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COLÉGIO ESTADUAL DESEMBARGADOR ANTONIO FRANCO FERREIRA DA COSTA ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO ICARAÍMA - PARANÁ 2014

COLÉGIO ESTADUAL DESEMBARGADOR ANTONIO FRANCO FERREIRA DA ... · análise crítica da sua realidade, a concepção de homem, sociedade, educação, ensino- aprendizagem, alfabetização,

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COLÉGIO ESTADUAL DESEMBARGADOR ANTONIO FRANCO FERREIRA DA COSTA

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

PROJETO

POLÍTICO-PEDAGÓGICO

ICARAÍMA - PARANÁ

2014

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ÍNDICE

1- APRESENTAÇÃO....................................................................................................... 3

2- IDENTIFICAÇÃO.........................................................................................................5

3- OBJETIVOS GERAIS DA ESCOLA...........................................................................20

4 – MARCO SITUACIONAL............................................................................................23

5 – MARCO CONCEITUAL........................................................................................... 30

6- PROPOSTAS PEDAGÓGICAS CURRICULARES : FUNDAMENTAL E MÉDIO......40

7- MODALIDADES DE ENSINO...................................................................................166

8- MARCO OPERACIONAL........................................................................................ 363

9- AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO.........................................366

10-REFERÊNCIAS ....................................................................................................366

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1- APRESENTAÇÃO

O Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Desembargador Antônio Franco

Ferreira da Costa – Ensino Fundamental e Médio requer estudos e ações que

coletivamente possam dar suporte a toda ação educativa desenvolvida pelos profissionais

que nele atuam.

Neste sentido, este Projeto Político Pedagógico expressa a forma como o coletivo

escolar organiza esse trabalho em torno da intencionalidade da escola pública, a partir da

análise crítica da sua realidade, a concepção de homem, sociedade, educação, ensino-

aprendizagem, alfabetização, letramento, tecnologia, avaliação, currículo e princípios

didáticos pedagógicos expressando as necessidades daqueles que dependem da

educação escolar como via de acesso aos conhecimentos culturais, universais,

científicos, artísticos e filosóficos.

Ressalta-se, ainda que todos os integrantes deste colégio são protagonistas do

processo educativo, tornando-se imprescindível a construção de uma prática de trabalho

coletivo, comprometida com a qualidade da educação

Assim, nosso Projeto Político Pedagógico, não tem uma parte final, mas está em

constante construção.

O Projeto Político - Pedagógica é uma ação intencional, com um sentido explícito e

o compromisso definido coletivamente. Por isso, o projeto pedagógico da escola é,

também, um projeto político, por estar intimamente articulado ao compromisso sócio -

político e aos interesses reais e coletivos da comunidade escolar.

(...) Na dimensão pedagógica reside à possibilidade da efetivação da

intencionalidade da escola, que é a formação do cidadão participativo,

responsável, compromissado, crítico e criativo. Pedagógico, no sentido de

se definir as ações educativas e as características necessárias às escolas

de cumprirem seus propósitos e sua intencionalidade. (: Regina

Aparecida Freitas da Costa Diniz - Projeto Político Pedagógico

artigos.netsaber.com.br/.../artigo_sobre_projeto_politico_pedagogico)

Nosso Projeto Político Pedagógico foi construído coletivamente, através de

reuniões e discussões com a classe docente, discente, funcionários e comunidade

escolar, onde são estabelecidos os objetivos, as prioridades e as ações necessárias à

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construção de uma nova realidade. E, é desta forma que são realizadas as alterações

quando necessárias para melhorar o funcionamento e a qualidade de ensino do nosso

colégio. O mesmo é desenvolvido pelos princípios democráticos, considerando que a

realidade e conhecimentos são construídos através das relações entre pessoas,

desenvolvendo e objetivando o processo coletivo da escola.

Neste Projeto Político Pedagógico contempla todo um trabalho voltado ao ingresso,

permanência e sucesso de todos aqueles que buscam aprender um pouco mais.

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2- IDENTIFICAÇÃO

Denominação da Instituição: Colégio Estadual Desembargador Antonio Franco Ferreira da

Costa – Ensino Fundamental e Médio.

CNPJ: 76.416.965/0001-21

Endereço: Rua Izupério de Oliveira Souza, 920

Município: Icaraíma – PR

E-mail: [email protected]

Site: www.icmantoniocosta.seed.pr.gov.br

Telefone/Fax: (0**44) 3665-1433

CEP: 87530-000

NRE: Umuarama – PR

Entidade Mantenedora: Governo do Estado do Paraná/SEED.

Código do Município: 1000

Ato de Autorização da Escola: Decreto nº 5208 de 28/06/1978

Ato de Reconhecimento da Escola: Resolução nº 7100 de 28/09/1984

Ato de Renovação do Reconhecimento do Colégio:

Ensino Fundamental:Parecer 010/2006

Ensino Médio: Parecer 3.523/2008

Ato Administrativo de Aprovação do Regimento Escolar: Ato Nº 0351/2008

Distância da Escola/NRE: Aproximadamente 70 Km.

Modalidade de Ensino Ofertado: Ensino Fundamental (5ª a 8ª séries), Ensino Médio e EJA

(Educação de Jovens e Adultos).

Localização: Urbana

Dependência Administrativa: Estadual

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2.1- Dados Históricos da Escola

Fundado sob a denominação de “Grupo Escolar Antonio Cantizani”, em

homenagem ao proprietário rural doador do prédio onde, inicialmente, foi instalado, na

Rua Monte Belo 581 (posteriormente, sede da Prefeitura Municipal), tem suas raízes na

antiga “Escola agrupada Antônio Cantizani” (1956), a qual atendia alunos de 1ª à 4ª série,

tendo como diretora a professora Adélia de Andrade Vissoto, sendo uma extensão do

Grupo Escolar de Cruzeiro do Oeste, então sede do município ao qual pertencia o Distrito

de Porto Camargo, em cuja terra floresceu Icaraíma, mais tarde promovida a categoria de

Município.

Posteriormente, em 1961, foi criado o “Grupo Escolar Antonio Cantizani”, que

passou a funcionar na Rua Vitória, no local onde, hoje, está situado o terminal rodoviário,

tendo então como diretor o Sr. Aigo Hudson Pyles.

Em 1973, teve alterado a sua denominação para “Colégio Estadual

Desembargador Antônio Franco Ferreira da Costa” e, de conformidade com o Parecer nº

010/80, de 27 de fevereiro de 1980, foi reconhecido e autorizado, passando, então, a

funcionar sob nova denominação de “Colégio Estadual Desembargador Antonio Franco

Ferreira da Costa – Ensino de 1º e 2º Graus”.

Mediante Resolução nº 2.569/83, de 30 de junho de 1983 e pela Resolução nº 7.100/84,

de 28 de setembro de 1984, foi reconhecido o curso de “2º Grau Regular Magistério” e

“Básico em Química”, aos quais veio somar-se o de “Auxiliar de Contabilidade”, o qual foi

autorizado pela Resolução nº 312/86, para implantação gradativa e, reconhecido pela

Resolução nº 1.547/89 e passou a ser ofertado por este Colégio, já, a partir do ano letivo

de 1986, enquanto que a Resolução nº 091/91 e o Parecer nº 843/91-DESG, autorizam o

funcionamento da 4ª série da habilitação, com expedição de diploma de “Técnico em

Contabilidade”.

Com a Resolução nº 552/85, cessa gradativamente o curso de “Básico em Química”.

Municipalizando o Ensino de 1º Grau, a partir de 1993, passou a denominar-se “Colégio

Estadual Desembargador Antônio Franco Ferreira da Costa – Ensino de 2º Grau”, em

homenagem ao Desembargador e ente Político Paranaense.

Pela Resolução nº 433/93, obtém autorização para ofertar o curso de “Educação

Geral – Preparação Universal”.

Sua localização deveu-se a disponibilidade da área de terras, na ocasião em que o

Governo deste Estado decidiu pela construção de prédio próprio, visto que este colégio

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funcionava em instalações provisórias, cedidas pelo Município.

No início do período letivo de 2005, houve a unificação do Colégio Estadual

Desembargador Antonio Franco Ferreira da Costa – Ensino Médio e a Escola Estadual

Castelo Branco – Ensino Fundamental, portanto o Colégio passa a ofertar o Ensino

Fundamental – 5ª a 8ª séries e a denominar-se “Colégio Estadual Desembargador Antônio

Franco Ferreira da Costa – Ensino Fundamental e Médio”.

O Ato de Renovação do Reconhecimento do colégio se dá sob a Resolução nº

1607 de 22/05/2003. E o Ato Administrativo de Aprovação do Regimento Escolar se dá

sob nº 21 de 31/03/2005.

O Colégio está situado na parte central da cidade, sendo o único estabelecimento

no município a oferecer o ensino fundamental e médio.

2.2- Organização do tempo e espaço escolar

No período matutino, funcionam 11 turmas de Ensino Fundamental: 02 turmas de

6º Ano, 03 turmas de 7º Ano, 03 turmas de 8º Ano, 03 turmas de 9º Ano; 05 turmas do

Ensino Médio: 02 de 1ª série e 02 de 2ª série, 01 de 3ª série, totalizando 16 turmas.

No período vespertino, funcionam 13 turmas, sendo 08 turmas do Ensino

Fundamental: 02 turmas de 6º Ano, 02 turmas de 7º Ano, 02 turmas de 8º Ano, 02 turma

de 9º Ano e 05 turmas do Ensino Médio: 02 turmas de 1ª série, 02 turmas de 2ª série, 01

turma de 3ª série;

No período noturno funcionam 04 turmas de Ensino Médio: 01 turma de 1ª série, 01

turma de 2ª série e 02 turmas de 3ª série e 10 turmas de EJA – Educação de Jovens e

Adultos, sendo 07 turmas do Ensino fundamental e 03 turmas do Ensino Médio.

O Colégio funciona no turno matutino das 7 horas e 30 minutos às 11 horas e 50

minutos, no turno vespertino das 13 horas às 17 horas e 10 minutos e no turno noturno

das 19 horas às 23 horas.

2.3 – Caracterização do Atendimento:

Nos três turnos, o colégio conta com os serviços de direção, equipe pedagógica,

biblioteca, laboratório de informática, laboratório de ciências, cozinha, sala de jogos, pátio,

área coberta, quadra de esportes coberta e secretaria. Também funcionam em nosso

estabelecimento de ensino, ambientes pedagógicos diferenciados como Sala de Apoio à

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Aprendizagem (matemática e português) e de Recursos na Deficiencia Intelectual no

período vespertino, contamos com o Centro de Atendimento aos Portadores de

Deficiência Visual e Auditiva no período matutino. O Colégio passou a oferecer também,

em turno contrário, Programa Hora Treinamento , Programa 2º Tempo e no noturno,

curso de CELEM – Espanhol – para alunos do Ensino Médio.

As disciplinas são distribuídas nos turnos obedecendo à Matriz Curricular e turnos

de funcionamento.

2.4- Organização do Espaço Físico:

Prédio Escolar: O Colégio Estadual Desembargador Antônio Franco Ferreira da Costa

Ensino Fundamental e Médio, situado à Rua Izupério de Souza, nº 920, é um prédio em

alvenaria com 3.174,4 metros quadrados, possuindo: pátio coberto, cozinha,

estacionamento, quadra coberta, salas de professores, 02 salas de direção, 16 salas de

aulas, 01 biblioteca, 01 laboratório de informática, 05 banheiros, 01 salas de recursos, 01

cantina desativada, área de serviço, 01 secretaria, 01 sala de atendimento pedagógico

aos pais, professores e alunos, 01 casa do zelador, 01 laboratório de ciências, 01

laboratório de arte e uma sala de jogos.

A quadra do Colégio possui 974 metros quadrados, onde os professores se

revezam para atender o grande número de alunos, nos três turnos.

Equipamentos Didáticos: O nosso Colégio conta com: 04 aparelhos de DVD, 17

televisores multimídia, 01 televisor 20 polegadas, 02 retroprojetor, 02 mimeógrafos, 01

microscópio, 01 globo terrestre, mapas, 02 telefones, 01 aparelho de fax e 02

computadores na sala dos professores, 01 computador na sala da direção auxiliar, 01 na

sala da Equipe Pedagógica, 01 na Biblioteca, na secretaria 04 computadores (Paraná

Digital) e 02 computadores comuns, 16 computadores (Paraná Digital) e 18 computadores

do Proinfo no laboratório de informática, além de outros computadores, que estão

superados e sem uso.

Recursos Humanos: O Colégio tem 88 funcionários, assim distribuídos: 58 professores,

05 pedagogas, 13 agentes educacionais II, 12 agentes educacionais I. O colégio conta

com a integração de todos os envolvidos no processo educativo na busca de uma melhor

qualidade na educação pública.

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QUADRO FUNCIONAL

EQUIPE DIRETIVA

Nome vínculo função formação

Vilson Roberto Prudêncio Gabiato QPM/

QPPE

Diretor Graduação: História

Pós-Graduação: Pedagogia

Escolar

Fábio Silvano de Oliveira QPM professor

s. recurso

GRADUAÇÃO: Educação

Física

PÓS-GRADUAÇÃO:

Educação Especial

AGENTES EDUCACIONAIS II

Nome Vínculo Função Formação

Leonice Paulino QFEB TEC.

ADM

Ensino Médio

Lucia Jose de Araujo Silva QFEB SECRE

TÁRIA

GRADUAÇÃO: Normal

Superior

PÓS-GRADUAÇÃO:

Orientação, Supervisão e

Administração Escolar.

Maria de Lourdes Sparapan de

Souza

QFEB TEC.

ADM

GRADUAÇÃO: Normal

Superior

PÓS-GRADUAÇÃO:

Pedagogia Escolar

Maria Neuza Silva S. Nascimento QFEB TEC.

ADM

GRADUAÇÃO: Letras

PÓS-GRADUAÇÃO:

Interdisciplinaridade na

Educação Básica

Verginia Lucia Vivian Santos QFEB TEC.

ADM

GRADUAÇÃO: Normal

Superior

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PÓS-GRADUAÇÃO:

Orientação, supervisão e

Administração Escolar

Vilson Roberto P. Gabiato QPPE TEC.

ADM

GRADUAÇÃO: História

PÓS-GRADUAÇÃO:

Pedagogia Escolar

EQUIPE PEDAGÓGICA

Nome Vínculo Função Formação

Carmen Lúcia da Silva Oliveira QPM PEDAGO

GA

GRADUAÇÃO: Pedagogia

PÓS-GRADUAÇÃO: Gestão

Escolar

Elizangela Aparecida Onorio REPR PEDAGO

GA

GRADUAÇÃO: Pedagogia

PÓS- GRADUAÇÃO:

Educação Especial

Ermelinda Aparecida de Araujo QPM PEDAGO

GA

GRADUAÇÃO: Pedagogia

PÓS-GRADUAÇÃO:

Educação Especial

AGENTES EDUCACIONAIS I

Nome Vínculo Função Formação

Cleusa Lopes Martins CLAD Aux. Serviços

Gerais

Ensino Médio

Derdite Moreira da Rocha PEAD Aux. Serviços

Gerais

Ensino Médio

(Educação Geral)

Fernando Hergesheimer QFEB Aux. Serviços

Gerais

Ensino Médio

Maria Aparecida Hargesheimer PEAD Aux. Serviços

Gerais

Ensino Médio

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Maria Domingos Rodrigues CLAD Aux. Serviços

Gerais

Ensino Médio

Nadia Halachen PEAD Aux. Serviços

Gerais

Ensino Médio

Nilza Beltrão Lima QFEB Aux. Serviços

Gerais

Magistério

Nivalda Camossato Elias CLAD Aux. Serviços

Gerais

Ensino Médio

Noemi da Silva Mota

-Aux.Servicos

Gerais

Lidia Pereira de Almeida CLAD Aux. Serviços

Gerais

Ensino Fundamental

Séries Iniciais

Severina Barbosa da Silva QFEB Serviços

Gerais

Ensino Médio

PROFESSORES

Nome Vínculo Função Formação

1. Admilde de Souza QPM Professor Licenciatura Plena

2. Admilson Marconato QPM Professor Licenciatura Plena

3. Agnaldo Alberto Cardoso QPM professor

geografia

GRADUAÇÃO: Estudos

Sociais/Geografia

PÓS-GRADUAÇÃO:

Interdisciplinaridade na

Educação Básica

4. Amilton Martins de Oliveira QPM Professor de

filosofia

Graduação: Estudos

Sociais / Filosofia

5. Ana Paula Rezende SCO2 Professora

de geografia

Graduação: Licenciatura

em Geografia

6. Claudemir Jorge Leme REPR professor

História/

Ensino

Religioso

Graduação: Licenciatura

Plena:

História e Geografia

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7. Cleber Aparecido da Silva REPR Professor Licenciatura

8. Deize Telma de Souza REPR Professora Licenciatura Plena

9. Edivaldo Antônio Lucena REPR Professor Licenciatura Plena

10. Edivania Lima Zampieri QPM professora

inglês

GRADUAÇÃO: Letras:

Port/Inglês

PÓS-GRADUAÇÃO: Met.

Aplicada ao Ensino da

Língua Inglesa com

ênfase em Tesol

11. Edna de Fatima Giorge

Corsato

QPM professora

história

LICENCIATURA PLENA

12. Edna Zago QPM professora

geografia

GRADUAÇÃO: Estudos

Sócias/Geografia

PÓS-GRADUAÇÃO:

Ensino de Geografia:

Sociedade e Meio

Ambiente

13. Ednalva Chalegre Nunes QPM professora

celem

espanhol

GRADUAÇÃO:Letras:

Port/Espanhol

PÓS-GRADUAÇÃO:

Literatura e Produção

Textual

14. Elisangela Melato QPM professora

química

GRADUAÇÃO: Química

PÓS-GRADUAÇÃO:

Educação Especial

15. Fábio Silvano de Oliveira QPM professor s.

recurso

GRADUAÇÃO: Educação

Física

PÓS-GRADUAÇÃO:

Educação Especial

16. Filomena Roserlei Cabral REPR Professora Não Licenciado

17. Francisco Alves Lopes QPM professor

disciplinas

técnicas

GRADUAÇÃO: Esquema

II

PÓS-GRADUAÇÃO:

Pedagogia Escolar

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18. Helena Maria Lucena

Alves

QPM professora

de 1ª a 4ª s.

GRADUAÇÃO: Normal

Superior

PÓS-GRADUAÇÃO:

Educação Especial

19. Isabel Marques Meirinho REPR Professora

de

Química/Físi

ca

Graduação: Química

Pós- Graduação:

Meio-Ambiente,Ensino da

Física e Ed. Especial

20. Izabel Aparecida Gil QPM professora

artes

GRADUAÇÃO: Artes

Plásticas

PÓS-GRADUAÇÃO:

Pedagogia Escolar

21. Jessica Simili Borba REPR Professora Licenciatura Plena

22. Leandra Araújo REPR Professora

de língua

Portuguesa

Graduação: Letras

Pós- Graduação: Ed.

Especial – Libras,

Psicopedagogia

23. Leonice P. R. de Almeida QPM professora

artes

GRADUAÇÃO: Educação

Artística

PÓS-GRADUAÇÃO:

Educação Especial

24. Manuel Ribeiro Santos

Filho

QPM professor

disciplinas

técnicas

GRADUAÇÃO: Esquema

II

PÓS-GRADUAÇÃO:

Pedagogia Escolar

25. Mara Lúcia Coelho REPR professora

geografia

GRADUAÇÃO: Geografia

PÓS-GRADUAÇÃO:

Geografia

26. Marcia Fabris Roque REPR Professora Licenciatura Plena

27. Marcia Silvia A. Bressani QPM professora

português

GRADUAÇÃO: Letras:

Port/Inglês

PÓS-GRADUAÇÃO:

Literatura Brasileira

28. Margot Ieda Cardoso QPM professora GRADUAÇÃO: História

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história PÓS-GRADUAÇÃO:

Interdisciplinaridade na

Educação Básica

29. Maria Aparecida E. de

Avila

QPM professora

port/inglês

GRADUAÇÃO: Letras:

Port/Inglês

PÓS-GRADUAÇÃO:

Produção Textual

30. Maria Aparecida Mantovani QPM professora

ciências

GRADUAÇÃO: Ciiências

e Matemática

PÓS-GRADUAÇÃO:

Interdisciplinaridade na

Educação Básica

31. Maria de Lourdes

Cavalcante

QPM professora

cae - da

GRADUAÇÃO:

Matemática e Ciências

PÓS-GRADUAÇÃO: Área

Surdez - Libras

32. Maria Ilza Zandonadi QPM professora

geografia

GRADUAÇÃO: Geografia

PÓS-GRADUAÇÃO:

Educação Especial

33. Maria Luiza da Silva resp. doc.

escolar

GRADUAÇÃO: Educação

Artística

PÓS-GRADUAÇÃO:

Pedagogia Escolar

34. Marlene Trovo QPM professora

história

GRADUAÇÃO: Estudos

Sociais: História

PÓS-GRADUAÇÃO:

Interdisciplinaridade na

Educação Básica

35. Meire Rodrigues Fabris QPM professora

biologia/ciên

GRADUAÇÃO: Biologia

PÓS-GRADUAÇÃO:

Biologia

36. Neusa Maria Fabris Borba QPM professora

ciências

GRADUAÇÃO: Ciências

PÓS-GRADUAÇÃO:

Metodologia de Ensino

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37. Nirley Gonçalves REPR Professora

Inglês/lińgua

portuguesa

Graduação: Letras

Pós- Graduação:

Educação Especial,

Psicopedagogia

38. Patricia Banhe Cabral QPM professora

história

GRADUAÇÃO: História

PÓS-GRADUAÇÃO:

Pedagogia Escolar

39. Pedro Nunes Navarro QPM professor

física

GRADUAÇÃO: Física

PÓS-GRADUAÇÃO:

Ensino de Física

40. Regina Dias Santos Sofa REPR Professora Licenciatura Plena

41. Roseli de Fátima dos

Santos

QPM professora

cae-dv

GRADUAÇÃO: Pedagogia

PÓS-GRADUAÇÃO:

Educação Especial

42. Rosimeris da Silva

Fernandes

REPR Professora

de Inglês

Graduação: Letras

Pós- graduação:Educação

Especial

43. Sebastiao Banhe Cabral

Junior

REPR Professor de

Geografia

Graduação: Geografia

Pós-Graduação: Gestão

Escolar

44. Shirley Poltorak QPM professora

ed. física

GRADUAÇÃO: Educação

Física

PÓS-GRADUAÇÃO:

Interdisciplinaridade na

Educação Básica

45. Sueli Merci Lopes REPR Professora

de

Matemática

Graduação: Ciências

Matemática

Pós-Graduação: Ed.

Especial, Ed. Jovens e

Adultos,

Violência contra Cça. E

adolescentes.

46. Virley F. Gasparino Dias QPM professora

português

GRADUAÇÃO: Letras:

Port/Inglês

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PÓS-GRADUAÇÃO:

Magistério da Educação

Básica

47. Wagner dos Santos

Ribeiro

REPR Professor Não Licenciado

2.5- Quantidade de Alunos

ENS.

FUNDAMENTAL

ENSINO

MÉDIO

EJA – ENS. FUND.

FASE II

EJA – ENSINO

MÉDIO

TOTAL

539 479 93 43 1103

.

2.5- Regime Escolar:

Classificação

A classificação no Ensino Fundamental e Médio é o procedimento que o estabelecimento

de ensino adota para posicionar o aluno na etapa de estudos compatível com a idade,

experiência e desenvolvimento adquiridos por meios formais ou informais, podendo ser

realizada:

I. por promoção, para alunos que cursaram, com aproveitamento, a série ou

fase anterior, na própria escola;

II. por transferência, para os alunos procedentes de outras escolas, do país ou

do exterior, considerando a classificação da escola de origem;

III. independentemente da escolarização anterior, mediante avaliação para

posicionar o aluno na série, ciclo, disciplina ou etapa compatível ao seu

grau de desenvolvimento e experiência, adquiridos por meios formais ou

informais.

A classificação tem caráter pedagógico centrado na aprendizagem, e exige as seguintes

ações para resguardar os direitos dos alunos, das escolas e dos profissionais:

I. organizar comissão formada por docentes, pedagogos e direção da escola

para efetivar o processo;

II. proceder avaliação diagnóstica, documentada pelo professor ou equipe

pedagógica;

III. comunicar o aluno e/ou responsável a respeito do processo a ser iniciado,

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para obter o respectivo consentimento;

IV. arquivar Atas, provas, trabalhos ou outros instrumentos utilizados;

V. registrar os resultados no Histórico Escolar do aluno.

Reclassificação

A reclassificação é o processo pelo qual o estabelecimento de ensino avalia o grau

de experiência do aluno matriculado, preferencialmente no início do ano, levando em

conta as normas curriculares gerais, a fim de encaminhá-lo à etapa de estudos compatível

com sua experiência e desenvolvimento, independentemente do que registre o seu

Histórico Escolar.

Cabe aos professores, ao verificarem as possibilidades de avanço na

aprendizagem do aluno, devidamente matriculado e com frequência na série, dar

conhecimento à equipe pedagógica para que a mesma possa iniciar o processo de

reclassificação.

Os alunos, quando maiores, ou seus responsáveis, poderão solicitar aceleração de

estudos através do processo de reclassificação, facultando à escola aprová-lo ou não.

A equipe pedagógica comunicará, com a devida antecedência, ao aluno e/ou seus

responsáveis, os procedimentos próprios do processo de reclassificação a ser iniciado, a

fim de obter o devido consentimento. O aluno reclassificado deve ser acompanhado pela

equipe pedagógica, durante dois anos, quanto aos seus resultados de aprendizagem.

A reclassificação é vedada para a etapa inferior à anteriormente cursada.

Promoção

A promoção é o resultado da avaliação do aproveitamento escolar do aluno, aliada

à apuração da sua frequência. Na promoção ou certificação de conclusão, para os anos

finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio, a média final mínima exigida é de 6,0 (seis

vírgula zero), observando a frequência mínima exigida por lei.

Os alunos dos anos finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio, que

apresentarem frequência mínima de 75% do total de horas letivas e média anual igual ou

superior a 6,0 (seis vírgula zero) em cada disciplina, serão considerados aprovados ao

final do ano letivo.

Os alunos dos anos finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio serão

considerados retidos ao final do ano letivo quando apresentarem:

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I. frequência inferior a 75% do total de horas letivas, independentemente do

aproveitamento escolar;

II. frequência superior a 75% do total de horas letivas e média inferior a 6,0

(seis vírgula zero) em cada disciplina.

3 – OBJETIVOS GERAIS DA ESCOLA

Planejar todas as ações, considerando os diversos saberes dos alunos.

Respeitando as peculiaridades, a curiosidade e o interesse na busca do

conhecimento;

Valorizar e auxiliar os educadores, dando-lhes condições e oportunidades de

formação e capacitação através de grupos de estudos, conferências, estudo à

distância e cursos oferecidos pela SEED;

Garantir a todos o acesso ao ensino de qualidade que favoreça a permanência do

aluno;

Buscar através da gestão democrática um canal de superação da ideia de que o

diretor é o dono da escola, mas sim um gestor que deve assumir o seu papel

democrático, atribuindo responsabilidades, compartilhando decisões, acreditando

no potencial de cada um, onde a participação se desenvolve melhor, com

aconselhamento e calor humano.

Valorizar os conhecimentos sistematizados e os saberes escolares, no cotidiano

escolar;

Ofertar condições diferenciadas que viabilizem o processo educativo de alunos

portadores de necessidades especiais;

Contribuir para o enfrentamento das desigualdades. Visando a construção de uma

sociedade mais justa;

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Garantir espaços de atuação coletiva, para efetivar o processo de democratização

nas escolas;

Estabelecer nas ações pedagógicas os princípios éticos de autonomia, da

responsabilidade, da solidariedade, os princípios políticos dos direitos e deveres da

cidadania, do exercício da criticidade, do respeito à ordem democrática e os

princípios estéticos da sensibilidade, da criatividade e da diversidade de

manifestações artísticas e culturais;

Reconhecer que as aprendizagens são constituídas na interação entre os

processos de conhecimento, linguagem e afeto entre professor, alunos, pais e

demais envolvidos no contexto escolar;

Atender à diversidade social, econômica e cultural existente é que nos garante ser

reconhecida como instituição voltada, indistintamente, para a inclusão de todos os

indivíduos. Entretanto, para que isso se efetive e ocorra a universalização do

ensino, é imprescindível assegurar o acesso, a permanência e aprendizagem de

todos os alunos.

Prever políticas educacionais de oferta para o Ensino Fundamental que

contemplem todo e qualquer tipo de educação, bem como o atendimento aos

alunos com necessidades educativas especiais, alunos hospitalizados ou com

necessidade de tratamento domiciliar.

Contar com uma maior participação de educandos com necessidades educacionais

especiais, em Sala de Recursos, que funciona no período vespertino;

Garantir uma melhor aprendizagem através da Sala de Apoio, para atender

educandos de 6º ao 9º ano com defasagens na área da Língua Portuguesa e

Matemática.

Estabelecer uma proposta de ensino que reconheça e valorize práticas culturais

diferenciadas sem perder de vista o conhecimento historicamente produzido, que

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se constitui como patrimônio de todos.

Combater o preconceito de que o campo é sinônimo de atraso e conscientizar o

jovem quanto à importância do trabalho na nossa região (onde a maior oferta de

emprego está ligada ao plantio e a colheita de cana de açúcar). A escola, nesse

sentido, deve tornar um lugar de encontro da comunidade e de identidade para os

nossos educandos.

Propiciar dentro do espaço escolar o desenvolvimento de condutas sociais,

exercício de cidadania e comunicação corporal como apropriação de saberes

culturais / sociais / democráticos, dentro de uma perspectiva de tomadas de

decisões, construções e reconstruções reflexivas e críticas da realidade;

Compreender as ciências como construções humanas, entendendo como elas se

desenvolvem por acumulação, continuidade ou rupturas de paradigmas,

relacionando o desenvolvimento científico com a transformação da sociedade.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, nº 9394, de 20 de dezembro de

1996, em seus artigos 32 e 35 estabelece os objetivos da Educação Nacional, como

segue:

Art. 32. - O ensino fundamental, com duração mínima de oito anos, obrigatório e

gratuito na escola pública, terá por objetivo a formação básica do cidadão, mediante:

I - o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno

domínio da leitura, da escrita e do cálculo;

II - a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia, das

artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade;

III - o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição de

conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores;

IV - o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e de

tolerância recíproca em que se assenta a vida social.

Art. 35. - O ensino médio, etapa final da educação básica, com duração mínima de três

anos, terá como finalidades:

I - a consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no ensino

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fundamental, possibilitando o prosseguimento de estudos;

II - a preparação básica para o trabalho e a cidadania do educando, para continuar

aprendendo, de modo a ser capaz de se adaptar com flexibilidade a novas condições de

ocupação ou aperfeiçoamento posteriores;

III - o aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a formação ética e o

desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico;

IV - a compreensão dos fundamentos científico-tecnológicos dos processos produtivos,

relacionando a teoria com a prática, no ensino de cada disciplina.

4 – MARCO SITUACIONAL

Caracterização da Comunidade

A comunidade icaraimense, por residir num município de pequeno porte e com

poucos recursos e agentes para fins empregatícios, pertence, na sua maioria, à classe C.

As atividades básicas, sociais e econômicas da nossa comunidade são desenvolvidas

pelos comerciantes, agricultores, trabalhadores rurais no corte de cana-de-açúcar, no

cultivo de mandioca, funcionários públicos, bancários e pelo pequeno comércio local, com

poucos recursos financeiros.

Icaraíma atende seus moradores, através de serviços sociais, programas de

governo e o centro de saúde municipal.

No setor educacional a nossa população conta com três estabelecimentos de

ensino estaduais, sendo duas escolas nos distritos, este colégio e uma escola municipal

na sede.

No distrito de Vila Rica do Ivaí temos a Escola Estadual Benjamim Constant Ensino

Fundamental, funcionando no turno da manhã. No mesmo prédio, no período da tarde

funciona a Escola Municipal Tancredo Neves, do 1º ao 5º ano.

No distrito de Porto Camargo temos um ensino municipal de pré a 5º ano e, no

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período matutino e no mesmo prédio a Escola Estadual de Porto Camargo Ensino

Fundamental de 6º ao 9º Ano, no período vespertino.

O Colégio Estadual Desembargador Antônio Franco Ferreira da Costa - Ensino

Fundamental e Médio, conta com alunos adolescentes, jovens e adultos, residentes na

zona urbana e rural, estes últimos perfazem até 30 Km entre ida e volta para

frequentarem a escola.

Quanto ao trabalho, nosso município não oferece muitas oportunidades de

emprego, fazendo com que haja um grande número de emigrantes em busca de trabalho.

Temos apenas um laticínio, seis mercados e outros empórios, que na maior parte são

administrados por seus próprios donos. Temos uma usina de açúcar e seus derivados,

que emprega a maior parte dos servidores braçais e uma Fecularia que garante setenta

vagas de emprego e oportuniza o cultivo da mandioca para os agricultores.

Neste mundo moderno, onde as informações aparecem muito rapidamente e com

elas um número muito grande de problemas, os mais diversos, como exclusão social,

digital ou escolar, a miséria, crise de valores e identidade, a violência e as drogas, nosso

colégio busca sair da sua própria casca para a abertura da escola que queremos, capaz

de resolver seus problemas, garantindo a presença e a participação de todos os

segmentos da sociedade.

Sendo assim, a escola pública é a garantia da construção da cidadania. Nela estão

presentes as contradições e os conflitos da sociedade. É o espaço onde se travam as

disputas de poder, neste movimento vai se formando opinião crítica da realidade.

A escola deve ser transformadora da sociedade. Tem por finalidade o pleno

desenvolvimento do aluno, seu preparo para o exercício da cidadania.

Verificamos por meio das avaliações que são realizadas sobre a situação escolar

dos alunos que estudam no Colégio Estadual Desembargador Antonio Franco Ferreira da

Costa: alto índice de aprovação pelo Conselho de Classe, evasão escolar, baixa média do

IDEB, entre outros problemas, que ainda continuam em nossa prática e são desafios a

serem vencidos. Também as aulas são pouco significativas, devido à rotina que se cria no

ambiente escolar e à falta de compromisso do Professor com o processo de aprendiza

gem dos alunos, sendo causa de indisciplina nas salas de aulas e evasão da escola.

IDEB Observado

Metas Projetadas

2005

2007

2009

2011

2007

2009

2011

2013

2015

2017

2019

2021

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3.6

4.0

3.3

3.7

3.9

4.2

4.5

4.8

5.1

5.3

Fonte: MEC

O MEC possui uma projeção para todas as escolas do país em cada avaliação.

Desta forma, o colégio possui os dados reais de 2005, 2007 e 2009 e os projetados para

2011, 2013, 2015, 2017, 2019 e 2021.

Avanços Necessários:

ter claro os critérios de avaliação, para efetivo ensino-aprendizagem em sala de

aula, para todos os alunos em todas as disciplinas;

aproveitar melhor as horas – atividades;

efetivar os encaminhamentos pedagógicos tomados nas Reuniões Pedagógicas

e Conselhos de Classe;

melhorar a gestão democrática, a participação da comunidade escolar e dos

órgãos representativos na escola;

conhecer melhor a realidade do aluno para poder intervir em sala de aula;

procurar dar sequência ao processo que o aluno recebe nos anos iniciais;

trabalhar a interpretação de textos em todos os anos;

realizar recuperação de conteúdos e não só de notas, rompendo com o

tarefismo e centrando-se mais no processo de ensino-aprendizagem;

diminuir a repetência e a evasão de modo especial nos 6ºs anos.

redimensionar o conselho de classe para não ser apenas um repasse de notas.

organizar os alunos na falta de professores;

aumentar a participação dos pais na vida escolar dos alunos, através de

reuniões por turma com o objetivo de refletir sobre a aprendizagem dos filhos,

seus avanços e dificuldades.

Trabalhar com o aluno faltoso, a equipe pedagógica entrará em contato com o

responsável, através de visitas domiciliares e via telefone, quando o aluno não

retornar,deverá ser realizado o encaminhamento do mesmo através da ficha

Fica.

5 – MARCO CONCEITUAL

A escola, enquanto instituição social, não pode fechar-se ao mundo, às relações

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que constroem os saberes.

Romper com a cultura que nos cerca como se as coisas acontecessem de forma

natural, exige de nós um esforço muito grande, exige de nós um olhar sobre a escola.

Exige que a escola seja construída não só pelos educadores ou até por alguns

educadores, ao contrário, exige a participação de todos os sujeitos envolvidos: alunos, pais,

profissionais e comunidade em geral.

5.1 – Concepções

Concepção de Educação:

Educação, direito de todos, dever do Estado.

A educação é uma das maneiras de tornar comum o saber, a ideia, a crença. Tem a

ver com a produção, transmissão e reprodução do conhecimento. Também pode ser uma

construção coletiva, com participação corresponsável das pessoas envolvidas, que usa a

educação como instrumento de emancipação.

A educação formal deve ser ministrada com a finalidade de preparar melhor a

pessoa para fazer uso do conhecimento científico, sistematizado, em benefício próprio,

aumentando seu protagonismo, sua autonomia para a transformação social. Também

deve estar a serviço da sociedade, da cidadania. A educação das pessoas deve servir

para aumentar a qualidade de vida de toda a sociedade.

Educação não é um processo momentâneo ou passageiro, mas sim uma dinâmica que

precisa ser buscada e vivida durante toda a existência. Significa sair de uma concepção

fragmentária, incoerente, desarticulada, implícita, degradada, mecânica, passiva e

simplista, para assumir uma concepção unitária, coerente, articulada, explícita, original,

intencional, ativa e cultivada.

Educação não é somente uma atividade é, acima de tudo, a construção de um saber que

ultrapassa o sentido escolar e se torna uma construção permanente na vida do ser

humano.

Concepção de Homem:

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Fazendo parte de uma sociedade o homem é um ser único, fruto do tempo

histórico, atuando no meio social onde está inserido, compreendendo o mundo em que

vive, sendo possível nele participar, transformar, formar-se e realizar-se como sujeito

autônomo.

Concepção de Mundo:

É um nome para o universo que os seres ocupantes da Terra vivem, visto de um

ponto de vista humano, como um lugar habitado por seres humanos.

Pode se referir a um território particular a experiências humanas, a soma de

experiência humana na história, ou a 'condição humana' em geral.

Concepção de Sociedade:

Estado dos homens que vivem sob leis comuns, fazendo parte de um grupo,

recebendo influências do meio onde estão inseridos e a época histórica em que estão

vivendo.

Sociedade pode ser definida como “espaço público”, onde são elaborados e

viabilizados projetos globais, onde se articulam e se disputam o poder. Nela as pessoas

se encontram envolvidas entre si, na busca e realização de fins comuns.

Concepção de Cultura:

Desenvolvimento intelectual, saber, utilização industrial de certos produtos naturais,

instituições, costumes e valores de uma sociedade.

A cultura leva o educando a interessar-se pelas próprias produções e da sua

sociedade, pela Arte regional, com as quais convive, utilizando seu conhecimento de

mundo e de cultura.

Busca-se o resgate da cultura no sentido do fazer humano na relação com a

materialidade e a história; através da história os indivíduos criam e integram-se ao seu

contexto, respondendo aos desafios e dominando sua história e sua cultura.

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Concepção de Currículo:

Conjunto de dados relativos à aprendizagem escolar, organizados para orientar as

atividades educativas, as formas de executá-las e suas finalidades. Geralmente, exprime

e busca concretizar as intenções dos sistemas educacionais e o plano cultural que eles

personalizam como modelo ideal de escola defendido pela sociedade. A concepção de

currículo inclui desde os aspectos básicos que envolvem os fundamentos filosóficos e

sociopolíticos da educação até os marcos teóricos e referenciais técnicos e tecnológicos

que a concretizam na sala de aula.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), de 1996, orienta um currículo de

base nacional comum para o ensino fundamental e médio. As disposições sobre currículo

estão contidas na LDB. Numa primeira referência, mais geral, quando trata da

Organização da Educação Nacional, define-se a competência da União para "estabelecer

em colaboração com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, competências e

diretrizes para a educação infantil, o ensino fundamental e o ensino médio, que nortearão

os currículos e seus conteúdos mínimos, de modo a assegurar formação básica comum".

No Estado do Paraná, as Diretrizes Curriculares Estaduais orientam para um

currículo disciplinar baseado nas dimensões científica, artística e filosófica do

conhecimento, oferecendo ao aluno a formação necessária para o enfrentamento com

vistas à transformação da realidade social, econômica e política de seu tempo, dando

ênfase à escola como lugar de socialização do conhecimento.

Concepção de Conhecimento:

Ato ou efeito de conhecer e compreender alguma coisa, saber, instrução,

informação e ação entre pessoas que tenham algumas relações.

Sendo o conhecimento um processo humano, histórico, incessante, de busca de

compreensão, de organização, de transformação do mundo vivido, tem origem na prática

do homem e nos processos de transformação da natureza. É, também, uma ação humana

atrelada ao desejo de saber.porque só a ele lhe falta a plenitude.

Sendo assim, adolescentes e jovens, que fazem parte da educação básica tem

acesso a todo acervo cultural e através de um ensino de qualidade, pretendemos que seja

possível a eles a aquisição desses saberes.

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Concepção de Tecnologia:

A tecnologia pode ser entendida como o conhecimento técnico acumulado, a

capacidade ou a arte necessárias para projetar, investigar, produzir, refinar, reutilizar/re-

empregar técnicas, artefatos, ferramentas, utensílios, equipamentos e conhecimentos

técnicos elaborados, novos e antigos, com a finalidade de criar, transformar e modificar

materiais, recursos, insumos ou a natureza como um todo, o entorno social e o próprio

homem, em virtude de novas ações, aportes, suportes, especialmente se resultarem em

modificações de todos os envolvidos (base técnica e relações humanas) pelos novos usos

e utilidades.

É um importante recurso pedagógico que facilita o processo de ensino-

aprendizagem nas práticas pedagógicas.

Possibilita a reconstrução constante das relações humanas e do espaço que as

cercam.

Concepção de Ensino-aprendizagem:

“Aprender e ensinar são processos inseparáveis, isto acontece porque o ato de

ensinar é o ato de produzir, direta ou intencionalmente, em cada singular, a humanidade

que é produzida histórica e coletivamente pelo conjunto dos homens.” (Saviani, 1995,

p.17)

Para Vygotsky, a aprendizagem sempre inclui relações entre pessoas. Ele defende a

idéia de que não há um desenvolvimento pronto e previsto dentro de nós que vai se

atualizando conforme o tempo passa. O desenvolvimento é pensado como um processo,

onde estão presentes a maturação do organismo, o contato com a cultura produzida pela

humanidade e as relações sociais que permitem a aprendizagem. Ou seja, o

desenvolvimento é um processo que se dá de dentro para fora. O processo de

apropriação do conhecimento se dá nas relações reais do sujeito com o mundo. Vygotsky

distingue dois tipos de conceitos: o primeiro é o cotidiano e prático, desenvolvidos nas

práticas das crianças no cotidiano, nas interações sociais; o segundo é o científico,

adquiridos por meio de ensino, pelos processos deliberados de instrução escolar.

Não se concebe na escola um ensino sem aprendizagem ou vice-versa.

-Concepção de Letramento:

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O conhecimento das letras é apenas um meio para o letramento

, que é o uso social da leitura e da escrita. Para formar cidadãos

atuantes e interacionistas, é preciso conhecer a importância da

informação sobre letramento e não de alfabetização. Letrar

significa colocar a criança no mundo letrado, trabalhando com

os distintos usos de escrita na sociedade. Essa inclusão começa

muito antes da alfabetização, quando a criança começa a

interagir socialmente com as práticas de letramento no seu

mundo social. O letramento é cultural, por isso muitas crianças

já vão para a escola com o conhecimento alcançado de maneira

informal absorvido no cotidiano. Ao conhecer a importância do

letramento, deixamos de exercitar o aprendizado automático e

repetitivo, baseado na descontextualização

( Hamze. Amelia educador.brasilescola.com/trabalho-

docente/alfabetizacao.htm acesso em 02/05/2012, 16:40)

Neste sentido, a escola deve apresentar um ensino contextualizado, fazendo com que o aluno perceba a utilização do conhecimento cientifíco na organização da sociedade. É na interação com o meio que o aluno compreende o conteúdo estudado em sala de aula.

-Concepção de Alfabetização:

É a ação de ensinar a ler e escrever; apropriação do sistema alfabético e ortográfico. Nas Práticas Pedagógicas deve-se alfabetizar letrando: ação de ensinar a ler e escrever no contexto das práticas sociais de leitura e escrita.

A função da escola é ensinar o aluno a apropriar-se do conhecimento sistematizado, científico, transformando-o em conhecimento escolar, isto é, partindo do conhecimento que o aluno já possui , ampliando seu universo intelectual e fazendo com que interaja com o seu contexto.

-Concepção de Infância:

O conceito de criança segundo o ECA é claro:

"Considera-se criança toda a pessoa de até doze (12) anos incompletos", mas o

conceito de infância não pode se reduzir a apenas a uma concepção. Pelo fato de que o

conceito de criança é único, mas as crianças, como seres humanos não. São seres que

vivem, pensam, são educadas... de modos diferentes... Cada uma vive uma realidade...A

Escola deve tratar cada criança como ser humano de direito e dever em desenvolvimento

respeitá-las e valorizá-las de acordo com o seu potencial de desevolvimento. A criança

não é o adulto em miniatura e nem um protótipo do futuro. Ela é, agora, um sujeito

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histórico, que se aperfeiçoa e se constrói no convívio com outras crianças e adultos.

Concepção de Adolescência:

Construída como fato social e como significado, a adolescência torna-se uma

possibilidade para os jovens (e para os não-jovens), uma forma de identidade social.

A adolescência é social e histórica. Não há uma adolescência, como possibilidade de ser;

há uma adolescência como significado social, mas suas possibilidades de expressão são

muitas.

A adolescência caracteriza-se como uma fase que ocorre entre a infância e a idade

adulta, na qual há muitas transformações tanto físicas como psicológicas, que possibilitam

o aparecimento de comportamentos irreverentes e o questionamento dos modelos e

padrões infantis que são necessários ao próprio crescimento.

Concepção de Avaliação:

A avaliação é compreendida como uma prática que alimenta e orienta a

intervenção pedagógica. É um dos principais componentes do ensino, pelo qual se estuda

e interpreta os dados da aprendizagem.

Avaliação escolar é um diagnóstico do processo de ensino-aprendizagem,

instrumentos de investigação da prática pedagógica, sempre com uma dimensão

formadora e intencional, uma vez que seu objetivo é o ensino-aprendizagem efetivado.

Na avaliação da aprendizagem é fundamental a análise da capacidade de reflexão dos

educandos frente às suas próprias experiências. E, portanto, deve ser entendida como

processo que oportuniza uma atitude crítico-reflexiva frente à realidade concreta.

A avaliação de acordo com a Deliberação 07/99 deve ser diagnóstica, somativa,

processual, formativa e emancipadora.

O Colégio Estadual Des. Antonio F. F. da Costa, através dos seus profissionais,

mostra aos educandos que a nota não deve ser o objetivo de estudo e sim a

aprendizagem, através de um ensino de qualidade.

Concepção de Cidadão:

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Qualidade ou nacionalidade de cidadão, indivíduo que no gozo dos direitos civis e

políticos de um Estado, participa ativamente da sociedade onde atua.

Cidadão é o indivíduo que tem consciência de seus direitos e deveres e participa

ativamente de todas as questões da sociedade.

Ser cidadão é respeitar e participar das decisões da sociedade para melhorar suas

vidas e a de outras pessoas.

Concepção de Tempo:

Pode ser definido como sucessão de anos, dias, horas, momentos e em que

envolve, para o homem, a noção de presente, passado e futuro; período, época onde

acontecem fatos e onde há a construção da história e do conhecimento.

De acordo com a LDB, Art. Nº 23, a Educação Básica pode se organizar em séries

anuais, períodos semestrais, ciclos, altenância regular de período de estudos, grupos não

seriados, com base na idade, na competência e em outros critérios, ou por forma diversa

de organização, sempre que o interesse do processo de ensino e aprendizagem o exigir.

A LDB no seu Art. Nº 24, em relação ao tempo destinado às aulas, determina que

na Educação Básica, nos níveis Fundamental e Médio a carga horária mínima anual deva

ser de oitocentas horas (800h), distribuídas no mínimo de duzentos (200) dias de efetivo

trabalho escolar.

A Matriz Curricular, nesse sentido, contempla cinco (05) aulas diariamente, sendo

que no diurno são cinco (05) aulas de cinquenta minutos e no período noturno, três (03)

aulas de cinquenta (50min) minutos e duas (02) aulas de quarenta e cinco (45min)

minutos.

O calendário escolar anual segue as orientações e resoluções específicas

respeitando a lei.

Concepção de Espaço:

A extensão do Universo, dos mundos materiais e espirituais conhecidos e

desconhecidos.

Espaço pode ser concebido como áreas onde se encontra a comunidade, em

espaços abertos a todos, como a escola, igrejas, entre outros.

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A escola é um espaço de formação e informação em que a aprendizagem de

conteúdos deve necessariamente favorecer a inserção do aluno no dia-a-dia das

questões sociais marcantes e em num universo cultural maior, no exercício da cidadania e

na construção de uma sociedade democrática e não excludente.

Concepção de Formação Continuada:

A Formação Continuada deve constituir um espaço de produção de novos

conhecimentos, de troca de diferentes saberes, de repensar e refazer a prática no âmbito

escolar. Essa formação não abrange apenas o professor, mas também inclui os outros

profissionais da educação, como os diretores, os pedagogos, os administradores

escolares e agentes de serviços gerais.

A Formação Continuada tem entre outros objetivos, propor novas metodologias e

colocar os profissionais a par das discussões teóricas atuais, com a intenção de contribuir

para as mudanças que se fazem necessárias e para a melhoria da ação pedagógica na

escola e consequentemente da educação.

A valorização dos Profissionais da Educação do Estado do Paraná constitui um dos

princípios básicos estabelecidos pela Secretaria de Estado da Educação. Dentre as

inúmeras ações desencadeadas para que esta valorização se efetive, são ofertados

eventos de formação continuada aos profissionais da educação, tais como:

- Grupo de Estudo: é uma modalidade de formação continuada, descentralizada,

que oportuniza a participação de Profissionais da Educação da Rede Pública Estadual,

Profissionais das Escolas Conveniadas e Comunidade Escolar.

-Formação em Ação: busca promover a troca de experiências e conhecimentos nas

diferentes disciplinas, fomentar a reflexão e mobilizar ações concretas que respondam às

questões/situações que, de diferentes formas, influenciam a realização da prática

pedagógica e o acesso ao conhecimento no processo de formação dos alunos.

Semana Pedagógica: acontece no início do primeiro e segundo semestre,

promovendo reflexões e tomadas de decisã o quanto ao andamento do

processo ensino-aprendizagem, buscando a melhoria da qualidade de ensino.

5.2 - Concepção de Gestão Democrática:

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A gestão democrática é entendida como o processo que rege o funcionamento da

escola, compreendendo a tomada de decisão conjunta na execução das atividades. Deve

permear um processo dialético de relações que se estabelece entre a instituição

educacional e a sociedade. A efetivação da gestão democrática nas escolas inicia-se com

a constituição das instâncias colegiadas: Conselho Escolar, Associação de Pais, Mestres

e Funcionários e do Grêmio estudantil. O Conselho de Classe também é um órgão

colegiado de importância para a prática da gestão democrática.

O Conselho Escolar é um instrumento importantíssimo como instância de

concretização da democracia em nossa comunidade escolar. É um órgão colegiado de

natureza deliberativa, consultiva, avaliativa e fiscalizadora sobre a organização e a

realização do trabalho pedagógico e administrativo do estabelecimento de ensino, em

conformidade com a legislação educacional vigente e orientações da Secretaria de Estado

da Educação. É composto por representantes da comunidade escolar e representantes de

movimentos sociais organizados e comprometidos com a educação pública, presentes na

comunidade, sendo presidido por seu membro nato, o (a) diretor (a) escolar.

O Conselho Escolar tem como principal atribuição, aprovar e acompanhar a

efetivação do Projeto Político Pedagógico do estabelecimento de ensino.

A Associação de Pais, Mestres e Funcionários - APMF é um órgão de

representação dos Pais, Mestres e Funcionários do estabelecimento de ensino, sem

caráter político partidário, religioso, racial e nem fins lucrativos, não sendo remunerados

os seus dirigentes e conselheiros, sendo constituída por prazo indeterminado.

Promove a integração escola e comunidade por meio da organização de atividades

sociais. É responsável pelo recebimento e aplicação das verbas repassadas à escola

pelos órgãos públicos e pelo recebimento de doações.

O Grêmio Estudantil é o órgão máximo de representação dos estudantes do

estabelecimento de ensino, com o objetivo de defender os interesses individuais e

coletivos dos alunos, incentivando a cultura literária e desportiva de seus membros.

É uma das formas de organização de participação estudantil nos espaços de

gestão, ampliando sua visão sobre a vida escolar e a comunidade que vive. Representam

os demais alunos procurando fortalecer sua organização, seus anseios e expectativas.

6- PROPOSTA PEDAGÓGICA POR DISCIPLINA

Para efetivar este cada disciplina organiza sua proposta pedagógica a ser trabalhada com

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os alunos em sala de aula.

ASPECTOS LEGAIS:

Esta Proposta Pedagógica parte integrante do projeto político pedagógico apresenta o

programa curricular das disciplinas ofertadas e visa proporcionar o desenvolvimento da

capacidade do aprender fundamentada na legislação:

A LDB (Lei de Diretrizes e Bases);

As DCN (Diretrizes Curriculares Nacionais);

As DCEs (Diretrizes Curriculares Estaduais);

As deliberações: 014/99 – 007/99 – 09/01 – 016/99 – 02/05 – 02/03 – 02/00 -

01/06 – 04/06;

LDB 9394/96 – Lei de Diretrizes e Base da Educação

Lei Estadual nº 13.381/01;

Lei Federal nº 10.639/03;

Lei Federal nº 11.114/05;

Decreto nº 5254/04;

Lei nº 9795/99 – Educação Ambiental;

Lei Federal nº 8069/90 – Estatuto da Criança e do Adolescente;

Lei Federal nº 10.172/01 – Plano Nacional de Educação;

Lei Complementar nº 07/76 – Estatuto do Magistério;

Lei n. 11.684/2008* - Inclui a Filosofia e a Sociologia como disciplinas obrigatórias

nos currículos do ensino médio

Resolução CNE/CEB n. 1/2009- Dispõe sobre a implementação da Filosofia e da

Sociologia no currículo do Ensino Médio

Lei n. 11.645/2008* - Obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira

e Indígena” no currículo escolar.

Resolução nº 01/02 - Educação do Campo;

Lei n. 11.161/2005 - Oferta obrigatória do ensino de Língua Espanhola

Resolução nº 03/99 – Diretrizes Nacionais da Educação Indígena

Resolução 017/06 – Criação da Equipe Multidisciplinar da Cultura Afro

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34

Resolução n. 7, do CNE de 15 de dezembro de 2010 - Fixa Diretrizes Curriculares

Nacionais para o Ensino Fundamental de nove anos.

Resolução CNE/CEB n. 4 de 13 de julho de 2010 - Define Diretrizes Curriculares

Nacionais Gerais para a Educação Básica

Resolução CNE/CEB n. 1/2010- Define Diretrizes Operacionais para a implantação

do Ensino Fundamental de 9 (nove) anos.

Resolução CEB n. 3/1998 - Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio

Parecer CNE/CEB n. 15/98 - Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio

Resolução CNE/CEB Parecer CNE n. 15/98 – CEB 3/2010 - Dispõe sobre as

Diretrizes Operacionais para a Educação de Jovens e Adultos.

Lei n. 10.098/94 * - Estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção

da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade

reduzida, e dá outras providências

Lei n. 10.436/02 * - Dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais - Libras e dá outras

providências

Decreto n. 6.214/07 * - Regulamenta o benefício de prestação continuada da

assistência social devido à pessoa com deficiência

Decreto n. 6.571/08 * - Dispõe sobre o atendimento educacional especializado

Decreto n. 5.626/05 * - Regulamenta a Lei n. 10.436 que dispõe sobre a Língua

Brasileira de Sinais - LIBRAS

Resolução CNE/CEB n. 2/01 - Institui as Diretrizes Nacionais para a Educação

Especial na Educação Básica

INSTRUÇÃO Nº 007/2011 - SUED/SEED

Critérios para a abertura da demanda de horas-aula, do suprimento e das

atribuições dos profissionais das Salas de Apoio à Aprendizagem do Ensino

Fundamental, da Rede Pública Estadual de Educação.

RESOLUÇÃO nº 1690/2011 – GS/SEED

Instituir a partir de 2011, em caráter permanente, o Programa de Atividades

Complementares Curriculares em Contraturno na Educação Básica na Rede

Estadual de Ensino.

Instruções nº :

01/99 – Classificação/Reclassificação;

02/03 - Hora Atividade;

02/04 – SUED – Hora Atividade;

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35

05/04 – Sala de Recursos;

03/06 – Preenchimento do Livro de Registro de Classe;

13/06 – Ensino Religioso ;

05/07 – Ensino Religioso;

12/06 – LEM/ Artes ;

03/06 – Ensino Fundamental de 9 Anos;

05/06 - Ensino Fundamental de 9 Anos;

02/07 – Ensino Fundamental de 9 Anos;

03/07 – Ensino Fundamental de 9 Anos;

12/07 – Normatiza o registro das disciplinas de Filosofia e Sociologia nos

históricos Escolares do Ensino Médio;

04/08 – Ensino Religioso;

Orientação n° 001/2013 – CERDE/DEDI/SEED- Equipe Multidisciplinar

ARTE – Ensino Fundamental e Médio

APRESENTAÇÃO

“ Durante o período colonial, nas vilas e reduções jesuíta, inclusive onde hoje se situa o

Estado do Paraná, ocorreu a primeira forma registrada de arte na educação. A

congregação católica denominada Companhia de Jesus veio ao Brasil e desenvolveu uma

educação de tradição religiosa, para grupos de origem portuguesa, indígena e africana.

Nas reduções jesuítas, realizaram um trabalho de catequização dos indígenas com

ensinamentos de artes e ofícios, por meio da retórica, literatura, música, teatro, dança,

pintura, escultura e artes manuais. Em todos os lugares onde a Companhia de Jesus se

radicou, promoveu essas formas artísticas, não somente cultivando as formas ibéricas, da

alta idade média e renascentista, como assimilando também as locais”. (Budasz, in

SOUZA NETO, 2004).

Esse trabalho educacional jesuítico perdurou aproximadamente por 250 anos, de

1500 a 1759 e foi importante porque influenciou na constituição da matriz cultural

brasileira. Essa influência manifesta-se na cultura popular paranaense, como, por

exemplo, na música caipira, em sua forma de cantar e tocar a viola (guitarra espanhola),

no folclore, com as Cavalhadas em Guarapuava; a Folia de Reis no litoral e segundo

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planalto; a Congada da Lapa, entre outras, que permanecem com algumas variações.

Em 1808, com a vinda da família real de Portugal para o Brasil, fugindo da invasão de

Napoleão Bonaparte, uma série de obras e ações foi iniciada para acomodar, em termos

materiais e culturais, a corte portuguesa.

Entre essas ações, destacou-se a chegada ao Brasil de um grupo de artistas

franceses encarregado da fundação da Academia de Belas-Artes, na qual os alunos

poderiam aprender as artes e ofícios artísticos.

No Paraná, foi fundado o Liceu de Curitiba (1846), hoje Colégio Estadual do

Paraná, que seguia o currículo do Colégio Dom Pedro II; a Escola Normal (1876), atual

Instituto de Educação, para a formação em magistério e a Escola Profissional Feminina

(1886) oferecendo cursos de desenhos e pintura, corte e costura, arranjos de flores e

bordados; cursos estes que faziam parte da formação da mulher.

Dentro dos acontecimentos artísticos no Brasil a Semana da Arte Moderna foi um

grande marco; Arte Moderna: modernismo na 1ª metade do século XX.

O marco desta época foi a Semana de Arte Moderna realizada em São Paulo, em

fevereiro de 1922. Nesta semana, vários artistas comprometidos em mudar a cara da arte

nacional se apresentaram e chocaram a sociedade. Quebraram com os padrões europeus

e buscaram valorizar a identidade nacional e uma arte, cujo cenário de fundo, eram as

paisagens brasileiras e o povo brasileiro. Inovaram e romperam com o tradicional.

Destacam-se como artistas modernistas: Di Cavalcanti, Vicente do Rêgo, Anita Malfatti,

Lasar Segall, Tarsilla do Amaral e Ismael Nery.

Os artistas imigrantes trouxeram novas idéias e diferentes experiências culturais

aplicando assim a Arte aos meios produtivos e como expressão individual. Assim os

artistas começaram a refletir sobre a arte para o desenvolvimento de uma nova sociedade

com características próprias, baseadas numa valorização da realidade local.

A partir dos anos 60 as produções e Movimentos Artísticos se intensificaram: Nas Artes

Plásticas com as Bienais, e nos Movimentos contrários a ela, na Música com os Festivais,

no Teatro e no Cinema.

A nova LDB 9394/96 mantém a obrigatoriedade do Ensino da arte nas Escolas de

Educação Básica, e os Parâmetros Curriculares Nacionais passam a considerar a Música,

artes Visuais, o Teatro e a Dança como linguagens artísticas, código e suas tecnologias

junto com as demais disciplinas.

O ensino da arte considera alguns campos conceituais que contribuem para as

reflexões a respeito do objetivo de estudo desta disciplina. O concito estético, o

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37

conhecimento contextualizado, apesar das suas especificidades são articulados entre si,

abrangem todos os aspectos do objetivo de estudo.

Sendo eles: o conhecimento estético está relacionado à apreensão do objeto artístico

como criação de cunho sensível e cognitivo. Historicamente originado na Filosofia, o

conhecimento estético constitui um processo de reflexão a respeito do fenômeno artístico

e da sensibilidade humana, em consonância com os diferentes momentos históricos e

formações sociais em que se manifestam. Pode-se buscar contribuições nos campos da

Sociologia e da Psicologia para que o conhecimento estético seja melhor compreendido

em relação às representações artísticas; assim como o conhecimento da produção

artística está relacionado aos processos do fazer e da criação, toma em consideração o

artista no processo da criação das obras desde suas raízes históricas e sociais, as

condições concretas que subsidiam a produção, o saber científico e o nível técnico

alcançado na experiência com materiais; bem como o modo de disponibilizar a obra ao

público, incluindo as características desse público e as formas de contato com ele,

próprias da época da criação e divulgação das obras, nas diversas áreas como artes

visuais, dança, música e teatro.

Sendo assim, a disciplina de Arte tem como objeto de estudo:

O conhecimento estético e o conhecimento artístico contextualizado.

E como objetivos construir um repertório próprio, identificando a arte como fato histórico

contextualizado nas diversas culturas e valorizando diferentes padrões artísticos e

estéticos.

Refletir sobre a ação social dos produtores de arte de diferentes épocas e culturas,

fazendo conexões entre a vida do artista, sua obra e o contexto em que foi introduzida.

Compreender os fatos históricos, a importância da arte como arte crítica e expressiva

dentro de um conceito histórico com expressões livres porém criticas e criativas.

Através da arte o ser humano constrói e produz o conhecimento artístico, pois a mesma

se integra. O ensino da Arte possibilita oportunidades que instigam a memória, percepção,

o saber interagindo com a ciência e com o meio.

2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E CONTEUDOS BÁSICOS DO ENSINO

FUNDAMENTAL

MUSICA:

Elementos Formais

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38

III. Altura

IV. Duração

V. Timbre

VI. Intensidade

VII. Densidade

Composição

Ritmo

Melodia

Escalas: diatônica

pentatônica

cromática

Improvisação

Gêneros: folclórico, indígena, popular e étnico

Técnicas: vocal, instrumental e mista

Improvisação

Harmonia

Tonal, modal e a fusão de ambos.

Gêneros: popular, folclórico e étnico.

Movimentos e Períodos

Greco-Romana

Oriental

Ocidental

Africana

Música popular e étnica (ocidental e oriental)

Indústria Cultural

Eletrônica

Minimalista

Rap, Rock, Tecno

Música Engajada

Música Popular

Brasileira.

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Música

Contemporânea

ARTES VISUAIS:

Elementos Formais

Ponto

Linha

Textura

Forma

Superfície

Volume

Cor

Luz

Composição

Bidimensional

Figurativa

Geométrica, simetria

Técnicas: Pintura, escultura, arquitetura...

Gêneros: cenas da mitologia.

Proporção

Tridimensional

Figura e fundo

Abstrata

Perspectiva

Técnicas: Pintura, escultura, modelagem, gravura.

Gêneros: Paisagem, retrato, natureza morta.

Semelhanças

Contrastes

Ritmo Visual

Estilização

Deformação

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Técnicas: desenho, fotografia, audiovisual e mista

Bidimensional

Tridimensional

Figura-fundo

Ritmo Visual

Técnica: Pintura, grafitte, performance.

Gêneros: Paisagem urbana, cenas do cotidiano.

Movimentos e Períodos

Arte Greco-Romana

Arte Africana

Arte Oriental

Arte Pré-Histórica

Arte Indígena

Arte Popular

Brasileira e

Paranaense

Renascimento

Barroco

Indústria Cultural

Arte no Séc. XX

Arte

Contemporânea

Realismo

Vanguardas

Muralismo e Arte Latino-Americana

Hip Hop

TEATRO:

Elementos Formais

Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais

Ação

Espaço

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Composição

Enredo, roteiro.

Espaço Cênico, adereços.

Técnicas: jogos teatrais, teatro indireto e direto, improvisação, manipulação,

máscara.

Gênero: Tragédia, Comédia e Circo.

Representação,

Leitura dramática,

Cenografia.

Técnicas: jogos teatrais, mímica, improvisação, formas animadas.

Gêneros:

Rua e arena,

Caracterização

Cinema e Mídias

Texto dramático

Maquiagem

Sonoplastia

Roteiro

Técnicas: jogos teatrais, sombra, adaptação cênica.

Técnicas: Monólogo, jogos teatrais, direção, ensaio,

Teatro-Fórum.

Dramaturgia

Cenografia

Sonoplastia

Iluminação

Figurino

Movimentos e Períodos

Greco-Romana

Teatro Oriental

Teatro Medieval

Renascimento

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Comédia dell’ arte

Teatro Popular Brasileiro e Paranaense

Teatro Africano

Indústria Cultural

Realismo

Expressionismo

Cinema Novo

Teatro Engajado

Teatro do Oprimido

Teatro Pobre

Teatro do Absurdo

Vanguardas

DANÇA:

Elementos Formais

Movimento Corporal

Tempo

Espaço

Composição

Kinesfera

Eixo

Ponto de Apoio

Movimentos articulares

Fluxo (livre e interrompido)

Rápido e lento

Formação

Níveis (alto, médio e baixo)

Deslocamento (direto e indireto)

Dimensões (pequeno e grande)

Técnica: Improvisação

Gênero: Circular

Ponto de Apoio

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Rotação

Coreografia

Salto e queda Peso (leve e pesado)

Fluxo (livre, interrompido e conduzido)

Lento, rápido e moderado

Niveis (alto, médio e baixo)

Formação

Direção

Gênero: Folclórica, popular e étnica

Giro

Rolamento

Saltos

Aceleração e desaceleração

Direções (frente, atrás, direita e esquerda)

Improvisação

Coreografia

Sonoplastia

Gênero: Indústria

Cultural e espetáculo

Kinesfera

Ponto de Apoio

Peso

Fluxo

Quedas

Saltos

Giros

Rolamentos

Extensão (perto e longe)

Coreografia

Deslocamento

Gênero: Performance e moderna

Movimentos e Períodos

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Pré-história

Greco-Romana

Renascimento

Dança Clássica

Dança Popular

Brasileira

Paranaense

Africana

Indígena

Hip Hop

Musicais

Expressionismo

Indústria Cultural

Dança Moderna

Vanguardas

Dança Moderna

Dança Contemporânea

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E CONTEUDOS BÁSICOS DO ENSINO MÉDIO

MUSICA:

Elementos Formais

Altura

Duração

Timbre

Intensidade

Densidade

Composição

Melodia

Harmonia

Escalas

Modal, Tonal e fusão de ambos.

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45

Gêneros: erudito, clássico, popular, étnico, folclórico, Pop .

Técnicas: vocal, instrumental, eletrônica, informática e mista

Improvisação

Movimentos e Períodos

Música Popular

Brasileira

Paranaense

Popular

Indústria Cultural

Engajada

Vanguarda

Ocidental

Oriental

Africana

Latino-Americana

ARTES VISUAIS:

Elementos Formais

Ponto

Linha

Forma

Textura

Superfície

Volume

Cor

Luz

Composição

Bidimensional

Tridimensional

Figura e fundo

Figurativo

Abstrato

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Perspectiva

Semelhanças

Contrastes

Ritmo Visual

Simetria

Deformação

Estilização

Técnica: Pintura, desenho, modelagem, instalação performance, fotografia, gravura

e esculturas, arquitetura, história em quadrinhos.

Gêneros: paisagem, natureza-morta, Cenas do Cotidiano, Histórica, Religiosa, da

Mitologia.

Movimentos e Períodos

Arte Ocidental

Arte Oriental

Arte Africana

Arte Brasileira

Arte Paranaense

Arte Popular

Arte de

Vanguarda

Indústria Cultural

Arte

Contemporânea

Arte Latino- Americana

TEATRO:

Elementos Formais

Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais

Ação

Espaço

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Composição

Técnicas: jogos teatrais, teatro direto e indireto, mímica, ensaio, Teatro-Fórum

Roteiro

Encenação e leitura

dramática

Gêneros: Tragédia, Comédia, Drama e Épico

Dramaturgia

Representação nas mídias

Caracterização

Cenografia, sonoplastia, figurino e iluminação

Direção

Produção

Movimentos e Períodos

Teatro Greco- Romano

Teatro Medieval

Teatro Brasileiro

Teatro Paranaense

Teatro Popular

Indústria Cultural

Teatro Engajado

Teatro Dialético

Teatro Essencial

Teatro do

Oprimido

Teatro Pobre

Teatro de

Vanguarda

Teatro

Renascentista

Teatro Latino- Americano

Teatro Realista

Teatro Simbolista

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DANÇA:

Elementos Formais

VI. Movimento Corporal

VII. Tempo

VIII. Espaço

Composição

IV. Kinesfera

V. Fluxo

VI. Peso

VII. Eixo

VIII. Salto e Queda

IX. Giro

X. Rolamento

XI. Movimentos articulares: Lento, rápido e moderado

XII. Aceleração e desaceleração

XIII. Níveis

XIV. Deslocamento

XV. Direções

XVI. Planos

XVII. Improvisação

XVIII. Coreografia

XIX. Gêneros: Espetáculo, industria cultural, étnica, folclórica, populares e salão

Movimentos e Períodos

Pré-história

Greco-Romana

Medieval

Renascimento

Dança Clássica

Dança Popular

Brasileira

Paranaense

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Africana

Indígena

Hip Hop

Indústria Cultural

Dança Moderna

Vanguardas

Dança

Contemporânea

ENCAMINHAMENTOS METODOLOGICOS

Sendo assim, contemplar-se-á, na metodologia do ensino de Artes três momentos da

organização pedagógica: o sentir e perceber, que são as formas de apreciação e

apropriação, o trabalho artístico, que é a prática criativa, o conhecimento, que fundamenta

e possibilita ao aluno um sentir/perceber e um trabalho sistematizado, de modo a

direcionar o aluno a formação de conceitos artísticos.

Os mesmos constituem-se numa totalidade e pode ser usado individualmente ou pelos

três simultaneamente, o importante é que sejam utilizados na prática pedagógica do

professor.

Trabalhar com as artes visuais sob uma perspectiva histórica e crítica, reafirma a

discussão sobre essa área como processo intelectual e sensível que permite um olhar

sobre a realidade humano-social, e as possibilidades de transformação desta realidade.

Tal processo pode ser desenvolvido pelo professor ao estabelecer relações entre os

conhecimentos do aluno e a imagem proposta, explorando a obra em análises e

questionamentos dos conteúdos das artes visuais.

Quanto a entender a dança como expressão, compreender as realidades próximas e

distantes, perceber o movimento corporal nos aspectos sociais, culturais e históricos

(teorizar), são elementos fundamentais para alcançar os objetivos do ensino da dança na

escola.

Na música, então, é uma forma de representar o mundo, de relacionar-se com ele, de

fazer compreender a imensa diversidade musical existente, que de uma forma direta ou

indireta interfere na vida da humanidade.

E o Teatro; existem diversos encaminhamentos metodológicos possíveis para o ensino de

teatro, no entanto se faz necessário proporcionar momentos para teorizar, sentir e

perceber e para o trabalho artístico, não o reduzindo a um mero fazer.

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Em todo processo de aprendizagem e discussão o aluno é estimulado a contextualizar a

arte, criara seu conceito dentro de uma arte critica, compreender e fazer a relação da arte

histórica e sua contextualização hoje (dentro da cultura vivida pelo aluno), entendendo

assim que a arte não é uma mera história e sim uma vivencia de cultura que é diária,

contemporânea e diversificada.

Uma possibilidade seria iniciar o trabalho com exercícios de relaxamento, aquecimento e

com os elementos formais do teatro: personagem – expressão vocal, gestual, corporal e

facial, Composição: jogos teatrais, improvisações e transposição de texto literário para

texto dramático, pequenas encenações construídas pelos alunos e outros exercícios

cênicos (trabalho artístico).

AVALIAÇÃO

A concepção de avaliação para a disciplina de Arte é diagnóstica e processual. É

diagnóstica por ser a referência do professor para planejar as aulas e avaliar os alunos; é

processual por pertencer a todos os momentos da prática pedagógica. A avaliação

processual deve incluir formas de avaliação da aprendizagem, do ensino

(desenvolvimento das aulas), bem como a auto-avaliação dos alunos.

A avaliação em Arte supera o papel de mero instrumento de medição da apreensão de

conteúdos e busca propiciar aprendizagens socialmente significativas para o aluno. Ao ser

processual e não estabelecer parâmetros comparativos entre os alunos, discute

dificuldades e progressos de cada um a partir da própria produção, de modo que leva em

conta a sistematização dos conhecimentos para a compreensão mais efetiva da

realidade.

O método de avaliação proposto pelas Diretrizes Curriculares Estaduais inclui observação

e registro do processo de aprendizagem, com os avanços e dificuldades percebidos na

apropriação do conhecimento pelos alunos. O professor deve avaliar como o aluno

soluciona os problemas apresentados e como ele se relaciona com os colegas nas

discussões em grupo. Como sujeito desse processo, o aluno também deve elaborar seus

registros de forma sistematizada. As propostas podem ser socializadas em sala, com

oportunidades para o aluno apresentar, refletir e discutir sua produção e a dos colegas. O

aluno para tanto será avaliado na construção do conteúdo proposto não considerando seu

gosto pela arte e sim se o mesmo contextualizou a que havia sido proposto, com

construções artísticas e desenvolvimentos de conceitos.

É importante ter em vista que os alunos apresentam uma vivência e um capital cultural

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próprio, constituído em outros espaços sociais além da escola, como a família, grupos,

associações, religião e outros. Além disso, têm um percurso escolar diferenciado de

conhecimentos artísticos relativos à Música, às Artes Visuais, ao Teatro e à Dança.

REFERENCIAS:

PARANÁ. Secretaria Estadual da Educação. Diretrizes Curriculares para Educação

Básica. Arte. Curitiba: SEED/DEB, 2011.

BARROCO, Sonia Mari Shima. Psicologia Educacional e Arte. UEM. Maringá. 2007.

ORTIZ, Renato. Cultura Brasileira & Identidade Nacional. Ed. Brasiliense. São Paulo.

2005.

Regimento Escolar do Colégio Estadual Desembargador Antônio Franco Ferreira da

Costa

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52

BIOLOGIA – Ensino Médio

Apresentação da disciplina:

A disciplina de Biologia tem como objeto de estudo o fenômeno VIDA. Ao longo da

história da humanidade, muitos foram os conceitos elaborados sobre este fenômeno,

numa tentativa de explicá-lo e, ao mesmo tempo, compreendê-lo.

Tanto os estudiosos de química e física do iluminismo, herdeiros dos filósofos

também tentaram explicar os fenômenos naturais na antiguidade, aos naturalistas que se

ocupavam da descrição das maravilhas naturais do novo mundo, passando pelos

pioneiros do campo da medicina, todos contribuíram no desenvolvimento de saber que

acabaram reunidos, na escola, sob o nome de ciências, ciências físicas e biológicas,

ciências da vida, ou ciências naturais.

Desde então a preocupação com a descrição dos seres vivos e dos fenômenos

naturais levou o ser humano a diferentes concepções de VIDA, e de mundo. Assim tais

interesses sempre estiveram relacionados à necessidade de garantir a sobrevivência

humana.

Desde então a era paleolítica, o ser humano, caçador e coletor, das observações

dos diferentes tipos de comportamento dos animais e da floração das plantas foram

registradas nas pinturas rupestres como forma de representar sua curiosidade em

explorar a natureza.

Desde então os conhecimentos apresentados pela disciplina de Biologia no

Ensino Médio não resultam da apreensão contemplativa da natureza em si, mas dos

modelos teóricos elaborados pelo ser humano – seus paradigmas teóricos –, que

evidenciam o esforço de entender, explicar, usar e manipular os recursos naturais,

contribuindo em uma construção de diferentes concepções dada a palavra biologia que

entendemos como estudo da vida diante da história da ciência no seu contexto histórico

nos quais há influencias religiosas, econômicas, políticas e sociais que impulsionaram

essa construção.

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A história da ciência mostra que tentativas de definir a VIDA têm origem na

antiguidade. Idéias desse período, que contribuíram para o desenvolvimento da Biologia,

assim direciona-se ao estudo e compreensão desse fenômeno VIDA com base em

conceitos das diversas áreas de conhecimento que a compõe.

A preocupação com a descrição dos seres vivos e dos fenômenos naturais levou

o homem a diferentes concepções de VIDA, no mundo.

A Biologia, como parte do processo de construção científica deve ser entendida e

compreendida como processo de produção do próprio desenvolvimento humano.

Compreendida assim, é mais uma das formas de conhecimento produzido pelo

desenvolvimento do homem e determinada pelas necessidades materiais deste em cada

momento histórico.

Desenvolver pensamento biológico de forma a permitir a reflexão sobre a origem,

o significado, a estrutura orgânica e as relações do objeto de estudo da disciplina. Assim

sendo a idéia de concepção descritiva, a vida era conceituada como “expressão da

natureza idealizada pelo sujeito racional” (RUSS, 1994, p. 360-363).

Para a ciência, em especial para a Biologia, esta construção ocorre em

movimentos não-lineares, com momentos de crises, de mudanças de paradigmas e de

busca constante por explicações sobre o fenômeno VIDA.

Organizar os conhecimentos biológicos construídos ao longo da história da

humanidade e adequá-los ao sistema de ensino requer compreensão dos contextos em

que a disciplina de Biologia é contemplada nos currículos escolares.

No Brasil, a primeira tentativa de organização do ensino correspondente ao atual

ensino médio foi a criação do Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro, em 1838.

Nessa organização havia poucas atividades dedicadas às ciências como a

história natural, química, física e a matemática, com predomínio da formação humanista.

Entendida como busca da verdade, com base no pensamento mecanicista, a

ciência, no ensino, tinha reforçada a sua tradição descritiva, cuja metodologia estava

centrada em aulas expositivas, com adoção de livros didáticos importados da França que

traziam informações atualizadas relativas à área. Era adotado o método experimental

como instrumento de reforço à teoria científica.

Na década de 1930, com a criação dos cursos superiores de ciências naturais, os

currículos escolares ampliaram a abordagem dos conhecimentos biológicos,

considerando também os fatores sociais e econômicos. Em termos metodológicos,

entretanto, manteve-se a ênfase no conteúdo, num ensino por natureza descritivo,

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livresco, teórico e memorístico.

“ Na década de 1950, a tendência da abordagem pedagógica em ciências era

tratar os conteúdos considerando os vários grupos de organismos separadamente, e as

suas relações filogenéticas” (KRASILCHIK, 2004, p. 14). As aulas práticas tinham como

meta tão somente ilustrar as aulas teóricas. A Biologia proporciona a Educação o

estimulo para que nosso aluno aprenda e compreenda assim como conheça seu corpo

das mais diferentes formas e sua contextualização no mundo como um todo.

JUSTIFICATIVA

O ensino da Biologia deverá propiciar ao aluno condições para refletir sobre seus

conhecimentos e seu papel como sujeito capaz de atuar em sua realidade de forma a não

dicotomizar a relação homem – natureza, agindo com responsabilidade consigo, com o

outro e com o ambiente.

Este fenômeno deve ser estudado à luz da construção do pensamento biológico ao

longo da história da ciência.

Para o ensino da disciplina, a proposta estabelecia seis temas que envolviam as

respectivas ciências de referência da Biologia e noções de desenvolvimento científico e

tecnológico:

1. Relações dos seres vivos e seu meio ambiente;

2. Organização dos seres vivos;

3. Classificação dos seres vivos;

4. Hereditariedade e ambiente;

5. Desenvolvimento científico e tecnológico no campo da Biologia;

6. Saúde humana.

Conteúdos estruturantes:

Organização dos Seres Vivos

Mecanismos Biológicos

Biodiversidade

Manipulação genética

Conteúdos básicos:

Classificação dos seres vivos: critérios taxonômicos e filogenéticos.

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Sistemas biológicos: anatomia, morfologia, fisiologia.

Mecanismos de desenvolvimento embriológico

Mecanismos celulares biofísicos e bioquímicos

Teorias evolutivas

Transmissão das características hereditárias

Dinâmica dos ecossistemas: relações entre os seres vivos e interdependência com

o ambiente

Organismos geneticamente modificados

Metodologia:

Para o ensino de biologia, compreender o fenômeno da VIDA e sua

complexidade de relações, significa pensar em uma Ciência em transformação, cujo

caráter provisório garanta a reavaliação dos seus resultados e possibilita o repensar e a

mudança constante de conceito e teorias elaboradas em cada momento histórico, social,

político, econômico e cultural.

A partir dos conteúdos específicos para cada série, será analisado as implicações

sociais do desenvolvimento da biologia e os conteúdos correspondentes fundamentais e

atualizados. Em seguida será selecionado as atividades e experiências que melhor levem

à consecução dos objetivos propostos. Será incluída uma diversidade de modalidades

didáticas, pois cada situação exige uma solução própria; além do que a variação das

atividades pode atrair e interessar os alunos, atender as diferenças individuais.

Recursos como aula dialogada, a leitura de textos, a escrita, a experimentação,

as analogias, os debates em sala de aula, entre tantas outras serão utilizadas no sentido

de possibilitarem a participação dos alunos favorecendo a expressão de seus

pensamentos, suas percepções, significações e interpretações.

O uso de diferentes imagens, como vídeos, transparências, livros, fotos e

atividades experimentais.

Avaliação:

Na disciplina de Biologia, a avaliação deve ser concebida de forma processual e

formativa pois esta deve acompanhar o processo de aprendizagem do aluno levando em

conta o conhecimento prévio do aluno e valorizando o processo de construção de

conceitos alem de orientar e facilitar a aprendizagem como um processo “contínuo e

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cumulativo.

Adotando assim como pressuposto a avaliação como instrumento analítico do

processo de ensino aprendizagem que se configura em um conjunto de ações

pedagógicas pensadas e realizadas ao longo do ano letivo, de modo que professores e

alunos tornam-se observadores dos avanços e dificuldades a fim de superarem os

obstáculos existentes.

A avaliação será entendida como uma alavanca que impulsiona o êxito dos alunos

e da escola como um todo. Para tanto, será contínua e evolutiva, o que dará ao professor

subsídios para a percepção de dificuldades e dos avanços dos alunos. Servirá para

desencadear e interpretar comportamentos a serem observados como: a postura do aluno

diante dos problemas, os caminhos que o aluno percorre para solucionar problemas, as

estratégias que utiliza para construir e sistematizar novos conhecimentos e o que o aluno

diz, como diz e como faz.

O aluno será avaliado através da participação, relatórios, debates trabalhos

expositivos, avaliação individual e em grupo, eventos culturais e atividades extraclasse.

Considerando que a recuperação será dada após cada conteúdo proposto segundo a

necessidade especifica de cada aluno.

Referencias Bibliográficas:

MEC/SEB – Orientações Curriculares Nacionais do Ensino Médio. Brasília, 2004

Diretrizes Curriculares de Biologia para o Ensino Médio versão preliminar. Julho

2009. Governo do Estado do Paraná. Secretaria de Estado da Educação.

Superintendência da Educação

Biologia / Vários Autores – Curitiba: SEED – PR, 2006 – p. 272

PAULINO, Wilson Roberto. Biologia, Volume 1, 2 e 3. 1º ed. São Paulo: Editora

Ática, 2005.

PPP do Colégio Desembargador Antonio Franco Ferreira da Costa – Ensino

Fundamental e Médio.

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CIÊNCIAS – Ensino Fundamental

A historicidade da ciência está ligada não somente ao conhecimento científico, mas

também às técnicas pelas quais esse conhecimento é produzido, as tradições de

pesquisa que o produzem e as instituições que as apóiam (KNELLER, 1980). Nesses

termos, analisar o passado da ciência e daqueles que a construíram, significa identificar

as diferentes formas de pensar sobre a Natureza, interpretá-la e compreendê-la, nos

diversos momentos históricos.

Entretanto, diante da impossibilidade de compor uma análise totalmente abrangente a

respeito da história da ciência optou-se, nestas diretrizes, por um recorte epistemológico

dessa história que, de acordo com Ramos (2003), permite refletir sobre a gênese, o

desenvolvimento, a articulação e a estruturação do conhecimento científico.

Dentre os epistemólogos contemporâneos, Gaston Bachelard (1884- 1962) contribuiu de

forma significativa com reflexões voltadas à produção do conhecimento científico,

apontando caminhos para a compreensão de que, na ciência, rompe-se com modelos

científicos anteriormente aceitos como explicações para determinados fenômenos da

natureza.

Alguns exemplos que demonstram o aspecto descontínuo da validade dos modelos

científicos são: a superação do modelo geocêntrico pelo heliocêntrico; a substituição do

modelo organicista pelo modelo dos sistemas para explicação das funções do corpo

humano; a superação das ideias de criação pela teoria da evolução; a refutação da teoria

do calórico pelas noções de energia; a detecção da inexistência do éter2 e a afirmação da

constituição e conservação da matéria; a dualidade onda-partícula da luz e do elétron; a

transição da mecânica newtoniana para a relativística e muitos outros.

A Natureza legitima, então, o objeto de estudo das ciências naturais e da disciplina de

Ciências. De acordo com Lopes (2007), denominar uma determinada ciência de natural é

uma maneira de enunciar tal forma de legitimação. Chauí (2005) corrobora tal afirmação

ao lembrar que no século XIX, sob influência dos filósofos franceses e alemães, dividiu-se

o conhecimento científico a partir de critérios como: tipo de objeto estudado, tipo de

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método empregado e tipo de resultado obtido. Assim, as chamadas ciências naturais

passaram a ser tomadas como um saber distinto das ciências matemáticas, das ciências

sociais e das ciências aplicadas, bem como dos conhecimentos filosóficos, artísticos e do

saber cotidiano.

As relações entre os seres humanos com os demais seres vivos e com a Natureza

ocorrem pela busca de condições favoráveis de sobrevivência. Contudo, a interferência

do ser humano sobre a Natureza possibilita incorporar experiências, técnicas,

conhecimentos e valores produzidos na coletividade e transmitidos culturalmente. Sendo

assim, a cultura, o trabalho e o processo educacional asseguram a elaboração e a

circulação do conhecimento, estabelecem novas formas de pensar, de dominar a

Natureza, de compreendê-la e se apropriar dos seus recursos. No entanto,

O método científico que levou à dominação cada vez mais eficaz da natureza passou

assim a fornecer tanto os conceitos puros, como os instrumentos para a dominação cada

vez mais eficaz do homem pelo próprio homem através da dominação da natureza [...].

Hoje a dominação se perpetua e se estende não apenas através da tecnologia, mas

enquanto tecnologia, e esta garante a formidável legitimação do poder político em

expansão que absorve todas as esferas da cultura. (HABERMAS, 1980, p. 305)

Diante disso, a história e a filosofia da ciência mostram que a sistematização do

conhecimento científico evoluiu pela observação de regularidades percebidas na

Natureza, o que permitiu sua apropriação por meio da compreensão dos fenômenos que

nela ocorrem. Tal conhecimento proporciona ao ser humano uma cultura científica com

repercussões sociais, econômicas, éticas e políticas.

O ensino de Ciências, no Brasil, foi influenciado pelas relações de poder que se

estabeleceram entre as instituições de produção científica, pelo papel reservado à

educação na socialização desse conhecimento e no conflito de interesses entre antigas e

recentes profissões, “frutos das novas relações de trabalho que se originaram nas

sociedades contemporâneas, centradas na informação e no consumo” (MARANDINO,

2005, p. 162).

Os museus de história natural, juntamente com outras antigas instituições como as

universidades e os institutos de pesquisa, contribuíram para a consolidação e

institucionalização das Ciências Naturais no país ao longo do século XIX. O

Museu Nacional do Rio de Janeiro e, depois, o conjunto dos museus brasileiros

contribuíram tanto no que diz respeito à produção do conhecimento científico quanto no

ensino de Ciências.

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Estado do Paraná, a Secretaria de Estado da Educação propôs o Currículo Básico para o

ensino de 1° grau, construído sob o referencial teórico da pedagogia histórico-crítica. Este

documento resultou de reflexões e discussões realizadas no Estado do Paraná, visando

debater os conteúdos e as orientações de encaminhamento metodológico. Esse programa

analisava as relações entre escola, trabalho e cidadania.

O Currículo Básico, no início dos anos 1990, ainda sob a LDB n. 5692/71, apresentou

avanços consideráveis para o ensino de Ciências, assegurando sua legitimidade e

constituição de sua identidade para o momento histórico vigente, pois valorizou a

reorganização dos conteúdos específicos escolares em três eixos norteadores e a

integração dos mesmos em todas as séries do 1º Grau, hoje Ensino Fundamental, a

saber, 1. Noções de Astronomia; 2. Transformação e Interação de Matéria e Energia; e 3.

Saúde - melhoria da qualidade de vida.

A disciplina de Ciências tem como objeto de estudo o conhecimento científico que resulta

da investigação da Natureza. Do ponto de vista científico, entende-se por Natureza o

conjunto de elementos integradores que constitui o Universo em toda sua complexidade.

Ao ser humano cabe interpretar racionalmente os fenômenos observados na Natureza,

resultantes das relações entre elementos fundamentais como tempo, espaço, matéria,

movimento, força, campo, energia e vida.

O ensino de Ciências implica no entendimento de que o estudante aprende conteúdos

científicos escolares quando lhes atribui significados. Isso põe o processo de construção

de significados como elemento central do processo de ensino-aprendizagem.

A compreensão cientifica como processo de formação de conceitos, possibilitando a

superação das concepções alternativas dos estudantes.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:

• Astronomia

• Matéria

• Sistemas Biológicos

• Energia

•Biodiversidade

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CONTEUDOS BASICOS:

Astros

Movimentos terrestres

Movimentos celestes

Constituição da matéria

Célula

Morfologia e fisiologia dos seres vivos

Formas de energia

Transmissão de energia

Origem da vida

Organização dos seres vivos

Sistemática

Origem e evolução do Universo

Constituição da Matéria

Evolução dos seres vivos

Gravitação Universal

Propriedade da matéria

Interações ecológicas

METODOLÓGIA:

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A integração dos conceitos científicos, abordagem por meio das relações, a história da

ciência, a divulgação científica e as atividades experimentais como aliadas nesse

processo.

Ao selecionar os conteúdos a serem ensinados na disciplina de Ciências, o professor

deverá organizar o trabalho docente tendo como referências: o tempo disponível para o

trabalho pedagógico (horas/aula semanais); o Projeto Político Pedagógico da escola; os

interesses da realidade local e regional onde a escola está inserida; a análise crítica dos

livros didáticos e paradidáticos da área de Ciências; e informações atualizadas sobre os

avanços da produção científica.

Na organização do plano de trabalho docente espera-se que o professor de Ciências

reflita a respeito das abordagens e relações a serem estabelecidas entre os conteúdos

estruturantes, básicos e específicos. Reflita, também, a respeito das expectativas de

aprendizagem, das estratégias e recursos a serem utilizados e dos critérios e

instrumentos de avaliação.

Para isso é necessário que os conteúdos específicos de Ciências sejam entendidos em

sua complexidade de relações conceituais, não dissociados em áreas de conhecimento

físico, químico e biológico, mas visando uma abordagem integradora.

Tais conteúdos podem ser entendidos a partir da mediação didática estabelecida pelo

professor de Ciências, que pode fazer uso de estratégias que procurem estabelecer

relações interdisciplinares e contextuais, envolvendo desta forma, conceitos de outras

disciplinas e questões tecnológicas, sociais, culturais, éticas e políticas.

AVALIAÇÃO

A avaliação será diagnóstica, contínua e processual, através de trabalhos em sala,

apresentação de trabalhos em grupo onde o professor deverá estabelecer critérios e

selecionar instrumentos para analisar a aprendizagem a fim de investigar.

É imprescindível a coerência entre o planejamento das ações pedagógicas do professor, o

encaminhamento metodológico e o processo avaliativo, a fim de que os critérios de

avaliação estabelecidos estejam diretamente ligados ao propósito principal do processo

de ensino e de aprendizagem, a aquisição dos conteúdos específicos e a ampliação de

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seu referencial de análise crítica da realidade, por meio da abordagem articulada.

Ao abordar cada conteúdo específico o professor precisa estabelecer critérios avaliativos

dados. Para tanto, precisa considerar uma série de fatores, dentre os quais pode-se

destacar:

A série que será avaliada;

O nível cognitivo dos alunos;

A experiência e o conhecimento de cada aluno;

As diferentes formas de apropriação dos conteúdos específicos por parte dos alunos;

O planejamento das ações pedagógicas.

A avaliação é um processo contínuo, realizado através de provas objetivas, dissertativas,

de pesquisa, trabalhos em sala e extra-classe, atividades orais e escritas, relatórios,

resumos, sendo individuais ou de grupos, realizados em parte na presença do professor e

também sem a presença do professor.

Após cada conteúdo proposto e avaliado e não havendo aproveitamento individual,

repassar o conteúdo mudando a metodologia e a forma de avaliar.

REFERENCIAS

GOWDAK, Demétrio; MARTINS, Eduardo. Ciências Novo Pensar. Editora FTD. São

Paulo. 2006. 6ª série.

Parâmetros Curriculares Nacionais;

Secretaria de Estado de Educação: Reestruturação do Ensino Médio;

Diretrizes Curriculares de Ciências para o Ensino Fundamental –

Curitiba 2009 – Governo do Estado do Paraná – Secretaria do Estado da Educação –

Superintendência da Educação - 2011

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DISCIPLINA: EDUCAÇÃO FÍSICA - Ensino Fundamental e Médio

APRESENTAÇÃO

Na Educação Física, o conhecimento produzido explícita ou implicitamente

sustenta visões de homem, mundo, sociedade, assim como diversas formas de interação

humana e papéis sociais que refletem uma forma sócio-política-econômica. Ela aparece

não como uma prática social única e restrita, mas sim, como várias práticas sociais

materializadas na forma de propostas de ensino, que contem seus próprios interesses e

fonte de análise filosófica, científica e pedagógica. Essas fontes de análise e estudo da

corporeidade humana nos contextos do jogo, do esporte, da ginástica e outras formas de

expressão corporal, tais como a dança e as lutas corporais, se apresentam também, como

campos em disputa por uma hegemonia política, instrumental e teórica.

Com a proclamação da República, entre muitas propostas de mudança, veio à tona

a discussão sobre as instituições escolares e as políticas educacionais praticadas pelo

antigo regime. Em 1882, Rui Barbosa, Deputado Geral do Império, emitiu parecer sobre o

projeto denominado “Reforma do Ensino Primário e várias instituições complementares da

Instrução Pública” onde, entre outras conclusões, afirmou a importância da ginástica para

a formação do cidadão, equiparando-a em categoria e autoridade com as demais

disciplinas. A partir de então a EDF tornou-se componente obrigatório dos currículos

escolares.

As práticas pedagógicas escolares de EDF, foram fortemente influenciadas pela

instituição militar e pela medicina para atender aos objetivos de promover e restabelecer a

saúde por meio dos exercícios físicos.

Foram importadas da Europa práticas ginásticas. Assim era atribuída à EDF a

tarefa de construir corpos saudáveis e dóceis que permitissem uma melhor adaptação dos

sujeitos ao processo produtivo.

Na década de 30, o esporte começou a se popularizar confundindo-se com a EDF.

Houve uma série de medidas implantadas para ressaltar o sentimento de valorização da

pátria por meio dos esportes, como a criação de grandes centros esportivos e a

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importação de especialistas que dominavam as técnicas de alguns esportes.

A partir de 1964, o esporte passou a ser tratado com maior ênfase no Brasil, devido

aos acordos feitos entre o MEC e o Departamento Federal da Educação América. Este

fato permitiu que muitos professores da disciplina freqüentassem cursos de pós-

graduação nos EUA na área esportiva. O esporte consolidou sua hegemonia no interior da

EDF (método tecnicista).

Com a Lei 5692/71, a disciplina passou a ter legislação específica. Em meados dos

anos 80, já se pôde falar não só de uma comunidade científica na EDF, mas também da

delimitação de tendências. Surgiam os primeiros debates voltados a uma criticidade, pois

numa visão progressista buscava-se a construção de um movimento renovador na

disciplina. Tais propostas dirigiram suas críticas aos paradigmas da aptidão física e

esportivização.

Década de 90 – elaboração do Currículo Básico no PR. O Currículo Básico se

caracterizou por uma proposta avançada onde a instrumentalização do corpo deveria dar

lugar à formação humana do aluno. No entanto, apresentava uma rígida listagem de

conteúdos que limitava o trabalho do professor.

A contradição interna do documento, a insuficiente oferta de formação continuada e

as mudanças de políticas públicas de educação enfraqueceram a prática de ensino da

EDF na escola.

Neste mesmo período, foi elaborado também o documento de Reestruturação da

Proposta Curricular do Ensino de segundo grau, para a disciplina de EDF. Esta proposta

representou um marco para a disciplina, destacando a importância da dimensão social.

Todos esses avanços teóricos da EDF sofreram um retrocesso com a apresentação

dos PCN's para a disciplina. Com uma política fortemente marcada pela concepção

neoliberal, os PCN's de EDF trazem uma proposta confusa e acrítica com uma redação

aparentemente progressista. Porém, as diversas concepções pedagógicas apresentadas

atendem a interesses que visam a um processo de individualização e adaptação à

sociedade, ao invés da construção e abordagens dos conhecimentos que possibilitem a

formação do sujeito em todas as suas dimensões.

A Educação Física propõe-se nas reflexões sobre as necessidades atuais de

ensino perante os alunos, na superação de contradições e valorização da educação.

Por isso a necessidade e importância dessa prática, pode e deve ser trabalhada

em interlocução com outras disciplinas que permitam entender a cultura corporal em sua

complexidade, ou seja, na reação com as múltiplas dimensões da vida humana.

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A Educação Física possui como objeto de estudo a cultura corporal , tem como

objetivo integrar o aluno na cultura corporal de movimento, formando o cidadão que vai

produzi-la, reproduzi-la e transformá-la como oportunidade para reelaborar idéias e

praticas que ampliem a compreensão do aluno sobre saberes produzidos pela

humanidade e suas implicações para a vida; instrumentalizando-o para usufruir do jogo,

do esporte, das atividades rítmicas e dança, da ginástica, lutas e práticas de aptidão

física, em benefício da qualidade da vida, refletir sobre as necessidades atuais de ensino

da Educação Física, superando a visão fragmentada do homem,conhecer aspectos

históricos, sociais dos jogos e esportes mais atuais e relevantes, mídia, violência e

inclusão da mulher no esporte, transformação dos jogos, conhecer, valorizar, respeitar e

desfrutar da pluralidade de manifestações da cultura corporal do Brasil e do mundo,

percebendo-os como recurso valioso para a integração entre pessoas e entre diferentes

grupos sociais, refletir sobre as informações específicas da cultura corporal, sendo capaz

de discerni-las e reinterpretá-las em bases científicas, adotando uma postura autônoma,

na seleção de atividades e procedimentos para a manutenção ou aquisição de saúde,

conhecer as regras básicas dos jogos ensinados possibilitando as mudança e criação de

novas regras, inter relacionar a educação com os problemas mundiais, como as

desigualdades sociais a alienação das pessoas em relação a natureza, a deturpação da

sexualidade, dos valores, os descuidos com a saúde, a opressão e conhecer, valorizar,

apreciar e desfrutar de algumas manifestações da cultura afro, indígena e do campo,

presente no cotidiano, repudiando qualquer espécie de violência, adotando atitudes de

respeito mútuo, dignidade e solidariedade.

Considerando o objeto de ensino e de estudo da Educação Física tratado nas

Diretrizes, isto é, a Cultura Corporal, por meio dos Conteúdos Estruturantes propostos –

esporte, dança, ginástica, lutas, jogos e brincadeiras –, a Educação Física tem a função

social de contribuir para que os alunos se tornem sujeitos capazes de reconhecer o

próprio corpo, adquirir uma expressividade corporal consciente e refletir criticamente

sobre as práticas corporais.

O aprofundamento dos estudos étnico-raciais no campo da Cultura Corporal como

condição elementar para que os alunos de Educação Física pudessem compreender, à

luz da história, os desafios propostos pela Lei 10.639/03. Colaborar na aplicação da lei

11.645/08 (MEC – LDB), proporcionando vivências com conteúdos que explorem a

história e a cultura afro-indígena brasileira, dando suporte à educação das relações

étnico-raciais para a formação de uma sociedade mais justa e equânime, favorecendo a

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vivência de princípios que cultivem o não preconceito, a tolerância e a paz entre os

grupos e demais pessoas com as quais estiverem se relacionando e estimular a formação

e a valorização da identidade e do pertencimento à cultura brasileira.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E CONTEÚDOS BÁSICOS

Jogos e brincadeiras – Jogos de Tabuleiro, Jogos Dramáticos, Jogos

cooperativos, Jogos e Brincadeiras Populares, Cantigas de Roda e Jogos

Dramáticos.

Esporte – coletivos, individuais e radicais.

Ginásticas – ginástica de academia, ginástica geral, ginástica artística e olímpica.

Lutas – lutas de aproximação, luta que mantém distancia, capoeira, judô, jui/jitsu,

karatê, boxe, taekwondo.

Danças – Danças Folclóricas, Dança de Rua e Dança Criativa.

Elementos Articuladores

Cultura Corporal e Corpo

Cultura Corporal e Ludicidade

Cultura Corporal e Saúde

Cultura Corporal e Mundo do Trabalho

Cultura Corporal e Desportivização

Cultura Corporal – Técnica e Tática

Cultura Corporal e Lazer

Cultura Corporal e Diversidade

Cultura Corporal e Midia

METODOLOGIA

O professor de Educação Física tem a responsabilidade de organizar e

sistematizar o conhecimento sobre as práticas corporais, o que possibilita a comunicação

e o diálogo com as diferentes culturas. No processo pedagógico, o senso de investigação

e de pesquisa pautado no processo histórico crítico pode transformar as aulas de

Educação Física e ampliar o conjunto de conhecimentos que não se esgotam nos

conteúdos, nas metodologias, nas práticas e nas reflexões. Busca na filosofia dialéticaa

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base da construção do conhecimento.

Essa concepção permite ao educando ampliar sua visão de mundo por meio da

Cultura Corporal, de modo que supere a perspectiva pautada no tecnicismo e na

desportivização das práticas corporais. Por exemplo: ao se tratar do histórico de

determinada modalidade, na perspectiva tecnicista, os fatos eram apresentados de forma

anacrônica e acrítica. No entanto, no encaminhamento proposto pelas Diretrizes, esse

mesmo conhecimento é transmitido e discutido com o aluno, levando-se em conta o

momento político, histórico, econômico e social em que os fatos estão inseridos.

Cabe ressaltar que tratar o conhecimento não significa abordar o conteúdo

‘teórico’, mas, sobretudo, desenvolver uma metodologia que tenha como eixo central a

construção do conhecimento pela práxis, isto é, proporcionar, ao mesmo tempo, a

expressão corporal, o aprendizado das técnicas próprias dos conteúdos propostos e a

reflexão sobre o movimento corporal; tudo isso segundo o princípio da complexidade

crescente, em que um mesmo conteúdo pode ser discutido tanto no Ensino Fundamental

quanto no Ensino Médio.

AVALIAÇÃO

A avaliação deve ser entendida como um aspecto permanente e cumulativo de

trabalho didático pedagógico, procurando soluções adequadas para o sucesso do aluno,

respeitando o seu ritmo de aprendizagem, caracterizado de acordo com o Projeto Político

Pedagógico e Regimento Escolar.

` A avaliação deverá ser diagnóstica, de modo contínuo, buscando aspectos

formativos, considerando sua participação e consciência crítica sob aspectos bio-pisco-

social, determinando as mudanças ocorridas durante o processo ensino-aprendizagem.

A partir das referências coletadas na avaliação diagnóstica, nas primeiras aulas,

que servirá de base de dados ao processo subseqüente, o professor terá uma visão dos

saberes acumulado e das dificuldades apresentadas pelos alunos e dos conteúdos

apropriados por eles durante as séries anteriores. Uma vez detectado o grau de

conhecimento e de dificuldades do aluno, serão elaborados e sistematizados os

conteúdos que serão aplicados no decorrer do processo.

A recuperação de conteúdos será organizada com atividades significativas, por

meio de procedimentos didáticos, metodologias diversificadas durante todo o ano.

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Os critérios para avaliação deveram ser estabelecidos, considerando o

comprometimento com envolvimento durante o processo ensino-aprendizagem como: Se

os educando entrega as atividades proposta;Se houve assimilação dos conteúdos

propostos; Se há envolvimento do educando, seja através da participação prática,

relatórios ou avaliações teóricas, podendo ocorrer de diferentes instrumentos, dentre eles:

- Avaliação;

- Dinâmica de grupo;

- Seminários;

- Apresentação de trabalhos;

- Tente – Invente, faça jogos diferentes;

- Participação/envolvimento nas atividades.

- Trabalhos em Grupos

- Auto Avaliação

- Individual

- Portifólio

BIBLIOGRAFIA :

DIRETRIZES CURRICULARES de Educação Física, da educação fundamental da rede

de educação básica do estado do Paraná.SEED,2010.

COBRA, Nuno .A Semente da Vitória.15ª. ed.SENAC.São Paulo.2001.223pg.

HILDEBRANDT, Reiner. LAGING,ralf. Concepções abertas no ensino da educação

física.trad. Sonnhilde von der heide . Rio de Janeiro . Ao livro técnico,1986.142pg.

TAFFAREL ,Celi Nelza Zulke.Criatividade nas Aulas de Educação Física.Rio de

Janeiro. Ao livro técnico ,1985.84pg

CUNHA, Marcus Vinicius da. A escola contra a família. In: LOPES,

Eliane Marta Teixeira et al. (Org.). 500 anos de Educação no Brasil. Belo Horizonte:

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RESENDE, H. G. DE & SOARES, A. J. G. Conhecimento e especificidade da educação

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SÁ, N. P. Educação: contradições do pensamento crítico no Brasil. (Tese de

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PROJETO POLITICO PEDAGOGICO, Colégio Desembargador Antonio Franco Ferreira

da Costa - Ensino Fundamental e médio , Icaraíma – Paraná .

REGIMENTO ESCOLAR Desembargador Antonio Franco Ferreira da Costa - Ensino

Fundamental e médio , Icaraíma – Paraná .

LIVRO DIDÁTICO PEDAGÓGICO, Educação Física – Ensino Médio

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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE ENSINO RELIGIOSO

APRESENTAÇÃO

O Ensino Religioso iniciou com o catolicismo, depois passou a ser laico. Por meio de

vários debates e questionamentos, foi visto a importância da disciplina no Ensino da

Escola Pública. A mesma foi mantida e reformulada em várias épocas. Assim resultou

num consenso que a mesma não deveria ser mais catequética e sim propor estudar as

diferentes manifestações do sagrado, seus significados, tradições religiosas, o sentido da

vida, levado o aluno a compreender as diferentes culturas e a constituição da vida em

sociedade.

Analisar e compreender o sagrado como cerne da experiência religiosa do cotidiano que

contextualizo no universo cultural. O Ensino Religioso, ao resgatar o sagrado, busca a

experiência que perpassa as diferentes culturas expressas tanto nas religiões mais

sedimentadas, como em outras manifestações mais recentes. O conteúdo abordado pelo

Ensino Religioso terá também, a preocupação com os processos históricos de

constituição do sagrado, buscando explicar os caminhos percorridos até a concretização

de simbologias e espaços que ser organizam em territórios sagrados, ou seja, a criação

das tradições.

Falar em ensino religioso é entender o seu desenvolvimento a partir da política

educacional.

No Brasil Colônia, a religião é resultante do poder estabelecido, em decorrência do

regime de padroado. É catequização de índios, colonas e negro. Como as escolas eram

de missão, não há Ensino Religioso propriamente dito.

No período do império, a religião era vítima do regalismo; a escola pública tem início

com o Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro, e já há grande número de escolas religiosas.

Logo, continua o processo de ensino de religião.

Na República, há a separação Igreja-Estado e o ensino denominado leigo aponta um

novo modelo que exclui o ensino da religião na escola.

No período Revolução de 30, fala-se pela primeira vez de Ensino Religioso, mas o

entendimento continuava sendo do ensino da religião. O Ensino Religioso inicia sua

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trajetória de força de lei.

Simplesmente permitido, deixa transparecer o grau de neutralidade da lei: “O Ensino

Religioso poderá ser contemplado como matéria do curso ordinário das escolas primárias,

normais e secundárias. Não poderá, porém, constituir objeto de obrigação dos mestres ou

professores, nem de frequência compulsória por parte dos alunos”.

Na constituição de 1946, o Ensino Religioso estava contemplado:

Art. 168. O Ensino Religioso constituirá disciplinas dos horários das escolas oficiais, é de

matrícula facultativa e será ministrada de acordo com a confissão religiosa do aluno,

manifestada por ele, se for capaz, ou pelo seu representante legal ou responsável.

Na Constituição de 1967 e Emenda constitucional nº 1, de 1969, reafirma o Ensino

Religioso:

Art. 168. (...)

Art. 176. (...)

V- o Ensino religioso de matricula facultativa constituirá disciplina dos horários normais

das escolas oficiais de grau primário e médio.

Na constituição Cidadã de 1988. O Ensino Religioso está contemplado no art. 210: “ O

Ensino Religioso, de matricula facultativa, constitui disciplina dos horários normais das

escolas públicas.

Resultante da primeira emenda popular, com mais de 75.000 assinaturas, essa

redação do artigo 210 não retratou o que as assinaturas subscreviam:

“A Educação religiosa será garantida pelo Estado no Ensino de 1º e 2º Graus como

elemento integrante de oferta curricular, respeitando a pluralidade cultural e a liberdade

religiosa”.

Decorrentes de determinado pela nossa lei maior, a constituição, são as Leis

Orgânicas em, nosso caso, as Leis de Ensino.

Leis de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, quanto ao Ensino Religioso.

Lei 4.024/61

Lei 5.692/71

Lei 9.394/96

Lei 9.475/97 – Uma grande mudança no Ensino Religioso. Lei fruto de um Grande

consenso.

“O sentido da lei está em garantir que a escola de Ensino Fundamental oportunize aos

alunos o acesso ao conhecimento religioso. Não é seu interesse fazer com que a escola

garanta aos estudantes o acesso ás formas constitucionais de religião- isto é competência

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das próprias igrejas e crenças religiosas. A escola compete garantir o acesso ao

conhecimento religioso, a seus componentes epistemológicos, sociólogos e históricos.

Pode, naturalmente, servir-se de fenômeno religioso e de sua diversidade, sem, contudo,

erigir uma ou uma forma de religiosidade em objeto de aprendizagem escolar. Na aula de

Ensino Religioso nossas crianças têm que ter acesso ao conhecimento religioso, não aos

preceitos de uma ou de outra religião”. (Deputado Padre Roque).

Diante do surgimento de grandes debates no quais retomaram a questão de liberdade

religiosa, devido á pressão das tradições e da sociedade civil organizada, contribuindo

para superar a desigualdade étnico religiosa e garantir o direito constitucional de liberdade

de cerne e expressão e o respeito entre as diferenças religiosas.

Analisar e compreender o sagrado como o cerne da experiência religiosa do cotidiano

que o contextualiza no universo cultural é a função do Ensino Religioso.

[...] aquilo que para as igrejas é objeto de fé, para a escola é objeto de estudo. Isto supõe

a distinção entre fé/crença e religião, entre o ato subjetivo de crer e o fato objetivo que o

expressa. Essa condição implica a superação da identificação entre religião e igreja,

salientando sua função social e o seu potencial de humanização das culturas. Por isso, o

Ensino Religioso na escola pública não pode ser concebido, de maneira nenhuma, como

uma espécie de licitação para as Igrejas (neste caso é melhor não dar nada) . A instituição

escolar deve reivindicar a título pleno a competência sobre essa matéria (COSTELLA,

2004, p. 105-106).

OBJETIVOS:

Compreender, pensar, refletir sobre as diferentes expressões de busca do sagrado

entre os povos;

Posicionar-se como agente transformador da sociedade em que vive a fim de

aprimorá-la, a partir do convívio em sala de aula;

Compreender a dimensão do mistério o ser humano não possuir a totalidade do

conhecimento sobre a organização do universo e sobre a vida;

Reconhecer as diferentes expressões religiosas e as diversas formas de buscar o

Sagrado;

Posicionar criticamente frente aos problemas sociais, administrando a crise de

valores, buscando a justiça social e respeitando todas as formas de expressões

religiosas;

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Compreender a relação sociedade X natureza X ritos X festas religiosas de forma

respeitosa e adequada.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Conteúdos Estruturantes

Conteúdos Básicos 5ª série/ 6ª ano

Paisagem Religiosa

Universo Simbólico Religioso

Texto Sagrado

Organizações Religiosas

Lugares Sagrados

Textos Sagrados orais ou escritos

Símbolos Religiosos

METODOLOGIA

Propõe-se um encaminhamento metodológico baseado na aula dialogada, isto é,

partir da experiência religiosa do aluno e de seus conhecimentos prévios para, em

seguida, apresentar o conteúdo que será

trabalhado.

Portanto a construção do conhecimento ocorrerá através da relação sujeito/objeto (no

Ensino Religioso o sujeito-aluno em relação ao objeto-sagrado), cabendo ao professor

munir-se de um instrumento (método) que o auxilie nessa articulação. Pressupõe também

encaminhar a reflexão com questionamentos, diálogos, problematizações que promovam

a conscientização e o entendimento da pluralidade religiosa. Levando o aluno a, perceber

a diversidade das tradições religiosas.

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AVALIAÇÃO:

No processo educativo, a avaliação deve se fazer presente, tanto como meio de

diagnóstico do processo ensino-aprendizagem quanto como instrumento de investigação

da prática pedagógica. Assim a avaliação assume uma dimensão formadora, uma vez

que, o fim desse processo é a aprendizagem, ou a verificação dela, mas também permitir

que haja uma reflexão sobre a ação da prática pedagógica. Para cumprir essa função, a

avaliação deve possibilitar o trabalho com o novo, numa dimensão criadora e criativa que

envolva o ensino e a aprendizagem. Desta forma, se estabelecerá o verdadeiro sentido da

avaliação: acompanhar o desempenho no presente, orientar as possibilidades de

desempenho futuro e mudar as práticas insuficientes, apontando novos caminhos para

superar problemas e fazer emergir novas práticas educativas (LIMA, 2002).

Frequentemente os conhecimentos prévios dos alunos são compostos por uma visão de

senso comum, empírica, sincrética, na qual quase tudo, aparece como natural, como

afirma Saviani (1991, p. 80). O professor, por sua vez, deve posicionar-se de forma clara,

objetiva e crítica quanto ao conhecimento sobre o Sagrado e seu papel sócio-cultural.

Assim, exercerá o papel de mediador entre os saberes que o aluno já possui e os

conteúdos a serem trabalhados em sala de aula.

O Ensino Religioso não constitui objeto de aprovação ou reprovação nem terá

registro de notas ou conceitos na documentação escolar, por ser caráter facultativo de

matricula na disciplina.

Cabe ao professor programar praticas avaliativas que permitam acompanhar o

processo de apropriação de conhecimentos pelo aluno e pela classe, cujo parâmetro são

os conteúdos tratados e os seus objetivos.

Para efetivar o processo de avaliação no Ensino Religioso, é necessário estabelecer os

instrumentos e definir os critérios que explicitem o quanto o aluno se apropriou do

conteúdo específico da disciplina e foi capaz de relacioná-lo com as outras disciplinas. A

avaliação pode revelar também em que medida a prática pedagógica, fundamentada no

pressuposto do respeito à diversidade cultural e religiosa, contribui para a transformação

social.

O professor elaborará instrumentos que o auxiliem a registrar quanto a aluno e a turma

se apropriaram ou têm se apropriado dos conteúdos tratados nas aulas de Ensino

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Religioso.

Apesar de não haver aferição de notas ou conceitos que impliquem aprovação ou

reprovação do aluno, recomenda-se que o professor registre o processo avaliativo por

meios de instrumentos que permitam a escola, ao aluno, aos seus pais ou responsáveis a

identificação dos progressos obtidos na disciplina.

REFERÊNCIAS:

VARELA, Carmem/Sanches Manoel – Editora Àtica – Educação Religiosa – 2001

Revista Mundo Jovem

VIESSER, Lezete Carmem –Ensino Religioso na Escola Pública - IESDE BRASIL S.A .

Caderno Pedagógico no Ensino Religioso – O Sagrado no Ensino Religioso, SEED.

PPP. Do Colégio Estadual Antônio F. F. Da Costa

DCE, de Ensino Religioso 2008– Educação Básica -SEED

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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE FILOSOFIA

APRESENTAÇÃO

A racionalização da mitologia grega proporcionou um salto histórico para o conhecimento

humano, grego,... e ocidental.

Com aqueles questionamentos sobre a razão de ser das coisas criou-se uma postura

investigativa e salutar para o conhecimento, a qual o homem moderno cultiva em parte até

hoje.

A história da filosofia e as idéias dos filósofos que nos precederam constituem, assim,

uma fonte inesgotável de inspiração e devem alimentar constantemente as discussões

realizadas pelo professor e pelos estudantes em sala de aula. Os problemas, as idéias, os

conceitos e os conteúdos estruturantes devem ser desenvolvidos, portanto, de tal forma

que os diversos períodos da história da filosofia e as diversas maneiras através das quais

eles discutem as questões filosóficas sejam levados em consideração.

Na idade Média, a Filosofia era fortemente marcada pelo teocentrismo, pensamento de

características muito diferentes das que prevaleciam no período anterior.

A desestruturação do Império Romano foi concomitante ao crescimento da Igreja como

poder eclesiástico.

O medievo é, assim, marcado pela inspiração divina da Bíblia, pelo monoteísmos, pelo

criacionismo, pela idéia do pecado original, pelo conceito cristão de amor (ágape) e por

uma nova concepção de Homem, cuja essência encerra a condição de igualdade como

criatura divina. A Filosofia da Idade Média, nos seus dois grandes períodos, Patrística (

séc. II ao VIII), trata basicamente do aperfeiçoamento dos instrumentos lógicos para

melhor compreensão dos textos bíblicos e dos ensinamentos dos padres da Igreja. A

razão é posta predominantemente em função da fé, ou seja, a Filosofia serve à Teologia

[...] não basta crer: é preciso também compreender a fé. (REALE, ANTISERI, 2003, p.

125).

Na modernidade, a busca da autonomia da razão e da constituição da individualidade se

confronta com os discursos abstratos sobre Deus e sobre a alma, substituindo-os

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paulatinamente, pelo pensamento antropocêntrico. A Filosofia declara sua independência

da Teologia e os pensadores passam a tratar principalmente de questões filosófico-

científicas (racionalismo, Empirismo, Criticismo).

A filosofia contemporânea é resultado da preocupação com o homem, principalmente no

tocante à sua historicidade, sociabilidade, secularização da consciência, o que se

constata pelas inúmeras correntes de pensamento que vêm constituindo esse período.

A partir do final do século XIX, a Filosofia é marcada pelo pluralismo de idéias, o que

permite pensar de maneira específica cada um conteúdos estruturantes apresentados

nestas Diretrizes. Ainda que os problemas pensados hoje também tenham se

apresentado, anteriormente, como problemas, a atividade filosófica deve considerar as

características e perspectivas do pensamento que marcam cada período da história da

Filosofia.

No Brasil, a filosofia como disciplina figura nos currículos escolares desde o ensino

jesuítico, ainda nos tempos coloniais sob as leis do Ratio Studiorum – documento

publicado em 1599, que segundo Ribeiro (1978) objetivava a organização e o

planejamento do ensino dos jesuítas, com base em elementos da cultura européia,

ignorando a realidade, as necessidades e interesses do índio, do negro e do colono.

Com a Proclamação da República, a Filosofia passou a fazer parte dos currículos oficiais,

até mesmo como disciplina obrigatória. Essa presença não significou, porém, um

movimento de crítica à configuração social e política brasileira, que oscilou entre a

democracia formal, o populismo e a ditadura.

A LDB n. 4.024/61 extinguiu a obrigatoriedade do ensino de Filosofia e, com a Lei n.

5.692/71, durante a ditadura, a Filosofia desapareceria dos currículos escolares do

Segundo Grau, sobretudo por não servir aos interesses políticos, econômicos e

ideológicos do período.

A partir da década de 1980, com o processo de abertura política e de redemocratização

do país, as discussões e movimentos pelo retorno da Filosofia ao Ensino Médio (à época,

denominado Segundo Grau) ocorreram em vários estados do Brasil.

Ensinar Filosofia no Ensino Médio, no Paraná, no Brasil, na América Latina, não é o

mesmo que ensiná-la em outro lugar. Isso exige do professor claro posicionamento em

relação aos sujeitos desse ensino e das questões históricas atuais que lhes são

colocadas como cidadãos de um país.

A Filosofia é filha da ágora e sua origem a vincula à política. Uma Filosofia sem

compromissos com a humanidade e distante da política, seria por si só uma contradição

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insuperável. Esse vínculo histórico se fortalece na medida em que a Filosofia desenvolve

as potencialidades que a caracterizam: capacidade de indagação e crítica: qualidades de

sistematização, de fundamentação; rigor conceitual; combate a qualquer forma de

dogmatismo e autoritarismo; disposição para levantar novas questões, para repensar,

imaginar e construir conceitos, além da sua defesa radical da emancipação humana, do

pensamento e da ação, livres de qualquer forma de dominação.

O ensino de Filosofia deve objetivamente permitir através dos conteúdos estudados a

possibilidade do aluno apreender o mundo que o cerca, mais criticamente, no que tange

os conceitos de felicidade, cidadania, liberdade e solidariedade. Tendo em vista que na

realidade do jovem estudante esses conceitos se encontram camuflados e até deturpados

pelo modelo social vigente, o que também inibe o poder “do pensar”, já que os

argumentos e opiniões lhes são oferecidos “prontos”. As metas a serem alcançadas são:

Contribuir para a formação de cidadãos críticos, conscientes e participativos;

Permitir que o aluno apreenda e pense por si mesmo, argumente, problematize e

investigue criticamente criando e recriando os conceitos filosóficos;

Oferecer ao aluno a possibilidade de compreender a complexidade do mundo

contemporâneo, suas múltiplas particularidades e especializações, contribuindo

com as demais disciplinas para a compreensão do mundo da linguagem, da

literatura, da história, das ciências e da arte;

Levar o aluno a experienciar à atividade reflexiva de compartilhamento do processo

de construção de conceitos e valores, alimentando, sustentando e investigando a

experiência pessoal e subjetiva;

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:

CONTEÚDOS BÁSICOS

1º Ano

Mito e Filosofia;

Saber Mítico

Saber filosófico

Relação Mito e Filosofia;

Atualidade do mito

Mito Afro e Mito Indígena

O que é filosofia?

Teoria do Conhecimento

Possibilidade do conhecimento

As formas de conhecimento;

O problema da verdade

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A questão do método

Conhecimento e lógica

2º Ano

Ética,

Ética e moral;

Pluralidade ética;

Etnias

Razão, desejo e vontade;

Liberdade: autonomia do sujeito e a

necessidade das normas.

Filosofia e Política

Relação entre comunidade e poder;

Liberdade e igualdade política;

Política e ideologia;

Esfera pública e privada;

Cidadania formal e/ou participativa

3º Ano

Filosofia da Ciência;

Concepções de ciência;

A questão do método científico;

Contribuições e limites da ciência;

Ciência e ideologia;

Ciência e ética.

Estética.

Natureza da arte;

Filosofia e arte;

Categorias estéticas – feio, belo

sublime, trágico, cômico, grotesco,

gosto, etc.;

Cultura Afro e Cultura Indígena

Estética e sociedade.

2- METODOLOGIA:

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As práticas metodológicas serão diferenciadas, visando maior interação dos alunos com

os conteúdos, através de:

MOBILIZAÇÃO

Filmes, imagens, textos músicas que constituirão as atividades a serem

desenvolvidas;

PROBLEMATIZAÇÃO

Através da identificação de problemas, do levantamento de questões e

investigações de conteúdos;

Abordagem de investigação como meio de analisar problemas e possíveis

soluções;

INVESTIGAÇÃO

Estudo de problemas atuais, que levem o aluno a construir seus próprios conceitos

e, até mesmo, construir seu próprio discurso filosófico.

CRIAÇÃO DE CONCEITO

Diálogo entre professor/aluno e aluno/aluno articulando os conceitos em diferentes

momentos e, quando existir situações de não-aprendizagem eles poderão ser

retomados e aprofundados.

3- AVALIAÇÃO:

A avaliação será diagnóstica, processual e investigativa, subsidiando o processo de

ensino aprendizagem, garantindo a construção do conhecimento coletivo entre o

professor e o aluno. Incentivando a capacidade do aluno em argumentar, reformular

questões de maneira organizada, sistemática, com métodos determinados e examinando

um todo articulado. Com exercícios reflexivos, pesquisas, discussões, leituras e

comentários escritos e orais, para diagnóstico de dificuldades e intervenção no processo

da aprendizagem, avaliando a capacidade do aluno em trabalhar e criar conceitos,

construir e tomar posições.

4-RECUPERAÇÃO:

A Recuperação é um dos aspectos da aprendizagem no seu desenvolvimento

contínuo, pela qual o aluno, com aproveitamento insuficiente, dispõe de condições que lhe

possibilitem a apreensão de conteúdos básicos.

A recuperação deverá constituir um conjunto integrado ao processo de ensino, além

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de se adequar às dificuldades dos alunos.

O Professor deve usar de metodologias diversificadas para dar condições efetivas à

aprendizagem de seus alunos.

Referências Bibliográficas:

BORNHEIM, G. O sujeito e a norma. In NOVAES, Adauto. Ética. São Paulo: Companhia

das Letras, 1997.

DELEUZE, G. GUATTARI, F. O que é Filosofia? Rio de Janeiro: Ed.34, 1992. 288p.

(Coleção Trans)

GALLO, S; KOHAN, w. O. (org.) Filosofia no Ensino Médio. Petrópolis: Vozes, 2000.

LANGON M. Filosofia do Ensino de Filosofia. In. GALLO, S.; CORNELLI, G. DANELON,

M. (Org.) Filosofia do Ensino de Filosofia. Petrópolis: Vozes, 2003.

Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova- 1932. In: História da Educação no Brasil.

KOHAN; WAKSMAN. Perspectivas atuais do ensino de filosofia no Brasil. In: FÁVERO, A;

Koban, W. O. RAUBER, J.J. Um olhar sobre o ensino de filosofia.

CHAUÍ. MARILENA. Filosofia. Série Ensino Médio 1ª Ed. Editora Ática. São Paulo. 2002.

DIRETRIZES CURRICULARES DE FILOSOFIA PARA A EDUCAÇÃO BÁSICA. Secretaria

de Estado da Educação - SEED. Paraná, 20

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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR

DISCIPLINA: FÍSICA - 2011

SÉRIES: 1ª, 2ª e 3ª SÉRIES – ENSINO MÉDIO.

PROFESSOR PEDRO NUNES NAVARRO

1 - APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A aventura no mundo da Física, inicia na região da Trácia, cidade de Abdera, costa

norte do mar Egeu, onde o filósofo Leucipo foi morar por volta de 478 a.C. Leucipo é

considerado fundador da Escola de Abdera, e projetou no mundo da Física, dedicando ao

estudo da constituição da matéria que compõe nosso Universo. Á escola de Abdera, é

atribuído a teoria atomística da matéria.

Muitos foram os estudos e contribuições dos mais diversos povos como os árabes,

chineses entre outros. Entretanto, a História da Física demonstra que até o período do

Renascimento, a maior parte da ciência conhecida pode ser resumida à Geometria

Euclidiana, à Astronomia geocêntrica de Ptolomeu (150 d.C.) e a Física de Aristóteles

(384-322 a.C.).

Considerado um dos maiores sábios da antiguidade, Aristóteles de Estagira viveu no

século IV a.C., não aceitava a teoria atomística da matéria, e defendia que “a matéria tem

uma estrutura perfeitamente contínua e poderia ser subdivida para sempre, sem limite”.

Entretanto, os seguidores da escola de Abdera, acreditavam que as diversas espécies de

matéria poderiam ser subdivididas até um certo limite, e a partir daí, seria impossível

novas divisões. Posteriormente, essas partículas foram denominadas “átomos”.

Nascido em 95 a.C., Lucrécio difundiu as idéias atomísticas entre os Romanos, e

mais tarde, na época do Renascimento, Pierre Gassend solidificou a teoria atomística da

matéria, em substituição á teoria plena da matéria de Aristóteles. Coube a Proust e

Dalton, no século XVIII d.C., ao proporem as leis das proporções constantes e múltiplas, a

aceitação geral de que: quando substâncias elementares se combinam, fazem como

entidades discretas ou átomos

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Na literatura, encontramos relatos sobre a teoria heliocêntrica no século V antes de

Cristo. Relação da arte, ponto de vista critico de cada artista, assim como temas de

aspectos filosóficos passaram a ser analisados e organizados com olhar cientifico, após

várias formulações apresentadas por Kepler, quando relacionou fenômenos terrestres e

celestes. A unificação da filosofia com a razão cientifica tende a desenvolver um grande

potencial criador no individuo.

O século XIX estava com o cenário preparado para que mudanças ocorressem em

todos os campos. Ocorria então, a unificação na Física, cuja sistematização coube ao

escocês James Clerk Maxwell, por volta de 1861.

No cenário científico mundial, o início do século XX, foi marcado por uma nova

revolução, no campo da pesquisa da Física. Em 1905, Einsten propusera a teoria da

relatividade ao perceber que as equações de Maxwell, não obedeciam às regras de

mudança de referencial da teoria newtoniana. Ao decidir pela preservação da teoria,

alterava os fundamentos da mecânica e apresentava uma nova visão do espaço. Isaac

Newton definiu no século XVII: o espaço é o "palco" fixo, imutável, sobre o qual se

desenrola o grande drama cósmico, e o tempo é universal e misterioso "relógio no céu".

Einsten, em sua teoria da relatividade, determina que o espaço está constantemente

sendo distorcido e curvado pela matéria e pela energia que se movem nele, e o tempo flui

a taxas diferentes para diferentes observadores.

São inúmeros os exemplos de desenvolvimentos da física voltados às aplicações

bélicas. Simples como o de Arquimedes até o uso de aviões e armas nucleares. No

século XX, nas duas guerras mundiais, o poder de destruição cresceu exponencialmente

pela aplicação da ciência e da tecnologia aos armamentos, culminando na Segunda

Guerra com as bombas de Hiroshima e Nagasaki.

Em 1808, o ensino de física foi trazido para o Brasil, apenas com o intuito de

favorecer as elites da burguesia. As escolas primárias ou profissionais, que não tinham

nenhum intelectual matriculado, o ensino de física não fazia parte da grade curricular.

A Física tem como objeto de estudo o Universo em toda sua complexidade. Por isso

a disciplina propõe o estudo da natureza. O ensino de Física deve ser empregado de

maneira que o aluno consiga relacionar com o seu cotidiano, tornando-se um instrumento

necessário para a compreensão desse mundo, como conhecimento indispensável à

formação da cidadania.

A Física deve educar, contribuindo para o desenvolvimento de um sujeito crítico,

capaz de admirar a beleza da produção científica ao longo da história e compreender a

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necessidade desta dimensão do conhecimento, para o estudo sobre o universo e os

fenômenos da natureza. Mas também, que percebam a não neutralidade de sua

produção, bem como os aspectos sociais, políticos, econômicos e culturais desta ciência,

seguindo os fundamentos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, adotada e

proclamada pela resolução 217 A (III), da Assembléia Geral das Nações Unidas em 10 de

Dezembro de 1948 – Art. XXVI, Toda pessoa tem Direito á instrução, e a Constituição de

1988 – Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será

promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno

desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação

para o trabalho.”

2 - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS

Estruturante: Movimento

Básicos:

Momentum e inércia

Conservação da quantidade de movimento

2ª Lei de Newton

3ª Lei de Newton

Energia e o Princípio da Conservação da energia

Gravitação

Estruturante: Termodinâmica

Básicos:

Leis da Termodinâmica

Lei zero da Termodinâmica

1ª Lei da Termodinâmica

2ª Lei da Termodinâmica

Estruturante: Eletromagnetismo

Básicos:

Carga, corrente elétrica, campo e ondas eletromagnéticas

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Força eletromagnética

Equações de Maxwell: Lei de Gauss para a eletrostática/Lei de Coulomb

Lei de Ampére, lei de Gauss magnética, Lei de Faraday

A Natureza da luz e suas propriedades

3 – METODOLOGIA

O aprendizado pode tornar significativo para o aluno, se for permitido a ele uma

consistente compreensão dos conceitos formais da física. Para isso, o ensino

aprendizagem da física, tem que ser visto com um olhar diferente.

Assim, sempre que possível, deve utilizar elementos presentes no dia a dia dos

alunos, como ponto de partida desse processo. A percepção dos acontecimentos naturais

e a universalidade desses eventos, podem e serão extremamente significativos no

entendimento e formulação de princípios da física.

A visão da Física como ciência, na construção humana, em seus contextos

históricos e culturais, e principalmente na construção do conhecimento científico, levará a

interpretação da importância que cada indivíduo tem na sociedade em que vive.

O processo de ensino aprendizagem terá como ponto de partida o conhecimento

prévio trazido pelos alunos, fruto de suas experiências de vida em seu contexto social,

interessando às concepções alternativas apresentadas pelos conteúdos, as quais

influenciam a aprendizagem do conhecimento científico.

O professor fará uso da experimentação como uma metodologia de ensino, e

poderá contribuir para fazer a ligação entre teoria e prática.

Como o campo disciplinar da Física mantém relações com outras disciplinas, os

conceitos destas devem ser utilizados para o melhor entendimento do conhecimento físico

e vice-versa.

A Física deverá ser trabalhada em conjunto, ou seja, fazer acontecer entre

professor/aluno e aluno/aluno a troca de experiências através de aulas expositivas,

dinâmicas de grupos, leitura científica, estudos de textos complementares relacionados

aos conteúdos trabalhados, vídeos que mostrem a evolução científica e/ou tecnológica,

práticas laboratoriais e pesquisas diversas, valorizando também o uso da televisão, Pen-

drive, internet e outros recursos tecnológicos.

A utilização de textos, podem ser fortalecidas com temas publicados nos cadernos

e revistas de publicações específicas para o ensino de Física; Caderno Brasileiro de

Ensino de Física, Revista Brasileira de Ensino de Física, Revista Ciência e Educação

entre outras que podem dar suporte ao aprendizado de Física.

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O professor abordará temas relacionados à cultura afro-brasileira, tais como os

sons emitidos pelos instrumentos produzidos pelos povos e também estudar os

movimentos provenientes danças e corridas. Texturas e cores em seus ornamentos, bem

como abordar situações na arte da caça e pesca, realizada pelos indígenas.

A escolha desse processo metodológico, levará a importantes reflexões e

discussões em grupos, favorecendo a realização das atividades experimentais, o que

implica em aprender e compreender as relações naturais, com atividades cotidianas.

Se a aprendizagem ocorre sempre de forma processual, os procedimentos utilizados

para indicar o caminho a ser alcançado, necessitarão de todos os recursos disponíveis na

instituição de ensino e ao alcance do educador.

3 - CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DA DISCIPLINA

O processo de avaliação da aprendizagem, não pode ter caráter único, nem visão

tecnicista classificatório. A aplicação única de provas tradicionais, não possibilita uma

visão globalizada do conhecimento do indivíduo. A avaliação terá como parâmetros, vários

processos avaliativos; a avaliação formativa e avaliação qualitativa. Esse processo de

avaliação, envolve a aprendizagem com resultados mais enriquecedores, onde “ser

avaliado” passa a ter outro significado.

A possibilidade do aluno refazer o que não fez certo, e assim, os erros cometidos

não assumem caráter de penalidades, podendo ser, novamente questionados e

discutidos, alcançando novos saberes.

A avaliação educacional deve também ter um caráter de diagnóstico da situação de

aprendizagem, além do aspecto formativo, com o objetivo de verificar a evolução do

educando. Essa forma de avaliação, possibilita professores e alunos, a perspectiva de

auto avaliação.

Os alunos serão avaliados através da verificação da compreensão dos conceitos,

essencial para o entendimento de uma unidade de ensino e aprendizagem planejada; a

capacidade de entendimento de um texto (compreensão, análise, síntese), seja ele

literário ou científico; para uma opinião que leve em conta o conteúdo físico; na leitura de

um texto que não seja de divulgação científica, nos quais os conceitos físicos não estão

explicitados, a avaliação pode partir da elaboração de um novo texto pelo estudante,

cujos conceitos, espera-se apareçam com mais transparência; a capacidade de elaborar

um relatório tendo como referência os conceitos, as leis, enfim as teorias físicas sobre um

experimento ou qualquer outro evento que envolva física. Avaliar é considerar a

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apropriação dos objetos da Física, toma-la como instrumento para intervir no processo de

aprendizagem, cujo objetivo é o crescimento do aluno.

A recuperação dos conteúdos deverá ser realizada utilizando recursos e técnicas de

aprendizagem diversificados, contingente na metodologia aplicada, envolvendo os alunos,

docentes e o estabelecimento de ensino, promovendo assim estratégias de recuperação.

Podendo então, adotar uma dinâmica de oportunidade e reflexões, durante o processo

ensino-aprendizagem (educador e educando), observando a realidade e respeitando a

individualidade de cada ator, nesse processo de aprender.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

COLÉGIO ESTADUAL DESEMBARGADOR ANTONIO FRANCO FERREIRA DA COSTA:

Projeto Político Pedagógico.

Paraná, Secretaria de Estado da Educação

Diretrizes Curriculares para o ensino de Física. Curitiba: SEED, 2008.

Biblioteca do Professor

Física / vários autores. – Curitiba: SEED- PR, 2006.- p. 232

Gonçalves Filho, Aurélio

Física e realidade: ensino médio física, 2 / Aurélio Gonçalves Filho, Carlos Toscano.

- São Paulo: Scipione, 2010.

Luz, Antonio Máximo Ribeiro da

Física Ensino Médio : Luz, Beatriz Alvarenga Álvares.- São Paulo: scipione, 2005.

Sampaio, José Luiz

Universo da física; José Luiz Sampaio, Caio Sérgio Calçada.- 2.ed- São Paulo: Atual,

2005.

Silva, Cláudio Xavier da

Física aula por aula: eletromagnetismo, ondulatóri, física moderna / Claudio Xavier

da Silva, Benigno Barreto Filho. - 1ed.- São Paulo : FTD, 2010.-(coleção física aula por

aula; v3)

Livro didático Público de Física; (LDP);

BRASIL/MEC. Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDB 9.394/96

Mura, João

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Física Geral III / João Mura, Maurício Antônio Custódio Melo, Ivair Aparecido dos

Santos. - - - Maringá: EDUEM, 2010.

GEOGRAFIA ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO.

1- Apresentação

A geografia surgiu na Antiga Grécia, sendo no começo chamado de história natural ou

filosófica natural.

Grande parte do mundo ocidental conhecido era dominada pelos gregos. Sempre

interessados em descobrir novos territórios de domínio e atuação comercial, era

fundamental que conhecessem o ambiente físico e os fenômenos naturais, sempre

atentos às características dos ventos, importante para sua navegação em termos de

velocidade e segurança. Sobre tais experiências, os gregos deixaram para as futuras

gerações escritos que contavam as suas vivência geográfica. Estudos feitos acerca do rio

Nilo, no Egito, detalhavam, entre outras coisas, seu período de cheia anual.

No século IV a.c., os gregos observaram o planeta como um todo. Através de estudos

filosóficos e observações astronômicas, Aristóteles foi o primeiro a receber crédito ao

conceituar a terra como uma esfera. Com o colapso do Império Romano, os grandes

herdeiros da geografia grega foram os árabes. Já no século XV, viajantes redescobriram o

interesse pela exploração, pela descrição geográfica, e mapeamento.

Grandes nomes se empenharam no estudo das várias áreas da geografia. A geografia

social, por exemplo, recebeu a dedicação de nomes como Goethe, Kant, e Montesquieti,

preocupados em estabelecer em seu estudo a relação entre a humanidade no meio

ambiente. A geografia recebeu novas subdivisões, entre as quais, a geografia

antropológica e a geografia política.

Por volta século XIX, surgia a Escola Alemã, apresentando o determinismo, que suportava

a ideia de que o clima era capaz de estimular ou não a força física e o desenvolvimento

intelectual das pessoas. Assim, afirmava que nas zonas temperadas a civilização teria um

desenvolvimento mais elevado do que as quentes e úmidas zonas tropicais. Já nos anos

30, a Escola Francesa lançava possibilismo, que afirmava que as pessoas poderiam

determinar seu desenvolvimento a partir de seu ambiente físico, ou seja, sua escolha

determinaria a extensão de seu avanço cultural.

Chegaram os anos 60 com todas as suas revoluções, e o desejo de fazer da geografia um

estudo mais científico, mais aceito como disciplina, levaram à adoção da estatística como

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recurso de apoio. No final da década, duas novas técnicas de suma importância para a

geografia começaram a ser desenvolver: o computador eletrônico e o satélite, dando nova

ênfase à disciplina.

A Geografia sendo uma ciência institucional cumpre um papel de relevância junto

Estado/nação é fundamental importância para a construção e reformulação de teorias e

determinados conceitos. Considerando as diversidades das transformações ocorridas nos

diferentes momentos históricos e particularmente na contemporaneidade, a geografia

desempenha um papel importantíssimo na formação de um aluno consciente e

posicionando-se diante das relações sócias espaciais, os conflitos e as contradições

sociais, econômicas, culturais em vigência ou de decorrências passadas.

Considerando o objeto de estudo da Geografia o “Espaço Geográfico", bem como seus

conceitos fundamentais: paisagem e região, território, lugar, sociedade e natureza,

(trabalhar com os educandos, metodologias que possam levá-los a compreender, pensar,

refletir e desvendar o mundo. Posicionar-se como agente transformador da sociedade em

que você, a fim de aprimorá-la. Localizar-se no espaço. Reconhecer e transmitir entre as

diferentes escalas espaciais. Posicionar-se criticamente frente aos problemas sociais,

administrar a crise e buscar a justiça social. Desenvolver o raciocínio geográfico. Formar

uma consciência espacial. Compreender a relação sociedade vezes natureza de forma

respeitosa e adequada.

A cada momento que se passa, amplia-se velozmente o interesse, necessidade de se

desenvolver um estudo mais aprofundado sobre as questões geográficas. Além disso,

cresce a convicção de que os conhecimentos da geografia são importantes e devem

merecer mais atenção em todos os níveis de ensino e, serem trabalhados de modo a

ajudar a desenvolver conceitos e conhecimentos necessários para a aplicação cotidiana,

objetivando integrar a multiplicidades temporais e, culturais, espaciais, econômicos entre

outras, destacando o estudo das neutralidades como proponentes fundamentais de

prática social.

O ensino de geografia assumiu novas posturas no decorrer da história humana. Ela

sempre procurou contribuir na formação do indivíduo no campo econômico, cientifico,

cultual e social preparando o educando para viver na sociedade moderna respeitando o

meio em que vive. Compreender, pensar, refletir e desvendar o mundo. Posicionar-se

como agente transformador da sociedade em que vive a fim de aprimorá-la à linguagem

cartográfica. Posicionar-se criticamente frente aos problemas sociais, administrar a crise e

buscar a justiça social. Desenvolver o raciocínio geográfico. Formar uma consciência

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espacial.

3-CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

-DIMENSÃO ECONOMICA DA PRODUÇÃO DO ESPAÇO GEOGRÁFICO

-DIMENSÃO POLÍTICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO

-DIMENSÃO CULTURAL E DEMOGRÁFICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO

-DIMENSÃO SOCIOAMBIENT AL DO ESPAÇO GEOGRÁFICO

4-CONTEÚDOS

Ensino Fundamental - 5ª série

Conteúdos básicos

Formação e transformação das paisagens naturais e culturais.

Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e

produção.

A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.

A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re)'organização do espaço

geográfico.

As relações entre campo e a cidade na sociedade capitalista.

A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da

população.

A mobilidade populacional e as manifestações sócio-espaciais da diversidade cultural.

As diversas regionalizações do espaço geográfico.

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Ensino fundamental - 6ª série

Conteúdos básicos

A formação, mobilidade das fronteiras a reconfiguração do território brasileiro.

A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e

produção.

As diversas regionalizações do espaço brasileiro.

As manifestações sócio-espaciais da diversidade cultural.

A transformação, demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da

população.

Movimentos migratórios e, suas motivações.

O espaço rural e a modernização da agricultura.

A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a

urbanização.

A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re) organização do espaço

geográfico.

A circulação de mão-de-obra, das mercadorias e das informações.

Ensino Fundamental – 7ª serie

Conteúdos básicos

As diversas regionalizações do espaço geográfico.

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A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios do continente

americano.

A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do estado.

O comercio em suas implicações sócio-espaciais .

A circulação da mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações.

A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re) organização do espaço

geográfico.

As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista.

O espaço rural e a modernização da agricultura.

A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da

população.

Os movimentos migratórios e suas motivações.

As manifestações sócio-espaciais da diversidade cultural.

Formação, localização e utilização dos recursos naturais.

Ensino Fundamental 8ª- série

Conteúdos básicos

As regionalizações do espaço geográfico.

A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papeI do Estado.

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A revolução técnico - cientifico informacional e os novos arranjos no espaço da produção.

O comercio mundial e as implicações sócio-espaciais.

A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios.

A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da

população.

As manifestações sócio-espaciais da diversidade cultural.

Os movimentos migratórios mundiais; e suas motivações.

A distribuição das atividades produtivas, a transformações da paisagem e a (re)

organização do espaço geográfico.

A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e

produção.

O espaço em rede: produção, transporte e comunicações na atual configuração territorial

Ensino Médio

Conteúdos básicos

A formação e transformação das paisagens.

A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e

produção.

A distribuição espacial das atividades produtividades e a (re) organização do espaço

geográfico.

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A formação, localização, exploração e utilizado dos recursos naturais.

A revolução técnica cientifica - informacional e os novos arranjos no espaço da produção.

O espaço rural e a modernização da agricultura

O espaço em rede: produção, transporte e comunicaçã0 na atual configuração territorial.

A circulação de mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações.

Formação, mobilidade das fronteiras e a reconfigurações dos territórios.

As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista. .

A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a urbanização

recente.

5-METODOLOGIA

O contato entre diferentes gêneros de vida seria, então, um elemento fundamental para o

progresso humano, pois, para Vidal de La Blache, esse contato propiciaria verdadeiras

oficinas de civilização. Esses argumentos, embora diferentes da Geografia Alemã,

também justificavam a colonização dos povos que desenvolveram gêneros de vida muito

simples, fortalecendo a ideia de missão civilizadora européia (MORAES, 1987). O método

da Geografia Clássica enfatizava a observação e a descrição minuciosa do espaço em

estudo. Na escola geográfica francesa, esses aspectos faziam parte da pesquisa

etnográfica da individualidade dos lugares. Em busca de estatuto científico, a Geografia

Clássica criou princípios, regras de procedimento que balizavam o método. Entre os mais

expressivos, estão: o princípio da unidade terrestre que pressupõe a Terra como um todo,

compreendida tão somente numa visão de conjunto; o princípio da individualidade, o qual

afirma que as características próprias de cada lugar se reproduzem em outro lugar; o

princípio da atividade que afirma que tudo na natureza é dinâmico e está em constante

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atividade; o princípio da conexão que pressupõe a inter-relação entre todos os elementos

da superfície terrestre; o princípio da comparação que condiciona a compreensão dos

lugares à contraposição das características individuais de cada um deles; o princípio da

extensão, o qual determina que todo fenômeno manifestasse numa porção variável do

planeta; e o princípio da localização, pelo qual todo fenômeno é passível de ser delimitado

(MORAES, 1987, p. 25-26).

Os aspectos visíveis, mensuráveis e palpáveis da realidade balizavam a pesquisa

científica em Geografia e a vinculavam ao positivismo.

.

Paraná, as nossas discussões sobre a emergente Geografia Crítica ocorreram no final da

década de 1980, em cursos de formação continuada e em discussões sobre reformulação

curricular, promovidos pela Secretaria de Estado da Educação, que publicou, em 1990, o

Currículo Básico para a Escola Pública do Paraná. Esse documento apresentava um

projeto político-pedagógico que expressava a necessidade de repensar os fundamentos

teóricos e os conteúdos básicos das disciplinas, da pré-escola à 8ª série. Nessa mesma

linha, para o 2º Grau, foram produzidos documentos intitulados Reestruturação do Ensino

de Segundo Grau no Paraná com cadernos separados para as disciplinas e para os

cursos técnicos profissionalizantes. A abordagem teórica crítica, proposta para o Ensino

da Geografia naqueles documentos, baseava-se na compreensão do espaço geográfico

como social, produzido e reproduzido pela Sociedade humana. Para a seleção de

conteúdos, pautava-se na dimensão econômica da produção do espaço geográfico com

destaque para as atividades industriais e agrárias, além das questões relativas à

urbanização. Tal proposta apresentava uma ruptura no ensino da Geografia em relação à

chamada Geografia Tradicional e rejeitou a abordagem histórica, presa a uma

metodologia de ensino reduzida à observação, à descrição e à memorização dos

elementos naturais e humanos do espaço geográfico, tratados de maneira fragmentada.

Ao propor uma análise social, política e econômica do espaço geográfico, parte do

movimento da Geografia Crítica entendeu que a superação da dicotomia entre Natureza e

Sociedade (Geografia Física e Geografia Humana) e da abordagem parcelar dos

conteúdos, dar-se-ia, na escola, pelo abandono do ensino sobre a dinâmica da Natureza.

Por isso, essa proposta não foi imediatamente compreendida nem bem aceita por parte

dos professores da rede estadual de ensino. A compreensão e a incorporação da

Geografia Crítica foram gradativas e, inicialmente, vinculadas, tanto aos programas de

formação continuada que aconteceram no final dos anos de 1980 e início dos de 1990,

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quanto à utilização de livros didáticos fundamentados nessa perspectiva teórica. No

entanto, essa incorporação da Geografia Crítica no ensino básico sofreu avanços e

retrocessos em função do contexto histórico da década de 1990, quando aconteceram

reformas políticas e econômicas vinculadas ao pensamento neoliberal que atingiram a

educação.

Atender as peculiaridades do Ensino Fundamental é o grande desafio, levando-se em

consideração o último de cada estudante, suas características pessoais, sua experiência

de vida, seu contexto sócio-econômico e cultural.

Em sala de aula será abordado conceitos de lugar, território, natureza e sociedade,

buscando uma relação do espaço vivido visando refletir sobre as influências e a

interferência do mundo globalizado incutido nesse processo. Buscar um elo entre o que é

estudado e a realidade local e global.

Diversas atividades serão desenvolvidas como: conversa informal, atividades interativas,

imagem, letra de música e poesia relacionados ao conteúdo, aula de campo, história em

quadrinhos, mapa mental e coletas de dados gerais sobre o conhecimento geográfico

para posterior aplicação de atividades, que possibilitam pensar e repensar sua realidade

social (município, Paraná, Brasil e mundo).

Destacando e valorizando o Paraná, o trabalho no campo e a cultura Afro-Brasileira, por

meio de textos, imagens, mapas, pesquisas bibliográficas, etc.

6- AVALIAÇÃO

Como sabemos, qualquer processo de ensino-aprendizagem necessita de meios

avaliativos para que possa criar meios de ajustes das ações pedagógicas grupais e

individuais, para saber em que grau nosso alunos atingiram os objetivos propostos e com

precisão qual é o ponto de partida de uma nova aprendizagem e também para comunicar

o que está efetivamente acontecendo com o processo de aprendizagem do educando e

as formas de ensinamentos dos professores.

Também tem a finalidade de servir como um verdadeiro diagnóstico da realidade da

escola: como são suas práticas, de que forma é organizada, quais são os recursos de que

se dispõe e, igualmente importante, contemplar as expectativas da comunidade.

Vemos que as exigências maiores do sistema são justamente uma avaliação processual,

contínua e sistematizada, que privilegie os aspectos qualitativos e a interação do aluno.

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Portanto, avaliar um novo paradigma é dinamizar oportunidades de ação-reflexão, num

acompanhamento permanente do professor e este deve propiciar ao aluno, em seu

aprendizado, reflexões acerca do mundo, formando seres críticos, liberatórios e

participativos na construção do seu próprio conhecimento.

Em nossa disciplina os critérios de avaliação mais utilizados são:

-Prova objetiva;

-Prova dissertativa;

-Seminário;

-Trabalho em grupo;

- Relatórios.

A avaliação possibilitara acompanhar a aprendizagem, revendo o que não conseguiu

atingir, usando novas metodologias para que assim possa garantir o sucesso no ensino

aprendizagem.

BIBLIOGRAFIA

PARANÁ – Secretaria de Educação do Paraná – Diretrizes Curriculares da Educação

Básica – Geografia – Governo do Estado do Paraná: SEED, Curitiba, 2008.

MOREIRA, Igor e Elizabeth Auricchio. Construindo o Espaço. São Paulo: Ática 2008.

VESENTINI, José Wilian e Vânia Vlach. Geografia Crítica: O Espaço Social e o Espaço

Brasileiro – São Paulo – Ed. Ática.

VESENTINI, José Wilian, Geografia Crítica. São Paulo: Ática, 2.004.

GARAVELLO Garcia – Geografia: O Espaço Geográfico e Fenômenos Naturais. São

Paulo. Ed. Scipione.

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Hucitec, 1996.

ALMEIDA, Lúcia Marina e RIGOLIN, Tércio Barbosa: Novo Ensino Médio – São Paulo –

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MASSOLULIÉ, François: Os Conflitos no Oriente Médio, Século XX, - Ática.

OLIC, Nelson Basic. Geopolítica da América Latina. São Paulo: Moderna, 1992.

APOSTILA do IESDE. Curitiba – PR.

IBEP, Instituto Brasileiro de Edições Pedagógicas, São Paulo.

GARCIA, Helio Carlos – Geografia: De Olho no Mundo do Trabalho – São Paulo – Ática

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OLIVEIRA, Dicionário Cartográfico – Rio de Janeiro – FIBGE – 1993.

DOCUMENTO Introdutório para Discussão Pedagógica – Julho 2006.

GUIMARÃES, Mauro (org). Caminhos da Administração Ambiental: Da Forma à ação.

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TUMA, Magda Madalena Peruzin. Viver é Descobrir – História-Geografia do Paraná. São

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CAMPOS, João Batista (org). Parque Nacional Ilha Grande – Reconquista e Desafios.

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SCHÄFFER, N. O. A cidade nas aulas de geografia. In: Castrogiovanni, A. C.; et al.

Geografia em sala de aula: práticas e reflexões. 4. ed. Porto Alegre: Editora UFRGS,

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RODRIGUES, F. L.; CAVINATTO, V. M. Lixo: de onde vem? Para onde vai? 2. ed. São

Paulo: Editora Moderna, 2003.

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DISCIPLINA: HISTÓRIA – ENSINO MÉDIO E ENSINO FUNDAMENTAL

APRESENTAÇÃO

A Educação no Brasil nos seus primórdios ficava a cargo da família ou da Igreja,

pouco tinham direito à Educação, os jesuítas nossos primeiros educadores davam

preferência em educar os meninos e estes provinham das famílias tradicionais com maior

poder aquisitivo. No Período Imperial o Marques de Pombal reformulou a Educação no

Brasil, expulsando os jesuítas, com grande perda para o país. O Estado assume a

educação, mas nada fez, e se omitia dos deveres educacionais, pois não era prioridade

para ele. A Legislação educacional veio a ser discutida novamente no ano de 1827 e a

implantação da Lei 8927, onde legislar, prover e manter a educação no país é dever do

Estado.. E, em 1834 delega a educação para as províncias. Somente em 1932, veio

discutir a educação do país, após a criação do Ministério da Educação, no Governo

Vargas, através do “Manifesto dos Pioneiros” que pregava um sonho dos pioneiros o de

uma escola democrática, com forte papel do Estado na elaboração e cumprimento das

leis da educação. A partir daí, somente em 1960, é que a escola através de leis passa a

ser um bem público, não uma escola para poucos, garantindo não somente o acesso,

mas uma escola de qualidade. A partir do Golpe de 1964, muda o modo de pensar e

administrar a escola pública. Escola passa a ser um direito e responsabilidade de todos,

como nos garante a Constituição de 1988. A História passou a existir como disciplina

escolar com a criação do Colégio Pedro II, em 1837. Alguns professores do Colégio Pedro

II construíram os programas escolares, os manuais didáticos e as orientações dos

conteúdos que seriam ensinados. Essas produções foram elaboradas sob influência da

História metódica e do positivismo, caracterizadas, em linhas gerais, por uma

racionalidade histórica orientada pela linearidade dos fatos, pelo uso restrito dos

documentos oficiais como fonte e verdade histórica e, por fim, pela perspectiva da

valorização política dos heróis. O currículo oficial de História tinha como objetivo legitimar

os valores aristocráticos, no qual o processo histórico conduzido por líderes excluía a

possibilidade das pessoas comuns serem entendidas como sujeitos históricos. Este

modelo de ensino de História foi mantido no início da República (1889), e o Colégio Pedro

II continuava a ter o papel de referência para a organização educacional brasileira. Em

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1901, o corpo docente alterou o currículo do colégio e propôs que a História do Brasil

passasse a compor a cadeira de História Universal. No início da década de 1930, houve

debates sobre a inclusão da disciplina de Estudos Sociais na escola e a experiência

norte- americana passaram a fazer parte dos debates educacionais pela Escola Nova. A

partir de 1964, o ensino de História manteve seu caráter estritamente político. Mantivera-

se os grandes heróis como sujeitos da História narrada. O ensino não tinha espaço para

análise crítica e interpretações dos fatos, mas objetivava formar indivíduos que

aceitassem e valorizassem a organização da pátria. Na década de 1970, o ensino dessa

disciplina era predominantemente tradicional, tanto pela valorização de alguns

personagens como sujeitos da História e de sua atuação em fatos políticos quanto pela

abordagem dos conteúdos históricos de forma factual e linear, formal e abstrato, sem

relação com a vida do aluno. A prática do professor era marcada por aulas expositivas,

cabendo ao aluno a memorização e repetição do que era ensinado como verdade. Na

década de 80 e no início dos anos de 1990, cresceram os debates em torno das reformas

democráticas na área educacional, repercutindo nas novas propostas de ensino de

História. Essa discussão entre educadores e outros setores da sociedade foi resultado da

restauração das liberdades individuais e coletivas do país. De 1990 até 2002 foi divulgado

os PCN para o Ensino Fundamental e Médio. De 2003 até hoje houve uma discussão

coletiva, com o objetivo de elaborar novas Diretrizes Curriculares Estaduais para o ensino

de História. Sob uma perspectiva de inclusão social, estas Diretrizes consideram a

diversidade cultural e a memória paranaense, de modo que buscam contemplar

demandas e que também se situam os movimentos sociais organizados e destaca o

cumprimento da Lei nº 13.381/01, o cumprimento da Lei nº 10.639/03 e o cumprimento da

Lei nº 11.645/08. O estudo da História busca a compreensão dos processos e dos

sujeitos históricos,o desvendamento das relações que se estabelecessem entre os grupos

humanos em diferentes tempos e espaços. A História tem como objeto de estudo os

processos relativos às ações e às relações humanas praticadas no tempo, bem como a

respectiva significação atribuída pelos sujeitos, tendo ou não consciência dessas ações.

As relações humanas podem ser definidas como estruturas sócio-históricas, ou seja, são

as formas de pensar, de agir, sentir, representar, imaginar, instituir e de se relacionar

social, cultural e politicamente. A História busca explicar tanto as uniformidades e

regularidades das formações sociais quanto as rupturas e diferenças que se constituem

no embate das ações humanas. Busca aprimorar o exercício da problematização da vida

social, como ponto de partida para a investigação produtiva e criativa, buscando identificar

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102

as relações sociais de grupos locais, regionais, nacionais e de outros povos; perceber as

diferenças e semelhanças nas sociedades; comparar problemáticas atuais e de outros

momentos,posicionar-se de forma crítica no seu presente e buscar as relações possíveis

com o passado. Na disciplina de História inserimos a cultura afro-brasileira, reconhecendo

a valorização de suas origens,cultura e identidade. Abordamos a História do Pr, na sua

dimensão política,econômica , social e cultural.

A finalidade da História é a busca da superação das carências humanas

fundamentada por meio de um conhecimento constituído por interpretações

históricas.Essas interpretações são compostas por teorias que diagnosticam as

necessidades dos sujeitos históricos e propõem ações no presente e projetos de futuro.

Já a finalidade do ensino de História é a formação de um pensamento histórico a partir da

produção do conhecimento. Esse conhecimento é provisório, configurado pela

consciência histórica dos sujeitos.

Para que esse objetivo ligado à aprendizagem histórica seja alcançado, sob a

exploração de metodologias ligadas à epistemologia da História, é importante considerar,

na abordagem dos conteúdos temáticos:

Múltiplos recortes temporais;

Diferentes conceitos de documento;

Múltiplos sujeitos e suas experiências, numa perspectiva de diversidade;

Formas de problematização em relação ao passado;

Condições de elaborar e compreender conceitos que permitam pensar

historicamente; superação da idéia de História como verdade absoluta por meio da

percepção dos tipos de consciência histórica expressas em narrativas históricas.

O ensino de História visa:

Ampliar o conhecimento que o aluno tem de seu próprio mundo, por meio do estudo do

passado da humanidade;

Demonstrar a dinâmica dos processos históricos;

Proporcionar o aluno a adquirir uma prática sistemática de pesquisa e de consulta as

fontes;

Desenvolver a capacidade de leitura e de escrita,bem como a capacidade de análise do

aluno;

Estimular discussões em classe sobre o tema estudado;

Valorizar outras fontes de conhecimento, além da produção escrita;

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103

Propiciar reflexões sobre conceitos específicos da área,tempo, espaço,

cotidiano,cultura,sociedade, civilização, tecnologia, trabalho, economia, poder e classes

sociais;

Valorizar o trabalho disciplinar;

Desenvolver a argumentação crítica;

Considerar o aluno como produtor de conhecimento e promover o exercício da cidadania;

Destacar os valores e a importância da cultura afro-brasileira e indígena para a formação

da nossa etnia e a contribuição do povo negro e índio nas áreas social, econômica e

política pertinentes à história do Brasil;

Entender criticamente o processo histórico e a atuação do homem nesse processo;

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: Entendem-se por Conteúdos Estruturantes os

conhecimentos de grande amplitude que identificam e organizam os campos de estudos

de uma disciplina escolar, considerados fundamentais para a compreensão de seu objeto

de estudo de ensino. Os conteúdos estruturantes que organizam o ensino de História

nestas Diretrizes são: as Relações de Trabalhos, as Relações de Poder e as Relações

Culturais.

CONTEÚDOS BÁSICOS:

5ª Série/ 6º Ano

A experiência humana no tempo.

Os sujeitos e suas relações com o outro no tempo.

A cultura local e a cultura comum.

6ª Série/ 7º Ano

As relações de propriedade.

A constituição histórica do mundo do campo e do mundo da cidade.

As relações entre o campo e a cidade.

Conflitos e resistências e produção cultural campo/cidade.

7ª Série/8º Ano

História das relações da humanidade com o trabalho.

O trabalho e a vida em sociedade.

O trabalho e as contradições da modernidade.

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Os trabalhadores e as conquistas de direito.

8ª Série/9º Ano

A constituição das instituições sociais.

A formação do Estado.

Sujeitos, Guerras e revoluções.

Nos conteúdos específicos de História contemplamos a Lei 13.381/01 – História e

Cultura Afro-Brasileira e Indígena (Lei 11.645/08)l, bem como a Lei 13.381/01 –

História do Paraná e os Desafios Educacionais e Contemporâneos.

Ensino Médio

1º Ano

Trabalho Escravo, Servil, Assalariado e o Trabalho Livre.

Urbanização e Industrialização

2º Ano

O Estado e as Relações de Poder

Os sujeitos, as revoltas e as guerras

3º Ano

Movimentos sociais, políticos e culturais e as guerras e revoluções

Cultura e religiosidade

METODOLOGIA

A metodologia proposta para o ensino de História utiliza-se como base os conteúdos

estruturantes que se desdobram em conteúdos básicos específicos e abordados através

dos temas.

Dentro da disciplina, a metodologia proposta pode ser trabalhada de diversas maneiras

partindo da problemática mais próxima da realidade do aluno, que pode ser construída

através de documentos,de um tema. Para um melhor conhecimento serão desenvolvidas

atividades interativa, conversa informal, resgate da própria história e investigação do

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próprio conhecimento, sendo todas utilizadas como pré-requisitos para a produção do

conhecimento histórico. Os métodos a serem utilizados podem ser realizados através de

pesquisas, debates, entrevistas, elaborações de conceitos, produções de

textos,narração,discrição,argumentação,explicação e problematização, entre outros.

As imagens, livros, jornais, histórias em quadrinhos,fotografias, pinturas,visitas a museus,

filmes,músicas, etc., são documentos que podem ser transformados em materiais

didáticos de grande valia na constituição do reconhecimento histórico.

O conteúdo será trabalhado deforma explicativa, permitindo que o aluno compreenda os

fatos ocorridos da nossa história, discernindo e refltetindo a respeito das mudanças, as

rupturas, as transformações que ocorreram através do tempo. Os recursos tecnológicos

usados na aula de história são a TV pendrive, vídeos, datashow e laboratório de

informática.

AVALIAÇÃO:

A avaliação é um processo de verificação das dificuldades apresentadas pelos alunos,

deve se fazer presente, tanto como meio diagnóstico do processo ensino-aprendizagem

quanto como instrumento de investigação da prática pedagógica. A avaliação deve

possibilitar o trabalho com o novo, numa dimensão criadora e criativa que envolva o

ensino e a aprendizagem.

A avaliação deverá ser diagnóstica, formativa e contínua, subsidiando e redirecionando as

ações no processo ensino-aprendizagem, garantindo a construção do conhecimento

coletivamente entre o educador e o educando, garantindo a produção individual e coletiva,

através dos instrumentos e dos critérios diversificados.

Recuperar os conteúdos propostos a cada avaliação, através de trabalhos individuais,

pesquisas no livro didático, produção de textos e provas escritas.

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS:

CANTELE. Bruna Renata, História Ensino Médio de Olho no Mundo do Trabalho. Ed.

Scipione, 2003

BARBOSA. Milton Benedito, História do Brasil do Império a Republica. Ed. Scipione,

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106

1990.

HOBSBAWN. Eric, Companhia da Letras. Ed. Schschwarcz Ltda. 2005.

CESAR, Beto. Compreendendo a História do Paraná. 2003.

Paraná – Secretaria de Estado da Educação - Diretrizes Curriculares da Educação Básica

– História.

Projeto Político Pedagógico do Estabelecimento de Ensino – Col. Est. Des. Antonio

Franco Ferreira da Costa – Ensino Fundamental e Médio.

Livro Didático – Joelza Ester Domingues Rodrigues – Edição renovada História

Paraná – Secretaria de Estado da Educação – Caderno Pedagógico de História do

Paraná – Representações, Memorias, Identidades – Curitiba 2008.

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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE LÍNGUA INGLESA

Apresentação

Na relação entre as abordagens de ensino, na estrutura do currículo e na sociedade,

residem as causas da ascensão e do declínio do prestígio das línguas estrangeiras nas

escolas. Com o objetivo de analisar tais relações, para definir as Diretrizes Curriculares

para o ensino de Língua Estrangeira na Rede Pública Estadual, será abordada a seguir a

dimensão histórica desse componente curricular.

Desde o início da colonização do território que hoje corresponde ao litoral brasileiro,

houve a preocupação do Estado português em facilitar o processo de dominação e

expandir o catolicismo. Naquele contexto, coube aos jesuítas a responsabilidade de

evangelizar e de ensinar o latim aos povos que habitavam o território, como exemplo de

língua culta.

Em 1976, o ensino de Língua Estrangeira voltou a ser valorizado, quando a disciplina se

tornou novamente obrigatória, somente no 2º Grau. Entretanto, não perdeu o caráter de

recomendação para o 1º Grau, se a escola tivesse condições de oferecê-la.

No Estado do Paraná, a partir década de 1970, tais questões geraram movimentos de

professores insatisfeitos com a reforma do ensino. Esse movimento se fez presente no

Colégio Estadual do Paraná, fundado em 1846, que contava com professores de latim,

grego, francês, inglês e espanhol.

Uma das formas para manter a oferta de línguas estrangeiras nas escolas públicas após o

parecer 581/76, bem como a tentativa de superar a hegemonia de um único idioma

ensinado nas escolas, foi a criação do Centro de Línguas Estrangeiras no Colégio

Estadual do Paraná, em 1982, o qual passou a oferecer aulas de inglês, espanhol, francês

e alemão, aos alunos, no contra turno.

Conteúdo estruturante:

Discurso enquanto prática social.

CONTEÚDOS

CONTEÚDOS BÁSICOS

Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística, serão

adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais

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de circulação. O professor fará a seleção de gêneros, nas diferentes esferas, de acordo

com o Projeto Político Pedagógico, com a Proposta Pedagógica Curricular, com o Plano

Trabalho Docente, ou seja, em conformidade com as características da escola e com o

nível de complexidade adequado a cada uma das séries.

LEITURA

• Tema do texto;

• Interlocutor;

• Finalidade;

• Aceitabilidade do texto;

• Informatividade;

• Elementos composicionais do gênero;

• Léxico;

• Repetição proposital de palavras;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.

ESCRITA

• Tema do texto;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Informatividade;

• Elementos composicionais do gênero;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;

• Acentuação gráfica;

• Ortografia;

• Concordância verbal/nominal.

ORALIDADE

• Tema do texto;

• Finalidade;

• Papel do locutor e interlocutor;

• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos;

• Adequação do discurso ao gênero;

• Turnos de fala;

• Variações linguísticas;

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• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos.

ENSINO FUNDAMENTAL:

6º ANO

ESCRITA

• Tema do texto;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Intencionalidade do texto;

• Intertextualidade;

• Condições de produção;

• Informatividade (informações necessárias para a

coerência do texto);

• Léxico;

• Coesão e coerência;

• Funções das classes gramaticais no texto;

• Elementos semânticos;

• Recursos estilísticos (figuras de linguagem);

• Marcas linguísticas: particularidades da língua,

pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão,

negrito);

• Variedade linguística;

• Ortografia;

• Acentuação gráfica.

ORALIDADE

• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas,

gestos, etc ...;

• Adequação do discurso ao gênero;

• Turnos de fala;

• Variações linguísticas;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias,

repetição.

• Pronúncia.

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7o ANO

CONTEÚDOS BÁSICOS

LEITURA

• Tema do texto;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Informatividade;

• Situacionalidade;

• Informações explícitas;

• Discurso direto e indireto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Repetição proposital de palavras;

• Léxico;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.

ESCRITA

• Tema do texto;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Discurso direto e indireto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;

• Acentuação gráfica;

• Ortografia;

• Concordância verbal/nominal.

ORALIDADE

• Tema do texto;

• Finalidade;

• Papel do locutor e interlocutor;

• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc;

• Adequação do discurso ao gênero;

• Turnos de fala;

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• Variações linguísticas;

• Marcas lingüísticas, coesão, coerência, gírias, repetição, semântica.

ENSINO FUNDAMENTAL: 7ª SÉRIE/8o ANO

CONTEÚDOS BÁSICOS

LEITURA

• Conteúdo temático;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Aceitabilidade do texto;

• Informatividade;

• Situacionalidade;

• Intertextualidade;

• Vozes sociais presentes no texto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito, figuras de linguagem.

• Semântica:

- operadores argumentativos;

- ambiguidade;

- sentido conotativo e denotativo das palavras no texto;

-expressões que denotam ironia e humor no texto.

-Léxico.

ESCRITA

• Conteúdo temático;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Informatividade;

• Situacionalidade;

• Intertextualidade;

• Vozes sociais presentes no texto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito);

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• Concordância verbal e nominal;

• Semântica:

- operadores argumentativos;

- ambiguidade;

- significado das palavras;

- figuras de linguagem;

- sentido conotativo e denotativo;

-expressões que denotam ironia e humor no texto.

ORALIDADE

• Conteúdo temático;

• Finalidade;

• Aceitabilidade do texto;

• Informatividade;

• Papel do locutor e interlocutor;

• Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas;

• Adequação do discurso ao gênero;

• Turnos de fala;

• Variações linguísticas

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;

• Elementos semânticos;

• Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc);

• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.

ENSINO FUNDAMENTAL: 8ª SÉRIE/9o ANO

LEITURA

• Tema do texto;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Aceitabilidade do texto;

• Informatividade;

• Situacionalidade;

• Intertextualidade;

• Temporalidade;

• Discurso direto e indireto;

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• Elementos composicionais do gênero;

• Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;

• Palavras e/ou expressões que denotam ironia e humor no texto;

• Polissemia;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão,negrito), figuras de linguagem);

• Léxico.

ESCRITA

• Tema do texto;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Aceitabilidade do texto;

• Informatividade;

• Situacionalidade;

• Intertextualidade;

• Temporalidade;

• Discurso direto e indireto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;

• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

• Palavras e/ou expressões que denotam ironia e humor no texto;

• Polissemia;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;

• Processo de formação de palavras;

• Acentuação gráfica;

• Ortografia;

• Concordância verbal/nominal.

ORALIDADE

• Conteúdo temático;

• Finalidade;

• Aceitabilidade do texto;

• Informatividade;

• Papel do locutor e interlocutor;

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• Elementos extralinguísticos: entonação, expressões faciais, corporais e gestuais,

pausas;

• Adequação do discurso ao gênero;

• Turnos de fala;

• Variações linguísticas;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;

• Semântica;

• Adequação da fala ao contexto (uso de

conectivos, gírias, repetições, etc);

• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito.

CONTEÚDOS DA DIVERSIDADE DA CULTURA AFRO

O conteúdo programático a que se refere incluirá diversos aspectos da história e da

cultura que caracterizam a formação da população brasileira, a partir desses dois grupos

étnicos, tais como o estudo da história da África e dos africanos, a luta dos negros e dos

povos indígenas no Brasil, a cultura negra e indígena brasileira e o negro e o índio na

formação da sociedade nacional, resgatando as suas contribuições nas áreas social,

econômica e política, pertinentes à história do Brasil.

Os conteúdos referentes à história e cultura afro-brasileira e dos povos indígenas

brasileiros serão ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, em especial nas áreas

de educação artística e de literatura e histórias brasileiras.

E desafios contemporâneos:

- drogas;

- violências;

- Meio Ambiente

METODOLOGIA

A metodologia a ser trabalhada o discurso através das práticas de oralidade, leitura e

escrita, compreensão, com alunos, sempre com textos, jogos, notícias.

Ou seja, a escola tem o papel de informar e educar, fazendo com que o educando

aprenda o processo de sua produção, bem como as tendências de sua transformação,

possibilitando a construção de significados em relação ao mundo que se insere e

passíveis de transformação na prática social.

O trabalho com a gramática é necessário, porém, deve ser realizado a partir do texto, pois

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o conhecimento linguístico dará suporte para o aluno interagir com o texto.

Envolver os alunos em atividades críticas e problematizadoras, que se concretizam por

meio da língua como prática social.

O texto, enquanto unidade de língua em uso, ou seja, uma unidade de comunicação,

escrita, oral e visual, será o ponto de partida da aula de língua estrangeira.

Ao interagir com textos provenientes de vários gêneros, o aluno perceberá que as formas

linguísticas não são sempre idênticas, não assumem sempre o mesmo significado, mas

são flexíveis e variam dependo do contexto e da situação em que a pratica social do uso

da língua ocorre.

Possibilitar a análise e reflexão sobre os fenômenos Linguísticos e culturais como

realizações discursivas, as quais se revelam na/e pela história dos sujeitos que fazem

parte deste processo. As reflexões discursivas e ideológicas dependem de uma interação

primeira com o texto. Isto não representa privilegiar a pratica da leitura em detrimento as

demais no trabalho em sala de aula, visto que na interação com o texto, ha uma

simultânea utilização de todas as praticas discursivas: leitura, escrita e oralidade. Os

conhecimentos linguísticos serão trabalhados dependendo do grau de conhecimento dos

alunos e estarão voltados para a interação que tenha por finalidade o uso efetivo da

linguagem e não a memorização de conceitos. Serão selecionados a partir dos erros

resultantes das atividades e das dificuldades dos alunos.

Adotaremos métodos onde o aluno pratica o discurso. Este propósito influencia muito a

nossa tarefa de professor de LEM, na escolha de metodologia como:

- Produção escrita;

- Oralidade/ leitura;

- Leitura diversificada (de preferência em duplas);

- Participação ativa dos alunos;

- Uso de temas do interesse dos alunos;

- Publicação de materiais escritos pelos alunos, como: jornais e revistas, cruzadas,

folderes, slogans, etc.

- Uso de materiais autênticos;

- Uso de CDs;

- Debates para reflexão;

AVALIAÇÃO

A avaliação será diagnóstica, somativa, qualitativa, contínua, permanente, cumulativa,

através de trabalhos individuais ou em grupo, pesquisas, atividades no caderno, prova

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escrita e recuperações. O aluno deverá ser avaliado dentro de um todo, registrando sua

participação em sala de aula, seu trabalho, seu progresso, seu crescimento e suas

dificuldades. Deverá ser uma nova ação pedagógica a procura de soluções adequadas

para o sucesso do aluno, respeitando o seu ritmo de aprendizagem, tornando o ato de

avaliar uma oportunidade de retomar a aprendizagem de modo objetivo e positivo.

Serão avaliadas as práticas de oralidade, leitura e escrita de acordo com o conteúdo

trabalhado, através de debates, trabalhos individuais ou em grupo, prova escrita,

apresentação de pesquisas e atividades no caderno.

Referências

GIMENEZ,T.; JORDÃO, C.M.; ANDREOTI, V. (ORG).Perspectivas educacionais e ensino

de inglês na escola pública. Pelotas: Educat, 2005.

LEFFA,V.J. O professor de línguas estrangeiras: construindo a profissão. Pelotas:

EDUCAT, 2001.

PARANÁ. Secretaria da Educacão. Diretrizes Curriculares de Língua Estrangeira Moderna

para o Ensino Fundamental. 2008. Disponível em: . Acesso:

ORALIDADI; EP. Análise de discurso: princípios e procedimentos. 6ed São Paulo: Ponte,

2005.

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LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA - ENSINO MÉDIO

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL

CONTEÚDOS BÁSICOS

GÊNEROS DISCURSIVOS

Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística, serão

adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais

de circulação. O professor fará a seleção de gêneros, nas diferentes esferas, de acordo

com o Projeto Político Pedagógico, com a Proposta Pedagógica Curricular, com o Plano

Trabalho Docente, ou seja, em conformidade com as características da escola e com o

nível de complexidade adequado a cada uma das séries.

LEITURA

• Tema do texto;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Aceitabilidade do texto;

• Informatividade;

• Situacionalidade;

• Intertextualidade;

• Temporalidade;

• Referência textual;

• Partículas conectivas do texto;

• Discurso direto e indireto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;

• Palavras e/ou expressões que detonam ironia e humor no texto;

• Polissemia;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;

• Léxico.

ESCRITA

• Tema do texto;

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• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Aceitabilidade do texto;

• Informatividade;

• Situacionalidade;

• Intertextualidade;

• Temporalidade;

• Referência textual;

• Partículas conectivas do texto;

• Discurso direto e indireto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;

• Palavras e/ou expressões que detonam ironia e humor no texto;

• Polissemia.

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;

• Acentuação gráfica;

• Ortografia;

• Concordância verbal/nominal.

ORALIDADE

• Conteúdo temático;

• Finalidade;

• Aceitabilidade do texto;

• Informatividade;

• Papel do locutor e interlocutor;

• Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas;

• Adequação do discurso ao gênero;

• Turnos de fala;

• Variações linguísticas;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, semântica;

• Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc);

• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral ou escrito.

CONTEÚDOS DA DIVERSIDADE DA CULTURA AFRO

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O conteúdo programático a que se refere incluirá diversos aspectos da história e da

cultura que caracterizam a formação da população brasileira, a partir desses dois grupos

étnicos, tais como o estudo da história da África e dos africanos, a luta dos negros e dos

povos indígenas no Brasil, a cultura negra e indígena brasileira e o negro e o índio na

formação da sociedade nacional, resgatando as suas contribuições nas áreas social,

econômica e política, pertinentes à história do Brasil.

Os conteúdos referentes à história e cultura afro-brasileira e dos povos indígenas

brasileiros serão ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, em especial nas áreas

de educação artística e de literatura e histórias brasileiras.

E desafios contemporâneos:

- drogas;

- violências;

- Meio Ambiente

METODOLOGIA

A metodologia a ser posta em trabalhar o discurso através das práticas de oralidade,

leitura e escrita, compreensão, com alunos, sempre com textos, jogos, notícias.

Ou seja, a escola tem o papel de informar e educar, fazendo com que o educando

aprenda o processo de sua produção, bem como as tendências de sua transformação,

possibilitando a construção de significados em relação ao mundo que se insere e

passíveis de transformação na prática social.

Para trabalhar a leitura o ponto principal é que o professor escolha textos com o tema de

interesse da turma, e que o contexto dessa leitura possa contribuir para o seu

crescimento como cidadão, e que possa mudar sua forma de agir e pensar, na sociedade

em que vive.

O trabalho com a gramática é necessário, porém, deve ser realizado a partir do texto, pois

o conhecimento linguístico dará suporte para o aluno interagir com o texto.

Envolver os alunos em atividades críticas e problematizadoras, que se concretizam por

meio da língua como prática social.

O texto, enquanto unidade de língua em uso, ou seja, uma unidade de comunicação,

escrita, oral e visual, será o ponto de partida da aula de língua estrangeira.

Ao interagir com textos provenientes de vários gêneros, o aluno perceberá que as formas

linguísticas não são sempre idênticas, não assumem sempre o mesmo significado, mas

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são flexíveis e variam dependo do contexto e da situação em que a pratica social do uso

da língua ocorre.

Possibilitar a análise e reflexão sobre os fenômenos Lingüísticos e culturais como

realizações discursivas, as quais se revelam na/e pela história dos sujeitos que fazem

parte deste processo. As reflexões discursivas e ideológicas dependem de uma interação

primeira com o texto. Isto não representa privilegiar a pratica da leitura em detrimento as

demais no trabalho em sala de aula, visto que na interação com o texto, ha uma

simultânea utilização de todas as praticas discursivas: leitura, escrita e oralidade. Os

conhecimentos linguísticos serão trabalhados dependendo do grau de conhecimento dos

alunos e estarão voltados para a interação que tenha por finalidade o uso efetivo da

linguagem e não a memorização de conceitos. Serão selecionados a partir dos erros

resultantes das atividades e das dificuldades dos alunos.

Adotaremos métodos onde o aluno pratica o discurso. Este propósito influencia muito a

nossa tarefa de professor de LEM, na escolha de metodologia como:

- Produção escrita;

- Oralidade/ leitura;

- Leitura diversificada (de preferência em duplas);

- Participação ativa dos alunos;

- Uso de temas do interesse dos alunos;

- Publicação de materiais escritos pelos alunos, como: jornais e revistas, cruzadas,

folderes, slogans, etc.

- Uso de materiais autênticos;

- Uso de CDs;

Debates para reflexão.

AVALIAÇÃO

A avaliação será diagnóstica, somativa, qualitativa, contínua, permanente, cumulativa,

através de trabalhos individuais ou em grupo, pesquisas, atividades no caderno, prova

escrita e recuperações. O aluno deverá ser avaliado dentro de um todo, registrando sua

participação em sala de aula, seu trabalho, seu progresso, seu crescimento e suas

dificuldades. Deverá ser uma nova ação pedagógica a procura de soluções adequadas

para o sucesso do aluno, respeitando o seu ritmo de aprendizagem, tornando o ato de

avaliar uma oportunidade de retomar a aprendizagem de modo objetivo e positivo.

Serão avaliadas as práticas de oralidade, leitura e escrita de acordo com o conteúdo

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trabalhado, através de debates, trabalhos individuais ou em grupo, prova escrita,

apresentação de pesquisas e atividades no caderno.

Referências

GIMENEZ,T.; JORDÃO, C.M.; ANDREOTI, V. (ORG).Perspectivas educacionais e ensino

de inglês na escola pública. Pelotas: Educat, 2005.

LEFFA,V.J. O professor de línguas estrangeiras: construindo a profissão. Pelotas:

EDUCAT, 2001.

PARANÁ. Secretaria da Educacão. Diretrizes Curriculares de Língua Estrangeira Moderna

para o Ensino Fundamental. 2008.

ORALIDADI; EP. Análise de discurso: princípios e procedimentos. 6ed São Paulo: Ponte,

2005.

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LÍNGUA PORTUGUESA

A – Apresentação

O processo de ensino de Língua Portuguesa no Brasil passou por várias etapas. Desde a

catequização dos indígenas até a Reforma Pombalina aconteceram várias mudanças.

Somente no final do século XIX, com o advento da República, influenciou-se a estrutura

curricular no Brasil e aconteceram as mudanças. A Lei nº 5692/71 amplia e aprofunda o

ensino voltado à qualificação para o trabalho. Passado alguns anos, na década de 80 as

obras de Bakhtin passam a ser lidas nos meios acadêmicos, contribuindo para novos

paradigmas da educação. Todos os olhares voltaram–se para novas didáticas, resultando

numa proposta que dá ênfase a língua viva, dialógica, em constante movimentação,

permanentemente reflexiva e produtiva.

Na Língua Portuguesa hoje, é importante pensar a metodologia, o trabalho com a língua

e considerar as práticas linguísticas que o aluno traz ao ingressar na escola e trabalhar a

inclusão dos saberes necessários ao uso da norma padrão e acesso aos conhecimentos

para os saberes para os multi letramentos. Nossa tarefa é possibilitar aos nossos alunos

diferentes práticas sociais que utilizem a leitura, a escrita e a oralidade, com a finalidade

de inseri-los nas diversas esferas de interação.

O objeto de estudo da disciplina é a LÍNGUA e o Conteúdo Estruturante de Língua

Portuguesa é o DISCURSO enquanto prática social.

Os objetivos desta disciplina são:

Empregar a língua oral em diferentes situações de uso, sabendo adequá-la a cada

contexto e interlocutor, descobrindo as intenções que estão implícitas nos

discursos do cotidiano e posicionando-se diante dos mesmos;

Desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas realizadas por meio

de práticas sociais, considerando-se os interlocutores, os seus objetivos, o assunto

tratado, os gêneros e suportes textuais e o contexto de produção-leitura;

Refletir sobre os textos produzidos, lidos ou ouvidos, atualizando o gênero e tipo

de texto, assim como os elementos gramaticais empregados na sua organização;

Aprimorar pelo contato com os textos literários, a capacidade de pensamento

crítico e a sensibilidade estética dos nossos alunos proporcionando através da

literatura, a construção de um espaço dialógico.

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B – Conteúdos:

Conteúdo Estruturante de Língua Portuguesa do Ensino Fundamental e Língua

Portuguesa e Literatura do Ensino Médio é o DISCURSO enquanto prática social (leitura,

escrita e oralidade).

Conteúdos Básicos:

O conteúdo básico, tanto do Ensino Fundamental como do Ensino Médio serão

compostos pelos gêneros discursivos; pelas práticas de leitura, oralidade, escrita e da

análise linguística, para serem abordados a partir do gênero selecionado, conforme as

esferas sociais de circulação: cotidiana, científica, escolar, imprensa, política,

literária/artística, produção e consumo, publicitária, midiática, jurídica.

Leitura

Tema do texto;

Conteúdo temático;

Interlocutor;

Finalidade do texto;

Intencionalidade;

Argumentos do texto;

Informatividade;

Situacionalidade;

Intertextualidade;

Temporalidade;

Informações explícitas e implícitas;

Léxico;

Repetição proposital de palavras;

Ambiguidade;

Discurso direto e indireto;

Vozes sociais presentes no texto;

Discurso ideológico presente no texto;

Elementos composicionais do gênero;

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Contexto de produção da obra literária;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito;

Progressão referencial;

Partículas conectivas do texto;

Relação de causa e consequência entre partes e elementos do texto:

Semântica: operadores argumentativos, modalizadores, figuras de linguagem.

Escrita

Conteúdo temático;

Tema do texto;

Interlocutor;

Finalidade do texto;

Intencionalidade;

Informatividade;

Contexto de produção;

Intertextualidade;

Referência textual;

Argumentatividade;

Discurso direto e indireto;

Partículas conectivas do texto;

Processo de formação de palavras;

Papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomada e

sequenciação do texto;

Acentuação gráfica;

Ortografia;

Vozes sociais presentes no texto;

Ideologia presente no texto;

Elementos composicionais do gênero;

Progressão referencial;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

conectores, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito, etc.;

Relação de causa e consequência entre partes e elementos do texto;

Semântica: operadores argumentativos, modalizadores, figuras de linguagem;

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Vícios de linguagem;

Sintaxe de concordância;

Sintaxe de regência.

Oralidade

Tema do texto;

Conteúdo temático;

Finalidade;

Aceitabilidade do texto;

Informatividade;

Intencionalidade;

Argumentatividade;

Marcas lingüísticas;

Papel do locutor e interlocutor;

Elementos extralinguísticos, entonação, expressão facial, corporal e gestual,

pausas;

Adequação do discurso ao gênero;

Turnos de fala;

Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras);

Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias e repetições);

Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito.

A Lei nº 10,639/03 e Lei nº 11,645/08 e os Desafios Educacionais Contemporâneos

permearão os conteúdos.

C – Metodologia

A disciplina de Língua Portuguesa do Ensino Fundamental e Língua Portuguesa/Literatura

do Ensino Médio serão orientadas por práticas de oralidade, leitura e escrita, onde

vivenciamos experiências com a língua em uso, concretizadas em atividades de leitura,

produção de textos e reflexões com e sobre a língua, norteada por uma concepção teórica

que vê a língua em permanente construção na interação entre sujeitos histórica e

socialmente situados.

Quanto à oralidade é importante ressaltar a participação do aluno nos diálogos, relatos e

discussões, a clareza, a capacidade de adequar o discurso/texto aos diferentes

interlocutores e situações.

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A prática da oralidade será realizada por meio de:

. Histórias de família (incluindo a criança e o jovem negro a sua família em diferentes

contextos sociais e profissionais, para valorização da diversidade sexual e étnica

brasileira);

Depoimentos sobre situações significativas vivenciadas pelo aluno ou pessoas do seu

convívio;

Transmissão de informações:

Troca de opiniões;

Contação de histórias;

Declamação de poemas;

Representação teatral;

Relatos de experiências;

Confronto e comparação entre a fala e a escrita, de modo a constatar suas

similaridades e diferenças.

Na leitura, é preciso que o aluno compreenda o texto lido e que sua reflexão seja

valorizada pelo professor.

A prática da leitura será concebida com base nas próprias estratégias de leitura; na

verificação se o aluno busca resposta para as questões: o quê?, onde?, quando?, como?,

por quê? e para quê? Não ocorrendo somente a partir dos livros didáticos, mas através de

variedades de textos propostos pelos professores como também a preferência e opinião

dos alunos em selecioná-los.

Quanto ao trabalho com a literatura, o conhecimento de teorias literárias será feito

gradativo e em todas as séries. Sempre salientando as intenções que permeiam as

diferentes vozes presentes na obra literária e que revelem interesses e ideologias do

grupo ou dos diversos grupos sociais nela representados. Permitindo que o aluno perceba

seu papel na interação com o texto, porque este carrega em si ideologias, e a partir da

visão de mundo de quem o lê é possível estabelecer relações que venham aceitar ou

refutar os valores ali presentes.

Em relação à escrita, ver os textos dos alunos como uma fase em construção, nunca

como um produto final. Levando em consideração que o texto não é um produto final,

levar-se-á o aluno a planejar, ou seja, reestruturar, reescrever texto. A re-escrita não

significa que o texto está errado, mas implica a percepção da coerência e coesão textual.

Entre os gêneros a serem trabalhados, citamos histórias de vida, textos: pragmáticos,

literários, de imprensa, de divulgação científica, etc.

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Assim poderá valorizar a experiência linguística (conhecimento de mundo) do estudante

em situações específicas, e não a língua ideal, ampliando seu universo referencial a

aprimorando sua competência de escrita.

No contexto das práticas discursivas, estarão presentes os conceitos oriundos da

linguística, sociolinguística, semiótica, pragmática, estudos literários, semântica,

morfologia, sintaxe, fonologia, análise do discurso, gramáticas normativas, descritiva, de

usos, de modo a contribuir com o aprimoramento da competência linguística de nossos

alunos.

D – Avaliação da disciplina

A avaliação precisa ser entendida como instrumento de compreensão do nível de

aprendizagem dos alunos em relação aos conceitos estudados. Ação que necessita ser

contínua, pois o processo de construção de conhecimentos dará muitos subsídios ao

educador para perceber os avanços e dificuldades dos educandos e, assim, rever a sua

prática e redirecionar as suas ações se for preciso. Portanto, dentro de uma concepção

mais progressista de educação, não tem lugar a avaliação autoritária que não visa ao

crescimento dos educandos, mas abre um longo espaço para as avaliações: formativa,

somativa, contínua e diagnóstica.

Quanto à oralidade é importante ressaltar a participação do aluno nos diálogos, relatos e

discussões, a clareza, a capacidade de adequar o discurso/texto aos diferentes

interlocutores e situações.

Na leitura, é preciso que o aluno compreenda o texto lido, o e

que sua reflexão seja valorizada pelo professor.

A prática da leitura será concebida com base nas próprias estratégias de leitura; na

verificação se o aluno busca resposta para as questões: o quê?, onde?, quando?, como?,

por quê? e para quê. Se compreendeu o texto lido, o sentido construído, sua reflexão e

sua resposta ao texto.

Em relação à escrita, ver os textos dos alunos como uma fase em construção, nunca

como um produto final.

Levando em consideração que o texto não é um produto final, levar-se-á o aluno a

planejar, ou seja, reestruturar e reescrever o texto. A re-escrita não significa que o texto

está errado, mas implica a percepção da coerência e coesão textual.

Assim, valorizar a experiência linguística (conhecimento de mundo) do estudante em

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situações específicas, e não a língua ideal, ampliando seu universal referencial e

aprimorando sua competência de escrita.

A análise linguística deverá ser avaliada sob uma prática reflexiva e contextualizada que

lhes possibilitem compreender esses elementos no interior do texto. Dessa forma, o

professor poderá avaliar, por exemplo, o uso da linguagem formal e informal, a ampliação

lexical, a percepção dos efeitos de sentidos causados pelo uso de recursos linguísticos e

estilísticos, as relações estabelecidas pelo uso de operadores argumentativo e

modalizadores, bem como as relações semânticas entre as partes do texto.

O trabalho com a literatura permitirá múltiplas interpretações, uma vez que é na recepção

que ela significa. O texto é carregado de pistas/estruturas de apelo, as quais direcionam o

leitor, orientando-o para uma leitura coerente, e as lacunas/vazios serão preenchidos

conforme o conhecimento de mundo, as experiências de vida, as ideologias, as crenças,

os valores que o leitor carrega consigo. Construindo uma reflexão válida no que concerne

à literatura.

A avaliação servirá, além de aferir a aprendizagem do aluno, para que o professor

repense a sua metodologia e planeje as suas aulas de acordo com as necessidades de

seus alunos. Por meio dela é possível perceber quais são os conhecimentos e as práticas

que ainda não foram suficientemente trabalhadas.

A conduta de nossa escola está pautada no respeito às diferenças e promoverá uma ação

pedagógica de qualidade a todos os alunos, construindo relações sociais mais generosas

e inclusivas.

Referências

AMARAL, Emília...[et al.]-Novas Palavras: Língua Portuguesa Ensino Médio - São

Paulo:FTD, 2005.

ANTUNES, L. Aula de Português: encontro e interação. São Paulo / ; Ática,1997.

BOSI, Alfredo. Didática da Colonização, 4ª ed. São Paulo: companhia das Letras, 2002.

GERALDI, João W. O texto na sala de aula. 2ª ed. São Paulo:Ática,1997.

------------------------ Ideias e diálogos de Baktin. Curitiba: Criar, 2003.

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HANSERBALG, Ricardo. Raça e gênero nos sistemas de ensino: os limites das políticas

universalistas na educação, 2002.

LEI nº 10.639/03 de janeiro de 2003. Inserção dos conteúdos de Histórias e Cultura Afro-

Brasileira nos currículos escolares.

LEI nº11.645/08 de 10 de Março de 2008. Estabelece as diretrizes e bases da educação

nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “

História e Cultura Afro-brasileira e Indígena”.

PPP do Col. Est.Desem. Antonio F. F. da Costa.

SANTOS, Isabel APARECIDA. Racismo e Antirracismo na educação. São Paulo Novos

Tempos, 2002.

Secretaria de Estado da Educação – Diretrizes Curriculares – Língua Portuguesa ( julho /

2008).

SILVA, Ana Célia. Educação, Racismo e Antirracismo. Novos Tempos, 2002.

SILVA, S. Tecendo textos: ensinando Língua Portuguesa através de Projetos / Silva, R.

Bertolim, Tânia Oliveira, 1ª ed. São Paulo: IBEP, 1999

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR

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DISCIPLINA: MATEMÁTICA – Ensino Fundamental e Médio

APRESENTAÇÃO:

Ao buscarmos os primórdios da matemática encontramos em NETO (1997,pg,7) a

descrição : “A matemática foi criada e vem sendo desenvolvida pelo homem em função

de necessidades sociais (...),(...)Durante o paleolítico Inferior o homem necessitou apenas

das noções de mais-menos, maior-menor e de algumas formas de simetria “.

O autor cita a revolução seguinte, ou seja, ”A matemática do Neolítico já contava com

números maiores , que possibilitavam construir um calendário , usavam os dedos para

executarem contas simples, e as suas formas geométricas foram se aperfeiçoando”.

Os Egípcios deram as suas contribuições a área da matemática da seguinte forma,”

Criaram um calendário de 365 dias ao ano ,inventaram o relógio de sol e a balança,

conheciam o ábaco e a notação decimal , algumas frações , desenvolveram muito a

geometria , criando fórmulas para o cálculo de áreas e volumes “.NETO(1997,pg,13).

Os gregos e os romanos desenvolveram muita a matemática, com matemáticos como

Tales , Pitágoras , Aristóteles , e Euclides , que criou o fantástico livro ,Os Elementos, que

foi usado nas escolas durante mais de dois mil anos. ROSA NETO(1997).

Os Árabes também deram a sua contribuição a evolução da matemática, como nos

apresenta o autor ;”desenvolveram o sistema de numeração arábico , e o sistema

decimal posicional , começam a surgir a Álgebra, os algoritmos foram muito

desenvolvidos pelos árabes e divulgados pela Europa”. NETO (1997,pg,15).

No renascimento a autor cita as maiores revoluções dentro da matemática ”Surgem os

números inteiros, que servem para o cálculo de crédito e dívidas(...),O cálculo da raiz

quadrada dos números negativos leva a construção dos números complexos(...),As rotas

das Grandes Navegações , foram cálculos que levaram os matemáticos as novas

criações(...),surge a geometria analítica”. NETO (1997,pg 17).

Sucedendo estas invenções no campo da matemática “surgem com LEIBNIZ e NEWTON

, o cálculo diferencial e integral “como NETO (1997), nos diz.

Chegamos ao séc. XX com a matemática sendo uma das maiores áreas do estudo

acadêmico nas maiores universidades do mundo e desenvolvidas em todas as áreas de

estudo das ciências.

O conceito matemático que nos vêm ao encontro durante a elaboração deste estudo, nos

mostra a matemática prática, que trata o aluno como construtor do seu conhecimento ,de

forma a buscar a experimentação e assimilação pôr sua própria iniciativa e curiosidade

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.

Ao abordar esta forma de pensamento Kamii,(1986,p.31) nos relata: ”Em conclusão , a

estrutura lógico-matemática do número não pode ser ensinada diretamente, uma vez que

a criança tem que construí-la pôr si mesma , e o professor deve priorizar o ato de

encorajar a criança a pensar autonomamente em todos os tipos de situações ”.

NETO ,(1997,p.19),nos orienta que a matemática possui diferentes fases :”Cada período

tem suas características ,seu grau de abstração , de elaboração, de acabamento e é

assim que o aluno deve construir a sua matemática”.

Seguindo a construção do conhecimento pedagógico matemático para nossos dias

chegamos á SEBASTIANI(1996,81),” Se ela for apresentada apenas como rigorosa na

aplicação momentânea de fórmulas ou esquemas , Ela se esvazia . Perde a intuição

,perde a possibilidade de invenção (...),(...) Mas se a relação professor – aluno percorre o

processo (intuir – supor – descobrir – avaliar) então o rigor tem sentido”.

O objeto do estudo da educação matemática encontra-se em processo de construção,

onde o currículo da disciplina não pode resultar de apreciação isolada de seus conteúdos

estruturantes, mas como se articulam.

A disciplina de Matemática na Educação Básica visa um processo de ensino e

aprendizagem que contribua para que o estudante tenha condições de constatar

regularidades matemáticas, generalizações e apropriação de linguagem adequada para

descrever e interpretar fenômenos ligados à Matemática e as outras áreas do

conhecimento. Assim, a partir do conhecimento matemático, seja possível o estudante

criticar questões sociais, políticas, econômicas e históricas

Desenvolver o ensino da matemática, enquanto campo de investigação e de produção do

conhecimento da natureza científica e da melhoria da qualidade da aprendizagem de

forma que o mesmo se parte em abordagens entre os conceitos de cada conteúdo

especifico.

Valorizar atividades diversas, visando à formação integral do ser humano enquanto

cidadão crítico, capaz de agir com autonomia nas relações sociais.

Transpor para a pratica docente o objeto matemático construído historicamente e

possibilitar ao estudante ser um conhecedor desse objeto como ciência desde suas

origens.

Visa desenvolver a Educação Matemática enquanto campo de investigação e de

produção de conhecimento - natureza científica - e à melhoria da qualidade do ensino e

da aprendizagem da Matemática - natureza pragmática.

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A disciplina de Matemática na Educação Básica visa um processo de ensino e

aprendizagem que contribua para que o estudante tenha condições de constatar

regularidades matemáticas, generalizações e apropriação de linguagem adequada para

descrever e interpretar fenômenos ligados à Matemática e as outras áreas do

conhecimento. Assim, a partir do conhecimento matemático, seja possível o estudante

criticar questões sociais, políticas, econômicas e históricas.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:

Números e Álgebras

Grandezas e Medidas

Funções

Geometrias

Tratamento de Informação

CONTEÚDOS BÁSICOS ENSINO FUNDAMENTAL:

Sistemas de numeração;

Números Naturais;

Múltiploas e Divisores;

Potenciação e Radiação;

Números Fracionários;

Números Decimais;

Medidas de Comprimento;

Medidas e Massa;

Medidas de área;

Medidas de Volume;

Medidas de Tempo;

Medidas de Ângulos;

Sistema Monetário;

Geometria Plana;

Geometria Espacial;

Dados, Tabelas e Gráficos;

Porcentagem;

Números inteiros;

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Números Racionais;

Equação e Inequação do 1° Grau;

Razão e Proporção;

Regra de Três Simples;

Medidas de Temperatura;

Medidas de ângulos;

Geometria Plana;

Geometria Espacial;

Geometrias não-eucledianas;

Pesquisa Estatística;

Média Aritmética;

Moda e Mediana;

Juros Simples;

N[úmeros Racionais e Irracionais;

Sistema de Equação do 1° Grau;

Potências;

Monômios e Polinômios;

Produtos Notáveis;

Medidas de Comprimento;

Medidas de área;

Medidas de Volume;

Medidas de Ângulos;

Geometria Plana;

Geometria Espacial;

Geometria Analítica;

Geometria não-euclediana;

Gráfico e Informação;

População e Amostra;

Números reais;

Propriedades dos Radicais;

Equação do 2° Grau;

Teorema de Pitágoras;

Equações Irracionais;

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Equações Biquadradas;

Regra de Três Composta;

Relações Métricas no Triângulo Retângulo;

Trigonometria no Triângulo Retângulo;

Noção Intuitiva de função afim;

Noção intuitiva de função Quadrática;

Geometria Plana;

Geometria Espacial;

Geometria Analítica;

Geometrias não-analiticas;

Noções de analise Combinatórias;

Noções de Probabilidade;

Estatísticas;

Juros Compostos;

CONTEÚDOS BÁSICOS ENSINO MÉDIO:

Conjuntos dos números reais e noções de números complexos

Matrizes

Determinantes

Sistemas Lineares

Polinômios

Função afim

Função quadrática

Função exponencial

Função logarítmica

Função trigonométrica

Função modelar

Progressão aritmética e progressão geométrica

Geometria plana

Geometria espacial

Geometria analítica

Noções básicas de geometria não euclidiana

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Analise combinatória

Binômio de Newton

Probabilidades

Estatísticas

Matemática financeira

ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS:

Os Conteúdos Básicos de Matemática no Ensino fundamental e Médio, são abordados

articuladamente, contemplando os conteúdos ministrados no ensino fundamental e

também através da intercomunicação dos Conteúdos Estruturantes.

As tendências metodológicas apontadas nas Diretrizes Curriculares de Matemática

sugerem encaminhamentos metodológicos e servem de aporte teórico para as

abordagens dos conteúdos propostos neste nível de ensino, visando desenvolver os

conhecimentos matemáticos a partir do processo dialético que possa intervir como

instrumento eficaz na aprendizagem das propriedades e relações matemáticas, bem

como as diferentes representações e conversões através da linguagem e operações

simbólicas, formais e técnicas.

É importante a utilização de recursos didático-pedagógicos e tecnológicos como

instrumentos de aprendizagem.

Os procedimentos e estratégias a serem desenvolvidas pelo professor objetivam garantir

ao aluno o avanço em estudos posteriores, na aplicação dos conhecimentos matemáticos

em atividades tecnológicas, cotidianas, das ciências e da própria ciência matemática.

Em relação às abordagens, destacam-se a análise e interpretação crítica para resolução

de problemas, não somente pertinentes à ciência matemática, mas como nas demais

ciências que, em determinados momentos, fazem uso da matemática.

Para D’AMBRÓSIO (2005), a escola deve respeitar as raízes culturais dos alunos, raízes

essas que ele adquire com a família, amigos ou com a participação num determinado

grupo social. Ao ensinar matemática deve-se considerar os conhecimentos prévios, a

história cultural que cada indivíduo possui. Assim, se o professor vai trabalhar em uma

aldeia indígena, por exemplo, deve tomar conhecimento de como esse povo utiliza à

matemática, para, a partir daí, respeitando sua construção histórica, introduzir novos

conteúdos.

Os conteúdos propostos devem ser abordados por meio de tendências metodológicas da

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Educação Matemática que fundamentam a prática docente, das quais destacamos:

Resolução de problemas;

Modelagem matemática;

Mídias tecnológicas;

Etnomatemática

História da Matemática;

Investigações matemáticas;

RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS

Um dos desafios do Ensino da matemática é a abordagem de conteúdos para a resolução

de problemas. Trata-se de uma metodologia pela qual o estudante tem oportunidade de

aplicar conhecimentos matemáticos adquiridos em novas situações, de modo a resolver

as questões propostas (DANTE, 2003).

O professor deve fazer uso de práticas metodológicas para a resolução de problemas,

como exposição oral e resolução de exercícios. Isso torna as aulas mais dinâmicas e não

restringe o ensino de Matemática a modelos clássicos. A resolução de problemas

possibilita compreender os argumentos matemáticos e ajuda a vê-los como um

conhecimento passível de ser apreendido pelos sujeitos do processo de ensino

aprendizagem (SCHOENFELD, 1997).

Cabe ao professor assegurar um espaço de discussão no qual os alunos pensem sobre

os problemas que irão resolver, elaborem uma estratégia, apresentem suas hipóteses e

façam o registro da solução encontrada ou de recursos que utilizaram para chegarem ao

resultado. Isso favorece a formação do pensamento matemático, livre do apego às regras.

O aluno pode lançar mão de recursos como a oralidade, o desenho e outros, até se sentir

à vontade para utilizar sinais matemáticos (SMOLE & DINIZ, 2001).

As etapas da resolução de problemas são: compreender o problema; destacar

informações, dados importantes do problema, para a sua resolução; elaborar um plano de

resolução; executar o plano; conferir resultados; estabelecer nova estratégia, se

necessário, até chegar a uma solução aceitável (POLYA, 2006).

ETNOMATEMÁTICA

A etnomatemática surgiu em meados da década de 1970, quando Ubiratan D’Ambrósio

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propôs que os programas educacionais enfatizassem as matemáticas produzidas pelas

diferentes culturas. O papel da etnomatemática é reconhecer e registrar questões de

relevância social que produzem o conhecimento matemático. Leva em conta que não

existe um único, mas vários e distintos conhecimentos e todos são importantes. As

manifestações matemáticas são percebidas por meio de diferentes teorias e práticas, das

mais diversas áreas que emergem dos ambientes culturais.Essa metodologia é uma

importante fonte de investigação da Educação Matemática, por meio de um ensino que

valoriza a história dos estudantes pelo reconhecimento e respeito a suas raízes culturais:

“reconhecer e respeitar as raízes de um indivíduo não significa ignorar e rejeitar as raízes

do outro, mas, num processo de síntese, reforçar suas próprias raízes” (D`AMBROSIO,

2001, p. 42), tendo em vista aspectos como “memória cultural, códigos, símbolos, mitos e

até maneiras específicas de raciocinar e inferir” (D’AMBROSIO, 1998, p.

18).Considerando o aspecto cognitivo, releva-se que o aluno é capaz de reunir situações

novas com experiências anteriores, adaptando essas às novas circunstâncias e

ampliando seus fazeres e saberes. “Graças a um elaborado sistema de comunicação, as

maneiras e modos de lidar com situações vão sendo compartilhadas, transmitidas e

difundidas” (D’AMBROSIO, 2001, p. 32).O trabalho pedagógico deverá relacionar o

conteúdo matemático com essa questão maior – o ambiente do indivíduo e suas

manifestações culturais e relações de produção e trabalho.

MODELAGEM MATEMÁTICA

A modelagem matemática tem como pressuposto a problematização de situações do

cotidiano. Ao mesmo tempo em que propõe a valorização do aluno no contexto social,

procura levantar problemas que sugerem questionamentos sobre situações de vida. A

modelagem matemática é [...] um ambiente de aprendizagem no qual os alunos são

convidados a indagar e/ou investigar, por meio da Matemática, situações oriundas de

outras áreas da realidade. Essas se constituem como integrantes de outras disciplinas ou

do dia-a-dia; os seus atributos e dados quantitativos existem em determinadas

circunstâncias (BARBOSA, 2001, p. Por meio da modelagem matemática, fenômenos

diários, sejam eles físicos, biológicos e sociais, constituem elementos para análises

críticas e compreensões diversas de mundo. Assim sendo, “a modelagem Matemática

consiste na arte de transformar problemas reais com os problemas matemáticos e

resolvê-los interpretando suas soluções na linguagem do mundo real” (BASSANEZI,

2006) O trabalho pedagógico com a modelagem matemática possibilita a intervenção do

estudante nos problemas reais do meio social e cultural em que vive, por isso, contribui

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para sua formação crítica. Partindo de uma situação prática e seus questionamentos, o

aluno poderá encontrar modelos matemáticos que respondam essas questões. O modelo

matemático buscado deverá ser compatível com o conhecimento do aluno, sem

desconsiderar novas oportunidades de aprendizagem, para que ele possa sofisticar a

matemática conhecida a priori.“A modelagem matemática é, assim, uma arte, ao formular,

resolver e elaborar expressões que valham não apenas para uma solução particular, mas

que também sirvam, posteriormente, como suporte para outras aplicações e teorias” ]

MÍDIAS TECNOLÓGICAS

No contexto da Educação Matemática, os ambientes gerados por aplicativos informáticos

dinamizam os conteúdos curriculares e potencializam o processo pedagógico. O uso de

mídias tem suscitado novas questões, sejam elas em relação ao currículo, à

experimentação matemática, às possibilidades do surgimento de novos conceitos e de

novas teorias matemáticas (BORBA, 1999). Atividades com lápis e papel ou mesmo

quadro e giz, para construir gráficos, por exemplo, se forem feitas com o uso dos

computadores, permitem ao estudante ampliar suas possibilidades de observação e

investigação, porque algumas etapas formais do processo construtivo são sintetizadas

(D’AMBROSIO & BARROS, 1988).Os recursos tecnológicos, como o software, a

televisão, as calculadoras, os aplicativos da Internet, entre outros, têm favorecido as

experimentações matemáticas e potencializado formas de resolução de problemas.

Aplicativos de modelagem e simulação têm auxiliado estudantes e professores a

visualizarem, generalizarem e representarem o fazer matemático de uma Modelagem

matemática é o processo que envolve a obtenção de um modelo. Este, sob certa óptica,

pode ser considerado um processo artístico, visto que, para se elaborar um modelo, além

de conhecimento de Matemática, o modelador precisa ter uma dose significativa de

intuição e criatividade para interpretar o contexto, saber discernir que conteúdo

matemático melhor se adapta e também ter senso lúdico para jogar com as variáveis

envolvidas (BIEMBENGUT & HEIN, 2005, p. 12).

Maneira passível de manipulação, pois permitem construção, interação, trabalho

colaborativo, processos de descoberta de forma dinâmica e o confronto entre a teoria e a

prática.As ferramentas tecnológicas são interfaces importantes no desenvolvimento de

ações em Educação Matemática. Abordar atividades matemáticas com os recursos

tecnológicos enfatiza um aspecto fundamental da disciplina, que é a experimentação. De

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posse dos recursos tecnológicos, os estudantes argumentam e conjecturam sobre as

atividades com as quais se envolvem na experimentação (BORBA & PENTEADO, 2001).A

Internet é um recurso que favorece a formação de comunidades virtuais que, relacionadas

entre si, promovem trocas e ganhos de aprendizagem (TAJRA, 2002). Muitas delas, no

campo da Matemática, envolvem professores, alunos e outros interessados na área. No

Paraná, o site da disciplina de Matemática (http://matematica.seed.pr.gov.br), do Portal

Dia-a-Dia Educação (http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br), é uma das iniciativas

voltadas ao uso desse recurso, o qual tem por objetivo informar e formar os professores

da Rede Estadual e programar as tecnologias na prática pedagógica. O trabalho com as

mídias tecnológicas insere diversas formas de ensinar e aprender, e valoriza o processo

de produção de conhecimentos.

HISTÓRIA DA MATEMÁTICA

A tendência metodológica da História da Matemática surge para garantir e respeitar essa

construção histórica. Os conteúdos trabalhados a partir do seu contexto fazem com que

os alunos compreendam seus significados, passando a ver a matemática como uma

construção da humanidade.

Trabalhar o conteúdo do ponto de vista histórico não significa repassar para o aluno datas

e nomes que fizeram parte da história da matemática, segundo as DCE:

A abordagem histórica não se resume a retratar curiosidades ou biografias de

matemáticos famosos; vincula as descobertas matemáticas aos fatos sociais e políticos,

às circunstâncias históricas e às correntes filosóficas que determinaram o pensamento e

influenciaram o avanço científico de cada época. (DCE de MATEMÁTICA, 2006, p. 45)

As Diretrizes Curriculares de Matemática consideram que a história da matemática deve

orientar a elaboração de atividades com problemas históricos, para que o aluno possa

compreender os conceitos e conceber a matemática como campo do conhecimento em

construção.

A respeito dos objetivos pedagógicos de se trabalhar as aulas de matemática a partir da

sua história os autores MIGUEL e MIORIN (2004, p. 53) consideram que:

Dessa forma, podemos entender ser possível buscar na História da Matemática apoio

para se atingir, com os alunos, objetivos pedagógicos que os levem a perceber, por

exemplo; (1) a matemática como uma criação humana; (2) as razões pelas quais as

pessoas fazem matemáticas; (3) as necessidades práticas, sociais, econômicas e físicas

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que servem de estímulo ao desenvolvimento das idéias matemáticas; (4) as conexões

existentes entre matemática e filosofia, matemática e religião matemática e lógica, etc.;

(5) a curiosidade estritamente intelectual que pode levar à generalização e extensão de

idéias e teorias; (6) as percepções que os matemáticos têm do próprio objeto da

matemática, as quais mudam e se desenvolvem ao longo do tempo; (7) a natureza de

uma estrutura, de uma axiomatização e de uma prova.

Para atingir esses objetivos, é necessário que os professores busquem na história

elementos para estabelecer relação entre os conteúdos que fazem parte do currículo e

sua origem histórica e cultural.

INVESTIGAÇÕES MATEMÁTICAS

A prática pedagógica de investigações matemáticas tem sido recomendada por diversos

estudiosos como forma de contribuir para uma melhor compreensão da disciplina em

questão.Em contextos de ensino e aprendizagem, investigar não significa

necessariamente lidar com problemas muito sofisticados na fronteira do conhecimento.

Significa, tão só, que formulamos questões que nos interessam, para as quais não temos

resposta pronta, e procuramos essa resposta de modo tanto quanto possível

fundamentado e rigoroso (PONTE, BROCARDO & OLIVEIRA 2006, p. 09).As

investigações matemáticas (semelhantes às realizadas pelos matemáticos) podem ser

desencadeadas a partir da resolução de simples exercícios e se relacionam com a

resolução de problemas. O que distingue, então, as investigações matemáticas das

resoluções dos exercícios?Em resumo, um problema é uma questão para a qual o aluno

precisa estabelecer uma estratégia heurística, isto é, ele não dispõe de um método que

permita a sua resolução imediata; enquanto que um exercício é uma questão que pode

ser resolvida usando um método já conhecido. Em ambos os casos, todavia, há uma

expectativa do professor de que o aluno recorra a conteúdos já desenvolvidos em sala de

aula. Além disso, exercícios e problemas são expressos por meio de enunciados que

devem ser claros e não darem margem a dúvidas. A solução de ambos e a resposta do

aluno, esteja ela certa ou errada, são conhecidas e esperadas pelo professor.Uma

investigação é um problema em aberto e, por isso, as coisas acontecem de forma

diferente do que na resolução de problemas e exercícios. O objeto a ser investigado não é

explicitado pelo professor, porém o método de investigação deverá ser indicado através,

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por exemplo, de uma introdução oral, de maneira que o aluno compreenda o significado

de investigar. Assim, uma mesma situação apresentada poderá ter objetos de

investigação distintos por diferentes grupos de alunos. E mais, se os grupos partirem de

pontos de investigação diferentes, com certeza obterão resultados também diferentes.Na

investigação matemática, o aluno é chamado a agir como um matemático, não apenas

porque é solicitado a propor questões, mas, principalmente, porque formula conjecturas a

respeito do que está investigando. Assim, “as investigações matemáticas envolvem,

naturalmente, conceitos, procedimentos e representações matemáticas, mas o que mais

fortemente as caracteriza é este estilo de conjectura-teste-demonstração” (PONTE,

BROCARDO & OLIVEIRA, 2006, p.10).Como são estabelecidas diferentes conjecturas, os

alunos precisam verificar qual é a mais adequada à questão investigada e, para isso,

devem realizar provas

Secretaria de Estado da Educação do Paraná

68

e refutações, discutindo e argumentando com seus colegas e com o professor. Esse é

exatamente o processo de construção da matemática pelos matemáticos e, portanto, o

espírito da atividade matemática genuína está presente na sala de aula. Enfim, investigar

significa procurar conhecer o que não se sabe, que é o objetivo maior de toda ação

pedagógica.

ARTICULANDO AS DIFERENTES TENDÊNCIAS

Nenhuma das tendências metodológicas apresentadas nestas Diretrizes esgota todas as

possibilidades para realizar com eficácia o complexo processo de ensinar e aprender

Matemática, por isso, sempre que possível, o ideal é promover a articulação entre

elas.Então, como fazer uma abordagem metodológica para o ensino, por exemplo, do

Conteúdo Estruturante Funções?Um problema de função quadrática pode ser resolvido

com os conhecimentos da história da Matemática, de modo que possibilite ao estudante

compreender a evolução do conceito através dos tempos. No processo da resolução,

recomenda-se usar uma metodologia que propicie chegar a um modelo matemático.

Tendo o modelo sistematizado, parte-se para a solução do problema, cujas alternativas

podem ser buscadas em resolução de problemas. As mídias, como softwares com

planilhas eletrônicas, possibilitam a solução em um tempo menor do que o necessário

mediante uso de caderno e lápis. Assim, têm-se condições de realizar as devidas

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análises, os debates, as conjecturas e a conclusão de idéias, atitudes intrínsecas da

investigação matemática. Uma prática docente investigativa pressupõe a elaboração de

problemas que partam da vivência do estudante e, no processo de resolução, transcenda

para o conhecimento aceito e validado cientificamente. A fundamentação para tal prática é

encontrada na etnomatemática. A abordagem dos conteúdos específicos pode, portanto,

transitar por todas as tendências da Educação Matemática. A figura a seguir sugere que

tais tendências se articulem com enfoque nos conteúdos matemáticos

AVALIAÇÃO:

Avaliar, seguindo a concepção de Educação Matemática é ter um papel de

mediação no processo de ensino e aprendizagem, ou seja, ensino, aprendizagem e

avaliação devem ser vistos como integrantes de um mesmo processo.

A Avaliação de Matemática é uma orientação para o professor na condução da sua

prática docente e não um instrumento para reprovar ou reter alunos na construção de

seus esquemas de conhecimento teórico e prático, sendo:

Amplie os conhecimentos sobre conjuntos numéricos e aplique em diferentes

contextos;

Compreenda os números complexos e suas operações;

Conceitue e interprete matrizes e suas operações;

Conheça e domine o conceito e as soluções de problemas que se realizam por

meio de determinante;

Identifique e realize operações com polinômios;

Identifique e resolva equações, sistemas de equações e inequações inclusive as

exponenciais, logarítmicas e modulares.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BOYER, Carl Benjamim. História da Matemática. 2. ed. trad. Elza f. Gomide. São Paulo,

Edgard Blucher, 1996.

GARBI, Gilberto G. O romance das equações algébricas. São Paulo, Makron Books,

1997.

BIGODE, Antonio José Lopes, 1955 – Matemática hoje é feita assim. São Paulo, FTD,

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2000. (Coleção Matemática hoje é feita assim)

Secretaria de Estado da Educação Superintendência da Educação Diretrizes Curriculares

– Matemática - 2011

PPC do Colégio Desembargador Antonio F. F. da Costa – Ensino Fundamental e Médio.

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE QUÍMICA: ENSINO MÉDIO

Ao nos depararmos com o desenvolvimento da sabedoria, as transformações da matéria,

através das necessidades humanas com a comunicação, o domínio do fogo, o domínio do

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processo de cozimento necessário a sobrevivência. Pois a química está presente em todo

o processo de desenvolvimento das civilizações, e com o aprendizado de Química devem

permitir a compreensão da natureza com relação aos elementos que nela estão

presentes, no decorrer dessa história. Assim não se pode falar da história da Química

sem se reportar a fatos políticos, religiosos e sociais. O poder, representado pela riqueza,

e a cura de todas as doenças, sinônimo de vida eterna, são buscas incessantes da

humanidade. Sendo assim, as primeiras citações que temos a cerca da Química são

provenientes da alquimia, que buscava o elixir da vida eterna e a pedra filosofal

(transmutação de todos os metais em ouro). Os alquimistas eram aqueles que se

dedicavam à tarefa da experimentação, mas agiam de modo hermético, em segredo, uma

vez que a sociedade da época era contra procedimentos experimentais, por acreditar

tratar-se de bruxaria.

Para que o homem possa acompanhar e entender os motivos de tantas transformações e

como elas se processam ao longo dos tempos, o local onde começa o processo do

conhecimento humano, organizado, estruturado direcionado com objetivos é a escola.

Essas transformações que implicam em um novo modo de ver, para iniciar as discussões

sobre a importância do ensino de Química, considera-se essencial resgatar momentos

marcantes sobre a história do conhecimento químico. Inicialmente, o ser humano

conheceu a extração, produção e o tratamento de metais como o cobre, o bronze, o ferro,

o ouro etc. Na história do conhecimento químico, por exemplo, vários fatos podem ser

relembrados como forma de entender a constituição desses, saberes entre eles a

alquimia, esses alquimistas manipularam diversos metais, como cobre, o ferro e o ouro,

além das vidrarias que foram aperfeiçoadas e hoje, muitas fazem parte dos laboratórios.

Apesar da fantasia e da realidade contida nos textos alquímicos, permeados de escritos

indecifráveis, aos poucos e clandestinamente, eles se difundiram pela Europa. Entretanto

os conhecimentos químicos nem sempre estiveram atrelados a religião e a alquimia. A

teorização sobre a composição da matéria, por exemplo, surgiu na Grécia antiga e a idéia

de átomo com os filósofos gregos Leucipo e Demócrito, que lançaram algumas bases

para o atomismo do século XVll e XVlll com Boyle, Dalton e outros.

O ensino da química tem por proporcionar aos alunos o conhecimento da composição e

da estrutura intima dos corpos, das propriedades que delas decorrem e das leis que

regem as suas transformações, orientando- o aprendizado lógico e cientifico de valor

educativo e coordenando-o pelo interesse imediato da utilidade, e com as aplicações da

vida cotidiana.

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Através da ação pedagógica torna- se possível a compreensão de que existe um

relacionamento profundo entre as produções cientificas e o contexto social econômico e

político de um povo, propondo ao educando a compreensão e apropriação do

conhecimento químico, por meios de contato com o objeto de estudo da química esse

processo deve ser planejado organizado e dirigido pelo professor, contribuindo para a

formação de sujeitos que questionem a ciência do seu tempo para alcançar uma proposta

metodológica do aluno para com a química via experimentação.

Assim podemos ver que a química não é uma ciência pronta e acabada e sim de

mudanças, e transformações, proporcionando ao homem compreensão e sabedoria de

suas origens e leis da natureza que esta sempre em transformação.

Para buscar a valorização da química num patamar de conhecimentos significa

colaborar para a compreensão do mundo e suas transformações reconhecendo e

contribuindo o esclarecimento de fenômenos da natureza questionando os diferentes

modos de nela intervir, assim envolvendo a produção e aplicação e do conhecimento

cientifico e tecnológico sendo necessário estudo, pesquisa, trabalhos coletivos a fim de

que a química faça parte do cotidiano numa visão mais ampla.

O objeto de estudo da química são as substancias e materiais

sustentado pela tríade composição, propriedades e transformações presentes nos

conteúdos estruturantes matéria e sua natureza, biogeoquimica e química sintética. Esses

conteúdos norteiam o ensino da química, e através da construção e reconstrução de

significados dos conceitos científicos vinculadas a história política. Econômica e social e

cultural.

Conteúdos Estruturantes e Básicos

MATÉRIA E SUA NATUREZA:

- A abordagem da história da química é necessária ao desenvolvimento da compreensão

de teorias e, em especial, dos modelos atômicos, conceitos de indivisibilidade até o

conceito atual do átomo, na maioria das vezes se deve observar o significado do

comportamento das moléculas nos três estados físicos da matéria e ao ponto tríplice nos

diagramas de fases assim segue os conteúdos estruturantes Matéria e sua Natureza.

BIOGEOQUÍMICA:

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- O conteúdo biogeoquímico que estuda a influencia dos seres vivos sobre a composição

química da terra, caracteriza-se assim pelas interações existentes a partir de uma

sobreposição de biologia, geologia e química, entre a hidrosfera, litosfera, e a atmosfera

sendo assim é dessas regiões que o homem retira e utiliza tudo aquilo que necessita para

sobreviver. Isto é, a química dos organismos vivos e químicos dos minerais.

QUÍMICA SINTÉTICA:

- Nessa proposta, a química sintética é a possibilidade da apropriação de produtos já

existentes para diferentes finalidades e a criação e utilização de novos materiais, o

avanço de novas tecnologias, permitiu um combate a enfermidades com o preparo de

medicamentos eficazes. A indústria alimentícia , fertilizantes agrotóxicos etc. É importante

lembrar, que os conteúdos estruturantes se inter-relacionam entre si ao planejamento

anual elaborados pelos professores. Além disso, o sucesso econômico de um país não se

restringe á fabricação de produtos novos, mas sim, a capacidade de aperfeiçoar,

desenvolver materiais e transformá-los.

CONTEÚDOS BÁSICOS

-Matéria;

-Soluções;

-Velocidades das reações;

-Equilíbrio químico;

-Ligações químicas;

-Reações químicas;

-Radioatividade;

-Oxido redução;

-Gases;

-Funções químicas;

METODOLOGIA

O ensino aprendizagem em química parte do conhecimento prévio dos alunos, por

meio da mediação do conhecimento do senso comum e do conhecimento científico

apresentado pelo professor, cujo papel é explorar as concepções atribuindo-lhes valores e

significados. Utiliza-se da concepção espontânea que o educando já adquiriu em seu

cotidiano em interação com os recursos trabalhados em sala de aula e nos espaços de

convivência. Desta interação resulta a construção dos saberes. Desta forma os

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conhecimentos científicos permitem que o educando consiga estabelecer conexões entre

o cotidiano e os conhecimentos científicos. Através desta interação procura-se

estabelecer uma visão abrangente do estudo da química e do universo, facilitando

estudos teóricos, trabalhos com experimentos, pesquisas, manipulações de materiais e

reflexões criticas. Ocorrendo também a análise de textos complementares (envolvendo

cada conteúdo aplicado) e práticas laboratoriais;

- Leitura interpretação de textos;

- Aulas na qual será instigado o dialogo sobre o objeto de estudo;

- Audiovisual, da mesma forma que o trabalho experimental, envolve períodos de

discussão pré e pós-atividade deve facilitar a construção e a ampliação dos conceitos;

- Uso da TV multimídia;

- Informática como fonte de dados e informação;

- Uso da biblioteca como fonte de dados e informação.

- Avaliação:

- A avaliação deve atribuir valor ou conceitos ao resultado de um trabalho.

Tanto a escola quanto professores e alunos devem ter consciência de que a avaliação é

um ato educativo, e não opressivo, ou seja, um momento de aprendizagem, possibili

tando ao estudante buscar seu auto- conhecimento, para refletir sobre a sua atuação

escolar portanto o próprio estudante deve conhecer o sentido da avaliação e saber o

porque de estar sendo avaliado.

- Ser entendida como uma alavanca que impulsiona o êxito dos alunos e da escola como

um todo. Portanto, deve ser contínua e evolutiva, avaliando os alunos em todas as aulas

para que o aluno perceba a importância do estudo da química assim se dará ao professor

subsídios para a percepção de dificuldades e dos avanços dos alunos;

- Em química, o principal critério de avaliação é a formação de conceitos científicos. Trata-

se de um processo de construção e reconstrução de significados dos conceitos

científicos. Por isso, ao invés de avaliar apenas por meios de provas, o professor deve

usar instrumentos que possibilitem varias formas de expressão dos alunos, como: leitura

e interpretação de textos, produção de textos, leitura e interpretação da tabela periódica,

pesquisas bibliográficas relatórios de aulas em laboratórios, apresentação de seminários,

entre outras. Esses instrumentos devem ser selecionada de acordo com cada conteúdo

e objetivo de ensino, não apenas para o aluno e para seu desempenho, mas incidir sobre

aspectos do processo ensino- aprendizagem, envolvendo desde a intervenção do

professor até a sua função socializadora e cultural da escola. Segundo tal concepção a

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ação avaliativa deve evidenciar todo um processo e não apenas o produto. Sendo a

avaliação diagnóstica; processual; contínua; cumulativa e participativa. De acordo com as

diretrizes têm como finalidade uma avaliação que não separe teoria e prática, antes,

considere as estratégias empregadas pelos alunos na articulação e analise dos

experimentos com os conceitos químicos, mas deve subsidiar o mesmo redirecionar o

curso da ação do professor, em busca de assegurar a qualidade do processo educacional

no coletivo da escola visando a formação de um cidadão crítico. Utilizando-se de

instrumentos variados tendo como principal critério a formação de conceitos científicos.

-Referencias Bibliográficas

-P. P. P da Escola ( Colégio Estadual Des. Antonio F. F. da Costa Ensino Fund. e Médio).

- Diretrizes Curriculares de Química;

- LBD e a reforma do Ensino Médio

- BRADY, J e HUMISTON, G, E Química Geral. LTC, 1891

- NOVAIS, V QUÍMICA. São Paulo: Atual, 1999. V. 1

- Vanin, J. A. Alquimistas e Químicos: o passado, o presente e o futuro. São Paulo:

Moderna, 2002.

- Sardella, A.; FALCONE, M. Química: Série Brasil. São Paulo. Ática, 2004.

- Livro didático público.

Feltre Ricardo Química volume 1,2,3. São Paulo, 2004, Editora Moderna

SOCIOLOGIA ENSINO MÉDIO

APRESENTAÇÃO

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Historicamente, o contexto de nascimento da sociologia como disciplina científica é

marcado por três grandes acontecimentos históricos que desencadeou grandes

mudanças em toda sociedade. Uma delas Política: A Revolução Francesa (1789). A outra,

Social: Revolução Industrial. E a última delas a Revolução na Ciência, mas conhecida

como Iluminismo. Todos esses acontecimentos conjugados trazem sua contribuição para

a formação de uma sociedade mais democrática, industrializada, racionalista e

principalmente revolucionária. Diante de tanto progresso, a sociedade tem assumido,

característica capitalista e a busca da compreensão destas, entre outras, tem sido a

preocupação da Sociologia para a sua consolidação como ciência.

O período de consolidação do capitalismo foi marcado por profundas mudanças na

organização social que fizeram com que seus contemporâneos buscassem explicações

para os fenômenos sociais com os quais conviviam.

As antigas formas organizativas do mundo foram sucessivamente alteradas pelas

experiências da Modernidade que propõe, entre outras coisas, a utilização da razão como

formadora da realidade. Sendo assim, várias relações sociais cotidianas foram

transformadas neste processo.

O capitalismo com sua nova forma de organização das relações sociais de

trabalho, trás em seu bojo questões econômicas e culturais que precisam de respostas.

Surgem então os pensadores da Sociologia que buscam dar conta destas questões

através da elaboração de teorias explicativas dessa dinâmica social, sob diferentes

olhares e posicionamentos políticos.

Desde então, a preocupação com a sociedade e as relações sociais tem sido a

principal preocupação desta ciência, ou seja, entender, explicar e questionar os

mecanismos de produção, organização, domínio e o controle de poder institucionalizados

ou não, que resultam em relações sociais de maior ou menor exploração ou igualdade,

possibilitando aos indivíduos compreender e atuar de forma efetiva sobre a realidade que

os cercam, e dessa forma contribuir para a formação de novos valores, de uma nova ética

e de novas práticas sociais, oportunizando assim, a construção de novas relações sociais.

É neste contexto que se faz necessária a introdução desta disciplina como tarefa

primordial do conhecimento sociológico explicitar e explicar problemáticas sociais

concretas e contextualizadas, de modo a desconstruir preconceitos que quase sempre

dificultam o desenvolvimento da autonomia intelectual e de ações políticas direcionadas à

transformação social, tendo em vista que a mesma tem o compromisso com a formação

humana e o acesso à cultura geral, a Sociologia contribuirá no desempenho de tal tarefa,

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na medida em que propicia ao educando a possibilidade de uma maior compreensão da

sociedade onde o mesmo vive e sua atuação sobre a mesma. Tendo por objetivo de

estudo o conhecimento e a explicação da sociedade pela compreensão das diversas

formas pelas quais os seres humanos vivem em grupos, das relações que se

estabelecem no interior entre diferentes grupos, das relações que se estabelecem no

interior entre diferentes grupos, bem como a compreensão das consequências das

relações dos indivíduos em coletividades.

CONTEÚDOS

1- Conteúdo estruturante: A Sociedade dos Indivíduos.

Conteúdos Básicos: O individuo, sua historia e a sociedade;

O Processo de Socialização; As relações entre individuo e sociedade.

2 - Conteúdo estruturante: Trabalho e Sociedade.

Conteúdos Básicos: O trabalho nas diferentes sociedades; O trabalho na sociedade

moderna capitalista; A questão do trabalho no Brasil; Questões de gênero; Culturas afro-

brasileiras e africanas; Culturas indígenas.

3 - Conteúdos estruturantes: A estrutura social e as desigualdades.

Conteúdos Básicos: Estrutura e estratificação social; A sociedade capitalista e as

classes sociais; As desigualdades sociais no Brasil.

4 - Conteúdo estruturante: Poder, Política e Estado

Conteúdos Básicos: Como surgiu o estado moderno; O poder e o estado; Poder, política

e estado no Brasil.

5 - Conteúdo estruturante: Direitos, Cidadania e Movimentos Sociais

Conteúdos Básicos: Direitos e cidadania; Os movimentos sociais; Direitos e cidadania

no Brasil; Os movimentos sociais no Brasil. Direitos Humanos; Conceito de cidadania;

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Movimentos Sociais no Brasil; A questão ambiental e os movimentos ambientalistas; A

questão das ONG's.

6 – Conteúdo estruturante: Cultura e ideologia

Conteúdos Básicos: Conceitos e definições; Mesclando cultura e ideologia;

Cultura e industria cultural no Brasil.

7 – Conteúdo estruturante: Mudança e transformação social.

Conteúdos Básicos: Mudança social e sociologia; Revolução e transformação social;

Mudança e transformação social no Brasil; Legislação social: ECA, Lei Mª da Penha,

Estatuto do idoso;

METODOLOGIA

No ensino da Sociologia propõe se que sejam redimensionados aspectos da

realidade por meio de uma análise didática e crítica dos problemas sociais. Sendo assim,

os conteúdos específicos deverão estar articulados á realidade, considerando sua

dimensão sócio histórica, vinculado ao mundo do trabalho, à ciência, às novas

tecnologias, dentre outras coisas.

Sugere se, no entanto, que a disciplina seja iniciada com uma rápida

contextualização do surgimento da Sociologia, bem como a apresentação de suas

principais teorias na análise/compreensão da realidade. É necessária a adoção de

múltiplos instrumentos metodológicos, instrumentos estes, que devem adequar se aos

objetivos pretendidos, seja a exposição, a leitura e esclarecimentos do significado dos

conceitos e da lógica dos textos (teóricos, temáticos, literários), sua análise e discussão, a

apresentação de filmes, a audição de músicas, enfim, o que importa é que o educando

seja constantemente provocado a relacionar a teoria com o vivido, a rever conhecimentos

e a reconstruir coletivamente novos saberes. Por fim, o conhecimento sociológico deve ir

além da definição, classificação, descrição e estabelecimento de correlações dos

fenômenos da realidade social. É tarefa primordial do conhecimento sociológico explicitar

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e explicar problemáticas sociais concretas e contextualizadas, de modo a desconstruir

noções e preconceitos que quase sempre dificultam o desenvolvimento da autonomia

intelectual e de ações políticas direcionadas á transformação social.

Trata se de propiciar ao aluno do Ensino Médio os acontecimentos sociológicos, de

maneira que alcance um nível de compreensão mais elaborado, também, fornecendo lhe

elementos para pensar em relação às determinações Históricas, possíveis mudanças

sociais, questões acerca de desigualdade social, políticas e culturais, podendo alterar

qualitativamente sua prática social. Ao aprender a questionar sobre a sociedade, o

estudante amplia a visão que tem de seu papel na comunidade, adquire significados

concretos para sua vida e desenvolve o pensamento crítico no cotidiano. Toda esta prática

de reflexão leva o aluno a desenvolver uma percepção técnica de investigação da

realidade social do seu próprio cotidiano.

.

AVALIAÇÃO

A avaliação, do processo de ensino-aprendizagem estarão relacionadas à Sociologia

crítica, caracterizada por posições teóricas e práticas que permitam compreender as

problemáticas sociais concretas e contextualizadas em suas contradições e conflitos,

possibilitando uma ação transformadora e real. A sociologia não pode ser confundida com

um processo de técnico de medição, neste sentido é preciso repensar os instrumentos

utilizados nesse processo, de modo que os mesmos reflitam os objetivos desejados no

desenvolvimento do processo educativo. Sendo assim, as práticas de avaliação em

Sociologia, acompanham as próprias práticas de ensino e de aprendizagem da disciplina,

seja a reflexão crítica em debates, que acompanham os textos ou filmes, seja na

produção de textos que demonstrem capacidade de articulação entre teoria e prática, seja

na pesquisa bibliográfica, enfim, várias podem ser as formas de aprendizagem, desde que

se tenha como perspectiva, a clareza dos objetivos que pretende se atingir como

conhecimento de aprendizagem, no sentido da apreensão, compreensão e reflexão dos

conteúdos pelo educando. A recuperação de sociologia pode ser feita através de debates

já discutidos em sala, textos e assuntos que estão na mídia, trazer para dentro da sala de

aula conteúdos que simples que contribuíram para a formação de novos indivíduos.

REFERÊNCIAS

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153

TOMAZI, Nelson Dacio. Sociologia para o Ensino Médio; 2ª Ed.- São Paulo: Saraiva,2010.

ALBORNOZ, S. O que é trabalho. São Paulo: Brasiliense, 1989.

ANTUNES, R. (Org.) A dialética do trabalho: Escritos de Marx e Engels. São Paulo:

Expressão popular, 2004.

AZEVEDO, F. Princípios de sociologia: pequena introdução ao estudo da sociologia geral.

São Paulo: Duas Cidades, 1973.

BOBBIO, N. Estado, governo, sociedade: por uma teoria geral da política. Rio de Janeiro:

Paz e Terra, 1990.

BOSI, E. Cultura de massa e cultura popular: leituras de operárias. 5 ed. Petrópolis:

Vozes, 1981.

COELHO, T. O que é indústria cultural. Ed. São Paulo: Brasiliense, 1993.

COMTE, A. Sociologia. São Paulo: Ática, 1978.

DURKHEIM, E. Sociologia. São Paulo: Ática, 1978.

GEERTZ, C. A interpretação das culturas: Rio de Janeiro: Zahar, 1973.

GIDDENS, A. Sociologia. ed. Porto Alegre: Artmed,2005.

GOHN, M. G. (Org.) Movimentos sociais no início do século XXI: antigos e novos atores

sociais. Petrópolis: Vozes, 2003.

LAPLANTINE, F. Aprender antropologia. 12 ed. São Paulo: Brasiliense, 2000.

SECRETARIA DE EDUCAÇÃO DO ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ.

Diretrizes Curriculares da Rede pública de Educação Básica do Estado do Paraná —

Sociologia. Curitiba, 2006.

MARX, K. Os pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1978.

WEBER, M. Sociologia. São Paulo: Ática, 1979.

7- MODALIDADES DE ENSINO

EDUCAÇÃO ESPECIAL:

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A proposta inclusiva vem de encontro aos paradigmas vivenciados na história da

educação especial em nosso país, pois percebe e repudia as práticas excludentes seja

em âmbito escolar quanto social. Desse modo a escola passa a introduzir técnicas e

alternativas metodológicas que possibilitem ao individuo atendimento que respeite suas

características formas/estilos de aprendizagem. Em outras palavras, a educação

inclusiva! “(...) avança em relação à ideia de equidade formal ao contextualizar as

circunstâncias históricas da produção da exclusão dentro e fora da escolar”. ( BRASIL,

2008, P.5).

Segundo o artigo 8.º, do Plano de Diretrizes e Bases da Educação e da Educação Básica,

para legitimação do paradigma da educação inclusiva, a escola deve prover e prever de

meios para organização das classes comuns de forma que haja professores das classes

comuns e da Educação Especial habilitados e especializados, como também, uma

flexibilização e adaptações curriculares, que pondere conteúdos, além de recursos a

serrem empregados, contemplando as estratégias de avaliação, de modo que estejam em

conformidade com projeto político e pedagógico da escola (KASSAR, 2001, P.19).

Conforme a resolução 02 que institui as Diretrizes Nacionais para Educação das

Necessidades Educacionais Especiais – NEE, na Educação Básica, é assegurado direito

de matricula nas escolas desde educação infantil. Além de fortalecer a premissa de que a

instituição, até mesmo de pré-escolas e creches, tem o dever de oferecer serviços de

educação especial a esses sujeitos. Portanto, devemos compreender que o papel da

educação especial nesse contexto não está diretamente ligado a um paradigma

classificatório, que condiciona o individuo a um estigma baseado em praticas sociais

excludentes, provindas da história da educação especial, mas sim de toda escola. De

modo que se pense a “educação para todos” como uma alternativa de cooperação em

prol do objetivo comum: proporcionar acesso e permanência ao ensino a todos os

indivíduos (KASSAR, 2002).

Desse modo, a educação especial, nesse contexto, passa a se constituir como proposta

pedagógica de toda a escola, articulada como ensino comum tendo a finalidade de

orientar professores em geral, para que sejam atendidas as necessidades especificas do

educando cem seu processo de desenvolvimento global (MEC/SEESP, 2008).

Nesse perpassando todos os graus de ensino na educação básica que objetiva a

colaboração da equipe docente, com a finalidade de dar subsídios para que esses

indivíduos sejam compreendidos e assistidos quanto seu desenvolvimento cognitivo,

social e emocional. É salutar considerar que o documento trata sobre abordagem histórica

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da educação especial e traz a discussão para atualidade, já que enfatiza que todos os

alunos têm direito ao acesso de permanência no ensino, sendo respeitado por seus ritmos

e estilos de aprendizagem.

Na atualidade, educação especial perpassará transversalmente os níveis de educação

básica com finalidade de oportunizar permanência e qualidade no processo de

aprendizagem desses alunos que não se enquadram nos padrões homogenizadores da

escola. Assim, considerando que todo sujeito que tem algum tipo de necessidade

especifica em seu processo de aprendizagem tem direito ao acesso e permanência na

escola. Portanto, a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação

inclusiva (2008), retrata os paradigmas da educação especial e foca as diretrizes que

fundamentam paradigma da educação inclusiva na atualidade, reforçando as lutas sociais

pelo acesso, permanência e direito à qualidade no ensino. Por conseguinte, através dessa

diretriz poderão ser traçadas novos discursos em prol de uma educação inclusiva e de

qualidade a todos os sujeitos indistintamente.

Histórico da Educação Especial

Nas décadas de 60 a 70 pais e educadores se organizam nas primeiras associações de

pais e pessoas com deficiência. É neste quadro que emerge a preocupação do poder

público com questões da educação pública, particularmente dos problemas da

aprendizagem decorrentes da contradição na oferta de uma escola conservadora e

elitizada. Desse complexo ganha força um novo modelo, o da integração social,

paradigma de serviços voltados para pessoas com deficiências, visando prepará-las para

a integração ou a reintegração em comunidade. Paradigma de individualização e

normalização.

Somente nas décadas de 70 e 80 profundas transformações e avanços tecnológicos

constituem a compreensão de diversidade. Um novo modelo, o de paradigma de suportes

surge fazendo necessário identificar e favorecer a construção de um processo que passou

a ser denominado de inclusão social.

Na década de 90 esses novos princípios são reforçados e explicitados nos textos legais e

em documentos internacionais como a proposta de educação para todos e a declaração

de Salamanca. Esses documentos abriram espaços para ampla discussão sobre o

reconhecimento da diversidade dos alunos e o atendimento as suas necessidades nos

contextos escolares comuns.

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E estas discussões e organizações legais seguem até hoje e são reforçadas as ações de

reorganização dos componentes curriculares com condição imprescindível à inclusão dos

alunos com necessidades educacionais especiais.

“Em meados da década de 90, no Brasil, começaram as discussões em torno de novo

modelo de atendimento escolar denominado inclusão escolar. Esse novo paradigma surge

como uma reação contrária ao processo de integração, e sua efetivação prática tem

gerado muitas controvérsias e discussões. Reconhecemos que trabalhar com classes

heterogêneas que acolhem todas as diferenças traz inúmeros benefícios ao

desenvolvimento das crianças deficientes e também as não deficientes, na medida em

que estas têm a oportunidade de vivenciar a importância do valor da troca e da

cooperação nas interações humanas. Portanto, para que as diferenças sejam respeitadas

e se aprenda a viver na diversidade, é necessário uma nova concepção de escola, de

alunos, de ensinar e de aprender. “

EDUCAÇÃO ESPECIAL NO CONTEXTO PARANAENSE

No estado do Paraná desde a criação da primeira escola especial,em 1939, o instituto

paranaense de cegos, reproduz-se concepções e práticas já testadas nos movimentos

sociais, nacionais e internacionais.

Atualmente busca-se uma política pública de inclusão, buscando resgatar valores

humanos de solidariedade, colaboração e, sobretudo de assegurar o direito à igualdade

de direitos que por séculos foram negados ao grupo de pessoas com necessidades

educacionais especiais pelas contingências históricas.

Busca-se a cidadania para todas as pessoas, sustentando-se a possibilidade de acesso e

participação plenos nas relações sociais. Sob essa perspectiva deve acontecer o

compromisso da escola com todos os cidadãos, inclusive daqueles que apresentam

necessidades educacionais especiais. Este é o princípio para definição de políticas

públicas. E cabe ao Estado a tarefa de buscar novos caminhos para a superação dos

obstáculos presentes na sociedade, que distanciam os seguimentos excluídos de acesso

aos bens e serviços e no caso específico da inclusão escolar do direito à educação.

A inclusão e os alunos com necessidade Educacionais Especiais

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No Brasil na década de 90 passou-se a discutir a inclusão de alunos com necessidades

educacionais especiais, preferencialmente na rede regular de ensino. É necessário

esclarecer que necessidades especiais ou deficiências são expressões que devem ser

evitadas, preferindo-se referir a esse grupo de pessoas como alunos ou pessoas com

necessidades especiais .Deficiências são inerentes aos indivíduos, constituem

subjetividade e não definem sua essência .Já, necessidades educacionais abrangem uma

série de situações/condições pela qual qualquer um de nós pode estar submetido em

decorrência de uma limitação, temporária ou permanente. O Estado do Paraná define em

sua legislação o alunado a quem se destina a educação especial: alunos com

necessidades educacionais especiais em caráter permanente.

A reaproximação entre os contextos regular e especial de ensino, impõe a articulação de

práticas de cunho pedagógica, que oportunizam a aprendizagem e a participação de

todos. Assim a rede regular de ensino oferecerá recursos e serviços de apoio pedagógico

especializado à educação especial, nas discussões e na elaboração do currículo

diversificado deve-se contemplar a participação de toda a comunidade escolar,

considerando reflexões e ações como: construção de culturas inclusivas, elaboração de

políticas inclusivas e dimensão das práticas inclusivas.

O currículo e a Educação Especial

Entende-se o currículo como uma construção social, ligada ao momento histórico, a uma

determinada sociedade e as relações dela com o conhecimento. Para praticar uma

educação para todos, pressupõe a pratica de currículos abertos e flexíveis, com

adaptações e flexibilização.

Esses pontos constituem subsídios utilizados para formulação de propostas que

oportunizem a efetivação de um ensino de qualidade, tendo como perspectiva o

reconhecimento e a atenção à diversidade do alunado.

Rede de Apoio à inclusão de alunos com necessidades Educacionais Especiais.

A rede de apoio é um conjunto de serviços ofertados pela escola e comunidade em geral,

que visa suprir dificuldades de aprendizagem apresentadas pelos alunos com

necessidades educacionais especiais.

Serviços e apoios especializados: da deficiência mental, visual, física – neuromotora e

surdez; transtornos globais do desenvolvimento.

Serviços de apoio pedagógico especializado: realizam-se no contexto de sala de aula, ou

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em contraturno, por meio da oferta de recursos humanos, técnicos, tecnológicos, físicos e

materiais e tem por objetivo possibilitar o acesso e a complementação do currículo comum

ao aluno.

No contexto regular de ensino de libras; instrutor surdo de libras; professor de apoio

permanente para alunos com deficiência intelectual, distúrbio de aprendizagem e altas

habilidades/superdotação; CAES nas áreas da surdez e da deficiência visual; CAE-DV à

pessoas com deficiência visual; classes de educação bilíngüe para surdos; classe

especial com deficiência intelectual e transtornos globais do desenvolvimento; escola

especiais; classes hospitalares e atendimento domiciliar.

Trata-se da realização de um trabalho compartilhado visando aperfeiçoar recursos e

serviços para o atendimento de todos os alunos em função das necessidades individuais.

Nossa instituição oferece:

CAE-S;

CAE-DV;

SALA DE RECURSOS.

CAE-S – Centro de Atendimento Especializado – Área da Surdez

Apresentação

O Centro de Atendimento Especializado na área da Surdez é um serviço de natureza

pedagógica, desenvolvido nos estabelecimentos do ensino regular para a Educação

infantil, Ensino Fundamental, Ensino Médio e Educação de Jovens e Adultos para atender

educandos com necessidades educacionais especiais na área da surdez.

Objetivos Gerais

Garantir o acesso à Educação Básica, na escola comum e ofertar atendimento que visa

propiciar condições de desenvolvimento pleno pelo alunado atendido. Oferecer apoio

pedagógico especializado de acordo com suas necessidades por meio de adaptações

curriculares com professores especializados na área da surdez ou educação especial.

Propiciar atendimentos complementares específicos na produção da fala, estimulação

auditiva e desenvolvimento da linguagem. Dar ênfase à Libras como mediadora em todas

as áreas do conhecimento. Apoio a escolaridade. Trabalhar a leitura labial e socialização.

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Apresentação:

Comunicação, Desenvolvimento e Estimulação Auditiva, Produção e Percepção da fala,

Auto-Estima, Aprendizagem.

Metodologia

Este programa é organizado para atendimento individual ou até em grupos de dez alunos,

de acordo com faixa etária, série e/ou nível de escolaridade. Cada aluno freqüenta a sala

de atendimento por cronograma três vezes por semana. A sala possui um professor que

disponibiliza este atendimento. Utilizam-se materiais e recursos pedagógicos específicos.

Atendem-se alunos da estimulação essencial, Apoio pré-escolar, Apoio a Escolaridade,

Iniciação ao Trabalho, Educação Especial e Supletivo, Atendem-se indivíduos da nossa

instituição escolar e do município. Conta-se com matérias pedagógicas próprios do

programa: jogos, objetos coloridos, atividades de pareamento, emparelhamento, vídeos,

computação, digitação, alfabeto manual, ensino de Libras, leitura labial e conteúdos da

série que freqüenta.

Avaliação

É realizado uma avaliação de ingresso ( por constatação médica e/ou constatação por

profissional da fonoaudilogia). Semanalmente observa-se o avanço apresentado pelo

educando, através das orientações propostas e o acompanhamento com o professor da

sala regular do seu rendimento. Semestralmente verifica-se o desenvolvimento do

educando por meio de relatório semestral.

CAE-DV – Centro de Atendimento Especializado – Área Visual

Apresentação

O Centro de Atendimento Especializado na área da Deficiência Visual de natureza

pedagógica, desenvolvido nos Estabelecimentos do ensino regulara para a Educação

Infantil, Ensino Fundamental, Ensino Médio e Educação de Jovens e Adultos para atender

educandos com necessidades educacionais especiais na área visual.

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Objetivos Gerais

Garantir o acesso à Educação básica, na escola comum e ofertar atendimento que visa

propiciar condições para o desenvolvimento dos educando atendidos. Oferecer apoio

especifico de acordo com suas necessidades pedagógicas, com professores

especializados na área da deficiência visual ou educação especial. Propiciar

atendimentos complementares específicos no desenvolvimento da aprendizagem e de

recursos e estratégias que possibilitem no aluno cego e/ou com baixa visão a interação

necessária com o meio através dos sentidos remanescentes, para apropriação de

conceitos e significados do mundo que o cerca. Oferecer recursos óptico-educacionais

para maximizar sua capacidade visual (baixa mediação visão) e em consequência sua

independência e qualidade de vida. Ensinar Braille como em todas as áreas do

conhecimento (aluno cego). Apoiar a escolaridade e trabalhar a socialização.

Apresentação:

Comunicação, Socialização, Desenvolvimento e Estimulação Visual, Atividades da Diária,

Aprendizagem, Orientação, Mobilidade e independência.

Metodologia

Este programa é organizado para atendimento individual ou até em grupos de dez alunos,

de acordo com faixa etária, série e/ou nível de escolaridade. Cada aluno freqüenta a sala

de atendimento por cronograma três vezes por semana. A sala possui um professor que

disponibiliza este atendimento. Utilizam-se materiais e recursos pedagógicos específicos.

Atendem-se alunos da estimulação essencial, Apoio pré-escolar, Apoio a Escolaridade,

Iniciação ao Trabalho, Educação Especial e Supletivo, Atendem-se indivíduos da nossa

instituição escolar e do município. Conta-se com matérias pedagógicas próprios do

programa: Braille, sorobã, reglete (alunos cegos); estimulação visual conforme laudo

médico (alunos com baixa visão). Para ambos os casos a sala com recursos pedagógicos

e materiais próprios, uso de vídeos, computador, materiais ampliados e concretos, jogos e

outros.

Avaliação

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É realizado uma avaliação de ingresso ( por meio de testes específicos e/ou constatação

médica). Semanalmente observa-se o avanço apresentado pelo educando, através das

orientações propostas e o acompanhamento com o professor da sala regular do seu

rendimento. Semestralmente verifica-se o desenvolvimento do educando por meio de

relatório semestral.

Verifica-se também o acompanhamento do laudo médico, no caso de educandos com

baixa visão.

SALA DE RECURSOS

Apresentação

A Sala de Recursos é um Serviço Especializado de natureza pedagógica que apóia e

complementam o atendimento educacional realizado em classes especiais comum do

Ensino Fundamental de 5.ª, 8.ª series, egressos da Educação Especial ou que

apresentam problemas de aprendizagem com atraso significativo, distúrbios de

aprendizagem e/ou com necessidades educacionais especiais na área intelectual .

Educandos que requerem apoio especializado para obter sucesso no processo ensino

aprendizagem.

Objetivos Gerais

Garantir o acesso à Educação básica, na escola comum e ofertar atendimento que visa

propiciar condições para o desenvolvimento dos educando atendidos. Oferecer apoio

especifico de acordo com suas necessidades pedagógicas, individuais no ensino regular.

Construir experiências gratificantes de aprendizagem. Buscar potencialidades e métodos

para melhoria do rendimento escolar. Desenvolver linguagem e raciocínio, como fatores

do processo de desenvolvimento. Aprimorar o desenvolvimento psicomotor cognitivo e

afetivo.

Apresentação:

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Acesso à Educação de Qualidade, Diferenças Social-Culturais, Diferenças individuais.

Processo de Aprendizagem, Auto-realização, Desenvolvimento Cognitivo,

Potencialidades, Linguagem, Raciocínio e Inclusão Escolar.

Metodologia

Este programa é organizado para atendimento individual ou até em grupos de dez alunos,

de acordo com faixa etária, série e/ou nível de escolaridade. Cada aluno freqüenta a sala

de atendimento por cronograma três vezes por semana. A sala possui um professor que

disponibiliza este atendimento. Utilizam-se materiais e recursos pedagógicos específicos.

São atendidos alunos do ensino regular, matriculados e frequentantes do ensino

fundamental (5.ª a 8.ª séries). Na sala de recursos são oferecidos materiais pedagógicos

diversos de acordo com as dificuldades apresentadas pelos alunos. São utilizados

tabelas, fichas, vídeos, computador, quadro, revistas, livros didáticos, livros literários,

tangram, tabuada, jogos e outros. O enfoque são conteúdos da Língua Portuguesa e da

Matemática, nos conteúdos defasados das séries iniciais, aliem das áreas de

desenvolvimento.

Avaliação

Realiza-se uma avaliação de ingresso – Avaliação Pedagógica no Contexto Escolar –

realizada pelo professor da sala do ensino regular, equipe pedagógica e professor da sala

recursos.Ocorre também avaliação semestral para verificar o rendimento e

desenvolvimento do educando e reavaliação dos processos de intervenção educacional

periódica para adequação da metodologia de ensino e aprendizagem.

.2- EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS:

1 - OBJETIVO DA OFERTA DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

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A Educação de Jovens e Adultos (EJA), como modalidade educacional que atende a

educandos-trabalhadores, tem como finalidade e objetivos o compromisso com a

formação humana e com o acesso à cultura geral, de modo que os educandos aprimorem

sua consciência crítica, e adotem atitudes éticas e compromisso político, para o

desenvolvimento da autonomia intelectual.

O papel fundamental da construção curricular para a formação dos educandos desta

modalidade de ensino é fornecer subsídios para que se afirmem como sujeitos ativos,

críticos, criativos e democráticos. Tendo em vista esta função, a educação deve voltar-se

à uma formação na qual os educandos possam: aprender permanentemente; refletir de

modo crítico; agir com responsabilidade individual e coletiva; participar do trabalho e da

vida coletiva; comportar-se de forma solidária; acompanhar a dinamicidade das mudanças

sociais; enfrentar problemas novos construindo soluções originais com agilidade e

rapidez, a partir do uso metodologicamente adequado de conhecimentos científicos,

tecnológicos e sócio-históricos. (KUENZER, 2000, P.40)

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN nº 9394/96), em seu artigo 37,

prescreve que “a Educação de Jovens e Adultos será destinada àqueles que não tiveram

acesso ou continuidade de estudos no Ensino Fundamental e Médio na idade própria”. É

característica dessa Modalidade de ensino a diversidade do perfil dos educandos, com

relação à idade, ao nível de escolarização, à situação socioeconômica e cultural, às

ocupações e a motivação pela qual procuram a escola.

1.1 PERFIL DO EDUCANDO

Segundo dados estatísticos recentes de órgãos oficiais de pesquisas, o Paraná

possui um percentual da população, com 15 anos ou mais, com pouca escolaridade. Em

nosso município, a realidade não é diferente, inclusive, por ser área com atividades

ligadas ao campo, os índices são ainda maiores.

A maioria dos educandos residem na zona urbana, existindo também uma parcela

menosr que reside na zona rural, especialmente em vilas rurais. São educandos de nível

econômico baixo, sendo que um grande pecentual destes exercem atividades

assalariadas na agroindústria. Outros, embora minoria, exercem atividades de

agropecuária familiar, com destaque para a sericultura, fruticultura, horticultura, cultivo de

cereais e pecuária de corte e leiteira. Compõe também a clientela (o alunado), educandos

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que exercem atividades comerciais e do funcionalismo público municipal.

Todos, praticamente, têm suas raízes na zona rural, sendo pessoas humildes, com

poucas oportunidades de desenvolvimento cultural, além daqulele ofertado no ambiente

escolar, é dever do Estado reparar a dívida social junto à essa população, que não teve

acesso à escola na idade própria ou não permaneceram na escola por inadaptação ás

práticas escolares, necessidade de trabalhar, ausência de estímulo ou repetências

sucessivas.

A prática escolar tem-nos indicado que essa clientela apresenta como

características principais o aprendizado de conteúdos significativos segundo a vivência e

o interesse, a percepção das metas com clareza, o apoio da família e a cobrança da

empresa em que trabalha como fator decisivo para sua permanência e sucesso, a

dotação de conhecimento de mundo, a participação ativa nos objetivos propostos, a

superação das dificuldades pessoais quando alcançam o resultado esperado e interesses

variados.

Neste contexto é necessário oferecer uma educação que considere as

necessidades das diferentes faixas etárias, e portanto, com pedagogia diferente.

1.2 CARACTERIZAÇÃO DO CURSO

Este estabelecimento de ensino tem como uma das finalidades, a oferta de escolarização

de jovens, adultos e idosos que buscam dar continuidade a seus estudos no Ensino

Fundamental ou Médio, assegurando-lhes oportunidades apropriadas, consideradas suas

características, interesses, condições de vida e de trabalho, mediante ações didático-

pedagógicas coletivas e/ou individuais.

Portanto, este Estabelecimento Escolar oferta Educação de Jovens e Adultos –

Presencial, que contempla o total de carga horária estabelecida na legislação vigente nos

níveis do Ensino Fundamental e Médio, com avaliação no processo.

Os cursos são caracterizados por estudos presenciais desenvolvidos de modo a viabilizar

processos pedagógicos, tais como:

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pesquisa e problematização na produção do conhecimento;

desenvolvimento da capacidade de ouvir, refletir e argumentar;

registros, utilizando recursos variados (esquemas, anotações, fotografias,

ilustrações, textos individuais e coletivos), permitindo a sistematização e

socialização dos conhecimentos;

vivências culturais diversificadas que expressem a cultura dos educandos, bem

como a reflexão sobre outras formas de expressão cultural.

Para que o processo seja executado a contento, serão estabelecidos plano de estudos e

atividades. O Estabelecimento de Ensino deverá disponibilizar o Guia de Estudos aos

educandos, a fim de que este tenha acesso a todas as informações sobre a organização

da modalidade.

Organização Coletiva

Será programada pela escola e oferecida aos educandos por meio de um cronograma

que estipula o período, dias e horário das aulas, com previsão de início e término de cada

disciplina, oportunizando ao educando a integralização do currículo. A mediação

pedagógica ocorrerá priorizando o encaminhamento dos conteúdos de forma coletiva, na

relação professor-educandos e considerando os saberes adquiridos na história de vida de

cada educando.

A organização coletiva destina-se, preferencialmente, àqueles que têm possibilidade de

freqüentar com regularidade as aulas, a partir de um cronograma pré-estabelecido.

Organização Individual

A organização individual destina-se àqueles educandos trabalhadores que não têm

possibilidade de freqüentar com regularidade as aulas, devido às condições de horários

alternados de trabalho e para os que foram matriculados mediante classificação,

aproveitamento de estudos ou que foram reclassificados ou desistentes quando não há,

no momento em que sua matrícula é reativada, turma organizada coletivamente para a

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166

sua inserção. Será programada pela escola e oferecida aos educandos por meio de um

cronograma que estipula os dias e horários das aulas, contemplando o ritmo próprio do

educando, nas suas condições de vinculação à escolarização e nos saberes já

apropriados.

1.3 NÍVEL DE ENSINO

1.3.1 Ensino Fundamental – Fase II

Ao se ofertar estudos referentes ao Ensino Fundamental – Fase II, este estabelecimento

escolar terá como referência as Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais, que

consideram os conteúdos ora como meios, ora como fim do processo de formação

humana dos educandos, para que os mesmos possam produzir e ressignificar bens

culturais, sociais, econômicos e deles usufruírem.

Visa, ainda, o encaminhamento para a conclusão do Ensino Fundamental e possibilita a

continuidade dos estudos para o Ensino Médio.

1.3.2 Ensino Médio

O Ensino Médio no Estabelecimento Escolar terá como referência em sua oferta, os

princípios, fundamentos e procedimentos propostos nas Diretrizes Curriculares Nacionais

para o Ensino Médio – Parecer 15/98 e Resolução n.º 02 de 07 de abril de 1998/CNE, nas

Diretrizes Curriculares Estaduais da Educação de Jovens e Adultos e nas Diretrizes

Curriculares Estaduais da Educação Básica.

1.4 Educação Especial

A EJA contempla, também, o atendimento a educandos com necessidades educativas

especiais, inserindo estes no conjunto de educandos da organização coletiva ou

individual, priorizando ações que oportunizem o acesso, a permanência e o êxito dos

mesmos no espaço escolar, considerando a situação em que se encontram

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individualmente estes educandos.

Uma vez que esta terminologia pode ser atribuída a diferentes grupos de educandos,

desde aqueles que apresentam deficiências permanentes até aqueles que, por razões

diversas, fracassam em seu processo de aprendizagem escolar, a legislação assegura a

oferta de atendimento educacional especializado aos educandos que apresentam

necessidades educativas especiais decorrentes de:

deficiências mental, física/neuromotora, visual e auditiva;

condutas típicas de síndromes e quadros psicológicos, neurológicos ou

psiquiátricos;

superdotação/altas habilidades.

É importante destacar que “especiais” devem ser consideradas as alternativas e as

estratégias que a prática pedagógica deve assumir para remover barreiras para a

aprendizagem e participação de todos os alunos.1

Desse modo, desloca-se o enfoque do especial ligado ao educando para o enfoque do

especial atribuído à educação. Mesmo que os educandos apresentem características

diferenciadas decorrentes não apenas de deficiências mas, também, de condições sócio-

culturais diversas e econômicas desfavoráveis, eles terão direito a receber apoios

diferenciados daqueles normalmente oferecidos pela educação escolar.

Garante-se, dessa forma, que a inclusão educacional realize-se, assegurando o direito à

igualdade com eqüidade de oportunidades. Isso não significa o modo igual de educar a

todos, mas uma forma de garantir os apoios e serviços especializados para que cada um

aprenda, resguardando-se suas singularidades.

1.5 Ações Pedagógicas Descentralizadas

Este Estabelecimento Escolar desenvolverá ações pedagógicas descentralizadas,

efetivadas em situações de evidente necessidade, dirigidas a grupos sociais com perfis e

necessidades próprias e onde não haja oferta de escolarização para jovens, adultos e

idosos, respeitada a proposta pedagógica e o regimento escolar, desde que autorizado

pela SEED/PR, segundo critérios estabelecidos pela mesma Secretaria em instrução

1 CARVALHO, R.E. Removendo barreiras à aprendizagem. Porto Alegre, 2000, p.17.

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própria.

1.6 FreqUência

A carga horária prevista para as organizações individual e coletiva é de 100% (cem por

cento) presencial no Ensino Fundamental – Fase II e no Ensino Médio, sendo que a

freqüência mínima na organização coletiva é de 75% (setenta e cinco por cento) e na

organização individual é de 100% (cem por cento), em sala de aula.

1.7 Exames Supletivos

Este Estabelecimento Escolar ofertará Exames Supletivos, atendendo ao disposto na Lei

n.º 9394/96, desde que autorizado e credenciado pela Secretaria de Estado da Educação,

por meio de Edital próprio emitido pelo Departamento de Educação e Trabalho, através da

Coordenação da Educação de Jovens e Adultos.

1.8 CONSELHO ESCOLAR

O Conselho Escolar é um órgão colegiado de natureza deliberativa, consultiva, avaliativa

e fiscalizadora sobre a organização e a realização do trabalho pedagógico e

administrativo do estabelecimento de ensino, tendo como principal atribuição, aprovar e

acompanhar a efetivação do Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino.

O Conselho Escolar, de acordo com o princípio da representatividade e da

proporcionalidade, é constituído pelos seguintes conselheiros:

diretor (a);

representante da equipe pedagógica;

representante da equipe docente (professores);

representante da equipe técnico-administrativa;

representante da equipe auxiliar operacional;

representante dos discentes (alunos);

representante dos pais ou responsáveis pelo aluno;

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representante dos movimentos sociais organizados da comunidade (APMF,

Associação de Moradores, Igrejas, Unidades de Saúde etc.).

1.9 Materiais de Apoio Didático

Serão adotados os materiais indicados pelo Departamento de Educação e

Trabalho/Coordenação de Educação de Jovens e Adultos, da Secretaria de Estado da

Educação do Paraná, como material de apoio.

Além desse material, os docentes, na sua prática pedagógica, deverão utilizar outros

recursos didáticos.

1.10 Biblioteca Escolar

A biblioteca constitui-se em espaço privilegiado para a prática pedagógica, cujo acervo

está a disposição de toda a comunidade escolar como um convite para se conhecer

novos horizontes, lugares, pessoas, histórias, idéias e conhecimentos. Ela deve ser

organizada para se integrar com a sala de aula no desenvolvimento do currículo escolar.

Busca também, despertar no educando o gosto pela leitura, além de estar aberta a toda a

comunidade para suprir suas necessidades de informação.

A biblioteca é responsável pela execução de atividades que busquem a identidade cultural

de nossa escola, assim como priorize aspectos significativos da estética, da sensibilidade

e da ética, da igualdade de cada educando.

Para a existência da biblioteca, há a necessidade da cooperação de todos, garantindo o

seu espaço e acervo e da atuação dinâmica e responsável do professor, transformando-a

num espaço imprescindível ao trabalho.

Serão atribuições do profissional dinamizador da biblioteca:

1- agilizar, em cooperação com o corpo docente, atividades que estimulem a cultura com

incremento da videoteca, clube de leitores, etc;

2- constituir um espaço de contato com a leitura e a pesquisa para professores e

educando, além de local disponível para toda a comunidade;

3- viabilizar o enriquecimento da biblioteca através da aquisição de novos volumes.

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1.11 Laboratório

Na aprendizagem, as atividades experimentais devem ser garantidas de maneira a evitar

que a relação teoria-prática seja transformada numa dicotomia. Os experimentos

despertam, em geral, um grande interesse dos alunos, além de propiciar uma situação de

investigação. Quando planejadas levando em conta estes fatores, elas constituem

momentos particularmente ricos no processo de ensino aprendizagem, principalmente se

for dada margem à discussão e interpretação de resultados obtidos, com o professor

atuando no sentido de apresentar e desenvolver conceitos, leis e teorias envolvidas na

experimentação.

A apropriação significativa do conhecimento científico, de modo a contribuir para a

compreensão dos fenômenos do mundo natural, em diferentes espaços e tempos do

planeta, como um ato dinâmico, comos elementos em permanente interação, do corpo

humano e sua integridade, da saúde com dimensão pessoal e social, do desenvolvimento

tecnológico e das transformações ambientais causadas pelo ser humano, são os

resultados esperados na área das ciências naturais.

Assim, conforme Parecer nº 095/99, do CEE, “...indubitavelmente, um conceito novo para

o espaço denominado laboratório acompanha uma educação científica nova, espaço que

passará a incluir também o pátio da escola, a beira do mar, o bosque ou a praça

pública...” explicitam a não obrigatoriedade de espaço específico e materiais pré-

determinados, para a concretização de experimentos nos estabelecimentos de ensino,

reforçando o princípio pedagógico da contextualização, que se quer implementar no

trabalho de Educação de Jovens e Adultos neste colégio.

1.12 Recursos Tecnológicos

Os recursos tecnológicos são de grande importância pedagógica, constituindo-se em

instrumentos que possibilitam grande motivação nos educandos.

Vivemos em um tempo de globalização do conhecimento, onde o cidadão deve dominar

as tecnologias existentes. Assim sendo, a informática na escola é a possibilidade de

construir estratégias e habilidades necessárias para compreensão e inserção no mundo

atual com novas formas de expressão e comunicação. Neste enfoque será tratada como

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um recurso e estratégia para garantir e ampliar a qualidade do processo ensino-

aprendizagem.

É preciso ensinar o aluno a trabalhar a informação, utilizando-a como instrumento na

solução dos problemas do cotidiano. Dessa forma, o uso da tecnologia possibilita ensinar

de formas diferentes, transformando a aula em investigação, permitindo e colaborando

para que a escola seja lugar privilegiado de organização do conhecimento.

2 - FILOSOFIA E PRINCÍPIOS DIDÁTICO-PEDAGÓGICOS

A educação de adultos exige uma inclusão que tome por base o reconhecimento do jovem

adulto como sujeito. Coloca-nos o desafio de pautar o processo educativo pela

compreensão e pelo respeito do diferente e da diversidade: ter o direito a ser igual quando

a diferença nos inferioriza e o de ser diferente quando a igualdade nos descaracteriza. Ao

pensar no desafio de construirmos princípios que regem a educação de adultos, há de

buscar-se uma educação qualitativamente diferente, que tem como perspectiva uma

sociedade tolerante e igualitária, que a reconhece ao longo da vida como direito

inalienável de todos. (SANTOS, 2004)

A Educação de Jovens e Adultos – EJA, enquanto modalidade educacional que atende a

educandos-trabalhadores, tem como finalidade e objetivos o compromisso com a

formação humana e com o acesso à cultura geral, de modo a que os educandos venham

a participar política e produtivamente das relações sociais, com comportamento ético e

compromisso político, através do desenvolvimento da autonomia intelectual e moral.

Tendo em vista este papel, a educação deve voltar-se para uma formação na qual os

educandos-trabalhadores possam: aprender permanentemente, refletir criticamente; agir

com responsabilidade individual e coletiva; participar do trabalho e da vida coletiva;

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comportar-se de forma solidária; acompanhar a dinamicidade das mudanças sociais;

enfrentar problemas novos construindo soluções originais com agilidade e rapidez, a partir

da utilização metodologicamente adequada de conhecimentos científicos, tecnológicos e

sócio-históricos2.

Sendo assim, para a concretização de uma prática administrativa e pedagógica

verdadeiramente voltada à formação humana, é necessário que o processo ensino-

aprendizagem, na Educação de Jovens e Adultos seja coerente com

o seu papel na socialização dos sujeitos, agregando elementos e valores que os

levem à emancipação e à afirmação de sua identidade cultural;

o exercício de uma cidadania democrática, reflexo de um processo cognitivo, crítico

e emancipatório, com base em valores como respeito mútuo, solidariedade e

justiça;

os três eixos articuladores do trabalho pedagógico com jovens, adultos e idosos –

cultura, trabalho e tempo;

Segundo as Diretrizes Curriculares Estaduais de EJA, as relações entre cultura,

conhecimento e currículo, oportunizam uma proposta pedagógica pensada e estabelecida

a partir de reflexões sobre a diversidade cultural, tornando-a mais próxima da realidade e

garantindo sua função socializadora – promotora do acesso ao conhecimento capaz de

ampliar o universo cultural do educando – e, sua função antropológica - que considera e

valoriza a produção humana ao longo da história.

A compreensão de que o educando da EJA relaciona-se com o mundo do trabalho e que

através deste busca melhorar a sua qualidade de vida e ter acesso aos bens produzidos

pelo homem, significa contemplar, na organização curricular, as reflexões sobre a função

do trabalho na vida humana.

É inerente a organização pedagógico-curricular da EJA, a valorização dos diferentes

tempos necessários à aprendizagem dos educandos de EJA, considerando os saberes

2 KUENZER, Acácia Zeneida. Ensino Médio: construindo uma proposta para os

que vivem

do trabalho. São Paulo: Cortez, 2000, p.40.

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adquiridos na informalidade das suas vivências e do mundo do trabalho, face à

diversidade de suas características.

E ainda, conforme as Diretrizes Curriculares Estaduais de Educação de Jovens e Adultos

no Estado do Paraná:

XX. A EJA deve constituir-se de uma estrutura flexível, pois há um tempo

diferenciado de aprendizagem e não um tempo único para todos os

educandos, bem como os mesmos possuem diferentes possibilidades e

condições de reinserção nos processos educativos formais;

XXI. O tempo que o educando jovem, adulto e idoso permanecerá no processo

educativo tem valor próprio e significativo, assim sendo à escola cabe

superar um ensino de caráter enciclopédico, centrado mais na quantidade

de informações do que na relação qualitativa com o conhecimento;

XXII. Os conteúdos específicos de cada disciplina, deverão estar articulados à

realidade, considerando sua dimensão sócio-histórica, vinculada ao mundo

do trabalho, à ciência, às novas tecnologias, dentre outros;

XXIII. A escola é um dos espaços em que os educandos desenvolvem a

capacidade de pensar, ler, interpretar e reinventar o seu mundo, por meio

da atividade reflexiva. A ação da escola será de mediação entre o

educando e os saberes, de forma a que o mesmo assimile estes

conhecimentos como instrumentos de transformação de sua realidade

social;

XXIV. O currículo na EJA não deve ser entendido, como na pedagogia tradicional,

que fragmenta o processo de conhecimento e o hierarquiza nas matérias

escolares, mas sim, como uma forma de organização abrangente, na qual

os conteúdos culturais relevantes, estão articulados à realidade na qual o

educando se encontra, viabilizando um processo integrador dos diferentes

saberes, a partir da contribuição das diferentes áreas/disciplinas do

conhecimento.

Por isso, a presente proposta e o currículo dela constante incluirá o desenvolvimento de

conteúdos e formas de tratamento metodológico que busquem chegar às finalidades da

educação de jovens e adultos, a saber:

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Traduzir a compreensão de que jovens e adultos não são atrasados em seu

processo de formação, mas são sujeitos sócio-histórico-culturais, com

conhecimentos e experiências acumuladas, com tempo próprio de formação e

aprendizagem;

Contribuir para a ressignificação da concepção de mundo e dos próprios

educandos;

O processo educativo deve trabalhar no sentido de ser síntese entre a objetividade

das relações sociais e a subjetividade, de modo que as diferentes linguagens

desenvolvam o raciocínio lógico e a capacidade de utilizar conhecimentos

científicos, tecnológicos e sócio-históricos;

Possibilitar trajetórias de aprendizado individuais com base na referência, nos

interesses do educando e nos conteúdos necessários ao exercício da cidadania e

do trabalho;

Fornecer subsídios para que os educandos tornem-se ativos, criativos, críticos e

democráticos;

Em síntese, o atendimento a escolarização de jovens, adultos e idosos, não refere-se

exclusivamente a uma característica etária, mas a articulação desta modalidade com a

diversidade sócio-cultural de seu público, composta, dentre outros, por populações do

campo, em privação de liberdade, com necessidades educativas especiais, indígenas,

que demandam uma proposta pedagógica-curricular que considere o tempo/espaço e a

cultura desse grupos.

3 - INDICAÇÃO DA ÁREA OU FASE DE ESTUDOS

Propõe-se a oferta do curso de Educação de Jovens e Adultos no nível do Ensino

Fundamental – Fase II e do Ensino Médio a jovens, adultos e idosos que não tiveram o

acesso ou continuidade em seus estudos.

4 - MATRIZ CURRICULAR

4.1 Ensino Fundamental – Fase II

MATRIZ CURRICULAR DO CURSO PARA

EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

ENSINO FUNDAMENTAL – FASE II

ESTABELECIMENTO: Colégio Est. Des. Antonio F.F. da Costa – Ens. Fundamental e

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Médio

ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná

MUNICÍPIO: Icaraíma NRE: Umuarama

ANO DE IMPLANTAÇÃO: 1º Sem/2011 FORMA: Simultânea

CARGA HORÁRIA TOTAL DO CURSO: 1920/1932 H/A ou 1600/1610 HORAS

DISCIPLINAS Total de

Horas

Total de

horas/aula

LÍNGUA PORTUGUESA 280 336

ARTE 94 112

LEM - Inglês 213 256

EDUCAÇÃO FÍSICA 94 112

MATEMÁTICA 280 336

CIÊNCIAS NATURAIS 213 256

HISTÓRIA 213 256

GEOGRAFIA 213 256

ENSINO RELIGIOSO* 10 12

Total de Carga Horária do Curso 1920/1932 h/a ou 1600/1600 horas

*DISCIPLINA DE OFERTA OBRIGATÓRIA PELO ESTABELECIMENTO DE ENSINO E

DE MATRÍCULA FACULTATIVA PARA O EDUCANDO.

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4.2 Ensino Médio

MATRIZ CURRICULAR DO CURSO PARA

EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

ENSINO MÉDIO

ESTABELECIMENTO: Colégio Est. Des. Antonio F.F. da Costa – Ens. Fundamental e

Médio

ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná

MUNICÍPIO: Icaraíma NRE: Umuarama

ANO DE IMPLANTAÇÃO: 1º Sem/2009 FORMA: Simultânea

CARGA HORÁRIA TOTAL DO CURSO: 1440 H/A ou 1200 HORAS

DISCIPLINAS Total de

Horas

Total de

horas/aula

LÍNGUA Port. e

Literatura 174 208

LEM – Inglês 106 128

Arte 54 64

FILOSOFIA 54 64

SOCIOLOGIA 54 64

Educação Física 54 64

Matemática 174 208

Química 106 128

Física 106 128

Biologia 106 128

História 106 128

Geografia 106 128

TOTAL

1200 1440

Total de Carga Horária do Curso 1200 horas ou 1440 h/a

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5 - CONCEPÇÃO, CONTEÚDOS E SEUS RESPECTIVOS ENCAMINHAMENTOS

METODOLÓGICOS

A Educação de Jovens e Adultos do Estado do Paraná é uma modalidade de ensino da

Educação Básica cuja concepção de currículo compreende a escola como espaço sócio-

cultural que propicia a valorização dos diversos grupos que a compõem, ou seja,

considera os educandos como sujeitos de conhecimento e aprendizagem.

Esse currículo entendido, ainda, como um processo de construção coletiva do

conhecimento escolar articulado à cultura, em seu sentido antropológico, constitui-se no

elemento principal de mediação entre educadores e educandos e deve ser organizado de

tal forma que possibilite aos educandos transitarem pela estrutura curricular e, de forma

dialógica entre educando e educador tornar os conhecimentos significativos às suas

práticas diárias. Nesta ótica o conhecimento se constitui em núcleo estruturador do

conteúdo do ensino.

Nesse enfoque, a organização do trabalho pedagógico na Educação de Jovens e Adultos,

prevendo a inclusão de diferentes sujeitos, necessita ser pensada em razão dos critérios

de uma seleção de conteúdos que lhes assegure o acesso aos conhecimentos

historicamente construídos e o respeito às suas especificidades.

Após a definição das Diretrizes Curriculares Estaduais da Educação Básica, a Educação

de Jovens e Adultos do Estado do Paraná como modalidade da Educação Básica, passa

a adotar os mesmos conteúdos curriculares previstos por essas diretrizes.

No entanto, cabe ressaltar que a organização metodológica das práticas pedagógicas,

dessa modalidade deve considerar os três eixos articuladores propostos nas Diretrizes da

Educação de Jovens e Adultos: Trabalho, Cultura e Tempo, os quais devem se articular

tendo em vista a apropriação do conhecimento que não deve se restringir à

transmissão/assimilação de fatos, conceitos, idéias, princípios, informações etc., mas sim

compreender a aquisição cognoscitiva e estar intrinsecamente ligados à abordagem dos

conteúdos curriculares propostos para a Educação Básica.

Com a finalidade de efetivar todos os conceitos desta proposta, cada disciplina organizou

os conteúdos e metodologias a serem trabalhados em sala de aula, relacionadas a seguir:

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR

ARTE – Ensino Fundamental e Medio

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APRESENTAÇÃO

Durante o período colonial, nas vilas e reduções jesuíta, inclusive onde hoje se situa o

Estado do Paraná, ocorreu a primeira forma registrada de arte na educação. A

congregação católica denominada Companhia de Jesus veio ao Brasil e desenvolveu uma

educação de tradição religiosa, para grupos de origem portuguesa, indígena e africana.

Nas reduções jesuítas, realizaram um trabalho de catequização dos indígenas com

ensinamentos de artes e ofícios, por meio da retórica, literatura, música, teatro, dança,

pintura, escultura e artes manuais. Em todos os lugares onde a Companhia de Jesus se

radicou, promoveu essas formas artísticas, não somente cultivando as formas ibéricas, da

alta idade média e renascentista, como assimilando também as locais (Budasz, in SOUZA

NETO, 2004).

Esse trabalho educacional jesuítico perdurou aproximadamente por 250 anos, de 1500 a

1759 e foi importante porque influenciou na constituição da matriz cultural brasileira. Essa

influência manifesta-se na cultura popular paranaense, como, por exemplo, na música

caipira, em sua forma de cantar e tocar a viola (guitarra espanhola), no folclore, com as

Cavalhadas em Guarapuava; a Folia de Reis no litoral e segundo planalto; a Congada da

Lapa, entre outras, que permanecem com algumas variações.

Em 1808, com a vinda da família real de Portugal para o Brasil, fugindo da invasão de

Napoleão Bonaparte, uma série de obras e ações foi iniciada para acomodar, em termos

materiais e culturais, a corte portuguesa.

Entre essas ações, destacou-se a chegada ao Brasil de um grupo de artistas franceses

encarregado da fundação da Academia de Belas-Artes, na qual os alunos poderiam

aprender as artes e ofícios artísticos.

No Paraná, foi fundado o Liceu de Curitiba (1846), hoje Colégio Estadual do Paraná, que

seguia o currículo do Colégio Dom Pedro II; a Escola Normal (1876), atual Instituto de

Educação, para a formação em magistério e a Escola Profissional Feminina (1886)

oferecendo cursos de desenhos e pintura, corte e costura, arranjos de flores e bordados;

cursos estes que faziam parte da formação da mulher.

Dentro dos acontecimentos artísticos no Brasil a Semana da Arte Moderna foi um grande

marco; Arte Moderna: modernismo na 1ª metade do século XX.

O marco desta época foi a Semana de Arte Moderna realizada em São Paulo, em

fevereiro de 1922. Nesta semana, vários artistas comprometidos em mudar a cara da arte

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nacional se apresentaram e chocaram a sociedade. Quebraram com os padrões europeus

e buscaram valorizar a identidade nacional e uma arte, cujo cenário de fundo, eram as

paisagens brasileiras e o povo brasileiro. Inovaram e romperam com o tradicional.

Destacam-se como artistas modernistas: Di Cavalcanti, Vicente do Rêgo, Anita Malfatti,

Lasar Segall, Tarsilla do Amaral e Ismael Nery.

Os artistas imigrantes trouxeram novas idéias e diferentes experiências culturais

aplicando assim a Arte aos meios produtivos e como expressão individual. Assim os

artistas começaram a refletir sobre a arte para o desenvolvimento de uma nova sociedade

com características próprias, baseadas numa valorização da realidade local.

A partir dos anos 60 as produções e Movimentos Artísticos se intensificaram: Nas Artes

Plásticas com as Bienais, e nos Movimentos contrários a ela, na Música com os Festivais,

no Teatro e no Cinema.

A nova LDB 9394/96 mantém a obrigatoriedade do Ensino da arte nas Escolas de

Educação Básica, e os Parâmetros Curriculares Nacionais passam a considerar a Música,

artes Visuais, o Teatro e a Dança como linguagens artísticas, código e suas tecnologias

junto com as demais disciplinas.

O ensino da arte considera alguns campos conceituais que contribuem para as reflexões

a respeito do objetivo de estudo desta disciplina. O concito estético, o conhecimento

contextualizado, apesar das suas especificidades são articulados entre si, abrangem

todos os aspectos do objetivo de estudo.

Sendo eles: o conhecimento estético está relacionado à apreensão do objeto artístico

como criação de cunho sensível e cognitivo. Historicamente originado na Filosofia, o

conhecimento estético constitui um processo de reflexão a respeito do fenômeno artístico

e da sensibilidade humana, em consonância com os diferentes momentos históricos e

formações sociais em que se manifestam. Pode-se buscar contribuições nos campos da

Sociologia e da Psicologia para que o conhecimento estético seja melhor compreendido

em relação às representações artísticas; assim como o conhecimento da produção

artística está relacionado aos processos do fazer e da criação, toma em consideração o

artista no processo da criação das obras desde suas raízes históricas e sociais, as

condições concretas que subsidiam a produção, o saber científico e o nível técnico

alcançado na experiência com materiais; bem como o modo de disponibilizar a obra ao

público, incluindo as características desse público e as formas de contato com ele,

próprias da época da criação e divulgação das obras, nas diversas áreas como artes

visuais, dança, música e teatro.

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Sendo assim, a disciplina de Arte tem como objeto de estudo:

O conhecimento estético e o conhecimento artístico contextualizado.

E como objetivos construir um repertório próprio, identificando a arte como fato histórico

contextualizado nas diversas culturas e valorizando diferentes padrões artísticos e

estéticos.

Refletir sobre a ação social dos produtores de arte de diferentes épocas e culturas,

fazendo conexões entre a vida do artista, sua obra e o contexto em que foi introduzida.

Compreender os fatos históricos, a importância da arte como arte crítica e expressiva

dentro de um conceito histórico com expressões livres porém criticas e criativas.

Através da arte o ser humano constrói e produz o conhecimento artístico, pois a mesma

se integra.

O ensino da Arte possibilita oportunidades que instigam a memória, percepção, o saber

interagindo com a ciência e com o meio.

2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E CONTEUDOS BÁSICOS DO ENSINO

FUNDAMENTAL

MUSICA:

Elementos Formais

VIII. Altura

IX. Duração

X. Timbre

XI. Intensidade

XII. Densidade

Composição

Ritmo

Melodia

Escalas: diatônica

pentatônica

cromática

Improvisação

Gêneros: folclórico, indígena, popular e étnico

Técnicas: vocal, instrumental e mista

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Improvisação

Harmonia

Tonal, modal e a fusão de ambos.

Gêneros: popular, folclórico e étnico.

Movimentos e Períodos

Greco-Romana

Oriental

Ocidental

Africana

Música popular e étnica (ocidental e oriental)

Indústria Cultural

Eletrônica

Minimalista

Rap, Rock, Tecno

Música Engajada

Música Popular

Brasileira.

Música

Contemporânea

ARTES VISUAIS:

Elementos Formais

Ponto

Linha

Textura

Forma

Superfície

Volume

Cor

Luz

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Composição

Bidimensional

Figurativa

Geométrica, simetria

Técnicas: Pintura, escultura, arquitetura...

Gêneros: cenas da mitologia.

Proporção

Tridimensional

Figura e fundo

Abstrata

Perspectiva

Técnicas: Pintura, escultura, modelagem, gravura.

Gêneros: Paisagem, retrato, natureza morta.

Semelhanças

Contrastes

Ritmo Visual

Estilização

Deformação

Técnicas: desenho, fotografia, audiovisual e mista

Bidimensional

Tridimensional

Figura-fundo

Ritmo Visual

Técnica: Pintura, grafitte, performance.

Gêneros: Paisagem urbana, cenas do cotidiano.

Movimentos e Períodos

Arte Greco-Romana

Arte Africana

Arte Oriental

Arte Pré-Histórica

Arte Indígena

Arte Popular

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Brasileira e

Paranaense

Renascimento

Barroco

Indústria Cultural

Arte no Séc. XX

Arte

Contemporânea

Realismo

Vanguardas

Muralismo e Arte Latino-Americana

Hip Hop

TEATRO:

Elementos Formais

Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais

Ação

Espaço

Composição

Enredo, roteiro.

Espaço Cênico, adereços.

Técnicas: jogos teatrais, teatro indireto e direto, improvisação, manipulação,

máscara.

Gênero: Tragédia, Comédia e Circo.

Representação,

Leitura dramática,

Cenografia.

Técnicas: jogos teatrais, mímica, improvisação, formas animadas.

Gêneros:

Rua e arena,

Caracterização

Cinema e Mídias

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Texto dramático

Maquiagem

Sonoplastia

Roteiro

Técnicas: jogos teatrais, sombra, adaptação cênica.

Técnicas: Monólogo, jogos teatrais, direção, ensaio,

Teatro-Fórum.

Dramaturgia

Cenografia

Sonoplastia

Iluminação

Figurino

Movimentos e Períodos

Greco-Romana

Teatro Oriental

Teatro Medieval

Renascimento

Comédia dell’ arte

Teatro Popular Brasileiro e Paranaense

Teatro Africano

Indústria Cultural

Realismo

Expressionismo

Cinema Novo

Teatro Engajado

Teatro do Oprimido

Teatro Pobre

Teatro do Absurdo

Vanguardas

DANÇA:

Elementos Formais

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Movimento Corporal

Tempo

Espaço

Composição

Kinesfera

Eixo

Ponto de Apoio

Movimentos articulares

Fluxo (livre e interrompido)

Rápido e lento

Formação

Níveis (alto, médio e baixo)

Deslocamento (direto e indireto)

Dimensões (pequeno e grande)

Técnica: Improvisação

Gênero: Circular

Ponto de Apoio

Rotação

Coreografia

Salto e queda Peso (leve e pesado)

Fluxo (livre, interrompido e conduzido)

Lento, rápido e moderado

Niveis (alto, médio e baixo)

Formação

Direção

Gênero: Folclórica, popular e étnica

Giro

Rolamento

Saltos

Aceleração e desaceleração

Direções (frente, atrás, direita e esquerda)

Improvisação

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Coreografia

Sonoplastia

Gênero: Indústria

Cultural e espetáculo

Kinesfera

Ponto de Apoio

Peso

Fluxo

Quedas

Saltos

Giros

Rolamentos

Extensão (perto e longe)

Coreografia

Deslocamento

Gênero: Performance e moderna

Movimentos e Períodos

Pré-história

Greco-Romana

Renascimento

Dança Clássica

Dança Popular

Brasileira

Paranaense

Africana

Indígena

Hip Hop

Musicais

Expressionismo

Indústria Cultural

Dança Moderna

Vanguardas

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Dança Moderna

Dança Contemporânea

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E CONTEUDOS BÁSICOS DO ENSINO MÉDIO

MUSICA:

Elementos Formais

Altura

Duração

Timbre

Intensidade

Densidade

Composição

Melodia

Harmonia

Escalas

Modal, Tonal e fusão de ambos.

Gêneros: erudito, clássico, popular, étnico, folclórico, Pop .

Técnicas: vocal, instrumental, eletrônica, informática e mista

Improvisação

Movimentos e Períodos

Música Popular

Brasileira

Paranaense

Popular

Indústria Cultural

Engajada

Vanguarda

Ocidental

Oriental

Africana

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Latino-Americana

ARTES VISUAIS:

Elementos Formais

Ponto

Linha

Forma

Textura

Superfície

Volume

Cor

Luz

Composição

Bidimensional

Tridimensional

Figura e fundo

Figurativo

Abstrato

Perspectiva

Semelhanças

Contrastes

Ritmo Visual

Simetria

Deformação

Estilização

Técnica: Pintura, desenho, modelagem, instalação performance, fotografia, gravura

e esculturas, arquitetura, história em quadrinhos.

Gêneros: paisagem, natureza-morta, Cenas do Cotidiano, Histórica, Religiosa, da

Mitologia.

Movimentos e Períodos

Arte Ocidental

Arte Oriental

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Arte Africana

Arte Brasileira

Arte Paranaense

Arte Popular

Arte de

Vanguarda

Indústria Cultural

Arte

Contemporânea

Arte Latino- Americana

TEATRO:

Elementos Formais

Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais

Ação

Espaço

Composição

Técnicas: jogos teatrais, teatro direto e indireto, mímica, ensaio, Teatro-Fórum

Roteiro

Encenação e leitura

dramática

Gêneros: Tragédia, Comédia, Drama e Épico

Dramaturgia

Representação nas mídias

Caracterização

Cenografia, sonoplastia, figurino e iluminação

Direção

Produção

Movimentos e Períodos

Teatro Greco- Romano

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Teatro Medieval

Teatro Brasileiro

Teatro Paranaense

Teatro Popular

Indústria Cultural

Teatro Engajado

Teatro Dialético

Teatro Essencial

Teatro do

Oprimido

Teatro Pobre

Teatro de

Vanguarda

Teatro

Renascentista

Teatro Latino- Americano

Teatro Realista

Teatro Simbolista

DANÇA:

Elementos Formais

IX. Movimento Corporal

X. Tempo

XI. Espaço

Composição

XXV. Kinesfera

XXVI. Fluxo

XXVII. Peso

XXVIII. Eixo

XXIX. Salto e Queda

XXX. Giro

XXXI. Rolamento

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XXXII. Movimentos articulares: Lento, rápido e moderado

XXXIII. Aceleração e desaceleração

XXXIV. Níveis

XXXV. Deslocamento

XXXVI. Direções

XXXVII. Planos

XXXVIII. Improvisação

XXXIX. Coreografia

XL. Gêneros: Espetáculo, industria cultural, étnica, folclórica, populares e salão

Movimentos e Períodos

Pré-história

Greco-Romana

Medieval

Renascimento

Dança Clássica

Dança Popular

Brasileira

Paranaense

Africana

Indígena

Hip Hop

Indústria Cultural

Dança Moderna

Vanguardas

Dança

Contemporânea

ENCAMINHAMENTOS METODOLOGICOS

Sendo assim, contemplar-se-á, na metodologia do ensino de Artes três momentos da

organização pedagógica: o sentir e perceber, que são as formas de apreciação e

apropriação, o trabalho artístico, que é a prática criativa, o conhecimento, que fundamenta

e possibilita ao aluno um sentir/perceber e um trabalho sistematizado, de modo a

direcionar o aluno a formação de conceitos artísticos.

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Os mesmos constituem-se numa totalidade e pode ser usado individualmente ou pelos

três simultaneamente, o importante é que sejam utilizados na prática pedagógica do

professor.

Trabalhar com as artes visuais sob uma perspectiva histórica e crítica, reafirma a

discussão sobre essa área como processo intelectual e sensível que permite um olhar

sobre a realidade humano-social, e as possibilidades de transformação desta realidade.

Tal processo pode ser desenvolvido pelo professor ao estabelecer relações entre os

conhecimentos do aluno e a imagem proposta, explorando a obra em análises e

questionamentos dos conteúdos das artes visuais.

Quanto a entender a dança como expressão, compreender as realidades próximas e

distantes, perceber o movimento corporal nos aspectos sociais, culturais e históricos

(teorizar), são elementos fundamentais para alcançar os objetivos do ensino da dança na

escola.

Na música, então, é uma forma de representar o mundo, de relacionar-se com ele, de

fazer compreender a imensa diversidade musical existente, que de uma forma direta ou

indireta interfere na vida da humanidade.

E o Teatro existem diversos encaminhamentos metodológicos possíveis para o ensino de

teatro, no entanto se faz necessário proporcionar momentos para teorizar, sentir e

perceber e para o trabalho artístico, não o reduzindo a um mero fazer.

Uma possibilidade seria iniciar o trabalho com exercícios de relaxamento, aquecimento e

com os elementos formais do teatro: personagem – expressão vocal, gestual, corporal e

facial, Composição: jogos teatrais, improvisações e transposição de texto literário para

texto dramático, pequenas encenações construídas pelos alunos e outros exercícios

cênicos (trabalho artístico).

AVALIAÇÃO

A concepção de avaliação para a disciplina de Arte é diagnóstica e processual. É

diagnóstica por ser a referência do professor para planejar as aulas e avaliar os alunos; é

processual por pertencer a todos os momentos da prática pedagógica. A avaliação

processual deve incluir formas de avaliação da aprendizagem, do ensino

(desenvolvimento das aulas), bem como a auto-avaliação dos alunos.

A avaliação em Arte supera o papel de mero instrumento de medição da apreensão de

conteúdos e busca propiciar aprendizagens socialmente significativas para o aluno. Ao ser

processual e não estabelecer parâmetros comparativos entre os alunos, discute

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dificuldades e progressos de cada um a partir da própria produção, de modo que leva em

conta a sistematização dos conhecimentos para a compreensão mais efetiva da

realidade.

O método de avaliação proposto pelas Diretrizes Curriculares Estaduais inclui observação

e registro do processo de aprendizagem, com os avanços e dificuldades percebidos na

apropriação do conhecimento pelos alunos. O professor deve avaliar como o aluno

soluciona os problemas apresentados e como ele se relaciona com os colegas nas

discussões em grupo. Como sujeito desse processo, o aluno também deve elaborar seus

registros de forma sistematizada. As propostas podem ser socializadas em sala, com

oportunidades para o aluno apresentar, refletir e discutir sua produção e a dos colegas. O

aluno para tanto será avaliado na construção do conteúdo proposto não considerando seu

gosto pela arte e sim se o mesmo contextualizou a que havia sido proposto, com

construções artísticas e desenvolvimentos de conceitos.

É importante ter em vista que os alunos apresentam uma vivência e um capital cultural

próprio, constituído em outros espaços sociais além da escola, como a família, grupos,

associações, religião e outros. Além disso, têm um percurso escolar diferenciado de

conhecimentos artísticos relativos à Música, às Artes Visuais, ao Teatro e à Dança.

REFERENCIAS:

PARANÁ. Secretaria Estadual da Educação. Diretrizes Curriculares para Educação

Básica. Arte. Curitiba: SEED/DEB, 2008.

BARROCO, Sonia Mari Shima. Psicologia Educacional e Arte. UEM. Maringá. 2007.

ORTIZ, Renato. Cultura Brasileira & Identidade Nacional. Ed. Brasiliense. São Paulo.

2005.

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BIOLOGIA – Ensino Médio- EJA

Apresentação da disciplina:

A LDB N Lei 9394/96 promulgada na década de 90, a EJA passa a ser considerada como

uma modalidade de Educação Básica nas Etapas de Ensino Fundamental e Médio com

especialidade própria.

E Educação de Jovens e Adultos tem como finalidade e objetivo a formação humana e

acesso a cultura, levando os educando a uma consciência critica, adotando atitudes

éticas e comprometidas com a sociedade em que vive.

METODOLOGIA

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Na Educação de Jovens e Adultos EJA o professor deve levar em consideração que o

aluno adulto possui saberes, experiências e uma trajetória de vida que devem ser

aproveitados pelo educador, portando para o trabalho deve-se ter por base as diretrizes

curriculares da EJA, contemplando os eixos estruturantes tempo, trabalho, cultura.

Para o ensino de biologia, compreender o fenômeno da VIDA e sua complexidade de

relações significa pensar em uma Ciência em transformação, cujo caráter provisório

garanta a reavaliação dos seus resultados e possibilita o repensar e a mudança constante

de conceito e teorias elaboradas em casa momento histórico, social, político econômico e

cultural.

A partir dos conteúdos específicos EJA disciplinar para casa serie, será analisado as

implicações sociais dos desenvolvimentos da biologia e os conteúdos correspondentes

fundamentais e atualizados. Em seguida será condicionado as atividades e experiências

que melhor levem á consecução dos objetivos propostos. Será incluída uma diversidade

de modalidades didáticas, pois cada situação exige uma solução própria; alem do que a

variação das atividades pode atrair a interessar os alunos, atender as diferenças

individuais.

Recursos como aula dialogada, a leitura de textos, a escrita, a experimentação, as

analogias, os debates em sala de aula, entre tantas outras serão utilizadas no sentido de

possibilitarem a participação dos alunos favorecendo a expressão de seus pensamentos,

suas percepções, significações e interpretações.

O uso de diferentes imagens, como vídeos, transparências, livros , fotos e atividades

experimentais.

As temáticas relacionadas aos Desafios Educacionais Contemporâneos, a Diversidade, a

Cultura Afro-Brasileira e indígena serão trabalhados integrados, contínuos no

desenvolvimento dos conteúdos.

Conteúdos estruturantes:

- Organização dos Seres Vivos

- Mecanismos Biológicos

- Biodiversidade

- Manipulação

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Obs: Os conteúdos relacionados aos Desafios Educacionais Contemporâneos e a

Diversidades serão trabalhados integrados ao conteúdo, como a Lei referente a historia e

a cultura afro-brasileira e africana ( 10.639/03), a historia e cultura dos povos indígenas (

11.645/08) e a lei que institui a Política Nacional de Educação Ambiental ( 9.795/99). Os

experimentos serão amparados do Conoma/MMA (conselho Nacional do Meio Ambiente)

e Política Nacional da Biodiversidade.

CIENCIAS – EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

A disciplina de Ciências tem como objeto de estudo o conhecimento científico que resulta

da investigação da Natureza. Do ponto de vista científico, entende-se por Natureza o

conjunto de elementos integradores que constitui o Universo em toda sua complexidade.

Ao ser humano cabe interpretar racionalmente os fenômenos observados na Natureza,

resultantes das relações entre elementos fundamentais como tempo, espaço, matéria,

movimento, força, campo, energia e vida.

A Natureza legitima, então, o objeto de estudo das ciências naturais e da disciplina de

Ciências. De acordo com Lopes (2007), denominar uma determinada ciência de natural é

uma maneira de enunciar tal forma de legitimação. Chauí (2005) corrobora tal afirmação

ao lembrar que no século XIX, sob influência dos filósofos franceses e alemães, dividiu-se

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o conhecimento científico a partir de critérios como: tipo de objeto estudado, tipo de

método empregado e tipo de resultado obtido. Assim, as chamadas ciências naturais

passaram a ser tomadas como um saber distinto das ciências matemáticas, das ciências

sociais e das ciências aplicadas, bem como dos conhecimentos filosóficos, artísticos e do

saber cotidiano.

As relações entre os seres humanos com os demais seres vivos e com a Natureza

ocorrem pela busca de condições favoráveis de sobrevivência. Contudo, a interferência

do ser humano sobre a Natureza possibilita incorporar experiências, técnicas,

conhecimentos e valores produzidos na coletividade e transmitidos culturalmente. Sendo

assim, a cultura, o trabalho e o processo educacional asseguram a elaboração e a

circulação do conhecimento, estabelecem novas formas de pensar, de dominar a

Natureza, de compreendê-la e se apropriar dos seus recursos. No entanto,

O método científico que levou à dominação cada vez mais eficaz da natureza passou

assim a fornecer tanto os conceitos puros, como os instrumentos para a dominação cada

vez mais eficaz do homem pelo próprio homem através da dominação da natureza [...].

Hoje a dominação se perpetua e se estende não apenas através da tecnologia, mas

enquanto tecnologia, e esta garante a formidável legitimação do poder político em

expansão que absorve todas as esferas da cultura. (HABERMAS, 1980, p. 305)

Diante disso, a história e a filosofia da ciência mostram que a sistematização do

conhecimento científico evoluiu pela observação de regularidades percebidas na

Natureza, o que permitiu sua apropriação por meio da compreensão dos fenômenos que

nela ocorrem. Tal conhecimento proporciona ao ser humano uma cultura científica com

repercussões sociais, econômicas, éticas e políticas.

O ensino de Ciências, no Brasil, foi influenciado pelas relações de poder que se

estabeleceram entre as instituições de produção científica, pelo papel reservado à

educação na socialização desse conhecimento e no conflito de interesses entre antigas e

recentes profissões, “frutos das novas relações de trabalho que se originaram nas

sociedades contemporâneas, centradas na informação e no consumo” (MARANDINO,

2005, p. 162).

A EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS NASCEU COM O Mobral em 1964, não

havendo resultado significativos. A partir de 1985 com a Nova Republica rompe com o

Mobral e cria a fundação educar que apóia iniciativas de educação básica de jovens e

adultos.

A lei LDBN 9394/96 promulgada na década de 90. A EJA passa a ser considerada como

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uma modalidade de Educação Básica nas etapas de Ensino Fundamental e Médico com

especificidade própria.

OBJETIVOS DA DISCIPLINA

- Efetivar o direito a educação dos jovens e adultos enfatizando a saúde e a qualidade de

vida.

- Proporcionar aos educandos o acesso à cultura, levando-os a uma consciência critica,

adotando atitudes éticas e comprometidas com a sociedade em que vive.

- Compreender os conteúdos específicos com uma expressão completa da realidade,

deixando de ser compreendidas como elementos fragmentados;

- Promover a socialização dos conhecimentos científicos e tecnológicos e a

democratização dos procedimentos de natureza social, tendo em vista o atendimento de

toda a população que tem assegurado o direito ao processo de escolarização.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:

• Astronomia

• Matéria

• Sistemas Biológicos

• Energia

•Biodiversidade

CONTEUDOS ESPECIFICOS

- Universo;

- Sistemas Solar;

- Conservação de energia;

- Níveis de organização

- Ecossistema;

- Constituição da matéria;

- Células;

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- Morfologia e Fisiologia de Seres Vivos;

- Formas de energia;

- Transmissão de energia;

- Origem da vida;

- Organização dos seres vivos

- Propriedades da matéria;

- Interações ecológicas;

- Movimentos terrestres

- Movimentos celestes;

- Astros

- Evolução dos seres vivos

- Sistemática;

- Origem e evolução do Universo;

-Gravitação Universal;

- Mecanismo de Herança Genética

Metodologia

Na EJA, o professor deve considerar que o aluno possui conhecimentos e experiências.

A integração dos conceitos científicos, abordagem por meio das relações, a história da

ciência, a divulgação científica e as atividades experimentais como aliadas nesse

processo.

Ao selecionar os conteúdos a serem ensinados na disciplina de Ciências, o professor

deverá organizar o trabalho docente tendo como referências: o tempo disponível para o

trabalho pedagógico (horas/aula semanais); o Projeto Político Pedagógico da Escola; os

interesses da realidade local e regional onde a escola está inserida; a análise crítica dos

livros didáticos e para didáticos da área de Ciências; e informações atualizadas sobre os

avanços da produção científica.

Na organização do plano de trabalho docente espera-se que o professor de Ciências

reflita a respeito das abordagens e relações a serem estabelecidas entre os conteúdos

estruturantes, básicos e específicos. Reflita, também, a respeito das expectativas de

aprendizagem, das estratégias e recursos a serem utilizados e dos critérios e

instrumentos de avaliação.

Para isso é necessário que os conteúdos específicos de Ciências sejam entendidos em

sua complexidade de relações conceituais, não dissociados em áreas de conhecimento

físico, químico e biológico, mas visando uma abordagem integradora.

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Tais conteúdos podem ser entendidos a partir da mediação didática estabelecida pelo

professor de Ciências, que pode fazer uso de estratégias que procurem estabelecer

relações interdisciplinares e contextuais, envolvendo desta forma, conceitos de outras

disciplinas e questões tecnológicas, sociais, culturais, éticas e políticas.

Tão importante quanto selecionar conteúdos específicos para o ensino de Ciências, é a

escolha de abordagens, estratégias e recursos pedagógicos adequados à mediação

pedagógica. A escolha adequada desses elementos contribui para que o estudante se

aproprie de conceitos científicos de forma mais significativa e para que o professor

estabeleça critérios e instrumentos de avaliação.

O processo ensino-aprendizagem pode ser melhor articulado com o uso de:

· Recursos pedagógicos/tecnológicos que enriquecem a prática docente, tais como:

livro didático, texto de jornal, revista científica, figuras, revistas em quadrinhos, música,

quadros de giz, mapa (geográficos, sistemas biológicos, entre outros), globo, modelo

didático (torso, esqueleto, célula, olho, desenvolvimento embrionário, entre outros),

microscópio, lupa, jogo, telescópio, televisor, computador, retroprojetor, TV pendrive, entre

outros;

· Recursos instrucionais como: organogramas, mapas conceituais, mapas de

relações, diagramas V, gráficos, tabelas, infográficos, entre outros;

· Alguns espaços de pertinência pedagógica, dentre eles: feiras, museus,

laboratórios, exposições de ciência, seminários e debates.

Diante de todas essas considerações propõem-se alguns elementos da prática

pedagógica a serem valorizados no ensino de Ciências, tais como: a abordagem

problematizadora, a relação contextual, a relação interdisciplinar, a pesquisa, a leitura

científica, a atividade em grupo, a observação, a atividade experimental, os recursos

instrucionais e o lúdico, entre outros.

A Abordagem Problematizadora

A ação de problematizar é mais do que a mera motivação par se iniciar um novo

conteúdo. Essa ação possibilita a aproximação entre o conhecimento alternativo do

estudante e o conhecimento científico escolar que se pretende ensinar. A abordagem

problematizadora pode ser efetuada, evidenciando-se duas dimensões: na primeira, o

professor leva em conta o conhecimento de situações significativas apresentadas pelos

estudantes, problematizando-as; na segunda, o professor problematiza de forma que o

estudante sinta a necessidade do conhecimento científico escolar para resolver os

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problemas apresentados.

A Relação Contextual

Contextualizar é uma forma de articular o conhecimento científico com o contexto histórico

e geográfico do estudante, com outros momentos históricos, com os interesses políticos e

econômicos que levaram à sua produção para que o conhecimento disciplinar seja

potencialmente significativo. A relação contextual pode ser um ponto de partida, de modo

a aborda o conteúdo mais próximo à realidade do estudante para uma posterior

abordagem abstrata e específica. A relação contextual pode, também, ser o ponto de

chegada caso o professor opte por iniciar a sua prática com os conteúdos mais abstratos

e reflexivos.

A Relação Interdisciplinar

A relação interdisciplinar como elemento da prática pedagógica considera que muitos

conteúdos, ainda que específicos, se articulam permanentemente com outros conteúdos e

isso torna necessária uma aproximação entre eles, mesmo entre os tratados por

diferentes disciplinas escolares.

A Pesquisa

A pesquisa é uma estratégia de ensino que visa à construção do conhecimento. Essa

estratégia inicia-se na procura de material de pesquisa, passa ter a interpretação desse

material e chega à construção das atividades. A pesquisa pode ser apresentada na forma

escrita e/ou oral, entretanto, para que os objetivos pedagógicos sejam atingidos, se faz

necessário que seja construída com relação do próprio estudante, pois ao organizar o

texto escrito ele precisará sistematizar idéias e explicitar seu entendimento sobre o

conteúdo com recursos do vocabulário que domina. Na apresentação oral estudante deve

superar a simples leitura e repetição, evidenciando a compreensão crítica do conteúdo

pesquisado e explicitando a sua interpretação.

A Leitura Científica

A leitura científica como recurso pedagógico permite a aproximação entre os estudantes e

o professor, pois propicia um maior aprofundamento de conceitos. Cabe ao professor

analisar o material a ser trabalhado, levando-se em conta o grau de dificuldade da

abordagem do conteúdo, o rigor conceitual e a linguagem utilizada. Dentre os diversos

materiais de divulgação que podem ser utilizados como recursos pedagógicos, sugerem-

se:

· Revistas Ciência Hoje e Ciência Hoje para Crianças – Publicação da Sociedade

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Brasileira para o progresso da Ciência – www.sbpnet.org.br

· Revista Eletrônica Café Orbital – Publicação do Observatório Nacional – Disponível

em www.on.br (Ministério da Ciência e Tecnologia)

· Revistas Scientific American Scientific American Brasil – Publicação da Editora

Duetto – Disponível em www.sciam.com.br

· Portal dia-a-dia da educação – Projeto Folhas – Disponível em

www.diaadiaeducacao.pr.gov.br

· Coleção Explorando o Ensino – Educação Básica, Ministério da Educação –

Disponível em www.mec.gov.br

A Atividade em Grupo

No trabalho em grupo, o estudante tem a oportunidade de trocar experiências, apresentar

suas proposições aos outros estudantes, confrontar idéias, desenvolver espírito de equipe

e atitude colaborativa. Esta atividade permite aproximar o estudo de Ciências dos

problemas reais, de modo a contribuir para a construção significativa de conhecimento

pelo estudante.

A Observação

A utilização desse elemento estimula, no estudante, a capacidade de observar fenômenos

em seus detalhes para estabelecer relações mais amplas sobre os mesmos. Por outro

lado, permite que o professor perceba as dificuldades individuais de interpretar tais

fenômenos devido à falta de atenção e a lacuna teórico-conceituais.

A observação é um a alternativa viável e coerente com a própria natureza da disciplina. O

estudante pode desenvolver observações e superar a simples constatação de resultados,

passando para construção de hipóteses que a própria observação possibilita.

A Atividade Experimental

A inserção de atividades experimentais na prática docente apresenta-se como uma

importante ferramenta de ensino e aprendizagem, quando mediada pelo professor de

forma a desenvolver o interesse nos estudantes e criar situações de investigação para a

formação de conceitos.

Tais atividades não têm como único espaço possível o laboratório escolar, visto que

podem ser realizadas em outros espaços pedagógicos, como a sala de aula, e utilizar

materiais alternativos aos convencionais.

Entretanto, é importante que essas práticas proporcionem discussões, interpretações e se

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coadunem com os conteúdos trabalhados em sala. Não devem, portanto, ser apenas

momento de comprovação de leis e teorias ou meras ilustrações nas aulas teóricas.

Os Recursos Instrucionais

Os recursos instrucionais (mapas conceituais, organogramas, mapas de relações,

diagramas V, gráficos, tabelas, infográficos, entre outros) podem e devem se usados na

análise do conteúdo científico escolar, no trabalho pedagógico/tecnológico e na avaliação

da aprendizagem.

Esses recursos são instrumentos potencialmente significativos em sala de aulal porque se

fundamentam na aprendizagem significativa e subsidiam o professor em seu trabalho com

o conteúdo científico escolar, porque são compostos por elementos extraídos da

observação, das atividades experimentais, das relações contextuais e interdisciplinares,

entre outros.

Os recursos instrucionais não possuem modelo único e não existem regras fixas a serem

utilizadas na sua construção. Por exemplo, mapas de conceitos podem ter estruturas

diversas, pois ultrapassam a idéia de serem apenas sínteses conceituais.

O Lúdico

O lúdico é uma forma de interação do estudante com o mundo, podendo utilizar-se de

instrumentos que promovam a imaginação, a exploração, a curiosidade e o interesse, tais

como jogos, brinquedos, modelos, exemplificações realizadas habitualmente pelo

professor, entre outros.

O lúdico permite uma maior interação entre os assuntos abordados e, quanto mais

intensa for essa interação, maior será o nível de percepções e reestruturações cognitivas

realizadas pelo estudante. O lúdico deve ser considerado na prática pedagógica,

independentemente da série e da faixa etária do estudante, porém, adequando-se a elas

quanto à linguagem, a abordagem, as estratégias e aos recursos utilizados como apoio.

Avaliação

A avaliação será diagnóstica, contínua e processual, através de trabalhos em sala,

apresentação de trabalhos em grupo onde o professor deverá estabelecer critérios e

Ter em vista os seguintes objetivos

· Verificar se o aluno transcreve conhecimento na resolução de situações novas.

· Avaliar se o aluno esta se apropriando dos conhecimentos e se estes estão sendo

significativos e contínuos, fazendo uma correlação entre a vivência do aluno e o conteúdo

proposto.

· Detectar, analisar e retomar a defasagem no aprendizado.

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· Repensar novas estratégias de trabalho em classe.

Ao abordar cada conteúdo específico o professor precisa estabelecer critérios avaliativos

dados. Para tanto, precisa considerar uma série de fatores, dentre os quais pode-se

destacar:

Nosso Colégio tem como principio a idéia de que a avaliação é parte do processo de

aprendizagem, portanto, deverá estar voltada para tal. A proposta do colégio é que a

avaliação,enquanto processo, seja a mola de processo educativo.Todo trabalho realizado

pelo aluno é em potencial um instrumento avaliativo. Provas, trabalhos de pesquisa, lista

de exercícios ( individuais ou em grupos) .

RECUPERAÇÃO

Após cada conteúdo proposto e avaliado e não havendo aproveitamento individual,

repassar o conteúdo mudando a metodologia e a forma de avaliar.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

GOWDAK, Demétrio; MARTINS, Eduardo - Ciências Novo Pensar; Editora FTD. São

Paulo, 2006, 6ª série;

Parâmetros Curriculares, 6ª série;

Secretaria de Estado da Educação; Reestruturação do Ensino Médio;

Diretrizes Curriculares de Ciências para o Ensino Fundamental – Curitiba 2008 – Governo

do Estado do Paraná – Secretaria de Estado da Educação – Superintendência da

Educação;

Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Desembargador Antônio Franco Ferreira

da Costa – Ensino Fundamental e Médio.

Diretrizes da EJA – Educação de Jovens e Adultos

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206

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

DISCIPLINA: EDUCAÇÃO FÍSICA - Ensino Fundamental e Médio

APRESENTAÇÃO

Desenvolver os conteúdos propostos de maneira que seja relevante e esteja de

acordo com a capacidade cognitiva do aluno.

Integrar a disciplina no processo pedagógico é fundamental para formação humana

do aluno.

Propiciar ao aluno uma visão crítica do mundo e da sociedade na qual está inserido.

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CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E CONTEÚDOS BÁSICOS

Esportes – Coletivo e Individual

Jogos e Brincadeiras – Jogos e Brincadeiras Populares, Brincadeiras e Cantigas de

Roda, Jogos de Tabuleiro, Jogos Cooperativo, Jogos Dramáticos.

Dança – Danças Folclóricas, Dança de Rua e Dança Criativa.

Ginástica – Ginástica Rítmica e Ginástica Geral.

Lutas – Lutas de Aproximação, Capoeira, Karate, Taekwondo.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Esporte

Futsal/futebol

Voleibol

Atletismo

Basquetebol

Handebol

Tênis de mesa

Atletismo

Histórico dos esportes e sua evolução histórica;

Fenômeno social do esporte;

Fundamentos básicos dos esportes;

Esportes institucionalizados e vividos;

Competição versus cooperação dentro do esporte.

Ginástica:

Evolução histórica da ginástica;

Ginástica Contextualização;

Executar a prática das ginásticas originárias da cultura humana;

Relaxamento

Alongamento/Flexibilidade

Ginástica natural

Ginástica geral

Avaliação Antopométrica

Alimentação x Saúde

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Dança

Evolução histórica da dança e do teatro;

Danças folclóricas;

Noções sobre ritmo e musicalidade;

Ritmo corporal;

Expressão corporal com e sem materiais;

Mímica representação e imitação;

Jogos, e brincadeiras:

Jogos e brincadeiras construídos coletivamente;

Oficina de construção de brinquedos;

Brinquedos cantados, rodas e cirandas;

Brinquedos com matérias reciclados

Jogos de Raquete

Jogos cooperativos

Jogos Pré - desportivos

Abordagem histórica dos jogos

Jogos Socializante

Jogos de Estafeta

Cultura regional de jogos

Jogos de tabuleiro (Xadrez )

Brincadeiras cantadas

Elementos articuladores

Manifestações lúdicas, desenvolvimento corporal, saúde, corpo manipulado.

Lutas

Pesquisas e os aspectos históricos das lutas

Vivenciar Jogos de Oposição

METODOLOGIA

A proposta metodológica das práticas pedagógicas da EJA deve considerar os três eixos

articuladores propostos para as Diretrizes Curriculares: cultura, trabalho e tempo, os quais

deverão estar inter-relacionados.

Como eixo principal, a cultura norteará a ação pedagógica, haja vista que dela emanam

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as manifestações humanas, entre elas o trabalho e o tempo. Portanto, é necessário

manter o foco na diversidade cultural, percebendo, compartilhando e sistematizando as

experiências vividas pela comunidade escolar, estabelecendo relações a partir do

conhecimento que esta detém, para a (re)construção de seus saberes. A Educação Fisica

será ministrada como integrante destas esferas, abordando os conteúdos no contexto da

cultura, trabalho e tempo.

OBJETO DE ENSINO

Cultura corporal

OBJETIVOS

A Educação Física, componente curricular da Educação Básica tem como objetivo

de introduzir e integrar o aluno na cultura corporal de movimento, formando o cidadão que

vai produzi-la, reproduzi-la e transformá-la como oportunidade para reelaborar idéias e

praticas que ampliem a compreensão do aluno sobre saberes produzidos pela

humanidade e suas implicações para a vida; instrumentalizando-o para usufruir do jogo,

do esporte, das atividades rítmicas e dança, da ginástica, lutas e práticas de aptidão

física, em benefício da qualidade da vida.

Ampliar o campo de intervenção, para além das abordagens centradas na

motricidade.

AVALIAÇÃO

A avaliação deve ser entendida como um aspecto permanente e cumulativo de trabalho

didático pedagógico.

A avaliação deverá ser diagnóstica, de modo contínuo, buscando aspectos formativos,

considerando sua participação e consciência crítica sob aspectos bio-pisco-social,

determinando as mudanças ocorridas durante o processo ensino-aprendizagem,

determinando deste modo às relações do aluno com o conhecimento.

A partir das referências coletadas na avaliação diagnóstica, nas primeiras aulas, que

servirá de base de dados ao processo subsequente, o professor terá uma visão dos

saberes acumulado e das dificuldades apresentadas pelos alunos e dos conteúdos

apropriados por eles durante as séries anteriores. Uma vez detectado o grau de

conhecimento e de dificuldades do aluno, serão elaborados e sistematizados os

conteúdos que serão aplicados no decorrer das aulas.

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Numa avaliação realizada desta maneira é importante o domínio dos conteúdos pelo

professor, para que haja uma avaliação consciente e comprometida com o processo

educacional.

A avaliação se dará através da compreensão do aluno sobre o que foi proposto e

respondido através de textos e avaliações conceituais e procedimentais produzidas a

partir das problematizações apresentadas no decorrer do processo desde os primeiros

contatos.

Os saberes e a cultura do educando devem ser respeitados como ponto de partida real,

realizando avaliação a partir das experiência acumuladas e das transformações que

marcam o seu trajeto educativo.A avaliação será significativa se estiver voltada para a

autonomia dos educandos.

A avaliação implica o coletivo da escola e possibilita a indicação de caminhos mais

edequados e satisfatório para a ação pedagógica .Em outras palavras, a avaliação não

pode ser um mecanismo para classificar, excluir ou promover o aluno, mas um parâmetro

da práxis pedagógica que toma os erros e os acertos como elementos sinalizadores para

o seu replanejamento.

Pautados no princípio da educação que valoriza a diversidade e reconhece as

deferenças, o processo avaliativo como parte integrante da práxis pedagógica deve estar

voltado para atender as necessidades dos educandos, considerando o seu perfil e a

função social do EJA, isto é, o seu papel na formação da cidandania e na construção da

autonomia.

A avaliação deve ser uma nova ação pedagógica a procura de soluções adequadas

para o sucesso do aluno, respeitando o seu ritmo de aprendizagem de modo objetivo e

positivo através de:

- Critérios de Avaliação;

- Dinâmica de grupo;

- Participação/envolvimento nas atividades.

- Grupos

- Auto Avaliação

- Individual

É importante ressaltar que a avaliação se caracteriza de acordo com o PP e o PPC.

REFERÊNCIAS:

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211

DIRETRIZES CURRICULARES de Educação Física, da educação fundamental da rede

de educação básica do estado do Paraná.SEED,2006.

COBRA, Nuno .A Semente da Vitória.15ª. ed.SENAC.São Paulo.2001.223pg.

HILDEBRANDT, Reiner. LAGING,ralf. Concepções abertas no ensino da educação

física.trad. Sonnhilde von der heide . Rio de Janeiro . Ao livro técnico,1986.142pg.

TAFFAREL ,Celi Nelza Zulke.Criatividade nas Aulas de Educação Física.Rio de Janeiro.

Ao livro técnico ,1985.84pg

CUNHA, Marcus Vinicius da. A escola contra a família. In: LOPES,

Eliane Marta Teixeira et al. (Org.). 500 anos de Educação no Brasil. Belo Horizonte:

Autêntica, 2000.

RESENDE, H. G. DE & SOARES, A. J. G. Conhecimento e especificidade da educação

física escolar, na perspectiva da cultura corporal. Revista Paulista de Educação Física.

São Paulo: supl. 02. p. 49-59. 1996.

SÁ, N. P. Educação: contradições do pensamento crítico no Brasil. (Tese de Doutorado).

São Paulo: PUC-SP. 1985.

KUNZ, Elenor. Transformação didático-pedagógica do esporte .6ª. ed. Ijuí,Ed.

Unijuí.2004.160 pg. ISBN 85-85866-68-3

BRASIL. Ministro da Educação .Diretrizes para uma política nacional de educação de

jovens e adultos. Caderno de Educação Básica. Brasilía,1994

PROJETO POLITICO PEDAGOGICO EJA, Colégio Desembargador Antonio Franco

Ferreira da Costa - Ensino Fundamental , Icaraíma – Paraná .

ENSINO RELIGIOSO ENSINO FUNDAMENTAL

HISTÓRICO

O desenvolvimento do homem se dá em uma multiplicidade de dimensões: corpo,

linguagem, sentimentos, razão, convívio, etc. no âmago desse crescimento, há uma

busca de significado, de razão de ser, de sentimento da existência.

O Ensino Religioso contribui para superar a desigualdade étnico-religiosa e garantir o

direito constitucional de liberdade de crença e expressão.

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No Brasil, a força desses posicionamentos só sentida em meados da década de 60,

quando o aspecto confessional do Ensino Religioso foi suprimido do inciso IV do artigo

168 da Constituição de 1967; este ensino de matricula facultativa estará constituído em

horários normais das escolas oficiais do grau primário e médio.

A concretização legal do Ensino Religioso só se deu à partir das Leis de Diretrizes e

Bases da Educação Nacional de 1996 e sua respectiva correção em 1997, pela Lei

9>475. que de acordo com o artigo 33 LDBEN, o Ensino Religioso recebeu a

caracterização, ficou proposto então um modelo laico e pluralista com a intenção de

impedir qualquer forma de prática catequética nas salas de aula nas salas de aula

públicas.

No Paraná criou-se uma Associação de um pequeno grupo (Assintec), formado de um

caráter ecumênico para elaboração de material pedagógico e curso de formação

continuada. No mesmo ano a SEED designou a entidade como intermediaria entre a

Secretaria e os Núcleos Regionais de Educação a serviço de Ensino Religioso para

orientação da proposta curricular da disciplina.

Ao longo de todo processo em 2006 resultou-se então a primeira versão das Diretrizes

Curriculares de Ensino Religioso para Educação Básica, este resultado até então vivido,

porém não conclusivo tem trazido uma proposta de Ensino Religioso laico e de forte

caráter escolar que tem sido apresentada.

O Ensino Religioso tem em seu objetivo valorizar o pluralismo e a diversidade cultural

presente na sociedade brasileira facilita a compreensão das formas que exprimem o

Transcendente na superação da finitude humana e que determinam subjacentemente, o

processo histórico da humanidade. Para tanto necessita de proporcionar o conhecimento

dos elementos básicos que compõem o fenômeno religioso, a partir das experiências

religiosas recebidas no contexto do educando; assim como subsidiar o educando na

formulação do questionamento existencial, em profundidade, para que possa dar sua

resposta devidamente informada. È também analisar o papel das tradições religiosas na

estruturação e manutenção das diferentes culturas e manifestações socioculturais; facilitar

a compreensão do significado das afirmações e verdades de fé das tradições religiosas;

como refletir o sentido da atitude moral, como conseqüência do fenômeno religioso e

expressão da consciência e da resposta pessoal e comunitária do ser humano; e

possibilitar esclarecimentos sobre o direito à diferença na construção de estruturas

religiosas que têm na liberdade o seu valor inalienável.

A Educação de Jovens e Adultos nasceu com o Mobral em 1964, não havendo resultados

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significativos. A partir de 1985 com a Nova Republica rompe com o Mobral e cria a

Fundação Educar que apóia iniciativas de Educação Básica de Jovens e Adultos.

A LDBN Lei 9394/96 promulgada na década de 90, a EJA passa a ser considerada como

uma modalidade de Educação Básica nas Etapas de Ensino Fundamental e Médio com

especificidade própria.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

O Ensino Religioso, assim como demais áreas do conhecimento, que são decididas ao

longo do Ensino Fundamental, contribuem para o desenvolvimento do sujeito. A Lei de

Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) têm como meio básicos o pleno domínio

da leitura, da escrita e do cálculo, assim como a compreensão do ambiente natural e

social, do sistema político, da tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a

sociedade, também do desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista

a aquisição de conhecimento, habilidades e a formação de atitudes e valores.

Finalmente, e não menos importante, no fortalecimento dos vínculos familiares, dos laços

de solidariedade e de respeito à diversidade cultural e religiosa em que se assenta a vida

social.

Portanto, compreende-se que o conhecimento religioso é um patrimônio da humanidade e

que, legalmente, institui-se na escola, pressupondo promover aos educando

oportunidades de se tornarem capazes de entender os movimentos específicos das

diversas culturas, sendo o substantivo religioso um forte elemento de colaboração na

constituição do sujeito.

Os conteúdos estruturastes:

Paisagem Religiosa;

Universo Simbólico;

Religioso e Texto Sagrado

Os conteúdos Básicos são:

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5ª série/6o ano

Organizações Religiosas;

Lugares Sagrados;

Textos Sagrados orais ou escritos;

Símbolos Religiosos.

6ª série/7o ano

Temporalidade Sagrada;

Festas Religiosas;

Ritos Vida e Morte.

Paisagem religiosa

Os espaços considerados sagrados são mais fortes, pois é nesse local que o sagrado se

manifesta. Para o homem religioso a natureza não é exclusivamente natural, ela sempre

está carregada de um valor sagrado.

A idéia de que existem espaços sagrados e que pode existir um mundo no qual as

imperfeições estarão ausentes, conduz o homem a suportar as dificuldades diárias.

O homem consagra certos espaços porque necessita viver e conviver num espaço

sagrado, ele precisa locomover-se num mundo sagrado.

Para as religiões, os espaços são somente uma relação concreta, física, entre os povos e

consagrado, há uma relação pré-estabelecida entre ações e práticas. A paisagem

religiosa é fruto do espaço social e cultural construindo ao longo de tempo através das

vivências dos inúmeros grupos humanos.

Símbolos

Os símbolos são linguagem que expressam os sentidos, possuem a função de comunicar

e exercer um papel relevante para a vida imaginativa e para a constituição das diferentes

religiões no mundo. O símbolo pode ser definido como qualquer coisa que circula uma

concepção podendo ser uma palavra, um som, um gesto, um ritual, um sonho, uma obra

de arte,uma notação de matemática entre tantas outras coisas.

Os símbolos são parte essencial da vida humana, todo humano se constitui e se constrói

por meio de inúmeras linguagens simbólicas.

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Texto Sagrado

Ao articular os textos sagrados aos ritos religiosos, as situações de nascimento e morte, e

também as diferentes tradições/manifestações religiosas visam criar mecanismo de

unidade e de identidade do grupo de seguidores, modo a assegurar que os ensinamentos

sejam consolidados transmitidos às novas gerações e ou novos adeptos.

O que caracteriza portanto um texto sagrado como sagrado é o reconhecimento pelo

grupo de que transmite uma mensagem vinda de ente sagrado ou ainda favorece uma

aproximação entre os adeptos e o sagrado.

Como conteúdo estruturantes, o texto sagrado é uma referência importante para o

tratamento dos conteúdos propostos para o Ensino religioso, pois o mesmo permite

identificar como a tradição/manifestação atribui-praticas religiosas o caráter sagrado, em

que medida orientam e ou estão presentes nos ritos, nas festas, na organização das

religiões, nas explicações da morte e da vida.

A Educação de Jovens e Adultos tem como finalidade e objetivo a formação humana e

acesso a cultura, levando os educandos a uma consciência critica, adotando atitudes

éticas e comprometidas com a sociedade em que vive.

METODOLOGIA

Na Eja o professor deve levar em Consideração que o aluno já adulto possui saberes,

experiências e uma trajetória de vida que devem ser aproveitados pelo educador.

A forma de apresentação dos conteúdos específicos explicita para tanto intenção de á

partir de abordagens de manifestações religiosas ou expressões do sagrado

desconhecidas ou pouco conhecidas dos alunos, para posteriormente inserir os

conteúdos que tratam de manifestações religiosas mais comuns que já fazem parte do

universo cultural da comunidade.

Pretende-se evitar a redução dos conteúdos da disciplina às manifestações religiosas

hegemônicas tem ocupado um grande espaço nas aulas de Ensino religioso e também

pouco tem acrescentado ao processo de formação integral dos educando, ou seja, no

alargamento de sua compreensão e do seu conhecimento a respeito da diversidade

religiosa e dos múltiplos significados do sagrado. Para tanto não significa que as tradições

e manifestações religiosas mais conhecidas e ou majoritárias não serão tratadas no

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currículo de Ensino religioso. Estas serão objetos de estudos ao final de cada conteúdo

tratado, de modo que os conhecimentos apreendidos de outras manifestações religiosas,

constituam-se em novas referências para se analisar e aprofundar os conhecimentos a

respeito das manifestações já conhecidas e ou praticadas pelos alunos e ou na

comunidade

AVALIAÇÃO

Estabeleça discussões sobre o Sagrado numa perspectiva laica; assim como desenvolver

uma cultura de respeito à diversidade religiosa e cultural; e também reconhecer que o

fenômeno religioso é um dado de cultura e de identidade de cada grupo social.

O Ensino Religioso não tem a mesma orientação que a maioria das disciplinas no que se

refere a atribuição de notas e conceitos, ou seja, não se constitui como objeto de

reprovação, bem como não terá registro de notas ou conceitos na documentação escolar,

isso se justifica pelo caráter facultativo da matrícula na disciplina.

Cabe ao professor a implementação de práticas avaliativas que permitam acompanhar o

processo de apropriação de conhecimentos pelo aluno, tendo como parâmetro os

conteúdos estudados e os seus objetivos.

Por exemplo, observar em que medida o aluno expressa uma relação respeitosa com os

colegas de classe que têm opções religiosas diferentes da sua.

BIBLIOGRAFIA

Diretrizes Curriculares de Ensino Religioso – Ensino Fundamental -2011

Varela Carmem/Sanchez Manuel – Editora Ática – Educação Religiosa – 2001 – São

Paulo.

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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR - EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

DISCIPLINA DE FILOSOFIA

APRESENTAÇÃO

A educação de jovens e adultos – EJA, enquanto modalidade educacional que atende a

educandos trabalhadores, tem como objetivo o compromisso com a formação humana e

com o acesso à cultura geral, possibilitando ao educando a participação política nas

relações sociais, com comportamento ético, através do desenvolvimento da autonomia

intelectual e moral.

Assim, o papel fundamental na formação dos educandos é subsidiá-los para que possam

aprender permanentemente, refletir criticamente, agir com responsabilidade individual e

coletivamente, acompanhar as mudanças sociais científicas e tecnológicas.

A lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDBEN. Nº 9394/96, em seu artigo

37, prescreve que “a educação de jovens e adultos será destinada àqueles que não

tiveram acesso ou continuidade de estudos no ensino fundamental e médio na idade

própria”. Esta modalidade de ensino se caracteriza pela diversidade do perfil dos

educandos quanto à idade, escolarização, situação econômica e cultural.

Para tanto, considera-se o educando da EJA como sujeito sócio-histórico-cultural, com

conhecimento e experiências acumuladas. Também possui um tempo próprio de formação

e nesta perspectiva, cada um tem um tempo diferenciado de aprendizagem e não um

tempo único para todos, e os limites e possibilidades de cada aluno devem ser

respeitados, atendendo desta forma suas necessidades individuais com uma proposta

que viabilize o acesso, permanência e o sucesso nos estudos.

A lei nº 9394/96 incorpora uma concepção de formação mais ampla para EJA enfatizando

a pluralidade de vivências humanas. Conforme artigo 1º da lei vigente abaixo.

A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na

convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e manifestações culturais. A

educação escolar deverá vincular-se ao mundo do trabalho e à prática social.

Neste sentido, que os saberes adquiridos e apropriados na educação escolar

ressignifiquem as experiências sócio-culturais dos educandos e se constituam em

instrumentos e suporte para o mundo do trabalho e para o exercício da cidadania. Neste

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sentido, o currículo deve ser organizado de forma abrangente, na qual os conteúdos

culturais relevantes, estejam articulados à realidade na qual o educando se encontra,

viabilizando um processo integrador dos diferentes saberes, a partir da contribuição das

diferentes áreas/disciplinas do conhecimento.

No processo educacional da EJA cabe também evidenciar possíveis mudanças para uma

nova relação entre ciências, trabalho e cultura através de uma base sólida de formação

cientifica e histórica possibilitando a transformação de sua realidade social.

O Ensino de EJA não prioriza o caráter enciclopédico do conteúdo, mas um processo de

ensino que oportunize a atividade reflexiva, com a qual, o educando conquiste a

autonomia intelectual pela capacidade de ler, interpretar e reinventar a sua realidade

social, ampliando seus conhecimentos, e conseqüentemente a melhoria de sua qualidade

de vida. A busca da autonomia intelectual e moral deve ser um constante exercício com

os educandos da EJA, resgatando assim a sua cidadania.

1.1 HISTÓRICOS DA DISCIPLINA

A racionalização da mitologia grega proporcionou um salto histórico para o conhecimento

humano, grego,... e ocidental.

Com aqueles questionamentos sobre a razão de ser das coisas criou-se uma postura

investigativa e salutar para o conhecimento, a qual o homem moderno cultiva em parte até

hoje.

A história da filosofia e as idéias dos filósofos que nos precederam constituem, assim,

uma fonte inesgotável de inspiração e devem alimentar constantemente as discussões

realizadas pelo educador e pelos educando em sala de aula. Os problemas, as idéias, os

conceitos e os conteúdos estruturantes devem ser desenvolvidos, portanto, de tal forma

que os diversos períodos da história da filosofia e as diversas maneiras através das quais

eles discutem as questões filosóficas sejam levados em consideração.

Na idade Média, a Filosofia era fortemente marcada pelo teocentrismo, pensamento de

características muito diferentes das que prevaleciam no período anterior.

A desestruturação do Império Romano foi concomitante ao crescimento da Igreja como

poder eclesiástico.

O medievo é, assim, marcado pela inspiração divina da Bíblia, pelo monoteísmo, pelo

criacionismo, pela idéia do pecado original, pelo conceito cristão de amor (ágape) e por

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uma nova concepção de Homem, cuja essência encerra a condição de igualdade como

criatura divina. A Filosofia da Idade Média, nos seus dois grandes períodos, Patrística (

séc. II ao VIII), trata basicamente do aperfeiçoamento dos instrumentos lógicos para

melhor compreensão dos textos bíblicos e dos ensinamentos dos padres da Igreja. A

razão é posta predominantemente em função da fé, ou seja, a Filosofia serve à Teologia

[...] não basta crer: é preciso também compreender a fé. (REALE, ANTISERI, 2003, p.

125).

Na modernidade, a busca da autonomia da razão e da constituição da individualidade se

confronta com os discursos abstratos sobre Deus e sobre a alma, substituindo-os

paulatinamente, pelo pensamento antropocêntrico. A Filosofia declara sua independência

da Teologia e os pensadores passam a tratar principalmente de questões filosófico-

científicas (racionalismo, Empirismo, Criticismo).

A filosofia contemporânea é resultado da preocupação com o homem, principalmente no

tocante à sua historicidade, sociabilidade, secularização da consciência, o que se

constata pelas inúmeras correntes de pensamento que vêm constituindo esse período.

A partir do final do século XIX, a Filosofia é marcada pelo pluralismo de idéias, o que

permite pensar de maneira específica todos os conteúdos estruturantes apresentados

nestas Diretrizes. Ainda que os problemas pensados hoje também tenham se

apresentado, anteriormente, como problemas, a atividade filosófica deve considerar as

características e perspectivas do pensamento que marcam cada período da história da

Filosofia.

1.2 – JUSTIFICATIVA:

As Diretrizes Curriculares de Filosofia pontuam que ao se tratar de ensino de Filosofia, é

comum retomar a clássica questão a respeito da cisão entre Filosofia e filosofar. Ensina-

se Filosofia ou a filosofar? Muitos citam Kant, para lembrar que não é possível ensinar

Filosofia e sim a filosofar. Ocorre que para ele não é possível separar a Filosofia do

filosofar. Kant quer afirmar a autonomia da razão filosofante diante da própria filosofia. Do

mesmo modo Hegel, não é possível conhecer o conteúdo da Filosofia sem filosofar. A

Filosofia constitui seu conteúdo na medida em que reflete sobre ele. A prática da Filosofia

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leva consegue o seu produto não é possível fazer filosofias sem filosofar, nem filosofar

sem filosofia, porque a Filosofia não é um sistema acabado, nem o filosofar apenas

investigação dos princípios universais propostos pelos filósofos (GALLO & KOHAN, 2000,

p.184).

Não é possível filosofar sem Filosofia e estudar Filosofia sem filosofar. Deste modo,

entende-se que as aulas de Filosofia, na EJA, são espaços de estudo da Filosofia e do

filosofar. A Filosofia apresenta-se como conteúdo filosófico e também como um

conhecimento que possibilita ao educando da EJA o desenvolvimento de um estilo próprio

de pensamento.

As Diretrizes Curriculares para o ensino de Filosofia no Estado do Paraná propõe que

este ensino seja um espaço para criação de conceitos, unindo a Filosofia e o filosofar

como atividades indissociáveis que dão vida a aula.

Seguindo essas Diretrizes, propomos que o trabalho pedagógico com a EJA tome esse

Portanto, a Filosofia na EJA, em sua dimensão pedagógica, significa o espaço de

experiência filosófica, o espaço de criação e provocação do pensamento original, da

busca, da compreensão, da imaginação da investigação e da criação de conceitos.

O trabalho realizado em sala de aula deve assegurar, para o educando da EJA, a

experiência do “específico” da atividade filosófica. Este exercício poderá se manifestar em

cada aula refazendo o percurso filosófico. O educador organiza a aula propondo

problematizações, leituras filosóficas e análises de textos; organiza debates, propõe

pesquisas, sistematizações e elaborações de conceitos.

O ensino de Filosofia na EJA possui uma especificidade que se concretiza na relação com

o educando com os problemas suscitados, com a busca de soluções nos textos filosóficos

por meio do diálogo investigativo.

1.3 OBJETIVOS E OBJETO DE ESTUDO DA DISCIPLINA.

Oferecer ao aluno da EJA, uma possibilidade de efetivar um caminho de

desenvolvimento a todas as pessoas, de todas as idades, permitindo que jovens e

adultos atualizem seus conhecimentos, mostrem habilidades, troquem experiências

e tenham acesso a novas formas de trabalho e cultura;

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Promover a inclusão social e a inserção no mercado de trabalho de jovens e

adultos que não tiveram acesso à educação na idade própria, proporcionar

condições para que essa parte da população construa sua cidadania e possa ter

acesso à qualificação profissional, aumentar as taxas de escolarização;

Permitir que o aluno da EJA apreenda e pense Por si mesmo, argumente,

problematize e investigue criticamente e recriando os conceitos filosóficos;

Levar o aluno da EJA, a experienciar à reflexiva de compartilhamento do de

construção de conceitos e valores, alimentando, sustentando e investigando a

experiência pessoal e subjetiva;

Contribuir para a formação de cidadãos críticos, conscientes e participativos;

1.CONTEÚDO ESTRUTURANTE

MITO E FILOSOFIA

O homem pode ser identificado e caracterizado como um ser que pensa e cria

explicações. Na criação do pensamento está presente tanto o mito como a racionalidade,

ou seja, a base mitológica enquanto pensamento por figuras; e a base racional, enquanto

pensamento por conceitos são constituintes do processo de formação do conhecimento

filosófico. Esse fato não pode deixar de ser considerado, pois é a partir dele que o homem

desenvolve suas idéias, cria sistemas, inventa e elabora leis, códigos, práticas. Entender

a conquista da autonomia da racionalidade (LOGOS) diante do mito marca o advento de

uma etapa fundamental na história do pensamento e do desenvolvimento de todas as

concepções científicas produzidas ao longo da história humana. Autores sugeridos: Jean-

Pierre Vernant, Mircea Elíade, Moses Finley, Vidal Naquet.

1.1 CONTEÚDOS BÁSICOS

1.1.1 Saber Mitico;

1.1.2 Saber filosófico;

1.1.3 Relação Mito e Filosofia;

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222

1.1.4Atualidade do Mito;

1.1.5 O que é Filosofia?;

2. CONTEÚDO ESTRUTURANTE

TEORIA DO CONHECIMENTO

Este conteúdo teoriza e problematiza o sentido, os fundamentos, a possibilidade e a

validade do conhecimento. Evidencia os limites do conhecimento possibilitando perceber

fatores históricos e temporais que influíram na sua elaboração e assim retomar

problemáticas já pensadas na perspectiva de novas soluções relativas a seu tempo. Entre

os clássicos que trataram do problema do conhecimento podemos citar: Aristóteles,

Descartes, Hegel, Hume, Kant, Platão, Russell.

2.1 CONTEÚDOS BÁSICOS

2.1.1Possibilidade do conhecimento;

2.1.2 As formas de conhecimento;

2.1.3 O problema da verdade;

2.1.4 A questão do método;

3. CONTEÚDO ESTRUTURANTE

ÉTICA

Trata dos fundamentos da ação humana e dos valores que permeiam as relações

intersubjetivas. Por ser especulativa e também normativa um dos grandes problemas

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enfrentados pela ética é a tensão entre o sujeito (particular) e a norma (universal). Outra

grande questão está na fundamentação dos valores e das ações: razão ou

paixões/desejos. A ética possibilita a problematização, análise e crítica dos valores,

virtude, felicidade, liberdade, consciência, responsabilidade, vontade, autonomia,

heteronomia, anomia, niilismo, violência, relação entre os meios e os fins. Alguns

filósofos: Adorno, Aristóteles, Nietzsche, Scheler, Schopenhauer, Sêneca.

3.1 CONTEÚDOS BÁSICOS

3.1.1 Ética e moral;

3.1.2Pluralidade ética; Concepções éticas;

3.1.3Razão, desejo e vontade;

3.1.4 Liberdade: autonomia do sujeito e a necessidade das normas.

4. CONTEÚDO ESTRUTURANTE

FILOSOFIA POLÍTICA

Discute as relações de poder para compreender os mecanismos que estruturam e

legitimam os diversos sistemas políticos. Ocupa-se na investigação sobre a necessidade

humana da vida em comum, seja pela capacidade de autogoverno ou pela necessidade

da existência de um poder externo e coercitivo. Problematiza conceitos como o de

cidadania, democracia, soberania, justiça, igualdade, liberdade, público e privado,

retórica, indivíduo e cidadão. Alguns pensadores clássicos:Aristóteles, Arendt, Gramsci,

Hegel, Hobbes, J.S. Mill, Kant,Locke,Maquiavel, Marcuse, Marx, Montesquieu, Platão,

Rousseau, Voltaire.

4.1. CONTEÚDOS BÁSICOS

4.1.1 Relação entre comunidade e poder;

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4.1.2 Liberdade e igualdade política;

4.1.3 Cultura Afro e Cultura Indígena;

4.1.4 Política e ideologia;

4.1.5 Esfera pública e privada;

4.1.6 Cidadania formal e/ou participativa.

5. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

FILOSOFIA DA CIÊNCIA

É o estudo crítico dos princípios, das hipóteses e dos resultados das diversas ciências.

Discute a provisoriedade do conhecimento científico e o relaciona com planos

epistemológicos, ideológicos, políticos, econômicos, religiosos. Ciência e tecnologia são

frutos da cultura do nosso tempo e envolvem o universo do empirismo e do pragmatismo

da pesquisa aplicada, daí a necessidade de entendê-las. Filósofos sugeridos: Bachelard,

Feyerabend, Foucault, Granger, Habermas, Kuhn, Popper, Ricouer.

5.1 CONTEÚDOS BÁSICOS

5.1.1Concepções de ciência;

5.1.2 A questão do método científico;

5.1.3 As conseqüências sociais e políticas da ciência;

5.1.4 Contribuições e limites da ciência;

5.1.5 Tendências da Bioética;

5.1.6 Ciência e ideologia;

5.1.7 Ciência e ética.

6. CONTEÚDO ESTRUTURANTE

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ESTÉTICA

Compreender a sensibilidade, a representação criativa, a apreensão intuitiva do mundo

concreto e a forma como elas determinam as relações do homem com o mundo e consigo

mesmo é objeto de conhecimento desse conteúdo. Voltada principalmente para a beleza e

a arte, a estética está intimamente ligada à realidade e às pretensões humanas de

dominar, moldar, representar, reproduzir, completar, alterar, apropriar-se do mundo

enquanto realidade humanizada. Também estão em questão as diferentes concepções

sobre a arte, as relações entre a arte e pensamento, arte e mercado, arte e sociedade.

Alguns filósofos: Baumgarten, Hegel Hume, Dufrenne, Bachelard, Schiller, Eagleton, Kant,

Benjamim, Adorno Rancière, Merleau-Ponty, Husserl, Paul Valéry.

6.1 CONTEÚDOS BÁSICOS

6.1.1 Pensar a beleza;

6.1.2 Estética ou Filosofia da Arte?;

6.1.3 Concepções de estética;

6.1.4 Concepções de Arte;

6.1.5 Arte como conhecimento;

6.1.6 Necessidade ou finalidade da Arte;

6.1.7 Arte e Política;

6.1.8 Crítica do gosto;

6.1.9 Cultura Afro e Cultura Indígena;

6.1.10 Arte e movimento: cinema, teatro e dança;

6.1.11 Perspectivas contemporâneas: Arte conceitual e suas perspectivas.

METODOLOGIA

Na EJA, o trabalho pedagógico com os conteúdos específicos da Filosofia constitui-se em

quatro momentos: a sensibilização; a problematização; a investigação; e a criação de

conceitos.

Em sala de aula, o início do conteúdo pode ser facilitado pela exibição de um filme ou de

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uma imagem; da leitura de um texto jornalístico ou literário; da audição de uma música; ou

tantas outras possibilidades (atividades geralmente conduzidas, pelo educador, com o

objetivo de investigar e mobilizar possíveis relações entre o cotidiano do educando e o

conteúdo filosófico a ser desenvolvido) damos o nome a essa etapa de sensibilização.

Após a sensibilização, inicia-se o trabalho propriamente filosófico – a problematização, a

investigação e a criação de conceitos. Não significa dizer que a sensibilização não possa

ocorrer diretamente a partir do conteúdo problematizado.

A problematização seria o segundo momento, quando o educador e educando levantam

questões, identificam problemas e problematizam o conteúdo. Ë importante ressaltar que

o recurso utilizado para a sensibilização seja o filme, a música, ou o texto, filosófico ou

não, podem ser retomados a qualquer momento no trabalho em sala.

Problematizando, o educador convida o educando da EJA a investigar o problema em

questão, isto se dá por meio do diálogo investigativo. O diálogo investigativo a partir do

texto e com o texto é o primeiro passo para possibilitar a experiência filosófica em sala de

aula. Recorrendo à história da Filosofia e aos clássicos, o educando defronta-se com as

diferentes maneiras de enfrentar o problema e com as possíveis soluções que já foram

elaboradas, que não obstante, podem não resolver o problema, mas orientar a discussão.

A aula de Filosofia na EJA deve estar na perspectiva de quem dialoga com a vida, por

isso, é importante que a busca de resolução do problema se preocupe também com uma

análise atual, fazendo uma abordagem contemporânea que remeta o educando a sua

própria realidade. Desta forma, partindo de problemas atuais, estudados a partir da

história da filosofia, do estudo dos textos clássicos, da abordagem realizada por outras

ciências, e de sua abordagem contemporânea, o educando da EJA pode formular seus

conceitos e construir seu discurso filosófico. Portanto, o texto filosófico que ajudou os

filósofos do passado a entender e analisar filosoficamente o problema em questão deve

ser trazido para o presente. O contemporâneo, no sentido de fazer entender o que ocorre

hoje e como o educando pode, a partir da história da filosofia, entender os problemas da

nossa sociedade. Após esse exercício, o educando terá condições de perceber o que está

implícito nas idéias e de com elas se tornam conhecimentos e por vezes ideologias,

criando assim a possibilidade de argumentar filosoficamente, por meio de raciocínios

lógicos um pensar coerente e crítico.

É imprescindível que a aula de Filosofia seja permeada por atividades individuais e

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coletivas, que organizem e orientem o debate filosófico, dando um caráter dinâmico e

investigativo ao ato de filosofar. No intuito de contemplar a Lei 11.645/08 referente à

História e cultura afro-brasileira, africana e indígena, serão trabalhados conteúdos de

acordo com a especificidade da disciplina, bem como a influência dessas culturas na

formação de nossa sociedade

Na educação de Jovens e Adultos – EJA o educador no decorrer das atividades,

considera-se o educando da EJA como sujeito sócio-histórico-cultural, com conhecimento

e experiências acumuladas, e que o mesmo possui um tempo próprio de formação. Nesta

perspectiva, cada um tem um tempo diferenciado de aprendizagem e não um tempo

único para todos, e os limites e possibilidades de cada aluno devem ser respeitados,

atendendo desta forma suas necessidades individuais com uma proposta que viabilize o

acesso, permanência e o sucesso nos estudos.

As Diretrizes Curriculares de Filosofia para a Educação Básica do Estado do Paraná

propõe seis conteúdos estruturantes, com possibilidades para a organização do ensino de

Filosofia, de acordo com o número de aulas disponíveis no curso ou na matriz curricular.

Esses conteúdos são conhecimentos de maior amplitude e relevância que,

desmembrados em um plano de Ensino, deverão garantir conteúdos significativos ao

educando da EJA. Estes conteúdos são: Mito e Filosofia; Teoria do Conhecimento; Ética;

Filosofia Política; Estética; Filosofia da Ciência.

AVALIAÇÃO

A avaliação deve ser concebida na sua função diagnóstica; isto e não tem finalidade em si

mesma, mas tem a função de subsidiar e mesmo redirecionar o curso da ação no

processo de ensino-aprendizagem, pela qualidade com que educadores, educandos e a

própria instituição de ensino o constroem coletivamente. Apesar de sua inequívoca

importância individual, no ensino de Filosofia, a avaliação não resumir-se-á a perceber

quanto o educando assimilou do conteúdo presente, na história da Filosofia, do texto ou

dos problemas filosóficos, nem a examinar sua capacidade de tratar deste ou daquele

tema.

O ensino da Filosofia é, acima de tudo, um grande desafio conforme salienta Langón

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(2003, p. 94): Ora, parece-me que a atividade filosófica do mestre consiste em gerar ou

dar poder ao outro: isto quer dizer também fazê-lo responsável. Nisto reside a

fecundidade, a atividade de “produzir” a capacidade de pensar, dizer e agir de outro, que

implica a realização de pensamentos, palavras, ações diferentes das do mestre, que lhe

escapam ao querer e ao “controle” [...} Querer que o outro pense, diga e faça o que

queira, isto não é um querer fácil.

Ao avaliar, o educador deve ter profundo respeito pelas posições do educando, mesmo

que não concorde com ela, pois o que está em questão é a capacidade de argumentar e

de identificar os limites dessas posições.

O que deve ser levado em conta é atividade com conceitos, a capacidade de construir e

tomar posições, de detectar os princípios e interesses subjacentes aos temas e discursos.

Assim, torna-se relevante avaliar a capacidade do educando da EJA trabalhar e criar

conceitos sob os seguintes pressupostos:

• Qual conceito trabalhou e criou/recriou;

• Qual discurso tinha antes;

• Qual discurso tem após o estudo da Filosofia.

A avaliação da Filosofia se inicia com a sensibilização, com a coleta do que o educando

pensava antes e o que pensa após o estudo. Com isso, torna-se possível entender a

avaliação como um processo, não como um momento separado, visto em si mesma.

Referências Bibliográficas:

BORNHEIM, G. O sujeito e a norma. In NOVAES, Adauto. Ética. São Paulo: Companhia

das Letras, 1997.

DELEUZE, G. GUATTARI, F. O que é Filosofia? Rio de Janeiro: Ed.34, 1992. 288p.

(Coleção Trans)

GALLO, S; KOHAN, w. O. (org.) Filosofia no Ensino Médio. Petrópolis: Vozes, 2000.

LANGON M. Filosofia do Ensino de Filosofia. In. GALLO, S.; CORNELLI, G. DANELON,

M. (Org.) Filosofia do Ensino de Filosofia. Petrópolis: Vozes, 2003.

Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova- 1932. In: História da Educação no Brasil.

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KOHAN; WAKSMAN. Perspectivas atuais do ensino de filosofia no Brasil. In: FÁVERO, A;

Koban, W. O. RAUBER, J.J. Um olhar sobre o ensino de filosofia.

CHAUÍ. MARILENA. Filosofia. Série Ensino Médio 1ª Ed. Editora Ática. São Paulo. 2002.

DIRETRIZES CURRICULARES DE FILOSOFIA PARA A EDUCAÇÃO BÁSICA. Secretaria

de Estado da Educação - SEED. Paraná, 20

DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS. Secretaria de

Estado da Educação - SEED. Curitiba 2006

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PROPOSTA PEDAGOGICA CURRICULAR DE FISICA EDUCAÇÃO DE JOVENS E

ADULTOS

Apresentação

A Educação de Jovens e Adultos nasceu com o Mobral em 1964, não havendo resultados

significativos. A partir de 1985 a nova republica rompe com o Mobral e cria fundação

Educar que apóia iniciativa de Educação Básica de jovens e Adultos. A Lei da LDBN

9394/96, promulgou na década de 90, a EJA que passa a ser considerada uma

modalidade de Educação Básica nas modalidades de ensino fundamental e médio com

especificidade própria.

A física tem como objetivo de estudo do universo, em toda a sua complexidade. Por isso a

disciplina de Física propõe aos estudantes o estudo da natureza. Entende-se, então que a

Física deve educar para cidadania contribuindo para o desenvolvimento de um sujeito

critico capaz de admirar a beleza da produção cientifica ao longo da historia e

compreender a necessidade desta dimensão do conhecimento para o estudo e o

entendimento do universo de fenômenos que a cerca. Mas também que percebam a não

neutralidade de sua produção, bem como os aspectos sociais, políticos, econômicos, e

culturais desta ciência, seu comprometimento e envolvimento com as estruturas

representam esses aspectos.

Assim elaborou-se a proposta de conteúdos estruturantes, os quais foram indicados tendo

em vista a evolução histórica das idéias e conceitos da Física, a pratica docente e o

entendimento pelos professores, de que o Ensino Médio deve estar voltado á formação do

sujeito que, em sua formação e cultura, agregam a visão da natureza das produções e

das relações humanas.

Esses conteúdos estruturantes, que são o Movimento a Termodinâmica e o

Eletromagnetismo, indicam campos de estados da física que, a partir de desdobramento

em conteúdos pontuais, possam garantir objetos de estudo da disciplina em toda a sua

complexidade: O universo, sua evolução, suas transformações e as interações que nele

se apresentam. Ressalta-se a importância de um enfoque conceitual que não leve em

conta apenas uma equação matemática, mais que considere o pressuposto teórico que

afirma que o conhecimento cientifica é uma construção humana com significado histórico

e social com finalidade de:

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- Contribuir para formação dos sujeitos.

-Compreender o universo, sua evolução, suas transformações e as interações que nele se

apresentam.

- Compreender a evolução dos sistemas físicos, as aplicações possíveis, sua influências

na sociedade.

- Analisar criticamente, formulando sua própria concepção de mundo, da sociedade em

que se encontra inserido.

-Compreender que a física seja uma ciência capas de encontrar soluções e resolver

problemas.

- Proporcionar uma melhor interação entre professor e alunos, contribuindo para o

desenvolvimento cognitivo e social dos estudantes, dentro de um contexto escolar.

- Diagnosticar problemas reais e propor soluções para eles a partir de elementos da

Física, colocando em pratica conceitos, procedimentos e atitudes desenvolvimentos no

aprendizado escolar.

- Proporcionar ao aluno da EJA a formação hu7mana e acesso a cultura, levando os

educandos a uma consciência critica, adotando atitudes éticas e comprometidas com a

sociedade.

CONTEUDOS ESTRUTURANTES

Os conceitos básicos devem estar na integra assim como na DCE, pág. 90 a 97.

Ex: Momentum e inércia, conservação de quantidade de movimento (momentum).

ENCAMINHAMENTO METODOLOGICO

Na EJA, cabe o professor descobrir o que os alunos sabem sobre determinado conceito,

fato ou atitude.

Professor e alunos, em conjunto, compartilham significados na busca da aprendizagem

que acontece quando novas informações interagem com o conhecimento prévio do

sujeito, e simultaneamente, adicionam, diferenciam integram, modificam e enriquecem o

conhecimento já existente, podendo inclusive substituí-lo. E sempre que possível,

trabalhar os conteúdos estruturantes e específicos de forma articulada.

Partir do conhecimento prévio dos estudantes – concepções alternativas as a respeito do

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conteúdo científico, levantadas a partir de investigações feitas pelo professor.

A mediação entre o estudante e o professor se dara pelo conhecimento físico, processo

organizado e sistematizado pelo professor. Igualmente importante é considerar o cotidiano

do estudante e estar aberto para o aluno e sua realidade.

A experimentação como uma metodologia de ensino é tão metodológica como o são as

concepções espontâneas, o livro didático, textos, leituras, etc., assim como a Historia da

Física, os modelos matemáticos ( formulas matemáticas) os quais são elaborações

humanas criadas para entender determinado fenômeno ou evento físico, para que o

estudante tenha uma visa mais abrangente do universo estudar também a Filosofia da

Ciência no ensino da Física para que possa possibilitar leituras interessantes para a

formação cultural do cidadão contemporâneo, e também os recursos tecnológicos que

auxiliam o estudante de uma forma mais rápida.

AVALIAÇÃO

Na EJA, a avaliação tem seu começo na formação das turmas e deve ter um caráter

diversificado, levando em consideração todos os aspectos: a compreensão dos conceitos

físicos; a capacidade de analise de um texto, seja ele literário ou cientifico, emitindo uma

opinião que leve em conta o conteúdo físico; a capacidade de elaborar um relatório sobre

um experimento ou qualquer outro evento que envolva a física como uma visita a parque

de ciência, laboratório de universidade, usinas hidrelétricas, etc. Avaliar com instrumentos

que venham a intervir no processo de aprendizagem, visando o crescimento do

educando. O que dará subsídios para percepção de dificuldades e avanços dos alunos.

BIBLIOGRAFIA

-DIRETRIZES CURRICULARES DE FISICA PARA O ENSINO MEDIO – Governo do

Estado do Paraná, Secretaria de Estado da Educação e Superintendência da Educação –

Versão Preliminar – Julho/2006;

- DIRETRIZ CURRICULAR DA REDE PUBLICA DE EDUCAÇÃO BASICA DO ESTADO

DO PARANA - Secretaria de Estado da educação. Curitiba – Paraná: MEMVAVMEM

Editora, 2006.

- FISICA/ Vários autores – Curitiba: SEED - PR, 2006-232.

PROJETO POLITICO PEDAGOGICO – PPP- COL EST. DES. ANTONIO F.F. DA COSTA –

ENSINO FUNDAMENTAL E MEDIO.

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GEOGRAFIA – Ensino Fundamental e Médio- EJA

APRESENTAÇÃO

Na Antiguidade Oriental, os povos da Mesopotâmia e do Egito, por exemplo, por

dependerem da irrigação para a produção agrícola, realizaram estudos dos regimes

fluviais do Nilo, Tigre e Eufrates e estudos de geometria, pois as cheias desses rios

influenciavam a demarcação das áreas para cultivo. Ainda nesse período, a atividade

comercial levou à intensa navegação pelos mares Mediterrâneo e Vermelho, à expansão

do mundo conhecido e, com isso, a maior produção de conhecimento geográfico

(ANDRADE, 1987).

Na Antiguidade Clássica, muito se avançou na elaboração dos saberes geográficos.

Ampliaram-se os conhecimentos sobre as relações Sociedade ↔ Natureza, sobre a

extensão e características físicas e humanas dos territórios imperiais. Estudos descritivos

das áreas conquistadas e informações sobre a localização, o acesso e as características

das cidades e regiões dos impérios eram conhecimentos fundamentais para suas

organizações políticas e econômicas.

Nesse contexto, desenvolveram-se outros conhecimentos, como os relativos à elaboração

de mapas, discussões a respeito da forma e do tamanho da Terra, da distribuição de

terras e águas, bem como a defesa da tese da esfericidade da Terra, o cálculo do

diâmetro do planeta, cálculos sobre latitude e definições climáticas, entre outros.

Na Idade Média, o pensamento geográfico foi influenciado pela visão de mundo imposta

pelo poder e pela organização socioespacial então estabelecida.

Enquanto na Europa, principalmente na Alemanha e na França, a Geografia já se

encontrava sistematizada e presente nas universidades, desde o século XIX, no Brasil,

isso só aconteceu mais tarde porque antes de ser objeto de desenvolvimento científico, a

Geografia foi trabalhada como matéria de ensino.

As ideias geográficas foram inseridas no currículo escolar brasileiro no século XIX

(VLACH, 2004) e apareciam de forma indireta nas escolas de primeiras letras. No Ensino

Médio, o Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro, teve sua estrutura curricular definida pelo

artigo 3º do decreto de 02 de dezembro de 1837, que previa, como um dos conteúdos

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contemplados, os chamados princípios de Geografia. Essa primeira inserção dos

conteúdos geográficos tinha como objetivo enfatizar a descrição do território, sua

dimensão e suas belezas naturais.

A institucionalização da Geografia no Brasil consolidou-se apenas a partir da década de

19302, quando as pesquisas desenvolvidas buscavam compreender e descrever o

território brasileiro com o objetivo de servir aos interesses políticos do Estado, na

perspectiva do nacionalismo econômico. Para efetivar as ações relacionadas com aqueles

objetivos, tais como a exploração mineral, o desenvolvimento da indústria de base e das

políticas sociais, fazia-se necessário um levantamento de dados demográficos e

informações detalhadas sobre os recursos naturais do país.

Essa forma de abordagem do conhecimento em Geografia perdurou até os anos de 1950-

1960, caracterizando-se, na escola, por um ensino de compêndio e pela ênfase na

memorização de fatos e informações que refletiam a valorização dos conteúdos em si,

sem levar, necessariamente, a compreensão do espaço.

Essa concepção não estava restrita ao ensino de Geografia, mas refletia a concepção

mais ampla que dominava todo o desenvolvimento e a abordagem de conhecimentos na

escola. Assim, o foco do ensino de Geografia estava na descrição do espaço, na

formação e fortalecimento do nacionalismo, para a consolidação do Estado Nacional

brasileiro, principalmente nos períodos de governos autoritários. Esse modo de ensinar

ficou conhecido como Geografia Tradicional e, permaneceu, como prevalente, durante

grande parte do século XX, pelo menos até o final da década de 1970 e início dos anos

de 1980.

No Brasil, o percurso das mudanças desencadeadas no pós-guerra foi afetado pelas

tensões políticas dos anos de 1960 que trouxeram modificações no ensino de Geografia e

na organização curricular e atrasou a chegada das abordagens teórico-conceituais críticas

na escola.

O golpe militar de 1964 provocou mudanças substanciais em todos os setores sociais,

inclusive no âmbito educacional, pois, para todas as reordenações econômicas e

políticas, são necessárias adequações da educação aos novos moldes vigentes. Essa

adequação teve como marco o acordo, conhecido como MEC/ USAID, que implicou em

reformas na educação universitária, pela Lei nº. 5540/68, e no ensino de 1º e 2º Graus,

pela Lei nº. 5692/71. Essas leis atrelavam a Educação brasileira à formação de mão de

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obra para suprir a demanda que o surto industrial do milagre econômico brasileiro geraria,

tanto no campo como na cidade.

A ênfase na orientação e formação profissional no 1º e 2º graus, respectivamente,

contribuiu para transformações significativas no ensino, regulamentadas pela Lei nº.

5692/71, que afetou, sobretudo, as disciplinas relacionadas às Ciências Humanas e

instituiu a área de estudo denominada Estudos Sociais.

No 1º Grau, essa área envolveria os conteúdos de Geografia e História. No entanto, o que

deveria ser entendido como área de estudo passou a ser visto como disciplina de Estudos

Sociais e, com isso, os conteúdos das disciplinas de Geografia e História foram reunidos

e empobrecidos.

No 2º Grau, foram criadas as disciplinas de Organização Social e Política do Brasil e

Educação Moral e Cívica, excluindo do currículo as disciplinas de Filosofia e Sociologia,

consideradas de importância secundária para o ensino técnico privilegiado naquele

momento em que se buscava uma formação emergencial de mão-de-obra que comporia o

projeto de industrialização dependente.

No Paraná, as discussões sobre a emergente Geografia Crítica, como método e conteúdo

de ensino, ocorreram no final da década de 1980 em cursos de formação continuada e

discussões sobre reformulação curricular promovidos pela Secretaria de Estado da

Educação, que publicou, em 1990, o Currículo Básico para a Escola Pública do Paraná.

Considera-se que o ensino deve subsidiar os alunos a pensar e agir criticamente, de

modo que se ofereçam elementos para compreendam e expliquem o mundo. Assim cabe

a Geografia prepará-los para uma leitura critica da produção social do espaço, negando a

“naturalidade” dos fenômenos que imprimem passividade aos indivíduos.

Como espaço privilegiado de análise e produção de conhecimentos, a escola deve

subsidiar os alunos no enriquecimento e sistematização doa saberes para que se tornem

sujeitos capazes de interpretar, com olhar critico, o mundo que os cerca. Por isso é tarefa

do professor e dos alunos terem uma atitude investigativa de pesquisas, recusarem a

mera reprodução da interpretação do mundo, feita por outros, e assumirem seu papel de

agentes transformadores da realidade.

A cada momento que se passa, amplia-se velozmente o interesse e a necessidade de se

desenvolver um estudo mais aprofundado sobre as questões geográficas. Além disso,

cresce a convicção de que os conhecimentos de geografia são muito importantes e

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devem merecer mais atenção, em todos os níveis de ensino e, serem trabalhadas de

modo a ajudar a desenvolver conceitos e conhecimentos necessários para a aplicação

cotidiana, objetivando integrar as multiplicidades temporais, culturais, espaciais,

econômicas entre outras, destacando o estudo das neutralidades como proponentes

fundamentais de prática social.

Os estudos de Geografia cada vez mais buscam ângulos novos de analise que leem os

jovens a compreender o meio em que vivem.

Compreender, pensar, refletir e desvendar o mundo.

Posicionar-se como agente transformador da sociedade em que vive a fim de aprimorá-la;

localizar-se no espaço; reconhecer e transmitir entre as diferentes escalas espaciais

aprimorando a linguagem cartográfica; posicionar-se criticamente frente aos problemas

sociais, administrar a crise de valores e buscar a justiça social; desenvolver o raciocínio

geográfico; formar uma consciência espacial.

Compreender a relação sociedade X natureza de forma respeitosa e adequada.

Entende-se que, para a formação de um aluno consciente das relações socioespaciais de

seu tempo, o ensino de Geografia deve assumir o quadro conceitual das abordagens

críticas dessa disciplina, que propõem a análise dos conflitos e contradições sociais,

econômicas, culturais e políticas, constitutivas de um determinado espaço.

Os primeiros registros de conhecimentos geográficos se encontram em relatos de

viajantes, como o grego Heródoto, no século V a.C. A percepção dos gregos sobre a Terra

era bastante avançada, e filósofos como Pitágoras e Aristóteles acreditavam que ela tinha

a forma esférica. No século III a.C., Erastóstenes de Cirene, na Geographica, primeira

obra a usar a palavra geografia no título, calculou a circunferência da Terra com

assombrosa aproximação.

Posteriormente, o geógrafo e historiador grego Strabo compilou todo o conhecimento

clássico sobre geografia numa obra de 17 volumes sobre a época de Cristo, que se

tornou a única referência sobre obras gregas e romanas desaparecidas. Outra importante

contribuição, apesar dos erros que seus estudos apresentavam, foi a do astrônomo e

geógrafo Ptolomeu, do século II da era cristã.

Com a queda do Império Romano no Ocidente, o conhecimento geográfico greco-romano

perdeu-se na Europa, mas, durante os séculos XI e XII foi preservado, revisto e ampliado

por geógrafos árabes. As adições e correções que estes fizeram, no entanto, foram

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ignoradas pelos pensadores europeus que, na época das cruzadas, retomaram as

primeiras teorias. Assim, os erros de Ptolomeu se perpetuaram no Ocidente até que as

viagens realizadas dos séculos XV e XVI começaram a reabastecer a Europa de

informações mais detalhadas e precisas sobre o resto do mundo. Em 1570, o cartógrafo

flamengo Abraham Ortelius organizou vários mapas sob a forma de livro, no primeiro Atlas

de que se tem notícia.

Quanto a seu objeto de estudo, a geografia mantém muitas afinidades com outras

ciências, como a meteorologia, a geologia, a biologia, a economia, a sociologia e a

história. Apresenta, além disso, pontos em comum com a psicologia, a filosofia e a

teologia, já que tanto as idéias como os fatos humanos se manifestam espacialmente. A

ecologia é a ciência mais afim com a geografia, e chegou-se até a definir essa última

como ecologia humana. Não obstante, uma grande diferença as separa, já que a primeira

se encarrega do estudo do ecossistema, entendido como unidade funcional dos seres

vivos e do meio a sua volta, enquanto a segunda estuda e interpreta a distribuição

espacial dos ecossistemas.

A semelhança com outras ciências levou muitos a considerarem a geografia como uma

soma de elementos que individualmente pertenceriam a outras ciências. Contudo, o

caráter de síntese e a busca da interação entre os fenômenos que conformam a realidade

terrestre outorgam à geografia características próprias. A geografia se divide em campos

sistemáticos e especializações regionais, que podem ser reunidas em três grupos

principais: geografia física, geografia humana e geografia regional.

A Educação de Jovens e Adultos nasceu com o Mobral em 1964, não havendo resultados

significativos. A partir de 1985 com a Nova Republica rompe com o Mobral e cria a

Fundação Educar que apóia iniciativas de Educação Básica de Jovens e Adultos.

A LDBN Lei 9394/96 promulgada na década de 90, a EJA passa a ser considerada como

uma modalidade de Educação Básica nas Etapas de Ensino Fundamental e Médio com

especificidade própria.

A Educação de Jovens e Adultos tem como finalidade e objetivo a formação humana e

acesso a cultura, levando os educandos a uma consciência critica, adotando atitudes

éticas e comprometidas com a sociedade em que vive.

Conteúdos Estruturantes

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Dimensão econômica do espaço geográfico

Dimensão política do espaço geográfico

Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico

Dimensão socioambiental do espaço geográfico

Conteúdos Básicos

- Formação e transformação das paisagens naturais e culturais.

- Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e

produção.

- A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.

- A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re)organização do espaço

geográfico.

- As relações entre campo e a cidade na sociedade capitalista.

- A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da

população.

- A mobilidade populacional e as manifestações socioespaciais da diversidade cultural.

- As diversas regionalizações do espaço geográfico.

- A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração do território brasileiro.

A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e

produção.

- As diversas regionalizações do espaço brasileiro.

- As manifestações socioespaciais da diversidade cultural.

- A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da

população.

- Movimentos migratórios e suas motivações.

- O espaço rural e a modernização da agricultura.

- A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a

urbanização.

- A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re)organização do espaço

geográfico.

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- A circulação de mão-deobra, das mercadorias e das informações.

- A circulação de mão-de-obra, das mercadorias e das informações.

- As diversas regionalizações do espaço geográfico.

- A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios do continente

americano.

- As diversas regionalizações do espaço geográfico.

- A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios do continente

americano.

- A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.

- O comércio em suas implicações socioespaciais.

- A circulação da mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações.

- A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.

- A revolução tecnicocientífico- informacional e os novos arranjos no espaço da produção.

- O comércio mundial e as implicações socioespaciais.

- A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios.

- As manifestações socioespaciais da diversidade cultural.

- O espaço em rede: produção, transporte e comunicações na atual configuração

territorial.

Metodologia

Na Eja o professor deve levar em Consideração que o aluno já adulto possui saberes,

experiências e uma trajetória de vida que devem ser aproveitados pelo educador.

Dentro da disciplina, a metodologia proposta pode ser trabalhada de diversas maneiras

partindo da problemática mais próxima da realidade do aluno, que pode ser construída

através de documentos, de um tema.

Os conteúdos da Geografia devem ser trabalhados de forma crítica e dinâmica,

interligados com a realidade próxima e distante dos alunos, em coerência com os

fundamentos teóricos propostos neste documento.

O processo de apropriação e construção dos conceitos fundamentais do conhecimento

geográfico se dá a partir da intervenção intencional própria do ato docente, mediante um

planejamento que articule a abordagem dos conteúdos com a avaliação (CAVALCANTI,

1998). No ensino de Geografia, tal abordagem deve considerar o conhecimento espacial

prévio dos alunos para relacioná-lo ao conhecimento científico no sentido de superar o

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senso comum.

Ao invés de simplesmente apresentar o conteúdo que será trabalhado, recomenda-se que

o professor crie uma situação problema, instigante e provocativa. Essa problematização

inicial tem por objetivo mobilizar o aluno para o conhecimento. Por isso, deve se constituir

de questões que estimulem o raciocínio, a reflexão e a crítica, de modo que se torne

sujeito do seu processo de aprendizagem (VASCONCELOS, 1993).

O professor deve, ainda, conduzir o processo de aprendizagem de forma dialogada,

possibilitando o questionamento e a participação dos alunos para que a compreensão dos

conteúdos e a aprendizagem crítica aconteçam. Todo esse procedimento tem por

finalidade que o ensino de Geografia contribua para a formação de um sujeito capaz de

interferir na realidade de maneira consciente e crítica.

A considerar esses pressupostos metodológicos, o professor organiza o processo de

ensino de modo que os alunos ampliem suas capacidades de análise do espaço

geográfico e formem os conceitos dessa disciplina de maneira cada vez mais rica e

complexa.

Para a formação de um aluno consciente das relações socioespaciais de seu tempo, o

ensino de Geografia deve assumir o quadro conceitual das teorias criticas dessa disciplina

o quadro conceitual das teorias criticas dessa disciplina, que incorporam os conflitos e as

contradições sociais, econômicas, culturais e políticas, constitutivas de um determinado

espaço.

Avaliação

A avaliação, na perspectiva de construção do conhecimento, abandona a idéia de que o

erro demonstra fracasso e dúvida signifique falta de conhecimento. Mas, que o

aparecimento de erros e dúvidas dos alunos, numa dimensão educativa é um elemento

altamente significativo ao desenvolvimento da ação educacional, pois permitirá ao

docente a observação e investigação de como o aluno se posiciona diante do mundo ao

construir suas verdades.

Considerando esse aluno como um indivíduo livre para tomar suas próprias decisões,

crítico, inventivo, descobridor, observador e participativo, agindo com cooperação e

reciprocidade, isto é transformando - se em um cidadão.

Desta maneira, avaliar é criar oportunidades de ação/ reflexão, num constante

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acompanhamento pelo professor, que estimulará o aluno à novas questões - problemas, a

partir das respostas apresentadas.

Nesta perspectiva a avaliação deixa de ser momento terminal do processo ensino -

aprendizagem, para se transformar em momentos constantes de busca da compreensão

das dificuldades do educando e no oferecimento de novas oportunidades de aquisição de

conhecimento.

Como sabemos, qualquer processo de ensino-aprendizagem necessita de meios

avaliativos para que possa criar meios de ajustes das ações pedagógicas grupais e

individuais, para saber em que grau nossos alunos atingiram os objetivos propostos e

com precisão qual é o ponto de partida de uma nova aprendizagem e também para

comunicar o que está efetivamente acontecendo com o processo de aprendizagem do

educando e as formas de ensinamentos dos professores.

Na Eja a avaliação de vê propiciar ao educando um contato com o conteúdo trabalhado,

fazendo uma correlação entre sua vivencia e o conteúdo proposto.

A avaliação é um processo de verificação das dificuldades apresentadas pelos alunos,

permitindo ao professor intervir no processo ensino-aprendizagem, desenvolvendo o

conhecimento. A avaliação tem ainda a função de propiciar ao professor que verifique os

objetivos de seu próprio trabalho e, se necessário reformulá-lo.

Será necessário, então, diversificar as técnicas e os instrumentos de avaliação. Ao invés

de avaliar apenas por meio de provas, o professor pode usar técnicas e instrumentos que

possibilitem várias formas de expressão dos alunos, como: interpretação e produção de

textos de Geografia; interpretação de fotos, imagens, gráficos, tabelas e mapas;

pesquisas bibliográficas; relatórios de aulas de campo; apresentação e discussão de

temas em seminários; construção, representação e análise do espaço através de

maquetes, entre outros.

REFERENCIAS

VESENTINI, José Wilian e Vânia Vlach. Geografia Crítica: O Espaço Social e o Espaço

Brasileiro – São Paulo – Ed. Ática.

VESENTINI, José Wilian, Geografia Crítica. São Paulo: Ática, 2.004.

Page 242: COLÉGIO ESTADUAL DESEMBARGADOR ANTONIO FRANCO FERREIRA DA ... · análise crítica da sua realidade, a concepção de homem, sociedade, educação, ensino- aprendizagem, alfabetização,

242

GARAVELLO Garcia – Geografia: O Espaço Geográfico e Fenômenos Naturais. São

Paulo. Ed. Scipione.

- O Espaço Geográfico da América, Oceania e Regiões Polares. São Paulo – Scipione.

ALMANAQUE Abril Mundo e Brasil. São Paulo: Abril 2006.

IBGE – Instituto Nacional de Geografia e Estatística.

SANTOS, Milton – A Natureza do Espaço: Técnica e Tempo, Razão e Emoção. São Paulo:

Hucitec, 1996.

ALMEIDA, Lúcia Marina e RIGOLIN, Tercio Barbosa: Novo Ensino Médio – São Paulo –

Ática 2002.

MASSOLULIÉ, François: Os Conflitos no Oriente Médio, Século XX, - Ática.

OLIC, Nelson Basic. Geopolítica da América Latina. São Paulo: Moderna, 1992.

APOSTILA do IESDE. Curitiba – PR.

IBEP, Instituto Brasileiro de Edições Pedagógicas, São Paulo.

GARCIA, Helio Carlos – Geografia: De Olho no Mundo do Trabalho – São Paulo – Ática

2006.

OLIVEIRA, Dicionário Cartográfico – Rio de Janeiro – FIBGE – 1993.

DOCUMENTO Introdutório para Discussão Pedagógica – Julho 2006.

GUIMARÃES, Mauro (org). Caminhos da Administração Ambiental: Da Forma à ação.

Campinas, Papirus, 2006.

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243

TUMA, Magda Madalena Peruzin. Viver é Descobrir – História-Geografia do Paraná. São

Paulo. FTD, 1998.

SHMIDT, Maria Auxiliadora. Histórias do Cotidiano Paranaense. Curitiba: letraviva, 1996.

CAMPOS, João Batista (org). Parque Nacional Ilha Grande – Re-conquista e Desafios.

Maringá, IAP, 2001.

DCE – Diretrizes Curriculares da rede Pública da Educação Básica do Estado do Paraná.

2011.

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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA EJA – EDUCAÇÃO DE JOVENS E

ADULTOS

DISCIPLINA: HISTÓRIA – ENSINO FUNDAMENTAL e ENSINO MÉDIO

APRESENTAÇÃO

A História passou a existir como disciplina escolar com a criação do Colégio Pedro II, em

1837. No mesmo ano, foi criado o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB), que

instituiu a História como disciplina acadêmica. Alguns professores do Colégio Pedro II

faziam parte do IHGB e construíram os programas escolares, os manuais didáticos e as

orientações dos conteúdos que seriam ensinados.

Essas produções foram elaboradas sob influência da História metódica e do positivismo,

caracterizadas, em linhas gerais, por uma racionalidade histórica orientada pela

linearidade dos fatos, pelo uso restrito dos documentos oficiais como fonte e verdade

histórica e, por fim, pela perspectiva da valorização política dos heróis.

A narrativa histórica produzida justificava o modelo de nação brasileira, vista como

extensão da História da Europa Ocidental. Propunha uma nacionalidade expressa na

síntese das raças branca, indígena e negra, com o predomínio da ideologia do

branqueamento. Nesse modelo conservador de sociedade, o currículo oficial de História

tinha como objetivo legitimar os valores aristocráticos, no qual o processo histórico

conduzido por líderes excluía a possibilidade das pessoas comuns serem entendidas

como sujeitos históricos.

Este modelo de ensino de História foi mantido no início da República (1889), e o Colégio

Pedro II continuava a ter o papel de referência para a organização educacional brasileira.

Em 1901, o corpo docente alterou o currículo do colégio e propôs que a História do Brasil

passasse a compor a cadeira de História Universal.

No início da década de 1930, houve debates sobre a inclusão da disciplina de Estudos

Sociais na escola e a experiência norte- americana passaram a fazer parte dos debates

educacionais pela Escola Nova.

A partir de 1964, o ensino de História manteve seu caráter estritamente político.

Mantivera-se os grandes heróis como sujeitos da História narrada. O ensinon não tinha

espaço para análise crítica e interpretações dos fatos, mas objetivava formar individuos

que aceitassem e valorizassem a organização da pátria.

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Na década de 1970, o ensino dessa disciplina era predominantemente tradicional, tanto

pela valorização de alguns personagens como sujeitos da História e de sua atuação em

fatos políticos quanto pela abordagem dos conteúdos históricos de forma factual e linear,

formal e abstrato, sem relação com a vida do aluno. A prática do professor era marcada

por aulas expositivas, cabendo ao aluno a memorização e repetição do que era ensinado

como verdade.

Na década de 80 e no início dos anos de 1990, cresceram os debates em torno das

reformas democráticas na área educacional, repercutindo nas novas propostas de ensino

de História. Essa discussão entre educadores e outros setores da sociedade foi resultado

da restauração das liberdades individuais e coletivas do país.

De 1990 até 2002 foi divulgado os PCN para o Ensino Fundamental e Médio.

De 2003 até hoje houve uma discussão coletiva envolvendo os professores da rede

estadual, com o objetivo de elaborar novas Diretrizes Curriculares Estaduais para o

ensino de História.

Sob uma perspectiva de inclusão social, estas Diretrizes consideram a diversidade

cultural e a memória paranaense, de modo que buscam contemplar demandas e que

também se situam os movimentos sociais organizados e destaca o cumprimento da Lei

nº 13.381/01, o cumprimento da Lei nº 10.639/03 e o cumprimento da Lei nº 11.645/08.

A Educação de Jovens e Adultos nasceu com o Mobral em 1964, não havendo resultados

significativos. A partir de 1985 com a Nova Republica rompe com o Mobral e cria a

Fundação Educar que apóia iniciativas de Educação Básica de Jovens e Adultos.

A LDBN Lei 9394/96 promulgada na década de 90, a EJA passa a ser considerada como

uma modalidade de Educação Básica nas Etapas de Ensino Fundamental e Médio com

especificidade própria.

O estudo da História busca a compreensão dos processos e dos sujeitos históricos,o

desvendamento das relações que se estabelecessem entre os grupos humanos em

diferentes tempos e espaços.

A História busca explicar tanto as uniformidades e regularidades das formações sociais

quanto as rupturas e diferenças que se constituem no embate das ações humanas. Busca

aprimorar o exercício da problematização da vida social, como ponto de partida para a

investigação produtiva e criativa, buscando identificar as relações sociais de grupos

locais, regionais,nacionais e de outros povos; perceber as diferenças e semelhanças nas

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sociedades; comparar problemáticas atuais e de outros momentos,posicionar-se de forma

crítica no seu presente e buscar as relações possíveis com o passado.

Na disciplina de História inserimos a cultura afro-brasileira,reconhecendo a valorização de

suas origens,cultura e identidade. Abordamos a História do Pr,na sua dimensão

política,econômica , social e cultural.

OBJETIVOS DA DISCIPLINA

A Educação de Jovens e Adultos tem como finalidade e objetivo a formação humana e

acesso a cultura, levando os educandos a uma consciência critica, adotando atitudes

éticas e comprometidas com a sociedade em que vive.

Ampliar o conhecimento que o aluno tem de seu próprio mundo, por meio do estudo do

passado da humanidade;

Demonstrar a dinâmica dos processos históricos;

Proporcionar o aluno a adquirir uma prática sistemática de pesquisa e de consulta as

fontes;

Desenvolver a capacidade de leitura e de escrita,bem como a capacidade de análise do

aluno;

Estimular discussões em classe sobre o tema estudado;

Valorizar outras fontes de conhecimento, além da produção escrita;

Propiciar reflexões sobre conceitos específicos da área,tempo, espaço,

cotidiano,cultura,sociedade, civilização, tecnologia, trabalho, economia, poder e classes

sociais;

Valorizar o trabalho disciplinar;

Desenvolver a argumentação crítica;

Analisar criticamente, formulando sua própria concepção de mundo, da sociedade em que

se encontra inserido.

Considerar o aluno como produtor de conhecimento e promover o exercício da cidadania;

Destacar os valores e a importância da cultura afro-brasileira e indígena para a formação

da nossa etnia e a contribuição do povo negro e índio nas áreas social, econômica e

política pertinentes à história do Brasil;

Entender criticamente o processo histórico e a atuação do homem nesse processo;

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CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:

Relações de trabalho;

Relações de Tempo;

Relações Culturais.

CONTEÚDOS BÁSICOS:

A experiência humana no tempo.

Os sujeitos e suas relações com o outro no tempo.

A cultura local e a cultura comum.

As relações de propriedade.

A constituição histórica do mundo do campo e do mundo da cidade.

As relações entre o campo e a cidade.

Conflitos e resistências e produção cultural campo/cidade.

História das relações da humanidade com o trabalho.

O trabalho e a vida em sociedade.

O trabalho e as contradições da modernidade.

Os trabalhadores e as conquistas de direito.

A constituição das instituições sociais.

A formação do Estado.

Sujeitos, Guerras e revoluções.

História do Paraná.

Cultura Afro e Indígena.

METODOLOGIA

A metodologia proposta para o ensino de História utiliza-se como base os conteúdos

estruturantes que se desdobram em conteúdos básicos específicos e abordados através

dos temas.

Na Eja o professor deve levar em Consideração que o aluno já adulto possui saberes,

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experiências e uma trajetória de vida que devem ser aproveitados pelo educador.

Dentro da disciplina, a metodologia proposta pode ser trabalhada de diversas maneiras

partindo da problemática mais próxima da realidade do aluno, que pode ser construída

através de documentos, de um tema.

Os métodos a serem utilizados podem ser realizados através de pesquisas, debates,

entrevistas, elaborações de conceitos, produções de textos,

narração,discrição,argumentação,explicação e problematização, entre outros.

As imagens, livros, jornais, histórias em quadrinhos, fotografias, pinturas, visitas a

museus, filmes, músicas, charges, etc., são documentos que podem ser transformados

em materiais didáticos de grande valia na constituição do reconhecimento histórico.

O conteúdo será trabalhado de forma explicativa, permitindo que o aluno compreenda os

fatos ocorridos da nossa história, discernindo e refletindo a respeito das mudanças, as

rupturas, as transformações que ocorreram através do tempo.

AVALIAÇÃO:

Na Eja a avaliação de vê propiciar ao educando um contato com o conteúdo trabalhado,

fazendo uma correlação entre sua vivencia e o conteúdo proposto.

A avaliação é um processo de verificação das dificuldades apresentadas pelos alunos,

permitindo ao professor intervir no processo ensino-aprendizagem, desenvolvendo o

conhecimento. A avaliação tem ainda a função de propiciar ao professor que verifique os

objetivos de seu próprio trabalho e, se necessário reformulá-lo.

A avaliação deverá ser diagnóstica, formativa e contínua, subsidiando e redirecionando as

ações no processo ensino-aprendizagem, garantindo a construção do conhecimento

coletivamente entre o educador e o educando, garantindo a produção individual e coletiva,

através dos instrumentos e dos critérios diversificados.

Recuperar os conteúdos propostos a cada avaliação, através de trabalhos individuais,

pesquisas no livro didático, produção de textos e provas escritas.

Será garantido aos alunos a recuperação concomitante dos conteúdos.

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS:

CANTELE. Bruna Renata, História Ensino Médio de Olho no Mundo do Trabalho. Ed.

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249

Scipione, 2003

BARBOSA. Milton Benedito, História do Brasil do Império a Republica. Ed. Scipione,

1990.

HOBSBAWN. Eric, Companhia da Letras. Ed. Schschwarcz Ltda. 2005.

CESAR, Beto. Compreendendo a História do Paraná. 2003.

Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná 2011– Disciplina de História.

Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná 2011– Eja..

LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA. ESPANHOL – EJA

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APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

A língua é considerada uma das mais importantes chaves para se iniciar o conhecimento

sobre um povo. É através dela que se conhece a cultura, a religião, os costumes e muito

da identidade de uma nação.

A aprendizagem de uma Língua Estrangeira, num mundo globalizado e de alto nível

tecnológico, tem se mostrado essencial para o desenvolvimento integral do aluno. A

aquisição de habilidades comunicativas, em outro idioma, representa um desenvolvimento

individual que favorece as relações pessoais e profissionais, o acesso à ciência, às

tecnologias e ao conhecimento cultural. Essa compreensão intercultural promove, ainda, a

aceitação das diferenças nas maneiras de expressão e de comportamento. A Língua

Estrangeira tem um valioso papel construtivo na educação formal e na construção da

cidadania.

Ela é compreendida como um direito básico de todas as pessoas e uma resposta a

necessidades individuais e sociais do homem contemporâneo, não só como forma de

inserção no mundo do trabalho, mas principalmente como forma de promover a

participação social, tem papel fundamental na formação dos jovens e adultos. A língua

estrangeira permite o acesso a uma ampla rede de comunicação e à grande quantidade

de informações presentes na sociedade contemporânea.

Assim, a aprendizagem deve representar para o aluno a possibilidade de usar a língua

para obter acesso ao conhecimento nas diversas áreas da ciência, nos meios de

comunicação, nas relações entre as pessoas de várias nacionalidades, no uso de

tecnologias. O ensino de LE tem, assim, um papel importante na formação global dos

alunos jovens e adultos, por contribuir para o desenvolvimento da cidadania e participação

social, tendo em vista que, para a inclusão social, é necessário ampliar a compreensão do

mundo em que se vive (o contexto regional em relação ao contexto mundial), para poder

refletir sobre ele e nele intervir. A aprendizagem de LE é, portanto, necessária como

instrumento de compreensão do mundo, de inclusão social e valorização pessoal. Por

meio do estudo de uma LE, ampliam-se as possibilidades de conhecimento de outra(s)

cultura(s) e, com isso, desenvolvimento de um olhar crítico a respeito da cultura brasileira,

reconhecendo nela seus valores e sua diversidade.

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O ensino de LE contribui para o desenvolvimento lingüístico dos alunos e pode ajudá-los

no desenvolvimento da leitura e da escrita, bem como no entendimento das estruturas

lingüísticas e discursivas, também na língua materna. Para a aprendizagem de novos

conhecimentos, o professor deve valorizar os conhecimentos anteriores dos alunos, pois

é a partir daí que poderão construir as concepções mais elaboradas, sistematizadas pelo

trabalho escolar.

Especificamente no contexto de EJA, o ensino de LE poderá contribuir para o

desenvolvimento de possibilidades de ascensão profissional, de opções de lazer, de

interesse pela leitura e pela escrita; além de ser um espaço que contribuirá para o

desenvolvimento da percepção da escola como um local que auxiliará o aluno na

constituição de sua identidade.

Além de uma nova compreensão de mundo, essa forma de entender o ensino de LE na

EJA permitirá a percepção da escola como um espaço para a construção de novas

perspectivas de si mesmo. Os alunos terão a chance de participar da construção conjunta

de conhecimento, usando sua história como fonte e objetivo de aprendizagem.

Atualmente o espanhol é uma das línguas mais faladas no mundo, com mais de 450

milhões de falantes nativos, além de mais de 100 milhões de estudantes estrangeiros e

conhecedores da língua. Com isto se totalizam quase 600 milhões de pessoas falando

espanhol em todo o mundo.

Ao assumir este papel de língua global, o espanhol torna-se uma das mais importantes

ferramentas, tanto acadêmicas quanto profissionais, sendo reconhecido como a língua

mais importante a ser adquirida na atual comunidade internacional.

Objetivam-se com o ensino da Língua espanhola levar o aluno a refletir sobre os aspectos

culturais de diferentes sociedades e a utilizar este idioma como mais uma forma de

comunicação, participação social e aquisição de conhecimento.

É importante entender a aprendizagem de uma língua estrangeira como um processo

dinâmico e significativo do qual o aluno participa ativamente, questionando, relacionando

e comparando os conhecimentos lingüísticos com os da própria língua materna e,

principalmente, fazendo uso do seu conhecimento de mundo para desenvolver estratégias

de aprendizagem e assumir uma postura crítica em relação ao que está sendo aprendido.

Nesta perspectiva, a motivação constitui-se fator primordial para envolver o aluno e

engajá-lo no processo de aprender a aprender.

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CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS

ORGANIZAÇÃO DOS CONTEÚDOS

ENSINO FUNDAMENTAL

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES que norteiam o ensino/aprendizagem da LEM no

Ensino fundamental

O conteúdo Estruturante da Língua Estrangeira Moderna tem o Discurso como prática

social. A língua será tratada de forma dinâmica, por meio de leitura, de oralidade e de

escrita que são as práticas que efetivam o discurso. Nesta perspectiva o aluno terá

contato com diferentes gêneros.

Conteúdos Básicos

LEITURA

Tema do texto;

Interlocutor;

Finalidade do texto;

Aceitabilidade do texto;

Informatividade;

Situacionalidade

Informações explícitas

Discurso direto e indireto

Elementos composicionais do gênero;

Repetição proposital de palavras;

Léxico;

Repetição proposital de palavras;

Conteúdo temático;

Intertextualidade;

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Vozes sociais presente no texto;

Semântica:

Operadores argumentativos;

Ambiguidade;

Sentido conotativo e denotativo das palavras no texto;

Expressões que denotam ironia e humor no texto.

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos ( como aspas, travessão, negrito), figuras de

linguagem.

ESCRITA

Conteúdo temático;

Tema do texto;

Interlocutor;

Finalidade do texto;

Discurso direto e indireto;

Informatividade;

Elementos composicionais do gênero;

Vozes sociais presentes no texto;

Acentuação gráfica;

Ortografia;

Concordância verbal/nominal.

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos ( como aspas, travessão, negrito), figuras de

linguagem.

Semântica:

– Operadores argumentativos;

– Ambiguidade;

– Significado das palavras;

– Figuras de linguagem;

– Sentido conotativo e denotativo;

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– Expressões que denotam ironia e humor no texto.

ORALIDADE

Tema do texto;

Conteúdo temático;

Aceitabilidade;

Informatividade;

Elementos extralinguísticos: entonação, expressão facial, corporal e gestual,

pausas;

Finalidade;

Papel do locutor e interlocutor;

Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...;

Adequação do discurso ao gênero;

Turnos de fala;

Variações linguísticas;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos.

Elementos semânticos;

Adequação da fala ao contexto ( uso de conectivos, gírias, repetições, etc);

Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito.

Conteúdos específicos do Ensino Fundamental

Textos científicos

Textos poéticos

Textos cinematográficos

Textos humorísticos

Textos que abordam a cultura afro-brasileira descendente e indígena: letras de

músicas, culinária, biografias.

• Textos que abordam a cultura indígena

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CONTEÚDOS ESTRUTURANTES que norteiam o ensino/aprendizagem da LEM no

Ensino Médio

O conteúdo Estruturante da Língua Estrangeira Moderna tem o Discurso como prática

social. A língua será tratada de forma dinâmica, por meio de leitura, de oralidade e de

escrita que são as práticas que efetivam o discurso. Nesta perspectiva o aluno terá

contato com diferentes gêneros.

Conteúdos Básicos

LEITURA

• Tema do texto;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Aceitabilidade do texto;

• Informatividade;

• Situacionalidade;

• Temporalidade;

• Referência textual;

• Partículas conectivas do texto;

• Informações explícitas;

• Discurso direto e indireto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Repetição proposital de palavras;

• Léxico;

• Repetição proposital de palavras;

• Conteúdo temático;

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• Intertextualidade;

• Vozes sociais presente no texto;

• Semântica:

• Operadores argumentativos;

• Ambiguidade;

• Polissemia;

• Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;

• Palavras e/ou expressões que denotam ironia e humor no texto.

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos ( como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.

ESCRITA

• Tema do texto;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Aceitabilidade do texto;

• Discurso direto e indireto;

• Informatividade;

• Situacionalidade;

• Intertextualidade;

• Temporalidade;

• Referência textual;

• Partículas conectivas do texto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;

• Palavras e/ou expressões que denotam ironia e humor no texto;

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• Polissemia;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos ( como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.

• Acentuação gráfica;

• Ortografia;

• Concordância verbal/nominal.

ORALIDADE

• Conteúdo temático;

• Informatividade;

• Aceitabilidade do texto;

• Elementos extralinguísticos: entonação, expressão facial, corporal e gestual, pausas;

• Finalidade;

• Papel do locutor e interlocutor;

• Adequação do discurso ao gênero;

• Turnos de fala;

• Variações linguísticas;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, semântica.

• Adequação da fala ao contexto ( uso de conectivos, gírias, repetições, etc);

• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral ou escrito.

METODOLOGIA

O trabalho a ser desenvolvido com a língua segue uma abordagem onde a língua é vista

como instrumento de interação, investigação, interpretação, reflexão e construção,

norteada pelos três eixos articuladores: cultura, trabalho e tempo. Nessa concepção,

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258

levar-se-á em consideração a realidade do educando, valorizando sua bagagem de

conhecimentos e respeitando suas necessidades e características individuais, na certeza

de que o adulto aprende melhor e desenvolve maior autonomia e responsabilidade

quando se vê envolvido no processo ensino-aprendizagem.

Há que se pensar que ao ensinar uma LEM deve-se buscar a autenticidade da Língua, a

articulação com as demais disciplinas e a relevância dos saberes escolares frente à

experiência social construída historicamente pelos educandos.

Para a definição das metodologias a serem utilizadas, é necessário levar em conta que o

educando é parte integrante do processo e deve ser considerado como agente ativo da

aprendizagem, visto que ele traz saberes e estes vão interagir com os saberes que ele vai

adquirir.

Na busca desta interação, deve-se buscar uma metodologia que leve em consideração

que as habilidades da LEM – leitura, escrita, compreensão oral e compreensão auditiva –

não são únicas, elas interagem de acordo com o contexto e precisam ser vistas como

plurais, complexas e dependentes de contextos específicos.

Deve-se levar em conta, ainda, que a língua não pode ser entendida como algo fechado

ou abstrato, na forma de uma gramática, onde toda a transformação, o aspecto vivo da

LEM, sua capacidade de se transformar em contextos diferentes, toda diversidade da LE

se perde.

No contexto da Educação de Jovens e Adultos é fundamental que os professores

considerem as representações que estes alunos têm da escola, da aprendizagem e de si

mesmos. Se puderem perceber como são capazes de ampliar as fronteiras dos seus

conhecimentos, mesmo que básicos, os alunos passam a ter mais iniciativa na busca de

outros novos conhecimentos, ou seja, tornam-se cada vez mais autônomos e conscientes

de sua aprendizagem.

Além disso, na busca por novos conhecimentos e nas possibilidades de sua ampliação,

desenvolvem processos que lhes permitem repensar condutas, atitudes e conceitos. É por

meio dessa reflexão que podem começar a participar mais das discussões que envolvem

o convívio ético entre as pessoas.

Para promover a interação de forma cooperativa com os colegas, sem perder de vista que

o que se aprende e seu uso devem vir juntos, o professor tem o desafio de organizar

formas de desenvolver o trabalho escolar de modo a incorporar os diferentes níveis de

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conhecimento dos alunos e ampliar suas oportunidades de acesso; partir de uma

diversidade de experiências e interesses; garantir ao aluno uma experiência de

construção de significado pelo domínio de uma base discursiva que lhe permita

comunicar-se com outras pessoas por meio de textos orais e escritos, e a possibilidade de

ampliar essa base à medida que se fizer necessário. Mais ainda, o professor tem o

compromisso de ajudar os alunos a confiar na própria capacidade de aprender.

Portanto, as metodologias a serem aplicadas devem levar em conta, principalmente, o

contexto em que estão sendo aplicadas, de acordo com as necessidades regionais, que

levem o educando a criar significados, posto que estes não vêm prontos na linguagem.

No intuito de contemplar a Lei 11.645/08 referente à História e cultura afro-brasileira,

africana e indígena, serão trabalhados conteúdos de acordo com a especificidade da

disciplina, bem como a influência dessas culturas na formação de nossa sociedade.

AVALIAÇÃO

A avaliação é compreendida como uma prática que alimenta e orienta a intervenção

pedagógica. É um dos principais componentes do ensino, pelo qual se estuda e interpreta

os dados da aprendizagem. Tem a finalidade de acompanhar e aperfeiçoar o processo de

aprendizagem dos educandos, diagnosticar os resultados atribuindo-lhes valor. A

avaliação será realizada em função dos conteúdos expressos na proposta pedagógica.

Ela deverá estar articulada aos fundamentos teóricos da LDB n.9394/96, das Diretrizes

Curriculares da Educação Básica para o ensino de Língua Estrangeira Moderna e da

Instrução Normativa 019/2008 – SUED/SEED. Logo, será formativa, diagnóstica e

processual.

Uma vez que nosso conteúdo é língua numa concepção discursiva e discurso não é algo

pronto, acabado, à disposição dos falantes, mas é construído passo a passo, interação a

interação, engajamento a engajamento, a avaliação processual é a concepção de

avaliação que melhor se ajusta a esta prática pedagógica.

A opção pela avaliação processual representa o respeito à diversidade, uma vez que os

alunos têm ritmos de aprendizagem diferentes e devem ser respeitados em suas

individualidades. Nesse sentido,

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O processo avaliativo não deve estar centrado no entendimento imediato pelo aluno das

noções em estudo, ou no entendimento de todos em tempos equivalentes.

Essencialmente, por que não há paradas ou retrocessos nos caminhos da aprendizagem.

Todos os aprendizes estão sempre evoluindo, mas em diferentes ritmos e por caminhos

singulares e únicos. O olhar do professor precisará abranger a diversidade de traçados,

provocando-os a progredir sempre. (HOFFMANN, 1991, p. 47).

De acordo com as DCE (2008) é importante que o professor observe diariamente a

participação dos alunos e o engajamento discursivo entre eles, deles para com ele e com

o material didático, tanto nas discussões em Língua Estrangeira Moderna quanto em

Língua Portuguesa.

Na prática da leitura será avaliada a capacidade de análise lingüística-discursiva de textos

orais e escritos/ verbais e não-verbais e de posicionamento diante do que está sendo lido.

Na oralidade verificar-se-á, além do conhecimento dos sons da Língua Estrangeira e dos

vários gêneros orais, a capacidade de fazer adequação da variedade lingüística para

diferentes situações.

Na escrita será avaliada a capacidade de agir por meio da linguagem para resolver

situações reais de comunicação. Será verificado se o aluno conseguiu explicitar seu

posicionamento de forma coerente e se houve planejamento, adequação ao gênero,

articulação das partes e escolha da variedade lingüística adequada na atividade de

produção. É importante considerar o erro como efeito da própria prática.

Para tais verificações servirão de instrumentos atividades de leitura, debates, pesquisas,

produção de textos e relatórios, apresentações orais, seminários, trabalhos em grupos,

avaliações escritas e apresentações de peças teatrais, jograis e cantos.

O principal objetivo da avaliação será verificar os avanços e dificuldades dos alunos para

rever a prática pedagógica e intervir quando necessário. Neste sentido, é que se propõe a

avaliação diagnóstica:

“[...] a avaliação não é o ato pelo qual A avalia B. É o meio pelo qual A e B avaliam juntos

uma prática, seu desenvolvimento, os obstáculos encontrados ou os erros e equívocos

por ventura cometidos. Daí o seu diálogo. (...) Neste sentido, em lugar de ser um

instrumento de fiscalização, a avaliação é a problematização da própria ação.” (FREIRE,

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261

1997, p.26)

A avaliação educacional, na Educação de Jovens e Adultos, seguirá orientações contidas

no artigo 24, da LDBEN 9394/96, e compreende os seguintes princípios:

Investigativa ou diagnóstica: possibilita ao professor obter informações necessárias

para propor atividades e gerar novos conhecimentos;

Contínua: permite a observação permanente do processo ensinoaprendizagem e

possibilita ao educador repensar sua prática pedagógica;

Sistemática: acompanha o processo de aprendizagem do educando, utilizando

instrumentos diversos para o registro do processo;

Abrangente: contempla a amplitude das ações pedagógicas no tempo-escola do

educando;

Permanente: permite um avaliar constante na aquisição dos conteúdos pelo

educando no decorrer do seu tempo-escola, bem como do trabalho pedagógico da

escola.

A avaliação precisa ser entendida como instrumento de compreensão do nível de

aprendizagem dos alunos em relação às práticas de linguagem: leitura, produção de texto

e análise lingüística, para que o educador possa reencaminhar seu planejamento.

O processo avaliativo deve ser coerente com os objetivos propostos e com os

encaminhamentos metodológicos. Desse modo, a avaliação deve ser dialética, ou seja, o

educando confronta-se com o objeto do conhecimento, com participação ativa,

valorizando o fazer e o refletir. Sendo assim, o erro no processo ensino- prendizagem

indica os conteúdos que devem ser retomados. Portanto, o trabalho com as práticas de

linguagem deve partir das necessidades dos educandos. Para isso, é importante que o

educador dê significado ao objeto do conhecimento, lance desafios aos educandos,

incentive os questionamentos e exerça a função de mediador da aprendizagem,

valorizando a interação.

BIBLIOGRAFIA

LDB - Leis de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. LEI No. 9.394, de 20 de

Page 262: COLÉGIO ESTADUAL DESEMBARGADOR ANTONIO FRANCO FERREIRA DA ... · análise crítica da sua realidade, a concepção de homem, sociedade, educação, ensino- aprendizagem, alfabetização,

262

dezembro de 1996. D.O. U. de 23 de dezembro de 1996.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica:

Língua Estrangeira Moderna, 2008.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação do

Campo, 2008.

PARANÁ, SUED/ SEED. Instrução Normativa Nº 019/2008.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação, Diretrizes Curriculares da Educação

Fundamental da Rede de Educação Básica do Estado do Paraná: Língua Estrangeira

Moderna. Versão Preliminar. 2005.

Diretrizes Curriculares da Educação Básico-Língua Estrangeira Moderna.SEED.PR, 2008

INGLÊS – EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS – EJA

APRESENTAÇÃO

Desde a colonização portuguesa, constata-se a emergência de políticas para a educação

de jovens e adultos focadas e restritas sobretudo aos processos de alfabetização, de

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263

modo que é muito recente a conquista, o reconhecimento e a definição desta modalidade

como política pública de acesso e continuidade à escolarização básica.

Somente no final do século XIX e início do século XX, devido a um emergente

desenvolvimento urbano industrial e sob forte influência da cultura européia, foram

aprovados projetos de leis que enfatizavam a obrigatoriedade da educação de adultos.

Buscava-se aumentar o contingente eleitoral, sobretudo no primeiro período republicano

para, por efeito, atender aos interesses das elites.

A partir de 1882 a Lei Saraiva a escolarização passou a ser critério de ascensão

social, incorporada depois à Constituição Federal de 1891, que impedia o voto do

analfabeto.

Com a reforma João Alves em 1925, surge o ensino noturno para jovens e adultos,

objetivando atender a classe dominante e aumentar o contingente eleitoral.

No final da década de 1950, Paulo Freire idealizou e vivenciou uma pedagogia

voltada para as demandas e necessidade das camadas populares, incluindo assim a

educação de jovens e adultos nesta perspectiva que estava associada a um contexto de

efervescência dos movimentos sociais, políticos e culturais.

Com o golpe militar de 1964, criou-se o Movimento Brasileiro de Alfabetização

(MOBRAL), que tinha como proposta pedagógica a migração rural-urbana, e dava

primazia a um modelo industrial-urbano com padrões capitalistas de produção e consumo.

Contudo nos seus 15 anos de vigência houve poucos avanços, pois apenas 10%

dos 40 milhões de frequentadores foram alfabetizados.

O ensino supletivo foi apresentado, em princípio, como uma modalidade

temporária, de suplência, para os que precisavam comprovar escolaridade no trabalho e

para os analfabetos. Porém, tornou-se uma forma de ensino permanente, de oferta

necessária, considerando a crescente demanda.

Com a Nova República, a partir de 1985, o governo federal rompeu com a política de

educação de jovens e adultos do período militar, extinguiu o Mobral e criou a Fundação

Educar (Fundação Nacional para Educação de Jovens e Adultos). Essa Fundação apoiou

técnica e financeiramente algumas iniciativas de educação básica de jovens e adultos,

conduzidas por prefeituras municipais e instituições da sociedade civil.

Em 1986, o Ministério da Educação organizou uma Comissão para a elaboração de

Diretrizes Curriculares Político-Pedagógicas da Fundação Educar, a qual reivindicou a

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264

oferta pública, gratuita e de qualidade do ensino de 1.° Grau aos jovens e adultos,

dotando-o de identidade própria. A Comissão fazia ainda recomendações relativas à

criação de uma política nacional de educação de jovens e adultos, ao seu financiamento e

à revisão crítica da legislação nessa área.

Na década de 1990, foi promulgada a nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação

Nacional, Lei n. 9394/96, na qual a EJA passa a ser considerada uma modalidade da

Educação Básica nas etapas do Ensino Fundamental e Médio e com especificidade

própria.

As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação de Jovens e Adultos passaram a

valorizar ainda:

– as especificidades de tempo e espaço para seus educandos;

– o tratamento presencial dos conteúdos curriculares;

– a importância em se distinguir as duas faixas etárias (jovens e adultos) consignadas

nesta modalidade de educação; e

– a formulação de projetos pedagógicos próprios e específicos dos cursos noturnos

regulares e os de EJA.

O educando da EJA torna-se sujeito na construção do conhecimento mediante a

compreensão dos processos de trabalho, de criação, de produção e de cultura. Portanto,

passa a se reconhecer como sujeito do processo e a confirmar saberes adquiridos para

além da educação escolar, na própria vida.

Cabe aos professores da EJA evidenciar possíveis mudanças que apontem para uma

nova relação entre ciência, trabalho e cultura, por meio de uma base sólida de formação

científica e histórica que ajude os educandos no seu desenvolvimento. Assim, conhecer

significa a possibilidade de interferir socialmente.

A escola é um dos espaços em que os educandos desenvolvem a capacidade de pensar,

ler, interpretar e reinventar o seu mundo, por meio da atividade reflexiva.

O ensino da Língua Inglesa para jovens e adultos contribui para o conhecimento das

relações entre as diversidades linguísticas e culturais, fazendo o educando perceber o

seu meio e a interação com outros mundos sociais, levando a compreensão e ação que o

transforme e não o exclua.

Fazer com que o aluno reconheça e compreenda a diversidade lingística/cultural,

oportunizando-o a engajar-se discursivamente e a perceber possibilidades de construção

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de significados em relação ao mundo em que vive.

Ensinar e aprender línguas são também ensinar e aprender percepções de mundo

e maneiras de construir sentidos, é formar subjetividades, independentemente do grau de

proficiência atingido. O ensino de língua estrangeira amplia as perspectivas de ver o

mundo, de avaliar os paradigmas já existentes e cria novas possibilidades de construir do

e no mundo.

A língua estrangeira será trabalhada de maneira a proporcionar: a inclusão social; o

desenvolvimento da consciência do papel das línguas na sociedade; o reconhecimento da

diversidade cultural e o processo de construção das identidades transformadoras, focando

na cultura, trabalho e tempo.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL

CONTEÚDOS BÁSICOS ENSINO FUNDAMENTAL – FASE II

GÊNEROS DISCURSIVOS

Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística, serão

adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais

de circulação de acordo com o Projeto Político Pedagógico, com a Proposta Pedagógica

Curricular, com o Plano Trabalho Docente, ou seja, em conformidade com as

características da escola e com o nível de complexidade adequado a cada uma das

séries.

LEITURA

• Tema do texto;

• Interlocutor;

• Finalidade;

• Aceitabilidade do texto;

• Informatividade;

• Elementos composicionais do gênero;

• Léxico;

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266

• Repetição proposital de palavras;

• Temporalidade;

• Discurso direto e indireto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;

• Palavras e/ou expressões que denotam ironia e humor no texto;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.

ESCRITA

• Tema do texto;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Informatividade;

• Elementos composicionais do gênero;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;

• Acentuação gráfica;

• Ortografia;

• Concordância verbal/nominal.

ORALIDADE

• Tema do texto;

• Finalidade;

• Papel do locutor e interlocutor;

• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...;

• Adequação do discurso ao gênero;

• Turnos de fala;

• Variações linguísticas;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos.

ENSINO MÉDIO

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CONTEÚDOS BÁSICOS

GÊNEROS DISCURSIVOS

Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística, serão

adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais

de circulação. Caberá ao professor fazer a seleção de gêneros, nas diferentes esferas, de

acordo com o Projeto Político Pedagógico, com a Proposta Pedagógica Curricular, com o

Plano Trabalho Docente, ou seja, em conformidade com as características da escola e

com o nível de complexidade adequado a cada uma das séries.

LEITURA

• Tema do texto;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Aceitabilidade do texto;

• Informatividade;

• Situacionalidade;

• Intertextualidade;

• Temporalidade;

• Referência textual;

• Partículas conectivas do texto;

• Discurso direto e indireto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;

• Palavras e/ou expressões que detonam ironia e humor no texto;

• Polissemia;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;

• Léxico.

ESCRITA

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268

• Tema do texto;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Aceitabilidade do texto;

• Informatividade;

• Situacionalidade;

• Intertextualidade;

• Temporalidade;

• Referência textual;

• Partículas conectivas do texto;

• Discurso direto e indireto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;

• Palavras e/ou expressões que detonam ironia e humor no texto;

• Polissemia.

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;

• Acentuação gráfica;

• Ortografia;

• Concordância verbal/nominal.

ORALIDADE

• Conteúdo temático;

• Finalidade;

• Aceitabilidade do texto;

• Informatividade;

• Papel do locutor e interlocutor;

• Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas;

• Adequação do discurso ao gênero;

• Turnos de fala;

• Variações linguísticas;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, semântica;

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• Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc);

• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral ou escrito.

CONTEÚDOS DA DIVERSIDADE DA CULTURA AFRO

O conteúdo programático incluirá diversos aspectos da história e da cultura que

caracterizam a formação da população brasileira, a partir desses dois grupos étnicos, tais

como o estudo da história da África e dos africanos, a luta dos negros e dos povos

indígenas no Brasil, a cultura negra e indígena brasileira e o negro e o índio na formação

da sociedade nacional, resgatando as suas contribuições nas áreas sociais, econômica e

política, pertinentes à história do Brasil.

Os conteúdos referentes à história e cultura afro-brasileira e dos povos indígenas

brasileiros serão ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, em especial nas áreas

de educação artística e de literatura e histórias brasileiras.

METODOLOGIA

A metodologia a ser desenvolvida nas práticas pedagógicas da EJA considerará os

três eixos articuladores propostos para as Diretrizes Curriculares: cultura, trabalho e

tempo, os quais deverão estar inter-relacionados.

A cultura norteará a ação pedagógica, visando as manifestações humanas, entre elas o

trabalho e o tempo. Portanto, é necessário manter o foco na diversidade cultural,

percebendo, compartilhando e sistematizando as experiências vividas pela comunidade

escolar, estabelecendo relações a partir do conhecimento que esta detém, para a

(re)construção de seus saberes.

O trabalho faz parte das relações humanas desenvolvidas ao longo da vida,

buscando adaptação às necessidades de sobrevivência, cabe ao professor de LEM criar

instrumentos, para a formulação de idéias e formas específicas de elaborá-las são

características identificadas como eminentemente compreendendo que o educando da

EJA se relaciona com o mundo do trabalho e que por meio dele busca melhorar sua

qualidade de vida e ter acesso aos bens produzidos pela humanidade significa

contemplar, na organização curricular, discussões relevantes sobre a função do trabalho e

suas relações com a produção de saberes.

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O terceiro eixo mediador consiste em valorizar os diferentes tempos necessários à

aprendizagem do educando da EJA. Assim, devem ser considerados os saberes

adquiridos na informalidade das suas vivências e do mundo do trabalho, face à

diversidade de suas características, como aquelas típicas dos movimentos sociais, das

comunidades indígenas, dos educandos privados de liberdade, das comunidades

ribeirinhas, dos portadores de necessidades especiais, dos trabalhadores sazonais.

Os educandos da EJA trazem consigo um legado cultural, os quais devem ser

considerados na dialogicidade das práticas educativas. Portanto, o trabalho dos

educadores da EJA é buscar de modo contínuo o conhecimento que dialogue com o

singular e o universal, o mediato e o imediato, de forma dinâmica e histórica.

Para que isso aconteça o adotaremos como critério:

Seleção de conteúdos e práticas educativas com relevância frente aos saberes e

experiências sociais.

Enfatizar o pensar e promover a interação entre os saberes docentes e discentes

na busca de conteúdos significativos.

Organizar o processo ensino-aprendizagem, dando ênfase às atividades que

permitem integrar os diferentes saberes, fundamentados em valores éticos,

favorecendo o acesso a diversas manifestações culturais, racional relacionando a

prática educacional com a social.

Os conteúdos selecionados devem refletir os amplos aspectos da cultura, tanto do

passado quanto do presente, assim como as possibilidades futuras, identificando

mudanças e permanências inerentes ao processo de conhecimento na sua relação com o

contexto social.

AVALIAÇÃO

A avaliação, como um aspecto do ensino-aprendizagem do seu trabalho didático

pedagógico sendo um meio e não um fim em si. É um processo contínuo, diagnóstico,

dialético e deve ser tratada como integrante das relações de ensino-aprendizagem.

A avaliação não pode ser um mecanismo para classificar, excluir ou promover o

aluno, mas um parâmetro da práxis pedagógica que toma os erros e os acertos como

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271

elementos sinalizadores para o seu replanejamento.

Pautados no princípio da educação que valoriza a diversidade e reconhece as diferenças,

o processo avaliativo como parte integrante da práxis pedagógica deve estar voltado para

atender as necessidades dos educandos, considerando o seu perfil e a função social da

EJA, isto é, o seu papel na formação da cidadania e na construção da autonomia.

O aluno deverá ser avaliado dentro de um todo, registrando sua participação em sala de

aula, seu trabalho, seu progresso, seu crescimento e suas dificuldades. Deverá ser uma

nova ação pedagógica a procura de soluções adequadas para o sucesso do aluno,

respeitando o seu ritmo de aprendizagem, tornando o ato de avaliar uma oportunidade de

retomar a aprendizagem de modo objetivo e positivo.

Adotaremos métodos onde o aluno prática o discurso, como:

- Atividades de audição;

- Leitura diversificada (de preferência em duplas);

- Uso de temas do interesse dos alunos;

- Publicação de materiais escritos pelos alunos, como: jornais e revistas, cruzadas,

folderes, slogans, etc.

- Uso de materiais autênticos;

- Debates para reflexão;

Serão avaliados as práticas de oralidade, leitura e escrita de acordo com o conteúdo

trabalhado, através de debates, trabalhos individuas ou em grupo, prova escrita,

apresentação de pesquisas e atividades no caderno.

REFERÊNCIAS

Diretrizes Curriculares da Educação de Jovens e Adultos. Governo do Estado do Paraná,

2006

Diretrizes Curriculares de Língua Estrangeira Moderna para o Ensino Fundamental.

Governo do Estado do Paraná, 2008

GIMENEZ,T.; JORDÃO, C. M.; ANDREOTI, V. (ORG).Perspectivas educacionais e ensino

de inglês na escola pública.Pelotas: Educat, 2005

LINGUA PORTUGUESA - EJA

A – Apresentação

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O processo de ensino de Língua Portuguesa no Brasil passou por várias etapas desde a

catequização dos indígenas até a Reforma Pombalina aconteceram várias mudanças.

Somente no final do século XIX, com o advento da República, influenciou-se a estrutura

curricular no Brasil e aconteceram as mudanças. A lei nº 5692/71 amplia e aprofunda o

ensino voltado à qualificação para o trabalho. Passado alguns anos, na década de 80 as

obras de Bakhtin passam a ser lidas nos meios acadêmicos, contribuindo para novos

paradigmas da educação. Todos os olhares voltaram – se para novas didáticas,

resultando numa proposta que dá ênfase a língua viva, dialógica, em constante

movimentação, permanentemente reflexiva e produtiva. Sabe – se que o aluno da

Educação de Jovens e Adultos já dispõe de competência discursiva e lingüística para

comunicar – se em interações próprias das relações sociais de seu dia-a-dia, inclusive as

que estabelecem em sua vida escolar.

Isso significa que deve – se trabalhar com Língua Portuguesa dentro dos três eixos

fundamentais → cultura, trabalho e tempo, sendo como articuladores de toda ação

pedagógico – curricular. Tais eixos foram definidos a partir da concepção de currículo,

como processo de seleção da cultura e do perfil do educando da Eja.

O objeto de estudo da disciplina é a LINGUA e o conteúdo estruturante de Língua

Portuguesa é o DISCURSO enquanto prática social.

Os objetivos desta disciplina são:

* empregar a língua oral em diferentes situações de uso, sabendo adequá-la a cada

contexto e interlocutor, descobrindo as intenções que estão implícitas nos discursos do

cotidiano e posicionando – se diante dos mesmos;

* desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas realizadas por meio de

práticas sociais, considerando – se os interlocutores, os seus objetivos, o assunto tratado,

os gêneros e suportes textuais e o contexto de produção – leitura;

* refletir sobre os textos produzidos, lidos ou ouvidos, atualizando o gênero e tipo de texto,

assim como os elementos gramaticais empregados na sua organização;

* aprimorar pelo contato com os textos literários, a capacidade de pensamento crítico e a

sensibilidade estética dos nossos alunos proporcionando através da literatura, a

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construção de um espaço dialógico.

* trabalhar textos com os eixos: cultura, trabalho e tempo.

B – Conteúdos:

Conteúdo Estruturante de Língua Portuguesa é o DISCURSO enquanto prática social

(leitura, escrita e oralidade), dentro dos eixos cultura, trabalho e tempo.

Conteúdos Básicos:

O conteúdo básico, tanto do Ensino Fundamental como do Ensino Médio serão

compostos pelos gêneros discursivos; pelas

práticas de leitura, oralidade, escrita e da análise lingüística, para serem abordados a

partir do gênero selecionado, conforme as esferas sociais de circulação: cotidiana,

científica, escolar, imprensa, política, literária/artística, produção e consumo,

publicitária, midiática, jurídica, cultura, trabalho e tempo.

CONTEÚDOS BÁSICOS:

Leitura

* Conteúdo temático;

* Interlocutor;

* Intencionalidade do texto;

* Argumentos do texto;

* Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito;

* Semântica: operadores argumentativos, ambigüidade, sentido figurado, expressões que

denotam ironia e humor no texto.

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Escrita

* Conteúdo temático;

* Interlocutor;

* Intencionalidade do texto;

* Informatividade;

* Contexto de produção;

* Discurso ideológico presente no texto;

* Vozes sociais presentes no texto;

* Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

conectores,pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito.

* Concordância verbal e nominal;

*Semântica: operadores argumentativos, ambigüidade, sentido figurado, expressões que

denotam ironia e humor no texto.

Oralidade

* Conteúdo temático;

* Finalidade;

* Argumentos;

* Papel do locutor e interlocutor;

* Elementos extralingüísticos, entonação, expressão facial, corporal e gestual, pausas;

* Adequação do discurso ao gênero;

* Semântica;

* Marcas lingüísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;

* Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias e repetições, etc.);

* Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito;

C – Metodologia

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A disciplina de Língua Portuguesa serão orientadas por práticas de oralidade, leitura e

escrita, onde vivenciamos experiências com a língua em uso, concretizadas em atividades

de leitura, produção de textos e reflexões com e sobre a língua, norteada por uma

concepção teórica que vê a língua em permanente construção na interação entre sujeitos

histórica e socialmente situados.

Quanto à oralidade é importante ressaltar a participação do aluno nos diálogos, relatos e

discussões, a clareza, a capacidade de adequar o discurso/texto aos diferentes

interlocutores e situações.

A prática da oralidade será realizada por meio de:

Histórias de família (incluindo a criança e o jovem negro a sua família em diferentes

contextos sociais e profissionais, para valorização da diversidade sexual e étnica

brasileira);

Depoimentos sobre situações significativas vivenciadas pelo aluno ou pessoa do

seu convívio;

Transmissão de informações;

Troca de opiniões;

Contação de histórias;

Declamação de poemas;

Representação teatral;

Relatos de experiências;

Confronto e comparação entre a fala e a escrita, de modo a constatar suas

similaridades e diferenças.

Entre os gêneros a serem trabalhados, citamos histórias de vida, textos: pragmáticos,

literários, de imprensa, de divulgação científica, etc.

Assim poderá valorizar a experiência lingüística

(conhecimento de mundo) do estudante em situações específicas, e não a língua ideal,

ampliando seu universo referencial a aprimorando sua competência de escrita.

No contexto das práticas discursivas, estarão presentes os conceitos oriundos da

lingüística, sociolingüística, semiótica, pragmática, estudos literários, semântica,

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morfologia, sintaxe, fonologia, análise do discurso, gramáticas normativas, descritiva, de

usos, de modo a contribuir com o aprimoramento da competência lingüística,

possibilitando-lhe a apropriação de uma efetiva construção do conhecimento que lhe

servirá de instrumento para a vida de nossos alunos.

D – Avaliação da disciplina

A avaliação precisa ser entendida como instrumento de compreensão do nível de

aprendizagem dos alunos em relação aos conceitos estudados. Ação que necessita ser

contínua, pois o processo de construção de conhecimentos dará muitos subsídios ao

educador para perceber os avanços e dificuldades dos educandos e, assim, rever a sua

prática e redirecionar as suas ações se for preciso. Portanto, dentro de uma concepção

mais progressista de educação, não tem lugar a avaliação autoritária que não visa ao

crescimento dos educandos, mas abre um longo espaço para as avaliações: formativa,

somativa, contínua e diagnóstica.

Assim, valorizar a experiência lingüística (conhecimento de mundo) do estudante em

situações específicas, e não a língua ideal, ampliando seu universal referencial e

aprimorando sua competência de escrita.

A avaliação servirá, além de aferir a aprendizagem do aluno, para que o professor

repense a sua metodologia e planeje as suas aulas de acordo com as necessidades de

seus alunos. Por meio dela é possível perceber quais são os conhecimentos e as práticas

que ainda foram suficientemente trabalhadas.

A conduta de nossa escola está pautada no respeito às diferenças e promoverá uma ação

pedagógica de qualidade a todos os alunos, construindo relações sociais mais generosas

e inclusivas.

REFERÊNCIAS:

GERALDI, João W. O texto na sala de aula. 2ª ed. São Paulo:Ática,1997.

-----------------------Idéias e diálogos de Baktin.Curitiba: Criar,2003.

LEI nº11.645/08 de10 de março de 2008. Estabelece as diretrizes e bases da educação

nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “

História e Cultura Afro-brasileira e Indígena”.

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277

PPP do Col.Est.Desem.Antonio F.F.da Costa.

SANTOS, Isabel APARECIDA. Racismo e Antirracismo na educação . São Paulo Novos

Tempos, 2002.

Secretaria de Estado da Educação – Diretrizes Curriculares – Língua Portuguesa (julho /

2008).

SILVA, Ana Célia. Educação, Racismo e Antirracismo. Novos Tempos, 2002.

Coleção Cadernos de Eja – Secad / Mec.

Diretrizes. Eja

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA EJA – EDUCAÇÃO DE JOVENS E

ADULTOS

DISCIPLINA: MATEMÁTICA – Ensino Fundamental e Médio

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APRESENTAÇÃO:

Ao buscarmos os primórdios da matemática encontramos em NETO (1997,pg,7) a

descrição : “A matemática foi criada e vem sendo desenvolvida pelo homem em função

de necessidades sociais (...),(...)Durante o paleolítico Inferior o homem necessitou apenas

das noções de mais-menos, maior-menor e de algumas formas de simetria “.

O autor cita a revolução seguinte, ou seja, ”A matemática do Neolítico já contava com

números maiores , que possibilitavam construir um calendário , usavam os dedos para

executarem contas simples, e as suas formas geométricas foram se aperfeiçoando”.

Os Egípcios deram as suas contribuições a área da matemática da seguinte forma,”

Criaram um calendário de 365 dias ao ano ,inventaram o relógio de sol e a balança,

conheciam o ábaco e a notação decimal , algumas frações , desenvolveram muito a

geometria , criando fórmulas para o cálculo de áreas e volumes “.NETO(1997,pg,13).

Os gregos e os romanos desenvolveram muita a matemática, com matemáticos como

Tales , Pitágoras , Aristóteles , e Euclides , que criou o fantástico livro ,Os Elementos, que

foi usado nas escolas durante mais de dois mil anos. ROSA NETO(1997).

Os Árabes também deram a sua contribuição a evolução da matemática, como nos

apresenta o autor ;”desenvolveram o sistema de numeração arábico , e o sistema

decimal posicional , começam a surgir a Álgebra, os algoritmos foram muito

desenvolvidos pelos árabes e divulgados pela Europa”. NETO (1997,pg,15).

No renascimento a autor cita as maiores revoluções dentro da matemática ”Surgem os

números inteiros, que servem para o cálculo de crédito e dívidas(...),O cálculo da raiz

quadrada dos números negativos leva a construção dos números complexos(...),As rotas

das Grandes Navegações , foram cálculos que levaram os matemáticos as novas

criações(...),surge a geometria analítica”. NETO (1997,pg 17).

Sucedendo estas invenções no campo da matemática “surgem com LEIBNIZ e NEWTON

, o cálculo diferencial e integral “como NETO (1997), nos diz.

Chegamos ao séc. XX com a matemática sendo uma das maiores áreas do estudo

acadêmico nas maiores universidades do mundo e desenvolvidas em todas as áreas de

estudo das ciências.

O conceito matemático que nos vêm ao encontro durante a elaboração deste estudo, nos

mostra a matemática prática, que trata o aluno como construtor do seu conhecimento ,de

forma a buscar a experimentação e assimilação pôr sua própria iniciativa e curiosidade

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279

.

Ao abordar esta forma de pensamento Kamii,(1986,p.31) nos relata: ”Em conclusão , a

estrutura lógico-matemática do número não pode ser ensinada diretamente, uma vez que

a criança tem que construí-la pôr si mesma , e o professor deve priorizar o ato de

encorajar a criança a pensar autonomamente em todos os tipos de situações ”.

NETO ,(1997,p.19),nos orienta que a matemática possui diferentes fases :”Cada período

tem suas características ,seu grau de abstração , de elaboração, de acabamento e é

assim que o aluno deve construir a sua matemática”.

Seguindo a construção do conhecimento pedagógico matemático para nossos dias

chegamos á SEBASTIANI(1996,81),” Se ela for apresentada apenas como rigorosa na

aplicação momentânea de fórmulas ou esquemas , Ela se esvazia . Perde a intuição

,perde a possibilidade de invenção (...),(...) Mas se a relação professor – aluno percorre o

processo (intuir – supor – descobrir – avaliar) então o rigor tem sentido”.

O objeto do estudo da educação matemática encontra-se em processo de construção,

onde o currículo da disciplina não pode resultar de apreciação isolada de seus conteúdos

estruturantes, mas como se articulam.

A disciplina de Matemática na Educação Básica visa um processo de ensino e

aprendizagem que contribua para que o estudante tenha condições de constatar

regularidades matemáticas, generalizações e apropriação de linguagem adequada para

descrever e interpretar fenômenos ligados à Matemática e as outras áreas do

conhecimento. Assim, a partir do conhecimento matemático, seja possível o estudante

criticar questões sociais, políticas, econômicas e históricas

Desenvolver o ensino da matemática, enquanto campo de investigação e de produção do

conhecimento da natureza científica e da melhoria da qualidade da aprendizagem de

forma que o mesmo se parte em abordagens entre os conceitos de cada conteúdo

especifico.

Valorizar atividades diversas, visando à formação integral do ser humano enquanto

cidadão crítico, capaz de agir com autonomia nas relações sociais.

Transpor para a pratica docente o objeto matemático construído historicamente e

possibilitar ao estudante ser um conhecedor desse objeto como ciência desde suas

origens.

Visa desenvolver a Educação Matemática enquanto campo de investigação e de

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produção de conhecimento - natureza científica - e à melhoria da qualidade do ensino e

da aprendizagem da Matemática - natureza pragmática.

A disciplina de Matemática na Educação Básica visa um processo de ensino e

aprendizagem que contribua para que o estudante tenha condições de constatar

regularidades matemáticas, generalizações e apropriação de linguagem adequada para

descrever e interpretar fenômenos ligados à Matemática e as outras áreas do

conhecimento. Assim, a partir do conhecimento matemático, seja possível o estudante

criticar questões sociais, políticas, econômicas e históricas.

A Educação de Jovens e Adultos nasceu com o Mobral em 1964, não havendo resultados

significativos. A partir de 1985 com a Nova Republica rompe com o Mobral e cria a

Fundação Educar que apóia iniciativas de Educação Básica de Jovens e Adultos.

A LDBN Lei 9394/96 promulgada na década de 90, a EJA passa a ser considerada como

uma modalidade de Educação Básica nas Etapas de Ensino Fundamental e Médio com

especificidade própria.

A Educação de Jovens e Adultos tem como finalidade e objetivo a formação humana e

acesso a cultura, levando os educandos a uma consciência critica, adotando atitudes

éticas e comprometidas com a sociedade em que vive.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:

Números e Álgebras

Funções

Geometrias

Tratamento de Informação

CONTEÚDOS BASICOS:

Conjuntos dos números reais e noções de números complexos

Matrizes

Determinantes

Sistemas Lineares

Polinômios

Função afim

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Função quadrática

Função exponencial

Função logarítmica

Função trigonométrica

Função modelar

Progressão aritmética e progressão geométrica

Geometria plana

Geometria espacial

Geometria analítica

Noções básicas de geometria não euclidiana

Analise combinatória

Binômio de Newton

Probabilidades

Estatísticas

Matemática financeira

METODOLOGIA:

Na Eja o professor deve levar em Consideração que o aluno já adulto possui saberes,

experiências e uma trajetória de vida que devem ser aproveitados pelo educador.

Os Conteúdos Básicos de Matemática no Ensino fundamental e Médio, deverão ser

abordados articuladamente, contemplando os conteúdos ministrados no ensino

fundamental e também através da intercomunicação dos Conteúdos Estruturantes.

As tendências metodológicas apontadas nas Diretrizes Curriculares de Matemática

sugerem encaminhamentos metodológicos e servem de aporte teórico para as

abordagens dos conteúdos propostos neste nível de ensino, visando desenvolver os

conhecimentos matemáticos a partir do processo dialético que possa intervir como

instrumento eficaz na aprendizagem das propriedades e relações matemáticas, bem

como as diferentes representações e conversões através da linguagem e operações

simbólicas, formais e técnicas.

É importante a utilização de recursos didático-pedagógicos e tecnológicos como

instrumentos de aprendizagem.

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Os procedimentos e estratégias a serem desenvolvidas pelo professor objetivam garantir

ao aluno o avanço em estudos posteriores, na aplicação dos conhecimentos matemáticos

em atividades tecnológicas, cotidianas, das ciências e da própria ciência matemática.

Em relação às abordagens, destacam-se a análise e interpretação crítica para resolução

de problemas, não somente pertinentes à ciência matemática, mas como nas demais

ciências que, em determinados momentos, fazem uso da matemática.

Para D’AMBRÓSIO (2005), a escola deve respeitar as raízes culturais dos alunos, raízes

essas que ele adquire com a família, amigos ou com a participação num determinado

grupo social. Ao ensinar matemática deve-se considerar os conhecimentos prévios, a

história cultural que cada indivíduo possui. Assim, se o professor vai trabalhar em uma

aldeia indígena, por exemplo, deve tomar conhecimento de como esse povo utiliza à

matemática, para, a partir daí, respeitando sua construção histórica, introduzir novos

conteúdos.

Outra tendência metodológica é a História da Matemática que surge para garantir e

respeitar essa construção histórica. Os conteúdos trabalhados a partir do seu contexto

fazem com que os alunos compreendam seus significados, passando a ver a matemática

como uma construção da humanidade.

Trabalhar o conteúdo do ponto de vista histórico não significa repassar para o aluno datas

e nomes que fizeram parte da história da matemática, segundo as DCE:

A abordagem histórica não se resume a retratar curiosidades ou biografias de

matemáticos famosos; vincula as descobertas matemáticas aos fatos sociais e políticos,

às circunstâncias históricas e às correntes filosóficas que determinaram o pensamento e

influenciaram o avanço científico de cada época. (DCE de MATEMÁTICA, 2006, p. 45)

As Diretrizes Curriculares de Matemática consideram que a história da matemática deve

orientar a elaboração de atividades com problemas históricos, para que o aluno possa

compreender os conceitos e conceber a matemática como campo do conhecimento em

construção.

A respeito dos objetivos pedagógicos de se trabalhar as aulas de matemática a partir da

sua história os autores MIGUEL e MIORIN (2004, p. 53) consideram que:

Dessa forma, podemos entender ser possível buscar na História da Matemática apoio

para se atingir, com os alunos, objetivos pedagógicos que os levem a perceber, por

exemplo; (1) a matemática como uma criação humana; (2) as razões pelas quais as

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pessoas fazem matemáticas; (3) as necessidades práticas, sociais, econômicas e físicas

que servem de estímulo ao desenvolvimento das idéias matemáticas; (4) as conexões

existentes entre matemática e filosofia, matemática e religião matemática e lógica, etc.;

(5) a curiosidade estritamente intelectual que pode levar à generalização e extensão de

idéias e teorias; (6) as percepções que os matemáticos têm do próprio objeto da

matemática, as quais mudam e se desenvolvem ao longo do tempo; (7) a natureza de

uma estrutura, de uma axiomatização e de uma prova.

Para atingir esses objetivos, é necessário que os professores busquem na história

elementos para estabelecer relação entre os conteúdos que fazem parte do currículo e

sua origem histórica e cultural.

AVALIAÇÃO:

Na Eja a avaliação de vê propiciar ao educando um contato com o conteúdo trabalhado,

fazendo uma correlação entre sua vivencia e o conteúdo proposto.

A avaliação é um processo de verificação das dificuldades apresentadas pelos alunos,

permitindo ao professor intervir no processo ensino-aprendizagem, desenvolvendo o

conhecimento. A avaliação tem ainda a função de propiciar ao professor que verifique os

objetivos de seu próprio trabalho e, se necessário reformulá-lo.

Avaliar, seguindo a concepção de Educação Matemática é ter um papel de

mediação no processo de ensino e aprendizagem, ou seja, ensino, aprendizagem e

avaliação devem ser vistos como integrantes de um mesmo processo.

A Avaliação deve ser uma orientação para o professor na condução da sua prática

docente e jamais um instrumento para reprovar ou reter alunos na construção de seus

esquemas de conhecimento teórico e prático, sendo:

Amplie os conhecimentos sobre conjuntos numéricos e aplique em diferentes

contextos;

Compreenda os números complexos e suas operações;

Conceitue e interprete matrizes e suas operações;

Conheça e domine o conceito e as soluções de problemas que se realizam por

meio de determinante;

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Identifique e realize operações com polinômios;

Identifique e resolva equações, sistemas de equações e inequações inclusive as

exponenciais, logarítmicas e modulares.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BOYER, Carl Benjamim. História da Matemática. 2. ed. trad. Elza f. Gomide. São Paulo,

Edgard Blucher, 1996.

GARBI, Gilberto G. O romance das equações algébricas. São Paulo, Makron Books, 1997.

BIGODE, Antonio José Lopes, 1955 – Matemática hoje é feita assim. São Paulo, FTD,

2000. (Coleção Matemática hoje é feita assim)

Secretaria de Estado da Educação Superintendência da Educação Diretrizes Curriculares

– Matemática - 2011

PPC do Colégio Desembargador Antonio F. F. da Costa – Ensino Fundamental e Médio.

QUÍMICA - EJA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS:

-MATÉRIA E SUA NATUREZA;

-BIOGEOQUÍMICA;

-QUÍMICA SINTÉTICA;

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CONTEÚDOS BÁSICOS:

-Matéria;

-Soluções;

-Velocidades das reações;

-Equilíbrio químico;

-Ligações químicas;

-Reações químicas;

-Radioatividade;

-Oxido redução;

-Gases;

-Funções químicas;

METODOLOGIA

O ensino aprendizagem em química parte do conhecimento prévio dos alunos, por

meio da mediação do conhecimento do senso comum e do conhecimento científico

apresentado pelo professor, cujo papel é explorar as concepções atribuindo-lhes valores e

significados. Utiliza-se da concepção espontânea que o educando já adquiriu em seu

cotidiano em interação com os recursos trabalhados em sala de aula e nos espaços de

convivência. Desta interação resulta a construção dos saberes. Desta forma os

conhecimentos científicos permitem que o educando consiga estabelecer conexões entre

o cotidiano e os conhecimentos científicos. Através desta interação procura-se

estabelecer uma visão abrangente do estudo da química e do universo, facilitando

estudos teóricos, trabalhos com experimentos, pesquisas, manipulações de materiais e

reflexões criticas. Ocorrendo também a análise de textos complementares (envolvendo

cada conteúdo aplicado) e práticas laboratoriais;

- Leitura interpretação de textos;

- Aulas na qual será instigado o dialogo sobre o objeto de estudo;

- Audiovisual, da mesma forma que o trabalho experimental, envolve períodos de

discussão pré e pós-atividade deve facilitar a construção e a ampliação dos conceitos;

- Uso da TV multimídia;

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- Informática como fonte de dados e informação;

- Uso da biblioteca como fonte de dados e informação.

-Referencias Bibliográficas

-P. P. P da Escola ( Colégio Estadual Des. Antonio F. F. da Costa Ensino Fund. e Médio).

- Diretrizes Curriculares de Química;

- BRADY, J e HUMISTON, G, E Química Geral. LTC, 1891

- NOVAIS, V QUÍMICA. São Paulo: Atual, 1999. V. 1

- Vanin, J. A. Alquimistas e Químicos: o passado, o presente e o futuro. São Paulo:

Moderna, 2002.

- Sardella, A.; FALCONE, M. Química: Série Brasil. São Paulo. Ática, 2004.

- Livro didático público.

- Feltre Ricardo Química volume 1,2,3. São Paulo, 2004, Editora Moderna

SOCIOLOGIA – EJA

Ao longo da história do Brasil, desde a colonização portuguesa, constata a emergência de

políticas para a educação de jovens e adulto focado e restrito sobre tudo aos processos

de alfabetização, de modo que é muito recente a conquista, o reconhecimento e a

definição desta modalidade como política pública de acesso e continuidade a

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287

escolarização básica.

A educação de adultos é muito importante para todos pois alem de crianças

adolescentes , hoje está dando oportunidade para os nossos jovens, adultos e idosos que

não tiveram oportunidade na vida assim essa nova perspectiva também estava associada

a um contexto de efervescência dos movimentos sociais, políticos e culturais.

Historicamente, a sociedade tem assumido, característica capitalista e a busca da

compreensão destas, entre outras, tem sido a preocupação da Sociologia para a sua

consolidação como ciência.

O período de consolidação do capitalismo foi marcado por profundas mudanças na

organização social que fizeram com que seus contemporâneos buscassem explicações

para os fenômenos sociais com os quais conviviam.

As antigas formas organizativas do mundo foram sucessivamente alteradas pelas

experiências da Modernidade que propõe, entre outras coisas, a utilização da razão como

formadora da realidade. Sendo assim, várias relações sociais cotidianas foram

transformadas neste processo.

O capitalismo com sua nova forma de organização das relações sociais de trabalho, traz

em seu bojo questões econômicas/culturais que precisam de respostas. Surgem então os

pensadores da Sociologia que buscam dar conta destas questões através da elaboração

de teorias explicativas dessa dinâmica social, sob diferentes olhares e posicionamentos

políticos.

Com Augusto Comte (1798-1857) surge o termo Sociologia,este autor buscará criar um

método específico para o estudo da sociedade, já que acreditava que a ciência deveria

ser usada na organização das mesmas e afirmando que a ordem levaria ao progresso.

Emile Durkheim (1858-1917) irá utilizar-se de conceitos de Comte na elaboração e

consolidação de uma ciência que tenta entender a sociedade e as relações sociais. Para

Durkheim o sujeito faz parte da sociedade e a sociedade o compõe, então, a mesma só

faz sentindo se: “compreendida como um conjunto cuja existência própria,

independentemente de manifestações individuais, exerce sobre cada ser humano uma

coerção exterior, a partir de pressões e obrigatoriedades por que de alguma forma ela não

‘cabe’ na sua totalidade, na mente da cada individuo” (seed, 2006, p.21). Sendo assim a

precedência da sociedade sobre os indivíduos faz com que a cooperação seja necessária

à organização social. Tal cooperação só pode existir no consenso, daí caber á educação

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papel fundamental neste processo.

Em Max Weber( 1864-1 920)a orientação vai nem outro sentido, para ele o indivíduo

prevalece sobre a sociedade. Ele estabelece a Sociologia Compreensiva que vai buscar

entender a sociedade partida da compreensão das ações individuas. Para ele

“compreender” a sociedade é analisar os comportamentos movidos pela racionalidade

dos sujeitos com relação aos outros, é compreender o agir dos homens que se

relacionam uns com os outros, de acordo com um calculo e uma finalidade que tem por

base as regras’.(SEED, 2006, p.22).

A sociedade estaria marcada, então, pelo desenvolvimento da racionalidade, rumando a

“burocratização”, caberia, pois, a educação o papel de promover os sujeitos de conteúdos

especializados, eruditos, e disposições que os disponham a ter condições – conduta de

vida e conhecimento especializado – necessárias para realizar suas funções de perito na

burocracia profissional” (SEED, 2006, p.22)

Outro autor relevante para o entendimento das sociedades é Karl Marx (1818-1883).

Muito embora Marx não esteja preocupado com a constituição de uma ciência, suas

reflexões são importantes para a compreensão das sociedades.

Buscando compreender a sociedade capitalista e apontar uma direção para sua

transformação, Marx desvenda os mecanismos de exploração e manutenção das relações

sociais apontando para o fato das sociedades estarem divididas em classes, enunciou

“(...) como lei de validade geral - que a história das sociedades é movida pela luta entre as

classes sociais.(SEED, 2006, p.21). Ainda de acordo com o autor, a educação é um

mecanismo que, conforme seu conteúdo de classe, pode oprimir ou emancipar o homem.

Desde então, a preocupação com a sociedade e as relações sociais tem sido a principal

preocupação desta ciência, ou seja, entender, explicar e questionar os mecanismos de

produção, organização, domínio, controle e poder institucionalizados ou não, que resultam

em relações sociais de maior ou menor exploração ou igualdade, possibilitando aos

indivíduos compreender e atuar de forma efetiva sobre a realidade que os cercam, e

dessa forma contribuir para a formação de novos valores, de uma nova ética e de novas

práticas sociais, oportunizando assim, a construção de novas relações sociais.

É neste contexto que se faz necessária a introdução desta disciplina é tarefa primordial do

conhecimento sociológico explicitar e explicar problemáticas sociais concretas e

contextualizadas, de modo a desconstruir pré-noções e preconceitos que quase sempre

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dificultam o desenvolvimento da autonomia intelectual e de ações políticas direcionadas à

transformação social, tendo em vista que a mesma tem o compromisso com a formação

humana e o acesso à cultura geral, a Sociologia contribuirá no desempenho de tal tarefa,

na medida em que propicia aos educando a possibilidade de uma maior compreensão da

sociedade onde o mesmo vive e sua atuação sobre a mesma. Tendo por objetivo de

estudo o conhecimento e a explicação da sociedade pela compreensão das diversas

formas pelas quais os seres humanos vivem em grupos, das relações que se

estabelecem no interior entre diferentes grupos, das relações que se estabelecem no

interior entre diferentes grupos, bem como a compreensão das consequências das

relações dos indivíduos em coletividades.

CONTEÚDOS

.

1- Conteúdo estruturante: O processo de socialização e as instituições sociais.

2 - Conteúdo estruturante: Cultura e Indústria Cultural.

3 - Conteúdo estruturante:Trabalho, Produção e Classes Sociais

4.Conteúdo estruturante: Poder, Política e Ideologia

5.Conteúdo estruturante:Direitos, Cidadania e Movimentos Sociais

METODOLOGIA

No ensino da Sociologia propõe-se que sejam redimensionados aspectos da realidade por

meio de uma análise didática e crítica dos problemas sociais. Sendo assim, os conteúdos

específicos deverão estar articulados á realidade, considerando sua dimensão sócio-

histórica, vinculado ao mundo do trabalho, à ciência, às novas tecnologias, dentre outras

coisas.

Neste sentido, destacam-se os conteúdos específicos da disciplina não precisa ser

trabalhados, necessariamente, de forma sequencia!, do primeiro ao último conteúdo

listado, podendo ser alterada a ordem dos mesmos sem problemas para compreensão, já

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que eles, apesar de estarem articulados, possibilitam sua apreensão sem a necessidade

de uma “amarração” com os demais.

Sugere-se, no entanto, que a disciplina seja iniciada com uma rápida contextualização do

surgimento da Sociologia, bem como a apresentação de suas principais teorias na

análise/compreensão da realidade.

No ensino de Sociologia é necessária a adoção de múltiplos instrumentos

metodológicos, instrumentos estes, que devem adequar-se aos objetivos pretendidos,

seja a

exposição, a leitura e esclarecimentos do significado dos conceitos e da lógica dos textos

(teóricos, temáticos, literários), sua análise e discussão, a apresentação de filmes, a

audição de músicas, enfim, o que importa é que o educando seja constantemente

provocado a relacionar a teoria com o vivido, a rever conhecimentos e a reconstruir

coletivamente novos saberes.

Por fim, o conhecimento sociológico deve ir além da definição, classificação, descrição e

estabelecimento de correlações dos fenômenos da realidade social.’ É tarefa primordial do

conhecimento sociológico explicitar e explicar problemáticas sociais concretas e

contextualizadas, de modo a desconstruir pré-noções e preconceitos que quase sempre

dificultam o desenvolvimento da autonomia intelectual e de ações políticas direcionadas á

transformação social.

AVALIAÇÃO

A avaliação, na disciplina de Sociologia, não pode ser confundida com um processo de

técnico de medição, neste sentido é preciso repensar os instrumentos utilizados nesse

processo, de modo que os mesmos reflitam os objetivos desejados no desenvolvimento

do processo educativo, superando o conteudismo, numa perspectiva marcada pela

autonomia do educando.

Sendo assim, as práticas de avaliação em Sociologia, acompanham as próprias práticas

de ensino e de aprendizagem da disciplina, seja a reflexão crítica em debates, que

acompanham os textos ou filmes, seja na produção de textos que demonstrem

capacidade de articulação entre teoria e prática, seja na pesquisa bibliográfica, enfim,

várias podem ser as formas, desde que se tenha como perspectiva, ao selecioná-las, a

clareza dos objetivos que se pretende atingir, no sentido da apreensão, compreensão e

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reflexão dos conteúdos pelo educando.

REFERÊNCIAS

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ANTUNES, R. (Org.) A dialética do trabalho: Escritos de Marx e Engels. São Paulo:

Expressão popular, 2004.

AZEVEDO, F. Princípios de sociologia: pequena introdução ao estudo da sociologia geral.

São Paulo: Duas Cidades, 1973.

BOBBIO, N. Estado, governo, sociedade: por uma teoria geral da política. Rio de Janeiro:

Paz e Terra, 1990.

BOSI, E. Cultura de massa e cultura popular: leituras de operárias. 5 ed. Petrópolis:

Vozes, 1981.

COELHO, T. O que é indústria cultural. l5ed. São Paulo: Brasiliense, 1993.

COMTE, A. Sociologia. São Paulo: Ática, 1978.

DURKHEIM, E. Sociologia. São Paulo: Ática, 1978.

GEERTZ, C. A interpretação das culturas: Rio de Janeiro: Zahar, 1973.

GIDDENS, A. Sociologia. 6 ed. Porto Alegre: Artmed,2005.

GOHN, M. G. (Org.) Movimentos sociais no início do século XXI: antigos e novos atores

sociais. Petrópolis: Vozes, 2003.

LAPLANTINE, F. Aprender antropologia. 12 ed. São Paulo: Brasiliense, 2000.

SECRETARIA DE EDUCAÇÃO DO ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ.

Diretrizes Curriculares da Rede pública de Educação Básica do Estado do Paraná —

Sociologia. Curitiba, 2006.

MARX, K. Os pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1978.

WEBER, M. Sociologia. São Paulo: Ática, 1979.

PPP — Colégio Estadual Rachel de Queiroz

6 - PROCESSOS DE AVALIAÇÃO, CLASSIFICAÇÃO E PROMOÇÃO

6.1 Concepção de Avaliação

A avaliação é compreendida como uma prática que alimenta e orienta a intervenção

pedagógica. É um dos principais componentes do ensino, pelo qual se estuda e interpreta

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os dados da aprendizagem. Tem a finalidade de acompanhar e aperfeiçoar o processo de

aprendizagem dos educandos, diagnosticar os resultados atribuindo-lhes valor. A

avaliação será realizada em função dos conteúdos expressos na proposta pedagógica.

Na avaliação da aprendizagem é fundamental a análise da capacidade de reflexão dos

educandos frente às suas próprias experiências. E, portanto, deve ser entendida como

processo contínuo, descritivo, compreensivo que oportuniza uma atitude crítico-reflexiva

frente à realidade concreta.

A avaliação educacional, nesse Estabelecimento Escolar, seguirá orientações contidas no

artigo 24, da LDBEN 9394/96, e compreende os seguintes princípios:

investigativa ou diagnóstica: possibilita ao professor obter informações necessárias

para propor atividades e gerar novos conhecimentos;

contínua: permite a observação permanente do processo ensino-aprendizagem e

possibilita ao educador repensar sua prática pedagógica;

sistemática: acompanha o processo de aprendizagem do educando, utilizando

instrumentos diversos para o registro do processo;

abrangente: contempla a amplitude das ações pedagógicas no tempo-escola do

educando;

permanente: permite um avaliar constante na aquisição dos conteúdos pelo

educando no decorrer do seu tempo-escola, bem como do trabalho pedagógico da

escola.

Os conhecimentos básicos definidos nesta proposta serão desenvolvidos ao longo da

carga horária total estabelecida para cada disciplina, conforme a matriz curricular, com

oferta diária de 04 (quatro) horas-aula por turno, com avaliação presencial ao longo do

processo ensino-aprendizagem.

Considerando que os saberes e a cultura do educando devem ser respeitados como

ponto de partida real do processo pedagógico, a avaliação contemplará,

necessariamente, as experiências acumuladas e as transformações que marcaram o seu

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trajeto educativo, tanto anterior ao reingresso na educação formal, como durante o atual

processo de escolarização.

A avaliação processual utilizará técnicas e instrumentos diversificados, tais como: provas

escritas, trabalhos práticos, debates, seminários, experiências e pesquisas, participação

em trabalhos coletivos e/ou individuais, atividades complementares propostas pelo

professor, que possam elevar o grau de aprendizado dos educandos e avaliar os

conteúdos desenvolvidos.

É vedada a avaliação em que os educandos sejam submetidos a uma única oportunidade

de aferição. O resultado das atividades avaliativas, será analisado pelo educando e pelo

professor, em conjunto, observando quais são os seus avanços e necessidades, e as

conseqüentes demandas para aperfeiçoar a prática pedagógica.

6.2 Procedimentos e Critérios para Atribuição de Notas

as avaliações utilizarão técnicas e instrumentos diversificados, sempre com

finalidade educativa;

para fins de promoção ou certificação, serão registradas 02 (duas) a 06 (seis) notas

por disciplina, que corresponderão às provas individuais escritas e também a

outros instrumentos avaliativos adotados, durante o processo de ensino, a que,

obrigatoriamente, o educando se submeterá na presença do professor, conforme

descrito no Regimento Escolar. Na disciplina de Ensino Religioso, as avaliações

realizadas no decorrer do processo ensino-aprendizagem não terão registro de

nota para fins de promoção e certificação.

a avaliação será realizada no processo de ensino e aprendizagem, sendo os

resultados expressos em uma escala de 0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero);

para fins de promoção ou certificação, a nota mínima exigida é 6,0 (seis vírgula zero), em

cada disciplina, de acordo com a Resolução n.º 3794/04 – SEED e freqüência mínima de

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75% (setenta e cinco por cento) do total da carga horária de cada disciplina na

organização coletiva e 100% (cem por cento) na organização individual;

o educando deverá atingir, pelo menos a nota 6,0 (seis vírgula zero) em cada

registro da avaliação processual. Caso contrário, terá direito à recuperação de

estudos. Para os demais, a recuperação será ofertada como acréscimo ao

processo de apropriação dos conhecimentos;

para os educandos que cursarem 100% da carga horária da disciplina, a média

final corresponderá à média aritmética das avaliações processuais, devendo os

mesmos atingir pelo menos a nota 6,0 (seis vírgula zero);

os resultados das avaliações dos educandos deverão ser registrados em

documentos próprios, a fim de que sejam asseguradas a regularidade e

autenticidade da vida escolar do educando;

o educando portador de necessidades educativas especiais, será avaliado não por

seus limites, mas pelos conteúdos que será capaz de desenvolver.

6.3 Recuperação de Estudos

A oferta da recuperação de estudos significa encarar o erro como hipótese de construção

do conhecimento, de aceitá-lo como parte integrante da aprendizagem, possibilitando a

reorientação dos estudos. Ela se dará concomitantemente ao processo ensino-

aprendizagem, considerando a apropriação dos conhecimentos básicos, sendo direito de

todos os educandos, independentemente do nível de apropriação dos mesmos.

A recuperação será também individualizada, organizada com atividades significativas,

com indicação de roteiro de estudos, entrevista para melhor diagnosticar o nível de

aprendizagem de cada educando.

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Assim, principalmente para os educandos que não se apropriarem dos conteúdos

básicos, será oportunizada a recuperação de estudos por meio de exposição dialogada

dos conteúdos, de novas atividades significativas e de novos instrumentos de avaliação,

conforme o descrito no Regimento Escolar.

6.4 Aproveitamento de Estudos

O aluno poderá requerer aproveitamento de estudos realizados com êxito, amparado pela

legislação vigente, conforme regulamentado no Regimento Escolar, por meio de cursos ou

de exames supletivos, nos casos de matrícula inicial, transferência e prosseguimento de

estudos.

6.5 Classificação e Reclassificação

Para a classificação e reclassificação este estabelecimento de ensino utilizará o previsto

na legislação vigente, conforme regulamentado no Regimento Escolar.

7 - REGIME ESCOLAR

O Estabelecimento Escolar funcionará, preferencialmente, no período noturno, podendo

atender no período vespertino e/ou matutino, de acordo com a demanda de alunos,

número de salas de aula e capacidade, com a expressa autorização do Departamento de

Educação e Trabalho, da Secretaria de Estado da Educação.

As informações relativas aos estudos realizados pelo educando serão registradas no

Histórico Escolar, aprovado pela Secretaria de Estado da Educação do Paraná.

O Relatório Final para registro de conclusão do Curso, será emitido pelo estabelecimento

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de ensino a partir da conclusão das disciplinas constantes na matriz curricular.

Este Estabelecimento Escolar poderá executar ações pedagógicas descentralizadas para

atendimento de demandas específicas - desde que autorizado pelo Departamento de

Educação e Trabalho, da Secretaria de Estado da Educação – em locais onde não haja a

oferta de EJA e para grupos ou indivíduos em situação especial, como por exemplo, em

unidades sócio-educativas, no sistema prisional, em comunidades indígenas, de

trabalhadores rurais temporários, de moradores em comunidades de difícil acesso, dentre

outros.

7.1 ORGANIZAÇÃO

Os conteúdos escolares estão organizados por áreas do conhecimento no Ensino

Fundamental – Fase I e por disciplinas no Ensino Fundamental – Fase II e Médio,

conforme dispostas nas Matrizes Curriculares, em concordância com as Diretrizes

Curriculares Nacionais, contidas nos Pareceres n.º 02 e 04/98-CEB/CNE para o Ensino

Fundamental e Resolução n.º 03/98 e Parecer n.º 15/98 - CEB/CNE para o Ensino Médio

e com as Deliberações nº 01/06, nº 04/06, nº 07/06 e nº 03/08, todas do Conselho

Estadual de Educação.

7.2 FORMAS DE ATENDIMENTO

A educação neste Estabelecimento Escolar é de forma presencial, com as seguintes

ofertas :

organização coletiva para o Ensino Fundamental – Fase I, nas Áreas do

Conhecimento;

organização coletiva e individual para o Ensino Fundamental – Fase II e Ensino

Médio, em todas as disciplinas, sendo priorizadas, no mínimo, 70% (setenta por

cento) das vagas para matrícula na organização coletiva e até 30% (trinta por

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cento) para matrícula na organização individual, sendo respeitado o perfil do

educando para matrícula.

7.2.1 Ensino Fundamental – Fase II e Ensino Médio

No Ensino Fundamental – Fase II e Ensino Médio considerar-se-á, a oferta de 100% da

carga horária total estabelecida.

7.3 MATRÍCULA

Para a matrícula no Estabelecimento Escolar de Educação de Jovens e Adultos:

a idade para ingresso respeitará a legislação vigente;

será respeitada instrução própria de matrícula expedida pela mantenedora;

o educando do Ensino Fundamental – Fase I será matriculado,

concomitantemente, em todas as áreas do conhecimento;

o educando do Ensino Fundamental – Fase II e do Ensino Médio, poderá

matricular-se de uma a quatro disciplinas simultaneamente;

poderão ser aproveitadas integralmente disciplinas concluídas com êxito por meio

de cursos organizados por disciplina, por exames supletivos, série(s) e de

período(s) / etapa(s) / semestre(s) eqüivalente(s) à conclusão de série(s) do ensino

regular, mediante apresentação de comprovante de conclusão, conforme

regulamentado no Regimento Escolar;

para os educandos que não participaram do processo de escolarização

formal/escolar; bem como o educando desistente do processo de escolarização

formal/escolar, em anos letivos anteriores, poderão ter seus conhecimentos

aferidos por processo de classificação, definidos no Regimento Escolar;

será considerado desistente, na disciplina, o educando que se ausentar por mais

de 02 (dois) meses consecutivos, devendo a escola, no seu retorno, reativar sua

matrícula para dar continuidade aos seus estudos, aproveitando a carga horária

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cursada e os registros de notas obtidos, desde que o prazo de desistência não

ultrapasse 02 (dois) anos, a partir da data da matrícula inicial;

o educando desistente, por mais de dois anos, a partir da data de matrícula inicial

na disciplina, no seu retorno, deverá fazer rematrícula na disciplina, podendo

participar do processo de reclassificação.

No ato da matrícula, conforme instrução própria da mantenedora, o educando será

orientado por equipe de professor-pedagogo sobre: a organização dos cursos, o

funcionamento do estabelecimento: horários, calendário, regimento escolar, a duração e a

carga horária das disciplinas.

O educando será orientado pelos professores das diferentes disciplinas, que os receberá

individualmente ou em grupos agendados, efetuando as orientações metodológicas, bem

como as devidas explicações sobre os seguintes itens que compõem o Guia de Estudos:

a organização dos cursos;

o funcionamento do estabelecimento: horários, calendário, regimento escolar;

a dinâmica de atendimento ao educando;

a duração e a carga horária das disciplinas;

os conteúdos e os encaminhamentos metodológicos;

o material de apoio didático;

as sugestões bibliográficas para consulta;

a avaliação;

outras informações necessárias.

7.4 MATERIAL DIDÁTICO

O material didático, indicado pela mantenedora, constitui-se como um dos recursos de

apoio pedagógico do Estabelecimento Escolar da Rede Pública do Estado do Paraná de

Educação de Jovens e Adultos.

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7.5 AVALIAÇÃO

avaliação será diagnóstica, contínua, sistemática, abrangente, permanente;

as avaliações utilizarão técnicas e instrumentos diversificados, sempre com

finalidade educativa;

para fins de promoção ou certificação, serão registradas 02 (duas) a 06 (seis) notas

por disciplina, que corresponderão às provas individuais escritas e também a

outros instrumentos avaliativos adotados, durante o processo de ensino, a que,

obrigatoriamente, o educando se submeterá na presença do professor, conforme

descrito no regimento escolar;

a avaliação será realizada no processo de ensino e aprendizagem, sendo os

resultados expressos em uma escala de 0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero);

para fins de promoção ou certificação, a nota mínima exigida é 6,0 (seis vírgula

zero), em cada disciplina, de acordo com a Resolução n.º 3794/04 – SEED e

freqüência mínima de 75% (setenta e cinco por cento)do total da carga horária de

cada disciplina na organização coletiva e 100% (cem por cento) na organização

individual;

o educando deverá atingir, pelo menos a nota 6,0 (seis vírgula zero) em cada

registro da avaliação processual. Caso contrário, terá direito à recuperação de

estudos. Para os demais, a recuperação será ofertada como acréscimo ao

processo de apropriação dos conhecimentos;

a média final, de cada disciplina, corresponderá à média aritmética das avaliações

processuais, devendo os mesmos atingir pelo menos a nota 6,0 (seis vírgula zero);

os resultados das avaliações dos educandos deverão ser registrados em

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documentos próprios, a fim de que sejam asseguradas a regularidade e

autenticidade da vida escolar do educando;

o educando portador de necessidades educativas especiais, será avaliado não por

seus limites, mas pelos conteúdos que será capaz de desenvolver.

7.6 RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS

A oferta da recuperação de estudos significa encarar o erro como hipótese de construção

do conhecimento, de aceitá-lo como parte integrante da aprendizagem, possibilitando a

reorientação dos estudos. Ela se dará concomitantemente ao processo ensino-

aprendizagem, considerando a apropriação dos conhecimentos básicos, sendo direito de

todos os educandos, independentemente do nível de apropriação dos mesmos.

A recuperação será também individualizada, organizada com atividades significativas,

com indicação de roteiro de estudos, entrevista para melhor diagnosticar o nível de

aprendizagem de cada educando.

Assim, principalmente para os educandos que não se apropriarem dos conteúdos

básicos, será oportunizada a recuperação de estudos por meio de exposição dialogada

dos conteúdos, de novas atividades significativas e de novos instrumentos de avaliação,

conforme o descrito no Regimento Escolar.

7.7 APROVEITAMENTO DE ESTUDOS, CLASSIFICAÇÃO E RECLASSIFICAÇÃO

Os procedimentos de aproveitamento de estudos, classificação e reclassificação estão

regulamentados no Regimento Escolar e atenderão o disposto na legislação vigente.

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7.8 ÁREA DE ATUAÇÃO

As ações desenvolvidas pelo Estabelecimento Escolar Estadual que oferta a Educação de

Jovens e Adultos limitam-se à jurisdição do Estado do Paraná, do Núcleo Regional de

Educação, podendo estabelecer ações pedagógicas descentralizadas, desde que

autorizadas pela mantenedora.

7.9 ESTÁGIO NÃO-OBRIGATÓRIO

Este Estabelecimento Escolar, em consonância com as orientações da SEED,

oportunizará o estágio não-obrigatório, como atividade opcional, desenvolvido no

ambiente de trabalho, conforme a Lei Federal nº 11.788, de 25 de setembro de 2008.

8 - RECURSOS HUMANOS

8.1 Atribuições dos Recursos Humanos

De todos os profissionais que atuam na gestão, ensino e apoio pedagógico neste

Estabelecimento Escolar na modalidade Educação de Jovens e Adultos, exigir-se-á o

profundo conhecimento e estudo constante da fundamentação teórica e da função social

da EJA, do perfil de seus educandos jovens, adultos e idosos; das Diretrizes Curriculares

Nacionais e Estaduais de EJA; bem como as legislações e suas regulamentações

inerentes à Educação e, em especial, à Educação de Jovens e Adultos.

8.1.1 Direção

Compete ao diretor(a):

XIII. cumprir e fazer cumprir a legislação em vigor;

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XIV. responsabilizar-se pelo patrimônio público escolar recebido no ato da

posse;

XV. coordenar a elaboração e acompanhar a implementação do Projeto

Político-Pedagógico da escola, construído coletivamente e aprovado pelo

Conselho Escolar;

XVI. coordenar e incentivar a qualificação permanente dos profissionais da

educação;

XVII. implementar a proposta pedagógica do estabelecimento de ensino, em

observância às Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais;

XVIII. coordenar a elaboração do Plano de Ação do estabelecimento de ensino e

submetê-lo à aprovação do Conselho Escolar;

XIX. convocar e presidir as reuniões do Conselho Escolar, dando

encaminhamento às decisões tomadas coletivamente;

XX. elaborar os planos de aplicação financeira sob sua responsabilidade,

consultando a comunidade escolar e colocando-os em edital público;

XXI. prestar contas dos recursos recebidos, submetendo-os à aprovação do

Conselho Escolar e fixando-os em edital público;

XXII. coordenar a construção coletiva do Regimento Escolar, em consonância

com a legislação em vigor, submetendo-o à apreciação do Conselho

Escolar e, após, encaminhá-lo ao Núcleo Regional da Educação para a

devida aprovação;

XXIII. garantir o fluxo de informações no estabelecimento de ensino e deste com

os órgãos da administração estadual;

XXIV. encaminhar aos órgãos competentes as propostas de modificações no

ambiente escolar, quando necessárias, aprovadas pelo Conselho Escolar;

XXV. deferir os requerimentos de matrícula;

XXVI. elaborar, juntamente com a equipe pedagógica, o calendário escolar, de

acordo com as orientações da Secretaria de Estado da Educação,

submetê-lo à apreciação do Conselho Escolar e encaminhá-lo ao Núcleo

Regional de Educação para homologação;

XXVII. acompanhar, juntamente com a equipe pedagógica, o trabalho docente e o

cumprimento das reposições de dias letivos, carga horária e de conteúdo

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aos discentes;

XXVIII. assegurar o cumprimento dos dias letivos, horas-aula e horas- atividade

estabelecidos;

XXIX. promover grupos de trabalho e estudos ou comissões encarregadas de

estudar e propor alternativas para atender aos problemas de natureza

pedagógico-administrativa no âmbito escolar;

XXX. propor à Secretaria de Estado da Educação, via Núcleo Regional de

Educação, após aprovação do Conselho Escolar, alterações na oferta de

ensino e abertura ou fechamento de cursos;

XXXI. participar e analisar a elaboração dos Regulamentos Internos e encaminhá-

los ao Conselho Escolar para aprovação;

XXXII. supervisionar a cantina comercial e o preparo da merenda escolar, quanto

ao cumprimento das normas estabelecidas na legislação vigente

relativamente a exigências sanitárias e padrões de qualidade nutricional;

XXXIII. presidir o Conselho de Classe, dando encaminhamento às decisões

tomadas coletivamente;

XXXIV. definir horário e escalas de trabalho da equipe técnico-administrativa e

equipe auxiliar operacional;

XXXV. articular processos de integração da escola com a comunidade;

XXXVI. solicitar ao Núcleo Regional de Educação suprimento e cancelamento de

demanda de funcionários e professores do estabelecimento, observando as

instruções emanadas da Secretaria de Estado da Educação;

XXXVII. organizar horário adequado para a realização da Prática Profissional

Supervisionada do funcionário cursista do Programa Nacional de

Valorização dos Trabalhadores em Educação – Profuncionário, no horário

de trabalho, correspondendo a 50% (cinqüenta por cento) da carga horária

da Prática Profissional Supervisionada, conforme orientação da Secretaria

de Estado da Educação, contida no Plano de Curso;

XXXVIII. participar, com a equipe pedagógica, da análise e definição de

projetos a serem inseridos no Projeto Político-Pedagógico do

estabelecimento de ensino, juntamente com a comunidade escolar;

XXXIX. cooperar com o cumprimento das orientações técnicas de vigilância

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sanitária e epidemiológica;

XL. disponibilizar espaço físico adequado para a oferta de Serviços e Apoios

Pedagógicos Especializados, nas diferentes áreas da Educação Especial;

XLI. assegurar a realização do processo de avaliação institucional do

estabelecimento de ensino;

XLII. zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores,

funcionários e famílias;

XLIII. manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus

colegas, com alunos, pais e com os demais segmentos da comunidade

escolar;

XLIV. assegurar o cumprimento dos programas mantidos e implantados pela

Secretaria de Estado da Educação e pelo Fundo Nacional de

Desenvolvimento da Educação/MEC – FNDE;

XLV. cumprir e fazer cumprir o disposto no Regimento Escolar.

8.1.2 Professor Pedagogo

Compete à equipe pedagógica:

XII. coordenar a elaboração coletiva e acompanhar a efetivação do Projeto

Político-Pedagógico e do Plano de Ação do estabelecimento de ensino;

XIII. orientar a comunidade escolar na construção de um processo pedagógico,

em uma perspectiva democrática;

XIV. participar e intervir, junto à direção, na organização do trabalho pedagógico

escolar, no sentido de realizar a função social e a especificidade da

educação escolar;

XV. coordenar a construção coletiva e a efetivação da Proposta Pedagógica

Curricular do estabelecimento de ensino, a partir das políticas educacionais

da Secretaria de Estado da Educação e das Diretrizes Curriculares

Nacionais e Estaduais;

XVI. orientar o processo de elaboração dos Planos de Trabalho Docente junto

ao coletivo de professores do estabelecimento de ensino;

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305

XVII. promover e coordenar reuniões pedagógicas e grupos de estudo para

reflexão e aprofundamento de temas relativos ao trabalho pedagógico

visando à elaboração de propostas de intervenção para a qualidade de

ensino para todos;

XVIII. participar da elaboração de projetos de formação continuada dos

profissionais do estabelecimento de ensino, que tenham como finalidade a

realização e o aprimoramento do trabalho pedagógico escolar;

XIX. organizar, junto à direção da escola, a realização dos Pré-Conselhos e dos

Conselhos de Classe, de forma a garantir um processo coletivo de reflexão-

ação sobre o trabalho pedagógico desenvolvido no estabelecimento de

ensino;

XX. coordenar a elaboração e acompanhar a efetivação de propostas de

intervenção decorrentes das decisões do Conselho de Classe;

XXI. subsidiar o aprimoramento teórico-metodológico do coletivo de professores

do estabelecimento de ensino, promovendo estudos sistemáticos, trocas de

experiência, debates e oficinas pedagógicas;

XXII. organizar a hora-atividade dos professores do estabelecimento de ensino,

de maneira a garantir que esse espaço-tempo seja de efetivo trabalho

pedagógico;

XXIII. proceder à análise dos dados do aproveitamento escolar de forma a

desencadear um processo de reflexão sobre esses dados, junto à

comunidade escolar, com vistas a promover a aprendizagem de todos os

alunos;

XXIV. coordenar o processo coletivo de elaboração e aprimoramento do

Regimento Escolar, garantindo a participação democrática de toda a

comunidade escolar;

XXV. participar do Conselho Escolar, quando representante do seu segmento,

subsidiando teórica e metodologicamente as discussões e reflexões acerca

da organização e efetivação do trabalho pedagógico escolar;

XXVI. orientar e acompanhar a distribuição, conservação e utilização dos livros e

demais materiais pedagógicos, no estabelecimento de ensino, fornecidos

pela Secretaria de Estado da Educação e pelo Fundo Nacional de

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Desenvolvimento da Educação/MEC – FNDE;

XXVII. coordenar a elaboração de critérios para aquisição, empréstimo e seleção

de materiais, equipamentos e/ou livros de uso didático-pedagógico, a partir

do Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino;

XXVIII. participar da organização pedagógica da biblioteca do estabelecimento de

ensino, assim como do processo de aquisição de livros, revistas,

fomentando ações e projetos de incentivo à leitura;

XXIX. acompanhar as atividades desenvolvidas nos Laboratórios de Química,

Física e Biologia e de Informática;

XXX. propiciar o desenvolvimento da representatividade dos alunos e de sua

participação nos diversos momentos e Órgãos Colegiados da escola;

XXXI. coordenar o processo democrático de representação docente de cada

turma;

XXXII. colaborar com a direção na distribuição das aulas, conforme orientação da

Secretaria de Estado da Educação;

XXXIII. coordenar, junto à direção, o processo de distribuição de aulas e

disciplinas, a partir de critérios legais, didático-pedagógicos e do Projeto

Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino;

XXXIV. acompanhar os estagiários das instituições de ensino quanto às atividades

a serem desenvolvidas no estabelecimento;

XXXV. acompanhar o desenvolvimento do Programa Nacional de Valorização dos

Trabalhadores em Educação – Profuncionário, tanto na organização do

curso, quanto no acompanhamento da Prática Profissional Supervisionada

dos funcionários cursistas da escola e/ou de outras unidades escolares;

XXXVI. promover a construção de estratégias pedagógicas de superação de todas

as formas de discriminação, preconceito e exclusão social;

XXXVII. coordenar a análise de projetos a serem inseridos no Projeto Político-

Pedagógico do estabelecimento de ensino;

XXXVIII. acompanhar o processo de avaliação institucional do estabelecimento

de ensino;

XXXIX. participar na elaboração do Regulamento de uso dos espaços pedagógicos;

XL. orientar, coordenar e acompanhar a efetivação de procedimentos didático-

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pedagógicos referentes à avaliação processual e aos processos de

classificação, reclassificação, adaptação e progressão parcial, conforme

legislação em vigor;

XLI. organizar e acompanhar, juntamente com a direção, as reposições de dias

letivos, horas e conteúdos aos discentes;

XLII. orientar, acompanhar e visar periodicamente os Livros de Registro de

Classe;

XLIII. organizar registros de acompanhamento da vida escolar do aluno;

XLIV. organizar registros para o acompanhamento da prática pedagógica dos

profissionais do estabelecimento de ensino;

XLV. solicitar autorização dos pais ou responsáveis para realização da Avaliação

Educacional do Contexto Escolar, a fim de identificar possíveis

necessidades educacionais especiais;

XLVI. coordenar e acompanhar o processo de Avaliação Educacional no Contexto

Escolar, para os alunos com dificuldades acentuadas de aprendizagem,

visando encaminhamento aos serviços e apoios especializados da

Educação Especial, se necessário;

XLVII. acompanhar os aspectos de sociabilização e aprendizagem dos alunos,

realizando contato com a família com o intuito de promover ações para o

seu desenvolvimento integral;

XLVIII. acompanhar a freqüência escolar dos alunos, contatando as famílias e

encaminhando-os aos órgãos competentes, quando necessário;

XLIX. acionar serviços de proteção à criança e ao adolescente, sempre que

houver necessidade de encaminhamentos;

L. orientar e acompanhar o desenvolvimento escolar dos alunos com

necessidades educativas especiais, nos aspectos pedagógicos, adaptações

físicas e curriculares e no processo de inclusão na escola;

LI. manter contato com os professores dos serviços e apoios especializados de

alunos com necessidades educacionais especiais, para intercâmbio de

informações e trocas de experiências, visando à articulação do trabalho

pedagógico entre Educação Especial e ensino regular;

LII. assegurar a realização do processo de avaliação institucional do

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estabelecimento de ensino;

LIII. manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com colegas,

alunos, pais e demais segmentos da comunidade escolar;

LIV. zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores,

funcionários e famílias;

LV. elaborar seu Plano de Ação;

LVI. cumprir e fazer cumprir o disposto no Regimento Escolar.

O professor pedagogo tem funções no contexto pedagógico e também no administrativo,

tais como:

Orientar e acompanhar a elaboração dos guias de estudos de cada disciplina;

Coordenar e acompanhar ações pedagógicas descentralizadas e exames

supletivos quando, no estabelecimento, não houver coordenação(ões) específica(s)

dessa(s) ação(ões).

Acompanhar o estágio não-obrigatório.

8.1.3 Coordenações

As Coordenações de Ações Pedagógicas Descentralizadas – Coordenação Geral e

Coordenação Itinerante, bem como a Coordenação de Exames Supletivos, têm como

finalidade a execução dessas ações pelo Estabelecimento Escolar, quando autorizadas e

regulamentadas pela mantenedora.

Cabe ao(s) Coordenador(es) de Ações Pedagógicas Descentralizadas:

Coordenador Geral

Receber e organizar as solicitações de Ações Pedagógicas Descentralizadas.

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Organizar os processos dessas Ações para análise pelo respectivo NRE.

Elaborar os cronogramas de funcionamento de cada turma da Ação.

Digitar os processos no Sistema e encaminhar para justificativa da direção do

Estabelecimento.

Acompanhar o funcionamento de todas turmas de Ações Pedagógicas

Descentralizadas vinculados ao Estabelecimento.

Acompanhar a matrícula dos educandos e a inserção das mesmas no Sistema.

Organizar a documentação dos educandos para a matrícula.

Organizar as listas de freqüência e de notas dos educandos.

Enviar material de apoio didático para as turmas das Ações Pedagógicas

Descentralizadas.

Responder ao NRE sobre todas as situações dessas turmas.

Organizar o rodízio dos professores nas diversas disciplinas, garantindo o

atendimento aos educandos de todas as turmas.

Orientar e acompanhar o cumprimento das atividades a serem executadas durante

as horas-atividade dos professores.

Realizar reuniões periódicas de estudo que promovam o intercâmbio de

experiências pedagógicas e a avaliação do processo ensino-aprendizagem.

Elaborar materiais de divulgação e chamamento de matrículas em comunidades

que necessitam de escolarização.

Acompanhar a ação dos Coordenadores Itinerantes.

Tomar ciência e fazer cumprir a legislação vigente.

Prestar à Direção, à Equipe Pedagógica do Estabelecimento e ao NRE, quando

solicitado, quaisquer esclarecimentos sobre a execução da escolarização pelas

Ações Pedagógicas Descentralizadas sob sua coordenação.

Coordenador Itinerante

Acompanhar o funcionamento in loco das Ações Pedagógicas Descentralizadas.

Atender e/ou encaminhar as demandas dos professores e dos educandos.

Verificar o cumprimento do horário de funcionamento das turmas.

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Observar e registrar a presença dos professores.

Atender à comunidade nas solicitações de matrícula.

Solicitar e distribuir o material de apoio pedagógico.

Solicitar e distribuir as listas de freqüência e de nota dos educandos.

Encaminhar as notas e freqüências dos educandos para digitação.

Acompanhar o rodízio de professores, comunicando à Coordenação Geral

qualquer problema neste procedimento.

Solicitar e organizar a documentação dos educandos para a matrícula.

Acompanhar o funcionamento pedagógico e administrativo de todas as turmas das

Ações Pedagógicas Descentralizadas sob sua responsabilidade.

Participar das reuniões pedagógicas e da hora atividade, juntamente com os

professores.

Coordenador de Exames Supletivos

Acompanhar e viabilizar todas as ações referentes aos Exames Supletivos

Tomar conhecimento do edital de exames.

Fazer as inscrições dos candidatos, conforme datas determinadas no edital.

Verificar o número mínimo de candidatos inscritos para que os exames possam ser

executados.

Digitar, no sistema, a inscrição dos candidatos.

Conferir a inserção das inscrições dos candidatos no Sistema por meio da emissão

de Relatório de Inscritos.

Solicitar credenciamento de outros espaços escolares, quando necessário, para

execução dos exames.

Solicitar, por e-mail ou ofício, com o conhecimento do NRE, as provas em Braille e

as ampliadas, das etapas à serem realizadas, quando for o caso.

Solicitar, por e-mail ou ofício, com o conhecimento do NRE, para o

DET/CEJA/SEED, autorização para a realização de quaisquer bancas especiais.

Comunicar ao NRE todos os procedimentos tomados para realização dos Exames.

Receber os materiais dos Exames Supletivos nos NREs.

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Capacitar a(s) equipe(s) de trabalho do Estabelecimento para a realização dos

Exames Supletivos, quanto ao cumprimento dos procedimentos, em especial a

organização e o preenchimento dos cartões-resposta.

Acompanhar a aplicação das provas, para que transcorram com segurança e

tranqüilidade, em conformidade com os procedimentos inerentes aos Exames.

Divulgar as atas de resultado.

Acompanhar e executar todas as ações referentes aos Exames On Line.

8.1.4 Docentes

Compete aos docentes:

participar da elaboração, implementação e avaliação do Projeto Político-

Pedagógico do estabelecimento de ensino, construído de forma coletiva e

aprovado pelo Conselho Escolar;

elaborar, com a equipe pedagógica, a Proposta Pedagógica Curricular do

estabelecimento de ensino, em consonância com o Projeto Político-Pedagógico e

as Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais;

participar do processo de escolha, juntamente com a equipe pedagógica, dos livros

e materiais didáticos, em consonância com o Projeto Político-Pedagógico do

estabelecimento de ensino;

elaborar seu Plano de Trabalho Docente;

desenvolver as atividades de sala de aula, tendo em vista a apreensão crítica do

conhecimento pelo aluno;

proceder à reposição dos conteúdos, carga horária e/ou dias letivos aos alunos,

quando se fizer necessário, a fim de cumprir o calendário escolar, resguardando

prioritariamente o direito do aluno;

proceder à avaliação contínua, cumulativa e processual dos alunos, utilizando-se

de instrumentos e formas diversificadas de avaliação, previstas no Projeto Político-

Pedagógico do estabelecimento de ensino;

promover o processo de recuperação concomitante de estudos para os alunos,

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312

estabelecendo estratégias diferenciadas de ensino e aprendizagem, no decorrer do

período letivo;

participar do processo de avaliação educacional no contexto escolar dos alunos

com dificuldades acentuadas de aprendizagem, sob coordenação e

acompanhamento do pedagogo, com vistas à identificação de possíveis

necessidades educacionais especiais e posterior encaminhamento aos serviços e

apoios especializados da Educação Especial, se necessário;

participar de processos coletivos de avaliação do próprio trabalho e da escola, com

vistas ao melhor desenvolvimento do processo ensino e aprendizagem;

assegurar que, no âmbito escolar, não ocorra tratamento discriminatório em

decorrência de diferenças físicas, étnicas, de gênero e orientação sexual, de credo,

ideologia, condição sócio-cultural, entre outras;

viabilizar a igualdade de condições para a permanência do aluno na escola,

respeitando a diversidade, a pluralidade cultural e as peculiaridades de cada aluno,

no processo de ensino e aprendizagem;

participar de reuniões e encontros para planejamento e acompanhamento, junto ao

professor de Serviços e Apoios Especializados, da Sala de Apoio à Aprendizagem,

da Sala de Recursos, a fim de realizar ajustes ou modificações no processo de

intervenção educativa;

participar de reuniões, sempre que convocado pela direção;

estimular o acesso a níveis mais elevados de ensino, cultura, pesquisa e criação

artística;

participar ativamente dos Pré-Conselhos e Conselhos de Classe, na busca de

alternativas pedagógicas que visem ao aprimoramento do processo educacional,

responsabilizando-se pelas informações prestadas e decisões tomadas, as quais

serão registradas e assinadas em Ata;

propiciar ao aluno a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e

do pensamento crítico, visando ao exercício consciente da cidadania;

zelar pela freqüência do aluno à escola, comunicando qualquer irregularidade à

equipe pedagógica;

cumprir o calendário escolar, quanto aos dias letivos, horas-aula e horas-atividade

estabelecidos, além de participar integralmente dos períodos dedicados ao

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planejamento, à avaliação e ao desenvolvimento profissional;

cumprir suas horas-atividade no âmbito escolar, dedicando-as a estudos,

pesquisas e planejamento de atividades docentes, sob orientação da equipe

pedagógica, conforme determinações da Secretaria de Estado da Educação;

manter atualizados os Registros de Classe, conforme orientação da equipe

pedagógica e secretaria escolar, deixando-os disponíveis no estabelecimento de

ensino;

participar do planejamento e da realização das atividades de articulação da escola

com as famílias e a comunidade;

desempenhar o papel de representante de turma, contribuindo para o

desenvolvimento do processo educativo;

dar cumprimento aos preceitos constitucionais, à legislação educacional em vigor e

ao Estatuto da Criança e do Adolescente, como princípios da prática profissional e

educativa;

participar, com a equipe pedagógica, da análise e definição de projetos a serem

inseridos no Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino;

comparecer ao estabelecimento de ensino nas horas de trabalho ordinárias que lhe

forem atribuídas e nas extraordinárias, quando convocado;

zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e

famílias;

manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas, com

alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;

participar da avaliação institucional, conforme orientação da Secretaria de Estado

da Educação;

cumprir e fazer cumprir o disposto no Regimento Escolar.

Aos docentes cabe também:

Definir e desenvolver o seu plano de ensino, conforme orientações das Diretrizes

Curriculares Nacionais e Estaduais de EJA e da proposta pedagógica deste

Estabelecimento Escolar;

Conhecer o perfil de seus educandos jovens, adultos e idosos;

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Utilizar adequadamente os espaços e materiais didático-pedagógicos disponíveis,

tornando-os meios para implementar uma metodologia de ensino que respeite o

processo de aquisição do conhecimento de cada educando jovem, adulto e idoso

deste Estabelecimento.

O docente suprido neste Estabelecimento de Ensino deverá atuar na sede e nas ações

pedagógicas descentralizadas, bem como nos exames supletivos. Deverá atuar em todas

as formas de organização do curso: aulas presenciais coletivas e individuais.

8.1.5 Secretaria e Apoio Administrativo

Compete ao Secretário Escolar:

conhecer o Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino;

cumprir a legislação em vigor e as instruções normativas emanadas da Secretaria

de Estado da Educação, que regem o registro escolar do aluno e a vida legal do

estabelecimento de ensino;

distribuir as tarefas decorrentes dos encargos da secretaria aos demais técnicos

administrativos;

receber, redigir e expedir a correspondência que lhe for confiada;

organizar e manter atualizados a coletânea de legislação, resoluções, instruções

normativas, ordens de serviço, ofícios e demais documentos;

efetivar e coordenar as atividades administrativas referentes à matrícula,

transferência e conclusão de curso;

elaborar relatórios e processos de ordem administrativa a serem encaminhados às

autoridades competentes;

encaminhar à direção, em tempo hábil, todos os documentos que devem ser

assinados;

organizar e manter atualizado o arquivo escolar ativo e conservar o inativo, de

forma a permitir, em qualquer época, a verificação da identidade e da regularidade

da vida escolar do aluno e da autenticidade dos documentos escolares;

responsabilizar-se pela guarda e expedição da documentação escolar do aluno,

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respondendo por qualquer irregularidade;

manter atualizados os registros escolares dos alunos no sistema informatizado;

organizar e manter atualizado o arquivo com os atos oficiais da vida legal da

escola, referentes à sua estrutura e funcionamento;

atender a comunidade escolar, na área de sua competência, prestando

informações e orientações sobre a legislação vigente e a organização e

funcionamento do estabelecimento de ensino, conforme disposições do Regimento

Escolar;

zelar pelo uso adequado e conservação dos materiais e equipamentos da

secretaria;

orientar os professores quanto ao prazo de entrega do Livro Registro de Classe

com os resultados da freqüência e do aproveitamento escolar dos alunos;

cumprir e fazer cumprir as obrigações inerentes às atividades administrativas da

secretaria, quanto ao registro escolar do aluno referente à documentação

comprobatória, de adaptação, progressão parcial, classificação, reclassificação e

regularização de vida escolar;

organizar o livro-ponto de professores e funcionários, encaminhando ao setor

competente a sua freqüência, em formulário próprio;

se- Parecer 004/98 – Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino

Fundamental.

- Parecer 015/98 –Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio.

FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido, 40ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2005.

LDBEN nº 9394/96.

KUENZER, Acácia Zeneida. Ensino Médio: construindo uma proposta para os que

vivem do trabalho. São Paulo: Cortez, 2000, p.40.

cretariar os Conselhos de Classe e reuniões, redigindo as respectivas Atas;

conferir, registrar e/ou patrimoniar materiais e equipamentos recebidos;

comunicar imediatamente à direção toda irregularidade que venha ocorrer na

secretaria da escola;

participar de eventos, cursos, reuniões, sempre que convocado, ou por iniciativa

própria, desde que autorizado pela direção, visando ao aprimoramento profissional

de sua função;

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auxiliar a equipe pedagógica e direção para manter atualizado os dados no

Sistema de Controle e Remanejamento dos Livros Didáticos;

fornecer dados estatísticos inerentes às atividades da secretaria escolar, quando

solicitado;

participar da avaliação institucional, conforme orientações da Secretaria de Estado

da Educação;

zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e

famílias;

manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas, com

alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;

participar das atribuições decorrentes do Regimento Escolar e exercer as

específicas da sua função;

Manter atualizado o sistema de acompanhamento do educando, considerando a

organização da EJA prevista nesta proposta.

Compete aos técnicos administrativos que atuam na secretaria dos estabelecimentos de

ensino, sob a coordenação do(a) secretário(a):

cumprir as obrigações inerentes às atividades administrativas da secretaria, quanto

ao registro escolar do aluno referente à documentação comprobatória,

necessidades de adaptação, progressão parcial, classificação, reclassificação e

regularização de vida escolar;

atender a comunidade escolar e demais interessados, prestando informações e

orientações;

cumprir a escala de trabalho que lhe for previamente estabelecida;

participar de eventos, cursos, reuniões, sempre que convocado, ou por iniciativa

própria, desde que autorizado pela direção, visando ao aprimoramento profissional

de sua função;

controlar a entrada e saída de documentos escolares, prestando informações sobre

os mesmos a quem de direito;

organizar, em colaboração com o(a) secretário(a) escolar, os serviços do seu setor;

efetivar os registros na documentação oficial como Ficha Individual, Histórico

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317

Escolar, Boletins, Certificados, Diplomas e outros, garantindo sua idoneidade;

organizar e manter atualizado o arquivo ativo e conservar o arquivo inativo da

escola;

classificar, protocolar e arquivar documentos e correspondências, registrando a

movimentação de expedientes;

realizar serviços auxiliares relativos à parte financeira, contábil e patrimonial do

estabelecimento, sempre que solicitado;

coletar e digitar dados estatísticos quanto à avaliação escolar, alimentando e

atualizando o sistema informatizado;

executar trabalho de mecanografia, reprografia e digitação;

participar da avaliação institucional, conforme orientações da Secretaria de Estado

da Educação;

zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e

famílias;

manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas,

com alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;

exercer as demais atribuições decorrentes do Regimento Escolar e aquelas que

concernem à especificidade de sua função

9 – BIBLIOGRAFIA

ALMEIDA, Maria Conceição Pereira de. Centro Estadual de Educação Básica para

Jovens e Adultos, a Grande Conquista, Arte & Cultura, 1999, 1ª Edição.

BRZEZINSKI, Iria. LDBEN Interpretada: diversos olhares se entrecruzam. São

Paulo : Cortez, 1997.

CARNEIRO, Moaci Alves. LDBEN fácil. Petrópolis, RJ : Vozes, 1998.

CARVALHO,0,64 R.E. Removendo barreiras à aprendizagem. Porto Alegre, 2000,

p.17

(5ª) Conferência Internacional sobre Educação de Adultos (V CONFINTEA).

Conselho Estadual de Educação – PR

- Deliberação 011/99 – CEE.

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318

- Deliberação 014/99 – CEE.

- Deliberação 09/01 –CEE.

- Deliberação 06/05 – CEE.

- Indicação 004/96 – CEE.- Parecer 095/99 – CEE (Funcionamento dos

Laboratórios).

Conselho Nacional de Educação

- Parecer 011/2000 – Diretrizes Curriculares Nacionais de EJA.

- Parecer 004/98 – Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino

Fundamental.

- Parecer 015/98 –Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio.

FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido, 40ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2005.

LDBEN nº 9394/96.

KUENZER, Acácia Zeneida. Ensino Médio: construindo uma proposta para os que

vivem do trabalho. São Paulo: Cortez, 2000, p.40.

PROGRAMAS E PROJETOS:

GAROTA E GAROTO ESTUDANTIL E GAROTA AFRO

APRESENTAÇÃO: Linguagem Artística, Comunicação Social, Estética, Expressão

Corporal, Socialização, Participação Comunitária, Criatividade, Postura.

OBJETIVOS:

Promover uma maior integração e participação dos alunos com o Colégio.

Trabalhar a socialização e promover uma melhor integração entre

alunos/professores/funcionários e comunidade externa.

Promover uma confraternização entre alunos e professores. Arrecadar recursos

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319

financeiros para os formandos da instituição (Ensino Fundamental e Médio).

METODOLOGIA: O evento acontecerá no mês de novembro e contará com a participação

de alunos do Ensino Fundamental e do Ensino Médio. Serão eleitos, por uma comissão

de júri de pessoas da comunidade, um representante feminino e um representante

masculino para receberem o título de Garoto e Garota Estudantil (alunos das 7ª, 8ª e

Ensino Médio); e um representante feminino e um masculino para receberem o título de

Garoto e Garota Simpatia (alunos das 5ª e 6ª séries do ensino fundamental). O evento

contará com a participação de Banda Musical, Desfile e premiação com medalhas e

brindes.

AVALIAÇÃO: Os alunos serão julgados e avaliados pelos requisitos de: Expressão

Corporal, Postura, Beleza e Simpatia.

PROGRAMA ESPANHOL – CELEM - DISCIPLINA: LINGUA ESTRANGEIRA MODERNA

APRESENTAÇÃO

A língua estrangeira é um instrumento de comunicação entre os povos. Com esse

conhecimento, o aluno não é apenas um cidadão, mas um sujeito inserido em um mundo

repleto de possibilidades, de esperanças e muitos desafios, os quais só podem ser

enfrentados e superados através da educação que assume funções de inserir este sujeito

num contexto global, contribuindo para seu próprio desenvolvimento e o da comunidade.

Na relação entre as abordagens de ensino, na estrutura do currículo e na

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320

sociedade, residem as causas da ascensão e do declínio do prestígio das línguas

estrangeiras nas escolas. Com o objetivo de analisar tais relações, para definir novas

Diretrizes Curriculares para o ensino de Língua Estrangeira na rede pública estadual, será

abordada a seguir a dimensão histórica desse componente curricular.

Desde o início da colonização do território, que hoje corresponde ao litoral

brasileiro, houve a preocupação do Estado português em facilitar o processo de

dominação e expandir o catolicismo. Naquele contexto, coube aos jesuítas a

responsabilidade de evangelizar e de ensinar o latim aos povos que habitavam o território,

como exemplo de língua culta. No entanto, durante a União Ibérica (1580-1640), os

jesuítas foram considerados os principais incentivadores da resistência dos nativos, pois

as reduções jesuíticas acabaram apresentando em sua estrutura organizacional um

refúgio para os povos indígenas, em virtude da desumanidade e exploração desse povo

pelos colonizadores.

Com o objetivo de melhorar a instrução pública e de atender às demandas

advindas da abertura dos portos ao comércio, D. João VI, em 1809, assinou o decreto de

22 de junho para criar as cadeiras de Inglês e Francês. A partir daí, o ensino das línguas

modernas começou a ser valorizado.

Em 1837, ocorreu a fundação do Colégio Pedro II, primeiro em nível secundário

do Brasil e referência curricular para outras instituições escolares por quase Língua

Estrangeira Moderna um século. O currículo do Colégio se inspirava nos moldes

franceses e, em seu programa, constavam sete anos de Francês, cinco de Inglês e três

de Alemão, cadeira esta criada no ano de 1840.

O modelo de ensino de línguas instituído por esse Colégio se manteve até 1929.

Nele, o Francês era o idioma priorizado por representar um ideal de cultura e civilização,

seguido do Inglês e depois do Alemão, por possibilitarem o acesso a importantes obras

literárias e serem consideradas línguas vivas. A partir de 1929, o Italiano também passou

a compor o currículo até 1931.

Desde o final do século XIX e, principalmente, a partir do início do século XX,

devido a um conjunto de fatores que marcaram a história da Europa como o aumento

populacional, a falta de emprego e de terras agricultáveis, períodos de guerras e pós-

guerra e perseguições étnicas, muitos europeus passaram a creditar esperanças de

melhoria da qualidade de vida ao Brasil. Eles foram motivados também pela propaganda

Page 321: COLÉGIO ESTADUAL DESEMBARGADOR ANTONIO FRANCO FERREIRA DA ... · análise crítica da sua realidade, a concepção de homem, sociedade, educação, ensino- aprendizagem, alfabetização,

321

do governo brasileiro na Europa, que buscava ampliar as possibilidades de mão-de-obra

do país devido ao fim da escravidão.

A partir de meados da década de 1910 até a década seguinte, o ideal do

nacionalismo passava a ter uma ampla abrangência envolvendo pessoas e instituições de

natureza e posições ideológicas diversas. A concepção nacionalista se expressava pela

busca de novos padrões culturais e, consequentemente, voltava-se para o campo

educacional com vistas, não somente à escolarização, mas à solidificação desse ideal nas

futuras gerações.

Para efetivar os propósitos nacionalistas, em 1917, o governo federal decidiu

fechar as escolas estrangeiras ou de imigrantes que funcionavam, sobretudo, no sul do

Brasil, e criou, a partir de 1918, as escolas primárias subvencionadas com recursos

federais sob a responsabilidade dos Estados. Com essas medidas, o governo federal

buscou “impedir a desnacionalização da escola e da infância” (NAGLE, 2001, p. 301).

A partir do Estado Novo, essa estrutura de ensino intensificou a ênfase no

discurso nacionalista de fortalecimento da identidade nacional, como um dos resultados

da instauração do governo de Vargas.

Naquela conjuntura, o prestígio das línguas estrangeiras foi mantido no ginásio. O

Francês se apresentava ainda com uma ligeira vantagem sobre o Inglês, e o Espanhol foi

introduzido como matéria obrigatória alternativa ao ensino do Alemão. Além disso, o Latim

permaneceu como Língua Clássica.

A responsabilidade pelos rumos educacionais passou a ser centralizada no

Ministério de Educação e Saúde, que indicava aos estabelecimentos de ensino o idioma a

ser ministrado nas escolas, a metodologia e o programa curricular para cada série.

Comprometido com os ideais nacionalistas, o MEC preconizava que a disciplina de

Língua Estrangeira deveria contribuir tanto para a formação do aprendiz quanto para o

acesso ao conhecimento e à reflexão sobre as civilizações estrangeiras e tradições de

outros povos. Isso explica por que o Espanhol passou a ser permitido oficialmente para

compor o currículo do curso secundário, uma vez que a presença de imigrantes da

Espanha era restrita no Brasil.

A Língua Espanhola, portanto, foi valorizada como Língua Estrangeira porque

representava para o governo um modelo de patriotismo e respeito daquele povo às suas

tradições e à história nacional. Tal modelo deveria ser seguido pelos estudantes. Assim, o

Page 322: COLÉGIO ESTADUAL DESEMBARGADOR ANTONIO FRANCO FERREIRA DA ... · análise crítica da sua realidade, a concepção de homem, sociedade, educação, ensino- aprendizagem, alfabetização,

322

ensino de Espanhol passou a ser incentivado no lugar dos idiomas Alemão, Japonês e

Italiano, que, em função da Segunda Guerra Mundial, foram desprestigiados no Brasil.

Mesmo com a valorização do Espanhol no ensino secundário, destaca-se que o ensino de

Inglês teve espaço garantido nos currículos oficiais por ser o idioma mais usado nas

transações comerciais, enquanto o Francês era mantido pela sua tradição curricular.

[...] o espanhol, que até então não havia figurado como componente curricular, é

escolhido para compor os programas oficiais do curso científico, que pertencia à escola

secundária. Na época, os conteúdos privilegiados pelos professores de línguas vivas

eram a literatura consagrada e noções de civilização, ou seja, história e costumes do país

onde se fala a língua estrangeira. O espanhol, naquele momento, era indicado como a

língua de autores consagrados, como Cervantes, Becker e Lope de Vega. Ao mesmo

tempo, era a língua de um povo que [...] (mesmo com) importante participação na história

ocidental, com episódios gloriosos de conquistas territoriais [...], não representava ameaça

para o governo durante o Estado Novo. Língua Estrangeira Moderna.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) n. 4.024, promulgada em 1961,

criou os Conselhos Estaduais de Educação. Cabia-lhes decidir acerca da inclusão ou não

da Língua Estrangeira nos currículos. Essa mesma lei determinou a retirada da

obrigatoriedade do ensino de Língua Estrangeira no colegial e instituiu o ensino

profissionalizante, compulsório, em substituição aos cursos Clássico e Científico. Ainda

assim, identificou-se a valorização da Língua Inglesa devido às demandas de mercado de

trabalho que, então, se expandiam no período.

Predominantemente, na década de 1970, o pensamento nacionalista do regime

militar tornava o ensino de línguas estrangeiras um instrumento a mais das classes

favorecidas para manter privilégios, já que a grande maioria dos alunos da escola pública

não tinha acesso a esse conhecimento.

Em 1976, o ensino de Língua Estrangeira voltou a ser valorizado, quando a

disciplina se tornou novamente obrigatória somente no segundo grau. Entretanto, não

perdeu o caráter de recomendação para o primeiro grau, desde que a escola tivesse

condições de oferecê-la. De acordo com parecer n. 581/76 do Conselho Federal, a Língua

Estrangeira seria ensinada por acréscimo, conforme as condições de cada

estabelecimento. Isso fez muitas escolas suprimirem a Língua Estrangeira no segundo

grau ou reduzirem seu ensino para uma hora semanal, por apenas um ano, com um único

Page 323: COLÉGIO ESTADUAL DESEMBARGADOR ANTONIO FRANCO FERREIRA DA ... · análise crítica da sua realidade, a concepção de homem, sociedade, educação, ensino- aprendizagem, alfabetização,

323

idioma.

No Estado do Paraná, a partir década de 1970, tais questões geraram

movimentos de professores insatisfeitos com a reforma do ensino. Esses movimentos

ecoaram no Colégio Estadual do Paraná, fundado em 1846, o qual contava com

professores de Latim, Grego, Francês, Inglês e Espanhol. Uma das formas, então, para

manter a oferta de línguas estrangeiras nas escolas públicas após o parecer n. 581/76,

bem como a tentativa de superar a hegemonia de um único idioma ensinado nas escolas,

foi a criação do Centro de Línguas Estrangeiras no Colégio Estadual do Paraná, em 1982,

que passou a oferecer aulas de Inglês, Espanhol, Francês e Alemão, aos alunos no

contraturno.

O reconhecimento da importância da diversidade de idiomas também ocorreu na

Universidade Federal do Paraná (UFPR), a partir de 1982, quando foram incluídas no

vestibular as Línguas Espanhola, Italiana e Alemã. Esse fato estimulou a demanda de

professores dessas línguas.

Em meados de 1980, a redemocratização do país era o cenário propício para que

os professores, organizados em associações, liderassem um amplo movimento pelo

retorno da pluralidade de oferta de Língua Estrangeira nas escolas públicas.

Em função do Mercosul, foi assinada em 5 de agosto de 2005 a lei n.11.161, ficou

estabelecido nacionalmente que “o ensino da língua espanhola, de oferta obrigatória pela

escola e de matrícula facultativa para o aluno, será implantado gradativamente, nos

currículos plenos do Ensino Médio” (art. 1º), cuja conclusão do processo deverá ser

realizada no prazo de cinco anos, a partir da implantação da citada Lei.

Dessa forma, todas as escolas públicas e privadas deverão a partir de 2010

oferecer no mínimo, duas línguas estrangeiras modernas, uma de matrícula obrigatória e

outra de matrícula optativa para os alunos, sendo que uma das Línguas Estrangeiras terá

que ser a Língua Espanhola.

No ensino de Língua Estrangeira, a língua, objeto de estudo dessa disciplina,

contempla as relações com a cultura, o sujeito e a identidade. Torna-se fundamental que

os professores compreendam o que se pretende com o ensino da Língua Estrangeira na

Educação Básica, ou seja: ensinar e aprender línguas é também ensinar e aprender

percepções de mundo e maneiras de atribuir sentidos, é formar subjetividades, é permitir

que se reconheça no uso da língua os diferentes propósitos comunicativos,

Page 324: COLÉGIO ESTADUAL DESEMBARGADOR ANTONIO FRANCO FERREIRA DA ... · análise crítica da sua realidade, a concepção de homem, sociedade, educação, ensino- aprendizagem, alfabetização,

324

independentemente do grau de proficiência atingido.

As aulas de Língua Estrangeira se configuram como espaços de interações entre

professores e alunos e pelas representações e visões de mundo que se revelam no dia-a-

dia. Objetiva-se que os alunos analisem as questões sociais-políticas-econômicas da

nova ordem mundial, suas implicações e que desenvolvam uma consciência crítica a

respeito do papel das línguas na sociedade.

Busca-se, também, superar a ideia de que o objetivo de ensinar Língua

Estrangeira na escola é apenas o linguístico ou, ainda, que o modelo de ensino dos

Institutos de Idiomas seja parâmetro para definir seus objetivos de ensino na Educação

Básica. Tal aproximação seria um equívoco, considerando que o ensino de Língua

Estrangeira nas escolas de língua não tem, necessariamente, as mesmas preocupações

educacionais da escola pública.

Entende-se que o ensino de Língua Estrangeira deve considerar as relações que

podem ser estabelecidas entre a língua estudada e a inclusão social, objetivando o

desenvolvimento da consciência do papel das línguas na sociedade e o reconhecimento

da diversidade cultural.

As sociedades contemporâneas não sobrevivem de modo isolado; relacionam-se,

atravessam fronteiras geopolíticas e culturais, comunicam-se e buscam entender-se

mutuamente. Possibilitar aos alunos que usem uma língua estrangeira em situações de

comunicação – produção e compreensão de textos verbais e não-verbais – é também

inseri-los na sociedade como participantes ativos, não limitados as suas comunidades

locais, mas capazes de se relacionar com outras comunidades e outros conhecimentos.

Um dos objetivos da disciplina de Língua Estrangeira Moderna é que os

envolvidos no processo pedagógico façam uso da língua que estão aprendendo em

situações significativas, relevantes, isto é, que não se limitem ao exercício de uma mera

prática de formas linguísticas descontextualizadas. Trata-se da inclusão social do aluno

numa sociedade reconhecidamente diversa e complexa através do comprometimento

mútuo.

O aprendizado de uma língua estrangeira pode proporcionar uma consciência

sobre o que seja a potencialidade desse conhecimento na interação humana. Ao ser

exposto às diversas manifestações de uma língua estrangeira e às suas implicações

político-ideológicas, o aluno constrói recursos para compará-la à língua materna, de

Page 325: COLÉGIO ESTADUAL DESEMBARGADOR ANTONIO FRANCO FERREIRA DA ... · análise crítica da sua realidade, a concepção de homem, sociedade, educação, ensino- aprendizagem, alfabetização,

325

maneira a alargar horizontes e expandir sua capacidade interpretativa e cognitiva.

Ressalta-se, como requisito, a atenção para o modo como as possibilidades linguísticas

definem os significados construídos nas interações sociais. Ainda, deve-se considerar que

o aluno traz para a escola determinadas leituras de mundo que constituem sua cultura e,

como tal, devem ser respeitadas.

Além disso, ao conceber a língua como discurso, conhecer e ser capaz de usar

uma língua estrangeira permite-se aos sujeitos perceberem-se como integrantes da

sociedade e participantes ativos do mundo. Ao estudar uma língua estrangeira, o

aluno/sujeito aprende também como atribuir significados para entender melhor a

realidade. A partir do confronto com a cultura do outro, torna-se capaz de delinear um

contorno para a própria identidade. Assim, atuará sobre os sentidos possíveis e

reconstruirá sua identidade como agente social.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL/

CONTEÚDOS BASICOS

CONTEÚDOS BÁSICOS - P1 (160 horas)

ESFERA SOCIAL DE CIRCULAÇÃO E SEUS GÊNEROS TEXTUAIS

Esfera

cotidiana de

circulação:

Bilhete

Carta

pessoal

Cartão

felicitações

Cartão

postal

Convite

Letra de

música

Esfera

publicitária de

circulação:

Anúncio**

Comercia

l para radio*

Folder

Paródia

Placa

Publicida

de Comercial

Slogan

Esfera

produção de

circulação:

Bula

Embalage

m

Placa

Regra de

jogo

Rótulo

Esfera

jornalística de

circulação:

Anúncio

classificados

Cartum

Charge

Entrevista**

Horóscopo

Reportage

m**

Sinopse de

filme

Page 326: COLÉGIO ESTADUAL DESEMBARGADOR ANTONIO FRANCO FERREIRA DA ... · análise crítica da sua realidade, a concepção de homem, sociedade, educação, ensino- aprendizagem, alfabetização,

326

Receita

culinária

Esfera

artística de

circulação:

Autobiogr

afia

Biografia

Esfera

escolar de

circulação:

Cartaz

Diálogo**

Exposiçã

o oral*

Mapa

Resumo

Esfera

literária de

circulação:

Conto

Crônica

Fábula

História

em quadrinhos

Poema

Esfera

midiática de

circulação:

Correio

eletrônico (e-mail)

Mensagem

de texto (SMS)

Telejornal*

Telenovela*

Videoclipe

* Embora apresentados oralmente, dependem da escrita para existir.

** Gêneros textuais com características das modalidades escrita e oral de uso da

língua.

LEITURA

• Identificação do tema;

• Intertextualidade;

• Intencionalidade;

• Léxico;

• Coesão e coerência;

• Funções das classes gramaticais no texto;

• Elementos semãnticos;

• Recursos estilísticos ( figuras de linguagem);

• Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos

(como aspas, travessão, negrito);

• Variedade linguística.

• Acentuação gráfica;

Page 327: COLÉGIO ESTADUAL DESEMBARGADOR ANTONIO FRANCO FERREIRA DA ... · análise crítica da sua realidade, a concepção de homem, sociedade, educação, ensino- aprendizagem, alfabetização,

327

• Ortografia.

ESCRITA

• Tema do texto;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Intencionalidade do texto;

• Intertextualidade;

• Condições de produção;

• Informatividade (informações necessárias para a coerência do texto);

• Léxico;

• Coesão e coerência;

• Funções das classes gramaticais no texto;

• Elementos semânticos;

• Recursos estilísticos (figuras de linguagem);

• Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação, recursos gráficos

(como aspas, travessão, negrito);

• Variedade linguística;

• Ortografia;

• Acentuação gráfica.

ORALIDADE

• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc ...;

• Adequação do discurso ao gênero;

• Turnos de fala;

• Variações linguísticas;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição.

• Pronúncia.

• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc;

• Adequação do discurso ao gênero;

• Turnos de fala;

• Variações linguísticas;

Page 328: COLÉGIO ESTADUAL DESEMBARGADOR ANTONIO FRANCO FERREIRA DA ... · análise crítica da sua realidade, a concepção de homem, sociedade, educação, ensino- aprendizagem, alfabetização,

328

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias,repetição.

• Pronúncia

Em cumprimento à Lei 11645/08, que trata sobre obrigatoriedade do

ensino da História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena, serão contemplados

diversos assuntos sobre a vida e sociedade da Cultura afro-brasileira e Africana e a

Cultura Indígena pelo fato da realidade da origem e formação da sociedade brasileira e

latino-americana e, que no continente africano há um país que fala o espanhol como

língua oficial.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL/

CONTEÚDOS BASICOS

]

CONTEÚDOS BÁSICOS - P2 (160 horas)

ESFERA SOCIAL DE CIRCULAÇÃO E SEUS GÊNEROS TEXTUAIS

Esfera

cotidiana de

circulação:

Comunicad

o

Curriculum

Vitae

Exposição

oral*

Ficha de

inscrição

Lista de

compras

Esfera

publicitária de

circulação:

Anúncio**

Comercial

para televisão*

Folder

Inscrições

em muro

Propaganda

**

Publicidade

Institucional

Esfera

produção de

circulação:

Instrução de

montagem

Instrução de

uso

Manual

técnico

Regulament

o

Esfera

jornalística de

circulação:

Artigo de

opinião

Boletim do

tempo**

Carta do

leitor

Entrevista**

Notícia**

Obituário

Reportagem*

Page 329: COLÉGIO ESTADUAL DESEMBARGADOR ANTONIO FRANCO FERREIRA DA ... · análise crítica da sua realidade, a concepção de homem, sociedade, educação, ensino- aprendizagem, alfabetização,

329

Piada**

Telefonema

*

Slogan *

Esfera

jurídica de

circulação:

Boletim de

ocorrência

Contrato

Lei

Ofício

Procuração

Requerimen

to

Esfera

escolar de

circulação:

Aula em

vídeo*

Ata de

reunião

Exposição

oral

Palestra*

Resenha

Texto de

opinião

Esfera

literária de

circulação:

Contação

de história*

Conto

Peça de

teatro*

Romance

Sarau de

poema*

Esfera

midiática de

circulação:

Aula virtual

Conversação

chat

Correio

eletrônico (e-mail)

Mensagem

de texto (SMS)

Videoclipe*

* Embora apresentados oralmente, dependem da escrita para existir.

** Gêneros textuais com características das modalidades escrita e oral

LEITURA

• Identificação do tema;

• Intertextualidade;

• Intencionalidade;

• Vozes sociais presentes no texto;

• Léxico;

• Coesão e coerência;

• Marcadores do discurso;

• Funções das classes gramaticais no texto;

• Elementos semãnticos;

• Discurso direto e indireto;

• Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto;

• Recursos estilísticos ( figuras de linguagem);

Page 330: COLÉGIO ESTADUAL DESEMBARGADOR ANTONIO FRANCO FERREIRA DA ... · análise crítica da sua realidade, a concepção de homem, sociedade, educação, ensino- aprendizagem, alfabetização,

330

• Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos

(como aspas, travessão, negrito);

• Variedade linguística.

• Acentuação gráfica;

• Ortografia.

ESCRITA

• Tema do texto;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Intencionalidade do texto;

• Intertextualidade;

• Condições de produção;

• Informatividade (informações necessárias para a coerência do texto);

• Vozes sociais presentes no texto;

• Vozes verbais;

• Discurso direto e indireto;

• Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto;

• Léxico;

• Coesão e coerência;

• Funções das classes gramaticais no texto;

• Elementos semãnticos;

• Recursos estilísticos (figuras de linguagem);

• Marcas linguísticas: particularidades da

língua, pontuação; recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito);

• Variedade linguística;

• Ortografia;

• Acentuação gráfica.

ORALIDADE

• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc ...;

• Adequação do discurso ao gênero;

Page 331: COLÉGIO ESTADUAL DESEMBARGADOR ANTONIO FRANCO FERREIRA DA ... · análise crítica da sua realidade, a concepção de homem, sociedade, educação, ensino- aprendizagem, alfabetização,

331

• Turnos de fala;

• Vozes sociais presentes no texto;

• Variações linguísticas;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;

• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito;

• Adequação da fala ao contexto;

• Pronúncia.

Em cumprimento à Lei 11645/08, que trata sobre obrigatoriedade do

ensino da História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena, serão contemplados

diversos assuntos sobre a vida e sociedade da Cultura afro-brasileira e Africana e a

Cultura Indígena pelo fato da realidade da origem e formação da sociedade brasileira e

latino-americana e, que no continente africano há um país que fala o espanhol como

língua oficial.

METODOLOGIA

Tomando a língua, numa concepção discursiva, como objeto de estudo da

disciplina, propõe-se o trabalho com a língua viva, de forma dinâmica, através das

práticas da leitura, oralidade e escrita, que são as práticas que efetivam o discurso.

Segundo as Diretrizes Curriculares da Educação Básica para o ensino de Língua

Estrangeira Moderna (2008, p.53): “[…] a língua concebida como discurso, não como

estrutura ou código a ser decifrado, constrói significados e não apenas os transmite. O

sentido da linguagem está no contexto de interação verbal e não no sistema lingüístico”.

O ponto de partida da aula de Língua Estrangeira será o texto, verbal ou não

verbal, para que o aluno dialogue com ele, a fim de construir sentidos. Logo, as atividades

desenvolvidas serão problematizadoras e contemplarão questões lingüísticas,

sociopragmáticas, culturais e discursivas. Mais do que ensinar estruturas lingüísticas, o

que se pretende é ensinar ao aluno como construir significados e subjetividade para agir

por meio da linguagem.

Para Antunes (2007), restringir o estudo da língua à gramática é limitar-se a um

de seus componentes, é perder de vista sua totalidade. A gramática regula muito, mas

não regula tudo. Para ser eficaz comunicativamente, não basta saber apenas as regras

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332

específicas da gramática; isso é necessário, mas não suficiente.

Considerando que o que se pretende é desenvolver a capacidade do aluno de

agir em diferentes situações de comunicação e que a linguagem permeia todas as

relações sociais, faz se necessário que ele compreenda que cada situação exige um agir

específico e para tal se propõe um estudo de textos de diferentes gêneros discursivos.

De acordo com as Diretrizes (2008, p.66), “ao interagir com textos diversos, o

educando perceberá que as formas linguísticas não são idênticas, não assumem

sempre o mesmo significado, mas são flexíveis e variam conforme o contexto e a situação

em que a prática social de uso da língua ocorre”.

O estudo destes textos compreenderá atividades diversificadas, analisando a

função do gênero estudado, sua composição, a distribuição de informações, o grau de

informação presente ali, a intertextualidade, os recursos coesivos, a coerência e, somente

depois de tudo isso, a gramática em si. Uma vez que a leitura, numa concepção

discursiva, deve ser crítica, o aluno será sempre questionado sobre quem disse o quê,

para quem, onde, quando e por que, buscando desvendar as atitudes, valores e crenças

subjacentes ao texto. Estes questionamentos são importantes para que o aluno

compreenda que a língua não é neutra.

Para cada texto escolhido, o professor poderá trabalhar levando em conta:

Gênero – explorar o gênero escolhido;

Aspecto Cultural/ Interdiscurso – quem disse o quê, para quem, onde,

quando e por que (contexto de produção e circulação);

Variedade Linguística – formal ou informal;

Análise lingüística – conforme se fizer necessária para a construção se

sentidos;

Atividades- de pesquisa, discussão e produção.

Segundo as orientações das DCE (2008) a prática discursiva oralidade tem como

objetivo expor os alunos a textos orais, pertencentes aos diferentes discursos. As

atividades deverão oportunizar ao aluno expressar suas idéias, ainda que com limitações.

Mais importante que o uso funcional da língua, será o engajamento discursivo. As

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333

interações em LEM serão conduzidas de modo que familiarizem os alunos com os sons

da língua que estão aprendendo e lhes possibilite desenvolver a capacidade de adequar

às diferentes variedades lingüísticas conforme as situações de comunicação.

Quanto às atividades de produção de texto, o professor deverá explicitar para o

aluno seu objetivo, os recursos do gênero a ser produzido e determinar para uem se está

escrevendo. Esta contextualização permitirá ao aluno (escritor) stabelecer um diálogo

imaginário com o leitor e planejar o seu discurso, isto será definitivo para a legitimidade

desta interação. Neste processo, o professor deverá ser solícito para oferecer ao aluno

elementos discursivos, lingüísticos, sociopragmáticos e culturais para auxiliá-lo na

produção. Ainda, será feita a refacção dos textos sempre que necessário.

Embora cada prática discursiva possa apresentar encaminhamentos

diferenciados conforme suas especificidades,é importante esclarecer que estas não serão

trabalhadas de forma fragmentada, posto que numa concepção discursiva leitura,

oralidade e escrita não se separam em situações concretas de comunicação.

Conforme orientam as Diretrizes Curriculares da Educação Básica para o ensino

de Línguas Estrangeiras Modernas (2008), as discussões poderão acontecer em Língua

Materna quando os alunos não possuírem léxico suficiente para engajar-se

discursivamente por meio da LEM. Quando possível, poderão mesclar as duas línguas.

Esta abertura para que a Língua Portuguesa contribua com o ensino de Língua

Estrangeira não significa barateá-lo, pelo contrário, oferece subsídios para que o aluno

produza em LEM.

Será critérios para a seleção dos textos o seu conteúdo ao que se refere às

informações, de modo que instiguem à pesquisa e discussão. Dentro das temáticas que

serão desenvolvidas, estarão os Desafios Educacionais Contemporâneos e as leis: Lei

10.639/03 “História e Cultura Afro”, Lei 13.381/01 “História do Paraná”, Lei 9.795/99 “Meio

Ambiente” e Lei 11645/08 “História e cultura dos povos indígenas”. Por tratar-se de uma

Escola do Campo os textos abordados ainda procurarão contemplar os eixos temáticos: A

divisão social e territorial do trabalho; cultura e identidade; interdependência campo-

cidade, questão agrária e desenvolvimento sustentável e organização política,

movimentos sociais e cidadania. As temáticas dos textos selecionados muitas vezes

exigirão o conhecimento de outras áreas, neste momento a disciplina de LEM dialogará

com as demais, numa perspectiva interdisciplinar.

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334

Uma vez que o Conteúdo Estruturante é o discurso, e este não é algo pronto, à

disposição dos falantes, mas como diz Stam, apud DCE (2008) “a linguagem , em

Bakhtin, não é um sistema acabado, mas um contínuo processo de vir a ser”, os

conteúdos poderão ser retomados em todas as séries e trabalhados, por vezes, de forma

não linear, posto que serão decorrentes das necessidades específicas dos alunos para

que se expressem ou construam sentidos aos textos.

Serão utilizados como recursos didáticos e pedagógicos os dicionários de

Espanhol/ Português/Espanhol encaminhados pela SEED a este estabelecimento, a TV

multimídia, o laboratório de informática, revistas e jornais na língua-alvo para leitura e

para recorte, CD e CD-room.

AVALIAÇÃO

A avaliação da aprendizagem em Língua Estrangeira Moderna está articulada aos

fundamentos teóricos explicitados nestas Diretrizes e na LDB n. 9394/96.

Ao propor reflexões sobre as práticas avaliativas, objetiva-se favorecer o processo

de ensino e de aprendizagem, ou seja, nortear o trabalho do professor, bem como

propiciar que o aluno tenha uma dimensão do ponto em que se encontra no percurso

pedagógico.

É importante, neste processo, que o professor organize o ambiente pedagógico,

observe a participação dos alunos e considere que o engajamento discursivo na sala de

aula se faz pela interação verbal, a partir da escolha de textos consistentes, e de

diferentes formas: entre os alunos e o professor; entre os alunos na turma; na interação

com o material didático; nas conversas em Língua Materna e Língua Estrangeira; no

próprio uso da língua, que funciona como recurso cognitivo ao promover o

desenvolvimento de ideias (Vygotsky, 1989).

Colaboram como ganhos inegáveis ao trabalho docente, a participação dos

alunos no decorrer da aprendizagem e da avaliação, a negociação sobre o que seria mais

representativo no caminho percorrido e a consciência sobre as etapas vencidas.

O texto trabalhado apenas em sua linearidade é uma prática comum nas escolas.

Por isso, é uma das principais preocupações, alterar esta realidade. Pretende-se formar

um leitor ativo, ou seja, capaz de produzir sentidos na leitura dos textos, tais como: inferir,

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servindo-se dos conhecimentos prévios; levantar hipóteses a respeito da organização

textual; perceber a intencionalidade, etc. Não se trata, portanto, de testar conhecimentos

linguístico-discursivos de um texto – gramaticais, de gêneros textuais, entre outros –, mas

sim, verificar a construção dos significados na interação com textos e nas produções

textuais dos alunos, tendo em vista que vários significados são possíveis e válidos, desde

que apropriadamente justificados.

Segundo Ramos (2001), é um desafio construir uma avaliação com critérios de

entendimento reflexivo, conectado, compartilhado e autonomizador no processo

ensino/aprendizagem, que nos permita formar cidadãos conscientes, críticos, criativos,

solidários e autônomos.

Com o propósito de encarar este desafio, busca-se em Língua Estrangeira

Moderna, superar a concepção de avaliação como mero instrumento de medição da

apreensão de conteúdos. Espera-se que subsidie discussões acerca das dificuldades e

avanços dos alunos, a partir de suas produções.

Percebe-se, também, como bem sucedido o ensino/aprendizagem, quando todo o

trabalho desenvolvido com os alunos são retomados em discussões e analisados tanto

pelo educador quanto pelo educando.

Na Educação Básica, a avaliação de determinada produção em Língua

Estrangeira considera o erro como efeito da própria prática, ou seja, como aconteça é de

que a avaliação deixe de ser utilizada como um recurso de autoridade, que decide sobre

os destinos do educando, e assuma o papel de auxiliar o crescimento.

O resultado do processo de aquisição de uma nova língua. Considera-se que,

nesse processo, o que difere do simples aprender, é o fato de que adquirir uma língua é

uma aquisição irreversível. Sendo assim, o erro deve ser visto como fundamental para a

produção de conhecimento pelo ser humano, como um passo para que a aprendizagem

se efetive e não como um entrave no processo que não é linear, não acontece da mesma

forma e ao mesmo tempo para diferentes pessoas. Refletir a respeito da produção do

aluno, o encaminhará à superação, ao enriquecimento do saber e, nesse sentido, a ação

avaliativa reflexiva cumprirá a sua função.

A avaliação, enquanto relação dialógica concebe o conhecimento como

apropriação do saber pelo aluno e pelo professor, como um processo de ação-reflexão-

ação, que se passa na sala de aula através da interação professor/aluno, carregado de

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significados e de compreensão. Assim, tanto o professor quanto os alunos poderão

acompanhar o percurso desenvolvido até então, e identificar dificuldades, planejar e

propor outros encaminhamentos que busquem superá-las.

O processo avaliativo não se limita apenas à sala de aula. O projeto curricular, a

programação do ensino em sala de aula e os seus resultados, estão envolvidos neste

processo. A avaliação deve estar articulada com os objetivos e conteúdos definidos a

partir das concepções e encaminhamentos metodológicos.

As explicitações dos propósitos da avaliação e do uso de seus resultados podem

favorecer atitudes menos resistentes ao aprendizado de Língua Estrangeira e permitirem

que a comunidade, não apenas escolar, reconheça o valor desse conhecimento.

REFERENCIAS

Diretrizes Curriculares de Língua Estrangeira Moderna – PARANÁ. Secretaria

Estadual da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica. Arte. Curitiba:

SEED/DEB, 2008.

Projeto Político Pedagógico do Colégio Desembargador Antonio F. F. Da Costa –

Ensino Fundamental e Médio.

BAKHTIN, M. marxismo e filosofia da linguagem. São Paulo. Hu Citec, 1988.

LEFFA, V metodologia do Ensino de Línguas. In: Bohn, H.I. VANDRESEN , P.

Tópicos em Linguistica aplicada: O Ensino de Línguas Estrangeiras. Florianópolis: Ed.

UFSC, 1988.

Regimento Escolar – Colégio Estadual Desembargador Antonio F. F. da Costa –

Ensino Fundamental e Médio.

ATIVIDADE COMPLEMENTAR EM CONTRATURNO – HORA TREINAMENTO

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Colégio: Estadual Desembargador Antonio Franco Ferreira da Costa Professor: Fabio Silvano de Oliveira Proposta pedagógica: Hora – treinamento Horários: quarta-feira das 15h00min as 17h00min(matutino) horas Sexta-feira: das 08h00min as 10h00min (Vespertino) Publico Alvo: Alunos de 5° a 8° Ano ensino fundamental e do 1° ao 3° ano do ensino médio Modalidade Esportiva: Atletismo Turno: Matutino e Vespertino Conteúdo: Provas de pista, corridas rústicas, saltos em distância e arremesso de peso. Objetivo: O objetivo do programa é proporcionar atividades de atletismo aos alunos no período em contra turno. Ensinando as provas de Atletismo promovendo a prática do mesmo; Levando a prática do

Atletismo a espaços informais; treinamento intercalado, ritmo, aceleração, dosagem de

ritmo, freqüência cardíaca, tempo por Km, doping e fartalek, serão realizado para

melhorar a pratica e treino dos alunos para melhor rendimento, em suas provas de

atletismo; Fomentar o aparecimento de mais atletas e melhoria dos seus rendimentos;

OBJETIVOS SOCIAIS: Resgatar a pratica de atividades de atletismo em caráter de

competição; Promovendo a ocupação do aluno em seu tempo livre; Contribuindo para

melhor rendimento no seu condicionamento físico, levando a ter melhor resultado em

suas competições. Sendo que o atleta também representará o colégio e o município em

competições.

Encaminhamentos Metodológicos: Levar os alunos a conhecerem a parte teórica do

atletismo, a eles incentivar a estar conhecendo as regras e regulamento de uma

competição de atletismo.

Será realizado clinicas de atletismo onde que o aluno estará colocando em pratica e

compreendendo as táticas e as técnicas aprendidas na teoria. Os alunos estarão

participando de jogos, campeonatos e torneios. O ensino do Atletismo será também uma

forma de melhorar o rendimento, promovendo melhores resultados nas competições,

tornando-se, assim, um instrumento pedagógico que pode contribuir para o

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desenvolvimento total do aluno, pois é um ótimo estimulador, uma fonte de prazer e

descoberta.

O atletismo deve ser visto dentro da Educação Física Escolar, como uma ótima

oportunidade e a possibilidade de aquisição de conhecimentos, sem ser excludente com

os menos habilidosos, buscando talentos e, trazendo melhores resultados e benefícios

dentro de sua carreira esportiva.

As possibilidades se ampliam quando pensamos no trabalhar por programa, seja ele na

própria aula de educação Física ou em horário extraclasse. Neles, a confecção de

materiais, que serão usados durante o trabalho: bola, cama-elástica e cordas. São

estratégias metodológicas muito ricas, onde o surgimento de relações onde eles se

interagem para a firmação do processo ensino – aprendizagem focada ao rendimento. O

aluno se envolve desde a pesquisa da modalidade do atletismo, passando pela

manufatura do mesmo e sua utilização como instrumento da modalidade, passando a

interagir com as regras e as técnicas para o seu manuseio e desenvolvimento.

Avaliação: O aluno será avaliado através de sua participação e freqüência, treinamentos,

participação em competições regionais e interestaduais, eventos e nas, o projeto tem por

objetivo a melhoria do condicionamento físico dos participantes. Serão aplicados

confrontos (competição) entre os grupos, como se estivessem em torneios e

campeonatos, ou mesmo numa tradicional competição federativa de atletismo. Eles

deverão ser dimensionados a área de abrangência de interesse dos grupos ativos.

Resultado Esperado: Para o aluno: este Programa de Atletismo trará ao aluno

conhecimento básico da modalidade esportiva, e assim será capaz de competir, buscando

resultados cada vez mais expressivos.

Este Programa destina-se a promover a prática do atletismo no Colégio Desembargador

Antônio F. F. da Costa, com os alunos do ensino médio e fundamental na faixa etária entre

10 aos 17 anos, que se destacarem na modalidade, onde os treinamentos serão

realizados no colégio com as provas de salto em distância e arremesso de peso. No

estádio municipal José Cardeal de Souza (pista de corrida), nos dias de quarta-feira no

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horário das 15h00min as 18h00min e sexta-feira nos horários das 08h00min as 10h00min

fazendo que a prática se divulgue na comunidade local.

Referencia Bibliográfica:

Diretrizes da Educação Física

Atletismo Se Aprende na Escola

Autor: Matthiesen, Sara Quenzer

Editora: Fontoura

Atletismo Escolar: Uma Proposta de Ensino na Educação Infantil

Autor: Oliveira, Maria Cecilia Mariano de

Editora: Sprint

Atletismo - Teoria e Prática - Educação Física no Ensino Superior

Autor: Matthiesen, Sara Quenzer

Editora: Guanabara Koogan

1000 Exercícios e Jogos para o Atletismo

Autor: Coiceiro, Geovana Alves

Editora: Sprint

Regras Oficiais de Atletismo

Autor: Sprint

Editora: Sprint

Atletismo – Corridas (100 metros – 400 metros – 1000 metros e 5000 mil metros)

Autor: Fernandes, Jose Luis.

Editora: EPU

CBAT (Confederação Brasileira de Atletismo)

FAP (Federação de Atletismo Paranaense)

ATIVIDADE COMPLEMENTAR EM CONTRATURNO

Colégio: Estadual Desembargador Antonio Franco Ferreira da Costa

Diretor: Vilson Gabiatto – Admilson Marconatto

Pedagoga: Ermelinda Aparecida de Araujo

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Professor: Fabio Silvano de Oliveira

Proposta pedagógica: Hora – treinamento

Horários:

Segunda-feira: das 10:20 às 12:00

Quarta-feira: das 10:20 às 12:00

Publico Alvo: Alunos de 6° a 9° ensino fundamental

Modalidade Esportiva: Futebol de Salão

Turno: Vespertino

Conteúdo: Regras do futebol de salão, fundamentos táticos e técnicos do futebol de salão.

Objetivo: O objetivo da atividade é proporcionar a vivencia pratica do futebol de salão aos alunos

no período em contra turno

Ensinando a modalidade do futebol de salão promovendo a prática do mesmo; Levando a prática do

Futsal a espaços informais; Fomentar o aparecimento de mais atletas e melhoria dos seus

rendimentos;

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OBJETIVOS SOCIAIS: Resgatar a pratica de atividades do Futebol de Salão em caráter de

competição; Promovendo a ocupação do aluno em seu tempo livre; Contribuindo para melhor

rendimento no seu condicionamento físico, levando a ter melhor resultado em suas competições.

Sendo que o atleta também representará o colégio e o município em competições. O Futsal deve

ser visto dentro da Educação Física Escolar, como uma ótima oportunidade e a possibilidade de

aquisição de conhecimentos, sem ser excludente com os menos habilidosos, buscando talentos e,

trazendo melhores resultados e benefícios dentro de sua carreira esportiva.

Encaminhamentos Metodológicos: Levar os alunos a conhecerem a parte teórica do Futsal como

regras oficiais,sistemas táticos elaborações de sumulas,e a eles incentivar a estar conhecendo os

regulamento de uma competição de Futebol de Salão.

Será realizado clinicas onde os alunos estarão sendo estimulados e preparados a estarem em ritmo

de competição para os jogos, onde que o aluno estará colocando em pratica e compreendendo as

táticas e as técnicas aprendidas na teoria. Os alunos estarão participando de jogos, campeonatos e

torneios Jeps. O ensino do Futebol de Salão será também uma forma de melhorar o rendimento,

promovendo melhores resultados nas competições, tornando-se, assim, um instrumento

pedagógico que pode contribuir para o desenvolvimento total do aluno, pois é um ótimo

estimulador, uma fonte de prazer e descoberta.

Serão confeccionados materiais, que serão usados durante o trabalho. Bola, cama-elástica e

cordas entre outros também serão usados como recurso para o desenvolvimento. Essas estratégias

metodológicas podem auxiliar no surgimento de relações onde eles se interagem para a firmação

do processo ensino – aprendizagem focada ao rendimento. O aluno irá desenvolver a pesquisa da

modalidade do Futsal, passando pela manufatura do mesmo e sua utilização como instrumento da

modalidade, passando a interagir com as regras e as técnicas para o seu manuseio e

desenvolvimento.

Avaliação: O aluno será avaliado através de sua freqüência, treinamentos, participação em

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competições regionais Jeps, interestaduais e eventos. Serão aplicados confrontos (competição)

entre os grupos, como se estivessem em torneios e campeonatos, ou mesmo numa tradicional

competição federativa de Futsal. Eles deverão ser dimensionados a área de abrangência de

interesse dos grupos ativos.

Resultado Esperado: Para o aluno: este Programa de treinamento de Futebol de Salão trará aos

alunos conhecimento básico da modalidade esportiva, e que será capaz de competir, buscando

resultados cada vez mais expressivos.

Referencia Bibliográfica:

Diretrizes da Educação Física

1000 Exercícios e Jogos para o Futebol de Salão

Autor: Coiceiro, Geovana Alves

Editora: Sprint

Regras Oficiais do Futebol de Salão

Autor: Sprint

Editora: Sprint

Futebol de salão – tática – técnica e suas leis

Autor: Luis Gonzaga de Oliveira.

48. Futsal FIFUSA – WIKIPEDIA

49. Futsal – O berço do futebol brasileiro

Autor: Cristina Fonseca

XLI. Futsal e Futebol – Base Metodológica

Autor: Ricardo Moura Sales

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PROPOSTA PEDAGOGICA DA ATIVIDADE COMPLEMENTAR CURRICULAR EM CONTRATURNO ESCOLA: COLÉGIO ESTADUAL DESEMBARGADOR ANTONIO FRANCO FERREIRA DA COSTA ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO. NÚCLEO:UMUARAMA MUNICIPIO:ICARAIMA, Pr PROJETO:CONTRA TURNO (PRÁTICAS LABORATORIAIS DE QUÍMICA BÁSICA) DIRETOR: VILSON GABIATTO – ADMILSON MARCONATTO PROFESSORA ELISANGELA MELATO MACROCAMPO: EXPERIMENTAÇÃO E INICIAÇÃO CIENTIFICA. ATIVIDADE: PRÁTICAS LABORATÓRIAIS TURNO: NOTURNO ENSINO: PARA ALUNOS DO ENSINO MÉDIO. APRESENTAÇÃO A área de Química caracteriza-se pelo estudo, pesquisa e aplicação de processos físico-químicos nos quais as substâncias são transformadas em produtos. Esse trabalho visa melhorar o desenvolvimentos nas indústrias de grande e de pequeno porte, que trabalham com processos tecnológicos diversos. A Química engloba também os saberes e a pratica ligadas á transformações da matéria e presentes na formação das diversas civilizações estimulando um amplo campo de atividades, como, por exemplo, o ligado aos laboratórios farmacêuticos, a centros de pesquisa e à comercialização de produtos químicos. A área Química emprega, em suas plantas industriais, processos e equipamentos de alta tecnologia. A natureza complexa dessas operações demanda uma precisão de monitoramento e controle, visando a atender aos padrões de eficiência desejados das plantas, e de pureza dos produtos. Outra característica relevante da área é o seu alto grau de periculosidade e insalubridade. Sendo assim um dos maiores desafios do ensino de Química, nas escolas de nível fundamental e médio, é construir uma ponte entre o conhecimento escolar e o mundo cotidiano dos alunos. Onde ao se restringir o ensino a uma abordagem estritamente formal, acaba-se por não contemplar as várias possibilidades. Para tornar a Química mais “palpável” e perde-se a oportunidade de associá-la com avanços tecnológicos que afetam diretamente a sociedade. Sob esta ótica o laboratório didático tem sido foco de muitos trabalhos de pesquisa em ensino. E mais o conhecimento dos professores de ciências é um fato muito importante pois estará sempre procurando novas idéias e trazendo o aluno a ter uma visão ampla no que se refere a vidraria, e experimentação despertando um forte interesse entre alunos de diversos níveis de escolarização. A introdução do laboratório didático como parte integrante do ensino de ciências nas escolas de nível médio e fundamental tem suas raízes no século XIX. Este tem sido utilizado para envolver estudantes em experiências concretas com aparatos e conceitos científicos. “O laboratório conquistou o seu lugar na escola; e sua introdução tem sido um sucesso. Este é o perfil de uma educação revolucionária. Os alunos podem agora ir a seus laboratórios aptos a ver e a fazer”. No tocante ao ensino de ciências, é comum admitir que os estudantes fazem interferências e resolvem problemas da mesma forma que os cientistas, e pelos mesmos motivos. Esta notação merece reflexão já que os objetivos da experimentação no ensino de ciências são pedagógicos. Os alunos da escola lidam com ciência normal e embora existam outras funções, primordialmente a utilização de experimentos em ensino de ciências objetiva: estimular confiança e auto-confiança dos aprendizes e ensinar-lhes sobre a natureza do conhecimento científico. CONTEÚDO: Química básica no laboratório; OBJETIVO: O objetivo é criar condições que demonstrem a importância do laboratório de Química como

auxiliar no processo de ensino-aprendizagem, um espaço em que tanto professor como aluno possam discutir

conceitos e ciência.

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Expor o que desejam e demonstrar isto de forma sucinta. Neste quesito, os estudantes devem procurar, com o auxílio do professor orientador, maneiras de experimentação dos projetos, ou seja, maneiras de expor seu tema de forma a comprová-lo. Aprimorando-seda criatividade, além de criar, no estudante o gosto pelas ciências por meio da experimentação.Ao se trabalhar num laboratório de Química, é necessário se observar várias normas de segurança. O laboratório é um lugar de riscos e é preciso que se tenha prudência ao utilizar as vidrarias, reagentes e toda a aparelhagem disponível. ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO: Para efetivação dos trabalhos como pesquisa utiliza-se de métodos de abordagem e métodos de procedimento, onde os resultados são avaliados, do grupo experimental para se obter dados passíveis de serem analisados estatisticamente, observando-se as opiniões dos alunos a cerca da metodologia alternativa adotada, da disciplina de química. Para o desenvolvimento do projeto, realizou-se uma pesquisa bibliográfica, procurando na literatura, artigos e outras publicações sobre o tema em questão, buscando determinar o papel dos experimentos nas aulas de Química. Levando-se em consideração a ausência de espaços apropriados na escola, além de material adequado para a realização de experimentos, a pesquisa também envolveu a adaptação de roteiros de aulas práticas. Será elaborados roteiros de aulas experimentais com a utilização de materiais alternativos e de baixo custo sobre diversos conteúdos de Ciências/Química. Para verificar a validade das atividades propostas nos roteiros, Será realizadas atividades envolvendo a professora de Química, com a seguinte ementa: • Discussão sobre a importância da realização de experimentos nas aulas de Ciências-Química; • A segurança durante a realização de experimentos na sala de aula; • Estudo sobre a utilização de materiais alternativos e de baixo custo nas aulas experimentais; • Apresentação de alguns experimentos e outras atividades sobre temas relacionados com o Ensino de Ciências/Química. AVALIAÇÃO:A avaliação será realizada no decorrer do processo mediante a observação do mesmo .

RESULTADOS EXPERADOS : -PARA O ALUNO: AMPLIAR O CONHECIMENTOS E DESENVOLVER O INTERESSE PELA PESQUISA. -PARA A ESCOLA:MELHORAR O CURRICULO ESCOLAR. - PARA A COMUNIDADES: MAIOR INTERAÇÃO ENTRE ESCOLA E COMUNIDADE ATRAVEZ DO PREPARO DOS ALUNOS QUE FUTURAMENTE SERÃO ENGAJADOS NO MEIO PROFICIONAL MELHORANDO SUA QUALIDADE DE VIDA. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS: - Diretrizes curriculares da educação básica (DCE) Plano de trabalho docente (PTD), livro de química ( Química na abordagem do cotidiano), Francisco Miragaia Peruzzo& Eduardo Leite do -Carmo. ALBUQUERQUE, T. F.S. & SILVA, ª M. Silva. Metodologia do Ensino de ---Química Através da Ludicidade. Disponível em: http://www.abq.org.br/simpequi/2006/trabalhos/11-102-t1.htm. ARROIO, Agnaldo et al. -O Show da Química: Motivando o Interesse Científico. Química Nova, 29 (1), 173-178, 2006. SANTANA, E. M.. O ensino de Química através de jogos e atividades lúdicas baseados na Teoria Motivacional de Maslow.

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PROGRAMA MAIS EDUCAÇÃO O Programa Mais Educação faz parte do programa de atividades curriculares

complementares e funcionam em contraturno escolar.

O Programa Mais Educação está organizado no turno vespertino. As atividades

fomentadas foram organizadas nos seguintes macrocampos :

Acompanhamento Pedagógico – Matemática;

Esporte e Lazer – Atletismo

esporte na Escola - Futsal - Voleibol

Xadrez –

Cultura e Arte – música

Atende 30 alunos que participam de todas as atividades.

ESPORTE E LAZER

8- MARCO OPERACIONAL

A função do coletivo escolar é pensar o que se pretende com a educação. É

colocar em primeiro lugar o ato de ensinar e aprender.

Atualmente a educação sofre as consequências neo-liberais: caráter meritocrático,

competitivo, centrado em práticas conservadoras, vista como salvadora da pátria. Neste

contexto cabe à comunidade escolar repensar suas ações para que se efetive de fato as

intenções contidas neste Projeto Político Pedagógico, de formar um cidadão responsável

e emancipado pelo conhecimento científico.

Tendo a escola a filosofia de desenvolvimento do processo de mediação na

formação de cidadãos com capacidade de pensar e agir mediante a elaboração de

conhecimento erudito e universal, faz-se necessário encontrar meios de superação das

dificuldades de aprendizagem individuais, que os alunos, de modo especial dos 6ºs Anos

vêm apresentando, diante dos conteúdos trabalhados em sala de aula.

O colégio passou a participar do Programa PDE-Escola no ano de 2009, porque

não alcançou a média prevista pelo MEC em 2007. O Programa PDE – Escola está

sendo de grande auxílio à aprendizagem dos alunos. E para melhoria dessa

aprendizagem, estabelecemos como objetivos o estímulo a leitura, o aumento da

participação dos pais na vida escolar dos alunos e a diminuição da repetência e da

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evasão escolar. Para isso traçamos como metas: aumentar o acervo paradidático da

escola, criar condições adequadas para a leitura no ambiente escolar, intensificar a

comunicação entre a escola e os pais, estimular a presença dos pais na escola, propiciar

o acompanhamento didático pedagógico aos professores das disciplinas com os

resultados mais críticos e aumentar o número de permanência dos alunos na escola.

Para melhorar as práticas pedagógicas da escola, adotando estratégias de ensino

diferenciadas, inovadoras e criativas, devemos:

Reaproveitar todo tempo disponível para estudos e planejamentos, em dias de

chuva e nas horas atividades;

Repor os conteúdos não trabalhados por motivo de falta do professo;r

Trabalhar para atingir a meta desejada do IDEB , intensificando o trabalho com a

leitura e a resolução de problemas,

Buscar uma interação entre a prática pedagógica nos anos iniciais para haver

continuidade a partir do 6º ano convidando coordenadores e professores dos anos

iniciais para expor suas práticas em Reunião Pedagógica;

Cada professor procurará diagnosticar o conhecimento adquirido pelo aluno, a

partir do 6º ano, para realizar um planejamento condizente com a realidade do

mesmo;

Acolher os alunos do 6º ano, apresentando o espaço escolar, apresentando cada

ambiente e quem é o responsável. A Equipe Pedagógica informá-los-a sobre o

sistema de avaliação e os direitos e deveres contidos no Regimento Escolar;

Atender bem o aluno com necessidades especiais, com atividades de inclusão,

com mais diálogo e incentivo em sala de aula;

Os alunos serão acompanhados em suas dificuldades de aprendizagem através de

da observação do ritmo de cada um e fazendo retomadas dos conteúdos. Também

serão realizadas conversas entre o professor e os pais dos alunos que apresentam

dificuldades para melhor compreensão do seu processo de aprendizagem;

Promover a formação de leitores, sendo necessário adquirir livros e/ou coleções

de literaturas diversas, contratando serviços de confecção ou adquirindo artigos e

mobiliários para o cantinho da leitura e da biblioteca;

Os professores dos 6ºs Anos tomarão conhecimento do relatório realizado pelos

professores do 5º ano para conhecimento do aluno e para dar continuidade ao

processo de aprendizagem;

Dar ênfase na interação Professor/Aluno/Pais/Comunidade, realizando reuniões

formativas e informativas, com os pais;

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Intensificar a Semana Cultural, como socialização dos conteúdos por disciplinas ou

áreas afins, abordando temáticas significativas para a Comunidade com a

finalidade de aproximar mais comunidade/escola;

Realizar atividades culturais na escola, sendo necessário, adquirir artefatos e

utensílios específicos para apresentações culturais, procurando envolver a

comunidade escolar;

Solicitar transporte para realizar passeio cultural, para contextualizar mais os

conteúdos e facilitar a interpretação dos mesmos;

Implantar práticas ambientais na escola e na comunidade, sendo necessário

adquirir materiais e utensílios específicos para esse fim para envolver mais a

comunidade e a escola;

Todas as disciplinas trabalhar simultaneamente a leitura, a interpretação de texto e

a ortografia em todas as séries do Ensino Fundamental e Médio; buscando

melhoria na escrita, leitura, interpretação e na Prova Brasil;

Trabalhar a politização do aluno para que organize o Grêmio Estudantil com

compreensão da função da liderança na busca do bem comum;

Realizar o Conselho de Classe com a participação de professores, alunos e pais

como forma de revisar o processo e realizar novos encaminhamentos;

Atividades esportivas/culturais: Eventos esperados com ansiedade pelos

alunos, uma vez que as modalidades esportivas é o chamariz para as atividades

pedagógicas culturais. Em nosso colégio destaca-se a Semana

Cultural/Recreativa/Desportiva, que acontecerá nos dias 12,13 e 14 do mês de

novembro,

Para elevarmos o desempenho acadêmico dos alunos, concentrando esforços nas

disciplinas e séries críticas, os professores são orientados a rever suas metodologias

diferenciadas utilizando os materiais disponíveis na escola : jogos, dominó de tabuada,

quadrado perfeito com tabuada, maratona de tabuada, tangram e as figuras geométricas,

papel quadriculado formando polígonos, área e perímetro, ábaco, livros pedagógicos,

resolução de problemas, leituras de obras diversas, leituras de textos diversificados,

poemas, lendas, debate, DVD, aparelho de som, CD, músicas, parlendas, laboratórios de

ciências e de informática, entre outros.

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Os problemas de ordem comportamental são orientados em sala de aula pelos

professores e os casos mais graves encaminhados aos pedagogos e direção, estes

fazem os devidos encaminhamentos pedagógicos e, quando necessário, convidam os

pais para participarem das situações. Nos casos de agressão física , como por exemplo, a

agressividade e violência os alunos são encaminhados aos pais e ao Conselho Tutelar ou

promotoria pública.

Estamos diagnosticando através de gráficos os resultados de cada turma

bimestralmente e refletindo a partir destes resultados com o aluno, pais e professores.

Nossa perspectiva é de que seja reduzida de fato a evasão e a repetência em todas as

séries.

Orientamos também os professores para retomar os conteúdos e oportunizar aos

alunos com dificuldades de aprendizagem , a recuperação das mesmas, evitando assim a

aprovação por conselho de classe.

Quanto à estatística, esperamos melhorias de 2013 para 2014, com o

redimensionamento focando apenas o ensino aprendizagem, ampliando a participação da

comunidade em geral e dos professores em palestras de formação pedagógica.

9 - AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

O Projeto Político Pedagógico será avaliado ao início do 1º semestre e início do 2º

semestre, pelos professores, funcionários, alunos, pais, Conselho Escolar e APMF, e de

acordo com a necessidade poderão ser efetuadas alterações.

REFERÊNCIAS:

FREIRE, Paulo. In: Educação Para Transformação, São Paulo: 1990.

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LIBÂNEO, José Carlos, Didática, 3ª Edição, São Paulo, Ed.cortez,1991.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação, Departamento de Educação. Currículo

básico para a escola pública do Estado do Paraná. Curitiba. SEED/SUED/DEE: 1992.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação, Superintendência de Educação. Ensino

fundamental na rede pública de ensino da educação básica do Estado do Paraná.

Curitiba. SEED/SUED/DEE: 1994.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação, Departamento de Educação Especial.

Fundamentos teórico-metodológicos da Educação Especial. . Curitiba. SEED/SUED/DEE:

1994.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação, Departamento da Educação Especial.

Diretrizes curriculares da educação especial para a construção de currículos inclusivos.

Curitiba. SEED/SUED/DEE: 2008.

SAVIANI, D. Sobre a natureza e especificidade da educação.

VEIGA, Ilma Passos. Projeto Político Pedagógico: novas trilhas para a escola.

ANEXOS:

Organização Curricular

Ensino Fundamental

MATRIZ CURRICULAR - Ano Letivo 2013

Estabelecimento: ANTONIO F.F.COSTA, C E DES - E FUND MED

Curso: ENS.DE 1 GR-REGULAR 5/8 SERIE Turno: Manhã

Ano de Implantação: 2013 - SIMULTANEA Módulo: 40 semanas

Disciplina Composição Curricular Ano / Carga Horária Semanal

5 6 7 8

0301 – CIENCIAS BNC 3 3 3 3

0704 – ARTE BNC 2 2 2 2

0601 - EDUCACAO FISICA BNC 2 2 2 2

7502 - ENSINO RELIGIOSO * BNC 1 1 - -

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0401 – GEOGRAFIA BNC 2 3 3 3

0501 – HISTORIA BNC 3 2 3 3

0106 -LINGUA PORTUGUESA BNC 5 5 5 5

0201 – MATEMATICA BNC 5 5 5 5

Sub-total 23 23 23 23

1107 - L.E.M.-INGLES PD 2 2 2 2

Carga Horária Total 25 25 25 25

Matriz Curricular de acordo com a LDB N.9394/96.

* Opcional para o aluno e não computada na carga horária da matriz curricular.

BNC=BASE NACIONAL COMUM

PD=PARTE DIVERSIFICADA

Estabelecimento: ANTONIO F.F.COSTA, C E DES - E FUND MED

Curso: ENS.DE 1 GR-REGULAR 5/8 SERIE Turno: TardeS

Ano de Implantação: 2013 - SIMULTANEA Módulo: 40 semanas

Disciplina Composição Curricular Ano / Carga Horária Semanal

5 6 7 8

0301 – CIENCIAS BNC 3 3 3 3

0704 – ARTE BNC 2 2 2 2

0601 - EDUCACAO FISICA BNC 2 2 2 2

7502 - ENSINO RELIGIOSO * BNC 1 1 - -

0401 – GEOGRAFIA BNC 2 3 3 3

0501 – HISTORIA BNC 3 2 3 3

0106 -LINGUA PORTUGUESA BNC 5 5 5 5

0201 – MATEMATICA BNC 5 5 5 5

Sub-total 23 23 23 23

1107 - L.E.M.-INGLES PD 2 2 2 2

Carga Horária Total 25 25 25 25

Matriz Curricular de acordo com a LDB N.9394/96.

* Opcional para o aluno e não computada na carga horária da matriz curricular.

BNC=BASE NACIONAL COMUM

PD=PARTE DIVERSIFICADA

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4.1.2 Ensino Médio

MATRIZ CURRICULAR - Ano Letivo 2012

Estabelecimento: ANTONIO F. F. COSTA, C E DES - E FUND MED

Curso: ENSINO MEDIO Turno: Manhã

Ano de Implantação: 2010 – SIMULTANEA Módulo: 40 semanas

Disciplina Composição Curricular Série / Carga Horária Semanal

1º 2º 3º

0704 - ARTE BNC 2 2 2

1001 - BIOLOGIA BNC 2 2 2

0601 - EDUCACAO FISICA BNC 2 2 2

2201 - FILOSOFIA BNC 2 2 2

0901 - FISICA BNC 2 2 2

0401 - GEOGRAFIA BNC 2 2 2

0501 - HISTORIA BNC 2 2 2

0106 – L. PORTUGUESA BNC 2 3 3

0201 - MATEMATICA BNC 3 2 2

0801 - QUIMICA BNC 2 2 2

2301 - SOCIOLOGIA BNC 2 2 2

1107 - L.E.M.-INGLES PD 2 2 2

Carga Horária Total 25 25 25

Matriz Curricular de acordo com a LDB N.9394/96.

BNC=BASE NACIONAL COMUM

PD=PARTE DIVERSIFICADA

MATRIZ CURRICULAR - Ano Letivo 2012

Estabelecimento: ANTONIO F. F. COSTA, C E DES - E FUND MED

Curso: ENSINO MEDIO Turno: Tarde

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Ano de Implantação: 2010 - SIMULTANEA Módulo: 40 semanas

Disciplina Composição Curricular Série / Carga Horária Semanal

1º 2º 3º

0704 - ARTE BNC 2 2 2

1001 - BIOLOGIA BNC 2 2 2

0601 - EDUCACAO FISICA BNC 2 2 2

2201 - FILOSOFIA BNC 2 2 2

0901 - FISICA BNC 2 2 2

0401 - GEOGRAFIA BNC 2 2 2

0501 - HISTORIA BNC 2 2 2

0106 – L. PORTUGUESA BNC 2 3 3

0201 - MATEMATICA BNC 3 2 2

0801 - QUIMICA BNC 2 2 2

2301 - SOCIOLOGIA BNC 2 2 2

1107 - L.E.M.-INGLES PD 2 2 2

Carga Horária Total 25 25 25

Matriz Curricular de acordo com a LDB N.9394/96.

BNC=BASE NACIONAL COMUM

PD=PARTE DIVERSIFICADA

MATRIZ CURRICULAR - Ano Letivo 2012

Estabelecimento: ANTONIO F.F.COSTA, C E DES - E FUND MED

Curso: ENSINO MEDIO Turno: Noite

Ano de Implantação: 2010 - SIMULTANEA Módulo: 40 semanas

Disciplina Composição Curricular Série / Carga Horária Semanal

1º 2º 3º

0704 - ARTE BNC 2 2 2

1001 - BIOLOGIA BNC 2 2 2

0601 - EDUCACAO FISICA BNC 2 2 2

2201 - FILOSOFIA BNC 2 2 2

0901 - FISICA BNC 2 2 2

0401 - GEOGRAFIA BNC 2 2 2

0501 - HISTORIA BNC 2 2 2

Page 353: COLÉGIO ESTADUAL DESEMBARGADOR ANTONIO FRANCO FERREIRA DA ... · análise crítica da sua realidade, a concepção de homem, sociedade, educação, ensino- aprendizagem, alfabetização,

0106 – L. PORTUGUESA BNC 2 2 3

0201 - MATEMATICA BNC 3 3 2

0801 - QUIMICA BNC 2 2 2

2301 - SOCIOLOGIA BNC 2 2 2

1107 - L.E.M.-INGLES PD 2 2 2

Carga Horária Total 25 25 25

Matriz Curricular de acordo com a LDB N.9394/96.

BNC=BASE NACIONAL COMUM

PD=PARTE DIVERSIFICADA