 5 – 21.10.2008

4.0 – Princípios de Plasticidade em Cristais

4.1 – Defeitos e Propriedades de Materiais

A presença de defeitos altera as propriedades de materiais:

- eletrônicas,

- magnéticas,

- ópticas,

- mecânicas.

Exemplos:

- a adição de átomos de Cr ao Al2O3, transforma a

alumina (transparente) em um cristal de cor vermelho-rubi

(centros de cor),

- a adição de P ou B ao Si ou Ge aumenta a

condutividade deste semicondutores, através da adição de

portadores termicamente ativados: P -> elétrons, B -> vacâncias,

4.1 – Defeitos e Propriedades de

Materiais

4.0 – Plasticidade em Cristais Classe 5 – 21.10.2008

Exemplos:

- a condutividade de materiais policristalinos é

afetada pelo tamanho e contorno de grãos,

- a presença de impurezas (dopantes) intersticiais

ou substitucionais em um material altera a mobilidade de

discordâncias nestes materiais e, portanto, suas propriedades

mecânicas.

Vacâncias

Todos materiais cristalinos apresentam vacâncias a

temperaturas acima do zero absoluto.

Vacâncias podem ser introduzidas via:

- processo de formação do material,

- aquecimento,

- iradiação.

4.1 – Defeitos e Propriedades de

Materiais

4.0 – Plasticidade em Cristais Classe 5 – 21.10.2008

Exemplo: vacâncias em cobre

Nv = Ns exp (-Q/KT), onde Q = energia de formação.

Concentração de vacâncias à temperatura ambiente (25C):

4.1 – Defeitos e Propriedades de

Materiais

4.0 – Plasticidade em Cristais Classe 5 – 21.10.2008

Exemplo: vacâncias em cobre

Nv = Ns exp (-Q/KT), onde Q = energia de formação.

Concentração de vacâncias à T = 100C:

Assim, aquecendo o cobre, da temperatura ambiente à T = 100C,

a concentração de vacâncias aumenta em três ordens de

magnitude.

4.1 – Defeitos e Propriedades de

Materiais

4.0 – Plasticidade em Cristais Classe 5 – 21.10.2008

Intersticiais

Impurezas intersticiais ocupam posições intermediárias àquelas

pertencentes à rede cristalina. Tais posições dependem do tipo de

rede cristalina.

4.1 – Defeitos e Propriedades de

Materiais

4.0 – Plasticidade em Cristais Classe 5 – 21.10.2008

Intersticiais (cont.)

Rede BCC

Posições

intersticiais

na rede

BCC.

4.1 – Defeitos e Propriedades de

Materiais

4.0 – Plasticidade em Cristais Classe 5 – 21.10.2008

Intersticiais (cont.)

Posições

intersticiais

4.1 – Defeitos e Propriedades de

Materiais

4.0 – Plasticidade em Cristais Classe 5 – 21.10.2008

Intersticiais (cont.)

Exemplo: sítios para o C na estrutura do Fe

No ferro-FCC, os átomos de carbono estão situados em locais intersticiais

octaédricos, com coordenadas (1/2, 0, 0) e (1/2, 1/2, 1/2), enquanto que no ferro-

BCC os átomos de carbono situam-se em locais intersticiais tetraédricos, com

coordenadas (0, 1/2, 1/4). O parâmetro de rede é 3.571 x 10-10 m para o ferro-FCC

e 2.866 x 10-10 m para o ferro-BCC. Os átomos de carbono têm um raio de 0.71 x

de 10-10 m. A distorção da rede por um átomo de carbono intersticial será

maior no ferro-FCC ou no ferro-BCC ? (mostrar que r-FCC=0.0522 nm e r-BCC =

0.0361 nm).

4.1 – Defeitos e Propriedades de

Materiais

4.0 – Plasticidade em Cristais Classe 5 – 21.10.2008

Intersticiais (cont.)

Exemplo: sítios para o C na estrutura do Fe

O raio do sítio no Fe-FCC é maior que aquele no Fe-

BCC, apesar de ser ainda menor que o raio de 0.71

angstrom do átomo de C. A solubilidade do C no Fe-

FCC é muito maior do aquela no Fe-BCC, cerca de 2 %

contra 0.02 %.

4.0 – Plasticidade em Cristais Classe 5 – 21.10.2008

Deformação plástica em materiais cristalinos se dá pela formação e propagação

de discordâncias.

4.2 – Discordâncias e Plasticidade

4.2 – Discordâncias e Plasticidade4.0 – Plasticidade em Cristais Classe 5 – 21.10.2008

4.2 – Discordâncias e Plasticidade4.0 – Plasticidade em Cristais Classe 5 – 21.10.2008

4.2 – Discordâncias e Plasticidade4.0 – Plasticidade em Cristais Classe 5 – 21.10.2008

4.2 – Discordâncias e Plasticidade4.0 – Plasticidade em Cristais Classe 5 – 21.10.2008

material poisson's ratio (nu) c12/c44

rubber ~ 0.50

saturated clay 0.40-0.50 4

magnesium 0.35 2,333333

titanium 0.34 2,125

copper 0.33 1,941176

aluminium-alloy 0.33 1,941176

clay 0.30-0.45 1,5

stainless steel 0.30-0.31 1,5

steel 0.27-0.30 1,173913

cast iron 0.21-0.26 0,724138

sand 0.20-0.45 0,666667

concrete 0.20 0,666667

glass 0.18-0.3 0,5625

foam 0.10 to 0.40 0,25

cork ~ 0.00

C_12/c_44 = 1/((2*nu)-1)

4.2 – Discordâncias e Plasticidade4.0 – Plasticidade em Cristais Classe 5 – 21.10.2008

Contornos de Grão

4.2 – Discordâncias e Plasticidade4.0 – Plasticidade em Cristais Classe 5 – 21.10.2008

Contornos de Grão

5.0 – Difusão em Cristais Classe 5 – 21.10.2008

5.0 – Princípios de Difusão em Cristais

The rate at which atoms move in diffusion is given by:

where

c = constant

Q = activation energy (cal/mol)

R = gas constant (1.987 cal/mol°K)

T = absolute temperature (°K)

Arrhenius

Assim, o gráfico Log(Rate) vs. 1/T., teórico, é linear.

Askeland/Phulé

Lei de Fick5.0 – Difusão em Cristais Classe 5 – 21.10.2008

Lei de Fick

Relaciona fluxo de partículas com gradiente de concentração:

onde:

J = fluxo de partículas (partículas por cm2 por segundo)

D = coeficiente de difusão (cm2/s)

= gradiente de concentração (atoms/cm4)

D é calculado a partir da equação:

onde:

Do é uma característica do sistema (átomos e estrutura),

Q e D dependem do tipo de átomo e da estrutura.