Colecao Os Impressionist as Lautrec

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    Nesse perodo, o desentendimento entre os pais se acentuou a ponto de tornar inevitvel a separao. Henri deve ter sofridomuito com isso, embora tenha escrito, em co- mentrio de duplosentido: "Meu pai, o conde, se excede apenas no caf com leite".

    Em 1878 Henri quebrou a perna numa queda e, quinze mesesdepois, noutro acidente, sofreu fratura parecida. Ficaria aleijadopelo resto da vida. Em carta a um amigo ele contou: "Ca de umacadeira baixa e quebrei o fmur esquerdo. Mas agora, graas aDeus, [o osso] soldou-se e comeo a andar de muleta, com ajudade algum''. A respeito da segunda fratura seu pai escreveu que"foi causada por uma queda no muito mais grave, durante um passeio com a me. Caiu numa ravina que no tinha mais demetro e meio de profundidade. Enquanto a me foi buscar ummdico, ele se manteve calmo e contido. Ficou sentado no choe, com as mos, manteve a perna reta".

    X realidade os acidentes parecem ter sido causados por umadoena ento pouco conhecida: distrofia poliepifiseal, certaanomalia que torna os ossos quebradios. Aos treze anos Henriera um rapaz de estatura mdia, quase metro e meio. Adulto,media poucos centmetros mais.

    Sua fora de carter surpreendeu. Longe de afundar-se nodesespero, depois da inevitvel operao, ele escreveu a umamigo: "O crime cirrgico foi perpetrado segunda-feira e afratura, to admirvel do ponto de vista mdico (no do meu,deixe-se claro), viu a luz do dia. O mdico estava radiante edeixou-me em paz at esta manh. Ento, com o falso pretextode me pr de p, dobrou-me a perna em ngulo reto, o que mecausou uma dor feroz".

    E quando algum se condoia, ele brincava: "No vale a penachorar por mim. No mereo. Fui to desastrado! Tenho recebidotanta visita que estou ficando mimado''.

    Em julho de 1881, em Paris, depois de uma de suas muitasestadas no litoral, tentou os exames de bacharelado, mas nopassou. Voltou a estudar com rigor durante as frias, tentou outravez no outono e foi aprovado. Em carta a um amigo, contou:"Colhido no redemoinho do bacharelado, desta vez conseguipassar. Deixei de lado os amigos, a pintura e tudo mais que valealguma coisa neste mundo para enfiar-me em dicionrios e livrosescolares. Por fim, a banca de Tbulouse me achou aceitvel,apesar das respostas incoerentes que balbuciei na argio. Fizcitaes fictcias de Lucrcio e o professor, querendo parecererudito, engoliu tudo. Mas acabou-se. Voc achar minha prosaum tanto relaxada, o afrouxamento que se segue tenso dasprovas. Esperemos melhora".

    Aos dezesseis anos, desenhar j era paixo para ele. Seuprimeiro professor foi Ren Princeteau, amigo da famlia e artistaespecializado na pintura de cavalos. Em pouco tempo o alunomostrava mais talento que o professor. Este, honestamente,aconselhou ento a famlia a encaminhar Henri ao ateli de LonBonnat, um dos mais festejados pintores de Paris na poca, com

    quem o rapaz poderia aperfeioar-se. Descrevendo suaexperincia com Bonnat, Lautrec escreveu a seu tio Charles:"Voc com certeza est curioso a respeito do tipo de incentivoque Bonnat me oferece. Ele diz: 'Sua pintura no to m; umtanto moderninha, mas no chega a ser m. J seu desenho chocante'. E eu devo sujeitar-me, comear de novo e seguirtrabalhando".

    Quando tinha dezoito anos, Henri passou ao ateli de Cor-mon. pintor ento em evidncia e cujo Caim, quadro aca-dmicoinspirado em A Lenda dos Sculos, de Victor Hugo, tiveraressonante sucesso no Salo (oficial) de 1880. Henri Rachou, umdos amigos de Lautrec no ateli, escreveu a respeito de

    Cormon: "Nunca o vi cometer um erro no julgamento de cadaum de ns. Era incrivelmente perceptivo, nunca indulgente,exceto com aqueles pelos quais sentia certa amizade. Tratava osoutros com franqueza quase cruel. Quando queria, suas maneiraseram impecveis, mostrava acurado senso de decoro, compatvelcom o ambiente. Nunca o vi exaltado ou prisioneiro da ambio.Era, antes de tudo, um artista".

    No mesmo ateli, Toulouse-Lautrec conheceu Vincent vanGogh, com o qual tambm faria amizade por toda a vida.Diferente dos impressionistas, Lautrec no se sentia nada atradopor paisagens; o tema quase exclusivo de sua pintura era a figurahumana, porque, segundo o crtico Jacques Lassaigner, ''elaoferecia a ele a liberdade de usar seu dom de observao e suaverve. A pincelada magnificamente tensa, nervosa, assim comoseu talento de colorista, deram-lhe meios de uma exploraoessencialmente psicolgica, penetrante, s vezes severa, oumesmo implacvel. Sua pintura no d sinal de compaixo, massim um senso de reserva. Se por acaso se sentisse embaraado,escapava pela sada da ironia. De todos os seus trabalhos, apenasos retratos de sua me mostram a secreta vibrao que trai seu in-tenso amor por ela".

    No mesmo perodo, Toulouse-Lautrec e outros pintores fre-qentavam cabars, especialmente o do cantor Aristide Bruant,que os deliciava com seu humor.

    Seu bando de abortos e tolos de meia-tigela!Que mestios so vocs, como se ela,a me, no tivesse tetas, nem o pai ferramenta?Para serem to ocucros, mamaram jumenta?Desse naipe aqui no entra ningum,sem os pais pra mostrar suas coisas tambm!

    Com canonetas burlescas deste tipo, Bruant recebia seusfregueses em L Mirliton, cabar no Boulevard de Roche-chouart, onde tambm cantava, com voz ressonante, baladassentimentais e hinos anarquistas. Lautrec decorou o cabar comfiguras que ilustravam as canes de Bruant. Por exemplo, Nini-peau-de-chien ("Nini-pele-de-co"), a herona da canoneta IaBastille.

    Lautrec no estava nada interessado em modelos profis-sionais, o que o inspirava e atraa era a vida. "Certo dia, quandoele e Rachou iam a caminho de Boivains para almoar", escreveuGauzi, "passaram por uma jovem vestida com simplicidade deoperria, mas de cabelo to impressionantemente ruivo queLautrec estacou e, muito agitado, exclamou: 'Ela fantstica!Veja como brilha! Seria maravilhoso se posasse para mim, voctem de pedir isto a ela!' ". Chamava-se Carmen Gaudin, moagentil e trabalhadeira, mas um tanto frgil. Lautrec, que aimaginara uma grosseira devassa, surpreendeu-se ao saber que oamante lhe deixava marcas de pancada. Era muito pontual e

    continuaria a ser o modelo favorito de Lautrec por muito tempo.Pela mo dele, ela se tornaria uma esplndida Lavadeira e tam- bm Rose Ia Rouge, herona de outra cano de Bruant, Montrouge.

    Graas a Maurice Joyant, que se tornara marchand e tambmeditor da revista Paris Illustr, Lautrec se tornou colaboradorregular do L Courrier Franais. Ele e Joyant trabalhariam juntostambm em outras atividades artsticas, inclusive experimentosna tcnica de impresso.

    O trabalho srio, contudo, no aplacava o ritmo noturno deLautrec e seus amigos. Embora no tivessem deixado defreqentar L Mirliton, eles tambm eram vistos no Moulin

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    de la Galette, que se tornara uma arena de prostitutas baratas eseus cftens, uma casa muito diferente da que tinha sido notempo de Renoir. O grupo aparecia ainda no Chat Noir, bar maissofisticado, de poetas e cancioneiros, ou numa casa recm-inaugurada no Boulevard de Clichy, sop de Montmartre: oMoulin Rouge. Neste cabar havia shows bizarros, como os de"Cha-U-Kao", palhaa de aparato japons e nome trocadilhesco(chahut, "tumulto", "algazarra"; e chos, ' 'caos''); ou da acrbatado Circo Macarona, da qual Lautrec faria tantos retratos, JaneAvril, apelidada tambm "La Mlinite" (nome de um explosivomais potente que a dinamite). Joyant disse que Jane danava"como uma orqudea em xtase".

    Ainda mais popular era Louise Weber, La Goulue ("a gulosa''), que tinha 16 anos quando Lautrec a viu danar pela primeiravez. Yvette Guilbert, talentosa atriz e cantora, amiga sincera deLautrec, fez dela esta vivida descrio: ' 'Usava meias de seda pretas e, segurando um p calado em cetim preto, esvoaavaseis metros de anguas rendadas num rodopio que deixava mostra a calcinha. Nesta, um corao caprichosamente bordadorecobria seu delicado bumbum quando ela se curvava paraagradecer os aplausos; suas pernas adorveis, geis, dinmicas etentadoras apareciam e desapareciam nos tufos de fitas cor-de-rosa dos joelhos e numa espuma de rendas que chegavam aostornozelos esguios. Derrubava com gracioso chute o chapu do parceiro e, ento, fazia splits [passos acrobticos em que adanarina senta com perna-s voltadas para direes opostas] torso ereto, blusa justa azul-celeste, a saia de cetim preto abertaem redor dela como um guarda-chuva com cinco metros dedimetro. Ela era assombrosa! Linda e brejeiramente espirituosana aparncia, loura, franja cacheada que chegava ssobrancelhas, usava o cabelo torcido para o alto e preso nuca para no se desprender durante o nmero. Cachos clssicoscaam-lhe das tmporas sobre as orelhas, em pequenos caracis.De Paris a Nova York, passando pelas favelas da Zona Lestelondrina, todas as moas da poca desejavam usar o cabelo comoo dela, e a mesma fita colorida atada ao pescoo".

    Quando o Moulin Rouge encomendou seu novo pster aLautrec, ele tinha 26 anos e nenhuma experincia nessa forma dearte. O desenho mostrava La Goulue em primeiro plano e, emletras vistosas, o nome ''Moulin Rouge'' repetido trs vezes.Imagens simples e chamativas, elementos conceptuais damoderna propaganda.

    Em 1892 Bruant estrelava num caf-concerto de acessoexclusivo nos Champs-Elyses, Ls Ambassadeurs. A seu pedido, coube a seu amigo Lautrec ento j bem-sucedidocriador de posters desenhar o anncio do show. Mas o gerentedo caf, Ducare, no gostou nada do resultado. Quando viu ocartaz pela primeira vez, exclamou: "Arranquem j esta coisamedonha, este lixo!".

    Bruant respondeu: "Meu querido, voc vai deixar este pster

    no lugar em que est. E mais: vai colocar um em cada lado dopalco. E oua bem: se at um quarto para as oito e note queno digo s 8 horas isso no tiver sido feito, no continuo!Est claro?".

    "Na hora marcada", escreveu Joyant, "o pster estava afixadono palco, ladeando Bruant. Tanto o cantor quanto o cartazfizeram enorme sucesso. E, depois do show, Ducare admitiu quetinha errado.

    Jane Avril aparece em primeiro plano no pster que Lautrecdesenhou para a casa de espetculos chamada Divan Japonais.Ele usou outra vez a imagem dela num pster que anunciava sua

    reapresentao no Jardin de Paris, e ainda num terceiro cartaz,de um show que no alcanou muito sucesso, em Londres.

    May Belfort seria o modelo seguinte de Lautrec. No erabonita como Jane, mas sua forte feio era um tanto inco-mum.Por fim, a grande Loie Fuller tomou seu lugar na pintura deLautrec. Danava ondulando vus em longas varetas, num halode luzes coloridas e cambiantes jorradas de projetores eltricos.Para seu pster, Lautrec inventou uma tcnica de impressolitogrfica: coloria a gravura a mo e a polvilhava com p deouro, de modo que apenas as sombras da cabea e das mos dadanarina eram visveis no brilho iridescente dos vus inflados.

    Apesar do sucesso como criador de posters, Lautrec noesquecia seu amor pela pintura. Os laos com Cormon tinhamafrouxado, mas ele continuava a expor: no cabar de Bruant, emL Mirliton, em L Tambourin com Van Gogh, no exclusivoCercle Volney tambm na Blgica.

    As companhias de Lautrec eram muito variadas. Em primeirolugar, a me, a quem ele amava muito e que morava numapartamento trs chie da Rue Victor Mace, no muito longe doestdio. Muitas vezes Lautrec ia jantar com ela e levava amigos.Depois vinham os bordis. O pintor de vez em quando deixavaseu apartamento com uma bagagem de malas e bas, como se de

    partida para uma volta ao mundo. Mas a carruagem de aluguelpararia menos de um quilmetro depois, na Rue Richelieu ou naRue ds Moulins, diante de alguma daquelas ''maisons" que amoralidade burguesa fingia desaprovar e onde ele bem poderia

    passar umas duas semanas."Como que voc pode morar nesses lugares?", perguntou-

    lhe certo dia um homem de alta posio, que jantava com aamante numa mesa prxima de Lautrec. A resposta: "Quemsabe o senhor prefere esse tipo de companhia em sua prpriacasa?".

    O pintor amava as moradoras das tais "maisons". O herdeirode uma das mais aristocrticas estirpes da nobreza francesa novia diferena, do ngulo social, entre uma prostituta e umanouveau-riche. Nos quadros que pintou dessas casas no havianada vulgar ou de gosto duvidoso, nenhuma inteno de chocar.Para as mulheres ele era apenas "Monsieur Henri, o pintor".

    "Entre elas", escreveu Francis Jourdan, "Lautrec um tipo decriana mimada, docemente tirnica. Essas mulheres valorizamsua simplicidade, a pouca importncia que d a sua famaascendente e a seu ilustre nome de famlia. Elas se sentiriamembaraadas se percebessem nele condescendncia ou o desejoridculo de bancar o sujeito duro, o gangs-ter. Ele o que ."

    A favorita de Lautrec era Mireille. Ela aparece de perfil noprimeiro plano de um grande quadro, No Salo. "Esto tentandoenganar-me'', confidenciou certa vez a Gauzi. ' 'EscondemMireille quando pergunto por ela, mesmo que eu tenha decidido

    pagar-lhe um dia todo. Quando lhe escrevo, ela nunca deixa devir. Esteve aqui ontem." Apontou um buqu de violetas: "Coisa

    de Mireille. Comprou o buqu a caminho daqui e gentilmente otrouxe para mim".

    O perodo em que freqentou as "maisons" foi o mais produtivo e tambm aquele em que pintou as obras maisimportantes. Alm dos quadros" sua produo de 1892 a 1894inclui litografias, os melhores posters, ilustraes para livros e

    peridicos e ainda cenrios de palco. Nessa mesma ocasio, seu amigo de infncia Maurice Jo-

    yant sucedeu a Theo van Gogh (irmo de Vincent) comogerente da Galeria Goupil. Depois de muita hesitao, Lau-trec finalmente concordou em fazer ali sua primeira exposi-

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    o. Para sua surpresa, a imprensa no lhe foi hostil e o eventochegou a ser prestigiado com a visita de Degas. ''Certa tarde, s 6horas", escreveu Joyant, "Degas apareceu em seu inverness [tipode casaco com cinto, pelerine curta para os ombros e gola justa].Comeou a examinar com cuidado todas as obras, entoando umamelodia baixinho, de lbios fechados. Percorreu toda a exposiosem dizer palavra. J estava descendo a estreita escada emespiral quando parou. Com apenas cabea e ombros acima donvel do poo da escada, encarou Lautrec, que o olhava tmido eansioso, e disse: 'Bem, Lautrec, vejo que voc um dos nossos'.Ainda posso ver Lautrec irradiando satisfao interior com esseaceno casual de aprovao."

    Para evitar escndalo, os quadros que tinham por tema as"maisons" foram separados numa sala interditada ao pblico, e qual s tinham acesso amigos, convidados especiais e outraspessoas com permisso prvia.

    Um ano depois, por ocasio de uma exposio de Manet,Durand-Ruel incluiu nela um conjunto de litografias de Lautrec.A ltima exposio do artista enquanto vivo foi a promovida pelafilial londrina da Goupil, em 1898.

    Vinho e bebidas mais fortes, noites insones e vida disso-lutaacabaram por comprometer a vulnervel sade de Tou-louse-Lautrec. Certa manh, depois de uma noite de orgia, eledespertou num quarto de janelas gradeadas e porta trancada,numa clnica psiquitrica de Neuilly. Estava longe deenlouquecer, mas a famlia e os amigos tinham tomado pordemncia a excitabilidade anormal que vinha mostrando fazia jalgum tempo.

    No Ls Ambassadeurs. Gravura multicolorida. L FigaroDlustr, julho de 1893.

    Contudo, sem dvida a sade se deteriorava. Em fevereiro de1899, num acesso de deliriurn tremens, cara e quebrara aclavcula. Parecia urgente desintoxic-lo. O nico amigo adiscordar disso era Joyant, alis em vo. Quando o pintor voltoua si, na clnica, a angstia o dominou. Escreveu ao pai: "Papai,aqui est sua chance de um feito cavalheiresco. Estouaprisionado, e tudo que preso acaba morrendo''. Mas o paino ousou interferir, a luta teria de continuar na solido.

    Deram-lhe alta quinze dias depois, sob condio de no deixaro quarto. Feliz por ganhar alguma liberdade, retomou o trabalho.Produziu em seu quarto de enfermo uma srie de ilustraescircenses, a craiom colorido, encomendada por Joyant.Impressionados com o progresso, os mdicos escreveram: "M.Henri de Toulouse-Lautrec acalmou-se muito, acha-se em estadomuito diferente daquele em que o encontramos nas visitasanteriores. [Mas] essa melhora s pode durar se o paciente formantido por vrias semanas nas mesmas condies de higienefsica e mental". E em 17 de maio: "O paciente continua amelhorar, fsica e mentalmente... Os sintomas do deliriurn novoltaram a manifestar-se. Os sinais de intoxicao alcolica mal

    podem ser notados, exceto por leve tremor das mos... Mas, porcausa da amnsia, do carter instvel e da falta de fora devontade, necessrio mant-lo sob constante observao''.

    Liberado por fim, em 20 de maio, Lautrec viajou para aNormandia para convalescer. Ficou quatro semanas em L Havree, no fim de julho, seguiu para Bordus, para passar uns mesescom a me no Chteau de Malrom, em Gi-ronde. No outono,retornou a Paris. A partir da, at o incio de 1900, trabalhou comafinco. Sua tcnica mudara per-ceptivelmente: usava agoraencorpado empastamento em painis de madeira e tela, a paletaescurecera. Um de seus modelos era Madame Poupoule, demi-mondaine gorducha que ele retratou na penteadeira e de p junto cama. Mas sua predileo estava na jovem e linda namorada deJoyant, Louise. A respeito da influncia feminina sobre o pintor,o poeta Paul Leclercq escreveu: "Lautrec adorava a companhiade mulheres; quanto mais ilgicas, desmioladas, impulsivas emalucas, mais elas lhe agradavam, desde que naturais. Gostavade expor a personalidade de cada uma; o frescor e a ingenuidadedas imagens formadas por mentes pequenas o interessavam edivertiam. A amante passageira de um amigo foi por muitotempo uma de suas companhias mais ntimas. Era costureira emodelo (margouin, na gria parisiense), com luxuriante cabeleiraloura e graciosa carinha de esquilo. Ele a chamava de 'Croque-si-Margouin', 'margouin to apetitosa'. Eram como duas crianas

    brincando juntas. Compreendiam-se. O que sentia pelas amigasera uma estranha mistura de camaradagem jovial e desejoreprimido. Tinha conscincia da prpria inferioridade [fsica],mas, como Cyrano, era incapaz de ciumeira mesquinha; quandoamava uma mulher, dissimulava o real sentimento; sua maioralegria era a de saber que um dos amigos a apreciava, no sentido

    pleno da palavra''.Em 1900 uma recesso no mercado de vinho forou sua me a

    reduzir-lhe a penso, o que lhe trouxe certa humilhao edificuldade. Naquele ano, partiu para a Normandia pouco antesdo que costumava. Ilustrou em Honfleur seu ltimo programa deteatro, a pedido de Lucien Guitry. Vero de cio na baa deArcachon restaurou-lhe energia suficiente para voltar a Paris,estar com os amigos, pr em ordem o apartamento. Buscava

    lugares e pessoas que mais tinha amado, parecia pressentir o fim.Quando retornou a Arcachon, em julho, ningum duvidava, era oadeus. Em agosto, regressou com a me, semi-paraltico, aoChteau de Malrom, pois era nos caramanches da juventude quedesejava passar os ltimos dias.

    Henri de Toulouse-Lautrec morreu com 36 anos, em 9 desetembro de 1901.

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    1. Auto-retrato de Henri de Toulouse-Lautrec 1880. Muse Henri de Ibulouse-Lautrec, Albi Pintado quando o artista tinha dezessete anos, este

    auto-retrato mostra seu talento precoce. Lautrecdedicou-se at o fim, com entusiasmo eoriginalidade, vocao que nele se manifestaradesde a infncia.

    2. O Conde Alphonse de Toulouse-LautrecConduzindo seu Carro Postal 1881. Muse du

    Petit Falais, Paris - J aos dezesseis anosToulouse-Lautrec manifestava seu estilo naturalem obras como este dinmico retrato do pai.

    Nessa poca estudava com Ren Prince-teau,amigo da famlia e grande especialista na pinturade cavalos.

    3. A Condessa de Toulouse-Lautrec no Caf daManh

    - 1883. Muse Henri de Toulouse-Lautrec, Albi -Toulouse-Lautrec pintou este retrato de sua meem Malrom, num vero em que ele estudavacom Bon-nat. Os diferentes planos visuais dafigura ampla e simples acentuam sua expressoserena e o ar pensa-tivo. A venerao do pintortransparece na obra.

    4. Cavalo na Guia c. 1881. Coleo particular,Paris O primeiro professor de Toulouse-Lautrec foi de fato Princeteau. No tempo em que trabalhoucom ele, Lautrec produziu pinturas e desenhosque representavam cavalos ou temas associados a

    eles, como jqueis, carruagens e corridas.

    5. Circo Fernando, a Amazona 1880. The ArtInsti-tute of Chicago Primeiro da srie dedicadaao circo, este quadro tambm um- dos primeirosexemplos de certos recursos artsticos adotados

    pelo pintor: ponto de vista elevado, silhuetascaptadas em momentos dinmicos, contornossintticos, cor aplicada em reas planas euniformes.

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    6. A Lavadeira 1889. Coleo particular, Paris -Atrado pelos temas do cotidiano, Toulouse-Lau-trec no gostava de pintar modelos profissionais.Esta Carmen Gaudin, operria que o encantaradesde que a viu pela primeira vez, numa rua mo-vimentada. Pelo pincel do artista ela se tornou estaesplndida lavadeira, e tambm Rose Ia Rouge,

    herona da cano de Aristide Bruant Montrouge.

    7. Moa de Cabelo Ruivo 1889. Coleo Bhrle,Zurique Este um dos vrios retratos que o pin-tor produziu num parque, em Montmartre. O am-

    biente natural serve apenas de fundo, mas a ex-presso da moa mostra a vibrante sensibilidade dopintor. Os modelos de Toulouse-Lautrec raramenteeram profissionais, pois ele preferia deixar-seseduzir pelos que encontrava por acaso.

    8. O Pintor Henri Rachou c. 1882. Coleo Al- gur H. Meadows, Dallas Embora no tivesseabandonado o mtodo de seu mestre, Cormon, nes-sa poca Toulouse-Lautrec discutia outras idiascom seus colegas de ateli. Este quadro mostra ainfluncia de outros jovens pintores, que entoemergiam como importantes foras da pinturamoderna francesa.

    9. Hlne Vary, Modelo de Ateli 1888. Kunst-halle, Bremen A diferena de estilo entre Lau-trec e outros impressionistas emerge mais evidentenos retratos. Ele no era atrado pelos efeitos cam-

    biantes da luz na natureza; em vez disso, preferiadedicar-se ao ser humano e aos ambientes que estecria.

    10. Condessa de Toulouse-Lautrec 1887. MuseHenri de Toulouse-Lautrec, Albi Aqui o artistaretrata a me num momento de tranqilidade do-mstica. Detalhes de ambientao acentuam o con-tedo psicolgico do quadro.

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    11. A Trupe de Mlle. glantine - 1896-97. Coleoparticular, Turim Toulouse-Lautrec usou apenasrpidas pinceladas retocadas com pastel para captaro movimento frentico das danarinas do canc.Focalizava elementos essenciais do desenho, havia

    j alguns anos, custa do colorido. Com as coresleves, suas obras mais importantes do perodo

    parecem as menos acabadas.

    12. Jane Avril Danando c. 1893. Muse d'0rsay,Paris A atriz e danarina Jane Avril foi uma dasmaiores amigas de Toulouse-Lautrec e tambm umde seus temas favoritos. O pintor era atrado pelasutil melancolia, a sensibilidade e o ar de refina-mento da artista, uma personalidade em contrastedireto com a de vrias outras estrelas clebres dapoca, especialmente La Goulue.

    13. Bailarina de P 1890. Coleo particular, Pa-ris Este esboo mostra o uso moderado de cor,tpico de Toulouse-Lautrec. Com apenas algumsombreado bsico, ele consegue criar um sentidooriginal de espao. No perodo, ele usava tons cadavez mais claros no que produzia.

    14. Mulher Bebendo 1889. Muse Henri de Tou-louse-Lautrec, Albi Neste estudo para o retratode Suzanne Valadier (um dos muitos motivos ti-rados por ele da vida cotidiana), Toulouse-Lautrecmostra a aptido de captar a expresso de umafigura complexa com o realce de poucos traos. Oquadro, precedido por croquis preparatrios comoeste, saiu no Courrier Franais de 21 de abril de1889.

    15. Baile no Moulin de Ia Galette 1889. Coleode Mr. e Mrs. Lewis L. Coburn, The Art Institute ofChicago Nesta obra o observador sente-se parteda dana. Lautrec consegue isto ao coloc-loimagina-riamente no primeiro plano do quadro,com o que preenche o vazio entre o observador e aao observada. A tela f oi apresentada no Salodes lndpen-dants no mesmo ano em que Lautrec a

    pintou.

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    16. O Ator Henri Samary 1889. Coleo J. Laro-che, Paris Esta obra extraordinria mostra o mo-do altamente pessoal como o pintor capta aspectosmais significativos da personalidade de uma figura,analisa movimentos e recria atmosfera.

    17. A Toalete 1896. Muse d'0rsay, Paris A percepo especial e a sensibilidade do artistapermitiram-lhe captar o profundo abatimento destamulher, a quem ele chamava de "Solido". umdos poucos quadros em que Toulouse-Lautrec dis-

    pensa a fisionomia do modelo. "Solido" mos-trada de costas, sentada, despida at a cintura, olongo cabelo ruivo atado em coque na nuca.

    18. Mulher de Perfil -- 1885. Coleo particular,Paris Esta obra, parte de uma srie pintada du-rante a dcada de 1890, um exemplo indicativoda aptido de Lautrec para captar a personalidadecom apenas algumas poucas linhas, rpidas e

    precisas. ' 'O que existe apenas afigura'', disse elecerta vez a seu amigo Maurice Joyant, "a paisagem, e deve ser, meramente acessria."

    19. La Goulue Entrando no Moulin Rouge 1892.Museum of Modern Art, doao de Mrs. David M.

    Levy, Nova York O talento de Lautrec para o ps-ter contribuiu para a popularidade e o imenso su-cesso de La Goulue, ao colocar a imagem exube-rante da artista em cada esquina de Paris.

    20. O Ingls no Moulin Rouge 1892. MetropolitanMuseum of Art, doao de Miss Adelaide Milton deGroot, Nova York Este desenho exemplifica ariqueza dos estudos psicolgicos que Toulouse-Lautrec deixou. Cada um desses estudos capta umafaceta diferente da natureza humana. Este mostracerto Mr. Warner com duas acompanhantes noidentificadas.

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    21.0 Comeo da Quadrilha 1892. Muse du Lou-vre, Paris Este o segundo dos dois painis pin-tados para o cabar que La Goulue chamava de ''cabana''. Aqui, afigura da danarina tem o efeito deatrair o olhar para dentro da pintura. Quandocomeava a "quadrilha indgena, o pblicoelegante tomava lugar s mesas e deixava o espao

    do salo para os profissionais.

    22. Jane Avril Deixando o Moulin Rouge 1892.Wadsworth Atheneum, Hartford (Connecticut) -Com o declnio da popularidade, que antes fora

    promovida pelos muitos posters, desenhos e lito-grafias que Lautrec fez dela, Jane Avril foi prati-camente excluda do Moulin Rouge. Neste desenhoo pintor intensifica o clima depressivo pela imer-so da figura num halo de luz.

    23. No Moulin Rouge 1892. The Art Institute ofChicago Adivinha-se uma histria por trs decada pessoa nesta cena do famoso cabar, o MoulinRouge: os freqentadores esquerda, La Goulue,uma danarina de costas diante do espelho e a

    jovem direita, banhada por luz tnue e azulada.

    24. Dana no Moulin Rouge 1890. Coleo HenryMcLhenny, Filadlfia -- Aqui, Toulouse-Lautreccapta a excitante atmosfera do Moulin Rouge, aon-de o atraa esta mistura de danarinas, artistas efreqentadores. No meio do salo, La Gouluedana com Valentin-le-Dsoss ("Valentin, o De-sossado", aluso a dotes contorcionistas). H quemdiga que o homem, de barba branca, ao fundo, o

    pai do pintor

    25. A Palhaa Cha-U-Kao 1895. Coleo Oskar Reinhart am Rmerholz, Winterthur Afigurasedutora e vivaz de Cha-U-Kao domina a cena des-ta composio de extraordinrio equilbriocromtico: o contraste de amarelo e marrom, no

    primeiro plano, e o do vestido rosa, direita,sobressaem das cores intensas do fundo.

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    26. La Goulue Valsando 1894. Muse Henri deToulouse-Lautrec, Albi Aos 26 anos, Lautrec co-meou a produzir posters de estilo revolucionrio,que rapidamente lhe propagaram a fama. Durantetoda a vida ele desprezou os conceitos temticos deLa Belle Peinture, a pintura acadmica, paraocupar-se com a captao de imagens realistas

    como a desta obra.

    27. No Moulin Rouge, La Goulue 1891. MuseHenri de Toulouse-Lautrec, Albi Neste estudo pa-ra pster, como em tantos outros trabalhos seus, oartista f az o observador sentir-se parte da cenaobservada. O perfil da danarina, ao centro, atrai oobservador para dentro do mundo representado.

    28. Yvette Guilbert -- 1894. Muse Henri de Tou-louse-Lautrec, Albi Embora a princpio a atrizfosse indiferente ao interesse dele, Toulouse-Lau-trec dedicou a Yvette Guilbert toda uma srie de

    posters, como o deste projeto, que muito contribu-ram para o sucesso dela. Mais tarde ela passou avalorizar a amizade do pintor e tambm o estilosutil com que ele interpretava sua personalidade.

    29. Yvette Guilbert Saudando o Pblico 1894.Muse Henri de Toulouse-Lautrec, Albi - - Tou-louse-Lautrec conheceu essa atriz em 1894 e logose tornou admirador incondicional de seu talento,do esprito irnico e da- capacidade de ela se fazeramiga de todo tipo de gente. Estudou-a muito eesforou-se por representar, em vrios retratos, o

    perturbador enigma de sua personalidade.

    30. O Dr. Gabriel Tapi de Cleyran num Corredor daComdie Franaise 1894. Muse Henri de Tou-louse-Lautrec, Albi Neste retrato de seu primo,Lautrec acentuou com uso de cor sua caractersticaeconomia de linhas. Quando pintou o quadro, oartista acabara de fazer uma exposio no Salo deLibre Esthtique, em Bruxelas, e fora convidado

    pelo diretor de L Rire a ser colaborador regular darevista.

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    31. A Cama - 1892. Muse d'0rsay, Paris - Estaobra singular mostra o fascnio de Toulouse-Lau-trec pela vida particular das pessoas, em contrastecom a apaixonada preferncia de outros impres-sionistas por temas da natureza. A partir de 1891,sua busca da realidade social levou-o a morar em

    bordis por alguns perodos, de modo a melhor

    captar a atmosfera que ento representaria.

    32. "Basta Querer Algo Apaixonadamente?" (OBom Jquei), publicado no Figaro Illustr, julhode 1895. Numa fase de intensa atividade, quefoi de 1890 a 1900, Toulouse-Lautrec produziumuitas ilustraes para peridicos e livros. Este um desenho com que ele ilustrou a pea O Bom

    Jquei, de R. Coolus.

    33. Chocolat Danando no Bar de Achille 1896.Muse Henri de Toulouse-Lautrec, Albi O artistaexprime 'neste desenho famoso toda a dinmicavitalidade e a tenso da cena representada. Lautreco produziu como parte de um conjunto de obrasdescritivas do mundo de prazeres e sensaes deMontmartre.

    34. A Toalete: Madame Poupoule 1899. MuseHenri de Toulouse-Lautrec, Albi Esta obra mos-tra a maturidade plena do talento do artista no usode cores, bem como sua sensibilidade em relaoao tema e ambientao. A harmonia dacomposio baseia-se na relao entre as cores umtanto quentes do estojo cilndrico, em primeiro pla-no, e as da penteadeira.

    35. Marcelle Lender Danando o Bolero em Chil-pric c. 1897, Coleo J. H. Whitney, Nova York -Empolgado com o desempenho da atriz MarcelleLender na opereta Chilpric, Lautrec voltava aoteatro todas as noites para pint-la durante oespetculo. Fez centenas de esboos no esforo decaptar o ritmo explosivo e o colorido da dana daartista.

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    36. Cabana de La Goulue: a Dana Mourisca (de-talhe) 1895. Muse d'0rsay, Paris Este pai-nel, em que La Goulue aparece danando sob ocalor das luzes do palco, foi um dos mais celebra-dos trabalhos produzidos por Lautrec. Seus crticos,

    porm, diziam que o sucesso dele, como o docabar, derivava apenas da popularidade de artistas

    como La Goulue.

    37. A Dana de La Goulue e Valentin-le-Dsoss -1895. Muse du Louvre, Paris Em parte, o segre-do do talento de Toulouse-Lautrec est no modocomo ele representa pathos, a qualidade daquiloque toca a inconsciente angustia da condiohumana, mesmo em aspectos da realidade queaparentemente a negam. O que o fazia popular erao efeito desse contraste nos posters em quefigurava a gente que ele mais amava: danarinos,cantores, atores.

    38. No Salo (Rue ds Moulins) 1894. Muse Hen-ride Toulouse-Lautrec, Albi Esta a mais notveldas muitas obras de Lautrec inspiradas pela vidanas ' 'maisons''. A densa atmosfera do saloespaoso, de cores violentas, quase sufocante.Afigura rgida da "Madame", com suas feies

    ntidas, contrasta distintamente com as das "moas"refesteladas.

    39. A Passageira Desconhecida da Cabine 54 -1896. Litografia -- Toulouse-Lautrec introduziunas artes, grficas e na propaganda inovaes queainda hoje so vlidas. O enfoque incomum e di-reto do motivo e seu conceito de linha e coloridomnimos fazem parte da esttica moderna.

    40. A Inglesa do Star em L Havre 1899. MuseHenri de Toulouse-Lautrec, Albi O Star era umbar de L Havre onde o pintor conheceu a joveminglesa deste retrato, uma das obras-primas do pe-rodo. Aqui ele reverte combinao 'de linhasimediatas e cores agressivas, mas preenche o fundocom formas geomtricas mnimas.

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    41. No Bar: a Caixa Clortica 1898. Kunsthaus,Zurique Duas pessoas annimas so imortali-zadas pelos esboos incrivelmente hbeis do pintor.Lautrec conseguia esboar e pintar a bico de penaao mesmo tempo. Poucas caracterizaes podemter produzido efeito como o desta cara florida,

    justaposta ao perfil emaciado que os bofes brancos

    acentuam na mulher. (Clorose um tipo de anemia.

    42. Messalina 1900. The Art Institute of Chicago Toulouse-Lautrec deleitava-se com os motivosque achava no teatro lrico de Bordus. L ele

    pintou Mlle. Cocyte emLa Belle Hlne e tambmMlle. Ganne em Messalina, esta uma pera hojeesquecida.

    43. O Botequim 1900. Coleo de Mrs. FlorenceGould Lautrec produziu este cartaz de teatro, noano anterior ao de sua morte, como anncio da

    pea LAssomoir (O Botequim), de mile Zola,que seria encenada no dia 1 de novembro de 1900no Thtre de Ia Porte Saint-Martin. Quemencomendou o cartaz foi Lucien Guitry, diretor da

    pea.

    44. Exame na Faculdade de Medicina de Paris -1901. Muse Henri de Toulouse-Lautrec, Albi Esta a ltima obra importante do artista, que acomeou poucos meses antes de morrer. O trabalhoindica que Lautrec parecia estar desenvolvendonova tcnica, que joga com massas sombrias ecores densas.

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    Auto-Retrato de Henri de Toulouse-Lautrec 1880. Muse Henri de Toulouse-Lautrec, Albi

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    O Conde Alphonse de Tousouse-Lautrec Conduzindo seu Carro Postal 1881. Muse duPetiti Palais, Paris

    A Condessa de Toulouse-Lautrec no Caf da Manh1883. Muse Henri de Toulouse-Lautrec, Albi

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    Cavalo na Guia c. 1881. Coleo particular, Paris Circo Fernando, a Amazona 1880. The Art Institute ofChicago

    A Lavadeira 1889. Coleo particular, Paris

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    Moa de Cabelo Ruivo 1889. Coleo bhrle,Zurique

    Hlne Vary, Modelo de Ateli 1888. Kunsthalle,Bremen

    Condessa de Tousouse-Lautrec 1887. Muse Henri

    de Toulouse-Lautrec, Albi

    Jane Avril Danando c. 1893. Muse dOrsay,

    Paris

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    O Pintor Henri Rachou c. 1882. Coleo Algur H. Meadows, Dallas

    A Trupe de Mlle. glantine 1896-97. Coleo particular,

    Turim

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    A Bailarina em P 1890. Coleo particular, Paris O Ator Henri Samary 1889. Coleo J.Larouche, Paris

    Mulher Bebendo 1889. Muse Henri de Toulouse-Lautrec, Albi

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    Baile no Moulin de la Galette 1889. Coleo de Mr. e Mrs. Lewis L. Coburn,The Art Institute of Chicago

    A Toalete 1896. Muse dOrsay, Paris

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    A Mulher de Perfil 1895. Coleo particular, Paris La Goulue Entrando no Moulin Rouge 1892. Museum ofModern Art, doao de Mrs. David M. Lwevy, Nova York

    O Ingls no Moulin Rouge 1892. Metropolitan

    Museum of Art, doao de Miss Adelaide Milton deGroor, Nova York O Comeo da Quadrilha 1892. Muse du Louvre,Paris

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    Jane Avril Deixando o Moulin Rouge 1892. Wadsworth Atheneum, Hartford (Connecticut)

    No Moulin Rouge 1892. The Art Institute of Chicago

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    Dana no Moulin Rouge 1890. Coleo Henry McLhenny, Filadlfia

    A Palhaa Cha-U-Kao 1895. Coleo Oskar

    Reinhart am Rmerholz, Winterthur

    La Goulue Valsando 1894. Muse Henri

    de Toulouse-Lautrec, Albi

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    No Moulin Rouge, La Goulue 1891. Muse Henri deToulouse-Lautrec, Albi

    Yvette Guilbert 1894. Muse Henri de Toulouse-Lautrec, Albi

    Yvette Saudando o Pblico 1894.

    Muse Henri de Toulouse-Lautrec,Albi

    O Dr. Gabriel Tapi de Cleyran num Corredor

    da Comdie Franaise 1894. Muse Henri deTousouse-Lautrec, Albi

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    A Cama 1892. Muse dDorsay, Paris

    Basta Querer Algo Apaixonadamente? (O Bom Jquei), publicado no Figaro Illustr, julho de 1895

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    Chocolat Danando no Bar de Achille 1896. MuseHenri de Toulouse-Lautrec, Albi

    A Toalete: Madame Poupoule 1899. Muse Henride Toulouse-Lautrec, Albi

    Marcelle Lender Danando o Bolero em Chilpric c.1897. Coleo J.H. Wihitney, Nova York

    A Passageira Desconhecida da Cabine 54 1896. Litografia

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    Cabana de La Goulue: a Dana Mourisca (Detalhe) 1895. MusedOrsay, Paris

    A Dana de La Goulue e Valentin-le-Dsoss 1895. Muse du Louvre,Paris

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    No Salo (Rue des Moulins) 1894. Muse Henri de Toulouse-Lautrec, Albi

    A Inglesa do Star em Le Havre 1899. MuseHenri de Toulouse-Lautrec

    Messalina 1900. The Art Institute of Chicago

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    No Bar: A Caixa Clortica 1898. Kunsthaus, Zurique

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    O Botequim 1900. Coleode Mrs. Florence Gould

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    Fim

    Exame na Faculdade de Medicina de Paris 1901. Muse Henri de Toulouse-Lautrec, Albi