48
RAFAEL VINICIUS PADILHA CONSCIENTIZAÇÃO A MAIOR DIFICULDADE DO TÉCNICO DE SEGURANÇA DO TRABALHO Relatório Final de Estágio, apresentado ao Curso Técnico Subsequente em Segurança do Trabalho do Colégio Estadual Pedro Macedo Curitiba-Paraná, como parte das exigências para a obtenção do grau de Técnico em Segurança do Trabalho. Orientador: Franciele Scorsin

COLÉGIO ESTADUAL PEDRO MACEDO – EFMP … · Web viewSABER A HORA DE FALAR (Saber o momento certo na hora certa) SABER COMO FALAR (Saber a forma certa de se expressar, desde o jeito

  • Upload
    ngothu

  • View
    214

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

RAFAEL VINICIUS PADILHA

CONSCIENTIZAÇÃO A MAIOR DIFICULDADE DO TÉCNICO DE SEGURANÇA DO TRABALHO

Relatório Final de Estágio, apresentado ao Curso Técnico Subsequente em Segurança do Trabalho do Colégio Estadual Pedro Macedo – Curitiba-Paraná, como parte das exigências para a obtenção do grau de Técnico em Segurança do Trabalho.

Orientador: Franciele Scorsin

CURITIBA2014

DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho a minha família, aos meus amigos Adriana

Bueno Machado, Priscila Inocência de Souza e Roberto Alves de

Oliveira e aos professores que estiveram sempre do meu lado me

dando forças para continuar e não desistir.

AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus pela força e sabedoria e a minha família que sempre esteve

do meu lado.

“O fracassado jamais começa o perdedor jamais termina e o vencedor jamais

desiste”

(Norman Vicent Peale)

RESUMO

Esse trabalho tem como foco mostrar que a conscientização é maior

dificuldade do técnico de segurança do trabalho por diversos fatores entre eles

pode-se destacar: a falta o uso de EPIs, falta de treinamentos, falta diálogo de

segurança, ou seja, deve ter ferramentas para ajudar a conscientizar o trabalhador,

mas mesmo assim não é tão fácil, pois lidar com pessoas é difícil e mudar hábitos é

um processo gradativo e árduo.

Palavras-chaves: Conscientização, segurança do trabalho.

SUMÁRIO1. INTRODUÇÃO......................................................................................................7 2.OBJETIVOS...........................................................................................................8 2.1OBJETIVO GERAL...............................................................................................8 2.2 OBJETIVO ESPECIFICO.....................................................................................8

3. JUSTIFICATIVA.....................................................................................................9

4. FUNDAMENTAÇÃO TÉORICA............................................................................104.1 HISTÓRIA DA SEGURANÇA DO TRABALHO NO BRASIL...............................104.2 SEGURANÇA NO TRABALHO UMA QUESTÃO DE CONSCIENTIZAÇÃO......134.3 REQUISITOS LEGAIS VISANDO À CONSCIENTIZAÇÃO E PREVENÇÃO DE ACIDENTES...............................................................................................................144.4 NR 6- EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL- EPI................................154.5 RESPONSABILIDADE VERSUS ACIDENTE......................................................164.6 QUALIDADE DE VIDA.........................................................................................174.7 ATITUDES DO TÉCNICO DE SEGURANÇA DO TRABALHO...........................184.8 CONSCIENTIZAÇÃO A FERRAMENTA EFICAZ................................................194.9 EVITANDO ACIDENTES / DOENÇAS OCUPACIONAIS....................................194.10 SITUAÇÕES DAS DOENÇAS OCUPACIONAIS E ACIDENTES NO MUNDO..... ....................................................................................................................................204.11 CONSCIENTIZAÇÃO.........................................................................................224.12 FERRAMENTAS DE PREVENÇÃO...................................................................24

5. APRESENTAÇÃO DA EMPRESA........................................................................285.1 LOCALIZAÇÃO....................................................................................................285.2 HISTÓRICO.........................................................................................................285.3 ORGANIZAÇÃO...................................................................................................285.4 CLIENTELA..........................................................................................................29

6. ESTÁGIO CURRICULAR......................................................................................306.1 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS.........................................................................30

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................................32

8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................................33

7

1. INTRODUÇÃO

A conscientização busca fazer as pessoas refletirem como estão agindo,

como podem mudar isso é motiva-las para fazerem os procedimentos corretos de

segurança. Mas esse processo educacional é feito passo a passo não é de um

dia para o outro. Sendo de extrema importância para prevenir os acidentes e

doenças do trabalho. Mas é uma das grandes dificuldades, pois é difícil lidar com

pessoas que, para uns prevenção é importante embora muitos não levem a sério,

infelizmente isso faz parte da realidade do técnico de segurança do trabalho. As

estatísticas de acidentes estão diminuíndo, porem há muitos acidentes e doenças

ainda devido ao trabalho, cerca de 2,34 milhões de mortes em decorrência do

trabalho em todo o mundo. Muitas vezes o funcionário não sabe os riscos e as

medidas preventivas que estão relacionados ao seu labor por isso que é

importante a conscientização não só dos trabalhadores como também do

empregador. Uma das maneiras de conscientizar é o treinamento do empregado

além de capacitar aprendem também as medidas preventivas e corretas para o

trabalho, ou seja, acidente/doença tanto para o empregado como para o

empregador é gravíssimo e um dos métodos para diminuir essa estatística é o

treinamento que qualifica e ao mesmo tempo conscientiza.

8

2 OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO GERAL

Realizar um estudo sobre a importância da conscientização do trabalhador

e seu impacto no labor.

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Estudar sobre conscientização do trabalhador;

Levantar os desafios do técnico de segurança do trabalho;

Sugerir soluções;

Buscar treinamentos.

9

3 JUSTIFICATIVA

É de extrema importância a Conscientização sendo um processo

gradativo e progressivo que visa destacar para o funcionário que ele precisa se

cuidar que ele é responsável pela sua própria segurança, ou seja, ninguém pode

fazer mais pela segurança do que ele mesmo. A conscientização pode ser feita

de varias maneiras desde uma simples de DDS (Dialogo de Segurança) até

treinamentos, palestra e SIPAT (Semana Interna de Prevenção de Acidentes).

10

4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

4.1 HISTÓRIA DA SEGURANÇA DO TRABALHO NO BRASIL

1891 - A preocupação prevencionista teve início com a Lei que tratava da proteção

ao trabalho dos menores, em 23/01/1891.

1919 - Criada a Lei n° 3724, de 15/01/19 – Primeira Lei brasileira sobre acidentes de

trabalho.

1941 - Em 21/04/41, empresários fundam no Rio de Janeiro a ABPA – Associação

Brasileira para Prevenção de Acidentes.

1943 - CLT foi aprovada pelo decreto-Lei n°5452, em 01/05/43 (entrou em vigor em

10/11/43). Foi o instrumento jurídico que viria a ser prática efetiva da prevenção no

Brasil.

1944 - Decreto-Lei n° 7036 de 10/11/44 promoveu a “reforma da Lei de acidentes de

trabalho” (um desdobramento que contava no capítulo V do Título II da CLT).

Objetivando maior entendimento à matéria e  agilizar a implementação dos

dispositivos da CLT referentes à Segurança e Higiene do Trabalho, além de garantir 

a “Assistência Médica, hospitalar e farmacêutica” aos acidentados e indenizações

por danos pessoais por acidentes.

Este Decreto-Lei, em seu artigo 82 criou as CIPA.

1953 - Decreto-Lei n° 34715, de 27/11/53 instituiu a SPAT (Semana de Prevenção

de Acidentes do Trabalho) A ser realizada na 4° semana de Novembro de cada

ano. Também em 1953 a Portaria 155 regulamenta e organiza as CIPAs e

estabelece normas para seu funcionamento.

1955 - Criada a portaria 157, de 16/11/55 para coordenar e uniformizar as atividades

das SPAT. Constando a realização do Congresso anual  das CIPA durante a

SPAT. O Título do Congresso passou em 1961 para Congresso Nacional de

11

Prevenção de Acidentes do Trabalho – CONPAT. A exclusão do CONPAT

ocasionou a proliferação de Congressos e outros eventos.

1960 - A Portaria 319 de 30/12/60 regulamenta a uso dos EPIs.

1966 - Criada conforme Lei n° 5161 de 21/10/66 a Fundação Centro Nacional de

Segurança Higiene e Medicina do Trabalho, atual Fundação Jorge Duprat Figueiredo

de Segurança e Medicina do Trabalho, em homenagem ao seu primeiro Presidente.

Hoje mais conhecida como FUNDACENTRO. A criação da FUNDACENTRO foi sem

dúvida um dos grandes feitos na história da segurança do trabalho e partir de ações

da entidade a segurança do trabalho pode avançar de forma significativa.

1967 - A Lei n° 5316 de 14/09/67 integrou o seguro de acidentes de trabalho

na Previdência Social.

Também em 1976 surge a sexta lei de acidentes de trabalho, e identifica doença

profissional e doença do trabalho como sinônimos e os equipara ao acidente de

trabalho.

1972 - Decreto n° 7086 de 25/07/72, estabeleceu a prioridade da Política do PNVT-

Programa Nacional de Valorização do Trabalhador. Selecionou 10 prioridades, entre

elas a Segurança, Higiene e Medicina do Trabalho.

A Portaria 3237 do MTE de 27/07/72 criou os serviços de Segurança, Higiene e

Medicina do Trabalho nas empresas. Foi o “divisor de águas” entre a fase do

profissional espontâneo e o legalmente constituído. Esta portaria criou os cursos de

preparação dos profissionais da área.

1974 - Iniciados enfim, os cursos para formação dos profissionais de Segurança,

Higiene e Medicina do Trabalho.

1977 - A Lei n° 6514 de 22/12/77 modificou o Capitulo V do Título II da

CLT. Convém ressaltar que essa modificação deu nova cara a CIPA, estabeleceu

a obrigatoriedade, estabilidade, entre outros avanços. 

1978 - Criação das NRs – Normas Regulamentadoras, aprovadas pela Portaria 3214

de 08/06/78 do MTE, aproveitando e ampliando as postarias existentes e Atos

Normativos, adotados até na construção da Hidrelétrica e Itaipu. Na ocasião foram

criadas 28 NRs.

Essa portaria representou um dos principais impulsos dados a área de Segurança e

Medicina do Trabalho nos últimos anos.

12

1979 - Em virtude da carência de profissionais para compor o SESMT, a resolução

n° 262 regulamenta a criação de cursos em caráter prioritário para esses

profissionais.

1983 - A Portaria n° 33 alterou a Norma Regulamentadora 5 introduzindo nela os

riscos ambientais.

1985 - A lei n° 7410 de 27/11/85 Oficializou a especialização em Engenharia de

Segurança do Trabalho e criou a categoria profissional de Técnico em Segurança do

Trabalho, até então os únicos profissionais prevencionistas não reconhecidos

legalmente.

Dava prazo de 120 dias para o MEC os currículos básicos do curso de

especialização em Técnico de Segurança do Trabalho. Mas somente em

1987, através do parecer 632/87 do MEC, foi estabelecido o curso  de formação de

TST em vigor.

1986 - A lei n° 7498/86 regulamenta as profissões Enfermeiro, Técnico em

Enfermagem, Auxiliar de Enfermagem.

1986 - A Lei n° 9235 de 09/04/86 regulamentou a categoria de Técnico de

Segurança do Trabalho. Que na década de 50 eram chamados de “Inspetores de

Segurança”.

 

1990 - O quadro do SESMT NR 4 é atualizado. O SESMT a partir de então é

formado por:

- Engenheiro de Segurança do Trabalho;

- Médico do Trabalho;

- Enfermeiro do Trabalho;

- Auxiliar de Enfermagem do Trabalho;

- Técnico em Segurança do Trabalho.

 

1991 - Lei 8.213/91 estabelece o conceito legal de Acidente de Trabalho e de

Trajeto e nos artigos 19 a 21 e no artigo 22 também estabelece a obrigação da

empresa em comunicar os Acidentes do Trabalho às autoridades competentes. 

Foi posteriormente alterado pelo Decreto nº 611, de 21 de julho de 1992.

2001 - Entra em vigor a Portaria n° 458 de 4 de Outubro de 2001 e fica proibido a

partir de então, o trabalho infantil no Brasil. 

13

 

2009 – O termo Ato Inseguro é retirado do item 1.7 da Norma Regulamentadora 1. E

isso é motivo de comemoração para muitos prevencionistas que reclamam que o

termo retirava em muitas vezes a responsabilidade do empregador. Pois era fácil

rotular os acidentes somente como Ato Inseguro, e isso dificultava encontrar a

verdadeira causa.

 

2012 - A presidente do Brasil institui através da Lei nº 12.645, de 16 de maio de

2012 o dia 10 de outubro como o Dia Nacional de Segurança e de Saúde nas

Escolas. (Neto Nestor Waldhelm, 2014).

4.2 SEGURANÇA NO TRABALHO UMA QUESTÃO DE CONSCIENTIZAÇÃO

Segundo o blog segurança no trabalho no Brasil, 2013 existem três níveis de

Segurança do Trabalho:

NÍVEL 1:

NÍVEL INTUITIVO: É quando o trabalhador não conhece nenhuma técnica de

Segurança do Trabalho e se protege intuitivamente, ou seja, se protege apenas

quando percebe alguma situação de risco.

NÍVEL 2:

REATIVO: É quando o trabalhador é cobrado para que cumpra com normas e

procedimentos de segurança do trabalho e o mesmo só cumpre porque é cobrado.

O trabalhador não tem consciência de que o controle dos riscos é realizado para a

manutenção de sua segurança e saúde.

NÍVEL 3:

PRÓ ATIVO: O trabalhador e sua equipe tem consciência dos riscos procurando

sempre utilizar as melhores praticas para se proteger dos riscos e tem

responsabilidade para com a equipe onde todos cuidam de sua segurança levando

em conta que o maior bem que tem é a VIDA.

Então quanto menor o nível maior é o Risco de Acidentes.

14

Infelizmente a falta de conscientização do trabalhador faz com que a maior parte das

empresas que tem preocupação com a Segurança do Trabalho se encontrem no

segundo nível. O problema é que para se chegar ao terceiro nível é preciso uma

mudança de paradigma, ou seja, saber que a sua vida é da equipe de trabalho são

as coisas mais importantes. É preciso o comprometimento desde a direção da

empresa até a auxiliar de cozinha sob a motivação de criar um ambiente seguro

para todos realizarem suas atividades de trabalho.

4.3 REQUISITOS LEGAIS VISANDO À CONSCIENTIZAÇÃO E A PREVENÇÃO DE ACIDENTES

Uma das alternativas previstas em lei para evitar o acidente de trabalho é o uso de

EPIs (Equipamento de Proteção Individual). Segundo a NR6 considera-se EPI todo

dispositivo o ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à

proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho. O

uso de EPI está previsto na legislação trabalhista. A Consolidação das Leis do

Trabalho (CLT) prevê a obrigatoriedade da empresa em fornecer aos empregados,

gratuitamente, EPI adequado aos riscos e em perfeito estado de conservação e

funciona mento. Caso não sejam fornecidos os equipamentos aos funcionários e

ocorrendo acidentes de trabalho, a empresa é responsabilizada perante a legislação.

A NR6 também prevê obrigações do empregador em fornecer os EPIs e, cabe aos

empregados a responsabilidade pelo seu uso, guarda e conservação. Os estudos

sobre a aceitação do uso dos EPI são relativamente recentes. Os primeiros foram

efetuados em minas e siderurgias e inseridos num conjunto de 16 investigações que

decorreram entre 1961 a 1964, promovidas pela Comunidade Europeia do Carvão e

do Aço (CECA), tendo como grande objetivo a obtenção de resultados utilizáveis na

prevenção dos acidentes de trabalho No âmbito legal ainda são citados aspectos

sobre atividades insalubres. Segundo a NR15 são consideradas atividades ou

operações insalubres as que se desenvolvem no "limite de tolerância" máxima ou

mínima, relacionada com a natureza e o tempo de exposição ao agente, que possa

causar dano à saúde do trabalhador, durante a sua vida laboral. As empresas

devem atentar-se a organização das atividades de modo que possam evitar a

exposição dos trabalhadores a estes riscos. A Comissão Interna de Prevenção de

15

Acidentes (CIPA) exerce papel importante no processo de garantia da segurança no

ambiente de trabalho. Segundo a NR5 a CIPA tem como objetivo a prevenção de

acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatível

permanentemente o trabalho com a preservação da vida e a promoção da saúde do

trabalhador.

4.4 NR 6 – EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL– EPI

6.1. Para os fins de aplicação desta Norma Regulamentadora - NR, considera-se

Equipamento de Proteção Individual - EPI todo dispositivo de uso individual, de

fabricação nacional ou estrangeira, destinado a proteger a saúde e a integridade

física do trabalhador.

6.2. A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI

adequado ao risco e em perfeito estado de conservação e funcionamento, nas

seguintes circunstâncias:

a) sempre que as medidas de proteção coletiva forem tecnicamente inviáveis ou não

oferecerem completa proteção contra os riscos de acidentes do trabalho e/ou de

doenças profissionais e do trabalho;

b) enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas;

c) para atender a situações de emergência.

6.4.1. Nas empresas desobrigadas de possuir CIPA, cabe ao empregador, mediante

orientação técnica, fornecer e determinar o uso do EPI adequado à proteção da

integridade física do trabalhador.

6.5. O EPI, de fabricação nacional ou importado, só poderá ser colocado à venda,

comercializado ou utilizado, quando possuir o Certificado de Aprovação - CA,

expedido pelo Ministério do Trabalho e da Administração - MTA, atendido o disposto

no subitem 6.9.3.

6.6. Obrigações do empregador.

6.6.1. Obriga-se o empregador quanto ao EPI a:

a) adquirir o tipo adequado à atividade do empregado;

b) fornecer ao empregado somente EPI aprovado pelo MTA e de empresas

cadastradas no DNSST/MTA;

16

c) treinar o trabalhador sobre o seu uso adequado;

d) tornar obrigatório o seu uso;

e) substituí-lo, imediatamente, quando danificado ou extraviado;

f) responsabilizar-se pela sua higienização e manutenção periódica;

g) comunicar ao MTA qualquer irregularidade observada no EPI.

6.7. Obrigações do empregado.

6.7.1. Obriga-se o empregado, quanto ao EPI, a:

a) usá-lo apenas para a finalidade a que se destina;

b) responsabilizar-se por sua guarda e conservação;

c) comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para uso.

(Ministério do Trabalho e Emprego, 2014).

4.5 RESPONSABILIDADE VERSUS ACIDENTE

Artigo 159 da Lei nº 3.071 de 01 de Janeiro de 1916

Art. 159. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência, ou imprudência,

violar direito, ou causar prejuízo a outrem, fica obrigado a reparar o dano.

A verificação da culpa e a avaliação da responsabilidade regulam-se pelo disposto

neste Código, arts. 1.518 a 1.532 e 1.537 a 1.553. (Redação dada pelo Decreto do

Poder Legislativo nº 3.725, de 15.1.1919).

CP - Decreto Lei nº 2.848 de 07 de Dezembro de 1940

Art. 13 - O resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a

quem lhe deu causa. Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado

não teria ocorrido. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984).

Superveniência de causa independente (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

§ 1º - A superveniência de causa relativamente independente exclui a imputação

quando, por si só, produziu o resultado; os fatos anteriores, entretanto, imputam-se a

quem os praticou. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984).

Relevância da omissão (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984).

17

§ 2º - A omissão é penalmente relevante quando o omitente devia e podia agir para

evitar o resultado. O dever de agir incumbe a quem: (Incluído pela Lei nº 7.209, de

11.7.1984).

a) tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância; (Incluído pela Lei nº

7.209, de 11.7.1984).

b) de outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o resultado; (Incluído pela

Lei nº 7.209, de 11.7.1984).

c) com seu comportamento anterior, criou o risco da ocorrência do resultado.

(Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984). (Revista Eletrônica JUSBRASIL, 2014).

Segundo art. 159 da lei 3071 e art. 13 da lei 2848, respondemos criminalmente, por

isso a importância da conscientização e de nos resguardar com documentos e

provas. Então vale salientar que às vezes não é culpa do técnico e não é ele que

responde, mas sim a pessoa que deu origem ao acidente por ação ou omissão do

mesmo.

4.6 QUALIDADE DE VIDA

A Qualidade de Vida no Trabalho tem como objetivo fazer com que os trabalhadores

se sintam bem em trabalhar na empresa e fazer do ambiente de trabalho um lugar

agradável e produtivo.

As empresas estão se preocupando cada vez mais com o tratamento em relação às

pessoas, por estarem em um meio de alta concorrência e modernização, pois

dependem extremamente delas para o alcance de seus objetivos e metas. Portanto,

as pessoas trabalham em conjunto para atingirem os objetivos e metas da empresa,

porém têm os seus objetivos individuais que cada vez se tornam mais precisos e

necessários para uma vida saudável, necessitando assim que sejam consideradas

parceiras da organização.

Um programa de Qualidade de Vida existe para criar estratégias com o intuito de

promover um ambiente que estimule e de suporte ao colaborador e à organização,

18

conscientizando sobre como sua saúde está diretamente relacionada à sua

qualidade e produtividade.

Com esta nova realidade, o termo Qualidade de Vida no Trabalho começou a ser

discutido e implantado pelas organizações. Estas medidas visavam uma busca na

melhoria do ambiente de trabalho e principalmente na saúde física e mental de seus

colaboradores.

Atualmente as organizações estão criando alternativas mais práticas e colocando

em rigor programas de incentivo para aumentar os níveis de satisfação e saúde do

colaborador através de ginásticas laborais, melhoras no clima organizacional por

meio de relações e ações saudáveis, melhoras na capacidade de desempenho das

atividades diárias com a implementação de ferramentas voltadas para otimizar o

processo de trabalho, além de promover ações para diminuição da carga de

trabalho. (Revista Eletrônica ADMINISTRADORES.COM, 2011)

4.7 ATITUDES DO TÉCNICO DE SEGURANÇA DO TRABALHO

PACIENTE (Ato ou efeito daquele que sabe esperar, ser paciente, pessoa

serene tranquila, persistente, perseverante, virtude de quem suporta males e

incômodos sem queixumes nem revolta). (DICIONARIOINFORMAL, 2014).

HULMILDADE (Característica de pessoas francas, que aceitam a verdade e

que têm senso de realidade apurado, reconhecem seus erros e acertos com a

mesma naturalidade, não subestimam, nem supervalorizam fatos, pessoas,

coisas ou a si mesmos). (DICIONARIOINFORMAL, 2014).

SABER A HORA DE FALAR (Saber o momento certo na hora certa)

SABER COMO FALAR (Saber a forma certa de se expressar, desde o jeito de

olhar até o tom de voz).

GOSTAR DO QUE FAZ (Para fazer bem feito e tem prazer no que faz).

19

SABER SER IMPOR (Sem constranger o empregado, usar a persuasão e a

astúcia, boa comunicação).

SER EXEMPLO (Usar EPIs e não só cobrar o seu uso, fazer a coisa certa

dentro das normas, procedimentos e da lei).

Sem isso não ira a lugar algum, pois nosso trabalho é cuidar, prevenir e

conscientizar pessoas. Se não tiver paciência não tem como atuar e progredir, se

não tiver humildade não terá respeito, Se falar em horas erradas ganhara inimigos,

se impor de forma errada e principalmente na frente dos outros irá constranger o

trabalhador e mostrará para outros que é um técnico de segurança do trabalho

arrogante. Não se deve deixar o empregado fazer o que bem quer, tem que fazer o

que é melhor para ele com argumentos concretos e da melhor forma possível, ser

exemplo, pois adianta cobrar se não usar, tal como, o EPI.

4.8 CONSCIENTIZAÇÃO A FERRAMENTA EFICAZ

Segundo especialista Arnaldo Cambraia e Maria Cristina Barros, 2013 a

conscientização é forma mais eficaz de combate a acidente de trabalho, porem para

ter sucesso deve estar comprometido e ter paciência, pois não é fácil mudar hábitos,

então sempre vai ser uma tarefa árdua que precisa de tempo e dedicação além de

uma boa persuasão.

O engenheiro ambiental Arnaldo Cambraia ressalta que é preciso que empresas desenvolvam ações educativas. “O Treinamento Diário de Trabalho (TDT) é muito importante. É uma espécie de minitreinamento que alerta o trabalhador a respeito dos procedimentos corretos de segurança, com eletricidade e altura, por exemplo.” (RBA REDE BRASIL ATUAL, 2013).

Para a Maria Cristina de Barros, procuradora federal “Precisamos unir a sociedade para a conscientização. Não é apenas a falta de equipamentos que causa acidentes, mas sim a falta de consciência de que este acidente pode ser causado a partir do momento em que o trabalhador manipula um equipamento perigoso”. (RBA REDE BRASIL ATUAL, 2013).

4.9 EVITANDO ACIDENTES / DOENÇAS OCUPACIONAIS

De acordo com a Lei 8213/91, Art. 19 da Legislação de Direito Previdenciário  e o

Decreto nº 611/92 de 21 de julho de 1992, do Ministério da Previdência e Assistência

Social, o acidente de trabalho é aquele que ocorre pelo exercício do trabalho, a

20

serviço da empresa ou pelo exercício do trabalho dos segurados especiais,

provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte do

trabalhador, a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o

trabalho (invalidez).

Doenças ocupacionais causam alterações na saúde do trabalhador, provocadas

pelas atividades desempenhadas no seu ambiente de trabalho. Uma doença

ocupacional acontece quando um trabalhador é exposto ao limite excessivo

permitido a agentes químicos, físicos, biológicos ou radioativos, sem proteção

compatível com o risco envolvido. Essa proteção pode ser com o uso de

equipamento de proteção coletiva (EPC) ou equipamento de proteção individual

(EPI).

As empresas tem que ter o objetivo de manter os funcionários sempre seguros e

distantes de qualquer doença ocupacional ou acidente de trabalho, todos precisam

ficar atentos aos riscos e aos cuidados com a saúde, levando em consideração a

infraestrutura do ambiente de trabalho. É fundamental que todo empregador

conheça bem as implicações e as exigências legais pertinentes, ou seja, tem que

haver a conscientização do empregador também, para oferecer ao seu trabalhador

uma proteção adequada evitando a ocorrência de doenças e de possíveis acidentes.

Existem varias formas de conscientizar e evitar acidentes entre elas pode-se citar:

mostra imagens e fotos para os funcionários de acidentes e colocando em murais, a

sinalização Norma Regulamentadora 26 Sinalização de Segurança, Treinamentos,

palestras, campanhas, SIPAT (semana interna de prevenção de acidente), entre

outros. Se não conscientizar e prevenir haverá sempre uma consequência disso

tanto para empresa tanto para o empregado quanto para a sociedade, mas como

TST (técnico de segurança do trabalho) deve-se dar o exemplo, ou seja, ouso de

EPIs é de extrema importância para evitar acidente e doença porem não adianta só

cobrar tem que ensinar e mostrar que também usa.

4.10 SITUAÇÕES DAS DOENÇAS OCUPACIONAIS E ACIDENTES NO MUNDO

A OIT (Organização Internacional do Trabalho) fez um relatório em 2013 que mostra:

que dois milhões de pessoas morrem por ano no mundo devido a doenças

21

ocupacionais/profissionais, 321 mil em consequência de acidentes, 6.300 mortes

diárias relacionadas ao trabalho, 5.500 mortes diárias causadas por doenças.

E de acordo com a OIT, anualmente “se produzem 16 milhões de casos de

enfermidades não mortais relacionadas com o trabalho”, diz o informe. Os tipos e

tendências das doenças “variam consideravelmente”, segundo a organização, que

cita, entre outros, o exemplo da China, quem em 2010 notificou ter registrado 27.240

casos de enfermidades profissionais, incluídas 23.812 provocadas por exposição a

partículas de pó no local de trabalho.

O relatório cita também o Brasil, onde se calcula que 6,6 milhões de trabalhadores

estejam expostos a partículas de pó de sílica. “Estudos feitos na América Latina

revelam uma taxa de prevalência de silicose entre os mineiros (trabalhadores na

mineração) de 37%, e de 50% entre os mineiros com mais de 50 anos”, afirma. A

silicose é uma doença respiratória comum também na construção civil.

A OIT chama a atenção também para os riscos das mudanças tecnológicas, sociais

e de organização “como consequência da rápida globalização que vivemos”.

Segundo a entidade, “ainda que alguns dos riscos tradicionais tenham diminuído

graças à maior segurança, aos avanços técnicos e à melhor regulamentação

existentes, eles seguem afetando gravemente a saúde dos trabalhadores”. Ao

mesmo tempo, aumentam “novos tipos de enfermidades profissionais sem que se

apliquem medidas de prevenção e controle adequadas”. Seriam exemplos, “as

novas tecnologias, como as nanotecnologias e determinadas biotecnologias”, que

comportam novos e não identificados riscos. “Entre os riscos emergentes, se

incluem as condições ergonômicas deficientes, a exposição à radiação

eletromagnética e os riscos psicossociais.”

Ainda conforme o relatório, mais da metade dos países não proporcionam

estatísticas adequadas a respeito. “Os dados disponíveis se referem principalmente

a lesões e mortes. Poucos países compilam dados separados por sexo. Isso não só

torna mais difíceis a identificação das lesões ou doenças profissionais específicas de

homens e mulheres, como também impede o desenvolvimento de medidas de

prevenção eficazes”, afirma OIT, que também ressalta o alto custo dos acidentes,

22

para todas as partes (trabalhadores, empregadores e poder público), enfatizando a

importância da prevenção. “O controle regular do ambiente de trabalho e a vigilância

da saúde dos trabalhadores facilita aos empregadores prevenir e notificar os casos

de doenças profissionais.” (RBA REDE BRASIL ATUAL, 2013)

As doenças profissionais mais comuns são: Lesão por Esforços Repetitivos/

Distúrbios Osteomusculares, Bissinose, Surdez temporária ou definitiva, Antracose,

Dermatose Ocupacional, Câncer de pele, Siderose, Catarata, Doenças por função,

doenças psicossociais. (Revista Proteção, 2014)

Pode-se destacar como também uns dos grandes fatores para as doenças

ocupacionais e acidentes de trabalho: a falta de conhecimento e falta de

concentração do trabalhador. Eis ai a Grande importância de ter um Técnico de

segurança do trabalho para conscientizar e prevenir.

Esta evoluindo continuamente a segurança do trabalho mais há muito que melhorar

não só o Brasil, mas sim o mundo.

4.11 CONSCIENTIZAÇÃO

É o ato de estar ciente, isto é, ter conhecimento sobre algo e a partir daí, passar a

refletir, julgando o que está certo ou errado em suas atitudes de tal forma que seu

objetivo passe a ser a transformação de si mesmo e depois da sociedade como um

todo. (DICIONÁRIO INFORMAL, 2014)

Para Neto Nestor Waldhelm, 2014 a segurança do trabalho só flui na empresa

através de conscientização. É necessário que a empresa adote uma linguagem clara

no tocante a aos riscos e as medidas que deverão ser adotadas.

Norma Regulamentadora 9.5.2 Os empregadores deverão informar os trabalhadores

de maneira apropriada e suficiente sobre os riscos ambientais que possam originar-

se nos locais de trabalho e sobre os meios disponíveis para prevenir ou limitar tais

riscos e para proteger-se dos mesmos.

23

E segundo Neto Nestor Waldhelm, 2014 a conscientização dos funcionários é de

longe a prática mais importante para uma gestão de segurança do trabalho de

sucesso, porém segue fazes:

DIVULGAÇÃO DOS RISCOS

A empresa precisa divulgar de forma clara os riscos a que estão expostos os

funcionários da empresa.

Essa conscientização pode acontecer através de palestras como DDS, SIPAT (que é

obrigatória), dentre outras, e também usando comunicação visual, placas de perigo,

risco, cuidado, e até o Mapa de Risco.

Um Mapa de Risco bem elaborado com uma linguagem clara é muito útil para

conscientização. O Mapa de Risco consegue conscientizar e orientar até aqueles

que ainda não tiveram chance de participar de palestras, como visitantes da

empresa por exemplo.

DIVULGAÇÃO DAS MEDIDAS PREVENTIVAS

Antes de fornecer o EPI o funcionário deve ser orientado. Muitas empresas

entregam o EPI e obrigam o uso sem nem ao menos se dar ao trabalho de mostrar

para que serve, e como usar.

Todos os funcionários devem receber essa orientação antes de iniciar o uso, isso é

uma atitude que mostra respeito. Essa orientação nem precisa ser demorada, talvez

possa ser ministrada até no momento de assinar a Ordem de Serviço, em uma

conversa com o funcionário. Legislação: NR 6.6.1 letra “D”.

EUIPAMENTO DE PROTEÇÃO COLETIVA (EPCs)

É o foco de todo prevencionista inteligente. O EPC deve ser a primeira opção a ser

analisada para atenuação ou eliminação dos riscos no ambiente de trabalho. O EPI

só deve ser indicado em último caso, ou como medida passageira segundo a NR 6.

EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPIs)

São muito usados e conhecidos na maioria das empresas. É uma medida fornece

proteção por um preço bem em conta. É o pesadelo de muitos Técnicos em

24

Segurança do Trabalho. Diálogos individuais e palestras podem ajudar muito na

conscientização dos funcionários mais resistentes ao uso.

4.12 FERRAMENTAS DE PREVENÇÃO

DDS-DIÁLOGO DIÁRIO DE SEGURANÇA

É uma ótima ferramenta de conscientização dos funcionários.

São palestras curtas, que normalmente não chegam a 15 minutos. Habitualmente

ministradas no próprio ambiente de trabalho. Com temas focados nos riscos

presentes no ambiente, e nas medidas preventivas adotadas pela empresa.

Em algumas empresas o DDS é diário para todos os trabalhadores, em outras, cada

dia é feito com uma parte da equipe de trabalho, outras optam por palestras

semanais, mensais.

CKECK LIST

Possuem várias utilidades. Na Segurança do Trabalho podem ser usadas para

verificações de segurança em locais de trabalho, veículos, máquinas, ferramentas,

equipamentos, EPIs e até para funcionamento de órgão como Serviço Especializado

em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho e CIPA.

Têm também os famosos check lists de NRs que servem para adequar à empresa

as exigências da NR utilizada como fonte do próprio check list.

INVESTIGAÇÃO DE ACIDENTES

É importante para determinar a causa do acidente, para tentar evitar que aconteçam

acidentes parecidos.

PPRA

O programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) NR 9. Esse programa visa

à proteção da saúde do trabalhador no “ambiente” de trabalho.

O PPRA é um documento fundamental, para a proteção e saúde dos trabalhadores,

e também para uma boa gestão de segurança e medicina do trabalho na empresa.

A partir do mapeamento dos riscos feitos no PPRA fica mais fácil fazer o

monitoramento e controle dos riscos existentes no local de trabalho.

25

INSPEÇÃO DE SEGURANÇA

Visam à identificação dos riscos causadores de acidentes e doenças ocupacionais,

fazendo uso da técnica e recursos apropriados. Após o completo mapeamento dos

riscos, serão determinadas as medidas preventivas e corretivas necessárias.

TIPO DE INSPEÇÃO

Geral: Envolve todos os setores da empresa ou grande parte dela, normalmente

esse tipo de inspeção é previamente definida.

Parcial: É feita em setores de trabalho, maquinários, ou partes específicas.

De Rotina: São inspeções eventuais ou feitas em intervalos regulares curtos e

previamente definidos. Esse tipo de inspeção é muito usado por profissionais de

segurança do trabalho.

Periódica: É realizada com data e local previamente definido. Adotando-se para

tanto um cronograma que indicará os locais e periodicidade de inspeção adotada

para cada setor listado. Tem como objetivo dar atenção às condições de segurança

dos diversos setores existentes em uma empresa.

Eventual: Feitas sem previsão de data. É o tipo de inspeção que depende da

sensibilidade do profissional. Normalmente surte bons resultados por causa do fator

surpresa.

Oficial: São realizadas por órgão governamentais do trabalho como Ministério do

Trabalho e Emprego, Bombeiros, e empresas particulares como seguradoras e

parceiros de trabalho.

Especial: É o tipo de inspeção mais aprofundada. Que requer equipamentos ou

aparelhos especiais.

PCMSO – NORMA REGULAMENTADORA 7

O Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional (PCMSO) tem como objetivo

de promoção e preservação da saúde do conjunto dos seus trabalhadores. Sendo

então, um programa que em conjunto com os demais somará forças em prol da

saúde dos trabalhadores.

Tem caráter de prevenção, mapeamento precoce e diagnóstico dos agravos à saúde

dos trabalhadores, além da constatação dos casos de doenças profissionais ou

26

danos irreversíveis à saúde dos trabalhadores. O responsável legal por esse

programa deve ser um Médico do Trabalho.

APR

A Análise Preliminar de Risco (APR) é uma técnica que visa à prevenção de

acidentes do trabalho através da antecipação dos riscos.

É uma visão antecipada do trabalho a ser executado, que permite a identificação dos

riscos envolvidos em cada passo da tarefa, e ainda permite a condição de evitá-los

ou conviver com eles em segurança.

PT

A Permissão de Trabalho (PT) ou Permissão de Trabalho Especial (PTE) é um

formulário normalmente utilizado em trabalhos de risco elevado. É usado para

documentar a liberação de um trabalho por um tempo determinado.

É uma ferramenta de avaliação e documentação de possíveis riscos causadores de

acidentes de trabalho e doenças ocupacionais. Uma das fases da PT é a APR

(Análise Preliminar de Risco).

SINALIZAÇÃO/ PLACAS DE AVISO

Sinalização e sinalização de segurança se confundem. Afinal, ambas servem como

orientadores. Uma pessoa bem orientada tem menos chances de sofrer um

acidente.

As placas de aviso tipo perigo, risco, cuidado devem ser usadas com inteligência,

não podemos rotular tudo como perigoso. Quem faz assim corre o risco de ter sua

sinalização como desacreditada. Uma sinalização desacreditada se torna inválida e

não cumpre sua missão.

ORGANIZAÇÃO DO AMBIENTE

Sabemos que um ambiente desorganizado é um convite ao acidente. Então,

devemos também estar de olho na organização e até na limpeza do ambiente.

Mantenha contato permanente com o pessoal do setor de limpeza, descubra quais

são as áreas mais vulneráveis a carentes de limpeza e vez ou outra dê uma

conferida. Limpeza e organização andam juntas.

27

NÃO IMPROVISAR

É uma regra de ouro da segurança do trabalho. O improviso é um dos maiores

causadores de acidentes e acidentes de trabalho.

PARTICIPAR DOS TREINAMENTOS OFERECIDOS PELA EMPRESA

É muito importante a participação dos funcionários nos treinamentos de segurança

oferecidos pela empresa.

O ideal é que até os líderes da empresa participem para dar o exemplo. Fazendo

assim, o treinamento ganha em credibilidade, e cada vez mais pessoas se sentirão

motivadas a participar.

CUMPRIR AS NORMAS DE SEGURANÇA ADOTADAS PELA EMPRESA

Como bem sabemos, a empresa é a responsável pela prestação de serviço, é ela

que deve coordenar como o trabalho é desenvolvido. E também arcar com a

responsabilidade e consequência dessa coordenação.

É importante que a empresa se faça ser ouvida a respeito das normas de segurança

estabelecidas por ela. As normas internas devem ser seguidas pelos funcionários

como se fossem leis. Para isso podemos até usar das penalidades previstas por leis

e jurisprudências. O que não pode é que as normas sejam somente de fachadas,

que não sejam cumpridas, que não sejam aceitas…

A empresa precisa ser consciente no momento da criação das normas internas, ela

não pode criar normas apenas por “modismo”! Não pode criar procedimentos que

ferem a legislação e a ética pessoal do trabalhador.

As normas de segurança devem ser pensadas e elaboradas a fim de proteger os

funcionários. Esse é o único motivo da existência delas. (Neto Nestor Waldhelm,

2014).

28

5 APRESENTAÇÃO DA EMPRESA5.1 LOCALIZAÇÃO

Rua José Mendes Sobrinho, 464, Cidade Industrial, Curitiba, Paraná.

5.2 HISTÓRICO

A Royalplás, atual Royal Química, foi fundada em 1968, em Santo Amaro,

dedicando-se a produção de Resinas Termofixas e Pó para Moldagem (Baquelite).

Em 1980, foi transferida parte de suas atividades para o atual endereço, situado em

Guarulhos, iniciando a produção de Formaldeído para as mais diversas aplicações

no mercado, tais como: resinas, desinfetantes, tintas e vernizes, tecidos,

bactericidas, entre outros.

Em 1991, a Royalplás ampliou suas atividades e instalou uma unidade de

produção com 4 (quatro) reatores, dedicando-se a fabricação de Resinas Sintéticas,

para o atendimento aos fabricantes de laminados, compensados e aglomerados de

madeira por todo o país.

No final de 2008 a Royalplas integrou outra unidade, a Royal Sul, com sede

em Curitiba no estado do Paraná. Nesta unidade ocorre somente à produção de

Resinas Uréicas e Fenólicas, excluindo-se a produção de Formol e Concentrado

uréia-formol.

5.3 ORGANIZAÇÃO E GESTÃO

A Royal Química (Sul) é uma empresa familiar, pertencente a um grupo de

mais 05 empresas. A unidade referida produz resinas termofixas à base de formol e

fenol, com ótimo posicionamento no mercado da indústria madeireira na região sul,

que leva para as empresas do ramo, a qualidade e a alto desempenho de seus

produtos. A empresa conta com um quadro de 30 colaboradores diretos na unidade

entre outros, que são coorporativos do grupo proprietário, que fica sediado em São

Paulo.

29

5.4 CLIENTELA

A Royal foca como clientes as indústrias madeireiras de compensados, MDF,

portas entre outros.

30

6 ESTÁGIO CURRICULAR

6.1 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS DURANTE O ESTÁGIO

Integração para funcionário e terceiros mostrando os riscos, os EPIs adequados,

horários das refeições, apresentando a empresa seus procedimentos e normas.

Reunião da CIPA abordando melhorias para os trabalhadores, elaboração de ATA,

como esta a atuação dos Cipeiros e se estão participando de todas as reuniões.

Controle e entrega de EPIs através de planilha e documentação onde tem assinatura

do funcionário, certificado de aprovação do EPI, termo de responsabilidade, data da

entrega, nome completo do funcionário com o cargo/função e entre outros. Inspeção

de extintores sendo semanal (apenas uma olhada na situação dos extintores) e

mensal (feita uma inspeção verificando cada detalhe desde manômetro até a

sinalização do extintor e a próxima recarga). Inspeção de hidrantes feita todo mês

verificando o estado do hidrante, sinalização e validade do teste hidrostático.

Atualização do estoque de EPIs sendo feita todo começo de mês e verificando a

necessidade de qual EPI precisa ser comprado e a quantidade. Atualização de

documentos para CIPA verificando como que esta os cronogramas de ação, se tem

todas as assinaturas dos representantes nas atas. Elaboração do cronograma de

cursos agendando e programando treinamentos com empresas terceiras, pois é

necessário a capacitação do funcionário segundo as normas regulamentadoras.

DDS feita antes de começar o trabalho com duração de 5 a 10 minutos com os

terceirizados da empresa. SIPAT feita todo mês de Agosto sendo ministrada por

empresas terceiras. APR feita todo dia antes de começar o trabalho do pessoal

terceirizado a onde eles percebem quais riscos que estão expostos e suas medidas

preventivas. Honda habitual pelo setor fabril feito todo dia inspecionando e

verificando desde melhorias até o uso dos equipamentos de proteção. Atualização

da validade dos testes de vasos de pressão e testes da caldeira feita por profissional

habilitado todo ano. Preenchimento do plano de ação do PPRA conforme as datas

estipuladas. Conscientização do trabalhador feita quando o funcionário não esta

usando seu equipamento de proteção ou esta fazendo algo inseguro, sempre

conversado e explicado para o trabalhador que sua vida é seu bem mais precioso e

sua família espera por você em casa. Participação de Workshops representando a

empresa em diversos temas da segurança. Acompanhando e participando de cursos

31

da empresa como: brigada de incêndio, trabalhador e vigia de espaço confinado,

curso CIPA, trabalho em altura, produtos perigosos entre outros onde o foco é

capacitar os trabalhadores, conscientiza-los dos riscos, suas medidas preventivas e

como fazer o trabalho com segurança.

32

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Foi muito satisfatório o estágio pode perceber que a conscientização é feita

de varias formas (como treinamentos, mapa de risco, sinalização, Diálogo Diário

de Segurança, Semana Interna de Prevenção de Acidente, mural com

informações de acidente, Análise Preliminar de Risco entre outros) e de passo a

passo, porem não é tão fácil na verdade é bem difícil sem contar que essa foi a

minha maior dificuldade principalmente quando a questão era o uso de EPIs. Mas

com o tempo o trabalhador vai entendendo que o técnico de segurança esta ali

para ajudar e não para prejudicar.

33

8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

SITE:

ADMINISTRADORES.COM. A Importância da Qualidade de Vida no Trabalho.

Disponível em: <http://www.administradores.com.br/artigos/negocios/a-importancia-

da-qualidade-de-vida-no-trabalho/60251/ > (02/12/2011) Acesso em: 20.Abril.2014.

BLOG SEGURANAÇA NO TRABALHO NO BRASIL. Segurança no Trabalho uma Questão de Conscientização. Disponível em:

<http://segurancanotrabalhors.blogspot.com.br/2010/07/seguranca-no-trabalho-uma-

questao-de.html> (06/03/2013) Acesso em: 20.Abril.2014.

DICIONÁRIO INFORMAL: DICIONÁRIO ONLINE. Conscientização. Disponível em:

< http://www.dicionarioinformal.com.br/ > Acesso: 18.Maio.2014.

DICIONÁRIO INFORMAL: DICIONÁRIO ONLINE. Humilde/humildade. Disponível

em: < http://www.dicionarioinformal.com.br/> Acesso: 18.Maio.2014.

DICIONÁRIO INFORMAL: DICIONÁRIO ONLINE. Paciente/Paciência. Disponível

em: < http://www.dicionarioinformal.com.br/> Acesso: 18.Maio.2014.

JUSBRASIL. ART.13 do Código Penal Decreto Lei 2848/40. Disponível em: <

http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10638340/artigo-13-do-decreto-lei-n-2848-de-07-

de-dezembro-de-1940> Acesso em : 20.Abril.2014.

JUSBRASIL. ART.159 do Código Civil de 1916 Lei 3071/16. Disponível em:

<http://www.jusbrasil.com.br/topicos/11482313/artigo-159-da-lei-n-3071-de-01-de-

janeiro-de-1916> Acesso em: 20.Abril.2014.

MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO. Normas Regulamentadoras.

Disponível em: <http://portal.mte.gov.br/legislacao/normas-regulamentadoras-1.htm>

(09/12/2011) Acesso em: 20.Abril.2014.

34

NETO, Nestor Waldhelm. A História da Segurança no Brasil. Blog de Segurança

do Trabalho NWN. Disponível em: <http://segurancadotrabalhonwn.com/historia-da-

seguranca-do-trabalho/> Acesso em: 20.Abril.2014.

NETO, Nestor Waldhelm. Como Evitar Acidentes do Trabalho. Blog de

Segurança do Trabalho NWN. Disponível em: <

http://segurancadotrabalhonwn.com/como-evitar-acidentes-de-trabalho/> Acesso:

18.Maio.2014.

RBA REDE BRASIL ATUAL. Conscientização é a Forma mais Eficaz de combate a Acidente de Trabalho dizem Especialistas. Disponível em:

<http://www.redebrasilatual.com.br/trabalho/2013/04/conscientizacao-e-forma-mais-

eficaz-de-combate-a-acidentes-do-trabalho-dizem-especialistas> (25/04/2013)

Acesso em: 20.Abril.2014.

RBA REDE BRASIL ATUAL. Doença Profissional mata dois Milhões de Pessoas por ano em todo mundo. Disponível em:

<http://www.redebrasilatual.com.br/trabalho/2013/04/doenca-profissional-mata-2-

milhoes-de-pessoas-por-ano-em-todo-o-mundo> (23/04/2013) Acesso em:

20.Abril.2014.

REVISTA PROTEÇÃO. 10 principais problemas de saúde desenvolvidos no trabalho. Disponível em:

<

http://www.protecao.com.br/noticias/doencas_ocupacionais/10_principais_problemas

_de_saude_desenvolvidos_no_trabalho/AAyAAJji> (10/02/2014) Acesso em:

18.Maio.2014.

RIBEIRO, Yuri de Lima, et al. Acidente do Trabalho e Doenças Ocupacionais : Indenizações por Danos Materiais Morais e Estéticos. Âmbito Jurídico.com.br.

Disponível em :

<http://ambitojuridico.com.br/site/?

n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=10351&revista_caderno=25> Acesso em :

20.Abril.2014.

35