Colectânea de Testes e Exames - 1.º Ano - Dez10

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Colectnea 1 Ano Dezembro de 2010 Gabinete de Apoio ao Primeiro Ano

Introduo ao Estudo do Direito I

Exame de Frequncia Introduo ao Estudo do Direito 7 de Dezembro de 2007 1. A lei X/2002 probe a caa de lobos. Na aldeia serrana Y, desde tempos idos, sempre que os lobos atacam os rebanhos organiza-se uma caada queles animais. Estas iniciativas de caar lobos aps ataques a rebanhos tm continuado depois da entrada em vigor da sobredita lei. Quid juris? 2. Antnio teve uma avaria durante a noite, numa serra, numa estrada com muito pouca circulao. Bernardo passou por l e Antnio pediu-lhe auxlio, mas aquele recusou-se a prestar-lhe auxlio e seguiu o seu caminho. Neste contexto, no h nenhuma regra de direito positivo que imponha a Bernardo o dever de auxlio, mas Antnio quer responsabiliz-lo por falta de solidariedade para com o seu semelhante. Quid juris? 3. O direito de usufruto, previsto nos arts. 1439. e segs. do Cdigo Civil, direito objectivo ou direito subjectivo? 4. Carlos pegou fogo ao automvel novo que Duarte tinha ido ontem buscar ao stand. Carlos foi condenado a indemnizar Duarte nos termos previstos no art. 562. do Cdigo Civil. uma sano? Em caso afirmativo, de que tipo? Antes da condenao, Carlos e Duarte poderiam acordar que a questo seria resolvida com base na equidade? 5. Durante uma noite de temporal, o navio Z estava em risco de naufragar pelo que o capito ordenou o alijamento da carga, lanando ao mar 5 contentores carregados de frigorficos. Depois de o navio ter atracado no porto de destino, o proprietrio dos frigorficos quer que o capito do navio seja preso. Quid juris?

Faculdade de Direito de Lisboa Introduo ao Estudo do Direito Avaliao Contnua Turma A 3 de Abril de 2006 Durao: 50 minutos I Considere a seguinte hiptese A lei n. 3/2003, de 10 de Janeiro, determina que (artigo nico): 1. As instalaes de g|s devem ser objecto de inspeces peridicas bianuais. 2. As instalaes a que se refere o nmero anterior devem ser requeridas pelos propriet|rios dos prdios respectivos. O DL n.5/2005, de 2 Abril, determina que (artigo nico): 1. As instalaes de g|s de estabelecimentos de restaurao devem ser objecto de inspeces peridicas trimestrais. 2. As inspeces a que se refere o nmero anterior devem ser requeridas pelos proprietrios dos estabelecimentos e podem ser oficiosamente realizadas pelas C}maras Municipais. A Lei n.6/2006, de 4 de Janeiro, determina que (artigo1.) As instalaes de g|s devem ser objecto de inspeces semestrais. (art. 2.): A presente lei entra em vigor no dia imediato ao da sua publica~o. Antnio, propriet|rio do restaurante Insular, no Funchal, foi autuado em 12 de Julho de 2005 pela Cmara Municipal respectiva, por incumprimento do DL n. 5/2005, uma vez que decorreu j o prazo de trs meses, sem que tenha requerido inspeco s instalaes de gs do restaurante Insular. Antnio contestou a imputao da Cmara, alegando que o DL n. 5/2005 fora revogado pela Lei n. 6/2006 e que, assim sendo, foi reposta em vigor a Lei n. 3/2003. Responda sucinta, mas fundamentadamente, s seguintes questes: 6 1. Aprecie a pretenso da Cmara Municipal do Funchal. 2. Aprecie a argumentao de Antnio, determinando, de entre as normas legais referidas, quais as que se encontram actualmente em vigor relativamente aos estabelecimentos de restaurao, considerando apenas os dados fornecidos. II Distinga fundamentadamente: 1. A regra especial e a regra excepcional. 2. Jurisprudncia constante e costume jurisprudencial. 7 Faculdade de Direito de Lisboa Introduo ao Estudo do Direito Avaliao Contnua 15 de Maio de 2006 Durao: 50 minutos

I

Considere a seguinte hiptese Amndio (A), residente em Viseu, contratou em Dezembro de 2000 os servios da sociedade Belcabo SA (B), fornecedora de televiso por cabo e linha telefnica. data da celebrao do contrato, a actividade do fornecimento daqueles servios era regulada pelo DL X, de 20.05.1995. O referido DL X determina que a facturao do servio deve realizar-se mensalmente, mas nada dispe sobre o modo de celebrao do contrato, pelo que A e B optaram por celebr-lo verbalmente. Entretanto, em 10 de Outubro de 2006, foi publicado o DL Y, que, tendo por objecto a actividade de fornecimento daqueles mesmos servios, dispe que (i) o contrato de fornecimento de televiso por cabo e linha telefnica deve ser celebrado por escrito e que (ii) a facturao deve ser detalhada, se o cliente o solicitar. Tendo experimentado vrios dias de sinal televisivo de m qualidade e quebras de linha telefnica que o impediram de telefonar diversas vezes, e deparando com a recusa constante por parte de B de apresentao de facturas detalhadas, A pretende agora saber: a) se o facto de o contrato ter sido celebrado verbalmente afecta a sua validade considerando

o que dispe o DL Y; b) se pode exigir a entrega de facturas detalhadas e, em caso afirmativo, desde quando. Responda, justificadamente, s questes suscitadas por A. II 8 Responda, fundamentadamente, s seguintes questes. 1. Explicite em que correspondem as correntes subjectivista e objectivista na interpretao da lei, referindo se e de que modo as mesmas tm consagrao no art. 9. do CC. 2. Distinga interpretao doutrinal e interpretao autntica. Cotao: I - 12v. / II 1: 4v.;2: 3 v./Portugus e organizao das respostas = 1 v. 9 Introduo ao Estudo do Direito 21/05/07

I

Amlcar e Bernardo s~o grandes amigos e trabalham juntos na sociedade WXZ, S.A.. Amlcar tem 17 anos, completou a escolaridade obrigatria, e desempenha funes de ajudante da secretaria. Bernardo, de 22 anos, optou por realizar um curso tcnicoprofissional de jardinagem, tendo sido contratado, h seis meses, para se ocupar dos frondosos jardins da sede da empresa. No passado dia 15 de Maro, foi publicado o Decreto-Lei n.112/07 que alterou, substancialmente, o Cdigo do Trabalho (CT). Entre as alteraes mais discutidas em sede de concertao social contam-se as introduzidas nos artigos 33. e 54. que rezam assim: Artigo 33. - S~o nulos os contratos de trabalho celebrados com menores. E ainda Artigo 54. - expressamente proibido aos trabalhadores fumar no local de trabalho. H dois dias, Carlos, administrador da sociedade chamou Amlcar ao seu gabinete e comunicou-lhe que, com muita pena sua, deveria abandonar imediatamente a empresa, porque a lei tinha deixado de permitir que os menores desempenhassem funes laborais. Amlcar aceitou, resignado, a infeliz notcia e foi procurar o seu amigo Bernardo nos jardins da empresa. Bernardo ficou irritadssimo com a injustia, tanto mais que deixaria de gozar da boleia de Amlcar para o trabalho, e aconselhou-o a voltar a estudar enquanto no fazia 18 anos. J Amlcar se havia afastado quando Bernardo, acariciando as ltimas rosas deste estio de Maio, acendeu um pensativo cigarro eis sen~o quando Carlos aparece e ameaa despedilo com o fundamento de que, desde Maro, expressamente proibido fumar no local de trabalho e que, por isso, deveria apagar imediatamente o seu cigarro. Bernardo responde, agastado, que todos os trabalhadores vinham ao jardim fumar e que no via razes para que ele no pudesse fazer o mesmo. Carlos retorquiu lembrando-lhe ser o jardim o seu local de 10 trabalho e que, nos termos do artigo 54. do CT, expressamente proibido fumar no local de trabalho. Bernardo replicou dizendo que trabalha na empresa h quatro anos e que quando comeou a trabalhar isto n~o era nada assim. Quid juris? (12 valores) II Distinga, sucinta e fundamentadamente: a) Excepcionalidade material e excepcionalidade formal; (3valores) b) Retroactividade ordinria e retroactividade agravada. (3valores) Ponderao Global: 2 valores 11 I Clara tornou-se Leitora da Biblioteca Municipal de Cascais no dia 17 de Novembro. No momento da sua inscrio, foi-lhe exigido o pagamento de cinco euros nos termos do referido artigo 7 do Regulamento da Biblioteca. No dia 20 de Novembro, Clara encontrou o seu amigo Armindo e este contou-lhe que fora alterado o artigo 7 do Regulamento da Biblioteca e que a inscrio como Leitor passara a ser grtis. Responda fundamentadamente s seguintes questes: 1. Clara, tem esperana que lhe sejam devolvidos os seus cinco euros. O que lhe parece? 2. Se Clara puder exigir a devoluo dos seus cinco euros estaremos perante uma situao de retroactividade?

3. Quantas regras identifica no Regulamento da Biblioteca? Qual a sua previso e estatuio? II Responda sucinta mas fundamentadamente s seguintes questes: 1. Distinga nulidade de anulabilidade; 2. Distinga lei em sentido formal de lei em sentido material; 3. Ser correcto dizer que o Direito um mnimo tico em relao moral? 4. Distinga ratio legis, vacatio legis e occasio legis. Faculdade de Direito de Lisboa Exame Final Introduo ao Estudo do Direito 06.06.2006 Durao: 3h00 I Considere a seguinte hiptese: Vasco (V) proprietrio de um estabelecimento de jardim de infncia em Tavira, celebrou verbalmente em 10 de Outubro de 2005, um contrato com a sociedade transportadora Zulmira Autocarros do Sul, Lda. (Z). O contrato destinava-se ao transporte dos alunos do jardim de infncia e foi celebrado pelo prazo de um ano. actividade de transporte de crianas reportava-se ento o DL X/2000, de 31 de Janeiro, que, nada determinado quanto forma da celebrao dos contratos de transporte1, estabelecia, entre outras coisas, que (a) os motoristas devem receber formao adequada, (b) o presente Decreto-Lei entra em vigor no prazo de um ms. A Lei Y/2006, de 22 de Maio, regulando a mesma matria, veio determinar que (c) s podem celebrar contratos de transporte de crianas as empresas transportadoras licenciadas pelo Ministrio dos Transportes e Comunicaes, devendo os contratos ser celebrados por escrito, (d) os motoristas devem receber formao adequada, com a durao mnima anual de 30 horas, (e1) o preo do transporte cobrado pelos estabelecimentos de ensino aos encarregados de educa~o n~o pode exceder 30 por ms, (e2) a regra anterior aplica-se aos transportes efectuados desde 15 de Setembro de 2005, (f) interdito aos vigilantes das viaturas de transportes de crianas o consumo de bebidas alcolicas. Desde o incio de vigncia do DL X/2000 que a sociedade Z forma os seus motoristas em cursos com a durao de 15 horas anuais. 1 Cfr. O art. 219. do CC. 13 O preo actualmente praticado por V por cada criana transportada de 50 por ms, com vencimento no dia 1 de cada ms. Manuel (M) um dos vigilantes do transporte de crianas efectuado por V. No passado Domingo, No (N), o gerente da empresa transportadora, encontrou M num bar de praia, tendo reparado que bebia algumas cervejas. Por tal facto, N instaurou a M um processo disciplinar, com fundamento na violao da regra (f) da Lei Y/2006. 1 Cfr. O art. 219. do CC. Responda fundamentadamente, s seguintes questes, considerando apenas os dados fornecidos: 1. Em que data iniciou o DL X/2000 a respectiva vigncia? (1,5v.) 2. A sociedade Z pretende saber se a regra (d) da Lei Y se aplica aos motoristas afectos ao servio de V. Quid iuris? (2,5v.) 3. Os encarregados de educao pretendem exigir a diferena paga relativamente quantia fixada pela lei Y/2006. Quid iuris? (2v.) 4. Aprecie a actuao de N relativamente a M. (3v) 5. Antnio (A) proprietrio de uma empresa de transportes de passageiros, actividade que regulada pelo DL U/2001, que determina deverem os motoristas ter formao anual adequada. A pretende saber se a forma~o de 10 horas anuais que actualmente fornece aos respectivos motoristas adequada, tendo presente o que se dispe sobre a matria na Lei Y/2006 (3 v.). II Responda, sucinta mas fundamentadamente, s seguintes questes: 1.Distinga sano reconstitutiva e sano compensatria (1,5 v.); 2. Distinga regra especial e regra excepcional (1,5 v.).

Universidade de Lisboa Faculdade de Direito Exame Final de Introduo ao Estudo do Direito Turma A Prof. Doutor Miguel Teixeira de Sousa

4 de Julho de 2007 Durao: 3 horas I

Com o objectivo de promover a reabilitao da zona histrica do Bairro Alto, que h muito se vem degradando, e de, consequentemente, promover o turismo nessa zona, a Cmara Municipal de Lisboa emanou o Regulamento n 3/2007 do seguinte teor: Artigo 1.: Os proprietrios de imveis em estado degradado na zona histrica do Bairro Alto em Lisboa, tm de os restaurar, ainda que com o apoio da Cmara Municipal de Lisboa. Artigo 2.: Os contratos de arrendamento que tenham por objecto imveis degradados situados na zona histrica do Bairro Alto, so nulos, se esses imveis no forem previamente sujeitos restaurao exigida nos termos do artigo 1.. Artigo 3.: Por motivos de ordem esttica, as Escolas de Msica de Conservatrios Nacionais que funcionem em edifcios histricos do Bairro Alto no podem pendurar bandeiras ou estandartes com os seus smbolos nas fachadas desses edifcios. Artigo 4.: Com o objectivo de evitar uma maior degradao dos imveis situados na zona histrica do Bairro Alto, expressamente proibida a entrada de veculos motorizados nessa zona. Artigo 5.: Este regulamento entra em vigor no dia 25 de Maio de 2007. 1. Alda, proprietria de um imvel degradado na zona histrica do Bairro Alto, que adquiriu no dia 15 de Abril, pretende saber se esse imvel ter de ser restaurado ou se as regras do Regulamento n 3/2007 se aplicam unicamente aos novos proprietrios. Quid iuris? (2,5 valores) 2. Alda pretende ainda saber se o contrato de arrendamento que celebrou com Bento, no dia 16 20 de Abril de 2007, vlido, dado que o imvel de que proprietria ainda no foi restaurado. Quid juris? (2 valores) 3. Dado que apenas existe uma Escola de Msica do Conservatrio Nacional a funcionar num edifcio histrico do Bairro Alto, diga se o Regulamento n 3/2007 uma lei formal ou material, atendendo, especificamente, ao seu artigo 3.. (2valores) 4. Ctia entrou na zona histrica do Bairro Alto com o seu automvel para ir buscar a sua me Idalina que est gravemente doente e a necessitar de internamento hospitalar urgente, para esse efeito tendo destrudo uma cancela que serve para impedir a entrada de veculos no Bairro Alto. Ctia considera que agiu licitamente atendendo ao disposto no artigo 4. do Regulamento n. 3/2007. Quid juris? (2 valores) 5. No passado dia 30 de Maio, Drio encontrava-se a circular com a sua nova mota na Rua da Rosa, situada na zona histrica do Bairro Alto, quando foi confrontado por Eduardo, agente da autoridade, com a proibio contida no artigo 4.do Regulamento n 3/2007. Eduardo pretende autuar Drio e, enquanto este no pagar a coima, pretende apreender a sua mota. Drio defende-se dizendo que a regra contida no artigo 4. do Regulamento n 3/2007 apenas probe a entrada de veculos motorizados na zona histrica do Bairro Alto, mas no probe a circulao destes veculos nessa mesma zona. 5.1. Quid juris? (3 valores) 5.2. Quais as sanes que Eduardo pretende impor a Drio? (1,5 valores) II Responda sucinta mas fundamentadamente s seguintes questes: 1. Distinga regras injuntivas de regras dispositivas. (2valores) 2. Que critrios lhe parecem mais adequados para distinguir direito e moral? (3 valores) Ponderao global: 2 valores

Faculdade de Direito de Lisboa Teste de Avaliao Contnua de Introduo ao Estudo do Direito Turma B 4 de Novembro de 2008 Durao: 50 minutos I Caracterize e distinga, de forma sucinta, as seguintes figuras: sano premial e sano compulsria. Exemplifique cada uma das figuras. (8 valores) II Imagine a seguinte situao: Antnio circulava de automvel no bairro do Castelo, em Lisboa, quando v Bento correr na sua direco, ofegante. Antnio pergunta-lhe se pode ajudar, ao que Bento responde negativamente. De imediato, Antnio continua a circular em direco Graa, medida que v Bento correr no sentido de Alfama. Uns Segundos depois, Antnio ouve dois tiros e verifica que os pneus do seu carro tinham sido atingidos. Logo de seguida, surpreendido por Caio que caminha na sua direco, gesticulando furiosamente. Antnio, assustado com os tiros e receando nova ameaa, esmurra Caio, deixando-o inconsciente. Veio a apurar-se que ambos os tiros tinham sido disparados por Caio, com a inteno de deter Antnio e de reaver os galos de Barcelos furtados da sua loja por Bento um minuto antes. Provou-se ainda que Caio sups (i) que os galos de Barcelos estavam dentro do carro de Antnio e (ii) que este era cmplice de Bento. Quid iuris? (12 valores)

Universidade de Lisboa Faculdade de Direito Exame Final de Introduo ao Estudo do Direito Turma A Prof. Doutor Miguel Teixeira de Sousa 4 de Julho de 2007 Durao: 3 horas I Com o objectivo de promover a reabilitao da zona histrica do Bairro Alto, que h muito se vem degradando, e de, consequentemente, promover o turismo nessa zona, a Cmara Municipal de Lisboa emanou o Regulamento n 3/2007 do seguinte teor: Artigo 1.: Os proprietrios de imveis em estado degradado na zona histrica do Bairro Alto em Lisboa, tm de os restaurar, ainda que com o apoio da Cmara Municipal de Lisboa. Artigo 2.: Os contratos de arrendamento que tenham por objecto imveis degradados situados na zona histrica do Bairro Alto, so nulos, se esses imveis no forem previamente sujeitos restaurao exigida nos termos do artigo 1.. Artigo 3.: Por motivos de ordem esttica, as Escolas de Msica de Conservatrios Nacionais que funcionem em edifcios histricos do Bairro Alto no podem pendurar bandeiras ou estandartes com os seus smbolos nas fachadas desses edifcios. Artigo 4.: Com o objectivo de evitar uma maior degradao dos imveis situados na zona histrica do Bairro Alto, expressamente proibida a entrada de veculos motorizados nessa zona. Artigo 5.: Este regulamento entra em vigor no dia 25 de Maio de 2007. 1. Alda, proprietria de um imvel degradado na zona histrica do Bairro Alto, que adquiriu no dia 15 de Abril, pretende saber se esse imvel ter de ser restaurado ou se as regras do Regulamento n 3/2007 se aplicam unicamente aos novos proprietrios. Quid iuris? (2,5 valores) 2. Alda pretende ainda saber se o contrato de arrendamento que celebrou com Bento, no dia 20 de Abril de 2007, vlido, dado que o imvel de que proprietria ainda no foi restaurado. Quid juris? (2 valores) 3. Dado que apenas existe uma Escola de Msica do Conservatrio Nacional a funcionar num edifcio histrico do Bairro Alto, diga se o Regulamento n 3/2007 uma lei formal ou material, atendendo, especificamente, ao seu artigo 3.. (2valores) 4. Ctia entrou na zona histrica do Bairro Alto com o seu automvel para ir buscar a sua me Idalina que est gravemente doente e a necessitar de internamento hospitalar urgente, para esse efeito tendo destrudo uma cancela que serve para impedir a entrada de veculos no Bairro Alto. Ctia considera que agiu licitamente atendendo ao disposto no artigo 4. do Regulamento n. 3/2007. Quid juris? (2 valores) 5. No passado dia 30 de Maio, Drio encontrava-se a circular com a sua nova mota na Rua da Rosa, situada na zona histrica do Bairro Alto, quando foi confrontado por Eduardo, agente da autoridade, com a proibio contida no artigo 4.do Regulamento n 3/2007. Eduardo pretende autuar Drio e, enquanto este no pagar a coima, pretende apreender a sua mota. Drio defende-se dizendo que a regra contida no artigo 4. do Regulamento n 3/2007 apenas probe a entrada de veculos motorizados na zona histrica do Bairro Alto, mas no probe a circulao destes veculos nessa mesma zona. 5.1. Quid juris? (3 valores) 5.2. Quais as sanes que Eduardo pretende impor a Drio? (1,5 valores) II Responda sucinta mas fundamentadamente s seguintes questes: 1. Distinga regras injuntivas de regras dispositivas. (2valores)

2. Que critrios lhe parecem mais adequados para distinguir direito e moral? (3 valores) Ponderao global: 2 valores

INTRODUO AO ESTUDO DO DIREITO I TURMA B TESTE 6 de Novembro de 2009 Em 3 de Janeiro de 2009, o Governo fez publicar no DR a Portaria n. 5/2009, a qual veio a consagrar o regime jurdico da caa aos patos no Distrito de vora. No artigo 3., n.1 da Portaria mencionada, o legislador disps do seguinte modo: permitida a caa dos patos com caadeira. No entanto, no regime jurdico da caa, aprovado pelo DL n. 23/2006, de 10 de Outubro dispe no artigo7., n.1: Em caso algum ser| permitida a caa com caadeira. Confrontado com as dvidas colocadas pela Associao Nacional dos Caadores relativamente legalidade da caa aos patos com caadeira, o Governo decidiu criar um regime geral de caa aos patos para todo o territrio portugus, o DL n. 250/2009, de 12 de Setembro, prevendo no art. 22., n.1 deste diploma o seguinte: permitida a caaao pato com caadeira em todos os distritos do pas. O artigo 55., n.1 do DL n. 250/2009 regulou a entrada em vigor do diploma, estabelecendo que o presente diploma entra em vigor 60 dias aps a data da sua publica~o. Identifique e esclarea os problemas jurdicos levantados na hiptese. Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa Turma B Teste escrito 25 de Novembro de 2010-12-11

IAntnio, enquanto arranjava o jardim da sua moradia, v Bento, de dois anos filho de seu vizinho Carlos -, a atirar-se da piscina situada no jardim da casa deste ltimo. Receando que Bento se afogasse, e no vendo outros adultos por perto, Antnio salta o muro que separa as duas casas, cai no canteiro danificando o sistema de regra automtica, entra na piscina e da retira a criana. Como Bento j no respirava, Antnio faz-lhe primeiros socorros. Carlos, acabado de chegar, ao ver Antnio a pressionar o peito do filho, que estava deitado no cho, pensava que este est a ser vtima de agresso. Assim, dirige-se a Antnio e d-lhe um murro que o deixa inconsciente, enquanto Bento, entretanto recuperado, chora. a) No quadro da matria leccionada na disciplina, aprecie a relevncia jurdica do comportamento de Antnio, bem como o comportamento de Carlos, e determine os correspondentes efeitos b) Independentemente da resposta dada questo anterior, admita que o tribunal condena Antnio a comprar e a montar um novo sistema de rega no canteiro de Carlos; condena Carlos a pagar a Antnio 600 pelos danos resultantes das dores sofridas. Qualifique fundamentalmente as sanes aplicadas pelo tribunal. II Responda sucintamente a trs, e s a trs, das questes deste grupo. Diga, justificando, se todas das regras jurdicas ou se a ordem jurdica no seu conjunto se caracterizavam pela imperatividade.

a)

b) Indique a noo e as principais decorrncias do princpio da tutela pblica. c) Distinga o Direito das regras religiosas

d) Caracterize a equidade enquanto critrio exclusivo de soluo

Introduo ao Estudo do Direito II

PERGUNTAS DE ORAIS Distinga direitos patrimoniais de direitos no patrimoniais Distinga direito pblico de direito privado. Distinga direitos relativos e direitos absolutos. Qual a diferena entre leis e decretos-lei? Todas as regras que compem a ordem social so regras de direito? Distinga ordem de facto e ordem normativa? Distinga ordem moral e ordem religiosa. Distinga direito de moral. Defina justia. Quais as diferenas entre o ser e o dever ser? O que representa a ordem natural? Comente a seguinte afirma~o:ubi societas, ibi jus. Defina instituies. Distinga instituies de grupos. A sociologia do direito teortica analisa o direito atravs dos factos sociais. Porque que esta teoria errada? Qual a diferena entre facto jurdico lato sensu e facto jurdico stricto sensu? E entre facto jurdico stricto sensu e acto jurdico? Defina efeito jurdico. Os direitos subjectivos podem recair sobre o qu? Quais os tipos de sociedade que conhece? O que significa o princpio da subsidiariedade? Qual a diferena entre coercibilidade e imperatividade? Quais os desvalores do acto jurdico? Quais as suas principais diferenas? Defina sano. O que representa, no artigo 1324 do CC, uma sano premial? Distinga sano reconstitutiva, compulsria e compensatria. Quais as caractersticas da ordem jurdica? / O que o direito? Porque que a estatalidade ou no caracterstica do direito? Relacione agora a coercibilidade com a estatalidade. O que significa a reconstituio natural? O que significa a execuo especfica? Artigo 827 CC. Qual a diferena entre coao e coero e coercibilidade? Como se distinguem os tribunais arbitrais dos tribunais comuns? Distinga legtima defesa, aco directa e estado de necessidade. admissvel a legtima defesa contra legitima defesa? O que o sistema jurdico? Qual a estrutura da regra jurdica? O que so princpios jurdicos? Distinga princpios jurdicos materiais e formais. Explicite os princpios de justia, segurana e eficincia. Quais os tipos de sanes que conhece? Explicite cada uma delas. Na sano reconstitutiva o que significa a execuo especfica? O que representa a indemnizao compensatria? Existe direito fora do Estado? Porqu? Defina ineficcia. Distinga, com base no CC, os regimes de nulidade e anulabilidade. O que representa a inexistncia? A inexistncia pode ser considerada uma sano? De acordo com o artigo 338 CC o que significa a pressuposio errnea da legtima defesa? Porque que a aco directa tem carcter residual em relao aos outros tipos de auto-tutela? O direito de reteno uma sano de que tipo? Em que consiste? Distinga fontes de direito intencionais e no intencionais. Defina equidade.

A equidade uma fonte de direito? Porqu? Qual a diferena entre fontes mediatas e imediatas do direito? A doutrina uma fonte de direito? O costume fonte de direito? Porqu? Distinga fontes internas e fontes externas. Os tribunais, segundo a ptica de diviso de poderes, podem ser fontes de direito? Porqu? A jurisprudncia fonte de direito? Porqu? O que representa a jurisprudncia constante? Explicite o que a uniformizao da jurisprudncia. O costume constitudo por dois elementos. Quais? O que o costume contra legem? Qual a diferena entre uso e costume? Quais os pretensos requisitos do costume? Qual a diferena entre costume secundum legem e praeter legem? Qual a diferena entre costume contra legem e desuso? O costume contra legem afasta a vigncia da lei? Como relaciona isso como artigo 7, n1 CC? O desuso afasta a vigncia da lei? Distinga lei em sentido material e lei em sentido formal. Defina lei. Defina vacatio legis. A ausncia de publicao da lei implica a sua ineficcia? Qual o perodo de vacatio legis? Esse perodo pode ser alterado pelo legislador? Em que casos pode cessar a vigncia de uma lei? O que uma lei revogatria? Distinga revogao expressa de revogao tcita. Distinga revogao simples de revogao substitutiva. Distinga revogao individual de revogao global. Distinga revogao total de revogao parcial. A revogao global pode ser parcial? Em que consiste o princpio da no repristinao? Identifique excepes a esse princpio. Em que consiste a caducidade? Quais os trs princpios bsicos da revogao? Como constituda a hierarquia das leis? Qual a relevncia da hierarquia das leis? Leis ordinrias e decretos-lei do governo tm igual valor? Pode o costume tornar-se um uso? Distinga abrogao de derrogao. Distinga jurisprudncia constante de jurisprudncia uniformizada. Em que consiste o costume jurisprudencial? Em que consistem os acrdos com fora obrigatria geral? O que eram os assentos? Qual a diferena entre regras injuntivas e dispositivas? Em que consistem as fices legais? Distinga-as de presunes absolutas. Distinga presunes ilidveis de presunes inilidveis. Distinga normas principais de normas derivadas. Distinga normas de valorao de normas de conduta. Distinga normas dispositivas permissivas de normas dispositivas supletivas. Distinga regras especificas excepcionais de regras especficas especiais. O que so regras supletivas? Quando a lei se aplica no tempo tem de se ter em conta se a lei nova regula factos ou efeitos. Explicite, fundamentando com o artigo 12 do CC. Explique os diferentes graus de retroactividade. O que entende por direito transitrio? Distinga direito transitrio formal de direito transitrio material. Distinga factos instantneos de factos continuados. Distinga efeitos instantneos de efeitos continuados. Quando a lei nova regula efeitos continuados abstraindo dos factos como se processa

a aplicao o artigo 12 do CC? E quando no abstrai desses factos eu lhe deram origem? Quais os elementos de interpretao da lei? O que entende por occasio legis? Em que consiste a interpretao abrogante da norma? Qual o tipo de lacuna resultante deste tipo de interpretao? Em que consiste a interpretao enunciativa? Quais os sub-elementos do elemento histrico e do elemento sistemtico de interpretao? Defina lacuna. Distinga lacuna da lei de lacuna da ordem jurdica. Distinga lacunas intencionais de lacunas no intencionais. Distinga lacunas manifestas, de coliso e ocultas. Distinga interpretao declarativa lata, mdia e restritiva. Distinga interpretao declarativa, extensiva e restritiva. Na integrao de lacunas o que significa o princpio non liquet? Havendo lacuna possvel no dar uma interpretao ao caso? Como se procede integrao de lacunas? Em que consiste a interpretao correctiva? Distinga analogia legis de analogia iuris. Em que consiste a lacuna teleolgica? Distinga jurisprudncia dos conceitos de jurisprudncia dos interesses. O que uma sano? O que uma sano compulsria? E pecuniria? O que a lei? O que so normas? O que a coaco? O que a coercibilidade?

Teoria Geral do Direito Civil I

FACULDADE DE DIREITO DA UNIVERSIDADE DE LISBOA 1 ANO - Turma: B (Dia) - 2007/2008 FREQUNCIA ESCRITA DE TEORIA GERAL DO DIREITO CIVIL REGNCIA: Professor Doutor Pedro Pais de Vasconcelos 10/12/2007 Durao: 60 minutos I - Aprecie dois dos seguintes trs casos: 1. Alfredo, futebolista clebre, cedeu ao seu Clube, por contrato, o direito explorao da sua imagem, o que o Clube fez cedendo-o por quantias elevadas para campanhas de publicidade vrias. Mais tarde, Alfredo recebeu uma proposta de comercializao directa da sua imagem em exclusivo para um fabricante de roupa masculina, com uma remunerao muito superior e aceitou, com efeito imediato, comunicando imediatamente ao seu clube que lhe retirava a autorizao para explorar a sua imagem. O clube no aceitou, e continuou a fazer o que j fazia. Quid juris? 2. Antnio herdou uma moradia que passou a habitar. Como estava muito degradada, fez nela obras de substituio das redes de gua e electricidade, instalou um sistema de aquecimento central e procedeu sua pintura geral interior e exterior. Na piscina, retirou o revestimento interior, cuja cor lhe desagradava e substituiu-o por azulejos antigos muito caros. Embora o telhado no estivesse em mau estado, substituiu as telhas, por telhas vidradas (mais bonitas). O testamento veio, porm, a ser anulado e Antnio teve de restituir a casa. Agora pretende ser compensado das despesas que fez nela. Quid juris? 3. A Associao para a Defesa dos Golfinhos recebeu um donativo annimo e aplicou-o na compra de Dlares dos E.U.A., na convico de que a sua cotao j no podia baixar mais e que iria subir. Com isto, obteria mais fundos para prosseguir o seu fim. Quid juris? II - Responda a duas das seguintes trs questes: A - Diferena entre o fundamento da interdio e da inabilitao. B- Diferena entre partes integrantes e coisas acessrias C - Diferena entre legitimidade e capacidade Cotao: l - 6 valores cada; 11-4 valores cada

FACULDADE DE DIREITO DE LISBOA FREQUNCIA DE TEORIA GERAL DO DIREITO CIVIL 27 de Novembro de 2007 1 SEMESTRE TURMA A Durao da prova: 60 minutos I Grupo: Considere as questes seguintes, respondendo em no mais de 15 linhas, e escolhendo apenas duas questes: 1 - Situe no tempo a terceira sistemtica, caracterizando-a, e evidencie a sua importncia no actual Direito Civil Portugus. 2 - Diga o que entende por "dogmtica integrada" evidencie a sua importncia no processo de construo do Direito. 3 - Justifique a seguinte afirmao: " No existem, verdadeiramente, relaes Jurdicas absolutas. 4 - Distinga: expectativa de facto " de "expectativa jurdica", caracterizando o tipo de situao jurdica a que se reconduzem. II Grupo: Considere as seguintes hipteses, apresentando justificao legal e doutrinal para as solues que apresente: Hiptese 1: Anacleto pretendia h j muito tempo adquirir um jogo para a sua Playstation 3. Bento, seu amigo, sabendo desse seu desejo, colocou na mochila de Anacleto o seguinte bilhete: " Tenho o PES 2008. Vendo-to por 40 euros. Responde-me assim que possas. 20 - 11- 2007. Bento. " Anacleto, que no se apercebera da actuao do amigo, s encontrou o bilhete, no final do sexto dia. Apressado, correu para casa de Bento, onde s chegou s 23:00h. Apercebendo-se do adiantado da hora, optou por deixar na caixa do correio um bilhete onde aceitava o negcio. No dia seguinte, Bento faltou s aulas e, durante urna conversa no messenger com Csar, este diz-lhe: Estou mesmo com vontade de experimentar o PS 2008. J| conheces? Dizem que genial. Estou mal de finanas, mas ainda assim sempre pagaria at 50 euros por ele" Bento, que tinha o dito PES, imediatamente responde: "Vendo-to por 50 euros. Aceitas? Csar responde logo que sim, e diz-lhe que vai j at l a casa buscar o jogo. Entretanto, toca a campainha: era Anacleto, que dizia vir buscar o PS 2008, estendendo simultaneamente a Bento um envelope com os 40 euros. Este recusa-se a entregar-lho, dizendo que acabara de o vender a Csar. Anacleto insiste que o jogo dele, pois deixara aceitao na caixa postal de Bento no dia anterior. Bento dirige-se caixa postal onde efectivamente encontra um bilhete de Anacleto. Contudo, nessa noite chovera muito, e s a muito custo se conseguia entender o que l estava escrito. Enquanto os amigos discutiam, chega Csar, entusiasmado, e perguntando pelo seu jogo. Ao entrar em casa de Bento, Csar escorrega no soalho de madeira, que pouco antes havia sido encerado. Cai, parte uma costela, e exige a Bento que lhe pague as despesas do hospital e lhe entregue o PES, pois sempre se poder entreter enquanto durar o internamento. Quid iuris? Hiptese 2: Antnia necessitava lavar um casaco de pele. Ao passar por uma lavandaria l o seguinte letreiro: "Promoo da semana: 20% de desconto na lavagem e tratamento de casacos de pele. " Assim, no dia seguinte Antnia leva o casaco dita lavandaria, pagando de imediato o preo devido. Passada uma semana, no dia do levantamento do casaco, Antnia verifica que o mesmo se encontrava totalmente manchado. Indignada exige que a lavandaria lhe devolva o preo pago pelo servio e a indemnize pelo dano sofrido. Bernardete, dona da lavandaria

chama-a ateno para o aviso colocado na parede, e reproduzido no verso do talo de levantamento das peas: "Este estabelecimento no se responsabiliza por danos apresentados nas peas de pele. " Quid iuris? Cotao: I grupo: 2,5 valores cada questo II grupo: Hipteses 1-9 valores; Hiptese 2-6 valores

FACULDADE DE DIREITO DA UNIVERSIDADE DE LISBOA TEORIA GERAL DO DIREITO CIVIL I Exame do 1 Semestre do Ano Lectivo 2007/2008 Turma A 8 de Janeiro de 2008 Durao da Prova: 120 minutos I Grupo: Considere as seguintes questes, respondendo a apenas duas em no mais de 15 linhas. 1) Explicite o sentido e significado da primazia da materialidade subjacente na concretizao da boa-f. 2) Distinga e enquadre juridicamente os conceitos de responsabilidade patrimonial" e "responsabilidade civil. 3) Explicite as razes pelas quais possvel afirmar que os institutos da autonomia privada e da boa f no so sempre, na sua aplicao prtica, concordantes; apresente exemplos que permitam ilustrar essa afirmao. II Grupo: Considere a seguinte hiptese, enquadrando e resolvendo as questes suscitadas com a devida fundamentao jurdica, legal e doutrinal: Antnia, professora do 12 ano de escolaridade, que at ao momento sempre tinha andado destacada a prestar servio em vrios locais do pas, teve no presente ano lectivo uma boa notcia: segundo informao do Ministrio da Educao, Antnia passaria a ocupar uma vaga definitiva numa escola de Lisboa. Encantada com a novidade, assim que soube, Antnia comeou a procurar casa. Assim, tendo passado por uma conhecida imobiliria, Antnia viu afixado na respectiva montra, o seguinte anncio: Vende-se apartamento, 3assoalhadas, 3 frentes, box para dois carros, situado no Parque dos Prncipes, por 175 mil euros. ". Conhecedora do preo da propriedade em Lisboa, Antnia, entusiasmada, entra na imobiliria e declara que pretende adquirir o dito imvel. Bento, agente imobilirio, sugere que se faa uma visita ao local, advertindo porm que a deciso ter de ser rpida, pois trata-se de um imvel em "saldo". Antnia, certa de que faria um bom negcio, declara que pretende marcar imediatamente a respectiva escritura, pelo que prescinde da dita visita. No dia aprazado, Antnia e Bento, deslocam-se ao cartrio notarial onde lavrada a escritura do referido imvel pelo preo de 100 mil euros, tal como ambos tinham combinado. Satisfeita com a aquisio, Antnia desloca-se ento ao imvel adquirido. L chegada, com desagrado que verifica que o imvel, ao invs de ter 3 quartos, como esperava, possua apenas 2 e sala de estar. Assim, Antnia telefona a Bento declarando que no lhe enviar o cheque dos 75 mil euros remanescentes, porquanto o imvel no correspondia ao descritivo anunciado e, tivesse ela sabido disso, jamais o teria adquirido. No dia seguinte, Antnia toma conhecimento de que, afinal, a informao segundo a qual tinha sido colocada definitivamente, em Lisboa, no correspondia realidade, devendo-se apenas a "um lamentvel erro do sistema informtico". Imediatamente, Antnia contacta o seu gestor de conta, dando ordem para cancelar o cheque de 100 mil euros que tinha emitido ordem da imobiliria onde Bento trabalhava. Bento contacta-o, brilhante jurista formado pela excelsa Faculdade de Direito de Lisboa, para saber o que poder fazer para resolver esta situao. O que lhe diria?

Cotao: I Grupo: 3 valores cada questo; II Grupo: 14 valores

FACULDADE DE DIREITO DE LISBOA Teoria Geral do Direito Civil - I 2 ano - Turma B Teste 8 de Janeiro de 2008 I. Mrio e Maria so casados. Maria engravida de Mrio e diz-lhe que se considera muito nova para a maternidade, que esta gestao prejudicaria a sua carreira profissional e que pretende abortar nas primeiras 10 semanas da gravidez. No se verifica qualquer outro dos fundamentos de no punibilidade de interrupo voluntria de gravidez previstos na Lei. Mrio, invocando a qualidade de pai e de representante legal do nascituro, requer ao Tribunal que Maria seja impedida de abortar, de modo a prevenir a ofensa ao direito vida do seu filho e o seu prprio direito paternidade. Em simultneo, embora em processo separado, requer em Juzo a interdio de Maria por anomalia psquica revelada, pela vontade de abortar que, segundo alega, pe em risco a prpria vida e integridade psquica de Maria e d publicidade aco nos termos da lei. Maria contesta invocando ter direito subjectivo a dispor do seu corpo e da sua gravidez, e maternidade responsvel, que qualifica como "um novo direito de personalidade", acrescenta que o embrio no pessoa, mas antes uma coisa mvel, um fruto natural pendente que lhe pertence enquanto no for separado. Alega ainda que Mrio no tem o direito que se arroga e que, se o tivesse, estaria a exerc-lo com abuso de direito. O Tribunal entende que o embrio uma coisa mvel em compropriedade de Mrio e Maria, por resultar do contributo gentico dos dois, e que, por aplicao "extensiva ou analgica" do art. 1408 do Cdigo Civil, s com o acordo de ambos pode ser destrudo. Quid juris? II. Diga o que se lhe oferecer sobre duas das trs seguintes questes: - O princpio da especialidade das pessoas colectivas pe em crise a capacidade ou a legitimidade na sua actuao? - Qual a diferena entre representao sem poderes e abuso da representao? - Qual a relevncia do princpio de autonomia privada e do princpio da equivalncia na fixao do preo? Tempo da prova: 2 horas e 30 minutos Cotaes: 1(10), II (6); qualidade da argumentao, da expresso, da ortografia e da caligrafia (4)

Faculdade de Direito de Lisboa Teoria Geral do Direito Civil 1 ano, turma B Teste 14 de Janeiro de 2008 I. O semanrio Tretas, numa reportagem sobre o mundo da moda, afirmou que a conhecidssima modelo Piggy era viciada em tabaco e andava em tratamento nos fumadores annimos. Nessa reportagem publicou fotografias de Piggy de cigarro aceso na boca. Piggy processou a jornalista social Tricky, autora do texto e directora do semanrio. Alegou ser falso que fosse viciada em tabaco, que aquela fotografia tinha sido tirada no exerccio da sua profisso de modelo para publicidade de uma marca de tabaco e que tal publicao prejudicava gravemente a sua reputao pessoal e profissional, constituindo difamao. Pediu uma indemnizao no valor das perdas de contratos e de clientela subsequentes publicao e dela consequentes, acrescida de 10.000 pelo uso n~o autorizado da fotografia (o que constituiria o seu valor de mercado). Alegou ainda ter ficado em depresso em consequncia da notcia, tendo comeado a beber e a fumar. No nmero seguinte do semanrio, Tricky escreveu que Piggy fumava s escondidas nas casas de banho e exibiu imagens de Piggy a fumar na casa de banho de um bar, obtidas pelas cmaras CCTV de segurana desse bar. Piggy, acusou ento Tricky de violar a sua privacidade e requereu a destruio dos vdeos (que teriam sido gravados com finalidades de segurana) dizendo que o seu uso constituiria abuso do direito. Tricky invoca o direito constitucional de informar e Piggy o direito constitucional honra e privacidade. O namorado de Piggy, produtor de televiso, lanou uma nova telenovela, chamada Risky Business, cuja personagem central Risky, uma jornalista social muito ambiciosa e gananciosa, viciada em cocana, que constri e destri reputaes a troco de dinheiro. No incio e no fim de cada episdio exibida uma inscri~o obra de fic~o: qualquer semelhana com pessoas ou acontecimentos reais pura coincidncia. N~o obstante, o pblico identificou Risky com Tricky, os leitores deixaram de levar Tricky a srio e o Tretas caiu nas vendas e tiragens tornando-se irrelevante. Tricky acusa o produtor da novela de lhe destruir a reputao e dignidade, de lhe causar danos materiais e morais, e pretende que seja intimado a interromper a emisso da Risky Business e a destruir os respectivos suportes audiovisuais. O produtor responde que Tricky no pode ser atingida na sua reputao nem na dignidade porque a obra de fico, sendo bem publicitado que no se refere a pessoas nem a factos reais, e que Tricky j no tinha nem reputao nem dignidade, no sendo possvel destruir o que no existe. Invoca ainda o direito de criao artstica que faz parte do direito ao livre desenvolvimento da personalidade. Aprecie este caso, nas perspectivas dos intervenientes e diga, fundamentando, como deve ser julgado. II Relacione: 1. Poder potestativo e nus. 2. Representao sem poderes e abuso de representao. Tempo da prova: 90 minutos Cotaes: I- 12; II-8; a qualidade de argumentao e de expresso podem conduzir a um acrscimo ou decrscimo de 3 valores.

Teoria Geral do Direito Civil 1 ano B, 13 de Novembro de 2008 I Num jantar da sua subturma, Antnio tira uma fotografia para recordao desse dia. A fotografia mostrava todos os colegas, em volta da mesa, a brindarem para a objectiva. Em casa, Antnio imprime a fotografia e coloca-a no seu quarto. Alguns meses depois, Antnio aborrece-se com Berta, sua colega. Antnio, ento, que dotado para o desenho, resolve estudar a fotografia e elaborar uma caricatura de Berta, que baptizou de A Badalhoca e cedeu a uma das listas concorrentes { Associa~o de alunos sem esclarecer acerca da origem da caricatura), para que fosse usada como bombo da festa da campanha. A caricatura, elaborada a carvo, no obstante as deformidades, permitia a quem conhecesse Berta, associ-la ao desenho. Berta, muito agastada, pretende uma indemnizao de Antnio e, ainda, a eliminao da caricatura e de todas as sua reprodues. Antnio afirma que Berta no pode coarctar a sua liberdade de expresso e a sua criatividade e que, se se identifica com A Badalhoca, o problema seu. Quid iuris? II Identifique, fundamentadamente, a ou as situaes jurdicas de que quer Antnio quer Bento so titulares: Antnio adquiriu um terreno que no tem comunicao com a via pblica. Nos termos do art. 1550., n.1, do Cdigo Civil, Antnio declara a Bento proprietrio do prdio rstico vizinho, que pretende passar por certo local do prdio de Bento.

Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa Teoria Geral do Direito Civil II Teste de avaliao contnua Turma: 1 ano/Noite. Subturma 2 18.Abril.2008 Em 5 de Maro Armindo enviou a Belmiro uma carta, com o seguinte contedo: Estou a pensar vender o meu Fiat, que conheces, por 10.000 euros. Caso te interesse, contacta-me. No dia 10 de Maro, Belmiro remeteu o seguinte fax a Armindo: Compro o carro, mas apenas por 9.000 euros. Responde-me, com urgncia. Dois dias depois, Armindo deixou uma mensagem no gravador de chamadas de Belmiro, manifestando a sua concordncia. Porm, esta mensagem s foi ouvida em 14 de Maro, por Clia, viva de Belmiro, que falecera no dia 11. Na semana seguinte, Armindo soube da morte de Belmiro e vendeu, por escrito, o Fiat a Daniel, que o adquiriu para transporte de contrabando. Quid Juris?

TEORIA GERAL DO DIREITO CIVIL I Turma B 03.12.2009 Ana e Bernardo casaram em 1985 e tm uma filha, Carla, nascida no dia 3 de Dezembro de 1992. Aproveitando o pacote promocional Feriados de Dezembro de 2009: Turismo na Serra, Ana e Bernardo, juntamente com Carla, no dia 27 de Novembro de 2009, viajaram at Serra da Estrela. NO caminho, surgiu-lhes um automvel em contra-mo, conduzido por Jaime, embatendo frontalmente contra a dianteira do seu automvel. A violncia do embate foi de tal ordem que o Hospital do Santo Serrano informou Bernardo da cessao de funes do tronco cerebral de Ana. Porm, disseram-lhe ainda mais: Ana estava grvida ningum sabia deste facto e os mdicos decidiram no desligar o ventilador mecnico que lhe mantinha a respirao. Desta forma, Ana poderia continuar a gestao. O Hospital do Santo Serrano informou igualmente Bernardo de que todas as despesas hospitalares ascendero, no mximo, ao valor de 100.000,00. O caso de Ana tem despertado curiosidade mundial. Centenas de estaes de televiso tm noticiado o extraordinrio caso da mulher grvida ligada ao ventilador. Tm tambm sido publicadas, nos jornais, vrias fotografias do acidente e uma televiso chegou a difundir as imagens da entrada de Ana no Hospital do Santo Serrano. Ora, para fazer frente s despesas hospitalares, Bernardo decidiu comear a cobrar as vrias entrevistas que entendeu conceder a vrias televises: nelas descrevia a sua dor e todos os factos do acidente, nomeadamente as ltimas palavras que Ana lhe disse. Estabeleceu com preo o valor de 25.000,00 por cada pacote de dez minutos de entrevista em directo. Desde ento Bernardo tem concedido dezenas de entrevistas: tal situao permitiu-lhe angariar cerca de 1.500.000,00. Entusiasmado com a sua capacidade de angariar receitas, Bernardo decidiu escrever um livro sobre o acidente. Entrando em contacto com uma das maiores editoras mundiais, acordou que escreveria um livro sobre o sucedido: ficou acordado o pagamento de 2.500.000.00 pela cedncia dos direitos de comercializao daquela obra. Mais tarde, a sua irm, Joana, tentou convenc-lo a no publicar aquele livro, dado que representaria um prolongamento da dor que sentia e apenas iria piorar o seu estado psquico. Carla desapareceu. Foi vista, pela ltima vez, a embarcar no navio Jia do Mediterrneo. O sistema de vigilncia do cais de embarque gravou a entrada de Carla, naquele navio, no dia 3 de Dezembro de 2009. a) Os jornais e as televises poderia publicar e/ou difundir imagens sobre o acidente e as da entrada de Ana no Hospital do Santo Serrano? (4valores) b) Bernardo poderia conceder entrevistas nos termos descritos no caso? (3valores) c) Bernardo poder desistir da publicao do livro? Em que termos? (4valores) d) Supondo que o filho de que Ana estava grvida, na altura do acidente, nasceu com deficincias provocadas pelo acidente, poder ser-lhe atribuda uma indemnizao pe esse facto? (4valores) e) Suponha que Carla faleceu durante a viagem, tendo comprado, no seu decurso, uma mala no valor de 990,00. O que poder| fazer Bernardo? (3 valores) Avaliaoglobal: 2 valores Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa Teoria Geral de Direito Civil II 1 teste 07.04.2010 Parte I Considere a seguinte hiptese: Antnio, proprietrio de uma obra indita de Fernando Pessoa, atravessa dificuldades financeiras e decide vender tal obra. No dia 17.03.2010 envia por correio carta a dois agentes literrios, Bruno e Carlos, com o seguinte teor : Vendo obra indita de Fernando Pessoa. Tenho elementos que comprovam a sua autenticidade e autoria. Vendo por 500.000 euros. A carta dirigida a Bruno recebida por este no dia 19.03.2010. Bruno responde no prprio dia e escreve a Antnio: Estou interessado. O preo afigura-se, porm, demasiado elevado. Compro por 400.000 euros. A carta dirigida a Carlos recebida por este no dia 20.03.2010. Carlos responde a 23.03.2010 e afirma: Negcio fechado. Amanha irei levantar os originais e pagar o preo. Antnio recebe a carta de Bruno e

a carta de Carlos no dia 25.03.2010 e nada responde, pois nesse dia encontrou Duarte, editor afamado e em 26.03.2010 celebra com este contrato de compra e venda da obra. Carlos tinha entretanto contratado uma editora para publicao da obra. Quid iuris? Parte II Responda a apenas uma das seguintes perguntas: As partes esto vinculadas aos actos preparatrios? Distinga negcios jurdicos reais quoad effectum e quoad constitutionem

1. 2.

Teoria Geral do Direito Civil II Turma A Exame final 31 de Maio de 2010 Durao da prova: 2 horas

Em 15/01/2010, Bento recebeu uma Carta de lvaro, com o seguinte teor Estou interessado em vender a minha motorizada, que conheces. Caso queiras, responde-me; se eu nada te disser no prazo de 15 dias porque aceito as tuas condies. Em 1/02/2010, Bento respondeu a lvaro o seguinte: Compro-te a motorizada por 5.000 euros. Tal como sugeres, presumo que aceitas se nada me responderes nos prximos 15 dias. De qualquer modo, s posso ir buscar daqui a um ms. Entretanto, nesse mesmo dia, Bento tem que fazer face a uma despesa imprevista, pelo que manda nova carta a lvaro, dizendo: Desculpa, mas s posso comprar a motorizada por 4.000 euros. Mas tudo o resto mantm. A primeira carta chega ao escritrio de lvaro na 6feira e a segunda na 2feira de manh, mas lvaro tem delas conhecimento em simultneo neste ltimo dia, quando lhes so entregues pela sua secretria, e nada faz. Passado um ms, quando Bento se apresenta com o cheque para levar a motorizada, lvaro diz-lhe que entretanto, a vendeu a Carlos, menos de dezassete anos e casado com Eduarda, j que entendia no estar vinculado por nenhum contrato a Bento. Carlos comprou a referida motorizada com o fim de a oferecer a Eduarda no 1 aniversrio de ambas, sem saber que, no dia anterior, ela tinha apresentado os papis para o divrcio. Desesperado ao saber do divrcio, Carlos procurou descontrair numa reunio entre amigos para assistir a um jogo de futebol. Nessa noite, embriagado, veio a apostar com Filipe, seu amigo de infncia, a motorizada adquirida contra o isqueiro da BIC deste, caso o seu clube ganhasse. Vindo o seu clube (o Sporting) a perder o jogo, Filipe exigiu a motorizada a Carlos. No dia seguinte, tendo conhecimento desta situao, os pais de Carlos pretendem anular o negcio celebrado com Filipe. Carlos, por sua vez e j refeito da embriaguez, quer tambm anular o negcio celebrado com lvaro. Entretanto, Bento acciona judicialmente lvaro pelos danos que teve com o negcio da motorizada, invocando designadamente o facto de ter ficado frustrado o negcio de venda da mesma ao seu amigo Daniel por 8.000 euros, que entretanto aprazara num contrato-promessa, celebrado logo aps a troca de cartas com lvaro, para ter efeitos quando Bento recebesse a motorizada. Quid Juris?

II Comente, de forma sucinta mas justificada, trs e s trs das seguintes frases: 1. 2. Distinga parte integrante, coisa acessria e frutos. Abel, arrendatrio, avisa o senhorio de que chove no armazm arrendado. No procedendo o senhorio s obras necessrias, Abel encerra o local. Mais tarde o senhorio prope uma aco de despejo com fundamento no abandono do local. Quid Juris? No h lugar para a autonomizao da figura da inexistncia no quadro dos valores negativos do negcio jurdico, no nosso sistema de direito civil. Gonalo, proprietrio do andar X, querendo vend-lo a Henrique, seu amigo, celebra com ele uma escritura de doaco, para evitar o exerccio do direito de preferncia por Isabel, inquilina. Quid Juris?

3. 4.

Cotao das perguntas: Grupo I : 11,5 valores Grupo II: 2,5 + 2,5 valores Organizao global das respostas e aspectos lingusticos: 1 valor

PERGUNTAS DE ORAIS Em que consiste a dogmtica integrada? O que a tpica? Em que consiste a sistemtica? O que uma situao jurdica? O que uma relao jurdica? Um contrato uma relao jurdica? Quais as crticas ao conceito de relao jurdica? Qual a relao jurdica presente no artigo 304, n1? Juridicamente o que uma pessoa? O que um direito fundamental? E um direito de personalidade? H direitos de personalidade que no estejam consagrados nem no Cdigo Civil nem na Constituio? O direito vida um direito fundamental ou um direito de personalidade? Pode-se renunciar a um direito de personalidade? possvel renunciar ao direito de imagem? O que um bem de personalidade? Antnio violou o direito honra de Bento. Bento pe Antnio em tribunal, quer uma indemnizao e que a sentena seja publicada nos jornais. Quid iuris. Um cantor faz uma msica sobre algum mas no mencionado o nome. Pode proibir a msica e pedir uma indemnizao? Quais as caractersticas do direito de personalidade? O direito de personalidade uma caracterstica das pessoas singulares e das pessoas colectivas? O bom nome das pessoas colectivas um verdadeiro direito de personalidade? Defina a noo de direito de personalidade das pessoas colectivas. Se se ofender o bom nome de uma pessoa colectiva, o que lhe acontece? Qual a norma que se reporta expressamente ao bom nome das pessoas colectivas? A responsabilidade civil a primeira consequncia da violao de um direito de personalidade? Antnio e Berta casam sem os pais saberem. Antnio vende um quadro sem os pais saberem. O que podem os pais fazer? Quais as diferenas entre a inabilitao e a interdio? Quais as formas de suprimento da incapacidade? O que uma incapacidade? Antnio tem economias, pediu aos pais se podia comprar uns patins. Os pais disseram que sim. Quando chega a casa os paus zangam-se e tiram-lhe os patins. Podem os pais anular o negcio? Antnio inabilitado, compra 12 pares de meias. A mulher (curadora) fica possessa, no concorda visto cada par ter custado 8 Euros. O negcio anulvel? O que se aplica aos direitos de personalidade que no se aplica ao direito de propriedade? Ricardo Arajo Pereira faz uma rbula do Prof. Marcelo Rebelo de Sousa. O que pode o Prof. fazer? Quais os rgos de uma fundao? O que distingue uma fundao de uma associao? Quando que uma associao adquire personalidade jurdica? Associao contrai um emprstimo e quer saber quem o paga, administradores ou scios? Qual o momento em que cessa a personalidade jurdica de uma associao? Uma associao no tem dinheiro para pagar as actividades que realizou e pretende exigir esse dinheiro aos associados. Quid juris. Qual a data do Cdigo de Seabra? A que autor atribudo o Cdigo de 1966? O que um nus jurdico? O que a boa f? Distinguir a boa f objectiva da boa f subjectiva. O que uma expectativa? Uma excepo forte um direito potestativo ? Exemplo de uma excepo forte. Em que consiste a dupla inerncia dos direitos de personalidade? Como saber se se aplica o artigo 75 ou 78? Os pais pretendem celebrar um negcio em que combinam o casamento dos filhos. Podem faz-lo? Um menor de 17 anos compra um relgio caro. Os pais no concordam e querem saber se podem anular o negcio.

Um menor pode fazer-se scio de uma sociedade por quotas? O que a capacidade de exerccio? O que a classificao germnica do Direito Civil? O que o Direito Civil? Como se distingue sistema interno de sistema externo? Distino entre direito pblico e direito privado. Um senhor est na Praia do Meco e aparece um grupo do PS para tentar aumentar as concesses de praias de nudismo. Consultam um senhor e um jornalista tira-lhe uma fotografia. A foto do senhor aparece no jornal e perceptvel, por causa das dunas, que se tratava da Praia do Meco. Quid iuris. O que a ausncia ? O que a recepo (de direito romano)?i Distinga capacidade de gozo de personalidade jurdica. Maria d luz dois bebs, mas s tm um corao. Quantas pessoas jurdicas nasceram? O que um coisa acessria? Classifique um par de meias. O que um ar condicionado de um apartamento? Existem partes integrantes nas coisas mveis ou s nas coisas imveis? Como se distingue a parte integrante da coisa mvel. Todas as coisas mveis seguem o regime do 210, n2? Como classifica juridicamente um jogo de xadrez.

Direito Constitucional I

Direito Constitucional I I (cotao: 1,5 vals. X 4 = 6 Vals) Abel, cidado portugus, casou com Beatriz, nascida no Texas e titular de cidadania norte-americana e brasileira. O casamento ocorreu em Lisboa, em Janeiro de 2007, residindo ambos em Madrid. 1) Poder Abel adquirir, luz da lei da nacionalidade portuguesa, a cidadania norte-americana por efeito do casamento? 2) Poder dizer-se que Beatriz tambm titular de uma cidadania texana? 3) Qual a nacionalidade pela qual Beatriz deve ser tratada em Portugal? 4) Pode Beatriz, enquanto estrangeira, ser professora de uma universidade pblica portuguesa? II (cotao: 1,5 vals x 5 = 7,5 vals) Num mximo de dez linhas por resposta, estabelea as seguintes diferenas: 1) rgo / agente 2) Federao / Confederao 3) Jean Bodin / Ius commune constitucional 4) Democracia humana / republicanismo 5) Funo administrativa / funo tcnica III (cotao: 6,5 Vls.) Comente a seguinte afirmao: O constitucionalismo hoje, simultaneamente, herdeiro e opositor de Rousseau, revelando-se bem mais importantes os contributos de Marslio de P|dua e Pufendorf.

poca de recurso Direito Constitucional I Turma A 2 de Julho de 2008 I Factores conducentes formao do Estado Moderno. II Em sua opinio, quais os problemas poltico-constitucionais deste dealbar do sculo XXI? III Em que sentido a Constituio de 1976 uma Constituio compromissria? IV Quais as condicionantes das formas de Estado? V Existe uma relao necessria entre representao poltica e separao de poderes? VI O semipresidencialismo em Portugal e na Frana.

Direito Constitucional I Turma A 7 de Janeiro de 2008 I Distinga, o mais sucintamente possvel: a) O conceito de povo dos regimes democrticos e o conceito de povo do regime de Salazar b) Descentralizao e desconcentrao c) Federao e unio real d) Soberania na ordem interna e soberania na ordem internacional 2 x 4 = 8 valores II Responda a uma, e s uma, das seguintes questes: A) O Presidente da Repblica nos Estados Unidos e na V Repblica francesa: semelhana e diferena. B) Existe hoje uma crise do Estado? C) Sentido bsico do princpio da representao poltica. 4 valores III Em 1 de Fevereiro realizaram-se eleies para a Assembleia da Repblica e os mandatos ficaram assim distribudos: partido A 100 Deputados; Partido B 60; Partido C 50; Partido D 10; Partido E 5; Partido F 5. Ouvidos os partidos, o Presidente da Repblica, X, por nenhum ser maioritrio, em 27 do mesmo ms, nomeou Primeiro-Ministro Y, personalidade independente, sugerida pelos partidos B e D. Submetido o programa do Governo Assembleia, o partido A apresentou uma moo de rejeio, a qual obteve 105 votos a favor, 70 votos contra e 35 abstenes. Em face desse resultado, o partido A exigiu a demisso do Governo, mas o Primeiro ministro, com o aval do Presidente da Repblica, afirmado em mensagem Assembleia em 13 de Maro, negou-a e declarou que, pelo contrrio, o Governo poderia exercer, doravante, em plenitude, as suas funes. Entretanto, em 1 de Maio houve eleies presidenciais e em 10 tomou posse como Presidente da Repblica, Z, cuja candidatura havia sido apoiada pelo partido A. Em 16, ouvido o Conselho de Estado, o novo Presidente dissolveu o Parlamento e marcou eleies parlamentares para 15 de Julho. Pergunta-se: 1. O Presidente X respeitou a Constituio em 27 de Fevereiro? 2. E em 13 de Maro? 3. O Presidente Z, por seu turno, podia ter dissolvido o Parlamento? 4. Em que condies ficou o Governo aps a dissoluo? 8 valores

Direito Constitucional I Turma A Prova de frequncia I Proceda a quatro, e s quatro das seguintes distines: a) Povo e sociedade civil; b) Estado de Direito e Estado de Polcia; c) Regies autnomas e autarquias locais; d) Assembleias estamentais e Parlamentos modernos; e) Formas de governo e sistemas de governo; f) Legitimidades tradicional, carismtica e legal-racional. 4 x 3 valores 12 valores II Responda a uma, e s uma, das seguintes questes: a) Os parlamentarismos de tipo ingls, de tipo francs e racionalizado; b) A instabilidade constitucional durante o perodo liberal portugus. 8 valores Recomendaes: 1. No escreva muito, procure escrever bem. 2. Escreva um portugus correcto. 3. Organize o tempo em razo das cotaes das perguntas. 4. Pode citar artigos da Constituio, mas no os transcreva.

Direito Constitucional I I (cotao: 2 vals. X 3 = 6 valores) Responda a trs das seguintes questes: 1. Em que medida a designada Quest~o dos ndios das Amricas ainda hoje uma tem|tica com a actualidade? 2. Como se compatibiliza a proibio de retrocesso da proteco de direitos fundamentais com o principio democrtico ou a reversibilidade decisria de Zagrebelsky? 3. Ser que existe uma dicotomia rgida entre funes jurdicas e funes no jurdicas do Estado? 4. Quais os principais contributos da experincia constitucional norte-americana para a cincia do Direito Constitucional? II (cotao: 1,5 Vals. X 5 = 7,5 Vals) Num mximo de dez linhas por resposta, estabelea as seguintes diferenas: 1. Estado antiliberal / democracia totalitria 2. Nao / Estado / Ptria 3. Quorum / voto de desempate 4. Poder constituinte formal / Constitui~o n~o oficial 5. Locke / Rousseau III (cotao: 6,5 Vals.) Comente uma das seguintes afirmaes: A) O sistema de governo orleanista ponto de chegada e, simultaneamente, ponto de partida de outros sistemas de governo dos sculos XIX e XX. B) O Estado liberal traduz um modelo egosta de sociedade, herdeiro das preocupaes de Hobbes, enquanto que o moderno Estado social revela preocupaes de solidariedade, prximas do contributo judaico-crist~o.

Direito Constitucional I Turma B Dia Teste 20 de Novembro de 2007 (20 minutos) Em cada um dos seguintes 10 grupos de questes, h apenas uma resposta certa, que deve assinalar. 1. Quanto ao problema da essncia do fenmeno constitucional: a) Fazer do Estado o centro da Constituio no constitui homenagem ao pensamento hegeliano; b) A interroga~o o que o Homem? surgiu, pela primeira vez, com o filsofo Immanuel Kant; c) Para o republicanismo, o homem antes de ser cidado pessoa; d) O Direito Constitucional ainda muitas vezes reconduzido a um simples fenmeno estadual. 2. Quanto evoluo da tutela da pessoa humana e ao contributo da civilizao gregoromana: a) No h uma diferena de maior entre a raiz das liberdades fundamentais na experincia inglesa e nas restantes experincias europeias; b) Plato nunca reconheceu a necessidade de existncia de leis; c) Plato no foi o precursor da ideia de Estado de Direito; d) Para Aristteles, a justia, em ntima relao com a igualdade, o bem supremo. 3. A respeito da antecipao da modernidade constitucional: a) Marslio de Pdua considerava a liberdade o bem supremo do homem; b) Marslio de Pdua recebeu influncias tanto de Aristteles como de Ccero, vindo, por seu lado, a ser um precursor de Rousseau; c) No se pode dizer que Kant ou Locke tenham tido um precursor em Marslio de Pdua; d) Entre as marcas da modernidade de Marslio de Pdua est o facto de considerar a democracia como a melhor forma de governo. 4. Quanto Idade Moderna: a) O pensamento judaico-cristo, em matria dos valores da pessoa, nunca foi estruturalmente perturbador do poder poltico; b) Para Maquiavel, o prncipe devia fazer-se odiar, uma vez que os fins justificam sempre os meios; c) Para Erasmo de Roterdo, o principal dever do prncipe era o bem-estar do povo; d) Quanto dimenso tica da actuao do prncipe, Lutero em nada se afasta da concepo de Maquiavel. 5. Sobre o contributo liberal: a) Montesquieu, embora advogasse os governos moderados, n~o considerava a escravatura contrria ao direito natural; b) Para Rosseau, quanto mais Estado, mais cresce a liberdade; c) semelhana de Locke, Rosseau tambm entende que a propriedade uma mera instituio convencional humana; d) Para John Locke, o fim nico do Estado reside na proteco dos direitos da pessoa humana, servindo a lei para determinar esses direitos e defender a propriedade. 6. Idem: Kant e Hengel: a) Kant evita estabelecer qualquer ligao entre a propriedade privada e a paz, ainda que considere a segunda como o fim ltimo do Direito; b) Para Kant, a autonomia da vontade tem o seu fundamento na dignidade humana; c) Kant e Hegel partilham do grande relevo concedido ao princpio da reciprocidade

(reconhecimento do outro como pessoa); d) Para Hegel, o homem no vale por ser homem, nem como ser humano concreto. 7. A respeito da crtica ideolgica ao liberalismo: a) Edmund Burke, tal como Joseph de Maistre, manifesta um marcado desprezo pelas liberdades individuais da pessoa; b) Para Marx, o homem o ser supremo; c) Para o socialismo marxista-leninista, o proletariado jamais precisar do Estado; d) A Encclica Rerum Novarum no defende a inviolabilidade da propriedade privada. 8. Quanto a desenvolvimentos mais recentes: a) Tal como Plato, Sren Kierkegaard separa a alma do corpo; b) Kierkegaard, ao recusar pensar o homem como abstraco, aproxima-se de Hegel e afastase de Kant; c) Deve-se ao austraco Karl Popper a teoriza~o da ideia de consenso de sobreposi~o; d) Kant e Rousseau no constituem influncias marcantes em Jrgen Habermas. 9. A respeito do Estado de direitos humanos: a) No mbito dos direitos humanos universais recorta-se, com excluso de qualquer outra, a categoria dos direitos pessoais universais; b) O alargamento do conceito de direito fundamental, tal como a abertura constitucional a novos direitos traduzem inequvocas vias de reforo da tutela da pessoa humana; c) O conceito de Estado de direitos fundamentais est particularmente vinculado garantia dos direitos dos seres humanos que se encontram em situao mais dbil; d) O Estado de direitos humanos corresponde a um modelo conceptual ainda imperfeito. 10. Sobre a dignidade da pessoa humana: a) Da dignidade humana no pode decorrer o alargamento das tarefas e da margem de interveno do Estado; b) Todos os direitos fundamentais tm a mm proximidade com a dignidade humana; c) A proibio do retrocesso em matria de direitos sociais pressupe a excluso de toda e qualquer interveno legislativa que pretenda sacrificar o grau de implementao j alcanado; d) A dignidade humana pode servir de fundamento a restries e a limitaes dos direitos fundamentais da pessoa.

Teste Direito Constitucional I 27 de Outubro de 2008 I No mximo de dez linhas, responda a trs das seguintes questes (4 valores por questo) 1) Quais as marcas da especificidade britnica no que respeita aos direitos da pessoa humana e limitao do poder de Estado? 2) Em que autores, e em que domnios, se manifestou particularmente o legado de Marslio de Pdua? 3) Em que medida o totalitarismo antiliberal? 4)Quais os momentos e as dimenses marcantes da internacionalizao dos direitos humanos? II Desenvolva um dos seguintes temas (6 valores) A) A limitao do poder do Estado no pensamento liberal e contemporneo. B) A clusula constitucional do bem-estar social: surgimento, concretizao e crise Redaco e sistematizao das respostas: 2 valores

DIREITO CONSTITUCIONAL I 9 de Janeiro de 2009 I (cotao: 2,5 vals. x 3 = 7,5 vals.) Responda a 3 das seguintes questes: 1) Ser possvel encontrar nas teses republicanas e neo-republicanas a influncia de Maquiavel? 2) Em que medida se poder dizer que a progressiva conscincia da liberdade o sentido ltimo da histria constitucional? 3) Pode uma lei, em nome da laicidade do Estado, abolir o feriado do dia de Natal? 4) Quais os principais contributos da experincia constitucional britnica para a cincia do Direito Constitucional? II (cotao: 1,5 vals. x 5 = 7,5 vals.) Num mximo de dez linhas por resposta, estabelea as seguintes diferenas: 1) Sistema de governo directorial / sistema de governo convencional 2) Ius commune constitucional / Jean Bodin 3) Funo legislativa / Funo administrativa 4) Nomeao / cooptao 5) Montesquieu / Rousseau III (cotao: 5 vals.) Comente uma das seguintes afirmaes: A) O princpio da subsidiariedade hoje, tal como foi na sua formula~o histrica, um instrumento indispensvel de luta contra o totalitarismo e, ao mesmo tempo, um meio de garantia da dignificao da pessoa humana B) A monarquia limitada uma sntese entre o passado antiliberal e o liberalismo do sculo XIX.

DIREITO CONSTITUCIONAL I 9 de Novembro de 2009 I (10vals) Comente a seguinte afirmao: A identifica~o do que seja a modernidade constitucional n~o tarefa simples ou linear: desde a pluralidade de momentos possveis de fixao da sua origem at complexidade de traos caracterizadores, tudo se mostra discutvel. II (5 vals x 2) Escolha dois dos sequintes temas constitucionais e procure traar as suas coordenadas histricas luz da evoluo do pensamento poltico: a) Limitao do poder b) Liberdade c) Bem-estar social d)Ius commune constitucional

DIREITO CONSTITUCIONAL I 9 de Dezembro de 2009 I (5 vals) Como se diferencia, em termos histricos e luz das actuais coordenadas constitucionais, a concepo da separao de poderes na experincia britnica e na experincia norte-americana? II ( 2,5 vals x4 = 10 valores) Distinga, sucintamente, quatro das seguintes realidades: a) Estado / nao / ptria b) Moo de censura / moo de censura construtiva / moo de confiana c) Concepo republicana / concepo personalista d) Contratualismo de Hobbes / contratualismo de Rosseau e) Dignidade humana em Kant / dignidade humana em Hegel III (5vals.) Comente a seguinte afirmao O Estado de Direito material, apesar de s conceptualmente formulado no sculo XX, tem os seus alicerces em momento histrico anterior

PERGUNTAS DE ORAIS Pode o presidente da Republica apresentar propostas de lei Assembleia da Republica? Distinga entre Iniciativa e Competncia legislativas. Pode um Governo de Gesto apresentar propostas de lei Assembleia da Republica? Em que situao pode o Governo ou a Assembleia Legislativa da R. A. Apresentar propostas de alterao a um projecto ou proposta de lei? Onde realizada a discusso e votao na especialidade? Quais os actos normativos sujeitos a promulgao? Quid Iuris se o P.R. no promulga nem veta aps o prazo de 20 dias? O veto jurdico cumulvel com o veto poltico? O que um impulso legiferante? O que sucede se, ao 21 dia aps ter recebido um decreto da Assembleia da Repblica, o P.R. nada tiver feito? Em caso de pronncia pela inconstitucionalidade, por parte do Tribunal Constitucional, em relao a uma norma constante de um decreto legislativa regional, poder a Assembleia Legislativa da R.A. confirm-lo? Aps o Tribunal Constitucional se pronunciar pela inconstitucionalidade, e do consequente veto do P.R., quais as opes ao dispor do Governo? Que tipos de actos legislativos conhece no Direito Constitucional Portugus? Distinga entre reserva de lei e reserva de competncia. Qual o desvalor resultante da violao de uma lei de valor reforado por outra lei? Por que razes o estatuto de uma R.A. uma lei de valor reforado? Poder uma autorizao legislativa ser pedida por um Governo demitido? O Governo obrigado a utilizar a autorizao legislativa, emitindo o decreto-lei autorizado? Qual o desvalor de um decreto-lei autorizado que no respeite os parmetros indicados na lei de autorizao? Poder a Assembleia da Repblica revogar a lei de autorizao? Possuiro as leis de autorizao legislativa valor reforado? O que so leis de base? Mencione diferenas entre uma lei de autorizao legislativa e uma lei de bases? Poder a A.R. desenvolver leis de bases ou competir essa funo ao Governo? O que so leis orgnicas? Poder o Governo revogar uma lei orgnica? As leis orgnicas tm valor reforado? Poder um decreto-lei revogar uma lei? Existe um primado do Parlamento no que concerne competncia legislativa? Quais as entidades com poder para requerer ao Tribunal Constitucional? O que um Governo de gesto? Que tipos de actos pode um Governo de gesto praticar? Qual a natureza do sistema de governo portugus? Qual o sistema de governo das regies autnomas? Que condies histricas propiciaram o surgimento do sistema parlamentar de gabinete? O governo detinha competncia legislativa na Constituio de 1933? Quais as fases do procedimento legislativo parlamentar segundo Prof. Jorge Miranda? Perante um projecto ou proposta de lei, podero os Deputados apresentar propostas de aditamento, de substituio ou de eliminao? Em que situao o Governo ou a Assembleia Legislativa da Regio Autnoma podero apresentar propostas de alterao? Poder a Assembleia da Repblica vir alterar o Estatuto poltico-administrativo regional em matrias no abrangidas pela proposta de lei da Assembleia da Regio Autnoma? O que acontece caso P.R. vete imediatamente um diploma invocando razes jurdicas? Pode a A.R. confirmar decreto vetado juridicamente pelo P.R? Se sim, qual a maioria para confirmao? Qual a maioria para confirmao de decretos por parte da Assembleia da Repblica, em caso de veto politico? Quais as diferenas entre P.R. e Representante da Repblica?

Em caso de pronncia pela inconstitucionalidade, por parte do Tribunal Constitucional, em relao a uma norma constante de um decreto legislativo regional, poder a Assembleia Legislativa da Regio Autnoma confirm-lo? Quais as fases do procedimento referendrio? Em que casos ser a recusa de referenda vinculada? Aps um veto politico do P.R. a um decreto do Governo, quais as diferenas em relao s opes da A.R? Ter o Governo interesse em no aprovar um decreto-lei, mas em iniciar outra espcie de procedimento? Poder o P.R. vetar diplomas sobre a organizao do Governo? Quais as particularidades desse tipo de veto? Quais os diferentes tipos de inconstitucionalidade? Distinga lei e reserva de competncia. Que tipos de actos legislativos conhece no Direito constitucional portugus? Qual o desvalor resultante da violao de uma lei de valor reforado por outra lei? a Assembleia Legislativa da Regio Autnoma que aprova o Estatuto? Pode a A.R. apresentar projecto para alterao o Estatuto? Ser o Estatuto uma lei duplamente reforada? Poder a A.R. autorizar o Conselho de Ministros a legislar sobre a matria do n1 do art 165? Poder uma lei de autorizao legislativa conter disposies exequveis por si mesmas? Poder o Governo legislar em matrias previstas em alneas dos artigos 164 e 165, n 1, a fim de evitar uma inconstitucionalidade por omisso? O governo obrigado a utilizar autorizao legislativa, emitindo decreto-lei autorizado? A partir de que momento poder o Governo emitir o decreto-lei autorizado? Como proceder contagem do inicio do prazo de durao fixado nas autorizaes legislativas? Qual a consequncia de o decreto-lei autorizado exceder a autorizao quanto ao tempo? Poder Governo aprovar o segundo decreto-lei autorizado divergindo do primeiro? O que significa execuo parcelada? Poder a A.R. revogar a lei de autorizao? O que so leis de bases? Qual o rgo com competncia para desenvolver uma lei de bases? Mencione as diferenas entre uma lei de autorizao legislativa e uma lei de bases. Poder o governo aprovar um decreto-lei de bases? Poder uma lei de bases desenvolver a matria de modo detalhado? Ser a competncia para desenvolver leis de bases na rea concorrencial reservada ao governo? Poder o governo revogar uma lei de bases aprovada pela A.R? Poder a A.R. desenvolver a lei de bases, na rea concorrencial, por si aprovada? O que so leis orgnicas? Poder o governo revogar uma lei orgnica? Quais as especialidade procedimentais das leis orgnicas? Qual a maioria de aprovao de uma lei de valor reforado? As leis de valor reforado inculcam a existncia de relaes de hierarquia entre os actos legislativos? Poder um decreto-lei revogar uma lei? Estaro todos os decretos-leis sujeitos a apreciao parlamentar? Existe um primado do Parlamento no que toca competncia legislativa? Qual a consequncia, se o governo emitir um decreto-lei sem a existncia de lei de autorizao legislativa? Com pare o papel do Chefe de Estado nos sistemas de governo norte-americano e francs. Um Decreto-Lei pode revogar uma Lei? O que a iniciativa legislativa? Qual a diferena entre iniciativa legislativa e impulso legiferante? Enumere e explique os vrios tipos de iniciativa. Diga quais as formas de iniciativa?

Enumere e desenvolva as vicissitudes da iniciativa. Explique como se desenvolve a apreciao interna. Explique como se desenvolve a apreciao externa. Explique o que a votao na generalidade. Explique o que a votao na especialidade. O que a votao final global? Como funcionam as maiorias de aprovao? A quem incumbe a redaco final dos decretos da AR? O que a promulgao? O que a sano? O que o veto? Que configuraes pode assumir o veto? Como funciona o regime da promulgao? Como funcionam os prazos para a promulgao? Distinga veto poltico e veto jurdico, fazendo tambm a forma como estes se relacionam entre si. O Presidente da Repblica (PR) veta juridicamente, que pode a AR fazer? O PR veta politicamente, o que pode a AR fazer? Quais as maiorias constitucionalmente exigidas para a confirmao no veto por inconstitucionalidade e no veto poltico? O que a referenda ministerial e qual a consequncia da sua falta? O que sabe sobre leis de autorizao legislativa? Enumere, explicando cada um dos limites das leis de autorizao legislativa e as suas consequncias quando ultrapassadas? O que sabe acerca das leis de bases? Como se procede ao desenvolvimento das bases? Explique o que atinge cada tipo de inconstitucionalidade e como se denominam estes tipos? Diga em que se aproximam e divergem a ilegalidade e a inconstitucionalidade?

Economia Poltica I

Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa Economia Poltica I Exame de frequncia 28 de Novembro de 2007 Turma B* Durao 50 min. Grupo I Responda, de forma directa e sucinta (sem exceder o nmero de linhas referido para cada resposta) s seguintes questes, usando a terminologia apropriada, em especial os conceitos econmicos presentes no programa da disciplina. A cotao apresentada em cada questo: 1- O que entende por Racionalidade limitada? Limite: 5 linhas; cota~o: 1 valor 2- Joana, estudante, confidenciou hoje a uma amiga que o livro que ontem lera (o 3. em 3 dias) foi bem menos proveitoso que o 1. e que por isso estava arrependida de no ter dedicado essas 3h numa ida ao cinema. Identifique, definindo-os, os conceitos econmicos a que Joana se refere. 7 linhas, 2 valores. 3- Jos atribui dificuldade em encontrar trabalhadores capazes e s dificuldades em coordenar os seus empregados a culpa dos seus rendimentos apenas terem crescido 40% apesar de ele ter aumentado a dimenso da sua empresa para o dobro. Desenvolvendo-os diga que conceitos econmicos sustentam este descontentamento de Jos? 7 linhas; 2 valores. 4- Adalberto, produtor de batatas, lamentou-se ontem sobre a sua colheita prevista para o prximo ano. Devido falta de chuva no Outono os produtores vo apenas colher 30% do volume que colheram em 2007. Ter Adalberto razes para se preocupar? 7 linhas; 3 valores 5- Quando o preo dos leitores de DVD aumenta, diminui a procura de bilhetes de cinema mas, em contrapartida aumenta a procura de filmes em DVD. Diga, definindo-o, que conceito econmico est aqui presente e use-o para classificar os bens em causa. 8 linhas; 4 valores Grupo II Explique (sem exceder 25 linhas; 8 valores): 6- o propsito interventor [do Estado] muitas vezes o da rectificao dos resultados quando estes sejam tidos por injustos ou por ineficientes, mas () essa rectifica~o e os meios que conduzem a ela s~o frequentemente inquos e ineficientes tambm eles. Fernando Arajo, Introduo Economia, 3. edio, p. 197. Comente sem exceder 1 pgina na sua resposta e usando os conceitos econmicos subjacentes, a frase apresentada usando para o efeito a fixao administrativa de um preo mximo.

Economia I 12-11-2008 | Durao: 30 minutos Teste Escrito de Avaliao 1. Economicamente falando, h interesse numa explorao privada dos Bens Pblicos? (10 valores) 2. Descreva, sucintamente, o mecanismo da formao dos preos em ambiente de concorrncia perfeita. (10 valores)

Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa Economia Poltica 10 de Janeiro de 2008 *** Durao 90 min Grupo I Sem exceder 7 linhas por resposta, identifique os conceitos presentes nos seguintes excertos (de Fernando Arajo, Introduo Economia, 3 edio) definindo-os, usando para tal desiderato a terminologia prpria de Economia Poltica: 1- que ao contr|rio do que acontece nos jogos de soma zero [] nas trocas econmicas os interesses que se contrapem [] tm valores desiguais para as partes envolvidas (p.49). 2- Os Pases mais afamados na produ~o de chocolate [] importam o cacau e transformam-no, e a vantagem de que dispem [] respeita a aptides humanas, aos reflexos do incremento da habilidade do produtor [] (p.121). 3- O preo m|ximo eficaz , pois, uma barreira a que o preo suba at ao equilbrio ajustador da oferta e da procura (p. 201.). 4- O excedente total: a diferena entre o valor para os compradores e o custo para os vendedores (p. 228). 5- O problema [] foi pela primeira vez colocado por George Akerlof numa an|lise ao mercado dos carros usados, concluindo-se que o mercado entraria em colapso [] se porventura no fosse dado ao comprador [] perceber quais os caros bons e quais os carros maus dentro do mercado dos carros usados (p. 208). 6- Quanto { conclus~o perturbadora de que o mercado concorrencial tende para o desaparecimento do lucro, ela deve ser entendida com subtileza (p. 325). 7- A concorrncia entre restaurantes numa grande cidade assenta geralmente, no na estratgia de preos [] mas na diferencia~o dos servios que prestam e na publicita~o desses mesmos factores de diferenciao. (p.390). Grupo II 8- Sem exceder uma pgina no total da sua resposta, identifique e concretize os conceitos presentes na seguinte hiptese. Anbal produtor de morangos, Jos produtor de cerejas. a) - Anbal, aps ter descoberto que, em regra, a elasticidade preo da procura de morangos de 0.5, quer o seu conselho sobre como dever organizar a venda da sua produo. b) Com o aparecimento sazonal das cerejas produzidas por Jos, Anbal, aps ter detectado que alguns dos seus clientes habituais lhe haviam deixado de comprar morangos, resolve reduzir o preo praticado em 20%, tendo com esta medida recuperado esmagadora maioria dos clientes. Que conceitos econmicos esto presentes no comportamento de Anbal? c) Anbal que rentabilizar melhor as novas maquinas usadas no cultivo do morango, que esto subaproveitadas. Consegui-lo- se aumentar em 3hectares a dimenso actual da sua explorao. Anbal prev que para faz-lo necessita de 1 ano (perodo de tempo necessrio para adquirir o terreno e para prepar-lo para este tipo de cultura). O que procura Anbal ao adquirir o terreno e o que significa para ele o perodo de 1 ano? Cotao: Grupo I 14 valores (7x2) * Grupo II 6 valores (1+3+2)

Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa Economia Poltica I Exame de frequncia 28 de Novembro de 2007 Turma Noite* Durao 50min. Grupo I Responda, de forma directa e sucinta (sem exceder o nmero de linhas referido para cada resposta), s seguintes questes, usando a terminologia apropriada, em especial os conceitos econmicos presentes no programa da disciplina. A cotao apresentada em cada questo: 1 O que entende por Fronteira das Possibilidades de Produ~o? Limite: 5 linhas; cotao: 1 valor 2 - A existncia de sal|rios mnimos provoca desfasamentos quantitativos no mercado de trabalho. Fernando Arajo, Introduo Economia, 3 edio, p. 208. Quais e porqu? 7 linhas; 2 valores. 3 As companhias areas sabem que a procura de viagens apresenta uma elasticidade-preo de 2. O que significa isso e o que devem as companhias areas fazer? 7 linhas; 2 valores. 4 Pedro, industrial vidreiro, tem como principais custos de produo os referentes renda das instalaes da fbrica, factura do gs natural consumido na fundio, aos salrios pagos aos trabalhadores e aos juros que suporta pelo emprstimo bancrio que pediu. Justificando, diga como classifica os diversos custos referidos. 8 linhas; 4 valores. 5 Ao contrrio do que vinha acontecendo at a, Alfredo notou que a partir das 5000 bicicletas que produziu, o custo de cada uma das novas bicicletas que produz lhe est a aumentar o custo mdio por bicicleta. Diga, justificando, a que conceitos econmicos se estar Alfredo a referir? 8 linhas; 3 valores. Grupo II 6 Os ovos estavam a ser vendidos no mercado ao preo de 2/dzia, sendo que a este preo, os consumidores se encontravam felizes com o beneficio que da retiravam (0,10/dzia) e os produtores de ovos tambm se mostravam satisfeitos ao obterem um ganho de 1/dzia. Eis seno quando o Estado resolveu lanar o ISCO (Imposto Sobre Compra de Ovos) no montante de 1,5. Justificando, diga como classifica os 0,10 referidos na hiptese? E o montante de 1 o que ? O que acha que aconteceu aps a introduo do ISCO? (limite 25 linhas; 8 valores).

Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa Economia I Exame de Frequncia 19 de Janeiro de 2009 Turmas A e B Grupo I Sem exceder 7 linhas por resposta, responda s seguintes questes, usando a terminologia e os conceitos econmicos presentes no programa da disciplina: 1- Haver motivos para encerrar uma empresa lucrativa? 2- Em que consiste a concorrncia monopolstica? 3- O que explica que, num determinado ms, um consumidor possa estar disposta a trocar no a primeira, mas apenas uma terceira ida ao cinema por uma ida a um concerto? Grupo II Imagine que, na sequncia de imagens de figuras pblicas a utilizar o computador Magalh~es, at ento desconhecido da maior parte dos portugueses, se verificou um incremento exponencial da procura destes computadores. 4- Identifique (no mximo em 10 linhas) os efeitos verificados no mercado. 5- Represente graficamente esses efeitos. 6- Pressupondo que o objectivo do Governo Portugus era aumentar o nvel de informao dos portugueses, explique (no mximo de 7 linhas) os efeitos que teria no mercado a imposio de um preo m|ximo de venda dos computadores Magalh~es. 7- Sabendo que a elasticidade de procura de computadores Magalh~es igual a 2, o que aconselha os respectivos vendedores a fazer mediante um aumento de custos de transporte? (resposta, no mximo, em 7 linhas). Grupo II 8- Nada se ganha, aparentemente, em combater-se um monoplio natural: tudo est em evitar-se que os preos praticados pelo monopolista natural cresam para l de um limiar de preservao do bemestar social. Fernando Arajo, Introduo Economia, Almedina, Coimbra, 3 Ed., 2005, p. 353 Comente, sem exceder 1pgina na sua resposta e usando os conceitos econmicos subjacentes, a frase apresentada. Durano: 120min. Cotaes (valores por resposta): Grupo I-2 ; Grupo II-2,5; Grupo III-4

Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa Prova de Avaliao de Economia I 30/11/2009 A Defina e relacione, de forma sucinta os seguintes conceitos (Max.: 10 linhas por resposta): 1. Atomicidade e equilbrio 2. Impostos e Bem-Estar Social 3. Falhas de Mercado e Falhas de interveno 4. Economias de Escala e Poder de Mercado B Comente a seguinte afirmao (sem limite de linhas): The world is, of course, more complicated than our simple or even our more complicated models would suggest. Many of the major political debates over the past two decades have centered around one key issue: the efficiency of the market economy, and the appropriate relationship between the market and the government. The argument of Adam Smith [1776], the founder of the modern economics, that free markets led to efficient outcomes, as if by an invisible hand has played a central role in these debates; it suggested that we could, by and large, rely on markets without government intervention. There was, at best, a limited role for government. The set of ideas that I will present here undetermined Smiths theory and the view of government that rested on it. They have suggested that the reason that the hand may be invisible is that is is simply not there or at least that if is there, it is palsied. Joseph E. Stiglitz In INFORMATION AND THE CHANGE IN THE PARADIGM IN EONOMICS, Palestra dada por ocasi~o da recepo do Prmio Nobel, em 08.12.2001 Durao: 50min. Cotao: A (3+3+3); B (9); Redaco e Sistematizao: (2)

PERGUNTAS DE ORAIS Lucro normal (rendimento mdio que a actividade empresarial capaz de gerar em qualquer sector) e lucro econmico (custos implcitos) Falhas de mercado e externalidades positivas Vantagens comparativas (dotaes adquiridas/capital humano/dotaes naturais/especializao) O que poder acontecer curva da procura quando ocorre um aumento de rendimento? Que tipo de bens seriam privilegiados quando h um aumento de rendimento? Qual a reaco da procura dos bens normais e dos bens de luxo, face ao aumento ao aumento do rendimento? Que factores podero determinar a deslocao da curva da procura, no sentido da retraco? O que a taxa natural de desemprego? O desemprego friccional existe porque razo? E ope-se a que tipo de desemprego? Porque que o Jos Mourinho ganha mais que eu? Que efeitos resultam da fixao do salrio mnimo? No caso da procura e oferta de trabalho, o ponto de equilbrio dessas curvas corresponde a que factores? O que estipula a 1. lei de Gossen? A 1. lei de Gossen resolve o problema do paradoxo do valor. Como? O valor de uso contrape-se a que outro valor? O que o paradoxo do valor? Como que os marginalistas resolveram este paradoxo? Onde que a utilidade total maior: na gua ou no diamante? Para que serve o conceito de utilidade marginal? Para os marginalistas que factor determina o preo? O que a depreciao ou amortizao do capital? O que o capital? Como se chama a remunerao do factor