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Cobertura de Seguridade Social
A cobertura de seguridade social no Brasil: uma análise da componente previdenciária
Paulo Tafner e Fabio Giambiagi
Buenos Aires, maio/2010
Cobertura da Seguridade - Brasil 2
Estrutura do Sistema previdenciário
Regime Geral de Previdência Social - RGPS
(trabalhadores setor privado)
(PAYGO - BD)
Benefícios emitidos (dez09): 27,048 milhões
Valores emitidos (dez/09) : 17,124 (R$ bi)
Regimes Próprios de Previdência - RPPs
(servidores públicos)
(PAYGO - BD)
Benefícios emitidos (média/09): 1,8 milhões
Valores emitidos (média/09) : 4,7 (R$ bi)
Regime de Previdência Complementar
(qualquer indivíduo desde que inscrito no RGPS ou
RPPs - CD)
- Sistema de capitalização
- Sistema reserva de capital
Cobertura da Seguridade - Brasil 3
Reformas do Sistema previdenciárioCF-1988 – Define o Sistema de Seguridade Social
Sistema: Previdência, Assistência e Saúde*
Estabelece múltiplas fontes de financiamento – sobre fator trabalho
Define Piso (previdenciário e assistencial): salário mínimo
Reforma Constitucional 1998 – EC 20
Setor Privado (RGPS) Setor Público
- Tempo de trabalho p/ tempo contribuição - Novos entrantes: 60(H) / 55(M)
- 80% dos maiores valores 1994 em diante 35 30
- Fator previdenciário (exp. vida) - Regra de transição para ativos
- Aumento progressivo idade Ap. Idade
Reforma Constitucional 2003 – EC 41
Setor Privado (RGPS) Setor Público- Aumento do Valor do Teto (10 SM) - Novos entrantes: RGPS e Fundo
- Universaliza: 60(H) / 55(M) e TC
- Cobrança para Apos/Pen até Teto (RGPS)
Cobertura da Seguridade - Brasil 4
Análise das ReformasCF-1988
- Universaliza o Sistema de Previdência - Constitucionaliza as regras - Indexa o piso ao salário mínimo - Fixa piso previdenciário=assistencial- Define as fontes de financiamento - Deixa imprecisa a participação das unidades sub-nacionais.
Reforma 1998 – EC 20
- Desconstitucionaliza algumas regras
- Determina regras mais duras tanto para o RGPS como para o RPPS
- Regula os Fundos de Pensão (Previdência Complementar)
- Estabelece a possibilidade de criação do Fator Previdenciário*
- Contém o ritmo de aposentadorias, especialmente no RPPS
Reforma 2003 – EC 41
- Generaliza regra de idade e tempo de contribuição para o RPPS
- Estabelece cobrança para servidores públicos até o teto RGPS (11%)
- Eleva o teto do RGPS para 10 SM (28,4%)
- Contem o ritmo de aposentadorias no RPPS e eleva arrecadação do RPPS
Cobertura da Seguridade - Brasil 5
Previdência em números
Resultado previdenciário (receitas e despesas): 2009 (% PIB)
Composição % PIB
Servidores (RPPs) -1,7
Receita 0,3
Despesa 2,0
INSS (RGPS) -1,4
Receita 5,8
Despesa 7,2
Total (déficit) -3,1
Receita 6,1
Despesa 9,2
Cobertura da Seguridade - Brasil 6
Previdência em números
Fonte: Ministério de Planejamento e Ministério da Previdência
Despesas RGPS e RPPs (% PIB)
0,0
1,0
2,0
3,0
4,0
5,0
6,0
7,0
8,0
9,0
10,0
1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
RGPS
RPPs
% PIB
Cobertura da Seguridade - Brasil 7
Previdência em números
Em contraste com a relativa estabilidade dos
gastos com servidores públicos, os gastos do
INSS:
a) Praticamente triplicaram o seu peso relativo na
economia em pouco mais de 20 anos;
b) Tiveram, dessa forma, uma variação de
despesa de quase 5% do PIB ; e
c) Transformaram-se na principal rubrica de gasto
do orçamento federal
Cobertura da Seguridade - Brasil 8
Previdência em números
Fonte: Ministério de Planejamento e Ministério da Previdência Social
Ano INSS RPPS
1988 2,5
1989 2,7
1990 3,4
1991 3,4 0,9
1992 4,3 1,1
1993 4,9 1,7
1994 4,9 2,0
1995 4,6 2,1
1996 4,9 2,1
1997 5,0 1,8
1998 5,4 2,0
1999 5,5 2,1
2000 5,6 2,0
2001 5,8 2,1
2002 6,0 2,1
2003 6,3 2,1
2004 6,5 2,0
2005 6,8 2,02006 7,0 1,9
2007 7,0 1,8
2008 6,6 1,8
2009 7,2 2,0
Evolução da despesa do INSS e do Regime Próprio (% PIB)
3x em 20
anos com
estável
Cobertura da Seguridade - Brasil 9
Uma comparação internacional
Fonte: OCDE, 2006.
Despesa com Previdência e razão de dependência (80 países) – 2006
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
20
4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30 32
razão de dep demográfica
Brasil
Chile
Argentina
Coreia do Sul
Turquia
Polônia
LituâniaJapão
Itália
Canadá
Portugal
Suiça
Holanda
Belgica
Alemanha
Uruguai
Equador
(% PIB)
Cobertura da Seguridade - Brasil 10
O RGPS – informações geraisComposição do estoque de benefícios
(quantidade e valor) – dez/2009
Fonte: BEPS – dez/2009
Composição dos benefícios Quantidade Valor
Benefícios do RGPS 87,01 90,39
Previdenciários 84,06 87,69
Aposentadorias 55,74 60,56
Idade 29,05 21,98
Invalidez 10,73 10,26
Tempo de Contribuição (TC) 15,96 28,32
Pensões 23,88 22,19
Auxílios 4,18 4,76
Outros benefícios 0,27 0,18
Acidentários 2,95 2,70
Benefícios Assistenciais 12,95 9,53
LOAS 11,71 8,59
RMV 1,19 0,87
Outros benefícios 0,05 0,07
Outro (EPU) 0,04 0,08
Total 100,00 100,00
Cobertura da Seguridade - Brasil 11
O RGPS – informações geraisEstoque dos principais benefícios
(quantidade e valor) – dez/2009
Fonte: BEPS – dez/2009
Composição Quantidade Valor
Previdenciários
Aposentadorias 55,74 60,56
Idade 29,05 21,98
Invalidez 10,73 10,26
Tempo de Contribuição (TC) 15,96 28,32
Pensões 23,88 22,19
Assistenciais
LOAS + RMV 12,90 9,46
Total 92,51 92,22
Impacto
adicional
do SM
Cobertura da Seguridade - Brasil 12
O RGPS – informações gerais
Estrutura dos benefícios
Aposentadorias
Idade -> 65 (homem) / 60 (mulher) – com pelo menos 11,5 anos de contribuição
Invalidez -> Qualquer idade desde que filiado ao sistema
Tempo de contribuição -> 35 (homem) / 30 (mulher) [casos especiais]
Pensões -> sobrevivente (cônjuge ou parceiro). Basta titular ser inscrito
Auxílios -> trabalhadores formais
Benefícios Assistenciais
LOAS -> trabalhador pobre 65 (homem) / 60 (mulher)
Cobertura da Seguridade - Brasil 13
Aposentadoria Tempo de Contribuição
Idade mínima e duração esperada de aposentadoria – Brasil e grupo de países (anos)
Fonte: Rocha e Caetano (2008).
Cobertura da Seguridade - Brasil 14
Aposentadoria Tempo de Contribuição
Proporção das aposentadorias urbanas ativas por tempo de contribuição concedidas pelo INSS a pessoas do sexo feminino, em relação ao total de
aposentadorias urbanas ativas por tempo de contribuição concedidas pelo INSS
Fonte: Anuário Estatístico da Previdência Social (vários anos)
Ano % Ano %
1994 15,6 2002 20,7
1995 16,4 2003 21,5
1996 16,7 2004 22,3
1997 17,4 2005 23,1
1998 18,2 2006 23,9
1999 18,9 2007 25,0
2000 19,4 2008 26,1
2001 20,0
Cobertura da Seguridade - Brasil 15
Aposentadoria Tempo de Contribuição
INSS: Estoque de aposentadorias femininas urbanas por tempo de contribuição (mil)
Fonte: Anuário Estatístico da Previdência Social (vários anos)
309366
419
498
562602
631658
701741
785829
886
964
1.055
50
250
450
650
850
1050
12501994
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
Cobertura da Seguridade - Brasil 16
O Benefício de Pensão
Fonte: OCDE, 2006.
Despesa com pensão por morte e razão de dependência (amostra: 36 países – 2006
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0
2,5
3,0
3,5
4,0
5,0 8,0 11,0 14,0 17,0 20,0 23,0 26,0 29,0
razão de dependencia demográfica (%)
Gasto
s c
om
pensão p
or
mort
e c
om
o
pro
porç
ão d
o P
IB
Tunísia
Brasil
México
Polônia
EUA
ÁustriaBélgica
Itália
Cobertura da Seguridade - Brasil 17
O Benefício de Pensão
• Exigência de período contributivo mínimo;
• Existência de filhos menores de idade;
• Sem qualquer limitação de idade do sobrevivente;
• Possibilidade de acúmulo de benefícios;
• Possibilidade de acúmulo com renda do trabalho;
• Não extinção com novo casamento;
• Sem previsão de extinção;
• Pressuposto de dependência econômica (prevalência feminina).
Razão de gastarmos mais com pensão por morte, comparativamente a outros países
Ausência de condicionalidades ao acesso à pensão por morte
Cobertura da Seguridade - Brasil 18
O Benefício de Pensão
Fonte: Pnad, 2006.
Indivíduos que recebem benefício de Pensão, Brasil, 2006
Pensão, Aposentadoria e
Trabalho, 5%
Somente Pensão, 57%
Pensão e
Aposentadoria,17%
Pensão e Trabalho, 22%
Cobertura da Seguridade - Brasil 19
O Benefício de Pensão
Fonte: Pnad, 2006.
93,2%
6,8%
85,7%
14,3%
91,7%
8,3%
83,8%
16,2%
0%
20%
40%
60%
80%
100%
Somente pensão Pensão e trabalho Pensão e
Aposentadoria
Pensão, Aposentadoria
e Trabalho
Distribuição por sexo segundo composição do rendimento dos pensionsitas
Feminino (88,2%) Masculino (11,8%)
Cobertura da Seguridade - Brasil 20
O Benefício Assistencial
• Benefício sem contrapartida contributiva
• Pode ser concedido a indivíduos que:
• Homem: 65 anos
• Mulheres: 60 anos
• Renda familiar per capita < ½ SM
• O valor desse benefício não entra no cálculo da renda familiar
per capita => É legalmente possível um núcleo familiar ter 2
benefícios
• Valor do benefício = 1 SM
(igual à Ap.Idade)
(igual ao piso previdenciário)
Cobertura da Seguridade - Brasil 21
O Benefício Assistencial
Despesa com previdência e LOAS (% receita líquida do Governo Central, excluindo transferências a Estados e Municípios)
Fonte: Secretaria de Política Econômica/Secretaria do Tesouro Nacional
/a A partir de 2004 (inclusive) inclui Rendas Mensais Vitalícias (RMV)
Composição 1991 1994 1998 2002 2006 2009
Inativos 7,6 12,2 12,9 11,6 9,8 10,2
INSS 28,2 29,6 34,4 33,4 36,8 36,8
LOAS /a 0,0 0,0 0,8 1,3 2,6 3,1
Soma 35,8 41,8 48,1 46,3 49,2 50,1
A p o s e n t a d o r i a s e p e n s õ e s
Cobertura da Seguridade - Brasil 22
Assistencialismo
Fonte: MPS. Anuário Estatístico Previdência Social, diversos anos, Boletim Estatístico da Previdência Social, vol. 14, nº 12, dez/2009 e Projeção de População/IBGE – revisão 2008.
Número de beneficiários e gastos com RMV e LOAS (idoso) e estatísticas complementares – Brasil – dezembro de cada ano
Ano
Beneficiados do RMV e do LOAS (idoso) Gastos (R$ Mil) com RMV e LOAS (idoso)
RMV LOAS TOTAL
% em relação
ao total de
benefícios
emitidos
% em relação
à população
de 65 anos ou
mais
RMV LOAS TOTAL
% em relação
ao total de
gastos de
benefícios
emitidos
1996 459.446 41.992 501.438 3,04 6,18 51.433 4.718 56.151 1,71
1997 416.120 88.806 504.926 2,89 6,01 50.122 10.716 60.837 1,57
1998 374.301 207.031 581.332 3,20 6,69 48.774 27.017 75.792 1,74
1999 338.031 312.299 650.330 3,45 7,23 46.154 42.640 88.794 1,87
2000 303.138 403.207 706.345 3,61 7,57 45.926 61.076 107.002 1,99
2001 271.829 469.047 740.876 3,70 7,65 49.134 84.796 133.930 2,16
2002 237.162 584.597 821.759 3,89 8,16 47.614 117.412 165.026 2,26
2003 208.297 664.875 873.172 4,00 8,35 50.182 160.242 210.424 2,32
2004 181.014 933.164 1.114.178 4,81 10,26 47.235 243.553 290.788 2,79
2005 157.860 1.065.804 1.223.664 5,11 10,88 47.544 320.886 368.429 3,25
2006 135.603 1.183.840 1.319.443 5,37 11,35 47.622 415.574 463.196 3,67
2007 115.965 1.295.716 1.411.681 5,61 11,77 44.214 493.809 538.024 3,96
2008 100.945 1.423.790 1.524.735 5,84 12,32 41.874 590.323 632.197 4,16
2009 85.090 1.541.220 1.626.310 6,01 12,73 39.548 715.960 755.508 4,41
3x
13x
6x
Cobertura da Seguridade - Brasil 23
Assistencialismo – Perfil
Fonte:Pnad/2008 di IBGE.
Número de beneficiários e gastos com RMV e LOAS (idoso) e estatísticas complementares – Brasil – dezembro de cada ano
Cobertura da Seguridade - Brasil 24
O impacto do salário mínimo
A importância do salário mínimo para o INSS é que ele regula o pagamento de 2/3 dos benefícios de aposentadorias e pensões
Um efeito colateral da elevação do valor real do salário mínimo é que ele pesa cada vez mais na composição da folha de despesas do INSS.
Se computado o universo das aposentadorias e pensões do INSS, o peso dos pagamentos associados àqueles que recebem estritamente um salário mínimo era de 33% no total no ano 2000 e já é de mais de 40% atualmente.
Isso significa que se o salário mínimo tem um aumento real de 5%, então a despesa do INSS automaticamente aumenta 2% !!!!
Cobertura da Seguridade - Brasil 25
O impacto do salário mínimo
Variação do valor real do salário mínimo (%)
Compara o reajuste observado com a variação do INPC acumulada entre o reajuste precedente e o mês imediatamente
anterior ao reajuste
Ano No ano Acumulada
1995 22,63 22,63
1996 -5,26 16,18
1997 -0,98 15,04
1998 4,04 19,69
1999 0,71 20,54
2000 5,39 27,04
2001 12,18 42,51
2002 1,27 44,32
2003 1,23 46,09
2004 1,19 47,83
2005 8,23 60,00
2006 13,04 80,86
2007 5,10 90,09
2008 4,04 97,77
2009 5,79 109,22
2010 6,02 121,82
Cobertura da Seguridade - Brasil 26
O impacto do salário mínimoRelação entre o salário mínimo e a renda média dos 20% mais pobres e a
renda média mensal das pessoas com 10 anos ou mais de idade, com rendimento
Fonte: Pnad do IBGE, diversos anos
2,132,11
2,38
2,142,19
1,85
1,68
1,321,31
2,25
0,410,400,40
0,370,360,35
0,310,30
0,260,24
1,0
1,3
1,6
1,9
2,2
2,5
1998 1999 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008
0,20
0,24
0,28
0,32
0,36
0,40
0,44
0,48
Relação salário mínimo e a renda média dos 20% mais pobres
Relação entre o SM e a renda média mensal das pessoas de 10 anos ou mais de idade, com rendimento
Cobertura da Seguridade - Brasil 27
Demografia: uma ameaça
Brasil - Evolução da expectativa de vida por faixa etária (anos)
Fonte: IBGE
A realidade dos anos 80, levada em conta quando foi feita a Constituição de
1988, era que aos 60 anos um homem esperava viver até os 76 anos e uma
mulher até os 77 anos. Atualmente, essa expectativa é de 4 anos a mais para
os homens e 6 anos a mais para as mulheres. A realidade continua
mudando. A pergunta que cabe diante disso é: vamos manter a Constituição
intacta, congelando um pacto que foi feito baseado em outra realidade?
Cobertura da Seguridade - Brasil 28
A imagem do Brasil envelhecendo (1)Pirâmides etárias brasileiras: 1980-2000-2020-2040
Fonte: IBGE – projeções demográficas, 2008
Cobertura da Seguridade - Brasil 29
A imagem do Brasil envelhecendo (2)Pirâmides etárias brasileiras: 1980-2000-2020-2040
Fonte: IBGE – projeções demográficas, 2008
Cobertura da Seguridade - Brasil 30
Como se comportou a coberturaCobertura previdenciária simples e ampliada segundo grupos etários –Brasil: 1984 e 2008
Cobertura Previdenciária simples e ampliada por faixa etária - 1984
0 a 14 anos 15 a 29 anos 30 a 59 anos 60 anos ou mais T o t a l
Cobertura Simples 0,2% 28,5% 45,0% 68,8% 25,5%
Por contribuição 0,2% 28,0% 36,4% 6,3% 18,7%
Por aposentadoria 0,0% 0,1% 5,8% 53,0% 5,3%
Por pensão 0,0% 0,3% 2,9% 9,5% 1,6%
Sem cobertura (direta) 99,8% 71,5% 55,0% 31,2% 74,5%
Cobertura Ampliada 62,1% 71,6% 73,2% 88,7% 69,7%
Sem cobertura (ampliada) 37,9% 28,4% 26,8% 11,3% 30,3%
T o t a l 47.124.247 36.238.437 36.201.646 8.699.271 128.263.601
Cobertura Previdenciária simples e ampliada por faixa etária - 2008
0 a 14 anos 15 a 29 anos 30 a 59 anos 60 anos ou mais T o t a l
Cobertura Simples 0,1% 32,5% 50,4% 81,8% 36,8%
Por contribuição 0,0% 32,0% 41,7% 4,7% 24,8%
Por aposentadoria 0,0% 0,1% 5,4% 58,3% 8,5%
Por pensão 0,1% 0,4% 3,2% 18,9% 3,5%
Sem cobertura (direta) 99,9% 67,5% 49,6% 18,2% 63,2%
Cobertura Ampliada 63,2% 73,5% 76,3% 93,7% 74,3%
Sem cobertura (ampliada) 36,8% 26,5% 23,7% 6,3% 25,7%
T o t a l 46.954.185 49.771.124 72.188.402 21.039.084 189.952.795
Fonte: Pnad 1984 e 2008. IBGE
Cobertura da Seguridade - Brasil 31
Cobertura e o efeito da Constituição
Os resultados mostram que não há oscilação expressiva na
cobertura previdenciária ampliada. Em 1984, a cobertura ampliada
era 69,7% e em 2008, 74,3%. Isso se deve a dois principais fatores:
a) no caso dos idosos, há aumento de 5 pontos percentuais na
cobertura, devido à forte ampliação da concessão de benefícios,
especialmente a concessão de pensões (mas também de
aposentadoria). Para a cobertura devida à contribuição há redução
de 2 pontos percentuais;
b) para os grupos etários de jovens e adultos, há ampliação da
cobertura por contribuição (no grupo de 15 a 29 anos passa de
28,9% para 32,0% e no grupo de 30 a 59 anos, passa de 36,4%
para 41,7%), com uma pequena queda na cobertura por
recebimento de benefícios.