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Colégio de Santa Maria PROJETO EDUCATIVO

Colégio de Santa Maria · 2 – Projeto espiritual e religioso 2.1 – Em geral 2.2 – Em particular ... solidariedade na perspetiva do dom de si mesmo; ... Nos níveis de ensino

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Colégio de Santa Maria

PROJETO EDUCATIVO

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1 COLÉGIO DE SANTA MARIA

CAP. I- IDENTIDADE

1 – Princípios Gerais

2 – Associação 31 de Maio

3 – A história do Colégio

3.1 – O atual Colégio

3.2 – O novo Colégio

CAP.II – ORGANIZAÇÃO GERAL

1 – Organização e Gestão

2 – Comunidade Educativa

2.1 – Constituição

2.2 – Organização e funcionamento

3 – Níveis de ensino

4 – Infra-estruturas e equipamentos

5 – Funcionamento geral do Colégio

5.1 – Calendário Escolar

5.2 - Horários

CAP.III – ORGANOGRAMA E MANUAL DE FUNÇÕES

1 – Organograma

2 – Manual de funções

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CAP.IV – ORGANIZAÇÃO PEDAGÓGICA E FORMAÇÃO

1 – Opções Pedagógicas

1.1 – No currículo formal

1.2 – No currículo implícito

2 – Projeto espiritual e religioso

2.1 – Em geral

2.2 – Em particular

2.3 – No currículo de formação

3 – Formação e orientação

3.1 – Gabinete de psicopedagogia

3.2 – Formação de Professores

3.3 – Formação de Auxiliares de Ação Educativa

3.4 – Formação de Pais

CAP.V – PROJETO CURRICULAR

1 – Níveis de ensino e atividades curriculares

2 – Atividades extracurriculares

CAP.VI – AVALIAÇÃO

1 – Avaliação do Projeto Educativo

1.1 – Avaliação dos processos

1.2 – Avaliação dos produtos

2 – Avaliação escolar dos Alunos

3 – Avaliação do desempenho

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CAP.I – IDENTIDADE

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4 PROJECTO EDUCATIVO

1. PRINCÍPIOS GERAIS

A sociedade atual encontra-se numa fase de acelerada evolução.

Pensemos no que se passa na área do conhecimento. Em cada novo

dia, quanto conhecimento adquirido se torna desatualizado e quanto

novo conhecimento é descoberto, de tal forma que se torna

impossível a cada ser humano manter-se constantemente atualizado.

Simultaneamente, constata-se que existe hoje uma acentuada

tendência para se considerarem todos os valores como relativos.

Valores que até há bem pouco tempo eram considerados intocáveis,

são hoje postos em causa.

Toda esta evolução coexiste com uma praxis de grande

competitividade. Aos mais competentes é reservado o maior êxito

num mundo cada vez mais exigente e mais global.

A consciência do que se acaba de referir leva os pais do século XXI,

na sociedade ocidental, a desejarem para os seus filhos uma

educação onde se desenvolvam essencialmente capacidades de

processo, como a liberdade de pensamento, a iniciativa, a

determinação, a criatividade e o pensamento imaginativo. A par deste

tipo de capacidades, é posta maior ênfase nas competências,

enquanto conhecimentos em Ação, bem como na capacidade de

resolução de problemas, como forma de ultrapassar dificuldades,

tudo isto em detrimento da aquisição de saberes abstractos num

simples acumular de informação, tão característico do ensino

ministrado numa escola mais tradicional. Ao valorizarem este tipo de

competências, os jovens pais estão a contribuir para a evolução que

se está a verificar na sociedade ocidental, de uma cultura de

dependência para uma cultura de empreendimento.

O Projeto Educativo do Colégio de Santa Maria procura responder a

este tipo de inquietações, integrando-as numa ideia de homem que

tendo como núcleo central os valores cristãos se sente interpelado

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pelas pequenas ou grandes questões que se colocam hoje na

sociedade e procura dar o seu contributo para a construção de uma

nova cultura.

Neste sentido, o Colégio tem vindo a desenvolver um sistema

pedagógico que tem por base a Pedagogia de Schoenstatt,

desenvolvida pelo P. Kentenich, seu fundador.

Esta pedagogia, pelas suas características, parece-nos especialmente

adequada à formação deste tipo de homem porque:

• centra todo o processo educativo na pessoa do aluno;

• considera o educador como figura de referência;

• procura facilitar a construção de vinculações como meio

especialmente propício a um bom desenvolvimento do processo

educativo;

• considera a importância formativa do grupo no dar e receber de

cada um dos seus elementos;

• preocupa-se em conduzir cada aluno até à construção de um

Projeto de vida.

Princípios Filosóficos

A ação educativa do Colégio de Santa Maria visa a formação global e

harmoniosa de cada educando, nomeadamente nas suas vertentes

física, espiritual (afetiva, social e intelectual) e religiosa, orientando-

se por alguns princípios filosóficos que considera fundamentais. São

eles:

a) Educador e educando

O principal canal de comunicação educativa é a vinculação entre

educando e educador, entendida como relação afetiva, profunda,

lúcida, livre e permanente. Consideramos fundamental o cultivo das

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vinculações, sem as quais a circulação de vida, imprescindível para o

sucesso do processo educativo, não está assegurada.

b) Educando e processo educativo

O educando é o centro do processo educativo, seu principal

responsável e principal actor. Este princípio engloba os seguintes

pontos:

• Todo o ser humano é capaz de construir o seu próprio

conhecimento e só domina verdadeiramente o conhecimento que

ele próprio construiu;

• Só através do exercício da liberdade se aprende a ser livre;

• Só se adquire a preocupação pelo bem comum exercendo a

solidariedade na perspetiva do dom de si mesmo;

• Só se aprende a intervir na sociedade tomando iniciativas e

implementando-as responsavelmente.

c) Comunidade educativa

O processo educativo visa a formação de personalidades livres e

fortes, vinculadas e integradas socialmente. Por isso as comunidades

educativas (família, escola, grupos de formação e outras) e o seu

ethos desempenham uma função educativa fundamental. Neste

sentido também o meio envolvente é um fator importante. Para além

de o ter em consideração, procuramos interagir com ele através de

colaborações concertadas.

Grandes Objetivos

No Colégio de Santa Maria a preocupação fundamental é o aluno

enquanto pessoa:

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• por um lado, a formação integral da sua personalidade e, em

especial, a maneira como aprende a relacionar-se consigo

mesmo, com Deus, com os outros e com o meio em que vive;

• por outro lado, a sua formação académica, ou seja, a relação

dinâmica com o mundo das ideias e dos saberes, construindo o

seu próprio conhecimento e adquirindo competências, o que o

conduzirá a um empenhamento na sociedade.

Damos especial ênfase ao desenvolvimento da dimensão espiritual e

religiosa. Toda a educação no Colégio se desenvolve em ambiente

católico, marcado por momentos de oração, espaços de expressão da

vivência espiritual e tempos de formação.

Assim, é nosso objectivo de educação formar raparigas e rapazes

que, no contexto de um mundo exigente, competitivo e em constante

mudança, sejam:

• pessoas livres, seguras, responsáveis e com espírito de

iniciativa;

• conscientes da sua dignidade de filhos de Deus;

• capazes de construírem em torno de si uma rede de vinculações;

• que saibam trabalhar em equipa;

• preocupadas com o bem comum e capazes de intervir, como

cristãos, nos meios em que se inserem.

Como comunidade educativa, queremos realizar esta tarefa em

estreita colaboração com os pais, primeiros responsáveis pela

educação integral dos seus filhos.

Um sistema pedagógico próprio

O sistema pedagógico que o nosso Colégio tem vindo a desenvolver

tem como núcleo central a Pedagogia de Kentenich.

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Esta pedagogia tem uma forte componente afetiva e procura

fomentar em cada aluno a sua auto-educação, a fim de o ajudar,

enquanto ser individual e social, a descobrir-se a si próprio, a

desabrochar e a desenvolver integradamente e em plenitude todo o

seu leque de potencialidades.

Para além da Pedagogia de Schoenstatt, o sistema pedagógico do

Colégio de Santa Maria integra vertentes de outras pedagogias com

ela coerentes, que a reforçam e lhe conferem uma melhor adequação

à educação em meio escolar. Entre estas pedagogias destacam-se:

• o construtivismo - corrente pedagógica que se desenvolveu a

partir da teoria de Piaget de acordo com a qual todo o ser

humano é capaz de construir o seu próprio conhecimento;

• o interaccionismo - corrente pedagógica que releva da teoria de

Vygotsky e da importância que este psicólogo atribui às

interações entre sujeitos cognoscentes na construção do

conhecimento;

• a pedagogia pela descoberta - pedagogia desenvolvida por

Bruner com raiz no princípio do construtivismo mas com

características próprias;

• a metodologia de Trabalho de Projeto - adaptação à escola da

metodologia utilizada para desenvolver e implementar projetos

no meio empresarial;

• a pedagogia pela resolução de problemas - construção de

conhecimento através da resolução de problemas especialmente

concebidos com esse fim;

• a pedagogia pela gestão partilhada - esta é a designação que

atribuímos à vertente de diversos sistemas pedagógicos (sistema

pedagógico de Dewey, a Escola Moderna, a Just Community, a

Pedagogia Institucional) que introduz na escola a prática da

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democracia, pela partilha democrática do poder com os alunos,

organizados em grupos e liderados por representantes seus.

Este sistema pedagógico procura:

• Potenciar nos alunos a construção autónoma do próprio

conhecimento, a iniciativa, a criatividade, a capacidade de

investigar, de planificar o trabalho, de o apresentar, de o

defender e avaliar;

• Fomentar o crescimento comunitário, valorizando o

desenvolvimento da vida em grupo - a sua organização e

liderança autónomas, a partilha de responsabilidades, a

competência para gerir as relações interpessoais, a capacidade

de imaginar e realizar projetos originais em equipa.

Na nossa ação pedagógica preocupamo-nos com cada criança/jovem

tendo em atenção os interesses de aprendizagem, os ritmos e as

formas de expressão próprias de cada um, bem como as estruturas

cognitivas, afetivas, sociais e de valores características das diferentes

etapas do seu desenvolvimento.

Procuramos criar no Colégio um ambiente familiar, de confiança,

alegria, respeito mútuo e co-responsabilidade. A presença estável de

um capelão e o trabalho da equipa da pastoral, em colaboração com

toda a comunidade educativa, fomentam a formação religiosa, a

vivência da fé no quotidiano escolar e a formação para a

solidariedade, através de projetos de voluntariado e ação social,

inspirando-se na dinâmica do Movimento de Schoenstatt.

No sentido de preparar os nossos alunos para a vida na sociedade da

informação, recorremos frequentemente à utilização educativa dos

computadores, aproveitando todas as suas potencialidades. O centro

de recursos, equipado para o efeito, é um espaço vivo e animado,

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convidativo à pesquisa autónoma e à curiosidade na descoberta de

novos campos do saber.

Desde o Jardim de Infância, é dada uma grande atenção ao ensino

das áreas mais estruturantes: a língua materna e a matemática.

Também o ensino experimental das ciências e o do inglês são

valorizados, pela importância que estas áreas assumem na evolução

científico-tecnológica e da comunicação na sociedade atual. Ambos

são introduzidos a partir dos três anos de idade.

Damos ainda especial ênfase à formação e prática desportiva e à

formação e à expressão artística nas suas diversas vertentes, pelo

contributo que dão ao desenvolvimento global de personalidades

equilibradas e sãs.

A interligação dos diversos ciclos do ensino, continuamente procurada

através da formação conjunta e coordenação entre todos os agentes

educativos, conduz a um processo de aprendizagem contínuo,

progressivo e integrado ao longo de todo o percurso escolar.

O educador como figura de referência

Consideramos que todos os docentes devem ser educadores,

acompanhando e orientando o desenvolvimento global dos alunos. No

nosso projeto, o educador assume a função de figura de referência

para os seus alunos, possibilitando e estimulando o estabelecimento

de profundas relações afetivas, em equilíbrio com o exercício de uma

autoridade baseada na coerência entre o que ensina e o que vive, na

procura do diálogo franco e na competência profissional.

No Jardim de Infância e no 1º Ciclo do Ensino Básico, a existência de

um(a) educador(a), que permanece a tempo inteiro com os seus

alunos, assegura naturalmente uma vinculação estável.

Nos níveis de ensino subsequentes (em que o aluno deixa de ser

acompanhado por um só professor) reforçamos a presença do Diretor

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de Turma e do Tutor sendo eles os professores que mais tempo

passam com os seus alunos. A eles fica entregue a principal

responsabilidade pela formação da turma enquanto grupo e o

acompanhamento pessoal do desenvolvimento de cada aluno. Eles

são figuras orientadoras e securizantes, essenciais na passagem do

1º para o 2º Ciclo do Ensino Básico, em que o aluno deixa de ser

acompanhado por um só professor. É igualmente indispensável, em

todo o 3º Ciclo, onde a adolescência é, por natureza, geradora de

busca de referências para a construção da identidade.

Por tudo isto, procuramos construir e formar continuamente um

corpo de professores que seja estável, que se identifique

profundamente com o projeto educativo do Colégio e que consiga

trabalhar eficazmente em equipa.

Colaboração com as famílias

Seguindo o pensamento de Schoenstatt, o Colégio de Santa Maria

considera que a família é a primeira responsável pela educação de

cada criança/jovem. A escola surge como parceiro educativo

privilegiado. Ambas, família e escola, devem trabalhar em conjunto,

preocupando-se em fundamentar a sua ação educativa em

perspetivas e ideais comuns.

Neste sentido é indispensável criar espaços de reflexão e partilha que

permitam aproximar as Famílias e o Colégio em torno de pontos

comuns que se possam ir alargando progressivamente, com vista à

concretização de um mesmo ideário.

A colaboração entre Famílias e Colégio é, assim, essencial. As

Famílias podem não só apoiar espaços de convívio e celebração mas

ainda enriquecer, com a sua participação, as atividades do foro

académico.

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O Colégio propõe-se desenvolver com as Famílias aspetos que por

estas sejam considerados de interesse, como a organização de

momentos de formação e reflexão sobre a educação dos filhos.

Desenvolvimento do Projeto

É nossa intenção alargar este projeto de educação ao ensino

secundário, possibilitando assim uma continuidade formativa até ao

final do 12° ano.

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2. ASSOCIAÇÃO 31 DE MAIO

Hoje, a sociedade civil olha para a escola, vendo nela a instituição

que poderá ser capaz de vencer o desafio não só de ensinar, mas de

verdadeiramente educar as crianças e os jovens que a frequentam,

complementando a decisiva tarefa da própria família.

Ao longo dos últimos anos tem-se assistido a uma grande evolução

do conceito e da prática de educação ao nível do ensino pré-escolar e

progressivamente também no 1º ciclo do Ensino Básico, integrando

os novos conhecimentos da área da psicologia e da neurologia, entre

outras. A pessoa-aluno é vista como um todo, procurando-se o seu

desenvolvimento integral e privilegiando métodos de ensino e de

abordagem da criança aptos a estimular os passos de crescimento

intelectual, humano e social próprios de cada etapa da infância. Este

processo terá ainda de ser alargado a todos os outros níveis de

ensino.

A Associação 31 de Maio propôs-se enfrentar esta tarefa,

contribuindo assim para o progresso do ensino em Portugal.

A Associação surge em 1988 com a finalidade de promover projetos

de ensino baseados na pedagogia do P. José Kentenich, fundador do

Movimento Apostólico de Schoenstatt.

É integrada por diversas pessoas interessadas no desenvolvimento do

ensino em Portugal (pedagogos, psicólogos, pais de família) e pelo

Instituto Secular Padres de Schoenstatt e foi constituída sem fins

lucrativos.

O seu primeiro projeto, iniciado em 2000, é o atual Colégio de Santa

Maria.

A Associação 31 de Maio poderá vir a abrir outras escolas, com

projetos educativos semelhantes, pretendendo em especial constituir,

logo que possível, um estabelecimento de ensino para crianças do

ensino especial.

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Schoenstatt é um movimento da Igreja Católica, fundado em 1914,

com uma finalidade pedagógica e apostólica: a formação de um

homem novo, construtor de uma nova sociedade.

Toda a sua espiritualidade e toda a sua pedagogia se centram em

formar esse “homem novo”, segundo a imagem de Maria,

companheira e colaboradora de Cristo na obra da redenção, ao

mesmo tempo, mãe e educadora dos cristãos.

Schoenstatt está vinculado a um lugar de graças: o Santuário da Mãe

Três Vezes Admirável1, o seu centro vital, a fonte de todas as suas

forças, o meio concreto escolhido por Deus para lhe transmitir tudo o

que precisa para viver a sua espiritualidade, animar a sua

organização e cumprir a sua missão.

O fundador, P. José Kentenich (1885-1968) dedicou-se, nos anos

iniciais do seu sacerdócio, ao ensino, e posteriormente, à formação

cristã e pedagógica dos professores, entre outras coisas.

1 Em Lisboa, Praça de Damão, 7 – 1400-085 – Lisboa. Ver também www.schoenstatt.pt

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3. A HISTÓRIA DO COLÉGIO

3.1. O Atual Colégio

Meio Envolvente

O Colégio de Santa Maria exerce a sua atividade em dois polos,

localizados numa das zonas mais tradicionais da cidade de Lisboa, a

freguesia da Estrela. O edifício inicial ocupa o número 17 da Rua das

Praças. A partir do ano letivo 2013/2014, o Colégio alargou as suas

instalações, alugando na rua de S. Félix nº 2, o Colégio das Escravas

do Sagrado Coração de Jesus. Na rua de S. Félix, funciona o Jardim

de Infância, o 1º Ciclo e o 5º ano de escolaridade. Na rua das Praças,

funciona o 6º ano e todo o 3º Ciclo de escolaridade.

A freguesia da Estrela

A freguesia da Estrela agrega as antigas Lapa, Santos-o-Velho e

Prazeres e sobrepõe-se fielmente aos seus limites. Representa 3% do

território da Cidade

A antiga freguesia de Santos-o-Velho

População: 10 000 habitantes

Atividades económicas: comércio e serviços

Festas e Romarias: Arraiais dos Santos Populares (Junho)

Património cultural e edificado:

• Igreja Paroquial

• Chafariz da Esperança

• Chafariz Monumental (= chafariz das Janelas Verdes)

• Convento da Esperança (sede do Quartel dos Bombeiros)

• Convento das Inglesinhas (Instituto Superior de Economia)

• Convento das Trinas do Mocambo (Instituto Hidrográfico)

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• Convento das Bernardas

• Edifício das Janelas Verdes

• Convento dos Marianos (Igreja Lusitana Evangélica)

• Palácio Alvor Pombal (Museu de Arte Antiga)

• Palácio dos Marqueses de Abrantes (Embaixada de França)

• Palácio Alhandra (antiga Escola de Conservação e Restauro)

• Palácio do Machadinho (Sede da Direcção dos Abastecimentos

da CML)

• Palácio Murça

• Palácio dos Viscondes de Asseca

Listagem das entidades:

• APROS

• Assistente Social da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa

• Assistência Paroquial de Santos-o-Velho

• C.N.E – Corpo Nacional de Escutas

• Centro das Taipas

• Centro de Atendimento de Adolescentes

• Centro de Dia Santa Casa da Misericórdia

• Centro de Saúde

• Centro Social das Escravas

• Colégio da Lapa

• Colégio de Santa Maria

• COTEL – Centro de Ocupação de Tempos Livres

• Embaixada de França

• Escola do 1º Ciclo nº2

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• Escola do 1º Ciclo nº8

• Escola do 1º Ciclo nº18

• Esperança atlético clube

• Gabinete do Convento das Bernardas

• Gabinete Técnico da Madragoa

• Grupo 83 dos Escoteiros de Santos-o-Velho da A.E.P.

• Grupo Desportivo de Santos

• Instituto Hidrográfico

• Instituto Superior de Economia

• Junta de Freguesia Santos-o-Velho

• Museu de Arte Antiga

• Museu das Marionetes

• Patronato do Cristo-Rei

• Polícia Munícipal

• Protecção Civil da Câmara

• Regimento de Sapadores Bombeiros

• Sede da Direcção dos Abastecimentos da CML

• Sociedade de Instrução Guilherme Cossoul

A antiga freguesia da Lapa

A área da freguesia é de 75 hectares ocupada por uma população de

cerca de 15 000 habitantes. É uma área essencialmente residencial

tendo também uma presença grande de comércio e serviços. Tem

também um dos mais belos jardins de Lisboa, o Jardim Guerra

Junqueiro, mais conhecido por Jardim da Estrela. Neste jardim está

construído o mais antigo coreto de Lisboa. Sabe-se que existem

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vestígios da presença de pessoas nesta zona desde o Paleolítico

Inferior, sendo por isso habitada há milénios!

O Colégio de Santa Maria situado entre duas freguesias

Sem dúvida que a zona da cidade de Lisboa abrangida por estas duas

antigas freguesias referidas é muito rica em história, e por isso, todo

o seu património urbanístico, monumental e cultural é de grande

importância.

O Colégio de Santa Maria tem o privilégio de estar rodeado de toda

essa riqueza e daí poder tirar muitos benefícios. Muitas das atividades

que o Colégio faz, como por exemplo as visitas de estudo, ficam

muito facilitadas. Outra vantagem é o apreciável número de

instituições que aí existem, que permitem que se possam fazer

parcerias enriquecedoras para a inserção comunitária do Colégio.

Um número considerável de alunos pertence à população residente

da freguesia da Estrela e possui características próprias da zona em

que vive. No entanto, temos que ter em consideração que a maioria

dos alunos são provenientes de outras zonas de Lisboa e arredores.

Um pouco de história

O nº 17 da Rua das Praças, o primeiro edifício do Colégio de Santa

Maria, foi anteriormente ocupado (1949-

1999) pelo Externato do Curso do Sagrado

Coração de Jesus, das Irmãs Oblatas.

Por se tratar de uma casa particular, e

consequentemente pouco prática para a

disposição de aulas, foi construído, no

quintal, o edifício atual, sendo o rés-do-

chão ocupado pelo ginásio.

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19 COLÉGIO DE SANTA MARIA

Mais tarde, foi edificado um ginásio separado, tal como o é hoje, e o

rés-do-chão foi dividido de modo a ter mais salas.

3.2. O NOVO COLÉGIO

A Associação 31 de Maio desejou desde sempre implementar um

Projeto educativo contínuo e coerente que pudesse abranger todos os

níveis de ensino desde a educação infantil até ao final do ensino

secundário. Visto que as actuais instalações não permitem a

realização de tal Projeto, a Associação irá promover a construção de

um novo Colégio de Santa Maria, que substituirá o atual.

No novo Colégio continuarão a ser utilizadas e aperfeiçoadas as

metodologias de ensino – aprendizagem desenvolvidas até ao

momento nos níveis de ensino já existentes. Pretende-se ainda

aplicar as mesmas de forma adequada ao ensino secundário, tanto na

via científico-humanista, como na via técnico-profissional. Para o

desenvolvimento deste nível de ensino, o Colégio conta com a

parceria da Universidade Católica Portuguesa, comprometendo-se por

seu lado a oferecer os cursos necessários para o acesso às

licenciaturas leccionadas pela mesma Universidade no seu campus de

Sintra.

Visto que o Colégio de Santa Maria pretende servir as famílias na sua

globalidade, o novo Colégio implementará um projeto de ensino-

aprendizagem para alunos com necessidades educativas especiais,

que terá em conta o perfil adequado para a valorização de cada aluno

como pessoa; caracterizar-se-á também por uma oferta diversificada

na área das línguas estrangeiras e pelo desenvolvimento de

atividades circum-escolares (música, artes e desporto) que

possibilitem o envolvimento de toda a família.

Na fase final de desenvolvimento, o novo Colégio de Santa Maria

contará com duas turmas por ano de escolaridade, bem como

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instalações desportivas que incluirão pavilhão gimno-desportivo e

diversos campos de jogos.

CAP.II – ORGANIZAÇÃO GERAL

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21 COLÉGIO DE SANTA MARIA

1. ORGANIZAÇÃO E GESTÃO

O Homem é o fundamento, o sujeito e o fim de todas as instituições

em que se expressa a vida social. (...) é o princípio e o fim da ética,

de toda a vida social e política, de toda a economia e de todas as

estruturas existentes (Código de Ética da Associação Cristã de

Empresários e Gestores).

É nesta perspetiva que se encara a gestão do Colégio, considerando-o

como uma grande comunidade que integra várias pequenas

comunidades, em diferentes níveis:

• a comunidade global dos alunos, os ciclos (Jardim de

Infância, 1º Ciclo do Ensino Básico, 2º Ciclo do Ensino

Básico, 3º Ciclo do Ensino Básico), as turmas;

• a comunidade dos educadores (educadores, professores,

Diretor, auxiliares educativos, outros colaboradores);

• as famílias dos alunos.

A gestão quer-se participada e diz respeito quer a colaboradores quer

a alunos. Tem como finalidade a realização do Projeto Educativo.

Cada comunidade tem a sua forma própria de gestão e os seus

órgãos de decisão. Estes actuam de acordo com o princípio da

subsidiariedade, o que significa que cada nível de decisão exerce o

máximo de poder possível antes de fazer transitar decisões para o

nível imediatamente superior.

As diferentes comunidades interagem e fecundam-se mutuamente. O

que se decide ou se vive numa vai sempre, de alguma forma,

influenciar as outras.

Cada comunidade tem, como já foi dito, os seus órgãos

representativos e de gestão.

No Corpo Discente, cada turma do Ensino Básico tem um presidente

e um vice-presidente e um secretário da assembleia de turma. Esta é

constituída por toda a turma e elege os seus representantes. Por sua

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22 PROJECTO EDUCATIVO

vez, a comunidade de alunos de cada um dos ciclos do Ensino Básico

reúne-se em assembleia de ciclo. O conjunto dos alunos dos três

ciclos constitui a Assembleia de Escola. As diversas assembleias têm

poder de decisão, essencialmente, no que diz respeito a questões

relacionadas com o currículo implícito, como é o caso dos direitos e

deveres dos alunos, das regras de convivência, da organização de

festas, etc. Esta estrutura de gestão partilhada, que se preocupa em

dar aos alunos uma parte significativa do poder, é coerente com o

que se passa na formação académica na qual está sempre presente a

ideia de estimular a máxima autonomia possível.

O Corpo de Auxiliares Educativos tem uma coordenadora que é

responsável pela organização de todo o trabalho que desenvolve.

Esta coordenadora responde perante o Diretor.

O Corpo Docente reúne-se como um todo, em Conselho

Pedagógico, uma vez que, dada a dimensão do Colégio, a maioria dos

grupos disciplinares é constituído por um só professor. Por tal razão,

não faz sentido nomear um delegado de disciplina para os poucos

grupos constituídos por mais do que um professor, deixando os

restantes professores desse grupo excluídos do Conselho Pedagógico.

O conjunto de professores de cada ciclo é coordenado por um deles,

nomeado pelo Diretor depois de ouvidos os professores. Os quatro

professores coordenadores de ciclo, o coordenador da Pastoral e o

coordenador do Gabinete de Psicopedagogia formam um Conselho

Coordenador. Este Conselho tem essencialmente um poder executivo.

Com as Famílias, o Colégio procura manter uma relação de parceria,

de acordo com a convicção de que são os pais os primeiros

responsáveis pela educação dos seus filhos (como ficou referido no

CAP. I. Princípios Gerais). Procura-se envolver as famílias na vida do

Colégio, ouvindo-as antes de se tomarem decisões importantes e

acolhendo as suas sugestões. A Associação de Pais mantém com o

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23 COLÉGIO DE SANTA MARIA

Diretor uma relação próxima. Assim, sempre que seja conveniente,

reúnem-se para tratar de assuntos de interesse comum.

Cabe ao Diretor a última responsabilidade por toda a vida do Colégio,

quer a nível da formação global dos alunos, quer da sua formação

académica, quer ainda no que respeita ao funcionamento

organizacional da instituição.

Recebe o apoio de um órgão consultivo, o Conselho Científico,

constituído por personalidades de reconhecida competência que se

identificam com o Projeto Educativo do Colégio.

Para além disso, é especificamente da sua responsabilidade e do

Administrador a gestão do Colégio enquanto empresa. Nesta

vertente, e de forma coerente com o que até aqui ficou dito, essa

gestão de carácter empresarial quer estar ao serviço do

desenvolvimento e da realização pessoal de todas as pessoas que

trabalham no Colégio e "só ganha sentido nos fins sociais que

prossegue" (Código de Ética da ACEGE). Por isso, no caminho da

excelência e utilizando pressupostos racionais que garantam a

vitalidade económico-financeira e a melhoria progressiva das

condições estruturais, pretende-se seguir "critérios e valores claros

que ajudem a decidir de acordo com os princípios de uma reta

consciência". A gestão empresarial "significa confrontar

permanentemente a procura de uma maior rentabilidade com a

defesa do Homem (...) procurando a sabedoria de fazer da

valorização do Homem um fator de competitividade, garantindo que a

lógica do lucro se submeta aos direitos fundamentais da pessoa

humana" (Código de Ética da ACEGE).

Pretende-se que exista uma definição clara da missão e da estratégia

do Colégio de modo a não violar ou restringir as legítimas

expectativas dos colaboradores e de todos os que com ela interagem.

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24 PROJECTO EDUCATIVO

Pretende-se promover entre colaboradores e alunos o espírito de

solidariedade, incentivando ações e disponibilizando sempre que

possível e na justa medida, recursos extraordinários para o apoio a

iniciativas humanitárias, sociais, ambientais ou culturais, procurando,

com sentido de exigência, a promoção do bem de todos,

preferencialmente dos mais pobres e dos excluídos da vida em

sociedade (Código de Ética da ACEGE).

2. COMUNIDADE EDUCATIVA

2.1. Constituição

A comunidade educativa é constituída por:

• Diretor

• Corpo Docente

• Colaboradores dos Serviços Administrativos

• Auxiliares de Ação Educativa

• Alunos

• Famílias

2.2 . Organização e funcionamento

O Colégio é dirigido por um Diretor pedagógico e um administrador.

O corpo docente é formado por educadores e professores,

organizados por níveis de ensino. O grupo de professores de cada

nível de ensino é liderado pelo respetivo coordenador.

O grupo de educadores é completado por auxiliares de educação

lideradas pela respetiva coordenadora.

Existe uma grande preocupação na seleção, orientação, e formação

dos auxiliares educativos, por se considerar que a função que

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25 COLÉGIO DE SANTA MARIA

desempenham tem grande relevância no processo educativo

desenvolvido no Colégio.

O nosso projeto assenta numa estreita relação entre a família e a

escola, sem a qual consideramos não ser possível o desenvolvimento

harmonioso das nossas crianças e jovens. Por isso, fomentamos um

diálogo permanente entre os educadores e os pais, com o intuito de

promover um ambiente em que estes se sintam sempre bem-vindos

à escola e corresponsáveis em relação a tudo o que nela acontece.

Oferecemos aos pais momentos de formação, no sentido de os apoiar

na sua tarefa de educadores e esperamos que promovam iniciativas

que complementem, dentro da escola e fora dela, a atividade

educativa que aí se desenvolve.

O Colégio possui uma Associação de Pais (APCSM) à qual pertencem

todos os pais que o desejem. A direcção da Associação mantém com

a Diretor do Colégio um diálogo permanente.

3. NÍVEIS DE ENSINO

O Colégio dispõe de ensino regular em horário diurno compreendendo

os níveis de ensino desde o Jardim de Infância até ao 3º Ciclo,

tentando implementar uma continuidade pedagógica entre os

referidos níveis de ensino.

Complementa o ensino regular com Atividades Extracurriculares.

4. INFRA-ESTRUTURAS E EQUIPAMENTOS

É preocupação do Colégio ter disponíveis equipamentos que

permitam uma aprendizagem ativa, significativa e construtivista.

Como tal mantém-se um esforço constante em materiais

estimulantes e diversificados.

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26 PROJECTO EDUCATIVO

Assim, existe um Centro de Recursos com zona de informática,

equipada com computadores ligados em rede e à Internet. Algumas

salas de aula estão igualmente equipadas com computadores.

Para a área das Ciências existe um laboratório. Relativamente à Física

e Química, está apetrechado com materiais para o estudo de

fenómenos ópticos, fenómenos sonoros e transformações

energéticas, bem como alguns materiais para o estudo da Química.

5. FUNCIONAMENTO GERAL DO COLÉGIO

5.1. Calendário Escolar

No início de cada ano letivo é apresentado à comunidade educativa o

Calendário Escolar, elaborado de acordo com as indicações do

Ministério da Educação no que respeita ao início e termo dos períodos

letivos para os diferentes níveis de ensino.

Nele são marcados todos os eventos fixos que ocorrem ao longo do

ano, bem como as reuniões periódicas.

5.2. Horários

a) Secções Gerais

SERVIÇOS Segunda a Sexta Feira

Secretaria * 8h30/13h 16h-17.30h

Tesouraria 8h30/13h30 14h30/16h30

Bar 10h00-10h15 e 11h00-11h30

13h00-14h00 e 14h50-15h00

Refeitório 11h30-13h30 15h30-16h00

Centro de Recursos 8h30-13h00 14h00-16h30

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27 COLÉGIO DE SANTA MARIA

Biblioteca Intervalos das 11-11,30h

Recepção 8h00-19h00

Gabinete de Psicopedagogia

8h30-13h00 14h00-16h00

* 4as feiras até às 13.00H

b) Níveis de Ensino

2ª a 6ª feira J.I 1º CEB 2º CEB 3º CEB

Início 9h00 8h30 8h30 8h30

Lanche Manhã 11h00 11h00 11h00

Almoço 11h30 12h30 e 13h00 13h00 13h00

Lanche Tarde 15h30 14h50 14h50

Final 16h00 16h00 16h30 16h30

Prolongamento 17h00-19h00

c) Outras Estruturas

Estrutura Funcionamento

Associação de Pais

Capela Eucaristia : 5a feira – 13h20

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28 PROJECTO EDUCATIVO

CAP. III – ORGANOGRAMA E MANUAL DE FUNÇÕES

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29 COLÉGIO DE SANTA MARIA

1. ORGANOGRAMA

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30 PROJECTO EDUCATIVO

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31 COLÉGIO DE SANTA MARIA

2. MANUAL DE FUNÇÕES

• Diretor

Dirige a ação educativa do Colégio e é responsável pela mesma

perante a Entidade Titular.

Funções:

• Representar a Entidade Titular e a Comunidade Educativa

perante os Pais, os organismos civis e eclesiásticos.

• Coordenar a ação apostólica e educativa global do Colégio.

• Presidir aos Conselhos Pedagógico e Coordenador, delegando

funções pedagógicas e administrativas em técnicos

competentes nas respetivas áreas.

• Convocar e orientar as Assembleias de Professores e

Educadores não docentes do Colégio.

• Promover a elaboração, modificação e aplicação do

Regulamento Interno, de acordo com as orientações da

Entidade Titular e do Projeto Educativo do Colégio.

• Coordenar e dirigir o processo de seleção Educadores do

Colégio.

• Nomear, ouvido o Conselho Coordenador, os Coordenadores,

Diretores de Turma, Tutores e demais responsáveis dos

diferentes setores.

• Promover e coordenar a qualificação profissional dos

Educadores do Colégio.

• Admitir os Alunos no Colégio, de acordo com a legislação em

vigor e os critérios estabelecidos pela Entidade Titular.

• Regulamentar o uso correto das instalações e dependências do

Colégio.

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32 PROJECTO EDUCATIVO

• Fixar os termos e condições da aplicação de uma medida

sancionatória, ouvidos os Pais ou o Encarregado de Educação

do aluno infrator.

• Proceder à avaliação de desempenho dos coordenadores.

• Administrador

Executivo do Diretor para a área administrativa e financeira.

Responsável operacional da política económica, financeira,

laboral e jurídica do Colégio.

Funções:

• Coordenar a área administrativa, contabilidade e tesouraria, do

Colégio, mediante as orientações do Conselho de

Administração.

• Elaborar e executar o orçamento do Colégio ouvidos a Entidade

Titular e o Diretor e analisar os mapas de controlo de gestão.

• Informar regularmente o Conselho de Administração sobre os

dados contabilísticos e financeiros.

• Gerir a área informática.

• Controlar as cobranças dos alunos e atuar junto dos atrasados e

incobráveis.

• Elaborar os contratos de trabalho e, de acordo com o Diretor,

aplicar as decisões relativas aos vencimentos, horários e

regalias.

• Acompanhar a gestão do economato.

• Construir o preçário anual, ouvido o Conselho de Administração.

• Supervisionar a coordenação dos serviços de catering.

• Acompanhar os reembolsos do seguro de acidentes dos alunos

e negociar as condições contratuais.

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33 COLÉGIO DE SANTA MARIA

• Analisar o relatório mensal da empresa de contabilidade.

• Coordenar todos os aspetos relacionados com a segurança e

higiene do trabalho.

• Implementar a reparação e compra de equipamento.

• Garantir o bom estado das instalações e acompanhar a

realização de benfeitorias.

• Garantir a implementação progressiva da legislação respeitante

aos edifícios escolares.

• Definir anualmente o preçário do Bar.

• Acompanhar o progresso musical da Academia Big Band e a

assiduidade dos professores, garantindo a aplicação das ações

de promoção programadas.

• Acompanhar, promover e desenvolver as atividades

extracurriculares.

• Coordenador de Ciclo

É o professor que, em função delegada pelo Diretor, é

responsável pela animação e coordenação das atividades

educativas de um Ciclo.

Funções:

• Pertencer por inerência ao Conselho Coordenador.

• Dirigir e coordenar toda a atividade educativa do ciclo,

recebendo os princípios e orientações gerais do Diretor.

• Controlar as faltas dos Professores.

• Dar parecer sobre a distribuição de Professores no seu Ciclo.

• Coordenar as reuniões de Professores do seu Ciclo.

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34 PROJECTO EDUCATIVO

• Coordenar, com os Diretores de Turma, as reuniões de Pais do

seu ciclo.

• Colaborar com o Gabinete de Psicopedagogia na resolução de

problemas próprios no âmbito das funções deste gabinete.

• Promover ações de formação pedagógica extracurriculares

adequadas aos Alunos do seu Ciclo.

• Atender às necessidades de material para o desenrolar das

atividades no seu Ciclo.

• Informar a Administração sobre necessidades relativas à

manutenção de instalações e equipamentos.

• Coordenar a realização de visitas de estudo no seu Ciclo.

• Aplicar aos alunos do Ciclo as oportunas sanções disciplinares

de acordo com as normas do Colégio.

• Coordenar os Conselhos Extraordinárias de Turma.

• Promover reuniões de Professores.

• Propor ao Diretor a organização de novas atividades escolares e

extracurriculares para o seu Ciclo.

• Zelar pela uniformidade de critérios nos Conselhos de Turma.

• Proceder à avaliação de desempenho dos professores do seu

ciclo.

• Diretor de Turma

É o principal acompanhante e orientador do desenvolvimento

integral dos alunos da sua turma.

É o tutor de parte dos alunos da sua turma. Coordena todas as

atividades da sua turma.

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35 COLÉGIO DE SANTA MARIA

Constitui, como D.T. e como Tutor, um elo de ligação

preferencial com Pais/Encarregados de Educação em assuntos

relacionados com os alunos da sua turma.

Funções:

• Presidir às reuniões do concelho de Turma.

• Elaborar o dossiê de turma e o Projeto Curricular de Turma.

• Controlar o número de faltas da cada aluno, mantendo

informados os Encarregados de Educação com a periodicidade

constante do Regulamento Interno.

• Receber a justificação de faltas, feitas pelos Encarregados de

Educação/Pais dentro do prazo legal, e decidir da justificação,

relevação ou não justificação das mesmas.

• Assegurar o preenchimento e envio das fichas de avaliação dos

alunos.

• Comunicar ao Conselho de Turma as informações recolhidas

junto dos Encarregados de Educação, consideradas importantes

para a melhoria do rendimento e/ou integração do aluno.

• Informar a turma sobre as opiniões manifestadas pelo C.T. e

respetivas resoluções.

• Participar nas reuniões gerais de Encarregados de Educação da

sua turma.

• Colaborar, sempre que possível, em todas as ações

relacionadas com a turma.

• Dinamizar saídas da turma definindo, com os alunos, um

Projeto de saída, explicitando objetivos, gastos e atividades.

• Controlar os aspetos disciplinares da turma, de acordo com as

normas estabelecidas no Regulamento Interno.

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36 PROJECTO EDUCATIVO

• Organizar a eleição do Presidente, do Vice-Presidente e do

Secretário da Assembleia de Turma.

• Tutor

É o principal acompanhante e orientador do desenvolvimento de

cada um dos alunos da sua tutoria.

Constitui o principal interlocutor dos Pais de cada Aluno,

acompanhando a par e passo a sua evolução ao longo do seu

percurso escolar.

Dialoga com os Pais e define com estes as melhores estratégias

para superar eventuais dificuldades e desenvolver todas as

potencialidades do Aluno.

Funções:

• Elaborar e acompanhar o Plano Individual de Desenvolvimento

de cada tutorando.

• Realizar entrevistas individuais com os Alunos.

• Realizar entrevistas com os Encarregados de Educação/Pais

sempre que necessário, consciencializando-os para assuntos de

ordem académica, pessoal ou de convivência comunitária.

• Comunicar ao Conselho de Turma as informações recolhidas

junto dos Encarregados de Educação/Pais, consideradas

relevantes para a melhoria do rendimento e/ou integração do

aluno.

• Propor estratégias de remediação para eventuais dificuldades

apresentadas, recorrendo ao Gabinete de Psicopedagogia para

complementar a sua observação.

• Propor estratégias de desenvolvimento curricular para alunos

sobredotados.

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37 COLÉGIO DE SANTA MARIA

• Assessorar o D.T. em tudo o que diga respeito aos alunos da

sua tutoria.

• Professor

É o membro da Comunidade Educativa diretamente empenhado

na ação educativa do Colégio, com vista à consecução dos

objetivos expressos nas orientações do Projeto Educativo.

É função principal do Professor, conhecer e respeitar o Projeto

Educativo do Colégio, as normas internas em vigor, as

obrigações inerentes à sua condição de Educador e as que

derivam da sua possível pertença aos diversos órgãos do

Colégio.

Funções:

• Desenvolver estratégias pedagógicas adequadas, no âmbito da

disciplina que leciona, ao nível etário dos alunos que dirige.

• Fomentar a autonomia dos seus alunos bem como a capacidade

de “pensar pela sua cabeça” e de, progressivamente, adquirir a

capacidade de assumir responsabilidades.

• Cumprir os programas curriculares em vigor no Colégio.

• Prestar informações oralmente ou por escrito sobre os alunos,

segundo o que foi decidido em Conselho de Turma.

• Elaborar os critérios e instrumentos de avaliação da sua

disciplina e submetê-los à aprovação do Conselho Pedagógico.

• Fazer, com a devida ponderação e segundo os critérios

definidos em Conselho Pedagógico, a avaliação dos alunos.

• Informar os Coordenadores sobre o ritmo da aplicação da

programação da sua disciplina e sobre as adaptações

introduzidas de modo a responder às necessidades dos alunos.

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38 PROJECTO EDUCATIVO

• Informar os Pais/Encarregados de Educação, com a colaboração

do Tutor, sobre os progressos e atitudes dos alunos.

• Controlar a assiduidade dos alunos.

• Preparar, dinamizar e acompanhar as visitas de estudo dos

seus alunos.

• Abrir e fechar a porta da sala de aula bem como assegurar a

limpeza da mesma no final.

• Coordenador da Pastoral

É o professor responsável pela Pastoral. Pertence por inerência

ao Conselho Coordenador.

Funções:

• Dirigir e coordenar todas as atividades referentes à Pastoral,

recebendo os princípios e orientações do Capelão.

• Promover reuniões com os assessores da Pastoral.

• Coordenar os dias de reflexão dos diferentes Ciclos.

• Coordenar as missas do Colégio fora das nossas instalações

(princípio de ano letivo, Natal, fim de ano letivo).

• Coordenar as missas da pastoral, na capela do Colégio.

• Preparar os alunos para a Primeira Confissão, Primeira

Comunhão e Profissão de Fé.

• Coordenar a organização da celebração da Primeira Confissão,

Primeira Comunhão e Profissão de Fé.

• Preparar os dias de Reflexão dos Professores.

• Dinamizar, dentro do Colégio, a participação na Peregrinação da

Família de Schoenstatt a Fátima.

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39 COLÉGIO DE SANTA MARIA

Coordenador do Centro de Recursos/Biblioteca

É o professor responsável pelo Centro de Recursos e Biblioteca.

Funções:

• Receber e apoiar os alunos no Centro de Recursos.

• Marcar Visitas de Estudo e, quando necessário, acompanhar os

alunos.

• Dar aulas de Biblioteca a todos os alunos do 1º Ciclo.

• Manter o Centro de Recursos e a Biblioteca em boas condições

de trabalho.

• Coordenador da Assembleia de Escola e Legislação

É o Professor responsável pelas Assembleias de Escola.

É também responsável por assessorar o Diretor em tudo o que diz

respeito à legislação emanada dos diferentes órgãos do Ministério da

Educação e da AEEP. Pertence por inerência ao Conselho

Coordenador.

Funções:

• Manter o Diretor a par da legislação.

• Reunir com a “Comissão Parlamentar para as Assembleias de

Escola”.

• Elaborar o programa anual das Assembleias de Escola e dá-lo a

conhecer aos Coordenadores.

• Eleger a mesa das Assembleias de Escola.

• Ajudar na preparação das Assembleias de Escola.

• Estar presente nas Assembleias de Escola.

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40 PROJECTO EDUCATIVO

• Proceder, juntamente com a mesa das Assembleias de Escola, à

avaliação das mesmas a fim de se efetuarem as correções

necessárias conducentes à sua melhoria.

• Presidente, Vice-presidente e Secretário da Assembleia

de Turma

Alunos da turma (2º e 3º CEB) eleitos para liderar a Assembleia.

Funções:

• Elaborar a ordem dos temas a debater.

• Definir as regras de funcionamento da Assembleia.

• Representar a turma nas assembleias de Escola e nos almoços

com o Diretor do Colégio.

• Presidente:

• Abrir e encerrar a Assembleia.

• Elaborar a síntese das conclusões.

• Secretário:

• Escrever a ata com o resumo do que se discutiu e concluiu.

• Responsabilizar-se pelo dossiê das atas.

• Coordenador dos Auxiliares de Educação

Auxiliar de Ação Educativa que superintende e coordena o trabalho de

todas as Auxiliares de Educação.

Funções:

• Controlar as entradas e saídas dos alunos, particularmente os

mais pequenos, no Colégio.

• Coordenar a vigilância nos recreios.

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41 COLÉGIO DE SANTA MARIA

• Abrir e fechar as portas das salas de aula sempre que solicitado

pelos Professores.

• Providenciar a distribuição de correspondência.

• Fornecer aos Professores o material de apoio à prática lectiva.

• Coordenar a limpeza do Colégio distribuindo funções pelas

Auxiliares Educativas e fiscalizando o trabalho da empresa

contratada para o efeito.

• Fiscalizar o trabalho do jardineiro.

• Registar os pedidos dos Pais para alteração eventual das saídas

dos alunos mais novos.

• Chefe dos Serviços Administrativos e Financeiros

Dirigir a secretaria tendo como auxiliar uma tesoureira.

Funções:

• Preparação de mapas de informação orçamental e financeira.

• Gestão da Tesouraria e dos Serviços Bancários.

• Preparação da documentação contabilística.

• Processamento de salários e respetivos encargos legais.

• Processamento administrativo do seguro Escolar.

• Receção e encaminhamento da legislação.

• Envio dos registos biográficos para as Escolas.

• Elaboração das matrículas.

• Carregamento da base de dados relativa a alunos e funcionários.

• Atendimento geral a Pais/Encarregados de Educação.

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42 PROJECTO EDUCATIVO

• Coordenador da Manutenção

É um Auxiliar de Ação Educativa responsável por toda a área de

manutenção, segurança das pessoas e bens e economato. Acumula

com as funções de responsável do bar.

Responde diretamente perante o Administrador.

Funções:

• Atender os alunos no período de funcionamento do Bar.

• Promover a compra e controlar todo o material pedido pelos

professores e funcionários.

• Coordenar e garantir a manutenção dos equipamentos de forma

a assegurar o cumprimento da lei no que diz respeito à

segurança de pessoas e bens.

• Acompanhar os alunos, quando necessário, em visitas de estudo

ou atividades extracurriculares.

• Auxiliares de Ação Educativa

É um Educador não docente que acompanha os alunos nos recreios,

no refeitório e em todas as atividades sempre que solicitado pelos

Professores, ou pela Direção.

Funções:

• Vigiar e manter a disciplina na sua área de intervenção.

• Acompanhar os alunos na sala de aula, sempre que necessário.

• Dar apoio nas tarefas que lhe forem solicitadas pela sua

coordenadora.

• Dar apoio na vigilância do refeitório.

• Acompanhar os alunos durante os intervalos.

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43 COLÉGIO DE SANTA MARIA

• Controlar as entradas dos alunos nas salas de aula na ausência

do Professor.

• Acompanhar os alunos nas festas, visitas de estudo e demais

atividades, quando solicitado para o efeito.

Relativamente aos mais pequenos

• Acompanhar as crianças nas atividades de expressão motora,

ajudando-as a despir e vestir.

• Acompanhar as crianças aos sanitários.

• Organizar as atividades durante o recreio, sob a orientação da

educadora.

• Ajudar as crianças no refeitório.

• Manter a disciplina e as boas maneiras à mesa.

• Acompanhar as crianças nas instalações do Colégio.

Relativamente aos mais velhos

• Registar nos livros de ponto as faltas dos docentes.

• Registar nos livros de ponto os docentes ausentes ao serviço do

Colégio.

• Conselho Colegial

Órgão consultivo do Diretor que reúne os representantes dos

diferentes sectores da Comunidade Educativa.

É composto pelo Diretor, Administrador, Coordenadores de Ciclo,

Coordenador da Assembleia de Escola, Coordenador da Pastoral,

Coordenador das Auxiliares de Educação, Direção da Associação de

Pais e um representante dos Funcionários Administrativos.

Funções:

• Dar parecer sobre questões relativas ao Colégio.

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44 PROJECTO EDUCATIVO

• Apresentar sugestões sobre aspetos relevantes da vida colegial.

• Conselho de Administração

Órgão deliberativo sobre a política económica, financeira, laboral e

jurídica do Colégio.

É composto por um representante da Entidade Titular, pelo Diretor e

pelo Administrador.

Funções:

• Avaliar e deliberar sobre a política económica, financeira, laboral

e jurídica do Colégio.

• Propor e controlar as contas do Colégio.

• Coordenar as políticas de investimento do Colégio.

• Conselho Científico

Órgão consultivo que dá parecer sobre os princípios educativos e a

prática pedagógica do Colégio.

É composto por um elemento da associação 31 de Maio, pelo Diretor,

o Administrador e por personalidades de reconhecida competência

nas áreas pedagógica e didática, preferencialmente conhecedores da

Pedagogia de Kentenich.

Funções:

• Dar parecer sobre o desenvolvimento do processo pedagógico do

Colégio.

• Propor e dar parecer a projetos de inovação pedagógica e/ou

didática.

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45 COLÉGIO DE SANTA MARIA

• Conselho Coordenador

Órgão deliberativo que coordena toda a atividade educativa do

Colégio.

É composto pelo Diretor, Administrador, Coordenadores de Ciclo,

Coordenador da Assembleia de Escola, Coordenador da Pastoral e

Coordenador do Gabinete de Psicopedagogia.

Funções:

• Assessorar o Diretor no exercício das suas funções.

• Coordenar as atividades educativas curriculares e

extracurriculares.

• Assegurar a aplicação do Projeto Educativo.

• Promover a formação permanente no Colégio.

• Zelar pelo cumprimento das normas aplicáveis do Ministério da

Educação.

• Estabelecer e avaliar os objetivos anuais do Colégio.

• Conselho Pedagógico

No atual Colégio o Conselho Pedagógico coincide com o Conselho

Geral de Professores, pois é composto por todos os educadores

docentes do Colégio.

Funções:

• Fazer a coordenação geral do funcionamento escolar do Colégio.

• Aprovar Projetos de inovação pedagógico-didática a desenvolver

com os alunos.

• Acompanhar os Professores que se encontrem a realizar a

profissionalização em exercício.

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46 PROJECTO EDUCATIVO

• Aprovar os princípios que devem orientar a elaboração das

provas de avaliação.

• Aprovar os princípios orientadores dos vários tipos de avaliação

dos alunos.

• Coordenar a elaboração de fichas de avaliação.

• Promover uma programação curricular vertical e horizontal.

• Exercer o controlo periódico da programação curricular e

extracurricular ao longo do ano letivo.

• Propor ações de formação para os Professores e demais

Educadores.

• Promover iniciativas de troca de experiências pedagógicas e

didáticas entre os diferentes departamentos.

• Promover a articulação entre os diversos níveis de ensino, que

permita rentabilizar os esforços desenvolvidos na educação, quer

por parte de professores quer de alunos.

• Aprovar apoios pedagógicos depois de devidamente estruturados

pelo Gabinete de Psicopedagogia.

• Aprovar as alterações ao Regulamento Interno.

• Conselho de Turma

Órgão que superintende e avalia todas as atividades da turma.

É presidido pelo D.T. e composto pelos Tutores, restantes Professores

da turma, pela Psicóloga e, caso se justifique, pelos Professores de

Educação Especial.

Funções:

• Promover a excelência do processo de ensino/aprendizagem.

• Promover a autonomia dos alunos da turma.

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47 COLÉGIO DE SANTA MARIA

• Promover a articulação Escola-Família.

• Dar parecer sobre todas as questões de natureza pedagógica e

disciplinar que à turma dizem respeito.

• Analisar e procurar soluções para os problemas de dificuldades

de aprendizagem e/ou integração dos alunos da turma.

• Coordenar as atividades dos diferentes Professores da turma,

criando condições para uma efetiva interdisciplinaridade.

• Solicitar a convocação pelo D.T. dos Encarregados de Educação

sempre que for considerado necessário.

• Sancionar as propostas de avaliação do rendimento escolar,

apresentadas por cada Professor da turma nas reuniões de

avaliação.

• Associação de Pais

É constituída pelos Pais dos Alunos do Colégio.

Tem como objetivo colaborar com o Colégio na criação das melhores

condições para a educação e ensino dos filhos.

Funções:

• Colaborar, no âmbito do Colégio, na resolução dos problemas

educacionais.

• Colaborar com o Colégio na defesa dos valores e dos princípios

orientadores propostos pelo Projeto Educativo.

• Colaborar com as Associações de alunos ou de Professores

existentes no Colégio.

• Colaborar com outras Associações de Pais congregando esforços

na defesa de ideais comuns.

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48 PROJECTO EDUCATIVO

• Assembleia de Turma

Espaço de debate de problemas que leva os alunos do 2º e 3º CEB a

tomar decisões, a resolver situações difíceis e a desenvolver o

raciocínio moral.

Envolve uma nova organização da própria turma de modo a permitir

a interação e o conhecimento de problemas para os quais os próprios

alunos procuram soluções, justificando as suas opções e

confrontando-as com as dos colegas, desenvolvendo, assim, o

raciocínio e a capacidade de argumentação.

Funções:

• Criar um clima que estimule a empatia na sala de aula.

• Aperfeiçoar as relações interpessoais.

• Fortalecer as regras de convivência social e a solidariedade.

• Criar hábitos de participação democrática.

• Estimular a reflexão, responsabilização interpessoal e a

autonomia.

• Desenvolver a capacidade de resolução de problemas da vida

diária.

• Incentivar a comunicação e a expressão de ideias próprias.

• Encorajar o espírito crítico.

• Assembleia de Escola

Espaço de debate de problemas alargado a todas as turmas dos 2º e

3º ciclos.

A mesa desta Assembleia é formada pelos elementos que constituem

as mesas das Assembleias dos 2º e 3º ciclos.

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49 COLÉGIO DE SANTA MARIA

O Presidente da Mesa da Assembleia de Escola é o Presidente da

Mesa da Assembleia de Turma do 9º ano e o Vice-Presidente é o

Presidente da Mesa da Assembleia de Turma do 6º ano.

A função de Secretário será desempenhada pelos Presidentes das

Mesas de Assembleias dos 5º, 7º e 8º anos, em sistema de

rotatividade.

A preparação da Assembleia de Escola é da responsabilidade das

Coordenadoras dos 2º e 3º Ciclos, que a preparam com os respetivos

elementos da mesa.

Os trabalhos de preparação são feitos à 6ª feira de manhã, ou em

período extra-aula.

Funções:

• Aperfeiçoar as relações interpessoais.

• Fortalecer as regras de convivência social e a solidariedade.

• Criar hábitos de participação democrática.

• Estimular a reflexão, responsabilização interpessoal e a

autonomia.

• Desenvolver a capacidade de resolução de problemas da vida

diária.

• Incentivar a comunicação e a expressão de ideias próprias.

• Encorajar o espírito crítico.

• Envolver os alunos na vida da Escola.

• Fazer os alunos sentirem-se “ gestores” da sua própria Escola.

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50 PROJECTO EDUCATIVO

• Gabinete de Psicopedagogia

Uma das Psicólogas desempenha a função de coordenadora e tem a

seu cargo os 2º e 3º ciclos. Promove também a “Educação para o

Amor” nos 1º, 2º e 3º ciclos.

A segunda Psicóloga tem a seu cargo o Jardim de Infância e o 1º

ciclo.

Cooperam com as duas Psicólogas, uma Técnica de Ensino Especial e

uma Terapeuta da Fala.

Funções:

• Dar apoio técnico aos professores/educadores

Apoio técnico de âmbito geral – realização de um trabalho de

colaboração entre professor e serviço de Psicopedagogia, em

função de situações problema vividas pela turma. Desenvolveram-

se alguns programas específicos para turmas específicas.

Apoio técnico de âmbito específico com abertura de

processo individual para o aluno – quando se inicia um

trabalho de colaboração entre professor e serviço de

Psicopedagogia devido a uma situação vivida por uma criança em

particular, procedendo-se à abertura de um processo individual no

serviço de psicologia. Sempre que se verifique que o apoio na

escola não é suficiente ou eficaz para o aluno procede-se a um

encaminhamento para outros serviços especializados fora do

Colégio.

Promover aconselhamento familiar

No caso de situações sinalizadas pelos educadores ou professores ou

encarregados de educação que dão origem à abertura de processos

individuais é iniciado, sempre que se considerar necessário, um

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51 COLÉGIO DE SANTA MARIA

trabalho também de cooperação com os respetivos pais no sentido de

os orientar no processo educativo dos seus filhos.

Pode ser solicitado um aconselhamento familiar ao gabinete de

Psicopedagogia, face a uma situação vivida pelos Encarregados de

Educação e que não implique exclusivamente a criança ou que,

implicando, a situação não se prenda com a sua vivência na escola.

Dar apoio técnico à direção Pedagógica

A Coordenadora do gabinete de Psicopedagogia participa no Conselho

Coordenador dando o seu apoio técnico sempre que sempre que

solicitada pelo Diretor ou pelos Coordenadores dos diferentes ciclos.

Desenvolver ações de formação

Sempre que necessário, o Serviço de Psicopedagogia, a pedido da

Direção do Colégio, desenvolve ações de formação para professores,

educadores e pais. Desenvolve igualmente ações de formação para os

auxiliares de educação do Colégio, de acordo com as necessidades

manifestadas.

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52 PROJECTO EDUCATIVO

CAP.IV – ORGANIZAÇÃO PEDAGÓGICA E FORMAÇÃO

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53 COLÉGIO DE SANTA MARIA

1. OPÇÕES PEDAGÓGICAS

1.1. No Currículo Formal

Nos princípios gerais deste Projeto Educativo referimo-nos ao sistema

pedagógico do Colégio como um sistema complexo e plurifacetado

que tem por base a Pedagogia de Schoenstatt e integra vertentes de

outras pedagogias com ela coerentes.

Iremos apenas explicitar resumidamente as razões que nos levaram

a considerar como coerentes, cada uma das vertentes referidas, com

a pedagogia de base.

Vamos ter essencialmente em consideração a pedagogia de base do

nosso sistema pedagógico, a Pedagogia de Schoenstatt, analisando

as suas principais características e a forma como as vertentes de

outros sistemas pedagógicos, que escolhemos nela integrar, vêm

reforçar essas características.

Ao pensarmos na Pedagogia de Schoenstatt como uma pedagogia

de liberdade estamos a realçar a sua preocupação em suscitar a

liberdade interior na decisão e a autonomia no atuar, aliadas à

responsabilidade pessoal e social, objetivos que se atingem através

do exercício da própria liberdade. Aprende-se a ser livre, exercendo

responsavelmente a liberdade, exercendo-a no respeito e na co-

responsabilização por esse outro, pelo grupo e pela sociedade. Essa

reflexão induz-nos a considerar o reforço que poderá significar para a

pedagogia da vinculação a utilização, a nível do currículo oculto, de

aspetos da pedagogia institucional e da Just Community2 a nível do

desenvolvimento do currículo formal da pedagogia de Trabalho de

Projeto.

Ao preconizar a organização autónoma, embora apoiada, dos alunos

enquanto grupo institucional, as duas primeiras apontadas estimulam

2 KOHLBERG, L. (1988). Moral education, justice and community. New York: Columbia

University Press.

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54 PROJECTO EDUCATIVO

o exercício da responsabilidade social. Permitem que a gestão de

conflitos se realize no respeito por cada um. Estimulam a criação de

regras de organização social e conduta individual. Suscitam a

regulação social pelo exercício da livre expressão individual.

Possibilitam a cada um a assumpção de diferentes papéis, incluindo o

da liderança do grupo.

Esta forma de viver a escola gera uma percepção mais profunda das

nossas interdependências, valorizando um dos eixos de educação a

que o Relatório Delors3 maior relevo conferiu: aprender a viver

juntos.

Quanto à pedagogia de Trabalho de Projeto, estimula os indivíduos a

agir, a tomar iniciativas e a organizarem-se em grupo em torno de

um problema, no sentido de conseguir uma maior rentabilização da

Ação a empreender para o solucionar. Permite desenvolver a

autonomia, a capacidade de organizar e planificar o seu próprio

trabalho, a aprendizagem da pesquisa nos seus diversos aspetos, a

capacidade de trabalhar em equipa, a interajuda, a capacidade de

liderança, a capacidade de tomar iniciativas, a criatividade, a

facilidade de expor a outros o trabalho realizado, de o explicar e

defender, a capacidade de avaliar o trabalho próprio e o alheio,

apresentando as suas razões e argumentos. Permite igualmente

formar do Mundo uma visão muito mais global e sistémica.

Ao valorizar a autonomia na aprendizagem, quer a nível da tomada

de decisões quer da organização e realização da ação, a pedagogia de

Trabalho de Projeto presta um contributo importante a uma das

recomendações do relatório da UNESCO para a educação no século

XXI: aprender a conhecer ou aprender a aprender. Concorre

igualmente para aprender a viver juntos uma vez que todo o trabalho

se desenvolve no interior de um grupo e na relação intergrupos.

3 DELORS, J. et al. (1996) – Educação, um tesouro a descobrir: Relatório para a UNESCO da

Comissão Internacional sobre Educação para o século XXI. Paris: UNESCO.

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55 COLÉGIO DE SANTA MARIA

Assumindo-se como uma pedagogia de confiança, que acredita nas

potencialidades de cada educando e que afirma a preponderância da

auto-educação, a pedagogia de vinculações está claramente a

inscrever-se na corrente humanista da educação. Ao incluir na

responsabilidade de cada educando pela sua própria educação a

responsabilidade pela sua aprendizagem, estamos a reforçar a

primeira perspetiva e a contribuir para que cada criança/jovem

aprenda a ser4, se torne pessoa.

As pedagogias humanistas, e nomeadamente a desenvolvida por Carl

Rogers para a educação escolar, coloca o "aprendiz" no centro do

processo de aprendizagem, entregando nas suas mãos as mais

importantes decisões nesse domínio. Mais do que isso, é a pessoa

como um todo que importa atender e cuidar, o significado que para

ela revestem os conhecimentos adquiridos, o envolvimento do seu

interesse empenhado e dinâmico nas atividades através das quais

essa aquisição se processa. Importa que aprenda a pensar, mas

também a sentir e a relacionar-se com os outros com verdade e

empatia.

Uma outra visão pedagógica pode igualmente apoiar a posição de

confiança no educando sobre a qual nos estamos a debruçar. Trata-

se da pedagogia inclusiva. Esta advoga formas práticas de a escola

ser capaz de aceitar as diferenças de tipo cultural, social, étnico ou

devidas a deficiências várias, considerando-as como um

enriquecimento de grupo e encontrando formas de potencializar as

forças positivas e ultrapassar os inevitáveis limites. Numa atitude de

confiança, a pedagogia inclusiva acredita que todas as pessoas são

capazes de percorrer uma trajetória de aprendizagem. Necessitam,

naturalmente de apoio e esse apoio deve ser inversamente

relacionado com o grau de capacidade que demonstram.

4 Recomendação central do Relatório Faure, elaborado pela UNESCO em 1972, retomada

pelo Relatório Delors para a educação no século XXI – op. c.

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56 PROJECTO EDUCATIVO

Quando nos referimos à Pedagogia de Schoenstatt como uma

pedagogia de movimento estamos a acentuar que todo o processo

educativo se deve adaptar às características individuais de cada

educando ou grupo de educandos e à etapa de crescimento em que

se encontram, quer a nível da maturidade psicológica quer da sua

formação enquanto pessoa. Estamos ainda a valorizar a capacidade

que o educador deve demonstrar para compreender as perspetivas

dos seus educandos, os seus interesses e preocupações e para se

colocar a seu lado, percorrendo com eles o mesmo caminho que estes

devem percorrer.

Na medida em que proclama um paradigma de aprendizagem,

focalizando todo o processo de construção do conhecimento no

educando, o construtivismo pode reforçar esta perspetiva de

centralidade do educando enquanto ser cognoscente. Nesta

perspetiva, o educador é de novo considerado como um dinamizador

qualificado, que cria as situações desafiadoras, estimula a

curiosidade, orienta o processo, contribui para a validação dos

resultados obtidos e para a estruturação dos conhecimentos

adquiridos.

Mas, se para a Pedagogia de Schoenstatt a relação

educador/educando se revela como fator essencial no processo de

educação, não é possível deixar de referir o papel igualmente

fundamental que assume a comunidade educativa, na qual esse

processo se inscreve. Ao defender-se que não se educam pessoas

isoladamente, está-se necessariamente a induzir que o grupo deve

ser tomado em consideração. O ambiente, que nele seja possível

gerar, influencia decisivamente a dinâmica do processo, permitindo o

enquadramento securizante e protector de cada elemento,

estimulando a autonomia e capacidade de iniciativa individual e de

conjunto, acolhendo as correntes de vida que podem brotar e

enriquecer a caminhada comum e de cada um. Numa comunidade

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57 COLÉGIO DE SANTA MARIA

educativa em que o relacionamento inter-pessoal é forte, cada

elemento tem a oportunidade de ensaiar formas conjuntas de

solidariedade, encontra o apoio afectivo indispensável ao seu bem

estar psicológico e a força para empreender, em conjunto, o que

dificilmente seria possível realizar isoladamente.

Na concretização, em meio escolar, dos aspetos acabados de

mencionar, pode recorrer-se ao programa just community, de

Kohlberg e nomeadamente à sua preocupação em instaurar na

escola, especialmente a nível do currículo oculto, uma sociedade

democrática.

No que se refere à gestão do currículo formal, são certamente

relevantes os contributos que uma perspetiva interacionista nos pode

dar. O interacionismo defende o interesse, para o desenvolvimento

cognitivo da criança e para a sua aprendizagem, de interações

significativas entre crianças de níveis diferentes e entre estas e o

adulto, como forma de provocar o desequilíbrio no julgamento da

criança e abrir o seu espírito a formas de pensamento mais ajustadas

e evoluídas. Os pequenos grupos de trabalho formados dentro da sala

de aula e o próprio grupo-turma enquanto espaço de debate e

reflexão, ao permitirem a cada criança a expressão dos seus

conhecimentos e a argumentação sobre o que considera ser a melhor

estratégia, para a resolução de situações problemáticas, provoca o

conflito cognitivo, abrindo novas perspetivas de raciocínio. O

interaccionismo surge-nos, desta forma, como um meio concreto de

apoiar e reforçar o carater educativo da comunidade.

Alguns dos aspetos que referimos a propósito quer do interaccionismo

quer do construtivismo, poderiam ter sido perspetivados, de uma

forma mais integrada, através do construtivismo social. Nesta

corrente têm vindo a confluir, com bastante fecundidade, vertentes

que encontram o seu fundamento no pensamento de Piaget, como

acontece com o construtivismo, e no de Vygotsky, como acontece no

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58 PROJECTO EDUCATIVO

interaccionismo. As teorias destes autores, que nos apresentam duas

visões diferentes do desenvolvimento cognitivo da criança, têm vindo

a ser desenvolvidas por investigadores que procuram respostas mais

completas e adequadas à construção do conhecimento. Abordámos

separadamente as duas concepções anteriores porque nos pareceu

que respondiam a aspetos diversos, embora convergentes, da

Pedagogia de Schoenstatt, ainda que tal aconteça com todos os

sistemas pedagógicos e metodologias mencionadas nesta secção.

Cada um deles contribui, de alguma forma, para reforçar várias

vertentes da referida pedagogia, uma vez que todas estas se

encontram coerentemente relacionadas. Refere-se, apenas a título de

exemplo, o caso da metodologia de Trabalho de Projeto. Esta foi

mencionada a propósito da Pedagogia de Schoenstatt enquanto

pedagogia de liberdade. Poderia, no entanto, ter igualmente sido

relacionada com a importância da comunidade educativa.

O Aluno e o Professor/Educador nos diversos níveis

de ensino

Por tudo o que até aqui foi dito, o aluno deve ir ganhando capacidade

de construir o seu próprio conhecimento em interAção pedagógica

com os colegas e com o professor/educador. Acreditamos que desta

forma o aluno ganha vontade de se valorizar, com maior autonomia

dos diversos estímulos exteriores. Para isso, e primeiro que tudo, o

professor terá de ter confiança na capacidade do aluno. O professor é

sobretudo um orientador e um facilitador, sem perder o lugar de

figura de referência que lhe compete. Na prática intervém menos

vezes, indicando pistas e incentivando o aluno a reflectir e a descobrir

por si.

Dentro dos pressupostos anteriores, a Educação Pré-escolar tem

para nós grande importância já que é a primeira etapa da educação

básica no processo de educação ao longo da vida. Todos os

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59 COLÉGIO DE SANTA MARIA

pressupostos pedagógicos em que acenta o nosso modelo pedagógico

estão já presentes nesta fase precoce. Há, no entanto, alguma

especificidade na forma de os aplicar, dada a etapa de

desenvolvimento em que as crianças se encontram. O método

utilizado no Jardim de Infância é único, influenciado, sobretudo, pelo

modelo pedagógico “Ensinar é Investigar” e pelo modelo High/Scope

(“Grande amplitude”). A metodologia foi desenvolvida nos E.U.A. por

Weikart e seus colaboradores com base na teoria de Piaget. Assenta

sobre uma forte componente afetiva, mas preocupa-se igualmente

com o desenvolvimento cognitivo/intelectual da criança. Organiza

toda a actividade do Jardim de Infância segundo uma rotina diária

que é estabelecida para cada grupo de crianças e funciona de forma

fllexível tendo em vista a sua estabilidade mas também os seus

interesses.

Esta rotina integra actividades:

de grande grupo - especialmente propícias a trabalhar os

valores, a socialização e a linguagem;

de pequeno grupo - ao permitir a interação mais próxima

entre educador e crianças revela-se especialmente adequada ao

surgimento de experiências-chave (experiências que permitem a

construção de novos conhecimentos através da ação),

nomeadamente no domínio lógico-matemático;

tempos de planear - fazer - rever mais centrados na iniciativa das

crianças, favorecendo a sua concentração, a sua capacidade de

reflexão e o desenvolvimento da sua auto-estima e da sua auto-

crítica.

A aprendizagem é mais duradoura e mais decisiva quanto mais

interações diversificadas a criança realize através de: pessoas, ideias

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60 PROJECTO EDUCATIVO

e manipulação de materiais, os quais lhe vão permitir explorar,

classificar e usar.

Sempre que algum tema desperta um especial interesse no grupo,

realizam-se pequenos projetos com o fim de alargar, através da

pesquisa, os conhecimentos que as crianças já possuem nesse

domínio. Esses projetos são integrados na rotina high-scope, nos

tempos destinados ao trabalho em grande grupo ou em pequeno

grupo.

O 1ºCiclo do Ensino Básico tem como base o modelo pedagógico

“Ensinar é Investigar”.

A Componente Pedagógica deste modelo tem como fundamento a

construção activa do conhecimento (pedagogia construtivista) e as

competências do pensar e dos procedimentos deliberadamente

elaborados para as activarem.

Os conteúdos são os do currículo do 1º ciclo do ensino básico e

estruturam-se segundo dois eixos globalizantes:

• atividade nuclear, que abarca de uma forma privilegiada a área

de Estudo do Meio.

• atividades decorrentes que englobam as áreas da Língua

Portuguesa e da Matemática.

Os conteúdos que orientam o desenvolvimento das capacidades de

expressão/comunicação não-verbal têm uma presença muito

relevante.

O modelo de ensino/aprendizagem está estruturado em função de

temas e não de áreas disciplinares, isto é, os temas propostos são o

caminho por onde os conhecimentos progridem e se alargam ao

encontro uns dos outros.

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61 COLÉGIO DE SANTA MARIA

São as metodologias da descoberta e da investigação as que

adquirem maior relevância no âmbito do processo de ensino-

aprendizagem.

Durante a execução do Trabalho de Projeto, as ideias primeiras dos

alunos, a princípio confusas, vão dar lugar a conceitos e ideias

clarificadas pela discussão e pelas atividades dos grupos. O professor

tem uma maior intervenção na fase final – sistematização do

conhecimento.

A avaliação das aprendizagens procura afastar-se das formas

tradicionais de avaliação dos resultados, encaminhando-se para

modalidades que apostam na compreensão do processo de

ensino-aprendizagem. Daí o relevo dado à avaliação formativa, que

orienta o processo de produção de informação útil para a gestão da

aprendizagem.

Como característica fundamental do projeto no 2º e 3º Ciclos do

Ensino Básico podemos referir um cada vez maior investimento em

estratégias centradas no aluno, que promovam autonomia e

responsabilidade. Porque entendemos aprendizagem como um

processo activo que é realizado pelo sujeito que aprende e que vai

para além do que lhe é transmitido pelo professor, defendemos

estratégias que visam promover no aluno uma atitude crítica e de

auto-educação ao longo da vida. A educação é uma dinâmica que

ultrapassa o tempo e o espaço escolar. Ao fomentar mais cedo a

autonomia responsável dos alunos estamos a antecipar o seu

amadurecimento e a capacidade de tomar a vida nas suas mãos, sem

se deixar ir, irreflectidamente, nas correntes do momento.

Conclusão

É de salientar, ainda, a grande preocupação, por um lado, com a

coerência do sistema pedagógico utilizado ao longo de todo o

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62 PROJECTO EDUCATIVO

processo, desde o J. I. até ao 9º ano, e por outro lado, com uma

articulação entre os diversos níveis de ensino, que permita

rentabilizar os esforços desenvolvidos na educação, quer por parte de

professores quer por parte dos alunos. Esta preocupação não visa

uma diminuição no empenho e esforço que o estudo sempre

pressupõe. Acreditamos, pelo contrário, que favorece esse empenho,

com consequências na melhoria do aproveitamento académico dos

nossos alunos.

1.2. No Currículo Implícito

Currículo implícito é o conjunto de todas as atitudes, regras,

vivências, atividades mais ou menos espontâneas e formas de

organização que são geradoras e estruturadoras de um ambiente que

atravessa toda a vida da escola, extravasando os currículos formal e

informal.

O ambiente que procuramos criar é:

• Um ambiente que favorece e promove o desenvolvimento de

personalidades livres e responsáveis, vinculadas a Deus, aos

outros e ao meio envolvente.

• Um ambiente onde cada um se sente acolhido e amado como

numa grande família que procura viver diariamente a alegria, a

confiança e o optimismo.

• Um ambiente que estimula a autonomia de cada aluno e de cada

grupo de alunos.

• Um ambiente que educa para os valores, promovendo a sua

interiorização através de uma reflexão cognitiva e afetiva que

conduza à formação de comportamentos e atitudes.

• Um ambiente que proporciona, estimula e valoriza o caminho para

a excelência.

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63 COLÉGIO DE SANTA MARIA

A concretização deste objectivo só se torna possível se o currículo

implícito for coerente nos princípios e na prática com o currículo

formal e se existir uma articulação com as atividades desenvolvidas

na área da Pastoral (formação humana e religiosa) e na disciplina

de Formação Cívica.

São princípios fundamentais deste currículo:

• Valorizar as riquezas individuais e apoiar todos os esforços de

evolução do aluno, de modo a que se sinta único e acolhido.

• Realçar o valor do grupo como forma autónoma de expressão e

actuação e meio privilegiado de enriquecimento pessoal.

• Salientar a importância do papel de cada aluno e do seu contributo

para o crescimento e enriquecimento do grupo a que pertence.

Para que tudo isto possa ser concretizado, procuramos utilizar as

seguintes estratégias:

• Proporcionar o desenvolvimento de iniciativas ou projetos que

estimulem a vontade de atingir a excelência.

• Promover e apoiar a criação de grupos centrados no interesse

comum, desenvolvidos e controlados responsavelmente pelos

próprios alunos.

• Fomentar atividades que proporcionem contacto e conhecimento

dos diferentes grupos do Colégio entre si, despertando-os para a

especificidade de cada um e para a riqueza e força do conjunto.

• Incentivar a criatividade em iniciativas que concorram para a

formação integral dos alunos.

• Perante uma dificuldade ou um objectivo comum, despertar os

alunos para a necessidade de criação de regras. Apoiar a

elaboração, implementação e controle dessas regras pelos próprios

alunos.

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64 PROJECTO EDUCATIVO

• Proporcionar momentos de reflexão crítica sobre comportamentos

e atitudes, promovendo uma gestão responsável de conflitos.

• Promover entre professores e alunos relações de proximidade

baseadas no vínculo afectivo e no respeito mútuo, tendo, no

entanto, o cuidado de manter o distanciamento necessário para

um correcto exercício da autoridade.

• Interiorizar a necessidade de coordenação e coerência de atitudes

entre todos os educadores (direcção, corpo docente, auxiliares e

funcionários) na relação com os alunos.

• Despertar a comunidade educativa para a necessidade de assumir,

com autenticidade, os valores que procura promover, bem como a

coerência do seu comportamento em todas as situações.

2. PROJETO ESPIRITUAL E RELIGIOSO

2.1. Em geral

O Colégio de Santa Maria quer formar um novo tipo de homem e

mulher segundo a espiritualidade do Movimento de Schoenstatt,

fundado pelo Padre José Kentenich.

Este homem novo é, sobretudo, um homem livre.

Por um lado, é um homem naturalmente religioso: vê a vida cheio de

gratidão pelo imenso dom que ela significa e sente-se um filho

predilecto do Bom Deus que é Pai e nos criou por amor e para amar.

Pela fé torna-se capaz de reconhecer em tudo a presença desse Deus

vivo e cheio de amor:

• na natureza e nas suas leis tal como foram criadas por Deus,

• em todos os acontecimentos da história, sejam eles sucessos ou

aparentes fracassos, tanto da grande peregrinação da

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65 COLÉGIO DE SANTA MARIA

humanidade, como na mais pequena insignificância da sua própria

vida.

Por outro lado, seguindo o exemplo de Jesus, sente-se desafiado a

responder com plena liberdade ao amor de Deus:

• empenha-se, cheio de alegria, na construção da sua vida de

acordo com os anseios de plenitude e segundo a originalidade

única que o próprio Deus pôs no seu coração,

• é um homem naturalmente comunitário que, sentindo-se filho,

sente-se também irmão de todos os homens e, por isso, dispõe-se

sempre a servi-los, especialmente aqueles irmãos que mais

sofrem,

• sente-se responsável por fazer da sociedade uma família em paz e

unida através de laços de amor que sejam reflexo do amor do

próprio Deus por cada pessoa.

O homem novo descobre em Maria a profunda dignidade do ser

humano e particularmente da mulher de acordo com o sonho de

Deus. Maria é, sobretudo, uma mãe que colabora activamente com

Jesus para que toda a humanidade seja atraída novamente ao

coração de Deus Pai e regresse triunfante a casa. Nessa batalha ela

preocupa-se especialmente por cada filho e de que de caminhe com

segurança rumo à sua plenitude como um homem novo.

O homem e a mulher novos são homens e mulheres livres,

conscientes da sua identidade original e dignidade únicas, fortes na

confiança do amor de Deus sem limites, cheios de esperança perante

as dificuldades e vicissitudes da vida, alegres por poder amar e assim

partilhar o dom da sua vida, sentindo-se sempre solidários e

responsáveis pela construção da sociedade e futuro de um mundo

segundo o sonho do próprio Deus.

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66 PROJECTO EDUCATIVO

2.2. Em particular

No espírito do homem novo, a Pastoral do Colégio de Santa Maria

quer ser a alma desta visão cristã de Deus, do homem e do mundo

no dia-a-dia do Colégio. Assume a sua missão de que este espírito se

torne uma realidade e, para isso, dispõe-se sobretudo a servir cada

pessoa em concreto tendo como supremo valor a liberdade

custodiada no santuário sagrado de cada consciência.

Na prática, exerce a sua ação a três níveis que se podem distinguir

nitidamente pelo grau de liberdade exterior que as caracteriza:

• Instâncias oficiais obrigatórias. Com gratidão pela herança

recebida, transmitimos conscientemente os valores humanos e os

ensinamentos contidos na tradição cristã e vivemos como

comunidade a nossa pertença à Igreja Católica. Deste nível fazem

parte as Missas oficiais de início e fim do ano e a disciplina de

Educação Religiosa e Moral Católica. Corresponde a uma exigência

mínima dada a nossa natureza social. Através dela manifestamos

publicamente e em toda a sua expressão a nossa fé, respeitando

sempre o direito à plena expressão das convicções mais profundas

de cada pessoa e comunidade.

• Instâncias de animação livre:

● Oferta formal cristã. Proporcionamos atividades que fazem

parte da caminhada cristã como forma de crescimento pessoal

e participação na Igreja: Sacramentos (Primeira Comunhão),

Missa e confissão regulares, assim como outros marcos de

crescimento na fé (Profissão de fé, etc). Sendo que, por razões

de organização, algumas destas atividades se desenvolvem no

âmbito oficial do Colégio, permanecem sempre inteiramente

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67 COLÉGIO DE SANTA MARIA

livres pela sua própria natureza no que diz respeito à adesão a

elas.

● Dinamização espiritual. O sentido de toda a actividade

desenvolvida pela Pastoral encontra o seu espaço mais natural

e fecundo nas atividades inteiramente livres que se desmarcam

totalmente das instâncias oficiais. A participação nestas

atividades é incondicionalmente livre. Respeitando a idade e a

originalidade de cada sexo, assim como o direito de livre

associação, todos estão convidados a tomar iniciativas que

ajudem a viver a nossa fé.

Cabe dizer que a Pastoral do Colégio de Santa Maria, especialmente

no que afecta aos alunos, não seria capaz de ver a sua Ação

desligada das famílias que compõem a Comunidade do Colégio. Por

isso, todo o trabalho que realiza, fá-lo por delegação e ao serviço da

legítima autoridade que são os pais e responsáveis pela educação dos

alunos. É nas famílias, no espaço do lar e nos laços de amor que a

caracterizam, que a Pastoral vê o fundamento de toda a sua Ação,

das quais se nutre e pelas quais trabalha, sabendo que a família é um

templo sagrado onde o Deus de Amor se manifesta por excelência.

2.3. No Currículo de Formação

O currículo de formação visa o desenvolvimento integral harmónico

dos nossos alunos em todas as áreas que ultrapassam a vertente

académica: desenvolvimento psicológico, social, espiritual,

vocacional. Abrange o programa de formação cristã e os diversos

programas de formação complementar, de acordo com o seguinte

esquema:

3/4/5 anos: catequese

1º ao 9º Ano: Educação para o Amor:

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68 PROJECTO EDUCATIVO

A este esquema acresce o currículo previsto no programa de

Catequese e de Religião, do 1º ao 9º ano.

3. FORMAÇÃO E ORIENTAÇÃO

3.1. Gabinete de Psicopedagogia

O Gabinete de Psicopedagogia do Colégio de Santa Maria foi criado no

ano letivo de 2003/2004.

Uma aprendizagem equilibrada e eficiente está em íntima relação

com o desenvolvimento orgânico das capacidades do indivíduo, tanto

a nível biológico como a nível psicológico. Para que o aluno

desenvolva todas as suas potencialidades, deverá encontrar um

ambiente que tenha em conta o seu estádio evolutivo, as suas

características pessoais, o seu processo de amadurecimento biológico

e psicológico, bem como os fatores que possam estar a potenciar ou

a inibir o seu desenvolvimento.

O trabalho do psicólogo educacional envolve a sua colaboração nos

diferentes campos da estrutura educativa do Colégio. A sua Ação

assenta numa convivência diária com o quotidiano da escola por meio

de um serviço de apoio técnico e acompanhamento de situações

problemáticas vividas nesta instituição.

Deste modo, existe todo um trabalho de observação e participação na

vida escolar quer através de Projetos pontuais partilhados com

professores quer através de iniciativas várias que promovem uma

compreensão mais profunda e prática dos processos de ensino e

aprendizagem.

O gabinete de Psicopedagogia é composto por duas Psicólogas, uma

Técnica de Ensino Especial e uma Terapeuta da Fala.

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69 COLÉGIO DE SANTA MARIA

3.2. Formação de Professores

De entre todas as vertentes que numa escola determinam o êxito do

processo educativo, ressalta, pela sua importância, a qualidade do

corpo docente. Por tal razão é fundamental investir na sua formação.

No nosso Colégio a formação dos professores abrange duas

vertentes:

• a formação profissional

• a formação pessoal

Os objetivos gerais que estão subjacentes à formação são:

• A progressiva transformação da pedagogia utilizada no Colégio no

sentido de a centrar, cada vez mais, no aluno, através da adopção

de um sistema pedagógico dinâmico e envolvente, elaborado,

implementado, avaliado e aferido em diversos momentos pelo

corpo docente. E ainda, através de metodologias diversificadas de

aprendizagem que favorecem a construção do conhecimento e das

competências correspondentes, pelo próprio aluno, e por grupos

de alunos trabalhando em equipa e através da criação (ou

aquisição) de materiais didácticos e sua utilização adequada,

diversificada, oportuna e criativa.

• O crescimento pessoal, comunitário e religioso dos professores,

através de momentos de formação, de vivências que favoreçam a

abertura ao outro e a Deus e através da organização e/ou

participação em ações de solidariedade social.

3.3. Formação de Auxiliares de Ação Educativa

Consideramos os Auxiliares de Ação Educativa como educadores no

sentido pleno do termo. É sua responsabilidade educar os alunos do

Colégio segundo o espírito do Projeto Educativo, em todos os âmbitos

que integram a sua área de trabalho: como auxiliares na sala de aula,

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70 PROJECTO EDUCATIVO

como vigilantes nos recreios, ao acompanhar a distribuição de

refeições, etc.

Assim, a formação dos Auxiliares de Ação Educativa deve abranger os

seguintes aspetos:

• Conhecimento do Projeto Educativo e das suas implicações na

forma de lidar diariamente com os alunos.

• Formação pessoal e profissional que capacite para dar corpo a

uma educação integral e de qualidade, numa perspetiva de

permanente avaliação e melhoria do trabalho realizado.

• Formas e regras de relacionamento com os pais dos alunos.

3.4. Formação de pais

Desejamos promover a coerência entre a educação proporcionada na

família e a Ação educativa do Colégio, bem como o diálogo

permanente entre o Colégio e os Pais. Oferecemos por isso aos Pais

momentos de formação, através de encontros temáticos pontuais

integrados nas reuniões de Pais e de cursos de Escola de Pais (com a

duração de um ou mais anos).

Os Pais que desejem inscrever os seus filhos no Colégio pela primeira

vez participarão obrigatoriamente num mini-curso de introdução ao

Projeto Educativo.

Progressivamente será implementado um currículo de formação

contínua dos Pais, em paralelo com o currículo de formação dos

alunos, e que abrangerá diversas temáticas ligadas às várias fases de

desenvolvimento da criança e do jovem, com vista ao seu

crescimento harmónico e integral. Prevemos que deste currículo farão

parte os seguintes temas: Educação para o amor, Primeira Confissão

e Primeira Comunhão, Profissão de Fé, entre outros.

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71 COLÉGIO DE SANTA MARIA

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72 PROJECTO EDUCATIVO

CAP.V – PROJETO CURRICULAR

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73 COLÉGIO DE SANTA MARIA

1. NÍVEIS DE ENSINO E ATIVIDADES CURRICULARES

O Colégio de Santa Maria tenta implementar uma continuidade

pedagógica desenvolvida entre os seguintes níveis de ensino: Jardim

de Infância , 1º, 2º e 3º Ciclos.

Jardim de Infância

De acordo com a lei - quadro da Educação Pré-escolar, o Jardim de

Infância segue as Orientações curriculares (Orientações Curriculares

ou orientações curriculares? )do mesmo, baseadas num conjunto de

princípios orientadores e organizadas para planear e avaliar o

processo educativo a desenvolver com as crianças concretizados nas

seguintes áreas:

- Área de formação pessoal e social;

- Área de expressão e comunicação;

- Área de conhecimento do mundo.

Componentes do currículo

Área de Formação Pessoal e

Social

Área de Expressão e Comunicação

EXPRESSÃO: ● Motora ● Dramática ● Plástica ● Musical

LINGUAGEM: ● Língua materna – Português ● Língua estrangeira – Inglês ● Informática ● Audiovisual

Área do conhecimento do

mundo

● Matemática ● Temas de vida

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74 PROJECTO EDUCATIVO

Ensino Básico

Os 3 ciclos de educação básica do colégio têm por base a

reorganização curricular do Dec - Lei n.º 6 /2001, de 18 de Janeiro,

com as alterações introduzidas pelo Dec-Lei nº 209/2002 de 17 de

Outubro, beneficiando do regime de paralelismo pedagógico para o

ensino particular.

1º Ciclo

Componentes do currículo

Educação para a cidadania

Áreas curriculares disciplinares

● Língua Portuguesa ● Matemática ● Estudo do Meio ● Expressões artísticas: - Educação Musical - Educação Visual ● Educação Física

Áreas curriculares não disciplinares

Formação Pessoal e Social

● Área de Projeto ● Estudo Acompanhado ● Formação Cívica ● Educação Moral e Religiosa Católica ● Inglês

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75 COLÉGIO DE SANTA MARIA

2º Ciclo

*1 Blocos de 90 minutos

Carga horária semanal *1

Componentes do currículo 5º 6º

Educação para a

cidadania

Áreas curriculares disciplinares

● Língua Portuguesa 3 3

● Inglês 2 2

● História e Geografia de Portugal 1 1

● Matemática 3 3

● Ciências Naturais 1,5 1,5

● Educação Visual e Tecnológica 1,5 1,5

● Educação Musical 1,5 1,5

● Educação Física 1,5 1,5

Áreas curriculares não disciplinares

Formação Pessoal

e Social

● Formação Cívica

0,5 0,5

● Estudo acompanhado

1 1

● EMR Católica

0,5 0,5

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76 PROJECTO EDUCATIVO

3º Ciclo

*1 Blocos de 90 minutos

Carga horária semanal *1

Componentes do currículo 7º 8º 9º

Educação para a

cidadania

Áreas curriculares disciplinares

● Língua Portuguesa 2,5 2,5 2,5

● Inglês 1,5 1,5 1,5

● Francês 1,5 1,5 1

● História de Portugal 1 1,5 1,5

● Geografia de Portugal 1 1 1

● Matemática 2,5

2,5 2,5

● Ciências Naturais 1 1 1

● Físico-Química 1 1 1,5

● Educação Visual 1 1 1

● Educação Tecnológica / Teatro (7º e 8º) 1 1

● Tecnologias de Informação e Comunicação 1

● Educação Física 1,5 1,5 1,5

Áreas curriculares não disciplinares

Formação Pessoal e Social

● Formação Cívica

0,5 0,5 0,5

● Estudo acompanhado

1 1 0,5

● EMR Católica

0,5 0,5

0,5

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77 COLÉGIO DE SANTA MARIA

2. ATIVIDADES EXTRACURRICULARES

As atividades extracurriculares (tal como todas as atividades

curriculares) prosseguem os grandes objetivos do Projeto Educativo,

contribuindo, de igual modo, para o desenvolvimento integral dos

alunos.

É uma preocupação fundamental do Colégio disponibilizar um

conjunto suficientemente alargado de atividades que possibilitem, em

particular, o desenvolvimento da motricidade, o desenvolvimento

intelectual e o desenvolvimento da sensibilidade artística.

Pretende-se que a variedade da escolha facilite a melhoria daquelas

aptidões de forma abrangente mas permita também desenvolver

aquilo que é inato no aluno e/ou aquilo que suscita nele uma maior

apetência. A descoberta de capacidades distintivas orienta o aluno

nas suas futuras escolhas profissionais, contribui decisivamente para

o reforço da sua auto-estima e estimula o encontro com um mundo

pleno de possibilidades e de fruições emocionalmente

recompensadoras.

O Colégio tem, no momento, disponíveis as seguintes atividades

extracurriculares:

• Natação (apenas para Jardim de Infância e 1º ciclo)

• Karaté

• Iniciação às Modalidades de Competição

• Defesa Pessoal

• Ballet

• Piano

• Guitarra

• Academia Big Band

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78 PROJECTO EDUCATIVO

CAP.VI – AVALIAÇÃO

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79 COLÉGIO DE SANTA MARIA

1. AVALIAÇÃO DO PROJETO EDUCATIVO

O Projeto Educativo do nosso Colégio será sujeito a avaliação. Neste

sentido, a postura avaliativa adoptada permite-nos ir aferindo, ao

longo do ano, e de ano para ano, o desenvolvimento do Projeto.

Em cada ano letivo, o Projeto Educativo vai tendo enfoques diversos,

podendo recair uma atenção avaliativa específica sobre determinados

aspetos.

De uma forma geral, pretendemos avaliar se estamos ou não a

atingir os objetivos contidos no Projeto Educativo e se as

metodologias e as estratégias utilizadas estão a ser conseguidas.

Para tal efectua-se uma avaliação dos processos e uma avaliação dos

resultados.

1.1. Avaliação dos processos

A avaliação dos processos é realizada essencialmente através da

reflexão conjunta de todo o corpo docente. Desenvolve-se em

momentos próprios – a meio do primeiro período letivo, no início do

segundo e terceiro períodos (avaliação do período anterior) e no final

do ano. Este último momento é especialmente importante porque

permite traçar com uma maior consciência, as estratégias para o ano

seguinte, numa preocupação de ultrapassar as dificuldades sentidas

nesse ano, potenciar as estratégias que obtiveram o êxito desejado e

melhorar as restantes. Qualquer um dos outros momentos avaliativos

tem igualmente uma função de regulação do processo ao longo do

ano.

1.2. Avaliação dos resultados

A avaliação dos resultados dá-nos uma imagem dos efeitos da

implementação do Projeto Educativo nos alunos. Incidirá sobre os

resultados por estes obtidos nas seguintes áreas:

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80 PROJECTO EDUCATIVO

• das competências cognitivas

• das competências socio-afetivas

• da Pastoral

Sobre estes dados (resultados obtidos pelos alunos) far-se-á um

tratamento estatístico, que possibilite fazer emergir tendências ou

inflexões reveladoras da eficácia do Colégio.

Não serão construídos instrumentos específicos de recolha de dados,

mas iremos servir-nos dos dados recolhidos normalmente no

processo de avaliação das competências dos alunos.

Para além deste processo avaliativo normal, é intenção do Colégio

realizar uma avaliação mais exaustiva em momentos determinados

da vida do Colégio.

2. AVALIAÇÃO ESCOLAR DOS ALUNOS

Através do processo de avaliação procura-se analisar os progressos

dos alunos a nível dos seus conhecimentos, das suas atitudes e das

suas competências. Este processo envolve os professores

(hetero-avaliação) e os próprios alunos (auto-avaliação), sendo que

aos professores compete a última palavra.

No Colégio a avaliação é:

• Valorizante, isto é, realça sempre em primeiro lugar os aspetos

mais positivos do aluno, para o motivar. Só depois, com

sensibilidade, aborda os aspetos a melhorar;

• Pedagógica, quer dizer, aprende-se com a avaliação. Mais do

que atribuir níveis, a avaliação tem o objectivo de promover

aprendizagens. Para isso os vários instrumentos de avaliação

devem ser cuidadosamente elaborados;

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81 COLÉGIO DE SANTA MARIA

• Exigente, porque sem exigência não há competência. O

professor, que começa por ser exigente consigo próprio,

facilmente promoverá a exigência nos alunos;

• Clara, que defina critérios de evidenciação simples e

transparentes;

• Plurifacetada, tendo em conta a idiossincrasia de cada aluno.

Cada aluno é único e tem uma forma pessoal de percepção do

real e de construção do conhecimento. A avaliação só o será se

tiver isto em consideração. Decorre daqui a necessidade de

uma grande diversidade de instrumentos de avaliação;

• Negociada, promovendo a reflexão crítica e a autocorreção, não

esquecendo que cabe ao professor dar a cada aluno o feedback

do seu trabalho;

• Partilhada com o próprio aluno e/ou grupo de alunos.

3. AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO

A avaliação do desempenho dos Educadores do Colégio é uma

avaliação formativa que tem como objectivo essencial garantir a

melhoria do processo de ensino/aprendizagem, tendo em vista a

qualidade que se pretende alcançar.

Deve constituir-se como força dinamizadora, capaz de fortalecer a

coerência interna e a actividade educativa do Colégio.

Tem como instrumento prévio a auto-avaliação.

Cada educador é convidado a analisar o seu desempenho à luz da

prática educativa consagrada no Projeto Educativo do Colégio.

No final de cada ano letivo o Diretor, ouvido o Conselho Coordenador,

define quando, quem e como se irá proceder à avaliação dos

diferentes sectores de actividade do Colégio, no próximo ano letivo.

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82 PROJECTO EDUCATIVO

Cada Educador será atempadamente informado de quem será o seu

avaliador, os itens sobre os quais será avaliado e a data em que tal

ocorrerá.

De forma regular o Diretor, ouvido o Conselho Coordenador, poderá

introduzir mecanismos de avaliação externa, promovendo sondagens

de opinião, análises comparativas, provas de aferição, etc...

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83 COLÉGIO DE SANTA MARIA

Revisto  e  aprovado  no  Conselho  Pedagógico  de  17  de  Setembro  de  2014.  

Este   documento   será   reavaliado   num   período  máximo   de   três   anos,   ou  sempre  que  se  considere  necessário.