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COLÉGIO ESTADUAL INDUSTRIAL – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
MUNICÍPIO DE FRANCISCO BELTRÃO - PR
NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE
FRANCISCO BELTRÃO
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
2010
2
Sumário1 - APRESENTAÇÃO...............................................................................................................32 – OBJETIVO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO...................................................43 – HISTÓRICO.........................................................................................................................44 - MARCO SITUACIONAL....................................................................................................7
4.1 - EDUCAÇÃO NO CONTEXTO ATUAL......................................................................74.2 - ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO DO ESTABELECIMENTO ESCOLAR............144.3 - ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA E PEDAGÓGICA DA INSTITUIÇÃO......16
5 - MARCO CONCEITUAL..................................................................................................215.1 - O CURRÍCULO..........................................................................................................245.2 - GESTÃO DEMOCRÁTICA........................................................................................275.3 - EDUCAÇÃO ESPECIAL ...........................................................................................285.4 - FORMAÇÃO CONTINUADA DOS PROFESSORES...............................................305.5- AVALIAÇÃO................................................................................................................315.6 - RECUPERÇÃO PARALELA......................................................................................33
6 - MARCO OPERACIONAL.................................................................................................346.1 - ACESSO E PERMANÊNCIA.....................................................................................356.2 - CALENDÁRIO ESCOLAR.........................................................................................356.3 - FORMAÇÃO CONTINUADA DOS PROFESSORES, FUNCIONÁRIOS E DEMAIS SEGMENTOS DA COMUNIDADE ESCOLAR................................................366.4 - HORA ATIVIDADE....................................................................................................376.5 - PROJETOS INTERDISCIPLINARES.........................................................................386.6 - INSTÂNCIAS COLEGIADAS....................................................................................396.7 – AVALIAÇÃO..............................................................................................................406.8 - RECUPERAÇÃO PARALELA...................................................................................416.9 - ESPAÇO FÍSICO E RECURSOS PEDAGÓGICOS...................................................426.10 - EQUIPE PEDAGÓGICA E DIREÇÃO.....................................................................436. 11 - GESTÃO ESCOLAR................................................................................................456. 12 - SALA DE RECURSO...............................................................................................466.13 - SALA DE APOIO ....................................................................................................486.14 FUNCIONÁRIOS COMO EDUCADORES...............................................................506.15 - AGENTE EDUCACIONAL I E II............................................................................50
6.15.1 - AGENTE EDUCACIONAL I ...........................................................................516.15.2 - AGENTE EDUCACIONAL II............................................................................53
7 - AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO............................................568- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................................57
3
1 - APRESENTAÇÃO
Entendemos que a escola tem como função garantir a
qualidade do ensino trabalhando os conhecimentos científicos
produzidos historicamente pela humanidade, no sentido de formar
cidadãos críticos e atuantes no seu meio social. Para tanto, é
essencial que se construa um espaço, pelo qual, o coletivo possa
opinar, elencar prioridades e deliberar ações no sentido de contribuir
eficazmente para o sucesso do ensino.
Este Projeto Político Pedagógico norteará ações coletivas,
tendo como alicerce a preocupação de não desvincular o ensino da
realidade embasados na LDB 9394/96, no Estatuto da Criança e do
Adolescente e Deliberação do Conselho Estadual da Educação do
Paraná.
Segundo Saviani:“A natureza humana não é dada ao homem,
mas é por ele produzida...”(Saviani, p. 7, 2005)
O trabalho educativo é, pois, o ato de produzir e transformar a
partir dos potenciais de cada indivíduo, para a construção do
coletivo. O Colégio Estadual Industrial obteve a participação da
comunidade escolar (pais, alunos, docentes, A.P.M.F, conselho
escolar, equipe pedagógica), que através da análise da realidade
atual, onde os fatores sócio-econômicos e culturais são de extrema
importância, pois, é com o conhecimento da história e dos
problemas que é possível propor ações a serem desenvolvidas
gradativamente e em conjunto melhorias educacionais,
possibilitando a formação de cidadãos conscientes e críticos,
capazes de enfrentar as mudanças atuais.
Sabemos que a educação como “um fenômeno próprio dos
seres humanos... a compreensão da natureza da educação passa
4
pela compreensão da natureza humana... o homem necessita
produzir continuamente sua própria existência e transformá-la”.
(Saviani, p. 11,2005). Então, sabendo que a educação acontece
através da produção e transformação. Nesse sentido, este projeto
será flexível, procurando atender as mudanças socioeducativas.
É imprescindível o comprometimento de todos os envolvidos
no processo educativo para se tornar possível o exercício da
autonomia; uma escola com identidade própria e com condições de
superar os problemas enfrentados por ela e pela sociedade da qual
faz parte.
2 – OBJETIVO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
O Projeto Político Pedagógico tem como objetivo organizar
todo o trabalho pedagógico da escola oportunizando aos educandos
igualdade de condições para o acesso ao conhecimento científico,
social e cultural embasados nos princípios éticos e morais, que
possibilitam o crescimento individual e coletivo dos envolvidos nesse
processo. Alunos com condições de intervir criticamente no meio
onde estão inseridos, motivados pela constante busca do
conhecimento impulsionado na luta pela transformação social.
3 – HISTÓRICO
O Colégio Estadual Industrial – Ensino Fundamental e Médio,
está situado na zona urbana, na Avenida Júlio Assis Cavalheiro nº
2021, fone (46) 3523-1385, Bairro Industrial, na cidade de Francisco
5
Beltrão, é integrante do NRE de Francisco Beltrão, mantida pela
Secretaria Estadual da Educação, Governo do Estado do Paraná.
Iniciou suas atividades no ano de 1967, como Escola
Municipal. Através do Decreto Municipal nº. 101/76 foi
regulamentado o Ensino de 1ª a 4ª série. Em 1979, através do
Decreto Estadual nº. 923/79 foi reorganizada e implementado o
Ensino de 1ª A 8ª série, sob a responsabilidade do município.
Em 1991, houve a municipalização das séries iniciais do
ensino fundamental ( 1ª a 4ª séries), ficando sob responsabilidade
do Município e o Ensino de das séries finais (5ª a 8ª séries) sob
responsabilidade do Estado. Surge assim, a Escola Estadual
Industrial –Ensino de 1º Grau, através da resolução nº 986/91 do
Diário Oficial de 04/04/1991, com 04 (quatro) turmas, totalizando 85
alunos. O Reconhecimento do Estabelecimento e Curso se deu pela
Resolução nº 4.298/95 publicada no Diário Oficial de 05/12/95. A 1ª
Renovação de Reconhecimento do Curso de Ensino Fundamental se
deu pela Resolução nº 2.455/22, publicado no diário Oficial de
18/07/2002. A 2ª Renovação do Reconhecimento do Ensino
Fundamental se deu pela Resolução nº 2937/07 Diário Oficial
07/08/2007.
A escola cresceu e no ano de 1997 foi implantado do curso de
Ensino Médio autorizado através da Resolução nº 1.527/97 de
18/14/1997, sendo o Curso Reconhecido através da Resolução nº
3.485/99 do Diário Oficial nº 01/10/1999. Regimento Escolar
aprovado em 18/12/2001 sob o n 452/2001. A Renovação do
Reconhecimento do Curso de Ensino Médio se deu pela Resolução nº
2.577/04, publicado no Diário Oficial de 20/08/04, sob o nº 6.798.
O Colégio Estadual Industrial – Ensino Fundamental e Médio
tem como filosofia oportunizar aos educandos uma formação
6
humana baseada nos princípios éticos, que possibilitem a integração
dos conhecimentos científicos e sociais construídos por meios de
metodologias diferenciadas e adequadas à realidade dos alunos.
Buscamos a construção de um referencial teórico consistente, sendo
para isso necessário tempo e dedicação
7
4 - MARCO SITUACIONAL
4.1 - EDUCAÇÃO NO CONTEXTO ATUAL
O Brasil é um país de grandes diversidades culturais e
econômicas possuindo grandes recursos naturais, uma economia
diversificada, porém mal distribuída para uma população
heterogênea, com pouca postura critica perante o sistema
governamental, deixando de participar efetivamente exigindo dos
governantes ações que venham promover o desenvolvimento
integrado da nação brasileira.
A Sociedade brasileira vive momentos especiais do ponto de
vista ético e político. Corrupção e desvio de verbas se tornam mais
evidentes tanto no cenário brasileiro como mundial. Estas
expressivas transformações de caráter social, político e econômico
que se originam nos pressupostos neoliberais e na globalização da
economia norteiam as políticas governamentais, que visam
interesses de uma minoria e deixam a desejar no âmbito das
políticas educacionais, desvinculadas da realidade escolar não
atendendo as especificidades de cada comunidade, de cada escola,
portanto, há necessidade de grandes avanços considerando que a
escola através do trabalho educativo e pedagógico, desenvolve a
formação do cidadão consciente de seu papel social, contribuindo na
análise e na reflexão sobre a atual conjuntura social, econômica e
política.
Neste sentido, temos necessidade de entender e especificar
que cidadão se quer formar e, também, qual o tipo de sociedade
queremos construir.
8
A escola atua ora como reprodutora ora como transformadora,
dependendo do meio em que ela está inserida. Sentimos
necessidade de construir alternativas de forma coletiva para que
possamos dar significado ao processo de transformação da
sociedade como um todo
A população paranaense apresenta uma grande diversidade
étnico-cultural e uma economia sustentada pela agropecuária,
indústria, comércio e o turismo. O município de Francisco Beltrão se
localiza na região sul do Brasil, umas das regiões mais desenvolvidas
do país, compõem a região sudoeste do Paraná, formada
inicialmente por pequenas propriedades, policultura e trabalho
familiar. Mais tarde com o surgimento de agroindústrias e demais
indústrias como: alimentícia, têxtil e noveleira; com o crescimento
do município e pela necessidade de mão-de-obra qualificada, a
sociedade que até então era basicamente rural, se urbanizou. Hoje
temos ainda uma sociedade formada por profissionais liberais,
funcionários públicos e privados, operários assalariados,
trabalhadores informais e desempregados, pois apesar do progresso
observamos grande paternalismo político.
Dentro desse quadro histórico, com constantes mudanças
sociais, percebemos que a escola não acompanha o ritmo destas
transformações e informações favorecendo o descompromisso do
poder público, se eximindo de suas obrigações. Porém, buscamos
através da participação e do comprometimento das instituições que
representam a comunidade (Conselho Escolar, APMF, Grêmio
Estudantil, entre outras) a reformulação em torno do “como fazer” e
“com que recursos”.
Com o envolvimento e a participação efetiva a qual se
encaminha, ainda que com passos lentos, não podemos deixar
9
despercebido o conhecimento científico, que é fundamental para a
evolução da sociedade. A escola busca efetivamente cumprir seu
papel ao socializar o conhecimento científico e investir na qualidade
do ensino, articulando a mobilização para garantir o acesso e a
permanência do aluno na escola, não perdendo de vista, em meio à
crise de valores que impera na atual sociedade, princípios como:
dignidade; igualdade e liberdade; respeito; não-violência; direitos e
obrigações e conceito de justiça.
Com o objetivo de conhecer e compreender melhor a
realidade sócio-econômica histórico-cultural da comunidade escolar
do Colégio Estadual Industrial se realizou, no ano de 2005, com os
alunos, pais, professores e funcionários encontros para estudos,
pesquisas através de questionários, que possibilitou de forma geral
saber qual é a visão que a comunidade tem do referido colégio,
favorecendo a participação com críticas e sugestões cujos resultados
apresentamos a seguir:
Os alunos embora com alguns pensamentos divergentes
acreditam e defendem o Colégio em que estudam. Destacam o bom
conceito que a sociedade possui da escola, capacitação dos
docentes, localização, uniforme bem apresentável. Consideram
importante ainda a atenção dedicada pelos docentes, funcionários
equipe pedagógica e direção.
Quanto aos problemas enfrentados percebemos que as
respostas dos alunos tendem a uma mesma direção; falta de
estrutura física adequada; salas superlotadas, construídas sem
planejamento arquitetônico adequado; falta de Laboratório de
Informática equipado e funcionando.
Em termos gerais os alunos desejam uma escola bem
estruturada, onde as normas sejam cobradas, com maior
10
envolvimento dos pais na educação, com professores amigos e
pacientes e alunos que se respeitem mutuamente.
Isso significa que os pais ainda não assumiram o compromisso
de participação efetiva na escola e também, os filhos sentem
necessidade de uma relação mais estreita com seus pais e
professores no processo de sua formação integral, à qual , incluem
também limites com regras bem estruturadas.
Dentro do contexto ensino-aprendizagem, verificamos alunos
com baixo desempenho, falta de interesse nos estudos, pouco
participativos e questionadores, demonstram pouco
comprometimento nos estudos, situações estas decorrentes de
problemas familiares e sociais que afetam a escola e que apesar de
constantes conversas individuais, coletivas, conversas com pais
ainda se encontram desmotivados e com poucas perspectivas.
Porém a maioria dos alunos possui objetivo de aprender , são
participativos e buscam ampliar suas oportunidades de
perspectivas futuras.
Segundo os resultados dos questionários elaborados aos pais
e discussões com os mesmos nos foi revelado que a grande maioria
dos pais entende que o papel da escola é de ensinar, com
profissionais capacitados, que propiciem embasamento necessário
para auxiliar na sua formação e que em contrapartida compete ao
aluno estudar e à família educar, apoiar, participar e oportunizar
condições para que ele frequente a escola e receba educação
necessária para sua formação.
Mas no entendimento de alguns, esperam que a escola corrija
os comportamentos equivocados dos filhos, problemas estes que são
oriundos da falta de estrutura familiar, das desigualdades sociais e
outros fatores que interferem na formação da conduta do indivíduo,
11
transferindo para a escola uma função que não sua. Porém de um
modo geral 54% dos pais acompanham a vida escolar dos filhos
todos os dias, entre outros que acompanham algumas vezes na
semana e cerca de 28% acompanham pelo menos uma vez por
semana mesmo que com dificuldades devido ao tempo, pois,
desempenham funções na sociedade as quais dependem de horário
fixo.
Os pais consideram que encontram dificuldades para
acompanhar os estudos dos filhos, uns porque não tem formação
suficiente e outros porque trabalham muitas horas semanais; porém
se percebe que a maioria atenta aos problemas e esta sempre em
contato com a escola, se inteirando e buscando tomar medidas que
venha contribuir para melhoria do ensino.
Durante os estudos e discussões os educadores se mostraram
angustiados e preocupados com a atual realidade escolar, onde
alguns sentem dificuldades em identificar as necessidades
individuais dos alunos, no sentido de suprir tais dificuldades. Em
contrapartida, há educadores que buscam trabalhar coletivamente
em prol de uma educação que promova seus alunos e os auxilie na
formação e na conscientização do seu papel na sociedade.
Para que isto ocorra o professor faz o diagnóstico para
verificar em que estágio o aluno se encontra no seu processo de
aprendizagem, quais as facilidades e dificuldades que apresenta
em sua disciplina a partir dali elabora seu planejamento e
estratégias metodológicas de forma que atenda as necessidades
individuais e coletivas.
Os professores e funcionários ressaltam que o espaço físico da
escola ainda esta muito aquém do ideal, falta Sala de Apoio
Pedagógico, sala de vídeo, sala de direção, sala para a equipe
12
pedagógica, sala de professores adequada, espaço adequado à
cantina, quadra poli esportiva de uso exclusivo do Colégio, salas de
aulas , pois devido a construção mal planejada penetra sol no
período da tarde, dificultando a concentração dos alunos, pois o
calor, mesmo com sistema de ventiladores é intenso, além da falta
de recursos didáticos. Enfim a escola precisa de estrutura adequada
para facilitar o ensino-aprendizagem.
Sabemos que o espaço físico adequado acompanhado de um
processo de ensino que atenda as necessidades dos alunos e
garanta a qualidade da aprendizagem são primordiais, juntando ao
compromisso do professor, se torna mais fácil superar os problemas
decorrentes de diferentes fatores.
A nossa comunidade escolar é formada na sua maioria por
empresários, operários e agricultores de nível socioeconômico e
cultural médio. Em média a renda mensal, igual ou superior a dois
salários mínimos, onde 80% das famílias possuem casa própria,
veículos e infraestrutura sólida. O índice de analfabetismo é baixo. A
população escolar conta com alunos oriundos do próprio bairro e de
localidades (Zona Rural) próximas, sendo que estes chegam até a
escola por meio de transporte escolar público.
Procurando atender as necessidades atuais de ensino
aprendizagem, dentro do contexto real com o compromisso de
formar cidadãos o Colégio Estadual Industrial vem partilhando com
os alunos do Ensino Médio noturno o sistema de “blocos”, onde o
horário das aulas são organizadas sendo 5 aulas diárias da mesma
disciplina, distribuídas semanalmente de maneira que seja garantido
ao aluno o número de aulas necessárias afim de cumprir os dias
letivos conforme legislação vigente. O horário é organizado
mensalmente, portanto não é fixo, e havendo necessidade do
13
professor de se ausentar, este deverá comunicar antecipadamente a
Direção a qual providenciara a troca da disciplina por outra.
No que diz respeito ao trabalho pedagógico de sala de aula, as
aulas organizadas em bloco contribuem para a democratização do
ensino e também como estratégia para superar o fracasso escolar,
pois possibilita ao professor trabalhar metodologias diversificadas
com maior participação dos alunos na resolução de problemas em
relação ao conteúdo, questionar e elaborar as atividades sem
interrupção. Como afirma Celso Vasconcelos,”... na medida em que o
aluno é sujeito desta construção, há possibilidades de que ele
resolva suas perguntas e dúvidas , através da pesquisa e do
diálogo...”. Pensando nisso se percebeu que a interrupção do
trabalho, muitas vezes, leva ao desinteresse, a retomada nem
sempre tem o mesmo ritmo. Assim, concentrando um maior número
de aulas com o mesmo professor em cada turma se torna possível à
avaliação contínua, onde o professor conseguirá detectar e sanar as
dificuldades apresentadas pelos alunos no final de cada período ou
conteúdo.
A realidade escolar nos mostra casos de repetência e evasão
no ensino fundamental e médio, fatores estes decorrentes de
problemas sócio-econômicos: baixo desempenho dos alunos,
distorção idade/série, falta de interesse e participação dos alunos,
falta de incentivo e apoio familiar, falta e troca de professores,
despreparo para atender as diversidades apresentadas no momento,
metodologias inadequadas e avaliações equivocadas Quanto à
evasão observamos que, neste mesmo ano, aparece somente no
Ensino Médio, pois nesse período alguns alunos devidos
principalmente a necessidade de buscar o mercado de trabalho
acabam se evadindo da escola por não conseguir conciliar os dois.
14
A organização curricular é seriada e por disciplina, as quais
constam na Matriz Curricular aprovada pelo órgão competente.
O Colégio Estadual Industrial – Ensino Fundamental e Médio
procura participar dos projetos educacionais propiciados pela SEED,
com a participação do NRE, tais como: FERA, COM CIÊNCIA, Jogos
Colegiais, AGRINHO, entre outros. Desenvolve projetos que são
contemplados pela própria escola, partindo das necessidades locais,
tais como: Gincana Interdisciplinar, Comemoração ao Dia do
Estudante, arrecadação do lixo, Festival de canto e dança e poesia,
mostra interdisciplinar, caminhada na mata, e junto com a APMF,
realiza a festa junina e viagens de estudo organizadas por
professores de diversas disciplinas.
4.2 - ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO DO ESTABELECIMENTO
ESCOLAR
O Colégio Estadual Industrial oferta as seguintes Modalidades
de Ensino: Ensino Fundamental de 5ª a 8ª série e Ensino Médio, nos
períodos matutinos, vespertino e noturno, sendo: Ensino
Fundamental nos períodos matutino e vespertino e o Ensino médio
nos períodos matutino e noturno. O colégio está de acordo com o
porte 3 (três) e possui atualmente um quadro de funcionários
distribuídos da seguinte forma: 54 profissionais no corpo docente,
sendo que destes 96% possuem pós-graduação e 04% com
mestrado. Do total do corpo docente apenas (14) não fazem parte
do QPM (são PSS). Contamos com direção de 40 horas, direção
auxiliar de 20 horas e uma demanda de 120 horas semanais para
professor pedagogo, 260 horas para funcionário; agentes
15
educacionais II 03 bibliotecários, dois (02) secretários, um agente
laboratarista. Temos, ainda 06 funcionários Agentes Educacionais I
com 40 horas cada, perfazendo um total de 240 horas semanais. e
28% possuem ensino médio completo. Dos funcionários Agentes
Educacionais II, cerca de 80% possuem ensino superior completo,
isso mostra o crescente interesse de cada um em superar desafios
se apropriando do conhecimento científico, o qual resulta em melhor
atendimento à nossos alunos, tanto na parte de documentação
escolar, quanto na orientação, na formação pessoal, visto que
passam boa parte do tempo em contato direto com os mesmos. E
72% dos Agentes Educacionais I possuem o Ensino Fundamental,
O corpo discente regularmente matriculado nos três períodos
de funcionamento do Estabelecimento é de 495 alunos, distribuídos
em 09 turmas no matutino, destas 05 no Ensino Médio e 04 no
Ensino Fundamental, e no período vespertino 06 turmas de Ensino
Fundamental e noturno 03 turmas do Ensino Médio, totalizando
assim 19 turmas.
A estrutura atual do estabelecimento compreende 11 salas de
aula, sendo que 02 delas são compartilhadas com o município, 01
cozinha, 01 biblioteca, 01 laboratório de Química, física e biologia,
01 laboratório de informática, sendo este compartilhado com a
secretaria da escola (esta utiliza parte do espaço físico do
laboratório) 01 sala de professores, 01 pequena sala utilizada pela
Equipe Pedagógica. Dispomos de 01 quadra coberta que é
compartilhada com o município e 01 pátio aberto o qual é utilizado
como quadra. Não dispomos de espaço físico coberto para os alunos
ficarem (refeitório), ou mesmo para proteção nos dias de chuva. Há
descontentamentos por parte dos alunos e professores devido a
organização da estrutura física e a falta de espaço adequado para
16
realização das atividades escolares, devido alguns fatores como: a
forma como foram construídas as salas não favorecendo a
permanência dos alunos em sala principalmente nos dias quentes; a
proximidade do espaço utilizado para as aulas de Educação Física
que atrapalham algumas turmas; a localização da sala da equipe
pedagógica e Direção; falta de salas, entre outros.
4.3 - ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA E PEDAGÓGICA DA
INSTITUIÇÃO
Com a finalidade garantir a unidade filosófica, política e
pedagógica, estrutural e funcional do estabelecimento de ensino,
bem como preservar a flexibilidade didático-pedagógica, este
estabelecimento tem seu Regimento Escolar regulamentado pelo
parecer nº 452/2001, aprovado em 18/12/2001. Assim, o Regimento
Escolar direciona as perspectivas, finalidades e objetivos da gestão
escolar, tendo como órgão máximo de direção o Conselho Escolar.
A comunidade escolar escolhe o Diretor Geral e Diretor
Auxiliar através de um processo de eleição democrático seguindo as
normas da SEED, portanto se percebe que a direção deste
estabelecimento desempenha seu papel fazendo cumprir as regras
estabelecidas em conformidade com o regimento escolar e também
dando apoio aos professores e demais componentes da equipe para
que desenvolvam seu trabalho, participando ativamente em todas as
atividades da escola.
A Equipe Pedagógica é composta por dois professores
pedagogos, sendo esta corresponsável pela coesão da equipe
escolar. Portanto procura realizar um trabalho de orientação e
17
organização do processo ensino-aprendizagem acompanhando e
atuando de forma preventiva; articulando e intervindo nos conflitos
existentes; propondo e incentivando trabalhos coletivos que
oportunizem o crescimento e o atendimento a todos os alunos.
A escola conta com instâncias colegiadas atuantes e
participativas que possibilitam o desenvolvimento do trabalho
escolar, sendo:
- APMF (Associação de Pais, Mestres e Funcionários): órgão de
representação dos pais, mestres e funcionários, com estatuto
próprio registrado em cartório que vem desenvolvendo um trabalho
importante junto a direção com objetivo de levantar fundos para
subsidiar os diferentes projetos realizados pela escola envolvendo
toda a comunidade escolar;
- Grêmio Estudantil: Tem a função de envolver os alunos para
participarem de forma efetiva das decisões coletivas, bem como
apresentando sugestões para que sejam direcionadas ações que
favoreçam o processo pedagógico incentivando no educando
práticas políticas e sociais, fortalecendo sua participação como
cidadão atuante, assim a escola abre espaço para o surgimento de
lideranças que auxiliam em projetos como gincanas, caminhada na
mata e outros, com intuito de dinamizar o processo ensino-
aprendizagem;
- Conselho Escolar: É um órgão colegiado de natureza
consultiva, deliberativa e fiscal que tem como objetivos a
organização, o funcionamento e o relacionamento com a
comunidade, sendo sua a atribuição de acompanhar o
desenvolvimento do projeto pedagógico executado pela escola. A
SEED organizou curso de formação continuada e direcionada aos
membros do conselho escolar, para que tenham maior
18
conhecimento do seu papel. Porém o colégio está tendo dificuldades
de reunir os membros do Conselho Escolar, bem como os da APMF.
Portanto, precisamos elaborar estratégias coletivas para que estas
instituições assumam de fato seu papel na escola. Uma estratégia
que será pensada a partir do ano de 2011 é a efetivação de cursos
de capacitação e de entendimento do papel de cada uma, na escola.
- Conselho de classe: buscamos ao longo dos anos, através
dos estudos e reflexões novas formas que venham se tornar mais
eficaz, quanto a sua função, mas ainda poucos educadores têm
clareza de quais caminhos se devem direcionar para que seja mais
eficiente. Em anos anteriores o Conselho de Classe se desenvolvia
em reuniões compostas somente por direção, professores e equipe
pedagógica, onde se analisava o contexto do aluno levando em
conta basicamente a visão do professor. Considerando que o
conselho de classe deve acompanhar o processo avaliativo, através
da análise e interpretação dos aspectos da aprendizagem, propor
alternativas para possíveis encaminhamentos no processo de
avaliação dos alunos com o objetivo de proporcionar a participação
ao aluno, ouvir seus anseios e dificuldades para possibilitar uma
mudança significativa com maior comprometimento do aluno e do
professor possibilitando uma melhor análise dos dados.
O Conselho de Classe se realiza em três momentos: no
primeiro momento a turma junto com o professor regente faz um
levantamento da sua realidade destacando os pontos positivos e os
anseios na visão dos alunos, propondo sugestões. Em um segundo
momento esses dados são levados ao conhecimento dos demais
professores onde apresentam suas considerações referentes ao
aproveitamento da turma. Após a discussão das intervenções a
19
serem tomadas é retornada a turma as possíveis ações visando
melhorar andamento das atividades escolares.
Para que a construção do conhecimento seja eficaz e
fortalecida é necessário à formação continuada dos profissionais da
educação. A partir de 2005 percebemos uma preocupação maior da
SEED oportunizando também capacitação para os auxiliares
administrativos e serviços gerais. Os professores participam de
estudos oportunizados pela SEED ao iniciar o ano letivo e no 2º
semestre, onde são reservados alguns dias para estudo e
discussões. Essa capacitação é importante, porém, no decorrer do
ano, detectamos que há necessidade de mais orientações/estudos,
pois a prática na sala, no dia-a-dia, necessita de mais encontros,
troca de ideias e experiências.
Cabe também à escola desenvolver um programa de
formação contínua para os professores, oferecendo subsídios
teóricos e metodológicos que versem sobre o papel e o compromisso
da escola, bem como, o compromisso do educador no
desenvolvimento do trabalho docente e seu compromisso social.
O colégio procurou organizar a Hora/atividade de acordo com
o cronograma organizado pelo NRE, conforme a carga horária
seguindo organização do quadro de horário da escola, porém devida
dificuldade de organização desse horário, pois há professores que
atuam em mais do que uma escola, dificultando a realização do
objetivo de oportunizar o encontro dos docentes para
enriquecimento das aulas através da troca de experiências ainda
não foi atingido.
Buscamos ainda através da hora atividade a troca de ideias e
orientações, entre pedagogos e docentes, que possam auxiliar e
estimular o professor a buscar novas metodologias a serem
20
utilizadas enriquecendo as aulas, bem como oportunizar encontros
entre os professores propiciando também o enriquecimento através
da elaboração de projetos interdisciplinares e troca de experiências.
Aos alunos de 5ª série do ensino fundamental que apresentam
alguma dificuldade de aprendizagem em Língua Portuguesa e
Matemática , até o ano de 2007 foi oferecido, através da Sala de
Apoio Pedagógico atendimento específico nessas áreas de ensino. As
aulas são ministradas em turno contrário ao que o aluno frequenta,
conforme cronograma organizado de acordo com ao parecer que
regulamenta esse atendimento.
Para os alunos de 5ª a 8ª série com deficiências e/ou
dificuldades mais acentuadas de aprendizagem é oferecido a Sala de
Recursos, no período contrário, onde são avaliadas e trabalhadas
suas dificuldades de aprendizagem.
Cada professor no seu plano docente contemplará os temas
Educação Fiscal, Cultura Afro, Relações Étnicos-Raciais Educação
Ambiental e Promoção da Vida.
21
5 - MARCO CONCEITUAL
A Educação diante do contexto atual se encontra fragilizada. É
preciso, no entanto, ter clareza sobre algumas concepções que
direcionam o trabalho dos educadores, com responsabilidade e
objetivos claros . Portanto, a reorganização do Projeto Político
Pedagógico do Colégio Estadual Industrial - EFM tem como
compromisso construir e definir conceitos possibilitando a todos os
envolvidos refletir sobre a teoria e a prática.
Até muito recentemente a escola se limitava a uma escolha
entre ser tradicional ou se tornar uma escola “moderna”. O que
significa ser moderna? Muitas teorias surgiram para explicar o termo
moderno, traçando caminhos para a atuação da escola. Porém
poucas teorias procuraram definir o papel da escola, no que se
refere ao trabalho pedagógico e o acesso do aluno aos
conhecimentos científicos e a formação do cidadão.
Com o objetivo de enfrentar este quadro os governos
sucessivamente criaram propostas que viessem ao encontro das
ideias partidárias e que mudam a cada governo. Sentimos
necessidade de políticas de educação com processos contínuos e
que atendam as reais necessidades educacionais e que superem os
fragmentos teóricos e metodológicos alicerçadas nas políticas
liberais e neoliberais.
A situação posta para a escola, hoje, reflete as questões
postas a sociedade em geral, pois vivemos uma situação conflitante
frente à aceleração da história, da ciência, da tecnologia, da
informação e das comunicações, nos impulsionando a definição de
caminhos.
22
Neste contexto precisamos refletir e definir claramente a
função social da escola e da sociedade, estando ainda inserida entre
a polarização conservação/transformação.
Sendo assim implica que definamos primeiramente que
sociedade se quer construir e de que ser humano necessitamos para
atuar nessa transformação.
O homem nasce na sociedade, mas não nasce social, se
socializa através do processo educacional. Isto quer dizer também
que o homem nasce homem, mas somente enquanto possibilidade
que, para se realize necessitamos de uma aprendizagem, dentro de
um adequado contexto social. Por isso a humanidade inventou
tantas formas específicas de educação.
Dentro dessa história, a escola nasceu depois do advento
capitalista com duas claras intenções: uma com escolas bem
estruturadas e com bons professores. Este modelo de escola possuía
cunho privado para formar as elites governantes e detentoras do
capital; já o outro modelo era público com condições suficientes
apenas para uma educação básica para que os trabalhadores das
indústrias e trabalhadores braçais entendessem e atuassem no
processo de produção de bens e capitais, servindo as elites.
Porém, foi em meio a esta condição social que os
trabalhadores passaram a se organizar e reivindicar direitos,
incluindo também o direito a uma escola de qualidade.
Junto à organização dos trabalhadores muitos educadores se
unem a eles e passam a elaborar propostas para uma escola e uma
educação de qualidade para a classe trabalhadora. Era necessário
que os trabalhadores tivessem acesso aos conteúdos científicos e
fossem preparados para intervir no processo histórico no meio social
em que vivem, ou seja, como cidadãos, sujeitos políticos, com
23
direitos e deveres e com poder de intervir nos destinos da
sociedade.
Hoje a teoria pedagógica que mais claramente apresenta uma
proposta neste sentido é a teoria Histórico-Crítica, que além de
refletir as várias correntes pedagógicas que procuram traçar
caminhos para a escola pública, oferece uma proposta dialética
articulando conteúdo científico, com a vivência do aluno no seu
contexto.
O Colégio Estadual Industrial optou por esta base teórica
neste Projeto Político Pedagógico.
Desta forma os desafios que precisamos enfrentar são: abrir
espaços para que a escola se torne um lugar para trabalhar o
conhecimento científico com qualidade metodológica e que faça
parte desses conhecimentos os problemas sociais, políticos,
educacionais, econômicos, tecnológicos e culturais e que sejam
articulados com o desenvolvimento humano, a capacidade de ler,
escrever, interpretar, discutir, pesquisar, sempre desafiando os
alunos a encontrarem saídas para os seus problemas e elaborar
propostas para os problemas do cotidiano. Neste sentido, é
imprescindível a análise crítica, a formação de opinião diante dos
desafios pedagógicos apresentados.
Para que tudo isso aconteça é necessário implementar um
processo onde haja indissociabilidade entre o aprender e o ensinar,
da pesquisa e da realidade e do desenvolvimento humano numa
perspectiva de trabalho comprometido com a formação de cidadãos.
A relação dialética, articulando teoria e vivência social cotidiana,
colocando como princípio pedagógico e como metodologia dos
processos educativos a aprendizagem qualitativa dos alunos.
24
5.1 - O CURRÍCULO
Entendemos por Currículo o conjunto das atividades nucleares
(principais) desenvolvidas pela escola distribuídas no espaço e no
tempo escolar com ênfase nos conteúdos científicos, nos saberes
escolares das disciplinas que compõem a grade curricular e as
Diretrizes Curriculares Estaduais.
O Currículo como produto feito realidade em certo tipo de
publicações, é transformada e adaptada no processo de
planejamento por meio de acréscimos, subtrações e pelas decisões
do professor sobre o ritmo, a sequência e a ênfase em algum dos
seus componentes.
O que ensinamos na escola é determinado no planejamento
do professor.
O currículo se torna o eixo central do Projeto Político
Pedagógico da escola. As preocupações com a democratização da
educação, tanto no que se refere ao atendimento a todos os
educandos, quanto à produção de um ensino de boa qualidade, nos
leva a tarefa de analisar e saber utilizar os diferentes instrumentos
de conhecimentos existentes de maneira inter-relacionada e
dispomos dos conteúdos de aprendizagem oferecidos pelas
diferentes disciplinas, uma vez que não existe outro conhecimento
que não seja aquele proporcionado pelos diferentes campos do
saber. O professor precisa se sentir preparado para fazer seleções
de conteúdos, ter uma finalidade para a qual está ensinando certos
conteúdos. Precisa saber remodelar o currículo com as
representações dos alunos, pois estes não veem para a escola
vazios, mas trazem uma bagagem que precisa ser adequada a
linguagem dos professores e do ambiente escolar.
25
Neste sentido devem ser enfatizados a flexibilidade, a
dinamicidade, a diversificação, as diversas formas de expressão, a
construção e o debate de uma perspectiva crítica e plural.
De acordo com Saviani (1991, p.16, 17):
a) Identificação das formas mais desenvolvidas em que se
expressa o saber objetivo produzido historicamente, reconhecendo
as condições de sua produção e compreendendo as suas principais
manifestações, bem como as tendências atuais de transformação;
b)conversão do saber objetivo em saber escolar, de modo a
tornar assimilável pelos alunos no espaço e tempos escolares;
c) Provimento dos meio necessários para que os alunos não
apenas assimilem o saber objetivo enquanto resultado, mas
apreendam o processo de sua produção, bem como as tendências
de sua transformação.
Nesse processo de transformação o homem se percebe como
parte dos momentos históricos, acumulando experiências, assim se
torna capaz de produzir o conhecimento.
Partindo da concepção de natureza humana proposta por
Marx e Engels de que o homem necessita produzir continuamente na
sua existência e é pelo trabalho que ele age sobre a natureza,
adaptando as suas necessidades. Saviani define a educação como
um processo de trabalho não material (diferente do trabalho
material que visa a produção de bens materiais para a
subsistência), no qual o produto não se separa do ato de produção.
O trabalho educativo “é o ato de produzir direta e intencionalmente,
em cada indivíduo singular, a humanidade que é produzida histórica
e coletivamente pelo conjunto de homens.” (Saviani: 1991, p. 21)
26
“A produção intencional da humanidade implica a produção
de ideias, conceitos, valores, hábitos, atitudes, conhecimentos”.
(SAVIANI 1991, p. 21) O que não é garantido pela natureza deve ser
produzido historicamente pelos homens. Assim o saber objetivo é
considerado matéria prima para a atividade educativa e deve ter
primazia sobre o mundo da natureza, ou seja, sobre o saber natural,
espontâneo.
Contudo,
O currículo não é, no entanto, um conceito; é uma construção cultural, isto é, não é um conceito abstrato que possui alguma existência exterior e alguma experiência humana. Pelo contrário, é um modo de organizar um conjunto de práticas educacionais humanas (GRUNDY, 1987,P.5)
O projeto cultural do currículo não é apenas uma seleção de
conteúdos desordenados ou justapostos, sem critério algum. Estes
devem estar organizados de forma que se considere apropriado
para o nível educativo dos alunos, dando enfase especial para a
leitura, escrita e a interpretação, em todas as disciplinas escolares,
de modo que o aluno se aproprie dos códigos da língua materna,
desenvolva sua comunicação e expressão, saibam interpretar os
fatos do cotidiano e interagir no seu contexto.
Desse modo, o currículo na escola deve ter uma preocupação
constante com a democratização da educação, garantindo um
ensino de qualidade levando em conta a realidade dos educandos
atendendo a todos sem distinção.
Oferecer condições para que o crescimento intelectual e
pessoal, do educando, se faz imprescindível à participação de todos,
geridas por uma gestão democrática. Entendemos por gestão
27
democrática a tomada de decisões consistentes sobre o que fazer a
partir de objetivos definidos coletivamente, com toda a comunidade
escolar. É necessário compreender que ao tomar decisões implica na
escolha de uma posição, portanto é um ato político, que direciona as
ações com objetivos pré-definidos.
Conforme explicita o Art. 205 da Constituição Federal do Brasil
de 1988: “a educação, direito de todos e dever do estado e da
família será promovida e incentivada com a colaboração da
sociedade, visando o pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo
para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.”
Assim a gestão democrática, na atualidade, está vinculada a
cidadania, através da construção coletiva de um Projeto Político
Pedagógico consistente que avançará na medida em que todos
realmente fizerem da sua pratica uma ação democrática.
5.2 - GESTÃO DEMOCRÁTICA
Se é verdade que a educação não pode fazer sozinha a transformação social, também é verdade que a transformação não se efetivará e não se consolidará sem educação Moacir Gadotérico)
No mesmo sentido, não podemos pensar que a gestão
democrática da escola possa resolver todos os problemas de um
estabelecimento de ensino ou de educação, mas, na atualidade, a
mesma é vista como um dos possíveis caminhos para a
democratização do poder na escola e na própria sociedade.
A eleição de diretor é apenas um dos componentes da gestão
democrática e só terá efeito prático eficaz se associada a um
conjunto de medidas que garantam a capacitação para a
28
participação efetiva dos representantes dos segmentos escolares e
da comunidade.
A prática da gestão democrática não é um processo em curto
prazo e sim ela se constituirá numa ação, numa prática a ser
construída na escola. Ela acontecerá associada ao Projeto Político
Pedagógico, ao Conselho Escolar e as medidas que garantam a
autonomia administrativa, pedagógica e financeira da escola, sem
tirar as obrigações do Estado com o Ensino Público.
A Gestão Democrática é, portanto atitude e método. A atitude
democrática é necessária, mas não é suficiente, precisamos de
métodos democráticos de efetivo exercício de democracia. O Diretor
da escola é antes de tudo um educador, possuindo uma função
pedagógica e social, exigindo, do mesmo, competência técnica,
política e pedagógica. Dentro de suas atividades este é um
articulador dos segmentos escolares em torno do projeto político
pedagógico da escola. Quanto maior ele fizer as articulações,
melhores serão os desempenhos de suas tarefas.
Na gestão democrática, somos todos chamados a pensar,
avaliar, e agir coletivamente, pois é um aprendizado, demando
tempo, atenção e trabalho.
O Projeto Político Pedagógico é a chave da gestão escolar.
5.3 - EDUCAÇÃO ESPECIAL
Educação especial, hoje deve ser entendida como a
modalidade de ensino que tem como objetivo quebrar as barreiras
que impedem a criança de exercer sua cidadania. O atendimento
especializado é apenas um complemento da escolarização e não um
substituto.
29
Valorizar as peculiaridades de cada aluno, atender a todos na
escola, incorporar a diversidade sem nenhum tipo de distinção,
oferecendo serviços complementares;
A inclusão cresce a cada ano, com ela, o desafio de garantir
uma educação de qualidade para todos. Por isso a participação do
professor é essencial.
Inclusão e diversidade, são temas que povoam as discussões
na área educacional na última década. Ainda é processo, é marcha
que vai formar uma história, pois depende de uma mudança de
mentalidade que exige tempo e trabalho com o preconceito.
Inclusão não significa atender somente crianças com
deficiência, mas também as excluídas ou discriminadas.
Sabemos que são as diferenças que constituem os seres
humanos pessoas singulares. Os sujeitos têm suas identidades
determinadas pelo contexto social e histórico em que sua existência
é produzida. Portanto a flexibilização do currículo, aponta
alternativas para a reorganização da escola com estratégias
metodológicas viabilizadas pelos professores e equipe técnico-
pedagógica é imprescindível para assegurar a estes alunos uma
educação com qualidade.
O Colégio Estadual Industrial – Ensino Fundamental e Médio,
tendo em vista o disposto na LDBEN nº 9394/96, as diretrizes
nacionais para a Educação Especial na Educação Básica – Parecer nº
17/01 – CNE; a Resolução 02/01 – CNE e a Deliberação 02/03 – CNE –
PR, expede a Sala de Recursos que é um serviço especializado de
natureza pedagógica que apoia e complementa o atendimento
educacional realizado em classes comuns do Ensino Fundamental de
5 ª a 8ª séries.
30
Oferta aos educandos com distúrbios de aprendizagem, atraso
acadêmico significativo, e/ou deficiência mental e que necessitam de
apoio especializado complementar para obter sucesso no processo
de aprendizagem na classe comum, auxilio através da Sala de
Recursos no período matutino e vespertino para o Ensino
Fundamental de 5ª a 8ª série.
5.4 - FORMAÇÃO CONTINUADA DOS PROFESSORES
Estudos recentes feitos por Garcia (1999), Vasconcelos (2000)
e Pimenta (2002) mostram que a prática dos professores é
determinada por dimensões pessoais, políticas, sociais, culturais e
éticas. Além disso possuem uma natureza subjetiva que configura
diferentes formas de agir e de conduzir o processo de ensino e seu
próprio processo de formação.
Outros fatores determinantes para a atuação dos professores
estão pautados na sua formação inicial. As maiorias das instituições
de formação de docentes estão passando por reformas na
organização curricular, porém estamos ainda muito aquém de uma
formação que atenda as reais necessidades da escola pública.
Os professores reconhecem a necessidade de constante
formação e de se ter clareza do direcionamento pedagógico a seguir,
pois quando nos remetemos a discussão sobre a formação do
professor avançamos na análise dos aspectos relacionados ao aluno
e a escola, no que se refere a todos os componentes do processo
pedagógico, mais especificamente no ensino e na aprendizagem.
Se analisarmos o fracasso escolar este sempre nos remete à
análise do currículo desenvolvido pela escola, bem como os
31
conteúdos e a metodologia praticados e sua relação com o
desenvolvimento científico, tecnológico e a práxis social.
Hoje os professores enfrentam os desafios da sociedade
contemporânea e a realidade sócio-econômica, política e cultural
que envolve o currículo escolar.
Para isso o professor precisa se desafiar a estudar, entender
este processo e a articulação deste contexto com os conteúdos
trabalhados em sala de aula.
A formação continuada para professores possibilita um
constante repensar de nossas ações, bem como, enriquecendo a
nossa bagagem de conhecimentos que envolvam toda a prática.
Precisamos definir as nossas concepções, nossa postura diante do
quadro educacional, trabalhando no sentido de formar cidadãos
capazes de compreender, analisar, criticar, a realidade, atuando na
busca de superação das desigualdades e do respeito ao ser humano.
5.5- AVALIAÇÃO
Se buscarmos uma escola que não seja uma preparação para a vida, mas que seja ela mesma uma rica experiência de vida, se buscamos uma escola que não seja reprodutora dos modelos sociais discriminatórios, mas promotora do desenvolvimento integral de todos os alunos, temos de repensar a avaliação, (Vasconcelos, 2000)
A avaliação como processo contínuo que ocorre nos mais
diferentes momentos do trabalho . A verificação e a qualificação dos
resultados da aprendizagem no início, durante e final de qualquer
conteúdo, tem sempre o objetivo de diagnosticar, superar
dificuldades, corrigir falhas e estimular os alunos.
A avaliação da aprendizagem é uma questão político-
pedagógica e deve sempre contemplar as concepções filosóficas de
32
homem, de educação e de sociedade, o que implica em uma
reflexão crítica e contínua da prática pedagógica da escola e sua
função social.
A avaliação neste contexto não pode se limitar à verificação
da aprendizagem de conteúdos ou atividades, usando tão somente
os instrumentos de provas e notas, embora façam parte desse
processo. A avaliação deve contemplar uma concepção mais ampla,
uma vez que envolve formação de juízos e apreciação de aspectos
qualitativos sendo compreendida como uma ação reflexiva do
processo de aprendizagem, pois ela serve de instrumento essencial
no desenvolvimento social, afetivo e cognitivo.
Segundo Luckesi o processo de avaliar tem, basicamente três
passos: conhecer o nível de desempenho do aluno (constatação da
realidade); comparar essa informação com aquilo que é considerado
importante no processo educativo (qualificação); tomar as decisões
que possibilitem atingir os resultados esperados.
Para que a avaliação sirva à aprendizagem é essencial
conhecer cada aluno e suas necessidades. Assim o professor poderá
pensar em caminhos para que todos alcancem os objetivos.
Quando o professor acompanha o progresso de seus alunos
ele também vai percebendo o seu próprio desempenho, permitindo
mudar sua linguagem, seus métodos, materiais para que o aluno
que esteja encontrando dificuldades possa corrigí-las, esclarecer
suas dúvidas, chegando a um resultado mais positivo e, finalmente
após cada etapa possamos fazer uma avaliação mais conjunta do
que foi tratado num determinado período realimentando o processo
ensino-aprendizagem. Se ainda não atingiram a aprendizagem dos
conteúdos, é propiciado a realização de atividades de recuperação
paralela.
33
Para que uma avaliação desempenhe sua função, ela deve
apresentar as seguintes características: ser parte integrante do
ensino-aprendizagem, seus objetivos devem estar explícitos em
todos os métodos utilizados pelo professor, deve possibilitar o
replanejamento, entender que a capacidade do nosso aluno se
expressa no momento que ele desenvolve uma atividade e não
apenas quando é submetido a uma prova. Além disso, precisamos
realmente nos certificar de que o aluno aprendeu através de
instrumentos e técnicas variadas de avaliação, assim ele mesmo
fará uma autoavaliação de seu aprendizado.
A avaliação não pode ser um fim, mas sim um meio, onde o
aluno possa perceber suas dificuldades e avançar na aprendizagem.
Da mesma forma, o professor possa modificar sua metodologia,
replanejar e aperfeiçoar seus procedimentos de ensino.
5.6 - RECUPERÇÃO PARALELA
A recuperação é um dos aspectos da aprendizagem no seu desenvolvimento contínuo, pela qual o aluno, com aproveitamento insuficiente, dispõe de condições que lhe possibilitem a apreensão de conteúdos básicos ( Art. 11- Deliberação Nº 007/99 –CEE)
A Recuperação Paralela não pode acontecer dissociada do
processo normal de uma aprendizagem. Para tanto o professor ao
constatar que um conteúdo não foi entendido, que suas explicações
não foram suficiente ou que os métodos utilizados não deram
resultados satisfatórios, o mesmo retomará o problema de seu início,
modificando seu planejamento, sua forma até perceber que uma
grande maioria atingiu os objetivos.
Como diz o Parágrafo Único, Capítulo II - Deliberação 007/99 –
“A proposta de recuperação de estudos deverá indicar a área de
34
estudos e os conteúdos da disciplina em que o aproveitamento do
aluno foi considerado insuficiente”.
A recuperação acontece paralelamente às avaliações
realizadas no decorrer do ano letivo, porém ainda há a necessidade
de refletir mais a respeito da recuperação paralela realizada, pois
muitas vezes não se recuperam o conteúdo não aprendido e sim a
nota. Contudo notamos que há o desejo de avançar e os educadores
estão comprometidos em buscar superar esses entraves, através da
reflexão da sua pratica.
6 - MARCO OPERACIONAL
Com base no referencial teórico exposto no marco conceitual
o Colégio Estadual Industrial parte do princípio de que a
transformação se dá com o conhecimento, discussões e elaborações
buscando desenvolver gradativamente melhorias na educação. É
necessário o comprometimento de toda a comunidade escolar
através da gestão democrática, onde está presente a avaliação e a
autoavaliação dos trabalhos desenvolvidos na escola.
Neste sentido a comunidade escolar esteve presente na
elaboração deste Projeto Político Pedagógico. Através de palestras;
oficinas Pedagógicas; reuniões de todos os segmentos da escola
(Conselho Escolar, Grêmio Estudantil, APMF e Pais) concretizamos a
participação efetiva da comunidade escolar buscamos atingir os
objetivos almejados e realizar as atividades previstas no calendário
escolar.
35
6.1 - ACESSO E PERMANÊNCIA
O Colégio Estadual Industrial garante o princípio democrático
de igualdade de condições de acesso e de permanência na escola,
de gratuidade, de uma Educação Básica com qualidade, tanto no
Ensino Fundamental quanto no Ensino Médio. Nesse sentido procura
superar as dificuldades enfrentadas no processo de ensino e de
aprendizagem auxiliando o professor no seu Plano Docente e no
desenvolvimento do seu trabalho em sala de aula. Procuramos
organizar as salas de aula de modo a favorecer a aprendizagem
individual e coletiva. Quanto à motivação dos alunos para a
aprendizagem os professores, juntamente com a equipe pedagógica
e a direção, procuram elaborar estratégias como: orientações
individuais, conversas e encaminhamentos com os pais,
intervenções do Conselho Escolar quando o problema é de
comportamento inadequado, adequação metodológica, Sala de
Apoio Pedagógico e sala de Recursos quando necessário.
Os Projetos Interdisciplinares desenvolvidos pela escola
auxiliam a busca da melhor qualidade do ensino, orientada pelos
pressupostos da Pedagogia Histórico-Crítica, acreditando ser o
caminho para formar cidadãos criativos, participativos, críticos e
atuantes onde os conhecimentos científicos são construídos a partir
do desenvolvimento humano, social e político articulado com a
realidade do aluno.
6.2 - CALENDÁRIO ESCOLAR
O calendário escolar é elaborado anualmente, atendendo a
legislação vigente, bem como as normas baixadas em instrução
36
específica da SEED do Paraná, garantindo um mínimo de
800(oitocentas) horas, distribuídas em no mínimo 200 (duzentos)
dias de efetivo trabalho escolar. O cronograma será preestabelecido
em conjunto com o corpo discente, direção e equipe pedagógica. A
reposição, das aulas, dos dias referentes aos atestados médicos,
com reposição dos conteúdos, será conforme a Lei determina, bem
como em aulas vagas de outros professores e, também, com
trabalhos, extra classe.
Além disso o calendário contempla os feriados oficiais como:
Carnaval, Páscoa, Tiradentes, Dia do Trabalho, Corpus Christi,
Padroeira do Município, Independência, Nossa Senhora Aparecida,
Dia do Professor, Finados e Proclamação da República, Aniversário
de Emancipação Política Municipal e Estadual.
6.3 - FORMAÇÃO CONTINUADA DOS PROFESSORES,
FUNCIONÁRIOS E DEMAIS SEGMENTOS DA COMUNIDADE
ESCOLAR
Será oportunizada formação continuada para docentes e
funcionários através de reuniões pedagógicas contempladas no
Calendário Escolar garantindo no mínimo 03 Encontros Pedagógicos
distribuídos durante o ano letivo abordando temas referentes à
Educação, para que os professores ampliem sua formação. Também
dispomos aos professores livros, revistas textos, apostilas de
diversos temas para leitura, organizados na sala dos professores
para auxiliar na hora atividade. Além disso a biblioteca dispõe de
diversas bibliografias, para a leitura teórica e metodológica dos
professores.
37
A formação continuada como aliada, nos possibilita um
constante repensar de nossas ações, além de enriquecer nossa
bagagem de educadores.
Os professores e funcionários, também são capacitados pela
SEED, através do NRE, proporcionando palestras, encontros e
cursos, para orientar na busca de meios que promovam o seu
crescimento e consequentemente possam auxiliar os educandos.
Para a capacitação dos demais segmentos da escola serão
realizadas reuniões com APMF, Conselho Escolar, Grêmio Estudantil
e os pais.
6.4 - HORA ATIVIDADE
A organização da Hora atividade será feita de acordo com o
cronograma elaborado pelo NRE seguindo as sugestões dos
professores. O colégio Estadual Industrial procura seguir este
cronograma, levando em consideração que alguns professores
trabalham em outros estabelecimentos de ensino. A hora atividade
dos professores deverá ter como prioridade a troca de ideias
possibilitando a reflexão – ação da prática pedagógica da escola,
pesquisas de atividades, avaliações, preparação de aulas,
preparação de trabalhos didáticos, elaboração de projetos
solicitados. O atendimento individualizado aos pais e alunos deverão
ser realizados na hora atividade do professor, porém quando não
houver essa possibilidade, o professor deixará atividades para os
alunos realizarem com a supervisão de um funcionário ou pedagogo
durante o momento de sua ausência.
O professor pedagogo participará da hora atividade, quando
solicitado pelo professor e sempre que for necessário, para auxiliar
38
em suas metodologias, no trabalho com alunos que apresentam
dificuldades de aprendizagem, na elaboração do Plano de Trabalho
Docente, bem como acompanhar todo o processo de ensino e
aprendizagem.
6.5 - PROJETOS INTERDISCIPLINARES
A realização dos projetos será interdisciplinar, com apoio da
comunidade escolar, Organizado pelos professores como forma de
sistematizar os conteúdos trabalhados em sala de aulas e socializar
os conhecimentos com toda a escola, com atividades que estimulem
as diferentes habilidades artísticas e culturais, destacando os valores
regionais, como festival de canto e poesia. Os principais projetos
são:
Gincanas interdisciplinares com atividades que possibilitem a
integração e troca de experiências entre alunos, professores e pais
destacando o dia do estudante e a caminhada na mata;
Jogos inter séries, objetivando o entrosamento entre as turmas;
Mostra interdisciplinar, envolvendo todas as áreas do
conhecimento ;
Projeto “Família e Escola”
Projeto “Reconstruindo valores e o nosso civismo no dia-a-dia”
Festival de Artes;
Programa Viva Escola com projetos de Artes e matemática;
CELEM com aulas de Espanhol;
Projeto de combate a indisciplina escolar, envolvendo direção,
equipe pedagógica, professores, pais, alunos, com atividades
interativas, elaboração de regras, discussão do P.P.P. e Regimento
Escolar.
39
Incentivo a leitura através de atividades dinâmicas e prazerosas
desenvolvidas pelos professores de Língua Portuguesa.
Considerando importante esclarecer que não existe uma
receita pronta para atingir a qualidade ideal quando se refere ao
ensinar e aprender, mas experiências positivas devem ser colocadas
em prática, pois com a socialização e avaliação sendo possível a
revisão da postura diante das inúmeras dificuldades. Portanto, para
tentar solucionar as dificuldades que fazem parte do cotidiano
escolar sendo importante proporcionar estudos individuais e
coletivos, promovendo debates.
6.6 - INSTÂNCIAS COLEGIADAS
a) APMF: participação ativa, não somente no sentido
econômico (ajudar nas festas para arrecadar fundos), mas também
colaborar para que de fato se efetive a gestão democrática;
b) Grêmio Estudantil: reorganizar o Grêmio Estudantil do
Colégio Estadual Industrial, primeiramente fazendo um trabalho de
conscientização da importância da participação do aluno na
formação de lideranças e a efetivação do processo democrático;
c) Conselho Escolar: órgão soberano da escola e para que
seja possível a participação ativa será desenvolvidos um trabalho de
divulgação de sua importância, seus objetivos e funcionamento
através de reuniões periódicas para direcionar decisões que tenham
como principal objetivo o aprendizado dos alunos e bem-estar de
todos que participam do processo educativo. Os membros do
Conselho Escolar participam de cursos programados pela SEED, em
Grupos de Estudos aos Sábados.
40
d) Conselho de Classe: através de estudos e discussões a
respeito da sua função e importância, será dado continuidade ao que
já vem se fazendo, onde é oportunizada a participação do aluno
através de questionamentos sobre seu desenvolvimento,
aprendizagem em sala de aula, bem como o andamento das
atividades, com intuito de cada vez mais incentivar a participação de
todos, tendo como objetivos principais a análise e a avaliação do
processo de ensino e de aprendizagem, não se detendo somente nos
resultados numéricos.
Portanto o conselho acontece em três momentos: primeiro a
turma junto com o professor pedagogo e/ou professor regente
fazem um levantamento da sua realidade destacando os pontos
positivos e os anseios na visão dos alunos, propondo sugestões. O
segundo momento, esses dados são levados ao conhecimento dos
demais professores onde apresentam suas considerações referentes
ao aproveitamento da turma. No terceiro momento, após a
discussão das intervenções a serem tomadas é retornada a turma
para conversar com todos os alunos sobre as possíveis ações,
visando melhorar o andamento das atividades escolares.
6.7 – AVALIAÇÃO
A avaliação, neste estabelecimento de ensino acontece de
forma trimestral para o Ensino Fundamental e Médio, sendo que o
mínimo do Rendimento Escolar é traduzido em nota 6,0 (seis vírgula
zero).
O professor de cada disciplina deverá avaliar o aluno em
todos os momentos do processo de ensino-aprendizagem utilizando
dos seguintes instrumentos: avaliações orais, escritas, trabalhos
41
individuais, coletivos, tarefas de casa, atividades em sala de aula,
seminários, painéis, pesquisa, experimentos, entre outros, com
critérios previamente estabelecidos, tendo como base os conteúdos
trabalhados, respeitando a especificidade de cada disciplina. Cada
professor deverá discutir e informar aos alunos sobre os critérios e
instrumentos utilizados durante o trimestre.
Ao final de cada unidade de ensino ou blocos de conteúdos os
professores farão no mínimo uma avaliação escrita com peso 10,0,
sendo que ao final do trimestre deverá haver no mínimo três (3)
avaliações com peso 10,0 cada uma, dividido pelo número de
avaliações realizadas, formando a média trimestral.
Para que esses instrumentos sejam eficazes, o professor
também se utilizará de critérios na avaliação tais como:
aprendizagem dos conteúdos conforme objetivos específicos de cada
disciplina, pesquisas dos conteúdos observando a metodologia
definida, com argumentação e clareza de ideias na escrita e nas
apresentações, questionamento, compromisso, criticidade,
organização, observando o prazo estabelecido para a entrega dos
mesmos.
Para a realização das avaliações será respeitada a data
estipulada tanto na 1ª chamada como na 2ª chamada, observando o
Regulamento Interno, no caso da segunda chamada.
6.8 - RECUPERAÇÃO PARALELA
A Recuperação paralela se dá com a retomada dos conteúdos
por meio de metodologias diversificada, à luz dos critérios
estabelecidos. Sempre que os professores ao avaliarem, perceberem
que os alunos não conseguiram se apropriar de determinado
42
conhecimento, os mesmos oportunizarão a recuperação paralela,
permitindo a todos os alunos se apropriar dos conhecimentos
historicamente acumulados.
No livro de registro de classe, campo dos conteúdos será
registrado os conteúdos retomados durante o processo de ensino e
aprendizagem como recuperação.
No registro de notas deve conter os instrumentos utilizados, o
valor e o dia em que ocorreu a reavaliação. A nota da reavaliação
será substitutiva às notas dos blocos de conteúdos, sendo que para
os alunos que obtiveram a quantificação inferior às anteriores,
permanecerá a nota obtida nas primeiras avaliações.
6.9 - ESPAÇO FÍSICO E RECURSOS PEDAGÓGICOS
Para adequar e atender as necessidades, o Colégio através
dos Órgãos Colegiados procurará viabilizar as melhorias dos espaços
como: lanche, saguão, reorganização e arborização dos espaços
destinados aos jardins, segurança da escola (Patrulha Escolar e
Monitoramento 24 horas), melhoria no laboratório de Química, Física
e Biologia, funcionamento permanente do Laboratório de
informática, viabilizar recursos para construção de salas para
Direção e Equipe Pedagógica, equipada com computador e acesso à
internet, bem como instalações da Secretaria da escola. Providenciar
um ambiente satisfatório para a realização da hora atividade dos
professores; reorganizar a videoteca com ambiente exclusivo para
vídeo, ampliar a biblioteca ofertando maior número possível de
material didático e de apoio para as diferentes áreas de ensino e
conhecimento, buscando viabilizar recursos através dos órgãos
competentes como: FUNDEPAR e outros órgãos do governo do
Estado do Paraná.
43
6.10 - EQUIPE PEDAGÓGICA E DIREÇÃO
Cabe à direção da escola e ao professor pedagogo coordenar,
elaborar e acompanhar efetivamente o desenvolvimento do Projeto
Político Pedagógico participando, sugerindo e articulando, através do
trabalho com a coletividade, critérios que proporcione o
desenvolvimento e aprimoramento do trabalho pedagógico escolar,
de acordo com o Projeto Político Pedagógico, a proposta curricular, o
plano de ação da escola e as políticas educacionais da SEED.
O trabalho da direção e equipe pedagógica será integrado e
articulado visando buscar constantemente a mudança de
paradigmas no que se refere a avaliação e recuperação dos
conteúdos não aprendidos, envolvimento dos pais no
acompanhamento escolar dos filhos, verificação do nível de
apropriação dos conhecimentos e, também, trabalhando formas de
de organização, motivação e o hábito do estudo.
Nesse sentido, propomos ações individuais e coletivas com
professores, equipe pedagógica e direção, tais como:
Planejamento coletivo com trocas de experiências
envolvendo professores das diversas disciplinas, com objetivo de
sanar as dificuldades apresentadas pelos alunos.
Conversas constantes com alunos e professores para
saber que fatores externos e internos estão dificultando o processo
de ensino e aprendizagem, propiciando melhores condições de
trabalho.
Efetivação de uma gestão democrática onde toda a
comunidade escolar participe e colabore no processo educacional;
Envolvimento e participação ativa das instâncias
colegiadas na efetivação das ações escolares, conforme atribuições
dos integrantes.
44
Atuação junto aos professores promovendo troca de
experiencias, debates, estudos projetos de recuperação de estudos
de acordo com a identificação das necessidades de aprendizagem
em sala de aula, auxiliando-os na elaboração de projetos de
formação continuada e propondo ações para sua efetivação.
A equipe pedagógica participará, também, diretamente na
realização de todo o trabalho escolar; formação de turmas;
distribuição e definição do calendário escolar, horário das aulas e
hora atividade, intervalos para lanches; visitas dos pais e
comunidade escolar; aquisição e utilização da biblioteca;
acompanhamento e verificação do cardápio da merenda escolar;
projetos que promovam escola e comunidade; reunião da APMF,
Conselho Escolar e outras que se fizerem necessárias ao bom
andamento da vida escolar; gestão de recursos do PDDE e Fundo
Rotativo; organização e realização dos conselhos de classe;
reuniões de pais; elaboração do PPP, PPC e Regimento Escolar.
Haverá, ainda, intervenções com relação a: atividades com
temas relacionados com autoestima, sexualidade sexualidade,
direitos e deveres constitucionais (ECA, direitos e deveres, valores
morais e éticos), Autodisciplina escolar, respeito às diferenças, entre
outros.
O envolvimento do corpo discente, docente e pais na
elaboração de regras indispensáveis, para melhorar a convivência
escolar;
Elaboração do regimento interno de biblioteca, do Laboratório
de Informática e do Laboratório de Química, Biologia e Física
acolhendo sugestões de toda a comunidade escolar.
Trabalho com os professores auxiliando na elaboração do
Plano de Trabalho Docente e no desenvolvimento do processo
45
pedagógico em sala de aula; trabalho com alunos com dificuldades
de aprendizagem; orientações na relação professor/aluno;
encaminhamento dos alunos para as salas de apoio e salas de
recursos; assessoria aos professores quando solicitado na hora
atividade para que a escola desenvolva com qualidade seu projeto
pedagógico, articulando todo o trabalho com a comunidade escolar.
6. 11 - GESTÃO ESCOLAR
A gestão escolar inicia com o planejamento das atividades
escolares que é uma necessidade imperiosa, tendo em vista atingir
os resultados da ação educacional previstos na legislação em vigor e
especificamente na LDB 9394/96. As atividades escolares devem ser
objeto de reflexão por parte do coletivo da escola, incluída a
comunidade e os próprios alunos. Dessa reflexão surgirão os
caminhos a serem trilhados na ação educacional, organizados na
forma de proposta pedagógica.
A direção da escola e a equipe pedagógica terão sua atuação
voltada para:
Mediação entre o corpo docente e discente, para que as
propostas pedagógicas e curriculares possam ser desenvolvidas de
forma eficaz;
Trabalhar na criação de condições para que haja um
processo de ensino/aprendizagem adequado à realidade do
educando, bem como adequar às suas necessidades.
Atuar junto aos Conselhos de Classe, detectando problemas
e auxiliando em possíveis soluções;
Fornecer os meios para o entrosamento entre a Escola e a
Comunidade;
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Reuniões pedagógicas voltadas para a troca de experiências
e informações, onde os docentes possam aproveitar as teorias
estudadas e aplicar no exercício do cotidiano de sala de aula;
Verificar a regularidade, variedade, quantidade e qualidade
de merenda escolar fornecida aos alunos.
No geral desenvolver atividades que garantam o bom
funcionamento da Escola, em todos os segmentos, zelando pela
melhor consecução possível das atribuições de toda equipe escolar.
6. 12 - SALA DE RECURSO
Para que se possa atender a necessidade dos alunos com
dificuldades de aprendizagem, o Colégio oferta a Sala de Recurso
que depois de feita a investigação dos alunos com a real
necessidade, eles podem frequentar a sala de recursos o tempo que
for necessário para superar as dificuldades e obter êxito no processo
de aprendizagem da sala comum. Para a sala de recursos a carga
horária de 20 horas é distribuída em 16 (dezesseis) horas aula no
exercício da docência, cumprida no mínimo 04 (quatro) dias por
semana e 04 quatro hortatividade serão distribuídas em 01 (uma)
por dia, para um professor de Educação Especial. As aulas da Sala
de Recursos são ministradas em turno contrário ao do período
regular da matrícula do aluno. Para o educando entrar ou sair do
programa será necessário uma avaliação diagnostica e descritiva
em consenso com todos os professores da sala comum, com
acompanhamento da equipe pedagógica, onde serão desenvolvidas
metodologias de acordo com as necessidades que auxiliem as
dificuldades de aprendizagem individual do aluno e possa contribuir
47
efetivamente para a superação das mesmas, desenvolvendo e
atendendo as seguintes áreas de desenvolvimento: cognitivo, sócio-
afetiva, emocional e motora, abrangendo todas as disciplinas da
matriz curricular.
Leitura de vários tipos de textos: literários, poéticos,
informativos, narrações, notícias...estimulando o gosto pelo ler e
explorando a interpretação oral e escrita, bem como a gramática nos
textos;
Produção de texto individual e coletivo para o
aprimoramento da sequência de ideias, coerência, coesão,
paragrafação, estética textual, grafia, concordâncias, fonemas letras
maiúsculas e elementos gramaticais.
Realização de atividades lúdicas e com jogos, como:
xadrez, memória, quebra-cabeça, dominó, tangram para
desenvolver a atenção, concentração, memorização, agilidade
mental, raciocínio lógico, área cognitiva e sócio-emocional.
Trabalhar sempre com atividades atrativas, diversificadas
e desafiadoras para estimular o pensamento, a reflexão e a
percepção, onde o aluno busque dar respostas completas e
coerentes.
Estimular a oralidade através de conversas de assuntos de
seu interesse;
Desenvolver a expressão corporal através de mímicas,
dramatizações, contos, músicas e brincadeiras;
Desenvolver a autoestima com atividades que estimulem
sua confiança, interesse e autonomia, através de dinâmicas, elogios,
desafios e conversas.
Retomar conceitos para interpretar e resolver situações
-problemas envolvendo as quatro operações em situações-
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problemas simples e complexos, bem como a compreensão,
assimilação e apropriação da tabuada, utilizando materiais
concretos, sucatas, material dourado e jogos.
Utilização de jogos no computador para desenvolver a
coordenação motora, o interesse, concentração, atenção e desafios
para treinar o cérebro e exercitar a mente e o pensamento.
Quanto à frequência dos alunos na sala de recursos, a escola
deverá viabilizar, junto aos pais, equipe pedagógica da escola e do
NRE, a solução dos possíveis problemas que dificultem a
participação integral dos educandos que necessitam desse
atendimento.
O acompanhamento pedagógico dos educandos será
registrado semanalmente em documentos próprios, contando com
interferências dos professores da classe comum, sempre que for
necessário, possibilitando a reavaliação periódica das intervenções
educativas com o intuito de melhorar e ajustar o processo de ensino
aprendizagem.
6.13 - SALA DE APOIO
O colégio Estadual Industrial – Ensino Fundamental e Médio,
tendo em vista o disposto na LDBEN 9394/96, o parecer do Conselho
de Educação Básica nº 04/98 – CEB, a Resolução nº 208/04 da SEED
e instrução conjunta nº 04/04 –SEED/SUED/DEF. Ofertou a Sala de
Apoio, de 5ª série em 2007. Este ano ainda não conseguimos
abertura, pois temos apenas uma 5ª série em cada turno. Para o
próximo ano esperamos conseguir a abertura desta sala, porque os
alunos que ingressam nas 5ªs séries geralmente chegam com
grande defasagem de conteúdos como as quatro operações
49
matemáticas, leitura, interpretação, organização, escrita, etc... Estas
justificativas são reais e a Sala Apoio procura dar continuidade ao
processo de universalização do ensino e garantir acesso,
permanência e aprendizagem ao educando desenvolvendo sua
capacidade de aprender o pleno domínio da leitura e do cálculo
matemático.
O acompanhamento pedagógico dos educandos tem registro
semanal em documentos próprios, contando com interferências dos
professores da classe comum, sempre que for necessário,
possibilitando a reavaliação periódica das intervenções educativas,
com o intuito de melhorar e ajustar o processo de ensino
aprendizagem.
Precisamos tornar os alunos críticos e capazes de produzir
bons textos e fazendo com que utilize os conhecimentos
matemáticos para resolver problemas de seu cotidiano é um desafio
constante. Com isso a conquista da linguagem oral, escrita e do
cálculo é fundamental para que este tenha condições de seguir
adiante em seus estudos.
As atividades desenvolvidas com os alunos da sala de Apoio,
envolvem o conhecimento, o interesse, a necessidade, aptidões,
capacidades, propondo assim experiências que possam vir a se
tornar atividades significativas. Para isso conhecer a prática social a
qual as crianças estão inseridas é de suma importância para a
eficiência do trabalho.
Compartilhar com os alunos os passos dos procedimentos
didáticos, os objetivos das tarefas (atividades propostas), divisão de
possíveis tarefas provocando a iniciativa pessoal dos alunos através
de sua participação constantemente o processo da aprendizagem
podemos contribuir na formação de sua identidade.
50
6.14 FUNCIONÁRIOS COMO EDUCADORES
Para uma melhor organização das atividades na escola é
necessário ampliarmos os espaços de participação, incluindo as
funções dos funcionários como educadores de forma a construirmos
uma escola mais democrática e mais humana, superando a
dicotomia entre o técnico e o pedagógico, entre o manual e o
intelectual, entre o fazer e o saber, onde todos aprendem e ensinam
Os funcionários sempre tiveram uma participação efetiva nos
encontros para elaboração do Projeto Político Pedagógico, discutindo
e opinando sobre todo o processo de construção do referido projeto.
6.15 - AGENTE EDUCACIONAL I E II
Os funcionários da escola realizam suas tarefas estando
sempre pronto a atender os alunos procurando criar um vínculo de
afeto, educação e cordialidade com eles. Atuam como orientadores,
procurando ajudar no que for possível. Estão sempre presentes
quando surge uma discórdia, agressões ou desentendimentos entre
os alunos. Geralmente estão perto procurando a melhor maneira de
contornar os fatos.
É necessário entender que os funcionários da escola em suas
funções desempenham um papel de educadores, compondo a
equipe da escola.
A Lei 123/08 dispõe sobre as atribuições que cabem a cada
área de concentração dos Agentes Educacionais I e II. Entendemos
ser de fundamental importância o conhecimento, e mesmo a
discussão, dessas atribuições por parte daqueles a quem elas se
destinam.
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O Colégio Industrial conta com as seguintes funções
desempenhadas pelos funcionários.
6.15.1 - AGENTE EDUCACIONAL I
Relacionamos abaixo as atribuições que competem ao Agente
Educacional I, responsável pela Manutenção de Infraestrutura e
Preservação do Meio – Ambiente Escolar.
Zelar pelo ambiente escolar, preservando, valorizando e
integrando o ambiente físico escolar;
Executar atividades de manutenção e limpeza, tais como:
varrer, encerar, lavar salas, banheiros, corredores, pátios, quadras e
outros espaços utilizados pelos estudantes, profissionais docentes e
não docentes da educação, conforme a necessidade de cada espaço;
Lavar, passar e realizar pequenos consertos em roupas e materiais;
utilizar aspirador ou similares e aplicar produtos para limpeza e
conservação do mobiliário escolar;
Abastecer máquinas e equipamentos, efetuando limpeza
periódica para garantir a segurança e funcionamento dos
equipamentos existentes na escola;
Efetuar serviços de embalagem, arrumação, remoção de
mobiliário, garantindo acomodação necessária aos turnos existentes
na escola;
Disponibilizar lixeiras em todos os espaços da escola,
preferencialmente, garantindo a coleta seletiva de lixo, orientando
os usuários – alunos ou outras pessoas que estejam na escola para
tal;
Coletar o lixo diariamente, dando ao mesmo o destino correto;
Executar serviços internos e externos, conforme demanda
apresentada pela escola;
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Racionalizar o uso de produtos de limpeza, bem como zelar
pelos materiais como vassouras, baldes, panos, espanadores, etc.;
Comunicar com antecedência à direção da escola sobre a falta
de material de limpeza, para que a compra seja providenciada;
Abrir, fechar portas e janelas nos horários estabelecidos para
tal, garantindo o bom andamento do estabelecimento de ensino e o
cumprimento do horário de aulas ou outras atividades da escola;
Guardar sob sua responsabilidade as chaves da instituição,
quando for o caso, ou deixar as chaves nos locais previamente
estabelecidos;
Zelar pela segurança das pessoas e do patrimônio, realizando
rondas nas dependências da instituição, atentando para eventuais
anormalidades, bem como identificando avarias nas instalações e
comunicar as ocorrências à chefia imediata, para que essa possa
tomar as medidas necessárias.
Os agentes de apoio têm a seu encargo; o serviço de
manutenção, preservação, segurança, efetuando limpezas e
mantendo em ordem as instalações escolares, providenciando o
material e produtos necessários.
Observar e orientar os alunos quando estão no pátio da escola
e na hora do recreio, auxiliando desta forma a direção e a equipe
pedagógica. Para isso, devemos cumprir os horários estabelecidos
pela escola, não se ausentar durante o período de trabalho sem
prévia autorização da direção; respeitar seus colegas e todos os
profissionais da escola, não causando situações vexatórias.
Desenvolver um trabalho de colaboração dos professores e alunos
sobre o destino adequado do lixo e a organização das carteiras
dentro das salas de aula visando um trabalho cooperativo.
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Cabe a merendeira manter a cozinha em dia, fazendo
alimentos de boa qualidade e servir adequadamente.
Manter a cozinha com o asseio necessário para assegurar o
melhor nível de qualidade evitando eventuais problemas.
Controlar o estoque da merenda, verificando se há produtos
com vencimento próximo.
Manter uma dieta equilibrada de alimentos a serem ofertados
aos alunos.
6.15.2 - AGENTE EDUCACIONAL II
O trabalho da secretaria é diário e contínuo, atendendo
alunos, pais, professores, direção.
Redigindo tabelas de acompanhamento necessárias na escola,
histórico escolar, bem como receber e expedir correspondências,
organizar documentação, arquivar, atualizar patrimônio escolar
(bens móveis).
O trabalho na secretaria é muito intenso. Estamos
diariamente em contato entre nós e com familiares de alunos, pois a
função visa esta interação.
O setor da biblioteca é atendido por funcionários, os quais
atendem professores, alunos, e algumas vezes pessoas da
comunidade e da Universidade que está situada em frente ao
colégio.
O Colégio disponibiliza atendimento nos três turnos, matutino,
vespertino e noturno, com materiais diversificados, para pesquisas,
estudos de forma a ampliar os conhecimentos, possuindo um vasto
acervo com materiais literários, obras para pesquisa, livros didáticos,
revistas, jornais e documentos, durante todo o ano é muito
frequentada pelos alunos.
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Fornece ainda materiais aos professores para uso em sala de
aula ou mesmo na biblioteca.
Temos ainda, agentes educacionais II que exercem as funções
laboratoriais desenvolvendo atividades referentes ao funcionamento
dos laboratórios de informática, Química, Física e Biologia, cuidando
do bom funcionamento, manutenção e organização dos mesmos,
bem como assessorar os professores e alunos no trabalho em cada
laboratório. Esses profissionais são indicados pela direção do
estabelecimento de ensino, sendo importante que ele seja um
estimulador e disseminador da cultura do uso responsável e
consciente das tecnologias à disposição de professores, alunos e
toda a comunidade escolar.
No atendimento do Laboratório de Informática o agente
educacional II desempenha atividades como:
- cadastrar, remover e alterar senhas perdidas de contas de
usuários, quando assim se fizer necessário;
- auxiliar, preparar e disponibilizar ao corpo docente e discente
os procedimentos de manuseio de materiais necessários para a
realização de atividades práticas de ensino;
- participar de eventos, cursos, reuniões, sempre que
convocado, ou por iniciativa própria, desde que autorizado pela
direção, visando ao aprimoramento profissional de sua função;
- zelar pela manutenção, limpeza e segurança dos
equipamentos;
- cadastrar impressoras e dispositivos periféricos em geral;
- zelar pela integridade física dos laboratórios, por exemplo,
garantindo acesso restrito ao rack, onde se encontra o servidor;
- zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos,
professores, funcionários e famílias;
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- em conformidade com o Regimento Interno e orientação da
Direção do Colégio, cumprir e fazer cumprir o regulamento e as
regras de uso do laboratório de informática;
- exercer as demais atribuições decorrentes do Regimento
Escolar e aquelas que concernem à especificidade de sua função.
No Laboratório de Química, Física e Biologia serão
desempenhadas atividades como:
− elaborar o Regulamento de uso do laboratório de Química, Física e Biologia;
− aplicar, em regime de cooperação e de corresponsabilidade
com o corpo docente e discente, normas de segurança para o
manuseio de materiais e equipamentos;
− receber, controlar e armazenar materiais de consumo e
equipamentos do laboratório;
− Acompanhar os professores e alunos durante as aulas
práticas do laboratório;
− zelar pela manutenção, limpeza e segurança dos materiais
de consumo, instrumentos e equipamentos de uso do laboratório,
assim como, pela preservação dos materiais de consumo;
− participar de eventos, cursos, reuniões, sempre que
convocado, ou por iniciativa própria, desde que autorizado pela
direção, visando ao aprimoramento profissional de sua função;
− comunicar imediatamente à direção qualquer irregularidade,
incidente e/ou acidente ocorridos no laboratório;
− manter atualizado o inventário de instrumentos,
ferramentas, equipamentos, solventes, reagentes e demais
materiais de consumo;
− participar das atribuições decorrentes do Regimento Escolar
e exercer as específicas da sua função.
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7 - AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Considerando o contexto no qual este estabelecimento de
ensino está inserido, entendemos que o conhecimento é um
processo de crescimento e principalmente de retomada de conceitos
que serão construídos e solidificados gradativamente.
Esse Projeto Político Pedagógico é aberto e flexível onde é
avaliado constantemente, para que a cada ano letivo todos os
envolvidos, direção, equipe pedagógica, professores, funcionários e
instâncias colegiadas, analisem o que já foi alcançado, propondo
novas ações, buscando novas alternativas para solucionar os
problemas levantados pela avaliação. Além de acrescentar outras
questões importantes á educação que se fizer necessário para o
momento, proporcionado sintonia entre todos os envolvidos no
processo de ensino e aprendizagem.
57
8- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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HAYDT, Regina Célia Cazaux. Curso de Didáticas Geral. 4ª ed. São Paulo: Ática, 1997.
HOFFMANN, Jussara, Avaliação Mediadora: uma prática em construção da pré-escola à universidade. Porto Alegre: Editora Mediação
HOFFMANN, Jussara. Avaliar para promover. 6ª ed. Porto Alegre: Mediação, 2002.
JANSEN, Felipe da Silva; HOFFMANN, Jussara e ESTEBAN, Maria Teresa (orgs). Práticas Avaliativas e Aprendizagens significativas em diferentes áreas do Currículo. 3ª ed. Porto Alegre: Mediação, 2002.
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M. C. C. PLANO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO – JULHO DE 2004
MENDÉZ, Álvares, MANUEL, Juan. Avaliar para conhecer, examinar para excluir. Tradução de Magola Schwarzhaupt Chaves. Porto Alegre: Artmed, 2002.
58
MORAES, Maria Cândida. O paradigma Educacional Emergente. 2ª ed. Campinas: Papirus, 1998. (Coleção Práxis)
MOREIRA, Antônio & SILVA, Tomás Tadeu da. Currículo, cultura e sociedade. 6ª ed. São Paulo, Cortez, 2002.
PEDRA, José Alberto. Currículo, conhecimento e suas representações. 6ª ed. Campinas: Papirus, 2002.
PERRENOUD, Philippe. A prática reflexiva no ofício de professor. Tradução: Claudia Schilling. Porto Alegre: Artmed, 2002
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SAVIANI, Nereide. Saber Escolar, Currículo e didática: problemas da unidade conteúdo/método no processo pedagógico, Campinas, Autores Associados, 1994.
SORDI, M. R. de. A prática de avaliação do ensino superior: uma experiência na enfermagem. São Paulo: Cortez/PUCCAMP, 1995.
VASCONCELOS, C. S.. Avaliação da aprendizagem: Práticas de mudanças. São Paulo: Libertad, 1998.
59
VIGOTSKY, L. A formação social da mente. SP: Martins Fontes, 1987.
ZABALA, Antoni. A Avaliação. In: ZABALA, Antoni. A Prática educativa: como ensinar. Porto Alegre: Artmed, 1998.