24
Universidade Católica Portuguesa Faculdade de Ciências Humanas O Mui Nobre, Digníssimo, Soleníssimo e Ilustríssimo Códex Praxis FCH/UCP

Codex Praxis FCH UCP

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Codex Praxis FCH UCP

Citation preview

Page 1: Codex Praxis FCH UCP

Universidade Católica Portuguesa

Faculdade de Ciências Humanas

O Mui Nobre, Digníssimo,

Soleníssimo e Ilustríssimo Códex

Praxis – FCH/UCP

Page 2: Codex Praxis FCH UCP

Código de Praxe – FCH/UCP

Página 2 de 24

Índice

Secção I - A Praxe 3 Artigo 1.º – Do Estatuto do Código de Praxe FCH/UCP 3 Artigo 2.º – Da noção de Praxe 3 Artigo 3.º – Da vinculação à Praxe 3 Artigo 4.º – Dos objetivos da Praxe 3 Artigo 5.º – Da hierarquia da Praxe 4 Artigo 6.º – De diversos quanto à hierarquia da Praxe 5 Artigo 7.º – De condições gerais do exercício das Praxes 5 Artigo 8.º – Do estatuto de Parasita 6 Artigo 9.º – Do Passaporte do Caloiro 7 Artigo 10.º – Da declaração de aluno anti praxe 7

Secção II - Direitos e deveres dos recém-chegados 8 Artigo 1.º – Dos direitos dos graus Verme e Caloiro 8 Artigo 2.º – Dos deveres dos graus Verme e Caloiro 9

Secção III – Direitos e Deveres das Entidades Praxantes 10 Artigo 1.º – Da definição de Entidade Praxante 10 Artigo 2.º – Dos direitos das Entidades Praxantes 10 Artigo 3.º – Dos deveres das Entidades Praxantes 10

Secção IV - Da Comissão de Praxe 12 Artigo 1.º – Das competências da Comissão 12 Artigo 2.º – Das constituição da Comissão 12 Artigo 3.º – Da eleição da Comissão 12 Artigo 4.º – Da identificação dos elementos da Comissão 13

Secção V - Do Tribunal de Praxe 14 Artigo 1.º – Das competências do Tribunal de Praxe 14 Artigo 2.º – Da constituição do Tribunal de Praxe 14 Artigo 3.º – Juiz de Praxe 14 Artigo 4.º - Júri 15 Artigo 5.º - Consultores 15 Artigo 6.º – Estatutos do Tribunal 16 Artigo 7.º – Punições 16

Secção VI - Grémio Académico 17 Artigo 1.º – Da composição do Grémio Académico 17

Secção VII - Do Traje Académico 18 Artigo 1.º – Da constituição do traje 18 Artigo 2.º – Dos acessórios 19 Artigo 3.º – Das permissões para usar o traje 20 Artigo 4.º – Dos emblemas e pins 20 Artigo 5.º – Da capa 21

Secção VI - Diversos 23 Artigo 1.º – Do Padrinho / Madrinha 23 Artigo 2.º - Proteções 23 Artigo 3.º – Disposições transitórias 24 Artigo 4.º – Casos omissos 24

Page 3: Codex Praxis FCH UCP

Código de Praxe – FCH/UCP

Página 3 de 24

Secção I A Praxe

DVRA PRAXIS SEDPRAXIS!

A Praxe é dura, mas é a Praxe…

Artigo 1.º - Do Estatuto do Código de Praxes FCH/UCP

O mui nobre, digníssimo, soleníssimo e ilustríssimo Códex Praxis da Faculdade de

Ciências Humanas (CPFCH) da Universidade Católica Portuguesa de Lisboa visa regulamentar

todo o ritual e atividade de praxes dos alunos desta excelentíssima faculdade, ao qual todos os

participantes da praxe estão vinculados.

Artigo 2.º - Da noção de Praxe

Constitui Praxe Académica o conjunto de usos e costumes existentes entre os estudantes

da Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Católica Portuguesa, que vise a receção,

acolhimento e integração dos alunos recém-chegados à mesma.

Artigo 3.º - Da vinculação à Praxe

Só o estudante da FCH/UCP está sujeito ao Código de praxe da FCH/UCP. O estudante

de qualquer outro estabelecimento de ensino, quando nas instalações da FCH/UCP e usando

capa e batina, fica passivamente vinculado ao código de praxe, na medida em que o devem

respeitar, e tem que estar sob a companhia de algum aluno FCH/UCP.

Artigo 4.º - Dos objetivos da Praxe

A praxe tem como objetivos:

a. Receber condignamente os alunos recém-chegados;

b. Acolher e integrar os novos alunos no seio desta Instituição;

c. Incutir nos ditos as regras básicas do bom comportamento e academismo;

d. Propagar e difundir o espirito académico da cidade de Lisboa.

Page 4: Codex Praxis FCH UCP

Código de Praxe – FCH/UCP

Página 4 de 24

Artigo 5.º - Da hierarquia da Praxe

A hierarquia da praxe, em escala ascendente, é a seguinte:

a. Verme - Alunos que estejam matriculados no FCH/UCP pela primeira vez até ao dia

do Batismo do Caloiro;

b. Caloiro - Alunos que sejam batizados na semana de receção ao caloiro;

c. Protótipo – Alunos que foram “enterrados” no momento do Enterro do Caloiro;

d. Caloiro Pastrano – Alunos que trajaram e viram a sua capa traçada até ao dia em que

efetuam a 2.ª matricula;

e. Pastrano - Alunos que tenham duas matrículas na FCH/UCP;

f. Veterano - Alunos com três matrículas na FCH/UCP;

g. Doutor – Alunos com quatro matrículas.

Estatutos Especiais:

h. Paraquedista – Alunos que tenham sido colocados na FCH/UCP e ainda não tenham

número.

i. Caloiro-Estrangeiro- Alunos que, embora já tendo estado matriculados num

estabelecimento de ensino superior, estão matriculados na FCH/UCP pela primeira vez;

j. Parasita - Alunos anti praxe, ficam sujeitos ao disposto no artigo 8º da Secção I do

CPFCH;

k. Animal - Aluno que não pode subir na hierarquia, por decisão do Tribunal de Praxe;

l. Juiz de Praxe - Aluno que preside ao Tribunal de Praxe (Artº 3º da Secção V);

m. Dux – Aluno com cinco e seis matrículas na FCH/UCP (se houver mais que um aluno

elege-se por votação da Comissão e do Tribunal de Praxes);

Page 5: Codex Praxis FCH UCP

Código de Praxe – FCH/UCP

Página 5 de 24

n. Rex – Aluno com sete e oito matrículas na FCH/UCP (se houver mais que um aluno

elege-se por votação da Comissão e do Tribunal de Praxes);

o. Magnus Praxis – Aluno com nove ou mais matriculas na FCH/UCP (se houver mais

que um aluno elege-se por votação da Comissão e do Tribunal de Praxes).

NOTA: Estas três entidades são as mais altas de toda a hierarquia de praxes e entre elas não

pode haver sanções físicas, apenas repreensões orais.

Artigo 6.º - De diversos quanto à hierarquia da Praxe

a. Constitui “matrícula” a inscrição, como aluno, na Universidade.

b. Constitui “curso superior” e “estabelecimento de ensino superior” o que assim for

considerado pela lei.

Artigo 7.º - De condições gerais do exercício das Praxes

a. São considerados passíveis de exercer a praxe todos os elementos de grau igual ou

superior ao de Pastrano, desde que devidamente identificados, isto é, devidamente

trajados.

b. A praxe será regida pelo bom senso e respeito para com a integridade física e

psicológica das pessoas envolventes à mesma.

c. Deverá ser respeitada uma hierarquia na execução de praxe de acordo com o número de

matrículas efetuadas, sob pena de o infrator ser sujeito a sanções.

d. As infrações serão punidas pelo Tribunal de Praxes depois de uma queixa apresentada

ao mesmo.

e. Toda a praxe exercida sob um trajado só pode ser efetuado por outro de grau

hierárquico superior ou que seja Juiz do Tribunal de Praxes. Para o efeito, ninguém do

mesmo grau hierárquico ou inferior pode ver o trajado em questão ser punido.

Page 6: Codex Praxis FCH UCP

Código de Praxe – FCH/UCP

Página 6 de 24

f. Durante pelo menos a primeira hora de cada dia de praxe intensiva toda a praxe deve ser

feita pelos pastranos de capas nos ombros e pelo veteranos de capa traçada.

g. Durante todas as sessões do Tribunal de Praxes TODOS os trajados devem estar de capa

traçada exceto se forem arguidos, situação na qual devem de estar de capa sob os

ombros sem dobras.

h. No momento do batismo do caloiro e do traçar da capa os pastranos, veteranos e

doutores com afilhados (as) para o momento da cerimónia do enterro e do traçar devem

faze-lo de capa traçada salvo algum ocasional exceção a ser avaliada por alguém da

Comissão de Praxes, do Juiz do Tribunal ou algum dos seus Consultores.

Artigo 8.º - Do estatuto de Parasita

O Parasita é um aluno que escolhe ficar de fora dos rituais de praxe da FCH/UCP.

Assim, a ele se aplica o seguinte regulamento:

Os alunos anti praxe ficam proibidos de:

a. Executar a Praxe sobre qualquer aluno da FCH/UCP, inclusive alunos Parasita.

b. Assistir ou colaborar em qualquer forma de Praxe.

c. Pertencer à Comissão de Praxe ou ao Tribunal de Praxe

Têm o direito de:

d. Recusar ser alvo da Praxe.

e. Redimir-se e reingressar imediatamente a PRAXE, durante a semana de receção ao

caloiro do ano em que este se matricula pela primeira vez na FCH/UCP, cumprindo

integralmente o presente Código de Praxe em vigor.

NOTA: O Parasita que queira reingressar a praxe fora da semana de receção ao caloiro do ano

em que este se matricula pela primeira vez na FCH/UCP, tem de se auto propor a Tribunal de

Praxe, que será soberano.

Page 7: Codex Praxis FCH UCP

Código de Praxe – FCH/UCP

Página 7 de 24

Artigo 9.º - Do passaporte do Caloiro

a. O Passaporte do Caloiro (Cédula) é o documento de identificação dos elementos do

grau Verme ou Caloiro.

b. O Passaporte regista, em local apropriado o nome, o número de aluno na FCH, alergias

e o/a padrinho/madrinha do mesmo, e outras observações.

c. O Passaporte é emitido pela Comissão de Praxe, e somente esta pode alterar o

conteúdos do mesmo.

d. O Passaporte deve ser transportado pelo Verme durante toda a sua permanência nas

instalações da FCH até o seu percurso académico ter terminado.

e. No caso de perder o Passaporte deverá dirigir-se à Comissão de Praxe e pedir um novo.

Artigo 10.º - Da declaração de aluno anti praxe

a. A declaração de aluno anti praxe (DAAP) é o documento de identificação dos

elementos do grau Parasita.

b. A DAAP regista, em local apropriado, o nome do Parasita, o seu número de aluno e

menção de que não aceitou a praxe conforme regulamentada pelo CPFCH.

c. A DAAP é emitida pela Comissão de Praxe, e somente esta pode alterar os conteúdos

da mesma.

d. A DAAP deve ser transportada pelo Parasita durante toda a sua permanência nas

instalações da FCH/UCP durante o tempo do seu percurso académico, a partir do ano

em que este se matriculou na FCH/UCP pela primeira vez. Esta poderá ser pedida por

qualquer Entidade Praxante, em qualquer local, a qualquer hora da permanência do

Parasita na FCH/UCP.

e. O não-cumprimento do disposto na alínea anterior equipara o Parasita ao grau de

Verme, tendo um prazo de 24 horas para apresentar este documento, podendo passado

este tempo ser sujeito ao ritual da praxe.

Page 8: Codex Praxis FCH UCP

Código de Praxe – FCH/UCP

Página 8 de 24

Secção II Direitos e Deveres dos recém-chegados

Artigo 1.º - Dos direitos dos graus Verme e Caloiro

O Verme ou Caloiro tem o direito de:

a. Ser tratado como ser humano que é.

b. Ser respeitado física e psicologicamente, nomeadamente não deve ser alvo de abuso

financeiro e físico por parte de qualquer aluno, quer seja este de grau inferior, igual ou

superior.

c. Ser incluído na vida académica durante as cerimónias de praxe e integrado no dia-a-dia

da sua escola.

d. Ver certificado o seu passaporte de caloiro logo após o seu batismo, comprovando

assim o fim da sua longa evolução enquanto Verme.

e. Escolher um Padrinho e/ou Madrinha, não podendo ser coagido na escolha

f. Apresentar queixa à Comissão de Praxe e ao Tribunal de uma Entidade Praxante, sendo

que este último agirá conforme as disposições deste código.

g. Declarar-se anti praxe, ficando com o estatuto de Parasita, ficando a reger-se pelo artigo

8.º Secção I do CPFCH.

h. Pedir a identificação da Entidade Praxante, comprovando que esta pertence à

FCH/UCP.

i. Adquirir na integra o CPFCH ou meramente proporcionar a sua consulta a qualquer

membro da Comissão ou do Tribunal de Praxes.

j. Estar vinculado às proteções (ver Seção VIII Artº 3º).

Page 9: Codex Praxis FCH UCP

Código de Praxe – FCH/UCP

Página 9 de 24

k. Renunciar do Padrinho ou da Madrinha até ao momento antes do Traçar da Capa e pedir

a outro Pastrano ou Veterano para o ser.

Artigo 2.º - Dos deveres dos graus Verme e Caloiro

O Verme ou Caloiro tem o dever de:

a. Respeitar todas as Entidades Praxantes e o CPFCH.

b. Comparecer sempre que possível a TODOS e QUAISQUER eventos organizados pela

Comissão de Praxe;

c. Ser sempre moderado no uso da palavra;

d. Conhecer e fazer para conhecer, da melhor forma, a sua escolha e os colegas de todo e

qualquer grau hierárquico;

e. Ir a Tribunal de Praxe, caso convocado para tal.

f. Denunciar todos os casos de abuso, nomeadamente de exercício de praxe, sobre si ou

qualquer colega, por elementos Parasita ou Entidades Praxantes.

g. Demonstrar a total ou quase total interiorização do espirito académico.

h. Ler ou requisitar informações mais especificas, relativas ao CPFCH.

Page 10: Codex Praxis FCH UCP

Código de Praxe – FCH/UCP

Página 10 de 24

Secção III Direitos e Deveres das Entidades Praxantes

Artigo 1.º - Da definição da Entidade Praxante

Entidade Praxante (EP) é todo o elemento da hierarquia do CPFCH de grau igual ou

superior a Pastrano, que se encontre devidamente identificado, isto é, devidamente trajados.

Artigo 2.º - Dos direitos das Entidades Praxantes

Qualquer Entidade Praxante tem o direito de:

a. Pertencer à Comissão de Praxe ou ao Tribunal.

b. Ser respeitada pelos Vermes ou Caloiros.

c. Exercer a praxe sobre os elementos de grau Verme e Caloiro e trajados de grau inferior

ao próprio desde que com justa causa.

d. Apresentar propostas para jogos/atividades/eventos à Comissão de Praxe.

e. Apresentar queixa de outra EP à Comissão de Praxe e ao Tribunal de Praxes.

f. Marcar uma reunião extraordinária de alunos da FCH/UCP para destituir a Comissão de

Praxe, bastando para isso que reúna 40 assinaturas de outras EP.

Artigo 3.º - Dos deveres das Entidades Praxantes

Qualquer Entidade Praxante tem o dever de:

a. Cumprir e fazer cumprir o estipulado no CPFCH correndo o risco de sofrer as sanções

do Tribunal de Praxe, especificadas no artigo 5.º da Secção V do CPFCH.

b. Preservar a saúde dos caloiros como qualquer cidadão, não usando neles materiais que

lhe possam causar danos físicos ou psicológicos.

Page 11: Codex Praxis FCH UCP

Código de Praxe – FCH/UCP

Página 11 de 24

c. Usar do bom senso em todas as suas praxes, procurando não só a diversão, mas também

tentando fazer com que estas sejam produtivas para a vida estudantil do Caloiro.

d. Respeitar as hierarquias existentes entre os alunos da FCH/UCP.

e. Respeitar todas as deliberações relativas aos eventos organizados pela Comissão de

Praxes

f. Respeitar todas as deliberações finais do Juiz do Tribunal de Praxes.

g. Respeitar todas a deliberações da Comissão de Praxe.

h. Não submeter um Parasita a qualquer espécie de pressão ou coação, devendo

simplesmente ignorá-lo, no âmbito da Praxe.

i. Reportar uma queixa sobre uma Entidade Praxante, apresentada por um Caloiro ou

Verme, à Comissão de Praxe, informando-o posteriormente do deliberado.

j. Denunciar todos os casos de exercício de praxe por parte de elementos Parasita à

Comissão de Praxe, que tomará as medidas adequadas.

Page 12: Codex Praxis FCH UCP

Código de Praxe – FCH/UCP

Página 12 de 24

Secção IV Da Comissão de Praxe

Artigo 1.º - Das competências da Comissão

Como órgão organizativo a Comissão têm a função de:

a. Zelar pelo cumprimento do disposto neste código;

b. Organizar a semana de receção do Caloiro da FCH/UCP, bem como todo e qualquer

evento dentro do espirito académico/praxante

c. Evitar atitudes exageradas das Entidades Praxantes;

d. Nomear o Juiz do Tribunal de Praxes;

e. Emitir os documentos Passaporte do Caloiro e declaração de aluno anti praxe (DAAP).

Artigo 2.º - Das constituição da Comissão

A Comissão de Praxe deve ser formada por um número ímpar de Entidades Praxantes,

tendo que ser constituída, obrigatoriamente, pelas seguintes categorias:

a. Um presidente, com grau académico de Veterano ou superior.

b. Um vice-presidente, com grau académico de Veterano ou superior.

c. Um número par de vogais.

Artigo 3.º - Da eleição da Comissão

A Comissão é eleita numa reunião ordinária de alunos da FCH/UCP, a realizar sempre

na última semana de aulas do ano letivo anterior. A data desta eleição será marcada pelo Juiz de

Praxe em exercício, com pelo menos três semanas de antecedência.

a. A duração do mandato de cada Comissão de Praxe é de um ano letivo.

Page 13: Codex Praxis FCH UCP

Código de Praxe – FCH/UCP

Página 13 de 24

b. Para votar o aluno tem que se apresentar na eleição com traje

Artigo 4.º - Da identificação dos elementos da Comissão

Todos os membros da comissão devem encontrar-se devidamente identificados, através

de uma identificação no traje, por meio de um pin ou emblema; caso isto não seja possível

algum género de apresentação tem que ser feita.

Page 14: Codex Praxis FCH UCP

Código de Praxe – FCH/UCP

Página 14 de 24

Secção V Do Tribunal de Praxe

Artigo 1.º - Das competências do Tribunal de Praxe

a. O Tribunal de Praxe é o órgão supremo do Grémio Académico.

b. Serão levados a Tribunal de Praxe, todo ou qualquer caso, envolvendo alunos da

FCH/UCP, que desrespeite o CPFCH.

c. As decisões caberão ao Juiz do Tribunal de Praxe em conjunto com a decisão do Júri, e

destas não pode haver recurso.

Artigo 2.º - Da constituição do Tribunal de Praxe

a. O Tribunal de Praxe é constituído pelo Juiz (ou Presidente) do Tribunal de Praxe, um

Júri, um Advogado de Defesa e um Advogado de Acusação e pelo menos dois

consultores (um de cada sexo).

b. O Júri será constituído por seis Entidades Praxantes.

c. O Advogado de Defesa do Verme ou Caloiro será o seu Padrinho / Madrinha. No caso

de o réu não ser Caloiro ou Verme, a defesa é feita pelo réu;

d. O Advogado de Acusação será alguém com grau superior ou igual a Pastrano, nomeado

para o efeito pela Comissão de Praxe.

Artigo 3.º - Juiz de Praxe

O Juiz de Praxe tem de preencher os seguintes requisitos:

a. Ser um aluno com grau académico igual ou superior Veterano.

b. Nomear os membros constituintes do seu Tribunal

c. Ter Traje Académico.

d. Ter total conhecimento dos principais aspetos e pontos do Códex Praxis vigente.

Page 15: Codex Praxis FCH UCP

Código de Praxe – FCH/UCP

Página 15 de 24

NOTA: Este será escolhido na reunião de eleição da Comissão de Praxe e votado por maioria

absoluta de entre os presentes, funcionando segundo as regras de eleição do Presidente da

República. O seu mandato é de um ano letivo. Ao Juiz de Praxe caberá regular e supervisionar

todas as atividades da Comissão de Praxe e das Entidades Praxantes e ainda, com o apoio dos

consultores, tratar sempre que necessário da revisão do código de praxes em vigor. De

preferência os membros do Tribunal, não devem fazer parte da comissão.

Artigo 4.º - Júri

São seis membros permanentes no mandato do Juiz de Tribunal vigente, nomeados por

este e devem:

a. Ser de grau académico igual ou superior a Pastrano.

b. Ter três membros do sexo masculino e três do sexo feminino.

c. Em cada julgamento ter presente o Códex Praxis e deliberar a favor ou contra o réu após

apresentado o seu caso na totalidade.

d. Ter traje académico.

Artigo 5.º - Consultores

Os consultores funcionam como o braço esquerdo e direito do Juiz, são os seus

concelheiros nos momento de tomada de decisão, como as sentenças dos julgamentos e/ou nas

revisões e reformulações de código de praxes.

Os consultores devem responder aos seguintes requisitos:

a. Nomeados pelo Juiz e ser pelo menos um de grau igual ou superior a Veterano

b. Conhecer na generalidade, ou totalidade, os principais aspetos e pontos do Códex Praxis

vigente

c. Ser um consultor do sexo masculino e outro do sexo feminino

d. Ter traje académico

Page 16: Codex Praxis FCH UCP

Código de Praxe – FCH/UCP

Página 16 de 24

NOTA: Os Consultores não têm nenhum tipo de poder prático dentro dos julgamentos, ou seja,

não podem aplicar sanções diretas nem punições.

Artigo 6.º - Estatutos do Tribunal

a. Os julgamentos são atos solenes realizados na Faculdade de Ciências Humanas, em

local decretado pelo Juiz de Praxe, que pode variar de ano para ano.

b. Devem-se realizar pelo menos duas vezes em cada ano letivo.

c. Todas as Entidades Praxantes podem assistir ao Tribunal.

d. Além do Júri e dos Consultores, o Juiz do Tribunal pode ainda contar com a

participação do Dux, do Rex e/ou do Magnus Praxis durante os julgamentos.

Artigo 7.º - Punições

a. Quem não comparecer a Tribunal de Praxe e não apresentar uma justificação oficial,

poderá será classificado de Animal e verá afixado o seu nome no Quadro da Vergonha.

b. As punições podem passar por:

1. Simples repreensão;

2. Impedimento de subir na hierarquia das praxes, ficando com a categoria de Animal;

3. Proibição de exercício de praxe e respetiva afixação do seu nome no Quadro da

Vergonha.

4. Ver emblemas ou pins retirados no caso de estarem mal colocados ou cozidos

Page 17: Codex Praxis FCH UCP

Código de Praxe – FCH/UCP

Página 17 de 24

Secção VI Grémio Académico

Artigo 1.º - Das competências do Tribunal de Praxe

O Grémio Académico é constituído pelo Tribunal de Praxes a Comissão de Praxes, o

Dux, o Rex, o Magnus Praxis e todas as Entidades Praxantes.

Ao Tribunal de Praxe compete julgar os casos contra a Comissão de Praxe apresentados

por qualquer aluno ao Juiz.

Page 18: Codex Praxis FCH UCP

Código de Praxe – FCH/UCP

Página 18 de 24

Secção VII Do Traje Académico

O Traje Académico simboliza a igualdade entre todos os estudantes. De Capa e Batina,

não existem distinções entre pobres e ricos. Todos são iguais. A única forma de alguém se

evidenciar é através do uso da inteligência, pois de traje não se podem usar enfeites para chamar

a atenção.

Artigo 1.º - Da constituição do traje

a. Para os estudantes, o traje académico é constituído por:

Sapatos pretos e meias pretas (finas sem desenhos e/ou adornos);

Calça preta (lisa);

Colete preto;

Batina;

Camisa branca e lisa, com colarinho de modelo comum, e com ou sem punhos;

Gravata preta e lisa (modelo estudante);

Capa preta, de uso comum, com ou sem rasgões na parte inferior e com ou sem

distintivos na parte interior do lado esquerdo;

O colete e a batina deverão ter um número de botões pregados correspondentes ao

número de casas, incluindo nestas, e quanto à batina, a da lapela.

b. Para as estudantes, o traje académico é constituído por:

Sapatos pretos, de qualquer modelo (sem apliques metálicos), com um salto não

superior a três centímetros;

Page 19: Codex Praxis FCH UCP

Código de Praxe – FCH/UCP

Página 19 de 24

Meias altas e pretas;

Fato saia-casaco, preto e de modelo simples, podendo no entanto o casaco ser

cintado, e devendo a saia não subir uma mão travessa, da própria pessoa, acima do

joelho;

Camisa branca;

Gravata preta e lisa (modelo estudante);

Capa preta, de uso comum, com ou sem cortes na parte inferior e com ou sem

distintivos na parte interior;

O casaco pode ter ou não bandas de seda, mas não terá gola de pele.

Artigo 2.º - Dos acessórios

a. É proibido o uso de botins ou botas altas, luvas, pulseiras, boina, “piercings” visíveis e

outros adereços não adequados ao traje;

b. É proibido o uso de relógio de pulso;

c. É proibido o uso de telemóvel visível. Quem não quiser prescindir dele deve por

exemplo guardá-lo num dos bolsos;

d. Só é permitido o uso de guarda-chuva se este for preto, liso, com cabo de madeira;

e. O uso de brincos é aceitável mas estes têm que ser discretos e o seu diâmetro não pode

ser maior do que o lóbulo da orelha;

f. O uso de óculos escuros é permitido, desde que estes sejam totalmente pretos e sem

marca;

g. É proibido o uso de verniz, tanto nas mãos como nos pés;

h. A maquilhagem não é permitida;

Page 20: Codex Praxis FCH UCP

Código de Praxe – FCH/UCP

Página 20 de 24

i. É proibido ter quaisquer etiquetas, quer no traje como na capa;

j. Todos os bolsos devem ser abertos caso estejam cozidos.

Artigo 3.º - Das permissões para usar o traje

a. É permitido o uso do traje a todos os alunos com grau igual ou superior a Caloiro

Pastrano;

b. A alunos do grau Pastrano é permitido o uso do traje desde que este se encontre livre de

emblemas e pins;

c. A alunos de grau Veterano e superior é permitido o uso do traje sem restrições;

d. Alunos com estatuto de animal/parasita podem ficar proibidos de usar o traje.

Artigo 4.º - Dos emblemas e pins

a. Os emblemas devem ser colocados do lado de dentro da capa, do lado esquerdo, da

seguinte maneira e de forma a ficarem visíveis quando se coloca a capa ao ombro:

1ª Linha – Emblema do pais de onde é natural

2ª Linha – Emblema da comunidade europeia

(opcional)

3ª Linha – Cidade onde Estuda; Curso;

Universidade

4ª Linha – Terra Natal, Terra da Mãe, Terra do

Pai

5ª Linha e seguintes – Emblemas diversos de

acordo com a alínea c) e d).

b. Os emblemas são cozidos com linha preta, tendo sempre cada linha e coluna de

emblemas um número ímpar. A soma dos emblemas da capa deve ser ímpar.

Page 21: Codex Praxis FCH UCP

Código de Praxe – FCH/UCP

Página 21 de 24

c. O emblema de Finalista deve ser sempre o último, visto ser o emblema que marca o

encerramento da vida académica. Este, sempre que surja algum emblema novo, deve ser

descosido e aplicar novamente depois deste.

d. Os pins são colocados na lapela da batina, do lado esquerdo, sempre em número impar.

e. Não se espeta metal na Capa.

f. São proibidos os emblemas de clubes, marcas comerciais ou similares.

Artigo 5.º - Da capa

a. A posição normal da capa é colocada sobre o ombro esquerdo, dobrada, com a parte de

cima para trás das costas e com os emblemas visíveis e virados para a frente.

b. Quando esta se encontra dobrada pode ser transportada no braço esquerdo.

c. Os distintivos da Capa não podem ser visíveis estando esta traçada ou sobre os ombros.

d. Quando se encontra sobre os ombros deve ser usada com um número de dobras na gola

igual ao número de matrículas que o aluno tem mais uma outra dobra por respeito a

universidade, se for membro da comissão de praxes ou do tribunal uma dobra também

deve ser feita.

e. A Capa traça-se sempre sobre o ombro esquerdo.

f. A Capa nunca se lava. Lavá-la é apagar e renunciar todas as recordações da vida de

estudante. Além disso, “dá azar”, dizem os supersticiosos. A capa deve ser batizada

com: álcool, vómito, sangue, urina e sexo.

g. A Capa e a Batina não se devem encontrar a uma distância superior de sete passos do

seu proprietário.

Page 22: Codex Praxis FCH UCP

Código de Praxe – FCH/UCP

Página 22 de 24

h. Em situações especiais a capa deve ser usada:

1. Em cerimónias especiais

Deve usar-se a Batina abotoada e a Capa estendida ao longo do corpo, com as

respectivas dobras.

Em situação de dança, e por uma questão de mera comodidade, poder-se-á dançar

sem Capa, se a dama assim o permitir.

2. Na missa

Deve usar-se a Batina abotoada e a Capa estendida ao longo do corpo, sem dobras.

Nunca se traça a Capa durante uma cerimónia religiosa.

3. Durante o luto

Em caso de luto, a Batina deve apresentar as abas fechadas, encontrando-se a Capa

caída pelos ombros, sem dobras e abotoada pelo gancho da gola.

4. No fado e nas serenatas

Todos os estudantes presentes devem ter as capas traçadas, evitando que se veja o

branco do colarinho e dos punhos.

Nas serenatas nunca se batem palmas.

i. Por vezes, quando se pretende homenagear alguém, coloca-se-lhe uma capa caída pelos

ombros.

Só em ocasiões MUITO especiais é que se colocam as capas estendidas no chão

para que o homenageado possa passar por cima delas. Esta é a maior homenagem

académica que se pode fazer a alguém.

Page 23: Codex Praxis FCH UCP

Código de Praxe – FCH/UCP

Página 23 de 24

Secção VIII Diversos

Artigo 1.º - Do Padrinho/Madrinha

a. O Padrinho ou Madrinha tem que ser uma Entidade Praxante.

b. A escolha do Padrinho ou Madrinha é feita pelos Vermes e estes não podem sofrer

qualquer tipo de coação na escolha.

c. O Padrinho ou Madrinha, não pode fazer com que o seu afilhado dispense o ritual da

praxe ou que desrespeite o CPFCH.

d. O Padrinho/Madrinha não pode ter mais do que 10 afilhados na sua permanência total

na FCH

Artigo 2.º - Proteções

As Proteções são neste caso uma honra à cidade mãe de toda a praxe e espirito

académica. As Proteções consistem em casos excecionais em que qualquer aluno de grau, de

Verme a Veterano, se podem ver protegidos de uma praxe individual. Note-se que para o efeito

de evocação, estas proteções tem de ser feitas em latim “macarrónico”.

As Proteções são as seguintes:

a. Sanguineos Protectus (proteção de sangue) – se algum aluno tiver uma entidade

praxante como familiar – irmão, primo – este pode proteger o seu familiar mas apenas

duas vezes no espaço de 24 horas;

b. Patrinorum Protectus (proteção dos padrinhos) – a madrinha tem o direito de invocar

esta proteção sobre um afilhado de cada vez e apenas duas vezes no espaço de 24 horas;

os padrinhos têm os mesmos direitos mas sobre as afilhadas;

c. In Baco Protecturactum (proteção em Baco) – quando extremamente embriagado o

aluno pode ver-se protegido de qualquer praxe, desde que seja capaz de evocar esta

proteção em latim pela sua própria voz.

Page 24: Codex Praxis FCH UCP

Código de Praxe – FCH/UCP

Página 24 de 24

Artigo 3.º - Disposições transitórias

a. Este código entrou em vigor no ano letivo de 2011/2012.

b. Extraordinariamente, no ano de entrada em vigor, os órgãos definidos neste documento,

nas secções IV e V, serão escolhidos pelo grupo de alunos a formar o CPFCH, podendo

estes ser destituídos pelo Artigo 2.º, Alínea g) da Secção III.

c. A revisão do código deve ser feita sempre que invocada pela maioria das Entidades

Praxantes e/ou a cada dois anos letivos.

d. A 1ª revisão deste código foi efetuada no ano letivo 2012/2013.

e. As revisões/reformulações do Códex Praxis em vigor devem ser sempre feitas pelo Juiz

do Tribunal de Praxes e auxiliado pelos seus dois Consultores.

Artigo 4.º - Casos omissos

Todas as situações não previstas no presente código serão resolvidas, numa primeira

instância, pela Comissão de Praxe e pelo Tribunal. Posteriormente, pela Reunião de Alunos da

FCH/UCP, a qual deliberará qual a decisão a tomar.